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1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Relatório parcial para auxílio de pesquisa Projeto Agrisus Nº: 2661/19 Título da pesquisa: Recuperação da qualidade física e promoção da fertilidade de solos intensamente culti- vados para produção de silagem na pecuária leiteira Interessado (coordenador do projeto): Amanda Posselt Martins, Engenheira Agrônoma, Mestre e Doutora em Ciência do Solo, Professora Adjunta do Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia da UFRGS. Tel: +55 51 33086838. Cel: +55 51 991228382. E-mail: [email protected]. Instituição: Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia da UFRGS. Endereço: Av. Bento Gonçal- ves, nº 7712, CEP 91540-000, Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil. Tel: +55 51 33086040. E-mail: [email protected]. Local da pesquisa: Granja Piccinini, município de Roca Sales, região do Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, Brasil Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 9.797,00 (nove mil setecentos e noventa e sete reais) Vigência do projeto: 26/03/2019 até 01/04/2021 1. Introdução o leite é um dos produtos mais importantes para a economia agropecuária do Brasil, com grande aumento da demanda de consumo nos últimos anos e, consequentemente, da produção. Segundo dados do IBGE, em 10 anos, esse aumento foi de 2,5 vezes no Brasil; enquanto no RS foi de 5 vezes, majoritariamente em regiões de vale, caracterizadas por pequenas propriedades rurais, de mão-de-obra familiar e diversifica- das na produção pecuária (leite, suínos e aves). No entanto, na pecuária leiteira, se tem por base a necessi- dade de produção de volumoso para alimentação do rebanho dentro da propriedade rural. Cerca de 85% das propriedades leiteiras do Sul do Brasil fazem uso da silagem em algum momento do ano para alimentação das vacas. A mais comumente utilizada é a de milho, que possui um elevado custo de produção e, muitas vezes, baixos rendimentos. As principais causas de baixos rendimentos estão relacio- nadas aos fatores de solo, como a ausência da correção da acidez do solo e da adoção de práticas conser- vacionistas de manejo do solo (com uso de plantas de cobertura e sem pousio hibernal), além do uso de grades, e não escarificadores, para promover a descompactação (causada pelo intenso tráfego de máquinas). Diante do panorama, o presente projeto de pesquisa propõe investigar diferentes sistemas de produ- ção de silagem de milho para desenvolvimento de uma pecuária leiteira sustentável na região do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. Os sistemas de produção contemplados na pesquisa buscam a recuperação da qualidade do solo a partir da calagem, cultivo de plantas hibernais de cobertura e escarificação do solo, impactando na sustentabilidade econômica, social e ambiental, conforme demonstrado na Figura 1. O objetivo da pesquisa é avaliar como e quanto diferentes manejos do solo e plantas de cobertura de outono-inverno alteram a qualidade (química, física e biológica) do solo a fim de repercutir no rendimento de silagem de milho de planta inteira; e indicar sistemas (combinações dos manejos do solo e das plantas de cobertura de outono-inverno) que acarretam em maior sustentabilidade de propriedades rurais da região Sul do Brasil com características similares à região do estudo, a fim de recuperar ou manter a capacidade produ- tiva do solo e produzir silagem para atender as necessidades da pecuária leiteira.

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Agronomia Departamento de Solos

Relatório parcial para auxílio de pesquisa

Projeto Agrisus Nº: 2661/19 Título da pesquisa: Recuperação da qualidade física e promoção da fertilidade de solos intensamente culti-vados para produção de silagem na pecuária leiteira Interessado (coordenador do projeto): Amanda Posselt Martins, Engenheira Agrônoma, Mestre e Doutora em Ciência do Solo, Professora Adjunta do Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia da UFRGS. Tel: +55 51 33086838. Cel: +55 51 991228382. E-mail: [email protected]. Instituição: Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia da UFRGS. Endereço: Av. Bento Gonçal-ves, nº 7712, CEP 91540-000, Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil. Tel: +55 51 33086040. E-mail: [email protected]. Local da pesquisa: Granja Piccinini, município de Roca Sales, região do Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, Brasil Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 9.797,00 (nove mil setecentos e noventa e sete reais) Vigência do projeto: 26/03/2019 até 01/04/2021

1. Introdução

o leite é um dos produtos mais importantes para a economia agropecuária do Brasil, com grande aumento da demanda de consumo nos últimos anos e, consequentemente, da produção. Segundo dados do IBGE, em 10 anos, esse aumento foi de 2,5 vezes no Brasil; enquanto no RS foi de 5 vezes, majoritariamente em regiões de vale, caracterizadas por pequenas propriedades rurais, de mão-de-obra familiar e diversifica-das na produção pecuária (leite, suínos e aves). No entanto, na pecuária leiteira, se tem por base a necessi-dade de produção de volumoso para alimentação do rebanho dentro da propriedade rural.

