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Relatório do Órgão Central do Controle
Interno do Poder Executivo
Exercício Financeiro de 2016
A elaboração desse relatório pela Secretaria de Controle Interno e Departamento de
Controladoria Geral do Município teve como fonte informações disponibilizada pelos
órgãos da administração direta e indireta responsáveis pela execução do orçamento
anual do município, sendo peça integrante da Prestação de Contas Anual do Poder
Executivo – Exercício de 2016, a qual será encaminhada ao Tribunal de Contas do
Estado do Rio de Janeiro para obtenção de Parecer Prévio dentro de 60 (sessenta)
dias, após abertura da Sessão Legislativa, acompanhado de formulário próprio,
aprovado por Deliberação do Plenário (art. 2º da Deliberação TCE/RJ nº 199/96).
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SUMÁRIO Capítulo 1 - Demonstração das alterações orçamentárias efetuadas no exercício de 2016, indicando
o orçamento inicial, suas alterações e o orçamento final, este consoante ao registrado pela
contabilidade como despesa total autorizada (anexo 11 – consolidado). .......................................................... 4
Capítulo 2 - cumprimento às normas constitucionais e legais, quanto: ............................................................. 6
2.1 - à Consolidação das Contas Públicas (inciso III, artigo 50 da LRF c/c o artigo 2º da Deliberação
TCE/RJ nº 199/96) ................................................................................................................................................................. 6
2.2- Verificação do Limite para Abertura de Créditos Adicionais estabelecido na LOA (inciso I do
artigo 7º da Lei Federal nº 4.320/64) ............................................................................................................................ 7
2.3 – Verificação de Autorização para Abertura de Créditos Adicionais e existência das
respectivas Fontes de Recursos (inciso V, artigo 167 da CF/88) ...................................................................... 8
2.4 – Verificação dos Limites com Endividamento: Operações de Crédito, Dívida Consolidada
Liquida – DCL, Concessão de Garantias (Resoluções do Senado Federal nos 40/01 e 43/01) .......... 9
2.4.1: Dívida Pública: Operações de Crédito ..................................................................................................... 10
2.4.2: Dívida Pública: Dívida Consolidada .......................................................................................................... 11
2.5 – ao Limite com Gastos com Pessoal .................................................................................................................. 13
(artigo 20 da Lei Complementar Federal nº 101/00);....................................................................................... 13
2.6 - aos Limites com Gastos em FUNDEB e Educação (artigo 22 da Lei Federal nº 11.494/07,
artigo 212 da CF/88 e artigos da Lei Orgânica Municipal) .............................................................................. 15
2.6.1. Aplicação em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino ............................................................. 15
2.6.2. FUNDEB ................................................................................................................................................................. 16
2.7 - Limite com Gasto em Saúde (Emenda Constitucional nº 29/00 c/c o artigo 7º da Lei
Complementar nº 141/12 e artigos da Lei Orgânica Municipal); ................................................................. 18
2.8 - Aplicação dos recursos dos Royalties (artigo 8º da Lei Federal nº 7.990/89, alterada pela Lei
Federal nº 10.195/01, e Lei Federal nº 12.858/13); .......................................................................................... 19
2.9 - Transferência Financeira para a Câmara Municipal (artigo 29-A da CF/88); .............................. 20
2.9.1. Sobre as Receitas que Integram o Cálculo do Repasse ..................................................................... 21
2.9.2. Receitas que Integram a Base de Cálculo ............................................................................................... 22
2.10 - Repasses das Contribuições Previdenciárias (artigo 40 da CF/88 c/c o inciso II, artigo 1º da
Lei Federal nº 9.717/98)................................................................................................................................................. 23
2.10.1. Verificação dos Limites de Repasse das Contribuições Previdenciárias ............................... 24
Capítulo 3 - informações acerca das providências adotadas para cumprimento das determinações
deste Tribunal contidas no relatório da Prestação de Contas de Governo (Administração Financeira)
do município de Exercícios Anteriores .......................................................................................................................... 25
3.1. Ressalvas e Determinações Apresentadas na Prestação de Contas de 2015 pelo TCE-RJ e
Unidades Orçamentárias Diretamente Alcançadas ............................................................................................. 25
Capítulo 4 - Avaliação do cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e do orçamento ......................................................................................................................... 31
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4.1. Monitoramento dos projetos do Plano Plurianual ...................................................................................... 31
CAPÍTULO 5 – Ressalvas e Recomendações da Secretaria de Controle Interno .......................................... 33
Capítulo 6 - Conclusão ........................................................................................................................................................... 35
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CAPÍTULO 1 - DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
EFETUADAS NO EXERCÍCIO DE 2016, INDICANDO O ORÇAMENTO
INICIAL, SUAS ALTERAÇÕES E O ORÇAMENTO FINAL, ESTE CONSOANTE
AO REGISTRADO PELA CONTABILIDADE COMO DESPESA TOTAL
AUTORIZADA (ANEXO 11 – CONSOLIDADO).
Para o exercício de 2016, a Lei Orçamentária Anual nº 1.725, de 22 de
dezembro de 2015 assim se manifestou quanto à execução do orçamento no que diz respeito aos
limites de créditos adicionais autorizados:
“Art. 8º - Ficam os Poderes Executivo e Legislativo, respeitadas as demais prescrições
constitucionais de harmonia e independência e nos termos da Lei 4.320/64,
autorizados no âmbito de cada Poder, a abrir por Decreto Executivo e Legislativo,
respectivamente, créditos adicionais suplementares até o valor correspondente a 50%
(cinquenta por cento) dos Orçamentos Fiscais e da Seguridade Social, com a finalidade
de incorporar valores que excedam as previsões constantes desta Lei, mediante a
utilização de recursos provenientes de:
I – anulação parcial ou total de dotações;
II – incorporação de superávit e/ou saldo financeiro disponível do exercício anterior,
efetivamente apurado em balanço patrimonial;
III – excesso de arrecadação em bases constantes.
(...)”
Em seu artigo 10 acrescenta ainda que tal limite não será onerado, ou seja,
deverá ser expurgado do cálculo do limite para Abertura de Créditos Adicionais de que trata o inciso I
do artigo 7º da Lei Federal nº 4.320/64:
I. Atender insuficiências de dotações do grupo de Pessoal e Encargos Sociais, mediante a
utilização de recursos oriundos da anulação de despesas consignadas no mesmo grupo,
II. Atender ao pagamento de despesas decorrentes de precatórios judiciais, amortização e juros
da dívida, mediante utilização de recursos provenientes de anulação de dotações,
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III. Atender a despesas financiadas com recursos vinculados a operações de crédito e/ou
convênios,
IV. Atender insuficiências de outras despesas de custeio e de capital, consignadas em Programas
de Trabalho das funções Saúde, Assistência, Previdência e em Programas de Trabalho
relacionados à Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, mediante o cancelamento de
dotações das respectivas funções,
V. E por fim incorporação de saldos financeiros, apurados em 31 de dezembro de 2015, e o
excesso de arrecadação de recursos vinculados de Fundos Especiais, do FUNDEB e de convênios
não concluídos no exercício de 2015.
Na TABELA 1.1 resumimos a execução do orçamento inicial, com suas
alterações ocorridas no decorrer do exercício e o orçamento final; comparando-o com o valor
contabilizado no Anexo 11 consolidado da Lei nº 4.320/64.
TABELA 1.1 – APURAÇÃO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA: ORÇAMENTO INICIAL, ALTERAÇÕES E ORÇAMENTO FINAL
DESCRIÇÃO VALOR (R$) VALOR (R$)
(1) Orçamento Inicial – LOA 251.152.883,18
(2) Alterações = (2.1+2.2+2.3) 98.665.231,11
2.1 - Créditos Extraordinários 0,00
2.2 - Créditos Suplementares 95.931.521,30
2.3 - Créditos Especiais 2.733.709,81
(3) Anulações de Dotações (deduzir) 76.627.140,83
(4) ORÇAMENTO FINAL APURADO (1+2-3) 273.190.973,46
(5) Total Contabilizado (anexo 11 Consolidado) 273.190.973,46
(6) DIVERGÊNCIA ENTRE ORÇAMENTO APURADO E VALOR CONTABILIZADO (4-5) 0,00
Fonte: Sistema de Gestão Contábil adotado pelo município e controle de Decretos
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CAPÍTULO 2 - CUMPRIMENTO ÀS NORMAS CONSTITUCIONAIS E
LEGAIS, QUANTO:
2.1 - À CONSOLIDAÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS (INCISO III, ARTIGO 50 DA LRF
C/C O ARTIGO 2º DA DELIBERAÇÃO TCE/RJ Nº 199/96)
A análise das Contas de Governo no exercício de 2016 abrange toda a
Administração direta e indireta municipal, não sendo alcançadas as empresas estatais não dependentes
para efeito de consolidação das contas e apuração dos limites legais, por força do disposto no artigo 50
inciso III da LRF, vale destacar que o Município de Casimiro de Abreu/RJ não possui em sua estrutura
nenhuma empresa estatal dependente e nenhuma empresa estatal não dependente.
Também as Contas do Chefe do Poder Legislativo não serão consideradas
(Processo TCE-RJ n.º 211.008-1/07), as quais são analisadas separadamente na Prestação de Contas de
Ordenador de Despesas da Câmara Municipal.
