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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL AA ANO LXII - Nº 203 - SEXTA-FEIRA, 9 DE NOVEMBRO DE 2007 - BRASÍLIA-DF

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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

AA

ANO LXII - Nº 203 - SEXTA-FEIRA, 9 DE NOVEMBRO DE 2007 - BRASÍLIA-DF

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MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2007/2008)

PRESIDENTE ARLINDO CHINAGLIA – PT - SP

1º VICE-PRESIDENTE NARCIO RODRIGUES – PSDB-MG

2º VICE-PRESIDENTE INOCÊNCIO OLIVEIRA – PR - PE

1º SECRETÁRIO OSMAR SERRAGLIO – PMDB - PR

2º SECRETÁRIO CIRO NOGUEIRA – PP - PI

3º SECRETÁRIO WALDEMIR MOKA – PMDB - MS

4º SECRETÁRIO JOSE CARLOS MACHADO – DEM - SE

1º SUPLENTE MANATO – PDT - ES

2º SUPLENTE ARNON BEZERRA – PTB - CE

3º SUPLENTE ALEXANDRE SILVEIRA – PPS - MG

4º SUPLENTE DELEY – PSC - RJ

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CONGRESSO NACIONALATO DO PRESIDENTE DA MESA DO CONGRESSO NACIONAL N0 65, DE 2007O Presidente da Mesa do Congresso Nacional, cumprindo o que dispõe o § 1º do art. 10 da Resolução

nº 1, de 2002-CN, faz saber que, nos termos do § 7º do art. 62 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001, a Medida Provisória nº 392, de 18 de setembro de 2007, que “Revoga a Medida Provisória nº 382, de 24 de julho de 2007, dispõe sobre o desconto de créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, na aquisição no mercado interno ou importação de bens de capital destinados à produ-ção dos bens relacionados nos Anexos I e II da Lei nº 10.485, de 3 de julho de 2002, e dos produtos classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI, aprovada pelo Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de 2006; autoriza a concessão de subvenção econômica nas operações de empréstimo e finan-ciamento destinadas às empresas dos setores de calçados e artefatos de couro, têxtil, de confecção e de móveis de madeira”, terá sua vigência prorrogada pelo período de sessenta dias, a partir de 18 de novembro de 2007, tendo em vista que sua votação não foi encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.

Congresso Nacional, 8 de novembro de 2007. – Deputado Nárcio Rodrigues, Primeiro Vice-Presidente da Mesa do Congresso Nacional, no exercício da Presidência.

ATO DO PRESIDENTE DA MESA DO CONGRESSO NACIONAL Nº 66, DE 2007O Presidente da Mesa do Congresso Nacional, cumprindo o que dispõe o § 1º do art. 10 da Resolução

nº 1, de 2002-CN, faz saber que, nos termos do § 7º do art. 62 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001, a Medida Provisória nº 393, de 19 de setembro de 2007, que “Institui o Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária, e dá outras providências”, terá sua vigência prorrogada pelo período de sessenta dias, a partir de 19 de novembro de 2007, tendo em vista que sua votação não foi en-cenada nas duas Casas do Congresso Nacional.

Congresso Naconal, 8 de novembro de 2007. – Deputado Nárcio Rodrigues, Primeiro Vice-Presidente da Mesa do Congresso Nacional, no exercício da Presidência.

ATO DO PRESIDENTE DA MESA DO CONGRESSO NACIONAL Nº 67, DE 2007O Presidente da Mesa do Congresso Nacional, cumprindo o que dispõe o § 1º do art. 10 da Resolu-

ção nº 1, de 2002-CN, faz saber que, nos termos do § 7º do art. 62 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001, a Medida Provisória nº 394, de 20 de setembro de 2007, que “Dá nova redação ao § 3º do art. 5º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm”, terá sua’ vigência prorrogada pelo período de sessenta dias, a partir de 20 de novembro de 2007, tendo em vista que sua votação não foi encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.

Congresso Naciona,l, 8 de novembrode 2007. – Deputado Nárcio Rodrigues, Primeiro Vice-Presidente da Mesa do Congresso Nacional, no exercício da Presidência.

LEI Nº 11.538, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2007

Reabre o prazo de opção para integrar a Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho, de que trata o § 1º do art. 2º da Lei nº 11.355, de 19 de outubro de 2006, e altera o Anexo II da Lei nº 11.358, de 19 de outubro de 2006, de modo a aumentar o subsídio da Carreira Policial Federal.

Faço saber que o Presidente da República adotou a Medida Provisória nº 386, de 2007, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Narcio Rodrigues, Primeiro Vice-Presidente da Mesa do Congresso Nacional, no exercício da Presidência, para os efeitos do disposto no art. 62 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, combinado com o art. 12 da Resolução nº 1, de 2002-CN, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º Fica reaberto, até 31 de dezembro de 2007, o prazo de opção para integrar a Carreira da Previ-dência, da Saúde e do Trabalho, de que trata o § 1º do art. 2º da Lei nº 11.355, de 19 de outubro de 2006.

Parágrafo único. Às opções feitas no prazo reaberto:

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60244 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

I – aplicam-se todas as disposições da Lei nº 11.355, de 19 de outubro de 2006, inclusive no tocante a aposentados e pensionistas; e

II – produzirão efeitos financeiros a partir do dia 10 (primeiro) do mês seguinte ao da assinatura do termo de opção.

Art. 2º Os valores decorrentes da aplicação do disposto no § 6º do art. 7º da Lei nº 8.270, de 17 de dezembro de 1991, continuarão sendo pagos, a título de diferença de remuneração, no caso de enquadramento resultante de reestruturação de planos de carreiras ou cargos.

Parágrafo único. A diferença de remuneração referida no caput deste artigo não servirá de base de cál-culo para nenhuma outra vantagem ou gratificação, sujeitando-se apenas ao índice de reajuste aplicável às tabelas de vencimentos dos servidores públicos federais, a título de revisão geral das remunerações e subsídios.

Art. 3º O Anexo II da Lei nº 11.358, de 19 de outubro de 2006, passa a vigorar na forma do Anexo desta Lei.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Congresso Nacional, 8 de novembro de 2007; 186º da Independência e 119º da República. – Deputado

Nárcio Rodrigues, Primeiro Vice-Presidente da Mesa do Congresso Nacional, no exercício da Presidência.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60245

LEI Nº 11.539, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2007

Dispõe sobre a Carreira de Analista de Infra-Estrutura e sobre o cargo isolado de provimento efetivo de Especialista em Infra-Estrutura Sênior.

Faço saber que o Presidente da República adotou a Medida Provisória nº 389, de 2007, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Narcio Rodrigues, Primeiro Vice-Presidente da Mesa do Congresso Nacional, no exercício da Presidência, para os efeitos do disposto no art. 62 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, combinado com o art. 12 da Resolução nº 1, de 2002–CN, promulgo a seguinte lei:

Art. 1º Ficam criados, no âmbito da administração pública federal direta, a seguinte Carreira e cargos isolados de provimento efetivo:

I – Carreira de Analista de Infra-Estrutura, estruturada nas Classes A, B e Especial, composta do car-go de Analista de Infra-Estrutura, de nível superior, com atribuições voltadas às atividades especializadas de pla-nejamento, coordenação, fiscalização, assistência técnica e execução de projetos e obras de infra-estrutura de grande porte; e

II – cargo isolado de Especialista em Infra-Estrutura Sênior, de nível superior, estruturado em classe única, com atribuições de alto nível de complexidade voltadas às atividades especializadas de planejamento, coordenação, fiscalização, assistência técnica e execução de projetos e obras de grande porte na área de infra-estrutura.

§ 1º Os cargos de que trata este artigo estão estruturados na forma do Anexo I desta lei.§ 2º As atribuições específicas dos cargos de que trata este artigo serão estabelecidas em decreto.§ 3º Os ocupantes dos cargos de que trata este artigo somente serão lotados em órgãos da adminis-

tração pública federal direta com competências relativas à infra- estrutura viária, de saneamento, de energia, de produção mineral, de comunicações e de desenvolvimento regional e urbano.

§ 4º Compete ao Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, respeitado o § 3º deste artigo, definir a lotação dos ocupantes dos cargos de que trata este artigo.

Art. 2º O quantitativo total de cargos da carreira e do cargo isolado de que trata o art. 1º desta lei é de:I – 84 (oitenta e quatro) cargos de Especialista em Infra-Estrutura Sênior; eII – 216 (duzentos e dezesseis) cargos de Analista de Infra-Estrutura.Art. 3º O ingresso nos cargos dar-se-á por meio de concurso público de provas e títulos para o cargo

de Especialista em Infra-Estrutura Sênior e de provas ou de provas e títulos para o cargo de Analista de Infra-Es-trutura, respeitada a legislação específica.

§ 1º O concurso público referido no caput deste artigo poderá, quando couber, ser realizado por áre-as de especialização e organizado em uma ou mais fases, incluindo, se for o caso, curso de formação, conforme dispuser o edital de convocação do certame, observada a legislação pertinente.

§ 2º O edital definirá as características de cada etapa do concurso público, a formação especializada e a experiência profissional, bem como os critérios eliminatórios e classificatórios.

§ 3º O ingresso nos cargos referidos no caput deste artigo exige diploma de graduação em nível su-perior e conhecimentos em nível de pós-graduação.

§ 4º É pré-requisito para ingresso no cargo de Especialista em Infra-Estrutura Sênior 12 (doze) anos de experiência no exercício de atividades de nível superior, correspondentes ao exercício de atribuições equiva-lentes às do cargo, na área de atuação específica estabelecida no edital do concurso.

§ 5º O concurso público para os cargos referidos no caput deste artigo será realizado para provimento efetivo de pessoal no padrão inicial da classe inicial da Carreira de Analista de Infra-Estrutura e na classe única do cargo de Especialista em Infra-Estrutura Sênior.

§ 6º A prova de títulos integrante do concurso para o ingresso no cargo de Especialista em Infra-Es-trutura Sênior poderá incluir a defesa, em ato público, de memorial baseado no curriculum vitae, nos termos do respectivo edital.

Art. 4º Os vencimentos dos ocupantes dos cargos de que trata o art. 1º desta lei constituem-se de:I – vencimento básico, conforme o Anexo II desta lei;II – Gratificação de Desempenho de Atividade em Infra-Estrutura – GDAIE; eIII – vantagem pecuniária individual, de que trata a Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003.

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60246 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Art. 5º Fica instituída a Gratificação de Desempenho de Atividade em Infra- Estrutura – GDAIE, devida aos ocupantes dos cargos referidos no art. 1º desta lei, quando em exercício das atividades inerentes às suas atribuições, observando-se os seguintes limites:

I – máximo de 100 (cem) pontos por servidor; eII – mínimo de 10 (dez) pontos por servidor.§ 1º A pontuação a que se refere a GDAIE está assim distribuída:I – até 70 (setenta) pontos em decorrência do resultado da avaliação de desempenho institucional; eII – até 30 (trinta) pontos em decorrência dos resultados da avaliação de desempenho individual.§ 2º Os ocupantes dos cargos referidos no art. 1º desta lei somente farão jus à GDAIE se em exercício

de atividades inerentes aos respectivos cargos em órgãos da administração pública federal direta.§ 3º A avaliação de desempenho institucional visa a aferir o desempenho do órgão no alcance dos

objetivos organizacionais, podendo considerar projetos e atividades prioritárias e características específicas com-patíveis com as suas atividades.

§ 4º A avaliação de desempenho individual visa a aferir o desempenho do servidor no exercício das atribuições do cargo, com foco na contribuição individual para o alcance das metas organizacionais.

Art. 6º Decreto disporá sobre os critérios gerais a serem observados na realização das avaliações de desempenho institucional e individual para fins de concessão da GDAIE.

§ 1º A avaliação individual terá efeito financeiro apenas se o servidor tiver permanecido em exercício de atividades inerentes ao respectivo cargo por, no mínimo, 2/3 (dois terços) de um período completo de avaliação.

§ 2º O servidor ativo beneficiário da GDAIE que obtiver na avaliação de desempenho pontuação inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo de pontos destinado à avaliação individual não fará jus à parcela referente à avaliação de desempenho institucional no período.

Art. 7º Os critérios e procedimentos específicos de avaliação institucional e individual e de concessão da GDAIE serão estabelecidos em ato do Ministro de Estado do órgão de lotação, observada a legislação vigente.

Art. 8º As metas de desempenho institucional serão fixadas anualmente em ato do dirigente máximo do órgão de lotação, elaboradas em consonância com as diretrizes e metas governamentais fixadas no plano plurianual, na lei de diretrizes orçamentárias e na lei orçamentária anual.

§ 1º As metas referidas no caput deste artigo devem ser objetivamente mensuráveis e diretamente relacionadas à atividade fim do órgão de lotação, levando-se em conta, no momento de sua fixação, os índices alcançados nos exercícios anteriores.

§ 2º A avaliação de desempenho institucional referir-se-á ao desempenho do órgão na área de atuação dos cargos de que trata o art. 1º desta lei.

§ 3º As metas de desempenho institucional e os resultados apurados a cada período serão amplamen-te divulgados pelo órgão de lotação, inclusive em seu sítio eletrônico.

§ 4º As metas poderão ser revistas na hipótese de superveniência de fatores que tenham influência significativa e direta na sua consecução, desde que o próprio órgão não tenha dado causa a tais fatores.

§ 5º O ato a que se refere o caput deste artigo definirá o percentual mínimo de alcance das metas abaixo do qual a parcela da GDAIE correspondente à avaliação institucional será igual a 0 (zero), sendo os per-centuais de gratificação distribuídos proporcionalmente no intervalo entre esse limite e o índice máximo de al-cance das metas.

Art. 9º As avaliações referentes aos desempenhos individual e institucional serão apuradas semestral-mente e produzirão efeitos financeiros mensais por igual período.

§ 1º A periodicidade das avaliações de desempenho individual e institucional poderá ser reduzida em função das peculiaridades do órgão de lotação, mediante ato do respectivo Ministro de Estado.

§ 2º Os valores a serem pagos a título de GDAIE serão calculados multiplicando-se o somatório dos pontos auferidos nas avaliações de desempenho individual e institucional pelo valor do ponto constante do Anexo III desta Lei para os cargos de Especialista em Infra-Estrutura Sênior e Analista de Infra-Estrutura.

§ 3º As avaliações serão processadas no mês subseqüente ao término do período avaliativo e seus efeitos financeiros iniciarão no mês seguinte ao de processamento das avaliações.

Art. 10. Até que sejam processados os resultados do primeiro período de avaliação de desempenho, a GDAIE será paga no valor correspondente a 40 (quarenta) pontos.

§ 1º O resultado da primeira avaliação gera efeitos financeiros a partir do início do período de avalia-ção, devendo ser compensadas eventuais diferenças pagas a maior ou a menor.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60247

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se ao ocupante de cargo de Natureza Especial e de cargos em comissão.

Art. 11. Até que seja processada a primeira avaliação de desempenho individual que venha a surtir efeito financeiro, o servidor nomeado para cargo efetivo e aquele que tenha retornado de licença sem vencimento ou cessão sem direito à percepção da GDAIE no decurso do ciclo de avaliação receberá a gratificação no valor correspondente a 20 (vinte pontos).

Art. 12. O titular de cargo efetivo da Carreira de Analista de Infra-Estrutura ou do cargo de Especialista em Infra-Estrutura Sênior em efetivo exercício em seu órgão de lotação quando investido em cargo em Comissão de Natureza Especial, DAS-6, DAS-5 ou equivalente fará jus à GDAIE calculada com base no valor máximo da parcela individual somado ao resultado da avaliação institucional do período.

Art. 13. O ocupante de cargo efetivo da Carreira de Analista de Infra- Estrutura ou do cargo de Espe-cialista em Infra-Estrutura Sênior que não se encontre desenvolvendo atividades no órgão de lotação somente fará jus à GDAIE:

I – quando cedido para a Presidência ou Vice-Presidência da República, situação na qual perceberá a GDAIE calculada com base nas regras aplicáveis como se estivesse em efetivo exercício no órgão de origem; e

II – quando cedido para órgãos ou entidades do Governo Federal distintos dos indicados no inciso I do caput deste artigo, desde que investido em cargo em Comissão de Natureza Especial, DAS-6, DAS-5 ou equiva-lentes, situação em que perceberá a GDAIE calculada com base no valor máximo da parcela individual, somado ao resultado da avaliação institucional do período.

Parágrafo único. A avaliação institucional do servidor referido nos incisos I e II do caput deste artigo será a do órgão de lotação.

Art. 14. A GDAIE não poderá ser paga cumulativamente com qualquer outra gratificação de desempe-nho de atividade ou de produtividade, independentemente da sua denominação ou base de cálculo.

Art. 15. É de 40 (quarenta) horas semanais a jornada de trabalho dos ocupantes dos cargos da Car-reira de Analista de Infra-Estrutura ou do cargo de Especialista em Infra-Estrutura Sênior.

Art. 16. O desenvolvimento do servidor no cargo de Analista de Infra-Estrutura ocorrerá mediante pro-gressão funcional e promoção.

§ 1º Para fins deste artigo, progressão funcional é a passagem do servidor de um padrão para outro imediatamente superior dentro de uma mesma classe e promoção, a passagem do servidor do último padrão de uma classe para o padrão inicial da classe imediatamente superior, observando-se os seguintes requisitos:

I – para fins de progressão funcional:a) cumprimento do interstício de 18 (dezoito) meses de efetivo exercício em cada padrão; eb) resultado médio superior a 80% (oitenta por cento) do limite máximo da pontuação nas avaliações

de desempenho individual de que trata o § 4º do art. 5º desta Lei no interstício considerado para a progressão;

II – para fins de promoção:a) cumprimento do interstício de 18 (dezoito) meses de efetivo exercício no último padrão de cada

classe;b) resultado médio superior a 90% (noventa por cento) do limite máximo da pontuação nas avaliações

de desempenho individual de que trata o § 4º do art. 5º desta Lei no interstício considerado para a promoção; ec) participação em eventos de capacitação com carga horária mínima estabelecida em regulamento.§ 2º O interstício de 18 (dezoito) meses de efetivo exercício para a progressão funcional e para a pro-

moção, conforme estabelecido nas alíneas a dos incisos I e II do § 1º deste artigo, será:I – computado a contar da vigência do regulamento a que se refere o art. 17 desta Lei;II – computado em dias, descontados os afastamentos remunerados que não forem legalmente con-

siderados de efetivo exercício; eIII – interrompido, nos casos em que o servidor se afastar sem remuneração, sendo reiniciado o côm-

puto a partir do retorno à atividade.Art. 17. Os critérios de concessão de progressão funcional e promoção de que trata o art. 16 desta

Lei serão objeto de regulamento.Art. 18. Para fins de incorporação da GDAIE aos proventos de aposentadoria ou às pensões, serão

adotados os seguintes critérios:

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60248 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

I – quando ao servidor que deu origem à aposentadoria ou à pensão se aplicar o disposto nos arts. 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, e no art. 32 da Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005, a GDAIE será correspondente a 50% (cinqüenta por cento) do valor máximo do respectivo nível, classe e padrão, ou da classe única, conforme o respectivo cargo efetivo que lhe deu origem; e

II – nos demais casos aplicar-se-á, para fins de cálculo das aposentadorias e pensões, o disposto na Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004.

Art. 19. Os servidores integrantes da Carreira de Analista de Infra-Estrutura ou ocupantes do cargo de Especialista em Infra-Estrutura Sênior não fazem jus à percepção da Gratificação de Atividade – GAE de que trata a Lei Delegada nº 13, de 27 de agosto de 1992.

Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Congresso Nacional, 8 de novembro de 2007; 186º da Independência e 119º da República – Deputado

Narcio Rodrigues, Primeiro Vice-Presidente da Mesa do Congresso Nacional, no exercício da Presidência.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60249 60249 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

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60250 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

SEÇÃO I

SUMÁRIO

60251 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

1 – ATA DA 313ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA, MATU-TINA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 53ª LEGISLATURA, EM 08 DE NOVEMBRO DE 2007.

I – Abertura da sessão.II – Leitura e assinatura da ata da sessão

anterior.III – Leitura do expediente.

OFÍCIOS

N° 476/07 – CN – Do Senhor Senador Tião Viana, Presidente Interino do Senado Federal, co-municando que foi lido e despachado à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscaliza-ção o Aviso nº 36/07 – CN. ................................... 60260

N° 477/07 – CN – Do Senhor Senador Tião Viana, Presidente Interino do Senado Federal, co-municando que foi lida e despachada à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscaliza-ção a Mensagem nº 172/07 – CN. ......................... 60261

Nº 822/07 – Do Senhor Deputado Antonio Car-los Pannunzio, Líder do PSDB, indicando o Depu-tado William Woo para integrar a CPI destinada a investigar escutas telefônicas clandestinas/ilegais, conforme matéria publicada na revista “Veja”. ....... 60261

Nº 472/07 – Do Senhor Deputado Mário Ne-gromente, Líder do PP indicando o Deputado Edu-ardo da Fonte como suplente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. ................. 60261

N° 740/07 – Do Senhor Deputado Julio Se-meghini, Presidente da Comissão de Ciência e Tec-nologia, Comunicação e Informática, comunicando a apreciação do PL nº 1.304/03. .......................... 60261

N° 754/07 – Do Senhor Deputado Julio Se-meghini, Presidente da Comissão de Ciência e Tec-nologia, Comunicação e Informática, comunicando a apreciação do PL nº 4.677/04. .......................... 60262

N° 755/07 – Do Senhor Deputado Julio Se-meghini, Presidente da Comissão de Ciência e Tec-nologia, Comunicação e Informática, comunicando a apreciação do PL nº 5.653/05. .......................... 60262

N° 455/07 – Do Senhor Deputado Leonardo Picciani, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, encaminhando o PDC nº 27/07, apreciado pela referida Comissão. ............. 60262

N° 461/07 – Do Senhor Deputado Leonardo Picciani, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando a apreciação do PL nº 1.816-B/99. ............................................. 60262

N° 463/07 – Do Senhor Deputado Leonardo Picciani, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando a apreciação do PL nº 4.572-A/04. ............................................. 60262

Nº 392/07 – Do Senhor Deputado Carlos Sampaio, 1º Vice-Presidente, no exercício da Pre-sidência da Comissão de Defesa do Consumidor, comunicando a apreciação do PL nº 1.477/07. ..... 60263

Nº 630/07 – Do Senhor Deputado Gastão Vieira, Presidente, da Comissão de Educação e Cul-tura, comunicando a apreciação do PL nº 1.765/99 e seus apensados. ................................................. 60263

Nº 485/07 – Do Senhor Deputado João Cam-pos, Presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, comunicando a rejeição do PL nº 4.970/05. ................................... 60263

Nº 487/07 – Do Senhor Deputado João Cam-pos, Presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, comunicando a aprovação do PL nº 112/07. .................................. 60263

Nº 489/07 – Do Senhor Deputado João Cam-pos, Presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, comunicando a aprovação do PL nº 7.269/06. ............................... 60263

Nº 256/07 – Do Senhor Deputado Nelson Marquezelli, Presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Pública, comunicando a apreciação do PL nº 4.496/04. ........................... 60263

Nº 269/07 – Do Senhor Deputado Eliseu Padi-lha, Presidente da Comissão de Viação e Transpor-tes, comunicando a aprovação do PL nº 444/07. .. 60264

PROJETOS DE LEI

Nº 2.261/2007 – do Sr. Décio Lima – Altera o art. 105 do Código de Trânsito Brasileiro – Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – para dispor sobre a obrigatoriedade de fornecimento de capa-cetes como equipamentos obrigatórios das moto-cicletas. .................................................................. 60264

Nº 2.265/2007 – do Sr. Rodovalho – Dispõe da extensão, aos acompanhantes, de direitos e vantagens legalmente assegurados às pessoas com deficiência que dependam de acompanhantes

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60252 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

ou cuidadores para sua mobilidade e acesso edu-cacional, cultural, turístico e desportivo e dá outras providências. .......................................................... 60264

Nº 2.276/2007 – da Srª. Jô Moraes – Modifica a redação da ementa e o art. 1º da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que trata dos preconceitos de raça ou de cor. ....................................................... 60266

Nº 2.279/2007 – da Srª. Vanessa Grazziotin – Dispõe sobre a não aplicação de leis estrangeiras de caráter discriminatório e que possuam efeitos extraterritoriais a todos os jurisdicionados brasilei-ros e dá outras providências. ................................. 60267

Nº 2.284/2007 – do Sr. Dr. Talmir – Dispõe so-bre a obrigatoriedade de fornecimento de número de protocolo nos atendimentos telefônicos. .......... 60268

Nº 2.299/2007 – da Srª. Sandra Rosado – Acrescenta a alínea ‘’m’’ ao inciso II do art. 61 do Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal. ..................................................... 60269

PROJETO DE RESOLUÇÃO

Nº 95/2007 – do Sr. Professor Ruy Pauletti – Altera dispositivo do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados, para extinguir a possibilidade de abstenção nas votações de perda de mandato. ...... 60269

INDICAÇÕES

Nº 1.355/2007 – da Srª. Jusmari Oliveira – Su-gere ao Ministro de Estado da Integração Nacional, a Construção do Sistema de Abastecimento de Água das comunidades de Mantiqueira, Bezerro, Correio a Palmeiras, no Município de Barreiras, partindo do Sistema já existente, da EMBASA, na Comunidade de Barreiras Sul, no mesmo Município. ................. 60270

Nº 1.416/2007 – do Sr. Eliene Lima – Sugere, ao Ministro de Estado das Cidades, Márcio Fortes de Almeida , a necessidade de liberar recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) para a construção de habitações popula-res no município de Conquista D´Oeste/MT. ......... 60270

Nº 1.417/2007 – do Sr. Eliene Lima – Sugere, ao Ministro de Estado das Cidades, Márcio Fortes de Almeida, a necessidade de liberar recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) para a construção de habitações popula-res no município de Aripuanã/MT. ......................... 60271

Nº 1.418/2007 – do Sr. Eliene Lima – Sugere, ao Ministro de Estado das Cidades, Márcio Fortes de Almeida , a necessidade de liberar recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) para a construção de habitações popula-res no município de Dom Aquino/MT. .................... 60271

Nº 1.419/2007 – do Sr. Eliene Lima – Sugere, ao Ministro de Estado das Cidades, Márcio Fortes de Almeida , a necessidade de liberar recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) para a construção de habitações popula-res no município de Novo Horizonte do Norte/MT. 60271

Nº 1.420/2007 – do Sr. Eliene Lima – Sugere, ao Ministro de Estado das Cidades, Márcio Fortes de Almeida , a necessidade de liberar recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) para a construção de habitações popula-res no município de Santo Antônio do Leste/MT. .. 60272

Nº 1.421/2007 – do Sr. Eliene Lima – Sugere, ao Ministro de Estado de Minas e Energia, Nelson José Hubner Moreira, que sejam iniciadas as obras de construção da Usina Couto Magalhães, entre os municípios de Alto Araguaia/MT e Santa Rita do Araguaia/GO. ......................................................... 60272

Nº 1.422/2007 – do Sr. Sérgio Barradas Car-neiro – Sugere a Casa Civil da Presidência da Re-pública a melhor solução para o Estado da Bahia na questão da “Hora de Verão”. ............................. 60272

Nº 1.423/2007 – do Sr. Pedro Fernandes – Su-gere ao Poder Executivo, por intermédio do Minis-tério da Educação a instalação de uma unidade do CEFET no município de Carolina-MA. .................. 60273

Nº 1.424/2007 – do Sr. Pedro Fernandes – Su-gere ao Poder Executivo, por intermédio do Minis-tério da Educação a instalação de uma unidade do CEFET em São Luís-MA. ...................................... 60273

Nº 1.425/2007 – do Sr. Miro Teixeira – Sugere ao Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão a publicação, com urgência, de Decreto Presiden-cial visando à regulamentação da “progressão” e “promoção” dos novos servidores das agências re-guladoras federais, regidos pelas Leis nºs 10.768, de 2003 e 10.871, de 2004. ................................... 60274

Nº 1.426/2007 – do Sr. João Bittar – Sugere ao Ministério da Justiça a compra de equipamentos e a ampliação do quadro de servidores da Polícia Rodoviária Federal, em Minas Gerais. ................. 60274

Nº 1.427/2007 – do Sr. Celso Maldaner – Su-gere ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão o envio de projeto de lei para a criação da Carreira de Gestão e Política de Transportes e do Plano Especial de Cargos do Ministério dos Trans-portes. ................................................................... 60275

Nº 1.428/2007 – da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional – Sugere ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a agilização do Projeto de Lei que dispõe sobre a criação de Carreira de Gestão e Política de Transporte e do Plano Especial de Cargos do Mi-nistério dos Transportes. ........................................ 60275

Nº 1.429/2007 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Ministro da Defesa a criação da Polícia de Controle do Tráfego Aéreo Federal. .................. 60276

Nº 1.430/2007 – do Sr. Valtenir Pereira – Suge-re ao Ministro da Fazenda a concessão de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI na aquisição de veículo feita por oficial de justiça, para ser empregado na realização de diligências. ........ 60276

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60253

Nº 1.431/2007 – do Sr. Uldurico Pinto – Su-gere ao Ministro dos Transportes a implantação de sistema de transporte ferroviário de passageiros ao longo do litoral brasileiro. ....................................... 60277

Nº 1.432/2007 – do Sr. Uldurico Pinto – Sugere ao Ministério da Educação o envio ao Congresso Nacional de projeto de lei propondo a criação de Escola Técnica Federal no Município de Teixeira de Freitas, no Estado da Bahia. ................................. 60278

Nº 1.433/2007 – do Sr. Elismar Prado – Suge-re ao Ministro da Justiça a realização dos esforços necessários para aumentar o efetivo de Policiais Rodoviários Federais em Minas Gerais, em espe-cial nas regiões do Triângulo Mineiro e Alto Para-naíba. ..................................................................... 60278

Nº 1.434/2007 – do Sr. Evandro Milhomen – Sugere ao Ministro da Fazenda, Guido Mantega, a instalação de uma Agência ou Posto Avançado do Banco do Brasil no Município de Calçoene, Estado Amapá. ................................................................. 60279

Nº 1.435/2007 – do Sr. Elismar Prado – Su-gere ao Ministro das Minas e Energia que não aco-lha as sugestões encaminhadas pela Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig, para cobrança de tarifas diferenciadas pelo kilowatt/hora (kWh), dependendo do horário da utilização do serviço de energia elétrica. ..................................................... 60280

Nº 1.436/2007 – do Sr. Joaquim Beltrão – Su-gere ao Ministro da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento, a implantação de Superintendência da CONAB em Arapiraca, Estado de Alagoas............ 60280

Nº 1.437/2007 – da Srª. Marinha Raupp – Su-gere a Casa Civil da Presidência da República se-jam regularizadas as situações administrativas da atual SUDAM. ........................................................ 60281

Nº 1.438/2007 – do Sr. Jofran Frejat – Sugere ao Ministério da Saúde a adoção de normas para o incentivo à doação de leite materno por parte das lactantes funcionárias públicas federais. ............... 60282

Nº 1.439/2007 – do Sr. João Dado – Sugere ao Senhor Ministro de Estado do Trabalho e Emprego, para sugerir que seja implantada uma agência de aten-dimento no Município de Porto Ferreira (São Paulo), com a lotação de um auditor-fiscal do trabalho. ........ 60283

Nº 1.440/2007 – do Sr. João Dado – Sugere a distribuição gratuita do medicamento Mesilato de Imatinib para os casos em que haja clara indicação médica. .................................................................. 60283

Nº 1.441/2007 – da Srª. Vanessa Grazziotin – Sugere ao Ministério da Saúde, que tome provi-dências no sentido de solicitar junto a ANVISA a fis-calização do leite envasados em embalagens longa vida comercializados no estado do Amazonas. .... 60284

Nº 1.442/2007 – do Sr. Neucimar Fraga – Su-gere a adoção de providências para à concessão de descontos na dívida ao FIES de beneficiários de baixa renda ....................................................... 60284

Nº 1.443/2007 – da Srª. Vanessa Grazziotin – Sugere que ao Ministério das Comunicações, no âmbito da Agencia Nacional de Telecomunicações – Anatel, tome providências junto às operadoras de telefonia móvel para que estas atendam os mu-nicípios do interior do Amazonas que ainda não dispõem de serviços de telefonia móvel. ............... 60285

Nº 1.444/2007 – do Sr. Carlos Alberto Leréia – Sugere a edição de medida provisória destina-da a alterar a Medida Provisória nº 2.196-3, de 24 de agosto de 2001, com a finalidade de reduzir a comissão del credere cobrada pelos bancos admi-nistradores dos Fundos Constitucionais de Finan-ciamento. ............................................................... 60285

Nº 1.445/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Barcelos, no Estado do Amazonas. ............................................................. 60286

Nº 1.446/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Su-gere a criação de uma Unidade de Farmácia Po-pular no Município de Barreirinha, no Estado do Amazonas. ............................................................. 60286

Nº 1.447/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Su-gere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Benjamin Constant, no Estado do Amazonas. ............................................................. 60287

Nº 1.448/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Su-gere a criação de uma Unidade de Farmácia Po-pular no Município de Boca do Acre, no Estado do Amazonas. ............................................................. 60287

Nº 1.449/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Su-gere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Borba, no Estado do Amazonas. . 60287

Nº 1.450/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Carauari, no Estado do Amazonas. ............................................................. 60287

Nº 1.451/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Su-gere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Careiro, no Estado do Amazonas. 60287

Nº 1.452/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Eirunepé, no Estado do Amazonas. ............................................................. 60288

Nº 1.453/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Suge-re a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Fonte Boa, no Estado do Amazonas. .. 60288

Nº 1.454/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Humaitá, no Estado do Amazonas. ............................................................. 60289

Nº 1.455/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Iranduba, no Estado do Amazonas. ............................................................. 60289

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60254 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Nº 1.456/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Su-gere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Jutaí, no Estado do Amazonas. ... 60289

Nº 1.457/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Su-gere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Lábrea, no Estado do Amazonas. 60290

Nº 1.458/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Suge-re a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Manicoré, no Estado do Amazonas. .. 60290

Nº 1.459/2007 – do Sr. Marcelo Serafim – Su-gere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Maués, no Estado do Amazonas. 60290

RECURSO

Nº 133/07 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Mendes Thame, contra o requerimento de tra-mitação conjunta das PECs nºs 571/06 e 129/07. 60291

REQUERIMENTO

Nº 1.906/07 – Do Senhor Deputado Paes Landim, requerendo que o PL nº 1.952/03 seja en-caminhando à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. ...................................................... 60292

IV – BREVES COMUNICAÇÕESMÁRIO HERINGER (Bloco/PDT, MG) – Pre-

ocupação com o aumento do consumo de álcool entre crianças e adolescentes no Brasil. Urgente promoção pela Casa de debate a respeito do as-sunto. Abaixo-assinado de populares pela proibição de propagandas de bebidas alcoólicas no meio te-levisivo. Coibição do consumo de álcool no interior de universidades e órgãos públicos. ...................... 60292

PEDRO FERNANDES (PTB, MA) – Conveni-ência de realização pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle de audiência pública para debate das razões da falta de cimento no merca-do interno. Defesa de importação do produto pelo Governo brasileiro. ................................................. 60293

MANATO (Bloco/PDT, ES) – Solicitação às bancadas federais pelo Ministro Carlos Lupi, do Trabalho e Emprego, de apresentação de emendas ao Orçamento Geral da União para qualificação pro-fissional dos trabalhadores brasileiros. Anúncio da assinatura pelo Ministro Carlos Lupi de convênios para capacitação e qualificação de mão-de-obra no Estado do Espírito Santo. ...................................... 60293

ELIENE LIMA (PP, MT) – Associação ao dis-curso do Deputado Pedro Fernandes sobre a crise no abastecimento de cimento. Falta de segurança no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Cuiabá, Estado de Mato Grosso, demonstrada no embarque de menor desacompanhado em vôo com destino a São Paulo. .............................................. 60293

FLÁVIO BEZERRA (Bloco/PMDB, CE) – Elo-gio ao Governador do Estado do Ceará Cid Gomes pela realização de investimentos no setor pesquei-ro. ........................................................................... 60294

ALICE PORTUGAL (Bloco/PCdoB, BA) – So-lidariedade ao movimento grevista dos serventuá-rios da Justiça no Estado da Bahia. Regozijo com a aprovação, pela Comissão de Educação e Cultura, do requerimento de instauração de CPI destinada à investigação do furto de obras de arte no Brasil. 60294

DR. PAULO CESAR (PR, RJ) – Transcurso do 11º e do 392º aniversários de emancipação político-administrativa, respectivamente, dos Mu-nicípios de Búzios e Cabo Frio, Estado do Rio de Janeiro. Solicitação ao Governador Sérgio Cabral de instalação de Centro de Terapia Intensiva – CTI em unidade de saúde na região dos Lagos. .......... 60295

PROFESSOR VICTORIO GALLI (Bloco/PMDB, MT) – Realização da Convenção de Minis-tros da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, em Cuiabá, Estado de Mato Grosso. Elogio ao Pastor Sebastião Rodrigues de Souza pelos trabalhos de-senvolvidos em Mato Grosso. ............................... 60295

WALDIR MARANHÃO (PP, MA) – Discurso proferido pelo Deputado Dr. Pinotti por ocasião de sua posse na Academia Paulista de Educação. Transcurso do 12º aniversário de emancipação político-administrativa dos Municípios de Jenipapo dos Vieiras, Satubinha e Itinga do Maranhão. Lan-çamento, pela Universidade Estadual do Maranhão, dos livros Desenvolvimento, Poder e Cultura Política, de autoria da Profa. Terezinha Moreira Lima, e O Desenvolvimento Rural como Forma de Ampliação dos Direitos no Campo: Princípios e Tecnologias, de autoria dos Profs. Emanoel Gomes de Moura e Alana das Chagas Ferreira Aguiar. ........................ 60296

ZONTA (PP, SC) – Assinatura pelo Ministro dos Transportes Alfredo Nascimento de ordem de serviço para a conclusão da BR-282 no Estado de Santa Catarina. Empenho da bancada federal ca-tarinense na realização da obra. ........................... 60303

JÔ MORAES (Bloco/PCdoB, MG) – Realiza-ção da Conferência Nacional da União Brasileira de Mulheres. Importância de incorporação das mulhe-res no processo de desenvolvimento do País. ...... 60304

WILLIAM WOO (PSDB, SP) – Elogio ao Go-vernador do Estado de São Paulo, José Serra, e ao Prefeito do Município de São Paulo, Gilberto Kas-sab, pela implementação do Programa Nova Luz, destinado à revitalização do Bairro da Luz. ........... 60304

CARLOS SANTANA (PT, RJ) – Realização de ato público pelo Movimento Esqueleto Nunca Mais, destinado à transformação de prédio inacabado e abandonado, no Bairro de Bangu, Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, em escola profissionali-zante. ..................................................................... 60304

EDUARDO VALVERDE (PT, RO) – Transcurso do 19º aniversário de criação da Fundação Cultural Palmares. Importância do trabalho realizado pela instituição junto às comunidades quilombolas. ...... 60305

MARCELO TEIXEIRA (PR, CE – Pela ordem) – Resultados positivos das ações desenvolvidas

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60255

pelo Prefeito João Ribeiro Barroso, do Município de Itapipoca, junto à Fundação Nacional de Saú-de para a execução de obras de abastecimento de água, no Estado do Ceará. .................................... 60305

FRANCISCO ROSSI (Bloco/PMDB, SP) – Fa-lecimento do Reverendo Antônio Gouvêa Mendonça, da Igreja Presbiteriana Independente, em Brotas, Estado de São Paulo. Trajetória do destacado reli-gioso. ..................................................................... 60305

LUIZ COUTO (PT, PB) – Correspondências do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba e da As-sociação Paraibana de Imprensa acerca de ame-aças do Deputado Estadual Ricardo Barbosa con-tra o jornalista Adelson Barbosa, do jornal Correio da Paraíba. Pedido pelo Líder do PT na Casa aos Deputados petistas de retirada das assinaturas do requerimento de criação de CPMI destinada à inves-tigação da parceria entre o Sport Club Corinthians Paulista e a empresa multinacional MSI. Ocorrência de execuções sumárias no Estado de Pernambu-co. Encaminhamento de relatório da Comissão de Direitos Humanos e Minorias à representante da Organização das Nações Unidas sobre a atuação dos grupos de extermínio no País. Trabalho reali-zado pela Secretaria de Defesa Social do Estado de Pernambuco no combate ao crime organizado. 60306

ELIENE LIMA (PP, MT – Pela ordem) – Pes-quisa do IPEA sobre o desequilíbrio do mercado de trabalho brasileiro. Necessidade de conciliação do ensino profissionalizante com as características e demandas das regiões do País. ............................ 60309

FÁTIMA BEZERRA (PT, RN) – Aprovação, pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, de requerimento de realiza-ção de audiência pública para debate sobre a con-clusão do aeroporto internacional de São Gonçalo do Amarante, no Estado do Rio Grande do Norte. Importância da obra para o desenvolvimento socio-econômico do Estado. ........................................... 60309

GONZAGA PATRIOTA (Bloco/PSB, PE) – Con-trariedade à anunciada nova proposta de reforma do sistema previdenciário. .................................... 60310

MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB, CE) – Reportagem do jornal Correio Braziliense sobre a deterioração da malha rodoviária no País. Urgência na adoção, pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT, de medidas para a melhoria das rodovias federais. .......................... 60310

CLAUDIO CAJADO (DEM, BA) – Risco de ocorrência de crise energética no País. ................ 60311

WALTER PINHEIRO (PT, BA) – Apresenta-ção de plano estratégico de ação para inserção no Plano Plurianual de Investimentos – PPA, pela ban-cada federal e pelo Governo do Estado da Bahia. Atuação do Governador Jaques Wagner em favor da atração de investimentos para o Estado. .......... 60311

JORGINHO MALULY (DEM, SP – Pela ordem) – Escolha dos estudantes universitários Rodrigo

Vitorio Alonso e Diego Cunha Zied, do interior de São Paulo, como finalistas do III Prêmio Santander Banespa de Empreendedorismo. .......................... 60312

CHICO LOPES (Bloco/PCdoB, CE) – Abuso na cobrança das mensalidades escolares e na im-posição da renovação de materiais didáticos nas escolas particulares. Apresentação à Comissão de Defesa do Consumidor de requerimento de realiza-ção de audiência pública destinada ao debate do tema. ...................................................................... 60312

WALDIR MARANHÃO (PP, MA – Pela ordem) – Defesa da realização da reforma universitária. Apelo aos Líderes partidários de inclusão da ma-téria na Ordem do Dia. .......................................... 60313

ÍRIS DE ARAÚJO (Bloco/PMDB, GO) – In-dignação da sociedade brasileira com a irrelevante condenação imposta à polícia britânica pela morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, confundido como terrorista no metrô de Londres, Inglaterra. .. 60313

JÔ MORAES (Bloco/PCdoB, MG – Pela or-dem) – Realização da XIII Conferência Nacional de Saúde. ................................................................... 60314

LUCIANA GENRO (PSOL, RS) – Crescimento do número habitantes de Porto Alegre em condi-ções de extrema pobreza. Urgente necessidade de implantação, pelo Governo Municipal, de políticas públicas assistenciais. Continuidade da crise do se-tor de tráfego aéreo. Previsibilidade de falência da BRA – Transportes Aéreos S/A. Defesa da desmi-litarização do setor de controle de tráfego aéreo. . 60314

IVAN VALENTE (PSOL, SP) – Solidarieda-de ao Padre Júlio Lancellotti diante de denúncia de suposta prática de maus tratos e corrupção de menores. Documento Manifesto em Apoio ao Padre Júlio Lancellotti. Críticas ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Univer-sidades Federais – REUNI. Apoio às mobilizações de estudantes, professores e funcionários de uni-versidades federais contra o REUNI. ..................... 60315

RODRIGO DE CASTRO (PSDB, MG) – Re-sultados positivos de convênios celebrados entre a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públi-cas de Minas Gerais e Prefeituras Municipais. Des-tinação de recursos da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE aos Estados para recuperação e manutenção de rodovias. ............... 60317

ALBANO FRANCO (PSDB, SE) – Sucesso do Programa de Qualificação de Docentes implantado no Estado de Sergipe. ........................................... 60318

RENATO MOLLING (PP, RS) – Realização, pela Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, da 22ª Mostra Internacional de Ci-ência e Tecnologia – MOSTRATEC no Município de Novo Hamburgo, Estado do Rio Grande do Sul. .... 60319

ÁTILA LINS (Bloco/PMDB, AM) – Urgente retomada pelo Poder Legislativo de suas funções legiferantes. ........................................................... 60319

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60256 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

FLÁVIO BEZERRA (Bloco/PMDB, CE – Pela ordem) – Participação do orador em reunião na Se-cretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, destinada ao debate de portarias proibitivas da utilização de barcos com mais de 9 metros na pesca de cama-rão. Protesto de pescadores da região de Campos, Estado do Rio de Janeiro, contra a não compen-sação governamental pela paralisação da pesca durante a sísmica (operação de mapeamento do subsolo). Alerta aos órgãos de fiscalização sobre as atividades de empresa de mineração na bacia de Campos, prejudiciais à pesca na região. .......... 60320

LÉO ALCÂNTARA (PR, CE) – Necrológio do jurista Clóvis Beviláqua. ......................................... 60320

NILSON MOURÃO (PT, AC) – Realização em Rio Branco, Estado do Acre, de seminário sobre os desafios para o desenvolvimento sustentável da região amazônica, ................................................ 60321

SUELI VIDIGAL (Bloco/PDT, ES) – Voto de pesar pelos falecimentos da jornalista Grazielle Lou-reiro, do jornal A Gazeta, e do ex-Deputado Federal e ex-Prefeito de Cariacica, Espírito Santo, Aloízio Santos. Apresentação de proposta de emenda à Constituição sobre realização de homenagens em vida a cidadãos brasileiros prestadores de relevantes serviços ao País. Saudação ao Estado do Espírito Santo, em especial ao Município de Serra. ........... 60322

ARNALDO VIANNA (Bloco/PDT, RJ – Pela ordem) – Associação ao Deputado Flávio Bezerra em seu pronunciamento sobre as dificuldades en-frentadas pelos trabalhadores do setor pesqueiro no País. Pedido ao Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, de solução dos problemas enfrentados pelos pescadores no Estado do Rio de Janeiro. .. 60322

BARBOSA NETO (Bloco/PDT, PR) – Desem-penho do Deputado Dilceu Sperafico na condução de reunião da bancada federal do Estado do Pa-raná. Apresentação de emendas da bancada ao Orçamento Geral da União para 2008. ................. 60322

JÚLIO CESAR (DEM, PI) – Protesto contra a aprovação, pelo Senado Federal, do Projeto de Lei nº 632, acerca da prorrogação do prazo de vigência do coeficiente do Fundo de Participação dos Muni-cípios – FPM fixado pela Lei Complementar nº 91, de 1997. Defesa da rejeição da matéria na Câmara dos Deputados. ...................................................... 60322

RAUL JUNGMANN (PPS, PE) – Ocorrência de chacina em estabelecimento de ensino na Fin-lândia. Conveniência da rejeição da Medida Provi-sória nº 394, de 2007, sobre a ampliação do prazo para registro de armas de fogo no País. ................ 60323

MARCIO JUNQUEIRA (DEM, RR) – Crise do setor energético brasileiro. ..................................... 60324

NELSON PELLEGRINO (PT, BA) – Determi-nação, pelo Governador Jaques Wagner, de refor-ma e construção de postos de saúde em Salvador, Estado da Bahia. ................................................... 60324

PEDRO WILSON (PT, GO) – Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura. Reali-zação de reunião da União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil, no Auditório Petrônio Portela, no Senado Federal. .................................. 60324

MARCOS ANTONIO (Bloco/PRB, PE) – Ho-menagem ao radialista Anselmo Campelo, da Rádio Cidadania, do Estado de Pernambuco. Agradeci-mento ao Deputado Claudio Cajado pela recepção do orador no Município de Dias D’Ávila, no Estado da Bahia. Congratulações aos membros do PRB. . 60325

ASDRUBAL BENTES (Bloco/PMDB, PA) – Prejuízos decorrentes da interdição da Estrada de Ferro Carajás por trabalhadores rurais sem terra. Apelo ao Presidente do IBAMA no sentido de ree-xame do fechamento de serrarias no Município de Marabá, Estado do Pará. ...................................... 60325

VICENTINHO (PT, SP) – Participação no 9° Congresso dos Servidores Municipais de São Pau-lo. Manutenção do direito de greve dos servidores públicos. Conveniência de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição n° 129, de 2003, sobre a garantia do direito à negociação da categoria. ... 60325

CHICO ALENCAR (PSOL, RJ) – Realização do 6º Encontro Nacional de Fé e Política, sob o tema Pelos Caminhos da América Latina – Uma Nova Terra, no Município de Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro. Transcrição de texto de As Bem-aventu-ranças do Político, do cardeal vietnamita Francisco Van Thuan, ex-Presidente do Pontifício Conselho de Justiça e Paz .................................................... 60326

FRANCISCO RODRIGUES (DEM, RR) – Ur-gente adoção, pelo Governo Federal, de providên-cias para a recuperação da BR-174. ..................... 60326

BARBOSA NETO (Bloco/PDT, PR – Pela or-dem) – Matéria sobre o voto eletrônico no Brasil e no mundo, de autoria do Prof. José Rodrigues Filho, publicado pelo site Congresso em Foco. Contrarie-dade à proposta do Tribunal Superior Eleitoral de utilização de sistema biométrico em pleitos eleitorais. Conveniência de votação do Projeto de Lei nº 739, de 2007, de autoria do orador, acerca da inserção de foto no Título de Eleitor. .................................... 60327

GERALDO PUDIM (Bloco/PMDB, RJ – Pela ordem) – Urgente duplicação de trecho da BR-101 no Estado do Rio de Janeiro. ................................. 60328

LINCOLN PORTELA (PR, MG) – Posiciona-mento favorável à prorrogação do prazo de vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira – CPMF. .............................................. 60328

GORETE PEREIRA (PR, CE) – Transcurso do 129º aniversário de fundação do Município de Ibiapina, Estado do Ceará. Ocorrência de crimes passionais e de atos de violência contra a mulher em Fortaleza. Votos de condolências aos familiares da enfermeira Maria Liduína Aguiar Freire. ........... 60329

VANDER LOUBET (PT, MS) – Índices alar-mantes de acidentes de trânsito no Brasil. Maior rigor

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60257

na punição de motoristas embriagados. Empenho da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Se-guro na organização e na seleção de proposições relativas à alteração de dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro, para a apreciação pela Casa. . 60329

GERALDO PUDIM (Bloco/PMDB, RJ) – Des-cumprimento pela Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, do dis-posto na Lei nº 11.350, de 2006, acerca da con-tratação de Agentes Comunitários de Saúde e de Agentes de Combate às Endemias. ...................... 60330

BRUNO RODRIGUES (PSDB, PE) – Suspen-são das atividades da empresa BRA – Transportes Aéreos S.A. Questionamento quanto ao ressarci-mento de prejuízos de usuários da companhia aé-rea. Demissão de funcionários da BRA. ................ 60330

INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR, PE) – Expansão da caprinovinocultura no sertão do Estado de Per-nambuco. Sucesso da 1ª Exposição de Caprinos e Ovinos – EXPOCAPRI, realizada no Município de Salgueiro. Êxito da Exposição de Caprinos e Ovi-nos realizada no Município de Floresta, em conco-mitância com a Exposição Nacional da Raça Anglo Nubiana. Construção do Centro de Desenvolvimento Tecnológico de Caprinovinocultura no Município de Serra Talhada. ........................................................ 60331

Apresentação de proposições: NELSON BOR-NIER, GORETE PEREIRA, HOMERO PEREIRA, VALDIR COLATTO, IVAN VALENTE, JOÃO CAM-POS, ALEXANDRE SILVEIRA, SILVINHO PECCIO-LI, MOREIRA MENDES, COMISSÃO DE RELA-ÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL, CLÓVIS FECURY, COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL, FER-NANDO CORUJA, ARNALDO JARDIM, GERALDO PUDIM, COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLO-GIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA, RAFAEL GUERRA. .............................................................. 60331

V – ORDEM DO DIAPRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Discus-

são, em turno único, da Medida Provisória nº 393, de 2007, que institui o Programa Nacional de Dra-gagem Portuária e Hidroviária, e dá outras provi-dências. ................................................................ 60337

Votação de requerimento de retirada da me-dida provisória da pauta. ....................................... 60337

Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado GUILHERME CAMPOS (DEM, SP). ............................................................. 60338

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Impor-tância da votação da medida provisória para a de-sobstrução da pauta. ............................................. 60338

ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Imediata votação do requerimento de re-tirada da medida provisória da pauta. ................... 60338

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Resposta ao Deputado Arnaldo Faria de Sá. ........................ 60338

Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT, RJ). ......................... 60338

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Pedido aos Líderes de informação à Presidência sobre a existência de acordo para a votação da matéria. Determinação de início da discussão da medida provisória. .............................................................. 60338

Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado DUARTE NOGUEIRA (PSDB, SP). ....................... 60338

ROBERTO MAGALHÃES (DEM, PE – Pela ordem) – Retirada de requerimentos do DEM. ...... 60339

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Retirada de ofício de requerimentos do DEM. ..................... 60339

CHICO ALENCAR (PSOL, RJ – Pela ordem) – Indagação à Presidência sobre a compatibiliza-ção entre os trabalhos do plenário e a sessão do Congresso Nacional. ............................................. 60339

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Resposta ao Deputado Chico Alencar. .................................. 60339

ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Existência de acordo para a imediata vo-tação da matéria. ................................................... 60339

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Resposta ao Deputado Arnaldo Faria de Sá. ........................ 60339

Usaram da palavra para discussão da matéria os Srs. Deputados WALDIR NEVES (PSDB, MS), DR. UBIALI (Bloco/PSB, SP), DUARTE NOGUEIRA (PSDB, SP), VICENTINHO (PT, SP). .................... 60339

Usou da palavra o Sr. Deputado JOÃO LEÃO (PP, BA), Relator da matéria, para reformulação do parecer. .................................................................. 60341

ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Omissão da leitura do art. 5° do projeto de lei de conversão pelo Relator............................ 60349

Usou da palavra o Sr. Deputado JOÃO LEÃO (PP, BA), Relator da matéria, para complementação da leitura do parecer. ............................................. 60350

DUARTE NOGUEIRA (PSDB, SP – Pela or-dem) – Pedido de esclarecimentos ao Relator da medida provisória. ................................................. 60350

Usou da palavra o Sr. Deputado JOÃO LEÃO (PP, BA), Relator da matéria, para esclarecimento ao Deputado Duarte Nogueira. .............................. 60350

Usaram da palavra pela ordem os Srs. Depu-tados ROBERTO MAGALHÃES (DEM, PE), AR-NALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP), MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT, RJ), DR. UBIALI (Bloco/PSB, SP)...... 60350

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Encerra-mento da discussão. .............................................. 60351

ROBERTO MAGALHÃES (DEM, PE – Pela ordem) – Retirada de requerimentos de destaque do DEM. ................................................................. 60351

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Consulta ao Plenário sobre a dispensa de encaminhamento da votação da matéria. .......................................... 60351

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60258 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

LEONARDO VILELA (PSDB, GO – Pela or-dem) – Retirada de requerimentos de destaque do PSDB. .................................................................... 60351

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Votação do parecer do Relator quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e ur-gência e de sua adequação financeira e orçamen-tária. ....................................................................... 60352

Usaram da palavra para orientação das res-pectivas bancadas os Srs. Deputados MIRO TEIXEI-RA (Bloco/PDT, RJ), LEONARDO VILELA (PSDB, GO), VILSON COVATTI (PP, RS), ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP), CHICO ALENCAR (PSOL, RJ), MOREIRA MENDES (PPS, RO), ROBERTO SAN-TIAGO (PV, SP), MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR, AL), ROBERTO MAGALHÃES (DEM, PE), VICENTINHO (PT, SP), MARCELO ITAGIBA (Blo-co/PMDB, RJ), PAULO ABI-ACKEL (PSDB, MG), JOSÉ MÚCIO MONTEIRO (PTB, PE). .................. 60352

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Aprova-ção do parecer pela admissibilidade. .................... 60353

Votação e aprovação do projeto de lei de conversão. ............................................................. 60353

Votação e aprovação da redação final. ........ 60353Encaminhamento da matéria ao Senado Fe-

deral, incluindo o processado. ............................... 60355PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Informa-

ção ao Plenário sobre convocação de sessão de-liberativa para o dia 12 de novembro de 2007, às 18h. ........................................................................ 60355

VI – ENCERRAMENTO2– TERMO DE ATA DA CÂMARA DOS

DEPUTADOS, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA OR-DINÁRIA, DA 53ª LEGISLATURA, EM 08 DE NO-VEMBRO DE 2007.

TERMO DE ATA DE 08/11/2007PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Anúncio

de abertura dos trabalhos após o encerramento da sessão do Congresso Nacional. ............................ 60364

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Can-celamento da sessão ordinária prevista para as 14h30min, tendo em vista a realização de sessão do Congresso Nacional. Realização pela Casa de sessão solene ao ensejo do transcurso do 19º ani-versário de promulgação da Constituição Federal, dia 9 de novembro de 2007, às 15h. ..................... 60364

3 – DECISÃO DO PRESIDENTE– Arquive-se, nos termos do artigo 133 do

RICD, o PL nº 942/07............................................. 60378– Arquivem-se, nos termos do § 4º do artigo

58 do RICD, os PLs nºs 6.810 e 7.395, de 2002 . . 603784 – PARECERES – Projetos de Lei nºs 1.765-

A/99, 1.816-C/99, 1.304-A/03, 4.496-A/04, 4.572-B/04, 4.677-B/04, 4.970-A/05, 5.653-A/05, 7.269-A/06, 112-A/07, 444-A/07 e 1.477-A/07; Projeto de Decreto Legislativo nº 27-A/07. ............................. 60378

COMISSÃO

5 – ATASa) Comissão Especial destinada a proferir pa-

recer à PEC nº 308-A/04, 1ª Reunião (Ordinária), em 31.5.07, 2ª Reunião (Ordinária), em 14.6.07, 3ª Reunião (Ordinária), em 20.6.07, 4ª Reunião (Ordinária), em 5.7.07, 5ª Reunião (Ordinária), em 12.7.07, * 6ª Reunião (Audiência Pública), em 8.8.07, * 7ª Reunião (Audiência Pública), em 15.8.07, * 8ª Reunião (Audiência Pública), em 22.8.07, 9ª Reunião (Ordinária), em 12.9.07, 10ª Reunião (Ordinária), em 26.9.07 e Termo de Reunião, em 3.10.07. ....... 60405

*Atas com notas taquigráficas.6 – DESIGNAÇÃOComissão de Finanças e Tributação, em

8.11.07. .................................................................. 604607 – MESA8 – LÍDERES E VICE-LÍDERES9 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO10 – COMISSÕES

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60259

Ata da 313ª Sessão, Extraordinária, Matutina, em 08 de novembro de 2007

Presidência dos Srs.: Arlindo Chinaglia, Presidente; Inocêncio Oliveira, 2º Vice-Presidente

ÀS 9 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.:

Inocêncio OliveiraManato

PARÁ

Beto Faro PTGerson Peres PPZequinha Marinho PMDB PmdbPscPtcPresentes Pará: 3

RONDONIA

Anselmo de Jesus PTEduardo Valverde PTMoreira Mendes PPSNatan Donadon PMDB PmdbPscPtcPresentes Rondonia: 4

MARANHÃO

Carlos Brandão PSDBGastão Vieira PMDB PmdbPscPtcJulião Amin PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPPedro Fernandes PTBWaldir Maranhão PPPresentes Maranhão: 5

CEARÁ

Chico Lopes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhsPFlávio Bezerra PMDB PmdbPscPtcJosé Guimarães PTJosé Linhares PPManoel Salviano PSDBVicente Arruda PRPresentes Ceará: 6

PIAUÍ

B. Sá PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPMarcelo Castro PMDB PmdbPscPtcNazareno Fonteles PTPresentes Piauí: 3PARAÍBALuiz Couto PTPresentes Paraíba: 1

PERNAMBUCO

Fernando Ferro PTPresentes Pernambuco: 1

SERGIPE

Iran Barbosa PTJackson Barreto PMDB PmdbPscPtcPresentes Sergipe: 2

BAHIA

Alice Portugal PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhsPTonha Magalhães PRWalter Pinheiro PTPresentes Bahia: 3

MINAS GERAIS

José Santana de VasconcelloPRJúlio Delgado PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPLincoln Portela PRMário Heringer PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPPresentes Minas Gerais: 4

ESPÍRITO SANTO

Jurandy Loureiro PSC PmdbPscPtcPresentes Espírito Santo: 1

RIO DE JANEIRO

Carlos Santana PTEduardo Cunha PMDB PmdbPscPtcFernando Lopes PMDB PmdbPscPtcNelson Bornier PMDB PmdbPscPtcPresentes Rio de Janeiro: 4

SÃO PAULO

Dr. Talmir PVFrancisco Rossi PMDB PmdbPscPtcJorge Tadeu Mudalen DEMJosé Aníbal PSDBJosé Paulo Tóffano PVNelson Marquezelli PTBPaulo Pereira da Silva PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPReinaldo Nogueira PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPRicardo Tripoli PSDBPresentes São Paulo: 9

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60260 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

MATO GROSSO

Carlos Abicalil PTPresentes Mato Grosso: 1

DISTRITO FEDERAL

Jofran Frejat PRPresentes Distrito Federal: 1

GOIÁS

João Campos PSDBPresentes Goiás: 1

MATO GROSSO DO SUL

Dagoberto PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPPresentes Mato Grosso do Sul: 1

PARANÁ

Affonso Camargo PSDBAssis do Couto PTLuiz Carlos Setim DEMMarcelo Almeida PMDB PmdbPscPtcMoacir Micheletto PMDB PmdbPscPtcNelson Meurer PPOdílio Balbinotti PMDB PmdbPscPtcRatinho Junior PSC PmdbPscPtcRicardo Barros PPPresentes Paraná: 9

SANTA CATARINA

Angela Amin PPValdir Colatto PMDB PmdbPscPtcPresentes Santa Catarina: 2

RIO GRANDE DO SUL

Afonso Hamm PPBeto Albuquerque PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPDarcísio Perondi PMDB PmdbPscPtcMarco Maia PTPepe Vargas PTPresentes Rio Grande do Sul: 5

I – ABERTURA DA SESSÃO

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Olivei-ra) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 68 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.

Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior.

II – LEITURA DA ATA

O SR. MANATO, 1º Suplente de Secre-tário, servindo como 2º Secretário, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Passa-se à leitura do expediente.

O SR. MANATO, 1º Suplente de Secre-tário, servindo como 1º Secretário, procede à leitura do seguinte

III – EXPEDIENTE

Of. nº 476/2007-CN

Brasília, 6 de novembro de 2007

Exmº Sr.Deputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Comunico a V. Exª e, por seu alto intermédio, à

Câmara dos Deputados, que foi autuado, por solicita-ção do Presidente da Comissão Mista de Planos, Or-çamentos Públicos e Fiscalização, e lido na sessão do Senado Federal realizada nesta data, o Aviso nº 36, de 2007-CN (nº 1.581-Seses-TCU/2007, na origem), do Presidente do Tribunal de Contas da União, e retorna à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

Aproveito a oportunidade para renovar a V. Exª protestos de estima e consideração. – Senador Tião Viana, Presidente do Senado Federal, Interino.

AVISO Tribunal de Contas da União

Aviso nº 36 de 2007-CN (nº 1.581-Seses-TCU/2007, na origem), que encaminha à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscaliza-ção, cópia do Acórdão nº 2.255, de 2007-TCU (Plená-rio), bem como dos respectivos relatório e voto que o fundamentam, referente a levantamento de auditoria relativo à construção da BR-230 (Transamazônica) no Estado do Pará, trecho Marabá/Altamira/Itaituba – Programa de Trabalho 26.782.0236.1516.0004. (TC nº 006.687/2004-5).

O expediente lido retorna à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

Será feita comunicação à Câmara dos Deputados.

Publique-se. Em 8-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60261

Of. nº 477/2007-CN

Brasília, 6 de novembro de 2007

Exmº Sr.Deputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Comunico a V. Exª e, por seu alto intermédio,

à Câmara dos Deputados, que foi lida na sessão do Senado Federal realizada nesta data, Mensagem nº 172, de 2007-CN (nº 827/2007, na origem), pela qual o Senhor Presidente da República, em aditamento à Mensagem nº 679, de 14 de setembro de 2007, en-caminha ao Congresso Nacional retificação parcial das informações complementares ao Projeto de Lei Orçamentária de 2008, de conformidade com inclusa exposição de motivos do Senhor Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, e foi juntada ao processado da Mensagem nº 123, de 2007-CN, e despachada à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

Aproveito a oportunidade para renovar a V. Exª protestos de estima e consideração. – Senador Tião Viana, Presidente do Senado Federal, Interino.

Sobre a mesa mensagem presidencial que será lida pelo Senhor Primeiro Secretário.

Mensagem nº 172, de 2007–CN (nº 827/2007, na origem), pela qual o Senhor Presidente da República, em aditamento à Mensagem nº 679, de 14 de setembro de 2007, encaminha ao Congresso Nacional retificação parcial das informações complementares ao Projeto de Lei Orçamentária de 2008, de conformidade com inclusa Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão.

A mensagem lida, juntada ao processado da Mensagem nº 123, de 2007, vai à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

Será feita comunicação à Câmara dos Depu-tados.

Publique-se. Em 8-11-07.– Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Of. PSDB nº 822/2007

Brasília, 7 de novembro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência o Deputado William

Woo, como membro suplente, em substituição ao Depu-tado Albano Franco, para integrar a Comissão Parla-

mentar de Inquérito destinada a investigar, pelo prazo certo de 120 dias, escutas telefônicas clandestinas/ile-gais, conforme denúncia publicada na Revista “Veja”, edição 2.022, nº 33, de 22 de agosto de 2007.

Respeitosamente, – Deputado Antonio Carlos Pannunzio, Líder do PSDB.

Publique-se. Em 8-11-2007– Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Of. nº 472

Brasília, 7 de novembro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Indico o Deputado Eduardo da Fonte – PP/PE

como Suplente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania – CCJC.

Atenciosamente, – Deputado Mário Negromon-te, Líder do PP.

Defiro. Publique-se. Em 8-11-2007.– Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

OF. CCTCI-P/740/07

Brasília, 24 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosAssunto: PL nº 1.304/03

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento

ao disposto no art. 58 do Regimento Interno, a apre-ciação, por este Órgão Técnico, do Projeto de Lei nº 1 .304/03

Solicito a V. Exª autorizar a publicação do referido projeto e do parecer a ele oferecido.

Atenciosamente, – Deputado Julio Semeghini, Presidente.

Publique-se.Em 8-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

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60262 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

OF. CCTCI-P/754/07

Brasília, 31 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosAssunto: PL nº 4.677/04

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento

ao disposto no art. 58 do Regimento Interno, a apre-ciação, por este Órgão Técnico, do Projeto de Lei nº 4.677/04.

Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e do parecer a ele oferecido.

Atenciosamente, – Deputado Julio Semeghini, Presidente.

Publique-se.Em 8-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OF. CCTCI-P/755/07

Brasília, 31 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosAssunto: PL nº 5.653/05

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento

ao disposto no art. 58 do Regimento Interno, a apre-ciação, por este Órgão Técnico, do Projeto de Lei nº 5.653/05.

Solicito a V. Exª autorizar a publicação do referido projeto e do parecer a ele oferecido.

Atenciosamente, – Deputado Julio Semeghini, Presidente.

Publique-se.Em 8-11-07. Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

OF. Nº 455 – PP/2007 – CCJC

Brasília, 23 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, para as pro-

vidência regimentais cabíveis, o Projeto de Decreto

Legislativo nº 27/2007 apreciado por este Órgão Téc-nico, nesta data.

Aproveito o ensejo para reiterar a V. Exª protestos de elevada estima e distinta consideração. – Deputado Leonardo Picciani, Presidente.

Publique-se.Em 8-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OF. nº 461 – PP/2007 – CCJC

Brasília, 23 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-

to ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº

1.816-B/1999.Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação

do referido projeto e parecer a ele oferecido.Atenciosamente, – Deputado Leonardo Piccia-

ni, Presidente.

Publique-se.Em 8-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OF. nº 463 – PP/2007 – CCJC

Brasília, 23 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-

to ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº

4.572-A/2004.Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação

do referido projeto e parecer a ele oferecido.Atenciosamente, – Deputado Leonardo Piccia-

ni, Presidente.

Publique-se.Em 8-11-07 . – Arlindo Chinaglia, .Pre-

sidente

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60263

Of. Nº 392/2007/CDC–P

Brasília, 17 de outubro de 2007

Ao Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosAssunto: Publicação do PL nº 1.477/2007.

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-

to ao disposto no artigo 58 do Regimento Interno, a apreciação do Projeto de Lei nº 1.477/2007, do Senado Federal (PLS nº 314/2006), que “inclui dispositivo na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor, para determinar que conste, nos documentos de cobrança de dívida encaminhados ao consumidor, o nome e o endereço do fornecedor do produto ou serviço”, para publicação da referida proposição e do parecer a ela oferecido.

Atenciosamente, – Deputado Carlos Sampaio, 1º Vice-Presidente, no exercício da Presidência.

Publique-se.Em 8-11-07 . – Arlindo Chinaglia

Presidente

Of.Pres. – nº 630/07-CEC

Brasília, 24 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorArlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosEdifício PrincipalAssunto: Comunica apreciação de Proposição.

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência, para as provi-

dências regimentais cabíveis, que o Projeto de Lei nº

1.765, de 1.999, e os PLs nºs 1.819/99 e 4.413/01, apensados, foram apreciados, nesta data, por este Órgão Técnico.

Atenciosamente, – Deputado Gastão Vieira, Pre-sidente.

Publique-se.Em 8-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Ofício nº 485/07 – Pres.

Brasília, 29 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,

Comunico a Vossa Excelência que esta Comis-são, em reunião realizada em 23-10-07, proferiu pa-recer pela rejeição do Projeto de Lei nº 4.970/05, nos termos do parecer do Relator, Deputado Mendes Ri-beiro Filho.

Respeitosamente, – Deputado João Campos, Presdente.

Publique-se.Em 8-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Oficio nº 487/07 – Pres.

Brasília, 29 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que esta Comissão,

em reunião realizada em 23-10-07, proferiu parecer pela aprovação do Projeto de Lei nº 112/07, nos termos do parecer do Relator, Deputado Fernando Melo.

Respeitosamente, – Deputado João Campos, Presidente.

Publique-se.Em 8-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Ofício nº 489/07 – Pres.

Brasília, 29 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que esta Comissão,

em reunião realizada em 23/10/07, proferiu parecer pela aprovação, do Projeto de Lei n0 7.269/06, nos termos do parecer do Relator, Deputado Guilherme Campos, com complementação de voto e emenda.

Respeitosamente, – Deputado João Campos, Presidente.

Publique-se. Em 08.11.07. – Arlindo Chiaglia, Pre-

sidente.

Of. Pres. nº 256/07/CTASP

Brasília, 24 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

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60264 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Assunto: Publicação de proposição apreciada.

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento

ao disposto no art. 58 do Regimento Interno, a apre-ciação do Projeto de Lei nº 4.496/2004 por este órgão técnico.

Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e do parecer a ele oferecido.

Atenciosamente, – Deputado Nelson Marque-zelli, Presidente.

Publique-se. Em 08.11.07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Ofício P-269/07/CVT

Brasília, 24 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosAssunto: Apreciação conclusiva de projeto de lei

Senhor Presidente,Em cumprimento ao disposto no art. 58, caput,

do Regimento Interno, comunico a V. Exa que a Co-missão de Viação e Transportes, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou o Projeto de Lei nº 444/07 – da Srª Sandra Rosado – que “altera a redação do inciso IX do art. 22, da Lei nº 9.503, de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro”.

Atenciosamente, – Deputado Eliseu Padilha, Presidente.

Publique-se. Em 8-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

PROJETO DE LEI Nº 2.261, DE 2007 (Do Sr. Décio Lima)

Altera o art. 105 do Código de Trânsito Brasileiro – Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – para dispor sobre a obrigatorie-dade de fornecimento de capacetes como equipamentos obrigatórios das motoci-cletas.

Despacho: Apense-se ao PL 2210/2007.

Apreciação: Proposição Sujeita à Aprecia-ção Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta Lei altera o art. 105 da Lei nº 9.503,

de 23 de setembro de 1997, para incluir, entre os equi-pamentos obrigatórios das motocicletas, motonetas e ciclomotores, dois capacetes de segurança.

Art. 2º O art. 105 da Lei nº 9.503, de 1997, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso VII:

“VII – dois capacetes de segurança, para as motocicletas, motonetas e ciclomotores.

.................................................... (NR)”

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

Muitos são os equipamentos obrigatórios dos ve-ículos automotores, tanto os definidos diretamente no Código de Trânsito Brasileiro, quanto aqueles oriundos de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN. A despeito de sua natureza imprescin-dível, os capacetes para motociclistas não se incluem entre os equipamentos obrigatórios desses veículos, devendo o condutor e o passageiro o adquirirem se-paradamente.

Em nosso entendimento, julgamos ser necessá-ria a existência de legislação que obrigue os fabrican-tes de motocicletas a fornecerem, na venda de cada veículo, dois capacetes de segurança, destinados à proteção do condutor e do passageiro. Esse equipa-mentos seriam então considerados como obrigatórios para esses veículos, do mesmo modo que outros o são para os automóveis.

É preciso complementar a responsabilidade do uso do capacete pelo condutor e passageiro das motoci-cletas, disposição já prevista no Código de Trânsito, com a responsabilidade pelo fornecimento do equipamento para os veículos novos, a qual seria dos fabricantes das motocicletas, motonetas e ciclomotores.

A importância do capacete é tão grande, que mui-tos revendedores de motocicletas já o estão ofertan-do, como brinde, para promoverem as vendas desses veículos. Com a obrigatoriedade que buscamos, esse tipo de conduta deixaria de ser uma liberalidade do revendedor, passando a constituir uma obrigação do fabricante, em prol da segurança do trânsito.

Pelo exposto, em função do alcance social da ma-téria, esperamos contar com o apoiamento dos nobres Pares para a aprovação do presente projeto de lei.

Sala das Sessões, 23 de outubro de 2007. – Depu-tado Décio Lima.

PROJETO DE LEI Nº 2.265, DE 2007 (Do Sr. Rodovalho)

Dispõe da extensão, aos acompanhan-tes, de direitos e vantagens legalmente as-segurados às pessoas com deficiência que dependam de acompanhantes ou cuidado-res para sua mobilidade e acesso educa-

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60265

cional, cultural, turístico e desportivo e dá outras providências.

Despacho: Apense-se ao PL 7699/2006.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Ficam estendidos à pessoa acompanhante,

o acesso preferencial, a isenção de pagamento e/ou a redução de preço de tarifas, sem limite de viagens, em todas as modalidades de transporte coletivo – ônibus, metrô e trem, concedidos pelo Poder Público às pes-soas com deficiência dependentes de acompanhante para sua mobilidade.

Art. 2º Ficam estendidos à pessoa acompanhante o acesso preferencial, a gratuidade e/ou o percentual de desconto no preço da passagem do transporte direcio-nado ou do bilhete de ingresso aos eventos educacio-nais, espetáculos e eventos culturais e desportivos, aos estádios, museus, casas de cultura, feiras e espaços culturais organizados ou apoiados pelo Poder Públi-co, que forem concedidos às pessoas com deficiência dependentes de acompanhante para sua mobilidade, independente de sua condição sócio-econômica.

Parágrafo único. Os benefícios arrolados no caput estendem-se aos parques nacionais e às demais uni-dades de conservação ambiental administradas pelo Poder Público e abertos à visitação.

Art. 3º O Poder Público tomará as medidas de acessibilidade e provisão de equipamentos, tecnolo-gias assistivas, treinamento e de recursos materiais e humanos para incentivar e promover a maior participa-ção possível das pessoas com deficiência dependen-tes de acompanhantes nas atividades educacionais, culturais, recreativas, turísticas, esportivas e de lazer, em igualdade de oportunidades com as demais pes-soas, inclusive no ambiente escolar.

Parágrafo único. O Poder Público cuidará para que os empreendimentos e os locais públicos de interes-se turístico garantam os requisitos de acessibilidade e as adaptações necessárias ao acesso das pessoas com deficiência e de seus acompanhantes, em todo o território nacional.

Art. 4º Regulamentação apropriada definirá, em até cento e oitenta dias após a publicação desta Lei, a instituição responsável pelo reconhecimento da ne-cessidade do concurso de outra(s) pessoa(s) para que a pessoa com deficiência possa realizar os atos essenciais da vida diária, decorrente do atestado de sua dificuldade ou impossibilidade de autonomamen-te utilizar os meios de transporte públicos coletivos e frequentar os serviços, bens e locais públicos educa-cionais, culturais, turísticos e desportivos bem como

estabelecerá a forma de identificação dos beneficiá-rios desta lei.

Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

No ano 2000 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou coleta de dados inédita sobre os brasileiros com deficiência. Quando da publicação dos resultados, em 2003, descobriu-se que 14,5% da população nacional era constituída de pessoas com deficiências em diferentes graus e modalidades, o correspondente a cerca de 24,5 milhões. As deficiên-cias visuais representavam quase a metade do total de casos informados: eram 12 milhões de pessoas, a maioria, idosas. Com base nesses dados censitários de 2000, a UNICEF elaborou o Relatório ‘Situação da Infância Brasileira – 2004’, no qual mostrou que mais de 22% das crianças e dos adolescentes portadores de deficiência eram analfabetos, enquanto que entre os não-portadores da mesma faixa de idade, a taxa de analfabetismo caia para quase a metade (11,7%). A UNICEF mostrou que uma criança deficiente brasi-leira tinha duas vezes mais chance de não freqüentar escola e de não se alfabetizar, entre 7 e 14 anos. Se tivesse de 12 a 17 anos, as chances de não-alfabetiza-ção eram 4 vezes maiores do que as correspondentes aos não-deficientes.

Entretanto, a Carta Magna assegura a todos os cidadãos brasileiros – aos deficientes, inclusive – o di-reito à educação e de acesso à cultura, ao esporte e ao lazer e define também as responsabilidades do Poder Público para com a oferta educacional e cultural em seus diversos níveis. Vasta legislação infraconstitucio-nal, por sua vez, traz especificações que assegurem o cumprimento destes dispositivos constitucionais, volta-dos aos cidadãos com deficiência. É o caso da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), por exemplo, que estabelece que a educação das crianças e jovens deficientes deve se dar preferencialmente nas turmas comuns das escolas da rede regular de ensino, posição esta reafirmada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), em 2001, nas Diretrizes Nacionais da Educação Especial na Educação Básica.

Ora, o acesso às bibliotecas – escolares e pú-blicas – e aos museus, espetáculos teatrais e circen-ses, cinemas, shows e apresentações musicais, tanto quanto a presença, nos currículos, das diversas artes e da prática desportiva e do turismo escolar, são com-ponentes obrigatórios da boa formação de qualquer criança ou adolescente de uma nação que se quer civilizada. Decerto que um cuidado adicional deve ser garantido à formação infanto-juvenil dos mais pobres

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e em situação de risco social, que dependerão quase que exclusivamente da oferta pública dos bens edu-cativos, culturais, desportivos, de turismo e lazer, para acederem a tais direitos constitucionais. Não podemos, portanto, nos descuidar, em termos gerais, de fiscali-zar o Poder Público, nas diversas esferas correlatas, cobrando o cumprimento do que prevê o aparato legal quanto à acessibilidade plena dos deficientes aos lo-cais e aos bens e processos educacionais, de cultura, ao lazer, ao esporte.

Mas a questão aqui focalizada remete a um pro-blema bem maior, e que agrava as muitas dificulda-des objetivas que os milhões de brasileiros deficientes – grandes e pequenos – já enfrentam em sua vida di-ária, para exercerem seu direito à educação, à cultu-ra e ao lazer. Estamos nos referindo aos redobrados problemas encontrados por aqueles que, em razão do(s) tipo(s) de deficiência que apresentam, não são livres e independentes, como os demais cidadãos, para exercerem sua liberdade de ir e vir. Em maior ou menor grau, é o caso, por exemplo, das milhares de pessoas com deficiências visuais, auditivas, motoras e mentais mais ou menos severas, cuja mobilidade depende absolutamente de acompanhante ou cuida-dor que lhes assegure as condições mínimas ou lhes intermedeie o acesso efetivo à experiência e aos bens de educação, cultura, desporto, lazer e turismo, a que eles têm direito.

São, de fato, inúmeras as situações em que o portador de deficiência não consegue, sozinho, rea-lizar ações como orientar-se nas ruas, tomar banho, apertar botões de elevadores, abrir portas, carregar compras, alcançar balcões elevados, viajar, subir ou descer escadas, conduzir sua cadeira de rodas, em-barcar ou desembarcar de veículos ou de transportes coletivos, dirigir, entre outras. Se nós, parlamentares, não tivermos sensibilidade para lhes conceder o apoio diferencial que os nivele com os demais cidadãos, os preceitos constitucionais e legais relativos à igualda-de de oportunidades e de direitos não passarão, para eles, de bela letra morta.

É interessante notar que, com raras exceções(as leis do passe-livre estão entre elas), não há pratica-mente dispositivos legais no Brasil que assegurem facilidades a tais acompanhantes ou cuidadores de deficientes. A bem da verdade, até existem hoje no Brasil, nos estados e municipíos, leis, que garantem os direitos dos cães-guia, fiéis acompanhantes de mui-tos deficientes visuais. Mas quando se trata de seres humanos, a ausência normativa é quase sempre um fato! As consequências, evidentemente, deságuam no aprofundamento da exclusão dos deficientes-depen-dentes da vida social, educativa, desportiva e cultural, pois sem o apoio indispensável de seus acompanhantes e cuidadores, eles sequer poderão sair de suas casas

para conviver no espaço público, como os demais. E em várias situações, o legislador até cuidou de assegurar diretamente às pessoas com deficiência, tais condi-ções de acesso, mas sem o condizente complemen-to da extensão da vantagem a seus acompanhantes, acaba por se anular o benefício assegurado. E isso é uma grande injustiça!

Assim, este Projeto de Lei virá reparar essa lacu-na, dando chances reais aos deficientes necessitados e dependentes de acompanhantes, de disporem de iguais oportunidades de acesso e fruição aos bens e recursos educativos, culturais, desportivos, turísticos e de lazer, hoje socialmente disponíveis e que resul-taram de séculos de trabalho e de história de tantas gerações de brasileiros. E em vista do exposto, solicito de meus nobres colegas deputados a aprovação desta Proposição, que sem dúvida contribuirá para melho-rar as condições de vida de milhares de pessoas com deficiência em nosso País.

Sala das Sessões, 23 de outubro de 2007. – Depu-tado Rodovalho.

PROJETO DE LEI Nº 2.276, DE 2007 (Da Sra. Jô Moraes)

Modifica a redação da ementa e o art. 1º da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que trata dos preconceitos de raça ou de cor.

Despacho: Apense-se ao PL 5448/2001.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário

O Congresso Nacional decreta:Art.1º Esta lei atualiza a Ementa e inclui o pre-

conceito contra pessoas portadores de deficiência como tipo de crime.

Art. 2º A Ementa da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Define os crimes resultantes de precon-ceitos de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional e deficiência”

Art. 3º O art. 1º da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceitos de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional e deficiência.

Parágrafo único. Não se inclui no tipo criminal descrito neste artigo a proibição de o deficiente realizar atos incompatíveis com a natureza da sua deficiência.”

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60267

Justificação

A dignidade humana e a solidariedade foram eri-gidas pelo legislador constitucional, como premissas básicas na organização e ordenação da sociedade brasileira.

Consentâneo com essas orientações básicas, vários atos legislativos infra-constitucionais, regulari-zaram sua aplicação prática, inclusive estabelecendo sanções.

Ao analisarmos a Lei de nº 7.716 de 1989, que trata de preconceitos, constatamos que seria ela aper-feiçoada se da ementa constasse o elenco das ações inaceitáveis que caracterizam o crime.

E ao nominar tais ações, verificamos ser de toda pertinência colocar o preconceito contra deficientes, como ato susceptível de merecer a repulsa social, cri-minalizando-se essa atitude.

Realmente, não pode ser aceita pela sociedade justa e democrática a proibição de que certos seres, pelo fato vg, de não possuírem uma perna, serem proibidos de adentrarem a um restaurante, ou, se ad-mitidos, sofrerem tratamento desatencioso.

Para ajudar a dirimir dúvidas que possam surgir sobre o limite da permissão outorgada ao deficiente, tornamos claro que a sanção não se aplica no caso de o pretenso ofendido, por emulação ou capricho, de-sempenhar e pretender que sejam aceitas atividades incompatíveis com suas restrições.

São estas razões que alicerçam nossa proposta para a qual pedimos apoio dos nossos pares.

Sala das Sessões, 24de outubro de 2007. – Depu-tada Jô Moraes.

PROJETO DE LEI Nº 2.279, DE 2007 (Da Sra. Vanessa Grazziotin e Outros)

Dispõe sobre a não aplicação de leis estrangeiras de caráter discriminatório e que possuam efeitos extraterritoriais a to-dos os jurisdicionados brasileiros e dá ou-tras providências.

Despacho: Às Comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e Constitui-ção e Justiça e de Cidadania (mérito e art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Não se aplicam aos jurisdicionados bra-

sileiros quaisquer dispositivos de leis estrangeiras de caráter discriminatório e que geram efeitos extraterri-toriais, com o intuito de afetar o comércio ou os inves-timentos internacionais.

Parágrafo Único: Ressalve-se do dispositivo conti-do no “caput”, as decisões normativas provenientes de Organizações Internacionais Governativas das quais o Brasil faça parte, tendo firmado e ratificado seus tratados instituitivos.

Art. 2º Não são homologáveis no Brasil sentenças ou laudos arbitrais estrangeiros em leis discriminatórias e que gerem efeitos extraterritoriais, com o intuito de afetar o comércio ou os investimentos internacionais.

Art. 3º Esta lei em vigor na data de sua publi-cação.

Justificação

A política norte americana, denominada na sua versão pós-moderna, de “Plano Bush”, moldada às circunstâncias atuais do poder militar e tecnológico, trombeteia aos quatro cantos do mundo que o blo-queio norte-americano continua no intuito de “causar a fome, o desespero do povo e a queda do governo cubano”, obrigando o retorno desse país ao passado neocolonial.

As leis Torricelli e Helms-Burton, fortalecidas por esse Plano Bush, provocam inúmeros prejuízos tanto para Cuba, quanto para outros países. Proibem, por exemplo, que subsidiárias norte-americanas sediadas nos países países do “terceiro mundo” realizem qual-quer tipo de transação com empresas em Cuba; que as empresas desses países exportem para os Estados Unidos produtos de origem cubana ou produtos que em sua elaboração contenham algum componente dessa origem; que vendam bens ou serviços a Cuba, cuja tecnologia contenha mais de 10% de componen-tes estadunidenses, embora seus proprietários sejam nacionais desses países.

Proibem ainda que entrem nos portos estadu-nidenses navios que transportem produtos desde ou para Cuba, independentemente do país de matrícula; que bancos de terceiros países abram contas em dó-lares norte-americanos a pessoas jurídicas ou naturais cubanas, ou realizem transações financeiras nessa moeda com entidades ou pessoas cubanas.

O Canadá e a União Européia viabilizaram nor-mas internacionais para a proteção de seus interesses nacionais, inclusive confrontando politicamente com a lei “Helms-Burton”. O México desde 1996, editou a “Ley de Protecciion al Comercio y la Inversion de Normas Extranjeras que Contravengam el Derecho Internacional”.

Esta internação ao povo cubano é um ato de genocídio que fere a II Convenção de Genebra de 1948 e um ato de guerra econômica, de acordo com a Conferência Naval de Londres, de 1909. Uma política criminosa que se estende aos cidadãos e entidades

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60268 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

de países do terceiro mundo, em franca transgressão às leis desses estados.

É imprescindível que o Brasil zeloso da sua so-berania e independência, assim como seu respeito e sujeição ao Direito Internacional e a convivência harmô-nica entre Nações, posicione-se enfaticamente contra o arbítrio e a truculência intoleráveis, representados pela lei discriminatória do governo norte-americano, apro-vada pelo Congresso em março de 1996 pelo Senador Jesse Helmes e pelo deputado Dan Burton.

Estas são as razões que nos inspiraram a apre-sentar o presente projeto de lei, para cuja aprovação esperamos contar com o apoio dos ilustres Pares.

Sala das Sessões, 23 de Outubro de 2007. – Deputada Vanessa Grazziotin, PCdoB/AM.

Proposição: PL. 2279/07

Autor da Proposição: Vanessa Grazziotin e outros

Data da Apresentação: 24/10/2007

Ementa: Dispõe sobre a não aplicação de leis estran-geiras de caráter discriminatório e que possuam efeitos extraterritoriais a todos os jurisdicionados brasileiros e dá outras providências.

Possui Assinaturas Suficientes: Conferindo

Totais de Assinaturas: Confirmadas 032Não Conferem 000Licenciados 000Repetidas 000Ilegíveis 000Retiradas 000Total 032

Assinaturas Confirmadas

ADÃO PRETTO PT RSALICE PORTUGAL PCdoB BABETO ALBUQUERQUE PSB RSCHICO ALENCAR PSOL RJCHICO LOPES PCdoB CEDANIEL ALMEIDA PCdoB BAFERNANDO DE FABINHO DEM BAHENRIQUE FONTANA PT RSIBSEN PINHEIRO PMDB RSIVAN VALENTE PSOL SPJACKSON BARRETO PMDB SEJÔ MORAES PCdoB MGJOSÉ GENOÍNO PT SPJOSÉ GUIMARÃES PT CELUCIANA GENRO PSOL RSLUIZA ERUNDINA PSB SPMANUELA D’ÁVILA PCdoB RSMARCELO SERAFIM PSB AMMAURO NAZIF PSB RO

NILSON MOURÃO PT ACPAULO RENATO SOUZA PSDB SPPAULO ROCHA PT PAPAULO RUBEM SANTIAGO PT PEPEDRO EUGÊNIO PT PEPERPÉTUA ALMEIDA PCdoB ACRICARDO TRIPOLI PSDB SPROGÉRIO MARINHO PSB RNSARNEY FILHO PV MASILVIO COSTA PMN PEULDURICO PINTO PMN BAVANESSA GRAZZIOTIN PCdoB AMVICENTINHO PT SPFIM DO DOCUMENTO

PROJETO DE LEI Nº 2.284, DE 2007 (Dos Srs.Dr. Talmir e Luiz Bassuma)

Dispõe sobre a obrigatoriedade de fornecimento de número de protocolo nos atendimentos telefônicos.

Despacho: Apense-se ao PL 5853/2005.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta lei dispõe sobre a obrigatoriedade de

fornecimento de número de protocolo nos atendimentos telefônicos destinados ao recebimento de solicitações dos usuários.

Art. 2º A Lei nº 9.472, de 16 julho de 1997, passa a vigorar acrescida do seguinte artigo 61-A.

“Art.61-A Os serviços de atendimento telefônico oferecidos por entidades públicas ou privadas destinados ao recebimento de solicitações dos usuários ficam obrigados a fornecer número de protocolo que permita consulta posterior.

Parágrafo único. O protocolo disporá de características técnicas que permitam sua utilização como prova material do contato re-alizado.”

Art. 3º Esta lei entra em vigor no ato de sua pu-blicação.

Justificação

A ampliação da disponibilidade dos serviços de telecomunicações no País e a conseqüente redução nos preços levaram a um processo de substituição dos aparatos de atendimento presencial dos órgãos públicos e das empresas pelo atendimento remoto ope-rado por meio de sistemas telefônicos do tipo “0800”

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60269

ou “0300”. Essa dinâmica, que permite reduções sig-nificativas de custos para as empresas, porém, ainda carece de aperfeiçoamentos, haja vista a quantidade de reclamações de usuários.

Os mecanismos de controle oferecidos aos con-sumidores são certamente um aspecto que merece revisão, tendo em vista que a falta de documentos que permitam comprovar as solicitações de atendimento – pois os contatos são feitos de forma remota – im-pede que os usuários possam acompanhar o fluxo de atendimento de sua demanda.

Assim, estamos apresentando este Projeto de Lei, que tem o objetivo de incluir um artigo na Lei nº 9.472, de 1997 – Lei Geral de Telecomunicações – para obri-gar os fornecedores de serviços de tele-atendimento a fornecer número de protocolo de atendimento que possibilite o controle posterior do andamento de suas demandas.

Diante do exposto, peço o apoio aos nobres par-lamentares desta Casa para a sua aprovação deste Projeto de Lei.

Sala das Sessões, 25 de outubro de 2007. – Deputado Dr. Talmir, PV-SP – Deputado Luiz Bas-suma, PT-BA.

PROJETO DE LEI Nº 2.299, DE 2007 (Da Sra. Sandra Rosado)

Acrescenta a alínea ‘’m’’ ao inciso II do art. 61 do Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal.

Despacho: Apense-se ao PL 1426/1999.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º O inciso II, do art. 61, do Decreto-Lei n.º

2.848, de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal, passa a vigorar acrescido da seguinte alínea ‘m’:

“Art. 61. .................................................II – ........................................................m) utilizando-se, indevidamente, de uni-

formes, fardas, vestimentas ou acessórios oficiais, determinada a certa categoria de in-divíduos, capazes intimidar ou induzir as víti-mas em erro.”

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

Fardas, uniformes, vestimentas e acessórios ofi-ciais, determinados a certas categorias de indivíduos, como funcionários de empresas públicas e privadas

(policiais, bombeiros, médicos, enfermeiros, empre-sas de limpeza e conservação, segurança, transporte etc.) chegam com facilidade às mãos de criminosos em todo Brasil.

São vendidos em lojas e até pela internet, sem qualquer tipo de controle, assim como são costumei-ramente falsificados. Por conta disso, cresce o núme-ro de crimes cometidos por pessoas que se utilizam destas vestes para intimidar e induzir em erro as suas vítimas, que, naquele dado momento, admitem como se legítimas fossem.

Daí a presente iniciativa, com o intuito de intimidar esses mariginais, trazendo como mais uma circuns-tância agravante a utilização dessas vestes e acessó-rios oficiais para o cometimento de crime, razão pela qual conclamamos os nobres Pares para aprovação do que ora se propõe.

Sala das Sessões, 25 de outubro de 2007. – Depu-tada Sandra Rosado.

PROJETO DE RESOLUÇÃO (CD) Nº 95, DE 2007

(Do Sr. Professor Ruy Pauletti)

Altera dispositivo do Regimento Inter-no da Câmara dos Deputados, para extinguir a possibilidade de abstenção nas votações de perda de mandato.

Despacho: Apense-se ao PRC 63/2000.Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-

ciação do Plenário

A Câmara dos Deputados resolve:Art. 1º O art. 180 do Regimento Interno da Câ-

mara dos Deputados passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 180. ..............................................§ 2.º O Deputado poderá escusar-se de

tomar parte na votação, registrando simples-mente “abstenção”, exceto quando a votação determinar perda de mandato.

..............................................................

Art. 2º Esta resolução entra em vigor na data da sua publicação.

Justificação

O mandato do Deputado é conferido pelo povo, por escrutínio direto, dispondo já o parágrafo único do artigo 1.º da Constituição Federal que “todo o po-der emana do povo, que o exerce por meio de repre-sentantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

Na qualidade de representantes do povo, que é o que somos como deputados Federais, para justamen-

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60270 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

te representar uma vontade ou uma ideologia de uma maioria ou de uma determinada classe da sociedade brasileira, nesse sentido, seguindo esta linha de racio-cínio, não me parece coerente que se permita que um parlamentar possa se eximir de sua responsabilidade e de sua função primordial no seu mandato legislativo, assim como definir e julgar um colega parlamentar sem condições de exercer um cargo tão relevante e nobre do sistema político nacional.

Afim de que não se repita os recentes casos de absolvições de parlamentares com o apoio das abs-tenções em que também deram destaque a sessão secreta e o voto secreto, que tanto quanto a abstenção, abriram margem para a excrescência parlamentar e para impunidade acobertada pelo escrutínio oculto, o que não condiz na sua conduta e nos seu atos como parlamentar acobertados pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados contrapondo assim com os pre-ceitos morais que envolvem nossa sociedade civil.

Sendo assim apresento a seguinte proposição, no sentido de extinguir a abstenção nas votações de perda de mandato, obrigando o Parlamentar a tomar posição “juiz interna corporis” como acontece no Con-selho de Ética, justificando assim os votos que obteve no pleito que o conduziu a esta casa, onde simples-mente se abster “lavar as mãos” e deixar que os demais decidam, não me parece plausível com os princípios básicos que regem a nossa democracia e a nossa ati-vidade parlamentar.

Certos de estarmos contribuindo para o aperfei-çoamento do funcionamento deste Poder de Estado, contamos com o apoio dos nobres pares à aprovação do presente projeto de resolução.

Sala das Sessões, 29 de outubro de 2007. – Depu-tado Professor Ruy Pauletti.

INDICAÇÃO Nº 1.355, DE 2007 (Da Sra. Jusmari Oliveira)

Sugere ao Ministro de Estado da Inte-gração Nacional, a Construção do Sistema de Abastecimento de Água das comunida-des de Mantiqueira, Bezerro, Correio a Pal-meiras, no Município de Barreiras, partindo do Sistema já existente, da EMBASA, na Comunidade de Barreiras Sul, no mesmo Município.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Integração Nacional;

A região de Mantiqueira, Bezerro e Correio a Palmeiras, é conhecida como Cinturão Verde, pela vocação do povo que lá habita, de trabalhar incessan-temente, desafiando o sol escaldante, e os acidentes

geográficos do seu terreno, produzindo hortaliças para abastecer o mercado de Barreiras.

Homens, mulheres, jovens e crianças se dedicam exclusivamente às suas pequenas propriedades du-rante a semana, produzindo alface, coentro, cebolinha e outras hortaliças. Todos os sábados, ainda madru-gada, as mulheres, conduzindo carruagens com seus cavalos, adentram a cidade de Barreiras, entregando sua produção porta a porta e, também, expondo para venda na Pedra do Mercado Municipal.

Este povo, valoroso e valente, ao retornar para suas casas, convivem ainda com a dificuldade de não ter água boa para beber. A água, que os serve é salo-bra e calcárea, pois é extraída do subsolo. Várias ten-tativas, e vários estudos realizados pela CERB e por outros órgãos do Governo do Estado da Bahia, não tiveram sucesso devido às dificuldades de recursos hídricos na região.

A única alternativa de se fazer justiça às mais de 300 (trezentas) famílias moradoras desta região, é a captação do Sistema Barreiras Sul, que fica a 15 Km do Cinturão Verde.

Sala das Sessões, 17 de outubro de 2007. – Depu-tada Federal Jusmari Oliveira, PR/BA.

INDICAÇÃO Nº 1.416, DE 2007 (Do Sr. Eliene Lima)

Sugere, ao Ministro de Estado das Ci-dades, Márcio Fortes de Almeida , a necessi-dade de liberar recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) para a construção de habitações populares no município de Conquista D´Oeste/MT.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro,O princípio constitucional da moradia não prevê

expressamente a garantia a moradia de maneira efetiva a todos, mas estabeleça como dever do Estado, nas esferas Federal, Estadual e Municipal, “promover pro-gramas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico” (art. 23, IX). Contudo, observa-se que os instrumentos que concretizariam a definição constitucional da habitação como responsabilidade comum aos entes públicos são insuficientes, e que na prática representam mais as responsabilidades do que o poder de realizações.

Considerando que existe hoje no país um reco-nhecimento sobre a importância da democratização da moradia e que a habitação adequada é condição fundamental para o cidadão exercer plenamente a sua cidadania, sugiro a liberação de recursos do FNHIS para a construção de habitações populares no muni-cípio de Conquista D´Oeste/MT.

Sala das Sessões, 31 de outubro 2007. – Depu-tado Eliene Lima.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60271

INDICAÇÃO Nº 1.417, DE 2007 (Do Sr. Eliene Lima)

Sugere, ao Ministro de Estado das Ci-dades, Márcio Fortes de Almeida , a necessi-dade de liberar recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) para a construção de habitações populares no município de Aripuanã/MT.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro,O princípio constitucional da moradia não prevê

expressamente a garantia a moradia de maneira efetiva a todos, mas estabeleça como dever do Estado, nas esferas Federal, Estadual e Municipal, “promover pro-gramas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico” (art. 23, IX). Contudo, observa-se que os instrumentos que concretizariam a definição constitucional da habitação como responsabilidade comum aos entes públicos são insuficientes, e que na prática representam mais as responsabilidades do que o poder de realizações.

Considerando que existe hoje no país um reco-nhecimento sobre a importância da democratização da moradia e que a habitação adequada é condição fundamental para o cidadão exercer plenamente a sua cidadania, sugiro a liberação de recursos do FNHIS para a construção de habitações populares no muni-cípio de Aripuanã/MT.

Sala das Sessões, 31 de outubro 2007. – Depu-tado Eliene Lima.

INDICAÇÃO Nº 1.418, DE 2007 (Do Sr. Eliene Lima)

Sugere, ao Ministro de Estado das Ci-dades, Márcio Fortes de Almeida , a necessi-dade de liberar recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) para a construção de habitações populares no município de Dom Aquino/MT.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro,O princípio constitucional da moradia não prevê

expressamente a garantia a moradia de maneira efetiva a todos, mas estabeleça como dever do Estado, nas esferas Federal, Estadual e Municipal, “promover pro-gramas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico” (art.

23, IX). Contudo, observa-se que os instrumentos que concretizariam a definição constitucional da habitação como responsabilidade comum aos entes públicos são insuficientes, e que na prática representam mais as responsabilidades do que o poder de realizações.

Considerando que existe hoje no país um reco-nhecimento sobre a importância da democratização da moradia e que a habitação adequada é condição fundamental para o cidadão exercer plenamente a sua cidadania, sugiro a liberação de recursos do FNHIS para a construção de habitações populares no muni-cípio de Dom Aquino/MT.

Sala das Sessões, 31 de outubro 2007. – Depu-tado Eliene Lima.

INDICAÇÃO Nº 1.419, DE 2007 (Do Sr. Eliene Lima)

Sugere, ao Ministro de Estado das Cidades, Márcio Fortes de Almeida , a ne-cessidade de liberar recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) para a construção de habitações populares no município de Novo Horizonte do Norte/MT.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro,O princípio constitucional da moradia não prevê

expressamente a garantia a moradia de maneira efe-tiva a todos, mas estabeleça como dever do Estado, nas esferas Federal, Estadual e Municipal, “promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico” (art. 23, IX). Contudo, observa-se que os instrumen-tos que concretizariam a definição constitucional da habitação como responsabilidade comum aos entes públicos são insuficientes, e que na prática repre-sentam mais as responsabilidades do que o poder de realizações.

Considerando que existe hoje no país um reco-nhecimento sobre a importância da democratização da moradia e que a habitação adequada é condição fundamental para o cidadão exercer plenamente a sua cidadania, sugiro a liberação de recursos do FNHIS para a construção de habitações populares no muni-cípio de Novo Horizonte do Norte/MT.

Sala das Sessões, 31 de outubro 2007. – Depu-tado Eliene Lima.

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60272 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

INDICAÇÃO Nº 1.420, DE 2007 (Do Sr. Eliene Lima)

Sugere, ao Ministro de Estado das Cidades, Márcio Fortes de Almeida , a ne-cessidade de liberar recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) para a construção de habitações populares no município de Santo Antônio do Leste/MT.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro,O princípio constitucional da moradia não prevê

expressamente a garantia a moradia de maneira efetiva a todos, mas estabeleça como dever do Estado, nas esferas Federal, Estadual e Municipal, “promover pro-gramas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico” (art. 23, IX). Contudo, observa-se que os instrumentos que concretizariam a definição constitucional da habitação como responsabilidade comum aos entes públicos são insuficientes, e que na prática representam mais as responsabilidades do que o poder de realizações.

Considerando que existe hoje no país um reco-nhecimento sobre a importância da democratização da moradia e que a habitação adequada é condição fundamental para o cidadão exercer plenamente a sua cidadania, sugiro a liberação de recursos do FNHIS para a construção de habitações populares no muni-cípio de Santo Antônio do Leste/MT.

Sala das Sessões, 31 de outubro 2007. – Depu-tado Eliene Lima.

INDICAÇÃO Nº 1.421, DE 2007 (Do Sr. Eliene Lima)

Sugere, ao Ministro de Estado de Mi-nas e Energia, Nelson José Hubner Moreira, que sejam iniciadas as obras de construção da Usina Couto Magalhães, entre os muni-cípios de Alto Araguaia/MT e Santa Rita do Araguaia/GO.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro,Os municípios de Alto Araguaia/MT e Santa Rita

do Araguaia/GO são vizinhos e irmãos em termos de questões infra-estruturais bem como em possibilida-des de planejamento de ações, considerando-se sua proximidade geográfica. Ao mesmo tempo, sofrem com problemas semelhantes, cuja solução vem sendo bus-cada em conjunto entre os Vereadores das Câmaras Municipais daqueles municípios.

Segundo relato dos Vereadores, a construção da Usina Hidrelétrica de Couto Magalhães, anseio das comunidades de Santa Rita do Araguaia/GO e de Alto Araguaia/MT, é hoje mais que um sonho, mas uma necessidade urgente. Licitada em 2001 pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, a construção dessa usina tinha previsão para ser concluída em 5(cin-co) anos, tornando-se fonte de arrecadação tanto para o estado de Goiás quanto para Mato Grosso e atraindo investimentos diversos à região, como consequência da oferta de energia. Todavia, o consórcio vencedor da licitação o Ener-Rede Couto Magalhães, formado pe-las empresas Rede Couto Magalhães Energia S.A. e Enercouto S.A, apesar do cronograma físico constante do Contrato Concessão, previa o início da concretagem da casa de força em janeiro de 2005, mas até hoje não há qualquer movimentação no sentido de que sejam iniciadas as obras. Nesse sentido os Vereadores, por meu intermédio, vêm reivindicar que sejam iniciadas as obras de construção da referida Usina.

Com o exposto justificamos a indicação aguardan-do o pronto atendimento pelo órgão responsável.

Sala de Sessões, 31 de outubro 2007. – Depu-tado Eliene Lima.

INDICAÇÃO Nº 1.422, DE 2007 (Do Sr. Sérgio Barradas Carneiro)

Sugere a Casa Civil da Presidência da República a melhor solução para o Estado da Bahia na questão da “Hora de Verão”.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Presidente,Reiteradamente, o Governo Federal adota a “hora

de verão” justificando que a medida resulta numa “re-dução” da demanda máxima de energia no Sistema Interligado Nacional que, em média, varia 4% a 5% do total.

É consenso, que as alterações de horário ocasio-nam distúrbios orgânicos no homem traduzidos pela ocorrência de fadiga, dores de cabeça, confusão de raciocínio, irritabilidade, constipação e queda da imuni-dade. Este quadro é conhecido na medicina moderna como síndrome de “jet lag” cuja conseqüência mais grave é a afetação hormonal manifestando-se princi-palmente em crianças e pessoas idosas.

Observamos, que na esteira dos transtornos causados pela “Hora de Verão” estão computados os horários bancários, rodoviários, vôos da aviação comer-cial, problemas na execução de concursos públicos de âmbito nacional e a manifestação de diversos setores da sociedade contra tal medida adotada.

Sugerimos a Vossa Excelência:

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60273

a não adoção do horário de verão pelos insignificantes resultados obtidos diante dos graves inconvenientes e sacrifícios impostos ao povo brasileiro ou;

a não exclusão de nenhum Estado mem-bro, pela inconstitucionalidade da criação de dois “Brasis”, diante da quebra da isonomia federativa e da igualdade, princípios assegu-rados pela nossa CF/88;

em não entendendo V. Excia. ser possível o atendimento de um dos itens anteriores, que se volte a incluir o Estado da Bahia, tal como acontecia até o ano de 2002.

Pelo exposto, e certo de poder contar com Vossa sensibilidade para com esta questão, aguardamos, face à relevância do tema, o acolhimento desta proposta e, conseqüentemente, a satisfação do povo baiano com sua atitude.

Sala das sessões, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Sérgio Barradas Carneiro, Federal PT/BA.

INDICAÇÃO Nº 1.423, DE 2007 (Do Sr. Pedro Fernandes)

Sugere ao Poder Executivo, por inter-médio do Ministério da Educação a instala-ção de uma unidade do CEFET no município de Carolina-MA.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação Dr.Fernando Haddad,

A presente Indicação vem sugerir a Vossa Exce-lência a destinação de recursos para a implantação de um Centro Federal de Educação Tecnológica no muni-cípio de Carolina, no estado do Maranhão.

Distante 860 Km de São Luís, a capital do Estado, Carolina está estrategicamente localizada no centro geográfico de uma das mais importantes regiões só-cio-econômicas do estado, a maior produtora de grãos e com vocação para o turismo ecológico respaldada nas belezas naturais da Chapada das Mesas, onde se destacam inúmeras cachoeiras como a de Pedra Caída e a do Itapecuruzinho.

Além dessas bases de sustentação econômica, é de se destacar, também enorme potencial para o desenvolvimento da piscicultura, dada a ocorrência de inúmeros cursos d’água, sendo o rio Tocantins o mais importante deles, mas que não descarta a importância estratégica de outro cursos de água de menor porte como rio Lajes, rio Farinha, rio Itapecuruzinho, rio Ma-noel Alves Grande e o rio Sereno entre outros.

Destacando a vocação da referida região e, com certeza, a demanda existente é que sugerimos a im-plantação dessa nova unidade do Centro Federal de

Educação Tecnológica no município de Carolina, para o atendimento da demanda regional, especialmente dos municípios de Carolina, Estreito,

Senhor Ministro, a adoção desta Indicação cer-tamente apresentará um resultado social da maior magnitude, implicando a certeza de que o Ministério da Educação estará efetivamente colaborando com a consolidação desse pólo de crescimento, beneficiando milhares de maranhenses e atendendo às prioridades do Governo Federal empenhado na implantação de um Plano de Aceleração do Crescimento.

Sala das Sessões, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Pedro Fernandes.

INDICAÇÃO Nº 1.424, DE 2007 (Do Sr. Pedro Fernandes)

Sugere ao Poder Executivo, por inter-médio do Ministério da Educação a insta-lação de uma unidade do CEFET em São Luís-MA.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação Dr.Fernando Haddad.

A presente Indicação vem sugerir a Vossa Exce-lência a destinação de recursos para a implantação de um Centro Federal de Educação Tecnológica na área Itaqui-Bacanga, no município de São Luís, capital do estado do Maranhão.

A região do Itaqui-Bacanga, localizada na área de influência do complexo portuário e industrial da ilha, tem experimentado um vertiginoso crescimento econômico e populacional fruto dos grandes projetos e empresas ali instaladas e/ou em processo de implantação.

Tal crescimento não tem sido acompanhado efe-tivamente pelo poder público, que não tem tido a capa-cidade de dotar a região de uma infra-estrutura básica compatível, especialmente nos aspectos da educação, saúde, urbanização e saneamento básico.

Destacando a vocação da referida região e, com certeza, a demanda existente é que sugerimos a im-plantação dessa nova unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica nessa Região, que hoje concen-tra uma população somente superada por, no máximo, 10 municípios no estado do Maranhão.

Senhor Ministro, a adoção desta Indicação cer-tamente apresentará um resultado social da maior magnitude, implicando a certeza de que o Ministério da Educação estará efetivamente colaborando com a consolidação desse pólo de crescimento, beneficiando milhares de maranhenses e atendendo às prioridades do Governo Federal empenhado na implantação de um Plano de Aceleração do Crescimento.

Sala das Sessões, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Pedro Fernandes.

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60274 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

INDICAÇÃO Nº 1.425, DE 2007 (Do Sr. Miro Teixeira)

Sugere ao Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão a publicação, com urgência, de Decreto Presidencial visando à regulamentação da “progressão” e “pro-moção” dos novos servidores das agências reguladoras federais, regidos pelas Leis nºs 10.768, de 2003 e 10.871, de 2004.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão:

As transformações que o Brasil têm vivido nas esfera política, econômica e social, com destaque para a constante busca pelo desenvolvimento, coloca no centro das discussões a necessidade de instrumen-tos mais robustos de regulação, que garantam o êxito desse processo.

As Agências Reguladoras, que devem ser a prin-cipal ferramenta para isso, vêm sendo tratadas com total descaso por parte do Governo. O cenário em que se encontram as agências, na questão dos recursos humanos, é de grande evasão por parte dos novos servidores, que possuem alta qualificação técnica, mas com remuneração inadequada.

Um dos problemas atuais é que o governo ainda não regulamentou, via decreto presidencial, a “promo-ção” e a “progressão”, direitos assegurados na legis-lação, a qual citamos, in verbis:

Lei nº 10.871/2004, que dispõe sobre a criação de carreiras e organização de cargos efetivos das autarquias especiais denominadas Agências Regu-ladoras:

“Art. 9º O desenvolvimento do servidor nos cargos de que trata o art. 1º desta Lei ocorrerá mediante progressão funcional e pro-moção.

Parágrafo único. Para fins desta Lei, pro-gressão é a passagem do servidor para o pa-drão de vencimento imediatamente superior dentro de uma mesma classe, e promoção, a passagem do servidor do último padrão de uma classe para o primeiro padrão da classe imediatamente superior.

Art. 26. Para fins de progressão e pro-moção na carreira, os ocupantes dos cargos referidos no art. 1º serão submetidos anual-mente à avalição de desempenho funcional, obedecendo ao disposto nesta Lei, na forma do regulamento (grifo nosso).”

Lei nº 10.768/2003, que dispõe sobre o Quadro de Pessoal da Agência Nacional de Águas – ANA:

“Art. 9º A movimentação do servidor na tabela constante do Anexo I a esta Lei ocorrerá mediante progressão funcional e promoção.

§ 1º Para fins do disposto neste artigo, progressão é a passagem do servidor para o padrão de vencimento imediatamente superior dentro de uma mesma classe, e promoção, a passagem do servidor do último padrão de uma classe para o primeiro padrão da classe imediatamente superior.

§ O regulamento disporá sobre os requi-sitos e critérios a serem observados na movi-mentação do servidor, observado, para fins de progressão funcional, o interstício mínimo de um ano em cada padrão e, para a promoção, a participação em curso de aperfeiçoamento”.

Entendendo a importância do fortalecimento das Agências Reguladoras e a necessidade da valorização de seus servidores, esta Indicação tem por objetivo solicitar a imediata regulamentação da “promoção” e “progressão” dos novos servidores das Agências Reguladoras, como parte necessária do processo de fortalecimento que as agências devem passar.

Só com o fortalecimento das Agências Regulado-ras, o que passa necessariamente pela valorização de seu quadro funcional, é que o Brasil poderá dar passos largos na linha do desenvolvimento sustentável e da geração de emprego e renda. É isso que desejamos.

Por tratar-se de assunto de elevado interesse pú-blico, sugerimos que o Poder Executivo publique, com urgência, o Decreto Presidencial de regulamentação da “progressão” e “promoção” dos novos servidores das agências reguladoras federais, regidos pelas Leis nº 10.768/2003 e 10.871/2004.

Sala das Sessões, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Miro Teixeira, Líder do PDT.

INDICAÇÃO Nº 1.426, DE 2007 (Do Sr. João Bittar)

Sugere ao Ministério da Justiça a com-pra de equipamentos e a ampliação do qua-dro de servidores da Polícia Rodoviária Federal, em Minas Gerais.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Justiça:

Paralelamente às nobres ações de patrulhamento ostensivo da Polícia Rodoviária Federal, de segurança pública, de socorro às vítimas de acidentes de trânsito

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60275

e de proteção do patrimônio da União, o que se vê é um quadro efetivo de servidores e aparelhamento incom-patíveis com as dimensões da malha viária do Brasil, assim como em relação às atribuições e responsabili-dades gloriosas de nossa Polícia Rodoviária.

Senhor Ministro, esta Proposição tem o escopo de indicar a imprescindível estruturação do aparelhamento e o reforço do efetivo adequados para a 4ª Superin-tendência Regional – Delegacia 4/17, de Uberlândia. Sugerimos a aquisição de 10 viaturas e o reforço de 80 Policiais Rodoviários para cobrir os 360 quilômetros de rodovias, divididos em cinco braços: BR-365, sentido Monte Alegre; BR-365, sentido Patos de Minas; BR-352, sentido Araxá; BR-050, sentido Goiás e BR-050, sentido Uberaba. Atualmente, o quadro de policiais e os equipamentos disponíveis não correspondem se-quer à metade do minimamente necessário para ga-rantir a segurança e o conforto aos que trafegam pelo Triângulo Mineiro. É também o meio mais eficaz para intensificar o combate ao contrabando e ao tráfico de armas e drogas. Indiscutível também é o impacto eco-nômico positivo, com a redução de roubos e furtos de cargas e o aperfeiçoamento da fiscalização do trans-porte na região e a prevenção de acidentes. Somente neste ano, já foram registrados 43 assaltos a ônibus na Região, o que acarretou um prejuízo a, pelo menos, 1600 pessoas atingidas diretamente.

Creio, ainda, Senhor Ministro, que Vossa Exce-lência haverá de obter os meios e recursos necessá-rios e suficientes para o atendimento deste pleito, pela justificação, importância e urgência demonstradas para a questão.

Sala das Sessões, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado João Bittar.

INDICAÇÃO Nº 1.427, DE 2007 (Do Sr. Celso Maldaner)

Sugere ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão o envio de projeto de lei para a criação da Carreira de Gestão e Política de Transportes e do Plano Especial de Cargos do Ministério dos Transportes.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão:

Por meio da presente Indicação, venho sugerir a V.Exª a adoção das providências cabíveis visando o envio, ao Congresso Nacional, de projeto de lei para criação da Carreira de Gestão e Política de Transpor-tes e do Plano Especial de Cargos do Ministério dos Transportes.

Anteprojeto de lei dispondo sobre a matéria foi encaminhado a esse Ministério pelo Ministro de Estado dos Transportes, por meio do Aviso nº 055/GM/MT, em 29 de março de 2006. Segundo fomos informados, o processo correspondente nesse Ministério recebeu o número 03000.001478/2006-49.

A proposta em questão tem por objetivo a criação de uma carreira específica para o Ministério dos Trans-portes, com cargos de Analistas, Técnicos e Auxiliares, que deverá contribuir para a melhoria da capacidade técnica do órgão na execução da política nacional de transportes. Pretende, ainda, a criação de um plano especial composto pelos cargos de provimento efetivo do Plano de Classificação de Cargos – PCC perten-centes ao Ministério dos Transportes, medida que trará benefícios para os atuais servidores, cujos vencimentos encontram-se bastante defasados.

Sala das Sessões, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Celso Maldaner, PMDB/SC

INDICAÇÃO Nº 1.428, DE 2007 (Da Comissão da Amazônia, Integração Nacional

e de Desenvolvimento Regional)

Sugere ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a agilização do Projeto de Lei que dispõe sobre a criação de Car-reira de Gestão e Política de Transporte e do Plano Especial de Cargos do Ministério dos Transportes.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro,A Comissão da Amazônia, Integração Nacio-

nal e de Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados se dirige a Vossa Excelência para expor e reivindicar o seguinte:

2. O Projeto de Lei trata da estruturação da Car-reira de Gestão e Política de Transporte do Ministério dos Transportes, composta pelos cargos de Analista em Gestão e Política de Transportes, Analista em Adminis-tração, Técnico em Gestão e Política de Transportes, Técnico em Administração e Auxiliar em Administração. Cujos cargos serão providos mediante concurso público. Institui, ainda o Plano Especial de Cargos desta Pas-ta, que absorverá os servidores ocupantes de cargos efetivos do Plano de Classificação de Cargos – PCC, instituído pela Lei n.º 5.645, de 10 de dezembro de 1970, não integrantes de carreiras estruturadas, regi-das pela Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e que já pertencem a esta Secretaria de Estado.

3. O projeto de lei decorre de profundos enten-dimentos havidos entre as Bancadas do Governo e Sindical, que compõem a Mesa Setorial de Negocia-

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ção Permanente do Ministério dos Transportes, insti-tuída com o objetivo de contribuir para a melhoria dos níveis de qualidade dos serviços públicos prestados à sociedade na área de transportes, de vez que tem por objeto a implementação de um sistema de remu-neração condizente com a valorização dos servidores públicos deste Ministério.

4. Portanto, propõe-se uma remuneração adequa-da às responsabilidades dos servidores desta Pasta, a qual será integrada por vencimento básico acrescido pela Gratificação de Desempenho em Atividade de Gestão e Política de Transportes, cuja situação atende à política de recomposição das remunerações dos ser-vidores. Esta será atribuída em função dos resultados da avaliação do desempenho individual e institucio-nal, limitada ao máximo de 75 pontos percentuais por servidor, e com toda a certeza, criará uma equipe de técnicos altamente qualificados e comprometida com o desempenho de suas atividades, bem como instituir Adicional de Titulação devido a servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo, que comprovarem diplomação em curso de doutorado, pós-graduação e de qualificação profissional.

Sala das Sessões, 31 outubro de 2007. – Depu-tada Vanessa Grazziotin, Presidente.

INDICAÇÃO Nº 1.429, DE 2007 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Ministro da Defesa a cria-ção da Polícia de Controle do Tráfego Aé-reo Federal.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Defesa:Dirijo-me a Vossa Excelência para sugerir que o

Ministério da Defesa crie a Polícia de Controle do Trá-fego Aéreo Federal.

Observa-se a necessidade do setor de controle aéreo, que tomou uma grande dimensão nos últimos meses, ser dotado de uma polícia própria com atri-buições para exercer as funções de segurança nos aeroportos do país, garantindo a ordem e segurança no sistema de tráfego aéreo.

Neste sentido, tal medida em muito colaborará para que o setor seja reorganizado e possa atender a população de mo do adequado.

Sala das Sessões, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Luiz Carlos Hauly, PSDB-PR.

INDICAÇÃO Nº 1.430, DE 2007 (Do Sr. Valtenir Pereira)

Sugere ao Ministro da Fazenda a con-cessão de isenção do Imposto sobre Pro-dutos Industrializados – IPI na aquisição de veículo feita por oficial de justiça, para ser empregado na realização de diligências.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro:Sugiro a esse Ministério a implantação de incenti-

vos fiscais relativos à isenção do Imposto de Produtos Industrializados – IPI na aquisição de veículo automo-tor, feita por Oficial de Justiça, para ser empregado na realização de diligência.

A proposta justifica-se pelo fato de que, para o exercício de sua função e o bom desempenho da Justiça, os oficiais de justiça não podem prescindir da utilização de veículos automotores para se locomover até determinado local e assim proceder a intimação, notificação, citação, penhora, busca e apreensão e tantos outros atos necessários e imprescindíveis a entrega da prestação jurisdicional.

Vale esclarecer que, o Oficial de Justiça é o ser-vidor público que tem como atribuição, a execução de mandados judiciais, ou seja, as ordens emanadas dos Juízes de Direito. Tais atividades têm como fonte pri-mordial, a Constituição da República, e, em especial, as Leis Infraconstitucionais como o Código de Processo Civil, Código de Processo Penal e demais leis esparsas. Pode-se também mencionar, como fonte secundária, as normas administrativas editadas pelas Corregedo-rias de Justiça de cada Estado, que tendem a regular situações peculiares, que dizem respeito à forma pela qual as normas legais deverão ser observadas.

