religiÃo dos incas

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RELIGIÃO DOS INCAS Introdução Os Incas eram extremamente religiosos e viam o Sol e a Lua como entidades divinas às quais suplicavam suas bênçãos, fosse para melhores colheitas, fosse para o êxito em combates com grupos rivais. O Deus Sol era o deus masculino e acreditavam que o Rei descendia dele. Atribuíam ao Deus Sol qualidades espirituais, transmitidas à mente pela mastigação da folha de coca, daí as profecias que justificaram a criação de templos sagrados construídos nas encostas íngremes das montanhas andinas. Os incas construíram diversos tipos de casas consagradas às suas divindades. Alguns dos mais famosos são o Templo do Sol em Cusco, o templo de Vilkike, o templo do Aconcágua (a montanha mais alta da América do Sul) e o Templo do Sol no Lago Titicaca. O Templo do Sol, em Cusco, foi construído com pedras encaixadas de forma fascinante. Esta construção tinha uma circunferência de mais de 360 metros. Dentro do templo havia uma grande imagem do sol. Em algumas partes do templo havia incrustações douradas representando espigas de milho, lhamas e punhados de terra. Porções das terras incas eram dedicadas ao deus do sol e administradas por sacerdotes. Os sumo-sacerdotes eram chamados Huillca-Humu, viviam uma vida reclusa e monástica e profetizavam utilizando uma planta sagrada chamada huillca ou vilca [1] (Acácia cebil) 3

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RELIGIÃO DOS INCAS

Introdução

Os Incas eram extremamente religiosos e viam o Sol e a Lua como entidades divinas

às quais suplicavam suas bênçãos, fosse para melhores colheitas, fosse para o êxito em

combates com grupos rivais. O Deus Sol era o deus masculino e acreditavam que o Rei

descendia dele. Atribuíam ao Deus Sol qualidades espirituais, transmitidas à mente pela

mastigação da folha de coca, daí as profecias que justificaram a criação de templos

sagrados construídos nas encostas íngremes das montanhas andinas.

Os incas construíram diversos tipos de casas consagradas às suas divindades. Alguns

dos mais famosos são o Templo do Sol em Cusco, o templo de Vilkike, o templo do

Aconcágua (a montanha mais alta da América do Sul) e o Templo do Sol no Lago

Titicaca. O Templo do Sol, em Cusco, foi construído com pedras encaixadas de forma

fascinante. Esta construção tinha uma circunferência de mais de 360 metros. Dentro do

templo havia uma grande imagem do sol. Em algumas partes do templo havia

incrustações douradas representando espigas de milho, lhamas e punhados de terra.

Porções das terras incas eram dedicadas ao deus do sol e administradas por sacerdotes.

Os sumo-sacerdotes eram chamados Huillca-Humu, viviam uma vida reclusa e

monástica e profetizavam utilizando uma planta sagrada chamada huillca ou vilca [1]

(Acácia cebil) com a qual preparavam uma chicha de propriedades enteógenas que era

bebida na "Festa do Sol", Inti Raymi. A palavra quíchua Huillca significa,

simplesmente, algo "santo", "sagrado".

O mito da criação inca

Segundo a narrativa da criação Inca, no início dos tempos tudo era escuridão,

então o deus Con Tiqui Viracocha emergiu do lago Titicaca, trazendo eu suas mãos a

luz. Com a luz ele criou o deus Sol, a lua, as estrelas e iluminou o mundo. Então ele

criou as montanhas, e das montanhas forjou homens e mulheres grávidas, não como os

homens de hoje, mas seres desprovidos de ossos no corpo. Então ele enviou as pessoas

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para todos os cantos do mundo, mas manteve um macho e uma fêmea com ele em

Cuzco, o "ventre do mundo".

Então Viracocha povoou o mundo de coisas boas para os seres humanos. As

pessoas, no entanto se esqueceram da bondade do deus criador e se rebelaram não

prestando mais as devidas honras, mentindo, roubando e dormindo o dia inteiro. Eles

foram então punidos pelos deuses e a chuva parou de cair sobre a terra. As pessoas

forma obrigadas a trabalhar duro para encontrar a pouca água que restava até que o deus

Pachamac, filho do Sol (Inti), tomou o poder de Viracocha, transformou seus humanos

protegidos em macacos e criou os ancestrais dos seres humanos. O irmão de Pachamac,

Manco Capac foi colocado como senhor deste mundo para vigiar a terra, organizar a

civilização e garantir que os seres humanos não cometessem o erro de seus

predecessores.

