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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

INTRODUÇÃO DO ENSINO DE QUÍMICA NO 9º ANO POR MEIO DE

ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

Ana Marilsa Braulio1

Fernanda Losi Alves de Almeida2

Resumo: Grande parte dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental demonstram dificuldades em

compreender os conteúdos de Química, pois consideram os conceitos abstratos e não conseguem relacioná-los com o seu cotidiano. Estabelecer uma relação entre conceitos teóricos de Química com aulas práticas experimentais poderia promover uma aprendizagem mais significativa do que a simples memorização dos conceitos. Diante da necessidade de motivar e estimular o aprendizado de Química, a presente proposta teve como objetivo propor aos alunos situações-problema, envolvendo conceitos introdutórios de Química, e obter resoluções, por meio de atividades experimentais, propostas pelos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. Após explanação teórica dos conteúdos referentes à matéria e algumas de suas propriedades, à substância e misturas, cada grupo de alunos recebeu uma situação-problema, envolvendo um tipo de mistura, e realizaram pesquisa a fim de propor uma forma de separação dos componentes da referida mistura. Os alunos apresentaram a prática experimental para a classe e produziram um relatório para registrar as atividades desenvolvidas e as conclusões obtidas. A experimentação estimulou o raciocínio dos alunos, e facilitou a aprendizagem. Os alunos puderam se aproximar da Química, compreendendo a realidade que os cerca por meio de uma aula mais dinâmica, instigante e prazerosa.

Palavras- chave: Ciências. Situações-problema. Aulas práticas. Separação de

misturas

INTRODUÇÃO

No ensino de Ciências, tem sido observado um grande desinteresse dos

alunos durante as aulas, usualmente devido a não compreensão dos temas

abordados e à falta de integração entre a teoria abordada em sala de aula e o

cotidiano desses alunos. Especificamente, o ensino de Química no Ensino

Fundamental tem levado muitos educadores à reflexão e à busca de novas

metodologias a fim de facilitar o processo de ensino e aprendizagem, já que a

maioria dos alunos que conclui essa etapa apresenta conhecimento pouco

significativo dos conceitos químicos.

Segundo Pereira (2010), as contribuições das práticas experimentais

investigativas são plurais e permitem ao aluno desenvolver uma melhoria qualitativa

1 Professora PDE de Ciências e Matemática - Colégio Estadual Dom Pedro II EFM. Janiópolis-PR.

2 Professora Doutora do Departamento de Ciências Morfológicas – UEM. Maringá-PR.

na compreensão e elaboração de conceitos, no desenvolvimento de habilidades de

expressão escrita e oral, na elaboração de hipóteses e planejamento de

experimentos.

Para o ensino de Química no Ensino Fundamental, a introdução de atividades

experimentais pode representar uma eficiente forma de investigação e

contextualização pelos alunos, despertando seu interesse pela disciplina e

permitindo-os relacionar teoria e prática, promovendo uma aprendizagem mais

significativa ao invés da simples memorização dos conceitos. Desenvolver os

conteúdos de Química de forma mais dinâmica, com realização de experimentos

simples e próximos da realidade dos alunos, além de motivá-los, pode estimular seu

raciocínio e desenvolvimento do pensamento científico e facilitar a compreensão dos

conceitos abordados, permitindo-os iniciar o Ensino Médio com embasamento

teórico e uma visão menos abstrata dessa disciplina. Por meio da experimentação,

as aulas de Química podem se tornar mais atrativas, dinâmicas, instigantes e

prazerosas, permitindo aos alunos um maior envolvimento com a disciplina.

O objetivo desse trabalho foi apresentar aos alunos do 9º ano do Ensino

Fundamental situações-problema relacionadas a conceitos introdutórios de Química,

como matéria, substâncias e misturas homogêneas e heterogêneas, e obter, como

resoluções, atividades experimentais desenvolvidas por esses alunos.

A proposta apresentada, de acordo com Ferreira et al (2010), torna-se

relevante ao considerar a importância de colocar os alunos frente a situações-

problema adequadas, envolvendo-os com um problema preferencialmente real e

contextualizado, propiciando assim a construção do próprio conhecimento.