É comum se dizer no âmbito jurídico, que o Oficial de Justiça é a longa manus do Magistrado, ou seja, as mãos do Juiz. Isso porque é ele quem executa, de forma efetiva e material, as determinações que o Juiz registra no papel.

Trata-se de um dos cargos de maior importância na classe dos serventuários da justiça, uma vez que, se o Oficial de Justiça não cumpre bem o seu munus, ou, por qualquer motivo deixa de fazê-lo, o processo não ganha a efetividade que nos tempos atuais se busca em caráter de extrema obsessão. Afinal de contas, de que adianta haver uma ordem se não existe quem a possa cumprir?

Deve haver um respeito muito grande entre os Oficiais de Justiça e os Juízes, uma vez que juntos, am-bos formam o alicerce de efetivação do direito, fato que

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contribuirá para que o conflito de interesses deduzido em Juízo possa ser satisfatoriamente resolvido.

A título de exemplo, é importante reprisar alguns dos atos mais corriqueiros praticados por este opero-so servidor:

I – aa citações, atos pelos quais se dá ciência ao réu, de que uma ação foi ajuizada contra ele;

II – as intimações, atos pelos quais se dá ciên-cia a uma das partes do processo, de algum aconte-cimento nele ocorrido (uma audiência designada pelo juiz, por exemplo);

III – as penhoras, atos de constrição judicial onde o Oficial de Justiça suprime um dos direitos inerentes à propriedade, de forma que ele possa ser utilizado como garantia de efetivação do direito material den-tro do processo;

IV – os arrestos, atos semelhantes às penhoras, mas que ocorrem quando o Réu não é encontrado para ser citado. Em outras palavras, o arresto é feito à revelia do Réu, apenas para evitar que ele dilapide seu patrimônio para obstar o direito do autor;

V – as prisões de caráter civil, ou seja, aquelas decorrentes do inadimplemento da obrigação de pa-gar pensão alimentícia. O Supremo Tribunal Federal hoje tem firmado que a outra hipótese, qual seja, a do depositário infiel, não mais pode ser cogitada para embasar a prisão civil. Ressalte-se, por fim, que as prisões de caráter penal são odiernamente realizadas pela polícia, e não pelos Oficiais de Justiça.

VI – as conduções coercitivas, ato pelo qual o Oficial de Justiça conduz ao Fórum uma parte ou teste-munha do processo que se recusa a espontaneamente comparecer, apesar de ter sido previamente intimada para tal finalidade. Ressalte-se que há a obrigatorie-dade de comparecimento, mas não de manifestação sobre os fatos, ou seja, a parte é obrigada a compare-cer perante o Juiz, mas, não é obrigada a falar, e isso não pode ser utilizado em seu desfavor;

VII – as buscas e apreenções de bens ou pes-soas que o Juiz indicar; etc...

Por fim, na busca da eficiência e da celeridade processual, sugiro a esse renomado Ministério que sejam criados incentivos fiscais para a Isenção do Im-posto Industrializado – IPI, na aquisição de veículos automotor, ressaltando que o Oficial de Justiça para o cumprimento de seu mister trabalha de sol a sol nos bairros de difícil acesso, prescindindo, desse modo, de veículo automotor para o exercício de suas funções.

Sala das Sessões, de de 2007. – Deputado Val-tenir Pereira.

INDICAÇÃO Nº 1.431, DE 2007 (Do Sr. Uldurico Pinto)

Sugere ao Ministro dos Transportes a implantação de sistema de transporte fer-roviário de passageiros ao longo do litoral brasileiro.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado dos Transportes:

O Brasil é um País com dimensões continentais e de topografia favorável, razão pela qual o transporte ferroviário deve ocupar lugar de destaque nas matri-zes de transporte de cargas e de passageiros, pelas suas evidentes vantagens ambientais, de segurança e de custo.

Embora tenhamos assistido, nos últimos anos, sinais de recuperação no transporte ferroviário de car-gas, no que se refere ao transporte de passageiros a participação desse modal ainda é insignificante, ao contrário do que ocorre em outros países de grande extensão territorial como a China e a Rússia, ou mes-mo entre os países do continente europeu.

A distribuição da população brasileira é, por ra-zões históricas, fortemente concentrada ao longo da extensa faixa litorânea do território nacional. Essa situ-ação faz com que grande parte dos deslocamentos por razão de trabalho, bem como aqueles relacionados às viagens de férias ou com finalidade turística, ocorram relativamente próximos à costa brasileira.

Tal quadro provoca uma sobrecarga nas malhas rodoviárias próximas ao litoral, agravada em épocas específicas do ano, além de promover um fluxo de pas-sageiros superior à capacidade de nossa infra-estrutu-ra aeroportuária. Não preciso aqui citar a quantidade inaceitável de acidentes em nossas rodovias, especial-mente em feriados e períodos de férias, bem como os recentes problemas verificados no setor aéreo.

Todos esses problemas seriam equacionados com a implantação de um sistema de transporte ferroviário de passageiros ao longo de toda a extensão litorânea brasileira, para o que se exige a construção de novas ferrovias e a adaptação ou duplicação de parte das vias férreas atualmente existentes.

Por tratar-se de tema diretamente relacionado às atividades desse Ministério dos Transportes, vi-mos por meio desta Indicação sugerir e reivindicar a inclusão de um sistema litorâneo de transporte ferro-viário de passageiros no âmbito dos planos e ações governamentais.

Sabedores da sensibilidade de V. Exª. para com a importância do transporte ferroviário de passagei-ros, desde já agradecemos a atenção dispensada ao pleito aqui apresentado e reiteramos nossos votos de elevada estima e distinto apreço.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2007. – Deputado Uldurico Pinto.

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INDICAÇÃO Nº 1.432, DE 2007 (Do Sr. Uldurico Pinto)

Sugere ao Ministério da Educação o envio ao Congresso Nacional de projeto de lei propondo a criação de Escola Técnica Federal no Município de Teixeira de Freitas, no Estado da Bahia.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação, Senhor Fernando Haddad:

Cortado pela BR 101, o Município de Teixeira de Freitas tem uma localização estratégica na região Sul do Estado da Bahia. Apesar de sua importância na integração do Estado da Bahia às demais regiões do País, o Município não possui nenhuma instituição federal de educação tecnológica.

Teixeira de Freitas tem hoje um horizonte pro-missor de desenvolvimento, inexplorado pela falta de capacitação de seus jovens, ávidos por uma melhor formação profissional e humana. Com uma economia originalmente baseada na pecuária e na agricultura produtiva, o Município atualmente conta com um distri-to industrial com doze indústrias já instaladas e outras em fase de instalação.

O beneficiamento da madeira para produção de celulose e a movelaria também impulsionam o desen-volvimento do Município, que possui cerca de 4 mil es-tabelecimentos comerciais e prestadores de serviços e 180 indústrias.

O Estado da Bahia tem pequena participação na rede federal de educação tecnológica, contando com apenas um Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET) em Salvador, com suas cinco Unidades de Ensino Descentralizadas (UNED) em Barreiras, Euná-polis, Santo Amaro, Valença e Vitória da Conquista, e quatro Escolas Agrotécnicas Federais em Catu, Gua-nambi, Santa Inês e Senhor do Bonfim.

Note-se que o Sul da Bahia está praticamente desassistido, sendo que a única instituição do gênero na região é a UNED de Eunápolis, ou seja, há apenas uma instituição para atender a uma população de mais de 2 milhões de habitantes.

Tendo em vista que a criação de escolas federais é de iniciativa privativa do Poder Executivo, nos termos do art. 61, § 1º, II, da Constituição Federal, e face à contundente carência de oportunidades de educação profissional naquela região, tanto em cursos técnicos de nível médio como nos de formação inicial e continuada de trabalhadores, vimos sugerir ao Senhor Ministro o envio ao Congresso Nacional de projeto de lei propondo a criação de uma Escola Técnica Federal no Município de Teixeira de Freitas, no Estado da Bahia.

Sala das Sessões, 1 de novembro de 2007. – Deputado Uldurico Pinto.

INDICAÇÃO Nº 1.433, DE 2007 (Do Sr. Elismar Prado)

Sugere ao Ministro da Justiça a re-alização dos esforços necessários para aumentar o efetivo de Policiais Rodoviá-rios Federais em Minas Gerais, em espe-cial nas regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro,A Polícia Rodoviária Federal tem as suas compe-

tências definidas pela Constituição Federal (Art. 144, §2°), pela Lei nº 9.503 (Código de Trânsito Brasileiro), pelo Decreto nº 1.655, de 03 de outubro de 1995, e pelo Regimento Interno, aprovado pela Portaria Minis-terial nº’ 122, de 20 de março de 1997.

Segundo previsto pela Constituição, a Polícia Rodoviária Federal é órgão permanente, organizado e mantido pela União, estruturado em carreira e que se destina, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.

Além da própria competência constitucional, o De-partamento de Polícia Rodoviária Federal, nos termos do Decreto nº 1.655/95 e do Regimento Interno, tem as seguintes atribuições: a) realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de preservar a ordem, a incolumidade das pessoas, do patrimônio da União e o de terceiros; b) exercer os poderes de autoridade de polícia de trânsito, cumprindo e fazendo cumprir a legislação e demais normas pertinentes, inspecionar e fiscalizar o trânsito, assim como efetuar convênios específicos com outras organizações similares; c) aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de trânsito e os valores decorrentes da prestação de serviço de estadia e remoção de veículos, objetos, animais e escoltas de veículos de cargas excepcio-nais, executar serviços de prevenção, atendimento de acidentes e salvamento de vítimas nas rodovias federais; d) realizar perícias, levantamento de locais, boletins de ocorrências, investigações, testes de dosa-gem alcoólicas e outros procedimentos estabelecidos em leis e regulamentos, imprescindíveis à elucidação dos acidentes de trânsito; e) credenciar os serviços de escoltas, fiscalizar e adotar medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de veículos, escol-tas e transporte de cargas indivisíveis; f) assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas emergen-ciais, bem como zelar pelo cumprimento das normas legais relativas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de construções, obras e instalações não

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autorizadas; g) executar medidas de segurança, plane-jamento e escoltas nos deslocamentos do Presidente da República, Ministros de Estado, Chefes de Esta-do e diplomatas estrangeiros e outras autoridades, quando necessário, e sob a coordenação do órgão competente; h) efetuar a fiscalização e o controle do trânsito e tráfico de menores nas rodovias federais, adotando as providências cabíveis contidas na Lei rº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); i) colaborar e atuar na prevenção e repressão aos crimes contra a vida, os costumes, o património, a ecologia, o meio ambente, os furtos e roubos de veículos bens, o tráfico de entorpecentes e drogas afins, o contrabando, o descaminho e os de-mais crimes previstos em lei.

Organizacionalmente, a Polícia Rodoviária Federal está presente em todo o território nacional e atualmente encontra-se estruturada através da unidade adminis-trativa central, em Brasília, e das unidades administra-tivas regionais, representadas pelas 22 (vinte e duas) Superintendências (GO, MT, MS, MG, RJ, SP, ES, PR, SC, RS, BA, PE, AL, PB, RN, CE, PI, MA, PA, SE, RO, TO) e pelos 5 (cinco) Distritos (DF, AC, AM, AP e RR), além de 156 (cento e cinqüenta e seis) sub-unidades administrativas, denominadas delegacias, 390 (tre-zentos e noventa) postos de fiscalização, totalizando, assim, em sua estrutura, 550 (quinhentos e cinqüenta) pontos de atendimento em todo o Brasil.

Seu efetivo atual é de 8.338 (oito mil trezentos e trinta e oito) policiais rodoviários federais em atividade, que são responsáveis pelo patrulhamento ostensivo, em regime de escala, da malha rodoviária federal de cerca de 55 (cinqüenta e cinco) mil quilômetros de ro-dovias e estradas.

Todavia, o número de policiais rodoviários fede-rais em atuação no Estado de Minas Gerais é ainda bastante inferior ao necessário para a realização, a contento, de suas funções institucionais.

Na região do Triângulo e Alto Paranaíba, no Es-tado de Minas Gerais, crimes como roubo e furto de veículos e cargas, contrabando e descaminho têm se tornado cada vez mais freqüentes. Destarte, para o desenvolvimento satisfatório do trabalho de prevenção e repressão destes delitos, bem como de combate ao crime organizado nestas áreas é necessário aumentar o efetivo em atuação nas localidades para, pelo me-nos, 110 (cento e dez) policiais rodoviários federais, de acordo com informações do Superintendente da PRF, em Minas Gerais, Sr. Waltair Vasconcelos. Para tanto, mostra-se necessária a realização de concurso públi-co pelo Departamento da Polícia Rodoviária Federal para o preenchimento de novas vagas para o Estado de Minas Gerais.

Dessa forma, Senhor Ministro, pela importância da matéria aludida, sugerimos a realização dos esfor-ços necessários para aumentar o efetivo de Policiais Rodoviários Federais em Minas Gerais, em especial nas regiões do Triângulo Mineiro, Pontal do Triângulo e Alto Paranaíba.

Sala das Sessões, 1 de novembro de 2007. – Elis-mar Prado, Deputado Federal, PT/ MG.

INDICAÇÃO Nº 1.434, DE 2007 (Do Sr. Evandro Milhomen)

Sugere ao Ministro da Fazenda, Gui-do Mantega, a instalação de uma Agência ou Posto Avançado do Banco do Brasil no Município de Calçoene, Estado Amapá.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro Guido Mantega,Nos termos das considerações a seguir expos-

tas, sugerimos providências para instalação de uma Agência ou Posto Avançado do Banco do Brasil, no Estado Amapá.

A implantação de uma Agência ou Posto Avan-çado do Banco do Brasil é imprescindível para o de-senvolvimento do Município de Calçoene, situado ao nordeste do Estado do Amapá. Este município conta com uma população de aproximadamente 25 mil ha-bitantes, muitos destes funcionários públicos na ati-va, aposentados, pensionistas, etc., que necessitam deslocar-se para outros municípios para receber seus salários e/ou benefícios.

Nos últimos 10 anos, a população de Calçoene praticamente triplicou e, consequentemente, as neces-sidades acompanharam o aumento populacional. De-vido a este fato, a instalação de uma agência ou posto avançado do Banco do Brasil tornaria, sem dúvidas, a vida da população mais prática, pois para realizar transações econômicas cotidianas, como a abertura de poupança, empréstimos bancários, solicitação de cheques (...), é necessário que o banco esteja acessí-vel aos cidadãos para que estes exerçam plenamente seus direitos e deveres.

Por estas e outras circunstâncias, faz-se abso-lutamente necessário que o Banco do Brasil implan-te uma Agência ou Posto Avançado para atender as demandas e necessidades da população do Amapá, especificamente de Calçoene.

Sala de Sessões, 1º de novembro de 2007. – Deputado Evandro Milhomen, PCdoB/AP.

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INDICAÇÃO Nº 1.435, DE 2007 (Do Sr. Elismar Prado)

Sugere ao Ministro das Minas e Ener-gia que não acolha as sugestões encami-nhadas pela Companhia Energética de Mi-nas Gerais – Cemig, para cobrança de tari-fas diferenciadas pelo kilowatt/hora (kWh), dependendo do horário da utilização do serviço de energia elétrica.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Senhor Ministro das Minas e Energia,Ontem, dia 31 de outubro de 2007, o Presidente

da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig – informou que apresentou à Empresa de Pesquisa Energética – EPE –, do Ministério de Minas e Energia, proposta para mudança da política tarifária da empresa de forma que fossem cobrados valores diferenciados pelo kilowatt/hora (kWh), dependendo do horário da utilização do serviço de energia elétrica, ou seja, a adoção da chamada tarifa-amarela.

Conforme estudo realizado pela empresa, em 1998, no município de Juiz de Fora, os horários de alteração das tarifas cobradas dos consumidores resi-denciais foram definidos da seguinte forma:

de ponta (kwh mais caro): de 18h às 20h;intermediário: de 17h às 18h e de 20h às 22h;horário livre (mais barato): de 22h às 17h do da

seguinte.Segundo afirmou o presidente da EPE, Maurício

Tomasquim, “a tarifa mais cara em horários de pico para desestimular o uso em períodos mais críticos é uma técnica para aumentar a eficiência do sistema e provocar o uso mais racional da energia”. (Jornal Hoje em Dia, 01/11/07, p. 7).

Não bastasse, segundo o referido jornal, o próprio Presidente da Cemig informou, em seminário realizado na empresa em 31 de outubro de 2007, que a tarifa em Minas é cara devido à baixa demanda residencial. Há, portanto, uma grande contradição em propor uma tari-fa mais alta em determinados horários para diminuir o consumo, pois, se é o reduzido consumo que fixa a alta tarifa, a redução desde provocará uma conseqüente elevação do valor cobrado pelo serviço.

Isso significa que, é certo que a proposta da Ce-mig visa maior eficiência da relação consumo-forneci-mento de energia elétrica, mas não há nenhum sinal de que essa alteração refletirá positivamente para o consumidor. Não há qualquer garantia de que o valor cobrado nas contas de energia diminua ou se estabilize, ou seja, a implantação da tarifa amarela pode significar um novo aumento da energa elétrica residencial.

Nesse sentido, alguns consultores da área de energia disseram que, com a implantação do projeto, embora mude o consumo, descongestione o sistema e permita economia à empresa, principalmente com equipamentos, não é possível afirmar que haverá um efeito a longo prazo para o consumidor.

A energia elétrica residencial fornecida pela Ce-mig, computados os imposto, já é a mais cara do país. Assim, qualquer alteração da política tarifária da empresa que não seja para reduzir o valor das ta-rifas atualmente cobradas mostra-se desarrazoada e inaceitável.

Nos últimos 10 anos, o aumento da conta de ener-gia do consumidor residencial aumentou 464% (mais do que 5 vezes). Somente de 2003 a 2007, o valor da tarifa de energia dobrou enquanto a inflação medida pelo IBGE, de acordo com o INPC, não chegou a 30%. Ao mesmo tempo, a Cemig contabilizou R$ 406,632 milhões como lucro líqüido só no primeiro trimestre de 2007, o que correspondente a um crescimento de 19,69% quando comparado aos R$339,727 milhões registrados em igual período no ano anterior.

O consumidor residencial que, a duras penas, vem lutando para pagar sua conta de energia não pode acarcar com mais este prejuízo, agora disfarçado por meio de uma nova forma de cobrança. Demais, nos causa estranheza a apresentação de uma alteração de tamanha dimensão como esta às vésperas do pro-cesso de revisão tarifária da empresa, previsto para o ano de 2008.

Desta forma, Senhor Ministro, em face dos pos-síveis prejuízos que a alteração da política tarifária possa causar aos consumidores mineiros, encaminho a presente sugestão de que não seja aceita a cobran-ça de tarifas diferenciadas pelo kilowatt/hora (kWh), dependendo do horário da utilização do serviço de energia elétrica, conforme proposta apresentada pela Cemig .

Sala das Sessões, 01 de novembro de 2007. – Elismar Prado, Deputado Federal, PT/ MG.

INDICAÇÃO Nº 1.436, DE 2007 (Do Sr. Joaquim Beltrão)

Sugere ao Ministro da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento, a implantação de Superintendência da CONAB em Arapiraca, Estado de Alagoas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:

Desde a criação da eficiente tríade COBAL, CI-BRAZEM e CFP, o Estado brasileiro tem desempenha-

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do relevante papel na execução de políticas públicas voltadas a viabilizar o adequado abastecimento da população com produtos básicos e assegurar renda aos produtores rurais.

Com a fusão das três empresas e conseqüente criação da CONAB, em 1990, permanece dinâmico o papel das ações governamentais neste campo. Seja na execução da Política de Garantia de Preços Mínimos, como na administração ou coordenação do setor priva-do no que se relaciona ao segmento da armazenagem ou, ainda, na aquisição e distribuição de alimentos, a CONAB tem desempenhado ação fundamental, que contribui fortemente para o desenvolvimento agrope-cuário e para a segurança alimentar da sociedade.

Recentemente, com a criação do PAA – Programa de Aquisição de Alimentos, e mediante sua competen-te administração pela CONAB, ampliou-se o papel do Estado como indutor do desenvolvimento, em especial nas áreas rurais, assegurando mercado para os pro-dutos típicos da agricultura familiar.

Ademais, na Região Nordeste, a CONAB desem-penha um relevante papel adicional: a ocorrência siste-mática de períodos de seca, com redução ou, mesmo, perda total da produção agrícola, lança-lhe o desafio – enfrentado de forma competente – de fazer chegar aos mais recônditos rincões do sertão o alimento es-sencial para a sobrevivência da sofrida população.

A tradicional estrutura da empresa, para atender a suas necessidades operacionais é constituída, além da sede em Brasília, por Unidades Operacionais e por Superintendências Regionais, estas, em número de 21, no País, responsáveis pela coordenação e super-visão das primeiras.

Ocorre que, dentre as 21 Superintendências Re-gionais, não figura o Estado de Alagoas como sede de uma. A ação da empresa, naquele estado, é atribuída à Superintendência de Pernambuco, sediada em Recife, com as óbvias dificuldades operacionais e de gestão, decorrentes dessa situação.

Entendemos que Alagoas, por sua população e pela pujança de sua economia já merece sediar uma Superintendência Regional da CONAB, capaz de co-ordenar as ações da empresa nas várias regiões do território estadual, incentivando, ainda mais, a produ-ção agropecuária regional e, pelo PAA, fortalecendo a agricultura familiar.

As vantagens para o Estado seriam óbvias, como apontado. Acreditamos, também, que para efeitos de melhoria dos processos de gestão da empresa tal des-centralização também seria salutar.

Ao se analisar, entretanto, as condições peculiares de Alagoas, julgamos oportuno levantar uma proposta relativamente ousada, sob a ótica da estruturação atu-

al: sediar a Superintendência Regional fora da Capital do Estado, em cidade interiorana. E, assim julgamos, a melhor localização é o Município de Arapiraca.

Esse Município, famoso no Brasil inteiro por ser o maior produtor de fumo, tem, também, muitos ou-tros atributos que o credenciam para tal decisão. É, e sempre foi, um município pólo, um centro de abas-tecimento regional, tanto na agropecuária, como na indústria e nos serviços. Sua tradicional feira de se-gundas-feiras atrai moradores e comerciantes de toda a região vizinha.

Além disso, sua posição geográfica privilegiada minimiza as distâncias entre os centros de abasteci-mento e potencializa o desenvolvimento da região. Lo-calizado no centro geográfico do Estado de Alagoas, a 137 km de Maceió, está ligado a várias cidades de grande importância da Região Nordeste, como Caru-aru, Garanhuns e Recife, em Pernambuco; Campina Grande e João Pessoa, na Paraíba; Aracaju e Propriá, em Sergipe; e Feira de Santana, na Bahia.

Arapiraca produz, hoje, além de fumo, milho e mandioca, assim como os vários produtos cultivados nas propriedades de agricultores familiares, ofertan-do nada menos do que 80% do total da produção de hortaliças do Estado. Destaca-se, também, sua pro-dução pecuária, de gado de corte, caprinocultura e a criação de avestruzes. O Município é sede, também, da primeira fábrica de fécula de mandioca da Região Nordeste.

Considerando o acima exposto e atentando para a necessidade de descentralizar-se, também, o coman-do operacional das políticas públicas e adequar-se a localização das estruturas segundo critérios estraté-gicos e técnicos, vimos solicitar que a CONAB estude a viabilidade e possibilidade de que seja criada um Superintendência específica para o Estado de Alago-as e que a mesma seja implantada no Município de Arapiraca.

Sala das Sessões, 01 de novembro de 2007. – Deputado Joaquim Beltrão.

INDICAÇÃO Nº 1.437, DE 2007 (Da Sra. Marinha Raupp)

Sugere a Casa Civil da Presidência da República sejam regularizadas as situações administrativas da atual SUDAM.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Presidente,O Decreto nº 6.218, de 4 de outubro de 2007,

que aprovou a estrutura Regimental e o Quadro De-monstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas da Superintendência do Desenvolvimento

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da Amazônia (SUDAM), extinguiu, com a publicação, a Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA).

Conforme disciplina o anexo 1 do referido diplo-ma, a diretoria colegiada da SUDAM será nomeada por Vossa Excelência.

Pela inexistência das nomeações dos dirigentes da SUDAM, conseqüências diversas poderão advir, como a descontinuidade da prestação de serviços de segurança, de pagamento dos compromissos, proble-mas com vencimento de prazos de vigências de con-vênios firmados com municípios e estados da Ama-zônia, particularmente com o Estado de Rondônia, o qual represento.

Por fim, a atual SUDAM necessita das providên-cias para atender a todas as condições legais para sua operacionalização e funcionamento, providências essas privativas e imprescindíveis de Vossa Excelência.

Na expectativa de que o desejo da amazônia seja atendido, é que submetemos a presente Indicação à sua elevada consideração.

Sala das Sessões, 1º de novembro de 2007. – Deputada Federal Marinha Raupp, PMDB/RO.

INDICAÇÃO Nº 1.438, DE 2007 (Do Sr. Jofran Frejat)

Sugere ao Ministério da Saúde a ado-ção de normas para o incentivo à doação de leite materno por parte das lactantes funcionárias públicas federais.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro José Gomes Temporão:

Conforme é do seu pleno conhecimento o leite materno é comprovadamente o alimento mais eficaz para a recuperação e manutenção da saúde do recém nascido, principalmente dos prematuros.

Infelizmente, pelas mais diversas razões, muitas mães não conseguem amamentar seus filhos, enquanto outras, abençoadas por Deus, são capazes de produzir leite suficiente para amamentar seu bebê e para doar a outras mães e bebês necessitados.

Nesse aspecto, o programa brasileiro que insti-tui os Bancos de Leite Humano tem obtido excelentes resultados, sendo referência mundial, nesta área, aos países em desenvolvimento. Milhares de bebês cujas mães carecem do leite materno para sua alimentação têm sido beneficiados com uma recuperação mais rápi-da de problemas nutricionais e de desenvolvimento.

Visando o incremento deste programa e a am-pliação dos seus benefícios, sugerimos que o Poder Executivo institua regras – ou envie a esta Câmara dos Deputados um projeto de lei -, que defina incentivos às

mães lactantes funcionárias públicas para procederem a doação de leite.

Como subsídio ao estabelecimento de tais incen-tivos, permitimo-nos anexar à presente Indicação uma minuta de projeto de lei, cuja iniciativa é exclusiva do Poder Executivo Federal por tratar de funcionárias da administração pública federal.

Tendo em vista o alcance social e os efeitos benéficos que certamente a medida propiciará, esta-mos certos de que V. Exa. aproveitará nossa sugestão para implementar o já exitoso programa dos Bancos de Leite Humano para o benefício de toda a nossa população.

Sala das Sessões, 05 de novembro de 2007. – Deputado Jofran Frejat.

PROJETO DE LEI No , DE 2007

Dispõe sobre folga à servidora lac-tante doadora de leite materno a bancos de leite maternos de hospitais públicos ou privados.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º As mulheres lactantes, servidoras da União,

que no período de até cento e vinte dias após o parto realizarem doação de leite materno a bancos de leite de hospitais públicos e privados, poderão:

I – ausentar-se do serviço por até quinze dias consecutivos, após o término da licença à gestante;

II – cumprir jornada diária de quatro horas, por até trinta dias consecutivos.

§ 1º Será concedido um dia de folga para cada semana de doação comprovada.

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica caso a lactante:

– efetuar doação de leite materno adul-terado ou inservível;

– deixar de amamentar o próprio filho para efetuar a doação.

Art. 2º As doações a bancos de leite de hospitais privados somente serão computadas se forem feitas à instituições cadastradas junto à autoridade sanitária estadual ou municipal, na forma do regulamento.

Parágrafo único. Estas doações devem ser indis-criminadas e não remuneradas, sob pena de não serem consideradas para o cômputo do benefício.

Art. 3º O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias.

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 05 de novembro de 2007. – Deputado Jofran Frejat.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60283

INDICAÇÃO Nº 1.439, DE 2007 (Do Sr. João Dado)

Sugere ao Senhor Ministro de Estado do Trabalho e Emprego, para sugerir que seja implantada uma agência de atendi-mento no Município de Porto Ferreira (São Paulo), com a lotação de um auditor-fiscal do trabalho.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado do Trabalho e Emprego:

O Município de Porto Ferreira tem centenas de empresas em franca atividade, que geram desenvolvi-mento para a cidade e dão emprego a seus habitantes. A população conta atualmente com 47.437 pessoas, das quais 26.021 têm rendimento médio mensal de R$ 616,24.

A despeito de sua importância econômica e social e do empenho da Administração municipal, a cidade não conta, até hoje, com uma agência de atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego.

A ausência do MTE naquele Município obriga trabalhadores, empresários e contadores a constantes deslocamentos até a cidade vizinha de Descalvado, para que possa ser feita uma simples homologação de rescisão contratual. Em casos mais específicos de fiscalização trabalhista, os interessados têm, muitas vezes, que viajar até a cidade de São Carlos, a mais de 50 quilômetros de distância.

Essa situação tem causado desconforto e desam-paro aos trabalhadores, assim como são aumentados os custos do trabalho para as empresas.

Diante do exposto, sugerimos a Vossa Excelência a instalação de uma agência de atendimento do Mi-nistério do Trabalho e Emprego no Município de Porto Ferreira, inclusive com a lotação de um auditor-fiscal do trabalho.

Estamos certos, Senhor Ministro, de que medida nesse sentido converter-se-á em maior proteção aos direitos trabalhistas dos cidadãos ferreirenses, que es-peram receber desse órgão a mesma atenção que já recebem os cidadãos dos Municípios vizinhos.

Sala das Sessões, 06 de novembro de 2007. – Deputado João Dado.

INDICAÇÃO Nº 1.440, DE 2007 (Do Sr. João Dado)

Sugere a distribuição gratuita do medi-camento Mesilato de Imatinib para os casos em que haja clara indicação médica.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde:A aprovação da lei dos medicamentos genéricos

constitui-se em uma grande conquista para o povo bra-sileiro. Após anos de luta, finalmente, o Brasil se jun-tou a inúmeros outros países, adotando a política de genéricos como um dos principais instrumentos para a redução dos altíssimos preços dos medicamentos.

Temos acompanhado o esforço de vários seto-res da sociedade, no sentido de efetivamente colocar o maior número de genéricos no mercado, porque os verdadeiros benefícios dessa política só serão percebi-dos na sua totalidade quando tais produtos passarem a constituir uma parcela significativa da produção e comercialização de medicamentos em nosso País.

Contudo, passados tantos anos, muitos medica-mentos essênciais para a população e, notadamente, os considerados medicamentos excepcionais e de alto custo somente são encontrados na forma original e são absolutamente inacessíveis para a quase tota-lidade dos brasileiros.

Um desses produtos é o Mesilato de Imatinib, nome comercial Glivec, produzido pela Norvartis, cujo preço para 160 comprimidos está na casa dos R$ 10.000,00. Seus excelentes benefícios no tratamento da leucemia mielóide crônica e de uma modalidade de câncer gastrintestinal estão por demais compro-vados.

Em verdade, nos últimos anos, houve uma re-volução no tratamento da leucemia mielóide crônica. Surgiram os chamados inibidores de tirosinoquinase (substância importante na progressão da célula leu-cêmica) e o Mesilato de Imatinib foi o primeiro deles a ser aprovado pelo FDA (Food and Drug Administra-tion), nos Estados Unidos, e pela ANVISA no Brasil (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). As suas respostas hematológicas (normalização dos exames de sangue) e citogenéticas (desaparecimento da translo-cação 9:22) alcançaram cerca de 75% dos pacientes, resultados demonstrados anteriormente apenas com o transplante de medula óssea.

O Bulário da ANVISA destaca: “Glivec está in-dicado para o tratamento de pacientes adultos com leucemia mielóide crônica (LMC) recentemente diag-nosticada, cromossomo Philadelphia positivo, bem como para o tratamento de pacientes com LMC cro-mossomo Philadelphia positivo em crise blástica, fase acelerada ou fase crônica após falha ou intolerância à terapia com alfa interferon. Glivec também é indicado para o tratamento de pacientes adultos com tumores estromais gastrintestinais (GIST) malignos, não-res-secáveis e/ou metastáticos”.

Nao restam dúvidas, portanto, sobre a impor-tância desse medicamento para a sobrevivência dos

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60284 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

pacientes portadores dessas doenças. Assim como, é indiscutível que os mesmos possam ter acesso ao tratamento, pelo absurdo preço do produto, visto o monopólio de sua industrialização.

O Ministério da Saúde chegou a incluir o Glivec na lista de medicamentos excepcionais, mas, lamentavel-mente, esse processo foi interrompido e somente por meio de decisões judiciais tem fornecido, o que obriga os pacientes e seus familiares a se submeterem a uma dolorosa via crucis, quase nunca bem sucedida.

Diante do exposto, em nome do direito constitu-cional à saúde e à vida e certos da sensibilidade de V.Exa., sugerimos que sejam tomadas medidas que assegurem o fornecimento gratuito do medicamento Mesilato de Imatinib para os casos em que haja clara indicação médica.

Sala das Sessões, 06 de novembro de 2007. – Deputado João Dado.

INDICAÇÃO Nº 1.441, DE 2007 (Da Sra. Vanessa Grazziotin)

Sugere ao Ministério da Saúde, que tome providências no sentido de solicitar junto a ANVISA a fiscalização do leite en-vasados em embalagens longa vida comer-cializados no estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde:A Deputada Vanessa Grazziotin se dirige a V. Exª

para apresentar a seguinte indicação:Como é de conhecimento público, dia 23 de ou-

tubro último vinte e sete pessoas foram presas pela Polícia Federal (PF), durante a Operação Ouro Bran-co, acusadas de adulterar leite vendido em embala-gens longa vida. Segundo as investigações da Polícia Federal, as cooperativas suspeitas misturavam soda cáustica e água oxigenada ao leite para que sua vali-dade fosse maior. A operação atinge as cooperativas Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil) e dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Cooper-vale), acusadas de adicionar substâncias proibidas ao leite, fazendo com que ele fique impróprio para o consumo humano.

Os moradores do estado do Amazonas são am-plos consumidores do leite acondicionado em emba-lagens longa vida, visto que o estado não tem uma produção significativa de laticínios. Ou seja, a popu-lação amazonense fica em uma posição delicada, já que não tem como se abster de consumir o leite longa vida, precisando de uma fiscalização mais rigorosa por parte da ANVISA.

Diante do exposto, solicito que sejam tomadas providências na efetivação de uma ação imediata no sentido de fiscalizar os estoques de leite longa vida vendidos no estado do Amazonas para assegurar que o povo amazonense não adquira produtos impróprios para o consumo humano.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputada Vanessa Grazziotin, PCdoB/AM.

INDICAÇÃO Nº 1.442, DE 2007 (Do Sr. Neucimar Fraga)

Sugere a adoção de providências para à concessão de descontos na dívida ao FIES de beneficiários de baixa renda

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação:

É importante a diversificação de instrumentos para o financiamento de estudos superiores. No entanto, é preciso ponderar que, para mesmas camadas sociais, pode ser percebida como socialmente injusta, como política de Estado, a existência de programas que, para uns, ofereçam bolsas (como o Programa Univer-sidade para Todos – PROUNI) e para outros, emprés-timos (como o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior – FIES), com recursos que, em última análise, têm a mesma origem, o Tesouro, isto é, recursos públicos obtidos por meio de impostos, contri-buições, loterias, etc., pagos diretamente ou trocados por mecanismos de renúncia fiscal e similares.

Considerando a existência de camadas diferen-ciadas de renda, seria talvez mais razoável que um programa, como o PROUNI, estivesse mais voltado – como de fato está – a famílias de renda mais baixa (bolsa integral para estudante de família com renda per capita de até um salário mínimo e meio; bolsa parcial para renda per capita de até três salários mínimos) e outros programas de financiamento por empréstimo, como o FIES e outros mantidos diretamente por ban-cos privados, estivessem votados para camadas de renda mais elevadas da população.

Antes da existência do PROUNI, não era possível realizar essa diferenciação, fazendo com que, de fato, a única alternativa fosse o empréstimo por meio do úni-co programa oficial federal de suporte a estudante de qualquer faixa de renda, o FIES. Este fato levou a que, nos dias de hoje, muitos estudantes e suas famílias, com idênticas condições de renda aos beneficiados pelo PROUNI com bolsas não restituíveis, tenham que arcar com o ônus de pesados retornos dos emprésti-mos realizados no passado.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60285

Por uma questão de justiça social e coerência na ação do Poder Público, sugerimos a Vossa Excelência que promova os estudos e iniciativas necessárias para a concessão de descontos nas dívidas atuais ao FIES, compensados com recursos da União, resguardando o equilíbrio financeiro do fundo, para beneficiários (es-tudantes ou profissionais já formados) que se insiram nas mesmas faixas de renda daqueles hoje benefici-ários do PROUNI.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Neucimar Fraga.

INDICAÇÃO Nº 1.443, DE 2007 (Da Sra. Vanessa Grazziotin)

Sugere que ao Ministério das Comuni-cações, no âmbito da Agencia Nacional de Telecomunicações – Anatel, tome providên-cias junto às operadoras de telefonia móvel para que estas atendam os municípios do interior do Amazonas que ainda não dis-põem de serviços de telefonia móvel.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunicações:A Deputada Vanessa Grazziotin se dirige a V. Exª

para apresentar a seguinte indicação:Segundos dados que tivemos acesso, foi realiza-

do um levantamento sobre os municípios do interior do Amazonas atendidos pelo serviço de telefonia móvel que constatou que trinta e cinco municípios não pos-suem qualquer operadora de telefonia móvel instala-da, numero este que representa cerca de 57% das cidades do interior do amazonas sem nenhum tipo de telefonia celular.

Desta forma, milhares de pessoas habitantes do interior de nosso estado estão à margem dos benefícios que a evolução da tecnologia das comunicações tem a oferecer, o que é injusto visto que um habitante de um município do interior do estado tem as mesmas demandas e necessidades de um morador da capital. Consideran-do que a telefonia é uma concessão dada pelo Governo Federal a essas operadoras, é importante que o mesmo interceda a favor dos municípios mais isolados, mas que são tão brasileiros quanto qualquer outro.

Endossando uma justa reivindicação feita pelos prefeitos municipais e seus munícipes, solicito que sejam tomadas providências no sentido de acionar a ANATEL para que esta interceda, junto às opera-doras de telefonia celular de forma que as mesmas atendam ao município de Apuí, que ainda não dispõe deste serviço.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputada Vanessa Grazziotin, PCdoB/AM.

INDICAÇÃO Nº 1.444, DE 2007 (Do Sr. Carlos Alberto Leréia)

Sugere a edição de medida provisó-ria destinada a alterar a Medida Provisória nº 2.196-3, de 24 de agosto de 2001, com a finalidade de reduzir a comissão del crede-re cobrada pelos bancos administradores dos Fundos Constitucionais de Financia-mento.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssima Senhora Ministra Chefe da Casa Civil:

A Lei n° 10.177, de 12 de janeiro de 2001, limitou, no § 2° de seu art. 1°, a 3% (três por cento) ao ano o del credere dos bancos administradores dos recur-sos financeiros dos Fundos Constitucionais de Finan-ciamento do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste. Posteriormente, o limite foi alterado para 6% (seis por cento) ao ano, por meio da inserção do art. 9°-A na Lei n° 7.827, de 27 de setembro de 1989, conforme determinado no art. 14 da Medida Provisória n° 2.196-3, de 24 de agosto de 2001.

Para o Banco do Brasil, que é o administrador dos recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste, a comissão em questão ultrapassa a remuneração do Fundo pelas operações de crédito, conforme aponta-do pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás em seu voto no Conselho Deliberativo do FCO ao Re-latório de Gestão apresentado pela citada instituição financeira.

Acreditamos que esta situação se repita com as instituições financeiras que administram os demais Fundos Constitucionais, sendo razoável que este tipo de remuneração seja reduzido.

Desse modo, sugerimos a Vossa Excelência que determine a realização de estudos para modificar o atual teto da del credere para 3,5% (três e meio por cento) ao ano, quando o risco for da instituição admi-nistradora, e 3% (três por cento), quando for compar-tilhado com o Fundo, o que pode ser implementado por meio de edição de medida provisória para alterar a MP n° 2.196-3.

Acreditamos que a redução ora sugerida contri-buirá para aumentar a disponibilidade de recursos para aplicação e acelerar o desenvolvimento das Regiões beneficiárias.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Carlos Alberto Leréia.

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60286 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

INDICAÇÃO Nº 1.445, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Barce-los, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante po-

lítica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essen-ciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capi-tal do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades da farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem gran-des dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretudo para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Es-tado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências imediatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Barcelos, que certamente servirá de referência para toda a população residente nos muni-cípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, subme-temos a presente Indicação a sua elevada conside-ração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

INDICAÇÃO Nº 1.446, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Barrei-rinha, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante po-

lítica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essen-ciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capi-tal do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades da farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem gran-des dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretudo para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Es-tado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências imediatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Barreirinha, que certamente servirá de referência para toda a população residente nos municípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, submetemos a presente Indicação a sua elevada consideração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

INDICAÇÃO Nº 1.447, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Benjamin Constant, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante polí-

tica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essenciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capital do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades da farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem gran-des dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretudo para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Es-tado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências imediatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Benjamin Constant, que certamente servirá de referência para toda a população residente nos municípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, submetemos a presente Indicação a sua elevada consideração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60287

INDICAÇÃO Nº 1.448, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Boca do Acre, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante po-

lítica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essen-ciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capi-tal do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades da farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem gran-des dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretudo para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Es-tado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências imediatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Boca do Acre, que certamente servi-rá de referência para toda a população residente nos municípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, subme-temos a presente Indicação a sua elevada conside-ração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

INDICAÇÃO Nº 1.449, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Borba, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante po-

lítica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essen-ciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capi-tal do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades

da farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem grandes dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretu-do para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Estado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências ime-diatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Borba, que certamente servirá de referência para toda a população residente nos municípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, submetemos a presente Indicação a sua elevada consideração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

INDICAÇÃO Nº 1.450, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Carauari, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante po-

lítica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essen-ciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capi-tal do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades da farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem gran-des dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretudo para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Es-tado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências imediatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Carauari, que certamente servirá de referência para toda a população residente nos muni-cípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, submetemos a presente Indicação a sua elevada consideração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

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60288 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

INDICAÇÃO Nº 1.451, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Careiro, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante po-

lítica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essen-ciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capi-tal do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades da farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem gran-des dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretudo para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Es-tado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências imediatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Careiro, que certamente servirá de referência para toda a população residente nos muni-cípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, subme-temos a presente Indicação a sua elevada conside-ração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

INDICAÇÃO Nº 1.452, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Eirune-pé, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante po-

lítica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essen-ciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capi-tal do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades da farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem grandes dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretu-do para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Estado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências ime-diatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Eiru-nepé, que certamente servirá de referência para toda a população residente nos municípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, submetemos a presente Indicação a sua elevada consideração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

INDICAÇÃO Nº 1.453, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Fonte Boa, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante polí-

tica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essenciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capital do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades da farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem grandes dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretu-do para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Estado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências ime-diatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Fonte Boa, que certamente servirá de referência para toda a população residente nos municípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, submetemos a presente Indicação a sua elevada consideração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60289

INDICAÇÃO Nº 1.454, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Humaitá, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante po-

lítica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essen-ciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capi-tal do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades da farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem gran-des dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretudo para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Es-tado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências imediatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Humaitá, que certamente servirá de referência para toda a população residente nos muni-cípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, subme-temos a presente Indicação a sua elevada conside-ração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

INDICAÇÃO Nº 1.455, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Irandu-ba, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante po-

lítica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essen-ciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capi-tal do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades da farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem grandes dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretu-do para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Estado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências ime-diatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Iran-duba, que certamente servirá de referência para toda a população residente nos municípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, submetemos a presente Indicação a sua elevada consideração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

INDICAÇÃO Nº 1.456, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Jutaí, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante polí-

tica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essenciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capital do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades da farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem grandes dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretu-do para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Estado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências ime-diatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Jutaí, que certamente servirá de referência para toda a população residente nos municípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, submetemos a presente Indicação a sua elevada consideração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

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60290 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

INDICAÇÃO Nº 1.457, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Lábrea, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante po-

lítica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essen-ciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capi-tal do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades da farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem gran-des dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretudo para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Es-tado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências imediatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Lábrea, que certamente servirá de referência para toda a população residente nos muni-cípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, subme-temos a presente Indicação a sua elevada conside-ração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

INDICAÇÃO Nº 1.458, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Manico-ré, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante polí-

tica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essenciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capital do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades da

farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem grandes dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretu-do para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Estado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências ime-diatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Ma-nicoré, que certamente servirá de referência para toda a população residente nos municípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, submetemos a presente Indicação a sua elevada consideração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

INDICAÇÃO Nº 1.459, DE 2007 (Do Sr. Marcelo Serafim)

Sugere a criação de uma Unidade de Farmácia Popular no Município de Maués, no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde,A Farmácia Popular constitui em importante po-

lítica, sobretudo concernente à ampliação do acesso da população aos medicamentos considerados essen-ciais. Contudo, no Estado do Amazonas a farmácia popular tem atendido somente a cidade de Manaus e o município de Itacoatiara, localizado próximo a capi-tal do estado.

Entretanto, os habitantes do interior do Amazonas têm uma necessidade mais latente de que unidades da farmácia sejam instaladas no interior, uma vez que a distância e o isolamento geográfico impõem gran-des dificuldades para aquisição de medicamentos, sobretudo para a população de baixa renda. Sendo a garantia à saúde umas premissas básicas do Es-tado Brasileiro, cuja responsabilidade está expressa na Constituição Federal, solicito de Vossa Excelência providências imediatas no sentido de que o Ministério atenda as justas reivindicações do município, através da implantação de uma unidade da Farmácia Popular no município de Maués, que certamente servirá de referência para toda a população residente nos muni-cípios adjacentes.

Na certeza de que Vossa Excelência apreciará com ânimo favorável a sugestão aqui trazida, submetemos a presente Indicação a sua elevada consideração.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – Deputado Marcelo Serafim, PSB/AM.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60291

RECURSO Nº 133, de 2007 (do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame)

Interponho Recurso ao Plenário da Câmara dos Deputados da decisão profe-rida contra o requerimento de tramitação conjunta das PEC nos 571/06 e 129/07, que tratam de matéria correlata, o que autoriza, na forma do art. 142, regimental, sua trami-tação conjunta.

Com supedâneo no inciso I, do art. 142, do Regi-mento Interno da Câmara dos Deputados, e invocando o precedente da Questão de Ordem nº 15, de 2003, recorro ao Colendo Plenário da Câmara dos Depu-tados, para revisão do despacho de indeferimento da tramitação conjunta das PEC nos 571/06 e 129/07.

A Proposta de Emenda à Constituição nº 571, de 2006, de minha autoria, trata de matéria correlata à PEC nº 129/07, razão pela qual, aplicar-se-ia a regra do art. 142, regimental que autoriza promover a tra-mitação conjunta de “proposições da mesma espécie, que regulem matéria idêntica ou correlata”.

A Mesa proferiu despacho, verbis: “Indefiro a apensação, por se encontrarem as proposições em estágios diferentes de tramitação.”

No entanto, esse entendimento não tem como prosperar, pois a matéria já foi objeto da Questão de Ordem nº 15, de 2003, restando assim decidida:

“ Ementa – Questiona a apensação da Proposta de Emenda à Constituição nº 10, de 1993 (dispor que a regulamentação do Sistema Financeiro Nacional será de forma parcelada, aprovada em diversas leis complementares) à Proposta de Emenda à Constituição nº 53, de 1999 (estabelece que lei complementar disporá sobre fiscalização financeira da admi-nistração pública e sobre o Sistema Financeiro Nacional), por não estarem no mesmo estágio de tramitação.

DECISÃO DA PRESIDÊNCIA EM QUES-TÃO DE ORDEM PROFERIDA EM 27-3-03.

O SR. PRESIDENTE (João Paulo Cunha) – Responderei à questão de ordem levantada ontem pelo Deputado Arnaldo Faria de Sá, com-plementada pelo Deputado José Thomaz Nonô. A questão de ordem formulada diz respeito à regimentalidade da apensação da Propostade Emenda à Constituição nº 10, de 2003, de au-toria do Deputado Virgílio Guimarães, e a de nº 53-A, de 1999, do Senado Federal. A dúvida advém do fato de a PEC do Senado já estar com pareceres das Comissões e pronta para a

Ordem do Dia, ao passo que a de nº 10, do cor-rente ano, teve despacho para tramitação con-junta com aquela sem o parecer das comissões. Consoante com o disposto no § 8º do art. 202 do Regimento Interno, aplicam-se à Proposta de Emenda à Constituição as disposições regimen-tais relativas ao trâmite e apreciação dos proje-tos de lei no que não colidir com suas normas especiais de tramitação. Assim, com relação à possibilidade de tramitação conjunta de proposta de emenda à Constituição, matéria não tratada nas normas especiais, a regra aplicável é a do art. 142 do Regimento, que em seu parágrafo único admite a apensação para as matérias de competência do Plenário até antes de a maté-ria entrar na Ordem do Dia. Ressalte-se que, segundo entendimento seguido há muito pela Presidência da Casa, não impede apensação o fato de o projeto mais antigo ter eventualmente figurado em Ordem do Dia, desde que não te-nha sido iniciada a sua discussão. A vedação à apensação de matéria àquelas constantes da Ordem do Dia tem como finalidade evitar que, à última hora, já divulgada a pauta da sessão alguém pretendesse por esse expediente intro-duzir matéria não previamente anunciada aos Deputados. Anteriormente à apensação em causa, a PEC nº 53 figurara na Ordem do Dia das sessões de 27 e 28 de fevereiro de 2002, tendo sido, em ambas as ocasiões, a discussão em primeiro turno adiada em razão do sobres-tamento da pauta por medida provisória com prazo esgotado. No que tange ao conteúdo das proposições do caso em exame, é evidente a correlação entre as matérias em tramitação. De fato, ambas dão nova redação ao caput do art. 192 da Constituição. A do Senado Federal revoga ademais os incisos e parágrafos desse artigo, ao passo que a de iniciativa desta Casa mantém os incisos e oferece nova redação ao § 1º neste último caso apenas para adapta a redação do caput. Dessa forma, além da cor-relação de mérito das matérias, verifica-sese que a PEC nº 10, ao dar inclusive tratamento mais restrito ao tema, mantendo o dispositivo da Constituição que a proposta do Senado pre-tende revogar, respalda-se nos mesmos pres-supostos de admissibilidade já reconhecidas pela Comissão de Constituição e Justiça e de Redação ao dar parecer favorável à PEC nº 53. A PEC nº 10 diferencia por manter os incisos e parágrafos que hoje estão no texto constitu-cional. Inafastável, pois, os pressupostos de

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60292 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

admissibilidade da proposição. A conexão entre as matérias tal que, ao apreciar a PEC nº 53, o Plenário estará de qualquer modo decidindo indiretamente sobre o conteúdo da PEC nº 10, sobre a qual inclusive incidirá eventualmente a prejudicialidade em razão da apreciação da pri-meira. Ressalte-se que a possibilidade regimen-tal de apensação para tramitação conjunta de proposições legislativas, em caso de matérias análogas ou conexas, responde à necessidade de se emprestar racionalidade e economicida-de ao processo legislativo. Outro entendimento levaria, por exemplo, à circunstância de ter-se várias comissões especiais em funcionamen-to simultaneamente para exame de diversas propostas de emenda à Constituição tratando do mesmo tema, o que traria, evidentemente, prejuízo aos trâmites legislativos e aos trabalhos da Casa. Nesse sentido, encontro precedentes nas apensações das PEC nos 610, de 1998, e 34, de 1995, sobre imunidade parlamentar e das PEC nos 289 e 376, de 2001, sobre servi-dores do ex-território de Rondônia, quando a Presidência, diante de situação absolutamente análoga, determinou a tramitação conjunta para exame do plenário. Com relação à oportunidade para oferecimento de emendas, destaco que a matéria objeto da PEC nº 10 estava proposta ao exame da Casa no bojo da PEC nº 53, de tal modo que, durante a tramitação desta, na forma regimental, pela Comissão Especial, os parlamentares interessados puderam oferecer suas proposições acessórias. Como exemplo, caso um terço dos Srs. Deputados desejas-sem propor a manutenção dos incisos e pará-grafos do art. 92 da Constituição, poderiam ter formulado emendas nesse sentido no prazo regimental. Não vislumbro, quanto a esse as-pecto, prejuízo à apreciação da matéria. Des-sa maneira, indefiro as questões de ordem do Deputado Arnaldo Faria de Sá e do Deputado José Thomaz Nonô para manter a apensação, posto que é amparado no Regimento e nos precedentes desta Casa.”

Diante do precedente e de seus jurídicos fundamentos, a recomendar o deferimento do requerimento anteriormente apresentado, requeiro, assim, o acolhimento e deferimento deste recurso para autorizar a tramitação con-junta das PEC nos 571/06 e 129/07.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007. – An-tonio Carlos Mendes Thame.

Submeta-se ao Plenário, nos termos do art. 142, inciso I, do Regimento Interno da Câ-mara dos Deputados. Publique-se.

Em 8-11-07. Oficie-se. – Arlindo China-glia, Presidente.

REQUERIMENTO Nº 1906 DE 2007 (Do Sr. Paes Landim )

Requer, nos termos regimentais, que o Projeto de Lei nº 1.952, de 2003, seja reme-tidos à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Senhor Presidente,Tramita na Comissão de Finanças e Tributa-

ção desde 13-7-2006 o Projeto de Leí nº 1.952, de 2003, que “dispõe sobre a elevação para dezoito por cento a aliquota da CSLL devida pelas instituições financeiras”.

A matéria obedece ao rito de tramitação ordinária e seu prazo para análise da Comissão, conforme de-termina o art. 52, inciso II, encontra-se superado.

Diante do exposto, requeiro, nos termos do art. 52, § 6º , que o Projeto de Lei nº 1.952, de 2003, seja remetido à Comissão seguinte, qual seja, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Sala das Sessões, 22 de outubro de 2007. – Depu-tado Paes Landim

Assinalo o prazo adicional de dez ses-sões para a Comissão de Finanças e Tributa-ção se pronunciar sobre o Projeto de Lei nº 1.952/07, esgotado o qual, sem o parecer da Comissão, o requerimento será submetido à apreciação desta Presidência. Oficie-se e, após, publique-se.

Em 8-11-2007. – Arlindo Chinaglia, Pre-sidente.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Finda a leitura do expediente, passa-se às

IV – BREVES COMUNICAÇÕES

Concedo a palavra ao Sr. Deputado Mário He-ringer.

O SR. MÁRIO HERINGER (Bloco/PDT-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, no Brasil, a mais nova atividade da juventude é a rave, festa em que crianças e adolescentes viram a noite. E não estamos atentos ao que está aconte-cendo. Há mais ou menos 15 dias, no Rio de Janeiro, 18 jovens foram internados com overdose, depois de participarem de evento dessa natureza.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60293

Estimula-se no Brasil o consumo de álcool. Sinto-me à vontade para falar sobre o assunto porque não sou abstêmio, pois tomo minha cervejinha de vez em quando. Mas percebo que agora as meninas estão sen-do estimuladas a beber Ice, uma bebida docinha.

Tenho certeza de que o consumo de álcool é a porta de entrada para outros vícios. Hoje, crianças e adolescentes saem das boates alcoolizados e agem de forma irresponsável no trânsito. Quanto mais dei-xarmos a situação correr, mais assistiremos a irres-ponsabilidades como a que acabei de referir.

Estou colhendo assinaturas, pois precisamos impedir a ocorrência de novos fatos. Espero promover rapidamente um debate na Casa, a fim de encontrar-mos uma solução para o problema enfrentado pela juventude.

Nós e o Ministro Temporão temos de rever se é responsável permitir a divulgação na televisão dessas propagandas glamourosas. Não tenho nada contra a Juliana Paes, contra o Zeca Pagodinho. Vejam: não estou iniciando briga ou discussão com os artistas que fazem esse tipo de propaganda, mas enfatizando que elas não têm sido benéficas para a juventude. Portan-to, precisamos rediscutir o assunto.

Nos espaços públicos têm de ser proibidos efe-tivamente a venda e o consumo de álcool. Recente-mente, numa universidade de Santa Catarina, assis-timos ao consumo indiscriminado de álcool e drogas. Precisamos rever essas posições e ser mais sérios, mais pais dos nossos filhos.

Sr. Presidente, esta a proposta que apresento e pela qual trabalho. Estou colhendo assinaturas com o intuito de acabar com as glamourosas propagandas de bebidas veiculadas na televisão, de não permitir mais que essas bebidas sejam usadas indiscrimina-damente nos órgãos públicos, nas universidades e, o mais importante de tudo, de diminuir o número de acidentes e os custos sociais acarretados por esse problema, além, naturalmente, da grande perda de jovens, futuro do País.

O SR. PEDRO FERNANDES (PTB-MA. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, chamo a atenção dos nobres pares para o apagão do cimento. Na próxima semana, precisamos realizar uma força-tarefa na Comissão de Fiscalização e Controle a fim de ouvir representantes das grandes empresas que comandam esse segmento.

No meu Estado, o Maranhão, a produção de ci-mento é superavitária, e a produção excessiva é vendi-da pela metade do preço em Brasília. Mas nas últimas 2 semanas o preço do cimento disparou de R$18,00 para R$28,00.

Temos de chamar aqui representantes do Grupo Votorantim, do Grupo João Santos e de outras em-presas que comandam o segmento no Nordeste, pois não permitiremos esse apagão do cimento. Faremos tudo para que o Governo Lula importe cimento a fim de atender a esse grande Programa de Aceleração do Crescimento, principalmente na área da habitação, tão necessária para o País.

O SR. MANATO (Bloco/PDT-ES. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, toda a imprensa nacional está divulgando que no Brasil há emprego, mas falta qualificação.

Preocupado com a situação, o Ministro do Traba-lho, Carlos Lupi, durante este mês, pediu às bancadas dos partidos que apresentassem emendas ao Orça-mento da União a fim de viabilizar a qualificação profis-sional, e a bancada do Espírito Santo comprometeu-se a apresentar emenda no valor de R$15 milhões.

Na próxima segunda-feira, dia 12, o Ministro Car-los Lupi irá ao Estado do Espírito Santo para assinar diversos convênios, para que sejam realizados cursos de capacitação e qualificação, a fim de que o capixa-ba seja inserido no mercado de trabalho. O Estado, que é o que mais cresce no País, precisa contar com mão-de-obra qualificada.

Agradeço ao Ministro Carlos Lupi a iniciativa. Se-gunda-feira estaremos lá para recebê-lo.

O SR. ELIENE LIMA (PP-MT. Sem revisão do ora-dor.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de reforçar a fala do Deputado Pedro Fernandes no que se refere ao cimento, porque realmente a constru-ção civil é uma grande geradora de empregos, busca diminuir o desemprego desenfreado que vivemos em várias partes do País. E, em Mato Grosso, mais pro-priamente em Cuiabá, temos observado crise diante da falta de cimento.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, como se não bastasse esse clima de crise aérea que paira no-vamente, literalmente, nos ares, agora, um garoto de 11 anos de idade viaja sozinho de Cuiabá, lá no meu Estado, até São Paulo de avião, sem autorização dos pais, sem portar nenhuma passagem aérea ou dinheiro, e o pior, sem ter sido interceptado por absolutamente ninguém – nenhum policial, nenhum segurança, ne-nhum fiscal da INFRAERO e muito menos nenhum funcionário das próprias companhias aéreas.

A sensação é de abandono, de que “não estou nem aí”. O menor afirma que burlou a segurança do Aeroporto Internacional Marechal Rondon de madru-gada sem enfrentar dificuldades. Vejam que isso não é nenhuma ficção de novela, é a pura realidade.

A INFRAERO, responsável pela administração aeroportuária do País, prefere não confirmar o em-

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60294 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

barque da criança e, em nota, apenas afirmou que o menino foi localizado nas proximidades do Terminal de Cargas, portanto, na área externa do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. As câmeras do circuito interno do aeroporto de Várzea Grande também não teriam registrado a presença dele no embarque.

Vejam que aventura! O pequeno, cujas iniciais são V.S.S., lembra dos detalhes da empreitada, que começou no dia 18 de outubro. Ao sair do colégio, onde faz a 4ª série no período vespertino, brigou com um menino da rua onde mora, no bairro Tancredo Neves, por causa de um simples xingamento de outro colega. Daí, V.S.S. voltou para casa, tomou banho e, enquanto a mãe estava na igreja, saiu para andar pelo bairro. Com medo de ser castigado pela briga na rua, decidiu não voltar para casa no mesmo dia. Entrou em um ônibus pela porta do fundo, pois não tinha dinheiro, e desceu em frente ao Shopping Pantanal, na avenida do CPA. Quem conhece Cuiabá sabe que ele estava localizado numa zona nobre da cidade. Então, ele atravessou a rua e pegou um ônibus para Várzea Grande, sem a pre-tensão de ir para o aeroporto, que não conhecia ainda. “Vi tudo iluminado e pensei que fosse outro shopping. Desci no próximo ponto para conhecer e voltei lá”, con-tou o menino com naturalidade. De fato, Sr. Presidente, uma criança, como podemos constatar.

Segundo V.S.S., ele entrou na sala de embarque sem dificuldades, visto que ninguém lhe pediu identifi-cação e, depois, viu todo mundo indo para o avião e foi junto. Sentou numa poltrona que estava vazia e disse que ainda conversou com o meu amigo Deputado Es-tadual Walter Rabello. Logo em seguida, a aeromoça chegou, arrumou o cinto, e não perguntou nada.

Ele disse que “até comeu” e que só ficou sabendo que estava em São Paulo quando o homem falou que ia descer. O menino nunca havia andado de avião antes. A companhia aérea que fez o transporte, Gol Linhas Aéreas, também não confirma o embarque – nem vai confirmar, óbvio.

Mas a prova de que V.S.S. viajou é que ele cum-primentou o Deputado Walter Rabello e sentou-se na poltrona atrás da do Parlamentar, fato confirmado por Rabello, que disse que ele informou que assistia ao seu programa na TV. O menor chegou a São Paulo por volta de 3h, e, no final da manhã do dia 19, o responsável pelo circuito de câmeras do aeroporto de Guarulhos viu que ele estava sem acompanhante. Foi então que o segurança da unidade pegou o menino, que fingiu estar com os pais, e chamou o Conselho Tutelar da cidade. Ele ainda ficou num abrigo paulistano por 4 dias.

V.S.S. disse ainda: “A mulher do Conselho não acreditava que eu era de Cuiabá”. Por sua vez, os pais da criança já haviam registrado boletim de ocorrência

por desaparecimento na Delegacia Especializada de Direitos da Criança e do Adolescente e no Conselho Tutelar de Cuiabá, mas apenas no sábado, 20, foram informados sobre o paradeiro do filho. No dia 22, o pai foi buscá-lo em São Paulo.

O detalhe é que o menino é hiperativo e faz tra-tamento, ou seja, teria que ter cuidado redobrado dos próprios pais.

Em suma, Sr. Presidente, o que podemos enten-der de toda essa história? Vários problemas. Um deles é a total falta de controle no aeroporto, visto que, se entra uma criança sozinha num avião, e ninguém se dá conta de que ela está desacompanhada, pode-se imaginar que pessoas mal-intencionadas façam isso e até com maior facilidade. Outro é a falta de integra-ção entre órgãos como conselhos tutelares e delega-cias. Por fim, a Gol e a INFRAERO também têm seu grau de culpabilidade e devem rever imediatamente as normas de segurança que ambas adotam em nos-sos aeroportos.

O SR. FLÁVIO BEZERRA (Bloco/PMDB-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, marisqueiros e pescadores, quero elogiar a ati-tude do Governador Cid Gomes, do Estado do Ceará, no que se refere à atenção especial ao setor pesqueiro do Estado, com um investimento de R$30 milhões no LABOMAR, Laboratório da UFC, a serem aplicados em pesquisas científicas para o desenvolvimento da pesca marítima e também das águas continentais.

Esse investimento, que beneficiará a Bacia do Jaguaribara e o Castanhão, para que toda aquela co-munidade tenha sempre sua produção pesqueira, vai ser revertido na criação de tilápias em águas continen-tais e também no oceano, na restauração de arrecifes artificiais e na criação do pargo.

A SRA. ALICE PORTUGAL (Bloco/PCdoB-BA. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, desejo anun-ciar, em primeiro lugar, que se encontram em greve os serventuários da Justiça baiana. Honrada e parcimo-niosa, essa categoria foi vítima de desagradável sur-presa. No projeto de reorganização do Poder Judiciário, infelizmente, não ficou acertada a implementação do Plano de Cargos e Salários dos serventuários, isto é, o prazo para que o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia encaminhasse à Assembléia Legislativa o novo plano de carreira.

Esse fato deixou a categoria extremamente insa-tisfeita, e, em conseqüência, a greve foi deflagrada.

Espero que, com as gestões que estão sendo feitas, entre hoje e amanhã, a Secretaria de Adminis-tração, assim como a nova Presidência do Tribunal de Justiça da Bahia consigam montar uma mesa de ne-gociações para contornar essa circunstância.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60295

Quero declarar minha absoluta solidariedade aos serventuários da Justiça, nossos irmão de luta.

A Justiça baiana, infelizmente durante muitos anos controlada diretamente pela Governo do Estado, hoje floresce em liberdade e, portanto, precisa tratar adequadamente aqueles que prestam serviços carto-rários à sociedade baiana.

Desejo ainda registrar, Sr. Presidente, que fiquei muito satisfeita com a aprovação ontem, por unanimi-dade, na Comissão de Educação, de requerimento de minha autoria de instalação da CPI para apurar o furto de obras de arte no Brasil.

A prática desse delito tem sido responsável, em grande parte, pela aniquilação da memória nacional. Na verdade, o furto de obras de arte é uma prática internacional, só é superada pelo tráfico de drogas e pelo tráfico de armas.

Tenho tratado dessa questão com especialistas. O filho do grande pintor brasileiro Cândido Portinari aqui esteve quando obras de seu pai foram encontradas num lixão na cidade de Cotia, em São Paulo.

Também acompanhei a investigação de furtos de mapas, jóias e armas do período do Império ocorridos em museus cariocas e pude constatar o estrago feito à memória nacional.

Por outro lado, muitas vezes, igrejas são dilapi-dadas e obras são levadas para a casa de fiéis, por-que julgam que lá estarão mais seguras do que nas igrejas.

Além de investigar tais fatos, a CPI procurará igualmente garantir a modernização da legislação so-bre o assunto, com fomento ao debate do tema nesta Casa.

A Comissão de Educação me honrou profunda-mente com essa decisão, que agora será submetida à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Na Mesa Diretora da Casa, já há requerimento com assinaturas suficientes para essa matéria da maior relevância ser votada em regime de urgência.

Comissão Parlamentar de Inquérito é, sem dúvida, instrumento que não somente deve analisar os malfei-tos de poucos nesta Casa, mas também, com base em fato certo e determinado, questões essenciais para a sociedade brasileira viver em normalidade.

Por isso, ao registrar meu especial agradecimen-to à Comissão de Educação, peço seja divulga nos órgãos de imprensa desta Casa, assim como no pro-grama A Voz do Brasil a aprovação do requerimento de criação de CPI para investigar o furto de obras de arte no Brasil.

Muito obrigada.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A

Presidência informa que fez uma concessão, porque

hoje há pouca gente para se pronunciar, mas não pode fazê-lo sempre. Eu não vou facilitar mais, vai ser 1 minuto para cada orador, e depois vamos passar para 3 minutos.

Nada contra V.Exa., Deputada Alice Portugal. V.Exa. tem toda a razão. A Presidência abriu uma ex-ceção primeiro, e então abriu a segunda. V.Exa. tem toda a razão. Esta é uma Casa de iguais. Agradeço a V.Exa.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra ao ilustre Deputado Dr. Paulo Cesar.

O SR. DR. PAULO CESAR (PR-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, senhoras e senhores, registro que na próxima segunda-feira, dia 12, come-moraremos os 11 anos de emancipação político-ad-ministrativa da cidade de Búzios, no litoral do Rio de Janeiro, e na terça-feira, dia 13, a cidade de Cabo Frio completará 392 anos.

Aproveito as comemorações para mais uma vez pedir ao Governador do Estado do Rio de Janeiro Sér-gio Cabral que beneficie aquela região, já que ela foi agraciada com a melhora das rodovias e, particular-mente a cidade de Cabo Frio, com a inauguração do Aeroporto Internacional de Cabo Frio.

Solicito ao Governo do Estado que crie um CTI regional na Região dos Lagos.

Muito obrigado.O SR. PROFESSOR VICTORIO GALLI (Bloco/

PMDB-MT. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Pre-sidente, Sras. e Srs. Deputados, colegas integrantes da bancada evangélica desta Casa, venho anunciar a realização nesta semana, de terça-feira a domingo, no Grande Templo de Cuiabá, da Convenção de Mi-nistros das Igrejas Assembléia de Deus no Estado de Mato Grosso,

A convenção deverá reunir 1.400 ministros e cer-ca de 15 mil fiéis.

A comunidade evangélica da Assembléia de Deus em Mato Grosso conta hoje com aproximadamente 450 mil fiéis, sendo cerca de 200 mil nos municípios vizinhos de Cuiabá e Várzea Grande. Em 1974, havia apenas 7 igrejas no Estado, mas hoje elas já somam 2 mil, em 33 anos de liderança do pastor Sebastião Rodrigues de Souza.

Na sexta-feira, dia 9, o evento contará com a pre-sença das 2 maiores lideranças do PMDB no Estado de Mato Grosso: o Vice-Governador Silval Barbosa e o Deputado Federal Carlos Bezerra, Presidente do partido no Estado.

A Convenção de Ministros, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é uma ocasião ímpar de congregação das igrejas Assembléia de Deus em Mato Grosso.

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60296 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Desejo daqui parabenizar o pastor Sebastião Rodrigues de Souza, Presidente das Assembléias de Deus no Estado e Presidente da Convenção de Minis-tros, pelo brilhante trabalho que vem desenvolvendo em Mato Grosso. A propósito, destaco a atuação do pastor Sebastião na construção do Grande Templo de Cuiabá. A obra, marco maior da igreja Assembléia de Deus no Estado, comporta 22 mil pessoas sentadas, abriga escola com capacidade para 1.500 alunos, uma rádio e uma faculdade.

Aliás, Sr. Presidente, a Rádio O Nazareno FM completou, no último dia 14 de outubro, 5 anos de fun-dação. E é hoje um dos principais veículos evangélicos do Estado, transmitindo mensagens e informações para grande parte da sociedade mato-grossense, levando harmonia e melhoria na qualidade de vida através dos ideais cristãos.

Parabéns, portanto, aos organizadores da Con-venção de Ministros e votos de pleno sucesso no even-to, com a bênção de Deus!

Por fim, peço que este pronunciamento seja di-vulgado no programa A Voz do Brasil.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. WALDIR MARANHÃO (PP-MA. Pronuncia

o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, leio, para que fique consignado nos Anais desta Casa, discurso pro-ferido pelo Prof. José Aristodemo Pinotti na Academia Paulista de Educação, por ocasião de seu ingresso na instituição, ocupando a cadeira 17, no dia 29 de outubro de 2007:

“Sem qualquer jogo de palavras, devo declarar minha surpresa ao ser eleito para este honroso sodalício. A verdade é que, dan-do aulas e dirigindo estabelecimentos de edu-cação por toda minha vida, não me considero um educador, alguém que passa a maior par-te do seu dia na sala de aula, com conheci-mento profundo de pedagogia, com o jargão e o physique du role do professor, que tenha experimentado as agruras desse sacerdócio, acreditado e lutado pela corporação e conheça, profundamente, a filosofia e a história da edu-cação, como é o caso do Prof. João Gualberto de Carvalho Meneses, que tão generosamente acabou de me saudar e por quem sempre nu-tri a maior admiração, pois reúne em uma só pessoa a figura do professor, do Acadêmico com densa e ampla produção intelectual, além de homem público, gestor e conselheiro. Não por acaso a casa que ora me recebe o elegeu seu presidente. O professor João Gualberto é um verdadeiro paradigma para aqueles que se

dedicam à educação, e me sinto profundamen-te honrado em ser por ele saudado.

Pergunto-me, então, por que essa honra imerecida e encontro a resposta na amizade e na generosidade dos meus hoje confrades, que talvez tenham percebido meu entusiasmo e dedicação singela, mas autêntica, à causa da educação e tenham nutrido certo grau de admiração pela minha ousadia, nos cargos que ocupei, de romper tabus, procurar caminhos novos, inconformar-me com a mediocridade, corrigir defeitos aparentemente insanáveis e me atirar de cabeça nos objetivos das incum-bências que recebi, como se eles fossem uma quimera a ser conquistada a qualquer preço e a qualquer risco. De fato, consciente de estar no caminho correto, não têm-me importado as dificuldades, as críticas e mesmo as agressões e os riscos.

Foi assim na UNICAMP, nas décadas de 70 e 80, onde, além de reconstruí-la física e institucionalmente, avançamos na moderniza-ção do ensino médico, dando a ele a caracte-rística de inserção no serviço ou aprendizado direto, como quer Dewey, esse iluminado pen-sador do início do século XX, que caracteriza a Educação como uma ‘reconstrução contínua da experiência’.

A proposta veio de uma observação sim-ples, porém real: após 6 anos de curso conven-cional, mesmo nas boas escolas médicas, os alunos, sem risco de reprovação, formam-se, desprovidos de qualquer capacidade de atua-ção profissional e – por falta de um exame de Estado – legalmente aptos a exercer qualquer ramo da profissão. Recorrem à residência e, depois de 2 ou 3 anos, tornam-se competentes para solucionar, com eficiência, os problemas de sua especialidade. Viram ‘craques’, demons-trando que, pelo menos na medicina, que é mais arte que ciência, o aprendizado direto – através da assunção gradativa e crescen-te de responsabilidades que o jovem deverá assumir sozinho no futuro – é a forma correta de ensinar. Aprender fazendo, contextualizar os conhecimentos em uma experiência práti-ca interdisciplinar e concreta, onde se juntam habilidades intelectuais, emocionais, éticas e psicomotoras.

Constatado isso, procuramos inserir essa estratégia desde os primeiros anos do cur-so de graduação. Os resultados foram muito bons e comprovados, mas as dificuldades de

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60297

adaptação, que a mudança requer, e a força da inércia fizeram, algum tempo depois, que quase tudo retrocedesse. Foi frustrante, e se percebe agora o quanto se perdeu. Existe hoje um vestibular para residência mais concorrido do que para a graduação, e 50% dos médicos, sem esse aprendizado, podem representar um risco para a sociedade. Nestes últimos 20 anos, percebo com alívio que essa modificação vem se concretizando, aqui e acolá, pela influência dos professores que vivenciaram a experiência da UNICAMP, adquirindo, hoje, um novo nome ‘Problem-based learning’ e, novamente, com bons resultados. Resta multiplicá-los. Aliás, essa é a oportunidade de aprendizado direto que o CIEE, que nos hospeda, adiantando-se às políticas públicas, tem oferecido para mi-lhares de estudantes de diferentes profissões, pelas sábias mãos de Paulo Nathanael Perei-ra de Souza e Luiz Gonzaga Bertelli, fazendo também a ponte necessária entre a educação e o emprego.

Na seqüência, tivemos a experiência da Secretaria Estadual de Educação, durante o governo Montoro, no final dos anos 80, com o apoio de José Serra, então Secretário de Pla-nejamento, quando implementamos o PROFIC (ensino em tempo integral para as crianças mais carentes, objetivando sua formação in-tegral), certos, como estamos até hoje, de que nas políticas públicas é preciso tratar desigual-mente os desiguais para oferecermos a todos as mesmas oportunidades. Esse é o sentido da focalização, não aquele que transformou a Educação pública brasileira em uma educação pobre e excludente para os mais pobres.

Aliás, a exclusão social é a marca maior da nossa educação, tão forte que, além dos resultados precários em termos de aprendiza-do, e talvez também por eles, a evasão a partir do 5º ano do ensino público fundamental dos alunos mais carentes é tão pronunciada que, segundo dados do Núcleo de Políticas Públi-cas da UNICAMP, eles vão desaparecendo das estatísticas até tornarem-se invisíveis a nível de ensino superior. Dos 400.000 jovens que se graduam no ensino médio público em São Paulo, somente 1% deles terá oportunidade de cursar uma das nossas três Universidades Públicas e, apesar do sucesso do Programa de Ações Afirmativas, verifica-se que os mais pobres continuam a ficar de fora. A conseqüên-cia é que apenas 11% dos brasileiros jovens,

entre 18 e 25 anos, freqüentam a Universi-dade e são aqueles cujas famílias têm maior renda familiar. Na Argentina são 34%; na Es-panha, 50%; na Coréia, 70%; no Japão, 80%. Eu sei que a universidade não é para todos, mas não pode ser para tão poucos e só para os mais ricos.

Esses números, além de comprovarem a exclusão, demonstram o desperdício que se faz da maior riqueza da Nação – a inteligência de seus jovens – e afastam o País do proces-so de desenvolvimento. Todos os estudiosos que lidam com essa questão são unânimes em afirmar ser impossível desenvolver um país nos dias de hoje sem pelo menos 1/3 da sua juventude na Universidade.

O atraso e a dívida com a educação são enormes. Por isso, não adianta pensar que o aumento gradativo e lento que vem ocorrendo de vagas nas universidades públicas (algu-mas muito boas e todas muito caras) e o ofe-recimento de mais vagas nas privadas – que estão com 30% de inadimplência e 25% de evasão por ano – vão resolver essa questão. Esse modelo, que colocou a educação no mer-cado e aumentou a exclusão, está esgotado e parece que a maioria dos governos não se deram conta disso e se imobilizam frente a um dilema que, na realidade, é falso. Para darmos um salto ao mesmo tempo qualitativo, social, moderno e quantitativo na educação superior, teremos que organizar sistemas de Ensino à Distância (EAD) públicos, gratuitos e de alta qualidade, cujos resultados no mundo e mes-mo aqui, demonstrados pelo ENADE, são su-periores aos do ensino presencial. Estamos atrasados 30 anos nesse direcionamento, e a tecnologia está aí disponível, pedindo para ser usada. Na Secretaria de Ensino Superior do Estado de São Paulo, com o total entusiasmo do Governador José Serra, iniciamos esse ca-minho e convidamos o Prof. Carlos Vogt para implantar o sistema estadual de EAD. Sua presença, hoje, como Secretário, garante a continuidade desse projeto, com suas inúme-ras e conhecidas vantagens de aumento sig-nificativo de vagas, de melhoria da qualidade e de inclusão social.

A exclusão manifesta-se também na outra ponta, no ensino infantil, e é muito grave, pois aí se formam a personalidade e o caráter das crianças. Dos 22 milhões de crianças de zero a 6 anos no Brasil, apenas 1.200.000 têm cre-

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60298 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

ches e 5 milhões, ensino infantil. Enquanto não se universalizar essa fase do aprendizado, as crianças provenientes de famílias mais pobres continuarão a iniciar o ensino fundamental já com enorme desvantagem, arcando depois com todas as demais.

As mães têm uma perfeita percepção dessa necessidade. Como Secretário da Saú-de de São Paulo, iniciei a construção de Cen-tros de Saúde em favelas. Um dia, visitando uma das obras, fui cercado pelas mães, que me disseram: ‘Doutor, faça o Centro de Saúde aqui debaixo funcionar direito que nós vamos lá. Do que precisamos aqui são creches’. E expuseram suas razões com tal convicção que mudei o projeto, e construímos 37 Cen-tros de Acompanhamento do Desenvolvimento Infantil (CADI), para crianças de 0 a 6 anos, com 300 vagas cada, que mudaram a vida, não só das crianças, mas das favelas bene-ficiadas. Meu filho arquiteto denominou esse fenômeno de ‘metástase benigna’. Foi correto ouvir as mães.

A ampliação da licença-maternidade, que esta-mos apoiando no Congresso, o FUNDEB e o ensino fundamental de 9 anos apontam nessa direção, ainda que timidamente, pois sequer tocam a questão das creches, que são protegidas por lei para as mães trabalhadoras. Lei esta que é burlada cinicamente, através de um acordo espúrio entre empresas e sin-dicatos, há várias décadas, quando é possível apli-cá-la, desde que haja colaboração das empresas, do Sistema S (SESC, SENAC e SESI), dos sindicatos, e empenho do governo. Caminhamos bastante nesse desiderato, na Secretaria Municipal de Educação, em parceria com essas instituições e com a colaboração do Ministério Público Estadual. Senti boas intenções de todas as partes em corrigir esse estelionato que já se torna histórico. Basta haver manutenção da vontade política para que se consiga lograr a universalização das creches. Infelizmente, a continuidade de projetos tem sido difícil na transição de Secretários. Faltam uma burocracia forte e maturidade política.

Não é minha intenção ser ácido ou pessimista, mas apenas dar certa nudez ao meu depoimento e mostrar à nata dos pensadores da educação do País – pela ótica de um simples gestor – as dificuldades e complexidades que cercam os caminhos da educação. Estou certo, entretanto, de que, com a orientação des-tes pensadores, membros desta Academia, o nosso País encontrará a rota adequada.

Voltemos ao ensino fundamental, que é questão nuclear, e ao PROFIC. Os resultados

nitidamente piores do ensino público vis-à-vis o privado – centenas de vezes demonstrados, a ponto de mitridatizar a imprensa e os políticos – não podem ser imputados aos professores, que são bons e freqüentemente os mesmos aqui e lá. Incumbidos de transferir a cultura das gerações mais velhas para as que estão vindo e encantados pela alça afetiva que se estabelece no relacionamento com os alunos e com a beleza de sua missão, os professores não se deixam desestimular pelas precárias condições de trabalho e remuneração. Como bons patriotas, reclamam, mas não desistem, aceitam e cumprem a função quase como sina, realizando um trabalho solitário, pois a socie-dade organizada e as famílias, equivocada-mente, demitiram-se dessa tarefa, deixando-a totalmente para a escola, sem se darem conta de que o teatro de operações da Educação vai muito além da sala de aula.

Suspeito que, por trás desta visão estreita de culpar os professores, exista uma indústria para oferecer treinamentos e avaliações dos cursos, que abundam, mas estranhamente deixa-se de lado o que é fundamental: a ava-liação dos alunos e a valorização da carreira do professor.

A que se devem então os maus resul-tados do nosso ensino público? Sem dúvida a uma gestão precária e interrompida, mas, certamente, em grande parte às condições completamente diferentes e cada vez mais adversas dessas crianças no ambiente onde moram, para onde são devolvidas após a es-cola. Enquanto as que estão no ensino privado têm pais leitores, livros em casa, reforço de matérias, aulas de Línguas, esportes, fins de semana e férias pedagógicas, são bem alimen-tadas, têm sua saúde cuidada e são protegi-das como meus netos, as que cursam escolas públicas – e é bom lembrar que são sempre e nitidamente as mais pobres, especialmente nos grandes centros urbanos – voltam para a rua, sem nenhuma dessas facilidades e têm sua saúde freqüentemente comprometida. Em pesquisa realizada nas escolas municipais pela UNIFESP e Fundação Faculdade de Medicina, em 2005, detectamos 9% de obesidade, 8% de sobrepeso, 8% de desnutrição, 4% de baixa estatura, 20% de verminose, 28% de anemia ferropriva, 58% de lesões dentárias, 10% de dificuldades visuais e 8% de problemas audi-tivos. Todos problemas que dificultam o cres-

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60299

cimento, o desenvolvimento e o aprendizado e que podem, a maioria deles, ser resolvidos na própria escola, dentro do conceito de Escola Promotora de Saúde.

O tempo integral no ensino fundamental é salvador, ajuda a equilibrar as diferenças, oferece tempo e espaço novos para a recu-peração de perdas anteriores, obriga a ava-liação, protege as crianças da rua, que hoje é um espaço de risco, diferentemente de meus tempos de menino, onde a tessitura social des-ta cidade ainda estava íntegra e as calçadas eram pedagógicas.

No PROFIC, colocamos 514.000 crian-ças, as mais carentes e problemáticas de cada escola, em regime de tempo integral, incluin-do aí o conceito da escola nova, do ensino vocacional e a prática da escola promotora de saúde. Na mesma época, Darcy Ribeiro, pioneiro nessa matéria, mantinha 50.000 alu-nos em escolas especiais do Rio de Janeiro. A diferença é que nós jamais consideramos o tempo integral como uma escola construí-da especialmente para tal fim, mas como um projeto a ser implantado em todas elas, para as crianças que mais necessitam.

Esse é o sentido de uma política focada, pois um tratamento apenas formalmente igua-litário pode ser um biombo para a eternização das desigualdades e discriminações. Além do mais, a transmissão de bons valores, essencial na formação de nossas crianças, requer mais do que letramento e informações que estão nos livros. Requer exemplo, diálogo, gestos e atitudes, daí a necessidade de um tempo maior de convivência.

As crianças do PROFIC, depois de 5 anos, foram comparadas com as demais, em investigação realizada por Ana Tenca. Em 86% das 2.467 escolas estudadas, a pesquisa de-monstrou que elas tinham uma performance escolar, pedagógica, comportamental e de saúde melhor do que as que não freqüentaram a escola em tempo integral, apesar, repito, de terem sido escolhidas entre as mais carentes e problemáticas de cada unidade escolar.

Malgrado seus resultados incontestáveis, o projeto foi extinto em 1994. É incrível como esses assassinatos se repetem em nosso País. Aliás, essa agressão já tinha sido realizada so-bre o ensino vocacional, embrião do PROFIC, culminando com a prisão de Maria Nilde Mas-celani nos anos 60. Destroem-se programas

que comprovadamente estão funcionando com bons resultados em um contexto de resultados medíocres e mantidos, e os usuários não re-clamam porque, ainda, na nossa cultura, saú-de e educação são benefícios considerados muito mais como favor do que como direito pela maioria de seus usuários.

Hoje se afirma que não há espaço nas escolas para retomar essa experiência, diga-se de passagem implantada em todos os países do mundo que priorizaram a educação. Isso nem sempre é verdade. É incrível a enorme quantidade de espaços e tempos ociosos na maioria das escolas públicas, onde podem ser mantidas oficinas de diferentes tipos para detectar e desenvolver habilidades. Quando assumimos a Secretaria Municipal de Educa-ção, verificamos com espanto que em nenhum CEU se praticava tempo integral e que as ativi-dades culturais e esportivas eram realizadas, subtraindo-se horas do minguado tempo das salas de aula. A partir de 6 de maio de 2005, determinamos que as crianças mais proble-máticas, com a permissão dos pais, ficassem o dia inteiro nesses Centros Educacionais e fossem selecionados também alunos das escolas do entorno, para aí completarem o tempo integral. Houve resistência, mas a de-terminação foi cumprida por todos os CEUS, com ótimos resultados.

O que chega a emocionar é que diversas escolas, sem condições sequer semelhantes às dos CEUS, por vontade de seus professo-res, fizeram o mesmo.

Foi também possível potencializar o pro-cesso através do conceito moderno de ‘Cidade Educadora’, usando as excelentes e múltiplas oportunidades esportivas, artísticas, históricas e culturais da cidade e do entorno da escola, inserindo nelas parte do tempo do pós-escola em atividades preparadas e orientadas pelos professores. Tiram-se as crianças dos guetos da periferia para alimentá-las com o que a cida-de tem de bom. Os relatos dessas experiências foram impactantes. Foi também interessante ver o Parque do Ibirapuera, o Sambódromo e o Clube Tietê com 2.000 crianças o dia intei-ro e ainda parecerem vazios, mas muito mais alegres e úteis. Na Secretaria Municipal de Educação, em 2005 e 2006, rompendo em-pecilhos de toda a ordem, com o apoio de José Serra, então Prefeito, colocamos 190.000 crianças nesse projeto que denominamos ‘São

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60300 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Paulo é uma Escola’, com um nível excelente de satisfação dos pais, das próprias crianças e dos professores participantes.

Mais uma vez o processo foi revertido na nossa saída. Muitas escolas o mantêm clandestinamente, como mantêm até hoje o PROFIC; algumas coordenadorias, como a do Centro, o conservam explicitamente. É um movimento surdo e ético de objeção de cons-ciência ou de jusnaturalismo na Educação. Felizmente, agora o projeto é retomado, por orientação do Prefeito Gilberto Kassab – cer-tamente motivado também pela experiência de nosso confrade e emérito educador Pedro Kassab, com o nome de ‘Clube Escola’, utili-zando 250 clubes ociosos da cidade de São Paulo para o pós-escola.

Não tenho dúvidas de que o tempo inte-gral no ensino fundamental brotará, com vigor, em São Paulo e no Brasil, pois nada mais forte do que uma idéia correta quando chega o seu tempo. Mas, para isso, é preciso que alguns tenham-se adiantado, tentando inovar, ainda que seja para sofrerem temporariamente a frustração de verem seus projetos interrompi-dos e a alegria, às vezes conflituosa e tardia, de vê-los renascer com outras denominações. Por isso, devo agradecer, de coração, meus colaboradores, idealistas que acreditaram nas minhas utopias, entusiasmaram-se por elas, colocaram-nas em funcionamento, com difi-culdades e enorme trabalho, próprios dos que inovam. E, por inovar, sofreram agressões e até processos por desalojar interesses e co-modidades, e sentiram a frustração dos que acreditam puramente no que fazem e vêem interrompidos seus sonhos sem terem, mui-tas vezes, maturidade para perceber que as-sim é a vida. Não há linearidade, mas, no fim, as boas causas acontecem e, para isso, as sementes precisam ser plantadas. Os bons sonhos acabam se transformando um dia em realidade, mesmo que seja com outros nomes e outras pessoas. Afinal, a vida não é mais que um sonho, como lembra Calderón de La Barca em ‘Segismundo’: ‘Que é a vida? Um frenesi. Que é a vida? Uma ilusão, uma sombra, uma ficção; o maior bem é tristonho, porque toda a vida é sonho e os sonhos, sonho são’.

Esse sonho – dar qualidade e equani-midade ao ensino público –, que é de todos nós, e por isso estamos na Academia, não se concretizará enquanto não o encararmos como

uma construção pedagógica e também social, daí a necessidade do tempo integral, base para as demais mudanças. É evidente que os professores precisam ser mais bem remune-rados, valorizados, e ter uma carreira atrativa, o que é justo, necessário, urgente e possível, mas deve ser feito concomitantemente com um novo projeto, pois não é só a melhor remunera-ção, repito, absolutamente necessária, que vai mudar a educação. Esse aprimoramento não ocorrerá também enquanto o corporativismo, que favorece alguns poucos, dominar os ate-morizados gestores da educação; enquanto a política dirigir a educação pensando somente nas próximas eleições e nos jornais do dia seguinte; enquanto continuar se confundindo educação com tijolos e telhas; enquanto não se construir uma burocracia forte e tecnicamen-te habilitada; enquanto não se universalizar o ensino infantil; enquanto não se democratizar o acesso nas Universidades Públicas.

Ouso concluir que a questão não é prio-ritariamente de falta de recursos, pois a vin-culação orçamentária nos protege, mas da utilização distorcida dos mesmos, como se percebe pelos desmandos que acabei de lis-tar. Não tenho a menor dúvida de que um fator relevante para sua correção é a descentraliza-ção radical das verbas para as escolas, como fizemos na Secretaria Municipal de Educação (SME), através do Programa de Transferência de Recursos Financeiros (PTRF) para as Asso-ciações de Pais e Mestres (APM) de todas as unidades escolares, com clara demonstração de uma melhor utilização.

Um exemplo foi a pintura das escolas. Decidimos pintar todas – estavam muito mal cuidadas. A estética faz parte da pedagogia e tem relação com a ética. Fizemos um orça-mento com o Serviço Municipal de Edificações, que calculou um gasto de 40.000 a 60.000 re-ais, em média, por escola. Desistimos. Com a descentralização dos recursos, todas as esco-las foram pintadas pelas Associações de Pais e Mestres, e gastaram-se apenas de 7.000 a 10.000 reais por unidade escolar. Esse avan-ço será difícil de destruir porque, escaldado pelas amargas lições anteriores, o aprovamos na Câmara como lei, que foi rapidamente san-cionada pelo Prefeito José Serra.

Melhorando, o ensino público atrairá boa parte das crianças da classe média que não consegue mais pagar o ensino privado e cujos

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pais estão habituados a participar da vida da escola. Estabelecer-se-á, destarte, um círcu-lo virtuoso, gerado pela independência pe-dagógica e financeira da unidade escolar e pelo controle social exercido pelos pais. Essa é uma das recomendações do nosso mestre João Gualberto, que relembra continuamente que a autonomia é garantida pela Lei de Dire-trizes e Bases.

Estou certo de que somente com uma abordagem pedagógica e social holística e estrutural poder-se-á romper o círculo vicioso que transformou a política de educação em educação pobre para os pobres e colocada no mercado para ser comprada por quem pode pagar, com a qualidade dependente da quan-tidade de dinheiro disponível.

Essa é a antítese da cidadania e mesmo da democracia. É aonde chegamos nesse cur-to e entrópico período de globalização no qual fomos mergulhados de modo acrítico. Vivemos em um país cuja taxa fiscal chegou a 40% (igual aos países escandinavos), mas somos obrigados, pela baixa qualidade das políticas públicas, a comprar outra vez a nossa cidada-nia no mercado. Para dar dados precisos de como são usados esses recursos, recorro ao Orçamento da República de 2006: 31% foram para a Previdência – não pode ser menos – e 44% para o serviço da dívida; 31 e 44 somam 75%, sobram 25% para o resto. Mas o resto é tudo o que é importante: Saúde, Educação, Moradia, Segurança, Infra-estrutura, etc.

Não faz sentido três bancos, para os quais vão os 44% dos juros da dívida, decla-rarem lucros semestrais de mais de 4 bilhões de reais em um país com todas as caracterís-ticas de pobreza que temos. E, o que é pior, orgulharem-se disso.

Fica claro que, se quisermos ter desen-volvimento e cidadania, é necessário também praticar mudanças na política econômica, tor-ná-la menos servil aos interesses do capital.

Comemoramos neste ano, 200 anos da vinda de D. João VI e da Corte de Portugal para o Brasil. Até então éramos Colônia, por muito tempo dividida em Capitanias extrativis-tas. O Império durou 81 anos. Veio a Repúbli-ca Velha, que não era democrática, tampouco republicana; a ditadura getulista, e apenas 20 anos de democracia antes da ditadura militar, após a qual, mais 22 anos. Tudo somado são apenas 42 anos de exercício democrático, que

está se dando atualmente quase como um re-torno aos tempos da Colônia, com fachada de modernidade, pois a globalização estabeleceu uma forma apócrifa de dominação de alguns países periféricos pelos bancos, rentistas e países centrais – com o beneplácito de seus dirigentes. Estamos sendo usados como espó-lios da Guerra Fria vencida pelos capitalistas, sem termos sequer guerreado.

É preciso um grande esforço das eli-tes nacionais – que teimosamente resistem a participar do processo político – para darem sua contribuição em favor de uma liberação equilibrada, inteligente, científica, tecnológica e moderna desse novo jugo colonial, como outros países já o fizeram.

Isso, mais uma vez, só pode ocorrer com o poderoso instrumento da educação, pois ela leva, ao mesmo tempo, à politização, à ciência e tecnologia, à mobilidade social e ao desen-volvimento, com o tempero do humanismo, pois tecnologia e riqueza não são em si nem um bem, nem um mal, dependem do uso que dermos a elas, e só com Educação lograre-mos esse objetivo.

Caminhando para o final, devo dizer que ocupar a cadeira 17, de Celestino Bourroul, é uma honra e uma feliz coincidência, pois fo-mos, com a distância de 38 anos, colegas na Congregação da FMUSP. Celestino Bourroul nasceu em São Paulo, em 1880. Filho de mé-dico ilustre, cursou o Colégio São Luiz e ca-sou-se com D. Maria da Conceição Monteiro de Barros. Pertencia à elite da cidade, mas foi um homem simples e dedicou sua vida a seus pacientes. Tornou-se professor titular de Moléstias Tropicais da FMUSP e faleceu em 1958, ano em que eu me formava. Tive a honra de conhecê-lo, mas não cheguei a ser seu alu-no. Sua imagem, seu espírito e seu exemplo, entretanto, circulavam pelas salas de aulas e pelos corredores da FMUSP, ao lado de nossos grandes mestres do passado. Era tão cristão e tão devoto de São Francisco, que pediu para ser enterrado, com seus hábitos, em um cai-xão simples e sem discursos.

Suceder João Batista de Oliveira e Costa Júnior torna a minha responsabilidade ainda maior e mais complexa. Médico, filósofo, edu-cador, poeta, catedrático de Medicina Legal das

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60302 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Arcadas, fez, como eu, seu curso médico na USP, especializou-se em Medicina Legal com Flamínio Fávero, era católico e piedoso. Foi di-retor da Faculdade de Medicina de Sorocaba por três períodos. Costa Júnior era também um cidadão do mundo e, como convém a eles, um poeta. Homenageio-o com um de seus escritos, ‘Cabana Silenciosa’, onde certamente usou a licença poética para libertar-se:

‘Numa cabana escura e silenciosaConstruímos certa vez o nosso amor,Pobre, bem pobre, era esse ninho,Porém, cheio de beijos e carinhos.Tosco estrado na alcova misteriosaAcolhia teu virginal corpo em flor,Pálida luz tirava-me a venturaDe ver em teus olhos a negra moldura’.

Queridos amigos e confrades, termino. A educa-ção é o bem maior do ser humano. Segundo o nosso confrade Pedro Kassab, ‘uma verdade axiomática’. Acima de tudo ela liberta os indivíduos e, conseqüen-temente, a coletividade, ao contrário das políticas compensatórias, recomendadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e fartamente usadas atualmente no nosso País.

Cervantes, antecipando-se ao iluminismo e mesmo ao anarquismo, no século de ouro, onde conviveu com Velásquez e El Greco, coloca, na boca do fidalgo: ‘venturoso aquel a quien el cielo dio un pedazo de pan sin que lê quede obligación de agradecerlo a otro, que al mismo cielo! Las obligaciones de las recompensas de los benefícios y mercedes recibidas son ataduras que no dejan campear al ánimo libre. Quien es pobre y depende de la dádiva o la caridad para sobrevivir, nunca es totalmente libre’.

Ou seja, é imperativo, e já dizia Cervantes há 400 anos, trocar políticas compensatórias, fáceis de fazer com rendimento político imedia-to, mas que não levam a nada, por eficiência e qualidade nas políticas públicas essenciais, particularmente na educação, o que é difícil, trabalhoso, desloca interesses, mas salva a nação e libera seu povo. Não consigo aceitar que isso seja um sonho irrealizável, até pela concretude de minha própria experiência.

O mesmo Don Quijote é o retrato da fi-cção, do sonho que incomoda. Durante sua passagem por Barcelona, um catalão o aborda dizendo: ‘Tu eres loco... tienes propiedad de volver locos y mentecatos a cuantos te tratan y comunican’. Mas, no comentário de Vargas Llosa, ele é também ‘quem faz a ficção começar a devorar a realidade’.

Penso, caros confrades, que chegou a hora de nos unirmos para fazer as nossas uto-pias devorarem a realidade cruel que cerca a educação no nosso País.

Minha história na educação é plena de tentativas, começos, algumas utopias bem-su-cedidas, mas também repleta de retrocessos, fracassos e frustrações.

Poderia aqui, lembrando Fernando Pes-soa, me valer de seu lindo ‘Poema em Linha Reta’, mas sei que não sou o único a sentir-me frustrado e impotente, pois garanto que todos, e cada um dos meus confrades, sonham, so-nharam e acima de tudo tentaram uma edu-cação diferente, melhor. Prefiro aqui confessar com orgulho que de nada me arrependo, que valeu a pena plantar sementes, pois o objetivo tem sido um só: oferecer cidadania ao sofrido povo da minha terra. Recorro, por derradeiro, ao mesmo Fernando Pessoa, em seu inspira-do ‘Mar Português’:

‘Ó Mar Salgado, quanto do teu sal.São lágrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mães cho-

raram,Quantos filhos em vão rezaram!Quantas noivas ficaram por casar.Para que fosses nosso, ó mar!Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena.Quem quer passar além do BojadorTem que passar além da dor.Deus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele é que espelhou o céu.Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena’.Obrigado”.

Sr. Presidente, passo a abordar outro assunto.

Nobres Deputadas e Deputados, neste final desta semana, 3 Municípios do meu querido Estado estarão em festa: Jenipapo dos Vieiras, Satubinha e Itinga do

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Maranhão comemorarão o transcurso dos 12 anos de emancipação política e administrativa.

Jenipapo dos Vieiras, que fica na Microrregião do Alto Mearim e Grajaú, possui 14 mil habitantes, segundo dados de 2006, disponíveis no IBGE. O Pre-feito Giancarlos Oliveira Albuquerque programou uma série de eventos para marcar a data nesse município que procura o progresso a partir do desenvolvimento sustentável.

O Município de Satubinha, na Microrregião do Médio Mearim, tem 10 mil habitantes e a sua economia se baseia na agricultura. O Prefeito Antônio Rodrigues de Melo está à frente das festividades. No momento em que se comemoram os 12 anos de sua emancipa-ção político-administrativa, é também a oportunidade para se discutirem as oportunidades econômicas e se inserir a população mais pobre em programas sociais e de geração de emprego e renda.

É o que se está fazendo também em Itinga do Maranhão, que tem, na Prefeitura, Francisco Valbert Ferreira de Queiroz. O Município, que fica na Microrre-gião de Imperatriz, no oeste maranhense, tem 30 mil habitantes, que se ocupam da terra e da exploração do gado. Assim como em Satubinha e em Jenipapo dos Vieiras, Itinga do Maranhão é 1 dos 81 novos municípios do Estado emancipados em novembro de 1994.

À população desses municípios envio o meu fraterno abraço e peço que participem das decisões administrativas, reivindicando que a educação seja prioridade, por entender que é o único caminho para o conhecimento e para o desenvolvimento sustentável.

Sr. Presidente, passo a tratar de outro assunto.Sras. e Srs. Deputados, tive o prazer de receber

2 livros editados pela Universidade Estadual do Ma-ranhão. O primeiro título é Desenvolvimento, Poder e Cultura Política e tem como organizadora a Profa. Te-rezinha Moreira Lima. O segundo livro discute o tema O Desenvolvimento Rural como Forma de Ampliação dos Direitos no Campo – Princípios e Tecnologias e é organizado pelos Profs. Emanoel Gomes de Moura e Alana das Chagas Ferreira Aguiar.

As duas edições demonstram a capacidade de pesquisa desta universidade em que tive o prazer de fazer a minha carreira acadêmica, cujos destinos tive a grata satisfação de conduzir por 2 vezes, na quali-dade de Reitor.

Tenho orgulho em anunciar essas novas publi-cações que envolveram esforços de uma equipe mui-to grande, especialmente de 34 pesquisadores que

apresentam os seus trabalhos acerca de temas impor-tantes e que precisam ser discutidos em meu Estado. Os trabalhos também servem como referência para a pesquisa acadêmica no resto do País, pois represen-tam o que há de melhor da pesquisa brasileira em suas respectivas áreas.

Como se afirma no prefácio do livro Desenvolvi-mento, Poder e Cultura Política, não podemos ignorar os processos sociais, econômicos, políticos, ideológicos e culturais em curso na sociedade brasileira e mara-nhense, reflexos das transformações no reordenamento do capitalismo no âmbito mundial e que têm determi-nado, internamente, sobretudo nos países periféricos, a reestruturação produtiva e a reorganização política, em que diferentes segmentos sobressaem das lutas por maior espaço de participação e pela construção de uma nova sociedade.

Enquanto isso, como se informa no outro livro a que me referi, o Maranhão pode ser considerado exem-plo emblemático, onde os Índices de Desenvolvimento Humano não são absolutamente condizentes com as suas disponibilidades de recursos naturais.

“Isto permite, entre outras graves obser-vações, afirmar que o Estado tem ao mesmo tempo a oportunidade e a obrigação de definir e ofertar alternativas para superar um enorme passivo social representado por um expres-sivo contingente de famílias que sobrevivem no limite da linha de pobreza, praticando uma agricultura itinerante em fase de decadência absoluta, porque não consegue mais dignificar as atividades agrícolas”.

Quero parabenizar a iniciativa da publicação das 2 obras acadêmicas, especialmente os pesquisadores que tiveram a capacidade e a ousadia de pesquisar e apresentar alternativas viáveis para o desenvolvimento do meu Estado.

Muito obrigado.O SR. ZONTA (PP-SC. Sem revisão do orador.)

– Sr. Presidente, nobres colegas Parlamentares, re-gistro um fato importante que está acontecendo hoje em Santa Catarina, na cidade de São Miguel d’Oeste, com a presença do Ministro Alfredo Nascimento, dos Transportes.

O Sr. Ministro entregará a ordem de serviço para a conclusão da BR-282, a rodovia de integração ca-tarinense e futura Rodovia Bioceânica, no trecho que

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liga São Miguel d’Oeste a Paraíso, na fronteira com a Argentina.

Esse é um sonho de mais de 50 anos que todo o grande oeste de Santa Catarina aguarda. O Governo Lula lavra esse tento.

Temos de registrar também o trabalho unido da bancada catarinense em favor dessa tão importante obra, cujo trecho São José Cerrito-Vargem já está em fase de conclusão.

Era o registro que tinha a fazer, Sr. Presidente.A SRA. JÔ MORAES (Bloco/PCdoB-MG. Sem

revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aproveito esta oportunidade para cumpri-mentar a União Brasileira de Mulheres, que realizará sua conferência nacional durante 1 semana.

A União Brasileira de Mulheres tem por objetivo incorporar as mulheres no processo de desenvolvi-mento do País. Nesse debate, Sr. Presidente, preci-samos compreender que o Brasil discute o PAC em várias áreas – saúde, educação, infra-estrutura –, mas queremos o PAC para a mulher, a fim de que se possa priorizar sua participação levando-se em conta todas as obras de infra-estrutura e saneamento básico. Queremos que as mulheres tenham uma visão mais privilegiada sobre possíveis investimentos e conces-sões de empréstimo.

Considero que o Congresso da União Brasilei-ra de Mulheres contribuirá para que as mulheres do Brasil possam exercer seu papel no desenvolvimento do País.

O SR. WILLIAM WOO (PSDB-SP. Pronuncia o se-guinte discurso.) – Sr. Presidente, Srs. e Srs. Deputados, venho hoje a esta tribuna apresentar congratulações ao Governador de São Paulo, José Serra, e ao Prefeito da Capital do Estado, Gilberto Kassab, pela perfeita sintonia com que têm conduzido as ações de governo, em benefício da população da minha cidade.

No dia 26 de outubro passado, o Prefeito Gilberto Kassab anunciou a Nova Luz, com investimentos pri-vados de mais de 750 milhões de reais, o que irá gerar cerca de 26 mil empregos. Vinte e três empresas que já aderiram ao projeto de revitalização de uma área de 155 mil metros quadrados, área que, até inicio 2005, quando se iniciou a gestão do então Prefeito José Serra, era conhecida como Cracolandia. Hoje, após a intervenção do Governo, aquele bairro se renova, in-tegrando-se ao pólo cultural existente nas proximida-des, o qual engloba a Sala São Paulo, uma das mais importantes salas de concerto do Brasil, o Museu da

Língua Portuguesa, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu de Artes Sacras, a renovada Estação da Luz e o próprio Parque da Luz, um dos mais tradi-cionais da Capital.

No bairro que, como disse, ora se renova, o Go-verno do Estado irá implantar uma unidade da Escola Técnica do Centro Paula Souza, 2 prédios de apar-tamentos do CDHU, e a Prefeitura Municipal contará com a PRODAM, a sede da Subprefeitura da Sé e o Comando-Geral da Guarda Civil Metropolitana.

É de fundamental importância a sede do Co-mando da Guarda Civil Metropolitana no Bairro da Luz, pois a diuturna presença física dos guardas ci-vis melhorará significativamente todo o seu entorno, levando segurança para os munícipes que por ali irão transitar e trabalhar e auxiliando diretamente a ações da Policia Militar.

Parabéns, Governador Serra. Parabéns, Prefeito Kassab, por mais essa iniciativa em prol dos paulista-nos, dando qualidade de vida a uma deteriorada região que ora se renova.

O SR. CARLOS SANTANA (PT-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna novamente pedir providências.

Nós moradores da Zona Oeste, mais especifi-camente da Grande Bangu, mantemos um esqueleto ligado ao Ministério da Previdência Social.

Há mais de 30 anos esse esqueleto está lá, abri-gando carros roubados e servindo de cenário para es-tupros Se os Deputados virem essa obra inacabada e abandonada, sentirão tristeza pelo desperdício dos recursos empregados naquele empreendimento.

Estamos agora promovendo o Movimento Es-queleto Nunca Mais. Queremos que aquele esqueleto se transforme em escola profissionalizante de ensino médio.

As pesquisas que têm sido feitas na nossa re-gião apontam 2 problemas concretos: primeiro, a si-tuação do cidadão desempregado acima de 40 anos, que para ter condições de retornar ao mercado de trabalho tem de se reciclar; segundo, a situação da nossa juventude, que tem um nível de escolaridade extremamente baixo.

Na Zona Oeste, em Realengo, graças a Deus, depois de muita luta será implantada a primeira Escola Técnica Federal da região.

No entanto, estamos pensando naqueles que se-quer cursaram os ensinos fundamental e médio – ou seja, a grande maioria dos jovens da Zona Oeste.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60305

Por isso, no dia 10, sábado próximo, faremos uma grande manifestação, a segunda que promovemos, em frente ao esqueleto abandonado lá em Guilherme da Silveira, em frente ao posto do INSS.

Convidamos todos os moradores da Grande Bangu para o evento, pois não se trata de uma luta apenas daquela localidade, mas também de Padre Miguel, Deodoro, Realengo, Campo Grande, Santa Cruz e Vila Kennedy. Todos esses Municípios serão beneficiados.

É muito triste constatarmos que hoje a construção naval está esquecida e que não temos mão-de-obra porque nossas crianças e nossos jovens não alcançam alguma profissionalização.

Para lutarmos contra essa realidade, convido todos para fazermos no próximo dia 10, às 10h, um grande ato do Movimento Esqueleto Nunca Mais.

O SR. EDUARDO VALVERDE (PT-RO. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, embora seja fato pú-blico, gostaria de comunicar que se comemora nesta semana, com diversas atividades, os 19 anos da cria-ção da Fundação Palmares.

Não só estamos comemorando os 19 anos da instituição como também enfatizando sua finalidade e sua importância, como fundação pública voltada para a cultura das populações afro-descendentes.

É importante que o Brasil, com sua imensa di-versidade étnica, conte com instituições do Estado preocupadas com a manutenção das identidades étni-co-culturais, principalmente a dos afro-descendentes, parcela majoritária da população brasileira, uma vez que nossos ancestrais são oriundos da África.

A Fundação Palmares tem outra missão, talvez mais importante: a de promover o reconhecimento da autodenominação dos quilombos brasileiros.

A Fundação Palmares deflagrou o processo de reconhecimento da identidade étnica das populações quilombolas. Já foram reconhecidos no Brasil mais de 900 quilombos que durante séculos não tiveram o de-vido reconhecimento por parte do Estado brasileiro, e que, em face desse não reconhecimento, não tiveram condições de garantia daquilo que para eles é mais importante: o acesso a seus territórios.

O território, para determinadas populações, é fator de sobrevivência cultural, pois é onde podem desen-volver suas práticas religiosas e culturais; é, enfim, o lugar em que se definem as identidades.

Então, ao garantir que os quilombos do Brasil possam, graças à Fundação Palmares e ao auto-re-

conhecimento, ser protegidos pela legislação, pelo Estado e pela sociedade, o Governo exerce um papel de extrema importância.

Mas o decreto que permite à Fundação Palmares garantir o auto-reconhecimento da identidade quilom-bola está sendo questionado hoje no Supremo Tribu-nal Federal.

Srs. Deputados, entendemos que se trata de uma garantia dada pela Constituição Federal a cada etnia que compõe o povo brasileiro a de se auto-reconhecer como tal, princípio eleito pela ONU como meta para que o planeta possa preservar sua diversidade. Por-tanto, evidentemente esse decreto não deveria estar sendo questionado no Supremo.

Mas o fato é que esse reconhecimento tem por conseqüência a garantia de ocupação do território tradi-cional, o que malfere os interesses de muita gente que durante muito tempo governou o Brasil como se fôsse-mos tão-somente uma Nação de pessoas brancas.

O SR. MARCELO TEIXEIRA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. MARCELO TEIXEIRA (PR-CE. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, desejo ressaltar a atuação do Prefeito João Barroso, da cida-de de Itapipoca, que, graças à liberação de recursos da FUNASA, executa importante obra para o abaste-cimento de água na Lagoa da Cruz. Muitas famílias estão satisfeitas.

Trata -se de reivindicação antiga. A solicitação do Prefeito e o atendimento da FUNASA ao nosso pedi-do foram decisivos para que cerca de mil famílias da Lagoa da Cruz doravante contem com os serviços de abastecimento de água, que inclusive vem em bene-fício da saúde daquela população.

Foi uma solução definitiva para o povo que reside nesse grande município, município do meu coração: Itapipoca.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao Sr. Deputado Francisco Rossi.O SR. FRANCISCO ROSSI (Bloco/PMDB-SP.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, faleceu no sábado, dia 20 de ou-tubro de 2007, com 85 anos, o Rev. Antônio Gouvêa Mendonça, na cidade de Brotas, São Paulo, vítima de câncer. Seu corpo foi levado para o templo da 1ª IPI de

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Osasco, onde teve lugar o culto de gratidão pela vida, no domingo, dia 21 de outubro, às 15h.

O Rev. Mendonça foi pastor de várias igrejas IPI do Brasil, principalmente na região do Sínodo Osasco. Destacou-se na vida acadêmica, tendo conquistado o grau de Doutor pela Universidade de São Paulo, ao defender tese sobre a inserção do presbiterianismo no Brasil. Essa tese foi publicada sob o título O Celeste Porvir: a inserção do Protestantismo no Brasil, que teve 2 edições esgotadas em português e se tornou uma obra clássica do protestantismo brasileiro. A primeira edição foi lançada em 1984 pela Editora Paulinas, a segunda pela Editora Pendão Real – ASTE.

Foi professor e diretor do Seminário Teológico de São Paulo, da IPI do Brasil. Além disso, lecionou e teve destacada atuação no Instituto Ecumênico de Pós-Gra-duação do Instituto Metodista de Ensino Superior (hoje Universidade Metodista de São Paulo), bem como na pós-graduação da Universidade Mackenzie.

O Rev. Mendonça se tornou conhecido nos meios acadêmicos por seus estudos em Sociologia do Pro-testantismo e História Social, e também nos meios ecumênicos, dentro e fora do Brasil. Foi um dos inicia-dores do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo, no final dos anos 1970, onde por mais de 20 anos foi professor, tendo recebido o título de Professor Emé-rito em 2002.

O seu falecimento deixa um grande vazio no mi-nistério da IPI do Brasil e entre todos os que estudam cientificamente o fenômeno religioso no Brasil e se esforçam pelo convívio pacífico entre as religiões e o diálogo inter-religioso.

Finalmente, desejo hipotecar minha solidariedade e apresentar meus sentimentos ao presbiterianos do Brasil, principalmente da IPI em Osasco.

O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do ora-dor.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, antes de mais nada quero registrar que recebi 2 notas, uma do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba, enviada pelo seu Presidente, Land Seixas, a outra da Associação Paraibana de Imprensa, da lavra de seu Presidente, João Pinto, versando sobre ameaças feitas pelo Líder do Governo no Estado da Paraíba, o Deputado Ricardo Barbosa, ao jornalista Adelson Barbosa e seus colegas do Correio da Paraíba. Peço a transcrição de ambas as notas aos Anais desta Casa.

Também recebi um comunicado, Sr. Presidente, do Líder do PT, divulgando sua posição sobre a Co-

missão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar a parceria entre o Corinthians e a MSI e a razão por que solicitou aos Deputados do PT que retirassem suas assinaturas do requerimento de criação dessa CPMI. Peço que esse documento também seja trans-crito aos Anais.

Sr. Presidente, o advogado Manoel Matos, de Pernambuco, revela em correspondência a mim dirigida que está preocupado com a situação das execuções ocorridas na sua região. Apenas esta semana houve 13 execuções sumárias, além de 2 corpos terem sido desovados na zona rural de Itambé.

Esses fatos tem sido freqüentes, Sr. Presidente, em todas as regiões do Estado. Em Pernambuco, às segundas-feiras os jornais usualmente trazem uma lista de nomes de pessoas executadas. São mortes misteriosas, crimes cujos vestígios indicam que essas pessoas foram vítimas de execução. Muitas testemu-nhas dizem terem visto os executores, que descrevem como 2 pessoas encapuzadas numa moto de cor preta, mas ninguém até o momento foi preso.

Sr. Presidente, está no País o Relator da ONU incumbido de estudar essa questão. Vamos entregar-lhe um dossiê sobre as execuções sumárias e enca-minhar às autoridades estaduais, ao Governo Federal e ao Ministério Público um apelo no sentido de que se encontre uma solução para o problema. Isso é inaceitável . É quase uma guerra civil. Adolescentes são mortos, ex-presidiários são executados logo após cumprirem pena. Essa situação demanda uma provi-dência definitiva.

Em face disso, a Comissão de Direitos Humanos vai apresentar o relatório e solicitar que o Governo bra-sileiro se responsabilize pelo enfrentamento dos grupos de extermínio em nosso País, grupos esses que atuam em diversos Estados da nossa Federação.

Quero também informar que o advogado Manoel Matos encaminhou à Polícia Federal em Pernambuco uma solicitação de informações para que possamos desvendar esses crimes.

Parabenizo a Secretaria de Defesa Social de Per-nambuco, que desbaratou outros grupos de extermínio que agiam na Grande Recife. Com certeza fizeram um trabalho de inteligência para pegar os mandantes, os protetores e os gerentes do crime, e também os exe-cutores.

Só assim poderemos dar um basta a essa situ-ação.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O ORADOR:

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60309

O SR. ELIENE LIMA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ELIENE LIMA (PP-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, quero comentar matéria veiculada hoje, dia 8 de novembro, no Caderno B1 do jornal Folha de S.Paulo, com o título Oferta de trabalho está desequilibrada, e o subtítulo IPEA diz que não há mão-de-obra para 123 mil vagas qualificadas, enquanto 207 mil profissionais qualificados estão desempregados.

É importante essa análise do IPEA. Um dos prin-cipais problemas que enfrentamos hoje é o desempre-go, que gera conflitos sociais e priva o cidadão das condições mínimas de vida.

Vivemos em um período de expansão do ensino profissionalizante do País. Numa decisão que merece louvou, o Presidente Lula criou, por meio de ações do Ministro da Educação, o Sr. Fernando Haddad, 150 novas escolas técnicas federais no País, algumas vol-tadas ao agronegócio, outras ao setor industrial.

É o momento de discutir a capacitação da mão-de-obra no Brasil, como já temos feito em todos os Estados. Há alguns dias participei no meu Estado, no Município de Juína, de uma audiência pública a res-peito das vocações daquela região. O jornal Folha de S.Paulo hoje traz a constatação de que essa discussão deve ser fortalecida, para que os arranjos produtivos locais, os centros vocacionais tecnológicos sejam mais bem direcionados.

Com certeza, aproveitando o alerta do IPEA, de-vemos fazer em cada região do País uma análise mais profunda da demanda de mão-de-obra qualificada, investigando as características da produção em cada Estado, em cada região, para aplicar esses conheci-mentos no ensino técnico e restabelecer o equilíbrio do mercado.

A constatação do IPEA estende-se para todo o País. Na condição de professor do CEFET de Mato Grosso, tenho observado esse fato.

Não podemos deixar que isso se perpetue. A Subcomissão Especial voltada para a educação

profissional deve fortalecer essa análise, para que os cursos de capacitação e qualificação sejam aplicados corretamente em cada região.

No Município de Juína, por exemplo, não se im-plantou o curso de mineração, e no entanto o potencial da mineração ali é muito grande.

Sr. Presidente, precisamos aprofundar essa dis-cussão.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra à Sra. Deputada Fátima Bezerra.

A SRA. FÁTIMA BEZERRA (PT-RN. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Comissão de Desenvolvimento Econô-mico, Indústria e Comércio aprovou, por unanimidade, requerimento de realização de audiência pública sobre o projeto de construção do aeroporto de São Gonçalo do Amarante e sua inclusão no Programa de Acelera-ção do Crescimento – PAC.

A decisão ocorreu em virtude do Requerimento nº 81/2007, apresentado por mim e pelo Deputado João Maia, e a audiência deverá ser realizada até o final deste mês.

Serão convidados para a audiência a Ministra Duma Rousseff, Coordenadora do PAC; o Presidente da INFRAERO, Sérgio Maurício Brito Gaudenzi; a Go-vernadora Vilma de Faria; e o Gerente do Departamento de Transporte e Logística do BNDES, Carlos Tovar.

Construído na Região Metropolitana de Natal, o aeroporto internacional de São Gonçalo do Amarante será o maior aeroporto de cargas e de passageiros da América Latina. Além de receber grandes cargueiros, vai absorver a aviação comercial de passageiros, com capacidade de 5 milhões de passageiros/ano.

O aeroporto de São Gonçalo terá a maior pista de pouso da Região Nordeste – 3.600 metros – e, quando em operação, se tornará um dos 7 maiores desse tipo no mundo, capacitado a receber a maior aeronave já construída, o Airbus 380, que hoje, no Brasil, só pode pousar nos Aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e do Galeão, no Rio.

As obras de desmatamento, terraplanagem, pa-vimentação flexível, drenagem, proteção vegetal da área vêm sendo executadas pelo 1° Grupamento de Engenharia e Construção do Exército. O custo total da obra é de R$300 milhões. O Exército ainda construi-rá a infra-estrutura dos sistema de auxílio e proteção ao vôo.

Conforme informações do BNDES, a licitação para a construção do aeroporto, mediante processo de concessão, será iniciada em princípios de 2008. Estudos do banco evidenciam que uma das melhores localizações para uma relação entre a Zona de Pro-cessamento de Exportações e a infra-estrutura aero-portuária de carga no Brasil é o Rio Grande do Norte, uma vez que novo aeroporto poderá ter 2 sentidos de centralização e distribuição regional, além de funcio-nar como uma ponte central com o resto do mundo, na medida em que é um dos pontos mais próximos dos Estados Unidos e a Europa.

Tenho dito que o aeroporto internacional de São Gonçalo do Amarante representará para a economia

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do meu Estado o que representou a ida da PETRO-BRAS há 2 décadas.

Portanto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, dou conhecimento à Casa da nossa iniciativa. Sem dúvida, o debate na audiência pública envolverá toda a bancada federal potiguar – 8 Deputados Federais e 3 Senadores –, a partir do qual daremos passos cada vez maiores rumo à concretização de projeto tão im-portante para o Estado do Rio Grande do Norte.

