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Superintendência de Controles e Gerenciamento de Riscos - Sucor Gerência de Riscos Financeiros – Gerif Relatório Trimestral de Gerenciamento de Riscos 3º Trimestre de 2016 Belém Setembro 2016 p. 1 – 17 Relatório Trimestral de Gerenciamento de Riscos

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Superintendência de Controles e Gerenciamento de Riscos - Sucor

Gerência de Riscos Financeiros – Gerif

Relatório Trimestral de

Gerenciamento de Riscos

3º Trimestre de 2016

Belém nº Setembro 2016 p. 1 – 17

Relatório Trimestral de

Gerenciamento de Riscos

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Relatório Trimestral de Gerenciamento de Riscos

Publicação Trimestral do Banco do Estado do Pará (Banpará)

É permitida a reprodução das matérias, desde que mencionada a fonte: Relatório de Gerenciamento de Riscos, 3T16. Eventuais divergências entre dados e totais ou variações percentuais são provenientes de arredondamentos. Banco do Estado do Pará Sucor/Gerif Edifício-Sede – 6º andar 66010-000 Belém – Pa Fone/ Fax: (91) 3348 – 3228 / 3348 - 3265

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Sumário

Prefácio 3 1 Gerenciamento de Risco.. ................................................................................. 4 2 Estrutura de Gerenciamento de Riscos ......................................................... 4 2.1 Risco de Mercado............................................................................................. 4 2.1.1 Monitoramento – VaR Proprietário .......................................................... 4 2.1.2 VaR Segregado por Carteira ........................................................................ 5 2.1.3 Efeito Diversificação .................................................................................... .5 2.1.4 Valor Exposto Segmentado por Fator de Risco ....................................... 5 2.1.4.1 Carteira Trading ................................................................................... 5 2.1.4.2 Carteira Banking .................................................................................. 6 2.1.5 Análise de Sensibilidade (Circular 3.365/07) ........................................... 6 2.2 Risco de Liquidez............................................................................................. 6 2.2.1 Stress Test .................................................................................................... 7 2.3 Risco de Crédito ................................................................................................................ 7 2.3.1 Classificação da Carteira por Nível de Risco .............................................. 7 2.3.2 Total da Carteira de Crédito .......................................................................... 8 2.3.3 Exposição por Cliente ( 10 e 100 Maiores) ................................................... 8 2.3.4 Concentração da Carteira de Crédito .......................................................... 8 2.3.5 Prazo a Decorrer das Operações de Crédito .............................................. 9 2.3.6 Montante das Operações em Atraso, Bruto de Provisões e Excluídas as Operações Baixadas para Prejuízo ..........................................................9 2.3.7 Fluxo das Operações Baixadas para Prejuízo ............................................ 10 2.3.8 Provisão para Carteira de Crédito ............................................................... 10 2.3.9 Exposição e Cred-vaR da Carteira de Crédito ............................................ 10 2.3.10 Stress da Carteira de Crédito ..................................................................... 11 2.3.11 Ativos Ponderados pelo Risco de Crédito (RWACPAD) por Fator de Ponderação de Risco (FPR) ..................................................................... 11 2.3.12 Instrumentos Mitigadores do Risco de Crédito ......................................... 11 2.4 Risco Operacional .......................................................................................................... 12 2.4.1 Conceito ..................................................................................................... 12 2.4.2 Estrutura ..................................................................................................... 12 2.4.3 Identificação e Gerenciamento de Eventos de Risco ................................. 12 2.4.4 Base de Perdas Operacionais .................................................................... 13 2.4.5 Metodologia de Alocação de Capital ........................................................... 14 3 Gerenciamento de Capital ................................................................................................ 14 3.1 Detalhamento do Cálculo do Patrimônio de Referência (PR) ............... 14 3.2 Capital Regulatório ................................................................................ 15 3.2.1 Detalhamento dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) .................. 15 3.3 Acompanhamento do Índice de Basiléia ............................................... 16 3.4 Razão de Alavancagem (RA) ................................................................ 16 4 Conclusão ............................................................................................................................. 17

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Prefácio Em atendimento à circular Bacen nº 3.678/13 e em consonância com as Resoluções CMN nº 3.380/06, 3.464/07, 3.721/09, 3.988/11, 4.090/12, 4.194/13, 4.388/14 e 4.443/15, assim como as Circulares relacionadas. O presente relatório visa apresentar informações do 3º Trimestre de 2016 (3T16), relativas à gestão de riscos financeiros e operacionais, aos Ativos Ponderados pelo Risco e à adequação do Patrimônio de Referência, definidos nos termos da Resolução 4.442/15.

