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Relatório da Quarta Sessão da Conferência das Partes da Agência Capacidade Africana de Risco (ARC) ARC/COP4/D025.2901_16 Quarta Sessão da Conferência das Partes da ARC 22-23 de Janeiro de 2016 Adis Abeba, Etiópia

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Relatório da Quarta Sessão da Conferência das Partes da Agência Capacidade Africana de Risco

(ARC) ARC/COP4/D025.2901_16 Quarta Sessão da Conferência das Partes da ARC 22-23 de Janeiro de 2016 Adis Abeba, Etiópia

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Relatório da Quarta Sessão da Conferência das Partes da Agência Capacidade Africana de Risco (ARC)

Discurso de Abertura

1. A Quarta Sessão da Conferência das Partes foi convocada pelo Director-Geral da Agência Capacidade Africana de Risco (Agência ARC), em nome do Presidente da Terceira Sessão da Conferência das Partes (o Governo da República da Guiné), na sede da União Africana, em Adis Abeba, Etiópia. A selecção do mesmo local por dois anos consecutivos foi motivada pelo impacto positivo que a Terceira Sessão da Conferência das Partes teve no fortalecimento dos vínculos entre a Agência ARC e a União Africana. A reunião que teve lugar a 22 e 23 de Janeiro de 2016, registou a participação dos seguintes Estados-membros da Agência ARC: Burkina Faso, Burundi, Chade, Djibuti, Gabão, Gâmbia, Guiné, Quénia, Madagáscar, Malawi, Mali, Mauritânia, Moçambique, Níger, Nigéria, Ruanda, República Árabe Sarauí Democrática, Senegal e Zimbabwe; e dos seguintes Estados-membros da União Africana, na qualidade de observadores: Líbia1 e Zâmbia. Uma lista dos participantes é anexo como anexo 1.

2. A Conferência das Partes foi formalmente aberta por Sua Excelência a Embaixadora Sidibe Fatoumata Kaba, em nome do Governo da Guiné, Presidente da Terceira Sessão da Conferência das Partes. A Sra. Sidibe manifestou a sua gratidão e profundo apreço à Conferência das Partes por confiar à Guiné a honra de presidir a Conferência das Partes em 2015. A Sra. Sidibe destacou que a chegada do Sr. Mohamed Beavogui, primeiro Director-Geral com mandato regular da Agência ARC, marcou uma fase de maturação da instituição e que a Guiné orgulha-se em contribuir para essa transição com um dos seus cidadãos. Afirmou ainda que a Guiné aguarda ansiosamente pela evolução da ARC para uma instituição pan-africana líder, especialmente neste período em que o continente africano é fortemente afectado por calamidades naturais e especialmente a seca. Citando a história de sucesso da ARC durante os seus primeiros anos de funcionamento, a Sra. Sidibe convidou o Director-Geral a informar à Conferência das Partes sobre o desenvolvimento do produto de seguro contra surtos e epidemias solicitado pela Conferência das Partes, durante a sua Terceira Sessão.

3. Em nome do Director Executivo do Programa Alimentar Mundial (PAM), a Sra. Ertharin Cousin, o Sr. Thomas Yanga, Representante do PAM junto da Comissão da União Africana e da Comissão Económica das Nações Unidas para África, dirigiu-se à Conferência das Partes, recordando o enorme aumento no custo global de respostas de emergência em 2015 e notando que menos de 50% das necessidades foram satisfeitas. Manifestou-se bastante orgulhoso como africano pela criação da ARC, uma instituição inovadora que aproveita os recursos domésticos limitados de África de forma efectiva para satisfazer às necessidades das pessoas vulneráveis, afectadas pela seca actualmente, e em breve, por inundações, ciclones e epidemias. O Sr. Yanga informou à Conferência das Partes da apresentação conjunta que a ARC e o PAM irão fazer durante a Cimeira Mundial sobre Ajuda humanitária em Maio, em Istambul, sobre o sucesso da Agência ARC, com o objectivo de incentivar outras regiões a replicar o que África alcançou. Mencionou ainda a iniciativa de Réplica de Cobertura através da qual os Escritórios do PAM nos países serão capazes de igualar as apólices de seguro dos Membros da Companhia de Seguros Capacidade

1 A Líbia assinou o Acordo de Estabelecimento da Agência ARC, com reservas.

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Africana de Risco, Limitada (ARC, Limitada). Tal iniciativa irá duplicar o número de pessoas assistidas por meio de intervenções prévias financiadas pela ARC, e começar a trazer as principais agências de ajuda humanitária mundiais para o sistema de gestão do risco de calamidades de liderança africana. Finalmente, o Sr. Yanga manifestou a esperança de que a experiência positiva do PAM com a União Africana na concepção e criação da ARC irão incentivar outras organizações da ONU na redefinição das suas relações com o órgão continental e seus Estados-membros, não só nas questões humanitárias, mas igualmente no desenvolvimento económico geral em todos os sectores.