Era o que tinha a dizer.O SR. GONZAGA PATRIOTA (Bloco/PSB-PE.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, sempre que se fala em déficit no Or-çamento da União, pensa-se logo em reforma da Pre-vidência, sobretudo na parte que toca aos servidores públicos. Todo governante que inicia o seu mandato acaba recebendo deste Parlamento carta branca para fazer o que bem lhe aprouver com relação a reformas no sistema previdenciário. Foi assim no Governo Fer-nando Henrique Cardoso e no primeiro mandato do Presidente Lula. E agora, quando se inicia o segundo mandato de S.Exa., o assunto volta à baila.

Tudo, Sr. Presidente, como se não fossem su-ficientes as reformas estruturais implantadas com Emenda Constitucional nº 20. À época, várias e subs-tanciais alterações foram feitas, e todas em prejuízo dos servidores, como o aumento da idade mínima para aposentadoria. E, não obstante, os servidores continuaram com a pecha de responsáveis por todos os supostos déficits da Previdência, o que constitui tre-menda injustiça com essa importante classe de traba-lhadores. Tanto não são os responsáveis, Sras. e Srs. Deputados, que os servidores que hoje ingressam no serviço público não mais se aposentam com proven-tos integrais. Estão todos sujeitos ao regime geral da previdência, o mesmo da iniciativa privada. Ou seja, os proventos estão limitados a R$2.400,00. Se quise-rem receber mais quando se aposentarem, terão de contribuir para fundos de pensão.

E a reforma da Previdência aprovada no primeiro mandato do Presidente Lula, feita por meio da Emen-da Constitucional nº. 41, tornou ainda mais rígidas as regras para a aposentadoria dos servidores públicos. Ressalte-se, a propósito, a idade mínima para apo-sentadoria, 60 anos para homens e 55 para mulhe-res, com, no mínimo, 20 anos de efetivo exercício no serviço público, 10 anos de carreira e 5 anos de efeti-vo exercício no cargo em que se aposentar; a contri-buição dos inativos, a redução das pensões e várias outras alterações.

Falar agora em nova reforma, Sr. Presidente, é uma aberração, sobretudo porque ela viria também para prejudicar os servidores públicos, quando se sabe

claramente que nada mais há a retirar deles. Todos os seus direitos já foram usurpados. Se a Previdência continua deficitária mesmo diante de tudo o que já foi retirado dos trabalhadores, devemos questionar para que serviram essas reformas?

E o mais grave, Sras. e Srs. Deputados, é que os setores que mais carecem de reforma não foram abordados. Quando estávamos com a faca e o queijo na mão para implantar uma verdadeira e consistente reforma da Previdência, não a fizemos. Não lutamos para dar transparências às chamadas “renúncias pre-videnciárias”, subsídios concedidos a alguns setores que não contribuem pela regra geral.

Os ralos por onde escoam os recursos da Previ-dência Social no Brasil são muitos, Sras. e Srs. Depu-tados, e devem ser combatidos sem trégua. As sone-gações e as fraudes correm frouxas, e só são desco-bertas quanto os rombos já ultrapassam milhões de reais. Proprietário de milhares de imóveis espalhados por todo o País, o INSS não tem nenhum controle so-bre eles.

Tudo isso prova cabalmente que o principal pro-blema da Previdência Social em nosso País não são os servidores públicos, mas a má gerência e a mani-pulação de dados.

Era o que tinha a dizer.O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB-CE.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, nobre Deputado Inocêncio Oliveira, Sras. e Srs. Deputados, senhores telespectadores da TV Câmara, algumas vezes, ao ocuparmos a tribuna desta Casa, buscamos chamar a atenção do Governo para o péssimo estado de conservação das rodovias do País, dando enfoque particularizado às BRs que integram o âmbito de res-ponsabilidade do Governo da União.

Apelos sucessivos foram, então, endereçados aos dirigentes do DNIT, que sempre alegavam carên-cia de recursos, embora a administração do Executivo haja utilizado vultosos recursos, no passado exercício, para a frustrada operação tapa-buracos, que gerou apuração de irregularidades por parte do Tribunal de Contas da União.

Hoje, a imprensa divulga, com destaque, dados de pesquisa empreendida pela Confederação Nacional do Transporte, tendo seu Presidente, Clésio Andrade, tecido considerações sobre os números extraídos da verificação procedida por órgãos especializados, a pe-dido da citada organização de renome nacional.

De acordo com reportagem inserida no Correio Braziliense, a deficiência registrada alcança 73,9% da malha, o que é considerado um índice bastante elevado, comprovando a ineficiência das vias de comunicação terrestre na extensão do território nacional.

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Para chamar a atenção dos leitores, há uma le-genda na mencionada matéria, em que se lê explicita-mente: “Rodovias em más condições. Malha viária com sérios problemas de buracos, falta de asfaltamento e de placas de sinalização”.

De conformidade com levantamento procedido pela CNT, haveria necessidade de investimentos em torno de 23,4 bilhões para que todas as rodovias com algum tipo de problema, seja de pavimentação, seja de sinalização, fossem classificadas como ótimas. Tal objetivo, segundo os analistas desse quadro caótico, exigiria dotações vultosas, superiores àquelas pre-vistas relativamente à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, alvo de acirrados debates, na presente conjuntura, entre os integrantes da outra Casa do Parlamento.

Que sobre essa pesquisa se debrucem o Presi-dente da República e o seu Ministro dos Transportes, adotando urgentes providências que objetivem res-taurar a péssima estrutura viária em nossas diversas áreas geográficas!

Recentemente, reportei-me à questão de trechos da BR-020, clamando por medidas urgentes do DNIT, já que aquela artéria é responsável pela ligação entre o Nordeste e a Capital da República.

Agora sob nova direção, o DNIT precisa respon-der, com presteza, a todas essas patéticas reclama-ções, sob pena de uma deterioração ainda mais des-gastante, que alcança a imagem da própria gestão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A referenciada pesquisa, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é algo que requer intervenções inadi-áveis, inadmitindo qualquer tipo de procrastinação.

Muito obrigado.O SR. CLAUDIO CAJADO (DEM-BA. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, meu pronunciamento tem o intuito de fazer um alerta sobre a possibilidade de ocorrência de crise energética nos próximos 2 ou 3 anos.

A matriz energética de gás brasileira está passan-do por séria crise diante do procedimento do Presidente da Bolívia, Evo Morales, que agora retoma negociações com a PETROBRAS. É importante que a opinião pú-blica tome conhecimento do teor dessas tratativas. O Presidente Lula vai hoje ao Chile, onde deverá manter contatos com o Presidente Evo Morales.

É preciso assegurar não somente o fornecimento de gás para as indústrias brasileiras, mas também o preço do produto. Hoje, os impactos para aqueles que utilizam o gás como matriz energética já são significa-tivos. Se ocorrer uma crise, serão ainda maiores. Por isso, faço esse alerta ao Plenário.

Agradeço a V.Exa., Sr. Presidente, a oportunida-de que me concedeu para expressar minha opinião ao País.

O SR. WALTER PINHEIRO (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho fazer um registro de suma importância para nós da Bahia: o Governo do Estado e a bancada federal apresentaram um plano estratégico de ação relativo ao PPA, não só para este ano como para os próximos, e agora pela manhã será realizada a 10ª reunião da bancada baiana para tratar do assunto, quando teremos a oportunidade de debater com diversos membros da bancada importantes iniciativas, dentre as quais des-taco a votação, também nesta manhã, da MP sobre a Ferrovia Bahia Oeste.

Os Deputados Claudio Cajado e Mão Branca, aqui presentes, sabem que a Ferrovia Bahia Oeste beneficiará sobejamente o transporte de soja e miné-rio no sudoeste baiano, assim como o transporte de passageiros, que será integrado ao metrô de Salvador. Tudo isso constituirá um novo vetor de desenvolvimen-to para a Bahia. Obras importantes serão realizadas, como, por exemplo, a construção de barragens. O Departamento de Infra-Estrutura de Transportes da Bahia – DERBA deverá cuidar mais minuciosamente das nossas estradas.

É importante lembrar que conseguimos recursos junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e de Integração Nacional para equipar as residências do DERBA na Bahia, para que o problema do escoamento da produção na região seja resolvido. Destaco também a própria disposição do Governo do Estado de trabalhar em projetos importantes, como o Água para Todos e o Todos pela Alfabetização – TOPA. A bancada da Bahia tem dado apoio político às iniciativas do Governo do Estado, propiciando um importante caminho para os próximos 4 anos.

O Governador Jaques Wagner encontra-se hoje na Europa. Está buscando parcerias, discutindo com diversas instituições internacionais formas de atração de investimentos. Também esteve no início desta se-mana em evento promovido pela FIESP, onde mostrou as possibilidades de investimento que a Bahia pode ofertar a diversas empresas no Brasil, a diversos in-vestidores.

A Bahia tem participado de debates para mostrar como é possível atrair negócios para aquele Estado. Aliás, essa é uma importante iniciativa, principalmente neste momento em que o turismo atravessa essa crise decorrente dos problemas no transporte aéreo. A Bahia também tem buscado solucionar esse problema, tanto é que a bancada baiana está aportando recursos para

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que nossa Secretaria de Turismo trabalhe em conso-nância com o Ministério.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Jorginho Maluly.

O SR. JORGINHO MALULY (DEM-SP. Pela or-dem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é com satisfação que registro a escolha de 2 alunos do interior de São Paulo – um de Botucatu e outro de Araçatuba, minha cidade – como finalistas do III Prêmio Santander Banespa de Empreen-dedorismo. O ganhador de cada uma das 4 categorias receberá um prêmio no valor de 50 mil reais.

O projeto Cogumelo: Saúde e vida natural, do aluno Diego Cunha, da Faculdade de Ciências Agrô-nomas, Campus de Botucatu, prevê a utilização de resíduos agrícolas e agroindustriais no cultivo do co-gumelo shimeji (Pleurotus ostreatus). Segundo o pes-quisador, esses resíduos costumam ser queimados ou despejados de qualquer maneira na natureza, causan-do danos ambientais. Destaca Zied que “essa forma de produção do shimeji tem potencial para melhorar as condições socioeconômicas da população. Com menos custo, é possível gerar empregos de maneira direta e indireta, reduzir os problemas com o ambiente e, principalmente, oferecer à comunidade um alimento totalmente orgânico”.

De outra parte, sob o título Diagnóstico genéti-co pré-implantacional em embriões bovinos e ovinos produzidos in vitro, o aluno Rodrigo Vitorio Alonso, da Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba, pro-põe o aperfeiçoamento da manipulação genética do rebanho bovino para torná-lo mais produtivo. Segundo o estudante, os avanços nas técnicas de seleção ge-nética assistida têm aberto a possibilidade de avaliar características ligadas à qualidade da carne, ganho de peso, produção de leite e eficiência reprodutiva.

A organização do concurso acredita que o prêmio viabilizará a introdução desses projetos de maneira competitiva no mercado.

Os trabalhos, Sr. Presidente, são belos exem-plos de capacidade criativa de nossos estudantes e pesquisadores.

Temos de incentivar as organizações voltadas para o apoio ao desenvolvimento de pesquisas, pois através delas serão alavancadas iniciativas idênticas às que acabo de relatar.

Parabéns ao III Prêmio Santander Banespa de Empreendedorismo e aos pesquisadores Rodrigo Alon-so e Diego Zied.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao Sr. Deputado Chico Lopes.

O SR. CHICO LOPES (Bloco/PCdoB-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, aproxima-se o mês de dezembro e com ele difi-culdades para os pais e mães de alunos das escolas privadas.

No domingo passado, li no jornal uma entrevista com o Diretor do DECON do Distrito Federal, que falou sobre as reclamações relativas às anuidades escolares praticadas no Distrito Federal.

Se isso ocorresse apenas aqui, seria uma mara-vilha; mas essa é uma realidade nacional.

Esse problema das anuidades dos colégios pri-vados demanda do Governo Federal a criação de um órgão especializado para fiscalizá-los. Primeiro, devem ser fiscalizados os pedidos de material pelas escolas, como tesoura, toalha, sabonete – produtos muitas vezes desnecessários. Segundo, os livros didáticos descartáveis. O livro que o aluno da 7ª série utiliza não vai servir no próximo ano para o seu irmão que está cursando a 6ª Série, porque os livros não têm durabi-lidade maior do que 1 ano.

Sabemos que as editoras apenas mudam a or-dem de apresentação dos capítulos, colocam uma nova capa e apresentam o livro como uma nova edição. E o Brasil ainda não conseguiu resolver esse problema. Sabemos também que a maioria dos colégios possuem livrarias e vendem uniformes, livros, réguas e outros materiais escolares, concorrendo com os estabeleci-mentos comerciais.

Como vemos, a aproximação de dezembro levan-ta um problema muito sério, e estou encaminhando à Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados um requerimento de audiência pública para debatermos esse assunto com representantes de edi-toras e proprietários de colégios. Não podemos permitir que a vida dos pais de alunos de escolas privadas se torne tão difícil todo final de ano, depois de renovar a matrícula dos seus filhos nessas escolas.

E mais, ainda há uma novidade: os livros didá-ticos brasileiros serão editados agora pelo capital es-panhol, que comprou várias editoras no Brasil, inclu-sive mediante a consultoria de um ex-Ministro que se prestou a esse tipo de coisa, fornecendo importantes informações do Ministério para que o capital externo se aboletasse aqui e vendesse seu produto sem qual-quer fiscalização.

Chamo a atenção dos pais dos alunos no sentido de que se organizem, não aceitem essas imposições de todo final de ano para a matrícula dos seus filhos nas escolas particulares. Isso é um abuso, é um des-respeito! A escola pública passa 3 anos com o mesmo livro antes de trocar de edição; enquanto isso, a escola

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privada todo ano transforma a lista de livros didáticos num festival para ganhar dinheiro!

Fica registrado o protesto, Sr. Presidente. Vamos ver, na Comissão de Defesa do Consumidor, o que é possível fazer para defender os pais e mães desses alunos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. WALDIR MARANHÃO – Sr. Presidente,

peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. WALDIR MARANHÃO (PP-MA. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna para refletir mais uma vez junto com os colegas, mesmo porque o ponto de partida para transformarmos nossa sociedade começa nos debates que realizamos nesta Casa.

Senhores, a educação é condição fundamental para atingirmos patamares mais avançados da civiliza-ção contemporânea. Já discutimos e aprovamos aqui o FUNDEB; vamos votar e aprovar o piso salarial dos trabalhadores na educação; estamos orgulhosos por ver que a rede dos CEFETs está em expansão e que, com o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI, tam-bém se expande cada vez mais o ensino universitário no interior do Brasil. Mas, como disse, isso é apenas o ponto de partida, e atingir a reta de chegada também caberá a esta Casa, que tem o dever de proceder à reforma universitária.

Meu caro Deputado Átila Lira, V.Exa. é autor do projeto de lei que oferece à juventude brasileira novas perspectivas. No momento em que a UNE completa 70 anos de grande tradição histórica e cultural neste País, certamente a Mesa Diretora desta Casa, ao fi-nal da Legislatura, haverá de constituir uma Comissão Especial para tratar do assunto.

Acredito, caro Presidente Inocêncio Oliveira, que se forem criadas precondições para o debate, mesmo levando-se em conta nossas divergências ideológicas, nossa juventude poderá vislumbrar uma verdadeira reforma universitária, coletiva, como princípio, mas singular, na participação do indivíduo que tem cons-ciência de sua cidadania.

Precisamos rigorosamente promover o conhe-cimento como uma encruzilhada, mas acima de tudo uma encruzilhada saudável, para que possamos olhar para o ensino básico e ver em que dimensão social, em que dimensão do pensamento nacional, na ordem política das nossas proposições, podemos guardar estreita relação com uma base científica. Só assim poderemos deixar um legado, uma contribuição his-tórica a esse pensamento nacional, tendo aprovado

aqui a CPMF e a regulamentação da Emenda Cons-titucional nº 29/2000.

Portanto, é com este entendimento plural que faço uma provocação aos nossos Líderes, para que comunguemos esforços no intuito de incluir na pauta da Ordem do Dia tema tão importante para debate, tema que engrandece e fortalece nossas universidades, minha cara Deputada Luciana Genro, e que permitirá a reconstrução da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas.

Trata-se de um símbolo único, e está em nossas mãos a tarefa de debatê-lo com maturidade.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra à Sra. Deputada Íris de Araújo.A SRA. ÍRIS DE ARAÚJO (Bloco/PMDB-GO.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o julgamento realizado pela Justiça britânica a respeito do assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes é, na verdade, uma farsa. A Po-lícia de Londres foi considerada culpada por colocar a segurança do público em risco durante o episódio. Mas nenhuma autoridade, nenhum policial, muito menos o autor dos disparos fatais, ninguém irá para a cadeia.

O eletricista brasileiro foi barbaramente baleado pela Brigada britânica numa estação de metrô, ao sul de Londres, em 22 de julho de 2005, supostamente confundido com um terrorista. A Promotoria identifi-cou 19 falhas na operação policial, momentos antes da execução do brasileiro. O júri, contudo, ao chegar ao veredicto, não atribuiu nenhuma culpa ao oficial responsável pela ação policial que culminou com a bárbara morte do brasileiro, de apenas 27 anos. O que restou foi esta condenação pífia: a Polícia londrina foi condenada a pagar multa de 175 mil libras e de outras 385 mil libras dos custos do processo.

Eu pergunto, Sr. Presidente: há dinheiro no mundo que pague a perda de uma preciosa vida? Esse mon-te de libras vai trazer de volta a tranqüilidade perdida pela família de Jean Charles?

Como pôde a “respeitada” – entre aspas – e ina-tacável Justiça britânica se exibir ao mundo com um veredicto injusto, anacrônico, que fere todos os prin-cípios do direito internacional?

Com muita clareza, ainda durante o julgamento, como integrante da Comissão de Relações Exteriores, consegui aprovar requerimento que já alertava as au-toridades brasileiras sobre a possibilidade de um des-fecho inaceitável para o caso Jean Charles.

É preciso que fique claro: o brasileiro foi caçado e executado cruelmente pela polícia britânica, de maneira fria, sem que lhe fosse dada a menor oportunidade de se defender. Jean não foi preso nem teve julgamento,

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nem mesmo o direito de lutar pela própria vida. Como um animal, acabou abatido – sem dó nem piedade.

O fato coloca em xeque a chamada “civilidade” – entre aspas – dos países ricos. Essas nações são as primeiras a criticar o Brasil, por causa da violência em nosso País. Mas fica claro que elas não possuem o preparo que alardeiam.

Jean Charles tombou em terras estrangeiras por-que não conseguiu oportunidade em sua própria pátria. Ele era um dos milhares de brasileiros que buscam guarida lá fora para fugir do desemprego.

Em duas oportunidades, atuei pessoalmente para libertar – e, graças a Deus, consegui – brasi-leiros presos em unidades de imigração dos EUA. E não me canso de exigir tratamento humanitário aos brasileiros que apenas lutam pela sobrevivência em nações distantes.

Por tudo isso, é fundamental que o Governo apresente às autoridades britânicas a indignação da sociedade brasileira frente ao doloroso episódio, que, repito, não resultou em nenhuma condenação aos verdadeiramente envolvidos na morte do brasileiro Jean Charles.

Era o que tinha a dizer.A SRA. JÔ MORAES – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem

V.Exa. a palavra.A SRA. JÔ MORAES (Bloco/PCdoB-MG. Pela or-

dem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, caros Deputados, queridas Deputadas, estamos às vésperas da realização da XIII Conferência Nacional de Saúde, uma importante oportunidade para analisarmos o ver-dadeiro conteúdo da crise por que passa esse setor da política pública.

Os eixos centrais dessa Conferência, que serão observados, debatidos e propostos por centenas de delegados vindos de todo o País, assentam-se nos de-safios para a efetivação do direito à saúde. O primeiro eixo envolve a participação do Estado e da sociedade na efetivação da saúde como um direito; o segundo tem a ver com as políticas públicas, com a implantação do Pacto da Saúde.

Quanto ao primeiro eixo, já houve alguns ganhos com a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, que abriu perspectivas para que possa-mos avançar na construção e na reestruturação do sistema para torná-lo melhor. Mas isso não foi nem será um milagre, e não resolverá na plenitude os pro-blemas que ainda teremos de enfrentar.

Quanto ao segundo eixo, quando formos discutir as políticas públicas e o Pacto da Saúde, teremos de nos lembrar de que os servidores da saúde há muito

não vêm sendo considerados como colaboradores efe-tivos, que dão sustentação aos serviços públicos.

A proposta do Governo de constituição de uma fundação estatal de direito privado, sobre a qual temos restrições, estará em debate. Estará na ordem do dia o direito à saúde. Por último, na Conferência será de-batida a efetivação do controle social sobre os gastos com a Saúde, pois não adiantam mais recursos sem o efetivo controle social da sua execução.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra à Sra. Deputada Luciana Genro.A SRA. LUCIANA GENRO (PSOL-RS. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, estudo divulgado nesta semana que aponta haver 11% de porto-alegrenses que vivem em condi-ção de extrema pobreza causa-nos, ao mesmo tempo, indignação e nenhuma surpresa.

A indignação advém da declaração do Prefeito Fogaça de que os dados apresentados são “decisi-vos para a tomada de decisões e a implementação de políticas públicas”. Ora, o Governo Municipal dis-põe, desde 2004, para sermos generosas, de dados suficientes para enfrentar a miséria em Porto Alegre, consolidados no Mapa da Inclusão e da Exclusão So-cial. Porém, o Prefeito Fogaça priorizou o pagamento de dívidas com ricos credores, abandonou as políti-cas sociais e fez uma gestão vergonhosa no tocante à prestação de serviços. Agora, quer nos fazer crer que lhe faltavam dados!

A falta de surpresa com o resultado da pesquisa reside na consciência de que a cidade é o lugar onde se faz sentir o conjunto das políticas nacionais e es-taduais. Nesse sentido, a Capital dos gaúchos tem sofrido brutalmente as conseqüências do neoliberalis-mo que continua imperando sob os Governos Lula e Yeda. Prova disso é que a Capital acumulou, ao longo da década neoliberal de 90 do século passado, uma elevação dos índices de indigência em 32,5%.

A indignação diante dessa realidade de miséria e exclusão cresce ainda mais em face da utilização da política como um instrumento voltado para o enriqueci-mento pessoal – o caso Renan Calheiros é hoje apenas a expressão mais visível de uma prática disseminada – e para favorecer os interesses dos bancos e do gran-de capital, únicos beneficiados pela política econômi-ca do Governo Lula. Os privilégios dos altos escalões da política ou do Poder Judiciário também compõem a realidade de desvio dos recursos que poderiam ser investidos na melhoria de vida da população.

No caso de Porto Alegre, os recursos destinados à assistência social – e que são de interesse direto dos 11% mais pobres e de muitos mais – foram 2,88% do

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Orçamento em 2006, exatamente o mesmo percentual gasto com o Poder Legislativo municipal. Esta equiva-lência é desproporcional e, portanto, inaceitável!

É urgente a implementação de políticas públicas e sociais globais que articulem assistência social, saú-de, educação, renda e oportunidades com uma rede de proteção que ataque localmente os bolsões de mi-séria. Os recursos para esse fim podem vir da diminui-ção número de cargos de confiança na administração municipal que consomem cerca de R$30 milhões ao ano, o que é mais de 60% de tudo o que foi gasto em assistência social em 2006.

Mas a crise não atinge somente os mais pobres. A grande maioria da população de Porto Alegre sofre as conseqüências das políticas que precarizam os serviços públicos e empobrecem a classe média. Os impostos pagos pelos trabalhadores cada vez menos retornam em serviços públicos de qualidade. Quem pode pagar, recorre aos planos de saúde ou a escolas particulares, apesar de muitas vezes já arcar com o peso do aluguel, o que implica abrir mão do lazer, da cultura, da qualidade de vida. Os que dependem dos serviços públicos ficam totalmente à mercê de Gover-nos alheios às necessidades da maioria, dos políticos que ignoram os compromissos de campanha e gover-nam de acordo aos interesses do capital.

Precisamos mudar essa lógica, como parte de uma agenda que aponte as mudanças que o País e a cidade necessitam. Só com base em forte compro-misso com o interesse público, com a verdade e com coerência no enfrentamento real dos problemas é que um Governo local poderá assumir uma perspectiva verdadeiramente emancipatória. Os reflexos desse compromisso serão sentidos por todos.

Desejo ainda, Sr. Presidente, manifestar minha indignação diante da inoperância e omissão do Gover-no em relação aos últimos acontecimentos no setor de transporte aéreo. O caos aéreo não terminou. O último evento foi a falência da BRA. Mil e cem trabalhadores foram demitidos, e há possibilidade de que não rece-bam seus direitos trabalhistas. Milhares de passageiros foram lesados, e também eles não têm garantia de que o valor pago pelas passagens será restituído.

Há 2 anos já era evidente a precária situação dessa empresa, o que vinha sendo denunciado pelo Sindicato Nacional dos Aeroviários e pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas. Nenhuma atitude, porém, foi tomada pela ANAC e pelo Ministério da Defesa.

Nos últimos dias, várias tragédias aconteceram. Num espaço de 2 horas, 3 helicópteros se acidentaram no Estado de São Paulo, o que resultou na morte de 3 pessoas. E um Learjet despencou sobre várias casas

na cidade de São Paulo, o que ocasionou a morte de 8 pessoas.

A ANAC informou dispor de cerca de 200 fis-cais para vistoriar 11.320 aeronaves, 857 heliportos, 741 aeroportos públicos e 1.700 aeroportos privados. Soubemos também, Sr. Presidente, que a verba des-tinada à inspeção das aeronaves que fazem vôos co-merciais regulares caiu de 17 milhões, em 2006, para 9 milhões, em 2007.

Apesar de tudo isso, o Governo teima em não se convencer de que essas tragédias não foram ca-sualidades!

A imprensa noticiou que o piloto de um avião da TAM precisou fazer uma manobra brusca para não co-lidir com outro avião que voava em sentido contrário. A Aeronáutica nega o fato, mas já não se pode acreditar no que dizem os comandantes da Aeronáutica, que se recusam a reconhecer a existência de problemas no controle de tráfego aéreo. Defeitos no software fazem com que sejam registradas mudanças automáticas na altitude das aeronaves, o que induz a erro os contro-ladores de vôo. Foi o que ocorreu no desastre com o avião da Gol.

No acidente com o avião da TAM, em Congonhas, vimos prevalecer interesses privados, que impediram a entrada em vigor da resolução da ANAC – ou não-resolução – que, naquelas condições de pista, proibia o pouso daquele tipo de avião com o reverso pinado. Aliás, especialista contratado pela CPI desta Casa afirmou que o avião teria parado numa pista maior, como a de Guarulhos.

Por tudo isso, Sr. Presidente, queremos a des-militarização do controle de tráfego aéreo, sem priva-tização. Já é muito difícil barrar a interferência privada em decisões próprias do Estado. Se permitirmos a interferência privada no setor, ainda que minoritária, mais difícil será impedir a ação dos poderosos, que garantem os lucros das suas empresas e não a pro-teção dos direitos dos usuários.

O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, nas últimas semanas, ganhou destaque na im-prensa paulista e nacional uma série de denúncias envolvendo o Padre Júlio Lancellotti, Diretor da Casa Vida, em São Paulo, e da Pastoral do Povo da Rua. Os casos vieram à tona quando Lancellotti acusou Anderson Batista, ex-interno da FEBEM, de extorsão. Na seqüência, a Polícia recebeu denúncias por maus tratos e corrupção de menores contra o Padre Júlio. Condenado a 1 ano e 8 meses de prisão por tráfico de entorpecentes, o preso Marcos José de Lima, de 31 anos, também declarou manter relações homossexuais com o religioso, a quem pedia dinheiro.

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As investigações seguem em sigilo. Os ataques ao Padre Júlio Lancellotti, no entanto, são reveladores. Há décadas, Padre Júlio se destaca pelo seu trabalho em defesa dos direitos humanos. Nos últimos anos, esteve à frente de lutas fundamentais, como a batalha contra a impunidade dos assassinatos de moradores de rua de São Paulo, ocorridos em agosto de 2004. É uma das principais vozes contra a política higienista e de “limpeza” do centro da Capital, praticada pela Prefeitu-ra de São Paulo, com início na gestão de José Serra e que segue na administração Gilberto Kassab.

Desqualificar Padre Júlio, neste momento, por-tanto, significa atacar os direitos humanos e fortalecer setores e uma política conservadora e retrógrada que vigora em nossa sociedade. Por isso, nós nos soma-mos às organizações e movimentos populares que vêm a público prestar sua solidariedade ao Padre Jú-lio Lancelotti.

A seguir, registramos a íntegra do manifesto di-vulgado no último dia 1º:

“Manifesto em Apoio ao padre Júlio Lan-cellotti

Se for certo que o homem revela-se por suas ações, o que dizer de Padre Júlio Lan-cellotti?

Defensor incansável dos direitos huma-nos, Padre Júlio devota integralmente sua vida à prática da fraternidade e do amor ao próxi-mo. Avesso ao fatalismo e ao conformismo, atua, com abnegação, em favor da dignidade de todos por ele atendidos.

Seus trabalhos junto aos moradores de rua, aos menores infratores, às crianças órfãs portadoras do vírus HIV, nas Casas-Vida I e II, entre outras lutas de que participa, demons-tram seu espírito generoso e atuante.

Não se cala diante da tortura, da vio-lência, da exploração. Zela pelos direitos de todos e de todos merece reconhecimento e, sobretudo, respeito.

Padre Júlio é muito maior do que o retra-to que dele tentamos fazer nesse manifesto. Sua vida, a serviço do próximo, é a consagra-ção plena dos ideais de cristãos e deve servir como exemplo a todos, a fim de que possa-mos, um dia, edificar uma sociedade mais justa e solidária.

São Paulo, 01 de novembro de 2007.

Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo.”

Por outro lado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, gostaríamos também de nos pronunciar no dia

de hoje em relação às dezenas de mobilizações que têm se dado a partir da luta do movimento estudantil contra a aprovação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação das Universidades Federias, co-nhecido como REUNI.

Em abril deste ano, o Presidente Lula assinou o Decreto n° 6096, que cria esse Programa, lançado como parte do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, sobre o qual já nos manifestamos em outras oportunidades.

O REUNI é a mais nova medida da contra-reforma universitária levada a cabo pelo Governo desde 2004. O Programa tem como objetivo “a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos de gradua-ção presenciais para noventa por cento e da relação de alunos de graduação em cursos presenciais por professor para dezoito, ao final de cinco anos” (art. 1º). Para o cumprimento dessas metas, propõe uma série de medidas, como a “revisão da estrutura acadêmica”, a “diversificação das modalidades de graduação” e o “melhor aproveitamento da estrutura física e dos re-cursos humanos atualmente existentes”’

Para aderir ao programa, cada universidade deve aprovar em seu respectivo Conselho Universitário um plano de reestruturação, de acordo com os prazos indi-cados pelo Ministério da Educação. Uma vez aprovada a adesão, as universidades receberão um aporte de até 20% em seus orçamentos, de acordo com o cum-primento das metas previstas para cada ano (art. 3º).

E é aqui que começam os problemas. Para atingir as metas, os planos deverão prever inúmeras mudan-ças nas universidades federais, mediante a adoção de instrumentos como os Bacharelados Interdisciplinares, que são níveis de formação geral, ao final dos quais os estudantes recebem um diploma não profissionalizan-te, e os Ciclos Básicos, que, ao invés de garantirem a tão reivindicada “transdiciplinariedade”, visam à demis-são de professores e ao inchaço das salas de aula, tal como previstos no PL nº. 7200/06, o projeto da reforma universitária que vem sido combatido pelo movimento estudantil e pelo ANDES – Sindicato Nacional.

Com a adoção desses instrumentos, o REUNI divide as IFES em 2 tipos de instituições: de um lado, as que optarem por aderir ao programa, voltadas ao cumprimento de metas produtivistas e mercadológi-cas; de outro, as que optarem por manter a estrutura atual, preservando o tripé ensino-pesquisa-extensão, garantindo padrões mínimos de qualidade e firmando-se como “centros de excelência”.

Vale destacar que ambas as metas previstas no Programa – relação professor/aluno de 1/18 e taxa de conclusão de 90% – são impossíveis de serem atingidas sem significativo aumento de recursos. Por exemplo, a

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duplicação da relação média professor/aluno dos atuais 1/9 para 1/18 não leva em conta o trabalho docente realizado em pesquisa e extensão, muito menos com alunos de pós-graduação, o que coloca o tripé univer-sitário ensino-pesquisa-extensão em xeque.

Ao mesmo tempo, o Governo compromete-se com uma ampliação de até 20% no orçamento das IFES, mas exige que as universidades garantam a duplicação de 100% nas matrículas, como forma de alcançar a relação professor/aluno exigida pelo Pro-grama. Ou seja, o Governo quer duplicar as vagas aumentando em apenas um quinto o orçamento de cada universidade.

Além disso, os recursos previstos no Programa não prevêem o impacto do aumento de matrículas no uso dos espaços físicos da universidade, como labo-ratórios e bibliotecas, ou na ampliação de recursos para políticas de assistência estudantil e aumento das verbas para bolsas de pesquisa e extensão etc. Mes-mo a ANDIFES, parceira de primeira hora do projeto, chegou a propor a ampliação dos prazos do Programa de 5 para 10 anos, proposta que não foi incluída pelo MEC no decreto até o momento.

Os estudantes, que já haviam dado mostras de vitalidade durante as ocupações de reitorias no final do primeiro semestre, a partir da ocupação na USP, contra os decretos de Serra, levantaram-se contra o REUNI. Desta vez, o palco da mobilização foi e tem sido nas universidades federais.

A possibilidade de barrar o projeto por intermé-dio dos Conselhos Universitários e de imprimir uma derrota – ainda que parcial – à reforma universitária do Governo Lula, mobilizou os setores organizados do movimento estudantil em todo o país.

As ocupações das reitorias ou dos Conselhos Universitários de universidades como a UFRJ, UFPR, UFRGS, UFES, UNIFESP, UFSCar, UFBA, entre de-zenas de outras, têm marcado um novo momento de ascenso das lutas em defesa da educação pública. Essas mobilizações, atos de disposição de luta, têm trazido para o centro da pauta o debate sobre a refor-ma universitária levada a cabo pelo Governo Lula e suas conseqüências, fazendo com que a sociedade e a própria universidade discutam quais as alternativas para garantir expansão, mas com qualidade, tal como previsto no Plano Nacional de Educação – Proposta da Sociedade Brasileira, de cuja formulação partici-pamos.

Até o presente momento, 35 das 54 universi-dades federais aderiram ao REUNI. Na sua maioria, os planos de adesão foram aprovados sem qualquer legitimidade, em meio às ocupações dos Conselhos Universitários ou em reuniões secretas sob a “prote-

ção” de forte aparato repressivo. Se, por um lado, isto comprova que há mobilização em cada universidade, por outro, demonstra os enormes desafios que ainda estão por vir.

Queremos condenar as ações violentas e arbi-trárias praticadas contra os estudantes. Mandados de reintegração de posse são expedidos, garantindo o uso da força policial em circunstâncias absurdas, como no caso da UNIFESP, onde a tropa de choque da PM de São Paulo realizou a evacuação do prédio com centenas de policiais contra poucas dezenas de estudantes, no meio da madrugada; ou como no caso da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, onde os estudantes que protestaram contra o REUNI, ocupando a Reitoria da universidade, têm sido perseguidos, ameaçados e reprimidos por seguranças da instituição.

Solidarizamo-nos com as lutas dos estudantes, professores e funcionários. Essas mobilizações têm denunciado o caráter conservador e demagógico das políticas do Governo Lula para o ensino superior e a educação de maneira geral. Nosso dever é apoiar to-das as mobilizações que se identifiquem com a luta por uma expansão do ensino capaz de garantir o amplo acesso à universidade pública, gratuita e com quali-dade a todas e a todos.

Muito obrigado.O SR. RODRIGO DE CASTRO (PSDB-MG. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, o eficiente choque de gestão do Governo Aécio Neves, que repercute em todo o Brasil, está baseado numa premissa bastante simples: gastar menos com a máquina administrativa do Estado e mais com as pessoas. E não faltam hoje, em Minas, exemplos prá-ticos das mais diversas áreas de como essa equação é possível.

Nos últimos 4 anos, o Governo de Minas, através da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públi-cas e do Departamento Estadual de Estradas e Roda-gens, investiu 421 milhões de reais em mais de 4 mil convênios, que beneficiaram 17 milhões de pessoas. São recursos viabilizados para que as prefeituras pos-sam melhorar as vias públicas e o saneamento básico, além de construir pontes, praças, creches, parques, postos de saúde e espaços poliesportivos. Tudo isso com o inabalável compromisso de levar qualidade de vida e desenvolvimento a todos os mineiros.

É com muita satisfação que cumprimentamos o competente Secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Fuad Noman, o Diretor-Geral do DER/MG, José Élcio Montese, e sua equipe de auxiliares, cujo empenho, em parceria com as prefeituras, resultou na presença do Estado em realizações em cada um dos 853 municípios. Realidade que fortalece os setores

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60318 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

econômicos, privilegiando a nossa promissora juventu-de e os mais carentes com melhores condições.

Por intermédio do programa Pró-Acesso, todas as cidades mineiras terão ligação asfáltica até 2010, com recursos exclusivos do governo do Estado. As estradas vicinais também serão reforçadas. Esse in-vestimento significa mais agilidade no escoamento da produção e segurança no transporte de estudantes e de passageiros, minimizando os efeitos das chuvas sobre as estradas.

Por outro lado, observamos com tristeza o re-sultado da pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes, divulgado ontem, confirmando a má con-servação de 74% das rodovias federais. Em Minas, apenas 5% da malha federal está em condições ade-quadas. A situação é absurda se considerarmos que entre os anos de 2002 e 2006 a União arrecadou 37,9 bilhões de reais com a CIDE, imposto criado em 2001 com a finalidade de recuperar as rodovias nacionais, mas que tem sido sistematicamente desviado para outras áreas.

Por isso seria tão importante a divisão efetiva da CIDE com os Estados, deixando a cargo deles manu-tenção das rodovias.

Somente em 2007, os convênios do Governo de Minas com as prefeituras somam um montante de 40% superior ao total alocado nos últimos 4 anos. Clara amostra de que em seu quinto ano o Governo Aécio Neves segue trajetória ascendente, com dinamis-mo contínuo, sem se acomodar com bons resultados e com a popularidade alcançada. Uma postura que, infelizmente, não se observa no plano federal, onde, entre muitos que integram a base do Governo Lula, reinam a arrogância e a inércia, amparadas pela ima-gem pessoal do Presidente junto às massas.

Deveriam sim, apoiadores e gestores deste Go-verno Federal, calçarem as sandálias da humildade, esquecerem as eleições de 2010 e fazerem com que o propalado PAC saia do lugar e consiga ser notado nas ruas como ainda não foi.

O Brasil precisa de melhor gestão e de menos bravatas!

O SR. ALBANO FRANCO (PSDB-SE. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Inocêncio Oliveira, Sras. e Srs. Deputados, é com satisfação que registro nesta Casa o sucesso para o ensino no meu Estado do Programa de Qualificação de Docentes – PQD, iniciado em 1997, terceiro ano do meu primei-ro mandato de Governador, por intermédio do qual foi disponibilizado gratuitamente aos professores da es-cola pública com formação apenas no ensino médio, tanto da rede estadual quanto das redes municipais, curso superior em licenciatura plena.

Sempre me preocupei com a educação e, para isso, tive a felicidade de contar com a colaboração, as idéias e o entusiasmo de 2 Secretários de Educação, de reconhecida competência, o Dr. Luiz Antonio Bar-reto e o Professor Nilson Socorro, ambos entusiastas desse programa.

Para o desenvolvimento dessas ações, assinei, à época, acordo com a Universidade Federal de Ser-gipe. Foram abertas vagas para 500 professores que, mediante Vestibular, tiveram acesso a cursos de Licen-ciatura Plena em Letras (Português e Inglês), Biologia, Ciências, Matemática e Química.

Pelo contrato, a Universidade Federal de Sergipe implantou pólos avançados nos principais municípios-sedes das Diretorias Regionais de Educação, Estância, Propriá, Itabaiana, Lagarto e Nossa Senhora da Glória, para que os professores participantes do PQD-I tives-sem acesso à universidade em seu próprio município. Essa primeira turma colou grau em 2002.

Em 1999, firmei o segundo acordo com a Uni-versidade Federal de Sergipe para a realização do PDQ-II, e 1.060 professores ingressaram em cursos de Licenciatura Plena em Educação Física, Geografia, História, Física, Letras e Pedagogia. A conclusão dessa segunda etapa se deu em dezembro de 2002.

Em 2001, realizamos a terceira etapa do PQD, e, com a implantação do pólo da Grande Aracaju, 1.080 professores foram selecionados para os cursos de Letras, Física, Matemática, Educação Física, Quí-mica e Biologia.

Investimos nesse programa 15 milhões e 900 mil reais.

Com estas considerações iniciais, manifesto mi-nha alegria pelo fato de o atual Governador de Sergipe ter autorizado a continuidade desse programa. Sabe-mos que apenas através da educação é que podemos enfrentar os desafios do desenvolvimento.

A qualificação permanente dos professores jun-tamente com a melhoria dos salários dos docentes, as condições das escolas, a inclusão digital, a adequação dos conteúdos programáticos e a presença do aluno em tempo integral na escola são fatores que se interligam e que vão, sem dúvida, permitir a melhor qualidade do ensino e o grande salto que nossa Nação precisa dar para o desenvolvimento almejado.

Estou certo de que o PDQ, no Governo do Dr. Marcelo Déda, vai contribuir e muito para a educação no Estado. Foi graças a esse programa, que está sendo revitalizado agora, que Sergipe registra hoje os melho-res percentuais, em todo o país, de professores com formação superior, uma das metas nacionais da dé-cada da educação estabelecida em 1996 no Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso.

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Ressalto que o sucesso dessa ação foi destaca-do com muita propriedade pelo Prof. Antonio Ponciano Bezerra, Pró-Reitor de Graduação da Universidade Federal de Sergipe, que afirmou: “Podemos conside-rar o PQD do Governo Albano Franco como uma das políticas mais interessantes na área educacional. É um quadro inédito na história de Sergipe”.

Esta avaliação nos deixa gratificados. Espera-mos que ela sirva para entusiasmar os governantes de hoje e do futuro, pois a educação deve ser a grande prioridade nacional.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. O SR. RENATO MOLLING (PP-RS. Pronuncia

o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, registro desta tribuna a extraordinária ini-ciativa da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo, de sediar a 22ª edição da Mostra Internacional de Ciência e Tecnolo-gia – MOSTRATEC, iniciada segunda-feira, dia 5 de novembro.

Trata-se da maior feira de jovens cientistas da América do Sul.

A edição deste ano conta com a participação re-corde de 22 países. Sete deles participam pela primeira vez na MOSTRATEC: África do Sul, Argélia, Dinamar-ca, Canadá, Coréia do Sul, Nigéria e Taiwan. Do Brasil, 20 Estados confirmaram presença.

Um dos destaques dessa edição é a apresenta-ção de projetos de escolas públicas, aproximadamente 60% do total.

Outro aspecto que deve ser observado é o com-prometimento e a preocupação dos estudantes com o meio ambiente. A maioria dos projetos constantes da MOSTRATEC está relacionada a esta área.

Além dos projetos apresentados pelos estudan-tes, os visitantes poderão conferir o trabalho de insti-tuições de ensino e órgãos públicos como FEEVALE, FACCAT, UNISINOS, UERGS, Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul, UniRitter, IPA, Ministério da Educação e Fun-dação Liberato.

O espaço físico da feira tem 2 mil metros qua-drados e vai abrigar 216 projetos, em 11 áreas do co-nhecimento. A visitação pública começou terça-feira, 6 de novembro, sempre das 14h às 21h, e se encerrará dia 9, sexta-feira. A entrada é franca.

Parabenizo a antiga e a atual diretoria da Fun-dação que, nessas 4 décadas de existência, constru-íram um reconhecimento com presença especial na educação profissional, firmando-se como instituição pública estadual que contribui para a formação de pro-fissionais qualificados, com a missão de atuarem no desenvolvimento da ciência e tecnologia, vivendo como

cidadãos sensíveis e comprometidos com o mundo e uma sociedade auto-sustentável.

No dia 12 de abril de 2007, a Fundação Liberato completou 40 anos. Em 1967, ela iniciou suas ativida-des com o Curso Técnico em Química, ampliando-as em 1970 com o Curso Técnico em Mecânica e com o Curso Técnico em Eletrotécnica. Em 1985, implantou o Curso Técnico em Eletrônica e, em 1991, o Curso Técnico em Segurança do Trabalho; em 1998, numa parceria com a General Motors do Brasil e as Con-cessionárias Chevrolet do Rio Grande do Sul, iniciou o Curso de Extensão em Mecânica Automotiva, que, em 2003, passou a designar-se Técnico Automotivo.

A Fundação Liberato, na busca da modernização, procura integrar-se cada vez mais com a comunidade, especialmente a empresarial, objetivando atualizar cur-rículos e equipamentos. Também se preocupa com a formação humanística e incentiva inúmeras atividades que promovem o crescimento do aluno como cidadão crítico e responsável com o mundo que o cerca.

Portanto, mais uma vez, parabéns à Fundação Liberato e sucesso na realização desse grande evento que é a MOSTRATEC.

Muito obrigado.O SR. ÁTILA LINS (Bloco/PMDB-AM. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, as decisões do Poder Judiciário sobre questões cuja palavra final deveria ter sido dada pelo Congresso Nacional estão tornando-se uma rotina. Isso só está acontecendo porque nós Parlamentares estamos abdi-cando de nossas prerrogativas constitucionais de legis-lar, de produzir leis. Nesse vácuo, e sempre provocado por segmentos que se julgam prejudicados pela falta de regulamentação de dispositivos da Constituição, o Supremo Tribunal Federal acaba decidindo no lugar do Poder Legislativo.

Foi o que aconteceu na semana passada, com os Ministros do Supremo impondo restrições às gre-ves do funcionalismo público. Essa é uma questão que deveria ter sido resolvida pela Câmara dos Deputados e pelo Senado há mais de 10 anos. E nos próximos dias a mais alta Corte do País vai decidir se reconhece o direito dos trabalhadores ao aviso prévio superior a 30 dias e dos servidores à aposentadoria especial por atividades insalubres, penosas ou perigosas.

Estamos, assim, diante de mais uma decisão tomada pelo Poder Judiciário no lugar do Poder Le-gislativo.

Uma outra decisão do Supremo Tribunal Federal está sendo anunciada ainda para este ano. Certamen-te terá grande repercussão política. Trata-se de uma decisão sobre as medidas provisórias: deverão ser de-

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60320 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

finidas as condições de importância e relevância que poderão orientar a edição desse instrumento.

Como a Câmara dos Deputados e o Senado Fe-deral não regulamentaram a edição de medidas pro-visórias impondo um pouco de rigor à sua edição, o Supremo novamente fará essa correção.

Mais uma vez, portanto, o Poder Judiciário legis-lará no lugar do Legislativo por culpa única e exclusi-vamente nossa.

Diariamente, desta tribuna, Deputados reclamam do excesso de medidas provisórias que trancam as pautas do Plenário. As manifestações dos Deputados não são levadas a sério, e a cada dia aumenta o núme-ro de medidas provisórias, a maioria sem atender aos preceitos constitucionais de urgência e relevância.

Esse instrumento foi totalmente banalizado com a nossa benevolência.

A Câmara dos Deputados, como o Senado Fe-deral, precisam retomar o papel que lhes é reservado pela Constituição: o de legislar. Nossa Constituição está repleta de dispositivos que precisam ser regula-mentados, missão que cabe ao Parlamento.

Até quando vamos deixar essa missão para o Poder Judiciário?

Com a palavra o Presidente, os integrantes da Mesa Diretora da Câmara e os Líderes partidários, já que cabe a eles programar as propostas que devem constar da pauta de votações.

O Executivo, por meio das medidas provisórias, e o Poder Judiciário, em face das provocações, estão legislando muito mais do que nós Parlamentares.

O Congresso perdeu a iniciativa das leis. Temos que retomar essa tarefa, que é inerente

ao Poder Legislativo.Era o que tinha a dizer.O SR. FLÁVIO BEZERRA – Sr. Presidente, peço

a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. FLÁVIO BEZERRA (Bloco/PMDB-CE. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, marisqueiros e pescadores, estive ontem reunido com o Deputado Carlos Santana, na sede da SEAP aqui em Brasília, onde fomos atendidos pelo Dr. Dirceu Lopes, Secretário Executivo da SEAP. Estiveram presentes os Srs. Willian Pereira da Silva, da Colônia de pescadores Z 2, no Rio de Janeiro, e Rodolfo Silva, Presidente da Colônia de pescadores Z 19, também no Rio de Janeiro.

Quero agradecer a atenção do nosso colega, Deputados Carlos Santana, nesse empenho, pois o problema é muito grave, é sério mesmo. A reunião era para resolvermos um problema grave causado pelas

Instruções Normativas nº 164, do IBAMA, e nº 18, da SEAP, que proíbem a utilização de barcos com mais de 9 metros para a pesca de camarão.

Os pescadores daquela região já possuíam bar-cos com medidas de 10 a 11 metros e não têm a me-nor condição de substituir essas embarcações a cur-to prazo por outras com medidas dentro dos padrões exigidos pelas instruções normativas.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, vejam bem. No Ceará aconteceu de a normativa do IBAMA colocar fora da pesca de lagosta neste ano os pesca-dores que têm embarcações pequenas, de 4 metros a menos. No Rio de Janeiro, normativa também do IBAMA proíbe o trabalho do pescador que tem barco maior; exige-se barco menor.

Outro problema que os pescadores estão enfren-tando é o da Sísmica. Quando ocorreu esse fenôme-no, todos tiveram que suspender a pescaria por um longo período. E o Governo prometeu que os pesca-dores seriam recompensados pelas perdas advindas da paralisação.

A Sísmica acabou há muito tempo e até hoje eles não foram compensados pelos prejuízos. E, para piorar a situação, agora uma grande empresa de mi-neração está explorando o mar e causando transtor-nos para os pescadores de toda a região de Campos, Rio de Janeiro.

No dia 23 de novembro, representantes da SEAP estarão na Praia do Farol, em Campos, para verificar se os tipos de barcos que estão sendo utilizados estão dentro dos padrões requeridos.

Como Presidente da Frente Parlamentar da Pes-ca, quero solicitar aos órgãos de fiscalização que fisca-lizem essa empresa mineradora, vejam se ela possui licença para esse tipo de exploração.

Solicito ainda ao Governo que agilize o plano de compensação que foi prometido aos pescadores em razão da Sísmica.

Finalmente, quero pedir a atenção desta Casa e dos amigos da Frente Parlamentar da Pesca e Aqüi-cultura para que dêem uma força ao pescador carioca, trabalhador tão querido. Essas instruções normativas do IBAMA devem ser revisadas e corrigidas pelas pes-soas que vivem diretamente da pesca.

Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao Sr. Deputado Léo Alcântara.O SR. LÉO ALCÂNTARA (PR-CE. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, ocupo esta tribuna para render devida home-nagem ao ilustre brasileiro Clóvis Beviláqua, jurista, magistrado, jornalista, professor, historiador e crítico,

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cuja atuação é considerada até os dias atuais de gran-de relevo no cenário nacional.

Cearense, nasceu em Viçosa do Ceará em 4 de outubro de 1859, vindo a falecer na cidade do Rio de Janeiro em 26 de julho de 1944.

Filho de José Beviláqua, Deputado provincial du-rante muito tempo, e de Martiniana Aires Beviláqua, iniciou seus estudos na cidade natal, ingressando, em 1872, no Ateneu Cearense. Transferiu-se posteriormen-te para o colégio oficial de Fortaleza, em 1875. No ano seguinte, com 17 anos de idade, embarcou para o Rio de Janeiro, onde prosseguiu nos estudos, freqüentando o Externato Gaspar e o antigo Mosteiro de São Bento, concluindo os preparatórios juntamente com Paula Ney e Silva Jardim. Em 1878, embarcou para Recife, dando início aos estudos jurídicos na renomada faculdade. Com Martins Júnior, veio a publicar o folheto Vigílias Literárias e, a seguir, o jornal A Idéia Nova. Ambos tra-balharam no jornal República, nos folhetos Escalpelo, Estenógrafo e O Crime de Vitória. Ao concluir o curso, em 1882, é escolhido para orador da turma.

Começou a carreira de magistrado em 1883, ao ser nomeado Promotor Público de Alcântara, no Ma-ranhão. No jornalismo, fez campanha pela República e, após a sua proclamação, foi eleito Deputado à As-sembléia Constituinte, pelo Ceará. Foi a primeira e a última vez que ocupou uma posição política.

Em 1884, já casado com Amélia de Freitas, pres-tou concurso para professor de Filosofia da Faculdade de Direito do Recife. Iniciou, então, a série de obras jurídicas que o credenciariam perante o País para cumprir a missão que lhe foi atribuída pelo Presidente Epitácio Pessoa, em 1899, que o convidou para elabo-rar o anteprojeto do Código Civil Brasileiro. Veio para o Rio de Janeiro em março de 1900 e, em outubro do mesmo ano, já concluía a sua obra principal.

A matéria passou a ser estudada e debatida no Congresso Nacional. No Senado, Rui Barbosa foi encar-regado de estudar o projeto e dar o parecer. A demora por parte deste começou a impacientar, mas ninguém sabia o que estava Rui Barbosa a fazer. Quando, afinal, apresentou o parecer, era um trabalho monumental em que examinava, particularmente, tudo o que dizia respeito à vernaculidade do projeto de Clóvis Bevilá-qua, deixando de lado tudo o que dizia respeito à ma-téria jurídica para se lançar em questões gramaticais de toda a ordem. É que, para Rui Barbosa, a firmeza e a propriedade das expressões eram de capital im-portância. A esse propósito, travou-se longa polêmica entre Rui Barbosa e o filólogo Carneiro Ribeiro. Em sessões públicas memoráveis, Clóvis Beviláqua defen-deu seu trabalho. Somente após decorridos 16 anos de discussões, em 10 de janeiro de 1916, foi o seu

anteprojeto transformado no Código Civil Brasileiro, obra monumental de mérito indiscutível que, à época, pôde enfim libertar-nos das Ordenações do Reino que nos legara a época colonial e que vigorou então até um passado recente.

Em 1906, o Barão do Rio Branco o nomeou Con-sultor Jurídico do Ministério das Relações Exteriores, no âmbito do qual se manteve até 1934. Em 1920, foi convidado a fazer parte do Comitê dos Juristas no Conselho da Sociedade das Nações. Com a condição de não se ausentar do Brasil, aceitou, colaborando novamente com árduo trabalho. Continuou a publicar novos livros de Literatura e Direito, sobretudo os Co-mentários ao Código Civil, divididos em 6 volumes. Em obras especiais, estudou diversas partes do Có-digo Civil: Direito da Família, Direito das Obrigações, Direito das Coisas.

Também foi membro da Academia Brasileira de Letras e, em 1943, tinha o seu busto inaugurado em praça pública.

Sem dúvida, ofereceu Clóvis Beviláqua larga contribuição no campo intelectual para a vida pública brasileira, em especial para a construção e a evolução do Direito Civil no País, e, pelo valor extraordinário do conjunto de sua obra e das suas realizações, merece ser sempre lembrado com respeito e admiração por todos os que participam de nossa vida política, cien-tífico-jurídica e cultural.

Era o que tinha a dizer.Muito obrigado.O SR. NILSON MOURÃO (PT-AC. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje, na cidade de Rio Branco, no Estado do Acre, está sendo realizado importante seminário com a presença de dirigentes sindicais, de Prefeitos, de membros da bancada federal, do Governador Binho Marques e do Ministro Mangabeira Unger.

O seminário tem como tema a Amazônia e suas alternativas, e está na pauta de discussão o grande desafio que é realizar na Amazônia desenvolvimento sustentável.

Impedido, por motivo de saúde, de participar desse seminário, registro, na condição de Deputado Federal pelo Acre, a importância desse seminário no plenário desta Casa.

De fato, o desenvolvimento sustentável da Ama-zônia é o nosso grande desafio. Nenhum de nós vê a Amazônia brasileira como um santuário que não pode ser tocado. Todos defendemos o desenvolvimento da Região Amazônica, mas ele deve estar associado à visão estratégica de sustentabilidade.

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60322 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Como desenvolver todo o potencial de recursos hídricos, madeireiros, florestais e não florestais da Amazônia? Esse é o desafio.

A Amazônia tem uma população ampla, dispersa na floresta, que quer desenvolvimento e o progresso social, quer que saúde e educação, que quer melhor qualidade de vida, mas quer também preservar os re-cursos florestais.

No momento em que se discute o efeito estufa, o aquecimento global, o planeta olha para a Amazônia como uma região estratégica. No entanto, tem de ser dito para o mundo inteiro que a Amazônia brasileira é dos brasileiros, a Amazônia peruana é dos peruanos, a Amazônia colombiana é dos colombianos, a Ama-zônia boliviana é dos bolivianos.

Não abriremos mão da soberania da região ama-zônica. Nossa capacidade e inteligência, que resultam da sabedoria dos povos ancestrais e tradicionais – ín-dios e seringueiros – orientarão o verdadeiro caminho a ser seguido pela Amazônia: serão associados desen-volvimento econômico, progresso social e ambiental e sustentabilidade.

Desejo, então, Sr. Presidente, que esse seminário realizado em Rio Branco possa colher muitas suges-tões a serem utilizadas para o avanço do progresso, do bem-estar social, da preservação ambiental e da sustentabilidade na região amazônica.

Muito obrigado, Sr. Presidente.A SRA. SUELI VIDIGAL (Bloco/PDT-ES. Sem

revisão da oradora.) – Sr. Presidente, colegas Depu-tadas e Deputados, estou na tribuna, nesta oportuni-dade, para prestar solidariedade às famílias enlutadas do Espírito Santo: a da jornalista do jornal A Gazeta, Grazielle Loureiro, vítima de acidente automobilístico no último dia 5, e a do ex-Deputado Federal, ex-Pre-feito de Cariacica, da Região Metropolitana do Espírito Santo, Aloízio Santos, falecido no último dia 6, pai do meu colega, Deputado Estadual Marcelo Santos.

Aproveito a oportunidade, Sr. Presidente, para dizer que apresentei projeto que altera a Constituição Federal para permitir que brasileiros e brasileiras que tenham prestado relevantes serviços à Nação possam ser homenageados ainda em vida. Essa é uma con-tribuição que ofereço. Afinal de contas, sou respon-sável pelas transformações que o País ainda precisa experimentar.

Sr. Presidente, sou grata à cidade mais generosa do País, Serra, um pedacinho do Espírito Santo que deu certo. É lógico que faço esta referência – permita-me a modéstia – porque assim a elegi. Outros Deputados, com certeza, escolheriam a sua respectiva cidade.

Mando um abraço ao Estado do Espírito Santo, sobretudo à cidade responsável pela minha condução

à Câmara dos Deputados, que é um grande aprendi-zado para todos nós.

Era o que gostaria de deixar registrado nos Anais da Casa, Sr. Presidente. Muito obrigada.

O SR. ARNALDO VIANNA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ARNALDO VIANNA (Bloco/PDT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, pa-rabenizo o nobre Deputado Flávio Bezerra, que aca-bou de falar sobre essa questão tão importante das embarcações pesqueiras no País. Solidarizo-me com S.Exa. Também estivemos com o Ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi e com o Ministro da Secreta-ria Especial de Aqüicultura e Pesca Altemir Gregolin, uma vez que no Estado Rio de Janeiro, na região de Campos, São João da Barra e São Francisco de Ita-bapoana, acontece o mesmo com os pescadores, que estão proibidos de usar suas embarcações.

Alerto para o fato de que precisamos observar também a questão das praias de tombo, onde as pe-quenas embarcações colocam em risco a vida dos pescadores.

Muito obrigado, Sr. Presidente. Agradeço também ao Deputado Barbosa Neto,

que pacientemente aguardou minha intervenção.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao Deputado Barbosa Neto.O SR. BARBOSA NETO (Bloco/PDT-PR. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, na oportunidade, cumprimento o coordenador da bancada federal dos Deputados do Paraná, o Deputado Dilceu Sperafico, do Partido Progressista, que tão bri-lhantemente conduziu uma reunião com quase 3 horas de duração, à qual me fiz presente. Na oportunidade definimos as emendas da bancada federal do Paraná que serão encaminhadas ao Relator do Orçamento, a fim de que nosso Estado seja contemplado.

Parabenizo os outros 29 Deputados Federais – alguns não puderam estar presentes – pelo ama-durecimento político. Superando eventuais disputas internas no meu Estado, com pensamento estratégico e macrovisão, beneficiaram com emendas importantes o desenvolvimento e o progresso do Paraná. Medidas estruturantes foram tomadas, como a disponibilização de recursos para viabilizar o escoamento da safra de um Estado agrícola como aquele. Cito ainda a transpo-sição do Rio Iguaçu, com uma segunda ponte ligando o Paraná a Santa Catarina, e outra oportunidade de desenvolvimento para a região oeste do País: a pavi-mentação da chamada Rodovia Transboiadeira, que

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60323

liga o norte do Estado ao noroeste, passando pelas as regiões de Paranavaí e Maringá.

Essas medidas poderiam ter sido incluídas no Plano de Aceleração do Crescimento, mas não foram. Numa iniciativa justa, também da nossa bancada, conseguiremos emplacar outros recursos, definidos de forma muito democrática para todas as regiões do Estado do Paraná.

Para concluir, Sr. Presidente Deputado Inocêncio Oliveira, permita-me dizer que contamos com a pre-sença do Senador Álvaro Dias e dos 4 Deputados de Londrina, que deixaram de lado eventuais dissensões políticas para conseguir aprovar medidas importantes para o desenvolvimento do norte do Paraná. Uma de-las foi a emenda para terminar o Teatro Municipal de Londrina, pedido do Prefeito Nedson Micheleti a todos os Deputados. A outra foi a verba para concluir a obra da Santa Casa de Misericórdia de Londrina, que per-mitirá dobrar a capacidade de atendimento, contem-plando uma região que reúne mais de 2,5 milhões de habitantes e 192 Municípios.

Com certeza essa obra entrará para a história daquela região. Trata-se de um hospital público que presta 99% dos atendimentos pelo SUS.

Parabéns a todos. Muito obrigado, Sr. Presidente Deputado Inocên-

cio Oliveira.O SR. JÚLIO CESAR (DEM-PI. Sem revisão do

orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, apre-sentei na década de 90 um projeto de lei que foi conver-tido na Lei Complementar nº 91, de 1997, criando um coeficiente para evitar que os Municípios que cederam população para a criação de outros Municípios tivessem sua verba do FPM reduzida drasticamente.

A medida deveria perder efeito em 5 anos, mas o Senado, em 2001, editou a Lei Complementar nº 106, aumentando o prazo para 10 anos.

No sexto ano o dispositivo começou a causar pre-juízo, fazendo com que se tornasse melhor a redução do percentual para cada Município do que a manuten-ção daquele coeficiente.

Pois para a nossa surpresa, Sr. Presidente, o Senado aprovou em tempo recorde, ontem à noite, o Projeto de Lei nº 632, elastecendo por mais 1 ano o referido coeficiente, que causa prejuízo há mais de 5 anos.

Atualmente, 2 mil Municípios estão tendo prejuízo por causa desse dispositivo.

Já comuniquei o fato ao Presidente do IBGE e ao Tribunal de Contas da União.

A pressa foi tamanha que o autor do projeto, quan-do citou a Lei Complementar nº 91, de 1997, disse que ela era de 22 de dezembro de 1992!

Tenho certeza de que S.Exa. enganou os Sena-dores. Pelo que está publicado no Jornal do Senado, ninguém disse que a medida prorrogaria a aplicação do coeficiente, mas apenas que muitos Municípios teriam prejuízo com a nova contagem da população.

Sr. Presidente, prejuízo haverá se for mantido esse dispositivo, que deveria ter sido extinto após 5 anos de vigência. Prorrogaram-no por mais 5, e agora querem mais 1.

Somente na Bahia 191 Municípios sofrem preju-ízos. Falei ontem com representantes da Associação de Prefeitos daquele Estado e ouvi deles um apelo no sentido de que a Casa não ratifique o texto aprovado pelo Senado. Se houve redução do coeficiente para alguns Municípios do Brasil, por outro lado houve au-mento para muitos outros. Indaga-se: como prorrogar o dispositivo se aqueles que conquistaram o direito não podem aumentar a participação e alguns continuarão recebendo indevidamente os repasses?

Portanto, sou contra o texto aprovado pelo Sena-do, e quero registrar meu protesto, solicitando à Casa que não o ratifique, pois se trata de uma excrescência jurídica que, de um lado, retira direitos de Municípios que deveriam ser beneficiados, e de outro mantém repasses indevidos dos recursos do Fundo de Partici-pação para alguns Municípios.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. RAUL JUNGMANN (PPS-PE. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos estamos chocados nesta manhã com a notícia do lamentável fato ocorrido na Finlândia, onde um garoto divulgou pela Internet que faria um massacre, e assim efetivamente o fez: assassinou 8 colegas e, depois, suicidou-se.

E muito temos a ver com esse fato, Deputado Nelson Pellegrino, pois a arma utilizada era de calibre 22, a mesma que a Medida Provisória nº 394, de 2007 – a próxima de nossa pauta a ser analisada, logo após a MP nº 393 –, pretende liberar o porte e uso, dispen-sando o teste psicológico e de aptidão com a alegação de que a arma calibre 22 não é letal.

Devo dizer que esse calibre é um dos mais letais que existem, porque a bala atravessa o corpo da víti-ma, causando hemorragias.

Então, peço a todos atenção para o que prevê o texto da Medida Provisória nº 394, porque desfigura, destrói definitivamente o Estatuto do Desarmamen-to, conquista desta Casa, cujos resultados se aferem pela redução dos índices que nos levavam à situação endêmica de morte por arma de fogo.

Indago: vamos desfazer tão importante trabalho? Vamos liberar porte de arma particular aos militares? Militar é policial? Praças, sargentos e cabos são poli-

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60324 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

ciais? Vamos dar armas aos advogados? Vamos, enfim, liberar o porte, o uso e dar uma espécie de licença para matar, Sr. Presidente? Isso não faz sentido?

Faço um apelo ao bom senso de todos para que rejeitem essa medida, em nome da vida e, sobretudo, da sociedade brasileira. Espero, portanto, que não pres-temos esse imenso desserviço à Nação brasileira

Era o que tinha a comunicar, Sr. Presidente.O SR. MARCIO JUNQUEIRA (DEM-RR. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, ocupamos a tribuna desta Casa para externar nossa preocupação com os acontecimentos recentes em nosso País no que tange à questão energética.

O Brasil ficou atônito quando o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dirigiu aos brasileiros para dizer que não há motivo para preocupação, pois não faltará energia. Realmente, Sr. Presidente, não vai faltar, mas já está faltando energia.

O Presidente demonstra que conhece muito pou-co nossa realidade, talvez porque S.Exa. viaje muito e não consiga cuidar do País que o elegeu.

Em Mato Grosso há termelétricas paradas por falta de gás. Hoje pela manhã, todos os noticiários nacionais davam conta de que haverá aumento subs-tancial nas tarifas de energia e de gás. Todos devemos ter uma imagem de São Pedro em casa, para nos prostramos de joelhos diante dela e pedir chuva, pois o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva não conseguirá garantir energia para o Brasil.

Sr. Presidente, era o que tinha a dizer nesta opor-tunidade. Infelizmente, nosso Presidente ainda não conseguiu entender que deve permanecer no Brasil para administrá-lo, e não dentro de um Airbus, passe-ando mundo afora. Primeiro cuida-se da casa, depois das outras questões.

Muito obrigado. O SR. NELSON PELLEGRINO (PT-BA. Sem re-

visão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, desta tribuna parabenizo o Governador Jaques Wagner pela decisão de determinar que a Companhia de Desenvolvimento da Bahia – CONDER, por meio da sua Presidenta, Maria Del Carmen, construa, re-forme ou conclua as obras de 14 postos de saúde na cidade de Salvador.

Salvador é hoje uma cidade com vários problemas na área de saúde. Nos 2 primeiros anos da gestão do Prefeito João Henrique, o Secretário Luiz Eugênio pro-curou enfrentar as várias carências do setor. Tivemos avanços importantes, mas infelizmente não todos os que gostaríamos. A verdade é que a saúde não tem sido uma prioridade em Salvador.

Quando o Governador determina a construção ou a conclusão das obras de 14 postos, fica patente

a preocupação do Governo da Bahia com o que con-sidera área prioritária. Apenas a construção, entre-tanto, não basta, é necessário que haja pessoal de apoio para trabalhar nesses postos. Alguns postos construídos na gestão passada ainda não dispõem de pessoal da área.

Isso acontece porque, na prática, ainda não estão sendo destinados os 15% determinados por lei para a saúde no município. Temos procurado ajudar. Discuti com o Prefeito e com o Secretário Solla, na gestão do Dr. Luiz Eugênio, a conclusão das obras desses pos-tos de saúde; agora, o Governador materializou esse compromisso que ajudei a pactuar.

É importante o gesto do Governador Jaques Wag-ner, do Secretário Solla, da Presidenta da CONDER, mas é fundamental que o Prefeito se prepare para ocupar esses postos com pessoal especializado, para que eles possam efetivamente funcionar.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PEDRO WILSON (PT-GO. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, parabenizo os Deputados Geraldo Magela e Ange-lo Vanhoni, os funcionários do Ministério da Cultura, atores, artistas, enfim, pessoas ligadas à cultura bra-sileira que hoje estão lançando a Frente Parlamentar em Defesa da Cultura, a expressão mais próxima da identidade brasileira.

É importante que nós, membros da Comissão de Educação e Cultura, saudemos essa iniciativa e apoiemos a luta para que a cultura seja cada vez mais apoiada na Câmara Federal.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero anunciar ainda, com todo o prazer, a realização, no Auditório Petrônio Portela, coordenada pelo ilustre Deputado Assis do Couto, do Paraná, da reunião de jovens, rapazes e moças, pais, mães e professores da União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil – UNEFAB.

Originária da França, a Pedagogia da Alternân-cia tem hoje 248 escolas espalhadas por todo o Brasil. Pequenos proprietários rurais, da agricultura familiar, reúnem-se, fundam uma escola e a colocam a serviço de seus filhos, para que possam se formar, se constituir na zona rural, no meio ambiente brasileiro, e construir atividades vinculadas à produção familiar.

Parabenizo as Escolas Famílias Agrícolas, a Pe-dagogia da Alternância, a pedagogia da terra, a peda-gogia que leva a educação às famílias, incentivando seus filhos a não irem para a cidade, mas a continua-rem na zona rural, no meio onde vivem.

Por fim, saúdo as escolas da cidade de Goiás, antiga Capital, e de Orizona, todas as lideranças comu-nitárias, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, a Co-

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60325

missão Pastoral da Terra, enfim, todos os que apóiam a ação das Escolas Famílias Agrícolas.

Saúdo, ainda, Antônio Baiano, os jovens, rapazes e moças, que estão no Auditório Petrônio Portela, a fim de discutirem alternativas para que as quase 250 escolas espalhadas por todo o País tenham o apoio do Governo Federal, dos Governos Estaduais, dos municípios, pois trata-se de iniciativa da comunidade para que, por meio da educação, os alunos do meio rural possam vivenciar, aprender, constituir famílias e produzir mais e melhor para o Brasil.

Parabéns à União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil!

O SR. MARCOS ANTONIO (Bloco/PRB-PE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, venho a esta tribuna fazer uma louvação ao gran-de radialista Anselmo Campelo, da Rádio Cidadania, e a todos os meus queridos conterrâneos do Estado de Pernambuco.

Aproveito o ensejo para mandar um abraço e lou-var o ato de companheirismo por parte do Deputado Claudio Cajado, da Bahia, pois estive na cidade de Dias D’Ávila, onde sua esposa é Prefeita.

Agradeço a S.Exa., meu amigo, irmão e compa-nheiro desta Casa pelo carinho e pela hospiltalidade. O Deputado Claudio Cajado é do Democratas, mas não tenho oposição contra esse amigo que me recebeu com carinho e amor na cidade de Dias D’Ávila.

Agradeço a todos os Deputados que participaram desse ato e ao povo de Dias D’Ávila, que também me recebeu com carinho e amor.

O meu respeito e a minha louvação a todos os Deputados do PRB, do qual faço parte; ao Presidente Vítor Paulo; ao Senador Marcelo Crivella; ao Vice-Pre-sidente José de Alencar. Que todos possam gozar da harmonia que vivemos no PRB.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. ASDRUBAL BENTES (Bloco/PMDB-PA.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, há poucos dias, desta tribuna, denunciei a esta Casa e à Nação que a Estrada de Ferro Carajás havia sido ocupada por aproximadamente 1.000 traba-lhadores rurais sem terra, que paralisaram as atividades de embarque de minério para o exterior, com evidentes prejuízos para o País e para a companhia responsável. Em 1 mês ocorreram 3 ocupações da ferrovia.

Movimentos de reivindicação são justos, desde que sejam feitos na forma da lei. Os trabalhadores de-veriam procurar o Governo Federal, o Governo Esta-dual e o Governo Municipal, para obter apoio, e como o aumento de alíquota da contribuição da Vale do Rio Doce sobre a exportação do minério é assunto de um projeto que deve passar por esta Casa, é a esta Casa

que eles devem dirigir-se também – de maneira que faço um apelo à Governadora Ana Júlia no sentido de que adote providências para pacificar aquela área e desocupá-la, para que não haja conflitos com graves conseqüências, o que todos não desejamos.

Sr. Presidente, há um outro fato de suma gravida-de para cujo relato solicito mais um minuto a V.Exa.: na região de Rio Preto, Município de Marabá, o IBAMA, em uma operação, como sempre, repressiva, fechou aproximadamente 10 serrarias. Aproximadamente 1.200 famílias hoje não têm como sobreviver, porque é dali que retiravam seu sustento. A atividade econômica do meu Município também gira em torno disso.

Se há ilegalidades, se há erros, que o IBAMA faça uma orientação preventiva e depois, de acordo com a lei, aplique multas, faça o que for necessário, mas não feche as portas dessas indústrias, que geram emprego e renda ao meu Estado. Este é um momento difícil, em que precisamos crescer, desenvolver-nos.

Este é o apelo faço, mais uma vez, à Governa-dora, no sentido de que interceda junto à Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente – SECTAM e ao IBAMA regional.

Peço também ao Presidente do IBAMA Nacio-nal que reveja essa decisão e determine a reabertura dessas indústrias madeireiras, concedendo-lhes pra-zo para se ajustarem às determinações legais. Depois disso, se não cumprirem a lei, não estarei mais aqui para defendê-las.

Sr. Presidente, agradeço a V.Exa. a atenção. Tenho certeza de que o Presidente do IBAMA, a Governa-dora e o Superintendente do IBAMA regional se sen-sibilizarão diante das crianças que vão passar fome, diante das mães que não vão ter o que dar de comer a seus filhos e diante da economia do nosso Estado, que precisa de receita para fazer investimentos sociais e outros tão necessários para uma região rica mas la-mentavelmente tão esquecida.

O SR. VICENTINHO (PT-SP. Sem revisão do ora-dor.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, informo que ontem participei do IX Congresso dos Servidores Públicos Municipais da cidade de São Paulo.

O evento foi organizado pelo SINDSEP, cujo Pre-sidente é o companheiro Leandro de Oliveira e que tem na sua direção companheiras do quilate das nos-sas queridas Paulinha, Sueli, Irene, Ana Rosa e tan-tos outros companheiros que defendem os servidores públicos na cidade de São Paulo.

Fiz uma palestra a respeito dos debates que têm sido feitos nesta Casa sobre o direito de greve, sobretudo dos servidores públicos. Senti, naquela conversa, a preocupação daqueles servidores, que é também a minha.

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60326 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Aproveito para alertar esta Casa no sentido de que poderá cometer um erro ao aprovar a mordaça para a greve sem antes fortalecer as negociações. As negociações são de extrema importância. Aliás, proponho que a PEC nº 129/03, de minha autoria, em parceria com o Deputado Maurício Rands, aprovada em todas as Comissões, seja aprovada por este Ple-nário, o mais rapidamente possível. Ao modificar o art. 37 da Constituição Federal, essa PEC assegura o direito de negociação. Não evitaremos a greve com a mordaça; pelo contrário, negociaremos com os servi-dores públicos, que muitas vezes não são recebidos nem por seus sindicatos, numa total demonstração de falta de respeito.

Então, deixo nossa solidariedade aos servidores públicos de São Paulo e aos servidores federais, que neste momento precisam ser ouvidos.

Os servidores federais, que participam da vida nacional, precisam ser respeitados na sua dignidade, porque, dessa forma, atenderão bem à comunidade e contribuirão com o País. O servidor não faz greve por prazer ou apenas para “encher o saco”. Faz greve por-que não agüenta mais: ou não cumpriram um acordo ou o fizeram sofrer assédio moral.

Saúdo os trabalhadores públicos que neste mo-mento realizam seu IX Congresso em São Paulo, bem como os demais servidores do Brasil.

Obrigado.O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, e todos os que assistem a esta sessão ou nela trabalham, neste fim de semana, nos dias 10 e 11 de novembro, acontecerá em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o 6º Encontro Nacional de Fé e Política. Os anteriores aconteceram em Santo André (SP), Poços de Caldas (MG), Goiânia (GO), Londrina (PR) e Vitória (ES). O tema do evento deste ano é Pe-los caminhos da América Latina, uma nova Terra, e deve reunir cerca de 5 mil ativistas.

Os Encontros Nacionais de Fé e Política são momentos de reflexão para homens e mulheres que buscam refletir, à luz da fé, seu engajamento social e político. Os encontros são promovidos pelo Movimen-to Nacional de Fé e Política (MNFP), um movimento ecumênico, não-confessional e suprapartidário.

O MNFP surgiu em 1989 como uma tentativa de pessoas – inspiradas pela mensagem dos evangelhos e atuantes nos movimentos populares, sindicais, par-tidários e outros espaços da organização social – de refletirem sobre sua condição de cristãos.

Os Encontros Nacionais de Fé e Política possuem uma estrutura de organização que se mantém mais ou menos a mesma nos últimos anos. O tema que carac-

teriza o Encontro reflete o momento histórico vivido no momento ou uma temática que se quer valorizar. Entre as discussões que terão lugar no 6º Encontro Nacional de Fé e Política destaco a mesa redonda Caminhos de Libertação na América Latina, com a participação de Frei Betto, Sandra Quintela, João Pedro Stédile, entre outros.

Serão também realizadas 27 reuniões plenárias temáticas, simultaneamente, na tarde do sábado. No domingo será feita uma homenagem a D. Pedro Ca-saldáliga, estando previsto o painel Por uma Pátria Grande Solidária e Sustentável, com a participação de Leonardo Boff, Maria do Carmo Silva, Milton Schwan-tes e Marcelo Barros.

A propósito de fé e política, transcrevo o belo texto As Bem-aventuranças do Político, do Cardeal Francis-co Van Thuan, vietnamita, ex-Presidente do Pontifício Conselho de Justiça e Paz:

“Bem-aventurado o dirigente político que entende seu papel no mundo.

Bem-aventurado o dirigente político que trabalha pelo bem comum e não por interes-ses pessoais.

Bem-aventurado o dirigente político que exemplifica pessoalmente a credibilidade.

Bem-aventurado o dirigente político que é sincero consigo mesmo, com sua fé e com suas promessas eleitorais.

Bem-aventurado o dirigente político que trabalha pela mudança profunda, das raízes, nega-se a chamar bom o que é mau e utiliza o Evangelho como guia.

Bem-aventurado o dirigente político que escuta o povo antes, durante e depois da elei-ções, e que sempre escuta a Deus na ora-ção.

Bem-aventurado o dirigente político que trabalha pela unidade e faz de Jesus o apoio de sua defesa.

Bem-aventurado o dirigente político que não tem medo da verdade nem dos meios de comunicação, porque no momento do julga-mento responderá só ante Deus.”

Agradeço-lhes a atenção.O SR. FRANCISCO RODRIGUES (DEM-RR.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo a tribuna para mais uma vez soli-citar do Governo Federal providências rápidas com relação à recuperação da BR-174, que liga o Estado do Amazonas a Roraima e à República Bolivariana de Venezuela. Na verdade, há ali um trecho crítico de aproximadamente mil quilômetros.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60327

Reivindicamos do DNIT e do Governo do Estado urgência na sua recuperação. Está-se aproximando o período de férias, milhares de pessoas do Amazo-nas, de Roraima e da Venezuela utilizam aquela im-portante rodovia internacional. Realmente, a situação é caótica.

Alertamos o Governador, o Ministro dos Transpor-tes e os colegas Parlamentares, e cobramos a alocação de recursos para aquela rodovia. Aliás, isso tem sido feito por alguns companheiros. Infelizmente, a recu-peração é lenta, é absolutamente incompatível com a necessidade, com a importância e com a localização estratégica daquela essencial artéria nacional, que faz contraponto à República Bolivariana de Venezuela.

Sr. Presidente, temos também como vertente des-sa rodovia a ligação com a Guiana Inglesa. Estamos a 200 quilômetros da Guiana Inglesa e a menos de 250 quilômetros da fronteira com a Venezuela. São 2 paí-ses que fazem mais de 1.900 quilômetros de fronteira com o Brasil: a Guiana, ao Norte e ao Nordeste, e a Venezuela, ao Norte e ao Noroeste.

E aquela rodovia, vou repetir, a BR-174, é impor-tantíssima na ligação entre esses 3 países.

Queremos, mais uma vez, trazer o grito de aler-ta da população do meu Estado, que tem sistemati-camente sido vítima de acidentes gravíssimos, com mortes, em decorrência das péssimas condições de trafegabilidade daquela rodovia. Que haja a sensibi-lidade para recuperar imediatamente aquela estrada, tão importante para o Estado de Roraima.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. BARBOSA NETO – Sr. Presidente, peço

a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. BARBOSA NETO (Bloco/PDT-PR. Pela or-

dem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, utilizo a palavra na tarde de hoje para manifestar a minha preocupação com matéria publicada no domínio Congresso em Foco, de autoria do professor universitário José Rodrigues Filho, sobre o voto eletrônico no Brasil e no mundo.

O autor do artigo aponta as problemáticas que o nosso País, pioneiro no sistema eleitoral eletrônico, tem encontrado nos seus sucessivos processos elei-torais em relação a esse sistema. Não há dúvidas de que ele é mais eficiente na apuração dos votos e na celeridade da definição do processo eleitoral. Porém, como salienta o professor, quais garantias temos do seu bom funcionamento? Essa é uma questão que tem sido levantada desde o seu início, tendo sido um dos motivos pelos quais a Holanda, país de antigo histórico democrático, baniu tal sistema: auferir erros, recontar

votos e fiscalizar o sistema é algo extremamente com-plicado, levando a casos como o de uma pessoa votar por outra, que continuam a existir.

O Tribunal Superior Eleitoral está propondo a utilização de um sistema biométrico para garantir que essa última falha deixe de existir. A tecnologia biomé-trica, Sr. Presidente, identifica automaticamente os indivíduos, utilizando suas características biológicas e comportamentais. Além disso, nos países da Comu-nidade Européia, onde essa tecnologia é discutida há anos, biometria não é apenas uma questão técnica, mas sobretudo uma questão ética, uma vez que estu-da o comportamento de cada indivíduo, no caso para controle de identidade.

Será que o uso do teste biométrico deve ser deci-são puramente burocrática, como está propondo o TSE, ou o assunto requer amplo debate da sociedade?

À questão ética soma-se a estimativa de gasto para esse sistema: cerca de 200 milhões de reais.

Será que devemos entrar nessa corrida tecnoló-gica sem antes ponderarmos sobre esse assunto?

Sou autor do PL nº 739/2007, que prevê a utili-zação de foto no Título de Eleitor, um meio fácil, efi-ciente e barato para o sistema eleitoral brasileiro de identificação do eleitor. O projeto encontra-se apensado ao PL nº 3.780/1997, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, aguardando o voto do Relator para ser incluído em pauta. Veja bem, Sr. Presidente: projeto de lei de 1997 ainda aguarda votação!

A revista ISTOÉ desta semana traz reportagem que critica duramente a apatia do Congresso brasileiro. Quem está legislando é o Executivo, e agora o Judi-ciário. Sr. Presidente, isso é extremamente prejudicial para esta instituição, que representa o povo brasileiro. Em vez de trabalharmos de maneira célere e eficiente em benefício do País, estamos andando a passos de tartaruga, vendo os outros Poderes nos ultrapassarem na nossa atividade originária. E quem paga por isso são os cidadãos e os cofres públicos! Quantos são os projetos importantes para o nosso País – como o do Título de Eleitor com foto – que estão paralisados nesta Casa? Quanto dinheiro e tempo nosso e dos cidadãos brasileiros conseguiríamos economizar, se não perdês-semos tanto tempo em debates infrutíferos?

É para evitar um “pequeno” gasto de 200 milhões de reais que vim à tribuna hoje, Sr. Presidente. Vamos trabalhar para evitar que este e outros surjam. A res-ponsabilidade é toda nossa.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. GERALDO PUDIM – Sr. Presidente, peço

a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem

V.Exa. a palavra.

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60328 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

O SR. GERALDO PUDIM (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, utili-zo mais uma vez este microfone para registrar nossa peregrinação no Governo Federal a fim de chamar a atenção para a necessidade de duplicação da BR-101 Norte, no trecho que compreende a Ponte Rio–Niterói com a divisa do Espírito Santo.

Hoje pela manhã tivemos reunião com o Dr. Ber-nardo Figueiredo, Assessor especial do Gabinete Civil da Presidência da República. Falamos claramente sobre a necessidade de termos um encontro com a Ministra Dilma Rousseff para o convencimento de que é preci-so urgentemente o Governo Federal investir recursos para a duplicação da BR-101. O modelo de concessão ofertado a uma empresa espanhola não prevê a dupli-cação, e precisamos urgentemente dessa duplicação, de investimentos do Governo Federal.

O SR. LINCOLN PORTELA (PR-MG. Pronun-cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna registrar minha posi-ção a favor da prorrogação da CPMF. Não nego: pagar tributos nunca é uma atividade agradável. Mas como ainda não inventaram outro modo de financiar as ati-vidades do Estado, estou seguro de que a CPMF é o tributo que menos mal causa ao povo brasileiro. Ve-jamos por quê. A esmagadora maioria da população não paga o chamado imposto do cheque, pois sequer possui conta bancária. Além disso, a legislação prevê uma série de isenções, como a desoneração das con-tas especiais para a população de baixa renda, com saldos abaixo de mil reais por mês. Também não são tributados os saques do Fundo de Garantia, do PIS/PASEP e do benefício do seguro-desemprego, valores que normalmente são recebidos pelos trabalhadores assalariados.

Aliás, a CPMF tem uma das legislações mais es-táveis do nosso sistema tributário. Basicamente existe uma única lei federal – a de nº 9.311, em vigor desde 1996. Complementam sua regulamentação algumas poucas portarias e instruções normativas.

As regras de cobrança são tão simples e estáveis, que são implementadas pelo bancos de forma automá-tica. Ninguém é obrigado a se encontrar com o fiscal da CPMF para saber quanto deve pagar; ninguém entre-ga declaração de CPMF; ninguém perde tempo lendo manual da CPMF; não existem advogados, contadores ou consultores especializados em CPMF.

Essa situação não se repete com nenhum outro tri-buto cobrado no Brasil. Todos eles têm um enorme custo administrativo para o contribuinte e para o fisco.

Fico me perguntando, nobres colegas, se não é exatamente esse o grande problema da CPMF. Sendo uma cobrança tão simples, tenho que reconhecer: ela

não gera empregos para os burocratas – sejam eles do setor privado, sejam do setor público.

Além disso, é praticamente impossível sonegar a CPMF. Antes pelo contrário, ela serve como instru-mento para inibir a evasão fiscal, pois a movimentação de grandes somas pelas contas bancárias chama a atenção da Receita Federal para os sonegadores do Imposto de Renda e demais tributos.

Os críticos acusam a CPMF de sobrecarregar os pobres indiretamente. Eles dizem que os empresários recolhem a contribuição e depois repassam o encargo econômico para os consumidores.

Mas será que é tão fácil assim repassar a CPMF aos preços da mercadorias e serviços? Será que o empresário recebe seu extrato bancário semanal e simplesmente embute a CPMF nos preços cobrados dos clientes? Duvido, Sr. Presidente.

Primeiro, não há estudos científicos que compro-vem essa tese. Segundo, a CPMF é diferente de todos os demais tributos.

Quando o empresário vende a mercadoria ou presta o serviço, ele sabe quanto seus concorrentes terão que pagar de ICMS, IPI, ISS, PIS e COFINS. Afinal, ele conhece as alíquotas desses tributos e tem uma boa noção da sua base de cálculo, que normal-mente é o próprio preço da mercadoria ou do serviço. Já a CPMF tem uma única alíquota – 0,38 –, porém o empresário nunca tem certeza sobre qual base aplicar esse percentual.

Cada empresa tem sua própria estrutura organi-zacional e financeira. A firma que se financia tomando empréstimos paga mais CPMF do que aquela que se utiliza de recursos próprios. O empreendimento que aluga máquinas e instalações recolhe mais CPMF do que aquele que já as adquiriu no passado. A firma que recebe dos fregueses à vista e em moeda corrente re-colhe menos CPMF do que aquela cujos clientes usam cartões de crédito ou de débito.

Enfim, a CPMF não é como o ICMS, o ISS, a CO-FINS, o IPI ou o PIS. Ela tem mais semelhança com um tributo direto. Como o seu pagamento varia muito de uma empresa para outra, o dono do negócio tem que pensar 2 vezes antes de simplesmente embutir a CPMF nos preços.

Sras. e Srs. Deputados, não nos iludamos. Pa-gar impostos é sempre muito doloroso, mas nenhum governo suportaria perder, de uma hora para outra, quase 40 bilhões de reais por ano. Seria uma tragé-dia ou para as finanças públicas ou para a população mais sofrida desse país, justamente a que depende dos atendimentos da saúde pública, das aposentado-rias da Previdência Social e dos benefícios do Bolsa

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60329

Família. Todas essas ações são realizadas com os recursos da CPMF.

Por isso, Sr. Presidente, tenho certeza de que a prorrogação da contribuição é um importante passo no sentido de garantir o equilíbrio das contas do Governo e de consolidar os programas sociais que buscam di-minuir a enorme desigualdade de oportunidades que infelizmente ainda caracteriza a nossa sociedade.

Obrigado.A SRA. GORETE PEREIRA (PR-CE. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, é com grande alegria que ocupo esta tribuna para homenagear o povo ibiapinense pelo aniversário de 129 anos do Município de Ibiapina, a ser comemo-rado no próximo dia 23.

Ibiapina é palavra originária do tupi, que significa “terra tosquiada”. O Município está situado na região da Serra da Ibiapaba, norte do Ceará, e sua popula-ção é de mais de 23 mil habitantes. O clima é agra-dável e a vegetação é típica de serra, o que favorece o turismo.

Ao fazer este registro, aproveito a oportunidade para parabenizar toda a população e deixar aqui meu abraço ao povo ibiapinense, nas pessoas do Prefeito Orismar Wanderlei Diniz e do Presidente da Câmara Municipal, Fernando José Melo de Carvalho, assim como aos filhos ilustres de Ibiapina – Audísio Mosca de Carvalho, Mons. Antônio Cândido de Melo, Pedro Ferreira de Assis, Eugênio Pachelli, Mons. Francisco Tarcísio de Mello, João Alfredo de Mello, Antônio Fer-nando Melo, Miguel Soares, Cônego Alfredo Soares, Mons. Odilon Marinho de Pinho, José Ferreira de As-sis, Francisco José Soares.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, abordo agora outro assunto. A população de Fortaleza está chocada com mais um assassinato bárbaro ocorrido no último dia 22 de outubro, no Meireles, um dos bair-ros nobres da capital cearense.

A enfermeira Maria Liduína Aguiar Freire, 48 anos, foi assassinada com 14 punhaladas, após deixar os 2 filhos na escola, de 8 e 7 anos. O suspeito é o próprio marido, um advogado. Ela foi socorrida, mas não re-sistiu aos ferimentos.

No dia 17 de outubro, um homicídio semelhante comoveu a comunidade do Serviluz. Inês Gomes da Sil-va, 33 anos, foi assassinada a golpes de faca pelo ma-rido, que enterrou o corpo dela no quarto do casal.

O Ceará não esquece o crime passional, ocorrido ano passado, que resultou na morte de 3 pessoas da mesma família. Diogo Flávio Ribeiro Freire, 25 anos, matou o próprio filho, de apenas 1 ano e 7 meses, a esposa, Thicianny Montesuma da Silva, 23 anos, e depois se matou.

Sr. Presidente, em nossa memória ainda temos a lembrança do crime acontecido há 15 anos, quan-do a empresária Ethel Angert Carneiro, 30 anos, foi morta com 5 tiros pelo ex-marido, dentro de uma das lojas do casal e diante de um oficial de justiça e dos funcionários do estabelecimento.

Infelizmente, são casos tristes que relato para demonstrar a violência contra a mulher e o sofrimento a que têm sido submetidas famílias cearenses, assim como muitos lares brasileiros, que enfrentam a dor da perda de mães, trabalhadoras, donas de casa, mortas violenta e prematuramente por seus companheiros, pessoas do próprio convívio afetivo e que, aparente-mente, vivem relações estáveis e tranqüilas.

Consternada com a morte cruel da enfermeira Ma-ria Liduína Aguiar Freire, manifesto minha solidariedade e meu profundo pesar à família, extensivos a todas as outras famílias que suportaram dor semelhante.

Muito obrigada.O SR. VANDER LOUBET (PT-MS. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, ocupo a tribuna para falar dos índices alarman-tes dos acidentes de trânsito no Brasil.

Tal situação já atingiu o ponto em que pode ser considerada até calamidade pública. Embora as esta-tísticas a respeito não sejam muito precisas, o nosso País classifica-se hoje entre os 6 países em que mais se registram casos de morte em decorrência desse tipo de acidente.

Na raiz do problema se encontram a irresponsa-bilidade e a sensação de impunidade, fatores compor-tamentais danosos ao tecido social e só passíveis de mudança por meio de ações educativas, preventivas e mesmo punitivas.

Enquanto tais ações não se implementam para valer, mais de 100 brasileiros são assassinados no trânsito a cada dia, em conseqüência do total desres-peito às leis e mesmo às regras básicas de civilida-de. Entre as atitudes reveladoras desse desrespeito, ressalta a condução de veículo após a ingestão de bebida alcoólica.

Hoje, infelizmente, a embriaguez ao volante ain-da é considerada crime de menor potencial ofensivo. Por isso, mesmo nos casos de ocorrência de sinistros com vítimas, dificilmente o seu causador vai preso. Quando muito, pode ser condenado a penas alterna-tivas, como pagar cestas básicas ou prestar serviços à comunidade, medidas que nada têm adiantado em termos de prevenção desse tipo de crime.

Assim, uma vez que quase ninguém é punido por beber e dirigir, tal comportamento recebe reforço positivo e tende a repetir-se. Em conseqüência, pre-

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60330 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

valece o sentimento nocivo de impunidade entre os motoristas brasileiros.

Para reverter essa situação, é urgente regula-mentar formas de garantir a punição dos que dirigem embriagados. É preciso estabelecer claramente que, ao agir dessa maneira, o motorista assume o risco de provocar acidentes. E não importa que não tenha a intenção deliberada de provocá-los, pois a sua res-ponsabilidade não se restringe ao instante do desas-tre, mas lhe deve ser imputada desde o momento em que abusa do álcool e, mesmo assim, julga-se capaz de dirigir e controlar um veículo. Afinal, se o indivíduo bebe quando não deve beber, se dirige quando não está em condições de dirigir e, dessa forma, acaba ferindo ou até matando terceiros, é justo que responda por tal conduta na proporção dos malefícios causados.

Há 327 projetos de alteração do Código de Trânsi-to Brasileiro em tramitação nesta Casa. Alguns buscam fechar brechas ainda existentes no Código, incluindo os crimes de homicídio e de lesão corporal com dolo eventual – quando não há intenção de matar, mas o responsável assume esse risco –, sujeitos a pena de 5 a 15 anos de prisão. Outros limitam as penas alter-nativas, nos casos de crimes de trânsito, à prestação de serviços em hospitais ou unidades do Corpo de Bombeiros, que resgatam vítimas de acidentes. Ou-tros ainda propõem a adoção da tolerância zero em relação ao álcool.

Visando agilizar o trâmite dessas propostas, a Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro com-prometeu-se a unificar as que sejam semelhantes e a selecionar as mais urgentes. Assim, poderemos exa-miná-las com bastante cuidado e votá-las, de modo a dar então o basta a essa situação de descalabro, já convertida em verdadeira tragédia nacional.

Muito obrigado.O SR. GERALDO PUDIM (Bloco/PMDB-RJ. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a despeito do advento da Lei nº 11.350, de 2006, que regulamentou as atividades dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias nos municípios, esses profissionais, em Campos dos Goytacazes, vêm atravessando uma série de dificuldades pela não-observância da citada lei.

Aquele diploma legal, em seus arts. 6º e 7º, prevê que aqueles que já atuassem como agentes na data de publicação da lei seriam dispensados dos requisitos nela estabelecidos, tais como exigência de escolaridade e processo seletivo público. Tal conceito veio reafirmar o anteriormente estabelecido na emenda constitucio-nal, que criou dispositivos necessários para amparar e resguardar os direitos dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias,

dando segurança à relação do profissional junto à ad-ministração pública direta.

A Emenda Constitucional nº 51 dispõe sobre a dispensa de submeter-se a novo processo seletivo os agentes que, em 15 de fevereiro de 2006, estivessem, sob qualquer vinculo jurídico, desempenhando as res-pectivas funções, e sendo aproveitados nos cargos correspondentes, desde que houvessem sido contra-tados a partir de anterior processo de seleção pública efetuado por órgãos ou entes da administração direta dos Estados, Distrito Federal ou Municípios, ou, ainda, por outras instituições com a efetiva supervisão da ad-ministração direta dos entes da federação.

Embora haja toda essa gama de previsões, che-gou ao meu conhecimento que, em Campos dos Goyta-cazes, elas não têm sido cumpridas e que há 27 agen-tes aprovados em processo seletivo público anterior aguardando serem chamados em vão.

Para agravar a situação, a Prefeitura de Cam-pos continua valendo-se da terceirização para esse fim. Entretanto, este mês não fez o repasse de recur-sos às empresas terceirizadas. Conseqüentemente hoje temos na cidade cerca de 19 mil agentes sem receber o salário. São chefes de família, senhoras e senhores, que estão sem seus salários por que a ad-ministração local não está cumprindo o que prega a Lei. São 19 mil famílias, repito, sendo apenadas pela má gestão pública.

Sendo o que havia a ser dito, agradeço a atenção dos colegas e peço que este pronunciamento seja di-vulgado nos órgãos de comunicação desta Casa.

Obrigado.

O Sr. Inocêncio Oliveira, 2º Vice-Presiden-te, deixa a cadeira da presidência, que é ocu-pada pelo Sr. Arlindo Chinaglia, Presidente.

O SR. BRUNO RODRIGUES (PSDB-PE. Pronun-cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna para comentar a situação da empresa BRA Transportes Aéreos, que, depois de 8 anos, suspendeu suas operações.

A companhia tirou o site do ar e deu aviso prévio para seus 1.100 funcionários, e isso depois de ter re-cebido um aporte de R$180 milhões de um grupo de investidores em dezembro do ano passado.

A empresa também afirma que a suspensão é temporária, mas não tem previsão de quando voltará a operar, e pede que seus clientes procurem outras companhias para remarcar seus bilhetes ou solicitem o reembolso.

A Companhia informou que existem hoje em torno de 65 mil passagens vendidas com prazo até feverei-ro de 2008, sendo que 4,2 mil dessas passagens são internacionais.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60331

Os prejudicados são cidadãos brasileiros que passam o ano todo programando suas viagens de fé-rias, fim de semana, trabalho etc.

Quem vai arcar com os prejuízo dessas pesso-as, que vão ter dificuldades para ser acomodadas em outras companhias aéreas e poderão até perder suas viagens?

E a confiança que as pessoas depositam em uma companhia, ao comprar uma passagem, pensando em segurança, pontualidade e credibilidade?

Como se não bastassem todos os problemas que estamos vivendo com o apagão aéreo, agora teremos que conviver com mais esse.

E como ficam esses 1.100 funcionários que de-dicaram seu trabalho, sua vida à empresa, e acorda-ram desempregados, tendo que voltar ao mercado de trabalho?

Caros Srs. Deputados, onde vamos parar com esse descaso das empresas, que crescem sem pla-nejamento?

Esperamos que a ANAC, como Agência Regu-ladora, exercendo o papel de mediadora, solucione o mais rapidamente possível os problemas dos passa-geiros, para que eles tenham atendimento digno, como cidadãos que pagam seus impostos.

O Governo não pode mais ficar impassível dian-te desse caso.

Era o que tinha a dizer.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR-PE. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a caprinovinocultura expande-se no sertão de Pernambuco. E é com muita satisfação que registro o sucesso da recente I EXPOCAPRI – Exposição de Caprinos e Ovinos, realizada em Salgueiro e encerrada no último domingo, dia 28, com um saldo positivo ao reunir cerca de 400 criadores – expositores de vários municípios sertanejos. Foram realizados negócios no montante de mais de 250 mil reais, o que, para uma primeira experiência, é altamente positivo numa re-gião ainda de baixos índices de renda e poupança. A exposição, que teve o apoio do Governador Eduardo Campos, reuniu principalmente pequenos produtores que, com as famílias, dependem dessa atividade do setor primário.

O próprio Secretário de Agricultura do Estado reconheceu que esse foi “um dos pontos altos da ini-ciativa, pois ali não estiveram grandes criadores de ca-prinos e ovinos” – e existem muitos deles no Nordeste –, mas ‘famílias de criadores’ que iniciaram, há pouco tempo, essa atividade econômica”. Salientou, ainda, a iniciativa da Federação de Agricultura do Estado de Pernambuco: “Demos um grande passo ao buscar formas de implementar soluções que beneficiem o agronegócio com ganho para o conjunto de agentes envolvidos na cadeia produtiva através do desenvol-vimento sustentável dessa atividade”.

Ao lado de criadores de Salgueiro, participaram do evento criadores de Petrolina, Serrita, Cedro, Mo-reilândia, Exu, Terra Nova, Parnamirim, Floresta, Ar-coverde, Custódia, Gravatá, Sertânia e Serra Talhada – onde a Universidade Federal Rural de Pernambuco já atua graças ao apoio do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que atendeu a meu apelo para instalar, ali, um campus universitário, com 6 cursos e um Centro de Pesquisas.

Outras entidades presentes à I EXPOCAPRI fo-ram SEBRAE, EMBRAPA, SENAR e Banco do Nor-deste. Foram promovidos debates com a presença de criadores, empresários e técnicos, concluindo pela ela-boração de um documento técnico-político chamado Berro de Salgueiro, com indicação de soluções para ampliar o apoio técnico e financeiro aos criadores de caprinos e ovinos.

Entusiasmados com os resultados obtidos, os cria-dores pensam em tornar permanente a EXPOCAPRI, vindo a abranger outros segmentos econômicos cor-relatos (industrialização do leite, produção de queijos especiais – a exemplo do que se faz, tradicionalmente, na França – artigos de couro, artesanato).

Os criadores viram uma amostra de técnicos de inseminação artificial, já que o município de Salguei-ro ganhou um CVC – Centro Vocacional Tecnológico de Inseminação Artificial, que será inaugurado prova-velmente neste mês de novembro pelo Governador Eduardo Campos.

Estou seguro de que a EXPOCAPRI vai se con-solidar; e, em torno dessa promoção, teremos no Nor-deste outro pólo sustentável de crescimento econômico, com a geração de mais emprego e renda.

Do mesmo modo, um grande sucesso foi a Ex-posição de Caprinos e Ovinos de Floresta, também em Pernambuco, realizada concomitantemente com a Exposição Nacional da Raça Anglo Nubiana, tendo sido uma das melhores já realizadas no Estado e no Nordeste. Dela participaram os melhores criadores de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, do Piauí, enfim, de todo o Brasil.

Podemos ressaltar que, com o apoio do Ministé-rio da Educação, através do PROEP – Programa de Expansão da Educação Profissional, e do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, estamos construindo um Centro de Desenvolvimento Tecnológico de Caprinovinocultura em Serra Talhada, obra de 2,5 milhões de reais, que fará o ciclo comple-to do bode, inclusive o aproveitamento da pele para produção de calçados, bolsas, cintos e correlatos, com cursos permanentes de aperfeiçoamento e apresenta-ção de novas técnicas para criadores de toda a região e formação de tecnólogos.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Apre-

sentação de proposições.

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60332 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60333

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60334 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

V – ORDEM DO DIA

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS:

RORAIMA

Angela Portela PT Edio Lopes PMDB PmdbPscPtcFrancisco Rodrigues DEM Marcio Junqueira DEM Neudo Campos PP Total de Roraima: 5

AMAPÁ

Davi Alcolumbre DEM Evandro Milhomen PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhs-PrbJurandil Juarez PMDB PmdbPscPtcTotal de Amapá: 3

PARÁ

Asdrubal Bentes PMDB PmdbPscPtcBel Mesquita PMDB PmdbPscPtcBeto Faro PT Elcione Barbalho PMDB PmdbPscPtcGerson Peres PP Giovanni Queiroz PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbLúcio Vale PR Wandenkolk Gonçalves PSDB Wladimir Costa PMDB PmdbPscPtcTotal de Pará: 9

AMAZONAS

Átila Lins PMDB PmdbPscPtcMarcelo Serafim PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbRebecca Garcia PP Silas Câmara PSC PmdbPscPtcTotal de Amazonas: 4

RONDÔNIA

Marinha Raupp PMDB PmdbPscPtcTotal de Rondônia: 1

ACRE

Flaviano Melo PMDB PmdbPscPtcNilson Mourão PT Total de Acre: 2

TOCANTINS

Lázaro Botelho PP Moises Avelino PMDB PmdbPscPtcNIlmar Ruiz DEM Osvaldo Reis PMDB PmdbPscPtcTotal de Tocantins: 4

MARANHÃO

Clóvis Fecury DEM Flávio Dino PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbJulião Amin PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbPedro Fernandes PTB Pinto Itamaraty PSDB Professor Setimo PMDB PmdbPscPtcRoberto Rocha PSDB Sarney Filho PV Waldir Maranhão PP Total de Maranhão: 9

CEARÁ

Aníbal Gomes PMDB PmdbPscPtcAriosto Holanda PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbChico Lopes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbEudes Xavier PT Eunício Oliveira PMDB PmdbPscPtcFlávio Bezerra PMDB PmdbPscPtcGorete Pereira PR José Airton Cirilo PT José Guimarães PT José Linhares PP José Pimentel PT Leo Alcântara PR Manoel Salviano PSDB Marcelo Teixeira PR Mauro Benevides PMDB PmdbPscPtcRaimundo Gomes de Matos PSDB Total de Ceará: 16

PIAUÍ

Alberto Silva PMDB PmdbPscPtcÁtila Lira PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbB. Sá PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbCiro Nogueira PP Júlio Cesar DEM Nazareno Fonteles PT Osmar Júnior PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTotal de Piauí: 7

RIO GRANDE DO NORTE

Betinho Rosado DEM Fátima Bezerra PT Felipe Maia DEM João Maia PR Rogério Marinho PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbSandra Rosado PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTotal de Rio Grande do Norte: 6

PARAÍBA

Armando Abílio PTB Luiz Couto PT

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60335

Marcondes Gadelha PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbRômulo Gouveia PSDB Wilson Braga PMDB PmdbPscPtcTotal de Paraíba: 5

PERNAMBUCO

Ana Arraes PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbAndré de Paula DEM Bruno Araújo PSDB Carlos Eduardo Cadoca PSC PmdbPscPtcFernando Coelho Filho PSB PsbPdtPCdoBPmnPhs-PrbFernando Ferro PT Gonzaga Patriota PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbInocêncio Oliveira PR José Mendonça Bezerra DEM Marcos Antonio PRB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbMaurício Rands PT Pedro Eugênio PT Raul Jungmann PPS Renildo Calheiros PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbRoberto Magalhães DEM Silvio Costa PMN PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbWolney Queiroz PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTotal de Pernambuco: 17

ALAGOAS

Benedito de Lira PP Carlos Alberto Canuto PMDB PmdbPscPtcFrancisco Tenorio PMN PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbGivaldo Carimbão PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbJoaquim Beltrão PMDB PmdbPscPtcTotal de Alagoas: 5

SERGIPE

Albano Franco PSDB Eduardo Amorim PSC PmdbPscPtcIran Barbosa PT Jackson Barreto PMDB PmdbPscPtcJerônimo Reis DEM Mendonça Prado DEM Valadares Filho PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTotal de Sergipe: 7

BAHIA

Alice Portugal PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbAntonio Carlos Magalhães Neto DEM Claudio Cajado DEM Colbert Martins PMDB PmdbPscPtcEdigar Mão Branca PV Fábio Souto DEM Guilherme Menezes PT João Almeida PSDB José Carlos Araújo PR

José Rocha PR Joseph Bandeira PT Jutahy Junior PSDB Luiz Carreira DEM Marcos Medrado PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbMário Negromonte PP Maurício Trindade PR Nelson Pellegrino PT Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Sérgio Barradas Carneiro PT Sérgio Brito PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTonha Magalhães PR Uldurico Pinto PMN PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbVeloso PMDB PmdbPscPtcWalter Pinheiro PT Zezéu Ribeiro PT Total de Bahia: 26

MINAS GERAIS

Ademir Camilo PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbAelton Freitas PR Alexandre Silveira PPS Aracely de Paula PR Carlos Melles DEM Ciro Pedrosa PV Eduardo Barbosa PSDB Elismar Prado PT Geraldo Thadeu PPS Gilmar Machado PT Jairo Ataide DEM Jô Moraes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbJoão Bittar DEM José Fernando Aparecido de Oliveira PV Júlio Delgado PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbJuvenil Alves PRTB Lael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Leonardo Quintão PMDB PmdbPscPtcLincoln Portela PR Luiz Fernando Faria PP Márcio Reinaldo Moreira PP Marcos Montes DEM Mário de Oliveira PSC PmdbPscPtcMário Heringer PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbMiguel Corrêa Jr. PT Odair Cunha PT Rodrigo de Castro PSDB Vitor Penido DEM Total de Minas Gerais: 29

ESPÍRITO SANTO

Jurandy Loureiro PSC PmdbPscPtc

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60336 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Lelo Coimbra PMDB PmdbPscPtcManato PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbRita Camata PMDB PmdbPscPtcSueli Vidigal PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTotal de Espírito Santo: 5

RIO DE JANEIRO

Alexandre Santos PMDB PmdbPscPtcArnaldo Vianna PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbBrizola Neto PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbCarlos Santana PT Chico Alencar PSOL Chico DAngelo PT Cida Diogo PT Deley PSC PmdbPscPtcDr. Adilson Soares PR Dr. Paulo César da Guia Almeida PR Edson Santos PT Eduardo Cunha PMDB PmdbPscPtcEduardo Lopes PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbFernando Gabeira PV Fernando Lopes PMDB PmdbPscPtcGeraldo Pudim PMDB PmdbPscPtcHugo Leal PSC PmdbPscPtcIndio da Costa DEM Jair Bolsonaro PP Jorge Bittar PT Marcelo Itagiba PMDB PmdbPscPtcMarina Maggessi PPS Neilton Mulim PR Nelson Bornier PMDB PmdbPscPtcRogerio Lisboa DEM Silvio Lopes PSDB Simão Sessim PP Solange Almeida PMDB PmdbPscPtcSuely PR Total de Rio de Janeiro: 29

SÃO PAULO

Abelardo Camarinha PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbAline Corrêa PP Antonio Bulhões PMDB PmdbPscPtcAntonio Palocci PT Arnaldo Faria de Sá PTB Arnaldo Madeira PSDB Beto Mansur PP Cândido Vaccarezza PT Carlos Zarattini PT Dr. Nechar PV Dr. Talmir PV Dr. Ubiali PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbDuarte Nogueira PSDB Edson Aparecido PSDB

Emanuel Fernandes PSDB Frank Aguiar PTB Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL Janete Rocha Pietá PT Jorge Tadeu Mudalen DEM Jorginho Maluly DEM José Aníbal PSDB José Eduardo Cardozo PT José Genoíno PT Lobbe Neto PSDB Luciana Costa PR Luiza Erundina PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbPaulo Pereira da Silva PDT PsbPdtPCdoBPmnPhs-PrbPaulo Renato Souza PSDB Paulo Teixeira PT Regis de Oliveira PSC PmdbPscPtcReinaldo Nogueira PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbRenato Amary PSDB Ricardo Tripoli PSDB Silvio Torres PSDB Valdemar Costa Neto PR Vicentinho PT Walter Ihoshi DEM William Woo PSDB Total de São Paulo: 39

MATO GROSSO

Carlos Abicalil PT Eliene Lima PP Homero Pereira PR Professor Victorio Galli PMDB PmdbPscPtcThelma de Oliveira PSDB Valtenir Pereira PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTotal de Mato Grosso 6

DISTRITO FEDERAL

Jofran Frejat PR Magela PT Rodrigo Rollemberg PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTotal de Distrito Federa:l 3

GOIÁS

Carlos Alberto Leréia PSDB Chico Abreu PR Íris de Araújo PMDB PmdbPscPtcJoão Campos PSDB Luiz Bittencourt PMDB PmdbPscPtcMarcelo Melo PMDB PmdbPscPtcPedro Chaves PMDB PmdbPscPtcPedro Wilson PT Professora Raquel Teixeira PSDB Ronaldo Caiado DEM

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60337

Rubens Otoni PT Sandes Júnior PP Tatico PTB Total de Goiás: 13

MATO GROSSO DO SUL

Antônio Carlos Biffi PT Antonio Cruz PP Dagoberto PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbGeraldo Resende PMDB PmdbPscPtcNelson Trad PMDB PmdbPscPtcVander Loubet PT Waldir Neves PSDB Total de Mato Grosso do Su:l 7

PARANÁ

Affonso Camargo PSDB Alceni Guerra DEM Alfredo Kaefer PSDB Barbosa Neto PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbChico da Princesa PR Dilceu Sperafico PP Gustavo Fruet PSDB Luiz Carlos Hauly PSDB Luiz Carlos Setim DEM Marcelo Almeida PMDB PmdbPscPtcMoacir Micheletto PMDB PmdbPscPtcNelson Meurer PP Odílio Balbinotti PMDB PmdbPscPtcRatinho Junior PSC PmdbPscPtcRicardo Barros PP Takayama PSC PmdbPscPtcTotal de Paraná: 16

SANTA CATARINA

Angela Amin PP Carlito Merss PT Décio Lima PT Djalma Berger PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbFernando Coruja PPS José Carlos Vieira DEM Paulo Bornhausen DEM Valdir Colatto PMDB PmdbPscPtcZonta PP Total de Santa Catarina: 9

RIO GRANDE DO SUL

Adão Pretto PT Afonso Hamm PP Beto Albuquerque PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbCezar Schirmer PMDB PmdbPscPtcEliseu Padilha PMDB PmdbPscPtcLuciana Genro PSOL Luis Carlos Heinze PP

Manuela DÁvila PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbMarco Maia PT Matteo Chiarelli DEM Mendes Ribeiro Filho PMDB PmdbPscPtcOnyx Lorenzoni DEM Paulo Pimenta PT Paulo Roberto PTB Professor Ruy Pauletti PSDB Renato Molling PP Sérgio Moraes PTB Tarcísio Zimmermann PT Vieira da Cunha PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbVilson Covatti PP Total de Rio Grande do Sul: 20

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – A lista de presença registra o comparecimento de 302 Senho-ras Deputadas e Senhores Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Passa-se à apreciação da matéria sobre a mesa e da cons-tante da Ordem do Dia.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Item 1.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 393-A, DE 2007 (Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 393-A, de 2007, que institui o Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária, e dá outras providências; tendo parecer reformulado do Relator da Comissão Mista, proferido em Plenário, pelo atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência; pela constitucionalidade, juridici-dade e técnica legislativa; e pela adequação financeira e orçamentária desta e das Emen-das de nºs 1 a 11; e, no mérito, pela aprovação desta MPV e pela rejeição das Emendas de nºs 1 a 11 (Relator: Dep. João Leão).

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 03-10-07PRAZO NA CÂMARA: 17-10-07SOBRESTA A PAUTA EM: 04-11-07

(46º dia)PERDA DE EFICÁCIA: 22-12-07 (+ 26

dias)

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Sobre a mesa requerimento no seguinte teor:

“Requeiro a V.Exa., nos termos do inciso VI do art. 117, combinado com o item 1, alínea “b”, inciso II, do art. 101 do Regimento Inter-no, a retirada de pauta da Medida Provisória nº 393-A/2007.

Sala das Sessões, em

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60338 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

André de Paula e Guilherme Campos, Vice-Líderes do DEM”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação.

Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Guilherme Campos, que falará a favor da matéria.

O SR. GUILHERME CAMPOS (DEM-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, caros colegas, está em processo de conversação, na Liderança do Governo, um acordo a respeito desta medida provisória. Só a partir do fechamento desse acordo será possível determinar a condução dos trabalhos no dia de hoje.

Essa medida vem travando a pauta, mas pedimos aos colegas e a V.Exa., Sr. Presidente, que aguardem mais um pouco, até que a conclusão desse acordo chegue ao nosso conhecimento.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Pon-dera V.Exa. que não se vote agora?

O SR. GUILHERME CAMPOS – Sim, Sr. Pre-sidente, segundo a assessoria, em função do acordo que vem sendo tentado.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Depu-tado, a Presidência não pode trabalhar, ainda que re-conheça a boa intenção de V.Exa., em função de um acordo não sabido.

Temos o Regimento, já são 11h20min e se não se vota essa medida provisória a pauta inteira ficará trancada, o que significa parar todo o trabalho da Câ-mara.

Não temos alternativas, temos que seguir, por-que ou alguém vem aqui e diz qual é o acordo, se está próximo de um acordo, ou iremos trabalhar com a in-formação da assessoria, que respeitamos, mas não podemos agir assim.

Creio que V.Exa. concorda com a Presidência, ainda que eu entenda o seu ajusto apelo.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, in-dependentemente de haver ou não haver acordo, o requerimento tem que ser levado a voto. Talvez, no resultado da votação, entendamos qual é o acordo que vem sendo elaborado.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Ocor-re que os autores do requerimento são os próprios Democratas. Então, eles poderiam, eventualmente, na base de um acordo, retirar o próprio requerimento. Mas, em plena Ordem do Dia, não podemos esperar

por algo que não conhecemos. Então, vamos fazer a nossa parte.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-cedo a palavra ao Deputado Guilherme Campos, para falar a favor da matéria. (Pausa.)

O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT-RJ. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, há um acordo.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Que-ro esclarecer aos Líderes e ao Plenário que nós aqui trabalhamos com regras. Já esperamos tudo aquilo que poderíamos. Creio que tem de haver um Líder que fale aqui por quem pode patrocinar o acordo, para nos informar, porque a Presidência não tem obrigação de esperar por nenhum acordo. Ela tem obrigação de cumprir as regras.

O SR. MIRO TEIXEIRA – Estamos na fase de discussão da matéria, não é, Sr. Presidente?

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Vamos entrar na fase de discussão.

O SR. MIRO TEIXEIRA – Acho que poderíamos discutir. Vimos de uma reunião em que, aparentemente – e sempre devemos falar com cautela –, se produziu um bom acordo. Estaremos prontos para votar a matéria. Então, vamos discutir, como manda o Regimento.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Há in-formação agora, por parte do Vice-Líder do Bloco, no exercício da Liderança, de que foi produzido um acor-do. S.Exa. mesmo recomendou a cautela de sempre. Indago dos Democratas, Deputado Guilherme Mene-zes, se poderíamos, então, iniciar a discussão ou votar esse requerimento.

O SR. DUARTE NOGUEIRA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB-SP. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, acabo de retornar dessa reunião de que o Deputado Miro Teixeira e outros representantes partidários participa-ram, para chegar a um entendimento, e reitero que o entendimento foi encontrado. O Relator trará para co-nhecimento do Plenário o texto final produzido nesse acordo, que ficou definido como de bom termo.

Enquanto esse texto não chega ao plenário, acho que poderemos continuar com a discussão da maté-ria. Tenho certeza de que iremos chegar a um bom entendimento.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60339

O SR. ROBERTO MAGALHÃES – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ROBERTO MAGALHÃES (DEM-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, tam-bém participei dessa reunião, porque sou o Vice-Líder de plantão e lá estive representando o meu partido.

Houve acordo. Participaram todos os partidos. Agora só esperamos que venha a redação com as modificações acordadas para iniciar a votação. Creio que não irá demorar muito.

De modo que vamos retirar o requerimento an-teriormente apresentado.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Está retirado de ofício o requerimento de adiamento da discussão.

Indago a V.Exa. se também está retirado aque-le que requer que a discussão do tema seja feita por grupo de artigos.

O SR. ROBERTO MAGALHÃES – É nosso tam-bém?

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Sim.O SR. ROBERTO MAGALHÃES – Retiramos,

Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Reti-

rados, de ofício, o requerimento de retirada de pauta, conforme apresentado, e o requerimento para que a discussão da matéria seja feita por grupo de artigos:

“Senhor Presidente, requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 165, § 2º, do Regimento Interno, que a discussão da Me-dida Provisória nº 393, de 2007 seja feita por grupo de artigos.

Salas das Sessões, em 7 de novembro de 2007.

Antônio Carlos Magalhães Neto, 1º Vice-Líder do DEM”.

Passamos à discussão da matéria.Não sei se o Relator já tem pronto o relatório. No

momento em que chegar o relatório, o mesmo será im-primido e distribuído aos Deputados e, durante esse período, poderemos discutir a matéria, é claro, a partir das teses de cada bancada, de cada partido.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Há ora-dores inscritos para falar contrariamente à matéria.

Concedo a palavra ao Deputado William Woo. (Pausa.) Ausente.

Concedo a palavra ao Deputado Antonio Carlos Mendes Thame. (Pausa.) Ausente.

O SR. CHICO ALENCAR – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, apenas um esclarecimento.

Dado o adiantado da hora e essa demora natural em se produzir o acordo, como iremos compatibilizar nossa sessão com a prevista sessão do Congresso Nacional para daqui a pouco mais de meia hora?

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – A sessão do Congresso Nacional só começará quando terminar a nossa. E aí, no decorrer desta sessão, po-deremos marcar outra após a sessão do Congresso.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ape-nas para deixar claro que, em razão do acordo, po-deremos votar a matéria. Se não tivesse havido esse acordo, não poderíamos votá-la. Adiada por uma ses-são ontem, só poderia ser votada na sessão ordiná-ria da tarde. Em razão do acordo, poder-se-á votar a matéria agora. Repito, se não houvesse o acordo, não poderia ser votada.

Faço este registro para não criar precedentes.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – V.Exa.

tem razão. V.Exa. acrescentou um ponto extremamente esclarecedor, porque houve o adiamento da discussão por 1 sessão, adiamento que fez parte do acordo, por-que a proposta era para adiar por 2 sessões.

Vamos aguardar a distribuição do relatório. Con-templado o acordo, submeteremos ao Plenário a vo-tação ou não da matéria.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Quero deixar claro tão-somente que não se torne um precedente essa possibilidade de votar independentemente de vencido o interstício regimental.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – V.Exa. tem razão, e assim procederemos.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para dis-cutir, concedo a palavra ao Deputado Waldir Neves.

