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Relatório 2019 Agrupamento de Escolas Santo André BARREIRO Área Territorial de Inspeção do Sul

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Relatório

2019

Agrupamento de Escolas Santo André

BARREIRO

Área Territorial de Inspeção do Sul

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Agrupamento de Escolas Santo André – BARREIRO

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Com a construção e desenvolvimento do Sistema Nacional de Qualificações (estabelecido pelo Decreto-Lei

n.º 396/2007, de 31 de dezembro) foram criadas ofertas educativas e formativas diversificadas no âmbito da

educação e formação de adultos, designadamente, as modalidades Cursos de Educação e Formação de

Adultos (EFA), nas duas vertentes de certificação escolar e de dupla certificação, as Formações Modulares

Certificadas, o programa de Português para Falantes de Outras Línguas (PFOL) e o Programa de Formação

em Competências Básicas (FCB).

Com o Sistema Nacional de Qualificações foram criados o Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), o

Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), o Sistema Nacional de Créditos do Ensino e Formação Profissionais

e o «Passaporte Qualifica». A administração educativa e os estabelecimentos de ensino básico e secundário

integram o Sistema Nacional de Qualificações, sendo que alguns Agrupamentos/Escolas são

simultaneamente entidades promotoras de Centros Qualifica.

O Ensino Recorrente constitui-se como uma via alternativa ao ensino regular, organizado em sistema

modular, sendo atualmente apenas disponibilizado, no ensino público, no nível secundário de educação.

Através do Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro foram desenhados mecanismos que possibilitam o

acesso a modalidades especiais de conclusão do nível secundário de educação e respetiva certificação por

parte dos adultos com percursos formativos incompletos e desenvolvidos ao abrigo de planos de estudo

extintos.

Perante esta realidade, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência, no exercício das suas competências

consignadas no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro, desenvolve a atividade Educação e

Formação de Adultos que tem como objetivos:

▪ Assegurar a legalidade da operacionalização e da implementação da oferta das modalidades de

educação e formação de adultos nos estabelecimentos de ensino público;

▪ Analisar a adequabilidade das modalidades de educação e formação de adultos ao perfil do adulto

em formação;

▪ Apreciar os procedimentos de monitorização e avaliação dos resultados de modo a aferir os impactos

dos percursos formativos na inserção profissional e social dos adultos, na organização e na

comunidade;

▪ Apreciar o planeamento, o desenvolvimento e a avaliação da ação educativa, no âmbito da educação

e formação de adultos, bem como a articulação entre Agrupamentos de Escolas e Escolas não

agrupadas e os Centros Qualifica da região.

O presente relatório apresenta as recomendações resultantes da intervenção realizada no âmbito desta

atividade, bem como, em anexo, as considerações que as suportam, relativas à gestão das ofertas educativas,

à organização e desenvolvimento curricular, aos resultados e à respetiva monitorização e avaliação. As

considerações decorrem da análise de dados e documental, da realização de entrevistas e da observação

direta.

Espera-se que este relatório constitua um instrumento de reflexão e debate da comunidade educativa e

contribua para a construção e aperfeiçoamento de indicadores para a melhoria e desenvolvimento da

educação e formação de adultos.

ENQUADRAMENTO DA AÇÃO

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A equipa regista a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e

no decurso da intervenção, realizada nos dias 9, 10, 11 e 13 de dezembro de 2019.

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Identificação O Agrupamento de Escolas de Santo André está situado no concelho do Barreiro. É composto por quatro unidades educativas: Escola Secundária de Santo André (escola sede); escolas básicas da Quinta da Lomba e n.º 1 da Telha Nova e pelo Jardim de Infância do Bairro 25 de Abril. O Agrupamento é entidade promotora de Centro Qualifica. Caracterização da comunidade escolar A população escolar é constituída por 2048 (91,8%) crianças/alunos/formandos, nas ofertas de educação para crianças e jovens e 183 alunos/formandos (8,2%) nas ofertas de educação de adultos. A oferta educativa e formativa é composta por 5 cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) de Certificação Escolar (3 de Tipo A e 2 de Tipo C); 1 curso de Português para Falantes de Outras Línguas (níveis A1+A2); ensino recorrente de nível secundário em regime não presencial; e vias de conclusão do ensino secundário ao abrigo do Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro. O pessoal docente e formadores (externos) corresponde a 182 trabalhadores, dos quais 158 são professores pertencentes aos quadros, 24 são docentes contratados. As ofertas de educação de adultos mobilizam 15 trabalhadores (8,2%): 11 professores dos quadros e 4 docentes contratados. Destes, 6 lecionam em exclusividade as ofertas para adultos.

