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B R A S Í L I A , A B R I L D E 2 0 0 8

Relatório de Monitoramentode Educação para Todos Brasil 2008

Educação para todos em 2015Alcançaremos a meta?

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© 2008 Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)

Representação da UNESCO no Brasil

RepresentanteVincent Defourny

Coordenadora da Área de Educação a.i.Marilza Regattieri

Coordenador EditorialCélio da Cunha

Esta publicação foi baseada no Relatório de Monitoramento Global de EPT 2008, mas foi elaborada eeditada pela Representação da UNESCO no Brasil, de forma independente da equipe do Educationfor all Global Monitoring Report (EFA, GMR, UNESCO, Paris), e não está sob sua responsabilidade.

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Relatório de Monitoramentode Educação para Todos Brasil 2008

Educação para todos em 2015Alcançaremos a meta?

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Equipe de elaboraçãoAngela Maria Rabelo Ferreira BarretoClaudio Oliveira ArantesRegina Lúcia Couto de Melo

Revisão técnicaHelenne Barbosa SimõesJane Margareth de CastroJeanne Sawaya Marilza Regattieri Wagner Alves de Santana

Tradução: Guilherme Teixeira de Freitas e Claudia DavidRevisão: Reinaldo de Lima ReisDiagramação: Paulo Selveira Foto da Capa: Mila Petrillo

Relatório de monitoramento de educação para todos Brasil 2008: educação para todos em 2015; alcançaremos a meta? – Brasília : UNESCO, 2008.

BR/2008/PI/H/20

1. Educação Universal—Brasil 2. Educação Básica—Brasil 3. DesenvolvimentoEducacional—Brasil 3. Avaliação Educacional—Brasil 4. Indicadores Educacionais—Brasil5. Estatística Educacional--Brasil

CDD 370

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a CulturaRepresentação no BrasilSAS, Quadra 5, Bloco H, Lote 6, Ed. CNPq/IBICT/UNESCO, 9º andar70070-914 - Brasília - DF - BrasilTel.: (55 61) 2106-3500Fax: (55 61) 3322-4261E-mail: [email protected]

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R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0 B R A S I L 5

Apresentação...............................................................................................................................07

Introdução....................................................................................................................................09

1. Qual é a situação mundial em relação aos seis objetivos da EPT?E qual é a situação do Brasil? ...................................................................................................11

I.1 Cumprimento dos objetivos de EPT .....................................................................................12

Objetivo 1: Educação e cuidados na primeira infância .........................................................12

Objetivo 2: Universalização da educação primária................................................................13

Objetivo 3: Necessidades de aprendizagem dos jovens e dos adultos ...............................15

Objetivo 4: Alfabetização dos adultos .....................................................................................16

Objetivo 5: Paridade e igualdade de gênero...........................................................................17

Objetivo 6: Qualidade da educação .........................................................................................18

I.2 Perspectivas quanto ao alcance das metas de Dacar........................................................19

2. As desigualdades na educação brasileira e os desafios para o cumprimento dasMetas de Dacar ...........................................................................................................................25

3. A Educação para Todos e o Plano Nacional de Educação .....................................................31

4. Considerações sobre as prioridades das políticas educacionais brasileirase as metas de EPT ......................................................................................................................33

Anexos estatísticos .....................................................................................................................39

Glossário ......................................................................................................................................58

Referências bibliográficas .........................................................................................................64

Lista de abreviaturas..................................................................................................................66

Sumário

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O ano 2000 constituiu um marco no reconhecimento do direito de todos à educação e àaprendizagem ao longo de toda a vida. Em Dacar, Senegal, reuniram-se governos de 164países para avaliar os progressos realizados desde a Conferência Mundial de Educação paraTodos, organizada pela UNESCO em Jomtien, no ano de 1990. Os países firmaram acordo deexpandir significativamente as oportunidades educacionais para as crianças, jovens e adultosaté 2015. Reconhecendo que as desigualdades educacionais eram inaceitáveis,comprometeram-se com a efetiva inclusão dos que estavam em desvantagem, entre eles asmulheres, os mais pobres, os mais vulneráveis e outros grupos socialmente desfavorecidos.O compromisso foi expresso em seis objetivos no chamado Marco de Ação de Educação paraTodos (EPT), os quais abrangem: a expansão da educação e o cuidado na primeira infância, auniversalização da educação elementar gratuita e obrigatória, a aprendizagem de jovens eadultos, a redução das taxas de analfabetismo, a igualdade entre homens e mulheres nasoportunidades educacionais e a qualidade da educação em todos os seus aspectos. Desdeentão, a Educação para Todos está no cerne das atividades da UNESCO na área da educação.

Promover mudanças substantivas nas políticas e práticas educativas para alcançar osobjetivos do Marco de Ação de Educação para Todos exige a construção de conhecimentos eo diálogo entre os gestores dos sistemas educativos, professores e profissionais da educaçãoe os diversos atores da sociedade.

Neste contexto, a UNESCO vem exercendo suas funções colaborando com os países naformulação de suas políticas educacionais, desenvolvendo e difundindo meios inovadores emateriais sobre temas pertinentes à educação e intermediando parcerias entre financiadores,atores públicos, privados e não-governamentais para garantir melhor coordenação deesforços. Além disso, com o objetivo de acompanhar o cumprimento pelos países dosobjetivos de EPT, a UNESCO publica anualmente o Relatório Global de Monitoramento deEPT, na maioria das vezes destacando um dos objetivos. A edição de 2008 do Relatório Globalaborda todos eles e mostra que avanços significativos foram alcançados por vários países eaponta os diversos obstáculos a serem enfrentados.

Neste Relatório Nacional que a Representação da UNESCO no Brasil põe à disposição dasociedade brasileira, além de trazer à luz análises apresentadas no Relatório Global de 2008sobre o país, examinam-se as desigualdades educacionais, as quais evidenciam quem são eonde estão os excluídos da educação brasileira. Fazem-se considerações sobre as metas doPlano Nacional de Educação (PNE), principal referência para a avaliação e monitoramento daeducação brasileira, elaborado em sintonia com a Declaração Mundial de Educação para Todos.Algumas políticas educacionais recentes são também examinadas à luz dos objetivos de EPT.

Nosso intuito é dar visibilidade aos progressos atingidos e ao caminho ainda a percorrer eassim contribuir para o processo de acompanhamento do PNE como parte da estratégia daUNESCO para o monitoramento dos objetivos de EPT no Brasil. Com este Relatório Nacional,pretendemos inaugurar a publicação anual dos resultados do monitoramento.

Vincent DefournyRepresentante da UNESCO no Brasil

Apresentação

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Passados dez anos da Conferência de Educação para Todos realizada em Jomtien, naTailândia, em 1990, realizou-se em Dacar, Senegal, em 2000, o Fórum de Educação paraTodos. Tendo-se verificado que a agenda de Educação para Todos (EPT) havia sidonegligenciada por muitos países, firmou-se o chamado Compromisso de Dacar,estabelecendo metas a serem cumpridas pelos países signatários até 2015. Desde então, aUNESCO vem publicando relatórios anuais de monitoramento, geralmente dedicados a metasespecíficas.

Educação para TodosOs seis objetivos aprovados durante a Conferência de Dacar de 2000 a seremalcançados até 2015

1. Ampliar e aperfeiçoar os cuidados e a educação para a primeira infância, especialmente nocaso das crianças mais vulneráveis e em situação de maior carência.

2. Assegurar que, até 2015, todas as crianças, particularmente as meninas, vivendo emcircunstâncias difíceis e as pertencentes a minorias étnicas, tenham acesso ao ensinoprimário gratuito, obrigatório e de boa qualidade.

3. Assegurar que sejam atendidas as necessidades de aprendizado de todos os jovens eadultos através de acesso eqüitativo a programas apropriados de aprendizagem e detreinamento para a vida.

4. Alcançar, até 2015, uma melhoria de 50% nos níveis de alfabetização de adultos,especialmente no que se refere às mulheres, bem como acesso eqüitativo à educação básicae contínua para todos os adultos.

5. Eliminar, até 2005, as disparidades de gênero no ensino primário e secundário, alcançando,em 2015, igualdade de gêneros na educação, visando principalmente garantir que as meninastenham acesso pleno e igualitário, bem como bom desempenho, no ensino primário de boaqualidade.

6. Melhorar todos os aspectos da qualidade da educação e assegurar a excelência de todos,de forma que resultados de aprendizagem reconhecidos e mensuráveis sejam alcançadospor todos, especialmente em alfabetização lingüística e matemática e na capacitaçãoessencial para a vida.

A edição de 2008, assim como a de 2002, traz um relatório global abrangendo as seis metasdo Marco de Dacar. Analisa o progresso do movimento de EPT buscando responder asseguintes questões: os governos nacionais têm prosseguido em seus compromissos com asmetas de EPT? A comunidade internacional vem provendo apoio adequado aos governosnacionais? O mundo está progredindo em direção às metas para 2015 e, se não, que metastêm sido negligenciadas e que países e regiões encontram-se em maior dificuldade?

Introdução

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O Brasil está entre os 129 países monitorados. Visando divulgar avaliações pertinentes aonosso país e aprofundar algumas delas, o Escritório da UNESCO no Brasil publica esteRelatório Nacional, constituído de quatro seções. Na primeira, são apresentados dados eanálises do Relatório Global relativos ao Brasil, trazendo-se à luz comparações com odesempenho de outros países que compõem dois grupos, nos quais se inclui o Brasil. Oprimeiro é o chamado Grupo E-9, composto por nove países (Brasil, Bangladesh, China, Egito,Índia, Indonésia, México, Nigéria e Paquistão), que contam em seu conjunto com 3,3 bilhõesde habitantes – ou seja, mais de 50% da população mundial. Neles vivem mais da metade dascrianças do mundo em idade escolar e mais de 40% das que se encontram fora da escola.Concentram ainda cerca de 70% dos 771 milhões de analfabetos de todo o planeta. O outroconjunto de países com o qual se busca cotejar o Brasil foi selecionado entre aqueles daAmérica do Sul que, depois do nosso, possuem maior população (Argentina, Chile, Colômbia,Peru e Venezuela).

Na segunda seção o foco são as desigualdades sociais quanto ao alcance das metas de EPTno Brasil, buscando-se apontar quem são e onde estão os excluídos dos progressoseducacionais. As metas do Plano Nacional de Educação (PNE) e as prioridades das políticaspúblicas brasileiras recentes à luz dos objetivos de EPT são analisadas na terceira e quartaseções, respectivamente.

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Ainda que considere que o cumprimento decada uma das seis metas de Dacar sejaindividualmente importante, a UNESCOutiliza o Índice de Desenvolvimento deEducação para Todos (IDE) como meio de

realizar uma avaliação geral de EPT. O IDE é compostode indicadores quantitativos de quatro dos objetivos:universalização da educação primária, alfabetização deadultos, paridade de gêneros e qualidade da educação.

Como medida da universalização da educação primária,meta número 2 de Dacar, o indicador selecionado paracomposição do IDE é a proporção de crianças que seencontram na escola na idade adequada para essa etapa.Para medir o progresso na meta 4, relativa àalfabetização de adultos, o indicador é a taxa dealfabetização, ou seja, o percentual da população com 15anos ou mais de idade que sabe ler e escrever.

Outro componente do IDE é o índice de paridade degêneros específico para EPT, usado para mostrar até queponto há ou não igualdade na participação de homens emulheres na educação. A paridade de gêneros é medidadividindo-se o valor de determinado indicador alcançadopelas mulheres pelo valor atingido pelos homens. NoIDE, ele é composto por índices de paridade relativos àtrês indicadores: taxa de freqüência à escola dos que seencontram na idade própria para o ensino primário, amesma taxa para os que se encontram na idadeesperada para o ensino médio e taxa de analfabetismo. A

paridade de gêneros específica para EPT é a médiaaritmética desses três índices de paridade.

A qualidade da educação é um conceito sobre o qual hámuito debate, especialmente sobre como quantificá-la.Os resultados de aprendizagem de alunos em testespadronizados têm sido usados em vários países, porémnão estão disponíveis em bases comparáveis. Assim, aUNESCO utiliza como indicador da qualidade (meta 6) nacomposição do IDE a proporção de crianças que atingema quinta série. Essa taxa foi selecionada por ser umainformação disponível para grande parte dos países etambém pela constatação de que os sistemaseducacionais que conduzem maior proporção de alunosaté essa série tendem a ter melhor desempenho emtestes de rendimento escolar1.

O Relatório de Monitoramento Global de EPT, com baseno IDE, divide os 129 países em três grupos para os quaishá dados disponíveis, referentes ao ano de 2005. Oprimeiro inclui os de IDE elevado, igual ou superior a0,950, e que alcançaram ou estão perto de alcançar osquatro objetivos de EPT mensurados; são 51 paísesnessa condição. O grupo de IDE médio, igual ou superiora 0,804 e inferior a 0,950, é composto por 53 países queestão em posição intermediária quanto ao alcance dosobjetivos. O terceiro grupo é constituído pelos outros 25países com IDE inferior e que estão longe de realizar osobjetivos em seu conjunto. Esse grupo, alerta oRelatório, certamente seria maior se países que nãopossuem os dados necessários fossem incluídos. Entreeles se encontram os que estão em situação de conflitoe de fragilidade político-institucional e que apresentambaixos níveis de desenvolvimento educacional.

1. O IDE é calculado dividindo-se cada um dos quatro índices e somando osresultados dessas divisões (1/4 do índice de freqüência ao ensino primário + 1/4do índice de alfabetização de adultos + 1/4 do índice de paridade de gênerosespecífico para EPT + 1/4 da taxa de sobrevivência na quinta série).

1. Qual é a situação no planomundial em relação aos seisobjetivos da EPT? E qual é asituação do Brasil?

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Na avaliação do cumprimento das metas de Dacar,segundo o IDE, o Brasil encontra-se entre os 53 paísesque ocupam posição intermediária no alcance dosobjetivos. Situado em 76º lugar, o valor do índice doBrasil mostrado no Relatório de Monitoramento Global é0,901. Esse valor resulta de índice de 0,964 nauniversalização da educação primária, 0,892 na taxa dealfabetização, 0,805 na taxa de sobrevivência na quintasérie e de 0,943 no índice de paridade de gênero paraEPT. Todos esses valores referem-se a 2005. O Brasilestá entre os países que ainda não atingiram nem estãoperto de atingir o conjunto das metas, porém não seencontra entre os que estão muito longe de fazê-lo.

Dos países do E-9, à exceção da China para a qual oRelatório de Monitoramento Global não publica os dadosdo IDE, apenas o México (em 48º lugar) encontra-seentre os 51 com índice elevado e que estão próximos deatingir as metas de Dacar. Indonésia (62º) e Egito (91º)incluem-se ao lado do Brasil no grupo de IDE médio, e osdemais (Bangladesh, Índia, Nigéria e Paquistão) estãodistantes dos objetivos de EPT. Dos países sul-americanos aqui escolhidos para comparação, tambémno nível intermediário estão Venezuela (64º), Peru (65º) eColômbia (78º). A situação da Argentina (27º) e do Chile(37º) é bem mais favorável, estando ambos incluídosentre os países próximos das metas (Tabela14).

O Brasil está perto de atingir o objetivo de universalizaçãoda educação compulsória, quando se leva em conta apenaso acesso. No indicador de qualidade, a taxa de sobrevivência na5ª série, está sua pior situação: entre os 129 países avaliadosno Relatório de Monitoramento Global, o Brasil ocupa a93ª posição. Além disso, encontra-se em risco de não reduzirpela metade a taxa de analfabetismo e de não alcançar aparidade de gêneros nos ensinos fundamental e médio.

Realizada essa avaliação geral possibilitada pelo IDE,busca-se a seguir analisar a situação do país em cadauma das seis metas definidas em Dacar.

1.1. Cumprimento dos objetivos de EPT

1. Educação e cuidados na primeirainfânciaObjetivo 1: Ampliar e aperfeiçoar os cuidados e aeducação para a primeira infância, especialmenteno caso das crianças mais vulneráveis e emsituação de maior carência.

A natureza crítica da educação e dos cuidados naprimeira infância no desenvolvimento físico e mental éenfatizada no Relatório de Monitoramento Global de EPT2008. Ao atender as necessidades de educação, saúde enutrição, os programas de Cuidado e Educação Infantilajudam a reduzir as desvantagens atuais e futuras das

crianças, garantem direitos e podem abrir caminhos paraos demais objetivos de EPT.

A despeito disso, as crianças pequenas, especialmenteaquelas com até três anos de idade têm sidonegligenciadas. Os programas a elas dirigidos estãopresentes em apenas 53% dos países, a maioria deles naAmérica do Norte, Europa Ocidental, Ásia Central,América Latina e Caribe. Outra característica em relaçãoa ações destinadas a essa faixa etária é a carência dedados sistematizados.

Uma constatação positiva do Relatório de MonitoramentoGlobal é o grande progresso observado nos serviços desaúde e imunização, aumentando o bem-estar epromovendo a queda da mortalidade infantil. No Brasil, acobertura vacinal atinge quase todas as crianças de atéum ano, equiparando-se aos índices apresentados peloMéxico e Egito e superando expressivamente Nigéria,Indonésia, Índia e Paquistão, todos esses países que,como o Brasil, fazem parte da iniciativa E-9. Comparadoaos demais países mais populosos da América do Sul, asituação do Brasil também é de superioridade.

Quanto à taxa de mortalidade das crianças com menosde cinco anos, o Brasil mostra-se aquém do México, Chile,Argentina, Venezuela e Colômbia. No aleitamento materno,as percentagens brasileiras são inferiores tanto àquelasdos países do E-9 quanto dos sul-americanos comparados.

Ainda que o Relatório não trate do atendimentoeducacional às crianças de até três anos, em razão dacarência de informações, deve-se mencionar que é na áreada educação que o atendimento à criança de até três anosse apresenta mais restrito no Brasil. Em 2005, o acessolimitava-se a 13% dessa população. Embora insuficiente,tem mostrado expansão: em 1999, a taxa era de 9,2%.

Para as crianças com três anos ou mais, a oferta deprogramas educacionais é maior que para a idadeanterior. Nessa etapa, usualmente denominada educaçãopré-primária ou pré-escolar, o número de matrículas nomundo cresceu de 112,3 para 132 milhões entre 1999 e2005, e a taxa bruta de matrículas de 33% para 40%. Essaé mais elevada nos países desenvolvidos e naqueles emtransição do antigo bloco soviético para a economia demercado. É alta também na América Latina e Caribe, naÁsia Oriental e no Pacífico. É muito baixa na ÁfricaSubsaariana e em alguns estados árabes.

A duração e as idades cobertas pela educação pré-primária variam muito entre os países, o que dificultacomparações. No Brasil, a educação pré-escolar em2005 estendia-se de quatro a seis anos2. Entre os demais

2. Com a Lei nº 11.274, de 2006, que ampliou a duração do ensino fundamentalpara nove anos, as crianças de seis anos completos no início do ano letivopassam a ser matriculadas nesse nível de ensino.

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países sul-americanos mais populosos, a faixa etária éde três a cinco anos, e mesmo com crianças mais novas,a Argentina e o Peru mostram taxas de escolarizaçãosimilares às das crianças de quatro a seis brasileiras.Dos países do E-9, destaca-se o México, cuja idadeabrangida é de quatro a cinco anos; nele a escolarizaçãoé mais elevada que a da faixa etária brasileira. Os demaismostram taxas inferiores.

De um modo geral, as disparidades devidas a gênero sãomais baixas na educação pré-primária que nos outrosníveis de ensino. Isso se dá, segundo o Relatório deMonitoramento Global, provavelmente porque é umaetapa em que o acesso tende a se limitar aos estratosmais afluentes, nos quais há menor discriminação dessanatureza. No Brasil e nos demais países do E-9, àexceção do Paquistão e do Egito, bem como nos sul-americanos, não se observa disparidade no acesso demeninos e meninas a essa etapa educacional.

O Relatório de Monitoramento Global chama a atençãopara a carência de professores capacitados quecompromete a qualidade do atendimento na educaçãopré-escolar. No Brasil, há ainda instituições queoferecem educação infantil (creche e pré-escola, paracrianças de zero a seis anos de idade) e que não estãodevidamente cadastradas nos registros oficiais.Provavelmente apresentam qualidade mais precária noatendimento. Dos docentes que atuam nas creches epré-escolas cadastradas no Censo Escolar, mais de 14%(superando 50 mil) não estão habilitados no curso normalde nível médio ou superior ou em licenciatura, conformeexige a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional(LDB). Esses dados não estão disponíveis no Relatório,impossibilitando comparações com outros países.

A qualidade do atendimento nas creches e pré-escolasbrasileiras também ainda está distante dasrecomendações do Ministério da Educação, no que tangeaos espaços físicos, materiais e projetos pedagógicos ena formação docente.

O Relatório de Monitoramento Global enfatiza que osprogramas de educação e cuidados das criançaspequenas, em âmbito mundial, não priorizam o acessodas crianças menos favorecidas em termossocioeconômicos, e que deles poderiam tirar proveitoespecial para seu desenvolvimento cognitivo e sua saúde.Também no Brasil, o acesso à educação infantil revelagrandes desigualdades entre pobres e não-pobres, comomostram os dados dos levantamentos do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que serãoabordados na segunda seção deste Relatório.

2. Universalização da educação primáriaObjetivo 2. Assegurar que, até 2015, todas ascrianças, particularmente as meninas, vivendo emcircunstâncias difíceis e as pertencentes a minoriasétnicas, tenham acesso ao ensino primário gratuito,obrigatório e de boa qualidade.

Um dos avanços mundiais apontados no Relatório deMonitoramento Global de EPT de 2008 foi a introdução daobrigatoriedade do ensino primário em 23 países que nãodispunham de legislação a respeito até o ano 2000.Atualmente existem leis a respeito em 95% dos paísesacompanhados. Deve-se destacar que em termosinternacionais a educação primária equivale ao que noBrasil são as quatro primeiras séries do ensinofundamental, correspondendo à faixa etária de sete a dezanos se cursadas na idade apropriada. As últimas sériesdo ensino fundamental incluem-se internacionalmentena educação secundária, tratada no próximo tópico.

Mostra o Relatório que a taxa de escolarização do totaldos países observados passou de 83 para 87%, entre1999 e 2005, tendo o crescimento sido maior que oregistrado na década anterior. Dessa forma, decresceuem 24 milhões o número das crianças fora da educaçãoprimária. Restam ainda 72 milhões nessa condição, amaioria delas concentrada em 35 países. Avalia o

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monitoramento de 2008 que, caso persistam as tendênciasverificadas, dos 86 países que não lograram a universalizaçãodo ensino primário, 58 não alcançarão a meta até 2015.

A situação do Brasil quanto ao acesso a esse segmentoeducacional comparada à dos demais países do E-9mostra sua posição favorável, estando apenasligeiramente atrás do México e da Indonésia: 95% dascrianças brasileiras de sete a dez anos estão na escola.Em relação aos outros cinco países da América do Sulselecionados pelo tamanho de sua população, apenas aArgentina e o Peru, este por pequena margem, encontram-seem posição melhor que o Brasil. Como nos outros países,vem diminuindo o número de crianças brasileiras dessafaixa que se encontrava fora da escola: elas somavam maisde 1.032 milhão em 1999 e em 2005 totalizaram 482 mil.

Observa o Relatório de Monitoramento Global que oprogresso no acesso ao ensino compulsório não tem sidouniforme nas diversas regiões dos países. Encontram-setambém em desvantagem as crianças das zonas rurais, aspobres, as moradoras das favelas, as de algumas etniase as portadoras de necessidades especiais. No Brasil,ainda se observam desigualdades no acesso à educaçãoprimária, mas elas são de pequena monta comparadasàs das demais etapas educacionais.

Se a participação na educação primária vem crescendosignificativamente no mundo, o avanço nas séries e aconclusão desse ciclo mostram sérios entraves emvários países. A repetência é problema presente emmuitos deles, sendo mais elevada nos da ÁfricaSubsaariana, da América Latina e Caribe e do Sul e Oesteda Ásia. Evidencia o Relatório de Monitoramento Globalque os repetentes na educação primária do Brasil(primeiras quatro séries do ensino fundamental)somavam 21,2% em 2005. Esse valor só é superado poralguns países da África Subsaariana. É muito superior àstaxas dos componentes do E-9 e da América do Sulselecionados aqui para comparação, todas inferiores a10%. Bangladesh, no primeiro grupo, e Peru no segundosão os que apresentam maiores taxas de repetência (7%e 8,9%, respectivamente, em 2005) depois da do Brasil,estando elas entre um terço e a metade da taxabrasileira. Observa-se que, em relação a 1999, arepetência na educação primária no país decresceu,ainda que pouco; naquele ano atingia 24% dos alunos.

Repetir especialmente a primeira série é mais comumtambém nos países em desenvolvimento. No Brasil, em2005, a repetência nessa série era 27,3%, ou seja, maisque o dobro das ainda consideradas elevadas proporçõesda Indonésia (9,8%), Venezuela (10,9%) e Argentina

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(10,9%). Disparidades regionais são pronunciadas: naregião Norte, quase metade dos alunos (46,9%) repetirama primeira série em 2005, taxa que no Sudeste estavapouco acima dos 10%, segundo dados do Instituto deEstudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A permanência do aluno na escola até a conclusão daeducação primária também não está garantida em muitospaíses. O Relatório de Monitoramento Global mostra quea taxa de sobrevivência na última série dessa etapaeducacional encontra-se abaixo de 87% na metadedaqueles onde há dados disponíveis.

O Relatório não traz os dados para o Brasil, porémestatísticas do Inep demonstram que em 2005 apenas80,8% dos alunos atingiram a quinta série do ensinofundamental, situação que mostra piora comparada às de2001 (quando era 84,5%). Desigualdades regionais sãoevidentes; em 2005 a taxa do Sudeste era de 90,9%, e a doNordeste de 69,9%. É também no Nordeste que essa proporçãopiorou mais no período; em 2001, atingia 75,8%.

Esses dados evidenciam que a universalização daeducação primária está longe de ser atingida no Brasil seconsiderado que deveria implicar não apenas estar naescola na idade adequada a essa etapa educacional, masconcluí-la e assim ter acesso a conhecimentos ecompetências iniciais básicos.

3. Necessidades de aprendizagem dosjovens e dos adultosObjetivo 3. Assegurar que sejam atendidas asnecessidades de aprendizado de todos os jovens eadultos através de acesso eqüitativo a programasapropriados de aprendizagem e de treinamentopara a vida.

O Relatório de Monitoramento Global de EPT de 2008reconhece que há dificuldades para definir e monitoraresse terceiro objetivo definido em Dacar, entre elas aausência de uma meta quantitativa que deveria seratingida e a falta de compreensão comum de queatividades de aprendizagem devem ser incluídas.

A principal estratégia para responder às necessidades deaprendizagem dos jovens e adultos é a expansão daeducação secundária e superior, afirma o Relatório.Ainda que em Dacar não tenha sido explicitado objetivoespecífico para esses níveis de ensino, são claramentemencionados quando tratada a questão de igualdade degêneros.

A educação secundária, para efeitos de comparaçãointernacional, inclui o que no Brasil constitui as últimasséries do ensino fundamental (5ª a 8ª) e as três séries doensino médio. A idade correta para cursar a educação

secundária, assim compreendida, estende-se dos 11aos 17 anos, no Brasil.

Em cerca de três quartos dos países incluídos no Relatóriode Monitoramento Global, entre eles o Brasil, as sériesequivalentes às últimas do ensino fundamental fazemparte da educação compulsória, o que denota a intençãooficial de universalização dessa etapa. No nosso país, aextensão do ensino compulsório com a inclusão dessasséries data de 1971 (Lei nº 5.692/71).

Mostra o Relatório de Monitoramento Global que apopulação de brasileiros de 11 a 17 anos somava, em2005, 24,9 milhões, número inferior ao de matrículas naeducação secundária (25,1 milhões). Isso se explica pelaexistência de grande contingente de alunos acima daidade esperada que ainda se encontrava nessa etapa. Poroutro lado, quando se analisa a participação dos alunos de11 a 17 anos que estão na escola, em qualquer nível,observa-se que alcança 78%. Comparada aos países do E-9 e os da América do Sul selecionados e cujos dadoseram disponíveis, essa taxa brasileira supera a de todosos demais, à exceção da Argentina (79%), da qual muito seaproxima.

Em vários países como no Brasil, parte dos programas deeducação secundária inclui educação profissional emescolas técnicas e vocacionais. O Relatório de MonitoramentoGlobal dá conta de que dos 512 milhões de estudantes daeducação secundária, um em cada dez encontra-sematriculado nesses programas. A taxa é mais elevada nospaíses do Pacífico, na Europa Central e na América doNorte e mais baixa no Sul e Oeste da Ásia, Caribe, ÁsiaCentral e África Subsaariana. No Brasil, como mostra oRelatório, em 2005, 718 mil alunos freqüentavam o ensinotécnico, o que representava menos de 3% das matrículasna educação secundária 3. Entre os países do E-9 e os sul-americanos selecionados para comparação, a taxaapresentada pelo Brasil é mais elevada apenas que as daÍndia (0,83), Bangladesh (1,62) e Paquistão (2,13).

A educação superior apresentou no mundo, em 2005,crescimento de 45 milhões de matrículas, em relação a1999. Contribuiu para esse aumento a criação de novasinstituições nos países em desenvolvimento, como Brasil,China, Índia e Nigéria. Na China, as matrículas no ensinosuperior quase quadruplicaram no período, passando de6,3 para 23,4 milhões de alunos. No Brasil, elas somam4,2 milhões em 2005, aproximadamente o dobro das de1999 (2,4 milhões).

A despeito da expansão contínua, relativamente poucosjovens e adultos têm acesso a esse nível de ensino. Nomundo, a taxa bruta de matrículas (ou seja, a razão entre

3. Se consideradas apenas as matrículas do ensino médio, que totalizavam 9milhões, o percentual é de 8%.

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número total de matrículas e a população na faixa etáriaoficial para essa etapa educacional) é de quase 24%. NaAmérica do Norte e na Europa é próxima dos 70%,enquanto no Caribe e na África Subsaariana é menor que 7%.