REVISÃO DE LITERATURA

A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza e as

Ciências Naturais tem permitido, através de seus instrumentos e métodos, contribuir

para a compreensão da realidade que nos cerca. De acordo com as Diretrizes

Curriculares da Educação Básica, a disciplina de Ciências tem como objeto de

estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da natureza, cabendo

ao ser humano interpretar racionalmente os fenômenos observados (PARANÁ,

2008).

De acordo com Rodrigues (2005), é complexo dimensionar a importância da

Ciência no mundo atual quando sabemos que, para muitas pessoas, a Ciência é

algo distante e difuso. Uma grande parcela de nossa sociedade só consegue

relacionar a Ciência com grandes eventos científicos ou nomes de cientistas

destacados, geralmente, através de manchetes. Freire (1987) salienta que, mais do

que ler palavras, é importante ensina a ler o mundo; e de acordo com Wartha (2005)

ler o mundo através da Ciência é compreender suas implicações no modo de vida

atual, é entender as transformações. Neste contexto, Costa (2010) afirma que se o

ensino de Ciências for bem realizado, ajudará a criança a compreender o mundo em

que ela vive e, para que isso aconteça, é preciso que o ensino de Ciências não seja

resumido à simples transmissão de informações.

A transmissão de informações por meio de aulas puramente expositivas tem

tornado essas aulas cansativas e monótonas, acabando por desmotivar os alunos a

participar e interagir, convertendo-os em meros espectadores do processo de

ensino-aprendizagem. Antunes (2002) afirma que a atual geração requer novas

ferramentas metodológicas para não perder o foco do aprendizado, já que as

ferramentas tradicionais de ensino não possuem uma eficácia motivadora e

dinâmica quando se refere ao ensino-aprendizagem de Ciências. Uma abordagem

estritamente formal de ensino, que é o mais comum no dia-a-dia escolar, interrompe

várias possibilidades que possam existir para tornar a Ciência mais atrativa aos

alunos (VALADARES, 2001). Reis et al (2011) afirmam que a experimentação deve

ser utilizada como uma das metodologias de ensino do professor no processo de

assimilação da teoria, proporcionando assim condições para a ocorrência da

aprendizagem significativa. A realização de experimentações também possibilita aos

alunos participar mais ativamente das aulas e contribui para seus conhecimentos

empíricos, realizando interações com o professor.

As aulas práticas proporcionam espaços para que o aluno seja atuante,

construtor do próprio conhecimento, descobrindo que a Ciência é mais do que mero

aprendizado de fatos. O estudante aprende a interagir com as suas próprias

dúvidas, chegando a conclusões e à aplicação dos conhecimentos por ele obtidos,

tornando-se agente do processo de ensino-aprendizagem; isso significa criar

oportunidades para que os alunos expressem como veem o mundo e entendam os

conceitos, quais são suas dificuldades, permitindo desenvolver a capacidade de

abstração e verbalização (SANTOS et al, 2007).

Na aprendizagem de Ciências Naturais, as atividades experimentais devem

ser garantidas de maneira a evitar que a relação teoria-prática seja transformada

numa dicotomia. As experiências despertam, em geral, um grande interesse nos

alunos, além de propiciar uma situação de investigação (DELIZOICOV et al, 1990).

Segundo Borges (2002), a Ciência, em sua forma final, se apresenta como

um sistema de natureza teórica. Contudo, é necessário que procuremos criar

oportunidades para que o ensino experimental e o ensino teórico se efetuem em

concordância, permitindo ao estudante integrar conhecimento prático e teórico. Não

se trata, pois, de contrapor o ensino experimental ao teórico, mas de encontrar

formas que evitem essa fragmentação no conhecimento, para tornar a

aprendizagem mais interessante, motivadora e acessível aos estudantes. As

atividades práticas, além da criticidade e discussão de valores, podem propiciar ao

estudante memoráveis imagens de fenômenos interessantes e importantes para a

compreensão dos conceitos científicos.

As atividades experimentais no ensino de Ciências são estratégias de ensino

que podem contribuir para a superação de obstáculos na aprendizagem de

conceitos científicos, devido à sua natureza investigativa, propiciando interpretações,

discussões e confronto de ideias. Conforme Leal (2009), a experimentação constitui

uma situação favorável para a articulação de aspectos empíricos, teóricos e

representacionais.

