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Fl. 1 TC-4421/989/16 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10 RELATÓRIO - PREFEITURA MUNICIPAL Processo : TC 4421/989/16 Entidade : Prefeitura Municipal de Campinas Assunto : Contas Anuais Exercício : 2016 Responsável : Jonas Donizette Ferreira CPF nº : 096.964.508-26 Período 1 : 01/01 a 03/02/16; 13/02 a 18/03/16; 27/03 a 20/12/16 e 31/12/16. Substituto : Henrique Magalhães Teixeira CPF nº : 213.795.678-07 Período : 04/02 a 12/02/16; 19/03 a 26/03/16 e 21/12 a 30/12/16. Relatora : Dra. Cristiana de Castro Moraes Instrução : UR-10-Araras/DSF-I Senhor Diretor Substituto da Unidade Regional de Araras – UR-10, Tratam-se das contas apresentadas em face do artigo 2º, II, da Lei Complementar nº 709, de 1993. No exercício em exame as presentes contas foram objeto de acompanhamento quadrimestral, conforme relatórios constantes do eventos nº. 14.20 e 35.29. Nos relatórios de acompanhamento foram apresentados os itens selecionados pela relevância, histórico, materialidade e 1 Certidão contida no Doc. 01 – pág. 03, cujos períodos de afastamento do Prefeito Municipal estão divergentes daqueles informados para o Sistema Audesp, conforme se verifica no Doc. 01 – págs. 04 e 07. CÓPIA DE DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE POR: HERCULES VIVIANI; ANTONIO CARLOS FREITAS ALVES. Sistema e-TCESP. Para obter informações sobre assinatura e/ou ver o arquivo original acesse http://e-processo.tce.sp.gov.br - link 'Validar documento digital' e informe o código do documento: U1DA-8915-4D9G-6050

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Fl. 1 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

RELATÓRIO - PREFEITURA MUNICIPAL Processo : TC 4421/989/16 Entidade : Prefeitura Municipal de Campinas Assunto : Contas Anuais Exercício : 2016 Responsável : Jonas Donizette Ferreira CPF nº : 096.964.508-26 Período1 : 01/01 a 03/02/16; 13/02 a 18/03/16; 27/03 a

20/12/16 e 31/12/16. Substituto : Henrique Magalhães Teixeira CPF nº : 213.795.678-07 Período : 04/02 a 12/02/16; 19/03 a 26/03/16 e 21/12 a

30/12/16. Relatora : Dra. Cristiana de Castro Moraes Instrução : UR-10-Araras/DSF-I Senhor Diretor Substituto da Unidade Regional de Araras – UR-10,

Tratam-se das contas apresentadas em face do artigo 2º, II, da Lei Complementar nº 709, de 1993.

No exercício em exame as presentes contas foram objeto de

acompanhamento quadrimestral, conforme relatórios constantes do eventos nº. 14.20 e 35.29.

Nos relatórios de acompanhamento foram apresentados os

itens selecionados pela relevância, histórico, materialidade e

1 Certidão contida no Doc. 01 – pág. 03, cujos períodos de afastamento do Prefeito Municipal estão divergentes daqueles informados para o Sistema Audesp, conforme se verifica no Doc. 01 – págs. 04 e 07.

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outros fatores que determinaram sua inclusão no período analisado. Esses relatórios de acompanhamentos foram submetidos à

Exma. Senhora Conselheira Relatora e após, encaminhados ao Senhor Prefeito Municipal, responsável pelas contas em exame, para conhecimento dos apontamentos, sem a necessidade de apresentação de justificativas, mas de forma a contribuir para a tomada de providências dentro do próprio exercício, possibilitando a correção de eventuais falhas, resultando numa melhoria das contas apresentadas.

Destacamos que foi efetuada fiscalização de natureza

operacional neste município com vistas à análise do seu resultado finalístico, cujos aspectos constam de item específico deste relatório.

O resultado da fiscalização in loco apresenta-se neste

Relatório, sendo isso antecedido por planejamento que indicou a necessária extensão dos exames.

Para tanto, baseou-se a Fiscalização nas seguintes fontes

documentais:

1. Prestações de contas mensais do exercício em exame, encaminhada pelo Chefe do Poder Executivo;

2. Resultado do acompanhamento simultâneo do Sistema AUDESP, bem

como acesso aos dados, informações e análises disponíveis no referido ambiente;

3. Análise das denúncias, representações e expedientes diversos; 4. Leitura analítica dos três últimos relatórios de fiscalização e

respectivas decisões desta Corte, sobretudo no tocante a ressalvas, advertências e recomendações;

5. Análise das informações apresentadas em banco de dados como o

SisRTS, o SisCAA, o SIAP e o PFIS; 6. Indicadores finalísticos componentes do IEGM – Índice de

Efetividade da Gestão Municipal.

Em atendimento ao TC-A-30973/026/00, registramos a notificação do Sr. Jonas Donizette Ferreira e do Sr. Henrique Magalhães Teixeira, responsáveis pelas contas em exame (Doc. 01).

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PERSPECTIVA A: PLANEJAMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS E O SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

A.1. PLANEJAMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS Na análise da legislação local, verificamos o que segue:

Verificações

1 A LDO estabelece, por ação do governo, custos estimados, indicadores e metas físicas? Não

2 A LDO prevê critérios para limitação de empenho e movimentação financeira? (LRF, art. 4º, I, “b”) Sim

3 A LDO prescreve critérios para repasses a entidades do terceiro setor? (LRF, art. 4º, I, “f”) Sim

4 A LOA autoriza abertura de créditos suplementares em percentual superior a 20%? Não

5 A LOA decompõe-se até o elemento de despesa? (LF nº 4.320/64, art. 15) Sim

6 Há dotação orçamentária para atenção prioritária à criança e ao adolescente? (CF, art. 227, caput. LF nº

8.069/90, art. 4º, caput e parágrafo único, “b”, ‘c’ e “d”) Sim

7 O Município editou o Plano de Saneamento Básico? (LF nº 11.445/07, arts. 11, 17 e 19) Sim

8 O Município editou o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos? (LF nº 12.305/10, art. 18) Sim

9 Com população superior a 20 mil habitantes, o Município já editou o Plano de Mobilidade Urbana? (LF nº

12.587/12, art. 24, § 3°) Não

10 Foi observado o cumprimento da legislação relativa à pessoa com deficiência e as normas de acessibilidade vigentes? (LF nº 13.146/15°)

Parcial

ITENS 1 a 8: Conforme relatório de fiscalização do 1º quadrimestre de 2016 – evento 14.20. ITEM 9: Conforme informado no Doc. 06, o Plano de Mobilidade Urbana se encontra com a etapa do diagnóstico concluída e está na fase de propostas, sendo que há de ser conduzido de acordo com as novas mudanças no desenvolvimento do Plano Diretor, cujo término foi postergado para julho de 2017. Por outro lado, conforme a Lei Federal nº 13.406 de 26 de dezembro de 2016, o novo prazo para elaboração do Plano foi prorrogado para 2018. ITEM 10: No exame amostral constatamos que nem todas as escolas do ensino fundamental estão totalmente adaptadas para crianças com deficiências, conforme declarado pela Coordenadoria de Arquitetura Escolar do Município (Doc. 07).

Da dotação específica para atenção prioritária à criança e ao adolescente, constatamos que foi empenhado2 e liquidado 78,67%.

A.2. CONTROLE INTERNO

Verificações

1 O Sistema de Controle Interno foi regulamentado? (CF, art.31) Não

2 O Responsável pelo Controle Interno ocupa cargo efetivo na Administração Municipal? Sim

2 Dotação de R$ 53.924.645,00, sendo empenhado e liquidado o total de R$ 42.424.446,27, conforme Doc. 08.

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3 O Controle Interno, quanto às suas funções institucionais, apresenta relatórios periódicos? (CF, art.74) Não

4 Com base no relatório do Controle Interno, o Prefeito determinou as providências cabíveis? Prejudicado

O Sistema de Controle Interno não está regulamentado e

não produz relatórios periódicos quanto às suas funções institucionais, lacuna que desatende aos artigos 31 e 74 da Constituição. Declaração no Doc. 09.

Registre-se que tal situação também foi objeto de

comentário nos relatórios do 1º e 2º quadrimestres de 2016 (eventos nº. 14.20 e 35.29).

Por fim, em atendimento à recomendação proferida nas

contas de 2012 (TC-1496/026/12) para que a fiscalização verificasse as medidas anunciadas pela Origem para regularização do Controle Interno, informamos que ainda não se consumaram, uma vez que não houve a regulamentação e elaboração de relatórios periódicos.

A.3. ACOMPANHAMENTO DO ENSINO 2016 – FISCALIZAÇÃO DE

NATUREZA OPERACIONAL DAS REDES PÚBLICAS MUNICIPAIS DE ENSINO – CICLO I DO ENSINO FUNDAMENTAL

A.3.1- Objetivo, Escopo e Critérios da fiscalização:

A presente fiscalização de natureza operacional objetivou tratar de dois aspectos fundamentais do Ensino nas escolas públicas: (1) a valorização do corpo docente e a (2) disponibilidade de uma série de instalações e recursos pedagógicos essenciais ao pleno desenvolvimento das atividades de ensino-aprendizagem.

No primeiro caso, a fiscalização concentrou-se nas

seguintes condições:

A.3.1.1- A garantia de oportunidades de formação continuada e desenvolvimento profissional para os professores e demais membros da equipe de gestão escolar (diretor, vice-diretor e coordenadores pedagógicos). Estas oportunidades podem ser subdivididas em duas categorias distintas, embora complementares: A.3.1.1.1- A formação realizada nas próprias escolas, durante a fração da jornada de trabalho dos professores dedicada a atividades extraclasse. Conforme exigência estabelecida no art. 2º, § 4º, da Lei Federal 11.738, de 16 de julho de 2008, no máximo dois terços da jornada devem ser cumpridos diretamente com os

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alunos, na condução de dinâmicas de ensino-aprendizagem. As horas restantes são reservadas ao desenvolvimento de atividades individuais de preparação de aulas, correção de provas, etc., e à realização de trabalhos coletivos com os demais docentes e membros da equipe de gestão escolar (diretor, vice-diretor e coordenadores pedagógicos, além de, eventualmente, outros agentes, como supervisores de ensino e pais de alunos). As atividades coletivas, na medida em que viabilizam discussões acerca da proposta pedagógica da escola e sobre os desafios didáticos enfrentados pela comunidade escolar, são oportunidades privilegiadas de aperfeiçoamento profissional dos docentes envolvidos. A.3.1.1.2- A oferta de outros eventos de formação continuada, como cursos de curta duração, bolsas de estudos, videoconferências, orientações técnicas, etc., nas dependências da própria escola ou nas de outras instituições. Como essas oportunidades dificilmente disponibilizam vagas para todos, os professores selecionados são normalmente encarregados de disseminar os conteúdos assimilados aos demais docentes de sua escola, o que ocorre, em geral, durante as horas de trabalho pedagógico coletivo. Estes encontros também podem ser reservados para a discussão das necessidades específicas de formação e aperfeiçoamento profissional dos membros do corpo docente, as quais, uma vez transmitidas aos órgãos formuladores de políticas públicas da secretaria, podem orientar a definição dos temas dos eventos oferecidos. Por isso, é possível afirmar que as duas modalidades são complementares, já que os efeitos de uma são multiplicados quando refletem no desenvolvimento da outra. A.3.1.1.3- Outro aspecto que evidencia o nível de valorização conferido aos profissionais do magistério é a existência de um plano de carreira, conforme exigência insculpida nas Leis nº 9.394/96 (art. 8º, § 1º e art. 67), nº 11.494/07 (art. 40) e nº 11.738/08 (art. 6º), além da própria Constituição Federal (art. 206, parágrafo único, V).

Ademais, ainda que não diretamente vinculados à

remuneração da carreira, outros fatores concorrem igualmente para a valorização da condição docente e, consequentemente, para o desenvolvimento da qualidade do ensino oferecido nas escolas públicas. Por essa razão, a fiscalização abordou, outrossim, as seguintes questões: A.3.1.1.4- Rotatividade dos professores e demais profissionais da escola. A rotatividade gera uma falta de vínculo do profissional com a escola, podendo comprometer a continuidade das atividades e projetos pedagógicos. A.3.1.1.5- Professores temporários. A rotatividade normalmente está associada à presença acentuada de professores com vínculo de

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trabalho temporário, os quais dificilmente permanecem no mesmo estabelecimento por um período superior a um ano letivo. A respeito do acesso à carreira docente nas redes públicas de ensino, o Conselho Nacional de Educação, no Parecer CEB/CNE nº 09/2009 (p.21), afirma que “para além do fato de ser uma norma constitucional, como forma mais justa de ingresso dos trabalhadores do setor público, no caso específico do magistério o concurso público de provas e títulos tem relação direta com a qualidade de ensino. Hoje, um a cada cinco professores em todo o Brasil é admitido em caráter temporário. (...) Trata-se de uma situação insustentável, que fragmenta o projeto político-pedagógico e, de certa forma, compromete a qualidade de ensino, tendo em vista a rotatividade dos docentes entre as diversas unidades escolares.”

Destarte, considerando-se que o predomínio de profissionais efetivos representa a condição mais propícia ao planejamento diuturno das propostas pedagógicas, além de favorecer, entre outros aspectos, o adensamento das atividades de formação continuada realizadas no próprio ambiente escolar, a presente fiscalização apurou a participação dos temporários no corpo docente das unidades selecionadas. A.3.1.1.6- Formação acadêmica dos professores. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a habilitação para o exercício do magistério nos anos iniciais do Ensino Fundamental é facultada mediante a obtenção de um dos seguintes títulos acadêmicos: � Licenciatura; � Normal Superior; � Pedagogia.

Em princípio, qualquer outra formação não assegura aos

candidatos os saberes necessários ao desenvolvimento de dinâmicas de ensino-aprendizagem ajustadas às necessidades educacionais dos alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Se a formação continuada dos professores é essencial para a qualidade do ensino, a inicial não o é menos, já que fornece aos docentes uma série de referenciais teóricos e práticos que orientarão sua atuação não apenas nas primeiras experiências profissionais, mas ao longo de toda a carreira. Por essa razão, a fiscalização buscou identificar a existência de professores cuja titulação acadêmica não coincide com qualquer das alternativas mencionadas acima. A.1.1.1.7- Jornada excessiva de trabalho. De acordo com o Parecer CNE-CEB nº 08/2010, as jornadas semanais de trabalho dos professores não devem ultrapassar as 40 horas (o que corresponde a 32 horas-aula), sob pena de comprometimento da qualidade das

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atividades de ensino-aprendizagem e do desenvolvimento da proposta pedagógica da escola3.

As horas adicionais dedicadas ao magistério representam, portanto, uma sobrecarga indesejável sobre os docentes, cujo mister, ante a diversidade de situações que enfrentam em sala de aula e ante o compromisso inegociável de promover a aprendizagem de todos os estudantes, independentemente da natureza de suas dificuldades, envolve a preparação e a execução de ações de complexidade elevada. Além disso, há que se considerar as consequências que uma jornada excessiva pode acarretar, a médio e longo prazos, para a sanidade física e mental dos profissionais que as assumem, o que resultaria inevitavelmente no recrudescimento de outro problema bastante comum nas redes públicas de ensino: o grande número de professores que permanecem afastados de suas funções em razão de problemas de saúde.

Tendo em vista que a possibilidade legal de acúmulo

impede aos Executivos municipais vedar terminantemente a atuação de seus docentes em outros sistemas de ensino, a presente fiscalização abordou, inclusive, a jornada cumprida em estabelecimentos não pertencentes à rede municipal, porquanto a existência frequente de docentes que excedem esse limite em razão de outras jornadas pode sugerir a necessidade de criação de políticas que os incentivem a optar pelo regime de dedicação exclusiva à rede municipal. A.3.1.2- Com relação às condições das instalações físicas e a disponibilidade de recursos pedagógicos nas escolas das redes municipais de ensino, verificamos os seguintes itens: A.3.1.2.1- Recursos pedagógicos e de apoio à atividade docente. O CNE, objetivando definir “padrões mínimos de qualidade, abaixo dos quais, afinal, se estaria ferindo o direito à aprendizagem adequada dos alunos”(p.16), estabeleceu uma série de recursos pedagógicos e de apoio à atividade docente, indispensáveis à eficácia do ensino oferecido nas escolas públicas. A disponibilidade desses recursos permite aos professores a ampliação das possibilidades de desenvolvimento de planos de aula e de construção de projetos pedagógicos coletivos, de sorte a tornar os processos de ensino-aprendizagem mais estimulantes e atrativos aos estudantes. O emprego, por exemplo, de recursos visuais, como a exibição de filmes e a projeção de fotografias; a 3O Conselho ressalta “a necessidade de implementação de jornada de 40 (quarenta) horas semanais para o professor, em tempo integral em uma mesma escola, com demais condições adequadas de trabalho e infraestrutura apropriadas, como biblioteca, laboratórios, e ambientes para atividades artístico-culturais e sócio-desportivas." (Parecer CEB/CNE nº 08/10,p.11) http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_ontent&view=article&id=12812&Itemid=866

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exploração das ilimitadas possibilidades abertas pela internet; e a pesquisa aos volumes de um vasto acervo bibliográfico, entre outros, encerram alternativas importantes às tradicionais aulas expositivas. Por essa razão, é importante que a capacidade dos professores de conceber atividades criativas e envolventes não seja embaraçada pela ausência, insuficiência ou precariedade dos recursos pedagógicos e de apoio existentes nas escolas.

O quadro abaixo indica a quantidade mínima dos principais recursos que qualquer escola do Ciclo I do Ensino Fundamental deve dispor, segundo o colegiado:

Descrição Qtd. Instalações

Sala de professores 1

Sala de leitura/biblioteca 1

Laboratório de informática 1

Laboratório de ciências 1

Quadra coberta 1

Refeitório para os alunos 1

Sala de TV/DVD 1

Parque infantil 1

Banheiros para os alunos 4

Coleções e materiais bibliográficos Enciclopédias 1

Dicionário Houaiss ou Aurélio 2

Outros dicionários 25

Literatura infantil 4000

Literatura infanto-juvenil 4000

Paradidáticos 400 Material complementar de apoio pedagógico 160

Equipamentos para áudio, vídeo e foto Retroprojetor 1

Tela para projeção 1

Televisor 10

Suporte para TV e DVD 10

Aparelho de DVD 10

Máquina fotográfica 1

Aparelho de CD e rádio 10

Processamento de Dados Computador para sala de informática 25

Computador para administração/docentes 6

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Impressora 2

Fotocopiadora 1

Guilhotina de papel 1

Fonte: CNE-CEB nº 08/2010

Como as definições encartadas no Parecer se referem a escolas de 480 alunos, optamos por calcular as quantidades “ideais” para as unidades selecionadas pela fiscalização mediante a aplicação de regra de três simples, tendo em vista que o número de alunos nelas matriculados dificilmente coincidirá com padrão de referência adotado pelo Conselho Nacional de Educação. Evidentemente, não é possível afirmar que para uma escola de 432 estudantes, por exemplo, seja necessário um acervo de livros de literatura infanto-juvenil de 3.600 volumes; isto é, um estabelecimento com 90% do total de estudantes considerados no Parecer CNE/CEB nº 08/2010 não requer, necessariamente, 90% da quantidade de cada um dos itens inseridos no quadro acima. A proporção entre o total de usuários e o volume de recursos necessários provavelmente não encerra uma relação dessa natureza, ao menos para parte dos itens considerados. No entanto, as impropriedades da operação, s.m.j., não invalidam as análises propostas neste tópico, visto que seu objetivo primordial não é estabelecer um padrão exato para cada unidade em particular, mas efetuar uma aproximação em relação à adequação das instalações e dos recursos materiais à disposição das comunidades escolares. A.3.1.2.2- Quantidade de alunos matriculados por turma. Para o colegiado, o número de alunos matriculados em uma mesma turma do Ciclo I do Ensino Fundamental não pode exceder a 24, sem prejuízos para a qualidade dos processos de ensino-aprendizagem. De fato, a garantia da atenção individualizada a que fazem jus todos os alunos cuja aprendizagem desenvolve-se em ritmos diferentes dos seguidos pelos demais, torna-se progressivamente menos provável na medida em que mais estudantes são integrados à mesma turma. A.3.1.2.3. E, finalmente, a relação aluno/área da sala de aula. Além de um limite para o número de indivíduos matriculados em uma mesma turma, as condições ideais para o desenvolvimento das situações de aprendizagem envolvem, ainda, a observância de uma área mínima para as salas de aula, objetivando garantir condições fundamentais de conforto ambiental para estudantes e professores, à luz da natureza das interações que estabelecem entre si durante o processo educativo. Segundo o Conselho, as turmas dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental não podem ser instaladas em salas que não garantam uma área mínima de 1,875 m² por aluno.

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Fl. 10 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

A.3.2- Metodologia

As informações necessárias às análises propostas na presente fiscalização foram recolhidas mediante:

a) Questionário eletrônico estruturado respondido pelos professores que atuam no Ciclo I do Ensino Fundamental das escolas selecionadas;

b) Questionário eletrônico estruturado respondido pelos diretores das unidades escolares selecionadas;

c) Questionário eletrônico estruturado respondido pela Secretaria de Educação do Município selecionado;

d) Inspeção, por amostragem, às instalações físicas das escolas selecionadas;

Após reuni-los todos, os dados foram submetidos a

análises críticas – que visaram à identificação de inconsistências e/ou incongruências nas respostas fornecidas por escolas e Secretaria – e, posteriormente, consolidados em tabelas e quadros resumidos, destinados a facilitar sua apresentação e a elaboração das conclusões da fiscalização.

Cabe-nos, por fim, tecer alguns esclarecimentos

adicionais acerca dos procedimentos utilizados para a realização da pesquisa.

A partir deste exercício, a presente fiscalização de

natureza operacional das redes públicas municipais de Ensino do Ciclo I do Fundamental, foi estruturada com base no Sistema APG (Acompanhamento de Programas Governamentais), idealizado para ampliar o alcance espacial da fiscalização assim como agilizar e garantir maior fidedignidade à consolidação das informações. Entretanto, no acompanhamento de 2016, em razão das dificuldades inerentes à adaptação dos atores envolvidos às especificidades do Sistema, fez-se necessário ampliar o recorte temporal de análise dos dados. Portanto, embora validadas conjuntamente, parte das informações coletadas refere-se ao ano letivo de 2015 e o restante, de 2016.

Além disso, os servidores da Unidade Regional de Araras,

contataram os respondentes das unidades sob sua jurisdição para esclarecê-los sobre a necessidade e a importância de sua participação, além de transmitir-lhes outras orientações acerca das informações solicitadas e/ou sobre a própria fiscalização, de

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maneira geral. Posteriormente, realizou-se a inspeção, por amostragem, às instalações físicas das escolas selecionadas.

A.3.2.1- Seleção das Escolas Conforme informado pela Secretaria de Educação, a Prefeitura de Campinas conta com 41 escolas atendendo 10.7914 alunos matriculados no ciclo I do ensino fundamental nos anos de 2015/2016 (págs. 01/03 do Doc. 11).

Tendo em vista a impossibilidade operacional de abarcar

todas as unidades da rede municipal de ensino, elaboramos uma amostragem com base nos seguintes critérios:

1) De acordo com a orientação fornecida, deveriam ser excluídas as escolas que, além de manterem turmas no Ciclo I, também possuem turmas no Ciclo II do Ensino Fundamental, devido ao fato de existirem apenas 05 (cinco) nestas condições (que representam 12,20% das unidades escolares), foram selecionadas outras 02 (duas) que atendem outros Ciclos do Ensino Fundamental.

Entretanto, as escolas visitadas contemplavam apenas

turmas no Ciclo I do Ensino Fundamental para nos assegurarmos de que todos os recursos pedagógicos disponíveis nas escolas não são disputados por alunos de segmentos de ensino distintos. Assim, por exemplo, o acervo da biblioteca, a quadra poliesportiva, os laboratórios de ciências e de informática são usufruídos exclusivamente pelos alunos do Ciclo I.

2) Baseado nas informações constantes do item acima,

escolhemos 07 (sete) escolas, utilizando como critério as notas no IDEB:

• Uma escola que não teve nota “observada” e nota “projetada”

(EMEF Professor Ednei Gori (Fazenda Capuava);

• Uma escola que não teve nota “observada” (EMEF Padre Avelino

Canazza);

• Duas escolas que tiveram a nota “observada” menor que a nota

“projetada” (EMEF Elvira Muraro e EMEF Professora Geny

Rodriguez); e

4 Alunos matriculados em 2015 = 10.663 alunos. Alunos matriculados em 2016 = 10.919 alunos. Média = 10.791 alunos.

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• Três escolas que tiveram a nota “observada” maior que a nota

“projetada” (EMEF Padre Francisco Silva; EMEF Professor Ciro

Excel Magro e EMEF Professor Francisco Ponzio Sobrinho).

Dessa forma, foram selecionadas, para a aplicação dos

questionários eletrônicos estruturados aos professores e diretores, as unidades indicadas abaixo:

Escolas selecionadas para a fiscalização

Escola

Número de professores cadastrados

para responderem à pesquisa (Ciclo I)

Número de professores que participaram da

pesquisa

EMEF Elvira Muraro

12 11 91,67%

EMEF Padre Avelino Canazza

7 7 100,00%

EMEF Padre Francisco Silva

35 30 85,71%

EMEF Ciro Excel Magro

23 12 52,17%

EMEF Prof. Ednei Gori (Fazenda Capuava)

10 07 70,00%

EMEF Prof. Francisco Ponzio Sobrinho

22 18 81,82%

EMEF Profa. Geny Rodriguez

23 01 4,35%

Total 132 86 65,15%

Quanto às inspeções efetuadas pela equipe de Fiscalização, o trabalho foi realizado em um número menor de estabelecimentos, em razão dos esforços que envolvem a logística de deslocamentos, exigidos pela atividade.

Além da validação das informações apresentadas nos

formulários eletrônicos, foram avaliadas as condições de conservação e utilização dos espaços empregados em atividades de ensino, aprendizagem, recreação e demais áreas de circulação de alunos e profissionais vinculados às escolas.

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A relação das unidades visitadas encontra-se indicada no quadro abaixo:

Escola Diretora Data da

Fiscalização EMEF Padre Francisco Silva

Gisely Cristhiane Figueiredo(*) 12/05/2017

EMEF Elvira Muraro Adriana F. A. Cartaginezzi 15/05/2017 (*) Vice Diretora A.3.3- Apresentação dos resultados Preliminarmente informamos que os dados encaminhados pelas Escolas abaixo elencadas, relacionados com as planilhas: Formação e Vínculo; Jornada Semanal; Afastamentos; e Rotatividade foram excluídos por apresentarem inconsistências que poderiam distorcer os resultados apurados. São elas:

• EMEF Padre Francisco Silva

• EMEF Professor Francisco Ponzio Sobrinho

• EMEF Professora Geny Rodriguez A.3.3.1 – Jornada Semanal de Trabalho Os dados abaixo demonstram que 14,52% dos professores

entrevistados possuem jornada de trabalho superior às 40 horas

semanais (correspondentes a 32 horas-aula) estabelecidas no

Parecer CNE-CEB nº 08/2010, podendo comprometer a qualidade das

atividades de ensino-aprendizagem e do desenvolvimento da proposta

pedagógica da escola:

85,48%

9,68% 4,84%

Jornada semanal de trabalho nas três redes de ensino (municipal(is), estadual e particular)

Até 40 h

De 40 a 65 h

Mais de 65 h

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A.3.3.2 – Afastamentos

O excesso dessa jornada de trabalho pode estar

refletindo diretamente nos afastamentos dos professores. Estes

correspondem em 29,03% dos professores das escolas selecionadas,

conforme demonstrado abaixo:

Afastamentos

Período de afastamento

Até 30 dias 13 20,97%

De 31 a 60 dias 1 1,61%

De 61 a 90 dias 0,00%

De 91 a 180 dias 3 4,84%

De 181 a 270 dias 0,00%

Acima de 270 dias 1 1,61%

Total 18 29,03%

A.3.3.3 – Rotatividade Em que pese possuir o município baixo índice de professores temporários, a rotatividade em duas das quatro escolas selecionadas apresentou índices de 66,67%, tal situação pode comprometer a continuidade das atividades e projetos pedagógicos.

