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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPIO DE PARACATU/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE PARACATU RELATÓRIO FINAL DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE PARACATU (PRODUTO 6)

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

DO MUNICÍPIO DE PARACATU/MG

PREFEITURA MUNICIPAL DE PARACATU

RELATÓRIO FINAL DO PLANO MUNICIPAL DE

SANEAMENTO BÁSICO DE PARACATU

(PRODUTO 6)

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FUNDAÇÂO GUIMARÃES ROSA

EQUIPE TÉCNICA

Coordenador:

Ricard Franco Gontijo

Engenheiro Civil:

Moisés Peters

Engenheira Ambiental:

Andriani Tavares Tenório Gonçalves

Engenheira Ambiental:

Fernanda Nobre

Engenheira Ambiental:

Liliane Coelho de Carvalho

Pedagoga:

Simone de Fátima Santana Soares

Economista:

Márcio Gilberto de Abreu

Bióloga:

Paula Teixeira Eustáquio Rodrigues

Advogada:

Júnia Mara do Vale

Geógrafo:

Cassius Clay Dias da Silva

Arquiteto Urbanista:

Eduardo Maia Memória

Engenheiro Ambiental:

Josué de Almeida Meystre

Comunicação Social:

Lívia Aparecida de Almeida Alves

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PREFEITURA MUNICIPAL DE PARACATU/MG

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DO

MUNICÍPIO DE PARACATU/MG

RELATÓRIO FINAL DO PLANO MUNICIPAL DE

SANEAMENTO BÁSICO DE PARACATU

(PRODUTO 6)

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ÍNDICE

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................... 12

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ........ 12

1.2 OBJETIVOS E ESCOPO DOS ESTUDOS E PLANEJAMENTOS ............... 13

1.3 PRODUTOS JÁ ELABORADOS E ENTREGUES NA PREFEITURA

MUNICIPAL DE PARACATU ................................................................................. 15

2 DIRETRIZES GERAIS ADOTADAS .......................................................... 17

2.1 PARTICIPAÇÃO SOCIAL ............................................................................ 23

2.1.1 Comitês de Coordenação e Executivo ................................................... 24

2.1.2 Eventos Participativos com os Comitês de Coordenação e Executivo . 24

2.2 REUNIÃO DE DISCUSSÃO DO DIAGNÓSTICO DO PMSB ....................... 25

2.3 REUNIÃO DE DISCUSSÃO DO PROGNÓSTICO DO PMSB ..................... 30

3 METODOLOGIA DE GESTÃO DO PLANO ............................................... 33

3.1 ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO ... 35

3.2 REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS .................................... 37

4 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO .......................................... 38

4.1 POPULAÇÃO ............................................................................................... 39

4.1.1 Perspectiva de crescimento da População: ........................................... 40

4.2 INFORMAÇÕES RELEVANTES PARA A CARACTERIZAÇÃO DO

MUNICÍPIO DE PARACATU: ................................................................................ 41

4.2.1 Altitude: .................................................................................................. 41

4.2.2 Temperatura: ......................................................................................... 41

4.2.3 Relevo ................................................................................................... 42

4.2.4 Principais rios ........................................................................................ 42

4.2.5 Água / esgoto......................................................................................... 42

4.2.6 Serviços de Comunicações ................................................................... 42

4.2.7 Energia Elétrica ..................................................................................... 42

4.2.8 Reservas Minerais ................................................................................. 42

4.2.9 Saúde .................................................................................................... 43

4.2.10 Transportes ........................................................................................... 43

4.2.11 Principais rodovias que servem ao município: ....................................... 43

4.2.12 Municípios limítrofes: ............................................................................. 43

4.2.13 Aeroportos ............................................................................................. 44

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4.3 SITUAÇÃO ECONÔMICA FINANCEIRA DO MUNICÍPIO. .......................... 44

4.4 VARIAÇÃO DA TEMPERATURA E BALANÇO HÍDRICO MENSAL............ 45

4.5 TOPOGRAFIA: ............................................................................................. 45

4.6 GEOMORFOLOGIA ..................................................................................... 46

4.7 GEOLOGIA .................................................................................................. 47

4.8 HIDROLOGIA ............................................................................................... 48

4.9 CLIMA .......................................................................................................... 53

4.10 FAUNA e FLORA ........................................................................................ 53

5 METODOLOGIA DOS ESTUDOS ............................................................. 54

5.1 CONSTRUÇÕES DOS CENÁRIOS ALTERNATIVOS ................................. 54

5.2 ESTUDO POPULACIONAL DO MUNICIPIO DE PARACATU .................... 57

5.3 EVOLUÇÃO POPULACIONAL .................................................................... 57

5.3.1 Base de Dados ...................................................................................... 58

5.3.2 Projeção Populacional ........................................................................... 58

5.3.3 Estudo Populacional do Município de Paracatu .................................... 58

5.3.4 Projeção Populacional Adotada ............................................................. 59

6 DETALHAMENTO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO .......... 62

6.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA CIDADE DE PARACATU/MG ................ 62

6.1.1 Sistema de Abastecimento de Água da Cidade de Paracatu ................ 63

6.1.2 Sistemas de abastecimento de água na área Rural .............................. 71

6.1.3 Prognósticos das necessidades de serviços públicos de saneamento no

tocante ao abastecimento de água ..................................................................... 78

6.1.4 PROJEÇÕES DAS DEMANDAS PARA OS SETORES ........................ 78

6.1.5 ALTERNATIVAS PARA O ATENDIMENTO DAS DEMANDAS DOS

SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDIMENTO DAS

CARÊNCIAS EXISTENTES, DE ACORDO COM A LEI 11.445/07 .................... 87

6.1.6 Metas e ações pretendidas com a implantação do PMSB no tocante ao

abastecimento de água na zona rural. ................................................................ 88

6.1.7 Cenários alternativos de demandas por serviços e processo de

planejamento do saneamento básico ................................................................. 88

6.1.8 Vulnerabilidade do Aquífero Subterrâneo .............................................. 89

6.1.9 Interveniência da Eletrificação Rural ..................................................... 89

6.1.10 Alternativas de Utilização dos Poços Profundos ................................... 89

6.1.11 Obra de Expansão do Sistema de Abastecimento de Água da Sede .... 90

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6.1.12 Sistema de abastecimento de água urbano .......................................... 90

6.1.13 Sistema de Abastecimento de Água Rural ............................................ 91

6.1.14 Programas, Projetos e Ações - Abastecimento de Água ....................... 95

6.1.15 Açoes para Emergências e Contingências ............................................ 97

6.1.16 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS DE CONTROLE SOCIAL E

MONITORAMENTO DO PMSB – ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................... 100

6.2 DESCRICAO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................ 103

6.2.1 Diagnóstico da Situação do Esgotamento Sanitário ............................ 104

6.2.2 Prognósticos e Alternativas ................................................................. 104

6.2.3 Programação de Ações Imediatas ....................................................... 106

6.2.4 Planos de Investimentos ...................................................................... 109

6.2.5 Programação das ações do plano Municipal de Saneamento do

Município de Paracatu. ..................................................................................... 112

6.2.6 Metas do Plano .................................................................................... 115

6.2.7 Plano de Contingência do Sistema de Esgotamento Sanitário ............ 115

6.2.8 Formulação dos indicadores de desempenho do sistema de

Esgotamento Sanitário...................................................................................... 122

6.3 SERVIÇOS DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

....................................................................................................................123

6.3.1 Diagnóstico da Situação do Saneamento Básico – Drenagem

Urbana...............................................................................................................125

6.3.2 Prognósticos e alternativas para a universalização, Condicionantes,

Diretrizes, Objetivos e Metas. ........................................................................... 133

6.3.3 Programas, Metas e Ações ................................................................. 135

6.3.4 Programação das Ações do PMSB ..................................................... 137

6.3.5 Orçamento das Ações ......................................................................... 143

6.3.6 Programação de ações imediatas ....................................................... 150

6.3.7 Ações para Emergências e Contingências .......................................... 153

6.3.8 Avaliação e monitoramento ................................................................. 155

7 RESUMO DOS PROGRAMAS E INVESTIMENTOS PREVISTOS NESTE

PLANO ........................................................................................................... 157

7.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................................................... 157

7.2 ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................................................... 158

7.3 RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA URBANA ............................................ 160

7.4 DRENAGEM URBANA ............................................................................... 164

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7.5 RESUMO GERAL DOS INVESTIMENTOS ............................................... 171

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 172

9 ANEXOS ....................................................... Erro! Indicador não definido.

9.1 ANEXO 1 - MINUTA DE PROJETO DE LEI .... Erro! Indicador não definido.

RELAÇÃO DE FIGURAS

FIGURA 1 Mapa de distribuição dos Bairros ............................................................ 20 Figura 2 Distribuição das Unidades Espaciais Rurais ............................................... 22 Figura 3 Registro fotográfico EM José Simões Cunha .............................................. 27 Figura 4 Registro fotográfico- escola Municipal Afonso Novais Pinto ........................... Figura 5 Registro Fotográfico EM Raimundo José Santana ..................................... 28 Figura 7 Registro Fotográfico EM Pedro Silva Neiva .................................................... FIGURA 8 - Modelo do folder institucional interno .................................................... 29 FIGURA 9 – Visualização do folder institucional ....................................................... 30 Figura 10 Convite enviado para apresentação dos Prognósticos ............................. 31 Figura 11 Relatório fotográfico da reunião na escola Municipal Arquimedes Meireles .................................................................................................................................. 32 Figura 12 Relatório fotográfico da reunião na Escola Municipal Afonso Novaes Pinto .................................................................................................................................. 32 Figura 13 Registro fotográfico da reunião ocorrida na Escola Municipal José Simões Cunha ........................................................................................................................ 33 Figura 14 Registro fotográfico da reunião ocorrida na Escola Municipal José Simões Cunha ........................................................................................................................ 33 Figura 15 Mapa de Precipitação ................................................................................ 45 Figura 16 Mapa Físico Topográfico ........................................................................... 46 Figura 17 Divisão de Trechos .................................................................................... 49 Figura 18 Bacia Hidrográfica ..................................................................................... 50 Figura 19 Bacia do Rio Paracatu ............................................................................... 50 Figura 20 Mapa Hidrográfico de Paracatu ................................................................. 52 Figura 21 Problemas e Necessidades levantadas pelos munícipes nas Reuniões Comunitárias na sede municipal (Sistema de Abastecimento de Água). .................. 78 Figura 22 Construção imobiliária em APP do Córrego Rico .................................... 127 Figura 23 Ocupação em APP e assoreamento do Córrego Pobre .......................... 127 Figura 24 Assoreamento no Córrego Rico .............................................................. 128 Figura 25 Assoreamento, que por sua vez, origina enchentes................................ 129 Figura 26 – Assoreamento e cobertura vegetal nativa substituída por plantação de bananeiras, que é uma planta pesada e de raiz superficial. Figura 27 – Canalização do Rego de Mestre Campos.............................................132 Figura 28 – Canalização do Córrego Pobr...............................................................132 Figura 29 - Mapa de deficiência da rede de drenagem. .......................................... 133

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 Divisão das Unidades Espaciais – Área Urbana ........................................ 17 Tabela 2 Unidades espaciais de planejamento na área rural .................................... 18 Tabela 3 Descrição dos eventos ............................................................................... 25 Tabela 4 Eventos na área Urbana ............................................................................. 25 Tabela 5 Descrição dos eventos – Área Rural ......................................................... 26 Tabela 6 Perspectiva de Crescimento População .................................................... 40 Tabela 7 Evolução Populacional do município de Paracatu – Sede ......................... 59 Tabela 8 Taxas médias de crescimento anual geométrico em município de Paracatu .................................................................................................................................. 59 Tabela 9 Projeção da População rural segundo taxa de crescimento do CEDEPLAR .................................................................................................................................. 59 Tabela 10 Comparação das projeções ..................................................................... 61 Tabela 11 Projeção segundo taxa de crescimento do CEDEPLAR .......................... 61 Tabela 12: Capitação Subterrânea Sistema Santana: 09 poços profundos. ............. 63 Tabela 13: Reservação ............................................................................................. 65 Tabela 14: Rede Distribuidora ................................................................................... 65 Tabela 15 – Indicadores do Sistema de Produção ................................................... 67 Tabela 16: Distribuição de Água e Coleta de Esgoto ............................................... 68 Tabela 17: Indicadores de Gestão do SAA .............................................................. 69 Tabela 18 Projeção da Demanda Urbana de Abastecimento de Água ......................... Tabela 19 Projeção da Demanda Rural de Abastecimento de Água ........................ 82 Tabela 20 Projeção do Índice de Atendimento da Sede Municipal ........................... 84 Tabela 21 Hierarquização das ações para o atendimento na rural do município ...... 85 Tabela 22 Alternativas de compatibilização das necessidades e disponibilidades dos serviços. .................................................................................................................... 86 Tabela 23 Investimentos no cenário de universalização ou desejável para o Sistema de abastecimento de água na área Rural ................................................................. 92 Tabela 24 Custos operacionais e receitas no cenário de universalização para o sistema de abastecimento de água na área Rural .................................................... 93 Tabela 25 Investimentos no cenário de manutenção do Sistema deAbastecimento de Água da sede municipal ............................................................................................ 94 Tabela 26 Resumo geral dos custos para os Programas e Metas de universalização do SAA em Paracatu / MG ........................................................................................ 96 Tabela 27 Descrição das Medidas Emergenciais ...................................................... 97 Tabela 28 Medidas para situações emergenciais nos serviços de saneamento básico .................................................................................................................................. 98 Tabela 29 Indicadores estratégicos para gestão dos programas, metas e ações propostas................................................................................................................. 100 Tabela 30 Metas para coleta de esgotos sanitários em Paracatu. .......................... 105 Tabela 31 Metas para tratamento de esgotos sanitários em Paracatu. .................. 105 Tabela 32 Metas de atendimento pelo programa “Fossas Controladas”. ................ 106 Tabela 33 Hierarquização das Ações ...................................................................... 109 Tabela 34 Definição das Ações ............................................................................... 113 Tabela 35 Metas para Esgotamento Sanitário ........................................................ 115 Tabela 36 Plano de Contingência do Sistema de Esgotamento Sanitário. ............. 116 Tabela 37 Classificação dos Serviços de Esgotamento Sanitário – CBE ............... 122 Tabela 38 Quantificação das informações mapeadas sobre o sistema de galerias de águas pluviais de Paracatu. .................................................................................... 126

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Tabela 39 Programas e investimentos previstos. .................................................... 135 Tabela 40 Resumo dos Programas e Metas Propostas para o Eixo Drenagem Urbana do PMSB de Paracatu. ............................................................................... 136 Tabela 41 Detalhamento das Ações Propostas ao PMSB de Paracatu. ................ 137 Tabela 42 Programas e Ações ................................................................................ 143 Tabela 43 Ações de Emergência e Contingência. .................................................. 153 Tabela 44 Consolidação de custos de Abastecimento de Água ............................. 157 Tabela 45 Consolidação de custos de Esgotamento Sanitário ............................... 158 Tabela 46 Consolidação de Custos de Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana ......... 160 Tabela 47 Consolidação dos custos de Drenagem Urbana .................................... 164 Tabela 48 Consolidação Final ................................................................................. 171

RELAÇÃO DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico

PCS – Plano de Comunicação Social

PMS – Plano de Mobilização Social

TDR – Termo de Referência

FGR – Fundação Guimarães Rosa

PGIRS - Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos

CC – Comitê de Coordenação

CE – Comitê Executivo

PIB – Produto Interno Bruto

TCE – Tribunal de Contas do Estado

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

DER – Departamento de Estradas e Rodagens

CEMIG – Centrais Elétricas de Minas Gerais

COPASA – Companhia de Saneamento de Minas Gerais

ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

DATASUS – Banco de Dados do Sistema Único de Saúde

CID 10 – Classificação Internacional de Doenças 10

SUS – Sistema Único de Saúde

PSF – Programa de Saúde da Família

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ANA – Agência Nacional de Águas

AAT – Adutora de Água Tratada

EAT – Elevatória de Água Tratada

ETA – Estação de Tratamento de Água

ETE – Estação de Tratamento de Esgoto

UER – Unidade Espacial Rural

UEU – Unidade Espacial Urbana

APP – Área de Preservação Permanente

ABNT - Associação Brasileira das Normas Técnicas

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CONAMA -Conselho Nacional de Meio Ambiente

DNC - Doenças e Agravos de Notificação Compulsória

EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola

EIA - Estudos de Impacto Ambiental

EIV - Estudo de Impacto de Vizinhança

FUNASA - Fundação Nacional de Saúde

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IBAMA - Instituto Brasileiro de Meio Ambiente

PMGIRS - Planos Municipais de Gestão Integrada e Resíduos Sólidos

RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

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APRESENTAÇÃO

Este documento apresenta o Relatório Final do Plano Municipal de Saneamento

Básico de Paracatu.

Aborda as diversas ações de mobilização da sociedade, projeções de demanda de

serviços públicos de saneamento, meios de fiscalização e regulação de serviços de

saneamento, bem como todos os programas e ações propostas para melhoria do

saneamento básico de Paracatu.

O Plano Municipal de Saneamento Ambiental teve início a partir do Contrato nº

226/2013, firmado entre a Prefeitura Municipal de Paracatu e a Fundação

Guimarães Rosa, vencedora da licitação Pregão Presencial 46/2013.

O capitulo 1 apresenta a identificação do contrato celebrado entre a Prefeitura

Municipal de Paracatu e a Fundação Guimarães Rosa.

O capitulo 2 apresenta as diretrizes gerais adotadas e as metas do Plano de

Saneamento Básico e detalha a mobilização social realizada na elaboração do

Plano.

O capitulo 3 descreve a metodologia de gestão utilizada na elaboração do plano, os

modelos de acompanhamento e fiscalização de sua execução.

O capítulo 4 apresenta um resumo da caracterização do município de Paracatu.

O capitulo 5 descreve a metodologia para estabelecimento dos cenários e o estudo

populacional do município de Paracatu.

No capítulo 6 temos a apresentação das realidades de saneamento básico,

abrangendo os 04 eixos do trabalho, com apresentação do diagnostico,

prognósticos, ações, programas e medidas de contingência por eixo de trabalho.

E finalmente, o capítulo 07 e 08 apresentam um resumo de todos os programas e

investimentos por eixo de trabalho definidos no Plano Municipal de Saneamento

Básico de Paracatu.

.

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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Este documento constitui-se no Relatório Final do Plano Municipal de Saneamento

Básico, Produto 6 do referido plano que é parte integrante dos serviços de

Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Paracatu.

Apresentam-se, a seguir, as considerações a respeito do Contrato que orienta a

execução do trabalho, do escopo e dos objetivos a serem alcançados, bem como

sobre o conteúdo deste relatório.

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

O presente Plano de Mobilização Social é objeto do Contrato nº 226/2013, firmado

entre a Prefeitura Municipal de Paracatu/MG e a Fundação Guimarães Rosa (FGR),

visando à prestação de serviços especializados de consultoria para a elaboração do

Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Paracatu/MG.

A seguir apresentam-se os principais dados e informações que permitam

caracterizar o referido contrato de prestação de serviços de consultoria:

Modalidade/Identificação da Licitação: Pregão Presencial nº 46/2013;

Data da Licitação: 06/03/2013;

Identificação do Contrato: Contrato nº 226/2013 de prestação de serviços

para a elaboração do PMSB, que fazem entre si o Município de Paracatu e

a Fundação Guimarães Rosa.

Assinatura do Contrato: 07 de março de 2013;

Ordem de Serviço: 15 de abril de 2013;

Prazo para execução dos Serviços: 10 meses

Data prevista de Encerramento do Prazo Contratual: 07/01/2014;

Valor do Contrato: R$ 389.925,00 (trezentos e oitenta e nove mil

novecentos e vinte e cinco reais);

Origem dos Recursos Financeiros: Governo Federal - Ministério das

Cidades.

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1.2 OBJETIVOS E ESCOPO DOS ESTUDOS E PLANEJAMENTOS

O Plano Municipal de Saneamento Básico, ora consolidado, constitui-se em

ferramenta indispensável de planejamento e gestão para alcançar a melhoria das

condições sanitárias e ambientais do município e, por conseqüência, da qualidade

de vida da população. A universalização do acesso ao saneamento básico, em

termos quanti-qualitativos, de forma equânime, permanente e com controle social é

um desafio para o poder público municipal, como titular dos serviços de

saneamento. Esse é o objetivo precípuo do presente instrumento de planejamento.

Para tanto, dentro de um processo participativo, foi planejado:

- a disponibilização de água com qualidade para toda a população, dentro de um

contexto de eficiência, com minimização de perdas e desperdícios;

- a coleta e o tratamento dos esgotos sanitários para todas as residências, com

soluções adequadas e eficientes, o que significa mais saúde, qualidade de vida e

desenvolvimento econômico e social para a população e o município, além de

preservação do meio ambiente;

- estruturas adequadas de drenagem e proteção contra cheias, propiciando

condições saudáveis e higiênicas para todas as áreas residenciais do município;

- práticas eficientes e adequadas para a coleta e destinação final dos diversos tipos

de resíduos gerados no município, com remediação de áreas contaminadas,

protegendo o meio ambiente e a saúde da população;

- abordagem setorial das condições de habitação, desenvolvimento urbano, saúde,

meio ambiente e recursos hídricos complementando o planejamento do saneamento

ambiental do município.

Por outro lado, o Decreto nº 7.217/2010, artigo 26, parágrafo 4º, exige a existência

do Plano Municipal de Saneamento Básico, elaborado pelo titular dos serviços ou

por delegação deste, segundo os preceitos estabelecidos na Lei nº 11.445/2007,

como condição indispensável de acesso, a partir de 2014, aos recursos

orçamentários da União ou recursos de financiamentos geridos ou administrados por

órgão ou entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços

de saneamento básico.

A referida Lei, em seus Capítulos II e IV, define a finalidade, o conteúdo e a

responsabilidade institucional do titular pela elaboração do PMSB. A Lei, que

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representa o marco regulatório do setor de saneamento, estabelece ainda quatro

eixos principais, quais sejam:

- Planejamento;

- Regulação;

- Formatação das novas concessões dos serviços;

- Controle Social.

Para a formulação do presente plano, foram levadas em conta as recomendações

da publicação do Ministério das Cidades, intitulada “Guia para a elaboração de

planos municipais de saneamento”, o qual foi construído de forma participativa e

explicita as bases conceituais para elaboração de PMSB.

Este documento refere-se especificamente ao Relatório Final do Plano de

Saneamento de Paracatu. Durante a realização dos trabalhos, buscou-se:

- Integração de diferentes componentes da área de Saneamento e outras que se

fizerem pertinentes;

- Promoção do protagonismo social a partir da criação de canais de acesso à

informação e à participação que possibilite a conscientização e a auto-gestão da

população;

- Promoção da saúde pública;

- Promoção da educação sanitária e ambiental que vise à construção da consciência

individual e coletiva e de uma relação mais harmônica entre o homem e o ambiente;

- Orientação pela bacia hidrográfica;

- Sustentabilidade;

- Proteção ambiental;

- Informação tecnológica.

Assim, o Plano de Saneamento não deverá ser um documento único e

exclusivamente tecnológico, mas socioambiental, motivo este que não se denomina

Plano de Ações, mas apenas Plano, onde a diferença encontra-se na estratégia de

definição de metas sociais além das técnicas convencionais. Não tem por objetivo,

apenas a definição de ampliações e obras, mas sim a criação de soluções que

passam desde a consciência da população, mudança de cultura de todos os atores,

estabelecimento de compromissos com metas, combate a desperdícios, até novos

padrões de atendimento aos usuários.

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Tecnicamente, o Plano estabelece as condições para a prestação dos serviços de

saneamento básico definindo objetivos e metas para a universalização e programas,

projetos e ações necessários para alcançá-la contemplando os quatro componentes

do Saneamento Básico: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário,

limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas

pluviais urbanas e, sua abrangência é as áreas rurais e urbanas do município.

Desta forma busca-se atender aos objetivos gerais do contrato, de dotar o município

de Paracatu de instrumentos e mecanismos que permitam a implantação de ações

articuladas, duradouras e eficientes, que possam garantir a universalização do

acesso aos serviços de saneamento básico, através de metas definidas em um

processo participativo. Atende-se ainda aos objetivos específicos indicados no

Termo de Referência.

Assim, o atendimento do Termo de Referência e à legislação pertinente, constituem

os objetivos principais do presente trabalho.

1.3 PRODUTOS JÁ ELABORADOS E ENTREGUES NA PREFEITURA MUNICIPAL DE PARACATU

Atendendo ao contido no Termo de Referência (TDR), foi elaborada a

formatação de entrega e apresentação dos produtos abaixo, em consonância com o

escopo do contrato:

PRODUTO 1 – Plano de Mobilização Social;

PRODUTO 2 – Diagnóstico da situação da prestação dos serviços de

saneamento básico e seus impactos nas condições de vida e no ambiente

natural, caracterização institucional da prestação dos serviços e

capacidade econômico-financeira e de endividamento do Município;

PRODUTO 3 – Prognósticos e alternativas para universalização dos

serviços de saneamento básico. Objetivos e Metas.

PRODUTO 4 – Concepção dos programas, projetos e ações necessárias

para atingir os objetivos e as metas do PMSB. Definição das ações para

emergência e contingência.

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PRODUTO 5 – Mecanismos e procedimentos de controle social e dos

instrumentos para o monitoramento e avaliação sistemática da eficiência,

eficácia e efetividade das ações programadas.

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2 DIRETRIZES GERAIS ADOTADAS

De acordo com as diretrizes do Ministério das Cidades, as quais orientam o presente

plano, o envolvimento da sociedade é a base para a definição de objetivos, diretrizes

e metas e para o detalhamento de seus programas, projetos e ações.

Buscando facilitar o estudo de diagnóstico e prognósticos, dentro da metodologia

utilizada para a elaboração do PMSB de Paracatu, foi feita a divisão da área do

município, em unidades espaciais de planejamento, sendo 07 unidades espaciais na

área urbana e 10 unidades espaciais na área rural, conforme tabela abaixo:

Tabela 1 Divisão das Unidades Espaciais – Área Urbana

UNIDADE ESPACIAL BAIRROS INCORPORADOS

Unidade Espacial Urbana 1

Alto da colina

Santo Eduardo

Bela Vista

Bela vista II

Amoreiras II

Esplanada

N. Sra. Aparecida

Unidade Espacial Urbana 2

Alto Açude

Vista Alegre - JK

N Sra.de Fátima

Novo Horizonte

Unidade Espacial Urbana 3

Parque do Príncipe

Cidade Nova

Cidade Nova II

Bandeirantes

Vila São João

Evangelista

Prado

SESC Lages

Vila Calixto

Cidade Jardim

Unidade Espacial Urbana 4 Bela Vista

Jóquei

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Amoreiras I

Vila Cruvinel,

Centro

Arraial

D’Angola

Santana

Unidade Espacial Urbana 5

Alto do Córrego

Jardim Primavera

Vila Mariana

Jardim Serrano

Unidade Espacial Urbana 6

Paracatuzinho

Bom Pastor

Chapadinha

Aeroporto

Unidade Espacial Urbana 7

Jardim Primavera

Jardim Primavera II

Jardim Primavera III

Vila Cristiano

Vila Alvorada

Tabela 2 Unidades espaciais de planejamento na área rural

UNIDADE ESPACIAL REGIÕES RURAIS INCORPORADOS

Unidade Espacial Rural 1

Mundo Novo

P.A. XV de Novembro

Ligeiro

Carapinas

Ribeirão

Unidade Espacial Rural 2 Aldeia de Cima

Aldeia de Baixo

Unidade Espacial Rural 3

Canto

São Luís

P.A. Nova Lagoa Rica

P.A Herbert de Souza

P.A. Aracaju

P.A. Belo Vale

P.A. Tiro e Queda

P.A. José Maria

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P.A. São Cristóvão

P.A. Esperança

Unidade Espacial Rural 4

Sotero

Desempaca

Machadinho

Unidade Espacial Rural 5

Santa Rita

Engenho do Padre

Novo Barreiro

Lagoa Santo Antônio

São Sebastião

Cunha

Unidade Espacial Rural 6

P.A. Buriti da Conquista

P.A Santa Rosa

Cercado

Entre Ribeiros

Entorno 040

Ponte Queimada

Santo Aurélio

Unidade Espacial Rural 7

Morro Agudo

Carrapato

Banco da Terra

Sobrado

Barreiro

Pontal

Santo Aleixo

Unidade Espacial Rural 8

Curralinho

Onça

Esperança

Alma

Capão Grande

Unidade Espacial Rural 9

P.A Jambeiro

P.A Batalha

Palmital

Chapada

Silva

Unidade Espacial Rural 10

Santa Barbara

Estiva

Ipam

Nolasco

Soares

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No mapa a seguir, temos a distribuição dos bairros da área urbana, com as

respectivas unidades espaciais pré-definidas.

FIGURA 1 Mapa de distribuição dos Bairros

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO - PARACATU/MGFIGURA 3 - MAPA DAS UNIDADES ESPACIAIS DA ZONA URBANA

DO MUNICÍPIO DE PARACATU

5

3

1

2

6

4

7

DATA 09/2013Engª Ambiental - Crea MG 85980/D

Andriani Tavares Tenório Gonçalves

UNIDADES ESPACIAIS DA ZONA URBANA DE PARACATU

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C:\Users\MEYSTRE\Documents\PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO\PARACATU\logo.jpg

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO - PARACATU/MG

BRASILE scala 1 : 40.000.000

70º75º 60º65º 55º

30o

o

25

20o

35º45º50º 40º

15o

10o

5o

0o

E scala 1 : 10.000.000

E STADO DE MINAS GERAIS

W

S

E

S

E scala 1 : 10.000.000MAPA RODOVIÁRIO REGIONAL

6

2

5

7

9

8

10

1

4

3UNIDADES E SPACIAIS DA ZONA RURAL DE PARACATU

FIGURA 2 - MAPA DAS UNIDADES ESPACIAIS DA ZONA RURAL DO

MUNICÍPIO DE PARACATU

DATA 09/2013Engª Ambiental - Crea MG 85980/D

Andriani Tavares Tenório Gonçalves

Figura 2 Distribuição das Unidades Espaciais Rurais

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2.1 PARTICIPAÇÃO SOCIAL

A sensibilização da sociedade para participação efetiva na elaboração

do PMSB foi buscada por meio dos seguintes processos:

Estimulando todos os segmentos sociais a participarem do processo

de planejamento dos serviços de saneamento básico;

Promovendo o debate acerca das realidades locais para o

desenvolvimento de mecanismos de articulação social fortalecendo

as práticas comunitárias sustentáveis de promoção da participação

popular nos processos decisórios, na implantação, gestão e

monitoramento das ações de saneamento;

Oportunizando a construção coletiva e participativa da informação

utilizando os diferentes meios e instrumentos de informação e

comunicação para a difusão e recepção do conhecimento em

saneamento de forma didática, clara e objetiva;

Divulgando amplamente o processo, as formas de participação e

informando os objetivos do PMSB;

Estimulando os atores sociais envolvidos a se organizarem para

atuar no desenvolvimento de ações de participação e controle social,

necessárias à elaboração dos planos de saneamento no município;

Sensibilizando a sociedade para a importância de investimentos em

saneamento básico, seus benefícios e vantagens;

Conscientizando a sociedade para a responsabilidade coletiva na

preservação e na conservação dos recursos naturais;

Estimulando os segmentos sociais a participarem do processo de

gestão socioambiental;

Sensibilizando os gestores e técnicos municipais para o fomento de

mobilização social, de forma permanente, com vistas a apoiar os

programas, projetos e ações de saneamento básico a serem

implantadas por meio do PMSB.

Garantindo a avaliação e respostas a todas as sugestões

apresentadas ao PMSB;

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24

Buscando a cooperação junto a outros processos locais de

mobilização e ação para assuntos relacionados ao saneamento

básico.

2.1.1 Comitês de Coordenação e Executivo

O Comitê de Coordenação (CC) é a instância deliberativa, formalmente

institucionalizada, responsável pela coordenação, condução e

acompanhamento da elaboração do PMSB.

