UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS CAMPO MOURÃO

ENGENHARIA CIVIL

WALLACE PAZETO DA SILVA REIS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO

Relatório de Estágio Curricular Obrigatório apresentado como requisito parcial à obtenção do título Bacharel em Engenharia Civil, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Campo Mourão.

Orientadores: Profa. Ma. Paula Cristina de Souza e Prof. Me. Roberto Widerski

Autorizo o encaminhamento para avaliação,

Profa. Ma. Paula Cristina de Souza

Prof. Me. Roberto Widerski

CAMPO MOURÃO

2013

RESUMO

O estágio foi realizado nas empresas SOARES E RABELLO ARQUITETURA

+ ENGENHARIA e COHAPAR (Companhia de Habitação do Paraná) durante o

período acadêmico. O trabalho se faz no relato da rotina de cada empresa vivida

pelo estagiário durante 400 horas, acompanhado de engenheiros civis, arquitetos e

tantos outros profissionais. Descreve os mais diversos detalhes e experiências

adquiridas, assim como os objetivos alcançados do estágio, os principais problemas

encontrados, a relação do estágio com o curso, a relevância de ter posto em prática

assuntos e conhecimentos até então teóricos da formação em Engenharia Civil.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................4 1.1 DESCRIÇÃO DA UCE (UNIDADE CONCEDENTE DE ESTÁGIO) ..................5 

1.2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO E RESUMO DAS ATIVIDADES ............................6 

2 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO ..................................................................7 2.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .......................................7 

2.2 PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS ..................................................21 

2.3 RELAÇÃO DO ESTÁGIO COM AS DISCIPLINAS DO CURSO .......................21 

3 CONCLUSÕES ....................................................................................................23 

3.1 APRENDIZADO PRÁTICO ...............................................................................23 

3.2 RELACIONAMENTO PROFISSIONAL .............................................................23 

3.3 SUGESTÕES PARA A UNIVERSIDADE ..........................................................23 

3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................24 

ANEXO A – ROTEIRO DE ENTREVISTA AOS CLIENTES ...................................25 

ANEXO B – PADRÃO PARA PAGAMENTO DE MÃO DE OBRA ........................28 

ANEXO C – MODELO DE CAIXA – CONTROLE INTERNO DO SETOR..............30 

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1 INTRODUÇÃO

Em meio ao crescimento do País, ao aumento do mercado imobiliário e da

viabilização de compras, ao surgimento de inúmeros empreendimentos, um

engenheiro civil pode seguir várias vertentes da sua profissão. A arte de projetar,

por exemplo, não só requer conhecimento técnico, necessita de uma boa

comunicação, atualização dos conhecimentos, prática, desenvoltura em situações

não confortáveis, criatividade, contemplar as necessidades dos seus clientes, inserir

a qualidade na construção, oferecer uma relação custo/benefício agradável, enfim,

assegurar um resultado excelente.

Um engenheiro civil que pratica a gerência deve ter um comportamento

diversificado. Muito além das técnicas, a administração de uma construção exige

qualidades como liderança, saber ouvir e ser ouvido, fazer com que a técnica seja

empregada, traçar objetivos e metas, ter uma visão ampla dos recursos, das

finanças, da logística. Entre as mais diversas opções, as áreas comentadas foram

as escolhidas para o estágio.

O relatório apresenta as atividades desenvolvidas pelo estagiário em 2

empresas.

A empresa 1 é um escritório de projetos e execução nomeada SOARES E

RABELLO ARQUITETURA + ENGENHARIA que se localiza na município de Bela

Vista do Paraíso – PR. Atuante na região a cerca de quatro anos, a empresa se

propõe a oferecer soluções construtivas e projetos modernos residenciais,

comerciais, institucionais, complementares, de urbanismo, paisagismo, interiores e

execução. A carga horária estagiada na empresa foi de 216 horas curriculares, mais

cerca de 100 horas extracurriculares.

A empresa 2, Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), é um órgão

público que atua na execução dos programas habitacionais do Governo do Estado.

A missão da empresa é atuar de forma ampla no âmbito da habitação. Tem como

metas equacionar e resolver o déficit habitacional do Estado, prioritariamente à

população de baixa renda, contudo buscando soluções para toda a sociedade,

definindo e coordenando todas as atividades necessárias para manter o nível de

moradia adequado ao mutuário e sua integração à cidade. O Escritório Regional de

Campo Mourão/ERCM que cedeu o estágio atende a 26 municípios. A carga horária

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estagiada na empresa foi de 184 horas curriculares, mais cerca de 320 horas

extracurriculares.