Cerca de 85% das propriedades leiteiras do Sul do Brasil fazem uso da silagem em algum momento do ano para alimentação das vacas. A mais comumente utilizada é a de milho, que possui um elevado custo de produção e, muitas vezes, baixos rendimentos. As principais causas de baixos rendimentos estão relacio-nadas aos fatores de solo, como a ausência da correção da acidez do solo e da adoção de práticas conser-vacionistas de manejo do solo (com uso de plantas de cobertura e sem pousio hibernal), além do uso de grades, e não escarificadores, para promover a descompactação (causada pelo intenso tráfego de máquinas).

Diante do panorama, o presente projeto de pesquisa propõe investigar diferentes sistemas de produ-ção de silagem de milho para desenvolvimento de uma pecuária leiteira sustentável na região do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. Os sistemas de produção contemplados na pesquisa buscam a recuperação da qualidade do solo a partir da calagem, cultivo de plantas hibernais de cobertura e escarificação do solo, impactando na sustentabilidade econômica, social e ambiental, conforme demonstrado na Figura 1. O objetivo da pesquisa é avaliar como e quanto diferentes manejos do solo e plantas de cobertura de outono-inverno alteram a qualidade (química, física e biológica) do solo a fim de repercutir no rendimento de silagem de milho de planta inteira; e indicar sistemas (combinações dos manejos do solo e das plantas de cobertura de outono-inverno) que acarretam em maior sustentabilidade de propriedades rurais da região Sul do Brasil com características similares à região do estudo, a fim de recuperar ou manter a capacidade produ-tiva do solo e produzir silagem para atender as necessidades da pecuária leiteira.

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Figura 1. Modelo concei-tual, desenvolvido pela equipe do presente pro-jeto de pesquisa, que re-presenta a problemática dos sistemas de produ-ção de leite em pequenas propriedades rurais do Sul do Brasil, demons-trando a importância do manejo do sistema na ca-pacidade produtiva do solo, na produção vegetal e na produção animal e, consequentemente, na sustentabilidade econô-mica, social e ambiental da atividade.

2. Material & Métodos 2.1. Local e delineamento experimental

O experimento vem sendo conduzido desde abril de 2018 na propriedade da Família Piccinini, no município de Roca Sales (29º15'27"S, 51º50'39"O), que fica localizado na microrregião de Lajeado-Estrela, no Vale do Taquari, Rio Grande do Sul. O solo do local é um Cambissolo Háplico (28% de argila na camada superficial), com declividade média de 8%, alta compactação superficial e teores de P, K, Cu e Zn classifica-dos como muito altos – situação típica da grande maioria dos solos da região, devido ao intenso tráfego de máquinas e aplicação de dejeto bovino e suíno.

Em abril de 2018, a área foi dessecada para demarcação dos limites de cada tratamento. Em seguida, houve implantação das plantas de cobertura. Os tratamentos principais (parcelas 60 x 12,5 m) são compostos por formas de manejo do solo, relacionadas à correção de sua acidez (calagem superficial) na implantação do experimento e mobilização, sendo: 1) plantio direto sem calagem; 2) plantio direto com calagem; 3) plantio direto com calagem e com escarificação a cada quatro anos e 4) plantio direto com calagem e com escarifi-cação anual. Sobre esses tratamentos principais foram alocados os tratamentos secundários (subparcelas 12,5 x 5 m), relacionados às plantas de cobertura de outono-inverno: 1) aveia (Avena spp.); 2) consórcio aveia + ervilhaca comum (Vicia sativa); 3) nabo (Raphanus sativus); e 4) pousio (plantas espontâneas). O delinea-mento experimental é o de blocos casualizados, dispostos em parcelas subdivididas, com três repetições (Figura 2). Ao final do ciclo das plantas de cobertura, é realizado o manejo das mesmas através de desseca-ção e/ou roçada, em pré-semeadura da cultura do milho (Zea mays) para silagem, que é cultivado de uma a duas vezes por ano, dependendo das condições meteorológicas.

Figura 2. Vista aérea da área experimental (inverno de 2018, Roca Sales, Rio Grande do Sul), com alocação das parcelas relativas à combina-ção dos manejos de solo e das plantas de cobertura de outono-inverno.

Legenda: Av = Aveia; Calc = Calagem su-perficial; Erv = Ervi-lhaca; Esc = Escarifi-cação.