Os três mundos da realidade Inca

Os incas viam o mundo como compostos de três níveis. A palavra inca para mundo

é "Pacha", que pode ser melhor traduzida como "Realidade" do que como "terra".

Uku Pacha, o mundo passado e inferior. Todos os seres vivos vinham deste lugar antes

de ter o direito de nascer na terra. Também é o destino dos seres humanos que morrem

em erro ou desgraça. A regra para não retornar a Uku Pacha era bem simples, sintetiza -

da na máxima: "ama sua, ama llulla, ama chella" (Não roube, não minta, não seja

preguiçoso).

Kay Pacha, o mundo atual, intermediário, onde vivem os seres humanos, os espíritos e

os animais. Era considerada uma grande honra nascer em Kay Pacha, pois isso só era

permitido com a benção dos deuses. Para cada alma viva em Kay Pacha, muitas

centenas de almas em espera havia em Uku pacha. Estar vivo, portanto era considerada

uma oportunidade única, e irritar os deuses uma atitude extremamente insensata.

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Por fim, Hanan Pacha, o mundo futuro era o mundo superior, morada dos deuses e de

espíritos superiores. Não se trata do destino natural do ser humano, que já devia se

considerar muito feliz de nascer em Kay Pacha e não em Uku Pacha. Par ter-se a glória

de nascer em Hanan Pacha, era preciso ter uma morte gloriosa, seja em combate a

serviço do Império ou como em um sacrifício ritual aos deuses.  

Huacas: Deuses de pedra

Um costume muito comum entre os incas era o de culto a lugares sagrados. Ao

contrário de outras tradições religiosas ao redor do mundo, alguns lugares eram

sagrados para os Incas, não porque algo de especial aconteceu em seu solo, mas porque

o próprio lugar era uma espécie de deus. Estes lugares eram conhecidos como huacas, e

em geral eram cavernas ou montanhas, mas em alguns casos poderiam ser até mesmo

lagos ou árvores. Não era incomum que os sacerdotes  de uma comunidade realizassem

oferendas ou tentassem comunicação com um huaca local em busca de proteção ou

conselhos. 

 

Os Deuses Incas

Segue uma pequena lista dos deuses que o Império inca permitiu integrar sua cultura.

Devido ao imenso número, muitos deles dividem seus domínios e confundem-se em

suas origens

Apo, espírito guardião das montanhas. Todas as montanhas importantes do Império

tinham seu próprio Apu, e alguns deles recebiam sacrifícios regulares para revelar

certos aspectos de sua divindade. Algumas pedras e cavernas também possuíam seus

apus.

Apocatequil, deus dos relâmpagos

Ataguchu, deus que serviu Viracocha no mito da criação.

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Catequil, deus dos trovões e dos relâmpagos

Cavillace, a deusa virgem que comeu uma fruta que continha o esperma de Coniraya, o

deus da lua. Quando seu filho nasceu, ela exigiu saber quem era seu pai. Nenhum deus

se manifestou, então ela colocou seu bebe no chão e ele engatinhou até Coniraya. Ela

ficou envergonhada devido à baixa estatura de Coniraya entre os deuses, e fugiu para a

costa do continente onde transformou a si e a seu filho em pedras.

Chasca, deusa da manhã, do crepúsculo e de Venus. Protetora das garotas virgens.

Chasca Coyllus, deus das flores e das meninas.

Chiqui Illapa- O Deus trovão, das tempestades, que norteia a cadência das secas e das

chuvas.

Kuka mama ou Mama Kuka, deusa da saúde e da alegria. Originalmente uma mulher

promiscua que foi assassinada por seus vários amantes. De seu corpo nasceram as

primeiras folhas de coca. Seus adoradores mascavam folhas de coca sempre que

levavam uma mulher ao orgasmo.