1.1 DESCRIÇÃO DA UCE (UNIDADE CONCEDENTE DE ESTÁGIO)

Na empresa 1, tratando-se de um escritório de projetos e execução de

construções, foram apresentados estudos, regularizações, projetos e obras de

diferentes proporções. Também a visita de obras e o acompanhamento. Dentre os

profissionais do escritório está uma Engenheira Civil, uma Arquiteta Urbanista

especialista em design de interiores e dois estagiários. Como não é possível relatar

todas as experiências em que houve a participação do estagiário, selecionou-se um

empreendimento específico para descrever a experiência adquirida. É uma obra cujo

projeto foi estudado e finalizado juntamente com o estagiário, assim como parte de

sua realização.

A obra da empresa 1, localiza-se na Rua 01, lote 09, da quadra 08, no

Residencial Senedese, Bela Vista do Paraíso – PR. É uma residência unifamiliar de

padrão médio, com área aproximada de 123,00 m² .

Figura 01: Localização da construção da residência.

Na empresa 2, sendo um Órgão Público Estadual que executa grandes

empreendimentos imobiliários, assim como obras pontuais, em áreas urbanas e/ou

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rurais, optou-se por descrever a rotina vivenciada pelo estagiário. Ora em obra, ora

predominantemente em escritório, relatou-se as visitas técnicas realizadas, as

viagens por trechos, a organização do ambiente de trabalho, cumprimento de metas,

acompanhamento de cronogramas, pagamentos, análises de cotações e negociação

com fornecedores.

A empresa 2 é localizada na Rua Mato Grosso, nº 1939 - Centro - Campo

Mourão - PR. O escritório apresenta os setores administrativo, imobiliário, de

assistência social, recursos humanos e financeiro, serviços gerais, e o técnico em

engenharia civil, sendo este o local que o estagiário permaneceu em atividade. O

corpo profissional do escritório regional da empresa é formado por Administradores,

Engenheiros Civis, Psicólogos, Técnicos em Administração, Técnicos em

Construção Civil, Técnicos em Contabilidade, Técnicos em Serviços Sociais, e

estagiários de Engenharia Civil e Administração, descontando os cargos

terceirizados e temporários.

1.2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO E RESUMO DAS ATIVIDADES

Em ambas as empresas, o objetivo do estágio é proporcionar o

conhecimento do trabalho prático do engenheiro civil, a rotina, os obstáculos, as

ferramentas de trabalho, com o intuito de aprimorar as habilidades que serão

exigidas do acadêmico quanto este estiver em atividade profissional.

Na empresa 1, houve o auxílio do estagiário na elaboração de projetos

arquitetônicos, regularizações de construções, desmembramento de lotes, projetos

complementares, acompanhamento e visitas à obras.

Na empresa 2, dentre as diversas atividades, principalmente o auxílio no

cadastro e medição mensal das obras, coleta de preços de materiais, auxílio no

cadastro e pagamento de mão de obra e materiais, acompanhamento, lançamento

de dados e coleta de preços para ocorrência de sinistros, e auxílio na emissão de

documentos diversos da área de engenharia.

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2 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO

2.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Durante o período de estágio na empresa 1, várias atividades foram

observadas. O escritório de arquitetura e engenharia presta serviços de elaboração

de projetos arquitetônicos, design de interiores, regularizações de construções,

desmembramento de lotes, vez e outra, projetos complementares, dando o suporte

técnico da execução ao que é projetado, assim como consultorias em casos

específicos.

Dentre as atividades, o estagiário teve participação na maioria delas, sendo

que, as elaborações de projetos arquitetônicos e complementares foram as mais

praticadas. O estagiário foi solicitado frequentemente para projetar conforme o

aprendizado acadêmico, sendo instruído e avaliado durante os estudos e

concepções. As particularidades dos projetos eram repassadas ao estagiário por um

formulário de entrevista (Anexo A) que o escritório desenvolveu para captar o desejo

dos clientes. Para cada projeto eram feitos pelo menos três estudos diferentes,

respeitando a vontade do cliente, utilizando a técnica do estagiário e seguindo as

leis municipais de obras civis. A apresentação dos estudos para o cliente era feita

pela Engenheira e Arquiteta, sendo repassadas as objeções e aprovações para o

estagiário posteriormente, para este finalizar os trabalhos.