Escarificação Plantas de cobertura

Atributos físicos(porosidade, densidade,

capacidade de reter H2O)

Atributos químicos(acidez, disponibilidade de

nutrientes, elementos tóxicos)

Atributos biológicos(atividade microbiana, atividade

enzimática, matéria orgânica)

Calagem

Capacidade produtiva

Produtividade do milho silagem

Alimentação das vacas

Renda do produtor rural

Produção de leite

Atmosfera(temperatura do ar,

radiação, pluviosidade)

Produção de dejeto

Interação com

o solo e os

mananciais

hídricos

SoloCondições

edafoclimáticas

Produção vegetal

Produção animal

Sustentabilidade econômica

Sustentabilidade ambiental

Permanência na atividade e sucessão familiar

Sustentabilidade social

Manejo do sistema

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A calagem foi realizada apenas no início do experimento, numa dosagem de 3 t/ha (PRNT = 68%). A escarificação, quando adotada, precede a semeadura das plantas de cobertura, ocorrendo anualmente ou a cada 4 anos conforme o tratamento. A profundidade das hastes é de aproximadamente 30 cm. Como para o primeiro ano de experimento os sistemas de manejo escarificação anual e escarificação a cada 4 anos são equivalentes, os resultados foram agrupados em termos de sistema com ou sem escarificação. A diferencia-ção se dará apenas nos anos subsequentes do experimento.

2.2. Condução do experimento A condução do experimento corresponde aos manejos das plantas de cobertura e do milho silagem,

abrangendo semeadura e dessecação ao final do ciclo de produção. Em 2018, a semeadura das plantas hibernais de cobertura foi feita a lanço seguido de gradagem leve. Em 2019, a semeadura de aveia e consór-cio aveia-ervilhaca foi mecanizada com espaçamento de aproximadamente 18 cm, enquanto o nabo foi se-meado a lanço seguido da passagem da semeadora sem sementes, visando aumentar a área de contato das sementes com o solo. As cultivares e a densidade de sementes das plantas de cobertura estão listadas na Tabela 1. Em 2018, a dessecação das plantas de cobertura foi realizada aplicando-se 3,5 L/ha de glifosato; e, em 2019, aplicando-se 3 L/ha de glifosato e 1 L/ha de 2,4-D.

Tabela 1. Densidade de sementes e estratégia de semeadura das plantas hibernais de cobertura utilizadas no experimento nos invernos de 2018 e 2019.

Planta de cobertura e cultivar

Densidade de sementes

Modo de semeadura

------------------------------------------------------------ Inverno de 2018 ---------------------------------------------------------

Aveia Ucraniana 80 kg/ha Manual a lanço, seguido de gradagem leve.

Aveia Ucranina + xErvilhaca SS Ametista

30 + 50 kg/ha Manual a lanço, seguido de gradagem leve.

Nabo Trado 15 kg/ha Manual a lanço, seguido de gradagem leve.

------------------------------------------------------------ Inverno de 2019 ---------------------------------------------------------

Aveia BRS Centauro 80 kg/ha Mecanizado, com espaçamento entre linhas de 18 cm.

Aveia BRS Centauro + Ervilhaca SS Ametista

30 + 50 kg/ha Mecanizado, com espaçamento entre linhas de 18 cm.

Nabo IPR 116 15 kg/ha Manual a lanço, seguido de passagem da semeadora vazia.

A semeadura do milho silagem foi mecanizada em ambos os anos, com espaçamento de 50 cm entre

linhas e espaçamento entre plantas variável em função da população de plantas desejada em cada ano. Foi realizada adubação de base e adubação de cobertura parcelada, seguindo recomendações do Manual de Calagem e Adubação para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As cultivares, população desejada, adubações e modo de semeadura estão listadas na Tabela 2; e, as doses de nitrogênio aplicadas e seu respectivo parcelamento, na Tabela 3.

Tabela 2. Cultivar, população desejada, e fonte de nitrogênio utilizada na adubação de base e nas adubações de cobertura do milho para silagem nos verões de 2018/2019 e 2019/2020.

Cultivar de milho

População desejada

Modo de semeadura

Fonte de nitrogênio utilizada

Adubação de base

1ª adubação de cobertura

2ª adubação de cobertura

----------------------------------------------------------- Verão de 2018/2019 -----------------------------------------------------

BM3066 76.000 plantas/ha

Mecanizado, com es-paçamento entre li-nhas de 50 cm

YaraBela (27% N, 5% Ca, 4% S)

Ureia comum (45% N)

Ureia comum (45% N)

----------------------------------------------------------- Verão de 2019/2020 -----------------------------------------------------

AG9025(1) 65.000 plantas/ha

Mecanizado, com es-paçamento entre li-nhas de 50 cm

YaraBela (27% N, 5% Ca, 4% S)

YaraBela (27% N, 5% Ca, 4% S)

Ureia comum (45% N) (previsto)

1 Inoculada com Azototal (Azospirillum brasilense).

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Tabela 3. Doses de nitrogênio (N) aplicadas e estádios de aplicação no milho para silagem nos verões de 2018/2019 e 2019/2020.