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1. Gerenciamento de Risco

A cultura de gerenciamento de riscos no Banpará está pautada nos Princípios Fundamentais dos Acordos de Basileia, bem como nas regulamentações do Banco Central do Brasil. O processo de gestão de riscos envolve todas as unidades gerenciadoras de processos/riscos, estimulando o envolvimento direto dos gestores, de modo a fortalecer a disseminação da cultura de gestão de riscos na Instituição.

2. Estrutura de Gerenciamento de Riscos

A Superintendência de Controles e Gerenciamento de Riscos - Sucor é vinculada à Diretoria de Controladoria, Planejamento e Relação com Investidores - Dicop, conforme organograma abaixo:

2.1. Risco de Mercado

2.1.1. Monitoramento – VaR Proprietário

A Política Institucional de Gerenciamento de Risco de Mercado do Banpará estabelece diretrizes, limites e parâmetros que orientam a Instituição no controle e gestão de todas as operações expostas ao risco de mercado, mensurado diariamente por meio do cálculo do VaR Proprietário, relativamente ao seu Patrimônio de Referência (PR). No fechamento do 3º trimestre de 2016, o VaR Proprietário apontou o valor em risco de R$ 14.196.221,60. Os valores máximo, médio e mínimo do VaR Proprietário, no trimestre, em relação ao fechamento do trimestre anterior (2T16), estão demonstrados na tabela abaixo.

Fonte: Sucor/Gerif

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2.1.2. VaR Segregado por Carteira

O VaR segregado por carteira trading e banking, para 1 du, no final do 3T16, apresentou-se conforme tabela abaixo. No período, o VaR das operações trading e banking reduziu em 46,65% e 30,32%, respectivamente, quando comparado ao fechamento do trimestre anterior. A diminuição do valor em risco das posições negociáveis deve-se, principalmente, a redução da duration do ativo das operações prefixadas, em 15,38% e redução no valor exposto total ao fator de risco Pré em 146,90%. No caso das operações mantidas até o vencimento, impactou a diminuição da volatilidade das taxas Pré (252 du) em 30,0%, Pré (504 du) em 26,27%, TR (2.520 du) em 30,08% e IGPM (1.260 du) 42,45%.

Fonte: Sucor/Gerif

2.1.3. Efeito Diversificação

O efeito diversificação utiliza a correlação entre os diversos fatores de risco, resultando na redução da perda potencial do valor em risco total (VaR 1du). Equivale à diferença entre o valor em risco total e o somatório das parcelas individuais de cada fator de risco. Para o 3T16, o efeito diversificação apresentou-se conforme seguir:

Fonte: Sucor/Gerif

2.1.4. Valor Exposto Segmentado por Fator de Risco

2.1.4.1. Carteira Trading

O aumento percebido no valor exposto ativo da carteira trading, quando comparado ao fechamento do trimestre anterior, deve-se, sobretudo, ao aumento no saldo das compromissadas em 23,39%, e o aumento do passivo deve ao aumento das obrigações para com terceiros, na rubrica Recompras a Liquidar, exposta ao fator de risco Pré, essa, sendo responsável pela redução do valor exposto total da carteira trading.

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Fonte: Sucor/Gerif

2.1.4.2. Carteira Banking

O crescimento percebido no valor exposto consolidado da carteira banking, relativamente ao 2T16, deve-se ao crescimento das operações de varejo – principalmente, das operações consignadas.