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

Até 30 dias De 31 a 60dias

De 61 a 90dias

De 91 a 180dias

De 181 a 270dias

Acima de 270dias

Total

Afastamentos

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A.3.3.4 – Área disponível por Aluno

Da análise do quadro e do gráfico abaixo, verifica-se que

cinco das sete escolas possuem turmas alocadas em salas com até

1,874 m² por aluno, em prejuízo de orientação do CNE no sentido de

que as turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental não sejam

instaladas em salas que não garantam uma área mínima de 1,875 m²

por aluno.

% de prof. que deixaram a escola entre

os anos de 2015 e 2016

Até 10% 2 66,67%

De 10 a 20% 1 33,33%

De 20 a 30% 0,00%

De 30 a 40% 0,00%

De 40 a 50% 0,00%

Acima de 50% 0,00%

Total 3 100,00%

Taxa de rotatividade de professores nas escolas

Total de escolas

66,67%

33,33%

0,00%0,00% 0,00%

0,00%

Taxa de rotatividade de professores nas escolas selecionadas (2015-2016)

Até 10%

De 10 a 20%

De 20 a 30%

De 30 a 40%

De 40 a 50%

Acima de 50%

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A.3.3.5- Recursos pedagógicos e de apoio à atividade docente

Conforme podemos observar abaixo, as escolas pesquisadas

não possuem todos os recursos pedagógicos e de apoio à atividade

docente, indicados pelo CNE para ampliação e melhora da qualidade

dos processos de projetos pedagógicos coletivos, que poderiam ser

alcançados a partir de processos de ensino-aprendizagem mais

estimulantes e atrativos aos estudantes (item A.3.1.2.1 deste

reporte).

Faixa

Zero 2 28,57%

Até 20% das turmas 1 14,29%

De 20 a 40% das turmas 1 14,29%

De 40 a 60% das turmas 2 28,57%

De 60 a 80% das turmas 1 14,29%

De 80 a 99% das turmas 0,00%

100% das turmas 0,00%

TOTAL 7 100,00%

Percentual de escolas em cujas turmas a área disponível

por aluno é de 1,5 m² a 1,874 m²

Escolas

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A.3.3.6 – Participação em cursos de formação continuada

Segundo a pesquisa junto aos professores, aproximadamente 46% deles alegaram que a necessidade de frequência fora do horário de trabalho e a falta de tempo decorrente de extensa jornada de trabalho foram os fatores que impediram ou dificultaram a participação em mais cursos de formação continuada oferecido pelo município, conforme se observa no gráfico abaixo:

Sa la de profess ores 0 0,00% 0 0,00% 7 100,00%

Sala de leitura/ bibl ioteca 0 0,00% 0 0,00% 7 100,00%

Laboratório de informática 1 14,29% 0 0,00% 6 85,71%

Laboratório de ciências 5 71,43% 0 0,00% 2 28,57%

Quadra coberta 4 57,14% 0 0,00% 3 42,86%

Refei tório 1 14,29% 0 0,00% 6 85,71%

Sala de TV/ DVD 4 57,14% 0 0,00% 3 42,86%

Parque infanti l 1 14,29% 0 0,00% 6 85,71%

Banheiros para a lunos 0 0,00% 0 0,00% 7 100,00%

Enciclopédias 0 0,00% 0 0,00% 7 100,00%

Dicionário Houaiss ou Aurél io 1 14,29% 0 0,00% 6 85,71%

Outros dicionários 2 28,57% 1 14,29% 4 57,14%

Li teratura infanti l 0 0,00% 5 71,43% 2 28,57%

Li teratura infanto-juveni l 0 0,00% 6 85,71% 1 14,29%

Paradidáticos 0 0,00% 1 14,29% 6 85,71%

Retroprojetor 3 42,86% 0 0,00% 4 57,14%

Tela para projeção 1 14,29% 0 0,00% 6 85,71%

Televisor 0 0,00% 6 85,71% 1 14,29%

Suporte para TV e DVD 2 28,57% 5 71,43% 0 0,00%

Aparelho de DVD 0 0,00% 7 100,00% 0 0,00%

Máquina fotográfica 1 14,29% 0 0,00% 6 85,71%

Aparelho de CD e rádio 0 0,00% 2 28,57% 5 71,43%

Computador p / sa la de

informática 1 14,29% 3 42,86% 3 42,86%

Computador adm/ docentes 0 0,00% 0 0,00% 7 100,00%

Impres sora 0 0,00% 0 0,00% 7 100,00%

Fotocopiadora 2 28,57% 0 0,00% 5 71,43%

Gui lhotina de Papel 2 28,57% 0 0,00% 5 71,43%

Inst

alaç

ões

Cole

çõe

s e

mat

eria

is

bibl

iogr

áfic

os

Equi

pam

ento

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ra

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ídeo

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Proc

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amen

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Dad

osEstrutura física e recursos disponíveis nas escolas

Itens

Quantidade de escolas

Não tem Não tem o bastante Tem o suficiente

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A.3.4- Visitas realizadas às Unidades Escolares A equipe de Fiscalização, como resultado das visitas realizadas às Unidades Escolares acima listadas, apresenta as seguintes situações que merecem destaque: A.3.4.1 – EMEF PADRE FRANCISCO SILVA Na visita realizada no dia 12 de maio de 2017, contatamos as seguintes irregularidades:

• Infiltrações no teto, localizado pontualmente no corredor de

entrada da unidade escolar, provavelmente originárias de

chuvas, e acúmulo de folhas das árvores do entorno do

prédio; e

• As Enciclopédias se encontravam empilhadas para serem

realocadas.

Fotos da visita realizada:

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Laboratório de Ciências Banheiro para portadores de necessidades especiais

Refeitório Sala de Informática

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Infiltrações no Teto Enciclopédias empilhadas no chão

Termo de Visita no Doc. 11 – pág. 04.

A.3.4.2 – EMEF ELVIRA MURARO Em visita realizada no dia 15 de maio de 2017, contatamos as seguintes irregularidades:

• A porta mosquiteira que dá acesso ao refeitório encontra-se

danificada;

• A aferição dos dicionários informados não foi possível em

virtude de alguns exemplares estarem em uso nas salas de

aulas;

• O forro de PVC do almoxarifado estava cedendo podendo

comprometer os materiais escolares ali depositados;

• Foi feita a conferência da metragem de uma das salas de aula

constatando a existência de aproximadamente 47 m2.

Fotos da visita realizada:

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Quadra coberta Parque Infantil

Sala de Aula – 47m2 Porta com tela mosquiteira danificada

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Fl. 22 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Material e livros à disposição Forro de PVC cedendo dos Alunos e Professores Termo de Visita no Doc. 11 – pág. 05. A.3.5- Conclusões da fiscalização

Pontos relevantes constatados a partir das visitas e dos

dados obtidos pela pesquisa: a) Dados apurados em relação aos questionários respondidos - Professores:

• 14,52% cumprem jornadas de trabalho superior a 40 horas semanais contrariando Parecer CNE-CEB nº 08/2010;

• 29,03% afastaram-se durante o ano letivo de 2016;

• Duas escolas selecionadas tiveram índices de 66,67% de rotatividade; e

• A necessidade de frequência fora do horário de trabalho e a falta de tempo decorrente de extensa jornada de trabalho foram fatores que impediram ou dificultaram a participação dos professores nos cursos de formação continuada.

A existência de tal situação pode comprometer a qualidade das atividades de ensino-aprendizagem e do desenvolvimento da proposta pedagógica da escola.

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Fl. 23 TC-4421/989/16

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b) Dados apurados da situação física das Unidades Escolares:

• Cinco Escolas possuem turmas alocadas em salas com até 1,874 m² por aluno em prejuízo de orientação do Conselho Nacional de Educação;

• As escolas pesquisadas não possuem todos os recursos pedagógicos e de apoio à atividade docente contrariando Conselho Nacional de Educação; e

• As Escolas visitadas necessitam de algum tipo de manutenção em suas instalações.

Portanto, a fiscalização operacional constatou a necessidade de introdução de melhorias nas condições de funcionamento das unidades dos anos iniciais do Ensino Fundamental público do Município de Campinas, seja pela dificuldade de participação dos professores nos cursos de formação continuada, pela rotatividade dos professores, pela inadequação das instalações físicas disponíveis ou pela escassez/inexistência de recursos pedagógicos e de apoio à atividade docente.

A.4. ACOMPANHAMENTO DA SAÚDE 2016 – FISCALIZAÇÃO SOBRE O

PROGRAMA MUNICIPAL DE CONTROLE DA DENGUE A.4.1 - OBJETO, OBJETIVO e ESCOPO

O presente trabalho de fiscalização teve como objetivo

avaliar o programa de controle da dengue sob responsabilidade sanitária da Prefeitura Municipal de Campinas5 6.

5 De acordo com a vigente Resolução CIT Nº 4, de 19 de julho de 2012, que dispõe sobre a pactuação tripartite acerca

das regras relativas às responsabilidades sanitárias no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), para fins de transição entre os processos operacionais do Pacto pela Saúde e a sistemática do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP), figura entre as responsabilidades sanitárias do munícipio: - Assumir a gestão e execução das ações de vigilância em saúde realizadas no âmbito local, compreendendo as ações de vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental, de acordo com as normas vigentes e pactuações estabelecidas - (1.1.p do Anexo I); - Elaborar a programação da atenção à saúde, incluída a assistência e vigilância em saúde, em conformidade com o plano municipal de saúde, no âmbito da Programação de Saúde pactuada nas Comissões Intergestores - (3.1.f do Anexo I); - Monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde, realizadas em seu território, por intermédio de indicadores de desempenho, envolvendo aspectos epidemiológicos e operacionais (4.1.c do Anexo I). 6, Não constou município do Estado de São Paulo no Anexo III da Resolução CIT Nº 4, de 19 de julho de 2012, ou seja,

a totalidade assumiu a gestão das ações de vigilância em saúde.

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Fl. 24 TC-4421/989/16

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Um programa de controle da dengue normalmente envolve ações de vigilância epidemiológica, de acompanhamento e assistência a pacientes com dengue, de controle de vetores7, e de educação, comunicação e mobilização social.

Levando em conta a importância para redução da força de

transmissão da doença, o escopo da fiscalização ficou adstrito ao controle vetorial, contudo sem explorar a totalidade de atribuições municipais.

Figura 1 – Componentes do Programa Municipal da Dengue e Escopo de Fiscalização

Do controle vetorial, as atribuições abrangidas foram de planejamento (metas e indicadores pactuados), estrutura (órgão intersetorial, quadro de pessoal, vestimentas e equipamentos, inclusive EPI8, necessários à rotina de controle vetorial), levantamento de indicadores entomológicos9 e execução de ações de controle mecânico10, químico11 e biológico12 do vetor.

7 São mosquitos do gênero Aedes. A espécie Ae. aegypti é a mais importante na transmissão da doença e também pode ser transmissora da febre amarela urbana. O Aedes albopictus, já presente nas Américas, com ampla dispersão em todas as regiões do Brasil, é o vetor de manutenção da dengue na Ásia, mas, até o momento, não foi associado à transmissão da dengue nas Américas. (Ministério da Saúde, Guia de vigilância epidemiológica, 2009, Caderno 9, pág. 1). 8 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são insumos necessários a segurança do trabalhador durante a aplicação

de inseticidas. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 66) 9 A caracterização entomológica é o conjunto de informações relativas ao vetor, tais como sua distribuição geográfica,

índices de infestação e depósitos predominantes. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 71). 10

Consiste na adoção de práticas capazes de impedir a procriação do Aedes, tendo como principais atividades a proteção, a destruição ou a destinação adequada de criadouros, que devem ser executadas sob a supervisão do ACE ou ACS, prioritariamente pelo próprio morador/proprietário. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 55). 11

Consiste no uso de substancias químicas – inseticidas – para o controle do vetor nas fases larvária e adulta. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 58). 12

Controle com o uso de agentes biológicos. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 57).

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E assim, não contemplou: (i) ações específicas de períodos epidêmicos, caracterizado por alta transmissão de dengue; (ii) a atuação da vigilância sanitária municipal como suporte ao controle vetorial; (iii) a integração das equipes de saúde da família nas atividades de controle vetorial; (iv) o envio e fidedignidade dos dados entomológicos do município para a SUCEN; (v) o gerenciamento dos estoques municipais de inseticidas e biolarvicidas13; (vi) as atividades de monitoramento de resistência dos vetores ao uso de inseticidas; e (vii) a coleta e envio de amostras de sangue de quem manipula inseticidas e biolarvicidas a laboratório de referência, para dosagem de colinesterase. A.4.2 - METODOLOGIA

O planejamento abarcou: (i) leitura da Resolução CIT14 nº 4/2012 e 2/201615, das Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue (MS16, 2009)17, do Programa de Vigilância e Controle da Dengue (SES/SP, 2010)18, do Plano de Vigilância, Prevenção e Controle da Dengue do Estado de São Paulo 2014-201519, e do Caderno de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores : 2016 (MS, 2016)20; e (ii) consulta a sites do MS, SES21/SP, SES/MG, SES/PI, SUCEN22/SES/SP, CVE23/SES/SP e IBGE24. Na execução, a estratégia metodológica (método de investigação) congregou: (i) pesquisa documental baseada em questionário eletrônico estruturado respondido através do Sistema APG (Acompanhamento de Programas Governamentais)25, e utilização de

13 A aquisição de inseticidas para uso em saúde pública é de responsabilidade do Ministério da Saúde e está sustentada em uma política de gestão de insumos estratégicos, conforme determinação da Portaria MS/GM nº 1.378/2013. Segundo essa portaria, os Municípios poderão adquirir insumos estratégicos para uso em Vigilância em Saúde, em situações específicas, mediante pactuação na CIT entre as esferas governamentais, observada a normalização técnica e, em situações excepcionais, mediante a comunicação formal com justificativa à SVS/MS ou à Secretaria Estadual de Saúde. 14

Comissão Intergestores Tripartite (art. 14-A da Lei 8.080/90). 15

http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/agosto/29/DOU-de-29-08-16.pdf. 16

Ministério da Saúde. 17

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_prevencao_controle_dengue.pdf. 18

http://www.saude.sp.gov.br/resources/sucen/homepage/downloads/arquivos-dengue/programa_estadual.pdf?attach=true. 19

http://www.saude.sp.gov.br/resources/ccd/materiais-de-comunicacao/dengue/plano_da_dengue_16_10__-_formatacao.pdf. 20

http://saude.es.gov.br/Media/sesa/SISPACTO/Caderno%20de%20indicadores2016.pdf. 21

Secretaria Estadual de Saúde. 22

Superintendência de Controle de Endemias. 23

Centro de Vigilância Epidemiológica. 24

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 25

A partir deste exercício, a presente fiscalização de natureza operacional sobre os Programas Municipais de Controle da Dengue, foi estruturada com base no Sistema APG (Acompanhamento de Programas Governamentais), idealizado

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dados secundários (sites oficiais do MS, da SUCEN/SES/SP, do CVE/SES/SP e do IBGE); e (ii) visitas in loco à Vigilância em Saúde Sudeste – VISA SUDESTE (Rua Ver. Prof. Herculano Gouvea Junior, nº 106 – Jardim do Lago) e à Unidade de Vigilância de Zoonoses de Campinas – UVZ (Rua Dr. César Paranhos de Godoy, 333 – Jardim Chapadão), com oportuno registro fotográfico de veículos de apoio, inseticidas (adulticidas e larvicidas), nebulizador e pulverizador, EPIs, local para a manutenção, lavagem e guarda de nebulizador e pulverizador, laboratório e microscópio para apuração da densidade larvária.

Com o coletado através do Sistema APG, sites oficiais e

de visitas in loco, deu-se a realização dos seguintes procedimentos:

I. Verificar se o rol de indicadores relacionados à

dengue (23 e 24) da Resolução CIT nº 2/2016 estava presente no Plano Municipal de Saúde 2014-2017 e no Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP) ou Sistema de Pactuação dos Indicadores (SISPACTO) de 2015 e 2016;

II. Verificar se as atividades rotineiras desenvolvidas pelo município guardam correspondência com a categoria “infestado”26 ou “não infestado”27 em que este se enquadra;

III. Verificar se houve a estruturação do Comitê Municipal de Combate à Dengue;

IV. Verificar se houve a elaboração do Plano Municipal de Contingência da Dengue;

V. Verificar a adequação da quantidade de Coordenador, Supervisor Geral, Supervisor de Área, Agente de Controle de Vetores/Agente de Combate a Endemias 28 29, Laboratorista30,

para ampliar o alcance espacial da fiscalização assim como agilizar e garantir maior fidedignidade à consolidação das informações. 26

Com disseminação e manutenção do vetor nos domicílios. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 53). 27

Em que não foi detectada a presença disseminada do vetor nos domicílios ou, nos municípios anteriormente infestados, que permanecerem 12 meses consecutivos sem a presença do vetor, de acordo com os resultados do levantamento de índice bimestral ou do monitoramento por intermédio de armadilha, conforme normas técnicas. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 53). 28

Considerando os preceitos de responsabilização e vínculo estabelecidos pelas Equipes de Saúde da Família (ESF) com sua área de atuação, o gestor pode e deve rever os parâmetros definidos para o Agente de Controle de Endemias, considerando como domicílios visitados aqueles que tiveram a presença do Agente Comunitário de Saúde (ACS), de acordo com sua realidade e organização dos serviços de saúde. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 54). 29

Igual a Agente de Controle de Endemias. Profissional responsável pela execução das atividades de combate ao vetor realizadas nos imóveis. . (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 62). 30

Municípios de 10.000 a 50.000 habitantes podem optar por possuir microscópios e laboratoristas ou executar as atividades laboratoriais com apoio do Estado. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 70).

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Profissional IEC31, Microscópio, Nebulizador portátil e Pulverizador costal;

VI. Verificar a existência de EPI (máscara semi-facial, máscara facial completa, luva nitrílica, capacete de aba larga, óculos de segurança e avental impermeável, protetor auricular, calças e camisas de brim e calçados de segurança) no órgão/entidade responsável por controle vetorial;

VII. Verificar a existência de local específico para a manutenção, lavagem e guarda dos equipamentos para aplicação de inseticida no órgão/entidade responsável por controle vetorial;

VIII. Verificar se a taxa de rotatividade32 por cargo é compatível com a taxa dos municípios da região de mesmo porte;

IX. Verificar se o munícipio realiza pesquisa entomológica33 por meio de armadilhas34 e respectivo levantamento de índices, e/ou se realizam pesquisas larvárias35;

X. Verificar se a proporção de imóveis visitados em, pelo menos, quatro Ciclos de 2015 e 2016 foi atingida conforme estipulado no COAP ou SISPACTO 2015 e 201636;

XI. Verificar se ocorreu visita domiciliar37 bimestral em 100%, se o critério for o Programa Nacional de Controle da Dengue, ou 80%, se o critério for o Parâmetro Nacional para Referência, dos imóveis em município infestado38; 31

Informação, Educação e Comunicação (Programa de Vigilância e Controle da Dengue, 2010, p. 24). 32

A alta rotatividade das equipes municipais foi evidenciada no Programa de Vigilância e Controle da Dengue do Estado de São Paulo (SES/SP, 2010, p. 38). 33

As metodologias de pesquisa podem empregar procedimentos de coleta de ovos, larvas, pupas e mosquitos adultos, sendo mais habitual a pesquisa larvária. A unidade amostral é o imóvel, visitado com o objetivo de inspecionar depósitos ou recipientes que contenham água. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 71). 34 De uma maneira geral, são utilizadas armadilhas para coleta de ovos (ovitrampa) e para coleta de larvas (larvitrampa), colocadas, estrategicamente, em localidades negativas ou com baixa infestação ou em áreas estratégicas, como portos e aeroportos, com a finalidade de monitorar a infestação. Não se recomenda a adição de

produtos químicos as armadilhas. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009,

p. 77). 35

Inspeção de formas imaturas (larvas e pupas) em todos os depósitos do imóvel. Para vistoria do recipiente, utiliza-se o pesca-larva com o objetivo de coletar uma amostra de larvas e pupas do recipiente. Para facilitar a atividade e encontrar mais facilmente os imaturos de Aedes aegypti, utiliza-se uma fonte luminosa, que pode ser um espelho direcionado ao sol ou uma lanterna. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 71). 36

A proporção é calculada pelo número de imóveis visitados em relação ao número de imóveis da área urbana do município, ou seja, aqueles localizados em áreas com características urbanizadas com a presença de vetor e potencial para circulação da doença. Aos municípios sem a presença do vetor não será exigida a realização de visitas domiciliares, não sendo considerados, consequentemente, nos cálculos para região e estado. (Caderno de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores : 2016, 2016 p.52/53). 37

: Na vigilância entomológica e controle de vetores, a visita domiciliar, realizada pelo agente e pelo supervisor, é uma atividade fundamental para verificar a presença de criadouros, orientar os residentes sobre a eliminação dos mesmos e sobre medidas preventivas, identificação de foco e tratamento (biológico, químico, mecânico etc.). É utilizada também para realizar levantamento de índices de infestação. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 70). 38 Caderno de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores : 2016, 2016, p. 53.

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XII. Comparar o número de imóveis trabalhados em relação ao número de casos confirmados, internações e/ou óbitos;

XIII. Avaliar a relação de recursos aplicados por imóvel existentes e/ou trabalhados. Para realização desses procedimentos, consistiu em limitação, a necessidade de compatibilização das terminologias utilizadas pela SUCEN e MS (entre as atividades de controle, por exemplo, tem-se nebulização, casa a casa, arrastão na SUCEN, enquanto no MS tem-se aplicação focal, espacial e residual), com impacto na triangulação - uso de diferentes métodos de pesquisa e/ou de coleta de dados para estudar a mesma questão, com o objetivo de fortalecer as conclusões finais. A.4.3 - ACHADOS DE FISCALIZAÇÃO

Sopesado o fato de o município ser da categoria infestado, as análises, baseadas nas evidências consignadas no Doc. 12, redundaram nos seguintes achados:

1) As atividades de controle vetorial identificadas no item 4 do relatório constante do Doc. 12 não contemplaram as seguintes atividades rotineiras:

• Pesquisa larvária amostral, bimestral ou quatro levantamentos rápidos de índices entomológicos (LIRAa) ao ano, entretanto na fiscalização “in loco” foi esclarecido que a pesquisa é realizada três vezes ao ano conforme orientação da Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo (esclarecimento – Doc. 18);

• Levantamento de índice amostral em ciclos quadrimestrais;

• Pesquisa entomológica, preferencialmente com ovitrampas ou larvitrampas, em ciclos semanais. Alternativamente, realizar o levantamento de índice; e

• Visita domiciliar bimestral em 100% dos imóveis, prescritas nas Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Dengue (MS, 2009, p.53/54) e/ou pelo Programa de Vigilância e Controle da Dengue do Estado de São Paulo (SES/SP, 2010, p.16/26).

2) A estrutura de controle vetorial do município, no que concerne ao quadro de pessoal envolvido, informada nos itens 7 e 8 do relatório constante do Doc. 12, está em desacordo com os parâmetros preconizados nas Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Dengue (Excerto da Diretriz MS, 2009 – doc. 13) e também com os parâmetros preconizados no Programa de Vigilância e Controle da Dengue da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (Excerto do SES/SP, 2010, p. 53/54 – Doc. 14).

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Com relação aos equipamentos para as atividades de bloqueio de transmissão (nebulizadores e pulverizadores) a análise ficou prejudicada em virtude de não terem ocorridos ações de combate à dengue na semana de fiscalização in loco (Termo de Verificação – Doc. 15) acrescido do fato de terem sido terceirados os serviços (excertos do contrato – Doc. 16);

3) Os serviços para controle da Dengue foram

terceirizados, contemplando dois lotes: Lote I – desinsetização com nebulização costal para a

eliminação do mosquito Aedes sp. e realização de ações de controle químico e/ou mecânico para eliminação de criadouros, contemplando o seguinte:

Equipamentos: - 114 nebulizadores costais; e - 12 bombas de compressão prévia; Funcionários: - 240 funcionários operacionais; e - 12 supervisores. Veículos: - Veículos para transportar adequadamente as equipes,

equipamentos e insumos. Estrutura Física: - Área adequada e específica para armazenamento de insumos e

materiais, manipulação dos inseticidas, higienização dos equipamentos e EPIs, descarte adequado de resíduos bem como acomodações adequadas ais funcionários.

Empresa Contratada: Centro Saneamento e Serviços Avançados

LTDA. Cidade da sede: Barueri-SP. O contrato teve vigência de 12 meses (18.12.2015 a

17.12.2016), tendo sido prorrogado por 03 meses (18.12.2016 a 17.03.2017). Encontra-se em licitação novo procedimento para contratação dos serviços (Excertos do Contrato e Termo Aditivo - Doc. 17; esclarecimentos – Doc. 18).

Lote II – desinsetização com nebulização veicular para

eliminação do mosquito Aedes sp., contemplando o seguinte: - 05 veículos cada um com um equipamento nebulizador acoplados - 05 equipes compostas por 01 funcionário operacional

aplicador/navegador e 01 funcionário para condução do veículo. Totalizando 10 funcionários aptos a prestação de serviços.

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Empresa Contratada: Bump Impermeabilização e Dedetização

Ltda. Cidade da sede: Lins-SP. O contrato teve vigência de 12 meses, tendo seu prazo

inicial encerrado em 17.12.2016, tendo sido prorrogado até 17.12.2017 (Excerto do contrato e Termo Aditivo – Doc. 19).

Pelo fato de não terem ocorrido ações durante o período

da fiscalização in loco ficou prejudicada a verificação dos insumos, necessários à segurança do trabalhador para as ações de controle vetorial, consoante as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Dengue (MS, 2009, p. 67/68 e 83/84).

A Origem não dispõe de todos os EPIs necessários para as

operações de campo para o controle vetorial. A aquisição dos equipamentos faltantes encontra-se em procedimento licitatório em andamento (Doc. 18). Não constatamos a existência física na Vigilância em Saúde – Visa SUDESTE, de EPIs.

4) Conforme relatado no item precedente, os serviços para

controle da Dengue foram terceirizados. O Anexo I – Projeto Básico (Doc. 20) do Edital do Pregão Eletrônico contemplou a exigência de local específico para a manutenção, lavagem e guarda dos equipamentos para aplicação de inseticida, somente para desinsetização com nebulização costal e da realização de ações de controle químico e/ou mecânico para eliminação de criadouros (lote 1), pelo fato do ajuste contratual encontrar-se encerrado na data da fiscalização, ficou prejudicada nossa aferição.

5) Com base no informado no item 11 e 13 do relatório

constante do Doc. 12, o município não efetua pesquisa entomológica por meio de armadilhas e/ou levantamento de índice (IVO39 e IPO40), conforme preconizado pelas Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Dengue (MS, 2009, p. 53/54, 77/78 e 83/84), e pelo Programa de Vigilância e Controle da Dengue (SES/SP, 2010, p. 16/26).