Cultura anteces-sora ao milho

Dose de N aplicada

Na adubação de base(1)

Na 1ª adubação de cobertura(2)

Na 2ª adubação de cobertura(3) Total

-------------------------------------------------------- Verão de 2018/2019 -------------------------------------------------------- Aveia 30 105 105 240 Aveia+Ervilhaca 20 105 105 230 Nabo 10 105 105 220 Pousio 20 105 105 230 -------------------------------------------------------- Verão de 2019/2020 -------------------------------------------------------- Aveia 30 105 105 (previsto) 240 Aveia+Ervilhaca 20 105 105 (previsto) 230 Nabo 20 105 105 (previsto) 230 Pousio 20 105 105 (previsto) 230

1 Realizada a lanço após a semeadura. 2 Realizada no estádio V3 a V5. 3 Realizada no estádio V7 a V9.

2.3. Avaliação do solo Nesse primeiro ano de avaliação, foram determinados alguns indicadores físicos e químicos de qua-

lidade do solo. Em relação aos indicadores físicos, em abril de 2019 foram medidas a resistência à penetração e a

densidade do solo. A resistência à penetração foi avaliada a campo, com penetrômetro portátil, até 20 cm de profundidade (5 subamostras por parcela). A densidade do solo foi avaliada nas camadas de 0-5 e 5-10 cm, com o uso de anéis volumétricos, secagem do solo a 105°C e posterior pesagem (2 subamostras por parcela).

Em relação aos indicadores químicos, em setembro de 2018 o solo foi amostrado nas camadas de 0-10 e 10-20 cm, para avaliação do pH (em água, relação 1:1), do índice SMP (estimativa indireta do H+Al), de P e K disponíveis (Mehlich 1), de Ca, Mg e Al trocáveis (KCl 1 mol/L) e de Cu e Zn disponíveis (HCl 0,1 mol/L). A partir dos resultados obtidos, foram calculados os seguintes índices relacionados à fertilidade do solo (Equações 1 a 4).

Soma de bases

Valor S = Ca2+ + Mg2+ + Na+ + K + (Equação 1)

Capacidade de Troca de Cátions potencial ou a pH 7,0

CTCpotencial = T = Valor S + (H+ + Al3+) (Equação 2)

Saturação por bases (%)

V = Valor S

Valor T× 100 (Equação 3)

Saturação por alumínio (%):

m =100 × Al3+

Valor S + Al3+ (Equação 4)

Além disso, foi realizada nova amostragem de solo para análise química após a colheita do milho

silagem do verão 2018/2019, em abril de 2019, nas camadas de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-30 cm. Essa época de amostragem será mantida com periodicidade anual. No entanto, para os próximos três anos serão coletadas as camadas de 0-10 e 10-20 cm, só coletando-se novamente com a estratificação de quatro camadas após o término do primeiro ciclo do experimento (quatro anos desde o estabelecimento).

2.4 Avaliação das plantas: matéria seca de produtividade e resíduos Em relação às plantas hibernais de cobertura, foi avaliada a produção de biomassa deixada sobre a

superfície do solo. Em relação ao milho silagem foi avaliada a produção de biomassa da planta inteira (corte a 60 cm acima da superfície do solo), para determinar a produtividade para silagem, e do resíduo (colmos) deixados no campo (corte rente à superfície do solo). Também foram avaliados a biomassa referente às plantas espontâneas que cresceram entre a colheita do milho e a semeadura das coberturas no ano de 2019. Todas avaliações foram compostas por 1 a 2 subamostras por parcela, com área total colhida de 0,25 a 1,00 m² por parcela.

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2.5. Análise estatística

Para apresentação parcial dos resultados, foi realizada uma análise de variância (ANOVA) seguida de um teste de comparação de médias (Tukey), ambos a 5% e significância. A apresentação dos resultados no item a seguir seguiu rigorosamente o critério estatístico de significância das fontes de variação (manejos do solo, plantas hibernais de cobertura e camadas de solo). Os seguintes modelos estatísticos serão utilizados na ANOVA:

a) Avaliações de planta: Yijk = μ + Bi + Mj + Erro a (ij) + Pk + MjPk + Erro b (ijk) Onde: μ = média geral do experimento; B = bloco (i = 1, 2, 3); M = manejos de solo (j = 1, 2, 3, 4); P

= plantas de cobertura de inverno (k = 1, 2, 3, 4) e Erro = erro experimental. b) Atributos de solo: Yijk = μ + Bi + Mj + Erro a (ij) + Pk + MjPk + Erro b (ijk) + Cl + Erro c (il) + MjCl + PkCl + MjPkCl + Erro

d (ijkl) Onde: μ = média geral do experimento; B = bloco (i = 1, 2, 3); M = manejos de solo (j = 1, 2, 3, 4); P

= plantas de cobertura de inverno (k = 1, 2, 3, 4); C = camada de solo (l = 1, 2, ...) e Erro = erro experimental.