Quanto às demonstrações contábeis consolidadas, conforme disposto na
Deliberação TCE-RJ n.º 199/96; esta Secretaria de Controle Interno reitera que a elaboração destas
demonstrações, de acordo com os procedimentos técnicos, deve ser realizada pelo Contador da
Prefeitura Municipal visto ser este o responsável pela elaboração das demonstrações contábeis,
conforme estabelecido no art. 3º da Resolução CFC n.º 560/83 e que, ainda, possui todos os registros
necessários para efetuar os ajustes decorrentes da consolidação. Após o exposto, estão consolidadas as
contas dos seguintes órgãos:
TABELA 2.1 – ESTRUTURA MUNICIPAL: RELAÇÃO DE ÓRGÃOS QUE FAZEM PARTE DA CONSOLIDAÇÃO CONTÁBIL
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
Órgão Lei de Criação
Operacionalizado (sim/não)
Contabilidade segregada (sim/não)
Prefeitura Municipal - SIIM SIM
Câmara Municipal - SIM SIM
Fundo Municipal de Saúde 268/1994 SIM SIM
Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
326/1996 SIM SIM
Fundo Municipal de Assistência Social 327/1996 SIM SIM
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
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Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE 192/1987 SIM SIM
Instituto de Previdência dos Servidores de Casimiro de Abreu – IPREV
130/1991 SIM SIM
Fundação Municipal Casimiro de Abreu 207/1993 SIM SIM
Fundação Cultural Casimiro de Abreu 544/1999 SIM SIM
EMPRESAS PÚBLICAS DEPENDENTES
NÃO POSSUI
EMPRESAS PÚBLICAS NÃO DEPENDENTES
NÃO POSSUI
Fonte: Sistema de Gerenciamento Contábil do município.
2.2- VERIFICAÇÃO DO LIMITE PARA ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS
ESTABELECIDO NA LOA (INCISO I DO ARTIGO 7º DA LEI FEDERAL Nº 4.320/64)
O valor do orçamento final apurado de R$ 273.190.973,46, com base nas
publicações dos Decretos de abertura de créditos adicionais (planilhas em Excel), e o valor consignado
no Balanço Orçamentário (Anexo Ib) que integra o Relatório Resumido da Execução Orçamentária –
RREO, relativo ao 6º bimestre de 2016 no valor de R$ 273.361.924,50 não guardam paridade entre si,
apresentando diferença de R$ 170.951,04 (Cento e Setenta Mil Novecentos e Cinquenta e Um Reais e
Quatro Centavos). No entanto há paridade entre valor registrado no Comparativo da Despesa
Autorizada com a Realizada Consolidada de que trata o Anexo 11 da Lei Federal n.º 4.320/64.
TABELA 2.2 – APURAÇÃO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA: ORÇAMENTO INICIAL, FINAL E PERCENTUAL UTILIZADO
DESCRIÇÃO VALOR (R$) VALOR (R$)
(1) Orçamento Inicial – LOA 251.152.883,18
(2) Alterações = (2.1+2.2+2.3) 98.665.231,11
2.1 - Créditos Extraordinários 0,00
2.2 - Créditos Suplementares 95.931.521,30
2.3 - Créditos Especiais 2.733.709,81
(3) Anulações de Dotações (deduzir) 76.627.140,83
(4) ORÇAMENTO FINAL APURADO (1+2-3) 273.190.973,46
(5) Total Contabilizado (anexo 11 Consolidado) 273.190.973,46
(6) DIVERGÊNCIA ENTRE ORÇAMENTO APURADO E VALOR CONTABILIZADO (4-5) 0,00
(7) Total informado no Anexo 1.b do RREO - (Balanço Orçamentário) SIGFIS 273.361.924,50
(8) DIVERGÊNCIA ENTRE ORÇAMENTO APURADO E VALOR NO ANEXO 1.B - SIGFIS (4-7) (170.951,04)
(9) PERCENTUAL DO ORÇAMENTO UTILIZADO (2.2 / 1) 38,20%
Fonte: Sistema de Gestão Contábil adotado pelo município e controle de Decretos
A abertura de créditos adicionais, no montante de R$ 95.931.521,30
(créditos suplementares), atingindo o percentual de 38,20% encontra-se dentro do limite estabelecido
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na LOA, observando-se, portanto, o preceituado no inciso V do art. 167 da Constituição Federal, c/c
artigos 8º e 10 da Lei Municipal nº 1.725/2015.
Observamos paridade entre o valor final apurado na planilha Excel de controle de decretos e o valor
contabilizado no Anexo 11 da Lei nº 4.320/64, no entanto há divergência de R$ 170.951,04 lançado a
maior no Balanço Orçamentário (Anexo 1.b) do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 6º
Bimestre de 2016 (SIGFIS).
2.3 – VERIFICAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA ABERTURA DE CRÉDITOS
ADICIONAIS E EXISTÊNCIA DAS RESPECTIVAS FONTES DE RECURSOS (INCISO V,
ARTIGO 167 DA CF/88)
Na TABELA 2.3 apresentamos resumo da apuração da autorização para
abertura de créditos adicionais e existência de respectivas fontes de recursos conforme inciso V,
artigo 167 da Constituição Federal.
TABELA 2.3 – APURAÇÃO DO LIMITE PARA ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS E RESPECTIVAS FONTES – LOA 2016 (LEI Nº 1.725/15)
MOVIMENTAÇÃO DE CRÉDITOS ADICIONAIS NO EXERCICIO DE 2016 VALORES EM R$
SUPLEMENTAÇÕES AO ORÇAMENTO INICIAL DE 251.152.883,18
ALTERAÇÕES FONTE DE RECURSOS
Anulação 76.627.140,83
Excesso - Outros 1.205.000,00
Superávit 20.033.862,14
Convênios 365.801,55
Operações de Crédito -
(A) Total das Alterações 98.231.804,52
(B) Créditos não considerados (Exceções Previstas na LOA) -
(C) Alterações efetuadas para efeito de limite = (A - B) 98.231.804,52
(D) Limite autorizado na LOA - 50% do Orçamento Inicial 125.576.441,59
(E) Valor Total dos Créditos Abertos Acima do Limite da LOA 0,00
Fonte: Sistema de Gestão Contábil adotado pelo município e controle de Decretos
Da TABELA 2.3, observamos que o percentual de alteração do orçamento de
2016 (apesar de haver previsão para exceções ao limite de abertura de créditos adicionais os quais
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estão mencionados no art. 10 da Lei Municipal 1.725/15); uma vez que tal limite não fora atingido
(50%), acabou por tornar desnecessária a necessidade de quantificá-las (as exceções previstas na LOA),
uma vez que, conforme demonstrado acima, os créditos abertos no exercício respeitaram o limite
autorizado na LOA, atingindo percentual de 38,20%.
As despesas empenhadas registradas nos demonstrativos contábeis consolidados no valor de R$
195.923.754,74 (Anexos 11 e 12 da Lei Federal 4.320/64) não conferem com o montante consignado no
RREO: Anexo Ib – Balanço Orçamentário do Relatório Resumido da Execução Orçamentária referente
ao 6º bimestre de 2016 (SIGFIS), que contabiliza valor de R$ R$ 196.148.062,70; ocasionando diferença
de R$ 224.307,96 a maior do que valores registrados nos Anexos 11 e 12 da Lei nº 4.320/64.
Recomendamos à Coordenação de Contabilidade e demais envolvidos nas administrações indiretas a
observar a compatibilidade entre a despesa empenhada registrada nos demonstrativos contábeis e no
Anexo I – Balanço Orçamentário do Relatório Resumido da Execução Orçamentária referente ao 6º
bimestre, em atendimento ao art. 85 da Lei nº 4.320/64.
2.4 – VERIFICAÇÃO DOS LIMITES COM ENDIVIDAMENTO: OPERAÇÕES DE
CRÉDITO, DÍVIDA CONSOLIDADA LIQUIDA – DCL, CONCESSÃO DE GARANTIAS
(RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL NOS 40/01 E 43/01)
A Lei Complementar 101/00 estabelece normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição
Federal e em seu artigo 1º, § 1º que determina:
§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente,
em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e
a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de
despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária,
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e
inscrição em Restos a Pagar.
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2.4.1: DÍVIDA PÚBLICA: OPERAÇÕES DE CRÉDITO
A Dívida Pública é constituída pela Dívida Flutuante e a Dívida Fundada, que
pode ser Interna ou Externa, sendo que a Divida Flutuante corresponde aos compromissos de curto
prazo (até 12 meses), enquanto que a Dívida Fundada Interna e Externa referem-se às obrigações de
médio e longo prazo (exigibilidade superior a doze meses), contraídas para atender a desequilíbrio
orçamentário ou financeiro de obras e serviços públicos (art. 98 da Lei 4.320/64).
O parágrafo único do artigo 98 da Lei 4.320/64 determina que a dívida
fundada deverá ser escriturada com individuação e especificações que permitam verificar, a qualquer
momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços de amortização e juros.
