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RELATÓRIO FINAL PARA AUXÍLIO DE PESQUISA Projeto Agrisus No: 2679/19 Título da Pesquisa: Adubação de sistema como alternativa para intensificação sustentável em sistemas integrados de produção agropecuária: avaliação da emissão de gases de efeito estufa Interessado (Coordenador do Projeto): Prof. Dr. Paulo César de Faccio Carvalho Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Campus do Vale, Faculdade de, Av. Bento Gonçalves, 7712 - Agronomia, Porto Alegre - RS, 91540-000. Telefone: (51) 3308-6001. Departamento de Plantas Forrageiras e Agrometeorologia, Faculdade de Agronomia, UFRGS. Telefone: (51) 33087402. E-mail: [email protected]. Local da Pesquisa: Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, localizada no município de Eldorado do Sul RS, BR 290, km 146. Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 38.845,00 Vigência do Projeto: 30/04/2019 a 01/07/2020

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Page 1: RELATÓRIO FINAL PARA AUXÍLIO DE PESQUISAO início do período de pastejo ocorreu em 07 de julho de 2019 e iniciou quando o pasto atingiu altura média de 15 cm (Pontes et al., 2004)

RELATÓRIO FINAL PARA AUXÍLIO DE PESQUISA

Projeto Agrisus No: 2679/19

Título da Pesquisa:

Adubação de sistema como alternativa para intensificação sustentável em sistemas integrados

de produção agropecuária: avaliação da emissão de gases de efeito estufa

Interessado (Coordenador do Projeto):

Prof. Dr. Paulo César de Faccio Carvalho

Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Campus do Vale, Faculdade de,

Av. Bento Gonçalves, 7712 - Agronomia, Porto Alegre - RS, 91540-000. Telefone: (51)

3308-6001.

Departamento de Plantas Forrageiras e Agrometeorologia, Faculdade de Agronomia,

UFRGS. Telefone: (51) 33087402. E-mail: [email protected].

Local da Pesquisa:

Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,

localizada no município de Eldorado do Sul – RS, BR 290, km 146.

Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 38.845,00

Vigência do Projeto: 30/04/2019 a 01/07/2020

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RESUMO

Os sistemas integrados de produção agropecuária (SIPAs) são caracterizados pela

produção sustentável de alimentos para a humanidade, enquanto os sistemas intensivos de

monocultura apresentam baixa diversidade e elevado uso de insumos. Os SIPAs abordam a

adubação de sistemas para beneficiar diferentes culturas em sucessão, como no caso da

fertilização na fase pastagem para contribuir com a produtividade da lavoura de soja. Desta

maneira, o sistema torna-se mais sustentável devido ao uso racional de insumos. Também, os

SIPAs permitem o uso potencial de áreas com pastagem que permaneceriam sem animais

durante o período de inverno (em pousio). O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da

adubação de sistema no período hibernal ou estival, e a presença do animal na fase pastagem

de um Sistema Integrado de Produção Agropecuária (SIPA) sobre a emissão de gases de

efeito estufa. Os tratamentos foram: CPAI – com pastejo e adubação de sistema no inverno;

CPAV – com pastejo e adubação de sistema no verão; SPAI – sem pastejo e adubação de

sistema no inverno e SPAV – sem pastejo e adubação de sistema no verão. Os resultados

preliminares demonstram que a emissão de metano por ovinos durante a fase pastagem de um

SIPA é semelhante entre as épocas de adubação avaliadas, AI e AV. O ganho médio diário,

carga animal e ganho de peso vivo por área não diferiram entre AI e AV (P>0.05). O mesmo

foi observado para as variáveis do pasto, como altura, massa de forragem, taxa de acúmulo

diário e produção de forragem, não diferindo entre AI e AV (P>0.05). A produtividade da

lavoura de soja não diferiu entre os tratamentos com ou sem pastejo, tampouco entre a

adubação no inverno ou verão (P>0.05), demonstrando que é possível produzir uma maior

quantidade de alimentos por unidade de área quando há inclusão do animal no sistema, sem

comprometer a produtividade da cultura sucessora.

1. INTRODUÇÃO

Os Sistemas Integrados de Produção Agropecuária (SIPAs) surgem como alternativa

para intensificar a produtividade em áreas já utilizadas para a produção de cereais. Além

disso, os SIPA’s corroboram com a necessidade em aumentar a produção de alimentos para

atender as necessidades de consumo da população, pois estima-se que o crescimento

populacional ultrapassará 9 bilhões de pessoas em 2050 (FAO, 2010). Para Souza Filho et al.