3. Resultados e sua discussão

3.1. Indicadores físicos do solo

Conforme apresentado na Figura 3, em ambos os sistemas de manejo verifica-se aumento da resis-tência à penetração em profundidade, com valores ligeiramente superiores para o sistema com escarificação numa mesma profundidade do solo e para todas as plantas de cobertura hibernais, à exceção das parcelas com pousio de inverno.

A escarificação promove a ruptura de camadas compactadas subsuperficiais permitindo o desenvol-vimento de raízes em profundidade sem impedimentos físicos. No entanto, a interpretação dos resultados de penetrometria pode ser dificultada quando não há informações a respeito do teor de água e densidade do solo no momento da medição, tornando o indicador altamente variável e, portanto, dependente de maior nú-mero de repetições para compensar sua variabilidade.

Apesar de não haver consenso quanto ao valor de resistência crítica para o desenvolvimento de raí-zes, considera-se que tensões superiores a 2000 kPa representam prejuízo ao desenvolvimento de raízes, conforme verificado a partir de 15 cm de profundidade do solo, independentemente da escarificação.

Figura 3. Resistência à penetração do solo em função da profundidade nos sistemas de manejo com e sem escarificação (à esquerda) e média da camada 0-20 cm em função das plantas hibernais de cobertura (aveia, consórcio aveia-ervilhaca, nabo e pousio) (à direita) em área de produção de milho para silagem, após a sua colheita (abril de 2019). Área hachurada em verde representa o limite teórico de 2.000 kPa, onde não há restrição física ao desenvolvimento das plantas. A densidade do solo seguiu a mesma tendência observada para a resistência à penetração, com maiores valores na área com escarificação. No entanto, isso ocorreu apenas na camada de 0-5 cm e, logo na camada de 5-10 cm, os valores já invertem: menores valores de densidade na área com escarificação. Em relação à umidade do solo, em uma única avaliação realizada em abril de 2019, se verificou maior teor de água armazenado no solo quando da não realização da escarificação. Tais dados são apresentados na Figura 4. Dessa forma, no geral, infere-se preliminarmente que a escarificação tem demonstrado um efeito não po-sitivo nos indicadores físicos do solo, com exceção das áreas em pousio.

0

5

10

15

20

0 500 1000 1500 2000 2500

Pro

fun

did

ade

(cm

)

Resistência à penetração (kPa)

Sem escarificação

Com escarificação0

500

1000

1500

2000

Aveia Av.+Ervilhaca Nabo Pousio

kPa

Sem escarificação Com escarificação

Resistência à penetração média (0-20 cm)

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Figura 4. Densidade (à esquerda) e umidade (à direita) do solo em função da profundidade nos sistemas de manejo com e sem escarificação, independentemente das plantas hibernais de cobertura (aveia, consórcio aveia-ervilhaca, nabo e pousio) em área de produção de milho para silagem, após a sua colheita (abril de 2019).

3.2. Indicadores químicos do solo As plantas hibernais de cobertura e os sistemas de manejo do solo não resultaram em diferenças

estatisticamente significativas nos parâmetros químicos do solo após o primeiro inverno do experimento (co-leta realizada em setembro de 2018), de modo que os resultados são apresentados em termos da média global de todos os tratamentos (Figura 5). As maiores amplitudes foram encontradas nos teores de P e de K, variando respectivamente de 139 a 1321 mg/dm³ e de 134 a 967 mg/dm³, respectivamente. Além disso, vale a pena salientar a ausência de problemas por acidez do solo, independentemente da realização da calagem.