TABELA 2.4 – OPERAÇÕES DE CRÉDITO - APURAÇÃO DO CUMPRIMENTO DOS LIMITES
3º Quadrimestre /2016
Especificações Valor – R$ %
Receita Corrente Líquida 2016 180.295.256,23 -
Total considerado para fins de apuração de cumprimento do limite
16.810.636,88 9,32%
Limite definido pelo Senado para Operações de Créditos Interna e Externa (Inciso I, art. 7º Resolução SF nº 43/2001)
28.847.241,00 16,00%
Operações de Crédito por Antecipação de Receita - 0,00%
Limite definido pelo Senado para Operações de Crédito de Antecipação de Receita (Art. 10 da Resolução SF nº 43/2001)
14.226.642,61 7,00%
Total considerado para contratação de novas operações de crédito
16.810.636,88 9,32%
Fonte: Anexo 4 do RGF do 3º quadrimestre de 2016 extraído do sistema Betha Sapo.
De acordo com pesquisa efetuada no relatório de suplementações
orçamentárias (planilha em Excel) no decorrer de 2016, não houve operações de créditos, fato apontado
também pela DECLARAÇÃO EXPRESSA que integra esta prestação de contas declarando que não houve
Operações de Crédito, Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) e
Concessão de Garantias e Contragarantias de Valores. Conforme demonstrado na TABELA 2.4 a dívida
pública em valor de R$ 16.810.636,88 em 31/12/2016 está dentro do limite determinado nas resoluções
nº 40/01 e 43/01.
Consulta ao Demonstrativo das Operações de Crédito – Anexo 4 do Relatório de Gestão Fiscal do 3º
quadrimestre de 2016 extraído do sistema contábil adotado pelo município diverge de valores
apresentados em mesmo Anexo no SIGFIS, conforme TABELA 2.5 abaixo. Recomendamos correção dos
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valores e republicação do referido anexo. A grande diferença de R$ 12.188.329,88, influenciou na
apuração do índice de gastos com pessoal.
TABELA 2.5: DIVERGÊNCIA DE VALORES ENTRE SISTEMA CONTÁBIL E SIGFIS NO RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL (ANEXO 4) EM 31/12/2016.
ESPECIFICAÇÕES
SISTEMA CONTÁBIL SIGFIS DIFERENÇA
(A) (B) C = (A-B)
Receita Corrente Líquida 2016 192.483.586,11 180.295.256,23 12.188.329,88
Limite definido pelo Senado para Operações de Créditos Interna e Externa (Inciso I, art. 7º Resolução SF nº
43/2001) 30.797.373,78 28.847.241,00 1.950.132,78
Limite definido pelo Senado para Operações de Crédito de Antecipação de Receita (Art. 10 da Resolução SF nº
43/2001) 13.473.851,03 0,00 13.473.851,03
Dívida não sujeita a limitação para fins de contratação 0,00 301.473,40 -301.473,40
Total considerado para contratação de novas operações de crédito
16.810.623,88 995.009,60 15.815.614,28
Fonte: Anexo 4 do RGF extraído do sistema e do SIGFIS
2.4.2: DÍVIDA PÚBLICA: DÍVIDA CONSOLIDADA
O Demonstrativo da Dívida Consolidada de que trata o ANEXO 2 do
Relatório de Gestão Fiscal – RGF, contém informações sobre a Dívida Consolidada (detalhada em Dívida
Mobiliária, Dívida Contratual, Precatórios Posteriores a 05/05/2000 e Outras Dívidas), as Deduções
(detalhadas em Disponibilidade de Caixa e Demais Haveres Financeiros), a Dívida Consolidada Líquida e
o percentual apurado com base na Receita Corrente Líquida do município no exercício em referência.
Para fins de transparência, o valor da Dívida Contratual informada deverá
ser detalhado com os valores de Empréstimos, do Programa de Reestruturação Fiscal de Estados e
Municípios, de Financiamentos, de Parcelamento e Renegociação de dívidas e de Outras Dívidas
Contratuais. Serão informados os valores do saldo do exercício anterior, e do saldo do exercício de
referência por quadrimestre.
Para assegurar a transparência da gestão fiscal e a prevenção de riscos
preconizados na LRF, são ainda evidenciados, neste demonstrativo, outros valores não incluídos no
conceito de Dívida Consolidada, mas que causam impacto em sua situação econômico-financeira, tais
como os precatórios e as insuficiências financeiras.
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Na TABELA 2.6 apresentamos resumo da Dívida Consolidada, comparando-a
com registros do sistema e valores informados no Anexo 5 do RREO e Anexo 2 do RGF do 3º
quadrimestre de 2016.
TABELA 2.6: DIVERGÊNCIA DE VALORES ENTRE SISTEMA CONTÁBIL E SIGFIS NO RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL (ANEXO 2) E RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA (ANEXO 5).
ESPECIFICAÇÕES
SISTEMA CONTÁBIL SIGFIS DIFERENÇA
(A) (B) C = (A-B)
Receita Corrente Líquida 2016 192.483.586,11 180.295.256,23 12.188.329,88
Dívida Consolidada em 31/12/2016 – I 19.474.895,96 -175.794,90 19.650.690,86
Deduções (Disponibilidade de Caixa Líquida) - II 9.978.475,09 18.006.269,40 - 8.027.794,31
Dívida Consolidada Líquida (I-II) 9.496.420,87 -18.182.064,30 27.678.485,17
Dívida Consolidada Líquida RREO – Anexo 5 9.496.420,87 -- 175.794,90 9.672.215,77
Fonte: Anexo 2 do RGF e Anexo 5 do RREO extraído do sistema contábil e do SIGFIS
Como se observa na TABELA 2.6 acima as informações ora apresentadas no
SIGFIS não guardam conformidade com valores reais escriturados no sistema contábil, além de
apresentarem valores negativos para a Dívida Consolidada, o que jamais pode ocorrer, uma vez que
essa variável não admite valores negativos.
Recomendamos à Coordenação de Contabilidade observar a compatibilidade entre a DÍVIDA
CONSOLIDADA registrada no Sistema de Gestão Contábil e a informada no SIGFIS (RGF: Anexo 2 e RREO
Anexo 5), uma vez que a Dívida Consolidada não suporta valores negativos. Observem ainda
compatibilidade entre Receita Corrente Líquida (diferença de R$ 12.188.329,88) e Disponibilidade de
Caixa Líquida (R$ 8.027.794,31). Sendo necessária após a correção a republicação e reenvio dos anexos
3 e 5 do RREO do 6º Bimestre de 2016 e dos anexos 2 e 4 do RGF ao TCE-RJ, uma vez que permanência
dessas impropriedades influenciará negativamente análise e parecer prévio sobre as contas da
administração financeira de 2016.
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2.5 – AO LIMITE COM GASTOS COM PESSOAL
(ARTIGO 20 DA LEI COMPLEMENTAR FEDERAL Nº 101/00);
Nos termos do artigo 18 da Lei Complementar Federal no. 101, de 04 de
maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF), transcrito adiante, é definido o gasto com pessoal:
Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com
pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os
pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis,
militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como
vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria,
reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens
pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas
pelo ente às entidades de previdência.
Ressalta-se que conforme dispõe o parágrafo 1o do já mencionado artigo 18
da LRF, os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de
servidores e empregados públicos serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”.
O artigo 19 da LRF, em consonância com o artigo 169 da Constituição
Federal, estabelece os limites de despesa total com pessoal para cada ente da Federação.
No caso dos Municípios, a despesa total com pessoal no poder executivo
não pode exceder a 54% da Receita Corrente Líquida – RCL.
TABELA 2.7: COMPARATIVO ENTRE SISTEMA CONTÁBIL E SIGFIS EM RELAÇÃO À DESPESA COM PESSOAL E OBSERVÂNCIA DO CUMPRIMENTO DOS LIMITES ESTABELECIDOS NA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
ESPECIFICAÇÕES
Sistema Contábil
SIGFIS Diferença
(A) (B) C = (A-B)
Receita Corrente Líquida 192.483.586,11 180.295.256,23 12.188.329,88
Despesa com Pessoal 107.123.413,84 91.506.410,20 15.617.003,64
Despesas não computadas (art. 19 da LRF) 0,00 7.810.915,70 -7.810.915,70
Despesa Total com Pessoal 107.123.413,84 83.695.494,50 23.427.919,34
Limite máximo (incisos I, II e III da LRF) 103.941.136,50 97.359.438,40 6.581.698,10
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Limite Prudencial (Parágrafo único do art. 22 da LRF)
98.744.079,67 92.491.466,40 6.252.613,27
Limite de Alerta (inciso II do § 1º do art. 59 da LRF) 93.547.022,85 87.623.494,50 5.923.528,35
Fonte: RGF – Anexo 1 do sistema contábil e dados informados no Anexo 1 do SIGFIS.
Embora se observe divergências entre os sistemas a serem saneadas nesse
exercício, nesse momento atentamos apenas para observação do cumprimento do limite estabelecido
pela Lei de Responsabilidade Fiscal quanto aos gastos com pessoal. Observamos que o sistema de
gerenciamento contábil adotado pelo município apresentou incorreta parametrização ao considerar
despesas de pessoal não computada, previstas no art. 19, § 1º da LRF, como despesa total com pessoal.
Já o Anexo 1 do RGF (SIGFIS) apresentou inconsistências em relação ao real valor da Receita Corrente
Líquida. Assim reproduzimos abaixo valores ajustados para efeitos de determinação do limite real de
gastos com pessoal no exercício de 2016.