(2019), a intensificação da produtividade deve ser acompanhada pela redução sistemática dos

impactos ambientais para assegurar uma produção de alimentos de maneira sustentável.

Segundo Carvalho et al. (2010), a integração de pastagem em áreas de lavoura pode contribuir

para o incremento dos benefícios ambientais, pois a agricultura conservacionista potencializa

a diversidade e o fluxo de nutrientes oriundos da presença do animal em pastejo.

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Na busca em aumentar a produtividade de alimentos com o viés sustentável,

ferramentas estratégicas são utilizadas para beneficiar o sistema integrado de produção, pois

os componentes animal e vegetal devem atuar em sinergismo. Assim, a adubação de sistemas

pode apresentar excelentes resultados, tanto para a cultura atual, quanto para a cultura

sucessora. De acordo com Assmann et al. (2017), o conceito de adubação de sistemas tem

como base a ciclagem biológica de nutrientes entre as fases do sistema em rotação, buscando

a máxima eficiência de uso de nutrientes em cultivos sucessores, considerada como

componente chave no processo produtivo.

O resultado esperado ao se aplicar este conceito é que os nutrientes disponibilizados,

por exemplo, durante a fase pastagem, sejam utilizados para produção vegetal, resultando no

aumento qualitativo e quantitativo da biomassa e, consequentemente, beneficiando o

desempenho animal durante o período hibernal. Souza Filho et al. (2019), ao utilizarem a

adubação sistêmica na fase pastagem em período posterior a colheita da soja, verificaram

aumento significativo na taxa de acúmulo diário de forragem e, também, na produção total

de forragem.

A maior produção forrageira para animais em pastejo, além de ser uma alternativa para

a produção de alimentos durante o período hibernal no sul do Brasil, contribui para a

mitigação de gases de efeito estufa, como o metano (CH4). Estudos relatam que animais

alimentados com forragem de alta qualidade ou em início do estágio vegetativo podem

reduzir a emissão de CH4, pois aumentam a ingestão voluntária e reduzem o tempo de

retenção ruminal, promovendo redução da perda de energia em forma de CH4, aumentando a

eficiência do sistema (Blaxter e Clapperton 1965; Beauchemin et al. 2008; Ulyatt et al., 2002).

Por outro lado, Savian et al (2014), avaliando emissões de metano por ovinos em pastagem

de azevém, demonstraram que a composição química representa apenas 20% da variação na

produção de CH4 e o modelo de emissão se relaciona melhor com a quantidade de ingestão

de matéria seca.

Desta maneira, torna-se oportuno a compreensão da dinâmica das emissões de metano

pelos animais nos sistemas agropecuários. Estudos com essa temática ainda são escassos e,

portanto, surgem como alternativa de pesquisa sólida no caráter da inovação para uma

produção agropecuária sustentável. Diante do exposto, o presente projeto objetivou avaliar o

efeito da adubação sistêmica sobre as emissões de metano por ovinos em um SIPA.

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2. MATERIAL & MÉTODOS

2.1. Descrição da área experimental

A pesquisa vem sendo desenvolvida desde 2017 em área de 5,5 ha pertencente à

Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(EEA/UFRGS), localizado no município de Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul (30°05'22’’

S, 51°39'08’’ W e altitude de 46m). A zona climática é classificada como subtropical úmida

“Cfa”, de acordo com a classificação de Köppen, e a temperatura média do ar histórica é de

16,0 °C.

O solo é classificado como Plintossolo Argilúvico Distrófico típico, segundo o Sistema

Brasileiro de Classificação de Solos (Embrapa, 2013). Naturalmente esses solos são pobres

em matéria orgânica, ácidos, apresentam baixos teores de P disponível e baixa saturação de

bases.

A área experimental contém ao total 4,4 ha divididos em 16 potreiros, mais uma área

reserva de 1,1 ha para alocação dos animais reguladores, além de mangueira para manejo dos

mesmos. A EEA/UFRGS possui a infraestrutura básica necessária para desenvolvimento do

experimento, maquinário necessário para implantação, adubação e manutenção das fases

lavoura e pastagem do experimento.

