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Relatório de Atividades 2018 fevereiro de 2019

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Relatório de Atividades

2018

fevereiro de 2019

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Relatório de Atividades

2018 Coordenador da UCC: José Maria Azenha Silva

e-mail institucional: [email protected]

Contacto telefónico: 239401309

fevereiro de 2019

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ACES BM – Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego

ARSC – Administração Regional de Saúde do Centro

ADAV – Associação de Defesa e Apoio à Vida

AVC - Acidente Vascular Cerebral

CASPAE – Centro de Apoio Social de Pais e Amigos da Escola

CHUC – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

CPCJ – Comissão de Proteção da Criança e Jovem

CPLEEC - Curso de Pós-licenciatura de especialização em enfermagem comunitária

CS - Centro de Saúde

CSP – Cuidados de Saúde Primários

CVP – Cruz Vermelha Portuguesa

EAM - Enfarte Agudo do Miocárdio

EB1,2,3 – Escola Básica do 1º, 2º e 3º ciclo

ELI1 – Equipa Local de Intervenção 1

ERA – Equipa Regional de Apoio aos Cuidados de Saúde Primários

ESEnfC – Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

ESIDM - Escola Secundária Infanta Dona Maria

GAF – Gabinete de apoio ao Família

GIAA – Gabinete de Informação e Apoio ao Aluno

GRT - Gestão do Regime Terapêutico

HP - Hospital Pediátrico

IMC – Índice Massa Corporal

IP – Intervenção Precoce

IST – Infeções Sexualmente Transmissíveis

JI – Jardim-de infância

MC - Município de Coimbra

MIMUF - Sistema de monitorização das unidades funcionais

NACJR – Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco

NLI – Núcleo Local de Inserção

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NSE – Necessidades de Saúde Especiais

PAUF - Plano de Ação da Unidade Funcional

PIIP - Plano Individual de Intervenção Precoce

PDSA - Prevalência de Determinantes de Saúde Ativos

PPCIRA - Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos

PNSE – Programa Nacional Saúde Escolar

PNPSO – Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral

RNCCI – Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

RSI – Rendimento Social de Inserção

SNIPI – Sistema Nacional de Intervenção Precoce

SIARS – Sistema de Informação da Administração Regional de Saúde

SOBE – Saúde Oral Bibliotecas Escolares

SPA – Substância Psicoativas

TSSS - Técnica Superior de Serviço Social

UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade

UF – Unidade Funcional

URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados

USF – Unidade de Saúde Familiar

USP – Unidade de Saúde Pública

VIH – Vírus da Imunodeficiência Humana

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ÍNDICE

1- INTRODUÇÃO 6

2- QUEM SOMOS 7

3- QUEM SERVIMOS 9

4- PROBLEMAS E OBJETIVOS 18

5- PLANO DE AÇÃO 19

5.1.- Visão Global (IDG 2017- IDG 2018) 19

5.2.- Desempenho Assistencial 20

5.3.- Serviços 22

5.3.1.- Serviços de Carater Assistencial 22

5.3.2.- Serviços de Carater não Assistencial 31

5.4.- Qualidade Organizacional 32

5.4.1.- Melhoria Contínua da Qualidade 32

5.4.2.- Segurança 34

5.4.3.- Centralidade no Cidadão 38

5.5.- Formação Profissional 77

5.5.1.- Formação Interna 77

5.5.2.- Formação Externa 77

5.6.- Atividade Científica 77

5.7.- Recursos 77

6- ESTÁGIOS/ENSINOS CLÍNICOS NA UCC DE CELAS 77

7- DISCUSSÃO FINAL 78

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1 - INTRODUÇÃO

O presente relatório de atividades da UCC de Celas, reporta ao ano civil de 2018.

Tem por base a descrição e a análise dos dados de execução da carteira de

serviços da UCC e orientou-se pelo índice de relatório de atividades

consensualizado pelo Departamento de Planeamento e Contratualização e Equipa

Regional de Apoio aos Cuidados de Saúde Primários (departamentos da ARS

centro), bem como pela estrutura e conteúdos do PAUF contratualizado pela UCC

de Celas para 2018.

Dado só em setembro de 2018, a ARS Centro I.P., ter instalado o programa

SClínico em Celas, os resultados expressos são fruto do último trimestre de

resultados do SClínico, do registo em suporte de papel, relatórios para entidades

diversas, como Coordenação do NACJR, SNIPI, Saúde Pública, nomeadamente,

no que concerne à Saúde Escolar e ainda a consulta da plataforma informática da

RNCCI - GestCare.

Fiel aos compromissos assumidos com a instituição e a população que serve, o

documento procede à autoavaliação da UCC de Celas, descreve as atividades

realizadas, apresenta e fundamenta os resultados alcançados em 2018, assim

como os constrangimentos que dificultaram a sua concretização.

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2- QUEM SOMOS

O Centro de Saúde de Celas, é um dos Centros de Saúde da Região Centro, que

integra o Agrupamento dos Centros de Saúde do Baixo Mondego, dependente da

Administração Regional de Saúde do Centro. É o resultado do desdobramento do

antigo Centro de Saúde de Coimbra, encontrando-se em funcionamento desde

dezembro de 1986, tendo a sua sede na Rua Augusto Rocha nº6, em Coimbra. É

composto por vários edifícios, onde se encontram as seguintes unidades

funcionais, para além da UCC de Celas: USF Cruz de Celas, USF CelaSaúde, e

UCSP de Celas.

Para fins de intervenção comunitária e de apoio domiciliário, são abrangidos pelo

Centro de Saúde de Celas, todos os indivíduos residentes na sua área de

influência, incluindo os residentes ou deslocados temporariamente. São utentes

desta unidade de saúde os indivíduos residentes nesta área geográfica, os que

residem em municípios vizinhos mas o seu posto de trabalho fica na área de

abrangência da UCC e também os utentes de todas as instituições da sua área de

abrangência.

A UCC de Celas iniciou a sua atividade a 09/02/2015 e presta cuidados de saúde e

dá apoio psicológico e social no âmbito domiciliário e comunitário. Os seus focos

de ação são: o individuo, família e grupos mais vulneráveis, em situação de maior

risco ou dependência física e funcional ou doença que requeiram acompanhamento

próximo. Realiza intervenções educativas e atua na integração em redes de apoio

à família. A sua Missão é aumentar a qualidade dos cuidados de saúde,

capacitando os utentes, a família e a comunidade para a autonomia, adequando os

recursos disponíveis e garantindo um elevado nível de satisfação dos utentes e

parceiros.

Procura também contribuir para a melhoria da educação e promoção da saúde,

prevenção da doença, tratamentos e reabilitação.

A coordenação da UCC de Celas está a cargo de um enfermeiro especialista em

Enfermagem de Reabilitação: Enf. José Azenha Silva. A restante equipa de

enfermagem é composta por 2 enfermeiras generalistas, 2 enfermeiras

especialistas em Enfermagem Comunitária e 1 enfermeira especialista em

Enfermagem de Reabilitação. É evidente a falta de enfermeiros especialistas em

enfermagem de Saúde Mental e Saúde Materna, pois estes dariam certamente

resposta às necessidades da população nestas áreas. A resposta na área da

saúde mental é dada pelo psicólogo e pela equipa de enfermagem e a resposta na

área de saúde materna é dada pelas maternidades, com as suas consultas de

preparação para o parto, que capacitam os pais para o momento do parto e para a

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recuperação pós-parto (UCC de Celas, 2018). Relativamente, à equipa alargada da

UCC de Celas, é constituída ainda por Técnica Superior de Serviço Social,

Psicólogo, Fisioterapeuta, Dietista, Higienista Oral, Assistente Técnica e Assistente

Operacional. Apenas os profissionais de Enfermagem estão vinculados a tempo

inteiro à UCC de Celas, os restantes elementos participam a tempo parcial. No

quadro seguinte, encontram-se identificados os profissionais que constituem a UCC

de Celas com a respetiva categoria profissional e horário semanal.

Tabela 1 – Distribuição dos profissionais da UCC por grupo profissional e Nº horas alocadas

Nome

Grupo

profissional

Nº de horas

afetas UCC

de Celas

José Maria Azenha Rodrigues Silva Enfermagem 35H

Sandra Maria Esteves de Amorim Moita Enfermagem 35H

Cristina Maria Ramos Crespo de Carvalho Enfermagem 28H*

Cláudia Alexandra Saraiva Alves Cardoso Enfermagem 35H

Ana Amelia Amado Rojo Geraldo Enfermagem 35H

Andreia Filipa Almeida Gonçalves Enfermagem 25H

Sónia Cristina Ribeiro Fisioterapia 7H

Manuel António Ventura Psicologia 2H

Paulo José Abrantes Nutrição/

Dietética

2H

Célia Maria Gomes Rodrigues Assistente Técnica

3H

Catarina Isabel Barra Marques Serviço Social

7H

José Manuel Santos Relvas Higiene oral 4H

Maria Otília Santos Martins Assistente

Operacional

35H**

Fonte: UCC de Celas, 2018

* Aloca 7 horas à Equipa Regional de Apoio/ARS Centro **Horário partilhado com todas as unidades do Centro de

Saúde de Celas, no atendimento telefónico.

A UCC de Celas está instalada no “Bloco B” no R/C. Funciona todos os dias do

ano, inclusive aos fins-de-semana e feriados. O horário de funcionamento nos dias

úteis é das 08 às 20h e aos fins-de-semana e feriados funciona através da Equipa

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de Cuidados Continuados Integrados (ECCI), das 09h00m às 17h00m, com

agendamento prévio. A prestação de cuidados na comunidade da UCC tem por

base um conjunto de valores que guiam e definem o seu funcionamento, sendo

eles: respeito pela individualidade e pelo direito à saúde prestada com honestidade

e qualidade; igualdade de direitos; direito à saúde em tempo útil; responsabilidade

e confiança entre os seus elementos e a comunidade; responsabilidade partilhada

na tomada de decisões; espírito de equipa; dedicação; disponibilidade e

transparência (UCC de Celas, 2018).

3- QUEM SERVIMOS

A UCC de Celas abrange uma área total de 27,6 quilómetros quadrados.

Administrativamente integra parte das freguesias de "Santo António dos Olivais" e

"União das Freguesias de Coimbra" (composta pelas antigas freguesias de Sé

Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu).

Abrange a população dos utentes inscritos no CS de Celas (41837) e ainda

população não inscrita, isto é, utentes que estão inscritos em outras unidades

funcionais do Município de Coimbra (MC), mas que são abrangidos essencialmente

no âmbito da saúde escolar (UCC de Celas, 2018). Os utentes inscritos nas

unidades funcionais do CS Celas, residem maioritariamente, em duas freguesias,

como já foi referido, tendo a seu cargo uma vasta população que se divide por

ambas, mas tendo na Freguesia de Santo António dos Olivais o valor mais elevado,

como se pode verificar na figura seguinte.

Figura 1 - Utentes abrangidos por freguesia na UCC de Celas

Fonte: BI-CSP, 2018

A população inscrita no CS de Celas é de 41837 utentes e está distribuída

pelas diferentes unidades funcionais (BI-CSP, 2018).

28%

72%

PERCENTAGEM DE UTENTES POR FREGUESIA

União Freguesias Stº António Olivais

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Tabela 2 - Distribuição dos inscritos por Unidade Funcional

Unidade Funcional Inscritos

USF Cruz de Celas 14905

USF CelaSaude 15953

UCSP Celas 10979

Total 41837

Fonte: BI CSP, 2018

A caracterização da população impõe-se como uma estratégia fundamental,

para o estudo da saúde dessa população, facilitando o processo de dotação de

recursos materiais e humanos, de modo a que estes se adequem à satisfação

das necessidades dos utentes. Só assim é possível contribuir para o

cumprimento dos objetivos do Plano Nacional de Saúde na obtenção de

ganhos em saúde junto dos indivíduos, famílias, grupos e comunidades.

Em Portugal, e no mundo em geral o envelhecimento da população já é

considerado um problema de saúde pública. Na pirâmide etária do CS de

Celas, verifica-se um encurtamento na base, consequência do declínio da

população jovem e um alargamento nas faixas etárias medianas, sendo esta

uma característica dos países afetados pelo envelhecimento, através do

aumento do número de idosos. De salientar, após a recolha de dados (* dados

recolhidos até outubro de 2018), a existência de 25 pessoas com mais de 100

anos, fenómeno que já se vai verificando com alguma frequência e que não

será restrito à população do CS de Celas.

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Figura 2 - Pirâmide Etária dos utentes inscritos nas Unidades Funcionais do CS Celas

Fonte: BI-CSP, 2018

Para além da pirâmide etária, foram ainda considerados outros indicadores

para caracterizar a população do CS Celas. O índice de envelhecimento, índice

de dependência total, índice de dependência de jovens, índice de dependência

de idosos e índice de longevidade.

Relativamente ao Índice de Envelhecimento (IE), verifica-se que o valor do CS

Celas, até outubro de 2018 era de (195,2%), valor inferior, mas muito próximo

do MC, em 2017 (199,2%) porem muito acima do valor nacional nesse mesmo

ano (158,3%).

Também o Índice de Dependência Total (IDT) tem aumentando ao logo dos

anos em estudo, devido ao crescente número de idosos e à diminuição da

população jovem. Este aumento da população não ativa, trará problemas

económicos, porque conduz a uma redução na produtividade do país. No

entanto, o índice de dependência total é menor no CS Celas (48,2%) até

outubro de 2018, relativamente ao Continente e MC nos anos transatos, (em

2000 1500 1000 500 0 500 1000 1500 2000

0-45-9

10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-8485-8990-9495-99≥100

Pirâmide Etária dos utentes inscritos nas Unidades Funcionais do CS Celas, 2018 *

Masculino Feminino

(*) dados até outubro 2018

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2017, apresentava um valor de 55,0% e 60,8% respetivamente para o

Continente e MC), o que poderá dever-se ao facto de existirem mais indivíduos

em idade ativa no CS Celas, em termos comparativos e relativos, relativamente

aos verificados na população de Coimbra e em Portugal Continental.

Quanto ao Índice de Dependência de Jovens (IDJ), no CS Celas, o valor até

outubro de 2018 é inferior (16,1%) aos valores nacionais, no Continente

(21,4%) e do município (20,1%) em 2017, o que poderá estar relacionado com

o número de efetivos populacionais da população ativa a residir nas freguesias

da área de abrangência do CS Celas.

No que diz respeito, ao Índice de Dependência de Idosos (IDI), o valor até

outubro de 2018 é inferior (32,1%) aos valores de 2017 para o Continente

(33,9%) e MC (40,1%), traduzindo o que já foi referido em relação ao IDJ, isto

é, a dimensão dos efetivos populacionais no grupo da população ativa.

O Índice de longevidade diz respeito à relação entre os muito idosos (75 e mais

anos) e os idosos (65 e mais anos). Relativamente, ao CS de Celas, apresenta

um valor muito significativo (97,2%), até outubro de 2018, que significa que o

número de idosos com 75 e mais anos é de 97,2 por cada 100 idosos com 65 e

mais anos. Verifica-se assim uma representação muito significativa do grupo

etário dos 75 e mais anos, o que poderá representar mais encargos ao nível do

setor da saúde, dado o processo de dependência que geralmente está

relacionado com este grupo etário. Na recolha de dados verificou-se que as

mulheres apresentam sempre maior longevidade.

Tendo em conta que a população inscrita nas várias unidades funcionais de

Celas é também a população-alvo da UCC de Celas, a equipa considera

pertinente o levantamento dos determinantes de saúde ativos das três

unidades, mantendo a noção clara de que:

- existe população residente na área da abrangência da UCC de Celas, que

não está inscrita em unidades funcionais do centro de saúde de Celas;

- dentro da população inscrita existe a frequentadora e a não frequentadora das

UF;

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- por vezes, na menos frequentadora pode não ocorrer a oportunidade de

codificar os respetivos diagnósticos no sistema informático.

MORBILIDADE E DETERMINANTES DE SAÚDE ATIVOS NO CENTRO DE

SAÚDE DE CELAS

Os indicadores da morbilidade e determinantes da saúde foram selecionados

de acordo com os programas prioritários emanados pela DGS (2016). Foram

recolhidos os dados através do MedicineOne das três unidades funcionais,

relativamente aos anos de 2016, 2017 e até outubro de 2018.

Ao analisarmos a Tabela 3, verificamos que os problemas de saúde mais

evidentes são as psicoses e as perturbações depressivas, com 8% e 10%,

respetivamente, apresentando uma cadência crescente. Os determinantes de

saúde com valores mais elevados são a obesidade/excesso de peso (29%) e o

abuso do tabaco (8%), tendo o primeiro uma evolução crescente mais evidente

ao longo do triénio, devendo por isso ser alvo de intervenção.

Tabela 3 - Prevalência da morbilidade e determinantes de saúde ativos na USF Cruz de Celas,

por sexo e % da população abrangida, 2016 a 2018*

ANOS

PDSA

2016 2017

2018

H

(%)

M

(%)

T

(%)

% * H

(%)

M

(%)

T

(%)

% * H

(%)

M

(%)

T

(%)

% *

AVC

40

(44.4)

50

(55.6)

90

(100)

1 47

(46.1)

55

(53.9)

102

(100)

1 48

(44)

61

(56)

109

(100)

1

EAM

39

(73.6)

14

(26.4)

53

(100)

0 45

(75)

15

(25)

60

(100)

0 49

(73.1)

18

(26.9)

67

(100)

0

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14

DIABETES

353

(52.4)

321

(47.6)

674

(100)

4 380

(53.6)

343

(47.4)

723

(100)

4 394

(52.2)

361

(47.8)

755

(100)

5

OBESIDADE/

EXCESSO DE

PESO

1774

(47,0)

1995

(53,0)

3769

(100)

23 2017

(47.2)

2260

(52.8)

4277

(100)

26 2232

(47.2)

2501

(52.8)

4729

(100)

29

PERTURBAÇÕES

DEPRESSIVAS

306

(21.2)

1135

(78.8)

1441

(100)

9 337

(21.2)

1242

(78.8)

1579

(100)

10 363

(21.6)

1321

(78.4)

1684

(100)

10

PSICOSES

325

(31.4)

709

(68.6)

1034

(100)

6 361

(31.6)

780

(68.4)

1141

(100)

7 397

(32.0)

844

(68.0)

1241

(100)

8

HIV

10

(55.5)

8

(44.5)

18

(100)

0 11

(55.0)

9

(45.0)

20

(100)

0 5

(33.3)

10

(66.7)

15

(100)

0

ABUSO DO

TABACO

628

(56.6)

482

(43.4)

1110

(100)

7 697

(56.7)

534

(43.3)

1231

(100)

8 742

(56.7)

568

(43.3)

1310

(100)

8

ABUSO DO

ÁLCOOL

92

(86.0)

15

(14.0)

107

(100)

1 109

(86.0)

18

(14.0)

127

(100)

1 116

(86.6)

18

(13.4)

134

(100)

1

*percentagem em função do total de utentes

Fonte: MedicineOne, 2018

Na Tabela 4, verificamos que a obesidade/excesso de peso, supera todas as

outras dimensões (20%) e que no último ano teve um crescimento exponencial.

As perturbações depressivas (6%) e as psicoses (5%) são os problemas de

saúde mais evidentes nesta população, o que implicará mais atenção nesta

área da saúde.

