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Relatório e Contas 2007 1 RELATÓRIO E CONTAS 2007

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Relatório e Contas 2007 1

RELATÓRIO E CONTAS

2007

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ÍNDICE

0. Nota do Presidente ................................................................................... 3

1. Principais Indicadores .............................................................................. 4

2. Síntese do ano 2007 ................................................................................. 5

3. Estrutura Orgânica ................................................................................... 7

4. Enquadramento Macro-Económico e Regulamentar.................................. 9

4.1. Envolvente Macro-Económica ................................................................... 9

4.2. Quadro Regulamentar ............................................................................ 11

5. Evolução e Desenvolvimento Sectorial ................................................... 14

6. Estratégia de Desenvolvimento e Actividade Regulatória do Instituto.... 23

6.1. Estratégia de Desenvolvimento do Instituto........................................... 23

6.2. Actividade Regulatória em 2007............................................................. 25

7. Projectos e Actuação de Gestão.............................................................. 31

8. Recursos Humanos ................................................................................. 36

9. Análise Económica e Financeira.............................................................. 41

9.1. Receita ................................................................................................... 41

9.2. Despesa.................................................................................................. 44

9.3. Situação Económica................................................................................ 46

9.4. Situação Financeira ................................................................................ 51

10. Perspectivas Futuras .............................................................................. 53

11. Demonstrações Financeiras Consolidadas .............................................. 55

11.1. Balanço................................................................................................... 55

11.2. Demonstração de Resultados ................................................................. 56

11.3. Demonstração de Fluxos de Caixa .......................................................... 57

ANEXO – Legislação em Vigor........................................................................... 59

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0. Nota do Presidente O ano de 2007 foi um ano de viragem na história do Sector da Construção e do Imobiliário em Portugal. O processo de reorganização dos serviços centrais do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC) foi iniciado com a aprovação da respectiva Lei Orgânica, resultante do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE). Neste âmbito, o Instituto dos Mercados de Obras Públicas e Particulares e do Imobiliário (IMOPPI) foi objecto de reestruturação, passando a designar-se Instituto da Construção e do Imobiliário, I. P. (InCI, I.P.) com a publicação da Lei Orgânica e respectivos Estatutos, e mantidas as comissões de serviço dos membros do conselho de administração do antigo IMOPPI, até ao final do respectivo mandato, em 2009, agora como membros do conselho directivo do InCI, I.P.. A nova Lei Orgânica veio consubstanciar a ideia, que sempre presidiu à gestão que vinha sendo aplicada no Instituto, da actividade deste cobrir a globalidade do sector da Construção e do Imobiliário. Assim ao reestruturar, foram reforçadas as suas atribuições sendo sua missão regular e fiscalizar o sector da construção e do imobiliário, dinamizar, supervisionar e regulamentar as actividades desenvolvidas neste sector, produzir informação estatística e análises sectoriais e assegurar a actuação coordenada do Estado no sector. Esta é missão e foi o trabalho de um ano, difícil, 2007, onde os colaboradores do InCI demonstraram, perante as dificuldades sempre inerentes à mudança, capacidade de trabalho e dedicação à causa pública, a dedicação à regulação de um sector essencial para a economia de Portugal.

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1. Principais Indicadores

Identificam-se, no quadro abaixo, os principais indicadores relativos ao ano de 2007, que deverão ser interpretados tendo em conta as seguintes designações e notas explicativas:

� N.º actos regulatórios = N.º Alvarás concedidos + n.º Alvarás reclassificados + n.º Licenças de Mediação concedidas + n.º Inscrições de Angariadores efectuadas

Para além destes actos regulatórios, o InCI, I.P. é também responsável pela emissão, modificação e revalidação de Títulos de Registo, bem como pela revalidação de Alvarás, Licenças de Mediação Imobiliária e de Cartões de Angariador Imobiliário.

Neste indicador são apenas contabilizados os pedidos deferidos, ficando excluídos todos os processos indeferidos cuja análise requer os mesmos recursos.

� DC = Decisões condenatórias

� DC contestadas = DC contestadas mas não vencidas em tribunal

Indicador Fórmula de Cálculo

2007 2006

Desvio 2007/06

Indicadores Económico-Financeiros Património (103) Conta 51 do POCP 11.408 11.408 -

Fundos Próprios (103) Somatório da classe 5 do POCP 11.216 10.060 11%

Resultado Líquido (103) Conta 88 do POCP 1.156 478 142%

Taxa Cobertura custos por proveitos próprios

Proveitos operacionais próprios

Custos operacionaisx 100

109% 105% 4%

Indicadores Orçamentais Execução do Orçamento da Despesa

Total dos Pagamentosx 100

Orçamento corrigido da Despesa 81% 84% -3%

Execução do Orçamento da Receita

Total dos Recebimentosx 100

Orçamento corrigido da Receita 104% 113% -9%

Relação da Receita e Despesa Despesa Processada

x 100Receita Cobrada

120% 124% -4%

Indicadores de Actividade

Número Empresas com Alvará Número de empresas com Alvará válido a 31 de Dezembro. 23.829 24.985 -5%

Número Empresas com Título Registo Número de empresas com Titulo de Registo válido a 31 de

Dezembro. 31.141 24.403 28%

Número Empresas com Licença de Mediação Imobiliária

Número de empresas com Licença de Mediação Imobiliária válida a 31 de Dezembro. 3.990 3.790 5%

Número Angariadores Imobiliários inscritos

Número de Angariadores Imobiliários com inscrições válidas a 31 de Dezembro. 1.275 725 76%

Indicadores de Eficiência Custo Operacional por Acto Regulatório

Custos operacionais

N.º actos regulatórios €2206 €2224 -0,8%

Produtividade

N.º actos regulatórios

N.º colaboradores 36 34 15%

Indicador de Qualidade Qualidade da Actividade Fiscalizadora N.º total de DC

x 100DC não contestadas + DC contestadas

99% - -

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2. Síntese do ano 2007 Os princípios orientadores do IMOPPI, que estiveram na origem da consequente alteração da sua lei orgânica que o transformou em InCI, estiveram presentes na gestão do Instituto até 26 de Julho de 2007, data em que foram definidos os princípios orientadores de gestão e as orientações estratégicas específicas do InCI, I.P., e aprovado o modelo do contrato de gestão, assinado por cada membro do Conselho Directivo, para o triénio 2007-09, trazendo a este Instituto exigências redobradas na prossecução da eficácia e eficiência organizativas. Este contrato contemplou a definição de linhas estratégicas orientadoras aliadas a objectivos anuais e plurianuais que demandam o cumprimento de indicadores bastante exigentes. Em termos de linhas de actuação estratégica foi dado relevo ao alargamento da actividade regulatória a outros agentes da cadeia de valor do sector da construção e do imobiliário e ainda ao reforço da defesa do consumidor. Neste sentido, foram, durante o ano de 2007, concluídos os projectos de regulação da actividade das empresas de Administração de Condomínios e de Promoção Imobiliária e, simultaneamente, de reforço das garantias dos adquirentes de imóveis, projectos que se encontram em apreciação pela Tutela. Ao longo do ano decorreram, ainda, outros projectos, dos quais se destacam:

� Coordenação dos trabalhos que conduziram à elaboração do Código dos Contratos Públicos;

� Elaboração da proposta de lei de revisão do Decreto n.º 73/73, de 28 de

Fevereiro, que atribui a responsabilidade pela execução dos projectos de arquitectura dos edifícios aos Arquitectos e define as competências profissionais para a elaboração de projectos para a actividade de Fiscalização e de Direcção de Obra.

� Elaboração do projecto do diploma que cria o Bilhete de Identidade do Imóvel,;

com o objectivo de simplificar, desmaterializar e redefinir os termos da actual Ficha Técnica da Habitação.

� Início do desenvolvimento de um Sistema Integrado de Gestão no InCI, I.P.

Foram também organizados os seguintes eventos:

� Conferência Internacional sobre Construção Sustentável “Sustainable Construction, Materials and Practices — Challenge of the Industry for the New Millennium, Portugal SB07” (12 a 14 de Setembro de 2007);

� Recepção da delegação da Comissão Nacional de Inscrição e Classificação dos

Projectistas de Obras Públicas, Empreiteiros de Obras Públicas, Industriais de Construção Civil e Fornecedores de Obras – CONICLE, órgão dependente do Ministério das Obras Públicas da República de Angola (17 a 21 de Setembro);

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� Conferência “Public Procurement Network (PPN): Ad-Hoc meeting on the Past, Present and Future of the PPN” (12 e 13 de Novembro);

� Sessão temática nacional dedicada às oportunidades para a Construção e a

Engenharia Civil no 7.º Programa Quadro da União Europeia com divulgação dos benefícios da participação das empresas na Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção (18 de Dezembro).

Com a entrada em vigor da Lei Orgânica do InCI, I.P., a 1 de Maio, o portal electrónico foi redesenhado de forma a acolher a nova imagem do Instituto. Tal veio facilitar o acesso à informação relevante sobre os sectores da Construção e do Imobiliário, e modernizar os processos através da disponibilização de novas funcionalidades.

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3. Estrutura Orgânica Em Abril de 2007, com a publicação da Lei Orgânica do InCI, I.P., consagrada no Decreto-Lei n.º 144/2007, de 27 de Abril, foram definidas as várias atribuições do Instituto bem como a sua nova missão, estrutura e organização.

A estrutura e organização do InCI, I.P. compreendem os seguintes órgãos:

� O Conselho Directivo;

� O Conselho Consultivo;

� O Fiscal Único;

� As Comissões Técnicas Especializadas:

o Comissão de Classificação de Empresas de Construção (CCEC); o Comissão de Índices e Fórmulas de Empreitadas (CIFE).

A organização interna do InCI, I.P., definida nos respectivos Estatutos publicados em anexo à Portaria n.º 542/2007, de 30 de Abril, é composta por unidades orgânicas com funções de apoio estratégico ao Conselho Directivo, com funções directamente relacionadas com a actividade nuclear do InCI, I.P. e com funções de suporte.

Conselho Directivo

Direcção de RegulaçãoDirecção de

Coordenação e

Iniciativas Estratégicas

Gabinete Jurídico

Direcção de Análise de

Mercados

Gabinete de Sistemas

de Informação

Direcção Administrativa,

Financeira e de Recursos

Humanos

Gabinete de Controlo

de Gestão e

Desempenho

Departamento de

Inspecção

Departamento de

Sancionamento

Departamento de

Qualificação

Funções de suporte Funções nucleares

Apoio estratégico ao

Conselho Directivo

Funções de Suporte Funções Nucleares

Apoio Estratégico ao

Conselho Directivo

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No âmbito do Apoio Estratégico ao Conselho Directivo concorrem três unidades orgânicas de nível I:

� O Gabinete de Controlo de Gestão e Desempenho;

� O Gabinete de Sistemas de Informação;

� O Gabinete Jurídico. As funções nucleares e de suporte são asseguradas por quatro unidades orgânicas de nível I, designadas por Direcções, que se subordinam hierárquica e funcionalmente ao Conselho Directivo, das quais dependem os respectivos Departamentos, unidades orgânicas de nível II:

� A Direcção de Regulação:

o Departamento de Qualificação;

o Departamento de Inspecção;

o Departamento de Sancionamento;

� A Direcção de Coordenação de Iniciativas Estratégicas; � A Direcção de Análise de Mercados;

� A Direcção Administrativa, Financeira e de Recursos Humanos.

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4. Enquadramento Macro-Económico e Regulamentar

4.1. Envolvente Macro-Económica Em 2007, à semelhança dos últimos anos, a evolução da economia portuguesa continuou a ser condicionada por vários factores de ordem externa decorrentes da intensificação do processo de globalização económica. O segundo semestre de 2007 foi marcado por três choques externos interligados entre si com evidentes repercussões na economia nacional: a turbulência dos mercados financeiros internacionais associada à reavaliação do risco dos investidores; a subida significativa dos preços do petróleo e das matérias- -primas alimentares nos mercados internacionais e a desaceleração da economia norte- -americana motivada pela crise no mercado imobiliário. Dadas as especificidades da economia nacional, uma pequena economia aberta e totalmente integrada ao nível económico e financeiro, estes factores repercutiram-se de forma bastante significativa, condicionando o crescimento económico. Em termos nominais, o PIB ascendeu a cerca de 162,9 mil milhões de euros apresentando um crescimento em volume de 1,9%, o valor mais elevado desde 2001, mas ainda assim inferior ao da média europeia (2,9%) e da zona Euro (2,6%). A manutenção dos processos de correcção dos desequilíbrios macroeconómicos da economia nacional, como a consolidação orçamental e o crescimento moderado do consumo privado, foram fundamentais para esta evolução positiva do PIB.

PIB em volume (preços de 2000) Taxas de variação anual em %

Fonte: INE Contas Nacionais Trimestrais – 4º Trimestre de 2007

A análise das componentes do PIB permite observar que os grandes responsáveis pela evolução positiva foram a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e a procura interna.

2007

2006

Despesas de Consumo Final

1,2

0,5

Formação Bruta de Capital 3,2 -0,8

Procura Interna 1,6 0,3

Exportações

7,1

9,2

Importações 5,4 4,6

PIB 1,9 1,3

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Em 2007 assistiu-se à recuperação do investimento (FBCF) que cresceu cerca de 3,2% e a uma maior dinâmica da procura interna (+1,6%), nomeadamente ao nível do consumo de bens duradouros. O aumento da FBCF ocorreu num contexto de aumento da confiança dos empresários, que potenciou o aumento do investimento em máquinas e equipamentos. Este comportamento positivo só foi possível pois a turbulência nos mercados financeiros ainda não se havia repercutido nas condições de financiamento dos privados. O consumo privado apresentou, em 2007, um crescimento, relativamente contido (cerca de 1,5%). A contenção verificada no aumento deste indicador económico está relacionada com factores conjunturais como a elevada taxa de desemprego verificada, o aumento da carga fiscal e das taxas de juro, factores que condicionam o Índice de Confiança dos Consumidores que atingiu, em 2007, os valores mais baixos desde 2003. A inflação, medida pela taxa de variação média anual do Índice harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) foi também um dos motivadores da contenção do consumo. Nos últimos meses do ano este indicador registou um aumento significativo motivado pelo aumento dos preços dos combustíveis e dos bens alimentares. Este aumento de preços influenciou em primeira análise os sectores dos Transportes e das indústrias alimentares, acabando por atingir toda a economia. A diminuição da Procura Externa Líquida influenciada pelo decréscimo das Exportações e o aumento das Importações foi outro dos factores que atenuou o crescimento do PIB. No entanto e apesar do decréscimo verificado em 2007, mercê da deterioração dos termos de troca dada a valorização do Euro face ao Dólar, as exportações mantiveram-se como a componente mais dinâmica da procura global, nomeadamente ao nível das exportações de serviços, de onde se destacam os relacionados com o turismo. Outro dos factores marcantes da economia nacional em 2007 foi o Desemprego. A taxa de desemprego atingiu no final de 2007 níveis historicamente elevados (8%). Segundo o IEFP dos cerca de 400.000 desempregados existentes, uma grande fatia possui baixa qualificação profissional e já atingiu os 45 anos de idade, pelo que muitos estão numa situação de desemprego de longa duração. Relativamente ao défice orçamental, verificou-se em 2007 uma diminuição substancial do peso deste indicador no PIB. De facto, no final do ano este representava 2,6% do PIB, menos 1,3% do que em 2006, sendo que, para esta redução em muito contribuíram os processos de consolidação das contas públicas e de contenção orçamental. A redução do défice orçamental para os valores referidos demonstra o claro cumprimento das directivas impostas pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento.