Fonte: Sucor/Gerif

2.1.5. Análise de Sensibilidade

Com o objetivo de identificar os fatores de risco e os respectivos choques que possam causar maiores variações no valor de mercado das operações mantidas até o vencimento, o Banpará realiza mensalmente a análise de sensibilidade, relativamente ao PR. A carteira é segregada segundo os seus fatores de riscos e analisada quanto à variação de seu valor de mercado, considerando a menor e a maior taxa (1º e 99º percentis) de uma série histórica de variação de taxas. Assim, mensura-se o percentual de variação nas taxas necessário para acarretar perdas no valor de mercado das referidas operações. Tais perdas são equivalentes

a 5%, 10% e 20% do PR (Circular 3.365/07), demonstrados nos cenários 1,2 e 3, respectivamente. As simulações subsidiam a avaliação comportamental do perfil de risco das operações não negociáveis do Banco. Segue abaixo o quadro demonstrativo com os cenários descritos, no fechamento do 3T16:

Fonte: Sucor/Gerif

Para os fatores de riscos IGP-M não foram demonstradas variações de patrimônio, pois a

exposição para esse fator de risco não representa o percentual mínimo de 5% (cinco por

cento) do total das exposições da carteira banking PR (Circular 3.365/07). Para o fator de

risco TR, no cenário 3, o valor do choque na curva capaz de causar perdas no valor de

mercado equivalente a 20% do PR, superaria 9.999 bases points, o que supera os todos os

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cenários de estresse aplicado pelo Banco nos respectivos fatores de risco. Por conta disso,

nesse último caso, o choque e o resultante delta não são apresentados.

2.2. Risco de Liquidez

Para efetuar o controle da margem de liquidez, o Banpará utiliza a Asset Liability Management (ALM) como ferramenta para gerenciar o fluxo de caixa e efetuar as análises de run-off e de profit & loss (de acordo com a Resolução – CMN nº 4.090/2012 e a Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Liquidez da Instituição, utiliza também o Orçamento, que é uma ferramenta de planejamento dos ativos e passivos para médio e longo prazos, considerando-se ainda, as despesas da Instituição.

Mediante parametrização do sistema de gerenciamento de riscos, a margem de liquidez é projetada diariamente, para o período mínimo de 90 du, o que possibilita identificar impactos na liquidez gerados pelas operações realizadas pela Instituição.

O Limite Mínimo Liquidez (LML) é o valor estipulado como necessário para que o Banco honre seus compromissos. Além disso, utilizamos o conceito de Pré Acionador do Plano de Contingência (Papco), cuja função é sinalizar o momento de adoção de medidas de contingência em situações em que a margem de liquidez se aproxime do LML estipulado pelo Banco para garantir sua liquidez. Para manter adequado o nível mínimo de liquidez utilizamos o conceito do Índice de Liquidez de Curto Prazo - LCR ( Liquidity Coveragio Ratio) para a estipulação do LML e do Papco.

A Diretoria Colegiada é informada tempestivamente das posições detidas pelo Banco por meio de relatórios quinzenais de riscos e de Atas das reuniões do Comitê de Risco de Mercado e Liquidez.

2.2.1. Stress Test

O Banpará utiliza a configuração de cenário de stress de liquidez com vistas a observar o comportamento da margem de liquidez do Banco em situações que possam gerar desequilíbrio em sua liquidez. O Cenário de stress considera, para efeitos de configuração, o acréscimo de 20% sobre a estimativa de saques de depósito à vista, depósito a prazo e poupança, sem novas captações de recursos, e o aumento de 10% no atraso das operações de crédito. A margem de liquidez projetada para 90 du, no 3T16, apresentou-se adequada, considerando-se o Papco e o LML previstos na Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Liquidez do Banco.

2.3. Risco de Crédito

O Risco de Crédito define-se como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração da classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

A Gestão do Risco de Crédito abrange todas as operações detidas pelo Banco, contemplando o conjunto de áreas da Instituição que participam direta e indiretamente do ciclo creditício (prospecção, avaliação, concessão, gestão do risco institucional, cobrança e recuperação de crédito).