Atentas as considerações, que se anexam, e com o objetivo de contribuir para a correção/aperfeiçoamento

de procedimentos, tendo em vista a sua conformidade legal e a melhoria da qualidade da ação educativa, a

equipa de inspeção apresenta as seguintes recomendações:

1. Explicitar, em sede de projeto educativo do Agrupamento, os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os quais o Agrupamento se propõe cumprir a sua função educativa no âmbito da educação e formação de adultos, seja no ensino recorrente, seja nas ofertas integradas no Sistema Nacional de Qualificações, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 224/2009, de 11 de setembro e pelo Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho, conjugado com a alínea a) do n.º 1 do artigo 9.º-A, do mesmo diploma.

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO

RECOMENDAÇÕES

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2. Inserir no plano anual ou plurianual de atividades, as atividades integradoras a desenvolver no âmbito dos cursos de educação e formação de adultos (EFA), nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 9.º e da alínea b) do n.º 1 do artigo 9.º-A do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 224/2009, de 11 de setembro e pelo Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho, bem como no artigo 13.º do Despacho normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, bem como nos Referenciais de Competências Chave para a Educação e Formação de Adultos.

3. Proceder a atualizações frequentes no Sistema Integrado de Informação e Gestão da

Oferta Educativa e Formativa (SIGO), no que concerne ao estado dos cursos.

4. Prever, em sede do plano de formação do pessoal docente, ações de formação no âmbito da educação e formação de adultos e temáticas conexas, nos termos da alínea b) do n.º 2 do artigo 20.º e da alínea d) do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 224/2009, de 11 de setembro e pelo Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho.

5. Propor ao centro de formação de associação de escolas a que o Agrupamento pertence,

a inserção no respetivo plano de formação, de ações de formação no âmbito da educação e formação de adultos e temáticas conexas, nos termos artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 127/2015, de 7 de julho.

6. Concretizar, nos registos de avaliação qualitativa dos formandos dos cursos EFA, uma

apreciação descritiva dos desempenhos dos formandos que promova a consciencialização por parte do adulto do trabalho desenvolvido, servindo de base à tomada de decisões, nos termos da alínea f) do artigo 28.º da Portaria n.º 230/2008, de 7 de março, na redação atual e, bem assim, a aplicação dos critérios de avaliação em vigor no Agrupamento.

17-12-2019

A equipa de inspeção

Helena Afonso

Pedro Valadares

Concordo

À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação.

A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Sul

Maria Filomena Aldeias

2020-02-05

Homologo

Por delegação de competências do Senhor Ministro da Educação

nos termos do Despacho n.º 3407/2020, publicado no D.R. n.º 55, Série II, de 18 de março de 2020

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ANEXO

I – ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS

Gestão das modalidades de educação e formação de adultos O acompanhamento e articulação das ofertas de qualificação integradas no Sistema Nacional de Qualificações estão atribuídos a um adjunto da diretora, que também é responsável pela gestão do Sistema Integrado de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO), constando as suas competências do respetivo despacho de delegação de competências exarado pela diretora. A coordenação específica das ofertas de educação de adultos, incluindo o ensino secundário recorrente, está atribuída a duas assessoras da diretora, uma das quais com assento em conselho pedagógico. As competências da coordenadora dos cursos EFA e das demais ofertas integradas no Sistema Nacional de Qualificações constam do “Regimento dos Cursos EFA e conclusão do ensino secundário – Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro (2018-2022)", a que se refere o n.º 3 do artigo 127.º do regulamento interno. As competências da coordenadora do ensino secundário recorrente constam do regulamento interno, dando-se, assim, cumprimento ao disposto no artigo 6.º da Portaria n.º 242/2012, de 10 de agosto. No sentido de promover a articulação entre o Centro Qualifica e a entidade promotora, a respetiva coordenadora tem assento em conselho pedagógico. Instrumentos de autonomia e organização escolar O projeto educativo acolhe como traço identitário da cultura de escola a oferta de educação e formação de adultos, para o que concorre a longa tradição de oferta de “ensino noturno” bem como a promoção de processos de reconhecimento, validação e certificação de competências de que é expressão mais recente o Centro Qualifica. Neste contexto, o projeto educativo identifica as oportunidades e as ameaças que se colocam ao desenvolvimento das ofertas de para adultos, as quais ocupam um lugar estratégico no desenvolvimento institucional. Ainda assim, importaria conferir-lhes maior visibilidade, identificando os princípios, valores, metas e estratégias segundo os quais o Agrupamento se propõe cumprir a sua função educativa no âmbito da educação e formação de adultos. O plano de atividades integra algumas das atividades a realizar com os alunos dos cursos EFA e PFOL. No entanto, denota-se um défice de inscrição em sede de planeamento centralizado de um conjunto de atividades efetiva e intencionalmente realizadas (aulas abertas, visitas de estudo, etc.). Por outro lado, importaria incrementar atividades de natureza curricular e de enriquecimento curricular, visando a aquisição de competências de caráter transversal, como sejam as realizadas ou a realizar no âmbito das atividades integradoras do nível secundário e do tratamento dos Temas de Vida, no nível secundário e básico de formação.