Grande parte dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental demonstram

dificuldades em compreender conteúdos de Química. Para essa série, essa

disciplina é apresentada como Ciências e requer para o seu aprendizado várias

habilidades como pensamento lógico, capacidade de abstração, noções de espaço,

resoluções de álgebra e aritmética que muitos alunos na pré-adolescência ainda não

dominam (WANDERLEY, 2007). Como os próprios adolescentes sempre se referem,

e com razão, as aulas de Ciências são sempre cheias de nomes estranhos e coisas

que nunca viram e que certamente muitos ainda continuarão sem as ver (COSTA,

2010).

Apresentar a ciência Química como uma disciplina prazerosa e relevante ao

cotidiano dos alunos do Ensino Fundamental tem sido, ao longo dos últimos anos,

um grande desafio que tem levado pesquisadores a buscar diferentes mecanismos e

técnicas de ensino que substituam as aulas tradicionais a fim de despertar no aluno

um interesse maior na aprendizagem (FERREIRA, 2011). Dentre as práticas

pedagógicas discutidas, destacam-se as atividades experimentais e, a esse respeito,

as Diretrizes Curriculares de Educação Básica de Ciências (2008) afirmam que a

sua inserção na prática docente apresenta-se como uma importante ferramenta de

ensino e aprendizagem de forma a desenvolver o interesse nos estudantes. De

acordo com Leal (2009), a realização de experimentos em Química é uma

alternativa metodológica que favorece a percepção da natureza dinâmica e

complexa dessa Ciência, fazendo correlação entre teoria e prática. Scafi (2010)

afirma que os experimentos proporcionam o interesse do aluno pelo conhecimento

químico e permitem fazer aproximações possíveis entre a disciplina e a

aplicabilidade deles na vida.

Uma das grandes dificuldades no aprendizado de Química pelos alunos é

estabelecer uma relação entre os conceitos vistos em sala de aula com o seu

cotidiano; essa dificuldade poderia ser superada ou minimizada através da utilização

de aulas experimentais. Santos (2007) et al afirmam que as atividades experimentais

promovem aprendizagens significativas e efetivas em Ciências, quando contribuem

para que os alunos aprendam através do estabelecimento de inter-relações entre os

saberes teóricos e práticos inerentes aos processos do conhecimento escolar.

Segundo Rodrigues (2005), a capacidade de pensar e agir cientificamente

requer vivência de situações significativas e estimuladoras desde os primeiros anos

de idade. Ferreira et al (2010) afirmam que a maioria dos alunos tem dificuldades

para utilizar o conteúdo trabalhado nas aulas experimentais em situações extraídas

do cotidiano porque as realizam em um contexto não significativo. De acordo com

Freire (1997), para compreender a teoria é preciso experienciá-la.

O uso da experimentação para a abordagem de conteúdos de Química, mais

especificamente em aulas sobre matéria, substâncias e misturas homogêneas e

heterogêneas, tem a grande vantagem de despertar a atenção e o interesse dos

alunos, além de ser um conceito relacionado ao seu cotidiano. Desse modo, a

utilização da experimentação, na abordagem desses conceitos, pode ser uma

metodologia eficiente para o ensino-aprendizagem dos alunos, tornando a aula mais

atrativa, motivadora, levando os alunos a compreender a relação entre a Química e

o seu cotidiano. O uso de aulas experimentais para o Ensino Fundamental pode

despertar, desde cedo, o interesse dos alunos pela Química, fazendo com que eles

iniciem o Ensino Médio com embasamento teórico e uma visão menos abstrata da

disciplina.

METODOLOGIA, RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO

O projeto de intervenção pedagógica foi desenvolvido na disciplina de

Ciências com alunos do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Dom

Pedro II - Ensino Fundamental e Médio, localizado em Janiópolis, Estado do Paraná.

Inicialmente, a proposta de trabalho foi apresentada à Direção, Equipe

Pedagógica e aos professores durante a reunião pedagógica do dia 3 de fevereiro

de 2014, realizada nas dependências do colégio, sendo mostrada a relevância do

projeto para a aprendizagem dos educandos.