Dos países do E-9 e dos seis países sul-americanos maispopulosos, cujos dados encontram-se no Relatório deMonitoramento Global, o crescimento da taxa bruta dematrículas alcançado pelo Brasil, entre 1999 e 2005, (de14% para 24%) é superado apenas pela China (de 6%para 22%) e pela Argentina (de 49% para 65%).

O Relatório de Monitoramento Global enfatiza arelevância dos meios não-formais de educação paragrupos em desvantagem e para os que abandonaram aescola. Os programas suplementares ao sistema formalsão especialmente importantes para desenvolver “alfa-betização de adultos, educação básica para as criançasfora da escola, habilidades para a vida, habilidades para otrabalho e cultura geral” (UNESCO, 1997).

Em todo o mundo, os programas de educação não-formal cumprem diferentes objetivos, utilizam variadasmetodologias e são oferecidos por uma diversidade deinstituições, governamentais e não-governamentais.Alfabetização, desenvolvimento de habilidades para a vidae para o trabalho, cuidados de saúde, cidadania, geraçãode renda, formação profissional, desenvolvimento rural esuplência educacional estão entre os objetivos deprogramas, muitos deles apoiados por organizaçõesinternacionais. O Relatório de Monitoramento Global destacaque os programas de educação não-formal são aindanegligenciados no financiamento público, ainda que algunspaíses tenham implementado, recentemente, estruturas noplano nacional para garantir a continuidade nesses serviços.

O Brasil é um dos países destacados no Relatório deMonitoramento Global por ter vários de seus ministériosenvolvidos com programas dessa natureza, do mesmomodo que Bangladesh, Indonésia, Namíbia e Tailândia.Está também entre os países que desenvolvem programasde equivalência para suprir oportunidades de aprendizagempara jovens. Mais que isso, embora não mencionado noRelatório, o acesso de jovens e adultos ao ensinofundamental, no Brasil constitui direito assegurado naConstituição de 1988. Desde então, a Educação de Jovense Adultos (EJA) vem crescendo nos sistemas de ensino.Em 1999, estavam matriculados em EJA 2,8 milhões dealunos, número que em 2005 atinge 5,6 milhões.

Pesquisas domiciliares em alguns países mostram que,apesar de programas de educação não-formal eformação continuada oferecerem caminho alternativoimportante, as oportunidades dos jovens e adultos de aeles terem acesso são bastante limitadas. O Brasil écitado junto com a Costa Rica e a República Dominicanacomo um dos países envolvidos em pesquisa da

UNESCO/Orealc (2007) que apresenta taxa mais elevadaque a média da América Latina e Caribe (10%) de jovensque não completaram a educação secundária e queparticipam de algum tipo de programa educacional.Como anteriormente mencionado, ausência deinformações sistemáticas e comparáveisinternacionalmente representa séria dificuldade para omonitoramento e avaliação de programas deaprendizagem e treinamento para jovens e adultos.

4. Alfabetização dos adultosObjetivo 4. Alcançar, até 2015, uma melhoria de50% nos níveis de alfabetização de adultos,especialmente no que se refere às mulheres, bemcomo acesso eqüitativo à educação básica econtínua para todos os adultos.

Segundo o Relatório de Monitoramento Global, há nomundo 774 milhões de adultos que não dispõem dascompetências elementares para ler, escrever e calcular,dos quais 64% são mulheres. Esse número é calculado apartir de levantamentos em que as pessoas declaram setêm ou não essas competências. Se essas competênciasfossem medidas diretamente, sem dúvida o número deanalfabetos seria muito mais elevado.

Três quartos desses analfabetos concentram-se em 15países, entre eles o Brasil e outros sete do E-9. Na maiorparte dos países não houve redução do número de adultosanalfabetos, no decorrer da última década. Destaca oRelatório que entre os 101 países que se encontram maisdistantes da alfabetização universal, 72 não conseguirãodiminuir em 50% a taxa de analfabetismo de adultos até2015.

Entre os países do E-9, o Brasil apresenta taxa deanalfabetismo semelhante à da China, Indonésia eMéxico. Em relação aos outros países sul-americanosmais populosos, a taxa brasileira é equivalente apenas àdo Peru e pior que a dos demais. No país havia em 2005cerca de 15 milhões de analfabetos absolutos, ou seja,pessoas que declaram não saber ler e escrever umbilhete simples. Isso corresponde a 11,1% da população.O analfabetismo é mais elevado nas pessoas de mais de60 anos (taxa de 31,1%), na região Nordeste (21,9%), nazona rural (25%) e na população negra ou parda (15,4%).

Diferente de alguns países do E-9 como Bangladesh,Egito, Índia, Indonésia e Paquistão, em que oanalfabetismo dos adultos é expressivamente maiselevado entre as mulheres, a disparidade entre homens emulheres no Brasil não é elevada. Ao contrário, asituação é ligeiramente mais favorável às mulheres, umatendência que deve crescer como em muitos outrospaíses, especialmente na população mais jovem.

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O analfabetismo entre jovens de 15 a 24 anos tem sereduzido mais rapidamente que entre os adultos emtodas as regiões do mundo, em decorrência do acesso àeducação formal pelas gerações mais novas. O númerode analfabetos jovens, entretanto, aumentou na ÁfricaSubsaariana, apesar da queda da taxa, em decorrênciado crescimento populacional e das baixas percentagensde conclusão escolar. No Brasil, 97% dos jovens eramalfabetizados em 2004, restando 1,1 milhão deanalfabetos nessa faixa etária, dos quais dois terços sãohomens. A proporção de analfabetos entre os jovens (3%)no Brasil supera a China, Indonésia, México, sendomenor que a de outros países do E-9; em relação aosoutros países sul-americanos mais populosos, a taxabrasileira assemelha-se à do Peru e da Venezuela.

O Relatório de Monitoramento Global apresenta projeçõesdas taxas de analfabetismo dos países para o ano 2015.Para o Brasil, estima taxa de 7%, o que significa que o país nãocumpriria a meta de reduzir pela metade a proporção de12,3% verificada em 1999. Na faixa de 15 a 24 anos, segundoestimativas do Relatório, o contingente de analfabetos seráde 418 mil jovens, dos quais apenas 27% serão mulheres.

Analfabetismo e pobreza estão fortementecorrelacionados. É nos países e nos lares mais pobres

que se encontra maior incidência de analfabetismo. Entreminorias étnicas, migrantes, indígenas e portadores denecessidades especiais também há mais analfabetos porse encontrarem mais freqüentemente excluídos daeducação formal e dos programas de alfabetização.

5. Paridade e igualdade de gêneroObjetivo 5. Eliminar, até 2005, as disparidades degênero no ensino primário e secundário, alcançando,em 2015, igualdade de gêneros na educação,visando principalmente garantir que as meninastenham acesso pleno e igualitário, bem como bomdesempenho, no ensino primário de boa qualidade.

No acompanhamento das metas de EPT realizado em1999-2000 evidenciou-se que de cerca de 113 milhões decrianças que não tinham acesso à escola primária, 60%eram meninas, o que motivou explicitar no Compromissode Dacar o objetivo de paridade e igualdade de gênero naeducação primária e secundária.

Mostra o Relatório de Monitoramento Global que, entreos países que possuem dados, 59 atingiram o objetivo deparidade de gênero nos ensinos primário e secundário,17 o fizeram ou estão perto de fazê-lo no primário, e 19no secundário. Dos 113 países que não haviam alcançadoo objetivo da paridade de gêneros no ensino primário esecundário em 2005, apenas 18 teriam possibilidade defazê-lo até 2015.

O Brasil não se incluía entre os países que apresentavamproblema grave de paridade. Para a taxa bruta dematrículas na educação primária (primeira à quartasérie), que inclui todas as pessoas que estãomatriculadas nessa etapa educacional, o Índice deParidade de Gêneros (IGP) em 1999 era de 0,94. Em 2005,a situação é praticamente a mesma, com IGP de 0,93. Naeducação secundária, por outro lado, o IGP de 1999 erade 1,11, mostrando disparidade em favor das mulheres,situação que se repete em 2004, com IGP de 1,10.

Essa tendência brasileira, em que as mulheres estão umpouco sub-representadas na taxa bruta de matrículasda educação primária e super-representadas naeducação secundária, assemelha-se à da média daAmérica Latina e à dos países sul-americanos maispopulosos. Entre os países do E-9, entretanto, observam-se variadas situações, algumas de grande disparidadedesfavorável às mulheres, como o caso do Paquistão,Nigéria e Índia, na educação primária e na secundária.No México, por outro lado, o quadro é similar ao doBrasil. O aumento da disparidade em favor dasmulheres ao longo das etapas educacionais em váriospaíses decorre do fato de que uma vez que ingressam naescola, elas tendem a avançar mais rapidamente econcluir mais séries.

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Na taxa de alfabetização de jovens na faixa de 15 a 24anos, observa-se que no Brasil já se evidencia umapequena vantagem das mulheres (IPG de 1,02), reflexo damelhoria da participação delas no sistema educacional.Dos outros países do E-9, México e Indonésia atingemparidade, e os demais dela se aproximam. São exceçõesPaquistão e Egito, nos quais as mulheres, mesmo asjovens, ainda se encontram em pronunciadadesvantagem. Quanto aos países sul-americanos, todosse encontram próximos da paridade, já atingida pelaArgentina.

Ainda que não incluído no objetivo 5 de Dacar, o ensinosuperior é também retratado no Relatório de MonitoramentoGlobal. Observa-se que aí se aprofunda a disparidade degêneros no Brasil, em prol das mulheres, com um IGP de1,32, ou seja, para cada 100 homens há 132 mulheresnessa etapa educacional. A maior participação dasmulheres é observada em muitos países, como nos sul-americanos selecionados e na média da América Latina.Entretanto, quando se verificam os cursos em que estãomatriculadas as estudantes de ensino superior do Brasil,observa-se que estão sub-representadas em algumasáreas, como a de engenharia, manufatura e construção,arquitetura e ciências, e estão especialmente super-representadas nas áreas de educação e saúde ebem-estar (tabela 9B, do anexo).

Além da paridade na participação na educação, tambémse espera igualdade de tratamento e de condições parahomens e mulheres no ambiente educacional. Asatitudes e percepções dos professores muitas vezesrevelam vieses prejudiciais a um dos gêneros em muitospaíses, onde persistem as práticas sexistas. Asinterações professor-aluno também contribuem, muitasvezes, para perpetuar discriminações. O Relatório deMonitoramento Global recomenda, por isso, que maioratenção seja dada à temática da igualdade de gêneros naformação dos professores. Demandam ainda atenção oslivros e o próprio currículo a fim de que não contribuampara fortalecer preconceitos e estereótipos.

Alerta o Relatório de Monitoramento Global para aexistência de violência física e psicológica praticada porprofessores e funcionários, como os castigos físicos.Além disso, o entorno das escolas muitas vezes trazgrandes riscos. Os meninos têm sido vítimas maisfreqüentes da violência física; as meninas costumam seralvos mais comuns da violência sexual. Disso decorremsérios problemas de saúde física e mental, dedesenvolvimento social e psicológico, e em conseqüência,de desempenho acadêmico.

6. Qualidade da educaçãoObjetivo 6. Melhorar todos os aspectos daqualidade da educação e assegurar a excelência detodos, de forma a que resultados de aprendizagemreconhecidos e mensuráveis sejam alcançados portodos, especialmente em alfabetização lingüística ematemática e na capacitação essencial para a vida.

Destaca o Relatório de Monitoramento Global que aindasão numerosos os países em que os resultados deaprendizagem são insuficientes e desiguais. As condiçõesmateriais das escolas também são precárias em muitosdeles. A proporção alunos por professor é elevada, tendoainda aumentado na África Subsaariana e na ÁsiaMeridional e Ocidental, desde 1999. O Relatório enfatizaque, no plano mundial, seriam necessários 18 milhões deprofessores para o ensino primário a fim de alcançar oobjetivo da universalização desse ensino, daqui a 2015.Precariedade nas condições de trabalho dos professorese carência na contratação dos professores são apontadascomo sérios entraves à qualidade na educação.

No cálculo do Índice de Desenvolvimento de EPT, comovisto anteriormente, utiliza-se como indicador daqualidade (meta 6) a proporção de crianças que atingema quinta série, o qual mostra associação com melhordesempenho em testes de rendimento escolar em váriossistemas educacionais. Evidencia o Relatório que entre1999 e 2004, essa taxa aumentou na maior parte dospaíses que dispõem de estatísticas. Continua reduzida,entretanto, na África Subsaariana (média de 63%) e naÁsia Meridional e Ocidental (79%).

No Brasil, a taxa de sobrevivência na quinta série em2005 foi de 80,5%, inferior à de 2001, quando atingia 84,5,segundo informações do Inep. Significa que de cada 100alunos que entram na primeira série do ensinofundamental, apenas 80 chegam à quinta série. Essedado não está disponível no Relatório de MonitoramentoGlobal para todos os países, inclusive o Brasil.Comparando-se, porém, o valor informado pelo Inep comos dados apresentados no Relatório, observa-se quenesse indicador a situação do Brasil em 2005 é melhorapenas que a Bangladesh, Índia, Nigéria e Paquistão,entre os países do E-9. É pior que a média da AméricaLatina e a dos países sul-americanos mais populosos. Asituação desfavorável apresentada pelo Brasil, onde oacesso à educação primária encontra-se quaseuniversalizado, reflete problemas de qualidade do ensinoe de fluxo escolar, como as mais elevadas taxas derepetência entre os países aqui comparados.

O Relatório de Monitoramento Global, apesar dereconhecer que as avaliações de rendimento escolarconduzidas internacionalmente, em regiões ou empaíses, individualmente, sejam importantes para mostraras forças e fraquezas dos sistemas de ensino,

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apresentam limitações. Tendem a focar em disciplinascomo língua materna e matemática, não incluindo outras,como história, geografia, arte e educação moral.Raramente examinam os valores, as atitudes ehabilidades não-cognitivas.

As avaliações internacionais de desempenho escolartiveram seu início nos anos de 1960, expandindo-sedesde então. As conclusões dessas avaliações têmmostrado baixos resultados em muitos lugares, sendopiores naqueles em desenvolvimento do que nosdesenvolvidos. No Pisa (Programme for InternationalAssessment), coordenado pela Organização paraCooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), osestudantes que mostraram proficiência mais baixa emleitura foram os de países de renda média ou baixa,como Brasil, Indonésia, México, Federação Russa eTailândia. Dados dessas avaliações internacionaismostram que têm desempenho melhor os estudantes decondição socioeconômica mais favorável, em termos deeducação dos pais ou conforto do lar, os que têm acessoa materiais de leitura, mais tempo dedicado aos estudosna escola e em casa, disponibilidade de recursosinstrucionais básicos e infra-estrutura adequada dasescolas. A disponibilidade e uso dos livros aumentam odesempenho acadêmico e podem compensar desvantagenssocioeconômicas. As avaliações evidenciam tambémdiferenças consideráveis de resultados entre escolas,apontando para a importância da disponibilidade, uso ea gestão dos recursos.

O número de países que conduzem avaliações nacionaise divulgam seus resultados também vem crescendo, oque colabora para exigir das autoridades formas demelhorar os níveis de conhecimento e competência dosestudantes. O Brasil é um dos países que tem investidoem avaliação educacional. Em 1991 criou o SistemaNacional de Avaliação da Educação Básica – Saeb, quevem sendo aperfeiçoado desde então. Os resultados dasavaliações bianuais têm sido utilizados para mostrar osresultados dos estudantes de diferentes redes e unidadesda federação e sua evolução ao longo dos anos.

O Relatório de Monitoramento Global apresenta aevolução dos resultados de aprendizagem baseados nasavaliações nacionais, entre os quais se encontram os doSaeb de 1999 e de 2005. Tanto em língua portuguesaquanto em matemática, a comparação entre os dois anosmostra estabilidade, o que também foi observado nasavaliações do Peru, entre 1998 e 2004, e do Chile entre2002 e 2005. No México, houve melhora entre 2000 e 2005em linguagem e estabilidade em matemática, o quetambém ocorreu na Colômbia, entre 2003 e 2005.

São apresentados no Relatório de Monitoramento Globalalguns fatores fundamentais para uma boaaprendizagem, incluindo número suficiente de dias

letivos, acesso a livros e materiais didáticos, escolasseguras e bem-conservadas, professores com formaçãoe em quantidade adequadas. Problemas relativos a todosesses fatores ainda estão presentes na educaçãobrasileira.

Mesmo que tenha sido aumentada, por lei, a extensão doano letivo brasileiro para 200 dias, absenteísmo deprofessores prejudicam o tempo efetivo de aulas.A jornada diária de quatro horas ou um pouco mais queisso é também inferior à de vários países.

Quanto à infra-estrutura, em muitas escolas brasileiras,especialmente na periferia dos grandes centros e dazona rural, as condições são precárias; as salas sãoexíguas e desconfortáveis. A proporção de alunos porprofessor no Brasil varia bastante entre redes e escolas.A média nacional para a educação primária apresentamelhora, com a diminuição de 26 alunos por professorem 1999 para 21 em 2004, segundo o Relatório deMonitoramento Global, o que equipara ou aproxima oBrasil aos países sul-americanos mais populosos e aospaíses do E-9 com melhor situação nesse indicador.

Há ainda no país número expressivo de professores sema habilitação formal exigida para o nível que ensinam.Não estão publicados no Relatório de MonitoramentoGlobal os dados sobre os docentes do Brasil, porémessas informações estão disponíveis nos CensosEscolares do Inep. Na educação infantil, a taxa deprofessores não-habilitados em nível médio, mínimoexigido na LDB, era de 14,4% em 2006. Nas primeirasséries do ensino fundamental, 47,3% dos professores nãopossuíam habilitação em nível superior, e dos quelecionam nas últimas séries, o percentual era de 19,6%.No ensino médio, 11,7% não possuem habilitação.Observa-se, na educação básica, carência de professoreshabilitados para as disciplinas de matemática, física,química e biologia, que decorre em grande parte dascondições de remuneração pouco atrativas. Outroproblema em alguns sistemas de ensino são ascontratações de professores em caráter temporário, emdetrimento de concursos públicos. Sobre esse aspectonão há informações sistematizadas.

1.2. Perspectivas quanto ao alcance dasmetas de Dacar

Mostrado esse quadro resumido da situação da educaçãobrasileira nos aspectos incluídos no Compromisso deDacar, impõe-se a pergunta: o Brasil cumprirá até 2015as seis metas estabelecidas? O Relatório de MonitoramentoGlobal de EPT de 2008 apresenta as perspectivas dospaíses, a partir de projeções calculadas com base nosdados de 1990 a 2005, relativos aos objetivos cujosindicadores são mais facilmente quantificáveis: o

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objetivo 2 (universalização da educação primária), o 4(redução da taxa de analfabetismo entre os adultos) e o 5(eliminação das disparidades de gênero na educaçãoprimária e secundária). Por se tratar de extrapolações detendências passadas não refletem resultados de políticase práticas educacionais mais recentes, e não sãoprevisões.

Considerando cada um desses três objetivos, os paísessão classificados em grupos segundo as tendências eprobabilidades de alcançá-los. As perspectivas para oBrasil, os demais países do E-9 e os sul-americanos maispopulosos são aqui destacadas. Para os demais objetivos,são trazidas considerações de natureza mais geralapresentadas no Relatório de Monitoramento Global.

Realça o Relatório que as tendências em curso sinalizampara taxas de participação em programas de ECPI baixas

até 2015, em todas as regiões de países emdesenvolvimento, exceto na América Latina e Caribe.É especialmente o caso das crianças menores de trêsanos, mormente as de famílias mais desfavorecidas. Osdados brasileiros confirmam essa tendência apontadano Relatório: em 2006, apenas 15,5% das crianças de atétrês anos estavam freqüentando a educação infantil. Noquinto mais pobre da população, a taxa era de apenas9,7% e no quinto mais rico mais rico 29,6%(PNAD/IBGE).

Com base em projeções da taxa de escolarização líquidana educação primária de 149 países, o Relatório mostraas perspectivas de atingirem o objetivo em 2015,dividindo-os em quatro grupos (Figura 1). Considera-seque a meta foi alcançada quando a taxa é de 97%.

Próximo ou emposição

intermediária(total TLE 80-

96%)

QUADRANTE IAlta chance de alcançar o objetivo até 2015

(aproximando-se do objetivo, com progresso estável) - 28 países

Bielo-Rússia, Benin, Bolívia, Brasil, Bulgária, Colômbia, El Salvador, Geórgia, Guatemala, Hungria, Índia, República

Islâmica do Irã, Kuait, Kyrgyzstan, Líbano, Lesoto,Madagascar, Malaui, Marrocos, Mianma,

Nicarágua, Filipinas, Romênia, FederaçãoRussa, Ucrânia, Vanuatu, Venezuela,

Zâmbia

QUADRANTE IIIEm risco de não alcançar o objetivo até 2015

(se afastando do objetivo ou progresso muito lento) - 33 países

Albânia, Anguila, Armênia, Azerbaijão, Bahamas, Botsuana,Cabo Verde, Ilhas Caimã, Croácia, Dominica, República

Dominicana, Guiné Equatorial, Granada, Iraque, Jamaica,Jordânia, República Democrática Popular do Laos, Lituânia,

Macau (China), Malásia, Malta, Maurícias, Mongólia,Territórios Palestinos, Moldova,

São Vicente e Granadinas, Áfricado Sul, Suazilândia, Togo, Trinidad

e Tobago, Turquia, Vietnã,Zimbábue

61

Distante(total TLE: <

80%)

QUADRANTE IIBaixa chance de alcançar o objetivo até

2015 (aproximando-se do objetivo,com rápido progresso)

17 países

Burquina Fasso, Burundi, Chade, Eritréia,Etiópia, Gâmbia, Gana, Guiné, Quênia, Mali,Mauritânia, Moçambique, Níger, Paquistão,

Arábia Saudita, Senegal, Iêmen

QUADRANTE IVSério Risco de não alcançar o objetivo até 2015 (se afastando

do objetivo ou progresso muito lento)8 países

Costa do Marfim, Djibouti, Maldivas, Namíbia, Nigéria, Omã,Ruanda, Emirados Árabes Unidos

25

Total 45 41 86No caminho Fora do caminho

Total da TLE no ensino primário projetado para 2015, extrapolando a tendência 1991-2005

Dis

tânc

ia d

e TL

E To

tal d

e 10

0% n

a ed

ucaç

ão p

rim

ária

em

200

5

Objetivo alcançado até 2005 (total TLE ≥ 97%) - 63 paísesArgélia, Argentina, Aruba, Austrália, Áustria, Bahrain, Bangladesh, Barbados, Bélgica, Belize, Bermudas, Ilhas Virgens Britânicas, Brunei Darussalam, Camboja,Canadá, Cuba, Chipre, Dinamarca, Equador, Egito, Estônia, Fiji, Finlândia, França, Grécia, Islândia, Indonésia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Cazaquistão, Kiribati,Luxemburgo, México, Montserrat, Países Baixos, Nova Zelândia, Noruega, Panamá, Peru, Polônia, Portugal, Catar, República da Coréia, Santa Lúcia, Samoa, SãoTomé e Príncipe, Sérvia e Montenegro, Seychelles, Eslovênia, Espanha, Sri Lanka, Suécia, Suíça, República Árabe da Síria, Tadjiquistão, TFYR Macedônia, TimorLeste, Tonga, Tunísia, Reino Unido, República Unida da Tanzânia

Não incluídos nas possibilidades de análises - (dados insuficientes ou inexistentes) - 54 países Afeganistão, Andorra,Angola, Antígua e Barbuda, Butão, Bósnia e Herzegovina, Camarões, República Centro-Africana, Chile, China, Comores, Congo, Ilhas Cook,Costa Rica, República Checa, República Popular Democrática da Coréia, República Democrática do Congo, Gabão, Alemanha, Guiné-Bissau, Guiana, Haiti, Honduras,Letônia, Libéria, Líbia, Ilhas Marshall, Micronésia, Mônaco, Nauru, Nepal, Países Baixos, Antilhas, Niue, Palau, Papua Nova Guiné, Paraguai, São Cristóvão e Nevis,San Marino, Serra Leoa, Cingapura, Eslováquia, Ilhas Salomão, Somália, Sudão, Suriname, Tailândia, Tokelau, Turcomenistão, Ilhas Turcas e Caicos, Tuvalu, Uganda,Estados Unidos, Uruguai, Uzbequistão

Movendo do Quadrante III em 2015 para oQuadrante I em 2025: Botsuana, Croácia,Iraque, República Democrática Popular doLaos, Macau (China), Maurícia, Territórios

Palestinos

Movendodo

QuadranteII em 2015

para oQuadranteI em 2025

Etiópia,Gâmbia,Guine,

Quênia,Moçambique

Iêmen

Figura 1. Perspectiva dos paises em alcançar a universalização da educação primária em 2015

Nota: Traduzido de UNESCO Education for All by 2015: Will we make it? EFA global monitoring report, 2008. Paris: UNESCO, 2008. Disponível em:http://unescdoc.unesco.org/images/0015/001547/154743e.pdf,p.180.

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O Brasil está incluído no grupo dos 28 que têm altaprobabilidade de atingir o objetivo. Como também estão(igual ou superior a 97%) a Índia (do E-9), Colômbia eVenezuela. O Paquistão tem baixa chance de atingir ameta, e a Nigéria está entre os oito que correm sériorisco de não alcançá-la. À exceção do Chile e da China,que não disponibilizaram dados, os demais países do E-9(Bangladesh, Egito, Indonésia e México) e Argentina e Perujá alcançaram o objetivo em 2005.

O Relatório de Monitoramento Global afirma que muitospaíses devem dar mais ênfase a programas de educação,treinamento e desenvolvimento de habilidades para a vidaque dêem conta desse objetivo. Esse é especialmente ocaso da África Subsaariana e do Sul e Oeste da Ásia,onde as taxas de alfabetização de adultos são maisbaixas, e ainda há muitas crianças fora da escola.

De 127 países que possuíam dados sobre taxa dealfabetização, 26 já atingiram ou superaram a meta (igualou superior a de 97%) em 2005 (Figura 2). Entre elesencontra-se a Argentina. Nos demais essas taxas têmmelhorado, mas em ritmos diferentes, o que permiteclassificá-los em quatro grupos segundo as projeções. Oprimeiro é formado por 30 países que têm altaprobabilidade de atingir a meta em 2015, entre eles aChina e a Indonésia (do E-9), Chile, Colômbia, Peru eVenezuela. No segundo estão 18 países, comoBangladesh (E-9), com pouca chance de cumprir oobjetivo, porém têm apresentado rápido progresso. OBrasil é incluído, como o México, no grupo de 28 paísesque embora tenham taxa acima de 80%, têm mostradoprogresso lento e correm risco de não atingir a meta. Oúltimo grupo é formado pelos 25 países que apresentamsério risco de não alcançar a taxa de alfabetizaçãoesperada e nele estão quatro países do E-9: Egito, Índia,Nigéria e Paquistão.

Próximo ou emposição inter-

mediária(taxa de alfabeti-

zação de adul-tos: 80-96%)

QUADRANTE IAlta chance de alcançar o objetivo até 2015 (aproximando-se

do objetivo, com progresso estável) - 30 países

Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Chile, China, Congo, Chipre,Colômbia, Costa Rica, Gabão, Grécia, Indonésia, Jordânia,Kuait, Macau (China), Malásia, Maldivas, Malta, Antilhas

Holandesas, Territórios Palestinos, Peru, Portugal, Sérvia eMontenegro, Cingapura, África do Sul, Tailândia, TFYR

Macedônia, Emirados Árabes Unidos, Uruguai, Venezuela,Zimbábue

QUADRANTE IIIEm risco de não alcançar o objetivo até 2015 (aproximando-se

do objetivo, mas progresso muito lento) - 28 países

Bahrain, Botsuana, Brasil, Brunei, Cabo Verde, RepúblicaDominicana, Equador, El Salvador, Guiné Equatorial, Honduras,

República Islâmica do Irã, Líbia, Maurícia, México, Mianma,Namíbia, Oman, Panamá, Paraguai, Filipinas, Catar, São Tomé

e Príncipe, Arábia Saudita, Sri Lanka, Suriname, RepúblicaÁrabe da Síria, Turquia, Vietnã

58

Distante (taxa dealfabetização deadultos: < 80%)

QUADRANTE IIBaixa chance de alcançar o objetivo até 2015 (aproxi-

mando-se do objetivo, com rápido progresso) - 18 países

Bangladesh, Benin, Burkina Fasso, Chad, Costa do Marfim,Gana, Guiné, Libéria, Malaui, Mali, Marrocos, Moçambique,

Nepal, Níger, Senegal, Serra Leoa, Togo, Iêmen

QUADRANTE IVSérios Riscos de não alcançar o objetivo até 2015 (aproxi-

mando-se do objetivo, mas progresso muito lento) - 25 países

Argélia, Angola, Burundi, Camboja, República Centro-Africana,República Democrática do Congo, Egito, Guatemala, Índia,Iraque, Quênia, República Democrática Popular do Laos,

Madagáscar, Mauritânia, Nicarágua, Nigéria, Paquistão, PapuaNova Guiné, Ruanda, Sudão, Suazilândia, Tunísia, Uganda,

República Unida da Tanzânia, Zâmbia

43

Total 48 53 101Países com desempenho mais rápido Países com desempenho mais lento

Taxa de alfabetização de adultos projetada para 2015, extrapolando a tendência 1995-2004

Dis

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fabe

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nive

rsal

em

199

5-20

04

Alfabetização universal alcançada - (taxa de alfabetização de adultos ≥ 97%) - 26 paísesAlbânia, Argentina, Armênia, Aruba, Azerbaijão, Bielo-Rússia, Bulgária, Croácia, Cuba, Estônia, Itália, Kazhakstan, Quirguistão, Letônia, Lituânia, Mongólia,Moldova, Romênia, Rússia, Samoa, Eslovênia, Tadjiquistão, Tonga, Trinidade e Tobago, Turcomenistão, Ucrânia

Não incluídos nas possibilidades de análises - (dados insuficientes ou inexistentes) - 76 países Afeganistão, Andorra, Anguila, Antígua e Barbuda, Austrália, Áustria, Bahamas, Barbados, Bélgica, Belize, Bermuda, Butão, lhas Virgens Britânicas, Camarões,Canadá, Ilhas Caimã, Ilhas Comores, Ilhas Cook, República Checa, Dinamarca, Djibuti, República Popular Democrática da Coréia, Dominica, Eritréia, Etiópia, Fiji,Finlândia, França, Gâmbia, Geórgia, Alemanha, Granada, Guiné-Bissau, Guiana, Haiti, Hungria, Irlanda, Islândia, Israel, Jamaica, Japão, Kiribati, Líbano, Lesoto,Luxemburgo, Ilhas Marshall, Micronésia, Mônaco, Montserrat, Nauru, Países Baixos, Nova Zelândia, Niue, Noruega, Palau, Polônia, República da Coréia, Saint Kittse Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, San Marino, Eslováquia, Seicheles, Ilhas Salomão, Somália, Espanha, Suécia, Suíça, Timor-Leste, Tokelau, IlhasTurks e Caicos, Tuvalu, Reino Unido, Estados Unidos, Uzbequistão, Vanuatu

Figura 2. Perspectivas dos países em alcançar o objetivo 4 – alfabetização de adutos em 2015

Nota: Traduzido de UNESCO Education for All by 2015: Will we make it? EFA global monitoring report, 2008. Paris: UNESCO, 2008. Disponível em:http://unescdoc.unesco.org/images/0015/001547/154743e.pdf, p.182.