Figura 5. Valores médios, mínimo e máximo de atributos químicos do solo da camada de 0-10 cm sob efeito de diferentes plantas de cobertura hibernais e sistemas de manejo do solo, correspondente a amostragem de solo em setembro de 2018. Classes de disponibilidade de nutrientes indicadas pelas cores vermelha (baixo), amarela (médio) e verde (alta). Áreas hachuradas com verde e vermelho indicam limite crítico ambiental ou

1,06

1,33

1,13

1,26

0,50 0,70 0,90 1,10 1,30 1,50

0-5

cm5-

10 c

m

Densidade (kg/dm³)

33

30

28

29

15 20 25 30 35

0-5

cm5-

10 c

m

Umidade (%)

0

5

10

15

20

0 500 1000 1500 2000 2500

Pro

fun

did

ade

(cm

)

Resistência à penetração (kPa)

Sem escarificação

Com escarificação0

500

1000

1500

2000

Aveia Av.+Ervilhaca Nabo Pousio

kPa

Sem escarificação Com escarificação

Resistência à penetração média (0-20 cm)

5,5

(5,2-5,7)

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

pH em água (1:1)

74

(69-79)

0

20

40

60

80

Sat. por bases (%)

0,80

2

4

6

8

10

12

Sat. por Al (%)

28,9

(23,4-42,1)

0,0

7,5

15,0

22,5

30,0

CTC (cmolc/dm³)

325

(139-1321)

0

50

100

150

200

250

300

350

P disponível (mg/dm³)

577

(134-967)

0

100

200

300

400

500

600

700

K disponível (mg/dm³)

12,9

(8,5-16,2)

0

2

4

6

8

10

12

14

Ca trocável (cmolc/dm³)

7,1

(8,5-16,2)

0

2

4

6

8

Mg trocável (cmolc/dm³)

17,4

(5,7-31,1)

0

5

10

15

20

25

30

Cu disponível (mg/dm³)

79,1

(31,2-121,5)

0

20

40

60

80

100

Zn disponível (mg/dm³)

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produtivo pelo excesso do nutriente em questão. Apesar da amplitude dos resultados, os teores de P, K, Ca, Mg, Cu e Zn estiveram sempre acima do

valor crítico considerado, de modo que não há deficiência para esses elementos no solo. Os valores críticos são definidos conforme a demanda da cultura, teor de argila do solo e CTC do solo. Para a cultura de grãos em solo com teor de argila igual a 28% e CTC média de 28,9 cmolc/dm³, os limites de referência para as classes de disponibilidade de nutrientes estão apresentados na Tabela 4.

Tabela 4. Classe de disponibilidade de nutrientes para cultura do milho em solo com 28% de argila e CTC potencial de 28,9 cmolc/dm³.

Classe de dis-ponibilidade

P1 (mg/dm³)

K1

(mg/dm³) Ca

(cmolc/dm³) Mg

(cmolc/dm³) Cu

(mg/dm³) Zn

(mg/dm³)

Muito baixo < 6,0 < 40 -- -- -- -- Baixo 6,1 – 12,0 41 – 80 < 2,0 < 0,5 < 0,2 < 0,2 Médio 12,1 – 18,0 81 – 120 2,0 – 4,0 0,5 – 1,0 0,2 – 0,4 0,2 – 0,4 Alto 18,1 – 36,0 121 - 240 > 4,0 > 1,0 > 0,4 > 0,5

Muito alto > 36 > 240 -- -- -- -- Fonte: CQFS RS/SC (2016).

O excesso de nutrientes no solo dispensa adubações fosfatadas e potássicas futuras, porém pode

representar risco de fitotoxidez. Os micronutrientes Cu e Zn são absorvidos em baixa quantidade pelas plantas e quando presentes em abundância podem ser tóxicos ao seu metabolismo. O excesso de Cu e Zn verificado está associado ao histórico de aplicação de dejetos líquidos suínos e na área. Apesar da composição de ração ser variável conforme raça, idade e dieta animal, a suplementação por zinco é frequente como estraté-gia para evitar distúrbios gastrointestinais.Os dejetos de suínos caracterizam-se pela alta concentração de nutrientes devido à baixa conversão animal em ganho de peso vivo, justificando o enriquecimento de cátions no solo. O fósforo, cobre e zinco, além disso, apresentam baixa mobilidade no perfil, acumulando-se em superfície devido à adsorção a moléculas orgânicas e óxidos.

O excesso de potássio em superfície pode provocar a lixiviação de bases pelo efeito de massa. Quando em altas concentrações, cátions monovalentes podem deslocar cátions divalentes e trivalentes da matriz sólida para a solução de solo, facilitando sua percolação. Este comportamento é evidenciado pela baixa saturação por alumínio em superfície que, por sua vez, associa-se com a elevação do pH em água e a elevação da saturação por bases.

Comparando as camadas de solo a 0-10 e 10-20 cm sob efeitos dos sistemas sem e com escarifica-ção verifica-se redução da acidez e aumento da saturação por bases em profundidade nos dois sistemas de manejo, sendo o que o sistema de manejo com escarificação potencializa os resultados. Em contrapartida, há maior teor de P e K em superfície para ambos os sistemas de manejo. No entanto, o gradiente do teor de P em profundidade (Δ= 260 mg/dm³) é maior no sistema sem escarificação, enquanto o gradiente do teor de K em profundidade (Δ= 210 mg/dm³) é maior no sistema com escarificação (Figura 6).