Concomitantemente, alguns casos de regularização de projetos também

foram direcionados ao estagiário. Construções que não possuíam qualquer

documentação, na maioria delas residências, eram visitadas e mensuradas pelo

estagiário para posterior produção do projeto arquitetônico, item principal para a

finalização do restante das documentações.

Foram realizadas visitas técnicas com o estagiário. Selecionadas obras com

peculiaridades como fundação em aterros, construção subterrânea, amplos vãos,

obras comerciais, residências de alto padrão, acabamentos diversos e detalhes de

fachadas e coberturas.

O estagiário ainda pôde acompanhar projetos como o de um frigorífico, fazer

suas considerações na regularização de um hotel, desenvolver um estudo hidráulico

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básico necessário para a montagem de um stand de uma fábrica de móveis numa

feira, também a distribuição do espaço interno do mesmo stand.

Além do contato com a engenharia, a organização do espaço físico do

escritório, documentações, projetos, mostruários de materiais, as relações com os

clientes e fornecedores, abertura e tomadas e decisões também foram trabalhadas

com o estagiário.

Exemplificando a rotina do escritório, selecionou-se um projeto arquitetônico

estudado e desenvolvido pelo estagiário, auxiliado pelas profissionais da concedente

com posterior aprovação. Trata-se de uma residência unifamiliar, com área de

122,94 m², com 2 dormitórios, 1 suíte casal, banheiro social, sala de TV, sala de

jantar, cozinha, garagem para 2 carros, área de serviço e área de lazer acoplada à

residência. Todo o projeto é coberto e decorado com o sistema de platibandas,

dando um aspecto moderno ao projeto, exigência do proprietário.

O projeto é contemplado com a planta baixa, implantação e cobertura, cortes,

fachada e quadro de esquadrias. Não se desenvolveu projetos complementares. A

seguir são apresentadas as figuras das partes do projeto.

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Figura 02: Planta baixa – Arquitetônica.

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Figura 03: Implantação e Cobertura.

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Figura 04: Corte AA.

Figura 05 : Corte BB.

Figura 06: Quadro de Esquadrias.

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Figura 07: Quadro de Esquadrias.

A execução do projeto foi iniciada em janeiro de 2012. Contava com um

mestre de obras, 3 pedreiros e 2 serventes com o intuito de agilizar ao máximo a

construção, interesse do proprietário. A projeção de término era de seis meses e

meio, descontando imprevistos. Durante o estágio foi possível acompanhar toda a

fundação da obra, passando pela supraestrutura, contrapisos, até o levantamento da

alvenaria.

Pelo tempo de estágio na empresa, não foi possível acompanhar toda a obra.

Mesmo assim, algumas visitas extracurriculares foram feitas com autorização da

empresa, proporcionando um bom estudo. Infelizmente, não houve a captação de

imagens.

A empresa 2, Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), é um órgão

público que atua na execução dos programas habitacionais do Governo do Estado.

Tem Sede em Curitiba, Paraná. Mantém ainda Escritórios Regionais em todas as

regiões do Estado. O Escritório Regional de Campo Mourão/ERCM que cedeu o

estágio atende a 26 municípios. São eles: Altamira do Paraná, Araruna, Barbosa

Ferraz, Boa Esperança, Campina da Lagoa, Campo Mourão, Corumbataí do Sul,

Engenheiro Beltrão, Farol, Fênix, Goioerê, Iretama, Janiópolis, Juranda, Luiziana,

Mamborê, Mato Rico, Moreira Sales, Nova Cantu, Peabiru, Quarto Centenário,

Quinta do Sol, Rancho Alegre do Oeste, Roncador, Terra Boa e Ubiratã.

O escritório é composto por setores, sendo um deles o de engenharia civil,

que contava com três engenheiros civis e uma assistente técnica cedida do setor

imobiliário. Nos primeiros dias, a empresa foi razoavelmente apresentada como um

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todo ao estagiário. Várias considerações sobre o fluxo das documentações,

hierarquias, processos, passou despercebido. Isto ocasionou um desconforto logo

no começo do estágio, pois os “por quês” não eram respondidos. Tentando realizar

as atividades, a confusão de idéias e informações era inevitável. A persistência no

bom relacionamento pessoal com os colegas de trabalho por parte do estagiário fez

com que os esclarecimentos começassem a aparecer.