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O regulamento interno (RI) estabelece as competências dos órgãos, estruturas e serviços que intervêm na educação de adultos, designadamente os órgãos de administração e gestão, estruturas de coordenação e supervisão pedagógica, com intervenção na área da educação e formação de adultos, os serviços técnico-pedagógicos e os serviços administrativos. Constata-se que o processo de inserção de cursos e de adultos no SIGO está devidamente consolidado nas práticas dos intervenientes, importando, no entanto, proceder de forma mais regular a atualizações do estado dos cursos. O Agrupamento procede à divulgação das suas ofertas educativas e formativas no âmbito da educação de adultos, através da sua página na internet e das redes sociais, de folhetos e, através do Centro Qualifica, junto da Rede de Empregabilidade e junto das entidades parceiras. Os suportes de divulgação das ofertas educativas e formativas contêm referência explícita aos níveis do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), exigível nos termos do Despacho n.º 978/2011, de 12 de janeiro. Os critérios subjacentes à distribuição do serviço docente visam a gestão eficiente e eficaz dos recursos humanos disponíveis, com adaptação aos fins educativos a que se destinam, afetando apenas os docentes estritamente necessários. A diretora procede à distribuição do serviço docente no respeito pelo disposto nos artigos 2.º e 7.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho. O Agrupamento mantém, devidamente atualizados, arquivos da documentação técnico-pedagógica relativos à constituição e desenvolvimento das respetivas ofertas de educação e formação de adultos, bem como de toda a documentação de caráter administrativo associada. O Agrupamento tem promovido, de modo intencional, a divulgação das suas práticas e a troca de experiências no âmbito da educação e formação de adultos através da participação em diversos certames, designadamente o “Seminário de Boas Práticas do Agrupamento” e através do Centro Qualifica. O plano de formação do pessoal docente do Agrupamento não tem incluído, no último triénio, oportunidades de formação em educação e formação de adultos e em temáticas conexas. No entanto, o corpo docente tem beneficiado do facto de o Agrupamento ser entidade promotora de um Centro Qualifica, quer pela participação de docentes nas atividades do Centro como formadores, quer pelas oportunidades de formação, informação e divulgação que são dinamizadas. Importaria, ainda assim, ponderar a dinamização interna de ações de formação, ainda que de curta duração, relacionadas com as temáticas do ensino para adultos e das aprendizagens por adultos. Já o centro de formação de associação de escolas a que o Agrupamento pertence não tem incluído, no seu plano de formação, ações especificamente direcionadas para as ofertas para adultos. Os procedimentos de autoavaliação do Agrupamento integram as modalidades de educação e formação de adultos, embora ainda muito centrados na monitorização dos resultados e, ainda assim, pouco aprofundados no que concerne à identificação das áreas de melhoria. Assim, uma análise de resultados assentes num conhecimento mais pormenorizado dos efetivos resultados de aprendizagem dos formandos, bem como da satisfação destes face aos serviços, recursos e

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ação pedagógica permitiria traçar oportunidades de melhoria na prestação do serviço educativo no que concerne a estas ofertas. Acolhimento e diagnóstico O acolhimento e diagnóstico dos formandos das modalidades para adultos é realizada no Centro Qualifica, através da respetiva coordenadora, pelas TORVC e pelos mediadores pessoais e sociais. Para todos os adultos são elaborados os respetivos projetos individuais de carreira e planos individuais de encaminhamento. O acolhimento e diagnóstico dos formandos incluem a identificação das suas necessidades de formação em línguas estrangeiras, quer no âmbito dos cursos EFA, quer no encaminhamento para as vias de conclusão do ensino secundário ao abrigo do Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 outubro. O Centro Qualifica procede, igualmente, ao acolhimento e diagnóstico dos candidatos à frequência aos cursos de PFOL. Apoios e complementos educativos e inclusão escolar Embora o Agrupamento não assegure o serviço de jantar, foram encontradas soluções alternativas para a prestação do serviço de refeições aos alunos do turno noturno, designadamente a disponibilização do serviço de bufete. Neste momento, não existem alunos e formandos com necessidades de saúde especiais (NSE) a frequentar as diversas modalidades, estando garantidas as condições de acessibilidade. Em anos letivos transatos foram incrementados os apoios e medidas de suporte à aprendizagem para adultos com NSE, desenvolvendo o Agrupamento políticas ativas de inclusão e de não discriminação das pessoas com deficiência, evidenciadas na eliminação das barreiras de acesso ao edificado e aos diversos espaços e serviços, bem como o acesso a produtos de apoio e, sempre que necessário, a integração de um docente de Educação Especial nas equipas pedagógicas. O Agrupamento assegura o acesso do trabalhador-estudante a compensação educativa ou a apoio pedagógico considerados imprescindíveis previstos no n.º 4 do artigo 12.º da Lei n.º 105/2009, de 14 de setembro, quer no âmbito do “centro de recursos pedagógicos” para apoio aos alunos do ensino secundário recorrente do regime não presencial e na BE/CRE, quer em apoio direto em sala de aula.