O SR. WALDIR NEVES (PSDB-MS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, trata-se de matéria que já fez parte do programa espe-cial de emergência no primeiro mandato do Presidente Lula. Desse programa constavam 64 ações previstas para os 11 principais portos brasileiros, no entanto, só 18 foram realizadas.

Isso demonstra mais do que tudo que o Governo conhece os problemas e as deficiências estruturais do País, mas, outra vez, não trata disso no Orçamento, que seria o foro correto para executar essa medidas.

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60340 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Numa clara demonstração de desrespeito a esta Casa, novamente utiliza o instrumento da medida provisória, prática comum na gestão deste Governo. Na verdade, o Governo não tem em mente um programa perma-nente para dotar o País da infra-estrutura necessária ao seu desenvolvimento.

Por outro lado, consta aqui um levantamento do Governo com as ações que deveriam ter sido implan-tadas. Nesse sentido, consideramos lamentável que não tenham sido alocados recursos no Orçamento para que essas obras pudessem ser efetivamente exe-cutadas. Mais do que isso, até o momento, o Governo não colocou em prática, no meu Estado, o projeto da Hidrovia Paraná–Paraguai. Não se gastou um centavo sequer para que ela funcione.

Nesse sentido, somos contra a Medida Provisó-ria nº 393, sobretudo porque, de acordo com levanta-mento feito pelo próprio Governo anteriormente, não se configura a sua relevância e urgência. Já era do conhecimento do Governo a necessidade de estrutu-rar e modernizar os portos. Ele não o fez por meio dos mecanismos legais, incluindo recursos no Orçamento e agora quer valer-se da edição de medidas provisórias, em flagrante desrespeito a esta Casa.

Somos contra a matéria, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para

discutir, concedo a palavra ao nobre Deputado Dr. Ubiali, que falará a favor da matéria.

O SR. DR. UBIALI (Bloco/PSB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, portos no nosso País sempre foram um grande proble-ma, lugar de corrupção, onde os interesses escusos estiveram e estão presentes.

Preocupado com isso e buscando baratear o cus-to das exportações, o Governo Federal edita a Medida Provisória nº 393, de 2007, propondo uma importante modificação no sistema de dragagem dos portos.

Todas as dúvidas aqui levantadas ontem, na ver-dade, pareceram-me muito estranhas. Vejam por quê, senhores. A referida medida provisória propõe a insti-tuição da dragagem por resultados, cabendo à Secre-taria Especial de Portos da Presidência da República e ao Ministério dos Transportes, fixar a profundidade e largura da dragagem, bem como a quantidade de caminhões ou resíduos que deverão sair. Hoje, paga-se pelo que é retirado do porto. Quem fiscalizará isso? Não há como fiscalizar. Com essa dragagem por re-sultado objetiva-se o resultado. Se a dragagem for de 12 metros de profundidade, isso é que será entregue e por isso vai-se pagar no final do contrato. Não é isto que interessa a muitos dos que estão aqui, porque, hoje, quem presta esse serviço? Três empresas ape-nas. Elas, sim, têm interesse.

Então, quando vejo tanta discussão em torno de uma medida provisória clara, límpida, fico preocupado. Esta Casa tem que se preocupar.

Essa medida provisória é simples. Ela diz, com relação ao licenciamento ambiental, que o DNIT vai organizar e providenciar esse licenciamento. Ele não fará o licenciamento, não é isto que está escrito aqui, como disseram ontem. Diz a medida provisória que a dragagem será feita por algumas empresas, como ocorre hoje, e que o DNIT vai em busca do licencia-mento. E uma vez autorizado, esse licenciamento não precisará ser renovado sempre, o que propicia a cor-rupção e causa atrasos.

A medida provisória permite a contratação de em-presas estrangeiras, por meio de licitação internacional, o que acaba com os impedimentos quanto à entrada dessas empresas no País para realizarem serviços de dragagem, além de outros tantos impedimentos, com isso barateando nossa exportação.

Por isso, defendemos essa medida provisória. Ela é séria e saneadora, vem atender à demanda do setor exportador por um novo tipo de porto, que seja útil à Nação e não a poucas pessoas. Desde que o Ministro Pedro Brito assumiu a Secretaria Especial de Portos ele vem procurando adotar medidas como estas.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para

discutir, concedo a palavra ao nobre Deputado Duarte Nogueira, que falará contra a matéria.

O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB-SP. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, somos contra a matéria ora em discussão. Da forma como se encontrava, o texto não nos dava a segurança jurídica quanto ao contrato a ser realizado para as ações de dragagem e quanto ao licenciamen-to ambiental. O texto apresentava uma enorme fragili-dade com relação aos cuidados que se deveria ter no tocante ao meio ambiente.

Pois bem, instantes atrás foi realizada uma reunião com representantes de vários partidos. Na condição de representante de PSDB, procurei ponderar sobre a importância de manter o destaque por nós apresenta-do, suprimindo o texto final do § 1º, que passava cer-ta insegurança. Outros ajustes também foram feitos, com a colaboração de várias outras Lideranças, como os Deputados Miro Teixeira, Ricardo Barros, Roberto Magalhães e o próprio Líder do Governo, Deputado José Múcio Monteiro, na presença do Relator da ma-téria, Deputado João Leão. Portanto, vamos aguardar a apresentação do texto final.

Defendemos a supressão de parte do § 1º, a fim de tornar clara a quantidade de portos que constarão de um mesmo contrato. Não devem ser mais do que 3.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60341

Entretanto, o texto dava margem a que todos os portos brasileiros fizessem parte de um único contrato.

No que se refere à prorrogação desse contrato, deve ser mantido o que estabelece a Lei de Licita-ções e Contratos: prorrogável por um único período e por 1 ano.

No que diz respeito ao § 6º, deve-se acrescer ao final do texto a expressão “respeitadas as disposições da Lei nº 8.666”.

O texto resultante do acordo, do entendimento entre Governo e Oposição, a ser apresentado pelo Re-lator logo mais, é mais adequado. Mas é importante, Sr. Presidente, que o texto que está sendo produzido não seja modificado no Senado. As alterações aqui feitas precisam ser preservadas, para que a Câmara dos Deputados, na eventualidade de o receber de volta, mantenha aquilo que nós aqui produzimos. O debate feito com as diversas Lideranças desta Casa foi produ-tivo e eficiente. Tanto que chegamos a esse texto final. Sem dúvida, houve esforço de todas as partes.

Em nome do PSDB, defendo a aprovação desse novo texto, pela maior eficiência e melhoria da logística dos nossos portos, pela transparência dos contratos e pela salvaguarda do interesse e do dinheiro público, que certamente será aplicado nessas obras.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para

discutir, concedo a palavra ao nobre Deputado Vicen-tinho, que falará a favor. (Pausa.)

Concedo a palavra ao nobre Deputado Manato. (Pausa.)

Concedo a palavra ao nobre Deputado Nelson Pellegrino. (Pausa.)

Concedo a palavra ao nobre Deputado Vicenti-nho, que falará a favor da matéria.

O SR. VICENTINHO (PT-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esta medi-da provisória institui o Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária, cuja finalidade é assegurar a eficácia na gestão dos portos e hidrovias, promovendo a desobstrução das vias aquaviá-rias, por meio da dragagem, da manutenção da profundidade, bem como contribuir para a melhoria dos serviços prestados à sociedade

e para o incremento do comércio exterior.

A coordenação e a supervisão serão feitas pelo Governo, por intermédio da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e do Ministério dos Transportes. É importante que se esclareça a transparência na produção de um projeto tão impor-tante quanto esse.

Busca-se provimento, portanto, para aumentar a concorrência na contratação de obras e serviços de dra-gagem, reduzir custos, elevar a eficiência operacional e nacionalizar os prazos por meio de estabelecimen-

tos de regras claras institucionalmente abrangentes de aplicação geral.

Sras. e Srs. Deputados, a relevância e urgência estão claras porque há necessidade de se assegurar a manutenção da profundidade das vias aquaviárias de portos e hidrovias, com a diminuição do custo na contratação das obras de serviço. Com isso serão via-bilizados melhores serviços à sociedade em termos de transporte de passageiros, turismo e especialmente do transporte de mercadorias e do aumento da com-petitividade das exportações brasileiras por meio da racionalização e da redução dos custos das gestões portuária e hidroviária.

Esperamos que o acordo continue contemplando esses interesses.

Somos favoráveis à medida provisória, a fim de atender a esses objetivos tão importantes para o de-senvolvimento do Brasil, com transparência e fiscali-zação rigorosa.

Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Antes

de dar continuidade à discussão da matéria, concedo a palavra ao Sr. Relator, Deputado João Leão, para que reformule o seu parecer, tendo em vista a informação de que houve acordo.

O SR. JOÃO LEÃO (PP-BA. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, em primeiro lugar, parabenizo esta Casa pelo entendimento. Não há coisa melhor neste Parlamento do que o entendi-mento. Quando todos puxam a corda para o mesmo lado, o Brasil caminha para a frente. E é isso o que está acontecendo neste momento.

Em segundo lugar, agradeço ao Líder do Gover-no, José Múcio Monteiro e cumprimento S.Exa. pela maneira como conduziu este trabalho, assim com aos Vice-Líderes, Deputados Beto Albuquerque e Ricardo Barros, que deram maravilhosa contribuição. A cada dia adquirimos mais experiência nesta Casa.

E não posso deixar de agradecer ao Líder da Oposição, Deputado Zenaldo Coutinho, que, com as suas sugestões, com a sua maneira de ser, engran-deceu esta medida provisória.

Quero ainda agradecer aos Deputados Luiz Sér-gio, Líder do PT; Henrique Eduardo Alves; Luciano Castro; Mário Negromonte; Jovair Arantes; ao Líder do PV, Deputado Sarney Filho, que contribuiu substancial-mente para o aperfeiçoamento da medida provisória; ao Deputado Fernando Coruja, combatente e atuante na melhoria da matéria; ao Deputado Chico Alencar, outro grande e combatente Parlamentar; ao Líder do DEM, Deputado Onyx Lorenzoni; aos Deputados An-tonio Carlos Magalhães Neto, José Carlos Aleluia, Ro-berto Magalhães, que representou o DEM na última

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60342 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

reunião de Líderes em que se definiu a apreciação desta medida provisória; ao Deputado Antonio Carlos Pannunzio, Líder do PSDB, que hoje, por intermédio do Deputado Duarte Nogueira, muito contribuiu para a conclusão do acordo em torno da votação desta medida provisória.

Finalmente, agradeço a todos os Parlamentares que compõem as Comissões de Viação e Transportes, de Desenvolvimento Urbano e demais. Sinceramente, não esperava que medida provisória relativa a draga-gem fosse tão discutida nesta Casa.

Não posso deixar de agradecer também ao Depu-tado Paulo Renato Souza, meu professor, que tanto nos instrui nesta Casa, pelas contribuições.

Finalmente, Sr. Presidente, habemus Papam: te-nho em mão o texto acordado por todos os partidos.

Parabenizo o Governo, porque as alterações exe-cutadas conservaram o texto integralmente. Na verdade, ele foi melhorado em alguns pontos. Houve alteração nos seguintes itens: art. 1º, § 3º; art. 2º, § 5º; e art. 6º. As alterações foram as mais simples.

Passo a ler o texto na íntegra:

“O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica instituído o Programa Na-

cional de Dragagem Portuária e Hidroviária, a ser implantado pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e pelo Ministério dos Transportes, por intermédio do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes – DNIT, nas respectivas áreas de atuação.

§ 1º O Programa de que trata o caput abrange as obras e serviços de engenharia de dragagem do leito das vias aquaviárias, compreendendo a remoção do material sedi-mentar submerso e a escavação ou derroca-mento do leito, com vistas à manutenção da profundidade dos portos em operação ou a sua ampliação.

§ 2º Para fins desta Lei, considera-se:I – dragagem: obra ou serviço de enge-

nharia que consiste na limpeza, desobstru-ção, remoção, derrocamento ou escavação de material do fundo de rios, lagos, mares, baías e canais;

II – draga: equipamento especializado acoplado à embarcação ou à plataforma fixa, móvel ou flutuante, utilizado para execução de obras ou serviços de dragagem;

III – material dragado: material retirado ou deslocado dos leitos dos corpos d’água decorrente da atividade de dragagem e trans-

ferido para local de despejo autorizado pelo órgão competente;

IV – empresa de dragagem: pessoa jurí-dica que tenha por objeto a realização de obra ou serviço de dragagem com a utilização ou não de embarcação;

Art. 2º A dragagem por resultado com-preende a contratação de obras de engenharia destinadas ao aprofundamento, alargamento ou expansão de áreas portuárias e de hidro-vias, inclusive canais de navegação, bacias de evolução e de fundeio, e berços de atracação, bem assim os serviços de natureza contínua com o objetivo de manter, pelo prazo fixado no edital, as condições de profundidade esta-belecidas no projeto implantado.

§ 1º Na hipótese de ampliação ou implan-tação de área portuária de que trata o caput, é obrigatória a contratação conjunta dos ser-viços de dragagem de manutenção, a serem posteriormente prestados.

§ 2º As obras e serviços integrantes do Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária serão contratados na forma do caput.

§ 3º As obras ou serviços de dragagem por resultado poderão ser reunidas para até três portos, num mesmo contrato, quando essa medida for mais vantajosa para a administra-ção pública.

§ 4º Na contratação de dragagem por re-sultado é obrigatória a prestação de garantia pelo contratado, de acordo com as modalida-des previstas no art. 56 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

§ 5º A duração dos contratos de dra-gagem por resultado será de até cinco anos, prorrogável, uma única vez, por período de até um ano, observadas as disposições da Lei nº 8.666, de 21 de junho 1993.

§ 6º A contratação de dragagem por for-ma diversa da estabelecida neste artigo deverá ser prévia e expressamente autorizada pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República ou pelo Ministério dos Transpor-tes, nas respectivas áreas de atuação, respei-tadas as disposições da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

Art. 3º Para a dragagem de que trata esta Lei poderão ser contratadas empresas nacionais ou estrangeiras, por meio de licita-ção internacional, nos termos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60343

Art. 4º Cabe à Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e ao Mi-nistério dos Transportes estabelecer, nas res-pectivas áreas de atuação, as prioridades para dragagem de ampliação, fixar sua profundida-de e demais condições, que devem constar do projeto básico da dragagem.

..............................................................Art. 6º Os programas de investimento e

de dragagens, a estruturação da gestão am-biental dos portos, e a alocação dos recursos arrecadados por via tarifária das Companhias Docas e do DNIT serão submetidos à aprova-ção e fiscalização pela Secretaria Especial de Portos e do Ministério dos Transportes, nas respectivas áreas de atuação, com o objetivo de assegurar a eficácia da gestão econômica, financeira e ambiental.

Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação”.

Sr. Presidente, é esse o acordo firmado com todos os partidos e a solução do problema da draga-gem no País.

PARECER ESCRITO ENCAMINHADO À MESA:

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 393, DE 2007 (Mensagem nº 127, de 20-9-2007 – CN)

Institui o Programa Nacional de Dra-gagem Portuária e Hidroviária, e dá outras providências.

Autor: Poder ExecutivoRelator: Deputado João Leão

I – Relatório

A Medida Provisória em epígrafe institui o Pro-grama Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária, sob a coordenação conjunta da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e do Ministé-rio dos Transportes, por intermédio do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT.

O compartilhamento da coordenação do Progra-ma Nacional de Dragagem adapta-se à nova distribui-ção de atribuições, recentemente estabelecida pela Lei nº 11.518, de 5 de setembro de 2007, decorrente da Medida Provisória nº 369, de 2007, que criou a Secretaria Especial de Portos e lhe atribuiu as compe-tências relativas a portos marítimos e a portos outor-gados e delegados às companhias docas, cabendo ao Ministério dos Transportes as competências relativas às vias navegáveis e aos portos fluviais e lacustres, excetuados os outorgados às companhias docas.

O art. 1º da MP institui o Programa, define os órgãos da administração pública responsáveis por sua execução e conceitua os principais termos técnicos tratados – dragagem, draga, material dragado e em-presa de dragagem – além de estabelecer as obras e serviços de engenharia de dragagem do leito das vias aquaviárias abrangidos pelo Programa, quais sejam: remoção do material sedimentar submerso e a escavação ou derrocamento do leito, com vistas à manutenção da profundidade dos portos em operação ou a sua ampliação, bem assim as ações de licencia-mento ambiental e as relativas ao cumprimento das exigências ambientais decorrentes”.

Uma inovação trazida pelo art. 2º da MP é o estabelecimento da contratação das obras de enge-nharia destinadas ao aprofundamento, alargamento ou expansão de áreas portuárias, hidrovias e simi-lares pela modalidade de dragagem por resultado, que consiste na manutenção, pelo prazo fixado no edital, das condições de profundidade estabelecidas no projeto a ser implantado.

A MP determina que todas as obras e serviços integrantes do Programa Nacional de Dragagem Por-tuária e Hidroviária serão contratados por essa nova modalidade, devendo a contratação de dragagem por forma diversa ser prévia e expressamente autorizada pela Secretaria Especial de Portos ou pelo Ministério dos Transportes, nas respectivas áreas de atuação.

Também é fixada a duração máxima dos con-tratos de dragagem por resultado em até cinco anos, prorrogável por igual período uma única vez, além de ficar estabelecida a obrigação de contratação conjunta dos serviços de dragagem de manutenção, a serem posteriormente prestados, quando da contratação de ampliação ou implantação da área portuária.

Em todos os casos, quando essa medida for mais vantajosa para a administração pública, as obras ou serviços de dragagem por resultado para dois ou mais portos poderão ser reunidas em um mesmo contrato. Além disso, em qualquer contratação de dragagem por resultado é obrigatória a prestação de garantia pelo contratado, nos termos do art. 56 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, a seguir reproduzido:

“Art. 56. A critério da autoridade compe-tente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.

§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:

I – caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública,(...);

II – seguro-garantia; e

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60344 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

III – fiança bancária.§ 2º A garantia a que se refere o caput

deste artigo não excederá a cinco por cento do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele, ressalvado o previsto no § 3º deste artigo.

§ 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, de-monstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limi-te de garantia previsto no parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato.

§ 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e, quando em dinheiro, atualizada monetariamente.

§ 5º Nos casos de contratos que impor-tem na entrega de bens pela administração, dos quais o contratado ficará depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens.” (Grifos nossos)

O art. 3º da MP traz a possibilidade de contra-tação de empresas nacionais ou estrangeiras para a realização dos serviços de dragagem, por meio de li-citação internacional.

A viabilização da participação efetiva de empre-sas estrangeiras nas licitações dos serviços de dra-gagem se dá por meio do art. 5º da MP, o qual esta-belece que as embarcações destinadas à dragagem sujeitam-se às normas específicas de segurança da navegação estabelecidas pela Autoridade Marítima, mas não se submetem ao disposto na Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997, que “dispõe sobre a ordenação do transporte aquaviário e dá outras providências”.

Esse dispositivo acaba por equiparar, quan-to à aplicação da Lei nº 9.432/97, as embarcações destinadas à dragagem aos navios de guerra e de Estado que não estejam empregados em atividades comerciais e às embarcações de esporte e recreio, de turismo, de pesca e de pesquisa. Na prática, os principais efeitos dessa medida decorrem da não aplicação dos arts. 7º e 9º da referida lei, os quais transcrevemos abaixo:

“Art. 7º As embarcações estrangeiras somente poderão participar do transporte de mercadorias na navegação de cabotagem e da navegação interior de percurso nacional, bem como da navegação de apoio portuário e da navegação de apoio marítimo, quando afreta-

das por empresas brasileiras de navegação, observado o disposto nos arts. 9º e 10.

Parágrafo único. O Governo brasileiro po-derá celebrar acordos internacionais que per-mitam a participação de embarcações estran-geiras nas navegações referidas neste artigo, mesmo quando não afretadas por empresas brasileiras de navegação, desde que idêntico privilégio seja conferido à bandeira brasileira nos outros estados contratantes.

Art. 9º O afretamento de embarcação es-trangeira por viagem ou por tempo, para operar na navegação interior de percurso nacional ou no transporte de mercadorias na navegação de cabotagem ou nas navegações de apoio portuário e marítimo, bem como a casco nu na navegação de apoio portuário, depende de autorização do órgão competente e só poderá ocorrer nos seguintes casos:

I – quando verificada inexistência ou in-disponibilidade de embarcação de bandeira brasileira do tipo e porte adequados para o transporte ou apoio pretendido;

II – quando verificado interesse público, devidamente justificado; e

III – quando em substituição a embar-cações em construção no País, em estaleiro brasileiro, com contrato em eficácia, enquanto durar a construção, por período máximo de trinta e seis meses, até o limite:

a) da tonelagem de porte bruto contrata-da, para embarcações de carga; e

b) da arqueação bruta contratada, para embarcações destinadas ao apoio.

Parágrafo único. A autorização de que trata este artigo também se aplica ao caso de afretamento de embarcação estrangeira para a navegação de longo curso ou interior de percurso internacional, quando o mesmo se realizar em virtude da aplicação do art. 5º, § 3º.” (Grifos nossos)

Como as embarcações utilizadas nos serviços de dragagem podem ser consideradas como de apoio portuário, nos termos da definição da própria Lei nº 9.432/97, a não aplicação dos referidos artigos repre-senta a liberação de uma série de restrições à parti-cipação de embarcações estrangeiras nos serviços de dragagem.

Adicionalmente, o art. 4º da MP estabelece a competência da Secretaria Especial de Portos da Pre-sidência da República e do Ministério dos Transportes para estabelecer, nas respectivas áreas de atuação, as

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60345

prioridades para dragagem de ampliação e a fixação da profundidade e demais condições do projeto.

Por fim, o art. 6º determina que os programas de investimento e de dragagem, a estruturação da ges-tão ambiental dos portos e a alocação dos recursos arrecadados por via tarifária das Companhias Docas e do DNIT deverão ser submetidos à aprovação e fis-calização pela Secretaria Especial de Portos e pelo Ministério dos Transportes, nas respectivas áreas de atuação, com o objetivo de assegurar a eficácia da gestão econômica, financeira e ambiental desses programas.

Nos termos da Exposição de Motivos nº 04 SEP-PR/MT, assinada pelo Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e pelo Secretário Especial de Portos da Presidência da República, Pedro Brito, torna-se ne-cessário estabelecer um Programa que possa contri-buir efetivamente para a eficácia da gestão portuária e hidroviária, promovendo a desobstrução das vias aquaviárias, por meio da dragagem de manutenção da profundidade.

Nesse sentido, entende-se que a introdução do conceito de dragagem por resultado constitui uma evo-lução na forma de contratação das referidas obras e serviços, visando garantir o acesso aos portos e ao transporte hidroviário, para reduzir o chamado custo Brasil e incrementar o comércio exterior.

Defende-se, também, que a dragagem por resul-tado garante a disponibilidade dos equipamentos de dragagem utilizados, assegurando a limpeza do leito hidroviário, além de possibilitar a remoção de gran-des volumes, em curto prazo, por ocasião de eventos climáticos aleatórios, que podem assorear o porto ou a hidrovia numa só oportunidade.

Outro ponto destacado na exposição de motivos é o fato de que desde 1997, quando as obras e servi-ços de dragagem passaram a ser objeto de licitações públicas para contratação da iniciativa privada, sendo custeadas pelas receitas próprias das Administrações Portuárias, a manutenção da navegabilidade e a amplia-ção dos acessos marítimos e hidroviários ficaram bas-tante comprometidas, repercutindo negativamente na eficácia da gestão portuária e do comércio exterior.

Assim sendo, vislumbrando-se, agora, a dispo-nibilização de recursos suficientes para a adequação e ampliação dos acessos marítimos e hidroviários, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, julga-se necessário instituir um programa que permita a racionalização e a otimização da aplica-ção desses recursos no setor, de forma a atender à crescente demanda de fluxo de navios, bem como à tendência de aumento das dimensões da frota mer-cante mundial.

Considera-se, ainda, que haverá um aumento na concorrência para a contratação dos serviços de dragagem, com as conseqüentes reduções de custos, racionalização de prazos e melhora da eficiência ope-racional, em virtude da possibilidade de serem contra-tadas empresas nacionais ou estrangeiras. Destaca-se, também, que ao afastar a aplicação dos dispositivos da Lei nº 9.432/97 às embarcações destinadas à draga-gem, viabiliza-se, de fato, a participação de empresas estrangeiras nas licitações.

Por fim, defende-se que a relevância e a urgência da MP decorre da necessidade de se assegurar a per-manente manutenção da profundidade das vias aquavi-árias de portos e hidrovias, com a diminuição do custo na contratação das obras e serviços. Assim, poderiam ser disponibilizados melhores serviços à sociedade em todos os setores do transporte aquaviário.

No prazo regimental, foram apresentadas, perante a Comissão Mista, onze emendas à Medida Provisória nº 393, de 2007, cujo conteúdo é descrito a seguir.

A Emenda de nº 1, de autoria do Deputado Duarte Nogueira, suprime, do § 1º do art. 1º da MP, a expressão que remete ao licenciamento ambiental das obras de dragagem, por entender que a redação do dispositivo ensejaria a retirada da competência dos órgãos am-bientais para a concessão de licença ambiental.

A Emenda nº 2, cujo autor é o Deputado Alfredo Kaefer, estabelece as áreas de recuperação da orla marítima como prioritárias para o despejo do material dragado, observadas as características ambientais e de contaminação do material.

As Emendas de nº 3 e 5, propostas pelo Deputado Fernando de Fabinho, buscam, respectivamente, fixar nos contratos o tempo limite para o início e a conclu-são das obras de dragagem e proibir a participação de empresas estrangeiras nas licitações.

A Emenda nº 4, cujo autor é o Deputado Beto Albuquerque, estabelece o licenciamento unificado para as obras de ampliação ou implantação de área portuária, bem como atribui ao órgão ambiental res-ponsável pelo licenciamento de operação do porto a competência para o licenciamento de obras não rela-cionadas à ampliação ou aprofundamento.

As Emendas de nº 6 e 7, de autoria, respecti-vamente, do Deputado João Almeida e do Senador Sérgio Guerra, têm conteúdo idêntico e determinam que, nas contratações das empresas de dragagem, haja participação majoritária de empresas constituí-das sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.

A Emenda de nº 8, proposta pelo Deputado Ze-naldo Coutinho, veda a fixação de preços médios para determinar a proposta vencedora da licitação, obrigan-

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60346 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

do o edital a discriminar o tipo e as características do material a ser dragado.

A Emenda de nº 9, também do Deputado Beto Albuquerque, inclui as embarcações destinadas à dra-gagem entre as beneficiárias da isenção do imposto na importação de partes, peças e componentes des-tinados a reparo, revisão ou manutenção, nos termos do art. 172 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002.

A Emenda de nº 10, ainda do Deputado Beto Al-buquerque, estabelece que as tarifas portuárias pro-postas pela Autoridade Portuária serão definidas nos termos de norma estabelecida pela Secretaria Especial de Portos ou pelo Ministério dos Transportes, nas res-pectivas áreas de atuação. Adicionalmente, determina que os Presidentes dos Conselhos das Autoridades Portuárias serão indicados pelo Secretário Especial de Portos ou pelo Ministro dos Transportes, substituindo a atual forma de indicação pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ.

Por fim, a Emenda de nº 11, cujo autor é o Depu-tado Luiz Sérgio, propõe:

– alterar o art. 31 da Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1998, para incluir os programas de revitalização ou de renovação urbana das zonas portuárias entre as hipóteses de aliena-ção de imóveis recebidos em doação da União para os Estados, Distrito Federal, Municípios, fundações, autarquias e empresas públicas federais, estaduais e municipais;

– afastar, para os programas de revita-lização ou de renovação urbana das zonas portuárias situadas em área declarada por lei municipal como de especial

interesse urbanístico, a aplicação de dis-positivos previstos na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, relativos ao projeto básico, à existência de orçamento detalhado, à previ-são de recursos, à participação dos autores do projeto na execução das obras e à duração dos contratos; e

– regular a transferência da Companhia Docas do Estado do Rio de Janeiro para a União, dos imóveis situados na Área de Espe-cial Interesse da Região Portuária do Rio de Janeiro, para posterior doação da União para o Estado ou Município do Rio de Janeiro, com fins de possibilitar a execução do programa de revitalização da citada área de especial interesse.

II – Voto do RelatorAdmissibilidade da MP nº 393/07

Cumprindo a exigência prevista no § 1º do art. 2º da Resolução nº 1, de 2002 -CN, o texto da Medida Provisória foi enviado ao Congresso Nacional, na data de sua publica-ção no Diário Oficial da União, acompanhado de Mensagem Presidencial e da Exposição de Motivos Interministerial nº 5 SEP-PR/MT.

A Medida Provisória não trata de matéria incluída entre as vedadas pelo § 1º do art. 62 da Constituição Federal, como também não contém qualquer vício de constitucionalidade.

A gestão inadequada dos projetos e dos recursos disponíveis tem repercutido negativamente na gestão portuária e no comércio exterior brasileiro, em razão do comprometimento da navegabilidade dos portos e da premente necessidade de ampliação dos acessos marítimos, decorrentes da precariedade dos serviços de dragagem atualmente disponíveis.

Essa situação requer medidas que assegurem permanentemente a profundidade adequada dos portos e hidrovias, bem como a instituição de uma modalida-de de contratação específica, que otimize o processo licitatório e permita a realização de obras e serviços a um menor custo para a sociedade. Assim sendo, con-sideramos ser inegável, diante de tais fatos, a urgência e a relevância da Medida Provisória sob análise.

A Nota Técnica nº 31/07, da Consultoria de Or-çamento e Fiscalização Financeira desta Câmara dos Deputados, após analisar a repercussão sobre a re-ceita ou a despesa pública da União e da implicação quanto ao atendimento das normas orçamentárias e financeiras vigentes, em especial a conformidade com a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF), a lei do plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e a lei orçamentária da União, conclui pela adequa-ção orçamentária e financeira da Medida Provisória sob parecer.

Mérito da MP nº 393/07Quanto ao mérito, as principais inovações trazi-

das pelo MP nº 393/07, sobre as quais devemos nos manifestar, são as seguintes:

– criação de um programa nacional de dragagem portuária e hidroviária, para fazer face à premente necessidade de obras e in-tervenções no setor;

a introdução do conceito de dragagem por resultado, de natureza contínua, por cinco anos, prorrogáveis por mais cinco anos, mo-dalidade pela qual deverão ser

contratadas as obras e serviços no âm-bito do programa;

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60347

– inclusão das ações para o licenciamen-to ambiental e das relativas ao cumprimento das exigências ambientais decorrentes, rela-tivas aos portos em operação, entre as abran-gidas pelo programa, de forma a assegurar a eficácia da gestão ambiental dos portos;

– obrigatoriedade de contratação dos serviços de dragagem de manutenção con-juntamente com a contratação de ampliação ou implantação da área portuária;

– possibilidade de contratação de empre-sas estrangeiras para a realização dos serviços de dragagem, somada à não aplicação, para as embarcações destinadas à dragagem, das restrições impostas pela Lei nº 9.432/97.

Instituir um programa nacional de dragagem pos-sui mérito indiscutível, pelas razões já relatadas na aná-lise da urgência e relevância da Medida Provisória.

A criação de uma modalidade específica para a contratação das obras de dragagem, permitindo uma melhor adequação desses contratos ao tipo de obra ou serviço realizado, difere da forma de contratação praticada anteriormente, que era regulada por disposi-tivos genéricos contidos na Lei nº 8.666/93, tais como empreitada por preço global ou por preço unitário.

A inclusão das ações para o licenciamento am-biental dos serviços de dragagem realizados nos portos que já se encontram em operação, entre as abrangidas pelo programa, permitirá a agilização da concessão dessas licenças, possibilitando a realização das obras de manutenção de profundidade com a urgência que se faz necessária, por período mínimo de cinco anos, prevendo-se a possibilidade de prorrogação por mais cinco anos. É importante destacar que a licença con-cedida no âmbito do Programa refere-se apenas aos procedimentos rotineiros de dragagem dos portos em operação, não substituindo o licenciamento ambiental exigido para novas áreas portuárias.

Quanto à possibilidade de realização de licitação internacional e da livre participação de embarcações estrangeiras nos serviços de dragagem, entendemos ser essas medidas estimuladoras da concorrência, o que permitirá obter melhores preços e maior agilidade nos serviços contratados pelo Poder Público, bem como o acesso à tecnologias de ponta existentes no mer-cado mundial. É importante destacar que os serviços de dragagem no Brasil possuem preços superiores às médias internacionais, além de existir uma demanda por serviços superior à capacidade de atendimento das empresas brasileiras.

Pelo exposto, somos favoráveis à aprovação da Medida Provisória nº 393, de 2007, com alguns aprimo-ramentos que julgamos necessários, dos quais resulta,

por força do disposto no art. 5º, § 4º, I, da Resolução nº 1 de 2002-CN, a necessidade de apresentação de projeto de lei de conversão. Feita essa consideração, passa-se à apreciação das emendas.

Admissibilidade das emendasAs onze emendas apresentadas à Medida Pro-

visória não contêm, em nossa análise, qualquer vício de constitucionalidade.

A Emenda de nº 9, propõe a aplicação da isenção de imposto de que trata o art. 172 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, às embarcações destina-das à dragagem portuária. Em uma primeira análise, tal dispositivo sugere uma inconsistência com o art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal, visto que as renún-cias de receita devem vir acompanhadas de estimativa do impacto orçamentário-financeiro, bem como estar acompanhada de medidas de compensação.

Ocorre, entretanto, que a atual redação do art. 172 do Decreto nº 4.543, de 2002, já concede a isenção do imposto na importação de partes, peças e componentes destinados a reparo, revisão ou manutenção de aero-naves e de embarcações, o que inclui, evidentemente, as embarcações destinadas à dragagem. Por essa ra-zão, por não alterar as regras vigentes, a Emenda de nº 9 não implica em renúncia de receita.

Assim sendo, quanto à análise da repercussão sobre a receita ou a despesa pública da União, e da implicação quanto ao atendimento das normas orça-mentárias e financeiras vigentes, concluímos que as onze emendas não contêm qualquer dispositivo que comprometa sua adequação orçamentária e financeira diante da legislação vigente.

Pelas razões expostas, votamos pela constitucio-nalidade, juridicidade e adequação financeira e orça-mentária das Emendas de nos 1 a 11.

Mérito das emendasA Emenda de nº 1, ao suprimir a expressão que

remete ao licenciamento ambiental das obras de draga-gem, deixa clara a competência dos órgãos ambientais para realizar o referido licenciamento, o que entende-mos mais adequado diante da legislação vigente.

A Emenda de nº 2, ao estabelecer as áreas de recuperação da orla marítima como prioritárias para o despejo do material dragado, acaba por generalizar uma regra que pode ser extremamente indesejável em determinadas localidades, além de ser uma condição que poderá onerar significativamente o serviço. É im-portante lembrar que, sendo adequado o despejo do material dragado na orla marítima de determinado mu-nicípio, nada impede que as autoridades locais entrem em acordo com os responsáveis pela realização da dragagem, para o direcionamento desse material.

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60348 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

A Emenda de nº 3 pretende uma regulamentação de difícil implantação prática, ao fixar nos contratos o tempo limite para o início e a conclusão das obras de dragagem. Entendemos ser mais adequada a atual forma de disposição dos contratos, os quais contêm cronogramas para execução das obras, além de pu-nições para atrasos injustificados.

Com o atendimento da Emenda de nº 1, não cabe discutir o licenciamento unificado pretendido na Emen-da de nº 4, visto que as regras de licenciamento e as competências dos órgãos ambientais já são atribuídas em legislação específica.

As Emendas de nos 5, 6 e 7, ao pretenderem proibir a participação de empresas estrangeiras nas licitações, ou determinar que haja participação majo-ritária de empresas constituídas sob as leis brasilei-ras e que tenham sua sede e administração no País, acaba por inviabilizar o aumento da concorrência e a conseqüente redução nos preços, que são metas do Programa Nacional de Dragagem.

A Emenda de nº 8, ao vedar a fixação de preços médios para determinar a proposta vencedora da lici-tação, ignora os novos parâmetros de contratação es-tabelecidos no conceito de dragagem por resultado.

A Emenda de nº 9 não representa inovação em relação à legislação vigente, na medida em que a isen-ção pretendida do imposto na importação de partes, peças e componentes destinados a reparo, revisão ou manutenção, nos termos do art. 172 do Decreto nº 4.543, de 2002, já é concedida para todos os tipos de embarcações ou aeronaves.

A alteração no órgão responsável pelo estabeleci-mento das normas de aprovação das tarifas portuárias, bem como a determinação de que os Presidentes dos Conselhos das Autoridades Portuárias passassem a ser indicados pelo Secretário Especial de Portos ou pelo Ministro dos Transportes, e não mais pela ANTAQ, proposta da Emenda de nº 10, implica na mudança das regras de regulação do setor de transportes, bem como retira competências da ANTAQ, alterações que, em nosso entendimento, devem ser melhor discutidas junto aos órgãos envolvidos.

A Emenda de nº 11, ao pretender regular hipó-teses de alienação de imóveis recebidos em doação da União, incluindo os programas de revitalização ou de renovação urbana das zonas portuárias, acaba por tratar de assunto diverso do escopo da Medida Pro-visória, que visa a instituir um programa nacional de dragagem portuária.

Rejeitamos, ainda, os aspectos relacionados à liberalização da aplicação da Lei nº 8.666/93 para os programas de revitalização ou de renovação urbana das zonas portuárias situadas em área declarada por lei municipal como de especial interesse turístico, por

entendermos ser uma medida que representa um pre-cedente perigoso no que se refere à seriedade e ao zelo com o patrimônio público.

No que concerne à regulação da transferência, da Companhia Docas para a União, dos imóveis situ-ados em Área de Especial Interesse da Região Por-tuária, para posterior doação da União para o estado ou município, entendemos tratar-se de uma política de governo, vinculada ao relacionamento da União com suas empresas controladas, onde qualquer tentativa de regulação por iniciativa do Legislativo, para não ser inconstitucional, deveria ter caráter meramente autorizativo.

Por fim, o Projeto De Lei de conversão anexo con-templa, além da Emenda de nº 1, alterações na redação dos §§ 5º e 6º do art. 2º da Medida Provisória, decorren-tes de acordo realizado em Plenário, modificando o pe-ríodo limite de prorrogação dos contratos de dragagem por resultado de cinco anos para um ano, como também estabelecendo que, em caso de contratação da draga-gem por forma diversa da prevista no artigo, deverão ser respeitadas as regras da Lei nº 8.666, de 1993, além de limitar a contratação conjunta em até três portos.

ConclusãoPor todo o exposto, votamos:

– pela admissibilidade da Medida Provi-sória nº 393, de 2007, encaminhada ao Con-gresso Nacional nos termos previstos pelo art. 2º, § 1º, da Resolução nº 1, de 2002-CN, por estarem indubitavelmente presentes os pres-supostos de relevância e urgência e por não se constatar qualquer conflito com as veda-ções temáticas estatuídas pelo art. 62, § 1º, da Constituição;

– pela constitucionalidade, juridicidade, boa técnica legislativa e adequação orçamen-tária e financeira da MP nº 393/07;

– no mérito, pela sua aprovação, com as alterações já referidas, nos termos do Projeto de Lei de Conversão anexo;

– pela admissibilidade, por cumprirem os requisitos de constitucionalidade, juridici-dade e adequação orçamentária e financeira, das Emendas de nos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11;

– no mérito, pela rejeição das Emendas de nos 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11, em virtude das razões anteriormente apresentadas;

– no mérito, pela aprovação, nos termos do Projeto de Lei de Conversão anexo, da Emenda de nº 1.

Sala das Sessões, 7 de novembro de 2007. – Deputado João Leão, Relator.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60349

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº , DE 2007

Institui o Programa Nacional de Dra-gagem Portuária e Hidroviária, e dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de

Dragagem Portuária e Hidroviária, a ser implantado pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e pelo Ministério dos Transportes, por intermédio do Departamento Nacional de Infra-Estru-tura de Transportes – DNIT, nas respectivas áreas de atuação.

§ 1º O Programa de que trata o caput abrange as obras e serviços de engenharia de dragagem do leito das vias aquaviárias, compreendendo a remoção do material sedimentar submerso e a escavação ou derrocamento do leito, com vistas à manutenção da profundidade dos portos em operação ou a sua am-pliação.

§ 2º Para fins desta Lei, considera-se:I – dragagem: obra ou serviço de engenharia que

consiste na limpeza, desobstrução, remoção, derro-camento ou escavação de material do fundo de rios, lagos, mares, baías e canais;

II – draga: equipamento especializado acoplado à embarcação ou à plataforma fixa, móvel ou flutuan-te, utilizado para execução de obras ou serviços de dragagem;

III – material dragado: material retirado ou deslo-cado dos leitos dos corpos d’água decorrente da ativi-dade de dragagem e transferido para local de despejo autorizado pelo órgão competente;

IV – empresa de dragagem: pessoa jurídica que tenha por objeto a realização de obra ou serviço de dragagem com a utilização ou não de embarcação;

Art. 2º A dragagem por resultado compreende a contratação de obras de engenharia destinadas ao aprofundamento, alargamento ou expansão de áreas portuárias e de hidrovias, inclusive canais de nave-gação, bacias de evolução e de fundeio, e berços de atracação, bem assim os serviços de natureza con-tínua com o objetivo de manter, pelo prazo fixado no edital, as condições de profundidade estabelecidas no projeto implantado.

§ 1º Na hipótese de ampliação ou implantação da área portuária de que trata o caput, é obrigatória a contratação conjunta dos serviços de dragagem de manutenção, a serem posteriormente prestados.

§ 2º As obras e serviços integrantes do Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária serão contratados na forma do caput.

§ 3º As obras ou serviços de dragagem por resul-tado poderão ser reunidas para até três portos, num mesmo contrato, quando essa medida for mais vanta-josa para a administração pública.

§ 4º Na contratação de dragagem por resultado é obrigatória a prestação de garantia pelo contratado, de acordo com as modalidades previstas no art. 56 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

§ 5º A duração dos contratos de dragagem por resultado será de até cinco anos, prorrogável, uma única vez, por período de até um ano, observadas as disposições da Lei nº 8.666, de 1993.

§ 6º A contratação de dragagem por forma di-versa da estabelecida neste artigo deverá ser previa e expressamente autorizada pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República ou pelo Ministério dos Transportes, nas respectivas áreas de atuação, respeitadas as disposições da Lei nº 8.666, de 1993.

Art. 3º Para a dragagem de que trata esta Lei po-derão ser contratadas empresas nacionais ou estran-geiras, por meio de licitação internacional, nos termos da Lei nº 8.666, de 1993.

Art. 4º Cabe à Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e ao Ministério dos Trans-portes estabelecer, nas respectivas áreas de atuação, as prioridades para dragagem de ampliação, fixar sua profundidade e demais condições, que devem constar do projeto básico da dragagem.

Art. 5º As embarcações destinadas à dragagem sujeitam-se às normas específicas de segurança da navegação estabelecidas pela Autoridade Marítima, não se submetendo ao disposto na Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997.

Art. 6º Os programas de investimento e de draga-gens, a estruturação da gestão ambiental dos portos, e a alocação dos recursos arrecadados por via tarifária das Companhias Docas e do DNIT serão submetidos à aprovação e fiscalização pela Secretaria Especial de Portos e do Ministério dos Transportes, nas respectivas áreas de atuação, com o objetivo de assegurar a eficá-cia da gestão econômica, financeira e ambiental.

Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 7 de novembro de 2007. – Depu-tado João Leão, Relator.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Re-lator não leu o art. 5º. O art. 5º foi suprimido?

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60350 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

O SR. JOÃO LEÃO (PP-BA. Sem revisão do orador.) – Li, sim, senhor. Foi lido. Então, eu leio no-vamente.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Não leu. Es-tou acompanhando aqui.

O SR. JOÃO LEÃO – Eu li o art. 5º e ia ler nova-mente. Na primeira vez, eu li o art. 5º...

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Desta vez não leu.

O SR. JOÃO LEÃO – Eu li. Mas não tem proble-ma nenhum. Vou ler o art. 5º para V.Exa.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Faça o fa-vor.

O SR. JOÃO LEÃO – Leio o que segue:“Art. 2º ...................................................§5º A duração dos contratos de draga-

gem”

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Não é esse. É o art. 5º da MP e não o § 5º do art. 2º.

O SR. JOÃO LEÃO – Eu li, mas vou ler nova-mente. Não custa nada. O que abunda não vicia, meu caro Deputado.

O SR. JOÃO LEÃO – Lerei o art. 5º:

“Art. 5º As embarcações destinadas à dragagem sujeitam-se às normas específicas de segurança da navegação estabelecidas pela Autoridade Marítima, não se submetendo ao disposto na Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997”.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Obrigado, Sr. Relator.

O SR. DUARTE NOGUEIRA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem para consultar o Relator.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ten-do em vista que foi feito esforço que resultou nesse acordo, com o trabalho de todos os representantes partidários envolvidos, e que procuramos zelar pela redação, fiquei com certa dúvida quando o Relator leu o §3º, principalmente no que diz respeito à parte em que foi feita a alteração, em que indica apenas 3 portos. O texto que acordamos foi o seguinte: “pode-rão ser reunidas em até 3 portos”. Não ouvi o Relator ler a palavra “em”.

O SR. JOÃO LEÃO (PP-BA. Sem revisão do ora-dor.) – A Assessoria me disse que a legislação obriga que, em vez da palavra “em”, devemos usar “para até 3 portos”.

Na minha ótica, “em” e “para” são a mesma coi-sa. Mas os assessores dizem que a legislação exige o emprego da expressão “para”.

O SR. DUARTE NOGUEIRA – O Relator foi ex-tremamente zeloso, e a única divergência neste texto que estamos acompanhando foi essa. Mas concorda-mos, até para a Assessoria...

O SR. JOÃO LEÃO – Se V.Exa. não concordas-se, eu usaria “em para”.

O SR. DUARTE NOGUEIRA – Mas concordo.O SR. ROBERTO MAGALHÃES – Sr. Presidente,

peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. ROBERTO MAGALHÃES (DEM-PE. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Relator, conferi uma a uma as modificações no texto, durante a sua leitura. Todas estão o.k. V.Exa. foi fiel. Apenas quero pedir desculpas, por mim e talvez por outros compa-nheiros da Comissão, por não termos concordado com a proposta de incluir 4 portos. Assim, a Bahia, que tem 4 portos, só vai poder reunir 3.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – O Sr. Relator concluiu a leitura do seu parecer, os escla-recimentos foram dados – aliás, todos têm cópia do texto. Portanto, vamos concluir a discussão e passar à votação da matéria.

Cumprimento o Deputado João Leão por ter con-duzido as negociações para a realização de acordo tão complexo.

O SR. JOÃO LEÃO – Agradeço a V.Exa., que me chamou à sua casa, hoje pela manhã, para discu-tirmos esta matéria.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Esses são segredos da Câmara dos Deputados.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o acordo dispensa a continuidade da discussão, porque serão retirados os DVS para votarmos o texto integral do Relator.

O SR. JOÃO LEÃO – O Presidente da Câmara dos Deputados teve participação efetiva na aprecia-ção desta matéria.

O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60351

O SR. MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT-RJ. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, se V.Exa. pudesse silenciar o Relator um pouco...

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Vamos silenciá-lo. O método será aquele utilizado pelo Depu-tado Inocêncio Oliveira. Está claro o recado?

O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, acho que só deve discutir a matéria quem for contrário a ela.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Só faltam 2 oradores inscritos.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-sulto os oradores inscritos para falar a favor e contra-riamente à matéria, dado que há acordo, apesar de faltar apenas 1 para cada posicionamento, sobre se podemos passar diretamente à votação da matéria. Podemos?

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Podemos, Sr. Presidente.

O SR. DUARTE NOGUEIRA – Podemos, Sr. Presidente.

O SR. ROBERTO MAGALHÃES – O Democratas concorda, Sr. Presidente.

O SR. DR. UBIALI – Sr. Presidente, peço a pa-lavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. DR. UBIALI (Bloco/PSB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, como me ma-nifestei a favor da matéria, quero fazer um registro.

A retirada do licenciamento ambiental pelo DNIT foi um retrocesso. Quero deixar isso registrado porque seria um avanço e daria agilidade ao processo.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – DE-CLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO. Fica prejudicado o seguinte requerimento:

“Senhor Presidente, requeremos, nos termos dos artigos 117, inciso XI, da Câmara dos Deputados, o encerramento da discussão da Medida Provisória nº 393, de 2007.

Sala das Sessões,Colbert Martins, Vice-Líder do Bloco

PMDB/PSC/PTC; Luiz Sérgio, Líder do PT; Benedito de Lira, 1º Vice-Líder do PP; Lincoln Portela, Vice-Líder do PR”.

Passa-se à votação da matéria.O SR. ROBERTO MAGALHÃES – Sr. Presidente,

peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. ROBERTO MAGALHÃES (DEM-PE. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Democratas concorda com a votação de imediato e,

por isso, retira todos os destaques encaminhados à Mesa.

O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT-RJ. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, V.Exa. tem de conceder a palavra aos Líderes para a orien-tação das bancadas.

O SR. LEONARDO VILELA – Sr. Presidente, o PSDB concorda. O acordo foi feito.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Vou fazer uma pergunta que ajuda a todos nós.

Acho que está sendo entendido por todos, por mim também, que não haverá encaminhamento de votação. Vamos passar diretamente para a orientação de bancadas? É isso?

O SR. MIRO TEIXEIRA – É isso.O SR. LEONARDO VILELA – Sr. Presidente,

peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. LEONARDO VILELA (PSDB-GO. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, aca-tamos a proposta de supressão do encaminhamento da votação e retiramos os destaques do PSDB.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – O PSDB retira o seguinte requerimento:

“Senhor Presidente, requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art .193, § 3º, com-binado com o art. 117, X, do Regimento Inter-no da Câmara dos Deputados, o adiamento da votação por 2 (duas) sessões da medida Provisória nº 393, de 2007.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007.

Leonardo Vilela, 1º Vice-Líder do PSDB”.

O PSDB retira, também, os destaques:“Senhor Presidente, requeiro, nos termos

do art. 161, II, e § 2º, combinado com o art. 117, IX do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em sepa-rado da Emenda nº 01, oferecida à Medida Provisória nº 393, de 2007.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007.

Antônio Carlos Pannunzio, Líder do PSDB; Antônio Carlos Mendes Thame, PSDB”.

“Senhor Presidente, requeiro, nos termos do art. 161, II, e § 2º, combinado com o art. 117, IX do Regimento Interno da Câmara dos

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60352 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Deputados, destaque para votação em sepa-rado da Emenda nº 06, oferecida à Medida Provisória nº 393, de 2007.

Sala das Sessões, 6 de novembro de 2007.

Antônio Carlos Pannunzio, Líder do PSDB”.

“Senhor Presidente, requeiro, nos termos do art. 161, II, e § 2º, combinado com o art. 117, IX do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em sepa-rado da Emenda nº 08, oferecida à Medida Provisória nº 393, de 2007.

Sala das Sessões, 06 de novembro de 2007.

Antônio Carlos Pannunzio, Líder do PSDB”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação o parecer do Relator, quanto à sua admissi-bilidade.

Como vota o Bloco Parlamentar PSB/PDT/PCdoB/PMN/PHS/PRB?

O SR. MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, vota “sim”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o PSDB?

O SR. LEONARDO VILELA (PSDB-GO. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, somos contrários à admissibilidade da medida provisória, pela falta, na nossa concepção, dos preceitos de urgência, relevância e imprevisibilidade.

Vamos garantir o acordo, mas votaremos contra-riamente à admissibilidade da matéria.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o PP?

O SR. VILSON COVATTI (PP-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Partido Progressista registra o esforço de V.Exa., dos Líderes e principalmente do nosso Relator, Deputado João Leão.

Estamos orgulhosos do trabalho de S.Exa., que passou a noite dedicado ao assunto e hoje foi o pri-meiro a chegar ao Parlamento para se reunir conosco e esclarecer todos os fatos.

Votamos “sim”, pela admissibilidade.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como

vota o PTB?O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB-SP. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, pelo acordo, votamos “sim”.

Sr. Presidente, queremos ressaltar a articulação que V.Exa. e o Deputado José Múcio Monteiro fizeram com o Relator, Deputado João Leão, para chegarmos

ao acordo e aprovarmos esta matéria, relativa a um plano de dragagem.

Ficamos preocupado com todas as dragagens, mas, pelo acordo, votamos “sim”.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, parabenizo especialmente V.Exa., que fez com que um leão con-victo, no seu primeiro parecer, ficasse mais manso, no bom sentido da palavra. Quem sabe isso não se deveu à tapioca no café da manhã, que causou inveja a todos nós?

Na verdade, o Deputado João Leão, desde on-tem, tem discutido conosco e ouvido as nossas ponde-rações. Tenho convicção de que o projeto ficou muito bom, porque na área de dragagem há muita corrupção. A medição é sempre um mistério.

O projeto significa avanço. Do ponto de vista da metodologia, devemos ter sempre muito cuidado com projetos de lei de conversão. Medida provisória, infeliz-mente, tem a digital do Executivo. Ou se rejeita a medida provisória, ou se faz outra emenda. Modificá-las, jogar nelas a nossa justa ânsia de legislar, não tem sido o melhor caminho. Vivemos essa dialética.

Parabenizo o Relator e todos os que se empe-nharam em fazer um bom texto.

O nosso voto é “sim”.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como

vota o PPS?O SR. MOREIRA MENDES (PPS-RO. Pela or-

dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, inicial-mente, o PPS elogia o trabalho do ilustre Relator, a consideração que teve em fazer as modificações que atenderam a vários posicionamentos.

Quanto à admissibilidade, o PPS tem marcado posição contrária, entendendo que a matéria deveria ser apresentada na forma de projeto de lei. Embora no mérito seja louvável o projeto, e vamos acompanhá-lo, quanto à sua admissibilidade o PPS é contrário.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o PV?

O SR. ROBERTO SANTIAGO (PV-SP. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Par-tido Verde parabeniza V.Exa. e o Relator pelo trabalho executado, inclusive atendendo reivindicações.

Deixo registrado que, em futuras apreciações de medidas provisórias, outros órgãos que não sejam IBAMA e Ministério do Meio Ambiente devem fazer o controle do meio ambiente.

O PV vota “sim”.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como

vota o PR?O SR. MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR-AL.

Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presiden-

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60353

te, o PR também gostaria de parabenizar o Relator, Deputado João Leão, o Colégio de Líderes e V.Exa., por ter ajudado a conduzir o acordo.

O PR obviamente votará “sim”, pela admissibilida-de da matéria, pela relevância e pela urgência dos in-vestimentos na infra-estrutura dos portos brasileiros.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o Democratas?

O SR. ROBERTO MAGALHÃES (DEM-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o De-mocratas fez amplo acordo, discutido hoje com cordia-lidade e com a vontade comum de todos os presentes de chegar ao entendimento.

Por isso, o Democratas libera a bancada para votar a admissibilidade da medida provisória.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o PT?

O SR. VICENTINHO (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, parabenizo o Deputado João Leão. S.Exa. foi um leão muito esperto e conseguiu resolver a questão, sobretudo sob 2 as-pectos: deu solução a problema efetivo do desenvol-vimento e garantiu transparência e boa fiscalização. Parabéns!

Somos favoráveis.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como

vota o Bloco Parlamentar PMDB/PSC/PTC?O SR. MARCELO ITAGIBA (Bloco/PMDB-RJ.

Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, parabenizo V.Exas. pelo acordo realizado.

Tendo em vista o acordo, votamos “sim”, pela ad-missibilidade, e recomendamos que haja mais cafés da manhã, para que possamos votar mais e melhor nesta Casa.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota a Minoria?

O SR. PAULO ABI-ACKEL (PSDB-MG. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Li-derança da Minoria libera a bancada.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o Governo?

O SR. JOSÉ MÚCIO MONTEIRO (PTB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Governo vota “sim”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação o parecer do Relator, na parte em que ma-nifesta opinião favorável quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgên-cia e de sua adequação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

APROVADO. O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT-RJ. Pela or-

dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é preciso registrar no painel eletrônico o voto “sim” do Bloco.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação o projeto de lei de conversão oferecido pelo Relator da Comissão Mista.

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 37 , DE 2007

Institui o Programa Nacional de Dra-gagem Portuária e Hidroviária, e dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de

Dragagem Portuária e Hidroviária, a ser implantado pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e pelo Ministério dos Transportes, por intermédio do Departamento Nacional de Infra-Estru-tura de Transportes – DNIT, nas respectivas áreas de atuação.

§ 1º O Programa de que trata o caput abrange as obras e serviços de engenharia de dragagem do leito das vias aquaviárias, compreendendo a remoção do material sedimentar submerso e a escavação ou derrocamento do leito, com vistas à manutenção da profundidade dos portos em operação ou a sua am-pliação.

§ 2º Para fins desta Lei, considera-se:I – dragagem: obra ou serviço de engenharia que

consiste na limpeza, desobstrução, remoção, derro-camento ou escavação de material do fundo de rios, lagos, mares, baías e canais;

II – draga: equipamento especializado acoplado à embarcação ou à plataforma fixa, móvel ou flutuan-te, utilizado para execução de obras ou serviços de dragagem;

III – material dragado: material retirado ou deslo-cado dos leitos dos corpos d’água decorrente da ativi-dade de dragagem e transferido para local de despejo autorizado pelo órgão competente;

IV – empresa de dragagem: pessoa jurídica que tenha por objeto a realização de obra ou serviço de dragagem com a utilização ou não de embarcação;

Art. 2º A dragagem por resultado compreende a contratação de obras de engenharia destinadas ao

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60354 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

aprofundamento, alargamento ou expansão de áreas portuárias e de hidrovias, inclusive canais de nave-gação, bacias de evolução e de fundeio, e berços de atracação, bem assim os serviços de natureza con-tínua com o objetivo de manter, pelo prazo fixado no edital, as condições de profundidade estabelecidas no projeto implantado.

§ 1º Na hipótese de ampliação ou implantação da área portuária de que trata o caput, é obrigatória a contratação conjunta dos serviços de dragagem de manutenção, a serem posteriormente prestados.

§ 2º As obras e serviços integrantes do Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária serão contratados na forma do caput.

§ 3º As obras ou serviços de dragagem por resul-tado poderão ser reunidas para até três portos, num mesmo contrato, quando essa medida for mais vanta-josa para a administração pública.

§ 4º Na contratação de dragagem por resultado é obrigatória a prestação de garantia pelo contratado, de acordo com as modalidades previstas no art. 56 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

§ 5º A duração dos contratos de dragagem por resultado será de até cinco anos, prorrogável, uma única vez, por período de até um ano, observadas as disposições da Lei nº 8.666, de 1993.

§ 6º A contratação de dragagem por forma di-versa da estabelecida neste artigo deverá ser previa e expressamente autorizada pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República ou pelo Ministério dos Transportes, nas respectivas áreas de atuação, respeitadas as disposições da Lei nº 8.666, de 1993.

Art. 3º Para a dragagem de que trata esta Lei po-derão ser contratadas empresas nacionais ou estran-geiras, por meio de licitação internacional, nos termos da Lei nº 8.666, de 1993.

Art. 4º Cabe à Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e ao Ministério dos Trans-portes estabelecer, nas respectivas áreas de atuação, as prioridades para dragagem de ampliação, fixar sua profundidade e demais condições, que devem constar do projeto básico da dragagem.

Art. 5º As embarcações destinadas à dragagem sujeitam-se às normas específicas de segurança da navegação estabelecidas pela autoridade marítima, não se submetendo ao disposto na Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997.

Art. 6º Os programas de investimento e de draga-gens, a estruturação da gestão ambiental dos portos, e a alocação dos recursos arrecadados por via tarifária das Companhias Docas e do DNIT serão submetidos à aprovação e fiscalização pela Secretaria Especial de Portos e do Ministério dos Transportes, nas respectivas

áreas de atuação, com o objetivo de assegurar a eficá-cia da gestão econômica, financeira e ambiental.

Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 7 de novembro de 2007. – Deputado João Leão, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

Aprovado.Aprovada a Medida Provisória nº 393, na forma do

projeto de lei de conversão apresentado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Há

sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte:

REDAÇÃO FINAL:

REDAÇÃO FINAL MEDIDA PROVISÓRIA Nº 393-B, DE 2007

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 37 DE 2007

Institui o Programa Nacional de Dra-gagem Portuária e Hidroviária, e dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de

Dragagem Portuária e Hidroviária, a ser implantado pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e pelo Ministério dos Transportes, por intermédio do Departamento Nacional de Infra-Estru-tura de Transportes – DNIT, nas respectivas áreas de atuação.

§ 1º O Programa de que trata o caput deste ar-tigo abrange as obras e serviços de engenharia de dragagem do leito das vias aquaviárias, compreen-dendo a remoção do material sedimentar submerso e a escavação ou derrocamento do leito, com vistas na manutenção da profundidade dos portos em operação ou na sua ampliação.

§ 2º Para fins desta Lei, considera-se:I – dragagem: obra ou serviço de engenharia que

consiste na limpeza, desobstrução, remoção, derro-camento ou escavação de material do fundo de rios, lagos, mares, baías e canais;

II – draga: equipamento especializado acoplado à embarcação ou à plataforma fixa, móvel ou flutuan-te, utilizado para execução de obras ou serviços de dragagem;

III – material dragado: material retirado ou des-locado do leito dos corpos d’água decorrente da ativi-dade de dragagem e transferido para local de despejo autorizado pelo órgão competente;

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60355

IV – empresa de dragagem: pessoa jurídica que tenha por objeto a realização de obra ou serviço de dragagem com a utilização ou não de embarcação.

Art. 2º A dragagem por resultado compreende a contratação de obras de engenharia destinadas ao aprofundamento, alargamento ou expansão de áreas portuárias e de hidrovias, inclusive canais de nave-gação, bacias de evolução e de fundeio e berços de atracação, bem como os serviços de natureza contínua com o objetivo de manter, pelo prazo fixado no edital, as condições de profundidade estabelecidas no pro-jeto implantado.

§ 1º Na hipótese de ampliação ou implantação da área portuária de que trata o caput deste artigo, é obrigatória a contratação conjunta dos serviços de dragagem de manutenção, a serem posteriormente prestados.

§ 2º As obras e serviços integrantes do Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária serão contratados na forma do caput deste artigo.

§ 3º As obras ou serviços de dragagem por re-sultado poderão ser reunidas para até 3 (três) portos, num mesmo contrato, quando essa medida for mais vantajosa para a administração pública.

§ 4º Na contratação de dragagem por resultado, é obrigatória a prestação de garantia pelo contratado, de acordo com as modalidades previstas no art. 56 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

§ 5º A duração dos contratos de dragagem por resultado será de até 5 (cinco) anos, prorrogável uma única vez por período de até 1 (um) ano, observadas as disposições da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

§ 6º A contratação de dragagem por forma di-versa da estabelecida neste artigo deverá ser prévia e expressamente autorizada pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República ou pelo Minis-tério dos Transportes, nas respectivas áreas de atu-ação, respeitadas as disposições da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

Art. 3º Para a dragagem de que trata esta Lei, poderão ser contratadas empresas nacionais ou estran-geiras, por meio de licitação internacional, nos termos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

Art. 4º Cabe à Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e ao Ministério dos Transpor-tes estabelecer, nas respectivas áreas de atuação, as prioridades para dragagem de ampliação e fixar sua profundidade e demais condições, que devem constar do projeto básico da dragagem.

Art. 5º As embarcações destinadas à dragagem sujeitam-se às normas específicas de segurança da

navegação estabelecidas pela Autoridade Marítima, não se submetendo ao disposto na Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997.

Art. 6º Os programas de investimento e de draga-gens, a estruturação da gestão ambiental dos portos e a alocação dos recursos arrecadados por via tarifária das Companhias Docas e do DNIT serão submetidos à aprovação e fiscalização pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e pelo Ministério dos Transportes, nas respectivas áreas de atuação, com o objetivo de assegurar a eficácia da gestão eco-nômica, financeira e ambiental.

Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 8 de novembro de 2007. – Deputado João Leão, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

Aprovada.A matéria vai ao Senado Federal, incluindo o

processado.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – O

acordo, que todos saudamos, foi o de que votaríamos esta medida provisória hoje. Quanto às outras, ainda não há segurança por parte do Plenário. Em função disso, do ponto de vista das deliberações, encerrare-mos agora.

Antes de encerrar a sessão e anunciar os tra-balhos do dia de hoje, informo ao Plenário que será convocada sessão deliberativa para a próxima segun-da-feira, às 18h, porque muitos Parlamentares têm compromissos. É justo que façamos essa adequação, até porque sessão deliberativa às segundas-feiras só ocorre excepcionalmente.

VI – ENCERRAMENTO

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão, lem-brando que hoje, quinta-feira, dia 8, às 12h, haverá sessão conjunta do Congresso Nacional, no plenário do Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – COM-PARECEM MAIS À SESSÃO OS SRS.:

RORAIMA

Maria Helena PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTotal de Roraima: 1

AMAPÁ

Dalva Figueiredo PT Janete Capiberibe PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTotal de Amapá: 2

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60356 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

PARÁ

Nilson Pinto PSDB Paulo Rocha PT Zenaldo Coutinho PSDB Zequinha Marinho PMDB PmdbPscPtcTotal de Pará: 4

RONDÔNIA

Anselmo de Jesus PT Eduardo Valverde PT Mauro Nazif PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbMoreira Mendes PPS Natan Donadon PMDB PmdbPscPtcTotal de Rondônia: 5

TOCANTINS

Eduardo Gomes PSDB João Oliveira DEM Vicentinho Alves PR Total de Tocantins: 3

MARANHÃO

Cleber Verde PRB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbNice Lobão DEM Pedro Novais PMDB PmdbPscPtcTotal de Maranhão: 3

CEARÁ

Arnon Bezerra PTB Ciro Gomes PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbEugênio Rabelo PP Paulo Henrique Lustosa PMDB PmdbPscPtcVicente Arruda PR Total de Ceará: 5

PIAUÍ

Marcelo Castro PMDB PmdbPscPtcMussa Demes DEM Paes Landim PTB Total de Piauí: 3

RIO GRANDE DO NORTE

Fábio Faria PMN PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTotal de Rio Grande do Norte: 1

PARAÍBA

Damião Feliciano PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbEfraim Filho DEM Manoel Junior PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbWalter Brito Neto PRB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbWellington Roberto PR Wilson Santiago PMDB PmdbPscPtcTotal de Paraíba 6

PERNAMBUCO

Bruno Rodrigues PSDB Eduardo da Fonte PP José Múcio Monteiro PTB Paulo Rubem Santiago PT Raul Henry PMDB PmdbPscPtcTotal de Pernambuco: 5

ALAGOAS

Augusto Farias PTB Cristiano Matheus PMDB PmdbPscPtcMaurício Quintella Lessa PR Olavo Calheiros PMDB PmdbPscPtcTotal de Alagoas: 4

BAHIA

Daniel Almeida PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbFélix Mendonça DEM João Leão PP Jorge Khoury DEM José Carlos Aleluia DEM Lídice da Mata PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbLuiz Bassuma PT Marcelo Guimarães Filho PMDB PmdbPscPtcTotal de Bahia: 8

MINAS GERAIS

Antônio Andrade PMDB PmdbPscPtcCarlos Willian PTC PmdbPscPtcEdmar Moreira DEM Fábio Ramalho PV Fernando Diniz PMDB PmdbPscPtcGeorge Hilton PP Humberto Souto PPS Jaime Martins PR João Magalhães PMDB PmdbPscPtcJosé Santana de Vasconcellos PR Maria do Carmo Lara PT Mauro Lopes PMDB PmdbPscPtcMiguel Martini PHS PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbNarcio Rodrigues PSDB Paulo Abi-Ackel PSDB Paulo Piau PMDB PmdbPscPtcRafael Guerra PSDB Reginaldo Lopes PT Virgílio Guimarães PT Total de Minas Gerais: 19

RIO DE JANEIRO

Andreia Zito PSDB Filipe Pereira PSC PmdbPscPtcLéo Vivas PRB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbLeonardo Picciani PMDB PmdbPscPtc

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60357

Luiz Sérgio PT Miro Teixeira PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbPastor Manoel Ferreira PTB Vinicius Carvalho PTdoB Total de Rio de Janeiro: 8

SÃO PAULO

Aldo Rebelo PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbAntonio Carlos Mendes Thame PSDB Arlindo Chinaglia PT Arnaldo Jardim PPS Carlos Sampaio PSDB Cláudio Magrão PPS Fernando Chucre PSDB Francisco Rossi PMDB PmdbPscPtcJoão Dado PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbJosé Mentor PT José Paulo Tóffano PV Julio Semeghini PSDB Marcelo Ortiz PV Márcio França PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbMichel Temer PMDB PmdbPscPtcMilton Monti PR Nelson Marquezelli PTB Ricardo Izar PTB Roberto Santiago PV Silvinho Peccioli DEM Vadão Gomes PP Vanderlei Macris PSDB Total de São Paulo: 22

MATO GROSSO

Pedro Henry PP Wellington Fagundes PR Total de Mato Grosso: 2

DISTRITO FEDERAL

Augusto Carvalho PPS Laerte Bessa PMDB PmdbPscPtcOsório Adriano DEM Rodovalho DEM Tadeu Filippelli PMDB PmdbPscPtcTotal de Distrito Federal: 5

GOIÁS

Jovair Arantes PTB Leandro Vilela PMDB PmdbPscPtcLeonardo Vilela PSDB Total de Goiás: 3

MATO GROSSO DO SUL

Waldemir Moka PMDB PmdbPscPtcTotal de Mato Grosso do Sul: 1

PARANÁ

Angelo Vanhoni PT Assis do Couto PT Eduardo Sciarra DEM Giacobo PR Hermes Parcianello PMDB PmdbPscPtcRocha Loures PMDB PmdbPscPtcTotal de Paraná: 6

SANTA CATARINA

Gervásio Silva PSDB João Matos PMDB PmdbPscPtcTotal de Santa Catarina: 2

RIO GRANDE DO SUL

Darcísio Perondi PMDB PmdbPscPtcHenrique Fontana PT Maria do Rosário PT Pepe Vargas PT Pompeo de Mattos PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTotal de Rio Grande do Sul: 5

DEIXAM DE COMPARECER À SESSÃO OS SRS:

RORAIMA

Luciano Castro PR Urzeni Rocha PSDB Total de Roraima: 2

AMAPÁ

Fátima Pelaes PMDB PmdbPscPtcLucenira Pimentel PR Sebastião Bala Rocha PDT PsbPdtPCdoBPmnPhs-PrbTotal de Amapá: 3

PARÁ

Jader Barbalho PMDB PmdbPscPtcLira Maia DEM Vic Pires Franco DEM Zé Geraldo PT Total de Pará: 4

AMAZONAS

Carlos Souza PP Praciano PT Sabino Castelo Branco PTB Vanessa Grazziotin PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhs-PrbTotal de Amazonas: 4

RONDÔNIA

Ernandes Amorim PTB Lindomar Garçon PV Total de Rondônia: 2

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60358 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

ACRE

Fernando Melo PT Gladson Cameli PP Henrique Afonso PT Ilderlei Cordeiro PPS Perpétua Almeida PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbSergio Petecão PMN PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTotal de Acre 6

TOCANTINS

Laurez Moreira PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTotal de Tocantins: 1

MARANHÃO

Carlos Brandão PSDB Davi Alves Silva Júnior PDT PsbPdtPCdoBPmnPhs-PrbDomingos Dutra PT Gastão Vieira PMDB PmdbPscPtcRibamar Alves PSB PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbSebastião Madeira PSDB Total de Maranhão: 6

CEARÁ

Zé Gerardo PMDB PmdbPscPtcTotal de Ceará: 1

RIO GRANDE DO NORTE

Henrique Eduardo Alves PMDB PmdbPscPtcTotal de Rio Grande Do Norte 1

PARAÍBA

Vital do Rêgo Filho PMDB PmdbPscPtcTotal de Paraíba 1

PERNAMBUCO

Armando Monteiro PTB Carlos Wilson PT Edgar Moury PMDB PmdbPscPtcTotal de Pernambuco: 3

SERGIPE

José Carlos Machado DEM Total de Sergipe: 1

BAHIA

Edson Duarte PV Fernando de Fabinho DEM João Carlos Bacelar PR Jusmari Oliveira PR Severiano Alves PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbTotal de Bahia: 5

MINAS GERAIS

Antônio Roberto PV Bilac Pinto PR Bonifácio de Andrada PSDB Maria Lúcia Cardoso PMDB PmdbPscPtcSaraiva Felipe PMDB PmdbPscPtcTotal de Minas Gerais 5

ESPÍRITO SANTO

Camilo Cola PMDB PmdbPscPtcIriny Lopes PT Luiz Paulo Vellozo Lucas PSDB Neucimar Fraga PR Rose de Freitas PMDB PmdbPscPtcTotal de Espírito Santo: 5

RIO DE JANEIRO

Ayrton Xerez DEM Bernardo Ariston PMDB PmdbPscPtcEdmilson Valentim PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPhs-PrbEdson Ezequiel PMDB PmdbPscPtcFelipe Bornier PHS PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbLeandro Sampaio PPS Otavio Leite PSDB Rodrigo Maia DEM Solange Amaral DEM Total de Rio de Janeiro: 9

SÃO PAULO

Antonio Carlos Pannunzio PSDB Celso Russomanno PP Clodovil Hernandes PR Devanir Ribeiro PT Dr. Pinotti DEM Jilmar Tatto PT João Paulo Cunha PT Paulo Maluf PP Ricardo Berzoini PT Total de São Paulo: 9

GOIÁS

Sandro Mabel PR Total de Goiás: 1

PARANÁ

Abelardo Lupion DEM Airton Roveda PR Alex Canziani PTB Andre Vargas PT Cezar Silvestri PPS Dr. Rosinha PT Max Rosenmann PMDB PmdbPscPtcOsmar Serraglio PMDB PmdbPscPtcTotal de Paraná: 8

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60359

SANTA CATARINA

Celso Maldaner PMDB PmdbPscPtcEdinho Bez PMDB PmdbPscPtcJoão Pizzolatti PP Nelson Goetten PR Vignatti PT Total de Santa Catarina: 5

RIO GRANDE DO SUL

Claudio Diaz PSDB Enio Bacci PDT PsbPdtPCdoBPmnPhsPrbGermano Bonow DEM Ibsen Pinheiro PMDB PmdbPscPtcJosé Otávio Germano PP Luiz Carlos Busato PTB Total de Rio Grande do Sul: 6

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Encer-ro a sessão, convocando para hoje, quinta-feira, dia 8, às 14h, a seguinte

ORDEM DO DIA

DEBATES

E

TRABALHO DE COMISSÕES

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS

I – EMENDAS

2. PROJETO DE RESOLUÇÃO QUE ALTERA O RICD

Prazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Art. 216, § 1º, do RICD).

Nº 94/07 (Miro Teixeira) – Acrescenta o inciso XX-A ao art. 32 do Regimento Interno, criando a Comissão Permanente do Nordeste e Desenvolvimento Local.ÚLTIMA SESSÃO: 8/11/2007

II – RECURSOS

1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE COMISSÃO – ART. 24, II, DO RICD

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS),

ou com o art. 133 (PARECERES CONTRÁRIOS), to-dos do RICD.

Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD).

1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 267/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que au-toriza a Associação Comunitária Cultural Filadélfia-AC-CFI a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Tucuruí, Estado Estado do Pará.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 278/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que re-nova a concessão outorgada à Rádio e TV Difusora do Maranhão Ltda para explorar serviço de radiodifusão de sons e imagens, no município de São Luís , Esta-do do Maranhão.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 309/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Baionense de Rádio Difusão Comunitária-ABARCO a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio-difusão comunitária no município de Baião, Estado Estado do Pará.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 354/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática) – Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio Cidade de Sumé Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, no município de Sumé, Estado da Paraíba.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 355/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que ou-torga permissão à Rádio Santiago FM Ltda. para ex-plorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Laranjeiras do Sul, Estado do Paraná.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 363/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que au-toriza a Associação de Radiodifusão Comunitária para o Desenvolvimento de Santana dos Garrotes – PB a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclu-

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60360 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

sividade, serviço de radiodifusão comunitária no muni-cípio de Santana dos Garrotes, Estado da Paraíba.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

PROJETO DE LEI

Nº 2334/2003 (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABA-LHO) – Dispõe sobre a criação de cargos de provimento efetivo e funções comissionadas no Quadro Perma-nente de Pessoal do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região e dá outras providências.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 5800/2005 (Manoel Salviano) – Altera a Medida Provisória nº 2.134-31, de 21 de junho de 2001, que altera a Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, que define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.ÚLTIMA SESSÃO: 8/11/2007

Nº 5971/2005 (Senado Federal – Iris de Araújo) – Altera o art. 36 da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do co-mércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêu-ticos e correlatos, para proibir a captação de receitas contendo prescrições magistrais e oficinais por outros estabelecimentos de comércio de medicamentos que não as farmácias e vedar a intermediação de outros estabelecimentos.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 12/11/2007

Nº 7258/2006 (Celso Russomanno) – Altera a Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, que “dispõe so-bre o Código Brasileiro de Aeronáutica”, para definir a abrangência da franquia de bagagem.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 7299/2006 (Beto Albuquerque) – Inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que dis-põe sobre o Plano Nacional de Viação, o trecho rodo-viário que menciona.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 742/2007 (Elismar Prado) – Inclui, no art. 105 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, novo inciso que torna obrigatória a aplicação de tinta fosforescente nas portas de saída de emergência nos veículos de transporte de passageiros.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 913/2007 (Carlos Alberto Leréia) – Dá nova re-dação ao art. 585 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que institui o Código de Processo Civil.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 1399/2007 (Juvenil Alves) – Altera dispositivo da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que institui o Código de Processo Civil.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

1.2 COM PARECERES CONTRÁRIOS

PROJETO DE LEI

Nº 315/2007 (Izalci) – Proíbe a comercialização de produtos destinados a crianças sem o selo do Institu-to Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro, e dá outras providências.ÚLTIMA SESSÃO: 8/11/2007

2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMISSÃO – ART. 54 DO RICD

C/C ART. 132, § 2º DO RICD

(MATÉRIAS SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁ-RIO EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOS TERMOS DO ART.144 DO RICD)

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – PEC: art. 202, § 1º do RICD.

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPO-SIÇÕES: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, §2º, do RICD.

Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD).

2.2 PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E/OU ORÇAMENTÁRIA

PROJETO DE LEI

Nº 5607/2005 (Carlos Alberto Leréia) – Altera a Lei nº 9.496, de 11 de setembro de 1997, para autorizar a amortização de até cinco por cento do valor refinancia-do pelos Estados e pelo Distrito Federal junto à União, conforme os critérios e os limites anuais definidos pelo Ministério da Fazenda, mediante a execução de des-pesas de capital em universidades estaduais.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

Nº 349/2006 (Vander Loubet) – Cria o Sistema Na-cional de Rastreamento Animal – SINARA, estabelece

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60361

norma relativa à rotulagem da carne e dos produtos à base de carne e determina outras providências.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

3. CONTRA DECLARAÇÃO DE PREJUDICIALIDADE – ART. 164, § 1º, DO RICD

(SUJEITO A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO, APÓS OUVIDA A CCJC, NOS TERMOS DO ART. 164, §§ 2º e 3º DO RICD)

Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (Art. 164, § 2º, do RICD).

PROJETO DE LEI

Nº 3613/2000 (Ricardo Izar) – Dispõe sobre a venda fracionada de medicamentos nas farmácias.ÚLTIMA SESSÃO: 8/11/2007

Nº 5909/2001 (Senado Federal – ERNANDES AMO-RIM) – Acrescenta parágrafo ao art. 11 da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, que “dispõe sobre a vi-gilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamen-tos, as drogas, os insumos farmacêuticas e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências”, para determinar que medicamentos em determinadas apresentações sejam vendidos à granel, na quantidade indicada na prescrição.ÚLTIMA SESSÃO: 8/11/2007

Nº 1761/2003 (Coronel Alves) – Estabelece a obri-gatoriedade das farmácias, drogarias e congêneres a venderem comprimidos e pílulas por unidade e dá outras providências.ÚLTIMA SESSÃO: 8/11/2007

Nº 2073/2003 (Carlos Nader) – “Adiciona-se o art. 83-A, à Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, e dá outras providências”. E seus apensados.ÚLTIMA SESSÃO: 8/11/2007

Nº 2728/2003 (Carlos Eduardo Cadoca) – Dispõe sobre a venda fracionada de medicamentos. E seus apensados.ÚLTIMA SESSÃO: 8/11/2007

Nº 2935/2004 (Vieira Reis) – Dispõe sobre a obriga-toriedade da venda de medicamentos a granel no co-mércio varejista. E seus apensados.ÚLTIMA SESSÃO: 8/11/2007

Nº 3323/2004 (Alexandre Cardoso) – Dispõe sobre a obrigação de a indústria farmacêutica produzir medi-camentos em embalagens individualizadas para aten-

der às prescrições de medicamentos que especifica. E seus apensados.ÚLTIMA SESSÃO: 8/11/2007

Nº 4693/2004 (Zequinha Marinho) – Dispõe sobre a construção de eclusas simultaneamente à implantação de barragens em rios navegáveis.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 6110/2005 (Reinaldo Betão) – Torna obrigatória a construção de eclusas em usinas hidrelétricas que venham a interromper, com suas barragens, o tráfego normal de hidrovias. E seus apensados.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 803/2007 (Vicentinho Alves) – Estabelece a obri-gatoriedade de construção de eclusas e escadas para peixes nas implantações de usinas e barragens de cursos de água. E seus apensados.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 1340/2007 (Senado Federal – Paulo Octávio) – Dispõe sobre a obrigatoriedade de inclusão, nas cédulas brasileiras, de elemento que possibilite a sua identificação por pessoas com deficiência visual.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 12/11/2007

Nº 2083/2007 (Celso Russomanno) – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, para dispor sobre a notificação do condutor acerca da necessidade de renovação da Carteira Nacional de Habilitação.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

PROJETO DE RESOLUÇÃO (CD)

Nº 58/2007 (Angela Portela) – Institui Grupo de Tra-balho destinado a elaborar programação alusiva aos 20 anos de promulgação da Constituição Federal, a serem comemorados em 05 de outubro de 2008.

ÚLTIMA SESSÃO: 8/11/2007

4. DEVOLVIDO(S) AO(S) AUTOR(ES)

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – RCP: art. 35, §§ 1º e 2º, do RICD.

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPO-SIÇÕES: art. 137, § 1º, do RICD.

PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões.

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60362 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Nº 177/2007 (Manuela D’ávila) – Acrescente-se o art. 217-A à Constituição Federal para assegurar recursos mínimos, de 1% (um por cento) anualmente, na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios para a promoção do desporto.DECURSO: 4a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 9/11/2007

PROJETO DE LEI

Nº 2227/2007 (Luiz Carlos Hauly) – Fixa reserva de cargos públicos para mulheres e dá outras providên-cias.DECURSO: 4a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 9/11/2007

Nº 2251/2007 (Jovair Arantes) – Altera a Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965, que institui o Código Eleito-ral.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 12/11/2007

Nº 2322/2007 (Jorge Tadeu Mudalen) – Acrescenta dispositivo à Lei nº 8.112, de 1990, para permitir a con-cessão de título aos militares profissionais de saúde que exercerem suas atividades nos hospitais administrados pelas Forças Armadas em regiões de fronteira.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 12/11/2007

5. CONTRA O PARECER DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR

5.1 – PELO ARQUIVAMENTO DA REPRE SENTAÇÃO, POR INÉPCIA OU AUSÊNCIA

DE JUSTA CAUSA.

SUJEITO A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO, NOS TERMOS DO ART. 132, § 2º DO RICD.

(NOS TERMOS DO ART. 14, § 4º, VIII, DO CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR, C/C O ART. 58 DO RICD)

PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 Sessões.

REPRESENTAÇÃO

Nº 14/2007 (PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE) – contra o Dep. Paulo Sérgio Paranhos Magalhães (DEM/BA), por quebra da ética e do decoro parlamentar.

(Publicada no DCD nº 202-Suplemento de 8/11/2007)DECURSO: 10o. DIAÚLTIMO DIA: 28/11/2007

III – DIVERSOS

1. PRAZO PARA RECEBIMENTO DE SUGESTÕES A PROJETO DE CONSOLIDAÇÃO: art. 212, § 2º, do RICD ( 30 dias).

PROJETO DE LEI

Nº 1987/2007 (Cândido Vaccarezza) – Consolida os dispositivos normativos que especifica referente ao Di-reito Material Trabalhista e revoga as leis extravagantes que especifica e os artigos 1º ao 642 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

(Publicado no DCD nº 196, Suplemento, de 30/10/2007 e DOU de 30/10/2007, Seção 3)DECURSO: 10o. DIAÚLTIMO DIA: 28/11/2007

Nº 678/2007 (Bonifácio de Andrada) – Consolida a legislação educacional brasileira em complementação à Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que esta-belece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências.

(Publicado no DCD nº 196-A, Suplemento, de 30/10/2007 e DOU de 30/10/2007, Seção 3)DECURSO: 10o. DIAÚLTIMO DIA: 28/11/2007

Nº 679/2007 (Bonifácio de Andrada) – Consolida a legislação ambiental brasileira.

(Publicado no DCD nº 196-B, Suplemento, de 30/10/2007 e DOU de 30/10/2007, seção 3)DECURSO: 10o. DIAÚLTIMO DIA: 28/11/2007

ARQUIVE-SE, nos termos do artigo 133 do RICD, a seguinte proposição:

PROJETO DE LEI:

No 7.048/2006 (Jair Bolsonaro) − Altera a redação do art. 86 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro.

ARQUIVEM-SE, nos termos do § 4º do artigo 58 do RICD, as seguintes proposições:

PROJETOS DE LEI:

No 598/2003 (Walter Feldman) − Institui o Gatilho Desemprego.

No 5.781/2005 (Senado Federal – Comissão de Direi-tos Humanos e Legislação Participativa) − Autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60363

Vale do Rio Doce, na cidade de Governador Valadares, no Estado de Minas Gerais.

No 5.803/2005 (Edson Ezequiel) − Isenta do Imposto sobre Importação e do Imposto sobre Produtos In-dustrializados, computadores, periféricos, softwares e aplicativos, adquiridos por estudantes, professores e profissionais liberais autônomos.

ORADORES SORTEADOS PARA O GRANDE

EXPEDIENTE DO MÊS DE NOVEMBRO DE 2007

Dia 8, 5ª-feira

15:00 EDSON DUARTE (PV – BA)15:25 GERMANO BONOW (DEM – RS)

Dia 9, 6ª-feira

10:00 SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO (PT – BA)10:25 DARCÍSIO PERONDI (PMDB – RS)10:50 SUELI VIDIGAL (PDT – ES)11:15 LUIZ CARREIRA (DEM – BA)11:40 REGIS DE OLIVEIRA (PSC – SP)

Dia 12, 2ª-feira

15:00 RUBENS OTONI (PT – GO)15:25 ALINE CORRÊA (PP – SP)15:50 PROFESSOR VICTORIO GALLI (PMDB – MT)16:15 FLÁVIO BEZERRA (PMDB – CE)16:40 NILSON MOURÃO (PT – AC)

Dia 13, 3ª-feira

15:00 JOSÉ ROCHA (PR – BA)15:25 FELIPE MAIA (DEM – RN)

Dia 14, 4ª-feira

15:00 MOREIRA MENDES (PPS – RO)15:25 FELIPE BORNIER (PHS – RJ)

Dia 16, 6ª-feira

10:00 JOÃO PIZZOLATTI (PP – SC)10:25 CIRO NOGUEIRA (PP – PI)10:50 NEUCIMAR FRAGA (PR – ES)11:15 GLADSON CAMELI (PP – AC)11:40 PROFESSORA RAQUEL TEIXEIRA (PSDB – GO)

Dia 19, 2ª-feira

15:00 EDIGAR MÃO BRANCA (PV – BA)15:25 FÁTIMA BEZERRA (PT – RN)15:50 JOÃO DADO (PDT – SP)16:15 LEO ALCÂNTARA (PR – CE)16:40 MARCELO ORTIZ (PV – SP)

Dia 20, 3ª-feira

15:00 ZONTA (PP – SC)

15:25 LEONARDO PICCIANI (PMDB – RJ)

Dia 21, 4ª-feira

15:00 JOSEPH BANDEIRA (PT – BA)

15:25 SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT – AP)

Dia 22, 5ª-feira

15:00 JACKSON BARRETO (PMDB – SE)

15:25 LEONARDO MONTEIRO (PT – MG)

Dia 23, 6ª-feira

10:00 REBECCA GARCIA (PP – AM)

10:25 FÁBIO RAMALHO (PV – MG)

10:50 MARIA LÚCIA CARDOSO (PMDB – MG)

11:15 ELIENE LIMA (PP – MT)

11:40 AUGUSTO FARIAS (PTB – AL)

Dia 26, 2ª-feira

15:00 BETO ALBUQUERQUE (PSB – RS)

15:25 LAERTE BESSA (PMDB – DF)

15:50 THELMA DE OLIVEIRA (PSDB – MT)

16:15 HUGO LEAL (PSC – RJ)

16:40 ONYX LORENZONI (DEM – RS)

Dia 27, 3ª-feira

15:00 IRAN BARBOSA (PT – SE)

15:25 ROBERTO ROCHA (PSDB – MA)

Dia 28, 4ª-feira

15:00 ZEQUINHA MARINHO (PMDB – PA)

15:25 WILLIAM WOO (PSDB – SP)

Dia 29, 5ª-feira

15:00 CEZAR SILVESTRI (PPS – PR)

15:25 RAFAEL GUERRA (PSDB – MG)

Dia 30, 6ª-feira

10:00 BETINHO ROSADO (DEM – RN)

10:25 JOÃO CARLOS BACELAR (PR – BA)

10:50 COLBERT MARTINS (PMDB – BA)

11:15 EDUARDO LOPES (PSB – RJ)

11:40 DR. TALMIR (PV – SP)

(Encerra-se a sessão às 12 horas e 5

minutos.)

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60364 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Sras. e Srs. Deputados, às 14 horas seria o horário de aber-tura da sessão ordinária para trabalho de comissões e debates. No entanto, está havendo sessão de vota-ção do Congresso Nacional, no plenário do Senado Federal.

Visto isso, a Presidência suspende os trabalhos até o término da sessão do Congresso Nacional, para que possamos abrir a nossa sessão ordinária.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Ten-do em vista a realização de sessão conjunta do Con-gresso Nacional, declaro que esta sessão deixa de ser realizada, nos termos do § 3º do art. 79 do Regimento Interno, e convoco outra para a próxima sexta-feira, dia 9 de novembro, às 9h.

Lembro que amanhã, sexta-feira, dia 9 de novem-bro, às 15h, haverá sessão solene em homenagem ao 19º aniversário da Carta Cidadã.

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS

I – EMENDAS

2. PROJETO DE RESOLUÇÃO QUE ALTERA O RICD

Prazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Art. 216, § 1º, do RICD).

Nº 94/07 (Marcelo Teixeira) – Acrescenta o in-ciso XX-A ao art. 32 do Regimento Interno, criando a Comissão Permanente do Nordeste e Desenvolvi-mento Local.

ÚLTIMA SESSÃO: 9/11/2007

II – RECURSOS

1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE COMISSÃO – ART. 24, II, DO RICD

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS),

ou com o art. 133 (PARECERES CONTRÁRIOS), to-dos do RICD.

Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD).

1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 267/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que au-toriza a Associação Comunitária Cultural Filadélfia-AC-CFI a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Tucuruí, Estado Estado do Pará.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

Nº 278/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que re-nova a concessão outorgada à Rádio e TV Difusora do Maranhão Ltda para explorar serviço de radiodifusão de sons e imagens, no município de São Luís , Esta-do do Maranhão.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

Nº 309/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Baionense de Rádio Difusão Comunitária-ABARCO a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio-difusão comunitária no município de Baião, Estado Estado do Pará.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

Nº 354/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática) – Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio Cidade de Sumé Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, no município de Sumé, Estado da Paraíba.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

Nº 355/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que ou-torga permissão à Rádio Santiago FM Ltda. para ex-plorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Laranjeiras do Sul, Estado do Paraná.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

Termo de Ata, em 08 de novembro de 2007

Presidência do Sr. Inocêncio Oliveira, 2º Vice-Presidente

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60365

Nº 363/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que au-toriza a Associação de Radiodifusão Comunitária para o Desenvolvimento de Santana dos Garrotes – PB a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclu-sividade, serviço de radiodifusão comunitária no muni-cípio de Santana dos Garrotes, Estado da Paraíba.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

PROJETO DE LEI

Nº 2334/2003 (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABA-LHO) – Dispõe sobre a criação de cargos de provimento efetivo e funções comissionadas no Quadro Perma-nente de Pessoal do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região e dá outras providências.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

Nº 5800/2005 (Manoel Salviano) – Altera a Medida Provisória nº 2.134-31, de 21 de junho de 2001, que altera a Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, que define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.ÚLTIMA SESSÃO: 9/11/2007

Nº 5971/2005 (Senado Federal – Iris de Araújo) – Altera o art. 36 da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do co-mércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêu-ticos e correlatos, para proibir a captação de receitas contendo prescrições magistrais e oficinais por outros estabelecimentos de comércio de medicamentos que não as farmácias e vedar a intermediação de outros estabelecimentos.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 7258/2006 (Celso Russomanno) – Altera a Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, que “dispõe so-bre o Código Brasileiro de Aeronáutica”, para definir a abrangência da franquia de bagagem.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

Nº 7299/2006 (Beto Albuquerque) – Inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que dis-põe sobre o Plano Nacional de Viação, o trecho rodo-viário que menciona.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

Nº 742/2007 (Elismar Prado) – Inclui, no art. 105 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, novo inciso que torna obrigatória a aplicação de tinta fosforescente nas portas de saída de emergência nos veículos de transporte de passageiros.

DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

Nº 913/2007 (Carlos Alberto Leréia) – Dá nova re-dação ao art. 585 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que institui o Código de Processo Civil.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

Nº 1399/2007 (Juvenil Alves) – Altera dispositivo da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que institui o Código de Processo Civil.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

1.2 COM PARECERES CONTRÁRIOS

PROJETO DE LEI

Nº 315/2007 (Izalci) – Proíbe a comercialização de produtos destinados a crianças sem o selo do Institu-to Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro, e dá outras providências.ÚLTIMA SESSÃO: 9/11/2007

1.3 PROPOSIÇÕES COM TRAMITAÇÃO CONJUN-TA QUE RECEBERAM PARECERES FAVORÁVEIS A UMAS E CONTRÁRIOS A OUTRAS, NÃO DIVER-GENTES.

PROJETO DE LEI

No 274/2003 (Sarney Filho) – Acrescenta parágrafo ao art. 25 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, referente à destinação de bens apreendidos.

COM PARECER FAVORÁVEL: PL no 274/2003, PRIN-CIPAL.

COM PARECER CONTRÁRIO: PL no 2100/2003, APENSADO.

DECURSO: 1a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16/11/2007

2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMISSÃO – ART. 54 DO RICD C/C ART. 132,

§ 2º DO RICD

(MATÉRIAS SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁ-RIO EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOS TERMOS DO ART.144 DO RICD)

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – PEC: art. 202, § 1º do RICD.

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPO-SIÇÕES: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, §2º, do RICD.

Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD).

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60366 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

2.1 – PELA INCONSTITUCIONALIDADE E/OU INJU-RIDICIDADE OU INADMISSIBILIDADE

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

No 331/2002 (Mendes Ribeiro Filho) − Dispõe sobre a criação do Fundo de Aperfeiçoamento Profissional da Defensoria Pública da União – FUNADP, constituído pelos honorários de sucumbência, devidos aos Defen-sores Públicos da União nas ações em que participem, assim como pelas receitas que especifica.

COM PARECER PELA INCONSTITUCIONALIDADE E INJURIDICIDADE: PLP 124/2004, apensado. (VIDE ITEM 2.2)DECURSO: 1a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16/11/2007

2.2 PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E/OU OR-ÇAMENTÁRIA

PROJETO DE LEI

Nº 5607/2005 (Carlos Alberto Leréia) – Altera a Lei nº 9.496, de 11 de setembro de 1997, para autorizar a amortização de até cinco por cento do valor refinancia-do pelos Estados e pelo Distrito Federal junto à União, conforme os critérios e os limites anuais definidos pelo Ministério da Fazenda, mediante a execução de des-pesas de capital em universidades estaduais.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

No 331/2002 (Dep. Mendes Ribeiro Filho) − Dispõe so-bre a criação do Fundo de Aperfeiçoamento Profissional da Defensoria Pública da União – FUNADP, constituído pelos honorários de sucumbência, devidos aos Defen-sores Públicos da União nas ações em que participem, assim como pelas receitas que especifica.

COM PARECER PELA INADEQUAÇÃO FINANCEI-RA E ORÇAMENTÁRIA: PLP 124/2004, apensado. (VIDE ITEM 2.1)DECURSO: 1a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16/11/2007

Nº 349/2006 (Vander Loubet) – Cria o Sistema Na-cional de Rastreamento Animal – SINARA, estabelece norma relativa à rotulagem da carne e dos produtos à base de carne e determina outras providências.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

3. CONTRA DECLARAÇÃO DE PREJUDICIALIDADE – ART. 164, § 1º, DO RICD

(SUJEITO A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO, APÓS OUVIDA A CCJC, NOS TERMOS DO ART. 164, §§ 2º e 3º DO RICD)

Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (Art. 164, § 2º, do RICD).

PROJETO DE LEI

Nº 3613/2000 (Ricardo Izar) – Dispõe sobre a venda fracionada de medicamentos nas farmácias.ÚLTIMA SESSÃO: 9/11/2007

Nº 5909/2001 (Senado Federal – ERNANDES AMO-RIM) – Acrescenta parágrafo ao art. 11 da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, que “dispõe sobre a vi-gilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamen-tos, as drogas, os insumos farmacêuticas e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências”, para determinar que medicamentos em determinadas apresentações sejam vendidos à granel, na quantidade indicada na prescrição.ÚLTIMA SESSÃO: 9/11/2007

Nº 1761/2003 (Coronel Alves) – Estabelece a obri-gatoriedade das farmácias, drogarias e congêneres a venderem comprimidos e pílulas por unidade e dá outras providências.ÚLTIMA SESSÃO: 9/11/2007

Nº 2073/2003 (Carlos Nader) – “Adiciona-se o art. 83-A, à Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, e dá outras providências”.ÚLTIMA SESSÃO: 9/11/2007

Nº 2728/2003 (Carlos Eduardo Cadoca) – Dispõe sobre a venda fracionada de medicamentos. ÚLTIMA SESSÃO: 9/11/2007

Nº 2935/2004 (Vieira Reis) – Dispõe sobre a obriga-toriedade da venda de medicamentos a granel no co-mércio varejista.ÚLTIMA SESSÃO: 9/11/2007

Nº 3323/2004 (Alexandre Cardoso) – Dispõe sobre a obrigação de a indústria farmacêutica produzir medica-mentos em embalagens individualizadas para atender às prescrições de medicamentos que especifica.ÚLTIMA SESSÃO: 9/11/2007

Nº 4693/2004 (Zequinha Marinho) – Dispõe sobre a construção de eclusas simultaneamente à implantação de barragens em rios navegáveis.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60367

Nº 6110/2005 (Reinaldo Betão) – Torna obrigatória a construção de eclusas em usinas hidrelétricas que venham a interromper, com suas barragens, o tráfego normal de hidrovias.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

Nº 803/2007 (Vicentinho Alves) – Estabelece a obri-gatoriedade de construção de eclusas e escadas para peixes nas implantações de usinas e barragens de cursos de água.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

Nº 1340/2007 (Senado Federal – Paulo Octávio) – Dispõe sobre a obrigatoriedade de inclusão, nas cédulas brasileiras, de elemento que possibilite a sua identificação por pessoas com deficiência visual.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 2083/2007 (Celso Russomanno) – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, para dispor sobre a notificação do condutor acerca da ne-

cessidade de renovação da Carteira Nacional de Habilitação.

DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14/11/2007

PROJETO DE RESOLUÇÃO (CD)

Nº 58/2007 (Angela Portela) – Institui Grupo de Tra-balho destinado a elaborar programação alusiva aos 20 anos de promulgação da Constituição Federal, a serem comemorados em 05 de outubro de 2008.ÚLTIMA SESSÃO: 9/11/2007

4. DEVOLVIDO(S) AO(S) AUTOR(ES)

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – RCP: art. 35, §§ 1º e 2º, do RICD.

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPO-SIÇÕES: art. 137, § 1º, do RICD.

PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões.

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Nº 177/2007 (Manuela D’ávila) – Acrescente-se o art. 217-A à Constituição Federal para assegurar recursos mínimos, de 1% (um por cento) anualmente, na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios para a promoção do desporto.DECURSO: 4a. SESSÃO

ÚLTIMA SESSÃO: 12/11/2007

PROJETO DE LEI

Nº 2227/2007 (Luiz Carlos Hauly) – Fixa reserva de cargos públicos para mulheres e dá outras providên-cias.DECURSO: 4a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 12/11/2007

Nº 2251/2007 (Jovair Arantes) – Altera a Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965, que institui o Código Eleito-ral.

DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

Nº 2322/2007 (Jorge Tadeu Mudalen) – Acrescenta dispositivo à Lei nº 8.112, de 1990, para permitir a con-cessão de título aos militares profissionais de saúde que exercerem suas atividades nos hospitais administrados pelas Forças Armadas em regiões de fronteira.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13/11/2007

5. CONTRA O PARECER DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR

5.1 – PELO ARQUIVAMENTO DA REPRESENTAÇÃO, POR INÉPCIA OU AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA.

SUJEITO A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO, NOS TERMOS DO ART. 132, § 2º DO RICD.

(NOS TERMOS DO ART. 14, § 4º, VIII, DO CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR, C/C O ART. 58 DO RICD)

PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 Sessões.

REPRESENTAÇÃO

Nº 14/2007 (PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE) – contra o Dep. Paulo Sérgio Paranhos Magalhães (DEM/BA), por quebra da ética e do decoro parlamentar.

(Publicada no DCD nº 202-Suplemento de 8/11/2007)DECURSO: 1a. SESSÃOÚLTIMO DIA: 16/11/2007

III – DIVERSOS

1. PRAZO PARA RECEBIMENTO DE SUGESTÕES A PROJETO DE CONSOLIDAÇÃO: art. 212, § 2º, do RICD ( 30 dias).

PROJETO DE LEI

Nº 1987/2007 (Cândido Vaccarezza) – Consolida os dispositivos normativos que especifica referente ao Di-

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60368 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

reito Material Trabalhista e revoga as leis extravagantes que especifica e os artigos 1º ao 642 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

(Publicado no DCD nº 196, Suplemento, de 30/10/2007 e DOU de 30/10/2007, Seção 3)DECURSO: 11o. DIAÚLTIMO DIA: 28/11/2007

Nº 678/2007 (Bonifácio de Andrada) – Consolida a legislação educacional brasileira em complementação à Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que esta-belece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências.

(Publicado no DCD nº 196-A, Suplemento, de 30/10/2007 e DOU de 30/10/2007, Seção 3)DECURSO: 11o. DIAÚLTIMO DIA: 28/11/2007

Nº 679/2007 (Bonifácio de Andrada) – Consolida a legislação ambiental brasileira.

(Publicado no DCD nº 196-B, Suplemento, de 30/10/2007 e DOU de 30/10/2007, seção 3)DECURSO: 11o. DIAÚLTIMO DIA: 28/11/2007

ARQUIVE-SE, nos termos do artigo 133 do RICD, a seguinte proposição:

PROJETO DE LEI:

No 7.048/2006 (Jair Bolsonaro) − Altera a redação do art. 86 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro.

No 942/2007 (Inocêncio Oliveira) – Declara imunes ao corte as árvores situadas dentro do domínio do Bioma Caatinga.

ARQUIVEM-SE, nos termos do § 4º do artigo 58 do RICD, as seguintes proposições:

PROJETOS DE LEI:

No 6.810/2002 (Lincoln Portela) − Dispõe sobre o cancelamento de multas aplicadas às rádios não au-torizadas.

No 7.395/2002 (Senado Federal – Edison Lobão) − Altera a Lei no 8.670, de 30 de junho de 1993, que dispõe sobre a criação de Escolas Técnicas e Agrotéc-nicas Federais, e dá outras providências.

No 598/2003 (Walter Feldman) − Institui o Gatilho Desemprego.

No 5.781/2005 (Senado Federal – Comissão de Direi-tos Humanos e Legislação Participativa) − Autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do

Vale do Rio Doce, na cidade de Governador Valadares, no Estado de Minas Gerais.

No 5.803/2005 (Edson Ezequiel) − Isenta do Imposto sobre Importação e do Imposto sobre Produtos In-dustrializados, computadores, periféricos, softwares e aplicativos, adquiridos por estudantes, professores e profissionais liberais autônomos.

ORADORES SORTEADOS PARA O GRANDE

EXPEDIENTE DO MÊS DE NOVEMBRO DE 2007

Dia 9, 6ª-feira

10:00 SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO (PT – BA)10:25 DARCÍSIO PERONDI (PMDB – RS)10:50 SUELI VIDIGAL (PDT – ES)11:15 LUIZ CARREIRA (DEM – BA)11:40 REGIS DE OLIVEIRA (PSC – SP)

Dia 12, 2ª-feira

15:00 RUBENS OTONI (PT – GO)15:25 ALINE CORRÊA (PP – SP)15:50 PROFESSOR VICTORIO GALLI (PMDB – MT)16:15 FLÁVIO BEZERRA (PMDB – CE)16:40 NILSON MOURÃO (PT – AC)

Dia 13, 3ª-feira

15:00 JOSÉ ROCHA (PR – BA)15:25 FELIPE MAIA (DEM – RN)

Dia 14, 4ª-feira

15:00 MOREIRA MENDES (PPS – RO)15:25 FELIPE BORNIER (PHS – RJ)

Dia 16, 6ª-feira

10:00 JOÃO PIZZOLATTI (PP – SC)10:25 CIRO NOGUEIRA (PP – PI)10:50 NEUCIMAR FRAGA (PR – ES)11:15 GLADSON CAMELI (PP – AC)11:40 PROFESSORA RAQUEL TEIXEIRA (PSDB – GO)

Dia 19, 2ª-feira

15:00 EDIGAR MÃO BRANCA (PV – BA)15:25 FÁTIMA BEZERRA (PT – RN)15:50 JOÃO DADO (PDT – SP)16:15 LEO ALCÂNTARA (PR – CE)16:40 MARCELO ORTIZ (PV – SP)

Dia 20, 3ª-feira

15:00 ZONTA (PP – SC)15:25 LEONARDO PICCIANI (PMDB – RJ)

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60369

Dia 21, 4ª-feira

15:00 JOSEPH BANDEIRA (PT – BA)15:25 SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT – AP)

Dia 22, 5ª-feira

15:00 JACKSON BARRETO (PMDB – SE)15:25 LEONARDO MONTEIRO (PT – MG)

Dia 23, 6ª-feira

10:00 REBECCA GARCIA (PP – AM)10:25 FÁBIO RAMALHO (PV – MG)10:50 MARIA LÚCIA CARDOSO (PMDB – MG)11:15 ELIENE LIMA (PP – MT)11:40 AUGUSTO FARIAS (PTB – AL)

Dia 26, 2ª-feira

15:00 BETO ALBUQUERQUE (PSB – RS)15:25 LAERTE BESSA (PMDB – DF)15:50 THELMA DE OLIVEIRA (PSDB – MT)16:15 HUGO LEAL (PSC – RJ)16:40 ONYX LORENZONI (DEM – RS)

Dia 27, 3ª-feira

15:00 IRAN BARBOSA (PT – SE)15:25 ROBERTO ROCHA (PSDB – MA)

Dia 28, 4ª-feira

15:00 ZEQUINHA MARINHO (PMDB – PA)15:25 WILLIAM WOO (PSDB – SP)

Dia 29, 5ª-feira

15:00 CEZAR SILVESTRI (PPS – PR)15:25 RAFAEL GUERRA (PSDB – MG)

Dia 30, 6ª-feira

10:00 BETINHO ROSADO (DEM – RN)10:25 JOÃO CARLOS BACELAR (PR – BA)10:50 COLBERT MARTINS (PMDB – BA)11:15 EDUARDO LOPES (PSB – RJ)11:40 DR. TALMIR (PV – SP)

ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES

I – COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.720/07 – do Sr. Ribamar Al-ves – que “prevê a criação do distrito agropecuário do Vale do Pindaré”. RELATOR: Deputado DOMINGOS DUTRA.

PROJETO DE LEI Nº 2.230/07 – do Sr. Marcos Mon-tes – que “dispõe sobre o pagamento de indenização no caso de abate de animais acometidos pela Anemia Infecciosa Eqüina (AIE)”. RELATOR: Deputado MOACIR MICHELETTO.

PROJETO DE LEI Nº 2.270/07 – do Sr. Adão Pretto – que “altera dispositivos da Lei nº 8.315, de 23 de de-zembro de 1991, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado MOACIR MICHELETTO. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 13-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 6.424/05 – do Senado Federal – Flexa Ribeiro – (PLS 110/2005) – que “altera a Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, que institui o novo Código Florestal, para permitir a reposição florestal e a recomposição da reserva legal mediante o plantio de palmáceas em áreas alteradas”. (Apensados: PL 6840/2006 e PL 1207/2007)

RELATOR: Deputado HOMERO PEREIRA.

COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NA-CIONAL E DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: ATÉ 10/11/07

* prazo prorrogado de ofício pelo Presidente Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.150/07 – do Sr. Marcos Medrado – que “dispõe sobre a criação de uma zona franca no Subúrbio Ferroviário do Município de Salvador, Capital do Estado da Bahia”. RELATOR: Deputado CARLOS SOUZA.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

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60370 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 5.082/05 – do Sr. Givaldo Ca-rimbão – que “disciplina a obrigatoriedade de trans-missão direta das sessões das Câmara Municipais pelas emissoras de radiodifusão sonora, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado JÚLIO CESAR.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 12/11/2007)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 1.705/07 – do Sr. Rodovalho – que “altera o caput do art. 232 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal”. RELATOR: Deputado NEUCIMAR FRAGA.

PROJETO DE LEI Nº 2.181/07 – do Sr. Rogerio Lis-boa – que “altera dispositivos da Lei n° 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, possibili-tando ao assistido da Defensoria Pública de posse de documento particular elaborado por Defensor Público a realização de inventário, partilha, separação consen-sual e divórcio consensual por via administrativa”. RELATOR: Deputado EFRAIM FILHO.

B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridici-dade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 1.547/91 – VICTOR FACCIONI – que “acrescenta ao Código de Defesa do Consumidor, dispositivo relativo à prescrição de débito”. (Apensa-dos: PL 370/1999, PL 584/1999, PL 664/1999 (Apen-sado: PL 6719/2002), PL 2551/2000, PL 2760/2000, PL 2986/1997, PL 3056/2000, PL 3216/1997, PL 3240/2000, PL 3241/2000, PL 3443/1997, PL 3646/1997 (Apensa-do: PL 5271/2005), PL 3919/1997, PL 4401/1998, PL 4457/1998, PL 4892/1999, PL 7004/2002, PL 7245/2002, PL 1363/2003, PL 2008/2003, PL 2291/2003, PL 2435/2003 (Apensado: PL 3591/2004), PL 2731/2003, PL 3048/2004, PL 4866/2005, PL 5029/2005, PL 5242/2005, PL 5379/2005, PL 5407/2005, PL 5513/2005 e PL 5896/2005)

RELATOR: Deputado ANTONIO CARLOS MAGA-LHÃES NETO.

PROJETO DE LEI Nº 6.341/02 – do Sr. Celso Rus-somanno – que “institui o Dia Nacional do Caminho-neiro”. RELATOR: Deputado SANDES JÚNIOR.

PROJETO DE LEI Nº 3.003/04 – do Sr. Tadeu Filippelli – que “dispõe sobre a alteração da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 e dá outras providências”. RELATOR: Deputado GERALDO PUDIM.

PROJETO DE LEI Nº 4.448/04 – da Sra. Marinha Raupp – que “dá nova redação aos arts. 71, 72 e 124 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para permitir a concessão de salário-maternidade à segurada de-sempregada”. RELATORA: Deputada SANDRA ROSADO.

PROJETO DE LEI Nº 5.669/05 – do Sr. Geraldo Re-sende – que “denomina Hospital Universitário Doutor Antônio Alves Duarte o Hospital Universitário da Uni-versidade Federal da Grande Dourados, localizado em Dourados, Estado do Mato Grosso do Sul”. RELATOR: Deputado COLBERT MARTINS.

PROJETO DE LEI Nº 6.070/05 – do Sr. Celso Russo-manno – que “altera o Inciso III do art. 162 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Có-digo de Trânsito Brasileiro”. RELATORA: Deputada SANDRA ROSADO.

PROJETO DE LEI Nº 6.238/05 – do Sr. Celso Russo-manno – que “acrescenta inciso ao § 2º do art. 26 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990”. RELATOR: Deputado REGIS DE OLIVEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 6.244/05 – da Sra. Sandra Ro-sado – que “fixa critério para instituição de datas co-memorativas”. RELATOR: Deputado BETO ALBUQUERQUE.

PROJETO DE LEI Nº 6.981/06 – do Sr. Zezéu Ribeiro – que “assegura às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social”. RELATOR: Deputado CHICO LOPES.

PROJETO DE LEI Nº 258/07 – do Sr. Colbert Martins – que “denomina “Viaduto Engenheiro Civil J.J. Lopes de Brito” o viaduto localizado no Km 519,5 do Anel de Contorno sobre a BR-324, no Município de Feira de Santana, Estado da Bahia”. RELATOR: Deputado VITAL DO RÊGO FILHO.

PROJETO DE LEI Nº 444/07 – da Sra. Sandra Rosa-do – que “altera a redação do inciso IX do art. 22, da

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60371

Lei nº 9.503, de 1997, que institui o Código de Trân-sito Brasileiro”. RELATOR: Deputado REGIS DE OLIVEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 944/07 – do Sr. Sebastião Bala Rocha – que “altera o art. 19 da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências”. RELATOR: Deputado WOLNEY QUEIROZ.

PROJETO DE LEI Nº 1.080/07 – do Sr. Rodovalho – que “institui a “Semana Nacional da Família””. RELATOR: Deputado NEUCIMAR FRAGA.

PROJETO DE LEI Nº 1.104/07 – do Sr. Alexandre Sil-veira – que “altera Lei nº 8.501, de 1992, que “Dispõe sobre a utilização de cadáver não reclamado, para fins de estudos ou pesquisas científicas e dá outras providências.”” RELATOR: Deputado FERNANDO CORUJA.

PROJETO DE LEI Nº 1.273/07 – do Sr. Alexandre Sil-veira – que “inclui as vacinas contra meningites pneu-mocócicas e meningocócicas no Calendário Básico de Vacinação da Criança”. (Apensados: PL 1460/2007, PL 1539/2007 e PL 1793/2007) RELATOR: Deputado MOREIRA MENDES.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 5.983/05 – do Sr. Inaldo Leitão – que “dá nova redação aos artigos 178, 330 e 511 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil – , e dá outras providências”. (Apensa-do: PL 7462/2006) RELATOR: Deputado MAURÍCIO RANDS.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 4.198/01 – do Sr. Alberto Fraga – que “altera a redação do art. 18 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, au-mentando o valor da multa ao litigante de má-fé, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado FELIPE MAIA. DECURSO: ATÉ 10/11/07

* prazo prorrogado de ofício pelo Presidente

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridici-dade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 6.202/05 – do Sr. Geraldo Re-sende – que “denomina Rodovia Federal Deputado Ivo Cersósimo a BR-463 – trecho Dourados – Ponta Porã”. RELATOR: Deputado CEZAR SCHIRMER.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 6.693/06 – da Sra. Sandra Ro-sado – que “altera o art. 375 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil”. RELATOR: Deputado FRANCISCO TENORIO.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 815/07 – do Sr. Sandes Júnior – que “acrescenta artigo à Lei nº 8.078, de 11 de se-tembro de 1990, que institui o Código de Defesa do Consumidor”. (Apensado: PL 1451/2007) RELATORA: Deputada LUCIANA COSTA.

DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 13-11-07

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60372 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 813/07 – do Sr. Sandes Júnior – que “altera o art. 47 inserindo parágrafo único e dá nova redação ao § 2º do art. 52 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990”. RELATOR: Deputado CHICO LOPES.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMI-CO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA (DIA

12/11/2007)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.190/07 – do Sr. Márcio Fran-ça – que “obriga as montadoras de veículos a ofere-cer modelos já adaptados a compradores portadores de deficiência com isenção de IPI, conforme a Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995”. RELATOR: Deputado VICENTINHO ALVES.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.761/07 – do Sr. Osmar Serraglio – que “dispõe sobre o exercício da atividade de Franquia Empresarial Postal e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ROCHA LOURES.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 12/11/2007)

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 4.646/04 – do Senado Federal – José Jorge – (PLS 147/2004) – que “altera o art. 56 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que es-tabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional”. (Apensado: PL 3674/2004) RELATORA: Deputada FÁTIMA BEZERRA.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 09-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 2.081/03 – do Sr. João Campos – que “modifica a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que “dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adoles-cente e dá outras providências”, limitando a veiculação de espetáculo ou programa impróprio em local público ou em veículo de transporte público”. RELATORA: Deputada MARIA DO ROSÁRIO.

PROJETO DE LEI Nº 3.961/04 – do Senado Federal – Eduardo Azeredo – (PLS 287/2003) – que “permi-te a utilização dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para pagamento de parcelas de anuidade escolar do trabalhador ou de seus filhos dependentes, de até 24 (vinte e quatro) anos de idade”. (Apensados: PL 2752/2003 (Apen-sados: PL 2979/2004 e PL 2765/2003 (Apensado: PL 3286/2004)), PL 4454/2004, PL 4897/2005, PL 5371/2005, PL 6382/2005, PL 6436/2005, PL 6580/2006, PL 6961/2006, PL 7312/2006, PL 7595/2006, PL 110/2007, PL 253/2007 e PL 1447/2007) RELATORA: Deputada MARIA DO ROSÁRIO.

DECURSO: ATÉ 10/11/07

* prazo prorrogado de ofício pelo Presidente

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.113/07 – do Sr. Brizola Neto – que “altera o art. 2º da Lei nº 9.870, de 23 de novembro de 1999, que “dispõe sobre o valor total das anuidades escolares e dá outras providências”, visando ampliar a quantidade e a qualidade das informações a serem divulgadas no período de matrícula”. RELATOR: Deputado JORGINHO MALULY.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60373

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 12/11/2007)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orça-mentária e do Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 300/07 – do Sr. Carlito Merss – que “estende os incentivos estabelecidos pela Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, ao setor de jogos eletrônicos. “ RELATOR: Deputado SILVIO TORRES.

PROJETO DE LEI Nº 538/07 – da Sra. Bel Mesquita – que “cria o Programa de Financiamento da Casa Própria Rural e dá outras providências”. RELATOR: Deputado FÉLIX MENDONÇA.

PROJETO DE LEI Nº 1.101/07 – do Senado Federal – Marconi Perillo – (PLS 135/2007) – que “altera a Lei nº 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, para prever o financiamento, pelo Fundo Nacional de Segurança Pú-blica, de sistemas de investigação, nas modalidades que cita, e dá outras providências”.

RELATOR: Deputado ARMANDO MONTEIRO.

PROJETO DE LEI Nº 1.236/07 – do Sr. Eduardo Gomes – que “dispõe sobre novos investimentos em geração de energia elétrica por meio de pequenas centrais hi-drelétricas e fontes alternativas”. RELATOR: Deputado ALFREDO KAEFER.

B – Da Análise da Adequação Financeira e Orça-mentária (art. 54):

PROJETO DE LEI Nº 164/07 – da Sra. Vanessa Gra-zziotin – que “dispõe sobre a imunização de mulheres na faixa etária de 9 a 26 anos com a vacina contra o papilomavírus humano (HPV), na rede pública do Sis-tema Único de Saúde de todos os estados e municí-pios brasileiros”. RELATOR: Deputado COLBERT MARTINS.

PROJETO DE LEI Nº 200/07 – do Sr. Sandes Júnior – que “altera a Lei nº 8.900, de 30 de junho de 1994 que dispõe sobre o benefício do seguro-desemprego e altera dispositivo da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado TARCÍSIO ZIMMERMANN.

PROJETO DE LEI Nº 319/07 – do Supremo Tribunal Federal – que “altera os dispositivos da Lei nº 11.416, de 15 de dezembro de 2006”.

RELATOR: Deputado AELTON FREITAS.

PROJETO DE LEI Nº 777/07 – do Sr. Paulo Piau – que “cria Programa de Fornecimento de Leite a Famílias Ca-rentes e de Baixa Renda e dá outras providências”. RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS HAULY.

PROJETO DE LEI Nº 971/07 – TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – que “dispõe sobre a criação e trans-formação de funções comissionadas no Quadro de Pessoal do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região e dá outras providências”. RELATOR: Deputado SILVIO COSTA.

PROJETO DE LEI Nº 1.343/07 – do Sr. Jurandy Loureiro – que “dispõe sobre a criação do “Cadastro Nacional de Pessoas Albergadas”” RELATOR: Deputado FILIPE PEREIRA.

PROJETO DE LEI Nº 1.355/07 – TRIBUNAL SUPE-RIOR DO TRABALHO – que “cria cargos de provimento efetivo e funções comissionadas no Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região, sediado em Vitória – ES, e dá outras providências”.

RELATOR: Deputado LUIZ PAULO VELLOZO LU-CAS.

PROJETO DE LEI Nº 1.652/07 – TRIBUNAL SUPE-RIOR DO TRABALHO – que “dispõe sobre a criação de cargos efetivos no Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região e dá outras providências”. RELATOR: Deputado CARLOS SOUZA.

PROJETO DE LEI Nº 1.933/07 – TRIBUNAL SUPE-RIOR DO TRABALHO – que “cria cargos de provi-mento efetivo e em comissão no Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região e dá outras providências”. RELATOR: Deputado AELTON FREITAS.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 3ª SESSÃO

ÚLTIMA SESSÃO: 13-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orça-mentária e do Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 1.669/03 – do Sr. Walter Pinheiro – que “autoriza entidades filantrópicas a explorar lote-ria de números e dá outras providências”. (Apensado: PL 2539/2003) RELATOR: Deputado LUIZ FERNANDO FARIA.

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60374 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

PROJETO DE LEI Nº 5.583/05 – do Sr. Carlos Souza – que “altera a redação do art. 25 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, para tornar obrigatória a licitação para escolha de empresa ou instituição a ser contrata-da para a realização de concursos públicos”. RELATOR: Deputado ARNALDO MADEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 6.524/06 – do Sr. Carlos Souza – que “altera os percentuais e a forma de aplicação do benefício fiscal de que trata a Medida Provisória nº 2.199-14, de 2001”. RELATOR: Deputado ANDRE VARGAS.

PROJETO DE LEI Nº 182/07 – do Sr. Takayama – que “dispoe sobre bloqueio judicial de conta bancária”. RELATOR: Deputado COLBERT MARTINS.

PROJETO DE LEI Nº 833/07 – da Sra. Solange Amaral – que “dispõe sobre a disponibilização do percentual de 0,5% da alíquota do IPI e do IR para aplicação em programas de atendimento social para a população de idosos desempregados no País”.

RELATOR: Deputado VIRGÍLIO GUIMARÃES.