A Portaria nº 0754/2013 (ANEXO 01) instituiu o Comitê de Coordenação

para o Município de Paracatu, constituído por representantes das instituições

públicas e civis sendo elas as seguintes: Secretaria Municipal de Assuntos

Jurídicos; Secretaria Municipal de Agricultura Pecuária e Abastecimento;

Secretaria Municipal de Governo; Secretaria Municipal de Meio Ambiente;

Secretaria Municipal de Obras; Central de Associações de Paracatu, Ongs e

Outras; Agência de Desenvolvimento Sustentável de Paracatu e Secretaria

Municipal de Planejamento e Gestão.

O Comitê Executivo (CE) é a instância responsável pela

operacionalização do processo de elaboração do Plano Municipal de

Saneamento Básico, sendo composto por uma equipe multidisciplinar incluindo

técnicos dos órgãos e entidades municipais e dos prestadores de serviço da

área de saneamento básico e de áreas afins ao tema.

A Portaria nº 0755/2013 (ANEXO 02) instituiu o Comitê Executivo para o

Município de Paracatu, constituído por representantes das instituições públicas

e civis sendo elas as seguintes: Companhia de Saneamento de Minas Gerais;

Associação dos Engenheiros de Paracatu; Comitê de Bacias Hidrográficas de

Paracatu; Fundação Nacional de Saúde de Minas Gerais; Sindicato dos

Produtores Rurais de Paracatu; Conselho Regional de Engenharia e

Agronomia; Empresa de Assistencial Técnica e Extensão Rural de Minas

Gerais e Policia Militar Ambiental.

2.1.2 Eventos Participativos com os Comitês de Coordenação e Executivo

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Para atendimento dos objetivos do PMSB, foram realizados com os

Comitês de Coordenação e Executivo as seguintes sequências de eventos,

apresentadas na tabela 3:

Tabela 3 Descrição dos eventos

Evento Participativo Número

de Eventos

Data

Reunião Duração

do Evento

Reunião para apresentação do Produto 1 - Plano de Mobilização Social

01 26/06/2013

02:00

Reunião para apresentação do Produto 2 - Diagnóstico

01 15/01/2014

02:40

Reunião para apresentação do Produto 3 - Discussão do Prognóstico do PMSB

01 03/04/2014

02:00

Reunião para apresentação do Produto 4 - Discussão dos Programas, Projetos e Ações do PMSB

01 29/04/2014

02:00

Reunião para apresentação do Produto 5 - Discussão do Controle Social e Monitoramento do PMSB

01 24/06/2014

02:00

2.2 REUNIÃO DE DISCUSSÃO DO DIAGNÓSTICO DO PMSB

Nas reuniões foram apresentadas e discutidas a situação atual do sistema de

saneamento básico de Paracatu, seus pontos fortes e fracos que foram

identificados e apontados tanto pela equipe técnica da FGR como pela

comunidade.

Durante as reuniões houve um momento para debates, com sugestões e

críticas por parte da comunidade. Após a devida análise técnica, os pontos

considerados relevantes foram incorporados ao Relatório do Diagnóstico do

PMSB.

As reuniões foram programadas para uma duração de 3 (três) horas e foram

realizadas conforme calendário:

- Área Urbana:

Tabela 4 Eventos na área Urbana

UNIDADE ESPACIAL

LOCAIS DAS REUNIÕES DATA E

HORÁRIO

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Reunião Diagnóstico

Urbana 1 Escola Municipal Coraci Meireles 24/10/2013 08:00

Urbana 2 Escola Municipal Joaquim Adjuto

Brochado

24/10/2013 08:00

Urbana 3 Sesc Laces 24/10/2013 14:00

Urbana 4 Escola Estadual Afonso Arinos 24/10/2013 14:00

Urbana 5 Escola Municipal Leonor Vitor

Rodrigues

25/10/2013 08:00

Urbana 6 Escola Estadual Julia Camargos 25/10/2013 08:00

Urbana 7 Escola Municipal Joaquim Adjunto

Brochado

25/10/2013 14:00

- Área Rural

Tabela 5 Descrição dos eventos – Área Rural

Rural 1 Escola Municipal Bernardino de Faria 11/11/2013

14:00

Rural 2 Escola Municipal Raimundo José

Santana

11/11/2013 14:00

Rural 3 Escola Municipal José Simões Cunha 11/11/2013

14:00

Rural 4 Escola Municipal Coraci Meireles 12/11/2013

14:00

Rural 5 Escola Maria Trindade Rodrigues 12/11/2013

14:00

Rural 6 Escola Municipal Afonso Novais Pinto 12/11/2013

14:00

Rural 7 Escola Municipal Arquimedes Candido

Meireles

13/11/2013 14:00

Rural 8 Escola Municipal Frei Brocardo 13/11/2013

14:00

Rural 9 Escola Municipal Pedro Silva Neiva

14/11/2013

14:00

Rural 10

Escola Municipal José Palma 14/11/2013

14:00

As Atas e o registro fotográfico de todas as reuniões constam no Relatório do

Produto – 2 Diagnóstico. A seguir, o registro fotográfico de algumas reuniões:

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REGISTRO FOTOGRÁFICO- ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ SIMÕES CUNHA

DATA – 11/11/2013

Figura 3 Registro fotográfico EM José Simões Cunha

REGISTRO FOTOGRÁFICO- ESCOLA MUNICIPAL AFONSO NOVAIS PINTO- RURAL 06. DATA- 12-11- 2013

REGISTRO FOTOGRÁFICO-ESCOLA MUNICIPAL RAIMUNDO JOSÉ SANTANA UNIDADE RURAL 2 DATA 11-11-2013

Figura 4 Registro fotográfico- escola Municipal Afonso Novais Pinto

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Figura 5 Registro Fotográfico EM Raimundo José Santana FIGURA 6 Registro Fotográfico E. M Raimundo José Santana REGISTRO FOTOGRAFICO- ESCOLA MUNICIPAL PEDRO SILVA NEIVA- UNIDADE RURAL 9 DATA- 14/11/2013

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Foram distribuídos folders para as comunidades envolvidas nas reuniões e para as crianças da rede de ensino, conforme modelo abaixo:

FIGURA 7 - Modelo do folder institucional interno

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FIGURA 8 – Visualização do folder institucional

2.3 REUNIÃO DE DISCUSSÃO DO PROGNÓSTICO DO PMSB

Na apresentação dos prognósticos, foram realizadas diversas reuniões, conforme modelo de convite abaixo, com duração média de duas horas cada.

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Figura 9 Convite enviado para apresentação dos Prognósticos

A seguir, o registro fotográfico de algumas reuniões realizadas:

Relatório fotográfico da reunião na escola Municipal Arquimedes Meireles, realizada em 13/02/2014, às 14:00 hs.

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Figura 10 Relatório fotográfico da reunião na escola Municipal Arquimedes

Meireles

Relatório fotográfico da reunião na Escola Municipal Afonso Novaes Pinto, realizada em 13/02/2014, às 14:00 hs

Figura 11 Relatório fotográfico da reunião na Escola Municipal Afonso Novaes

Pinto

Registro fotográfico da reunião ocorrida na Escola Municipal José Simões Cunha, em 12/02/2014, às 14:00 hs.

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Figura 12 Registro fotográfico da reunião ocorrida na Escola Municipal José Simões Cunha

Figura 13 Registro fotográfico da reunião ocorrida na Escola Municipal José Simões Cunha

3 METODOLOGIA DE GESTÃO DO PLANO

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34

O Plano Municipal de Saneamento do município de Paracatu foi constituído

por um conjunto de ações que apresentam soluções em nível de planejamento

abrangendo medidas de controle institucionais e medidas de intervenções

estruturais e estruturantes.

As medidas institucionais são constituídas por medidas de gestão, que servirão

de subsídio para as ações futuras propostas. São ações estruturantes, aquelas

que não envolvem grande aporte de recursos, mas que são essenciais para a

organização e o planejamento das ações estruturais propostas. As medidas de

intervenção estruturais são entendidas como projetos e obras destinadas a

melhoria e ampliação dos sistemas existentes.

Buscando a consonância com os demais Planos Setoriais, tais como

Plurianual, Diretor e de Habitação, este plano foi desenvolvido com

representantes das diversas secretarias do município. Desta forma, procurou-

se basear as ações deste plano em ações de desenvolvimento institucional,

ações de planejamento e gestão e serviços e obras.

Para que o presente Plano interaja com o PLANSAB ele foi desenvolvido com a

mesma metodologia e logística, isto é, estabelece os mecanismos para que

toda a complexidade técnica, econômica, ambiental e social possam ser

interligadas visando a atingir as metas propostas.

Conforme o Art. 26° do decreto 7217 da lei 11.445, a elaboração e a revisão

dos planos de saneamento básico deverão efetivar-se, de forma a garantir a

ampla participação das comunidades, dos movimentos e das entidades da

sociedade civil, por meio de procedimento que, no mínimo, deverá prever fases

de:

I - divulgação, em conjunto com os estudos que os fundamentarem;

II - recebimento de sugestões e críticas por meio de consulta ou audiência

pública; e

III - quando previsto na legislação do titular, análise e opinião por órgão

colegiado criado nos termos do art. 47 da Lei no 11.445, de 2007.

Art. 47. O controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá

incluir a participação de órgãos colegiados de caráter consultivo, estaduais, do

Distrito Federal e municipais, assegurada a representação:

I - dos titulares dos serviços;

II - de órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento básico;

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35

III - dos prestadores de serviços públicos de saneamento básico;

IV - dos usuários de serviços de saneamento básico;

V - de entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do

consumidor relacionadas ao setor de saneamento básico.

Baseado no escopo da lei, a seguir será apresentada a proposta de articulação

dos instrumentos de gestão do Plano, que terá por atribuição implementar os

Programas e Ações que proporcionarão a universalização dos serviços de

abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana, manejo de

águas pluviais, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

3.1 ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO

Para a continuidade do Plano Municipal de Saneamento do Município de

Paracatu, indica-se a criação de um Comitê Municipal de Saneamento,

denominado neste plano de “Conselho Gestor”, que deverá adotar uma

denominação específica, criada por consenso entre os diversos atores deste

plano.

Este conselho deverá ser criado em consenso entre os diversos atores

envolvidos, o qual deverá ser composto pelo menos de:

- Representante da Secretaria do Município de Meio Ambiente;

- Representante da Secretaria do Município de Coordenação e Planejamento;

- Representante da Secretaria do Município de Obras;

- Representante da Secretaria de Município de Saúde;

- Representante da Secretaria de Município de Educação;

- Representante da Secretaria de Assistência Social;

- Representante da concessionária responsável pela operação de Água e

Esgoto (Copasa);

- 01 Representante da CEMIG;

- 01 Representante da FUNASA;

- 01 representante do Sindicato Rural;

- 2 representantes das Organizações não governamentais ligadas diretamente

à qualidade de vida do município (saúde, educação e meio ambiente);

- 2 representantes da sociedade (sugere-se delegados eleitos durante a

mobilização social do PMSB);

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36

- 1 Representante das Instituições de Pesquisa e Ensino Superior, com

atuação na região.

Por se tratar de um plano que abrange saneamento com vistas a melhoria da

saúde e ao desenvolvimento social, sugere-se que este conselho seja o mais

multidisciplinar possível.

As funções mínimas que deverão ser exercidas pelo conselho são as

seguintes:

- Revisar a legislação vigente, que possa afetar a implementação do Plano,

com a finalidade de compatibilização das mesmas, e/ou introduzir as

modificações necessárias;

- Promover e supervisionar a execução de projetos e obras no marco do Plano

pelos órgãos competentes; Gestão técnica, econômica, institucional e legal do

Plano;

- Definir conjuntamente com o(s) órgão(s) de Regulação a forma de

monitoramento e fiscalização das ações do Plano;

- Efetuar o monitoramento dos mecanismos e procedimentos para a avaliação

sistemática da eficiência, eficácia e efetividade das ações do PMSB,

preparando a informação necessária para proporcionar à população o acesso

ao Plano;

- Elaborar Relatório Anual contendo os resultados de evolução dos indicadores

e o cumprimento ou não das metas, devidamente justificados;

- Disponibilizar, via site da Prefeitura Municipal, os indicadores de melhoria do

Saneamento Básico no município;

- Promover, a cada dois anos, seminário público, com participação social

mínima a ser definida, para apresentação dos resultados do Plano de

Saneamento e discussão sobre possíveis melhorias;

- Responsável pela revisão do Plano Municipal de Saneamento a cada 4 anos

e do Plano de Gestão Integrado de Resíduos Sólidos, também neste período;

O “Comitê Gestor” deverá ter como meta e objetivo os preceitos estabelecidos

no presente Plano.

A criação deste Conselho, com a participação da sociedade garante a

representação da sociedade no processo de implementação, acompanhamento

e monitoramento do Plano.

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A primeira revisão deste plano deverá ocorrer no primeiro trimestre de 2017,

antes da revisão do plano plurianual. Posteriormente, este plano deverá ser

revisto a cada 4 anos, conforme especifica a lei nº 11.445/2007.

3.2 REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

A regulação dos serviços representa a intermediação da relação entre a

sociedade(consumidores), o Estado (poder concedente) e o prestador de

serviços. Especialmente na área de saneamento, este é um serviço importante

por se tratar de uma atividade que constitui monopólios naturais.

A separação entre as atividades de planejamento, regulação e prestação do

serviço de abastecimento de água e esgotamento sanitário vem sendo buscada

desde a década passada e somente com a promulgação da Lei Federal

11.445, de janeiro de 2007, esta situação começa a ser materializada.

A Lei Federal 11.445/07 estabelece os princípios de regulação e a obrigação

de sua criação e existência. Em seu capítulo V, define os princípios e objetivos

da regulação.

“Artigo 21: O exercício da função de regulação atenderá aos seguintes

princípios:

I – independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e

financeira da entidade reguladora;

II – transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões.

Artigo 22: São objetivos da regulação:

I – estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e

contratos, quanto a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam a

eficiência dos serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos de

produtividade.”

Finalmente, o artigo 26 dispõe sobre a transparência no exercício da função

regulatória.

“Artigo 26: Deverá ser assegurada publicidade aos relatórios, estudos,

decisões e instrumentos equivalentes que se refiram à regulação ou à

fiscalização dos serviços, bem como aos direitos e deveres dos usuários e

prestadores, deles podendo ter acesso qualquer do povo, independentemente

da existência de interesse direto.

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38

§1º Excluem-se do disposto no caput os documentos considerados sigilosos

em razão de interesse publico relevante mediante prévia e motivada decisão.

§2º A publicidade a que se refere o caput deverá se efetivar, preferencialmente,

por meio de sítio mantido na rede mundial de computadores – Internet.”

Definida a necessidade de criação de uma entidade responsável pela

regulação da prestação de serviços de saneamento, a decisão sobre a sua

criação a nível municipal ou a sua delegação a uma agência reguladora é da

Prefeitura Municipal.

4 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

O município de Paracatu está localizado na região Noroeste de Minas Gerais,

com extensão territorial de 8.229,595 km² e altitude média de 688 m.

O município de Paracatu localiza-se nas bacias dos rios São Francisco e

Paraíba, no Estado de Minas Gerais. O principal acesso à cidade é a rodovia

BR-040.

Os municípios limítrofes são: Unaí, Guarda-Mor, Vazante, Lagoa Grande e

João Pinheiro.

A temperatura média máxima anual é 29,1 ºC, a temperatura mínima média

anual é 17,3 ºC e a temperatura média anual da cidade é de 22,6 ºC. Os

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principais rios existentes no município são córrego Rico, Ribeirão São Pedro,

Ribeirão Santa Isabel, Rio Escuro e Rio Paracatu.

Paracatu nasceu no início do século XVIII, sob o signo do ouro. A maioria dos

historiadores afirma terem sido as bandeiras de Felisberto Caldeira Brant e

José Rodrigues Fróis as primeiras a encontrar as riquezas minerais da região.

Procedentes da Vila Boa de Goiás, Felisberto e seus irmãos tiveram a primazia

de chegar, em 1733, às minas paracatuenses. No entanto, José Rodrigues

Fróis foi reconhecido como seu descobridor oficial. Proveniente da Bahia,

atingiu a zona norte, denominada São Domingos, e encontrou muito ouro numa

pequena elevação batizada de "Morro do Ouro" ou "Cruz das Minas". Assim

que reuniu quantidade considerável do metal, levou ao conhecimento do então

governador Gomes Freire de Andrade a descoberta das ricas "Minas do

Paracatu".

O ano de 1744 marca, então, a data oficial das descobertas. A localidade, que

já era ponto de parada de tropeiros que iam abastecer a região mineradora de

Goiás, tornou-se o "Arraial de São Luiz e Santana das Minas do Paracatu".

A fama da riqueza das minas atraiu inúmeros aventureiros das Gerais e

também das capitanias vizinhas. Nessa época, o arraial vivenciou um grande

surto de desenvolvimento. Surgem imponentes construções que testemunham

uma época de apogeu.

Já bastante desenvolvido, o Arraial elevou-se à Vila de Paracatu do Príncipe,

por alvará de D. Maria I (a Louca), em 20 de outubro de 1798. Em, 1820, José

Bonifácio sugeriu que a Capital do país fosse instalada ali, com o nome de

Brasília.

Em 1840, foi elevada a cidade; era o maior município da então Província de

Minas Gerais. Em Paracatu, passado e presente se interpenetram. Ao lado de

ruas inteiras com casas dos séculos XVIII e XIX, encontram-se também

edificações modernas. A rua Goiás, antigo caminho dos tropeiros que partiam

de Minas para Goiás, é o marco divisor entre a cidade nova e a colonial.

O município está localizado na coordenada geográfica 17º13’19” latitude sul e

46º52’30” longitude oeste de Greenwinch.

4.1 POPULAÇÃO

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Segundo os dados do Censo do IBGE (IBGE, 2010), o município possui 84.718

habitantes, sendo uma população urbana de 73.772 habitantes e 10.946

habitantes da zona rural, com o Produto Interno Bruto (PIB) de R$

1.506.246.000, destacando-se na produção agropecuária (soja, milho, feijão, e

na criação extensiva de gado nelore) e extração de minérios, possuindo a

maior mina de ouro do Brasil e a maior a céu aberto do mundo. Apresenta um

PIB per capita a preços correntes – 2010 de 17.786,03 reais.

4.1.1 Perspectiva de crescimento da População:

Tabela 6 Perspectiva de Crescimento População

PARACATU

ANO POPUL. URB.

SEDE (hab.)

ÍNDICE

CRESCIM.

(%aa)

POPUL.

RURAL

INDICE

CRESCIM. (%

a.a.)

1 2 3 4 5

2.010 73.772 (CENSO) 10946 (CENSO)

2.011 74.692 11083

2.012 75.623 2,51% 11221 2,51%

2.013 76.566 1,25% 11361 1,25%

2.014 77.521 1,25% 11502 1,25%

2.015 78.487 1,25% 11646 1,25%

2.016 79.334 1,08% 11771 1,08%

2.017 80.190 1,08% 11898 1,08%

2.018 81.055 1,08% 12027 1,08%

2.019 81.930 1,08% 12156 1,08%

2.020 82.814 1,08% 12288 1,08%

2.021 83.687 1,05% 12417 1,05%

2.022 84.570 1,05% 12548 1,05%

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2.023 85.462 1,05% 12680 1,05%

2.024 86.363 1,05% 12814 1,05%

2.025 87.274 1,05% 12949 1,05%

2.026 88.081 0,93% 13069 0,93%

2.027 88.896 0,93% 13190 0,93%

2.028 89.719 0,93% 13312 0,93%

2.029 90.549 0,93% 13435 0,93%

2.030 91.387 0,93% 13560 0,93%

2.031 92.103 0,78% 13666 0,78%

2.032 92.824 0,78% 13773 0,78%

2.033 93.551 0,78% 13881 0,78%

2.034 94.283 0,78% 13989 0,78%

2.035 95.021 0,78% 14099 0,78%

Fonte: IBGE e Copasa

4.2 INFORMAÇÕES RELEVANTES PARA A CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PARACATU:

4.2.1 Altitude:

Altitude Máxima: 1008.0

Local: Serra da Mata

Altitude Mínima: 498.0

Local: Foz Ribeirão Entre Ribeiros

4.2.2 Temperatura:

Temperatura máxima anual: 29.1 C

Temperatura mínima anual: 17.3 C

Índice médio pluviométrico anual: 1438.7 C

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4.2.3 Relevo

Plano: 35.0%

Ondulado: 50.0%

Montanhoso: 15.0%

4.2.4 Principais rios

Rio da Batalha

Rio São Marcos

Córrego Santa Isabel

Rio Paracatu

4.2.5 Água / esgoto

Concessionária Água: COPASA (2004)

Concessionária Esgoto: COPASA (2004)

4.2.6 Serviços de Comunicações

Concessionária Telefonia Fixa (0001): TELEBRASILIA

Canais de comunicações:

Emissoras de Rádio: 3 (2006)

Jornais: 4 (2000)

Fontes:

Telecomunicações de Minas Gerais S.A. - TELEMIG

Associação Mineira de Rádio e TV - AMIRT

Secretaria de Estado de Comunicação Social - SECOM/MG

Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL

Sistema de Informação dos Serviços de Comunicação de Massa – SISCOM

4.2.7 Energia Elétrica

CEMIG - 2005

Fonte: Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG

4.2.8 Reservas Minerais

BAUXITA METALURGICA

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BAUXITA REFRATARIA

CADMIO

CALCARIO (ROCHAS)

CHUMBO

DOLOMITO

OURO (PRIMARIO)

PRATA (PRIMARIA)

QUARTZO

ZINCO

Fonte: Departamento Nacional da Produção Mineral - DNPM

4.2.9 Saúde

Ano: 2009

1 Hospital público

1 Hospital privado

102 Leitos

59 Leitos SUS

Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

- SCNES

4.2.10 Transportes

Rodoviário:

Distâncias aproximadas aos principais centros (Km):

BELO HORIZONTE:482.0

Rio de Janeiro:917.0

São Paulo:1068.0

Brasília:220.0

Vitória:1022.0

4.2.11 Principais rodovias que servem ao município:

BR-040 , BR-251 , MG-188

4.2.12 Municípios limítrofes:

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GUARDA-MOR

JOAO PINHEIRO

LAGOA GRANDE

UNAI

VAZANTE

4.2.13 Aeroportos

PISTA

Comprimento

(m)

Largura

(m)

Adm. Publica - Pista de Asfalto 1500.0 30.0

Adm. Privada (Fazenda Inhumas) - Pista de terra 1200.0 40.0

Adm. Privada (Faz. Samello) - Pista de grama 1200.0 30.0

Adm. Privada (Ouro Branco) - Pista de grama 1200.0 28.0

Adm. Privada (Faz. Boa Sorte) - Pista de grama 1000.0 25.0

Adm. Privada(Faz.Granja Santiago) - Pista de grama 1100.0 30.0

Adm.Privada(Fazenda Marocopa)-Pista de picarra 1000.0 23.0

Adm. Privada (Fazenda Cana Brava) - Pista de concreto 1050.0 30.0

Fonte: Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais -

DER/MG Ferrovia Centro Atlântica - FCA Estrada de Ferro Vitória Minas -

EFVM Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo / Ministério da Aeronáutica

4.3 SITUAÇÃO ECONÔMICA FINANCEIRA DO MUNICÍPIO.

A receita do município teve um crescimento de 23,82% em 2010, 14,04% em

2011 e de 16,20% em 2012, chegando a um valor em 2012 de R$

168.042.376,14 (fonte: TCE-MG).

O Produto Interno Bruto (PIB) teve um crescimento de 2008 a 2010 de 35%,

conforme dados do IBGE.

O IDH, Índice de Desenvolvimento Humano teve um crescimento de 21% de

2000 a 2010, superior ao índice registrado pelo Estado de Minas Gerais que

foi de 17% e superior também ao índice registrado pelo Brasil, que foi de 19%.

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Este crescimento refletiu em todas as áreas de atuação do município, sendo

que na Educação o município teve um crescimento de 50% de 2000 a 2012

com os gastos com o ensino por aluno.

Na área de saúde, o município apresentou um crescimento de 2010 a 2012 de

33% de gastos por habitante. (fonte: TCMG)

4.4 VARIAÇÃO DA TEMPERATURA E BALANÇO HÍDRICO MENSAL

O clima da região é o tropical úmido de savana, com inverno seco e verão

chuvoso, do tipo Aw, conforme a classificação de Köppen. A temperatura

média anual é de 22,6ºC, tendo uma média mensal de 18ºC na estação mais

fria e 29,1ºC na mais quente. A precipitação média anual é de 1.450 mm,

apresentando precipitações médias mensais inferiores a 60 mm, nos meses

mais secos. . O clima da região é Tropical (Aw), a temperatura varia entre 22 e

23ºC com chuvas predominantes no verão e invernos secos.

Figura 14 Mapa de Precipitação

4.5 TOPOGRAFIA:

Paracatu localiza-se no Noroeste de Minas, o município possui área física total

de 8229,11 Km2 com as altitudes de máxima de 1008 m na Serra da Mata e

altitude mínima localizada na Foz Entre Ribeiros. De coordenadas geográficas

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com Latitude: 17.2225,Longitude: -46.8752 17° 13′ 21″ Sul, 46° 52′ 31″ Oeste.

O relevo do município de Paracatu é caracterizado como plano.

Figura 15 Mapa Físico Topográfico

Fonte: Mapas Escolares Minas Gerais.

4.6 GEOMORFOLOGIA

De acordo com o estudo da região de Paracatu sobre as bases para o

entendimento do relevo da região Oeste do Estado de Minas Gerais remontam

ao período Cretáceo, no inicio da separação dos continentes africano e sul

americano. A partir deste momento o continente sul americano passa por um

período de calma tectônica e, portanto, os processos de geração de massas

continentais são pouco expressivos, predominando os processos de

denudação e formação de extensas superfícies de aplanamento e bacias de

acumulação continental (Bigarella, 1971; Tomazzoli, 1990).

O ambiente variou, extremamente, entre períodos de extrema aridez e

momentos de intensa umidificação, passando por um momento crítico de

atividade vulcânica, que atingiu, em forma de derrames, as bacias

sedimentares, tendo agido em locais específicos sob a forma de intrusões. No

período Terciário, por todo o território brasileiro desenvolveram-se, amplas

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superfícies de aplanamento, que podem ser encontradas atualmente,

preservadas nos topos de serras e planaltos.

O relevo regional, este se constitui, basicamente, de extensos planaltos com

capeamento sedimentar, amplas depressões e extensas cristas.

Os planaltos são formados por relevos tabulares predominantemente

areníticos, recobertos por vegetação do tipo cerrado, e entrecortados por

cabeceiras de drenagem pouco aprofundadas, regionalmente conhecidas como

"veredas". Delimitam-se, geralmente, por rebordos erosivos bem marcados. A

origem e evolução dessas formas, que recebem a denominação regional de

"chapadas", estão relacionadas com sucessivos reencaixamentos fluviais. As

depressões situadas ao longo do rio tiveram evolução orientada, inicialmente,

por fraturamentos que controlam a rede de drenagem. Mostram uma variedade

de aspectos litológicos que em nada condiz com a quase ausência de

variações topográficas de expressão regional.

Predominam as formas aplainadas e onduladas. As cristas de orientação geral

NNW SSE (rumos magnéticos) são intercaladas às áreas rebaixadas e

aplainadas. Caracterizam-se como formas erosivas elaboradas sobre ardósias,

siltitos, calcários e quartzitos predominantemente dobrados e falhados. Os

vales principais que as entremeiam, seccionam as estruturas em gargantas e a

drenagem secundária desenvolveu-se, em geral, paralelas às cristas. Sobre

este quadro físico, desenvolveu-se a rede de drenagem do Ribeirão da Batalha

que, nasce nos contrafortes da serra de Guarda-Mor, em altitudes superiores a

1.000 m.

4.7 GEOLOGIA

A sede municipal de Paracatu está inserida no domínio geológico das rochas

do Proterozóico Médio, com a formação de Paracatu caracterizada por filitos

carbonosos ou não e quartzitos. Sua permeabilidade é variável, conforme o

grau de fraturamento e alteração de algumas rochas. Nesta região aparecem

as rochas da formação Vazante constituída por ardósias, fosforitos, quartzitos e

faixas de dolomitos, chertes, metapelitos. Também verifica-se pela região a

presença de coberturas terciário quaternárias detrito-lateríticas, detríticas e

eluvionares em superfícies de aplainamento.

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Existência de composto de quartzos-xisto, construídos por intercalações

laminares de quartzitos e xistos grafitosos e piritosos, plaqueados de coloração

prateada associado a coluviões constituídos de areias, argilas avermelhadas a

marrom-avermelhadas, localmente laterizadas e cascalho basal, depositados

sobre a superfície de aplainamento terciária.

4.8 HIDROLOGIA

Dados do Plano Diretor de Recurso Hídricos da Bacia do Rio Paracatu informa

que a bacia do Rio Paracatu, está localizada na região do Alto-Médio São

Francisco, desaguando neste rio na localidade de Cachoeira da Manteiga,

entre as cidades de Pirapora e São Romão. Toda a bacia abrange uma área de

45.600 km2, sendo que a parte mineira detém 92% dessa área, ou seja,

aproximadamente 41.600 km2. A nascente do Paracatu localiza-se próxima ao

Povoado de Almas, município de Lagamar (região sul da bacia), numa altitude

de 950 m. Da nascente até a foz, o Paracatu tem uma extensão total de 485

km de comprimento, e pode ser dividido nos trechos alto, médio e baixo,

conforme mapa abaixo:

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Figura 16 Divisão de Trechos

Fonte IGAM.

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Figura 17 Bacia Hidrográfica

Fonte IGAM

Figura 18 Bacia do Rio Paracatu

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O alto Paracatu compreende o trecho desde sua nascente até a confluência com o

Rio da Prata, excluindo a mesma. O comprimento desse trecho é de 133 km e tem

como áreas de drenagem as sub-bacias dos rios Santa Catarina, Escuro e do

próprio Paracatu, totalizando 8.250 km2. O principal tributário (m3/s) nesse trecho é

o Rio Escuro. A região do médio Paracatu é a que compreende a maior área de

drenagem, ou seja, 21.890 km2, abrangendo, principalmente, as sub-bacias do

córrego Rico, Ribeirão Entre Ribeiros, Rio da Prata, Rio Verde e Rio Preto. O trecho

médio, com 172 km de extensão, vai desde a confluência com o Rio da Prata até o

cruzamento com a MG 181, na entrada da cidade de Brasilândia de Minas. Os

principais tributários desse trecho são o Rio Preto, o Rio da Prata e o Ribeirão Entre

Ribeiros. O trecho do baixo Paracatu vai desde a MG 181 até a sua foz com o Rio

São Francisco, numa extensão de 180 km. A área de drenagem compreende 15.485

km2, abrangendo, principalmente, as sub-bacias do Rio do Sono e Ribeirão Santa

Fé. O Rio do Sono é o maior tributário desse trecho.

No Mapa abaixo são indicadas a maioria das fontes hídricas de águas superficiais

do município.

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Figura 19 Mapa Hidrográfico de Paracatu

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4.9 CLIMA

Segundo a classificação climática de Köppen, a região de Paracatu possui clima

tropical úmido de savana - Aw, com inverno seco e verão chuvoso apresentando

pequenas diferenciações térmicas. A temperatura média anual é de 22,6 °C,

variando entre 15 °C e 32 °C. Os meses de maio a agosto são considerados os

mais frios e os meses de setembro a abril os mais quentes. A precipitação média

anual é de 1340 mm, sendo que a maior frequência de chuvas ocorre nos meses

de novembro a abril e o período mais seco corresponde aos meses de maio a

outubro.

Paracatu tem uma média mensal de 18ºC na estação mais fria e 29,1ºC na mais

quente. A precipitação média anual é de 1.450 mm, apresentando precipitações

médias mensais inferiores a 60 mm, nos meses mais secos.O clima da região é

Tropical (Aw), a temperatura varia entre 22 e 23ºC com chuvas predominantes no

verão e invernos secos.