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15

Tabela 4 – Prevalência da morbilidade e determinantes de saúde ativos na UCSP de Celas,

por sexo e % da população abrangida, 2016 a 2018*

ANOS

PDSA

2016 2017

2018

H

(%)

M

(%)

T

(%)

% * H

(%)

M

(%)

T

(%)

%* H

(%)

M

(%)

T

(%)

%*

AVC

6

(75.0)

2

(25.0)

8

(100)

0 3

(37.5)

5

(62.5)

8

(100)

0 52

(57.1)

39

(42.9)

91

(100)

1

EAM

6

(86.0)

1

(14.0)

7

(100)

0 4

(36.3)

7

(63.7)

11

(100)

0 44

(67.7)

24

(35.3)

68

(100)

1

DIABETES

39

(47.0)

44

(53.0)

83

(100)

1 47

(54.0)

40

(46.0)

87

(100)

1 323

(46.8)

368

(53.2)

691

(100)

5

OBESIDADE/

EXCESSO DE

PESO

172

(40.2)

256

(59.8)

428

(100)

3 167

(43.0)

224

(57.0)

391

(100)

3 1052

(42.3)

1435

(57.7)

2487

(100)

20

PERTURBAÇÕ

ES

DEPRESSIVAS

19

(18.1)

86

(75.0)

105

(100)

1 15

(18.1)

67

(81.9)

82

(100)

1 155

(21.0)

590

(79.0)

745

(100)

6

PSICOSES

22

(28.0)

56

(72.0)

78

(100)

1 22

(29.0)

54

(71.0)

76

(100)

1 187

(29.0)

451

(71.0)

638

(100)

5

HIV

2

(100)

0

(0)

2

(100)

0 0

(0.0)

1

(100.0)

1

(100)

0 13

(87.0)

2

(13.0)

15

(100)

0

ABUSO DO

TABACO

38

(57.6)

28

(42.4)

66

(100)

1 34

(62.0)

21

(38.0)

55

(100)

0 297

(61.0)

187

(39.0)

484

(100)

4

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16

ABUSO DO

ÁLCOOL

4

(50.0)

4

(50.0)

8

(100)

0 8

(89.0)

1

(11.0)

9

(100)

0 84

(86.6)

13

(13.4)

97

(100)

1

*percentagem em função do total de utentes

Fonte: MedicineOne, 2018

Na Tabela 5, verificamos que as perturbações depressivas são um dos

problemas ativos mais evidentes (9%) e contrariamente ao que se verifica nas

unidades funcionais anteriores a existência de população com psicoses é muito

baixa não sendo por isso representativa na população total (0%). A

obesidade/excesso de peso, também aqui supera as restantes dimensões,

atingindo valores importantes em termos de população total (26%), tendo tido

também um crescimento exponencial no último ano.

Tabela 5 – Prevalência da morbilidade e determinantes de saúde ativos na USF CelaSaude de

Celas, por sexo e % da população abrangida, 2016 a 2018

ANOS

PDSA

2016 2017 2018

H

(%)

M

(%)

T

(%)

%* H

(%)

M

(%)

T

(%)

%* H

(%)

M

(%)

T

(%)

%*

AVC

6

(60)

4

(40)

10

(100)

0 8

(50)

8

(50)

16

(100)

0 72

(54,1)

61

(45,9)

133

(100)

1

EAM

4

(66,7)

2

(33,3)

6

(100)

0 2

(50)

2

(50)

4

(100)

0 58

(79,5)

15

(20,5)

73

(100)

1

DIABETES

66

(46,8)

75

(53,2)

141

(100)

1 45

(51,7)

42

(48,3)

87

(100)

1 521

(59,9)

503

(49,1)

1024

(100)

6

OBESIDADE/

EXCESSO DE

PESO

298

(48,6)

315

(51,4)

613

(100)

4 278

(48,3)

297

(51,7)

575

(100)

3 2123

(47,2)

2373

(52,8)

4496

(100)

26

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17

*percentagem em função do total de utentes

Fonte: MedicineOne, 2018

Uma das áreas prioritárias de intervenção da carteira de serviços da UCC de

Celas, é a Saúde Escolar, direcionando a equipa de saúde escolar os seus projetos

de acordo com as necessidades identificadas, também na população inscrita na

sua área de abrangência. A equipa de Saúde Escolar de Celas tem o maior parque

escolar público da região centro, pelo que, passamos a nomear os

estabelecimentos públicos, alvo da nossa intervenção no âmbito do Programa

Nacional de Saúde Escolar e Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral:

- Escola Secundária Avelar Brotero

- Escola Secundária Infanta Dona Maria

- Escola Secundária José Falcão

- Agrupamento de Escolas Coimbra Centro (onde para além da Escola Secundária

Jaime Cortesão abrangemos o Centro Escolar de S. Bartolomeu - composto por JI

e EB1 e JI Almedina e EB1 Almedina)

- Agrupamento de Escolas EB2,3 Eugénio de Castro (que inclui Estabelecimento

Prisional de Coimbra)

- Agrupamento de Escolas EB1,2,3 Martim de Freitas (que inclui o Centro

Educativo dos Olivais)

Na zona de abrangência estão também incluídos o Polo I e III da Universidade de

Coimbra, assim como a Faculdade de Economia, Escola Superior de Enfermagem

de Coimbra, Escola Superior de Educação e Instituto Miguel Torga.

PERTURBAÇÕES

DEPRESSIVAS

15

(15,5)

82

(84,5)

97

(100)

1 17

(20)

68

(80)

85

(100)

0 286

(19,1)

1216

(80,9)

1502

(100)

9

PSICOSES

1

(33,3)

2

(66,7)

3

(100)

0 1

(100)

0

(0)

1

(100)

0 11

((50)

11

(50)

22

(100)

0

HIV

2

(50)

2

(50)

4

(100)

0 3

(100)

0

(0)

3

(100)

0 15

(79)

4

(21)

19

(100)

0

ABUSO DO

TABACO

41

(57,7)

30

(42,3)

71

(100)

0 43

(48,9)

45

(51,1)

88

(100)

1 261

(52,3)

238

(47,7)

499

(100)

3

ABUSO DO

ÁLCOOL

14

(82,4)

3

(17,6)

17

(100)

0 10

(100)

0

(0)

10

(100)

0 122

(83,6)

24

(16,4)

146

(100)

1

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18

A nível do PNPSO, nomeadamente a emissão dos cheques-dentista, a equipa dá

resposta aos seguintes estabelecimentos privados: Colégio João de Deus 1 e 2,

Colégio de S. Teotónio, Colégio Rainha Santa Isabel, Colégio de São José e

Externato Menino Jesus.

Existem ainda diversos equipamentos de intervenção social, no âmbito da primeira

e segunda infância, terceira idade e apoio a pessoa com deficiência em que

intervimos, que passaremos a apresentar, no decorrer do relatório, no âmbito dos

respetivos projetos.

4 - PROBLEMAS E OBJETIVOS

No PAUF foram definidos como problemas:

1) A taxa de resolução da ineficácia/compromisso na GRT não apresenta valor por

dificuldade no registo no SClínico

Como objetivo a equipa colocou: contribuir para evidenciar o valor no sistema

informático da intervenção efetuada na GRT pelos utentes e/ou cuidadores

A equipa continuou sem conseguir registar este item até 2019, data em que após

atualizações do sistema informático e parametrização do SClínico, bem como

formação com colegas que já trabalham há mais tempo com o SClínico já é

possível obter o cálculo deste indicador (julgando que na próxima atualização

trimestral do IDG já sejam visíveis os resultados).

2) A proporção de utentes com alta da ECCI com objetivos atingidos encontra-se

em 40%.

Como objetivo a equipa colocou: aumentar a proporção de utentes com alta da

ECCI com objetivos atingidos para um mínimo de 60%. No último trimestre de

2018, no âmbito do Diagnóstico de Situação de Saúde da Comunidade de Celas

efetuado por entidade externa (ESEnfC), foi possível efetuar o cálculo deste

indicador, com base nos registos efetuados no GestCARE, e foi obtido o valor de

66%, pelo que se considera o objetivo atingido.

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5. PLANO DE AÇÃO

5.1. Visão global (IDG 2017- IDG 2018)

Em 2017, não é possível na página do BI da reforma dos CSP obter qualquer valor

para a UCC de Celas, dado a equipa só ter efetuado o login da página

posteriormente. O valor mais antigo que é possível obter reporta a janeiro de 2018

em que a equipa da UCC de Celas apresentava um IDG de 33,30. Em dezembro,

de 2018 a equipa apresentava o valor de 36,50, notando-se um discreto aumento.

De realçar que, tendo em conta o número de indicadores, aumentou de 6 para 15

os itens em avaliação, o que significa que apesar de este valor ser ainda aquém do

esperado, progressivamente já evidencia mais intervenções da equipa da UCC de

Celas, num processo de melhoria contínua em que denota a melhoria dos registos

das atividades desenvolvidas .

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20

5.2. Desempenho assistencial

No que concerne, ao desempenho assistencial, como foi anteriormente referido, apresentam-se, seguidamente, tabelas que

documentam os indicadores do desempenho assistencial, passíveis de ser avaliados pelos registos no SClínico.

Quadro 1 - Desempenho assistencial da UCCC - janeiro de 2018

Q Fonte: BI da reforma dos CSP, 2018

Designação Indicador (+ID) Hierarquia Contratual - Área

Hierarquia Contratual - Sub-Área

Hierarquia Contratual - Dimensão

Min. Aceit Min. Esper Máx. Esper Máx. Aceit Resultado Score

282 - Proporção de turmas abrangidas p/ P. N. S. Escolar Desempenho Assistencial Acesso Cobertura ou Utilização 15,00 20,00 100,00 100,00 10,000 0

283 - Proporção crian./jov. c/ NSE c/ interv. S. Escolar Desempenho Assistencial Intervenção Comunitária Saúde Escolar 15,00 30,00 100,00 100,00 0,000 0

366 - Proporção de grávidas com intervenção da UCC Desempenho Assistencial Acesso Cobertura ou Utilização 25,00 35,00 100,00 100,00 0,000 0

368 - Proporção de crianças e jovens com interv. da UCC Desempenho Assistencial Acesso Cobertura ou Utilização 7,00 15,00 100,00 100,00 0,000 0

373 - Prop. utentes c/ asma/DPOC e intervenção na UCC Desempenho Assistencial Acesso Cobertura ou Utilização 10,00 20,00 100,00 100,00 0,101 0

374 - Taxa intern. asma/DPOC entre doentes c/ asma/DPOC Desempenho Assistencial Gestão da Doença Reabilitação 0,00 0,00 1,60 2,50 0,149 2

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21

Q Quadro 2 - Desempenho assistencial da UCCC - dezembro de 2018

Designação Indicador (+ID) Hierarquia Contratual - Área

Hierarquia Contratual - Sub-Área

Hierarquia Contratual - Dimensão

Min. Aceit

Min. Esper

Máx. Esper

Máx. Aceit Resultado Score

279 - Proporção VD enfermagem fim-de-semana e feriado Desempenho Assistencial Acesso

Distribuição da Atividade 6,00 8,00 30,00 30,00 1,846 0

280 - Proporção ute. aval. equi. multip. prim. 48h Desempenho Assistencial Acesso

Tempos Máximos de Resposta Garantidos 50,00 60,00 100,00 100,00 0,000 0

281 - Número médio visitas domic. por utente, por mês Desempenho Assistencial Acesso

Distribuição da Atividade 8,00 10,00 31,00 31,00 2,258 0

282 - Proporção de turmas abrangidas p/ PNSE Desempenho Assistencial Acesso Cobertura ou Utilização 15,00 20,00 100,00 100,00 0,995 0

283 - Proporção crian./jov. c/ NSE c/ interv. S. Escolar Desempenho Assistencial

Intervenção Comunitária Saúde Escolar 15,00 30,00 100,00 100,00 0,000 0

284 - Propor. uten. c/ alta ECCI c/ objet. atingidos Desempenho Assistencial Gestão da Doença ECCI 60,00 70,00 100,00 100,00 28,571 0

285 - Taxa de efetivid. na prevenção de UP Desempenho Assistencial Gestão da Doença ECCI 80,00 85,00 100,00 100,00 100,000 2

287 - Taxa incidência de úlcera pressão na ECCI Desempenho Assistencial Gestão da Doença ECCI 0,00 0,00 15,00 20,00 0,000 2

289 - Proporção utentes c/ ganhos no controlo da dor Desempenho Assistencial Gestão da Doença ECCI 40,00 50,00 100,00 100,00 0,000 0

291 - Proporção utentes integrados ECCI c/ intern. hosp. Desempenho Assistencial Gestão da Doença ECCI 0,00 0,00 15,00 20,00 7,142 2

292 - Taxa de ocupação da ECCI Desempenho Assistencial Acesso Cobertura ou Utilização 70,00 80,00 100,00 100,00 58,368 0

293 - Tempo médio de permanência em ECCI Desempenho Assistencial Gestão da Doença ECCI 15,00 30,00 120,00 140,00 71,071 2

366 - Proporção de grávidas com intervenção da UCC Desempenho Assistencial Acesso Cobertura ou Utilização 25,00 35,00 100,00 100,00 0,000 0

368 - Proporção de crianças e jovens com interv. da UCC Desempenho Assistencial Acesso Cobertura ou Utilização 7,00 15,00 100,00 100,00 0,000 0

387 - Proporção de utentes com melhorias funcionais Desempenho Assistencial Gestão da Doença Reabilitação 50,00 60,00 100,00 100,00 28,571 0

Fonte: BI da reforma dos CSP

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5.3. Serviços

Como forma de facilitar a leitura das avaliação e concretização dos objetivos

propostos, em sede de PAUF, a equipa da UCC de Celas, elaborou o seguinte

quadro:

Cor verde Atividade cumprida

Cor amarela Atividade em desenvolvimento

Cor vermelha Atividade não cumprida

5.3.1.- Serviços de Carater Assistencial

A equipa avaliou neste item o que registou no PAUF, adequando melhor no PAUF

de 2019 o que se aplica verdadeiramente a este tipo de serviços.

Desempenho assistencial

Acesso

Atividade 1 – Melhoria da utilização do sistema de informação

Avaliação: A equipa melhorou efetivamente o registo das atividades que

desenvolve, no âmbito da sua carteira de serviços. No que concerne, ao indicador

368 – Proporção de crianças e jovens com intervenção da UCC, a equipa quando

criou as comunidades escolares (trabalho que terminou em dezembro de 2018),

introduziu o nome de todos os alunos que estão inscritos nas unidades funcionais

do Centro de Saúde de Celas, de forma a que todos os registos que agora efetua

no âmbito das comunidades escolares, irão contabilizar para este indicador.

Gestão da Doença

Atividade 1 – Criação e partilha na equipa da UCC de Celas do Procedimento do

Projeto Formação de Cuidadores, com as seguintes áreas-chave: formação e

capacitação dos cuidadores, GRT, aconselhamento em ajudas técnicas.

Avaliação: A equipa criou o procedimento e efetuou partilha em momento

formativo, que foi dinamizado pelas enfermeiras a efetuar estágio do CPLEEC, sob

orientação da Enf. Cristina Crespo. Toda a equipa nuclear e a assistente social

estiveram presentes no momento formativo.

22

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23

Atividade 2 – Criação de índice de manual de procedimentos e procedimento da

ECCI.

Avaliação: A equipa criou o índice, o procedimento da ECCI que foi aprovado em

reunião de CG e continua a desenvolver o seu Manual de Procedimentos.

Atividade 3 – Agilização da articulação entre equipa de enfermagem/fisioterapeuta

e médico de família, de forma a otimizar o acompanhamento nos utentes com

fenómeno “dor” levantado.

Avaliação: A equipa articula de forma eficaz com equipa de saúde familiar para

ajuste do regime terapêutico, nomeadamente, no âmbito da dor, tendo já

acompanhado diversos utentes na área dos paliativos. No entanto, conforme

plasmado no Diagnóstico de Situação de Saúde da Comunidade de Celas, urge

alocar horas médicas à UCC de Celas, nomeadamente, à ECCI, profissional que

deverá ter formação em paliativos.

Atividade 4 – Formação em “Controlo da Dor”, promovida pela UCC de Celas e

dinamizada pela equipa multidisciplinar da “Consulta da Dor” dos CHUC, aberta a

todos os profissionais de saúde interessados

Avaliação: A equipa já articulou com equipa da “Consulta da Dor” dos CHUC

(cumprindo o cronograma delineado), encontrando-se esta disponível e mostrando

grande interesse para efetuar a ação. Em março de 2019, depois de confirmar as

datas para workshop de formação, irá endereçar o convite aos profissionais de

todas as UF de Celas.

Atividade 5 – Melhorar a gestão dos casos clínicos e promover a agilização das

visitações domiciliárias multidisciplinares aos casos de agudização. Solicitar

colaboração de outras entidades parceiras quando necessário (IPO, entre outras

unidades hospitalares)

Avaliação: A equipa tem articulado com equipa de enfermagem/médica do IPO

(situação de utente em fase terminal). Melhorou também a articulação entre

equipas multidisciplinares das UF do Centro de Saúde de Celas. Tem sido

fundamental o papel da Técnica Superior de Serviço Social, que integra a equipa

da ECCI e, nesse âmbito, o conselho técnico.

Intervenção Comunitária

Atividade 1 - Verificar 90% dos beneficiários do RSI com acordo na área da saúde

da área de abrangência de Celas. Promover o cumprimento de, pelo menos, 80%

dos acordos na área da saúde.

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Avaliação: foram verificados 100% dos beneficiários que têm acordo na área da

saúde enviados pela responsável do NLI, Dra. Cristina Barreiros. Relativamente, ao

cumprimento, 83% cumpriram os acordos, após intervenção da UCC de Celas,

sendo a responsável a Enf. Sandra Moita, pelo que se considera o objetivo

atingido.

Atividade 2 – Continuar a implementar o Programa SOBE – ano letivo 2018-2019 –

em 5% das turmas do parque escolar de Celas (JI e 1º ciclo)

Avaliação: O objetivo considera-se cumprido pois estão 308 alunos em candidatura

para este programa, valor > 5% dos alunos do JI e 1º Ciclo.

Atividade 3 – Implementar numa escola secundária o Projeto + Contigo a todas as

turmas do 7º ano no ano letivo de 2018/2019.

Avaliação: O objetivo está cumprido. Foi implementado na Escola Secundária José

Falcão a todas as turmas do 3º ciclo no ano letivo de 2018/2019, conforme

calendarizado (90 alunos).

Atividade 4 – Dar continuidade ao Projeto Sexualidade Responsável em 75% das

turmas do secundário do nosso parque escolar, no ano letivo 2018/2019.

Avaliação: O objetivo está cumprido. Implementado o projeto em todas as turmas

das Escolas Secundárias Avelar Brotero elegíveis, Escola Secundária José Falcão

e Escola Secundária Jaime Cortesão. No ano letivo de 2019/2020, a equipa

pretende alargar para 100% das turmas elegíveis, envolvendo também a Escola

Secundária Infanta Dona Maria.