2.3.1. Classificação da Carteira por Nível de Risco

O Banpará adota as diretrizes estabelecidas na Resolução nº. 2.682/1999 do Conselho

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Monetário Nacional para constituição de provisão para possíveis perdas. No fechamento do 3º trimestre de 2016, a carteira de crédito classificada por nível de risco atingiu o montante contábil de R$ 3.646 bilhões, com 93% dos contratos classificados no nível de risco A.

2.3.2. Total da Carteira de Crédito

A informação apresentada na tabela seguinte demonstra o desmembramento da carteira de crédito global, quanto à concessão por segmento:

2.3.3. Exposição por Cliente (10 e 100 Maiores)

O percentual correspondente as 10 e 100 maiores exposições, em relação ao total das operações com características de concessão de crédito, no 3º trimestre de 2016, está representado nas tabelas a seguir:

2.3.4. Concentração da Carteira de Crédito

As tabelas a seguir apresentam a concentração da carteira de crédito, por tipo de pessoa, no 3º trimestre de 2016:

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- Pessoa Física:

- Pessoa Jurídica (Por Setor Econômico – CNAE):

2.3.5. Prazo a Decorrer das Operações de Crédito

A seguir, demonstramos o prazo a decorrer das operações de crédito, apurado no 3º trimestre de 2016:

2.3.6. Montante das Operações em Atraso, Bruto de Provisões e Excluídas as Operações Baixadas para Prejuízo

A seguir apresentamos o montante das operações em atraso, segregada por faixas de prazo,

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apurado no 3º trimestre de 2016.

2.3.7. Fluxo das Operações Baixadas para Prejuízo

A seguir, demonstramos o fluxo das operações baixadas para prejuízo, apurado no 3º trimestre de 2016:

2.3.8. Provisão para Carteira de Crédito

O montante de provisões para cobertura das perdas esperadas, apurado no 3º trimestre de 2016 está representado a seguir:

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2.3.9. Exposição e Cred-VaR da Carteira de Crédito

No 3º trimestre de 2016, a carteira de crédito do Banpará registrou exposição global ao risco de crédito, no volume de R$ 5.473.537.998,28 (MtM), um aumento de 2,85% em relação ao mês de jun/16. O valor em risco, Cred-VaR originado nas informações de crédito da Instituição, representa 0,1% sobre a exposição. A perda esperada (Expected Loss – EL) equivale à aplicação da inadimplência sobre o valor presente adimplente e a perda não esperada (Unexpected Loss – UL) representa a diferença entre o valor do Cred-VaR e a perda esperada.

2.3.10. Stress da Carteira de Crédito

No 3º trimestre de 2016, considerando como premissa de stress a degradação de uma classe de risco do cliente, a probabilidade de inadimplência efetiva sofre aumento de 0,6%. Em relação ao cenário de normalidade, o Prinad Efetivo sofre variação percentual de 600,0%, o Cred-Var de 692,4%, a perda esperada e a perda não esperada em 607,0% e 1117,7%, respectivamente.

Onde: Delta: diferença absoluta entre a normalidade e as informações relativas à aplicação do stress. % Delta: variação percentual entre o cenário de normalidade e o de stress.

2.3.11. Ativos Ponderados pelo Risco de Crédito (RWACPAD) por Fator de Ponderação de Risco (FPR)

O total do RWACPAD, segregado por Fator de Ponderação de Risco, apresentou um crescimento de aproximadamente 5,45% em relação ao trimestre anterior, em função principalmente do aumento das exposições das operações de créditos, depósitos interfinaceiros, relações interfinanceiras e demais direitos. Quando comparado ao RWACPAD médio do trimestre anterior houve um aumento de 5,60%. Abaixo, a evolução dos ativos ponderados pelo risco de crédito (valor contábil aplicado o Fator de Ponderação - FPR) e a média calculada no 3º trimestre de 2016.

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2.3.12. Instrumentos Mitigadores do Risco de Crédito

Para clientes Pessoa Física considera-se como mitigadores, a condição de recebimento de proventos no Banco, a efetividade em cargos da Administração Pública Estadual, ser aposentado ou pensionista do Estado, funcionário do Banco ativo ou inativo, funcionário do Município, entre outros.