Paracatu apresenta um clima megatérmico chuvoso do tipo Aw. Trata-se de um

clima tropical chuvoso típico, com temperaturas elevadas e chuvas concentradas

no período de outubro a abril, quando chove cerca de 93% do total anual.

A ocorrência de chuvas na estação seca é mínima e a temperatura é amena,

sendo que a mínima média mensal gira em torno dos 18ºC ou mais. O regime

pluviométrico é resultado da influência do anticiclone semifixo do Atlântico Sul, da

massa de ar tropical continental e das correntes perturbadas de oeste. Estas

últimas influenciam na distribuição espacial dos totais anuais de chuva, que

decrescem de 1.600 mm para 1.000 mm no sentido predominante de oeste para

leste. A média na bacia é da ordem de 1.340 mm.

4.10 FAUNA e FLORA

A fauna é típica do cerrado, com grande presença de capivaras, caititu,

jaguatirica, paca, gambá, anu branco, curió, seriema, curiango, raposinha,

carcará, perdiz, mutum, cobra cascavel, de veados campeiros, raposas, cachorro-

do-mato, coelhos, macacos diversos, tamanduás, capivaras, tatus, antas, quatis,

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lobo-guará, cobra coral verdadeira e outras espécies da herpetofauna,

mastofauna e aves da região.

As espécies umbrófilas restringem-se às formações florestais como matas ciliares

e matas secas, mas também podem ser encontradas nos cerradões e veredas.

Algumas espécies têm preferência por ambientes úmidos e sombreados, onde a

temperatura é amena e o clima é constante (ex: lontra, ariranha, capivara, anta,

etc.). Outras espécies preferem os trechos secos de terra firme (ex: veado-

mateiro, tapeti, cutia, paca, mutum, cachorro-do-mato, etc). Outras espécies

podem também ser encontradas em ambientes diversos (ex: bugio, jaguatirica,

onça-pintada, papagaios, macaco-prego, etc.). A fauna heliófila apresenta

inúmeras espécies de exemplares. Seus habitats são os ambientes abertos como

o cerrado, campo cerrado e áreas alagadas como as veredas e brejos. Sendo

comum a variação de temperatura e umidade diária nesses ambientes, também é

comum encontrar animais subterrâneos e fossoriais (ex: tatus, formigas, abelhas,

coruja-buraqueira, etc.), noturnos e crepusculares (ex: corujas, lobo-guará,

gambás, roedores, morcegos, etc.) e espécies terrícolas (ex: ema, seriema, lobo-

guará, raposa-do-campo, tamanduá-bandeira, cascavel, calangos, jaritataca, etc.).

As espécies da fauna ubíqua são representadas pelos animais de maior porte,

maior mobilidade e hábitos alimentares onívoros.Utilizam as matas como refúgio e

abrigo diurno ou noturno e local de nidificação. São menos dependentes de

fatores ambientais.

Os carnívoros, necrófagos e insetívoros são os representantes dessa fauna

(ex:jaguatirica, gambá, queixada, caititu, urubu, carcará, tapeti, rato-do-chão,

etc.).

A vegetação atual predominante é caracterizada por biótipos vegetacionais de

formações savanicas e suas variações como: veredas, campo cerrado, cerrado

sentido restrito; e formações florestais do tipo cerradão e floresta ombrofila.

5 METODOLOGIA DOS ESTUDOS

5.1 CONSTRUÇÕES DOS CENÁRIOS ALTERNATIVOS

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A metodologia de construção do Prognóstico deu-se a partir dos subsídios

técnicos resultantes do Diagnóstico do Saneamento Básico de Paracatu e das

projeções populacionais para o horizonte do Plano.

As combinações das demandas oriundas do Diagnóstico e das projeções

populacionais são tratadas como medidas de mitigação, melhoria, ampliação e

adequação da infra estrutura de saneamento, tendo como objetivo a

universalização dos serviços. Ou seja, basicamente, as demandas para a

universalização dos serviços de saneamento, bem como para a garantia de sua

funcionalidade dentro dos padrões adequados de qualidade, segurança à

população em termos de saúde pública e proteção ao meio ambiente, são

resultantes de duas fontes de informações: a metodologia de planejamento e as

demandas oriundas das projeções populacionais.

Seguindo orientação do Ministério das Cidades foram construídos cenários

alternativos de demandas por serviços que servirão como referencial para o

planejamento do saneamento básico, “identificando-se as soluções que

compatibilizem o crescimento econômico, a sustentabilidade ambiental, a

prestação dos serviços e a equidade social”(BRASIL, 2009, p.3).

Nessa direção, os cenários identificam, dimensionam, analisam e preveem a

implementação de alternativas de intervenção considerando uma realidade

carregada de riscos, surpresas e imprevisibilidades, visando o atendimento das

demandas da sociedade.

Os cenários tratam, portanto, da descrição de um futuro – possível, imaginável ou

desejável – para um sistema e seu contexto, bem como do caminho ou da

trajetória que o conecta com a situação inicial do objeto de estudo, como histórias

sobre a maneira como o mundo (ou uma parte dele) poderá se mover e se

comportar no futuro.

Buarque (2003) propõe que na caracterização dos cenários, é possível distinguir

dois grandes conjuntos diferenciados segundo sua qualidade, especificamente

quanto a isenção ou presença do desejo dos formuladores do futuro: cenários

exploratórios e cenário normativo.

Para o autor, os cenários exploratórios têm um conteúdo essencialmente técnico

e decorrem de um tratamento racional das probabilidades e procuram

intencionalmente excluir as vontades e os desejos dos formuladores no desenho

e na descrição dos futuros. Um dos tipos de cenários exploratórios utilizados é o

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cenário extrapolativo, que reproduz no futuro os comportamentos dominantes no

passado. Este tipo de cenário é denominado como cenário tendencial, em que as

tendências do passado são mantidas ao longo do período de planejamento.

O cenário de universalização ou desejável reflete na melhor situação possível

para o futuro, onde a melhor tendência de desenvolvimento é realizada ao longo

do período de planejamento, sem preocupação com a plausibilidade.

Este cenário se reflete em desejos que, sem um correto planejamento, não

passará de utopias sem aplicabilidade prática. (BUARQUE, 2003).

Já o cenário denominado normativo aproxima-se das aspirações do decisor em

relação ao futuro, ou seja, reflete a melhor situação possível, a mais plausível e

viável. Constitui-se como o cenário capaz de ser efetivamente construído e

demonstrado, técnica e logicamente, como viável. Este cenário parte, também, da

expressão da vontade coletiva, sem desviar da possibilidade de aplicação.

(BUARQUE, 2003).

Utilizando-se dos elementos de participação social (reunião comunitária com a

participação da população do município), foi consolidado o cenário denominado

“Normativo”, como sendo aquele assumido como exequível para o horizonte do

Plano.

Cabe ressaltar que a possibilidade de universalização dos serviços de

saneamento básico está sempre vinculada à disponibilidade de recursos para

investimentos nesta área. Portanto, os investimentos necessários ao cenário

normativo devem estar apoiados na disponibilidade de recursos através de

incentivos em programas governamentais que visam o fomento do setor do

saneamento básico no município.

É fundamental destacar que a definição deste cenário não impede que este seja

revisado ao longo do tempo, muito pelo contrário, faz-se compulsório que este

procedimento seja realizado ao menos a cada quatro anos e recomendável que

seja revisado anualmente, como forma de atualização permanente do Plano

Municipal de Saneamento Básico, através de seus objetivos e metas, programas,

projetos, ações e indicadores de desempenho.

A partir do cenário “Normativo”, foram avaliadas as demandas quem caracterizam

os objetivos e metas imediatas ou emergenciais, para curto, médio e longo prazo,

admitidos os seguintes intervalos de tempo:

• Curto prazo – de 1 a 4 anos;

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• Médio prazo – de 4 a 8 anos;

• Longo prazo – de 8 a 20 anos.

A resultante desta avaliação proporcionará os investimentos necessários aos

incrementos para as adequações físicas, bem como melhorias, planos gerenciais,

instalação de equipamentos entre outras demandas identificadas.

5.2 ESTUDO POPULACIONAL DO MUNICIPIO DE PARACATU

O Plano Municipal de Saneamento Básico de Paracatu tem como horizonte o

período de 20 anos (2014-2034) e para este período foram utilizados dados

populacionais oficiais do IBGE referentes a recenseamentos, contagens e

estimativas populacionais, com intervalo de tempo compreendido entre 1991 e

2010, bem como estudos desenvolvidos pela COPASA e que servem atualmente

de referência para o planejamento daquela concessionária, considerando-se a

população urbana e rural.

5.3 EVOLUÇÃO POPULACIONAL

O estudo da dinâmica demográfica atual e futura é importante para o

planejamento das ações que atenderão as demandas sanitárias em um espaço

geográfico. A elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico requer uma

metodologia para análise dessa dinâmica demográfica no horizonte de vinte anos.

O objeto da demografia é a população humana no que se refere ao

comportamento dos componentes que determinam seu volume, estrutura e

crescimento. O conhecimento sobre esses componentes permitem subsidiar

processos de planejamento, de gestão e avaliação de políticas públicas.

Com base na taxa de crescimento da população – percentual de incremento

médio anual da população residente em determinado espaço geográfico, num

período considerado – pode-se determinar a evolução populacional para este

referido espaço sendo possível estabelecer as suas demandas futuras no que diz

respeito aos serviços de abastecimento público de água, esgotamento sanitário,

limpeza pública e manejo de resíduos sólidos, manejo de águas pluviais e

drenagem urbana.

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A partir da determinação das taxas de crescimento demográfico é possível

subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação para adequação e

funcionamento da infra estrutura sanitária buscando atingir os princípios

constantes da Lei Federal n◦ 11.445/2007, que tem como premissa básica a

universalização dos serviços de saneamento.

5.3.1 Base de Dados

A metodologia desenvolvida para a elaboração dos estudos populacionais

fundamenta-se em dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), referentes a recenseamentos, contagens e estimativas

populacionais oficiais.

Para a realização deste estudo foi utilizado o intervalo de tempo compreendido

entre 1970 e 2010 com todos os censos.

5.3.2 Projeção Populacional

As projeções populacionais para o período de 20 (vinte) anos foram calculadas

com base na taxa média de crescimento que melhor traduz o crescimento

apresentado por cada um dos Municípios no intervalo de tempo estudado.

Devido à tendência dos municípios de pequeno porte em apresentar redução de

sua população total foi definido um fator de redução a ser aplicado à taxa média

de crescimento, a partir da melhor curva de tendência de crescimento observada

para o município no período compreendido entre 2000 e 2010.

5.3.3 Estudo Populacional do Município de Paracatu

O Plano Municipal de Saneamento Básico de município de Paracatu tem como

horizonte o período de 20 anos (2014-2034) e para este período foram utilizados

dados populacionais oficiais do IBGE referentes a recenseamentos, contagens e

estimativas populacionais, com intervalo de tempo compreendido entre 1991 e

2010, considerando-se somente a população urbana.

A evolução populacional do Município de município de Paracatu em sua área

urbana está apresentada na Tabela 7.

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Tabela 7 Evolução Populacional do município de Paracatu – Sede

Ano 1.970 1.980 1.991 2.000 2.010

Pop. Total (hab.) 36.821 49.014 62.774 75.216 84.718

Pop. Urbana (hab.) 17.472 29.900 49.710 63.014 73.770

Pop. Rural (hab.) 19.349 19.114 13.064 12.202 10.917

Fonte: IBGE

O comparativo dos dados do Censo Demográfico de 2000 e do Censo

Demográfico de 2010 do IBGE demonstra que município de Paracatu tem

apresentado nos últimos 40 anos uma taxa média de crescimento populacional

declinante.

As diferentes taxas de crescimento populacional do Município de Paracatu estão

apresentadas na Tabela 8.

Tabela 8 Taxas médias de crescimento anual geométrico em município de Paracatu

Ano 1.970 1.980 1.991 2.000 2.010

Taxa de Cresc.

33% 28% 20% 13%

Taxa de Cresc.

71% 66% 27% 17%

Taxa de Cresc.

-1% -32% -7% -11%

(%) Urb./Total 47,50 61,00 79,20 83,80 87,10

(%) Rur./Total 52,50 39,00 20,80 16,20 12,90

(%) Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

5.3.4 Projeção Populacional Adotada

Para o cálculo da população rural e urbana do município foi adotada taxas de

crescimento variável conforme apresentado na Tabela 9.

Tabela 9 Projeção da População rural segundo taxa de crescimento do CEDEPLAR

ANO POPULAÇÃO RURAL

NO MUNICÍPIO ÍNDICE CRESCIMENTO (%aa)

2.010 10.917 (CENSO)

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2.011 11.053 -

2.012 11.192 2,51%

2.013 11.332 1,25%

2014-AB 11.473 1,25%

2.015 11.617 1,25%

2.016 11.742 1,08%

2.017 11.869 1,08%

2.018 11.997 1,08%

2.019 12.126 1,08%

2.020 12.257 1,08%

2.021 12.386 1,05%

2.022 12.517 1,05%

2.023 12.649 1,05%

2.024 12.782 1,05%

2.025 12.917 1,05%

2.026 13.037 0,93%

2.027 13.157 0,93%

2.028 13.279 0,93%

2.029 13.402 0,93%

2.030 13.526 0,93%

2.031 13.632 0,78%

2.032 13.738 0,78%

2.033 13.846 0,78%

2.034 13.954 0,78%

2.035 14.064 0,78%

Fonte: FGR

Os estudos acerca da projeção populacional desenvolvidos servem de referência

a futuros projetos e melhorias a serem realizados no município, porém estes

estudos requerem atualizações e ajustes periódicos, de acordo com novos dados

censitários realizados ao longo dos anos.

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Tabela 10 Comparação das projeções

Comparação entre as projeções desenvolvidas pelo IBGE e CEDEPLAR

Censo do IBGE (2010) um total de 84.718 habitantes, dos quais 73.770 em sua

área urbana e de 10.948 habitantes em sua área rural

Ocupação em 2010 na área rural

Projeção da ocupação futura na área

rural

Pop. Rural 2010 10.948 Pop. Rural 2035 14.063

Não informado 33 Nº domicílios 3.079

Diferença

5.409 Taxa. Ocupação 4,57

Média de hab./reg. 163,91

Média dom./reg. 45,91

CEDEPLAR 2010 2035

Urbana

73770 95.021

Total

84718 109.123

Rural 10948 14.102

Para o cálculo da população rural e urbana do município foi adotada taxas de

crescimento variável conforme apresentado na Tabela 11.

Tabela 11 Projeção segundo taxa de crescimento do CEDEPLAR

ANO POPULAÇÃO URBANA

(hab.)

ÍNDICE CRESCIMENTO

(%aa)

2.010 73.772 (CENSO)

2.011 74.692

2.012 75.623 2,51%

2.013 76.566 1,25%

2014-AB 77.521 1,25%

2.015 78.487 1,25%

2.016 79.334 1,08%

2.017 80.190 1,08%

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2.018 81.055 1,08%

2.019 81.930 1,08%

2.020 82.814 1,08%

2.021 83.687 1,05%

2.022 84.570 1,05%

2.023 85.462 1,05%

2.024 86.363 1,05%

2.025 87.274 1,05%

2.026 88.081 0,93%

2.027 88.896 0,93%

2.028 89.719 0,93%

2.029 90.549 0,93%

2.030 91.387 0,93%

2.031 92.103 0,78%

2.032 92.824 0,78%

2.033 93.551 0,78%

2.034 94.283 0,78%

2.035 95.021 0,78%

Fonte: COPASA / IBGE

A projeção foi realizada e apresentada utilizando os critérios do IBGE e do

CEDEPLAR. Foi eleita esta última projeção por ter sido utilizada pela COPASA na

elaboração do novo projeto de expansão do Sistema de Abastecimento de Água

da cidade de Paracatu, desenvolvido pela empresa Magna Engenharia.

6 DETALHAMENTO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO

6.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA CIDADE DE PARACATU/MG

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6.1.1 Sistema de Abastecimento de Água da Cidade de Paracatu

6.1.1.1 Sistema da Sede Municipal – Aspectos gerais

O sistema de abastecimento de água é operado pela concessionária – Copasa –

desde 1978 e por consequência da recentemente celebração da assinatura do

novo contrato de concessão de serviços para atendimento à sede municipal,

estes serviços serão estendidos até o ano de 2035.

Atualmente o Índice de Atendimento à população da sede do município é de

99,54%, isto é, aos 75.332 habitantes, valor estimado para o ano de 2014.

Portanto, encontra-se em fase de aprovação o novo projeto de ampliação e

melhorias para os próximos vinte anos, uma vez que, face ao crescimento da

população da cidade e tempo de funcionamento o sistema produtor do Córrego

Santa Izabel permite uma autonomia somente por mais três anos.

6.1.1.2 Visão geral dos sistemas de abastecimento de água

Esta seção apresenta um resumo descritivo do sistema de abastecimento de

água existente na sede municipal com registro fotográfico.

6.1.1.2.1 Captação de Água de Superfície e EAB:

Superficial Sistema Santa Izabel: Ribeirão Santa Izabel – tomada direta em

barragem de nível com adução por gravidade até a EAB. Da EAB, adução por

recalque até ETA, através de 3 conjuntos moto-bombas de 150 CV (um reserva)

em 1.520 m de tubos FºFº DN 400 mm;

6.1.1.2.2 Captação de água subterrânea na confluência dos córregos Rico e Pobre

Tabela 12: Capitação Subterrânea Sistema Santana: 09 poços profundos.

POÇO POTÊNCIA

INSTAL.

VAZÃO

(l/s)

EXTENSÃO

ADUTORA

DIAMETRO

ADUTORA

H. MANOM

(mca)

C10 15,5 8,86 289 140mm - PVC 85

E02 12,5 6,0 78 150mm - PCC 75

E07 12,5 4,5 95 75mm - PVC 50

C06 11,0 5,8 344 75mm - PVC 61

C08 11,0 6,66 512 100mm - PVC 50

C12 12,5 7,0 146 100mm - PVC 45

C02 10,0 6,2 363 100mm – FºFº 52

E04 10,0 4,0 224 100mm - PVC 48

E06 7,5 7,0 98 100mm – FºFº 45

Fonte: Copasa

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6.1.1.2.3 Unidades de Tratamento de Água:

- ETA Santa Izabel:

ETA convencional, com capacidade para 144 l/s, localizada a 12 Km da cidade.

Trabalha atualmente em média, pelo período de 21 horas/dia com vazão de 138,0

l/s;

- ETA Santana:

O tratamento nesta unidade caracteriza-se pela simples cloração e fluoretação da

água dos poços, tem capacidade nominal de 65 l/s.

Trabalha atualmente em média, pelo período de 10 horas/dia com vazão 56 l/s.

6.1.1.2.4 Unidades de Bombeamento de Água Tratada

- EAT- Morro do Ouro - Sist. Santa Izabel:

Possui 02 conjuntos moto-bombas de 10 c.v., sendo 01 reserva, que abastece a

zona alta na cota do RAP-03 de 1.680m³, através da rede de distribuição de água,

com vazão de 11,10 L/s, Hman de 40 mca.

- Booster Alto do Açude – Sist. Santa Izabel:

Possui 02 conjuntos moto-bombas de 10 c.v., sendo 01 reserva, que abastece os

bairros Alto do Açude e Vista Alegre, e o REL-02 de 50 m³, através da rede de

distribuição de água, com vazão de 4,0 L/s, Hman de 100 mca.

- Booster Nossa Senhora de Fátima – Sist. Santa Izabel:

Possui 02 conjuntos moto-bombas de 25 c.v., sendo 01 reserva, que abastece o

REL-01 de 100m³, através da AAT-04 FºFº DN250mm, extensão de 639 m, AAT-

05 FºFº DN150mm, extensão de 292 m e AAT-06 PVC DN150mm, extensão de

220 m com vazão de 35,5 L/s, Hman de 29 mca.

- Booster Alto da Colina – Sist. Santa Izabel:

Possui 02 conjuntos moto-bombas de 4 c.v., sendo 01 reserva, que abastece os

bairros Alto da Colina, através da rede de distribuição de água, com vazão de

2,8 L/s, Hman de 50 mca.

- EAT- Santana:

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Possui 03 conjuntos moto-bombas de 125 c.v., sendo 01 reserva que abastece o

RAP-04 de 1.400m³, através da AAT-07 FºFº DN200mm, extensão de 1.117 m,

com vazão de 72 L/s, Hman de 92 mca.

- EAT- Vila Marina - Sist. Santana:

Possui 02 conjuntos moto-bombas de 7,5 c.v., sendo 01 reserva, que abastece a

zona alta na cota do RAP- 04 de 1.400m³, através da rede de distribuição de

água, com vazão de 6,70 L/s, Hman de 30 mca

6.1.1.2.5 Reservação

O sistema de Abastecimento de Água possui 06 reservatórios com capacidade

total de 6.010 m³ , que se encontram em boas condições de conservação, cujas

características encontram-se resumidas na tabela 2.

Tabela 13: Reservação

Reservatório Localização Capacidade (m3)

RAP 1 e 2 Paracatuzinho 2.800

RAP 3 Distrito 1.660

RAP 4 Vila Mariana 1.400

REL 1 JK 100

REL 2 Vista Alegre 50

TOTAL 6.010

Fonte: Copasa

6.1.1.2.6 Rede de distribuição de água

O sistema tem 264.504 metros de rede de distribuição, sendo:

Tabela 14: Rede Distribuidora

Material Diâmetro Extensão

F°F° 150 3.735

F°F° 200 6.771

F°F° 250 5.048

F°F° 300 2.945

F°F° 400 5.655

PVC 15 612

PVC 25 3.594

PVC 32 3.858

PVC 40 172

PVC 50 183.747

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PVC 75 20.521

PVC 100 20.102

PVC 125 453

PVC 140 535

PVC 150 6.756

TOTAL 264.504

Fonte: Copasa

6.1.1.2.7 Ligações prediais de água

O sistema de distribuidor conta com 24.786 ligações prediais, nas modalidades de

domiciliares, comerciais, industriais e públicas. Todas encontram-se

hidrometradas, estando os medidores devidamente instalados e, segundo

informação da concessionária, dentro dos seus prazos de validade.

Total de ligações prediais: 24.876 unidades.

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Tabela 15 – Indicadores do Sistema de Produção

Fonte: Copasa

Nº. Reservatório.

Empreg. Func. Médio Cap. Nom

Água Esgoto Água Esgoto Água. Esgoto Água Esgoto Tipo Tipo l/s Tipo h/dia m³

 09/2012 44 93.636 92.932 80.208 25.505 22.165 24.013 21.011 261.645 243.082 S/P R 269 CLORO/CV 21:08 6.010

 10/2012 44 93.790 93.096 80.449 25.552 22.234 24.066 21.084 261.645 243.082 S/P R 269 CLORO/CV 21:27 6.010

 11/2012 45 93.943 93.245 80.721 25.596 22.313 24.121 21.179 261.645 243.082 S/P R 269 CLORO/CV 19:37 6.010

 12/2012 45 94.097 93.461 80.962 25.642 22.368 24.161 21.233 261.804 244.287 S/P R 269 CLORO/CV 19:58 6.010

 01/2013 45 94.254 93.666 81.203 25.686 22.422 24.207 21.297 261.976 245.227 S/P R 269 CLORO/CV 20:23 6.010

 02/2013 45 94.411 93.898 81.427 25.745 22.493 24.262 21.365 261.976 245.295 S/P R 269 CLORO/CV 21:26 6.010

 03/2013 45 94.568 94.103 81.656 25.794 22.546 24.318 21.427 262.847 245.878 S/P R 269 CLORO/CV 20:37 6.010

 04/2013 47 94.724 94.287 81.924 25.844 22.621 24.376 21.507 263.885 246.130 S/P R 269 CLORO/CV 20:38 6.010

 05/2013 48 94.881 94.484 82.197 25.909 22.698 24.442 21.571 264.504 246.130 S/P R 269 CLORO/CV 20:18 6.010

 06/2013 48 95.038 94.788 82.506 25.984 22.778 24.505 21.656 264.504 246.130 S/P R 269 CLORO/CV 20:18 6.010

 07/2013 47 97.561 96.252 83.873 26.349 23.118 24.876 22.011 264.504 246.130 S/P R 269 CLORO/CV 20:15 6.010

 08/2013 47 97.722 96.513 84.398 26.428 23.266 24.950 22.161 268.914 246.130 S/P R 269 CLORO/CV 21:33 6.010

Captação AduçãoTratamento Água

TotalAtendia. m Cap. Nom.*

Informações Básicas Operacionais - IBO

Localidade: PARACATU - COPASA/DSO/DPOE/DTPU/Produção

Mês/Ano

População Urbana - hab.Economias Ligações

Extensão Rede

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Tabela 16: Distribuição de Água e Coleta de Esgoto

Fonte: Copasa

Vazão Média

Água Esgoto Água. Esgoto Macromedido Estimado Total Micromedido Básico Total Distrib. - l/s Afluente Efluente Coletado Tratado

 09/2012 755.755 72.548 317.196 278.730 416.703 0 416.703 302.804 0 302.804 160,77 493 51 209.071 186.624

 10/2012 675.338 67.162 324.782 286.274 444.558 0 444.558 307.725 6 307.731 165,98 480 146 205.883 186.624

 11/2012 732.345 128.672 329.934 282.468 296.554 100.806 397.360 313.581 6 313.587 153,3 480 146 217.184 186.106

 12/2012 481.512 19.795 294.300 261.486 376.080 28.507 404.587 274.129 0 274.129 151,06 167 65 183.851 185.069

 01/2013 724.296 64.081 315.720 278.787 390.691 0 390.691 295.517 0 295.517 145,87 167 65 198.340 185.587

 02/2013 648.406 58.033 297.535 262.867 367.956 0 367.956 274.824 0 274.824 152,1 375 66 204.276 186.365

 03/2013 592.519 50.765 311.426 275.585 347.121 51.500 398.621 294.092 12 294.104 148,83 375 66 197.588 186.365

 04/2013 650.940 51.003 308.312 275.531 76.611 290.315 366.926 289.006 12 289.018 141,56 210 39 200.906 185.846

 05/2013 632.982 40.091 309.772 276.326 330.373 36.400 366.773 289.771 12 289.783 136,94 210 39 195.204 200.880

 06/2013 589.122 34.948 308.272 274.359 376.236 0 376.236 287.578 6 287.584 145,15 270 63 200.284 200.880

 07/2013 616.926 33.888 300.608 269.122 411.106 0 411.106 279.452 6 279.458 153,49 270 63 188.542 200.880

 08/2013 318.400 284.409 381.598 0 381.598 297.466 0 297.466 142,47 340 114 201.372 199.584

Informações Básicas Operacionais - IBO

Localidade: PARACATU - COPASA/DSO/DPOE/DTPU/Distribuição de Água e Coleta de Esgoto

Mês/Ano

Consumo Energia Volume Faturado Água Esgoto

kvh m³ Volume Distribuido - m³ Volume Consumido - m³ DBO - mg/l Volume - m³

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69

Tabela 17: Indicadores de Gestão do SAA

Fonte: Copasa

Hab./

Domicílio Volume Médio Coef. Fator Fator

Água Esgoto Água Esgoto Água Esgoto Água Esgoto kwh/econ. kwh/m³ Distrib. - m³/dia Reserv. Util. Carga Trat. Distribuido Micromedido Ligação Econ.

 09/2012 4,01 99,3 85,66 1,06 1,05 10,9 11,57 10,3 10,97 29,63 1,81 13.890 0,43 0,88 0,68 149,47 108,61 100 100

 10/2012 4,01 99,3 85,78 1,06 1,05 10,9 11,53 10,2 10,93 26,43 1,52 14.341 0,42 0,89 0,69 154,04 106,63 100 100

 11/2012 4,01 99,3 85,93 1,06 1,05 10,9 11,48 10,2 10,89 28,61 1,84 13.245 0,45 0,82 0,7 142,05 112,1 100 100

 12/2012 4,01 99,3 86,04 1,06 1,05 10,8 11,51 10,2 10,92 18,78 1,19 13.051 0,46 0,83 0,68 139,64 94,62 100 100

 01/2013 4,01 99,4 86,15 1,06 1,05 10,8 11,51 10,2 10,94 28,2 1,85 12.603 0,48 0,85 0,64 134,55 101,77 100 100

 02/2013 4,01 99,5 86,25 1,06 1,05 10,8 11,48 10,2 10,91 25,19 1,76 13.141 0,46 0,89 0,63 139,95 104,53 100 100

 03/2013 4,01 99,5 86,35 1,06 1,05 10,8 11,48 10,2 10,91 22,97 1,49 12.859 0,47 0,86 0,64 136,65 100,82 99,99 99,99

 04/2013 4,01 99,5 86,49 1,06 1,05 10,8 11,44 10,2 10,88 25,19 1,77 12.231 0,49 0,86 0,61 129,72 102,18 99,99 99,99

 05/2013 4,01 99,6 86,63 1,06 1,05 10,8 11,41 10,2 10,84 24,43 1,73 11.831 0,51 0,85 0,6 125,22 98,95 100 99,99

 06/2013 4,01 99,7 86,81 1,06 1,05 10,8 11,37 10,2 10,81 22,67 1,57 12.541 0,48 0,85 0,64 132,31 101,14 100 100

 07/2013 4,01 98,7 85,97 1,06 1,05 10,6 11,18 10 10,65 23,41 1,5 13.261 0,45 0,84 0,68 137,78 93,67 100 100

 08/2013 4,01 98,8 86,37 1,06 1,05 10,8 11,11 10,2 10,58 12.310 0,49 0,9 0,59 127,54 99,42 100 100

Média : 99,3 86,2 1,06 1,05 10,8 11,42 10,2 10,85 25,04 1,64 12.942 0,47 0,86 137,35 102 100 100

Metro de Rede/ Água

Atendimento Ligação Economia Enegia Elétrica

Localidade: PARACATU - COPASA/DSO/DPOE/DTPU - Indicadores I

Informações Básicas Gerenciais - IBG

Per Capita - l/h x d Hidrometração - %Mês/Ano

% Economia/Li

gação

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70

6.1.1.3 Identificação da carência de serviços urbanos de abastecimento de água

Na sede municipal, tendo em vista o índice de cobertura de atendimento de

água tratada e fluoretada existente na cidade de Paracatu, conforme registrado

na Tabela 6, não se espera que existam bairros nem regiões desabastecidas.

No entanto nos questionários aplicados encontramos os seguintes registros da

comunidade:

Excesso de cloro na água;

Cor esbranquiçada da água;

Gosto na água;

Falta de água;

Custo elevado da tarifa de água.

Uma das causas mais frequentes dessas ocorrências está relacionada com a

pressão - valores muito acima ou abaixo dos mínimos preconizados pela ABNT

podem causar estas irregularidades.

Os registros de excesso de cloro e gosto na água podem estar relacionados ao

fato das comunidades rurais não possuírem o hábito do consumo de água

clorada e fluoretada.

A respeito das tarifas, vale a verificação pontual se estas comunidades

estariam localizadas em áreas de atendimento sujeitas a altas pressões.

Também vale esclarecer que as áreas construídas dos imóveis classificam e

caracterizam as famílias de baixa renda, que tem tarifação diferenciada.

Portanto, a partir da planta topográfica da cidade, da localização das unidades

físicas do SAA, das informações de pressão fornecidas pela COPASA

(apresentadas na seção 8.1.1.2.3.2 - Elevatórias Água Tratada e Adutoras),

das informações das unidades espaciais urbanas e com a altimetria envolvida,

desenvolvemos a planta denominada Perfil Hidráulico do Sistema de

Abastecimento de Água da Cidade de Paracatu.

A análise desta planta permitiu a identificação de regiões localizadas no

entorno dos reservatórios apoiados que sofrem intermitência de atendimento

devido ao sistema de bombeamento utilizado. Quando ocorre o desligamento

das bombas, a pressão de distribuição a partir do reservatório cai a valores

inferiores aos preconizados pela ABNT. Outro fato, é a existência de

bombeamentos em marcha, sem reservatório de ponta, controlados por

inversor de frequência. Também nesta situação, em caso de defeito no

equipamento ou suspensão de energia a região sofre desabastecimento.