6) A teor dos itens 06 e 12 do relatório constante do Doc. 12, não ocorreu visita domiciliar bimestral em 100%/80% dos imóveis, conforme Programa Nacional de Controle de dengue/ Parâmetro nacional para referência.

39

Indica a porcentagem de armadilhas positivas . (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 77). 40

Indica o número médio de ovos por armadilha positiva. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 70).

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Fl. 31 TC-4421/989/16

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Fotos Obtidas na Fiscalização in loco:

Larvicida utilizado no trabalho Microscópio de campo

Boletim de Atividades ocorridas no dia 03/05/2017

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Fl. 32 TC-4421/989/16

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Fotos fornecidas pela Origem:

Veículo em operação da empresa contratada

Veículos da empresa contratada

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Fl. 33 TC-4421/989/16

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A.4.4 - Considerações Finais

Resumindo, as análises identificaram falhas e/ou

oportunidades de melhorias no componente “controle vetorial” do

programa municipal de controle da dengue relativas a:

• As atividades de controle vetorial não contemplam todas as atividades rotineiras;

• A estrutura de controle vetorial do município está em desacordo com os parâmetros preconizados nas Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Dengue e no Programa de Vigilância e Controle da Dengue da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo;

• Em tese, o município está sem o contingente necessário para o Controle da Dengue, uma vez que os serviços de desinsetização com nebulização costal e a realização de ações de controle químico e/ou mecânico para eliminação de criadouros, terceirizados durante o exercício de 2016, pendem de novo procedimento licitatório;

• Não constam em estoque todos os EPIs necessários para as operações de campo para o controle vetorial da Dengue.

• Quanto à desinsetização com nebulização veicular, não ficou demonstrada a existência de local específico para a manutenção, lavagem e guarda dos equipamentos para aplicação de inseticida, acrescido a isso o fato da empresa contratada ser sede na cidade de Lins, distante de Campinas;

• O município não efetua pesquisa entomológica por meio de armadilhas e/ou levantamento de índice (IVO41 e IPO42), conforme preconizado pelas Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Dengue e pelo Programa de Vigilância e Controle da Dengue; e

• Não ocorreu visita domiciliar bimestral em 100%/80% dos imóveis, conforme Programa Nacional de Controle de dengue/ Parâmetro nacional para referência.

Como propostas de melhorias, tem-se a adoção plena do

preconizado pelas Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Dengue (MS, 2009), e pelo Programa de Vigilância e Controle da Dengue (SES/SP, 2010).

41

Indica a porcentagem de armadilhas positivas . (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 77). 42

Indica o número médio de ovos por armadilha positiva. (Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue , 2009, p. 70).

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Fl. 34 TC-4421/989/16

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Sob essa proposta espera-se como benefício o aumento da

eficácia no controle vetorial na redução da força de transmissão da doença.

A.5. FISCALIZAÇÃO ORDENADA Consoante determinação contida no processo TC-A-

7361/026/16 foram realizadas no exercício as seguintes Fiscalizações Ordenadas:

• TRANSPARÊNCIA Destacamos os seguintes apontamentos no relatório da

inspeção realizada no município (Doc. 21):

� Inexistência de previsão de autoridade(s) que pode(m) classificar a informação quanto ao grau de sigilo; � O site não disponibiliza dados na web usando URIs para identificar os dados;

� As informações constantes do Portal não são atualizadas em tempo real (dia útil imediatamente anterior);

� O portal não apresenta meio de atalho em imagem gráfica (ícone) constante da página inicial do sítio;

� Ausência de possibilidade de acompanhamento posterior do pedido de informação;

� Inexistem relatórios estatísticos de atendimentos realizados pelo Serviço de Atendimento ao Cidadão presencial e eletrônico, contendo número de atendimentos e prazo médio de atendimento dos pedidos;

� Não há normatização de prazos de resposta nas situações onde o cidadão é identificado;

� Não há relatórios estatísticos de atendimentos realizados pelo Serviço de Ouvidoria presencial e eletrônico, contendo número de atendimentos e prazo médio de atendimento dos pedidos;

� Não há divulgação de remuneração individualizada por nome do agente público, contendo dados sobre os vencimentos, descontos, indenizações e valor líquido;

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Fl. 35 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

� Com relação às despesas do ente, não são apresentadas, em tempo real, a partir de 01/01/2016, as seguintes informações:

1 – Valor Empenhado ou Provisionado; 2 – Valor da Liquidação; 3 – Favorecido; 4 – Valor do Pagamento; 5 – Número do Processo; 6 – Processo Licitatório realizado ou dispensado; 7 – Bem ou serviço adquirido; e 8 – Unidade Gestora/Centro de Custo.

� Com relação aos procedimentos licitatórios realizados a partir de 01/01/2016, o site não contém informações relacionadas ao valor licitado; � Não foram localizadas informações (a partir de 01/01/2016, em tempo real) relacionadas à receita:

1 – natureza da receita; 2 – valor de previsão e valor arrecadado; e 3 – data da arrecadação.

� O site não apresenta: 1 - Relatório Resumido da Execução Orçamentária dos 3 (três)

últimos bimestres encerrados; 2 – Os repasses ou transferências financeiras a entidades da

sociedade civil, decorrentes de parcerias, convênios, contratos de gestão, auxílios, subvenções ou contribuições, e repasses à Câmara Municipal;

� Não restou esclarecido/demonstrado no site a existência das seguintes informações relacionadas com as Audiências Públicas:

• qual a forma de divulgação; • quantas audiências foram realizadas; • qual o horário de sua realização; • Se são transcritas em atas; • Se transcritas em atas, se são divulgadas na internet; • Se são gerais, englobando todas as funções do governo; • Se são setorizadas, dividas por temas (saúde, ensino,

assistência social, etc.); e

� As peças que compõem o planejamento não são divulgadas com os indicadores de programas e metas de ações governamentais previstos versus realizados.

Contudo, verificamos que a Prefeitura tomou medidas a

fim de sanear os apontamentos, à exceção de:

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Fl. 36 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

� As informações constantes do Portal não são atualizadas em tempo real (dia útil imediatamente anterior); � Com relação às despesas e às receitas do ente, não são

apresentadas, em tempo real:

Pesquisa realizada junto ao endereço eletrônico fornecido (págs. 08/12 do Doc. 22) não foi possível aferir se as Receitas e as Despesas ali contidas contemplavam lançamentos do dia útil imediatamente anterior.

� Não há relatórios estatísticos de atendimento realizados pelo Serviço de Ouvidoria presencial e eletrônico contendo número de atendimentos e prazo médio de atendimento dos pedidos:

Conforme informado no Doc. 22 – págs. 02/03, existem relatórios, entretanto, não constatamos a identificação do prazo médio para atendimento dos pedidos.

� O site não apresenta os repasses à Câmara Municipal:

Não restou esclarecido pela Origem o endereço eletrônico para obtenção da informação (pág. 04 do Doc. 22).

� Não há no site informações relacionadas com as Audiências

Públicas.

Conforme relatado pela Origem, as atas de audiência públicas orçamentárias são encontradas parcialmente. Em pesquisa efetuada no site do município encontramos a ata sobre metas fiscais do 1º quadrimestre de 2016 e a ata sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017 (pág. 14 do Doc. 22).

Portanto, não constatamos as seguintes informações:

• qual a forma de divulgação;

• quantas audiências foram realizadas;

• qual o horário de sua realização;

• Se são gerais, englobando todas as funções do governo;

• Se são setorizadas, dividas por temas (saúde, ensino, assistência social, etc.);

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Fl. 37 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

� As peças que compõem o planejamento não são divulgadas com os indicadores de programas e metas de ações governamentais previstos versus realizados.

Informa a Origem que a previsão das ações governamentais previstas versus realizadas resta prejudicada (pág. 05 do Doc. 22).

• RESÍDUOS SÓLIDOS: Destacamos os seguintes apontamentos no relatório43 da

inspeção realizada no município:

� O Município não constituiu o Conselho de Resíduos Sólidos;

� A área de transbordo, instalada provisoriamente no próprio aterro, não possui licença de operação da CETESB;

� Não é realizado o tratamento dos resíduos sólidos antes do aterramento;

� O Município não aprova e nem fiscaliza os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos das Atividades Agrossilvopastoris (art. 20, inciso V, da Le nº 12.305/2010). Contudo, verificamos que a Prefeitura tomou as

seguintes medidas a fim de sanear os apontamentos:

� Obteve as licenças ambientais da CETESB para a estação de transbordo de resíduos sólidos urbanos (Doc. 23);

� O tratamento dos resíduos sólidos urbanos, da saúde e da construção civil antes do aterramento está sendo realizado, conforme esclarecimentos e documentos apresentados pela Origem (Doc. 24). Por oportuno, destacamos que o Município informou não

serem de sua competência a aprovação e fiscalização dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos das Atividades Agrossilvopastoris (Doc. 25).

43 Relatório Conhecimento Analítico, relativo à 4ª Fiscalização Ordenada, consignado no Evento 14.22.

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Fl. 38 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Informamos ainda que o Município certificou não ter instituído o Conselho de Resíduos Sólidos, destacando, porém, que as atribuições inerentes àquele Conselho, inclusive discussões e deliberações relacionadas com resíduos sólidos, são realizadas pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMDEMA), instituído pela Lei Municipal nº 10.841, de 24 de maio de 2001 (Doc. 26).

PERSPECTIVA B: EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E PATRIMONIAL B.1. ANÁLISE DOS RESULTADOS Com base no Sistema AUDESP e nas informações obtidas na

ação fiscalizatória, verificamos o que segue: B.1.1. RESULTADO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Receitas Previsão Realização AH % AV %

Receitas Correntes 4.484.127.489,95 3.901.659.840,02 -12,99% 104,40%Receitas de Capital 323.441.868,96 76.622.923,61 -76,31% 2,05%Receitas IntraorçamentáriasDeduções da Receita (286.108.520,00) (241.154.907,68) -15,71% -6,45%Subtotal das Receitas 4.521.460.838,91 3.737.127.855,95 Outros AjustesTotal das Receitas 4.521.460.838,91 3.737.127.855,95 100,00%

784.332.982,96 -17,35% 20,99%

Despesas Empenhadas Fixação Final Execução AH % AV %Despesas Correntes 3.600.150.996,41 3.280.450.406,10 -8,88% 81,76%Despesas de Capital 419.115.514,47 153.491.660,99 -63,38% 3,83%Reserva de Contingência 0,40 Despesas Intraorçamentárias 166.648.887,60 153.424.312,27 -7,94% 3,82%Repasses de duodécimos à CM 120.000.000,00 120.000.000,00 0,00% 2,99%Transf. Financeiras à Adm. Indireta 535.507.433,57 310.030.634,57 -42,11% 7,73%Dedução: devolução de duodécimos (5.171.570,96) Subtotal das Despesas 4.841.422.832,45 4.012.225.442,97 Outros AjustesTotal das Despesas 4.841.422.832,45 4.012.225.442,97 100,00%

829.197.389,48 -17,13% 20,67%

Resultado Ex. Orçamentária: Déficit (275.097.587,02) 7,36%

Déficit de arrecadação

Economia Orçamentária

- Relatório de Análise Anual Eletrônica do Audesp no Doc. 03. - Registre-se que os valores repassados à Administração Indireta não constaram especificamente na Lei Orçamentária Anual do Município (Lei nº 15.131, de 23 de dezembro de 2015), em que pese a autorização constante no art. 14 daquele diploma44 (Doc. 35.5).

O déficit da execução orçamentária aumentou o déficit

44 Art. 14. Fica o Poder Executivo autorizado a realizar transferências financeiras para as autarquias e fundações nos montantes estabelecidos em seus programas e ações constantes desta Lei, suprindo insuficiências financeiras conforme disposto no art. 46 da Lei nº 15.037/2015.

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financeiro do ano anterior. O déficit da execução orçamentária provém da

superestimativa de receita, visto que a previsão superou, em 20,99%, a efetiva arrecadação.

Nos termos do artigo 59, § 1º, I, da Lei de

Responsabilidade Fiscal, foi o Município alertado, por 05 (cinco) vezes, sobre descompasso entre Receitas e Despesas e, nem assim, conteve o gasto não obrigatório e adiável (Doc. 04).

Constatamos a abertura de créditos adicionais e a

realização de transferências, remanejamentos e/ou transposições no valor total de R$ 822.626.179,89 (Doc. 05.2), o que corresponde a 19,60% da Despesa Fixada45 (inicial).

O Município realizou investimento correspondente a 2,69% da Receita Corrente Líquida (Doc. 27).

Nos três últimos exercícios, o resultado da execução

orçamentária e o investimento apresentaram os seguintes percentuais:

Exercício Resultado da execução orçamentária Percentual do

resultado da execução orçamentária

Percentual de investimento em

relação à RCL

2015 Déficit de 4,23% 2,50%

2014 Déficit de 1,98% 2,79%

2013 Superávit de 0,37% 5,28%

- Conforme relatório de fiscalização do exercício anterior TC-2129/026/15 (Doc. 10 – pág.05).

B.1.2. RESULTADOS FINANCEIRO, ECONÔMICO E SALDO

PATRIMONIAL

Resultados 2015 2016 %Financeiro (196.891.649,78) (216.648.129,54) 10,03%Econômico (374.798.174,20) 76.167.183,31 120,32%Patrimonial 2.248.940.079,85 2.387.936.552,31 6,18%

- Balanço Patrimonial e DVP contidos no Doc. 05.

45 Despesa fixada inicial no valor de R$ 4.196.795.725,00, de acordo com a LOA/2016 (Evento 14.2).

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B.1.2.1. INFLUÊNCIA DO RESULTADO ORÇAMENTÁRIO SOBRE O RESULTADO FINANCEIRO

Resultado financeiro do exercício anterior 2015

Ajustes por Variações Ativas 2016

Ajustes por Variações Passivas 2016

Resultado Financeiro Retificado do exercício de 2015

Resultado Orçamentário do exercício de 2016

Resultado Financeiro do exercício de 2016 (216.648.129,54)

(196.891.649,78)

5.105.913.356,68

(366.409.606,13)

149.761.476,59

(5.275.431.313,03)

NOTA 1: Ajustes por Variações Ativas e Passivas conforme planilha de cálculo constante no Doc. 28. NOTA 2: Registramos que desconsiderados os repasses à Câmara Municipal e as transferências financeiras à Administração Indireta, a Prefeitura obteve um superávit da ordem de R$ 149.761.476,59 (Doc. 05 – págs. 01/02).

Haja vista esses números, o déficit orçamentário do

exercício em exame (R$ 275.097.587,02 – item B.1.1 deste relatório) fez aumentar, em 10,03%, o déficit financeiro do exercício anterior.

B.1.3. DÍVIDA DE CURTO PRAZO

Saldo Saldo para o

Período Anterior Inscrição Baixa Período Seguinte

Restos a Pagar Process ados 331.839.924,05 320.896.410,82 323.454.588,99 329.281.745,88

Restos a Pagar Não Proces sados 72.276.596,07 9.043.235,34 68.239.986,68 13.079.844,73

Cons ignações 29.439.775,61 543.632.386,21 523.194.693,94 49.877.467,88

Depós itos 17.261.033,96 183.983.171,38 189.059.583,21 12.184.622,13

Outros 249.235.999,09 4.150.448.860,42 4.041.198.618,93 358.486.240,58

Total 700.053.328,78 5.208.004.064,17 5.145.147.471,75 762.909.921,20

Inclus ões da Fis ca l ização

Exclus ões da Fis ca l ização

Total Ajustado 700.053.328,78 5.208.004.064,17 5.145.147.471,75 762.909.921,20

Dis ponível 231.566.108,40

Pass ivo Financei ro 485.109.590,61

Movimento do PeríodoComponentes da DCP

Índice de Liquidez Imediata 0,48

- Dados conforme Audesp – Doc. 03 – págs. 09 e 13.

Considerando o resultado financeiro apurado, verifica-se que a Prefeitura não possui liquidez face aos compromissos de curto prazo.

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Fl. 41 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

B.1.4. DÍVIDA DE LONGO PRAZO

2015 2016 AH%

Dívida Mobiliária 11.258.778,90 2.388.155,27 -78,79%

Dívida Contratual 612.828.172,59 300.844.143,31 -50,91%

Precatórios 438.156.534,26 484.240.089,46 10,52%

Parcelamento de Dívidas: 387.337.963,03 394.013.288,17 1,72%

De Tributos

De Contribuições Sociais: 387.337.963,03 394.013.288,17 1,72%

Previdenciárias 348.783.707,48 353.958.462,84 1,48%

Demais contribuições sociais 38.554.255,55 40.054.825,33 3,89%

Do FGTS

Outras Dívidas 39.441.928,86 53.587.024,01 35,86%

Dívida Consolidada 1.489.023.377,64 1.235.072.700,22 -17,05%

Ajustes da Fiscalização

Dívida Consolidada Ajustada 1.489.023.377,64 1.235.072.700,22 -17,05%

Exercícios: anterior e em exame

NOTA 1: Quadro preenchido de acordo com as informações constantes no Anexo 16-Demonstrativo da Dívida Fundada fornecido pela Origem (Doc. 05 – pág. 13).

NOTA 2: Ressaltamos que no Sistema Audesp, embora o valor total da dívida consolidada esteja condizente com o demonstrado no quadro supra, a classificação da dívida se deu apenas nas contas dívida mobiliária, dívida contratual e outras dívidas (Doc. 03 – págs. 15/16). Assim, resta demonstrada a divergência entre os dados da Origem e os informados para o Sistema Audesp.

B.1.5. FISCALIZAÇÃO DAS RECEITAS

Na amostra não constatamos irregularidade nos lançamentos, cobranças e registros.

B.1.5.1. RENÚNCIA DE RECEITAS

Verificações

1 No exercício examinado o Município efetivou ato de renúncia de receita? Não

2 O ato atendeu às prescrições do artigo 14 da LRF? Prejudicado

- Declaração no Doc. 29.

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Fl. 42 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

B.1.6. DÍVIDA ATIVA

2015 2016 AH%

Saldo inicial da Dívida Ativa 5.571.521.927,34 6.266.589.858,02 12,48%

Inclus ões da Fisca l i zação

Exclus ões da Fisca l i zação

Saldo inicial da Dívida Ativa ajustado 5.571.521.927,34 6.266.589.858,02 12,48%

Saldo inicial da Provisão para Perdas

Inclus ões da Fisca l i zação

Exclus ões da Fisca l i zação

Saldo inicial Provisão para Perdas ajustado - -

Total 5.571.521.927,34 6.266.589.858,02 12,48%

Total Ajustado 5.571.521.927,34 6.266.589.858,02 12,48%

Recebimentos 143.583.047,10 178.211.841,19 24,12%

Inclus ões da Fisca l i zação

Exclus ões da Fisca l i zação

Recebimentos Ajustados 143.583.047,10 178.211.841,19 24,12%

Cancelamentos 190.757.728,27 466.909.222,76 144,77%

Inclus ões da Fisca l i zação

Exclus ões da Fisca l i zação

Cancelamentos Ajustados 190.757.728,27 466.909.222,76 144,77%

Valores não Recebidos 5.237.181.151,97 5.621.468.794,07 7,34%

Valores não Recebidos Ajustados 5.237.181.151,97 5.621.468.794,07 7,34%

Inscrição 1.029.408.706,05 1.622.252.339,31 57,59%

Inclus ões da Fisca l i zação

Exclus ões da Fisca l i zação

Inscrições Ajustadas 1.029.408.706,05 1.622.252.339,31 57,59%

Juros e Atualizações da Dívida

Inclus ões da Fisca l i zação

Exclus ões da Fisca l i zação

Juros e Atualizações da Dívida Ajustada - -

Saldo Final da Provisão para Perdas 3.467.460.777,17 4.378.516.094,75 26,27%

Inclus ões da Fisca l i zação

Exclus ões da Fisca l i zação

Saldo Final Provisão p/ Perdas ajustado 3.467.460.777,17 4.378.516.094,75 26,27%

Saldo Final da Dívida Ativa 2.799.129.080,85 2.865.205.038,63 2,36%

Saldo Final da Dívida Ativa Ajustado 2.799.129.080,85 2.865.205.038,63 2,36%

Movimentação da Divida Ativa

Nota: Dados extraídos do Relatório de Análises Eletrônicas Anuais (Págs. 16/21 do DOC 03).

Em relação aos dados do quadro retro, não constatamos

irregularidades.

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Fl. 43 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Verificamos, ainda, que o estoque da Dívida Ativa cresceu 2,36%. Demais disso, desconsiderados os saldos de Provisão para Perdas, apuramos um crescimento de 15,59% do estoque.

B.2. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL B.2.1. ANÁLISE DOS LIMITES E CONDIÇÕES DA LRF

QUADRO COMPARATIVO COM OS LIMITES DA LRF R$ %

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 3.796.101.025,25 100,00%

DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA

Saldo Devedor 1.281.022.257,44 33,75%

Limite Lega l - Artigos 3º e 4º. Resolução 40 do Senado 4.555.321.230,30 120,00%

Excesso a Regularizar

CONCESSÕES DE GARANTIAS

Monta nte

Limite Lega l - Artigo 9º. Resolução 43 do Senado 835.142.225,56 22,00%

Excesso a Regularizar

OPERAÇÕES DE CRÉDITO - Exceto ARO

Real izadas no Período 45.819.656,99 1,21%

Limite Lega l - Artigo 7º, I. Resolução 43 do Senado 607.376.164,04 16,00%

Excesso a Regularizar

DESPESAS DE CAPITAL

Real izadas no Período 159.506.316,40 4,20%

OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Exceto ARO) > DESPESAS DE CAPITAL

ANTECIPAÇÃO DE RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS - ARO

Saldo Devedor -

Limite Lega l - Artigo 10. Resolução 43 do Senado 265.727.071,77 7,00%

Excesso a Regularizar

RECURSOS OBTIDOS COM A ALIENAÇÃO DE ATIVOS

Saldo do exercício anterior -

Va lor arrecadado no exercício 9.687.972,63

Valor apl i cado no exercício 9.687.972,63

Saldo a Aplicar -

Não

- RGF Audesp no Doc. 3.1. - Registre-se que a RCL calculada pelo Município foi de R$ 3.800.708.337,52, divergindo daquela contante no quadro supra, que foi apurada pelo Sistema Audesp. Constatamos que a divergência (R$ 4.607.312,27) ocorreu pois a Origem não deduziu a contribuição do servidor da Câmara Municipal ao RPPS no valor total de R$ 4.605.312,27, conforme demonstrativos constantes no Doc. 30. A diferença de R$ 2.000,00 não restou esclarecida. - Recursos obtidos com a alienação de ativos de acordo com a declaração contida no Doc. 31, corroborada pelo demonstrativo contábil Doc. 05.3 – pág. 15. Ressaltamos que tal valor não consta no Sistema Audesp conforme demonstrativo constante no Doc. 31 – pág. 02/03.

Verificação

1 Houve atendimento aos limites estabelecidos pela LRF? Sim

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Fl. 44 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

B.2.2. DESPESA DE PESSOAL

Dez Abr Ago Dez

2015 2016 2016 2016

% Permitido Legal 54,00% 54,00% 54,00% 54,00%

Gasto Informado 1.690.058.856,98 1.745.676.691,76 1.766.943.882,01 1.841.221.540,66

Inclus ões da Fis ca l ização 49.502.066,94 47.860.790,25 105.993.044,27

Exclus ões da Fis ca l ização

Gastos Ajustados 1.795.178.758,70 1.814.804.672,26 1.947.214.584,93

Receita Corrente Líquida 3.702.522.260,69 3.728.960.356,64 3.789.220.315,92 3.796.101.025,25

Inclus ões da Fis ca l ização

Exclus ões da Fis ca l ização3.728.960.356,64 3.789.220.315,92 3.796.101.025,25

% Gas to Informado 45,65% 46,81% 46,63% 48,50%

% Gasto Ajustado 48,14% 47,89% 51,30%

Período

Receita Corrente Líquida Ajustada

NOTA: Inclusões da Fiscalização no gasto de pessoal, conforme demonstrativos apresentados pela Origem, contidos no Doc. 32, uma vez que tais valores não estavam convergentes com aqueles apurados pelo Sistema Audesp, constantes no Doc. 03 págs. 28/29.

Diante dos elementos apurados acima, verificamos que a

despesa total com pessoal não superou o limite previsto no art. 20, inciso III, da Lei Complementar n.º 101, de 04/05/2000, porém ultrapassou aquele previsto no art. 59, § 1º, inciso II, encerrando o exercício no limite previsto no parágrafo único do artigo 22 da Lei supracitada.

Registre-se que, após os ajustes da fiscalização, no

encerramento do exercício a despesa de pessoal encontrava-se no limite prudencial, previsto no parágrafo único do artigo 22 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

B.3. APLICAÇÃO DOS RECURSOS VINCULADOS B.3.1. ENSINO Conforme informado ao Sistema AUDESP, a despesa

educacional atingiu 27,12% da receita resultante de impostos. De nossa parte, verificamos o que segue:

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Fl. 45 TC-4421/989/16

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RECEITAS 2.874.749.622,07

Ajustes da Fiscalização

Total de Receitas de Impostos - T.R.I. 2.874.749.622,07

Retenções 239.365.884,44

Transferências recebidas 244.678.389,31

Receitas de aplicações financeiras 1.562.877,54

Ajustes da Fiscalização

Total das Receitas do FUNDEB - T.R.F. 246.241.266,85

Despesas com Magistério 221.000.000,00

Outros ajustes da Fiscalização (60%)

Total das Despesas Líquidas com Magistério (mínimo: 60%) 221.000.000,00 89,75%

Demais Despesas 21.897.371,52

Outros ajustes da Fiscalização (40%)

Total das Demais Despesas Líquidas (máximo: 40%) 21.897.371,52 8,89%

Total aplicado no FUNDEB 242.897.371,52 98,64%

Educação Básica (exceto FUNDEB) 540.339.158,91

Acréscimo: FUNDEB retido 239.365.884,44

Dedução: Ganhos de aplicações financeiras (2.715.023,54)

Deducão: FUNDEB retido e não aplicado no retorno

Aplicação apurada até o dia 31.12 . 2016 776.990.019,81 27,03%

Acréscimo: FUNDEB: retenção até 5%: Aplic. no 1º trim. de 2017

Dedução: Restos a Pagar não pagos - recursos próprios - até 31.01. 2017 (25.929.822,98)

Outros ajustes da Fiscalização - Recursos Próprios 9.880.662,30

Aplicação final na Educação Básica 760.940.859,13 26,47%

Receita Prevista Realizada 3.309.651.219,00

Despesa Fixada Atualizada 868.541.639,35

Índice Apurado 26,24%

IMPOSTOS E TRANSFERÊNCIAS DE IMPOSTOS

PLANEJAMENTO ATUALIZADO DA EDUCAÇÃO

FUNDEB - RECEITAS

FUNDEB - DESPESAS

DESPESAS PRÓPRIAS EM EDUCAÇÃO

Notas:

� Relatórios extraídos do Sistema AUDESP consignados nos Docs. 33 e 34.

� Receitas com rendimentos de aplicações financeiras relativas aos recursos da MDE e do FUNDEB conforme demonstrativo contábil apresentado pela Origem (pág. 03 do Doc. 05.3), uma vez que tal valor não foi informado para o Sistema Audesp (vide Doc. 03 – pág. 29).

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Fl. 46 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

A Fiscalização não identificou valores empenhados

despendidos com inativos do magistério incluídos nos mínimos constitucionais do Ensino.