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B R A S I L22 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

tempo na escola, entre outros, as disparidades nosresultados de aprendizagem, mostrando desvantagemdos alunos mais pobres, os do meio rural, das periferiasurbanas, os indígenas marginalizados e as crianças dasminorias.

É dado destaque à necessidade de ampliação do númerode docentes habilitados, estimada em 28 milhões denovos professores, em termos mundiais, para auniversalização da educação primária. Serão necessáriossignificativos recursos para formar e remunerar essesprofessores. Para os países da África Subsaariana, Ásia ePacífico e região dos Estados Árabes esses desafiosserão especialmente elevados.

O Relatório de Monitoramento Global, além de dedicarum capítulo à análise do financiamento de EPT, tantocom relação aos gastos nacionais quanto ao de ajudainternacional, trata das tendências relativas a esseaspecto fundamental. Mostra que os recursos maissignificativos para o desenvolvimento da EPT são osnacionais, e que após Dacar, houve aumento dessasreceitas destinadas aos objetivos, diferentemente do queocorreu no período anterior. Destaca que os países quemais avançaram na universalização da educaçãoprimária foram os que mantiveram ou aumentaram osrecursos para a educação em relação ao PNB.

Assim, conclui que o alcance dos objetivos de Dacardependerá do crescimento econômico e dos recursosgovernamentais, bem como da sua destinação à

Analisada a situação de 172 países (Figura 3) econsiderando a meta alcançada quando o IPG está entre0,97 e 1,03, verificou-se que 59 já atingiram a paridade noprimário e no secundário em 2005. Entre eles estãoBangladesh, China e Indonésia (E-9) e Chile e Peru. OBrasil encontra-se entre os 12 países, sendo a maioria daAmérica Latina e Caribe, que apresentam risco de nãoatingir a paridade no ensino primário em 2015 nem em2025, podendo alcançar a do secundário até 2025.Venezuela, Argentina, Colômbia e México também já aalcançaram no primário, porém os três últimos estão emrisco de não atingí-la no secundário em 2015 ou 2025. Osdemais países sul-americanos aqui selecionados e do E-9 apresentam risco de não atingir a paridade em nenhumdos dois níveis, seja em 2015 seja em 2025.

A partir das dimensões de qualidade monitoradas emEPT (resultados em avaliações nacionais e internacionais,condições para o ensino e a aprendizagem, e quantidadee qualidade dos professores), para as quais é difícil fazerprojeções, o Relatório trata de tendências gerais. Apontao relevo que a questão da qualidade vem ganhando nasagendas dos governos nacionais, parceirosinternacionais, autoridades escolares e pais. Apesardisso, continuam evidentes os problemas de baixodesempenho, repetência, insuficiência da duração do

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R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0 B R A S I L 23

Igualdade de gênero na educação secundária

Alcançado ou provável de ser alcançadoem 2005

Probabilidade dealcançar até 2015

Probabilidade dealcançar até 2025

Em risco de não alcançaraté 2015 ou 2025

Alcançadoou

provávelde ser

alcançadoem 2005

Albânia, Anguila, Armênia, Bahamas,Bangladesh, Barbados, Bielo-Rússia, Belize,

Bolívia, Chile, China, Ilhas Cook, Chipre,Croácia, República Checa, Dinamarca,

Dominica, Equador, Estônia, França, Geórgia,Alemanha, Grécia, Guiana, Hungria, Islândia,

Indonésia, Israel, Itália, Jamaica, Japão,Jordânia, Cazaquistão, Quirguistão, Letônia,Lituânia, Malta, Maurícia, Mianma, Holanda,

Noruega, Paraguai, Peru, Polônia, Catar,República da Coréia, Moldova, Romênia,

Federação Russa, Seychelles,Cingapura, Eslováquia, Eslovênia, Sri Lanka,

Suécia, TFYR Macedónia, Reino Unido, EstadosUnidos, Uzbequistão

59

Bahrain, Botsuana,Brunei Darussalam,

Fiji, Finlândia,Maldivas, Mongólia,

Territórios Palestinos,Arábia Saudita,Espanha, Suíça,

Uganda, EmiradosÁrabes Unidos

13

Nicarágua, Gana,Lesoto, Venezuela

4

Argentina, Austrália,Alemanha, Áustria,Azerbaijão, Bélgica,Bermudas, Bulgária,

Colômbia, Irlanda, Kiribati,Kuait, Líbano, Luxemburgo,

Malaui, Malásia,Mauritânia, México,

Namíbia, Nauru, AntilhasHolandesas, Nova Zelândia,

Omã, Panamá, Filipinas,Ruanda, Samoa, Senegal,

Suriname, Trinidad e Tobago,Tunísia, Ucrânia, Uruguai,

Vanuatu, Zimbábue

34

110

Probabilidadede alcançar

até 2015 El Salvador

1

Santa Lúcia, IlhasSalomão, República

Árabe da Síria, Turquia

4

Costa Rica, Guiné

2

Camboja, Egito, Índia,Nepal, Tajiquistão,

Tailândia, Togo

7

14

Probabilidadede alcançar

até 2025

Guatemala, Gâmbia

2

Burquina Fasso

1

Benin, RepúblicaDemocrática do Congo, Mali,

Paquistão, Zâmbia

5

8

Em riscode não

alcançaraté 2015 ou

2025

Aruba, Cuba, Saint Kitts e Nevis, Vietnã

4

Ilhas Caimã, Quênia,Macau (China), África

do Sul

4

Brasil, Ilhas Marshall,Portugal, São Vicente e

Granadinas

4

Argélia, Ilhas VirgensBritânicas, Burundi,

Camarões, Cabo Verde,Chade, Comores, Congo,

Costa do Marfim, Djibouti,República Dominicana,

Eritréia, Etiópia, RepúblicaIslâmica do Irã, Iraque,República Democrática

Popular do Laos, Marrocos,Moçambique, Níger, Nigéria,

Niue, Palau, Papua NovaGuiné, Sudão, Suazilândia,

Tokelau, Tonga, Iêmen

28

40

Número de países 64 23 11 74 172

Não incluídos nas possibilidades de análises (dados insuficientes ou inexistentes) 31 países

Afeganistão, Andorra, Angola, Antígua e Barbuda, Butão, Bósnia e Herzegovina, Canadá, República Centro-Africana, República Popular Democrática da Coréia, GuinéEquatorial, Gabão, Granada, Guiné-Bissau, Haiti, Honduras, Libéria, Líbia, Madagascar, Micronésia, Mônaco, Montserrat, San Marino, São Tomé e Príncipe, Sérvia eMontenegro, Serra Leoa, Somália, Timor-Leste, Turcomenistão, Turcos e Caicos, Tuvalu, República Unida da Tanzânia

Notas:1. Nos países destacados em azul as disparidades de gênero em favor dos homens são observados no ensino primário ou secundário.2. Quatro países, dentre eles Cuba, que tenham alcançado paridade de gênero no ensino secundário estão em risco de não alcaça-lo no ensino primário, o que pode parecer incoerente.No caso de Cuba, os dados disponíveis mostram que, embora a paridade foi alcançada no ensino primário até 1996, o IPG da TBE diminuiu de 0,97 para 0,95 em 2005. Esta tendênciaem Cuba, junto com a situação nos outros três países, requer um exame mais aprofundado.3. Na Austrália,os dados de matrícula para o ensino secundário incluem educação para adultos (estudantes com idade superior a 25 anos), particularmente em programas pré-voca-cionais/vocacionais, em que são maioria o sexo masculino. Isto explica a elevada TBE (217%) e o IPG relativamente baixo (0,90) neste nível.

Nota: Traduzido de UNESCO Education for All by 2015: Will we make it? EFA global monitoring report, 2008. Paris: UNESCO, 2008. Disponível em:http://unescdoc.unesco.org/images/0015/001547/154743e.pdf,p.184.

Figura 3. Perspectivas dos países em alcançar paridade de gênero na educação primária e secundária

(Baseadas em tendências passadas, 1991-2005. Todos os países com IPGs entre 0,97 e 1,03 são considerados como tendo alcançado a paridade)

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B R A S I L24 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

educação básica. As tendências são avaliadas comofavoráveis, em razão do crescimento econômico e darenda per capita nos países de renda mais baixa, bemcomo do crescimento da participação dos recursosdestinados à educação. Entretanto, mostra que énecessária a manutenção dessa destinação, o que podenão ser simples dada a pressão para a expansão daeducação secundária e superior à medida que aumentamos concluintes do ensino primário. Dois riscos sãoapontados: recursos aplicados restritamente para oacesso ao ensino primário, sem aumento necessáriopara melhoria de qualidade, e continuidade da situaçãode insuficiência de recursos para a educação infantil(ECPI), para alfabetização e outras necessidades deaprendizagem de jovens e adultos. O Relatório mencionatambém a necessidade do aumento de eficiência no usodos recursos.

Sobre o financiamento externo para o alcance dosobjetivos de EPT, o Relatório aponta que se persistiremas tendências e as promessas forem cumpridas, osrecursos da ajuda bilateral deverão aumentar para U$ 5bilhões anuais. Esses são considerados insuficientes,uma vez que mesmo incluindo a ajuda multilateral, nãopermitem alcançar os U$ 11 bilhões necessários.Destaca que parcela mínima dos recursos é destinadaaos programas de ECPI, assim como aos programas dealfabetização, cujas necessidades de recursos sãograndes.

Entre as medidas consideradas necessárias no que tangeao financiamento externo enfatiza a importância de que aajuda beneficie os países mais necessitados, emparticular, os estados em situação de conflito efragilidade e os países da África Subsaariana; seja maisglobal, de modo a incluir os programas de ECPI e osdestinados aos jovens e adultos, bem como paradesenvolvimento de capacidades em matéria deelaboração, planejamento, execução e acompanhamentode políticas; seja mais centralizada na EPT e menos noensino pós-secundário; seja mais previsível a fim de darsuporte aos planos nacionais de educação a longo prazo;e seja mais ajustada aos programas e às prioridades dosgovernos.

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R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0 B R A S I L

ORelatório de Monitoramento Global de EPTde 2008 traz à luz a situação dos váriospaíses por meio das médias nacionais nosdiferentes indicadores, porém chama aatenção reiteradamente para as

desigualdades observadas no interior deles, entre:regiões, províncias ou estados, áreas urbanas e rurais,populações pobres e ricas e grupos étnicos. Essasdesigualdades são apontadas como sérios desafios aoalcance dos objetivos de EPT em muitas nações. Esse éo caso do Brasil, como evidenciam os dados.

O reconhecimento de que o desenvolvimento nacionalexige a superação das desigualdades educacionais érevelado pelo destaque que o tema vem recebendo nasagendas das instâncias governamentais e da sociedadecivil organizada1.

Em praticamente todo indicador educacional brasileiroficarão evidentes as desigualdades sociais brasileiras.A análise da proporção de alunos dos diferentessegmentos demográficos e sociais que estão na escolacursando o nível de ensino apropriado à idade permitevisualizar de maneira resumida as disparidadesespecialmente entre regiões e entre os mais pobres emais ricos da população (tabela 1), e como semanifestam ao longo das etapas educacionais. Acomparação dos dados anteriores ao Compromisso deDacar (1999) aos mais recentes disponíveis (2006)mostra os avanços ocorridos como também a distânciadas metas de EPT. Diferente do tópico anterior, em que

os níveis de ensino foram tratados segundo aclassificação internacional, neste item se utiliza aestrutura do ensino brasileiro e as respectivas faixasetárias 2: educação infantil (zero a seis anos), ensinofundamental (sete a quatorze), ensino médio (quinze adezessete) e educação superior (dezoito a vinte e quatro),por fazer mais sentido quando o objetivo é analisar asituação interna.

Desigualdades entre as regiões são evidentes em todasas etapas educacionais, desde a educação infantil,mostram os dados de 2006. São proporcionalmentemenores no ensino fundamental para o qual o acessoencontra-se próximo da universalização. As distânciasregionais se aprofundam no ensino médio e mais aindano superior. A região Norte apresenta a pior situação naeducação infantil, e a região Nordeste está em maiordesvantagem nas demais etapas. O Sudeste só não estána melhor posição no ensino superior, no qual é

2. As desigualdades naeducação brasileira e os desafiospara o cumprimento dasMetas de Dacar

1. Evidência foi a criação do Observatório da Eqüidade, no âmbito do Conselho deDesenvolvimento Econômico e Social (CDES), como instrumento de acompanhamentodas desigualdades sociais e de apoio à proposição de políticas públicas e açõessociais que possam superá-las. O peso da influência da educação na promoçãoda eqüidade motivou a escolha dessa área como primeira a ser objeto doObservatório. Contando com o apoio técnico de instituições como o IBGE, o Ipea eo Dieese, o CDES vem produzindo relatórios de observação, disponíveis no portal<www.cdes.gov.br>.

2. As faixas etárias utilizadas são anteriores à Lei 11.274/2006, que alterou aduração e o início do ensino fundamental, que ainda está sendo implantada.

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B R A S I L26 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

ligeiramente superado pela região Sul.

As desigualdades regionais em 2006, à exceção da

educação infantil, são um pouco menos pronunciadas

que aquelas apresentadas em 1999, especialmente no

ensino médio. No acesso à educação infantil,

acentuaram-se as diferenças, em razão da maior

expansão ocorrida no Sudeste, onde já era o mais

elevado. Nessa etapa, diferente das demais, o Nordeste

encontra-se entre as regiões com maiores taxas,

provavelmente em decorrência de programas de apoio

federal dirigidos à região em períodos anteriores.

Entre zonas urbanas e rurais, também são elevadas as

disparidades. Mesmo sendo muito menor no ensino

fundamental, a desigualdade entre as taxas das cidades e

do campo é considerável, tratando-se de educação

compulsória. Comparadas ao ano de 1999, as distâncias

observadas em 2006 são menores, à exceção novamente

da educação infantil, em razão do maior crescimento

proporcional nas zonas urbanas no período.

A falta de paridade de gêneros, conforme mencionada na

seção 1, é muito pequena na educação infantil e na taxa

de escolarização na idade adequada no ensino

fundamental, porém é elevada nos ensinos médio e

superior, nos quais as mulheres estão em vantagem.

Para cada 100 homens de 15 a 17 que cursam o ensino

médio, 124 mulheres o fazem (índice de 1,24). Essa

desigualdade é menor que a de 1999, quando o índice era

1,31 (131 mulheres para cada 100 homens). No ensino

superior, não se observou redução na situação mais

favorável às mulheres, sendo o índice de 2006 (1,35)

ligeiramente superior ao de 1999 (1,33). A igualdade de

gêneros é um dos objetivos de EPT (objetivo 6) em que o

Brasil encontra-se em risco de não cumprir até 2015.

São muito acentuadas as desigualdades devidas à cor,

no acesso na idade correta ao ensino médio e superior,

porém nesse aspecto observa-se alguma melhoria entre

1999 e 2006. Em 1999, a percentagem da população

negra de 15 a 17 anos que cursava o ensino médio

(21,2%) distanciava-se 23 pontos percentuais da dos

brancos (44,2%). Em 2006, a diferença que separa a taxa

dos brancos (58,3%) daquela alcançada pelos negros

(37,94%) foi reduzida para 20,9 pontos percentuais. No

ensino superior, dobrou a taxa de escolarização na idade

correta da população negra (2,5% para 6,1%), porém com

o aumento proporcionalmente maior da participação dos

brancos, a distância entre os dois segmentos acentuou-

se de 9,4 para 12,7 pontos percentuais. Esses dados

mostram o quanto o país encontra-se distante da

igualdade racial na educação.

As maiores desigualdades na freqüência à escola na

idade apropriada são encontradas quando se confrontam

os segmentos populacionais mais pobres e mais ricos.

Na educação infantil, a taxa de escolarização dos 20%

mais ricos é quase o dobro da apresentada pelos 20%

mais pobres, em 2006. A situação mais grave é a das

ra iNorteNordesteSudesteSulCentro-Oeste

LocalizaçãoUrbano MetropolitanoUrbano Não-MetropolitanoRural

SexoMasculinoFeminino

Raça ou Cor2

BrancaNegra

Renda20% mais pobres20% mais ricos

4 4 425,5 91,4 24,3 3,8 27,7 93,8 34,7 7,530,7 89,1 16,7 3,7 38,0 93,4 33,0 6,929,2 93,9 42,4 9,4 43,1 95,7 57,7 15,042,2 95,0 44,7 10,4 35,2 96,2 54,8 16,822,4 93,3 32,2 7,7 30,0 95,4 48,0 14,7

31,3 93,5 41,4 10,7 43,3 95,2 55,2 16,130,7 93,3 35,6 7,6 39,5 95,3 49,9 12,919,3 88,9 15,2 1,5 25,8 93,1 26,9 2,4

27,9 91,7 28,3 6,3 37,9 94,8 41,9 10,428,5 92,9 37,2 8,5 37,7 94,9 52,0 13,9

29,3 94,2 44,2 11,9 39,1 95,7 58,3 18,827,0 95,5 21,2 2,5 36,6 94,2 37,4 6,1

22,2 89,3 12,1 0,4 30,5 93,0 24,5 0,841,9 95,2 60,5 24,1 53,8 96,3 77,2 40,4

Tabela 1: Taxa de escolarização na idade correta, segundo nível de ensino e categorias selecionadas Brasil e grandes regiões - 1999 e 2006

EI0 a 6

EF7 a 14

EM15 a 17

ES18 a 24

1999

Níveis de ensino e faixas etáriasBrasil, regiões, sexo,situação de domicílio equintos de renda familiar

EI0 a 6

EF7 a 14

EM15 a 17

ES18 a 24

20061

Fonte: Microdados da Pnad (IBGE), processados por Disoc/Ipea.Notas: 1. A partir de 2004 a Pnad passa a contemplar a população rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.

2. Raça negra é composta de negros e pardos.

R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0 B R A S I L 27

crianças de até três anos: do segmento 20% mais pobre,apenas 9,7% estavam em creches; entre os 20% maisricos, essa taxa era de 29,6%. No ensino fundamentalobrigatório ainda se observa desigualdade (93% a dosmais pobres e 96,3% a dos mais ricos). A proporçãodaqueles que estão no ensino médio na idade correta étrês vezes maior para os que se encontram entre os 20%mais ricos. Entre o quinto mais pobre de jovens de 18 a24 anos, não chega a um (0,8) em 100 os que cursamensino superior. As desigualdades nas taxas defreqüência, em 2006, medidas em pontos percentuais queseparam os dois segmentos de renda são mais elevadasque as de 1999, à exceção do ensino fundamental. Noensino médio, apesar de ter dobrado a taxa de freqüênciados mais pobres (de 12,1% para 24,5%), a distância empontos percentuais em relação aos mais ricos cresceu de48,4 para 52,7. O mesmo ocorreu com o ensino superior.

A taxa de freqüência à escola no nível adequado(escolarização líquida) constitui importante indicador daeficiência do sistema educacional, por ser resultado daprogressão dos alunos nas séries e níveis, ou seja, dofluxo escolar. Observando-se as taxas nos níveis deensino sucessivos, evidencia-se como sãoexpressivamente menores a partir do ensinofundamental. Em 2006, a percentagem dos brasileiros desete a 14 anos que cursam esse nível (94,8%) é o dobrodaquela apresentada pelos de 15 a 17 anos que estão noensino médio (46,9%), e é quase quatro vezes maior quea dos de 18 a 24 anos que cursam o superior (12,2%).

100,0

90,0

80,0

70,0

60,0

50,0

40,0

30,0

20,0

10,0

0

82,0

46,9

79,2 79,6

33,0

84,9

57,7

80,7

54,8

82,9

48,0

81,5 82,6

52,0

85,0

58,3

79,5

37,4

74,0

24,5

94,9

77,2

41,9

34,7

Figura 4. Escolarização da população de 15 a 17 anos - 2006

No ensino médioEstão na escola

Porc

enta

gem

Brasil

Norte

Nordes

te

Sudes

te Sul

Centro

-Oes

te

Homen

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Mulhere

s

Branco

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Negros

20% m

ais po

bres

20% m

ais ric

os

Fonte: Microdados (Pnad/IBGE), processados pela Disoc/Ipea

Os entraves devidos ao fluxo escolar ficam especialmentedemonstrados quando os percentuais dos que cursam oensino médio na idade correta (15 a 17 anos) sãocomparados à proporção nessa idade que estão naescola freqüentando qualquer nível de ensino (figura 4):82% dos jovens estão na escola, mas apenas 46,9%encontram-se no ensino médio. Em suma, é expressiva aparcela da população de jovens que estão na escola, porémo sistema educacional não tem se mostrado capaz defazê-los avançar e concluir com sucesso a escolaridade.

Quando as taxas dos que estão na escola freqüentandoqualquer nível de ensino em cada grupo etário sãocomparadas segundo regiões, sexo, localização dedomicílio, cor e renda, verificam-se desigualdades,porém são bastante inferiores àquelas mostradas nocaso da escolarização na idade correta. Por exemplo, apercentagem da população negra de 18 a 24 anos queestá na escola (28,8%) não é tão menor que a de brancos(34,4%), mas a parcela que cursa o nível de ensinoadequado, o ensino superior, no caso dos negros (6,1%) éum terço da dos brancos (18,8%). Mesmo entre ossegmentos de renda, em que as desigualdades educa-cionais são mais evidentes, observa-se que dos jovensmais pobres 25% estão na escola, ou seja, metade dataxa apresentada pelos mais ricos; porém, menos de 1%encontra-se no ensino superior, taxa que para os maisricos é de 40,4% (Figura 5). Essas comparaçõesevidenciam o quanto o sistema educacional ainda éexcludente no Brasil.

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B R A S I L28 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

Indicadores do fluxo escolar como taxa de evasão e ataxa esperada de conclusão e indicadores de desempenhocomo os medidos pelo Saeb revelam desigualdadesentre as regiões e mostram como ainda são grandes osdesafios no ensino fundamental. A taxa de evasão, ouseja, a proporção de alunos que, tendo freqüentado aescola em determinado ano, não se matriculam no anoseguinte, é ainda elevada e desigual. Os dados do CensoEscolar mostram que dos alunos matriculados em 2005no ensino fundamental, 6,9% não se matricularam em2006. No Nordeste, esse percentual alcançou 8,9%, e noSul, 5,0%, o que revela pronunciada desigualdade regional.

A posição desfavorável do Nordeste é ainda maisevidente na taxa média esperada de conclusão do ensinofundamental, ou seja, na percentagem estimada dosalunos que concluem esse nível de ensino, calculada apartir das taxas de promoção, repetência e evasãovigentes. Mostram os dados do Inep dos que ingressamno ensino fundamental, no Brasil, que apenas 53,8%chegam a concluí-lo. Para o Nordeste, essa estimativa éde que apenas 38,7% concluem, ou seja, pouco mais deum terço dos que ingressam. No Sudeste, essepercentual é bem mais elevado (69,1%), porém aindamuito abaixo do desejável. Observa-se que os problemasocorrem desde o início do ensino fundamental, o queacarreta uma taxa esperada de conclusão da 4ª série de87,6% para todo o Brasil, ou seja, 12,4% já são excluídosnas primeiras séries. A desigualdade entre as regiões serevela na distância dessas taxas do Nordeste, com 79,4%e do Sudeste, com 94,5%. Comparações com os valoresdessas duas taxas, de evasão e de conclusão, nos anosde 1999 e 2005, mostram melhoria no fluxo escolar naregião Sudeste e piora no Nordeste, pronunciando-se asdesigualdades regionais nos últimos anos.

O avanço nas séries e a permanência do aluno na escolamostram relação com as condições econômicas e sociaisdos alunos. Isso é evidente quando se comparam ospercentuais de alunos oriundos de famílias com rendaper capita inferior a 1/2 salário mínimo no início e no finaldo ensino fundamental: de 56,3% na primeira série essaproporção se reduz para 37,1% na oitava, conformemostra a Pnad 2006 (Observatório da Eqüidade, Relatóriode Observação n. 2). A acumulação de repetênciasacarreta que muitos atinjam a idade em que precisamauferir renda e abandonem a escola sem concluí-la.

O desempenho dos alunos medido em testes de âmbitonacional também evidencia desigualdades regionaispronunciadas, conforme atestam os resultados dapesquisa bianual do Sistema Nacional de Avaliação daEducação Básica (Saeb), realizada pelo Inep. De caráteramostral, a pesquisa avalia o desempenho escolar dosalunos da 4ª e 8ª séries do ensino fundamental e 3ª sériedo ensino médio, nas disciplinas de língua portuguesa ematemática, apresentando os resultados em níveis deproficiência numa escala única. Permite avaliar aevolução desse indicador ao longo do tempo e compararas redes escolares por estados e regiões.

Ao se compararem os dados de 1999 e 2005 (tabelas 2 e3), observa-se pouca variação no desempenho médio dosalunos nas duas séries do ensino fundamental e emambas as disciplinas avaliadas, o que permite concluirque os avanços obtidos no aumento da cobertura doensino fundamental não foram acompanhados demelhoria no desempenho dos alunos. No caso do ensinomédio, o desempenho médio dos alunos da última sériemostrou queda em 2005 em relação aos de 1999, tantoem língua portuguesa quanto em matemática. As

100,0

90,0

80,0

70,0

60,0

50,0

40,0

30,0

20,0

10,0

0

Figura 5. Escolarização da população de 18 a 24 anos - 2006

No ensino médioEstão na escola

Porc

enta

gem

Brasil

Norte

Nordes

te

Sudes

te Sul

Centro

-Oes

te

Homen

s

Mulhere

s

Branco

s

Negros

20% m

ais po

bres

20% m

ais ric

os

31,5

12,2

32,5

7,5

33,7

6,9

30,4

15,0

29,4

16,8

32,0

14,7

30,5

10,4

32,5 34,4

18,8

28,825,0

52,4

40,4

6,10,8

13,9

Fonte: Microdados (Pnad/IBGE), processados pela Disoc/Ipea

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R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0 B R A S I L 29

desigualdades regionais nos resultados do Saeb tantopara o ensino fundamental quanto o médio são, de modogeral, as mesmas mostradas nos indicadores de fluxo: asregiões Sudeste e Sul apresentam as melhores proficiências,e Nordeste e Norte as piores, situando-se a regiãoCentro-Oeste em posição intermediária.

Em 2005, o Inep iniciou uma nova avaliação no âmbito doSistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb): a ProvaBrasil, ou Avaliação Nacional do Rendimento Escolar(Anresc). Diferente das avaliações por amostragem doSaeb, a Prova Brasil é aplicada em todas as escolasurbanas, possibilitando que os resultados da avaliaçãosubsidiem as redes e cada escola em suas tomadas dedecisão. Os exames da Prova Brasil, de leitura ematemática, foram aplicados em novembro de 2005 aosalunos de 4ª e 8ª séries de 43 mil escolas públicasurbanas. Seus resultados fazem parte do cálculo doÍndice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) dasescolas e dos municípios, novo indicador criado pelo MECe que será tratado na terceira seção deste Relatório.

Os baixos resultados do ensino fundamental têm sidoatribuídos a várias deficiências na oferta desse nível deensino: infra-estrutura das escolas, formação evalorização dos professores, gestão da escola e dosistema de ensino, entre outras. Por exemplo, comrespeito à infra-estrutura, o Censo Escolar de 2006mostra que metade dos alunos (50,5%) estuda emescolas que não possuem biblioteca. Quanto à formaçãodos professores, no caso das quatro primeiras séries,

quase metade dos postos docentes (47,3%) são ocupadospor professores que não possuem a licenciatura. Nasquatro últimas séries, esse percentual é de 19,6%,tratando-se nesse caso de grau de formação abaixodaquele legalmente exigido.

As deficiências no ensino fundamental, não superadasnas últimas décadas, acarretando seu abandono pormuitos que ainda não haviam consolidado suashabilidades de ler e escrever, estão entre os fatores queexplicam a lenta redução na taxa de analfabetismo noBrasil. Mostram os dados da Pesquisa Nacional porAmostragem de Domicílios (Pnad/IBGE) de 2006 quemais de 40% dos que se declaram analfabetosfreqüentaram escola em algum momento de sua vida.Além disso, jovens com 15 anos continuam a ingressar acada ano no contingente de analfabetos, número que em2006 foi superior a 51 mil.