2.2 Tratamentos

O experimento é delineado em blocos ao acaso (Figura 1), em arranjo fatorial 2 x 2

com quatro repetições, totalizando 16 unidades experimentais (UE). Os tratamentos são duas

épocas de adubação (adubação no verão ou adubação sistêmica no inverno) com ou sem a

presença do animal - ovinos - na fase pastagem, caracterizando um Sistema Integrado de

Produção Agropecuária (SIPA). No verão, a cultura utilizada é a soja (Glycine max), e no

inverno vem sendo utilizada pastagem de azevém anual (Lolium multiflorum).

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Figura 1. Croqui da área experimental com a alocação dos tratamentos: com pastejo (CP) e

sem pastejo (SP), adubação no verão (AV) e adubação no inverno (AI).

A adubação com fósforo (P) e potássio (K), realizada na pastagem ou na lavoura, de

acordo com o tratamento de adubação, foi baseada em análise de solo prévia, e foi calculada

para uma estimativa de produtividade de 4 ton ha‒1 de soja. Desta maneira, foi utilizado 175

kg/ha de NPK (5-32-4), mais 122 kg/ha de KCl (0-0-60) no dia 17 de junho de 2019. A

adubação nitrogenada foi realizada na fase pastagem (azevém), também no dia 17 de junho

de 2019, aplicando-se 150 kg N/ha, na forma de ureia em dose única.

A adubação em 2020 foi realizada no dia 17 de junho, utilizando-se 150 kg N/ha, na

forma de ureia em dose única, aplicada com auxílio de distribuidor a lanço acoplado no trator.

A adubação fosfatada e potássica também foi realizada no mesmo dia, sendo aplicados 35

kg/ha de P2O5 e 50 kg/ha de K2O, nas formas de superfosfato triplo e cloreto de potássio,

respectivamente. A aplicação foi realizada com distribuidores manuais, nas UEs com

tratamento de adubação no inverno.

2.3 Emissão de gases de efeito estufa (GEE)

Para mensurar o metano entérico dos animais, foi utilizada a técnica do marcador

hexafluoreto de enxofre (SF6) adaptada por Gere e Gratton (2010). Os marcadores SF6

(cápsulas) foram introduzidos nos cordeiros, via oral, no dia 07 de agosto de 2019.

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Após a análise das amostras coletadas, o rendimento de energia na produção de metano

será calculado de acordo com Johnson and Johnson (1995) e a intensidade de emissão, de

acordo com Gerber et al. (2013).

As emissões pelos animais foram mensuradas em três períodos com duração de 5 dias

cada, em intervalos de, aproximadamente, 28 dias. O primeiro período de avaliação do

metano entérico compreendeu o período de 14 a 19 de agosto. O segundo período de avaliação

foi entre os dias 21 e 26 de setembro, e o último e terceiro período ocorreu entre os dias 12 e

17 de outubro de 2019.

As avaliações foram realizadas em 32 ovinos, sendo quatro animais testers por

tratamento com pastejo animal. Foi avaliado o consumo dos animais em pastejo, de forma

concomitante à avaliação de gases de efeito estufa, seguindo técnica do n-fecal (Penning,

2004).

Para a coleta de fezes, utilizaram-se bolsas coletoras em cada período de avaliação, o

qual teve duração de 5 dias. As amostras foram coletadas, identificadas e uma amostra

referente a 20% do total foi encaminhada para estufa com circulação de ar forçado a 55ºC

para obtenção do teor de matéria seca (MS). As coletas de fezes foram realizadas entre os

dias 23 e 27 de agosto, 13 a 17 de setembro e entre 19 e 23 de outubro de 2019. Em datas

concomitantes, foram coletadas amostras de pasto através da metodologia ‘hand plucking’

(Halls, 1954) para determinação dos teores de proteína bruta, digestibilidade in vitro da

matéria orgânica (Tilley & Terry, 1963) e fibra em detergente neutro (Robertson e Van Soest,

1981).

2.4 Pastagem

No dia 06 de maio de 2019 procedeu-se a semeadura a lanço do azévem, cultivar BRS

Ponteio, na densidade de 28 kg de sementes por hectare. Na fase pastagem, foram avaliados

quatro ovinos testers da raça Corriedale, com aproximadamente 28 kg de peso vivo e idade

de 10 meses, mantidos nas UEs por todo o período de pastejo. O início do período de pastejo

ocorreu em 07 de julho de 2019 e iniciou quando o pasto atingiu altura média de 15 cm

(Pontes et al., 2004). Os animais permaneceram na área experimental até o dia 26 de outubro

de 2019.