No entanto, durante os trabalhos da fiscalização in loco

a Origem apresentou documentos informando que no exercício fiscalizado houve transferências financeiras para cobertura de Déficit do Fundo Financeiro do CAMPREV, no valor de R$ 78.008.007,33 (Doc. 35), relativamente à cota pertencente ao ensino, mediante a utilização de Recursos Próprios46.

Tais documentos foram corroborados pelas relações de aposentadorias e pensões fornecidas pelo CAMPREV. Vide a título de exemplo, relatórios de benefícios pagos nos Docs. 35.1 e 35.2.

De mais a mais, verificamos, por meio de amostragem, que as aposentadorias e pensões constantes daquelas relações foram submetidas à análise e registro por parte deste Tribunal de Contas (Doc. 35.3) e estão relacionadas com o ensino.

Destacamos que o montante dos repasses realizados ao CAMPREV não constaram especificamente na Lei Orçamentária Anual do Município (Lei nº 15.131, de 23 de dezembro de 2015), em que pese a autorização constante no art. 14 daquele diploma47 (Doc. 35.5). Entendemos, s.m.j., que tal condição é necessária para que ocorra o ingresso nos mínimos de ensino, conforme orientação constante no Manual Básico – Aplicação no Ensino 2016 – página 32 – elaborado por esta Corte de Contas, disponível na internet, na página eletrônica deste Tribunal.

Assim, tendo em vista a ausência de autorização expressa

na Lei Orçamentária Anual para a realização desses repasses financeiros para cobertura de Déficit do Fundo Financeiro do CAMPREV, deixamos de considerá-los como despesa do ensino.

46 Cumpre-nos informar que no exercício de 2016 os repasses realizados à Administração Indireta corresponderam a R$ 310.030.634,57 (conforme consta do item B.1.1 deste relatório de contas), realizados por meio de transferências financeiras, desprovidas, portanto, de empenhamento. Destes, o valor de R$ 215.206.141,98, 69,41% do total repassado, foi transferido ao CAMPREV (Doc.

35.4). Registre-se que de acordo com os dados contidos no Doc. 35, o valor total pago pela Prefeitura para cobertura de déficit do fundo financeiro do CAMPREV foi de R$ 209.393.506,75, divergindo, portanto, daquele constante no Doc. 35.4, mencionado anteriormente. 47 Art. 14. Fica o Poder Executivo autorizado a realizar transferências financeiras para as autarquias e fundações nos montantes estabelecidos em seus programas e ações constantes desta Lei, suprindo insuficiências financeiras conforme disposto no art. 46 da Lei nº 15.037/2015.

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Fl. 47 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Por outro lado, informamos que caso fossem incluídos na

aplicação do ensino, o percentual de aplicação no exercício de 2016 passaria de 26,47% para 29,18%.

2017

2.874.749.622,07

239.365.884,44

244.678.389,31

1.562.877,54

242.897.371,52

2017 3.343.895,33

-

2017 3.343.895,33

2017 (0,00)

2016 -

2016Aplicação na Educação até 31.12 de

Aplicação do FUNDEB residual até 31.03 do exercício seguinte:

Saldo FUNDEB para aplicação no 1º trimestre de:

Máximo de até 5% do FUNDEB acrescentável aos 25% (art. 212, CF)

Empenho e pagamento com FUNDEB residual feitos no primeiro trimestre de

Saldo do FUNDEB residual não empenhado e pago até o primeiro trimestre de

Receitas de Impostos e Transferências de Impostos

Retenções ao FUNDEB

Receitas de transferências do FUNDEB sem rendimentos financeiros

Receitas de aplicações financeiras

Despesas com recursos do FUNDEB

Valor a ser adicionado à aplicação de para compor o mínimo de 25%

Nota: Aplicação dos recursos provenientes do diferimento do FUNDEB conforme demonstrativos consignados no Doc. 36.

Conforme apurado pela Fiscalização, o Município aplicou

26,47%, cumprindo o artigo 212 da Constituição Federal. Com base no artigo 59, § 1º, V, da LRF, foi o Município

alertado, por cinco vezes, sobre possível não atendimento dos mínimos constitucionais e legais da Educação (Doc. 04).

No exercício de 2016 foi aplicado 98,64% do FUNDEB recebido, observando o percentual mínimo de 95%, sendo que, por meio de conta bancária vinculada, constatamos a utilização da parcela diferida no 1º trimestre de 2016, aqui se atendendo ao § 2º do artigo 21 da LF nº 11.494/07.

Demais disso, (após os ajustes efetuados pela

Fiscalização) verificamos que relativamente ao FUNDEB, empregou o Município 91,1148% na remuneração dos profissionais do Magistério da Educação Básica, dando cumprimento ao artigo 60, inciso XII, do ADCT.

48 Considerando os recursos provenientes do diferimento do FUNDEB, correspondentes a 1,36% da receita recebida por aquele fundo.

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Fl. 48 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

B.3.1.1. AJUSTES DA FISCALIZAÇÃO

2016 REC. PRÓPRIOS FUNDEB 60% FUNDEB 40%

9.880.662,30

9.880.662,30 - -

2016

2017 25.929.822,98 2017 - -

2.715.023,54 28.644.846,52 - -

Total dos ajustes: Inclusões ̶ Exclusões 18.764.184,22 - -

R P Próprios pagos entre 01.02. 2017 e a inspeção 20.453.121,76 5.476.701,22

R P Fundeb pagos entre 01.04. 2017 e a inspeção - - - -

RP Próprios não pagos até 31.01 deRP Fundeb não pagos até 31.03 de

Saldo de RP Fundeb não quitados até a inspeção

Inclusões

Exclusões

Saldo de RP Próprios não quitados até a inspeção

Total das exclusões

Total das inclusões

Informações adicionais

Outras

PASEP

Cancelamento de Restos a PagarPessoal: desvio de função (salário/encargos)Despesas com Ensino MédioDespesas com Ensino SuperiorDespesas não amparadas pelo art. 70, LDB

Notas: Demonstrativos de Restos a Pagar com recursos próprios pendentes em 31.01 e 30.04.2017 consignados nos Docs. 37 e 38. Demonstrativos de Restos a Pagar com recursos provenientes do FUNDEB pendentes em 31.01, 31.03 e 30.04.2017 consignados nos Docs. 37 e 38.

B.3.1.1.1. AJUSTES: DESPESAS COM FUNDEB - 60% Não há. B.3.1.1.2. AJUSTES: DESPESAS COM FUNDEB - 40% Não há. B.3.1.1.3. AJUSTES: DESPESAS COM RECURSOS PRÓPRIOS

A. Inclusão:

� PASEP: Inclusão de R$ 9.880.662,30 referente à

despesa empenhada na dotação orçamentária pertencente aos Encargos Gerais do Município, proporcionalmente aos 25% da receita constitucionalmente prevista para aplicação no Ensino, conforme demonstrativo consignado no Doc. 39.

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Fl. 49 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Exclusões

� Restos a Pagar cujo pagamento não foi realizado até 31.01.2017, no valor de R$ 25.929.822,98, conforme informações extraídas de demonstrativo de Restos a Pagar apresentado pela Origem (Doc. 37);

� Outras: Remunerações de depósitos bancários em contas de MDE, no montante de R$ 2.715.023,54 (pág. 03 do Doc. 5.3).

B.3.1.2. DEMAIS ASPECTOS RELACIONADOS À EDUCAÇÃO

Verificações

1 O Município já conta com Plano Municipal de Educação? Sim

2 Houve iniciativa de leis para elaboração de Plano Municipal de Educação ou adaptação do já existente, à luz da LF nº 13.005/14, considerando a data limite de 26.06.15?

Sim

3 O Município conta com Plano de Carreira e Remuneração do Magistério? Sim

4 A remuneração do Magistério encontra-se de acordo com o Piso Nacional? Sim

5 Os professores da Educação Básica dispõem de formação superior especifica? Sim49

6 O Conselho Municipal de Educação vem cumprindo as atribuições de sua competência? Sim

7 O Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB vem cumprindo as atribuições de sua competência?

Sim

8 O Conselho de Alimentação Escolar vem cumprindo as atribuições de sua competência? Sim

9 O Município vem atingindo as notas previstas no IDEB? (último disponível) Não50

10 Na Rede Municipal de Ensino há atendimento educacional especializado para portadores de necessidades especiais?

Sim

11 Há insuficiência de vagas na Rede Municipal de Ensino? Sim

Notas:

� Itens 1, 2, 3 e 10 de acordo com informações extraídas do relatório de fiscalização relativo às contas de 2015, tratadas no processo TC-2129/026/15 (Doc. 10).

� Itens 4 e 5 conforme informações prestadas pela Origem ao IEGM (págs. 02/03 do Doc. 40).

O Município não atingiu as metas previstas no IDEB para os Anos Iniciais e para os Anos Finais do Ensino Fundamental, de 5,8 e 5,0, respectivamente (Docs. 41 e 42).

49 Conforme informação extraída do i-EDUC (IEGM), os professores da Educação Básica possuem formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam, no entanto, esse índice, embora bastante elevado, não atinge 100% do professorado. 50 Ainda não há dados disponíveis para o exercício de 2016, razão pela qual estamos considerando em nossa análise os índices alcançados em 2015 pelo município.

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Fl. 50 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

O déficit de vagas é de 20.633 crianças (págs. 01/02 do Doc. 40), correspondendo a 32,62% das 63.25251 vagas disponíveis na Rede Municipal de Ensino (Doc. 43), maior, portanto, que aquele verificado em 2015, oportunidade na qual a fiscalização verificou que o déficit de vagas existentes alcançava 8.742 vagas, correspondente a 26,06% das vagas então existentes na Rede Municipal de Ensino.

A Origem apresentou certidão (Doc. 44) informando as providências adotadas pela administração no sentido de suprir a necessidade de vagas verificada, enumerando as seguintes medidas:

1. Otimização das vagas existentes e análise constante, ao longo do ano, do planejamento das unidades municipais de educação infantil;

2. Construção de novas unidades de educação infantil;

3. Ampliação do número de vagas para o atendimento das crianças de zero a três anos;

4. Ampliação do atendimento da demanda de Educação Infantil através das instituições conveniadas.

B.3.2. SAÚDE Conforme informado ao Sistema AUDESP, a aplicação em

ações e serviços de Saúde alcançou 28,93%. De nossa parte, informamos o apurado após a presente

fiscalização:

2017Ajustes da Fiscal ização (541.627,65)

(46.315.665,68) Restos a Pagar Liquidados não pagos até 31.01 de

Índice apurado 27,62%

784.698.184,08

Receita Prevista Atualizada 3.309.651.219,00 Despesa Fixada Atualizada 914.041.267,83

Valor e percentual aplicado em ações e serviços da Saúde27,30%

Planejamento atualizado da Saúde

SAÚDE

Total das despesas empenhadas com recursos próprios

Valores - R$

Receitas de impostosAjustes da Fiscal izaçãoTotal das Receitas

2.874.746.875,03

2.874.746.875,03

831.555.477,41

Nota: Relatórios extraídos do Sistema AUDESP consignados no Doc. 03.

51 Dados conforme certidão apresentada pela Origem (Doc. 43).

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Fl. 51 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Conforme apuramos, aplicou o Município 27,30% da receita

de impostos na Saúde, observando o piso constitucional de 15%. De anotar que, nos termos do inciso II do art. 24 da Lei

Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, os Restos a Pagar Não Liquidados, no valor de R$ 534.543,09, não ingressaram na aplicação (excluídos no quadro retro no montante de ajustes da fiscalização conforme item seguinte), haja vista a ausência de lastro financeiro nas contas bancárias da saúde, que contava com um saldo, em 31.12.2016, de apenas R$ 23.050,20 (Doc. 45), ante um total de R$ 74.409.934,56 distribuídos entre Restos a Pagar Liquidados e Não Liquidados (Doc. 46).

B.3.2.1. AJUSTES DA FISCALIZAÇÃO

Inclusões 2016

-

Exclusões 20167.084,56

2017 46.315.665,68 534.543,09

46.857.293,33

Total dos ajustes: Inclusões – Exclusões (46.857.293,33)

R Pagar pagos entre 01.02 2017 e a fiscal ização 24.373.046,78 21.942.618,90

Cancelamento de Restos a PagarPessoal: desvio de função (salário/encargos)Plano de Saúde fechado

Saldo de RP não quitados até a fiscal ização

Total das exclusões

Total das inclusões

Informações adicionais

Outras (R. P. sem disponibi lidade financeira)

Ações de Saúde não promovidas pelo SUSDemais despesas não elegíveis - Fiscalização RP Liquidados não pagos até 31.01

Notas: Demonstrativos de Restos a Pagar com recursos próprios pendentes em 31.01 e 30.04.2017 consignados nos Docs. 47 e 48.

Conforme demonstrado no quadro acima, além das despesas

com Restos a Pagar liquidados não pagos até 31.01.2017 e dos cancelamentos de Restos a Pagar, estamos excluindo do calculo para aplicação do mínimo constitucional R$ 534.543,09 (“Outras”), correspondentes ao saldo de Restos a Pagar Não Liquidados pendentes em 31.12.2016 sem lastro na conta específica da saúde (Docs. 45 e 46).

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Fl. 52 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

B.3.2.2. OUTROS ASPECTOS DO FINANCIAMENTO DA SAÚDE

MUNICIPAL

Verificações

1 Mediante contas bancárias próprias, o Fundo Municipal movimenta todos os recursos da Saúde? Sim

2 Houve aprovação da Gestão da Saúde pelo Conselho Municipal de Saúde? Sim

Destacamos que, a despeito de nossa requisição52, não nos

foram disponibilizadas as atas das reuniões realizadas pelo Conselho Municipal de Saúde, razão pela qual não foi possível verificar se o Conselho vem atendendo às atribuições que lhe foram conferidas por meio do art. 41 da Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012.

B.3.3. DEMAIS RECURSOS VINCULADOS B.3.3.1. ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Verificações

1 Foi instituída a CIP – Contribuição para Custeio da Iluminação Pública? Sim

2 Os recursos da CIP foram movimentados em contas específicas? (LRF, art. 8º, parágrafo único) Não

3 O Município assumiu os ativos da iluminação pública? (Resolução ANEEL nº 414/10)? Não

4 Os ativos foram detalhadamente discriminados para a necessária incorporação patrimonial? Prejudicado

5 O Município executa diretamente os serviços relacionados à iluminação pública? Não

O Município instituiu a CIP – Contribuição para Custeio

da Iluminação Pública, por meio de Lei Municipal nº 11.453, de 27 de dezembro de 2002, regulamentada pelo Decreto Municipal nº 14.334, de 17 de junho de 2003, cuja arrecadação e despesas relacionadas à manutenção dos serviços correlatos, tiveram a seguinte configuração no exercício em exame:

Saldo em 31.12. 2015 10.114.631,58 Rendimentos aplicações financeiras 680.925,86 Valor arrecadado no exercício 17.572.313,79 Ajustes da Fiscal ização 248.142,50 Disponibilidade total 28.616.013,73

Despesas realizadas no exercício -

Ajustes da Fiscal ização -

Despesas realizadas após ajustes -

Saldo em 31.12. 2016 28.616.013,73

Nota: Dados conforme declaração e extratos bancários consignados no Doc. 50.

52 Requisição de Documentos nº 93/2017-LRSO consignada no Doc. 49.

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Fl. 53 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Todavia, os valores referentes a rendimentos de aplicações financeiras, valor arrecadado e saldo ao final de 2016 divergem daqueles constantes do Balancete da Receita, que demonstram que naquele exercício a arrecadação total foi de R$ 44.151.861,85 (pág. 02 do Doc. 05.3).

A propósito, o saldo demonstrado em 31.12.2015 não coincide com o informado no relatório de fiscalização das contas de 2015, assunto de que cuida o processo TC-2129/026/15, que informa que o saldo na conta específica montava R$ 37.246.132,91, o que denota uma divergência de R$ 27.131.501,33 (pág. 20 do Doc. 10).

Além disso, conforme se pode depreender do quadro anterior, a Origem destaca não ter havido despesas no exercício de 2016.

Os recursos da CIP não foram movimentados em conta

específica, descumprindo o disposto no artigo 8º, parágrafo único, da LRF, haja vista transferências de saldos realizadas a partir de janeiro de 2016 (Doc. 50). Em razão disso, fica prejudicada nossa analise quanto à correta aplicação dos recursos oriundos da arrecadação daquela contribuição.

Até o momento de nossa fiscalização o Município não havia assumido os ativos da iluminação pública, descumprindo a determinação contida na Resolução 414/10 (e posteriores) da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, diante de liminar concedida pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo – Comarca de Campinas, no Processo nº 1000445-28.2015.8.26.0114 (Doc. 51), permanecendo a Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL a responsável pela execução dos serviços no Município de Campinas.

Por fim, registramos que, embora requisitado, a

Municipalidade não informou se houve o detalhamento discriminado daqueles ativos para a necessária incorporação patrimonial (Doc. 52).

B.3.3.2. MULTAS DE TRÂNSITO Embora requisitado53, a Prefeitura Municipal não

apresentou informações relativas à arrecadação e aplicação dos recursos oriundos das multas de trânsito. Outrossim, destacamos que, conforme informação extraída do relatório de fiscalização

53 Requisição de Documentos nº 98/2017-LRSO consignada no Doc. 53.

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Fl. 54 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

relativo às contas de 201554, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas – EMDEC é a entidade responsável pela arrecadação das multas de trânsito do município, bem como pela administração da conta bancária vinculada e de todas as despesas, incluindo os recolhimentos feitos ao FUNSET.

Informamos ainda que a análise do cumprimento das

disposições do art. 320 da Lei Federal nº 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro) será verificada quando da fiscalização ordinária da EMDEC55.

B.3.3.3. CIDE - CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO

ECONÔMICO Não foi possível verificar se essa receita foi aplicada

tal qual prescrevem os artigos 1º-A e 1º-B da Lei Federal nº 10.336, de 2001, eis que, conforme demonstra o quadro abaixo, elaborado com base nos demonstrativos de arrecadação e movimentação financeira apresentados pela Prefeitura Municipal, os recursos serão transferidos à EMDEC, responsável pela aplicação dos valores arrecadados, mediante Termo de Cooperação a ser assinado (Doc. 54).

Cumpre-nos registrar que no relatório de fiscalização relativo às contas de 2015, assunto de que se ocupa o processo TC-2129/026/15 (Pág. 23 do Doc. 10), já se fez constar, em decorrência de declaração apresentada pela Origem, informação sobre a expectativa de formalização de Termo de Cooperação.

Saldo do exercício anterior em 31.12 545.763,15 Rendimentos aplicações financeiras 147.695,88 Valor arrecadado 830.517,71 Retenção de 1% para o PASEP 8.389,05 Outros ajustes da Fiscal ização - Subtotal 1.532.365,79

Valor aplicado contabilizado (artigo 1A e 1B. LF 10.336/01) - Ajustes da Fiscalização -

Valor aplicado após ajustes -

Saldo no final do exercício fiscalizado 1.532.365,79

Informamos ainda que a análise do cumprimento das disposições da Lei Federal nº 10.336/2001 será verificada quando da fiscalização ordinária da EMDEC.

54 O assunto está sendo tratado no processo TC-2229/026/15 (pág. 22 do Doc. 10). 55 As contas da EMDEC de 2016 serão tratadas no processo eTC-1217/989/16-9, distribuído ao Exmo. Sr. Auditor Dr. Antonio Carlos dos Santos.

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Fl. 55 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

B.3.3.4. ROYALTIES Conforme dados extraídos de demonstrativo contábil

apresentado pela Origem, assim se compôs a arrecadação de 2016:

RPM – Royalties Petróleo – Cota Municipal R$ 2.507.137,33 FEP – Fundo Especial do Petróleo R$ 551.077,50 CFH – Compensação Financeira Recursos Hídricos R$ 14.066,08 CFM – Compensação Financeira Produção Mineral R$ 72.770,43 ITA – Royalties Itaipu R$ 1.369,18 Total Arrecadado R$ 3.146.420,52

Nota: Dados extraídos de demonstrativo contábil apresentado pela Origem (Págs. 04 e 07 do Doc. 05.3).

A despeito dos valores acima expressos, a Prefeitura

apresentou declarações dando conta da movimentação dos recursos arrecadados, nas quais verificamos haver divergências entre a receita arrecada e aquela que o ente municipal informa ter movimentado nas contas específicas:

FONTE C/C VALOR

INFORMADO DIFERENÇA

RPM – Royalties Petróleo – Cota Municipal

Agência 4203-X C/C 130.722-3

R$ 2.274.073,00 R$ 233.064,33 (-)

FEP – Fundo Especial do Petróleo

Agência 4203-X C/C 14.257-3

R$ 551.077,50 -

CFH – Compensação Financeira Recursos Hídricos

Agência 4203-X C/C 73.035-1

R$ 15.397,01 R$ 1.330,93

CFM – Compensação Financeira Produção Mineral

Não informado Não informado R$ 72.770,43 (-)

ITA – Royalties Itaipu Agência 4203-X C/C 73.035-1

R$ 602,99 R$ 766,19 (-)

Total Arrecadado R$ 2.841.150,50 R$ 305.270,02

Nota: Declarações e extratos bancários apresentados pela Origem consignados nos Docs. 55 a 57.

Declarou ainda, a Municipalidade, que, conforme o estabelecido no artigo 2º da Lei Municipal nº 9.811, de 23 de julho de 1998, o montante foi integralmente transferido para o PROAMB – Fundo de Recuperação, Manutenção e Preservação do Meio Ambiente, que movimenta o recurso na Agência 4203-X, C/C 14.257-3, do Banco do Brasil, ficando assim configurado, a nosso ver, o desvio de finalidade combatido no artigo 8º, parágrafo único, da Lei de Responsabilidade Fiscal em relação à necessidade de conta específica para movimentação destes recursos.

Por fim, informamos que não foram apresentados pela

Prefeitura Municipal os extratos bancários da aludida conta, em

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Fl. 56 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

que pese requisição56 da fiscalização nesse sentido. B.4. PRECATÓRIOS B.4.1. REGIME DE PAGAMENTO DE PRECATÓRIOS B.4.1.1. REGIME ESPECIAL ANUAL Preliminarmente, informamos que em 2016 o Município

encontrava-se enquadrado no regime especial anual de precatórios, (Doc. 58 – pág. 01).

Sa ldo de Precatórios devidos e não pagos até 31/12/2015 no BP (pas s ivo) 440.498.942,93

Ajustes efetuados pela Fis ca l i zação

Sa ldo das Contas do TJ para receber os depós i tos em 31/12/2015 no BP (ativo) 9.844.589,88

Ajustes efetuados pela Fis ca l i zação

Sa ldo apurado em 31/12/2015 430.654.353,05

Mapa de Precatórios recebido em 2015 para pagamento em 2016 48.680.882,90

Depósi tos efetuados em 2016 (opção anua l ou mens a l ) 47.321.315,02

Pagamentos efetuados pelo TJ em 2016 39.421.151,99

Sa ldo Financeiro de Precatórios em aberto em 31/12/2016 449.758.673,84

Sa ldo das Contas do TJ para receber os depós i tos em 31/12/2016 17.744.752,91

Sa ldo apurado em 31/12/2016 432.013.920,93

REGIME ESPECIAL DE PAGAMENTO DE PRECATÓRIOS (MENSAL e ANUAL)

Fontes das Informações que subsidiam o preenchimento do Quadro acima: 1 – Saldo apurado em 31/12/2015 (R$ 430.654.353,05) extraído do relatório das contas do exercício de 2015 – TC 2129/026/15 – cópia pág. 25 do Doc. 10. 2 – Mapa de Precatório recebido em 2015 para pagamento em 2016: Mapa Orçamentário de 2016 fornecido pelo DEPRE – págs. 02/13 Doc. 58. 3 – Depósitos efetuados em 2016 ao DEPRE conforme consta de Nota Explicativa nº 1557 – págs. 30/31 do Doc. 05.1 conciliado com os comprovantes de depósitos aportados às págs. 23/35 do Doc. 58. 4 – Pagamentos efetuados pelo TJ em 2016 – Relação emitida pela Origem – págs. 14/15 do Doc. 58. 5 – Saldo das contas do TJ em 31/12/2016 conforme consta de Nota Explicativa nº 04 – pág. 19 do Doc. 05.1.

Quadro comparativo entre as informações constantes nas Peças Contábeis (nota explicativa nº 15 – págs. 30/31 e nº 04 –

56 Requisição de Documentos nº 81/2017-LRSO consignado no Doc. 52. 57 Conta de Precatórios Pessoal (R$ 45.250.000,00) + Conta de Precatórios Fornecedores (R$ 2.071.315,02) = R$ 47.321.315,02.

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Fl. 57 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

pág. 19, ambas do Doc. 05.1) e as prestadas pelo DEPRE (pág. 18 do Doc. 58):

Rubrica Peça Contábil (R$)

TJ-TRT/Depre (R$)

Diferença (R$)

Mapa Orçamentário TJ e TRT - 2017

72.951.103,13 69.966.539,70 2.984.563,43

Saldo de Precatórios em

31/12/2016 484.240.089,46 471.041.018,92 13.199.070,54

Conforme se observa os dados contábeis estão com valores maiores que os apurados pelo DEPRE. Conforme certidão expedida pelo DEPRE, em 12 de abril de 2017, o município encontrava-se adimplente no que se refere ao pagamento de precatórios (pág. 01 do Doc. 58).

Saldo de requisitórios no final do exercício de

Requisitórios de baixa monta incidentes em

Pagamentos efetuados no exercício de

Saldo para o exercício seguinte 781.445,86

2016

2016

REQUISITÓRIOS DE BAIXA MONTA

6.800.927,83

6.019.481,97

2015 24.620,76

Fontes: 1 - Saldo de requisitórios no final do exercício de 2015 – TC 2129/026/15 – pág. 27 do Doc. 10. 2 – Pagamento conforme relatório “RPVs pagos em 2016” (págs. 02, 13 e 15 do Doc. 59) e saldo para o exercício seguinte conforme relatório “Recebidos em 2016 e que em 31-12-2016 pendiam de pagamento” (pág. 21 do Doc. 59).

Em que pese na prestação das contas do exercício de 2015, os documentos apresentados pela Origem demonstrarem existir um saldo de requisitórios pendentes de pagamento em 31 de dezembro de 2015 no valor de R$ 24.620,76, durante esta fiscalização a Origem forneceu informações que naquela data o valor era de R$ 202.422,05 (fls. 22/23 do doc. 59) podendo, assim, demonstrar um desacerto do valor correto existente à época. Acrescentamos ainda que no Balanço Patrimonial e em suas notas explicativas, não logramos êxito em localizar a contabilização das pendências desses pagamentos.

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Fl. 58 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

B.4.1.2. QUITAÇÃO DE PRECATÓRIOS ATÉ 2020 (STF) Considerando o valor dos depósitos até o presente

exercício, o quadro a seguir procura demonstrar se nesse ritmo as dívidas com precatórios estariam liquidadas até o exercício de 2020, conforme decidido pelo STF.

DECISÃO DO STF : QUITAÇÃO DOS PRECATÓRIOS ATÉ 2020

Saldo de precatórios até 31.12 de 2016

Número de anos restantes até 2020

Valor anual necessário para quitação até 4

Montante pago no exercício de 2016

70.438.939,71 Nesse ritmo, valor insuficiente para quitação até 2020 de

471.041.018,92

4

117.760.254,73

47.321.315,02

- Saldo de Precatórios até 31/12/2016 – Informação DEPRE (Doc. 58 – pág. 18). - Montante pago no exercício de 2016 conforme Doc. 05.1 – pág. 30/31, conciliado com os comprovantes de depósitos aportados no Doc. 58 – págs. 23/35.