PROJETO SEXUALIDADE RESPONSÁVEL

De acordo com a Direção Geral de Educação (DGE), a educação sexual em meio

escolar tem caráter obrigatório, destinando-se a todos os alunos que frequentam

estabelecimentos de ensino básico e secundário da rede pública, bem como os

estabelecimentos da rede privada e cooperativa com contratos de associação, do

território nacional. Este projeto visa dar informações sobre sexualidade que é

essencial na educação para a saúde. (DGE, 2018)

Objetivos:

• Promover comportamentos e afetos saudáveis;

• Conhecer o sistema reprodutor e as alterações da puberdade; Refletir sobre a

importância da autoestima e do respeito;

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• Prevenir comportamentos de risco e infeções sexualmente transmissíveis;

• Esclarecer sobre métodos contracetivos e serviços de saúde existentes;

• Refletir sobre a gravidez e as relações de namoro.

População Alvo: Alunos do pré-escolar; 3º ano do primeiro ciclo; 7º e 9º ano do

terceiro ciclo; todo o secundário.

Atividades:

• Sessões em sala de aula e no exterior, de modo a dar resposta aos objetivos

propostos, envolvendo diversas metodologias: vídeo, teatro, world café, debate,

peddy paper, jogos diversos; as atividades e conteúdos são adaptados à faixa

etária: alunos do pré-escolar

• Emoções e Afetos; alunos do 3º ano do primeiro ciclo;

• Saúde Reprodutiva e Afetos, 7º ano do terceiro ciclo;

• Igualdade de Género/Violência no Namoro, 9º e 10º;

• Bancas de Sexualidade abordando as diversas temáticas: Infeções

Sexualmente Transmissíveis; Orientação Sexual; Serviços existentes no SNS de

apoio à saúde reprodutiva/jovem/planeamento familiar; colocação do preservativo,

11º ano;

• Igualdade de Género/Violência no Namoro, 12º ano;

• Interrupção voluntária da gravidez, legislação e serviços existentes.

Nos anos letivos 2016/217 e 2017/2018, não foi possível efetuar o projeto na sua

íntegra em todos os estabelecimentos de ensino, devido ao elevado número de

turmas existentes para o escasso número de profissionais em função na UCC de

Celas. Contudo, foram efetuadas múltiplas intervenções desde o JI ao 12º ano.

Da análise da Tabela 6, pode constatar-se que de 2016/2017 para 2017/2018,

houve um aumento do número de alunos abrangidos pela área da Educação para

os afetos e sexualidade. No último ano letivo analisado, foram alcançados 44% dos

alunos do parque escolar, prevendo-se que este número continuará a aumentar no

ano letivo de 2018/2019, segundo as ações agendadas, e possa atingir 98% da

população-alvo no ano letivo de 2019/2020.

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26

Tabela 6 – Número de alunos abrangidos pelo Projeto Sexualidade Responsável

Nível de ensino Pré-escolar

1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB Secundária Total

Alunos abrangidos ano 2016/2017

67 136 521 628 902 2254

Alunos abrangidos ano 2017/2018

31 116 221 481 1881 2730

Fonte: UCC de Celas, 2018

Profissionais Responsáveis: Enf. Cristina Crespo e Enf. Cláudia Alves Cardoso;

Colaboradores: estudantes de enfermagem.

Atividade 5 – Dar continuidade à implementação do Projeto Alimentação Saudável,

dirigido a 20% das turmas no parque escolar de Celas, no ano letivo de 2018/2019.

Avaliação: O objetivo já foi alcançado em fevereiro de 2019, como se pode

constatar pela descrição pormenorizada dos projetos no capítulo seguinte. Ainda

estão agendadas algumas ações neste âmbito, devendo o valor rondar os 40% de

alunos envolvidos de todo o parque escolar.

Atividade 6 – Dar continuidade ao Projeto Parentalidade Positiva, mantendo um

grupo de pais por ano, com a duração de três meses.

Avaliação: Objetivo alcançado, tendo o grupo que iniciou em setembro de 2018,

terminado a 18 de janeiro de 2019.

PROJETO PARENTALIDADE POSITIVA

Anualmente, chegam ao CDC do HP de Coimbra cerca de 2.000 pedidos para

primeira consulta, sendo que uma grande percentagem (aproximadamente 30%)

apresenta problemas de comportamento (PC). Na maioria dos casos, a intervenção

farmacológica é insuficiente para dar resposta eficaz aos problemas da família e,

paralelamente, em idade pré-escolar, os programas comportamentais de

intervenção parental são recomendados como tratamento de primeira linha

(American Academy of Pediatrics, 2011). Crianças com PC de início precoce têm

uma probabilidade maior de evoluírem para Perturbação do Comportamento, risco

acrescido de desenvolver problemas sociais e emocionais, para além de problemas

de absentismo, abandono e insucesso escolar e delinquência (Webster-Stratton,

Reid, & Stoolmiller, 2008) e de, no futuro, como adultos, viverem situações de

fragilidade emocional e social. Neste sentido, a prevenção/intervenção precoce

contribuirá para a redução de trajetórias mal adaptativas e do enorme custo

pessoal, familiar, comunitário e social que têm associado. Para além disso, a

importância do bem-estar psicológico das crianças e adolescentes para o seu

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correto desenvolvimento emocional, social, físico e cognitivo é amplamente

reconhecida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que 1 em cada 5

crianças sofre de problemas de saúde mental, sublinhando a pertinência da

identificação e intervenção precoces, de modo a evitar escaladas de sintomas que

mais tarde vão requerer tratamento e reabilitação, com implicações financeiras e

sociais negativas. Em Portugal, o Plano Nacional de Saúde ([PNS], 2013) alerta

para o facto de 10 a 20% das crianças manifestarem problemas de saúde mental.

A promoção da saúde mental infantil e juvenil deve, pois, integrar sinergias de

todos os serviços que trabalham com crianças e jovens, desde a escola a serviços

de saúde primária e de intervenção precoce (Bower, Garralda, Kramer, Harrington,

& Sibbald, 2001). Apesar destas taxas elevadas, menos de 1% das crianças em

idade precoce (pré-escolar) recebe serviços de saúde mental na comunidade

(Pottick & Warner, 2002). Este facto leva ao reconhecimento da necessidade de

dirigir as intervenções para estas populações de crianças, famílias e profissionais

que trabalham com elas, dotando-os de ferramentas para enfrentarem as

adversidades e as consequências que normalmente se associam a estes quadros.

A série de programas AI (www.incredibleyears.com) é uma abordagem

compreensiva, multimodal e baseada em evidência, cujo principal objetivo é

prevenir e intervir nos múltiplos fatores de risco envolvidos no início precoce dos

PC em diferentes contextos e aumentar os fatores protetores (Webster-Stratton,

2012). O Programa Básico para Pais tem sido alvo de inúmeros estudos

internacionais com crianças em idade pré-escolar e escolar com diagnóstico/em

risco para PC. Os estudos têm revelado melhorias a curto, médio e longo-prazo

das práticas parentais e da interação pais-filhos e redução dos PC da criança

(Larson et al., 2008). Dados recentes confirmam a eficácia do programa quando

implementado no contexto dos cuidados primários por profissionais de saúde

(Perrin, Sheldrick, McMenamy, Henson, & Carter, 2014). Foram considerados

vários instrumentos para avaliação da eficácia do projeto, nomeadamente:

Questionário de Sentido de Competência Parental (PSOC) (Johnston & Mash,

1989, versão portuguesa de Seabra-Santos & Pimentel, 2007; e Questionário de

Capacidades e Dificuldades para pais e educadores (SQD-Por) (Goodman, 2001,

versão portuguesa de Fleitlich, Loureiro, Fonseca, & Gaspar, 2005). Ambos os

questionários foram aplicados aos cuidadores das crianças antes e após o

programa. Também foram aplicados em todas as sessões questionários de

avaliação da satisfação com as diferentes metodologias e intervenientes e um

questionário final de satisfação com todo o programa e o desempenho dos

facilitadores. Da amostra de pais que frequentaram o grupo, maioritariamente

pertencem ao género feminino. Um destes grupos dinamizados pela UCC de Celas

teve como população-alvo mães em situação de vulnerabilidade social, sendo

estas referenciadas por diferentes instituições (Renascer, que alberga vítimas de

violência doméstica; e Associação de Defesa e Apoio da Vida, que apoia mães

solteiras) e por unidades funcionais de Celas. Dos grupos dinamizados, na UCC de

Celas, especificamente, foram devolvidos até à data 12 questionários

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completamente preenchidos, de dados referentes à avaliação pré e pós-

intervenção, pelo que serão apenas considerados estes para a amostra dos

resultados que apresentaremos seguidamente. Será feita uma breve análise

qualitativa, visto a limitação do tamanho da amostra.

Resultados da UCC de Celas

O «Questionário de Sentido de Competência Parental (PSOC)» foi aplicado ao

grupo dos cuidadores num momento pré e pós intervenção (Johnston & Mash,

1989, versão portuguesa de Seabra-Santos & Pimentel, 2007). Este inclui 17 itens,

avaliados por uma escala psicométrica do tipo Likert, que constituem duas escalas

- satisfação e eficácia. Para a amostra constituída pelos cuidadores da UCC de

Celas submetidos à intervenção no âmbito do programa AI (n=6), é possível

concluir, a partir da análise da Figura 3, que a média da perceção de satisfação e

eficácia dos cuidadores no desempenho da competência parental é superior após a

intervenção. Relativamente à satisfação, passou de 3,2 para 3,6, e no que diz

respeito à eficácia, de 3,3 para 3,5, para um intervalo de 0 a 5.

Figura 3 - Média da satisfação e eficácia no desempenho da competência parental - UCC de Celas (n=6)

Outro instrumento utilizado foi o «Questionário de Capacidades e Dificuldades

para pais e educadores (SQD-Por)» (Goodman, 2001, versão portuguesa de

Fleitlich, Loureiro, Fonseca, & Gaspar, 2005). Este é constituído por 25 itens,

que estão organizados em cinco escalas: Escala de Sintomas Emocionais

3.2

3.6

3.3

3.5

2.9

3.0

3.1

3.2

3.3

3.4

3.5

3.6

3.7

Pré Pós Pré Pós

SATISFAÇÃO EFICÁCIA

dia

Dimensões

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(ES); Escala de Problemas de Comportamento (CP); Escala de Hiperatividade

(HI); Escala de Problemas de Relacionamento com Colegas (PPRO); e Escala

de Comportamento Pró-Social (PSPB). A interpretação da pontuação para

cada escala permite fazer uma definição do caso, sendo que cada uma assume

intervalos diferentes:

• ES: 0-3 «normal»; 4 «Limítrofe»; e 5-10 «anormal»

• CP: 0-2 «normal»: 3 «Limítrofe»; e 4-10 «anormal»

• HI: 0-5 «normal»; 6 «limítrofe»; e 7-10 «anormal»

• PPRO: 0-2 «normal»; 3 «limítrofe»; 4-10 «anormal»

• PSPB: 6-10 «normal»; 5 «limítrofe»; 0-4 «anormal»

A análise da Figura 4 permite concluir que o programa AI parece ter contribuído

para uma melhoria nas capacidades e dificuldades das crianças dos

cuidadores intervencionados (n=6), pois observa-se uma média pós-

intervenção inferior nas ES (4,1) e CP (3,8) e superior na PSPB (8,2).

Figura 4 - Capacidades e Dificuldades para cuidadores (n=6) - UCC de Celas

No que concerne, aos questionários de satisfação (que não foram trabalhados

do ponto de vista estatístico para a elaboração do presente documento), os

resultados foram, em todos os itens, muito positivos, quer na avaliação

5.9

4.14.5

3.8

5.86.1

2.83.1

7.88.2

0.0

1.0

2.0

3.0

4.0

5.0

6.0

7.0

8.0

9.0

CP Pré CP Pós ES Pré ES Pós HI Pré HI Pós PPROPré

PPROPós

PSPBPré

PSPBPós

dia

Sub-escalas

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semanal de cada sessão, de cada grupo, quer com o programa em si.

Relativamente, à pergunta: “Recomendaria este Programa a um amigo ou

familiar” a resposta de 100% dos questionários foi: “Com certeza que sim”. No

que diz respeito à partilha verbal efetuada, no términus de cada grupo,

destacam-se:

- Aumento da satisfação com a vida e capacidade de compreender melhor os

filhos, bem como resolver problemas em família;

- Melhoria do vínculo pais/filhos e da relação entre o casal (nas situações em

que se aplicou);

- Melhoria do autocontrolo (pais) e regulação emocional (filhos);

- Aumento das estratégias para lidar com as birras, dar ordens eficazes,

estabelecer rotinas eficazes e limites seguros;

- Diminuição das estratégias negativas e severas no dia-a-dia;

- Adoção de um estilo parental mais positivo e apoiante.

Sugestões da equipa: Como a série de “Programas Anos Incríveis” se baseia

em evidência científica e considerando as necessidades identificadas pelo

Diagnóstico de Situação em Saúde da Comunidade de Celas (2018) e por

outros documentos estratégicos a nível nacional, como o Plano Nacional de

Saúde Mental (PNSM), a equipa pretende agora iniciar a formação no

Programa AI para bebés, querendo dirigi-lo a mães/cuidadores em situação de

vulnerabilidade social. Para tal necessita que o ACeS BM e a ARS Centro

invistam na formação de, pelo menos, dois facilitadores da UCC de Celas.

Profissionais responsáveis: Enf. Cristina Crespo, Dr. Manuel Ventura, Dra.

Catarina Marques.

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5.3.2.- Serviços de Carater não Assistencial

Atividade 1 – Reuniões plenárias dos CT e CCS e Reuniões de coordenadores das

UCC

Avaliação: 22h (4 reuniões efetuadas no ACES BM) + 14h (reunião em Anadia) +

4h (reunião na Figueira da Foz) – objetivo atingido

Atividade 2 – Elemento da equipa que integra a ERA aos CSP da ARS Centro

(308h/ano)

Avaliação: cumprido.

Atividade 3 – Participação em grupo de trabalho para a uniformização de

Procedimentos no ACES Baixo Mondego

Avaliação: atividade que irá só decorrer a partir de 2019, conforme convite da

Presidente da Direção de Enfermagem do ACES BM, tal como o cronograma foi

efetuado a partir de 2019.

Atividade 4 – Participação em Reuniões do Núcleo de Enfermeiros de Reabilitação

do ACES Baixo Mondego - 3h Enf. José Azenha e 3h Enf. Andreia Gonçalves

Avaliação: atividade não cumprida porque não foram agendadas reuniões deste

Núcleo no ano de 2018, por motivos que ultrapassam os dois elementos que

integram a UCC de Celas.

Atividade 5 – Qualidade e Segurança – elemento efetivo no Conselho Geral da

Escola Secundária José Falcão, durante pelo menos, 25h/anuais

Avaliação: atividade cumprida, indo muito além das 25h anuais (Enf. Aliete Cunha

Oliveira e Enf. Cláudia Alves Cardoso)

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5.4.- Qualidade Organizacional

5.4.1.- Melhoria Contínua da Qualidade

A equipa definiu as seguintes atividades em PAUF:

Atividade 1 – Manual de Procedimentos da UCC de Celas

Avaliação: A equipa procedeu à aprovação do Manual de Procedimentos na sua

globalidade, conforme planeou, em sede de CG nº3/2018, de 30/8/2018, tendo

neste momento alguns procedimentos em construção, relativos aos processos

chaves. Já se encontram aprovados os seguintes procedimentos: PA0201

Privacidade no Atendimento do Utente; PA0202 Direito a uma segunda opinião;

PA0302 Formação para Cuidadores; PA0501 Referenciação; PA0301 ECCI;

PG0101 Como Construir um Procedimento; PG0102 Qualidade dos Documentos e

Panfletos; PG0201 Avaliação da Satisfação dos Utentes; PG0202 Avaliação da

Satisfação dos Profissionais; PG0401 Tratamento de Exposições; PS0103 Regras

de Utilização e Manutenção de equipamentos; PS0202 Prevenção e Registo de

Incidentes/Acontecimentos Adversos; PS0203 Identificação de estranhos e

profissionais; PS0501 Partilha de Informação e Eficácia da Organização.

Atividade 2 – Atualização do Regulamento Interno, Guia de Acolhimento, Carta de

Qualidade e documentação a afixar/publicitar ao utente

Avaliação: A equipa procedeu à atualização dos referidos documentos e à sua

aprovação em sede de CG nº3/2018.

Atividade 3 – Manual de Controlo de Infeção da UCC de Celas

Avaliação:

Avaliação do Desempenho atual: foi efetuada em setembro de 2018. A Enf. Ana

Amélia Rojo, nomeada como elo de ligação ao PPCIRA analisou os documentos de

que a UCC de Celas dispunha nesta área e observou os procedimentos da equipa.

Frequentou também a formação, desenvolvida pelo Gabinete de Formação da

ARSC, I.P.: “Plano de Intervenção e Controlo da Infeção”, que foi realizada na ARS

centro, nos dias 13 e 14 de setembro de 2018 e teve uma duração de 16h.

Discussão e análise dos resultados: a Enf. Ana Amélia Rojo até dezembro de 2018

discutiu e analisou os resultados com a equipa multidisciplinar, sobretudo no

âmbito da ECCI, mas também com elementos das outras unidades funcionais do

Centro de Saúde de Celas, nomeadamente, com as várias Assistentes

Operacionais do Centro de Saúde de Celas.

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Introdução de mudanças: A Enf. Ana Amélia Rojo definiu circuitos na unidade e

encontra-se (em fevereiro) a ultimar o Manual de Controlo de Infeção da equipa da

UCC de Celas que já recolheu contributos de toda a equipa. Já solicitou materiais

essenciais para o transporte do material cirúrgico e já motivou os profissionais da

ECCI para o transporte dos vários resíduos de forma adequada, aquando das

visitas domiciliárias, sendo verificado o seu cumprimento, em sede de auditoria

interna. Segundo, o Plano de Acompanhamento Interno definido pela Equipa, o

Manual de Controlo de Infeção irá ser discutido no CG nº1/2019 a 28/2/2019 e

aprovado no CG nº2/3019 a efetuar em abril. A reavaliação e realização de novas

auditorias (surpresa), serão efetuadas em junho de 2019, com a colaboração de

elementos externos à equipa.

Atividade 4 – Formação na área e auditoria dos registos por ter sido detetada a

dificuldade em registar a intervenção da UCC de Celas nos sistemas informáticos

Avaliação do Desempenho atual: em junho de 2018 foi instalado o SClínico no

Centro de Saúde de Celas, tendo o Enfermeiro Luís Rodrigues efetuado formação

para toda a equipa da UCC de Celas. De forma, a aprofundar os seus

conhecimentos, a equipa em setembro de 2018 frequentou diversas formações na

área dos registos: CA 20 - CIPE - Classificação Internacional para a Prática de

Enfermagem 28h (Enf. Ana Amélia Rojo – 3-6/9/2018 e Enf. José Azenha); Curso

44 SCLINICO 7h (Enf. Ana Amélia Rojo – 21/9/2018).

Discussão e análise dos resultados: até dezembro de 2018, a equipa discutiu as

necessidades, as dúvidas e dificuldades e com o apoio da UCC de Grei,

nomeadamente, da Enfermeira Cláudia Simões, que partilhou documentos que

ajudaram a equipa a efetuar registos mais eficazes, e com o apoio da UCC de S.