Foi utilizado o método de pastoreio contínuo, com taxa de lotação variável (kg de peso

vivo (PV)/ha), utilizando-se a técnica ‘put and take’, descrita por Mott & Lucas (1952), que

corresponde à entrada e saída de animais reguladores para manutenção da altura preconizada.

Essa técnica foi empregada semanalmente para ajustar a carga animal e manter a altura média

da pastagem em 15 cm. A quantidade de animais necessária durante o período de pastejo foi

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de 32 animais testers e aproximadamente 50 animais reguladores para manutenção da altura

preconizada.

A altura do pasto foi determinada por meio de 150 medições por UE, com auxílio de

um bastão graduado denominado ‘sward stick’ (Barthram, 1985). O número de medições foi

definido por meio de teste de suficiência amostral, de acordo com a variabilidade de alturas

encontradas nas UEs em avaliações prévias. Para estimar a massa de forragem (kg MS/ha),

foram coletadas 6 amostras de forragem por UE. Após ser alocado o quadro de 0,25 m² (0,5

m × 0,5 m), foram medidos cinco pontos de altura dentro da área do quadro e realizado o

corte da forragem disponível acima do nível do solo. As amostras de forragem foram

acondicionadas em sacos de papel identificados e levadas à estufa de ar forçado a 55ºC para

secagem durante 72 horas. Após a secagem, o material foi pesado em balança eletrônica com

precisão de 1g para determinação da massa de forragem, expressa em kg de MS.

Os componentes estruturais do pasto, como lâmina foliar, pseudocolmo (bainha foliar

+ colmo), material morto e inflorescência estão em processo de quantificação (Skonieski et

al., 2011). Para isso, esses componentes estão sendo separados manualmente, secos em estufa

a 55o C por 72 horas e posteriormente, pesados. Com a proporção de cada componente e a

massa de forragem, iremos obter os valores de cada componente em kg de MS/ha e em

percentual (%). A relação lâmina foliar:pseudocolmo (LF:PC) também está sendo

quantificada, sendo esta obtida pela divisão da quantidade de lâminas foliares pela quantidade

de pseudocolmos presentes nas amostras.

Foram alocadas quatro gaiolas de exclusão por UE para se obter a taxa de acúmulo

diário de forragem em cada ciclo de pastejo, definido em 28 dias. A produção total de

forragem foi definida pela massa de forragem (MF) inicial, em kg MS/ha, somada à taxa de

acúmulo diário de forragem (Kg MS/ha) multiplicada pelo número de dias do período

experimental.

Os cordeiros foram pesados no dia 05/07/2019 (início do período de pastejo), ao final

de cada ciclo de pastejo (01/08, 30/08, 27/09) e ao final do período de pastejo (26/10/2019),

após jejum de sólidos de 12 horas, para ajuste da taxa de lotação e avaliação do desempenho

animal. Foram avaliados a taxa de lotação (TL, Kg PV/ha), o ganho médio diário (GMD) e o

ganho de peso vivo por área (GPV/ha). A TL foi calculada por meio da soma do peso vivo

dos animais testers, e dos reguladores multiplicado pelo número de dias em que estes

permaneceram na UE. O GMD foi obtido pela diferença do peso vivo final e inicial dos

animais testers em cada ciclo de pastejo, dividido pelo período entre as pesagens (dias), já o

GPV foi obtido por meio da multiplicação da TL média, expressa em número de animais por

área (ha), pelo GMD dos animais testers e pelo período de pastejo (dias).

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No dia 04 de maio de 2020, os preparativos para a fase pastagem de 2020 tiveram início

com a semeadura do azevém, cultivar PGW LE 284 à lanço, na densidade de 28 kg de

sementes por hectare. A entrada dos animais será definida quando a altura do pasto apresentar

valor médio de 15 cm nos tratamentos com pastejo.

2.5 Lavoura

Após a saída dos animais, a área experimental foi dessecada no dia de 18 de novembro

de 2019 e a semeadura da soja, em sistema de plantio direto, foi realizada no dia 28 de

novembro de 2019. Foi utilizada a cultivar TMG 7063 IPRO, com densidade de semeadura

de 255,5 mil sementes por hectare. A colheita da soja foi realizada no dia 23 de abril de 2020.