PROJETO DE LEI Nº 1.799/07 – do Sr. Professor Se-timo – que “dispõe sobre a obrigatoriedade da apre-sentação de documento de identidade na realização de pagamentos com cartão de crédito”. RELATOR: Deputado MAX ROSENMANN.

PROJETO DE LEI Nº 2.098/07 – do Sr. Rocha Lou-res – que “dispõe sobre a alíquota da COFINS não-cumulativa estabelecida na Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003”. RELATOR: Deputado JOÃO DADO.

PROJETO DE LEI Nº 2.160/07 – do Sr. Arnon Bezerra – que “acrescenta o § 3º-A ao art. 8º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, que dispõe sobre a legis-lação do imposto de renda pessoa física”. RELATOR: Deputado JOÃO MAGALHÃES.

PROJETO DE LEI Nº 2.213/07 – do Senado Federal- Francisco Dornelles – (PLS 7/2007) – que “altera a Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para incluir o nascituro no rol de dependentes que possibilitam dedução na base de cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Física”. (Apensado: PL 1617/2007) RELATOR: Deputado JOÃO DADO.

B – Da Análise da Adequação Financeira e Orça-mentária (art. 54):

PROJETO DE LEI Nº 4.657/04 – do Sr. Paulo Bauer – que “acrescenta art. à Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, de forma a regulamentar o julgamento das penalidades decorrentes de infrações cometidas por

veículos de socorro e fiscalização, quando em serviço de urgência”. (Apensado: PL 5778/2005) RELATOR: Deputado JOÃO DADO.

PROJETO DE LEI Nº 5.789/05 – do Sr. Félix Mendonça – que “dispõe sobre a criação da Universidade Federal de Irecê, na Região Setentrional da Bahia”. RELATOR: Deputado PAULO RENATO SOUZA.

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 12/11/2007)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.223/07 – do Sr. Sebastião Bala Rocha – que “altera o art. 50, § 2º, inciso II da Lei nº 9.478, de 1997, que dispõe sobre a política energéti-ca nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Ener-gética e a Agência Nacional do Petróleo e dá outras providências”. RELATOR: Deputado JUVENIL ALVES.

PROJETO DE LEI Nº 2.243/07 – do Sr. Dr. Talmir – que “altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas de-rivadas de condutas e atividades lesivas ao meio am-biente, e dá outras providências”. RELATORA: Deputada MARINA MAGGESSI.

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO

ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.248/07 – do Sr. Raul Henry – que “dispõe sobre a diluição dos custos de aquisição de parcela da energia elétrica gerada pela Termoper-nambuco S/A com os consumidores finais do Sistema Interligado Nacional, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado GERVÁSIO SILVA.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60375

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO

ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 5.653/05 – do Sr. Neucimar Fra-ga – que “institui Programa de Atendimento e Atenção ao Cidadão Brasileiro no Exterior e dá outras provi-dências”. RELATORA: Deputada ÍRIS DE ARAÚJO.

PROJETO DE LEI Nº 915/07 – do Sr. João Bittar – que “altera a Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964, Lei do Serviço Militar”. (Apensado: PL 2132/2007) RELATOR: Deputado JAIR BOLSONARO.

PROJETO DE LEI Nº 2.275/07 – do Sr. Matteo Chia-relli – que “altera a Lei nº 6.634, de 2 de maio de 1979, que dispõe sobre a faixa de fronteira, altera o Decreto-lei nº 1.135, de 3 de dezembro de 1970, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado VIEIRA DA CUNHA.

DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 13-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 6.906/06 – do Sr. Jair Bolsonaro – que “altera a redação das alíneas “a” e “d” do inci-so VI, do art. 2º, da Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, que “dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inci-so IX do art. 37 da Constituição Federal, e dá outras providências””. RELATOR: Deputado FLÁVIO BEZERRA.

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.336/96 – do Sr. Fernando Ferro – que “dispõe sobre a obrigatoriedade da realização de avaliação periódica de saúde e análise laboratorial para trabalhadores expostos a produtos agrotóxicos, seus componentes e afins”. RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ.

PROJETO DE LEI Nº 898/99 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – que “revoga dispositivos da Lei nº 9.796, de 5 de maio de 1999, que “dispõe sobre a compensa-ção financeira entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes de previdência dos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-pios nos casos de contagem recíproca do tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, e dá outras providências”, estende sua aplicação à compensação financeira entre os regimes próprios de previdência social dos servidores de que trata, e dá outras provi-dências”. (Apensado: PL 3907/2000) RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ.

PROJETO DE LEI Nº 3.604/04 – do Sr. Celso Russo-manno – que “altera a Lei nº 10.098, de 19 de dezem-bro de 2000, que “estabelece normas gerais e critérios básicos de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências”.

RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ.

PROJETO DE LEI Nº 2.154/07 – do Sr. Dr. Talmir – que “dispõe sobre a criação de código de acesso telefônico para recebimento de denûncias de abortos clandestinos”. RELATOR: Deputado JOSÉ LINHARES.

PROJETO DE LEI Nº 2.233/07 – do Sr. Cristiano Ma-theus – que “altera o art. 4º da Lei nº 11.345, de 14 de setembro de 2006, para ampliar os parcelamentos de débitos com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS das entidades sem fins econômicos para tre-zentas e sessenta prestações mensais”. RELATORA: Deputada CIDA DIOGO.

PROJETO DE LEI Nº 2.285/07 – do Sr. Sérgio Bar-radas Carneiro – que “dispõe sobre o Estatuto das Famílias” RELATORA: Deputada RITA CAMATA.

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

AVISOS

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60376 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO

ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 4.673/04 – da Sra. Maria do Ro-sário – que “reconhece a profissão de Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras provi-dências”. (Apensado: PL 5127/2005) RELATORA: Deputada MARIA HELENA.

PROJETO DE LEI Nº 1.629/07 – do Sr. Antonio José Medeiros – que “estabelece incentivo fiscal às empre-sas que contratarem empregadas mulheres chefes de família e dá outras providências”.

RELATOR: Deputado EUDES XAVIER.

DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 12-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 6.770/06 – do Sr. Edson Ezequiel – que “acrescenta dispositivo à Lei nº 8.036, de 1990, para permitir o saque do saldo da conta vinculada ao FGTS pelo trabalhador que permanecer trabalhando após completar 65 anos de idade”. (Apensados: PL 948/2007, PL 1357/2007 e PL 1844/2007) RELATOR: Deputado SANDRO MABEL.

PROJETO DE LEI Nº 557/07 – do Sr. Tarcísio Zimmer-mann – que “”Altera o caput do art. 13 da Lei nº 10.192, de 14 de fevereiro de 2001, e seu § 2º.”” RELATOR: Deputado TADEU FILIPPELLI.

PROJETO DE LEI Nº 1.036/07 – do Sr. Magela – que “dispõe sobre a profissão de Instrutor de Formação de Condutores de Veículos Automotores ora denominado de Instrutor de Trânsito”. RELATOR: Deputado DANIEL ALMEIDA.

DECURSO: ATÉ 10/11/07

* prazo prorrogado de ofício pelo Presidente

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 112/07 – do Sr. Alberto Fraga – que “altera o art. 22 do Decreto-Lei nº 667, de 2 de julho de 1969, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado DANIEL ALMEIDA.

PROJETO DE LEI Nº 172/07 – da Sra. Professora Ra-quel Teixeira – que “dispõe sobre a equalização de juros pelo Tesouro Nacional nos empréstimos feitos a micro-empresas e empresas de pequeno porte com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT” RELATOR: Deputado SANDRO MABEL.

PROJETO DE LEI Nº 1.397/07 – do Senado Federal – Augusto Botelho – (PLS 29/2007) – que “autoriza o Poder Executivo a criar “campi” avançados da Uni-versidade Federal de Roraima nos Municípios que especifica”. RELATOR: Deputado MARCIO JUNQUEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 2.004/07 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – que “acrescenta a alínea XVIII no art. 20 da Lei nº 8.036, de 1990, que “Dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências””. RELATOR: Deputado DANIEL ALMEIDA.

PROJETO DE LEI Nº 2.123/07 – dos Srs. Edigar Mão Branca e Edson Duarte – que “dispõe sobre a ativida-de de Vaqueiro”. RELATORA: Deputada GORETE PEREIRA.

PROJETO DE LEI Nº 2.188/07 – do Sr. Eduardo Val-verde – que “dispõe sobre a criação da Fundação Universidade Federal do Vale do Guaporé, por des-membramento da Fundação Universidade Federal de Rondônia – UFVG, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado CARLOS ALBERTO CANUTO.

PROJETO DE LEI Nº 2.194/07 – da Sra. Solange Al-meida – que “cria o Programa Nacional de Inclusão ao Mercado de Trabalho, para mulheres beneficiadas pelo Programa Bolsa Família”. RELATOR: Deputado JOSÉ CARLOS VIEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 2.199/07 – do Sr. Vignatti – que “autoriza a criação da Universidade Federal da Mesor-região da Grande Fronteira do Mercosul – UFGFM e dá outras providências”. RELATORA: Deputada MANUELA D’ÁVILA.

PROJETO DE LEI Nº 2.234/07 – do Sr. Duarte Nogueira – que “altera o art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que estabelece as normas gerais de licita-ções e contratos no âmbito da Administração Pública, para dispor sobre o pagamento de despesas públicas mediante utilização de cartão corporativo”. RELATOR: Deputado EUDES XAVIER.

PROJETO DE LEI Nº 2.235/07 – do Sr. Regis de Olivei-ra – que “acrescenta o § 13 ao art. 17 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, que “Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enrique-

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60377

cimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.”” RELATOR: Deputado EDGAR MOURY.

PROJETO DE LEI Nº 2.242/07 – do Sr. Manoel Junior – que “altera a redação do art. 17 do Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, e dá outras provi-dências”. RELATOR: Deputado TADEU FILIPPELLI.

PROJETO DE LEI Nº 2.245/07 – do Sr. Reginaldo Lo-pes – que “regulamenta a profissão de Tecnólogo e dá outras providências”. RELATOR: Deputado MARCO MAIA.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 3.132/04 – do Sr. Eduardo Val-verde – que “altera o art. 455 da Consolidação das Leis do Trabalho e dá outras providências”. RELATOR: Deputado EDGAR MOURY.

PROJETO DE LEI Nº 1.476/07 – do Senado Federal – Sérgio Zambiasi – (PLS 313/2006) – que “altera o § 9º do art. 28 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para permitir que o custeio da educação superior dos empregados possa ser abatido da base de incidência da contribuição para o Regime Geral de Previdên-cia Social”. (Apensado: PL 5280/2005 (Apensado: PL 5724/2005))

RELATOR: Deputado DANIEL ALMEIDA.

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.876/07 – do Sr. Geraldo Re-sende – que “torna obrigatória construção de área destinada à prática desportiva nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, da rede pública e pri-vada, em todo o território nacional”. RELATOR: Deputado FÁBIO FARIA.

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: ATÉ 11/11/07

* prazo prorrogado de ofício pelo Presidente

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.531/07 – da Sra. Janete Ca-piberibe – que “torna obrigatório o uso de proteção no motor e eixo das embarcações em todo Território Nacional”. RELATOR: Deputado BETO ALBUQUERQUE.

II – COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1921, DE 1999, DO SENADO FEDERAL, QUE INSTITUI A TARIFA SOCIAL DE ENERGIA ELÉTRICA PARA CONSU-

MIDORES DE BAIXA RENDA E DÁ OUTRAS PRO-VIDÊNCIAS.

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.921/99 – do Senado Federal – Geraldo Melo e José Agripino – (PLS 118/1999) – que “institui a tarifa social de energia elétrica para consumidores de baixa renda e dá outras providên-cias”. (Apensados: PL 1946/1999, PL 2406/2000, PL 2987/1997 (Apensados: PL 1631/1999, PL 4083/1998 e PL 96/2003), PL 3124/2000 (Apensado: PL 4616/2004), PL 3134/2000, PL 4068/2001, PL 4328/2001, PL 4366/2001, PL 4746/2001, PL 6202/2002, PL 6247/2002, PL 3430/2004, PL 5963/2005, PL 6737/2006 (Apensa-do: PL 1001/2007), PL 7229/2006, PL 414/2007, PL 1178/2007 e PL 1928/2007) RELATOR: Deputado CARLOS ZARATTINI.

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60378 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

III – COMISSÕES MISTAS

COMISSÃO MISTA DE PLANOS, ORÇAMENTOS PÚBLICOS E FISCALIZAÇÃO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 DIAS ÚTEIS)

DECURSO: 3º DIAÚLTIMO DIA: 13/11/2007

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO, referente ao Aviso nº 28/2007-CN, que “encaminha ao Congresso Nacional cópia do Acórdão nº 1617, de 2007 – TCU (Plenário), bem como dos respectivos Relatório e Voto que o fundamentaram relativo a Levantamento de Auditoria realizado nas obras de “Construção de Trecho Rodoviário – Diamantino – Sapezal – Como-doro – na BR-364 – no Estado de Mato Grosso”, (TC nº 012.540/2007-3)”.RELATOR: Deputado REGIS DE OLIVEIRA

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (8 DIAS)

DECURSO: 3º DIAÚLTIMO DIA: 14/11/2007

PROJETO DE LEI Nº 30/2007-CN, que “estima a re-ceita e fixa a despesa da União para o exercício finan-ceiro de 2008.”RELATOR-GERAL: Deputado JOSÉ PIMENTEL

IV – COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES

ENCAMINHAMENTO DE MATÉRIA ÀS COMISSÕES

EM 08/11/2007:

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidada-nia: PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 305/2007 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 335/2007 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 338/2007 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 369/2007 PROJETO DE LEI Nº 6.917/2006 PROJETO DE LEI Nº 6.934/2006 PROJETO DE LEI Nº 7.252/2006 PROJETO DE LEI Nº 1.040/2007 PROJETO DE LEI Nº 1.100/2007 PROJETO DE LEI Nº 1.140/2007

(Encerra-se a sessão às 14 horas e 31 minutos.)

Decisão do PresidenteArquive-se, nos termos do art. 133 do RICD, a

seguinte proposição:

Projeto de Lei:Nº 942/2007 (Inocêncio Oliveira) – Declara imu-

nes ao corte as árvores situadas dentro do domínio do Bioma Caatinga.

Brasília, 8 de novembro de 2007. – Arlindo Chi-naglia, Presidente.

Decisão do PresidenteArquivem-se, nos termos do § 4º do art. 58 do

RICD, as seguintes proposições:

Projetos de Lei:Nº 6.810/2002 (Lincoln Portela) – Dispõe sobre

o cancelamento de multas aplicadas às rádios não autorizadas.

Nº 7.395/2002 (Senado Federal – Edison Lobão) – Altera a Lei nº 8.670, de 30 de junho de 1993, que dispõe sobre a criação de Escolas Técnicas e Agro-técnicas Federais, e dá outras providências.

Brasília, 8 de novembro de 2007. – Arlindo Chi-naglia, Presidente.

PARECERES

PROJETO DE LEI Nº 1.765-A, DE 1999 (Do Sr. Sérgio Carvalho)

Institui o currículo mínimo para os di-versos cursos superiores e dá outras pro-vidências; tendo parecer da Comissão de Educação e Cultura, pela rejeição deste e dos de nºs 1819/99 e 4.413/01, apensados (relator: Deputado Paulo Renato Souza).

Despacho: Às Comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Ci-dadania (Art. 54).

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Educação e Cultura

I – Relatório

Os projetos de lei em epígrafe receberam, em 15 de Dezembro de 2003, parecer favorável com substi-tutivo da Nobre Relatora na Comissão de Educação e Cultura, Deputada Iara Bernardi. As proposições foram apresentadas ao plenário da Comissão em 19/12/2003, mas não foram votadas.

Os projetos de lei foram arquivados em 31 de Ja-neiro de 2007, nos termos do art. 105 do Regimento Interno. Foram desarquivados em 7 de Fevereiro de

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60379

2007, atendendo a requerimento de autoria do Nobre Deputado Max Rosenmann.

O projeto de lei principal e os apensados têm como objetivo implantar estrutura curricular comum para os diversos cursos superiores.

O projeto de lei principal estabelece em pelo menos 80%, o conteúdo curricular comum, prevendo, ainda, em pelo menos 80%, o número de horas-aula a serem atribuídas a este conteúdo comum. Revoga a competência da Câmara de Educação Superior, do Conselho Nacional de Educação, para deliberar sobre as “diretrizes curriculares”, instituída pela alínea “c” do § 2º do Art. 9º da Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995.

O projeto de lei nº 1.819, de 1999, institui uma estrutura curricular comum por curso superior, obri-gando as instituições de ensino superior a adotarem o regime semestral.

O projeto de lei nº 4.413, de 2001, não revoga as disposições contidas no art. 9º da Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995, mas estabelece alguns eixos a serem observados na definição das diretrizes cur-riculares. Estabelece em 50% os conteúdos comuns aos diversos cursos.

Esgotado o prazo regimental, não foram apre-sentadas emendas às proposições.

É o relatório.

II – Voto do Relator

A Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995, ins-tituiu as “diretrizes curriculares” a serem determinadas pelo Conselho Nacional de Educação, em substituição aos antigos currículos mínimos.

Através do parecer nº 776/97, o CNE definiu as “diretrizes curriculares”, com a indispensável abran-gência para que as universidades possam exercer plenamente a autonomia que lhes assegura o art. 207 da Constituição.

Assim, o posicionamento descentralizador do CNE deixou a escolha dos conteúdos curriculares dos diversos cursos, a critério das instituições de ensino superior. Trata-se de posição que espelha o respeito a um importante aspecto da autonomia universitária, qual seja, o livre preenchimento da grade curricular.

A descentralização na escolha dos conteúdos curriculares, que passou da alçada do MEC (com os antigos “currículos mínimos”), para o das instituições de ensino acarretou, outrossim, importantes vantagens.

As instituições de ensino passaram a ter a pos-sibilidade de responder rapidamente às inovações re-queridas pelo mercado de trabalho. Novos conteúdos passaram ser retirados ou incluídos de acordo com as exigências do sistema econômico.

Além disto, a descentralização permitiu a melhor inserção das instituições na região em que estão situ-adas. O exemplo sempre lembrado é o dos cursos de agronomia, que devem, por exemplo, enfatizar o plantio de videiras em regiões do Sul e a criação de caprinos em regiões do Nordeste brasileiro.

A justificativa que seus autores apresentaram para os projetos de lei em epígrafe é a questão de transferência de alunos que podem ser, eventualmen-te, obrigados a alongar o tempo necessário a concluir seus cursos, devido a diferenças de currículos entre instituições.

Trata-se de um problema real, para o qual esta Comissão de Educação e Cultura deve, oportunamen-te, encontrar uma resposta adequada. Não obstante, sua solução não é a unificação de currículos, o que representaria um verdadeiro retrocesso na educação superior brasileira.

Portanto, nosso parecer é desfavorável ao projeto de lei principal e aos apensados.

Sala da Comissão, 19 de setembro de 2007. – Deputado Paulo Renato Souza, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Educação e Cultura, em reunião extraordinária realizada hoje, concluiu pela rejeição do Projeto de Lei nº 1.765/99 e dos PLs nºs 1.819/99 e 4.413/01, apensados, nos termos do parecer do re-lator, Deputado Paulo Renato Souza.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Gastão Vieira,Presidente; Maria do Rosário e

Osvaldo Reis – Vice-Presidentes; Alex Canziani, Alice Portugal, Angelo Vanhoni, Antonio Bulhões, Antônio Carlos Biffi, Ariosto Holanda, Átila Lira, Carlos Abica-lil, Clodovil Hernandes, Fátima Bezerra, Iran Barbosa, João Matos, Joaquim Beltrão, Lelo Coimbra, Lobbe Neto, Nice Lobão, Nilmar Ruiz, Paulo Renato Souza, Paulo Rubem Santiago, Professor Ruy Pauletti, Pro-fessor Setimo, Professora Raquel Teixeira, Raul Henry, Rogério Marinho, Severiano Alves, Waldir Maranhão, Angela Portela e Raimundo Gomes de Matos.

Sala da Comissão, 24 de outubro de 2007. – Deputado Gastão Vieira, Presidente.

PROJETO DE LEI Nº 1.816-C, DE 1999 (Do Sr. Raimundo Gomes de Matos)

Insitui o “Dia Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde”; tendo pareceres: da Comissão de Seguridade Social e Fa-mília, pela aprovação (relatora: Deputada Lúcia Vânia); da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, pela aprovação (rela-tor: Deputado Átila Lira); e da Comissão de

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60380 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda (relator: Deputado Maurício Rands).

Despacho: Às Comissões de Seguri-dade Social e Família, de Educação, Cultura e Desporto; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54).

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

I – Relatório

O projeto de lei em apreço objetiva instituir o “Dia Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde”, a ser comemorado, anualmente, no dia 04 de outubro, data em que se deu a assinatura do Decreto nº 3.189, de 1999, que “fixa diretrizes para o exercício da atividade de Agente Comunitário de Saúde (AGS), e dá outras providências”.

A proposição determina, também, que no trans-curso dessa data comemorativa, poderá ser outorga-da a “Medalha de Mérito Oswaldo Cruz”, mediante proposta do Ministro de Estado da Saúde, àqueles que se destacarem, de forma notável ou relevante, em suas funções como Agente de Saúde, nos seus respectivos estados.

Na justificação de sua proposta, o autor da pro-posição salienta o importante papel desempenhado por um contigente de mais de 100.000 pessoas, cons-tituindo-se em “anjos da guarda” dos doentes pobres espalhados por cerca de 3.500 municípios brasileiros, atendendo a mais de 41 milhões de pessoas.

A Comissão de Seguridade Social e Família e a Comissão de Educação, Cultura e Desporto aprova-ram o projeto.

Durante o prazo regimental, não foram apresen-tadas emendas à proposição.

II – Voto do Relator

Conforme determina o art. 32, inciso IV, a, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, cum-pre a esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronunciar acerca da constitucionalida-de, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Lei nº 1.816, de 1999.

Estão obedecidos os requisitos constitucionais relativos à competência da União (art. 24, IX, CF), às atribuições do Congresso Nacional (art. 48, caput, CF) e à iniciativa, neste caso, ampla e não reservada (art. 61, caput, CF), além de atendido o requisito constante

do art. 215, § 2°, da Carta Magna, que estabelece a fixação, por meio de lei, de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.

O projeto está de acordo com as demais normas infraconstitucionais em vigor no país, assim como aten-de aos princípios gerais de Direito.

Para a técnica legislativa e a redação emprega-das estarem adequadas, conformando-se às normas estabelecidas pela Lei Complementar nº 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar nº 107, de 2001, faz-se necessário suprimir a cláusula de revogação genérica contida no art. 4º, nos termos da emenda apresentada.

Isto posto, nada mais havendo que possa obstar sua tramitação nesta Casa, nosso voto é no sentido da constitucionalidade, juridicidade e boa técnica le-gislativa do Projeto de Lei nº 1.816, de 1999, com a emenda apresentada.

Sala da Comissão, 12 de setembro de 2007. – Deputado Maurício Rands, Relator.

EMENDA SUPRESSIVA Nº 1

Suprima-se o art. 4º do projeto. Sala da Comissão, 12 de setembro de 2007.

– Deputado Maurício Rands.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda (apresentada pelo Relator),do Projeto de Lei nº 1.816-B/1999, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Maurício Rands.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Leonardo Picciani – Presidente, Mendes Ribeiro

Filho, Neucimar Fraga e Marcelo Itagiba – Vice-Presi-dentes, Cândido Vaccarezza, Colbert Martins, Edmar Moreira, Edson Aparecido, Felipe Maia, Flávio Dino, Geraldo Pudim, Ibsen Pinheiro, Indio da Costa, José Eduardo Cardozo, José Genoíno, José Mentor, Mar-celo Guimarães Filho, Mauro Benevides, Mendonça Prado, Moreira Mendes, Nelson Trad, Odair Cunha, Paes Landim, Paulo Teixeira, Professor Victorio Galli, Regis de Oliveira, Renato Amary, Sandra Rosado, Sérgio Barradas Carneiro, Vicente Arruda, Vilson Co-vatti, Vital do Rêgo Filho, Wolney Queiroz, Zenaldo Coutinho, Antonio Bulhões, Arnaldo Faria de Sá, Ayr-ton Xerez, Beto Albuquerque, Carlos Abicalil, Carlos Willian, Chico Lopes, Décio Lima, Edmilson Valentim, Eduardo Cunha, Fernando Coruja, George Hilton, Gonzaga Patriota, Hugo Leal, Humberto Souto, João Magalhães, José Pimentel, Matteo Chiarelli, Pinto Ita-maraty e Rubens Otoni.

Sala da Comissão, 23 de outubro de 2007. – Depu-tado Leonardo Picciani, Presidente.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60381

PROJETO DE LEI Nº 1.304-A, DE 2003 (Do Sr. Leonardo Monteiro)

Dispõe sobre a criação de telefone de três dígitos para uso exclusivo dos Conse-lhos Tutelares; tendo parecer da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e In-formática, pela aprovação do PL 1.870/03, apensado, com emenda, e pela rejeição deste (relator: DEP. RAUL JUNGMANN).

Despacho: Às Comissões de Ciência E Tecnologia, Comunicação e Informática e Constituição e Justiça e de Redação (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à Aprecia-ção conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática

I – Relatório

O Projeto de Lei nº 1.304, de 2003, de autoria do nobre Deputado Leonardo Monteiro, pretende criar o telefone de três dígitos para acesso aos Conselhos Tutelares em todo o território nacional.

Alega o ilustre autor da matéria que os citados órgãos, criados para defender os direitos da criança e do adolescente, não possuem um telefone de fácil memorização e amplamente divulgado para facilitar o acesso da população, ao contrário da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, que já dispõem, há muito tempo, de telefones de três dígitos conhecidos por todos.

Tramita apensado à referida proposição, o Pro-jeto de Lei nº 1.870, de 2003, de autoria do Deputado Joaquim Francisco, que também objetiva a criação de um número telefônico de uso exclusivo dos Conselhos Tutelares.

Cabe à Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática posicionar-se sobre o mérito da matéria, à qual não foram apresentadas emendas durante o prazo regimental.

II – Voto do Relator

A adoção de um código telefônico unificado e com apenas três dígitos para acesso aos Conselhos Tutelares é medida que, com certeza, contribuirá para tornar mais efetivo o trabalho desses órgãos na defesa dos direitos da criança e do adolescente.

É inquestionável, portanto, a relevância das ini-ciativas incluídas nos dois projetos de lei ora em exa-me, que merecem ser apoiadas por esta Comissão. Contudo, a redação da proposição principal não nos parece adequada, na medida em que define, a priori,

um conjunto de códigos a serem utilizados para aces-so aos Conselhos Tutelares.

Considerando que cabe ao Poder Executivo, por intermédio da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel, definir os referidos códigos e que existe a possibilidade de que um dos códigos sugeridos no projeto principal já esteja designado em regulamen-to para algum serviço de emergência, optamos pela redação do projeto de lei apensado que, a nosso ver, atende melhor a essas ponderações.

Verificamos, contudo, que a redação do art. 3º merece ser aperfeiçoada, pois entendemos que não se deve limitar aos serviços de telefonia fixa comutada a obrigatoriedade de incluir o número dos conselhos tutelares nas contas telefônicas. Dado ao explosivo crescimento do serviço móvel pessoal e a sua alta penetração nas camadas de menor poder aquisitivo, consideramos fundamental para ampliar a divulgação do referido número estender a obrigação às contas desse serviço.

Por essas razões, votamos pela aprovação do Projeto de Lei nº 1.870, de 2003, com a emenda de relator que ora apresentamos, e pela rejeição do Pro-jeto de Lei nº 1.304, de 2003.

Sala da Comissão, 10 de outubro de 2007. – Depu-tado Raul Jungmann, Relator.

EMENDA OFERECIDA PELO RELATOR

O art. 3º do projeto passa a vigorar com a se-guinte redação:

“Art. 3º É obrigatória a divulgação do número telefônico de que trata esta Lei nas listas telefônicas e nas contas telefônicas dos serviços de telefonia fixa comutada e móvel pessoa!”

Sala da Comissão, 10 de outubro de 2007. – Depu-tado Raul Jungmann.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-ção e Informática, em reunião ordinária realizada hoje, rejeitou unanimemente o PL 1304/2003, e aprovou, com emenda, o PL 1870/2003, apensado, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Raul Jungmann.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Julio Semeghini – Presidente, José Rocha, Paulo

Bornhausen e Bilac Pinto – Vice-Presidentes, Bruno Rodrigues, Cristiano Matheus, Dr. Nechar, Edigar Mão Branca, Eduardo Sciarra, Elismar Prado, Emanuel Fernandes, Enio Bacci, Guilherme Menezes, Gusta-vo Fruet, José Aníbal, Leandro Sampaio, Luiza Erun-dina, Manoel Salviano, Maria do Carmo Lara, Miguel Martini, Nazareno Fonteles, Paulo Henrique Lustosa,

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60382 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Paulo Roberto, Roberto Rocha, Rômulo Gouveia, Si-las Câmara, Uldurico Pinto, Valadares Filho, Vic Pires Franco, Zequinha Marinho, Ana Arraes, Cida Diogo, Edson Duarte, Eduardo Cunha, Fernando Ferro, João Carlos Bacelar, Juvenil Alves,Raul Jungmann, Rebec-ca Garcia e Takayama.

Sala da Comissão, 24 de outubro de 2007. – Depu-tado Julio Semeghini, Presidente.

PROJETO DE LEI Nº 4.496-A, DE 2004 (Do Senado Federal)

OFÍCIO (SF) 2263/2004 PLS Nº 323/2003

Autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Unifoeste); tendo parecer da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, pela aprovação (relator: Deputado Filipe Pereira).

Despacho: Às Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público Educa-ção e Cultura Finanças e Tributação (Art. 54 RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 Ricd)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público

I – Relatório

O Projeto de Lei nº 4.496, de 2004, de autoria do Senado Federal, visa autorizar o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Uni-foeste), no Estado da Bahia.

A Unifoeste terá como objetivos principais: ofere-cer o ensino superior em diversos campos do saber, em suas variadas formas e modalidades; desenvolver a pesquisa nas diferentes áreas do conhecimento; e promover a extensão universitária, especialmente para as necessidades de seu entorno regional.

Na sua justificação, o autor do projeto argumenta que os índices de crescimento e de desenvolvimento do oeste baiano vêm aumentando desde 1980, principal-mente através da cultura da soja, do milho, do arroz, do feijão, do café e do algodão, além do pólo exportador de frutas, que vem sendo constantemente ampliado, e do incremento da exploração do turismo ecológico, tornando essa região cada vez mais importante para o Estado da Bahia, apesar da ausência total da oferta de ensino superior público federal.

A criação da Unifoeste se reveste, assim, se-gundo o autor, de uma notável importância para essa região do Estado da Bahia, vez que a existência de

uma instituição federal de educação superior de boa qualidade e gratuita atenderia tanto aos agentes do desenvolvimento econômico, que estão a demandar, crescentemente, uma mão-de-obra mais qualificada, como aos jovens dessa região que pretendem dar continuidade aos seus estudos, mas não dispõem de recursos financeiros para pagar as mensalidades das instituições particulares.

Dessa forma, o autor ressalta ser inquestionável a justiça do pleito pretendido de ver ali instalada uma instituição federal de ensino superior, que possa, si-multaneamente, proporcionar a capacitação científica, tecnológica e profissional requerida aos jovens da re-gião e alavancar o desenvolvimento socioeconômico do Estado da Bahia.

No prazo regimental não foram oferecidas emendas.

É o relatório.

II – Voto do Relator

No que concerne à análise do mérito dos objeti-vos visados com a apresentação do Projeto de Lei nº 4.496, de 2004, julgamos serem bastante sólidos os argumentos utilizados para a sua justificação.

De fato, é inquestionável nos dias de hoje a íntima relação entre o desenvolvimento socioeconômico de uma região e a solidez do ensino superior instalado, o que ressalta a importância de que as oportunidades de acesso à educação superior de qualidade estejam bem supridas em todo o território nacional, principalmente no que tange às regiões interioranas, historicamente defasadas quanto a este insumo tão importante.

Ademais, é inegável que o Estado da Bahia tem sido insuficientemente atendido quanto à presença de instituições federais de ensino superior, apesar de cons-tituir um pólo de desenvolvimento importante dentro do cenário nacional, com alto potencial de crescimento e com uma demanda expressiva por profissionais com graduação universitária, o que justifica, sem dúvida, as devidas providências da União para um atendimento efetivo quanto à ampliação da oferta desse nível de ensino no Estado.

Assim considerando, entendemos que a criação de uma universidade federal na região oeste do Esta-do da Bahia contribuirá, decisivamente, para o incre-mento do seu desenvolvimento, mediante a ampliação de oportunidades de qualificação universitária, a ge-ração de conhecimento e de inovações tecnológicas voltadas para a solução dos problemas regionais e o oferecimento de melhores perspectivas para os jovens e de melhor qualidade de vida para a população ali residente, em geral.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60383

A par disso, quanto à constitucionalidade, enten-demos alertar que muitas iniciativas parlamentares se-melhantes foram obstadas sob a alegação de vício de iniciativa, por se tratar de matéria submetida à iniciativa privativa do Presidente da República, inclusive quando usada a forma autorizativa, consoante entendimento consubstanciado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania na Súmula de Jurisprudência nº 01, de 1994.

Entretanto, considerando já haver precedente no sentido da aprovação de projeto de idêntico teor pelo Poder Legislativo, sancionado pelo Presidente da Re-pública com a edição da Lei nº 10.611, de 23 de de-zembro de 2002, que autorizou o Executivo a criar a Universidade Federal Rural da Amazônia, e que cabe fundamentalmente a esta Comissão opinar quanto ao mérito da matéria, julgamos conveniente não aden-trarmos na análise desse questionamento, a ser feita oportunamente pela Comissão competente.

Em face do exposto, votamos, no mérito, pela aprovação do Projeto de Lei nº 4.496, de 2004.

Sala da Comissão, 20 de maio de 2007. – Depu-tado Filipe Pereira, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 4.496/2004, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Filipe Pereira. O Deputado Tarcísio Zimmermann absteve-se de votar.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Nelson Marquezelli – Presidente, Wilson Braga e

Paulo Rocha – Vice-Presidentes, Daniel Almeida, Edgar Moury, Edinho Bez, Gorete Pereira, Manuela D’ávila, Marco Maia, Mauro Nazif, Milton Monti, Pedro Hen-ry, Roberto Santiago, Sandro Mabel, Tadeu Filippelli, Tarcísio Zimmermann, Thelma de Oliveira, Vicentinho, Carlos Alberto Canuto, Carlos Alberto Leréia, João Oliveira, Laerte Bessa e Maria Helena.

Sala da Comissão, 24 de outubro de 2007. – Depu-tado Nelson Marquezelli, Presidente.

PROJETO DE LEI Nº 4.572-B, DE 2004 (Do Sr. Sarney Filho)

Institui o Dia Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres; tendo pare-ceres da Comissão de Educação e Cultu-ra, pela aprovação, com emenda (relator: Deputado Dr. Heleno) e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e da Emenda da Comissão

de Educação e Cultura (relator: Deputado Fernando Coruja).

Despacho: Às Comissões de Educação e Cultura e Constituição e Justiça e de Cida-dania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania

I – Relatório

Trata-se de projeto de lei, de autoria do Depu-tado Sarney Filho, que visa a institui o Dia Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, no dia 15 de outubro.

Na Justificação, argumenta-se que o combate ao tráfico de animais silvestres passa, necessariamente, por uma conscientização da sociedade e dos órgãos ambientais sobre o dano ecológico e social provocado por essa atividade criminosa.

Lembra-se que o dia 4 de outubro é o Dia Mundial dos Animais, data em que também se festeja o Dia de São Francisco de Assis, protetor dos animais.

A Comissão de Educação e Cultura votou pela aprovação do projeto, com emenda modificativa, para alterar para 14 de outubro a comemoração, por ser o dia 15 de outubro o Dia do Professor (e, embora não oficialmente, o Dia do Caçador), nos termos do Pare-cer do Relator, Deputado Dr. Heleno.

Findo o prazo regimental, nenhuma emenda foi oferecida à proposição.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Consoante o disposto no art. 32, inciso IV, alí-nea a, do Regimento Interno, compete à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, manifestar-se sobre o projeto e a emenda sob os aspectos de cons-titucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.

O exame da matéria sob o prisma constitucional deixa transparecer que a mesma atende aos requisitos concernentes às atribuições do Congresso Nacional, à iniciativa legislativa e à competência concorrente da União, para legislar sobre patrimônio cultural, florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, prote-ção e dano ao meio ambiente (art. 24, VI, 48, caput, e 61, caput).

A proposição não contraria qualquer princípio de Direito, ou a legislação infraconstitucional em vigor, o que atende ao requisito de juridicidade.

A técnica legislativa não merece reparos, estando em consonância com a Lei Complementar nº 95, de 1998, alterada pela de nº 107, de 2001.

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60384 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Isto posto, o voto é no sentido da constitucionali-dade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 4.572, de 2004, e da emenda aprovada na Comissão de Educação e Cultura.

Sala da Comissão, 10 de agosto de 2005. – Depu-tado Fernando Coruja, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Lei nº 4.572-A/2004 e da Emenda da Comissão de Educação e Cultura, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Fernan-do Coruja.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Leonardo Picciani – Presidente, Mendes Ribeiro

Filho, Neucimar Fraga e Marcelo Itagiba – Vice-Presi-dentes, Cândido Vaccarezza, Colbert Martins, Edmar Moreira, Edson Aparecido, Felipe Maia, Flávio Dino, Geraldo Pudim, Ibsen Pinheiro, Indio da Costa, José Eduardo Cardozo, José Genoíno, José Mentor, Mar-celo Guimarães Filho, Mauro Benevides, Mendonça Prado, Moreira Mendes, Nelson Trad, Odair Cunha, Paes Landim, Paulo Teixeira, Professor Victorio Galli, Regis de Oliveira, Renato Amary, Sandra Rosado, Sérgio Barradas Carneiro, Vicente Arruda, Vilson Co-vatti, Vital do Rêgo Filho, Wolney Queiroz, Zenaldo Coutinho, Antonio Bulhões, Arnaldo Faria de Sá, Ayr-ton Xerez, Beto Albuquerque, Carlos Abicalil, Carlos Willian, Chico Lopes, Décio Lima, Edmilson Valentim, Eduardo Cunha, Fernando Coruja, George Hilton, Gonzaga Patriota, Hugo Leal, Humberto Souto, João Magalhães, José Pimentel, Matteo Chiarelli, Pinto Ita-maraty e Rubens Otoni.

Sala da Comissão, 23 de outubro de 2007. – Depu-tado Leonardo Picciani, Presidente.

PROJETO DE LEI Nº 4.677-B, DE 2004 (Do Sr. Milton Monti)

Dispõe sobre autorização para as Po-lícias Federal, Civil e Militar utilizarem as torres de telefonia celular para instalação de sistemas de rádio comunicação e dá ou-tras providências; tendo pareceres: da Co-missão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, pela aprovação (relator: Deputado Jair Bolsonaro); e da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e In-formática, pela aprovação, com substitutivo (relator: Deputado José Rocha).

Despacho:às Comissões De Seguran-ça Pública E Combate Ao Crime Organizado;

Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informá-tica e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática

I – Relatório

O Projeto de Lei nº 4.677, de 2004, de autoria do nobre Deputado Milton Monti, permite que a Polícia Federal e as Polícias Civis e Militares utilizem as torres das empresas de telefonia celular para instalação de equipamentos de rádio-comunicação. Estabelece ain-da que tais equipamentos devem ser compatíveis com o sistema de telefonia celular, para que não causem qualquer tipo de interferência nesse serviço.

A proposição também prevê que a instalação e a manutenção dos equipamentos de rádio-comunicação deverão ser de responsabilidade das Polícias opera-doras dos sistemas, não podendo qualquer ônus ser transferido para as operadoras de telefonia celular. Em contrapartida, é previsto que essas operadoras não poderão cobrar qualquer tipo de remuneração pela utilização de suas torres.

Em despacho emitido em 23 de dezembro de 2004, a proposição foi distribuída para a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organi-zado, na qual recebeu parecer pela aprovação; para a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e para a Comissão de Constituição e Jus-tiça e de Cidadania.

No prazo regimental, não foram apresentadas emendas à proposição nesta Comissão.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Na justificação do Projeto de Lei nº 4.667, de 2004, o Deputado Milton Monti esclarece que um dos objetivos de sua proposta é estabelecer uma parceria entre as Polícias e as operadoras de telefonia móvel. Tal parceria seria necessária porque essas operadoras possuem uma ampla estrutura operacional que poderia auxiliar o Poder Público no cumprimento do seu dever de prover segurança pública à população.

De fato, a parceria proposta no projeto poderia baratear significativamente a instalação de equipa-mentos de rádio-comunicação destinados às Polícias. Para se ter uma idéia, uma torre de transmissão das mais simples, com altura entre 40 e 50 metros, custa hoje algo em torno de R$ 15 mil a R$ 25 mil. Portanto, iniciativas legislativas que possam evitar esse dispên-

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60385

dio ao Poder Público para a instalação de sistemas de rádio-comunicação destinados à segurança são muito bem vindas.

Acrescente-se que tal medida de compartilha-mento das torres de transmissão não trará, atendi-das algumas premissas básicas, qualquer malefício às operadoras de telefonia celular – algo garantido pelo próprio projeto no parágrafo único do seu art. 1º. Muito pelo contrário, o compartilhamento de torres de transmissão é, via de regra, benéfico para o manejo do espectro radioelétrico e, consequentemente, redunda em benefícios para todos os que dele fazem uso. Além disso, a promoção desse tipo de sinergia tem como resultado a melhoria na eficiência das aplicações de recursos na instalação da infra-estrutura de telecomu-nicações sem fio.

Contudo, do ponto de vista técnico, entendemos que o acréscimo de algumas regras é necessário. É preciso garantir a estabilidade e a confiabilidade das redes, tanto da telefonia celular quanto da segurança pública. Também é necessário garantir que as novas regras emanadas por meio da eventual aprovação des-te Projeto de Lei não trarão ônus extras às operadoras de telefonia celular, algo que terminaria por encarecer o acesso da população a esse serviço.

Portanto, tendo em vista que a proposta é ple-namente viável, trará benefícios para a população e redundará em economia de recursos públicos, sem que para isso haja qualquer transferência de dispêndio a outros atores – mas que, para tanto, alguns ajustes são necessários – , nosso voto é pela aprovação do Projeto de Lei nº 4.677, de 2004, na forma do substi-tutivo que ora apresentamos.

Sala da Comissão, 9 de outubro de 2007. – Depu-tado José Rocha , Relator.

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 4.677, DE 2004

Dispõe sobre autorização para as Po-lícias Federal, Civil e Militar utilizarem as torres de telefonia celular para instalação de sistemas de rádio comunicação e dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica autorizada a utilização das torres de

telefonia celular de empresas públicas ou privadas pela Polícia Federal, pelas Polícias Civis e Polícias Militares nos respectivos Estados da Federação para instalação de sistemas de transmissão de rádio comunicação.

Parágrafo único. O equipamento de comunica-ção deve ser compatível com o sistema de telefonia celular para não causar qualquer tipo de interferência operacional.

Art. 2º As operadoras de telefonia celular deten-toras das torres deverão tornar disponível, às polícias citadas no artigo 1º, publicações que descrevam as condições de compartilhamento, que não poderão ser discriminatórias.

Art. 3º A solicitação de utilização das torres de telefonia celular deverá ser feita formalmente, por es-crito, e conter as informações técnicas necessárias para a análise da viabilidade de compartilhamento pela detentora da infra-estrutura. A solicitante tem o direi-to a receber informações suficientes para avaliar se a infra-estrutura atende às suas necessidades.

Art. 4º A solicitação deverá ser respondida por escrito, em um prazo de até noventa dias, contados da data de recebimento, informando sobre a possibilidade de compartilhamento e, em caso negativo, detalhando as razões técnicas que levaram à negativa.

Parágrafo único. O compartilhamento só poderá ser negado por razões de limitação na capacidade, segurança, estabilidade, confiabilidade, violação de requisitos de engenharia ou de cláusulas e condições emanadas pelo Poder Concedente.

Art. 5º A referida instalação será realizada sem custo de instalação e ou manutenção para as opera-doras de telefonia celular.

Art. 6º Não será permitida a cobrança de qual-quer remuneração, seja a que título for, por parte das operadoras de telefonia celular pela utilização de suas torres de celular pelas polícias citadas no artigo 1º.

Art. 7º O Poder Executivo regulamentará essa lei no prazo de 90 dias a contar da data da sua entrada em vigor.

Art. 8º Esta lei entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.

Sala da Comissão, 9 de outubro de 2007. – Depu-tado José Rocha, Relator.

COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO

Na reunião ordinária da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática do dia 31 de outubro de 2007, apresentei a esta Comissão parecer pela aprovação do Projeto de Lei nº 4.677, de 2004, na forma de Substitutivo.

Considerando a necessidade de equiparar o Dis-trito Federal aos demais Estados da Federação no que tange ao disposto no Substitutivo, recomendamos mo-dificação em seu art. 1º.

Face ao exposto, acatamos a sugestão de alte-ração no Substitutivo de nossa autoria, e o reapresen-tamos na forma do Substitutivo anexo.

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado José Rocha, Relator.

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60386 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 4.677, DE 2004

Dispõe sobre autorização para as Po-lícias Federal, Civil e Militar utilizarem as torres de telefonia celular para instalação de sistemas de rádio comunicação e dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica autorizada a utilização das torres de

telefonia celular de empresas públicas ou privadas pela Polícia Federal, pelas Polícias Civis e Polícias Militares nos respectivos Estados da Federação e no Distrito Federal para instalação de sistemas de transmissão de rádio comunicação.

Parágrafo único. O equipamento de comunica-ção deve ser compatível com o sistema de telefonia celular para não causar qualquer tipo de interferência operacional.

Art. 2º As operadoras de telefonia celular deten-toras das torres deverão tornar disponível, às polícias citadas no artigo 1º, publicações que descrevam as condições de compartilhamento, que não poderão ser discriminatórias.

Art. 3º A solicitação de utilização das torres de telefonia celular deverá ser feita formalmente, por es-crito, e conter as informações técnicas necessárias para a análise da viabilidade de compartilhamento pela detentora da infra-estrutura. A solicitante tem o direi-to a receber informações suficientes para avaliar se a infra-estrutura atende às suas necessidades.

Art. 4º A solicitação deverá ser respondida por escrito, em um prazo de até noventa dias, contados da data de recebimento, informando sobre a possibilidade de compartilhamento e, em caso negativo, detalhando as razões técnicas que levaram à negativa.

Parágrafo único. O compartilhamento só poderá ser negado por razões de limitação na capacidade, segurança, estabilidade, confiabilidade, violação de requisitos de engenharia ou de cláusulas e condições emanadas pelo Poder Concedente.

Art. 5º A referida instalação será realizada sem custo de instalação e ou manutenção para as opera-doras de telefonia celular.

Art. 6º Não será permitida a cobrança de qual-quer remuneração, seja a que título for, por parte das operadoras de telefonia celular pela utilização de suas torres de celular pelas polícias citadas no artigo 1º.

Art. 7º O Poder Executivo regulamentará essa lei no prazo de 90 dias a contar da data da sua entrada em vigor.

Art. 8º Esta lei entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado José Rocha, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comu-nicação e Informática, em reunião ordinária realiza-da hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 4.677/2004, com substitutivo, nos termos do Parecer do Relator, Deputado José Rocha, com complemen-tação de voto.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Julio Semeghini – Presidente, José Rocha, Paulo

Bornhausen e Bilac Pinto – Vice-Presidentes, Cristia-no Matheus, Dr. Nechar, Edigar Mão Branca, Eduar-do Sciarra, Elismar Prado, Emanuel Fernandes, Enio Bacci, Eunício Oliveira, Gustavo Fruet, Jorge Bittar, Jorginho Maluly, José Aníbal, Leandro Sampaio, Luiza Erundina, Maria do Carmo Lara, Miguel Martini, Na-zareno Fonteles, Paulo Henrique Lustosa, Paulo Ro-berto, Roberto Rocha, Rodrigo Rollemberg, Sandes Júnior, Silas Câmara, Uldurico Pinto, Valadares Filho, Vic Pires Franco, Walter Pinheiro, Zequinha Marinho, Cida Diogo, Eduardo Cunha, Frank Aguiar, João Carlos Bacelar, Júlio Cesar, Juvenil Alves, Luiz Carlos Busato e Rebecca Garcia.

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Julio Semeghini, Presidente.

PROJETO DE LEI Nº 4.970-A, DE 2005 (Do Sr. Takayama)

Dispõe sobre o registro das ações dos órgãos policiais no controle de manifesta-ções coletivas; tendo parecer da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, pela rejeição (relator: Deputado Mendes Ribeiro Filho).

Despacho: Às Comissões de Seguran-ça Pública e Combate ao Crime Organizado e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) – Art. 24, II

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Segurança Pública e Combate Ao Crime Organizado

I – Relatório

Vem a esta Comissão, dentro do campo temáti-co, o projeto em apreço, de autoria do nobre Deputado Takayama, que obriga o registro de imagens das ações dos órgãos policiais no controle de manifestações co-letivas, como forma de conter a violência policial.

Para tanto, propõe uma série de medidas para tais registros. No caso de não cumprimento dos pro-cedimentos legais que pretende legalizar, a autorida-

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60387

de descumpridora incorrerá em crime de abuso de autoridade.

Ao justificar sua proposição, o autor assevera que a violência nos grandes centros brasileiros ultra-passa níveis de nações do Oriente Médio em confla-grada guerra.

Afirma, ainda, que a violência policial brasileira tem sido alvo freqüente da mídia e, em razão disso, tem ganhado maior visibilidade quando comparada a outros momentos históricos. Nesse sentido, sustenta que a violência policial é utilizada como instrumento de controle social e da criminalidade.

Por fim, o autor afirma que o apoio governamen-tal à violência policial existente diminuiu no país, tendo praticamente desaparecido nos estados das regiões sul e sudeste.

Apresentada em 30 de março de 2005, a propo-sição foi distribuída, no dia 6 do mês seguinte, à apre-ciação da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, nos termos do que dispõem os art. 24, inciso II, e 54, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD).

Na CSPCCO, recebeu, inicialmente, parecer con-trário do Deputado originariamente designado para re-latá-la, que, posteriormente, apresentou novo parecer, pela aprovação na forma de substitutivo.

Rejeitado esse parecer, em 11 de julho de 2006, passou a constituir voto em separado, ao mesmo tem-po em que foi designado outro Deputado para Relator do Vencedor.

A proposição terminou por ser arquivada, em 31 de janeiro de 2007, nos termos do art. 105 do Regi-mento Interno da Câmara dos Deputados.

Desarquivada nos termos do Artigo 105 do RICD, em 10 de abril de 2007, teve a designação deste Re-lator em 3 de maio de 2007, com reabertura do pra-zo para apresentação de emendas, a contar de 7 do mesmo mês, pelo prazo de cinco sessões ordinárias. Neste prazo, proposição não teve apresentação de emendas.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Na forma do disposto no Regimento Interno da Casa (artigo 32 XVIII, b e g), cabe a esta Comissão Permanente a análise de matéria relativa à violência, seja urbana ou rural, bem como das matérias referentes aos órgãos institucionais da segurança pública.

Oportuno lembrar que o Projeto de Lei em aná-lise é em muito semelhante a um outro rejeitado por esta Casa, oriundo do Senado Federal.

Apesar desta Comissão não analisar a técnica legislativa, há um equívoco na ementa do projeto que afeta o seu mérito. Esse descuido deve-se ao fato de que a ementa refere-se somente sobre o registro das ações dos órgãos policiais, mas o objeto da proposi-ção é outro, mais amplo. No caput do artigo 1º, o nobre autor refere-se ao registro de imagens das ações dos órgãos policiais e não somente o registro das ações, que é feito por boletim de ocorrência, ou similar.

Também não cabe a esta comissão a apreciação da constitucionalidade, ainda que nesse campo vis-lumbre-se vícios insanáveis, no projeto original, pois cria obrigação aos entes federados, gerando despe-sas aos Estados e, por isso, ferindo o pacto federativo. Nesse sentido, a manutenção do texto original com a inconstitucionalidade afeta a análise de mérito, pois sendo os recursos escassos para aquisição e ma-nutenção de equipamentos básicos para a atividade policial, como os para a segurança dos agentes e da população em geral, estaria inviabilizado o registro de imagens e seu arquivamento em todas as operações que lista o Autor.

Outro aspecto que necessita aperfeiçoamento é o fato do projeto não atingir todos os órgãos que atuam na segurança pública, como as guardas muni-cipais, causadoras de significativos confrontos entre vendedores ambulantes em suas diversas operações de cumprimento dos códigos de posturas dos municí-pios e as de natureza fiscal.

Também a proposição não alcança as guardas penitenciárias, presentes em vários estados, cujas atuações se especializaram no controle de rebeliões, ações essas potencialmente causadoras de conflitos violentos. Assim, a proposição é restritiva às institui-ções policiais dos estados e da União, necessitando de aperfeiçoamentos.

Outro aspecto que convém ressaltar, é que essas operações são cotidianas, sem planejamento prévio, re-alizadas pelo policiamento normal em apoio a oficial de justiça. Dessa forma, seria de difícil execução a previsão contida no inciso V, do § 3º, do artigo 1º, quando afirma que em “quaisquer outros casos em que se presuma a possibilidade de resistência coletiva” devem-se filmar as ações policiais. Aqui, o texto tem um sentido muito amplo e vago, pois praticamente teríamos que ter um aparelho de filmagem, com profissional “regularmente habilitado”, no interior de cada viatura.

Assim, pelas razões esposadas, somos pela re-jeição do Projeto de Lei nº 4970, de 2005.

Sala da Comissão, 12 de junho de 2007. – Depu-tado Mendes Ribeiro Filho, Relator.

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60388 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, em reunião ordinária realizada hoje, rejeitou o Projeto de Lei nº 4.970/05, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Mendes Ribeiro Filho, contra os votos dos Deputados Raul Jungmann e La-erte Bessa. O parecer do Deputado Cabo Júlio passou a constituir voto em separado. O Deputado Neucimar Fraga apresentou voto em separado.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:João Campos – Presidente, Pinto Itamaraty, Raul Jung-mann e Laerte Bessa – Vice-Presidentes, Arnaldo Fa-ria de Sá, Guilherme Campos, José Eduardo Cardozo, Lincoln Portela, Marcelo Itagiba, Paulo Pimenta – Ti-tulares; Ademir Camilo, Alex Canziani, Carlos Sam-paio, Iriny Lopes, Marcelo Almeida e Pedro Chaves – Suplentes.

Sala da Comissão, 23 de outubro de 2007. – Depu-tado João Campos, Presidente.

VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO NEUCIMAR FRAGA COM SUBSTITUTIVO

Vem a esta Comissão, dentro do campo temáti-co, o projeto em apreço, de autoria do nobre Deputado Takayama, que obriga o registro de imagens das ações dos órgãos policiais no controle de manifestações co-letivas, como forma de conter a violência policial.

Para tanto, propõe uma série de medidas para tais registros. No caso de não cumprimento dos pro-cedimentos legais que pretende legalizar, a autorida-de descumpridora incorrerá em crime de abuso de autoridade.

Ao justificar sua proposição, o autor assevera que a violência nos grandes centros brasileiros ultra-passa níveis de nações do Oriente Médio em confla-grada guerra.

Afirma, ainda, que a violência policial brasileira tem sido alvo freqüente da mídia e, em razão disso, tem ganhado maior visibilidade quando comparada a outros momentos históricos. Nesse sentido, sustenta que a violência policial é utilizada como instrumento de controle social e da criminalidade.

Por fim, o autor afirma que o apoio governamen-tal à violência policial existente diminuiu no país, tendo praticamente desaparecido nos estados das regiões sul e sudeste.

Na forma do disposto no Regimento Interno da Casa (artigo 32 XVIII, b e g), cabe a esta Comissão Permanente a análise de matéria relativa à violência, seja urbana ou rural, bem como das matérias referentes aos órgãos institucionais da segurança pública.

Oportuno lembrar que o Projeto de Lei em aná-lise é em muito semelhante a um outro rejeitado por esta Casa, oriundo do Senado Federal.

Apesar desta Comissão não analisar a técnica legislativa, há um equívoco na ementa do projeto que afeta o seu mérito. Esse descuido deve-se ao fato de que a ementa refere-se somente sobre o registro das ações dos órgãos policiais, mas o objeto da proposi-ção é outro, mais amplo. No caput do artigo 1º, o nobre autor refere-se ao registro de imagens das ações dos órgãos policiais e não somente o registro das ações, que é feito por boletim de ocorrência, ou similar.

Também não cabe a esta comissão a apreciação da constitucionalidade, ainda que nesse campo vislum-bre-se vícios insanáveis, no projeto original, pois cria obrigação aos entes federados, gerando despesas aos Estados e, por isso, ferindo o pacto federativo.

Nesse sentido, a manutenção do texto original com a inconstitucionalidade afeta a análise de mérito, pois sendo os recursos escassos para aquisição e ma-nutenção de equipamentos básicos para a atividade policial, como os para a segurança dos agentes e da população em geral, estaria inviabilizado o registro de imagens e seu arquivamento em todas as operações que lista o Autor.

Outro aspecto que necessita aperfeiçoamento é o fato do projeto não atingir todos os órgãos que atuam na segurança pública, como as guardas muni-cipais, causadoras de significativos confrontos entre vendedores ambulantes em suas diversas operações de cumprimento dos códigos de posturas dos municí-pios e as de natureza fiscal.

Assim, a proposição é restritiva às instituições policiais dos estados e da União, necessitando de aperfeiçoamentos.

Outro aspecto que convém ressaltar, é que essas operações são cotidianas, sem planejamento prévio, re-alizadas pelo policiamento normal em apoio a oficial de justiça. Dessa forma, seria de difícil execução a previsão contida no inciso V, do § 3º, do artigo 1º, quando afirma que em “quaisquer outros casos em que se presuma a possibilidade de resistência coletiva” devem-se filmar as ações policiais. Aqui, o texto tem um sentido muito amplo e vago, pois praticamente teríamos que ter um aparelho de filmagem, com profissional “regularmente habilitado”, no interior de cada viatura.

Enfim, entendendo a justa intenção do Autor de diminuir a violência policial, garantir os direitos dos ci-dadãos e diminuir a criminalidade, a proposição carece de aperfeiçoamentos.

Assim, pelas razões esposadas, somos pela apro-vação do Projeto de Lei nº 4970, de 2005, na forma do substitutivo apresentado.

Sala da Comissão, 3 de julho de 2007. – Depu-tado Neucimar Fraga, PR-ES.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60389

SUBSTITUTIVO

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta lei dispõe sobre a filmagem de ações

dos órgãos no controle de manifestações coletivas.Art. 2º Os órgãos chamados a atuar no contro-

le das manifestações coletivas, sempre que possível, poderão fazer o registro das imagens das ações exe-cutadas.

§ 1º Para os efeitos de aplicação desta Lei, en-tende-se como registro de imagens os realizados em filmes ou meios magnéticos, com cenas em movimento, em planos gerais que permitam a identificação dos pre-sentes e gravadas por operador do respectivo órgão.

§ 2º Para os efeitos de aplicação desta Lei, in-cluem-se, dentre outras, entre as ações de controle manifestações coletivas:

I – desocupação de áreas e edifícios, públicos ou privados;

II – desobstrução de vias públicas;III – cumprimento de mandatos de reintegração

de posse.IV – quaisquer outros casos em que se presuma

a possibilidade de resistência coletiva.Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua

publicação.Sala da Comissão, 3 de julho de 2007. – Depu-

tado Neucimar Fraga, PR – ES.

VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO CABO JÚLIO COM SUBSTITUTIVO

I – Relatório

Vem a esta Comissão, dentro do campo temáti-co, o projeto em apreço, de autoria do nobre Deputado Takayama, que obriga o registro de imagens das ações dos órgãos policiais no controle de manifestações co-letivas, como forma de conter a violência policial.

Para tanto, propõe uma série de medidas para tais registros. No caso de não cumprimento dos pro-cedimentos legais que pretende legalizar, a autorida-de descumpridora incorrerá em crime de abuso de autoridade.

Ao justificar sua proposição, o autor assevera que a violência nos grandes centros brasileiros ultra-passa níveis de nações do Oriente Médio em confla-grada guerra.

Afirma, ainda, que a violência policial brasileira tem sido alvo freqüente da mídia e, em razão disso, tem ganhado maior visibilidade quando comparada a outros momentos históricos. Nesse sentido, sustenta que a violência policial é utilizada como instrumento de controle social e da criminalidade.

Por fim, o autor afirma que o apoio governamen-tal à violência policial existente diminuiu no país, tendo praticamente desaparecido nos estados das regiões sul e sudeste.

Não foram apresentadas emendas no prazo re-gimental.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Na forma do disposto no Regimento Interno da Casa (artigo 32 XVIII, b e g), cabe a esta Comissão Permanente a análise de matéria relativa à violência, seja urbana ou rural, bem como das matérias referentes aos órgãos institucionais da segurança pública.

Oportuno lembrar que o Projeto de Lei em aná-lise é em muito semelhante a um outro rejeitado por esta Casa, oriundo do Senado Federal.

Apesar desta Comissão não analisar a técnica legislativa, há um equívoco na ementa do projeto que afeta o seu mérito. Esse descuido deve-se ao fato de que a ementa refere-se somente sobre o registro das ações dos órgãos policiais, mas o objeto da proposi-ção é outro, mais amplo. No caput do artigo 1º, o nobre autor refere-se ao registro de imagens das ações dos órgãos policiais e não somente o registro das ações, que é feito por boletim de ocorrência, ou similar.

Também não cabe a esta comissão a apreciação da constitucionalidade, ainda que nesse campo vislum-bre-se vícios insanáveis, no projeto original, pois cria obrigação aos entes federados, gerando despesas aos Estados e, por isso, ferindo o pacto federativo.

Nesse sentido, a manutenção do texto original com a inconstitucionalidade afeta a análise de mérito, pois sendo os recursos escassos para aquisição e ma-nutenção de equipamentos básicos para a atividade policial, como os para a segurança dos agentes e da população em geral, estaria inviabilizado o registro de imagens e seu arquivamento em todas as operações que lista o Autor.

Outro aspecto que necessita aperfeiçoamento é o fato do projeto não atingir todos os órgãos que atuam na segurança pública, como as guardas muni-cipais, causadoras de significativos confrontos entre vendedores ambulantes em suas diversas operações de cumprimento dos códigos de posturas dos municí-pios e as de natureza fiscal.

Também a proposição não alcança as guardas penitenciárias, presentes em vários estados, cujas atuações se especializaram no controle de rebeliões, ações essas potencialmente causadoras de conflitos violentos. Assim, a proposição é restritiva às institui-ções policiais dos estados e da União, necessitando de aperfeiçoamentos.

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60390 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Outro aspecto que convém ressaltar, é que essas operações são cotidianas, sem planejamento prévio, re-alizadas pelo policiamento normal em apoio a oficial de justiça. Dessa forma, seria de difícil execução a previsão contida no inciso V, do § 3º, do artigo 1º, quando afirma que em “quaisquer outros casos em que se presuma a possibilidade de resistência coletiva” devem-se filmar as ações policiais. Aqui, o texto tem um sentido muito amplo e vago, pois praticamente teríamos que ter um aparelho de filmagem, com profissional “regularmente habilitado”, no interior de cada viatura.

Enfim, entendendo a justa intenção do Autor de diminuir a violência policial, garantir os direitos dos ci-dadãos e diminuir a criminalidade, a proposição carece de aperfeiçoamentos.

Assim, pelas razões esposadas, somos pela apro-vação do Projeto de Lei nº 4970, de 2005, na forma do substitutivo apresentado.

Sala da Comissão, 17 de maio de 2006. – Depu-tado Cabo Júlio, PMDB/MG,Relator.

SUBSTITUTIVO

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta lei dispõe sobre a filmagem de ações

dos órgãos no controle de manifestações coletivas.Art. 2º Os órgãos chamados a atuar no contro-

le das manifestações coletivas, sempre que possível, poderão fazer o registro das imagens das ações exe-cutadas.

§ 1º Para os efeitos de aplicação desta Lei, en-tende-se como registro de imagens os realizados em filmes ou meios magnéticos, com cenas em movimento, em planos gerais que permitam a identificação dos pre-sentes e gravadas por operador do respectivo órgão.

§ 2º Para os efeitos de aplicação desta Lei, in-cluem-se, dentre outras, entre as ações de controle manifestações coletivas:

I – desocupação de áreas e edifícios, públicos ou privados;

II – desobstrução de vias públicas;III – cumprimento de mandatos de reintegração

de posse.IV – restabelecimento da ordem em presídios,

casas de detenção e de custódia, carceragens e esta-belecimentos de detenção de menores infratores;

V – quaisquer outros casos em que se presuma a possibilidade de resistência coletiva.

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 7 de junho de 2006. – Depu-tado Cabo Júlio, PMDB/MG, Relator.

PROJETO DE LEI Nº 5.653-A, DE 2005 (Do Sr. Neucimar Fraga)

Institui Programa de Atendimento e Atenção ao Cidadão Brasileiro no Exterior e dá outras providências; tendo parecer da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática, pela aprovação, com emenda (relator: Deputado Elismar Prado).

Despacho: Às Comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; Rela-ções Exteriores e de Defesa Nacional; Finanças e Tributação (Art. 54 RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática

I – Relatório

O Projeto de Lei nº 5.653, de 2005, oferecido pelo nobre Deputado Neucimar Fraga, institui programa de atendimento a brasileiros que residam regularmente em outro país, que viajem ou que se encontrem ile-galmente no exterior. Determina que, no âmbito do programa, seja colocado à disposição desses brasilei-ros uma linha para ligações gratuitas, na modalidade 0800 ou similar.

O texto foi enviado a esta Comissão para exame, nos termos do art. 32, inciso III, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Transcorrido o prazo re-gimental de cinco sessões, não foram apresentadas emendas ao mesmo.

Os relatores anteriores, Deputados Durval Orlato e Ibsen Pinheiro, apresentaram parecer, que no entanto não foram apreciados por esta Comissão. O Deputado Walter Pinheiro apresentou voto em separado, sugerin-do uma alteração no PL, também não apreciado.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Trata-se de proposição que determina, no âmbito de programa de apoio a brasileiros residentes ou em trânsito no exterior, a oferta de uma linha 0800 ou si-milar, para contatar autoridade brasileira.

Não cabe a esta Comissão entrar no mérito da pertinência do programa sugerido. Tanto a situação de brasileiros no exterior como o adequado exercício de apoio e proteção aos mesmos, seja pelos Consulados do Brasil, seja por outras instâncias do Governo Fe-deral, são matéria de outras Comissões e sobre estas

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60391

não nos cabe pronunciamento, sob pena de prejudicar este parecer.

Restringimo-nos, pois, a analisar a criação de ser-viço telefônico gratuito, objeto do art. 3º da proposição em exame. Tal serviço poderá servir de comunicação rápida e eficaz para brasileiros em dificuldades, faci-litando sua localização e a prestação de ajuda. Nada temos, pois, a opor à iniciativa.

Acatamos a sugestão de melhoria de redação oferecida pelo Deputado Walter Pinheiro, na forma da Emenda anexa, que tem o objetivo de ampliar as pos-sibilidades de prestação do serviço, permitindo outros meios, além do uso da telefonia.

O nosso voto, em suma, é pela aprovação do Projeto de Lei nº 5.653, de 2005, com a Emenda que apresentamos.

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Elismar Prado, Relator

EMENDA

Dê-se ao artigo 3º do Projeto a seguinte redação.

“Art. 3º Para a realização dos objetivos previstos nesta lei, implantar-se-á sistema de atendimento telefônico, ou análogo, gratuito ao cidadão brasileiro, acessível de qualquer país, disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.

Páragrafo único. O atendimento gratuito a que se refere o caput deste artigo destina-se à orientação e instrução ao cidadão brasileiro no exterior, especialmente quanto ao forneci-mento de informações, meios e recursos con-sulares garantidores da proteção dos direitos inerentes à cidadania brasileira.”

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Elismar Prado, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comu-nicação e Informática, em reunião ordinária realiza-da hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 5.653/2005,com emenda,nos termos do Parecer do Relator, Deputado Elismar Prado. O Deputado Walter Pinheiro apresentou voto em separado.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Julio Semeghini – Presidente, José Rocha, Paulo

Bornhausen e Bilac Pinto – Vice-Presidentes, Cristia-no Matheus, Dr. Nechar, Edigar Mão Branca, Eduar-do Sciarra, Elismar Prado, Emanuel Fernandes, Enio Bacci, Eunício Oliveira, Gustavo Fruet, Jorge Bittar, Jorginho Maluly, José Aníbal, Leandro Sampaio, Luiza Erundina, Maria do Carmo Lara, Miguel Martini, Na-zareno Fonteles, Paulo Henrique Lustosa, Paulo Ro-

berto, Roberto Rocha, Rodrigo Rollemberg, Sandes Júnior, Silas Câmara, Uldurico Pinto, Valadares Filho, Vic Pires Franco, Walter Pinheiro, Zequinha Marinho, Cida Diogo, Eduardo Cunha, Frank Aguiar, João Carlos Bacelar, Júlio Cesar, Juvenil Alves, Luiz Carlos Busato e Rebecca Garcia.

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Julio Semeghini, Presidente.

VOTO DO DEPUTADO WALTER PINHEIRO

I – Relatório

O Projeto de Lei nº 5.653, de 2005, oferecido pelo nobre Deputado Neucimar Fraga, institui programa de atendimento a brasileiros que residam regularmente em outro país, que viajem ou que se encontrem ile-galmente no exterior. Determina que, no âmbito do programa, seja colocado à disposição desses brasilei-ros uma linha para ligações gratuitas, na modalidade 0800 ou similar.

No presente momento, e apesar da inexistência de estatísticas, estima-se que o número de brasileiros e brasileiras no exterior oscile entre dois e três milhões. E conforme os dados disponíveis, os países de maior concentração de imigrantes brasileiros são os Estados Unidos, Paraguai, Japão e Europa, com destaque es-pecial para Portugal.

No Brasil, inúmeras iniciativas na Câmara e no Senado Federal discutiram e investigaram a situação dos brasileiros no exterior, concluindo, entre outras, pela precariedade no suporte oferecido pelos consula-dos e embaixadas. Há reclamações quanto à carência de consulados e dificuldades de atendimento nestes, bem como a falta de condições para contratar advoga-dos para defendê-los e a demanda de que o governo brasileiro faça isso;

No exterior, os cidadãos brasileiros que têm sua cidadania comprometida quando suas prerrogativas de cidadão protegido por acordos e tratados internacionais são violadas, não vêm encontrando amparo satisfatório das leis e representantes consulares do Brasil.

Sejam eles estudantes, trabalhadores, turistas, detentos, independentemente de sua situação regular ou irregular, de sua condição pessoal ou profissional, enfrentam situações e problemas os mais variados. Há, inclusive, registros de violações de direitos humanos, de natureza criminal, com envolvimento de máfias de agenciamento de mão de obra e de prostituição, tráfi-co de crianças, discriminação, excessos das polícias de fronteira, trabalho escravo, entre outros casos de flagrante desrespeito à dignidade de brasileiros, regis-trados em documentos oficiais das comissões parla-mentares que investigaram essa situação.

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Esta realidade nos desafia a buscar soluções do ponto de vista legal e institucional oferecendo alterna-tivas sólidas para a proteção dos direitos dos brasilei-ros no exterior.

Várias propostas foram formuladas pela socieda-de civil e debatidas nas comissões parlamentares que estudaram o tema, entre elas destacam-se:

Criação de uma Secretaria ou Departamento com poderes jurídicos no âmbito do Ministério da Justiça e do Ministério das Relações Exteriores para os assun-tos de emigração;

Elaboração de um “Estatuto do Brasileiro no Ex-terior”;

Implementação de serviço jurídico local de apoio aos emigrados, prestado preferencialmente por pro-fissionais que trabalhem com associações ligadas à comunidade;

Reforço das capacidades humanas e financei-ras dos consulados para o devido atendimento aos brasileiros no exterior, com a ampliação do número de funcionários;

Reforço dos meios financeiros e operacionais para o repatriamento de emigrantes em situação de carência e para traslado de corpos de brasileiros fa-lecidos no exterior.

Embora à Comissão de Ciência e Tecnologia não seja outorgada competência para debater os aspectos legais e orçamentários mais intrinsecamente ligados às competências da Comissão de Relações Exterio-res e Defesa Nacional e da Comissão de Finanças e Tributação, resta-nos manifestar opinião acerca dos meios de informação e comunicação disponibizados pelos consulados e embaixadas para o atendimento das prerrogativas da cidadania brasileira.

II – Voto

Um vez explicitado o problema, resta-nos abordar os aspectos de competência desta Comissão. Sendo assim sugerimos que o artigo 3º, caput e parágrafo único, do PL 5653/05 seja alterado, ainda que de modo a contemplar o escopo da intenção original do autor, nos seguintes termos:

“Art. 3º – Para a realização dos objetivos previstos nesta lei, implantar-se-á sistema de atendimento telefônico, ou análogo, gratuito ao cidadão brasileiro, acessível de qualquer país ou localidade estrangeira, disponível inin-terruptamente, inclusive aos fins de semana e feriados nacionais e estrangeiros;

Parágrafo único. O atendimento gratuito a que se refere o caput deste artigo destina-se à orientação e instrução ao cidadão brasileiro no Exterior, especialmente quanto ao forneci-

mento de informações, meios e recursos con-sulares garantidores da proteção dos direitos inerentes à cidadania brasileira;”

Saudando a lucidez do relatório do ilustre depu-tado Ibsen Pinheiro, consideramos as alterações pro-postas de vital importância tanto no sentido de evitar que a obsolescência tecnológica retire as conquistas apresentadas neste projeto de lei, bem como, espe-cificando o caráter permanente deste serviço e ainda ressaltando o escopo de sua utilização.

Sem mais a opinar, voto pela aprovação do pre-sente, com as alterações assinaladas no artigo 3º e parágrafo único, parabenizando o autor pela oportuni-dade da matéria que garante ao cidadão brasileiro no exterior um atendimento condizente com as respon-sabilidades da pátria para com os seus.

Sala da Comissão 17 de Outubro de 2007. – Depu-tado Walter Pinheiro, PT-BA.

PROJETO DE LEI Nº 7.269-A, DE 2006 (Do Sr. Jair Bolsonaro)

Altera a redação do § 1º do art. 6º, da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre o registro, posse e comer-cialização de armas de fogo e munição, so-bre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências; tendo parecer da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, pela aprovação, com emenda (relator: Depu-tado Guilherme Campos).

Despacho: Às Comissões de Seguran-ça Pública e Combate ao Crime Organizado; e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à apre-ciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão De Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado

I – Relatório

O Projeto de Lei nº 7.269, de 2006, do Deputado Jair Bolsonaro, altera a redação do § 1º do art. 6º da Lei 10.826/03, incluindo os integrantes do quadro efe-tivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e os integrantes das guardas portuárias entre os autorizados a portar arma de fogo fora do horário serviço, na forma do regulamento da citada lei.

Na justificativa da proposição, o Autor destaca os ataques a agentes e guardas prisionais e a outros

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integrantes de órgãos responsáveis pela segurança pública, fora do horário de expediente, por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Esses ataques teriam demonstrado a necessidade de esses profissio-nais terem garantido o porte de arma, em tempo inte-gral, em razão do desempenho de suas funções e da peculiaridade de suas atribuições. Conclui afirmando contar com o apoio de seus Pares para a aprovação da proposição sob análise que irá suprimir grave lacuna na lei que definiu as regras sobre o porte de armas.

No prazo regimental de cinco sessões, o projeto de lei não recebeu emendas.

II – Voto do Relator

A violência promovida pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) contra integrantes de órgãos de seguran-ça pública e contra agentes penitenciários, no primei-ro semestre do ano passado, ainda está presente na memória de todos, alertando-nos para a necessidade de garantirmos àqueles que trabalham nos órgãos de segurança pública e nas unidades prisionais melhores condições para o desempenho de suas atividades pro-fissionais. Entre os mortos daqueles atos de barbárie houve quatro agentes penitenciários.

O fato de a lei não permitir aos agentes peni-tenciários que portem armas de fogo, fornecidas pelo Estado, fora do horário de serviço, certamente contri-bui para a redução da segurança desses servidores, nos seus horários de folga. Ora, se a Lei 10.826/03 reconhece que um policial está sob risco de ataques criminosos vinte e quatro horas por dia, qual a lógica que afastou esse risco da vida privada dos agentes penitenciários?

O presente projeto de lei está corrigindo essa la-cuna ao incluir os agentes e guardas prisionais entre os que podem portar armas de sua instituição fora de horário de serviço.

Da mesma forma, não é preciso esperar que contrabandistas comecem a matar guardas portuá-rios fora do horário de serviço, para que se estenda a eles esse mesmo direito. Sua atuação profissional, reprimindo ataques de assaltantes especializados em roubar, nas áreas de porto, mercadorias transportadas pela via marítima os tornam alvo preferencial desses criminosos de alta periculosidade. Por isso, relevante a proposição sob análise que tem por objetivo proteger a vida dos guardas portuários.

Em conseqüência, pelos motivos apresentados, e pela defesa que faz do mais precioso dos bens, a vida, a proposição sob análise, por seu elevado mérito e propósito, merece ser convertida em diploma legal.

Em face do exposto, voto pela APROVAÇÃO deste Projeto de Lei nº 7.269, de 2006.

Sala da Comissão, em 5 de setembro de 2007. – Deputado Guilherme Campos, Relator.

COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO

Diante dos debates exaustivos desta Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado sobre a autorização de os integrantes do quadro efe-tivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias para terem direito de portar arma de fogo fornecida pela respectiva corporação ou instituição a ela vinculada, mesmo fora de serviço, acolho a sugestão de condi-cionar o direito das pessoas previstas no inciso VII do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, portarem arma de fogo fora de serviço desde que comprovado curso de treinamento e avaliação, na forma da emenda que ora proponho.

Sala da Comissão, 19 de outubro de 2007. – Depu-tado Guilherme Campos, DEM/SP.

EMENDA DO RELATOR

Acrescente-se ao art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o § 1o-B, com a seguinte redação.

“Art. 6º ..................................................§ 1º-B O direito de portar arma de fogo

fora de serviço às pessoas de que trata o inciso VII deste artigo fica condicionado à comprova-ção de curso de treinamento e avaliação, na forma do regulamento desta Lei.

............................................................. “Sala da Comissão, 19 de outubro de 2007. – Depu-

tado Guilherme Campos.

III – Parecer Da Comissão

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou o Projeto de Lei nº 7.269/06, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Guilherme Campos, com complementação de voto e emenda, contra os votos dos Deputados Iriny Lopes e Raul Jungmann, que apresentou voto em separado.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: João Campos – Presidente, Pinto Itamaraty, Raul

Jungmann e Laerte Bessa – Vice-Presidentes, Arnaldo Faria de Sá, Guilherme Campos, José Eduardo Car-dozo, Lincoln Portela, Marcelo Itagiba, Paulo Pimen-ta – Titulares; Ademir Camilo, Alex Canziani, Carlos Sampaio, Iriny Lopes, Marcelo Almeida e Pedro Cha-ves – Suplentes.

Sala da Comissão, 23 de outubro de 2007. – Depu-tado João Campos, Presidente.

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VOTO EM SEPARADO

O projeto de lei em epígrafe, de autoria do ilus-tre Deputado Jair Bolsonaro, propõe a inclusão dos integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e os integrantes das guardas portuárias entre os autorizados a portar arma de fogo fora do horário de serviço.

Em sua justificação, o nobre Parlamentar destaca que os acontecimentos recentes, envolvendo ataques a agentes e guardas prisionais fora do horário de expe-diente, evidenciou a necessidade desses profissionais terem garantido o porte de arma, em tempo integral, em razão do desempenho de suas funções e da pe-culiaridade de suas atribuições.

Apresentado parecer pelo Deputado Guilherme Campos pela aprovação do PL nº 7.269/2006, o projeto foi pautado na sessão deliberativa de 26 de setembro, na qual foi feito o pedido de vista conjunta aos Depu-tados Paulo Pimenta e Raul Jungmann.

O ilustre relator sustenta, essencialmente, que o fato de a lei não permitir aos agentes penitenciários que portem armas de fogo, fornecidas pelo Estado, fora do horário de serviço, contribui, sobremaneira, para a redução da segurança desses servidores, nos seus horários de folga. Destaca, ainda, que, assim como os policiais, os agentes penitenciários, os integrantes de escoltas de presos e os guardas portuários também estão sujeitos a ataques criminosos fora do horário de serviço e, portanto, merecem, outrossim, o direito de portar a arma em tempo integral.

Com efeito, não se pode negar a importância e o perigo inerentes às atividades que exercem os agentes penitenciários, os integrantes das escoltas de presos e os guardas portuários. Os primeiros, zelando pela disciplina e segurança dos presos, a fim de evi-tar fugas e conflitos. A guarda portuária, por sua vez, exercendo atividade de vigilância e a segurança nas instalações portuárias. Por fim, os agentes de escolta de presos, realizando, como o próprio nome indica, a condução dos presos quando necessário o desloca-mento destes.

Ocorre que, quando não estão no exercício de suas atribuições, tais servidores se tornam civis, as-sim como o restante da população, a qual, estando em perigo, deve chamar aqueles responsáveis pela preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas, ou seja, os policiais.

Mas por que o policial, mesmo fora do horário de serviço, pode portar a arma da incorporação e os agen-tes penitenciários, integrantes de escolta de presos e os guardas portuários não? A razão é muito simples: a natureza dos servidores em questão é diferente da dos policiais em geral. Estes, mesmo fora do horário

de serviço, têm o dever contínuo de prezar pela ordem pública e incolumidade das pessoas.

Por outro lado, ainda que os agentes penitenci-ários, guardas portuários e os integrantes de escol-tas façam o uso da arma durante o serviço, não são treinados para fazer a segurança da população. Ora, deve ser exatamente por isso que o próprio legislador, ao elaborar a Lei nº 10.826/2006 – Estatuto do Desar-mamento, os colocou em categoria diversa das dos policiais federais, civis e militares.

Portanto, ameaçado, ou em risco, cabe ao agen-te penitenciário, aos agentes de escolta de presos, aos integrantes da guarda portuária, ou qualquer fun-cionário público, solicitar a proteção e apoio da força pública policial.

Ora, é uma ilusão, demonstrada pelos fatos e pelas pesquisas, achar que um cidadão, por estar armado, estará mais protegido. Um funcionário ar-mado atrai a cobiça dos assaltantes e não conta com os meios e o treinamento à disposição dos policiais, que mesmo assim, são assaltados e perdem muitas vezes, além do patrimônio que pretendem defender, a arma e a vida.

Sendo assim, coerente com o espírito que norteou a elaboração de todas as normas que disciplinam ou disciplinaram o porte de arma, após a criação do SI-NARM, e entendendo que as situações excepcionais já foram tratadas, de forma completa, nas diversas leis em vigor que alteraram o texto original ou revogaram a Lei nº 9.437/97, voto pela rejeição do Projeto de Lei no.7.269, de 2006.

Sala da Comissão, 29 de setembro de 2007. – Deputado Raul Jungmann, PPS/PE.

PROJETO DE LEI Nº 112-A, DE 2007 (Do Sr. Alberto Fraga)

Altera o art. 22 do Decreto-Lei nº 667, de 2 de julho de 1969, e dá outras provi-dências; tendo parecer da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, pela aprovação (relator: Depu-tado Fernando Melo).

Despacho: Às Comissões de Seguran-ça Pública e Combate ao Crime Organizado; Trabalho, de Administração e Serviço Público; e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado

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I – Relatório

Vem a esta Comissão, dentro do campo temáti-co, o projeto em apreço, de autoria do nobre Deputado ALBERTO FRAGA, que altera dispositivo do Decreto-lei nº 667, de 2 de julho de 1969, que reorganiza as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Território e do Distrito Federal, vedan-do, nos termos do que informa o Autor, que policiais e bombeiros militares exerçam a gerência ou direção em sociedade empresarial, personificada ou não, salvo na condição de acionista, cotista ou comanditário.

Ao justificar a sua proposição, o autor assevera que a mesma tem “o objetivo de atualizar e resguardar o direito dos militares estaduais de participar de so-ciedade empresarial na condição de acionista, cotista ou comanditário, desde que não exerça o comércio, o que já é vedado em outras legislações, ou direção e gerência.”

Entende que a proposição se torna “necessária para dar tratamento isonômico entre estes e os servi-dores públicos”.

Apresentada em 12 de fevereiro de 2007, a pro-posição foi distribuída, no dia 7 do mês seguinte, à apreciação da Comissão de Segurança Pública e Com-bate ao Crime Organizado (CSPCCO), da Comis-são de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, nos termos do que dispõem os art. 24, inciso II, e 54, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD).

Encerrado o prazo para emendas ao projeto, não foram apresentadas emendas.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Na forma do disposto no Regimento Interno desta Casa (artigo 32, XVI, d), cabe a esta Comissão Perma-nente a análise de matéria relativa à segurança pública interna e seus órgãos institucionais.

A proposição em pauta modifica o Decreto-lei nº 667, de 2 de julho de 1969, que reorganiza as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares dos Es-tados, dos Território e do Distrito Federal.

Para melhor compreensão, estabelece-se o se-guinte quadro comparativo entre a redação atual e a redação proposta.

REDAÇÃO ATUAL

REDAÇÃO PROPOSTA

Art 22. Ao pessoal das Polícias Militares, em ser-viço ativo, é vedado fazer parte de firmas comerciais

de empresas industriais de qualquer natureza ou nelas exercer função ou emprego remunerados.

Art 22. Ao pessoal das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, em serviço ativo, é vedado exercer gerência ou direção em sociedade empresarial, personificada ou não, salvo na condição de acionista, cotista ou comanditário. (NR)

Após primeiro parecer, pela rejeição do projeto de lei em pauta, por razões expostas naquela ocasião, mediante as considerações trazidas pelo Voto em Se-parado do nobre Deputado GUILHERME CAMPOS, reconsidero a posição anteriormente esposada, fa-zendo meu o entendimento do ilustre colega de que a proposição equiparará os policiais e os bombeiros militares aos servidores civis quanto ao direito de “participar de sociedade empresarial na condição de acionista, cotista ou comanditário”.

Assim, pela razão acima exposta, somos pela aprovação do Projeto de Lei nº 112, de 2007.

Sala da Comissão, 17 de outubro de 2007. – Depu-tado Fernando Mello, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou o Projeto de Lei nº 112/07, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Fernando Melo. O Deputado Guilherme Campos apresentou voto em separado.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:João Campos – Presidente, Pinto Itamaraty, Raul

Jungmann e Laerte Bessa – Vice-Presidentes, Arnaldo Faria de Sá, Guilherme Campos, José Eduardo Car-dozo, Lincoln Portela, Marcelo Itagiba, Paulo Pimen-ta – Titulares; Ademir Camilo, Alex Canziani, Carlos Sampaio, Iriny Lopes, Marcelo Almeida e Pedro Cha-ves – Suplentes.

Sala da Comissão, 23 de outubro de 2007. – Depu-tado João Campos, Presidente.

VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO GUILHERME CAMPOS

RELATÓRIO

O projeto, da lavra do Deputado Alberto Fraga, altera o Decreto-Lei nº 667, de 2 de julho de 1969, que reorganiza as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados e do Distrito Federal, de modo a permitir que policiais e bombeiros militares exerçam a gerência ou direção de sociedade empre-sarial, desde que na condição de acionista, cotista ou comanditário. Pondera o autor ser a medida “neces-sária para dar tratamento isonômico entre estes e os servidores públicos”.

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A matéria foi distribuída a esta Comissão e às Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Neste órgão técnico, o relator, Deputado Fernando Melo, propõe a rejeição do projeto por desencontro entre o texto normativo e a justificativa.

É o relatório.

II – Voto

Enalteço o trabalho da relatoria, mas discordo de sua conclusão. Diz o eminente relator que a medida proposta “vai no sentido diametralmente oposto daquilo que está consignado na justificação”. Concordo que a justificativa diz menos do que o projeto contém, mas não há qualquer divergência entre ela e o dispositivo alterado. O que está escrito nela é que o objetivo da proposição é “atualizar e resguardar o direito dos mi-litares estaduais de participar de sociedade empresa-rial na condição de acionista, cotista ou comanditário”, igualando-os, nessa parte, aos servidores públicos ci-vis. Estes podem gerenciar sociedade privada, desde que na condição de acionista, cotista ou comanditário (Lei 8.112/90, art. 117, X). Ora, se os servidores ci-vis já desfrutam dessa possibilidade e o projeto visa equiparar as duas categorias de servidores, parece-nos dispensável acrescentar qualquer outro detalhe na justificação.

Ainda que assim não fosse, eventual discrepância entre o comando normativo e a justificativa não basta para se rejeitar um projeto. Em nenhum momento, o Regimento Interno, pródigo nas regras que orientam a elaboração e apresentação das proposições, autoriza isso. O que está claro nele é que a vontade do pro-ponente deve ser enunciada de forma clara e concisa (Regimento Interno, arts. 100, § 2º; e. 111, § 2º). Para efeito de análise das comissões técnicas, essa vonta-de deve estar exposta no comando normativo, não na justificativa. Esta não altera a ordem jurídica. Não cria direito nem obrigação, estando proscrito há tempos o critério interpretativo fundado unicamente na vontade do legislador expresso nas justificações.

Mesmo que o douto relator tivesse razão, o pro-blema seria de técnica legislativa, não de mérito. Sendo assim, refoge à competência deste colegiado, situando-se na esfera da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. A análise deste órgão deve restringir-se ao mérito da proposição, sob pena de incidir o disposto no artigo 55 da Norma Interna, assim redigido:

“A nenhuma Comissão cabe manifes-tar-se sobre o que não for de sua atribuição específica.”

O parágrafo único do mesmo artigo vai além, determinando que seja desconsiderado qualquer pa-

recer, ou parte dele, que tratar de assunto estranho à competência da comissão técnica, desde que “provida reclamação apresentada antes da aprovação definitiva da matéria pelas Comissões ou pelo Plenário.

Aliás, ressalte-se que em nenhum momento a re-latoria fala do mérito da propositura. Não há no parecer uma única linha sobre sua utilidade, conveniência e oportunidade ou não, podendo se concluir, a contrario sensu, que, quanto a isso, não há objeções.

Nessas circunstâncias, proponho a rejeição do parecer do relator e o acolhimento do projeto de lei em causa.

Sala da Comissão, 22 de agosto de 2007. – Depu-tado Guilherme Campos, DEM/SP.

PROJETO DE LEI Nº 444-A, DE 2007 (Da Sra. Sandra Rosado)

Altera a redação do inciso IX do art. 22, da Lei nº 9.503, de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro; tendo parecer da Comissão de Viação e Transportes, pela aprovação, com emenda (relator: Deputado José Airton Cirilo).

Despacho: Às Comissões de Viação e Transportes; e Constituição e Justiça e de Ci-dadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Viação e Transportes

I – Relatório

O Projeto de Lei em análise, de autoria da nobre Deputada Sandra Rosado, pretende alterar a redação do inciso IX do art. 22 da Lei nº 9.503, de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para determi-nar que os órgãos de trânsito estaduais encaminhem, mensalmente, aos municípios integrantes do próprio Estado, relatório detalhado das ocorrências de trânsito registradas no âmbito de suas competências.

No prazo regimental, não foram apresentadas emendas ao projeto.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Inicialmente, parabenizamos a nobre Deputada Sandra Rosado pela sua preocupação com o plane-jamento do trânsito nos Municípios, demonstrada por meio deste projeto de lei, que determina aos órgãos de trânsito estaduais encaminhar, mensalmente, aos municípios integrantes do próprio Estado, relatório detalhado das ocorrências de trânsito registradas no âmbito de suas competências.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60397

Como bem aponta a autora em sua justificação o adequado planejamento de trânsito e a promoção de programas e projetos de educação para o trânsito, dependem fundamentalmente de dados estatísticos consistentes. Por esse motivo o atual Código de Trân-sito Brasileiro – CTB prevê, entre as atribuições dos órgãos de trânsito da União, dos Estados e dos Muni-cípios, a coleta de dados e a elaboração de estudos sobre os acidentes de trânsito.

Apesar dos avanços conseguidos nos últimos anos com a aplicação do CTB, as estatísticas de trân-sito no Brasil ainda são deficientes e insatisfatórias. A dimensão territorial do Brasil e a pouca interação entre União, Estados e Municípios são, certamente, os principais responsáveis por esse problema. É pre-ciso, portanto, aprimorar a legislação de trânsito, para forçar uma maior interação entre os Entes federados nessa área.

Nessa linha, entendemos que a proposição em exame é oportuna e de destacado mérito, porque, por meio de uma pequena mudança na legislação de trânsito, obriga os órgãos de trânsito estaduais a repassar aos municípios de sua jurisdição dados es-tatísticos sobre acidentes de trânsito coletados em cada localidade. Dessa forma, estaremos facilitando aos municípios o planejamento e o desenvolvimento adequado de ações de educação e prevenção de aci-dentes automobilísticos.

Entretanto, não obstante concordarmos com o mé-rito da matéria, entendemos que a periodicidade mensal proposta pelo PL é muito curta, podendo provocar dis-torções na análise dos dados e, por conseguinte, nas conclusões dos estudos. Por isso, estamos propondo, uma emenda ao projeto de lei, fixando a periodicidade semestral para envio dos dados aos Municípios.

Diante do exposto, no que cabe a esta comissão regimentalmente analisar, nosso voto é pela APROVA-ÇÃO, quanto ao mérito, do Projeto de Lei n.º 444, de 2007, com a emenda que propomos em anexo.

Sala da Comissão, 17 de julho de 2007. – Depu-tado José Airton Cirilo, Relator.

EMENDA SUBSTITUTIVA

Substitua-se no texto do Inciso IX do art. 22 da Lei nº 9.503, de 1997, constante do art. 1o do projeto de lei em epígrafe, a expressão “mensalmente” por “semestralmente”.

Sala da Comissão, 17 de julho de 2007. – Depu-tado José Airton Cirilo.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Viação e Transportes, em reu-nião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente

o Projeto de Lei nº 444/07, com emenda, nos termos do parecer do relator, Deputado José Airton Cirilo.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Eliseu Padilha – Presidente, José Santana de Vas-

concellos, Mauro Lopes e Hugo Leal – Vice-Presiden-tes, Affonso Camargo, Aline Corrêa, Beto Albuquerque, Camilo Cola, Carlos Brandão, Carlos Santana, Chico da Princesa, Davi Alves Silva Júnior, Décio Lima, Dr. Paulo Cesar, Giovanni Queiroz, Gladson Cameli, Gonzaga Patriota, Ilderlei Cordeiro, Jaime Martins, Jilmar Tatto, Lael Varella, Moises Avelino, Nelson Bornier, Ricardo Barros, Anselmo de Jesus, Claudio Diaz, Cristiano Matheus, Edinho Bez e Marinha Raupp.

Sala da Comissão, 24 de outubro de 2007. – Depu-tado Eliseu Padilha, Presidente.

EMENDA ADOTADA PELA COMISSÃO

Substitua-se no texto do Inciso IX do art. 22 da Lei nº 9.503, de 1997, constante do art. 1º do projeto de lei em epígrafe, a expressão “mensalmente” por “semestralmente”.

Sala da Comissão, 24 de outubro de 2007. – Depu-tado Eliseu Padilha, Presidente.

PROJETO DE LEI Nº 1.477-A, DE 2007 (Do Senado Federal) OFÍCIO Nº 922/2007

PLS Nº 314/2006 – SF

Inclui dispositivo na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor, para determinar que cons-te, nos documentos de cobrança de dívida encaminhados ao consumidor, o nome e o endereço do fornecedor do produto ou ser-viço; tendo parecer da Comissão de Defesa do Consumidor, pela aprovação, com emen-das (relatora: Deputado Ana Arraes).

Despacho: Às Comissões de Defesa do Consumidor; e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Defesa do Consumidor

I – Relatório

O projeto de lei em epígrafe, do Senado Federal, inclui o Art. 42-A na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor (CDC), estabelecendo que em todos os documentos de co-brança de débitos apresentados ao consumidor deverá constar o nome e o endereço do fornecedor do produto ou serviço correspondente.

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60398 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

A título de justificação, dentre outros aspectos, destaca-se que tem sido comum o envio de documentos de cobrança de débitos a consumidores sem que estes tenham adquirido produtos ou contratada a prestação de serviços das empresas favorecidas, ocasionando inscrição indevida em bancos de dados de serviços de proteção ao crédito.

Não consta a apresentação de emendas ao pro-jeto, nesta Comissão, dentro do prazo regimental.

II – Voto do Relator

Como se depreende da leitura do Relatório, a proposição em tela determina que conste, nos docu-mentos de cobrança de dívida encaminhados ao con-sumidor, informações sobre o nome e o endereço do fornecedor do produto ou serviço.

De acordo com o Código de Defesa do Consumi-dor, em especial seu art. 6º, constituem direitos básicos do consumidor, dentre outros, a obtenção de informa-ção adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem.

Como bem alerta o autor do projeto, muitas vezes são enviados boletos bancários para consumidores sem que estes tenham adquirido produtos ou contratado a prestação de serviços das empresas favorecidas. A falta de informações sobre o fornecedor do produto ou serviço, bem como de seu endereço, impede o consu-midor de esclarecer o caso e de demandar a anulação da cobrança indevida, restando-lhe simplesmente dei-xar de pagar. Contudo, em virtude do não-pagamento dos referidos boletos, o nome do consumidor acaba sendo inscrito nos bancos de dados dos serviços de proteção ao crédito, o que lhe ensejará constrangimen-tos e sérios danos à sua vida financeira.

Percebe-se que a falta, na legislação atualmente em vigor, de dispositivo que regule expressamente a matéria pode acarretar sérios prejuízos aos consumi-dores em geral.

A presente proposição procura suprir a omissão da legislação e, mais, procura aperfeiçoar e dar maior eficácia ao Código de Defesa do Consumidor nesse aspecto, com o que concordamos inteiramente. Entre-tanto, entendemos que a redação do art. 42-A proposto pelo art. 1º do projeto seria aperfeiçoada se lhe fosse acrescida igualmente a obrigatoriedade de constar o número de inscrição do fornecedor do produto ou ser-viço no CFP (Cadastro de Pessoa Física) ou no CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), conforme se trate respectivamente de pessoa natural ou pessoa jurídica. Assim, estamos propondo as duas emendas

anexas, com a finalidade de formalizar o aperfeiçoa-mento aludido.

Diante do exposto, e considerando o indiscutível caráter meritório da proposição, voto pela aprovação do Projeto de Lei nº 1.477, de 2007, com as duas emendas anexas.

Sala da Comissão, 8 de outubro de 2007. –Depu-tada Ana Arraes, Relatora.

EMENDA Nº 1

Dê-se ao art. 1o do projeto a seguinte redação:

“Art.1º A Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, passa a vigorar acrescida do seguin-te art. 42-A:

Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança de débitos apresentados ao consu-midor, deverá constar o nome, o endereço e o número de inscrição no Cadastro de Pes-soas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do fornecedor do produto ou serviço correspondente.”

Sala da Comissão, 8 de outubro de 2007. – Depu-tada Ana Arraes.

EMENDA Nº 2

Dê-se à ementa do projeto a seguinte redação:

“Inclui dispositivo na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para determinar que conste, nos documentos de cobrança de dívi-da encaminhados ao consumidor, o nome, o endereço e o CFP ou CNPJ do fornecedor do produto ou serviço.”

Sala da Comissão, 8 de outubro de 2007. – Depu-tada Ana Arraes.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Defesa do Consumidor, em reu-nião ordinária realizada hoje, aprovou, unanimemente, com emendas, o Projeto de Lei nº 1.477/2007, nos ter-mos do Parecer da Relatora, Deputada Ana Arraes.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Carlos Sampaio e Walter Ihoshi – Vice-Presiden-

tes; Ana Arraes, Barbosa Neto, Celso Russomanno, Chico Lopes, Felipe Bornier, Fernando de Fabinho, José Carlos Araújo, Júlio Delgado, Léo Alcântara, Lu-ciana Costa, Luiz Bassuma, Luiz Bittencourt, Marcelo Guimarães Filho, Maurício Trindade, Nelson Goetten, Nilmar Ruiz, Ricardo Izar, Tonha Magalhães eVinicius Carvalho.

Sala da Comissão, 17 de outubro de 2007. – Depu-tado Carlos Sampaio, 1º Vice-Presidente, no exercício da Presidência.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60399

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 27-A, DE 2007

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

MENSAGEM Nº 1025/2006 AVISO Nº 1364/2006 – C. CIVIL

Aprova o texto revisado do Regula-mento Sanitário Internacional, aprovado pela 58ª Assembléia Geral da Organização Mundial de Saúde, em 23 de maio de 2005, com vistas à sua entrada em vigor no Brasil; tendo pareceres: da Comissão de Seguri-dade Social e Família, pela aprovação, com substitutivo (relator: Deputada Dr. Rosinha); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (relatora: Deputada Maria Lúcia Cardoso).

Despacho: Às Comissões de Seguridade Social e Família e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à apre-ciação do plenário

Publicação dos Pareceres das Comissões de Segu-ridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

I – Relatório

A Mensagem nº 1.025, de 2006, encaminha para análise a nova versão do Regulamento Sanitário Inter-nacional, tendo em vista a necessidade de acompanhar as alterações no quadro sanitário mundial. Assim, são atualizados tópicos sobre alerta e resposta a epide-mias, a catástrofes naturais, à ação de materiais quími-cos, biológicos ou nucleares. São definidos os passos para decidir condutas diante das circunstâncias mais diversas e possíveis nos tempos de hoje e para carac-terizar emergências de saúde pública de importância internacional. São apontadas as responsabilidades e deveres dos diversos atores envolvidos nestas situa-ções, os procedimentos de notificação e análise dos eventos, o apoio a ser dado para os diferentes níveis de governo, são propostos modelos padronizados de documentos e é prestada orientação sobre condutas a adotar.

O Brasil participou ativamente da revisão deste Regulamento e vários Ministérios foram consultados. Assim, é urgente que se adotem as regras aprovadas pela 58ª Assembléia Geral da Organização Mundial da

Saúde, em 23 de maio de 2005, para manter o país em sintonia com o movimento mundial de reação a alerta epidêmico.

O Regulamento Sanitário Internacional (RSI) é o instrumento-chave mundial de proteção contra a propagação internacional de doenças, dividido em dez Partes.

A Parte I procede à definição dos termos utilizados no texto, define os propósitos do compromisso, quais sejam, prevenir, proteger, controlar e dar respostas de saúde pública contra a propagação de doenças entre os países. Ainda são assegurados o pleno respeito à dignidade, aos direitos humanos e às liberdades fun-damentais das pessoas. São indicadas as autoridades responsáveis pela implementação das medidas de saúde previstas no Regulamento, inclusive a criação de Pontos Focais Nacionais para o RSI, que estarão em permanente interação com os pontos de Contato da Organização Mundial de Saúde para o RSI.

A Parte II, nos artigos 5, 6,7,8 e 9, trata da in-formação e da resposta em saúde pública. Faz refe-rência em primeiro lugar à vigilância dos eventos es-pecificados, que consiste na capacidade de detectar, avaliar, notificar e informar sua ocorrência, de acordo com os parâmetros do Anexo 1. A notificação obede-cerá o instrumento de decisão que consta do Anexo 2, o compartilhamento de informações durante eventos sanitários inesperados ou incomuns, consultas a res-peito de medidas de saúde aplicáveis a eventos que não exijam notificação e procedimentos com informes de outras fontes. Após a notificação, o Estado Parte continuará a comunicar à OMS as informações de que dispuser sobre o evento notificado, incluindo definições de caso, resultados laboratoriais, fonte e tipo de risco, número de casos e óbitos e outras mais.

O artigo 10 disciplina a verificação dos relatos oriundos de fontes mencionadas no artigo 9, con-cedendo prazo de 24 horas para resposta inicial ou acusação do recebimento da solicitação de verifica-ção e de 24 horas para encaminhar as informações disponíveis sobre estes eventos. Em seguida, o artigo 11 define as condutas a serem adotadas pela Organi-zação Mundial da Saúde quanto ao fornecimento de informações para o Estado Parte acometido e para outros Estados Partes.

O artigo 12 caracteriza o conceito de emergência de saúde pública de importância internacional.

A determinação de emergência de saúde pública de importância internacional, segundo os termos des-te RSI, deflagrará a resposta de saúde pública (artigo 13) e ensejará a cooperação da OMS com organiza-ções intergovernamentais e organismos internacionais (artigo 14).

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60400 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

A Parte III, Recomendações, inclui os artigos 15 a 18. Os artigos 15 e 16 tratam de recomendações tem-porárias e permanentes acerca de medidas de saúde a aplicar a pessoas, bagagens, cargas, contêineres, meios de transporte, mercadorias e/ou encomendas postais, em relação a riscos sanitários específicos exis-tentes. O objetivo é reduzir a propagação internacional de doenças e ao mesmo tempo evitar interferências desnecessárias com o tráfego internacional. Estas re-comendações, quando emitidas, modificadas ou rescin-didas, levarão em conta a opinião dos Estados Partes envolvidos, o parecer do Comitê de Emergências ou do Comitê de Revisão, princípios científicos, normas internacionais, entre outras.

O artigo 18 cita as recomendações relativas apli-cáveis a pessoas, que podem variar desde não se ado-tar ação específica, ou determinar vacinação, quaren-tena, isolamento e tratamento, busca de contatos, até a recusa da entrada de pessoas suspeitas ou doentes em áreas indenes ou, ao contrário a recusa de entrada de sadios em áreas afetadas, além da triagem ou res-trição de saída às pessoas de áreas afetadas.

Quanto a bagagens, cargas, contêineres, meios de transporte, mercadorias e encomendas postais, podem ser aplicadas as seguintes recomendações: exame do itinerário, inspeção, tratamento para remover infecção ou contaminação, utilização de medidas espe-cíficas para assegurar transporte e manuseio seguros, implementação de regimes de isolamento ou quaren-tena, apreensão ou destruição de itens suspeitos, con-taminados ou infectados, sob condições controladas, quando não houver outro processo eficaz. Pode ainda ser recusada a entrada ou a saída.

A Parte IV trata dos pontos de entrada. O artigo 19 define obrigações gerais dos Estados Partes, que se incumbirão de garantir as capacidades exigidas no Anexo 1, apontar as autoridades competentes e forne-cer dados relevantes quanto aos possíveis riscos de saúde público que possam resultar em propagação internacional de doenças.

Quanto a portos e aeroportos, o artigo 20 deter-mina o encaminhamento à OMS de relação de portos autorizados a emitir Certificados de Controle Sanitário da Embarcação e de Dispensa de Controle Sanitário da Embarcação, bem como de informações sobre mu-danças nesta capacidade. Podem ainda ser designadas passagens de fronteiras terrestres para cumprimento das exigências do Anexo 1, levando-se em conta o volume de tráfego internacional e riscos à saúde pú-blica. Devem ser celebrados acordos ou arranjos entre Estados Parte que têm fronteiras comuns. O artigo 22 define a função das autoridades competentes em to-dos os passos constantes do Regulamento.

A Parte V trata das Medidas de Saúde Pública. De acordo com o Capítulo I, na chegada e na saída, podem ser exigidos de viajantes informações ou exa-mes; podem ser determinadas inspeções em bagagens e assemelhados, em conformidade com normas inter-nacionais. O Capítulo II trata de meios de transporte e operadores de meios de transporte, enfatizando a necessidade de respeitar as medidas de saúde, a ma-nutenção dos meios de transporte livres de fontes de in-fecção ou contaminação, de acordo com o Anexo 4.

Para embarcações, aeronaves, caminhões, trens e ônibus civis em trânsito, serão aplicadas as normas em caso de serem considerados afetados (artigos 25, 26, 27 e 28). Não pode haver impedimento em pontos de entrada quanto a embarcações e aeronaves por motivos de saúde pública, exceto se este não estiver equipado para aplicar as medidas recomendadas. Neste caso, a embarcação ou aeronave poderá ser ordenada a prosseguir até o ponto mais próximo e ade-quado. Menciona-se, ainda, a possibilidade de serem determinadas as técnicas a empregar para garantir o controle do risco em veículos, por parte das autorida-des sanitárias. Serão ainda determinados, em conjunto pela OMS e Estados Partes, os procedimentos para caminhões, trens e ônibus civis nos pontos de entrada e em passagem de fronteiras terrestres.

O Capítulo III trata de disposições especiais para viajantes. Nos artigos 30, 31 e 32, são definidas con-dutas para viajantes sob observação de saúde pública, as medidas de saúde relativas à entrada de viajantes e o tratamento a eles dispensado, salientado o res-peito à sua dignidade, direitos humanos e liberdades fundamentais.

No Capítulo IV estão disposições especiais para mercadorias em trânsito, contêineres e terminais de contêineres, sempre no sentido de evitar infecção, contaminação, introdução de vetores e reservatórios (artigos 33 e 34).

A Parte VI trata dos documentos de saúde. O ar-tigo 35 indica os documentos de saúde exigidas para o tráfego internacional, embora admita que possam ser solicitadas informações adicionais de contato ou o preenchimento questionários de saúde. Serão exigi-dos certificados de vacinação ou outros procedimentos profiláticos para viajantes, sempre de acordo com as normas em vigor. Os artigos seguintes tratam da De-claração Marítima de Saúde, de acordo com modelo do Anexo 8, preenchida pelo capitão ou pelo médico de bordo. Da mesma forma, o comandante ou seu agente preencherá a Declaração Geral de Aeronave, seguindo modelo do Anexo 9.

No artigo 39 estão dispostas as condições de validade dos Certificados de Controle Sanitário da

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60401

Embarcação e de Dispensa do Controle Sanitário da Embarcação, seguindo modelos do Anexo 3. Estes certificados terão validade máxima de seis meses. As medidas de controle devem ser realizadas com a em-barcação e os porões vazios.

A Parte VII dispõe sobre os encargos por medi-das de saúde relativas a viajantes, e os referentes a bagagens, carga, contêineres, meios de transporte ou encomendas postais. O artigo 40 prevê as formas de cobrança por exames médicos ou complementares, va-cinação, isolamento apropriado, certificados e medidas de saúde aplicadas à bagagem pessoal. Em caso de cobrança, haverá a aplicação de tabela tarifária única. No artigo 41, fica estabelecida também aplicação de uma só tarifa para aplicação de medidas de saúde a bagagem, carga, contêiner, meio de transporte, mer-cadoria ou encomenda postal.

Disposições Gerais são incluídas na Parte VIII, e compreendem do artigo 42 ao 46. Um dos pontos im-portantes é a obrigatoriedade de Estados Partes justifi-carem perante a OMS a adoção de medidas adicionais de saúde que venham a interferir significativamente com entrada ou saída do país. O compromisso de colabora-ção e assistência fica definido entre os Estados Partes e entre estes e a Organização Mundial da Saúde. O tratamento de dados pessoais coletados terá caráter sigiloso exceto em situações de risco para a saúde pú-blica, quando se considerará a acurácia, relevância e manutenção pelo tempo estritamente necessário. Em seguida, prevê que os Estados Partes devem facilitar o transporte, entrada, saída, processamento e destino de substâncias biológicas e espécimes, reagentes e outros materiais de diagnóstico utilizados para fins de respostas de saúde pública, de acordo com o RSI.

A Parte IX descreve, no Capítulo I, como será formado o Cadastro de Peritos do RSI, integrado por especialistas em todos os campos pertinentes, nome-ados pelo Diretor-Geral. O Capítulo II define o Comitê de Emergências, constituído por peritos selecionados, que fornecerá pareceres sobre a caracterização de emergências de saúde pública de importância inter-nacional e seu término, e propostas de emissão, mo-dificação, prorrogação ou extinção de recomendações temporárias. O procedimento é descrito no artigo 49, e vai desde a convocação das reuniões, do encami-nhamento das opiniões do Comitê, até a forma de pro-por o término da emergência ou das recomendações temporárias.

O Capítulo III trata do Comitê de Revisão, que emitirá recomendações técnicas para o Diretor-Geral, assessorando-o acerca de questões sobre funciona-mento, modificações e emendas ao RSI. O artigo 51 define que as decisões serão tomadas por maioria dos

membros presentes e votantes. Os relatórios (artigo 52) de cada sessão serão submetidos ao Diretor-Geral. As recomendações permanentes em relação a um risco específico para a saúde pública serão feitas mediante parecer do Comitê de Revisão.

As Disposições Finais são tratadas na Parte X. O artigo 54 prevê a realização de estudos periódicos para revisar e avaliar o funcionamento do Regulamento e do Anexo 2. As emendas podem ser propostas por qualquer Estado Parte ou pelo Diretor-Geral, subme-tidas à consideração da Assembléia de Saúde. Se adotadas, vigorarão para todos os Estados Partes. No artigo 56, disciplina-se a solução de controvérsia entre Estados Partes sobre a interpretação ou aplicação do Regulamento.

As relações com outros acordos internacionais, mesmo na esfera sanitária – e são mencionados di-versos que serão substituídos pelo RSI, desde a Con-venção Sanitária Internacional, de 1926 até o Regula-mento Sanitário Internacional de 1969 e as emendas de 1973 e 1981, são tratados no artigo 58. A seguir, os artigos de 59 a 66 disciplinam a entrada em vigor, rejeição, reservas e procedimentos para sua retirada, novos estados membros da OMS e notificações do Diretor-Geral. As versões árabe, chinesa, espanhola, francesa, inglesa e russa serão consideradas textos autênticos.

O Anexo I define a capacidade básica necessá-ria para vigilância e resposta, incluindo as atividades de vigilância, informação, notificação, verificação, res-posta e colaboração e atividades referentes a portos, aeroportos e passagens de fronteiras terrestres. Defi-ne, em seguida as capacidades necessárias para os níveis locais ou primários, intermediários e nacional. Nas esfera nacional, deve haver capacidade para avaliar todas as informações de eventos urgentes num pra-zo máximo de 48 horas e de notificar imediatamente a Organização Mundial da Saúde através do Ponto Focal Nacional.

No tocante a respostas de saúde pública, ele deve poder determinar rapidamente as medidas de controle necessárias para evitar a propagação nacio-nal e internacional, apoiar com pessoal, laboratório e equipamentos, a implementação de medidas de con-trole. Deve ainda estabelecer ligação direta com ou-tros Ministérios relevantes, hospitais, clínicas, portos, aeroportos, passagens de fronteiras terrestres, labo-ratórios, autoridades superiores de saúde e de outras áreas, manter e operar o plano nacional de resposta a emergências de saúde pública. Todos estes requisitos devem estar disponíveis 24 horas por dia.

O item B trata da capacidade básica necessária para portos, aeroportos e passagens de fronteiras ter-

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60402 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

restres. Elas incluem, entre outras, acesso a serviço médico apropriado com capacidade de diagnóstico, equipamento e pessoal para transportar viajantes do-entes até um serviço médico apropriado. Em situações de emergência de saúde pública, deve ser nomeado um coordenador e de contato no ponto de entrada, será fornecida avaliação e assistência a viajantes ou animais afetados. Será garantida, se necessária, a quarentena, a aplicação de medidas recomendadas para controle, saída, desinsetização, desratização, desinfecção, descontaminação ou o tratamento de bagagens, carga e similares.

O Anexo 2 consiste no instrumento de decisão para avaliar e notificar eventos que possam constituir emergências de saúde pública de interesse interna-cional. São apresentados exemplos para a aplicação do instrumento de decisão, incluindo considerações como impacto sobre a saúde pública, risco de propa-gação internacional e de restrições ao comércio ou a viagens internacionais.

O Anexo 3 consiste no modelo de certificado de dispensa de saneamento da embarcação ou de controle do saneamento da embarcação. O Anexo 4 relata as exigências técnicas referentes a veículos e operadores de veículos. No Anexo 5, são definidas as medidas específicas para doenças transmitidas por vetores. Elas devem ser adotadas para as áreas objeto de recomendação por parte da OMS para desinseti-zação ou outros procedimentos.

No Anexo 6, são elencados os requisitos para vacinas, pessoas, e normatizados os certificados in-ternacionais de vacinação ou profilaxia, cujo modelo não pode ser alterado. A vacina deve ser aprovada pela Organização Mundial de Saúde.

O Anexo 7 reforça as medidas quanto à vacinação contra a febre amarela. O Anexo 8 traz o modelo da Declaração Marítima de Saúde. O Anexo 9 consiste na Parte Sanitária da Declaração Geral de Aeronave.

O Projeto de Decreto Legislativo elaborado pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Na-cional será apreciada pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

II – Voto do Relator

A atualização do Regulamento Sanitário Inter-nacional – RSI – é urgente, na medida em que ele enquadra situações que vêm ocorrendo com mais freqüência nos tempos atuais e tendem a crescer no futuro próximo.

As grandes alterações climáticas, catástrofes naturais, o aumento da população e uma grande di-versidade de agentes patogênicos, não apenas bio-lógicos, como também químicos ou radioativos, têm

deixado evidente a necessidade de acordar normas internacionais que impeçam a disseminação de agra-vos entre os países.

A versão anterior do RSI tinha por objeto um nú-mero muito reduzido de doenças. No momento atual é essencial que sejam cobertas diferentes possibili-dades, e que se construa a estrutura que responderá pela caracterização e avaliação do que pode constituir emergência de saúde pública de importância internacio-nal, apta a empregar o instrumento padronizado para nortear esta definição, com todas as conseqüências que ela implica. É importante identificar as instâncias aptas a determinar esta situação, bem como definir capacidades a serem aprimoradas ou instaladas em países, fronteiras e pontos de entrada. Importante, ainda, é unificar o tipo de medidas a adotar, padroni-zar as relações entre os diversos atores de saúde ou entre áreas envolvidas nestas situações.

A partir destas definições, os Estados Partes de-vem seguir procedimentos determinados, de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde.

Considerando a velocidade com que as doenças podem se alastrar pelo mundo em poucas horas, e a estarrecedora quantidade de agravos que se abatem sobre a saúde humana, é imperativo aprovar com ur-gência este documento. Lembramos ainda que nosso país foi um dos membros mais ativos no processo de revisão do RSI.

Uma das grandes preocupações mundiais que exigem a plena adaptação dos países ao Regulamento é a Gripe Aviária, que, se as previsões se concretiza-rem, acarretará número enorme de doentes e muitos milhões de mortos.

Para enfrentar não apenas este risco, como tam-bém de ameaças radioativas, biológicas e de naturezas as mais diversas, além de adotar formas de restringir sua propagação, devemos o mais rapidamente possível incorporar as disposições do Regulamento Sanitário Internacional ao ordenamento jurídico brasileiro.

Na verdade, muitas adaptações já começaram a ser implementadas no âmbito do Executivo, inclusive, já foi designado o Ponto Focal Nacional.

Porém, ao analisar o texto, deparamo-nos com diversas discordâncias entre a versão autêntica em inglês, o texto e os títulos dos anexos traduzidos para o português. Por motivos estritamente técnicos, de competência da Comissão de Seguridade Social e Família, propomos algumas alterações para evitar o conflito de termos e de instrumentos.

O algoritmo para decisão proposto no Anexo 2 ne-cessita adequação ao texto original, uma vez que cons-tatamos diversas omissões. Podemos mencionar:

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60403

– não constam as notas de rodapé refe-rentes ao texto;

– não foi colocada a seta que liga a res-posta sim ao último retângulo inferior;

– falta a palavra “grave” ao final do re-tângulo que avalia o impacto do evento sobre a saúde pública;

– falta a palavra “inesperado” como com-plemento do texto do retângulo que indaga do evento.

Além disto, o que se define no texto como “emer-gência de saúde pública de importância internacional” aparece nos anexos como “de interesse internacional”.

Da mesma forma, o texto do Regulamento faz referência ao Certificado de Controle Sanitário da Embarcação ou da Dispensa do Controle Sanitário, e o título do Anexo 3 adota o título de Certificado de Dispensa de Saneamento, termo que não correspon-de, do ponto de vista técnico, ao que se descreve no texto original.

Um outro reparo a fazer é o termo empregado em relação a veículos e operadores, no Anexo 4. O texto do Regulamento Sanitário Internacional adota o termo mais amplo “meios de transporte” e “operadores de meios de transporte”. O texto todo menciona, ainda, “medidas de saúde”. Alteramos as menções feitas a elas nos Anexos para padronizar a linguagem.

É essencial que sejam mantidos os termos adota-dos pelo RSI nos documentos anexos. Como são muitas as adequações necessárias, e diante da premência de se adotar o Regulamento em nosso país, optamos por indicar, através de substitutivo ao Projeto de Decreto Legislativo, a necessidade de compatibilizar a tradução em português à versão autêntica em inglês.

Assim sendo, votamos pela aprovação do texto do Regulamento Sanitário Internacional, aprovado pela 58ª Assembléia Geral da Organização Mundial de Saú-de, em 23 de maio de 2005, nos termos do substitutivo ao Projeto de Decreto Legislativo que apresentamos em anexo.

Sala da Comissão, de de 2007. – Deputado Dr. Rosinha, Relator.

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 27, DE 2007

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto revisado do Regu-

lamento Sanitário Internacional, aprovado pela 58ª Assembléia Geral da Organização Mundial de Saúde, em 23 de maio de 2005, com vistas à sua entrada em vigor no Brasil, efetuando-se as correções a seguir es-pecificadas na tradução do texto autêntico em inglês para o português:

I – compatibilize-se com o texto original em inglês a tradução para o português do algoritmo do Anexo 2, incluindo-se os termos, as notas de rodapé e a seta faltantes;

II – substitua-se, na tradução para o português, a expressão “de interesse internacional” por “de importân-cia internacional”, no título do anexo 2 e exemplos;

III – substitua-se, na tradução para o português, a expressão “certificado de dispensa de saneamento”, por “certificado de dispensa sanitária”, no anexo 3;

IV – substitua-se, na tradução para o português, a expressão “certificado de controle de sanidade” ou “certificado de controle e saneamento”, por “certificado de controle sanitário”, nos anexos 3, 4 e 5;

V – substitua-se a expressão “veículo” por “meio de transporte”, nos anexos 4 e 5;

VI – substitua-se, na tradução para o português, a expressão “sanitária” por “de saúde”, nos anexos 4, 5 e 9.

Art. 2º. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revi-são do referido Regulamento Sanitário Internacional, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do art. 49, inciso I, da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 3º. Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, de outubro de 2007. – Depu-tado Dr. Rosinha, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Seguridade Social e Família, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela aprovação, com substitutivo do Projeto de Decre-to Legislativo nº 27/2007, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Dr. Rosinha.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Jorge Tadeu Mudalen – Presidente, Alceni Guer-

ra, Ribamar Alves e Cleber Verde – Vice-Presidentes, Angela Portela, Armando Abílio, Arnaldo Faria de Sá, Chico D’Angelo, Cida Diogo, Darcísio Perondi, Dr. Pi-notti, Dr. Talmir, Eduardo Amorim, Eduardo Barbosa, Geraldo Resende, Germano Bonow, Jô Moraes, João Bittar, Jofran Frejat, Marcelo Castro, Mário Heringer, Neilton Mulim, Pepe Vargas, Rafael Guerra, Raimundo Gomes de Matos, Rita Camata, Roberto Britto, Saraiva Felipe, Solange Almeida, Clodovil Hernandes, Íris de Araújo, Nazareno Fonteles e Simão Sessim.

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Jorge Tadeu Mudalen, Presidente.