Outra razão da dificuldade da redução da taxa deanalfabetismo no Brasil reside na incidência dessasituação nos segmentos etários mais velhos, os quaismais dificilmente se engajam em programas dealfabetização. Em 2006, na população com idade superiora 40 anos, mais de 18% eram analfabetos (tabela 4). Abaixa proporção de analfabetos que freqüentam cursosde alfabetização (3,9% entre jovens de 15 a 24 anos e2,6% entre adultos) evidencia que a oferta desses cursose os mecanismos de mobilização de jovens e adultospara aprender a ler e escrever têm sido insuficientes(Observatório da Eqüidade, 2008). Além disso, adesarticulação das iniciativas de alfabetização com a

BrasilNorteNordeste SudesteSulCentro-Oeste

182,25 185,66 246,36 239,38 280,29 270,67171,32 169,93 233,59 226,61 253,42 250,07170,23 166,49 235,45 225,21 265,51 257,27189,41 196,52 250,14 245,93 284,33 275,98188,46 196,22 254,79 251,42 296,80 292,32183,40 187,66 248,46 239,72 287,14 274,53

Tabela 3: Proficiência de matemática dos alunos de escolas urbanas, sem federais - 1999 e 2005

1999 2005

Fonte: Elaboração com base nos dados do Saeb - Inep/MEC

1999 2005

4ª série doEnsino Fundamental

1999 2005

8ª série doEnsino Fundamental

3ª série doEnsino Médio

BrasilNorteNordeste SudesteSulCentro-Oeste

172,34 175,52 232,90 231,71 266,57 257,14160,21 163,79 226,34 225,69 246,07 241,85159,71 159,08 224,49 219,45 253,00 245,50180,40 185,24 235,27 237,36 271,15 262,15179,10 182,53 239,28 239,01 277,64 272,24170,74 176,75 235,71 233,12 270,94 261,56

Tabela 2: Proficiência de língua portuguesa dos alunos de escolas urbanas, sem federais - 1999 e 2005

1999 2005

Fonte: Elaboração com base nos dados do Saeb - Inep/MEC

1999 2005

4ª série doEnsino Fundamental

1999 2005

8ª série doEnsino Fundamental

3ª série doEnsino Médio

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B R A S I L30 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

continuidade dos estudos por meio da Educação deJovens e Adultos em muitos casos resulta no retorno doaluno à condição de analfabeto. O enfrentamento doproblema do analfabetismo passou a ser prioridade naagenda do Ministério da Educação em 2003, como serácomentado posteriormente.

A taxa de analfabetismo evidencia pronunciadasdesigualdades entre as regiões, entre populaçõesurbanas e rurais, entre brancos e negros, bem comoentre ricos e pobres. Segundo dados de 2006, a taxa daregião Nordeste (20,8%) é quase quatro vezes a da regiãoSul (5,7%). Na zona rural, os analfabetos representamum quarto dos habitantes com 15 anos ou mais (24,2%);na área urbana metropolitana e não-metropolitana essespercentuais são bem inferiores (4,5% e 9,9%,respectivamente). Entre os jovens e adultos negros epardos, 14,7% não sabem ler e escrever, percentual queno caso dos brancos é de 6,6%. No quinto mais pobre dapopulação, o analfabetismo atinge 20,6% e no quintomais rico é de 1,8%.

As desigualdades medidas em pontos percentuais,entretanto, vêm diminuindo com a queda maispronunciada nas taxas dos segmentos menosprivilegiados, como se observa a partir das comparaçõesentre os dados de 1999 e 2006. De modo diverso a muitospaíses, não se verifica atualmente no Brasil taxa deanalfabetismo mais elevada na população feminina quena masculina; pelo contrário, o percentual de mulheresanalfabetas (10,3%) é ligeiramente inferior ao doshomens (10,8%). Isso é resultado da melhor situação dasmulheres na escolarização básica nos anos maisrecentes.

BrasilNorte 1

Nordeste SudesteSulCentro-Oeste

LocalizaçãoUrbano MetropolitanoUrbano Não-MetropolitanoRural

SexoMasculinoFeminino

Raça ou Cor 2

BrancaNegra

Renda20% mais pobres20% mais ricos

Faixa Etária10 anos e mais10 a 14 anos15 a 24 anos25 a 39 anos40 anos e mais

13,4 10,512,3 11,326,5 20,8

7,9 6,17,8 5,7

10,8 8,3

5,9 4,512,2 9,928,8 24,2

13,4 10,813,4 10,3

8,3 6,619,8 14,7

26,3 20,64,4 1,8

12,3 9,75,5 3,14,8 2,48,8 6,4

22,9 18,1

Tabela 4: Taxa de analfabetismo, segundo categorias selecionadas

Brasil e grandes regiões - 1999 e 2006

2006

Fonte: Microdados da Pnad (IBGE), processados por Disoc/Ipea.Notas: 1. A partir de 2004 a Pnad passa a contemplar a população rural de Rondônia,

Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.2. Raça negra é composta de negros e pardos.

Categorias

15 anos ou mais1999

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Por determinação constitucional, reiterada naLDB, foi estabelecido em lei o Plano Nacionalde Educação (PNE, aprovado pela Lei nº10.172, de 9 de janeiro de 2001). Suasdiretrizes e metas encontram-se em sintonia

com a Declaração Mundial de Educação para Todos,conforme prevê o artigo da LDB que determinou suaelaboração. A Declaração resultou da ConferênciaMundial de Educação promovida pela UNESCO emJomtien, em 1990. O PNE é um plano de Estado e estáassentado na concepção da educação como direito.

Resultado de debates e embates entre parlamentares,governo e sociedade civil quando de sua tramitação noCongresso Nacional, o PNE apresenta os seguintesobjetivos para a educação nacional: elevação global donível de escolaridade da população; melhoria daqualidade do ensino em todos os níveis; redução das

desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso eà permanência, com sucesso, na educação pública; edemocratização da gestão do ensino público nosestabelecimentos oficiais obedecendo aos princípios daparticipação dos profissionais da educação na elaboraçãodo projeto pedagógico da escola e a participação dascomunidades escolar e local em conselhos escolares ouequivalentes.

Estabelece cinco prioridades, justificando-as no deverconstitucional e nas necessidades sociais, bem como nalimitação de recursos e da capacidade dos sistemas. Sãoelas: (1) garantia de ensino fundamental obrigatório deoito anos a todas as crianças de sete a 14 anos,assegurando o ingresso e permanência na escola e aconclusão desse ensino; (2) garantia de ensinofundamental a todos os que a ele não tiveram acesso naidade própria ou que não o concretizaram, incluindo aalfabetização de jovens e adultos como ponto de partida eparte intrínseca desse nível de ensino; (3) ampliação doatendimento nos demais níveis de ensino; (4) valorizaçãodos profissionais da educação; (5) desenvolvimento desistemas de informação e de avaliação em todos os níveise modalidades de ensino, inclusive educação profissional.

No quadro 1 são sintetizadas as metas do PNE para aexpansão do atendimento educacional. Elas não esgotamos objetivos postos pelo PNE, muitos deles de naturezanão quantificável. Apresentam-se também os valores dosindicadores em 2001 e em 2006, o que permite verificar ondehouve avanços e onde se encontram os maiores desafios.

Observa-se que as metas do PNE coadunam-se aosobjetivos de EPT e vão além deles, em consonância comos desejos da nação brasileira. Destaca-se aqui aafirmação da prioridade da “garantia de ensinofundamental obrigatório de oito anos a todas as criançasde 7 a 14 anos, assegurando o seu ingresso epermanência na escola e a conclusão desse ensino”.Esse compromisso é significativamente mais amplo doque a universalização da educação primária, primeiroobjetivo de EPT.

3. A Educação para Todose o Plano Nacional de Educação

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B R A S I L32 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

Por outro lado, os dados de 2006, cinco anos após aaprovação do PNE, apontam que os avanços alcançadosestão longe das metas firmadas. Isso só não é verdadeiropara a educação das crianças de quatro a seis anos,porque o PNE subestimou, por problemasmetodológicos, a taxa de atendimento então existentequando de sua elaboração.

São evidentes as distâncias entre as metas da educaçãodas crianças de até três anos de idade (30%) e opercentual que em 2006 encontra-se atendido: metadeda meta (15,5%). No ensino fundamental, auniversalização não apenas do acesso, mas do avanço econclusão, está longe de se realizar, uma vez que aestimativa é de que apenas 53,8% concluem as oitoséries. Na alfabetização de jovens e adultos, chama aatenção a tímida diminuição do número de pessoasalfabetizadas frente à meta (menos de 15% do que sepreviu). No ensino médio, como visto, apesar de ocontingente de jovens de 15 a 17 anos na escola atingirquase 80%, apenas 46,9% cursam esse nível de ensino, oque evidencia os graves problemas de fluxo no ensinofundamental. No ensino superior, etapa que mais seexpandiu no país nos últimos anos, o desafio para 2011ainda é expressivo. Entretanto, se todos aqueles jovensde 18 a 24 anos que em 2006 estavam na escolacursassem o ensino superior, a meta estaria atendida.

Essas metas são tratadas em capítulos do PNE paracada nível e modalidade de ensino, e neles são tambémapresentadas as diretrizes e outros objetivos e metas,incluindo os aspectos referentes a acesso, permanênciae qualidade. Quanto à qualidade, são incluídos: adefinição de parâmetros nacionais, currículo, formação evalorização de professores e outros profissionais deeducação, avaliação educacional, equipamentos e

materiais didático-pedagógicos, infra-estrutura física,financiamento e gestão, além de outros específicos acada nível ou modalidade.

Uma das metas mais relevantes do PNE aprovado noCongresso tratava do financiamento e estabelecia umaumento de 0,5% dos recursos públicos aplicados emeducação a cada ano, de forma que até o final da décadado Plano se atingisse o percentual de 7% do PIB. Essameta, todavia, sofreu veto presidencial.

A lei que aprovou o PNE determina que os estados, oDistrito Federal e os municípios elaborem planosdecenais correspondentes, com base no plano nacional.Prevê também a avaliação da implementação do PNEpela União, em articulação com os demais entesfederados e a sociedade civil; a elaboração de planosplurianuais da União, dos estados, do Distrito Federal edos municípios, de modo a dar suporte às metasconstantes do PNE e dos respectivos planos decenais; ea divulgação do Plano e da progressiva realização deseus objetivos e metas.

O PNE é uma evidência de que na legislação da educaçãonacional há grandes avanços, aos quais as políticaspúblicas precisam responder. Considerando-se,entretanto, a natureza federativa e descentralizada daeducação pública brasileira, é imprescindível que osentes federados definam seus planos em consonânciacom o PNE, sem o que não terá nenhuma possibilidadede se concretizar. Nesse aspecto, a Representação daUNESCO no Brasil pode colaborar no monitoramento doPNE como também na análise da consistência dosplanos e das políticas educacionais dos entes federadoscomo parte fundamental da estratégia da UNESCO parao monitoramento dos objetivos de EPT.

Fonte: 1. Metas: PNE, UNESCO, 2001, apud Fundescola com adaptações.2. Valores em 2006: Microdados (PNAD/(IBGE), processados por Disoc/Ipea.

Níveis e modalidades Metas do PNE e dados de 2001 e 2006

Faixa etária Valores em 2001Meta PNE

(em 5 anos - 2006)Valor em 2006

Meta PNE(em 10 anos – 2011)

Educação infantil

0 a 3 10,5% 30% 15,5% 50%

4 a 6 65,5% 60% 76% 80%

Ensino fundamental 7 a 14 anos 93,1% 100% 94,8% 100%

EJA - alfabetização 15 anos e mais 15,7 milhões Alfabetizar 10 milhões Alfabetizados 1,4 milhão 0%(taxa de analfabetismo)

Ensino médio 15 anos e mais 8.398.008 Dobraratendimento 8.906.820 Quadruplicar

atendimento

Educação superior 18 a 24 anos 8,5% (Não especificado) 12,2% 30%

Quadro 1. PNE: Metas de expansão do atendimento educacional

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ORelatório de Monitoramento Global de EPT de2008, com base no diagnóstico da situaçãoobservada nos países acompanhados, trazum conjunto de sugestões de políticaspúblicas que poderiam ser adotadas pelos

governos. Parte-se do pressuposto de que é possívelpromover, simultaneamente, o aumento da escolarização,além de maior eqüidade e qualidade da educação, pormeio da coordenação de medidas de caráter geral eespecífico, que sejam objeto de financiamento adequadoe englobem os seis objetivos de EPT. Para tanto, aspolíticas de educação devem focalizar-se na inclusão,alfabetização, qualidade, desenvolvimento das capacidadese financiamento. Além disso, afirma-se a necessidade deque a estrutura internacional do movimento em favor daEPT se torne cada vez mais eficaz.

Nesta seção, são feitas considerações sobre as políticaseducacionais brasileiras vis à vis às medidas sugeridasno Relatório. Vale ressaltar que a análise aqui conduzidaenfatiza as iniciativas coordenadas pelo governo federal,sendo necessário no futuro traçar um quadro maiscompleto daquelas implementadas de formasdiferenciadas nos estados e municípios. Destaqueespecial é dado ao Plano de Desenvolvimento daEducação (PDE), lançado em 2007 pelo Ministério daEducação.

Das medidas propostas para promover a inclusão(Quadro 1), observa-se que no Brasil há políticas comelas convergentes, o que não quer dizer que têm sidosuficientes, em termos de abrangência, eficácia eefetividade.

4. Considerações sobre asprioridades das políticas públicasbrasileiras e as metas de EPT

Quadro 2: Medidas para promover a inclusão

• Implementar programas de educação e cuidados naprimeira infância que comportem elementos de saúde,nutrição e educação, em particular para as criançasoriundas das famílias mais desfavorecidas.

• Suprimir o pagamento da matrícula e mensalidadesescolares e oferecer número suficiente de vagas nasescolas, dotando-as com o número necessário deprofessores para responder ao aumento do númerode novos alunos.

• Garantir apoio financeiro sob a forma de bolsas oubenefícios, em dinheiro ou em gêneros, às criançasoriundas das famílias mais pobres.

• Providenciar medidas para erradicar o trabalho infantile prever horários escolares flexíveis, além de cursos deequivalência não-formais para os jovens trabalhadores.

• Promover políticas de inclusão que facilitem o acessoàs escolas das crianças portadoras de necessidadesespeciais ou oriundas de povos indígenas e de outrosgrupos desfavorecidos.

• Contribuir para a redução das disparidades entre ossexos pelo aumento do número de professoras nospaíses em que a taxa de escolarização das mulheres ébaixa, assim como pela construção de escolas próximasdas residências e dotadas de instalações sanitáriasadequadas.

• Reconhecer toda prioridade à tarefa de estender comaudácia os programas de alfabetização e de aquisiçãode competências básicas destinados aos jovens eadultos, dotando tais projetos com pessoal e recursosfinanceiros suficientes, além de recorrer a todas asformas de mídia para concretizá-los.

• Formular políticas de mídia, além da edição edistribuição de livros, a fim de promover a leitura.

Texto traduzido de UNESCO. Education for All by 2015: will we make it?

EFA global monitoring report, 2008. Paris: UNESCO, 2008. Disponível em:

<http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001547/154743e.pdf>. p. 3.

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B R A S I L34 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

No caso dos programas para a primeira infância, ainclusão do atendimento em creches e pré-escolas entreas atribuições do Estado no campo da educação, a partirda Constituição de 1988, representou um avanço noâmbito legal, que lentamente vem se traduzindo empolíticas públicas. É uma área, entretanto, em que muitoainda necessita ser feito. O percentual de crianças quefreqüentam creches e pré-escolas tem aumentado,porém ainda há uma grande demanda não atendida,especialmente para as crianças mais novas e dossegmentos mais pobres. Além disso, parte significativadesse atendimento não se dá em instituições públicas egratuitas. A integração das políticas de educação, saúde,nutrição, assistência social, cultura e lazer é insuficiente,tanto para a primeira infância quanto para todas asdemais etapas.

O MEC criou no PDE uma ação específica para aeducação infantil: o ProInfância, ou Programa Nacionalde Reestruturação e Aparelhagem da Rede EscolarPública de Educação Infantil. Os recursos do ProInfânciasão destinados ao Distrito Federal e aos municípiosdefinidos como prioritários, e devem ser aplicados naconstrução, reforma, pequenos reparos e aquisição deequipamentos e mobiliário para creches e pré-escolaspúblicas da educação infantil. São considerados

prioritários (critério de vulnerabilidade social) osmunicípios com maiores percentuais de mulheres chefesde família e de jovens em situação de pobreza, e quecontem com menores disponibilidades de recursos parafinanciamento da educação infantil. No critériopopulacional, a prioridade refere-se aos municípios commaior número de crianças de até seis anos, maior taxade crescimento da população nessa faixa e maiorconcentração urbana. O programa é uma iniciativarelevante da esfera federal para o aumento das oportu-nidades de acesso à educação infantil, porém suas metassão tímidas em face da demanda que se tem apresentadoem praticamente todos os municípios brasileiros.

Programas de transferência de renda às famílias maispobres que possuem crianças em idade escolar,condicionada à freqüência à escola, têm sido instituídos apartir da segunda metade da década de 1990. Atualmenteo programa federal Bolsa Família abrange crianças ejovens de até 17 anos, exigindo-se freqüência escolar dosde sete a 17 anos. Sua coordenação é responsabilidadedo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate àFome (MDS). Essa iniciativa está entre as açõesgovernamentais que contribuíram para a diminuição docontingente de crianças fora da escola.

Programas específicos para alunos envolvidos notrabalho infantil também têm sido implementados,incluindo transferência de renda e atividadesextracurriculares em jornada ampliada. Coordenado peloMDS, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil(Peti) teve início em 1996.

O acesso à escola pelas crianças portadoras de necessi-dades especiais vem se ampliando desde os anos 90, oque tem exigido investimento na formação de professorese adaptações físicas nos estabelecimentos de ensino.

A educação escolar indígena tem sido também focalizada,tanto na questão da formação inicial e continuada deprofessores indígenas quanto na expansão e melhoria darede de escolas para esse segmento. Material didático eparadidático em línguas indígenas, bilíngües ou emportuguês têm sido desenvolvidos por professoresindígenas e publicados com apoio financeiro do MEC.

A diversidade e igualdade étnico-racial tiveram maiordestaque na agenda das políticas públicas a partir de2003. Programas de cotas para universidades públicasencontram-se entre elas. No campo da educação básica,a Lei nº 10.639, de 2003, promoveu alteração na LDB,tornando obrigatório o ensino de história da África ecultura afro-brasileira nas escolas de ensino fundamentale médio. A Lei nº 11.645, de 2008, acrescentou nessaobrigatoriedade a temática da história e cultura indígena.A educação nas comunidades quilombolas tem recebidomaior atenção nos anos recentes.

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As disparidades entre os sexos, no Brasil, atualmentesão desfavoráveis aos meninos e surgiram a partir dosanos finais do ensino fundamental, os quais apresentammaiores problemas com relação ao fluxo escolar. Essaquestão não tem sido objeto de muita atenção, exigindoestudos e políticas adequadas.

A prioridade da alfabetização e da escolarização dejovens e adultos tem se tornado mais evidente nos anos2000, especialmente com a criação do Programa BrasilAlfabetizado pelo Ministério da Educação, em 2004. Partede destaque do PDE, o Brasil Alfabetizado passou porredesenho a fim de alcançar maior efetividade. Opressuposto que norteia a maioria das mudanças noBrasil Alfabetizado é que a alfabetização de jovens eadultos deve estar integrada nas redes públicas deensino para possibilitar a continuidade de estudos.Assim, o Programa passa a privilegiar as parcerias comestados e municípios, os quais deverão submeter ao MECplanos plurianuais de alfabetização. Os alfabetizadoresdevem ser prioritariamente (pelo menos 75%)professores municipais ou estaduais, que recebem abolsa-auxílio paga pelo MEC. Os recursos da Uniãoprevistos para o Programa em 2007 foram cerca de 50%superiores aos de 2006.

Visando minorar o entrave imposto pelas dificuldades demobilização e de localização dos analfabetos, o BrasilAlfabetizado propõe que as entidades financiadas peloPrograma aproveitem as parcerias do MEC com outrosprogramas governamentais. Entre eles, os dirigidos apopulações de baixa renda, pescadores, quilombolas,presidiários, jovens sob medidas socioeducativas,deficientes visuais, trabalhadores envolvidos em trabalhoescravo e outros programas que apóiam técnica efinanceiramente ações de alfabetização de jovens e adultos.

As ações do Brasil Alfabetizado são focalizadas nos 1.103municípios que detêm taxa de analfabetismo superior a35%. A quase totalidade deles (93%) encontra-se naregião Nordeste. A prioridade é o atendimento de jovensde 15 a 29 anos. Considerando as altas taxas deanalfabetismo na população rural, o Programa se propõea incidir sobre a melhoria da educação no campo.

A continuidade dos estudos pelos egressos dos cursos dealfabetização continua a ser um desafio para o qual oprograma conta com a atuação dos estados e municípios,responsáveis pela oferta de educação de jovens eadultos. Ainda que nos instrumentos legais do programaessa responsabilidade seja explicitada, não hámecanismos para garanti-la. Atualmente, a oferta deeducação de jovens e adultos (EJA) não está disseminadaentre as escolas públicas; apenas cerca de um quartodelas a oferece. A inclusão de EJA no Fundeb,sistemática de financiamento a ser comentadaposteriormente, talvez resulte em crescimento dessa

oferta nos próximos anos. Também de médio prazopoderá ser o impacto das melhorias no ensinofundamental na redução das taxas e número deanalfabetos no Brasil.

Ainda com relação aos jovens e adultos, é prioridade doPDE promover a expansão da oferta pública de educaçãoprofissional e tecnológica. Dessa forma, prevê aampliação da Rede Federal de Educação Profissional eTecnológica, a incorporação das escolas agrícolasvinculadas ao Ministério da Agricultura e o fortalecimentodas redes estaduais e municipais de EducaçãoProfissional. Essas estratégias possibilitarão atingir ameta de duplicar a capacidade de atendimento das redespúblicas de educação profissional e tecnológica até 2010.

É também meta do PDE a criação dos Institutos Federaisde Educação, Ciência e Tecnologia – Ifet, os quais sefundamentam em novo modelo de gestão, que devearticular, segundo o MEC, os princípios de educaçãosistêmica, desenvolvimento e territorialidade. Assim, osIfet deverão ter oferta verticalizada (da formação inicial econtinuada à pós-graduação), em sintonia com aconsolidação e o fortalecimento dos arranjos produtivoslocais e apoiando processos educativos que levam àgeração de trabalho e renda. Além disso, o Plano prevêque os Ifet se constituam centros de excelência na ofertade ensino de ciências nas escolas públicas e ofereçamprogramas de formação de professores especialmentenas áreas de física, química, biologia e matemática.

Prevê-se ainda no PDE a continuidade do ProgramaNacional de Integração da Educação Profissional com aEducação Básica na Modalidade de Educação de Jovens eAdultos – Proeja. Em seu âmbito deverão ser ofertadoscursos técnicos e de formação inicial e continuada de formaintegrada ou concomitante à educação de jovens e adultos.

Para os jovens trabalhadores, outras ações recentes sãoo Programa Escola de Fábrica e o ProJovem, iniciadosem 2005. O primeiro visa promover a inclusão social e nomercado de trabalho de jovens na faixa de 16 a 24 anos,provenientes de famílias de renda mensal per capita até1,5 salário mínimo, por meio da iniciação profissionalconduzida no próprio ambiente das empresas. Essesjovens recebem um auxílio mensal e devem estarmatriculados no ensino regular ou em EJA, a partir da 5ªsérie do ensino fundamental até o ensino médio e nãopodem trabalhar no período dos cursos. Induz-se, dessaforma, o aumento da escolaridade.

O ProJovem, iniciado em 2005 e coordenado pelaSecretaria-Geral da Presidência da República emarticulação com o MEC, o MDS e o Ministério do Trabalhoe Emprego, destina-se aos jovens na faixa de 18 a 24anos que terminaram a 4ª série do ensino fundamental,porém não concluíram a 8ª e que não têm vínculos

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formais de trabalho. Oferece a oportunidade de elevaçãode escolaridade, por meio da modalidade de educação dejovens e adultos, integrada à qualificação profissional,bem como o planejamento e execução de açõescomunitárias de interesse público. Para tanto, o jovemrecebe um auxílio-financeiro mensal por um períodomáximo de 12 meses, enquanto estiver matriculado no curso.

Nas medidas para promover a qualidade (Quadro 2),ainda que os esforços tenham sido freqüentes, osproblemas apontados anteriormente mostram que muitoainda deve ser feito na educação brasileira. A questãodocente é, sem dúvida, a mais desafiadora da educaçãobásica, sobretudo porque envolve grande diversidade desituações. Com os 26 estados e o Distrito Federal e osmais de 5,5 mil municípios brasileiros administrandosuas próprias redes de ensino, as políticas dos recursoshumanos da educação, a não ser em aspectos geraisregulamentados pela LDB, são muito variadas, aíincluídas as remunerações e condições de trabalho dosprofessores. As dificuldades de estabelecimento deparâmetros nacionais são evidentes nos impassesatualmente vividos na tramitação, no CongressoNacional, de legislação sobre piso nacional do salário dosprofessores da educação básica.

Quanto à formação de professores, o MEC vem ao longodos anos desenvolvendo programas e apoiandofinanceiramente estados e municípios em suasiniciativas. Dada a natureza estratégica da formaçãodocente, no âmbito do PDE duas grandes iniciativas estãosendo conduzidas. A primeira diz respeito à ampliação daUniversidade Aberta do Brasil (UAB), que visa ampliar o

acesso ao ensino superior público pela educação adistância e que prioriza a formação de professores emdisciplinas ou temas de maior carência. A segunda é acriação de Comitê Técnico Científico da Educação Básica,vinculado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoalde Nível Superior (Capes), com a atribuição de formularpolíticas públicas para a formação de professores daeducação básica. Visando superar as carências deprofessores nas áreas das ciências exatas e biologia,inclui-se no PDE programa de bolsas de estudos paraalunos em formação nesses cursos. Prevê-se que osInstitutos Federais de Educação Tecnológica (Ifet) aserem implantados também formem professores nessasáreas.

A melhoria da qualidade da educação básica é o objetivoda considerada estratégia fundamental do PDE: o Planode Metas Compromisso Todos pela Educação. Baseia-sena conjugação dos esforços da União, estados, DistritoFederal e municípios, em regime de colaboração, e naparticipação das famílias e da comunidade. A adesão decada ente federativo ao Compromisso é voluntária eimplica assumir a responsabilidade de promover amelhoria da qualidade da educação básica em sua esferade competência, de acordo com um conjunto de 28diretrizes.

Essas incluem atendimento das diversas etapas emodalidades da educação básica, além do ensinofundamental regular, como a educação infantil, aeducação de jovens e adultos e a educação especial.Abrangem aspectos político-pedagógicos, como foco naaprendizagem e adoção de práticas que evitem arepetência e a evasão; gestão participativa e transparentena rede e nas escolas; formação continuada dosprofessores e outros trabalhadores da educação;valorização profissional e escolha de dirigentes escolaresbaseadas em mérito e desempenho; garantia defuncionamento efetivo, autônomo e articulado dosconselhos de controle social; elaboração de plano deeducação e instalação de Conselho Municipal deEducação, quando inexistente, além de outros aspectos.

A adesão ao Compromisso é condição para que o entefederado receba apoio suplementar da União, sendo aoutra exigência a elaboração do Plano de AçõesArticuladas (PAR), de caráter plurianual, que deve sebasear em diagnóstico realizado com base eminstrumentos desenvolvidos pelo MEC. O ministérioestabeleceu como prioridade para esse apoiosuplementar os 1.242 municípios que apresentam osmenores Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação),além das capitais e municípios mais populosos.

O Ideb constitui instrumento basilar do Plano de Metas e,conseqüentemente, do PDE. Esse indicador foi construídocom base nos resultados dos Saeb e da Prova Brasil de

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Quadro 3: Medidas para promover a qualidade

• Recorrer a medidas de incentivo para atrair novosprofissionais ao corpo docente garantindo-lhesadequada formação inicial e contínua.

• Garantir tempo letivo suficiente e implementar políticade publicação e distribuição de livros escolares.

• Criar condições seguras e salubres para aaprendizagem.

• Promover a igualdade entre os sexos por meio dotratamento do tema na formação dos professores, assimcomo do conteúdo dos programas e dos livros escolares.

• Reconhecer a importância da instrução na línguamaterna durante a primeira infância e os primeiros anosde escola primária.

• Implementar parcerias construtivas entre o estado e osetor não-estatal a fim de ampliar o acesso a umaeducação de qualidade.

Texto traduzido de UNESCO. Education for All by 2015: will we make it?

EFA global monitoring report, 2008. Paris: UNESCO, 2008. Disponível em:

<http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001547/154743e.pdf>. p. 4.

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subvinculados 15% dos 25% do estado e de seusmunicípios. Esses recursos eram então distribuídossegundo o número de alunos do ensino fundamental dasescolas estaduais e municipais. Em 2007, o Fundef foisubstituído pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimentoda Educação Básica e de Valorização dos Profissionais deEducação (Fundeb). Este passa a contar com 20% dos25% vinculados e a abranger os alunos de todas asetapas da educação básica (educação infantil, ensinofundamental, ensino médio), bem como a educação dejovens e adultos e a educação especial.