4. O Dr. Lars Thunell, Presidente do Conselho de Administração da ARC, Limitada, deu as boas-vindas e felicitou o novo Director-Geral da Agência ARC, Sr. Mohamed Beavogui, por assumir as responsabilidades e complexidades de liderar uma importante agência da União Africana. Expressou o quão privilegiado se sentiu por ter prestado serviço como o Director fundador da ARC, Limitada, e informou à Conferência das Partes a composição completa do Conselho de Administração da ARC, Limitada, com a chegada de quatro novos Administradores: o Sr. Amadou Diallo do Senegal; o Sr. Dele Babade da Nigéria; o Sr. Vincent Rague do Quénia; e o Dr. Richard Wilcox, antigo Director-Geral Interino da Agência ARC. O Dr. Thunell fez uma apresentação resumida sobre os dois anos inaugurais de sucesso das actividades da ARC, Limitada, incluindo o primeiro grupo de risco com quatro países segurados contra a seca e três pagamentos e o segundo grupo de risco com três países adicionais cobertos contra a seca. Destacou ainda brevemente sobre o progresso da ARC rumo ao desenvolvimento de produtos para novos perigos, e serviços destinados a reforçar a capacidade da ARC, Limitada, para servir as necessidades e solicitações dos Estados-membros. O Dr. Thunell afirmou que a cobertura de alto-nível pela imprensa e o interesse na ARC, expresso pela comunidade de desenvolvimento, particularmente durante a 21ª Conferência das Partes à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (CoP21), cria um impulso essencial e uma oportunidade única para a ARC alavancar o apoio de financiamento e cooperação com outras organizações internacionais. Mencionando o seu entusiasmo pela reunião conjunta dos Conselhos de Administração da Agência ARC e da ARC, Limitada, que ocorreria no dia seguinte, o Dr. Thunell salientou que essa reunião constitui uma oportunidade importante para reforçar a interacção e cooperação entre as duas entidades.

5. O novo Director-Geral da Agência ARC, Sr. Mohamed Beavogui, manifestou a sua gratidão pela confiança que a Conferência das Partes concedida-lhe para liderar a ARC. Comprometeu-se a obter resultados para os países africanos e pediu o apoio dos Estados-membros na condução da transformação de África na gestão das calamidades naturais. O Sr. Beavogui reconheceu as funções excepcionais desempenhadas pelo seu antecessor, o Dr. Richard Wilcox e a Chefe do Gabinete da Agência ARC, Sra. Fatima Kassam, quem irão embarcar em novas experiências, bem como do pessoal da ARC que iniciaram esta viagem para transformar uma visão do continente, em realidade. O Director-Geral elogiou os países que deram o salto e adquiriram seguro no primeiro ano de operações da ARC, conseguindo um grande passo na transformação do paradigma de resposta à calamidades no continente. O Sr. Beavogui reconheceu igualmente o grande apoio prestado pelas organizações parceiras da ARC, incluindo o Ministério Federal Alemão para Cooperação Económica e Desenvolvimento (BMZ), o Departamento para

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Desenvolvimento Internacional (DFID) do Reino Unido, a Agência Suíça para Desenvolvimento e Cooperação (SDC), a Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (ASDI), o Banco Alemão de Desenvolvimento KfW, a Fundação Rockefeller, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e o PAM. O Director-Geral informou à Conferência das Partes sobre o grande apoio que a ARC recebeu das principais instituições sobre alterações climáticas e os países do G7 durante a CoP 21. O Director-Geral concluiu convidando os Estados-membros a continuarem a trabalhar arduamente, todos juntos, a fim de dar resposta ao impacto negativo das calamidades naturais.

6. Em nome do Presidente do Conselho de Administração da Agência ARC (o Conselho de Administração), a Dra. Ngozi Okonjo-Iweala, o Membro do Conselho de Administração, Professor Peter Mwanza, manifestou a sua profunda gratidão pela confiança que a Conferência das Partes colocou no Conselho de Administração para orientar a Agência. O Professor Mwanza informou à Conferência das Partes sobre o trabalho que o Conselho de Administração realizou desde a sua eleição. Informou ainda à Conferência das Partes que o Conselho de Administração deverá supervisionar as auditorias operacionais finais dos três pagamentos feitos pela ARC, Limitada, à Mauritânia, Níger e Senegal, e deverá apresentar um relatório à Conferência das Partes na devida altura. O Professor Mwanza destacou particularmente a necessidade imperiosa de intensificação dos esforços a nível político e financeiro não apenas no continente africano, mas igualmente a nível global, para expandir o sucesso da ARC. Finalmente, garantiu à Conferência das Partes que o Conselho de Administração estará sempre plenamente empenhado a cumprir as funções e obrigações que lhe sejam atribuídas.