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60404 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório

O Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, aprova o texto revisado do Regulamento Sanitário In-ternacional, aprovado pela 58ª Assembléia Geral da Organização Mundial de Saúde, em 23 de maio de 2005, com vistas à sua entrada em vigor no Brasil.

Dispõe, ainda, o parágrafo único do Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da Comissão de Rela-ções Exteriores e de Defesa Nacional, que os atos que possam resultar na revisão do Acordo e que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional.

Em Exposição de Motivos, o Chanceler brasileiro, Ministro Celso Amorim, ressalta que houve participação ativa do Brasil na negociação do novo Regulamento, que envolve medidas de competência multisetorial. In-forma que “foram consultados os Ministérios da Saúde, da Defesa, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e o Itamaraty, entre outros”. Esclarece, por fim, que “a incorporação das recomendações constantes do referido Regulamento ao ordenamento sanitário brasileiro é assunto que se reveste de grande impor-tância e assume caráter de urgência, em vista da ne-cessidade de manter o País em consonância com os padrões internacionais no tocante à reação a casos de alerta epidêmico”.

A matéria é de competência do Plenário e tramita em regime de urgência (RI, art. 151, I, j). Foi distribuída concomitantemente à Comissão de Seguridade Social e Família e a este Órgão Técnico.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Conforme determina o art. 32, IV, a, em conso-nância com o art. 139, II, c, ambos do Regimento In-terno desta Casa, compete à Comissão de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania se manifestar acerca da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 27, de 2007.

O art. 84, VIII, da Constituição Federal, outorga competência ao Presidente da República para celebrar tratados, convenções e atos internacionais, ressalvan-do sempre o referendo do Congresso Nacional. Já o art. 49, I, da mesma Carta Política nos diz que é da competência exclusiva do Congresso Nacional resol-ver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais.

Assim sendo, está na competência do Poder Exe-cutivo assinar o presente Acordo, bem como compete

ao Congresso Nacional sobre ele decidir, sendo o pro-jeto de decreto legislativo a proposição adequada.

Nenhum óbice foi encontrado na proposição le-gislativa e no texto do Referendo em análise. Ambos encontram-se em consonância com as disposições constitucionais vigentes e com os princípios consagra-dos no ordenamento jurídico em vigor no País.

Ademais, o Referendo em análise vai ao encon-tro do princípio constitucional, garantido no art. 4º, inciso IX de nossa Lei Maior, de cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações in-ternacionais.

De outra parte, o projeto de decreto legislativo ora examinado é bem escrito e respeita a boa técnica legislativa.

Isto posto, nosso voto é pela constitucionalidade, juridicidade e pela boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 27, de 2007.

Sala da Comissão, de de 2007. – Deputada Ma-ria Lúcia Cardoso, Relatora.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 27/2007, nos termos do Parecer da Relatora, Deputada Maria Lúcia Cardoso.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Leonardo Picciani – Presidente, Mendes Ribeiro

Filho, Neucimar Fraga e Marcelo Itagiba – Vice-Presi-dentes, Cândido Vaccarezza, Colbert Martins, Edmar Moreira, Edson Aparecido, Felipe Maia, Flávio Dino, Geraldo Pudim, Ibsen Pinheiro, Indio da Costa, José Eduardo Cardozo, José Genoíno, José Mentor, Mar-celo Guimarães Filho, Mauro Benevides, Mendonça Prado, Moreira Mendes, Nelson Trad, Odair Cunha, Paes Landim, Paulo Teixeira, Professor Victorio Galli, Regis de Oliveira, Renato Amary, Sandra Rosado, Sérgio Barradas Carneiro, Vicente Arruda, Vilson Co-vatti, Vital do Rêgo Filho, Wolney Queiroz, Zenaldo Coutinho, Antonio Bulhões, Arnaldo Faria de Sá, Ayr-ton Xerez, Beto Albuquerque, Carlos Abicalil, Carlos Willian, Chico Lopes, Décio Lima, Edmilson Valentim, Eduardo Cunha, Fernando Coruja, George Hilton, Gonzaga Patriota, Hugo Leal, Humberto Souto, João Magalhães, José Pimentel, Matteo Chiarelli, Pinto Ita-maraty e Rubens Otoni.

Sala da Comissão, 23 de outubro de 2007. – Depu-tado Leonardo Picciani, Presidente.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60405

COMISSÕES

ATAS

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA

À CONSTITUIÇÃO Nº 308-A, DE 2004, DO SR. NEUTON LIMA, QUE “ALTERA OS ARTS. 21, 32 E 144, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CRIANDO

AS POLÍCIAS PENITENCIÁRIAS FEDERAL E ESTADUAIS”. – PEC308-A/04 (POLÍCIAS PENITENCIÁRIAS)

53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da 1ª Reunião Ordinária,, realizada em 31 de maio de 2007.

Às dez horas e trinta e quatro minutos do dia trinta e um de maio de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer à Pro-posta de Emenda à Constituição nº 308-A, de 2004, do Sr. Neuton Lima, que “altera os arts. 21, 32 e 144, da Constituição Federal, criando as polícias peniten-ciárias federal e estaduais”, no Plenário 3 do Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília-DF, com a presença dos Senhores Deputados Arnaldo Faria de Sá, Chico Alencar, Francisco Tenorio, Iriny Lopes, Jairo Ataide, Laerte Bessa, Marcelo Itagiba, Mendon-ça Prado, Nelson Pellegrino, Neucimar Fraga e Raul Jungmann – Titulares; Francisco Rossi e Lincoln Por-tela – Suplentes. Deixaram de comparecer os Depu-tados Afonso Hamm, Fernando Melo, Marcelo Ortiz, Rodrigo de Castro, Vital do Rêgo Filho e William Woo. ABERTURA: Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou aberta a presente reunião. OR-DEM DO DIA: Instalação e Eleição para os cargos de Presidente e de Vice-Presidentes. Nos termos do § 4º do art. 39 do Regimento Interno, o Deputado Arnaldo Faria de Sá assumiu a presidência dos trabalhos. So-licitou aos deputados interessados para formalizarem suas candidaturas junto à Mesa. Fez a leitura do Ato da Presidência de constituição da comissão. Em se-guida, declarou instalada a comissão. Antes de iniciar o processo eleitoral, esclareceu que o quorum para a eleição seria o da maioria absoluta dos membros da comissão, considerando eleito, em primeiro escrutínio, o candidato que obtivesse a maioria absoluta de votos dentre o total de votantes, incluídos os votos em bran-co e descontados os nulos; e, em segundo escrutínio, o deputado que obtivesse a maioria simples de votos dentre o total de votantes, também incluídos os votos em

branco e descontados os nulos. Solicitou aos membros da comissão que permanecessem no recinto durante o processo de votação. Convidou o deputado Marcelo Itagiba para ajudar a presidência na escrutinação do processo de votação. Informou que a Mesa recebera para o cargo de presidente a indicação do nome do deputado Nelson Pelegrino, do PT/BA. Ponderou que seria realizada em outra oportunidade a eleição para os cargos de vice-presidentes, uma vez que não ha-via nomes indicados. Esclareceu que as cédulas se encontravam à disposição dos parlamentares na ca-bine de votação e que estavam disponíveis, também, cédulas em branco. Disse que à medida em que fos-sem chamados, após assinarem a folha de votação e de posse da sobrecarta, os deputados se dirigiriam à cabine indevassável e que, após selecionadas as cé-dulas, deveriam ser colocadas em um único envelope a ser depositado na urna. Dando prosseguimento à reunião, o Senhor Presidente solicitou ao deputado Marcelo Itagiba que fizesse a chamada nominal dos membros titulares e, em seguida, a dos suplentes, até que se completasse o número de vagas nas bancadas. Logo após, encerrou a votação. Solicitou ao Deputado Marcelo Itagiba verificar se o número de sobrecartas coincidia com o número de votantes. Realizada a con-tagem, o deputado Marcelo Itagiba declarou haver a referida coincidência, totalizando onze votantes. Após a apuração dos votos, constatou-se que o Deputado Nelson Pellegrino foi eleito com onze votos válidos, não havendo voto nulo nem em branco. Participaram da votação os deputados: Arnaldo Faria de Sá, Iriny Lo-pes, Laerte Bessa, Marcelo Itagiba, Nelson Pellegrino, Neucimar Fraga, Jairo Ataíde, Francisco Tenório, Chico Alencar, titulares; Francisco Rossi e Lincoln Portela, su-plentes. Com a palavra, o Deputado Arnaldo Faria de Sá declarou empossado o eleito e o convidou a tomar assento à mesa. O Presidente recém-eleito agradeceu a todos que votaram em seu nome e, em especial, ao Deputado Arnaldo Faria de Sá, que presidiu a reunião de instalação e eleição. Disse que a comissão teria um papel importante na solução da crise dos presí-dios. Ressaltou a estatística díspar entre a população carcerária mantida em delegacias, que é superior, e a população dos presídios. Falou ainda sobre a falta de uniformização de atividade de segurança pública entre as secretarias de segurança pública dos estados da federação, destacando a importância da profissionali-zação da atividade de segurança pública. Ressaltou, ainda, a criação de um setor de inteligência dentro da polícia para estudar como age a criminalidade. Teceu considerações sobre a recomendação das Organiza-ções das Nações Unidas no tocante à prisão e à cus-tódia do detento. A seguir, o Senhor Presidente desig-

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60406 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

nou nos termos do inciso VI do art. 41 do Regimento Interno o Deputado Arnaldo Faria de Sá na qualidade de Relator. Com a palavra, o Deputado Arnaldo Faria de Sá ponderou sobre a necessidade de normatizar a situação das polícias no tocante à segurança nos presídios; dos agentes penitenciários assumirem com mais poder o papel no combate ao crime organizado e destacou ser um dos objetivos da comissão minimizar o problema carcerário brasileiro. O Senhor Presidente concedeu, ainda, a palavra aos deputados Marcelo Itagiba, que se congratulou com os deputados pre-sentes pela escolha de qualidade do presidente e do relator e falou da experiência do seu estado na cria-ção de secretaria própria de administração penitenci-ária; Laerte Bessa, que demonstrou sua preocupa-ção com a criação de mais uma polícia, vindo assim a desvincular a polícia civil do seu papel atual dentro dos presídios; Francisco Tenório, que desejou êxito para os trabalhos da comissão e falou sobre o índice de crimes originários nos presídios, que é grande, e, por fim, sugeriu a criação da Secretaria Nacional de Política Penitenciária; Jairo Ataide, que disse ser a segurança pública um problema bastante desafiador; Chico Alencar, que teceu considerações sobre sua experiência em visitas a presidiários no Rio de Janeiro quando foi deputado estadual; Francisco Rossi, que fez breve analogia entre as populações carcerárias do Brasil e dos Estados Unidos, ressaltando ser este um importante momento histórico para a solução dos problemas da falta de segurança pública. Logo após, o Senhor Presidente esclareceu sobre o prazo inicial das quarenta sessões ordinárias da Casa para o exame de mérito da PEC e sobre o prazo para apresentação de emendas, ressaltando o quorum mínimo exigido para estas proposições, de acordo com as exigências legais do Ato da Mesa nº 49, de 2000, alterado pelo de nº 101, de 2001. Falou ainda que a referida proposição necessita estar em conformidade com o regimento para não correr o risco de ser declarada insubsistente. Disse da importância de os deputados apresentarem seus requerimentos com antecedência para serem pauta-dos na Ordem do Dia das comissões, a fim de serem deliberados. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente agradeceu a presença de todos e encer-rou a reunião às onze horas e vinte e quatro minutos, antes convocando a próxima reunião a realizar-se no dia quatorze de junho p. futuro para definição do ro-teiro de trabalho e deliberação de requerimentos. E, para constar, eu, Mario Drausio Coutinho, ,secretário, lavrei a presente Ata, que, após lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e irá à publicação no Diário da Câmara dos Deputados.

Ata da 2ª Reunião Ordinária, realizada em 14 de junho de 2007.

Às dez horas e trinta e quatro minutos do dia ca-torze de junho de dois mil e sete, reuniu-se a Comis-são Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 308-A, de 2004, do Sr. Neuton Lima, que “altera os arts. 21, 32 e 144, da Cons-tituição Federal, criando as polícias penitenciárias fe-deral e estaduais”, no Plenário 5 do Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília-DF, com a presença dos Senhores Deputados Arnaldo Faria de Sá, Fernando Melo, Francisco Tenorio, Jairo Ataide, Laerte Bessa, Nelson Pellegrino, Neucimar Fraga, William Woo, titu-lares; Alexandre Silveira, Dr. Talmir, Edson Aparecido e Lincoln Portela, suplentes. Deixaram de comparecer os Deputados Afonso Hamm, Chico Alencar, Iriny Lopes, Marcelo Itagiba, Marcelo Ortiz, Mendonça Prado, Raul Jungmann, Rodrigo de Castro e Vital do Rêgo Filho. ABERTURA: Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou aberta a presente reunião. ATA: Distribuída antecipadamente cópias da ata da reunião anterior, o Senhor Presidente consultou aos senhores parlamentares se haveria necessidade da sua leitura. O Deputado Arnaldo Faria de Sá solicitou a dispensa da leitura da Ata. Não havendo quem quisesse discu-ti-la, o Senhor Presidente submeteu-a à votação. A ata foi aprovada sem restrições. EXPEDIENTE: Fo-ram recebidas as seguintes correspondências: 1) Of. 1185/07-GAB, de 30/05/07, do Dep. Wiliam Woo, co-munica sua ausência à reunião de instalação e eleição do presidente e dos vice-presidentes, em virtude de ser membro da comitiva da Comissão de Segurança Publica e Combate ao Crime Organizado que visitou o Presídio Federal de Catanduvas/PR no dia 31 de maio p. passado; 2) Of. 45/07/Coff, do Dr. Wagner Primo Fi-gueiredo Júnior, Diretor da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira, que indica , em resposta ao ofício 02/07 – Pres, de 31 de maio de 2007, o Dr. Roberto Guimarães M. Guimarães Filho para prestar assessoramento técnico à comissão quanto aos as-pectos de adequação financeira e orçamentária, bem como auxiliar o Relator na elaboração do parecer; 3) Of. 109/07, de 12/06/07, do Dr. Ricardo J. Pereira Ro-drigues, Diretor da Consultoria Legislativa, indica, em resposta ao of. 01/07-Pres, de 31/05.07, o Dr. Gilsomar Silva Barbalho para prestar assessoramento técnico-legislativo e especializado aos trabalhos da comissão. COMUNICAÇÃO: O Senhor Presidente comunicou ter recebido das lideranças do Partido da República e do PSDB as indicações para disputarem a eleição aos cargos de vice-presidentes dos nomes dos deputados Neucimar Fraga (PR/ES), para 1º vice-presidente, e do deputado William Woo, para 2º vice-presidente,

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60407

respectivamente. Informou ainda aos senhores mem-bros que convocaria reunião para a referida eleição após receber a indicação do nome para a 3ª vice-pre-sidência, completando assim a chapa fruto do acordo. ORDEM DO DIA: Definição do Roteiro de Trabalho e Deliberação de Requerimentos. Com a palavra, o Re-lator propôs elaborar o roteiro de trabalho em conjunto com a comissão. Sugeriu inicialmente convidar os se-cretários de administração penitenciária dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal e do Acre que possuem administração penitenciária separada, para trazerem subsídios à comissão; pro-pôs, também, ouvir representantes dos sindicatos da administração penitenciária; lembrou ao representante da polícia legislativa desta Casa que encaminhasse por escrito o pedido para incluir a categoria no texto da PEC; ponderou aos parlamentares que, tendo em vista as dificuldades de se reunir o quorum mínimo de 171 assinaturas individuais em dez sessões para apresentação de emendas, as receberia na forma de sugestões. O Senhor Presidente sugeriu convidar o mi-nistro de Estado da Justiça, Tarso Genro, o Secretário Nacional de Justiça do Ministério da Justiça, o ex-depu-tado Antonio Carlos Biscaia, o Diretor do Depen, os secretários de justiça e segurança pública estaduais, o diretor do Conselho Nacional de Política Penitenciá-ria, os agentes de presídios e o sindicato da Bahia. O Deputado William Woo demonstrou sua preocupação em se ter uma polícia mais unida e melhor equipada para elucidar os crimes por intermédio da investigação científica do que uma polícia a mais; propôs convidar os secretários de segurança pública de todos os es-tados, diretor do Deic/SP, Chefes dos Departamentos de Polícias dos estados e os delegados gerais. Com a palavra, o Relator ponderou veementemente não admitir requerimentos para convidar número elevado de autoridades, a fim de não tumultuar os trabalhos da comissão. O Deputado Laerte Bessa comungou das idéias do deputado William Woo. O Deputado Fernan-do Melo sugeriu convidar um representante de cada secretaria de segurança pública estadual; o Deputado Neucimar Fraga lembrou sobre a diversidade das mis-sões da polícia civil e militar, destacou a importância de se investir mais recursos na área de segurança, propôs a criação de um modelo provisional diferencia-do em relação às visitas e ressaltou as dificuldades na administração dos presos por parte das polícias civil e militar. O Senhor Presidente determinou à secreta-ria que encaminhasse ofício-circular aos membros da comissão, esclarecendo sobre as normas regimentais referentes à apresentação de emendas e da realização de audiências públicas. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente agradeceu a presença de todos e

encerrou a reunião às onze horas e catorze minutos, antes convocando a próxima a realizar-se no dia vinte de junho, às catorze horas e trinta minutos, para deli-beração de requerimentos. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. E, para constar, eu, _________, Mario Drausio Coutinho, secretário, lavrei a presente Ata, que, após lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e irá à publicação no Diário da Câmara dos Deputados.

53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da 3ª Reunião Ordinária, Realizada Em 20 De Junho De 2007.

Às quinze horas e doze minutos do dia vinte de junho de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 308-A, de 2004, do Sr. Neuton Lima, que “altera os arts. 21, 32 e 144, da Constituição Fe-deral, criando as polícias penitenciárias federal e esta-duais”, no Plenário 4 do Anexo II da Câmara dos Depu-tados, em Brasília-DF, com a presença dos Senhores Deputados Arnaldo Faria de Sá – Relator; Fernando Melo, Iriny Lopes, Jairo Ataide, Laerte Bessa, Marcelo Itagiba, Mendonça Prado, Neucimar Fraga e William Woo – Titulares; Alexandre Silveira e Edson Aparecido – Suplentes. Deixaram de comparecer os Deputados Afonso Hamm, Chico Alencar, Francisco Tenorio, Mar-celo Ortiz, Nelson Pellegrino, Raul Jungmann, Rodrigo de Castro e Vital do Rêgo Filho. ABERTURA: Haven-do número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA: e colocou em apreciação a Ata da reunião anterior. Tendo em vista a distribuição de cópias da ata da reunião anterior a todos os membros presentes, o Senhor Presidente indagou se haveria necessidade de sua leitura. O Deputado William Woo solicitou a dispensa da sua leitura. Não havendo quem quisesse discuti-la, a ata foi aprovada sem restrições. EXPEDIENTE: Foram recebidas as seguintes corres-pondências: 1) Of. nº 23, de 15 de Junho de 2007, do Deputado Raul Jungmann, justificou sua ausência à reunião do dia 14 de junho p. passado e comunicou ainda que fora designado pelo Presidente da Câmara dos Deputados para representar esta Casa em viagem do Grupo de Trabalho destinado a verificar a situação dos brasileiros que moram na fronteira do Brasil com a Bolívia, ameaçados de expulsão, pelo governo bo-liviano das terras em que vivem e cultivam na cidade de La Paz, Bolívia, no período de 18 a 24 de junho do corrente, considerando-se o afastamento missão oficial, nos termos dos Atos da Mesa nºs 23/1999 e 35/2003; 2) Of. 174-DEM/07, de 14 de junho, do Líder

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60408 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

do Democratas, Deputado Onyx Lorenzoni, indicou o nome do Deputado Jairo Ataíde para ocupar o cargo de vice-presidente na comissão especial; 3) Ofício s/nº do Deputado Nelson Pellegrino, de 19 de junho do corrente, informou aos seus pares que, em razão de viagem oficial à Lima para participar da reunião da Comissão de Direitos Humanos, Justiça e Políticas Carcerárias do Parlatino, estaria ausente no período de 20 a 22 de junho. ORDEM DO DIA: A – Requeri-mentos: 1 – REQUERIMENTO Nº 1/07 – do Sr. Mar-celo Itagiba – (PEC 308/2004) – que “solicita que seja convidado para Audiência Pública, o Doutor ASTÉRIO PEREIRA DOS SANTOS, Secretário de Administra-ção Penitenciária no Governo de Rosinha Garotinho, atualmente coordenador de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro”. O Deputado William Woo subscreveu o requerimento e, logo em seguida, o encaminhou. O requerimento foi APROVADO por unanimidade. 2 – REQUERIMENTO Nº 2/07 – do Sr. William Woo – (PEC 308/2004) – que “requer que sejam convidados para audiência pública representantes das polícias civil e federal: Dr. Youssef Abou Chahin, Diretor do Departamento de Estado de Investigação sobre o Crime Organizado (DEIC-SP); Dr. Mário Jordão Toledo Leme, Presidente Do Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil; Dr. Antonio Fer-reira Pinto, Secretário da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo; Dr. Sandro Avelar, Presiden-te da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal”. O Senhor Presidente solicitou ao Deputado William Woo que fizesse a justificativa oral do seu reque-rimento. Após apresentar a justificativa e encaminhar o requerimento, o mesmo foi APROVADO por unanimi-dade. O Senhor Presidente informou à comissão que os requerimentos de autoria dos Deputados Nelson Pellegrino e Laerte Bessa não seriam deliberados na presente reunião, pois não foram recebidos de forma tempestiva pela secretaria, mas que seriam pautados para a reunião subsequente. Com a palavra, o deputado William Woo ponderou ao Senhor Presidente que, ao convidar os palestrantes para as audiências públicas, evitasse expedir o convite para o titular do órgão junto com seu subordinado, a fim de produzir o contraditó-rio nos debates. O Senhor Presidente saudou a todos os parlamentares o esforço pela presença na reunião haja vista o acúmulo de atividades. Nada mais haven-do a tratar, o Senhor Presidente encerrou a reunião às quinze horas e trinta minutos. O inteiro teor da reunião foi gravado, passando o arquivo de áudio correspon-dente a integrar o acervo documental desta reunião. E, para constar, eu __________, Mário Dráusio Cou-tinho, secretário, lavrei a presente Ata que, após lida e

aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e irá à publicação no Diário da Câmara dos Deputados.

53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da 4ª Reunião Ordinária, realizada em 5 de julho de 2007.

Às dez horas e quarenta e nove minutos do dia cinco de julho de dois mil e sete, reuniu-se a Comis-são Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 308-A, de 2004, do Sr. Neuton Lima, que “altera os arts. 21, 32 e 144, da Constituição Federal, criando as polícias penitenciá-rias federal e estaduais”, no Plenário 3 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senho-res Deputados Nelson Pellegrino – Presidente; Arnal-do Faria de Sá – Relator; Fernando Melo, Iriny Lopes, João Dado, Laerte Bessa, Marcelo Itagiba, Mendonça Prado, Neucimar Fraga, Vital do Rêgo Filho e William Woo – Titulares; Dr. Talmir, Francisco Rossi e Sue-li Vidigal – Suplentes. Deixaram de comparecer os Deputados Afonso Hamm, Chico Alencar, Francisco Tenorio, Jairo Ataide, Marcelo Ortiz, Raul Jungmann e Rodrigo de Castro. ABERTURA: Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA: e colocou em apreciação a Ata da reu-nião anterior. Tendo em vista a distribuição de cópias da ata a todos os membros, o Senhor Presidente in-dagou se haveria necessidade de sua leitura. O Dep. William Woo solicitou a dispensa da referida leitura. Não havendo quem quisesse discuti-la, foi aprovada sem restrições. EXPEDIENTE: 1) Of. 272/PT, de 21 de junho de 2007, do Dep. Luiz Sérgio, Líder do PT, justificou a ausência da Deputada Iriny Lopes no dia 14 de junho por estar respondendo interinamente pela liderança do partido em reunião da bancada que se re-alizou simultaneamente à reunião da comissão; 2) Fax da Srª Maria da Graça Nunes, secretária parlamentar do Dep. Raul Jungmann, encaminhou o requerimen-to de nº 54/07, da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, que justificou a au-sência do Deputado no dia 28 de junho do corrente, pois se deslocou junto com os membros da referida comissão a Pernambuco, para analisar e propor so-luções para o combate ao crime de violência contra a mulher. COMUNICAÇÃO: O Senhor Presidente comu-nicou aos parlamentares que o prazo de dez sessões para apresentação de emendas à PEC encerrou no dia 28 de junho do corrente e que já havia transcorrido doze sessões das quarenta para o exame de mérito da PEC. ORDEM DO DIA: ITEM I – Deliberação de Requerimentos: 1 – REQUERIMENTO Nº 3/07 – do Sr. Nelson Pellegrino – que “requer audiência pública

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60409

para debater a PEC 308 de 2004”com as seguintes autoridades: Dr. Tarso Fernando Herz Genro, Ministro de Estado da Justiça; Dr. Antonio Carlos Biscaia, Se-cretário Nacional de Justiça ; Dr. Luis Antonio Fonseca, Vice-Presidente da Febraspen – Federação Nacional dos Servidores Penitenciários e Coordenador Geral do Fórum Nacional para Assuntos Penitenciários. APRO-VADO. 2 – REQUERIMENTO Nº 4/07 – do Sr. William Woo – que “requer que seja convidado para audiência pública o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil”, Dr. Carlos Eduardo Benito Jorge. APROVADO. 3 – REQUERIMENTO Nº 5/07 – do Sr. Laerte Bessa – (PEC 308/2004) – “REQUERIMENTO do Sr. Laerte Bessa à Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC 308/2004, para, na forma regimental, convidar o Delegado de Polícia do Distri-to Federal, Dr. Francisco Antônio da Silva, ex-Subse-cretário do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, para discutir, em reunião desta comissão, acerca do atual Sistema Penitenciário a nível local e nacional e da criação da Polícia Penitenciária, na forma propos-ta por meio da PEC 308/2004”. APROVADO. 4 – RE-QUERIMENTO Nº 6/07 – da Sra. Iriny Lopes – (PEC 308/2004) – que “requer a realização de Audiência Pública visando debater a PEC 308-A/2004, com en-tidades de Direitos Humanos”, a saber: representante do Movimento Nacional de Direitos Humanos; represen-tante da Pastoral Carcerária Nacional; representante do Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos e um representante da Justiça Global. APROVADO. 5 – REQUERIMENTO Nº 7/07 – da Sra. Iriny Lopes – (PEC 308/2004) – que “requer a realização de Au-diência Pública visando debater a PEC 308-A/2004, com Juízes de Varas Criminais”, a saber: Dr. Kenarik Boujikian Felippe; Dr. Carlos Eduardo Lemos; Dr. Sérgio Mazina e Dr. Marcelo Semmer. APROVADO. 6 – RE-QUERIMENTO Nº 8/07 – do Sr. Chico Alencar – que “requer que sejam convidados para audiência pública representantes do Sistema Penintenciário, do Estado do Rio de Janeiro”, a saber: Sr. Francisco Rodrigues Rosa, Presidente do Sindicato dos Servidores do Sis-tema Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro; Sr. Alcy Moraes Coutinho Júnior, Inspetor de Segurança Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro. APROVA-DO. 7 – REQUERIMENTO Nº 9/07 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – (PEC 308/2004) – que “requer sejam convidados para Audiência Pública as autoridades seguintes”: Cel. César Rubens Monteiro de Carvalho, Secretário de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro; Dr. Gilvan Cordeiro Ferro, Secretário de Administração Penitenciária de Rondônia; Ten.-cel. Luiz do Nascimento Vugarin, Secretário da Superinten-dência de Administração Penitenciária de Alagoas; Dr.

Sérgio Moraes Fortes, Superintendente dos Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul; Drª Laura Keiko Sakai Okamura, Diretora da Administração Presidiária do Acre. APROVADO, com a adoção do nome do Dr. Bruno Azevedo, juiz de direito da comarca de Gua-rabira, Paraíba, por sugestão do Dep. Vital do Rego Filho. 8 – REQUERIMENTO Nº 10/07 – do Sr. Nelson Pellegrino – que “requeiro a Vossa Excelência, que ouvido o Plenário desta Comissão, seja convidado o Sr. Maurício Kuehne – Diretor Geral do Departamento Penitenciário do Ministério da Justiça – DEPEN, para participar de debate sobre a PEC 308/2004”. APROVA-DO. Item II – Eleição dos Vice-Presidentes. O Senhor Presidente informou que foi formalizada junto à Mesa a seguinte chapa do acordo: Para 1º Vice-Presidente, Dep. Neucimar Fraga (PR/ES); Para 2º Vice-Presidente, Dep. William Woo (PSDB/SP); Para 3º Vice-Presiden-te, Dep. Mendonça Prado. O Senhor Presidente infor-mou que as cédulas já se encontravam na cabine de votação e estariam disponíveis também cédulas em branco. Esclareceu aos parlamentares o processo de votação e convidou o Dep. João Eduardo Dado como escrutinador. Logo após, foi feita a chamada nominal dos membros titulares e suplentes. Encerrada a vota-ção, foram contados dez votos, havendo coincidência entre o número de sobrecartas e de votantes. Foram apurados dez votos válidos. Votaram os Deputados: Arnaldo Faria de Sá, Fernando Melo, Iriny Lopes, La-erte Bessa, Nelson Pellegrino, Neucimar Fraga, Vital do Rego Filho William Woo, João Dado titulares; Francisco Rossi e Sueli Vidigal, suplentes. O Senhor Presidente declarou empossados os eleitos. A seguir, o Dep. Fer-nando Melo encaminhou à Mesa e-mail com conteúdo de ameaças à sua atuação parlamentar face à aprecia-ção da PEC 308/04. O Senhor Presidente rechaçou o teor do referido e-mail e determinou à secretaria que o encaminhasse ao Diretor-Geral da Polícia Federal para apuração imediata e urgente. O Senhor Presidente convocou a próxima reunião para o dia doze de julho para o Relator apresentar seu roteiro de trabalho. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou a reunião às onze horas e dezenove minutos. O intei-ro teor da reunião foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. E, para constar, eu _________, Mário Dráusio Coutinho, secretário, lavrei a presente Ata, que, após lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e irá à publicação no Diário da Câmara dos Deputados.

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60410 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da 5ª Reunião Ordinária, realizada em 12 de julho de 2007.

Às dez horas e quarenta e sete minutos do dia doze de julho de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 308-A, de 2004, do Sr. Neuton Lima, que “altera os arts. 21, 32 e 144, da Constituição Federal, criando as polícias penitenciárias federal e estaduais”, no Plenário 5 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores Deputados Nelson Pellegrino – Presidente; Arnaldo Faria de Sá – Relator; Fernando Melo, Marcelo Itagiba, Mendonça Prado, Vital do Rêgo Filho e William Woo – Titulares; Alexandre Silveira, Edson Aparecido, Francisco Rossi e Lincoln Portela – Suplentes. Deixaram de comparecer os Deputados Afonso Hamm, Chico Alencar, Francisco Tenorio, Iriny Lopes, Jairo Ataide, João Dado, Laerte Bessa, Marcelo Ortiz, Neucimar Fraga, Raul Jungmann e Rodrigo de Castro. ABERTURA: Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA: Tendo em vista a distribuição de cópias da ata da reunião anterior, o Senhor Presidente indagou se haveria necessidade de sua leitura. Dispensada a leitura da ata, e não havendo quem quisesse discuti-la, foi aprovada sem restrições. EXPEDIENTE: A – COR-RESPONDÊNCIA EXPEDIDA: 1) Of. 04/07-Pres, de 05/07/07, do Dep. Nelson Pellegrino, ao Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal, encaminhou o e-mail recebido pelo Dep. Fernando Melo e solicitou providências urgentes quanto ao teor da referida men-sagem. B – CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA: 1) – Of. 032/07, de 05/07/07, da Srª Maria da Graça Haickel, assessora parlamentar, encaminhou ofício justifican-do a ausência do Dep. Raul Jungmann à reunião do dia cinco p. passado por encontrar-se em São Paulo para consulta no Instituto do Coração – Incor, confor-me atestado em anexo; 2) – Of. 028/07, de 10/07/07, do Dep. Edson Aparecido, que justificou sua ausên-cia à reunião do dia 05/07/07, pois se encontrava em tratamento médico na cidade de São Paulo, conforme atestado médico em anexo. COMUNICAÇÃO: O Se-nhor Presidente comunicou aos senhores membros que já havia transcorrido catorze sessões das quarenta para o exame de mérito da PEC e que, se houvesse sessões ordinárias diariamente a partir de agosto, as quarenta sessões deveriam se encerrar no dia 05 de setembro. ORDEM DO DIA: I – Apresentação e De-bate do Roteiro de Trabalho. Após a apresentação do Roteiro de Trabalho pelo Relator, a Comissão o aco-lheu. O Senhor Presidente disse que envidaria esforços para implementá-lo a partir de agosto. Sugeriu, ainda,

que o parecer fosse apresentado à comissão no dia 23 de agosto para este Colegiado dispor de tempo para iniciar a discussão e votação do parecer antes do encerramento do prazo das quarenta sessões. II: A – Requerimentos: 1 – REQUERIMENTO Nº 11/07 – do Sr. Nelson Pellegrino – que “nos termos dos arti-gos 255 e 256 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados requeiro a Vossa Excelência, que ouvido o Plenário desta Comissão, seja convidado o Sr. Amauri Meireles – Coronel da Polícia Militar de Minas Gerais, Ex-Comandante da Região Metropolitana de Belo Ho-rizonte, Ex.- Superintendente na Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais, para participar de debate sobre a PEC 308/2004”. O requerimento encaminhado pelo Dep. Fernando Melo foi APROVADO. Com a palavra, o Dep. Fernando Melo disse estar tranqüilo em relação ao conteúdo do e-mail que fora encaminhado à Polícia Federal solicitando apuração do mesmo, pois o seu autor retratou-se com S.Ex.ª, estando, assim, o parla-mentar tranqüilo para expressar suas opiniões sobre a PEC. O Senhor Presidente teceu considerações sobre os esclarecimentos do Dep. Fernando Melo, hipotecou a S.Ex.ª solidariedade e, a seguir, agradeceu o esforço dos servidores da secretaria em serviço e, nada mais havendo a tratar, encerrou a reunião às dez horas e cinqüenta e cinco minutos. O inteiro teor da reunião foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. E, para constar, eu ________, Mário Dráusio Coutinho, secre-tário, lavrei a presente Ata, que, após lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e irá à publica-ção no Diário da Câmara dos Deputados.

53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da 6ª Reunião Ordinária, Audiência Públi-ca, realizada em 8 de agosto de 2007.

Às quatorze horas e trinta e três minutos do dia oito de agosto de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 308-A, de 2004, do Sr. Neu-ton Lima, que “altera os arts. 21, 32 e 144, da Constitui-ção Federal, criando as polícias penitenciárias federal e estaduais”, no Plenário 11 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores Depu-tados Arnaldo Faria de Sá – Relator; Afonso Hamm, Chico Alencar, Fernando Melo, Iriny Lopes, Mendon-ça Prado, Neucimar Fraga, Raul Jungmann e William Woo – Titulares; Alexandre Silveira, Ayrton Xerez, Dr. Talmir, Francisco Rossi e Pinto Itamaraty – Suplentes. Deixaram de comparecer os Deputados Francisco Tenorio, João Dado, Laerte Bessa, Marcelo Itagiba, Marcelo Ortiz, Nelson Pellegrino, Rodrigo de Castro e

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60411

Vital do Rêgo Filho. Justificou a ausência o Deputado Francisco Tenorio. ABERTURA: Havendo número re-gimental, o Dep. Arnaldo Faria de Sá, no exercício da presidência, declarou abertos os trabalhos. ATA: e co-locou em apreciação a ata da reunião anterior. Tendo sido distribuída cópia da ata a todos os parlamentares, indagou sobre a necessidade de sua leitura. Dispen-sada a leitura da Ata, e não havendo quem quisesse discuti-la, foi colocada em votação, sendo aprovada sem restrições. EXPEDIENTE: A seguir, fez a leitura da seguinte correspondência recebida: 1) Of. 15/07/PMN, do Sr. José Carlos Pereira, Chefe de Gabinete, encaminhou fax de atestado médico do Departamento Médica da Casa, justificando por catorze dias a ausên-cia do Dep. Francisco Tenório; 2) Of. 103/07-SNJ/MJ, de 07/08/07, do Dr. Antonio Carlos Biscaia, Secretá-rio Nacional de Justiça, comunicou a impossibilidade de estar presente à reunião de audiência pública em razão de compromissos já assumidos anteriormente. ORDEM DO DIA: AUDIÊNCIA PÚBLICA. Convidados: Dr. Maurício Kuehne, Diretor-Geral do Departamento Penitenciário do Ministério da Justiça – DEPEN; Dr. Carlos Eduardo Benito Jorge, Presidente da Associa-ção dos Delegados de Polícia do Brasil – ADEPOL; Dr. Sandro Avelar, Presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal – ADPF; Dr. Antonio Fran-cisco da Silva, Delegado de Polícia e ex-subsecretário do Sistema Penitenciário do Distrito Federal. A seguir, o Dep. Arnaldo Faria de Sá concedeu a palavra ao Dr. Maurício Kuehne para fazer sua exposição inicial. Às catorze horas e quarenta e dois minutos o Dep. Mendon-ça Prado assumiu a presidência dos trabalhos. Dando prosseguimento à reunião, concedeu a palavra ao Dr. Wladimir Sérgio Reale, Vice-Presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, representando o presidente da associação. Logo após a exposição do Dr. Wladimir, o Dep. Arnaldo Faria de Sá, ao reassumir a direção dos trabalhos, fez a leitura das conclusões do parecer da Diretoria do Sistema Penitenciário sobre a oportunidade de se implementar a criação de polí-cias penitenciárias federal estaduais encaminhado à comissão pelo Dr. Maurício Kuehne. O Dep. Arnaldo Faria de Sá registrou as ausências sem justificativa dos convidados Sandro Avelar e Antonio Francisco da Silva e anunciou as presenças dos seguintes agentes penitenciários federais: Melissa de Carvalho Malaquias, Mônica Marcato, Nelson Gabriel Pinto, Cristiano Ta-vares Torquato, Adilson Valério Souza, representante do Sindicato dos Agentes Penitenciários Federais de Catanduvas/PR, Sr. Yuri Mattos Carvalho, Presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários Federais de Campo Grande/MS; Sr. Fernando Anunciação, Presi-dente do Sindicato dos Servidores da Administração

Penitenciária de Mato Grosso do Sul e o Dr. Carlos Roberto Mariath, Coordenador do Depen. Com a pa-lavra, o Dep. William Woo justificou sua ausência ao início das exposições dos convidados, uma vez que se encontrava na comissão de segurança pública e reivindicou ao Dep. Arnaldo Faria de Sá, no exercício da presidência, que as reuniões da comissão especial não coincidissem com as da de segurança pública. Ao responder S.Ex.ª, o Relator ponderou no sentido de que regimentalmente as comissões temporárias se reúnem à tarde e que ele mesmo fora à comissão de segurança pública e depois voltou para a reunião da comissão especial. No tocante à elaboração do seu parecer, ponderou no sentido de mudar a legislação para haver avanços quanto à criação das polícias pe-nitenciárias e fez elogios à Lei de Execução Penal, la-mentando sua pouca exequibilidade no cotidiano das penitenciárias. O Dep. Arnaldo Faria de Sá agradeceu a presença dos convidados e, nada mais havendo a tratar, encerrou a reunião às quinze horas e cinqüenta e dois minutos, antes convocando a próxima a realizar-se no dia quinze de agosto, às catorze horas e trinta minutos. O inteiro teor da reunião foi gravado, pas-sando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. E, para constar, eu ________, Mário Dráusio Coutinho, secretário, lavrei a presente Ata, que, após lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e irá à publicação no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Declaro abertos os trabalhos da 6ª reunião da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda Constitucional nº 308, de 2004, que altera os arts. 21, 32 e 144 da Constituição Fe-deral, criando as Polícias Penitenciárias Federais e Estaduais.

Convido os palestrantes para fazerem parte da Mesa: Dr. Maurício Kuehne, Diretor-Geral do Departa-mento Penitenciário do Ministério da Justiça – DEPEN; Dr. Wladimir Sérgio Reale, Vice-Presidente da Associa-ção dos Delegados de Polícia – ADEPOL. Convido os agentes penitenciários a ocuparem a terceira fileira.

Tendo em vista a distribuição antecipada de cópias da ata da 5ª reunião, dispenso a leitura da mesma.

Em discussão. (Pausa.)Em votação.O Srs. Deputados que a aprovam permaneçam

como se encontram. (Pausa.)Aprovada.Correspondência recebida. Ofício nº 103/07, do Deputado Antônio Carlos

Biscaia, Secretário Nacional de Justiça. Justifica sua

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60412 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

ausência em face de compromissos inadiáveis assu-midos. Coloca-se à disposição da Comissão.

Esta reunião foi convocada para ouvir, em au-diência pública, o Dr. Maurício Kuehne, Diretor-Geral do DEPEN; o Dr. Wladimir Reale, Vice-Presidente da ADEPOL; faltando ainda o representante da Associa-ção Nacional dos Delegados de Polícia Federal.

Antes esclareço a seguinte norma estabelecida no Regimento Interno da Casa. O tempo que dispo-rá o expositor será de 20 minutos, não podendo ser aparteado.

Concedo a palavra ao Dr. Maurício Kuehne para sua exposição inicial.

O SR. MAURÍCIO KUEHNE – Eminente Deputado Arnaldo Faria de Sá, que preside os trabalhos desta Comissão Especial, eminente Delegado que também fará sua exposição a respeito da temática, Wladimir Reale, eminentes Deputados, minhas senhores, meus senhores, o assunto que se traz à baila, concernente à PEC nº 308, que objetiva conceder modificações no título da Constituição Federal concernente à segurança pública, objetiva a criação das Polícias Penitenciárias Federal e Estaduais. Quer nos parecer, com a vênia devida dos que possam pensar em sentido contrário, que, muito embora o louvável propósito no sentido da alteração proposta que visa equacionar esse clima de conturbação em relação à ordem prisional como um todo no Brasil, dispomos de instrumentos normativos que ainda não tivemos o ensejo de ver aplicados na sua inteireza para que possamos dizer da viabilidade de pautar toda a conduta relacionada com os proble-mas atinentes à execução da pena, de conformidade com esse mesmo instrumento normativo que me refiro, a Lei de Execução Penal nº 7.210, de 1984. Se fôs-semos efetivar uma retrospectiva histórica, ainda que rápida, do nosso ordenamento jurídico, no particular aspecto da execução da pena, remontaríamos ao ano de 1932, quando tivemos o primeiro projeto relacionado a regrar todas as questões que suscitam essa terceira fase, ou esse terceiro momento, quando se observa a individualização da pena como um todo, que é a fase executória, ou a fase executiva para outros, e alguns entendendo que se trata de uma fase eminentemente administrativa.

De 1932 a 1984, inúmeros projetos e estudos se realizaram, até que culminasse o Congresso Nacional em aprovar a Lei nº 7.210, elaborada por uma comissão com representatividade dos mais diversos segmentos da comunidade jurídica como um todo. O regramento contido na Lei de Execução Penal foi concebido não apenas por experiências hauridas da realidade viven-ciada no Brasil, mas por experiências de realidades prisionais da América Latina, da América do Norte e

do continente europeu. Essa Lei de Execução Penal também foi pautada no regramento internacional, tendo presente não só as tratativas relacionadas a questões que dizem respeito aos direitos humanos, assim como no que concerne precipuamente a normas mínimas da Organização das Nações Unidas, criadas em 1954 exatamente para o tratamentos dos prisioneiros.

Na Lei de Execução Penal, uma série de disposi-ções se referem à formação do pessoal penitenciário, mas, frente à realidade hoje vivenciada em ternos de Brasil, observamos que há absoluta inadequação en-tre a norma e a realidade, uma vez que a norma ainda não foi implementada, embora em algumas unidades da Federação possamos dizer que haja pessoal peni-tenciário. Todavia, em termos de uma macrovisão do Brasil, nós nos ressentimos de profissionais adequados, não apenas do que é, em sua maioria, a realidade dos Estados quanto aos agentes penitenciários, mas no que toca ao pessoal administrativo e ao pessoal técni-co – e nos ressentimos de modo realmente espetacu-lar no sentido negativo da palavra. A Lei de Execução Penal contém uma série de disposições harmônicas entre si, mas, quando vamos divisar a forma como o privado de liberdade deve ser tratado nesse terceiro momento da individualização da pena, constatamos a inexistência de algo que ainda não encontrou eco no seio dos estabelecimentos penais, as Comissões Técnicas de Classificação.

Bem sabemos das grandes dificuldades que as unidades da Federação têm para a constituição dessas Comissões Técnicas de Classificação, porque, hodier-namente, estamos vivendo o drama concernente à ad-ministração no Sistema Penitenciário Federal, em que as Comissões Técnicas de Classificação, conquanto estejam em funcionamento, não têm caráter de efeti-vidade senão o de improvisação frente a uma situação concreta, como, por exemplo, quando há alguma de-manda por parte do juízo de execução penal.

Para tanto, o Departamento Penitenciário Na-cional, há mais de ano e meio, vem demandando no sentido de realizar concurso público para prover cargos de agentes penitenciários vagos nas 2 unidades que hoje funcionam e nas unidades que estão na iminên-cia de entrar em funcionamento, 2 das quais com toda a obra física praticamente concluída, a serem entre-gues ainda no decorrer deste exercício. No tocante a essas unidades que estão na iminência de sair do pa-pel, nós nos ressentimos da falta de pessoal técnico, de pessoal administrativo e de agentes penitenciários propriamente ditos.

União e Estados enfrentam esses problemas, só que, embora a Lei de Execução Penal date de 1984, várias unidades da Federação ainda não efetivaram um

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quadro de pessoal penitenciário, ainda não colocaram em prática o que a Lei de Execução Penal prevê, ou seja, a formação de um quadro de pessoal no mais lato sentido, compreendendo agentes penitenciários, pessoal administrativo e pessoal técnico. Isso sem falar de outras unidades nas quais a improvisação é a pa-lavra de ordem quando se vai suprir alguma carência no sistema prisional.

Então, se não temos, em termos de aplicação concreta, um instrumento normativo cujo embasamen-to tenha sido buscado em diferentes nações; se ainda não tivemos a oportunidade de contar com a formação de agentes penitenciários no sentido lato da palavra, destinados à precípua execução do trabalho que irão efetivar, não podemos concordar em se mudar alguma coisa que sequer foi testada para algo que, ao nosso ver, vai se imiscuir com atividades paralelas e que ten-dem a agravar, lamentavelmente, o quadro atual.

Então, a forma como está concebida essa pro-posta de emenda constitucional foge, por completo, à questão que visa focar, basicamente quando se trata de questões interna corporis, ou seja, aquelas que dizem respeito à administração e à gestão de um es-tabelecimento penal visto de dentro.

Ao longo de nossa história, o trabalho de pessoal nos estabelecimentos penais, lamentavelmente, diga-se de passagem, sempre foi forjado na improvisação –– essa é a constante que o Estado, infelizmente, nos oferece ––, e o trabalho externo realizado pela Polícia Militar, quase como regra, através dos batalhões de guardas existentes nas unidades da Federação.

Então, pretender-se dar feição de Polícia Peni-tenciária, quer para atuação interna, quer para atua-ção externa, é mesclar situações que não combinam. O trabalho da Polícia, tradicionalmente, em sua feição clássica, com as tarefas preventivas e repressivas, cessa no momento em que se consegue prevenir efi-cazmente a prática de um ilícito penal. Se ela conse-guiu fazer com que o autor de um ilícito penal fosse entregue à Justiça, embora os mecanismos preventivos não tivessem funcionado no sentido de prendê-lo para deixá-lo à disposição da Justiça, a sua tarefa cessou. A tarefa passa agora, na concepção de um sistema penitenciário, para outro órgão, que alberga, confor-me a própria Lei de Execução Penal estabelece, não só os condenados definitivos, mas também os presos provisórios. Daí a própria nomenclatura utilizada pela LEP, ao falar, identificando os estabelecimentos pe-nais, nas penitenciárias, nas colônias penais agrícolas, industriais e similares, nas casas de albergados, nos hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico, destina-dos esses estabelecimentos àqueles que tenham sido condenados a pena em regime fechado, semi-aberto

ou aberta, ou contra o qual se venha impor uma me-dida de segurança.

Mas a LEP também regra a questão da cadeia pública, procurando, dentro dessa interpretação siste-mática que se há e que se tem de efetivar, fazer com que o pessoal penitenciário seja aquele que trabalhe nesses estabelecimentos penais, conforme diz a pró-pria Lei de Execução Penal. O que há, entretanto, em termos práticos, é uma confusão generalizada nas dife-rentes unidades da Federação, cujas cadeias públicas têm servido não apenas para presos provisórios, mas também para os condenados definitivos. As unidades da Federação não se adequaram convenientemente em termos de ter pessoal treinado e capacitado para lidar com o preso enquanto preso, visto que infrator de uma norma penal e que a Polícia cumpriu sua ta-refa no sentido de prendê-lo e colocá-lo à disposição da Justiça.

Ninguém entre nós, é sabido por mandamento constitucional, pode ser privado de sua liberdade se-não mediante ordem escrita da autoridade judiciária competente, exceto aquelas situações de flagrante delito. Mas, ainda assim, o auto de prisão em flagran-te deve ser submetido, de imediato, à apreciação da autoridade judicial competente e do Ministério Público. Então, a função policial cessa no momento em que é efetivada a prisão.

Temos de viabilizar agora um instrumento norma-tivo que ainda não foi colocado em prática em termos de Brasil, para fazer com que o pessoal penitenciário tenha sua atenção voltada não mais para repressão do crime, não mais para prevenir um crime que já aconte-ceu, mas para o aspecto preventivo especial, porque aquele ser privado de liberdade está sofrendo todas as agruras decorrentes da reprimenda que lhe foi im-posta mediante um processo regular e, no futuro, ele deverá retornar a conviver entre nós.

Por não termos a prisão perpétua e a pena se morte, temos de trabalhar com a perspectiva de um homem privado de liberdade, infrator de uma norma penal, sabendo que um dia ele retornará à socieda-de. Para isso, temos de ter um cabedal não apenas de pessoal especializado, mas um instrumental ne-cessário para que esse pessoal, a par da formação, a par da especialização, a par da reciclagem necessária que se deve efetivar, possa realmente desempenhar suas atividades. Nesse aspecto, não apenas as uni-dades da Federação, mas também União estão em grande débito.

Assumimos o Departamento Penitenciário Nacio-nal há 1 ano e 10 meses. Então, estava caminhando a formação do Sistema Penitenciário Federal. Se remon-tarmos aos idos de 1966, havia um dispositivo na Lei

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nº 5.010, que reorganizou a Justiça Federal, segundo o qual, enquanto a União não possuísse estabelecimen-tos penais, em relação à responsabilidade da Justiça Federal, digamos assim, a custódia dos presos deveria ser efetivada pelas unidades da Federação.

De 1966 em diante, só fomos contemplados por outro dispositivo a respeito do Sistema Penitenciário Federal, primeiro, com a Lei de Execução Penal, de 1984, e, depois, com a Lei dos Crimes Hediondos. Quase 20 anos transcorreram para novamente se dizer que a União deveria construir estabelecimentos penais para presos de alta periculosidade, não havendo, po-rém, qualquer discriminação entre aqueles à disposi-ção das Justiças Federal e Estadual.

Em 1990, a Lei dos Crimes Hediondos explicitou a necessidade da construção desses estabelecimentos penais para esses presos com condenação superior a 15 anos – e nela também se inferia o perfil da alta periculosidade das pessoas que se enquadrassem nessa situação.

Em 2003, depois de episódios como, por exem-plo, aquela fatídica ocorrência na Casa de Detenção de São Paulo, se não me equivoco, em 1992, e da recente megarrebelião de presos em São Paulo, em 2002, na qual mais de 70 estabelecimentos penais, de uma forma ou de outra, estiveram envolvidos, em 2003, repito, agregando-se àqueles dispositivos an-teriormente mencionados, começou o forjamento do Sistema Penitenciário Federal, destinado não apenas aos presos de alta periculosidade, mas àqueles que conturbassem a ordem nos estabelecimentos penais e àqueles que, muitas vezes até condenados a penas de pequena monta, entretanto, denotavam, pelas suas ligações com facções criminosas, um perfil de alta pe-riculosidade. Então, o Sistema Penitenciário Federal foi concebido para recebê-los, não importando se presos à disposição da Justiça dos Estados ou presos à dis-posição da Justiça Federal.

Para esse sistema é que estamos trabalhando, a União, primeiro, com a formação adequada de um contingente de agentes penitenciários federais, alguns dos quais aqui representados. Para cada estabeleci-mento penitenciário federal, que abrigará, no máximo, 208 presos, a concepção é dotá-los de 250 agentes penitenciários, numa proporção que, dimensionada em âmbito mundial, ultrapassa o nível da maioria das nações, equiparando-se à situação encontrada hoje em alguns países da Europa. Então, temos uma pro-porção de 1,4 agentes por preso, só que essa propor-ção se dilui quando do desempenho das atividades, na medida em que trabalham em turno de 24 por 72 horas. Quando observamos a realidade dos Estados, encontramos situações extremamente caóticas, pois

observamos essa proporção numa variante de 5 a mais de 40 presos por agente penitenciário.

Excelências, se tomarmos uma situação concre-ta, há estabelecimentos penitenciários no Brasil – eu próprio tive a oportunidade de enfrentá-la de perto, por exemplo, no Presídio de Aníbal Bruno, em Recife, que abriga não só presos provisórios, como condenados definitivos –, nos quais uma parte é mantida pela Po-lícia Militar, erroneamente, porque armada dentro do estabelecimento penitenciário, e outra parte é guarne-cida por agentes penitenciários. Para a custódia, vamos encontrar cerca de 4 mil presos para aproximadamente 80, 90, 100 agentes penitenciários.

De que forma se evitar todo esse tumulto, toda essa verdadeira parafernália que se efetiva dentro dos estabelecimentos penais? No Estado de Rondônia, enfrentei de perto, não com sofrimento do corpo, mas divisão do sofrimento alheio, uma rebelião de mil pre-sos com 300 reféns. Quantos agentes penitenciários estavam ali incumbidos da responsabilidade da cus-tódia daqueles presos? Não mais do que 70 agentes penitenciários, os quais foram arregimentados para oferecer um clima de maior segurança à rebelião.

Os Estados não se acautelaram, os Estados não se precaveram no sentido de ter, primeiro, um quadro de pessoal adequado.

Quanto aos aspectos concernentes à formação dos agentes penitenciários no âmbito federal, há muito vimos trabalhando no âmbito federal – e há documentos que registram isso. Não que tenha sido uma inovação na época, mas em 2000, quando ainda não se tinha colocado em prática qualquer aspecto relativamente ao Sistema Penitenciário Federal, o Conselho Nacio-nal de Política Criminal e Penitenciária, por meio de resolução, já criava a Escola Penitenciária Nacional, mediante a qual para um futuro próximo, que realmen-te foi próximo, a formação adequada do pessoal que iria trabalhar em estabelecimentos penais de respon-sabilidade da União.

Lamentavelmente, o documento ainda permanece no papel, porque a Escola Penitenciária Nacional não se converteu numa realidade. Essa já é uma situação, podemos dizer, perfeitamente mensurável, através das tratativas efetivadas perante o Departamento Peniten-ciário Nacional e o Ministério da Justiça para a criação dessa escola. Ela vai ser direcionada à formação de agentes penitenciários federais, de pessoal adminis-trativo e técnico e subsidiar as próprias unidades da Federação, Nossos agentes penitenciários tiveram de ser treinados por organismos outros que não integran-tes da estrutura administrativa da União Federal. Para as primeiras turmas, tivemos de recorrer a um grupo de comprovada experiência, com trabalhos merecedo-

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res dos mais rasgados elogios, mas que não pertencia aos quadros da União. Inicialmente, tivemos de nos socorrer do Distrito Federal e, num segundo momen-to, do Estado de Mato Grosso do Sul, que também detém extraordinária experiência no que se refere à formação de pessoal.

Estamos, portanto, desenvolvendo tratativas para que a Escola Penitenciária Nacional venha a se tor-nar uma realidade, para que o foco do treinamento do agente seja voltado para a perspectiva do futuro do homem encarcerado, que já delinqüiu e já foi punido pelo crime que praticou, mas que está resgatando o seu débito para com a sociedade.

E quando vamos examinar essas situações frente à realidade dos Estados, nós nos deparamos com um quadro que poderia ser assim sintetizado: em outubro de 2005, quando assumi o Departamento Penitenciário Nacional, tínhamos tão- somente 5 escolas peniten-ciárias no âmbito dos Estados – Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. As demais unidades da Federação não tinham estabeleci-mentos ou órgão adequado para lidar com a formação de pessoal. Por quê? Muitas delas sequer tinham um quadro de pessoal. Na sua maioria, improvisavam em relação a pessoal. Felizmente, neste exíguo espaço de tempo, o panorama está se modificando. Hoje, já con-tamos com 19 escolas penitenciárias, e estão em exe-cução mais 4 projetos, de modo que a tendência é que findemos o ano de 2007 com 23 escolas penitenciárias em 23 Unidades da Federação. E aí, sim, com essas escolas penitenciárias, concebidas sob uma formatação que exigiu e está a exigir um trabalho penoso, árduo, meticuloso, e um caminho que tem de ser palmilhado gradativamente – caminho que foi esquecido por mais de século –, o panorama certamente mudará. Isso nos faz relembrar o que já dizia a Constituição do Império: que as cadeias públicas – referindo-se aos estabeleci-mentos penais – deveriam ser seguras, limpas e bem arejadas, propiciando que o privado de liberdade fosse recolhido em condições humanas. Se na Constituição de 1824 já se estabelecia uma regra desta ordem, é porque, então, a situação era calamitosa. E de lá para cá, o que temos visto? Lamentavelmente, vimos esse quadro de degradação a que se submete o ser humano quando recolhido em estabelecimentos penais, quadro de degradação que estamos procurando resgatar no Sistema Penitenciário Federal.

Estamos procurando fazer com que os dispositivos da Lei de Execução Penal sejam respeitados em toda a sua inteireza. No que concerne às celas individuais, ao pessoal adequado a possibilitar um tratamento pe-nal condizente, sabemos nós, tendo em vista a peri-culosidade daqueles que lá se encontram recolhidos,

que a questão está a exigir um trabalho hercúleo por parte dos agentes penitenciários, que diuturnamente têm de ficar atentos a todas as situações que possam ocorrer nos estabelecimentos penais. Nossa preocu-pação está justamente voltada para eles, uma vez que a formação deles ocorreu num curto período de tem-po, formação que, entretanto, procuraremos sempre manter de forma continuada, agora com o desenho que, podemos dizer, está prestes a se concretizar, isto é, termos uma Escola Penitenciária Nacional. E, nas unidades da Federação, esse quadro também começa a apresentar algumas .

Peço vênia aos que naturalmente discordam des-se posicionamento, mas no momento em que vemos aqui a execução de atividades policiais de caráter pre-ventivo, investigativo e ostensivo que visam garantir a segurança e a integridade física dos apenados, custo-diados e os submetidos a medidas de segurança, bem como os funcionários e terceiros envolvidos, direta ou indiretamente, com o sistema penitenciário, é extraor-dinariamente claro, diríamos nós, dentro de uma linha interpretativa penal, que se trata de um tipo penal em branco, uma norma que vai dar nova dimensão para aqueles que trabalham no sistema penitenciário, dis-sociando o foco no que concerne ao futuro do homem delinqüente em relação a atividades – estas, sim, de-vem ser desempenhadas por servidores da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Polícia Federal. Mas não podemos entender que o atuar do agente penitenciário no dia-a-dia possa se confundir com o atuar do poli-cial. As ações do agente penitenciário, conquanto ele tenha de ficar atento a tudo que possa ocorrer dentro de um estabelecimento penal, no que concerne às in-vestigações, deverão se dar, é óbvio, como ocorre em qualquer órgão público ou mesmo entidade particular, quando haja a prática de alguma ilícito penal, ou no que diz respeito aos aspectos que tendem a prevenir a ocorrência de qualquer ilícito, seja de forma dolosa ou culposa. Todavia, extrair dessa atividade a conclu-são, que para alguns é lógica e inarredável, de que é de conotação eminentemente policial, queremos crer é usurpar atividades que estão cometidas a órgãos constitucionalmente previstos.

Por intermédio da Coordenação de Estudos de Atos normativos do Departamento Penitenciário Nacio-nal, instados que fomos no Departamento Penitenciário, procedemos a um exame detido a respeito da proposta de emenda constitucional. Esse estudo abrange 28 lau-das. Já o remetemos ao Ministério da Justiça, por meio da Secretaria de Assuntos Legislativos, para subsidiar a postura, pró ou contra, do Ministério em relação a essa proposta de emenda à Constituição.

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60416 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Vai V.Sa. entregar cópia à Comissão?

O SR. MAURÍCIO KUEHNE – Eu posso deixar uma cópia com V. Exa., sem nenhum problema.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Agradeço.

Esse assunto também deverá ser objeto de am-plo debate no Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, órgão incumbido pela Lei de Execu-ção Penal de traçar as diretrizes de Política Criminal e Penitenciária. Nesse Conselho, 18 membros repre-sentativos de diferentes unidades da Federação e dos segmentos das ciências criminais como um todo debatem essas questões cruciais, uma vez que não há uniformidade de pensamento. No âmbito do Depar-tamento, os posicionamentos são conflitantes. Agora, porém, é o momento de fazer com que as unidades da Federação sejam alertadas quanto à grande res-ponsabilidade que lhes cabe de colocar em prática um instrumento normativo cuja efetividade ainda não foi concretamente apurada, que é a Lei de Execução Penal. Enquanto não a tivermos, com a carência de pessoal que desempenhe atividades específicas de agente penitenciário, com a carência de pessoal admi-nistrativo e técnico – os Estados sequer têm no quadro de pessoal a figura de um psiquiatra que deve compor cada Comissão Técnica de Classificação – me parece temerária qualquer tentativa no sentido de fazer com que haja uma modificação, um desvio de rumo na Lei de Execução Penal. Na verdade, a filosofia que informa a execução penal é toda ela voltada para o futuro do homem encarcerado e não mais para a repressão da ação criminosa, ação criminosa, aliás, que já recebeu, através dos meios coercitivos necessários, a devida res-posta estatal. Então, é necessário que pensemos que aquele homem privado de liberdade um dia retornará e não podemos continuar a dar-lhe um tratamento que a Polícia, na acepção lata da palavra, dentro das suas atribuições específicas de prevenção e de repressão, naturalmente pode dimensionar.

Já é assente o velho brocardo que a mão que prende não é a que trata. A mão que prende deve en-tregar a um órgão que seja responsável pelas tratativas do retorno do homem à sociedade; e as cabeças têm de ter um foco diferenciado de atividades eminente-mente preventivas e repressivas, essas, sim, galhar-damente desempenhadas, com todas as honras que merecem, pelos segmentos da Polícia, seja no âmbito das unidades da Federação, seja no âmbito da União. Mas compactuar na linha da proposta, embora o pro-pósito tenha sido o mais nobre, entretanto, refoge por completo a toda a orientação e a filosofia impregnadas numa execução penal que não há como se dizer que

tenha sido uma execução falida e imprestável, porque a execução que temos, um dos mais belos instrumen-tos normativos que o Brasil forjou, a Lei de Execução Penal, ainda e lamentavelmente não foi aplicada – e, enquanto não for, nada poderá substituí-la.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Agradeço ao Dr. Maurício Kuehne a exposição.

Para conhecimento dos demais Parlamentares, a parte final desse relatório a que ele alude diz:

“1. O apaixonante tema da execução pe-nal comporta várias digressões, até, às vezes, conflitantes, principalmente quando se fala academicamente em temas ligados à exceção social e ao tratamento penitenciário, frente aos aspectos operacionais que abrangem a segurança de estabelecimentos prisionais e seus operadores.

2. A realidade vivida em nossos cárceres, mormente no que tange às ações de quadri-lhas, facções e integrantes de crimes organi-zados, merecem não somente uma atenção especial ao sistema penitenciário por parte do Poder Público, mas, sim, uma enérgica tomada de posição com radicais quebras de paradigmas.

3. O modelo pensado para o Sistema Pe-nitenciário Federal, e que hoje está sob análi-se, comporta a existência de duas categorias profissionais, ou seja, o agente penitenciário responsável pela segurança, escolta, custódia e guarda dos presos, e o especialista em ges-tão em tratamento penitenciário, profissional responsável pelo suporte administrativo, pela assistência e ressocialização de pessoas re-colhidas a penitenciárias. Tal modelo compor-ta, perfeitamente, as ações dos servidores do Sistema Penitenciário Federal no tocante à segurança e ao tratamento, sendo certo que, apesar de terem perfis um pouco diferentes, as duas categorias profissionais trabalharão em harmonia visando ao atendimento dos desideratos da execução penal.

4. A proposta sob análise representa o anseio de uma parcela considerável daqueles que operam a execução penal naquilo que se refere à segurança dos estabelecimentos. Representa ainda a vontade dos comandan-tes gerais de polícias e dos chefes de polícia, os quais aspiram a que suas polícias, militar e civil, desempenham suas funções longe das muralhas, escoltas, segurança dos presídios e dos agentes penitenciários.

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5. A criação da Polícia Penitenciária Es-tadual e Federal, com as atribuições previstas no projeto que se assemelha ao que existe nos Estados Unidos da América, a nível federal, ou seja, ao U.S. Marshall Service, uma polícia responsável pelas ações perigosas e delicadas, acesso ao sistema penitenciário, quais sejam: escoltas de presos dentro e fora dos Estados-membros, cumprimento das ordens de captura aos foragidos das penitenciárias, interface com a Polícia Judiciária na prevenção e repressão aos crimes relacionados com a execução pe-nal e aos sistemas carcerários;

6. A criação dessas novas categorias fun-cionais, com a conseqüente transformação ou não dos agentes penitenciários em policiais, traria mais efetividade e segurança aos traba-lhos relacionados com o lado operacional das penitenciárias, sendo fator preponderante para a proteção de uma categoria que hoje está à mercê da sanha avassaladora dos líderes de facções e de comandos criminosos, fato esse observado, em maio passado, em São Paulo, e em dezembro, no Rio de Janeiro, esses dois casos, com maior intensidade e repercussão, mas comuns em todo o País.

7. Entendo que, criando-se a Polícia Pe-nitenciária, é necessário definir o papel do agente, transformando-o em policial ou ca-pacitando-o para o exercício das atividades mais voltadas ao tratamento penitenciário. Caso seja transformado em policial, o Esta-do-membro terá que criar um tecnólogo ou especialista na gestão e no tratamento peni-tenciário, a exemplo do que se desenha para o sistema federal.

8. Por todo o exposto, respeitando o po-sicionamento adotado pela Diretoria de Polícia Penitenciária, que talvez não tenha entendido o real objetivo da proposta, este Diretor do Sistema Penitenciário Federal manifesta-se favorável à criação da PEC nº 308, do ilustre Deputado Milton de Lima.”

Assinada pelo Diretor do Sistema Penitenciário Federal, Wilson Sales Damazio, e apresentado atra-vés de ofício do Dr. Maurício Kuehne, Diretor-Geral do Departamento Penitenciário Nacional.

Esse expediente ficará à disposição dos mem-bros desta Comissão.

Quero também registrar a presença dos agentes penitenciários federais do DEPEN, do Ministério da Justiça: Melissa de Carvalho Malaquias, Mônica Mar-

cato, Nelson Gabriel Pinto, Cristiano Tavares Torquato e Adilson Valério Souza.

Estamos aguardando a presença dos represen-tantes do Sindicato dos Agentes Federais de Catan-duvas, São Paulo, e de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, respectivamente, Sr. Jacob e Sra. Yuri.

Antes de ouvirmos o Dr. Wladimir Sérgio Rea-le, representante da ADEPOL, concedo a palavra ao Deputado William Woo.

O SR. DEPUTADO WILLIAM WOO – Quero ape-nas fazer uma solicitação a V.Exa., Sr. Presidente.

Haveria a possibilidade de marcarmos as reuniões desta Comissão Especial em horário que não coinci-da com as da Comissão de Segurança Pública? Hoje, além da defesa de um projeto sobre carros blindados, de minha autoria e de V.Exa., estamos em minoria lá, apareceu lá um grande número de pessoas para dis-cutir a Resolução nº 20, do Ministério Público, sobre o poder de polícia de investigar.

Então, quero me desculpar com o Dr. Maurício, que sempre nos tem recebido muito bem e abrilhan-tado com a sua presença as reuniões de nossas Co-missões, e também com o Dr. Wladimir Reale. A am-bos apresento desculpas pela minha ausência nesta reunião tão importante.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Ao agradecer a manifestação do Deputado William Woo, quer só lembrar de um detalhe: a Comis-são de Segurança e Combate ao Crime Organizado é uma Comissão Permanente; esta é temporária. Daí por que acabam coincidindo os horários. Eu mesmo já tive que me valer do Deputado Mendonça Prado para assumir a presidência dos trabalhos, correr para a Comissão de Segurança e Combate ao Crime Or-ganizado e voltar para cá.

Agora, concedo a palavra ao Dr. Wladimir RealeO SR. MAURÍCIO KUEHNE – Sr. Presidente, V.

Exa, me permitira um esclarecimento?O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria

de Sá) – Lógico, com prazer.O SR. MAURÍCIO KUEHNE – No Departamento

Penitenciário Nacional, nós temos a Diretoria de Polí-ticas Penitenciárias e a Diretoria do Sistema Peniten-ciário Federal. A manifestação que V.Exa. leu, da lavra do Dr. Wilson Sales Damazio, é a posição da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal. Como Diretor-Geral do DEPEN, tive de fazer a opção, porque houve uma divergência interna; e a opção que o DEPEN adotou foi contrária a esse posicionamento expendido.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Eu tanto entendi, que disse que o senhor estava remetendo esse posicionamento.

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60418 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

O SR. WLADIMIR SÉRGIO REALE – Sr. Pre-sidente e Relator da PEC nº 308, Deputado Arnaldo Faria de Sá, eminentes Deputados Mendonça Prado, Francisco Rossi, Alexandre Silveira e Willian Woo, que acabou de sair, Sr. Diretor-Geral do DEPEN, Dr. .Maurício Kuehne, minhas senhoras e meus senhores: primeiramente, quero agradecer a oportunidade de a ADEPOL Brasil estar aqui, por indicação do Deputado William Woo, para fazer o contraditório sobre essa ma-téria extremamente relevante para a segurança pública no sentido amplo.

Se fizermos um brevíssimo escorço histórico, re-montando à época da revolução e logo após, nós nos recordaremos de que sobretudo as Polícias Militares, que constituem verdadeiros exércitos no País, inclusi-ve em São Paulo, por força da preocupação do novo Governo, buscaram outras atividades funcionais para seus integrantes. Entre as diversas novas funções, elas passaram a fazer patrulhas, como também atuar na guarda externa das penitenciárias do Brasil. Isso um pouco antes existia a critério de cada Estado, mas depois passou a ser uma obrigação legal pelo famoso Decreto-Lei nº 667, que reorganizou as Polícias Mili-tares no Brasil.

E o que se coloca agora, 40 anos depois? Deve-remos ou não ter policiais no sistema penitenciário, seja na esfera interna, seja na guarda das penitenciárias? Essa é a questão central, e essa foi a minha leitura da PEC nº 308. E salientava no seu voto a eminente Rela-tora, Juíza Denise Frossard, ex-magistrada do Rio de Janeiro, que a criação de um órgão que eu chamo de guarda penitenciária encontra-se em sintonia com as necessidades da segurança pública em complemento necessário à organização policial que se afina com o sistema em vigor e que proposta encontrava eco no meio social.

Mas, ainda em fase da Comissão de Constitui-ção e Justiça e Cidadania – e todos sabem que lá se examina a admissibilidade – ela avançou um pouco também sobre o aspecto de mérito, e é o que agora se discute.

Na nossa perspectiva, é extremamente relevan-te a proposta do ponto de vista da segurança pública, sobretudo no que se refere à guarda penitenciária. A nosso juízo, não chegaríamos a entrar na polêmica se seria necessário a instituição de uma Polícia Pe-nitenciária, mas, sim, num primeiro estágio, de uma guarda penitenciária. Teria atividades específicas que, amanhã, a própria lei regulamentadora poderia dis-criminar, a exemplo do que ocorreu com as guardas municipais, a respeito das quais a lei, posteriormente, definiu suas atividades.

Nada impede, portanto, que os Estados e a pró-pria União possam ter, para resolver uma parte do pro-blema, uma guarda penitenciária. E por que a guarda penitenciária ? Porque ela teria atribuições que são, dentro do espectro da área de também segurança pú-blica, atividades de segurança, independentemente dos técnicos que atuam no controle do dia-a-dia dos internos.

E assim falo não apenas como uma experiên-cia, uma atuação conceitual, mas porque, ao longo de uma carreira de mais de 40 anos, tive oportunidade de também atuar no sistema penitenciário. E, naque-la experiência de 3 anos, dirigindo órgãos técnicos, como o Instituto de Classificação Nelson Hungria ou como membro do Conselho de Política Criminal e Pe-nitenciária, no caso do Estado do Rio de Janeiro, tive oportunidade de conviver com os problemas que exis-tem no sistema carcerário do País, sobretudo nos últi-mos 15 a 20 anos, em que tudo ficou muito agravado com a exacerbação do tráfico. Hoje, temos diagnósti-co segundo o qual os internos que estão no sistema penitenciário são normalmente presos que estavam em regime integralmente fechado, antes da recente decisão do SupremoTribunal Federal, que admitiu a mudança de regime.

O que significa isso? Que a violência que pas-sou a ocorrer no sistema penitenciário é muito maior do que aquela do meu tempo. Porque, repito, no perí-odo de 1975 a 1978, tive oportunidade de vivenciar o problema, sendo certo que tínhamos também presos políticos, que constituíam uma área em separado, o que, à época, propiciava certa forma de acompanha-mento e de tratamento.

Mas uma coisa que sempre nos levou sempre a uma dúvida permanente em relação ao sistema peniten-ciário foi o conflito entre intimidar, punir e recuperar.

Ao longo desses 40 anos, aprendi algo muito ob-jetivo: efetivamente, a ressocialização dos internos se dá, em geral, ao longo do tempo. Refiro-me aos crimes graves que atemorizam a população, crimes de rua, tráfico etc. Nesses casos, só a idade, em geral, quebra o preso. O sistema penitenciário ainda não se mostrou capaz de punir, intimidar e ressocializar.

Ressaltou o nosso eminente Presidente do DE-PEN sobre a magnitude da Lei de Execuções Penais, elaborada, realmente, como peça preciosa. Mas, entre a sua elaboração, a sua doutrina, o seu conceito e a realidade, o certo é que estamos, já desde 1984, exa-tamente em 2007, portanto, ainda engatinhando, como V.Exa. assinalou. Portanto, o que nos parece plausível nessa proposta? Vale ou não a pena colocar no texto constitucional, muito embora a lei ordinária possa regu-lamentar isso, a competência dessa guarda penitenci-

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ária, a atribuição de seus integrantes, diferenciando-os do pessoal restante que atua no sistema penitenciário. Porque nós todos entendemos que, dentro do quadro do sistema penitenciário, há posições distintas – temos técnicos, pessoas com várias atribuições. O órgão que eu dirigia, o Instituto de Classificação Nelson Hungria, posteriormente renomeado Divisão de Classificação e Tratamento, era formado por uma equipe multiprofis-sional. Lá atuavam médicos psiquiatras, médicos clí-nicos, psicólogos, assistentes sociais etc. Portanto, o sistema penitenciário, pela sua complexidade e pelo seu alcance, não deve ser visto, a nosso juízo, emi-nente Presidente Arnaldo Faria de Sá, sob o ponto de vista exclusivo de segurança. Existe um corpo técnico que pode exatamente cuidar do dia-a-dia de todas as atividades, sem embargo da possibilidade, a nosso ver, de que se dê um tratamento constitucional. Por-que, no Brasil – isso é uma realidade –, o tratamento constitucional sempre dá uma postura maior; senão, não teríamos uma Constituição Federal com tantos artigos. E isso é feito para que as leis subseqüentes e regulamentadoras possam dar maior garantia e efetivi-dade aos órgãos e aos assuntos de que tratam. Então, a questão que se coloca, a nosso ver fundamental, é se convém ou não criar exatamente o que eu chamo de guarda penitenciária. Vejam que não falo em polícia penitenciária, porque tratando-se de guarda peniten-ciária certamente não se gera polêmica ou conflitos com outras instituições.

Aqueles que atuam no Conselho Nacional de Política Penitenciária, aqueles que atuam exatamen-te nos Conselhos Estaduais ou no próprio Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, acredito, são contrários ao entendimento de que haja necessi-dade de criação de uma polícia específica, como sis-tema policial, dando-se a idéia de que quem atua na área de prevenção ou na repressão policial tem certa incompatibilidade com quem está lá no fim, na área de execução penal. Nós sabemos que quem trabalha no sistema penitenciário está sob risco permanente. Essa atividade hoje é de menos risco de vida e de mais risco de morte. Porque, com a evolução da criminalidade, com a posição, permita-se, esfrangalhada com que isso está disposto nos Estados, como será possível um sistema penitenciário que consiga por si só, a car-go dos Estados, manter um corpo técnico profissional, dando-se boa remuneração para os agentes peniten-ciários, inspetores de segurança penitenciária, enfim, profissionais do sistema penitenciário, como aludiu a nossa Arminda Bergamini Miotto, do Rio Grande do Sul, há mais de 30 anos? Era um nome na época, há 40 anos, que já pugnava, no Rio Grande do Sul, que, salvo engano de memória, foi o primeiro Estado que

criou a Escola de Administração Penitenciária no País. E ela sempre salientava essa preocupação quanto à atividade policial, de repressão, ao mesmo tempo com a capacidade, na esfera final, de conseguir administrar internamente aqueles conflitos que ocorrem no dia-a-dia, porquanto nós todos sabemos – e o digo com toda lealdade profissional – que quem segura a cadeia é o preso. Nós sabemos que quem segura a cadeia são os presos, por intermédio exatamente de certas lideranças que lá estão. E os agentes penitenciários – aqueles que atuam naquele corpo-a-corpo, 5, 6, 7, 8 horas a fio, às vezes o dia todo, em plantão, para segurar centenas de presos – têm que saber como administrar esses conflitos, que atualmente são muito piores do que no passado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Dr. Reale, são 2 mil, 3 mil presos.

O SR. WLADIMIR SÉRGIO REALE – Ou mais. No passado havia um compromisso entre os pre-

sos: jamais fazer rebelião, com familiares dentro das cadeias. Isso era absolutamente sagrado. Exatamente, a responsabilidade e a preocupação com a família dos presos era um dogma, e quem se contrapusesse mor-ria. Atualmente, o que se vê? Pessoal do tráfico, dese-quilibrado. O que se vê nas cadeias são muitas vezes rapazes com faixa etária baixa, que não têm sequer responsabilidade, fazendo de tudo, inclusive reféns, ou seja, fazendo com que certos familiares fiquem reféns, o que no passado era inadmissível.

Então, nossa perspectiva, para ser breve, já que o tempo fixado para cada palestrante é de 20 minu-tos, é de que não há incompatibilidade constitucional relativamente à criação de uma guarda penitenciária. Lembro apenas que, com relação à fixação de certos pressupostos, de alguns pontos da regra, eminente Deputado Relator Arnaldo Faria de Sá, seria melhor deixarmos isso para a lei que vai depois estabelecer a competência da guarda penitenciária – até para que não se entre em conflito interno com o sistema penitenciário, com seus técnicos, porque as funções são diferentes. Penso que assim poderemos ter pro-fissionais cuidando sobretudo da guarda externa das cadeias. Com isso, seriam liberadas as Polícias Mili-tares, que em muitos Estados continuam exercendo também esse papel. Eu sei que São Paulo inclusive também já criou um quadro, mas não sei se proviso-riamente ou não, para fazer a guarda externa; mas na maioria dos Estados essa função está a cargo da Po-lícia Militar, que tem de ser liberada para se dedicar ao combate ao crime.

Na realidade, essa guarda poderia exercer tam-bém certas funções no campo da segurança interna corporis, mas não que a ela coubesse uma parte técnica

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60420 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

de tratamento. Então, penso que, em relação à União Federal, aos Estados Federados e ao Distrito Federal... Aliás, no caso do Distrito Federal a situação ainda é mais peculiar, porque aqui, no caso, essa guarda in-tegra a Segurança Pública. Nós, entretanto, achamos que o melhor sistema é aquele que alguns Estados vêm adotando, qual seja, criar sua própria Secretaria de Administração Penitenciária, em vez de jogar isso tudo sobre as Secretarias de Justiça, de Defesa Social, de Segurança Pública, como no caso do DF.

Enfim, seria mais racional se houvesse efetiva-mente a profissionalização dos integrantes do siste-ma penitenciário, sobre o que já se fala há mais de 30 anos. Eu mesmo, quando lá passei, cheguei a propor uma carreira estritamente profissional para o pesso-al penitenciário, a fim de que houvesse também uma competência, mas não de forma absoluta. Para os órgão não se colocaria, num primeiro momento, diga-mos, a questão da obrigatoriedade, porque isso é um processo. Mas, pode ser possível esse exercício de parte daquele que tem competência e está na hierar-quia interna para essa consecução.

Acho que tudo isso não só estimulará o pessoal penitenciário, como também permitirá, desde que haja remuneração adequada, que o profissional penitenci-ário possa efetivamente cumprir o seu papel, diferen-temente com o que acontece na maioria dos Estados, em que a atividade principal vira bico, porque esses funcionários têm de trabalhar na folga; e, em geral, trabalha em segurança, fazendo bicos, valendo-se de porte de armas, porque em alguns Estados eles têm, e, assim, sem entrar na polêmica suscitada pelo Esta-tuto do Desarmamento, que é outra questão. O certo é que, a nosso juízo, a instituição da guarda penitenciária poderá ser extremamente útil para o sistema peniten-ciário, sem causar conflito, como teme o eminente Di-retor-Geral do DEPEN. Eu conheço a Polícia Federal, até porque também já passei pela PF lá atrás. Eu acho que a abordagem que ele fez foi absoluta. Parece-me que uma solução intermediária poderia, quem sabe, ter apoio até do próprio Governo. Porque o que todos queremos é uma solução profissional, complementan-do esse esforço nacional de melhorar o sistema peni-tenciário e, por via de conseqüência, a segurança dos cidadãos brasileiros.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria

de Sá) – Agradeço ao Dr. Wladimir Reale. Antes de passar à fase seguinte, o Dr. Maurício

nos pede a palavra, a quem concedo.O SR. MAURÍCIO KUEHNE – Eminente Deputado

que preside esta sessão, eu não gostaria, absoluta-mente, de fazer reparos à exposição do Dr. Wladimir

Reale, mas de falar sobre alguns aspectos, porque o pronunciamento de S.Exa. comunga integralmente com aquilo que pensamos.

Está aqui nosso Coordenador de Atos Normati-vos do Departamento Penitenciário Nacional. Ontem ainda dialogávamos a respeito do que fez o Estado de São Paulo, que realizou concurso próprio e específico, criando a classe dos agentes especiais de vigilância externa e de custódia de presos, para fazer a transpo-sição de presos daqui e dali para acolá, sem que esses agentes também viessem a ter atuação interna.

Então, o Estado de São Paulo caminha nessa li-nha da guarda penitenciária. Parece-me que a proposta de do Dr. Wladimir se afina com aquilo que também já externamos: não podemos radicalizar; temos que contemplar algum mecanismo que efetivamente pos-sa substituir a Polícia Militar que faz a guarda externa dos presídios. Deve sim haver um corpo especializado para essa guarda externa.

Eu quero manifestar, portanto, minha concordân-cia com relação a isso. Já acenei ao nosso coordenador para que eventualmente nos aventuremos até a algum substitutivo, propondo essa modificação.

Mas permita-me agora, Dr. Wladimir, um pequeno reparo a uma observação que fez, com toda a experi-ência que possui no sistema prisional: a de que preso segura a cadeia. Quero invocar um testemunho, Ex-celência, se me permite, dos agentes penitenciários que aqui estão – eles são do Sistema Penitenciário Federal. O Brasil, pelo Sistema Penitenciário Federal, está demonstrando exatamente o contrário: quem se-gura a cadeia é o Estado, representado por eles. Eles é que estão segurando as Penitenciárias Federais de Catanduvas e de Campo Grande.

Sei que o número de presos nessas instituições é diminuto, que o espaço físico para aqueles presos é individual, o que mantém o preso efetivamente encar-cerado. Mas o que quero dizer é que o Estado, a União, está dando demonstração de que a Lei de Execução Penal pode ser cumprida, exatamente quando se tem pessoal adequado, preparado e realmente cioso de sua grande responsabilidade. O Sistema Federal está, sim, segurando a cadeia.

Agora, não podemos contestar que efetivamente, no âmbito de alguns Estados, há um verdadeiramente pacto da mediocridade: “Não conturbem a ordem e nós não os incomodaremos.” E ali campeiam o tráfico, a desordem, a prostituição e toda essa parafernália de comunicações ilegais que estamos a observar. Esse é um quadro lamentável, mas o Estado não tem ou-tra opção, porque não há pessoal, e ele precisa ter. A preocupação de V.Exa., Dr. Wladimir, de 30 anos atrás, com a formação de carreira no Estado do Rio

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de Janeiro, é também atual. De nada adianta haver um instrumento normativo belíssimo, se efetivamente não temos como materializá-lo.

Então, quero finalizar congratulando-me com V.Exa. e, na presença desses agentes penitenciários federais, esperar que a União realmente segure as suas cadeias. Oxalá, os Estados um dia também possam dizer estas mesmas palavras!

Muito obrigado, Excelência.O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria

de Sá) – Eu quero posteriormente conceder a palavra ao Dr. Wladimir Reale, mas antes quero ressaltar só um detalhe em relação ao que o Dr. Maurício falou, contrapondo o que disse o Dr. Wladimir. Eu tenho vi-sitado, em razão da condição de Relator, várias uni-dades prisionais do Estado de São Paulo, que, lógico, são diferentes daquelas que o senhor citou, da área federal, em que o número de presos é pequeno, como em Catanduvas, no Mato Grosso. Foi essa a observa-ção que o senhor fez. Mas no interior de São Paulo, em algumas cadeias realmente acontece o que o Dr. Reale disse, até porque o agente penitenciário lá não pode fazer nada; qualquer problema que aconteça ele tem que chamar a polícia para então tomar alguma ati-tude. Quer dizer, o agente penitenciário não pode nem socorrer alguém que ele percebe que está muito mal de saúde; primeiro tem que chamar a Polícia para que faça a transferência desse preso para uma unidade de assistência médica.

O agente penitenciário tem contato dia-a-dia com o preso e sabe de alguns detalhes que a polícia não sabe. Assim, se ele tivesse meios, ele poderia dar se-qüência a uma ação de combate às ameaças.

Na verdade, se discutimos este tema é porque lamentavelmente, na prática, a LEP não é tão bonita como na teoria. Temos que ver a LEP enquanto reali-dade, e na prática sabemos que, às vezes, numa pe-quena rebeliãozinha, se o agente tivesse o poder de polícia ia lá, combatia, resolvia já. Agora, até chegar o bombeiro, que é a polícia, o fogo já tomou conta.

Acho que um ou outro agente pode ser criticado, mas o corpo de agentes tem que ser enaltecido, por-que eles têm superado muitas dificuldades.

Quero aproveitar para registrar também a pre-sença do Dr. Carlos Roberto, Coordenador do DEPEN – muito obrigado pela presença –, e lamentar a ausência do Dr. Sandro Torres Avelar, Presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, e também do Dr. Antônio Francisco da Silva, Delegado de Polícia e Subsecretário do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, que certamente teriam condições de nos dar alguma contribuição.

Mas, na verdade, como esta é uma Comissão Especial, não temos poder de polícia, não podemos trazer depoentes, como numa Comissão Parlamentar de Inquérito, e esta é a grande diferença: quem tem poder, exerce; quem não tem, acaba se submetendo.

Com a palavra o Dr. Wladimir Reale.O SR. WLADIMIR SÉRGIO REALE – Bem, antes

eu gostaria de cumprimentar também o nosso Depu-tado pelo Rio de Janeiro, Ayrton Xerez, que aqui chega e que conheço no nosso Estado.

Eu diria o seguinte, só para esclarecer: em mo-mento algum eu quis me referir a eventual cumplicidade criminosa entre agentes que cuidam das cadeias, das penitenciárias nos Estados, com os presos. Por isso, quando disse que preso é que segura a cadeia, eu me referia a lideranças de presos. Mas isso não significa que tenha que haver cumplicidade criminosa ou algo que o agente tivesse que transigir para permitir isso. É uma forma de administrar. Pego o caso do Rio de Janeiro, em que 5, 6, 7 agentes de plantão têm que tomar conta de 500, 600 presos ao mesmo tempo. Então, o que quis dizer é que, se ele não administra a cadeia por intermédio de certas lideranças para se-gurar a massa, ele não tem como controlar. Diferen-temente são as penitenciárias federais, como ressal-tou nosso Presidente da Mesa e Relator da matéria, Deputado Arnaldo Faria de Sá, mas que ainda estão num processo de experimentação. Eu espero inclusi-ve que dê certo essa forma. É claro que se trata de unidades que estão trabalhando apenas com certos presos perigosíssimos, removidos de outros Estados. Mas aí ocorre que eles contam com uma equipe para uma penitenciária completa, e para atender apenas a 10% ou 20% da população carcerária da maioria das instituições penais.

Então, apenas para complementar e concluir, o que eu quis dizer é exatamente isto: nas grandes ca-deias por este País afora os agentes penitenciários têm que saber administrar a massa. E digo que é uma massa que se tornou, nos últimos anos, cada vez mais violenta e perigosa.

Essa a observação que tinha a fazer.O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de

Sá) – Dr. Reale, só para dar uma informação. O Es-tado de São Paulo tem hoje cerca de 230 mil presos. É que a diferença entre o meu número e o do senhor é que 130 mil presos são do sistema penitenciário, e mais 15 mil da segurança pública. Então dá esse total. Estou falando do sistema pelo qual os agentes respondem; os outros são os carcereiros da polícia que respondem.

Dr. Reale, a Consultoria faz uma pergunta aqui, mas, como não pode fazê-la pessoalmente, encami-

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nha à Mesa para que eu a faça: qual a diferença, na sua explicação, entre guarda penitenciária e polícia penitenciária?

O SR. WLADIMIR SÉRGIO REALE – Exatamente naquele ponto que nós abordamos; isto é, seria melhor se pensar inicialmente numa guarda penitenciária, o que já recebeu a simpatia até do nosso Diretor-Geral do DEPEN.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Autoridade federal, não é?

O SR. WLADIMIR SÉRGIO REALE – Autorida-de federal máxima no assunto. Melhor do que discutir a questão de se introduzir no País mais uma polícia instituída, como é a Polícia Militar, a Polícia Federal, a dos Estados. Quer dizer, é uma guarda. Como existe a guarda municipal, existem outras guardas. É uma forma de dar uma estatura constitucional a essa ins-tituição, seja no âmbito da União, dos Estados ou do Distrito Federal. E isso certamente poderia se desenvol-ver gradativamente. Porque toda polícia tem múltiplas atribuições. Existem outros profissionais internamente na guarda que vão cuidar diretamente do contato com os presos. Então a guarda terá mais possibilidade de cuidar da segurança, no sentido estrito. Portanto, eu acho que isso seria mais plausível do que já se pen-sar nessa fase na criação de um inciso a mais no art. 144, com a introdução da Polícia Penitenciária. Em termos pragmáticos, isso será muito mais difícil de ter aprovação nesta Casa.

O Deputado Arnaldo Faria de Sá me chamou de deputado. Isso é uma forma carinhosa, porque aqui estou há 20 anos, desde a Constituinte de 1987/88. Conheci o Deputado Arnaldo Faria de Sá na Consti-tuinte. Virei assim uma espécie de assessor sem pas-ta na Câmara dos Deputados. Talvez por isso o gesto carinhoso com que o Deputado Arnaldo Faria de Sá se referiu a mim.

Então, como dizia, acho que será mais prático começar discutindo guarda penitenciária do que ten-tar já introduzir uma polícia penitenciária, para a qual a resistência talvez seja muito maior.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Registro o ofício recebido do gabinete do Depu-tado Francisco Tenório, informando que S.Exa. está afastado, conforme atestado aqui apresentado.

Agradeço ao Dr. Maurício, ao Dr. Wladimir Rea-le – nosso deputado sem pasta, conforme ele mesmo disse – a presença. Cumprimento os Deputados pre-sentes, Ayrton Xerez e Mendonça.

Pois não, Deputado.O SR. DEPUTADO AYRTON XEREZ – Deputado

Arnaldo Faria de Sá, Presidente e Relator, cumprimen-to os ilustres palestrantes e peço a V.Exa., porque não

me parece inoportuno, que faça um brevíssimo resumo, em 3 ou 4 minutos, a seu entender, de como V.Exa. vê os trabalhos desta Comissão e que resultados já teriam sido alcançados, com vistas a fazermos a tão desejada emenda constitucional.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Nobre Deputado Ayrton Xerez, eu tenho fei-to várias reuniões setoriais, principalmente no Estado de São Paulo. Já fiz na Grande São Paulo, nos esta-belecimentos de que falou o Dr. Maurício, reuniões sobre ressocialização. Cito Tremembé e São Miguel Paulista. Fiz também reunião em algumas unidades do oeste paulista.

O anseio dos agentes penitenciários é bastante grande. Os agentes penitenciários federais, aqueles com quem tenho tido contato, entendem que a partir da aprovação desta PEC se possa gerar uma ação de trabalho muito maior por parte deles. Eles acabarão tendo uma carga de trabalho mais elevada. E, se eles querem, é porque sabem que, com essa carga, também terão mais poder dentro da unidade prisional. Porque falta aos agentes penitenciários um certo poder, e o preso, como lembra o Dr. Wladimir, é bem consciente disso; ele sabe do limite do agente e explora isso.

Quando o agente tiver liberdade de ação, o próprio preso, naquela – desculpem-me a colocação –briga de gato e rato, vai se recolher. O preso afronta um pouco e, na sua linguagem, peita o agente, porque sabe que o agente tem certas limitações.

Então, se o agente tiver poder de polícia e puder agir no primeiro momento, no nascedouro de uma re-belião, ele vai matar a rebelião no começo, porque terá esse poder. Hoje ele não tem. Em alguns estabeleci-mentos que visitei o agente me levou a um “X” em que a pessoa estava lá desesperadamente necessitando de atendimento médico. E ele estava impedido de fazer esse trabalho porque tem de aguardar. Ele faz o papel dele: ele pede a escolta, que não vem; enquanto isso, ele vê que a pessoa está ali num processo gradativo de aumento de sua necessidade de atendimento mé-dico, e ele sem poder fazer nada...

Alguns agentes me confidenciaram que, mesmo desrespeitando a ordem, têm levado gente para o hos-pital, porque vêem que o estado é tão desesperador e que a demora da escolta, que não vem, só piora a situação do doente. Um deles me confidenciou: “Depu-tado, vou dizer para o senhor: eu já socorri gente, o que eu não podia ter feito”. Isso acontece porque há essa limitação. Então acho que precisamos avançar.

Como lembrou o Dr. Maurício, é muito bonita a nossa Lei de Execução Penal; ela é maravilhosa, é de primeiro mundo, mas os presos são de quinto mundo, e, se não soubermos fazer essa adaptação, eles, os

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agentes, ficam no meio do caminho, como, descul-pem-me a expressão, bucha de canhão. Precisamos dar-lhes meios e condições para que possam agir. E, outras vezes, por estarem ali no dia-a-dia, vivendo na unidade prisional, eles acabam percebendo certas conversinhas, certas historinhas, o recado que vai de um para outro preso de um outro presídio. E uma coisa que me chocou muito: participei da CPI que investigava o crime organizado e percebemos que se critica muito a entrada de celular na cadeia, mas o pombo-correio é pior do que celular – e o pombo-correio é um “adevo”. É lamentável que tenhamos constatado isso; e coitado do agente que tentar fazer revista num advogado que vai à cadeia. Não consegue. O advogado usa suas prerrogativas. Nós mesmos, que fizemos parte da CPI, tivemos um certo confronto com a OAB nacional, por-que queríamos criar algumas limitações, e a OAB se insurgiu totalmente contra. Mas há muito “adevo” va-gabundo, malandro, safado e sem-vergonha.

Então, acho que temos de pensar em mudar. Não adianta criticar o sistema prisional, o DEPEN, as unidades estaduais do sistema penitenciário, se não mudarmos a legislação. Portanto, temos que mu-dar essa legislação urgentemente, talvez criando um meio termo entre a PEC do Deputado Neuton Lima e a adaptação, como lembrou o Dr. Reale, do caminho necessário para percorrermos. O fato é que precisamos fazer alguma coisa. O agente penitenciário hoje está de mãos atadas. Se não dermos a ele instrumentos, não adianta cobrar depois na rebelião o que eles fizeram, ou o que poderiam ter feito, o que não fizeram. Nós temos de dar condições a eles para que possam fazer isso. E eu torno a lembrar esse caso, que eles ficam sabendo de certos detalhes, mas que não têm o poder de prosseguir na apuração e até de debelar eventuais crimes que ocorrem fora da cadeia mas que nascem dentro dela. O líder está lá dentro, determinando isso e aquilo. Esse é o grande passo que podemos dar e, é lógico, que estou à disposição para discutir, ampliar e alterar a proposta.

Agradeço ao Dr. Maurício, ao Dr. Wladimir, aos Deputados que participaram da reunião, como o Depu-tado Raul Jungmann, que também foi membro expo-ente da CPI que investigou o crime organizado a que me referi.

Nada mais havendo a tratar, encerro a presente reunião, antes convocando a próxima a realizar-se no dia 15 de agosto, às 14h30min, no Plenário 7, para ouvir o Secretário de Administração Penitenciária.

Está encerrada a presente reunião.

53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da 7ª Reunião Ordinária, Audiência Públi-ca, realizada em 15 de agosto de 2007.

Às quinze horas e dez minutos do dia quinze de agosto de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Espe-cial destinada a proferir parecer à Proposta de Emen-da à Constituição nº 308-A, de 2004, do Sr. Neuton Lima, que “altera os arts. 21, 32 e 144, da Constituição Federal, criando as polícias penitenciárias federal e estaduais”, no Plenário 7 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores Deputados Nelson Pellegrino – Presidente; Arnaldo Faria de Sá – Relator; Afonso Hamm, Jairo Ataide, Marcelo Itagiba, Raul Jungmann, Rodrigo de Castro e William Woo – Ti-tulares; Dr. Talmir, Edson Aparecido, Francisco Rossi e Pinto Itamaraty – Suplentes. Deixaram de comparecer os Deputados Chico Alencar, Fernando Melo, Fran-cisco Tenorio, Iriny Lopes, João Dado, Laerte Bessa, Marcelo Ortiz, Mendonça Prado, Neucimar Fraga e Vital do Rêgo Filho. Justificou a ausência o Deputado Francisco Tenorio. ABERTURA: Havendo número re-gimental, o Dep. Arnaldo Faria de Sá, no exercício da presidência, declarou abertos os trabalhos. ATA: e colocou em apreciação a Ata da reunião anterior. Tendo sido distribuída cópia da ata da reunião anterior a todos os membros, indagou se haveria necessida-de da sua leitura. Dispensada a leitura da ata, e não havendo quem quisesse discuti-la, foi aprovada sem restrições. EXPEDIENTE: A seguir, comunicou à co-missão a seguinte correspondência recebida: 1) Ofício nº 562/07-GI/IGESP, de 10/08, do Ten.-Cel. PM Luiz do Nascimento Bugarin, que justificou sua ausência à reunião e designou para representá-lo na audiência pública o Ten.-Cel PM Paulo Sérgio de França Lopes, Diretor de Segurança e Inteligência; 2 – Ofício SAP/GS 1257/07, de 10/08, do Dr. Antonio Ferreira Pinto, Secretário de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, agradeceu o convite da comissão e justificou sua ausência tendo em vista compromissos inadiáveis já assumidos anteriormente; 3 – E-mail da Srª Mayra Magalhães, Assessora Técnica da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de Rondônia, que justificou a ausência do Dr. Gilvan Cordeiro Ferro, Secretário de Adm. Penitenciária do Estado, e desig-nou o assessor da secretaria, Dr. Francisco Alencar da Silva, e a Drª Orlene Carvalho de Freitas, Diretora da Escola de Formação Penitenciária e Especialista em Gestão Penitenciária, para representá-lo na audi-ência. 4 – Ofício 271/DEM/07, de 14/08, do Dep. Onyx Lorenzoni, Líder dos Democratas, que indicou o Dep. Jairo Ataide para integrar a comissão na qualidade de membro titular, em vaga existente. ORDEM DO

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60424 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

DIA: Audiência Pública. Convidados: Sr. Alcy Mora-es Coutinho Junior, inspetor de segurança penitenci-ária do Estado do Rio de Janeiro; Sr. Francisco Rodri-gues Rosa, presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Rio de Janeiro; Drª Orlene Carvalho de Freitas, diretora da Escola de Formação Penitenciária e especialista em gestão penitenciária, e Dr. Francisco Alencar da Silva, assessor técnico da Seapen/RO, ambos designados pelo Secretário de Adm. Penit. de Rondônia para representá-lo; Ten.-Cel. Paulo Sérgio de França Lopes, diretor de segurança e inteligência, representando o Ten.-Cel Luiz Bugarin, intendente geral do sistema penitenciário de Alagoas; Padre Valdir Silveira, representante da Coordenadoria Nacional da Pastoral Carcerária. A seguir, o Dep. Ar-naldo Faria de Sá registrou as presenças dos seguin-tes agentes penitenciários: Anderson Luiz Brasil Silva, Agente Prisional/GO, Júnio Antonio Ferreira, Agente Prisional/GO, Sirlon de Almeida, Agente Prisional/GO, Jorimar Antonio Bastos Filho, Presidente do Sindicato dos Servidores Prisionais do Estado de Goiás, Mauro Silva dos Prazeres, Agente Penitenciário Federal de Catanduvas, Mônica Marcato, Agente Penitenciário Federal, Adilson Valério Souza, Agente Penitenciário Federal, José Ivan Sarmento de Azevedo Filho, Agen-te Penitenciário/AL. Dando prosseguimento à reunião, concedeu a palavra inicialmente ao Padre Valdir Sil-veira para fazer sua exposição. Em seguida, fizeram suas exposições iniciais os Srs. Francisco Rodrigues Rosa, Dr. Francisco de Alencar da Silva e Sr. Alcy Mo-raes Coutinho Júnior. Antes de transferir a presidência da reunião ao Dep. Nelson Pellegrino, o Dep. Arnaldo Faria de Sá registrou que o Senhor Presidente estivera na reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação e, a seguir, concedeu a palavra para a réplica ao Padre Valdir Silveira e ao Sr. Francisco Rodrigues Rosa. O Dep. Nelson Pellegrino assumiu a presidência dos trabalhos às dezesseis horas e oito minutos e, em seguida, concedeu a palavra ao Dep. Marcelo Itagiba. Logo após, o Senhor Presidente justificou sua ausên-cia à reunião, determinou à secretaria que disponibili-zasse os documentos entregues pelos convidados aos demais membros da comissão, teceu considerações sobre o teor da Pec, enfatizando a dificuldade de se ter regimes diferenciados de administração peniten-ciária entre os estados da federação, defendendo a integração dos sistemas entre as polícias, visando a um sistema único integrado. Com a palavra, o Relator enfatizou a importância do poder de polícia para os agentes penitenciários. O inteiro teor da reunião foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente agradeceu

a presença de todos e encerrou a reunião às dezes-seis horas e trinta e um minutos, antes convocando a próxima a realizar-se no dia vinte e dois de agosto p. futuro, às catorze horas e trinta minutos. E, para constar, eu __________, Mário Dráusio Coutinho, secretário, lavrei a presente Ata, que, após lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e irá à publicação no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Declaro abertos os trabalhos da reunião da 7ª Comissão Especial destinada a proferir parecer da proposta da Projeto de Emenda à Constituição nº 308-A, 2004, que altera os arts. 21, 32, 144, da Cons-tituição da Federal, criando as Polícias Penitenciárias Federal e Estadual.

Convido os palestrantes a tomarem assento à Mesa. (Pausa.)

Esta reunião foi convocada para cumprirmos audiência pública com as seguintes pessoas: Sr. Alcy Moraes Coutinho Júnior, inspetor de Segurança Peni-tenciário do Rio de Janeiro; Sr. Francisco Rodrigues Rosa, Presidente do Sindicato dos Servidores do Sis-tema Penitenciário do Rio de Janeiro; Dra. Orlene Carvalho de Freitas, Diretora da Escola de Formação Penitenciária, especialista em Gestão Penitenciária; Dr. Francisco Alencar Silva, assessor técnico da Se-cretaria de Administração Penitenciária de Rondônia; Tenente-Coronel Paulo Sérgio de França Lopes, Di-retor de Segurança e Inteligência, representando o Tenente-Coronel Luiz Gonzaga Nascimento Bugarin, Intendente-Geral do Sistema Penitenciário de Alagoas; Padre Valdir Silveira, representando a Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária.

Cada expositor terá inicialmente o prazo de 10 minutos, não podendo ser aparteado. Oportunamen-te, consideraremos tempo suplementar se houver ne-cessidade.

Sras. e Srs. presentes, até pelo respeito eclesi-ástico, vamos começar pelo nosso padre.

Com a palavra o Padre Valdir Silveira, repre-sentante a Coordenação Nacional da Pastoral Car-cerária.

O SR. VALDIR SILVEIRA – Muito obrigado! (Ri-sos.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Pode nos abençoar.

O SR. VALDIR SILVEIRA – Certo! (Risos.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria

de Sá) – Solicito à assessoria que faça a relação dos agentes penitenciários presentes.

O SR. VALDIR SILVEIRA – Ao cumprimentar o Sr. Presidente da Mesa, Deputado Arnaldo Faria de Sá, o faço a todos aqui presentes.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60425

O parecer que a Pastoral Carcerária vai apresen-tar é referente à PEC nº 308-A, de 2004. Este nosso parecer se baseia em 2 aspectos: primeiro, das leis, quer seja as regras mínimas da ONU, a Constituição da Federal, a Lei de Execução Penal, o Manual para os Servidores Penitenciários, como também o Código Europeu de Ética Policial e a lei estadual de São Pau-lo. O outro parecer se refere a nossa experiência, na Pastoral Carcerária, nos presídios do Brasil.

Então, primeiro, o que se refere à consideração das normas, recomendações nacionais e internacio-nais, listamos a seguir.

As regras mínimas da ONU (54,13). Código de conduta para funcionários da execução da lei (arts. 3º e 5º). Princípios básicos relativos ao uso de força e armas de fogo por funcionários de execução da lei (princípios 4º e 9º). A Constituição Federal (arts. 1º, 3º, 4º e 5º); a Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210, de 1984). E também o Manual para Servidores Peniten-ciários, do Centro Internacional de Estudo de Prisão, de Londres. E mais: Ministério da Fazenda; Adminis-tração Penitenciária; abordagem de Direitos Humanos, quando se trata da natureza não-policial do Sistema Penitenciário, que diz: “Não é prática recomendada que os servidores penitenciários, que trabalham dire-tamente com os presos, portem armas”.

Código Europeu de Ética Policial – a Recomen-dação nº 10, de 2001, da Comissão de Ministros do Conselho da Europa diz: deverá haver uma clara dis-tinção entre o papel da polícia e da promotoria, do Ju-diciário e do sistema de corporação e recuperação. E também a Lei Estadual de São Paulo (Lei nº 616, de 1974), em seu art. 3º, parágrafo único. O Decreto nº 88.777, de 1983, art. 2º, inciso XXVII, que diz que, para efeito de decreto, tem relação também a questão do policiamento ostensivo e à ação policial exclusiva das polícias militares em cujo emprego homens ou fração de tropas engajadas sejam identificados de relance, quer pela farda, quer pelo equipamento ou viatura, ob-jetivando-se a manutenção da ordem pública.

A partir dessas citações, a nossa posição da Pas-toral Carcerária percebe nos Estados onde os agentes de segurança penitenciária ou a Polícia Militar portam ou usam arma de fogo que há uma contínua agressão e mesmo tortura psicológica, moral e física contra os presos, em muitos casos, o que contribui para o clima mais perigoso no cárcere, traz revolta e, consciente-mente, dificulta a reintegração social do preso. Sabe-mos que em diversos Estados existe uma corrente forte de Agentes de Segurança Prisional (ASPs) e Agentes Penitenciários (APs) que aderem publicamente à filo-sofia de polícia em relação a seus serviços no interior dos presídios. Essa corrente luta para que os ASPs e

APs sejam autorizados a trabalhar com porte de ar-mas de fogo.

A utilização de armas de fogo nos presídios, em média, é medida de extrema a adotar e não fruto de perigosos e sistemáticos automatismos. Uma experi-ência inovadora, feita no Estado de São Paulo: criou-se, em 2003, uma guarda penitenciária armada. Esta substitui as Polícias Militares (PMs) nas muralhas. E, futuramente, pretende-se que essa guarda assuma também o serviço de escolta, as transferências dos presos para o Fórum, hospital ou outras unidades prisionais. Essa guarda não pertence à Secretaria de Segurança Pública, mas à Secretaria de Administração Penitenciária, à qual são subordinados, desde sempre, os agentes penitenciários e prisionais não-armados, com segurança e disciplina.

A Guarda Penitenciária armada, no Estado de São Paulo, é proibida de agir dentro dos presídios, mas deve fazer a segurança externa, eventualmente escoltas, a fim de evitar fuga de presos. Isso significa que temos agora em São Paulo 2 tipos de Agente de Segurança Penitenciária: os não-armados e os armados. Ambos pertencem à mesma Secretaria de Estado. Com isso, os diversos serviços necessários em um presídio se completam hoje em dia.

Por fim, é objetivo e razão da norma da ONU estabelecer que o detido não deve ficar mais do que 24 horas nas mãos da polícia. Ou seja, à polícia cabe prender e não ressocializar.

Os agentes de segurança penitenciários que pro-curam uma identidade policial e não uma identidade profissional de trabalho em um projeto socioeducati-vo e de recuperação de pessoas precisariam mudar e procurar trabalho em outro lugar que não dentro dos presídios.

Questionamo-nos até que ponto a PEC, ora for-mulada, se constitui em uma iniciativa que visa ao favo-recimento de uma categoria funcional do que simples-mente à busca por uma melhor segurança penitenciária. Entretanto, a Pastoral Carcerária também é favorável a uma adequação dos direitos dos agentes penitenciários e guardas penitenciários aos direitos não-militares da polícia: que são direitos salariais, de seguro de vida, à aposentadoria com 25 anos de serviço, a plano de carreira – exclusivamente com concurso – e à estabili-dade no emprego. Ou seja, benefícios trabalhistas. No caso de uma Guarda Penitenciária, apoiamos também o direito ao porte e o uso de arma de fogo, desde que esse direito se limite à vigilância externa.

Somente com essa restrição, com adequação de direitos, poderíamos, e talvez até devêssemos, apoiar a articulação dos ASPs e APs e Guardas Penitenci-

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60426 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

ários, no âmbito nacional, em favor de uma emenda constitucional.

Aqui está o nosso posicionamento sobre polícia penitenciária. Mas procuramos ainda amadurecer a nossa avaliação para ver se é conveniente, ou não, apoiar a luta dos ASPs e APs com vistas à inclusão da categoria nos órgãos de segurança pública, caso o Congresso Nacional decida em favor de uma emenda constitucional; isto é, a inclusão dos ASPs e APs nos arts. 21, 32, 144, da Constituição, com a criação da Polícia Penitenciária.

A Pastoral Carcerária considera essencial que se crie ou distinga 2 categorias profissionais: primeira, a categoria dos agentes de segurança penitenciária, a segurança prisional, responsável pela segurança e disciplina interna, com proibição de porte de arma; a segunda, a categoria de guarda de polícia peniten-ciária armada, destinada exclusivamente ao serviço de segurança externa, na muralhas, nas guaritas e nas escoltas, em ocasião de transferência de presos. Somente esta segunda categoria poderia ser chama-da de Polícia Penitenciária. O serviço de segurança penitenciária, tanto interno quanto externo, estariam totalmente subordinados às Secretaria de Justiça, de Administração Penitenciária e seus respectivos Se-cretários, mas não à Secretaria de Segurança Públi-ca. Mas pergunto: é possível um órgão de segurança pública não ser subordinado à Secretaria de Segu-rança Pública? Avaliamos que sim. Pois, conforme o Plano Nacional de Segurança Pública, os sistemas penitenciários fazem parte da Segurança Pública, não obstante, no Brasil, os serviços de segurança pública e de segurança penitenciária são majoritariamente subordinados à Secretaria do Estado. São diferentes: Secretaria de Segurança Pública, Secretaria de Justiça e Secretaria de Administração Penitenciária. Inclusi-ve, essa distinção entre responsabilidades distintas e sua vinculação a diferentes Secretarias de Estado é internacionalmente recomendada.

Sr. Presidente, se eu ainda dispuser de 1 minu-to apenas...

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Padre Valdir Silveira, oportunamente devolverei a palavra a V.Sa. para que complete o seu raciocínio, porque já se passaram 12 minutos e tenho que dar seqüência à reunião.

Em relação à ata. Tendo em vista a leitura e dis-cussão antecipada da ata da 6ª reunião, indago da necessidade de sua leitura. (Pausa.)

Não havendo quem se manifeste pela leitura, coloco-a em votação.

Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam com se encontram. (Pausa.)

APROVADA.Quero comunicar também a correspondência

recebida:- Ofício nº 562/7, do Tenente-Coronel Luiz Gon-

zaga Nascimento Bugarin, que indicou o Tenente-Coronel Paulo Sérgio de França Lopes e o diretor de Segurança de Inteligência para aqui comparecerem. O que acontece.

- Ofício nº 257, do Dr. Antônio Ferreira Pinto, Se-cretário de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, que agradece o convite e justifica a sua ausência, tendo em vista, como disse, compromisso inadiável. Queremos dizer que lamentamos que S.Sa. não tenha mandado, pelo menos, um representante pelo Estado de São Paulo.

- E-mail da Sra. Maria Magalhães, assessora técnica da Secretaria de Administração Penitenciá-ria de Rondônia, em que justifica a sua ausência e a do Dr. Gilvam Cordeiro Ferro, Secretário Penitenciá-rio do Estado, e designa o assessor da Secretaria, o Sr. Francisco Alencar da Silva, que já se encontra à Mesa, e a Dra. Orlene de Carvalho de Freitas, Direto-ra da Escola de Formação Penitenciária, Especialista em Gestão Penitenciária, que os representam nesta audiência pública.

- Ofício nº 271, do Deputado Onyx Lorenzoni, Lí-der do Democratas, que indica o Deputado Jairo Ataí-de para integrar a Comissão na qualidade de membro titular em vaga existente.

Quero registrar a presença dos senhores: An-derson Luís Brasil Silva, agente prisional de Goiás; Sr. Júnior Antônio Ferreira, agente prisional de Goiás; Sirlon de Almeida, agente prisional de Goiás; Jolimar Antônio Vaz Filho, agente prisional de Goiás; Mauro Silva dos Prazeres, agente prisional federal de Catan-duvas; Mônica Marcato, agente penitenciário federal; Adilson Valério Souza, agente penitenciário federal; José Ivan Sarmento de Azevedo Filho, agente peni-tenciário de Alagoas.

Em seguida, nós vamos conceder a palavra a Francisco Rodrigues Rosa, por 10 minutos.

O SR. FRANCISCO RODRIGUES ROSA – Sr. Presidente, senhores membros da Mesa, senhoras e senhores, boa tarde. O que trago para esta Comissão nada mais é do que alguns breves comentários sobre os meus 25 anos de experiência profissional, nos quais tenho muito orgulho de ter praticado com louvor. Te-nho certeza de que o que aconteceu nesses 28 anos foi uma missão dada por Deus. Estou Presidente do Sindicato pela quarta vez e tenho muito a falar sobre o sistema prisional do Rio de Janeiro especificamente. E enquanto fui Presidente da Federação Nacional pude

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caminhar por este Brasil afora e ver como funciona o sistema penitenciário no Brasil.

Sr. Presidente, não tenho dúvida de que esta Casa tem um compromisso com esses heróis. Creio que esta Comissão tem hoje a condição sine qua non de fazer com que se resgate uma posição de outrora.

A nossa origem, Sr. Presidente, senhores presen-tes, nasce no mundo pol. No mundo policial, quando Brasília não existia e o Rio de janeiro era a Capital, surgiu a necessidade da criação da Superintendência do Sistema Prisional Nacional, para guarnecer nossos incautos fora-da-lei. Naquela altura, o Brasil tinha um sistema penitenciário extremamente militarizado. Muitos dos que retornaram da guerra ficaram com a missão de guarnecer os nossos concidadãos encarcerados. Vindos da guerra diretamente para o cárcere para cumprir a sua missão de guarnecer. Com o passar dos tempos, concursos vieram e a coisa foi evoluindo e nascendo o momento em que nos encontramos hoje.

Há 28 anos, quando cheguei, encontrei um siste-ma penitenciário totalmente desumanizado. Hoje, pos-so garantir a V.Exa., essa categoria merece de todos os concidadãos nacionais muita atenção e, principal-mente, correspondência pelo trabalho que desenvolve intramuros no quesito principal, que é a custódia do preso em nome da Justiça e sem desguarnecer um só momento a questão da ressocialização.

Sr. Presidente, nesses meus 28 anos, tive a opor-tunidade de ver cruzar os portões das unidades pri-sionais centenas e centenas de internos que não re-tornaram mais.

Ao entrar, procurei estudar, me aperfeiçoei, me formei em Direito. Tive a oportunidade de advogar para inúmeros internos dentro do cárcere, dos quais tive o prazer de colocar muitos na rua. Dicotomica-mente, tinha a obrigação de custodiar, mesmo sendo advogado de alguns deles. Era assim que funcionava e acredito que funciona em muitos Estados da Fede-ração. O Estado brasileiro usa o agente de segurança penitenciário, o inspetor de segurança penitenciário, o guarda de presídio, mas não o respeita em nenhum dos momentos. E isso em todas as entidades civis or-ganizadas, sem exceção.

Sou católico, Padre, e hoje mesmo vi a Pastoral defender a criação de uma polícia desde que esteja fora dos muros. Padre, eu pratico polícia dentro do muro igualzinho a um Juiz de Direito. Padre, quando um preso está batendo no outro ou quando ele está matando o outro ou quando ele está estuprando o ou-tro, sou eu o agente penitenciário que está lá dentro, sou eu que corro o risco da minha própria vida para poder chegar lá e dizer “Alto! Pare!” e depois puni-lo. E sabe como é que eu tenho poder de polícia e poder

de juiz, padre? Conduzindo o semicidadão – porque a cidadania dele é parcialmente castrada – à cela, imediatamente ao castigo, imediatamente punitivo. E no momento em que faço isso, padre, faço isso em nome da lei, faço isso em nome do Estado, faço isso em nome do cidadão, faço isso em nome da igreja e faço isso em nome de Deus. Eu estou evitando um mal maior, estou salvando vida, padre, estou evitando que um preso morra ou que um preso continue a ser vilipendiado em seus direitos subjetivos e em muitos casos no direito material da própria vida.

Mas o Estado não quer reconhecer que eu prati-co função de polícia, não sei por quê. Essa visão que serve talvez para o chamado primeiro mundo, para a Europa, para os Estados Unidos, hoje, padre, eu posso garantir que não serve para a gente, para os rincões do Brasil, com as nossas diversidades. Não serve para o Acre, como não serve para o Brasil, o Rio de janei-ro, Padre. Lá no Rio de janeiro, se o senhor fraquejar um milímetro na disciplina, os comandos organizados criminosos agem imediatamente em cima disso. Nós temos lá, padre, diretoras, diretores, cidadãos, pais de família que morrem sem que a Polícia Civil ou Militar consiga dizer quem são. Exemplos o senhor vai ter inúmeros. Eu não preciso de papel e não preciso ler, padre, é a história da minha vida. Diretores de unida-des prisionais que tombam apenas por tentarem ou ousarem ser honestos. Em Bangu I, Sr. Deputado, eu tive uma amiga do peito, do coração, a gente trabalhou junto muito tempo, Cidinéia. Paulo Roberto Rocha era o nosso coordenador-geral de segurança, que ousou ser honesto. E foram mortos ao ir e vir. Procura-se até hoje, embora sabendo, quem foram os seus algozes.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Só um comentário. Nesse exemplo que você está dando ao padre, você falou que usou o poder de polícia. Quer dizer, implicitamente você usou o poder, explicitamente você não tem o poder de polícia.

O SR. FRANCISCO RODRIGUES ROSA – É exatamente isso, Excelência. O que nós estamos plei-teando é que a sociedade nos reconheça e nos dê a identidade que merecemos e que praticamos diutur-namente. Isso com a obrigação – é um pacto nacional que a minha categoria em nível nacional está fazendo – de jamais perdermos de vista e de irmos ao banco da escola para termos uma polícia distinta, porque não queremos ser apenas polícia, nós não queremos ser mais uma polícia. Nós queremos que a sociedade nos respeite e nos reconheça como tal e, principalmente, nos dê condições mínimas para que possamos real-mente exaurir a nobre missão de um agente de segu-rança penitenciária ou de um policial penitenciário, que é manter preso em nome da lei, mas, principalmente,

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curar esse ser e devolvê-lo à sociedade, orgulhosa-mente, livre e sarado.

Padre, é muita hipocrisia, Sr. Presidente, é mui-ta hipocrisia do nosso País aceitar a idéia de que nós não temos condições de ressocializar, assim como é muita hipocrisia entender que nós temos condição de custodiar. Para que nos pagam? Para custodiar ou para ressocializar? Para custodiar e ressocializar? Não fazemos nem uma coisa nem outra. Este País precisa dar um salto de qualidade, precisa ir avante, sem olhar para o lado. Olhar para os Estados Unidos, padre, Sr. Presidente, olhar para a Europa é querer uma visão distorcida dos fatos. Estamos hoje numa situação de segurança pública em nossos Estados, e falo isso porque estou no Rio de Janeiro e porque conheço muito bem os outros Estados no âmbito da segurança penitenciária. Podemos e temos a obriga-ção de complementar o quesito segurança pública da sociedade como um todo. E só poderemos fazer isso quando pudermos liberar os milhares e milhares de PMs para suas missões constitucionais e livrarmos a nossa sociedade dessa mentira dicotômica de que temos um sistema penitenciário hoje que faz da segu-rança pública. Não faz.

Queremos e merecemos o respeito da socieda-de, a identidade que pleiteamos, com o compromis-so de sermos uma polícia diferencial, com qualidade, capacidade e preparo para custodiar com vista a uma ressocialização.

Essa é a nossa pretensão. Espero ter somado com esta Comissão, Sr. Presidente. Padre, meu res-peito. Aos membros da Mesa e a todos os senhores, muito obrigado. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Agradeço ao Dr. Francisco Rodrigues Rosa, Presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Rio de Janeiro, as palavras.