As atividades experimentais de Química foram desenvolvidas em sala de

aula, uma vez que o colégio não possui laboratório de Ciências. Foram utilizados os

recursos didáticos disponíveis na escola e na sala de aula, como giz, quadro de giz,

textos, livros didáticos, laboratório de informática, materiais de laboratório e materiais

alternativos para realização das práticas experimentais. A temática utilizada para a

aplicação da intervenção foram os conceitos de matéria, propriedade geral e

específica da matéria, substância, misturas e separação de misturas.

Em um primeiro momento, na sala de aula, foi questionado aos alunos quais

conhecimentos prévios eles apresentavam sobre o conteúdo matéria. Esse

questionamento foi complementado com aula expositiva dialogada sobre esse

conteúdo. Uma atividade prática foi demonstrada pelo professor, com a participação

dos alunos, com o objetivo de demonstrar que o ar era matéria, utilizando um balão

de aniversário vazio ou cheio de ar e uma balança de precisão. Os alunos

demostraram interesse e atuaram de forma organizada e atentos às observações e

discussões, realizando os registros das atividades sem dificuldades, demonstrando

compreensão do tema abordado.

Em um segundo momento, os alunos foram questionados com o intuito de

introduzir o conteúdo referente à propriedade geral e específica da matéria e suas

respostas foram conduzidas para a conclusão do assunto. Inicialmente, foi abordado

o conceito de densidade com a realização de dois experimentos demonstrados pelo

professor. No primeiro experimento, foram misturados diversos líquidos e sólidos,

tendo sido utilizados os seguintes materiais: um vidro transparente vazio e com

tampa, óleo de cozinha, água, álcool, mel, tinta guache, bolinhas de gude, clipes de

metal e pedacinhos de cera de vela. No vidro transparente vazio foram adicionados,

na seguinte ordem: mel, água com corante, óleo e álcool com corante diferente do

utilizado com a água, formando quatro camadas que permaneceram separadas. Os

alunos foram questionados quanto ao fato das camadas de líquidos não se

misturarem e criaram algumas hipóteses, como a diferença na “grossura”

(espessura) de cada líquido, sendo que líquidos mais “grossos” não se misturavam.

Dando continuidade a esse experimento, foram adicionados ao líquido colorido

alguns materiais sólidos, como bolinhas de gude, pedacinhos de cera de vela,

pedaços de cortiça e, por último, os clipes de metal. Por se tratar de um experimento

colorido e bonito do ponto de vista dos alunos, todos ficaram muito atentos e

entusiasmados durante o procedimento, demonstrando curiosidade e surpresa com

a flutuação de alguns materiais, como os pedaços de vela que ficaram entre as

camadas de óleo e álcool. Como explicação ao que observaram nessa etapa do

experimento, os alunos sugeriram que, o fato de alguns materiais não afundar

estava relacionado com seu peso. Ao serem indagados sobre o que aconteceria se

o vidro fosse virado, houve as mais diversas opiniões.

No segundo experimento sobre densidade, utilizou-se um ovo cru, meio copo

de água, um pouco de sal de cozinha (cloreto de sódio) e um béquer.

Primeiramente, colocou-se o ovo na água sem sal e os alunos observaram que o

ovo afundava; ao se colocar sal na água, verificou-se que o ovo flutuou. Ao serem

questionados por que o ovo flutuou, os alunos deduziram que foi devido à adição de

sal, embora não soubessem justificar a razão. Nesse experimento, a professora

complementou a explicação e, para despertar ainda mais o interesse e curiosidade

dos alunos, fez questionamentos em relação ao Mar Morto, utilizando fotos e vídeos.

Após a apresentação pela professora dos dois experimentos sobre

densidade, os alunos realizaram muitos questionamentos e demonstraram

curiosidade a respeito da possibilidade de flutuação de outros materiais. A pedido

dos alunos, uma nova atividade prática foi desenvolvida, onde eles próprios

colocavam na mistura de líquidos objetos do seu material escolar ou do ambiente

escolar para verificação de sua densidade. Foram abordados também outros

exemplos não presentes no ambiente escolar. Nesses experimentos, a maioria dos

alunos participou com bastante interesse, realizando diversos questionamentos e

demonstrando muita curiosidade sobre a flutuação dos corpos.