Para clientes Pessoa Jurídica são utilizadas como mitigadores garantias tais como Fiança Bancária, Aval Solidário, Cessão de Direito Creditório entre outras, conforme estabelece a Política Institucional de Crédito Comercial, Fomento e Câmbio.

2.4. Risco Operacional

2.4.1 Conceito

O risco operacional resulta da possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos, incluindo ainda o risco legal associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pelo banco, assim como as sanções aplicadas em decorrência de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros provenientes de atividades desenvolvidas pela Instituição.

2.4.2 Estrutura

O Banco possui uma estrutura organizacional de gestão do risco operacional integrada pela Diretoria de Controladoria, Planejamento e Relações com os Investidores – Dicop, Superintendência de Controles e Gerenciamento de Riscos – Sucor e pela Superintendência de Segurança Empresarial – Susem, com a responsabilidade pela identificação de fragilidades, mensuração dos riscos, estabelecimento de melhorias nos controles e pelo plano de continuidade de negócios. Cabe às demais áreas gestoras a observação, sinalização dos eventos e a implementação de ações para mitigação das falhas, deficiências ou inadequações, conforme Política de Gerenciamento do Risco Operacional, aprovada pelo Conselho de Administração, baseando-se na Resolução nº 3.380/2006, do Conselho Monetário Nacional.

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O processo de gerenciamento do risco operacional é composto pelas fases de identificação, avaliação, mitigação, controle e monitoração dos riscos das atividades e processos, concebidos e conduzidos pelas unidades institucionais. A gestão do risco operacional visa apresentar a compatibilidade entre a natureza e a complexidade dos produtos, serviços, atividades, processos e sistemas, assim como disseminação da cultura de risco em nível institucional, tendo como fundamento o cumprimento das regulamentações publicadas pelo Banco Central do Brasil.

2.4.3. Identificação e Gerenciamento de Eventos de Risco

A área de Controles Internos e Risco Operacional atuam de acordo com as melhores práticas do mercado financeiro e com as diretrizes estabelecidas pela Política de Gerenciamento do Risco Operacional. Alinhado à estratégia institucional, o gerenciamento de riscos e controles internos atua de modo coeso e coordenado ativando planos de ação, quando necessário, como medidas corretivas e preventivas, para a mitigação dos riscos operacionais, procedentes de variadas origens: autoavaliação de risco e controles, reunião de comitê, relatório/demanda de auditoria interna, revisão de política e auditoria operacional matriz.

No 3T16, a partir da monitoração de controles internos, foram finalizados 10 (dez) planos de ação, dentre os quais são oriundos de autoavaliação das unidades (Agência e Matriz), Controles Internos, Auditoria Operacional Matriz e Reunião de Comitê.

Fonte: Sucor/Gecro

2.4.4. Base de Perdas Operacionais

O registro das perdas históricas referentes ao risco operacional permite a identificação dos principais eventos que impactam no resultado do Banco. Dessa forma, possibilita a proposição de ações mitigadoras quando da identificação das fragilidades que originaram os eventos registrados na Base de Perdas. As informações são coletadas mensalmente e classificadas de acordo com os eventos de risco estabelecidos pela Resolução CMN nº

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3.380/2006, com a finalidade de monitoração e reporte à alta administração, bem como atualização da base, em observância às diretrizes do Conselho Monetário Nacional (CMN).

A tabela abaixo apresenta as perdas relacionadas ao risco operacional, distribuídas por eventos no período do presente trimestre, representando o quantitativo percentual referente a cada evento em relação ao total de perdas acumuladas em cada data base.

Fonte: Sucor/Gecro

2.4.5. Metodologia de Alocação de Capital

O Banpará segue a metodologia da Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada (Apas) com a finalidade de realizar a apuração semestral dos ativos ponderados pelo risco operacional por abordagem padronizada (RWAOPAD), levando em consideração os cálculos do IE (Indicador de Exposição ao Risco Operacional) e do IAE (Indicador Alternativo de Exposição ao Risco Operacional), conforme estabelece a Circular nº 3.640, de 04/03/2013, divulgada pelo Banco Central do Brasil.