No mecanismo do Fundeb, como no Fundef, cabe à Uniãocomplementar os recursos para os estados que nãoatingirem um valor mínimo por aluno definidonacionalmente. O Fundeb representa avanço significativono montante de complementação da União, que passa aser de 2 bilhões, no primeiro ano, 3 bilhões no segundo,4,5 bilhões no terceiro ano e a partir do quarto ano 10%do Fundeb (soma dos fundos dos estados). Em 2006, oúltimo ano de vigência do Fundef, a complementação daUnião foi inferior a 450 milhões.

Por outro lado, o novo Fundo ainda não atende aodispositivo legal da Constituição Federal (artigo 211) e daLDB (artigo 4º), que afirmam a necessidade de que o

2005, ano de referência inicial para as metas, cujo pontofinal é 2022. Como já mencionado, a Prova Brasil éaplicada aos alunos de 4ª e 8ª séries em todas asescolas urbanas, nas áreas de leitura e matemática.

O Ideb sintetiza informações de desempenho em examespadronizados (Saeb ou Prova Brasil), aplicados no finaldas etapas de ensino (4ª e 8ª séries do ensinofundamental e 3ª série do ensino médio), cominformações sobre rendimento escolar (taxa média deaprovação dos estudantes na etapa de ensino). Esseindicador de qualidade da educação básica, ao combinarproficiência e rendimento escolar, parte do princípio deque um sistema de ensino ideal seria aquele em quetodas as crianças e adolescentes tivessem acesso àescola, não desperdiçassem tempo com repetências, nãoabandonassem a escola precocemente e, ao final detudo, aprendessem.

Como visto anteriormente, no Brasil são elevadas astaxas de repetência e abandono da escola e são baixos osresultados da aprendizagem, problemas que precisamser superados ao mesmo tempo. O Ideb permite detectarescolas e/ou redes de ensino cujos alunos apresentembaixo desempenho em termos de rendimento eproficiência, e acompanhar a evolução temporal dessedesempenho. Possibilita ainda estabelecer metas emonitorar seu alcance, o que motivou sua criação comoinstrumento da ação estratégica do PDE, o Plano deMetas Compromisso Todos pela Educação. Na fixação dameta nacional, tomou-se como parâmetro o rendimentoe proficiência em avaliações similares dos países daOCDE. O Ideb obtido pelos 20 países mais bem colocadosdo mundo em educação é 6, valor que foi fixado comometa para o Brasil no ano de 2022, quando o paíscompleta 200 anos de sua independência.

O Ideb é parte de uma área em que o Brasil temmostrado avanços significativos: a avaliação educacional.Além do Saeb e da Prova Brasil, outros importantesmecanismos de avaliação são o Exame Nacional doEnsino Médio (Enem), e no ensino superior o SistemaNacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).Entretanto, esforços adicionais são necessários para queos resultados dessas avaliações sejam efetivamentecompreendidos por gestores e docentes, condiçãonecessária para que provoquem mudanças pertinentesnos sistemas de ensino.

No que tange ao financiamento (Quadro 3), a educaçãobrasileira conta com o importante mecanismo devinculação de receitas de impostos (18% em âmbitofederal e 25%, no dos estados e municípios). A prioridadeatribuída ao ensino fundamental motivou a instituição noâmbito de cada estado do Fundo de Manutenção eDesenvolvimento do Ensino Fundamental e deValorização do Magistério em 1996, para o qual eram

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Quadro 4: Medidas para aprimorar as capacidadesde financiamento

• Manter os gastos públicos ou ampliá-los onde fornecessário considerando a possibilidade de os custosunitários aumentarem com a escolarização das criançasoriundas das famílias mais desfavorecidas emarginalizadas.

• Ampliar os recursos financeiros destinados à educaçãoe cuidados na primeira infância, assim como àalfabetização e à qualidade do ensino, investindo, emparticular, na formação inicial e continuada dosprofessores.

• Fortalecer as capacidades de gestão em todos os níveisda administração estatal.

• Coordenar os programas de educação e cuidados naprimeira infância assim como os projetos dealfabetização dos adultos, cooperando com todos osministérios e organizações não-governamentais (ONGs)interessadas.

• Fazer a sociedade civil participar, oficialmente, daformulação, implementação e acompanhamento daspolíticas relativas à EPT.

• Investir nas capacidades de coleta, análise e utilizaçãodos dados sobre os sistemas educacionais.

Texto traduzido de UNESCO. Education for All by 2015: will we make it?

EFA global monitoring report, 2008. Paris: UNESCO, 2008. Disponível em:

<http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001547/154743e.pdf>. p. 4.

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Estado garanta condições para que sejam atendidospadrões mínimos de qualidade do ensino. A propósito, asociedade civil, por intermédio da Campanha Nacionalpelo Direito à Educação, desenvolveu e colocou àdisposição dos órgãos executivos e legislativos estudo docusto aluno-qualidade (CAQ) para os vários níveis emodalidades da educação básica (Campanha Nacionalpelo Direito à Educação, 2008). O estudo mostra que osrecursos destinados à educação ainda estão bastanteabaixo do necessário para garantir padrões mínimos dequalidade.

As mudanças relativas aos impostos no Fundeb serãoimplementadas em um período de três anos, sendo essetambém o prazo para a inclusão das matrículas dosníveis e modalidades não abrangidos no Fundef. Com oobjetivo de assegurar que não haveria perdas para oensino fundamental, a legislação do Fundeb determinouque o valor aluno-ano para esse nível em cada estado nãopode ser menor que o praticado no Fundef no ano de 2006.

Outra mudança introduzida no financiamento daeducação básica diz respeito ao salário-educação,contribuição social arrecadada das empresas que até2006 destinava-se apenas ao ensino fundamental. Apartir de 2007 essa fonte passou a incluir toda aeducação básica, mantendo-se sua subdivisão em quotasfederal, estaduais e municipais; no caso dessas duasúltimas os recursos são distribuídos proporcionalmenteao número de alunos matriculados na educação básicanas respectivas redes públicas de ensino. A quota federaldo salário-educação constitui importante instrumento dapolítica federal de educação, financiando programas deapoio do MEC aos sistemas de ensino, como as ações doPAR mencionadas quando se comentou o PDE.

A primeira infância tem sido uma etapa pouco priorizadanos recursos financeiros da educação. Com a

implementação do Fundeb, as possibilidades de alteraressa situação são promissoras, ainda que na fixação dosíndices estabelecidos para distribuição dos recursos doFundo segundo os níveis e modalidades de ensino, essaetapa não tenha sido devidamente favorecida, comomostram as estimativas do CAQ (Campanha Nacionalpelo Direito à Educação, 2008). Em razão do elevadonúmero de alunos atendidos em creches e pré-escolasprivadas sem fins lucrativos, conveniadas com o setorpúblico, estas são abrangidas na distribuição dosrecursos no Fundeb, viabilizando assim a continuidade dainclusão de número significativo de crianças. O necessárioaumento da rede de escolas públicas de educação infantilconta a partir de 2007 com o ProInfância, criado peloMEC em 2007, e tratado anteriormente.

Observa-se, ao exame dos indicadores educacionais, queo alcance das metas de Dacar até 2015 constituiconsiderável desafio para o país, especialmente em razãodas graves desigualdades. Por outro lado, verifica-se queiniciativas de políticas educacionais destinadas a alcançá-los estão presentes no âmbito federal e certamente nasesferas dos estados e municípios. É indispensável dar aelas dimensões compatíveis com a amplitude ecomplexidade dos problemas. O Brasil conta comalgumas condições favoráveis, comparadas a anosanteriores, entre elas a retomada do crescimentoeconômico, e em conseqüência mais recursos financeirospara a área educacional bem como a diminuição docrescimento demográfico. Tirar proveito delas,entretanto, requer visão ampla da complexa problemáticaeducacional brasileira, forte coesão entre os entesfederados, emprego do melhor das capacidades de todosaqueles que atuam na área (professores, gestores,formadores, pesquisadores e demais trabalhadores daeducação) e o engajamento dos pais, alunos e comunidade.

É evidente que apenas políticas educacionais não serãosuficientes para modificar os ainda baixos níveis deescolaridade da população brasileira. O acesso à renda,aos serviços públicos e aos bens culturais está entre osfatores imprescindíveis à redução das desigualdades nascondições para que o avanço na escolarização sejarealizável para todos.

O alcance dos objetivos de EPT depende também dacapacidade da sociedade civil de exercer a defesa daeducação para todos, atuando principalmente no controlesocial das políticas governamentais e junto à comunidadeinternacional, como sugere o Relatório de MonitoramentoGlobal de 2008. À UNESCO cabe o relevante papel dearticular todas as forças na direção das metas firmadasem Dacar.

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O conjunto de tabelas deste anexo foi organizado com base nas tabelas do Relatório de Monitoramento

Global de Educação para Todos 2008, e na tradução preservou-se a nomenclatura utilizada neste

relatório. Foram selecionados indicadores e dados de dois grupos de países, nos quais se inclui o Brasil.

O primeiro é o chamado Grupo E-9, composto por nove países (Brasil, Bangladesh, China, Egito, Índia,

Indonésia, México, Nigéria e Paquistão). O outro conjunto é formado pelos países da América do Sul que,

depois do Brasil, possuem maior população (Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Venezuela).

Anexos Estatísticos

Tabela 1. Estatísticas de background................................................................................................................40

Tabela 2. Alfabetização de adultos e jovens......................................................................................................40

Tabela 3A. Cuidados e Educação na Primeira Infância (CEPI): cuidados ......................................................42

Tabela 3B. Cuidados e Educação na Primeira Infância (CEPI): educação.....................................................42

Tabela 4. Acesso a educação..............................................................................................................................44

Tabela 5. Participação na educação primária...................................................................................................44

Tabela 6. Eficiência interna: repetência na educação primária......................................................................46

Tabela 7. Eficiência interna: evasão e conclusão da educação primária.......................................................46

Tabela 8. Participação na educação secundária ..............................................................................................48

Tabela 9A. Participação na educação superior ................................................................................................48

Tabela 9B. Educação superior: distribuição de alunos por área de estudo e parcela feminina emcada área, ano escolar encerrado em 2005......................................................................................................50

Tabela 10A. Corpo docente na educação pré-primária e primária ................................................................50

Tabela 10B. Corpo docente na educação secundária e superior ...................................................................52

Tabela 11. Investimento em educação: gasto público .....................................................................................52

Tabela 12. Tendências dos indicadores básicos ou representativos para medir osobjetivos 1, 2, 3, 4 e 5 de EPT ........................................................................................................................................54

Tabela 13. Tendências dos indicadores básicos ou representativos para medir o objetivo 6 de EPT ........54

Tabela 14. O Índice de Desenvolvimento de EPT e seus componentes, 2005...............................................56

Tabela 14.1. Índice de Desenvolvimento de Educação para Todos (IDE) UNESCO - Histórico Brasil ........57

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Demais países do E-9BangladeshChinaEgitoÍndiaIndonésiaMéxicoNigériaPaquistãoOutros países sul-americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuela

MundoPaíses desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

Tabela 1. Estatísticas de background

DEMOGRAFIA1 HIV/AIDS2

2005 2005-2010 2005-2010TotalMulheres

2005-2010 20052005

População total(milhares)

Taxa decrescimento

anual médio (%)População total

2005-2010

Taxa decrescimento

anual médio (%)População(0-4 anos)

Expectativa de vidaao nascer

(anos)

Taxa total defertilidade

(crianças pormulher)

% de mulheresentre pessoas a

partir de 15anos que vivem

com HIV

Taxa deprevalência em

adultos (%)(15-49 anos)

País ou território

141.822 1,8 0,4 65 64 66 3,0 <0,1 13

1.315.844 0,6 0,1 73 71 75 1,7 0,1 2874 .033 1,8 1,0 71 69 73 3,0 <0.1 …

1.103.371 1,4 -0,1 65 63 67 2,8 0,9 29

222.781 1,1 -0,4 69 67 70 2,2 0,1 17

107.029 1,1 -1,3 76 74 79 2,1 0,3 23

131.530 2,1 1,1 44 44 44 5,3 3,9 62

157.935 2,1 1,2 65 65 65 3,7 0,1 17

38.747 1,0 0,6 75 72 79 2,3 0,6 2816.295 1,0 0,2 79 75 82 1,9 0,3 2745.600 1,4 -0,2 73 70 76 2,5 0,6 2827.968 1,4 0,3 71 69 74 2,7 0,6 2926.749 1,7 0,5 74 71 77 2,5 0,7 28Total Média Ponderada Média Ponderada

6.450.253 1,1 0,5 68 66 70 2,5 1,0 481.007.223 0,4 -0,1 75 73 78 1,6 - -5.165.463 1,3 0,6 67 65 69 2,8 - -

540.720 1,3 -0,1 73 70 77 2,4 - -

Total Homens

Brasil 186.405 1,3 0,0 72 68 76 2,2 0,5 36

1. Estatísticas da Divisão de População da ONU, revisão de 2004, variante média, Divisão de População da ONU (2005).2. UNAIDS (2006). Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV/AIDS.3. PNUD (2006).4. Banco Mundial (2007).

Demais países do E-9BangladeshChinaEgitoÍndia 2

IndonésiaMéxicoNigériaPaquistãoOutros países sul americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuela

MundoPaíses desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

Tabela 2. Alfabetização de adultos e jovens

TAXA DE ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS (a partir de 15 anos) (%)

País ou território

1985 - 19941

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens MulheresTotal

(milhares)%

MulheresTotal

(milhares)%

MulheresTotal

(milhares)%

Mulheres

1995 - 20041 Projeções para 2015 1985 - 19941 1995 - 20041 Projeções para 2015

ADULTOS ANALFABETOS (a partir de 15 anos)

Nota: Para os países indicados com (*), foram utilizados os dados nacionais de alfabetização observados. Para todos os outros, foram utilizadas as estimativas do IUE. Asestimativas foram geradas utilizando o modelo de Projeções Globais de Alfabetização por Faixa Etária IUE. Estão baseadas em dados coletados entre 1990 e 1994. A populaçãoutilizada para gerar o número de analfabetos é aquela das estimativas da Divisão de População das Nações Unidas, revisão de 2004 (2005). Nos países com dados nacionais dealfabetização, foi utilizada a população correspondente ao ano do recenseamento ou da pesquisa. No caso de países com estimativas IUE, a população utilizada é a de 1994 e 2004.

Brasil - - - 89* 88* 89* 93 92 93 - - 15.052 50* 11.630 48

35* 44* 26* 47* 54* 41* 61 65 58 40.818 56* 43.394 55* 44.680 5378* 87* 68* 91* 95* 87* 96 98 93 185.405 70* 87.019 73* 50.200 7544* 57* 31* 71* 83* 59* 77 86 68 16.541 62* 14.210 71* 13.961 7048* 62* 34* 61* 73* 48* 71 80 62 285.690 62* 268.426 65* 259.234 6582* 88* 75* 90* 94* 87* 94 97 92 21.406 68* 15.100 69* 10.794 7188* 90* 85* 92* 93* 90* 93 95 91 6.372 62* 6.174 61* 6.323 6955* 68* 44* 69 78 60 79 85 74 22.355 64* 22.061 65 19.570 62

- - - 50* 64* 35* 59 71 47 - - 48.597 63* 51.925 63

96* 96* 96* 97* 97* 97* 98 98 98 889 53* 756 52* 598 4994* 95* 94* 96* 96* 96* 97 97 97 547 53* 495 52* 364 5181* 81* 81* 93* 93* 93* 96 95 96 4.489 52* 2.251 51* 1.693 4987* 93* 82* 88* 94* 82* 93 96 90 1.844 72* 2.259 74* 1.588 7490* 91* 89* 93* 93* 93* 96 95 96 1.242 54* 1.166 52* 973 47

Média Ponderada Total %Mulheres Total %Mulheres Total %Mulheres

76 83 70 82 87 77 86 90 83 863.980 63 773.954 64 725.302 6399 99 98 99 99 99 99 99 99 9.300 65 8.192 62 9.950 5768 77 59 77 84 70 83 88 78 851.280 63 764.448 64 714.611 6488 89 87 90 91 90 93 94 93 34.226 56 35.307 55 29.850 56

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R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0 B R A S I L 41

360 470 1.440 2.160 10,1 36,0 82,8 9,0 41,3 4,6 31,8740 1.740 3.200 6.790 1,3 16,6 46,7 4,7 50,0 10,7 44,7

1.270 1.260 3.200 4.330 20,1 3,1 43,9 8,6 43,6 5,1 34,4420 730 2.150 3.430 0,6 34,7 79,9 8,9 43,3 4,9 32,5670 1.280 2.650 3.720 0,4 7,5 52,4 8,4 43,3 5,2 34,3

4.020 7.310 7.800 10.560 1,1 4,4 20,4 4,3 55,1 12,8 49,5260 560 760 990 4,5 70,8 92,4 5,0 49,2 9,7 43,7470 690 1.760 2.320 9,2 17,0 73,6 9,3 40,3 4,3 30,6

8.230 4.470 12.230 13.800 2,4 7,0 23,0 3,2 56,8 17,6 52,84.880 5.870 8.490 10.920 3,0 2,0 9,6 3,3 62,2 18,7 57,12.410 2.290 6.030 6.970 11,3 7,0 17,8 2,5 62,7 25,3 58,62.210 2.650 4.410 5.650 17,7 12,5 31,8 3,2 58,7 18,6 54,63.490 4.820 5.760 6.540 1,8 8,3 27,6 4,7 49,3 10,6 44,1

Média ponderada

- 7.011 - 9.489 11,7 - - - … … …- - - - - - - - … … …- - - - 10,5 - - - … … …- - - - - - - - … … …

Demais países do E-9Bangladesh

ChinaEgitoÍndia

IndonésiaMéxicoNigéria

PaquistãoOutros países sul-americanos

ArgentinaChile

ColômbiaPeru

Venezuela

MundoPaíses desenvolvidos

Países em desenvolvimentoAmérica Latina

PNB, AJUDA E POBREZA DESIGUALDADE EM RENDA OU GASTO 3

1998 2005 1998 2005 2004 1990-2004 5 1990-2004 5 1996-2004 5 1996-20045 1996-20045

Valor atual de US$

PNB per capita 4Parcela da renda ou gasto % Medida de Desigualdade

PPC (US$)

Ajudalíquida

per capita(US$) 3

Populaçãovivendo com

menos deUS$ 1 por dia 5

(%) 3

Populaçãovivendo com

menos deUS$ 2 por dia

(%) 320% mais

pobres 20% mais ricos

Relação 20% maisricos pelos 20%mais pobres 6 Índice de Gini 7

País ou território1996-20045

Brasil4.610 3.550 6.720 8.140 1,6 7,5 21,2 21,6 62,1 23,7 58,0

5. Os dados se referem aos anos mais recentes disponíveis durante o período especificado. Para mais detalhes, consulte PNUD (2006).6. Os dados mostram a proporção entre renda e gasto do grupo mais rico em relação ao mais pobre.\7. Um valor de 0 representa uma igualdade perfeita e um valor 100 a desigualdade perfeita.

TAXA DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS (15-24 anos) (%)

1985 - 19941

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens MulheresTotal

(milhares)%

MulheresTotal

(milhares)%

MulheresTotal

(milhares)%

Mulheres

1995 - 20041 Projeções para 2015 1985 - 19941 1995 - 2004 1 Projeções para 2015

JOVENS ANALFABETOS (15-24 anos)

Demais países do E-9Banglasesh

ChinaEgito

Índia 2

IndonésiaMéxicoNigéria

PaquistãoOutros países sul americanos

ArgentinaChile

ColômbiaPeru

Venezuela

MundoPaíses desenvolvidos

Países em desenvolvimentoAmérica Latina

País ou territórios

15

1. Os dados são para o ano mais recente disponível no período especificado.2. Os dados de alfabetização para o ano mais recente não incluem algumas regiões geográficas.

Brasil- - - 97* 96* 98* 99 98 99 - - 1.123 33* 428 27

94* 97* 91* 99* 99* 99* 100 100 100 14.355 73* 2.260 63* 902 5145* 52* 38* 64* 67* 60* 83 80 85 11.862 55* 9.663 53* 5.568 4163* 71* 54* 85* 90* 79* 91 92 90 3.506 61* 2.382 67* 1.447 5562* 74* 49* 76* 84* 68* 88 90 85 63.667 64* 46.290 66* 27.913 5896* 97* 95* 99* 99* 99* 99 99 99 1.407 65* 549 56* 327 4295* 96* 95* 98* 98* 98* 99 99 99 845 56* 480 50* 294 5071* 81* 62* 84 87 81 92 92 91 4.869 66* 4.193 58 2.870 50

- - - 65* 77* 53* 76 81 70 - - 11.727 65* 9.353 61

98* 98* 99* 99* 99* 99* 99 99 99 92 43* 71 40* 48 3798* 98* 99* 99* 99* 99* 99 99 99 38 41* 26 40* 19 4191* 89* 92* 98* 98* 98* 99 98 99 696 43* 172 39* 123 3395* 97* 94* 97* 98* 96* 98 99 98 215 67* 156 64* 99 5695* 95* 96* 97* 96* 98* 98 97 99 176 39* 137 34* 120 27

Média Ponderada Total %Mulheres Total %Mulheres Total %Mulheres

83 88 79 88 91 84 91 92 90 165.921 62 135.729 62 105.922 5599 99 99 99 99 99 99 99 99 771 53 792 52 1.285 5080 85 75 85 89 82 90 91 89 165.018 62 134.817 62 104.502 5594 94 95 97 96 97 98 98 98 5.072 46 3.375 42 2.118 40

es

miolo_relatorio:Mise en page 1 4/23/08 12:03 PM Page 41

B R A S I L42 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

Demais países do E-9BangladeshChinaEgitoÍndiaIndonésiaMéxicoNigériaPaquistãoOutros países sul-americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuela

MundoPaíses desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

3-5 1.825 50 1.109 z 49 z … 53 18 18 19 1,044-6 24.030 46 21.790 45 … 31 38 39 37 0,974-5 328 48 542 48 54 31 11 11 10 0,953-5 13.869 48 29.254 49 … 4y 20 20 19 0,995-6 1.981 49 2.832 50 99 99 24 24 24 1,014-5 3.361 50 4.098 49 9 13 73 72 73 1,013-5 … … 1.860 49 … … … … … …3-4 … … 4.075 46 … … … … … …

3-5 1.191 50 1.303 z 49 z 28 27 z 57 56 57 1,023-5 450 49 408 49 45 48 77 78 77 0,993-5 1.034 50 1.108 49 45 38 36 36 37 1,023-5 1.017 50 1.115 49 15 21 55 55 56 1,023-5 738 50 975 49 20 18 45 44 45 1,03

Total %Mulher Total % Mulher Mediana Média Ponderada

- 112.289 48 132.010 48 29 32 33 34 33 0,96- 25.367 49 25.636 48 8 8 73 74 73 0,99- 79.851 47 99.188 48 47 47 28 28 27 0,95- 15.720 49 18.332 49 23 21 55 55 56 1,01

Table 3B. Cuidados e Educação na Primeira Infância (CEPI): educação

TAXA BRUTA DE ESCOLARIZAÇÃO (TBE)NA EDUCAÇÃO PRÉ-PRIMÁRIA

(%)

Matrícula em instituiçõesprivadas como % da

matrícula total

I.P.G(M/H)

19991999 2005

Ano letivo encerrado emAno letivo encerrado em

País ou territórioMulheresHomensTotal

MATRÍCULA NA EDUCAÇÃO PRÉ-PRIMÁRIA1

(%)

Total (milhares)2005

%Mulheres

1999GrupoEtário

2005

Ano letivo encerrado em

Total (milhares)

%Mulheres

Brasil 4-6 5.733 49 6.603 z 48z 28 29 z 58 58 58 1.00

Demais países do E-9BangladeshChinaEgitoÍndiaIndonésiaMéxicoNigériaPaquistãoOutros países sul americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuela

MundoPaíses desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

Tabela 3ACuidados e Educação na Primeira Infância (CEPI): cuidados

SOBREVIVÊNCIAINFANTIL1 BEM ESTAR DA CRIANÇA2

1996-2005 31996-2005 31996-2005 31996-2005 31996-2005 31996-2005 31998-2005 3

% de crianças alimentadas com:

País ou território

Brasil

Ainda comleite materno(20-23 meses)

Com leitematerno e

alimentaçãocomplementar

(6-9 meses)

Exclusivamentecom leitematerno

(< 6 meses)

% de crianças menores de 5 anos sofrendo de:

Déficitestatural

moderado ousevero

Déficitponderal

moderado ousevero

Baixo pesomoderado e

grave

Bebês combaixo peso ao

nascer(%)

2005-2010

Taxa demortalidade demenores de 5

anos(‰)

2005-2010

Taxa demortalidade

infantil(‰)

50 65 36 48 13 43 36 69 9031 36 4 8 - 14 51 32 1530 35 12 6 4 18 38 67 3760 86 30 47 16 46 37 44 6634 41 9 28 - - 40 75 5917 20 8 8 2 18 - - -

108 189 14 29 9 38 17 64 3471 100 19 38 13 37 16 31 56

13 16 8 4 1 4 - - -7 9 6 1 0 1 63 47 -

22 28 9 7 1 12 47 65 3229 45 11 8 1 24 64 81 4116 26 9 5 4 13 7 50 31

Média Ponderada

52 78 15 25 9 30 36 52 466 7 7 - - - - - -

57 86 16 27 10 31 36 52 4622 29 - - - - - - -

1. Estatísticas da Divisão de População das Nações Unidas, revisão de 2004, variante média, Divisão de População da ONU (2005).2. UNICEF (2006).3. Os dados são para o ano mais recente disponível no período especificado.4. Mulheres empregadas e desempregadas como uma parcela da população em idade produtiva, inclusive mulheres com emprego que não estão trabalhando temporariamente (por

1. Na legislação brasileira, o termo utilizado é pré-escola, que constitui parte da educação infantil.Os dados em itálico são estimativas do IUE.Os dados em negrito são para o ano letivo encerrado em 2006.

24 30 8 6 2 11 - 30 17

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R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0 B R A S I L

3-5 11 z 11 z 11 z 1,01 z 10 z 10 z 10 z 1,01 z … … … …4-6 40 42 38 0,91 … … … … 40 42 38 0,914-5 16 17 16 0,94 15 16 15 0,94 16 17 16 0,943-5 41 41 41 1,01 … … … … 41 41 41 1,015-6 34 34 35 1,03 24 23 24 1,03 … … … …4-5 93 93 94 1,01 81 81 81 1,00 93 93 94 1,013-5 15 15 15 0,99 11 z 11 z 11 z 0,97 z … … … …3-4 50 53 48 0,90 41 44 39 0,89 … … … …

3-5 64z 64z 65 z 1,01 z 64 z 64 z 64 z 1,01 z … … … …3-5 54 54 55 1,01 44 43 44 1,01 54 54 55 1,013-5 39 39 39 0,99 35 35 35 1,00 39 39 39 0,993-5 62 62 62 1,01 62 62 62 1,01 62 62 62 1,013-5 58 58 59 1,01 51 51 52 1,02 63 63 63 1,01

Média Ponderada Mediana Mediana

… 40 40 39 0,97 … … … … … … … …… 78 79 77 0,98 … … … … … … … …… 34 35 34 0,97 … … … … … … … …… 61 61 61 0,99 … … … … … … … …

País ou território

Grupo Etário

TAXA BRUTA DE ESCOLARIZAÇÃO (TBE)NA EDUCAÇÃO PRÉ-PRIMÁRIA

(%)

2005

Ano letivo encerrado em 2005

I.P.G(H/M)MulheresHomensTotal

TAXA LÍQUIDA DE ESCOLARIZAÇÃO (TLE)NA EDUCAÇÃO PRÉ-PRIMÁRIA

(%)

Ano letivo encerrado em 2005

I.P.G(H/M)MulheresHomensTotal

TAXA BRUTA DE ESCOLARIZAÇÃO (TBE)NA PRÉ-PRIMÁRIA E EM OUTROS

PROGRAMAS DE CEPI (%)

Ano letivo encerrado em 2005

I.P.G(H/M)MulheresHomensTotal

Demais países do E-9Bangladesh

ChinaEgitoÍndia

IndonésiaMéxicoNigéria

PaquistãoOutros países sul-americanos

ArgentinaChile

ColômbiaPeru

Venezuela

MundoPaíses desenvolvidos

Países em desenvolvimentoAmérica Latina

Brasil4-6 63 z 64 z 62 z 0,97 z 51 z 51 z 52 z 1,01 z … … … …

43

Demais países do E-9Bangladesh

ChinaEgitoÍndia

IndonésiaMéxicoNigéria

PaquistãoOutros países sul americanos

ArgentinaChile

ColômbiaPeru

Venezuela

MundoPaíses desenvolvidos

Países em desenvolvimentoAmérica Latina

BEM ESTAR DA CRIANÇA2OFERTA PARA CRIANÇAS

MENORES DE 3 ANOS

(%) de crianças com 1 ano de idade imunizadas contra

Vacinas correspondentes:

País ou território

EMPREGO DAS MULHERES ELICENÇA MATERNIDADE

Brasil

Tuberculose

Difteria,coqueluche e

tétano Pólio Sarampo Hepatite B

2005

BCG

2005

DPT 3

2005

Pólio 3

2005

Sarampo

2005 2005 2005

HepB 3

Programasoficiais para

criançasMenos de

3 anos

Faixas etáriasmais novas

visadas pelosprogramas

(anos)

2003 2005-20073

Taxa departicipação

feminina na forçade trabalho, com15 anos ou mais 4

(%)

Duração dalicença

maternidaderemunerada 5

(semanas)

99 96 98 99 92 Sim 0-3 57 17

99 88 88 81 62 Não - 55 1286 87 87 86 84 Sim 0-3 70 1398 98 98 98 98 Sim 2-3 21 1375 59 58 58 8 Sim 0-6 35 1282 70 70 72 70 Sim 0-6 51 099 98 98 96 98 Sim 0-3 39 12

48 25 39 35 - Sim 0-3 46 1282 72 77 78 73 Sim 0-6 32 12

99 92 92 99 87 Sim 0-5 52 1395 91 92 90 - Sim 0-2 37 1887 87 87 89 87 Sim 0-5 60 1293 84 80 80 84 Sim 0-5 58 1395 87 81 76 88 Sim 0-2 53 24

Média Ponderada Mediana83 78 78 77 55 - - 52 14

- 96 94 92 64 - - 50 1683 75 76 75 54 - - 52 12- - - - - - - 47 12

exemplo, em licença maternidade), emprego doméstico para produção de bens e serviços para consumo em casa, e serviços domésticos e pessoais produzidos por empregadosdomésticos remunerados. Os dados excluem mulheres ocupadas apenas em tarefas domésticas em seus próprios lares (ILO, 2006).5. Refere-se à licença do emprego remunerada protegida para mulheres empregadas à época do parto.Fontes: (Situação da licença maternidade das mulheres) US Social Security Administration (2005, 2006a, 2006b, 2007); Base de Dados de Família da OCDE.