Os deveres primeiramente incumbidos não exigiam habilidades especificas de

engenheiros civis, como fazer cópias e organizar documentos, atualizar agendas,

fazer ligação e repassar o assunto para os superiores, levar relatórios ao banco,

entre outras. Mesmo assim, aceitou-se qualquer experiência nova, uma vez que tais

atividades agilizavam os serviços proporcionando o rendimento, o que acabava

abrindo espaço para outros aprendizados.

No quesito tecnologia, o escritório deixava a desejar. Nem todos os

computadores funcionavam corretamente, tampouco os acessórios e equipamentos

como, por exemplo, as impressoras. O setor encontrava-se desorganizado, tanto

nos arquivos em papéis quanto nos virtuais. Aos estagiários, incumbiu-se todo o

auxílio na organização e controle dos documentos e procedimentos necessários

para o andamento das obras. Apesar das ferramentas de trabalho terem certa

limitação de tecnologia, pôde-se desenvolver programas no Excel para o controle de

cotações, pagamentos de mão de obra e fornecedores, controles de caixa semanais

e mensais, cadastros dos mutuários e empreiteiros, medições da evolução de obras,

até mesmo agendas telefônicas, entre outras.

O estágio começou, então, a tornar-se satisfatório e significativo. As tarefas

ficaram mais fundadas na construção e evolução dos empreendimentos. Foram

feitas diversas cotações e novos contatos com fornecedores. Como parâmetro,

desenvolveu-se uma listagem de todos os materiais necessários à construção de

uma unidade habitacional, organizando-os de acordo com a finalidade, em tabelas

que adéqua marcas, valores unitários, quantidades e preços, facilitando a

visualização do fornecedor com melhores preços. Em média, utilizou-se esta

ferramenta para empreendimentos de pelo menos 14 municípios, entre obras rurais

e urbanas.

As metas do escritório eram traçadas pelo gerente toda segunda-feira, logo

no início do expediente. As agendas dos engenheiros eram organizadas nesta

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reunião, assim como dos outros funcionários. Os engenheiros civis são responsáveis

pela execução das construções seguindo padrões estabelecidos pela Caixa

Econômica Federal (financiadora dos programas habitacionais do governo). Serviços

como cotação de materiais e preços, contratação dos fornecedores, contratação da

mão de obra, suporte técnico aos operários, pagamentos e coordenação dos

trabalhos garantido o andamento, fazem parte da rotina do profissional. Acrescidos

do cumprimento de cronogramas e metas do governo, assim como a adequação do

custo da obra com o valor cedido do estado. Para alguns empreendimentos, muitas

destas tarefas foram direcionadas ao estagiário.

Como o escritório atende um número considerado de municípios, os

engenheiros se dividem por regiões para melhor atendê-las. Nem sempre a

localização da obra é acessível, além disso, quando a obra é rural, as estradas são

sinuosas, precárias e exigem a memorização dos trechos. O estagiário, em algumas

vezes, acompanhou os engenheiros nas viagens. Estas foram as oportunidades de

contato com as obras. Auxiliava-se o profissional nas vistorias das casas e

empreendimentos, anotando observações de cada obra e também avaliando o

desenvolvimento delas. Visitou-se empreendimentos como vilas e obras pontuais

rurais e algumas obras urbanas.

Em uma das visitas, contatou-se a necessidade de adaptação na planta baixa

de uma das unidades habitacionais rurais para deficiente físico. Um dos membros da

família portava deficiência física e mental. Assim, depois da necessidade informada

ao engenheiro, este repassou ao estagiário a oportunidade de desenvolver e alterar

o padrão da casa, atendendo às solicitações da família. O estagiário esboçou a

planta com as alterações e repassou ao engenheiro, que aprovou e deu

continuidade ao processo de modificação. Apesar da relevância, não foi possível

mostrar o trabalho, uma vez que, nem todos os documentos podem sair do

escritório.

Para que o município seja contemplado pelo governo, deve requerer

formalmente à Cohapar que depois estudará a viabilidade e possivelmente

corresponderá. Em contrapartida, a prefeitura deve doar à Cohapar a área

necessária para a construção do empreendimento, previamente vistoriada e

aprovada pela Cohapar e o agente financeiro, executar os serviços de infra-

estrutura: abertura de ruas, ensaibramento e/ou cascalhamento, demarcação dos

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lotes, rede de água e energia elétrica, iluminação pública, rede de esgoto e de

drenagem. Ainda, orientar e auxiliar os beneficiários na providência dos documentos

pessoais necessários para a formalização dos contratos e destinar um técnico social

para, em conjunto com a Cohapar, dar atendimento à população envolvida.