Cabe informar que a Diretoria de Execuções de

Precatórios e Cálculos – DEPRE, através do Processo Geral de Gestão nº 8268/10, ofício EP-003243/2017, elevou a alíquota mínima a ser aplicado sobre a Receita Corrente Líquida para 3,09% e deverá orientar os depósitos mensais a serem efetuados no exercício de 2017 (pág. 22 do Doc. 58).

Em relação à contabilização dos precatórios apuramos:

Verificação

1 O Balanço Patrimonial registra, corretamente, as pendências judiciais? Não

- Vide comentários no item anterior.

B.5. OUTRAS DESPESAS B.5.1. ENCARGOS Os recolhimentos apresentaram a seguinte posição:

Verificações: Guias apresentadas

1 INSS: Sim

2 FGTS: Sim

3 RPPS: Parcial

4 PASEP: Sim

Deixaram de ser apresentadas diversas guias de

recolhimento junto ao Regime Próprio de Previdência Social, tendo sido objeto de acordo de parcelamento junto ao Instituto de

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Fl. 59 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Previdência Social do Município de Campinas – CAMPREV, conforme informação aportada na pág. 01 do Doc. 60.

Durante o exercício de 2016 foram recolhidos fora do

prazo de vencimento os encargos de INSS e do FGTS gerando juros, atualização monetária e multa (cópias das guias e respectivos comprovantes de recolhimento – págs. 02/24 do Doc. 60).

Conforme certificado pela municipalidade, não há

recolhimento de FGTS para os servidores ocupantes de cargos exclusivamente em comissão por serem vinculados ao Regime Jurídico Estatutário – pág. 25 do Doc. 60

Destacamos que o Regime Próprio de Previdência - RPPS é

administrado pelo Instituto de Previdência Social do Município de Campinas - CAMPREV, cujas contas estão abrigadas no TC-1424/989/16-8.

O Município dispõe do Certificado de Regularidade

Previdenciária (pág. 26 do Doc. 60), Certidões de Regularidade de Tributos Federais e de FGTS (págs. 27/28 do doc. 60) e Certidão de Regularidade junto ao Instituto de Previdência Social do Município de Campinas – CAMPREV (pág. 29 do Doc. 60).

A Municipalidade possui acordos de parcelamentos de encargos sociais que estavam assim representados em 31 de dezembro de 2016 (declaração – pág. 01/03 do Doc. 61):

1. PASEP Processo 10830.723.852/2012-00 Credor: Ministério da Fazenda Quantidade de Parcelas: 237 (ano 2013) Valor inicial: R$ 31.895.478,96 Vencimento do Acordo: 06/2033 Saldo em 31/12/2015: R$ 34.946.307,94 Amortização e Juros pagos em 2016: R$ 2.295.860,43 Saldo em 31/12/2016: R$ 36.745.700,68 Processo 10830.012.655/2009-58 Credor: Ministério da Fazenda Quantidade de Parcelas: 180 (Ano 2009) Valor inicial: R$ 5.131.334,76 Vencimento do Acordo: 09/2024 Saldo em 31/12/2015: R$ 3.607.947,61 Amortização e Juros pagos em 2016: R$ 484.290,07 Saldo em 31/12/2016: R$ 3.309.124,65

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Fl. 60 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

2. INSS Parcelamento Especial (Retenção quando do repasse do FPM) Credor: Instituto Nacional de Seguridade Social Quantidade de Parcelas: 240 (ano 2002) Valor inicial: R$ 234.530.165,90 Vencimento do Acordo: 08/2022 Saldo em 31/12/2015: R$ 348.783.707,48 Amortização e Juros pagos em 2015: R$ 8.128.875,70 Saldo em 31/12/2016: R$ 353.958.462,84 Pelas informações prestadas pela Origem, o valor da amortização ocorrida durante o exercício em análise relacionada aos acordos firmados no processo 10830.723.852/2012-00 (PASEP) e no Parcelamento Especial (INSS) não estão sendo suficientes para a redução do saldo devedor.

3. CAMPREV Débito Patronal – Fundo Previdenciário Credor: Instituto de Previdência do Município de Campinas Quantidade de Parcelas: 60 Valor inicial: R$ 14.269.084,80 Vencimento do Acordo: 11/2016 Saldo em 31/12/2015: R$ 2.660.337,60 Saldo em abril de 2016: R$ 1.692.942,00 (vide relatório de fiscalização do 2º quadrimestre de 2016 – evento 34.29 – pág. 10). A última parcela adimplida pelo município foi a 53ª/60 em abril de 2016. O saldo devedor foi objeto de reparcelamento junto ao credor (Camprev F.P. – Reparcelamento CADPREV nº 01242) sendo o vencimento da primeira parcela em janeiro de 2017. Entretanto o valor deste reparcelamento deu-se pela importância de R$ 162.216,18 (CADPREV nº 01242) contra um saldo devedor em abril de 2016 de R$ 1.692.942,00, não restando esclarecido pela Origem os motivos desta redução. 3.1. CAMPREV – ACORDOS FIRMADOS EM 2016 – PARCELAS COM VENCIMENTO

A PARTIR DE JANEIRO DE 2017

Acordo – F.F./CADPREV nº 01241/2016 Credor: Instituto de Previdência do Município de Campinas Débito Patronal – Fundo Financeiro Quantidade de Parcelas: 60 (ano 2016) Valor inicial: R$ 9.611.628,68 Vencimento do Acordo: 12/2021 Saldo em 31/12/2015: R$ 9.611.628,68

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Fl. 61 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Acordo – F.P. Reparcelamento/CADPREV nº 01242/2016 Credor: Instituto de Previdência do Município de Campinas Débito Patronal – Fundo Previdenciário Quantidade de Parcelas: 60 (ano 2016) Valor inicial: R$ 162.216,18 Vencimento do Acordo: 12/2021 Saldo em 31/12/2015: R$ 162.216,18 Acordo – F.P. Reparcelamento/CADPREV nº 01243/2016 Credor: Instituto de Previdência do Município de Campinas Débito Patronal – Fundo Previdenciário Quantidade de Parcelas: 60 (ano 2016) Valor inicial: R$ 40.038.296,26 Vencimento do Acordo: 12/2021 Saldo em 31/12/2015: R$ 40.038.296,26 Pelos documentos franqueados a esta fiscalização, não foi possível aferir se os valores apurados nos reparcelamentos contemplavam a inclusão de todos os encargos financeiros legais. Entretanto o Instituto de Previdência do Município emitiu certidão de regularidade (pág. 29 do Doc. 60).

Cópia dos Termos de Acordo de Parcelamento e Confissão de Débito Previdenciário no Doc. 61 – págs. 04/28.

B.5.2. SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍTICOS

SECRETÁRIOS VICE-PREFEITO PREFEITO

Valor subsídio inicial fixado para a legislatura

Não houve fixação. Valor a partir de maio de 2012 de

R$ 17.181,92

Não houve fixação. Valor a partir de maio de 2012 de

R$ 12.886,44

Não houve fixação. Valor a partir de maio de 2012 de

R$ 17.181,92

(+) 6,68% = RGA 2013 em maio/13 R$ 18.329,67 R$ 13.747,26 R$ 18.329,67

(+) 7,05% = RGA 2014 em maio/14 R$ 19.621,91 R$ 14.716,44 R$ 19.621,91

(+) 8,36% = RGA 2015 em maio/15 R$ 21.262,30 R$ 15.946,74 R$ 21.262,30

(+) 5,00% = RGA 2016 em maio/16 R$ 22.325,42 R$ 16.744,08 R$ 22.325,42

(+) 4,33% = RGA 2016 em setembro/16 R$ 23.246,08 R$ 17.434,57 R$ 23.246,08

Verificações:

1 A revisão remuneratória se compatibiliza com a inflação dos 12 meses anteriores? Prejudicado

2 A RGA se deu no mesmo índice e na mesma data dos servidores do Executivo? Sim

3 Foram apresentadas as declarações de bens nos termos da Lei Federal nº 8.429/92? Sim

4 Houve eventuais situações de acúmulos de cargos/funções dos agentes políticos? Sim

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Fl. 62 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Os subsídios do Prefeito (R$ 13.500,00), do Vice-Prefeito (R$ 10.125,00) e dos Secretários Municipais (R$ 13.500,00) foram todos fixados pela Lei Municipal n.º 13.521, de 30 de dezembro de 2008, para o mandato de 2009 a 2012 (Doc. 64).

Não houve nova fixação para o mandato de 2013 a 2016,

somente as revisões gerais a cada ano, conforme relatado no relatório das contas de 2014, assunto de que se ocupa o TC-37/026/1458 (Doc. 67).

Em 2016, a Lei Complementar Municipal nº 151, de 16 de

junho de 2016, reajustou os salários dos servidores públicos municipais em 9,33%, sendo 5% desse reajuste concedido a partir de 1º de maio de 2016 e o restante, 4,33%, a partir de 1º de setembro daquele mesmo ano (Doc. 63), tendo certificado a Municipalidade que a mesma lei contemplou os agentes políticos, eis que vinculados ao disposto no art. 4º da Lei Municipal n.º 13.521/08 (Doc. 64), que prevê que os subsídios deverão ser reajustados na forma do art. 37, inciso X, da Constituição Federal, ou seja, por lei específica, adotando-se o mesmo índice de revisão aplicado aos servidores públicos municipais.

Diante disso, uma vez que não houve edição de lei

específica para a revisão dos subsídios dos agentes políticos, restou evidenciado, a nosso ver, o pagamento indevido correspondente à fração do reajuste aplicado sobre todos os subsídios em apreço (Prefeito, Vice-prefeito e Secretários Municipais que exerceram o cargo e perceberam o respectivo subsídio) a partir do mês de maio de 2016, conforme demonstram as fichas financeiras consignadas nos Docs. 65 e 66.

Por fim, informamos que em nossa análise verificamos acúmulo de cargos pela Sra. Solange Villon Kohn Pelicer, Secretária Municipal de Educação e Presidente da FUMEC, que recebeu remuneração somente pelo exercício do cargo na secretaria municipal59. Destacamos, por oportuno, que o exercício da função de Presidente da FUMEC não é remunerado, conforme disposto no art. 42 do Estatuto daquela entidade (Pág. 12 do Doc. 70).

58 Conforme r. acórdão, relatório e voto consignados no Doc. 68, as contas de 2014, sob a relatoria do Exmo. Conselheiro Dr. Sidney Estanislau Beraldo, tiveram a emissão de parecer prévio favorável com ressalvas, em sessão realizada pela Segunda Câmara do Tribunal de Contas de São Paulo em 13 de dezembro de 2016. 59 Certidão consignada no Doc. 69 e ficha financeira juntada às fls. 10/11 do Doc. 65.

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

B.5.3. DEMAIS DESPESAS ELEGÍVEIS PARA ANÁLISE

Na amostra, o exame documental mostrou as seguintes

falhas com relação às despesas realizadas sob o regime de adiantamento:

I) Adiantamentos realizados pela Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social - SMCAIS:

Protocolo PMC 16/10/14471 R$ 3.479,00 – NE 7882 e 7884/2016 Protocolo PMC 16/10/40659 R$ 3.479,00 – NE 15428 e 15430/2016 (Cópia dos adiantamentos – Doc. 71).

a) Adiantamentos concedidos à Secretária Municipal, contrariando o art. 68 da Lei Federal nº 4.320/64;

b) As prestações de contas dos adiantamentos fornecidas para a fiscalização pendem de exame da Coordenadoria Setorial de Contas a Pagar, conforme preceitua o art. 23 do Decreto 15.806 de 13 de abril de 200760.

c) Inexistência de Pesquisa de Preço quando das aquisições de produtos/serviços (exemplo de compras realizadas sem pesquisa de preço – págs. 17/19 do Doc. 71).

II) Adiantamentos realizados pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer – Fundo de Assistência ao Desporto Amador - FADA:

- Protocolo: 2016.10.20204 – Adiantamento 60ª Jogos

Regionais da 4ª Região Esportiva – Americana 2016 – NE

8745/2016 de 01/06/2016 no valor de R$ 60.000,00 (págs.

01/02 do Doc. 72). No Plano de Trabalho – FADA são discriminadas, por estimava, as despesas a serem realizadas neste evento esportivo, totalizando R$ 60.000,00 (págs. 05/09 do Doc. 72). Entretanto, quando da efetivação dos gastos não constam nos autos elementos necessários para averiguar se os mesmos estão condizentes com a quantidade diária de atletas que estão no alojamento e/ ou disputando as modalidades esportivas, uma vez que

60 Art. 23. À Coordenadoria Setorial de Contas a Pagar, compete examinar as prestações de contas, ficando autorizada a convocar o responsável pelo adiantamento para esclarecimento de dúvidas ... (http://sapl.campinas.sp.leg.br/sapl_documentos/norma_juridica/13290_texto_integral.pdf)

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estas não se iniciam todas no mesmo dia, entendemos que há uma rotatividade de participantes. Na descrição do Plano de Trabalho – FADA em seu último parágrafo consta que a utilização de recursos tem início em junho de 2016, devido à visita para escolha de alojamento e realização de cotações para as compras necessárias durante a realização do evento (pág. 06 do Doc. 72). Nas compras ocorridas durante a realização dos jogos, não constatamos documentos que comprovem que ocorreram as ditas “cotações”, a título de exemplo, elencamos as compras mais relevantes:

• Diversos gêneros alimentícios e materiais diversos no valor total de R$ 1.900,08;

• Agua mineral em diversas graduações no valor total de R$ 1.512,00;

• 2.605 kits de lanches no valor de R$ 16.520,00;

• 923 refeições –almoço e jantar- no valor de R$ 18.460,00 Notas fiscais – págs. 10/15 do Doc. 72.

Observa-se com relação às quantidades dos kits de lanches servidos (2.605 unidades) e as refeições (923 unidades) que foi emitida uma única nota fiscal para cada um, salvo melhor entendimento, contemplando todo o período dos jogos. Não há documentos que demonstrem a quantidade diária servida e a justificativa das compras, uma vez que a equipe administrativa e de apoio contava com duas cozinheiras para elaborarem as refeições (pág. 16 do Doc. 72) e que também foram adquiridos diversos gêneros alimentícios (exemplo - págs. 10/12 do Doc. 72). Do valor total empenhado foram utilizados R$ 42.752,04, tendo ocorrido uma devolução de R$ 17.248,00 em 09/08/2016 (págs. 17/20 do Doc. 72). Não há balancetes e/ou extratos bancários que demonstrem a movimentação financeira dos recursos, uma vez que foi recebido em 15/07/2016 e devolvido o recurso não utilizado em 09/08/2016 (pág. 18 do Doc. 72). A aprovação da prestação de contas pelo Conselho Diretor do Fundo de Assistência ao Desporto Amador deu-se em 10 de maio de 2017 (pág. 22 do Doc. 72), período em que o município recebeu a fiscalização desta Casa, não sendo possível atestar o atendimento do §1º do art. 11 do Decreto nº 17.094 de 10 de junho de 2010 (págs. 23/25 do Doc. 72), bem como a composição do Conselho Diretor do Fundo de Assistência ao Desporto Amador.

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- Protocolo: 016.10.29960 – Adiantamento 80ª Jogos Abertos do Interior – São Bernardo do Campo – NE 8745/2016 de

01/06/2016 no valor de R$ 70.000,00 (págs. 01/02 do Doc.

73). Igualmente ao relatado no adiantamento anterior, no Plano de Trabalho – FADA são discriminadas, por estimava, as despesas a serem realizadas no evento esportivo, totalizando R$ 70.000,00 (págs. 04/07 do Doc. 73). Entretanto, quando da efetivação dos gastos não constam nos autos elementos necessários para averiguar se os mesmos estão condizentes com a quantidade diária de atletas que estão no alojamento e/ ou disputando as modalidades esportivas, uma vez que estas não se iniciam todas no mesmo dia, entendemos que há uma rotatividade de participantes. Na descrição do Plano de Trabalho – FADA em seu último parágrafo consta que a utilização de recursos tem início em setembro de 2016, devido à visita para escolha de alojamento e realização de cotações para as compras necessárias durante a realização do evento (pág. 05 do Doc. 73). Não constatamos a presença de eventuais cotações nas compras ocorridas durante a realização dos jogos, a título de exemplo, elencamos as compras mais relevantes:

• Sucos concentrados no valor de R$ 648,00;

• Diversos gêneros alimentícios e outros produtos no valor total de R$ 21.395,40 (05 Notas Fiscais);

• GLP envasado no valor da compra R$ 1.751,10;

• Pães, frios e lanches prontos no valor de R$ 6.502,81; e

• Produtos de limpeza e outros no valor de R$ 3.049,76. Cópias das Notas Fiscais – págs. 08/21 do Doc. 73.

O Sr. Wanderlei Massocatto, nomeado como tesoureiro para acompanhar a delegação aos jogos regionais (pág. 22 do Doc. 73) utilizou veículo de sua propriedade para realizar compras para o alojamento conforme controle de quilometragem de veículo (págs. 23/26 do Doc. 73). No dia 23 de setembro de 2016 teve seu veículo e outros pertences roubados conforme consta em Boletim de Ocorrência (págs. 27/29 do Doc. 73), examinada a cópia do processo de adiantamento fornecida, não detectamos a existência de autorização formal para a utilização do veículo particular em serviços da municipalidade junto aos Jogos Abertos do Interior.

Do valor total empenhado foram utilizados R$ 42.046,34, tendo ocorrido uma devolução de R$ 27.953,66 em 10/10/2016 (pág.

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

32 do Doc. 73). Não há documentos e/ou extratos bancários que demonstrem a movimentação financeira dos recursos, uma vez que foi recebido em 01/09/2016 e devolvido, o recurso não utilizado, em 10/10/2016 (pág. 32 do Doc. 73). A aprovação da prestação de contas pelo Conselho Diretor do Fundo de Assistência ao Desporto Amador deu-se em 10 de maio de 2017 (pág. 34 do Doc. 73), período em que o município recebeu a fiscalização desta Casa, não sendo possível atestar o atendimento do §1º do art. 11 do Decreto nº 17.094 de 10 de junho de 2010 (págs. 23/25 do Doc. 72), bem como a composição do Conselho Diretor do Fundo de Assistência ao Desporto Amador.

B.5.3.1. GASTO COM COMBUSTÍVEL

No planejamento da fiscalização, não vimos materialidade

que ensejasse o exame in loco do item. B.6. TESOURARIA, ALMOXARIFADO E BENS PATRIMONIAIS

B.6.1. TESOURARIA Segundo nossos testes, verificamos a correta adequação

desse setor. B.6.2 ALMOXARIFADO

ALMOXARIFADO DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO - Endereço: Av.

das Amoreiras, 4.401 – Jardim Santa Amália. Em visita ao Almoxarifado acima identificado, constatamos

o que segue:

- Os códigos de identificação de alguns produtos não estavam dispostos para uma pronta identificação, dificultando sua conferência. - Os kits de uniformes infantis (código 39104 do Inventário do Almoxarifado), em virtude da devolução de itens que os compõem pelas unidades escolares, tornou-se difícil aferição da quantidade física existente. - Existência de fezes de aves em alguns produtos ali estocados. Fotos obtidas quando da fiscalização in loco:

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Vista Geral da disposição dos materiais no galpão

Identificação dos produtos Fezes de aves nos produtos dispostos no galpão

Termo de Verificação e excerto de inventário do almoxarifado – págs. 01/03 do Doc. 74.

ALMOXARIFADO DA SECRETARIA DA SAÚDE - Endereço: Rua Rocha Moraes, 427 – Bairro Jardim Eulinia.

Em visita ao Almoxarifado acima identificado, constatamos

o que segue:

- Divergência entre o estoque físico e o controle de estoque em alguns medicamentos:

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Efedrina (Sulfato) 50mg/amp61 estoque físico menor em 01 unidade; Adesivo Transdermico de Nicotina 21mg lote 517500 endereço R2b7462 estoque físico menor em 133 adesivos; e Hipoclorito de Sódio 2,5% (Frasco com 50ml) o estoque físico estava maior em 10 unidades. - Lote de medicamento não constante no relatório de controle de estoque: Água Destilada Esteril 500ml Lote 83716 – Laboratório JP quantidade 66 unidades. - Medicamentos com prazo de vencimento expirado: - Dobutamina 250mg sol. Inj. Amp. 20ml Lote: Ago15/15 Lab. Hipolabor vencimento ocorrido em 31/03/2017. - Metilergometrina 0,2 mg/ml sol. inj. Amp. 1ml Lote: 1501528 Lab. União Química vencimento ocorrido em 31/01/2017. - Perda de medicamentos em virtude de umidade, possivelmente por água de chuva. - Existência de gerador de energia inoperante por falta de instalação.

Fotos obtidas quando da fiscalização in loco:

- Caixas de papelão contendo produtos/equipamentos utilizados pela Secretaria Municipal de Saúde danificadas provavelmente por umidade.

61 Medicamento Controlado. 62 Endereço de localização no almoxarifado.

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- Gerador de Energia Inoperante.

Termo de Verificação e excerto de inventário do almoxarifado – págs. 04/10 do Doc. 74.

B.6.3 BENS PATRIMONIAIS Com relação aos bens patrimoniais, observamos que o

inventário de bens móveis apresentado pela Origem não é compatível com o Balanço Patrimonial da entidade, na medida em que o saldo expressado no inventário – R$ 94.970.078,1763 – não converge com aquele levado a Balanço - R$ 116.105.864,76 (Fls. 08 do Doc. 5).

No que tange aos bens imóveis, destacamos que não foi possível averiguar a coincidência dos números constantes do inventário e do Balanço Patrimonial, eis que a relação apresentada pela municipalidade não contém elementos suficientes para que se faça tal confronto (Doc. 76).

Por oportuno, registramos que a conciliação dos saldos da contabilidade com o Sistema de Controle de Bens Patrimoniais foi objeto de recomendação endereçada à municipalidade por este Tribunal de Contas, quando da emissão de Parecer Prévio relativo às contas de 2011, assunto de que cuida o processo TC-907/026/11,

63 Dados extraídos do inventário geral apresentado pela Prefeitura Municipal de Campinas (Pág. 423 do Doc. 75 – parte 3).

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sob a relatoria do Exmo. Senhor Conselheiro Dr. Antonio Roque Citadini.

B.7. TRANSFERÊNCIA À CÂMARA DOS VEREADORES Os repasses à Câmara assim se mostraram no exercício

examinado:

Valor utilizado pela Câmara em: 2016

Despesas com inativos

Subtotal

Receita Tributária ampliada do exercício anterior: 2015

Percentual resultante 4,05%

114.828.429,04

3.363.506,70

111.464.922,34

2.749.965.682,38

- Despesa com inativos e receita tributária ampliada do exercício anterior conforme Audesp- Doc. 03 – página 07.

Os repasses de duodécimos foram efetuados em três parcelas mensais. No entanto, constatamos que nos meses de fevereiro, março, maio, julho, setembro e novembro ocorreram repasses após o dia 20. Registre-se que os relatórios de fiscalização - 1º e 2º quadrimestres de 2016 - já mencionaram os atrasos ocorridos até o mês de julho (eventos 14.20 e 35.29). Vide demonstrativo dos repasses concedidos e devolução de duodécimos pela Câmara Municipal no Doc. 77.

Tal situação, a nosso ver, está em desacordo com o previsto no artigo 168 da Constituição Federal.

Verificação

1 Houve atendimento ao limite constitucional do artigo 29-A da CF? Sim

B.8. ORDEM CRONOLÓGICA DE PAGAMENTOS No controle simultâneo, através do sistema Audesp,

constatamos o não atendimento à Ordem Cronológica de Pagamentos (vide Doc. 78.1).

Ainda, segundo nossos testes, verificamos as seguintes

impropriedades, além daquelas mencionadas no relatório de fiscalização do 2º quadrimestre de 2016 (evento 35.29), de acordo com a relação de exigibilidades contida no Doc. 78:

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Fl. 71 TC-4421/989/16

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Registre-se que a Prefeitura forneceu cópia da publicação

da justificativa para quebra na ordem cronológica de pagamentos no 2º semestre de 2016 de alguns serviços e fornecimentos (Doc. 29). Analisada, constatamos, s.m.j., que não atende integralmente a previsão contida no artigo 5º da Lei Federal nº 8.666/93, uma vez que não constam quais são as razões de relevante interesse público que motivaram as quebras e também não foram previamente publicadas, pois a publicação ocorreu somente em 29/12/2016.

PERSPECTIVA C: EXECUÇÃO FÍSICA DOS SERVIÇOS/OBRAS PÚBLICAS C.1. FORMALIZAÇÃO DAS LICITAÇÕES, INEXIGIBILIDADES E

DISPENSAS Conforme dados encaminhados ao Sistema AUDESP, assim se

compôs a despesa da Prefeitura:

841.407.855,79 41,84%

2.011.161.828,00 100,00%Total geral

Outros / Não aplicável

BEC - Bolsa Eletrônica de ComprasDispensa de licitaçãoInexigibilidade

0,21%544.143,99 0,03%

274.767.052,67 13,66%

4.281.746,08

254.180.232,35 12,64%4.792.567,46 0,24%

436.785.776,74 21,72%

Tomada de PreçosConvitePregãoConcurso

Valores - R$ Percentual

123.812.869,60 6,16%

Modalidade

Concorrência

70.589.583,32 3,51%

Cumpre observar que os dados constantes do quadro acima

foram obtidos com base em informações prestadas pelo órgão de

Vencimento Pagamento Valor (R$) Credor Doc. Págs.

22/04/2016 21/03/2017 19.800,00 ATHIKA COMÉRCIO DE MÓVEIS EIRELLI - EPP 101 1

06/05/2016 06/05/2016 20.502,07 T. M. M. W. EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA 78 - parte 1 357

31/10/2016 31/01/2017 4.800,00 MPO COMÉRCIO E SERVIÇOS EIRELI - EPP 103 9

08/11/2016 08/11/2016 13.354,91 HILL PARTICIPAÇÕES LTDA. 78 - parte 2 518

20/07/2016 14/02/2017 6.299,00 CRISTIANO DA COSTA PESSANHA ME 104 02/06

10/08/2016 10/08/2016 40.295,00 ZAMBRA MULTISERVICOS LTDA - EPP 78 - parte 2 202

22/07/2016 30/01/2017 1.700,00 COTEXBRASIL COMÉRCIO DE TECIDOS E MALHAS LTDA. EPP 107 1

10/08/2016 29/07/2016 8.643,10 TESLA ENGENHARIA E COMÉRCIO LTDA. - EPP 78 - parte 2 154

10/02/2016 20/03/2017 54.657,68 OGX MIX MULTIMARCAS EIRELI 108 2

22/02/2016 20/05/2016 527.460,00 GOCIL SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA. 78 - parte 1 450

20/03/2016 20/03/2017 2.400,00 SANTACOTEX INDÚSTRIA TÊXTIL LTDA. 105 1

07/04/2016 07/04/2016 6.471,70 JOVER COMÉRCIO E REPRESENTAÇÃO DE TECIDOS LTDA. 78 - parte 1 143

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Origem ao sistema Audesp (aplicativo Pentaho64). Ocorre que, não foram informados corretamente pela fiscalizada os valores para as modalidades, uma vez que, algumas despesas foram classificadas indevidamente na modalidade concurso, quando na verdade se referem a RDC.

Nesse sentido, vide a título de exemplo, cópia de alguns

empenhos e planilha extraída do aplicativo Pentaho no Doc. 79. Ressaltamos que essa situação é reincidente em relação aos exercícios anteriores, conforme se verifica no Doc. 10 – página 42/43.

Registre-se também a ausência de histórico, ou históricos

imprecisos ou incompletos, em alguns empenhos, conforme demonstrado na planilha existente no Doc. 79.