O cálculo da parcela RWAOPAD é realizado nas datas-bases 30 de junho e 31 de dezembro, considerando os 03 (três) últimos períodos anuais. No 3º trimestre de 2016 a parcela de capital para o risco operacional (RWAOPAD) registrou um valor aproximado de R$ 355.797 milhões (gráfico abaixo) um aumento de 5,7% em comparação ao 2º trimestre de 2016, decorrente do aumento das receitas de intermediação financeira e com prestação de serviços o que consequentemente elevou a apuração do Indicador de Exposição ao Risco Operacional – IE no mesmo período.

Fonte: Sucor/Gecro

3. Gerenciamento de Capital

Conforme as Resoluções CMN n° 3.988/2011 e CMN 4.388/2015, define-se como gerenciamento de capital o processo contínuo de monitoramento e controle do capital mantido pela instituição, da avaliação da necessidade de capital para fazer face aos riscos a que a

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instituição está sujeita e do planejamento de metas e de necessidade de capital, considerando os objetivos estratégicos da instituição. Essa definição conclui que a instituição deve adotar uma postura prospectiva, antecipando a necessidade de capital decorrente de possíveis mudanças nas condições de mercado.

3.1. Detalhamento do Cálculo do Patrimônio de Referência (PR)

Abaixo, o detalhamento das informações relativas ao Patrimônio de Referência do Banpará e seu comportamento ao longo do 3º trimestre de 2016, considerando suas deduções e o valor detalhado do Nível I do PR.

Fonte: Sucor/Gerif (DOC 2061)

3.2. Capital Regulatório

3.2.1. Detalhamento dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA)

Em conformidade com Basileia III apresentamos a seguir o acompanhamento dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA), no 3º trimestre de 2016. Quando comparado ao trimestre anterior, o acréscimo é de aproximadamente 5,45%, ocasionado principalmente pelo aumento do RWACPAD (decorrente do crescimento das operações de crédito, aplicações em

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depósitos interfinanceiros e demais direitos). Ressalta-se a diminuição do RWACAM em set-2016 devido a redução de operações cambiais (troca e venda de moedas).

Fonte: Sucor/Gerif (DOC 2061)

3.3. Acompanhamento do Índice de Basiléia

O Índice de Basileia do Banpará encerrou o 3º trimestre de 2016 em 19,32%, apresentando um decréscimo de 2,77% em relação ao trimestre anterior, quando registrou 19,87%. Tal redução deve-se a elevação do RWA em maior proporção que a do PR.

Fonte: Sucor/Gerif (DOC 2061)

3.4. Razão de Alavancagem (RA)

Em conformidade com a Circular Nº 3.748/2015 o Banpará passou a medir a Razão de Alavancagem - RA, índice este que tem por objetivo primordial evitar a alavancagem excessiva das instituições financeiras e o consequente aumento do risco sistêmico, com impactos indesejáveis sobre a economia. Para o fechamento do 3º trimestre de 2016 o Banco apresentou o índice de 11,94%, acima do limite mínimo de 3% disposto nas recomendações

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contidas no documento Besel III Leverage Ratio Framework and Disclosure Requirements (BCBS270) editado pelo Comitê de Basileia.

Fonte: Sucor/Gerif

4. Conclusão

O gerenciamento dos riscos corporativos tem sido realizado em conformidade com as regulamentações do Banco Central do Brasil e adequado às melhores práticas da indústria financeira. O processo de gerenciamento de riscos é dinâmico e permite que os riscos sejam proativamente identificados, mensurados, mitigados, monitorados e reportados a Alta Administração por meio de relatórios peródicos e tempestivos.

Sonia Maria Souza Vasconcelos Superintendente de Controles e Gerenciamento de Riscos

Ociene Maciel Vidal da Serra Freire Gerente de Riscos Financeiros