Representando a Dra. Orlene Carvalho de Freitas, Diretora da Escola de Formação Penitenciária e Espe-cialista em Gestão Penitenciária, tem a palavra o Dr. Francisco Alencar Silva, que disporá de 10 minutos.

O SR. FRANCISCO ALENCAR SILVA – Boa tarde a todos. Sr. Presidente, estou aqui em nome do Secretário de Administração Penitenciária do Estado de Rondônia. Toda a nossa manifestação aqui será estritamente do ponto de vista administrativo, do ponto de vista da operacionalidade do sistema penitenciário, para que alcance o seu fim, que é a execução penal, e não dê azo à impunidade, que na verdade tornaria sem efeito o que foi investigado, o que foi processa-do e o que foi resultado do processo. Quer dizer, se o poder de polícia, negado ao agente penitenciário, que o realiza todo santo dia, durante todo o seu tra-

balho... Vejamos: se os requisitos do poder de polícia são coerção, exigibilidade... (Pausa.) Fizemos um Po-wer Point, mas vamos tentar fazer essa justificava de modo direto.

A justificativa é a seguinte. A proposta é justa e adequada porque uniformiza e padroniza a atividade no território nacional, chegando à simetria federativa. Justa porque não resta dúvida de que a atividade pe-nitenciária encontra seu fundamento no poder de po-lícia, exerce a coerção, é imperativa e exigível. Possui um forte aspecto discricionário e encontra seu limite na fiscalização do Poder Judiciário. Sob esse ponto de vista, não há como negar que na atividade penitenci-ária está implícito o poder de polícia.

Por outro lado, o distanciamento com que os di-versos entes da Federação tratam os seus agentes, as disparidades são gritantes. Com essa medida, uni-formizaríamos as atividades como um todo.

Como já foi dito, na essência a atividade peniten-ciária é a ponta da linha que se inicia com a investiga-ção ou a prisão e o correspondente processamento e julgamento, impedindo, conseqüentemente, que haja impunidade.

A execução penal, que é o objeto da atividade penitenciária, não chegará a bom termo se o principal agente do Estado nesse processo não sabe sequer em qual contexto no âmbito da organização estatal se encontra inserido. Se por um lado lhe é negado o poder de polícia que a todo tempo executa, por outro nem sequer é considerado auxiliar da Justiça.

Como já é do conhecimento de todos – em nosso Estado não é diferente –, existe um efetivo muito forte das Polícias Militares que é destacado para executar a guarda dos presídios. Então, esse aspecto também corroboraria para a inclusão na segurança pública.

Muito se tem dedicado em tecnologia na segu-rança pública, mas nada disso, essa modernização nas Polícias Civil e Militar, em conceitos humanísticos ou direcionamento em tecnologia, nada disso alcan-çará seu objetivo se a atividade penitenciária não for englobada no sistema de segurança pública. O não reconhecimento dessa interdependência entre a ati-vidade penitenciária e a segurança pública é um erro. Não adianta, pode gastar dinheiro, fazer investimento, e nunca vai chegar. Não sei das demais unidades, mas no nosso caso, em Rondônia, as dificuldades que a polícia tem para continuar suas investigações... Por-que prende e solta, prende e solta. Essas informações de recaptura seriam dedicadas aos próprios agentes penitenciários, porque eles são detentores de muitas informações que a própria polícia não tem a respeito daquelas pessoas que já fazem parte da comunidade carcerária.

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O objeto da proposta de emenda constitucional é uma aspiração de toda a comunidade de servidores penitenciários, à qual a Administração do Poder Exe-cutivo do Estado de Rondônia não se opõe. Esse é um pensamento do Secretário de Administração Penitenci-ária. Não tem dúvida. Aderimos a todas as concepções e atribuições que estão sendo até aqui discutidas.

Por quê? Reconhecendo a natureza da ativida-de penitenciária, fundamentada no poder de polícia, não tem como negar isso. Pode-se não querer, mas a atividade penitenciária é fundamentada no poder de polícia. Qual é o único argumento que faz com que um agente penitenciário conduza um indivíduo do ponto A ao ponto B se não for por meio do poder de polícia, que na verdade interfere no comportamento das pes-soas e restringe a liberdade?

Acompanhando o pensamento do Padre, ainda que deva haver um avanço na capacitação, cuja fina-lidade será implantar uma filosofia de utilização des-ses instrumentos conferidos à Administração Pública, sempre sob tutela dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Também não adianta entregar definitivamente esse poder de polícia sem que haja capacitação e direcionamento para a atividade peniten-ciária, que é complexa e requer tratamento adequado. Sepultando de vez a idéia de que a guarda de presídio, os agentes penitenciários ou carcereiros devam ser educadores. O agente penitenciário não é educador. Essa é uma idéia que deve ser afastada. Quem são os educadores? São aqueles técnicos, aquelas pessoas que têm formação voltada para esse fim específico. A destinação dos agentes penitenciários é de manter os indivíduos nos locais para os quais foram destinados. É bem verdade que aquele clima de cordialidade e de respeitabilidade é inerente a todo servidor público, não é específico do agente penitenciário. Agora, a reedu-cação não é atribuição do agente penitenciário.

No nosso Estado de Rondônia, como todos sa-bem, o sistema penitenciário não teve muito avanço no que diz respeito a esses direitos, a esse reconhe-cimento do agente penitenciário. Por quê? Porque o Estado de Rondônia é muito jovem, é proveniente do ex-Território. Até então, a Polícia Civil fazia o serviço, e só há pouco, muito recentemente, em 1994, foi criado o cargo de agente penitenciário, mas as atribuições propriamente ditas não foram definidas. Em função disso, o Estado de Rondônia tranqüilamente é favorá-vel à proposta em todo o seu conteúdo.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de

Sá) – Agradecemos ao Dr. Francisco Alencar. Convido o tenente-coronel Paulo Sérgio de França

Lopes, Diretor de Segurança e Inteligência, represen-

tante do tenente-coronel Luiz Bugarin, Intendente-Geral do Sistema Penitenciário de Alagoas. Disporá de 10 minutos para a exposição.

O SR. PAULO SÉRGIO DE FRANÇA LOPES – Boa tarde, insigne Deputado Arnaldo Faria de Sá, Relator da Comissão Especial destinada a proferir pa-recer à PEC 308-A, de 2004.

O Tenente-Coronel Luiz Bugarin, o Intendente-Geral do Sistema Penitenciário de Alagoas, fez-me vir aqui para fazer esclarecimentos e dar o nosso posi-cionamento quanto a essa pretensão de auferir esse parecer sobre a PEC nº 308-A, de 2004.

Pelo que lemos na justificativa que nos foi des-tinada e pelos problemas que vivenciamos no nosso sistema prisional em Alagoas, pelas estruturas antigas que herdamos – estamos lá desde janeiro, e herda-mos um sistema antigo e antiquado, em comparação ao que fomos conhecendo em todo o Brasil; visita-mos sistemas em que já usam, já implementam por-tas automáticas, em termos de segurança, vigilância eletrônica e outros procedimentos mais eficientes –, a nossa realidade é totalmente diferente dessa. Então, há dificuldade de procedimentos, e inclusive de ex-posição dos nossos agentes penitenciários. E o que acontece lá em Alagoas, que nos faz vir aos senhores e externar a nossa posição amplamente a favor desse projeto, é o fato de que, na Polícia Militar, por questão de contingente, porque cada vez mais a comunidade solicita mais policiamento, as questões sociais vão agravando-se e todo o mundo quer polícia em todo canto, é natural que qualquer comandante de área de policiamento vá apertando, vá cortando gastos. É como na nossa casa, mesmo. Às vezes tem-se algo que se comprou a mais no supermercado, mas, se as finanças apertam, tira-se o que é supérfluo, e assim também é em qualquer organização: cortam-se gas-tos. E qual é o pensamento de qualquer comandante de policiamento? Se a sociedade quer policiamento, quer ver PMs na rua, quer atendimento à comunida-de nos seus bairros, é natural que o sistema prisional seja relegado ao segundo plano. É natural. Não é que queiramos abandonar o sistema prisional, em termos da presença da PM nas guaritas, nas muralhas, na parte externa, oferendo essa segurança.

Assim, ficamos felizes quando vimos, desde que chegamos, em janeiro, essa possibilidade de se al-cançar, de ver aprovada a PEC nº 308, em virtude da qual o nosso agente penitenciário se tornaria efetivo, guarneceria todas as funções inerentes ao sistema prisional, não só o atendimento ao preso – ou reedu-cando, ou custodiado, como queiram –, mas também faria parte da estrutura, como já acontece lá em Ala-goas. Estamos inclusive vivenciando um período de

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60430 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

transição, ou seja, temos funcionários temporários, agentes penitenciários temporários que foram contra-tados, não são concursados, e no ano passado, em 2006, foi realizado o concurso, e já estamos com pra-ticamente todos os concursados, que já assumiram as suas funções no sistema prisional. Já é comum, no nosso Estado, os agentes penitenciários assumirem, em virtude disso que eu disse aqui de início, dessa dificuldade de efetivo da Polícia Militar em Alagoas, diversas funções. Eles já assumem guaritas, muralhas. Especificamente, há um presídio lá que tem uma laje que tem de ser guarnecida, porque o solário é aberto, não existe uma grade ou algo que ofereça dificuldade para que o apenado venha a fugir. Lá nós temos um problema sério de fuga. Desde o início, eu disse aqui que temos um sistema antigo, estruturas arcaicas. Estamos inclusive vivenciando um problema de inter-dição no Presídio Rubens Quintella, que tem 42 anos de fundação. Temos problemas demais.

Nosso posicionamento é favorável, sim, a que os agentes penitenciários tenham esse ganho, pas-sem a exercer não só a atividade interna mas tam-bém o guarnecimento, o que já fazem; na realidade, o companheiro lá do Rio de Janeiro esclareceu bem isso aqui, e em Alagoas não é diferente. Escolta, os agentes penitenciários já a realizam. Como eu disse, guaritas e muralhas, eles já as ocupam. Já realizam essa segurança externa, e também estão lá dentro, dando atendimento.

Particularmente, eu estava bem atento ao que dizia ali o Padre Valdir Silveira, da preocupação com essa criação, com colocar isso na legislação, esse conceito de ônus, essa formação de um profissional que queira reinserir aquele reeducando na sociedade, devidamente educado. Nós comungamos com isso. Somos todos cristãos. Nós queremos, torcemos para que aquele apenado se volte para o lado positivo, para o lado bom da vida. Nós também queremos. Não é só a Igreja que quer, toda a sociedade quer, nós quere-mos viver num mundo melhor. Quem não deseja estar num ambiente tranqüilo, sabendo que sua família está circulando tranqüilamente, que não vai haver no seu bairro nenhuma ação negativa da marginalidade, que não vai haver controle do crime lá de dentro das pe-nitenciárias? Porque hoje isso é comum; nós vivemos uma realidade de insegurança em que muitas, quase a totalidade das ações de quadrilhas é comandada de dentro do próprio sistema penitenciário. É uma realida-de que estamos enfrentando no Brasil. É claro que em Alagoas a dimensão é bem menor, até porque nosso Estado é pequeno, o segundo menor do Brasil. Só é maior do que Sergipe. Temos dificuldades imensas,

porque é um Estado pobre, e por conta disso sofre-mos também.

Mas, como eu estava conversando com uns co-legas antes do início da reunião, eu defendo o posi-cionamento de que o agente penitenciário tem de ser capacitado continuamente para assumir todas essas funções. E é possível, sim, sensibilizá-lo e capacitá-lo para que também exerça essa função que já exerce, de ressocializar também. Quer dizer, não só custodiar, mas ressocializar. É possível, e já é feito. Temos contato com os agentes penitenciários, esses de que eu falei. Em Alagoas temos essa modalidade, mas parece que isso é um carnaval no Brasil: como disse o colega de Rondônia, não se sabe se são concursados, se são prestadores de serviço prestado. É uma necessidade e ficamos felizes com que isso esteja sendo discutido neste momento.

Espero que se tome um direcionamento adequa-do, que se regularize, que se constitucionalize essa si-tuação dos agentes penitenciários no plano do Brasil. Se o melhor posicionamento for a criação da Polícia Penitenciária, que se crie, mas que se valorize efeti-vamente essa categoria, que é vital, é importante, e sabemos disso. Estamos numa área de produção de conhecimento e sabemos da importância que tem o agente penitenciário. É um profissional que deve ser valorizado, que é importante para todo o sistema, in-clusive para o sistema de segurança, e vai ser bem formado se for capacitado, se houver investimento na área de capacitação em direitos humanos, cada vez maior, para que ele tome essa consciência de uma missão maior: não só custodiar, não estar lá só como carcereiro, essa palavra antiga que ainda tem um forte uso entre a população carcerária, mas como um homem preocupado e voltado para que esse cidadão que está ali, um cliente de todos nós, da sociedade, a quem a sociedade dá as costas, ninguém quer ver; querem ver muros altos para não terem nem contato com os que estão ali, vivenciando aquela situação, mas que são produtos dessa mesma sociedade da qual fazemos parte. Queremos, sim, ter um sistema penitenciário voltado não só para custodiar com dignidade o nosso preso, mas para que ele também seja bem recondu-zido, para que haja esse trabalho, e a participação do nosso agente penitenciário devidamente capacitado é importante.

É esse o nosso posicionamento favorável, o parecer positivo a essa proposta, a PEC nº 308-A, de 2004.

Obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria

de Sá) – Agradecemos a apresentação.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60431

Concedo a palavra ao Dr. Alcy Moraes Coutinho Júnior, Inspetor de Segurança Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro, por 10 minutos.

O SR. ALCY MORAES COUTINHO JÚNIOR – Obrigado, Deputado.

Eminente Deputado Arnaldo Faria de Sá, emi-nentes Deputados presentes, demais autoridades, senhoras e senhores, inicialmente eu peço licença a todos para mandar um abraço aos mais de 60 mil agentes penitenciários que estão espalhados por todo o Brasil e que no dia de hoje estão atentos aos traba-lhos desta Comissão. Aproveito a oportunidade tam-bém para agradecer aos Deputados Chico Alencar e Solange Amaral, que nos deram muita força para es-tarmos aqui hoje.

Na verdade, o que nos motivou a participar desta audiência pública foi a oportunidade de podermos posi-cionar-nos frente ao descaso das autoridades públicas no tocante ao reconhecimento constitucional da nossa função e dos limites da nossas atribuições. É inadmis-sível, é – por que não dizer? – um descaso que uma função secular de tamanha importância social ainda não tenha despertado nos governantes o interesse que merece. A proposta de elevação funcional da categoria de agente penitenciário vem à discussão no Congres-so Nacional com um atraso de pelo menos 19 anos, já que em 1988, durante uma reforma constitucional brasileira, categorias como a dos servidores do antigo DNER e da Rede Ferroviária Federal foram com justiça elevados à condição de polícia. Lembro que na ocasião houve a oportunidade de ser discutida a questão de o agente penitenciário também ter o mesmo tratamento; contudo, a proposta não avançou.

É público que a PEC nº 308 propõe a alteração da Constituição Federal em seus art. 21, 32 e 144. As argumentações de existência de uma lei ordiná-ria – refiro-me à LEP – como forma de impedimento para sua aprovação parecem-me pouco consistentes, lembrando ainda ao Presidente que essa matéria já é vencida na Comissão de Constituição e Justiça, onde foi aprovada inclusive por unanimidade, e à época a Relatora era uma juíza. Então, os questionamentos que têm embasamento jurídico acredito eu não serem im-pedimento para a aprovação da PEC nº 308. Digo isso porque, atento, assim como os 60 mil agentes peniten-ciários que estão acompanhando e vão acompanhar pelo áudio, na Internet, ao que está ocorrendo aqui hoje neste momento, pude observar que alguns dos participantes mencionaram a Lei de Execução Penal como impedimento para a adoção da PEC nº 308, o que é um absurdo.

O poder de polícia que já exercemos é visível naquilo que o nosso Presidente do Rio de Janeiro,

com muita sabedoria e conhecimento, relatou a todos aqui. Basta apenas o reconhecimento, porque a ação e a prática já temos. A ação de polícia já é exercida, principalmente nos Estados em que há um problema de segurança e de violência muito grande, como é o caso dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Mi-nas Gerais e Bahia. Recentemente acompanhamos uma rebelião em Minas e outra na Bahia. Então, o que pretendemos, com a nossa humilde contribuição, é dizer que, na qualidade de funcionários do sistema penitenciário, nós já praticamos diuturnamente a fun-ção policial. Não querer enxergar isso é uma tremenda demagogia – permitam-me a sinceridade da palavra –, se considerarmos que, quando uma instituição pri-sional e seus funcionários estão subjugados por atos de indisciplina por parte de internos que colocam sob risco presos, funcionários e visitantes que eventual-mente estejam nas unidades prisionais num momen-to de conflito, lá está sendo violada a ordem pública, sendo justificável o uso legítimo da força. É o poder de polícia como conceito estritamente vinculado à noção de segurança pública, que é, no Estado Democrático de Direito, um instrumento exclusivo do Estado. Lá, nas penitenciárias e nos presídios, está o agente pe-nitenciário representando o Estado, e eventualmente usa-se a força. Então, não considerar isso uma ques-tão de ação exercida por um posicionamento de se-gurança que é característico da função policial é não querer enxergar, é continuar querendo defender a Lei de Execuções Penais, que é uma lei absolutamente completa, mas cuja aplicação está muito distante da nossa realidade, pelas dificuldades. O próprio diretor do Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN este-ve aqui e reconheceu isso. A lei é de 1984, e estamos no ano de 2007. Portanto, são 23 anos de tentativas frustradas de aplicação de uma lei.

Então, o Estado brasileiro hoje discute com se-riedade a idéia de se criar a Polícia Penitenciária, e congratulo-me com os Parlamentares por isso, porque vejo seriedade nessa proposta. E o Estado tem que assumir também a sua responsabilidade de aplicação das leis, pois não adianta criar leis e elas não serem aplicadas.

No sistema penitenciário, a nossa função de po-lícia é diferenciada, sim, da Polícias Militar; é diferen-ciada, sim, da Polícia Civil. Temos uma atribuição muito mais nobre, que é a de, além de manter o indivíduo preso, tratá-lo para o seu retorno à sociedade. Então, a responsabilidade nossa é muito maior, e muito mais nobre a nossa função. E as pessoas hão de observar que a necessidade da função policial não vai, de manei-ra alguma, causar qualquer contrariedade à aplicação da Lei de Execuções Penais; muito pelo contrário, ela

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vai facilitar, vai dar ao agente penitenciário a autoridade que lhe falta para o exercício regular da função.

Vou dizer algo aqui, sem constrangimento algum: sou agente penitenciário há 18 anos, trabalho no Rio de Janeiro, trabalhei nas unidades mais complexas do Estado, nos Presídios Ary Franco e Bangu I, locais onde estão alocados presos da mais alta periculosi-dade, e em determinados momentos somos obriga-dos a fazer uso da força para manutenção da ordem, da vigilância, da segurança, da disciplina. Essa não é a nossa vontade, mas uma obrigação, para que seja mantida a segurança, a ordem pública, essa ordem pública que é uma atribuição das instituições policiais. Está na lei que a manutenção da ordem pública se dá por intermédio dos órgão policiais, e nós exercemos essa manutenção da ordem pública.

Se – isso é subjetivo, mas ainda não conhecemos a prática – o inspetor e o agente penitenciário tivessem poder de polícia, talvez não fosse necessário o uso da força hoje, pois onde há autoridade não é necessário usar a truculência.

Muito obrigado a todos. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria

de Sá) – Agradeço a Alcy Moraes Coutinho Júnior a manifestação, e ele tem razão: quando se tem poder de polícia, o simples exercício da autoridade torna-se mais fácil.

Antes de encerrar, quero registrar a presença do nosso Presidente, o Deputado Nelson Pellegrino, que estava na Comissão de Constituição e Justiça.

Como eu havia assumido o compromisso de con-ceder 1 minuto ao Padre Valdir Silveira para concluir sua manifestação, vou conceder-lhe a palavra e depois vamos aguardar que o nosso Presidente, o Deputado Nelson Pellegrino, declare encerrados os trabalhos.

Com a palavra o Padre Valdir Silveira, da Comis-são Pastoral Carcerária.

O SR. PADRE VALDIR SILVEIRA – Eu não só queria completar minha intervenção como responder aos vários questionamentos que foram dirigidos a mim, para esclarecer alguns pontos. Quero apresentar-me: sou o padre que coordena a Pastoral Carcerária de São Paulo, conheço os presídios de quase todo o Es-tado, tenho acompanhado a situação ali, e também já visitei vários Estados do Brasil para conhecer todo o sistema prisional.

Tenho visto que os funcionários têm conseguido realmente evitar brigas internas e violências. É lógico que é preciso saber agir com autoridade, sim, mas sem arma de fogo. Em várias ocasiões acompanhei esses fatos. No RDD, que é o regime diferenciado de segurança máxima do Estado de São Paulo, quando vou até lá, verifico os vídeos que eles me mostram,

para ver como é feito o controle interno: sempre sem arma de fogo.

E mais: foi citado aqui, e eu reforço o que foi ob-servado pelo funcionário de Rondônia, que o agente penitenciário não é o educador, não é o responsável pela ressocialização do preso. E quero fazer aqui um lembrete aos Srs. Deputados: não existe um plano de recuperação do preso no sistema prisional ainda. Gas-ta-se com segurança e com presídio, mas não se fez um plano ainda, em âmbito estadual e nacional, para recuperar o preso. Deveríamos partir de uma correção, porque isso é como construir uma faculdade sem currí-culo de aprendizagem. E os presos sempre reclamam disso. Eles dizem abertamente: “Isto aqui é uma facul-dade do crime”. E desculpem-me por contestar, mas pelos índices –– e não há índices oficiais sobre isso ––, o sistema prisional não está ressocializando os presos. Não está. Não os está recuperando. O senhor disse isso aqui, mas o dado confirmado é o contrário: entrou no presídio, a possibilidade de se retornar ao crime é ainda maior do que antes, isso em nível nacional. Por isso reforço que o trabalho do agente penitenciário é realmente de segurança, disciplina e ordem; não lhe compete aqui a ressocialização. Todos fazem parte do corpo, mas há um quadro técnico responsável por isso: os assistentes sociais, os psicólogos.

É lógico, temos o vetor disciplina/segurança, deve haver diálogo, assistência social, mas falta muito aos presídios em termos de regimento interno padrão, como falta também a criação de escolas em vários Estados do Brasil para os agentes penitenciários, que não exis-tem; muitos deles fazem um concurso, ou entram de imediato – tenho visto isso em várias partes do Brasil –, sem qualquer formação adequada para um trabalho que é difícil, que exige um profissionalismo, que não existe também, para essa preparação.

Concluo voltando a insistir em que a Pastoral é a favor das polícias, e, pela experiência, tem visto que onde há a polícia bem preparada se consegue enfrentar o conflito sem armas internas. Nosso temor é de que com arma interna fique mais fácil o acesso do preso à arma, ao dominar um agente penitenciário.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Agradeço as palavras ao Padre Valdir Silveira. Na verdade, a discussão foi pelo fato de que inicialmente o Padre havia falado sobre a proibição do porte de arma. Na verdade, às vezes o porte de arma é necessário, até para evitar chamar a polícia. Quer dizer, se estiver armado, ele pode recapturar o preso ainda no entorno do próprio estabelecimento prisional numa eventual fuga, pode tomar algumas atitudes de imediato. Como eu já disse na reunião passada, quem está vendo o fogo não precisa chamar o bombeiro para apagá-lo,

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pode ele mesmo pode apagar o fogo. Na verdade, é uma situação extremamente importante. Por isso de-mos a palavra ao senhor. (Palmas.)

O SR. PADRE VALDIR SILVEIRA – Armas para os agentes, no caso.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Agradeço a todos os convidados a estima-da participação nesta audiência pública. Certamente a exposição de cada um dos senhores vai contribuir de forma imprescindível para o desenvolvimento dos trabalhos, do meu relatório nesta Comissão.

Devolvo a Presidência dos trabalhos ao Depu-tado Nelson Pellegrino para informar à Comissão a respeito dos fatos seguintes e declarar encerrados os trabalhos.

O SR. DEPUTADO MARCELO ITAGIBA – Sr. Presidente, Sr. Relator, gostaria de me manifestar so-bre a questão.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pellegri-no) – Tem a palavra V.Exa.

O SR. DEPUTADO MARCELO ITAGIBA – Sr. Presidente, Sr. Relator, senhores expositores, minhas senhoras e meus senhores, hoje se discute uma rea-lidade que é muito importante para o País. Importante porque no Rio de Janeiro já temos mais de 20 mil pre-sos no sistema penitenciário, e mais de 200 mil man-dados a serem executados, mandados de prisão que até hoje não puderam ser executados, em função até mesmo da superlotação carcerária que aflige o meu Estado do Rio de Janeiro, e em São Paulo o número é 5 ou 6 vezes maior do que esse que estou mencio-nando. Portanto, hoje temos policiais militares fazendo guarda das penitenciárias no Rio de Janeiro. São em torno de 2 mil homens fazendo guarda penitenciária, desviados de função. Eles poderiam estar nas ruas fazendo a proteção da sociedade, evitando que ou-tros crimes acontecessem, e até evitando, dessa for-ma, que novos criminosos viessem a praticar outros crimes, em função do trabalho preventivo nas ruas da cidade do Rio de Janeiro.

Portanto, percebo, nesta exposição, a importân-cia de termos uma polícia penitenciária preparada, uma doutrina em todo o País para não só guardar, mas trabalhar também naquilo que é missão precípua de quem guarda preso: na sua recuperação. Assim, fiquei bastante impressionado com as manifestações feitas hoje nesta Comissão, e gostaria de enfatizar a necessidade de seguirmos nesse caminho da polícia que poderá guardar, reeducar e preparar o preso para a vida em sociedade, e acima de tudo poderá dar se-gurança àqueles que têm de guardar os presos, prin-cipalmente às suas famílias.

É essa a minha manifestação. Quero parabenizá-los a todos pelas exposições que fizeram.

Obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pelle-

grino) – Agradeço ao Deputado Marcelo Itagiba. Sem dúvida alguma, as contribuições de hoje foram muito importantes para formar a convicção não só do Rela-tor como de todos os membros, porque vamos dispo-nibilizar o debate a todos da Comissão. Infelizmente, vivemos hoje uma circunstância meio especial aqui, com a votação da CPMF na Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, de que alguns Deputados são membros titulares, inclusive eu, e estávamos envolvi-dos nesse esforço lá.

O SR. DEPUTADO MARCELO ITAGIBA – Eu tam-bém sou membro daquela comissão, Sr. Presidente

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pellegri-no) – O Deputado Marcelo Itagiba também é titular, e estava lá, acompanhando o processo de votação.

O SR. DEPUTADO MARCELO ITAGIBA – E in-clusive tive a oportunidade de votar “não”, votar con-tra a CPMF.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pellegri-no) – (Risos.) E, portanto, vamos disponibilizar a todos os membros da Comissão o conteúdo de todas as ex-posições aqui, não só as do dia de hoje mas também as anteriores, para formar a convicção não só do Relator como de todos os integrantes da Comissão.

Nosso esforço é aquele que já foi registrado pelo Deputado Marcelo Itagiba, pelo Deputado Arnaldo Faria de Sá, o esforço, primeiro, para tornar único o corpo de guarda das prisões brasileiras, no que diz respeito àquelas unidades. Sempre digo isso porque, quando falamos em prisão, a primeira coisa que nos vem à ca-beça são os presídios, mas hoje há uma quantidade de, digamos assim, pessoas custodiadas nas delegacias de polícia que pode até exceder a dos presídios bra-sileiros, e com um agravante, porque as cadeias públi-cas, os complexos policiais não foram projetados para fazer a custódia por mais de 24 horas – que é o que manda a lei: a emissão da nota de culpa e, após isso, a remessa ao presídio, se ele estiver à disposição da Justiça, para poder aguardar julgamento e, depois de sentenciado e julgado, para o cumprimento da pena, sob o regime de execuções penais.

Mas o de que estamos tratando precipuamente nesta PEC é a idéia de criação de uma polícia nacio-nal para fazer a guarda dos nossos presídios, diante de uma disparidade de regime de administração nos Estados. Há presídios que são administrados por Se-cretarias de Justiça e Direitos Humanos, há presídios que são administrados por Secretarias de Segurança Pública, há presídios que são administrados por Secre-

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tarias Penitenciárias próprias, cada um com seu regime próprio. Aqui em Brasília, Distrito Federal, quem faz a guarda interna no presídio é a Polícia Civil. Parece que no Maranhão também é a Polícia Civil. Na Bahia é a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. No Rio de Janeiro há uma Secretaria Penitenciária própria, assim como em São Paulo. E ouvi aqui dos exposito-res que há um serviço de inteligência que é feito pela Polícia Militar.

Eu tenho conversado muito com o Deputado Ar-naldo Faria de Sá, e a nossa idéia é buscar um sistema que se integre. A busca hoje em relação à segurança pública é no sentido da integração do sistema, da cria-ção de um sistema único, integrado. Esse é um dos problemas da segurança pública no Brasil, na minha opinião. Temos atribuições constitucionais, mas muitas vezes há uma invasão dessas atribuições; às vezes te-mos uma superposição de atividades, e não há uma integração. Então, o que se busca é a integração do sistema como um todo. E não tenham dúvida alguma de que qualquer que seja a fórmula que venhamos a adotar aqui, finalmente, nesta Comissão Especial, ela tem de prever esse processo de integração, porque o agente que está dentro do pátio, que está fazendo a custódia direta – porque a custódia externa geralmente é tarefa da Polícia Militar –, ele conhece a população carcerária, ele sabe como ela se movimenta. Ele tem de fazer um trabalho adequado com quem faz a es-colta externa e com quem está fazendo a segurança fora das unidades prisionais, porque, com o advento do crime organizado, o crime hoje não está só fora ou dentro do presídio; ele está dentro e fora do presídio, é comandado de dentro dos presídios. Inclusive, os cabeças do crime organizado estão dentro das uni-dades prisionais, muitas vezes comandando o crime organizado. Assim, se não houver esse processo de interação, dificilmente vamos poder administrar bem um presídio, porque há ação de fora para dentro e também de dentro para fora.

Portanto, a idéia é criar um corpo mais profissio-nalizado do que ele é hoje, um corpo com uma carreira. Vemos aqui que existe uma escola de formação. Em muitos lugares, para ser agente penitenciário basta ser contratado e ir para o presídio, sem qualquer tipo de formação. Ora, um policial militar ou civil pelo me-nos passa 6 meses, 8 meses, 1 ano numa escola de formação, numa academia de polícia militar, de polí-cia civil. Lá na Bahia o cidadão faz um concurso para o REDA, o Regime Especial de Direito Administrati-vo, e no dia seguinte está na unidade, sem formação alguma, sem qualificação alguma para exercer uma atividade que é considerada a terceira atividade mais

perigosa do mundo, a atividade de custódia em uni-dades prisionais.

Então, o objetivo dessa proposta de emenda à Constituição é criar um corpo funcional único com toda uma carreira, disciplina, formação, na minha opinião com um serviço de inteligência também, que faça a interação com os demais serviços de inteligência que existem no sistema de segurança pública, para que possamos ter mais eficiência nessa custódia.

Passo a palavra ao Deputado Arnaldo Faria de Sá para uma manifestação.

O SR. DEPUTADO ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, eu queria ter apreendido, antes de ter ouvido os nossos agentes penitenciários, a impor-tância da necessidade de essa PEC ser aprovada. Na verdade, tudo que V.Exa. comentou é importante: a escola de formação, cargo, carreira etc., tudo isso é importante, mas o mais importante para eles é poder de polícia. É o alicerce, a viga mestra do início do tra-balho, porque hoje em dia, no sistema penitenciário – e eu visitei várias unidades no interior de São Paulo –, agentes penitenciários mostraram-me que alguns presos doentes aguardam há muito tempo uma remo-ção por falta de escolta, e alguns até confessaram que, desrespeitando a lei, fizeram a remoção de um preso para uma unidade hospitalar para salvá-lo.

Às vezes um preso perde uma audiência por fal-ta de escolta, e aquele preso, que esperou tanto tem-po por uma audiência, quando, na data da audiência, não pode ser removido, vira um bicho lá dentro. E se tivesse poder de polícia o agente poderia levar o pre-so ao fórum, à audiência, e estaria resolvido. E cria-se assim um sistema de convivência que dá para segurar a cadeia – porque na verdade quem segura a cadeia são eles, mesmo sem poder de polícia, convivendo, administrando, levando uma conversa ali.

Na verdade o principal é o poder de polícia, estou convencido disso, e alguma restrição que tenhamos encontrado na Casa é da parte de quem já é polícia: “Ah, mais uma polícia? Por que polícia penitenciária?” Quer dizer, até a inclusão, como eu dizia aqui a Fran-cisco, nos arts. 21, 32 e 144, todos admitem; a única restrição é quanto à polícia penitenciária. Mas o poder de polícia se admite, porque é extremamente impor-tante. Como eu dizia ao Padre Valdir, às vezes, numa fuga, se tivesse poder de polícia, o agente peniten-ciário poderia imediatamente recuperar o preso, até porque sabe onde o preso mora, onde mora a família do preso. Ele tem condições de ação rápida, imediata, mas não pode agir porque está impedido. Ele tem de avisar a polícia, fazer um BO, para depois começar o processo de recaptura, quando poderia recapturar e

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fazer o registro já da recaptura. Então, eu acho que é extremamente importante.

Outra coisa: como lembrou o nosso Presidente Pellegrino, os chefes das quadrilhas estão dentro do sistema, lamentavelmente, e eles sabem disso. Eles conhecem. Se tivessem poder de polícia, eles pode-riam desbaratar muitos crimes, e a partir daí teríamos essa ação preventiva, por estarem lá dentro vivendo o dia-a-dia com muitos presos que poderiam...

Pois não, Deputado.O SR. DEPUTADO MARCELO ITAGIBA – La-

mentavelmente, não; afortunadamente os líderes de quadrilha estão dentro dos presídios. Afortunadamente eles estão dentro do presídio, não lamentavelmente.

O SR. DEPUTADO ARNALDO FARIA DE SÁ – Sim, eles estão dentro do presídio, mas comandando o crime fora do presídio. Quer dizer, se tiver poder de polícia, o agente penitenciário vai poder tomar muitas providências que hoje não pode tomar. E, na verdade, a polícia também tem restrições para entrar no sistema prisional, precisa de ordem judicial. Só entra na hora de rebelião. E entra para quê? Como nós sabemos, para bater, para degradar, e vai embora; depois o pe-pino sobra para todos eles.

Então, precisamos rapidamente vencer nossa etapa e encontrar uma saída, até para melhorar, como disse Alcy, a LEP, que é maravilhosa no papel, mas na prática sabemos que não ressocializa ninguém. Como lembrou o Padre Valdir, aquilo é uma faculdade do crime, ou uma “igreja do crime” – porque o que há de igreja no sistema prisional não é brincadeira!

Por isso, precisamos rapidamente encontrar uma solução, tenho certeza, para que os agentes penitenciá-rios, que são os verdadeiros presos da falta de decisão desta Casa, possam ser libertados. (Palmas.)

O SR. DEPUTADO MARCELO ITAGIBA – Sr. Presidente, apenas para fazer um adendo a mais esses brilhantes pronunciamentos do Deputado Arnaldo Faria de Sá e de V.Exa., nós não podemos apenas pensar no sistema federal, e eu acho que essa é a tônica da discussão aqui. Temos de pensar exatamente....

O SR. DEPUTADO ARNALDO FARIA DE SÁ – Es-tamos pensando em tudo, no federal e no estadual.

O SR. DEPUTADO MARCELO ITAGIBA – É que o Presidente mencionou muito a questão do sistema federal, em função da Constituição Federal.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pellegri-no) – Não, a idéia, se V.Exa. me permite, é haver uma previsão constitucional de unificação da carreira do Brasil inteiro. Com o advento da criação dos presídios federais, vamos ter uma polícia, uma guarda nacional penitenciária, com regime próprio dela, e vamos ter um regime para as guardas ou polícias penitenciárias

estaduais, com previsão constitucional, com unificação, com carreira, com toda uma regulamentação.

O SR. DEPUTADO MARCELO ITAGIBA – Com esse esclarecimento, Sr. Presidente, fico satisfeito, por-que esse é o entendimento também dos demais. Ou seja, temos de normatizar o federal e temos que dar o mesmo direito aos Estados, para que eles possam ter previsão constitucional, e dentro da nossa realidade.

O SR. DEPUTADO ARNALDO FARIA DE SÁ – E dentro da nossa realidade, porque nos Estados Unidos, por exemplo, o sistema penitenciário é privado, e lá é tudo uma maravilha; pelo menos é a idéia que nos passam. A realidade é outra história.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pellegri-no) – É, e eu acho que é outra história mesmo, porque lá são 2,5 milhões de custodiados, num sistema em que em uma parte, inclusive, muitos presos representam uma conta; cada preso é uma conta, e até interessa que ele seja mantido, porque o Estado paga por ele.

O SR. DEPUTADO ARNALDO FARIA DE SÁ – Porque é privado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pellegri-no) – Portanto, o Deputado Arnaldo Faria de Sá res-salta esse elemento, que é o poder de polícia, mas a questão da escolta – que é feita também pela Polícia Militar na maioria dos casos, e aqui em Brasília é fei-ta pela Polícia Civil –, essa questão da escolta é um outro problema, porque na Bahia os agentes que até então faziam a escolta...

O SR. FRANCISCO RODRIGUES ROSA – Sr. Presidente, eu gostaria só de ilustrar um pouco, em termos de conhecimento: no Rio de Janeiro temos um grupamento que nos honra e nos orgulha muito, aliás 3. Um é especialíssimo, a ponto de serem instrutores das nossas Forças Armadas: o GIT, Grupo de Interven-ção Tática. Ele é só composto por ISAPs, Inspetores de Segurança e Administração Penitenciária, que após 6 longos meses, árduos – guerra, guerrilha, combate etc. –, após longo período de 1 ano de diplomação, hoje estão aptos a intervir, livrando o Batalhão de Choque da PM, livrando o BOPE, a CORE, para seus afazeres constitucionais, e nós é que debelamos nossas rebe-liões e nossos motins, reivindicação sine qua non de qualquer Estado.

Eu ouvi aqui hoje, Sr. Presidente, dizerem algo como: quando a PM entra, ela deixa lá uma lesão. O pior de tudo isso é exatamente que, ao longo desses meus 28 anos, quando saía a PM o caos ficava, a ira ficava, o ódio ficava, e quem tinha de levar o remédio, quem tinha que levar o Melhoral, o curativo, quem tinha de levar o alento, o acalento, quem tinha que passar a mão na cabeça e dizer: “Foi mal” éramos nós. Quem tinha de enxugar lágrimas, levar a hospital, éramos nós.

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Hoje, Sr. Presidente, esse grupamento, quando intervém numa rebelião, é arma não letal. Não fica um ferido. Quando há necessidade extrema de armas, quando se perde o controle, as armas continuam não letais: usam-se balas de borracha, e os ferimentos são menores. E normalmente eles sabem que aquilo ali foi extremamente necessário, provocado por eles mesmos. E nós não vemos mais aquele ódio que exis-tia no passado.

É por isso que o Rio de Janeiro hoje, Sr. Presiden-te, faz diferença no sistema penitenciário. O pouco que falta ao Rio de Janeiro é exatamente essa contrapartida que nós desejamos: ter reconhecida a nossa função de direito, que praticamos há centenários anos, de poder dizer para o preso que está matando: “Alto! Se continu-ar, você está preso.” “Alto! Se continuar roubando, você está preso.” “Alto! se continuar estuprando, você está preso.” “Alto! Se continuar fugindo, você está preso.” Isso é o Estado agindo no calor dos acontecimentos – sob pena de continuarmos vendo, falando, escre-vendo, relatando, e a omissão acontecendo, porque a prevaricação é o que há de mais ridículo e comum dentro do sistema penitenciário. Todos esses crimes acontecem diuturnamente, e nós participamos, mas isso não sai de dentro do muros, porque os diretores e os Governos não querem que a sociedade saiba que isso acontece lá dentro.

Mas, uma vez policial, Sr. Presidente, com cer-teza estarei lá, em nome do Estado, firme, atuando na hora, e o preso vai ter seu direito, sua moral e sua integridade física respeitados, no instante daquela agressão sofrida.

Então, Sr. Presidente, os exemplos existem, a necessidade é óbvia, e esta Casa tem uma condição hoje singular de dar uma forma cabal a essa categoria de abnegados servidores que não chamo de agentes, nem de inspetores, e sim de bravos cidadãos guerreiros, que são médicos, psicólogos, enfermeiros, policiais, bombeiros, e principalmente, Sr. Presidente, famílias, porque quando não têm pai, nem mãe, nem parente, eles agarram-se de uma tal forma a nós outros porque não têm ninguém para levar-lhes uma balinha da rua, não têm ninguém para dar-lhes algum afeto e carinho, e somos nós, que sabemos que eles não têm paren-te algum, que os colocamos do nosso lado, que lhes damos uma faxina, um carinho, uma atenção, que os consideramos como cidadãos. Isso também, Excelên-cia, nós fazemos, porque entendemos a necessidade deles lá dentro.

E saímos como vítima condicional, porque depois de 5 anos como agente penitenciário, Sr. Presidente, V.Exa. pode ter certeza de que não temos mais con-dição de freqüentar a sociedade livre como qualquer

outro cidadão, porque ficamos segregados dela e pre-sos dentro de nós mesmos. Não podemos ir à quadra de samba no Rio de Janeiro, não podemos ir a teatro, não podemos caminhar pela rua livremente sem ter de olhar para o lado para saber se o nosso algoz está ali ou não. Então, ficamos prisioneiros no nosso lar, na nossa condição.

Como policial, tenho certeza de que isso vai, mesmo que psicologicamente, garantir uma situação singular para cada um dos agentes penitenciários, em nível de Brasil, e nós poderemos contribuir sobrema-neira para que o Judiciário possa enfim praticar sua missão das penas alternativas, que hoje no Brasil não se praticam porque não há as menores condições para isso, as menores. Os agentes condicionais que existem, os agentes dos Estados Unidos que praticam essas missões das penas alternativas, lá são remunerados, e muito bem pagos. E são concidadãos. O Estado aqui tem um profissional muito bom e muito bem preparado; basta apenas qualificação, investimento e reconheci-mento, para que possamos ir muito além do muito que já fazemos hoje pela sociedade do Brasil. (Palmas.)

O SR. DEPUTADO MARCELO ITAGIBA – Sr. Presidente, apenas para reforçar essa tese, quão bem fez a Constituição de 1988 quando transformou os pa-trulheiros rodoviários federais de celetistas em uma carreira policial, elevando-lhes a auto-estima e fazendo com que eles trabalhem cada vez melhor na seguran-ça do cidadão nas nossas estradas! Então, acho que nosso parâmetro, nosso paradigma para a evolução desse processo é vermos o quanto melhorou a Polícia Rodoviária Federal com a instituição na Constituição, no seu art. 144. Esse é grande paralelo e o grande exemplo que podemos trazer para a nossa decisão, afinal, nesta importante Comissão. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pelle-grino) – Bom, sem dúvida alguma são contribuições importantes, inclusive esta agora, aqui, no sentido de entendermos que há alternativas, em relação à polí-cia penitenciária e à condução da segurança dentro dos presídios.

Não havendo mais quem queira manifestar-se e nada mais havendo a tratar, vou encerrar a reunião, antes, porém, convocando a próxima para o dia 22 de agosto, às 14h30, no Plenário 13, onde vamos ouvir as seguintes pessoas: Dr. Bruno Azevedo, que é Juiz de Direito da Comarca de Guarabira, Estado da Para-íba; Dr. Luis Antonio Fonseca, que é Vice-Presidente da Federação Nacional dos Servidores Penitenciários e Coordenador do Fórum Nacional para Assuntos Pe-nitenciários; Dr. Antonio Carlos Biscaia, que é o Se-cretário Nacional de Justiça; e Coronel César Rubens Monteiro de Carvalho, Secretário de Estado de Admi-

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nistração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro. São as pessoas que estão convidadas para comparecer na próxima reunião, no dia 22 de agosto.

Portanto, dou por encerrados os trabalhos, agra-decendo a todos a presença.

53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da 8ª Reunião Ordinária, Audiência Públi-ca, realizada em 22 de agosto de 2007.

Às quatorze horas e quarenta e cinco minutos do dia vinte e dois de agosto de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 308-A, de 2004, do Sr. Neuton Lima, que “altera os arts. 21, 32 e 144, da Constituição Federal, criando as polícias penitenciárias federal e estaduais”, no Plenário 13 do Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília-DF, com a presença dos Senhores Deputados Nelson Pellegrino – Presidente; Arnaldo Faria de Sá – Rela-tor; Afonso Hamm, Fernando Melo, Iriny Lopes, Jairo Ataide, João Dado, Marcelo Itagiba, Mendonça Prado e William Woo – Titulares; Ayrton Xerez e Edson Apa-recido – Suplentes. Compareceram também os Depu-tados Janete Capiberibe, Jorginho Maluly e Rômulo Gouveia, não-membros. Deixaram de comparecer os Deputados Chico Alencar, Francisco Tenorio, Laerte Bessa, Marcelo Ortiz, Neucimar Fraga, Raul Jungmann, Rodrigo de Castro e Vital do Rêgo Filho. Justificou a ausência o Deputado Francisco Tenorio. ABERTURA: Havendo número regimental, o Dep. Arnaldo Faria de Sá, no exercício da presidência, declarou abertos os trabalhos. ATA: e colocou em apreciação a Ata da reu-nião anterior. Dispensada sua leitura, e não havendo quem quisesse discuti-la, foi aprovada sem restrições. COMUNICAÇÃO: O Dep. Arnaldo Faria de Sá, no exer-cício da presidência, comunicou a todos os membros que já havia transcorrido vinte e quatro sessões das quarenta para o exame de mérito da Pec, comunicou ainda que a presidência requereu de ofício ao Presi-dente da Câmara a prorrogação por mais quarenta sessões para assegurar ao Relator prazo suficiente para ouvir o restante dos convidados em audiência pú-blica e colher subsídios imprescindíveis à elaboração do seu parecer ORDEM DO DIA: Item I – Audiência Pública. Convidados: Dr. Antonio Carlos Biscaia, Se-cretário Nacional de Justiça; Dr. Bruno Azevedo, Juiz de Direito da Comarca de Guarabira/PB; Sr. Luis An-tonio Fonseca, Vice-Presidente da Federação Nacio-nal dos Servidores Penitenciários e Coordenador do Forum Nacional para assuntos penitenciários. Item II: Deliberação de Requerimentos: 1 – REQUERIMENTO Nº 12/07 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que requer

seja convidado para reunião de audiência pública o Sr. JORIMAR ANTONIO BASTOS FILHO, Presidente do Sindicato dos Servidores Prisionais do Estado de Goiás. 2 – REQUERIMENTO Nº 13/07 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que “requer seja convidado para reunião de audiência pública o Sr. HELDER ANTONIO JACOBY DOS SANTOS, Presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários Federais de Catanduvas/PR – SINDA-PEF. O Senhor Presidente concedeu a palavra inicial-mente ao Dr. Antonio Carlos Biscaia para fazer sua exposição. A seguir, o Senhor Presidente secundou as palavras do expositor e teceu considerações sobre o encaminhamento por parte do governo de política de administração penitenciária, enfatizando o processo de integração entre as polícias. Com a palavra, o Relator ressaltou a falta de poder de polícia que os agentes penitenciários tanto pleiteiam para cumprirem suas obrigações cotidianas. Logo após, o Dr. Bruno Azeve-do fez sua exposição, apresentando vídeo ilustrativo sobre a política de tratamento carcerária do seu es-tado. Em seguida, usou da palavra o Sr. Luis Antonio Fonseca, que também ilustrou sua exposição com a exibição de filme sobre a realidade carcerária da Bahia. Logo após, o Senhor Presidente colocou em delibe-ração os requerimentos pautados. Os mesmos foram aprovados por unanimidade. Dando prosseguimento à reunião, concedeu a palavra ao Sr. Jorimar Antonio Bastos Filho, Presidente do Sindicato dos Servidores Prisionais do Estado de Goiás, que, a seguir, fez sua exposição. Com a palavra, o Secretário Nacional de Justiça reiterou sua manifestação contrária à Pec e contraditou a exposição do presidente do sindicato de Goiás. Em seguida, retirou-se do recinto agradecendo ao Senhor Presidente, que anunciou que faria uma visita junto com o Relator ao Secretário Nacional de Justiça, no Ministério da Justiça. Participaram da fase das interpelações os deputados Marcelo Itagiba, João Dado, Jorginho Maluly e Janete Capiberibe. O Senhor Presidente agradeceu a presença dos agentes dos es-tados da Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Sergipe, Piauí, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul. A seguir, o Dep. Arnaldo Faria de Sá franqueou a pala-vra aos seguintes agentes penitenciários presentes à reunião: Daniel Aguiar Randolfo, do Sindicato de São Paulo; Cícero dos Santos, presidente do sindicato dos agentes penitenciários de são Paulo – Sindasp; Wilker Kaizer de Freitas, Agente penitenciário/ES; Renato Ne-ves Pereira Filho, Diretor do Sindicato dos Policiais Civis do DF; Paulo Roberto Ferreira da Silva, representando o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Rio de Ja-neiro; Ricardo de Werk, agente penitenciário do Estado do Mato Grosso do Sul; Alcy Moraes Coutinho Júnior,

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agente de segurança penitenciária do Estado do Rio de Janeiro; Valdelir do Nascimento, representante do sindicato dos agentes penitenciários do Espírito San-to. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente agradeceu a presença de todos e encerrou a reunião às dezessete horas e dezenove minutos. O inteiro teor da reunião foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. E, para constar, eu, Mario Drausio Coutinho, , secretário, lavrei a presente ata, que, após lida e apro-vada, será assinada pelo Senhor Presidente e irá à publicação no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Declaro abertos os trabalhos da oitava reunião da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda Constitucional nº 308-A, de 2004, do Sr. Neuton Lima, que “altera os arts. 21, 32 e 144, da Constituição Federal, criando as Polícias Peniten-ciárias Federais e Estaduais”.

Convido os palestrantes a ocuparem seus lu-gares.

Tendo em vista a distribuição antecipada de có-pias da ata da sétima reunião, indago da necessidade de sua leitura. (Pausa.)

Dispensada a leitura. Em discussão.Não havendo quem queira discutir, passa-se à

votação.Os Deputados que a aprovam permaneçam como

se encontram. (Pausa.) Aprovada.Comunico aos membros da Comissão que até

o dia 21/08 transcorreram 24 sessões ordinárias efe-tivamente realizadas e o prazo das 40 sessões para exame do mérito da PEC.

Comunico, ainda, que a Presidência, de ofício, requereu ao Presidente da Câmara dos Deputados prorrogação do prazo da Comissão por mais 40 ses-sões, para assegurar ao Relator maior flexibilidade no prazo para ouvir os convidados, a fim de colher bas-tantes subsídios à elaboração de seu parecer.

Esclareço que o Relator não necessita utilizar todo o prazo e que a Comissão ainda dispõe, inclusi-ve, do prazo de prorrogação, se o quiser.

A próxima audiência fica agendada para o dia 12 de setembro, uma vez que a Secretaria da Comissão teve dificuldade de agendar audiências com os demais convidados, que não puderam comparecer até agora em razão de outros compromissos já assumidos.

Esclareço que na Ordem do Dia da presente reu-nião constam 2 itens: audiência pública e deliberação de requerimentos.

Esta reunião foi convocada para ouvir em audi-ência pública as seguintes pessoas, a quem convido para compor a Mesa: Dr. Bruno Azevedo, Juiz de Di-reito da Comarca de Guarabira, Paraíba; Dr. Antonio Carlos Biscaia, ex-Deputado desta Casa e Secretário Nacional de Justiça; Sr. Luís Antonio Fonseca, Vice-Presidente da Federação Nacional dos Servidores Pe-nitenciários e Coordenador do Fórum Nacional para Assuntos Penitenciários.

Há um requerimento solicitando a convocação do Sr. Jorimar Antonio Bastos Filho, Presidente do Sin-dicato dos Servidores Prisionais do Estado de Goiás.

Esclareço que o Sr. Jorimar encontra-se presente no recinto e que a Comissão já poderá ouvi-lo, para fins de economia processual, caso o requerimento seja aprovado.

Em discussão o requerimento.Não havendo quem queira discuti-lo, passa-se

à votação.Em votação o requerimento. Aqueles que o aprovam permaneçam como es-

tão. (Pausa.) Aprovado.Convido para fazer parte desta audiência pública

o Sr. Jorimar Antonio Bastos Filho, Presidente do Sin-dicato dos Servidores Prisionais do Estado de Goiás.

Requerimento nº 13/07, do Relator, que “requer seja convidado para participar de reunião de audiência pública o Sr. Helder Antônio Jacob dos Santos...

Concedo a palavra ao Dr. Antonio Carlos Biscaia, Secretário Nacional de Justiça, brilhante ex-Deputado desta Casa.

O SR. ANTONIO CARLOS BISCAIA – Sr. Presi-dente, agradeço a V.Exa. a deferência. Deputado Arnal-do Faria de Sá, V.Exa. está cumprindo dupla missão, presidindo e relatando.

Vou procurar contribuir com V.Exas. Fui convo-cado, por solicitação do Deputado Nelson Pellegrino, que preside esta Comissão.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Convidado.

O SR. ANTONIO CARLOS BISCAIA – É um convite que vejo como convocação. Estou aqui para me manifestar sobre essa proposta.

Sr. Presidente, de quanto tempo disponho?O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria

de Sá) – V.Exa. dispõe do tempo que considerar ne-cessário para expor seus argumentos. Dez minutos, mais dez.

O SR. ANTONIO CARLOS BISCAIA – Saúdo V.Exa. e os demais participantes da Mesa, os magis-trados representantes das categorias de agentes peni-

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tenciários, e todos os agentes penitenciários estaduais e federais aqui presentes.

É importante assinalar que a questão que envol-ve segurança pública no País está na preocupação de todo brasileiro, de toda brasileira, da mesma maneira que aquelas pessoas que têm relação com o tema se-gurança pública de forma mais ampla. Eu me incluo entre estes que se preocupam com a questão.

Trata-se de questão que envolve principalmente as instituições que têm responsabilidade nesse campo: na fase primeira de investigação, as instituições que integram o quadro de segurança pública no País, as Polícias Federal, Estaduais, Civil e Militar; evidentemen-te, na primeira fase da persecução penal, o Ministério Público, instituição que integrei por 30 anos, que tem sua grande responsabilidade na ação; o Poder Judici-ário; e, por todas as razões, aqueles que têm partici-pação na execução penal, que é a ponta da linha de toda a persecução penal.

Temos também conhecimento do quadro do sis-tema penitenciário em nosso País. Há 430 mil internos, nas condições mais deficientes. As penitenciárias, de longe, deixam de cumprir com sua finalidade de res-socialização dos internos, aqueles que de alguma maneira violaram a lei penal, que foram sujeitos a um processo e condenados. Quando ingressam no siste-ma penitenciário, o objetivo da privação da liberdade deve ser, sem dúvida alguma, a ressocialização, mas isso não acontece. Fica sendo exclusivamente a se-gregação e a punição.

Por que tudo isso? Evidentemente, as razões são diversas, mas a estrutura do próprio sistema peniten-ciário contribui decisivamente para isso. Daí por que a reincidência alcança índices elevadíssimos. Aqueles que têm a primeira incidência reincidem porque no pe-ríodo em que, privados da liberdade, cumprem suas penas não têm nenhum tipo de política adequada que contribua para sua ressocialização.

Essas são as observações iniciais.Quero deixar muito claro para todos os presentes

que tenho conhecimento da realidade, da dificuldade e da situação dos agentes penitenciários. São salários, em regra, irrisórios, incompatíveis com a importância das funções, das grandes responsabilidades que têm de enfrentar os agentes responsáveis pela custódia, pela guarda daqueles que estão privados da liberdade.

Em âmbito federal, recentemente houve a cria-ção da carreira de agente penitenciário federal, para atender os presídios federais. Visitei Catanduva e Cam-po Grande e vi que os integrantes desse quadro são altamente qualificados. Os salários dos agentes peni-tenciários federais podem não ser os melhores ainda, mas já são salários condignos, se comparados aos

dos agentes penitenciários estaduais. Não há dúvida de que a política penitenciária tem de ser tratada de forma diversa e prioritária.

Os principais envolvidos, que são os agentes, têm de ter um tratamento o mais adequado possível, melhoria de condições de trabalho, melhoria de con-dições de escala de serviço e de condições salariais, evidentemente.

Aí chego ao ponto: a Proposta de Emenda Cons-titucional nº 308. Fiquei nesta Casa por 2 períodos. Indago a mim mesmo e publicamente: em que essa PEC vai melhorar o quadro do sistema penitenciário brasileiro?

Ela propõe a criação, alterando os arts. 21, 32 e, principalmente, o 44, em âmbito constitucional, de duas polícias: Polícia Penitenciária Federal e Polícia Penitenciária Estadual.

Essa alteração constitucional vai significar o quê para melhorar as condições do sistema carcerário e penitenciário do nosso País? Eu fiquei indagando a mim mesmo, no momento em que recebi essa comu-nicação, e estou convencido de que em absolutamente nada, até porque já existe a proposta de criação de uma polícia ferroviária federal, que também foi inclu-ída no elenco e até hoje não foi institucionalizada. Já existe a movimentação para a criação de uma polícia portuária também. Estão até objetivando criá-la dentro de legislação infraconstitucional.

Então, há uma seqüência de movimentos que objetivam criar outras polícias.

Sr. Presidente, fiz uma introdução dizendo da im-portância do sistema penitenciário e de se prestigiarem os agentes penitenciários, de melhorar suas condições de trabalho. Isso eu fiz em toda a fase inicial da mi-nha exposição. Agora, estou tratando da PEC em si. E indago de que maneira uma PEC como essa pode contribuir para atender a estes objetivos, que devem ser os de todos nós: aprimorar todo o sistema da per-secução e da execução penal e o sistema penitenciá-rio em nosso País. Estou convencido de que ela não adiantará para nada.

Quero registrar que tenho e tive, quando Parla-mentar, posição contrária à da maioria dos Parlamen-tares, que acham que se tem que mudar a Constituição para tudo. No ano passado, ainda em 2006, segundo levantamento que eu fiz, existiam 1.300 propostas de emenda constitucional na Câmara e 300 e tantas no Senado, como se a Constituição Federal fosse um periódico para ser modificado a qualquer momento. Eu acho isso absolutamente estranho. Os Parlamen-tares colhem assinatura, obtêm 171 na Câmara, e aí a PEC está apresentada. Ela é aprovada na CCJ, o que é natural. Aí vem a mobilização dentro da Comis-

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são Especial, para depois haver a mobilização junto ao Plenário.

Esse é um dos aspectos.Depois de 28 anos no Ministério Público, eu me

afastei para assumir mandato de Deputado. Em segui-da, em 2001 e 2002, coordenei um grupo que elabo-rou o programa de segurança pública para o País, e que foi a base do primeiro Governo Lula. O programa foi apresentado e resultou no Sistema Único de Se-gurança Pública – SUSP, que está progressivamente sendo implantado.

Ao contrário de se criarem outras polícias no âmbito da Constituição, uma das propostas desse programa era a desconstitucionalização do tema se-gurança pública. Isso está claro na nossa proposta. Entendemos que o mais indicado para o novo sistema de segurança pública é a desconstitucionalização do tema de segurança pública. Os Estados teriam ampla liberdade institucional e legal para organizar suas po-lícias de forma que melhor lhes aprouvesse. Além de reforçar o princípio federativo, aperfeiçoando a relação com a União, a desconstitucionalização permite que os Estados adaptem às instituições policiais as suas necessidades locais e regionais, ampliando as possi-bilidades de diferentes arranjos.

Propõe-se ao Congresso Nacional que inclua – é outro aspecto que defendemos com muita ênfase – a polícia de ciclo completo. Nos Estados, hoje, por exemplo, temos a Civil e a Militar. Dizem que temos 2 polícias, mas na realidade nós temos 2 meias polí-cias. A Polícia Militar tem a responsabilidade consti-tucional da prevenção, da repressão; e a Polícia Civil, da investigação.

Por que não atribuir a responsabilidade de um ciclo completo de polícia, para que a Militar pudesse prevenir, reprimir e investigar até o final, ou seja, até o encaminhamento ao Ministério Público, e a Civil tam-bém pudesse agir da mesma maneira?

Não havendo polícia de ciclo único, tem-se incom-patibilidade e disputa corporativa, o que não contribui para o aprimoramento das instituições policiais. Nossa principal preocupação deve ser o aperfeiçoamento das instituições policiais de maneira geral. E isso, a meu juízo, não pressupõe necessidade de alteração do art. 144 da Constituição Federal. Insisto: a própria Polícia Ferroviária Federal está prevista, mas ainda hoje não foi efetivamente constituída.

Até agora, apresentei minha próprias considera-ções. Posteriormente, vou tratar da posição do Minis-tério da Justiça, a respeito da qual procurei me inteirar antes de vir para cá.

Na última segunda-feira, foi lançado, com des-taque, um novo programa de segurança no Ministé-

rio da Justiça, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – PRONASCI, aprovado pelo Presidente da República. Esse programa trará diver-sas medidas e investimentos. Neste ano, será de 483 milhões o descontingenciamento do orçamento do Ministério da Justiça; para os próximos 4 anos, serão de 806 milhões para a execução do PRONASCI e 600 milhões para o Bolsa-Formação, o que vai permitir me-lhoria salarial para todos os policiais que não tenham rendimento compatível e digno, inclusive os agentes penitenciários.

O próprio PRONASCI está prevendo para este ano a construção de 11 presídios, sob uma nova vi-são. Já foi assinado convênio para esse fim, com re-passe para o Estado. O que acontecia até hoje é que o Fundo Penitenciário Nacional – FUNPEN era liberado para os Estados, e estes construíam os presídios da maneira que lhes convinha, sem qualquer condição de ressocialização dos detentos nem de trabalho para os agentes.

Esses 11 presídios serão destinados a jovens infratores e a mulheres, numa nova visão do sistema penitenciário. O projeto vai ter um modelo determina-do e vai haver condicionalidade. O Governo Federal libera o recurso para a construção, desde que seja aceito o novo paradigma. Não se dará a liberação pura e simplesmente.

Eu não tenho dúvida de que essas propostas também contribuirão para o aprimoramento do siste-ma penitenciário, em especial da condição de trabalho dos agentes penitenciários.

Quando uma proposta de emenda constitucional é apresentada, uma Comissão Especial é instalada, e a proposta começa a ser examinada no âmbito do Ministério da Justiça. E já há um exame a que se está procedendo.

A posição do Ministério da Justiça é contrária à PEC, por algumas das razões que já citei, bem como por outras também. Não vemos qualquer sentido em mudar a Constituição para criar essas polícias e o apri-morar o sistema. Considero essencial que, no contexto de uma política de segurança pública, o tratamento aos agentes seja absolutamente prioritário em termos de condições de trabalho e de salário. Também temos de considerar o outro lado da questão.

Sou do Rio de Janeiro e fui Parlamentar pelo meu Estado. Estava nesta Casa quando os agentes vieram trazer suas justas reivindicações. Aliás, essa é a beleza e a importância do regime democrático. Agora, estamos numa Comissão da Câmara dos Deputados que vai examinar e discutir proposta de emenda constitucional que trata dos agentes. E eles estão aqui, democratica-mente, para defender suas posições. No decorrer da

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tramitação da PEC, eles vão procurar os Deputados para apresentar seus argumentos e tentar convencer quem tem posição contrária. Aliás, quero ouvir esses argumentos, pois pode ser que consigam modificar meu ponto de vista.

Se, de um lado, eu não vejo como isso, em prin-cípio, possa fortalecer o que queremos, que é o apri-moramento do nosso sistema penitenciário; por outro lado, há coisas que me deixam indignado. Uma delas é quando vejo, no meu Estado, que o crime é comandado de dentro das cadeias. Como isso é possível? Como é possível que um chefe do tráfico consiga comandar todo o crime de dentro da cadeia? É uma questão que está submetida aos agentes. Tal situação não acontece em Catanduvas ou em Campo Grande. Lá, temos presídios federais modelos, agentes penitenciários qualificados e salários dignos. Lá, isso não acontece. Eu visitei esses presídios e verifiquei que lá havia, desde a entrada até a cela dos presos, 16 pontos de controle de entrada de metal. Em outros locais, sabemos que entra tudo, entra celular etc. Não vou nem falar da visita íntima. E já disse que eu sou absolutamente contra isso. É uma invenção brasileira, e eu não sei como surgiu. Eu fiquei um ano nos Estados Unidos estudando as instituições da Justiça. Lá não existe visita íntima. Se a pessoa está presa, privada de liberdade, como ter direito a visita íntima?! É uma invenção brasileira, com a qual, pes-soalmente, não concordo. É outro foco de corrupção, de abuso e de uma série de questões.

Há também o caso de alguns penitenciaristas – não é o caso dos senhores – que defendem a idéia de que se facilite a entrada de drogas, para acalmar a massa carcerária. Já participei de debate com peniten-ciaristas autores de livro que defendem isso.

Sr. Presidente, manifestei minha posição, que é muito clara. E estou à disposição de V.Exa., a qualquer momento. É só agendar horário no meu gabinete, na Secretaria Nacional de Justiça, que podemos dialogar. Tenho confiança em que é possível alcançar êxito nessa pretensão, que é justa, mas o aprimoramento, a meu ver, não se restringe exclusivamente a acrescentar 2 incisos ao art. 144 da Constituição Federal.

Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pelle-

grino) – Agradeço ao Secretário Nacional de Justiça, Antonio Carlos Biscaia, ex-Deputado Federal e ex-Pro-curador de Justiça do Rio de Janeiro, a participação. Quando Deputado, S.Exa. sempre teve destacada e brilhante atuação nesta Casa, inclusive na Comissão de Constituição e Justiça, que presidiu.

O Deputado Antonio Carlos Biscaia, agora Secre-tário Nacional de Justiça, tem uma característica muito

singular, que é a de emitir seus pontos de vista, suas opiniões, mas sempre muito aberto ao debate.

Quando eu era Líder da minha bancada, debate-mos alguns temas. E fomos integrantes da Comissão de Constituição e Justiça na mesma época. Quero, então, dizer que considero sua presença nesta reu-nião muito importante. As audiências públicas têm o papel não só de debater a matéria, mas também de incorporar sugestões. Assim, não só a sua presença, mas também a posição que expressa é fundamental no debate que ora travamos.

Foi criada nesta Casa uma Comissão Especial para dar parecer à Proposta de Emenda à Constitui-ção nº 487, a chamada PEC das Defensorias Públicas. Fui o Relator dessa PEC. A emenda tramitou aqui. E realizamos várias audiências públicas. Depois que a PEC já estava aprovada na Comissão Especial e prestes a ser votada em plenário, o Governo fez algu-mas reservas em relação à proposta. Por isso, temos de fazer esse diálogo com o Governo já. É evidente, como já foi dito aqui por V.Exa., que temos dinâmicas diferenciadas. O Governo é Executivo, ele tem o seu posicionamento. O Legislativo é um Poder autônomo e está debatendo a matéria. Ao final, os Deputados, com a sua convicção, vão livremente se manifestar; o Relator vai apresentar o seu parecer, os Deputados debaterão, e haverá a votação.

É evidente que queremos dialogar com o Gover-no, mas daqui por diante temos de afunilar ainda mais esse diálogo. E tenho certeza de que temos condições de construir uma proposição em comum, até porque, como disse V.Exa., há uma preocupação do Governo com a situação dos presídios brasileiros, há preocu-pação com a valorização da categoria dos agentes penitenciários. Portanto, acho que há interseções que podem levar a uma proposta comum.

Sem querer aqui substituir o papel dos debatedo-res, até porque, na condição de Deputado, emitirei a mi-nha opinião, registro 2 breves preocupações, Secretário Biscaia. Em primeiro lugar, essa opinião do Governo de cada vez mais desconstitucionalizar a questão da segurança pública. Sou muito favorável à federação. Nos Estados Unidos, os Estados nasceram antes da federação. Aqui no Brasil, a União nasceu antes dos Estados. Essa é uma verdade. A nossa Federação é muito centralizada nas mãos Poder Executivo. Sou até favorável ao processo de desconcentração, mas a experiência que temos – e V.Exa. esteve nesta Casa durante quase 6 anos – é a de que se as diretrizes não vierem do âmbito federal, dificilmente conseguiremos implantar nos Estados. V.Exa. fez uma observação que entendo pertinente. Já era uma diretriz do Governo Lula, e diria até do Governo Fernando Henrique, não

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liberar dinheiro para as unidades estaduais que não estivessem em sintonia com a política nacional. Mas isso nunca foi observado.

Realizamos aqui uma audiência em que o Dire-tor do DEPEN disse que o Governo do Estado apre-senta um projeto bonitinho, depois ele muda o objeto e até faz uma privatização transvestida, porque deixa o diretor da unidade como agente público, o diretor de disciplina como agente público e, depois, terceiriza o restante. E ele até confessou a sua impotência numa situação como essa.

Infelizmente, a experiência que temos é a de que, se as diretrizes não vêm da área federal, que está muito mais avançada e até menos envolvida nas questões locais, elas não acontecem. Por exemplo – e este é o segundo ponto para encerrar a minha exposição –, a questão da polícia de ciclo único a que V.Exa. se referiu e de que somos defensores, ou seja, a mesma polícia que faz o policiamento ostensivo faz a polícia judiciária, como é em Nova Iorque, onde a polícia é municipal. Nos filmes, às vezes, vemos que o agente começa no trânsito, depois vai para o policiamento, depois para investigação, depois pode virar sargento, tenente, ca-pitão. Então, é uma polícia de ciclo único com carreira única, diferente da nossa que tem uma distinção cons-titucional, a polícia que faz o policiamento ostensivo é a Polícia Militar, a Polícia Judiciária é a Polícia Civil, há uma distinção entre delegado e agente, e não há acesso. É muito importante a polícia de ciclo único, sem dúvida alguma. Mas sabemos da resistência que enfrentamos e que V.Exa. deve ainda estar enfrentan-do, na condição de Secretário de Justiça, para o pro-cesso de integração das polícias nos Estados, embora o Governo tenha condicionado a liberação de alguns recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública a esse processo de integração. As polícias resistem à integração. E, o que é mais grave: quando acontece alguma coisa muito patológica na área da violência, os adversários do Governo levantam as estatísticas de liberação de recursos na área de segurança pública como instrumento de política contrária ao Governo, como se ele não estivesse investindo em segurança pública e não estivesse liberando dinheiro para os Estados. Muitas vezes, a União não libera porque o Estado não tem capacidade para fazer o projeto ou porque o projeto não está em sintonia com as diretri-zes do Governo Federal.

Gostaria que déssemos aos Estados toda a li-berdade para avançarem, mas há de se estabelecer diretrizes mínimas, nessa quadra da História do Brasil. Eu penso que, com essa proposta de emenda consti-tucional, os Estados poderão avançar.

Minha preocupação, em virtude de o Governo sinalizar a favor da desconstitucionalização, é a de que haja retrocesso nos Estados. O Governo deveria refletir sobre essa perspectiva. Muitos dizem que a Constituição brasileira não pode decidir sobre direi-tos sociais, que devem ser tratados em convenção coletiva, mas estabelece a Constituição um patamar mínimo do qual o trabalhador deverá partir para se desenvolver. Esse é o diálogo que queremos ter com o Governo Federal.

Estamos propondo a constitucionalização da atividade desenvolvida pelo agente de cárcere, que é fundamental e considerada a terceira mais perigosa do mundo, na pretensão de estabelecer uma diretriz nacional mínima, a partir da qual os Estados poderão avançar. O que vemos hoje é uma disformidade com-pleta, que prejudica o sistema.

Quanto aos presídios federais, sem dúvida, eles são exemplos a serem seguidos. Do ponto de vista ar-quitetônico, são unidades projetadas para o fim a que se destinam, e com toda a tecnologia. Além disso, um agente penitenciário recebe hoje 5 mil reais, enquan-to o agente de cárcere recebe entre 800 reais e mil reais (palmas), e sei que é preocupação do Governo Federal investir em segurança pública. Esses presídios são considerados unidades de “elite” – entre aspas. São presídios de segurança máxima construídos com base em uma série de preocupações do ponto de vista arquitetônico e de segurança.

Secretário, até pouco tempo, para ser agente pe-nitenciário, bastava passar em concurso público. Na Bahia, nem isso era preciso; sendo contratado, no dia seguinte, o agente já estava na unidade prisional. Essa PEC estabelece diretrizes quanto a seleção e treina-mento. Qualquer policial civil ou militar, num período de 6 meses a 1 ano, é treinado em academia. Porém, mui-tos dos que aqui estão sequer passaram por academia. Assim sendo, como podemos exigir deles determinadas coisas se nada propiciamos? Temos de qualificá-los. A PEC estabelece essas diretrizes mínimas. Pode ser que, mais adiante, alcancemos um patamar tal, que não seja preciso a Constituição obrigar os Estados a cumprirem determinações mínimas. Esse o debate queremos fazer com o Governo Federal.

Por que uma PEC? Porque é o único meio de descentralizar os Estados Federados. Lei, os Estados não cumpririam. Constitucionalizando, impõem-se aos Estados regras mínimas que todos têm de seguir para que o sistema prisional no Brasil tenha a eficiência que queremos alcançar no plano federal.

Quando se fala em prisão no Brasil, a primeira coisa que vem à cabeça são os presídios. Há, porém, milhares e milhares de brasileiros sob custódia das

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delegacias País afora – e não sei se esse é o principal drama. Se esse número não suplanta a população das unidades prisionais, deve equiparar-se a ela. E, o que é mais grave, as delegacias de polícia sequer foram projetadas arquitetonicamente para abrigar presos por mais de 24 horas. Sabe V.Exa, brilhante jurista que é, que, de acordo com o Código de Processo Penal, a custódia em delegacia não pode passar de 24 horas, até a emissão da Nota de Culpa. No Rio de Janeiro, há uma experiência em relação à Delegacia Legal, e sabe muito bem V.Exa, que tão honrosamente integrou o Ministério Público, sendo seu representante máxi-mo, porque foi Procurador-Geral de Justiça, que isso é motivo de briga.

Nossa Constituição é analítica e não sintética, portanto, permite contribuições como essa – e não é da nossa tradição constitucional uma carta sintética. Queremos ter esse diálogo com o Governo do Presi-dente Lula, do qual sou defensor e que ajudei a eleger, assim como V.Exa., e fui Líder do PT no primeiro ano desse Governo. Tanto o Governo do Presidente Lula, como V.Exa, Sr. Secretário Nacional de Justiça, e todos os demais que aqui estão têm um objetivo comum: um sistema prisional que dê segurança aos encarcerados e em que os criminosos não possam comandar o cri-me de dentro da cadeia. Debatemos isso na semana passada, quando discutimos a extensão do poder de polícia a essa categoria, o que é importante. Gostarí-amos de envolver o Governo e o Ministério da Justiça nesse debate. E, com a contribuição dos que vivem o problema dia a dia, tenho certeza de que vamos en-contrar um denominador comum.

Era a pequena contribuição que gostaria de dar, e tenho certeza de que V.Exa., com a sua sabedoria, a sua inteligência e a sua experiência, que é maior do que a minha, vai contribuir para chegarmos a essa interseção.

Concedo a palavra ao Relator, Deputado Arnal-do Faria de Sá.

O SR. DEPUTADO ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, Sr. Secretário, senhoras e senhores, fui obrigado a me retirar por alguns minutos para par-ticipar da CPI do Sistema Carcerário, que tem correla-ção com esta Comissão, mas ouvi a primeira parte da intervenção do Deputado Antonio Carlos Biscaia, em que S.Exa. perguntou para que serve a PEC nº 308.

Secretário Biscaia, tenho visitado várias unidades prisionais. Na verdade, o poder de polícia permitiria aos atuais agentes penitenciários tomar alguma atitude. Hoje, lamentavelmente, os que estão encarceradas no sistema prisional, em razão das dificuldades em que vivem, extrapolam, afrontam os agentes penitenciários, fazem chacota, porque sabem que eles têm poder li-

mitado. Os agentes penitenciários precisam chamar a Polícia Militar para fazer escolta, precisam chamar a Polícia Civil para remover alguém que esteja quase morrendo ou para conter uma rebelião que se inicie, quando eles mesmos poderiam fazê-lo se tivessem poder de polícia. É como se fossem bombeiros que vêem o fogo começar e têm de chamar uma polícia de fora para apagá-lo.

Se esses agentes tiverem poder de polícia, vão poder impedir certos atos que hoje não têm como coibir. Se vêem um carro estranho rondando a unida-de prisional, não podem fazer nada, porque não têm poder nenhum. Se tiverem poder de polícia, poderão tomar alguma atitude.

Preso é folgado – uso uma linguagem simples. Se puder crescer, ele cresce. Então, se não houver quem possa combater o problema no primeiro momento, ele acaba crescendo e se tornando incontrolável.

Por isso, acredito que a Proposta de Emenda à Constituição nº 308 pode ajudar muito na crise do sis-tema prisional. (Palmas.)

O SR. ANTONIO CARLOS BISCAIA – Sr. Pre-sidente?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pelle-grino) – Pois não.

O SR. ANTONIO CARLOS BISCAIA – Veja, quero apenas fazer uma observação: fui convidado para fazer minha exposição, e a fiz. Em seguida, o Presidente gastou 15 minutos para contraditar minha exposição, e o Relator fez o mesmo, ainda que rapi-damente. Portanto, já se iniciou o debate. Eu apenas fiz uma exposição, e já houve questionamento tanto do Presidente, quanto do Relator.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pellegri-no) – Sr. Secretário, primeiro, quero dizer que V.Exa. terá o tempo que quiser nesta Comissão. Aprendemos muito com a fala de V.Exa., sempre muito educativa. Portanto, a qualquer momento V.Exa. poderá usar da palavra, evidentemente respeitando o espaço dos de-mais expositores. E já está convidado a retornar a esta Comissão, antes de encerrarmos esse ciclo de audi-ências públicas, porque V.Exa. representa o Governo, ator principal nesse processo. Trata-se de um parceiro com o qual queremos andar lado a lado para dar um outro rumo ao Sistema Prisional Brasileiro.

Portanto, não tome como uma contraposição a minha fala, mas como uma contribuição ao debate, no qual estamos envolvidos já há algum tempo, mesmo antes da apresentação da PEC. A partir disso, V.Exa. pode começar a prospectar, a fazer suas reflexões. Tenho certeza de que, em outra ocasião, quando usar da palavra novamente – e V.Exa. é formador de opi-

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nião dentro do Governo –, poderá nos ajudar nessa tarefa.

Concedo a palavra ao Dr. Bruno Azevedo, Juiz de Direito da Comarca de Guarabira, Paraíba. S.Exa. dispõe de 20 minutos.

O SR. BRUNO AZEVEDO – Sr. Presidente, Depu-tado Nelson Pellegrino, inicialmente, agradeço à Casa o convite e, ao Deputado Federal Vital do Rêgo Filho, a propositura.

Sr. Relator, Deputado Arnaldo Faria de Sá, demais presentes, apresentarei aos senhores não a visão do Parlamento, mas a visão de um ator envolvido na ques-tão da segurança – sou titular de uma vara de execu-ções penais – e também a visão acadêmica. Longe de mim, querer vir a este plenário dar uma aula, porque assim já o fez o ex-Deputado Antonio Carlos Biscaia, com muito talento, na exposição sobre o tema. Apre-sentarei uma visão acadêmica, porque sou professor e mestre em Direito Constitucional. Por isso, fiquei um pouco mais à vontade quando os Deputados começa-ram a pensar em constitucionalizar o tema.

Antes de abordar a PEC nº 308, de 2004, do Deputado Neuton Lima, do PTB de São Paulo, que trata da criação das polícias penitenciárias, peço licença à Mesa para exibir um vídeo sobre políticas públicas, uma vez que, envolvido na questão de segurança pública, sou um dos atores dessa importante área de atuação do Estado, sob o ponto de vista do Poder Judiciário. E me coloco entre aqueles juízes dessa nova linha, que, inconformados em tão-somente ficar despachando e sentenciando nos gabinetes, procuram implementar políticas públicas que visem efetivar a Constituição, os direitos fundamentais.

Vou exibir, então, 2 reportagens curtas. Uma delas refere-se à implementação das tornozeleiras eletrônicas, porque fui o primeiro juiz a trazê-las para o Brasil.

(Segue-se exibição de vídeo.)O SR. BRUNO AZEVEDO – Sr. Presidente, esse

tipo de política pública por nós implementada, à frente da Vara de Execuções Penais de Guarabira, na Paraí-ba, credenciou meu nome à propositura do Deputado Vital do Rêgo Filho.

Especificamente sobre a PEC nº 308, de 2004, que sugere a criação das polícias penitenciárias federal e estadual, vejo-a com extrema simpatia, sob o ponto de vista de quem atua na área na condição de juiz de execuções penais, de quem acompanha o dia-a-dia da atividade penitenciária e também na condição de estudante de Direito Constitucional. Seria temerária a desconstitucionalização de ponto tão nevrálgico, como a segurança pública, mencionada aqui pelo Deputado

Antonio Carlos Biscaia, em razão da perda de diretriz advinda da União.

Abro aqui um parêntese para agradecer ao Depu-tado Rômulo Gouveia a presença. Assim, posso sentir o calor da querida terra.

Seria oportuna a criação das polícias penitenci-árias federal e estadual para complementação do sis-tema, pois há previsão das Polícias Federal, Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e, textu-almente, da Polícia Rodoviária Federal. Enfim, seria um avanço, na medida em que a especializaríamos, indo ao encontro do que mais moderno existe no mundo numa área que, de acordo com as manifestações que ouvi do Plenário, faz dessa atividade a segunda de maior risco entre as implementadas pelo Estado.

Faço alusão de forma até empírica ao fato de que ainda não foi implementada a Polícia Ferroviá-ria Federal porque, apesar de o Brasil ter dimensões continentais, sua malha ferroviária é de menos de 26 mil quilômetros, menor até do que a da Argentina. E, diga-se de passagem, foi um erro estratégico lamen-tável, na década de 50, quando o Estado brasileiro optou pelas rodovias. Por isso, não há extremo inte-resse na matéria.

Os agentes penitenciários estão na ponta desse sistema, uma vez que trabalham com a contenção, a custódia e a vigilância. Dar poder de polícia a essa ca-tegoria, elevando-a ao status de polícia penitenciária é ir ao encontro das principais aspirações dos Estados mais modernos. E, advinda de constitucionalização, estabeleceremos um padrão.

A matéria é tão sensível no que diz respeito à segurança, que também deveria ser estipulado cons-titucionalmente percentual mínimo para que a União e os Estados investissem em segurança pública, como já ocorre em relação à saúde e à educação. A popula-ção fica refém da segurança e, quando não – em regra é a situação que acompanhamos –, as penitenciária transformam-se em escritório do crime organizado, com honrosas exceções, caso das penitenciárias federais. Qual o motivo? É fácil responder: porque a União de-tém a maior concentração de recursos. E ela é quem pode melhor aparelhar todo o sistema, proporcionar melhores salários, ponto registrado pelo Plenário. Mas essa questão diz respeito ao pacto federativo.

Em resposta à indagação formulada pelo Depu-tado Antonio Carlos Biscaia, sobre qual seria a contri-buição para a criação dessa polícia penitenciária, digo que seria proporcionar melhores condições e especia-lização para uma atuação de suma importância, dan-do poder de polícia a quem está realmente cuidando da custódia e vigilância dos apenados. Com a criação de corpo específico, seria muito mais fácil para o Es-

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tado em si e para todos os entes federados elabora-rem cada vez mais políticas para o aprimoramento do sistema, uma atuação estratégica e bem organizada para a devida contenção dessa população que não pára de crescer.

Hoje, ao analisar dados para apresentar a V.Exas. e a todo o Plenário, e de acordo com o que também disse o Deputado Antonio Carlos Biscaia, vemos que a população carcerária chega a 430 mil presos. O censo penitenciário de 1995 registrava 145 mil; o de 2002, 238 mil; em 2007, saltamos para 430 mil ape-nados. Ou seja, a população carcerária cresce a uma taxa de 10% ao ano, enquanto a população brasileira cresce a 1,3%.

Claro que, até por questões constitucionais, não existe hierarquia entre os entes federados. Mas, até pelo modelo federativo, a União detém a maior concentração de recursos. Como bem disse o Deputado Nelson Pel-legrino, nossa Federação se deu de forma centrífuga, de dentro para fora, era um Estado unitário, monolítico e, quando da Proclamação da República, com a força da caneta do Marechal Deodoro da Fonseca, ela foi criada seguindo o exemplo norte-americano, mas lá ela se deu de fora para dentro, de forma centrípeta. Por isso fica fácil entendermos porque lá, diferentemente daqui, os Estados têm tanta autonomia.

A constitucionalização da matéria proporciona-rá maior especialização para atuação estratégica e organizada numa área tão sensível como é o sistema penitenciário. Considero positiva essa constitucionaliza-ção. Assim, amarra-se a atuação dos Estados, fazendo com que eles cumpram o compromisso de melhor ge-renciar a área e nela atuarem. A criação das polícias penitenciárias é extremamente positiva exatamente por essas razões.

Tramitam hoje no Congresso Nacional cerca de 1.600 PECs. Mas isso faz parte da natureza da Casa. Por exemplo, na atual Constituição de Portugal, de 1976, que serviu de inspiração para o Constituinte de 1988, há previsão de revisão constitucional de 5 em 5 anos, o que não ocorre no Brasil. Existe a possibili-dade de alterarmos a Constituição pela porta estreita das PECs, e é este o trabalho do Congresso Nacional, a exemplo do que estamos fazendo hoje, realizando audiências públicas para, em temas sensíveis, fazer a renovação da Lei Maior, atendendo às exigências da sociedade do período atual.

As exigências da sociedade neste momento no que se refere à política carcerária, ao sistema prisio-nal, são no sentido da criação de uma polícia peni-tenciária, que venha aperfeiçoar o nebuloso sistema, que tanto deixa o Estado a desejar em sua atuação contra o crime.

Eram essas as minhas palavras. Coloco-me à dis-posição para algum outro esclarecimento. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pellegri-no) – Agradeço ao Dr. Bruno Azevedo. Parabenizo-o pelas 2 experiências pilotos no Estado da Paraíba, o aproveitamento de internos, no processo de ressocia-lização, e a utilização de pulseira, que estamos deba-tendo na Comissão de Constituição e Justiça.

O SR. BRUNO AZEVEDO – Diga-se de passa-gem, Sr. Presidente, as tornozeleiras são de tecnologia 100% brasileira e 1.000% paraibana.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pelle-grino) – Passo a palavra ao Sr. Luís Antônio Fonseca, Vice-Presidente da Federação Nacional dos Servidores Penitenciários e Coordenador do Fórum Nacional para assuntos Penitenciários. Dispõe de 20 minutos.

O SR. LUÍS ANTÔNIO FONSECA – Boa tarde a toda a Mesa. Na pessoa do Exmo. Sr. Presidente, Deputado Nelson Pellegrino, cumprimento os demais. Boa tarde a toda a plenária, em especial aos servido-res penitenciários do País, muitos dos quais fizeram esforços hercúleos para chegar até aqui, como o com-panheiro do Estado de Mato Grosso do Sul, que veio numa caravana com quase 50 pessoas. Quero para-benizá-lo por esse ato.

Discutir o sistema prisional brasileiro é muito im-portante no momento. Por quê? A humanidade ainda não encontrou uma forma de tratar as pessoas que transgrediram as leis. O que fazer com elas? Como trazê-las de volta ao convívio social? A sociedade brasileira ainda não encontrou uma saída profícua para isso.

Procuramos trazer um vídeo para fazer uma his-toriografia acerca do sistema penitenciário nacional. Essa historiografia está calcada em experiências es-taduais, como a rebelião na segurança máxima no Estado de Mato Grosso do Sul. Há também a questão do Ministério da Justiça quando aponta os agentes penitenciários federais.

Gostaria de apresentar Datashow, para que os Srs. Deputados e a plenária tenham uma melhor com-preensão, principalmente no que diz respeito à implan-tação da polícia prisional e os seus efeitos.

De logo, quero dizer que não somos os donos da verdade, mas estamos no dia-a-dia, no cotidiano do fazer penitenciário, e sabemos das dificuldades, Exmo. Sr. Antonio Carlos Biscaia. V.Exa. disse que numa das unidades penitenciárias federais existem n portões. Na maioria das unidades penitenciárias estaduais sequer há portões. Há uma grande disparidade nas políticas públicas dos Estados. V.Exa. acha que o Estado deve gerir suas políticas públicas. Também sabemos disso pelo dever constitucional, está na Carta Magna de nos-

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so País. Esse mesmo Estado também, quando quer discutir algo que sabe que é de interesse da sociedade, chama aqui os 27 Governadores, como fez na reforma da previdência. Então, a gente sabe que pode, sim, o Estado brasileiro tem essa condição, principalmente o Presidente Lula, cujo Governo foi forjado nos interes-ses sociais, na luta dos trabalhadores.

E este momento é impar. Os guardas das galés, os ditos subversivos do passado, os guardas das mas-morras estão hoje aqui discutindo um tema de relevân-cia social. Eles dizem: “Nós não somos os algozes do sistema prisional”. É uma orquestração social. Sem entrar em algo mais amiúde sobre quem na verdade forjou esse sistema. Mas de décadas e mais décadas o que percebemos é que há algo cada dia mais em-purrando os servidores penitenciários para os porões das penitenciárias e nesse momento confundindo-os com a própria população carcerária. E aí, quando eclo-dem rebeliões e motins, são esses os primeiros atores sociais, que costumamos chamar de a mão longa do juiz, que são penalizados. Não que sejamos vítimas. Quando há rebelião e motim, “os agentes penitenci-ários estão fazendo protesto, estão chorando”. Não queremos isso. Queremos ser profissionais, como são hoje os agentes penitenciários federais.

É um paradoxo o Ministério da Justiça apontar toda aquela filosofia metodológica dos agentes peni-tenciários federais e ser contrário a essa PEC. O Minis-tério da Justiça precisa estabelecer o que quer como políticas públicas prisionais.

Mas, como V.Exa. mesmo disse, está aberto ao debate, como nós, para discutir essa matéria. O cer-to é que, dentro de alas, galerias e pátios, não pode-mos mais ser presa fácil de qualquer insatisfação dos presos.

Vamos dar um exemplo. Hoje, se morre a mãe de um preso, o que é uma insatisfação, uma comoção, o preso pode facilmente pegar agentes como reféns, numa abertura da casa pela manhã ou no momento em que forem fazer o pagamento das refeições, tanto de dia como de noite. E aí aquele preso vai dizer: “Eu quero ir no enterro de mamãe, minha mãe morreu, é um dia ímpar na minha vida”. E todos sabem do con-texto da mãe, do contexto valorativo de uma mãe, e a sociedade pode comover-se e levar esse preso para o enterro. Nada contra que um apenado ou um senten-ciado, um preso, possa ir ao enterro de sua mãe. Mas para isso ele tem uma facilidade muito grande de pegar um funcionário, um agente penitenciário como refém.

Queria fazer uma breve exposição. Já está pron-ta. Até porque a plenária e os Deputados poderão ter um entendimento daquilo que eu estou querendo ex-por neste momento.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pelle-grino) – Enquanto se faz a configuração do programa, quero colocar em discussão e votação requerimento do Relator, Deputado Arnaldo Faria de Sá, para que seja convidado o Sr. Jorimar Antônio Bastos Filho.

Trata-se do Requerimento nº 12/07. O Dr. Jorimar já está aqui. Então, como temos quorum, coloco em discussão o Requerimento nº 12/07.

Em discussão. (Pausa.)Não havendo nenhum Deputado que queira dis-

cutir, em votação.Em votação o Requerimento nº 12/07, do Depu-

tado Arnaldo Faria de Sá, sobre convite para partici-par de audiência pública ao Sr. Jorimar Antônio Bas-tos Filho.

Os Srs. Deputados que concordam permaneça como estão. (Pausa.)

Aprovado.Em discussão e votação também o Requerimento

nº 13/07, do Deputado Arnaldo Faria de Sá, para que seja realizada audiência pública nesta Comissão com o Presidente do SINDAPEF de Catanduvas, Paraná.

Em discussão. (Pausa.)Não havendo quem queira discutir, em votação.Os Srs. Deputados que concordam como Reque-

rimento nº 13/07 permaneçam como estão. (Pausa.)Aprovado.O SR. LUÍS ANTÔNIO FONSECA – Vou exibir

as imagens.(Segue-se exibição de imagens.)Essa foi uma rebelião em Mato Grosso do Sul,

na máxima, em que se precisou da intervenção da Força Nacional. Depois da saída da Força Nacional, os agentes penitenciários federais ficaram no presídio de segurança máxima. Foi necessário todo o Estado de Mato Grosso do Sul, o Ministério Público, a OAB, todos os segmentos sociais estarem envolvidos nes-sa rebelião, que colocou a sociedade em polvorosa naquele Estado, principalmente os atores, que foram os servidores penitenciários. Eles tiveram que sair correndo imediatamente do presídio, porque estavam diante de um apito e de uma biriba – para quem não sabe, biriba no jargão carcerário é cassetete. Como o Deputado Nelson Pellegrino frisou, poderia não ser dado naquele momento o primeiro combate, como existe aqui no GPOE, como existe no Rio de Janeiro com o Serviço de Operações especiais – SOE, que são os servidores penitenciários que fazem neste primeiro momento essa execução, para que depois venham as demais forças: a Polícia Civil, a Polícia Militar e, agora, a Força Nacional.

Aí também é uma foto muito chocante para a gente entender a fúria do crime organizado. E não é

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brincadeira o labor desses servidores que no dia-a-dia têm que fazer a reinserção social, é uma orquestração do passado, e, quando essa reinserção não ocorre – hoje temos quase 70% de reincidência no País –, são esses os atores responsáveis pelos presos não serem ressocializados ou socializados. Que acontece com isso diante dessa fúria? Nós, servidores peniten-ciários, ficamos chocados. Muitos de nós precisamos sair de nossa residência quando ocorrem esses pro-blemas, porque os presos sabem. Porque muitos de nós somos recrutados no mesmo extrato social dos que estão dentro dos presídios e penitenciárias. En-tão, precisamos sair quando ocorrem rebeliões. Nesse momento, o preso não quer pegar o agente peniten-ciário como refém. Ele quer o Estado, e esse Estado, na primeira pessoa, são os servidores.

Isso são cabeças e ali são partes. Isso aconteceu porque esse preso desafiou o PCC dentro do presí-dio. Falou algumas frases. Num primeiro momento, os presos mataram essa pessoa em doses homeopáti-cas, aquela coisa muito vagarosa, e chegou a esse estado.

Eu trouxe essas imagens – chocantes, eu sei disso – para entenderem que não é brincadeira a questão do presídio, principalmente quando acontecem rebeliões e motins. Mais uma vez digo: os servidores peniten-ciários precisam sair até do Estado. O Ministério da Justiça já trouxe servidores de São Paulo e de outros Estados para cá quando acontecem algumas rebeli-ões, principalmente como a última que aconteceu no Estado de São Paulo.

Trago aqui uma frase do filósofo Descartes, só para entender que a nossa fala não parte de uma razão, não parte de algo metodológico daquilo que eu quero dizer como certo, mas apenas desse método que en-contramos de passar esses filmes, de estar aqui hoje expondo. A discussão da PEC 308 passa pela discus-são de uma razão, razão essa que devemos tratar da forma menos emocional possível.

Aí é uma estrutura que a gente quer trazer da maioria das unidades prisionais do País. E aí, quando vamos falar que é a segunda profissão mais estres-sante do mundo, precisamos ver que um só servidor penitenciário, ou melhor, o agente penitenciário, vai lá em cima, naquela galeria, trancar o preso por volta das 17h, 18h ou em qualquer momento mais tarde quando ele vem principalmente de uma escolta judicial. E aí, mais uma vez dizendo, somos presa fácil de qualquer insatisfação do preso.

Esse é um dia de visita. Agora não há mais mo-dalidade dos apenados de fazer o Estado refém. É um dia de visita, que era um dia especial para os apenados. E nesse dia, em Mato Grosso do Sul, havia centenas

de visitas. Mesmo assim, como aconteceu na Bahia recentemente, com quase 4 dias de rebelião, os pre-sos fizeram centenas de reféns.

Essa é uma estrutura. É para entendermos que os presos estão na passarela com a maior facilidade diante dos sistemas estruturais do nosso sistema pri-sional brasileiro.

Aqui, logo na frente, ali na frente, é praticamente um portão. E quando o preso toma aquele portão, ele toma toda a estrutura do presídio, o que não acontece com os presídios federais, como mencionou o Secre-tario Nacional, Dr. Antônio Carlos Biscaia.

Aí é outra coisa que eu queria trazer com muita propriedade aos senhores e senhoras aqui presentes. A concessão que é dada hoje aos presídios – e quanto a isso eu acho que não há diferenciação no País – de entrar ventilador, DVD, tudo que o preso precisa para manter essa calma aparente dentro do sistema prisio-nal. E na primeira oportunidade que o Estado vê que precisa se fazer presente, o Estado manda retirar tudo novamente, tudo aquilo que a administração estadual concedeu que entrasse.

Hoje pela manhã, o Diretor do Departamento Pe-nitenciário Nacional, Dr. Damázio, disse-me que nas penitenciárias federais não tem isso, não tem nada dis-so. Os presos estão ali cumprindo a sua pena. Lógico que tem que ver cada preso que vai para a unidade prisional. Mas a estrutura das unidades prisionais do País não difere dessa realidade que estou mostrando agora: ventiladores, televisões, tudo que dificulta o tra-balho desses profissionais. E quando acontecem fugas e motins, muitas dessas questões estão por conta do excesso de televisões, porque não dá para fazer uma vistoria, uma inspeção no dia-a-dia. E termina culmi-nando nessas fugas e motins desastrosos que acom-panhamos pelo País.

Aí, um telefone público dentro de unidade pri-sional. Acho que na maioria das unidades tem esse telefone público. Desse telefone público já saíram pla-nos para seqüestrar pessoas aqui fora. Então, não é só a questão do uso de celular, não. Há algo hoje fo-cado, de telefone dentro dos presídios. O Estado diz que coloca a inteligência penitenciária, a inteligência prisional das Polícias Civil e Militar para pegar essas ligações. Mas o preso, agora mais esperto, que foi que fez? Alugou casas nas vizinhanças próximas e instalou centrais telefônicas. E a Polícia, até agora, não conse-guiu uma forma de... Quando o telefonema sai para a central telefônica, ela não consegue mais interceptar nem saber das ligações.

Aí são materiais apreendidos. A questão do uso de celular. Muitos desses celulares entram na geni-tália. Sabemos que pode haver, sim, alguns agentes

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penitenciários com desvio de comportamento, desvio de conduta, mas não é inerente ao agente penitenci-ário. Desvio de conduta é inerente ao homem. Vide os casos que acontecem neste País de pessoas de alto grau de cultura que neste momento, por ser inerente ao homem o desvio de comportamento, também co-metem fatos ilícitos.

Então, esses aparelhos celulares, a cada dia me-nores, diante da tecnologia, entram na genitália, en-tram no ânus, como podem também entrar pela via dos militares que estão lá dentro, pelo cozinha. Ou seja, o sistema penitenciário em si proporciona uma série de coisas que hoje acontecem no nosso País.

Aí é o contingente da Polícia Militar. Não é isso tudo que estava lá no presídio. A Força Nacional foi deslocada para lá. O Estado gasta muito, o Erário gasta muito quando existem essas fugas, motins e rebeliões, que poderiam ser evitados diante de uma discussão mais eficaz para esse sistema.

Aí queremos colocar a inexistência de regimen-tos. O Deputado Nelson Pellegrino, o juiz e o Relator deste projeto disseram com muita propriedade que é necessário que a União capitaneie essa discussão do sistema prisional. Não dá mais para dizer que os Estados federados apresentem um projeto, o Estado manda a verba para lá, e depois, na verdade, o pro-jeto inicial vai se descaracterizando. Vou voltar aos presídios federais. Na verdade, eu queria mostrar a inexistência de diretrizes em âmbito nacional. Somen-te no Acre, temos quase 800 policiais militares dentro dos presídios e penitenciárias. No Estado do Rio de Janeiro, parece-me que são 2 mil. Esses policiais po-deriam estar na rua, no serviço de proteção social, no serviço ostensivo de investigação. E nós, servidores penitenciários, agindo diretamente nesse trabalho da manutenção da ordem pública, por entender que existe todo um trabalho do Estado, que passa pelo delegado, que preside o inquérito, depois, o juiz que vai proferir a sentença e mais os agentes penitenciários que vão dar continuidade ao processo daquelas pessoas que transgrediram as leis. Nada mais do que justo que hoje entendamos que o nosso labor é de natureza policial. E aí pergunto: de quem é o serviço de coibir a entrada de armas nos presídios? De quem é o serviço de revistar as pessoas que vão aos presídios? Isso pode até ser modificado com uma proposta, Secretário Carlos Bis-caia. De quem é esse serviço? Trata-se de um serviço de natureza policial. Mas esses profissionais ficam to-talmente desprovidos de políticas do Estado porque o Estado brasileiro entendeu que aquelas pessoas que estão fazendo segurança não podem, digamos assim, ter o poder de polícia quando a sua atividade já expõe a isso. Trata-se de uma questão de entendimento. O

Coronel Amaury Meireles é muito feliz quando afirma que a questão é de reconhecimento.

Nesse ponto, Sr. Secretário Nacional de Justiça, os benefícios são muitos não para os servidores pe-nitenciários, mas para a sociedade, que não vai ficar em polvorosa diante dessas questões. Com certeza, os holofotes serão voltados para o sistema prisional, cujos agentes penitenciários dos Estados brasileiros deverão ter capacitação, como os do Distrito Federal.

Finalizaria com a questão dos 5 presídios fede-rais que serão construídos. No pensamento expresso do Ministério da Justiça, digamos que as medidas são paliativas em relação à construção dos presídios federais. Sabemos que alguns presos que se encon-tram em unidades federais em algum momento po-dem voltar às penitenciárias estaduais, até por conta do caráter da pena: vigiar, punir e socializar. Digamos que um presidiário como Fernandinho Beira-Mar, que está hoje numa penitenciária federal, possa qualquer momento voltar e cumprir a sua pena, depois de 10 ou 15 anos, no Rio de Janeiro. Ele voltaria para uma penitenciária sucateada do Estado, como a de Bangu, por exemplo. Se o Ministério da Justiça entende que só se deve construir presídios federais e que esse é o modelo, deixando os Estados com penitenciárias sucateadas, na nossa concepção política, trata-se de medida paliativa. O projeto dos agentes penitenciários federais é muito bom. Repito: o Ministério da Justiça, caso insista em não melhorar as condições dos pre-sídios estaduais, criando, assim, mecanismos fortes de proteção social, estará, então, com a construção de presídios federais, aplicando medidas paliativas. Teremos aí um paradoxo. O Ministério da Justiça, que tem o dever de adotar uma política ampla para os Es-tados, deve pensar de forma macro a respeito do sis-tema prisional brasileiro.

Os agentes penitenciários federais precisam de estrutura, capacitação, profissionalismo, valorização, segurança da sociedade, enfim, uma série de questões de que hoje não dispõem. Se o Estado não valoriza seu ente público, é lógico que haverá um desestímu-lo a essa função. O Estado jamais será forte com a presença desses profissionais dentro de presídios e penitenciárias.

Quero deixar nossa contribuição e dizer que não somos os donos da verdade, mas queremos ajudar o Estado brasileiro a reverter o papel dos presídios. As situações são calamitosas não só no Estado da Bahia, como disse o Deputado Nelson Pellegrino, como no Mato Grosso do Sul, conforme aqui mencionei, na Paraíba e em Pernambuco, especificamente no Pre-sídio Aníbal Bruno. Muitos Parlamentares conhecem a estrutura deste que é segundo maior presídio da

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América Latina, com quase 3.400 presos. Precisamos encarar essa questão com muita seriedade, com muita vontade de mudar essa realidade. E se o Ministério da Justiça, os Parlamentares, quiserem fazer isso, tenho certeza de que encontrarão profissionais capacitados, com vontade de enfrentar o problema e modificar a realidade do sistema prisional brasileiro.

Mais uma vez, quero agradecer ao Deputado Nelson Pellegrino, a todos os integrantes da Mesa e ao Plenário a oportunidade.

Os servidores penitenciários do País estão uni-dos na discussão pela implantação da polícia prisional, para que possamos descaracterizar de uma vez por todas o papel forjado que lhes foi atribuído ao longo da história.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE(Deputado Nelson Pellegri-

no) – Informo que essa luz se acende para nos avisar que a Ordem do Dia no plenário se iniciou e, segundo orientação da Presidência da Casa, devemos suspen-der a sessão. Mas não vamos fazê-lo neste momento. Concederemos a palavra, por 10 minutos, ao Sr. Jorimar. Há ainda 4 Deputados que se inscreveram para falar e a quem concederemos a palavra. O Dr. Biscaia nos informa que às 16h30min ele terá de se ausentar em função de compromissos no Ministério da Justiça.

Concedo a palavra, então, por 10 minutos, ao Sr. Jorimar e, logo em seguida, aos Srs. Deputados inscritos.

O SR. JORIMAR ANTONIO BASTOS FILHO – Em primeiro lugar, quero cumprimentar com um fraterno boa-tarde todos que se deslocaram de seus Estados e vieram aqui para mostrar a força desses servidores imbuídos da vontade de que essa situação seja consti-tucionalizada, para sermos efetivamente reconhecidos pelo serviço que há bastante tempo prestamos, desde a criação da categoria.

Agradeço ao Relator, Deputado Arnaldo Faria de Sá, a oportunidade de expor aqui um pouco da realida-de do Estado de Goiás sobre o sistema penitenciário, os reflexos do que tem acontecido junto à população carcerária do nosso Estado em relação ao crime orga-nizado nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Antes de começar a minha explanação, quero devolver ao Dr. Antônio Carlos Biscaia a pergunta que nos fez: por que não a criação da polícia penitenciária? Existe alguma justificativa plausível ou algum descon-forto com o simples nome polícia para uma atividade que já exercemos há bastante tempo? (Palmas.) Não seria um ciúme exacerbado das outras polícias ou uma tentativa de lobby indireto para que isso “os desme-recesse” – entre aspas – na sua função policial típica do art. 144 da Constituição Federal?

Essas e outras perguntas surgem ao longo do tempo e das discussões. Por que esse ciúme do Minis-tério da Justiça, que ficou mais de 6 anos sem mandar nenhum centavo para o Estado de Goiás – eu tenho conhecimento de causa disso –, com os valores con-tingenciados em favor do Governo Lula? Agora, vem o Ministério dar palpite com relação à criação de polícia penitenciária? Respeito a posição do Sr. Antônio Car-los Biscaia, por ser ex-membro do Ministério Público e ter conhecimento de causa pelas visitas que fez e pela experiência internacional que teve nos Estados Unidos. Nós não somos os Estados Unidos nem temos pretensão de parecer ser nos próximos 50 anos. Sabem por quê? Pela visão dicotômica que os nossos Parla-mentares têm da situação. Já exercemos a função de polícia desde a nossa criação. Investigamos, fazemos levantamentos, descobrimos, passamos informação, prendemos. Quando descobrimos um crime ocorrido dentro da penitenciária, somos nós que fazemos a pri-são. Em contrapartida, mostra-se, às vezes, o próprio Poder Público resistente a uma condição nominal.

O que causa tanto desconforto o nome polícia? Penso que tem algo maior por trás disso, alguns inte-resses sendo supostamente violados e impedindo al-guém de reconhecer uma situação e de verificar que, embora não sejamos agentes de polícia, hoje somos diferenciados, pela própria cultura que cada Estado implanta no seu sistema prisional.

Muitos devem conhecer a Penitenciária do Estado de Goiás pelo nome de CEPAIGO, pela grande rebelião onde diversas autoridades do Judiciário ficaram reféns dos presos durante 7 dias em 1996. Dentro dessa pe-nitenciária, nos últimos 60 dias, foram apreendidas 6 pistolas automáticas nas mãos dos presos, enquanto o agente só pode utilizar arma não letal. (Palmas.)

No sistema penitenciário nacional, caso típico de Goiás – vou citar porque tenho bastante conheci-mento, sou agente prisional naquele Estado –, entram cerca de 6 mil refeições por dia sem serem revistadas. Então, situações como essa colocam em risco a inte-gridade física do agente e dos outros servidores que estão imbuídos no processo de ressocialização, de reintegração social do apenado.

Não queremos ser mais uma polícia repressiva, investigativa. Queremos ser a polícia cujo ícone será a diferenciação. Por quê? Pelo seu papel investigati-vo, ostensivo e – o mais importante – ressocializador. Não podemos deixar isso de lado, porque hoje, como bem disse, com toda proficiência, o Dr. Bruno Azeve-do, no seu Estado, o preso precisa de quê? Precisa de dignidade para ser reinserido na sociedade com toda a proficiência que lhe é cabível. O preso precisa de uma estrutura em que a polícia penitenciária pos-

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sa fornecer-lhe com o conceito de polícia social que é empregado hoje no sistema nacional.

Precisamos aqui, nada mais, nada menos, que formalizar uma situação – não um embate – pois que já exercemos esse papel. Poderemos ser muito mais eficientes com essa prerrogativa, essa segurança, essa estabilidade que o nome, o poder confere a quem trabalha com as pessoas que são segregadas de sua responsabilidade e de sua liberdade, pois que cidadãos transgressores das normas.

No Estado de Goiás, hoje, por conta e risco nos-so, temos políticas de ressocialização e de aperfeiço-amento profissional ímpares no Brasil. Nós acabamos de criar um curso superior de Gestão Prisional, um curso de pós-gradução de Gestão Prisional para es-pecializar esses profissionais que trabalham com os apenados. Que isso sirva de exemplo para o Ministério da Justiça que esteve desde o início do Governo Lula de olhos fechados, voltados para um sistema paliati-vo de segurança federal, em que se investem milhões em uma unidade e deixa-se a ver navios o restante dos presídios sucateados, colocando em risco uma profissão tão digna, tão honrosa e heróica, que é a de agente penitenciário. (Palmas.)

Não vou alongar-me mais aqui no meu discurso porque acho que o tempo é imprescindível à Casa para que outros assuntos sejam discutidos. Outros Deputados se inscreveram, como o Deputado do Rio de Janeiro que – estivemos aqui junto na última au-diência pública –, com muita proficiência, explanou sobre o assunto.

O Relator e o Presidente desta Comissão são pessoas que conhecem a fundo as unidades prisionais do interior do Brasil e estão lutando para que essa pro-posta de emenda constitucional seja aprovada, a fim de que seja colocada em prática uma política que já deveria ter existido há bastante tempo, desde 1988, o que não foi respeitado.

Peço aos senhores que se mobilizem, que façam visitas aos seus Deputados Federais, aos Senadores dos seus Estados, para que esse ciúme da palavra polícia seja levado a cabo. Essa palavra causa incô-modo e tem tanta força para auxiliar no combate ao crime organizado, no combate a vários casos, como de João Hélio, Taísa, pessoas que estão perdendo as suas vidas, enquanto o Governo Federal pode nos dar a oportunidade de ter mais uma força de segurança pública propícia, proficiente, forte, estável e competente para defender a população do Brasil.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE(Deputado Nelson Pellegri-

no) – Vamos passar a palavra ao Secretário Nacional

de Justiça, Dr. Antônio Carlos Biscaia, que precisa se retirar.

Em seguida, concederemos a palavra aos Depu-tados inscritos.

O SR. ANTÔNIO CARLOS BISCAIA – Sr. Presi-dente, comuniquei a V.Exa. que às 16h30min eu terei que me ausentar. Mas, considerando a intervenção do Sr. Jorimar, preciso me manifestar.

Vim aqui atendendo a um convite de V.Exa. para me manifestar sobre uma proposta de emenda cons-titucional. Democraticamente, expus meu ponto de vista, minha posição contrária à PEC, em princípio di-zendo que estava aberto ao debate. Não procuro ter uma posição que seja simpática ao auditório. Nesta Casa, fui um dos poucos contra a PEC do aumento do número de Vereadores. Se ainda estivesse aqui, seria contra essa vergonha de efetivar não-concursa-do. (Palmas.) Sempre adoto a posição que considero correta. E aqui estou.

Declarei que estou aberto ao diálogo a qualquer momento para aprimorar. O Sr. Jorimar fez uma ex-posição de caráter ofensivo. Isso eu não vou admitir. Veio aqui para dar palpite. Eu não vim aqui para dar palpite, mas para sustentar meu ponto de vista – e continuo sustentando. Esse tipo de consideração não é construtiva, Sr. Presidente. Não é dessa maneira que a minha disponibilidade de conversar terá êxito. Não vou entrar no mérito. V.Exa. também integra o mesmo partido que eu. Desde 2003, o Governo Lula não faz nada no sistema penitenciário. Será que só desde 2003 ou sempre foi a realidade? Isso nem vou questionar. Isso faz parte do jogo democrático.

Agradeço a V.Exa., Presidente, ao eminente Re-lator, Deputado Arnaldo Faria de Sá, aos ilustres Depu-tados que integram esta Comissão Especial.

Peço licença para me retirar.O SR. PRESIDENTE(Deputado Nelson Pellegri-

no) – Agradeço ao Secretário Biscaia. Quero sugerir à Comissão, Secretário, que façamos uma visita a V.Sa. para desdobrarmos este debate.

Agradecemos a presença a V.Sa., sempre bem-vindo a esta Casa.

Muito obrigado.Passo a palavra ao Deputado Marcelo Itagiba,

ex-Secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro.

O SR. DEPUTADO MARCELO ITAGIBA – Sr. Presidente, Srs. Deputados, senhores expositores, é uma pena que o Secretário de Justiça tenha se retira-do. Vou fazer algumas considerações que me parecem pertinentes e necessárias à discussão do tema.

Foi afirmado com muita propriedade o abandono em que se encontra o sistema penitenciário no Brasil.

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Existe um grande fundo nacional penitenciário, e a cul-pa não é exclusiva deste Governo. Mas ele também é culpado, pois não repassa os recursos suficientes para a implementação de uma política nos Estados. Muitas vezes, o Governo discrimina o investimento em função da posição política do Estado. E disso fomos vítimas no Estado do Rio de Janeiro. Os parcos recursos que lá chegaram não eram suficientes para os investimentos necessários ao sistema prisional.

Outra coisa é importante ressaltar: neste País, tudo é uma questão de vontade política. E o que vejo é uma Lei de Execução Penal. Até hoje não houve vontade política para cumpri-la. Reunimos 2 questões que são premissas básicas de qualquer sistema pri-sional no mundo: recursos para construção de novas penitenciárias e principalmente condições de manter esses indivíduos presos e ressocializados. Por outro lado, vejo que poder de polícia administrativa se en-contra elencado não apenas naqueles que levam o título de polícia, mas em vários agentes públicos que no seu mister exercem atividade de polícia administra-tiva. Esta Casa mesmo constituiu a polícia da Câmara; a Casa ao lado instituiu a polícia do Senado. Não está muito longe o período em que os patrulheiros rodovi-ários federais eram celetistas e policiais não eram, e o próprio Ministério da Justiça, do qual faz parte o Sr. Antônio Carlos Biscaia, tem sob a sua égide a Polícia Rodoviária Federal.

Analisadas essas questões preliminares, pode-mos observar pela fala dos que aqui estão presentes e pela manifestação das galerias que a função hoje exercida no sistema penitenciário é uma função de polícia administrativa, porque cabe aos chamados agentes penitenciários fazer cumprir a disciplina da lei dentro do sistema carcerário brasileiro e muitas vezes exercem a função de polícia porque não são apenas guardiões.

Fico surpreso com a posição do Ministério da Justiça que hoje patrocina uma guarda nacional ilegal (Palmas.), uma guarda nacional não estabelecida no art. 144 da Constituição, e se encontra sob o comando de uma Secretaria chamada Nacional de Segurança Púbica. Pela própria Constituição, as Polícias Militares dos Estados estão subordinadas a outro Ministério, que seria o da Defesa, porque são forças auxiliares do Exército brasileiro. Então, causa-me espanto essa posição do Ministério da Justiça. Não tenho a menor dúvida de que esta Casa não se submete aos desejos do Executivo. Aliás, não pode se submeter, porque o pleito destes que hoje aqui se encontram é legítimo, pois que já exercem a função de polícia e não querem fazê-lo com a usurpação de função pública. Querem ter, no seu título e na sua atividade, as prerrogativas

que os policiais têm e devem ter para proteger os seus, proteger os seus familiares e proteger, acima de tudo, a sociedade.

Por isso, fico eu com os expositores que de fato conhecem a matéria e não com aqueles que, apenas sentados em seus gabinetes, afastados da realidade do dia-a-dia, do que é o sistema prisional e das ameaças hoje existentes, tratam a ditar o seu pensamento de forma livre, mas com o qual não posso concordar.

Estou aqui presente – Marcelo Itagiba, Delegado de Polícia Federal, hoje Deputado Federal–, consciente da necessidade de que mais uma polícia somente en-grandecerá a defesa dos direitos humanos dos presos, do cidadão. Por quê? Porque o primeiro guardião da sociedade, o primeiro defensor dos direitos humanos no País são as instituições policiais.

Recebo, de braços abertos, os agentes peniten-ciários do Brasil como meus irmãos policiais.

Esse é o meu depoimento, Sr. Presidente. (Pal-mas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pellegri-no) – Com a palavra o Deputado João Dado.

O SR. DEPUTADO JOÃO DADO – Sr. Presidente, Sr. Relator, Sras. e Srs. Deputados, Srs. Líderes dos agentes penitenciários de todo o País. Sou um servi-dor público e exerço o poder de polícia administrativa. Sou um agente fiscal. Quando observo uma categoria defender aquilo que é uma prerrogativa inerente à ati-vidade profissional, não me parece que possa haver questionamento de mérito. O que pode haver é a con-veniência de se implementar ou não uma modificação e uma prerrogativa oficializada na lei para os agente penitenciários.

Eu fico me perguntando qual é a diferença que poderá existir entre um policial ferroviário federal e um policial prisional. Eu consigo identificar algumas dife-renças, porém observo nos agentes penitenciários uma proximidade muito maior com a atividade de polícia, de guarda do preso, de ressocialização do preso, do que eventualmente estarão afeitos os policiais ferro-viários, que, nesta Casa, mereceram aprovação, há poucos meses, da existência como policiais ferroviários federais. Eu fui um dos defensores daquela categoria, porque acredito que, ao defenderem o patrimônio, ao defenderam a ordem dentro do remanescente traba-lho dos ferroviários federais, eles também têm essa prerrogativa.

Talvez, mais do que eles, os agentes penitenci-ários tenham o direito, por justiça, de lhe serem con-feridos em lei o direito e a prerrogativa do poder de polícia no sistema prisional como um todo.

Registro o nosso posicionamento favorável à PEC, a essa definição, a essa prerrogativa constante em lei.

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60452 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Faria apenas uma sugestão aos líderes do movimento que estão nesta Casa, nas galerias. Nesta Casa, pas-sei 17 anos do lado de vocês, como vocês estão hoje, lutando pela dignificação da carreira do agente do Fis-co. Trata-se de uma luta muito difícil, que sempre sofre obstáculos e eventuais retrocessos, como sofremos, em 2003, com a adoção de tetos salariais diferencia-dos, que provocam desvalorização e indignação nas categorias de agentes públicos que exercem funções de Estado – que é o caso de vocês.

O Estado é que está abrigando o preso e pro-movendo sua ressocialização. Não são vocês, que são agentes de Estado.

Igualmente vi acontecer, neste ano, em 2007, a Polícia Rodoviária Federal, com muita competência, exercer um trabalho diuturno nesta Casa. Gostaria de sugerir que os senhores também aqui estivessem todos os dias.

Sabemos que, para isso, talvez não seja impres-cindível a presença de dezenas de pessoas. Seria importante um grupo coeso, de diversas unidades da Federação, estar aqui atuando no sentido de alcan-çar o objetivo, que é o convencimento de Parlamen-tares que eventualmente não conhecem a realidade do exercício do poder de polícia e a dificuldade que ele contempla.

Ao exercer o poder de polícia na esfera adminis-trativa agora, nesta Casa, estamos propugnando pelo direito de termos o porte de armas sem pagarmos as taxas. Vejam como é difícil conquistar os direitos.

Portanto, sugiro aos senhores, líderes do movi-mento hoje aqui presentes, que mantenham a unidade, a permanência e a perenidade do movimento. Contem conosco, especialmente comigo, Deputado do PDT, por São Paulo, que sou servidor público, como os se-nhores. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pellegri-no) – A Presidência da Casa nos solicita que encerre-mos a reunião, pois teve início a Ordem do Dia, com votação nominal. Antes, porém, concederei a palavra ao Deputado Jorginho Maluly e à Deputada Janete Capiberibe, por 3 minutos.

O SR. DEPUTADO JORGINHO MALULY – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ilustres palestran-tes, Dr. Bruno Azevedo, Srs. Líderes do movimento, Sra. Agente, representando as mulheres, senhoras e senhores, serei objetivo.

Sr. Presidente, agradeço a V.Exa. a oportunidade de me pronunciar, pois, embora não sendo membro da Comissão, fiz questão de participar deste encon-tro e quero dar um testemunho. Não sou policial nem funcionário público. Minha origem política é no interior

de São Paulo. Fui Prefeito de uma cidade que tem 3 presídios, por falta de um.

Presidente Prudente, Araçatuba e os demais Mu-nicípios do Oeste de São Paulo, nos últimos 15 anos, foram invadidos pelas penitenciárias – inclusive apre-sentei projeto de lei tratando desse assunto.

Apenas quem não conhece a atividade dos se-nhores, quem nunca visitou um presídio, é que se diz contrário a ela. (Palmas.) Ou quem nunca esteve à por-ta de um presídio na hora de uma rebelião, ou durante uma rebelião, que não envolve apenas o presídio, mas também toda uma cidade, uma região, as famílias e o País. Tanto é que os jornais sempre noticiam quando há uma rebelião, o que movimenta o País inteiro.

Não vou me referir ao drama em si, mas basta ter um estilete no teu pescoço durante 2 ou 3 dias que já se tem um reflexo psicológico para o resto da vida. E a família? A mãe, a esposa, os filhos, todos chorando.

Digo isso porque essa foi a minha realidade como Prefeito, por 8 anos, na cidade que tem 3 presídios, 2 deles de segurança máxima, com presos de alta peri-culosidade. Assim é Mirandópolis, Valparaíso, Lavínia, Andradina e tantas outras cidades.

Para concluir, digo que os senhores têm todo o direito de reivindicar melhorias, pois os agentes não têm a mínima condição de trabalho. São cobradas mui-tas responsabilidades dos senhores, mas não se dá em troca nem o mínimo de dignidade para exercerem o trabalho .(Palmas.)

Tenho amigos que são agentes penitenciários. Participei de um movimento que criou o Clube Social dos Agentes da minha cidade. Inclusive, quando que-riam comprar uma área, fui um dos primeiros a arrumar doadores de bezerros, para fazer um grande leilão e poder comprar uma área, a fim de o pessoal ter um local para se divertir.

Então, vivo essa realidade. Sou do Democratas, de São Paulo. Perguntei se alguém de São Paulo está aqui presente, pois estou à disposição dos representan-tes de São Paulo. Moro em Araçatuba, em São Paulo, meu gabinete é o de número 480, nesta Casa.