(z) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2004.(y) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2003.(*) Estimativas nacionais.

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B R A S I L44 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

123456789

1011121314151617181920

Demais países do E-9BangladeshChina 4

EgitoÍndiaIndonésiaMéxicoNigéria 5

PaquistãoOutros países sul-americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuela

MundoPaíses desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

6-10 16.526 17.622 49 17.953 z 50 z 37 42z 110 110 109 0,997-11 99.967 … … 108.925 47 … 4 … … … …6-11 9.487 8.086 47 9.564 47 … 7 101 106 97 0,916-10 117.416 110.986 43 146.375 47 … 17y 97 107 87 0,827-12 24.855 … … 29.150 48 … 17 … … … …6-11 13.459 14.698 49 14.700 49 7 8 109 110 107 0,976-11 21.645 17.907 44 22.267 45 4 … 93 102 83 0,825-9 19.764 … … 17.258 42 … 36 … … … …

6-11 4.140 4.821 49 4.686 z 49 z 20 21 y 117 116 117 1,006-11 1.659 1.805 48 1.721 48 45 51 101 102 99 0,976-10 4.729 5.162 49 5.298 48 20 19 113 113 112 1,006-11 3.626 4.350 49 4.077 49 13 16 123 123 122 0,996-11 3.289 3.261 49 3.449 48 15 14 100 101 99 0,98

Total Total % Mulher Total % Mulher Mediana Média Ponderada

641.643 646.731 47 688.285 47 7 8 100 104 96 0,9265.995 70.444 49 67.022 49 3 4 102 102 103 1,00

563.298 560.453 46 607.524 47 11 11 100 105 95 0,9156.697 67.705 48 66.652 48 15 15 121 123 119 0,97

Tabela 5. Participação na educação primária

TAXA BRUTA DE ESCOLARIZAÇÃO(TBE) NA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA (%)

Matrícula eminstituições privadascomo % do total de

matrículas

IPG(M/H)

19991999 2005

Ano letivo encerrado emAno letivo encerrado em

País ou territórioMulheresHomensTotal

MATRÍCULA NA ESCOLA PRIMÁRIA

Total(milhares)2005 2004

%Mulheres

1999GrupoEtário

Populaçãoem idadeescolar1

(milhares)2005

Ano letivo encerrado em

Total(milhares)

%Mulheres

Brasil 3 7-10 13.613 20.939 48 18.969 z 47 z 8 10 z 155 159 150 0,94

1. Os dados se referem a 2004, exceto no caso de países com um calendário escolar, quando os dadossão para 2005.2. Os dados refletem o número real de crianças que não estão matriculadas, derivados das taxas dematrícula por faixa etária das crianças em idade escolar, que mede a proporção das criançasmatriculadas no ensino primário ou secundário (TLE primária total).

3. No Brasil, os indicadores dessa tabela se referem aos anos iniciais do ensinofundamental.4. As crianças entram na escola primária com 6 ou 7 anos. Como 7 anos é a idademais comum, as taxas de matrícula foram calculadas utilizando o grupopopulacional na faixa etária de 7 a 11 anos.

Bangladesh 3

China 3,4

Egito 3

Índia 3

IndonésiaMéxico 3

Nigéria 3

PaquistãoOutros países sul americanosArgentina 3,5

Chile 3,5

Colômbia 5

Peru 3

Venezuela 3

MundoPaíses desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

Brasil3

Demais países do E-9

Tabela 4Acesso a educação primária1

País ou território

Ensinoobrigatório

(GrupoEtário)

7-14 Sim - 4.407z - - - - 129z - - -

6-10 Sim 4.005 4.318 z 121 122 119 0,98 130 z 129 z 131 z 1,02 z

6-14 Sim - 16.764 - - - - 88 90 87 0,976-13 Sim 1.451 1.659 92 94 90 0,96 102 104 100 0,966-14 Sim 29.639 34.110 127 138 115 0,83 144 149 140 0,947-15 Não - 4.996 - - - - 121 124 119 0,966-15 Sim 2.509 2.365 109 109 109 0,99 107 108 106 0,996-11 Sim - 4.431 - - - - 116 124 107 0,875-9 Não - 4.618 - - - - 116 128 103 0,81

5-15 Sim 781 752 z 112 111 112 1,00 109 z 110 z 109 z 0,99 z

6-14 Sim 284 258 95 95 94 0,99 100 101 99 0,985-15 Não 1.267 1.151 134 137 131 0,96 122 126 118 0,946-16 Sim 676 633 111 111 111 1,00 105 104 106 1,016-15 Sim 537 550 98 99 97 0,98 100 101 98 0,97

Total Total Média Ponderada

- - 129.884 134.926 106 110 101 0,91 112 115 109 0,94- - 12.286 11.497 101 103 100 0,98 101 101 100 0,99- - 113.366 120.179 106 112 101 0,90 114 117 110 0,94- - 12.612 12.668 118 121 114 0,95 118 122 113 0,93

Ano letivo encerrado em

1999

MulheresTotal Homens

TAXA BRUTA DE ADMISSÃO (TBA) NA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA (%)

Garantialegal de

educaçãogratuita 2

Novos ingressantes(milhares)

2005

IPG (M/H)

Ano letivo encerrado em

MulheresTotal Homens IPG (M/H)

1999 2005

1. No Brasil, o ensino compulsório é o ensino fundamental, gratutito na escola pública. Até 2006, suaduração mínima era de oito anos, segundo a LDB/1996, e iniciava-se aos sete anos de idade. A Lei11.274/2006 estendeu-o às crianças de seis anos e aumentou sua duração para nove anos.2. Fonte: Tomasevsky (2006).

3. As escolas primárias continuam a cobrar algumas taxas apesar da garantia legal deeducação gratuita (Bentaouet-Kattan, 2005; Tomasevsky, 2006; World Bank, 2002).4. As crianças podem entrar no ensino primário com 6 ou 7 anos.

miolo_relatorio:Mise en page 1 4/23/08 12:04 PM Page 44

R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0 B R A S I L 45

1234567891011121314151617181920

109 z 107 z 111 z 1.03 z 89* 90* 89* 1,00* 94 *,z 93 *,z 96*,z 1,03 *,z 1.121* 48* 399 *,z 15 *,z

112 113 111 0.98 … … … … … … … … … … … …101 104 97 0.94 93 97 90 0,93 94 96 91 0,95 320 91 269 96

125 129 120 0.93 … … … … 89 92 85 0,93 … … 6.395 81117 119 115 0.96 … … … … 96 97 94 0,96 … … 414 100109 110 108 0.98 98 98 97 1,00 98 98 98 1,00 25 38 30 46103 111 95 0.86 61 67 56 0,84 68 72 64 0,88 7.189 56 6.583 56

87 99 75 0.76 … … … … 68 77 59 0,76 … … 6.303 63

113z 113z 112z 0.99z 99* 99* 99* 1,00* 99z 99z 98z 0,99z 10* 52* 22z 86z

104 106 101 0.96 … … … … 90 90 89 0,98 … … 97 54112 113 111 0.98 88 88 89 1,01 87 87 87 1,00 431 46 479 48112 113 112 1.00 98 98 98 1,00 96 96 97 1,00 2 100 30 33105 106 104 0.98 86 85 86 1,01 91 91 92 1,01 423 47 236 45

Média Ponderada Média Ponderada Média Ponderada Total % Mulher Total % Mulher

107 110 104 0.95 83 86 80 0,93 87 88 85 0,96 96.459 59 72.124 57102 102 101 0.99 97 97 97 1,00 96 95 96 1,01 1.886 49 2.270 45108 111 104 0.94 81 85 78 0,92 86 88 83 0,95 92.534 59 68.825 57118 120 115 0.96 93 93 92 0,98 95 95 95 1,00 3.160 55 1.983 48

TAXA BRUTA DE ESCOLARIZAÇÃO (TBE)NA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA

(%)

2005

Ano letivo encerrado em

IPG(M/H)MulheresHomensTotal

TAXA LÍQUIDA DE ESCOLARIZAÇÃO (TLE)NA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA

(%)

1999

Ano letivo encerrado em

IPG(M/H)MulheresHomensTotal

2005

IPG(M/H)

Total(milhares)

%MulheresMulheresHomensTotal

CRIANÇAS FORADA ESCOLA 2

1999

Ano letivo encerrado em

Total(milhares)

%Mulheres

2005

Brasil 3140 z 146 z 135 z 0.93 z 91 … … … 95 z 95 z 95 z 1,00 z 1,032 … 482 z 47 z

5. Devido à contínua discrepância na matrícula por idade, a taxa de escolarização líquida naeducação primária é estimada utilizando a distribuição etária dos dados de DHS de 2004.Os dados em itálico são estimativas do IUE.

Os dados em negrito são para o ano letivo encerrado em 2006.(z) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2004.(y) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2003.(*) Estimativas nacionais.

Demais países do E-9Bangladesh 3

China 3,4

Egito 3

Índia 3

IndonésiaMéxico 3

Nigéria 3

PaquistãoOutros países sul americanos

Argentina 3,5

Chile 3,5

Colômbia 5

Peru 3

Venezuela 3

MundoPaíses desenvolvidos

Países em desenvolvimentoAmérica Latina

País ou território

5. As informações sobre ensino obrigatório vêm dos Relatórios dos Tratados deDireitos Humanos das Nações Unidas.Os dados em itálico são estimativas do IUE.Os dados em negrito são para o ano letivo encerrado em 2006.

(z) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2004.(y) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2003.(*) Estimativas nacionais.

Brasil3

miolo_relatorio:Mise en page 1 4/23/08 12:04 PM Page 45

B R A S I L46 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

Demais países do E-9BangladeshChinaEgitoÍndiaIndonésiaMéxicoNigériaPaquistãoOutros países sul-americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuelaMundo2

Países desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

-5 7,1y 6,8y 7,4y 6,7y 6,6y 6,7y 9,2y 9,4y 8,9y 7,7y 8,2y 7,3y

5 1,3 1,4 1,2 - - - - - - - - -6 0,1 - - 2,0 - - 2,7 - - 4,0 - -5 4,0 3,9 4,0 2,9 2,9 2,9 4,1 4,1 4,2 - - -6 9,8 11,4 8,0 5,4 6,7 4,0 4,9 6,1 3,7 3,6 4,4 2,86 7,3 8,5 6,0 7,2 8,5 5,8 4,9 6,0 3,7 4,1 5,2 3,16 1,2 1,3 1,2 - - - - - - - - -5 3,7 4,0 3,2 3,0 3,2 2,8 2,8 2,9 2,6 2,8 2,9 2,6

6 10,1y 11,6y 8,4y 7,1y 8,4y 5,7y 6,3y 7,5y 5,0y 6,0y 7,2y 4,6y

6 2,5 2,9 2,1 2,2 2,5 1,8 2,1 2,5 1,7 1,6 2,0 1,25 7,3 7,9 6,5 4,4 4,9 3,9 3,3 3,6 2,9 2,5 2,9 2,16 5,5 5,7 5,3 14,4 14,7 14,1 11,7 12,0 11,5 8,5 8,8 8,26 10,9 12,8 8,8 8,4 10,2 6,5 8,1 10,1 6,0 5,9 7,4 4,3- 3,9 5,1 2,6 2,2 2,5 1,8 2,0 1,7 2,2 1,9 2,6 1,2- 0,8 1,0 0,6 0,7 0,9 0,5 0,4 0,5 0,2 0,6 0,7 0,4- 5,9 6,4 5,3 4,7 8,4 5,7 4,5 4,8 4,2 4,3 5,2 3,3- 10.1 11.6 8.4 7.7 8.9 6.5 6.6 7.8 5.2 4.8 5.9 3.6

Tabela 6. Eficiência interna: repetência na educação primária

País ou território4ª série

MulheresHomensTotal

3ª série

MulheresHomensTotal

2ª série

MulheresHomensTotal

1ª série

Duração1 daeducaçãoprimária

Ano letivo encerrado em 2004

MulheresHomensTotal2005

TAXAS DE REPETÊNCIA NA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA(%)

Brasil 4 27,3y - - 20,5y - - 15,4y - - 15,4y - -

1. A duração nesta tabela é definida segundo o ISCED97 e pode diferir da duração reportada nacionalmente.2. Todos os valores apresentados são medianas.Os dados em itálico são estimativas do IUE.

1. A duração nesta tabela é definida segundo o ISCED97 e pode diferir da duração reportadanacionalmente.2. Todos os valores apresentados são medianas. Os dados em itálico são estimativas do IUE.

Os dados em negrito são para o ano letivo encerrado em 2005.(y) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2003.(x) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2002.(*) Estimativas nacionais.

Demais países do E-9BangladeshChinaEgitoÍndiaIndonésiaMéxicoNigériaPaquistãoOutros países sul-americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuelaMundo2

Países desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

5 14,6y 17,6y 11,2y 9,9y 11,4y 8,3y 5,8y 5,2y 6,4y 7,2y 5,5y 8,9y - - -5 - - - - - - - - - - - - - - -6 0,2y 0,3y 0,1y 0,4y 0,5y 0,4y 0,3y 0,3y 0,2y 0,4y 0,5y 0,3y - - -5 14,4y 14,0y 14,9y 4,4y 3,6y 5,2y 4,4y 4,0y 4,9y -y -y -y6 - - - 6,3 5,2 7,4 1,6 1,5 1,7 3,5 3,2 3,8 4,4 4,2 4,66 1,9 2,0 1,7 1,1 1,2 1,0 1,7 1,8 1,6 1,3 1,4 1,1 2,3 2,5 2,06 8,7y 9,1y 8,3y 2,7y 3,0y 2,3y 7,1y 7,4y 6,7y 11,1y 12,0y 9,9y 13,5y 13,3y 13,7y

5 15,3 15,4 15,1 4,7 6,1 2,5 3,8 4,7 2,5 9,2 9,1 9,4 - - -

6 2,1y 2,3y 1,9y 0,1y 0,2y 0,1y -y -y -y 0,6y 0,9y 0,3y 1,2y 1,7y 0,7y

6 0,4y 0,4y 0,5y 1,3y 1,5y 1,1y -y -y -y -y -y -y 0,5y 0,7y 0,3y

5 11,5 12,4 10,6 2,2 2,9 1,4 3,1 3,6 2,5 2,4 3,0 1,8 - - -6 3,0 3,2 2,8 2,4 2,4 2,4 1,9 1,8 2,1 2,0 1,7 2,4 4,9 4,6 5,16 2,6 3,3 1,8 1,4 2,4 0,4 1,5 2,1 0,9 2,6 3,4 1,7 2,5 3,2 1,8

2,2 1,7 2,7 1,4 0,9 2,2 1,7 1,1 2,3 2,6 2,4 2,8 1,9 1,3 2,6- 0,9 0,8 1,1 0,2 0,3 0,0 0,2 0,3 0,0 - - - - - -- 5,2 5,4 4,9 2,4 2,4 2,4 3,2 2,2 4,6 3,4 - - 3,3 3,3 3,3- 5,2 5,9 4,5 2,2 2,9 1,4 2,6 2,8 2,5 2,9 2,9 2,9 3,2 - -

Tabela 7. Eficiência interna: evasão e conclusão da educação primária

País ou território5ª série

Duração1

daeducaçãoprimária

2005

TAXAS DE EVASÃO POR SÉRIE DA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA (%)

MulheresHomensTotal

4ª série

MulheresHomensTotal

3ª série

MulheresHomensTotal

2ª série

MulheresHomensTotal

1ª série

MulheresHomensTotal

Ano letivo encerrado em 2004

Brasil 4 8,4 - - 2,0y - - 5,5y - - - - - - - -

miolo_relatorio:Mise en page 1 4/23/08 12:04 PM Page 46

R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0 B R A S I L 47

Demais países do E-9Bangladesh

ChinaEgitoÍndia

IndonésiaMéxicoNigéria

PaquistãoOutros países sul-americanos

ArgentinaChile

ColômbiaPeru

VenezuelaMundo2

Países desenvolvidosPaíses em desenvolvimento

América Latina

5,1y 5,5y 4,7y - - - 6,5 6,8 6,2 7,0z 7,2z 6,9z

- - - - - - - - - - 0,3 0,3 0,23,8 - - - - - 6,0 7,1 4,6 2,2 2,7 1,5- - - - - - 4,0 4,0 4,1 3,4 3,4 3,4

2,4 3,0 1,9 0,2 0,2 0,1 - - - 4,6 5,5 3,62,9 3,7 2,0 0,7 0,8 0,5 6,6 7,6 5,5 4,6 5,6 3,6- - - 1,9 1,9 1,9 - - - 2,9 2,4 3,04,0 4,5 3,2 - - - - - - 3,1 3,3 2,7

5,2y 6,3y 4,0y 4,4y 5,4y 3,3y 6,1 7,1 5,0 6,5z 7,7z 5,2z

- - - - - - 2,4 2,9 1,9 2,2 2,7 1,72,1 2,5 1,8 - - - 5,2 5,8 4,6 4,1 4,6 3,67,1 7,5 6,8 3,7 3,8 3,5 10,2 10,5 9,9 8,9 9,2 8,74,1 5,2 3,0 1,8 2,2 1,3 7,0 8,5 5,5 6,8 8,3 5,11,5 - - - - - 3,8 4,2 3,4 3,1 3,7 2,3- - - - - - 1,2 - - 0,7 1,0 0,43,3 4,1 2,4 1,5 1,7 1,1 6,6 7,6 5,5 5,8 6,0 5,73,3 4,1 2,4 1,5 1,7 1,4 6,5 7,5 5,3 6,7 7,9 5,4

País ou território1999 2005

Ano letivo encerrado em

6ª série

MulheresHomensTotal MulheresHomensTotal MulheresHomensTotal

5ª série

Ano letivo encerrado em 2004

MulheresHomensTotal

TAXAS DE REPETÊNCIA NA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA (%)

REPETENTES, TODAS AS SÉRIES(%)

Brasil- - - - - - 24,0 24,0 24,0 21,2z - -

Os dados grafados em negrito para taxas de repetência por série referem-se ao ano letivo encerradoem 2005, e para porcentagens de repetentes, a 2006 (todas as séries).(z) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2004.

(y) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2003.(x) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2002.(*) Estimativas nacionais.

Demais países do E-9Bangladesh

ChinaEgitoÍndia

IndonésiaMéxicoNigéria

PaquistãoOutros países sul-americanos

ArgentinaChile

ColômbiaPeru

VenezuelaMundo2

Países desenvolvidosPaíses em desenvolvimento

América Latina

65 60 70 65y 63y 67y 65 60 70 65y 63y 67y 55y 52y 58y

- - - - - - - - - - - - - - -99 99 99 99y 98y 99y 99 99 99 99y 99y 99y - - -62 63 60 79y 81y 76y 62 63 60 79y 81y 76y - - -

- - - 89 92 87 - - - 85 88 83 - - -89 88 90 94 93 94 87 86 88 92 91 92 - - -

- - - 73 y 71 y 75 y - - - 63 y 61 y 64 y - - -- - - 70 68 72 - - - 70 68 72 48 47 51

90 90 90 97y 96y 98y 89 88 89 96y 94y 97y - - -100 100 100 99y 99y 99y 100 99 100 98y 98y 98y - - -

67 64 69 81 78 84 67 64 69 81 78 84 75 73 7787 88 87 90 90 90 83 84 82 85 86 85 - - -91 88 94 91 88 95 88 84 92 89 85 93 79x 76x 82x

- - - - - - - - - - - - 87 87 86- - - - - - 98 - - 98 98 99 - - -- - - - - - - - - - - - 79 78 81

85 85 84 86 - - 81 83 80 82 83 81 - - -

País ou território2004

Ano letivo encerrado em

MulheresHomensTotal

CONCLUSÃO DA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA

TAXA DE CONCLUSÃO DAEDUCAÇÃO PRIMÁRIA (%)

2004

Ano letivo encerrado em

MulheresHomensTotal

1999

MulheresHomensTotal

TAXA DE SOBREVIVÊNCIA ATÉ A ÚLTIMA SÉRIE(%)

2004

Ano letivo encerrado em

MulheresHomensTotal

1999

MulheresHomensTotal

TAXA DE SOBREVIVÊNCIA ATÉ A 5ª SÉRIE(%)

Brasil- - - - - - - 80y - - - - - - -

miolo_relatorio:Mise en page 1 4/23/08 12:04 PM Page 47

B R A S I L48 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

9989,3y 86,5y 92,1y 11-17 22.150 9.912 49 10.355z 50z 96z 168z 27z

- - - 12-17 135.361 77.436 - 101.195 48 8 15.306 5176,9 72,4 82,0 12-17 9.562 7.671 47 8.177 47 4 2.244 4585,1 86,5 83,4 11-17 158.173 67.090 39 92.743 43 42y 772 16

78,5 78,6 78,3 13-18 25.332 - - 15.993 49 44 2.164 4293,7 94,7 92,6 12-17 13.166 8.722 50 10.564 51 15 1.484 57

- - - 12-17 18.681 3.845 47 6.398 45 - - - 69,0 67,0 72,0 10-16 26.971 - - 7.245 41 25 154 25

94,6y 93,4y 95,8y 12-17 4.117 3.722 51 3.516z 51z 27y 1.270z 52z

96,7 95,6 98,0 12-17 1.795 1.305 50 1.630 49 52 398 46100,0 100,0 100,0 11-16 5.505 3.589 52 4.297 52 24 283 54

94,7 95,9 93,5 12-16 2.935 2.278 48 2.691 50 22 279 6398,7 98,4 99,0 12-16 2.724 1.439 54 2.028 52 25 78 50

Mediana Total Total % Mulheres Total %Mulheres Mediana Total %Mulheres

91,8 91,3 92,4 - 775.474 438.570 47 511.936 47 11 51.100 4599,3 - - - 83.730 84.659 49 85.280 49 8 14.738 4487,5 87,7 87,1 - 660.691 321.911 46 398.529 47 15 33.419 4693,7 94,7 92,6 - 64.601 51.802 51 57.231 51 22 5.919 53

Demais países do E-9BangladeshChinaEgitoÍndiaIndonésiaMéxicoNigériaPaquistãoOutros países sul-americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuela

MundoPaíses desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

Tabela 8. Participação na educação secundária1

TRANSIÇÃO DA EDUCAÇÃOPRIMÁRIA PARA O

SECUNDÁRIO GERAL (%)MATRÍCULA NA

EDUCAÇÃO SECUNDÁRIAMatrícula em

instituições privadascomo % do total de

matrículasTotal de MatrículasMatrícula no ensinotécnico e vocacional

País ou território Total(milhares)

%Mulheres

Total(milhares)

%Mulheres

Total(milhares)

%Mulheres

Total Homens Mulheres 2005 2004

123456789

1011121314151617181920

Ano letivo encerradoem 2005

Ano letivo encerradoem 20051999 2005

Ano letivo encerrado emAno letivo encerrado em2004

GrupoEtário

Populaçãoem idadeescolar2

(milhares)

Brasil

1. Refere-se a educação secundária júnior e sênior (ISCED níveis 2 e 3). No Brasil corresponde às quatro últimas séries do ensino fundamental e ao ensino médio.2. Os dados são para 2004, exceto para os países com um calendário escolar, quando os dados são para 2005.

Os dados em itálico são estimativas do IUE.Os dados em negrito são para o ano letivo encerrado em 2006.

(z) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2004.(y) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2003.(*) Estimativas nacionais.

Demais países do E-9BangladeshChinaEgitoÍndiaIndonésiaMéxicoNigériaPaquistãoOutros países sul-americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuela

MundoPaíses desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

709 32 912 33 6 8 4 0,51 6 8 4 0,536.366 - 23.361 47 6 - - - 22 22 21 0,97

2.447 - 2.594 - 36 - - - 34 - - -- - 11.777 40 - - - - 11 13 9 0,70- - 3.640 44 - - - - 17 19 15 0,79

1.838 48 2.385 50 18 19 17 0,92 24 24 24 0,99699 43 1.290z 35z 7 7 6 0,78 10z 13z 7z 0,55z

- - 783 45 - - - - 5 5 4 0,88

1.601 62 2.127z 58z 49 37 60 1,63 65z 54z 76z 1,41z

451 47 664 48 38 39 36 0,91 48 49 47 0,96878 52 1.224 51 22 21 23 1,11 29 28 31 1,09

- - 908 50 - - - - 33 33 34 1,03- - 1.050*,z - - - - - 41*,z - - -

Total %Mulheres Total %Mulheres Média Ponderada Média Ponderada

92.863 48 137.769 50 18 18 18 0,96 24 24 25 1,059.272 54 14.208 56 41 37 45 1,20 56 50 64 1,29

36.365 53 43.411 55 55 50 60 1,19 66 58 74 1,2810.583 53 15.189 54 22 21 23 1,12 30 28 32 1,17

Total de alunos matriculados Taxa Bruta de Escolarização (TBE)

IPG

1999

Ano letivo encerrado em

(M/H)MulheresHomensTotalIPG

2005

(M/H)MulheresHomensTotal

MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Total(milhares)

%Mulheres

1999 2005

Ano letivo encerrado em

Total(milhares)

%Mulheres

Tabela 9A. Participação na educação superior

País ou território

Brasil 2.457 56 4.275z 56z 14 13 16 1,26 24z 21z 27z 1,32z

80,5y - - 11-17 23.543 24.983 52 25.128z 52z 12z 718z 47z

miolo_relatorio:Mise en page 1 4/23/08 12:04 PM Page 48

R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0 B R A S I L 49

64z 61z 68z 1,10z 34z 35z 32z 0,94z 49 49 49 1,01 47z 47z 48z 1,03z 44z 44z 45z 1,04z

99 99 99 1,0 55 54 56 1,03 62 - - - 76 75 76 1,01 - - - - -96 100 92 0,92 75 78 72 0,93 81 84 77 0,91 86 89 82 0,92 82 85 79 0,9275 80 68 0,85 46 52 40 0,76 46 54 38 0,69 59 65 52 0,81 - - - -

77 76 77 1,02 50 51 48 0,95 - - - - 63 63 63 0,99 58 59 58 0,99104 100 108 1,07 55 54 57 1,06 69 68 70 1,02 80 78 83 1,07 65 64 66 1,04

37 40 34 0,87 31 34 28 0,81 24 25 23 0,91 34 37 31 0,84 27 29 25 0,8733 38 28 0,73 11 12 10 0,83 - - - - 27 31 23 0,74 21 24 18 0,74

102z 100z 103z 1,03z 70z 66z 74z 1,13z 94 91 97 1,07 86z 83z 89z 1,07z 79z 76z 82z 1,07z

99 101 98 0,98 86 85 88 1,03 79 78 81 1,04 91 90 91 1,01 - - - -85 82 89 1,08 63 57 68 1,19 71 67 75 1,11 78 74 82 1,11 - - - -

104 102 106 1,04 72 73 71 0,96 83 86 81 0,94 92 91 92 1,01 70 70 69 0,9986 83 89 1,08 57 51 63 1,25 56 51 62 1,23 74 70 79 1,13 63 59 67 1,15

Média Ponderada

79 81 76 0,94 53 54 51 0,94 60 63 57 0,91 66 68 64 0,94 59 60 57 0,95104 105 104 0,99 99 98 100 1,02 100 100 100 1,00 102 102 102 1,00 92 91 93 1,02

75 77 72 0,93 46 48 44 0,92 53 56 49 0,88 60 63 58 0,93 53 55 51 0,93101 99 103 1,05 74 69 79 1,13 81 78 84 1,07 89 85 92 1,08 69 67 71 1,07

1º ciclo secundário

IPG(M/H)

Total Homens Mulheres

TAXA BRUTA DE ESCOLARIZAÇÃO (TBE) NA EDUCAÇÃO SECUNDÁRIA(%)

TAXA LÍQUIDA DEESCOLARIZAÇÃO (TLE) NA

EDUCAÇÃO SECUNDÁRIA (%)

1234567891011121314151617181920

Ano letivo encerrado em2005

2º ciclo secundário

IPG(M/H)

Total Homens Mulheres

Total secundário Total secundário

IPG(M/H)

Total Homens Mulheres IPG(M/H)

Total Homens Mulheres IPG(M/H)

Total Homens Female

Ano letivo encerrado em2005

Ano letivo encerrado em20051999 2005

Ano letivo encerrado em

Brasil

Os dados em itálico são estimativas do IUE.Os dados em negrito são para o ano letivo encerrado em 2006.(z) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2004.

(y) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2003.(x) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2002.(*) Estimativas nacionais.