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4.2. Quadro Regulamentar

O ano em análise foi marcante no que respeita à publicação de diplomas e preparação de projectos legislativos. LEGISLAÇÃO PUBLICADA EM 2007 Instituto da Construção e do Imobiliário, I. P. No seguimento da publicação da Lei Orgânica do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (Decreto-Lei n.º 210/2006, de 27 de Outubro), foi publicada a Lei Orgânica Instituto da Construção e do Imobiliário, I. P. (Decreto-Lei n.º 144/2007, de 27 de Abril) e respectivos Estatutos (Portaria n.º 542/2007, de 30 de Abril). Por sua vez, com a publicação do Despacho n.º 16693/2007, de 31 de Julho, foram mantidas as comissões de serviço dos membros do conselho de administração do antigo IMOPPI, até ao final do respectivo mandato, em 2009, agora como membros do conselho directivo. Este Despacho produziu efeitos a partir da data de entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 144/2007, de 27 de Abril. Com a publicação do Despacho n.º 19360/2007, de 28 de Agosto, foram definidos os princípios orientadores de gestão e as orientações estratégicas específicas do InCI, I.P., e aprovado o modelo do contrato de gestão, assinado por cada membro do Conselho Directivo, a 26 de Julho de 2007, para o triénio 2007-09. A identificação gráfica do Instituto foi redesenhada, tendo sido criado um novo logótipo, publicado na Portaria n.º 1452/2007, de 12 de Novembro. Na mesma data e por forma a adoptar a nova imagem do InCI, I.P. foi aprovado, com a publicação da Portaria n.º 1451/2007, o modelo de cartão de identificação para uso dos trabalhadores do Instituto que desempenham funções de inspecção e fiscalização. Actividades Reguladas No sector da construção foi publicada a Portaria n.º 73/2007, de 11 de Janeiro, que fixou as classes das habilitações contidas nos alvarás e respectivos valores para 2007, sendo estes actualizados anualmente através de Portaria. Abrangendo as actividades reguladas pelo InCI, I.P. foi publicado o Decreto-Lei n.º 371/2007, de 6 de Novembro, que veio alterar e republicar o Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de Setembro, que estabelece a obrigatoriedade de disponibilização do livro de reclamações em todos os estabelecimentos onde se forneçam bens e se prestem serviços aos consumidores.

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Empreitadas de Obras Públicas No âmbito das Empreitadas de Obras Públicas foi publicado o Aviso n.º 17059/2007, de 11 de Setembro, que fixou os valores dos índices de custos de mão-de-obra, materiais e equipamentos de apoio, relativos aos meses de Janeiro, Fevereiro e Março de 2007, para efeito de aplicação das fórmulas de revisão de preços. PROJECTOS LEGISLATIVOS

Código dos Contratos Públicos

Com a participação do Instituto, foram concluídos, em 2007, os trabalhos que visaram a elaboração do Código dos Contratos Públicos, tendo este sido aprovado na especialidade em Conselho de Ministros no dia 20 de Setembro de 2007. O Código dos Contratos Públicos irá proceder à transposição das directivas comunitárias n.os 2004/17 e 2004/18, (ambas do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31.03) e passará a regular a formação e execução dos contratos públicos, codificando e revogando as regras dispersas por diversos diplomas, nomeadamente o DL n.º 59/99, de 02.03 (empreitadas de obras públicas), o DL n.º 197/99, de 08.06 (aquisições de bens e serviços) e o DL n.º 223/2001, de 09.08 (empreitadas e aquisições no âmbito dos sectores especiais). Desta forma foram concretizadas as seguintes Medidas Simplex 2007 atribuídas ao InCI, I.P.:

� M229 – Empreitadas de obras públicas: com a entrada em vigor do Código dos Contratos Públicos, os procedimentos de contratação pública serão mais simples e desmaterializados através do lançamento de concursos públicos por via electrónica no portal www.base.gov.pt;

� M230 – Concursos públicos, fim do acto público: no referido portal serão consultadas on-line a lista dos concorrentes admitidos, bem como as propostas apresentadas, acabando a necessidade de realizar o acto público;

� M231 – Concursos públicos, requisitos de habilitação: com a entrada em

vigor do Código dos Contratos Públicos, os concorrentes estarão dispensados de apresentar, na fase de apresentação de propostas, os documentos de habilitação, recaindo essa obrigação apenas sobre o adjudicatário.

Projecto de lei que revogará o Decreto-Lei n.º 73/73, de 28 de Fevereiro

Dando continuidade ao trabalho desenvolvido em 2006, no âmbito da Comissão envolvendo o CSOPT, a Ordem dos Engenheiros e a Associação Portuguesa de Consultores e Projectistas, foi reformulado o projecto de lei que estabelece a qualificação profissional exigível aos técnicos responsáveis pela elaboração e subscrição de projectos de obra, pela fiscalização de obra pública e particular e pela direcção de obra, e os deveres que lhes são, respectivamente, aplicáveis. Este projecto de lei encontra-se em apreciação na Assembleia da República (PL 116/X) e revogará o Decreto-Lei n.º 73/73, de 28 de Fevereiro.

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Administração de Condomínios e Promoção Imobiliária

Foram reformulados e concluídos os projectos de regulação da actividade das empresas de Administração de Condomínios e de Promoção Imobiliária e, simultaneamente, de reforço das garantias dos adquirentes de imóveis. Estes projectos encontram-se em apreciação pela Tutela do Instituto e têm como objectivo o alargamento da actividade regulatória a outros agentes da cadeia de valor do sector da construção e do imobiliário e ainda o reforço da defesa do consumidor.

Bilhete de Identidade do Imóvel

Foi elaborada a primeira versão do projecto do diploma que criará o Bilhete de Identidade do Imóvel (BII), visando substituir a Ficha Técnica da Habitação, criada pelo Decreto-Lei n.º 68/2004, de 25 de Março. O BII constituirá um instrumento destinado a facultar aos interessados em geral e, em especial, aos consumidores, um conjunto de informação descritiva dos imóveis e dos fogos ou fracções autónomas que os constituam, bem como a referência e localização dos documentos cuja consulta é adequada para a obtenção da caracterização completa dos diversos elementos do prédio e das suas fracções autónomas.

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5. Evolução e Desenvolvimento Sectorial O sector da construção tem sido desde sempre um dos sectores impulsionadores da economia nacional, pelo seu peso específico na criação de riqueza e de emprego, mas também pelos efeitos que tem em diferentes sectores de actividade a montante e a jusante da sua cadeia de produção. Este sector está contudo, desde 2002, em crise, a mais prolongada dos últimos 50 anos, com sucessivas quebras na produção e consequente redução da actividade que, em termos acumulados se estima que atinja os 22%. Esta crise prolongada tem a sua génese na redução simultânea da produção e do investimento em infra-estruturas, em ambos os segmentos, residencial e não residencial. No entanto e após longos 6 anos de crise, o ano de 2007 apresentou-se como o ano de viragem para o sector da construção. Durante a crise, as consequências fizeram-se sentir ao nível não só económico mas também social. O número de falências aumentou significativamente e com ele aumentaram os números do desemprego e da emigração de mão-de-obra operária para outros países da União Europeia. As empresas tentaram adaptar-se aos novos condicionalismos do mercado apostando na inovação e na diversificação das actividades produtivas e mercados. Assistiu-se assim, neste período, a um aumento de fusões e aquisições, a deslocações para mercados mais atractivos e à internacionalização da actividade.

Formação Bruta de Capital Fixo

O aumento da confiança dos empresários e consequente investimento em máquinas e equipamentos motivou um significativo crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em 2007, sendo mesmo a componente do Produto Interno Bruto (PIB) que registou a maior recuperação. De facto, no 4º trimestre de 2007 este indicador verificou uma variação homóloga de 8,7%, indiciando uma inversão da tendência de decrescimento assistida nos últimos anos.

Formação Bruta de Capital Fixo em volume(Taxas de variação homóloga %)

-8,0

-3,0

2,0

7,0

12,0

1ºT05 2ºT05 3ºT05 4ºT05 1ºT06 2ºT06 3ºT06 4ºT06 1ºT07 2ºT07 3ºT07 4ºT07

FBCF Total FBCF da Construção

Fonte: INE – Contas Nacionais Trimestrais e Anuais Preliminares (Base 2000) – 4º Trimestre de 2007

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Relatório e Contas 2007 15

O investimento na Construção acompanhou a variação positiva global, registando, no final de 2007, um crescimento homólogo de 6,5% em volume, contribuindo para uma maior solidez na Formação Bruta de Capital Fixo. Contudo o clima de incerteza quanto à evolução da actividade económica e as restrições impostas pelas regras orçamentais originaram um decréscimo de cerca de 3 pontos percentuais no contributo do sector da construção para a FCBF no último triénio, passando de 48,9% em 2005 para 45,3% em 2007. Para além disto, o elevado grau de endividamento das famílias motivou o necessário ajustamento do investimento em habitação, após a fase de expansão que caracterizou a última década.

Valor Acrescentado Bruto

A evolução favorável do comportamento da FBCF contribuiu para o acréscimo real homólogo de 2,1% do Valor Acrescentado Bruto (VAB), valor superior ao registado no período homólogo anterior – 1,7%, do VAB no 4º trimestre de 2007.

Fonte: INE – Contas Nacionais Trimestrais e Anuais Preliminares (Base 2000) - 4º Trimestre de 2007

Este comportamento ficou a dever-se essencialmente à evolução favorável do sector da Construção, ao registar uma variação homóloga positiva de 5,7%, o que já não acontecia desde 2002. Esta evolução positiva está directamente relacionada com o comportamento da FBCF na Construção, nomeadamente ao nível da componente de Obras Públicas. Contudo, em termos de contributo do sector da Construção para o VAB total verifica-se que o mesmo tem vindo a decrescer no triénio 2005-2007, passando de 6,3% em 2005 para 5,8% em 2007.

Valor Acrescentado Bruto (Taxas de variação homóloga %)

-8,0

-6,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

1ºT / 05 2ºT / 05 3ºT / 05 4ºT / 05 1ºT/06 2ºT / 06 3ºT / 06 4ºT / 06 1 ºT / 07 2 ºT / 07 3 ºT/07 4 ºT/07

VAB Construção VAB Total

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Relatório e Contas 2007 16

Emprego nos sectores da construção e do imobiliário

A situação do emprego em Portugal agravou-se em 2007 mercê dos vários factores que influenciaram a economia nacional e da própria estrutura laboral nacional. Assistiu-se à deslocação de várias empresas de capital estrangeiro para mercados mais apetecíveis e ao encerramento de várias unidades produtivas nacionais, nomeadamente do sector têxtil, incapazes de sobreviver à concorrência dos produtos asiáticos. Todas estas condicionantes influenciaram de maneira significativa a situação do emprego em Portugal. Assim, em 2007 a população activa era composta por 5.618.000 pessoas, cerca de 52% da população total e deste montante cerca de 449.000 pessoas encontravam-se numa situação de desemprego. Apesar da trajectória crescente, verificada no triénio, em termos de população activa, a composição deste indicador tem sofrido alterações, traduzidas num maior crescimento da população desempregada. De facto, entre 2006 e 2007 registou-se um acréscimo de cerca de 31.000 pessoas (0,6%) na população activa, e um crescimento de 0,2% da população empregada (10.200 pessoas). A população desempregada, por sua vez, registou uma variação de 4,9%, ou seja, um acréscimo de 20.800 pessoas.

A população empregue nos sectores da Construção e nas Actividades Imobiliárias acompanhou a trajectória crescente da população activa. Em 2007, o sector da Construção foi responsável por empregar 11% da população activa ou seja, cerca de 570.800 pessoas, mais 3,2% do que em 2006. As Actividades Imobiliárias, por sua vez empregavam cerca de 325.400 pessoas, cerca de 6,3% da população activa e 10% mais do que o verificado em 2006.

0

100

200

300

400

500

600

2005 2006 2007

Construção Actividades Imobiliárias

Milh

are

s Pess

oas

Fonte: INE

População empregue na Construção e nas Actividades Imobiliárias

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Relatório e Contas 2007 17

Obras Particulares: Licenciadas vs. Concluídas

O clima de instabilidade económica, os níveis de desemprego e endividamento das famílias e a escalada das taxas de juro contribuíram para a diminuição da procura de habitação com consequentes reflexos ao nível do mercado de obras particulares que manteve a tendência decrescente dos últimos 6 anos. Obras Licenciadas em 2007

Obras Concluídas em 2007

1º T 2º T 3º T

4º T(R) Total

1º T

2º T 3º T

4º T(R) Total

Edifícios Residenciais e não Residenciais 11 587

11 359 11 083

10 677 44 706

10137

9 680

9 671

9 148

38 636

Edifícios Residenciais 7 439

7 045 6 843

6 544 27 871

6 634

6 295

6 290

5 842

25 061

Fogos 17 118

15 217 15 933

15 560 63 828

15 693

14 931

15 191

13 209

59 024

Fonte: INE (R) Dados Revistos

Durante ao ano de 2007, foram licenciados em Portugal cerca de 45.000 edifícios, dos quais 62% corresponderam a edifícios residenciais. Neste mesmo ano foram concluídos1 38.636 edifícios, cerca de 65% dos quais residenciais, num total de 59.024 fogos.

Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R.A. Açores R.A.M adeira

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

Fogos Licenciados e Concluídos em 2007

Fogos Licenciados Fogos Concluídos

Fonte: INE (R) Dados Revistos

O Norte do país é a região com maior número de obras licenciadas e concluídas, seguida da região Centro e da Grande Lisboa. Juntas, estas três regiões representam mais de 70% dos licenciamentos e conclusões de obras verificadas no território português.

1 Construções novas, ampliações, alterações e reconstruções de edifícios.

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Relatório e Contas 2007 18

Obras Públicas: Concursos Abertos e Adjudicados

Os dados disponíveis ilustram um comportamento mais favorável do mercado de obras públicas no ano de 2007, motivado, em parte, pelo início do Quadro de Referência Estratégica Nacional 2007-2010 em paralelo com a realização de projectos ainda financiados pelo Quadro Comunitário de Apoio 2000-2006. Em 2007 foram abertos 2.210 concursos públicos, o que corresponde a um acréscimo de cerca de 8,5% relativamente ao ano anterior. Cerca de 60% (1.330) das aberturas de concursos públicos foi promovida pelas Autarquias, 21% (479) por Outras Entidades Donos de Obra Pública e 18% (401) pelo Estado.

Valor dos Concursos Abertos

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

Valor total Estado Autarquias OutrasEntidades

Mil

milh

ões

de €

2005

2006

2007

Apesar do acréscimo no número de concursos públicos abertos, o valor global dos mesmos, que ascendeu aos 2.690 mil milhões de euros, decresceu cerca de 10%. É de realçar que, apesar de serem as Autarquias a abrir a maioria dos concursos públicos, é ao nível das Outras Entidades Donos de Obra Pública que o valor global é maior. No ano em análise foram registadas 2.017 adjudicações de obras públicas, num valor global de 3.011 mil milhões de euros, verificando-se, assim, um acréscimo de cerca de 2,4% no número de adjudicações e de 29% no valor global, relativamente ao ano anterior.

Valor dos concursos Adjudicados

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

Valor total deobras

adjudicadas

Estado Autarquias OutrasEntidades

Mil

milh

ões

de

Euro

s

2005

2006

2007

Fonte: Bolin e InC No que respeita ao tipo de obra verifica-se a predominância do segmento da Engenharia Civil, já que cerca de 46% dos concursos abertos e 57% das adjudicações em 2007 referem-se a Obras de Urbanização e Vias de Comunicação.

Fonte: Bolin e InCI, I.P.

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Relatório e Contas 2007 19

Índices de produção na construção e obras públicas

Índices Brutos de Produção

60

65

70

75

80

85

90

95

100

Total Construção de Edifícios Obras de Engenharia

(*) - Rectificação, em resultado da substituição das estimativas efectuadas para as não respostas, por respostas efectivas entretanto recebidas das empresas.

A produção na construção e obras públicas apresenta uma tendência decrescente ao longo do período de referência 2005-2007 e os dois segmentos considerados registaram andamentos no mesmo sentido.

Índice de Custos de Construção

Índice de Custos de Construção de Habitação Nova Variação Anual Homóloga (%)

0,00%

0,50%

1,00%

1,50%

2,00%

2,50%

3,00%

3,50%

4,00%

4,50%

5,00%

Total Apartamentos Moradias

O índice de custos de construção de habitação nova registou em Dezembro um crescimento de 3,5%, face ao mesmo período de 2006. Este comportamento foi determinado pela aceleração da componente materiais e pela estabilização na componente mão-de-obra.