Assim, resta demonstrada a divergência entre os dados

constantes na Origem e aqueles que foram enviados para o Sistema Audesp. Tal situação, a nosso ver, revela a fragilidade do sistema de controle interno da Prefeitura, prejudica os trabalhos de planejamento da fiscalização e não estão condizentes com os princípios da transparência e da publicidade.

C.1.1. FALHAS DE INSTRUÇÃO Na amostra, não verificamos falhas de instrução

envolvendo os procedimentos licitatórios, bem como os de dispensa e inexigibilidade.

C.2. CONTRATOS C.2.1. CONTRATOS ENVIADOS AO TRIBUNAL No exercício em exame foram enviados seis contratos ao

Tribunal (Doc. 80). C.2.2. CONTRATOS EXAMINADOS IN LOCO Sob amostragem, analisamos os contratos celebrados no

exercício em exame não identificando irregularidades de instrução. 64 http://dadosmunicipais.tce.sp.gov.br/pentaho/Login;jsessionid=610E179B61814C36D5C0EAC8B89B66A5

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Fl. 73 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

C.2.3. EXECUÇÃO CONTRATUAL Das avenças em execução, verificamos as que seguem:

01

Contrato nº: NE E 1240/2016

Data: 11/08/2016

Contratada: La Confianza Confecções, Com. Import. e Export. EIRELI - EPP

Valor: R$ 46.400,00

Fonte de recursos:

Municipal R$ 46.400,00

Objeto: Aquisição de 2000 jalecos para os Agentes Comunitários de Saúde

Execução/Prazo: Imediata

Licitação: Pregão Eletrônico nº 145/2016

Nota: Edital do Pregão nº 145/2016 e atestados de recebimento consignados nos Docs. 81 e 82.

02

Contrato nº: NE E 08901/2016 (NF-e 274)

Data: 15/09/2016

Contratada: Galego Representações Comércio e Serviços Ltda - ME

Valor: R$ 46.400,00

Fonte de recursos:

Municipal R$ 123.170,00

Objeto: Fornecimento de um veículo zero quilômetro, tipo furgão, com sistema de refrigeração automática

Execução/Prazo: Imediata

Licitação: Pregão Eletrônico nº 276/2015

Nota: Nota Fiscal e cópia do registro do veículo adquirido por meio do Pregão Eletrônico nº 276/2015 consignados no Doc. 83.

03

Contrato nº: 58/2016

Data: 31/03/2016

Contratada: Tesla Engenharia e Comércio Ltda

Valor: R$ 289.346,35

Fonte de recursos:

Municipal R$ 45.596,35

Estadual R$ 0,00

Federal R$ 243.750,00

Objeto: Execução de obra de modernização de infraestrutura esportiva na Praça de Esportes Tancredo Neves, em conformidade com o Anexo II – Pasta Técnica do edital licitatório da Tomada de Preços nº 13/15, e nas condições estabelecidas no Contrato nº 058/16.

Execução/Prazo: 06 meses

Licitação: Tomada de Preços nº 13/2015

Não constatamos irregularidades com relação à entrega e

recebimento das compras realizadas por meio dos Pregões Eletrônicos nº 145/2016 e 276/2015, tendo por base as cláusulas lançadas nos editais de referidos certames.

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Fl. 74 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Com relação à obra contratada por meio da Tomada de

Preços nº 13/2015, destacamos a visita e o termo lavrado pela fiscalização quando da inspeção relativa às contas do primeiro quadrimestre de 2016, especialmente no que tange ao atestado de realização de uma única medição, no valor de R$ 14.988,24, correspondente a 5,18% da obra contratada, e a medição de itens que não haviam sido, até então, completamente executados (págs. 13/14 do Evento 14.20).

Pois bem, em análise ao processo licitatório, verificamos

que em 20 de dezembro de 2016 foi lavrado o Termo de Recebimento Provisório da Obra (Doc. 84). Acrescentamos que o Termo de Recebimento Definitivo ainda não havia sido emitido.

Por fim, destacamos que não foram aplicadas penalidades à

empresa contratada em decorrência de eventuais infrações contratuais por parte da empresa contratada.

C.2.4. EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO, COLETA

E DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Verificações

1 Os serviços de abastecimento e distribuição de água são executados de forma direta pelo Município? Não

2 Os serviços de coleta e tratamento de esgoto são executados de forma direta pelo Município? Não

3 Os serviços de coleta e disposição final de rejeitos e resíduos sólidos são executados de forma direta pelo Município?

Não

4 Antes de aterrar o lixo, o Município realiza algum tipo de tratamento de resíduos, quer mediante reciclagem, compostagem, reutilização ou aproveitamento?

Sim

5 O Município ainda lança, a céu aberto (lixões), seus resíduos sólidos? (LF nº 12.305/10, art. 47, II) Não

6 A disposição final de resíduos sólidos é feita em consórcio com municípios da região? Não

No Município, os serviços de abastecimento e distribuição

de água são realizados pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A – SANASA Campinas, sociedade de economia mista municipal, mediante Lei Municipal nº 4.356, de 28 de dezembro de 1973, regulamentada pelo Decreto nº 4.437/1974, e alterações introduzidas pelas Leis Municipais nº 11.941/2004 e 13.007/2007.

No Município, os serviços de coleta e tratamento de

esgoto são realizados pela Sociedade e Abastecimento de Água e Saneamento S/A – SANASA.

No Município, os serviços de coleta e disposição final de

rejeitos e resíduos sólidos são realizados da seguinte forma:

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Fl. 75 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

� Coleta: esse serviço é realizado pelo Consórcio Renova

Ambiental, mediante o Termo de Contrato n.º 220/13 (Doc. 85 parte 1 a 4), com validade de 12 meses, prorrogáveis nos termos da Lei 8.666/93.

� Disposição final: serviço realizado pela empresa Estre SPI Ambiental S/A, mediante o termo de contrato nº 55/14 (Doc. 86), com validade de 12 meses, podendo ser prorrogado nos termos da Lei 8.666/93.

C.2.5. CONTRATOS DE CONCESSÃO / PERMISSÃO DE SERVIÇOS

PÚBLICOS / PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADA (PPP)

Verificações: PPP

1 O Município tem contratação de Parcerias Público-Privada (PPP)? Não

2 Houve regulamentação do serviço concedido? Prejudicado

3 Houve mecanismos de manutenção da qualidade do serviço, bem com apuração e solução de queixas e reclamações dos usuários?

Prejudicado

4 O Poder Concedente tem observado o cumprimento das disposições regulamentares do serviço e as cláusulas pactuadas?

Prejudicado

5 Houve aplicação de penalidades regulamentares e contratuais? Prejudicado

Nota: Certidão negativa consignada no Doc. 87.

Verificações: Contratos de concessão e permissão de serviços públicos

1 O Município tem contratos de concessão e permissão de serviços públicos? Sim

2 Houve regulamentação do serviço concedido? Parcial

3 Houve mecanismos de manutenção da qualidade do serviço, bem com apuração e solução de queixas e reclamações dos usuários?

Sim

4 O Poder Concedente tem observado o cumprimento das disposições regulamentares do serviço e as cláusulas pactuadas?

Prejudicado

5 Houve aplicação de penalidades regulamentares e contratuais? Prejudicado

Conforme informação extraída do relatório de fiscalização relativo às contas de 2015, assunto de que cuida o processo TC-2129/026/1565, o Município de Campinas possui as seguintes concessões:

a) Concessão de serviço público de transporte:

� Processo Administrativo nº 2005/10/20464; � Prazo de 15 anos; � Termos de Contrato nº 15/06, 16/06, 17/06 e 18/06;

65 Trechos extraídos do relatório de fiscalização consignado no Doc. 88.

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Fl. 76 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

� Assinatura em 25/01/2006;

b) Concessão de serviço público do Terminal Rodoviário de Campinas:

� Processo Administrativo nº 2006/10/37581; � Prazo de 30 anos; � Termo de Contrato nº 13/07; � Assinatura em 27/02/2007;

c) Permissão do serviço de utilidade pública de transporte

individual de passageiros em veículos automotores de aluguel de taxi.

� Processo Administrativo nº 2010/10/29192; � Prazo de 15 anos; � Assinaturas em 15/02/2012 (Serviços de Taxi

Convencional), em 20/04/2012 (Serviços de Taxi Acessível) e em 05/07/2012 (Serviços de Taxi Executivo).

Destacamos, ademais, que naquela oportunidade a

fiscalização informou que os serviços foram parcialmente regulamentados. Com relação ao exercício ora fiscalizado, a despeito de requisição66 desta fiscalização, não nos foi informado se foram editados novos atos regulamentando a Lei Municipal nº 11.828/03, descumprindo, a nosso ver, o disposto na Cláusula 7.2 do Termo de Contrato nº 13/200767 (Doc. 91).

Por fim, registramos que a Origem encaminhou informação ao Sistema AUDESP indicando não haver contratos de permissão ou concessão de serviços públicos firmados por aquela municipalidade (Doc. 90).

PERSPECTIVA D: TRANSPARÊNCIA DAS CONTAS PÚBLICAS E DEMAIS ASPECTOS

D.1. CUMPRIMENTO DAS EXIGÊNCIAS LEGAIS

Verificações

1 A Prefeitura criou o Serviço de Informação ao Cidadão? (LF nº Lei 12.527/11, art. 9º) Sim

2 Com mais de 10.000 habitantes, há divulgação, em página eletrônica, de repasses a entidades do 3º Parcial

66 Requisição de Documentos nº 99/2017-LRSO consignada no Doc. 89. 67 A Concessionária deverá cumprir todas as determinações do Poder Concedente, inclusive aquelas relativas aos prazos, início das obras, condições de acessibilidade, emissão de relatórios operacionais, financeiros, prestação de contas, etc.

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Fl. 77 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

setor, informações sobre licitações e ações governamentais? (LF nº Lei 12.527/11, art. 8º, § 1º)

3 Há divulgação, em página eletrônica, em tempo real, das receitas arrecadadas e a espécie de despesa que está sendo realizada, indicando valor, fornecedor e, se for o caso, o tipo da licitação realizada? (LRF, art. 48-A)

Sim

4 Realização de audiências públicas para debater as metas fiscais? (LRF, art. 9º, § 4º) Sim

5 Realização de audiências públicas para debater o PPA, LDO e LOA? (LRF, art. 48, parágrafo único) Sim

6 Contas disponíveis à população, ao longo do exercício? (LRF, art. 49) Sim

7 Divulgação, na página eletrônica do Município, do PPA, LDO, LOA, balanços de exercício, parecer prévio do Tribunal de Contas, RGF e RREO ? (LRF, art. 48)

Sim

8 Publicação ou divulgação do RGF? (LRF, arts. 55, § 2º e 63, II, “b”) Sim

9 Publicação e divulgação do RREO? (LRF, art. 52) Sim

10 Encaminhamento à União das informações alusivas às contas do ano anterior? (LRF, art. 51, § 1º, I) Sim

11 Divulgação dos tributos arrecadados? (CF, art. 162) Sim

12 Publicação trimestral das receitas e despesas relativas à Educação? (CE, art. 256) Sim

13 Realização de audiências públicas quadrimestrais da Saúde? (LC 141/12, art. 36, § 5º). Sim

14 Publicação dos valores dos subsídios e da remuneração dos cargos e empregos públicos? (CF, art. 39,

§ 6º) Parcial

Item 2 – A página eletrônica da Prefeitura Municipal de Campinas não disponibiliza as informações de repasses a entidades do terceiro setor de maneira que possibilite o fácil acesso ao cidadão, uma vez que o acesso à informação só é possível por meio da consulta de toda despesa executada. Item 14 – Permanece o apontamento efetuado no relatório do Acompanhamento do 1º Quadrimestre de 2016 (Pág. 15 do Evento 14.20), de que os dados divulgados não contêm o nome do agente público, mas apenas a matrícula. Demais disso, a consulta individual por nome do servidor disponível no site, é franqueada apenas com o fornecimento de algumas informações do usuário: Nome; CPF e data de nascimento (Docs. 92 e 93).

D.2. FIDEDIGNIDADE DOS DADOS INFORMADOS AO SISTEMA AUDESP Como demonstrado no preâmbulo deste relatório e nos itens

B.1.4, B.2.1, B.2.2, B.3.1, C.1, C.2.5, D.3.1, E.1.1 e E.1.2, foram constatadas divergências entre os dados informados pela Origem e aqueles apurados no Sistema AUDESP.

D.3. PESSOAL D.3.1. QUADRO DE PESSOAL Eis o quadro de pessoal existente em 31.12.16:

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Fl. 78 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Natureza do cargo/emprego 2015 2016 2015 2016 2015 2016

Efetivos 24.083 23890 16310 16143 7773 7747Em comissão 874 880 865 720 9 160

Total 24957 24770 17175 16863 7782 7907

Temporários Em 31.12 de 2016

Nº de contratados

Existentes Ocupados Vagos

2015 2016

16

- Quadro preenchido de acordo com as informações fornecidas pela Origem (Doc. 94 – pág. 1).

Registre-se que as informações encaminhadas para o Sistema AUDESP, com posição em 31/12/2016 do Quadro de Pessoal, divergem das informadas pela Origem (Informações Sistema AUDESP - págs. 02/08 do Doc. 94): Cargos Existentes: 1.583 cargos a menor. Cargos Ocupados: 6.324 cargos a maior.

No exercício examinado foram exonerados 187 servidores e

nomeados 42 para cargos em comissão, cujas atribuições possuem características de direção, chefia e assessoramento, art. 37, V, da CF (pág. 09 do Doc. 94).

As atribuições dos mencionados cargos foram definidas

através de Leis Complementares nºs 90/2014 e 64/2014.

Entretanto, dos cargos em comissão existentes, entendemos que alguns não possuem características de direção, chefia e assessoramento, conforme prevê o artigo 37, inciso V, da Constituição Federal.

Elencamos abaixo, a título de exemplo, as atribuições de alguns cargos estabelecidas pela Lei Complementar nº 64 de abril de 2014 e posteriores alterações (cópia – págs. 10/13 do Doc. 94): - Pregoeiro Atribuições: processar e julgar licitações na modalidade pregão presencial e eletrônico. - Assessor Especial Atribuições: realizar atividades de assessoria multidisciplinar ao Gabinete do Prefeito, Gabinetes de Secretários ou Departamentos por meio de atividades que exijam o desenvolvimento ou aplicação de conhecimentos teóricos, tecnológicos e/ou metodológicos em áreas de natureza administrativa e/ou técnica especializadas, elaborar estudos, analisar e acompanhar processos administrativos, apoiar projetos especiais.

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Fl. 79 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

- Assessor Setorial Atribuições: realizar atividades administrativas diversificadas ou de natureza técnica, no Gabinete do Prefeito, nos Gabinetes de Secretários, nos Departamentos, nas Coordenadorias Setoriais, nos Setores, nas Subprefeituras ou nas Administrações Regionais; acompanhar a tramitação de documentos e outras atividades correlatas que requeiram conhecimentos específicos da área de atuação.

Tal situação tem sido recorrentemente objeto de

apontamento pelas fiscalizações desta Casa. No exercício de 2016 os salários dos servidores

municipais foram reajustados em 9,33%, fundamentado na Lei Complementar nº 151 de 16 de junho de 2016, aplicáveis da seguinte forma (cópia – págs. 14/15 do Doc. 94):

I – 5% a partir de 1º de maio de 2016; II – 4,33% a partir de 1º de setembro de 2016.

D.3.2. SERVIDORES COM FÉRIAS VENCIDAS Conforme relação fornecida pela Origem há diversos

servidores com férias vencidas, alguns do período de 2007/2008, descumprindo, s.m.j., o previsto no artigo 7°, inciso XVII da Constituição Federal, abaixo relacionados, os casos de maior relevância: - Benedito de Jesus Carvalho – período aquisitivo: 16/10/2007 a 15/10/2008, 16/10/2008 a 15/10/2009, 16/10/2009 a 15/10/2010 e 16/10/2010 a 15/10/2011. - Neide Salgado – período aquisitivo: 24/06/2007 a 23/06/2008; - Servidores com 05 períodos aquisitivos ou mais:

• Adriana Almeida Alexandre;

• Airton Aparecido Salvador;

• Alberto Fabregas D Aguiar Neto;

• Celso Roberto R Guilherme;

• Geraldo Benedito Rodrigues;

• Hélio Cesar Gomes;

• Jaciro Joaquim Nascimento;

• Lucia Redondo Soares;

• Maria Deusdete F. Palandrani;

• Maria Onorina de Paula;

• Paulo Greco;

• Renato Rinaldi;

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Fl. 80 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

• Sonia Sidney Pachelle;

• Vanderlei de Lima Lages; e

• Wilson Roberto do Prado. Relação dos servidores com férias vencidas no Doc. 95.

D.3.3. HORAS EXTRAS A municipalidade tem admitido a realização de horas

extras (50% e 100%) acima do permissivo legal, superando às 60 horas mensais. Há casos de realizações superiores a 100 horas/mês68, a título de exemplo, elencamos alguns abaixo:

Servidores Horas extras Horas Extras

Maio de 2016 Agosto de 2016 Eva Costa Barreiros 129,00 -*- Eliana Gabriel Silva -*- 103,47 Josefina M. de S. Ferigo -*- 168,00 Marcelo Bandeira Salvio -*- 130,00 Henrique Cezar Belinelli 100,00 110,00 Leni Severina de Freitas -*- 110,80 Leia Santos de Souza -*- 121,82 Leticia de Camargo Lima -*- 110,73

Excerto do relatório fornecido quando da fiscalização in

loco constando as horas extras que excedem o permissivo legal (Doc. 96).

D.3.4 – SERVIDORES CEDIDOS A OUTROS ÓRGÃOS PÚBLICOS

Em que pese o apontamento ter sido objeto de recomendação quando da emissão do voto das contas do exercício de 2012 (TC-1496/026/12), a Prefeitura Municipal possuía, durante o exercício em análise, servidores de seu Quadro de Pessoal exercendo atividades em outras entidades/órgãos da Administração Pública Direta e Indireta, na esfera federal, estadual e municipal, sem prejuízo dos vencimentos e vantagens, s.m.j, em desacordo com o artigo 62 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Relação de servidores cedidos no Doc. 97.

68 Foram solicitadas as relações de horas extras dos meses de maio e agosto de 2016 (amostragem).

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

D.3.5 – POSSÍVEL DESCUMPRIMENTO DO TETO CONSTITUCIONAL

COM RELAÇÃO À REMUNERAÇÃO DOS PROCURADORES MUNICIPAIS.

Conforme declarado pela Origem, o teto salarial estipulado para os Procuradores Municipais de Campinas corresponde a 90,25% sobre a remuneração mensal do Ministro do Supremo Tribunal Federal, amparado pelo Decreto Municipal nº 14.580/2004 (Doc. 98).

Salvo melhor juízo, a situação encontra-se em desacordo

com o previsto nos incisos X e XI do artigo 37 da Constituição Federal69.

De acordo com a informação prestada pela Diretora do

Departamento de Administração de Recursos Humanos do Município (Doc. 98), os valores dos tetos salariais do Prefeito Municipal e dos Procuradores Municipais, durante o exercício de 2016, foram assim fixados:

Meses Prefeito Municipal R$ Procuradores R$ Diferença R$ Janeiro a Abril 21.262,30 30.471,11 9.208,81 Maio a Agosto 22.325,42 30.471,11 8.145,69 Set. a Dezembro 23.246,08 30.471,11 7.225,03

Considerado o teto remuneratório do Prefeito Municipal, verificamos que durante o exercício de 2016 alguns Procuradores Municipais receberam acima desse limite, conforme se depreende das

69 Constituição Federal – art. 37, X, - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; XI, da Constituição Federal: I - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente, ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos (grifos nossos).

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

cópias das fichas financeiras encartadas nos Docs. 99.1/99.3. Ademais, conforme comentado nos relatórios de

fiscalização dos exercícios anteriores (TC-037/026/14 e TC-2129/026/15) há uma Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado de São Paulo em face do Município de Campinas requerendo a declaração incidental de inconstitucionalidade do artigo 9º da Lei Municipal nº 7.572/93 e que os honorários advocatícios recebidos pelos Procuradores Municipais sejam somados à remuneração fixa por eles recebida e considerados para o cálculo do teto remuneratório, sendo eventual excedente destinado ao erário.

A mencionada ação ainda está tramitando na 1ª Vara da

Fazenda Pública – Foro de Campinas, distribuída sob o nº 1007885-75.2015.8.26.0114, conforme documentos aportados no Doc. 98.

D.4. DENÚNCIAS/REPRESENTAÇÕES/EXPEDIENTES Preliminarmente, informamos que na ocasião da

fiscalização das contas do 2º quadrimestre de 2016 noticiamos a existência de 02 (dois) protocolados, referentes à falta de pagamento de fornecedores e possível quebra da ordem cronológica de pagamentos, a saber: eTC-13927/989/16-0 e eTC-14456/989/16-9, os quais encontram-se arquivados. Tais expedientes, na opinião da fiscalização, possuíam procedência parcial (vide relatório no evento 34.29).

Embora arquivados, em obediência aos princípios da ampla

defesa e do contraditório, entendemos pertinente reproduzirmos abaixo os comentários da fiscalização à época, com relação aos mencionados expedientes:

01

eTC nº: 13927/989/16-0

Interessada: Prisma Comércio Produções e Eventos EIRELI - ME

Objeto:

Pleiteia a rescisão contratual junto ao Executivo Municipal de Campinas, em razão do não pagamento por serviços contratados, no valor total de R$ 37.121,40 (Pregão Eletrônico 347/2015 – Processo Administrativo nº 15/10/48476 e Ata de Registros de Preços nº 15/2016 da Secretaria da Cultura; e Pregão Eletrônico nº 332/2015 – Processo Administrativo nº 15/10/32365 e Ata de Registro de Preços nº 21/2016 da Secretaria Municipal de Chefia do Gabinete do Prefeito).

Procedência: Parcial

Através do expediente acima mencionado, a interessada

relata interesse em rescindir contratos firmados junto à Prefeitura Municipal de Campinas devido à inadimplência do Executivo no pagamento dos serviços contratados, realizados há mais de 130 dias, sendo o primeiro serviço executado na data de

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

20/02/2016 (petição contida no evento 01 do expediente). Assim, o expediente foi encaminhado a esta Unidade

Regional para subsidiar o exame das contas da Prefeitura Municipal de Campinas, constando em item próprio do relatório de fiscalização, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 10 do expediente).

Desse modo, informamos o que restou apurado durante os

trabalhos de fiscalização in loco:

Constatamos que dentre as notas fiscais relacionadas pela empresa como pendentes de pagamento (vide petição constante no evento 1 do expediente) apenas duas foram pagas, tratando-se das notas fiscais nº 203 e 2015, cujos vencimentos eram 20/03/2016 e 30/04/2016, respectivamente, conforme se verifica no Doc. 15 – pág. 04 e 08/21 e no Doc. 16. Documentos no evento 34.

De acordo com os documentos apresentados, constatamos a

existência de duas notas fiscais (nº 201 e 202) pendentes de pagamento, cujo prazo para pagamento estava previsto para o dia 10/03/2016 (Doc. 15 – pág. 04). Documento no evento 34.

Nesse sentido, verifica-se que a Prefeitura não observou

a cronologia de pagamentos dessa empresa, uma vez que havia notas fiscais pendentes de pagamentos cujo vencimento era anterior àquelas que foram pagas. Vide relação de notas fiscais com pagamento em atraso no Doc. 15 – pág. 04, as quais totalizam R$ 47.850,12, todas devidamente liquidadas. Documento no evento 34.

A Secretaria Municipal da Cultura e a Secretaria

Municipal de Chefia do Gabinete do Prefeito informaram que não houve rescisão dos termos contratuais com a empresa Prisma Comércio Promoções e Eventos EIRELI ME, os quais possuem vigência até o mês de janeiro de 2017 (Doc. 16 – parte 2 - pág. 14 e Doc. 17 – pág. 03). Documentos no evento 34.

Ademais, informou a Secretaria Municipal de Finanças que

devido à crise econômica e a queda na arrecadação de receitas a Prefeitura não honrou com os pagamentos da empresa em tela por não possuir condições financeiras, havendo expectativa de efetuar os respectivos pagamentos até o mês de março do exercício seguinte (Doc. 15 – pág. 01/03). Documentos no evento 34.

Assim, verificamos que procede a informação da empresa

Prisma Comércio Produções e Eventos EIRELI ME, no que se refere às pendências de pagamento por parte da Prefeitura Municipal de Campinas e, conforme informado, não houve rescisão dos contratos.

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

02

eTC nº: 14456/989/16-9

Interessada: COMERCIAL CIRÚRGICA RIOCLARENSE LTDA.

Objeto: Possíveis irregularidades relacionadas à falta de pagamento a fornecedor da Prefeitura Municipal de Campinas e à quebra da ordem cronológica.

Procedência: Parcial

Através do expediente acima mencionado, a interessada

comunica a esta Corte possíveis irregularidades relacionadas à falta de pagamento por parte da Prefeitura Municipal de Campinas e à quebra da ordem cronológica de pagamentos.

Assim, o expediente foi encaminhado a esta Unidade

Regional para subsidiar o exame das contas da Prefeitura Municipal de Campinas, constando em item próprio do relatório de fiscalização, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 14 do expediente).

Desse modo, informamos o que restou apurado durante os trabalhos de fiscalização in loco:

De acordo com os documentos constantes no evento 1 do expediente acima mencionado, verificamos que a interessada relaciona 13 (treze) notas fiscais vencidas e pendentes de pagamento, no valor total de R$ 388.423,84. Vide também requisição e documentos constantes no Doc. 18. Documento no evento 34.

Requisitamos à Origem informações acerca do pagamento das

mencionadas notas fiscais, sendo-nos informado que apenas duas notas fiscais (nº 76792 – vencimento em 21/06/2016, no valor de R$ 33.316,50 e nº 771372 – vencimento em 04/07/2016, no valor de R$ 1.779,60) não foram pagas e encontram-se aguardando repasse de recursos por parte da Secretaria Municipal de Finanças (Doc. 18 – parte 1 - pág. 02 e 05). Documento no evento 34.

Informou também que a nota fiscal nº 763484, no valor de

R$ 11.398,20, com vencimento em 10/06/2016, teve seu valor zerado devido à aplicação de penalidade conforme Protocolo 2014/10/26314 publicado no Diário Oficial do Município (Doc. 18 – parte 1 - pág. Doc. 18 – parte 2). Documento no evento 34.

No que se refere à possível quebra na ordem cronológica

de pagamentos, informamos que a matéria foi tratada no item B.8 deste relatório de contas.

Além dos expedientes anteriormente mencionados,

acompanham o presente processo de contas anuais, os seguintes protocolados:

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

01

TC nº: 14968/989/16-0

Interessado: Ana Carolina Caruso Cavazza

Objeto: Denuncia possíveis irregularidades praticadas pela municipalidade referentes ao descumprimento e prestação de informações sobre o artigo 42 da LRF.

Procedência: Parcial

Através do expediente acima mencionado, a interessada comunica a esta Corte possíveis irregularidades relacionadas ao descumprimento do art. 42 da LRF e da Lei de Acesso à Informação pela Prefeitura Municipal de Campinas (petição contida no evento 01 do expediente).

Em síntese, alega que o Município estaria apresentando

déficit no resultado de 2016, com possibilidade de descumprir o

art. 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal e que, pleiteada

informação sobre essa situação, a Prefeitura não estaria

fornecendo resposta, em afronta à Lei de Acesso à Informação.

O expediente foi encaminhado a esta Unidade Regional para subsidiar o exame das contas da Prefeitura Municipal de Campinas, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 16 do expediente).

