repÚblica de moÇambique ministÉrio da terra, ambiente e … · 2019-01-16 · (seis milhões e...
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA TERRA, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO RURAL
DIRECÇÃO NACIONAL DE TERRAS.
Documento Relatório Anual do Programa GesTerra referente ao
ano de 2015.
Versão Final
Data 29 de Fevereiro de 2016
Consolidação
Coordenador
Gestor do SiGIT
Revisão Departamento do Plano e Administração e Finanças – DINAT
Departamento de Cadastro – DINAT
Departamento de Agrimensura – DINAT
Assistência Técnica para a Gestão e Finanças Públicas.
Assistência Técnica para a Gestão e Administração de Terras
Assistência Técnica para a Operacionalização do SiGIT
Aprovado
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Lista de siglas e abreviações
AT Assistência Técnica
CAP Comité de Aconselhamento do Programa
CENACARTA Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção
CP Comité do Programa
DINAT Direcção Nacional de Terras
DINAPOT Direcção Nacional de Planeamento e Ordenamento Territorial.
DNTF Direcção Nacional de Terras e Florestas
DPA Direcção Provincial de Agricultura
DPCA Direcção Provincial de Coordenação Ambiental
DUAT Direito de Uso de Aproveitamento da Terra.
EXI Engenharia e Comercialização de Sistemas Informáticos
FAO Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
FCT Fórum de Consulta sobre Terras
FUNAB Fundo do Ambiente
GesTerra Programa de Capacitação Institucional em Gestão e Administração de Terras da DINAT.
GRFCT Grupo de Reflexão do Fórum de Consulta sobre Terras.
INTIC Instituto Nacional das Tecnologias de Informação e Comunicação.
LGAF Quadro de Avaliação da Governação da Terra (na versão Inglesa).
LTR Regularização das ocupações de terras ( na versão Inglesa)
MAEFP Ministério da Administração Estatal e da Função Pública
MITADER Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural.
SWOT Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças (na versão Inglesa)
PDUT- Planos Distritais de Uso da Terra
PES Plano Económico e Social
PO 15 Plano Operacional de 2015
RDUAT- DUAT- resultantes do registo sistemático
SP Secretária (o) Permanente
SPGC Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro
SDAE – Serviços Distritais das Actividades Económicas. SDPI Serviços Distritais de Planeamento e infra-estruturas.
TDM Telecomunicações de Moçambique
TdR- Termos de Referência
UGEA Unidade de Gestão das Aquisições do Estado
VA Verde Azul
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Índice Lista de siglas e abreviações .......................................................................................................... 2
Lista de Tabelas ............................................................................................................................. 3
Lista de Figuras .............................................................................................................................. 4
Introdução ..................................................................................................................................... 5
Ponto de situação da implementação das actividades do PO 15. .............................................. 14
Resultado 1: Incremento da Capacidade Institucional ............................................................... 17
Resultado 2 : Optimização dos procedimentos de administração de terras. ............................. 28
Resultado 3- Operacionalização do SiGIT .................................................................................... 38
Resultado 4: FCT como plataforma de agenda e monitoria de políticas sobre a terra. ............. 53
Resultado 5: Maior sinergia entre processos de administração ................................................. 67
Resultado 6 - Mulheres, Comunidades e Pessoas Vulneráveis com Direitos sobre a Terra. ...... 68
Resultado 7- Monitoria, Avaliação e Reflexão sobre Questões de Terras. ................................. 68
Avaliação de desempenho das Assistências Técnicas ................................................................. 82
Estabelecimento de Parcerias ..................................................................................................... 85
Análise de riscos .......................................................................................................................... 89
Constrangimentos ....................................................................................................................... 91
Anexo- Matriz de Indicadores de Monitoria ............................................................................... 97
Lista de Tabelas
Tabela 1: Lista de Projectos e Sub-Componentes do Programa Terra Segura .............................. 8
Tabela 2: - Resumo dos principais elementos e benefícios do programa Terra Segura ............... 9
Tabela 3: Situação do cumprimento das condições de desembolso. ......................................... 15
Tabela 4: Ponto de situação das actividades planificadas - SiGIT ............................................... 39
Tabela 5: Progresso dos trabalhos realizados até 31 de Dezembro 2015 .................................. 42
Tabela 6: Realização de auditorias ao SiGIT ................................................................................ 49
Tabela 7: Re-calendarização das actividades no âmbito do LGAF. ............................................. 64
Tabela 8: Composição das equipas, locais e resumo das principais constatações das missões . 70
Tabela 9: Arrecadação de receitas no âmbito da cobrança de taxas de DUATs- 2014/2015 ..... 75
Tabela 10: Plano de acção para a implementação de um programa de assistência .................. 88
4
Lista de Figuras
Figura 1: Processos e Sub-Processos da Metodologia RDUAT e DelCom ................................... 10
Figura 2: Resumo das mudanças propostas no processo de atribuição de DUATs .................... 32
Figura 3: Sessão de Abertura do workshop do Projecto piloto .................................................. 35
Figura 4: Sessão plenária ............................................................................................................ 35
Figura 5: Trabalho em grupo – SiGIT ........................................................................................... 35
Figura 6: Trabalho em grupo descentralização ........................................................................... 35
Figura 7: Trabalho em grupo – metodologia técnica .................................................................. 35
Figura 8: A sala do laboratório do Sigit já funcional. ................................................................... 41
Figura 9: Registo de dados de processos no SiGIT ...................................................................... 45
Figura 10: Quantidade Total de Pedidos + RDUATS no SiGIT ...................................................... 46
Figura 11: Registos semestrais de dados dos processos no SiGIT ............................................... 46
Figura 12: Registo de incidentes do SiGIT ................................................................................... 47
Figura 13: Fluxograma do processo de procurement Fonte: UGEA ......................................... 93
Figura 14: Fluxograma do Mecanismo de Desembolso de Fundos............................................. 95
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Introdução
O presente relatório diz respeito às actividades implementadas pela DINAT no
âmbito do Programa GesTerra durante o ano de 2015.
O GesTerra é um programa de capacitação institucional da Direcção Nacional de
Terras. Este é financiado pelos Governos de Moçambique com 6. 044.064,00 USD
(seis milhões e quarenta e quatro Dólares Americanos), do Reino dos Países
Baixos com 8.820.000,00 USD (oito milhões e oitocentos e vinte mil Dólares
Americanos) e do Reino da Suécia, num montante de 7.000.000,00 (sete milhões
de Dólares Americanos), totalizando o montante global de 21.864.064,00 USD.
O Gesterra vem sendo implementado desde Agosto de 2013, tendo o seu término
previsto para Dezembro de 2017.
O exercício económico de 2015 iniciou em paralelo com o do novo ciclo de
governação em Moçambique que se estende de 2015 a 2019, na sequência da
realização das quintas eleições gerais em Outubro de 2014.
Decorrente da formação do novo governo, foi criado o Ministério da Terra, Meio
Ambiente e Desenvolvimento Rural. Com esta decisão se concentram as funções
de gestão e administração de terras debaixo da mesma instituição, o que
constitui uma oportunidade para a construção de uma visão integrada do sector
de terras.
Logo após a criação do novo ministério e da nomeação da respectiva Direcção,
foram definidas as principais prioridades do sector de administração de terras. As
referidas prioridades tem a ver com:
(i) Reflexão sobre a futura instituição de administração de terras em
substituição da DINAT; e,
(ii) Formulação do Programa de Regularização Sistemática de Terras
denominado Terra Segura.
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A execução destas duas actividades teve um forte apoio e esteve alicerçada na
capacidade contratada pela ex-DNTF no âmbito da implementação do programa
GesTerra. Especialistas e gestores contratados no âmbito do programa foram
integrados em grupos de trabalho mistos, ajudaram a dinamizar as discussões à
volta das duas actividades prioritárias acima mencionadas.
O programa Terra Segura preconiza o registo de cinco milhões de ocupações de
terra na base de dados do SiGIT, no horizonte de cinco anos. Para a concepção da
base conceptual, as metodologias técnicas e o orçamento do programa, foi
constituída uma equipa de nove técnicos, sendo três da DINAT, uma da EXI, Lda;
um da Verde Azul Consult Lda, e dois da Coordenação do GesTerra. No final do
processo, dois técnicos da iTC foram convidados a integrar a equipa, para apoiar
na definição da metodologia detalhada de delimitação das terras comunitárias.
Em resultado deste exercício, foram produzidos:
Documento de conceito do programa;
Documento-resumo do programa;
Orçamento detalhado do programa
Metodologia de regularização sistemática de parcelas individuais;
Metodologia de delimitação de terras comunitárias
Folhetos e brochuras sobre o programa;
O programa Terra Segura será implementado em 106 dos 150 que o país possui,
por provedores de serviços. Caberá às instituições públicas de administração de
terras, a monitoria, supervisão e controlo de qualidade.
Oito critérios foram utilizados para a selecção dos distritos prioritários:
• Corredores e Zonas Espaciais de desenvolvimento (Nacala, Beira, Limpopo, Lebombo);
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• Grandes Vales (Maputo, Limpopo, Búzi, Púngue, Zambeze, Licungo, Lúrio e Messalo);
• Imediações de grandes projectos de investimento;
• Distritos com acesso aos mercados urbanos;
• Zonas fronteiriças (Malawi, Zâmbia, Zimbabwe, África do Sul e Swazilândia);
• Zonas de reassentamento e ou de vulnerabilidade ambiental;
• Zonas com incidência (actual ou potencial) de conflitos de terras;
• Zonas de alta pressão demográfica e demanda da terra.
Como princípios orientadores do programa Terra Segura foi definido que as
actividades de planeamento territorial e as de regularização sistemática de terras
devem estar em total harmonia e que este abrangerá ocupações de terra (por
indivíduos ou comunidades) em regime de boa-fé e segundo as normas e
prácticas costumeiras.
Esta é a abordagem de intervenção defendida pelo GesTerra, que embora não
tenha sido testada em campo, como estava preconizado no seu Projecto-Piloto,
entretanto não implementado, apesar das principais linhas orientadoras do
projecto terem sido definidas no Workshop técnico realizado a 11-12 de Maio.
O supramencionado workshop, realizado na cidade de Maputo, tinha em vista a
definição de uma metodologia harmonizada para o trabalho de campo, no âmbito
do projecto- piloto. Suas principais conclusões e recomendações foram sendo
incorporadas nas várias ferramentas de planeamento do programa Terra Segura
e estão sendo implementadas durante a execução do programa.
O programa Terra Segura consiste de cinco componentes e dezasseis sub-
componentes conforme se ilustra na tabela1:
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Tabela 1: Lista de Projectos e Sub-Componentes do Programa Terra Segura
Projecto Sub-componentes
Gestão da Mudança • Estrutura Organizacional • Processos e Procedimentos • Capacitação • Sistema de Gestão
Regularização de DUAT Contratação e execução RDUAT
Fiscalização RDUAT
Monitoria e Supervisão
Delimitação de Terras Comunitárias Contratação e execução DelCom
Monitoria e Supervisão
Gestão do Ciclo de Vida da Infra-estrutura de SI e TI
• Serviços de TI • Gestão Aplicação SiGIT • Gestão de infra-estruturas de TI
Disponibilização e manutenção das Infra-estruturas de Apoio
Aquisições
Alocação
Supervisão
Manutenções
A par com a identificação de componentes e sub-componentes, foi feita a
identificação das actividades e tarefas, parcerias-chave, identificação dos ganhos
e mais-valias deste programa. No mesmo exercício, foi feito o mapeamento de
stakeholders do programa, tendo em vista a formulação e implementação de um
plano de comunicação e gestão de relações com estes, como se ilustra na tabela
2.
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Tabela 2: - Resumo dos principais elementos e benefícios do programa Terra Segura
A metodologia detalhada para a obtenção dos RDUAT, descreve cada uma das
oito etapas ou sub-processos que a compõem. Ela inclui também todas as
actividades quer de preparação do trabalho, quer de execução das actividades de
campo, bem como as relacionadas com o processamento dos dados recolhidos e
a tramitação do expediente ou processos até à emissão e entrega de DUATs
conforme ilustra o diagrama na figura 1.
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Figura 1: Processos e Sub-Processos da Metodologia RDUAT e DelCom
Fonte: metodologia RDUAT
A metodologia de Delimitação Comunitária (DelCom), desenvolvida de
forma conjunta entre a DINAT e a iTC segue o mesmo diapasão.
Durante o trabalho de harmonização da metodologia DelCom ficou claro
que a implementação em simultâneo desta com a da regularização de
parcelas individuais apresentava desfasamentos de tempo, etapas e
processos que poderiam interferir negativamente uma na outra,
contrariamente ao que inicialmente se preconizava. Foi recomendado a
Recolher Dados de Campo
Preparar, Educar e Sensibilizar
Comunidade
Mobilizar e Preparar
Planificar o Trabalho de Campo
Processar Dados em Gabinete e Proceder à
Devolução
Tramitar Título DUAT ou Certidão Comunidade
Entregar Documentação Legal
Fechar Trabalho de Campo e Registar
Lições
Planificar o Período de
Intervenção
Monitorar e Supervisar os
projectos
Avaliar e Fechar o período de
Intervenção
Executar os Projectos de
RDUAT
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implementação separada das actividades de obtenção de RDUAT das de
delimitação de terras comunitárias.
No que concerne à segunda prioridade, definida pela Direcção do MITADER, para
a DINAT, durante o ano em análise – a reflexão sobre a criação de uma entidade
para a gestão e administração de terras- foi criado um Grupo de Trabalho na
DINAT composto por cinco técnicos representando a DINAT, a Coordenação do
GesTerra e da empresa de assistência técnica Verde Azul.
O grupo de trabalho foi mandatado para estudar o contexto institucional actual,
identificando as lacunas, áreas de sobreposição e oportunidades, por forma e
conceber-se uma nova entidade responsável pela administração e gestão de
terras em Moçambique.
Assim, o grupo focalizou a sua acção na reflexão sobre os desafios do sector de
terras visando propor a criação de uma entidade pública de administração de
terras em substituição da DNTF, tendo sido produzidos os seguintes documentos:
Reflexão sobre a criação da entidade pública autónoma para a gestão e
administração de terras (Antecedentes, contextualização e justificação);
Análise da eventual integração do CENACARTA num Instituto Nacional de
Terras. (Factos preponderantes e situação actual, análise SWOT da
integração: forças, oportunidades, fraquezas e ameaças);
Organigrama da futura Instituição (Órgãos de Direcção, Direcções de
Serviços, Departamentos e Delegações Provinciais);
Organigramas e draft de descrição de competências (Organigrama
detalhado, organigrama simplificado, descrição de competências de cada
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Direcção de Serviços e dos Departamentos e Sectores directamente
subordinados à Direcção);
Draft do ante-projecto de decreto de criação do Instituto Nacional de
Terras e Estatuto Orgânico;
Draft da fundamentação técnica sobre a criação do INT;
O dossiê contendo a documentação acima mencionada foi submetido à
apreciação e consideração da Direcção do MITADER, para posterior submissão à
aprovação das entidades competentes, designadamente o Ministério da
Administração Estatal e da Função Pública e da Comissão Interministerial da
Função Pública.
A proposta de criação do INT foi rejeitada pela Comissão Interministerial da
Função Pública na base do argumento de que era prematura a sua criação. Como
plano B, o grupo de trabalho apresentou uma proposta de criação da Direcção
Nacional de Terras uma vez extinta a DNTF.
O trabalho consistiu na elaboração da proposta do organigrama estrutural e
funcional e do regulamento interno da nova Direcção Nacional de Terras,
adaptando-os aos objectivos estratégicos actuais e futuros da administração de
terras.
Em finais de Agosto o trabalho foi apreciado no Conselho Consultivo do MITADER
tendo sido feitas várias recomendações posteriormente incorporadas nos
documentos finais.
No mês de Setembro, em resposta aos comentários e sugestões do Ministério da
Administração Estatal e Função Pública, procedeu-se ao ajustamento e
fundamentação da proposta do organigrama estrutural e funcional e do
regulamento interno da nova Direcção Nacional de Terras.
A par do envolvimento na realização das actividades prioritárias emanadas da
Direcção do MITADER, a DINAT esteve também empenhada na implementação
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do Plano de Operacional de 2015 com o apoio das três empresas de assistência
técnica contratadas no âmbito da implementação do programa GesTerra, nas
quatro áreas prioritárias do programa, a saber:
Reforço da capacidade da DINAT de formular e monitorar a implementação
de políticas de terras através de acções de recrutamento, capacitação e
retenção de técnicos;
Consolidação do processo de operacionalização do SiGIT;
Reforço dos direitos de posse de terra em harmonia com o processo de
planeamento do uso da terra e respeitando os aspectos de equidade do
género e sustentabilidade;
Apoio ao debate político sobre terras no âmbito do funcionamento do
Fórum de Consulta sobre Terras (FCT).
Para a implementação do Plano Operacional de 2015, o II Encontro do Comité do
Programa GesTerra, realizado a 12 de Fevereiro, aprovou o Plano Global de
Operações 2015-2017; Plano Operacional 2015, Orçamento detalhado, Plano de
Tesouraria e o Plano de Procurement.
Com a aprovação destes instrumentos de gestão do programa, estavam criadas
as condições para a disponibilização dos recursos financeiros solicitados pela
DINAT, para a execução das actividades planificadas em 2015. Todavia, a
comparticipação do Estado foi substancialmente reduzida, comparativamente
aos anos anteriores, em consequência da desanexação da ex-DNTF do Ministério
da Agricultura e Segurança Alimentar.
Ainda assim, o ritmo de implementação foi afectado pela ainda fraca capacidade
humana existente nos sectores da DINAT. Em momentos cruciais do processo de
implementação das actividades do plano, foi constatado que os sectores não
tinham pessoal suficiente para a implementação das actividades. Os sectores
mais afectados pela falta de recursos foram os do Plano e Normação e Controlo.
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Este último tinha apenas uma técnica da área de terras. O cenário se repete,
embora em relativamente menor escala, nos Departamentos de Cadastro e de
Administração e Finanças.
Em resposta a este constrangimento, a DINAT solicitou aos financiadores do
GesTerra, autorização para o uso de parte dos recursos do programa, para o
reforço da capacidade da instituição, pela via de contratação de 42 técnicos para
afectação na DINAT (23 técnicos) e SPGCs (19). Esta é uma solução julgada
adequada para a solução do problema na ausência de um Plano de
Desenvolvimento Institucional e de Recursos Humanos.
A formulação do Plano de Desenvolvimento Institucional e dos Recursos
Humanos da DINAT, não foi realizada em 2015 devido ao trabalho de
reestruturação encetado pelo MITADER. Espera-se que esta actividade seja
realizada em 2015.
Ponto de situação da implementação das actividades do PO 15.
A implementação das actividades e sub-actividades do programa GesTerra
decorreu em observância às quatro principais áreas de intervenção e em linha
com o Plano Global de Operações do programa.
Deve-se contudo realçar que algumas actividades como o Projecto-piloto
(DelCom) e o LGAF não foram nos moldes inicialmente previstos, com impacto no
orçamento. Como tal, a DINAT preparou e submeteu aos financiadores do
GesTerra, uma proposta de reprogramação orçamental que foi submetida à
apreciação e aprovação do III encontro do Comité do programa, realizado no dia
30.11.2015.