TABELA 2.8: VALORES AJUSTADOS PARA DETERMINAÇÃO DOS GASTOS COM PESSOAL
ESPECIFICAÇÕES Valor – R$
Receita Corrente Líquida 192.483.586,11
Despesa com Pessoal 107.123.413,84
Despesas não computadas (art. 19 da LRF) 7.810.915,70
Despesa Total com Pessoal 99.312.498,14
Limite máximo (incisos I, II e III da LRF) 103.941.136,50
Limite Prudencial (Parágrafo único do art. 22 da LRF) 98.744.079,67
Limite de Alerta (inciso II do § 1º do art. 59 da LRF) 93.547.022,85
Percentual REAL atingido 51,60%
Fonte: Anexo 1 do RGF do sistema contábil e Anexo 1 do RGF do SIGFIS
Nota:
LIMITE MÁXIMO (inciso III, art. 20 da LRF) - <54,00%>
LIMITE PRUDENCIAL (§ único, art. 22 da LRF) - <51,30%>
LIMITE DE ALERTA (inciso II do §1º do art. 59 da LRF) - <48,6%>
De acordo com as informações apresentadas na TABELA 2.8 (valores
ajustados), a Despesa Total com Pessoal (DTP) em 2016 ficou em R$ 99.312.498,14, representando
índice de 51,60% em relação à Receita Corrente Líquida. Logo este órgão de Controle Interno pode
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afirmar que o Governo Municipal (Poder executivo) não ultrapassou o limite de 54% fixado no artigo 20
da Lei de Responsabilidade Fiscal. Alertando, no entanto para atenção a ser dispensada a esse
percentual que já ULTRAPASSOU O LIMITE PRUDENCIAL previsto no Parágrafo único do art. 22 da LRF.
Esse tema foi motivo da seguinte recomendação no voto da prestação de
contas de 2015 (Processo TCE-RJ nº 209.775-1/16).
“RECOMENDAÇÃO N.º 02. Para que o município atente para a necessidade do controle das
despesas com pessoal, uma vez que, embora não tenha atingido o limite prudencial previsto
no parágrafo único do artigo 22 da Lei Complementar Federal n.º 101/00 – LRF, foi constatado
um aumento dos gastos com pessoal, no período apurado, enquanto a receita corrente liquida
– RCL apresentou redução, situação que indica, caso mantida a tendência atual, risco das
despesas superarem os limites prudencial e máximo previstos na legislação”.
Recomendamos à Coordenação de Contabilidade observar correta parametrização no Sistema de
Gestão Contábil quanto às despesas que não devem integrar o cômputo de despesa total com pessoal
(art. 19, § 1º da LRF).
Uma vez demonstrado na TABELA 2.7 divergências entre Receita Corrente Líquida (diferença de R$
12.188.329,88) e Despesa com Pessoal (diferença de R$ 15.617.003,64). Será necessário, após correção
de valores conforme apresentados na TABELA 2.8, a republicação e reenvio do Anexo 1 do RGF do 3º
Quadrimestre de 2016 ao TCE-RJ, uma vez que permanência dessa impropriedade influenciará
negativamente análise e parecer prévio sobre as contas da administração financeira de 2016.
2.6 - AOS LIMITES COM GASTOS EM FUNDEB E EDUCAÇÃO (ARTIGO 22 DA LEI
FEDERAL Nº 11.494/07, ARTIGO 212 DA CF/88 E ARTIGOS DA LEI ORGÂNICA
MUNICIPAL)
2.6.1. APLICAÇÃO EM MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO
O artigo 212 da Constituição Federal estabelece que os Municípios devam
aplicar 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, da receita resultante de impostos na manutenção e no
desenvolvimento do ensino.
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Com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006, (art. 60),
até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação da Emenda Constitucional, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da
Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna
dos trabalhadores da educação.
A Lei regulamentadora do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) – Lei Federal nº 11.494, de
20.06.2007, dispõe em seu art. 22 que pelo menos sessenta por cento dos recursos anuais totais dos
fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação
básica em efetivo exercício na rede pública.
Inclui-se na análise pertinente ao ensino aquela decorrente da
movimentação dos recursos transferidos, recebidos e gastos à conta do FUNDEB e a sua destinação
mínima. Destacamos alguns aspectos importantes que devem ser observados quando da apuração do
percentual aplicado em manutenção e desenvolvimento do ensino
O valor das receitas resultantes dos impostos e transferências legais,
apurado com base no valor das receitas consignado no RREO, Anexo 8 – Demonstrativo das Receitas e
Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino que compõem o Relatório Resumido da
Execução Orçamentária do 6º bimestre de 2016 foi de R$ 91.879.613,00. Já as despesas com
manutenção e desenvolvimento do ensino foram de R$ 23.959.918,70. Com isso o município atingiu
percentual de 26,08%; atendendo, por conseguinte o preconizado no artigo 212 da Constituição Federal
que estabelece para os municípios aplicação mínima de 25% (vinte e cinco por cento) da receita
resultante de impostos e transferências na manutenção e no desenvolvimento do ensino. Ressalvamos
que em consulta realizada ao site do FNDE constam algumas divergências no relatório em relação a
receitas e despesas, as quais levam as aplicações ao percentual de 30,30%, porém ainda assim acima do
limite mínimo estabelecido pela Constituição Federal. Quanto ao mínimo de 60% a ser aplicado na
remuneração do magistério do Ensino Fundamental - caput § 5º do artigo 60 do ADCT, observamos que
o mesmo fora atingido conforme demonstrado no Quadro D.1 – Despesas Realizadas com o FUNDEB.
2.6.2. FUNDEB Os gastos à conta dos recursos do FUNDEB devem obedecer às regras
insculpidas na Lei Federal nº 9.394/96 (LDB) e Lei Federal nº 11.494/07 (FUNDEB). As receitas
arrecadadas pelo Município no exercício de 2016, relativas ao Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB foram
as demonstradas na TABELA 2.9:
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TABELA 2.9: TOTAL DE RECEITAS RECEBIDAS DO FUNDEB EM 2016
Receitas do FUNDEB
Natureza Valor – R$
Transferências multigovernamentais 21.536.479,78
Aplicação Financeira 346.481,11
Complementação da União -
Total das Receitas do FUNDEB 21.882.960,89
Fonte: Demonstrativo das receitas arrecadadas – Anexo 10 consolidado
Verificamos que o valor registrado pela contabilidade do município como
transferências recebidas do FUNDEB no valor de R$ 21.536.479,78 guarda paridade com o valor
informado pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN, conforme consulta realizada no site
http://sisweb.tesouro.gov.br.
TABELA 2.10: TOTAL DE DESPESAS REALIZADAS DO FUNDEB EM 2016
Despesas do FUNDEB (Pelo valor empenhado)
Natureza Valor – R$
Com Educação Infantil 8.945.124,98
Com Ensino Fundamental 13.366.235,43
Total das Despesas do FUNDEB 22.311.360,41
Fonte: RREO 6º Bim 2016, Anexo 8
TABELA 2.11: APURAÇÃO DO SUPERÁVIT FINANCEIRO DO FUNDEB PELA EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO AO LONGO DO EXERCÍCIO DE 2016
Descrição Valor - R$
Superávit Financeiro em 31/12/2015 (Anexo 14) 569.292,18
(+) Receita do Fundeb recebida em 2016 21.536.479,78
(+) Receita de Aplicação Financeira do Fundeb em 2016 346.481,11
(+) Ressarcimento efetuado à conta do Fundeb em 2016 12.361,63
(+) Outros créditos (depósitos, transferências, etc) em 2016 0,00
(+) Cancelamento de passivo financeiro (RP, outros) em 2016 8.949,62
(=) Total de recursos financeiros em 2016 22.473.564,32
(-) Despesa empenhada do Fundeb em 2016 21.838.316,60
(-) Despesa empenhada do Fundeb em 2016 com recursos de Superávit 473.043,81
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(=) Superávit financeiro em 31/12/2016 162.203,91
Fonte: Anexo 10 da Lei 4.320/64 e Relatório Gerencial de Despesas Empenhadas com FUNDEB em 2016 TABELA 2.12: APURAÇÃO DO SUPERÁVIT FINANCEIRO DO FUNDEB PELO FLUXO FINANCEIRO, SITUAÇÃO ESTÁTICA EM 31/12/2016
Descrição Valor - R$
Disponibilidade financeira em 31/12/2016 449.762,00
(-) Restos a Pagar em 31/12/2016 169.368,59
(-) Consignações em 31/12/2016 118.189,50
(=) Superávit financeiro em 31/12/2016 162.203,91
Fonte: Balancete de Verificação Mensal e Relação de Restos a Pagar em 31/12/16.
De acordo com a TABELA 2.11, houve abertura de crédito adicional em 2016 no valor de R$
473.043,81 inferior ao superávit financeiro registrado pela contabilidade em 31/12/2015.
2.7 - LIMITE COM GASTO EM SAÚDE (EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 29/00 C/C
O ARTIGO 7º DA LEI COMPLEMENTAR Nº 141/12 E ARTIGOS DA LEI ORGÂNICA
MUNICIPAL);
(Emenda Constitucional nº 29/00 c/c o artigo 7º da Lei Complementar nº 141/12 e artigos da Lei
Orgânica Municipal).