91 9 0 35 20 28 - - 0,7 -- - - - - - - - 36 45- - - - - - - - - -

100 - 0 39 - 41 - - 8z -73 26 2 42 49 35 0,3 - 0,4z -96 3 1 51 42 40 2 - - -

58z 41z 1z 26z 46z 39z - - - -97 2 1 46 29 28 - - 0,4y -

74z 26z 0z 55z 67z 56z - - - -67 33 0 52 40 39 1,5 - 2,0 -75 25 0 57 35 41 - - - -58 42 - 45 57 - - - - -

61*,z - - - - - - - 2z -Mediana Mediana Total % Mulheres Total %Mulheres

82 16 2 54 50 39 - - - -83 12 6 56 60 48 - - - -79 18 3 52 46 31 - - - -88 12 0 56 55 - - - - -

Total de estudantes

1999

Ano letivo encerrado em

Nível 5A Nível 5B Nível 6

Estudantes do sexo feminino emcada nível (%)

2005

Ano letivo encerrado em

Nível 5A Nível 5B Nível 6

DISTRIBUIÇÃO DE ESTUDANTES POR NÍVEL ISCED (%) ESTUDANTES ESTRANGEIROS

Demais países do E-9Bangladesh

ChinaEgitoÍndia

IndonésiaMéxicoNigéria

PaquistãoOutros países sul-americanos

ArgentinaChile

ColômbiaPeru

Venezuela

MundoPaíses desenvolvidos

Países em desenvolvimentoAmérica Latina

País ou territórioTotal(milhares)

%Mulheres

1999 2005

Ano letivo encerrado em

Total(milhares)

%Mulheres

Brasil94z 4z 3z 57z 35z 56z - - 1,2y -

114z 112z 117z 1,04z 94z 86z 103z 1,19z 99 94 104 1,11 106z 101z 111z 1,10z 76z 75z 81z 1,08z

miolo_relatorio:Mise en page 1 4/23/08 12:04 PM Page 49

B R A S I L50 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

Demais países do E-9BangladeshChinaEgitoÍndiaIndonésiaMéxicoNigériaPaquistãoOutros países sul-americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuela

MundoPaíses desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

912 33 3 24 34 15 5 1 2 0.2 1523.361 47 - - - - - - - - 100

2.594 - - - - - - - - - 100z

9.327 40 1z 36z 15z 16z 7z -z 2z -z 24z

3.640 44 - - - - - - - - 100y

2.385 50 11 4 40 13 18 2 8 2.6 -1.290z 35z - - - - - - - - -

783 45 - 23 17 20 4 - 3 - 33

2.127z 58z 12z 11z 39z 10z 8z 3z 12z 2z 0,2z

664 48 14 6 27 10 18 5 14 5 -1.224 51 9 4 43 3 30 2 9 - -

908 50 12 - 8 6 0.4 1 8 - 641.050*,z - - - - - - - - - -

Total %Mulheres Mediana

137.769 50 12 22 15 11 13 4 5 2 1743.411 55 10 13 38 11 13 1 10 4 0,480.150 46 - - - - - - - - -15.189 54 13 3 18 8 9 3 11 3 32

(000) % F

Tabela 9B. Educação superior: distribuição de alunos por área de estudo e parcelafeminina em cada área, ano letivo encerrado em 2005

País ou territórioEducação

Humanidadese Artes

Ciênciassociais,

negócios edireito Ciências

Engenharia,indústria econstrução Agricultura

Saúde eBem-estar Serviços

Desconhecidoou não

especificadoTotal de matrículas

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL POR ÁREA DE ESTUDO

Brasil 4.275 56z 20z 4z 41z 8z 7z 2z 13z 2z 3z

Os dados em itálico são estimativas do IUE.Os dados em negrito são para o ano letivo encerrado em 2006.

(z) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2004.(y) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2003.(*) Estimativas nacionais.

1. Os dados sobre professores habilitados (definidos segundo os padrões nacionais) não são coletadospara os países onde as estatísticas educacionais são coletadas pela OCDE, Eurostat ou pelosquestionários dos Indicadores Mundiais de Educação.

2. Baseado nas contagens de alunos e professores.Os dados em itálico são estimativas do IUE.Os dados em negrito são para o ano letivo encerrado em 2006.

Demais países do E-9BangladeshChinaEgitoÍndiaIndonésiaMéxicoNigériaPaquistãoOutros países sul-americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuela

MundoPaíses desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

68 33 33z 90z - - - 41z 50z 40z 27 34z

875 94 952 98 - - - - - - 27 2314 99 23 99 - - - - - - 24 24

- - 717 100 - - - - - - - 41118 98 182 98 - - - - - - 17 16150 94 142 96 - - - - - - 22 29

- - - - - - - - - - - -- - 86z 45z - - - - - - - 41z

50 96 53y 97y - - - - - - 24 24y

- - 20 98 - - - - - - - 2159 94 50 96 - - - - - - 18 22

- - 45 97 - - - - - - - 25- - 63 94 - - - 86 70 87 - 15

Total % Mulheres Total % Mulheres Mediana Média Ponderada

5.417 91 6,119 94 - - - - - - 21 221.452 94 1,659 93 - - - - - - 17 152.998 87 3.533 93 - - - - - 27 28

726 96 868 96 - - - - - - 22 21

Corpo docente Docentes habilitados (%)1 Relação alunos/professor2

1999

Ano letivo encerrado em Ano letivo encerrado em

MulheresHomensTotal

2005 1999 2005

MulheresHomensTotal

EDUCAÇÃO PRIMÁRIA

Total (milhares)

%Mulheres

1999 2005

Ano letivo encerrado em

Total (milhares)

%Mulheres

Table 10A. Corpo docente na educação pré-primária e primária

País ou território

Brasil 304 98 369z 98z - - - - - - 19 18z

miolo_relatorio:Mise en page 1 4/23/08 12:04 PM Page 50

Demais países do E-9Bangladesh

ChinaEgitoÍndia

IndonésiaMéxicoNigéria

PaquistãoOutros países sul-americanos

ArgentinaChile

ColômbiaPeru

Venezuela

MundoPaíses desenvolvidos

Países em desenvolvimentoAmérica Latina

R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0 B R A S I L 51

36 41 33 26 15 17 38 33 36- - - - - - - - 47- - - - - - - - -

50z 44z 37z 40z 24z -z 42z -z 32z

- - - - - - - - 44y

70 56 57 40 25 36 64 59 -- - - - - - - - -- 43 43 43 43 - 43 - 50

17z 35z 48z 37z 44z 51z 47z 28z 56z

70 51 52 26 21 44 71 44 -69 49 58 43 32 37 77 - -62 - 58 43 23 31 78 - 44

- - - - - - - - -Mediana

71 56 35 30 16 32 63 31 -75 62 56 32 24 57 81 49 59

- - - - - - - - -72 57 57 38 27 38 59 55 31

Demais países do E-9Bangladesh

ChinaEgitoÍndia

IndonésiaMéxicoNigéria

PaquistãoOutros países sul-americanos

ArgentinaChile

ColômbiaPeru

Venezuela

MundoPaíses desenvolvidos

Países em desenvolvimentoAmérica Latina

País ou territórioEducação

Humanidades eArtes

Ciênciassociais,

negócios edireito Ciências

Engenharia,indústria econstrução Agricultura

Saúde eBem-estar Serviços

Desconhecidoou não

especificado

PERCENTUAL DE MULHERES EM CADA ÁREA

Brasil76z 61z 52z 35z 26z 40z 71z 66z 55z

312 33 353z 34z 64 64 64 48z 47z 52z 56 51z

- - 6.116 55 - - - - - - - 18346 52 373 55 - - - - - - 23 26

3.135* 33* - - - - - - - - 35* -- - 1.428 61 - - - - - - - 20

540 62 519 66 - - - - - - 27 28440 47 599 51 - - - 50 39 60 41 37

- - 450 46 - - - 86 94 76 - 38

221 88 270y 86y - - - - - - 22 17y

56 77 66 78 - - - - - - 32 26215 77 187 77 - - - - - - 24 28

- - 177 64 - - - - - - - 23- - 184 81 - - - 84 70 87 - 19

Total % Mulheres Total % Mulheres Mediana Média Ponderada

25.724 58 27.048 62 - - - - - - 25 254.483 81 4.598 83 - - - - - - 16 15

20.426 52 21.713 57 - - - - - - 27 282.580 77 2.861 78 - - - - - - 26 23

País ou território

Corpo docente Docentes habilitados (%)1 Relação alunos/professor2

1999

Ano letivo encerrado em Ano letivo encerrado em

MulheresHomensTotal

2005 1999 2005

MulheresHomensTotal

EDUCAÇÃO PRIMÁRIA

Total (milhares)

%Mulheres

1999 2005

Ano letivo encerrado em

Total (milhares)

%Mulheres

Brasil807 93 887z 90z - - - - - - 26 21z

(z) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2004.(y) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2003.(*) Estimativas nacionais.

miolo_relatorio:Mise en page 1 4/23/08 12:04 PM Page 51

B R A S I L52 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

Demais países do E-9BangladeshChinaEgitoÍndiaIndonésiaMéxicoNigériaPaquistãoOutros países sul-americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuela

MundoPaíses desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

136 13 186z 17z 129 13 192z 19z 265 13 378z 18z 32z 31z 35z

3.213 41 3.661 46 - - 2.444 43 - - 6.105 45 - - -207 44 222 45 247 38 270 38 454 41 492 41 - - -

- - 1.312z 37z - - 1.274z 31z 1.995 34 2.586z 34z - - -- - 751 43 603 44 - - 1.354 43 - - -

321 46 357 49 198 40 237 43 519 44 593 47 - - -- - - - - - - - - - 159 36 - - -- - 162*,z 54*,z - - 36*,z 35*,z - - 197*,z 51*,z - - -

171 73 110y 67y - - 92y 64y - - 202y 66y - - -16 78 23 78 29 54 43 54 45 62 66 63 - - -

138 50 - - 48 50 - 187 50 164 52 - - -- - 161 44 - - - - - - 161 64 - - -- - 116 65 - - 72 60 - - 188 63 83 76 86

Total % Mulheres Total % Mulheres Total % Mulheres Total % Mulheres Total % Mulheres Total % Mulheres Mediana

- - - - - - - - 24.295 52 28.457 53 - - -- - - - - - - - 6.296 55 6.564 59 - - -- - - - - - - - 15.111 47 19.049 47 - - -- - - - - - - - 2.693 64 3.370 66 - - -

1º Ciclo secundário

Corpo docente

Total da secundária

Professores habilitados (%)1

2005

Ano letivo encerrado em

MulheresHomensTotal

EDUCAÇÃO SECUNDÁRIA

Total(milhares)

%Mulheres

1999 2005

Ano letivo encerrado em

Total(milhares)

%Mulheres

Table 10B. Corpo docente na educação secundária e superior

País ou território

2º Ciclo secundário

Total(milhares)

%Mulheres

1999 2005

Ano letivo encerrado em

Total(milhares)

%Mulheres

Total da educação secundária

Total(milhares)

%Mulheres

1999 2005

Ano letivo encerrado em

Total(milhares)

%Mulheres

Brasil 703 84 945z 87z 401 70 625z 70z 1.104 79 1.571z 80z - - -

1. Os dados sobre professores habilitados (definidos segundo os padrões nacionais) não são coletadospara os países onde as estatísticas educacionais são coletadas pela OCDE, Eurostat ou pelosquestionários dos Indicadores Mundiais de Educação.

2. Baseado nas contagens de alunos e professores.Os dados em itálico são estimativas do IUE.Os dados em negrito são para o ano letivo encerrado em 2006.

1. Todos os valores regionais são apresentados em medianas.Os dados em itálico são estimativas do IUE.Os dados em negrito são para 2006.

(z) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2004.(y) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2003.(x) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2002.(*) Estimativas nacionais.

Demais países do E-9BangladeshChinaEgitoÍndiaIndonésiaMéxicoNigériaPaquistãoOutros países sul americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuelaMundo1

Países desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

1999 2005

Tabela 11. Investimento em educação: gasto público

País ou território

Total de gastos públicoscom educação como %

do PNB

1999 2005

Total de gastos públicoscom educação como %

do total de gastos dogoverno

1999 2005

Gastos públicoscorrentes com

educação como % dototal de gastos públicos

com educação

1999 2005

Gastos públicoscorrentes com

educação primária como% do gasto público

corrente em educação

1999 2005

Gastos públicoscorrentes com educação

primária por aluno(custo unitário) em PPC,US$ constante para 2004

1999 2005

Gastos públicoscorrentes com

educação primária como% do PNB

Brasil 4,4 4,5z 10 - 95 94z 33 32z 855 1.071z 1,4 1,4z

2,3 2,4 15 14 64 79 39 35 63 106 0,6 0,71,9 - 13 - 93 - 34 - - - 0,6 -- - - - - - - - - - - -4,0 3,8z 13 11y 98 - 30 - 264 - 1,2 -- 1,0y - - - 88y - 39y - 84y - 0,3y

4,5 5,5z 23 26z 95 97z 41 40z 1.054 1.442z 1,8 2,1z

- - - - - - - - - - - -2,6 2,4 - 11 89 78 - - - - - -

4,6 4,0z 13 13z 94 99z 37 37z 1.594 1.498z 1,6 1,5z

4,0 3,8 17 18z 88 95 45 37 1.026 1.421 1,5 1,44,5 5,0 17 11 - 99 - 48 - 1.478 - 2,43,5 2,6 21 14 88 97 40 42 355 403 1,2 1,0- - - - - - - - - - - -4,5 4,9 - 14 - 92 - 34 - 985 - 1,55,0 5,5 11 13 - 94 - 25 - 4.762 - 1,24,4 4,7 - - - 89 - - - - - 1,84,5 4,0 15 13 93 96 - 46 862 598 1,6 1,5

miolo_relatorio:Mise en page 1 4/23/08 12:04 PM Page 52

R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0 B R A S I L 53

Demais países do E-9Bangladesh

ChinaEgitoÍndia

IndonésiaMéxicoNigéria

PaquistãoOutros países sul-americanos

ArgentinaChile

ColômbiaPeru

Venezuela

MundoPaíses desenvolvidos

Países em desenvolvimentoAmérica Latina

43 34z 32 21z 37 27z 45 14 52 1517 17 - 16 - 17 504 - 1.332 5122 20 13 14 17 17 - - 81z -

- 37z - 28z 34 32z - - 539z 40z

- 13 - 10 - 12 - - 271 3918 20 14 15 17 18 192 - 251 -

- - - - - 40 52 31 37z 17z

- 38*,z - 32*,z - 37*,z - - 69* 17*

13 19y - 16y - 17y 102 54 131y 50y

32 26 27 24 29 25 - - - -19 - 20 - 19 26 86 34 94 34

- 12 - - - 17 - - - -- 12 - 9 - 11 - - 82*,z -

Média Ponderada Total % Mulheres Total % Mulheres

- - - - 18 18 6.476 39 8.812 41- - - - 13 13 2.787 34 3.289 37- - - - 21 21 2.893 39 4.531 40- - - - 19 17 826 45 1.200 45

País ou território

Corpo docente

Total(milhares)

%Mulheres

1999 2005

Ano letivo encerrado em

Total(milhares)

%Mulheres

1º Ciclo secundário

Relação alunos/professor2

EDUCAÇÃO SECUNDÁRIA EDUCAÇÃO SUPERIOR

1999 2005

Ano letivo encerrado em

2º Ciclo secundário

1999 2005

Ano letivo encerrado em

Total da secundária

1999 2005

Ano letivo encerrado em

Brasil43 34z 32 21z 37 27z 45 14 52 15

(z) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2004.(y) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2003.(*) Estimativas nacionais.

Demais países do E-9Bangladesh

ChinaEgitoÍndia

IndonésiaMéxicoNigéria

PaquistãoOutros países sul americanos

ArgentinaChile

ColômbiaPeru

VenezuelaMundo 1

Países desenvolvidosPaíses em desenvolvimento

América Latina

País ou território1999 2005

Gastos públicoscorrentes com

educação primária poraluno como % do PNB

per capita

1999 2005

Gastos públicoscorrentes com

educação secundáriacomo % dos gastos

públicos correntes comeducação

1999 2005

Gastos públicoscorrentes em educação

secundária por aluno(custo unitário) em PPC,US$ constante para 2004

1999 2005

Gastos públicoscorrentes em educaçãosecundária como % do

PNB

1999 2005

Gastos públicoscorrentes com

educação secundáriapor aluno como % do

PNB per capita

1999 2005

Salário de professoresprimários como % dos

gastos públicoscorrentes com

educação primária

Brasil11 13z 36 40z 775 987z 1,5 1,7z 10 12z - -

4 5 42 47 137 243 0,6 0,9 8 12 - -- - 38 - 441 - 0,7 - 11 - - -- - - - - - - - - - - -

10 - 38 - 532 - 1,5 - 21 - 79 80z

- 3y - 42y - 158y - 0,4y - 5y - 78y

12 15z - 30z - 1.510z - 1,6z - 15z 86 88z

- - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - - -

12 12z 35 38z 1.990 2.058z 1,5 1,5z 15 16z - 63z

13 13 36 39 1.367 1.564 1,3 1,4 15 14 - 85- 20 - 36 - 1.364 - 1,8 - 19 91* 767 7 28 36 476 520 0,9 0,9 10 9 88 72- - - - - - - - - - - -- 14 - 35 - - - 1,7 - 20 - -- 19 - 42 5.233 5.904 - 2,2 - 24 - -- - - - - - - 1,5 - - - -

12 12 - 33 1.081 642 1,3 1,4 15 13 - 75

miolo_relatorio:Mise en page 1 4/23/08 12:04 PM Page 53

B R A S I L54 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

- 18 11z - - 89* 1,00 94*,z 1,03*,z 45 0,73* 64 0,9022 38 40 97 0,96 - - - - 94 0,94.* 99 0,94.*

6 11 16,2 84 0,84 93 0,93 94 0,95 63 0,76.* 85 0,88.*

3 20 41 - - - - 89 0,93 62 .0,67. 76 0,80*

18 24 34 97 0,96 - - 96 0,96 96 .0,98*. 99 1,00.*

63 73 93 98 0,97 98 1,00 98 1,00 95 0,99* 98 1,00.*

- - 15 - - 61 0,84 68 0,88 71 0,77* 84 0,94- - 50 33 - - - 68 0,76 - - 65 0,69*

49 57 64z - - 99* 1,00* 99z 0,99z 98 1,00* 99 1,00*

72 77 54 89 0,98 - - 90 0,98 98 1,01* 99 1,00*

13 36 39 69 - 88 1,01 87 1,00 91 1,03* 98 1,01*

30 55 62 - - 98 1,00 96 1,00 95 0,97* 97 0,98*

40 45 58 87 1,03 86 1,01 91 1,01 95 1,02* 97 1,02*

Média Ponderada Média Ponderada Média Ponderada

- 33 40 81 0,88 83 0,93 87 0,96 83 0,90 88 0,93- 73 78 96 1,00 97 1,00 96 1,01 99 1,00 99 1,00- 28 34 79 0,86 81 0,92 86 0,95 80 0,88 85 0,92- 55 61 87 0,99 93 0,98 95 1,00 94 1,01 97 1,01

Demais países do E-9BangladeshChina2

EgitoÍndia3

IndonésiaMéxicoNigériaPaquistãoOutros países sul-americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuela

MundoPaíses desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

Tabela 12. Tendências dos indicadores básicos ou representativos para medir os objetivos 1, 2, 3, 4 e 5 de EPT

TAXA BRUTA DE ESCOLARIZAÇÃO (TBE)NA EDUCAÇÃO PRÉ-PRIMÁRIA (%)

Cuidados e educação na primeira infância

OBJETIVO 1

Total Total

1991 1999Ano letivo encerrado em

Total

2005

País ou território

TAXA LÍQUIDA DE ESCOLARIZAÇÃO (TLE)NA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA

Educação primária universal Necessidades de aprendizagem detodos os jovens e adultos

OBJETIVO 2 OBJETIVO 3

Total IPG(M/H)

1991Ano letivo encerrado em

TAXA DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS(15-24 anos)

(%)Total IPG

(M/H)

1999

(%)Total IPG

(M/H)

2005

(%)Total IPG

(M/H)

1985-19941

(%)Total IPG

(M/H)

1995-20041

(%)

Brasil

1. Os dados se referem aos anos mais recentes disponíveis no período especificado. Veja a introdução àstabelas estatística para obter uma explicação mais ampla das definições de alfabetização nacional,métodos de avaliação e fontes e anos de dados. Nos países marcados com um (*) são utilizados os dados

nacionais de alfabetização observados. Para todos os outros, são usadas as estimativas dealfabetização do IUE. As estimativas foram geradas utilizando o modelo de Projeções Globaisde Alfabetização por Grupo Etário IUE. Elas se baseiam nos dados observados entre 1990 e 1994.

OBJETIVO 6Qualidade da educação

RELAÇÃO ALUNOS/PROFESSORNA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA1

Ano letivo encerrado em1991 1999 2005

TAXA DE SOBREVIVÊNCIA ATÉ A 5ª SÉRIE

Ano letivo encerrado em1991 1999 2004

Total IPG(%) (M/H)

Total IPG(%) (M/H)

Total IPG(%) (M/H)

Demais países do E-9BangladeshChinaEgitoÍndiaIndonésiaMéxicoNigériaPaquistãoOutros países sul americanosArgentinaChileColômbiaPeruVenezuela

MundoPaíses desenvolvidosPaíses em desenvolvimentoAmérica Latina

Tabela 13. Tendências dos indicadores básicos ou representativos para medir o objetivo 6 de EPT

País ou território

Brasil 73 - - - - - 23 26 21z

- - 65 1,16 65y 1,07y - 56 51z

86 1,36 - - - - 22 - 18- - 99 1,01 99y .1,01y 24 23 26- - 62 0,95 79y 0,94y 47 35* -

84 - - - 89 0,94 23 - 2080 2,06 89 1,02 94 1,01 31 27 2889 - - .- 73 y 1,05 y 39 41 37- - - - 70 1,07 - - 38

- - 90 1,00 97y 1,02y - 22 17 y

92 0,97 100 1,00 99 1,00 25 32 2676 - 67 1,08 81 1,07 30 24 28- - 87 .0,98 90 .0,99 29 - 23

86 1,09 91 .1,08 91 .1,08 23 - 19. .

Mediana Média Ponderada

- - - - - -- 26 25 25- - - - - - 17 16 15- - - - - - 29 27 28

80 - 85 .0,98 86 - 25 26 23

1. Baseado na contagem de estudantes e professores.2. Os dados sobre professores habilitados (definidos segundo os padrões nacionais) não são coletados

para os países onde as estatísticas educacionais são coletadas pela OCDE, Eurostat oupelos questionários dos Indicadores Mundiais de Educação.

48 58 63z 85 - 91 - 95z 1,0z - - 97 1,02.*

miolo_relatorio:Mise en page 1 4/23/08 12:04 PM Page 54

R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0 B R A S I L 55

35 0,58* 47 0,76* - - 110 0,99 109z 1,03z - - 49 1,01 47z 1,03z

78 0,78* 91 0,91* 125 0,93 - - 112 0,98 49 0,75 62 - 76 1,0144 0,55* 71 0,71* 92 0,83 101 0,91 101 0,94 71 0,79 81 0,91 86 0,9248 0,55* 61 0,65* 98 0,76 97 0,82 125 0,93 44 0,60 46 0,69 59 0,8182 0,86* 90 0,92* 114 0,98 - - 117 0,96 46 0,83 - - 63 0,9988 0,94* 92 0,97* 111 0,97 109 0,97 109 0,98 52 1,00 69 1,02 80 1,0755 0,65* 69 0,77 87 0,81 93 0,82 103 0,86 25 0,74 24 0,91 34 0,84

- - 50 0,55* - - - - 87 0,76 25 0,48 - - 27 0,74

96 1,00* 97 1,00* 108 - 117 1,00 113z 0,99z 72 - 94 1,07 86z 1,07z

94 0,99* 96 1,00* 101 0,98 101 0,97 104 0,96 73 1,07 79 1,04 91 1,0181 1,00* 93 1,00* 103 1,02 113 1,00 112 0,98 50 1,19 71 1,11 78 1,1187 0,88* 88 0,88* 118 0,97 123 0,99 112 1,00 67 0,94 83 0,94 92 1,0190 0,98* 93 0,99* 95 1,03 100 0,98 105 0,98 34 1,38 56 1,23 74 1,13

Média Ponderada

76 0,85 82 0,89 99 0,89 100 0,92 107 0,95 52 0,83 60 0,91 66 0,9499 0,99 99 1,00 102 0,99 102 1,00 102 0,99 93 1,01 100 1,00 102 1,0068 0,77 77 0,84 98 0,87 100 0,91 108 0,94 42 0,74 53 0,88 60 0,9388 0,98 90 0,98 104 0,97 121 0,97 118 0,96 51 1,09 81 1,07 89 1,08

Demais países do E-9Bangladesh

China2

EgitoÍndia3

IndonésiaMéxicoNigéria

PaquistãoOutros países sul-americanos

ArgentinaChile

ColômbiaPeru

Venezuela

MundoPaíses desenvolvidos

Países em desenvolvimentoAmérica Latina

País ou território

TAXA BRUTA DE ESCOLARIZAÇÃO (TBE)

Igualdade de gênero na educação primária

OBJETIVO 5

Total IPG(M/H)

1991Ano letivo encerrado em

(%)Total IPG

(M/H)

1999

(%)Total IPG

(M/H)

2005

(%)

TAXA BRUTA DE ESCOLARIZAÇÃO (TBE)

Igualdade de Gênero na educação secundária

Total IPG(M/H)

1991Ano letivo encerrado em

(%)Total IPG

(M/H)

1999

(%)Total IPG

(M/H)

2005

(%)

Melhorar os níveis de alfabetização de adultos

OBJETIVO 4

TAXA DE ALFABETIZAÇÃO DEADULTO (a partir de 15 anos)

Total IPG(M/H)

1985-19941

(%)Total IPG

(M/H)

1995-20041

(%)

Brasil

s.

GASTOS PÚBLICOS CORRENTESCOM EDUCAÇÃO PRIMÁRIA

POR ALUNO(custo unitário) em PPC, em US$

constante para 2004

OBJETIVO 6Qualidade da educação

Ano letivo encerrado em1991 1999 2005

GASTOS PÚBLICOS CORRENTESCOM EDUCAÇÃO PRIMÁRIA

como % do PNB

Ano letivo encerrado em1991 1999 2005

% DE DOCENTES DO SEXOFEMININO NA EDUCAÇÃO

PRIMÁRIA

Ano letivo encerrado em1991 1999 2005

DOCENTESHABILITADOS NA

EDUCAÇÃO PRIMÁRIA2

como % do total

Ano letivo encerrado em1999 2005

Demais países do E-9Bangladesh

ChinaEgitoÍndia

IndonésiaMéxicoNigéria

PaquistãoOutros países sul americanos

ArgentinaChile

ColômbiaPeru

Venezuela

MundoPaíses desenvolvidos

Países em desenvolvimentoAmérica Latina

País ou território

Brasil- 93 90z - - - 1,4 1,4z - 855 1.071z

- 33 34z 64 48z - 0,6 0,7 - 63 10643 - 55 - - - 0,6 - - - -52 55 55 - - - - - - - -28 33* - - - - 1,2 - - 264 -51 - 61 - - - - 0,3y - - 84y

- 62 66 - - 0,8 1,8 2,1z 453 1.054 1.442z

43 47 51 - 50 - - - - - -27 - 46 - 86 - - - - - -

- 88 86y - - - 1,6 1,5z - 1.594 1.498y

73 77 78 - - - 1,5 1,4 - 1.206 1.421- 77 77 - - - - 2,4 - 1.478- - 64 - - - 1,2 1,0 - 355 403

74 - 81 - 84 - - - - - -

Média Ponderada Mediana Mediana Mediana

56 58 62 - - - - 1,5 - - 98578 81 83 - - - - 1,2 - - 4.76249 52 57 - - - - 1,8 - - -77 77 78 - - - 1,6 1,5 - 862 598

2. As crianças entram na escola primária com 6 ou 7 anos. Como 7 anos é a idademais comum, as taxas de matrícula e população foram calculadas utilizando o grupopopulacional na Grupo Etário de 7 a 11 anos.3. Os dados de alfabetização para os anos mais recentes não incluem algumas regiõesgeográficas.

Os dados em itálico são estimativas do IUE.Os dados em negrito são para o ano letivo encerrado em 2005.

(y) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2003.(x) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2002.(*) Estimativas nacionais.

- - 89 1,00* 104 - 155 0,94 140z 0,93z 40 - 99 1,11 106z 1,10z

Os dados em itálico são estimativas do IUE.Os dados em negrito são para o ano letivo encerrado em 2006.(z) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2004.(y) Os dados são para o ano letivo encerrado em 2003.(*) Estimativas nacionais.

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B R A S I L56 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

Demais países do E-9Bangladesh2

ChinaEgitoÍndia2

IndonésiaMéxicoNigéria2

PaquistãoOutros países sul americanosArgentina2

Chile2

ColômbiaPeruVenezuela

Populaçãototal IDE

Tabela 14O Índice de Desenvolvimento de EPT e seus componentes, 2005

País ou territórioPosição de

acordo com onível de IDE

TLE total daeducaçãoprimária1

Taxa deAlfabetização

de Adultos

Índice de EPTrelativo aGênero

Taxa desobrevivênciaaté a 5ª série

Brasil2 Brasil186.405 0,901 76 0,964 0,892 0,943 0,805

141.822 0,759 107 0,976 0,505 0,906 0,6511.315.844 - - - - - -

74 033 0,883 91 0,972 0,714 0,859 0,9861.103.731 0,797 105 0,946 0,641 0,811 0,789

222.781 0,935 62 0,983 0,904 0,959 0,895107.029 0,953 48 0,998 0,916 0,961 0,938131.530 0,734 111 0,696 0,691 0,822 0,726157.935 0,640 120 0,681 0,499 0,684 0,697

38.747 0,979 27 0,995 0,974 0,976 0,96916.295 0,969 37 0,941 0,963 0,981 0,99046.600 0,899 78 0,899 0,928 0,961 0,80927.968 0,931 65 0,992 0,879 0,954 0,90026.749 0,931 64 0,928 0,930 0,953 0,914

"Nota: Nos países destacados em azul as disparidades de gênero em favor dos homens são observadosparticularmente no ensino secundário.1. A TLE total do ensino primário inclui as crianças do ensino primário na idade que estão matriculadasem um dos ensinos primário ou secundário.2. As taxas de alfabetização de adultos são estimativas anuais IUE. As estimativas foram geradas usandoo Global Age-specific Literacy Projections model IUE.