Quem for do interior de São Paulo e quiser ir a Araçatuba, contem conosco. Estaremos do lado dos se-nhores, para dar condições de segurança primeiro para os senhores, em que estão refletidas a tranqüilidade e a segurança do País no cumprimento de punir aqueles que não respeitam a nossa legislação. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pelle-grino) – Tem a palavra a Deputada Janete Capiberibe. S.Exa. dispõe de 3 minutos.

A SRA. DEPUTADA JANETE CAPIBERIBE – Sr. Presidente, Deputado Nelson Pellegrino, saúdo os expositores que se encontram na Mesa e os agentes

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penitenciários de vários Estados do Brasil que aqui se encontram presentes, dizendo que a nossa presença aqui na Casa do Povo, assim como a de vocês, signi-fica o apoio ao projeto, o apoio à melhoria do trabalho que vocês realizam. O agente penitenciário Márcio Neves, do meu Estado, esteve no nosso gabinete nos convidando. Quero, Márcio, conhecer a dificuldade do trabalho dos agentes penitenciários. Sempre esti-vemos dentro do COPEN, que é o presídio estadual do meu Estado onde estão as mulheres e os homens retidos por um período legal. Nós compreendemos as dificuldades dos agentes penitenciários, cuja catego-ria não existe. É necessária essa lei. No meu Estado, a CADEPOL se encarrega da formação dos policiais militares, do bombeiro militar. Como o agente peni-tenciário não é policial militar, não é bombeiro, não é policial civil, então ele está fora. Ele precisa não só de que seja reconhecida a sua profissão, como também de condições para exercer o seu trabalho, para a res-socialização de quem está temporariamente detido num presídio. O agente penitenciário não precisa só de armas para exercer o seu trabalho, mas também de uma arma que é fundamental, que são todos os con-ceitos de cidadania, de direitos humanos, que vocês, agentes penitenciários, têm direito de receber a partir das políticas públicas de cada dos 26 Estados do País e do Distrito Federal.

Todos são bem-vindo à Casa do Povo e têm o nosso apoio, o do Deputado Nelson Pellegrino que preside esta Mesa, do Deputado Arnaldo Faria de Sá, que aprovou o requerimento para que os senhores e as senhoras estivessem aqui. Isso tem um grande sig-nificado. Continuem firmes com o nosso apoio e tam-bém de outros Parlamentares. Aqui na Câmara dos Deputados, podem mostrar, a partir de um discurso real, sério, a necessidade da criação da categoria dos agentes penitenciários.

Muito obrigada. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Nelson Pelle-

grino) – Agradeço à Deputada Janete; ao Dr. Bruno Azevedo pela importante contribuição que deu nesse debate; ao Jorimar Antonio Bastos filho e a todos os agentes penitenciários aqui presentes.

Registramos nesta audiência a presença de agen-tes da Bahia, do Distrito Federal, de Goiás, do Rio Gran-de do Norte, do Rio Grande do Sul, de Mato Grosso do Sul, de Maranhão, de Minas Gerais, de Amapá, de Sergipe, do Piauí, de São Paulo, de Mato Grosso, do Rio de Janeiro, do Espírito Santo. Temos aqui agentes federais de Minas Gerais, do Paraná.

A presença de todos aqui é importante, porque esta é a casa do debate, que tem como função exercer a sua missão constitucional, que é elaborar leis, além

de outras funções. O Poder Legislativo é autônomo. A proposta foi apresentada com os requisitos constitu-cionais. Ela foi admitida na Comissão de Constituição e Justiça. O ato de criação desta Comissão Especial é um ato também do Poder Legislativo, que entende que essa é uma matéria que deve ser objeto de apreciação por parte deste Poder. É evidente que esta Comissão Especial é uma Comissão de mérito. Ela vai não só analisar a proposta como também poderá apresentar modificações ou acréscimos. Sem dúvida nenhuma, essas sessões de debates, de audiências públicas vi-sam realmente acolher, recolher todas as opiniões de Parlamentares e das partes que integram esta reali-dade do sistema prisional brasileiro, para que, ao final, possamos ter uma síntese, que será gerada a partir do parecer do Relator, Deputado Arnaldo Faria de Sá, o qual também será objeto de novas contribuições dos Parlamentares. Ao final, haverá um relatório a ser vo-tado em plenário, em primeiro e segundo turnos.

Portanto, ainda passarei a palavra ao Deputado Arnaldo Faria de Sá e peço-lhe que encerre os traba-lhos porque tenho que votar.

Agradeço a presença a todos e convido-os para que estejam permanentemente neste debate, nas au-diências públicas que estamos realizando; que façam o debate com seus representantes nos Estados, sensibi-lizando-os a respeito da importância dessa PEC para o sistema prisional brasileiro. Sustentei, quero conti-nuar sustentando em todas as audiências públicas e sustentarei com meu voto a importância dos agentes penitenciários para o sistema prisional brasileiro. Pre-cisamos dar esse salto de qualidade.

Volto a dizer que seria ideal que os Estados to-massem suas iniciativas, mas infelizmente não há esse interesse em resolver essa questão. A União, como tem a prerrogativa, por meio de uma emenda constitucio-nal, de regulamentar essa matéria, de criar diretrizes para essa matéria, deve fazê-lo, para a organização da carreira, o processo de seleção, o processo de forma-ção, de pós-graduação, a definição das atribuições, a definição, inclusive, do processo de integração.

Essa atividade tem de ser integrada com a ati-vidade da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária, da Polícia Federal. O crime hoje é um fe-nômeno transnacional, que transcende os Estados. O crime organizado está dentro e fora das unidades prisionais. Se não houver um processo de interação, integração entre todos os agentes envolvidos nessa árdua tarefa, dificilmente vamos conseguir o objetivo que perseguimos.

Penso que não deve haver nenhum tipo de pre-ocupação, porque questionamentos sempre são legí-timos. Há Deputados até que acompanham esta Co-

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60454 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

missão e são oriundos de outras instituições na área de segurança pública, como da Polícia Civil e da Po-lícia Militar. O próprio Deputado Marcelo Itagiba já se manifestou, é Delegado da Polícia Federal. O debate é legítimo e democrático, mas queremos encontrar uma síntese que de fato eleve a atividade de vocês e a coloque no patamar em que precisa ser definitiva-mente exercida.

Portanto, considero que essas audiências públicas têm o papel importante de colher sugestões e contribui-ções e, ao final, espero que cheguemos a uma sínte-se sobre a matéria, inclusive, com o Governo Federal. Quero debater com o Governo Federal essa questão, até para ajudar a modificar seu posicionamento, que é inicial, como disse o Secretário Biscaia. Quero fazer essa interlocução com o Governo Federal, porque se essa for sua posição final, acho que é equivocada, de quem não está percebendo o momento em que estamos vivendo e a importância de iniciativas como essa.

Creio na possibilidade desse diálogo, na possibi-lidade de modificarmos essa posição. Por isso, temos que apostar nesse diálogo com o Governo e, ao final, de forma soberana, esta Casa tomará sua posição votando essa matéria.

Vou passar a palavra ao Relator, Deputado Ar-naldo Faria de Sá.

Agradeço a todos pela presença; aos que deram importante contribuição, como Luiz Antonio, compa-nheiro de muitas batalhas.

Peço ao Deputado Arnaldo Faria de Sá que, ao final de sua intervenção, encerre os trabalhos.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria

de Sá) – Inicialmente, eu digo a vocês que temos que aprovar esta PEC no plenário e, por ironia do destino, precisamos de 308 votos, o número da PEC. Aqui, na Comissão, já disse a alguns agentes que temos con-dições de aprovar essa PEC, mas no plenário será difícil. Então, trata-se de uma grande batalha em que temos de caminhar e tomar cuidado.

Vou fazer duas observações para vocês. Primeiro, vou dar minha posição, depois, vou dizer qual nossa linha de ação. Eu, que serei o Relator, logicamente, vou dar parecer favorável à PEC. Eu não teria outro cami-nho a não ser dar esse parecer porque fui eu que lutei, a pedido dos agentes prisionais de São Paulo, para que a PEC fosse desarquivada, e briguei no plenário para que fosse instalada. Depois de instalada, briguei para que nossa Comissão elegesse um Presidente e, a partir daí, se desse início aos trabalhos. Tenho dis-cutido com várias pessoas. Não tenho dúvidas de que aqui, na Comissão, vamos aprovar meu parecer, mas no plenário temos que trabalhar muito.

No próprio depoimento de hoje, acabamos perce-bendo uma clara má vontade do Governo com a nossa PEC. Quem vai dar o parecer de governo quando a PEC estiver no plenário será o Ministério da Justiça, e quem falará pelo Ministério é esse cara aqui. (Palmas.)

Então, precisamos de muita cautela, muito cui-dado. Tratar com Deputado é pior do que tratar com preso, e vocês são presas fáceis. É necessária muita habilidade.

Lamento, Jorimar, você foi mal aqui, você atra-palhou a gente. Para o seu público, você falou bem, mas, para o público que precisa decidir, você falou mal, certo? Você bateu no cara errado. Esse cara tem que ser ignorado, não pode ser batido, nós vamos precisar dele. Cuidado! (Palmas.)

Na verdade, não estou aqui para censurar nin-guém, mas para conduzir nosso trabalho no bom sen-tido. Então, bater no Biscaia agora está errado. Não adianta! Dá para discutir no diálogo. Acho que vocês perceberam, eu rebati o que ele falou, o Pellegrino re-bateu o que ele falou, mas você agrediu. Não é preciso agredir o cara. É aquela história, se você dá um tapa no preso, vira a cadeia contra você, meu irmão. E foi o que você fez com o Biscaia. Então, tem que se tomar cuidado. Precisamos de muita calma, muito cuidado. Já combinei com o Pellegrino, vamos à Secretaria se-mana que vem conversar com o Biscaia, administrar o problema que você criou. Basicamente, no sentido vulgar, é o que falei: você bateu na cara de preso, e bater em cara de preso, meu irmão, vira cadeia. Va-mos ter que administrar esse grave problema, que não podia ter acontecido.

Eu quero passar para vocês o que já falei para muitas pessoas. Eu acho que não vai ser difícil para a gente conseguir o poder de polícia. O problema todo está na palavra polícia penitenciária. Então vamos ter que ir por esse caminho. Já alertei algumas pessoas. Acho que dá para aprovar o relatório aqui, na Comis-são, como polícia penitenciária, com poder de polícia, limitada a investigação. Mas no plenário não dá para aprovar polícia penitenciária. Poder de polícia poderá ser aprovado aqui e lá. Aí, qual minha preocupação? Se já sair daqui como polícia penitenciária e poder de polícia, lá no plenário não vai dar para mudar, e aí não tem mais volta. E a volta pode ser a derrota. Então, vamos ter muito cuidado, muita cabeça.

Tentei fazer essa discussão com alguns, que não me entenderam. Acharam que eu estava amarelando; eu não estou amarelando, não. Simplesmente conheço esta Casa. Sou “cadeeiro” velho, mano. Da cadeia, co-nheço melhor que qualquer um de vocês. Aqui dentro, se a gente não souber andar, não andamos.

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Penso que poderíamos caminhar nessa tese, de guarda penitenciário, com poder de polícia. Se conse-guirmos isso, está garantido. Daí, vamos lutar depois para transformar guarda penitenciário em polícia pe-nitenciária. Essa tem que ser a saída.

Toda a briga que você viu aqui do Biscaia é jus-tamente por causa disso. Está aqui no livrinho do Mi-nistério da Justiça o que eles querem de vocês. Está escrito aqui: Formação de agentes penitenciários, implantar novo tipo de formação acadêmica para os agentes de segurança pública do País, propósito do PRONASCI. Está prevista a implementação de cursos para a formação de 3 mil técnicos de gestão peniten-ciária, por meio de convênios com universidades. Os agentes serão capacitados em temas como Direitos Humanos, Gestão e Planejamento, Gerenciamento de Crises, Tiro e Inteligência Penitenciária”.

Está aqui, saiu ontem isso aqui. É isso o que eles pedem de vocês, e é isso o que o Biscaia vai colocar na parte final, que vocês têm de continuar sendo agentes penitenciários qualificados, sem poder de polícia.

Então, temos de ter muita habilidade. Estou jo-gando aberto com vocês. Para mim, se vocês disse-rem que querem correr o risco, vamos correr o risco, vamos para o pau. Certo? Agora, eu não quero que ninguém saiba, lá na frente, que tinha uma alternativa e não se a usou. Eu posso jogar fora a alternativa, mas eu quero a responsabilidade de vocês.

Então, estou deixando bastante claro. Com todo o respeito ao Jorimar, acho que nós temos de consertar o estrago que ele fez. Dá para consertar, eu já combinei com o Pellegrino e nós vamos lá, na semana que vem, falar com o Biscaia e administrar esse problema, para que ele não dê um parecer contrário à PEC, em nome do Governo, quando for a plenário. Nós precisamos de 10 votos para aprovar na Comissão. Está fácil aprovar aqui, mas no plenário precisamos de 308 votos.

E lá vai acontecer o seguinte: em muitos Estados, quem tem o comando dos presídios é a Polícia Mili-tar, que não quer perder. Em muitos outros Estados, quem tem o comando dos presídios é a Polícia Civil, que não quer perder. É verdade que no meu Estado, São Paulo, por exemplo, não tem problema, porque lá não tem mais PM nas muralhas, só tem duas uni-dades como Polícia Civil. Não tem mais os distritos com presos. Então, não existe muita oposição. Mas, em vários Estados, o domínio da vagabundagem é da Polícia Civil e da Polícia Militar, e eles não vão querer abrir mão disso .

Então, nós temos que saber caminhar. Agora, vocês convivem o dia inteiro com malaco e não apren-deram a ser malaco ainda? Então, temos de ter ha-bilidade.

Era isso o que eu queria dizer para vocês.Você quer falar alguma coisa? (Pausa.)Pode falar; é bate-papo. Na verdade, isso aqui é

mais um bate-papo informal.Não tem problema estar sendo gravado, eu as-

sumo o que falo. Não tem problema.Na verdade, o que eu queria era esse bate-papo,

para avisar vocês que alguns têm a visão equivocada de que é só passar aqui e está resolvido. Não é, não. Aqui é o primeiro passo.

Aqui é a primeira oportunidade, e acho que dá para a gente ganhar. Agora, tem de pensar é lá dentro. Então, se a gente não tiver habilidade, nós podemos colocar a coisa a perder.

Aqui, na Comissão, é como se fosse a cela do seguro, mas depois da cela do seguro, você cai no cadeião inteiro. E, no cadeião inteiro, meu amigo, sal-ve-se quem puder.

Pode falar. Diga quem é você, se identifique e fale.

O SR. DANIEL – Sou Daniel, de Presidente Pru-dente, represento o SINDASP e sou diretor de comu-nicação.

Uma das questões é que, no Estado de São Paulo, há uma rejeição muito grande quanto ao nome guarda penitenciário, porque tudo é guarda. Temos os guardas municipais, os guardas... Há uma quantidade genérica muito grande de guardas. Há, inclusive, guar-da-roupa, e daí vai.

Então, há uma grande rejeição no Estado de São Paulo. Só de o Sindicato tocar no assunto relativo a guardas, já se criou uma rejeição muito grande. Quem sabe, então, manter “agente”, mas “guarda”, definitiva-mente não vai ser aceito. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Entendi.

O SR. CÍCERO SARNEY DOS SANTOS – Cí-cero Sarney, Presidente do SINDASP – Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo. Estamos aqui, em nome da coletividade, para fazer uma observação com referência ao tema.

Agradeço essa grande oportunidade a todos os Parlamentares, em nome do Deputado Arnaldo Faria de Sá, que conhecemos há algum tempo.

Na verdade, isso é um conceito meu, que, de cer-ta forma, está gerando um preconceito, mas eu queria dizer, em especial em relação às polícias, o seguinte: o fato da criação da polícia penitenciária não vai diminuir as demais polícias em absolutamente nada. Então, se tiver algum policial aí que nos ouça no futuro, espero que entenda essa afirmação de que a criação da po-lícia penitenciária não vai diminuir as demais polícias em absolutamente nada.

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Por quê? Porque ela já tem brilho próprio. Isso ninguém vai tirar, certo? O que nos falta, na verdade, é o reconhecimento do nosso trabalho, que evidente e inegavelmente é policial. Está certo que não é idêntico aos demais na plenitude, mas é um trabalho policial que tem de ser reconhecido. Nós precisamos dessa dignidade.

O sistema prisional, apesar de tudo, avançou. Hoje, nós temos um pessoal, eu não diria capacita-do, à altura, não porque não queiramos, mas porque o Estado não nos oferece condições. Nós temos um pessoal com nível muito bom, que pode ser trabalha-do e melhorar muito o sistema penitenciário, mas não depende somente de nós, depende mais de investi-mentos, de dinheiro, de estrutura, de infra-estrutura, de cursos etc.

Na realidade, o que a gente quer é oferecer um trabalho de qualidade para a sociedade. Com esse pro-jeto, quem termina ganhando, num primeiro momento, é a sociedade, porque vai implicar reforço na seguran-ça pública, evidentemente, ninguém pode negar isso. Portanto, todos vão ganhar. E nós também queremos ganhar a nossa parte, que é o reconhecimento desse trabalho tão antigo quanto o de qualquer polícia.

Nós temos várias policias, todas dignas, e nós também queremos ser mais uma com dignidade. Esse é o nosso breve ponto de vista.

Agradeço a oportunidade, Deputado Arnaldo Faria de Sá.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Olha, eu só queria dizer a você que a minha posição é polícia penitenciária com poder de polícia, não tenho nenhuma dúvida disso. Eu estou apenas di-zendo aquilo que é necessário para a gente caminhar aqui dentro. Não é como o Daniel falou, no sentido de irônico não. Eu sei que São Paulo já teve a GP, e é por isso que, talvez, São Paulo tenha essa visão depreciada da condição. Como eu falei, naquela época, o guarda penitenciário não tinha poder de polícia. E eu estou dizendo guarda penitenciário com poder de polícia.

Deixa eu dar um exemplo de uma coisa que está acontecendo aqui na Casa. O poder de polícia das guardas municipais está aprovado na Comissão há 3 anos e até hoje não foi votado em plenário, e não será votado porque há uma objeção muito grande. Então, quer dizer, não adianta você querer. E eles tinham essa tese, poder de polícia do jeito que é concedido às de-mais polícias, não queremos a mudança. Tentou-se negociar um poder intermediário, eles não quiseram. Está lá parado até hoje. Então, tem que ser cordato e tem que ser pessoa que saiba caminhar, se não souber caminhar não vai ter nada, vai continuar como está. E vamos ser honestos. Primeiro, nós queremos

o poder de polícia para vocês. Lógico que vocês, em tendo esse poder, vão acabar dando o benefício para a sociedade, mas não vem com esse discursinho não, de que é para a sociedade que queremos o poder de polícia. Queremos o poder de polícia para nós.

Você já falou. Vamos ouvir outro agora. Pode falar.

PARTICIPANTE – Boa-tarde a todos. Queremos agradecer ao Deputado Arnaldo Faria de Sá, e que-ríamos tê-lo feito há muito tempo, mas não tivemos oportunidade ainda de ir ao gabinete de S.Exa. No entanto, temos acompanhado, pelos companheiros de São Paulo, pela Internet, pelas audiências a fala de S.Exa. com relação à defesa da polícia penitenciária, a qual tem mudado a opinião de muitos Deputados que são contra.

Quanto á questão em debate, estamos demons-trando aqui que nós, os agentes que estão coordenan-do, ou os presidentes dos sindicatos, precisamos falar a mesma linguagem e decidirmos o que queremos. Pelo que o Deputado falou, se a gente puder ter a certeza de que vai ser aprovado no plenário, vai passar como polícia penitenciária. Mas S.Exa. demonstrou a preo-cupação com essa rejeição. Não se trata de questão de nome. A instituição vai ser guarda penitenciária, se for este o caso, não que o nosso cargo seja de guarda penitenciário, pode ser guarda penitenciária com os cargos de agente penitenciário, técnico. Então essa rejeição a que o pessoal de São Paulo se refere, a questão é política e não pessoal nossa. Se for para hoje conseguirmos criar um meio termo para depois chegar à posição que queremos, vamos conseguir. O importante é nós, as lideranças, assumirmos ou embar-camos na polícia penitenciária e garantir no plenário ou assumimos esse meio termo. Foi proposta uma reunião para debatermos alguma coisa. Espero que o pessoal fique aqui para, numa reunião, definirmos e sentirmos a posição do Governo para com essa questão.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria

de Sá) – A posição do Governo ficou clara na posição do Biscaia, você já percebeu.

O SR. RENATO NEVES PEREIRA FILHO – Meu nome é Renato, sou Diretor do Sindicato dos Policiais Civis do DF. Eu falo policial civil porque eu sou agente penitenciário da Carreira Policial Civil do Distrito Fe-deral. O nosso caso é bem atípico e é uma situação bastante pacificada.

Quero alertar todos os companheiros dos Estados que vamos buscar capitular no dispositivo constitucio-nal uma situação que vai nortear procedimentos em todo o Brasil. Independentemente do nome, estamos

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60457

buscando estabelecer padrão de conduta, padrão de ação. O nome, podemos pensar depois.

Eu gostaria, Deputado Arnaldo Faria de Sá, de marcar uma audiência do meu sindicato com V.Exa., para clarear a situação específica do DF, que é bem atípica e já é pacificada, está mais do que resolvida.

É isso o que estou buscando com V.Exa.O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria

de Sá) – Estou às ordens.Vou conceder a palavra a você e a ele e depois

encerro, porque tenho que ir para o plenário.O SR. RICARDO – Sr. Presidente, boa tarde. Meu nome é Ricardo, sou agente penitenciário

do Estado de Mato Grosso do Sul. Eu só vou com-plementar algumas coisas que os colegas já falaram. Vou dar a minha opinião, pequena, sobre o sistema penitenciário, mas pelo pouco que já vivenciei acho que posso contribuir com o debate. Eu participei de 2 rebeliões dentro do presídio de segurança máxima. Hoje eu trabalho no presídio de segurança máxima. Gostaria só de fazer um pedido ao senhor no sentido de que agilize o processo para, o mais rápido possível, votar esse projeto. Seria importante para nós. Dada a atual situação, esse projeto pode salvar vidas dentro do presídio. Essas facas que vimos hoje numa cela, quem encontrou fui eu, na Cela 41 do Pavilhão 2, em março do ano de 2006. Nessa cela havia 11 a 15 internos e todos eles estavam fortemente armados para atacar 1 ou 2 agentes penitenciários que fossem abrir a cela. Nós estamos em condições desiguais. Enquanto eles têm armas, armamentos, treinamento paramilitares, nós não temos nada.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Eu entendo claramente a posição de vocês. Eu sei que no contato com os presos, vocês são presas fáceis. Eu não precisava nem dessas audiências para ter o meu convencimento. Eu só vou completar o rol de audiências que já estão marcadas. Dia 12 de setembro é a última audiência. Na semana seguinte já apresento o relatório. O relatório é favorável, apenas com a limita-ção da investigação no entorno do presídio. Não tenho nenhuma dúvida quanto a isso. Eu acho que uma das razões que tem tido muita rejeição ao nosso trabalho é a investigação indiscriminada, isso gera o problema, e a outro problema é a questão do nome.

A questão da investigação é fácil de resolver. Eu posso resolver colocando a investigação no entorno da unidade prisional e havendo necessidade, em decorrên-cia, um deslocamento eventual. Essa é a minha visão da questão do poder de polícia. Mas dado o poder de polícia já é uma grande conquista, mas tem gente que não está enxergando isso. É isso o que queria que to-dos entendessem. É lógico que se a decisão de vocês

for para ir para o sacrifício e perder, eu vou com vocês. Mas só quero alertar para o risco que existe.

Pode falar.(Intervenção fora do microfone. Inaudível.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de

Sá) – O pedido de prorrogação é se eu quiser. Qual é o preso que quer ficar além do tempo na cadeia?

O SR. PAULO FERREIRA – Deputado, meu nome é Paulo Ferreira e sou do Rio de Janeiro.

Venho nessa trajetória do sonho, dessa identida-de policial, há muitos anos. Portanto, este não será o primeiro, o segundo nem o último embate que teremos nesta Casa, e sabemos da dificuldade que encontra-remos pela frente. Foi dito aqui que – a maioria dos companheiros aqui presentes se não sabe deve saber – além do lobby militarizante há outro, o lobby privati-zante; o lobby daqueles que desejam privatizar setores do sistema penitenciário ou a sua totalidade.

Quando iniciamos essa briga, no ano 2000, com a primeira PEC do sistema penitenciário, nós e com-panheiros de diversos Estados sabíamos que haveria muita dificuldade, mas quem está na chuva é para se molhar. Temos que buscar esse sonho e vir aqui, como propôs um Deputado cujo nome não me lembro, se-manalmente, se possível todos os dias, divididos, or-ganizados em pequenos grupos, ou até mesmo, nas grandes audiências públicas, em massa. Cada um deve usar sua liderança em seus Estados e fazer aqui o lobby com cada Deputado, principalmente os mais desinformados, aqueles que desconhecem a nossa atividade-fim.

Se contarmos com o apoio dos Deputados, e muitos já se manifestaram favoráveis, teremos grande chance de conquistar esse sonho. No nosso entendi-mento, e tenho certeza de que é o mesmo da grande maioria de companheiros do nosso Estado, ser agen-te, inspetor, monitor ou guarda, a modificação será muito pequena, mesmo que esteja implícita na lei a condição de policial.

Por isso, temos de discutir aqui esse assunto, e até vou propor a utilização desse espaço por um pouco mais de tempo, para já sairmos daqui hoje com uma discussão ampla do que queremos, do que precisa-mos para tentar conseguir um resultado favorável na votação no plenário.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Pode falar.

PARTICIPANTE – Deputado, só para finalizar. Essa discussão, pelo menos no meu Estado, aconte-ce há muito tempo. A minha identidade funcional – só para constar – diz o seguinte: “De acordo com o art. 29 da Lei nº 2.517, de 1970, esta identidade é fornecida para os efeitos e fins idênticos da Polícia Civil – Es-

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60458 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

pírito Santo. É assegurado livre ingresso nos locais fiscalizados pela Polícia Civil, bem como franquia de passagem em qualquer transporte coletivo dentro do território do Estado”.

Então, já existe isso no nosso Estado, Espírito Santo, muito embora ele seja um dos piores em ter-mos de referência. Mas isso não é novo, acho que nos cabe aqui, como disse o Chacrinha, manter e esclare-cer os Parlamentares de cada Estado sobre a nossa competência, ou seja, que ela deve ocorrer no âmbito do sistema penitenciário. Isso deve ficar bem claro no entendimento que a gente fizer com os Deputados em cada Estado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Eu vou ter de encerrar esta reunião, porque vai iniciar uma nova votação.

Quero dizer que, para mim, ficou claro que, ga-nhando ou perdendo, vocês querem ser polícia peni-tenciária. Não é apenas o poder de polícia que inte-ressa para vocês.

Acho que é um equívoco, mas, como eu disse desde o começo, vou embarcar no equívoco junto com vocês. Vou fazer o meu relatório como polícia peniten-ciária e o poder de polícia não vai constar. Aquilo que eu disse de ser guarda penitenciário, ou inspetor peni-tenciário, ou qualquer outra nomenclatura, era apenas para facilitar a aprovação.

Agradeço a todos a presença.Pois não.PARTICIPANTE – Deputado Arnaldo Faria de

Sá e Nelson Pellegrino, companheiros, eu acho que é muito prematuro decidir uma questão tão importante para a nossa categoria numa situação de pura emo-ção. Vamos amadurecer mais essa idéia e depois levar efetivamente um resultado para o Deputado Nelson Pellegrino. Não podemos perder essa oportunidade. Há muitos anos vimos buscando isso. Mais importante nessa matéria, para aqueles que estão ansiosos para ter uma carteira de policia, é a constitucionalização da nossa função.

Então, alto lá! Vamos conversar, para, em seguida, encaminhar ao Deputado Nelson Pellegrino a nossa decisão. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Com a palavra o Sr. Cícero.

O SR. CÍCERO SARNEY DOS SANTOS – Quan-do fiz minhas observações, não quis dizer que estamos interessados em uma carteira de policia, absolutamente. Este não é o nosso objetivo; nosso objetivo é ter uma padronização em âmbito nacional e a valorização do nosso trabalho – só isso. A carteira funcional, ou a de policia, na essência, não tem tanta importância. Não tem importância. O que eu disse é que talvez esteja

havendo preconceito, mas isto face à importância do projeto não irá nos atrapalhar em nada.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arnaldo Faria de Sá) – Olha, eu só quero chamar a atenção de vocês para um detalhe, e essa última fala foi muito importante: a constitucionalização. Ser constitucionalizado e ter o poder de polícia é o sonho maior. Quer dizer, a nomen-clatura é o de menos. Agora, a palavra “guarda”, se é tão ofensiva assim – não sei por quê, chegou a ser comparada com guarda-roupa aqui – não vou entrar nessa discussão não. Vou colocar polícia penitenciária, poder de polícia e sua constitucionalização. Se perder no plenário, a culpa não é minha. Eu apenas estou tentando trazer uma luz para vocês. Agora, quem está aqui dentro no dia-a-dia sou eu, e eu tenho 6 mandatos. Sei muito bem o que é isso. Dei o exemplo do poder de polícia da guarda municipal. Conseguimos aprovar na Comissão. O que adiantou? Está parado. Não vai ser votado, porque não existe condição, não só – como disse um companheiro aqui – pelo lobby da Polícia Militar, pelo lobby da Polícia Civil, mas das empresas de segurança, todas de olho-grande na privatização dos presídios. Elas sabem que, a partir do momento em que a sua função for constitucionalizada, vai ficar mais difícil. Por isso, não querem. Não é só a Polícia Civil nem a Polícia Militar que não querem vocês nesse contexto de constitucionalizado. São as próprias em-presas de segurança que sonham e pensam em poder elas fazerem as penitenciárias privadas.

Na verdade, acho que temos de sonhar com ha-bilidade e não sonhar com inabilidade. Vocês sabem do dia-a-dia do seu trabalho, e que todos os presos que-rem estar na rua, e vocês sabem que não podem estar todos na rua. Eles têm etapas a serem cumpridas.

Se vocês conseguirem a constitucionalização e o poder de polícia – desculpe-me a franqueza –, já será muito. Daí para a frente, vamos lutar pelo resto.

Parabéns e obrigado.Está encerrada a reunião. (Palmas.)

53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da 9ª Reunião Ordinária, realizada em 12 de setembro de 2007.

Às quatorze horas e cinqüenta e dois minutos do dia doze de setembro de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 308-A, de 2004, do Sr. Neuton Lima, que “altera os arts. 21, 32 e 144, da Constituição Federal, criando as polícias penitenciárias federal e estaduais”, no Plenário 12 do Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília-DF, com a presença dos Senhores Deputados Nelson Pel-

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60459

legrino – Presidente; Arnaldo Faria de Sá – Relator; Afonso Hamm, Iriny Lopes, Jairo Ataide, Laerte Bes-sa, Marcelo Itagiba, Mendonça Prado e William Woo – Titulares; Ayrton Xerez, Dr. Talmir, Francisco Rossi e Pinto Itamaraty – Suplentes. Compareceram tam-bém os Deputados Jorginho Maluly e Valtenir Pereira, não-membros. Deixaram de comparecer os Deputados Chico Alencar, Fernando Melo, Francisco Tenorio, João Dado, Marcelo Ortiz, Neucimar Fraga, Raul Jungmann, Rodrigo de Castro e Vital do Rêgo Filho. ABERTURA: Havendo número regimental, o Senhor Presidente de-clarou abertos os trabalhos e convidou os palestrantes a tomarem assento à mesa. ORDEM DO DIA: Item I – AUDIÊNCIA PÚBLICA. Convidados: Dr. Carlos Eduardo Lemos, Juiz Titular da 5ª Vara Criminal de Vitória/ES; Srª Rosiana Queiroz, Coordenadora Nacio-nal do Movimento de Direitos Humanos – MNDH; Sr. Ivônio Barros, Representante do Fórum de Entidades Nacional de Direitos Humanos – FENDH; C.el. Amauri Meireles, ex-comandante da Região Metropolitana de Belo Horizonte, e ex-superintendente da Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais; Sr. Helder Antonio Ja-coby dos Santos, Presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários Federais de Catanduvas/Paraná; Item II – Deliberação de Requerimento – 1 REQUERIMENTO Nº 14/07 – do Sr. Nelson Pellegrino – que solicita seja convidado o Sr. Jacinto Teles Coutinho, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Teresina, Piauí, para participar como convidado da reunião de audiência pública. O Sr. Ivônio Barros não compareceu à audiência. Em seguida, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Dr. Carlos Edu-ardo Lemos que fez sua exposição. Ao agradecer a exposição inicial do palestrante, o Senhor Presidente também convidou a tomar assento à mesa o Sr. Jacin-to Teles Coutinho. Em seguida, o Senhor Presidente concedeu a palavra a Srª Rosiana Queiroz. A seguir, fez sua exposição o Cel.-PM Amauri Meireles. Logo após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Sr. Helder Antonio Jacoby dos Santos. Às dezesseis horas e vinte minutos, o Dep. Arnaldo Faria de Sá, no exer-cício da presidência, colocou a Ata em apreciação. O Dep. Ayrton Xerez solicitou a dispensa da leitura da Ata. Não havendo quem quisesse discuti-la, foi apro-vada sem restrições. A seguir, o Dep. Arnaldo Faria de Sá submeteu a apreciação o requerimento de nº 14, de autoria do Dep. Nelson Pellegrino. O requeri-mento foi aprovado por unanimidade. Ao reassumir a presidência, o dep. Nelson Pellegrino concedeu a palavra ao Sr. Jacinto Teles Coutinho, presidente da comissão de direitos humanos da Câmara Municipal de Teresina-Piauí. Usou da palavra para interpelar os expositores o dep. Ayrton Xerez. Às dezesseis horas

e vinte minutos a dep. Iriny Lopes assumiu a presi-dência dos trabalhos. A dep. Iriny Lopes solicitou ao dep. Ayrton Xerez que agilizasse suas interpelações em função da proximidade da votação nominal em Plenário. Ao reassumir a presidência dos trabalhos, o dep. Nelson Pellegrino comunicou que o Ministro Tarso Genro anunciou programa governamental para a área de segurança e disse que S.Ex.ª iria manter um canal aberto de diálogo com os agentes penitenciários. Logo após, o Senhor Presidente concedeu a palavra para a réplica aos seguintes convidados: Dr. Carlos Eduar-do Lemos, Rosiana Queiroz, Jacinto Teles Coutinho e Helder Antonio Jacoby dos Santos. Com a palavra, o Relator ressaltou que o poder de polícia é fundamental para os agentes penitenciários. O Senhor Presidente reafirmou o compromisso permanente de diálogo do Ministro Tarso Genro com os agentes penitenciários. Destacou a importância das diversas audiências públi-cas realizadas e que trouxeram importantes subsídios ao Relator. Teceu considerações sobre sua experiência quando da visita aos Estados Unidos para conhecer a estrutura de funcionamento das polícias americanas. Destacou a importância de a União estabelecer as regras gerais mínimas para a organização das polí-cias penitenciárias dos estados. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente agradeceu a presença de todos e encerrou a reunião às dezessete horas e oito minutos, antes convocando a próxima para o dia 19 de setembro para apresentação do parecer do Re-lator. O inteiro teor da reunião foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. E, para constar, eu ________, Mário Dráusio Coutinho, secretário, lavrei a pre-sente Ata, que, após lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e irá à publicação no Diário da Câmara dos Deputados.

53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da 10ª Reunião Ordinária, realizada em 26 de setembro de 2007.

Às quinze horas e quarenta e cinco minutos do dia vinte e seis de setembro de dois mil e sete, reu-niu-se a Comissão Especial destinada a proferir pa-recer à Proposta de Emenda à Constituição nº 308-A, de 2004, do Sr. Neuton Lima, que “altera os arts. 21, 32 e 144, da Constituição Federal, criando as polícias penitenciárias federal e estaduais”, no Plenário 8 do Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília-DF, com a presença dos Senhores Deputados Nelson Pel-legrino – Presidente; Arnaldo Faria de Sá – Relator; Afonso Hamm, Chico Alencar, Francisco Tenorio, Iriny Lopes, Jairo Ataide, Laerte Bessa, Marcelo Itagiba e

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60460 Sexta-feira 9 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

William Woo – Titulares; Ayrton Xerez, Dr. Talmir e Pinto Itamaraty – Suplentes. Deixaram de compare-cer os Deputados Fernando Melo, João Dado, Mar-celo Ortiz, Mendonça Prado, Neucimar Fraga, Raul Jungmann, Rodrigo de Castro, Vital do Rêgo Filho. ABERTURA: Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA: e co-locou em apreciação a Ata da reunião anterior. O dep. Arnaldo Faria de Sá solicitou a dispensa da leitura da Ata. Não havendo quem quisesse discuti-la, foi colo-cada em votação. A ata foi aprovada sem restrições. COMUNICAÇÃO: O Senhor Presidente comunicou que o Presidente da Casa deferiu requerimento de sua autoria com a finalidade de apensar a Pec 497, de 2006, que trata de jornada de trabalho, à pec 308, de 2004. Às quinze horas e quarenta e seis minutos, o Dep. Nelson Pellegrino transferiu a presidência, na forma regimental, ao Dep. Chico Alencar. ORDEM DO DIA: A – Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário: ESPECIAL 1 – PROPOSTA DE EMENDA À CONSTI-TUIÇÃO Nº 308/04 – do Sr. Neuton Lima e outros – que “altera os arts. 21, 32 e 144, da Constituição Federal, criando as polícias penitenciárias federal e estaduais”. (Apensado: PEC 497/2006) RELATOR: Dep. Arnaldo Faria de Sá. PARECER: favorável à pec 308/06 e à pec 497/04, apensada, com substitutivo. Antes de conceder a palavra ao relator para fazer a leitura do parecer, o Senhor Presidente esclareceu sobre as normas regi-mentais relativas à discussão e votação. Após a leitura do parecer pelo Senhor Relator, o Senhor Presidente concedeu VISTA CONJUNTA aos deputados Marcelo Itagiba, Iriny Lopes, Laerte Bessa, Nelson Pellegrino, Airton Xerez e William Woo. Com a palavra, o Relator agradeceu aos servidores o esforço e o empenho no trabalho desde a instalação da comissão. O inteiro teor da reunião foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou a reunião às dezesseis horas e dezenove minutos. E, para constar, eu ________, Má-rio Dráusio Coutinho, secretário, lavrei a presente Ata, que, após lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e irá à publicação no Diário da Câmara dos Deputados.

TERMO DE REUNIÃO

Em três de outubro de dois mil e sete, deixou de se reunir, ordinariamente, a Comissão Especial desti-nada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Cons-tituição nº 308-A, de 2004, do Sr. Neuton Lima, que “altera os arts. 21, 32 e 144, da Constituição Federal, criando as polícias penitenciárias federal e estaduais”. por falta de quorum. Assinaram o livro de presença dos

Senhores Deputados Nelson Pellegrino – Presidente; William Woo – Vice-Presidente; Arnaldo Faria de Sá – Relator; Ayrton Xerez, Edson Aparecido, Francisco Tenorio, Jairo Ataide, Laerte Bessa e Marcelo Itagiba – . E, para constar, eu ______________________, Mário Dráusio Oliveira de A. Coutinho, Secretário, la-vrei o presente Termo.

DESIGNAÇÃO

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

DESIGNAÇÃO DE RELATOR

Faço, nesta data, as seguintes designações de relatoria:

Ao Deputado Aelton FreitasPROJETO DE LEI Nº 319/07 – do Supremo Tri-

bunal Federal – que “altera os dispositivos da Lei nº 11.416, de 15 de dezembro de 2006”.

PROJETO DE LEI Nº 1.932/07 – TRIBUNAL SU-PERIOR DO TRABALHO – que “altera a composição do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região e dá outras providências”.

PROJETO DE LEI Nº 1.933/07 – TRIBUNAL SU-PERIOR DO TRABALHO – que “cria cargos de provi-mento efetivo e em comissão no Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região e dá outras providências”.

Ao Deputado Alfredo KaeferPROJETO DE LEI Nº 1.236/07 – do Sr. Eduardo

Gomes – que “dispõe sobre novos investimentos em geração de energia elétrica por meio de pequenas centrais hidrelétricas e fontes alternativas”.

Ao Deputado Armando MonteiroPROJETO DE LEI Nº 1.101/07 – do Senado Fe-

deral – Marconi Perillo – (PLS 135/2007) – que “altera a Lei nº 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, para prever o financiamento, pelo Fundo Nacional de Segurança Pública, de sistemas de investigação, nas modalidades que cita, e dá outras providências”.

Ao Deputado Carlos SouzaPROJETO DE LEI Nº 1.652/07 – TRIBUNAL SU-

PERIOR DO TRABALHO – que “dispõe sobre a criação de cargos efetivos no Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região e dá outras providências”.

PROJETO DE LEI Nº 1.653/07 – TRIBUNAL SU-PERIOR DO TRABALHO – que “altera a composição e a organização interna do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), com sede em Manaus/AM, e dá outras providências”.

Ao Deputado Colbert Martins

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 9 60461

PROJETO DE LEI Nº 164/07 – da Sra. Vanessa Grazziotin – que “dispõe sobre a imunização de mu-lheres na faixa etária de 9 a 26 anos com a vacina contra o papilomavírus humano (HPV), na rede públi-ca do Sistema Único de Saúde de todos os estados e municípios brasileiros”.

Ao Deputado Felix MendonçaPROJETO DE LEI Nº 538/07 – da Sra. Bel Mes-

quita – que “cria o Programa de Financiamento da Casa Própria Rural e dá outras providências”.

Ao Deputado Filipe PereiraPROJETO DE LEI Nº 1.343/07 – do Sr. Jurandy

Loureiro – que “dispõe sobre a criação do “Cadastro Nacional de Pessoas Albergadas”.

Ao Deputado João DadoPROJETO DE LEI Nº 1.989/07 – TRIBUNAL SU-

PERIOR DO TRABALHO – que “altera a composição e a organização interna do Tribunal Regional do Trabalho da Décima Quinta Região, com sede em Campinas – SP, e dá outras providências”.

Ao Deputado João MagalhãesPROJETO DE LEI Nº 1.650/07 – do Poder Exe-

cutivo – (MSC 538/2007) – que “dispõe sobre a apu-ração do imposto de renda na fonte incidente sobre rendimentos de prestação de serviços de transporte rodoviário internacional de carga, auferidos por trans-portador autônomo pessoa física, residente na Repú-blica do Paraguai, considerado como sociedade uni-pessoal nesse País”.

Ao Deputado Júlio DelgadoPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 295/05

– da Sra. Maria Helena – que “altera a Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, estabelecendo a obrigatorie-dade de diferenciação de tamanho de cédulas e moedas em função do respectivo valor, e dá outras providências”. (Apensados: PLP 371/2006 e PLP 33/2007)

Ao Deputado Luiz Carlos HaulyPROJETO DE LEI Nº 777/07 – do Sr. Paulo Piau

– que “cria Programa de Fornecimento de Leite a Fa-mílias Carentes e de Baixa Renda e dá outras provi-dências”.

Ao Deputado Luiz Paulo Vellozo LucasPROJETO DE LEI Nº 1.355/07 – TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHO – que “cria cargos de

provimento efetivo e funções comissionadas no Tribu-nal Regional do Trabalho da 17ª Região, sediado em Vitória – ES, e dá outras providências”.

Ao Deputado Marcelo AlmeidaPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 60/99

– do Sr. Paulo Paim – que “dispõe sobre a aposen-tadoria especial para os trabalhadores que exercem atividades que prejudiquem a saúde ou a integrida-de física”. (Apensados: PLP 84/1999, PLP 189/2001, PLP 287/2002, PLP 286/2002, PLP 317/2002, PLP 335/2002 (Apensados: PLP 89/2003 e PLP 54/2007), PLP 59/2003, PLP 133/2004, PLP 267/2005, PLP 302/2005, PLP 95/2007, PLP 103/2007, PLP 99/2007, PLP 101/2007, PLP 102/2007 e PLP 100/2007)

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 122/07 – do Sr. Vanderlei Macris – que “dispõe sobre o IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Ur-bana, dando nova redação ao inciso V do § 1º do art. 32 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional)”.

Ao Deputado Silvio CostaPROJETO DE LEI Nº 971/07 – TRIBUNAL SU-

PERIOR DO TRABALHO – que “dispõe sobre a cria-ção e transformação de funções comissionadas no Quadro de Pessoal do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região e dá outras providências”.

Ao Deputado Silvio TorresPROJETO DE LEI Nº 300/07 – do Sr. Carlito

Merss – que “estende os incentivos estabelecidos pela Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, ao setor de jogos eletrônicos. “

Ao Deputado Tarcísio ZimmermannPROJETO DE LEI Nº 200/07 – do Sr. Sandes

Júnior – que “altera a Lei nº 8.900, de 30 de junho de 1994 que dispõe sobre o benefício do seguro-desem-prego e altera dispositivo da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, e dá outras providências”.

Sala da Comissão, 8 de novembro de 2007. – Deputado Virgílio Guimarães, Presidente.

SEÇÃO II

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MESA DIRETORAPresidente:ARLINDO CHINAGLIA - PT - SP1º Vice-Presidente:NARCIO RODRIGUES - PSDB - MG2º Vice-Presidente:INOCÊNCIO OLIVEIRA - PR - PE1º Secretário:OSMAR SERRAGLIO - PMDB - PR2º Secretário:CIRO NOGUEIRA - PP - PI3º Secretário:WALDEMIR MOKA - PMDB - MS4º Secretário:JOSÉ CARLOS MACHADO - DEM - SE1º Suplente de Secretário:MANATO - PDT - ES2º Suplente de Secretário:ARNON BEZERRA - PTB - CE3º Suplente de Secretário:ALEXANDRE SILVEIRA - PPS - MG4º Suplente de Secretário:DELEY - PSC - RJ

LÍDERES E VICE-LÍDERES

Bloco PMDB, PSC, PTCLíder: HENRIQUE EDUARDO ALVES

Vice-Líderes:Edinho Bez, Elcione Barbalho, Fátima Pelaes, Lelo Coimbra,Leonardo Quintão, Maria Lúcia Cardoso, Natan Donadon, TadeuFilippelli, Vital do Rêgo Filho, Bernardo Ariston, Colbert Martins,Edson Ezequiel, Cezar Schirmer, Celso Maldaner, Filipe Pereira,Hugo Leal, Francisco Rossi, Rita Camata, Marcelo GuimarãesFilho, Darcísio Perondi, Mauro Benevides, Pedro Novais, MendesRibeiro Filho, Eunício Oliveira e Rocha Loures.

PTLíder: LUIZ SÉRGIO

Vice-Líderes:Andre Vargas, Anselmo de Jesus, Carlos Zarattini, DalvaFigueiredo, Décio Lima, Domingos Dutra, Elismar Prado, EudesXavier, Magela, Iriny Lopes, José Eduardo Cardozo, JosephBandeira, Leonardo Monteiro, Marco Maia, Maurício Rands,Nazareno Fonteles, Nelson Pellegrino, Reginaldo Lopes,Vicentinho, Tarcísio Zimmermann e Devanir Ribeiro.

Bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN, PHS, PRBLíder: PAULO PEREIRA DA SILVA

Vice-Líderes:Márcio França (1º Vice), Rodrigo Rollemberg, Dr. Ubiali, ManoelJunior, Rogério Marinho, Ribamar Alves, Marcelo Serafim, CiroGomes, Silvio Costa, Reinaldo Nogueira, Miro Teixeira, BrizolaNeto, Barbosa Neto, Mário Heringer, Marcos Medrado, RenildoCalheiros, Flávio Dino e Perpétua Almeida.

DEMLíder: ONYX LORENZONI

Vice-Líderes:Antonio Carlos Magalhães Neto (1º Vice), Guilherme Campos,José Carlos Aleluia, Ronaldo Caiado, Abelardo Lupion, RobertoMagalhães, Claudio Cajado, André de Paula, Marcio Junqueira,João Oliveira, Fernando de Fabinho, Paulo Bornhausen, Indio daCosta, Eduardo Sciarra e Dr. Pinotti.

PSDBLíder: ANTONIO CARLOS PANNUNZIO

Vice-Líderes:Leonardo Vilela (1º Vice), Arnaldo Madeira, Bruno Rodrigues,Carlos Brandão, Emanuel Fernandes, Gustavo Fruet, Jutahy

Junior, Lobbe Neto, Luiz Paulo Vellozo Lucas, Paulo RenatoSouza, Raimundo Gomes de Matos, Rodrigo de Castro, VanderleiMacris e Eduardo Gomes.

PRLíder: LUCIANO CASTRO

Vice-Líderes:José Carlos Araújo (1º Vice), Aelton Freitas, Gorete Pereira,Sandro Mabel, Vicentinho Alves, José Rocha, Lincoln Portela, LeoAlcântara, Lucenira Pimentel, Maurício Quintella Lessa e Dr.Adilson Soares.

PPLíder: MÁRIO NEGROMONTE

Vice-Líderes:Benedito de Lira (1º Vice), Antonio Cruz, José Linhares, LuizFernando Faria, Pedro Henry, Rebecca Garcia, Ricardo Barros,Roberto Balestra (Licenciado), Simão Sessim, Vadão Gomes eVilson Covatti.

PTBLíder: JOVAIR ARANTES

Vice-Líderes:Sérgio Moraes (1º Vice), Arnaldo Faria de Sá, Pastor ManoelFerreira, Armando Abílio e Paes Landim.

PVLíder: SARNEY FILHO

Vice-Líderes:Edson Duarte, Roberto Santiago, Antônio Roberto e José PauloTóffano.

PPSLíder: FERNANDO CORUJA

Vice-Líderes:Arnaldo Jardim (1º Vice), Moreira Mendes, Geraldo Thadeu eRaul Jungmann.

Parágrafo 4º, Artigo 9º do RICD

PSOLRepr.:

PTdoBRepr.: VINICIUS CARVALHO

PRTBRepr.: JUVENIL ALVES

Liderança do GovernoLíder: JOSÉ MÚCIO MONTEIRO

Vice-Líderes:Beto Albuquerque, Henrique Fontana, Wilson Santiago, MiltonMonti e Ricardo Barros.

Liderança da MinoriaLíder: ZENALDO COUTINHO

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DEPUTADOS EM EXERCÍCIO

RoraimaAngela Portela - PTEdio Lopes - PMDBFrancisco Rodrigues - DEMLuciano Castro - PRMarcio Junqueira - DEMMaria Helena - PSBNeudo Campos - PPUrzeni Rocha - PSDB

AmapáDalva Figueiredo - PTDavi Alcolumbre - DEMEvandro Milhomen - PCdoBFátima Pelaes - PMDBJanete Capiberibe - PSBJurandil Juarez - PMDBLucenira Pimentel - PRSebastião Bala Rocha - PDT

ParáAsdrubal Bentes - PMDBBel Mesquita - PMDBBeto Faro - PTElcione Barbalho - PMDBGerson Peres - PPGiovanni Queiroz - PDTJader Barbalho - PMDBLira Maia - DEMLúcio Vale - PRNilson Pinto - PSDBPaulo Rocha - PTVic Pires Franco - DEMWandenkolk Gonçalves - PSDBWladimir Costa - PMDBZé Geraldo - PTZenaldo Coutinho - PSDBZequinha Marinho - PMDB

AmazonasÁtila Lins - PMDBCarlos Souza - PPMarcelo Serafim - PSBPraciano - PTRebecca Garcia - PPSabino Castelo Branco - PTBSilas Câmara - PSCVanessa Grazziotin - PCdoB

RondôniaAnselmo de Jesus - PTEduardo Valverde - PTErnandes Amorim - PTBLindomar Garçon - PVMarinha Raupp - PMDBMauro Nazif - PSBMoreira Mendes - PPSNatan Donadon - PMDB

AcreFernando Melo - PTFlaviano Melo - PMDBGladson Cameli - PPHenrique Afonso - PTIlderlei Cordeiro - PPSNilson Mourão - PTPerpétua Almeida - PCdoBSergio Petecão - PMN

TocantinsEduardo Gomes - PSDBJoão Oliveira - DEMLaurez Moreira - PSBLázaro Botelho - PPMoises Avelino - PMDB

Nilmar Ruiz - DEMOsvaldo Reis - PMDBVicentinho Alves - PR

MaranhãoCarlos Brandão - PSDBCleber Verde - PRBClóvis Fecury - DEMDavi Alves Silva Júnior - PDTDomingos Dutra - PTFlávio Dino - PCdoBGastão Vieira - PMDBJulião Amin - PDTNice Lobão - DEMPedro Fernandes - PTBPedro Novais - PMDBPinto Itamaraty - PSDBProfessor Setimo - PMDBRibamar Alves - PSBRoberto Rocha - PSDBSarney Filho - PVSebastião Madeira - PSDBWaldir Maranhão - PP

CearáAníbal Gomes - PMDBAriosto Holanda - PSBArnon Bezerra - PTBChico Lopes - PCdoBCiro Gomes - PSBEudes Xavier - PTEugênio Rabelo - PPEunício Oliveira - PMDBFlávio Bezerra - PMDBGorete Pereira - PRJosé Airton Cirilo - PTJosé Guimarães - PTJosé Linhares - PPJosé Pimentel - PTLeo Alcântara - PRManoel Salviano - PSDBMarcelo Teixeira - PRMauro Benevides - PMDBPaulo Henrique Lustosa - PMDBRaimundo Gomes de Matos - PSDBVicente Arruda - PRZé Gerardo - PMDB

PiauíAlberto Silva - PMDBÁtila Lira - PSBB. Sá - PSBCiro Nogueira - PPJúlio Cesar - DEMMarcelo Castro - PMDBMussa Demes - DEMNazareno Fonteles - PTOsmar Júnior - PCdoBPaes Landim - PTB

Rio Grande do NorteBetinho Rosado - DEMFábio Faria - PMNFátima Bezerra - PTFelipe Maia - DEMHenrique Eduardo Alves - PMDBJoão Maia - PRRogério Marinho - PSBSandra Rosado - PSB

ParaíbaArmando Abílio - PTBDamião Feliciano - PDTEfraim Filho - DEMLuiz Couto - PTManoel Junior - PSB

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Marcondes Gadelha - PSBRômulo Gouveia - PSDBVital do Rêgo Filho - PMDBWalter Brito Neto - PRBWellington Roberto - PRWilson Braga - PMDBWilson Santiago - PMDB

PernambucoAna Arraes - PSBAndré de Paula - DEMArmando Monteiro - PTBBruno Araújo - PSDBBruno Rodrigues - PSDBCarlos Eduardo Cadoca - PSCCarlos Wilson - PTEdgar Moury - PMDBEduardo da Fonte - PPFernando Coelho Filho - PSBFernando Ferro - PTGonzaga Patriota - PSBInocêncio Oliveira - PRJosé Mendonça Bezerra - DEMJosé Múcio Monteiro - PTBMarcos Antonio - PRBMaurício Rands - PTPaulo Rubem Santiago - PTPedro Eugênio - PTRaul Henry - PMDBRaul Jungmann - PPSRenildo Calheiros - PCdoBRoberto Magalhães - DEMSilvio Costa - PMNWolney Queiroz - PDT

AlagoasAugusto Farias - PTBBenedito de Lira - PPCarlos Alberto Canuto - PMDBCristiano Matheus - PMDBFrancisco Tenorio - PMNGivaldo Carimbão - PSBJoaquim Beltrão - PMDBMaurício Quintella Lessa - PROlavo Calheiros - PMDB

SergipeAlbano Franco - PSDBEduardo Amorim - PSCIran Barbosa - PTJackson Barreto - PMDBJerônimo Reis - DEMJosé Carlos Machado - DEMMendonça Prado - DEMValadares Filho - PSB

BahiaAlice Portugal - PCdoBAntonio Carlos Magalhães Neto - DEMClaudio Cajado - DEMColbert Martins - PMDBDaniel Almeida - PCdoBEdigar Mão Branca - PVEdson Duarte - PVFábio Souto - DEMFélix Mendonça - DEMFernando de Fabinho - DEMGuilherme Menezes - PTJoão Almeida - PSDBJoão Carlos Bacelar - PRJoão Leão - PPJorge Khoury - DEMJosé Carlos Aleluia - DEMJosé Carlos Araújo - PRJosé Rocha - PR

Joseph Bandeira - PTJusmari Oliveira - PRJutahy Junior - PSDBLídice da Mata - PSBLuiz Bassuma - PTLuiz Carreira - DEMMarcelo Guimarães Filho - PMDBMarcos Medrado - PDTMário Negromonte - PPMaurício Trindade - PRNelson Pellegrino - PTPaulo Magalhães - DEMRoberto Britto - PPSérgio Barradas Carneiro - PTSérgio Brito - PDTSeveriano Alves - PDTTonha Magalhães - PRUldurico Pinto - PMNVeloso - PMDBWalter Pinheiro - PTZezéu Ribeiro - PT

Minas GeraisAdemir Camilo - PDTAelton Freitas - PRAlexandre Silveira - PPSAntônio Andrade - PMDBAntônio Roberto - PVAracely de Paula - PRBilac Pinto - PRBonifácio de Andrada - PSDBCarlos Melles - DEMCarlos Willian - PTCCiro Pedrosa - PVEdmar Moreira - DEMEduardo Barbosa - PSDBElismar Prado - PTFábio Ramalho - PVFernando Diniz - PMDBGeorge Hilton - PPGeraldo Thadeu - PPSGilmar Machado - PTHumberto Souto - PPSJaime Martins - PRJairo Ataide - DEMJô Moraes - PCdoBJoão Bittar - DEMJoão Magalhães - PMDBJosé Fernando Aparecido de Oliveira - PVJosé Santana de Vasconcellos - PRJúlio Delgado - PSBJuvenil Alves - PRTBLael Varella - DEMLeonardo Monteiro - PTLeonardo Quintão - PMDBLincoln Portela - PRLuiz Fernando Faria - PPMárcio Reinaldo Moreira - PPMarcos Montes - DEMMaria do Carmo Lara - PTMaria Lúcia Cardoso - PMDBMário de Oliveira - PSCMário Heringer - PDTMauro Lopes - PMDBMiguel Corrêa Jr. - PTMiguel Martini - PHSNarcio Rodrigues - PSDBOdair Cunha - PTPaulo Abi-ackel - PSDBPaulo Piau - PMDBRafael Guerra - PSDBReginaldo Lopes - PT

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Rodrigo de Castro - PSDBSaraiva Felipe - PMDBVirgílio Guimarães - PTVitor Penido - DEM

Espírito SantoCamilo Cola - PMDBIriny Lopes - PTJurandy Loureiro - PSCLelo Coimbra - PMDBLuiz Paulo Vellozo Lucas - PSDBManato - PDTNeucimar Fraga - PRRita Camata - PMDBRose de Freitas - PMDBSueli Vidigal - PDT

Rio de JaneiroAlexandre Santos - PMDBAndreia Zito - PSDBArnaldo Vianna - PDTAyrton Xerez - DEMBernardo Ariston - PMDBBrizola Neto - PDTCarlos Santana - PTChico Alencar - PSOLChico D'angelo - PTCida Diogo - PTDeley - PSCDr. Adilson Soares - PRDr. Paulo César - PREdmilson Valentim - PCdoBEdson Ezequiel - PMDBEdson Santos - PTEduardo Cunha - PMDBEduardo Lopes - PSBFelipe Bornier - PHSFernando Gabeira - PVFernando Lopes - PMDBFilipe Pereira - PSCGeraldo Pudim - PMDBHugo Leal - PSCIndio da Costa - DEMJair Bolsonaro - PPJorge Bittar - PTLeandro Sampaio - PPSLéo Vivas - PRBLeonardo Picciani - PMDBLuiz Sérgio - PTMarcelo Itagiba - PMDBMarina Maggessi - PPSMiro Teixeira - PDTNeilton Mulim - PRNelson Bornier - PMDBOtavio Leite - PSDBPastor Manoel Ferreira - PTBRodrigo Maia - DEMRogerio Lisboa - DEMSilvio Lopes - PSDBSimão Sessim - PPSolange Almeida - PMDBSolange Amaral - DEMSuely - PRVinicius Carvalho - PTdoB

São PauloAbelardo Camarinha - PSBAldo Rebelo - PCdoBAline Corrêa - PPAntonio Bulhões - PMDBAntonio Carlos Mendes Thame - PSDBAntonio Carlos Pannunzio - PSDBAntonio Palocci - PTArlindo Chinaglia - PT

Arnaldo Faria de Sá - PTBArnaldo Jardim - PPSArnaldo Madeira - PSDBBeto Mansur - PPCândido Vaccarezza - PTCarlos Sampaio - PSDBCarlos Zarattini - PTCelso Russomanno - PPCláudio Magrão - PPSClodovil Hernandes - PRDevanir Ribeiro - PTDr. Nechar - PVDr. Pinotti - DEMDr. Talmir - PVDr. Ubiali - PSBDuarte Nogueira - PSDBEdson Aparecido - PSDBEmanuel Fernandes - PSDBFernando Chucre - PSDBFrancisco Rossi - PMDBFrank Aguiar - PTBGuilherme Campos - DEMIvan Valente - PSOLJanete Rocha Pietá - PTJilmar Tatto - PTJoão Dado - PDTJoão Paulo Cunha - PTJorge Tadeu Mudalen - DEMJorginho Maluly - DEMJosé Aníbal - PSDBJosé Eduardo Cardozo - PTJosé Genoíno - PTJosé Mentor - PTJosé Paulo Tóffano - PVJulio Semeghini - PSDBLobbe Neto - PSDBLuciana Costa - PRLuiza Erundina - PSBMarcelo Ortiz - PVMárcio França - PSBMichel Temer - PMDBMilton Monti - PRNelson Marquezelli - PTBPaulo Maluf - PPPaulo Pereira da Silva - PDTPaulo Renato Souza - PSDBPaulo Teixeira - PTRegis de Oliveira - PSCReinaldo Nogueira - PDTRenato Amary - PSDBRicardo Berzoini - PTRicardo Izar - PTBRicardo Tripoli - PSDBRoberto Santiago - PVSilvinho Peccioli - DEMSilvio Torres - PSDBVadão Gomes - PPValdemar Costa Neto - PRVanderlei Macris - PSDBVicentinho - PTWalter Ihoshi - DEMWilliam Woo - PSDB

Mato GrossoCarlos Abicalil - PTEliene Lima - PPHomero Pereira - PRPedro Henry - PPProfessor Victorio Galli - PMDBThelma de Oliveira - PSDBValtenir Pereira - PSBWellington Fagundes - PR

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Distrito FederalAugusto Carvalho - PPSJofran Frejat - PRLaerte Bessa - PMDBMagela - PTOsório Adriano - DEMRodovalho - DEMRodrigo Rollemberg - PSBTadeu Filippelli - PMDB

GoiásCarlos Alberto Leréia - PSDBChico Abreu - PRÍris de Araújo - PMDBJoão Campos - PSDBJovair Arantes - PTBLeandro Vilela - PMDBLeonardo Vilela - PSDBLuiz Bittencourt - PMDBMarcelo Melo - PMDBPedro Chaves - PMDBPedro Wilson - PTProfessora Raquel Teixeira - PSDBRonaldo Caiado - DEMRubens Otoni - PTSandes Júnior - PPSandro Mabel - PRTatico - PTB

Mato Grosso do SulAntônio Carlos Biffi - PTAntonio Cruz - PPDagoberto - PDTGeraldo Resende - PMDBNelson Trad - PMDBVander Loubet - PTWaldemir Moka - PMDBWaldir Neves - PSDB

ParanáAbelardo Lupion - DEMAffonso Camargo - PSDBAirton Roveda - PRAlceni Guerra - DEMAlex Canziani - PTBAlfredo Kaefer - PSDBAndre Vargas - PTAngelo Vanhoni - PTAssis do Couto - PTBarbosa Neto - PDTCezar Silvestri - PPSChico da Princesa - PRDilceu Sperafico - PPDr. Rosinha - PTEduardo Sciarra - DEMGiacobo - PRGustavo Fruet - PSDBHermes Parcianello - PMDBLuiz Carlos Hauly - PSDBLuiz Carlos Setim - DEMMarcelo Almeida - PMDBMax Rosenmann - PMDBMoacir Micheletto - PMDBNelson Meurer - PPOdílio Balbinotti - PMDBOsmar Serraglio - PMDBRatinho Junior - PSCRicardo Barros - PPRocha Loures - PMDBTakayama - PSC

Santa CatarinaAngela Amin - PPCarlito Merss - PTCelso Maldaner - PMDB

Décio Lima - PTDjalma Berger - PSBEdinho Bez - PMDBFernando Coruja - PPSGervásio Silva - PSDBJoão Matos - PMDBJoão Pizzolatti - PPJosé Carlos Vieira - DEMNelson Goetten - PRPaulo Bornhausen - DEMValdir Colatto - PMDBVignatti - PTZonta - PP

Rio Grande do SulAdão Pretto - PTAfonso Hamm - PPBeto Albuquerque - PSBCezar Schirmer - PMDBClaudio Diaz - PSDBDarcísio Perondi - PMDBEliseu Padilha - PMDBEnio Bacci - PDTGermano Bonow - DEMHenrique Fontana - PTIbsen Pinheiro - PMDBJosé Otávio Germano - PPLuciana Genro - PSOLLuis Carlos Heinze - PPLuiz Carlos Busato - PTBManuela D'ávila - PCdoBMarco Maia - PTMaria do Rosário - PTMatteo Chiarelli - DEMMendes Ribeiro Filho - PMDBOnyx Lorenzoni - DEMPaulo Pimenta - PTPaulo Roberto - PTBPepe Vargas - PTPompeo de Mattos - PDTProfessor Ruy Pauletti - PSDBRenato Molling - PPSérgio Moraes - PTBTarcísio Zimmermann - PTVieira da Cunha - PDTVilson Covatti - PP

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COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA,ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

Presidente: Marcos Montes (DEM)1º Vice-Presidente: Assis do Couto (PT)2º Vice-Presidente: Waldir Neves (PSDB)3º Vice-Presidente: Dilceu Sperafico (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAdão Pretto Airton Roveda

Afonso Hamm Antonio José Medeiros(Licenciado)

Anselmo de Jesus Armando AbílioAssis do Couto Benedito de LiraBeto Faro Camilo ColaCelso Maldaner Darcísio Perondi vaga do PV

Dilceu Sperafico Ernandes AmorimDomingos Dutra Fernando MeloEdio Lopes Lázaro BotelhoFlaviano Melo Marcelo MeloHomero Pereira Moises AvelinoJusmari Oliveira Nilson MourãoLeandro Vilela vaga do PV Paulo PimentaLuis Carlos Heinze SuelyMoacir Micheletto Vadão GomesNelson Meurer Vander LoubetOdílio Balbinotti VelosoPaulo Piau vaga do PSDB/DEM/PPS Vignatti

Roberto Balestra (Licenciado) (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Tatico (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Valdir Colatto (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Zé Gerardo 1 vagaZonta

PSDB/DEM/PPS

Abelardo Lupion Alfredo Kaefer vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Claudio Diaz Antonio Carlos Mendes ThameDavi Alcolumbre vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMNBetinho Rosado vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Duarte Nogueira Carlos MellesJerônimo Reis Cezar SilvestriJoão Oliveira Eduardo Sciarra

Leonardo Vilela Félix Mendonça vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Luiz Carlos Setim Francisco RodriguesMarcos Montes Jorginho MalulyRonaldo Caiado Lael VarellaWaldir Neves Lira MaiaWandenkolk Gonçalves Moreira Mendes(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Rômulo Gouveia

Silvio LopesThelma de Oliveira

PSB/PDT/PCdoB/PMNB. Sá Enio BacciDagoberto Giovanni QueirozFernando Coelho Filho Mário HeringerOsmar Júnior Reinaldo NogueiraPompeo de Mattos Sandra Rosado(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga) Valadares Filho

PV(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)Secretário(a): Moizes Lobo da Cunha

Local: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 36Telefones: 3216-6403/6404/6406FAX: 3216-6415

COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DEDESENVOLVIMENTO REGIONAL

Presidente: Vanessa Grazziotin (PCdoB)1º Vice-Presidente: Marcelo Serafim (PSB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Sebastião Bala Rocha (PDT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAsdrubal Bentes Átila Lins vaga do PSDB/DEM/PPS

Carlos Souza Bel MesquitaDalva Figueiredo Fátima PelaesElcione Barbalho Gladson CameliHenrique Afonso Joseph BandeiraJosé Guimarães Lúcio ValeLuciano Castro vaga do PSDB/DEM/PPS Marinha RauppNatan Donadon Mauro LopesRebecca Garcia Neudo Campos(Dep. do PV ocupa a vaga) Paulo Rocha(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga) Zé Geraldo

1 vaga Zequinha MarinhoPSDB/DEM/PPS

Jairo Ataide Abelardo LupionLira Maia Ilderlei Cordeiro(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Marcio Junqueira

(Dep. do PRB ocupa a vaga) Moreira Mendes(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga) Urzeni Rocha

1 vaga(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNMarcelo Serafim Giovanni QueirozMaria Helena Mauro NazifSebastião Bala Rocha vaga do

PSDB/DEM/PPS Perpétua Almeida

Sergio Petecão vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Vanessa GrazziotinPV

Lindomar Garçon vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PRBMarcos Antonio vaga do PSDB/DEM/PPS

Secretário(a): Iara Araújo Alencar AiresLocal: Anexo II - Sala T- 59Telefones: 3216-6432FAX: 3216-6440

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO EINFORMÁTICA

Presidente: Julio Semeghini (PSDB)1º Vice-Presidente: José Rocha (PR)2º Vice-Presidente: Paulo Bornhausen (DEM)3º Vice-Presidente: Bilac Pinto (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBBeto Mansur Carlos ZarattiniBilac Pinto Cida DiogoCristiano Matheus vaga do

PSDB/DEM/PPS Eduardo Cunha

Elismar Prado Fernando FerroEunício Oliveira Frank AguiarGuilherme Menezes Gerson PeresJader Barbalho Ibsen Pinheiro

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Jorge Bittar João Carlos BacelarJosé Rocha Joaquim BeltrãoMaria do Carmo Lara José Eduardo CardozoNazareno Fonteles Luiz Carlos BusatoPaulo Henrique Lustosa Paulo Piau vaga do PSDB/DEM/PPS

Paulo Roberto Rebecca GarciaRatinho Junior Ricardo BarrosSandes Júnior Sabino Castelo BrancoSilas Câmara vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Takayama

Walter Pinheiro Waldir MaranhãoWladimir Costa Wilson BragaZequinha Marinho Wilson Santiago(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) (Dep. do PV ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) (Dep. do PRTB ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

PSDB/DEM/PPSBruno Rodrigues Alceni GuerraEduardo Sciarra vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Davi Alcolumbre

Emanuel Fernandes José Mendonça BezerraGustavo Fruet Júlio CesarJorginho Maluly Lobbe Neto

José Aníbal Moreira Mendes vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Julio Semeghini Nilmar RuizLeandro Sampaio Professora Raquel TeixeiraManoel Salviano vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Rafael Guerra

Paulo Bornhausen Raul JungmannRoberto Rocha vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Rodrigo de Castro

Rômulo Gouveia vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Zenaldo Coutinho

Vic Pires Franco(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)(Dep. do PV ocupa a vaga)(Dep. do PHS ocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNEnio Bacci Ana ArraesLuiza Erundina Ariosto HolandaRodrigo Rollemberg Barbosa NetoUldurico Pinto Djalma BergerValadares Filho Márcio França(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Marcos Medrado

PV

Dr. Nechar vaga do PSDB/DEM/PPS Edson Duarte vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Edigar Mão Branca Fábio RamalhoPHS

Miguel Martini vaga do PSDB/DEM/PPS

PRTBJuvenil Alves vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Secretário(a): Myriam Gonçalves Teixeira de OliveiraLocal: Anexo II, Térreo, Ala A, sala 49Telefones: 3216-6452 A 6458FAX: 3216-6465

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

Presidente: Leonardo Picciani (PMDB)1º Vice-Presidente: Mendes Ribeiro Filho (PMDB)2º Vice-Presidente: Neucimar Fraga (PR)3º Vice-Presidente: Marcelo Itagiba (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBBenedito de Lira Alexandre SantosCândido Vaccarezza Antonio BulhõesCezar Schirmer vaga do PSDB/DEM/PPS Antônio Carlos BiffiColbert Martins Aracely de PaulaGeraldo Pudim Arnaldo Faria de SáGerson Peres Carlos AbicalilIbsen Pinheiro Carlos WillianJoão Paulo Cunha Décio LimaJosé Eduardo Cardozo Dilceu SperaficoJosé Genoíno Domingos DutraJosé Mentor Eduardo CunhaLeonardo Picciani Eduardo da FonteMagela Fátima BezerraMarcelo Guimarães Filho Fernando DinizMarcelo Itagiba George HiltonMaria Lúcia Cardoso Hugo LealMaurício Quintella Lessa Iriny LopesMaurício Rands João MagalhãesMauro Benevides vaga do PSOL Jofran FrejatMendes Ribeiro Filho José PimentelMichel Temer Laerte Bessa vaga do PV

Nelson Pellegrino Luiz CoutoNelson Trad Maria do RosárioNeucimar Fraga Odílio BalbinottiOdair Cunha Pastor Manoel FerreiraPaes Landim Ricardo BarrosPaulo Maluf Rubens OtoniPaulo Teixeira Sandes JúniorProfessor Victorio Galli Sandro MabelRegis de Oliveira Tadeu FilippelliSérgio Barradas Carneiro VelosoVicente Arruda vaga do PSDB/DEM/PPS Wladimir Costa

Vilson Covatti (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Vital do Rêgo Filho vaga do PV

Wilson Santiago(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa avaga)

PSDB/DEM/PPSAntonio Carlos Magalhães Neto vaga

do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Albano Franco

Bonifácio de Andrada Alexandre SilveiraBruno Araújo André de PaulaEdmar Moreira Ayrton XerezEdson Aparecido Fernando Coruja

Efraim Filho Humberto Souto vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Felipe Maia Jerônimo ReisIndio da Costa João AlmeidaJutahy Junior João CamposMendonça Prado José AníbalMoreira Mendes José Carlos AleluiaPaulo Magalhães Matteo ChiarelliRenato Amary Mussa DemesRoberto Magalhães Paulo BornhausenSilvinho Peccioli Pinto ItamaratyZenaldo Coutinho Ricardo Tripoli(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Sebastião Madeira

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Solange Amaral

1 vaga William WooPSB/PDT/PCdoB/PMN

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Ciro Gomes Beto AlbuquerqueFlávio Dino Chico LopesFrancisco Tenorio Edmilson ValentimMárcio França Gonzaga PatriotaMarcos Medrado Pompeo de MattosSandra Rosado Rogério MarinhoValtenir Pereira Severiano AlvesWolney Queiroz Vieira da Cunha

PVMarcelo Ortiz Sarney Filho(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/

PTC/PTdoB ocupa a vaga)PSOL

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Chico Alencar

Secretário(a): Rejane Salete MarquesLocal: Anexo II,Térreo, Ala A, sala 21Telefones: 3216-6494FAX: 3216-6499

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDORPresidente: Cezar Silvestri (PPS)1º Vice-Presidente: Carlos Sampaio (PSDB)2º Vice-Presidente: Giacobo (PR)3º Vice-Presidente: Walter Ihoshi (DEM)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio Cruz Aníbal Gomes vaga do PV

Eduardo da Fonte Celso RussomannoFernando Melo Devanir RibeiroGiacobo vaga do PSDB/DEM/PPS Leandro VilelaJosé Carlos Araújo Marcelo Guimarães FilhoLeo Alcântara vaga do PSDB/DEM/PPS Maria do Carmo LaraLuciana Costa vaga do PSDB/DEM/PPS Maurício TrindadeLuiz Bassuma Max RosenmannLuiz Bittencourt Miguel Corrêa Jr.Nelson Goetten Paes LandimRicardo Izar Ratinho JuniorTonha Magalhães (Dep. do PSOL ocupa a vaga)Vinicius Carvalho(Dep. do PHS ocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSCarlos Sampaio Bruno AraújoCezar Silvestri Efraim FilhoWalter Ihoshi Fernando de Fabinho(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Leandro Sampaio

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Nilmar Ruiz

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Paulo Abi-ackel

PSB/PDT/PCdoB/PMNAna Arraes Givaldo CarimbãoBarbosa Neto Sérgio BritoChico Lopes Silvio CostaJúlio Delgado vaga do PV

PV

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)PSOL

Ivan Valente vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PHSFelipe Bornier vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Secretário(a): Lilian de Cássia Albuquerque SantosLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 152Telefones: 3216-6920 A 6922FAX: 3216-6925

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Presidente: Wellington Fagundes (PR)1º Vice-Presidente: Albano Franco (PSDB)2º Vice-Presidente: Antônio Andrade (PMDB)3º Vice-Presidente: Vanderlei Macris (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntônio Andrade Aline CorrêaDr. Adilson Soares vaga do PHS Antonio PalocciEdson Ezequiel vaga do PSDB/DEM/PPS Armando MonteiroFernando Lopes Carlos Eduardo CadocaJoão Maia Celso MaldanerJurandil Juarez João Paulo Cunha

Lúcio Vale Nelson Marquezelli vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Miguel Corrêa Jr. PracianoReginaldo Lopes Rocha LouresRenato Molling Vicentinho Alves

Wellington Fagundes (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

PSDB/DEM/PPSAlbano Franco Emanuel FernandesFernando de Fabinho Guilherme CamposOsório Adriano Jairo AtaideRodrigo de Castro vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Leandro Sampaio

Vanderlei Macris Luiz Paulo Vellozo Lucas(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Waldir Neves vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PSB/PDT/PCdoB/PMNDr. Ubiali Fernando Coelho Filho

Evandro Milhomen(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PHS(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Miguel Martini

Secretário(a): Lin Israel Costa dos SantosLocal: Anexo II, Térreo, Ala A, sala T33Telefones: 3216-6601 A 6609FAX: 3216-6610

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANOPresidente: Zezéu Ribeiro (PT)1º Vice-Presidente: Angela Amin (PP)2º Vice-Presidente: Luiz Carlos Busato (PTB)3º Vice-Presidente: Edson Santos (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Chico da PrincesaChico Abreu vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Hermes ParcianelloEdson Santos José GuimarãesEliene Lima vaga do PSDB/DEM/PPS Luiz Bittencourt

Jackson Barreto vaga do PSDB/DEM/PPS Paulo Roberto vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

João Leão Paulo Rubem SantiagoJosé Airton Cirilo Pedro EugênioLázaro Botelho Pedro Henry

Luiz Carlos Busato Rose de Freitas vaga do

PSDB/DEM/PPS

Marcelo Melo Sérgio Moraes

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Marinha Raupp (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Zezéu Ribeiro (Dep. do PV ocupa a vaga)(Dep. do PV ocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSFernando Chucre André de PaulaSolange Amaral Carlos Brandão(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Gustavo Fruet vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Renato Amary

1 vaga Rogerio Lisboa(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNAdemir Camilo Davi Alves Silva Júnior

Laurez Moreira(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

1 vaga

PVJosé Paulo Tóffano vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBRoberto Santiago vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Secretário(a): Romulo de Sousa MesquitaLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala C, Sala 188Telefones: 3216-6551/ 6554FAX: 3216-6560

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIASPresidente: Luiz Couto (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente: Pedro Wilson (PT)3º Vice-Presidente: Pastor Manoel Ferreira (PTB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBIriny Lopes Adão PrettoJanete Rocha Pietá Dalva FigueiredoJoseph Bandeira vaga do

PSDB/DEM/PPS Filipe Pereira

Lincoln Portela vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Henrique Afonso

Lucenira Pimentel José LinharesLuiz Couto Jusmari Oliveira vaga do PHS

Pastor Manoel Ferreira Paulo Henrique LustosaPedro Wilson VicentinhoSuely vaga do PHS (Dep. do PV ocupa a vaga)Veloso 1 vaga(Dep. do PV ocupa a vaga)(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSGeraldo Thadeu Affonso CamargoMatteo Chiarelli Claudio CajadoPinto Itamaraty Eduardo Barbosa(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

João Almeida

1 vaga Otavio LeitePSB/PDT/PCdoB/PMN

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Janete Capiberibe

1 vaga Sueli VidigalPHS

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)

PRBLéo Vivas 1 vaga

PVAntônio Roberto vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBDr. Talmir vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PSOLChico Alencar vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Secretário(a): Márcio Marques de AraújoLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 185Telefones: 3216-6571FAX: 3216-6580

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURAPresidente: Gastão Vieira (PMDB)1º Vice-Presidente: Maria do Rosário (PT)2º Vice-Presidente: Frank Aguiar (PTB)3º Vice-Presidente: Osvaldo Reis (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani vaga do PSDB/DEM/PPS Angela AminAngelo Vanhoni Angela PortelaAntonio Bulhões Beto MansurAntônio Carlos Biffi Elcione BarbalhoCarlos Abicalil Eliene LimaClodovil Hernandes Elismar PradoFátima Bezerra Flávio BezerraFrank Aguiar Gilmar MachadoGastão Vieira Jilmar Tatto

Iran Barbosa Márcio Reinaldo Moreira vaga do

PSDB/DEM/PPS

João Matos Mauro BenevidesJoaquim Beltrão vaga do PSDB/DEM/PPS Mauro LopesLelo Coimbra Neilton MulimMaria do Rosário Pedro WilsonOsvaldo Reis Professor Victorio GalliPaulo Rubem Santiago Reginaldo LopesProfessor Setimo Ricardo IzarRaul Henry vaga do PSDB/DEM/PPS Saraiva FelipeWaldir Maranhão(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSClóvis Fecury Andreia ZitoLobbe Neto Bonifácio de AndradaNice Lobão Dr. PinottiNilmar Ruiz João OliveiraPaulo Renato Souza Jorginho MalulyProfessor Ruy Pauletti Lira MaiaProfessora Raquel Teixeira Paulo Magalhães(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Raimundo Gomes de Matos

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNAlice Portugal Dr. UbialiAriosto Holanda Eduardo LopesÁtila Lira Luiza ErundinaRogério Marinho Ribamar AlvesSeveriano Alves vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PV(Dep. do PSOL ocupa a vaga) Marcelo Ortiz

PSOLIvan Valente vaga do PV

Secretário(a): Iracema Marques

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Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 170Telefones: 3216-6622/6625/6627/6628FAX: 3216-6635

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃOPresidente: Virgílio Guimarães (PT)1º Vice-Presidente: Eduardo Cunha (PMDB)2º Vice-Presidente: Antonio Palocci (PT)3º Vice-Presidente: Pedro Eugênio (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAcélio Casagrande (Licenciado) Andre VargasAelton Freitas Bilac PintoAntonio Palocci Carlito MerssArmando Monteiro Carlos SantanaEduardo Cunha Carlos Souza vaga do PSOL

Filipe Pereira Carlos WillianJoão Magalhães Cezar SchirmerJosé Pimentel Colbert MartinsLuiz Fernando Faria GiacoboMarcelo Almeida Leonardo Quintão

Max Rosenmann Maurício Quintella Lessa vaga do

PV

Pedro Eugênio Nelson BornierPedro Novais Paulo MalufRocha Loures Renato MollingVignatti Ricardo BerzoiniVirgílio Guimarães Sérgio Barradas Carneiro(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) Tarcísio Zimmermann

Zonta(Dep. do PSDB/DEM/PPS

ocupa a vaga)PSDB/DEM/PPS

Alfredo Kaefer Bruno Araújo

Arnaldo Madeira Eduardo Gomes vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Carlos Melles João BittarFélix Mendonça Jorge KhouryFernando Coruja Julio SemeghiniGuilherme Campos vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Luiz Paulo Vellozo Lucas

José Carlos Aleluia vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Paulo Renato Souza

Júlio Cesar Rodrigo de CastroLuiz Carlos Hauly Rodrigo MaiaLuiz Carreira Silvinho Peccioli

Mussa Demes(Dep. do

PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupaa vaga)

Silvio TorresPSB/PDT/PCdoB/PMN

João Dado Ciro GomesManoel Junior Fábio FariaSilvio Costa Júlio Delgado vaga do PSDB/DEM/PPS

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) Mário Heringer

(Dep. do PRB ocupa a vaga)PV

Fábio Ramalho(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PSOL

Luciana Genro(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PRBMarcos Antonio vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Marcelle R C CavalcantiLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 136

Telefones: 3216-6654/6655/6652FAX: 3216-6660

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLEPresidente: Celso Russomanno (PP)1º Vice-Presidente: Márcio Reinaldo Moreira (PP)2º Vice-Presidente: Perpétua Almeida (PCdoB)3º Vice-Presidente: Leonardo Quintão (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Aníbal Gomes CândidoVaccarezza

Carlos Willian vaga do PSDB/DEM/PPS Eduardo daFonte

Celso Russomanno Eugênio RabeloFernando Diniz vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Flaviano MeloLeonardo Quintão Geraldo PudimMárcio Reinaldo Moreira João MagalhãesMário Negromonte José Mentor

Olavo Calheiros Luis CarlosHeinze

Paulo Pimenta MauroBenevides

Pedro Fernandes VirgílioGuimarães

Praciano Wladimir CostaRubens OtoniVadão GomesWellington Roberto vaga do PSDB/DEM/PPS

PSDB/DEM/PPSAyrton Xerez Alfredo KaeferHumberto Souto Claudio CajadoSebastião Madeira Duarte Nogueira(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupaa vaga)

Indio da Costa

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga) Manoel Salviano(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupaa vaga)

Solange Amaral

PSB/PDT/PCdoB/PMNDamião Feliciano vaga do PSDB/DEM/PPS B. SáManato João DadoPerpétua Almeida Julião Amin(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupaa vaga)Secretário(a): Maria Linda MagalhãesLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 161Telefones: 3216-6671 A 6675FAX: 3216-6676

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVAPresidente: Eduardo Amorim (PSC)1º Vice-Presidente: Carlos Willian (PTC)2º Vice-Presidente: Silvio Lopes (PSDB)3º Vice-Presidente: Eduardo da Fonte (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBCarlos Willian Alex CanzianiEduardo Amorim Fernando FerroEduardo da Fonte Jaime MartinsFátima Bezerra Leonardo MonteiroJackson Barreto 6 vagasJosé Airton CiriloJurandil JuarezMaria Lúcia CardosoPedro Wilson1 vaga

PSDB/DEM/PPSGeraldo Thadeu Eduardo Sciarra

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Guilherme Campos Fernando de FabinhoJoão Oliveira 3 vagasOtavio LeiteSilvio Lopes

PSB/PDT/PCdoB/PMNEduardo Lopes Paulo Pereira da SilvaLuiza Erundina Sandra Rosado

PVDr. Talmir 1 vagaSecretário(a): Miriam Cristina Gonçalves QuintasLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, salas 121/122Telefones: 3216-6692 / 6693FAX: 3216-6700

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL

Presidente: Nilson Pinto (PSDB)1º Vice-Presidente: Fábio Souto (DEM)2º Vice-Presidente: Ricardo Tripoli (PSDB)3º Vice-Presidente: Gervásio Silva (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBBernardo Ariston Homero PereiraLeonardo Monteiro Iran BarbosaMário de Oliveira Max Rosenmann(Dep. do PV ocupa a vaga) Moacir Micheletto(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) Paulo Teixeira

(Dep. do PRTB ocupa a vaga) Roberto Balestra (Licenciado)(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga) (Dep. do PV ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) (Dep. do PV ocupa a vaga)

1 vaga(Dep. do

PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa avaga)

PSDB/DEM/PPSFábio Souto Antonio Carlos Mendes Thame

Gervásio Silva Arnaldo Jardim vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Jorge Khoury vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Augusto Carvalho

Marina Maggessi Germano BonowNilson Pinto Luiz CarreiraOnyx Lorenzoni Wandenkolk GonçalvesRicardo Tripoli vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Rodovalho vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PSB/PDT/PCdoB/PMNGivaldo Carimbão Arnaldo ViannaJanete Capiberibe Rodrigo RollembergReinaldo Nogueira vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBSergio Petecão vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PVEdson Duarte vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntônio Roberto vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Sarney Filho Dr. Nechar vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Fernando GabeiraPRTB

Juvenil Alves vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Secretário(a): Aurenilton Araruna de AlmeidaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 142Telefones: 3216-6521 A 6526FAX: 3216-6535

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

Presidente: José Otávio Germano (PP)1º Vice-Presidente: Eduardo Valverde (PT)2º Vice-Presidente: Neudo Campos (PP)3º Vice-Presidente: Vitor Penido (DEM)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Alexandre Santos Aelton Freitas vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Andre Vargas Beto FaroBel Mesquita Chico D'angeloCarlos Alberto Canuto DeleyEduardo Valverde Edinho BezErnandes Amorim João MaiaFernando Ferro João MatosJoão Pizzolatti Jorge BittarJosé Otávio Germano José Santana de VasconcellosNeudo Campos Luiz BassumaRose de Freitas Luiz Fernando FariaSimão Sessim Marinha RauppVander Loubet Nelson MeurerVicentinho Alves Paulo Henrique LustosaZé Geraldo Tatico(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga) Valdir Colatto

Walter PinheiroPSDB/DEM/PPS

Arnaldo Jardim Felipe MaiaBetinho Rosado vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Gervásio Silva

Carlos Alberto Leréia João AlmeidaEduardo Gomes José Carlos AleluiaLuiz Paulo Vellozo Lucas Leandro SampaioMarcio Junqueira Nilson PintoPaulo Abi-ackel RodovalhoRogerio Lisboa Urzeni RochaSilvio Lopes 1 vagaVitor Penido

PSB/PDT/PCdoB/PMNArnaldo Vianna Brizola NetoEdmilson Valentim Giovanni QueirozJulião Amin Jô Moraes

Sérgio Brito(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PVJosé Fernando Aparecido deOliveira Ciro Pedrosa

Secretário(a): Damaci Pires de MirandaLocal: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 56Telefones: 3216-6711 / 6713FAX: 3216-6720

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESANACIONAL

Presidente: Vieira da Cunha (PDT)1º Vice-Presidente: Marcondes Gadelha (PSB)2º Vice-Presidente: José Mendonça Bezerra (DEM)3º Vice-Presidente: Augusto Carvalho (PPS)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAracely de Paula Arnon BezerraÁtila Lins Carlos WilsonAugusto Farias Colbert MartinsCarlito Merss Edio LopesDr. Rosinha Edson EzequielFlávio Bezerra Geraldo ResendeGeorge Hilton Henrique FontanaÍris de Araújo Leonardo MonteiroJair Bolsonaro MagelaJoão Carlos Bacelar Marcelo CastroLaerte Bessa Maurício Rands

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Nilson Mourão Paes LandimRicardo Berzoini Regis de OliveiraTakayama (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga)2 vagas (Dep. do PSOL ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga)PSDB/DEM/PPS

André de Paula Arnaldo JardimAntonio CarlosMendes Thame Arnaldo Madeira

Augusto Carvalho Humberto Souto vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Claudio Cajado Jutahy JuniorFrancisco Rodrigues Luiz Carlos Hauly

João Almeida Marina Maggessi vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

José MendonçaBezerra Matteo Chiarelli

Raul Jungmann Professor Ruy PaulettiWilliam Woo Roberto Magalhães

Vic Pires FrancoWalter Ihoshi

PSB/PDT/PCdoB/PMNAldo Rebelo Laurez MoreiraEduardo Lopes Manoel JuniorMarcondes Gadelha Marcelo SerafimVieira da Cunha Severiano Alves

PVFernando Gabeira José Fernando Aparecido de Oliveira

PSOLLuciana Genro vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Secretário(a): Fernando Luiz Cunha RochaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 125Telefones: 3216-6739 / 6738 / 6737FAX: 3216-6745

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AOCRIME ORGANIZADO

Presidente: João Campos (PSDB)1º Vice-Presidente: Pinto Itamaraty (PSDB)2º Vice-Presidente: Raul Jungmann (PPS)3º Vice-Presidente: Laerte Bessa (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Afonso HammFernando Melo Alex CanzianiJosé Eduardo Cardozo Iriny LopesLaerte Bessa José GenoínoLincoln Portela Marcelo AlmeidaMarcelo Itagiba Mauro LopesPaulo Pimenta Mendes Ribeiro FilhoRita Camata Neilton Mulim vaga do PV

Sérgio Moraes Neucimar Fraga(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) Paulo Rubem Santiago

Pedro ChavesPSDB/DEM/PPS

Alexandre Silveira vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio Carlos Magalhães

NetoEdmar Moreira Carlos SampaioGuilherme Campos José AníbalJoão Campos Vic Pires FrancoMarina Maggessi William WooPinto ItamaratyRaul Jungmann vaga do PV

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Ademir CamiloVieira da Cunha Valtenir Pereira

PV(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)Secretário(a): Kátia da Consolação dos Santos VianaLocal: Anexo II, Pavimento Superior - Sala 166-CTelefones: 3216-6761 / 6762FAX: 3216-6770

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIAPresidente: Jorge Tadeu Mudalen (DEM)1º Vice-Presidente: Alceni Guerra (DEM)2º Vice-Presidente: Ribamar Alves (PSB)3º Vice-Presidente: Cleber Verde (PRB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Angela Portela Acélio Casagrande (Licenciado)vaga do PSDB/DEM/PPS

Armando Abílio vaga do PSDB/DEM/PPS Antonio BulhõesArnaldo Faria de Sá Clodovil HernandesChico D'angelo Dr. RosinhaCida Diogo Gorete PereiraDarcísio Perondi Guilherme MenezesEduardo Amorim Íris de AraújoGeraldo Resende vaga do

PSDB/DEM/PPS Janete Rocha Pietá

Henrique Fontana Lelo CoimbraJofran Frejat Lucenira Pimentel vaga do PSOL

José Linhares Luciana CostaMarcelo Castro Nazareno FontelesMaurício Trindade Pastor Manoel FerreiraNeilton Mulim vaga do PSOL Professor SetimoPepe Vargas Simão SessimRita Camata Vital do Rêgo FilhoRoberto Britto 3 vagasSaraiva FelipeSolange Almeida1 vaga

PSDB/DEM/PPSAlceni Guerra Affonso CamargoDr. Pinotti André de PaulaEduardo Barbosa Efraim FilhoGermano Bonow Geraldo ThadeuJoão Bittar Indio da CostaJorge Tadeu Mudalen Leandro SampaioRafael Guerra Leonardo VilelaRaimundo Gomes de Matos Nice Lobão(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Thelma de Oliveira

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)PSB/PDT/PCdoB/PMN

Jô Moraes Alice PortugalMário Heringer ManatoRibamar Alves Marcondes Gadelha(Dep. do PRB ocupa a vaga) Sebastião Bala Rocha

PVDr. Talmir Dr. Nechar

PSOL(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)PRB

Cleber Verde vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Wagner Soares PadilhaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 145Telefones: 3216-6787 / 6781 A 6786FAX: 3216-6790

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO ESERVIÇO PÚBLICO

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Presidente: Nelson Marquezelli (PTB)1º Vice-Presidente: Sabino Castelo Branco (PTB)2º Vice-Presidente: Wilson Braga (PMDB)3º Vice-Presidente: Paulo Rocha (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBEdgar Moury Átila LinsEdinho Bez Augusto Farias

Eudes Xavier Carlos AlbertoCanuto

Gorete Pereira Eduardo ValverdeMarco Maia Filipe PereiraMauro Mariani (Licenciado) Iran BarbosaMilton Monti vaga do PSDB/DEM/PPS Jovair ArantesNelson Marquezelli Laerte BessaPaulo Rocha Luciano CastroPedro Henry Nelson PellegrinoSabino Castelo Branco vaga do PSDB/DEM/PPS Pepe VargasSandro Mabel vaga do PSDB/DEM/PPS 2 vagasTadeu FilippelliTarcísio ZimmermannVicentinhoWilson Braga

PSDB/DEM/PPS

Andreia Zito Carlos AlbertoLeréia

José Carlos Vieira Cláudio MagrãoRodrigo Maia Eduardo BarbosaThelma de Oliveira Fábio Souto(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa avaga) Indio da Costa

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

João Campos

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

João Oliveira

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Marcio Junqueira

PSB/PDT/PCdoB/PMNDaniel Almeida Maria Helena

Manuela D'ávila vaga do PSDB/DEM/PPS Sebastião BalaRocha

Mauro Nazif VanessaGrazziotin

Paulo Pereira da SilvaPV

Roberto Santiago Edigar MãoBranca

Secretário(a): Anamélia Ribeiro Correia de AraújoLocal: Anexo II, Sala T 50Telefones: 3216-6805 / 6806 / 6807FAX: 3216-6815

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTOPresidente: Lídice da Mata (PSB)1º Vice-Presidente: Brizola Neto (PDT)2º Vice-Presidente: Sueli Vidigal (PDT)3º Vice-Presidente: Fábio Faria (PMN)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Arnon Bezerra Alex Canziani vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Carlos Eduardo Cadoca Antonio CruzCarlos Wilson Asdrubal BentesDeley Cida DiogoEugênio Rabelo Edinho BezFátima Pelaes Edson SantosFrancisco Rossi Eudes XavierGilmar Machado Joaquim Beltrão

Hermes Parcianello José RochaJurandy Loureiro vaga do

PSDB/DEM/PPS Jurandil Juarez

Marcelo Teixeira vaga do

PSDB/DEM/PPS Odair Cunha

Pedro Chaves vaga do PSDB/DEM/PPS

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSOtavio Leite Andreia Zito(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga) Bruno Rodrigues

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga) Eduardo Sciarra

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Luiz Carlos Setim

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Marcos Montes

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Silvio Torres

PSB/PDT/PCdoB/PMNAbelardo Camarinha Valadares Filho

Brizola Neto(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Djalma Berger vaga do PSDB/DEM/PPS (Dep. do PRB ocupa a vaga)Fábio Faria vaga do PSDB/DEM/PPS

Lídice da MataSueli Vidigal vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PRBMarcos Antonio vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): James Lewis Gorman JuniorLocal: Anexo II, Ala A , Sala 5,TérreoTelefones: 3216-6831 / 6832 / 6833FAX: 3216-6835

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTESPresidente: Eliseu Padilha (PMDB)1º Vice-Presidente: José Santana de Vasconcellos (PR)2º Vice-Presidente: Mauro Lopes (PMDB)3º Vice-Presidente: Hugo Leal (PSC)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlberto Silva Angelo VanhoniAline Corrêa vaga do PSDB/DEM/PPS Anselmo de Jesus

Camilo Cola Cristiano Matheus vaga do

PSDB/DEM/PPS

Carlos Santana Edinho BezCarlos Zarattini João LeãoChico da Princesa João MagalhãesDécio Lima José Airton Cirilo

Devanir Ribeiro Jurandy Loureiro vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Dr. Paulo César Marcelo CastroEliseu Padilha Marco MaiaGladson Cameli Marinha RauppHugo Leal Milton Monti

Jaime Martins vaga do PSDB/DEM/PPS Nelson Goetten vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Jilmar Tatto Osvaldo ReisJosé Santana de Vasconcellosvaga do PSDB/DEM/PPS Pedro Fernandes

Mauro Lopes Rita CamataMoises Avelino Roberto Britto

Nelson Bornier Silas Câmara vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

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Ricardo Barros Solange AlmeidaZezéu Ribeiro

PSDB/DEM/PPSAffonso Camargo Arnaldo JardimAlexandre Silveira Cezar SilvestriCarlos Brandão Claudio CajadoIlderlei Cordeiro Claudio DiazLael Varella Edson AparecidoUrzeni Rocha Fernando Chucre(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Vanderlei Macris

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Vitor Penido

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)PSB/PDT/PCdoB/PMN

Beto Albuquerque (Dep. do PHS ocupa a vaga)

Davi Alves Silva Júnior(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Giovanni Queiroz(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Gonzaga Patriota(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PVCiro Pedrosa José Paulo Tóffano

PHSFelipe Bornier vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Ruy Omar Prudencio da SilvaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 175Telefones: 3216-6853 A 6856FAX: 3216-6860

COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 22-A, DE

1999, DO SENHOR ENIO BACCI, QUE "AUTORIZA ODIVÓRCIO APÓS 1 (UM) ANO DE SEPARAÇÃO DE FATO OUDE DIREITO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS", ALTERANDO O

DISPOSTO NO ARTIGO 226, § 6º, DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL.

Presidente: José Carlos Araújo (PR)1º Vice-Presidente: Cândido Vaccarezza (PT)2º Vice-Presidente: Geraldo Pudim (PMDB)3º Vice-Presidente: Mendonça Prado (DEM)Relator: Joseph Bandeira (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Angela PortelaCândido Vaccarezza Carlos ZarattiniGeraldo Pudim Luciano CastroJosé Carlos Araújo Mendes Ribeiro FilhoJoseph Bandeira Reginaldo LopesMarcelo Guimarães Filho Roberto BrittoMaria Lúcia Cardoso 3 vagasRebecca GarciaSérgio Barradas Carneiro

PSDB/DEM/PPSBruno Araújo Bonifácio de AndradaFernando Coruja Otavio LeiteJutahy Junior 3 vagasMendonça PradoRoberto Magalhães

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Valadares Filho 2 vagasWolney Queiroz

PVRoberto Santiago 1 vaga

PSOLLuciana Genro Chico AlencarSecretário(a): José Maria Aguiar de CastroLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308-A, DE

2004, DO SR. NEUTON LIMA, QUE "ALTERA OS ARTS. 21, 32E 144, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CRIANDO AS POLÍCIAS

PENITENCIÁRIAS FEDERAL E ESTADUAIS".Presidente: Nelson Pellegrino (PT)1º Vice-Presidente: Neucimar Fraga (PR)2º Vice-Presidente: William Woo (PSDB)3º Vice-Presidente: Mendonça Prado (DEM)Relator: Arnaldo Faria de Sá (PTB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAfonso Hamm Arnon BezerraArnaldo Faria de Sá Eduardo ValverdeFernando Melo Fernando FerroIriny Lopes Francisco RossiLaerte Bessa José GuimarãesMarcelo Itagiba Leonardo PiccianiNelson Pellegrino Lincoln PortelaNeucimar Fraga 2 vagasVital do Rêgo Filho

PSDB/DEM/PPSJairo Ataide Alexandre SilveiraMendonça Prado Ayrton XerezRaul Jungmann Edson AparecidoRodrigo de Castro Pinto ItamaratyWilliam Woo 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Sueli VidigalJoão Dado 1 vaga

PVMarcelo Ortiz Dr. Talmir

PSOLChico Alencar 1 vagaSecretário(a): Mário Dráusio Oliveira de A. CoutinhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 3216-6203 / 3216-6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 471-A, DE

2005, DO SR. JOÃO CAMPOS, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AOPARÁGRAFO 3º DO ARTIGO 236 DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL", ESTABELECENDO A EFETIVAÇÃO PARA OSATUAIS RESPONSÁVEIS E SUBSTITUTOS PELOS SERVIÇOS

NOTARIAIS, INVESTIDOS NA FORMA DA LEI.Presidente: Sandro Mabel (PR)1º Vice-Presidente: Waldir Neves (PSDB)2º Vice-Presidente: Roberto Balestra (PP)3º Vice-Presidente: Tarcísio Zimmermann (PT)Relator: João Matos (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani Arnaldo Faria de SáAndre Vargas Dr. RosinhaJoão Matos João Carlos BacelarJosé Genoíno Luiz BassumaLeonardo Quintão Moacir MichelettoNelson Bornier Nelson MeurerRoberto Balestra (Licenciado) Nelson Trad

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Sandro Mabel Odair CunhaTarcísio Zimmermann Regis de Oliveira

PSDB/DEM/PPSGervásio Silva Carlos Alberto LeréiaHumberto Souto Raul JungmannJoão Campos Zenaldo CoutinhoJorge Tadeu Mudalen 2 vagasWaldir Neves

PSB/PDT/PCdoB/PMNDagoberto Djalma BergerGonzaga Patriota Valadares Filho

PVMarcelo Ortiz Ciro Pedrosa

PHSMiguel Martini Felipe BornierSecretário(a): Aparecida de Moura AndradeLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6207/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 483-A, DE2005, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA O ART. 89 DO

ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAISTRANSITÓRIAS", INCLUINDO OS SERVIDORES PÚBLICOS,CIVIS E MILITARES, CUSTEADOS PELA UNIÃO ATÉ 31 DE

DEZEMBRO DE 1991, NO QUADRO EM EXTINÇÃO DAADMINISTRAÇÃO FEDERAL DO EX - TERRITÓRIO FEDERAL

DE RONDÔNIA.Presidente: Mauro Nazif (PSB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Eduardo Valverde (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAnselmo de Jesus Lucenira PimentelEduardo Valverde Marcelo MeloErnandes Amorim Sabino Castelo BrancoFátima Pelaes Valdir ColattoGorete Pereira Zequinha MarinhoMarinha Raupp 4 vagasNatan DonadonRebecca Garcia1 vaga

PSDB/DEM/PPSAndreia Zito Carlos Alberto LeréiaJorginho Maluly Eduardo BarbosaMoreira Mendes Ilderlei CordeiroUrzeni Rocha 2 vagas1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNMaria Helena Sebastião Bala RochaMauro Nazif 1 vaga

PVLindomar Garçon Antônio Roberto

PRBLéo Vivas 1 vagaSecretário(a): Maria de Fátima MoreiraLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6204/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 549-A, DE2006, DO SR. ARNALDO FARIA DE SÁ, QUE "ACRESCENTAPRECEITO ÀS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS,

DISPONDO SOBRE O REGIME CONSTITUCIONAL PECULIARDAS CARREIRAS POLICIAIS QUE INDICA".

Presidente: Vander Loubet (PT)1º Vice-Presidente: Marcelo Itagiba (PMDB)

2º Vice-Presidente: William Woo (PSDB)3º Vice-Presidente: José Mentor (PT)Relator: Regis de Oliveira (PSC)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Angelo VanhoniDécio Lima Eliene LimaJair Bolsonaro José Otávio GermanoJosé Mentor Marcelo MeloLaerte Bessa Marinha RauppMarcelo Itagiba Sandro MabelNeilton Mulim Valdir ColattoRegis de Oliveira 2 vagasVander Loubet

PSDB/DEM/PPSAlexandre Silveira Abelardo LupionJoão Campos Carlos SampaioJorginho Maluly Pinto ItamaratyRogerio Lisboa 2 vagasWilliam Woo

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Flávio DinoVieira da Cunha João Dado

PVMarcelo Ortiz Dr. Talmir

PRBLéo Vivas Cleber VerdeSecretário(a): Valdivino Tolentino FilhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6206/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1 DE 2007, DO PODER EXECUTIVO,

QUE "DISPÕE SOBRE O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO APARTIR DE 2007 E ESTABELECE DIRETRIZES PARA A SUA

POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DE 2008 A 2023".Presidente: Júlio Delgado (PSB)1º Vice-Presidente: Paulo Pereira da Silva (PDT)2º Vice-Presidente: Íris de Araújo (PMDB)3º Vice-Presidente: Felipe Maia (DEM)Relator: Roberto Santiago (PV)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Aline Corrêa

Edgar Moury Carlos AlbertoCanuto

Geraldo Resende vaga do PSDB/DEM/PPS Dr. Adilson SoaresÍris de Araújo Eudes XavierMarco Maia José GuimarãesPedro Eugênio Nelson PellegrinoPedro Henry 3 vagasReinhold Stephanes (Licenciado)Sandro MabelTarcísio Zimmermann

PSDB/DEM/PPSFelipe Maia Andreia ZitoFrancisco Rodrigues Efraim FilhoJosé Aníbal Fernando Chucre

Paulo Renato Souza Fernando deFabinho

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNJúlio Delgado Daniel AlmeidaPaulo Pereira da Silva Sergio Petecão

PVRoberto Santiago Lindomar Garçon

PRBLéo Vivas 1 vaga

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Secretário(a): Valdivino Tolentino Filho

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1610, DE 1996, DO SENADO

FEDERAL, QUE "DISPÕE SOBRE A EXPLORAÇÃO E OAPROVEITAMENTO DE RECURSOS MINERAIS EM TERRASINDÍGENAS, DE QUE TRATAM OS ARTS. 176, PARÁGRAFO

PRIMEIRO, E 231, PARÁGRAFO TERCEIRO, DACONSTITUIÇÃO FEDERAL".

Presidente: Edio Lopes (PMDB)1º Vice-Presidente: Bel Mesquita (PMDB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Eduardo Valverde (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAdão Pretto Dalva FigueiredoBel Mesquita Ernandes AmorimEdio Lopes Fernando FerroEduardo Valverde Homero PereiraJosé Otávio Germano Jurandil JuarezLúcio Vale Simão SessimMendes Ribeiro Filho VignattiPaulo Roberto 2 vagasPaulo Rocha

PSDB/DEM/PPSMarcio Junqueira Arnaldo JardimMoreira Mendes Paulo Abi-ackelSilvio Lopes Pinto ItamaratyUrzeni Rocha 2 vagasVitor Penido

PSB/PDT/PCdoB/PMNMaria Helena João DadoPerpétua Almeida 1 vaga

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira Fernando Gabeira

PHSFelipe Bornier Miguel MartiniSecretário(a): Maria Terezinha Donati-Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6225FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1921, DE 1999, DO SENADO

FEDERAL, QUE INSTITUI A TARIFA SOCIAL DE ENERGIAELÉTRICA PARA CONSUMIDORES DE BAIXA RENDA E DÁ

OUTRAS PROVIDÊNCIAS.Presidente: Leandro Sampaio (PPS)1º Vice-Presidente: Luiz Carlos Hauly (PSDB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: João Pizzolatti (PP)Relator: Carlos Zarattini (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlexandre Santos Adão PrettoCarlos Zarattini Carlos Alberto CanutoErnandes Amorim Neudo CamposFernando Ferro Nilson MourãoJackson Barreto Pedro FernandesJoão Pizzolatti Tonha MagalhãesMoises Avelino 3 vagasPedro WilsonVicentinho Alves

PSDB/DEM/PPSEdson Aparecido Arnaldo JardimJosé Carlos Aleluia Augusto CarvalhoLeandro Sampaio Bruno AraújoLuiz Carlos Hauly Fernando de FabinhoSilvinho Peccioli 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Ana Arraes Chico LopesSueli Vidigal Dagoberto

PVFábio Ramalho Roberto Santiago

PRBLéo Vivas 1 vagaSecretário(a): Ana Lúcia Ribeiro MarquesLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6214FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 3057, DE 2000, DO SENHOR BISPO

WANDERVAL, QUE "INCLUI § 2º NO ART. 41, DA LEI Nº 6.766,DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979, NUMERANDO-SE COMO

PARÁGRAFO 1º O ATUAL PARÁGRAFO ÚNICO",ESTABELECENDO QUE PARA O REGISTRO DE

LOTEAMENTO SUBURBANO DE PEQUENO VALORIMPLANTADO IRREGULARMENTE ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE

1999 E REGULARIZADO POR LEI MUNICIPAL, NÃO HÁNECESSIDADE DE APROVAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO POR

OUTRO ÓRGÃO.Presidente: Maria do Carmo Lara (PT)1º Vice-Presidente: Marcelo Melo (PMDB)2º Vice-Presidente: Angela Amin (PP)3º Vice-Presidente: Jorge Khoury (DEM)Relator: Renato Amary (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Alex CanzianiCarlos Eduardo Cadoca Beto MansurJosé Eduardo Cardozo Celso RussomannoJosé Guimarães Edson SantosLuiz Bittencourt Homero PereiraLuiz Carlos Busato José Airton CiriloMarcelo Melo Joseph BandeiraMaria do Carmo Lara Marcelo AlmeidaRicardo Izar Zezéu Ribeiro

PSDB/DEM/PPSArnaldo Jardim Bruno AraújoAyrton Xerez Cezar SilvestriFernando Chucre Eduardo SciarraJorge Khoury Gervásio SilvaRenato Amary Ricardo Tripoli vaga do PSOL

Solange AmaralPSB/PDT/PCdoB/PMN

Arnaldo Vianna Chico LopesMarcelo Serafim Gonzaga Patriota

PVJosé Paulo Tóffano Sarney Filho

PSOL

Ivan Valente (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa avaga)

Secretário(a): Leila Machado CamposLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216.6212FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 334, DE 2007, DO SENADOFEDERAL, QUE "DISPÕE SOBRE A IMPORTAÇÃO,EXPORTAÇÃO, PROCESSAMENTO, TRANSPORTE,ARMAZENAGEM, LIQUEFAÇÃO, REGASEIFICAÇÃO,

DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE GÁS NATURAL",ALTERANDO A LEI Nº 9.478, DE 1997, NO QUE DIZRESPEITO AO GÁS NATURAL, INCLUINDO O GÁS

CANALIZADO.Presidente: Max Rosenmann (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:

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Relator: João Maia (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani Arnaldo Faria de SáAndre Vargas Beto MansurBel Mesquita Carlos ZarattiniFernando Ferro Dalva FigueiredoJoão Maia Dr. RosinhaMarcelo Guimarães Filho Geraldo PudimMax Rosenmann João Carlos BacelarNelson Meurer Marinha RauppVander Loubet Paes Landim

PSDB/DEM/PPSArnaldo Jardim Edson AparecidoArnaldo Madeira João AlmeidaEduardo Sciarra Jorge KhouryJosé Carlos Aleluia Leandro SampaioLuiz Paulo Vellozo Lucas Luiz Carreira

PSB/PDT/PCdoB/PMNBrizola Neto Edmilson ValentimRodrigo Rollemberg Francisco Tenorio

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira Ciro Pedrosa

PSOLIvan Valente 1 vagaSecretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6205FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 3937, DE 2004, DO SR. CARLOS

EDUARDO CADOCA, QUE "ALTERA A LEI Nº 8.884, DE 11 DEJUNHO DE 1994, QUE TRANSFORMA O CONSELHO

ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA (CADE) EMAUTARQUIA, DISPÕE SOBRE A PREVENÇÃO E AREPRESSÃO ÀS INFRAÇÕES CONTRA A ORDEM

ECONÔMICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Vignatti (PT)1º Vice-Presidente: João Magalhães (PMDB)2º Vice-Presidente: Eduardo da Fonte (PP)3º Vice-Presidente: Silvinho Peccioli (DEM)Relator: Ciro Gomes (PSB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAugusto Farias João MaiaCarlos Eduardo Cadoca Marcelo Guimarães FilhoCezar Schirmer Paes LandimEduardo da Fonte Ricardo BarrosEduardo Valverde Vadão GomesJoão Magalhães 4 vagasMiguel Corrêa Jr.Sandro MabelVignatti

PSDB/DEM/PPSAntonio Carlos Mendes Thame Fernando de FabinhoCezar Silvestri Luiz Paulo Vellozo LucasEfraim Filho Waldir NevesLuiz Carlos Hauly Walter IhoshiSilvinho Peccioli 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNCiro Gomes Evandro MilhomenDr. Ubiali Fernando Coelho Filho

PVAntônio Roberto Dr. Nechar

PHSMiguel Martini Felipe BornierSecretário(a): Heloisa Pedrosa Diniz.Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216.6201FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 694, DE 1995, QUE "INSTITUI ASDIRETRIZES NACIONAIS DO TRANSPORTE COLETIVO

URBANO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Aline CorrêaChico da Princesa Carlito MerssJackson Barreto Edinho BezJosé Airton Cirilo Gilmar MachadoMauro Lopes Jurandy LoureiroPedro Chaves Jusmari OliveiraPedro Eugênio Paulo TeixeiraPedro Fernandes 2 vagasPraciano

PSDB/DEM/PPSAffonso Camargo Claudio DiazArnaldo Jardim Fernando ChucreCarlos Sampaio Geraldo ThadeuEduardo Sciarra Nilmar RuizJosé Carlos Vieira Vitor Penido

PSB/PDT/PCdoB/PMNChico Lopes Julião AminMarcelo Serafim Silvio Costa

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira 1 vaga

PSOL1 vaga 1 vagaSecretário(a): -

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 7.709, DE 2007, DO PODER

EXECUTIVO, QUE "ALTERA DISPOSITIVOS DA LEI Nº 8.666,DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37,INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA

LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA,E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Tadeu Filippelli (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Márcio Reinaldo Moreira (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBJosé EduardoCardozo Hugo Leal

Márcio ReinaldoMoreira José Santana de Vasconcellos

Milton Monti Lelo CoimbraPaes Landim Leo Alcântara vaga do PSOL

Paulo Teixeira Luiz CoutoPedro Chaves Maurício RandsPepe Vargas Pedro EugênioRita Camata Renato MollingTadeu Filippelli Vital do Rêgo Filho

1 vagaPSDB/DEM/PPS

Arnaldo Madeira Arnaldo JardimHumberto Souto Bruno AraújoJorge Khoury Carlos Alberto LeréiaJorginho Maluly Eduardo SciarraLuiz Carlos Hauly Marcos Montes

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Osmar JúniorJulião Amin Valtenir Pereira

PV

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Dr. Talmir Roberto SantiagoPSOL

Luciana Genro(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Secretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6215FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINA A PROFERIR PARECER AOPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 1, DE 2007, DO

PODER EXECUTIVO, QUE "ACRESCE DISPOSITIVO À LEICOMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000".

(PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO - PAC)Presidente: Nelson Meurer (PP)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: José Pimentel (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArmando Monteiro Fátima BezerraEduardo Valverde Gorete PereiraFlaviano Melo Luiz Fernando FariaJosé Pimentel Paes LandimLeonardo Quintão Rocha LouresLúcio Vale 4 vagasMauro BenevidesNelson MeurerPaulo RubemSantiago

PSDB/DEM/PPSAlfredo Kaefer Claudio DiazAugusto Carvalho Silvio LopesMussa Demes 3 vagasZenaldo Coutinho1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNAlice Portugal Pompeo de MattosArnaldo Vianna (Dep. do PRB ocupa a vaga)

PVFernando Gabeira Edson Duarte

PHSFelipe Bornier Miguel Martini

PRBMarcos Antonio vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Angélica FialhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6218FAX: 32166225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR ASSOLICITAÇÕES DE ACESSO A INFORMAÇÕES SIGILOSAS

PRODUZIDAS OU RECEBIDAS PELA CÂMARA DOSDEPUTADOS NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES

PARLAMENTARES E ADMINISTRATIVAS, ASSIM COMOSOBRE O CANCELAMENTO OU REDUÇÃO DE PRAZOS DE

SIGILO E OUTRAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NARESOLUÇÃO N º 29, DE 1993.

Presidente: Paulo Teixeira (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDBColbert Martins

PTPaulo Teixeira

PSDBPaulo Abi-ackel

Secretário(a): -Local: Anexo II, CEDI, 1º PisoTelefones: 3216-5600FAX: 3216-5605

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO COM AFINALIDADE DE INVESTIGAR A REALIDADE DO SISTEMA

CARCERÁRIO BRASILEIRO, COM DESTAQUE PARA ASUPERLOTAÇÃO DOS PRESÍDIOS, CUSTOS SOCIAIS E

ECONÔMICOS DESSES ESTABELECIMENTOS, APERMANÊNCIA DE ENCARCERADOS QUE JÁ CUMPRIRAM

PENA, A VIOLÊNCIA DENTRO DAS INSTITUIÇÕES DOSISTEMA CARCERÁRIO, A CORRUPÇÃO, O CRIME

ORGANIZADO E SUAS RAMIFICAÇÕES NOS PRESÍDIOS EBUSCAR SOLUÇÕES PARA O EFETIVO CUMPRIMENTO DA

LEI DE EXECUÇÕES PENAIS.Presidente: Neucimar Fraga (PR)1º Vice-Presidente: Bruno Rodrigues (PSDB)2º Vice-Presidente: Maria Lúcia Cardoso (PMDB)3º Vice-Presidente: Luiz Carlos Busato (PTB)Relator: Domingos Dutra (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAfonso Hamm Arnaldo Faria de SáCida Diogo José LinharesDomingos Dutra Lincoln PortelaIriny Lopes Luiz CoutoJosé Otávio Germano Mauro LopesJusmari Oliveira Paulo Rubem SantiagoLuciana Costa Pedro EugênioLuiz Carlos Busato 5 vagasMarcelo ItagibaMaria do Carmo LaraMaria Lúcia CardosoNeucimar Fraga

PSDB/DEM/PPSAyrton Xerez Alexandre SilveiraBruno Rodrigues João CamposCarlos Sampaio José Carlos VieiraJorginho Maluly Roberto RochaPaulo Abi-ackel William WooPinto Itamaraty 2 vagasRaul Jungmann

PSB/PDT/PCdoB/PMNAbelardo Camarinha Valtenir PereiraFrancisco Tenorio 2 vagasPompeo de Mattos

PVDr. Talmir Fernando Gabeira

PHSFelipe Bornier 1 vagaSecretário(a): Sílvio Sousa da SilvaLocal: Serviço de CPIs - Anexo II, Sala 151-BTelefones: 3216-6267/6252FAX: 3216-6285

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA AINVESTIGAR AS CAUSAS, AS CONSEQÜÊNCIAS E OS

RESPONSÁVEIS PELA MORTE DE CRIANÇAS INDÍGENASPOR SUBNUTRIÇÃO DE 2005 A 2007.

Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntônio Carlos Biffi Aníbal GomesCarlos Souza Bernardo AristonDr. Rosinha Joaquim BeltrãoEdio Lopes Jusmari OliveiraGeraldo Resende 8 vagas

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Janete Rocha PietáJoão MagalhãesJosé GuimarãesPastor Manoel FerreiraRebecca GarciaVicentinho AlvesVital do Rêgo Filho

PSDB/DEM/PPSDavi Alcolumbre Antonio Carlos Mendes ThameFrancisco Rodrigues Bruno AraújoIlderlei Cordeiro Vanderlei MacrisSebastião Madeira 4 vagasUrzeni RochaWaldir Neves1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNDagoberto 3 vagasMarcelo SerafimOsmar Júnior

PVEdson Duarte Edigar Mão Branca

PRBCleber Verde 1 vagaSecretário(a): -

GRUPO DE TRABALHO PARA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS.Coordenador: Cândido Vaccarezza (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio PalocciAsdrubal BentesCândido VaccarezzaJosé MentorMauro BenevidesNelson MarquezelliPaulo MalufRegis de OliveiraRita CamataSandro MabelSérgio Barradas Carneiro

PSDB/DEM/PPSArnaldo JardimBruno AraújoBruno RodriguesJosé Carlos AleluiaMatteo ChiarelliRicardo Tripoli

PSB/PDT/PCdoB/PMNCiro GomesFlávio DinoMiro Teixeira

PVMarcelo OrtizSecretário(a): Luiz Claudio Alves dos SantosLocal: Anexo II, Ala A, sala 153Telefones: 3215-8652/8FAX: 3215-8657

GRUPO DE TRABALHO PARA EFETUAR ESTUDO EMRELAÇÃO À EVENTUAL INCLUSÃO EM ORDEM DO DIA DEPROJETOS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, SOBRE DIREITOPENAL E PROCESSO PENAL, SOB A COORDENAÇÃO DO

SENHOR DEPUTADO JOÃO CAMPOS.Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de SáJosé Eduardo CardozoMarcelo ItagibaNeucimar FragaVinicius Carvalho

PSDB/DEM/PPS

João CamposRaul JungmannRoberto Magalhães

PSB/PDT/PCdoB/PMNAbelardo CamarinhaFlávio DinoVieira da CunhaSecretário(a): .

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