Fonte: INE

Fonte: INE

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Relatório e Contas 2007 20

Crédito à habitação

O clima de instabilidade económica, os níveis de desemprego e a escalada das taxas de juro contribuíram para uma diminuição da procura de habitação com consequentes reflexos na celebração de contratos de crédito à habitação. De facto, muito embora a análise trimestral permita observar uma trajectória crescente durante o ano de 2007, relativamente a 2006 assistiu-se a uma quebra de cerca de 0,5% na celebração destes contratos.

. Segundo os dados estatísticos da Direcção Geral do Tesouro, em 2007, foram celebrados 148.235 contratos de crédito à habitação num montante global de 13.894 milhões de euros.

Taxa de juro implícita

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se no mês de Dezembro de 2007 em 5,5%, agravando-se em 0,06 p.p. face a Novembro e prolongando a tendência de subida iniciada em Dezembro de 2005.

A subida mensal da taxa de juro implícita no conjunto dos contratos em vigor abrangeu todos os destinos de financiamento: aquisição de terreno para construção de habitação (0,159 p.p.), construção de habitação (0,068 p.p.) e aquisição de habitação (0,060 p.p.), situando-se as respectivas taxas em 5,43%, 5,50% e 5,51%.

Número de Contratos Celebrados por Trimestre

30.000

32.000

34.000

36.000

38.000

40.000

42.000

1º T 2º T 3º T 4º T 1º T 2º T 3º T 4º T 1º T 2º T 3º T 4º T

2005 2006 2007

3,0%

3,5%

4,0%

4,5%

5,0%

5,5%

6,0%

6,5%

Jan-

05

Fev-05

Mar-0

5

Abr-05

Mai-0

5

Jun-

05

Jul-0

5

Ago-

05

Set-0

5

Out-0

5

Nov-05

Dez-0

5

Jan-

06

Fev-06

Mar-0

6

Abr-06

Mai-0

6

Jun-

06

Jul-0

6

Ago-

06

Set-0

6

Out-0

6

Nov-06

Dez-0

6

Jan-

07

Fev-

07

Mar-0

7

Abr-07

Mai-0

7

Jun-

07

Jul-0

7

Ago-

07

Set-0

7

Out-0

7

Nov-

07

Dez-0

7

Total Regime Geral Bonif. Total

Bonif. Jovem Bonif. Não JovemFonte: INE

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Relatório e Contas 2007 21

Acidentes de trabalho

Segundo informação da Autoridade para as Condições do Trabalho, que sucedeu aos extintos Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho e Inspecção-Geral do Trabalho, verifica-se que em 2007, foram registados 163 acidentes de trabalho mortais, mais 6 do que em 2006.

169

86

157

71

163

82

0 50 100 150 200 250

Total

Const.

Total

Const.

Total

Const.

2005

2006

2007

O sector da Construção Civil, atendendo ao risco que é característica inerente aos trabalhos a executar, continua a ser aquele com maiores índices de sinistralidade, sendo responsável, em 2007, por mais de metade dos acidentes de trabalho mortais ocorridos a nível nacional, sendo as quedas em altura e a electrocussão os acidentes mortais mais comuns.

Síntese

Totais Nacionais Unidade 2007 2006 FBCF (preços constantes 2000) 10 6 € 30.319,6 29.379,0

VAB (preços constantes 2000) 10 6 € 115.928,9 113.802,5 Emprego 10 3 5.169,7 5 159,5

Construção Unidade 2007 2006

FBCF (preços constantes 2000) 10 6 € 13.724,8 13.740,7 VAB (preços constantes 2000) 10 6 € 6.737,1 6.727,8 Emprego 10 3 570,8 553,0

Peso da Construção na Economia Unidade 2007 2006

FBCF % 45,3 46,8 VAB % 5,8 5,9 Emprego % 11,0 10,7

Fonte: INE – Contas Nacionais Trimestrais e Anuais Preliminares (base 2000) 4º trimestre de 2007 e Estatísticas do Emprego 4º trimestre de 2007

Em síntese, apesar da performance menos boa que o sector tem revelado, a sua importância e dimensão nacional continuam a ser evidentes, conforme se pode observar na tabela acima.

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Tal facto é visível ao nível da FBCF e do Emprego. Muito embora o peso da Construção na FBCF tenha decrescido cerca de 3 pontos percentuais entre 2005 e 2007, esta actividade engloba, ainda assim, 45,3% do Investimento global do país e emprega cerca de 11% da população activa. Estes valores, demonstrativos da importância do sector na actividade económica e na estabilidade social do país, ficam, contudo, muito aquém dos que se registam nos países europeus com maiores índices de crescimento económico.

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Relatório e Contas 2007 23

6. Estratégia de Desenvolvimento e Actividade Regulatória do Instituto

6.1. Estratégia de Desenvolvimento do Instituto Na sequência do Plano Estratégico do InCI, I.P. definido, estabelecem-se linhas de orientação estratégica para a sua actuação que incorporam desígnios de contribuição para o desenvolvimento sectorial, eficiência e sustentabilidade financeira:

� Operacionalizar o novo posicionamento estratégico, alargando as actividades de ordenamento e regulação aos vários agentes da fileira da Construção e do Imobiliário e facilitando e dinamizando as iniciativas estratégicas que permitirão assegurar a competitividade e sustentabilidade do sector;

� Construir uma sólida base de conhecimento e de informação do sector da

construção e do imobiliário que possa ser a base da definição e avaliação de políticas sectoriais e de estratégias de negócio;

� Alinhar a organização e processos internos com os requisitos do novo

posicionamento estratégico e com desígnios de eficácia e de eficiência;

� Assegurar a sustentabilidade económico-financeira libertando os meios financeiros indispensáveis para cobrir os custos de funcionamento e financiar investimentos relacionados com a melhoria da eficácia no cumprimento da sua actividade;

� Concretizar melhorias no serviço ao cliente e promover o desenvolvimento do

sector. É objectivo da actuação do InCI, I.P., a implementação de uma filosofia de gestão profissionalizada, baseada nas competências adequadas e no incremento da contribuição para o desenvolvimento do respectivo sector de actuação segundo os mais exigentes parâmetros de qualidade, em prol do cumprimento da sua missão, traduzidos em objectivos ambiciosos (mas atingíveis) e mensuráveis anual e plurianualmente:

� Adopção das melhores práticas de gestão de organismos públicos, valorizando a pluri-participação, o trabalho em equipa e as capacidade e polivalência dos recursos, incrementando a percepção, estudo e conhecimento dos mercados e potenciando a eficácia dos canais de comunicação, internos e externos, a assertividade da actuação própria e a penetração dos valores tutelados junto dos agentes económicos, stake-holders e dos consumidores em geral;

� Desenvolvimento de uma cultura organizacional orientada para a excelência do

desempenho, através da utilização de um conjunto de práticas de referência, que possibilitem ao Instituto o sucesso no caminho da procura da sustentabilidade, assente, fundamentalmente, numa nova filosofia de gestão que contemple as dimensões económica, ambiental e social;

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� Prestação de um serviço de qualidade aos cidadãos;

� Garantia de eficiência económica nos custos suportados e nas soluções adoptadas para prestar esse serviço;

� Observância dos princípios gerais da actividade administrativa, quando estiver em

causa a gestão pública;

� Garantia da eficácia, celeridade e transparência dos procedimentos nas actividades reguladas, bem como a disponibilização dos elementos relevantes para a qualificação da actuação dos agentes do sector;

� Acompanhamento e tutela da actuação dos agentes económicos no mercado e

promoção da adaptação dos procedimentos, valores e quadros regulatórios à evolução e progresso do sector da construção e do imobiliário.

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6.2. Actividade Regulatória em 2007 A Qualificação de empresas Uma das principais atribuições do InCI, I.P. consiste em qualificar as empresas dos sectores da construção e do imobiliário para as quais o acesso e exercício da actividade é regulado, designadamente, a construção, a mediação imobiliária e a angariação imobiliária. Estas funções estão afectas ao Departamento de Qualificação, criado com a reestruturação orgânica do Instituto, que integra numa única unidade orgânica as atribuições de quatro departamentos anteriormente existentes (Departamento de Qualificação Concessão, Departamento de Qualificação Permanência, Departamento de Mediação Imobiliária e Sector de Apoio à Qualificação e Títulos de Registo), tendo imposto a uniformização de procedimentos e a reorganização das tarefas que anteriormente se repetiam nas diferentes unidades orgânicas. No final de 2007, existiam no sector da construção 23.829 empresas habilitadas com Alvará e 31.141 com Título de Registo, enquanto que o sector do imobiliário contava com 3.990 sociedades detentoras de Licença de Mediação Imobiliária e 1.275 empresários inscritos como Angariadores Imobiliários.

Títulos Habilitantes válidos a 31 de Dezembro

2498523829 24403

31141

3790 3990

725 1275

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

Alvarás Título de Registo Licença de M ediaçãoImobiliária

Inscrição de AngariadorImobiliário

2006 2007

No sector da construção e relativamente a 2006, assistiu-se a um decréscimo, de cerca de 4,6%, no número de empresas detentoras de Alvará, para o qual contribuiu, essencialmente, o cancelamento de 2820 alvarás de empresas que não cumpriram as condições mínimas de permanência na actividade, verificadas aquando da revalidação anual destes títulos habilitantes.

No que respeita à distribuição dos alvarás por classes verifica-se que em 2007 a grande maioria das empresas registadas (15.229), cerca de 64%, era detentora deste título habilitante em classe 1 e que a classe com menor número de empresas classificadas era a 8 (0,16%).

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02.0004.0006.0008.000

10.00012.00014.00016.00018.000

Distribuição das Empresas por classe de Alvará

2006 2007

2006 16.354 2.486 2.990 1.652 886 354 122 53 88

2007 15.229 2.706 2.808 1.615 945 290 115 38 83

Cl. 1 Cl. 2 Cl. 3 Cl. 4 Cl. 5 Cl. 6 Cl. 7 Cl. 8 Cl. 9

O processo de revalidação de alvarás para 2007 provocou uma redução na generalidade das classes de alvarás, sendo a classe 8 a mais afectada já que perdeu 15 empresas, o equivalente a uma redução de 28,3%. No seguimento da tendência verificada nos últimos anos, o número de empresas habilitadas com Título de Registo aumentou, em 2007, cerca de 28%. Este crescimento indica a presença dum elevado número de Empresários em Nome Individual e micro empresas no sector da construção. No sector do imobiliário observou-se, relativamente a 2006, mais 200 empresas com Licença de Mediação Imobiliária válida (aumento de cerca de 5%), e mais 550 Angariadores Imobiliários inscritos (aumento de cerca de 76%). Este acréscimo substancial no número de angariadores imobiliários inscritos está relacionado com a recente regulação desta actividade, iniciada em 2004. No âmbito da sua função de qualificação, o InCI, I.P. emitiu, em 2007, 14.279 títulos habilitantes, 87% no sector da construção e 13% no do imobiliário, traduzindo-se num acréscimo de 10%, relativamente a 2006.

Emissão de Títulos Habilitantes em 2006/2007

2340 2650

1139 1141

7563

8573

611 600 682 760 591 555

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

Alvarásnovos

A lvarásreclassificados

Títulos Registonovos

Licenças M ediaçãonovas

Licenças M ediaçãorevalidadas

Registos Angariadoresnovos

20062007

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A maior produção de títulos habilitantes em 2007 está relacionada, para além da procura dos agentes do sector, com o aumento de eficiência verificado na análise dos processos de qualificação do sector da construção, permitindo uma proporção de crescimento de 13%, relativamente a 2006, quer na emissão de mais 310 novos Alvarás quer na de mais 1010 Títulos de Registo. Na área da construção foram adoptados, em Abril de 2007, novos procedimentos e critérios, com vista à simplificação, desburocratização e objectividade da análise dos processos de alvará. Contribuiu, de igual forma, para o aumento da eficiência na qualificação das empresas, a implementação, em Outubro de 2007, da Medida Simplex – Título de Registo na hora. Esta medida permite às empresas que se deslocam aos postos de atendimento do público do InCI, I.P. a obtenção da guia de emissão de Título de Registo na hora. A qualificação do sector do imobiliário foi, igualmente, alvo de medidas de simplificação, no entanto, devido à reestruturação orgânica, apenas foram implementadas no final do ano, pelo que os efeitos na emissão destes títulos habilitantes só serão visíveis em 2008. Assim, apesar do aumento de 11% de revalidações das Licenças de Mediação Imobiliária, relativamente a 2006, verificou-se a uma diminuição de 1,8% na concessão de novas Licenças e ainda um decréscimo de cerca de 6% na emissão de novas Inscrições de Angariador Imobiliário. De referir que, as deficientes aplicações informáticas disponíveis na qualificação do sector do imobiliário condicionam, fortemente, a produtividade da análise dos respectivos processos. Com a implementação do novo sistema integrado de gestão, prevista para 2008, esperam-se ganhos efectivos nos procedimentos inerentes à qualificação das empresas.

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Relatório e Contas 2007 28

Motivos das Inspecções realizadas em 2007

9%1%

26%

61%

1%2%

Queixas e denúncias

Part icipações ent idades externas

Departamento de Sancionamento

Levantamento Prévio

M icro-planeamento

Oficioso

A Actividade Inspectiva

Para além da qualificação das empresas, é ainda atribuição do InCI, I.P. desenvolver acções de fiscalização e inspecção para verificação das condições das empresas para o exercício da actividade. Ao Departamento de Inspecção do InCI, I.P. cabe o planeamento e realização dessas acções inspectivas, cuja actividade tem vindo a crescer desde a data da sua criação (2002). Em 2007 foram inspeccionadas 2600 empresas, das quais 73% exerciam a actividade da construção, 12% de mediação imobiliária e 15% de angariação imobiliária.

Empresas inspeccionadas

1420

1889

293 328

42

383

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

Construção M ediação Imobiliária Angariação Imobiliária

20062007

Relativamente a 2006, houve um aumento significativo no número de empresas inspeccionadas, cerca de 48%, substancialmente visível nas actividades da construção e da angariação imobiliária. De referir que as inspecções a Angariadores Imobiliários apenas começaram a ser efectuadas no final de 2006, dada a recente regulamentação desta actividade e respectivo período de adaptação, razão que justifica o diminuto número de inspecções efectuado em 2006.

Das 2600 empresas inspeccionadas em 2007 a grande maioria, cerca de 61%, resultou da detecção no terreno, contribuindo assim para a superação do objectivo de inspeccionar, no ano em análise, 2100 empresas. É de realçar a realização de 237 inspecções resultantes de queixas e denúncias efectuadas ao Instituto (9%).

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Relatório e Contas 2007 29

37%

19%13%

17%

14%Exercício ilegal da actividade

Subcontratação emp. ilegais

Identificação

Identificação em obra

Outros

17%

17%

19%1%12%

21%

7% 6%

Exercício ilegal da act ividadeLivro de ReclamaçõesLivro Registo/Arquivo ContratosInstalações não autónomas

Falta de Identif icaçãoContratação Angariadores ilegaisExercício outras act ividadesOut ros

Durante a realização das 2600 inspecções foram detectados 1128 ilícitos, a grande maioria, cerca de 64% no sector do imobiliário (44% em empresas de mediação imobiliária e 20% junto dos angariadores imobiliários) e cerca de 36% no sector da construção. Verifica-se que o exercício ilegal da actividade é o ilícito mais frequente em ambos os sectores. No sector da construção, a visita a 1889 empresas de 103 concelhos resultou na detecção de 404 ilícitos, dos quais 149 (37%) estão relacionados com o exercício ilegal da actividade, isto é com a realização dos trabalhos por empresas não detentoras de título habilitante (Alvará ou Título de Registo) adequado à realização daquela obra. Ilícitos detectados 2007 – Construção

Os ilícitos detectados na actividade da construção resultaram no levantamento de 220 autos, na aplicação de 23 medidas cautelares e na abertura de 169 processos de contra-ordenação.

Em 2007, as empresas mais infractoras foram as que exerceram a actividade de mediação imobiliária. De entre os 500 ilícitos detectados, 106 estão relacionados com a contratação de Angariadores Imobiliários não inscritos no InCI, I.P., 95 dizem respeito a anomalias relacionadas com o livro de registos e o arquivo de contratos e 83 relacionam-se com o exercício ilegal da actividade. Estes ilícitos resultaram no levantamento de 195 autos, na abertura de 70 processos de contra-ordenação e na aplicação de 5 medidas cautelares. A fiscalização a 383 Angariadores Imobiliários de 31 concelhos resultou na detecção de 224 ilícitos, 193 (86%) dos quais por exercício ilegal da actividade.