Na fase lavoura, em cada UE foi realizada seis amostragens de plantas da cultura da

soja para estimativa da produtividade de grãos (Kg MS/ha). Cada amostragem foi realizada

em área de 2,03 m² (1,5 m lineares e 3 linhas espaçadas em 0,45 m). As amostras foram

trilhadas, limpas e secas em estufa com circulação de ar forçado a 55°C durante 72 horas para

obtenção do rendimento de grãos, e posteriormente ajustada para o teor de 13% de umidade.

2.6 Análise estatística

Os dados referentes à produção vegetal e animal no período hibernal e produção de

grãos no período estival foram submetidos à testes de normalidade (teste Shapiro-Wilk,

P>0,05), homogeneidade de variâncias (teste Levene, P>0,05) e independência de resíduos

(análise visual). Sendo assumidas as pressuposições da análise de variância (ANOVA), os

dados foram analisados considerando nível de 5% de significância (P<0,05). Foram

considerados no modelo de ANOVA os efeitos fixos de época de adubação, efeito animal e

sua interação. O efeito de bloco foi incluído como efeito aleatório no modelo.

Quando observada diferença significativa entre os fatores testados (P<0,05), as médias

foram comparadas pelo teste Tukey, em mesmo nível de significância.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Animal

Os ovinos permaneceram em pastejo durante 113 dias nos tratamentos com adubação

de inverno (AI) e verão (AV). Na fase pastagem, o desempenho animal foi mensurado a partir

do ganho médio diário (GMD), o qual não diferiu entre os tratamentos AI e AV (P>0.05),

sendo possível verificar valores médios de 0,093 e 0,094 kg, respectivamente (Figura 2).

Nesse sentido, observa-se que a adubação pode ser realizada em quaisquer dos períodos do

ano observados no presente estudo, sem comprometer o desempenho animal.

Page 9: RELATÓRIO FINAL PARA AUXÍLIO DE PESQUISAO início do período de pastejo ocorreu em 07 de julho de 2019 e iniciou quando o pasto atingiu altura média de 15 cm (Pontes et al., 2004)

Figura 2 – Ganho médio diário (kg PV) de ovinos manejados em pastagem de azevém anual

submetida a duas épocas de adubação, no inverno (AI) e verão (AV)

A carga animal (kg PV/ha) também não diferiu entre os tratamentos AI e AV (P>0.05),

como pode ser observado na Figura 3. Os valores médios foram de 841 e 813 kg PV/ha para

a adubação realizada no inverno e no verão, respectivamente.

Figura 3 – Carga animal média (kg PV/ha) de ovinos manejados em pastagem de azevém

anual submetida a duas épocas de adubação, no inverno (AI) e verão (AV)

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Assim como o GMD e carga animal, o ganho de peso vivo por área (kg PV/ha)

apresentou resposta similar entre os tratamentos com diferentes épocas de adubação (Figura

4), não diferindo entre AI e AV (P>0.05). Os valores médios observados foram de 233 e 230

kg PV/ha para a adubação realizada no inverno e no verão, respectivamente.

Figura 4 – Ganho de peso vivo por área (kg PV/ha) de ovinos manejados em pastagem de

azevém anual submetida a duas épocas de adubação, no inverno (AI) e verão (AV)

3.2 Pastagem

A altura do pasto (cm) foi semelhante entre os tratamentos com adubação de inverno

(AI) e adubação de verão (AV), dentro da perspectiva de se avaliar os tratamentos com pastejo

(CP), isoladamente dos tratamentos sem pastejo (SP) (P>0.05) (Figura 5).

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Figura 5 – Altura do pasto (cm) de azevém anual manejado sob diferentes tratamentos (com

pastejo=CP; sem pastejo=SP; adubação no inverno (AI); adubação no verão (AV)).

A altura média do pasto nos tratamentos com pastejo (CP), considerando adubação de

inverno (AI) e verão (AV), foi próxima a altura preconizada para o manejo do pasto, ou seja,

15 cm, com objetivo de fornecer condições adequadas de estrutura do pasto, que

potencializam a ingestão de forragem pelos animais (Savian et al., 2018).

No tratamento sem pastejo (SP), a planta não sofre modulações para o controle da sua

estrutura, possibilitando que a altura do pasto seja mensurada em livre crescimento, sem

quaisquer intervenções à planta. Nessas condições, a altura média foi similar entre os sistemas

com AI e AV (P>0.05).