Konira Viracocha, O deus trapaceiro. Na verdade uma das formas de Viracocha.Nesta

forma o deus vaga pelo mundo vestido como um mendigo ou forasteiro para testar a

gratidão dos seres humanos. Com uma simples palavra pode criar campos, ou arruinar

colheitas.

Coniraia, deus da lua, que escondeu o esperma na fruta que Cavillaca comeu.

Copacati, uma deusa lago.

Ekkeko, deus do coração e da riqueza. Os sacerdotes deste deus criavam bonecos dele

que continham versões em miniatura de seus desejos no forro buscando desta forma

atrair seu poder e beneplácito.

Illapa, um extremamente popular deus do clima e do bom tempo. Seu feriado era

celebrado todos os anos para que ele mantivesse o universo no lugar e trouxesse a

chuva. Sua aparência era a de um homem usando roupas de luz, carregando uma vara e

ele foi o principal deus do reino de Colla antes da província de Collasuyu fosse anexada

ao Império inca.

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Inti, deus sol, fonte da luz, do calor, da fartura e protetor das pessoas. Inti era de longe o

deus mais importante do império. Seu nome quer dizer em quíchua, literalmente: Sol.

Inti era visto pelos incas como seu o progenitor de todos os seus imperadores. A própria

representação da cultura inca é o disco de inti, um disco de ouro com o rosto humano.

Inti

Kon, deus da chuva e do vento que sopra do sul. Filho de Inti com Mama Quilla

Mama Allpa, deus da fertilidade retratada como tento muitos e muitos seios.

Mama Cocha, mãe do mar, deusa dos oceanos e dos peixes, protetora dos navegantes e

dos pescadores. Em algumas lendas é mãe de Inti e Mama Quilla com Viracocha.

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Mama Pacha ou Pachamam (mãe terra), era uma divindade arcaica, que habitava no

interior da terra e presidia ao fenômeno da fertilidade, com poder sobre o plantio e a

colheita. Causadora dos terremotos

Mama Quilla, mãe lua, ou mãe dourada, deusa da noite, dos casamentos e protetora das

mulheres. Filha de Viracocha com Mama Cocha e esposa de Inti. Mãe de Manco

Capac , Pachamac, Kon, e Mama Ocllo.

Mama Zara, mãe dos grãos, deusa das colheitas do milho. Ela era associada com os pés

de milho que cresciam de maneira estranha e fora do normal. Estas plantas eram

vestidas como bonecas de Mama Zara e não eram colhidas.

Manco Capac - Manco Capac foi o legendário fundador da dinastia Inca, no Peru e da

dinastia Cuzco em Cuzco. As lendas e histórias ao redor desta figura são numerosas, e

muitas vezes contraditórias. Algumas por exemplo atestam que ele é filho de Tici

Viracocha, o deus criador, outras contam que ele foi trazido das profundezas do lago

Titicaca pelo deus sol Inti. De qualquer forma, todas as versões concordam com a

origem divina deste fundador. Em diversos relatos Manco Capac é ele mesmo igualado

ao deus sol ou cultuado como o deus do fogo.

Drawing by Guaman Poma Colonial image of Manco Cápac

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Pacha Camac, um deus criador, adorado pelo povo de Ichma, mas posteriormente

assimilado na narrativa da criação Inca.

Pariacaca, deus da áhua na mitologia pré-inca. Também deus das tempestades. Nasceu

como falcão mas depois tomou a forma humana.

Paricia, deus das inundações que envia as enchentes para aqueles que não lhe

demonstram o respeito devido. Possivelmente outro nome para Pachacamac.

Supai, deus da morte e governante de Uca Pacha. Muito temido pelos Incas, visto que

exigia crianças  em sacrifício para apaziguar sua ira. Em algumas narrativas este nome é

usado para se referir a todos os espíritos residentes de Uca Pacha.

Urcaguari, deus dos metais, das jóias e dos tesouros que existem abaixo da terra.

Uruchillai, deus protetor dos animais

Viracocha, deus primordial e senhor da criação de onde veio toda a vida e todos os

outros deuses. Ligado tradicionalmente à cidade de Tihuanaco, cuja importância centro

religioso remonta a era pré-inca. Segundo a narrativa original Viracocha nasceu de uma

virgem e apresenta com freqüência características solares. Seu título "Pachamac"

designa-o como "criador do mundo". Os que não lhe prestam homenagem devida são

destruídos pela água ou pelo fogo.