Desse modo, informamos o que restou apurado durante os

trabalhos de fiscalização in loco, conforme informações e documentos apresentados pela Prefeitura:

A Lei Federal nº 12.527/2011 foi regulamentada no município de Campinas pelo Decreto nº 17.630, de 21 de junho de 2012 (cópia no Doc. 100).

Nos termos do artigo 19 do referido Decreto, o prazo

máximo para disponibilização da informação será de 20 (vinte) dias, podendo ser prorrogado por mais 10 (dez) dias (art. 20 do mesmo Decreto).

A Origem informou que a interessada deu entrada no

requerimento de informação em 23/08/2016, diretamente no protocolo geral, não observando, assim, o procedimento padrão através do sistema “156”, como disciplinado pelos artigos 9º e 11º do Decreto nº 17.630/2012 (Doc. 100 – pág. 1).

A Prefeitura informou também que o erro procedimental adotado pela solicitante não impediu o fornecimento da informação solicitada, ocasionando, contudo, o involuntário atraso na

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disponibilização da mesma decorrente da indevida tramitação física do protocolo sem a gerência da Coordenadoria Setorial do “156”.

Por fim, informamos que a interessada obteve a informação

pleiteada em 19/10/2016, através de Ofício nº 135/2016-GP/trml,

conforme consta no Doc. 100 – pág. 15.

A nosso ver, em que pese os esclarecimentos da Origem, entendemos que o setor de protocolo geral poderia ter orientado a interessada acerca do procedimento padrão do sistema 156, uma vez que o acesso à informação compreende também o direito de obter a orientação sobre os procedimentos para acesso, conforme consta do artigo 4º, inciso I, do Decreto nº 17630/2012 (Doc. 100).

02

TC nº: 15408/989/16-8

Interessado: Athika Comércio de Móveis EIRELI - EPP

Objeto: Informa que a Prefeitura não paga contratos licitados desde março de 2016 e requer que seja apurada violação da ordem cronológica de pagamentos.

Procedência: Procedente

Através do expediente acima mencionado, a interessada

comunica a esta Corte possíveis irregularidades relacionadas à falta de pagamento por parte da Prefeitura Municipal de Campinas e à quebra da ordem cronológica de pagamentos.

Assim, o expediente foi encaminhado a esta Unidade

Regional para subsidiar o exame das contas da Prefeitura Municipal de Campinas, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 10 do expediente).

Desse modo, informamos o que restou apurado durante os trabalhos de fiscalização in loco:

De acordo com a interessada, estavam pendentes de

pagamento as seguintes notas fiscais, no valor total de R$ 65.116,99, cujos valores atualizados até setembro totalizavam R$ 73.989,73 (evento 1.1 do expediente).

Conforme se verifica no quadro abaixo, até a data desta fiscalização quatro notas fiscais, cujos vencimentos ocorreram em 2015, encontravam-se pendentes de pagamento. Registre-se que, em relação àquelas que foram pagas, não houve atualização dos valores originais:

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

- Comprovantes de pagamentos e demonstrativo da Prefeitura contidos no Doc. 101.

No que se refere à alegação da possível quebra da ordem

cronológica de pagamentos, informamos que esta matéria está sendo objeto de comentários no item B.8 deste relatório de contas.

03

TC nº: 16101/989/16-8

Interessada: MPO Comércio e Serviços EIRELI - EPP

Objeto: Possíveis irregularidades no tocante à falta de pagamento por fornecimentos realizados, bem como descumprimento da ordem cronológica de pagamentos.

Procedência: Parcial

o expediente acima mencionado foi encaminhado a esta

Unidade Regional de Araras para instrução da matéria, constando informações neste relatório de fiscalização, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 30 do expediente).

A interessada aponta supostas irregularidades ocorridas

no âmbito da Prefeitura Municipal de Campinas, no tocante à falta

de pagamento por fornecimentos realizados, bem assim em relação ao

descumprimento da ordem cronológica de exigibilidades da

Municipalidade.

Alega ausência de pagamento das notas fiscais 743 e 826, no valor total de R$ 19.200,00, cujos vencimentos ocorreram, respectivamente em 31/08/2016 e 21/09/2016 (vide evento 1.1 do expediente).

Após requisição da fiscalização, a Origem apresentou os

comprovantes dos pagamentos das notas fiscais acima mencionadas,

Nota Fiscal valor original (R$) data de vencimento data do pagamento valor do pagamento (R$)

2682 1.889,72 10/07/2016 03/04/2017 1.889,72

2487 2.880,00 02/06/2016 03/04/2017 2.880,00

2449 1.558,50 07/05/2016 20/03/2017 1.558,50

2373 19.800,00 22/04/2016 21/03/2017 19.800,00

2374 12.300,00 21/04/2016 21/03/2017 12.300,00

1151 2.519,19 20/04/2016 20/03/2017 2.519,19

2365 19.800,00 18/04/2016 21/03/2017 19.800,00

2314 1.889,72 24/03/2016 21/03/2017 1.889,72

2042 531,93 16/12/2015 não paga -

2043 531,93 16/12/2015 não paga -

2045 708,00 16/12/2015 não paga -

2046 708,00 16/12/2015 não paga -

Total 65.116,99 62.637,13

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os quais ocorreram extemporaneamente em 24/10/2016 (Doc. 102). No que se refere à alegação da possível quebra da ordem

cronológica de pagamentos, informamos que esta matéria está sendo objeto de comentários no item B.8 deste relatório de contas.

04

TC nº: 219/989/17-5

Interessado: MPO Comércio e Serviços EIRELI - EPP

Objeto: Denuncia o descumprimento da ordem cronológica de pagamentos das faturas vencidas e não pagas, devidamente em seus valores monetários originais constantes nas notas fiscais.

Procedência: Parcial

O expediente acima mencionado foi encaminhado a esta

Unidade Regional de Araras para acompanhar o exame das presentes contas anuais e constar em item próprio do relatório de fiscalização, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 15 do expediente).

A interessada denuncia a Prefeitura Municipal de Campinas

pelo não pagamento de fatura vencida e também pelo descumprimento

da ordem cronológica de pagamentos (petição no evento 1 do

expediente). Tal denúncia refere-se a fornecimento realizado

conforme a nota fiscal nº 1016, do dia 31/10/2016, no valor de R$

4.800,00 (evento 1.3 do expediente), cujo pagamento estava

previsto para o dia 20/11/2016 (Doc. 103).

Após requisição da fiscalização, a Origem apresentou o comprovante do pagamento da nota fiscal acima mencionada, o qual ocorreu extemporaneamente em 31/01/2017 (Doc. 103).

No que se refere à alegação da possível quebra da ordem

cronológica de pagamentos, informamos que esta matéria está sendo objeto de comentários no item B.8 deste relatório de contas.

05

TC nº: 17154/989/16-4

Interessado: Cristiano da Costa Pessanha ME

Objeto: Possíveis irregularidades relacionadas à falta de pagamento e consequente quebra da ordem cronológica de pagamentos e descumprimento do artigo 42 da LRF.

Procedência: Parcial

o expediente acima mencionado foi encaminhado a esta

Unidade Regional de Araras para instrução da matéria e lançarmos informações neste relatório de fiscalização, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 14 do expediente).

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O interessado alega, em síntese, que a Prefeitura

Municipal de Campinas não estaria honrando compromissos referentes ao exercício de 2016 decorrentes de sua contratação e, consequentemente, teria havido quebra da ordem cronológica e desobediência à Lei de Responsabilidade Fiscal.

A denúncia refere-se ao não pagamento das notas fiscais

nº 79, 86, 96 e 106, as quais totalizam R$ 25.196,00, com vencimentos em 20/06, 20/07, 20/08 e 20/09/2016, respectivamente (Doc. 104).

Durante a fiscalização in loco a Origem apresentou os

comprovantes de pagamentos de todas as notas fiscais acima mencionadas, os quais ocorreram somente em 14/02/2017, pelos valores líquidos, descontados de INSS e ISS (vide Doc. 104).

No que se refere à alegação da possível quebra da ordem

cronológica de pagamentos e descumprimento do artigo 42 da LRF, informamos que estas matérias estão sendo tratadas nos itens B.8 e E.1.1 deste relatório de contas.

06

TC nº: 1239/989/17-1

Interessado: Santacotex Indústria Têxtil Ltda.

Objeto: Comunica possíveis irregularidades na falta de pagamento por serviço/bem contratado.

Procedência: Parcial

O expediente acima mencionado foi encaminhado a esta

Unidade Regional de Araras para acompanhar o exame das presentes contas anuais e constar em item próprio do relatório de fiscalização, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 7 do expediente).

A interessada comunica este Tribunal de Contas sobre

possível inadimplemento da Prefeitura Municipal de Campinas

decorrente do fornecimento de produtos por meio da nota fiscal nº

14958, de 25/02/2016, no valor de R$ 2.400,00, com vencimento em

20/03/2016 (Doc. 105).

Após requisição da fiscalização, a Origem apresentou o comprovante do pagamento da nota fiscal acima mencionada, o qual ocorreu extemporaneamente em 20/03/2017 e pelo valor original (Doc. 105).

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Fl. 90 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

07

TC nº: 1257/989/17-8

Interessado: Santacotex Indústria Têxtil Ltda.

Objeto: Comunica possíveis irregularidades na falta de pagamento por serviço/bem contratado.

Procedência: Parcial

O expediente acima mencionado foi encaminhado a esta

Unidade Regional de Araras para acompanhar o exame das presentes contas anuais e constar em item próprio do relatório de fiscalização, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 7 do expediente).

A interessada comunica este Tribunal de Contas sobre

possível inadimplemento da Prefeitura Municipal de Campinas

decorrente do fornecimento de vestuário, por meio das notas

fiscais nº 16421 e 16730, de 25/07/2016 e 25/08/2016, no valor

total de R$ 52.486,80, com vencimento em 10/08/2016 e 20/09/2016

(evento 1 do expediente e Doc. 105).

Após requisição da fiscalização, a Origem apresentou o comprovante do pagamento apenas da nota fiscal nº 16421, no valor de R$ 961,80 o qual ocorreu extemporaneamente em 03/04/2017 (Doc. 105).

Quanto à nota fiscal nº 16730, no valor de R$ 51.525,50,

a mesma ainda não havia sido paga até a data desta fiscalização in

loco, sendo informado pela Origem que a mesma estava aguardando a

ordem cronológica (Doc. 105).

08

TC nº: 3778/989/17-8

Interessado: Instituto Nacional de Análises e Pesquisas S/C Ltda.

Objeto: Comunica a inadimplência contratual pelo Município de Campinas, contrato nº 08/16 – Pregão Eletrônico nº 370/15, prestação de serviço de realização de análise microbiológica da alimentação escolar.

Procedência: Parcial

O expediente acima mencionado foi encaminhado a esta

Unidade Regional de Araras para acompanhar o exame das presentes contas anuais e constar em item próprio do relatório de fiscalização, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 7 do expediente).

Trata-se de comunicação a este Tribunal de Contas acerca

de possível inadimplemento por parte da Prefeitura Municipal de Campinas, decorrente da prestação de serviços de realização de análise microbiológica da alimentação escolar, conforme notas fiscais nº 8360, 8463, 8540, 8628 e 8686, no montante de R$

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Page 91: RELATÓRIO - PREFEITURA MUNICIPAL · fração da jornada de trabalho dos professores dedicada a atividades extraclasse. Conforme exigência estabelecida no art. 2º, § 4º, da Lei

Fl. 91 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

165.232,80, cujos vencimentos eram 30/04, 30/05, 20/06, 20/07 e 20/08/2016, respectivamente (Doc. 106).

Desse modo, informamos o que restou apurado durante os

trabalhos de fiscalização in loco: Foram pagas integralmente apenas as notas fiscais nº 8360

e 8463, em 03/03/2017 e 31/03/2017, respectivamente. A nota fiscal nº 8540, cujo valor total é de R$ 52.219,80, foi paga parcialmente em 31/03/2017, no valor de R$ 4.780,67 (vide Doc. 106).

Assim, até a data desta fiscalização in loco restavam

pendentes de pagamento as notas fiscais nº 8628 e 8686, além do restante da nota fiscal nº 8540, totalizando R$ 75.107,83.

09

TC nº: 30238/026/16

Interessado: Cotexbrasil Comércio de Tecidos e Malhas Ltda. - EPP

Objeto: Comunica possíveis irregularidades cometidas pelo Executivo de Campinas com relação à ausência de pagamento pelo fornecimento de material de cama, mesa e banho, através da Nota Fiscal nº 8017.

Procedência: Parcial

O expediente acima mencionado foi digitalizado e inserido

nos presentes autos, a fim de subsidiar o exame das presentes contas anuais, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 38.4).

A interessada comunica este Tribunal de Contas sobre

possível atraso no pagamento pelo fornecimento de produtos, por

meio da nota fiscal nº 8017, de 20/06/2016, no valor de R$

1.700,00, com vencimento em 22/07/2016 (petição evento 38.1).

Após requisição da fiscalização, a Origem apresentou o comprovante do pagamento da referida nota fiscal, o qual ocorreu extemporaneamente e pelo valor original em 30/01/2017 (Doc. 107).

10

TC nº: 19764/989/16-6

Interessada: OGX Mix Multimarcas EIRELI

Objeto: Representação acerca da quebra da ordem cronológica de pagamentos da nota de empenho nº E00015/2016 do contrato nº 261/2015 relativo ao Pregão Eletrônico nº 275/2015.

Procedência: Parcial

O expediente em tela foi encaminhado a esta Unidade

Regional para subsidiar o exame das contas da Prefeitura Municipal de Campinas, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 15 do expediente).

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Fl. 92 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Em síntese, a interessada alega que a Prefeitura

Municipal de Campinas não estaria honrando compromissos de 2016, decorrente do contrato 261/15, pela ausência de pagamento das notas fiscais nº 222 e 223, respectivamente, de 18/01 e 25/01/2016, no valor total de R$ 104.869,52. Alega também possível descumprimento da ordem cronológica de pagamentos. Vide evento 1.1 do expediente.

Informamos o que restou apurado durante os trabalhos de

fiscalização in loco: As notas fiscais mencionadas tinham como datas previstas

para pagamento os dias 30/01 e 10/02/2016, porém, os pagamentos ocorreram somente em 20/03/2017, de acordo com os documentos constantes no Doc. 108.

Por fim, no que se refere à alegação da possível quebra

da ordem cronológica de pagamentos, informamos que esta matéria está sendo tratada no item B.8 deste relatório de contas.

11

TC nº: 10419/989/17-3

Interessada: Suprema Comercial EIRELI EPP

Objeto: Comunica descumprimento de pagamento de fornecimento de tintas por parte da Municipalidade de Campinas.

Procedência: Parcial

O expediente acima mencionado foi digitalizado e inserido

nos presentes autos, a fim de subsidiar o exame das presentes contas anuais, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 1.14 do expediente).

Em síntese, a interessado alega que a Prefeitura

Municipal de Campinas não estaria honrando compromissos de 2016, decorrente do fornecimento de tintas, pela ausência de pagamento das notas fiscais nº 2007, 2008 e 2024, no valor total de R$ 24.862,00 (Notas de Empenho nº 7619, 7624 e 7632/2016).

Informamos o que restou apurado durante os trabalhos de

fiscalização in loco:

As notas fiscais mencionadas tinham como datas previstas para pagamento os dias 08 e 09/07/2016, porém, os pagamentos ocorreram somente em 14/02/2017, de acordo com os documentos constantes no Doc. 109.

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Fl. 93 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

12

TC nº: 436/010/16

Interessado: Município de Campinas – Departamento de Processos Disciplinares e Administrativos da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos, através do Presidente da Comissão, Dr. Odair Leal Serotini e através dos Senhores membros André Luis Leite Vieira e Valéria Alcausa Lopes.

Objeto: Encaminha documentos – Comunica a instauração de Processo Disciplinar, número 066/16 – protocolo Administrativo nº 16/10/27092, visando a apuração de conduta de servidor público por prática, em tese, de crime de improbidade administrativa.

Procedência: Procedente

O expediente acima mencionado foi encaminhado a esta

Unidade Regional de Araras para que a matéria nele abordada fosse instruída e lançadas informações em próximo relatório parcial sobre as contas de 2016 da Prefeitura Municipal de Campinas, nos termos da r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (cópia no evento 34.27 – pág. 03).

Trata-se de comunicação de instauração de Processo

Administrativo Disciplinar, através da Portaria nº 178/16, para a regular apuração dos fatos narrados no protocolado nº 16/10/27092, proveniente da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos, referente ao servidor de matrícula funcional nº 91.168-2 (evento 34.27).

Em síntese, informamos que o referido Processo

Administrativo Disciplinar está relacionado com possíveis irregularidades no controle e pagamento de horas extras de servidores lotados no Departamento Municipal de Parques e Jardins DPJ – da Secretaria Municipal de Serviços Públicos de Campinas, configurando, em tese, crime de improbidade administrativa.

Conforme determinado, solicitamos informações acerca do

atual andamento do mencionado Processo Administrativo, onde constatamos que o mesmo já foi concluído, sendo que a proposta da Comissão de Processo Administrativo foi pela demissão a bem do serviço público do servidor envolvido, o que foi acolhida pelo Secretário Municipal de Assuntos Jurídicos e submetida à deliberação do Prefeito Municipal, conforme se verifica no Doc. 110.

Assim, o Prefeito Municipal, considerando a manifestação

do Secretário Municipal de Assuntos Jurídicos e a natureza dos fatos descritos e as conclusões do processo administrativo, demitiu o servidor público municipal, conforme despacho e respectiva publicação constantes no Doc. 110.

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Fl. 94 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

13

TC nº: 10981/989/16-3

Interessado: Allan Rodrigues Silva - ME

Objeto: Possíveis irregularidades praticadas pela Prefeitura Municipal de Campinas, no que tange ao não pagamento das obrigações contratuais oriundas do Pregão Eletrônico nº 029/2016, bem como desrespeito à ordem cronológica de pagamentos.

Procedência: Parcial

O expediente acima mencionado foi encaminhado a esta

Unidade Regional de Araras para instrução e inserção do ponto junto a item próprio neste relatório de fiscalização, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 14 do expediente).

O interessado aponta supostas irregularidades ocorridas

no âmbito da Prefeitura Municipal de Campinas, no tocante à falta

de pagamento da Nota Fiscal nº 221 de 14/04/2016, cujo vencimento

estava previsto para 30/04/2016, conforme nota de empenho

E05429/2016, bem assim em relação ao descumprimento da ordem

cronológica de pagamentos (vide evento 1 do expediente).

A prefeitura foi notificada para apresentar justificativas e correções ao apontado pelo interessado, conforme eventos 14 e 24 do expediente, tendo apresentado a documentação constante no evento 33 do expediente.

Analisando referida documentação, observamos que o

pagamento ocorreu extemporaneamente em 14/02/2017, conforme evento 33.6 do expediente.

A Prefeitura alegou, em síntese, que o atraso ocorreu em

virtude do cenário econômico-financeiro, pois houve uma queda real na arrecadação total frente à arrecadação de 2015, tendo ainda se verificado um aumento na demanda de serviços públicos, por conseguinte, um forte aumento nos custos em função da crise econômica (vide eventos 33.3 e 33.4 do expediente).

No que se refere ao desrespeito à ordem cronológica de

pagamentos, vide comentários no item B.8 deste relatório de contas.

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TC nº: 0039/010/17

Interessado: Anônimo

Objeto: Possíveis irregularidades cometidas por funcionários da Prefeitura Municipal de Campinas.

Procedência: Parcial

O presente protocolado está apensado junto ao evento 58 deste processo, trazendo em seu bojo denúncia anônima de que a

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Fl. 95 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

servidora municipal, Sra. Elaine Aparecida da Mota, matrícula 36554-8, era monitora em escola e que foi transferida para o atendimento 156 (Serviço de Informação e Solicitação de Serviços Públicos – pág. 01 doc. 111). Informa ainda que a servidora dá aulas em escola estadual pela manhã e faz horário das 13:00h às 19:00h no 156, entretanto em sua folha de ponto (frequência) consta o horário das 11:00hs às 15:00hs e das 16:00hs às 19:12hs. Segundo a denúncia jamais foi cumprido tal horário. Acrescenta ainda que a servidora tem faltas constantemente abonadas e faltou no período entre os dias 17 de outubro à 15 de novembro de 2016 com a justificativa de licença prêmio quando na verdade teve sua folha de ponto preenchida normalmente. Informa também que tais atitudes contam com o apoio da supervisora do 156, Sra. Angela Menezes, uma vez que são amigas e estão onerando os cofres públicos já que uma encobre os erros e a outra recebe sem trabalhar. Em diligências efetuadas para aferição da denúncia, obtivemos as seguintes evidências: Informações prestadas pela Prefeitura Municipal relacionada ao período acima dão conta que a servidora Elaine Aparecida da Mota usufruiu de um Abono Assiduidade no dia 14/11/2016 (pág. 24 do Doc. 111). Informações sobre a servidora Elaine Aparecida da Mota, portadora do PASEP/PASEP 12491079579 (págs. 02/03 do Doc. 111):

• Junto à Prefeitura Municipal (pág. 04 do Doc. 111):

a) Cargo efetivo de Agente Apoio Operacional; b) Funções do cargo: executar serviços auxiliares e operacionais

na recuperação, conservação, limpeza e manutenção, em unidades, vias públicas, zoonoses e coleta de lixo reciclável. Organizar, armazenar os materiais de consumo da Unidade. Realização outras tarefas pertinentes à área de atuação;

c) Atualmente lotada na Coordenadoria Setorial do 156, da Secretaria Municipal de Governo, do Gabinete do Prefeito;

d) Horário de trabalho: das 11:00h às 14:00h e das 15:00h às 19:12h.

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Fl. 96 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

• Junto ao Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Educação, Diretoria de Ensino - Região Campinas Oeste e Escola Estadual Salvador Bove (págs. 05/06 do Doc. 111):

a) Admitida em 10 de fevereiro de 2016; b) Cargo Efetivo: PEB, ministrou em 2016/2017 aulas no 5º ano e

a partir de fevereiro de 2017, passou a ministrar aulas no 3º ano (fonte: Folha de Frequência - Doc. 111);

c) Horário de trabalho:

• Segunda à sexta-feira: das 07:00h às 11:30h.

• Segunda e quarta-feira: das 11:40h às 12:30h (HTPC). Informações sobre a servidora Angela Maria Nogueira de Menezes (pág. 04 do Doc. 111): Cargo em Comissão: Coordenadora Setorial; Função do Cargo em Comissão: Coordenar, agregar e implementar as atividades administrativas e/ou técnicas, inerentes aos campos específicos das atribuições de um departamento, promovendo a integração das atividades desenvolvidas por seus setores. Lotada na Coordenadoria Setorial do 156, da Secretaria Municipal de Governo, do Gabinete do Prefeito (pág. 04 do Doc. 111). Passamos a análise dos documentos coletados: Conforme se observa nos atestados de frequência da Sra. Elaine Aparecida da Mota, a Sra. Angela Maria Nogueira de Menezes que os assina como responsável pela chefia (Atestado de Frequência da Prefeitura Municipal - fls. 07/23 do doc. 111), à exceção do mês de janeiro de 2017, que é assinado pela servidora Lucia Beatriz A. de Affonseca (pág. 19 do Doc. 111). Quanto à denúncia de que a servidora no período de 17 de outubro de 2016 a 15 de novembro de 2016 faltou justificando que estava de licença prêmio e teve sua folha de ponto preenchida normalmente, verificando os atestados de frequência do período (págs. 16/17 do Doc. 111), este não nos dá condições de aferi-la, uma vez que tal documento não é preenchido manualmente ou qualquer outra forma que possamos confirmar tal situação, pois eles são preenchidos com horário pré-determinado, de forma mecânica, sem qualquer evidência se realmente a servidora cumpriu o horário, ou se terceira pessoal eventualmente o preencheu. Abaixo relatamos as possíveis irregularidades apuradas:

• Acúmulo de cargo público contrariando o inciso XVI do art. 37 da Constituição Federal;

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Fl. 97 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

• Jornadas de trabalho incompatíveis: Prefeitura Municipal: 11:00h às 14:00h e das 15:00h às 19:12h. Atestados de Frequência – págs. 07/23 do Doc. 111. Escola Estadual EE Prof. Salvador Bove 7:00h às 11:30h (segunda à sexta-feira); e

11:40h às 12:30h (segunda-feira e quarta-feira) Folha de Frequência – págs. 25/40 do Doc. 111.

• Licença Tratamento Saúde; No período de 07/03/2017 a 20/03/2017 encontrava-se em licença para tratamento de saúde junto à Secretaria de Estado de Educação (pág. 38 do Doc. 111), entretanto, apresentou frequência junto à Prefeitura Municipal (pág. 21 do Doc. 111).

Por todo o exposto, s.m.j, entendemos que o teor da denúncia anônima é parcialmente procedente.

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TC nº: 12/003/17 (inserido no evento 42)

Interessado: Prefeitura Municipal de Campinas, por seu Prefeito Municipal Sr. Jonas Donizette Ferreira

Objeto: Encaminha declaração acerca do cumprimento do artigo 73-C da Lei Complementar nº 101/2000 (LRF).

Procedência: Prejudicado

O expediente acima mencionado foi digitalizado e inserido

nos presentes autos, a fim de subsidiar o exame das presentes contas anuais, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 42.1).

Informamos que o assunto em tela foi tratado no item D.1

deste relatório.

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TC nº: 213/003/17 (inserido no evento 56)

Interessado: Prefeitura Municipal de Campinas, por seu Prefeito Municipal Sr. Jonas Donizette Ferreira

Objeto: Encaminha declaração acerca do cumprimento de dispositivos da Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) e da Lei Federal nº 11.079/2004.

Procedência: Prejudicado

O expediente acima mencionado foi digitalizado e inserido

nos presentes autos, a fim de subsidiar o exame das presentes contas anuais, conforme r. determinação da Exma. Sra. Conselheira Dra. Cristiana de Castro Moraes (evento 56.6).

Informamos que o assunto em tela foi tratado nos itens

B.2.1, B.2.2, C.2.5 e D.1 deste relatório.

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Fl. 98 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

D.5. ATENDIMENTO À LEI ORGÂNICA, INSTRUÇÕES E

RECOMENDAÇÕES DO TRIBUNAL No decorrer do exercício em análise, constatamos o

atendimento da Lei Orgânica e o descumprimento das Instruções deste Tribunal, tendo em vista a remessa intempestiva de documentos para o Sistema Audesp, conforme consta no Doc. 113. Ressaltamos a existência do processo eTC-17748/989/16-7, sob a relatoria do Dr. Edgard Camargo Rodrigues, autuado para tratar do controle de prazos da Prefeitura Municipal de Campinas.

No que se refere às recomendações desta Corte, haja vista

os dois últimos exercícios apreciados (2011 e 2012 – Doc. 112), verificamos que, em 2016, a Prefeitura descumpriu as seguintes recomendações deste Tribunal:

Exercício: 2011 TC nº: 907/026/11 DOE: 07/03/2015 Data do Trânsito em julgado: 16/03/2015

Recomendações: � Atender a legislação de regência quanto à aplicação dos recursos da CIDE e de Royalties; � Assegurar a fidedignidade dos dados enviados ao Sistema AUDESP; � Conciliar os saldos da contabilidade com o Sistema de Controle de Bens Patrimoniais. � Regularizar os controles do almoxarifado; � Cumprir a cronologia de pagamentos. � Atender às Instruções e Recomendações deste E. Tribunal.