Ilícitos detectados 2007 –Mediação Imobiliária

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Relatório e Contas 2007 30

A Actividade Sancionatória

Na sequência das queixas de particulares e participações de entidades oficiais, bem como de acções inspectivas realizadas pelo InCI, I.P. às empresas dos sectores da construção e do imobiliário são instaurados processos sancionatórios quando tal se justifica. Cabe ao Departamento de Sancionamento do InCI, I.P. a instrução de processos de inquérito, de contra ordenação, procedimentos de registo de ocorrências, bem como promover a execução de coimas aplicadas em sede de processos de contra-ordenação da competência do Instituto. Este departamento foi criado com a reestruturação orgânica do Instituto, sendo as suas funções anteriormente desempenhadas pelo Departamento de Inspecção. Em consequência desta alteração, tornou-se necessário proceder ao reajustamento da equipa afecta à análise dos processos sancionatórios o que condicionou, embora de forma pouco significativa, a abertura de novos processos sancionatórios que decresceram cerca de 21%, relativamente a 2006. Em compensação, o número de processos concluídos aumentou cerca de 19% relativamente ao ano anterior.

Construção Mediação Imobiliária

Angariação Imobiliária

2007 2006 2007 2006 2007 2006 Processos Sancionatórios Iniciados 397 475 302 415 3 0

Processos Sancionatórios Concluídos 233 179 186 173 1 0

N.º de coimas aplicadas 47 44 25 27 0 0

Em 2007, dos 702 processos sancionatórios iniciados, 397 (56,5%) correspondiam a empresas de construção, 302 (43%) a empresas de mediação imobiliária e apenas 3 (0,5%) a angariadores imobiliários. Durante o ano em análise foram concluídos 420 processos sancionatórios, dos quais 55% foram instaurados a empresas de construção. A conclusão dos processos sancionatórios deu origem à aplicação de 92 decisões condenatórias, na sua maioria a empresas de construção.

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7. Projectos e Actuação de Gestão A implementação do novo modelo organizativo do InCI, I.P. proporcionou a alteração de actuação do Instituto e a implementação de uma filosofia de gestão profissionalizada. Neste sentido foram desenvolvidos vários projectos e iniciativas no âmbito da implementação da estratégia de desenvolvimento do Instituto.

Reformulação da Estratégia e do Modelo Organizativo do INCI

Em 2006 foi desenvolvida uma reflexão com vista à definição de uma nova estratégia para o InCI, I.P. alinhada com os requisitos de desenvolvimento do sector da Construção e do Imobiliário, bem como de um modelo organizativo do instituto que permitisse operacionalizar a estratégia definida. São elementos marcantes desta nova estratégia o alargamento do âmbito de actuação do instituto aos vários agentes da cadeia de valor da construção e do imobiliário, o apoio ao desenvolvimento do sector da construção e do imobiliário (nomeadamente através da produção de informação sectorial e de mercado) e assegurar a actuação coordenada do Estado no sector. Em 2007, foram publicados a nova lei orgânica e os estatutos do InCI, I.P., os quais corporizam a visão pretendida para o Instituto. No seguimento destes instrumentos legais, procedeu-se às necessárias adequações da estrutura organizativa interna com nomeações de chefias para cada uma áreas da nova organização e reafectação dos colaboradores a cada área. Esta reformulação organizativa teve por base um trabalho rigoroso de definição dos perfis e competências necessárias em cada órgão de chefia e de análise do fit dos colaboradores aos perfis e competências necessários. No quadro deste processo de reorganização procedeu-se também a uma maior formalização dos pelouros de cada membro do Conselho Directivo, criando condições para uma maior operacionalidade e responsabilização na gestão interna do instituto. Em complemento da reformulação organizativa do InCI, I.P. foram desenvolvidas outras importantes actuações de transformação do instituto, a saber:

• Reformulação do Modelo de Gestão do Instituto, traduzido na implementação de um processo de Controlo de Gestão interno e do reporting periódico à tutela

• Redesenho dos processos internos e reformulação da arquitectura de sistemas de informação do Instituto, nomeadamente do portal InCI, I.P.

Cada uma destas actuações é seguidamente detalhada.

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Criação da nova imagem do InCI

A alteração de denominação aliada à reformulação da sua estratégia e modelo organizativo implicaram a necessária alteração da imagem do Instituto. A imagem do InCI, I.P. foi redesenhada através da criação de um novo logótipo que permite o reconhecimento do Instituto por todas as entidades públicas ou privadas com as quais se relaciona e, em particular, junto dos cidadãos.

Pretende-se que a marca InCI signifique qualidade, transparência, compromisso com os cidadãos, profissionalismo e concorrência. A marca ganhou um dinamismo acrescido e uma nova atitude projectada pelo verde alegre, optimista, jovem e vibrante, que alude à renovação da própria natureza e a tudo o que é vivo e orgânico. Este verde representa o futuro no binómio em que o cinzento-escuro garante a continuidade com o legado e com uma dimensão mais institucional da marca. De forma a assegurar a protecção do logótipo contra a utilização, reprodução ou imitação indevidas foi efectuado o pedido de registo n.º 10599, junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o qual foi concedido por despacho do mesmo a 9 de Outubro. De igual forma foi efectuado o pedido de registo de marca nacional n.º 417671, para a designação “inci”, o qual foi concedido por despacho do INPI a 25 de Outubro.

Compromisso com a Excelência na Gestão

Aquando da implementação do novo modelo organizativo do InCI, I.P. tornou-se evidente a necessidade de criar uma unidade orgânica que assegurasse uma gestão eficiente conducente ao incremento de qualidade dos serviços prestados pelo Instituto e que garantisse o devido acompanhamento dos objectivos traçados pela tutela consubstanciados no Contrato de Gestão assinado individualmente pelos membros do Conselho Directivo. Neste cenário e com a aprovação dos Estatutos do InCI, I.P. foi criado o Gabinete de Controlo de Gestão de Desempenho (GCGD), unidade orgânica de apoio ao Conselho Directivo com competências directamente vocacionadas para a formulação de estratégicas e políticas de desenvolvimento e implementação do modelo de controlo de gestão do Instituto. De entre as diversas atribuições desta unidade orgânica destaca-se a elaboração de relatórios periódicos de controlo de gestão, que monitorizam a actuação do Instituto e identificam acções de melhoria, e de reporte à tutela.

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Os relatórios de controlo de gestão são elaborados mensalmente e submetidos à aprovação do Conselho Directivo. A informação reportada consubstancia os principais indicadores de gestão e propostas de acções tendentes à melhoria do desempenho do Instituto. O reporte à tutela é feito mensalmente de forma electrónica e obedecendo a um modelo predefinido. Neste modelo estão condensados os principais indicadores económico-financeiros e de actividade essenciais para espelhar o posicionamento do Instituto face às exigências impostas pela tutela. O reporte desta informação foi feito mensalmente a partir do mês de Abril de 2007.

Reformulação do Portal InCI, I.P.

No dia 30 de Março de 2007 foi lançado o novo portal do Instituto, criando um canal electrónico de comunicação com vista a facilitar o acesso à informação relevante sobre os sectores da construção e do imobiliário, e modernizar os processos que suportam as transacções através da disponibilização de serviços on-line que permitem uma maior interacção com o Instituto. No dia 1 de Maio, com a entrada em vigor da Lei Orgânica do InCI. I.P., o portal foi redesenhado com a nova imagem do Instituto, completando a evolução notória relativamente ao anterior site. O portal apresenta funcionalidades, carácter transaccional e áreas de acesso restrito com informação e serviços, especialmente dirigidos aos vários intervenientes do sector. Desta forma foram concretizadas as seguintes Medidas Simplex 2007 atribuídas ao InCI, I.P.:

� M197 – Simuladores de ingresso, reclassificação, revalidação e de cálculo de taxas: Encontram-se disponíveis simuladores que permitem às empresas verificar se preenchem os requisitos necessários para o acesso e permanência na actividade de construção, reclassificação, revalidação e de cálculo de taxas de alvarás;

� M199 – Formulários electrónicos para pedidos: Todos os pedidos das empresas do sector da construção e do imobiliário, cuja actividade é regulada pelo InCI, I.P. (construção, mediação imobiliária e angariação imobiliária) podem ser realizados on-line, através de formulários electrónicos bem como a respectiva consulta detalhada, via acesso restrito;

� M200 – Formulário electrónico para queixas e denúncias: Encontra-se

disponível um formulário electrónico que possibilita, aos cidadãos, às entidades licenciadoras e aos donos de obra, a apresentação de queixas relativamente a actos alegadamente violadores da lei praticados pelas empresas reguladas pelo InCI, I.P. sob um modelo tipo que permite a recolha dos elementos essenciais das situações denunciadas, designadamente a autenticação/identificação do autor.

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Implementação da Medida Simplex - Título de Registo na Hora

A partir de Outubro de 2007 passou a ser efectuado o processamento imediato dos pedidos de concessão, modificação ou revalidação de títulos de registo solicitados presencialmente, pelos próprios empresários ou representantes legais das sociedades, nos serviços de atendimento do público. Na mesma hora é entregue a correspondente guia para pagamento da taxa devida pela emissão do título de registo, concretizando a Medida Simplex M195 atribuída ao InCI, I.P..

Desenvolvimento do Novo Sistema Integrado de Gestão

Dada a inexistência de uma estrutura informática abrangente a todas as áreas do InCI, I.P., que impossibilita a melhoria de performance do Instituto, foi decidido como prioritário o desenvolvimento de um sistema integrado de gestão que promovesse uma gestão virada para o negócio. Neste enquadramento, e dada a ausência de recursos dentro do InCI, I.P., considerou-se essencial encontrar um parceiro que prestasse serviços de consultadoria no âmbito do desenho da arquitectura informática bem como no apoio à contratação de empresas que viessem a programar as necessárias aplicações informáticas.

Negociação para a implementação de ligações electrónicas de troca de informação com entidades externas

Na continuidade das iniciativas encetadas relativamente à revalidação anual dos alvarás de construção, por transferência electrónica das declarações fiscais, foi percepcionada a necessidade de estabelecer protocolos de troca de informação com outras entidades cujo contributo era necessário no processo de qualificação das empresas dos sectores regulados. Neste sentido foram promovidas diversas reuniões com o intuito de criar mecanismos de transferência electrónica ou partilha de dados, sendo que este processo ainda não se encontra concluído. O objectivo destas ligações electrónicas consiste na desmaterialização dos procedimentos administrativos, inerentes à qualificação das empresas, bem como possibilitar a emissão dos títulos habilitantes na hora, simplificando e agilizando todo o processo.

Criação da Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção

Com o objectivo de constituir a Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção, foram desencadeadas acções tendentes à implementação do projecto, designadamente a definição dos termos de referência da futura Plataforma. O InCI, I.P. procedeu ainda à organização, em parceria com o Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, a Fundação para a Ciência e Tecnologia e o Gabinete de Promoção da Participação Portuguesa no 7º Programa-Quadro, de uma sessão temática nacional, que se realizou a 18 de Dezembro, dedicada às oportunidades para a Construção e a Engenharia Civil no 7.º Programa Quadro da União Europeia. Nesta sessão de informação foram, designadamente, divulgados, junto das empresas, os benefícios que podem obter por participarem activamente numa plataforma da construção, lançando assim as bases para a criação da plataforma portuguesa.

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Organização da Conferência “Sustainable Construction, Materials and Practices

— Challenge of the Industry for the New Millennium, Portugal SB07”

No âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia, o InCI, I.P., co-organizou, com a Universidade do Minho, a Conferência Internacional sobre Construção Sustentável “Sustainable Construction, Materials and Practices — Challenge of the Industry for the New Millennium, Portugal SB07”, que decorreu nos dias 12 a 14 de Setembro de 2007. Esta conferência teve como objectivo a actualização e intercâmbio dos mais recentes conhecimentos e experiências, de forma a facilitar a adopção de políticas, métodos e ferramentas que permitam acelerar o movimento da construção sustentável de uma forma global. Viabilizou, assim, uma troca de experiência bidireccional, permitindo ao nível nacional conhecer e reflectir sobre as melhores abordagens e práticas internacionais para a sustentabilidade da construção, dando, simultaneamente, a conhecer, ao nível europeu, as especificidades do sector da construção e do imobiliário e do ambiente em Portugal.

Organização da Conferência “Public Procurement Network (PPN): Ad-Hoc

meeting on the Past, Present and Future of the PPN”

Ainda no âmbito da Presidência Portuguesa do PPN – Public Procurement Network, iniciada em Maio de 2007, e aproveitando o exercício da Presidência Portuguesa da União Europeia, foi organizada a conferência “Public Procurement Network (PPN): Ad-Hoc meeting on the Past, Present and Future of the PPN”, que decorreu nos dias 12 e 13 de Novembro. Como papel preponderante foi debatido o futuro desta rede informal e transfronteiriça de resolução de conflitos. A presidência do PPN foi alcançada através das diligências efectuadas pela delegação portuguesa, de que fazia parte a um colaborador do InCI, I.P.. Este grupo é constituído por todos os países membros da UE, do EEE, e Suiça, e conta ainda como observadores com a Comissão Europeia e o Banco Europeu do Investimento.

Parcerias com entidades externas – Delegação da CONICLE

No plano internacional, o InCI, I.P., recebeu uma delegação da Comissão Nacional de Inscrição e Classificação dos Projectistas de Obras Públicas, Empreiteiros de Obras Públicas, Industriais de Construção Civil e Fornecedores de Obras - CONICLE, órgão dependente do Ministério das Obras Públicas da República de Angola, nos dias 17 a 21 de Setembro.

Assumindo a sua missão de dinamização de iniciativas estratégicas que contribuam para o desenvolvimento do sector da construção e do imobiliário, o InCI, I.P. programou e realizou um vasto programa de actividades, durante a estadia da referida delegação, que envolveu diversas entidades ligadas a este sector em Portugal.

Na sequência da iniciativa, foi encetado um processo de negociação para a celebração de um protocolo entre os dois Estados, visando essencialmente estabelecer as bases de cooperação entre os dois países, no âmbito da regulação do sector da construção e do imobiliário, bem como promover, junto de Angola, a troca de informações e de experiências associadas ao sector, no intuito de incutir práticas de inovação no tecido empresarial angolano. Prevê-se a conclusão do processo de negociação e subsequente celebração e implementação do protocolo no decurso do ano de 2008.

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8. Recursos Humanos

Movimentação de Pessoal

A publicação da Lei Orgânica do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC) – Decreto-Lei n.º 210/2006, de 27 de Outubro – impôs a extinção de vários organismos, entre eles o Conselho Superior de Obras Públicas (CSOPT), tendo o InCI, I.P., na sequência desta extinção, acolhido, desde o 2º semestre de 2007, 12 elementos (5 Conselheiros, 1 Chefe de Secção, 1 Técnico profissional, 2 Assistentes Administrativos Principais, 2 Auxiliares Administrativos e 1 Operador de reprografia) oriundos daquele organismo. Os 5 Conselheiros integraram o quadro de pessoal em regime de requisição, já que pertencem ao quadro transitório do pessoal afecto ao Conselho Consultivo de Obras Públicas, Transportes e Comunicações (CCOPTC), enquanto o restante pessoal foi reafecto ao InCI, I.P. por extinção do CSOPT. De realçar que 2 destes 12 colaboradores afectos ao InCI, I.P. abandonaram o Instituto antes de 31 de Dezembro de 2007, um por aposentação e outro por cedência especial a outro organismo do MOPTC. Assim, a saída, entre 2005 e 2007 de 13 colaboradores do InCI, I.P., 5 por cessação de comissão de serviço, 5 por aposentação, 3 por requisição e 1 por cedência especial, foi colmatada pela entrada dos efectivos acima referidos. A carreira que sofreu um maior decréscimo nos últimos 3 anos foi a de Técnico Superior que, apesar da entrada, em 2007, de 6 efectivos, viu o seu número decrescer cerca de 30%, durante o triénio, mercê de 9 reclassificações internas para a carreira de Inspector Superior, de 3 aposentações, 2 requisições e do fim de 4 comissões de serviço. O fim das quatro comissões de serviço está directamente relacionado com a reestruturação decorrente da nova Lei Orgânica do Instituto.