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Sacrifícios

Os incas ofereciam sacrifícios tanto humanos como de animais nas ocasiões mais

importantes, maioria das vezes em rituais ao nascer do sol. Grandes ocasiões, como nas

sucessões imperiais, exigiam grandes sacrifícios que poderiam incluir até duzentas

crianças. Não raro as mulheres a serviço dos templos eram sacrificadas, mas a maioria

das vezes os sacrifícios humanos eram impostos a grupos recentemente conquistados ou

derrotados em guerra, como tributo à dominação. As vítimas sacrificiais deviam ser

fisicamente íntegras, sem marcas ou lesões e preferencialmente jovens e belas.

De acordo com uma lenda, uma menina de dez anos de idade chamada Tanta Carhua

foi escolhida pelo seu pai para ser sacrificada ao imperador inca. A criança,

supostamente perfeita fisicamente, foi enviada a Cusco onde foi recebida com festas e

honrarias para homenagear-lhe a coragem e depois foi enterrada viva em uma tumba nas

montanhas andinas. Esta lenda prescreve que as vítimas sacrificiais deveriam ser

perfeitas, e que havia grande honra em conhecerem e serem escolhidas pelo imperador,

tornando-se, depois da morte, espíritos com caráter divino que passariam a oficiar junto

aos sacerdotes. Antes do sacrifício, os sacerdotes adornavam ricamente as vítimas e

davam a ela uma bebida chamada chicha, que é um fermentado de milho, até hoje

apreciada.

chicha

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Rituais e Festas

Ritual Cha’lla

É costume que toda a terça-feira de carnaval se faça a ch’alla da casa, dos instrumentos

de trabalho, do carro, outros lugares e objetos considerados importantes para os

bolivianos. Em outros momentos da vida familiar e outros em âmbito público, como é o

caso da festas religiosas, também são realizados o ritual da cha’lla. Porém, nesse último

espaço tal ritual se dá de forma velada com o simples gesto de verter um gole de bebida

ao chão (Pachamama), ou ainda orvalhando a imagem do santo(a), com algumas gotas

de bebida.

Corpachada

Este é um dos ritos consagrados à Pachamama. Esta deusa de origem Inca, junto a Inti

(Rei Sol) e a Mama Quilla (Lua) formam a trindade astrológica veneranda pelos

calchaquies.

A Pachamama é a energia germinadora da natureza. Como os mortais, entretanto, ela

sente fome e sede. O seu culto consiste na “corpacharla”, isto é, dar-lhe de comer. Para

tanto, cava-se profundas covas, onde se enterram todo o tipo de comida e bebida. Este

ritual é acompanhado de rezas e invocações à deusa. A Pachamama é muito generosa

para com as pessoas que lhe fazem este tipo de agrado.

Capacraymi

A Capac Raymi, a Festa Grandiosa, era celebrada em dezembro (no Solstício de Verão).

O Sapa Inca, vestido a rigor, conduzia seu povo na adoração do Sol.

Capac Raymi e Inti Raymi, são datas onde os raios solares mostram o esplendor de

várias construções como traçados de ruas, aberturas nas casas, esculturas e templos que

fazem jogos de luz e sombra e revelam características místicas e astronômicas dos seus

monumentos.

A 14 de novembro, eram buscadas em procissão as imagens de Viracocha, do deus Sol e

das outras divindades e as múmias dos Incas, que eram transportadas para o recinto

sagrado. Ali, conduzindo o misterioso moroy-urco, os príncipes dos ayllus davam volta

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à praça. Ao centro, um braseiro consumia os cadáveres das vítimas imoladas e as

oferendas. Começava assim a festa de Capac Raimi.

Inti Raymi

O Inti Raymi é o evento mais tradicional da cultura inca. É a festa do Sol que é

celebrada todo ano em Cusco no mês de junho e coincide com o solstício de inverno.

Inti é uma palavra no idioma Quéchua que quer dizer sol, e Raymi é festa.