Estas duas actividades e outras que constam da lista das condições de
desembolso tiveram prioridade máxima no processo de implementação, sem
prejuízo para as demais, cuja realização iria contribuir para o alcance dos
objectivos globais do programa. No que diz respeito às condições de desembolso,
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a DINAT solicitou a retirada da matriz, de 2 dos 13 indicadores de desembolso,
(vide lista completa na tabela 3), depois do III encontro do Comité do GesTerra,).
Trata-se dos indicadores:
Preparação para a execução de funda via CUT é iniciada em Janeiro 2016;
Preparação é completada de forma a permitir a execução dos fundos no e-
SISTAFE e com a DNTF com plano de contas aprovado pelo Ministério das
Finanças.
Espera-se que em 2016, haja uma decisão formal sobre a proposta formulada
pela DINAT.
Tabela 3: Situação do cumprimento das condições de desembolso.
Condições para o desembolso de fundos pelos Parceiros conforme os Acordos.
Natureza do
Indicador
Ponto de Situação
Fase Inicial Preparação do Plano e Orçamento de Operações detalhado e com base em actividades para o período 2014 – 2017
Financeiro Actividade realizada e reportada
Estudo de Base, Quadro de Avaliação Governação de Terras (LGAF) e Auditoria Social e de Género conduzidos e constatações utilizadas para a revisão da Matriz de Resultados e de forma a passar a incluir indicadores SMART
Técnico O quadro de resultado foi preparado no I Semestre de 2015 e já apresenta indicadores sensíveis ao género. O Ajustamento aos resultados do LGAF só será possível após a conclusão do LGAF no I Semestre de 2016.
Plano Director LIMS concluído
Técnico Actividade parcialmente realizada. Ver detalhe no relatório semestral.
Ano de 2014
Capacidade interna para planificação, monitoria, controlo interno e procurement é fortalecida.
Financeiro Actividade parcialmente realizada.
Ver detalhe no presente relatório e no relatório de actividades.
Preparação é completada de forma a permitir a execução dos fundos no e-SISTAFE e com a DNTF com plano de contas aprovado pelo Ministério das Finanças
Financeiro Actividade pendente. Ver detalhe no presente relatório.
Actividade replanificada para 2016.
Acções do Plano Director para a implementação do LIMS são aprovados e
Técnico Actividade pendente. Ver detalhe no relatório semestral.
Actividade replanificada para o Semestre II de 2015.
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integrados no Plano e Orçamento 2014 e anos subsequentes
Mecanismo de financiamento competitivo para a descentralização do registo de terra é desenhado e lançado
Técnico Enquadrado no pacote de documentos em preparação no
âmbito do Programa Terra Segura.
O ponto de situação da governação da terra (com base no LGAF) é discutido no Fórum Consultivo de Terras para que se crie consenso sobre as áreas de recomendação prioritária e entre todos os actores chave envolvidos
Técnico Actividade em processo de arranque por não ter sido possível contratar o Coordenador do Estudo na modalidade possível – o ajuste directo. Este exercício será realizado entre o II Semestre de 2015 e o I Semestre de 2016.
Ano de 2015
Plano e Orçamento da DNTF é preparado de acordo com as regras do Estado e incluindo o orçamento / custeamento do LIMS a nível da DNTF e nacional
Financeiro Actividade parcialmente realizada. Os planos e orçamentos e bem assim a execução do Programa estão alinhados com as regras do Estado, excepção feita para a contabilização e reporte dos fundos do programa e bem assim a auditoria.
Preparação para a execução de funda via CUT é iniciada em Janeiro 2016
Financeiro Actividade pendente. Ver detalhe no presente relatório.
Actividade replanificada para 2016.
1. Procedimentos são aprovados para o sistema de informação geográfico do LIMS para que esteja acessível ao público
Técnico Actividade parcialmente realizada e pendente.
Ver detalhe no presente relatório. Actividade replanificada para Semestre II de 2015. Numa primeira fase o público pode ter acesso a seguinte informação estatística:
Número de processos entrados por província e a área correspondente;
Número de processos autorizados por província e a área correspondente;
Número de processos em tramitação por província e área correspondente;
Número de processos por finalidade, por província e as áreas correspondentes;
Mapas das ocupações sem os atributos.
O FCT mostra uma participação crescente por parte da Sociedade Civil e Sector Privado.
Técnico Em 2014, 249 pessoas participaram na VII Sessão do FCT sendo 123 das Instituições Públicas e 126 dos parceiros não estatais (Sector Privando-24; Sociedade Civil-29 e das comunidades- 73). Quase metade dos participantes são representantes das instituições do Estado e ainda assim representa uma melhoria relativamente ao cenário anterior a 2013 onde mais metade dos participantes eram representantes do Estado.
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Como foi acima mencionado, a situação de implementação da maioria das
actividades que constam das condições de desembolso é satisfatória, havendo
algumas já concluídas.
No cômputo geral, foi empreendido um enorme esforço no sentido de assegurar
o cumprimento integral das actividades constantes do Plano Operacional (PO) de
2015, apesar das complexidades institucional e organizacional em que o GesTerra
está sendo implementado. A seguir se apresenta o ponto de situação de cada
uma das 84 sub-actividades que integram o PO 15:
Resultado 1: Incremento da Capacidade Institucional
Actividade 1.1- Melhorar a qualidade de prestação de serviços
Esta actividade consiste de sete subactividades, nomeadamente:
1.1.1.- Capacitação de Técnicos da DINAT e SPGC em novas metodologias e tecnologias de Gestão e Administração de Terras:
Trata-se de uma capacitação que visa reforçar as competências e habilidades
dos técnicos da DINAT e dos SPGC em técnicas de mapeamento e
georeferenciamento, GIS, procedimentos legais e administrativos e outros
tópicos da área de administração de terras. Previa-se que o curso fosse
financiado por recursos próprios da DINAT com a assistência técnica dos
Provedores de Serviço contratados no âmbito do Programa GesTerra.
Alterações são efectuadas ao quadro regulatório ou institucional no seguimento das recomendações efectuadas pelo exercício de LGAF (incluindo a aprovação da reforma fiscal da terra)
Técnico Condicionado à conclusão do LGAF prevista para o I Trimestre de 2016.
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Todavia, em Março de 2015, a DINAT submeteu uma proposta de projecto à
NUFFIC, uma organização do Reino de Países Baixos, que apoia a criação de
capacidade em todo o mundo, que foi aprovada em finais de Abril.
Esta formação surge da necessidade de proporcionar aos novos técnicos, uma
oportunidade para interagirem com profissionais de administração de terras
com experiência de Campo e de se familiarizar com as normas e
procedimentos vigentes no sector.
Participaram no curso 34 formandos e 4 formadores (3 da International
Trainning Center e 1 da Kadaster International), dos 25 planificados, o que
corresponde a um cumprimento de 36%. A participação feminina foi de 12
formandas, correspondendo a 34% do total de participantes. Foram
ministradas matérias atinentes ao método Fit-for-Purpose para o registo
sistemático de terras o que constitui um valioso contributo à implementação
célere do programa Terra Segura.
1.1.2- Formulação do Plano de desenvolvimento institucional e de Recursos Humanos.
Este plano visa contribuir para o incremento da Capacidade Institucional da
DINAT e dos SPGCs, pela via da definição das funções e avaliação das
competências existentes e necessárias por forma a formular-se um plano de
acção para a mitigação de eventuais défices de competências.
Estando a DINAT em reestruturação desde que foi criado o MITADER, o plano
de desenvolvimento institucional não foi ainda formulado aguardando-se pela
conclusão do processo de reestruturação da DINAT. Todavia, com a realização
da Análise Funcional do MITADER com enfoque na DINAT, em 2015, esta
actividade será reavaliada em 2016 para se aferir a relevância da formulação
deste plano, nos moldes inicialmente propostos. Mantendo-se relevante, o
plano será realizado, sob a coordenação da MB Consulting.
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1.1.3-Capacitação de novos técnicos em Gestão e Administração de Terras
A DINAT desencadeou um processo de contratação de técnicos para 42
posições sendo 23 de nível central e 19 para os SPGCs. Trata-se de Juristas,
Topógrafos, Cartógrafos, Técnicos de TICs, Economistas e técnico de
comunicação.
O processo de contratação preconizava a selecção, indução, assinatura de
contratos e afectação aos respectivos sectores da DINAT e SPGCs.
Foi aberto solicitando a apresentação de candidaturas e obdedecendo às
normas de funcionamento do aparelho do Estado. Das cerca de quatrocentas
candidaturas, foram seleccionadas as 42 desejadas pela DINAT.
Um programa de indução foi preparado para os candidatos seleccionados, por
forma a expô-los às normas e procedimentos do sector. Foram ministradas
matérias sobre:
Legislação sobre a terra e outros recursos naturais;
Estatuto Geral dos Funcionários do Estado;
Introdução ao processo de elaboração do PES e relatórios periódicos;
Fases da tramitação processual para a aquisição do DUAT;
Introdução à miticação e resolução de conflitos.
O curso foi ministrado por técnicos internos (DINAT) e externos (MASA) e acredita-se
que este tenha preparado os seleccionados para o início da actividade profissional.
1.1.4- Curso de planificação baseada nos resultados.
Esta formação teve lugar na cidade de Nampula, de 23 a 27 de Março último
e tinha em vista harmonizar conceitos e práticas de planificação tendo
presente a necessidade de ligar as actividades planificadas a um resultado.
Participaram nesta acção de planificação, 23 elementos dentre alguns chefes
de departamentos, chefes dos SPGCs e técnicos ligados ao processo de
planificação quer ao nível central quer ao das províncias.
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A abordagem utilizada na ministração do curso foi de aprender, fazendo e
encorajou-se a aplicação dos conceitos a casos concretos de planificação de
projectos de interesse para os participantes.
A mais-valia desta acção de formação foi de ter criado as condições para a
DINAT e os SPGCs embarcarem para uma nova abordagem de planificação,
virada para o alcance dos resultados. Os participantes trabalharam em casos
concretos de planificação, que consistiam na preparação das suas propostas
de planos e orçamentos para 2016.
Foi reconhecido que o curso cria as bases para a simplificação e facilitação do
dos processos de planificação referentes ao 2016 e vindouros, pela via de
identificação clara de actividades com potencial de gerar resultados.
1.1.6-Auditoria administrativa e financeira
A Auditoria Administrativa e Financeira é uma actividade rotineira (anual) e visa
capacitar a DINAT em matéria de gestão transparente de recursos públicos e na
prestação de contas.
Em 2015, esta foi realizada por extensão ao contrato então existente, com a
Delloite, visando a realização da auditoria referente ao ano de 2014. O relatório
validado pela DINAT foi submetido às Embaixadas no dia 31 de Julho de 2015 e
mereceu os devidos comentários e anotações no III encontro da CP.
1.1.7-Manutenção de equipamentos e instalações;
Esta actividade foi iniciada, com a elaboração das especificações técnicas
necessárias à contratação do Provedor de Serviços para a realização dos
trabalhos de manutenção do equipamento informático da DINAT.
Todavia, por decisão da direcção da DINAT, a abordagem de contratação foi
reavaliada, processo de que resultou o não lançamento do concurso, devido à
necessidade de integrar a prestação destes serviços no contexto da assistência
ao SiGIT.
21
Actividade 1.2- Contrato de Assistência Técnica para a Gestão de Finanças Publicas (MB Consulting, AT-GFP).
Este contrato visa assegurar à DINAT, assistência na planificação, gestão
financeira e patrimonial sendo as principais linhas de força, as seguintes:
1.2.1- Apoiar a preparação de orçamentos
Esta actividade está enquadrada no processo de planificação referente ao ano
de 2016 e iniciou com a formulação do Guião de Planificação. O Guião de
Planificação representa, por assim dizer, uma ferramenta no qual os SPGC, os
departamentos da DINAT e o outro pessoal que participa no processo de
planificação, se apoiam na realização do exercício de planificação.
1.2.2- Capacitação da DINAT visando a médio prazo, assumir a gestão do programa.
Na DINAT, o processo de capacitação é contínuo e baseia-se na abordagem de
aprender fazendo, no local de trabalho, com o apoio dos especialistas das
empresas de assistência técnica contratadas para o efeito. Espera-se que
durante a vigência do programa GesTerra, os técnicos e gestores da instituição,
assimilem métodos e atitudes de trabalho conducentes à melhoria gradual da
gestão do programa e da DINAT em geral.
Para que este objectivo seja realizável, é necessário que os técnicos da
instituição estejam na vanguarda e as equipas de assistência técnica à
retaguarda dos processos de trabalho.
1.2.3- Assistir a realização de auditorias.
Os técnicos do DAF da DINAT e da MB Consulting acompanharam a acção de
auditoria realizada em 2015. Isto envolveu, o seguimento do trabalho dos
auditores para assegurar que a qualidade do trabalho e os prazos não fossem
comprometidos.
Ainda assim, o arranque tardio da auditoria não permitiu a desejada
intensidade de interacção entre os técnicos da DINAT, da MB Consulting e os
22
auditores. O envolvimento das embaixadas, no final do processo de autoria,
completa o triângulo de interacção (Auditor-DINAT-Financiadores) sendo que
as suas inquietações e constatações destas têm ajudado sobremaneira a
alinhar os interesses e expectativas das três partes.
Actividade 1.3 -Assistência para a Gestão e Administração de Terras (Verde
Azul, (AT-GAT)
O contrato de Assistência Técnica em Gestão e Administração da Terra
assinado entre a DINAT e a empresa Verde Azul Consult, Lda foi revisitado
durante os meses de Abril e Maio de 2015. O exercício visava adequá-lo às
mudanças institucionais ocorridos na DINAT incluindo, novas designações
bem como avaliar e identificar eventuais fraquezas que tenham surgido
durante a execução nos 12 meses anteriores, tendo em vista a sua
correcção.
Durante as discussões, a DINAT mostrou preocupação quanto à não
provisão da vaga de Especialista de Administração de Terras, tão
importante quanto indispensável para a instituição responder aos desafios
que se lhe colocam actualmente. Este constrangimento ficou no entanto
ultrapassado com a afectação do Sr. André Pinheiro, Engenheiro Geógrafo
à DINAT onde tem dado valiosa contribuição aos Departamentos de
Agrimensura e de Cadastro.
A sua efectividade começou a 11 de Novembro de 2015 e está disponível
durante quatro dias por semana, o que corresponde a 80% de efectividade,
que pode aumentar após o fecho do projecto ProMaputo em que se
encontra parcialmente afecto, desde que haja acordo entre as partes-
DINAT e Verde Azul Consult, Lda..
O problema de falta de líder da equipa de implementação, dentro da
assistência técnica foi também discutido, havendo de ambas as partes, a
consciência da necessidade de indicação deste elemento por forma a
23
garantir a fluidez de comunicação necessária, dentro da equipa, entre os
níveis central e provincial e entre o Provedor de Serviços e a DINAT
enquanto cliente.
O ponto de situação da adopção das principais linhas de força do contrato
é o seguinte:
1.3.1- Apoio ao Desenvolvimento Institucional.
A implementação desta subactividade é da responsabilidade do
Especialista do Desenvolvimento Institucional coadjuvado pelos peritos
regionais e das províncias e visa apoiar a DINAT na criação de capacidade
de planificar e gerir as suas actividades.
A sua actuação na coordenação com as províncias e na sistematização da
informação foi crucial para assegurar fluidez de comunicação entre os
níveis central e provincial. Por outro lado, a participação de especialista
em vários grupos de trabalho tem contribuído para a partilha de
experiência com os técnicos da instituição, constituindo isso uma mais-
valia para a DINAT;
1.3.2- Apoio à Administração de Terras.
Conforme foi acima referido, a não provisão da vaga de Especialista de
Administração de Terras constitui um constrangimento para o debate
técnico actualmente em curso na DINAT.
Esta função é crucial para a implementação bem-sucedida do programa
Terra Segura.
1.3.3- Apoio à Comunicação e Consciencialização Social.
24
Os dois especialistas de comunicação contratados no âmbito da
implementação do GesTerra rescindiram os seus contratos com a Verde
Azul durante o período em análise. Trata-se dos técnicos responsáveis pela
comunicação e imagem institucional e a da educação e sensibilização
pública, que rescindiram seus contratos em Julho e Outubro,
respectivamente.
Esta situação constitui um revês para a DINAT face aos planos existentes
para a criação de uma unidade de comunicação. Indício disso é o facto do
técnico de comunicação em processo de contratação não ter encontrado
uma base de apoio para a sua integração.
Não obstante isso, os especialistas de comunicação da Verde Azul, foram
determinantes na execução das seguintes actividades:
Desenho da página Web da DINAT que aguarda conclusão e
lançamento;
Apoio na organização do Workshop técnico que discutiu a
metodologia de registo sistemático de terras
Contribuição na formulação do programa Terra Segura e na
elaboração nas respectivas metodologias de campo;
Produção do Guião sobre a Estratégia do Género;
Revisão da Estratégia de comunicação e preparação dos
instrumentos técnicos para a operacionalização desta.
Apoio na implementação das actividades do FCT em estreita
colaboração com o Secretariado deste órgão e o Especialista de
Politica de Terras da equipa de assistência técnica.
1.3.4- Apoio aos Serviços Técnicos de Cadastro.
Na ausência do Especialista de Administração de Terras, o do
Desenvolvimento Institucional coordenou o trabalho de campo destinado
à recolha de dados para a correcção dos processos do histórico de pedidos
25
de DUATs. Esta acção, limitada pela exiguidade de recursos, é crítica para
o pleno funcionamento do SiGIT já que permite o aumento de conversão
de dados existentes no sub-sistema para o sistema.
1.3.5- Apoio à Operacionalização do SiGIT.
O papel da Verde Azul na operacionalização do SiGIT será adequadamente
tratado em secção própria deste relatório. Todavia, vale a pena recordar
que já é de consenso que, dada a limitada capacidade humana nos SPGCs,
os Técnicos de Sítio contratados pela Verde Azul e afectos aos SPGC no
âmbito deste projecto, têm sido o garante da operacionalidade do sistema.
Mesmo com esperada afectação de mais dois técnicos em cada SPGC,
financiados nesta fase, pelo programa, os Técnicos de Sítio continuarão a
providenciar a assistência técnica necessária ao funcionamento do SiGIT,
pela via da capacitação contínua dos novos e antigos técnicos.
Todavia, torna-se necessário a manutenção de uma discussão permanente
sobre como será mantido o ritmo e as rotinas de trabalho assim que o
contrato de assistência técnica expirar. Isso porventura evitará a repetição
dos erros do passado, em que os sistemas, processos e procedimentos
adoptados no âmbito de a implementação de iniciativa de apoio
financiada com recursos externos não tiveram continuidade devido à falta
de preparação atempada da mudança.
Actividade 1.4 - Participação em eventos internacionais
1.4.1- Participação na Reunião do LGAF e Conferencia de Terras do Banco
Mundial.
Conforme planificado, duas colaboradoras da DINAT participaram, na
Conferência Anual do Banco Mundial e no encontro do Land Governance
Assessment Framework (LGAF).
Trata-se das senhoras Teresina Pascoal, Chefe do Departamento de Agrimensura
e Odete Mugumela, Jurista, afecta ao Departamento do Cadastro da DINAT.