A massa de forragem (MF) apresentou resposta similar à observada para a altura do

pasto. Observa-se na Figura 6 que a MF foi similar entre AI (2138,48 kg MS/ha) e AV

(2143,44 kg MS/ha) no tratamento CP (P>0.05), bem como entre AI (4536,88 kg MS/ha) e

AV (4178,86 kg MS/ha) no tratamento SP (P>0.05).

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Figura 6 – Massa de forragem (kg de MS/ha) de azevém anual manejado sob diferentes

tratamentos (com pastejo=CP; sem pastejo=SP; adubação no inverno (AI); adubação no verão

(AV)).

A taxa de acúmulo diário de forragem (kg MS/ha) não diferiu entre os tratamentos

observados (P>0.05), demonstrando que a época de adubação não influenciou no crescimento

do pasto (Figura 7).

No tratamento CP, os valores médios para AI e AV foram de, respectivamente, 68,50

e 61,00 kg MS/ha/dia, semelhantes aos verificados no tratamento SP para AI (66,70 kg

MS/ha/dia) e AV (42,3 kg MS/ha/dia).

Page 13: RELATÓRIO FINAL PARA AUXÍLIO DE PESQUISAO início do período de pastejo ocorreu em 07 de julho de 2019 e iniciou quando o pasto atingiu altura média de 15 cm (Pontes et al., 2004)

Figura 7 – Taxa de acúmulo diário de forragem (kg MS/ha) de azevém anual manejado sob

diferentes tratamentos (com pastejo=CP; sem pastejo=SP; adubação no inverno (AI);

adubação no verão (AV)).

A produção de forragem (kg MS/ha) não diferiu entre os tratamentos observados

(P>0.05), demonstrando que a época de adubação não influenciou sobre o parâmetro

observado (Figura 8).

No tratamento CP, os valores médios para AI e AV foram de, respectivamente, 8989,20

e 8052,62 kg MS/ha, semelhantes aos verificados no tratamento SP para AI (8855,30 kg

MS/ha) e AV (6918,85 kg MS/ha).

Page 14: RELATÓRIO FINAL PARA AUXÍLIO DE PESQUISAO início do período de pastejo ocorreu em 07 de julho de 2019 e iniciou quando o pasto atingiu altura média de 15 cm (Pontes et al., 2004)

Figura 8 – Produção de forragem (kg MS/ha) de azevém anual manejado sob diferentes

tratamentos (com pastejo=CP; sem pastejo=SP; adubação no inverno (AI); adubação no verão

(AV))

3.3 Lavoura

A produtividade de grãos da soja na safra 2019/2020 foi semelhante entre os

tratamentos avaliados (P>0.05) (Figura 9). No tratamento CP, verificou-se uma produtividade

média de 2702 e 2590 kg/ha para AI e AV, respectivamente. Valores semelhantes foram

obtidos no tratamento SP, com produtividade média de 2397 kg/ha quando a adubação foi

realizada no inverno e 2527 kg/ha na adubação de verão.

Figura 9 – Produtividade média de grãos de soja (kg/ha) nos diferentes tratamentos (com

pastejo=CP; sem pastejo=SP; adubação no inverno (AI); adubação no verão (AV))

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Neste contexto, é importante destacar que o uso de animais em pastejo durante a fase

pastagem de um sistema integrado não compromete a produtividade da lavoura em

comparação com um sistema de monocultura. Estima-se que da área total cultivada com soja

no Rio Grande do Sul, aproximadamente 5 milhões de hectares permanecem em pousio ou

com plantas de cobertura de alto potencial forrageiro no período de inverno (Carvalho et al.,

2011). Sendo assim, o uso de áreas que permaneceriam em pousio durante o inverno (sem

pastejo) para a produção animal, podem beneficiar o produtor rural com a melhor utilização

da área ao longo do ano, tornando-a mais produtiva e incrementando a renda financeira anual.

Essas informações quebram, também, paradigmas de que o uso de animais em pastejo

durante o inverno comprometem a produtividade da lavoura de soja. Além de ser uma

inverdade, a presença do animal pode melhorar as condições químico-físicas do solo devido

às excretas, aumentando a ciclagem e nutrientes do sistema. Segundo Jamhour e Assmann

(2017), a presença do animal em um sistema de produção está diretamente atrelado aos

nutrientes ingeridos e digeridos na forma de biomassa vegetal e que podem ser incorporados

ao sistema via fezes e urinas.