Martinho do Bispo, na pessoa da Enfermeira Rosabela que efetuou formação no

domínio da criação das comunidades e apoiou nesse processo. O Enfermeiro Luís

Rodrigues continuou a apoiar sempre que surgiam dúvidas à equipa.

Introdução de mudanças: este item do Plano de Acompanhamento Interno está

previsto decorrer até março de 2019. O coordenador da UCC de Celas, Enf. José

Azenha, já solicitou a password que permite o acesso ao MIMUF para que seja

possível auditar o processo de melhoria contínua dos registos, que já lhe foi

enviada. Até esta data, a equipa continuará a avaliar o seu desempenho pelo valor

do IDG e consulta da plataforma "BI da reforma dos CSP", e discutirá esse

desempenho em sede de reunião de Conselho Geral que será efetuada a 28 de

fevereiro de 2019. A equipa já efetua (desde fevereiro de 2019), registos na área

da Saúde Escolar, documentando assim as suas intervenções. Pretende assim que

os registos da ECCI e Saúde Escolar estiverem consolidados, iniciar o registo nas

outras áreas da carteira de serviços.

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Atividade 5 – Divulgação às entidades referenciadoras (Unidades funcionais dos

CSP e serviços de internamento) do Serviço ECCI, com vista à melhoria da sua

taxa de ocupação

Avaliação do desempenho atual: em fevereiro de 2018 a equipa analisou a baixa

taxa de ocupação como um objetivo importante a melhorar.

Discussão e análise dos resultados: em março de 2018, após a discussão e análise

dos resultados, em sede do programa GestCARE/ Contrato/Registo de Facturação,

e após refletir que era importante relembrar às equipas as mais-valias deste serviço

voltou a imprimir os panfletos da ECCI para divulgar às várias unidades funcionais

de Celas. Delineou ainda como estratégia voltar a enviar mail para os diversos

serviços do CHUC, potenciais referenciadores.

Introdução de mudanças: até maio de 2018, a TSSS Catarina Marques, elemento

do conselho técnico para a área da ECCI, teve um papel importante, na

sensibilização das várias equipas de saúde familiares para os ganhos em saúde

com a ECCI e a equipa enviou ainda mail aos colegas, das unidades hospitalares,

potenciais referenciadores, nomeadamente, serviços de medicina, neurologia,

ortopedias, para relembrar a existência deste serviço comunitário.

Reavaliação: em dezembro de 2018, a equipa procedeu a nova análise do registo

de faturação no GestCARE, e como resultados positivos salienta-se: outubro de

2018 – taxa de ocupação de 74,5%; novembro de 2018 – taxa de ocupação de

89,2%; dezembro de 2018 – taxa de ocupação de 94,4%. A equipa considera que o

Plano de Acompanhamento Interno se encontra cumprido. Mas determinou voltar a

utilizar estas estratégias, com a periodicidade anual (determinou-se dezembro),

dado que existe rotatividade dos profissionais das diferentes equipas de saúde

familiares e equipas hospitalares, bem como a presença de novos internos de MGF

nos diversos serviços.

5.4.2. - Segurança

Atividade 1 – Avaliação da Satisfação dos Profissionais

Avaliação: A equipa procedeu à avaliação da satisfação dos profissionais, cujos

resultados se apresentam seguidamente, no timing previsto em cronograma do

PAUF, embora a discussão e análise dos resultados em sede de conselho geral só

esteja prevista para a reunião de 28/2/2019, dado não ter ocorrido nenhum

conselho geral antes.

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Para avaliar a satisfação dos profissionais foi aplicado um questionário “Avaliação

da Satisfação dos Profissionais da UCC de Celas”. Este questionário foi adaptado

do original, Instrumento de Avaliação da Satisfação dos Profissionais (IASP)

(Ferreira, 2002).

Responderam ao questionário 10 elementos da UCC de Celas, do qual constam 11

questões, 10 fechadas e 1 aberta. Os resultados foram os seguintes:

Caracterização profissional

- Os 10 elementos têm contrato de trabalho em funções públicas por tempo

indeterminado.

- Apenas 1 elemento desempenha funções de coordenação, gestão ou chefia.

- O tempo de trabalho na UCC de Celas varia entre o máximo de 3 anos e 8

meses e um mínimo de 8 meses: - 3 elementos trabalham na UCC de Celas há 3

anos e 8 meses e 3 elementos há 3 anos; 1 elemento trabalha na UCC de Celas há

3 anos e 1 mês; 1 elemento trabalha na UCC de Celas há 1 anos e 9 meses e 2

elementos trabalham na UCC de Celas há menos de 1 ano.

Classificação da UCC de Celas quanto aos recursos físicos

Podemos constatar na figura abaixo, que nas diferentes dimensões dos recursos

físicos, a classificação “fraca” é maioritária e está presente em todas elas e que

não existe nenhuma dimensão com a classificação de “muito boa”. Assim, parece

emergente a necessidade de o ACeS BM, avaliar as condições em que trabalham

estes profissionais e promover um espaço que lhes permita realizar as suas

atividades com a dignidade e respeito que lhes são exigidas, mas que representam

as mesmas que os próprios profissionais reclamam.

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Figura 5 – Classificação dos recursos físicos da UCC de Celas

Classificação da UCC de Celas quanto aos recursos humanos

De acordo com a figura seguinte, verificamos que o número de profissionais na

equipa é avaliado maioritariamente como razoável. De salientar que nas restantes

dimensões a classificação muito boa está presente e somente numa surge a

classificação fraca (número de profissionais).

0 2 4 6 8 10 12

Aquecimento

Iluminação

Salubridade das instalações

Mobilidade para serviço externo

Equipamento/Materiais

Organização do espaço

Segurança

Limpeza

RECURSOS FISICOS DA UCC

muito boa boa razoavel fraca

0 2 4 6 8 10

Relação na equipa

Compromisso

Comunicação interna

Espirito de equipa

Nº de profissionais

RECURSOS HUMANOS

muito boa boa razoavel fraca

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Figura 6– Classificação dos recursos humanos da UCC de Celas

Prestação dos cuidados na UCC de Celas

De acordo com a figura seguinte, constatamos que nas diferentes dimensões a

classificação “boa” é a que mais se evidencia e que apenas no custo dos cuidados

a classificação é inferior para alguns dos elementos da UCC de Celas.

Figura 7 – Avaliação da prestação de cuidados da UCC de Celas

Quando questionados os profissionais sobre se sentiam que a sua formação

académica e profissional era adequada para desempenhar o seu trabalho, dos 10

elementos, apenas 1 respondeu não, os restantes responderam sim.

Todos os elementos responderam que recomendariam a sua UCC a familiares e

amigos com necessidade de cuidados.

Através da análise da Figura 8, podemos verificar que os profissionais ao serem

questionados sobre se escolheriam novamente a UCC de Celas para trabalhar, 6

elementos responderam sim, 3 responderam possivelmente sim e apenas 1

respondeu não. Embora o questionário seja anonimo, seria interessante perceber

que elemento é este e tentar perceber as razões que o levaram a esta resposta

(falta de motivação, sentir-se desvalorizado, não gostar das atividades que

desenvolve...) no sentido de avaliar que medidas poderiam ser tomadas para

reverter este processo, se assim for desejável.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Custo dos cuidados

Informações

Sensibilidade

Capacidade dos profissionais

Coordenação dos cuidados

Atendimento

PRESTAÇÃO DE CUIDADOS

muito boa boa razoavel fraca

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Figura 8 - Escolheria novamente esta UCC para trabalhar

Melhorar os serviços prestados pela UCC de Celas e a sua qualidade como

local de trabalho

A grande maioria dos elementos faz referência à necessidade urgente de melhores

condições de trabalho, com mudança de instalações. É também fundamental que a

UCC de Celas disponha de mais equipamento/materiais, nomeadamente, na área

da reabilitação para a equipa da ECCI. Mais profissionais para poderem aumentar

a resposta à comunidade e transporte que facilite a mobilidade para o serviço

externo.

Numa avaliação global, podemos concluir que todos os elementos da UCC de

Celas estão vinculados e que todos partilham funções de gestão, existindo

delegação de competências. Na maioria da opinião destes profissionais, os

recursos físicos são muito fracos e a UCC de Celas deveria mudar de instalações.

São necessários mais profissionais para poder aumentar a resposta à comunidade

e providenciar viatura que facilite a mobilidade para o serviço externo.

5.4.3. - Centralidade no cidadão

A equipa analisou sempre a existência ou não de reclamações, sugestões ou

elogios, em sede de reunião de conselho geral, conforme se preconiza pela grelha

DIOR/UCC e respetivo guia de utilização. Desde que a UCC de Celas entrou em

funcionamento, a 9/2/2015, nunca se verificaram reclamações/sugestões. A equipa

recebeu muitos elogios orais e por sms, e só tratou oficialmente como elogio, uma

ESCOLHERIA NOVAMENTE ESTA UCC PARA TRABALHAR

Claro que sim Possivelmente não Possivelmente sim

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exposição escrita, que mereceu a seguinte resposta por parte do Diretor Executivo,

Dr. Carlos Alberto Ordens: “(…) agradecemos a manifestação de apreço e

reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos profissionais da unidade, certos

que estas manifestações contribuem positivamente para a melhoria do

desempenho dos nossos serviços”, a 18/12/2018, elogio que será abordado em

sede de conselho geral agendado para 28/02/2019.

Atividade 1 – Realização de Ações de divulgação/sensibilização para os direitos

dos utentes na área da saúde e formação sobre temas pertinentes à sua condição

de saúde, promovendo a acessibilidade do utente aos serviços de saúde e

articulação com a equipa de saúde familiar, incentivando a vigilância em saúde e

prevenção da doença.

A carteira de serviços da UCC de Celas foi contratualizada com o ACeS BM e

ARSC, englobando programas e projetos de promoção da saúde, prevenção de

doença e proteção da comunidade. Estes programas e projetos são delineados

tendo em conta a realidade de saúde da população que abrange e são

operacionalizados de forma a abranger pessoas, famílias e grupos em situações de

maior vulnerabilidade, nomeadamente, exclusão social ou cultural, pobreza

económica, défice de valores ou de competências e violência/negligência. Atuam

no âmbito da promoção de estilos de vida saudável, abrangendo as áreas de:

Saúde Infantil e Juvenil, Saúde Escolar, Saúde do Adulto, Saúde do Idoso e Saúde

Mental (UCC de Celas, 2018).

A ECCI constitui uma das tipologias de serviço da RNCCI. Tem como missão a

prestação de serviços domiciliários, cuidados médicos, de enfermagem, de

reabilitação e de apoio social, ou outros, a pessoas em situação de dependência

funcional, doença terminal ou em processo de convalescença, com rede de suporte

social, cuja situação não requer internamento, mas que não podem deslocar-se de

forma autónoma (UCC de Celas, 2018).

Tabela 7 – Programas e projetos em execução na UCC de Celas

Programas/ Estratégias Projetos da Carteira de Serviços

Programa Nacional de Saúde Escolar 2015

Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral

Programa Nacional de Promoção da Alimentação

Saudável 2017

Programa Nacional para a Diabetes

Programa Nacional para a Promoção da Atividade

Física

Programa Nacional para a Saúde Mental 2017

Plano Nacional para a Prevenção do Suicídio 2017

Programa Nacional Prevenção e Controlo do Tabagismo

Programa Nacional de Saúde Reprodutiva

"Escola às Costas"

"Gabinete de Informação e Apoio ao Aluno"

"Sexualidade Responsável"

"Be Happy Básico"

"Ali Move-te"

"Sobe"

"Cheques-dentista"

"+Contigo"

"Saúde Mental"

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Programa Nacional para as Doenças Oncológicas

Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de

resistência aos antimicrobianos

Programa Nacional de Vacinação

Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil

Programa de Saúde para Crianças e Jovens em Risco

Programa de Saúde Intervenção Precoce na Infância

Parentalidade Positiva

Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco

Sistema Nacional de Intervenção Precoce

Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Dor

2017

Estratégia Nacional para o Envelhecimento Ativo e

Saudável 2017-2025

Programa Nacional para as Doenças Oncológicas

Programa Nacional para a Prevenção de Doenças

Cérebro-cardiovasculares

Programa Nacional para as Doenças Respiratórias

Plano estratégico para os Cuidados Paliativos

ECCI

Formação de Cuidadores

Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA

Programa Nacional para a Tuberculose

Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral

Programa Nacional de Promoção da Alimentação

Saudável 2017

Programa Nacional para a Diabetes

Programa Nacional para a Promoção da Atividade

Física

Programa Nacional para a Saúde Mental 2017

Plano Nacional para a Prevenção do Suicídio 2017

Programa Nacional de Prevenção e Controlo do

Tabagismo

Estratégia Nacional para a Integração das Comunidades

Ciganas

Colaboração com Núcleo Local de Inserção/formação

aos beneficiários do RSI

Transversal a todos os projetos Capacitar para Cuidar

Fonte: UCC de Celas, 2018

Doravante, serão referidos todos os projetos e intervenções que não foram

contratualizados para o ano de 2018 (esses já se encontram anteriormente descritos),

mas que constituíram intervenção da equipa, no ano de 2018.

PROJETOS NO ÂMBITO DA SAÚDE INFANTIL E JUVENIL

Os projetos desenvolvidos neste âmbito tiveram por base o Programa Nacional de

Saúde Infantil e Juvenil, o Programa de Saúde para Crianças e Jovens em Risco e o

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Programa de Saúde Intervenção Precoce na Infância, como se poderá constatar em

cada um dos projetos que serão seguidamente apresentados.

SISTEMA NACIONAL DE INTERVENÇÃO PRECOCE

O DL nº 281/2009 cria o Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI),

que consiste num conjunto organizado de entidades institucionais e de natureza

familiar, que visa garantir condições de desenvolvimento das crianças com funções ou

estruturas do corpo que limitam o seu crescimento, pessoal e/ou social, e

comprometem a sua participação nas atividades típicas para a idade e contexto social

onde estão inseridas, bem como das crianças com risco grave de atraso no

desenvolvimento. Considera-se que há risco grave de atraso de desenvolvimento

quando se verificam condições biológicas, psicoafectivas ou ambientais com alta

probabilidade de atraso relevante no desenvolvimento da criança.

As crianças com perturbações do desenvolvimento, deficiência e/ou doença crónica

exigem, de facto, cuidados acrescidos, nomeadamente na criação de estratégias

adaptadas e na continuidade de uma intervenção complementar entre os vários

serviços existentes (DGS, 2013).

Neste sentido, o SNIPI é desenvolvido numa articulação conjunta entre os Ministérios

do Trabalho e da Solidariedade Social, da Saúde e da Educação, envolvendo família e

comunidade. De acordo com a legislação em vigor (DL nº 281/2009, p. 7299), tem

como objetivos:

a) Assegurar às crianças a proteção dos seus direitos e o desenvolvimento

das suas capacidades, desenvolvendo ações de Intervenção Precoce na

Infância em todo o território nacional;

b) Detetar e sinalizar todas as crianças com risco de alterações ou com

alterações nas funções e estruturas do corpo ou com risco grave de atraso de

desenvolvimento;

c) Intervir em função das necessidades do contexto familiar de cada criança

sinalizada, de forma a prevenir ou reduzir os riscos de atraso no

desenvolvimento;

d) Apoiar as famílias no acesso a serviços e recursos dos sistemas da

segurança social, saúde e educação;

e) Envolver a comunidade, criando mecanismos articulados de suporte social.

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Objetivos: Assegurar o funcionamento de Equipas Locais de Intervenção (ELI), com

vista à prestação de um serviço adequado às necessidades de Intervenção Precoce

das famílias e crianças do distrito de Coimbra.

População Alvo: Famílias que pertencem à ELI 1 (sedeada no Hospital Pediátrico de

Coimbra), cujas crianças, dos 0 aos 6 anos apresentem alterações nas funções e

estruturas do corpo, assim como risco grave no desenvolvimento (Decreto-Lei

nº281/2009 de 6 de outubro).

Atividades:

• Deteção e sinalização de crianças com necessidades de intervenção precoce,

através da Equipa de Saúde Familiar, Estabelecimentos de Saúde e Escolares,

pessoa individual e outros;

• Aplicação do Pano Individual de Intervenção Precoce (PIIP) a todas as

crianças/famílias, para melhorar a orientação da equipa e garantir a

continuidade dos cuidados, reformulando-o sempre que necessário;

• Visitação domiciliária em equipas multidisciplinares, com vista ao

acompanhamento da criança/família de acordo com o PII Precoce

estabelecido;

• Reuniões quinzenais de gestão de casos da ELI 1, que decorrem no

Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro.

Indicadores/Resultados: A Enfermeira Aliete Cunha-Oliveira foi co-gestora de 2

casos em 2017, ano em que integrou o SNIPI, por nomeação do Diretor Executivo do

ACES Baixo Mondego. Em finais de 2018, foi substituída pela Enfermeira Cláudia

Alves Cardoso que está em período de integração, formação, acompanhando casos a

partir de 2019.

Profissional responsável: Enfermeira Cláudia Alves Cardoso

Sugestões de melhoria:

A nível do SNIPI a enfermeira responsável irá a partir de 2019 avaliar os seguintes

indicadores: percentagem de crianças/famílias de risco com PIIP, no âmbito do

programa SNIPI; percentagem de crianças apoiadas pelo SNIPI e encaminhadas para

consultas de especialidades; taxa de execução na visitação domiciliária (nº de visitas

realizadas / nº visitas planeadas); taxa de execução nas reuniões (nº de reuniões

realizadas/ nº reuniões planeadas) e proporção de crianças com alta com objetivos

atingidos.

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PROJETOS NO ÂMBITO DA SAÚDE ESCOLAR (não contratualizados, em sede de

PAUF mas efetuados)

Na sequência das recomendações da OMS, Portugal integra desde 1994, a Rede

Europeia de Escolas Promotoras da Saúde, numa parceria interinstitucional entre a

saúde e a educação. Este facto, levou à efetiva implementação da Promoção e

Educação para a Saúde (PES) em meio escolar, contribuindo para a

operacionalização do conceito de promoção de saúde, que visa aumentar a

capacidade dos indivíduos e das comunidades para controlarem a sua saúde, no

sentido de a melhorarem.

O Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE) foi revisto em 2014, considerando a

evolução demográfica da população e os novos modelos de sociedade e de família.

Através deste, pretende-se que todas as crianças e jovens frequentem uma escola em

que seja promovida a saúde e o bem-estar (DGS, 2014). A Saúde Escolar é

fundamental na melhoria dos determinantes de saúde e continua a merecer a nossa

atenção e reflexão constante. Atualmente sabe-se que as crianças apresentam um

maior bem-estar quando têm escolhas mais saudáveis.

A escola ao assumir uma visão mais alargada do que apenas a transmissão de

conhecimentos, em que as crianças são meros recetores passivos, torna-se o local

ideal para o desenvolvimento de atividades de promoção da saúde, uma vez que as

crianças dispensam nesse local muito do seu tempo diário (Faria & Carvalho, 2004).

Assim, ao melhorar a literacia em saúde e ao fortalecer a participação da comunidade

educativa na promoção da saúde, estamos a promover o bem-estar perante o

desenvolvimento das crianças/jovens, através da promoção da saúde e da prevenção

da doença no contexto escolar. O PNSE pretende que haja mais saúde, equidade,

educação e uma maior participação da comunidade educativa neste processo, em prol

do desenvolvimento saudável das crianças e dos jovens, inseridas na sua comunidade

(DGS, 2014).