26
A reunião do LGAF realizou-se no dia 23 de Março e nela foram apresentados
temas sobre estudos realizados neste âmbito do LGAF pelos respectivos
Coordenadores Nacionais, representando os seguintes países: Georgia, Vietnam,
Uganda, Senegal, Mauritania, Burundi, Etiopia, Kenya, Rwanda, Serra Leoa,
Tanzânia e India
No evento foram apresentados e discutidos, dentre outros, os seguintes
assuntos:
Experiências da implementação do LGAF;
Garantia da qualidade do processo;
Garantia da qualidade e substância dos resultados;
Impacto crescente decorrente da adopção do LGAF;
Monitoria da evolução e o impacto do LGAF;
Monitoria da implementação das Leis de Terras;
Melhoramento do LGAF e a necessidade do acompanhamento;
A necessidade de introduzir Inovações no processo.
Por outro lado, Conferência do Banco Mundial teve lugar de 24 a 27 de Março e
as representantes da DINAT mostraram-se interessadas em acompanhar as
discussões à volta dos seguintes áreas temáticas, tendo participado nas
discussões:
Incremento da sensibilidade sobre os direitos das mulheres à terra;
Integração das lições aprendidas na concessão de grandes áreas para
investimentos, nas políticas nacionais;
Opções institucionais param as instituições de administração de terras;
Metodologia para a monitoria sistemática do impacto da exploração de
áreas extensas;
A administração de terras e segurança de posse;
Pesquisas em terras comunitárias e conflito de terras;
A escolha destas áreas temáticas reside no facto de estas serem relevantes e
actuais para o nosso país e constituir uma oportunidade para a criação de massa
crítica nosso de terras assente na necessidade de, gradualmente, Moçambique ir
27
adoptando as melhores práticas internacionais, no âmbito da gestão e
administração de terras.
Já é de consenso que a participação de técnicos do sector de terras, não apenas
do sector público, mas também de instituições parceiras, em eventos
internacionais, é uma realidade que está no ponto de não-retorno. Cabe agora às
instituições, assegurar a inscrição dessas actividades nos seus planos anuais e
orçamentos, visando a sua institucionalização em oposição à abordagem
projectizada que actualmente se observa. Por outro lado, isso irá assegurar a
disponibilidade de recursos no momento em que eles forem necessários.
1.4.2-Participação no Land Fórum (LANDAC) na Holanda.
Esta conferência se realizou na cidade de Utrecht, Reino dos Países Baixos, de 06
a 12 de Julho de 2015, tendo nela participado cerca de mil delegados de todo o
mundo.
Da DINAT, foram indicados os senhores Jacinto Tualufo, Chefe do Departamento
do Cadastro da DINAT e Lourenço Jorge Chambela, Chefe dos SPGC de
Inhambane, para participarem na conferência.
Como foi mencionado no ponto anterior, a participação destes técnicos neste
evento, proporcionou uma oportunidade única de se exporem às abordagens
inovadoras que têm sido adoptadas no mundo inteiro. Especialistas de terras
provenientes das academias, do sector público, empresarial e das organizações
da sociedade civil, partilharam os resultados das suas realizações nas áreas de
administração de terras, mapeamento e gestão da terra e de outros recursos
naturais, o que torna o evento relevante para Moçambique.
Na altura em que a DINAT se encontra empenhada na sua reestruturação e
modernização e confrontada com enormes desafios operacionais, a existência de
quadros detentores de novas ideias pode constituir um factor crítico de sucesso.
28
Resultado 2 : Optimização dos procedimentos de administração de terras.
Actividade 2.1- Reforço da Capacidade de Normação e Fiscalização de
Terras.
2.1.1- Disseminação do Plano Operacional de Fiscalização de Terras (POFT)
2014-2018 aos SPGCs e outros intervenientes e capacitação em matérias
de legislação e procedimentos para fiscalização de DUAT.
No primeiro semestre de 2015 foi finalizada a elaboração do Plano Operacional
de Fiscalização de Terras (POFT) 2014-2018. A sua implementação efectiva requer
que o mesmo seja divulgado entre os diferentes intervenientes e que estes sejam
capacitados para o efeito.
Não tendo sido capacitados, em 2015, as 40 pessoas inicialmente previstas para
o acto, entre técnicos dos SPGCs, SDAE e outros intervenientes, nas matérias
relacionadas com a implementação do referido plano, serão capacidadas em
2016. A não capacitação dos técnicos deveu-se à conclusão tardia dos estudos e
à reforma institucional do MITADER.
2.1.2 Realização de trocas de experiências na execução da actividade de fiscalização entre SPGCs.
Um dos objectivos de programa é o de aumentar o nível de fiscalização do
cumprimento dos planos de exploração pelos titulares de DUAT formais de
média e grande dimensão
Todavia, após a apresentação dos pedidos de requisição de fundos, pelos
SPGC, e face à avaliação superiormente feita, resultou que nenhum pedido
foi autorizado por se achar que as actividades eram irrelevantes para o
alcance dos objectivos preconizados.
29
A não realização desta actividade com os fundos do GesTerra e dada a
exiguidade de fundos do Orçamento do Estado tem como impacto o
desconhecimento da actividade dos titulares de DUAT e a existência de
lacunas nas estatísticas sobre o uso e aproveitamento da terra.
2.1.3 Fiscalização dos planos de exploração de DUATs pelos SPGC.
Similarmente ao ponto anterior, esta actividade não foi realizada pelas
razões acima expostas.
2.1.4 Monitoria das actividades de fiscalização levadas a cabo pela DINAT.
Igualmente, esta actividade não foi realizada pelas razões acima expostas.
Como consequência disso, a DINAT perdeu a liderança da coordenação do
processo de fiscalização de terras em Moçambique, ao longo de 2015. As
poucas acções que tiverem sido realizadas, se alguma, terão sido
realizadas pelos SPGC, usando os recursos dos Governos locais.
2.1.5 Divulgação da Legislação de Terras os Governos provinciais, distritais e municípios.
Esta subactividade visava elevar o conhecimento dos titulares de cargos
públicos a nível local e com responsabilidades na administração e gestão
de terras, em matéria de legislação de terras e de procedimentos sobre a
tramitação de processos para a atribuição de DUATs.
Após uma avaliação da sua relevância para o cumprimento dos
objectivos/resultados globais da DINAT, esta actividade foi cancelada e os
seus recursos, realocados a novas prioridades.
2.1.6 Revisão da Legislação sobre Terras
Desde a aprovação da Lei de Terras em 1997 e do respectivo Regulamento
em 1998, várias alterações e medidas restritivas pontuais foram sendo
introduzidas para ajustar diferentes aspectos da sua implementação. Em
2015, previa-se uma revisão pontual à lei (incluindo o Anexo Técnico)
30
visando acomodar vários aspectos de implementação que, ao longo do
tempo têm clamado pela introdução de melhorias.
Este trabalho deveria ter sido conduzido pelos juristas da DINAT assistidos
pelo Perito de Desenvolvimento de Políticas da equipa de Assistência
Técnica para a Gestão e Administração de Terras.
O cancelamento das actividades do projecto-piloto e o foco na
reestruturação da DINAT, tornaram esta actividade impraticável.
Actividade 2.2 - Conclusão da auditoria de todos os licenciamentos de terra e dos procedimentos de solicitação de terras a nível nacional.
Esta actividade transitou para o plano operacional de 2015 e foi concluída
no primeiro semestre de 2015.
2.2.1- Conclusão do estudo sobre a simplificação dos procedimentos de tramitação processual.
Conforme foi oportunamente referido, este trabalho transita do plano
operacional de 2014 e após re-calendarização apresentada pelo consultor,
a empresa Verde Azul Consult Lda, face aos atrasos verificados na
realização do estudo, foi possível proceder-se à conclusão do estudo.
As principais constatações do estudo foram:
Pluralidade de instituições envolvidas na tramitação de processos;
Requerentes com problemas de elaborar planos de exploração;
Consultas comunitárias dependentes da agenda do administrador;
Consultas comunitárias com fraca representatividade;
Morosidade na apreciação e aprovação dos pedidos pelas entidades
competentes. Despacho do Governador demorado;
Processos com falta de dados e falta de indicadores sociais,
ambientais e económicos. Fraca operacionalização da resolução
70/2008;
31
Atraso observado na tramitação de documentos que vêm do CPI;
Pressão a nível central para a submissão dos pedidos acima de 1.000
hectares à socialização dos membros do Conselho de Ministros;
Pareceres das entidades superintendentes às vezes vagos e muito
gerais;
Baixos valores pagos às comunidades pela sua participação nas
consultas comunitárias;
Valores altos de ajudas de custos devido a um elevado número de
membros da equipa do governo;
Reduzida capacidade institucional (falta de recursos humanos,
meios materiais e equipamentos)
Recomendações
Conjugar um maior número de actividades para reduzir tempo
(comunicação ao administração do distrito da intenção do
requerente; reconhecimento da área pretendida; confirmação da
disponibilidade da área pretendida; desenho do esboço de
localização e preenchimento do formulários);
Marcação da data da consulta comunitária, de forma atempada (15
dias para as áreas de competência do governador e 30 dias para as
áreas de competência do conselho de ministros);
Dez (10) dias após a consulta comunitária, começa o prazo de 90
dias para a tramitação (na figura 2, abaixo se apresenta o sumário
das mudanças propostas a nível local);
32
Figura 2: Resumo das mudanças propostas no processo de atribuição de DUATs
a nível Central, Provincial e Distrital.
Fonte: Relatório do estudo sobre a tramitação processual
2.2.2- Monitoria das actividades do Provedor de Serviços.
Para a conclusão do estudo, contribuiu bastante a estratégia adoptada
pelo consultor, de obter as validações e os inputs do Focal Points da DINAT
e dos SPGC antes de avançar para a etapa seguinte do estudo.
Esta abordagem facilitou a análise e emissão atempada de pareceres sobre
os relatórios submetidos pelo consultor, evitando atrasos e tornando, por
conseguinte, o processo de aprovação mais célere.
2.2.3- DRAFT do Relatório do estudo apreciado pelo Colectivo de Direcção
Por razões de reestruturação do MITADER/DINAT o colectivo de direcção
da DINAT foi dissolvido não tendo sido feita a apresentação dos resultados
33
do estudo aos membros do Colectivo de Direcção da DINAT, conforme
inicialmente previsto.
A não realização desta actividade obrigou à não realização das actividades
2.2.4 e 2.2.5, de que tem precedência.
2.2.4- Apresentação do DRAFT do estudo ao Grupo de Reflexão do Fórum de
Consulta sobre Terras (GRFCT).
Conforme mencionado no ponto anterior esta sub-actividade não foi
realizada.
2.2.5- Submissão do Relatório do estudo ao Ministério da Terra, Ambiente e
Desenvolvimento Rural.
Esta actividade não foi realizada pelas razões acima mencionadas.
Actividade 2.3 - Criar condições para a aplicação de uma metodologia
melhorada de Delimitação de terras por todos os funcionários e agrimensores
ajuramentados.
Um trabalho preparatório da implementação do projecto-piloto (DELCOM)
foi realizado na DINAT com o envolvimento do CENACARTA, INFATEC e
DINAPOT e dos SPGC, pela via de troca de ideias e realização de encontros
técnicos. Adicionalmente, realizou-se o nos dias 11 e 12 de Maio de 2015,
o workshop de definição das metodologias RDUAT e DelCOM.
Com esta abordagem, pretendia-se assegurar prevenir atropelos à
legislação diversa sobre terras e o seu envolvimento activo na fase de
implementação da metodologia em campo.
2.3.1 Realizar a actividade de desenvolvimento de metodologias para a
combinação de ordenamento básico, delimitações comunitárias e registo
sistemático da terra (piloto).
34
Por se encontrar em situação de conflito de interesses, o consórcio tripartido
liderado pela empresa Verde Azul Consult Lda, foi impedida de implementar
o projecto-piloto. Não tendo havido acordo entre os dois restantes membros
do consórcio e o novo líder do consórcio por eles escolhido, foi decidido que
a implementação do projecto-piloto seria feita pela DINAT, usando recursos
existentes a nível central, provincial e distrital.
Como ponto de partida, foi realizado workshop destinado à sistematização
de ideias, abordagens e experiências, no âmbito da gestão e administração
de terras em Moçambique e em África.
Foi neste contexto que decorreu entre os dias 11 e 12 de Maio de 2015 na
cidade de Maputo, o Workshop subordinado ao tema: “opções e abordagens
metodológicas para uma regularização das ocupações de terras custo-
efectiva”.
O evento tinha como objectivo promover um debate inclusivo visando avaliar
as diferentes opções de regularização das ocupações de terras por forma a
definir uma metodologia harmonizada de gestão e administração de terras
que fosse custo-efectiva e testável em campo durante a fase piloto.
Participaram no evento 65 pessoas, entre quadros do MITADER a nível
central, Chefes dos Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro, membros
das equipas de Assistência Técnica, representantes da Sociedade Civil, do
Sector Privado e Parceiros de Cooperação.
Participaram também especialistas convidados de Lesotho e do Ruanda com
grande experiencia na área de gestão e administração de terras em particular
no processo de regularização sistemática das ocupações de terras com base
em abordagens de custo -efectivas.
35
O Workshop permitiu a construção de um entendimento comum de que as
abordagens Fit-for-Purpose eram a opção acertada para o país atingir as
metas de registo de terras a que se propõe.
O principal resultado do encontro foi a definição de uma base de trabalho de
campo que é a combinação da imagem satélite de alta resolução com o geo-
referenciamento, dentro da razoabilidade de custos.
As imagens a seguir reportam os vários momentos do workshop.
Figura 6: Trabalho em grupo descentralização Figura 7: Trabalho em grupo – metodologia técnica
Figura 3: Sessão de Abertura do workshop do Projecto piloto
Figura 4: Sessão plenária
Figura 5: Trabalho em grupo – SiGIT
36
No final do encontro foi decidido que um planeamento detalhado do trabalho de
campo devia ser realizado para que nada falhasse na hora de implementação das
actividades.
Assim, foi formada uma task force, composta pelos Chefes dos SPGCs das
províncias de implementação do piloto (Sofala, Zambézia, Niassa e Cabo
Delgado), os técnicos de Assistência Técnica posicionados nestas províncias e os
dois coordenadores regionais da assistência técnica. A principal tarefa do grupo
de trabalho era de fazer exercício de planeamento detalhado do trabalho de
campo.
O trabalho realizado consistiu na formulação de um cronograma de pré-teste da
metodologia em Moamba e dos testes de campo nos quatro distritos do piloto, a
saber: Caia, Mocuba, Cuamba e Metuge. Foram também produzidos listas de
necessidades e orçamentos detalhados por distrito e global.
Apesar do esforço feito, tanto o pré-teste na Moamba como o teste piloto nos
quatro distritos selecionados, foram cancelados por decisão superiordo MITADER
que preconizava a integração das acções previstas no projecto- piloto nas amplas
acções do Programa Terra Segura.
Para mitigar o problema de falta de evidência de campo para orientar os
trabalhos do programa Terra Segura, a DINAT avançou uma proposta de
integração da abordagem do projecto-piloto nos termos de referência para a
contratação dos provedores de serviços de registo das ocupações. Isso permitiu
a sua adopção pelos Agrimensores Ajuramentados, a partir do mês de Novembro
de 2015, em dez distritos do sul e centro de Moçambique.
Na verdade, o trabalho nestes dez distritos marcou o arranque das actividades
do Programa Terra Segura uma vez disponibilizados os recursos inicialmente
alocados ao projecto-piloto bem como os do orçamento de Estado. A DINAT e os
SPGCs desdobraram-se em acções de supervisão e monitoria para sanar
anomalias surgidas na implementação da nova abordagem.
37
2.3.2- Monitoria do processo de desenvolvimento de metodologias nas 4
províncias.
Em virtude da não realização da actividade precedente (2.3.1) esta actividade não
foi realizada.
2.3.3-Supervisão pelos SPGC.
Os SPGCs das províncias onde se localizam os distritos de abrangência do ex-
projecto-piloto, participaram nas missões de supervisão do trabalho de campo
embora não nos moldes previstos no âmbito da abordagem do supra-
mencionado projecto.
2.3.4- Participação de um técnico dos SPGC ou SDAE no trabalho de provedor
do serviço.
O desenho original desta actividade previa a afectação de um representante de
uma entidade pública, entre os SPGC e SDAEs/SDPIs, na equipa do provedor de
serviços (PS) que devia ser contratado para executar as actividades de campo,
cujos custos seriam cobertos pelo programa GesTerra.
Devido à mudança de abordagem, esta actividade não foi realizada.
2.3.5- Regularização sistemática de terras (RDUAT).
Sete distritos foram seleccionados em 2014, para beneficiarem do trabalho de
regularização sistemática de terras em 2015, a saber: Namaacha, Marracuene e
Magude, em Maputo, Guija e Manjacaze em Gaza e Inhassoro e Jangamo em
Inhambane.
Com o cancelamento do projecto-piloto, foram acrescentados os distritos de Caia
em Sofala e Mopeia e Mocuba na província da Zambézia, foram acrescentados à
lista totalizando 10 distritos. Sete provedores de serviço (Agrimensores
Ajuramentados) foram selecionados para realizar o trabalho de regularização de
parcelas individuais, nos dez distritos sendo que a meta fixada para cada distrito
38
foi de 20.000 títulos o que totaliza 200.000 títulos após a conclusão desta
actividade.
2.3.4- Supervisar a realização dos RDUATs e delimitações de acordo com as
metodologias
Na sequência do arranque das actividades dos sete provedores de serviços
contratados para a regularização de terras nos dez distritos de intervenção do
programa Terra Segura em 2015, foi elaborado e aprovado um plano de
monitoria das actividades.
Técnicos dos Departamentos de Cadastro e de Agrimensura foram destacados
para assegurar o cumprimento das normas técnicas pelos provedores de serviço,
conforme preconizam os termos de referência. As saídas de campo foram
precedidas de um trabalho de preparação. Foram preparadas checklists contendo
os principais aspectos a serem observados durante a realização das visitas de
campo. Foram também realizados encontros de orientação e esclarecimento.
2.3.7- Monitoria da implementação dos procedimentos de RDUATs e
delimitações de terras.
Visitas de monitoria regulares foram realizadas por técnicos seniores da DINAT e
da empresa de assistência técnica Verde Azul. Eram objectivos das missões de
monitoria, aferir a adopção da metodologia técnica pelos provedores de serviço,
fazer o controlo de qualidade e controlo do grau de cumprimento das metas.
Resultado 3- Operacionalização do SiGIT Indicador- O SiGIT fornece informação sobre o Cadastro e Uso da Terra.
Actividades e Sub-Actividades Planificadas para 2015
Em 2015 foram planificadas 17 subactividades, das quais 7 (42%) foram
concluídas, 4 (24%) realizadas em mais de 60% e 5 (29%) suspensas ou não
iniciadas (ligadas ao Plano Director do SiGIT).
39
O balanço das actividades realizadas em 2015, no âmbito da Operacionalização
do SiGIT a nível nacional, é positivo. As subactividades não terminadas foram
inscritas no Plano de 2016.
São três, as actividades planificadas no âmbito do PO15, a saber:3.1 Desenho do Plano Director do SiGIT.