Figura 6. Valores médios de pH em água, saturação por bases, K disponível e P disponível nas camadas 0-10 e 10-20 cm na sob efeito de sistemas de manejo do solo correspondente amostragem em setembro de 2018.

Por favorecer as trocas de água e ar no sistema solo, a escarificação facilita o movimento de água no

perfil, promovendo a lixiviação do K e sua redução em profundidade. Porém, a escarificação produz o efeito inverso na distribuição do P devido a sua baixa mobilidade. Sistemas sem revolvimento permitem maior acú-mulo de P em superfície e, portanto, maior variação em profundidade. Enquanto operações de escarificação, ainda que não promovam a inversão de camadas de solo, facilitam o acúmulo de P em camadas inferiores.

5,5

5,8

5,9

6,0

0-10

10-2

0

pH em água (1:1)

75

82

84

85

Sat. por bases (%)

353

93

246

177

P disponível (mg/dm³)

565

521

591

381

K disponível (mg/dm³)

Sem esca-

rificação

Com esca-

rificação

Legenda:

0-10

10-2

0

0

5

10

15

20

0 500 1000 1500 2000 2500

Pro

fun

did

ade

(cm

)

Resistência à penetração (kPa)

Sem escarificação

Com escarificação0

500

1000

1500

2000

Aveia Av.+Ervilhaca Nabo Pousio

kPa

Sem escarificação Com escarificação

Resistência à penetração média (0-20 cm)

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3.3. Produção vegetal No sistema de manejo sem escarificação, a sucessão aveia-milho silagem foi a que produziu maior

resíduo acumulado, sendo 3,3 t/ha correspondente a produção hibernal pela aveia e 6,3 t/ha correspondente a produção estival pelo milho silagem. No sistema de manejo com escarificação, as sucessões aveia-milho silagem e nabo-milho silagem destacaram-se pela produção acumulada de 12,3 t/ha no sistema com aveia e 12,2 t/ha no sistema com nabo. A produção do pousio correspondeu a 51% da produção da aveia no sistema sem escarificação (Figura 7).

Figura 7. Produção de matéria seca (MS) em t/ha considerando a contribuição das plantas de cobertura hibernais (aveia, consórcio aveia-ervilhaca, nabo e pousio), plantas espontâneas e milho silagem, em função dos sistemas de manejo do solo (sem escarificação e com escarificação). Área hachurada em verde corresponde à obtenção de mínimo de produção de MS da parte aérea para manutenção dos teores de matéria orgânica no solo no subtrópico do Brasil.

A diversidade de relação C:N entre as plantas de cobertura determina diferentes taxas de decompo-sição dos resíduos vegetais e, portanto, o intervalo de tempo em que a palhada permanece sobre a superfície do solo protegendo-o do impacto de gotas de chuva, regulando o teor de água e a temperatura. Por ter maior relação C:N, as gramíneas como a aveia são lentamente decompostas pela biota do solo, acumulando-se em superfície na forma de palhada. Por sua vez, leguminosas como a ervilhaca têm baixa relação C:N, sendo a decomposição facilitada pelos microrganismos e, portanto, mantendo o solo coberto por menor tempo. Quando em consórcio gramínea-leguminosa, a relação C:N assume valor intermediário.

Além das diferentes contribuições quanto à cobertura do solo, a relação C:N define taxa imobilização e mineralização dos resíduos orgânicos, podendo favorecer ou não a disponibilização de nutrientes para a cultura subsequente. A partir disso, verifica-se que a produção de milho silagem em sucessão ao consórcio aveia-ervilhaca foi superior às demais culturas de inverno nos sistemas de manejo com e sem escarificação. A produção de milho silagem nestas condições correspondeu a 88,7 t/ha e 26,1 t/ha de massa verde e massa seca, respectivamente no sistema de manejo sem escarificação. Enquanto no mesmo sistema de manejo, o pousio produziu 66,7 t/ha e 20,5 t/ha de massa verde e massa seca de milho silagem (Figura 8).

A fixação biológica de nitrogênio pela ervilhaca favoreceu com o aporte de nitrogênio para o milho a partir da imobilização de resíduos orgânicos pela biota do solo e posterior mineralização. De modo que a presença de N na forma mineral no momento de demanda pelo milho refletiu em aumento de produção de biomassa.