2007 2006

Técnicos Superiores 42* 43

Inspectores Superiores 13 13

Técnicos 9 9

Assistentes 66 66

Auxiliares 6 3

Total (**) 136 134 (*) Dos quais 4 detêm a categoria de Conselheiros (**) Não estão contabilizados os membros do Conselho Directivo

O quadro seguinte espelha os movimentos de pessoal verificados ao longo do ano de 2007, que resultaram num acréscimo de cerca de 1,5% no total de efectivos, face a 2006.

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Movimentos de Pessoal Efectivos em 31 de Dezembro de 2006 134

Entradas Categoria Profissional

Motivo N.º Efectivos Técnico Superior

Assistente Auxiliares Total

Efectivos InCI Requisição 7 6* 1 - 141

Fim Comissão Serviço

1 1 - - 142 Reafectação 7 - 4 3 149 Total de Entradas 15 7 5 3 -

Saídas Categoria Profissional

Motivo N.º Efectivos Técnico Superior

Assistente Auxiliares Total

Efectivos InCI Fim Comissões

Serviço 5 5 - - 144

Aposentações 5 1 4 - 139 Requisições 2 2 - - 137 Cedência especial 1 1 - 136 Total de Saídas 13 8 5 - -

Efectivos em 31 de Dezembro de 2007 136

*Neste grupo constam os 5 Conselheiros que pertencem ao quadro transitório do pessoal afecto ao Conselho Consultivo de Obras Públicas, Transportes e Comunicações (CCOPTC), enquanto o restante pessoal foi reafecto ao InCI, I.P. por extinção do CSOPT.

Embora não contabilizados como efectivos do InCI, I.P., efectuou-se, ainda, a saída dos 7 estagiários profissionais admitidos em 2006, no âmbito do Protocolo Celebrado através da Secretaria-Geral do MOPTC e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Categoria Profissional

No que concerne à composição do quadro de colaboradores do InCI, IP, verifica-se que a carreira com maior peso é a dos Assistentes que representam cerca de 49% do total de efectivos, seguida da carreira Técnica Superior com 31%. Refira-se que 4 dos 42 técnicos superiores detêm a categoria de Conselheiros, estando afectos ao InCI, I.P. em regime de requisição.

42

13

9

66

6

Técnico Superio r

Inspector Superio r

Técnico

Assistente

Apoio Geral

Considerando o número de colaboradores integrados nas carreiras de Técnico Superior, Inspector Superior e Técnico, num total de 64 efectivos, verificou-se, em 2007, um Índice de Tecnicidade de 47%.

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Unidades Orgânicas

Na distribuição do pessoal por unidade orgânica verifica-se que as unidades que detêm as funções nucleares do Instituto englobam a grande maioria dos efectivos, cerca de 64% do quadro de pessoal, destacando-se o Departamento de Qualificação que conta com 45 colaboradores, cerca de 33% do total dos efectivos, dado ter como principal função a emissão dos títulos habilitantes das empresas reguladas pelo InCI, I.P. De referir que 12 dos colaboradores do Departamento de Qualificação estão afectos aos Postos de Atendimento localizados nas Lojas de Cidadão de Aveiro, Braga e Viseu. Os 10 elementos oriundos do extinto CSOPT estão, em termos de estrutura orgânica, todos afectos ao Gabinete Jurídico.

CD – Conselho Directivo; Apoio Estratégico: GCGD – Gabinete de Controlo de Gestão e Desempenho; GJ – Gabinete Jurídico; GSI – Gabinete de Sistemas de Informação; Funções de Suporte: DAFRH – Direcção Administrativa Financeira e de Recursos Humanos; Funções Nucleares: DCIE – Direcção de Comunicação e Iniciativas Estratégicas; DAM - Direcção de Análise de Mercados; DR – Direcção de

Regulação; DQ – Departamento de Qualificação; DI – Departamento de Inspecção; DS – Departamento de Sancionamento

3

CD

1 Presidente e 2 Vogais

Apoio CD: 1 Té cnico Superiore 3 Assistentes

DAFRH

3 Té cnicos18 Assistentes3 Auxiliares

DCIE

1 Director5 Té cnicos Superiores

1 Assistente

DR

1 Director1 Té cnico Superior

1 Assistente

DQ

1 Chefe Departamento9 Té cnicos Superiores

2 Té cnicos33 Assistentes

DI1 Chefe Departamento3 Té cnicos Superiores

12 Inspectores Superiores1 Té cnico

3 Assistentes

DS

1 Chefe Departamento2 Té cnicos Superiores

1 Té cnico2 Assistentes

GCGD

1 Director1 Té cnico Superior

1 Té cnico

GJ

1 Director3 Té cnicos Superiores

1 Assistente

GSI

2 Té cnicos Superiores1 Té cnico

DAM

5 Té cnicos Superiores1 Assistente

3

3

24 7 6

45 20

3

6

7

5

3

CD

1 Presidente e 2 Vogais

Apoio CD:1 Técnico Superiore 3 Assistentes

DAFRH

3 Técnicos18 Assistentes3 Auxiliares

DCIE

1 Director5 Técnicos Superiores

1 Assistente

DR

1 Director1 Técnico Superior

1 Assistente

DQ

1 Chefe Departamento9 Técnicos Superiores

2 Técnicos33 Assistentes

DI1 Chefe Departamento3 Técnicos Superiores

12 Inspectores Superiores1 Técnico

3 Assistentes

DS

1 Chefe Departamento2 Técnicos Superiores

1 Técnico2 Assistentes

GCGD

1 Director1 Técnico Superior

1 Técnico

GJ

1 Director7 Técnicos Superiores

4 Assistente3 Auxiliares

GSI

2 Técnicos Superiores1 Técnico

DAM

5 Técnicos Superiores1 Assistente

3

3

24 7 6

45 20

3

6

7

15

3

CD

1 Presidente e 2 Vogais

Apoio CD: 1 Té cnico Superiore 3 Assistentes

DAFRH

3 Té cnicos18 Assistentes3 Auxiliares

DCIE

1 Director5 Té cnicos Superiores

1 Assistente

DR

1 Director1 Té cnico Superior

1 Assistente

DQ

1 Chefe Departamento9 Té cnicos Superiores

2 Té cnicos33 Assistentes

DI1 Chefe Departamento3 Té cnicos Superiores

12 Inspectores Superiores1 Té cnico

3 Assistentes

DS

1 Chefe Departamento2 Té cnicos Superiores

1 Té cnico2 Assistentes

GCGD

1 Director1 Té cnico Superior

1 Té cnico

GJ

1 Director3 Té cnicos Superiores

1 Assistente

GSI

2 Té cnicos Superiores1 Té cnico

DAM

5 Té cnicos Superiores1 Assistente

3

3

24 7 6

45 20

3

6

7

5

3

CD

1 Presidente e 2 Vogais

Apoio CD:1 Técnico Superiore 3 Assistentes

DAFRH

3 Técnicos18 Assistentes3 Auxiliares

DCIE

1 Director5 Técnicos Superiores

1 Assistente

DR

1 Director1 Técnico Superior

1 Assistente

DQ

1 Chefe Departamento9 Técnicos Superiores

2 Técnicos33 Assistentes

DI1 Chefe Departamento3 Técnicos Superiores

12 Inspectores Superiores1 Técnico

3 Assistentes

DS

1 Chefe Departamento2 Técnicos Superiores

1 Técnico2 Assistentes

GCGD

1 Director1 Técnico Superior

1 Técnico

GJ

1 Director7 Técnicos Superiores

4 Assistente3 Auxiliares

GSI

2 Técnicos Superiores1 Técnico

DAM

5 Técnicos Superiores1 Assistente

3

3

24 7 6

45 20

3

6

7

15

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Relatório e Contas 2007 39

14

15

8

335

61

< 9º ano9º ano11º ano12º anoBacharelatoLicenciatura

3 4

41

24

10 5

25

18

60

10

20

30

40

50

60

70

Técnico Superior Inspector Superior Técnico Assistente Auxiliares

Contrato Individual de trabalhoVínculo à Função Pública

Regimes de Pessoal

Dos 136 colaboradores ao serviço do InCI, I.P., 72 têm vínculo à Função Pública e 64 celebraram Contrato Individual de Trabalho. Os efectivos com vínculo à Função Pública são, na sua maioria, Assistentes (cerca de 56%), verificando-se assim um baixo Índice de Tecnicidade (35%) dos colaboradores deste regime de pessoal. De forma contrária, os colaboradores com Contrato Individual de Trabalho possuem um superior Índice de Tecnicidade de 61%.

Estrutura Etária e Sexo

Cerca de 74% dos 136 colaboradores do InCI, I.P. é do sexo feminino e a estrutura etária do quadro de pessoal é relativamente jovem dado que cerca de 44% dos colaboradores possuem menos de 40 anos e mais de metade (69%) apresenta idades inferiores a 50 anos.

14%

5%

5%

3%

19%

20%

23%

9%

26% Homens 74% Mulheres

60-70

50-59

40-49

30-39

18-29

1%

1%

Habilitações Literárias

A análise das habilitações literárias dos elementos que compõem o quadro de pessoal do Instituto permite aferir que cerca de 49% dos colaboradores possui formação superior, cerca de 24% possui o ensino secundário completo e que 10% dos efectivos possui habilitações académicas inferiores ao 9º ano.

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Relatório e Contas 2007 40

Formação Profissional

A formação profissional dos colaboradores tem sido uma aposta do Instituto no último triénio. Desde 2005, o Instituto promoveu a realização de 10.835 horas de formação que dotaram os colaboradores de uma panóplia de ferramentas de trabalho, essenciais para a elevação da qualidade e eficiência dos serviços prestados. Em 2007 foram realizadas menos 14 acções de formação profissional do que em 2006, o que representa um decréscimo de cerca de 26%. No entanto, essas acções abrangeram mais 28 efectivos (cerca de 48%), do que no ano anterior, pelo que, praticamente, se realizou o mesmo número de horas de formação.

Acções de Formação Profissional

Menos de 30h De 30h a 59h De 60h a 119h 120h ou mais

Horas de Formação

Efectivos abrangidos Internas Externas Internas Externas Internas Externas Internas Externas

Total

2007 3365 86 7 15 1 15 0 1 0 0 39

2006 3360 58 0 26 1 4 0 4 0 1 53

As 39 acções de formação realizadas em 2007 reportaram-se a variadas áreas temáticas como o Direito, a Informática e as Ciências Empresariais, sendo que, cerca de 80% decorreram fora do Instituto. As acções realizadas em 2007 atingiram um custo global de €48.781 e abrangeram 86 colaboradores, de entre as várias categorias profissionais do Instituto.

Participação em Acções de Formação em 2007

6

31

116

30

2

Dirigentes

Técn.Superior

Inspector Superio r

Técnico

Assistentes

Auxiliar

As carreiras profissionais Técnica Superior e Assistente foram as que reuniram maior número de formandos, cerca de 22% cada. Apraz referir que dentro da categoria de Técnico Superior constam os 4 Conselheiros do extinto CSOPT que também participaram em acções de formação. Desta forma, tendo em conta os colaboradores que participaram em acções de formação e que a 31 de Dezembro de 2007 faziam parte do quadro de pessoal (86 efectivos), verifica-se que cerca de 63% dos colaboradores do InCI, I.P. realizaram acções de formação em 2007, o que evidencia o claro cumprimento do estipulado no n.º 2 do artigo 125.º do Código do Trabalho. Acresce referir que para além destes 86 efectivos foi ministrada formação a mais 7 elementos (técnicos superiores) que, durante o ano de 2007, deixaram de pertencer ao quadro do InCI, I.P..

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Relatório e Contas 2007 41

9. Análise Económica e Financeira

9.1. Análise da Receita na óptica Orçamental O InCI, I.P. depende exclusivamente da sua receita própria, que advém, quase na totalidade, das taxas cobradas pela emissão de títulos habilitantes atribuídos às empresas dos sectores da construção e do imobiliário resultantes, entre outros, da concessão, modificação e revalidação dos mesmos. A receita cresceu cerca de 6,8% entre 2006 e 2007.

2007 2006 2007/2006

Taxas, Multas e outras Penalidades 12.191.945 11.781.993 3,48%

Taxas 12.130.157 11.720.331 3,50%

Juros e Coimas 61.789 61.662 0,20%

Rendimentos Propried.-Juros Adm.Central 318.067

Transferências Correntes 98.448 1.723 5613,78%

Partic.Comun. em Project.Co-Financiados 97.342

Transferências União Europeia 1.106

Venda de Bens e Serviços Correntes 130.986 135.107 -3,05%

Publicações e Impressos 126.429 129.022 -2,01%

Outras 4.558 6.085 -25,10%

Outras Receitas Correntes 238

Reposições Não Abatidas 10.079

Total da Receita 12.739.447 11.929.141 6,79% Fonte: 7.2. - Mapa de Controlo da Execução Orçamental – Receita, incluído na Conta de Gerência de 2007

Em 2007 o crescimento da receita deveu-se, essencialmente, ao aumento do número de títulos habilitantes processados, do qual resultou uma cobrança de taxas superior em cerca de €410.000, relativamente a 2006, e ainda aos juros provenientes da aplicação financeira de €10.000.000, efectuada em Dezembro de 2006, ao abrigo do Resolução do Conselho de Ministros nº 157/2006, de 27 de Novembro. Contribuiu ainda para esse crescimento o valor de transferências correntes, onde consta a candidatura efectuada, em 2007, ao Programa Operacional da Administração Pública (POAP), da qual se recebeu o respectivo adiantamento referente à participação neste projecto co-financiado no valor de €97.342. De referir que, o valor de €1.106 identificado como “Transferências da União Europeia” diz respeito ao pagamento efectuado pela Comissão Europeia e Conselho Europeu referente às deslocações dos colaboradores do InCI, I.P. que participaram nas respectivas reuniões de Comité e grupos de trabalho. São exemplos: o Comité Consultivo Contratos Públicos, o Comité Consultivo Contratos Públicos eProcurement, o Comité Consultivo Contratos Públicos estatísticas e os grupos de trabalho envolvidos na discussão da Directiva “Recursos nos Contratos Públicos” e na elaboração da Directiva “Contratos Públicos no domínio da Defesa e Segurança”.

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Relatório e Contas 2007 42

De forma contrária, as publicações e venda de impressos apresentaram um decréscimo, ao longo do triénio, de cerca de 18%. Esta trajectória decrescente tende a ser ainda mais acentuada dado o aumento gradual esperado do número de empresas que, autenticadas no portal do InCI, I.P., submetem por este meio os pedidos de qualificação, dispensando assim o recurso à compra de impressos. De referir que em 2007, 320 empresas efectuaram 383 pedidos através dos formulários electrónicos disponíveis no referido portal.

Classificação Económica 2007 2006 2007/2006

Sector da Construção 10.321.932 10.003.000 3,19%

Sector do Imobiliário 1.808.225 1.717.331 5,29%

Total das Taxas cobradas 12.130.157 11.720.331 3,50% Relativamente a 20062, o total das taxas cobradas aumentou cerca de 3,5% devido ao acréscimo de 5,3% no valor proveniente do sector do imobiliário e 3,2% no sector da construção. O acréscimo no valor de taxas cobradas está directamente relacionado com o aumento na emissão de títulos habilitantes nomeadamente decorrentes da análise de processos de concessão de alvarás e títulos de registo e de revalidações de Licenças de Mediação Imobiliária. O aumento do número de títulos habilitantes do sector da construção, efectuados em 2007, colmatou o cancelamento, na operação de Revalidação, dos 2820 alvarás de empresas que não cumpriram as condições mínimas de permanência na actividade, assistindo-se a um aumento de 3,2% no valor de taxas cobradas neste mercado. Em 2007, as taxas cobradas representaram cerca de 95% do total da receita.

Taxas cobradas em 2007

€10.321.932

€1.555.398 €252.828

Construção Mediação Angariação

A larga maioria das taxas cobradas, cerca de 85%, provém da qualificação das empresas do sector da construção, sendo as restantes taxas provenientes do sector do imobiliário, 13% das empresas que exercem a actividade de mediação imobiliária e 2% dos angariadores imobiliários.