3.2 Operacionalização do SiGIT na DINAT e SPGCs 3.3 Monitoria da operacionalização do SiGIT
Na tabela que se segue estão assinaladas as subactividades de 2015 que estiveram em preparação ou em curso até ao final de 2015.
Tabela 4: Ponto de situação das actividades planificadas - SiGIT
Actividade 3: Operacionalização do SiGIT a nível nacional Indicador
Meta
Cronograma
Resp.
Até 31.12.2015 Progresso
%
T1
T2
T3
T4
3.1 Desenho do Plano Director do SiGIT [Suspenso]
Sem progresso
3.2 Operacionalização do SiGIT na DINAT e SPGCs SiGIT
operacional a 100%
Criação do Laboratório de Formação para gestores, administradores, operadores e técnicos de Terras Local: DINAT [Em curso]
Laboratório estabelecido e
operacional Cadastro
75%
Estimado
Melhorar e aperfeiçoar as funcionalidades do SiGIT Local: DINAT
100 % das recomend.
Implementa-das
Cadastro
& AT
Concluído para 2015.
Em curso o
desenvolvimento da
Versão 2.0
Migração de dados para o SiGIT Local: Todos SPGCs [Em curso]
Nº de processos
introduzidos no SiGIT (33.570)
SPGCs
79,5%
Estimado
Levantamento de coordenadas geográficas para a correcção dos processos de DUATs para migração para o SiGIT (Local: Nampula, Niassa, Zambézia, Tete, Sofala, Manica e Cabo Delgado) [Em curso ]
Nr de processos corrigidos
(360)
Cadastro & SPGCs
67% Estimado
Formação de operadores e gestores de aplicação de SiGIT (Local: Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Tete, Manica, Sofala e Maputo)
Nº de técnicos formados (120
Operadores SiGIT e 24
Gestores de Aplicação)
Cadastro e Exi, Lda
100%
(Concluído
Assistência Técnica da Exi, Lda ao SiGIT (Local; Todos SPGCs e DINAT)
EXI Cadastro
& AT Concluída para
2015
3.3 Monitoria da operacionalização do SiGIT EXI/AT-GAT Cadastro
& AT
40
Em seguida, é apresentado com maior detalhe, o ponto de situação de cada
subactividade planificada para 2015.
3.1 Desenho do Plano Director do Sistema de Gestão da Informação de Terras
(SiGIT)
No início de 2015 foi decidida a rescisão do contrato assinado entre a DINAT e a
empresa Leadership Business Consulting, contratada para o desenho do Plano
Director do SiGIT.
Esta actividade não progrediu. Novas experiências, novos desenvolvimentos e
novas necessidades (registo sistemático de terras) aconselham a uma revisão dos
ToRs para a concepção de um documento (plano director do SiGIT) de visão de
curto-médio-longo prazos mais actualizado e adaptado à realidade actual. Esta
actividade foi inscrita no Plano para 2016.
3.2 Operacionalização do SiGIT na DINAT e nos SPGC
3.2.1 Criação do Laboratório de Formação para gestores, administradores,
operadores e técnicos de Terras
Criação de um Laboratório de treino multidisciplinar (SiGIT) - Trata-se da criação
de um laboratório de treino que permita a formação de novos técnicos
(Formadores, Operadores, Administradores SiGIT) e a simulação de casos
específicos. Outros propósitos do laboratório: formação, simulador, sala de
reuniões, sala de trabalho de captação de dados e de digitalização de informação.
Gestão da aplicação SiGIT (melhoria de funcionalidades, service desk, manutenção adaptativa, gestão do ciclo de vida do SiGIT manutenção dos processos e workflows)
Relatórios mensais (12)
Concluída para 2015
Serviços de TI (disponibilização da infra-estrutura de TI, disponibilização do SiGIT, administração da base de dados, administração de sistemas, service desk)
Relatórios mensais (12)
Concluído para 2015
Manutenção e gestão da infra-estrutura de TI na DINAT e nos SPGC
Relatórios mensais (12)
Concluída para
2015
Gestão da Formação e capacitação das equipas Relatórios
mensais (12)
Concluída para 2015
Gestão e coordenação dos serviços
Relatórios mensais (12)
Concluída para
2015
7.2 Estabelecimento e Operacionalização da Unidade de Comunicação e média
AT-GAT Cadastro
& AT
7.2.1 Operacionalização da Website da DINAT [Em curso]
Página web operacional e
actualizada
84%
Estimado
41
Figura 8: A sala do laboratório do Sigit já funcional.
Subactividade em curso. Situação até ao final de 2015 = Realizado 75%.
Em 2015 foi finalizada a instalação do mobiliário, nomeadamente mesas,
cadeiras, estantes, armários, bebedouro, flipcharts, tela de projecção e cortinas.
Foram concluídos os trabalhos de instalação eléctrica, incluindo climatização. Foi
terminada a montagem dos cabos e pontos de rede informática.
Está em curso a montagem do equipamento informático.
3.2.2 Melhorar e aperfeiçoar as funcionalidades do SiGIT
Durante a vigência do Projecto do MCA, o SiGIT nunca chegou a ser testado em
pleno.
O Programa Gesterra para além de ter conseguido colmatar várias situações
identificadas na fase final do projecto do MCA, permitiu ainda, durante os vários
processos de trabalho, testar o SiGIT de forma mais aprofundada. Na sequência
disso, desde o arranque do GESTERRA, foram instaladas 24 releases do SiGIT. A
versão mais recente é a V1.13.2, disponibilizada em Outubro de 2015. O
GESTERRA arrancou com a versão V1.7.01.
Nestas últimas versões as funcionalidades do SiGIT continuaram a ser
progressivamente melhoradas para melhoria da sua performance e para
acomodação das várias propostas e sugestões de melhoramento, bem como para
resolver os vários bugs reportados até a data.
3.2.3 Migração de dados para o SiGIT
42
Consiste na captação e migração de novos dados de histórico para o SiGIT. Os
dados de histórico dos 6 SPGC Centro e Sul que não foram entregues no final do
projecto “Acesso Seguro à Terra” do MCA, foram captados e submetidos em
Outubro de 2014 (33 570 processos). Este processo decorreu a nível dos SPGCs e
a nível da DINAT.
Esta subactividade está em curso. Situação até ao final de 2015 = Realizado 79,5%.
Os dados foram corrigidos e mapeados. Neste processo a DINAT tem contado com
o apoio da EXI. A componente GIS está a ser mapeada. O trabalho a realizar ainda
é considerável. Existem muitos problemas com os dados geográficos
apresentados que necessitam de correcção.
Logo que os dados GIS das parcelas estejam completamente mapeados, serão
inseridos no subsistema e migrados com base numa ferramenta modelada para o
efeito.
3.2.4 Levantamento de coordenadas geográficas para a correcção dos processos
de DUATs para migração para o SiGIT
Esta Subactividade diz respeito ao processo de migração de dados do subsistema
para a base de dados do SiGIT nas 4 Províncias do Norte, nomeadamente,
Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa.
Processo em curso. Situação até ao final de 2015 = Realizado 67%.
Este processo requereu a realização de trabalhos de campo para a correção e
colecta de dados relativos a 360 processos distribuídos por 4 Províncias.
Em 2015 iniciaram os trabalhos de campo e de gabinete relativos aos distritos
planificados conforme os resultados apresentados na tabela que se segue.
Tabela 5: Progresso dos trabalhos realizados até 31 de Dezembro 2015
Províncias
Processos Planificados
Processos Verificados
% Verificados
/ Planificados
Migrados para o SiGIT
% Migrados
para o SiGIT /
Verificados
Zambézia 331 116 35% 92 79%
Nampula 122 105 86% 80 76%
Niassa 19 19 100% 18 95%
43
C.Delgado 117 35 30% 35 100%
Totais 589 275 47% 225 82%
Estes trabalhos foram perturbados pela persistência de problemas com a
disponibilidade de viaturas e pela ausência de subsídios para os técnicos de
distrito e colaboradores de campo.
Foi importante o papel desempenhado pelos peritos nacionais, regionais e
técnicos de sítio da AT/VA, em todos os SPGC e em particular nas 4 Províncias do
Norte (Niassa, Cabo Delgado, Nampula e Zambézia), na preparação e realização
de trabalhos de campo para o levantamento de dados e coordenadas geográficas
necessárias à correcção dos processos de DUATs que ainda permanecem no
subsistema do SiGIT.
3.2.5 Formação de operadores e gestores de aplicação de SiGIT
Consiste na Formação Profissional em SiGIT, nomeadamente, formação de
técnicos administradores do SiGIT e de Sistema, Formação de Operadores do
SiGIT – Parte 1 e 2, formação em administração de dados, formação em práticas
de gestão de aplicações e elaboração de diversos manuais de apoio e de
procedimento.
Esta subactividade foi totalmente concluída em 2015.
Foram formados:
108 Operadores de SiGIT Parte II e Administração de Dados (relatórios e
Geoportal).
8 Chefes de SPGCs em Operacionalização da Aplicação SiGIT e Conceitos de
Gestão de Aplicações.
15 Chefes de Departamento, Repartição e decisores da DNTF em
Operacionalização da Aplicação SiGIT e Conceitos de Gestão de Aplicações.
Com o apoio de uma equipe da ESRI-Portugal, 5 técnicos da DINAT
receberam formação para aprendizagem do uso das ferramentas de
alteração dos limites administrativos na base de dados do SiGIT.
44
Ainda no âmbito da formação a empresa EXI prestou uma valiosa assistência no
treino geral de vários técnicos da DINAT e dos provedores de serviços de cadastro,
para a introdução de dados dos formulários RDUAT no SiGIT.
3.2.6 Assistência Técnica da Exi ao SiGIT
A EXI – Engenharia e Comercialização de Sistemas Informáticos, Lda, foi
contratada para prover Serviços de Suporte e Assistência Técnica à
Operacionalização do SiGIT.
A DINAT, apoiada por esta assistência técnica, desenvolveu durante o ano
múltiplas actividades com vista à operacionalização do SiGIT, nas seguintes
componentes:
a) Gestão da Aplicação SiGIT
b) Serviços de Tecnologia de Informação (TI) em regime de alocação directa à
DINAT
c) Formação Profissional em SiGIT
d) Manutenção da infraestrutura de TI no Centro de Dados da DINAT e nos
SPGCs
e) Coordenação dos Serviços
3.3 Monitoria da operacionalização do SiGIT
Trata-se de uma subactividade permanente e mensal que consiste
essencialmente no acompanhamento do trabalho que vem sendo realizado pela
empresa contratada EXI, no âmbito da implementação do SiGIT, em cada uma das
suas 5 linhas de intervenção referidas em 3.2.6
Em cada final do mês procedemos à apreciação dos relatórios e respectivos
anexos da actividade mensal da Empresa EXI, sendo mensalmente elaborado o
respectivo resumo analítico que considera cada linha de intervenção e resume as
principais realizações e os principais constrangimentos. A apreciação geral sobre
o trabalho realizado pela empresa EXI em 2015 é positiva.
45
Esta subactividade de monitoria consiste também no acompanhamento da
actividade mensal da Empresa AT/Verde Azul no que se refere à operacionalização
do SiGIT.
A análise das ocorrências no SiGIT, registadas e resolvidas pelo Service Desk da
DINAT durante o ano, também tem contribuído para a avaliação do estado de
implementação e de funcionamento do SiGIT na DINAT e nos SPGCs. Com base
em dados estatísticos obtidos através das funcionalidades de “report” do SiGIT,
confrontados com dados fornecidos pelos relatórios mensais da AT/VA, também
tem sido possível obter indicadores do ponto de situação da introdução de dados
no SiGIT e do trabalho desenvolvido. Nas figuras que se seguem é apresentado
um retrato da situação atá 31 de Dezembro de 2015.
Quantidade total de registos no SiGIT (SPGCS e Municípios) (Inclui DUATS e RDUATS)
Figura 9: Registo de dados de processos no SiGIT
No gráfico seguinte é possível constatar que a actividade de inserção de registos
foi significativa nas Províncias de Maputo (Marracuene Magude e Namaacha),
Gaza (Chibuto e Manjacaze), Inhambane (Jangamo e Inhassoro), Sofala (Caia) e
Zambézia (Mocuba e Mopeia). Isto deve-se aos levantamentos de registo
sistemático (RDUAT) em curso nestas Províncias e enquadrados pelo programa de
registo sistemático de terras.
Quantidade de Registos (Pedidos + RDUATS) inseridos no SiGIT, em 2015 (Todos os SPGCs, excluindo Municípios)
182510
198227
205629
170000 180000 190000 200000 210000
Em 01-01-2015
Em 30-06-2015
Em 31-12-2015
Registos no SiGIT
46
Figura 10: Quantidade Total de Pedidos + RDUATS no SiGIT
(Todos os SPGCs, excluindo Municípios)
Figura 11: Registos semestrais de dados dos processos no SiGIT
Outras actividades realizadas no âmbito do SiGIT
38
57
93
5
88
2
57
92
6
10
1 39
9
26
8
59 2
66
24
42 26
68
21
47
45
38
86
50 1
75
14
6
80 89
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
Registos inseridos no SiGITno Semestre I de 2015
Registos inseridos no SiGIT noSemestre II de 2015
61
9
49
5
44
6
38
9
17
09
1
53 37
9
82
45
59
20
47
96
20
78
10
08
10
06
99
9
17
43
4
14
2 70
1
87
39
59
20
54
29
59
35
19
43
18
88
10
56
18
36
0
24
3 11
00
90
07
59
79
56
95
83
77
46
11
40
35
11
01
22
24
6
29
3 12
75
91
53
60
59
57
84
0
5000
10000
15000
20000
25000 Registos no SiGIT até 30.06.14(Início do GESTERRA)
Registos no SiGIT até 01.01.15
Registos no SiGIT até 30.06.15
Registos no SiGIT até 31.12.15
47
Durante 2015, a Equipe de Service Desk da DINAT, criada e treinada pela EXI,
registou e resolveu vários incidentes SiGIT ocorridos nas várias áreas de
intervenção (DINAT, SPGC e Municípios).
Estes incidentes dizem respeito principalmente a bugs, dúvidas, parametrizações,
indisponibilidade de serviços no SiGIT, migração de dados, problemas com
equipamentos (Hardware), gestão da infraestrutura e administração da aplicação
e sistemas operativos.
Em 2015 foram registados os seguintes incidentes:
Figura 12: Registo de incidentes do SiGIT
Limites administrativos no SiGIT. O SiGIT foi actualizado com os novos Distritos.
Ficaram apenas 3 casos (distritos) ambíguos que carecem ainda de
esclarecimento por parte das Províncias abrangidas (Nampula, Zambézia e
Niassa) pois está ainda por resolver o ajuste de alguns limites.
A DINAT deu também suporte significativo a vários processos relacionados com a
divisão administrativa, nomeadamente na actualização dos processos cujas
localidades não existiam.
O SiGIT conduziu à criação de novos formulários de DUAT para a captação
de dados de pedidos. Em 2014 uma equipa constituída pela DINAT, SPGC,
EXI, Verde Azul trabalhou na sua sistematização. Em 2015 os formulários
foram melhorados. Por despacho de 10 de Abril do Sr. Director Nacional os
48
formulários foram aprovados em fase experimental por 180 dias. Uma
equipe da DINAT preparou um guião de apoio ao preenchimento dos
formulários. A mesma equipa preparou também um plano de disseminação
destes formulários nos Distritos. Os Formulários DUAT estão corrigidos,
disseminados, em uso nos SPGCs tendo o SiGIT sido adaptado aos mesmos.
Em 2016 será feita a sua disseminação para vários Distritos.
Sincronização de dados – A sincronização de dados do SiGIT entre a DINAT e
as bases de dados Provinciais foi efectuada com relativa regularidade apesar
da deficiente qualidade das comunicações principalmente com os
Municípios.
Validação de dados dos processos acima de 1.000 hectares existentes no
Tombo de terra - Esta actividade consiste na validação, através do SiGIT, de
aproximadamente 150 processos acima de 1.000 hectares. São processos
que devem prosseguir a sua tramitação a nível central, pois como é sabido,
os Governadores Provinciais só tem competência para autorizar pedidos de
uso e aproveitamento da terra de áreas até ao limite máximo de 1.000
hectares. Dos 150 processos, 85 estão sincronizados já na etapa da DNTF.
Cerca de 100 processos estão ainda a ser tramitados nos SPGC. SExa. o
Ministro despachou cerca de 80 destes processos mas a situação dos
mesmos ainda não está completamente actualizada no SiGIT.
Aquisição e montagem de peças sobressalentes SiGIT nos SPGCs. Vários
equipamentos do SiGIT, quer na DINAT quer nos SPGCS, precisaram de
substituição de peças defeituosas cuja montagem foi efectuada pela
empresa Triana, sub-contratada da EXI.
Auditorias ao SiGIT nos SPGCs. No âmbito da operacionalização do SiGIT foi
elaborado para 2015 um plano para equipes da DINAT se deslocarem às
Províncias a fim de auditarem o funcionamento e a utilização do SiGIT. Em
conformidade com os termos de referência elaborados para estas
49
auditorias, o seu objectivo geral foi avaliar, prestar ajuda e proporcionar
análises, recomendações e comentários objectivos, acerca das actividades
examinadas.
Auditorias Situação
SPGC de Tete Realizada
SPGC de Manica Realizada
SPGC de Sofala Realizada
SPGC de Zambézia, Município de Quelimane Realizada
SPGC de Niassa, Município de Lichinga Realizada Tabela 6: Realização de auditorias ao SiGIT
Informação sobre a situação do contrato de “Assistência Técnica SiGIT”. Por
solicitação da Embaixada da Holanda foi elaborado um documento (25
páginas) ilustrando o desempenho do contrato de Suporte e Assistência
Técnica para a Operacionalização do SiGIT e indicando, para cada serviço,
quais os objetivos do mesmo, os entregáveis previstos e os resultados
alcançados até à data. O documento justificou a necessidade de manter o
contrato de Serviços de Suporte e Assistência Técnica à Operacionalização
do SiGIT e a necessidade de manter o actual provedor de serviços. O
documento terminou com a apresentação de três cenários para uma
eventual extensão do contrato de assistência por um período de 24 meses.
Memorando sobre a Aplicação SiGIT e sistemas alternativos. Por solicitação
da Direcção da DINAT, foi elaborado um memorando com uma breve análise
da aplicação SiGIT e seu upgrade, bem como da eventual introdução de um
sistema alternativo ou complementar ao SiGIT. Este documento sugere que,
em caso de mudança, para minimizar o impacto e evitar o abandono do
sistema de informação já existente, seria sensato instalar o novo sistema
lado a lado ao já existente. Para além da necessidade de uma análise
50
comparativa funcional e operacional entre os sistemas, destacou-se a
importância de preceder qualquer tomada de decisão, com uma avaliação
de pontos críticos.
Adicionalmente foram também realizadas as seguintes actividades:
Apoio na identificação e definição do Programa Terra Segura;
Apoio na planificação e orçamentação do Programa Terra Segura;
Apoio da definição da metodologia RDUAT e DelCom;
Apoio na definição dos requisitos para a ferramenta de campo para
recolha de dados, a implementar como SiGIT Campo.