Produção de resíduoem toneladas de MS por ha

3,3 2,7 2,3 2,74,0

2,3 2,0 2,1

2,11,8 2,1 1,5

2,1

1,8 2,1 1,5

6,35,0 4,8 2,1

6,2

4,7 8,13,2

0

2

4

6

8

10

12

14

Aveia Av.+Erv. Nabo Pousio Aveia Av.+Erv. Nabo Pousio

Sem escarificação Com escarificação

Milho silagem (prim.-ver.) Pl. espontâneas (out.)

Pl. de cobertura (out.-inv.)

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Figura 8. Produção de silagem de milho em sucessão às diferentes plantas hibernais de cobertura (aveia, consórcio aveia-ervilhaca, nabo e pousio) e em função dos sistemas de manejo do solo (sem escarificação e com escarificação). Limite da área hachurada em verde para área hachurada em azul significa a produtividade esperada de acordo com a adubação nitrogenada realizada.

4. Conclusões

Apesar do curto prazo entre a implantação e redação deste relatório parcial, nota-se que os resultados até o momento permitem avaliar as contribuições das plantas de cobertura e dos sistemas de manejo ao aumento de produtividade do milho por diferentes mecanismos, todos alinhados à promoção da qualidade do solo. Além disso, chama atenção o fato de não aparentar haver nenhuma restrição de ordem física, pela medida dos indicadores físicos e da ausência de resposta das plantas à escarificação. Em relação à qualidade química do solo, medidas já estão sendo tomadas para atenuar/baixar os altos teores de nutrientes como P, K, Cu e Zn, e chama atenção para essa realidade da região. Por fim, resta analisar indicadores biológicos do solo, que devem ser os que mais influenciaram nas respostas de planta observadas. É visível a diferença da fauna do solo nas diferentes coberturas hibernais e uma avaliação a respeito dessa característica está pre-vista para o inverno de 2020. 5. Descrição das dificuldades e medidas corretivas

Uma das únicas dificuldades encontradas nesses primeiros meses do projeto foi a coleta em um solo que aparenta ter uma proporção de fração silte muito grande, além da presença de muitas pedras (fragmentos do material de origem) que dificultaram bastante as coletas para indicadores químicos e, principalmente, in-dicadores físicos. Tais problemas foram contornados, mas diversos equipamentos de coleta acabaram sendo danificados.

Porto Alegre, 1º de outubro de 2019

_____________________________________ Amanda Posselt Martins Coordenadora do Projeto

Produção de silagemem toneladas de MV (esq.) e MS (dir.) por ha

25

,0

26

,1

23

,3

19

,7

24

,1 27

,1

22

,5

20

,5

0

6

12

18

24

30

Aveia

Av.+

Erv

.

Na

bo

Po

usio

Aveia

Av.+

Erv

.

Na

bo

Po

usio

Sem escarificação Com escarificação

84

,7

88

,7

75

,3

66

,7

78

,0 86

,0

72

,0

65

,3

0

25

50

75

100

Aveia

Av.+

Erv

.

Na

bo

Po

usio

Aveia

Av.+

Erv

.

Na

bo

Po

usio

Sem escarificação Com escarificação

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ANEXO 1 DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS PARCIAIS EM EVENTO (MANHÃ DE CAMPO)

Data: 29/06/2019 Participação: cerca de 50 pessoas, dentre estudantes, técnicos e produtores rurais Exposição do delineamento experimental, objetivo da pesquisa e resultados preliminares.

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ANEXO 2 DIVULGAÇÃO DO EXPERIMENTO EM JORNAL LOCAL Matéria publicada no jornal Força do Vale em 17 de maio de 2019, Encantado, RS

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ANEXO 3 DIVULGAÇÃO EM MEIO CIENTÍFICO

Pôster a ser apresentado no XXII Congreso Latinoamericano de Ciencia del Suelo Evento a ser realizado de 7 a 11 de outubro de 2019, em Montevidéu, Uruguai.

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ANEXO 4 DIVULGAÇÃO EM MEIO CIENTÍFICO

Pôster a ser apresentado no XXII Congreso Latinoamericano de Ciencia del Suelo Evento a ser realizado de 7 a 11 de outubro de 2019, em Montevidéu, Uruguai.

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ANEXO 5 DIVULGAÇÃO EM MEIO CIENTÍFICO

Pôster a ser apresentado no XXII Congreso Latinoamericano de Ciencia del Suelo Evento a ser realizado de 7 a 11 de outubro de 2019, em Montevidéu, Uruguai.

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ANEXO 5 DIVULGAÇÃO EM MEIO CIENTÍFICO

Pôster a ser apresentado no XXII Congreso Latinoamericano de Ciencia del Suelo Evento a ser realizado de 7 a 11 de outubro de 2019, em Montevidéu, Uruguai.