2 Foi detectado, aquando da elaboração deste relatório, um lapso, nos dados apresentados no Relatório e Contas de 2006, na repartição da receita das taxas pelos dois sectores. Neste documento já constam os valores correctos.

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Relatório e Contas 2007 43

Em resultado do referido crescimento da receita verificou-se, em 2007, uma execução orçamental da mesma em 104,45%.

Previsões Corrigidas

ReceitaExecução Orçamental

Taxas, Multas e outras Penalidades 11.922.500 12.191.945 102,26%

Taxas 11.817.500 12.130.157 102,65%

Juros e Coimas 105.000 61.789 58,85%

Rendimentos Propried.-Juros Adm.Central 98.956 318.067 321,42%

Transferências Correntes 98.147 98.448 100,31%

Partic.Comun. em Project.Co-Financiados 97.343 97.342 100,00%

Transferências União Europeia 804 1.106 137,56%

Venda de Bens e Serviços Correntes 77.500 130.986 169,01%

Publicações e Impressos 75.000 126.429 168,57%

Outras 2.500 4.558 182,30%

Total 12.197.103 12.739.447 104,45%

Fonte: 7.2. - Mapa de Controlo da Execução Orçamental – Receita, incluído na Conta de Gerência de 2007 A baixa execução orçamental verificada ao nível dos recebimentos provenientes de Juros e Coimas prende-se com a dificuldade na cobrança destas receitas. De facto, em 2007, foi contabilizado um proveito de juros e coimas no valor de €142.324. Na ausência do pagamento voluntário das coimas, as mesmas são cobradas coercivamente. No entanto, existem procedimentos legais diferentes de cobrança coerciva consoante se trate de coimas aplicadas no âmbito da legislação do sector da construção ou do imobiliário. Ao sector da construção aplica-se o Regime Geral de Execução Judicial, através do qual as coimas são cobradas directamente pelo Tribunal. Relativamente às coimas aplicadas no âmbito das Actividades de Mediação Imobiliária e de Angariação Imobiliária, por Autorização Legislativa, aplica-se o Regime de Execução Fiscal. Ao longo dos anos, verificou-se que o procedimento de execução judicial, para além de ser mais moroso, nem sempre resulta, da parte do Tribunal, na entrega ao InCI, I.P. do valor cobrado, ao contrário da execução fiscal, através da qual as Repartições de Finanças, devolvem, de imediato, ao Instituto a receita das mesmas, após boa cobrança. De referir ainda que o valor das coimas provenientes do sector da construção é significativamente superior ao do sector do imobiliário, razão pela qual, dada a dificuldade referida, se verificou uma baixa execução orçamental relativa à receita das coimas. A discrepante execução orçamental referente aos rendimentos de propriedade está relacionada com o facto de apenas ter sido orçamentado, por lapso, o valor, correspondente a um quadrimestre, dos juros provenientes da aplicação financeira de €10.000.000, realizada no final do ano de 2006.

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Relatório e Contas 2007 44

9.2. Análise da Despesa na óptica Orçamental Em 2007 a despesa processada cresceu 10,4%, relativamente a 2006.

Classificação Económica 2007 2006 2007/2006

Despesas com o Pessoal 4.506.192 4.396.274 2,50%

Remunerações certas e permanentes 3.680.043 3.682.688 -0,07%

Abonos variáveis ou eventuais 198.748 107.783 84,40%

Segurança Social 627.400 605.803 3,56%

Aquisição de Bens e Serviços 3.365.181 3.988.561 -15,63%

Aquisição de Bens 201.375 223.802 -10,02%

Aquisição de Serviços 3.163.806 3.764.759 -15,96%

Transferências Correntes 2.497.534 708.979 252,27%

Outras Despesas Correntes 166 1.316 -87,38%

Aquisição de Bens de Capital 214.372 488.781 -56,14%

Total da Despesa 10.583.445 9.583.911 10,43% Fonte: 7.1. - Mapa de Controlo da Execução Orçamental – Despesa, incluído na Conta de Gerência de 2007 A descida em 15,6% e 56,1% do valor pago pela aquisição de bens/serviços e de bens de capital não foi suficiente para evitar o crescimento da despesa, verificado em 2007, que ocorreu, essencialmente, devido ao significativo aumento das transferências correntes. Assim, para além do valor de €50.000 entregue à Obra Social do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (OSMOP) e da habitual transferência efectuada à Autoridade da Concorrência, no valor correspondente a 6,25% das receitas do InCI, I.P (€730.534 em 2007), de forma a dar cumprimento ao estabelecido no artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 30/2004, de 6 de Fevereiro, foi ainda realizada, uma transferência para o Laboratório Nacional de Engenharia Civil no valor de €1.717.000 para reforço do orçamento de funcionamento deste Organismo. Por outro lado, verificou-se, em 2007, um aumento de 2,5% no valor das despesas com o pessoal, face a 2006, representando esta parcela cerca de 42,6% do total da Despesa. Para este aumento, atenuado com a saída de 8 colaboradores, contribuiu a entrada dos 10 elementos do extinto CSOPT, o pagamento de trabalho suplementar no valor de €59.861 e de indemnizações no valor de €42.848 resultantes do final antecipado da comissão de serviço de 11 dirigentes face à reestruturação decorrente da nova Lei Orgânica do Instituto. De referir que o trabalho suplementar foi efectuado num total de 6.723 horas e destinou--se, essencialmente, à vigilância de exames e à recuperação do atraso na análise dos processos de qualificação de empresas.

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Relatório e Contas 2007 45

Aquisição deServiços

30%

Aquisição deBens de capital

2%

Remunerações certas e

permanentes34%

TransferênciasCorrentes

24%

SegurançaSocial

6%

Abonos variáveis ou

eventuais2%

Aquisição deBens

2%

No que se refere à estrutura interna da despesa, verifica-se que as remunerações certas e permanentes, que contribuem para a despesa com o pessoal, são as que apresentam maior peso, representando cerca de 34% dos pagamentos efectuados em 2007. Apesar do valor pago pela aquisição de serviços ter decrescido, cerca de 16%, face a 2006, esta parcela representa ainda cerca de 30% do total da despesa efectuada em 2007. Para este montante contribuiu maioritariamente o pagamento da locação das instalações do InCI, I.P. e ainda a contratação de trabalhos especializados. Para uma análise mais detalhada serão, mais à frente neste relatório, decompostos os custos com os fornecimentos e serviços externos verificados no ano económico em referência. Com um total de pagamentos no valor de €10.583.445, efectuados em 2007, o InCI, I.P. executou cerca de 80% do seu orçamento.

Orçamento Corrigido

DespesaExecução Orçamental

Despesas com o Pessoal 4.540.070 4.506.192 99,25%

Remunerações certas e permanentes 3.681.418 3.680.043 99,96%

Abonos variáveis ou eventuais 203.800 198.748 97,52%

Segurança Social 654.852 627.400 95,81%

Aquisição de Bens e Serviços 4.851.368 3.365.181 69,37%

Aquisição de Bens 291.581 201.375 69,06%

Aquisição de Serviços 4.559.787 3.163.806 69,38%

Transferências Correntes 2.497.535 2.497.534 100,00%

Outras Despesas Correntes 3.000 166 5,53%

Aquisição de Bens de capital 1.205.027 214.372 17,79%

Total 13.097.000 10.583.445 80,81%

Fonte: 7.1. - Mapa de Controlo da Execução Orçamental – Despesa, incluído na Conta de Gerência de 2007 Destaca-se a execução orçamental de apenas 69% na aquisição de serviços, em parte devido ao facto de, no ano em análise, não terem sido finalizados os projectos ou de não ter sido ainda efectuado o pagamento em dívida. Face à aposta na informatização do Instituto, com o desenvolvimento de um sistema integrado de gestão, bem como nas ligações electrónicas que se pretende efectuar a outras entidades com quem este Organismo se relaciona, foi orçamentado um valor de €1.205.027, tendo apenas sido despendido cerca de 18%, nomeadamente, no licenciamento informático necessário à implementação do referido sistema e no registo de logótipo e de marca “InCI” junto do Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

Estrutura interna da Despesa

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Relatório e Contas 2007 46

9.3. Situação Económica na óptica do POCP O Resultado Líquido do exercício em 2007 foi positivo, representando cerca de 9,7% do valor dos proveitos operacionais.

2007 2006 07/06

Proveitos Operacionais 11.898.514,70 10.912.192,09 9,04%

Custos Operacionais 10.913.058,29 10.409.201,89 4,84%

Resultados Operacionais 985.456,41 502.990,20 95,92%

Resultados Financeiros 394.271,34 -29.789,98 -1423,50%

Resultados Extraordinários -224.181,47 5.155,26 -4448,60%

RESULTADO LÍQUIDO 1.155.546,28 478.355,48 141,57%

Fonte: Demonstração de Resultados, incluída na Conta de Gerência de 2007

Os Resultados Operacionais obtidos em 2007 foram bastante superiores aos do ano anterior devido, essencialmente, ao aumento da emissão de taxas e coimas e à redução do valor das provisões e dos custos em fornecimentos e serviços externos. Os Resultados Financeiros evoluíram consideravelmente graças à aplicação financeira de €10.000.000, efectuada no final de 2006, da qual se obteve juros no valor de €318.067. De forma contrária, os Resultados Extraordinários foram negativos devido ao elevado valor de custos extraordinários €225.727, decorrente do envio para execução judicial das coimas vencidas e ainda não cobradas às empresas do sector da construção. Numa análise mais detalhada verifica-se a seguinte evolução de proveitos:

2007 2006 07/06

Vendas 146.412,41 129.815,07 12,79%

Impostos e taxas 11.750.600,62 10.780.507,54 9,00%

Proveitos Suplementares 1.501,67 1.869,48 -19,67%

Proveitos Financeiros 424.152,44

Proveitos Extraordinários 1.545,36 12.315,88 -87,45%

Total de Proveitos 12.324.212,50 10.924.507,97 12,81%

Fonte: Demonstração de Resultados, incluída na Conta de Gerência de 2007 Os Proveitos Operacionais obtidos em 2007, no valor de €11.898.514,70, representaram cerca de 96,5% do total dos proveitos. Por outro lado, cerca de 95,3% dos Proveitos Operacionais é resultante da emissão de taxas e coimas aplicadas no âmbito da regulação dos sectores da construção e do imobiliário.

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Assim, o aumento do número de títulos habilitantes concedidos e revalidados em 2007, relativamente a 2006, conjugado com o crescimento do número de empresas qualificadas no sector do imobiliário contribuiu, maioritariamente, para a evolução positiva de 12,81% no total dos proveitos. A evolução de custos foi a seguinte:

2007 2006 07/06

CMV 8.659,33 11.952,45 -27,55%

FSE 3.495.436,06 3.918.941,41 -10,81%

Transferências correntes 2.497.534,44 708.979,40 252,27%

Custos com o pessoal 4.595.563,65 4.446.094,33 3,36%

Outros custos operacionais 1.720,00

Amortizações e ajustamentos 314.144,81 1.323.234,30 -76,26%

Custos Financeiros 29.881,10 29.789,98 0,31%

Custos Extraordinários 225.726,83 7.160,62 3052,34%

Total dos Custos 11.168.666,22 10.446.152,49 6,92%

Fonte: Demonstração de Resultados, incluída na Conta de Gerência de 2007 No que respeita à estrutura de custos, de 2007, verifica-se que 97,7% do seu total são decorrentes da actividade do Instituto, contribuindo maioritariamente os Custos com o Pessoal (41,1%) e os Fornecimentos e Serviços Externos (31,3%). Extraordinariamente, a rubrica relativa a Transferências Correntes representou, em 2007, cerca de 22,4% do total dos custos, uma vez que, para além da habitual transferência para a OSMOP e para a Autoridade da Concorrência, foi também efectuada uma transferência para o Laboratório Nacional de Engenharia Civil no valor de €1.717.000. Destaca-se ainda o elevado valor da rubrica Custos Extraordinários, que em 2007 atingiu o montante de €225.727. No ano em análise foi efectuado um levantamento das coimas que haviam sido aplicadas às empresas do sector da construção, desde 2002, e que vencidas se encontravam por cobrar. Encontrando-se estas coimas em execução judicial, foi assumido como custo extraordinário o valor ainda não cobrado, razão pela qual esta rubrica apresentou um crescimento tão elevado, relativamente a 2006. De seguida são analisados detalhadamente os custos com os Fornecimentos e Serviços Externos.

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Relatório e Contas 2007 48

Fornecimentos e Serviços Externos A par da diminuição em 15,6% da despesa na aquisição de serviços, em 2007, os custos relativos a Fornecimentos e Serviços Externos desceram cerca de 11%, face a 2006, devido essencialmente à redução do valor das rubricas Trabalhos Especializados e Conservação e Reparação.

2007 2006 07/06

Rendas e Alugueres 1.012.099 1.011.710 0,04%

Comunicações 348.110 312.249 11,48%

Deslocações e Estadas 95.383 96.260 -0,91%

Conservação e Reparação 77.314 246.047 -68,58%

Publicidade e Propaganda 109.946 129.035 -14,79%

Limpeza, Higiene e Conforto 87.145 106.295 -18,02%

Trabalhos Especializados 1.246.048 1.431.795 -12,97%

Outros FSE 519.391 585.551 -11,30%

Total de FSE 3.495.436 3.918.941 -10,81%

Fonte: Balancete Analítico de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2007 Apenas as rubricas Rendas e Alugueres e Comunicações apresentaram ligeiros aumentos relativamente a 2006.

2007 2006 2007/2006

Rendas e Alugueres 1.012.099 1.011.710 0,04%

Locação de Instalações 802.236 762.089 5,27%

Locação Outros bens (veículos) 132.257 158.782 -16,71%

Aluguer de Espaços 77.606 90.839 -14,57%

O aumento de cerca de 5% no valor referente à Locação das Instalações do InCI, I.P. deve-se ao pagamento integral da locação já com o alargamento, efectuado em Abril de 2006, aos dois pisos da Inspecção-Geral das Obras Públicas, sedeada no edifício contíguo. Em 2007 foram realizados 3 exames de capacidade profissional para acesso às actividades de mediação imobiliária e angariação imobiliária, menos um que em 2006, razão pela qual se verificou um valor inferior no Aluguer de Espaços em cerca de 15%. Apesar de, em 2007, o número de inspecções realizadas, com Locação de Veículos, ter aumentado verificou-se, ainda assim, uma redução de cerca de 17% deste custo, face ao ano anterior, dado em 2006, atipicamente, se ter procedido à recuperação de locações de anos anteriores em dívida.

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Relatório e Contas 2007 49

2007 2006 2007/2006

Comunicações 348.110 312.249 11,48%

Correios 207.422 186.427 11,26%

Telefones fixos e faxes 41.606 40.539 2,63%

Internet 19.062 25.252 -24,51%

Telemóvel 71.621 59.031 21,33%

Outros 8.400 1.001 738,84%

O aumento no valor das Comunicações deve-se essencialmente ao acréscimo do envio de objectos postais verificado no sector de expediente e do serviço de telemóveis.

2007 2006 2007/2006

Deslocações e Estadas 95.383 96.260 -0,91%

Deslocações 65.090 70.548 -7,74%

Estadas 30.107 25.395 18,55%

Refeições em deslocação 187 318 -41,26%

Em 2007, na realização de acções inspectivas recorreu-se mais à locação de veículos em detrimento da utilização de viatura própria, pelo que o valor das Deslocações diminuiu face a 2006.

2007 2006 2007/2006

Conservação e Reparação 77.314 246.047 -68,58%

Edifícios 36.750 158.579 -76,83%

Equipamento básico 5.192 59.125 -91,22%

Viaturas 77 1.811 -95,73%

Equipamento administrativo 35.294 25.226 39,91%

Equipamentos vários 0 1.306

As obras de remodelação nas Instalações do InCI, I.P. efectuadas em 2006 provocaram um aumento substancial da rubrica Conservação e Reparação, tendo em 2007 sido retomados os valores habituais, com um ligeiro aumento referente à reparação de Equipamento Administrativo, nomeadamente, fotocopiadoras e máquina envelopadora.