As unidades habitacionais rurais que o estagiário teve contato obedecem a

um padrão chamado “52-A” do programa Morar Bem Paraná. Trata-se do modelo de

construção de uma residência unifamiliar de 52 m². Como todos os modelos de

residência da Cohapar, conta com os projetos completos de arquitetura, estrutura,

cobertura, esquadrias, instalações hidrossanitárias e elétricas. Projetos estes que

eram consultados no momento de dúvidas do estagiário. São casas de alvenaria

comum, com esquadrias metálicas e de madeira, instalações elétricas e hidráulicas

dimensionadas, cobertura com telhas cerâmicas e estrutura e beirais em madeira,

com revestimento cerâmico nos pisos e áreas molhadas, calçamento externo,

forradas em PVC e pintadas. Contam com 3 dormitórios, sala, cozinha, banheiro e

área de serviço. O governo dispõe para sua construção R$ 25.000,00 por unidade.

Figura 08: Unidade rural – modelo MBP 52-A – em fase de construção.

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Figura 09: Unidade rural – modelo MBP 52-A – amarração dos blocos cerâmicos.

Figura 10: Unidade rural – modelo MBP 52-A – início fase de acabamento.

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Figura 11: Unidade rural – modelo MBP 52-A – fase de acabamento.

Figura 12: Unidade rural – modelo MBP 52-A – finalizada.

As habitações urbanas são empreendimentos de maiores proporções. São

residenciais que podem conter mais de um modelo de casa. Geralmente, para obras

urbanas, a Cohapar terceiriza a execução para empresas particulares por meio de

licitações. Para o estagiário, durante o período de experiência, o empreendimento

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urbano visitado estava sendo executado por uma empresa terceirizada. Mesmo

assim, pôde-se acompanhar um pouco da evolução da mesma, principalmente pelos

controles internos do escritório que os estagiários manuseavam e atualizavam.

Figura 13: Empreendimento urbano – marcação e estaqueamento.

Figura 14: Empreendimento urbano – embasamento e baldrame.

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Figura 15: Empreendimento urbano – impermeabilização e elevação da alvenaria.

Figura 16: Empreendimento urbano – início da fase de cobertura.

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Figura 17: Exemplo de um empreendimento urbano finalizado pela Cohapar.

As fases de construção da obra seguiam um modelo também padronizado.

Serviços preliminares, fundação, alvenaria, cobertura, revestimentos, pisos,

hidráulica e sanitária, fossas, elétrica, forros, emboço, cal fino, pintura e peças

diversas. Para cada serviço há o valor indicado a ser pago ao empreiteiro, conforme

Anexo B. Ao estagiário, foi delegado a responsabilidade pela organização, controle e

atualização dos documentos que comprovavam a execução de cada fase, para

todas as unidades, de todos os empreendimentos em andamento, de todos os

municípios contemplados. Assim, conforme vistoria do engenheiro na obra, eram

feitas as atualizações dos diários de obra, dos controles e liberação de materiais e

por fim os pagamentos de mão de obra e fornecedores. Posteriormente, todos estes

controles eram traduzidos aos controles padronizados da Caixa Econômica Federal,

com rigor.

A Cohapar é uma empresa que dispõe ferramentas e recursos que agilizam o

trabalho. Porém, o treinamento para um funcionário lidar com um programa

computacional, por exemplo, é rápido e pouco frequentado. Muitos funcionários são

“antigos de casa”, nem todos tem habilidade com a informática, o que faz com que

muitos dos recursos se tornem obsoletos. Para realizar as atividades, o estagiário

consertou programações básicas de Excel, instalou impressoras, manuseou

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programas de responsabilidade dos engenheiros, o que trouxe mais rendimento. O

Anexo C mostra um modelo de caixa que foi bastante utilizado por todos do setor.

Tal modelo, que já não era mais utilizado, foi reparado pelo estagiário e

proporcionou ampla organização dos pagamentos e controle de verbas.

Lidar com sinistros também foi prática do estagiário. Construções com patologias

ocasionadas por falhas de execução, degradações por catástrofes, por exemplo, são

casos que a seguradora atende para reparações. Porém, quem viabiliza o laudo

técnico, junto às documentações, orçamentos e providencia a mão de obra é o

engenheiro. Tais tarefas, foram requisitadas ao estagiário por algumas vezes. Foram

feitas visitas nas residências com problemas, encontrando desde fissuras em

paredes, pisos, umidade excessiva, telhas furadas por chuva de granizo, incêndio,

etc. Em alguns laudos, houve participação do estagiário para avaliação da causa,

assim como a medida reparadora.