3.4 Gases de efeito estufa – consumo animal – qualidade nutricional da forragem

Os valores de emissão de metano entérico por cordeiros mantidos em pastagem de

azevém anual foram numericamente semelhantes entre as épocas de adubação no inverno e

verão (Tabela 1).

Tabela 1 – Emissão de metano (g/animal/dia) por ovinos manejados em pastagem de azevém

anual submetida a duas épocas de adubação, no inverno (AI) e verão (AV)

Época de adubação Emissão de Metano (g/dia)

AI 22,02±6,34

AV 20,01±6,45

As análises laboratoriais para obtenção dos resultados finais de emissão de metano

encontram-se em andamento e, consequentemente, as análises estatísticas ainda não foram

finalizadas, assim como a avaliação de consumo animal e qualidade nutricional da forragem.

As informações foram coletadas durante a vigência deste projeto, mas devido a logística de

funcionamento dos laboratórios da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, elas ainda

não foram concluídas.

Page 16: RELATÓRIO FINAL PARA AUXÍLIO DE PESQUISAO início do período de pastejo ocorreu em 07 de julho de 2019 e iniciou quando o pasto atingiu altura média de 15 cm (Pontes et al., 2004)

4. CONCLUSÕES

Os resultados obtidos até o momento demonstram a possibilidade de se utilizar o

período hibernal para o pastejo de ovinos em áreas que posteriormente serão destinadas ao

cultivo da soja, assim como demonstra o potencial de utilização da adubação sistêmica na

pastagem (adubação no inverno) para a produção do sistema.

5. PRODUÇÕES CIENTÍFICAS RELACIONADAS AO PROJETO

SILVA, D.G. Produção sustentável: potencial emissão de gases de efeito estufa em

sistema integrado de produção agropecuária. Tese de Doutorado em Zootecnia em

andamento. Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto

Alegre – RS.

6. REFERÊNCIAS

ASSMANN, T.S.; SOARES, A.B.; ASSMANN, A.L.; HUF, F.L.; LIMA, R.C. Adubação de

Sistemas em Integração Lavoura-Pecuária. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SISTEMAS

INTEGRADOS DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA, 1.; ENCONTRO DE INTEGRAÇÃO

LAVOURA-PECUÁRIA NO SUL DO BRASIL, 4., 2017, Cascavel. Palestras:

intensificação com sustentabilidade. Pato Branco: UTFPR. 2017. p. 67–84. ISBN - 978-85-

99584-10-1. Disponível em: <http://www.pb.utfpr.edu.br/coagr/eventos>

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The Way Forward for Sustainable Production Intensification. Rome, v.13, 64 p., 2010.

GERBER, P.J. et al. Tackling climate change through livestock – A global assessment of

emissions and mitigation opportunities. Food and Agriculture Organization of the United

Nations (FAO), Rome, 2013.

Page 17: RELATÓRIO FINAL PARA AUXÍLIO DE PESQUISAO início do período de pastejo ocorreu em 07 de julho de 2019 e iniciou quando o pasto atingiu altura média de 15 cm (Pontes et al., 2004)

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Page 18: RELATÓRIO FINAL PARA AUXÍLIO DE PESQUISAO início do período de pastejo ocorreu em 07 de julho de 2019 e iniciou quando o pasto atingiu altura média de 15 cm (Pontes et al., 2004)

7. RELATÓRIO PRÁTICO

O presente estudo buscou avaliar a emissão de gases de efeito estufa por ovinos durante

o pastejo e o desempenho dos animais no período hibernal, bem como a produtividade da soja

como cultura sucessora. Os tratamentos consistiram da presença ou não de ovinos na fase

pastagem, considerando duas épocas diferentes de adubação (Adubação no inverno (AI) e

verão (AV)), afim de comparar um SIPA x monocultura da soja.

Os resultados demonstram que é possível produzir maior quantidade de alimento por

unidade de área em SIPA, a partir do incremento da produção animal na fase pastagem

durante o inverno, sem influenciar na produtividade da cultura sucessora (soja). A adubação

de sistema na pastagem (AI) não afetou a produção de forragem, quando comparada a

adubação na lavoura (AV).

8. DIFICULDADES E MEDIDAS CORRETIVAS

A análise laboratorial das amostras de forragem e fezes estão atrasadas, por conta da

logística de funcionamento dos laboratórios durante a pandemia de COVID-19. Assim que as

atividades forem retomadas, providenciaremos o retorno das análises das amostras coletadas

durante a vigência do projeto.