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II – ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DAS MODALIDADES

DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS

II.1 – CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS (EFA) DE CERTIFICAÇÃO ESCOLAR

Planos curriculares e referencial de formação Os planos curriculares e o referencial de formação estão conforme o estipulado na Portaria n.º 230/2008, de 7 de março, na redação atual, e no Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), no que concerne:

- às quatro áreas de competências-chave da formação de base do ensino básico; à inclusão obrigatória de uma língua estrangeira com carga horária máxima de 50 e 100 horas para os níveis B2 e B3, respetivamente; à carga horária das UFCD da formação de base; à carga horária da componente «Aprender com Autonomia»; e, às necessidades de formação identificadas a partir de um processo RVCC, desenvolvido no Centro Qualifica e constantes dos planos pessoais de qualificação; - às três áreas de competências-chave da formação de base do nível secundário; à inclusão de uma língua estrangeira caso o adulto não detenha as competências exigidas, de acordo com o tipo de curso: entre 50 e 100 horas no percurso S-Tipo A a acrescer à formação de base; entre uma a duas UFCD de língua estrangeira incluídas nas UFCD opcionais no percurso S-Tipo C; à carga horária da componente «Portefólio Reflexivo de Aprendizagens» (PRA); às necessidades de formação identificadas a partir de um processo RVCC, desenvolvido no Centro Qualifica e constantes dos planos pessoais de qualificação.

Idades dos candidatos a formandos Todos os formandos possuíam, pelo menos, 18 anos à data do início da formação. Denota-se que a frequência de curso EFA Escolar de Tipo C acolhe, sobretudo, alunos do ensino secundário diurno, os quais, tendo atingido a maioridade, optam por concluir as suas qualificações nas ofertas para adultos. Constituição dos grupos de formação Na constituição dos grupos de formação é tido em conta o critério da paridade de género. Os grupos de continuidade têm sido constituídos, nos últimos anos, por jovens adultos com percursos incompletos, oriundos dos cursos científico-humanísticos. Os grupos de formação são constituídos por um número máximo e mínimo de, respetivamente,30 e 25 formandos, tendo o Agrupamento desenvolvido um esforço no sentido de promover a assiduidade dos formandos, o que tem sido bem conseguido, sobretudo no nível secundário, não se interrompendo a relação com os formandos que, por circunstâncias laborais ou outras, acabam por não participar em todas as atividades do seu grupo/curso.

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Horário de formação Todos os cursos funcionam em regime pós-laboral, sendo que o número de horas de formação não ultrapassa as quatro horas diárias. Na organização dos horários da lecionação o Agrupamento tem em consideração a prioridade das UFCD comuns aos diferentes tipos de percurso formativo (prioridade dada às UFCD a lecionar para alunos de percursos formativos de Tipo B nos cursos EFA S Tipo A). Contrato de formação e assiduidade Foram celebrados contratos de formação e assiduidade entre os formandos e o Agrupamento. Estão claramente definidas no contrato de formação as condições de frequência do curso, nomeadamente no que concerne à assiduidade e à pontualidade. O Agrupamento monitoriza a assiduidade dos formandos, tendo em vista, designadamente, o cumprimento de 90% da carga horária total. A assiduidade do formando concorre para a avaliação qualitativa do seu percurso formativo. Nos casos em que o limite de assiduidade é ultrapassado, o “Regimento dos cursos EFA” prevê os procedimentos de apreciação e decisão sobre as justificações apresentadas pelo adulto, bem como os mecanismos de recuperação necessários ao cumprimento dos objetivos inicialmente definidos. As soluções encontradas passam pela realização de trabalhos práticos, teóricos, de reflexão, de pesquisa e outros que correspondam à compensação de horas de formação; apresentações orais; realização de trabalhos de natureza interdisciplinar planificados pela equipa pedagógica e atividades de formação a realizar em contexto de sala de aula, alicerçadas em práticas de diferenciação pedagógica e apoio direto. Equipa pedagógica As equipas técnico-pedagógicas dos cursos EFA Escolar são constituídas pelo mediador pessoal e social e pelo grupo de formadores responsáveis por cada uma das áreas de competências chave que integram a formação de base, as quais reúnem com regularidade ao longo do ano escolar. Na distribuição do serviço letivo, a diretora tem privilegiado o princípio da continuidade das equipas pedagógicas que operam nas modalidades para adultos, as quais, no seu conjunto, constituem um grupo coeso e colaborativo. A inserção de novos docentes nas ofertas para adultos é devidamente apoiada pelas respetivas coordenadoras e pelos mediadores pessoais e sociais, seja através da partilha de informação relevante sobre a organização dos cursos e o desenvolvimento das práticas pedagógicas, seja no âmbito das reuniões de equipa e de relações informais. Mediadores pessoais e sociais O processo de recrutamento e seleção dos formandos e a orientação e desenvolvimento do diagnóstico dos formandos é realizado pela coordenadora, pelos Técnicos de Orientação, Reconhecimento e Validação de Competências (TORVC) e demais formadores do Centro Qualifica, recorrendo-se, ainda, à participação dos mediadores pessoais e sociais.