2.2 PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS

Pontualmente, não existiram problemas significantes no que tange ao curso

de engenharia civil. Como já descrito no item 2.1, na empresa 2, o bom

relacionamento com alguns colegas de trabalho veio com o tempo. As ferramentas

de trabalho também não atendiam por completo a necessidade dos profissionais.

Além disso, a solicitação de tarefas que não faziam parte do objetivo do estágio

atrapalhou o desempenho no começo do período de experiência.

2.3 RELAÇÃO DO ESTÁGIO COM AS DISCIPLINAS DO CURSO

Durante os estágios nas empresas 1 e 2, as disciplinas do curso

relacionadas com a rotina de trabalho foram: desenho técnico e desenho

arquitetônico, computação, economia, administração, gestão tecnológica, materiais

da construção civil A e B, tecnologia da construção civil 1 e 2, topografia, fundações,

instalações elétricas prediais, hidráulica, saneamento, concreto armado 1 e 2,

sistemas hidráulicos urbanos, estruturas metálicas, madeiras, especificações e

orçamentos, gestão de projetos de edifícios, patologia e recuperação das estruturas,

impermeabilização, instalações prediais complementares e logística.

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Por diversas vezes, exigiu-se a capacidade do estagiário para assimilar os

conteúdos das disciplinas aos seus deveres. Satisfatoriamente, em quase todas as

exigências o estagiário respondeu com conhecimento.

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3 CONCLUSÕES

3.1 APRENDIZADO PRÁTICO

Um dos fatores mais interessantes durante o estágio na empresa 1 é a

consulta constante de normas técnicas, aumento das noções de espaço, rapidez nos

traçados, melhor distribuição dos ambientes em um projeto, captar nos clientes as

informações que levam a satisfação do mesmo, o conhecimento de novas técnicas e

produtos, logística, a prática de explicar aos operários o que um projeto um pouco

mais complexo mostra.

Na empresa 2, marcou o rigor com a atualização das medições de obra e

respeito aos prazos, a organização e prestação de contas, o rico trabalho de

atendimento à pessoas de menor nível de escolaridade, a exigência de um bom

trabalho, o controle de fornecedores e pagamentos.

3.2 RELACIONAMENTO PROFISSIONAL

Tanto na empresa 1 quanto na 2 o ganho foi geral. Trabalhar com

profissionais que estão a mais tempo na empresa remete à uma adaptação no

próprio comportamento. Na empresa 2, apesar da pouca aceitação de novas ideias

por parte da concedente, a postura firme do estagiário nas decisões, mas que, ao

mesmo tempo se fez ouvinte é bastante valorizada. Nos dois períodos de estágio,

além da boa experiência na comunicação entre as pessoas, lapidou-se também a

busca por soluções, a organização, a habilidade com textos e documentações, o

cumprimento de prazos, o cuidado e a forma de controlar e, também, o rigor com as

informações.

3.3 SUGESTÕES PARA A UNIVERSIDADE

Tendo em vista a busca constante do aluno pela oportunidade de estágio, a

universidade pode trabalhar encurtando a distância que há entre a instituição e a

empresa, o empregador, analisando e buscando o acadêmico que melhor se

encaixa em determinada oportunidade.

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3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após realizar um estágio de 400 horas distribuídas em 2 empresas de

diferentes cunhos construtivos, é possível concluir que, independentemente do

aprimoramento técnico e dos novos aprendizados adquiridos, existe um ganho

essencial na relação do ser humano com seus prováveis parceiros de trabalho. O

dia-a-dia de uma obra, de uma empresa, dentro ou fora do escritório, é recheado de

conflitos, pequenos imprevistos, algumas vezes omitidos, e que exigem do

profissional a habilidade de solucionar problemas.

As experiências foram de suma importância na formação do estagiário. As

diferentes linhas de trabalho proporcionaram ricas experiências que somam em um

currículo, mas que também mostram às pessoas a capacidade do futuro profissional.

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ANEXO A – ROTEIRO DE ENTREVISTA AOS CLIENTES

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ANEXO B – PADRÃO PARA PAGAMENTO DE MÃO DE OBRA

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ANEXO C – MODELO DE CAIXA – CONTROLE INTERNO DO SETOR

Figura 18: Modelo de caixa – inserção de dados.

Figura 19: Modelo de caixa – leitura dos resultados.