O total da Receita para apuração da aplicação em ações e serviços de saúde
em 2016 chegou a R$ 91.865.431,40 de acordo com o Anexo 12 do RREO do 6º Bimestre de 2015. Já as
despesas liquidadas chegaram a R$ 48.929.366,20. Desse valor deduzindo o valor de R$ 32.047.644,70
de despesas com saúde não computadas para efeito de cálculo de limite constitucional mínimo,
chegamos a R$ 16.881.721,50. Esse último valor permitiu alcance de percentual de aplicação em ações e
serviços públicos de saúde sobre a receita de impostos líquida e transferências de 18,38%. Nesse
sentido podemos afirmar que o limite constitucional de 15% foi atingido.
Levando em consideração despesas com saúde não computadas para fins de
apuração do percentual mínimo que atingiu R$ 32.047.644,70, chegamos à aplicação total em saúde da
ordem de R$ 48.929.366,20.
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TABELA 2.13: DESPESAS COM SAÚDE POR GRUPO DE NATUREZA DAS DESPESA EM 31/12/2016
DESPESAS DOTAÇÃO
INICIAL DOTAÇÃO
ATUALIZADA EMPENHADA LIQUIDADA PAGA
DESPESAS CORRENTES
43.268.788,50 58.206.354,43 53.047.752,49 48.875.699,41 47.640.580,20
Pessoal e Encargos Sociais
21.644.600,00 20.590.570,81 19.623.699,70 19.623.699,70 18.780.309,90
Outras Despesas Correntes
21.624.188,50 37.615.783,62 33.424.052,79 29.251.999,71 28.860.270,30
DESPESAS DE CAPITAL
255.500,00 4.337.138,58 1.292.555,77 53.666,77 53.666,77
Investimentos 255.500,00 4.337.138,58 1.292.555,77 53.666,77 53.666,77
DESPESA TOTAL 43.524.288,50 62.543.493,01 54.340.308,26 48.929.366,18 47.694.246,97
Fonte: RREO – 6º Bimestre de 2016 e Anexo 12 da Lei 4.320/64 do FMS.
2.8 - APLICAÇÃO DOS RECURSOS DOS ROYALTIES (ARTIGO 8º DA LEI FEDERAL Nº
7.990/89, ALTERADA PELA LEI FEDERAL Nº 10.195/01, E LEI FEDERAL Nº
12.858/13);
(artigo 8º da Lei Federal nº 7.990/89, alterada pela Lei Federal nº 10.195/01, e Lei Federal nº
12.858/13).
No exercício de 2016, quando da elaboração do orçamento ficou prevista a
segregação dos gastos pelas diversas fontes de recursos da compensação financeira, quais sejam:
1. Royalties pela Produção (até 5% da produção) = código 101
2. Royalties pelo Excedente da Produção = código 108
3. Participação Especial = código 109
4. Fundo Especial do Petróleo = código 110
5. Royalties Compensação do Estado = 111
6. Royalties – Superávit Financeiro = 694
TABELA 2.14: RECEITA ARRECADADA COM RECURSOS DE ROYALTIES EM 2016
Recurso Valor – R$ Percentual - %
Royalties pela Produção (até 5% da produção) = 101 21.481.247,36 55,61%
Royalties pelo Excedente da Produção = código 108 13.209.448,84 34,19%
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Participação Especial = código 109 1.960.412,22 5,07%
Fundo Especial do Petróleo = código 110 169.223,31 0,44%
Royalties Compensação do Estado = 111 1.810.271,75 4,69%
TOTAL 38.630.603,48 100,00%
Fonte: Anexo 10 da Lei 4.320/64.
TABELA 2.15: DESPESAS EMPENHADAS COM RECURSOS DE ROYALTIES – 2015
Recurso Valor – R$ Percentual - %
Royalties pela Produção (até 5% da produção) = 101 14.020.856,17 58,54%
Royalties pelo Excedente da Produção = código 108 8.214.273,20 34,29%
Participação Especial = código 109 1.604.581,75 6,70%
Fundo Especial do Petróleo = código 110 0,00%
Royalties Compensação do Estado = 111 112.992,95 0,47%
Royalties – Superávit Financeiro = 694 0,00%
TOTAL 23.952.704,07 100,00%
Fonte: Relatórios Gerenciais do Sistema Contábil.
A análise sobre a utilização dos recursos dos royalties foi elaborada a partir
de análise de todos os empenhos emitidos entre 01 de janeiro e 31 de dezembro de 2015 em cada uma
das fontes de recursos acima citadas.
As despesas de pessoal no valor de R$ 72.438,85 empenhadas com recursos
de royalties na fonte de recurso 101 e 109 referem-se a pagamentos de Obrigações Patronais (FGTS e
INSS), e Rescisões. Demais despesas foram aplicadas em Outras Despesas Correntes e Despesas de
Capital totalizando R$ 23.952.704,07.
Podemos presumir que não houve gastos fora do lastro legal permitido pela
Lei Federal que regula a aplicação de recursos de royalties.
2.9 - TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA PARA A CÂMARA MUNICIPAL (ARTIGO 29-A
DA CF/88);
No dia 23 de setembro de 2009, foi promulgada a Emenda Constitucional nº
58, que teve por objetivo, em seu art. 2º, a modificação do percentual referente à receita do Município
a ser repassada para a Câmara Municipal, de acordo com o número de habitantes. Tendo a referida
Emenda Constitucional mencionado em seu texto que só produzirá efeitos no ano subsequente ao da
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promulgação, esta passa a vigorar para o cálculo dos repasses do Executivo a partir do exercício de 2010
e seguintes.
“Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos
Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes
percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas
no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior:
I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem
mil) habitantes; [grifo nosso].
...................................................... ” (NR)
2.9.1. SOBRE AS RECEITAS QUE INTEGRAM O CÁLCULO DO REPASSE
A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 153, § 5º, 158 e 159,
menciona as seguintes receitas e transferências pertencentes ao Município:
1. O imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários incidente sobre o ouro, no percentual de 1%, sendo deste, 70% pertencente ao Município de
origem.
2. O Imposto de Renda e proventos de qualquer natureza, incidentes na fonte, IRRF, sobre
rendimentos pagos, a qualquer título, pelo Município, suas autarquias e fundações.
3. Cinquenta por cento do Imposto Territorial Rural - ITR, relativamente aos imóveis nele situados,
cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, inciso III.
4. Cinquenta por cento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA,
licenciados em seus territórios.
5. Vinte e cinco por cento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços -
ICMS, sendo três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à
circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios, e até um quarto,
de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal.
6. O Fundo de Participação dos Municípios - FPM, inclusive aquele entregue no primeiro decêndio
do mês de dezembro de cada ano.
7. Parte do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, recebido pelo Estado.
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2.9.2. RECEITAS QUE INTEGRAM A BASE DE CÁLCULO
As receitas que devem integrar a base de cálculo do repasse de recurso ao
poder legislativo municipal (Art. 29-A da Constituição Federal de 1988) compreende o somatório dos
tributos municipais como os impostos (IPTU, ITBI e ISSQN), as taxas, as contribuições de melhoria, bem
como as transferências constitucionais definidas nos artigos 153, § 5º, 158 e 159 da Constituição
Federal; o produto da cobrança da dívida ativa tributária, acrescida de multa, juros de mora e correção
monetária.
TABELA 2.16: RECEITA ARRECADADA EM 2014 PARA BASE DE CÁLCULO DA TRANSFERÊNCIA À CÂMARA MUNICIPAL
Receitas Tributárias e de Transferência em 2015 Valor – R$
(A) RECEITAS TRIBUTÁRIAS (TRIBUTOS DIRETAMENTE ARRECADADOS) 20.548.167,99
ITR DIRETAMENTE ARRECADADO -
IPTU 1.942.648,84
IRRF 3.588.808,35
ITBI 914.331,31
ISS 9.048.373,69
ISS - SIMPLES NACIONAL -
TAXAS PELO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA 310.138,18
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIAS -
CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA 1.497.874,80
RECEITA DE BENS DE USO ESPECIAL (Cemitérios, mercado municipal, etc) 857.016,31
MULTA E JUROS DE MORA DOS TRIBUTOS 25.190,12
MULTA E JURO DE MORA DA DÍVIDA ATIVA DOS TRIBUTOS 379.409,61
DÍVIDA ATIVA DOS TRIBUTOS 1.984.376,78
SUBTOTAL (A) 20.548.167,99
(B) TRANSFERÊNCIAS 79.419.115,29
FPM 18.675.353,34
ITR 92.954,96
IOF-OURO -
ICMS DESONERAÇÃO - LC 87/96 196.141,30
ICMS 56.769.513,66
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IPVA 2.429.557,13
IPI EXPORTAÇÃO 1.226.234,04
CIDE 29.360,86
SUBTOTAL (B) 79.419.115,29
(C) DEDUÇÃO DAS CONTAS DE RECEITA -
(D) TOTAL DAS RECEITAS ARRECADADAS (A+B-C) 99.967.283,28
(E) PERCENTUAL PREVISTO PARA O MUNICÍPIO 0,07
(F) LIMITE MÁXIMO PARA REPASSE AO LEGISLATIVO (D x E) 6.997.709,83
Fonte: Anexo 10 de 2015 e Anexo 11 da Câmara Municipal de 2016.