Os objetivos do PNSE estão relacionados com o aumento da literacia em saúde, com

a promoção da adoção de estilos de vida saudáveis, a inclusão de crianças e jovens

com necessidades especiais, bem como a contribuição para um ambiente escolar

seguro e saudável (DGS, 2014).

Para que seja implementado, o PNSE pretende desenvolver competências sociais e

emocionais, de modo a que exista por parte das crianças e dos jovens uma tomada de

decisões responsáveis quanto à sua saúde. De referir, a saúde mental, alimentação

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saudável, atividade física, mobilidade segura, sexualidade, prevenção do consumo de

tabaco, álcool, substâncias psicoativas e ainda a redução dos comportamentos

aditivos sem substância (DGS, 2014).

Além disso, o PNSE encontra-se organizado segundo seis eixos: a capacitação da

comunidade educativa; ambiente escolar e saúde; condições de saúde; a qualidade e

inovação; formação e investigação em saúde escolar; parcerias. Os três primeiros

eixos são nucleares e os três últimos são complementares e transversais.

O primeiro eixo, referente à capacitação, visa para além de ter informação de saúde,

compreendê-la, estar habilitado para a utilizar e sentir-se competente na tomada de

decisões. O processo de capacitação contribui para elevar o nível de literacia para a

saúde, incentiva a diversidade das práticas e envolve toda a comunidade educativa

em torno de um objetivo comum.

A evidência científica tem demonstrado, que existe uma relação entre a qualidade do

ambiente escolar e a saúde dos alunos, indo de encontro ao segundo eixo. Os riscos

ambientais e o seu maior impacto na saúde de crianças e jovens, originaram a eclosão

de políticas de proteção da saúde das crianças e evidenciaram, a importância da

educação dos jovens, visando o desenvolvimento de uma consciência ambiental.

Relativamente ao terceiro eixo, que se refere às condições de saúde, o PNSE

desenha uma estratégia de intervenção global, organizada numa agenda que

contempla a saúde das crianças e dos jovens, as necessidades de saúde especiais

visando a inclusão escolar, a saúde coletiva no global, onde se inclui a saúde de

docentes e não docentes.

No eixo quatro, da qualidade e inovação, salienta-se a importância do uso das

tecnologias de informação e comunicação (TIC), será uma mais valia na partilha da

literacia para a Equipa de Saúde Escolar, para a comunidade educativa e para os

projetos que evidenciem boas práticas.

No eixo que se refere à formação e investigação, é dada importância às áreas de

maior necessidade em termos de formação, no sentido de melhor responder às

solicitações por parte das escolas.

O último eixo do PNSE relaciona-se com as parcerias, que assumem uma suma

importância devido à carência de recursos humanos e à necessidade de maior

multidisciplinaridade.

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Na região Centro, segundo os últimos dados disponibilizados pela Unidade de Saúde

Pública (novembro, 2017), foram abrangidos no ano de 2016: 94% dos agrupamentos

de escolas; 77,6% de alunos do pré-escolar; 81,1% de alunos do 1º ciclo; 80,3% de

alunos do 2º ciclo; 79,1% de alunos do 3º ciclo e 57,7% de alunos do ensino

secundário.

Salienta-se que a equipa de Saúde Escolar da UCC de Celas, desde o ano letivo de

2016/2017, abrange a totalidade dos alunos do pré-escolar ao terceiro ciclo, do seu

parque escolar e a nível do secundário dá cobertura a 89% do seu parque escolar

(apenas uma das escolas secundárias não solicita intervenção de saúde no 11º e 12º

ano, por decisão da direção da Escola Secundária).

A equipa de saúde escolar, é uma equipa multiprofissional, em que todas as áreas são

chamadas a intervir, como podemos observar na Tabela 8. Todas são igualmente

importantes. Esta equipa reúne periodicamente e envolve sempre que oportuno,

estudantes das diversas áreas profissionais, no âmbito dos seus ensinos clínicos.

Tabela 8 - Equipa de Saúde Escolar da UCC de Celas

Nome do Profissional Área Cristina Maria Ramos Crespo de Carvalho* Especialista em Enfermagem Comunitária

Cláudia Alexandra Saraiva Alves Cardoso Especialista em Enfermagem Comunitária

Ana Amélia Amado Rojo Enfermeira Generalista

Sónia Cristina Cecílio Ribeiro Fisioterapeuta

Manuel António Ventura Psicólogo

Paulo José Abrantes Dietista

José Relvas Higienista Oral

Fátima Cunha Técnica de Saúde Ambiental

* Interlocutora/ Responsável da Equipa de Saúde Escolar de Celas

Fonte: UCC de Celas, 2018

Parque escolar da UCC de Celas

O Parque Escolar Público da UCC de Celas, é um parque escolar muito extenso, o

maior da região centro, colaborando a equipa ainda em ações solicitadas no âmbito da

Universidade de Coimbra e suas faculdades, no Centro Educativo dos Olivais, entre

outras entidades de ensino privado, com carácter pontual. Seguidamente, apresentam-

se os números de alunos abrangidos por nível de ensino, no ano letivo em análise:

2017/2018:

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Tabela 9 - Parque Escolar Público UCC de Celas

Fonte: Estabelecimentos de ensino do parque escolar de Celas, 2018

Previamente, ao início de cada ano letivo, o interlocutor da equipa de Saúde Escolar

da UCC de Celas, reúne com o Coordenador de Educação para a Saúde de cada

estabelecimento de ensino, bem como com outros parceiros, de modo a efetuarem o

levantamento das necessidades e programação das atividades a dinamizar no ano

letivo que terá início em setembro, elaborando assim o Plano de Intervenções para

cada escola.

Tendo em conta o que preconiza o PNSE, existem projetos que dão resposta aos

eixos estruturantes do mesmo, pelo que a equipa de Saúde Escolar da UCC de Celas

os aplica de forma consistente, procurando sempre que possível a equidade nas

atividades dinamizadas. Contudo, isto nem sempre acontece, ou por indisponibilidade

de alguns estabelecimentos de ensino, ou por défice de recursos humanos na Equipa

de Saúde Escolar da UCC de Celas. Seguidamente, serão descritos os vários projetos

que a Equipa de Saúde Escolar de Celas dinamiza.

PROJETO ESCOLA ÀS COSTAS

Tem sido crescente a preocupação dos pais, educadores e profissionais de saúde,

com as consequências do excesso de peso das mochilas, bem como com as

complicações que daí advêm para o crescimento e desenvolvimento das crianças e

jovens. As queixas músculo-esqueléticas dispararam entre os mais jovens.

Objetivos: Sensibilizar e Educar para a importância da prática de posturas corporais

adequadas, de forma a promover estilos de vida saudáveis e evitar lesões músculo-

esqueléticas.

População-alvo: alunos do 1º ano do primeiro ciclo, alunos do 6º ano do segundo

ciclo e alunos do 7º ano do terceiro ciclo (por vezes são solicitadas sessões a outros

anos letivos, em turmas específicas).

Ano letivo 2017/2018

Pré-escolar 257

1ºCEB 1256

2ºCEB 982

3ºCEB 1407

Secundário 2391

Total alunos 6203

Professores 585

Assistentes operacionais 164

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Atividades:

• Sessão em sala de aula: "Escola às Costas";

• Aplicação de questionário inicial e final.

Indicadores de atividade:

Alunos 1º ano do primeiro ciclo = 334 Alunos 6º ano do segundo ciclo = 422 Alunos 7º ano do terceiro ciclo = 266 Nº alunos presentes

total de alunos =

599

1022x100= 58,6%

No ano letivo 2017/2018 verificamos com o indicador de 58,6%, que este projeto é

efetuado a mais de metade da população alvo.

Profissional Responsável: Fisioterapeuta Sónia Ribeiro.

PROJETO BE HAPPY BÁSICO

Na comunidade escolar, abordar temas ligados à saúde, desenvolvendo nos alunos

competências que lhes permitam adotar estilos de vida saudáveis, possibilita que

estes tomem decisões conscientes e informadas, façam opções responsáveis,

refletindo-se numa vida saudável. De forma a promover hábitos de vida saudáveis, é

fundamental uma ação concertada, que envolva uma intervenção multidimensional,

dimensão educativa, comportamental e avaliação de resultados para melhorar as

intervenções.

Com o intuito de impedir o ciclo da pobreza, urge a necessidade de cuidar da

criança/família numa perspetiva holística, potenciando o seu bem-estar físico (nas

vertentes da nutrição, sono, saúde oral, audiológica e visual), mental, emocional e

social. É essencial que a atuação inclua todos os intervenientes: crianças, pais,

educadores, docentes, de modo a que haja ganhos em saúde. A equipa da UCC de

Celas, com o apoio de entidades parceiras, decidiu então criar o Projeto Be Happy,

privilegiando escolas com maior vulnerabilidade social, reduzindo assim as

desigualdades. Concomitantemente, efetua prevenção da obesidade infantil, da

diabetes, das doenças cardiovasculares, das patologias mentais, potenciando as

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capacidades dos alunos envolvidos no projeto. Também investe na deteção atempada

e posterior encaminhamento dos alunos, que apresentam alterações auditivas ou

visuais, que possam comprometer o sucesso escolar.

Objetivos:

• Contribuir para a promoção da adoção de um estilo de vida ativo, correta

higiene do sono e alimentação saudável, das crianças e comunidade educativa

de escolas com maior vulnerabilidade social;

• Promover a motivação para um projeto de vida que envolva o investimento

individual na saúde e respetiva vigilância o mais precocemente possível,

através da realização de exame global de saúde com equipamentos sensíveis,

(através da parceria com a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de

Coimbra (ESTeSC)/Departamento de Audiologia), garantindo o

encaminhamento de todos os resultados para equipa de saúde familiar, bem

como a articulação com entidades competentes.

• Garantir a realização de exame global de saúde com equipamentos sensíveis,

(através da parceria com a ESTeSC)/Departamento de Audiologia), garantindo

o encaminhamento dos resultados para equipa de saúde familiar e a

articulação com entidades competentes, promovendo a motivação para um

projeto de vida, que envolva o investimento individual na saúde e sua vigilância

o mais precocemente possível.

População Alvo: Alunos de escolas do primeiro ciclo e toda a comunidade educativa

envolvente (docentes, não docentes e encarregados de educação).

Atividades:

• Avaliação inicial antropométrica e hemodinâmica; Questionário sobre Hábitos

de vida: alimentação, exercício, horários de sono;

• Sessões Educativas em sala de aula: "Sessão Be Happy", "Ação de

Sensibilização sobre Saúde Oral";

• Promoção de modelamento de lanche saudável - confeção de espetadas de

fruta e laranjada; momento de convívio e partilha;

• Rastreios audiológicos e rastreios da saúde oral;

• Avaliação final (após um ano) antropométrica e hemodinâmica; Questionário

sobre Hábitos de Vida: alimentação, exercício, horários de sono;

• Apresentação dos resultados do projeto.

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Durante o projeto “Be Happy”, tal como já foi referido, é aplicado um questionário

sobre hábitos de vida que ao ser analisado, demonstra que são incluídas diferentes

variáveis.

Este questionário é aplicado no início da realização do projeto e no final do mesmo,

para permitir avaliar se existem ou não diferenças de comportamento. Assim, foram

desenvolvidas questões com o intuito de conhecer alguns comportamentos

relacionados com a alimentação, como por exemplo: quantas refeições são realizadas

diariamente, a quantidade de água ingerida por dia, quais as bebidas ingeridas, qual a

frequência com que consomem doces, aperitivos, comidas rápidas, pão, sopa, fruta,

legumes/hortaliças, peixe e carne, referenciando quando acontece em casa e na

escola. O questionário integra também questões relacionadas com o sono para

determinar o número de horas que descansa por noite. Além disso, pretende-se

também conhecer se realizam algum tipo de exercício físico fora do contexto escolar,

questionando diretamente qual a atividade. Quanto à saúde oral são inquiridos, de

modo a perceber se esta higienização é realizada diariamente e qual o número de

vezes. Outra questão pertinente colocada, relaciona-se com o facto de perante uma

situação de doença, estes recorrem ao seu CS.

Neste mesmo projeto é desenvolvida uma avaliação antropométrica, onde são

avaliados parâmetros como o peso, altura, tensão arterial, frequência cardíaca e os

rastreios visuais e auditivos.

Indicadores de atividade

Relativamente, ao ano 2017/2018, este projeto foi realizado na íntegra na escola EB1

Dianteiro, a todos os alunos do primeiro ciclo (29 alunos), perfazendo um indicador de

100%. No ano letivo 2016/2017, foram abrangidos os alunos do primeiro ciclo da EB1

S. Bartolomeu (92 alunos) e os alunos do primeiro ciclo da EB1 Almedina (89 alunos).

No ano letivo de 2018/2019, para além das escolas anteriormente referidas foi inserida

a EB1 de Santa Cruz.

Profissionais Responsáveis: Enf. Cristina Crespo e Higienista Oral José Relvas;

Parceiros: Dra. Margarida Serrano (Departamento de Audiologia/ ESTeSC);

Colaboradores: internos de Medicina Geral e Familiar a estagiar nas várias Unidades

funcionais do CS de Celas e estudantes de enfermagem.

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PROJETO ALI MOVE-TE

Em Portugal, dados divulgados pela DGS (2015), revelaram que mais de 35% das

crianças, com idades compreendidas entre os seis e os oito anos, possuíam pré-

obesidade e que mais de 14% tinham obesidade, ou seja, apresentam um índice de

massa corporal elevado para a idade e sexo. Esses dados, mostram ainda que na

população entre os 10 e os 18 anos de idade, a prevalência de excesso de peso é

superior a 30% e a da obesidade ronda os 8%. (SNS, 2016).

De acordo com o plano local de saúde do ACeS BM, elaborado para os anos de 2018-

2020, os riscos associados à obesidade são múltiplos, levando à ocorrência de

doenças cardiovasculares, músculo-esqueléticas, metabólicas, respiratórias, entre

outras.

A proporção de utentes com registo de obesidade (IMC≥30) nos cuidados de saúde

primários tem aumentado, sendo o seu valor de 8,6% em 2017 e de 7,6% em 2016.

Também o excesso de peso (IMC de 25 a 29,9), sobressaiu no ACeS BM com 6,9%

em 2017 e 6,2% em 2016, este último superior ao registado na ARS do Centro no

mesmo ano (5,1%).

Em 2016, a proporção de inscritos com diagnóstico ativo de excesso de peso era

superior nos indivíduos do sexo masculino (6,4%), comparativamente (5,9%) nos

indivíduos do sexo feminino. Já a proporção de inscritos com diagnóstico ativo de

obesidade, no mesmo ano, era superior nas mulheres (8,4%), comparativamente aos

homens (7,0%) (Plano Local de Saúde, 2018).

Objetivos: Prevenir a obesidade infantil, efetuando a promoção de um estilo de vida

saudável na criança e na família, através de orientação alimentar e promoção do

exercício físico regular, correta higiene do sono, melhoria da autoestima e do espírito

de interajuda, bem como desenvolver a capacidade para efetuar escolhas mais

saudáveis e resolver problemas.

População Alvo: Alunos do primeiro ciclo, docentes, não docentes e encarregados de

educação, envolvendo ainda em diversas atividades do projeto os alunos do pré-

escolar.

Atividades:

- Avaliação inicial antropométrica e hemodinâmica; Questionário sobre Hábitos de

vida: alimentação, exercício, horários de sono.

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- Sessões educativas em sala de aula;

- Monitorização das merendas;

- Atividades no exterior promovendo hábitos de vida saudável: teatro do sono,

elaboração de ementas saudáveis, gincanas, construção de um dia de refeições

saudáveis, leitura de rótulos;

- Show cooking de refeições saudáveis;

- Avaliação final (após um ano) antropométrica e hemodinâmica; Questionário sobre

Hábitos de vida: alimentação, exercício, horários de sono;

- Apresentação dos resultados do projeto.

Para o desenvolvimento deste projeto é aplicado um questionário sobre os hábitos de

vida dos participantes. Assim, são incluídos os hábitos alimentares, com o intuito de

conhecer o número de refeições realizadas, se efetua o pequeno-almoço e lanches

durante o dia, que tipo de alimentos ingere nas diferentes refeições e a sua frequência

ao longo de uma semana. Além destas questões, é possível identificar qual o meio de

transporte utilizado para se deslocar para a escola, se realizam alguma atividade

desportiva fora da escola e qual o número de horas de sono.

Pretende-se ainda conhecer, quanto tempo ao longo da semana, é disponibilizado nos

tempos livres em atividades como: assistir televisão, jogar computador, consola, tablet,

telemóvel, jogar à bola, brincar, correr e andar de bicicleta.

Neste projeto são também avaliados parâmetros como peso, altura, perímetro

abdominal, frequência cardíaca e tensão arterial.

O ano de 2017/2018 foi o términus de algumas atividades do projeto da edição anterior

e por falta de recursos humanos não foi iniciada nova edição no ano letivo citado.

Contudo, é de referir que no ano 2016/2017, estiveram envolvidos no projeto 237

alunos e encarregados de educação.

Importa realçar que, sendo a Alimentação Saudável um dos eixos fundamentais da

saúde escolar, as turmas não aderentes aos projetos foram também abrangidas pelas

ações de Promoção da Alimentação Saudável, conforme se pode constatar na tabela

seguinte.

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Tabela 10 - Ação de Educação - “Alimentação saudável e atividade física”

Nível de ensino Pré-escolar

1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB Secundária Total %

Alunos abrangidos ano 2016/2017

116 322 135 135 170 878 13,8

Alunos abrangidos ano 2017/2018

101 308 430 595 764 2198 35,4

Fonte: UCC de Celas, 2018

Da análise da Tabela 10, pode constatar-se que de 2016/2017 para 2017/2018 houve

um aumento significativo da cobertura dos alunos abrangidos pela área da

alimentação saudável e atividade física, perfazendo no último ano letivo analisado

35,4% dos alunos do parque escolar. De acordo com as ações agendadas, prevê-se

aumentar este indicador para cerca de 50%, no ano letivo de 2018/2019.

Profissionais Responsáveis: Enf. Cristina Crespo e Dr. Paulo Abrantes; Parceiros:

Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Coimbra (Ali Move-te); Enf. Cristina Crespo,

Enf. Cláudia Alves Cardoso e Dr. Paulo Abrantes (Sessões de Promoção da

Alimentação Saudável)

GABINETE DE INFORMAÇÃO E APOIO AO ALUNO

O Gabinete de Informação e Apoio ao Aluno (GIAA) é um espaço pedagógico para os

alunos, onde se desenvolvem ações de informação, aconselhamento, educação e

comunicação no âmbito da educação para a saúde e educação sexual.

O atendimento é assegurado por profissionais da área da saúde, garantido aos seus

utilizadores o princípio da confidencialidade.

Este gabinete funciona para prestar apoio aos alunos e o número de horas é ajustado

em função das necessidades de cada escola. Dá resposta, sempre que necessário,

para responder a situações urgentes, havendo boa articulação entre escola/UCC.

Objetivos: esclarecer dúvidas relacionadas com a saúde, num contexto de

proximidade e disponibilidade, encaminhando situações que necessitem de apoio

diferenciado.