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Relatório e Contas 2007 50

2007 2006 2007/2006

Publicidade e Propaganda 109.946 129.035 -14,79%

Participação em feiras 32.961 29.900 10,24%

Participação em colóquios 34.797 6.267 455,24%

Publicidade na comunicação social 39.347 36.124 8,92%

Publicidade diversa 2.840 56.744 -94,99%

Em 2006, primeiro ano em que foi realizada a desagregação por natureza da rubrica Publicidade e Propaganda, a realização de seminários foi classificada como “publicidade diversa. Em 2007, os custos relativos à realização de seminários passaram a ser contabilizados na rubrica Participação em colóquios.

2007 2006 2007/2006

Limpeza, higiene e conforto 87.145 106.295 -18,02%

Serviços de limpeza, higiene e conforto 76.628 94.412 -18,84%

Fornecimentos de limpeza, higiene e conforto 10.516 11.883 -11,50%

Os custos com Limpeza, Higiene e Conforto desceram cerca de 18%, em 2007, devido à contratação duma nova empresa prestadora destes serviços no mês de Abril.

2007 2006 2007/2006

Trabalhos Especializados 1.246.048 1.431.795 -12,97%

Embora se tenha verificado, face a 2006, uma diminuição de 13% dos custos relativos a Trabalhos Especializados, estes representaram, em 2007, cerca de 36% do total dos Fornecimentos e Serviços Externos.

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Relatório e Contas 2007 51

9.4. Situação Financeira A estrutura financeira apresenta uma forte solidez baseada numa predominância de meios próprios que sustentam adequadamente a actividade do InCI, I.P. e garantem a sua autonomia financeira.

2007 2006 2007/2006

Total do Activo 100% 100% 100%

Imobilizado 3% 4% -1%

Circulante 97% 96% 1%

Total dos Fundos Próprios e Passivo 100% 100% 100%

Fundos Próprios 58% 57% 1%

Passivo 42% 43% -1% Em 2007, o Activo apresentou a seguinte composição: .

2006

ACTIVO BRUTO AMORT. e AJUST. ACTIVO LÍQUIDO ACTIVO LÍQUIDO

IMOBILIZADO

Imobilizações Incorpóreas 150.162,26 1.093,40 149.068,86

Imobilizações Corpóreas 3.638.362,10 3.252.590,39 385.771,71 634.613,40

CIRCULANTE

Existências 20.041,31 20.041,31 30.744,46

Dívidas de Terceiros - Curto Prazo 1.691.387,02 876.610,00 814.777,02 1.065.232,57

Depósitos Bancários e Caixa 17.960.193,41 17.960.193,41 15.804.192,36

Acrescimentos e Diferimentos 174.731,94 174.731,94 64.958,16

Total de Amortizações 3.253.683,79

Total de Ajustamentos 876.610,00

TOTAL DO ACTIVO 23.634.878,04 4.130.293,79 19.504.584,25 17.599.740,95

2007

Fonte: Balanço, incluído na Conta de Gerência de 2007

O Activo do Instituto cresceu cerca de 11% em 2007, face ao ano transacto, devido, essencialmente, ao valor detido em Depósitos Bancários, resultante do aumento da receita proveniente do maior número de títulos habilitantes processados e dos juros da aplicação financeira efectuada no final de 2006, como se pode comprovar na demonstração de fluxos de caixa. A referida aplicação financeira gera juros quadrimestralmente, pelo que foi contabilizado o valor de €106.086 em acréscimos de proveitos relativo aos juros que irão vencer em Abril de 2008. Relativamente ao Imobilizado verificou-se em 2007 uma aposta nas Imobilizações Incorpóreas, nomeadamente, no licenciamento informático necessário à implementação do novo sistema integrado de gestão e ainda no registo de logótipo e de marca “InCI” junto do Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

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Relatório e Contas 2007 52

De referir que, a aposta em Imobilizado Corpóreo ocorreu em 2006 aquando do investimento ao nível de aquisição de computadores. No seguimento da opção tomada em 2006, também no ano em análise foi efectuada uma provisão de €876.610 tendo em conta a dificuldade na cobrança de Dívidas de Terceiros, essencialmente, proveniente das coimas aplicadas. Pretende-se, em 2008, efectuar uma análise detalhada à cobrança de dívidas por forma a concluir a necessidade de manter esta provisão. Relativamente aos Fundos Próprios e Passivo verificou-se:

2007 2006

Património 11.408.183,78 11.408.183,78

Resultados Transitados -1.347.732,45 -1.826.087,93

Resultado Líquido do Exercício 1.155.546,28 478.355,48

TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRIOS 11.215.997,61 10.060.451,33

Dívidas a Terceiros - Curto Prazo 1.102.676,02 1.046.769,34

Fornecedores, c/c 261.062,42

Estado e Outros Entes Públicos 238.085,46 444.442,34

Outros Credores 603.528,14 602.327,00

Acrescimentos e Diferimentos 7.185.910,62 6.492.520,28

Acréscimos de Custos 539.446,80 559.201,08

Proveitos Diferidos 6.646.463,82 5.933.319,20

TOTAL DO PASSIVO 8.288.586,64 7.539.289,62

TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRIOS E DO PASSIVO 19.504.584,25 17.599.740,95 Fonte: Balanço, incluído na Conta de Gerência de 2007

Os prejuízos avultados verificados em 2003 e 2004 ainda se fazem sentir nos Resultados Transitados, que quase foram compensados com o valor de Resultado Líquido do Exercício de 2007. Do lado do Passivo verificou-se um aumento de 10%, relativamente a 2006, para o qual contribuiu o crescimento em cerca de 5% das Dívidas a Terceiros e de 12% dos Proveitos Diferidos. A partir de 2007, foi dispensada a necessidade de autorização ministerial para transitar para o ano seguinte o pagamento das facturas emitidas no ano corrente. Assim, no final do ano em análise, encontrava-se em dívida aos fornecedores o valor total de €261.062, destacando-se a dívida à Sociedade de Advogados Sérvulo Correia & Associados, no valor de €113.000, devida ao apoio técnico na elaboração do Código dos Contratos Públicos. Tendo em conta que o produto das coimas aplicadas reverte em 60% para os cofres do Estado, verificou-se uma diminuição em 46% do valor em dívida ao Estado, dado se ter assumido como custo extraordinário a não cobrança das coimas já vencidas, que haviam sido aplicadas às empresas do sector da construção, desde 2002. O aumento dos Proveitos Diferidos prende-se com o maior número de títulos habilitantes concedidos e revalidados efectuado em 2007.

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Relatório e Contas 2007 53

10. Perspectivas Futuras O ano de 2007 foi um ano de profundas mudanças no Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P., alterações estas que são apenas o começo de um árduo trabalho de construção e consolidação de uma imagem e de uma marca que se quer forte e credível. O ano de 2008 será assim de reforço e maior visibilidade do papel do InCI, I.P. nos sectores regulados. As metas definidas são exigentes e vão de encontro ao trabalho desenvolvido nos últimos anos relativamente às Grandes Opções do Plano e ao Programa Simplex, tendo sempre por base um modelo de gestão participada por objectivos. O sistema integrado de gestão, cuja entrada em funcionamento está prevista para 2008, será um auxílio precioso na prossecução dos objectivos definidos para o InCI, I.P.. Ele permitirá a integração de todas as unidades de negócio do Instituto, possibilitando assim uma gestão mais eficaz, que se traduzirá num melhor desempenho e na credibilização enquanto entidade reguladora do sector. O Instituto trabalhará no sentido de alargar a sua acção a todas as cadeias de valor da Construção e Imobiliário, sem contudo menosprezar as suas funções nucleares. No âmbito destas funções, a eficiência será a palavra-chave e serão criados mecanismos de simplificação para diminuir de maneira substancial os prazos médios de análise dos processos de qualificação, bem como os seus encargos administrativos. Ainda neste âmbito serão realizados esforços no sentido de assegurar mecanismos de transferência electrónica ou partilha de dados entre o InCI, I.P e outras entidades, o que permitirá diminuir o número de documentos de prestação de prova na qualificação das empresas. A eficiência e a simplificação administrativas exigem ainda a desmaterialização dos processos e documentos, que será realizada de forma gradual e onde, mais uma vez, o novo sistema de informação terá um papel decisivo. A defesa do consumidor é outra das apostas do InCI, I.P. no desenvolvimento do seu papel de suporte à garantia da transparência e concorrência dos sectores regulados. Neste sentido, a aposta passa por agilizar o tratamento das queixas e denúncias em matéria de construção e habitação, automatizando o registo e reporte ao consumidor da informação sobre o procedimento adoptado, e pelo reforço da acção inspectiva a todos os elementos da cadeia de valor das actividades reguladas. Ainda no desempenho do seu papel de defesa do consumidor, serão desenvolvidos os seguintes projectos: criação do Centro de Mediação e Arbitragem para a resolução de conflitos; implementação do Bilhete de Identidade do Imóvel que será acessível por todos os interessados em sítio da Internet e desenvolvimento do trabalho já realizado relativo à regulação das actividades de Administração de Condomínios e Promoção Imobiliária. Para a implementação da transparência e concorrência do mercado está ainda definida a criação e desenvolvimento de um Observatório das Obras Públicas e da Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção.

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Relatório e Contas 2007 54

Assim, apesar da elevada exigência dos desafios, o InCI, I.P. lança-se à conquista do futuro com a confiança e a experiência, de quem tem um passado sólido atrás de si e um promissor caminho à sua frente. Lisboa, 17 de Novembro de 2008

O Conselho Directivo,

_______________________

H. Ponce de Leão (Presidente)

_______________________

Cláudia Assis de Almeida (Vogal)

_______________________

Filipe Alves da Silva (Vogal)

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Relatório e Contas 2007 55

BALANÇO PERÍODO HOMÓLOGO 2007.12.31 Dez-07

EXERCICIO 2007 EXERCICIO 2006

ACTIVO ACTIVO BRUTO AMORT. E AJUST. ACTIVO LIQUIDO ACTIVO LIQUIDO FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO 2007 2006

IMOBILIZADO Fundos Próprios:Bens de domínio público: Património 11.408.183,78 11.408.183,78

Terrenos e Recursos Naturais Ajust. de Partes de Capital em Filiais e AssociadasEdifícios Reservas de ReavaliaçãoOutras Construções e infraestruturas Reservas:Infraestruturas e equipamento natureza militar Reservas LegaisBens do património histórico, artístico e cultural Reservas EstatutáriasOutros bens de domínio público Reservas ContratuaisImobilizacoes em Curso Reservas livresAdiant. por Conta de bens de domímio público Reservas decorrentes de transferência de activos

Imobilizações Incorpóreas

Despesas de Instalação Resultados Transitados -1.347.732,45 -1.826.087,93

Despesas de Investigação e de Desenvolvim. Sub-total 10.060.451,33 9.582.095,85

Propriedade Industrial e Outros Direitos 150.162,26 1.093,40 149.068,86 Resultado Liquido do Exercício 1.155.546,28 478.355,48

Obras em Prop.Arrendada Dividendos Antecipados

Imobilizacoes em Curso Total dos fundos próprios 11.215.997,61 10.060.451,33

Adiant. por Conta de Imobiliz. Incorpóreas150.162,26 1.093,40 149.068,86

Imobilizações Corpóreas

Terrenos e Recursos Naturais PASSIVOEdifícios e Outras ConstruçõesEquipamento Básico 2.359.231,54 2.180.108,79 179.122,75 289.102,41

Equipamento de Transporte 2.850,00 2.850,00 Provisões

Ferramentas e Utensílios 6.605,34 6.604,55 0,79 1,57

Equipamento Administrativo 1.177.112,15 982.175,86 194.936,29 329.343,32 Provisões para PensõesTaras e Vasilhame Provisões para ImpostosOutras Imobilizações Corpóreas 92.563,07 80.851,19 11.711,88 16.166,10 Outras Provisões

Imobilizações em Curso

Adiant. por Conta de Imobiliz. Corpóreas 3.638.362,10 3.252.590,39 385.771,71 634.613,40

Investimentos Financeiros

Partes de Capital Obrigações e títulos participação Dívidas a Terceiros-Médio e Longo Prazo

Investimentos em imóveisOutras aplicações financeiras LeasingsImobilizações em Curso Dívidas a Instituições de CréditoAdiant. por Conta de Investim. Financeiros Fornecedores de Imobilizado, c/c

CIRCULANTE

Existências

Matérias-primas, Subsidiárias e de ConsumoProdutos e Trabalhos em CursoSubprodutos, Desperd., Resíduos e RefugosProdutos Acabados e Intermédios Dívidas a Terceiros-Curto Prazo

Mercadorias 20.041,31 20.041,31 30.744,46

Adiantamentos por Conta de Compras Empréstimos por dívida títulada

20.041,31 20.041,31 30.744,46 Empréstimos por dívida não títulada

Dívidas de Ter.-Médio e Longo Prazo Adiantamento por conta vendas Dívidas a Instituições de Crédito Descoberto bancário Fornecedores, c/c 261.062,42

Fornecedores - Facturas em Rec. e ConferênciaDívidas de Terceiros-Curto Prazo Fornecedores - Títulos a Pagar Empréstimos concedidos Fornecedores de Imobilizado - Títulos a Pagar Clientes, c/c 814.777,02 814.777,02 1.065.232,57 Credores pela execução do orçamento Contribuintes, c/c Empresas Participadas e Participantes Utentes c/c Adiantamentos de Clientes, contribuintes e utentes Clientes, contribuintes e utentes - Tít.a Receber Fornecedores de Imobilizado, c/c Clientes, contribuintes e utentes Cobrança Duv. 876.610,00 876.610,00 Estado e Outros Entes Públicos 238.085,46 444.442,34

Devedores pela execução do Orçamento Outros Credores 603.528,14 602.327,00

Adiantamentos a Fornecedores Adiantamentos a Fornecedores de imobilizado Estado e Outros Entes Públicos Outros Devedores

1.691.387,02 876.610,00 814.777,02 1.065.232,57 1.102.676,02 1.046.769,34

Títulos Negociáveis Acções em Empresas do Grupo Obr. e Tít. de Par. em Emp. do Grupo Acções em Empresas Associadas Obr. e Tít. de Par. em Emp. Associ. Outros Títulos Negociáveis Outras Aplicações de Tesouraria

Acréscimos e Diferimentos

Depósitos Bancários e Caixa

Conta no Tesouro 17.363.475,34 17.363.475,34 15.259.003,64

Depósitos em Instituições bancárias 596.718,07 596.718,07 545.188,72 Acréscimos de Custos 539.446,80 559.201,08

Caixa Proveitos Diferidos 6.646.463,82 5.933.319,20

17.960.193,41 17.960.193,41 15.804.192,36 7.185.910,62 6.492.520,28

Acréscimos e Diferimentos

Acréscimos de Proveitos 106.085,78 106.085,78 Total do passivo 8.288.586,64 7.539.289,62

Custos Diferidos 68.646,16 68.646,16 64.958,16

174.731,94 174.731,94 64.958,16

Total de amortizações 3.253.683,79

Total de Ajustamentos 876.610,00

Total do activo 23.634.878,04 4.130.293,79 19.504.584,25 17.599.740,95 Total dos fundos próprios e do passivo 19.504.584,25 17.599.740,95

O PRESIDENTE

H. Ponce de Leão

EXERCÍCIOS

Filipe Alves da Silva

A DIRECTORA ADMINISTRATIVA, FINANCEIRA E DE RECURSOS HUMANOS

Isabel Fragoso

O VOGAL A VOGAL

Cláudia Assis de Almeida

11. Demonstrações Financeiras Consolidadas 11.1. Balanço

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Relatório e Contas 2007 56

Dezembro 07

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS PERÍODO HOMÓLOGO 2007.12.31 EUROS

2007 2006 2007 2006

CUSTOS E PERDAS PROVEITOS E GANHOS

Custo das merc. vendidas e mat. consum.