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71

Esta constatação foi registrada em uma outra planta de Regiões com

Intermitência de Abastecimento, onde as manchas vermelhas indicam a

amplitude destas áreas.

6.1.1.4 Caracterização da Cobertura e Qualidade dos Serviços

Quanto a frequência do abastecimento, foram detectadas três áreas de

intermitência no abastecimento que foram indicadas como manchas vermelhas

no mapa da cidade, especificamente nos bairros: Vila Mariana, Alto do Açude e

Região mais alta do bairro Paracatuzinho. Entendemos que dois fatores são

determinantes para esta irregularidade:

A primeira é a existência de interligação dos dois sistemas produtores fato que

dificulta a operação dos distritos pitométricos, entretanto o índice de perda

permanece em 26%.

A segunda é a operação de estações elevatórias sem reservatório de jusante.

Os bombeamentos feitos diretamente na rede distribuidora, controlados por

inversor de frequência só são eficientes no caso de não haver suspensão no

fornecimento de energia elétrica, existir equipamento de inversor reserva

instalado e sistema supervisório para a automação.

Com relação a qualidade dos serviços, conforme mencionado anteriormente,

foi relatada pela comunidade a existência de gosto na água. Também a

COPASA informa que todos os controles sanitários exigidos pelo Ministério da

Saúde estão perfeitamente atendidos.

6.1.1.5 Controle e Vigilância da Qualidade da Água

A portaria N.o 518 MS, de 25 de março de 2004 estabelece os procedimentos e

responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para

consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências.

O município de Paracatu tem a garantia da COPASA do atendimento em

conformidade com a portaria acima referida seu sistema de abastecimento de

água é atendido pelo Laboratório Central da COPASA em Belo Horizonte.

6.1.2 Sistemas de abastecimento de água na área Rural

Na área rural do município de Paracatu encontramos somente dois

aglomerados urbanos classificados no Plano Diretor do município como áreas

urbanas fora da sede municipal. Ainda que a Comunidade de São Domingos se

localize fora do atual limite urbano, do ponto de vista de abastecimento de água

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ele se encontra atendido pela concessionária, Copasa, e integralizado à sede

municipal. Para caracterização deste diagnóstico, utilizamos como metodologia

de trabalho, primeiramente a realização de reuniões com as diversas

comunidades, ocasião em que foram aplicados questionários para registro das

necessidades e percepção das populações que moram na comunidade rurais e

projetos de Acampamentos.

Uma segunda fase foi a de realização de visitas técnicas a essas comunidades,

onde foram coletados dados, e registros fotográficos para caracterização do

diagnóstico.

O trabalho foi desenvolvido e apresentado baseado por Unidades Espaciais

Rurais (UER), com base em comunidades típicas de cada região, conforme

descrevemos a seguir.

6.1.2.1 Unidade Espacial Rural 01

LIGEIRO – Entre vinte e cinco e trinta famílias – Usa água de serra, em queda

natural. Este tipo de abastecimento é feito por iniciativa própria de cada

morador, não existindo qualquer forma de integração do serviço. Também não

há nenhuma forma de tratamento da água utilizada.

6.1.2.2 Unidade Espacial Rural 02

ALDEIA DE BAIXO – Quatorze famílias – água de serra, informante Sr. Miguel

Sousa Lima, sendo o presidente da Ass. Moradores da Aldeia de Baixo, o Sr.

Vilmar. O ponto de chegada de água no imóvel se localiza de acordo com as

seguintes coordenadas: 16050,582’S; 46055,882’W, capitada no Córrego Água

Fria. A bacia principal da dessa unidade espacial é o Rio Aldeia, região

característica de cavernas.

ALDEIA DE CIMA – Comunidade com 88 famílias todos utilizam água de

serra, esta localidade é próxima da do córrego Ligeiro. A foto mostra a sede da

atual Associação de Moradores da Aldeia de Cima. Chegada de água:

16O43,769’S; 46O56,458’W. Os lixos são lançados nos quintais e beira de

estradas de onde são carreadas pelas enxurradas até os córregos.

6.1.2.3 Unidade Espacial Rural 03

HEBERT DE SOUSA – Oitenta e oito famílias – Captação com duas bombas

que estão instaladas em poços profundos, entretanto os motores estão

queimados e os moradores estão furando cisternas para completar a demanda

de água, porém tem dificuldade de pagar as contas de energia.

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COMUNIDADE NOVA LAGOA RICA (PA) – Poço artesiano. 130 famílias.

Morador: Cleonice.

COMUNIDADE TIRO E QUEDA (PA19) – Água bombeada de uma represa

de uma nascente. Morador: Daniela.

COMUNIDADE BELO VALE – Poço artesiano com pouca água, pouca vazão

(2800l) O poço fica na sede do assentamento. 30 famílias. Morador: Lázaro

Cândido da Silva.

COMUNIDADE SÃO CRISTÓVÃO – Mini poço. 16 famílias. Morador: Maria.

COMUNIDADE JOSÉ MARIA – Bombeamento de água da lagoa e córregos.

13 famílias. Morador: Gilmar.

Região sem qualquer fonte local de abastecimento – a água é buscada em

carroça no açude próximo.

COMUNIDADE ARACAJU (PA) – Poço artesiano. Os moradores que fizeram

o poço e reclamaram da atual situação que ele se encontra.

6.1.2.4 Unidade Espacial Rural 04

MACHADINHO – Doze Famílias – água sem tratamento, esgoto cada um tem

sua fossa com caixa diluidora e fossa negra. Há resíduos de medicamentos.

Córregos: Sotero, São Lourenço e Santa Rita.

COMUNIDADE CUNHA – Poço artesiano, mas algumas famílias têm cisternas

em suas casas, porque às vezes falta água do poço. Aproximadamente um ano

que tem poço artesiano na comunidade. Possui dois poços artesianos, o 1º

(poço profundo com aproximadamente 40 mm de diâmetro) foi perfurado pela

prefeitura e o 2º com parceria do governo.

COMUNIDADE SOTERO – Coleta de água do Rio Sotero e reservação de

água em vários tanques plásticos.

COMUNIDADE MACHADINHO – A empresa Kinrros que fornece água para

duas residências para consumo humana, as demais residências coletam água

do Córrego Santa Rita. Há inclusive uma moradia que recebe água através de

caminhão pipa.

SÃO SEBASTIÃO – Localizada a 1,30km da sede municipal - Tem o senhor

Antônio por presidente da associação dos moradores. A comunidade conta

com 55 (cento e cinco) famílias na parte alta da localidade e 265 duzentas e

sessenta e cinco famílias na parte baixa, esses setores são divididos pela MG

188.

O abastecimento de água na localidade de São Sebastião é suprido por dois

poços profundos com vazão de exploração média de 0,5 l/s, por poço, que

bombeiam até o reservatório de distribuição, localizado na parte alta da

localidade, sendo que a Escola Municipal tem um poço exclusivo para seu por

consumo.

O poço P-01 tem sua água semi tratada através de um posto de cloração e é

conduzida por uma adutora de água tratada DN75mm em ferro galvanizado e o

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74

poço P.2 que, semelhantemente, também, bombeia diretamente para o

reservatório da localidade, através de uma adutora de água bruta até o

reservatório apoiado com capacidade para 75 m³, onde toda produção passa

por desinfecção.

Considerando que a produção para o consumo humano está entorno de 1,0 l/s

e a população nas 310 famílias seja de 960 pessoas, que necessitam uma de

2,58 l/s e desta mesma demanda no ano de 2025, visto que a taxa de variação

indicada para projeções demográficas para as comunidades rurais é

declinante.

LAGOA DE SANTO ANTÔNIO – Comunidade com aproximadamente

quatrocentas e cinquenta moradias, dista 12 km da sede do município. O

abastecimento de água á feito a partir da captação de água subterrânea de três

poços, os dois mais produtivos estão operando. Toda água é reunida nos

reservatórios onde recebem como tratamento preventivo a cloração. Dos poços

a água é conduzida por adutoras virgens até o conjunto de três reservatórios

elevados, localizados na região, mais elevada, a noroeste da localidade. Toda

área urbana é atendida pela rede distribuidora.

O presidente da comunidade é o senhor Amilto Gonçalves de Sousa. Tem três

poços profundos e há três reservatórios elevados.

6.1.2.5 Unidade Espacial Rural 05

COMUNIDADE SANTA RITA – Água coletada em cisterna. Morador: Neusir

Moreira Araújo.

COMUNIDADE ENGENHO DO PADRE – Água proveniente do Córrego do

Bagaço, através de carneiro. Morador: Célio da Silva Pereira.

6.1.2.6 Unidade Espacial Rural 06

CERCADO – Dezenove famílias – O abastecimento de água é do tipo de

cisterna com bombeamento até a caixa d’água; a região é banhada pelo

Ribeirão Bezerra que apresenta água salgada, portanto não é utilizada.

Quando o gado morre nos córregos há dificuldade de remoção da carcaça. O

lixo é queimado nos próprios quintais. Nas grandes fazendas não se tem

notícia de como o lixo é tratado.

SÃO JOÃO DO BURITI (PA Buriti da Conquista) – Comunidade de

cinquenta famílias, alojamento de setenta trabalhadores temporários do plantio,

corte e queima de eucalipto e Escola Municipal Afonso Novais Pinto,

Coordenadas: S=17014’11,9”; W=46027’58,8” - Abastecimento através de poço

profundo (DN150; dn 32 mm e REL 3 m³, Esgoto do tipo fossa e há coleta

regular de lixo.

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SANTA ROSA – Abastecimento feito através de dois poços profundos,

Pressão da rede distribuidora muito fraca; o esgoto utilizado é do tipo fossa

séptica; o lixo – houve uma época que tinha coleta por carroça duas vezes por

semana e através de caminhão uma vez por mês, atualmente a coleta está

interrompida, causando por consequência muito mau cheiro.

6.1.2.7 Unidade Espacial Rural 07

MORRO AGUDO – Setenta famílias – O abastecimento de água é

proveniente de diversas fontes, geralmente cisternas e córregos; os esgotos

domésticos são lançados em fossas uni familiares; o lixo recebe destinação

final diferentemente em cada domicílio.

SANTO ALEIXO - A comunidade é abastecida pelo córrego Fecha a Mão na

região de Santo Aleixo e alguns poços profundos com instalações hidráulicas

precárias. Há alguns reservatórios apoiados que atendem a comunidade em

Santo Aleixo.

BANCO DA TERRA - A comunidade do Banco da Terra conta com bom

acesso por estrada, possui instalações de energia elétrica e seu abastecimento

de água é feito através de poço profundo e reservatório elevado.

BARREIRO - Comunidade em situação bastante precária, abastecida por

cisterna à margem do córrego sem tampa, recebe em períodos chuvosos a

água de superfície que passa pelo curral. A estrada de acesso encontra-se em

péssimas condições. Também abastecida por cisterna, água retirada por

conjunto motobomba, à gasolina. O custo é bem alto, não dispõe de energia

elétrica.

6.1.2.8 Unidade Espacial Rural 08

COMUNIDADE ESPERANÇA – As moradias desta comunidade são bastante

precárias, feitas com lona de terreiro. Um caminhão coleta água do Rio São

Pedro distribui água com a frequência de uma vez por semana, para abastecer

a comunidade onde são contadas 78 famílias. O morador senhor Francisco de

Araújo apresenta as condições sanitárias, que são as piores, a estocagem de

água bruta possibilita o desenvolvimento de micro-organismos patogênicos em

proporções incontroláveis. A água é armazenada em contêineres fornecida,

segundo depoimento dos moradores pela Defesa Civil.

CAPÃO GRANDE – Trinta propriedades - Localizado entre os rios Escuro e

Traíra. A água é captada nos córregos e bombeada para as casas. Os esgotos

são lançados nas fossas. O lixo tem problema só quanto aos plásticos e vidros,

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76

pois não há coleta seletiva. A comunidade reclama de o lixo da cidade ser

lançado nas estradas rurais e entradas dos sítios.

6.1.2.9 Unidade Espacial Rural 09

CHAPADA – Trinta propriedades - poços profundos, esgoto joga na caixa

d’água, tem rede de distribuição. Há esgotos de pocilga e de patos; O lixo de

plástico é difícil de controlar. Defeito em fossa e mantinha cerca de 30

propriedades.

BATALHA – O abastecimento de água proveniente de cisternas, minas e da

lagoa artificial construída por fazendeiros na região, onde também funciona

uma PCH. O acesso é bastante precário passando por estradas de plantação

de soja. Existe um poço profundo que com capacidade, segundo os moradores

entrevistados, de 70m³/h, também um reservatório elevado com capacidade

para 5m³. No entanto, não existe fornecimento de energia elétrica na região,

inviabilizando qualquer uso de motor. Também não há condições de utilização

de motores a diesel, pois o posto de gasolina mais próximo fica no estado de

Goiás, a 25 km desse assentamento.

6.1.2.10 Unidade Espacial Rural 10

SANTA BÁRBARA – Abastecimento de água através de poço perfurado na

sede; Coleta no córrego Escuro; há um local próprio para queimada do lixo e os

resíduos agrícolas são devolvidos ao vendedor dos respectivos produtos.

6.1.2.11 Unidade Espacial Rural 11

CAPÃO DA ESTIVA – Vinte famílias – próximas ao Ribeirão Veredas – Todas

as famílias se abastecem desse manancial; O lixo é queimado ou enterrado

nos próprios quintais onde produzidos. Quanto às carcaças de animais estas

são jogadas nos terrenos de vizinhos.

6.1.2.12 Unidade Espacial Rural 12

COMUNIDADE MIGUEL PEREIRA – O local de referência foi a sede da

associação dos moradores da comunidade, onde mora o senhor José Oliveira.

A fonte de abastecimento de água é uma cisterna.

6.1.2.13 CONCLUSÃO

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De maneira geral foram encontradas as seguintes situações, que por sua

grande frequência não serão repetidas nesta caracterização:

A dispersão da ocupação territorial rural como inviabilizadora de

implantação de sistemas unificados de coleta, tratamento e distribuição de

água.

A baixa vocação dos lençóis subterrâneos para suprimento de água às

populações.

A utilização de captações de água de serra sem as proteções sanitárias e

ambientais necessárias.

Há famílias que já receberam seus lotes através Programa de

Assentamento Rural que não dispõem se suprimento de água nem energia

elétrica.

Entre os moradores de áreas rurais há um conceito de que não devem pedir

outorga para perfuração de poços profundos e pela exploração de água de

superfície. Entendem que o custo financeiro da outorga não retorna nenhum

benefício em contra partida.

Algumas empresas perfuradoras de poços fazem esta atividade sem

autorização da FEAM, fato que causa danos ao meio ambiente.

Cada unidade habitacional tem assumido a responsabilidade pela

construção, operação e manutenção das suas instalações próprias, sem a

existência de qualquer apoio ou acompanhamento técnico.

Algumas comunidades rurais utilizam de sistemas de abastecimento

implantados pela prefeitura com ou sem participação da iniciativa privada.

Esses sistemas caracterizam-se pela captação de água de poços ou

açudes e distribuída sem qualquer forma de tratamento.

Ausência do poder público municipal na prestação do serviço de

abastecimento de água tratada e fluoretada, permanente e suficiente, em

todas as comunidades rurais do município, conforme a constituição

brasileira estabelece.

O município tem como ações econômicas principais a agricultura, em larga

escala e a mineração, onde se encontram presentes grandes empresas

mineradoras do Brasil e do Canadá. Tais atividades não somente modificam

a vegetação natural da região, o serrado, como utilizam produtos químicos

em larga escala que comprometem a qualidade dos cursos d’água,

inviabilizando a sua utilização como fontes de abastecimento de água.

A população rural sofre ainda epidemia de cárie dentária pois desconhece o

que seja o benefício da fluoretação das águas para consumo humano.

Inexiste qualquer forma de monitoramento da qualidade da água utilizada

nas comunidades rurais.

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78

6.1.3 Prognósticos das necessidades de serviços públicos de saneamento no tocante ao abastecimento de água

Problemas e Necessidades levantados pelos munícipes nas Reuniões

Comunitárias na sede municipal (Sistema de Abastecimento de Água)

O MUNICÍPIO DE PARACATU possui Planos Diretores Setoriais, portanto, a

definição prévia das demandas futuras para os sistemas de saneamento

básico foi calculada pelos técnicos a partir dos resultados das deficiências

apontadas nas reuniões de grupo e pelas projeções populacionais e

apresentações das necessidades apontadas pelo Comitê Executivo de

Saneamento, conforme tabelas abaixo que indicam os problemas e

necessidades levantadas pelos moradores das comunidades do MUNICÍPIO

DE PARACATU, nas Reuniões Comunitárias realizadas no início do

planejamento em saneamento básico.

Os bairros da Alto do Açude, Alto do Ouro e Vista Alegre são atualmente

atendidos com boosteres cujas variações de pressão ocasionam faltas

esporádicas de água.

Reclamações quanto ao serviço de abastecimento de água oferecido pela

presença de gosto na água, excesso de cloro e água esbranquiçada.

Reclamações quanto ao serviço de abastecimento de água oferecido pela

Copasa, quanto ao custo da tarifa cobrada.

Problemas e Necessidades levantadas pelos munícipes nas Reuniões

Comunitárias Rurais (Abastecimento de Água)

Reclamações quanto ao serviço de abastecimento de água oferecido pela

insuficiência da quantidade de água.

Reclamações quanto a falta de manutenção nos conjuntos elevatórios

instalados nos poços causando desabastecimento de água.

Reclamações quanto a inexistência de tratamento na água utilizada pelas

comunidades rurais.

Figura 20 Problemas e Necessidades levantadas pelos munícipes nas

Reuniões Comunitárias na sede municipal (Sistema de Abastecimento de

Água).

6.1.4 PROJEÇÕES DAS DEMANDAS PARA OS SETORES

6.1.4.1 Demanda estimada para abastecimento de água na área urbana

A demanda de produção de água foi definida a partir dos parâmetros de

consumo médio per capita. Como critério de dimensionamento utilizou-se um

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79

consumo per capita de 157 L/hab. Dia e coeficientes K1 e K2, de 1,2 e 1,5

respectivamente.

A demanda de produção de água no Município de PARACATU pode ser

calculada pelas fórmulas de Porto (2006) com objetivo de estabelecer o déficit

de produção de água com eventuais incrementos:

Demanda máxima diária .................Qmáx d = Pop. x PC x K1 / 86400

Demanda máxima horária ............. Qmáx h = Pop. x PC x K1 x K2 / 86400

Demanda média ............................ Qméd. = Pop. x PC / 86400

Onde:

Q = demanda de água (L/s);

P = população a ser atendida com abastecimento de água;

K1 = coeficiente do dia de maior consumo = 1,20;

K2 = coeficiente da hora de maior consumo do dia de maior consumo= 1,50;

q m = consumo per capita de água = 157 L/hab. Dia.

O cálculo da evolução da demanda na área urbana foi apresentado na tabela

06.

As demandas estabelecidas pelas reuniões técnicas estão hierarquizadas por

ordem de prioridade e estão apresentadas na tabela abaixo.

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80

Fonte: FGR

Densidade

(IBGE 2010) = 3,59 hab/dom Den. Sazonal: hab/dom

Qprod Poços

(l/s)Considerando a maneira urbana de abastecimento público

DEZ/2011 K1(médio) = 1,20 57,0

Produção 408.580 m³/mês Qnom ETA = 144,0 l/s

Consumo 272.441 m³/mês (IBO) Índ. Hidrom. (2011) = 100,00

ANOPOPUL. URB.

SEDE (hab)

ÍNDICE

CRESCIM.

(%aa)

ÍND.

ATEND.

(%)

POPUL.

ABASTEC.

(hab)

Nº ECON.

RESID.

PER-CAPITA

MICROMED.

(l/hab.dia)

VOLUME

CONSUM.

S/K1 (m³/ano)

VOLUME

CONSUM.

C/K1

(m³/ano)

Q

CONSUM.

C/K1

(l/s)

PERDAS NO

SISTEMA

(%)

PER-CAPITA

MACROMED

(l/hab.dia)

VOLUME

PRODUZ.

(m³/ano)

Qméd/dia

PRODUZ.

(l/s)

Qmáx/dia

PRODUZ. c/P

(2%) (l/s)

Q Prod. ETA

Sta Izabel

(l/s)

Q Prod. ETA

Santana

(Poços) (l/s)

HORAS

MÉDIAS

DE FUNC.

(hs)

Vnec =

1/3 Vd

(m³)

Vol. Exist.+

Reforço

(m³)

Status da

Reserv. do

SAA (%)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 (2 ETAs) 17 18 19 20

2.010 73.772 (CENSO)

2.011 74.692

2.012 75.623 2,51% 98,95 74.829 20.872 117,45 3.207.773 3.849.328 122,06 33,32 176,13 4.810.697 152,55 186,72 144,00 57,00 22,29 5.272 6.010 37,6%

2.013 76.566 1,25% 98,95 75.762 21.132 117,45 3.247.771 3.897.325 123,58 33,32 176,13 4.870.682 154,45 189,04 144,00 57,00 22,57 5.338 6.010 37,2%

2014-AB 77.521 1,25% 98,95 76.707 21.396 117,45 3.288.268 3.945.921 125,12 33,32 176,13 4.931.415 156,37 191,40 144,00 57,00 22,85 5.404 6.010 36,7%

2.015 78.487 1,25% 100,00 78.487 21.892 117,45 3.364.597 4.037.517 128,03 25,00 156,60 4.486.130 142,25 174,12 202,00 57,00 16,13 4.916 6.010 40,3%

2.016 79.334 1,08% 100,00 79.334 22.128 117,45 3.400.899 4.081.079 129,41 25,00 156,60 4.534.532 143,79 176,00 202,00 57,00 16,31 4.969 6.010 39,9%

2.017 80.190 1,08% 100,00 80.190 22.367 117,45 3.437.593 4.125.111 130,81 25,00 156,60 4.583.457 145,34 177,90 202,00 57,00 16,48 5.023 6.010 39,5%

2.018 81.055 1,08% 100,00 81.055 22.609 117,45 3.474.682 4.169.618 132,22 25,00 156,60 4.632.909 146,91 179,82 202,00 57,00 16,66 5.077 6.010 39,1%

2.019 81.930 1,08% 100,00 81.930 22.852 117,45 3.512.172 4.214.606 133,64 25,00 156,60 4.682.896 148,49 181,76 202,00 57,00 16,84 5.132 6.010 38,6%

2.020 82.814 1,08% 100,00 82.814 23.099 117,45 3.550.066 4.260.079 135,09 25,00 156,60 4.733.421 150,10 183,72 202,00 57,00 17,02 5.187 6.010 38,2%

2.021 83.687 1,05% 100,00 83.687 23.343 117,45 3.587.503 4.305.004 136,51 25,00 156,60 4.783.338 151,68 185,65 202,00 57,00 17,20 5.242 6.010 37,8%

2.022 84.570 1,05% 100,00 84.570 23.589 117,45 3.625.336 4.350.403 137,95 25,00 156,60 4.833.781 153,28 187,61 202,00 57,00 17,38 5.297 6.010 37,4%

2.023 85.462 1,05% 100,00 85.462 23.838 117,45 3.663.567 4.396.281 139,41 25,00 156,60 4.884.756 154,89 189,59 202,00 57,00 17,57 5.353 6.010 37,0%

2.024 86.363 1,05% 100,00 86.363 24.089 117,45 3.702.202 4.442.642 140,88 25,00 156,60 4.936.269 156,53 191,59 202,00 57,00 17,75 5.410 6.010 36,7%

2.025 87.274 1,05% 100,00 87.274 24.343 117,45 3.741.244 4.489.492 142,36 25,00 156,60 4.988.325 158,18 193,61 202,00 57,00 17,94 5.467 6.010 36,3%

2.026 88.081 0,93% 100,00 88.081 24.568 117,45 3.775.866 4.531.039 143,68 25,00 156,60 5.034.488 159,64 195,40 202,00 57,00 18,11 5.517 6.010 35,9%

2.027 88.896 0,93% 100,00 88.896 24.796 117,45 3.810.809 4.572.970 145,01 25,00 156,60 5.081.078 161,12 197,21 202,00 57,00 18,27 5.568 6.010 35,6%

2.028 89.719 0,93% 100,00 89.719 25.025 117,45 3.846.075 4.615.290 146,35 25,00 156,60 5.128.100 162,61 199,04 202,00 57,00 18,44 5.620 6.010 35,3%

2.029 90.549 0,93% 100,00 90.549 25.257 117,45 3.881.667 4.658.001 147,70 25,00 156,60 5.175.556 164,12 200,88 202,00 57,00 18,61 5.672 6.010 35,0%

2.030 91.387 0,93% 100,00 91.387 25.490 117,45 3.917.589 4.701.107 149,07 25,00 156,60 5.223.452 165,63 202,74 202,00 57,00 18,79 5.724 6.010 34,6%

2.031 92.103 0,78% 100,00 92.103 25.690 117,45 3.948.260 4.737.912 150,24 25,00 156,60 5.264.347 166,93 204,32 202,00 57,00 18,93 5.769 6.010 34,4%

2.032 92.824 0,78% 100,00 92.824 25.891 117,45 3.979.171 4.775.005 151,41 25,00 156,60 5.305.561 168,24 205,92 202,00 57,00 19,08 5.814 6.010 34,1%

2.033 93.551 0,78% 100,00 93.551 26.094 117,45 4.010.324 4.812.389 152,60 25,00 156,60 5.347.099 169,56 207,54 202,00 57,00 19,23 5.860 6.010 33,8%

2.034 94.283 0,78% 100,00 94.283 26.298 117,45 4.041.721 4.850.066 153,79 25,00 156,60 5.388.962 170,88 209,16 202,00 57,00 19,38 5.906 6.010 33,6%

2.035 95.021 0,78% 100,00 95.021 26.504 117,45 4.073.364 4.888.037 155,00 25,00 156,60 5.431.152 172,22 210,80 202,00 57,00 19,53 5.952 6.010 33,3%

PARACATU

C O N S U M O S P R O G R E S S I V O SRESERVAÇÃO

Tabela 18 Projeção da Demanda Urbana de Abastecimento de Água

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81

6.1.4.2 Demanda estimada para abastecimento de água na área rural

A demanda de produção de água foi definida a partir dos parâmetros de

consumo médio per capita. Como critério de dimensionamento utilizou-se um

consumo per capita de 150 L/hab. Dia e coeficientes K1 e K2, de 1,2 e 1,5

respectivamente.

A demanda de produção de água no Município de MUNICÍPIO DE PARACATU

pode ser calculada pelos critérios da concessionária do município a Copasa

com objetivo de estabelecer o déficit de produção de água com eventuais

incrementos:

Demanda máxima diária ..............Qmáx d = Pop. x PC x K1 / 57600

Demanda máxima horária ............Qmáx h = Pop. x PC x K1 x K2 / 57600

Demanda média ...........................Qméd. = Pop. x PC / 57600

Onde:

Q = demanda de água (L/s);

P = população a ser atendida com abastecimento de água;

K1 = coeficiente do dia de maior consumo = 1,20;

K2 = coeficiente da hora de maior consumo = 1,50;

q m = consumo per capita de água = 150 L/hab.dia.

O cálculo da evolução da demanda na área rural detalhado por comunidade,

baseado nos parâmetros acima adotados, foi apresentado na tabela 19.

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Tabela 19 Projeção da Demanda Rural de Abastecimento de Água

PARACATU - DEMANDA DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NAS ÁREAS RURAIS

UNIDADE ESPACIAL

RURAL LOCAL DAS REUNIÕES

REGIÕES RURAIS

INCORPORADAS

QTDE DE

DOMICÍLIOS POPULAÇÃO (hab.) DEMANDA (l/s)

ATUAL FUTURA ATUAL FUTURA ATUAL FUTURA

UER 01 Escola Municipal

Bernardino de Faria

Mundo Novo 41 53 147 190 0,46 0,59

P.A. XV Novembro 41 53 147 190 0,46 0,59

Ligeiro 25 32 90 116 0,28 0,36

Carapinas 41 53 147 190 0,46 0,59

Ribeirão 41 53 147 190 0,46 0,59

TOTAIS (5) 189 244 679 875 2,12 2,73

UER 02 Escola Municipal

Raimundo José Santana

Aldeia de Cima 41 53 147 190 0,46 0,59

Aldeia de Baixo 41 53 147 190 0,46 0,59

TOTAIS (2) 82 106 294 379 0,92 1,19

UER 03 Escola Municipal

José Simões Cunha

Canto 41 53 147 190 0,46 0,59

São Luís 41 53 147 190 0,46 0,59

P.A. Nova Lagoa Rica 130 168 467 602 1,46 1,88

P.A Herbert de Souza 88 113 316 407 0,99 1,27

P.A. Aracaju 41 53 147 190 0,46 0,59

P.A. Belo Vale 30 39 108 139 0,34 0,43

P.A. Tiro e Queda 41 53 147 190 0,46 0,59

P.A. José Maria 13 17 47 60 0,15 0,19

P.A. São Cristóvão 16 21 57 74 0,18 0,23

P.A. Esperança 78 101 280 361 0,88 1,13

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83

TOTAIS (10) 519 669 1863 2402 5,82 7,51

UER 04 Escola Municipal

Coraci Meireles

Sotero 41 53 147 190 0,46 0,59

Desempaca 41 53 147 190 0,46 0,59

Machadinho 12 15 43 56 0,13 0,17

TOTAIS (3) 94 121 337 435 1,05 1,36

UER 05 Escola Maria

Trindade Rodrigues

Santa Rita 41 53 147 190 0,46 0,59

Engenho do Padre 41 53 147 190 0,46 0,59

Novo Barreiro 41 53 147 190 0,46 0,59

Santo Antônio 450 580 1616 2082 5,05 6,51

São Sebastião 320 412 1149 1481 3,59 4,63

TOTAIS (5) 1081 1393 3881 5002 12,13 15,63

UER 06 Escola Municipal

Afonso Novais Pinto

P.A. Buriti da Conquista 50 64 180 231 0,56 0,72

P.A Santa Rosa 41 53 147 190 0,46 0,59

Cercado 19 24 68 88 0,21 0,27

Entre Ribeiros 41 53 147 190 0,46 0,59

Entorno 040 41 53 147 190 0,46 0,59

Ponte Queimada 41 53 147 190 0,46 0,59

Santo Aurélio 41 53 147 190 0,46 0,59

TOTAIS (7) 274 353 984 1268 3,07 3,96

UER 07

Escola Municipal

Arquimedes

Cândido Meireles

Morro Agudo 70 90 251 324 0,79 1,01

Carrapato 41 53 147 190 0,46 0,59

Banco da Terra 41 53 147 190 0,46 0,59

Sobrado 41 53 147 190 0,46 0,59

Barreiro 41 53 147 190 0,46 0,59

Pontal 48 62 172 222 0,54 0,69

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Santo Aleixo 17 22 61 79 0,19 0,25

TOTAIS (7) 242 312 869 1120 2,71 3,50

UER 08 Escola Municipal

Frei Brocardo

Curralinho 41 53 147 190 0,46 0,59

Onça 41 53 147 190 0,46 0,59

Esperança 78 101 280 361 0,88 1,13

Alma 41 53 147 190 0,46 0,59

Capão Grande 41 53 147 190 0,46 0,59

TOTAIS (5) 242 312 869 1120 2,71 3,50

UER 09 Escola Municipal

Pedro Silva Neiva

P.A Jambeiro 41 53 147 190 0,46 0,59

P.A Batalha 41 53 147 190 0,46 0,59

Palmital 41 53 147 190 0,46 0,59

Chapada 30 39 108 139 0,34 0,43

TOTAIS (4) 153 197 549 708 1,72 2,21

UER 10 Escola Municipal

José Palma

Santa Barbara 41 53 147 190 0,46 0,59

Estiva 41 53 147 190 0,46 0,59

Ipam 41 53 147 190 0,46 0,59

Nolasco 41 53 147 190 0,46 0,59

TOTAIS (4) 164 211 589 759 1,84 2,37

TOTAL GERAL 3040 3919 10914 14064 34,11 43,96

Fonte: FGR

Tabela 20 Projeção do Índice de Atendimento da Sede Municipal

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Tipo de Serviço Período Projeção para índice de atendimento para os setores de saneamento básico

Abastecimento de água

em todas as unidades

espaciais da sede

municipal

Imediato:

Ano 2015

Atendimento de 100% da área urbana. Considerando a implantação da obra de expansão do SAA.