De acordo com a TABELA 2.16 no exercício de 2015 foram arrecadados R$
99.967.283,28 sendo repassado à Câmara Municipal o valor de R$ 6.997.709,83; não excedendo limite
do artigo 29-A da EC 58/09.
TABELA 2.16.1: VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO LIMITE DE REPASSE À CÂMARA MUNICIPAL
Limite de repasse permitido Repasse recebido Repasse recebido abaixo do
limite
(A) (B) C = (A-B)
R$ 6.997.709,83 R$ 6.997.709,83 R$ 0,00
Fonte: Balanço Financeiro da Câmara
2.10 - REPASSES DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS (ARTIGO 40 DA CF/88
C/C O INCISO II, ARTIGO 1º DA LEI FEDERAL Nº 9.717/98)
Segundo o artigo 40 da Constituição Federal, aos servidores titulares de
cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e
fundações; é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
As contribuições e os recursos vinculados ao Fundo Previdenciário dos
Municípios e as contribuições do pessoal ativo, inativo, e dos pensionistas, somente poderão ser
utilizadas para pagamento de benefícios previdenciários dos respectivos regimes, ressalvadas as
despesas administrativas estabelecidas no art. 6o, inciso VIII, desta Lei, observado os limites de gastos
estabelecidos em parâmetros gerais.
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A contribuição dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, aos
regimes próprios de previdência social a que estejam vinculados seus servidores não poderá ser inferior
ao valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao dobro desta contribuição. (Redação dada
pela Lei no 10.887, de 2004).
As alíquotas de contribuição dos servidores ativos dos Municípios para os
respectivos regimes próprios de previdência social não serão inferiores às dos servidores titulares de
cargos efetivos da União, devendo ainda ser observadas, no caso das contribuições sobre os
proventos dos inativos e sobre as pensões, as mesmas alíquotas aplicadas às remunerações dos
servidores em atividade do respectivo ente estatal. (Redação dada pela Lei no 10.887, de 2004).
Exposto isso, a seguir vamos demonstrar o Resultado Previdenciário do exercício de 2016.
2.10.1. VERIFICAÇÃO DOS LIMITES DE REPASSE DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
Observação do Anexo 10 da Lei 4.320/64 em 2016 do Instituto de
Previdência (IPREV-CA) permite observar contribuição patronal no valor de R$ 6.465.258,27 e que a
contribuição dos segurados atingiu o limite de R$ 5.950.486,43. Para cada R$ 1,00 de contribuição dos
segurados, o ente contribui com R$ 1,08; portanto foi atingido o determinado a respeito do repasse das
contribuições previdenciárias determinado pelo artigo 28 da Orientação Normativa MPS/SPS no 02, de
31 de Março de 2009, que determina:
“Art. 28. A contribuição do ente federativo não poderá ser inferior ao valor da
contribuição do servidor ativo, nem superior ao dobro desta, observado o cálculo
atuarial inicial e as reavaliações atuariais anuais.
Parágrafo único. O ente federativo será responsável pela cobertura de eventuais
insuficiências financeiras do RPPS, decorrentes do pagamento de benefícios
previdenciários, observada a proporcionalidade das despesas entre os Poderes, ainda
que supere o limite máximo previsto no caput.”
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CAPÍTULO 3 - INFORMAÇÕES ACERCA DAS PROVIDÊNCIAS ADOTADAS
PARA CUMPRIMENTO DAS DETERMINAÇÕES DESTE TRIBUNAL
CONTIDAS NO RELATÓRIO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GOVERNO
(ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA) DO MUNICÍPIO DE EXERCÍCIOS
ANTERIORES
Ao emitir o Relatório e Parecer Prévio favorável à aprovação das Contas da
Administração Financeira do Governo do Município de Casimiro de Abreu/RJ, referente ao exercício de
2015, o Tribunal de Contas do Estado – TCE/RJ prolatou 14 (quatorze) Determinações e 02 (DUAS)
Recomendação direcionadas para a administração pública municipal (Processo TCE-RJ nº 209.775-1/16).
Considerando que compete à Secretaria Municipal de Controle Interno,
como órgão central do sistema de controle interno do Poder Executivo, apoiar o Tribunal de Contas do
Estado – TCE/RJ no exercício de sua missão institucional – mandamento previsto na Constituição
Federal, em seu artigo 129, inciso IV, esta Secretaria manteve reuniões de trabalho ao longo de 2016
com todas as secretarias diretamente envolvidas, para que se manifestassem sobre procedimentos
adotados pelos órgãos alcançados pelas Determinações e Recomendações do TCE/RJ, de forma a nos
indicar quais ações saneadoras foram adotadas no decorrer de 2016 para elidir falhas que ocasionaram
tais determinações e recomendações.
3.1. RESSALVAS E DETERMINAÇÕES APRESENTADAS NA PRESTAÇÃO DE CONTAS
DE 2015 PELO TCE-RJ E UNIDADES ORÇAMENTÁRIAS DIRETAMENTE
ALCANÇADAS
RESSALVA N.º 01: A receita arrecadada registrada nos demonstrativos contábeis
(R$222.765.469,74) não confere com o montante consignado no Anexo 1 – Balanço Orçamentário
do Relatório Resumido da Execução Orçamentária referente ao 6º bimestre (R$220.855.299,20).
DETERMINAÇÃO N.º 01: Observar a compatibilidade entre a receita registrada nos demonstrativos
contábeis e no Anexo 1 – Balanço Orçamentário do Relatório Resumido da Execução Orçamentária
referente ao 6º bimestre, em atendimento ao artigo 85 da Lei n.º 4.320/64.
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PROVIDÊNCIA ADOTADA À DETERMINAÇÃO 01: Reuniões com responsáveis foram elaboradas ao
longo do exercício, paulatinamente temos orientado aos responsáveis observar correto registro da
receita, porém ainda não foram totalmente saneadas, ainda persistem erros no registro de receitas
estimadas e realizadas.
RESSALVA N.º 02:: Quanto à elaboração do orçamento, que deixou de observar fatores relevantes,
impactando dessa forma a arrecadação das receitas, a qual apresentou uma considerável frustação. Tal
fato coloca em risco o equilíbrio financeiro, uma vez que autoriza a realização de despesas sem a
correspondente receita.
DETERMINAÇÃO N.º 02: Para que sejam utilizados critérios objetivos no planejamento do orçamento,
com observação das normas técnicas e legais, considerando para tanto a evolução da receita nos
últimos três anos, os efeitos das alterações na legislação, bem como qualquer outro fator relevante que
possa impactar na arrecadação das receitas, em atendimento ao previsto no artigo 12 da Lei
Complementar Federal n.º 101/00 e no artigo 30 da Lei Federal n.º 4.320/64.
PROVIDÊNCIA ADOTADA À DETERMINAÇÃO 02: Reuniões e acerto com responsáveis foram
elaboradas ao longo do exercício, paulatinamente temos orientado aos responsáveis observar correto
registro da movimentação patrimonial, porém ainda não foram totalmente saneadas, ainda persistem
erros pontuais. Reuniões e acerto com responsáveis foram elaboradas ao longo do exercício,
paulatinamente temos orientado aos responsáveis observar tais impropriedades, porém ainda não
foram totalmente saneadas.
RESSALVA N.º 03 A despesa empenhada registrada nos demonstrativos contábeis (R$264.923,40)
não confere com o montante consignado no Anexo 1 – Balanço Orçamentário do Relatório
Resumido da Execução Orçamentária referente ao 6º bimestre (R$264.470.871,00).
DETERMINAÇÃO N.º 03: Observar a compatibilidade entre a despesa empenhada registrada nos
demonstrativos contábeis e no Anexo 1 – Balanço Orçamentário do Relatório Resumido da Execução
Orçamentária referente ao 6º bimestre, em atendimento ao artigo 85 da Lei n.º 4.320/64.
PROVIDÊNCIA ADOTADA À DETERMINAÇÃO 03: Reuniões com responsáveis foram elaboradas ao
longo do exercício, paulatinamente temos orientado aos responsáveis observar correto registro da
despesa empenhada, porém ainda não foram totalmente saneadas, ainda persistem erros no registro de
despesas empenhadas.
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RESSALVA N.º 04: Não cumprimento das metas de resultados primário e nominal, estabelecidas na
Lei de Diretrizes Orçamentárias, desrespeitando a exigência do inciso I do artigo 59 da Lei
Complementar Federal n.º 101/00.
DETERMINAÇÃO N.º 04: Aprimorar o planejamento, de forma a cumprir as metas previstas no Anexo
de Metas Fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias, em face do que estabelece o inciso I do artigo 59 da
Lei Complementar Federal n.º 101/00.
PROVIDÊNCIA ADOTADA À DETERMINAÇÃO 04: Reuniões com responsáveis foram elaboradas ao
longo do exercício, paulatinamente temos orientado aos responsáveis observar comportamento das
metas fiscais previstas na LDO, porém ainda não foram totalmente saneadas, ainda persistem erros. E
novamente metas não foram observadas.
RESSALVA N.º 05: O Demonstrativo do Superávit/Déficit Financeiro não foi encaminhado junto ao
Balanço Patrimonial.