Após a realização desses experimentos, os alunos foram reunidos em grupos

de, no máximo, três componentes, para registrarem as observações e conceitos

vivenciados. A partir das observações e discussões dos alunos, foi abordado o

conceito de densidade pelo professor, explicando que os objetos que afundaram nos

líquidos podiam ser considerados mais densos e os que flutuaram eram os menos

densos. Em seguida, foi possível abordar a fórmula matemática para o cálculo da

densidade e sugerir a resolução de alguns problemas. A participação dos alunos nos

experimentos, nas observações e resolução de cálculos, utilizando os conceitos

previamente estudados, ocorreu de forma muito satisfatória. Para finalização dessa

etapa, o tema propriedades da matéria foi discutido e concluído pela professora.

Em um terceiro momento, foram explorados os conteúdos referentes à

substância, misturas homogênea e heterogênea, fase e solução, inicialmente, por

meio de aula expositiva. Após embasamento teórico, um experimento foi

demonstrado pela professora, utilizando os seguintes materiais: dois béqueres ou

copos de vidro, bastões de vidro, água (aproximadamente um copo), álcool e óleo.

Em um dos béqueres preparou-se uma mistura de água e óleo (mistura 1) e, no

outro béquer, uma mistura de água e álcool (mistura 2). Após agitar cada mistura

com um bastão de vidro, foram realizados os seguintes questionamentos aos

alunos: Que diferenças perceberam entre as duas misturas? Em qual delas a aparência

já mostra que se trata de uma mistura? A mistura 1 é homogênea ou heterogênea? A

mistura 2 é homogênea ou heterogênea? Os experimentos ocorreram com plena

participação dos alunos, que não apresentaram dificuldades para responder

corretamente às questões do professor após o experimento, oportunizando uma

conversa e direcionando conclusões embasadas nos conceitos científicos.

Em um quarto momento, foi abordado o conteúdo referente à separação de

misturas. Inicialmente, foi ministrada uma aula expositiva dialogada sobre os

diferentes processos de separação de misturas. Os alunos foram distribuídos em

sete equipes e, por intermédio de sorteio, cada grupo recebeu uma situação-

problema diferente envolvendo uma forma de separação dos componentes de uma

mistura.

No período que precedeu os experimentos referentes a esse conteúdo, os

alunos realizaram pesquisa bibliográfica do tema por intermédio de livros didáticos e

internet, sendo discutida com os participantes a atividade que seria realizada a fim

de propor como separar os componentes da mistura sugerida. Com orientação do

professor, os alunos prepararam o experimento que deveria ser realizado.

Para o primeiro experimento, a seguinte situação problema foi proposta: um

comerciante de um posto de combustíveis adicionou água à gasolina a fim de

ganhar mais dinheiro. Como você faria para mostrar que a gasolina deste posto

estava adulterada? Inicialmente, os alunos sentiram dificuldades para responder a

essa questão, precisando do auxílio da professora para direcionar a pesquisa e

propor a atividade prática sobre decantação.

Os alunos explicaram que a gasolina é um produto combustível derivado do

petróleo. No Brasil, antes da comercialização, adiciona-se etanol anidro à gasolina,

No entanto, não se pode adicionar qualquer quantidade de álcool à gasolina. A

Agência Nacional do Petróleo (ANP) determina que o teor de etanol na gasolina

deve estar entre 20% e 25% em volume e, com o objetivo de obter lucros

fraudulentos, os postos de abastecimento alteram a gasolina adicionando mais

etanol do que o permitido por lei. A equipe esclareceu que o método de separação

da mistura que seria apresentado é usado apenas para determinar o teor de álcool

presente na gasolina. Para esse método, foram utilizados: 5 ml de gasolina, 5 ml de

água, proveta de 10 ml e seringa de 5 ml. Utilizando a seringa, foram adicionados 5

ml de gasolina na proveta, seguida de 5 ml de água. A abertura da proveta foi

fechada com uma rolha e a mistura álcool-gasolina foi agitada e deixada em repouso

por um minuto para que ocorresse a separação das fases. O etanol contido na

gasolina dissolve na água, a gasolina, de tom amarelado, ficou na parte de cima da

proveta e a água e o álcool, de tom transparente, na parte inferior. Os alunos

explicaram que o teor porcentual de álcool na gasolina (T%) pode ser calculado pela

expressão matemática:

T% = Volume de etanol na gasolina . 100% Volume inicial de gasolina

Após a realização dos cálculos, os alunos concluíram que a gasolina

analisada nesse experimento estava de acordo com os valores estabelecidos por lei.