Validação de relatórios estatísticos do SiGIT com indicação à EXI dos
módulos estatísticos do SiGIT com erros.
Participação em diversos encontros técnicos nomeadamente,
encontros com a delegação da Kadaster, consultores Israelitas,
consultores da FAO, plataforma de GIS do Ministério dos Transportes e
Comunicações, Consultores do Banco Mundial e 5º Encontro do Grupo
de Reflexão do FCT.
Resultados
Com base no balanço das actividades desenvolvidas e nos resultados obtidos em
2015, pode-se concluir que se tratou de um ano de muita actividade, que
decorreu a um ritmo satisfatório para o processo de Operacionalização do SiGIT e
para o fortalecimento estratégico da DINAT no que se refere à sua apropriação
deste sistema de informação.
Assim, e em resultado das actividades desenvolvidas pelos vários actores,
nomeadamente Doadores, DINAT, SPGCs, EXI e ATs, podemos considerar como
consolidados e/ou alcançados, em 2015, os seguintes principais resultados:
Implementação do SiGIT a decorrer de forma progressiva.
Aquisição e montagem de peças sobressalentes e vários equipamentos SiGIT na DINAT e nos SPGCs que precisaram de substituição.
51
Infraestrutura de TI na DINAT operacional e Centro de Dados do SiGIT a funcionar. Infraestrutura de TI nos SPGC operacional e as salas de Servidores a funcionar.
Última versão do SiGIT instalada em todos os locais, nomeadamente DINAT e SPGCs.
Sincronizados os dados pendentes do SiGIT, entre a DINAT e as bases de dados Provinciais.
Corrigidas e melhoradas várias funcionalidades do SiGIT, através de uma manutenção correctiva, adaptativa e de aperfeiçoamento.
Aumento significativo na utilização do SiGIT aos vários níveis.
Aumento da capacidade de operação e gestão do Sistema de Informação e Gestão de Terras por parte da DINAT e dos SPGCs.
Maior consolidação do serviço de suporte à operação e utilização do SiGIT através do "Service Desk".
Prosseguimento da correcção, preparação e mapeamento dos dados de histórico dos 6 SPGCs das Zonas Centro e Sul.
Incremento da população de dados nas bases de dados do SiGIT permitindo uma melhor exploração da aplicação e respectiva informação.
Desenvolvimento de um formulário para o registo sistemático de terras (RDUAT).
Desenvolvimento de uma aplicação para gestão de um formulário electrónico para colecta de dados alfanuméricos RDUAT através de dispositivos Androide mobile.
Actualização da divisão administrativa no SiGIT (Novos Distritos e Localidades)
Constatações
A crescente utilização do SiGIT nos vários âmbitos, nomeadamente migração de
dados, registo de processos de DUAT, registo sistemático de terras RDUAT,
extracção de relatórios e outros processos, tem vindo a colocar à prova as
funcionalidades do SiGIT bem como a sua capacidade e acessibilidade para
sustentar um grande fluxo de informação.
O SiGIT consensualmente aprovado e aceite pelo Governo, Instituições, Fóruns,
Workshops, Estudos, Relatórios, etc., é fruto de grande investimento e resultado
52
de esforço e conquistas obtidas ao longo do Programa de Acesso Seguro à Terra
do MCA e do Programa GESTERRA. É um sistema talhado à medida da Legislação
de Terras, que considera e integra as especificidades e particularidades do nosso
País.
Implementar e operacionalizar um Sistema desta natureza foi e continua a ser um
desafio. Para a sua implementação inicial (2012-2013) foi necessário contar com
a intervenção de uma máquina poderosa (com capacidade financeira e técnica)
tal como a MCA- HTSPE – VA – EXI e DNTF, que envolveu recursos financeiros
elevados e a contratação de muitos quadros técnicos, especialistas e consultores
experientes.
É certo que o sistema actual não possui ainda determinadas funcionalidades mas
o sistema pode ser melhorado. Os custos de manutenção têm sido significantes
mas é sabido que qualquer sistema com uma perspectiva de longo prazo envolve
grandes custos repartidos durante o desenvolvimento e operacionalização do
sistema.
Por outro lado, ainda é cedo para o SiGIT gerar receitas próprias seja com a
comercialização de informação, cobrança de taxas ou outros, por forma a
assegurar a sua sustentabilidade financeira.
Nesta fase a DINAT não possui ainda recursos humanos de TI para assegurar a
manutenção do equipamento e da aplicação. Isso requer a existência de uma
forte equipe, especializada e certificada pelos fabricantes, a qual seria difícil de
criar e de manter. Com efeito, existe algum risco em investirmos na formação e
certificação destes quadros e de perde-los depois, tornando o SiGIT ainda mais
dependente. Nesta fase, parece ser mais sensato possuir uma equipe reduzida e
motivada, que pelo menos garanta e assegure os níveis de qualidade de serviços
prestados por terceiros.
No âmbito da necessidade de melhoramentos evolutivos, o SiGIT necessita de
considerar futuramente, entre outros:
53
• O melhoramento das suas funcionalidades, bem como a rapidez,
performance e disponibilidade do sistema;
• O uso de ferramentas de campo em dispositivos do tipo Mobile (em curso);
• A integração de dados dos vários cadastros nacionais, nomeadamente,
dados de administração e gestão da terra dos municípios, zoneamento
agrícola, fertilidade de solos, fauna e flora, recursos hídricos, minas, turismo
e outros;
• Assegurar a sua interoperabilidade com o maior número possível de
sistemas de informação nacionais (Conservatória do Registo Predial, INTIC -
DUAT electrónico, Autoridade Tributária, Minas, Transportes, @Bau, etc.);
• O aumento da sua acessibilidade e disponibilidade através de acesso via
Internet com o necessário incremento de segurança. Actualmente só é
possível aceder ao SiGIT via Intranet.
• O desenho e desenvolvimento de um Modulo adicional para a Gestão
Nacional de Taxas de DUAT que permita o comércio electrónico (mcel,
vodacom, movitel, etc.);
• A sua expansão aos distritos e a mais Municípios;
• Uma maior comunicabilidade e interaccção com os detentores de DUAT e
público interessado (Sistema de SMS e outros).
Resultado 4: FCT como plataforma de agenda e monitoria de políticas sobre a terra.
Actividade 4.1 - Apoio à implementação de metodologias melhoradas e de
procedimentos de operacionalização para o funcionamento do Fórum de
Consulta sobre Terras (FCT).
O Fórum de Consulta sobre Terras (FCT) constitui uma plataforma de debate
inclusivo, que integra representantes das instituições do Estado, da sociedade
civil, sector privado, comunidades locais e outras instituições que têm mandatos
54
e interesses na gestão e administração de terras. Este órgão, visa alargar as
oportunidades de diálogo entre os intervenientes na consolidação e
aperfeiçoamento do quadro regulador da política e da legislação de terras.
As actividades planificadas para 2015 foram parcialmente afectadas pela reforma
institucional, como oportunamente foi mencionado. Contrariamente ao
inicialmente previsto, a primeira sessão do Grupo de Reflexão do Fórum de
Consulta sobre Terras (GRFCT) não ocorreu em Fevereiro de 2015 e apenas teve
lugar no dia 4 de Abril dado facto do pessoal-chave da DINAT ter estado envolvido
no processo de reforma institucional acima mencionado.
O atraso permitiu aferir que instituições passariam a compor o GRFCT
considerando o Decreto Presidencial nr 01/2015, de 16 de Janeiro. Também
permitiu fazer as démarches que permitiram a constituição do novo GRFCT, nos
termos do Decreto da criação do FCT.
O envolvimento das instituições que compõem o GRFCT através dos seus
respectivos membros, na preparação de temas para os seminários regionais foi
uma inovação introduzida na primeira sessão do presente ano. Dos 8 temas
propostos apenas um foi da iniciativa da DINAT sendo que, os restantes foram
propostos por outras entidades, externas ao Secretariado do FCT.
A participação dos membros do GRFCT oriundos das diversas instituições
públicas e privadas e da sociedade civil nos seminários regionais que no lugar de
serem em simultâneo, foi outra inovação introduzida em 2015. Os seminários
foram realizados de forma escalonada, a partir das zonas Sul, Centro e Norte
permitindo assim a incorporação das lições aprendidas na organização de um
processo, nos processos organizativos seguintes.
A abordagem de organização da VIII Sessão do FCT foi também diferente das
anteriores.
55
A VIII Sessão do FCT teve lugar na Cidade da Beira nos dias 8 e 9 de Outubro de
2015 e foi precedida de um intenso movimento de preparação.
Participaram no encontro, cerca de 360 participantes oriundos de todos géneros
e quadrantes da sociedade, entre funcionários de Estado, representantes do
sector privado, membros da sociedade civil e membros das comunidades.
Marcaram também presença no evento, vários convidados representando os
parceiros de desenvolvimento do Ministério da Terra, Ambiente e
Desenvolvimento Rural, sendo de destacar os representantes das Embaixadas
dos Reinos dos Países Baixos, da Suécia, do Fundo das Nações Unidas para a
Agricultura e Alimentação (FAO), a Agência para a Ajuda Internacional dos
Estados Unidos (USAID) e o Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento
(PNUD).
Em 2015 optou-se por uma abordagem de co-organização do evento envolvendo
um parceiro de mídia, o Grupo SOICO. Esta foi adoptada pela primeira vez na
história de organização das Sessões do FCT e emprestou à VIII sessão, maior
visibilidade e publicidade o que deve ter ajudado a atrair o maior número de
participantes.
Uma outra inovação introduzida na organização da referida sessão foi o debate
dos mais importantes temas, em número de quatro, em painéis, compostos por
especialistas nas matérias em debate representando as instituições do Estado, a
Academia, o sector privado e as organizações da sociedade civil, sob a moderação
de profissionais da área de comunicação. Estes debates foram televisionados.
A VIII Sessão do Fórum de Consulta sobre Terras abordou os seguintes temas:
1- Regularização das ocupações de terras, no âmbito do Programa Terra
Segura (em painel);
2- Instrumentos de ordenamento territorial na gestão e administração de
terras (em painel);
56
3- Transmissão do Direito de Uso e Aproveitamento da Terra entre vivos e
por herança (em painel);
4- Mecanismo de Simplificação da Tramitação de DUATs para o Investimento
Privado (em painel);
5- Normas e práticas costumeiras na gestão e administração da terra: Aspectos
Culturais e de Género;
6- Coordenação multisectorial na administração e gestão de terras - O
Cadastro Nacional de Terras e outros cadastros sectoriais;
7- Mudanças Climáticas e a Gestão Sustentável de Terras;
8- O papel da preparação social na disseminação da legislação de terras e de
outros recursos naturais.
Durante os debates que se seguiram à apresentação dos oitos temas, foram
alcançados consensos que se traduzem nas seguintes recomendações
“chaves” que constam da Declaração Final do encontro:
Tema 1: Regularização das ocupações de terras, no âmbito do Programa
Terra Segura.
a. Harmonizar as metodologias usadas pelos vários provedores de serviços no âmbito da regularização das ocupações.
Tema2: Instrumentos de ordenamento territorial na gestão e
administração de terras
a. Reavaliar o modelo de reassentamento em uso, por forma a garantir a segurança da posse da terra das comunidades e de outros utentes
b. Privilegiar o interesse público na elaboração de instrumentos de ordenamento do Território.
Tema 3: Normas e práticas costumeiras na gestão e administração da terra:
Aspectos Culturais e de Género
57
a. Compilar e sistematizar as regras e práticas consuetudinárias em
matéria de acesso, transmissão e extinção de direitos sobre a
terra.
Tema 4: Transmissão do Direito de Uso e Aproveitamento da Terra entre
vivos e por herança.
a. Harmonizar e actualizar o quadro legal tendo em conta a dinâmica
do desenvolvimento do país, nomeadamente aprovar o
Regulamento em matéria de Cessão de Exploração.
Tema 5: Coordenação multisectorial na administração e gestão de terras -
O Cadastro Nacional de Terras e outros cadastros sectoriais.
a. Consolidar, fortalecer e expandir o SiGIT a todos os distritos e
Municípios, de forma faseada.
Tema 6: Mudanças Climáticas e a Gestão Sustentável de Terras
a. Conceber e desenvolver iniciativas concretas ligadas a integração
do ambiente e adaptação as mudanças climáticas, bem como
iniciativas inseridas no desenvolvimento urbano sustentável.
Tema 7: Mecanismos de Simplificação da Tramitação de DUATs param o
Investimento Privado
a. Rever a tramitação do processo de atribuição de DUATs e
implementar de uma forma articulada junto dos organismos
responsáveis pela gestão e administração da terra.
Tema 8: O papel da preparação social na disseminação da legislação sobre
terras e de outros recursos naturais.
58
a. Divulgar a legislação sobre terras junto das comunidades e todos
os utilizadores da terra, para promover o seu uso sustentável
4.1.1- Realização dos Seminários Regionais de preparação do VIII Sessão do
FCT.
Previa-se a realização de três (3) Seminários Regionais (em Maputo, Sofala e Cabo
Delgado) em preparação da VIII sessão do FCT. Depois da realização do I encontro
do GRFCT foi decidida a substituição da cidade da Beira por Quelimane para
acolher o seminário da zona centro, para compensar a desvantagem da retirada
da Zambézia, da responsabilidade de acolher a VIII Sessão do FCT.
Estes Seminários tinham em vista assegurar uma maior divulgação e inclusão dos
diferentes intervenientes do sector de terras, no debate sobre terras a nível local.
Também tinham estes eventos, o objectivo de promover o enriquecimento dos
temas submetidos a debate na VIII Sessão do FCT. Os locais foram eleitos com
base no princípio de rotatividade anual entre as províncias nas três zonas
geográficas do país.
Os seminários tiveram lugar nos dias 02 de Julho na Manhiça (Zona Sul), 07 de
Julho em Quelimane (Zona Centro) e 13 de Julho na cidade de Pemba (Zona
Norte).
Cerca de 100 pessoas, participaram em média, em cada local e eram provenientes
das organizações comunitárias de base mas também os representantes dos
órgãos locais do Estado. Esta abordagem visa levar o debate sobre terras para o
nível local, cumprindo com as recomendações do estudo sobre o funcionamento
do FCT realizado em 2013.
Outras recomendações do referido estudo foram também acauteladas. Trata-se
da necessidade de inclusão nos debates do FCT, mais participantes provenientes
59
da Sociedade Civil, do Sector Privado e das comunidades bem como do
incremento da participação feminina.
Os temas levados a debate nesses seminários foram temas comuns (resultantes
do I encontro do GRFCT), bem como os de interesse para cada região, tais como
o PROASAVANA e os Projectos Florestais do Green Resources na região norte; os
programas de reassentamento decorrentes da implementação dos projectos
mineiros nas zonas norte e centro e as experiências de mitigação de conflitos de
cariz familiar na ocupação das terras, na zona sul do país.
Foram identificados potenciais constrangimentos nos aspectos logístico-
organizacionais destes eventos que deverão ser objecto de melhoramento
contínuo até à realização da VIII Sessão do FCT.
As dificuldades de comunicação pesaram negativamente na organização da
logística dos seminários regionais e da VIII Sessão do FCT o que dificultou
confirmação atempada da participação da maioria das pessoas oriundas das
zonas mais recônditas dos distritos. Num contexto em que estes participantes
estão em locais distantes, desprovidos de meios de comunicação e com limitação
de recursos ao nível do Sector Público Local (SPGCs e SDAEs/SDPIs), é
recomendável que o Secretariado do FCT adopte como princípio, a delegação da
tarefa de assegurar a participação nos eventos, destes membros das
comunidades, às organizações que prestam apoio à essas e que tenham recursos
para o efeito. Isso requer planificação e alto nível de coordenação.
Um dos grandes desafios na organização dos seminários regionais e das sessões
do FCT é o elevado custo dos eventos. A abordagem de parcerias com entidades
privadas e doadores e organização da sociedade civil, a partir do presente ano,
permitiu realizar mais actividades de grande impacto mediático, como os debates
em painéis e a cobertura televisiva dos principais momentos do evento.
Foi pedido patrocínio do evento a 45 entidades diversas das quais apenas 8
responderam positivamente, tendo prestado apoio financeiro diverso.
60
O reduzido número de instituições que se dignaram a apoiar o evento pode ficar
a dever-se ao facto do contactos terem sido feitos tardiamente. Recomenda-se
que em 2016 o processo seja desencadeado logo a partir do primeiro trimestre.
4.1.2- Realização do VIII Sessão do FCT
A VIII Sessão do FCT estava inicialmente prevista para ter lugar cidade de
Quelimane, na Província da Zambézia. Todavia, após avaliação dos diversos
elementos envolvidas na organização do evento, sobretudo a logística, a
Presidência do FCT optou pela cidade da Beira, na província de Sofala para
acolher a mesma, inicialmente entre os dias 16 a 18 de Setembro e em definitivo
nos dia 8 e 9 de Outubro de 2015.
Como foi acima mencionado, com vista a garantir maior participação da
sociedade civil e do sector privado e maior divulgação dos debates e objectivos
do FCT foi desenvolvida uma abordagem de parceria com o sector privado ligado
à comunicação social que de forma integrada e em sob a liderança da DINAT
garantiram a organização do evento.
Para tal, foi celebrado um memorandum de entendimento entre a DINAT e o
grupo SOICO, tendo em vista a mobilização conjunta de fundos adicionais junto
de outros parceiros de cooperação público e ou privados para apoiar a
organização da VIII Sessão do FCT, nos moldes agora propostos, garantindo desta
forma a participação de maior número intervenientes em especial oriundos das
organizações de base comunitária, representantes das comunidades locais e
organismos de investigação e socioprofissionais que por várias razões não podem
custear as despesas de sua participação.
Actividade 4.2- Apoio ao desenvolvimento e implementação de uma agenda de
consenso sobre as actividades do Grupo de Reflexão do FCT
(GRFCT).
61
A DINAT enquanto Secretária do FCT preparou a VIII Sessão do FCT em toda a sua
dimensão incluindo a agenda, a logística, e a documentação para o encontro.
Conforme foi acima referido, a VIII Sessão do FCT foi em muitos aspectos,
diferente das anteriores sessões por causa da inclusão de nova abordagem de
organização do evento, com a introdução de painéis de discussão, na agenda do
encontro, bem como do envolvimento de um agente privado na co-organização
do evento.
A avaliação que se faz, deste modelo de organização do evento é bastante
positiva, encorajando-se a sua continuidade, e, acima de tudo, o melhoramento
contínuo do modelo.
4.2.1- Realização de estudo sobre as grandes questões na gestão e
administração de terras para a consideração do FCT.
Este estudo visava identificar as grandes questões de gestão e administração de
terras em Moçambique, por forma a permitir a elaboração de uma agenda
quinquenal do Fórum de Consulta sobre Terras, a ser adoptada durante o
quinquénio 2016-2020.
Foram elaborados e aprovados os TdR para a realização do estudo que foram
submetidos à UGEA para a contratação do consultor externo. Esperava-se que os
temas resultantes desta Consultoria fossem apreciados pelo GRFCT e submetidos
a VIII Sessão do FCT para sua aprovação passando a servir de base para a
preparação das próximas sessões do FCT.