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Todos os mediadores pessoais e sociais gerem os processos dos respetivos formandos, acedendo e procedendo a atualizações no SIGO. Os mediadores pessoais e sociais garantem o acompanhamento e orientação pessoal, social e pedagógica dos formandos, dinamizam a equipa técnico-pedagógica no âmbito do processo formativo, salvaguardando o cumprimento dos percursos individuais e do percurso do grupo de formação e asseguram a articulação entre a equipa técnico-pedagógica e o grupo de formação, assim como entre estes e o Agrupamento. Formadores Na sequência do procedimento adotado pelo Agrupamento, em que o diagnóstico dos formandos e a elaboração do respetivo plano de formação é realizado no Centro Qualifica, aos formadores não são atribuídas competências nesses domínios. Os formadores desenvolvem a formação na área para a qual estão habilitados, concebem e produzem os materiais técnico-pedagógicos e os instrumentos de avaliação necessários ao desenvolvimento do processo formativo e mantêm uma estreita cooperação com os demais elementos da equipa técnico-pedagógica. Os formadores dos cursos EFA de certificação escolar pertencem aos diversos grupos de recrutamento, sendo detentores da respetiva habilitação para a docência. Avaliação Os critérios de avaliação das UFCD foram definidos e constam do “Regimento dos cursos EFA”, em vigor para 2018/2022. Os formandos deverão demonstrar, obrigatoriamente, durante a formação, aquisição e aplicação de conhecimentos, assiduidade e competências ao nível do saber ser e estar, um conjunto parâmetros, como consta da tabela inscrita no respetivo regimento e cuja recolha de informação passará a ser efetuada através de um documento construído para o efeito, designado “Registo de Avaliação da área de competência”. A avaliação incide sobre as aprendizagens efetuadas e competências adquiridas, de acordo com os referenciais de formação aplicáveis. É processual, contextualizada, diversificada, transparente e orientadora. O processo de avaliação compreende a avaliação formativa que permite obter informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens, com vista à definição e ao ajustamento de processos e estratégias de recuperação e aprofundamento e a avaliação sumativa, formalizada nas atas de validação e assegurando-se o registo da informação relativa à avaliação dos formandos em modelos próprios (grelhas finais de validação, por cada grupo de formação, por resultados de aprendizagem e por UFCD, onde é efetuado o controlo da validação das áreas de competência-chave/UFCD/RA, que é anexada ao dossiê individual de cada formando) e que, tem por função servir de base de decisão relativamente à certificação final. No entanto, a consistência entre a avaliação qualitativa e as atividades de aquisição de saberes e competências, carece de consolidação, uma vez que o Agrupamento não procedia, até à data, a um registo uniformizado e descritivo do desempenho dos formandos, o que passará a

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acontecer com a adoção das referidas grelhas de “Registo de Avaliação da área de competência”. Deste modo, a avaliação formativa, enquanto fator regulador do processo formativo, fornecerá informação sobre a progressão das aprendizagens do adulto. O Agrupamento procede, ainda, ao registo das validações das UFCD na plataforma SIGO. Certificação

Todos os processos de certificação efetuados pelo Agrupamento assentam no princípio de que os formandos obtiveram uma avaliação sumativa positiva, com aproveitamento em todas as componentes do seu percurso formativo, bem como da validação de todas as UFCD que compõem o referencial de formação dos cursos. Após conclusão dos cursos pelos formandos são emitidos os respetivos certificados de qualificações e diplomas constantes da Portaria n.º 199/2011, de 19 de maio.