Nesse dia as celebrações acontecem no centro de Cusco e depois continuam na fortaleza

de Saksayuaman.

Pacha-Puchuy

Na Pacha-puchuy (Maturação), o Inca sacrificava um lhama preto para resgatar os

pecados de seu povo.

A Festa da Iniciação

Quando se tornavam púberes, os príncipes e filhos das famílias nobres incas submetiam-

se a uma série de provas, sendo que a última era a perfuração dos lobos das orelhas,

precediam elas sua admissão na casta dos Hatun-Rincriyoc. Este conjunto de ritos tinha

o nome de festa de iniciação e desenrolava-se durante a “Festa do Inca”, a Capac

Raymi. Primeiro deveriam haver cumprido certo número de provas, de modo a

demonstrarem que eram capazes de desempenhar-se das funções administrativas que

lhes seriam confiadas.

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As jovens nobres, também se preparavam para esta festa e lhes era dado o título de

“sapay coya nusta”, que significa “princesa virgem”. A presença delas servia como

encorajamento para os rapazes. Ao fim das provas, elas também eram encarregadas de

dar de beber aos participantes e para tanto, muniam-se de cântaros de prata contendo

chica.

Coya RayniI

Em setembro, os incas celebravam a “Coya Rayni”, a Festa da Lua e da Rainha.

Calendário de Festas e Rituais

Os incas tinham um calendário de trinta dias, no qual cada mês tinha o seu próprio

festival.

Os meses e celebrações do calendário são os seguintes:

Mês Gregoriano Mês Inca Tradução

Janeiro Huchuy Pacoy Pequena colheita

Fevereiro Hatun Pocoy Grande colheita

Março Pawqar Waraq Ramo de flores

Abril Ayriwa Dança do milho jovem

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Maio Aymuray Canção da colheita

Junho Inti Raymi Festival do Sol

Julho Anta Situwa Purificação terrena

Agosto Qapaq Situwa Sacrifício de purificação geral

Setembro Qaya Raymi Festival da rainha

Outubro Uma Raymi Festival da água

Novembro Ayamarqa Procissão dos mortos

Dezembro Qapaq Raymi Festival magnífico

Costumes funerários

Os incas acreditavam na reencarnação. Aqueles que obedeciam à regra, ama sua, ama

llulla, ama chella (não roube, não minta e não seja preguiçoso), quando morressem

iriam viver ao calor do sol enquanto os desobedientes passariam os dias eternamente na

terra fria.

Os incas também praticavam o processo de mumificação, especialmente das pessoas

falecidas mais proeminentes. Junto às múmias era enterrado uma grande quantidade de

objetos do gosto ou utilidade do morto. De suas sepulturas, acreditavam, as múmias

mallqui poderiam conversar com ancestrais ou outros espíritos huacas daquela região.

As múmias, por vezes eram chamadas a testemunhar fatos importantes e presidir a

vários rituais e celebrações. Normalmente o defunto era enterrado sentado.

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Templo do Sol

Korikancha ou Templo do Sol - Cusco - Peru

O Templo do Sol, ou Korikancha, (em quíchua, Quri Qancha, "templo dourado" ,

originalmente Inti Qancha, "Templo do Sol"), em Cusco, no Peru, é uma obra da

arquitetura Inca. Construído pelo imperador inca Pachacuti, é feito de pedras polidas e

encaixadas perfeitamente. Era um local de rituais e oferendas ao deus Sol, cultuado

pelos Incas. Foi destruído pelos conquistadores espanhóis, que sobre ele erigiram uma

igreja.

De forma interessante, o grande terremoto de 1950, destruiu uma construção de padres

dominicanos e expôs o Templo do Sol, que resistiu firmemente ao terremoto, graças às

técnicas incas de construção.

Esta teria sido a segunda vez que aquela construção dos dominicanos fora destruída,

sendo que a primeira vez fora em 1650 quando a construção espanhola era bem

diferente.

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Fontes de Pesquisa

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Templo_do_Sol"

Categoria: Sítios arqueológicos no Peru

http://pt.wikipedia.org/wiki/Incas#Religi.C3.A3o

http://www.mortesubita.org/paganismo/textos-pagaos/os-deuses-incas

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