DETERMINAÇÃO N.º 05: Observar a correta elaboração das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao
Setor Público – DCASP, sobretudo quanto ao Balanço Patrimonial, para que o mesmo contenha o
Demonstrativo do Superávit/Déficit Financeiro, conforme dispõe a Portaria STN nº 634/13 c/c a Portaria
STN nº 700/14.
PROVIDÊNCIA ADOTADA À DETERMINAÇÃO 05: No exercício de 2016 reuniões de trabalho foram
realizadas junto à empresa que fornece o sistema de gestão contábil no sentido de adequação ao novo
layout do anexo 14 (Balanço Patrimonial) de forma que os valores efetivamente aplicados pelo
município sejam demonstrados no novo padrão do anexo em conformidade ao disposto na Portaria STN
nº 634/13 c/c a Portaria STN nº 700/14.
RESSALVA N.º 06: Não foi atingido o equilíbrio financeiro no exercício, sendo apurado um déficit
da ordem de R$ 19.282.064,05, em desacordo com o disposto no § 1º do artigo 1º da Lei
Complementar Federal n.º 101/00.
DETERMINAÇÃO N.º 06: Observar o equilíbrio financeiro nos próximos exercícios, em atendimento ao
disposto no § 1º do artigo 1º da Lei Complementar Federal n.º 101/00.
PROVIDÊNCIA ADOTADA À DETERMINAÇÃO 06: Reuniões com responsáveis foram elaboradas ao
longo do exercício, paulatinamente temos orientado aos responsáveis observar o equilíbrio financeiro
nos próximos exercícios em atendimento ao disposto no § 1º do artigo 1º da Lei Complementar Federal
n.º 101/00. No exercício de 2016 de acordo com o sistema de gerenciamento contábil a receita realizada
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foi de R$ 204.926.155,67 e a despesa liquidada foi de R$ 185.006.381,55 resultando em Superávit de R$
19.919.774,12.
RESSALVA N.º 07: Divergência de R$462.918,71 entre o patrimônio líquido apurado na presente
prestação de contas (R$166.657.426,98) e o registrado no Balanço Patrimonial Consolidado
(R$166.194.508,27).
DETERMINAÇÃO N.º 07: Observar o correto registro contábil da movimentação patrimonial, em
atendimento à Portaria STN n° 634/13 c/c Portaria STN nº 700/14.
PROVIDÊNCIA ADOTADA À DETERMINAÇÃO 07: Reuniões com responsáveis foram elaboradas ao
longo do exercício, paulatinamente temos orientado aos responsáveis observar correto registro da
movimentação patrimonial, porém ainda não foram totalmente saneadas, ainda persistem erros entre
apuração do PL e o registrado pela contabilidade no Anexo 14 da Lei 4.320/64.
RESSALVA N.º 08: A Receita Corrente Líquida apurada de acordo com os demonstrativos contábeis
(R$202.645.824,02) não confere com o montante consignado no Anexo 1 do Relatório de Gestão
Fiscal referente ao 3°quadrimestre (R$199.219.763,20).
DETERMINAÇÃO N.º 08: Observar a compatibilidade entre a Receita Corrente Líquida apurada de
acordo com os demonstrativos contábeis e o Anexo 1 do Relatório de Gestão Fiscal referente ao
3°quadrimestre, em atendimento ao artigo 85 da Lei n.º 4.320/64.
PROVIDÊNCIA ADOTADA À DETERMINAÇÃO 08: Reuniões com responsáveis foram elaboradas ao
longo do exercício, paulatinamente temos orientado aos responsáveis observar correto registro da
receita corrente e suas deduções, porém ainda não foram totalmente saneadas, persistem erros.
RESSALVA N.º 09: Divergência de R$7.087,22 entre as receitas resultantes dos impostos e
transferências legais demonstradas nesta prestação de contas (R$96.637.747,48) e as receitas
consignadas no Anexo 8 – Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino que compõem o Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 6º
bimestre de 2015 (R$96.644.834,70).
DETERMINAÇÃO N.º 09: Observar o correto registro das receitas nos relatórios da LRF e nos
demonstrativos contábeis, em cumprimento ao artigo 85 da Lei Federal n.º 4.320/64.
PROVIDÊNCIA ADOTADA À DETERMINAÇÃO 09: Reuniões com responsáveis foram elaboradas ao
longo do exercício, paulatinamente temos orientado aos responsáveis observar correto registro da
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receita de impostos e transferências correntes, porém ainda não foram totalmente saneadas,
persistiram erros. Observamos persistência do erro entre sistema contábil e SIGFIS.
RESSALVA N.º 10: Quanto ao encaminhamento das informações sobre os gastos com educação e
saúde, para fins de limite constitucional, utilizando como recurso a fonte ordinários, próprios,
tesouro.
DETERMINAÇÃO N.º 10: Para que sejam utilizados, nos gastos com educação e saúde, para fins de
limite constitucional, apenas fonte de recursos de impostos e transferências de impostos, de modo a
atender plenamente ao estabelecido no artigo 212 da Constituição Federal, bem como no artigo 7º da
Lei Complementar Federal n.º 141/12.
PROVIDÊNCIA ADOTADA À DETERMINAÇÃO 10: Comunicamos presente determinação à
Secretaria de Planejamento para que atente a essa recomendação quando da elaboração das próximas
Leis Orçamentárias.
RESSALVA N.º 11: O valor total das despesas na função 10 – Saúde evidenciadas no Sistema Integrado
de Gestão Fiscal – Sigfis/BO diverge do registrado pela contabilidade, conforme demonstrado:
Descrição Valor – R$
Sigfis 69.470.200,08
Contabilidade – Anexo 8 consolidado 69.405.092,08
Diferença 65.108,00
DETERMINAÇÃO N.º 11: Envidar esforços no sentido de disponibilizar todas as informações que
permitam a verificação do cumprimento do limite mínimo das despesas em ações e serviços públicos de
saúde, inclusive com o correto e integral lançamento dos respectivos dados no Sigfis – Módulo Informes
Mensais, em conformidade com a Deliberação TCE/RJ n.º 222/02.
PROVIDÊNCIA ADOTADA À DETERMINAÇÃO 11: Reuniões com responsáveis foram elaboradas ao
longo do exercício, paulatinamente temos orientado aos responsáveis observar correto registro da
receita de impostos e transferências correntes, porém ainda não foram totalmente saneadas,
persistiram erros. Observamos persistência do erro entre sistema contábil e SIGFIS.
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RESSALVA N.º 12: Quanto à realização das audiências públicas, promovidas pelo gestor do SUS, em
períodos não condizentes com o disposto no § 5º e caput do artigo 36 da Lei Complementar Federal
n.º 141/12.
DETERMINAÇÃO N.º 12: Para que o Executivo Municipal envide esforços no sentido de promover as
audiências públicas, por intermédio do gestor do SUS, na periodicidade estabelecida no § 5º e caput do
artigo 36 da Lei Complementar Federal n.º 141/12.
PROVIDÊNCIA ADOTADA À DETERMINAÇÃO 12: Comunicamos presente determinação à
Secretaria de Saúde para que atente a essa recomendação. E as audiências estão sendo realizadas em
atendimento ao estabelecido no § 5º e caput do artigo 36 da Lei Complementar Federal n.º 141/12.
RESSALVA N.º 13: Quanto a não comprovação da realização da audiência pública que deveria ter sido
promovida pelo gestor do SUS nos períodos de fevereiro/2015, maio/2015 e setembro/2015, indicando
que as mesmas não foram realizadas, em descumprimento ao disposto no § 5º e caput do artigo 36 da
Lei Complementar Federal n.º 141/12.
DETERMINAÇÃO N.º 13: Para que o Executivo Municipal comprove a realização das audiências
públicas promovidas pelo gestor do SUS, em obediência ao § 5º e caput do artigo 36 da Lei
Complementar Federal n.º 141/12.
PROVIDÊNCIA ADOTADA À DETERMINAÇÃO 13: Comunicamos presente determinação à
Secretaria de Saúde para que atente a essa recomendação. E as audiências estão sendo realizadas em
atendimento ao estabelecido no § 5º e caput do artigo 36 da Lei Complementar Federal n.º 141/12.
RESSALVA N.º 14: O demonstrativo referente às despesas com royalties por função e subfunção
registra os valores de zerados com gastos nas funções Saúde – 10, divergente ao apresentado no
demonstrativo das despesas com saúde por fontes de recursos.
DETERMINAÇÃO N.º 14: Observar a compatibilidade entre os diversos registros contábeis das
despesas nas funções Saúde – 10 e Educação – 12 por fontes de recursos, em cumprimento ao artigo 85
da Lei Federal n.º 4.320/64.
PROVIDÊNCIA ADOTADA À DETERMINAÇÃO 14: Reuniões e acerto com responsáveis foram
elaboradas ao longo do exercício, paulatinamente temos orientado aos responsáveis observar correto
registro da execução orçamentária ao longo do exercício, porém ainda não foram totalmente saneadas,
ainda persistem erros pontuais.
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CAPÍTULO 4 - AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS METAS PREVISTAS
NO PLANO PLURIANUAL, A EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS DE GOVERNO E
DO ORÇAMENTO
Em atendimento ao disposto no Art. 74 da Constituição Federal, o Controle
Interno realiza ações de controle com o objetivo de avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano
Plurianual e a execução dos Programas de Governo e dos Orçamentos da União.