Fontes: Anexo, Tabelas Estatísticas 2, 5, 7 e 8; Base de dados IUE; proxy mensuraçãoda alfabetização para os países europeus: European Commission, European LabourForce Survey (2005).

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Tabela 14.1Índice de Desenvolvimento de Educaçãopara Todos (IDE) UNESCO - Histórico Brasil

2008(3) 2005 0,964 0,892 0,943 0,805 0,901 76 129 2007(4) 2004 0,940 0,886 0,951 0,844 0,905 72 1252006(5) 2002 0,983 0,884 0,954 0,799 0,905 71 1212005(6) 2001 0,965 0,882 0,951 0,799 0,899 72 127

Ano doRelatório

da UNESCO

Ano BaseDados

Taxa Líquida deEscolarização

(TLE) na EducaçãoPrimário

Taxa deAlfabetização

de Adultos

Índicerelativo àGênero1

Taxa deSobrevivênciaaté a 5ª série

Classificaçãode acordo como nível de IDE2

IDE Total dePaíses

1. Composto pela média simples para taxa bruta de matrícula na educação primária, taxa bruta dematrícula na educação secundária e taxa de alfabetização de adultos. Quanto mais próximo de 1, maior aextensão do país em relação à realização dos objetivos de EPT.2. IDE Médio: O país ainda não atingiu o conjunto das metas, porém não se encontra entre os que estãomuito longe de fazê-lo.3. UNESCO. Education for all by 2015: Will we make it? EFA Global Monitoring Report 2008.Paris:UNESCO, 2007.

4. UNESCO. Strong Foundations: Early Childhood Care and Education. EFA GlobalMonitoring Report 2007. Paris: UNESCO, 2006.5. UNESCO. Education for all: Literacy for Life. EFA Global Monitoring Report 2006.Paris: UNESCO, 2005.6. UNESCO. Education for all: The Quality Imperative. EFA Global Monitoring Report2005. Paris: UNESCO, 2004.

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Alfabetização. De acordo com a definição estabelecidapela UNESCO de 1958, o termo refere-se à capacidadede um indivíduo de ler e escrever com compreensãouma afirmação simples e curta relacionada à sua vidacotidiana. O conceito de alfabetização evoluiu desdeentão, abrangendo múltiplas áreas de habilidades, cadauma concebida em uma escala de diferentes níveis dedomínio e servindo a diferentes propósitos. Atualmente,muitos consideram a alfabetização como a capacidadede identificar, interpretar, criar, comunicar e calcular,utilizando materiais impressos e escritos em várioscontextos. A alfabetização é o processo deaprendizagem que capacita os indivíduos a atingir metaspessoais, desenvolver seus conhecimentos e seupotencial, e participar plenamente na comunidade e nasociedade mais ampla.

Alfabetizado/analfabeto. Conforme utilizado, nas TabelasEstatísticas, o termo se refere a uma pessoa capaz/nãocapaz de ler e escrever com compreensão umaafirmação simples relacionada à sua vida cotidiana.

Aluno. Criança matriculada no ensino pré-primário ouprimário. Jovens e adultos matriculados em níveis maisavançados são denominados estudantes.

Alunos estrangeiros. Alunos matriculados em umprograma educacional em um país no qual não sãoresidentes permanentes.

Ambiente letrado.A expressão tem no mínimo doissignificados: (a) a disponibilidade de materiais escritos,impressos e visuais em ambiente freqüentado poraprendizes, capacitando-os a fazer uso de suashabilidades básicas de escrita e leitura; e/ou (b) aprevalência de materiais de letramento em famílias ecomunidades, melhorando as perspectivas de aquisiçãode letramento por parte dos aprendizes.

Analfabeto. Ver alfabetizado.

Áreas de estudo na educação terciária ou superior.Educação: Capacitação de professores e ciência daeducação. Humanidades e artes: Humanidades, religião e teologia,belas artes e artes aplicadas.Ciências sociais, negócios e direito: Ciências sociais e docomportamento, jornalismo e informação, negócios eadministração, direito.Ciências: Ciências físicas e biológicas, matemática,estatística e ciências da computação.Engenharia, indústria e construção: Engenharia e

comércio técnico, indústria e processamento,arquitetura e construção.Agricultura: Agricultura, silvicultura e pesca, veterinária.Saúde e bem-estar: Ciências médicas e ciênciasrelacionadas à saúde, serviços sociais.Serviços: Serviços pessoais, serviços de transporte,proteção ambiental, serviços de segurança.

Crianças fora da escola. Crianças na idade escolar queoficialmente corresponde ao ensino primário ousecundário que não estão matriculadas nesses ciclos.

Cuidado e educação na primeira infância (CEPI).Programas que, além de prover cuidados infantis,oferecem um conjunto de atividades de aprendizagemestruturado e significativo em uma instituição formal(pré-primário ou ISCED 0), ou como parte de umprograma de desenvolvimento infantil não-formal.Programas CEPI são normalmente desenvolvidos paracrianças a partir de três anos de idade, e incluematividades organizadas de aprendizagem envolvendo, emmédia, o equivalente a no mínimo duas horas por dia ecem dias por ano.

Desempenho escolar. Desempenho em testes ou examespadronizados que medem o conhecimento ou acompetência em uma disciplina específica. Algumasvezes o termo é utilizado como indicação de qualidadede educação em um sistema educacional ou paracomparar grupos de escolas.

Desenvolvimento cognitivo. Desenvolvimento de ação ouprocesso mental de aquisição de conhecimento pormeio de pensamento, experiências e sentidos.

Doenças infecciosas. Doenças causadas pormicroorganismos patogênicos, tais como bactérias,fungos, parasitas ou vírus, e que pode ser transmitidadireta ou indiretamente de uma pessoa para a outra.Incluem febre aviária, dengue, hepatite, malária,sarampo, tuberculose e febre amarela.

Educação básica. A gama completa de atividadeseducacionais que se realizam em diversos ambientes(formais, não-formais e informais) com o objetivo desatisfazer as necessidades básicas de aprendizagem.No Marco de Dacar é sinônimo da grande agenda deEPA. Da mesma forma, a classificação da OCDE-CAD eoutras classificações padrões de auxílio usam umadefinição que inclui a educação na primeira infância,educação primária e habilidades básicas da vida parajovens e adultos, inclusive a alfabetização. Segundo a

Glossário

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Classificação Internacional Normalizada da Educação(ISCED), a educação básica compreende as sériesiniciais da educação primária (primeiro estágio daeducação básica) e a educação secundária inferior(segundo estágio).

Educação continuada (ou adicional). Expressão genéricaque se refere a uma ampla variedade de atividadeseducacionais projetadas para satisfazer as necessidadesbásicas de aprendizagem dos adultos. Ver tambémEducação de adultos.

Educação de adultos. Atividades educacionais oferecidaspara adultos por meio de estruturas formais, não-formaisou informais, com o objetivo de complementar ousubstituir educação e capacitação iniciais. O objetivopode ser: (a) concluir determinado nível de educaçãoformal ou de qualificação profissional; (b) adquirirconhecimentos e habilidades em uma nova área (nãonecessariamente visando uma qualificação); e/ou (c)relembrar ou atualizar conhecimentos e habilidades. Vertambém Educação básica e Educação continuada.

Educação elementar. Ver educação primária.

Educação geral. Programas elaborados principalmentepara levar aos estudantes uma compreensão maisprofunda de uma disciplina ou de um grupo dedisciplinas, visando principalmente, mas nãonecessariamente, prepará-los para a educação futura,seja no mesmo nível, seja em um nível mais elevado.Esses programas são tipicamente baseados na escola epodem ou não conter elementos profissionalizantes. Aconclusão desses programas não garante aosestudantes uma qualificação de relevância no mercadode trabalho.

Educação não-formal. Atividades de aprendizagemtipicamente organizadas fora do sistema educacionalformal. A expressão é geralmente comparada educaçãoformal e educação informal. Em diferentes contextos, aeducação não-formal cobre atividades educacionais quevisam alfabetização de adultos, educação básica paracrianças e jovens que não freqüentam a escola,habilidades para a vida, habilidades de trabalho ecultura geral. Essas atividades geralmente têm objetivosde aprendizagem claros, porém variam em duração, naatribuição de certificados pela aquisição daaprendizagem e na estrutura organizacional.

Educação ou freqüência obrigatória. Programaseducacionais que crianças e jovens são legalmenteobrigados a freqüentar, geralmente definidos em termosde número de séries ou de faixa etária, ou ambas.

Educação primária (ISCED nível 1). Programasgeralmente desenvolvidos com base em uma unidade

ou em um projeto para proporcionar aos alunos umaeducação básica sólida em leitura, escrita ematemática, juntamente com uma compreensãoelementar de outras disciplinas, como história,geografia, ciências naturais, ciências sociais, artes emúsica. Em alguns casos, há também ensino religioso.Essas disciplinas contribuem para o desenvolvimento dacapacidade dos alunos de obter e utilizar asinformações de que necessitam sobre sua família, suacomunidade ou seu país. Também é identificado comoensino primário.

Educação secundária (ISCED níveis 2 e 3). Programa queabrange o ensino secundário inferior e superior. Oensino secundário inferior (ISCED 2) geralmente édesenvolvido para dar continuidade aos programasbásicos do nível primário, mas tipicamente o ensino estámais focalizado nas disciplinas, exigindo professoresmais especializados em cada área disciplinar. O finaldeste nível geralmente coincide com a conclusão daeducação obrigatória. No ensino secundário superior(ISCED 3) – etapa final da educação secundária emmuitos países – a instrução muitas vezes é organizadaainda mais acentuadamente por disciplinas e,normalmente os professores necessitam de qualificaçãode nível mais alto ou mais específica por disciplina doque os professores do ISCED nível 2.

Educação e treinamento técnico e vocacional (ETTV).Programas desenvolvidos principalmente para prepararestudantes para o ingresso direto em determinadaocupação ou atividade comercial (ou classes deocupações ou atividades comerciais). A conclusãodesses programas geralmente leva a uma qualificaçãoprofissional relevante para o mercado de trabalho,reconhecida pelas autoridades competentes (Ministérioda Educação, associações de empregadores etc.) nopaís onde o título é obtido.

Educação pós-secundária não superior (ISCED nível 4).Programas situados entre os níveis secundário esuperior, a partir de um ponto de vista internacional,embora possam ser claramente considerados comoprogramas de ensino secundário ou de ensino superiorem um contexto nacional. Com freqüência, essesprogramas não são significativamente mais avançadosem comparação aos programas do nível ISCED 3(secundário superior), mas servem para ampliar oconhecimento de estudantes que já concluíram umprograma desse nível. Normalmente os estudantes sãomais velhos do que os estudantes do ISCED nível 3.Tipicamente, programas ISCED nível 4 têm duraçãoentre seis meses e dois anos.

Educação pré-primária (ISCED nível 0). Programas noestágio inicial de instrução organizada, desenvolvidosprincipalmente para introduzir crianças de pouca idade,

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geralmente a partir de três anos de idade, ao ambienteescolar semelhante ao de casa, constituindo-se umaponte entre o lar e a escola. Recebendo denominaçõesdiversas, como educação infantil, creche, educaçãopré-escolar, jardim de infância ou educação na primeirainfância, esses programas constituem o componentemais formal de CEPI (Cuidados e Educação para aPrimeira Infância). Após a conclusão desses programas,as crianças continuam sua educação no ISCED 1(educação primária).

Educação secundária inferior (ISCED nível 2). Vereducação secundária.

Educação secundária superior (ISCED nível 3). Ver ensinosecundário.

Educação terciária ou superior (ISCED níveis 5 e 6).Programas com conteúdo educacional mais avançadodo que aquele oferecido nos níveis 3 e 4 do ISCED. Oprimeiro estágio da educação superior, ISCED nível 5,inclui o nível 5A, composto por programas altamenteteóricos, cujo objetivo é fornecer qualificação suficientepara o ingresso em programas de pesquisa avançada eprofissões que exigem alta qualificação. Inclui, ainda, onível 5B, cujos programas são geralmente maisdirecionados para atividades práticas, técnicas e/ouocupacionais. O segundo estágio da educação superior,ISCED nível 6, compreende programas dedicados aestudos avançados e a pesquisas originais, levando auma qualificação em pesquisa avançada.

Eqüidade. Em educação, a extensão em que o acesso e asoportunidades para crianças e adultos são justas eiguais. Isso implica a redução de desigualdadesbaseadas em gênero, pobreza, residência, etnia, idiomaou outras características.

Expectativa de vida ao nascer. Número teórico de anosque um recém-nascido viveria caso os padrõesprevalecentes das taxas de mortalidade específicas poridade no ano do nascimento fossem assumidos comosendo constantes durante toda a vida da criança.

Gastos públicos em educação. Total de gastos públicoscorrentes e de capital destinados à educação pelosgovernos locais, regionais e nacionais, inclusive osmunicípios. As contribuições familiares estão excluídas.Incluem gastos com instituições públicas e privadas.Gastos correntes incluem gastos com bens e serviçosconsumidos durante determinado ano e que devem serrenovados no ano seguinte, tais como: salários ebenefícios de pessoal; contratação e compra deserviços; outros recursos, inclusive livros e materiaisdidáticos; serviços de assistência social; e outros gastos,como mobiliário e equipamentos, pequenos reparos,combustível, telecomunicações, deslocamentos,

seguros e aluguéis. Gasto de capital incluem gastoscom construção, reformas e reparos importantes dosedifícios e aquisição de equipamentos pesados ouveículos.

Graduado. Pessoa que concluiu com aprovação o últimoano de um nível ou sub-nível educacional. Em algunspaíses, a conclusão ocorre como resultado da aprovaçãoem exame ou em uma série de exames. Em outros,ocorre após a acumulação de determinado númeroexigido de horas de curso. Algumas vezes, os dois tiposde conclusão ocorrem em um mesmo país.

Idade de admissão (oficial). Idade na qual os alunos ouestudantes são admitidos em determinado programa ounível de educação, supondo que tenham iniciado no nívelmais elementar com a idade oficial de admissão, quenão tenham interrompido seus estudos, e que tenhamprogredido através do sistema sem repetência e semdeixar de freqüentar nenhuma série. A idade teórica deadmissão em determinado programa ou nível pode sermuito diferente da idade real, ou mesmo da idade deadmissão mais usual.

Idioma indígena. Um idioma originado em determinadoterritório ou em uma comunidade específica e que nãofoi trazido de outro lugar.

Incapacidade. Um problema físico ou mental, que podeser temporário ou permanente, e que limita asoportunidades de uma pessoa de participar dacomunidade em nível de igualdade com os outros.

Índice de Desenvolvimento da Educação (IDE).Índice composto que visa medir os progressos em geralem direção à EPT. Atualmente, o IDE incorpora osquatro objetivos de EPT que podem ser mais facilmentequantificados – Educação Primária Universal, medidapela taxa líquida de matrícula; alfabetização de adultos,medida pela taxa de alfabetização de adultos; igualdadede gênero, medida pelo índice de EPT relativo a gênero;e qualidade da educação, medida pela taxa desobrevivência até a 5ª série. Seu valor é a médiaaritmética dos valores desses quatro indicadores.

Índice de EPT relativo a gênero (IEG). Índice compostoque mede o desempenho relativo com relação àigualdade de gênero na participação total na educaçãoprimária e secundária, assim como a igualdade degênero na alfabetização de adultos. O IEG é calculadocomo a média aritmética dos índices de igualdade degênero de Taxas Brutas de Escolarização na educaçãoprimária e secundária.

Índice de Paridade de Gênero (IPG). Relaçãomulher/homem dos valores de determinado indicador(em alguns casos, relação homem/mulher). Um IPG

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com valor 1 indica paridade entre os gêneros; um IPGacima ou abaixo de 1 indica uma desigualdade em favorde um gênero com relação ao outro.

Matrícula. Número de alunos ou estudantes matriculadosem determinado nível de educação, independentementeda idade. Ver também Taxa Bruta de Escolarização eTaxa Líquida de Escolarização.

Matrícula privada. Número de alunos matriculados emuma instituição que não é dirigida por uma autoridadepública, e sim controlada e gerenciada, com ou sem finslucrativos, por entidades privadas, tais comoorganizações não-governamentais, entidades religiosas,grupos de interesse especial, fundações ou empresas.

Matrícula pública. Número de alunos matriculados eminstituições controladas e gerenciadas por autoridadesou agências públicas (nacionais/federais, estaduais/provinciais ou locais), independentemente da origem deseus recursos financeiros.

Necessidades básicas de aprendizagem. Definidas naDeclaração Mundial sobre Educação para Todos(Jomtien, Tailândia, 1990) como ferramentas essenciaispara a aprendizagem (por exemplo, alfabetização,expressão oral, operações com números, resolução deproblemas) e conteúdo básico de aprendizagem (porexemplo, conhecimentos, habilidades, valores, atitudes)que os indivíduos devem adquirir para sobreviver,desenvolver capacidades pessoais, viver e trabalhar comdignidade, participar no desenvolvimento, melhorar aqualidade de vida, tomar decisões conscientes econtinuar o processo de aprendizagem. O escopo dasnecessidades básicas de aprendizagem e a maneiracomo devem ser adquiridas variam de acordo com opaís e a cultura, e modificam-se ao longo do tempo.

Novatos. Alunos admitidos em determinado nível deeducação pela primeira vez. A diferença entre o númerode matrícula e o número de repetentes na primeirasérie desse nível.

Novatos na 1ª série da educação primária comexperiência em CEPI. Número de novatos na primeirasérie da escola primária que freqüentaram o equivalentea, no mínimo, 200 horas de programas organizados deCEPI, expresso como um percentual do número total denovatos da primeira série.

Padrão Internacional de Classificação para Educação(ISCED). Sistema de classificação desenvolvido comoinstrumento para reunir, compilar e apresentarindicadores e estatísticas comparáveis sobre educação,tanto dentro de cada país como internacionalmente.Esse sistema foi introduzido em 1976 e revisado em1997 (ISCED97).

Países Menos Desenvolvidos (PMDs). Países de baixarenda que, de acordo com as Nações Unidas, têmrecursos humanos frágeis (com base em indicadores denutrição, saúde, educação e alfabetização de adulto) esão economicamente vulneráveis. Uma categoriautilizada para orientar doadores e países na alocação deassistência estrangeira.

Paridade de Poder de Compra (PPC). Taxa de conversãoque reflete as diferenças de preços entre os países,permitindo comparações internacionais de produção ede rendimentos reais.

Pedagogia. Profissão, ciência ou teoria de ensino.

População em idade escolar. População da faixa etáriaque oficialmente corresponde a determinado nível deeducação, quer esteja matriculada na escola ou não.

Preços constantes. Modo de expressar valores em termosreais que permite comparações ao longo do tempo.Para medir mudanças em renda ou produto nacionalreal, economistas utilizam o valor total da produção emcada ano a preços constantes, utilizando um conjunto depreços aplicados em determinado ano base.

Primeira infância.Período da vida de uma criança donascimento aos oito anos de idade.

Produto Interno Bruto (PIB). Valor de todos os bens eserviços finais produzidos em um país em um ano (vertambém Produto Nacional Bruto). O PIB pode sermedido por meio da soma do total de: (a) receitas(salários, juros, lucros e empréstimos); ou (b) gastos(consumo, investimento, aquisições do governo),acrescida das exportações líquidas (exportações menosimportações). Os dois resultados devem ser iguais, umavez que os gastos de uma pessoa semprecorrespondem à receita de outra pessoa. Portanto, asoma de todas as receitas deve ser igual à soma detodos os gastos.

Produto Interno Bruto per capita. PIB dividido pelapopulação total na metade do ano.

Produto Nacional Bruto (PNB). Valor de todos os bens eserviços finais produzidos em um país em um ano(Produto Interno Bruto), acrescido das receitasprovenientes de fontes externas, menos a receitadestinada a não-residentes. O PNB é muito inferior aoPIB quando a maior parte da receita proveniente daprodução de país é destinada a pessoas ou empresasestrangeiras. Entretanto, quando pessoas ou empresasretêm grande quantidade de ações ou títulos deempresas ou governos estrangeiros, e recebem umarenda proveniente desses papéis, o PNB pode ser maiorque o PIB.

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Produto Nacional Bruto per capita. PNB dividido pelapopulação total na metade do ano.

Professor habilitado. Professor que recebeu o nívelmínimo de formação exigido para o ensino no nível noqual atua em um determinado país.

Professores ou equipe de ensino. Pessoas empregadasem período integral ou parcial como professoresregulares para orientar e conduzir experiências deaprendizagem de alunos e estudantes,independentemente de suas qualificação ou dosmétodos de provimento de ensino, isto é, presenciale/ou à distância. Esta definição exclui pessoas que nãoexercem atividades de ensino (por exemplo, coordenadoresou diretores que não lecionam) e pessoas que trabalhamocasionalmente ou que realizam trabalho voluntário.

Programa de setor abrangente. Programa onde todo ofinanciamento significativo para o setor apóia uma únicapolítica de setor ou programas de gastos, sob aliderança do governo, adotando abordagens comunsentre o setor e avançando para contar comprocedimentos do governo para desembolso econtabilidade de todos os fundos.

Quintil. Em estatística, cada um dos cinco grupos iguaisem que uma população pode ser dividida de acordo coma distribuição de valores de uma variável.

Relação alunos/professor. Número médio de alunos porprofessor em um nível específico de educação, baseadoem contagem de indivíduos, tanto para alunos comopara professores.

Relação alunos/professor habilitado. Número médio dealunos por professor habilitado em um determinadonível de ensino, com base na contagem de alunos eprofessores habilitados.

Remuneração de professor. Consiste no salário base doprofessor acrescido de todas as bonificações. A expressãosalário base refere-se ao salário anual bruto mínimoprogramado para um professor em período integral comcapacitação mínima necessária para qualificação noinício de sua carreira. Salários-base relatados sãodefinidos como a soma do dinheiro pago pelo empregadorpelo trabalho realizado, menos a contribuição doempregador a previdência social e fundo de pensão.Bonificações que fazem parte regularmente do salárioanual (como décimo terceiro salário ou adiantamento deférias) estão normalmente incluídos no salário base.

Repetentes. Número de alunos matriculados na mesmasérie ou no mesmo nível que freqüentaram no anoanterior, expresso como porcentagem do número totalde matrículas naquela série ou naquele nível.

Retardo de crescimento. Proporção de menores de 5 anosde idade situados abaixo de menos 2 e menos 3 desvios-padrão da altura mediana para a idade de população-referência. Baixa estatura para a idade é um indicadorbásico de desnutrição.

Série. Estágio de instrução geralmente equivalente a umano letivo completo.

Subnutrição/Má nutrição. A condição das pessoas quetêm um consumo de energia na dieta que está abaixo donecessário para manter uma vida saudável e realizaratividades físicas leves. A má nutrição se refere adeficiências nutritivas em termos de quantidade ouqualidade (falta de nutrientes ou vitaminas específicos).

Supletivo. Programas inicialmente organizados paracrianças e jovens que não tiveram acesso ouabandonaram a educação formal primária/básica.Normalmente esses programas visam fornecer cursosequivalentes ao ensino primário/básico e alinhar osgrupos alvos no sistema formal, mediante o término doprograma supletivo.

Taxa Bruta de Admissão (TBA). Número total de novosingressantes em determinada série da educaçãoprimária, independentemente de idade, expresso comoporcentagem da população na idade oficial de admissãonaquela série.

Taxa Bruta de Escolarização (TBE). Número de alunosmatriculados em determinado nível de educação,independentemente de idade, expresso comoporcentagem da população pertencente ao grupo etárioque oficialmente corresponde a esse nível de educação.Para o nível superior, é utilizada a população no grupoetário cinco anos acima da idade de conclusão do ensinosecundário. A TBE pode ultrapassar 100% em razão deingresso precoce ou tardio e/ou repetência.

Taxa de alfabetização de adultos. Número de adultos apartir de 15 anos de idade alfabetizados, expresso comoporcentagem do total da população adulta nesse grupoetário. As diferentes maneiras de definir e avaliar aalfabetização podem produzir resultados diferentes emrelação ao número de pessoas consideradasalfabetizadas.

Taxa de alfabetização de jovens. Número de pessoasentre 15 e 24 anos de idade alfabetizadas, expressocomo porcentagem da população total nesse grupoetário.

Taxa de conclusão do ensino primário. Número de alunosque concluem o último ano da escola primária expressocomo porcentagem do número de alunos queingressaram no primeiro ano.

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Taxa de escolarização para idade específica (TEIE).Número de matrículas de determinado grupo etário,independentemente do nível educacional em que osalunos ou estudantes estão matriculados, expressocomo porcentagem da população pertencente aomesmo grupo etário.

Taxa de evasão por série. Porcentagem de alunos ouestudantes que abandonam determinada série emdeterminado ano letivo. É a diferença entre 100% e asoma das taxas de promoção e de repetência.

Taxa de mortalidade infantil ou de menores de cinco anos.Probabilidade de morte entre o nascimento eexatamente os cinco anos de idade por mil nascidos vivos.

Taxa de participação na força de trabalho. Parcela dapopulação empregada e desempregada em comparaçãocom a população em idade produtiva.

Taxa de prevalência de HIV. Número estimado de pessoasem determinado grupo etário vivendo com HIV/Aids aofinal de determinado ano, expresso como porcentagemda população total pertencente ao grupo etáriocorrespondente.

Taxa de repetência por série. Número de repetentes emdeterminada série em determinado ano letivo, expressocomo porcentagem do número de matrículas naquelasérie no ano letivo anterior.

Taxa de sobrevivência por série. Porcentagem de alunosou estudantes matriculados na primeira série de umciclo educacional em determinado ano letivo que devematingir uma série determinada, independentemente derepetência.

Taxa de transição para a educação secundária. Novosingressantes na primeira série do ensino secundário emdeterminado ano, expresso como porcentagem donúmero de alunos matriculados na última série doensino primário no ano anterior.

Taxa Líquida de Admissão (TLA). Número de novosingressantes na primeira série do ensino primário coma idade oficial de ingresso no ensino primário, expressocomo porcentagem da população pertencente a essegrupo etário.

Taxa Líquida de Escolarização (TLE). Número de alunosmatriculados em determinado nível, no grupo etáriooficial de freqüência em determinado nível de educação,expresso como porcentagem da população pertencentea esse grupo etário.

Taxa Líquida de Freqüência (TLF). Número de alunos nogrupo etário oficial de freqüência em determinado nívelde educação e que freqüentam a escola nesse nível,expresso como porcentagem da população pertencentea esse grupo etário.

Taxa Líquida Total de Escolarização Primária (TLTEP).Número de alunos matriculados no ensino primário, nogrupo etário oficial de freqüência desse nível deeducação, expresso como porcentagem da populaçãopertencente a esse grupo etário.

Taxa total de fertilidade. Número médio de filhos queuma mulher teria se vivesse até o final de seus anosférteis (15 a 49 anos) e tivesse filhos em cada idade, deacordo com as prevalentes de fertilidade por idadeespecífica.

Trabalho infantil. O trabalho que priva as crianças de suainfância, seu potencial e sua dignidade, e que éprejudicial ao desenvolvimento físico e mental delas.

Variância. Uma medida de dispersão de uma dadadistribuição.

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B R A S I L66 R E L A T Ó R I O D E M O N I T O R A M E N T O D E E D U C A Ç Ã O P A R A T O D O S 802 0

AIDS Síndrome de Imunodeficiência Adquirida

ANRESC Avaliação Nacional do Rendimento Escolar

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CAQ Custo Aluno Qualidade

CEPI/ECCE Cuidados e Educação na Primeira Infância

CDES Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social

DHS Pesquisas de Demografia e Saúde

DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

E-9 Nove países muito populosos: Bangladesh, Brasil, China, Egito, Índia, Indonésia, México, Nigéria, Paquistão

ECPI Educação e Cuidado na Primeira Infância

EJA Educação de Jovens e Adultos

ENEM Exame Nacional do Ensino Médio

EPT/EFA Educação para Todos

EUROSTAT Escritório de Estatística das Comunidades Européias

FUNDEB Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação

FUNDEF Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério

FUNDESCOLA Fundo de Fortalecimento da Escola

HIV/Aids Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndromeda Imunodeficiência Adquirida

IDE/EDI Índice de Desenvolvimento da Educação

IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

IEG/GEI Índice EPT relativo a Gênero

IFET Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

IPG/GPI Índice de Paridade de Gênero

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

ISCED Classificação Internacional Padronizada para a Educação

IUE/UIS Instituto da UNESCO para Estatísticas

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

MEC Ministério da Educação e Cultura

MDS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

OCDE/OECD Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômicos

OIT/ILO Organização Internacional do Trabalho

ONG/NGO Organização Não-Governamental

ONU/UN Organização das Nações Unidas

Lista de abreviaturasSiglas utilizadas em português/Siglas utilizadas em inglês

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OREALC Escritório Regional da UNESCO para Educação na América Latina e CaribePAR Plano de Ações Articuladas

PDE Plano de Desenvolvimento da Educação

PETI Programa de Erradicação do Trabalho Infantil

PISA Programa Internacional de Avaliação de Estudantes

PNB/GNP Produto Nacional Bruto

PNUD/UNDP Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PPC/PPP Paridade do Poder de Compra

PROEJA Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos

PROINFÂNCIA Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil

PROJOVEM Programa Nacional de Inclusão de Jovens

SAEB Sistema de Avaliação da Educação Básica

SINAES Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

TBA/GIR Taxa Bruta de Admissão

TBE/GER Taxa Bruta de Escolarização

TLE/NER Taxa Líquida de Escolarização

UAB Universidade Aberta do Brasil

UNAIDS Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV/Aids

UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância

Siglas utilizadas em português/Siglas utilizadas em inglês

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