9. COMPENSAÇÕES OFERECIDAS À FUNDAÇÃO AGRISUS

Em quaisquer publicações provenientes deste estudo, o apoio recebido pela Agrisus

será citado para fins de agradecimento, auxílio o qual possibilitou a condução deste projeto

de pesquisa. Os resultados, parciais ou finais, estão à disposição da Agrisus, respeitando as

normativas das revistas científicas as quais os trabalhos serão vinculados.

10. DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRA

A tabela 2 apresenta a demonstração do uso dos recursos durante o período de execução

do projeto.

Tabela 2 - Demonstração do uso dos recursos referentes ao PA 2679/19

Data Histórico Valor

11/06/19 Pagamento Nota Fiscal – N° 39 R$2.380,00

07/08/19 Pagamento Nota Fiscal – N° 438 R$ 3.960,00

12/08/19 Pagamento Nota Fiscal – N° 444 R$ 540,00

26/08/19 Reembolso despesa combustível R$ 338,31

05/09/19 Pagamento bolsas estudo – Ref. JUN/JUL/AGO-2019 R$ 1.200,00

Page 19: RELATÓRIO FINAL PARA AUXÍLIO DE PESQUISAO início do período de pastejo ocorreu em 07 de julho de 2019 e iniciou quando o pasto atingiu altura média de 15 cm (Pontes et al., 2004)

09/19 Reembolso despesa combustível R$ 250,23

04/10/19 Pagamento bolsas estudo – Ref. set-2019 R$ 400,00

09/10/19 Reembolso despesa combustível R$ 352,05

05/11/19 Reembolso despesa combustível R$ 193,48

06/11/19 Pagamento bolsas estudo – Ref. out-2019 R$ 400,00

26/11/19 Reembolso despesa combustível R$ 100,00

27/11/19 Reembolso despesa combustível R$ 289,18

06/12/19 Pagamento bolsas estudo – Ref. nov-2019 R$ 400,00

27/12/19 Reembolso despesa combustível R$ 289,18

08/01/20 Pagamento bolsas estudo – Ref. dez-2020 R$ 400,00

13/01/20 Pagamento Nota Fiscal – N° 000.011.988 R$ 1.819,61

13/01/20 Pagamento Nota Fiscal – N° 000.011.989 R$ 2.615,00

13/01/20 Pagamento Nota Fiscal – N° 000.011.987 R$ 2.017,45

06/02/20 Pagamento bolsas estudo – Ref. jan-2020 R$ 400,00

21/02/20 Reembolso despesa combustível R$ 928,99

21/02/20 Reembolso despesa combustível R$ 250,00

06/03/20 Pagamento bolsas estudo – Ref. fev-2020 R$ 400,00

16/03/20 Pagamento Nota Fiscal – N° 379 4.500,00

26/03/20 Reembolso despesa combustível R$1.229,71

07/04/20 Pagamento bolsas estudo – Ref. mar-2020 R$ 400,00

01/05/20 Pagamento Nota Fiscal – N° 000.012.106 R$ 493,50

06/05/20 Reembolso despesa combustível R$461,36

07/05/20 Pagamento bolsas estudo – Ref. abr-2020 R$ 400,00

08/06/20 Pagamento bolsas estudo – Ref. maio-2020 R$ 400,00

10/06/20 Reembolso despesa combustível R$ 200,00

18/06/20 Reembolso despesa combustível R$ 703,73

25/06/20 Pagamento Nota Fiscal – N° 001.831 R$ 2.269,25

25/06/20 Pagamento Esalq Lab - 2817-7 R$ 4.000,00

03/07/20 Reembolso despesa combustível R$ 954,47

TOTAL R$ 35.935,50

VALOR FINANCIADO R$ 38.845,00

SALDO FINAL R$ 2.909,50

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Anexo 1

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Imagens obtidas durante o período experimental

Figura 1 – Gaiolas de exclusão para quantificar a taxa de acúmulo do pasto (kg/MS/dia).

Figura 2 – Avaliação da emissão de gases de efeito estufa.

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Figura 3 – Medição da altura do pasto com auxílio de um sward stick (bastão graduado).

Figura 4 – Lavoura de soja nas áreas que receberam pastejo de ovinos na fase pastagem.

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Figura 5 – Lavoura de soja nas áreas que NÃO receberam pastejo de ovinos na fase pastagem.

Figura 6 – Sobressemeadura de azevém antes do período de pastejo