religiao - como se expandiu a “reforma” nos séculos xvi e xvii

Upload: bandaboapc

Post on 05-Apr-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/31/2019 religiao - Como se expandiu a Reforma nos sculos XVI e XVII

    1/2

    Como se expandiu a Reforma nos sculos XVI e XVII?

    Fonte: Veritatis Splendor

    A reforma protestante se expandiu rapidamente porque foi imposta de cima para baixo sem

    exceo em todos os pases em que logrou vingar. O povo foi obrigado a engolir as novas

    doutrinas porque os reis e prncipes cobiavam as terras e bens materiais da Igreja Catlica. Infelizmente

    nesta poca a Igreja era rica de bens materiais e pobre de bens espirituais. Foi com os olhos postos nesta

    riqueza mundana que os soberanos escolheram para si e para seu povo as doutrinas dos novos

    evangelistas, esquecidos de que todo ouro, terra ou prata se enferruja e fenece conforme ensina aescritura: O vosso ouro e a vossa prata esto enferrujados e a sua ferrugem testemunhar contra vs e

    devorar as vossas carnes( Tg 5, 2-3 ). Prova isto o fato de que as primeiras providncias eram recolher ao

    fisco real tudo o que da Igreja Catlica poderia se converter em dinheiro.

    INGLATERRA: foi convertida na marra porque o rei Henrique VIII queria se divorciar de Ana Bolena. Como a

    Igreja no consentiu, ele fundou a sua igreja obrigando o parlamento a aprovar o ato de supremacia do

    rei sobre os assuntos religiosos. Padres e bispos foram presos e decapitados, igrejas e mosteiros arrasados,

    catlicos aos milhares foram mortos. Qualquer aproveitador era alado ao posto de bispo ou pastor.

    Tribunais religiosos (inquisies) foram montados em todo o pas. ( Macaulay. A Histria da Inglaterra.

    Leipzig, tomo I, pgna 54 ). Os camponeses da Irlanda pegaram em armas para defender o catolicismo. Foram

    trucidados impiedosamente pelos exrcitos de Cromwell. Ao fim da guerra, as melhores terras irlandesas

    foram entregues aos ingleses protestantes e os catlicos forados migrar para o sul do continente. Cerca

    de 1.000.000 de pessoas morreram de fome no primeiro ano do forado exlio. Esta guerra criou umarivalidade entre ingleses protestantes e irlandeses catlicos que dura at hoje, e volta e meia aparecem nos

    noticirios.

    ESCCIA: O poder civil aboliu por lei o catolicismo e obrigou todos a aderir igreja calvinista

    presbiteriana. Os padres permaneceram, mas tinham de escolher outra profisso. Quem era encontrado

    celebrando missa era condenado morte. Catlicos recalcitrantes foram perseguidos e mortos, igrejas e

    mosteiros arrasados, livros catlicos queimados. Tribunais religiosos (inquisies) foram criados para

    condenar os catlicos clandestinos. ( Westminster Review, Tomo LIV, p. 453 )

    DINAMARCA: O protestantismo foi introduzido por obra e graa de Cristiano II, por suas crueldades

    apelidado de o Nero do Norte. Encarcerou bispos, confiscou bens, expulsou religiosos e proclamou-se

    chefe absoluto da Igreja Evanglica Dinamarquesa. Em 1569 publicou os 25 artigos que todos os cidados e

    estrangeiros eram obrigados a assinar aderindo doutrina luterana. Ainda em 1789 se decretava pena de

    morte ao sacerdote catlico que ousasse por os ps em solo dinamarqus. ( Origem e Progresso da

    Reforma, pgna 204, Editora Agir, 1923, em IRC )

    SUCIA: Gustavo Wasa suprimiu por lei o Catolicismo. Jacopson e Knut, os dois mais hericos bispos

    catlicos foram decapitados. Os outros obrigados a fugir junto com padres, diconos e religiosos. Os

    seminrios foram fechados, igrejas e mosteiros reduzidos a p. O povo indignado com tamanha prepotncia

    pegou em armas para defender a religio de seus antepassados. Os Exrcitos do evanglico rei afogaram

    em sangue estas reivindicaes.(A Reforma Protestante, Pgna 203, 7 edio, em IRC. 1958)

    SUIA: O Senado coagido pelo rei aprovou a proibio do catolicismo e proclamou o protestantismo

    religio oficial. A mesma maldade e vileza ocorreram. Os mrtires foram inumerveis. ( J. B. Galiffe. Notices

    gnealogiques, etc., tomo III. Pgna 403 )

    HOLANDA: Aqui foram as cmaras dos Estados Gerais a proibir o catolicismo. Com af miservel tomaram

    posse dos bens da Igreja. Martirizaram inmeros sacerdotes, religiosos e leigos. Fecharam igrejas e

    mosteiros. A fama e a marca destes fanticos chegou at ao Brasil. Em 1645 nos municpios de

    Canguaretama e So Gonalo do Amarante ambos no atual Rio Grande do Norte cerca de 100 catlicos

    foram mortos entre dois padres, mulheres, velhos e crianas simplesmente porque no queriam se batizar

    na religio dos invasores holandeses. Foram beatificados como mrtires este ano.Em 1570 foram enviados

    para o Brasil para evangelizar os ndios o Pe Inciode Azevedo e mais 40 jesutas. Vinham a bordo da nau S.

    Tiago quando em alto mar os interceptou o piedoso calvinista Jacques Sourie. Como prova de seu

    evanglico zlo mandou degolar friamente todos os padres e irmos e jogar os corpos aos tubares (Luigi

    Giovannini e M. Sgarbossa in Il santo del giorno, 4 ed. E.P, pg 224, 1978).

    ALEMANHA: Na poca era dividida em Principados. Como havia muito conflito entre eles, chegaram no

    acordo que cada Prncipe escolhesse para os seus sditos a religio que mais lhe conviesse. Princpio

    administrativo do cujus regio illius religio. Os prncipes no se fizeram rogar. Alm da administrao

    mundana, passaram tambm a formular e inventar doutrinas. A opresso sangrenta ao catolicismo pelafora armada foi a consequncia de semelhante princpio. Cada vez que se trocava um soberano o povo era

    avisado que tambm se trocavam as doutrinas evanglicas (Confessio Helvetica posterior ( 1562 ) artigo

    XXX ). Relata o famoso historiador Pfanneri: uma cidade do Palatinado desde a Reforma, j tinha mudado

    10 vezes de religio, conforme seus governantes eram calvinistas ou luteranos ( Pfanneri. Hist. Pacis

    Westph. Tomo I e seguintes, 42 apud Doellinger Kirche und Kirchen, p. 55)

    7 MONTHS AGO by admin in Protestantismo

    1

    0

  • 7/31/2019 religiao - Como se expandiu a Reforma nos sculos XVI e XVII

    2/2