Mercadorias 8.659,33 11.952,45

Matérias 8.659,33 11.952,45 Vendas

Fornecimentos e serviços externos 3.495.436,06 3.918.941,41 Mercadorias 146.412,41 129.815,07

Custos com o pessoal: Produtos

Remunerações 3.854.886,72 3.743.671,95 Impostos, Taxas e Outros 11.750.600,62 10.780.507,54

Encargos sociais: 11.897.013,03 10.910.322,61

Pensões Trabalhos para a própria empresa

Outros 740.676,93 4.595.563,65 702.422,38 4.446.094,33 Proveitos suplementares 1.501,67 1.869,48

Transf. correntes concedidas e prest.sociais 2.497.534,44 708.979,40 Transferências e Subsidios correntes obtidos

Amortiz. do imobil. corpóreo e incorpóreo 314.144,81 446.624,30 Outros proveitos e ganhos operacionais

Ajustamentos 876.610,00 Reversões de amortizações e ajustamentos

Provisões 1.501,67 1.869,48

Outros custos e perdas operacionais 1.720,00 2.813.399,25 2.032.213,70 (B) 11.898.514,70 10.912.192,09

(A) 10.913.058,29 10.409.201,89

Rendimentos de participação de capital

Rend. de tít. neg. e de outras aplic. finan.

Relativos a empresas do grupo

Perdas em empresas do grupo e associadas Outros

Amort. e Ajustam. de aplic. e invest. finan. Outros juros e proveitos similares

Juros e custos similares: Outros 424.152,44

Relativos a empresas do grupo 424.152,44 0,00

Outros 29.881,10 29.881,10 29.789,98 29.789,98 (D) 12.322.667,14 10.912.192,09

(C) 10.942.939,39 10.438.991,87

Proveitos e ganhos extraordinários 1.545,36 12.315,88

Custos e perdas extraordinários 225.726,83 7.160,62 (F) 12.324.212,50 10.924.507,97

(E) 11.168.666,22 10.446.152,49

Imposto sobre o rendim. do exercício

(G) 11.168.666,22 10.446.152,49

RESUMO:

Resultado liquido do exercício 1.155.546,28 478.355,48 Resultados operacionais: (B)-(A)= 985.456,41 502.990,20

Resultados financeiros: (D-B)-(C-A)= 394.271,34 -29.789,98

Resultados correntes: (D)-(C)= 1.379.727,75 473.200,22

Resultados antes de impostos: (F)-(E)= 1.155.546,28 478.355,48

12.324.212,50 10.924.507,97 Resultado liquido do exercício: (F)-(G)= 1.155.546,28 478.355,48

EXERCÍCIO EXERCÍCIO

11.2. Demonstração de Resultados

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Relatório e Contas 2007 57

Ano de 2007

Capº Grupo Artº

SALDO DA GERÊNCIA ANTERIOR

Execução Orçamental Na posse do Serviço Na posse do Serviço - Consignado 15.804.192,37

Na posse do Estado 0,00

De Receita do Estado - Fundos Alheios 0,00 De Operações de tesouraria - Fundos Alheios 0,00 Descontos e venc. Salários - Retenção no Tesouro: Receita de Estado 0,00 0,00I - Total do Saldo de Gerência na posse do Serviço 15.804.192,37

Receitas de fundos próprios Dotações orçamentais Class. Orgânica: 101031300 Prog: 000. Não Especificado FF: 430 Auto Financiamento Correntes

060311 SFA - Participação comunitária em projectos co-financiados 97.342,3997.342,39

FF: 510 Auto Financiamento Correntes

040117 Taxas s/ licenciamentos div. concedidos a empresas. 12.130.156,68040201 Juros de mora. 945,92040204 Coimas e penalidades por contra-ordenações. 60.842,73050302 Administração central - SFA. 318.066,66060311 SFA - Participação comunitária em projectos co-financiados 0,00060901 União Europeia - Instituições. 1.105,96070103 Publicações e impressos. 126.428,63070299 Outros. 4.557,53 12.642.104,11

12.739.446,50II - Total das Receitas de Fundos Próprios 12.739.446,50Total das Receitas do Exercicio (I+II) 28.543.638,87

III - Total Recebido do Tesouro em c/ Receitas Próprias 0,00

IV - Total Recebimentos do Exercício (I+II+III) 28.543.638,87

Importâncias retidas p/ entrega ao Estado ou out.ent. - Fundos Alheios

Receitas Estado 702.405,67 Operações Tesouraria 462.806,34 1.165.212,01 1.165.212,01Descontos e venc. Salários:Receitas do Estado 702.405,67

Operações de Tesouraria 384.556,89

V - Total da Retenções de Fundos Alheios 1.165.212,01

Total Geral do Mapa de Fluxos de Caixa (IV+V) 29.708.850,88

CódigoRECEBIMENTOS

Capº…-Artº…

11.3. Demonstração de Fluxos de Caixa

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Relatório e Contas 2007 58

Capº Grupo Artº

Despesas de fundos própriosDespesas Orçamentais Class. Orgânica: 101031300 Prog: 000 Não Especificado FF: 510 Auto Financiamento Correntes

040305A000 Transferências Correntes-Adm. Central -SFA 50.000,0050.000,00

50.000,00 Prog: 000. Não Especificado FF: 510 Auto Financiamento Correntes

010102 Órgãos sociais 157.333,87010103 Pessoal dos quadros-Regime de função pública 1.356.981,98010104 Pessoal dos quadros-Reg de contrato individual trabalho 1.053.090,06010108 Pessoal aguardando aposentação 3.848,83010109 Pessoal em qualquer outra situação 80.808,88010111 Representação 43.979,28010112 Suplementos e prémios 271.449,90010113 Subsídio de refeição 172.510,46010114 Subsídio de férias e de Natal 497.609,92010115 Remunerações por doença e maternidade/paternidade 42.430,21010202 Horas extraordinárias 59.860,58010204 Ajudas de custo 35.798,05010205 Abono pª falhas 3.589,96010212 Indemnizações por cessação de funções 42.848,22010213 Outros suplementos e prémios 11.017,17010214 Outros abonos em numerário ou espécie 45.634,32010301 Encargos com a Saúde 19.183,94010302 Outros encargos com saúde 14.005,24010303 Subsídio familiar a crianças e jovens 6.653,23010305 Contribuições pª a segurança social 578.893,89010306 Acidentes em serviço e doenças profissionais 849,32010309 Seguros 7.814,21020102 Combustíveis e lubrificantes 14.809,96020104 Limpeza e higiene 10.516,33020107 Vestuário e artigos pessoais 1.189,91020108 Material de escritório 108.556,91020112 Material de transporte-peças 65,97020114 Outro material-peças 3.147,07020115 Prémios, condecorações e ofertas 2.025,37020116 Mercadorias para a venda 1.234,52020117 Ferramentas e utensílios 113,14020118 Livros e documentação técnica 12.648,71020121 Outros bens 47.067,37020201 Encargos das instalações 50.083,96020202 Limpeza e higiene 76.628,41020203 Conservação de bens 35.879,27020204 Locação de edifícios 859.895,44020208 Locação de outros bens 132.257,01020209A000 Acesssoà Internet 18.716,15020209B000 Comunicações Fixas de Dados 0,00020209C000 Comunicações Fixas de Voz 36.933,96020209D000 Comunicações Móveis 70.353,97020209F000 Outros Serviços de Comunicações 185.856,85020210 Transportes 28.075,47020211 Representação dos serviços 24.218,02020212 Seguros 219,81020213 Deslocações e estadas 89.723,60020214 Estudos, pareceres, projectos e consultadoria 855.086,23020215 Formação 44.360,60020216 Seminários, exposições e similares 45.122,83020217 Publicidade 38.015,18020218 Vigilância e segurança 92.028,25020219 Assistência técnica 40.357,96020220 Outros trabalhos especializados 245.304,90020222 Serviços de saúde 19.977,65020224 Encargos de cobrança de receitas 29.715,07020225 Outros serviços 144.995,64040305B000 Autoridade da Concorrência 730.534,44040701A000 Grupo Desportivo do IMOPPI 0,00060203 Outras 166,03

CódigoPAGAMENTOS

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Relatório e Contas 2007 59

ANEXO – Legislação em Vigor Regulamentação Externa A actividade do InCI, I.P. é regida por legislação nacional relativa às suas áreas de actividade e pela Lei Orgânica e Estatutos do Instituto, sendo seguidamente indicada a legislação mais relevante. Construção

Tipo de Diploma

Nº Data Texto

Decreto-Lei

371/2007

06-11-2007 Altera e republica o Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de Setembro. Estabelece a obrigatoriedade de disponibilização do livro de reclamações em todos os estabelecimentos onde se forneçam bens e se prestem serviços aos consumidores.

Portaria3 73/2007 11-01-2007 Fixa as classes das habilitações contidas nos alvarás de construção e respectivos valores.

Portaria

1288/2005

15-12-2005

Aprova o modelo, edição, preço, fornecimento e distribuição do livro de reclamações a ser disponibilizado pelos fornecedores de bens e prestadores de serviços abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de Setembro.

Decreto-Lei

156/2005

15-09-2005

Estabelece a obrigatoriedade de disponibilização do livro de reclamações a todos os fornecedores de bens ou prestadores de serviços que tenham contacto com o público em geral.

Portaria

994/2004

05-08-2004

Define os indicadores de liquidez geral e autonomia financeira e fixa os respectivos valores de referência, para efeitos de avaliação da capacidade económica e financeira das empresas de construção.

Portaria

19/2004

10-01-2004

Estabelece as categorias e subcategorias relativas à actividade da construção.

Portaria

18/2004

10-01-2004 Estabelece quais os documentos comprovativos do preenchimento dos requisitos de ingresso e permanência na actividade da construção.

Portaria 16/2004 10-01-2004 Estabelece o quadro mínimo de pessoal das empresas classificadas

para o exercício da actividade da construção

Portaria

15/2004

10-01-2004

Estabelece as taxas devidas pelos procedimentos administrativos tendentes à emissão, substituição ou revalidação de alvarás e títulos de registo, à emissão de certidões, bem como pelos demais procedimentos previstos no Decreto-Lei n.º 12/2004, de 9 de Janeiro, relativas à actividade da construção.

Portaria

14/2004

10-01-2004

Estabelece os requisitos e procedimentos a cumprir para a concessão e revalidação dos títulos de registo, para a actividade da construção.

Decreto-Lei 12/2004 09-01-2004 Estabelece o regime jurídico de ingresso e permanência na

actividade da construção

Decreto Legislativo Regional

20/2003/A

06-05-2003

[CADUCOU em 7.05.2006 à excepção do art. 3.º que se mantém em vigor] Adapta à Região Autónoma dos Açores o Decreto-Lei n.º 61/99, de 2 de Março (regime de acesso e permanência nas actividades de empreiteiro de obras públicas e industrial de construção civil)

Decreto-Regulamentar

Regional

21/85/M

19-10-1985

Fixa os valores das classes de alvará na Região Autónoma da Madeira, relativas à actividade da construção.

3 O valor das classes das habilitações contidas nos alvarás é actualizado anualmente através de Portaria.

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Relatório e Contas 2007 60

Mediação Imobiliária e Angariação Imobiliária

Tipo de Diploma

Nº Data Texto

Decreto-Lei

371/2007

06-11-2007

Altera e republica o Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de Setembro. Estabelece a obrigatoriedade de disponibilização do livro de reclamações em todos os estabelecimentos onde se forneçam bens e se prestem serviços aos consumidores.

Portaria

1288/2005

15-12-2005

Aprova o modelo, edição, preço, fornecimento e distribuição do livro de reclamações a ser disponibilizado pelos fornecedores de bens e prestadores de serviços abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de Setembro.

Decreto-Lei

156/2005 15-09-2005

Estabelece a obrigatoriedade de disponibilização do livro de reclamações a todos os fornecedores de bens ou prestadores de serviços que tenham contacto com o público em geral.

Portaria

66/2005

25-01-2005

Fixa as condições mínimas de seguro de responsabilidade civil nas actividades de mediação imobiliária e de angariação imobiliária.

Despacho-Conjunto

707/2004

03-12-2004

Determina as matérias sobre as quais incidem os exames a realizar para efeitos de acesso e permanência na actividade de mediação imobiliária e angariação imobiliária.

Portaria

1328/2004 19-10-2004

Fixa os montantes das taxas devidas no âmbito dos procedimentos administrativos previstos no regime jurídico das actividades de mediação imobiliária e de angariação imobiliária.

Portaria

1327/2004

19-10-2004

Regulamenta os procedimentos administrativos previstos no Decreto-Lei n.º 211/2004, de 20 de Agosto, que regula o regime jurídico das actividades de mediação imobiliária e de angariação imobiliária.

Portaria

1326/2004 19-10-2004

Define a avaliação da capacidade profissional, bem como os critérios de adequação da formação, no acesso e permanência nas actividades de mediação imobiliária e angariação imobiliária.

Portaria

1324/2004

19-10-2004

Fixa o montante mínimo de seguro de responsabilidade civil na actividade da mediação imobiliária.

Decreto-Lei

211/2004

20-08-2004

No uso da autorização legislativa concedida pela Lei n.º 8/2004, de 10 de Março, regula o exercício das actividades de mediação imobiliária e de angariação imobiliária.

Decreto-Lei

236/1995

13-09-1995

Regula a situação dos contribuintes que estejam a regularizar as suas dívidas à Fazenda Nacional.

Empreitadas de Obras Públicas

Tipo de Diploma

Nº Data Texto

Aviso

17059/2007

11-09-2007

Fixa os valores dos índices de custos de mão-de-obra, materiais e equipamentos de apoio, relativos aos meses de Janeiro,Fevereiro e Março de 2007, para efeito de aplicação das fórmulas de revisão de preços

Decreto-Lei

6/2004

6-01-2004

Estabelece o regime de revisão de preços das empreitadas de obras públicas e particulares e de aquisição de bens e serviços

Decreto-Lei 59/1999 2-03-1999 Aprova o novo regime jurídico das empreitadas de obras públicas

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Relatório e Contas 2007 61

Ficha Técnica da Habitação

Tipo de Diploma

Nº Data Texto

Portaria 817/2004 16-07-2004 Aprova o modelo da ficha técnica da habitação

Decreto-Lei

68/2004 25-03-2004

Estabelece os requisitos a que obedecem a publicidade e a informação disponibilizadas aos consumidores no âmbito da aquisição de imóveis para habitação – Ficha técnica da habilitação

InCI, IP

Tipo de Diploma

Nº Data Texto

Portaria

1452/2007

12-11-2007

Adopta como identificação gráfica o símbolo/logótipo a ser utilizado pelo Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (InCI, I.P.)

Despacho 16693/2007 31-07-2007 Mantém as comissões de serviço dos membros do Conselho

Directivo do InCI, I.P.

Portaria

1451/2008

12-11-2007

Aprova o modelo de cartão de identificação para uso dos trabalhadores do Instituto de Construção e do Imobiliário, I.P. (InCI, I.P.) que desempenham funções de inspecção e fiscalização.

Despacho

19360/2007

28-08-2007

Definição dos princípios orientadores de gestão e das orientações estratégicas específicas do Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P., e aprovação do modelo do contrato de gestão a celebrar com cada membro do seu Conselho Directivo.

Portaria

542/2007

30-04-2007

Aprova os Estatutos do Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (InCI, I.P.).

Decreto-Lei

144/2007

27-04-2007

Aprova a Orgânica do Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (InCI, I.P.), Instituto regulador da actividade da construção, mediação e angariação imobiliária.

Despacho conjunto

130/2006 7-02-2006 Nomeação do Conselho de Administração do IMOPPI

Portaria

987/2000

12-07-2000

Procede à alteração da Portaria n.º 907/99 de 13 de Outubro, que estabeleceu a composição das Comissões Técnicas Especializadas do Instituto dos Mercados de Obras Públicas e Particulares e do Imobiliário (IMOPPI).

Portaria

907/99

13-10-1999

Estabelece a composição da Comissão de Classificação de Empresas de Obras Públicas e Particulares (CCEOPP) e da Comissão de Índices e Fórmulas de Empreitadas.

Regulamentação Interna A actividade interna do InCI, I.P. é regida por um Regulamento Interno de Carreiras, Disciplinar e Retributivo, em vigor desde Agosto de 2005.

Tipo de Diploma

Nº Data Texto

Anúncio

129/2005

08-08-2005

Aprova o Regulamento de Carreiras, Disciplinar e Retributivo do Instituto dos Mercados de Obras Públicas, Particulares e do Imobiliário (IMOPPI).

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