Essa atividade prática despertou muita atenção, curiosidades e questionamentos por

parte dos alunos que participaram da aula com muito entusiasmo. Durante a prática,

surgiram outros questionamentos, como, por exemplo, que problemas poderia ter o

carro ao usar gasolina adulterada? A gasolina vendida mais barata em alguns

postos de abastecimento estaria adultera? O que é gasolina aditivada? As equipes

que não sabiam responder a essas questões se prontificaram a fazer uma nova

pesquisa e a apresentá-la para a turma em um momento oportuno, demonstrando

que a utilização da experimentação, na abordagem desses conceitos, pode ser uma

metodologia eficiente para o ensino-aprendizagem dos alunos, tornando a aula mais

atrativa e motivadora, levando os alunos a relacionar a Química ao seu cotidiano.

Nesse caso, os alunos não se limitaram a ser apenas observadores, mas

participaram da construção do conhecimento.

No segundo experimento envolvendo separação de misturas foi proposta a

situação-problema: indique um método para separar uma mistura de pó de ferro,

areia e sal. A preparação da atividade ocorreu de forma tranquila pelos alunos que

apresentaram dificuldade em propor o método para separar a areia do sal. Após

realizarem pesquisa, os alunos propuseram a separação magnética, utilizando-se

um ímã para isolar o ferro; adicionaram água à mistura para a dissolução do sal,

obtendo uma solução de água, sal e areia e, em seguida, realizaram a filtração com

um filtro de papel para isolar a areia. Para finalizar o experimento, os alunos

sugeriram o método de evaporação para separar o sal e a água, mas, por ser um

processo lento, realizaram uma explanação verbal de como ocorre esse processo.

O terceiro experimento envolvendo separação de misturas apresentava a

seguinte situação-problema: alguém deixou cair um “punhado” de sal em um pouco

de óleo; como separar esses componentes? Os alunos ficaram bem curiosos para

encontrar a solução e propuseram os métodos de dissolução e decantação. Os

alunos adicionaram água à mistura, deixando-a em repouso para que ocorresse a

separação das fases óleo da solução de água e sal. O óleo foi removido da solução,

virando cuidadosamente o recipiente e, para recuperar o sal presente na água, foi

sugerida a evaporação ou a ebulição.

A quarta situação-problema foi proposta para separar a mistura de arroz,

feijão e farinha. Inicialmente, os alunos realizaram a catação do feijão e, em seguida,

utilizaram a peneiração para separar o arroz da farinha. A preparação e realização

dessa atividade ocorreram de forma tranquila, sem muitas perguntas ou

curiosidades.

O quinto experimento envolveu a seguinte situação-problema: como fazer

para recuperar os componentes de uma mistura de filamentos de palha de aço,

isopor e areia? A pesquisa e a apresentação dessa atividade ocorreram de forma

tranquila, sem necessidade de intervenção da professora. Os alunos utilizaram um

imã para isolar os filamentos de palha de aço; em seguida, adicionaram água à

mistura para fazer a flotação do isopor, isolando-o da areia, e para concluir

realizaram a filtração separando assim a areia da água.

O sexto experimento teve como objetivo responder à seguinte questão: para

obter água pura a partir da água do mar, qual seria o processo mais indicado? Os

alunos propuseram a construção de um destilador, pois a escola não possuía esse

equipamento. A princípio, os alunos gostariam de ter construído um destilador, mas,

considerando complicada essa execução por não possuírem o material necessário,

optaram por fazer uma aula demonstrativa, utilizando vídeo e cartazes para explicar

o processo da destilação.