Exercício: 2012 TC nº: 1496/026/12 DOE: 05/08/2016 Data do Trânsito em julgado: 15/08/2016

Recomendações:

� Elaborar o Plano de Mobilidade Urbana; � Compatibilizar as despesas sujeitas ao regime de adiantamento aos ditames da Lei nº 4.320/64 e ao

Comunicado SDG nº 19/2010, a fim de garantir a transparência, economicidade e razoabilidade nos gastos públicos.

� Movimentar em conta vinculada a receita de royalties, de modo a evitar a falta de comprovação da adequada aplicação na finalidade a que se destinam os recursos, conforme estabelece o artigo 8º, parágrafo único, da Lei Fiscal;

� Observar o disposto no artigo 39, § 6º, da Constituição Federal; � Dar efetivo cumprimento à ordem cronológica de pagamentos; � Envidar esforços para melhor gerir os estoques do Almoxarifado da Saúde, buscando reduzir as perdas

decorrentes da validade expirada de medicamentos; � Obedecer à disposição contida no inciso X, do artigo 37 da Carta Magna, quando da revisão anual dos

subsídios dos Agentes Políticos; � Regularizar a situação dos servidores do Executivo prestando serviços a outros órgãos públicos, especialmente

os cedidos sem prejuízo de seus vencimentos, atendendo ao artigo 62 da LRF; � Guardar consonância entre os dados informados pela origem e aqueles transmitidos ao Sistema Audesp; � Obedecer às Instruções nº 02/08, no que concerne ao prazo de envio de documentos a esta Corte.

Cumpre-nos registrar que as contas de 2013 (TC-1564/026/13) e de 2014 (TC-037/026/14), já foram apreciadas por este E. Tribunal, no entanto, transitaram em julgado somente em

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Fl. 99 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

2017, razão pela qual, a nosso ver, não houve tempo suficiente à municipalidade para adoção das recomendações exaradas à margem dos Pareceres, o que será objeto de verificação na próxima fiscalização in loco.

D.5.1. PARECERES DOS TRÊS ÚLTIMOS EXERCÍCIOS

Exercício Processo Parecer

2015 2129/026/15 Tramitando

2014 37/026/14 Favorável com ressalvas

2013 1564/026/13 Favorável

PERSPECTIVA E – RESTRIÇÕES DE ÚLTIMO ANO DE MANDATO

E.1. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

E.1.1. DOIS ÚLTIMOS QUADRIMESTRES – COBERTURA MONETÁRIA PARA DESPESAS EMPENHADAS e LIQUIDADAS

O quadro a seguir demonstra a apuração do art. 42 da Lei

de Responsabilidade Fiscal:

2016

Disponibilidades de Caixa em 30.04 243.433.727,46 Saldo de Restos a Pagar em 30.04ar Liquidados em 30.04 30.953.414,03

Empenhos liquidados a pagar em 30.04 236.151.992,90

Iliquidez em 30.04 (23.671.679,47)

Disponibilidades de Caixa em 31.12 181.688.640,52 Saldo de Restos a Pagar em 31.12Liquidados em 31.12 329.281.745,88

Cancelamentos de empenhos liquidados -

Cancelamentos de Restos a Pagar Processados 84.558,24

Despesas do exercício em exame empenhadas no próximo 3.867.367,23

Iliquidez em 31.12 (151.545.030,83)

Evolução da liquidez entre 30.04 e 31.12 do exercício de:

- Disponibilidades de caixa em 30/04 no valor de R$ 268.148.665,54 menos

consignações no valor de R$ 24.714.938,08, totalizando R$ 243.433.727,46.

Disponibilidades de caixa em 31/12 no valor de R$ 231.566.108,40 menos

consignações no valor de R$ 49.877.467,88, totalizando R$ 181.688.640,52.

Demonstrativo e balancetes constantes no Doc. 114.

- Demais dados conforme demonstrativo e balancetes constantes no Doc. 114.

Preliminarmente, informamos que os dados acima foram

preenchidos com documentos fornecidos pela Origem durante a

fiscalização in loco, uma vez que não estão convergentes com o

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Fl. 100 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

apurado pelo Sistema Audesp, o qual também apurou uma situação

desfavorável, porém, com valores diferentes em 30/04

(disponibilidade líquida de R$ 904.996,10) e 31/12,

(indisponibilidade líquida de R$ 260.471.852,78), conforme

demonstrativo existente no Doc. 114 – pág. 14.

Assim, de acordo com o quadro supra, houve uma evolução

da situação de iliquidez em 31/12 (R$ 151.545.030,83) quando

comparada com a posição de 30/04 (R$ 23.671.679,47), demonstrando

desatendimento ao artigo 42 da LRF.

Com base no art. 59, § 1º, V, da Lei de Responsabilidade

Fiscal, a Prefeitura foi alertada, por 08 (oito) vezes, sobre

possível descumprimento da norma fiscal em análise. Vide

notificações de alertas do Audesp no Doc. 04.

E.1.2. DESPESA DE PESSOAL NOS ÚLTIMOS 180 (CENTO E OITENTA) DIAS DO MANDATO.

2016

Mês Despesas de Pessoal Receita Corrente Líquida % Parâmetro06 1.815.988.415,26 3.762.973.309,11 48,2594%07 1.793.508.751,23 3.802.717.589,62 47,1639%08 1.814.804.672,26 3.789.220.315,92 47,8939%09 1.835.710.437,92 3.796.442.512,64 48,3534%10 1.853.720.012,76 3.807.236.809,54 48,6894%11 1.913.273.759,49 3.858.795.697,25 49,5821%12 1.947.214.584,93 3.796.101.025,25 51,2951%

3,04%

48,2594%

Aumento de despesas nos últimos 180 dias do mandato em:

Despesas de Pessoal nos últimos 180 dias do mandato no exercício de:

- Despesas de Pessoal conforme demonstrativos da Origem contidos no Doc. 115,

uma vez que tais valores não estavam convergentes com aqueles apurados pelo

Sistema Audesp (vide Doc. 115.1 – pág. 6).

- RCL de acordo com o Sistema Audesp, uma vez que os valores não convergiam com

aqueles apresentados pela Origem. Nesse sentido, vide comentário no item B. 2.1

deste relatório de contas.

Evidenciado no quadro anterior, o aumento da taxa da

despesa de pessoal nada tem a ver com atos de gestão expedidos a

partir de 5 de julho de 2016; tal incremento provém de leis

editadas antes do presente lapso de vedação, restando por isso

atendido o artigo 21, parágrafo único da Lei de Responsabilidade

Fiscal.

Nesse sentido, vide também informação da Origem, contida

no Doc. 115 – pág. 11/12, esclarecendo os motivos do aumento

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Fl. 101 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

ocorrido nas despesas com pessoal nos últimos 6 (seis) meses do

exercício de 2016.

Com base no art. 59, § 1º, V, da Lei de Responsabilidade

Fiscal, a Prefeitura foi alertada, por 05 (cinco) vezes sobre

possível descumprimento da norma fiscal em análise (Doc. 04).

E.1.3 OPERAÇÃO DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA – ARO

O Município não realizou esse empréstimo

extraorçamentário, conformando-se ao art. 38, IV, “b” da Lei de Responsabilidade Fiscal (Doc. 29).

E.2 LEI ELEITORAL (nº 9.504, de 1997)

E.2.1 ALTERAÇÕES SALARIAIS

A partir de abril, as alterações remuneratórias se limitaram à inflação do período cumprindo-se o art. 73, VIII da Lei Eleitoral.

De acordo com a Lei Complementar nº 151, de 16 de junho

de 2016 (evento 34.21), houve reajuste dos salários em 9,33%,

sendo: 5% a partir de 1º de maio de 2016 e 4,33% a partir de 1º de

setembro de 2016.

Ressaltamos que, de acordo com a declaração do Diretor de

Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de Campinas (evento

34.21), o reajuste originou-se de negociação coletiva homologada

por sentença judicial prolatada pelo MM. Juiz Dr. Wagner Roby

Gidaro (Processo nº 1019975-81.2016.8.26.0114).

E.2.2 DESPESAS COM PUBLICIDADE E PROPAGANDA OFICIAL

A partir de 7 de julho, o Município não empenhou gastos

de publicidade, atendendo ao art. 73, VI, “b” da Lei nº. 9.504, de

1997.

No primeiro semestre de 2016, os gastos liquidados de

publicidade não superaram a média dos gastos no primeiro semestre

dos três últimos exercícios financeiros (2013 a 2015). Nesse

contexto, atendeu a Origem ao art. 73, VII da Lei Eleitoral.

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Fl. 102 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Média apurada entre os três primeiros semestres dos exercícios anteriores 7.723.295,26

Publicidade em ano eleitoral

1º semestre/2013 1º semestre/2014 1º semestre/2015 1º semestre/2016

7.099.953,35

DESPESAS DO EXERCÍCIO INFERIORES À MEDIA EM: -623.341,91

Despesas 2.754.691,04 6.964.117,63 13.451.077,12

Semestres:

ADMINISTRAÇÃO DIRETA

DESPESAS LIQUIDADAS COM PUBLICIDADE EM ANO ELEITORAL SEMESTRES 1º semestre/2013 1º semestre/2014 1º Semestre/2015 1º semestre/2016

DESPESAS

LIQUIDADAS R$ 2.593.728,01 R$ 6.113.760,27 R$ 9.214.671,18 R$ 5.320.461,84

- Demonstrativo (evento 34.22).

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

DESPESAS LIQUIDADAS COM PUBLICIDADE EM ANO ELEITORAL ÓRGÃO 1º semestre/2013 1º semestre/2014 1º Semestre/2015 1º semestre/2016

SETEC R$ 16.295,77 R$ 10.609,62 R$ 1.333,10 R$ 61.955,04

FUMEC R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 553,14 R$ 1.567,23

IMA R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 25.300,00 R$ 0,00

SANASA R$ 128.064,62 R$ 779.617,78 R$ 4.135.373,70 R$ 1.673.551,24

CEASA R$ 16.602,64 R$ 60.129,96 R$ 73.846,00 R$ 42.418,00

TOTAIS R$ 160.963,03 R$ 850.357,36 R$ 4.236.405,94 R$ 1.779.491,51

- Demonstrativos (evento 34.22).

Cumpre-nos informar que os demais Órgãos da Administração

Indireta de Campinas efetuaram apenas despesas com publicidade

legal (eventos 34.22 e 34.23).

E.2.3 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DE BENS, VALORES E BENEFÍCIOS No período examinado, a Prefeitura criou novos programas

de distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios fiscais. E.3 VEDAÇÃO DA LEI Nº 4.320, DE 1964

No último mês de mandato, a Prefeitura não empenhou mais

do que um duodécimo da despesa prevista atendendo o art. 59, § 1º

da Lei nº 4.320/64. Vide relação de empenhos no Doc. 116.

SÍNTESE DO APURADO

ITENS

Resultado da execução orçamentária (déficit) 7,36%

Percentual de investimentos 2,69%

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Fl. 103 TC-4421/989/16

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

Despesa de pessoal em dezembro de 2016 51,30%

Percentual aplicado na Educação Infantil e no Ensino Fundamental (artigo 212 CF) 26,47% (*)

Percentual do FUNDEB aplicado na valorização do Magistério (60%) 91,11%

Total do FUNDEB aplicado em 2016 98,64%

Se diferida, a parcela residual (de até 5%) foi aplicada até 31.03 do exercício subsequente?

SIM

Percentual aplicado na Saúde 27,30%

Foi suficiente o pagamento/depósito de precatórios judiciais (Regime Ordinário)? PREJUDICADO

Foi suficiente o pagamento/depósito de precatórios judiciais (Regime Especial Anual/Mensal)?

SIM

Foi suficiente o pagamento de requisitórios de baixa monta? NÃO

Efetuados os recolhimentos ao Regime Geral de Previdência Social (INSS)? SIM

Efetuados os recolhimentos ao Regime Próprio de Previdência Social? PARCIAL (**)

O repasse à Câmara de Vereadores atendeu ao limite constitucional? SIM

Atendido o artigo 42, da LRF? NÃO

Atendido o artigo 21, parágrafo único, da LRF? SIM

(*) Se considerados os gastos com inativos do ensino, realizados por meio das transferências financeiras para cobertura do Fundo Financeiro do CAMPREV, sem autorização na Lei Orçamentária Anual, o percentual de aplicação seria de 29,18%. (**) Considerando que houve recolhimentos parciais e posterior parcelamento, em que pese a certidão de regularidade expedida pelo CAMPREV.

CONCLUSÃO Observada a instrução constante no artigo 24 da LC nº

709/93, a Fiscalização, em conclusão a seus trabalhos, aponta as seguintes ocorrências: A.1. PLANEJAMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS - O Anexo de Prioridades e Metas da LDO não estabelece, por ação de governo, os custos estimados; - O Município não editou o Plano de Mobilidade Urbana; - Cumprimento parcial da legislação relativa à pessoa com deficiência e as normas de acessibilidade vigentes. A.2. CONTROLE INTERNO: - O Sistema de Controle Interno não foi regulamentado; - O Sistema de Controle Interno não produz relatórios periódicos quanto às suas funções institucionais, lacuna que desatende aos artigos 31 e 74 da Constituição. A.5. FISCALIZAÇÃO ORDENADA

� TRANSPARÊNCIA: - A municipalidade ainda não adotou todas as providências

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIDADE REGIONAL DE ARARAS – UR - 10

necessárias para corrigir as falhas consignadas pela fiscalização.

� RESÍDUOS SÓLIDOS:

- O Município não constituiu o Conselho de Resíduos Sólidos, sob o argumento de que o COMDEMA já desempenha atribuições inerentes àquele conselho; - O Município não aprova e nem fiscaliza os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos das Atividades Agrossilvopastoris. B.1.1. RESULTADO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA - O déficit da execução orçamentária correspondeu a 7,36%, proveniente da superestimativa da receita, aumentando o déficit financeiro do exercício anterior, mesmo tendo sido alertado por 05 (cinco) vezes por esta Corte de Contas. B.1.2. RESULTADOS FINANCEIRO, ECONÔMICO E SALDO PATRIMONIAL - Resultado financeiro negativo. B.1.3. DÍVIDA DE CURTO PRAZO - A Prefeitura não possui liquidez face aos compromissos de curto prazo. B.2.1. ANÁLISE DOS LIMITES E CONDIÇÕES DA LRF - Divergência de valores entre a RCL calculada pela Origem e aquela calculada pelo Sistema Audesp. B.2.2. DESPESA DE PESSOAL - Inclusões da Fiscalização em razão de divergências entre os valores da Origem e aqueles apurados pelo Sistema Audesp. - No encerramento do exercício, após ajustes da fiscalização, a despesa de pessoal encontrava-se no limite prudencial previsto no parágrafo único do artigo 22 da LRF. B.3.1. ENSINO

B.3.1.1.3. AJUSTES: DESPESAS COM RECURSOS PRÓPRIOS - Inclusão de despesa com PASEP (R$ 9.880.662,30), empenhada na dotação orçamentária pertencente a encargos gerais do Município. - Exclusões no valor de R$ 25.929.822,98 e R$ 2.715.023,54, relativos a Restos a Pagar com recursos próprios cujo pagamento não foi realizado até 31.01.2017 e remunerações de depósitos bancários em contas de MDE. B.3.1.2. DEMAIS ASPECTOS RELACIONADOS À EDUCAÇÃO - O Município não atingiu as metas do IDEB previstas para os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental; - O Município possui déficit de 20.633 vagas na Rede Municipal de

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Fl. 105 TC-4421/989/16

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Ensino, correspondente a 32,62% das vagas disponíveis. B.3.2. SAÚDE B.3.2.1. AJUSTES DA FISCALIZAÇÃO: - Glosa de R$ 46.857.293,33, relativa a Restos a Pagar liquidados não pagos em 31.01.2017 (R$ 46.315.665,68), cancelamentos de Restos a Pagar (R$ 7.084,56) e Restos a Pagar não liquidados pendentes em 31.12.2016 sem lastro na conta específica da saúde (R$ 534.543,09).

B.3.2.2. OUTROS ASPECTOS DO FINANCIAMENTO DA SAÚDE MUNICIPAL: - Não foram disponibilizadas à fiscalização as atas das reuniões realizadas pelo Conselho Municipal de Saúde, razão pela qual não foi possível verificar se o conselho vem atendendo às atribuições que lhe foram conferidas pelo art. 41 da Lei Complementar nº 141/2012.

B.3.3.1. ILUMINAÇÃO PÚBLICA:

- Os recursos da CIP não foram movimentados em contas específicas; - O Município não assumiu os ativos da iluminação pública; - Os extratos bancários apresentados pela Origem demonstrando os valores arrecadados com a contribuição não são compatíveis com os números apresentados nos demonstrativos contábeis; - A Origem não informou se houve o detalhamento discriminado dos ativos para a necessária incorporação patrimonial.

B.3.3.2. MULTAS DE TRÂNSITO: - A Prefeitura não apresentou informações relativas à arrecadação e aplicação dos recursos oriundos das multas de trânsito. Todavia, há que se destacar que a EMDEC é a entidade responsável pela arrecadação e administração das multas de trânsito no município. B.3.3.3. CIDE: - Não foi possível verificar se a receita foi aplicada tal prescrevem os artigos 1º-A e 1º-B da Lei nº 10.336/2001. Todavia, os recursos arrecadados serão transferidos à EMDEC, responsável pela aplicação dos recursos arrecadados, mediante Termo de Cooperação a ser assinado. B.3.3.4. ROYALTIES: - Divergência entre a receita arrecadada e aquela informada nas movimentações bancárias; - Os recursos arrecadados não são movimentados em contas específicas, ficando configurado, a nosso ver, o desvio de finalidade combatido no art. 8º, parágrafo único, da LRF; - A Prefeitura não apresentou os extratos da conta bancária utilizada para a movimentação dos recursos.

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B.4. PRECATÓRIOS B.4.1.1. REGIME ESPECIAL ANUAL - Divergência de valores entre as informações prestadas pelo Município e as constantes do TJ/DEPRE. - Requisitórios de Baixa Monta pendentes de pagamento em 31 de dezembro de 2016. - O Balanço Patrimonial e suas respectivas notas explicativas não registram informações relacionadas aos valores pendentes de pagamento para os Requisitórios de Baixa Monta. B.4.1.2. QUITAÇÃO DE PRECATÓRIOS ATÉ 2020 (STF) - O valor dos depósitos até o presente exercício seria insuficiente para a quitação do estoque de precatórios até 2020. - O Balanço Patrimonial não registra corretamente as pendências judiciais. B.5.1. ENCARGOS - Recolhimentos parciais ao RPPS, tendo sido objeto de parcelamento ao final do exercício. - Recolhimento em atraso de INSS e FGTS. - As amortizações de parcelamentos do PASEP e do INSS, ocorridas durante o exercício, foram insuficientes para a redução do saldo devedor da dívida. - Não foi esclarecido o fato ter ocorrido um reparcelamento de contribuições ao RPPS no valor de R$ 162.216,18, quando o saldo devedor em abril de 2016 era de R$ 1.692.942,00. B.5.2. SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍTICOS:

- A Lei Complementar Municipal nº 151/2016, que reajustou o salário dos servidores públicos municipais em 9,33%, não faz menção expressa ao reajuste dos subsídios dos agentes políticos; - Possível pagamento indevido da fração correspondente ao RGA aplicado aos subsídios dos agentes políticos em 2016. B.5.3. DEMAIS DESPESAS ELEGÍVEIS PARA ANÁLISE

I) Adiantamentos realizados pela Secretaria Municipal de

Cidadania, Assistência e Inclusão Social - SMCAIS: - Desatendimento ao art. 68 da Lei Federal nº 4.320/64. - Pendiam de exame da Coordenadoria Setorial de Contas a Pagar. - Inexistência de Pesquisa de Preço quando das aquisições de produtos/serviços.

II) Adiantamentos realizados pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer – Fundo de Assistência ao Desporto Amador - FADA: - Ausência de elementos para averiguar se os gastos estão compatíveis com a quantidade de atletas.

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- Inexistência de Pesquisa de Preços quando das aquisições de produtos/serviços. - Não há documentos que demonstrem a quantidade diária servida e a justificativa para as refeições e lanches realizados fora do alojamento. - Ausência de balancetes e/ou extratos bancários para demonstrar a movimentação financeira. - Possível aprovação da prestação de contas pelo Conselho Diretor do Fundo de Assistência ao Desporto Amador sem a observação do §1º do art. 11 do Decreto nº 17.094 de 10 de junho de 2010. - Utilização de veículo particular (pertencente ao tesoureiro) sem autorização formal da municipalidade para atender as necessidades durante a participação dos Jogos. B.6. TESOURARIA, ALMOXARIFADO E BENS PATRIMONIAIS:

B.6.2 ALMOXARIFADO Almoxarifado da Educação: - Ausência de controles efetivos no gerenciamento dos estoques, dificultando conferência e aferição. - Existência de fezes de aves em alguns produtos estocados. Almoxarifado da Saúde: - Divergência entre o estoque físico e o controle de estoque de alguns medicamentos. - Existência de medicamentos com prazo de validade vencido. - Perda de medicamentos em razão de umidade, possivelmente água de chuva. - Existência de um gerador inoperante por falta de instalação.

B.6.3 BENS PATRIMONIAIS - Os números expressados no inventário de bens móveis apresentado pela Origem não são compatíveis com aqueles levados ao Balanço Patrimonial; - O inventário de bens imóveis apresentado pela entidade não possui elementos suficientes que possam permitir o seu confronto com aqueles expressados no Balanço Patrimonial. B.7. TRANSFERÊNCIA À CÂMARA DOS VEREADORES - Repasses ocorridos após o dia 20, a nosso ver, em desacordo com o artigo 168 da Constituição Federal. B.8. ORDEM CRONOLÓGICA DE PAGAMENTOS - Desatendimento à Ordem Cronológica de Pagamentos. C.1. FORMALIZAÇÃO DAS LICITAÇÕES, INEXIGIBILIDADES E DISPENSAS - Informações dos empenhos transmitidos para o Sistema Audesp com classificação indevida de modalidade de licitação e ausência de

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histórico, ou históricos imprecisos ou incompletos, prejudicando os trabalhos de planejamento da fiscalização e não condizentes com os princípios da transparência e da publicidade. C.2.3 EXECUÇÃO CONTRATUAL: - Até o encerramento da fiscalização in loco, ainda não havia sido emitido o Termo de Recebimento Definitivo das obras contratadas por meio da Tomada de Preços nº 03/2015, em que pese o Termo de Recebimento Provisório ter sido emitido em 20 de dezembro de 2016. C.2.5. CONTRATOS DE CONCESSÃO / PERMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS / PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADA (PPP):

- A Origem não informou se foram editados novos atos regulamentando a Lei Municipal nº 11.828/03, prejudicando a análise da fiscalização. D.1. CUMPRIMENTO DAS EXIGÊNCIAS LEGAIS

- A página eletrônica da Prefeitura Municipal não disponibiliza as informações de repasses a entidades do 3º setor de maneira que possibilite o fácil acesso ao cidadão; - Os dados relativos aos valores dos subsídios e da remuneração dos cargos públicos não contém os nomes dos servidores. Demais disso, a consulta individual (por servidor) só é possível mediante a inserção de informações pessoais do usuário (Nome, CPF e data de nascimento);

D.2. FIDEDIGNIDADE DOS DADOS INFORMADOS AO SISTEMA AUDESP: - Divergências entre os dados constatados na fiscalização in loco e aqueles informados pela Origem ao Sistema AUDESP; D.3.1. QUADRO DE PESSOAL - Existência de cargos em comissão que, a nosso ver, não possuem características de direção, chefia e assessoramento. D.3.2. SERVIDORES COM FÉRIAS VENCIDAS - Servidores com férias vencidas desde o período de 2007/2009, sendo que alguns com cinco períodos ou mais acumulados.

D.3.3. HORAS EXTRAS - Pagamento de horas extras acima do permissivo legal, casos de servidores com mais de 100 horas extras/mês. D.3.4 – SERVIDORES CEDIDOS A OUTROS ÓRGÃOS PÚBLICOS - Existência de servidores à disposição de outros órgãos da Administração Pública Direta e Indireta, na esfera federal, estadual e municipal, sem prejuízo de vencimentos e vantagens. Situação reincidente em relação a exercícios anteriores. D.3.5 – POSSÍVEL DESCUMPRIMENTO DO TETO CONSTITUCIONAL COM RELAÇÃO À REMUNERAÇÃO DOS PROCURADORES MUNICIPAIS

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Fl. 109 TC-4421/989/16

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- Fixação da remuneração através de Decreto Municipal, a nosso ver, em desacordo com o inciso X do artigo 37 da Constituição Federal; - Não foi observado o teto remuneratório do Prefeito Municipal, a nosso ver, descumprindo o inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal. D.4. DENÚNCIAS/REPRESENTAÇÕES/EXPEDIENTES - Expediente eTC-13927/989/16-0: procedência com relação à inadimplência da Prefeitura com relação aos pagamentos e possível inobservância da cronologia de pagamentos. - Expediente eTC-14456/989/16-9: procedência relação à falta de pagamento e quebra na cronologia de pagamentos.

- Expediente eTC-14968/989/16-0: procedência parcial com relação à Lei de Acesso a informações.

- Expediente eTC-15408/989/16-8: procedência com relação à ausência de pagamentos e violação da ordem cronológica.

- Expedientes eTC-16101/989/16-8 e eTC-219/989/17-5: procedência parcial com relação a atrasos nos pagamentos e quebra da ordem cronológica de pagamentos.

- Expediente eTC-17154/989/16-4: procedência parcial – pagamentos intempestivos e quebra da ordem cronológica de pagamentos.

- Expedientes eTC-1239/989/17-1 e eTC-1257/989/17-8: procedência parcial com relação à ausência de pagamentos.

- Expediente eTC-3778/989/17-8: procedência parcial com relação à inadimplência de pagamentos de notas fiscais.

- Expediente eTC-30238/026/16: procedência parcial com relação a pagamento extemporâneo de nota fiscal.

- Expediente eTC-19764/989/16-6: procedência parcial com relação pagamento intempestivo de nota fiscal e descumprimento da ordem cronológica de pagamentos.

- Expediente eTC-10419/989/17-3: procedência parcial com relação a pagamentos intempestivos de notas fiscais.

- Expediente TC-436/010/16: Instauração de Processo Administrativo Disciplinar visando a apuração de conduta de servidor público por prática, em tese, de crime de improbidade administrativa, concluindo pela demissão do servidor público.

- Expediente eTC-10981/989/16-3: procedência parcial, tendo em vista pagamentos intempestivos e quebra na ordem cronológica de pagamentos.

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- Expediente TC-036/010/17: procedência parcial com relação a irregularidades no controle de frequência e acúmulos de cargos de servidora municipal. D.5. ATENDIMENTO À LEI ORGÂNICA, INSTRUÇÕES E RECOMENDAÇÕES DO TRIBUNAL: - Atendimento parcial às Recomendações do Tribunal. E.1.1. DOIS ÚLTIMOS QUADRIMESTRES – COBERTURA MONETÁRIA PARA DESPESAS EMPENHADAS e LIQUIDADAS - Evolução da situação de iliquidez em 31/12 quando comparada com a posição de 30/04, demonstrando desatendimento ao artigo 42 da LRF, mesmo tendo sido alertado por 08 (oito) vezes por esta Corte de Contas.

À consideração de Vossa Senhoria. UR-10-Araras, em 05 de julho de 2017.

Hércules Viviani Agente da Fiscalização

Luiz Roberto da Silva Oliveira Agente da Fiscalização

(deixou de assinar por estar em gozo de férias)

Antonio Carlos F. Alves Chefe Técnico da Fiscalização

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