Curto prazo:

Ano 2019

Manutenção do atendimento de 100% da área urbana. Manutenção do programa do crescimento

vegetativo e da implantação de toda infra estrutura dos novos loteamentos, nos termos do Código

de Obras Municipal.

Médio prazo:

Ano 2023

Manutenção de Atendimento de 100% da área urbana. Manutenção do programa do crescimento

vegetativo e da implantação de toda infra estrutura dos novos loteamentos, nos termos do Código

de Obras Municipal.

Longo prazo:

Ano 2035

Manutenção de Atendimento de 100% da área urbana. Manutenção do programa do crescimento

vegetativo e da implantação de toda infra estrutura dos novos loteamentos, nos termos do Código

de Obras Municipal.

Tabela 21 Hierarquização das ações para o atendimento na rural do município

Tipo de

Serviço Período

Projeção para índice de atendimento para os setores de saneamento básico

Abastecimento de

água nas unidades

espaciais rurais

Imediato: Ano

2015

Atendimento de 100% dos lotes ocupados nos Projetos de Assentamentos Rurais de Esperança,

Batalha e do Barreiro. Através da implantação da obra do SAA.

Curto prazo:

Ano 2019

Ampliação do atendimento à 50% dos domicílios rurais, considerando os domicílios atendidos no

ano de 2015.

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Médio prazo:

Ano 2023

Ampliação do atendimento a 80% dos domicílios localizados nas áreas rurais.

Implantação de toda infra estrutura dos novos assentamentos rurais.

Longo prazo:

Ano 2035

Manutenção de Atendimento de 100% da área urbana, considerando sistema em funcionamento

das áreas rurais.

Institucionalização do programa do crescimento vegetativo para atendimento aos novos domicílios

das áreas rurais.

Tabela 22 Alternativas de compatibilização das necessidades e disponibilidades dos serviços.

Tipo de

Serviço Déficit atual

Necessidade (Alternativas de Compatibilização)

Abastecimento de

água

- Intermitência de abastecimento na área urbana;

- Qualidade da água distribuída;

- Falta de Unidade de Tratamento de Resíduos - UTR na ETA

Santa Izabel;

- Necessidade de expansão do horizonte do projeto da sede

municipal no curto prazo.

- Ausência de atendimento com água tratada nas Áreas Rurais;

- Ausência de abastecimento de água nas comunidades de

Esperança, Batalha e Barreiro.

- Atendimento urbano com água de qualidade,

segundo normativas vigentes;

- Implantar a Unidade de tratamento de

Resíduos na ETA.

- Estender o horizonte de projeto do SAA da

sede municipal para os próximos vinte anos.

- Atendimento com água de qualidade

quantidade suficientes nas Áreas Rurais;

- Atendimento às comunidades carentes de

abastecimento de água potável.

Fonte: FGR

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6.1.5 ALTERNATIVAS PARA O ATENDIMENTO DAS DEMANDAS DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDIMENTO DAS CARÊNCIAS EXISTENTES, DE ACORDO COM A LEI 11.445/07

6.1.5.1 Na sede municipal

Alternativas de intervenção na área urbana para ampliação e melhoria das

condições de Abastecimento de Água foram desenvolvidas a partir da

constatação de que o tratamento de água de mananciais de superfície contém

matéria orgânica e seu tratamento além de oneroso é bastante complexo para

ser praticado de forma universalizada no município. Portanto, foram eleitos os

mananciais subterrâneos do tipo de poços profundos como fonte de produção

conforme cotejo das alternativas aqui apresentadas.

- Cenário Normativo

Neste cenário mais realista a prefeitura exigiria da Concessionária que, durante

a elaboração da obra de expansão, que está prestes a ser implantada, estenda

a cobertura ao máximo definido pela Regulamentação de Serviços estabelecido

por lei estadual. De igual modo, deverá ser exigida a resolução da questão das

intermitências no abastecimento, conforme apresentado no diagnóstico.

A questão da viabilidade econômica, financeira, técnica e operacional, foi

assumida pela empresa concessionária, que opera 620 sistemas de

abastecimento de água no estado de Minas Gerais, portanto tem suas

atividades distribuídas e executadas em escala estadual, alcançando índices

incomparáveis aos praticados em sistemas isolados.

6.1.5.2 Alternativas de intervenção nas áreas rurais para implantação, ampliação e melhoria das condições de Abastecimento de água.

- Cenário Normativo

Abastecimento dos 3040 domicílios rurais com água tratada e fluoretada,

considerando que o investimento pode ser distribuído nos próximos vinte anos.

O grande volume de projetos, obras e aquisição de equipamentos,

gerenciamento e controles de obra para operação dificultam a realização

integral deste programa no curto prazo.

A evolução gradativa do atendimento às comunidades rurais impõe a

priorização às comunidades com maior necessidade de água, com a água

tratada, no período considerado de curto prazo, isto é nos próximos quatro

anos. Contando com recursos sociais do programa Água para Todos da

Secretaria de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional.

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88

Deverão ser contempladas no médio prazo as comunidades que apresentam

necessidade de complementação das suas demandas e necessidade de

tratamento simplificado como desinfecção e fluoretação.

6.1.6 Metas e ações pretendidas com a implantação do PMSB no tocante ao abastecimento de água na zona rural.

Meta: Dotar todas as comunidades rurais de serviços de abastecimento de

água tratada e fluoretada até o ano de 2035.

Quantidade: 3034 domicílios rurais no início e 3919 no final do plano.

Ações

Programa de perfuração e tratamento de água de poços profundos.

Capacitação de agentes para prestar suporte técnico às comunidades rurais

Implantação da meta por etapas.

6.1.7 Cenários alternativos de demandas por serviços e processo de planejamento do saneamento básico

6.1.7.1 Disponibilidade de recursos para demanda futura

Quando analisamos o crescimento das populações urbana e rural, também

com vistas às instalações existentes do Sistema de Abastecimento de Água da

cidade de Paracatu, apresentadas no quadro de Evolução da Demanda,

concluímos que há uma disponibilidade de produção instalada para atender a

sede municipal no curto prazo, isto é até o ano de 2018.

6.1.7.2 Manancial de superfície de longo prazo

Como o rio Preto é o outro manancial de superfície disponível para o futuro

atendimento ao abastecimento de água à sede do município as ações de

reserva de outorga para este fim devem já estar em curso. Tal manancial

também será alvo de exploração em caso de necessidades contingenciais. As

atividades agropecuárias e industriais desenvolvidas nesta bacia deverão

atender as condições de efluentes não poluentes para fins de uso em

abastecimento de água humano.

6.1.7.3 Expansão do Sistema de Abastecimento de água na sede municipal

Neste período a concessionária – Copasa deverá fazer melhorias no sistema

produtor de Santa Izabel, o qual deverá ser explorado na sua capacidade

máxima, (144 l/s) e providenciar a substituição dos equipamentos de extração

de água de poços profundos que compõem o sistema Santana produzindo a

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vazão de (54 l/s), totalizando uma vazão de produção de até 202 l/s, no ano 2035,

atendendo de modo sustentável à demanda da população no médio e longo prazos.

6.1.8 Vulnerabilidade do Aquífero Subterrâneo

Ciente da baixa potencialidade dos mananciais subterrâneos do município, à exceção

dos sítios de solo cárstico, localizados no noroeste do município, a Prefeitura

Municipal de Paracatu deverá estabelecer convênio de cooperação técnica com a

SUPRAM/Unaí no sentido de fornecer apoio à Superintendência visando disciplinar a

perfuração dos poços no município assegurando o adequado controle da quantidade

de extração e manutenção da qualidade do aquífero subterrâneo.

Na área rural as alternativas são extremamente desafiantes. Outra vez nos vemos

com a obrigação legal de abastecermos os 14064 habitantes que estarão dispersos no

segundo maior município do estado de Minas Gerais.

6.1.9 Interveniência da Eletrificação Rural

O outro desafio é falta de distribuição de energia em algumas comunidades do

município. Nestes casos a solução do abastecimento ficará atrelada a solução

energética apresentada. Cada caso deverá ser analisado do ponto de vista

econômico, financeiro, técnico e social. Estamos admitindo o uso da energia

fotovoltaica como uma solução viável em alguns casos, ainda que seu custo de

implantação seja mais elevado e sua operação exija treinamento do usuário final.

6.1.10 Alternativas de Utilização dos Poços Profundos

Quanto à fonte de produção, a proposta geral para a área rural é a perfuração e

equipamento de poços profundos. Os sistemas mais simples como captação de água

de cisternas e de nascentes em serras são as alternativas onde as prospecções de

poços se mostrarem inviáveis. Salienta-se que o risco de contaminação dessas

segundas é bem maior que as primeiras.

6.1.10.1 Controle de qualidade da água

Não haverá sucesso neste empreendimento se não for acompanhado de um eficiente

programa de controle de qualidade conforme prescreve a determinações do Ministério

da Saúde. Principalmente pelo controle da cloração, fluoretação, acidez, alcalinidade e

bacteriológico da água consumida.

6.1.10.2 Aproveitamento dos poços

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Considerar para efeito dimensional e orçamentário um poço atendendo em média três

famílias. Os núcleos habitacionais mais ocupados em média compensarão os imóveis

mais isolados.

6.1.10.3 Alternativa de manutenção de equipamentos

Os equipamentos eletromecânicos instalados nos próximos vinte anos terão em média

manutenção corretiva à cada dois anos. Assim no planejamento da gestão desse

serviço, deverá ser considerada a contratação de algumas empresas para executar

esses serviços ou se a prefeitura optará por montar uma oficina em uma das

secretarias municipais para efetuá-lo. Ressalta-se a necessidade de que esta

secretaria tenha conhecimento e facilidade de acesso às comunidades rurais.

6.1.10.4 Educação Sanitária

Criação de um setor na prefeitura para implementar a educação sanitária nas regiões

espaciais rurais e urbanas. Evidenciou-se em todo processo de investigação realizado

que considerável parcela da população não tem consciência dos benefícios do uso da

água tratada e fluoretada da qual têm o direito.

6.1.10.5 Programa de divulgação da política tarifária.

Caberá à Copasa implantar de forma sistematizada um programa de divulgação de

suas políticas tarifárias, dando prioridade aos recursos disponíveis sobre o acesso aos

benefícios disponíveis da tarifa social, porém pouco conhecida dos usuários. Também

esclarecer a comunidade atendida sobre a tarifa diferenciada por faixa de consumo,

bem como a necessidade de existir este benefício cruzado, que como estratégia de

marketing alcança com tarifas menores aqueles que tem maior dificuldade de

pagamento.

6.1.11 Obra de Expansão do Sistema de Abastecimento de Água da Sede

Implantação do novo projeto de abastecimento de água para a cidade de Paracatu,

com implantação dos sistemas de comando tele supervisionado, exigível onde há

bombeamento direto na rede distribuidora sem reservatório elevado de jusante.

Implantação da Unidade de tratamento de resíduos da ETA Santa Izabel.

6.1.12 Sistema de abastecimento de água urbano

A equação da viabilidade dos investimentos na implantação, operação e manutenção

do sistema de abastecimento de água da cidade de Paracatu e a devida contrapartida

de receita para sustentação econômica já foi resolvida pela prefeitura e assumida pela

empresa Concessionária que pratica a política tarifária do subsídio cruzado. A

sustentação econômica dessa empresa é controlada pela agência reguladora do

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Estado de Minas Gerais a ARSAE, portanto esse dimensionamento admitiu como

equacionado e aprovado institucionalmente.

6.1.13 Sistema de Abastecimento de Água Rural

Quanto aos recursos necessários ao abastecimento das áreas rurais este serão

quantificados a partir de algumas condicionantes sem as quais a implantação,

operação e manutenção dos sistemas tornam-se ingerenciáveis.

- Custo de perfuração dos poços;

- Custo das linhas de distribuição de energia;

- Custo do Padrão de energia;

- Custo dos conjuntos moto-bombas, aquisição e instalação;

- Custo dos quadros de comando do motor;

- Custo das tubulações de distribuição de água;

- Custo dos reservatórios domiciliares.

Estes custos referentes ao investimento, à operação e à tarifação foram desenvolvidos

por composição de custos e encontram-se resumidos nas tabelas 23 e 24.

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Tabela 23 Investimentos no cenário de universalização ou desejável para o Sistema de abastecimento de água na área Rural

VALOR DO INVESTIMENTO PARA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS SIMPLIFICADOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Recursos do PMSB - Min. Integr. Social - Secretaria de infraestrutura hidráulica - Poços

Período

Serviços

preliminares e

complementare

s

Custo das

instalações de

distribuição água

Custo de

perfuração por

poços

Custo de

aquisição dos

equipamentos do

poço profundo.

Alimentação de

energia elétrica

Resultado Final por

Período

2015 R$ 210.865,25 R$ 393.900,05 R$ 1.096.470,32 R$ 411.045,00 R$ 411.045,00 R$ 2.523.325,62

2015 -

2018

R$

1.546.345,19 R$ 2.888.600,35 R$ 8.040.782,37 R$ 3.014.330,00 R$ 3.014.330,00 R$ 18.504.387,91

2019 -

2022

R$

1.054.326,27 R$ 1.969.500,24 R$ 5.482.351,61 R$ 2.055.225,00 R$ 2.055.225,00 R$ 12.616.628,12

2023 -

2035 R$ 702.884,18 R$ 1.313.000,16 R$ 3.654.901,08 R$ 1.370.150,00 R$ 1.370.150,00 R$ 8.411.085,41

Total R$

3.514.420,89 R$ 6.565.000,80 R$ 18.274.505,38 R$ 6.850.750,00 R$ 6.850.750,00 R$ 42.055.427,07

Fonte: FGR

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Tabela 24 Custos operacionais e receitas no cenário de universalização para o sistema de abastecimento de água na área Rural

CUSTO OPERACIONALIZAÇÃO DE SISTEMAS SIMPLIFICADOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

Custo de operação e manutenção compartilhado entre os moradores das comunidades rurais

Período

Custo com

consumo de

energia elétrica

Custos médio de

energia à cada

moradia

Custo Operacional Tarifa mensal a ser

paga à Prefeitura

Percentual

no período

Resultado Final por

Período

2015 R$ 82.505,92 R$ 7,31 R$ 1.169.582,27 R$ 26,72 6% R$ 1.252.122,22

2015 -

2018 R$ 605.043,44 R$ 7,31 R$ 8.576.936,63 R$ 26,72 44% R$ 8.576.970,66

2019 -

2022 R$ 412.529,62 R$ 7,31 R$ 5.847.911,34 R$ 26,72 30% R$ 6.260.474,98

2027 -

2035 R$ 275.019,74 R$ 7,31 R$ 3.898.607,56 R$ 26,72 20% R$ 4.173.661,33

Total R$ 1.375.098,72 R$ 7,31 19.493.037,79 R$ 26,72 100% R$ 20.868.170,54

Fonte: FGR

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Tabela 25 Investimentos no cenário de manutenção do Sistema deAbastecimento de Água da sede municipal

VALOR DO INVESTIMENTO PARA AMPLIAÇÃO E MELHORIAS NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA SEDE DO MUNICÍPIO DE PARACATU

FINANCIAMENTO CONTRAÍDO PELA COPASA NA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL -

Período

Serviços

preliminares e

canteiro obras

Custo de

distribuição de

água

Custo de

ampliação da

ETA

Custo de

aquisição de

equipamentos

Custo do

crescimento

vegetativo

Resultado Final

por Período

2015 R$ 900.000,00 R$ 2.000.000,00 R$ 2.200.000,00 R$ 800.000,00 R$ 240.000,00 R$ 6.140.000,00

2016 - 2017 R$ 1.100.000,00 R$ 1.200.000,00 R$ 800.000,00 R$ 480.000,00 R$ 3.580.000,00

2018 - 2035 R$ 4.320.000,00 R$ 4.320.000,00

Total R$ 900.000,00 R$ 3.100.000,00 R$ 3.400.000,00 R$ 1.600.000,00 R$ 5.040.000,00 R$ 14.040.000,00

Fonte: FGR

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6.1.14 Programas, Projetos e Ações - Abastecimento de Água

Com base no prognóstico de alternativas, foram desenvolvidas as ações que

serão desenvolvidas a curto, médio e longos prazos. Cabe salientar que os

investimentos aqui propostos são estimados para termos de planejamento.

Custos mais precisos serão apresentados a partir de estudos e projetos e

poderão ser reavaliados nas revisões deste plano, que deverão ocorrer a cada

4 anos.

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Tabela 26 Resumo geral dos custos para os Programas e Metas de universalização do SAA em Paracatu / MG

SETOR 1

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

1 1.050.000 4.200.000 5.250.000

2 3.775.448 27.081.359 18.877.103 12.584.747 62.318.657

3 1.500.000 1.500.000 3.000.000

4 13.282.000 13.282.000

5 400.000 300.000 500.000 700.000 1.900.000

6 435.000 1.728.000 2.764.000 10.368.000 15.295.000

7 50.000 50.000

20.492.448 34.809.359 22.141.103 23.652.747 101.095.657TOTAL GERAL

TOTAL GERALOBJETIVOS DESCRIÇÃOPRAZOS

AMPLIAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA NOS LOCAIS MAIS CARENTES E VULNERÁVEIS MEDIANTE A REGULARIZAÇÃO

FUNDIÁRIA DOS MESMOS

OTIMIZAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA)

OTIMIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA)

AMPLIAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER A DEMANDA FUTURA

REDUÇÃO DO RISCO DE CONTAMINAÇÃO DOS MANANCIAIS DE ABASTECIMENTO

TOTAIS DOS VALORES ESTIMADOS PARA OS PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES

CONTROLE E MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA E SUPERFICIAL UTILIZADA EM SOLUÇÕES

INDIVIDUAIS

MUNICÍPIO DE PARACATU - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

MONITORAMENTO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA CONTROLE E PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

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6.1.15 Açoes para Emergências e Contingências

6.1.15.1 Medidas para a Atualização do Plano de Emergências e Contingências

São medidas previstas para a atualização do Plano de Emergências e Contingências:

• Análise crítica de resultados das ações desenvolvidas;

• Adequação de procedimentos com base nos resultados da análise crítica;

• Registro de revisões; e

• Atualização e distribuição às partes envolvidas, com substituição da versão anterior.

A partir dessas orientações, a administração municipal através de pessoal designado

para a finalidade específica de coordenar o Plano de Emergências e Contingências

poderá estabelecer um planejamento de forma a consolidar e disponibilizar uma

importante ferramenta para auxílio em condições adversas dos serviços de

saneamento básico.

Tabela 27 Descrição das Medidas Emergenciais

Medida

Emergencial

Descrição das Medidas Emergenciais

1 Paralisação completa da operação

2 Paralisação parcial da operação

3 Comunicação ao responsável técnico

4

Comunicação à administração pública - secretaria ou

órgão responsável

5 Comunicação à defesa civil e/ou corpo de bombeiros

6 Comunicação ao órgão ambiental e/ou polícia ambiental

7 Comunicação à população

8 Substituição de equipamento

9 Substituição de pessoal

10 Manutenção corretiva

11 Uso de equipamento ou veículo reserva

12 Solicitação de apoio a municípios vizinhos

13 Manobra operacional

14 Descarga de rede

15 Isolamento de área e remoção de pessoas

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Tabela 28 Medidas para situações emergenciais nos serviços de saneamento básico

Medidas Emergenciais para os Componentes do Sistema

Eventos

Manancial Captação Adutora de água bruta ETA

Estações elevatórias Reservação

Rede de distribuição

Sistemas Alternativos

Estiage

m

2, 3, 4, 5 e 7 2, 3, 4, 5 e 7 2, 3, 4, 5 e 7 2, 3, 4, 5 e 7

Chuva

intensa

s

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7

Enchen

tes

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 1, 2, 3, 4,5,6,7 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7

Falta de

energia

2, 3, 4, 5 e 7 2, 3, 4, 5 e 7 2, 3, 4, 5 e 7 2, 3, 4, 5 e 7 2, 3, 4, 5 e 7 2, 3, 4, 5 e 7 2, 3, 4, 5 e 7

Falha

mecâni

ca

2, 3, 4, 8, 10, 11 2, 3, 4, 8, 10, 11 2, 3, 4, 8, 10, 11 2, 3, 4, 8,10, 11 2, 3, 4,8,10,11 2, 3, 4, 8, 10, 11

Rompi

mento

2, 3, 4,10, 11, 13 2, 3, 4,10,11,13 2, 3, 4, 10,11,13 2, 3, 4,10,11,13 2, 3, 4, 10,11,13 2, 3, 4,10,11,13 2 ,3, 4, 10,11,13

Entupi

mento

2, 3, 4, 10 2, 3, 4, 10 2, 3, 4, 10 2, 3, 4,10 2, 3, 4, 10

Repres

amento

2, 3, 4, 6, 10 2,3,4,6,10

Escorre

gament

o

1,2,3,4,5,6,7,10

1,2,3,4,5,6,7,10 1, 2, 3,4,5,6,7,10 1, 2, 3,4,5,6,7,10 1, 2, 3,4,5,6,7,10 1,2,3,4,5,6,7,10 1, 2, 3, 4, 5, 6,7,10

Impedi 3, 4, 5, 10 3, 4, 5, 10 3, 4, 5, 10 3, 4, 5, 10 3, 4, 5, 10 3, 4, 5, 10 3, 4, 5, 10

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99

– Fonte: FGR

mento

acesso

Acident

e

ambient

al

1, 2, 3, 4, 5,6,7 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 1, 2, 3, 4, 5,6, 7 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7

Vazam

ento de

gás

1,2,3,4,5,6,7, ,10 1,2,3,4, 5, 6,7,8,10

Greve 2, 3, 4, 7, 9, 13 2, 3, 4, 7, 9, 13 2, 3, 4, 7, 9, 13 2, 3, 4, 7, 9, 13 2, 3, 4, 7, 9, 13 2, 3, 4, 7, 9,13 2, 3, 4, 7, 9, 13

Falta ao

trabalho

2, 3, 4, 9 2, 3, 4, 9 2, 3, 4, 9 2, 3, 4, 9 2, 3, 4, 9 2, 3, 4, 9 2, 3, 4, 9

Sabota

gem

1,2,3,4,5,6,7,10 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,10 1,2,3,4,5,6,7,10 1,2,3,4,5,6,7,10

1,2,3,4,5,6,7, 10 1,2,3,4,5,6,7,10

1,2,3,4,5,6,7,1013,14 1,2,3,4,5,6,7,10

Depred

ação

3,4,5,6,7,8,10,11 3,4,5,6,7,8,10,11

3,4,5,6,7,8,10,11 3,4,5,6,7,8,10,11

3,4,5,6,7,8,10,11 3,4,5,6,7,8,10,11 3,4,5,6,7,8,10,11 3,4,5,6,7,8,10,11

Incêndi

o

1,2,3,4,5,6,7,8,10,11

1,2,3,4,5,6,7,8,10,11

1,2,3,4,5,6,7,8,10,11

Explosã

o

1,2,3,4,5,6,7,8,10,11

1,2,3,4,5,6,7,8,10,11

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100

6.1.16 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS DE CONTROLE SOCIAL E MONITORAMENTO DO PMSB – ABASTECIMENTO DE ÁGUA

A seguir, serão apresentados os indicadores para acompanhamento do

avanço das ações definidas para a melhoria dos sistemas de abastecimento

de água propostos para o município do Paracatu, os quais serão verificados

ao longo de todo o horizonte do Plano, a saber, 20 anos.

Tabela 29 Indicadores estratégicos para gestão dos programas, metas e

ações propostas.

Indicadores estratégicos para gestão dos programas, metas e ações propostas.

DEFINIÇÃO DO

INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO EM

1- Ampliação do sistema de

abastecimento de água nos

locais mais carentes e

vulneráveis mediante a sua

regularização fundiária.

Qtde de Economias não atendidas em

áreas sem regularização fundiária / (Qtde

de economias atendidas em áreas

regularizadas)

percentual

2- Índice de atendimento de

economias rurais

Qtde de Domicílios Rurais sem

Abastecimento com Água Tratada / Qtde

de Domicílios Rurais com Abastecimento

com Água Tratada

percentual

3- Índice de manutenção das

instalações de

bombeamento rurais.

Qtde de atendimento a manutenção de

conjuntos elevatórios de abastecimento

de água rural / Qtde de instalações rurais

de bombeamento de água para consumo

humano existente.

percentual

4- índice de tratamento de

resíduo de água da ETA

Quantidade de resíduos tratados /

Quantidade de Resíduos Produzidos no

percentual

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101

Santa Izabel. Tratamento de Água.

5- Índice de redução do risco

de contaminação dos

mananciais de

abastecimento de água.

Quantidade de medidas mitigadoras

implementadas nas bacias contribuintes

dos mananciais / Quantidade de

Atividades Poluidoras ou Potencialmente

Poluidoras localizadas nas respectivas

bacias.

percentual

6- Índice de Conformidade

da Quantidade de Amostras

Físico Químicas completas

para soluções individuais de

abastecimento.

Quantidade de Amostras Analisadas para

dos Parâmetros Físico Químicos /

Quantidade Mínima de Amostras

Obrigatórias para Parâmetros Físico

Químicos Padrões.

percentual

7- Incidência das Análises

de Coliformes Totais Fora do

Padrão

Quantidade das Amostras para Análises

de Coliformes Totais com Resultados

Fora do Padrão / Quantidade de Amostra

Analisadas para Aferição de Coliformes

Totais

percentual

8- Índice de inspeções do

Corpo de Bombeiros para

verificação das condições

operacionais dos hidrantes

existentes na rede pública

de água.

Quantidade de Hidrantes em Boas

Condições Operacionais / Quantidade em

Hidrantes em Boas Condições

Operacionais Necessários. percentual

Referência: FGR, 2014.

As ações previstas no Plano diferem em relação à situação dos domicílios a

serem atendidos, se urbanos ou rurais, por isso são propostos indicadores

distintos, conforme exposto em continuidade.

6.1.16.1 Áreas Urbanas

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102

A eficiência, eficácia e efetividade das ações do PMSB voltadas à

universalização e melhorias do abastecimento público nestas áreas serão

avaliados com base nos seguintes índices/indicadores:

CBA – Cobertura do Sistema de Abastecimento de Água

ICA – Índice de Continuidade do Abastecimento de Água

IPD – Índice de Perdas no Sistema de Distribuição

IQAD – Índice de Qualidade da Água Distribuída

Os critérios para obtenção destes índices/indicadores foram apresentados e

detalhados no Produto 5 deste Plano.

6.1.16.2 Zona Rural

A eficiência, eficácia e efetividade das ações do PMSB voltadas ao

abastecimento nas áreas rurais serão avaliadas com base nos seguintes

índices técnicos:

− Índice de Cobertura do Programa "Poço Monitorado"

− IQAD – Índice de Qualidade da Água dos Poços

Os critérios para obtenção destes índices estão apresentados em sequência.

6.1.16.2.1 Índice de Cobertura do Programa "Poço Monitorado"

A cobertura do programa "Poço Monitorado" é o indicador utilizado para

verificar se os requisitos da generalidade estarão sendo respeitados na

prestação do serviço de abastecimento de água na zona rural. É importante

ressaltar que este indicador não deve ser analisado isoladamente, pois o fato

de um imóvel, cuja fonte de abastecimento seja “poço individual”, esteja

atendido pelo programa "Poço Monitorado" não garante que o usuário esteja

plenamente abastecido. Este índice deve, portanto, sempre ser considerado

em conjunto com o IQAP - Indicador de Qualidade da Água dos Poços, pois

somente assim pode-se considerar que o usuário é suprido adequadamente

quanto qualidade requerida para seu abastecimento.

6.1.16.2.2 IQAP – Índice de Qualidade da Água dos Poços

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103

Os poços de captação de água para consumo humano devem estar dentro dos

padrões de potabilidade estabelecido na Portaria nº 2.914/11 do Ministério da

Saúde, ou outras que venham a substituí-la.

A qualidade da água será medida pelo Índice de Qualidade da Água dos

Poços - IQAP.

Este índice procura identificar, de maneira objetiva, a qualidade da água dos

poços de abastecimento individual. Em sua determinação são levados em

conta os parâmetros mais importantes de avaliação da qualidade da água, que

dependem apenas da qualidade intrínseca das águas subterrâneas.

O IQAP será calculado com base no resultado das análises laboratoriais das

amostras de água coletadas nas residências onde há poços de captação de

água, segundo um programa de coleta que atenda à legislação vigente e seja

representativa para o cálculo estatístico adiante definido. Para garantir essa

representatividade, a frequência de amostragem para colimetria fixada na

legislação, deve ser também adotada para os demais parâmetros que

compõem o índice.

Para apuração do IQAP, o sistema de controle da qualidade da água a ser

definido no Programa Poço Monitorado deverá incluir um sistema de coleta de

amostras e de execução de análises laboratoriais que permita o levantamento

dos dados necessários, além de atender à legislação vigente.

A periodicidade de avaliação do índice deverá ser definida com base no plano

de amostragem que será definido para o Programa.

O IQAP é calculado como a média ponderada das probabilidades de

atendimento da condição exigida de cada um dos parâmetros constantes no

sistema de coleta de amostras.

6.2 DESCRICAO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Os serviços de Esgotamento Sanitário no município de Paracatu atende

atualmente (2013) 88,11% da população urbana da sede. São previstos

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104

ampliação gradativa do esgotamento sanitário no município atendendo as

regiões carentes deste serviço.

Salienta-se a necessidade de priorizar a expansão do sistema para atender

populações situadas em áreas com topografia ruim, áreas rurais e loteamentos

irregulares. Com a ampliação da região atendida, esses locais deverão ser

contemplados com o serviço dentro da viabilidade técnica, uma vez que

algumas dessas áreas se situam próximos à periferia da área de abrangência

do sistema atual.

6.2.1 Diagnóstico da Situação do Esgotamento Sanitário

O Sistema de Esgotamento Sanitário de Paracatu atinge atualmente (2013)

apenas a sede do município. Segundo a COPASA, o índice de atendimento

com rede coletora de esgoto é de 88,11% da população da sede, ou seja,

aproximadamente 83.873 habitantes, sendo todo esgoto coletado tratado antes

do lançamento no corpo receptor. Ficam fora desse percentual as áreas com

inviabilidade técnica de implantação de rede e loteamentos irregulares

obrigando a população dessas áreas a procurar medidas alternativas para

despejar o efluente gerado pelas residências. Caracterizando assim, o sistema

de esgotamento sanitário individual.

Entretanto, o sistema individual utilizado são as fossas “negras” e em

pouquíssimos casos fossas sépticas/sumidouros. Estima-se que em grande

parte dos domicílios onde não provem de rede de esgoto, utilizam fossas

“negras” para o despejo de seus efluentes domésticos.

Em Paracatu a população rural e pequena parte da população urbana utilizam

estes sistemas para a disposição dos esgotos, os quais, na maioria das vezes,

não são adequadamente dimensionados e construídos. Geralmente, em áreas

de baixo poder aquisitivo, se limitam a um buraco no chão, nem sempre

tampado, onde são dispostas as excretas e mesmo as águas servidas.

6.2.2 Prognósticos e Alternativas

6.2.2.1 Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários

6.2.2.1.1 Áreas Urbanas

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105

Para as áreas urbanas, onde a densidade populacional é elevada, não é

aconselhável, o uso de soluções individuais de tratamento tipo fossa séptica/

sumidouro. O método de esgotamento não é considerado adequado para

essas áreas em razão da proximidade das edificações, tendo em vista que o

tratamento por fossas sépticas necessita de uma grande área não

impermeabilizada, além de distâncias mínimas entre os componentes do

sistema de tratamento, sendo considerada como forma adequada apenas a

coleta com separador absoluto e o tratamento em ETEs.

Um ponto importante é a necessidade de criação de programas de auxílio

técnico para a população das áreas urbanas onde não há viabilidade técnicas

de implantação de rede devido à topografia.

Foram estabelecidas as metas para a ampliação do sistema de esgotamento

sanitário, observando-se que o cálculo para a coleta atual foi baseado no

número de economias ligadas aos sistemas.