População Alvo: Toda a comunidade educativa.

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Atividades:

• Acompanhamento de crianças/jovens na prevenção do bullying, autoestima,

capacidade de resolução de problemas, sexualidade e afetos;

• Encaminhamento de crianças/jovens para a equipa de saúde familiar (com o

devido consentimento dos encarregados de educação), para avaliação da

problemática em questão e referenciação (consulta de psicologia,

pedopsiquiatria ou outra);

• Colaboração com equipa educativa do PES, na comemoração de

efemérides/atividades do PES (ex. Dia da Diabetes, Dia do Não fumador, Dia

da Escola Aberta, Dia Mundial da Luta Contra a Sida, Dia dos Namorados).

Na Tabela 11 constam os estabelecimentos de ensino com acompanhamento de

Enfermeiras pertencentes à UCC de Celas, no âmbito do GIAA.

Tabela 11 - Estabelecimentos de ensino e enfermeira responsável

Estabelecimento de ensino com acompanhamento de enfermeira no GIAA/ano letivo

2017/2018

Enfermeira responsável

Escola Secundária José Falcão Enf. Cristina Crespo

EB2,3 Eugénio de Castro Enf. Cristina Crespo

EB2,3 Martim de Freitas Enf. Ana Amélia Rojo

Escola Secundária Dona Maria Enf. Cláudia Alves Cardoso

Escola Secundária Avelar Brotero Enf. Sandra Moita

Escola Secundária Jaime Cortesão Enf. Cláudia Alves Cardoso

Fonte: UCC de Celas, 2018

Profissionais Responsáveis: Enf. Cristina Crespo, Enf. Cláudia Alves Cardoso, Enf.

Sandra Moita e Enf. Ana Amélia Rojo.

Sugestões: introdução dos indicadores, percentagem de crianças e jovens que

recorrem ao gabinete do aluno do estabelecimento de ensino; percentagem de

crianças e jovens encaminhadas para outra consulta; número de intervenções

efetuadas/número de intervenções planeadas no âmbito do gabinete do aluno.

PROJETOS «SOBE» E «CHEQUE-DENTISTA»

Estes projetos foram desenvolvidos em contexto escolar, mas também se enquadram

no âmbito do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO). Este

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corresponde a uma estratégia global de intervenção, assente na promoção da

saúde/hábitos de vida saudáveis e na prevenção primária e secundária da cárie

dentária e doença oral. Em 2005, definiu como objetivo prevenir e tratar as doenças

orais nas crianças e jovens.

A promoção da saúde e a prevenção da doença, asseguradas pelas equipas de saúde

escolar, são o suporte indispensável da intervenção curativa, operacionalizada através

da atribuição de um cheque-dentista a utilizar num médico prestador aderente ao

PNPSO. Este processo, tem permitido prestar cuidados médico-dentários a grupos

chave e especialmente vulneráveis, utentes do SNS (Diário da República, nº 58/2009).

Em 2008, foi determinado o alargamento do PNPSO a dois grupos populacionais de

particular vulnerabilidade - as grávidas e os idosos carenciados. Desenvolveu-se

também uma estratégia de intervenção, orientada para a prestação de cuidados de

saúde oral a um número muito superior de crianças e jovens.

No ano de 2010, o PNPSO passou a abranger os dentes infetados pelo Vírus da

imunodeficiência humana (VIH) e em 2014 estendeu-se à intervenção precoce no

cancro oral, com especial enfoque no grupo de risco que inclui homens, fumadores,

idade igual ou superior a 40 anos e com hábitos alcoólicos.

Em 2015, este programa foi alargado aos jovens de 18 anos que tenham beneficiado

do PNPSO e concluído o plano de tratamentos aos 16 anos. Foram instituídos ciclos

adicionais para os utentes infetados pelo VIH, que já tenham sido abrangidos

anteriormente e que não realizam tratamentos há mais de 24 meses. Para além disso,

foram incluídas as crianças de 7, 10 e 13 anos com necessidade de saúde especiais,

nomeadamente portadoras de doença mental, paralisia cerebral, trissomia 21, entre

outras patologias crónicas, que não estivessem abrangidas por este programa (Diário

da República, nº 223/2015).

A última alteração efetuada ao PNPSO ocorreu no ano 2016 com a implementação de

consultas de saúde oral nos cuidados de saúde primários, de forma faseada. Este

projeto subdivide-se em dois projetos distintos, mas complementares, o projeto SOBE

e o projeto Cheque-Dentista.

PROJETO SOBE

Em setembro de 2012, a DGS e o Plano Nacional de Leitura, em conjunto com a Rede

de Bibliotecas Escolares, criaram o Projeto SOBE (Saúde Oral Bibliotecas Escolares).

Este projeto visa facilitar o desenvolvimento de ações de promoção da leitura, da

escrita, das artes e da saúde, com enfoque no PNPSO.

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Objetivos: Sensibilizar a comunidade educativa para a importância da escovagem dos

dentes.

População Alvo: Alunos do pré-escolar e primeiro ciclo das escolas aderentes.

Atividades:

• Rastreios orais e sinalização para médico de família e/ou Clínica de Medicina

Dentária da Universidade de Coimbra, das situações de maior vulnerabilidade

social, para seguimento gratuito;

• Dinamização de Sessões de Educação para a Saúde sobre a Saúde Oral,

utilizando a metodologia do teatro, do jogo educativo e da demostração da

correta escovagem dos dentes, de modo a promover hábitos de saúde oral

saudáveis;

• Elaboração de panfletos acerca dos Cuidados de Saúde Oral, para partilhar

com encarregados de educação;

• Sensibilização dos docentes e não docentes, para a escovagem na escola,

candidatura aos KITS SOBE e distribuição dos Kits de Saúde Oral da DGS,

bem como monitorização da sua utilização.

Indicadores de atividade:

Como podemos constatar na tabela seguinte, no ano letivo 2017/2018, a percentagem

de alunos do pré-escolar que escovam os dentes no estabelecimento de ensino foi de

40,85% e a percentagem os alunos do primeiro ciclo que escovaram os dentes no

estabelecimento de ensino foi de 8,9%. No que concerne à percentagem de crianças

do pré-escolar e do primeiro ciclo de escolaridade, presentes em ações de

sensibilização sobre saúde oral, o valor foi de 48,63% e 16%, respetivamente.

Tabela 12 - Avaliação dos indicadores no âmbito da saúde oral, relativos às crianças do pré-escolar e alunos do 1º ciclo, nos anos letivos 2017/2018

Nº de Alunos

Indicador

Percentagem de crianças do pré-escolar que escovaram os dentes no estabelecimento de ensino

105 40,85%

Percentagem de alunos do 1º ciclo que escovaram os dentes no estabelecimento de ensino

113 8,9%

Percentagem de crianças do pré-escolar presentes em 125 48,63%

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ações de sensibilização sobre saúde oral

Percentagem de alunos do 1º ciclo presentes em ações de sensibilização sobre saúde oral

201 16%

Fonte: UCC de Celas, 2018

Profissionais Responsáveis: Enf. Cristina Crespo, Higienista Oral José Relvas e Enf.

Cláudia Alves Cardoso.

PROJETO CHEQUES-DENTISTA

No âmbito do PNPSO do Ministério da Saúde são atribuídos cheque-dentista. O

cheque-dentista é um documento que permite aceder a cuidados preventivos de

doenças orais, efetuar tratamento precoce em dentes definitivos e adquirir hábitos

saudáveis de higiene oral.

Objetivos: efetuar a impressão dos cheques-dentista emitidos pela DGS, proceder à

sua entrega e promover a sua utilização.

População Alvo: Alunos das coortes determinadas pela DGS para cada ano letivo

dos seguintes estabelecimentos: Agrupamento de Escolas Martim de Freitas (exceto

EB1 Coselhas e EB1 Conchada); Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro; EB1

Almedina; EB1 S. Bartolomeu; Escola Secundária Infanta D. Maria; Escola Secundária

José Falcão; Colégio S. Teotónio; Colégios João de Deus 1 e 2; Externato Menino

Jesus; Colégio S. José e Colégio Rainha Santa Isabel.

Atividades:

• Envio de e-mail institucional aos estabelecimentos privados, a solicitar o envio

das listagens das turmas abrangidas, com contrato de associação ou alunos

com contrato simples;

• Receção das listagens das turmas dos estabelecimentos públicos abrangidos

pelo cheque-dentista, para o respetivo ano letivo e impressão dos mesmos,

solicitadas pela USP;

• Entrega dos cheques-dentista nas secretarias dos diferentes estabelecimentos

de ensino do parque escolar de Celas (público e privados), ficando com uma

cópia de cada turma para comprovar a sua entrega;

• Sensibilização dos alunos em âmbito de sessão de educação para a saúde,

para a importância da utilização do cheque-dentista;

• Sensibilização dos encarregados de educação, através das associações de

pais, para a importância da utilização dos cheques-dentista.

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Observando a tabela 13, podemos constatar que os cheques-dentista foram utilizados

por cerca de metade dos alunos, o que vem ao encontro dos dados de cheques

utilizados a nível nacional. De referir, que existe uma discreta melhoria do ano letivo

2016/2017 para o ano letivo 2017/2018, que se prevê continuar crescente, uma vez

que os cheques-dentista são entregues cada vez mais cedo, agora que a gestão é

assumida pela equipa da UCC de Celas e estão planeadas mais ações de

sensibilização para o ano letivo 2018/2019.

Tabela 13 - Cheques dentista emitidos e utilizados nos anos letivos de 2016/2017 e 2017/2018

2016/2017 2017/2018 Indicadores de Atividade

Cheques Emitidos 1363 1500 49%

Cheques Utilizados 669 767 51,15%

Fonte: PNPSO, monitorização, 2018

Profissionais Responsáveis: Enf. Sandra Moita, Enf. Cristina Crespo, Higienista Oral

José Relvas; Colaboradora: Enf. Cláudia Alves Cardoso

PROJETO PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL

O projeto Promoção da Saúde Mental é desenvolvido pela equipa multiprofissional da

UCC de Celas no âmbito da Saúde Mental e Escolar, sendo a sua ação dirigida às

crianças e adolescentes integrados no PES. Esta intervenção centrada na idade

escolar visa cumprir o preconizado no Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE)

(2015), em que a saúde mental é assumida como uma área de intervenção prioritária

no âmbito dos estilos de vida saudáveis.

A saúde mental depende da qualidade da interação entre a criança ou jovem com a

família, a escola e o meio sociocultural em que está inserida(o) (PNSE, 2015), pelo

que é fundamental promover relações positivas com a escola em todas as fases do

ciclo da vida escolar.

A promoção da saúde mental é o núcleo central de intervenção do PNSE e a sua

implementação envolve um processo através do qual as crianças e jovens adquirem

conhecimentos, atitudes e capacidades, que aplicam numa tomada de decisão

responsável (PNSE, 2015). A escola assume um papel fundamental na formação

global das crianças e jovens, que em complementaridade à aprendizagem escolar,

ensina a estabelecer relações interpessoais significativas e positivas, a gerir emoções

e a adotar um estilo de vida saudável, sendo por isso um setting relevante para o

desenvolvimento socioemocional e promoção da saúde mental (PNSE, 2015).

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Segundo o recomendado no PNSE (2015), quaisquer perturbações emocionais e/ou

comportamentais que sejam detetadas na escola, devem ser articuladas com o

Programa Nacional de Saúde Mental (PNSM) (2017), tendo em conta as

especificidades inerentes (e nomeadas) em cada fase do ciclo de desenvolvimento:

primeira infância; idade pré-escolar e escolar; e adolescência. Relativamente à

primeira infância, preconiza-se o apoio à função parental, a deteção de situações de

risco e a intervenção precoce em crianças com dificuldade na adaptação ao jardim de

infância, envolvendo a comunidade educativa e a família; na idade pré-escolar e

escolar, pretende-se o diagnóstico e a intervenção em crianças com problemas que

afetam o desempenho escolar, como sejam a hiperatividade com défice de atenção,

as perturbações de oposição e as alterações do foro ansioso e depressivo; por fim, na

adolescência, objetiva-se intervir nos comportamentos de risco, como os consumos de

substâncias psicoativas (SPA), as problemáticas da ansiedade, a depressão e o risco

de suicídio e de lesões autoinfligidas (PNSE, 2015).

Assim, verifica-se que no âmbito da saúde escolar, numa perspetiva salutogénica, a

capacitação para a saúde mental centra-se na promoção de competências

socioemocionais que visam aumentar os fatores protetores da saúde (PNSE, 2015).

A pertinência de promover a saúde mental em idades escolares é reforçada pelos

dados apresentados no Plano Local de Saúde - Agrupamento de Centros de Saúde do

Baixo Mondego 2018-2020 (2018), quando a depressão é apresentada como um

problema/determinante de saúde de média relevância. O aumento no número de

perturbações depressivas registadas entre os utentes do ACeS BM, onde se inclui a

UCC de Celas, justifica a necessidade de existirem Equipas de Saúde Mental

Comunitárias em número adequado para fazer frente a esta problemática de saúde e a

todo o trabalho desenvolvido com as crianças e adolescentes pertencentes ao PES.

Seguidamente serão apresentados os objetivos e atividades desenvolvidas pela

equipa da UCC de Celas no âmbito deste projeto, assim como os

indicadores/resultados.

Objetivos:

• Desenvolver competências socioemocionais nas crianças desde o pré-escolar;

• Prevenir o consumo de SPA;

• Prevenir comportamentos de risco;

• Prevenir comportamentos de bullying;

• Abordar os distúrbios alimentares.

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População Alvo: Alunos de todos os níveis de ensino e encarregados de educação

(de turmas específicas).

Atividades: Sessões de Educação para a Saúde com metodologias dinâmicas

adequadas às diferentes faixas etárias e aos conteúdos da saúde mental - jogo

educativo; world café; debate; peddy-paper; quizz; técnica de medicação; cubo das

emoções; e trabalhos de grupo.

Indicadores/Resultados:

• Ano letivo 2017/2018 - Desenvolvimento de Competências Socioemocionais -

974 alunos envolvidos; Higiene do Sono com intervenção em 301 alunos;

Prevenção do consumo de tabaco, álcool e SPA - 3591 alunos.

A equipa destaca ainda que no âmbito da Prevenção do consumo de tabaco, álcool e

SPA verificou-se um aumento na percentagem de alunos do PES intervencionados,

passando de 16,4% no ano letivo 2016/2017 para 57,9% no ano 2017/2018.

Profissionais Responsáveis: Enf. Cristina Crespo e Dr. Manuel Ventura;

Colaboradores: Enf. Cláudia Alves Cardoso, Enf. Ana Amélia Rojo, estudantes de

psicologia e estudantes de enfermagem.

PROJETO + CONTIGO

Estudos recentes afirmam, que a nível mundial, cinco das dez causas de incapacidade

e morbilidade são perturbações psiquiátricas ou problemas de saúde mental, que

afetam todos os sexos, classes sociais e idades (Programa Nacional de Saúde Mental

[PNSM], 2017). A Academia Americana de Psiquiatria da Infância e da Adolescência e

a OMS afirmam que uma em cada cinco crianças evidencia problemas de saúde

mental e que a tendência será a de agravar (PNSM, 2017).

Neste sentido, o PNSM (2017) tem como principais objetivos: monitorizar indicadores

de saúde mental; melhorar a acessibilidade e qualidade do tratamento das

perturbações psiquiátricas nos CSP; facilitar a implementação dos Cuidados

Continuados Integrados (CCI) de Saúde Mental, de forma a promover a continuidade

dos cuidados, reabilitação e reintegração social; e aplicar o Plano Nacional de

Prevenção do Suicídio (PNPS) (2013), desenvolvendo ações de prevenção da doença

e promoção da saúde mental.

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O foco principal do programa de saúde mental é aumentar o número de registos de

casos diagnosticados de indivíduos com ansiedade e depressão nos CSP, através de

ações de promoção de saúde mental em adultos e em crianças/adolescentes.

Segundou Lourinho (2018), apesar de Portugal se encontrar entre os países com

menos problemas de saúde mental nos jovens e ter uma baixa percentagem de

suicídios, verifica-se que 15 em cada 100 jovens continuam a manifestar um ou mais

sintomas de perturbação por semana. Para além disto, o suicídio continua a ser uma

das três principais causas de morte entre os 15 e os 24 anos, sendo este facto

justificado por várias causas, como fatores sociais, pressão por pares, problemas

familiares, entre outros, o que motiva a saúde pública à criação de programas e

políticas a nível nacional e internacional (PNSM, 2017).

As perturbações da saúde mental frequentemente identificadas nas crianças e

adolescentes são: depressão; transtornos de ansiedade; défices de atenção e

hiperatividade; uso de substâncias e problemas de conduta. Estas estão fortemente

associadas a fatores biológicos, genéticos e ambientais, histórico familiar de transtorno

mental, violência familiar e comunitária e características da família (Thiengo,

Cavalcante, & Lovisi, 2014). É por isto necessário intervir nestas faixas etárias para

promover a saúde mental e prevenir a doença, minimizando as consequências e o

impacto das doenças mentais, facto que justifica a pertinência deste projeto.

O projeto + Contigo resulta de uma parceria da ARS do Centro com a Escola Superior

de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Direção Regional de Educação do Centro e

instituições hospitalares da região em meio escolar. O projeto é desenvolvido pelo

Departamento de Saúde Pública e Planeamento e pela ESEnfC com os alunos do 3º

ciclo do ensino básico e ensino secundário da região centro.

Objetivos:

• Prevenção de comportamentos suicidários e depressão na adolescência;

• Promoção da saúde mental;

• Melhoria da autoestima e capacidade de resolução de problemas.

População Alvo: alunos do 3º ciclo e secundário.

Atividades:

• Reunião para sensibilizar a equipa educativa do PES para a adesão ao projeto;

• Sessão psicoeducativa com encarregados de educação e sessão

psicoeducativa efetuada com docentes;

• Diagnóstico de Situação (Fase 1) através da aplicação de questionários;

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• Intervenção: realização de 5 sessões em sala de aula pela equipa da UCC de

Celas;

• Avaliação final através da aplicação de questionários;

• Durante o ano letivo em que decorre o projeto ainda são efetuadas outras

atividades que envolvem toda a comunidade educativa, como a comemoração

do Dia 12 de março, dia + Contigo, entre outras.

Indicadores/Resultados: no ano letivo de 2014/2015 a equipa da UCC de Celas

aplicou o projeto em todas as turmas do 10º ano da Escola Secundária José Falcão

(N=216). Também envolveu toda a comunidade educativa no "Dia Nacional +Contigo",

dia 12 de março, tendo os alunos colaborado com a pintura de um painel alusivo ao

tema. Neste dia, participou também o grupo do parlamento europeu e alunos de

multimédia na declamação de frases alusivas ao projeto e na edição de um vídeo

relacionado com o tema. O projeto foi retomado no ano letivo de 2018/2019, com 90

alunos em projeto, sendo três turmas do 7º ano alvo da nossa intervenção e uma do 8º

ano, que funcionou como turma de controlo.