Para finalizar as atividades experimentais, os alunos propuseram os métodos

para separar pó de madeira, pedras e areia. A equipe utilizou catação para isolar as

pedras maiores e, em seguida, a peneiração para separar as pedras menores da

areia. O pó de madeira foi separado por meio da flotação, utilizando do conceito de

densidade, uma vez que a madeira tem densidade menor que a água.

Durante a implementação do Projeto, pôde-se observar que as aulas práticas

experimentais, com realização de experimentos simples e próximos da realidade dos

alunos, mostraram-se eficazes para a abordagem de alguns conteúdos de Química,

como matéria e suas propriedades, substâncias e misturas. As atividades práticas

permitiram desenvolver o conteúdo de forma mais dinâmica, tornaram as aulas mais

atrativas e motivadoras, além de representarem uma metodologia eficiente para o

processo de ensino-aprendizagem. Segundo Medeiros (2013), as aulas práticas

atuam de forma essencial para o processo de ensino aprendizagem, pois temos que

manter teoria e prática em conjunto para uma melhor captação pelos alunos do

assunto abordado. Para Bueno (2008), as atividades práticas em sala de aula

colaboram para que o aluno consiga observar a relevância do conteúdo estudado e

possa atribuir sentido a este, o que o incentiva a uma aprendizagem significativa e,

portanto, duradoura.

A maioria dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental apresenta certa

dificuldade em internalizar os conteúdos de Química, não relacionando a teoria com

a prática. A introdução das práticas experimentais de Química mostrou-se de

fundamental importância para despertar o interesse dos alunos, estimular a

curiosidade, atenção e participação, permitindo a esses alunos relacionar a Química

ao seu cotidiano. Durante a implementação do projeto, os alunos mostraram-se mais

atentos, participaram de forma agradável das atividades e, embora nas primeiras

atividades tenha havido certo tumulto, não foi observado nenhum ato de indisciplina.

Além disso, as atividades experimentais contribuíram para a superação de

dificuldades na aprendizagem de conceitos científicos importantes para o 9º ano que

precede o Ensino Fundamental.

Embora a escola na qual foi implementado o projeto não possuísse um

laboratório de Ciências, todas as atividades foram realizadas em sala de aula

utilizando os recursos didáticos disponíveis, demostrando não ter havido nenhum

prejuízo pedagógico. Esse fato está de acordo com as Diretrizes, onde as atividades

experimentais “não têm como único espaço possível o laboratório escolar, visto que

podem ser realizadas em outros espaços pedagógicos, como a sala de aula, e

utilizar materiais alternativos aos convencionais” (PARANÁ, 2008).

Conforme Sanches (2014), a utilização de atividades experimentais, mesmo

na ausência de um laboratório, é importante para o processo de ensino-

aprendizagem, pois facilita a compreensão dos conteúdos abordados, aproxima o

aluno da disciplina e desperta nele um caráter investigativo, aumenta seu interesse

pela disciplina e a vontade de buscar novos conhecimentos. No entanto, a realização

de atividades práticas nas escolas que não possuem laboratórios ou laboratoristas

exige um esforço adicional do professor, que deve ser criterioso na preparação e

execução das atividades, levando em consideração a duração da atividade no

horário de aula, mesmo contando com o apoio da equipe pedagógica, dos

funcionários e demais professores. Nesse projeto, as atividades que despertaram

maior interesse, participação e curiosidade dos alunos acabaram por extrapolar o

tempo de aula e, nesse caso, as discussões e relatórios redigidos foram realizados

na aula seguinte.

A partir do desenvolvimento do projeto, percebemos que as dificuldades dos

alunos em compreender os conceitos de Química puderam ser superadas ou

minimizadas por meio da introdução de atividades práticas que valorizaram o

conhecimento prévio dos alunos e relacionaram-se com o seu cotidiano. Essas

atividades contribuíram para uma aprendizagem mais significativa do que a simples

memorização dos conceitos.