1) Coleta: Tabela 30 Metas para coleta de esgotos sanitários em Paracatu.

Prazo % de economias ligadas ao sistema

Atual 86

Curto - 5 anos 95

Médio - 10 anos 97

Longo - 20 anos 100

2) Tratamento do esgoto coletado: Tabela 31 Metas para tratamento de esgotos sanitários em Paracatu.

Prazo % de tratamento do esgoto

Atual 86

Curto - 5 anos 95

Médio - 10 anos 97

Longo - 20 anos 100

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106

6.2.2.1.2 Áreas Rurais e Pequenas comunidades

O Plano Nacional de saneamento Básico considera o tratamento dos esgotos

sanitários por fossas sépticas como apropriado para áreas rurais e pequenas

comunidades, onde não há previsão de esgotamento por meio de rede coletora

de esgotos a curto, médio e longo prazo, entretanto, observa-se a necessidade

de criação de programas de auxílio técnico para orientar os projetos de

dimensionamento, a instalação das fossas sépticas e a disposição final dos

rejeitos de maneira adequada.

Estas ações – auxílio de projeto, auxílio de instalação e limpeza das fossas –

farão parte do programa denominado, neste plano, de “Fossas Controladas”.

Sendo assim, as metas da população atendida por este programa são as

expostas na Tabela 32.

Tabela 32 Metas de atendimento pelo programa “Fossas Controladas”.

Prazo % de fossas Controladas

Atual 0

Curto - 5 anos 45

Médio - 10 anos 85

Longo - 20 anos 97

6.2.3 Programação de Ações Imediatas

Ações imediatas são aquelas que devem ser implantadas no marco zero do

Plano, isto é, ações que serão executadas no primeiro ano de vigência do

plano. As ações imediatas são aquelas que têm como objetivo corrigir os

problemas mais urgentes. Além disso, estas ações devem ser implementadas

no primeiro ano deste plano, tendo em vista que as ações futuras dependem

destas para ser executadas. Ainda, as ações que já estão em andamento,

verificadas no diagnóstico deste plano, são consideradas imediatas.

Os Programas que contemplam as ações necessárias para alcançar as metas

definidas para o município e a sua execução foi programada para ocorrer ao

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107

longo do horizonte do PMSB: em curto, médio e longo prazos. As ações

imediatas; apresentadas a seguir, distribuídas entre ações estruturantes e

estruturais.

6.2.3.1 Ações Estruturantes

Elaboração de lei municipal a qual regulamente as sanções para as

economias não ligadas a rede de esgoto:

Esta medida é necessária para que existam instrumentos legais para obrigar as

economias a se ligarem às redes existentes, com previsão de sanções, e com

isso atingir as metas estabelecidas garantindo a qualidade ambiental e

sanitária.

- Programa de Pró-Ligação:

Para complementação e executabilidade da lei de obrigatoriedade de ligação

de domicílios à rede de coleta de esgoto, em logradouros que disponham deste

e com viabilidade técnica para ligação, torna-se necessário um programa de

incentivo técnico e financeiro à ligação das famílias de baixa renda à rede,

tendo em vista que os principais motivos destas não executarem a ligação são

os custos para realizar e a cobrança por estes serviços.

- Programas de Educação Ambiental:

Tendo em vista que o sucesso da execução das ações depende da

participação de todos os atores envolvidos, é importante um programa

permanente de Educação Ambiental para toda população.

- Criação do Programa "Fossa Controlada":

A criação de um programa chamado "Fossa Controlada" visa ao atendimento

das regiões com menor densidade populacional, área rural e pequenas

comunidades que não dispõe de rede coletora de esgotos.

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108

6.2.3.2 Ações Estruturais

- Projetos Básico e Executivo para Ampliação do Sistema de Esgotamento

Sanitário

Já existe projeto básico e executivo de ampliação de rede de esgoto em alguns

bairros desprovidos de rede. Devido à morosidade no processo de

desapropriação de área para passagem de rede e elevatórias o projeto está

paralisado. Devido a este impedimento esta ação iniciará no segundo ano

deste Plano e será finalizado no curto prazo.

Para as demais regiões do município desprovidos de rede, elaboração de

projetos básico e executivo para ampliação do sistema de esgotamento e

execução das obras de ampliação para atendimento a demanda futura.

- Estudo para criação de um padrão de fossa séptica ecológica para o

município

Para a implantação do Programa "Fossa Controlada", está previsto que sejam

realizados estudos para estabelecer um padrão de projeto e construção de

fossas para o município, tendo em vista que no município de Paracatu possui

características como lençol freático alto.

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109

6.2.4 Planos de Investimentos

O Orçamento a seguir foi baseado em fontes diversas de informações, a fim de se estabelecer uma estimativa para o

financiamento dos programas. Dessa maneira, a tabela 33 foi composto por meio do levantamento do custo dos programas e

ações. A soma total de investimentos para a implantação de todos os programas é de R$ 59.249.100,00.

6.2.4.1 Programas, Projetos e Ações - Esgotamento Sanitário.

Tabela 33 Hierarquização das Ações

Programas / Projetos /Ações

Horizonte

Curto Prazo

Médio Prazo

Longo Prazo

Investimento

Programa 1: "Pró-Ligação": Justificativa: subsídio financeiro à população de baixa renda, para viabilizar a realização das obras necessárias à efetivação de ligações domiciliares à rede coletora de esgoto, tendo em vista que o principal motivo que leva estas famílias a não executarem a ligação são os custos e a cobrança por estes serviços. Instituição Responsável: Prefeitura Municipal; Concessionária dos Serviços de Água e Esgoto.

x x

R$ 2.131.000,00

Ação 1: subsídio financeiro para as obras necessárias à efetivação de ligações domiciliares à rede coletora de esgoto.

R$ 1.931.000,00

Ação 2: Ações de vigilância sanitária quanto ligações clandestinas na rede de drenagem.

x x x

R$ 200.000,00 Ação 3: Cadastro dos Loteamentos quanto à destinação dos esgotos. x

Ação 4: Definição dos domicílios que farão parte do Programa. x

Ação 5: Elaboração de lei municipal para obrigatoriedade de ligação de água e esgoto. x NA

Ação 6: Parceria com o Ministério Público. x NA

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Ação 7: Convênio entre a Prefeitura e Concessionária para atendimento ao programa. x NA

Programa 2: Programa "Fossa Controladas" Justificativa: Tendo em vista que o aumento da cobertura do sistema de esgotamento sanitário será gradual e deve se estender até o longo prazo, torna-se necessário buscar uma solução para esgotamento das áreas onde não haverá rede coletora, propiciando melhoria na qualidade ambiental e evitando os impactos do uso de fossas sem a operação e manutenção adequadas. Da mesma forma, as áreas rurais e pequenos aglomerados que não serão atendidos por sistemas coletivos de esgotamento sanitário. Instituição Responsável: Concessionária dos Serviços de Água e Esgoto, Prefeitura, Secretaria de Meio Ambiente e outros.

x

x

x

R$ 23.018.100.00

Ação 1: Projeto e instalação de fossas sépticas dentro dos padrões previamente estabelecidos para a população de áreas rurais e pequenas comunidades onde não há previsão de esgotamento por meio de rede coletora de esgotos.

x x x R$ 14.500.300,00

Ação 2: Convênio entre a Prefeitura e Concessionária para Atendimento ao Programa e tratamento do material proveniente das fossas.

x R$ 4.000.000,00

Ação 3: Contratação de empresas para limpeza e coleta do material proveniente das fossas.

x x x R$ 4.000.000,00

Ação 4: Estabelecer equipes técnicas municipais para o planejamento do esgotamento sanitário no sentido de realizar um planejamento global do perímetro rural, como um banco de dados operacionais para as fossas instaladas, evitando novas soluções pontuais.

x x x R$ 300.000,00

Ação 5: Estudo para definição de um padrão de fossa séptica ecológica para o município.

x R$ 217.800,00

Programa 3: Educação Ambiental Justificativa: Tendo em vista que o sucesso da execução das ações depende da participação de todos os atores envolvidos, é importante um programa permanente de Educação Ambiental destinado tanto às crianças quanto aos adultos.

x

x x R$ 200.000,00

Ação 1: Implantar um programa de educação ambiental com apoio e incentivo em todos os níveis de ensino, nas comunidades e nos meios de comunicação no sentido

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de conscientizá-los para a necessidade de conservação do meio ambiente e dos impactos na vida da população.

Programa 4: Implantação da cortina vegetal no entorno da ETE. Justificativa: A implantação da cortina vegetal tem como objetivo a reduzir o incômodo para a vizinhança, provocado por odores mal-cheirosos e ruídos oriundos dos processos da ETE. A cortina vegetal foi prevista para todo o perímetro da área de implantação da ETE. Instituição Responsável: Concessionária dos Serviços de Água e Esgoto.

x

R$ 200.000,00

Ação 1: criação de um Decreto o qual caracteriza a área do entorno da ETE como área não edificante.

x NA

Programa 5: Projetos básico e executivo para ampliação do sistema de Esgotamento Sanitário no Município e execução das obras de ampliação e manutenção. Justificativa: Ampliar a população atendida por esgotamento sanitário. Instituição Responsável: Concessionária dos Serviços de Água e Esgoto.

x x x

R$ 33.700.000,00

Ação 1: Elaboração de projetos executivos das unidades do sistema a serem implantadas.

x x R$ 2.000.000,00

Ação 2: Manutenção de rede coletora, ligações domiciliares, EEE, linhas de recalque interceptores e outros itens do sistema de esgotamento sanitário existentes.

x x x R$ 6.000.000,00

Ação 3: Ampliar progressivamente o índice de cobertura do sistema de esgotamento de acordo com a universalização dos serviços. Ampliação da rede coletora, EEE, interceptores e linhas de recalque.

x x x R$ 25.500.000,00

Ação 4: Fiscalização de novos empreendimentos residências quanto a obrigatoriedade do proprietário de implantação de sistema eficiente de esgotamento sanitário.

x x x R$ 200.000,00

*NA- Não se aplica

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112

6.2.5 Programação das ações do plano Municipal de Saneamento do Município de Paracatu.

Conforme descrito na definição das ações do plano, estas foram dividas em

ações estruturantes e estruturais, visando o atendimento tanto da população

urbana quanto da rural. Com isso, as ações e programas a serem

desenvolvidas ao longo do plano estão relacionadas a seguir, de forma sucinta.

Em função dos prazos de implantação e metas anteriormente definidas,

elaborou-se o cronograma de implementação das ações.

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113

Tabela 34 Definição das Ações

Programas Ações

Horizonte

Ações Imediatas

Curto Prazo – 5 anos

Médio Prazo – 10 anos

Longo Prazo - 20

anos

Programa 1: "Pró-Ligação":

Ação 1: subsídio financeiro para as obras necessárias à efetivação de ligações domiciliares à rede coletora de esgoto

x x x

Ação 2: Ações de vigilância sanitária quanto ligações clandestinas na rede de drenagem.

x x x x

Ação 3: Cadastro dos Loteamentos quanto à destinação dos esgotos.

x

Ação 4: Definição dos domicílios que farão parte do Programa. x

Ação 5: Elaboração de lei municipal para obrigatoriedade de ligação de água e esgoto.

x

Ação 6: Parceria com o Ministério Público. x

Ação 7: Convênio entre a Prefeitura e Concessionária para atendimento ao programa.

x

Programa 2: Programa

"Fossa Controladas"

Ação 1: Projeto e instalação de fossas sépticas dentro dos padrões previamente estabelecidos para a população de áreas rurais e

pequenas comunidades onde não há previsão de esgotamento por meio de rede coletora de esgotos.

x x x x

Ação 2: Convênio entre a Prefeitura e Concessionária para Atendimento ao Programa e tratamento do material proveniente das

fossas. x

Ação 3: Contratação de empresas para limpeza e coleta do material proveniente das fossas.

x

Ação 4: Estabelecer equipes técnicas municipais para o planejamento do esgotamento sanitário no sentido de realizar um planejamento global do perímetro rural, como um banco de dados operacionais para as fossas instaladas, evitando novas soluções

pontuais.

x

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Ação 5: Estudo para definição de um padrão de fossa séptica ecológica para o município.

x

Programa 3: Educação Ambiental

Ação 1: Implantar um programa de educação ambiental com apoio e em todos os níveis de ensino, nas comunidades e nos diversos

meios de comunicação no sentido de conscientizá-los para a necessidade de conservação do meio ambiente e dos impactos na

vida da população.

x

Programa 4: Implantação da cortina vegetal no entorno da

ETE.

Ação 1: Criação de um Decreto o qual caracteriza a área do entorno da ETE como área não edificante.

x

Programa 5: Projetos básico e

executivo para ampliação do

sistema de Esgotamento Sanitário no Município e

execução das obras de

ampliação e manutenção.

Ação 1: Elaboração de projetos executivos das unidades do sistema a serem implantadas.

x

Ação 2: Manutenção de rede coletora, ligações domiciliares, EEE, linhas de recalque interceptores e outros itens do sistema de

esgotamento sanitário existentes. x x x x

Ação 3: Ampliar progressivamente o índice de cobertura do sistema de esgotamento de acordo com a universalização dos

serviços. Ampliação da rede coletora, EEE, interceptores e linhas de recalque.

x x x

Ação 4: Fiscalização de novos empreendimentos residências quanto a obrigatoriedade do proprietário de implantação de

sistema eficiente de esgotamento sanitário. x x x x

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115

6.2.6 Metas do Plano

A partir do Diagnóstico e Prognóstico foram verificadas as demandas e

necessidades de melhoria do Esgotamento Saneamento do município de

Paracatu e estabelecidos os objetivos e metas de acordo com os prazos

previstos para este plano:

Curto: de 5 anos

Médio: de 5 - 10 anos

Longo: de 10 - 20 anos

Além disso, foram estabelecidos regras e mecanismos no atendimento e

funcionamento dos serviços públicos de saneamento básico em situações de

demandas temporárias.

Nos quadros a seguir estão apresentadas as metas específicas estabelecidas

para o município, que irão nortear as ações contidas neste Plano.

Tabela 35 Metas para Esgotamento Sanitário

Meta Abrangência Atual Curto – 5

anos Médio – 10 anos

Longo – 20 anos

Cobertura de coleta de esgoto

Área urbana 86% 95% 97% 100%

Tratamento do esgoto coletado

Região urbana 86% 95% 97% 100%

Programa “Fossas

Controladas”. Área rural 0% 50% 80% 100%

Programa "Pró-Ligação

Região urbana 0% 50% 90% 100%

6.2.7 Plano de Contingência do Sistema de Esgotamento Sanitário

O planejamento de contingência do serviço de esgotamento sanitário foi

baseado em métodos clássicos, como HAZOP e APR, de avaliação de riscos e

potenciais desvios da operabilidade do sistema. Este plano foi estruturado

procurando identificar os potenciais riscos decorrentes das novas instalações

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propostas para sistema e procurou propor medidas para eliminar ou controlar

os perigos problemas de operabilidade deste sistema.

As possíveis falhas ou desvios operacionais identificadas no Sistema de

Esgotamento Sanitário e suas respectivas ações estão mostrados na Tabela

26.

Tabela 36 Plano de Contingência do Sistema de Esgotamento Sanitário.

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Unidade do sistema

Falha Causas consequências Ações para diminuir os

riscos da falha Responsáveis pelas ações

Ações pós falha Responsáveis pelas ações pós falhas

Rede C

ole

tora

Pavimentação das tampas dos poços de visita

Obras de pavimentação das ruas sem a devida

fiscalização.

Impedimento ao acesso dos poços de visita, impossibilitando a

manutenção destes.

Mapeamento e fiscalização na realização da obra de

pavimentação.

Setor de Fiscalização

Setor de Operação

Remover os pavimentos das tampas dos poços.

Setor de Obras

Ligação de esgoto pluvial nas redes de

esgoto sanitário

Irresponsabilidade ou desconhecimento

dos usuários quanto às normas.

Redes tornam-se sub-dimensionadas

comprometendo o correto transporte dos

esgotos.

Fiscalização da ligação nas novas moradias.

Fiscalização frequente na rede com a detecção de ligações clandestinas.

Setor de Fiscalização

Setor de Operação

Desligamento das ligações clandestina detectadas.

Setor de Fiscalização

Setor de Operação Setor de Obras

Formação de Gases

Decomposição anaeróbia da matéria

orgânica devido à sedimentação de

sólidos no interior da rede coletora.

Os gases resultantes da decomposição do esgoto, como o H 2S e o CH4, são

inflamáveis e podem ocasionar explosões em poços de visita, além de

corrosão das estruturas, o mau cheiro causa

incômodo à população.

Promover limpeza nos poços de visita para evitar a

sedimentação de matéria orgânica.

Setor de Operação

Abertura dos poços de visita os quais forem identificados para que haja ventilação e expulsão dos gases, e a

limpeza da rede para retirar a matéria orgânica sedimentada.

Setor de Operação

Lançamentos de

Produtos Químicos

Irresponsabilidade ou acidentes nas

indústrias da região.

O lançamento de químicos na rede de esgoto

proveniente de indústrias na região pode

conferir uma carga tóxica ao esgoto, prejudicando a

etapa de tratamento.

Fiscalização dos pontos de lançamento do efluente das indústrias locais. Realizar programa de controle de

lançamentos não autorizados na rede de

esgoto.

Setor de Fiscalização

Setor de Operação

Detectar o local e o tipo de produto lançado na rede,

tomando medidas preventivas para que o problema não prejudique o processo de

tratamento.

Setor de Fiscalização

Setor de Operação

Enchentes e inundações

Chuvas de grande intensidade.

Entupimento das bocas de lobo.

Aumento do nível dos corpos hídricos

Contaminação da água pelos esgotos sanitários.

Monitorar as áreas mais susceptíveis à inundação.

Realizar um programa para fechamento hermético das

tampas e caixas de inspeção.

Setor de Operação

Setor de Obras

Comunicar as entidades responsáveis para instruir as

pessoas afetadas a evitarem o contato com a água

contaminada pelo esgoto.

Setor de Operação Setor de

Comunicação

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da região.

Assoreamento das

redes

Entrada de areia nas juntas e nos poços

de visita.

Diminuição da capacidade de transporte e

interferência no regime hidráulico.

Limpeza e inspeção frequentes das redes

coletoras e dos poços de visita.

Setor de Manutenção

Setor de Operação

Limpar os poço de visita e as redes coletoras.

Setor de Manutenção

Setor de Operação

Esta

ção

Ele

va

tóri

a

Erro humano

Erro na manutenção e instalação dos conjuntos motor-

bomba.

Avaria total dos equipamentos.

Interrupção da operação momentaneamente

com necessidade de uso de extravasamento,

caso não exista equipamento reserva.

Obter equipamento reserva para substituição e

automação. Inspeção periódica para verificar o

funcionamento do equipamento reserva e o sistema de automação.

Setor de Manutenção

Setor de Operação

Parar a operação da estação elevatória. Manutenção ou

troca das partes danificadas.

Setor de Manutenção

Setor de Operação

Sabotagem ou roubo de material

Sabotagem ou roubo ocasionando

danificação dos conjuntos motor-

bomba.

Poderá deixar a estação elevatória fora de

operação temporariamente com necessidade de uso de extravasamento, caso não exista equipamento

reserva.

Instalação dos dispositivos de segurança e

monitoramento 24 horas contra violação.

Setor de Operação

Acionamento da polícia caso os dispositivos de segurança

acusem arrombamento. Manutenção ou troca das

partes danificadas.

Setor de Manutenção

Setor de Operação

Falta de Energia

Queda de postes de energia. Cortes no fornecimento de

energia.

Poderá deixar a estação elevatória fora de

operação pelo tempo da falta de energia com

necessidade do uso de extravasamento.

Manter um sistema alternativo de geração de energia (gerador móvel, Sist. Eólico). Inspeção

periódica para verificar se o sistema de energia alternativo está em

condições de operação.

Setor de Operação

Comunicar a operadora responsável pelo fornecimento

de energia. Começar a operação com o sistema

alternativo apenas em casos de longa duração do corte no

fornecimento de energia.

Setor de Comunicação

Setor de Operação

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Enchentes e inundações

Chuvas de grande intensidade.

Entupimento das bocas de lobo.

Aumento do nível dos corpos hídricos

da região.

Poderá deixar a estação elevatória fora de

operação temporariamente.

Contaminação da água pelos esgotos sanitários.

Avaria total dos equipamentos.

Monitorar as áreas mais susceptíveis à inundação.

Dar prioridade de instalação das elevatórias em locais protegidos de inundações.

Setor de Operação Setor de Projeto

Para operação da estação elevatória que estiver em área

inundada. Comunicar as entidades responsáveis para instruir as pessoas afetadas a evitarem o contato com a água

contaminada pelo esgoto. Antes de voltar a operação

verificar se as estações elevatórias atingidas por

inundações estão em condições de uso.

Setor de Operação Setor de

Comunicação

Presença de insetos e animais

Falta de limpeza e manutenção das

estações elevatórias.

Os insetos e os animais podem transmitir doenças e ainda podem danificar as

partes constituintes da estação elevatória.

Realizar inspeção periódica nas instalações da estação

elevatória.

Setor de Operação

Contratação de empresas especializadas em

eliminar o problema.

Setor de Compras

Formação de Gases

Decomposição anaeróbia da matéria

orgânica devido a sedimentação de sólidos no interior

dos poços da estação elevatória e/ou emissários de

esgotos.

Os gases resultantes da decomposição do esgoto, como o H2S e o CH4, são

inflamáveis e podem ocasionar explosões em

poços de visita, além de corrosão das

estruturas e o mau cheiro causa incômodo à

população.

Promover a ventilação adequada do poço úmido.

Promover limpeza nos poços de visita para evitar a

sedimentação de matéria orgânica.

Setor de Operação

Promover a ventilação do poço úmido e a limpeza para a

retirada dos sólidos sedimentados.

Setor de Operação

Tra

tam

ento

de e

sg

oto

Entupimento das tubulações

da linha de recalque

Objetos jogados nos vasos sanitários podem entupir as

linhas de recalque.

Interrupção da operação das estações elevatórias.

Gradeamento na entrada dos poços úmidos.

Educação Ambiental Continuada.

Setor de Projeto

Setor de Relações Públicas

Retirada dos matérias que causaram o entupimento.

Setor de Operação

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Rompimento das

tubulações da linha de recalque

Mau funcionamento das bombas elevatórias

ocasionando uma sobre pressão nas linha de recalque.

Desgaste das tubulações devido ao

tempo de uso.

Extravasamento de esgotos sanitários e

interrupção da operação das elevatórias.

Verificação contínua das condições de operação das

estações elevatórias. Manutenção e controle das tubulações das linhas de

recalque.

Setor de Operação

Parada de operação das estações elevatórias. Troca das tubulações

danificadas.

Setor de Operação Setor de

Manutenção

Erro Humano

Operação inadequada,

modificação na operação sem o

devido conhecimento de causa, instalação

inadequada de componentes

mecânicos da ETE.

Problemas na operação. Interrupção na operação da ETE. Lançamento dos

efluentes fora dos padrões.

Instrução de todos os funcionários da ETE e contratados sobre os

procedimentos de operação da ETE. Controle e

supervisão de todas as obras e manutenções

realizadas.

Setor de Operação Setor de

Manutenção Setor de Obras

Dependendo do tipo de falha interrupção da operação da

ETE. Manutenção ou troca das

partes danificadas.

Setor de Operação Setor de

Manutenção

Sabotagem

Sabotagem e danificação das

partes constituintes da ETE

Poderá manter a ETE fora de funcionamento até a

normalização das condições de operação.

Instalação dos dispositivos de segurança e

monitoramento 24 horas contra violação.

Setor de Operação

Acionamento da polícia caso os dispositivos de segurança

acusem arrombamento. Manutenção ou troca das

partes danificadas.

Setor de Manutenção

Setor de Operação

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Lançamentos de

Produtos Químicos

Irresponsabilidade ou acidentes nas

indústrias da região.

Dependendo do sistema de tratamento, a presença

de compostos químicos liberados principalmente

por indústrias pode conferir toxicidade ao

esgoto afluente, comprometendo os

organismos responsáveis pela degradação da matéria orgânica e

consequentemente a qualidade do efluente final.

Fiscalização dos pontos de lançamento do efluente das indústrias locais. Realizar programa de controle de

lançamentos não autorizados na rede de

esgoto.

Setor de Fiscalização

Detectar o local e o tipo de produto lançado

na rede, tomando medidas preventivas para

que o problema não prejudique o processo de

tratamento.

Setor de Operação

Falta de Energia

Queda de postes de energia. Cortes no fornecimento de

energia

Os sistemas de tratamento em que é necessário o

fornecimento de energia não podem ficar sem

operação por um longo período, além de

prejudicar a biomassa pela falta de suprimento de

matéria orgânica.

Manter um sistema alternativo de

geração de energia. Inspeção periódica para verificar se o sistema de

energia alternativo está em condições de operação.

Setor de Operação

Comunicar a operadora responsável pelo fornecimento

de energia. Começar a operação com o

sistema alternativo apenas em casos de longa duração do corte no fornecimento de

energia.

Setor de Comunicação

Setor de Operação

Formação de Gases

Operação inadequada do

sistema. Presença de substâncias químicas que

facilitam a formação de gases.

A formação de gases com mau cheiro pode causar incômodo às populações

vizinhas à ETE.

Implantar uma cortina vegetal mais eficiente e instalar um sistema de controle de odores, a

exemplo de pulverizador aromatizado. Monitorar a concentração de H2S no

entorno da ETE

Setor de Operação

Detectando os níveis de concentração acima dos

normais, deverá ser acionado o sistema de controle de

odores.

Setor de Operação

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6.2.8 Formulação dos indicadores de desempenho do sistema de Esgotamento Sanitário

Os indicadores de desempenho são medidas numéricas e objetivas da

eficiência das entidades gestoras, relativamente a aspectos específicos da

atividade desenvolvida ou do comportamento dos sistemas. Um indicador de

desempenho é sempre uma razão entre duas grandezas da mesma natureza

(taxa, %), de natureza diferente (ex.: rompimentos /100 km de rede) ou reflete

aspectos que dependem da ação ou desempenho da instituição (Alegre et al,

2000).

6.2.8.1 Indicadores de Esgotamento Sanitário

CBE - Cobertura do Sistema de Esgotamento Sanitário

A cobertura pela rede coletora de esgotos será calculada pela seguinte expressão: CBE = (NIL x 100) NTE Onde:

- CBE = cobertura pela rede coletora de esgotos, em percentagem;

- NIL = número de imóveis ligados à rede coletora de esgotos;

- NTE = número total de imóveis edificados na área de prestação.

O nível de cobertura do sistema de esgotos sanitários será classificado

conforme a tabela 37.

Tabela 37 Classificação dos Serviços de Esgotamento Sanitário – CBE

PORCENTAGEM DE COBERTURA CLASSIFICACAO DO SERVICO

Menor que 60% Insatisfatório

Maior ou igual a 60% e inferior a 80% Regular

Maior ou igual a 80% e inferior a 95% Satisfatório

Igual ou acima de 95% Adequado

IORD - Índice de Obstrução de Ramais Domiciliares

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O índice de obstrução de ramais domiciliares (IORD) deverá ser apurado

mensalmente e consistirá na relação entre a quantidade de desobstruções de

ramais realizadas no período por solicitação dos usuários mais de 19 horas

após a comunicação do problema e o número de imóveis ligados à rede, no

primeiro dia do mês, multiplicada por 10.000 (dez mil).

IORD = QDR19 x 10.000

NL Onde:

- QDR19 = Quantidade de desobstruções de ramais realizadas no período por

solicitação dos usuários mais de 19 horas após a comunicação do problema;

- NL = Número de imóveis ligados à rede no primeiro dia do mês.

IORC - Índice de Obstrução de Redes Coletoras

O índice de obstrução de redes coletoras (IORC) será apurado mensalmente e

consistirá na relação entre a quantidade de desobstruções de redes coletoras

realizadas por solicitação dos usuários mais de 19 horas após a comunicação

do problema, e a extensão da mesma em quilômetros, no primeiro dia do mês,

multiplicada por 1.000 (mil).

IORC = QDC19 x 1.000 ER Onde:

- QDC19 = Quantidade de desobstruções de redes coletoras realizadas por

solicitação dos usuários mais de 19 horas após a comunicação do problema;

- ER = Extensão da rede coletora em quilômetros, no primeiro dia do mês.

6.3 SERVIÇOS DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

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A urbanização das bacias gera um acelerado processo de impermeabilização

da superfície dos terrenos. As impermeabilizações reduzem a infiltração no

solo aumentando o volume e a velocidade de escoamento superficial. Os

projetos de drenagem urbana têm como filosofia escoar a água precipitada o

mais rapidamente possível para jusante. Este critério aumenta em várias

ordens de magnitude a vazão máxima, a frequência e o nível de inundação de

jusante.

Embora a drenagem de águas pluviais seja um item básico e fundamental do

planejamento urbano, no município de Paracatu, tem sido relegada a um plano

secundário e tratada, regra geral, de forma superficial, com deficiências no

planejamento e execução das obras. Ruas e Avenidas foram abertas sem

projetos de drenagem. Os problemas, no primeiro momento, só não foram

maiores em função da declividade favorável do sítio em que se instalou a

cidade.

O plano urbanístico do Município com ruas e avenidas ortogonais, excelente

em termos de mobilidade e espaço urbano, não teve interação com a

topografia e os talvegues das microbacias. Destacam-se dois talvegues

principais, canalizados na década de 1970, com galerias em paredes de pedras

e laje de concreto, que cruzaram lotes e quadras sem delimitações de áreas

não edificantes. À medida que a urbanização avançou com novas edificações e

pavimentações, com construções sobre estes talvegues e galerias, a

impermeabilização aumentou, a velocidade de escoamento aumentou, o tempo

de retenção das chuvas diminuiu, os problemas começaram a aparecer.

Isto tudo associado a uma rede de drenagem deficiente em dimensões,

extensão e número de bocas de lobo, sinaliza problemas crescentes para o

atual sistema de drenagem.

Os principais problemas relacionados com a ocupação do espaço podem ser

resumidos no seguinte:

Expansão irregular em Área de Preservação Permanente,

comprometendo a sustentabilidade hídrica das cidades;

A população de baixa renda tende a ocupar as áreas de risco de

encostas e de áreas de inundações ribeirinhas devido à falta de planejamento e

fiscalização;

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A impermeabilização sem controle de grandes áreas produzindo

inundações em diferentes locais da drenagem.

Os problemas municipais de gestão, tem suas raízes também, nos próprios

Planos Diretores Urbano que deveriam definir os padrões do desenvolvimento

em face dos limites físicos da infraestrutura e, geralmente, não consideram

toda a infraestrutura no planejamento. Como o adensamento urbano é

crescente ficam comprometidos:

A melhoria sanitária, com a necessidade de transportar o esgoto

por longas distâncias para buscar espaço para o tratamento;

O controle das inundações urbanas das áreas ribeirinhas e

principalmente na drenagem, na medida em que acelera a impermeabilização e

a redução de espaço para amortecimento.

6.3.1 Diagnóstico da Situação do Saneamento Básico – Drenagem Urbana

A cidade de Paracatu apresenta uma infraestrutura de drenagem inadequada

dividida em microdrenagem consistindo na implantação de manilhas de

concreto de diâmetros variando e 300mm até 1200mm e na macrodrenagem

que corresponde aos valões, canais naturais e retificados, nas galerias de

grandes dimensões nos córregos canalizados e nos rios.

Entretanto, a análise qualitativa da atual infraestrutura de drenagem implantada

na cidade de Paracatu foi prejudicada devido à inexistência de uma estrutura

de cadastro das redes, galerias, canais e córregos retificados já implantados,

estruturas essas moldadas sob o conceito “higienista” (eliminação sistemática e

veloz das águas da área urbana através de obras de canalização ). Com isso,

foram realizadas visitas técnicas em campo, com o objetivo de realizar o

levantamento das redes municipais de galerias de águas pluviais na sede do

município, que deram subsidio para realizar o cadastramento digital, de modo

genérico, das redes operantes.