Todavia, o concurso foi cancelado em virtude dos avanços alcançados no
relançamento do estudo do Quadro de Avaliação da Governação da Terra, que
abre perspectivas para a produção de muitos documentos de reflexão sobre a
situação de gestão e administração de terras em Moçambique. Espera-se que o
relatório final do LGAF forneça informação suficiente e de qualidade, capaz de
alimentar os debates do FCT em anos vindouros.
62
4.2.2- Mapeamento dos principais actores no processo de Gestão e
Administração de Terras e outros recursos naturais.
Esta actividade tinha em vista a identificação dos principais intervenientes na
gestão e administração de terras, sua localização, quais são as suas realizações e
como estes podem dar um contributo ainda maior para a melhoria do
desempenho do sector de terras.
Apesar do trabalho de preparação realizado pela equipa do Secretariado do FCT,
esta actividade não foi realizada, em virtude do seu cancelamento.
4.2.3- Preparação de propostas de temas para a VIII Sessão do FCT (temas por
definir)
Previa-se que após o levantamento das grandes questões na área de terras e a
sua devida validação pelo GRFCT, a DINAT iria contratar especialistas para
aprofundar a análise dos temas propostos tendo em vista a preparação de
estudos de casos e outros documentos de reflexão que seriam levados a debate
pelo FCT, na sua VIII sessão.
Devido ao cancelamento do concurso sobre o levantamento das grandes
questões de gestão e administração de terras em Moçambique, foi accionado o
Plano B que preconizava a identificação dos temas e seu aprofundamento pelos
membros do GRFCT.
O Secretariado do FCT solicitou a todas as instituições integrantes do FCT (Sector
privado, ONG, instituições de ensino e investigação, organizações sócio
profissionais e sector público) a apresentarem propostas de temas que
considerassem ser relevantes para a discussão ao nível do FCT.
Foram recebidos 10 temas e que após análise e aprofundamento, com o apoio do
secretariado e discutida a sua abordagem preliminar no I Encontro do GRFCT,
apenas sete temas foram seleccionados para apresentação nos seminários
regionais;
63
Os temas seleccionados foram:
Cadastro Mineiro e os desafios de integração no Cadastro Nacional de
Terras;
Estratégias de disseminação da legislação de terras;
Preparação social na delimitação de terras;
O papel da gestão e administração de terras no desenvolvimento rural;
Barreiras culturais entre homens e mulheres no uso e aproveitamento da
terra;
Preparação do Plano de Reassentamento da ANADARKO;
Experiencias de parcerias entre comunidades locais e sector privado;
Os temas aprovados de acordo com uma série de critérios de selecção, aprovados
pelo GRFCT foram ainda objecto de melhoramento pelos proponentes antes de
sua apresentação nos seminários regionais.
Este cenário é o melhor que foi possível adoptar para assegurar a realização da
VIII Sessão do FCT depois da inviabilização da actividade de levantamento das
grandes questões para a construção da Agenda Quinquenal do FCT e dos atrasos
registados na realização do LGAF.
4.2.4- Estudo do Quadro de Avaliação da Governação da Terra (LGAF).
A contratação do Coordenador do LGAF sofreu demora assinalável, por razões
ligadas à complexidade dos procedimentos de procurement vigentes no aparelho
do Estado. Para mitigar o risco de não realização desta actividade, optou-se pela
contratação directa do Coordenador do Estudo, pela Embaixada do Reino dos
Países Baixos.
Foram identificados cinco potenciais candidatos a Coordenador Nacional do
LGAF, dos quais se apurou a candidatura do Dr. João Trindade. Este apresentou a
sua proposta financeira a 03.09.2015 que mereceu a aprovação da DINAT no dia
16.09. 2015 o que permitiu a assinatura do contrato de prestação de serviços a
64
30 de Setembro de 2015. A proposta técnica do Coordenador do LGAF contém
cinco Marcos:
A. Relatório de início de actividades (Inception);
B. Relatórios temáticos de base;
C. Painéis de avaliação e seminários regionais;
D. Relatório preliminar;
E. Relatório final.
A versão preliminar do Inception Report foi informalmente submetida para
análise e parecer dos pontos focais do estudo na DINAT, no dia 06.11.2015. O
documento foi também partilhado informalmente com Secretariado Global do
LGAF, que em sessão de videoconferência no dia 13.11 emitiu o seu parecer
recomendando um refinamento da abordagem metodológica proposta,
sobretudo no que tange à preparação dos relatórios temáticos de base e a
organização dos painéis de avaliação. A intervenção do Secretariado Global do
LGAF visava conformar o estudo com os padrões definidos no manual de
procedimentos do LGAF.
Adicionalmente, a Secretária Global recomendou ao Coordenador do estudo para
rever o cronograma por forma a dar mais tempo aos Peritos Investigadores para
preparem os Relatórios Temáticos de Base (RTB). A consequência desta
recomendação é que os painéis de avaliação e os seminários regionais já não se
realizaram nos meses de Novembro e Dezembro como estava inicialmente
previsto, devendo ser realizados logo que haja relatórios já validados pelo
Secretariado Global do LGAF em Janeiro/Fevereiro de 2016. A re-calendarização
completa do estudo é apresentada na tabela 7, abaixo:
Tabela 7: Re-calendarização das actividades no âmbito do LGAF.
Actividade Data
Submissão da versão preliminar dos Relatórios Temáticos de Base (pelos peritos investigadores).
30.11.2015
Comentários do Coordenador do estudo 10.12.2015
Submissão da segunda versão dos Relatórios Temáticos de Base 15.12.2015
65
Análise dos Relatórios de Base pela DINAT e Revisores Externos. 16.12-15.01.2016
Encontro de coordenação para harmonização dos Comentários 15-20.01.2016
Submissão da versão final dos relatórios temáticos de base 30.01.2016
Realização de painéis de avaliação (em Maputo) 08-12.02.2016
Seminários regionais de avaliação 15-27.02.2016
Compilação do Relatório Final 1-4.03.2016
Validação do Relatório Final pelo GRFCT e CC do MITADER 8-10.03.2016
Submissão do Relatório Final do LGAF 20.03.2016
Os relatórios temáticos de base constituem os pilares do LGAF, por ser a base de
avaliação a ser usada pelos painelistas, daí a disponibilidade do Banco Mundial
de alocar recursos a Moçambique, para assegurar que a qualidade destes
produtos a ser entregues pelos peritos investifgadores, seja de padrão
internacional.
Neste contexto, serão contratados 1 a 2 revisores baseados em Moçambique,
para fazerem o controlo de qualidade dos relatórios, para além da possibilidade
de recurso aos especialistas que compõem o Painel Técnico Africano, apoiado
pelo Secretariado Regional do LGAF baseado em Nairobi.
Uma das observações feitas pelo Secretariado Global sobre a abordagem do
estudo apresentada no Inception Report de Moçambique tem a ver com a
indicação de uma jornalista (o Dr. Tomás Vieira Mário), para tratar do subtema:
´´Provisão de Informação sobre Terras ao Público´´. Enquanto o coordenador do
estudo tinha um entendimento no sentido genérico sobre a supramencionada a
informação a ser providenciada ao público, o Secretariado Global é de
entendimento que se trata de informação sobre a administração de terras (legal
e geo-espacial).
Uma vez que já havia compromissos assumidos com especialistas, encontrou-se
uma solução intermédia que consistiu na recomendação de contratação de uma
coadjuvante que seja especializado em assuntos de administração de terras com
profundo conhecimento do funcionamento do SiGIT.
66
4.2.5- Realização de encontros do GRFCT
Os encontros do GRFCT têm em vista a preparação e o seguimento das
recomendações saídas das sessões do FCT. Assim, o plano de 2015 previa a
realização de pelo menos 5 encontros do Grupo de Reflexão do FCT que iriam (i)
identificar e aprovar os temas-objecto de debate na VIII sessão; (ii) fazer o
acompanhamento do processo de preparação dos temas eleitos; (iii) preparar a
logística da sessão bem como apreciar os resultados dos estudos em curso no
âmbito do programa GesTerra.
Foram identificadas as instituições que à luz da nova orgânica central do Estado
e, no sector público, devem constituir o GRFCT. Foi feita uma análise global da
adequação do Decreto e Regulamento do FCT a luz do Decreto Presidencial nº
01/2015, de 16 de Janeiro que cria o MITADER para aferir a sua adequação e
possíveis implicações no seu funcionamento;
Foram realizadas ao todo, cinco sessões do GRFCT, sendo que, as primeiras
quatro se destinavam à preparação das condições técnico-logísticas para a
realização do FCT, a quinta fez o rescaldo dos trabalhos da VIII Sessão do FCT.
Actividade 4.3- Organização do repositório da documentação do FCT a
4.3.1- Estabelecimento de um Centro de Recurso do sector de terras.
Arrancaram no II semestre de 2015 as obras de reabilitação do edifício onde irá
funcionar o Centro de Recurso e têm a sua conclusão prevista para finais do
primeiro trimestre de 2016. Os trabalhos contratados consistiram na restauração
do edifício, renovação do pavimento da entrada, apetrechamento com
mobiliário, equipamento informático e os respectivos conteúdos. O Centro de
Recurso do sector de terras, constituirá um suporte fundamental tanto para
registo do histórico da Gestão e Administração da Terra em Moçambique, e,
fundamentalmente, alimentar os debates sobre o desenvolvimento do sector.
67
Constituirá também um recurso para os pesquisadores e estudantes da área de
terras.
4.3.2- Elaboração, publicação e divulgação das Memórias do FCT
Esta actividade prevê a revisão e edição dos documentos apreciados na IV, V e VI
sessão do FCT, para a elaboração de memória documental das sessões. A
empresa de comunicação Atmospheric foi contratada para realizar o estudo cujo
draft do relatório fou submetido à aprovação da DINAT.
Foi igualmente revisto e circulado o Draft do I Volume de memórias editadas com
o apoio da FAO correspondentes às sessões I, II e III.
Resultado 5: Maior sinergia entre processos de administração e
planeamento do uso da terra.
Actividade 5.1- Harmonização dos PDUT aos procedimentos de atribuição de
DUATs e delimitação de Terras comunitárias.
Esta actividade é composta por uma subactividade.
5.1.1- Troca de informações entre DINAT e DINAPOT sobre distritos com
PDUT
Esta subactividade tinha em vista a promoção de troca de informação entre
a Direcção Nacional de Terras e a Direcção Nacional de Ordenamento
Territorial e Reassentamento
A troca de informações envolveu a partilha de informação relativa aos 100
distritos com PDUTs elaborados e a dos bairros ordenados no âmbito do
projecto financiado pelo FUNAB e que podem ser o primeiro alvo das
intervenções no âmbito do registo de terras.
Foi tambem partilhada informação sobre o funcionamento do SIGIT.
68
Resultado 6 - Mulheres, Comunidades e Pessoas Vulneráveis com Direitos sobre a Terra.
Actividade 6.1.- Facilitar o direito de posse e uso da terra por mulheres e grupos
vulneráveis.
Esta actividade consiste de duas sub-actividades, a saber:
6.1.1.- Revisão do guião da estratégia de género para administração de terras
Esta subactividade foi realizada pela Especialista de Comunicação e Sensibilização
Pública da equipa de Assistência em Gestão e Administração de Terras e
partilhada com os técnicos da DINAT e das demais equipas de assistência técnica.
O documento recomenda a adopção e observância dos princípios nele definidos,
na realização das demais actividades do programa e da instituição. Foram
reproduzidas em 2015 mais de mil exemplares do documento e distribuídas pelos
técnicos da DINAT e pelos parceiros em vários eventos realizados ao longo do
ano.
6.1.2- Integração de aspectos de género nos Formulários, procedimentos de
Gestão e Administração de Terras e Modelos de relatórios
Esta subactividade foi realizada e concluída pela DINAT com a assistência da
equipa de assistência técnica em gestão e administração de terras e da
operacionalização do SiGIT, sob a coordenação do ponto focal de género na
DINAT.
Resultado 7- Monitoria, Avaliação e Reflexão sobre Questões de Terras.
Actividade 7.1- Capacitação institucional em planificação da DINAT e SPGC
Esta actividade consiste de sete subactividades, nomeadamente:
69
7.1.1.Desenvolvimento de um plano anual integrado da DINAT.
Esta actividade não foi realizada devido à reforma institucional em curso no
MITADER. Todavia, o processo de planificação referente ao programa GesTerra
para ano de 2016, seguiu os moldes de 2014 com a excepção de que não foram
realizados seminários regionais.
O processo foi iniciado ao nível da base e consolidado no topo.
7.1.2- Elaboração do Guião/modelo de monitoria do plano integrado da DINAT
Este guião foi produzido, aprovado e disseminado pelos intervenientes no
processo de planificação. Todavia, há consensos de que a actual matriz do Quadro
lógico responde em grande medida às necessidades de monitoria.
Em Julho de 2015 foi realizada uma missão de monitoria a todas as províncias a
fim de se aferir o grau de implementação das actividades do programa GesTerra
e assessorar os SPGC na identificação das suas prioridades em preparação das
suas propostas de pano operacional referente a 2016.
Para esta actividade, foram criadas equipas mistas compostas por técnicos da
DINAT e da equipa de assistência técnica para a gestão e administração de terras
e tiveram como ferramentas de trabalho as seguintes:
• Plano Global de Operações do GesTerra referentes ao período 2015-2015;
• Plano Operacional do GesTerra referente a 2015;
• Guião de monitoria;
• Quadro lógico de indicadores de monitoria; e,
• Check list para a actividade de monitoria do GesTerra.
Monitoria da Implementação das Actividades da DINAT –
Cinco equipas mistas DINAT/AT- VA foram constituídas com a finalidade de
monitorar a implementação das actividades realizadas nos SPGC conforme ilustra
o quadro abaixo.
70
Tabela 8: Composição das equipas, locais e resumo das principais constatações das missões
de monitoria ao GesTerra, 2015.
Províncias Componentes da equipa Principais Constatações e recomendações
Maputo, Gaza e Inhambane
Paula Mendes e Magorombane Manhique
Técnicos e Chefes dos SPGC participaram em várias acções de capacitação organizadas pela DINAT;
Actividades identificadas e planificadas nos SPGC não foram financiadas pelo GesTerra;
Os SPGC usaram fundos localmente disponíveis para financiar actividades do PO15.
A articulação entre os níveis provincial e central requer melhoramentos;
Há necessidade de alocar fundos aos SPGC para a implementação das suas actividades.
Os técnicos da assistência técnica prestam valiosa contribuição para o desempenho dos SPGC.
Sofala e Zambézia
Cremilde Manjate Xavier Lucas
Manica e Tete
Raímo Baraca Mário Ruy.
Cabo Delgado, Nampula e Niassa
Maurício Paulino Catarina Chidiamassamba João Carrilho
7.1.3- Reuniões do Comité de Acompanhamento do Programa (CAP)
Em 2015 não se realizaram os dois encontros do Comité de Acompanhamento do
Programa GesTerra previstos no plano. O processo de reestruturação da DINAT
ocupou o centro das intervenções da instituição não tendo havido espaço
suficiente para a coordenação inter-sectorial. Espera-se que em 2016 esta
actividade seja implementada depois de feitas as consultas aos sectores que
devem fazer parte da CAP.
7.1.4- Realização de Reuniões de Coordenação Alargada aos SPGC
71
Encontro realizado a 17 de Novembro de 2015 e tinha como principal objectivo,
a apresentação da abordagem metodológica do programa Terra Segura bem
como das conclusões e recomendações dos estudos sobre a (i) Simplificação dos
Procedimentos de Atribuição de DUATs a nível central, provincial e distrital, bem
como do estudo sobre a (ii) Unificação dos Mecanismos de Fiscalização na
República de Moçambique.
7.1.5- Reunião Comité do Programa (CP)
Realizou-se a 12 de Fevereiro de 2015 o II encontro do Comité do Programa
GesTerra. Foi o primeiro dos dois encontros previstos para o ano de 2015 e
debruçou-se sobre os seguintes pontos principais de agenda:
1. Relatórios Consolidados de Actividades e Financeiro referentes 2014;
2. Proposta de Plano Global de Operações 2015-2017, do GesTerra;
3. Proposta de Plano Operacional de 2015;
4. Proposta de orçamento para 2015.
Com a realização deste encontro do CP, foram identificadas as necessidades
orçamentais para a operacionalização do plano trienal do programa. Também
foram aprovados os principais instrumentos de implementação do programa (os
planos e o orçamento) o que ajudou a agilizar o processo de disponibilização de
recursos para a implementação das actividades.
Isto permitiu que mesmo na situação de indisponibilidade de fundos do Estado
por causa da aprovação tardia do Plano Quinquenal do Governo e do Plano
Económico e Social de 2015 e do respectivo orçamento, as actividades do
GesTerra não fossem comprometidas.
Adicionalmente, realizou-se no 30.11.2015, o III encontro do Comité do Programa
GesTerra. O encontro tinha por objectivo, fazer o ponto de situação da
implementação das actividades planificadas para o I semestre de 2015, no âmbito
da implementação do Plano Operacional de 2015. Foram apresentados e
apreciados os seguintes pontos:
72
Apresentação do Relatório de actividades referentes ao I Semestre de 2015
Apresentação do Relatório sobre a Operacionalização do SIGIT – Balanço do
I Semestre de 2015
Apresentação da Execução do Orçamento e do Plano de Procurement até
30 de Junho;
Proposta de redistribuição de verbas do Plano Operacional de 2015 –
Componente Externa.
Nas discussões que se seguiram às apresentações dos tópicos acima
mencionados e dentre várias inquietações levantadas se destacam:
a) Sustentabilidade do SiGIT uma vez que esta ferramenta é o principal pilar
do programa GesTerra. Esta inquietação surgiu na sequência do fracasso
verificado no desenho do Plano Director do SiGIT;
b) Necessidade apresentada pela DINAT de proceder à redistribuição de
verbas para fazer se face a novos desafios e prioridades;
c) Face à falta de equilíbrio que se verifica nos níveis de desembolsos de
fundos para o programa, entre os dois doadores houve reconhecimento da
necessidade de se encontrar uma sã relação de proporcionalidade entre
ambos.
7.1.6- Realização da X Reunião Nacional de Terras e Florestas.
Conforme planificado, previa-se que a Reunião Nacional de Terras e Florestas
tivesse lugar entre os meses de Abril e Maio de 2015. À semelhança dos
encontros anteriores, seriam discutidos neste a proposta de PES para 2016 de
temas relevantes para a melhoria do desempenho da instituição.
Todavia, as incertezas e sobreposições ocorridas ao longo do semestre, como
consequência das reformas institucionais em curso no MITADER, incluindo o
desmembramento dos sectores da terra do das florestas e a inexistência ainda,
de um Colectivo de Direcção na DINAT, tornaram inviável a implementação desta
actividade.
7.2- Estabelecimento e Operacionalização da Unidade de Comunicação e
73
Mídias.
Esta actividade tem três subactividades cujo ponto de situação de sua
implementação se apresenta a seguir.
7.2.1 Operacionalização da Website da DINAT
Consiste na operacionalização do Website e do Geoportal SiGIT da DINAT. Esta
subactividade está em curso.
Situação até ao final de 2015 = Realizado 84%.
Uma equipe da DINAT procedeu à introdução e actualização dos conteúdos da
WebSite que se encontra actualmente num site interno da DINAT.