CONTRIBUIÇÕES DO GRUPO DE TRABALHO EM REDE (GTR)

O Grupo de Trabalho em Rede, composto por professores colaboradores da

Rede Pública Estadual, concretizou-se como um momento muito importante pela

possibilidade de troca de experiências e sugestões. Nas discussões realizadas, por

meio de fóruns e diários, sobre as ações desenvolvidas na escola, notou-se que,

durante a aplicação do Projeto em sala de aula, as atividades práticas constituíram

uma importante ferramenta para que o educando estabelecesse integração entre

teoria e prática, além de motivarem os alunos e colaborarem com o ensino e

aprendizagem. Essas atividades têm proporcionado um melhor entendimento sobre

os conceitos abordados, tornam as aulas mais atrativas e mostram resultados

expressivos e satisfatórios para professores e alunos.

Outro tema de discussão foi a ausência de um Laboratório de Ciências ou

outro espaço pedagógico planejado para as aulas práticas. Esses locais

representam o palco fundamental para a inserção dos alunos nos ambientes de

pesquisa, instigando-os a adquirir espírito investigativo por meio da aprendizagem

prática. No entanto, como a maioria das escolas não dispõe de laboratórios, material

e condições necessárias para as atividades experimentais, os professores de

Ciências necessitam improvisar para executar essas atividades.

Consequentemente, as aulas experimentais têm se tornado um desafio para todos

os professores, pois a grande maioria trabalha com recursos limitados.

As atividades experimentais utilizadas durante a implementação foram

consideradas pelos professores do GTR de fácil compreensão, simples de serem

aplicadas e utilizadas nas aulas, independente da presença de um laboratório de

Ciências. Foi ressaltado que o desenvolvimento de atividades experimentais,

demonstrativas ou laboratoriais, permite a comprovação, visualização e percepção

dos fenômenos que nos cerca, possibilitando aos alunos socializarem o

conhecimento. Essas atividades práticas são consideradas estratégias eficientes e

potentes para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o

estímulo de questionamentos e de investigações, contribuindo para a superação de

dificuldades na aprendizagem de conceitos científicos importantes para o 9º ano.

Embora as aulas práticas, mesmo simples e "improvisadas” com material

alternativo, levem os alunos a superar o desinteresse, a compreender melhor os

conteúdos abordados e promovam uma aprendizagem significativa, é necessário

que elas deixem de ser “improvisadas” e tornem-se rotina nas aulas de Ciências,

permitindo uma ampliação do grau de compreensão do mundo que cerca o

estudante no seu cotidiano, dando-lhe suporte para enxergar o seu entorno e

encontrar explicações.

Os professores do GTR discutiram que, apesar de alguns fatores dificultarem

a realização de atividades práticas nas aulas de Ciências na Rede Estadual de

Ensino, como a falta de laboratório e de professor laboratorista para auxiliar nos

experimentos e o grande número de alunos por turma, os resultados obtidos com

essas atividades tem sido compensatórios.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A introdução de aulas práticas sobre matéria, propriedades da matéria,

substância, misturas e separação de misturas no 9º Ano do Ensino Fundamental,

mostrou-se eficiente para a aprendizagem de novos conceitos. O conteúdo se tornou

mais significativo e envolvente para os alunos quando as aulas práticas foram

desenvolvidas, permitindo uma melhor discussão e interação entre alunos e

professor.

As práticas experimentais foram fundamentais para contextualizar os

conteúdos abordados, fazendo com que os alunos conseguissem relacioná-los com

situações vivenciadas em seu cotidiano. Os alunos construíram conceitos e ideias,

conseguiram observar a relevância do conteúdo estudado e puderam atribuir sentido

a este, participando ativamente das aulas de Ciências e do processo de ensino-

aprendizagem. Mesmo na ausência de um laboratório, foi possível desenvolver as

práticas na sala de aula.

O resultado obtido foi satisfatório. A maioria dos alunos participou das

atividades propostas que contribuíram de forma essencial para a aprendizagem,

tornando evidente a possibilidade de resultados promissores na utilização de aulas

experimentais na disciplina de Ciências. Essas atividades mostraram-se como

ótimas ferramentas para despertar o interesse dos alunos em aprender, propiciando

assim a construção do próprio conhecimento.

Esse estudo não teve a pretensão de esgotar as discussões referentes ao

tema, mas contribuir para a prática pedagógica do professor nessa perspectiva e

despertar nos docentes a importância das atividades práticas na consolidação do

conhecimento.

REFERÊNCIAS

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