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Os dados sobre a extensão da rede, quantidade de trechos e bocas de lobo,

foram separados por diâmetro da respectiva tubulação, conforme mostra a

Tabela 38.

Tabela 38 Quantificação das informações mapeadas sobre o sistema de galerias de águas pluviais de Paracatu.

Diâmetro

da

Tubulação

(m)

Extensão da rede

mapeada (m lineares) %

Bocas de Lobo

mapeadas %

0,30 307,55 0,59 7 0,60

0,40 3.838,50 7,31 62 5,35

0,60 26.848,76 51,15 739 63,82

0,80 13.996,00 26,65 219 18,92

1,00 5.704,02 10,87 115 9,93

1 X 1.20 1.771,95 3,38 14 1,21

3,00 23,88 0,05 2 0,17

Total 52.490,66 100 1.158 100

Conforme previsto pelo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012, proveniente do

Projeto de Lei nº 1.876/99), para os cursos que tenham até 10 metros de

largura, como é o caso dos córregos inseridos no perímetro urbano de

Paracatu, deveria haver uma faixa de preservação de 30m distante das

margens do corpo hídrico prevendo a inundação natural da várzea ribeirinha.

As Figuras 22 e 23 apresentam a ocupação em APP na cidade de Paracatu.

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Figura 21 Construção imobiliária em APP do Córrego Rico

Figura 22 Ocupação em APP e assoreamento do Córrego Pobre

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A vegetação situada em APP nas margens dos rios, classificada como mata

ciliar, pode ser definida como uma variável na função de indicador da qualidade

dos ambientes associados aos recursos hídricos superficiais, haja vista as

interações estabelecidas entre esse descritor e as condições gerais dos

recursos hídricos, tanto em termos de qualidade como de quantidade.

As matas ciliares possuem uma fundamental importância na proteção dos

cursos d'água tanto contra o assoreamento, o qual carreia sedimentos oriundos

do processo erosivo para dentro da calha fluvial, como também contra a sua

contaminação por outros elementos exógenos, como defensivos agrícolas. A

ausência desta vegetação torna as margens dos rios vulneráveis à erosão

ocasionada pela ação hídrica, aumentando a incidência de inundações devido

à obstrução da calha do rio por sedimentos (SÃO PAULO, 2009).

Conforme mostram as Figuras 24 e 25, os sinais de degradação advindos

principalmente pelo uso irregular das APP, estão presentes por todos os corpos

hídricos de Paracatu. Em especial, o Córrego Rico, onde o assoreamento é um

dos principais problemas verificados, que tem como um dos meios causadores

a ação antrópica através do intenso garimpo do ouro.

Figura 23 Assoreamento no Córrego Rico

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Figura 24 Assoreamento, que por sua vez, origina enchentes.

Com a ocupação imobiliária desses espaços e, consequentemente suas

impermeabilizações, foram feitas obras para melhorar a drenagem das águas

pluviais, entre elas a canalização de alguns cursos d’água. Aproximadamente

Figura 25 – Assoreamento e cobertura vegetal nativa substituída por plantação de bananeiras, que é uma planta pesada e de raiz superficial.

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400m do Córrego Pobre e 100m do Rego de Mestre Campos estão

canalizados, conforme apresentado nas Figuras 27 e 28.

Figura 27 – Canalização do Córrego Pobre

Figura 26 – Canalização do Rego de Mestre Campos

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131

Além da ocupação das margens dos corpos hídricos, a ocupação das encostas

dos talvegues secos naturais, que escoam águas pluviais, durante e somente

após, o período de precipitação das chuvas exibe uma situação crítica.

Foram mapeados 27 pontos considerados críticos e representativos do ponto

de vista dos problemas de drenagem urbana do município, conforme

apresentado na Figura 29.

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Figura 28 - Mapa de deficiência da rede de drenagem.

Em geral, os principais problemas encontrados podem ser resumidos a seguir:

Inadequação e falta de manutenção do sistema de micro e

macrodrenagem como: problemas com assoreamento de canais e galerias;

ocupação irregular em Áreas de Preservação Permanente; travessias

subdimensionadas; afogamento da rede de microdrenagem; inadequação de

captação do escoamento superficial;

Subdimensionamento da rede de microdrenagem; e

Alagamento de vias e inundação em áreas próximas de cursos d’água

situadas em cotas altimétricas inferiores a capacidade de concentração do

corpo hídrico.

6.3.2 Prognósticos e alternativas para a universalização, Condicionantes, Diretrizes, Objetivos e Metas.

Através do Diagnóstico do Sistema de Drenagem de Águas Pluviais Urbanas,

pôde-se constatar que o Município de Paracatu apresenta problemas como:

subdimensionamento e falta de manutenção de trechos de galerias;

insuficiência, localização inadequada e falta de manutenção de bocas-de-lobo;

problemas de erosão do solo, assoreamento de cursos d’água e deslizamento

de terra; ocupação de áreas de preservação permanente, muitas vezes áreas

inundáveis e de encostas; subdimensionamento de passagens e travessias; e

lançamento clandestino de efluentes sanitários na rede de micro e

macrodrenagem.

Essa situação implica a importância e a necessidade de se estabelecer um

sistema eficiente de drenagem e manejo de águas pluviais que busque reduzir

os riscos de inundação, despoluir cursos d’água, controlar processos erosivos

e a produção de sedimentos, além de integrar os recursos hídricos naturais ao

cenário urbano em melhores condições estéticas, paisagísticas e de higiene,

com o objetivo de preservar a saúde e a vida da comunidade, bem como o

ambiente aquático, o patrimônio e bens materiais.

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134

Neste contexto, no planejamento do Prognostico (Produto 3) foram

identificados as alternativas, condicionantes, diretrizes, objetivo e metas para

alcançar a universalização do saneamento básico do município de Paracatu.

6.3.2.1 Objetivo Geral

Reduzir as alterações das condições naturais de escoamento das águas

pluviais causadas por ações antrópicas, promover a captação e condução

adequada do escoamento superficial das sete Unidades de Planejamento

Urbanas e eliminar os riscos à saúde e à vida da população e os danos sociais,

materiais, patrimoniais e ambientais causados pelas inundações e

alagamentos, erosão do solo e deslizamento de terra.

6.3.2.2 Objetivos Especificos

Os objetivos gerais apresentados acima, num nível maior de detalhamento,

podem ser desagregados em objetivos setoriais específicos. Sendo assim, têm-

se:

Elaborar banco de dados com levantamento cadastral e mapeamento

georreferenciado do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais;

Implantar medidas estruturais e não estruturais, visando à melhoria e a

universalização do sistema;

Proteger e valorizar os mananciais de água;

Preservar áreas permeáveis na bacia de drenagem;

Implementar medidas de proteção de Áreas de Preservação

Permanente;

Solucionar as deficiências e atenuação da degradação ambiental

relacionada à qualidade dos recursos hídricos resultantes do não

cumprimento da legislação vigente;

Implementar medidas de controle de inundações e de erosão do solo;

Regulamentar e fiscalizar dispositivos instalados nos lotes;

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135

Fiscalizar obras no SDAPU;

Realizar manutenção preventiva e corretiva do sistema de micro e

macrodrenagem;

Estabelecer metas progressivas para ampliação e cobertura do sistema

de drenagem;

Elaborar planos de emergências e evacuação de áreas de risco;

Erradicar ligações clandestinas e controlar fontes poluidoras;

Promover a comunicação, conscientização e orientação da população

por meio da educação ambiental.

6.3.3 Programas, Metas e Ações

Buscando contemplar os objetivos gerais e específicos citados, é necessária a

aplicação de programas, metas e ações que os viabilizem.

Tabela 39 Programas e investimentos previstos.

Eixo temático do

PMSB

Nº de programas

propostos

Tempo para

cumprimento das

metas propostas para

todos os programas

Investimento

previsto R$

Dreanagem

Urbana 3

Até 2034 (Longo

Prazo) 161.690.000,00

Foram propostos 03 (três) Programas para alcançar os objetivos referentes à

Drenagem Urbana: 1) Gerenciamento do sistema de drenagem urbana e

manejo de águas pluviais; 2) Projetos e obras do sistema de drenagem urbana;

3) Proteção e revitalização dos corpos d’água.

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136

A seguir, a Tabela 40 permite o acompanhamento das metas estabelecidas para cada Programa, considerando o horizonte de

planejamento do PMSB, que é de 20 anos.

Tabela 40 Resumo dos Programas e Metas Propostas para o Eixo Drenagem Urbana do PMSB de Paracatu.

Programas Propostos

Horizonte do PMSB de Paracatu

Metas

2

0

1

4

2

0

1

5

2

0

1

6

2

0

1

7

2

0

1

8

2

0

1

9

2

0

2

0

2

0

2

1

2

0

2

2

2

0

2

3

2

0

2

4

2

0

2

5

2

0

2

6

2

0

2

7

2

0

2

8

2

0

2

9

2

0

3

0

2

0

3

1

2

0

3

2

2

0

3

3

Gerenciamento do sistema de drenagem

urbana e manejo de águas pluviais

Longo

Prazo

Projetos e obras do sistema de drenagem

urbana

Longo

Prazo

Proteção e revitalização dos corpos d’água Longo

Prazo

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137

6.3.4 Programação das Ações do PMSB

Assim como no Quadro anterior, o quadro apresentado a seguir visa facilitar a

visualização das 39 Ações propostas no eixo da Drenagem Urbana do PMSB

de Paracatu, distribuídas ao longo dos 20 anos de planejamento.

Tabela 41 Detalhamento das Ações Propostas ao PMSB de Paracatu.

Objetivos e

Programas Ações Propostas

Horizonte

Curto

Prazo

Médio

Prazo

Longo

Prazo

Gerenciamento

do sistema de

drenagem urbana

e manejo de

águas pluviais

17 ações

1. Identificar os pontos críticos

2. Implementar o cadastro da

infraestrutura de drenagem

existente

3. Realizar analise conjunta dos

sistemas de esgotamento sanitário

e drenagem de águas pluviais.

4. Elaborar instrumentos legais e

normativos para preservação de

áreas permeáveis.

5. Estimular os novos projetos de

residências e equipamentos

urbanos a maximizarem as áreas

vegetadas.

6. Elaborar instrumentos legais e

normativos para elaboração de

projetos e implantação de medidas

estruturais convencionais, não

convencionais e medidas não

estruturais.

7. Implantar uma base de custos

para obras e serviços de

manutenção e ampliação da

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138

infraestrutura de drenagem.

8. Implantar um programa de

educação ambiental junto à

comunidade.

9. Implantação de sistema de

alerta contra enchentes e

deslizamentos.

10. Mapeamento e zoneamento de

áreas de risco de inundações e

deslizamento de terra e

elaboração de projetos para

erradicação de riscos.

11.Orientação da população para

evacuação e proteção pessoal

quando da ocorrência de

enchentes, alagamentos e

deslizamentos.

12. Medidas operacionais de

emergência para resgate e abrigo

de vítimas de enchentes e

deslizamentos.

13.Promover o levantamento de

dados de demanda do Sistema de

Drenagem.

14. Promover o estudo de

demandas futuras do Sistema de

Drenagem de Águas Pluviais.

15. Promover diretrizes e

parâmetros a fim de regulamentar

estudos de concepção geral do

Sistema de Drenagem.

16. Elaboração de manual técnico

de procedimentos para

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implantação de obras de

microdrenagem e de técnicas

compensatórias.

17. Criar gerência voltada para

atividades de fiscalização e

manutenção da rede de drenagem.

Projetos e obras

do sistema de

drenagem urbana

12 ações

18. Ampliação, manutenção e

construção de novas redes de

drenagem, redimensionamento e

adequação da rede existente e

alternativas técnicas.

19. Proceder à padronização de

locação e dimensionamento de

bocas de lobo.

20. Delimitação no Plano Diretor

Municipal de áreas destinadas a

criação de parques lineares e de

áreas destinadas ao

amortecimento das inundações.

21. Elaboração de projetos e

execução de obras visando à

minimização de inundações e

erosões.

22. Realizar programa de controle

de sedimentos, reduzindo o solo

exposto na área urbana.

23. Elaboração de projeto e

implantação de sistema de

infiltração e detenção de águas

pluviais.

24. Elaboração de plano de

manutenção preventiva e corretiva

da rede de drenagem.

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25. Estruturar equipe técnica

municipal especializada para

realizar a manutenção e vistoria

permanente do Sistema de

Drenagem a fim de não acarretar

em prejuízos ambientais

posteriores.

26. Capacitação e formação

desses recursos humanos para a

atuação na manutenção,

fiscalização e controle do sistema

de drenagem, além da

implantação de avaliações e

diagnósticos periódicos baseados

em inspeções da rede.

27. Realizar limpeza das bocas de

lobo junto com a varrição das ruas.

28. Ampliação contínua do

atendimento de drenagem urbana,

por meio da construção de rede de

microdrenagem e melhorias do

sistema de macrodrenagem por

meio de regularização de canais e

travessias.

29. Implementação de um sistema

e equipe de fiscalização das obras

do Sistema de Drenagem.

Proteção e

revitalização dos

corpos d’água

10 ações

30. Identificação de lançamentos

de esgoto nas redes de drenagem.

31. Elaboração de uma lei

municipal acompanhada de um

plano para erradicação de ligações

clandestinas, prevendo

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penalidades.

32.Conscientização e

sensibilização da população, por

meio de educação ambiental,

alertando sobre a importância da

regularização das ligações na rede

de esgoto e consequências

negativas das ligações irregulares.

33. Fiscalização sistemática para

detectar e erradicar ligações

clandestinas.

34. Preservar as APPs,

principalmente de várzeas

inundáveis e áreas de encosta.

35. Realizar o cadastramento ou

recadastramento das moradias e

moradores estabelecidos em áreas

classificadas como de risco e

APP`s.

36. Recuperação dos pontos mais

degradados da mata ciliar em

articulação com os órgãos

ambientais competentes.

37. Proceder à desapropriação de

edificações e assentamentos

localizados nas APP’s dos cursos

d`água, obedecendo aos limites

previstos no Código Florestal (Lei

Federal n° 4.771/1965).

38. Implantar programas de

acompanhamento psicossocial da

população realojada.

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39. Realização frequente de

limpeza e desassoreamento nos

córregos que fazem parte do

sistema de drenagem de Paracatu.

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6.3.5 Orçamento das Ações

O Orçamento a seguir foi baseado em fontes diversas de informações, a fim de se estabelecer uma estimativa para o

financiamento dos programas. Dessa maneira, a Tabela 42 foi composta por meio do levantamento do custo das ações. A soma

total das ações foi atribuída às metas e, por sua vez, a soma total das metas corresponde aos programas. A soma total de

investimentos para a implantação de todos os programas é de R$ 161.690.000,00 reais.

Tabela 42 Programas e Ações

Programas / Metas /Ações

Investimento total (Reais)

PROGRAMA 01: GERENCIAMENTO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS

PLUVIAIS

6.023.000,00

Meta 01: Identificar as áreas prioritárias para execução de obras. 90.000,00

Ação 01: Identificar os pontos com registro de inundação, alagamento e deslizamento de terra (oriundo de

inexistência ou inadequação do sistema de drenagem) atual e de maior impacto sobre o município.

90.000,00

Meta 02: Implementar o banco de dados com levantamento cadastral e mapeamento georreferenciado do

SDU.

313.000,00

Ação 02: Implementar o cadastro detalhado da infra-estrutura de drenagem existente, incluindo a atualização de

plantas com a indicação dos elementos de microdrenagem (sarjetas, bocas de lobo e galerias) e macrodrenagem

existentes. A atualização desse cadastro deve ser realizada de forma gradual, na medida em que ocorra a

ampliação dos sistemas e serviços, deve-se, também, dispor de um cadastro das redes públicas de água,

300.000,00

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eletricidade e esgotos existentes que possam interferir nos sistemas e em futuros projetos de drenagem de águas

pluviais.

Ação 03: Realizar analise conjunta do levantamento cadastral e de interferências dos sistemas de esgotamento

sanitário e drenagem de águas pluviais.

13.000,00

Meta 03: Instrumentos legais e normativos para preservação de áreas permeáveis (Plano Diretor de

Drenagem Urbana).

1.000.000,00

Ação 04: Elaborar instrumentos legais e normativos para preservação de áreas permeáveis. 500.000,00

Ação 05: Estimular os novos projetos de residências e equipamentos urbanos a maximizarem as áreas

vegetadas, diminuindo o coeficiente de impermeabilização e contribuindo para a infiltração da água no solo e a

redução do escoamento superficial.

500.000,00

Meta 04: Instrumentos legais e normativos para implantação do Sistema de Drenagem de Águas Pluviais. 1.000.000,00

Ação 06: Elaborar instrumentos legais e normativos para elaboração de projetos e implantação de medidas

estruturais convencionais (baseados nos princípios higienistas), de medidas estruturais não convencionais

(técnicas compensatórias) e medidas não estruturais.

500.000,00

Ação 07: Implantar uma base de custos para obras e serviços de manutenção e ampliação da infra-estrutura de

drenagem.

500.000,00

Meta 05: Programa de Educação Ambiental 200.000,00

Ação 08: Implantar um programa de educação ambiental junto à comunidade no sentido de conscientizá-la para a

necessidade de conservação da drenagem e dos recursos hídricos e dos impactos na vida da população, com

apoio e incentivo nas escolas, nas comunidades e nos meios de comunicação.

200.000,00

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Meta 06: Planos de emergências no caso de problemas de inundações, alagamentos e deslizamento de

terra.

3.100.000,00

Ação 09: Implantação de sistema de alerta contra enchentes e deslizamentos, de forma articulada com a Defesa

Civil.

800.000,00

Ação 10: Mapeamento e zoneamento de áreas de risco de inundações e deslizamento de terra e elaboração de

projetos para erradicação de riscos.

200.000,00

Ação 11: Orientação da população para evacuação e proteção pessoal quando da ocorrência de enchentes,

alagamentos e deslizamentos.

100.000,00

Ação 12: Medidas operacionais de emergência para resgate e abrigo de vítimas de enchentes e deslizamentos. 2.000.000,00

Meta 07: Estabelecimento de diretrizes e parâmetros para projetos e obras do Sistema de Drenagem. 270.000,00

Ação 13: Promover o levantamento de dados de demanda do Sistema de Drenagem a partir das áreas

prioritárias.

70.000,00

Ação 14: Promover o estudo de demandas futuras do Sistema de Drenagem de Águas Pluviais, tendo em vista a

projeção populacional e as áreas de novos loteamentos.

50.000,00

Ação 15: Promover diretrizes e parâmetros normativos, administrativos, operacionais e financeiros, a fim de

regulamentar estudos de concepção geral do Sistema de Drenagem, tendo em vista os aspectos peculiares

relatados no Diagnóstico.

50.000,00

Ação 16: Elaboração de manual técnico de procedimentos para implantação de obras de microdrenagem e de

técnicas compensatórias.

100.000,00

Meta 08: Criação de setor para um bom gerenciamento do sistema 50.000,00

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Ação 17: Criar gerência voltada para atividades de fiscalização e manutenção da rede de drenagem, além de

promover a conscientização da população sobre a utilização do sistema de drenagem.

50.000,00

PROGRAMA 2: PROJETOS E OBRAS DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA 109.052.000,00

Meta 09: Realização de medidas estruturais 500.000,00

Ação 18: Ampliação, manutenção e construção de novas redes de drenagem, redimensionamento e adequação

da rede existente e alternativas técnicas, incluindo o uso de sistemas de infiltração, retenção e detenção de

águas pluviais e controle de escoamento na origem, tendo em vista primeiramente áreas prioritárias de instalação

descritas no diagnóstico e, após isso, em toda a área de Paracatu Sede.

500.000,00

Ação 19: Proceder à padronização de locação e dimensionamento de bocas de lobo. 200.000,00

Meta 10: Prevenção e controle de inundações e deslizamento de encostas. 25.400.000,00

Ação 20: Delimitação no Plano Diretor Municipal de áreas destinadas a criação de parques lineares e de áreas

destinadas ao amortecimento das inundações.

100.000,00

Ação 21: Elaboração de projetos e execução de obras visando à minimização de inundações e erosões nas

áreas caracterizadas de alto risco e adequação de estruturas hidráulicas de drenagem para o cenário atual e

futuro.

15.000.000,00

Ação 22: Realizar programa de controle de sedimentos, reduzindo o solo exposto na área urbana através de

ações de reflorestamento e envolvendo a população local nas atividades de revegetação das áreas degradadas,

visto que a drenagem de águas pluviais em Paracatu é sacrificada ou impedida pela forte presença de

sedimentos e outros resíduos sólidos.

300.000,00

Ação 23: Elaboração de projeto e implantação de sistema de infiltração e detenção de águas pluviais nas áreas 10.000.000,00

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urbanas para controle de escoamento na fonte, como pavimentos permeáveis, telhados armazenadores,

trincheiras, valas e poços de infiltração, reservatórios de detenção, sistemas de aproveitamento de água de

chuva, etc.

Meta 11: Realização de manutenção preventiva e corretiva do Sistema de Drenagem de Águas Pluviais. 2.600.000,00

Ação 24: Elaboração de plano de manutenção preventiva e corretiva da rede de drenagem visando garantir o

adequado funcionamento do sistema e a eficiência hidráulica de canais e condutos.

100.000,00

Ação 25: Estruturar equipe técnica municipal especializada para realizar a manutenção e vistoria permanente do

Sistema de Drenagem a fim de não acarretar em prejuízos ambientais posteriores.

2.000.000,00

Ação 26: Capacitação e formação desses recursos humanos para a atuação na manutenção, fiscalização e

controle do sistema de drenagem, além da implantação de avaliações e diagnósticos periódicos baseados em

inspeções da rede.

500.000,00

Ação 27: Realizar limpeza das bocas de lobo junto com a varrição das ruas. -

Meta 12: Estabelecimento de metas progressivas para ampliação de cobertura da drenagem urbana

50.000.000,00

Ação 28:Ampliação contínua do atendimento de drenagem urbana, por meio da construção de rede de microdrenagem e melhorias do sistema de macrodrenagem por meio de regularização de canais e travessias.

50.000.000,00

Meta 13: Fiscalização de obras no sistema de drenagem urbana. 2.000.000,00

Ação 29: Implementação de um sistema e equipe de fiscalização das obras do Sistema de Drenagem. 2.000.000,00

PROGRAMA 03: PROTEÇÃO E REVITALIZAÇÃO DOS CORPOS D’ÁGUA 46.615.000,00

Meta 14: Erradicação de ligações clandestinas. 315.000,00

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Ação 30: Identificação de lançamentos de esgoto nas redes de drenagem. 100.000,00

Ação 31: Elaboração de uma lei municipal acompanhada de um plano para erradicação de ligações clandestinas,

prevendo penalidades.

40.000,00

Ação 32: Conscientização e sensibilização da população, por meio de educação ambiental, alertando sobre a

importância da regularização das ligações na rede de esgoto e consequências negativas das ligações irregulares.

75.000,00

Ação 33: Fiscalização sistemática para detectar e erradicar ligações clandestinas. 100.000,00

Meta 15: Medidas de proteção e recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e controle de

processos erosivos.

44.300.000,00

Ação 34: Preservar as APPs, principalmente de várzeas inundáveis e áreas de encosta. 2.000.000,00

Ação 35: Realizar o cadastramento ou recadastramento das moradias e moradores estabelecidos em áreas

classificadas como de risco e APP`s, com a elaboração de carta de zoneamento para as áreas no entorno dos

corpos hídricos.

500.000,00

Ação 36: Recuperação dos pontos mais degradados da mata ciliar em articulação com os órgãos ambientais

competentes.

800.000,00

Ação 37: Proceder à desapropriação de edificações e assentamentos localizados nas APP’s dos cursos d`água,

obedecendo aos limites previstos no Código Florestal (Lei Federal n° 4.771/1965) com a realocação dessa

população em outras áreas a serem planejadas com serviços de infra estrutura básica.

40.000.000,00

Ação 38: Implantar programas de acompanhamento psico-social da população realojada no sentido de evitar que

estas voltem a ocupar áreas de risco, sujeitas a inundações. Os programas de acompanhamento psico-social

devem contemplar pelo menos a gestão social e patrimonial da nova habitação social, incluindo a gestão de

1.000.000,00

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rendas; a organização de espaços coletivos com a promoção de atividades sociais, culturais e recreativas no

âmbito do apoio à interação social e comunitária, além da dinamização e auto-organização da população

realojada em associações ou grupos de participação ativa do seu próprio desenvolvimento.

Meta 16: Limpeza e desassoreamento de córregos. 2.000.000,00

Ação 39: Realização frequente de limpeza e desassoreamento nos córregos que fazem parte do sistema de

drenagem de Paracatu.

2.000.000,00

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150

6.3.6 Programação de ações imediatas

Ações imediatas são aquelas que devem ser implantadas no marco zero do

Plano, isto é, ações que serão executadas no primeiro ano de vigência do

plano. As ações imediatas são aquelas que têm como objetivo corrigir os

problemas mais urgentes. Além disso, estas ações devem ser implementadas

no primeiro ano deste plano, tendo em vista que as ações futuras dependem

destas para ser executadas.

Os Programas que contemplam as ações necessárias para alcançar as metas

definidas para o município e a sua execução foi programada para ocorrer ao

longo do horizonte do PMSB: em curto, médio e longo prazos. As ações

imediatas, apresentadas a seguir, distribuídas entre ações estruturantes e

estruturais, são parte das ações estabelecidas no horizonte de curto prazo,

mas dada a necessidade de priorizá-las, as mesmas ganham destaque no

presente item.

Tendo em vista a análise situacional apresentada no Produto 2 - Diagnóstico

da situação da prestação dos serviços de saneamento básico - foram

elencadas as ações consideradas mais urgentes para o sistema de drenagem

urbana do município de Paracatu, as quais serão expostas a seguir.

6.3.6.1 Ações estruturantes

6.3.6.1.1 Elaboração de lei municipal para estabelecer o marco legal da drenagem urbana:

Esta medida é necessária para definir claramente o prestador de serviços (a

princípio a Secretaria de Município de Obras) e o ente regulador dos serviços

de drenagem urbana. A legislação deve prever os direitos e obrigações de

cada uma, assim como a definição de metas e custos do serviço com base nas

medidas deste Plano.

6.3.6.1.2 Elaboração de Lei Municipal para Estabelecer a Adoção de Medidas de Baixo Impacto como Base da Gestão da Drenagem Urbana:

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151

Pode ser editada em conjunto com a medida anterior. Há diversos impactos

produzidos a nível privado dentro dos novos empreendimentos e transferidos

para toda a bacia a jusante na macrodrenagem (Ex: impermeabilização, que

provoca enchentes). Portanto, observa-se que os impactos gerados a nível

privado são transferidos para que sejam resolvidos pelo poder público em nível

da macrodrenagem.

Esta lei municipal tem como finalidade que o prestador dos serviços tenha

instrumentos legais para obrigar as economias em construção ou reforma a

adotar a utilização de medidas de baixo impacto na drenagem (Ex: telhados

verdes, reservatórios de detenção, etc.) como forma de atingir as metas

quantitativas e de qualidade ambiental e sanitária. Esta lei deverá ser

complementada por um programa de incentivo técnico e financeiro a adoção

destas medidas em comunidades de baixa renda.

6.3.6.1.3 Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana:

Ao órgão público responsável pelo controle de drenagem, cabe a ponderação

quanto à escolha de capacitar e aplicar medidas difusas na fonte, melhor opção

numa ótica global de médio e longo-prazo quando houver disponibilidade de

tempo, ou de empregar medidas estruturais na micro e na macrodrenagem,

quando houver urgência de remediação de problemas com base nas diretrizes

do Plano Diretor de Drenagem Urbana, que, pela sua vez é subordinado ao

Plano Municipal de Saneamento Básico.

O Plano Diretor de Drenagem Urbana terá como finalidade analisar em detalhe

os itens mais específicos da drenagem urbana. Deverá incluir, como mínimo,

as seguintes etapas:

1) Cadastro da rede existente, em padrões compatíveis com a modelagem

hidráulica detalhada;

2) Análise do estado atual da rede de drenagem através de modelagem

hidrológica e hidráulica;

3) Proposição de soluções no nível de projeto básico para a drenagem através

dos modelos indicados acima e dentro das Diretrizes do Plano de Saneamento

Básico.

4) Proposta de legislação e/ou resoluções relacionadas à drenagem urbana;

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152

5) Definição de Estratégias para Implementação do Plano Diretor.

6.3.6.1.4 Programa de Capacitação dos Agentes da Drenagem Urbana:

A viabilização deste Plano depende de aceitação por parte da população e dos

técnicos, independentemente da regulamentação que venha a ser

estabelecida. Torna-se necessário que todos tenham as informações

adequadas para que a gestão seja viável. O treinamento permitirá consolidar

conhecimentos e disseminar práticas sustentáveis de drenagem urbana dentro

de uma nova perspectiva sustentável da cidade.

6.3.6.1.5 Programas de Educação Ambiental:

Tendo em vista que o sucesso da execução das ações depende da

participação de todos os atores envolvidos, é importante um programa

permanente de Educação Ambiental destinada a toda a população.

6.3.6.2 Ações estruturais

6.3.6.2.1 Ampliação e readequação da rede existente de microdrenagem pluvial urbana.

Consiste na readequação das redes de microdrenagem, com diâmetro inferior

a 1,50m.

6.3.6.2.2 Ampliação e readequação da rede existente de macrodrenagem pluvial urbana.

Consiste na readequação das redes de drenagem maiores, com diâmetro

superior ou igual (equivalente) a 1,50m. A análise deve levar obrigatoriamente

em consideração estruturas compensatórias (Ex: reservatórios de detenção).

6.3.6.2.3 Limpeza e Manutenção das Redes Existentes

Esta ação é necessária para que a capacidade de condução das redes e a

qualidade de água conduzida sejam garantidas.

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153

6.3.6.2.4 Limpeza e desassoreamento de córregos

Realização frequente de limpeza e desassoreamento nos córregos que fazem

parte do sistema de drenagem de Paracatu para que a capacidade de

condução das redes e a qualidade de água conduzida sejam garantidas.

6.3.6.2.5 Cadastramento de Rede com Sistema Georreferenciado:

Esta medida se encontra incluída dentro do Plano Diretor de Drenagem

Urbana, no entanto, pela sua importância para a elaboração de medidas

estruturais, caso não seja realizado o Plano de forma imediata, deve ser

realizada pelo menos esta medida em forma emergencial.

Esta ação consiste em cadastrar a rede de drenagem existente em um Sistema

de Informação Geográfica (SIG) para que se tenha um controle mais eficiente

das redes existentes e o planejamento de substituição destas redes.

6.3.7 Ações para Emergências e Contingências

Em caso de ocorrências atípicas, no sistema de drenagem de águas pluviais,

os responsáveis pelo serviço deverão dispor de todas as estruturas de apoio

(mão de obra, materiais e equipamentos), de manutenção estratégica, das

áreas de gestão operacional, de controle de qualidade, de suporte como

comunicação, suprimentos e tecnologias de informação, dentre outras.

O Plano de Emergências e Contingências objetiva estabelecer os

procedimentos de atuação integrada das diversas instituições / órgãos setoriais

na ocorrência de enchentes, assim como identificar a infraestrutura necessária

nas atividades de caráter preventivo e corretivo, de modo a permitir a

manutenção da integridade física e moral da população, bem como preservar

os patrimônios públicos e privados.

Desta forma, foram estabelecidas ações de emergência e contingência a serem

adotadas para o serviço de drenagem e manejo de águas pluviais no âmbito do

município de Paracatu.

Tabela 43 Ações de Emergência e Contingência.

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154

OCORRÊNCIA AÇÕES A SEREM ADOTADAS

Presença de esgoto ou

resíduos sólidos nas galerias

de águas pluviais.

Comunicar ao setor de fiscalização sobre a

presença de mau cheiro ou resíduo.

Inundação e enchentes

provocadas pelo

transbordamento de rios ou

canais de drenagem.

Comunicar ao setor responsável para

verificação de danos e riscos à população.

Comunicar o setor de assistência social para

que sejam mobilizadas as equipes

necessárias e a formação dos abrigos.