Neste capítulo do Relatório apresentaremos o resumo dos trabalhos de
avaliação, realizados pela Secretaria de Controle Interno, no âmbito de 04 (quatro) projetos
selecionados por amostragem não probabilística tendo como parâmetro o valor do investimento
e/ou importância e retorno social do investimento.
A avaliação foi realizada por meio de pesquisas, consultas ao Plano
Plurianual 2014/2017, coleta de dados mediante consultas ao Sistema de Execução Orçamentária
adotado no Município e inspeção visual nas obras.
4.1. MONITORAMENTO DOS PROJETOS DO PLANO PLURIANUAL
Os Projetos, constantes do Plano Plurianual - PPA 2016 são provenientes
do Plano Plurianual 2014/2017, onde se consolida o planejamento para os quatro anos do Governo.
A composição da carteira de Projetos do PPA é dinâmica e deve ser
modificada, por meio da compatibilização do PPA, ao longo do tempo em função da execução, dos
resultados alcançados e da evolução de fatores externos.
Portanto é natural que novos projetos possam ser incorporados, alguns
substituídos ou reconfigurados, mas essas mudanças devem obedecer a um processo organizado de
gerenciamento, monitoramento e avaliação da carteira de projeto do Plano Estratégico do Governo
Municipal. Os projetos selecionados foram os seguintes:
Projeto 1340 - Pavimentação, Drenagem e Infraestrutura do Bairro São João em Barra de São
João
Valor do investimento: R$ 10.330.812,32
Valor liquidado em 31/12/2016: R$ 317.344,99
Percentual de conclusão (meta financeira): 3,07%
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Projeto 1523 – Construção de Unidades Creches
Valor do investimento: R$ 451.491,37
Valor liquidado em 31/12/2016: R$ 444.030,84
Percentual de conclusão (meta financeira): 98,35%
Esta avaliação teve como objetivo verificar e avaliar os resultados
alcançados e a execução orçamentária dos projetos acima listados. Para tanto, buscou-se responder
de um modo geral as seguintes questões:
a) Os projetos estão sendo devidamente implantados?
b) Os recursos orçamentários e financeiros foram aplicados na finalidade do projeto?
c) Foi observado melhoria de qualidade de vida nas comunidades favorecidas pela implantação dos projetos?
d) Qual o número estimado de pessoas beneficiadas com a implantação do projeto?
Projeto 1340 - Pavimentação, Drenagem e Infraestrutura do Bairro São João em Barra de São
João
Análise:
O projeto proposto de execução no exercício de 2016 sofreu atrasos em seu
cronograma de desembolso, sendo executado apenas 3,07% no exercício.
Projeto 1523 – Construção de Unidades Creches
Análise:
O projeto proposto de execução no exercício de 2016 teve execução de
98,35% no exercício.
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CAPÍTULO 5 – RESSALVAS E RECOMENDAÇÕES DA SECRETARIA DE
CONTROLE INTERNO
A Secretaria de Controle Interno do Poder Executivo, conforme disposição
contida no artigo 38 da lei municipal nº 992 de 08 de Dezembro de 2005, elaborou o presente relatório
visando cumprir uma de suas tarefas precípuas. As ressalvas e recomendações a seguir têm como
objetivo buscar a melhoria e credibilidade das informações contábeis produzidas pelo município, além
de auxiliar o controle externo em seu papel constitucional.
RESSALVA NÚMERO 1
A receita arrecadada registrada nOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS (R$204.926.155,67) não confere com o
moNTANTE CONSIGNADO NO ANEXO 1 – Balanço Orçamentário do Relatório ResUMIDO DA EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA referente ao 6º bimestre (R$198.972.591,70).
RESSALVA NÚMERO 2
A despesa empenhada registrada nos demonstrativos contábeis (R$ 195.923.754,74) não confere com o
montante consignado no Anexo 1 – Balanço Orçamentário do Relatório Resumido da Execução
Orçamentária referente ao 6º bimestre (R$ 196.148.062,70).
RESSALVA NÚMERO 3
Não cumprimento das metas de RESULTADOS PRIMÁRIO E NOMINAL, estabelecidas na Lei de Diretrizes
ORÇAMENTÁRIAS, DESRESPEITANDO A exigência do inciso I do artigo 59 dA LEI COMPLEMENTAR FEDERAL N.º 101/00.
Meta na LDO: R$ 455.535,20
Valor observado em 31/12/2016: - R$ 23.778.093,40 (DESPESAS empenhadas e - R$ 7.605.586,90
(Despesas liquidadas).
RESSALVA NÚMERO 4
Demonstrativo do Superávit/Déficit Financeiro não foi encaminhado junto ao Balanço Patrimonial do
balanço consolidado.
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RESSALVA NÚMERO 5
Divergência de R$ 526.584,99 entre o patrimônio líquido apurado na presente prestação de contas (R$
104.627.548,42) e o registrado no Balanço Patrimonial Consolidado (R$ 104.100.963,43).
RESSALVA NÚMERO 6
A Receita Corrente Líquida apurada de ACORDO COM OS DEMONSTRATIVOS contábeis (R$ 192.483.586,11) não
conFERE COM O MONTANTE CONSIGNADO no Anexo 1 do Relatório de Gestão Fiscal referente ao
3°quadrimestre (R$ 180.295.255,40).
RESSALVA NÚMERO 7
Em consulta realizada ao site do FNDE observamos algumas divergências no Anexo 8 do RREO em
relação a receitas e despesas, as quais levam as aplicações ao percentual de 30,30%, porém ainda assim
acima do limite mínimo estabelecido pela Constituição Federal.
RESSALVA NÚMERO 8
Divergência de R$ 25.807.120,18 entre as receitas resultantes dos impostos e transferências legais
demonstradas nesta prestação de contas (R$66.072.492,82) e as receitas consignadas no Anexo 8 –
Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino que compõem o
Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 6º bimestre de 2016 (R$ 91.879.613,00).
RESSALVA NÚMERO 9
O valor total das despesas na função 10 – Saúde evidenciadas no Sigfis diverge do registrado pela
contabilidade, conforme demonstrado:
Descrição Valor – R$
Sigfis 54.340.308,40
Contabilidade – Anexo 8 consolidado 53.975.863,62
Diferença R$ 364.444,78
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RESSALVA NÚMERO 10
Observamos paridade entre o valor final apurado na planilha Excel de controle de decretos e o valor
contabilizado no Anexo 11 da Lei nº 4.320/64, no entanto há divergência de R$ 170.951,04 lançado a
maior no Balanço Orçamentário (Anexo 1.b) do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 6º
Bimestre de 2016 (SIGFIS).
RESSALVA NÚMERO 11
Consulta ao Demonstrativo das Operações de Crédito – Anexo 4 do Relatório de Gestão Fiscal do 3º
quadrimestre de 2016 extraído do sistema contábil adotado pelo município diverge de valores
apresentados em mesmo Anexo no SIGFIS, conforme TABELA 2.5 abaixo. Recomendamos correção dos
valores e republicação do referido anexo. A grande diferença de R$ 12.188.329,88, influenciou na
apuração do índice de gastos com pessoal.
RESSALVA NÚMERO 12
De acordo com a TABELA 2.11, houve abertura de crédito adicional em 2016 no valor de R$ 473.043,81
inferior ao superávit financeiro registrado pela contabilidade na conta do FUNDEB em 31/12/2015, uma
vez não ter sido considerado cancelamento de restos a pagar de R$ 108.610,00.
CAPÍTULO 6 - CONCLUSÃO
A Secretaria de Controle Interno do Poder Executivo, conforme disposição
contida no artigo 38 da lei municipal nº 992 de 08 de Dezembro de 2005, elaborou o presente relatório
visando cumprir uma de suas tarefas precípuas.
Nesse relatório buscamos verificar o cumprimento das metas estabelecidas
para as ações governamentais e que constitui peça obrigatória a integrar a Prestação de Contas Anual
da Administração Financeira do Município de Casimiro de Abreu, RJ, relativa ao exercício findo em 31 de
dezembro de 2016, que será apresentada pelo Prefeito ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de
Janeiro para obtenção de Parecer Prévio e posteriormente à Câmara de Vereadores para aprovação de
suas contas em cumprimento ao preceito estabelecido no artigo 74 da Constituição Federal de 1988,
incisos I e II; no artigo 67, § 2º da lei orgânica do município e no artigo 3º da deliberação TCE-RJ Nº
199/96.
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O presente Relatório de Prestação de Contas de 2016 demonstra os
aspectos de eficiência, eficácia e efetividade da gestão administrativa, levando em consideração a
consistência dos demonstrativos contábeis e da gestão fiscal apresentados evidenciando os princípios
constitucionais da legalidade, legitimidade e economicidade na aplicação dos recursos públicos.
Por derradeiro, esperamos ter fornecido elementos para auxiliar na
avaliação das Contas da Administração Financeira do exercício de 2016 e ressaltamos que estamos
sempre buscando aperfeiçoar os nossos métodos e qualificar nosso pessoal para melhor desempenhar
nossas atribuições constitucionais.
Casimiro de Abreu/RJ, 31 de março de 2017.
MATHEUS PEREIRA SARDENBERG Secretária de Controle Interno
Portaria 038/2017
ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA PEREIRA Contador – CRC-RJ 94.742
Portaria 260/2017