É expectável, e desejável, por tudo o que foi anteriormente afirmado, que esta

percentagem aumente e que exista um maior investimento nesta área de intervenção,

envolvendo um maior número de profissionais da Equipa de Saúde Escolar da UCC de

Celas, permitindo assim que um maior número de jovens pertencentes ao PESES da

UCC de Celas usufruam deste projeto. Duas enfermeiras da equipa já efetuaram o

curso de formadores, mas ainda não dinamizaram o projeto, prevendo-se que iniciem

no ano letivo de 2019/2020.

Profissional Responsável: Enfermeira Cristina Crespo

No ano letivo de 2017/2018, a UCC de Celas desenvolveu um conjunto de ações de

educação para a saúde, que estando fora da estruturação de um projeto específico,

concorreram para o cumprimento do PNSE 2015, permitindo assim dar uma resposta

equitativa face ao extenso parque escolar e aos escassos recursos humanos.

Estas ações estão descritas na tabela 14 assim como o número de alunos abrangidos

para cada ação de educação.

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Tabela 14 – Ações de educação para a saúde, nos anos letivos 2017/2018 Alunos abrangidos

Temas

Pré-

escolar

1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB Secundária Total

Saúde mental e

competências

socioemocionais

31 193 110 553 87 974

Educação para os afetos e

a sexualidade

31 116 221 481 1881 2730

Alimentação

Saudável/Atividade Física

101 308 430 595 764 2198

Higiene corporal/Saúde

Oral

125 201 378 17 16 737

Hábitos de sono e repouso 301 301

Educação Postural 315 209 75 599

Prevenção do Consumo de

tabaco

235 131 366

Prevenção do Consumo de

bebidas alcoólicas

235 529 1019 1783

Prevenção do Consumo de

SPA

235 972 1442

Fonte: UCC de Celas, 2018

OUTRAS ATIVIDADES

Para contribuir para a melhoria da qualidade do ambiente escolar e para a

minimização dos riscos para a saúde, é feita uma avaliação de 2 em 2 anos a cada

escola, por entidades com responsabilidade nos setores da Educação, Saúde,

Ambiente e Autárquico. Esta avaliação é feita com base numa chek list e através do

conhecimento dos técnicos responsáveis por esta área, nomeadamente a Técnica de

Saúde Ambiental. As escolas da área de abrangência da UCC, não apresentam

graves riscos para a segurança e para a saúde apesar de haver algumas medidas que

podem ainda ser melhoradas de acordo com a especificidade de cada

estabelecimento.

No ano letivo de 2017/2018 foram avaliados pela Técnica de Saúde Ambiental os

seguintes estabelecimentos:

Pré-escolar: JI Centro Escolar Montes Claros, JI Almedina, JI S. Bartolomeu e JI

Solum

Primeiro Ciclo: Centro Escolar Montes Claros, EB1 Almedina, EB1 Olivais, EB1 S.

Bartolomeu, EB1 Dianteiro, EB1 Martim de Freitas

EB2,3: EB2,3 Martim de Freitas

Escolas Secundárias: ESDM

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PROJETOS NO ÂMBITO DA SAÚDE DO ADULTO E IDOSO

O PNS 2012-2016 afirma que todos os serviços de saúde devem assumir a

responsabilidade de promover, potenciar e preservar a saúde, reconhecendo o

potencial individual ao longo do ciclo da vida, em cada momento e contexto. Salienta

também a importância de intervir precocemente nos fatores de risco, através da

educação para a saúde, promoção de hábitos de vida saudáveis e da adesão

terapêutica, assim como na reabilitação e/ou integração da pessoa com limitações

funcionais. Aos diversos elementos do sistema da saúde cabe o objetivo de promover

uma organização e intervenção integrada e continuada que inclui cuidados de saúde

primários e diferenciados, através de uma articulação funcional (DGS, 2012).

O envelhecimento constitui uma parte natural do ciclo de vida, sendo desejável que a

pessoa estabeleça uma oportunidade para viver da forma mais saudável e autónoma

possível, o que implica uma ação integrada ao nível da mudança de comportamentos

e atitudes da população em geral.

Assim, a promoção de contextos saudáveis ao longo da vida constitui um dos mais

importantes objetivos do PNS 2012-2016, de modo a obter ganhos em saúde para os

cidadãos, famílias e comunidades. A abordagem por ciclo de vida facilita uma

compreensão integrada do conjunto de problemas de saúde que devem ser

priorizados para as diferentes faixas etárias, nos diferentes papéis sociais que os

cidadãos vão assumindo ao longo da vida nos diferentes contextos, nomeadamente

pessoais e familiares, sociais e laborais. Por outro lado, permite uma articulação

funcional mais ampla entre os diversos profissionais e recursos comunitários

envolvidos. Enquadrado nestes desígnios surgem os projetos da UCC de Celas na

área da saúde do adulto e do idoso.

NÚCLEO LOCAL DE INSERÇÃO (NLI) / FORMAÇÃO AOS BENEFICIÁRIOS DO RSI

A lei nº 13/2003, de 21 de maio, revoga o rendimento mínimo garantido e cria o RSI, o

qual consiste, não só numa prestação incluída no subsistema de solidariedade, mas

também num programa de inserção, que garante apoios adaptados a cada pessoa e

seus agregados familiares, contribuindo para a satisfação das suas necessidades

básicas e para uma progressiva inserção laboral, social e comunitária.

De acordo com a referida lei, a aprovação dos programas de inserção, a gestão dos

recursos à sua concretização, bem como o acompanhamento e respetiva avaliação da

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execução pertence ao NLI de cada área geográfica. Cada NLI é composto por

organismos públicos dos setores da Segurança Social, do Emprego e Formação

Profissional, da Saúde, da Educação e das autarquias locais, ficando a sua

coordenação a cargo do representante da Segurança Social.

A portaria nº 257/2012 de 27 de agosto define, como função de cada NLI, o

desenvolvimento de ações de acompanhamento dos beneficiários do RSI, com o

intuito de promover a sua autonomia e inserção social e profissional.

A respetiva portaria defende que compete ao representante de cada setor acompanhar

o desenvolvimento das ações previstas no programa de inserção, que se enquadram

na respetiva área de intervenção, em articulação com o NLI na transmissão de

informação.

Objetivos: promover a saúde e prevenir a doença nos beneficiários do RSI.

População Alvo: Beneficiários do RSI, com acordos na área da saúde.

Atividades:

• Verificar o cumprimento dos acordos na área da saúde dos beneficiários do

RSI, anualmente;

• Encaminhar casos em incumprimento para a representante de saúde do NLI,

Dra. Cristina Barreiros;

• Promover ações de esclarecimento, educação para a saúde e formação de

competências, conforme protocolo com entidades parceiras do NLI,

responsáveis pelos beneficiários.

Indicadores/Resultados:

A UCC de Celas foi, em 2015, pioneira ao nível dos CSP, em Coimbra, no

desenvolvimento de ações destinadas aos beneficiários do RSI, planeadas em sede

do NLI, em articulação com a representante da saúde, a Técnica Superior de Serviço

Social, Dra. Cristina Barreiros. Estas foram promovidas sobretudo pela Cáritas

Diocesana de Coimbra, entidade com quem o Estado Português contratualizou o

acompanhamento destes utentes, e dinamizadas pela equipa da UCC de Celas,

envolvendo cerca de 200 utentes, no ano de 2015. A equipa da UCC de Celas

constituiu-se, assim, como elemento facilitador para que, a partir de 2016, as restantes

UCC de Coimbra iniciassem este projeto, trabalhando, a partir dessa data, em estreita

articulação no desenvolvimento de ações conjuntas.

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Ainda no âmbito da vulnerabilidade social das famílias beneficiárias do RSI, a UCC de

Celas criou e manteve o protocolo informal de encaminhamento das crianças com

necessidade de intervenção urgente de Saúde Oral, efetuando a identificação das

mesmas em rastreios de Saúde Oral e a respetiva referenciação para a consulta na

Clínica de Medicina Dentária do CHUC. Em 2017, assinou protocolo, que é renovado

anualmente, entre a UCC de Celas e a instituição: “O Farol” (CAT), onde efetua ações

de educação para a saúde ao longo de todo o ano, encaminhando as alterações

detetadas, nos rastreios efetuados, para a respetiva equipa de saúde familiar.

Neste sentido, em seguida apresentamos as ações realizadas pela UCC de Celas, aos

beneficiários do RSI, no ano de 2018:

Prevenção do Consumo de Tabaco – 02/2018 - Farol

Prevenção do Consumo de bebidas Alcoólicas – 05/2018 - Farol

Workshop de Competências Parentais – 14 e 28/5/2018 – UCC de Celas

Cuidados com a audição e rastreio audiológico – 06/2018 - Farol

Alimentação Saudável – 11/2018 - Farol

No que respeita, à verificação do cumprimento dos acordos na área da saúde dos

beneficiários do RSI, a UCC de Celas dispõe de uma base de dados, construída em

formato Excel, na qual é possível consultar quais os utentes beneficiários do RSI

inscritos no CS de Celas, bem como a unidade de saúde a que pertencem (USF/

UCSP), médico de família correspondente, acordos na área da saúde, últimas

consultas, esquema de vacinação e designação da gestora de caso. Os dados

resultantes desta análise são periodicamente enviados à representante da saúde, Dra.

Cristina Barreiros, Técnica Superior de Serviço Social do CS Fernão de Magalhães,

que em sede de reunião de NLI, distribui a informação pela respetiva gestora de caso

da segurança social, procedendo a equipa da UCC de Celas a nova avaliação do

cumprimento após período de tempo estipulado, dado que os acordos são renovados

anualmente.

Tendo em conta essa articulação, a UCC de Celas criou como indicador o cálculo da

percentagem dos utentes beneficiários do RSI que cumprem os acordos na área da

saúde. Da análise da tabela 15, pode constatar-se que a percentagem de beneficiários

que cumprem tem vindo a aumentar de 2015 para 2017.

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Tabela 15 – Percentagem dos beneficiários do RSI que cumprem os acordos na área da

saúde, por ano

% de beneficiários do RSI que cumprem os acordos na área da saúde

2015 70%

2016 80%

2017 83%

Fonte: UCC de Celas, 2018

Responsáveis pelo Projeto: Enf. Sandra Moita e Enf. Cristina Crespo

Sugestões:

Tendo em conta o processo de encaminhamento/referenciação dos beneficiários do

RSI identificados com incumprimento dos acordos de saúde, sugerimos que, além do

indicador apresentado, se criem indicadores que reflitam os casos encaminhados e o

seu processo de resolução – percentagem de beneficiários do RSI em incumprimento

e taxa de beneficiários do RSI com regularização dos acordos na área da saúde após

referenciação/encaminhamento (nº de beneficiários do RSI com acordos na área da

saúde regularizados/nº de beneficiários do RSI alvo de incumprimento dos acordos na

área da saúde).

Relativamente, às restantes atividades propostas, sugere-se, ainda a criação de outro

indicador que reflita as intervenções da equipa e o seu processo de planeamento –

taxa de execução das sessões de educação para a saúde realizadas (nº de sessões

de educação para a saúde realizadas/nº de sessões de educação para a saúde

planeadas). Neste sentido, além da tabela apresentada, que poderá ser útil no sentido

descritivo das temáticas abordadas em cada instituição, sugerimos a criação de uma

outra, que identifique, por ano, o número de sessões planeadas e o número de

sessões executadas, de modo a simplificar o processo de cálculo deste indicador.

EQUIPA DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) foi criada através do

Decreto-Lei nº 101/2006 de 6 de junho e insere-se na prestação de cuidados de saúde

e de apoio social às pessoas em situação de dependência. O seu objetivo é investir na

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promoção da autonomia da pessoa em situação de dependência, visando a

recuperação das funcionalidades afetadas pela situação de saúde com base na

continuidade de cuidados e articulando os seus diferentes níveis. A sua abordagem

está centrada na pessoa e é operacionalizada através de um plano de intervenção,

documentado e fruto do trabalho de uma equipa multidisciplinar, intervindo nas

dimensões de nível intermédio e complementar de cuidados de saúde e de apoio

social, entre os de base comunitária e os de internamento hospitalar.

É através da UCC, em particular da Equipa de Cuidados Continuados Integrados

(ECCI), que o ACeS se articula com a RNCCI. De acordo com o enquadramento legal,

Despacho nº 10143/2009, de 16 de abril de 2009, a ECCI é uma tipologia de resposta

de prestação de cuidados da RNCCI, enquadrada na prestação de Cuidados de

Saúde Primários e deve integrar sempre, enquanto programa prioritário as UCC,

fazendo parte integrante das suas carteiras de serviços,

As ECCI, são equipas multidisciplinares, que prestam serviços domiciliários

decorrentes da avaliação integral do utente e família, em situação de dependência

funcional, doença terminal ou em processo de convalescença, cuja situação não

requer internamento. Constituem estas equipas, enfermeiros, médico, técnico do

serviço social, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta ou outros. Para além destes

profissionais, são envolvidos no processo, utente, família ou cuidador, pelo que os

sistemas e mecanismos de articulação e coordenação constituem uma das chaves do

processo de avaliação e prestação de cuidados integrais e integrados. O ingresso na

RNCCI é sempre realizado, através de uma Equipa Coordenadora Local (ECL),

mediante uma proposta, cuja origem pode ser hospitalar ou dos CSP,

independentemente do âmbito dos cuidados serem de internamento, ambulatório ou

de apoio domiciliário. Face à proposta de ingresso, a ECL, depois de analisar e decidir

sobre a situação referenciada, identifica e providencia o melhor recurso da Rede que

responde às necessidades do utente/família, sendo, também, a responsável pela

verificação do cumprimento dos critérios de referenciação (ECCI, 2007).

Esta equipa, assegura gradualmente a prestação de cuidados, todos os dias do ano,

no horário de funcionamento das 8 às 20h nos dias úteis e, conforme as

necessidades, aos fins-de-semana e feriados, com garantia mínima das 9 às 17h. Os

cuidados prestados abrangem, cuidados domiciliários médicos e de enfermagem, de

natureza preventiva, curativa, reabilitação e paliativa; cuidados de fisioterapia; apoio

psicológico, social e ocupacional envolvendo os familiares e outros prestadores de

cuidados; educação para a saúde aos doentes, familiares e cuidadores; coordenação

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e gestão de casos nos diferentes recursos de saúde e sociais; produção e tratamento

de informação nos suportes de registo preconizados no âmbito dos CSP e da RNCCI

(ECCI, 2007).

Critérios de admissão

De acordo com a Portaria nº 174/2014, de 10 de setembro, revogada pela Portaria nº

50/2017, de 2 de fevereiro, podem ser referenciadas para as unidades e equipas da

RNCCI, as pessoas com limitação funcional, em processo de doença crónica ou na

sequência de doença aguda, em fase avançada ou terminal, ao longo do ciclo de vida

e com necessidades de cuidados de saúde e de apoio social. São condições gerais de

admissão à Rede situações de: alimentação entérica; tratamento de úlceras de

pressão e ou feridas; manutenção e tratamento de estomas; terapêutica parentérica;

medidas de suporte respiratório designadamente a oxigenoterapia ou a ventilação

assistida; ajuste terapêutico ou administração de terapêutica, com supervisão

continuada. São ainda critérios de admissão a prestação dos cuidados continuados

integrados que impliquem: frequência de prestação de cuidados de saúde superior a 1

vez por dia, ou superior a 1 hora e 30 minutos por dia, no mínimo de 3 dias por

semana; cuidados além do horário normal de funcionamento da equipa de saúde

familiar, incluindo fins-de-semana e feriados; complexidade de cuidados que exige um

grau de diferenciação ao nível da reabilitação; necessidades de suporte e capacitação

do cuidador informal.

Caracterização da ECCI da UCC Celas

A primeira admissão na UCC Celas, aconteceu no dia 12/05/2015 e até ao presente

(31/12/2018) a equipa teve um total de 71 internamentos. Das 12 vagas que tem para

internamento 11 vagas estão ocupadas.

O tempo médio de permanência na ECCI desde o seu início de funcionamento é de

107 dias, sendo o tempo máximo de 387 dias e o tempo mínimo de 2 dias.

A média de idades é de 84 anos, sendo 36,6 % homens e 63,4 % mulheres.

Relativamente, à referenciação e ao seu motivo, podemos verificar na tabela seguinte

que a referenciação é muito semelhante nas diferentes unidades de saúde, mas

ligeiramente acima nos CSP, nomeadamente nas unidades funcionais: USF Cruz de

Celas e UCSP Celas, respetivamente com 19 utentes referenciados (26,7%). O motivo

de referenciação que mais se verifica é a reabilitação (55%), que atinge o valor mais

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elevado nas unidades funcionais, UCSP Celas e USF Cruz de Celas com (14%). As

Feridas/Úlcera de Pressão (UP), atingem um valor considerável de (15,5%), sendo na

USF CelaSaude, que se verifica o valor mais elevado de referenciações por este

motivo (9,8%). A Gestão do Regime Terapêutico (GRT), contemplou seis utentes

(8.5%), referenciados pelo hospital e USF Cruz de Celas. Relativamente aos cuidados

paliativos, foram referenciados no total 4 utentes, representando (5,6%) (Tabela 147).

De salientar que não existe no ACES Baixo Mondego, qualquer Equipa de Suporte

Comunitária em Cuidados Paliativos nem a perspetiva de a constituir a médio prazo,

pelo que urge dotar as equipas das ECCI do referido ACES com profissionais aptos a

darem uma resposta diferenciada a este nível.

Tabela 16 - Proveniência da referenciação e motivo (nº e %).

Referenciação Motivo Origem

Cuidados Paliativos Nº ……%

Feridas/UP Nº ……%

Reabilitação Nº ……%

Fisioterapia Nº ……%

GRT Nº ……%

Total

HUC 2 (2,8) 1(1,4) 11(15.5) 0(0.0) 2(2,8) 16 (22,5)

USF Cruz

Celas

1 (1,4)) 1(1,4) 10 (14,0) 5(1,4) 2(2,8) 19(26,7)

USFCelaSaude 1(1,4) 7(9,8) 8(11,5) 0(0.0) 1(1,4) 17(23,9)

UCSP Celas 0 (0,0) 2(2,8) 10 (14,0) 6(2,8) 1(1,4) 19 (26,7)

Total 4(5,6) 11(15,5) 39(55,0) 11(4,2) 6(8,5) 71(100)

Fonte: UCC de Celas, 2018

No decorrer do internamento dos utentes em ECCI, é de extrema importância a

realização de reuniões regulares com a equipa multidisciplinar, para a análise e

planeamento da situação atual dos utentes e consequente conceção e atualização do

PII, bem como tomada de decisão conjunta, por exemplo no que concerne à alta dos

utentes. Estas reuniões, da equipa da ECCI, estão preferencialmente agendadas na

primeira e terceira quinta-feira de cada mês às 9h, na sala polivalente da UCC de

Celas, podendo efetuar-se em dias alternativos, quando considerado pertinente por

parte dos elementos da equipa, com convocatória por parte de um dos elementos da

equipa da ECCI, com 48h de antecedência, desde que não haja prejuízo para as

atividades planeadas da restante carteira de serviços. A equipa decidiu ter como

procedimento a este nível, elaborar uma ata destas reuniões. Todas as altas dos

utentes são planeadas nas reuniões regulares, bem como discutidas com a devida

antecedência com a equipa de saúde familiar e utente/cuidadores. Na referenciação

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do utente, pelas equipas de saúde familiar dos CSP, a Técnica Superior de Serviço

Social, deve validar a morada onde será prestado o serviço domiciliário pela ECCI,

antes de ser iniciado o processo de referenciação para a plataforma, pois seguindo as

diretrizes do ACeS, se residir fora da área de abrangência deverá efetuar inscrição

esporádica no respetivo centro de saúde da área de abrangência, para ser

acompanhado pela ECCI local.