Situação de alagamento,

problemas relacionados à

microdrenagem.

Mobilizar o setor de obras para a realização

da manutenção da microdrenagem. Adicionar

a autoridade de transito para que sejam

traçadas rotas alternativas a fim de evitar o

agravamento do problema.

Entupimento de bocas de lobo

e canais.

Comunicar o setor de manutenção sobre a

ocorrência. Aumentar o trabalho de

conscientização da população sobre a

utilização dos canais de drenagem.

Impedimento do escoamento

superficial da água pluvial

decorrente da construção

irregulares da população,

como exemplo, rampas de

garagem e outros.

Comunicar o setor de fiscalização sobre a

ocorrência. Aumentar o trabalho de

conscientização da população sobre a

utilização dos canais de drenagem.

Ademais, as possíveis situações críticas que exigem ações de contingências

podem ser minimizadas através de um conjunto de procedimentos preventivos

de operação e manutenção.

As ações de redução de desastres abrangem os seguintes aspectos globais:

Prevenção de Desastres;

Preparação para Emergências e Desastres;

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155

Resposta aos Desastres (Corretiva);

Reconstrução.

6.3.7.1 Ações preventivas de controle operacional:

Verificação das condições físicas de funcionamento das estruturas que

compõem o sistema, como bocas de lobo, poços de visita, canais, redes

tubulares, travessias, bueiros, comportas (necessidade da existência de um

cadastro digital atualizado);

Monitoramento dos níveis dos canais de macrodrenagem e operacional

das comportas (Arroio Cabeças);

Qualidade da água de escoamento superficial;

Prevenção de acidentes nos sistemas;

Plano de ação nos casos de quebra de equipamento e estruturas;

Gestão de riscos ambientais em conjunto com órgãos ambientais e de

recursos hídricos.

6.3.7.2 Ações preventivas de manutenção:

Programação de limpeza e desassoreamento das bocas de lobo, poços

de visita, redes tubulares e canais;

Plano de manutenção preventiva de equipamentos, travessias e canais,

sobretudo em áreas mais propensas à ocorrência de inundações;

Cadastro de equipamentos e instalações;

Programação da manutenção preditiva em equipamentos críticos;

Registro do histórico das manutenções.

6.3.8 Avaliação e monitoramento

O presente plano consiste em mais uma ferramenta de gestão da

administração pública e, portanto, é importante que a sociedade possa

conhecer os seus objetivos, diretrizes e programas. Além disso, acompanhar a

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156

sua execução, avaliar e exigir a sua máxima efetividade são ações que cabem

aos munícipes.

Assim, a avaliação e o monitoramento da aplicação desta ferramenta

configuram importantes tarefas para garantir a eficiência, a eficácia e a

efetividade do presente plano.

O setor de Drenagem de Águas Pluviais tem uma deficiência quanto aos

indicadores do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS),

logo, procurou-se na literatura indicadores do setor que possam ser aplicados

no município de Paracatu.

Cabe ressaltar que os indicadores apresentam caráter dinâmico, podendo ser

adequados, alterados ou complementados sempre que cabível. Além disso,

novos indicadores podem ser desenvolvidos, conforme conveniência da

administração pública ou sociedade.

6.3.8.1 Indicadores do Setor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais

Atendimento do Sistema de Drenagem (%)

População urbana atendida por sistema de drenagem / População urbana do

município.

Vias Urbanas com Sistema de Drenagem (%)

Extensão do sistema de drenagem urbana/ Extensão total do sistema viário

urbano.

Ocorrência de Alagamentos na Área Urbana (nº de pontos de

alagamento/km²).

Total de ocorrências de alagamentos na UTP no período de um ano/ Área

Urbana.

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7 RESUMO DOS PROGRAMAS E INVESTIMENTOS PREVISTOS NESTE PLANO

7.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Tabela 44 Consolidação de custos de Abastecimento de Água

SETOR 1

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

1 1.050.000 4.200.000 5.250.000

2 3.775.448 27.081.359 18.877.103 12.584.747 62.318.657

3 1.500.000 1.500.000 3.000.000

4 13.282.000 13.282.000

5 400.000 300.000 500.000 700.000 1.900.000

6 435.000 1.728.000 2.764.000 10.368.000 15.295.000

7 50.000 50.000

20.492.448 34.809.359 22.141.103 23.652.747 101.095.657TOTAL GERAL

TOTAL GERALOBJETIVOS DESCRIÇÃOPRAZOS

AMPLIAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA NOS LOCAIS MAIS CARENTES E VULNERÁVEIS MEDIANTE A REGULARIZAÇÃO

FUNDIÁRIA DOS MESMOS

OTIMIZAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA)

OTIMIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA)

AMPLIAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER A DEMANDA FUTURA

REDUÇÃO DO RISCO DE CONTAMINAÇÃO DOS MANANCIAIS DE ABASTECIMENTO

TOTAIS DOS VALORES ESTIMADOS PARA OS PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES

CONTROLE E MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA E SUPERFICIAL UTILIZADA EM SOLUÇÕES

INDIVIDUAIS

MUNICÍPIO DE PARACATU - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

MONITORAMENTO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA CONTROLE E PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

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158

7.2 ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Tabela 45 Consolidação de custos de Esgotamento Sanitário

Programas / Projetos /Ações

Horizonte

Curto Prazo

Médio Prazo

Longo Prazo

Investimento

Programa 1: "Pró-Ligação":

x x

R$ 2.131.000,00

Ação 1: subsídio financeiro para as obras necessárias à efetivação de ligações domiciliares à rede coletora de esgoto.

R$ 1.931.000,00

Ação 2: Ações de vigilância sanitária quanto ligações clandestinas na rede de drenagem.

x x x

R$ 200.000,00 Ação 3: Cadastro dos Loteamentos quanto à destinação dos esgotos. x

Ação 4: Definição dos domicílios que farão parte do Programa. x

Ação 5: Elaboração de lei municipal para obrigatoriedade de ligação de água e esgoto. x NA

Ação 6: Parceria com o Ministério Público. x NA

Ação 7: Convênio entre a Prefeitura e Concessionária para atendimento ao programa. x NA

Programa 2: Programa "Fossa Controladas" x x x

R$ 23.018.100.00

Ação 1: Projeto e instalação de fossas sépticas dentro dos padrões previamente estabelecidos para a população de áreas rurais e pequenas comunidades onde não há previsão de esgotamento por meio de rede coletora de esgotos.

x x x R$ 14.500.300,00

Ação 2: Convênio entre a Prefeitura e Concessionária para Atendimento ao Programa e tratamento do material proveniente das fossas.

x R$ 4.000.000,00

Ação 3: Contratação de empresas para limpeza e coleta do material proveniente das fossas.

x x x R$ 4.000.000,00

Ação 4: Estabelecer equipes técnicas municipais para o planejamento do esgotamento sanitário no sentido de realizar um planejamento global do perímetro rural, como um

x x x R$ 300.000,00

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159

banco de dados operacionais para as fossas instaladas evitando novas soluções pontuais.

Ação 5: Estudo para definição de um padrão de fossa séptica ecológica para o município.

x R$ 217.800,00

Programa 3: Educação Ambiental

x

x x R$ 200.000,00 Ação 1: Implantar um programa de educação ambiental com apoio e incentivo em todos os níveis de ensino, nas comunidades e nos meios de comunicação no sentido de conscientizá-los para a necessidade de conservação do meio ambiente e dos impactos na vida da população.

Programa 4: Implantação da cortina vegetal no entorno da ETE.

x

R$ 200.000,00

Ação 1: criação de um Decreto o qual caracteriza a área do entorno da ETE como área não edificante.

x NA

Programa 5: Projetos básico e executivo para ampliação do sistema de Esgotamento Sanitário no Município e execução das obras de ampliação e manutenção.

x x x

R$ 33.700.000,00

Ação 1: Elaboração de projetos executivos das unidades do sistema a serem implantadas.

x x R$ 2.000.000,00

Ação 2: Manutenção de rede coletora, ligações domiciliares, EEE, linhas de recalque, interceptores e outros itens do sistema de esgotamento sanitário existentes.

x x x R$ 6.000.000,00

Ação 3: Ampliar progressivamente o índice de cobertura do sistema de esgotamento de acordo com a universalização dos serviços. Ampliação da rede coletora, EEE, interceptores e linhas de recalque.

x x x R$ 25.500.000,00

Ação 4: Fiscalização de novos empreendimentos residências quanto a obrigatoriedade do proprietário de implantação de sistema eficiente de esgotamento sanitário.

x x x R$ 200.000,00

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160

7.3 RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA URBANA

Tabela 46 Consolidação de Custos de Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana

PROGRAMA PROJETO

AÇÕES CUSTO TOTAL

ESTIMADO IMEDIATA CUSTO

ESTIMADO CURTO

CUSTO ESTIMADO

MÉDIO CUSTO

ESTIMADO LONGO

CUSTO ESTIMADO

PROGRAMA DE REESTRUTURAÇ

ÃO, MONITORAMENT

O E INCREMENTO DA

COLETA CONVENCIONAL

Projeto de Reestruturação e Ampliação da

Coleta Convencional

Elaborar estudo de concepção para

melhoria e expansão da

coleta e transporte para a disposição final de resíduos

sólidos, principalmente na zona rural. Ação

de melhoria operacional

R$ 60.000,00

Elaborar e implementar projeto de implantação

de caçambas como forma de

armazenamento temporário de resíduos domésticos e adquirir

equipamentos e veículos

R$ 400.000,00

___ ___

Renovar a frota com aquisição de

novos veículos para substituir os

utilizados na coleta

convencional

R$ 1.200.000,0

0

R$ 1.660.000,00

Projeto de Educação

Ambiental para os Coletores

Educar continuadamente

os coletadores R$ 10.000,00

Educar continuadamente os

coletadores R$ 40.000,00

Educar continuadamente

os coletadores R$ 70.000,00

Educar continuadamente

os coletadores

R$ 110.000,00

R$ 230.000,00

PROGRAMA DE REESTRUTURAÇ

ÃO, MONITORAMENT

O E INCREMENTO DA

COLETA SELETIVA

Projeto de Estruturação e Ampliação das

Cooperativas de Catadores de

Resíduos Recicláveis

Projetar sede/galpão da

cooperativa

R$ 100.000,00

Disponibilizar Terreno, Construir a

sede/galpão, adquirir e instalar maquinários e

equipamentos

R$ 1.000.000,00

Disponibilizar Terreno, Construir

a sede/galpão, adquirir e instalar

maquinários e equipamentos

R$ 1.000.000,00

___ R$

2.100.000,00

Projeto de Estruturação e Ampliação da

Coleta Seletiva

Elaborar estudo de ampliação da cobertura e

melhoria da coleta seletiva

R$ 60.000,00 Implantar Pontos de Entrega Voluntária

(PEV) R$ 40.000,00

Adquirir equipamentos e

veículos

R$ 200.000,00

Renovar a frota com aquisição de

novos veículos para substituir os

utilizados na coleta seletiva

R$ 550.000,00

R$ 850.000,00

Projeto de Educação

Ambiental para os Catadores

das Cooperativas

Educar

continuadamente os catadores

R$ 10.000,00

Educar

continuadamente os catadores

R$ 40.000,00

Educar

continuadamente os catadores

R$ 70.000,00

Educar

continuadamente os catadores

R$ 110.000,00

R$ 230.000,00

PROGRAMA PARA

ESTABELECER CRONOGRAMA E AMPLIAÇÃO DA ÁREA ATENDIDA

COM OS SERVIÇOS DE

Projeto de Estruturação e Ampliação dos

Serviços de varrição, capina, roçagem e poda

Levantar a extensão viária e as áreas verdes para permitir a

reestruturação dos serviços.

R$ 60.000,00

Promover a ampliação e melhoria da

qualidade da gestão e gerenciamentodos

serviços

R$ 1.000.000,00

Ampliar abrangência dos serviços de poda, capina e roçagem

para 100% das áreas públicas em

todo município

R$ 2.000.000,00

R$

3.060.000,00

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161

VARRIÇÃO, CAPINA,

ROÇAGEM E PODA

PROGRAMA PROJETO

AÇÕES CUSTO TOTAL ESTIMADO

IMEDIATA

CUSTO ESTIMADO

CURTO CUSTO

ESTIMADO MÉDIO

CUSTO ESTIMADO

LONGO CUSTO

ESTIMADO

PROGRAMA DE MOBILIZAÇÃO E

EDUCAÇÃO CONTINUADA EM

RELAÇÃO AOS SERVIÇOS

PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA

E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Projeto de Educação

Continuado para os Serviços Públicos

de Limpeza Urbana e Manejo de

Resíduos Sólidos.

Informar e conscientizar a

sociedade R$ 25.000,00

Manter campanhas de conscientização

ambiental

R$ 100.000,00

Manter campanhas

de conscientização ambiental

R$ 175.000,00

Manter campanhas de conscientização

ambiental

R$ 275.000,00

R$ 575.000,00

PROGRAMA DE IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DO

SISTEMA DE DISPOSIÇÃO FINAL

DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Projeto para viabilização ambiental e

econômica de Consorciamento

Intermunicipal para gerenciamento integrado dos

Resíduos Sólidos

Estudar a viabilidade ambiental e

econômica para consorciamento intermunicipal

R$ 200.000,00

Formatar e operacionalizar

o consórcio intermunicipal

R$ 720.000,00

Operacionalizar o consórcio intermunicipal

R$ 1.440.000,00 Operacionalizar

o consórcio intermunicipal

R$ 1.980.000,00

R$ 4.340.000,00

Projeto para Implantação e

Operação do Aterro Sanitário

Projetar e obter a licença

ambiental do aterro sanitário

R$ 200.000,00

Implantar e operar o aterro

sanitário

R$ 2.000.000,00

Implantar e operar novas células do

aterro sanitário

R$ 1.900.000,00

Implantar e operar novas células do

aterro sanitário

R$ 2.900.000,00

R$ 7.000.000,00

PROGRAMA DE VALORIZAÇÃO DE

RESÍDUOS SÓLIDOS

Projeto de Coleta Seletiva de Óleo

Vegetal

Mapear e identificar os

pontos de entrega

voluntário PEV e a destinação

adequada

R$ 20.000,00

Recolher periodicamente

o óleo

armazenado nos PEVs e

promover a destinação adequada

R$ 40.000,00

Recolher periodicament

e o óleo

armazenado nos PEVs e promover a destinação adequada

R$ 70.000,00

Recolher periodicamente

o óleo

armazenado nos PEVs e

promover a destinação adequada

R$ 110.000,00

R$ 240.000,00

Projeto para Implantação do

Sistema de Compostagem

Elaborar o Plano de Coleta e

tratamento dos resíduo orgânico

R$ 60.000,00 Implantar o pátio

de compostagem

R$ 500.000,00

R$ 560.000,00

Projeto para Elaboração e

Elaborar o Plano de

R$ 60.000,00 Implantar o

Plano e R$ 40.000,00

Implantar o Plano e

R$ 70.000,00 Implantar o

Plano e R$

110.000,00 R$ 280.000,00

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162

Implantação do Plano de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos

de Serviço de Saúde

Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviço de

Saúde

Fiscalizar aqueles que

necessitam de Planos

Específicos

Fiscalizar aqueles que

necessitam de Planos

Específicos

Fiscalizar aqueles que

necessitam de Planos

Específicos

PROGRAMA PROJETO

AÇÕES

CUSTO TOTAL ESTIMADO IMEDIATA

CUSTO

ESTIMADO CURTO

CUSTO

ESTIMAD

O

MÉDIO CUSTO

ESTIMADO LONGO

CUSTO

ESTIMADO

PROGRAMA DE VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS

Projeto de Recolhimento, Tratamento e

Destinação Final Adequada de

Resíduos Sólidos Especiais

Elaborar os

Planos

específicos

para cada tipo

de resíduos

sólido

considerado

como especial

R$

300.000,00

Implantar os

Planos e

Fiscalizar

aqueles que

necessitam de

Planos

Específicos

R$

40.000,00

Implantar os

Planos e

Fiscalizar

aqueles que

necessitam de

Planos

Específicos

R$

70.000,00

Implantar os

Planos e

Fiscalizar

aqueles que

necessitam de

Planos

Específicos

R$ 110.000,00 R$ 520.000,00

Projeto de

Gerenciamento

dos Resíduos da

Construção Civil

Elaborar o

Plano para

gerenciament

o dos

resíduos da

construção

civil

R$

60.000,00

Implantar o

Plano, Construir

a Usina e

fiscalizar os

grandes

geradores que

necessitam de

Planos

Específicos

R$

1.000.000

,00

Implantar o

Plano e fiscalizar

os grandes

geradores que

necessitam de

Planos

Específicos

R$

70.000,00

Implantar o

Plano e

fiscalizar os

grandes

geradores que

necessitam de

Planos

Específicos

R$ 110.000,00 R$ 1.240.000,00

PROGRAMA DE REESTRUTURAÇÃO DO SERVIÇO DE LIMPEZA DE

BUEIROS

Projeto de

Reestrutação do

Serviço de

Limpeza de

Bueiros

Mapear e

identificar os

bueiros

existentes no

município

R$

60.000,00

Adequar a

prestação de

serviço a

demanda

R$

400.000,0

0

Adequar a

prestação de

serviço a

demanda

R$

700.000,00

Adequar a

prestação de

serviço a

demanda

R$

1.100.000,00 R$ 2.260.000,00

PROGRAMA DE REMEDIAÇÃO DAS ÁREAS

Projeto para

Execução da

Remediação das

Elaborar o

projeto de

remediação

R$

120.000,00

Implantar o

projeto de

remediação das

R$

500.000,0

R$ 620.000,00

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163

UTILIZADAS PARA

DISPOSIÇÃO FINAL DE

RESÍDUOS SÓLIDOS

Áreas Identificadas

com Disposição

Inadequada de

Resíduos Sólidos

Urbanos

das áreas

identificadas

áreas

indentificadas

0

PROGRAMA DE REESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA

TARIFÁRIO

Projeto para

Viabilizar a

Reestruturação

Tarifária

Elaborar

estudo técnico

econômico

R$

20.000,00 Aplicar correção

tarifaria.

___ Aplicar correção

tarifaria.

___ Aplicar

correção

tarifaria.

___ R$ 20.000,00

TOTAL POR PERÍODO

IMPLANTAÇ

ÃO

IMEDIATA

R$

1.425.000,0

0

IMPLANTAÇÃO

A CURTO

PRAZO

R$

7.860.000

,00

IMPLANTAÇÃO

A MÉDIO

PRAZO

R$

7.860.000,0

0

IMPLANTAÇ

ÃO A LONGO

PRAZO

R$

8.665.000,00 R$ 25.785.000,00

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164

7.4 DRENAGEM URBANA

Tabela 47 Consolidação dos custos de Drenagem Urbana

Programas / Metas /Ações

Investimento total (Reais)

PROGRAMA 01: GERENCIAMENTO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE

ÁGUAS PLUVIAIS

6.023.000,00

Meta 01: Identificar as áreas prioritárias para execução de obras. 90.000,00

Ação 01: Identificar os pontos com registro de inundação, alagamento e deslizamento de terra

(oriundo de inexistência ou inadequação do sistema de drenagem) atual e de maior impacto sobre o

município.

90.000,00

Meta 02: Implementar o banco de dados com levantamento cadastral e mapeamento

georreferenciado do SDU.

313.000,00

Ação 02: Implementar o cadastro detalhado da infra-estrutura de drenagem existente incluindo a

atualização de plantas com a indicação dos elementos de microdrenagem (sarjetas, bocas de lobo

e galerias) e macrodrenagem existentes. A atualização desse cadastro deve ser realizada de forma

gradual, na medida em que ocorra a ampliação dos sistemas e serviços, deve-se, também, dispor

de um cadastro das redes públicas de água, eletricidade e esgotos existentes que possam interferir

nos sistemas e em futuros projetos de drenagem de águas pluviais.

300.000,00

Ação 03: Realizar analise conjunta do levantamento cadastral e de interferências dos sistemas de 13.000,00

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165

esgotamento sanitário e drenagem de águas pluviais.

Meta 03: Instrumentos legais e normativos para preservação de áreas permeáveis (Plano

Diretor de Drenagem Urbana).

1.000.000,00

Ação 04: Elaborar instrumentos legais e normativos para preservação de áreas permeáveis. 500.000,00

Ação 05: Estimular os novos projetos de residências e equipamentos urbanos a maximizarem as

áreas vegetadas, diminuindo o coeficiente de impermeabilização e contribuindo para a infiltração da

água no solo e a redução do escoamento superficial.

500.000,00

Meta 04: Instrumentos legais e normativos para implantação do Sistema de Drenagem de

Águas Pluviais.

1.000.000,00

Ação 06: Elaborar instrumentos legais e normativos para elaboração de projetos e implantação de

medidas estruturais convencionais (baseados nos princípios higienistas), de medidas estruturais

não convencionais (técnicas compensatórias) e medidas não estruturais.

500.000,00

Ação 07: Implantar uma base de custos para obras e serviços de manutenção e ampliação da infra-

estrutura de drenagem.

500.000,00

Meta 05: Programa de Educação Ambiental 200.000,00

Ação 08: Implantar um programa de educação ambiental junto à comunidade no sentido de

conscientizá-la para a necessidade de conservação da drenagem e dos recursos hídricos e dos

impactos na vida da população, com apoio e incentivo nas escolas, nas comunidades e nos meios

de comunicação.

200.000,00

Meta 06: Planos de emergências no caso de problemas de inundações, alagamentos e 3.100.000,00

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deslizamento de terra.

Ação 09: Implantação de sistema de alerta contra enchentes e deslizamentos, de forma articulada

com a Defesa Civil.

800.000,00

Ação 10: Mapeamento e zoneamento de áreas de risco de inundações e deslizamento de terra e

elaboração de projetos para erradicação de riscos.

200.000,00

Ação 11: Orientação da população para evacuação e proteção pessoal quando da ocorrência de

enchentes, alagamentos e deslizamentos.

100.000,00

Ação 12: Medidas operacionais de emergência para resgate e abrigo de vítimas de enchentes e

deslizamentos.

2.000.000,00

Meta 07: Estabelecimento de diretrizes e parâmetros para projetos e obras do Sistema de

Drenagem.

270.000,00

Ação 13: Promover o levantamento de dados de demanda do Sistema de Drenagem a partir das

áreas prioritárias.

70.000,00

Ação 14: Promover o estudo de demandas futuras do Sistema de Drenagem de Águas Pluviais,

tendo em vista a projeção populacional e as áreas de novos loteamentos.

50.000,00

Ação 15: Promover diretrizes e parâmetros normativos, administrativos, operacionais e financeiros,

a fim de regulamentar estudos de concepção geral do Sistema de Drenagem, tendo em vista os

aspectos peculiares relatados no Diagnóstico.

50.000,00

Ação 16: Elaboração de manual técnico de procedimentos para implantação de obras de

microdrenagem e de técnicas compensatórias.

100.000,00

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167

Meta 08: Criação de setor para um bom gerenciamento do sistema 50.000,00

Ação 17: Criar gerência voltada para atividades de fiscalização e manutenção da rede de

drenagem, além de promover a conscientização da população sobre a utilização do sistema de

drenagem.

50.000,00

PROGRAMA 2: PROJETOS E OBRAS DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA 109.052.000,00

Meta 09: Realização de medidas estruturais 500.000,00

Ação 18: Ampliação, manutenção e construção de novas redes de drenagem, redimensionamento e

adequação da rede existente e alternativas técnicas incluindo o uso de sistemas de infiltração,

retenção e detenção de águas pluviais e controle de escoamento na origem, tendo em vista

primeiramente áreas prioritárias de instalação descritas no diagnóstico e, após isso, em toda a área

de Paracatu Sede.

500.000,00

Ação 19: Proceder à padronização de locação e dimensionamento de bocas de lobo. 200.000,00

Meta 10: Prevenção e controle de inundações e deslizamento de encostas. 25.400.000,00

Ação 20: Delimitação no Plano Diretor Municipal de áreas destinadas a criação de parques lineares

e de áreas destinadas ao amortecimento das inundações.

100.000,00

Ação 21: Elaboração de projetos e execução de obras visando à minimização de inundações e

erosões nas áreas caracterizadas de alto risco e adequação de estruturas hidráulicas de drenagem

para o cenário atual e futuro.

15.000.000,00

Ação 22: Realizar programa de controle de sedimentos reduzindo o solo exposto na área urbana

através de ações de reflorestamento e envolvendo a população local nas atividades de revegetação

300.000,00

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das áreas degradadas, visto que a drenagem de águas pluviais em Paracatu é sacrificada ou

impedida pela forte presença de sedimentos e outros resíduos sólidos.

Ação 23: Elaboração de projeto e implantação de sistema de infiltração e detenção de águas

pluviais nas áreas urbanas para controle de escoamento na fonte, como pavimentos permeáveis,

telhados armazenadores, trincheiras, valas e poços de infiltração, reservatórios de detenção,

sistemas de aproveitamento de água de chuva, etc.

10.000.000,00

Meta 11: Realização de manutenção preventiva e corretiva do Sistema de Drenagem de

Águas Pluviais.

2.600.000,00

Ação 24: Elaboração de plano de manutenção preventiva e corretiva da rede de drenagem visando

garantir o adequado funcionamento do sistema e a eficiência hidráulica de canais e condutos.

100.000,00

Ação 25: Estruturar equipe técnica municipal especializada para realizar a manutenção e vistoria

permanente do Sistema de Drenagem a fim de não acarretar em prejuízos ambientais posteriores.

2.000.000,00

Ação 26: Capacitação e formação desses recursos humanos para a atuação na manutenção,

fiscalização e controle do sistema de drenagem, além da implantação de avaliações e diagnósticos

periódicos baseados em inspeções da rede.

500.000,00

Ação 27: Realizar limpeza das bocas de lobo junto com a varrição das ruas. -

Meta 12: Estabelecimento de metas progressivas para ampliação de cobertura da drenagem urbana

50.000.000,00

Ação 28:Ampliação contínua do atendimento de drenagem urbana, por meio da construção de rede de microdrenagem e melhorias do sistema de macrodrenagem por meio de regularização de canais

50.000.000,00

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e travessias.

Meta 13: Fiscalização de obras no sistema de drenagem urbana. 2.000.000,00

Ação 29: Implementação de um sistema e equipe de fiscalização das obras do Sistema de

Drenagem.

2.000.000,00

PROGRAMA 03: PROTEÇÃO E REVITALIZAÇÃO DOS CORPOS D’ÁGUA 46.615.000,00

Meta 14: Erradicação de ligações clandestinas. 315.000,00

Ação 30: Identificação de lançamentos de esgoto nas redes de drenagem. 100.000,00

Ação 31: Elaboração de uma lei municipal acompanhada de um plano para erradicação de ligações

clandestinas, prevendo penalidades.

40.000,00

Ação 32: Conscientização e sensibilização da população, por meio de educação ambiental

alertando sobre a importância da regularização das ligações na rede de esgoto e consequências

negativas das ligações irregulares.

75.000,00

Ação 33: Fiscalização sistemática para detectar e erradicar ligações clandestinas. 100.000,00

Meta 15: Medidas de proteção e recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e

controle de processos erosivos.

44.300.000,00

Ação 34: Preservar as APPs, principalmente de várzeas inundáveis e áreas de encosta. 2.000.000,00

Ação 35: Realizar o cadastramento ou recadastramento das moradias e moradores estabelecidos

em áreas classificadas como de risco e APP`s, com a elaboração de carta de zoneamento para as

áreas no entorno dos corpos hídricos.

500.000,00

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Ação 36: Recuperação dos pontos mais degradados da mata ciliar em articulação com os órgãos

ambientais competentes.

800.000,00

Ação 37: Proceder à desapropriação de edificações e assentamentos localizados nas APP’s dos

cursos d`água, obedecendo aos limites previstos no Código Florestal (Lei Federal n° 4.771/1965)

com a realocação dessa população em outras áreas a serem planejadas com serviços de infra

estrutura básica.

40.000.000,00

Ação 38: Implantar programas de acompanhamento psico-social da população realojada no sentido

de evitar que estas voltem a ocupar áreas de risco, sujeitas a inundações. Os programas de

acompanhamento psico-social devem contemplar pelo menos a gestão social e patrimonial da nova

habitação social, incluindo a gestão de rendas; a organização de espaços coletivos com a

promoção de atividades sociais, culturais e recreativas no âmbito do apoio à interação social e

comunitária, além da dinamização e auto-organização da população realojada em associações ou

grupos de participação ativa do seu próprio desenvolvimento.

1.000.000,00

Meta 16: Limpeza e desassoreamento de córregos. 2.000.000,00

Ação 39: Realização frequente de limpeza e desassoreamento nos córregos que fazem parte do

sistema de drenagem de Paracatu.

2.000.000,00

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7.5 RESUMO GERAL DOS INVESTIMENTOS

Tabela 48 Consolidação Final

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE PARACATU

CONSOLIDAÇÃO DOS INVESTIMENTOS PLANEJADOS

ÁREA DO SANEAMENTO BÁSICO INVESTIMENTO PREVISTO

ABASTECIMENTO DE ÁGUA R$ 101.095.657,00

ESGOTAMENTO SANITÁRIO R$ 59.249.100,00

RESÍDUOS SÓLIDOS R$ 25.785.000,00

DRENAGEM PLUVIAL R$ 161.690.000,00

TOTAL GERAL R$ 347.819.757,00

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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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http://paracatumemoria.wordpress.com/paracatu/historia-da-cidade. Acessado

em 25 de novembro de 2013.

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globais e regionais. Texto para discussão n◦. 939. Brasília: IPEA, fevereiro

de2003.

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Ambiental. Guia para a elaboração de planos municipais de saneamento

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- BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento

Ambiental. Diretrizes para a definição da Política e Elaboração de Planos

Municipais e Regionais de Saneamento Básico, 2009. Disponível em:

http://www.cidades.gov.br> . Acesso em 12 dez. 2010.

- BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento

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Técnica Brasil-Itália em Saneamento Ambiental: Concepção Geral da

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- BRASIL. (2010). Decreto 7.217, de 21 de junho de 2010. Regulamenta a Lei

nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o

saneamento básico, e dá outras providências.

- BRASIL / CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução

CONAMA nº357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos

corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como

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173

estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras

providências. Brasília, DF, 2005.

- BRASIL / IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em:

<http://biblioteca.ibge.gov.br/>.

- BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso

XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da

Administração Pública e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da

União, 1993.

- BRASIL. Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre o regime de

concessão e permissão da prestação de serviços públicos previstos no art. 175

da Constituição Federal, e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da

União, 1995.

- BRASIL. Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de

Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o

art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990,

de 28 de dezembro de 1989. Brasília, DF, 1997.

- BRASIL. Lei nº 11.079/2004, de 30 de dezembro de 2004. Institui normas

gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da

administração pública. Brasília: Diário Oficial da União, 2004.

- BRASIL. Lei nº 11.107, de 6 de Abril de 2005. Dispõe sobre normas gerais de

contratação de consórcios públicos e dá outras providências. Brasília: Diário

Oficial da União, 2005.

- BRASIL. Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Institui as diretrizes nacionais

para o saneamento básico e a Política Federal de Saneamento Básico no

Brasil. Brasília: Diário Oficial da União, 2007.

- BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional

de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá

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- BRASIL/MC/SNIS. Sistema Nacional de Informações do Saneamento.

Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos – 2007. Ministério das Cidades -

Parte 2 – Tabelas de Informações e indicadores, 2007. 448p.

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Champagnat, 1997.

- GURGEL, Bruno Saback, Dissertação de mestrado n 228. Avaliação de

impactos ambientais por estudo geoquímico na bacia do córrego Rico,

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- PARACATU, Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrografia do Rio

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-PARACATU, Documento técnico do Plano Estratégico de Desenvolvimento

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- SÃO PAULO. Cadernos da Mata Ciliar / Secretaria de Estado do Meio

Ambiente, Departamento de Proteção da Biodiversidade. - N 1 (2009). São

Paulo: SMA, 2009

- SOUZA, C. M. N. Classificação Ambiental e Modelo Casual de Doenças

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- TUTTI, C. E. M.; PORTO, R. L; BARROS, M. T. de. Drenagem Urbana. Porto

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