II.2 – ENSINO RECORRENTE DE NÍVEL SECUNDÁRIO

Planos curriculares Tendo em conta que a oferta de ensino recorrente de nível secundário do Agrupamento se realiza exclusivamente em regime não presencial, as provas de avaliação dos candidatos correspondem às disciplinas constantes dos Anexos I, II, III e IV da Portaria nº 242/2012, de 10 de agosto no que concerne às componentes de formação e ao número de módulos. A distribuição dos módulos respeita a sua vinculação a anos de escolaridade, como determina os anexos I a IV da Portaria n.º 242/2012, de 10 de agosto.

Alunos Os alunos que frequentam o ensino secundário recorrente em regime não presencial completaram a idade prevista para a conclusão da escolaridade obrigatória até 31 de agosto do ano em que se matricularam, não havendo, assim, alunos matriculados com idade inferior à prevista. É respeitada a data limite de 31 de dezembro para a aceitação de matrículas nesta modalidade de ensino. Todos os alunos possuíam, à data da matrícula, o 3.º ciclo do ensino básico, não se tendo efetivada qualquer avaliação diagnóstica globalizante. O processo de equivalência a disciplinas concluídas noutras modalidades de ensino é efetuado na observância das disposições do Despacho normativo nº 1/2008, de 8 de janeiro, alterado pelo Despacho normativo n.º 37/2008, de 11 de agosto. O Agrupamento procede ao controlo da assiduidade dos trabalhadores-estudantes, para os efeitos previstos no n.º 2 do artigo 96.º do Código do Trabalho, bem como ao controlo do aproveitamento dos trabalhadores-estudantes, para os efeitos previstos no artigo 21.º da Portaria n.º 242/2012, de 10 de agosto.

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Centro de Apoio O Agrupamento instituiu um Centro de Recursos Pedagógicos para apoio aos alunos do ensino secundário recorrente em regime não presencial, que também apoia os candidatos à conclusão do ensino secundário ao abrigo do Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro. A diretora distribui o serviço docente, designadamente a componente não letiva dos professores, atribuindo horas no Centro de Recursos Pedagógicos, abrangendo as diversas disciplinas que se constituem como objeto de prova de avaliação no ensino secundário ou como prova de exame no âmbito das vias de conclusão do ensino secundário. O Centro de Recursos Pedagógicos está dotado de material didático e articula-se com a BE/CRE na prestação de apoio ao estudo. Avaliação A avaliação sumativa interna dos alunos no regime de frequência não presencial decorre nos meses de janeiro, abril e junho ou julho, nas datas definidas pelo Agrupamento e publicitadas na escola-sede. No regime de frequência não presencial é respeitada a obrigatoriedade da capitalização sequencial de módulos, estando as matrizes das provas de avaliação devidamente aprovadas pelo conselho pedagógico. As matrizes são publicadas na página do Agrupamento na internet. As classificações das provas de avaliação dos alunos do regime não presencial estão registadas em pauta própria, com menção do regime de frequência do aluno, no registo biográfico e no livro de termos. As provas de avaliação utilizadas estão devidamente arquivadas nos processos individuais dos alunos. Certificação A certificação final dos alunos do ensino secundário recorrente em regime não presencial é tutelada por certificado e diploma emitido nos termos da Portaria n.º 199/2011, de 19 de maio.

II.3 – VIAS DE CONCLUSÃO DO ENSINO SECUNDÁRIO (DECRETO-LEI N.º 357/2007, DE 29 DE

OUTUBRO)

Condições de acesso Os candidatos à via de conclusão supramencionada são oriundos dos cursos extintos abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro e têm, no total de disciplinas por concluir, até seis disciplinas/ano inclusive com classificação inferior a 10 valores ou em falta na avaliação interna realizada no final de cada ano em que a disciplina foi frequentada, tendo como referência o conjunto dos anos de escolaridade que constituem o ensino secundário no respetivo plano de estudos, entendendo-se por disciplina/ano cada ano do ciclo de estudos da disciplina, no caso das disciplinas plurianuais, ou a disciplina completa, no caso das disciplinas anuais. Os candidatos têm privilegiado, nos últimos anos, a conclusão do ensino secundário