Indicadores contratualizados

A UCC de Celas contempla indicadores que medem a atividade realizada sobre

utentes integrados na ECCI. Estes indicadores podem ser classificados de acordo

com os seguintes atributos: acesso, caraterização, desempenho assistência,

eficiência, satisfação e auditoria.

A UCC tem contratualizados para a ECCI todos os indicadores pressupostos no

Bilhete de Identidade dos Indicadores de Contratualização dos Cuidados de Saúde

Primários propostos para o ano de 2018, no entanto, apenas três são passiveis de

avaliação informática pelo GestCare. A impossibilidade de registo informático,

comprometeu a obtenção de dados relativamente aos restantes indicadores, mas o

registo em bases próprias da ECCI permitiu o cálculo desses indicadores.

Os três indicadores contratualizados e com avaliação informática são os seguintes:

taxa de incidência de úlcera de pressão (indicador de desempenho assistencial);

proporção de utentes integrados na ECCI com internamento hospitalar (indicador de

desempenho assistencial); taxa de ocupação da ECCI (indicador de eficiência).

Os dados que constam da tabela 17 permitem-nos considerar que, em média, no

último triénio (2016/2018), a UCC de Celas atingiu na maioria dos indicadores não

contratualizados um valor superior a 50%, com exceção do indicador - Proporção de

visitação domiciliária ao fim de semana e feriado (26,7%), o que é expetável. No

entanto, importa salientar que este valor diz respeito apenas a 4 utentes que

necessitaram de cuidados ao fim de semana. O indicador de tempo médio de

permanência na ECCI, está contabilizado em dias e representa 32,6 dias de

permanência em média na ECCI.

Relativamente aos indicadores contratualizados, nos dois primeiros a UCC cumpriu o

mínimo esperado (0%) o que nestes indicadores representa o melhor dos resultados.

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Quanto à taxa de ocupação da ECCI, o resultado obtido é de (86%), que se situa entre

o mínimo esperado e o máximo aceitável, estando por isso cumprido este indicador.

Tabela 17 - Indicadores de acesso, desempenho assistencial e eficiência da ECCI, no último trimestre de 2018, metas e resultados em %, por mínimo esperado.

Indicadores

Metas Resultados

Taxa de incidência de úlcera pressão

ME* 0

MA* 20

0

Proporção de utentes integrados na ECCI com internamento hospitalar ME* 0

MA* 20

0

Taxa de ocupação da ECCI

ME* 70

MA* 100

86%

Proporção VD enfermagem fim-de-semana e feriado Não se aplica

26,7%

Proporção utentes avaliados pela equipa multidisciplinar nas primeiras 48h

Não se aplica

100%

Número médio visitas domiciliárias por utente, por mês Não se aplica

64,8

Proporção de utentes c/ alta ECCI c/ objetivos atingidos

Não se aplica

66,0%

Taxa de cicatrização de úlceras de pressão

Não se aplica

60,0%

Taxa de resolução da ineficácia/compromisso na GRT Não se aplica

100%

Proporção utentes c/ ganhos no controlo da dor Não se aplica

93,3%

Proporção de utentes c/ melhoria na “dependência autocuidados Não se aplica

76,9%

Tempo médio de permanência em ECCI Não se aplica

32,6**

Fonte: GestCare (2018); UCC de Celas (2018)

* ME (mínimo esperado); MA (máximo aceitável) ** dias

Responsável da ECCI: Enf. José Azenha Silva;

Elementos da UCC de Celas que também integram a ECCI: Técnica Superior de

Serviço Social Catarina Marques, Fisioterapeuta Sónia Ribeiro; Enf. Andreia

Gonçalves; Enf. Ana Amélia Rojo, Enf. Cristina Crespo; Dietista: Paulo Abrantes;

Psicólogo: Manuel Ventura.

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FORMAÇÃO DE CUIDADORES

O projeto Formação de Cuidadores integra a carteira de serviços da UCC de Celas e

pretende promover a autonomia e o bem-estar dos cuidadores formais e informais,

através da sua capacitação para um melhor desempenho no seu papel de cuidador.

Para tal, é útil conhecer as dificuldades percecionadas pelos mesmos no processo de

cuidar, de forma a dar resposta às suas necessidades de informação/formação no

processo do cuidar, aumentando a sua literacia em saúde e segurança e disponibilizar

uma rede de apoio com a intervenção de toda a equipa multidisciplinar da UCC de

Celas.

O INE prevê que o peso da população idosa poderá passar de 4,5%, em 2010, para

5,8%, em 2020, e 10,9%, em 2050 (INE, 2009). Esta projeção futura tende, assim,

para um aumento do envelhecimento demográfico, que revela a pertinência de

medidas adequadas e dirigidas a esta faixa etária, pois a dimensão considerada “hoje”

será significativamente maior “amanhã”.

O aumento da esperança de vida traz consigo um conjunto de comorbilidades,

incapacidades e dependências associadas e a entrada da mulher no mercado de

trabalho veio dificultar a prestação do seu papel de cuidadora. Tem-se assim

verificado, ao longo dos últimos anos, a criação de inúmeras estruturas de apoio à

pessoa idosa: aumento dos lares de idosos, centros de dia e apoio domiciliário, a

criação da RNCCI. Estas estruturas têm-se revelado insuficientes e não permitem

manter o idoso no seu meio e seio familiar, razão pela qual se considera pertinente e

de extrema utilidade este projeto.

As alterações decorrentes do processo de transição demográfica em Portugal, com o

acentuado envelhecimento populacional e consequente inversão da pirâmide etária,

são, igualmente, visíveis na população inscrita nesta UCC, com uma totalidade de

8805 idosos. Em 2016, o índice de dependência de idosos era de 38,1% para o MC

(PORDATA, 2017). Ao identificar estes dados, e sabendo que muitos dos idosos vivem

no seu domicílio com o auxílio dos seus cuidadores, compreende-se a necessidade

urgente de apoiar os cuidadores de idosos abrangidos por esta UCC.

Assim, a UCC de Celas, trabalha as duas vertentes: formação de cuidadores

formais e formação de cuidadores informais. Na formação de cuidadores formais,

dá resposta às necessidades em ações de formação na área da saúde, na medida da

sua disponibilidade (dado ter uma carteira de serviços vasta, com poucos recursos

humanos), às instituições da sua área de abrangência que o solicitem. Foi efetuado

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em 2015 um levantamento de necessidades formativas por instituição e anualmente é

atualizada esta informação, e é dada resposta de forma equitativa a estas

necessidades de formação, sempre numa perspetiva de partilha de conhecimento e

experiências, na ótica do benchmarking, de modo a que os utentes da comunidade

possam receber os melhores cuidados possíveis, independentemente do local onde

vivam. As sessões decorrem nas diversas instituições da área de abrangência da UCC

de Celas e estão sempre abertas aos cuidadores formais e informais. Em 2016, foi

iniciado o projeto de Formação de Cuidadores Informais no domicílio com os primeiros

utentes abrangidos e foi criado o Manual de Formação de Cuidadores. Mais tarde, em

2018, este subprojecto veio a denominar-se: “Capacitar para Cuidar”, tendo a equipa

considerado fundamental a sua definição, dada a alteração da legislação em 2017

referente aos critérios de inclusão da ECCI.

População alvo: Cuidadores formais e informais

Avaliação: foram realizadas várias intervenções educativas e formativas em 100%

das instituições envolvidas no projeto que têm protocolo com a UCC de Celas.

Profissionais Responsáveis: Equipa multidisciplinar da UCC de Celas.

Subprojecto: «Capacitar para Cuidar»

Este tem como objetivo promover a autonomia e bem-estar do cuidador informal,

através da capacitação, da diminuição de dificuldades e da promoção das redes de

apoio em âmbito domiciliário. É fundamental a identificação/referenciação dos

cuidadores informais de idosos, com respetivo agendamento e planeamento de visitas

domiciliárias, que permitam estabelecer um diagnóstico de situação, através da

identificação das suas necessidades, sejam elas na perspetiva de dar resposta às

necessidades biofísicas, emocionais e/ou sociais.

Neste diagnóstico é realizada uma breve caracterização sociodemográfica do cuidador

e uma avaliação da sua sobrecarga e dificuldades, através da aplicação de duas

escalas validadas para a população portuguesa – Escala de Sobrecarga do Cuidador

de Zarit et al. (Sequeira, 2007) e Índice de Avaliação de Dificuldades do Cuidador de

Nolan et al. (Brito, 2002).

Na lógica da confiança, disponibilidade e garantindo a segurança dos cuidadores é

desenvolvido um planeamento de intervenções para cada cuidador informal, com o

intuito de aumentar o seu nível de conhecimentos teóricos e práticos, de forma a

promover a sua autonomia e bem-estar, com consequente bem-estar e qualidade de

vida do idoso a quem presta cuidados.

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Está previsto facultar um contacto direto da equipa de enfermagem, para que o

cuidador possa esclarecer algumas dúvidas e/ou acionar a equipa, caso o estado de

saúde do utente se altere e/ou surjam novas necessidades. Na primeira visita, são

avaliadas as barreiras arquitetónicas, a necessidade de ajudas técnicas e o

diagnóstico das condições habitacionais. Ao longo, do tempo, e atendendo às

necessidades específicas de cada cuidador, são efetuadas visitas domiciliárias (sendo

instituído um plano individual em cada caso, pelos elementos da equipa

multidisciplinar envolvidos em cada situação) de forma a percorrer as várias etapas:

avaliação das necessidades, instrução do cuidador, treino prático, observação dos

procedimentos efetuados pelo cuidador, e avaliação da intervenção, com timings a

definir consoante o conhecimento demonstrado e as características do cuidador. Os

registos serão sempre efetuados no SClínico, na comunidade própria.

Após as intervenções individuais a cada cuidador, realizar-se-á, sempre que houver

grupo de cuidadores superior a 6 uma sessão de educação para a saúde conjunta,

com todos os cuidadores informais envolvidos no projeto, para partilhar e consolidar

conhecimentos adquiridos entre todos, grupo este que pode ou não ter continuidade,

consoante as necessidades identificadas.

No final do projeto, avaliam-se as intervenções realizadas com os cuidadores

informais, através da aplicação das escalas selecionadas e de um questionário de

satisfação final.

Figura 9 – Processo de execução do projeto “Capacitar para Cuidar”

*a definir consoante as necessidades identificadas e recetividade dos cuidadores

Fonte: UCC de Celas (2018)

Referenciação

(USF, UCSP, Assistente Social, Comissões

Sociais de Freguesias, outra entidade da

comunidade

Diagnóstico de necessidades

(entrevista ao cuidador, aplicação de escalas,

observação)

Visitas domiciliárias*

Sessão de Educação para a Saúde (uma ou

várias)

Avaliação

(aplicação de escalas + questionário de

satisfação)

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Avaliação: os resultados obtidos demonstraram que na maioria dos casos, os

cuidados são prestados pelo cônjuge ou filhos; os cuidadores coabitam com os

indivíduos a quem prestam cuidados; o tempo médio de prestação de cuidados varia

entre as 12 e as 24h e a sobrecarga do cuidador varia entre a sobrecarga ligeira e a

sobrecarga intensa.

População alvo: Cuidadores informais.

Profissionais Responsáveis: Equipa multidisciplinar da UCC de Celas.

CAPACITAÇÃO DA COMUNIDADE

Neste capítulo, estão integrados todos os projetos que não estão contemplados

na carteira básica de serviços da UCC de Celas, mas que são transversais a

todos os programas e resultam de trabalho efetivo dos profissionais da UCC de

Celas. Estes decorrem sobretudo de parcerias com entidades ou instituições da

comunidade. Algumas destas intervenções implicam apenas a articulação entre

instituições, sendo a equipa da UCC de Celas consultora, quer dos

estabelecimentos de ensino, quer das instituições com as quais trabalha,

validando a pedido das mesmas a pertinência de novos atores que pretendam

atuar nos diversos domínios da literacia em saúde. Outras intervenções já

implicam a colaboração ou a execução da atividade em si e toda a logística

subjacente.

Profissionais Responsáveis: Equipa multidisciplinar da UCC de Celas.

População Alvo: Toda a comunidade em geral.

PROJETO «A BRINCAR A BRINCAR»

“A Brincar, a Brincar” é uma parceria com o Núcleo de Estudantes de Medicina

no projeto de Sensibilização para Suporte Básico de Vida e Primeiros Socorros.

O trabalho efetuado pela UCC de Celas na parceria é de convocar as escolas,

motivando-as para aderir ao projeto, agilizar locais do parque escolar onde as

atividades possam decorrer no mínimo período de tempo e cedência de

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material, como computadores portáteis e projetores multimédias, quando

necessário. Para além da organização logística, a UCC de Celas também se

constituiu como elemento facilitador na aplicação dos questionários de

avaliação dos conhecimentos, na segunda e terceira edição do projeto. Este

projeto contou no ano letivo 2018/2019, com a sua quarta edição, abrangendo

em cada ano letivo cerca de 400 alunos do primeiro ciclo. Nesta edição, por

sugestão da equipa da UCC de Celas, foram acrescentados os temas “Como

atuar numa crise epilética” e “Como atuar numa crise de hipoglicémia”.

PROJETO COIMBRA UNIDA PELO CORAÇÃO

Coimbra Unida pelo Coração é um projeto desenvolvido no âmbito das

comemorações do mês do coração (maio). A Delegação Centro da Fundação

Portuguesa de Cardiologia, em articulação com as demais instituições de

Coimbra, com relevância na matéria (CHUC EPE, ACeS BM e ESEnfC),

desenvolve uma intervenção anual, com o objetivo de sensibilizar a população

em geral sobre a prevenção e tratamento da doença cardiovascular, utilizando

a Gincana do Coração. Esta ação, da qual a equipa da UCC de Celas integra a

comissão organizadora, já conta com três edições (2016, 2017 e 2018) e é

coordenada pela enfermeira Filipa Homem, mentora do projeto.

Tem como finalidade criar uma rede comunitária de serviços de saúde,

consciencializando de uma forma global, para um estilo de vida saudável. As

suas atividades, desenvolvem-se em três dimensões: Gincana do Coração,

vigilância de saúde das pessoas com Doença Cardiovascular (DCV) e

atualização dos documentos de referência na área da DCV. Durante a Gincana

do Coração, os participantes passam por vários postos, onde são avaliados os

parâmetros vitais e o risco metabólico, com avaliação final do score do Risco

Cardiovascular (RCV). Todas as alterações são encaminhadas para a respetiva

equipa de saúde familiar.

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5.5 – Formação Profissional

5.5.1 - Formação Interna. Este item consta do Relatório de Formação 2018,

sendo efetuado diretamente na plataforma eletrónica, bem como o Manual de

Acolhimento, dado serem de carácter obrigatório, para todas as unidades, para

evitar duplicação de registos.

5.5.2. - Formação Externa – a equipa participou nas seguintes formações em

2018, das quais efetuou resumo/apresentação power-point para partilha em

sede de reunião de equipa:

Enf. Ana Amélia Rojo – Plano de Infeção e Controlo de Infeção;

Enf. Andreia Gonçalves – Migração e Saúde; Feridas;

Enf. José Azenha Silva – Migração e Saúde;

5.6 - Atividade Científica – No que concerne, à atividade científica a

equipa apresentou o projeto “Ali Move-te”, no âmbito de atividade promovida

pela Secção Regional da Ordem dos Enfermeiros, sessão com o tema:

“Alimentação Saudável – o papel do enfermeiro”, projeto que está patente na

página da DGS, inserida na PNPAS.

5.7. Recursos – Não existiu nenhum elemento com ausência prolongada.

6 – ESTAGIOS/ ENSINOS CLÍNICOS NA UCC DE CELAS - Durante

o ano de 2018, estiveram em estágio na UCC de Celas os seguintes

estudantes:

Quadro 3 - Nº de estudantes por áreas profissionais que efetuaram estágio na UCC de Celas

Áreas profissionais

2ª ano (estágio de observação x 2 grupos)

3º e 4º ano (apenas colaboraram em SES e atividades comunitárias pontuais)

4º ano - 8º semestre (a tempo inteiro na UCC)

Especialidade Enfermagem Comunitária (a tempo inteiro na UCC)

mestrado

Enfermagem 32 24 5 (3 grupos

vulneráveis e 2 saúde mental)

2 + 11

Nutrição e Dietética

2

Psicologia 3

Fonte: UCC de Celas, 2018

Page 78: Relatório de Atividades 2018 QUE...2 Relatório de Atividades 2018 Coordenador da UCC: José Maria Azenha Silva e-mail institucional: ucc.celas@arscentro.min-saude.pt Contacto telefónico:

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7- DISCUSSÃO FINAL

A equipa termina o relatório deste ano com uma análise SWOT, do seu ponto

de situação como unidade:

- Pontos fortes: excelente relação pessoal e profissional entre os elementos da equipa multidisciplinar; a equipa cumpriu com os objetivos para a carteira de serviços básica das Unidades de Cuidados na Comunidade, dentro dos recursos humanos disponíveis, ultrapassando esta carteira em algumas áreas, de acordo com as necessidades identificadas na comunidade; os elementos da equipa sentem-se motivados e gratos pelo trabalho efetuado e pelo reconhecimento dos seus utentes e parceiros; - Fraquezas: como grande constrangimento a equipa manteve condições de trabalho inadequadas e insalubres em 2018, situação que só foi solucionada, temporariamente, no início de 2019, em que a equipa mudou para as antigas instalações do laboratório do CS Celas; ausência de viatura em períodos fixos da semana para a ECCI (usa apenas táxi) e desenvolve as outras atividades da UCC de Celas em carros próprios; - Oportunidades: a nível dos recursos humanos, a equipa realça a admissão de duas enfermeiras em 2018, uma grande mais-valia para a equipa, e a alocação de 3h de uma excelente assistente técnica que exerce funções no ACES BM; Já em fevereiro de 2019 a equipa congratula-se pela oficialização da disponibilidade do Higienista Oral José Relvas, que desde fevereiro de 2019, aloca 4h/semana à equipa; investimento em formação em SClínico por parte do ACES BM, que irá proporcionar esta formação já em março de 2019; Novas instalações definitivas após a reabilitação do Bloco B, que trarão estabilidade à equipa; BI da reforma dos CSP como ferramenta muito útil; - Dificuldades: continua a existir a grande carência sentida pela equipa, em função das necessidades da comunidade, ter um enfermeiro especialista em saúde mental e psiquiátrica a tempo inteiro e em segundo lugar de enfermeiro especialista de saúde materna obstétrica; Necessidade de formação em SClínico para todos os profissionais que integram a UCC da equipa alargada, nas diversas áreas profissionais; ausência de material de reabilitação essencial às boas práticas e com ganhos comprovados na qualidade da reabilitação dos utentes da ECCI. O presente relatório, foi elaborado por toda a equipa da Unidade de Cuidados na Comunidade de Celas.