O Geoportal do SiGIT que foi colocado no ar internamente em 2014, será
posteriormente integrado neste WebSite e lançado publicamente após inserção
de todos os dados de Histórico no SiGIT, devendo-se aguardar pela correção de
dados dos 4 SPGC Norte e pela inserção/correcção posterior de dados dos 6 SPGC
Centro e Sul.
7.2.2- Produção do material de divulgação das actividades do sector de terras
No período em referência foi concebido, produzido e utilizado diverso material
de sensibilização e educação pública. Este material foi orientado para os distritos
e locais com actividades de regularização das ocupações de terras com destaque
para o distrito de Búzi, na província de Sofala, Panda na província de Inhambane,
Massingir na província de Gaza, Manhiça na província de Maputo.
A realização da VIII Sessão do FCT, também envolveu a reprodução massiva de
material de sensibilização pública referente ao evento. Trata-se de camisetes,
capulanas, bonés, pastas, dísticos, folhetos e brochuras apresentando mensagens
de sensibilização e educação pública referente ao processo de regularização das
ocupações de terras e os direitos de homens e mulheres sobre a terra e à
realização da sessão do FCT.
No âmbito da sensibilização e educação pública foram também capacitados,
membros das comunidades, líderes comunitários, incluindo os grupos culturais
74
(cântico, dança e teatro) em matéria de disseminação de informação sobre a lei
de terras nas comunidades.
As mensagens contribuíram para a consciencialização da população em geral e
em particular dos beneficiários sobre processo de regularização, sua importância
e o impacto na segurança da posse da terra e do desenvolvimento local.
7.2.3- Informação e consciencialização os detentores de DUAT sobre os seus
deveres as obrigações fiscais, através da realização de campanhas, divulgação
de spots na rádio, jornal e televisão.
A componente de comunicação e consciencialização social dedicou-se em Janeiro
de 2015 à produção de anúncios e spots publicitários enquadrados na campanha
de sensibilização dos titulares dos DUATs para a obrigatoriedade do pagamento
das taxas de ocupação da terra ao abrigo do Regulamento da Lei de Terras (RLT),
aprovado pelo Decreto n°16/87 de 15 de Julho, no seu artigo 41, número 1.
Este decreto determina o pagamento das taxas de autorização e anuais pela
ocupação e da terra, devidas pelos requerentes e titulares do Direito de Uso e
Aproveitamento de Terra. O anúncio fazia menção à importância do pagamento
da Taxa anual do DUAT para assegurar os direitos de uso e posse de terra pelo
titular e chamava a atenção para as penalizações previstas em caso do não
pagamento. Os anúncios foram publicados na rádio Moçambique (emissão
nacional) Jornal Notícias e TVM.
A análise comparativa feita dos valores de taxas de DUAT cobrados nos primeiros
semestres de 2014 e 2015, não permite tirar ilações conclusivas sobre o real
impacto da campanha de sensibilização na colecta de receitas. Outros factores
deverão ser identificados e considerados na análise de resultados e do impacto
do lançamento dos anúncios sobre o pagamento das taxas de DUATs, nos meios
de comunicação social.
75
Por exemplo, as províncias de Inhambane, Manica e Cabo Delgado apresentam
resultados positivos comparativamente ao período homólogo, não se sabendo ao
certo qual foi o factor determinante para este desempenho.
É importante referir que os anúncios foram publicados ligeiramente tarde, em
relação ao tempo ideal e em função do calendário de cobrança de taxas de DUATs
vigente no país. Por outro lado, sabe-se que o uso do módulo de taxas do SiGIT já
faz o cálculo das taxas e elabora os avisos de cobranças, embora estas
funcionalidades não estejam a ser adequadamente exploradas pelos serviços,
havendo necessidade de impulsionar o uso destas. Existe também necessidade
de estabelecer uma comunicação mais eficaz com os titulares dos DUAT, sobre a
matéria das taxas. A seguir se apresenta o quadro dos valores cobrados no âmbito
do pagamento das taxas de DUAT.
Tabela 9: Arrecadação de receitas no âmbito da cobrança de taxas de DUATs- 2014/2015
Fonte: SPGCs
Como acção prioritária, a DINAT irá encorajar os SPGC a usar as funcionalidades
do SiGIT para acelerar o processamento dos Avisos de Pagamento das taxas de
DUAT bem como lançar atempadamente e com a abrangência necessária, a
Província
Taxa- I Semestre 2014 Taxa - I Semestre 2015
Exec. ( %)
Taxa de
Cresc. % Planificada Cobrada Planificada Cobrada
Maputo 3.864.169,00 3.312.229,10 3.870.254,00 1.285.571,00 33 -61
Gaza 3.000.000,00 1.835.284,00 3.750.000,00 876.178,73 23 -52
Inhambane 1.712.000,00 946.810,81 1.812.000,00 3.394.856,08 187 259
Sofala 3.549.141,90 4.844.710,50 5.400.000,00 3.283.932,88 61 -32
Manica 4.115.191,61 3.404.000,00 4-.087.993,45 4.812.723,49 118 41
Tete 54.411,84 1.100.164,54 120.995,50 482.829,00 399 -56
Zambézia 5.000.000,00 4.401.338,07 5.500.000,00 2.839.334,08 52 -35
Nampula 5.500.000,00 4.877.013,60 5.500.000,00 2.114.208,54 38 -57
C. Delgado 3.271.888,84 2.058.227,75 3.500.000,00 3.028.212,75 87 47
Niassa 439.721,12 1.003.589,79 1.818.771,51 89.596,57 5 -91
TOTAL 30.506.524,31 27.783.368,16 35.360.014,46 22.207.443,12 63 -20
76
campanha de sensibilização pública dirigida aos titulares de DUAT alertando-os
sobre a obrigatoriedade do pagamento das taxas de ocupação da terra.
Actividade 7.3 - Monitorar o desempenho global da administração e gestão de
terras a todos os níveis
O estudo com vista a definição de linha de base das actividades a serem
desenvolvidas no âmbito do GesTerra foi iniciado em 21 de Maio de 2014 e foi
conduzido pela empresa de consultoria Leadership Business Consulting. O
objectivo principal do estudo foi de estabelecer a posição de partida do Programa
GesTerra para permitir que os ganhos mensuráveis atribuíveis às actividades do
programa pela via de comparação dos resultados finais obtidos em cada indicador
com a posição de partida.
Com a submissão do relatório final versão de 5 de Janeiro de 2015 pela empresa
de consultoria, a DINAT criou uma equipa de trabalho constituída por quatro
técnicos1 sendo dois técnicos da DINAT e dois da Assistência técnica (AT).
O objectivo principal da equipa foi de rever o relatório apresentado pela empresa
e emitir o seu parecer para o seguimento do trabalho. No início de Fevereiro de
2015 a equipa de trabalho elaborou um parecer com os comentários e
recomendações para o melhoramento do relatório do estudo que foi
posteriormente comunicado à empresa para consideração.
Baseado nos comentários e recomendações da DINAT para o melhoramento do
relatório final a empresa de consultoria fez a revisão do mesmo tendo
apresentado a versão final do relatório a 16 de Abril de 2015, que mereceu mais
uma apreciação pela equipa de trabalho criada para o efeito.
1 Duas mulheres e dois homens.
77
Para a finalização da revisão do relatório foi realizado um encontro de
esclarecimento entre o consultor e os membros da equipa de revisores, antes da
emissão e envio dos comentários ao relatório pela DINAT.
Como resultado do estudo foram estabelecidos os principais indicadores de
desempenho que servirão de base para a monitoria e avaliação do GesTerra
estudo também fez as seguintes constatações:
A estrutura orgânica da DINAT não responde completamente às necessidades e desafios actuais e futuros do sector de administração de terras (falta de formalização e/ou implementação de algumas repartições);
O Quadro de Pessoal da DINAT está desactualizado, o que constrange a
capacidade de resposta da instituição aos desafios do sector;
De forma geral, existe alguma fraqueza nas competências de planificação
estratégica e de monitoria e avaliação nos SPGCs e na DINAT;
Os relatórios de balanço produzidos pelos SPGCs e pela DINAT são pouco
qualitativos e têm poucas referências ao comportamento evolutivo das
variáveis o que dificulta a capacidade de avaliar correctamente o
desempenho do sector;
Falta de uma estrutura-tipo do serviço de cadastro de nível distrital definido
e implementado em todos os distritos que facilite a prestação de serviços
aos cidadãos;
A articulação da actuação entre os Serviços Distritais (SDPI/SDAE) e os
SPGCs carece de melhoria, em termos de comunicação, para que os utentes
beneficiem de uma prestação de serviços com mais qualidade, mais célere
e mais eficiente;
Ausência de arquivo de processos de pedido de DUAT nos serviços distritais
(SDPIs/SDAEs);
78
Falta de uma estratégia de administração de terras que seja divulgada e
apropriada pelos principais intervenientes da cadeia de decisão do sector e
que envolva as comunidades locais;
Insuficiência de recursos (humanos, materiais e financeiros) para garantir o
cumprimento dos trabalhos de fiscalização;
Falta de um Plano de Formação estruturado que permita identificar a
médio-prazo as necessidades de formação dos técnicos, a definição clara
das competências a adquirir e a articulação com a avaliação de desempenho
dos funcionários;
Insuficiência de estudos qualitativos e quantitativos que apoiem a tomada
de decisão dos actores que participam do FCT;
Fraca divulgação do trabalho do FCT junto da população em geral, apesar
da sociedade civil ser parte integrante do Fórum;
Fraqueza no planeamento coordenado do uso de terras envolvendo as
diferentes instituições;
Os dados existentes sobre a cobrança de taxas não permitem tirar uma
radiografia da situação actual em termos da sustentabilidade do sector e
não existe ainda uma estratégias definida para aumentar a colecta de taxas.
7.3.1-Monitoria da realização de Estudo de Base
Na re-calendarização do estudo foi vista a necessidade de os quatro Focal Points
serem céleres na análise dos relatórios como foi constatado e pedido pelo
consultor em 2014. Para tal, a equipa de Focal Points foi reforçada com mais um
elemento totalizando quatro, sendo dois da DINAT e dois da assistência técnica
da Verde Azul.
7.3.2 - Versão Preliminar do Estudo de Base apreciado pelo Colectivo de
Direcção.
Com a extinção da DNTF em Junho de 2015 deixou de existir um Colectivo de
Direcção no sector de terras pese embora tenha sido criada a DINAT. A existência
79
de um Colectivo de Direcção na DINAT depende da definição e aprovação de uma
estrutura organização e funcional da instituição bem como do respectivo
Regulamento Interno. Todos estes processos e etapas foram concluídos em finais
de Setembro de 2015, mas o preenchimento das posições não ocorreu até finais
do ano, esperando-se que isso ocorra no início de 2016. Pelas razões acima
apresentadas, a actividade supramencionada, não foi realizada.
7.3.3- Apresentação do DRAFT do Estudo de Base ao Grupo de Reflexão do
Fórum de Consulta sobre Terras (GRFCT).
Similarmente ao acima exposto na actividade 7.3.2, o relatório não foi
apresentado ao GRFCT.
7.3.4 - Submissão da Proposta do Estudo de Base ao Ministério da Terra,
Ambiente e Desenvolvimento Rural.
O relatório não foi enviado ao MITADER pois com a reestruturação havida na
instituição com a extinção de sectores, criação de novos e a nomeação e cessação
de dirigentes desses sectores, difícil seria assegurar a análise do documento e a
adopção das recomendações nelas contidas. Espera-se que no II semestre de
2016, esta actividade seja realizada.
Actividade 7.4- Apoio à Fiscalização de Terras
Esta actividade é composta por cinco sub-actividades, como abaixo se apresenta.
7.4.1- Conclusão do estudo sobre uniformização de processos de fiscalização de
terras.
Este estudo transita do plano operacional de 2014 em virtude de não ter havido
condições para a sua conclusão no período contratualmente acordado.
Tendo sido adjudicado à Verde Azul/Mondzo, o mesmo consultor contratado
para conduzir o estudo sobre a simplificação dos procedimentos de atribuição de
80
DUATs a nível Central, Provincial e Distrital, o estudo não conheceu progressos
até ao mês de Março de 2015, altura em que pelo plano de re-calendarização
proposto pelo consultor em Dezembro de 2014, este devia estar na fase
conclusiva.
Perante este cenário, a Direcção Nacional de Terras não teve outra opção senão
a tomada de decisão da rescisão do contrato, que uma vez comunicada ao
consultor, suscitou nele uma reação positiva que consistiu na submissão de um
plano de reestruturação da equipa de consultores e a re-calendarização do
estudo, propondo uma nova abordagem de articulação com os SPGCs e os focal
points da DINAT.
A proposta foi apreciada favoravelmente e o estudo retomado. Os dois
deliverables em falta, designadamente o Relatório de Progresso e o Relatório
Final, foram submetidos à aprovação da DINAT em Abril e Maio, respectivamente.
Principais constatações do estudo
O quadro jurídico existente para a fiscalização contém várias lacunas no que
diz respeito a interpretação, procedimentos, tipos de infracções e
respectivas penalizações;
Os resultados da análise feita ao processo do actual quadro legal de
fiscalização sobre terras identificam constrangimentos que expõem a
existência de algum desfasamento entre as normas e a prática;
No geral, o grande desafio do processo de uniformização da fiscalização de
terras no País é assegurar que a sua efectivação dependa essencialmente da
capacidade de integração de várias lacunas e inconsistências a nível da Lei e
do Regulamento de Terras e sua melhor articulação com outras legislações
directa ou indirectamente ligadas a administração e gestão da e=terra ou
outros recursos naturais;
81
Em paralelo deverão ser criadas condições adequadas para a fiscalização,
seja pela melhoria do nível de qualificação dos recursos humanos em
termos de interpretação do quadro legislativo sobre terras;
A necessidade de constituição de um Cadastro cada vez mais baseado nas
novas tecnologias de informação e comunicação (SiGIT) que irá
revolucionar a forma de fiscalizar;
Planos de fiscalização poderão ser feitos de forma automática seguindo
certos critérios prescritos na lei, tal como caducidade das licenças,
localização dos planos de fiscalização por regiões, melhor seguimento dos
pareceres anteriores e emissão de intimações por incumprimento, etc.
Face as conclusões acima mencionadas, recomenda-se:
Revisão pontual da Lei de Terras de 1997 e Regulamento da Lei de Terras
de 1998 por forma a clarificar todas as infracções à legislação de terras e
respectivas penalizações;
Instituição dum corpo de fiscalização de terras com autonomia
administrativa, capaz de assegurar as acções de fiscalização de forma
independente, isenta, imparcial e igual para todos os titulares, nacionais e
estrangeiros, públicos e privados;
Capacitação dos agentes de fiscalização de terras em meios humanos,
capacitados, treinados e motivados para levar a cabo as acções de
fiscalização com zelo e profissionalismo necessário.
82
Avaliação de desempenho das Assistências Técnicas
AT/VA
Esta AT foi contratada para prover Serviços de Assistência Técnica para a Gestão e
Administração de Terras. A equipa é composta por 21 posições distribuídas por
várias áreas incluindo o apoio à operacionalização do SiGIT.
Em 2015, papel desempenhado por estes especialistas, em particular dos peritos
posicionados na DINAT, regionais e dos técnicos de sítio afectos a cada SPGC, foi
crucial para o processo de operacionalização do SiGIT no que se refere a:
Implicação das constatações e recomendações do estudo para a DINAT e os
SPGCS.
Com a realização bem-sucedida do estudo para a Uniformização dos Métodos de
Fiscalização na República de Moçambique, no âmbito da implementação do
programa GesTerra, a DINAT e os SPGCs passam a dispor de duas ferramentas
importantes para a operacionalização das recomendações do estudo e para
enfrentar os desafios da fiscalização:
Manual de Fiscalização;
Plano Operacional da Fiscalização.
Estas ferramentas proporcionam à administração de terras, uma oportunidade para
a profissionalização e modernização dos actos de fiscalização pela via da
capacitação do quadro técnico e da provisão dos meios necessários para a
realização do trabalho de fiscalização.
A melhoria pontual da legislação no que tange à fiscalização constitui também um
requisito para a melhoria dos serviços de fiscalização. Há necessidade de se fazer
uma ampla divulgação das conclusões e recomendações do estudo.
83
Apoio aos trabalhos de campo para a migração de dados de histórico para o
SiGIT nos 4 SPGCs da Zona Norte do País;
Apoio ao trabalho dos provedores de serviço no âmbito do registo
sistemático de terras.
Apoio na identificação, descrição e comunicação de ocorrências do SiGIT;
Acompanhamento dos níveis de serviço, da Empresa Triana, relativos à
manutenção preventiva e de emergência dos sistemas e equipamentos
SiGIT;
Monitoria e apoio no uso adequado do SiGIT pelos técnicos dos SPGCs e dos
Municípios;
Monitoria e apoio na introdução de processos de DUAT e RDUAT no SiGIT;
Apoio na Migração de dados;
Apoio na Tramitação processual;
Apoio na emissão de títulos para o sector familiar;
Apoio na Fiscalização de DUATs em sobreposição com parcelas do LTR;
Apoio na Validação e correcção da divisão administrativa;
Apoio no processo de disseminação dos novos formulários DUAT de pedido
inicial, requerente e plano de exploração;
Apoio no processo de elaboração dos novos formulários RDUAT a serem
utilizados no âmbito do Programa Terra Segura;
Apoio no processo de validação de dados dos processos acima de 1.000
Hectares;
Contribuição para a elaboração dos TdR para a contratação de Provedores
de Serviço no âmbito do Registo Sistemático de Terras;
Participação em acções de monitoria das actividades realizadas pelos SPGCs
e pelos Provedores de Serviço de registo de terras;
Apoio na preparação da documentação, logística, plano de comunicação e
mobilização de recursos inerentes à realização da VIII sessão do FCT.
84
O desempenho dos técnicos de nível central, regional e de sítio da AT/VA nos
SPGC, no âmbito da operacionalização do SiGIT, apoio ao Fórum de Consulta sobre
Terras, na capacitação institucional e apoio ao registo sistemático de terras, foi
importante e positivo.
AT/EXI no âmbito da Operacionalização do SiGIT
A assistência técnica à operacionalização do SiGIT tem vindo a ser assegurada pela
empresa EXI – Engenharia e Comercialização de Sistemas Informáticos, Lda.
Durante o ano 2015, esta empresa providenciou vários serviços no âmbito da (i)
Gestão da Aplicação SiGIT, (ii) Serviços de Tecnologia de Informação (TI), (iii)
Formação Profissional em SiGIT, (iv) Manutenção da infraestrutura de TI no Centro
de Dados da DINAT, (v) Manutenção da infraestrutura de TI nos SPGCs e (v) Gestão
das relações e coordenação dos serviços.
A nossa apreciação ao desempenho da EXI é positiva. As actividades propostas
para o ano de 2015 foram cumpridas com rigor e nos prazos previstos, salvo em
situações que dependeram do desempenho de terceiros ou de situações fora de
controlo.
Esta AT tem desempenhado um papel essencial e decisivo na formação
profissional de Técnicos, Operadores e Administradores do SiGIT, no
desenvolvimento de novas funcionalidades do SiGIT, bem como nos vários tipos
de manutenção software, nomeadamente, correctiva, adaptativa e de
aperfeiçoamento.