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através da realização de provas de exame, tendo em vista o prosseguimento de estudos, ainda que também existam casos de cinco adultos que, no último triénio, certificaram ao abrigo do n.º 1 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro, através da conclusão de módulos de formação (UFCD) do Catálogo Nacional de Qualificações. Centro de Apoio Os candidatos que optaram pela realização de provas de exames, ao abrigo do artigo 7.º e seguintes do Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro (via escolar) usufruem do apoio prestado pelo Centro de Recursos Pedagógicos existente para os alunos do regime não presencial do ensino secundário recorrente. Os adultos que frequentam UFCD dos cursos EFA de nível secundário usufruem das modalidades de apoio disponibilizados pelo Agrupamento para os restantes formandos. Via escolar de conclusão do ensino secundário O conselho pedagógico, sob proposta dos departamentos curriculares, aprovou as matrizes das provas de exame das disciplinas convocadas para o processo de conclusão e certificação do nível secundário de educação relativamente às disciplinas da componente de formação técnica dos cursos profissionais e às disciplinas da componente de formação geral e específica dos cursos científico-humanísticos, constantes da tabela II, anexa ao regulamento aprovado pelo Despacho n.º 6260/2008, de 5 de março, quando concorram para a conclusão e certificação generalista do nível secundário de educação. O calendário de exames foi estabelecido pelo Agrupamento, em função da procura e observando os períodos estabelecidos (três épocas específicas nos meses de novembro, fevereiro e maio), tendo a diretora procedido à constituição das equipas de elaboração e classificação das provas de exame. As provas a nível de escola respeitam a duração fixada de noventa minutos, acrescidos de trinta minutos de tolerância, independentemente do número de disciplinas/ano a que correspondem e incluem os conteúdos essenciais e estruturantes, os objetivos, os critérios gerais de avaliação e a duração relativas a cada prova. Os enunciados das provas escritas referem a cotação a atribuir a cada questão, estando cotadas de 0 a 200 pontos. Para todas as provas são lavrados os respetivos termos, sendo as classificações registadas em pauta nos prazos regulamentares. Encaminhamento para a realização de módulos de formação (UFCD) A certificação através da realização de módulos de formação faz-se de acordo com os referenciais de formação para a educação e formação de adultos de nível secundário, do Catálogo Nacional de Qualificações, pela validação de UFCD da formação de base (ensino secundário, em função do número de disciplinas/ano em falta, em conformidade com a tabela II do anexo B do Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro.

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A identificação dos módulos de formação a realizar pelos candidatos é feita tendo presente os interesses e necessidades dos mesmos, sendo o processo conduzido pelo coordenador, TORVC e formadores do Centro Qualifica. Aos formandos que optam por esta via, são aplicados os mesmos instrumentos de avaliação que estão definidos para os formandos integrados nos percursos tipificados dos cursos EFA do ensino secundário, havendo ainda evidência que realizam o trabalho final que demonstra a aquisição das competências ao longo do processo formativo, previsto no n.º 3 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro, na ausência, para estes alunos, de realização do PRA. Certificação A certificação final dos alunos é tutelada por certificado e diploma, de acordo com os modelos constantes da Portaria n.º 199/2011, de 19 de maio.

II.4 – CURSO DE PORTUGUÊS PARA FALANTES DE OUTRAS LÍNGUAS

Candidatos a formandos Os candidatos a formandos são cidadãos estrangeiros, com autorização de residência em Portugal ou com pedido SEF ou ainda ao abrigo do Estatuto dos Refugiados. Organização da formação modular A organização da formação dos cursos em funcionamento no Agrupamento faz-se de acordo com as especificações constantes do Catálogo Nacional de Qualificações para os níveis A1 + A2 do Quadro Europeu Comum de Referência das Línguas bem como do Referencial O Português para Falantes de Outras Línguas — O Utilizador Elementar no País de Acolhimento. As aprendizagens realizam-se de acordo com a metodologia de portefólio e em processo continuado de aquisição de competências, recorrendo-se a estratégias diversificadas de aquisição e consolidação de conhecimentos e capacidades de expressão oral, compreensão do oral, expressão escrita e produção escrita. Constituição dos grupos de formação Os grupos de formação são compostos por um número de formandos não inferior a 26 nem superior a 30. Docentes/formadores A diretora atribuiu a lecionação do curso a uma docente profissionalizada no ensino do Português. No entanto, e enquanto experiência pedagógica, atribui a uma outra docente a lecionação em coadjuvação do referido curso, o que se constitui como uma mais-valia no sentido em que permite o recurso facilitador a uma língua terceira, o Inglês, como estratégia de

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apoio à aprendizagem do Português. A referida docente possui competência específica no ensino de Português como língua estrangeira. Certificação A certificação do curso é formalizada com base no modelo de certificado anexo à Portaria n.º 1262/2009, de 15 de outubro, e faz menção ao nível de proficiência linguística atingida pelos formandos.

III – MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE RESULTADOS DAS OFERTAS DE

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS

III.1 – RESULTADOS POR CURSO/AÇÕES

A oferta formativa de educação e formação de adultos dada como concluída na plataforma SIGO nos últimos três anos letivos e no corrente ano letivo é composta por 11 cursos EFA de certificação escolar de nível secundário (3 grupos S Tipo A e 8 grupos S Tipo C). Constituiu também oferta formativa da escola o ensino secundário recorrente na modalidade de frequência não presencial tendo-se realizado, no último triénio, um total de 114 provas de avaliação de três módulos. Nos resultados escolares apurados com recurso à plataforma SIGO, constata-se que:

1. Cursos EFA de certificação escolar de nível secundário:

1.1. Dos 90 formandos que frequentaram os três cursos EFA S Tipo A, 58,9% concluíram a totalidade das UFCD do seu plano de formação, 18,9% concluíram apenas parcialmente as UFCD definidas no seu plano de formação e 22,2% desistiram ou anularam sem que fosse certificada qualquer UFCD; 2.2. Dos 233 formandos que frequentaram os oito cursos S Tipo C, 90,1% concluíram a totalidade das UFCD do seu plano de formação, 1,7% concluíram apenas parcialmente as UFCD definidas no seu plano de formação e 8,2% desistiram ou anularam sem que fosse certificada qualquer UFCD.

2. Ensino recorrente de nível secundário de educação em regime não presencial:

2.1. No letivo de 2018-2019 foram elaboradas 28 provas de avaliação de três módulos

tendo-se verificado 67,9% de classificações positivas, 17,8% de classificações negativas e 14,3% de não realização da prova. Nos dois anos letivos imediatamente anteriores não se efetuaram matrículas no ensino recorrente.

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Os cursos de Português para Falantes de Outras Línguas não estão, até à data da intervenção, finalizados, até à data da intervenção; contudo verificam-se elevados níveis de certificação por parte dos formandos.

III.2 – MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE RESULTADOS

O Agrupamento concebeu o “Regimento dos Cursos EFA e Conclusão do Ensino Secundário- Dec. Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro – 2018/2022”, onde se encontram definidos os procedimentos a adotar no que respeita à avaliação dos cursos EFA, designadamente, objetivos e finalidades, princípios, modalidades, critérios, instrumentos, estratégias de remediação e registo de informação no procedimento de avaliação, com enfoque sobre as aprendizagens efetuadas e competências adquiridas, de acordo com os referenciais de formação aplicáveis e contribuindo para a melhoria da qualidade do sistema, possibilitando a tomada de decisões para o seu aperfeiçoamento e reforço da confiança social no seu funcionamento.

Os critérios de avaliação aprovados contemplam indicadores que asseguram a qualidade das aprendizagens, evidenciando que os formandos deverão demonstrar, durante a formação e, obrigatoriamente, aquisição e aplicação de conhecimentos, assiduidade e ao nível do saber ser e estar, um conjunto parâmetros, tais como: realizar todos os trabalhos solicitados e as diversas atividades de formação; revelar ter atingido os resultados de aprendizagem, e ainda revelar 4 dos seguintes parâmetros: pontualidade; respeito; relações interpessoais; trabalho em equipa; participação e iniciativa; empenho e responsabilidade; autonomia; criatividade; mobilização de competências em novos contextos; adaptação a uma nova tarefa.

Está implementado um dossiê técnico-pedagógico, a utilizar em todas as ofertas formativas de adultos, onde se encontram: Matriz curricular do Ciclo / Desenho Curricular do Curso, o horário e a caraterização da turma, os formadores, as planificações das atividades, as atas das reuniões, as medidas de recuperação, as validações, e um balanço relativo à assiduidade, atitudes e valores, bem como o aproveito global da turma.

Na coordenação das ofertas para adultos procede-se à monitorização das validações das UFCD, tendo em vista dotar formandos e formadores de informação consistente sobre as progressões. Os intervenientes na educação e formação de adultos do Agrupamento têm perceção dos resultados escolares e estão conscientes das justificações para os resultados escolares obtidos no âmbito dos cursos EFA. A monitorização dos resultados EFA é divulgada e apresentada em conselho pedagógico, pela respetiva coordenadora.

No âmbito da autoavaliação do Agrupamento, no “Relatório de Avaliação Interna 2018/2019”, da Comissão de Avaliação Interna, é efetuada uma análise dos resultados EFA, indicando as ofertas, os alunos inscritos, anulação de matrícula, desistentes, transferências, certificados e em processo de avaliação e são tecidas algumas considerações gerais. No entanto, não são observáveis práticas formais conducentes à análise de resultado, por exemplo: i) identificar, por curso/ação, as componentes curriculares onde se verificou sucesso ou insucesso e ponderar as razões explicativas; ii) refletir sobre as taxas de conclusão dos ciclos de formação dos cursos/ações; iii) identificar as variáveis que contribuíram para o sucesso obtido pelos alunos/formandos que concluíram os cursos/ações no tempo previsto nos respetivos planos de formação; iv) identificar as razões que explicam a percentagem de alunos/formandos que não concluíram os cursos/ações no tempo previsto nos respetivos planos de formação; v) identificar

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os fatores explicativos das desistências; vi) apreciar o grau de satisfação dos formandos, no intuito de melhoria das práticas pedagógicas e organizacionais.