Em 2015, equipa da EXI, em diversas ocasiões criticas, apoiou a DINAT em vários
processos no sentido de manter o ritmo de implementação e de progresso da
operacionalização do SiGIT.
85
MB Consulting - Assistência Técnica para a Gestão de Finanças Publicas.
Durante o ano de 2015, esta empresa prestou serviços de assistência técnica à
DINAT ao abrigo dos acordos de concessão de fundos e do contrato assinado
entre o Governo e a empresa tendo contribuído em grande medida para o
cumprimento dos objectivos e metas fixadas para esta Direcção. No entanto,
atenção especial deve ser dada aos seguintes aspectos:
1. Cumprimento dos prazos;
2. Relacionamento com os técnicos da DINAT.
No que se refere ao cumprimento dos prazos foi notável a entrega tardia dos
relatórios mensais à Direcção bem como os atrasos verificados nos pagamentos
de algumas facturas e às outras despesas com o pessoal, o que até certo ponto
criou algum desconforto no seio de alguns funcionários envolvidos em missões
de serviço.
Decorrente do descontentamento de alguns funcionários, o relacionamento de
alguns técnicos da DINAT e da MB Consulting, principalmente da área de
execução orçamental, ficou afectado negativamente. Para se ultrapassar estes
constrangimentos sempre foram mantidas sessões ao nível desta direcção com
os técnicos desta empresa.
Como tal, a apreciação geral que se faz da empresa é positiva, embora se
reconheça a necessidade de um maior acompanhamento da equipa técnica por
parte dos gestores de topo da MB Consulting.
Estabelecimento de Parcerias
Durante o ano em análise, a DINAT prosseguiu com sucesso a sua estratégia de
estabelecimento de novas parcerias visando assegurar a sustentabilidade das
suas intervenções em anos vindouros.
86
Foi assim que se deram passos decisivos no relacionamento com o Banco
Mundial, a Kadaster International, a Universidade de Twente e a NUFFIC.
Com o Banco Mundial foram mantidos contactos aquando da realização de
quatro missões no âmbito da identificação de formas de apoio para sector de
terras. A primeira missão foi exploratória e realizou-se em Fevereiro do ano em
curso. Esta missão tinha em vista avaliar o interesse da DINAT em prosseguir com
os estudos anteriormente identificados relativos às taxas de DUAT e às
delimitações de terras comunitárias. Para a DINAT, a abordagem adequada era
embarcar para um programa compreensivo de capacitação institucional e de
apoio ao reforço dos direitos dos ocupantes e usuários da terra.
Seguiram-se contactos regulares nos meses de Maio, Setembro e Novembro
entre o Banco e a DINAT que culminaram com produção de um documento de
identificação de um projecto integrado com uma componente de terras.
Nestas missões, foram apresentadas ideias concretas de apoio ao sector de terras
tendo sido eleitas, três áreas prioritárias de intervenção:
1. Apoio à delimitação das terras comunitárias;
2. Apoio desenvolvimento de serviços cadastrais, ao nível distrital;
3. Capacitação dos serviços cadastrais das províncias localizadas na área de abrangência do programa.
Na óptica da DINAT estas prioridades não estão totalmente alinhadas com as do
governo já que deixam de fora intervenções no âmbito do reforço da segurança
de posse de ocupantes individuais de parcelas de terras que é um dos focos de
intervenção do programa Terra Segura. Esta inquietação foi mais tarde
acomodada nas versões posteriores do PAD (Project Appraisal Document), do
projecto.
87
A área de abrangência se circunscreve a dez distritos das províncias de Nampula
e Zambézia, a saber: Malema, Ribaué, Lalaua, Rapale e Mecuburi em Nampula;
Mocuba, Gilé, Ile, Alto Molocue e Gurué na Zambézia.
Outra parceria em processo em discussão envolve a DINAT e o consórcio Kadaster
International/Universidade de Twente, Faculdade de Ciências Geo-Espaciais e de
Observação da Terra (ITC), ambas do Reino dos Países Baixos, e enquadra-se no
âmbito do Land Program, criado pelo Governo Holandês, visando contribuir para
a melhoria dos sistemas de gestão e administração de terras em todo o mundo.
Os primeiros contactos no âmbito do estabelecimento desta parceria tiveram
lugar em Setembro de 2014, aquando da visita à Holanda de uma missão da
DINAT chefiada pelo Director Nacional. Discussões adicionais foram realizadas
aquando da vinda a Maputo de uma missão conjunta Kadaster
International/Universidade de Twente. As primeiras ideias concretas de apoio à
DINAT no âmbito desta parceria, surgiram em Abril de 2015 com a proposta
avançada pela Kadaster International de intervir em três áreas de actuação, a
saber:
1. Estabelecimento de sistemas de controlo de qualidade;
2. Apoio a um mecanismo de partilha de dados e informação; e,
3. Apoio à implementação de uma abordagem Fit –for- Purpose, no âmbito do registo sistemático de terras;
Em Junho realizou-se uma missão da Kadaster International em preparação de
uma missão mais alargada a realizada entre os dias 12 a 16 de Julho de 2015. As
duas missões tiveram por objectivo, identificar as necessidades de apoio à DINAT
tendo em vista a formulação de um abrangente programa de apoio ao sistema de
gestão e administração de terras no país.
Da realização das duas missões resultou um roteiro e um plano de acção para a
futura cooperação entre a DINAT e a Kadaster International (KI). O plano de acção
foi desagregado em 3 fases e contém inúmeras sub-actividades (vide a tabela
88
abaixo) cuja implementação irá permitir o alcance do principal objectivo do
programa de cooperação com a Kadaster International – o estabelecimento de
um acordo de assistência técnica à DINAT de médio a longo prazos.
Tabela 10: Plano de acção para a implementação de um programa de assistência
da KI à DINAT
Etapa Fase I
Fase II Fase III
Análise do estágio actual da administração de terras em Moçambique
- -
Identificação e categorização das necessidades da administração de terras
- -
Análise das lacunas e estrangulamentos - -
Coordenação com o Instituto Nacional de Estatística -
Compilação do Plano de Administração de Terras -
Compilação do Plano do Sistema de Administração de Terras.
-
Capacitação Institucional da DINAT -
Estabelecimento de parcerias na Administração de Terras e no Sistema de Administração de Terras
Definição e implementação de normas e padrões de gestão de projectos.
- Execução do Contrato Assistência Técnica de longa
duração entre a DINAT e a Kadaster International.
√
Por outro lado, em Março de 2015, a DINAT preparou e submeteu à NUFFIC, uma
instituição Holandesa de apoio à capacitação institucional nos países em
desenvolvimento, um proposta de projecto de apoio à capacitação dos quadros
da DINAT, SPGC e seus parceiros (ONGs e Agrimensores Ajuramentados).
A proposta visava obter um financiamento da NUFFIC no valor de 74.699 Euros
para a ministração de um curso de administração de terras focalizado nos
métodos de baixo custo. A proposta foi aprovada em Abril último e curso teve
89
lugar em Maputo, nas instalações da DINAT, de 19 a 30 de Outubro de 2015 e
estarão envolvidos 34 formandos, quatro formadores internacionais, sendo 3 da
ITC e 1 da Kadaster International e 3 nacionais.
Análise de riscos
No processo de implementação do Plano Operacional de 2015, novos riscos
foram identificados e riscos existentes foram mitigados pela DINAT.
Um dos novos riscos identificados durante ano em apreço decorre da reforma
institucional iniciada com a criação do Ministério da Terra, Ambiente e
Desenvolvimento Rural e tem a ver com a extinção da Direcção Nacional de Terras
e Florestas em duas novas Direcções Nacionais, a saber:
(i) Direcção Nacional de Terras (DINAT); e,
(ii) Direcção Nacional de Florestas (DNF).
Durante o período em análise, a DINAT focalizou a sua actuação na
consolidação das parcerias existentes e na busca de novas parcerias
tendo em vista trazer novas competências e valências para a DINAT.
Esta estratégia traduz a importância e a relevância que a DINAT dá aos
aspectos de criação da capacidade interna para o cumprimento do seu
mandato, de administrar a terra.
90
O desmembramento da ex-DNTF implicou também o das áreas comuns e de
apoio- os Departamentos de Administração e Finanças; Planificação e Normação
e Controlo, respectivamente. A agravar a situação, a Chefe de Departamento de
Planificação da ex-DNTF foi promovida à categoria de Directora Nacional de
Planificação e Cooperação do MITADER enquanto a ex- Chefe de Normação e
Controlo foi nomeada Directora Nacional de Qualidade Ambiental no mesmo
ministério.
Na base de um entendimento mútuo e das boas relações existentes, entre a
DINAT e a DINAF, as duas direcções decidiram partilhar os Serviços da área
financeira e de planificação sendo que o ex-Chefe do DAF é ao mesmo tempo e
interinamente, o responsável pela área de finanças e de planificação das duas
direcções.
A falta de capacidade humana é um outro risco que teve implicações na
implementação do Plano Operacional do GesTerra no período em análise. No
geral, todos os sectores da DINAT se ressentem dos impactos deste risco mas foi
a área de Normação e Controlo que mais se ressentiu. O sector tem apenas uma
técnica a atender às necessidades de fiscalização de todo o país e de outras
actividades do departamento o que impediu a realização das actividades
planificadas no âmbito da fiscalização, no ano em apreço.
A redução dos recursos financeiros do Orçamento de Estado aquando da
integração da ex-DNTF no MITADER desanexando-se do Ministério da Agricultura
e da Segurança Alimentar, foi o outro risco que sobremaneira afectou o processo
de implementação do PO15. No processo transferência da DNTF para o MITADER
nem todos os recursos orçamentados foram transferidos, o que deve ter sido
agravado pelo facto do Orçamento do Estado não ter sido aprovado ainda, à
altura da transferência. A actividade mais prejudicada foi a regularização
sistemática de terras nos distritos de Namaacha, Marracuene, Magude,
Manjacaze, Chibuto, Jangamo e Inhassoro, que tinha um orçamento planificado
91
de 83.903.491,00 meticais e não foi aprovada nenhuma verba para a sua
implementação. A monitoria das actividades do programa foi também afectada
pela redução da disponibilidade de fundos no Orçamento do Estado, para a
componente de terras.
O quarto risco identificado foi a aprovação tardia do Orçamento de Estado.
Contrariamente aos anos anteriores, o Plano Quinquenal do Governo 2015-2019
apenas foi aprovado entre o final do mês de Abril e o início de Maio de 2015.
Mesmo após a aprovação do orçamento, a sua execução não foi imediata, tendo
sido visível apenas, a partir de Junho de 2015.
Numa situação em que existiam no do Plano Operacional de 2015, actividades
que tinham no Orçamento de Estado a sua fonte de financiamento, o atraso
implicou a perda de pelo menos cinco meses de implementação total ou parcial
dessas actividades, no primeiro semestre de 2015.
O terceiro e o quarto risco, respectivamente relativos á redução de fundos para
a componente de terras, no orçamento, bem como a aprovação tardia deste,
respectivamente, tiveram como consequência, a não realização das actividades
para as quais estes fundos tinham sido planificados.
Constrangimentos
No âmbito do procurement
Durante o período em análise, alguns constrangimentos foram identificados e
medidas de mitigação adoptadas. Um dos constrangimentos identificados foi a
complexidade dos processos de aquisição de bens e serviços vigentes no
Aparelho de Estado. Conforme se ilustra no fluxograma abaixo, há várias etapas
e intervenientes envolvidos no processo de aquisição que têm ditado o ritmo de
implementação das actividades constantes do PO15 que têm uma componente
de procurement. O fluxograma da figura 12 ilustra as etapas e os principais
intervenientes envolvidos no processo de procurement.
92
O departamento requisitante submete ao DAF o pedido de
compras cujo anexo são os TOR’s e/ou especificações
técnicas.
O quê? Porquê? Quando? Aonde? Ligação com o orçamento
e plano de aquisições aprovados?
UGEA
Presta
apoio
quando
solicitada
O DAF/UGEA
Prepara os cadernos de encargos e draft do anúncio
do concurso/pedido de manifestação de interesse.
Elabora o pedido de instauração do procedimento
de contratação
Director Nacional assina
nota de cobertura e a
proposta de
lançamento do
Deptº
requisitante
apoia a
UGEA
SP
Autoriz
UGEA
Manda o anúncio ao Jornal
Disponibiliza documentos do concurso aos
interessados
Presta esclarecimentos sobre os pedidos
submetidos
Elabora a proposta de nomeação do júri
Júri
Abrir publicamente as propostas;
Avaliar as propostas e recomendar a decisão;
Sanear as propostas dos concorrentes
sempre que se mostrar necessário
UGEA
Verifica de modo a
Garantir a
aplicação das
normas na
avaliação do júri
Deptº
requisitante
apoia ao júri
UGEA
Notifica aos concorrentes da decisão
Responde às reclamações submetidas
Anuncia a adjudicação
Solicita ao concorrente vencedor, documentos
actualizados e Garantia Bancária definitiva.
Prepara o contrato e submete à assinatura das
partes
Remete o contrato ao Visto do Tribunal
Administrativo.
SP
Adjudi
Director Nacional
assina nota de
cobertura como
forma de ratificar a
avaliação do júri.
SP
Assina o
contrato
93
Figura 13: Fluxograma do processo de procurement Fonte: UGEA
Pelo diagrama acima se depreende que há três ocasiões em que os processos de
aquisição de bens e serviços (excepto as consultorias) vão á autorização da
Secretária Permanente do MITADER:
No acto do pedido de autorização para o lançamento do concurso;
Na adjudicação do contrato;
Na assinatura do contrato.
Se em condições normais de funcionamento do sistema administrativo, este
fluxo de processos requer uma grande esforço organizativo, em condições
especiais o esforço requerido é ainda maior. No caso vertente, de 2015, o
MITADER ficou sem o Secretário Permanente por um período de cinco meses e
estas funções eram exercidas em regime de acumulação de funções por um
quadro Sénior do MITADER.
Este facto determinou o reduzido número de processos de aquisições concluídos
durante o período em análise. Com este cenário fica evidente que o trabalho do
dia-a-dia de trabalho se ressente da complexidade do processo de procurement.
No âmbito do desembolso de fundos
O processo de desembolso financeiro, é um outro constrangimento ao normal
funcionamento da DINAT. O processo de implementação que contém etapas
onde intervêm vários agentes, o que condiciona o passo e o ritmo de
implementação das actividades que dependem do desembolso de fundos.
Qualquer que seja a despesa a ser realizada, o sistema de gestão financeira
instituído no Estado, requer que se solicite autorização superior para o efeito,
conforme de ilustra no diagrama abaixo:
94
Elaborar a proposta para autorização pela SP (mencionar a actividade, identificar os
nomes dos técnicos envolvidos incluindo motoristas, se houver necessidade de
alojamento, referir na proposta e juntar os TOR da viagem) – Coordenar com o DAF
DAF – solicita cotações de
hotéis e passagens para
reserva
Envio do Cheque ou
Borderaux ao beneficiário
Verificação de cabimento e
Assinatura da Chefe da RAF
Solicitar guia de marcha nos Recursos Humanos
Submeter ao DAF a proposta
autorizada pela SP para
pagamento
Emissão da Requisição
Interna
Verificação e assinatura
pelo chefe do DAF Autorização pelo
Director Nacional
Emissão do Cheque ou carta de Transferência
No regresso da viagem - Elaborar o relatório e submeter
ao visto do Director Nacional. Enviar o relatório com o
visto, a guia de marcha, os talões de embarque,
comprovativo de ter hospedado no hotel e outros
justificativos ao DAF num prazo de 5 dias a contar da data
de regresso
Submissão à assinatura
dos assinantes
Proceder a devolução dos valores não Justificados
Encerramento do processo
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Figura 14: Fluxograma do Mecanismo de Desembolso de Fundos
Se por um lado, os sistemas de gestão existentes garantem uma gestão
transparente e responsabilização dos agentes da cadeia de decisão, por outro,
processos críticos são condicionados ao ritmo e passos dos sistemas instituídos.
Não havendo alternativa a estes (sistemas instituídos), o mais importante é que
os intervenientes no processo de implementação melhorem o nível de
organização e o rigor profissional para que se consiga minimizar o impacto das
medidas vigentes.
No âmbito técnico
Problemas de energia na DINAT e nos SPGC– Os cortes de energia na DINAT
(na zona) foram muito frequentes. Estes problemas de energia que
paralisam o Centro de Dados, reduzem a longevidade do equipamento e
podem provocar a perda de dados. Nas Províncias ao nível dos SPGC
também se fazem sentir problemas de energia eléctrica, com dimensão
variável. A minimização destes problemas passa pela aquisição, instalação
e utilização de geradores de energia eléctrica;
Sincronização de Dados (problemas de conectividade) - Existem alguns sites
dos SPGCs e dos Municípios ainda com conectividade (Internet) deficiente.
A sincronização de dados tem de ser realizada de forma contínua e
sistemática para garantir o Cadastro Nacional. Equipes da DINAT, do INTIC
e das TDM trabalharam em conjunto tendo em vista o melhoramento da
conectividade.
No âmbito organizacional
Constrangimentos de ordem humana: A situação dos constrangimentos de
ordem humana melhorou em 2015. Por força dos processos de trabalho
reduziram os constrangimentos que se manifestavam por
comportamentos de resistência à mudança. Contudo, a exiguidade de
técnicos, a nível da DINAT e dos SPGC, ainda é um problema. Felizmente, o
96
envolvimento dos técnicos dos provedores de serviço de cadastro na
introdução de dados no SiGIT, tem permitido colmatar esta situação.
29 de Fevereiro de 2016
97
Anexo- Matriz de Indicadores de Monitoria
Progama GesTerra -Indicadores de Monotoria Ano 2014 - 2017
Indicadores de Ojectivos 2014 Baseline 2015 I S II S I S II S
Melhor capacidade de gestao e administração de terras
se traduz num desenvolvimento social e económico
incluisivo
N/A N/A
Indicadores de Outcome
Tempo poupado na obtenção do direito de uso e
aproveitamento da terra(DUAT)N/A N/A
Poupança de custo na obtenção do direito de uso e
aproveitamento de terra (DUAT)N/A N/A
Indicador de OutputValor total do equipamento adquirido (equipamento
informático, imagem satélite, geoferenciamento,
viaturas, mobilário)
26 140 136,74 199 910,60
Número de técnicos formados 201
DUATs emitidos nas áreas rurais 1,486 25689 4200
Certificados de delimitação emitidos 0 -
Àreas formalizadas na zona ruralNúmero de agregados familiares com parcelas
legalizadas
Indicadores de Processos
Número de estudos concluidos (*) 1 3 a)Provedor de serviços para a Gestão e Finanças Públicas
Contratado Concluido
Provedor de serviços para a Operacionaliza ção do SIGIT
Contratado Concluido
Provedor de serviços para a Gestão e Administração
Contratado Concluido
a) LGAF -em curso 9 estudos tematicos
2016 2017
* Auditoria Social e do Género; Estudo da Linha de Base das Actividades do GesTerra; Estudo para a Unificação dos Mecanismos de Fiscalização na República de Moçambique; Estudo sobre os
Procedimentos de Atribuição de DUAT a nível Central, Provincial e Distrital.