7. S.E. a Sra. Rhoda Peace Tumusiime, a Comissária da União Africana para Economia Rural e Agricultura, deu as boas-vindas à Conferência das Partes à Sede da União Africana afirmando que, embora a Agência ARC tenha iniciado como um sonho, agora é uma realidade e não poderia ter sido criada sem o apoio e o compromisso dos Estados-membros. S.E. Tumusiime salientou a importância do momento da Quarta Sessão da Conferência das Partes, que ocorre num momento em que os planos da União Africana estão a ser estruturados e pode permitir que as deliberações da ARC sejam integradas nas deliberações mais amplas da União Africana, orientando a direcção do continente. Garantiu à Conferência das Partes que a Comissão da União Africana irá continuar a apoiar o crescimento da ARC. Posteriormente, manifestou a sua gratidão aos parceiros da ARC e ao PAM, em particular, a agência técnica que iniciou a ideia da ARC. Destacando a importância de ver o impacto da ARC sobre os cidadãos africanos e o trabalho realizado a nível dos países para atenuar os efeitos da seca, inundações e outros perigos, a Comissária especificou que a mitigação de riscos deve ser fortemente apoiada pela capacitação. Finalmente, desejou aos delegados deliberações frutíferas e uma reunião produtiva.

Apreciação das Credenciais

8. A Conferência das Partes aceitou as credenciais das seguintes delegações, de acordo com as recomendações do Comité de Credenciais: Burkina Faso, Burundi, Chade, Djibuti, Gâmbia, Guiné, Quénia, Madagáscar, Malawi, Mali, Mauritânia, Moçambique, Níger, República Árabe Sarauí Democrática, Senegal e Zimbabwe.

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Eleição da Mesa

9. A Conferência das Partes elegeu, por consenso, os seguintes Membros da Mesa, conforme previsto pelo Artigo 12.4 do Acordo de Estabelecimento da Agência Capacidade Africana de Risco (Acordo de Estabelecimento), e decidiu que a Mesa deveria igualmente servir de Comité de Credenciais da Conferência das Partes:

Presidente Sra. Erica Manganga, Malawi (Região Austral) 1º Vice-Presidente Sr. Mohameden Zein, Mauritânia (Região Norte) 2º Vice-Presidente Sr James Odour, Quénia (Região Oriental) 3º Vice-Presidente Sr. Keumaye Ignegongba, Chade (Região Central) Relator Sr. Hien Sitegne, Burkina Faso (Região Ocidental)

Discurso da Presidente

10. A Presidente Entrante da Conferência das Partes, a Sra. Erica Maganga da República do Malawi, agradeceu ao Presidente Cessante da Conferência das Partes pelo trabalho realizado em 2015. Manifestou ainda, em nome da República do Malawi, o seu agradecimento e honra por ter sido confiada para presidir a Quarta Sessão da Conferência das Partes.

Adopção da Agenda

11. A Conferência das Partes adoptou a Agenda e o Programa de Trabalho para a sua reunião. A Agenda consta como Anexo 2 ao presente Relatório.

Discurso do Director-Geral

12. O Sr. Beavogui descreveu a sua visão para a ARC para os próximos anos, que inclui o incremento da cobertura de seguro oferecida pela ARC para atingir trinta (30) países até 2020, com 2 mil milhões de dólares americanos em cobertura de seguro, e segurando de forma indirecta 150 milhões de pessoas vulneráveis no continente africano. A ARC terá quatro (4) objectivos principais na prestação de serviços para os Estados-membros: Pesquisa e Desenvolvimento Dinâmicas e Aplicadas; Sistemas de Aviso Prévio Específicos no Contexto; Gestão Abrangente de Riscos; e Financiamento para Adaptação Climática e Dimensionamento das Operações Bem-Sucedidas. Estes serão reflectidos no quadro estratégico com base nos resultados da ARC, que o Director-Geral está a desenvolver, e que deverá orientar o trabalho da Agência até 2020.

13. O Director-Geral informou ainda à Conferencia das Partes sobre o desenvolvimento de novos produtos de seguro, incluindo produtos de seguro contra ciclones tropicais e inundações, a serem disponibilizados para os países em 2016 e 2017, respectivamente. Informou ainda aos delegados sobre o desenvolvimento do Mecaniamo Climatológico Extremo (XCF) e salientou a importância de tal mecanismo para garantir fundos adicionais para os Estados-membros da ARC, para dar acesso directo aos países ao financiamento de projectos de adaptação às alterações climáticas. O Director-Geral informou aos delegados sobre os progressos alcançados em relação

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ao desenvolvimento de produto de seguro contra Surtos e Epidemia e sobre a fase de pesquisa e desenvolvimento prevista para iniciar no próximo mês.

14. O Director-Geral Informou aos participantes sobre o desenvolvimento de novas parcerias, incluindo a Iniciativa de Licenciamento para o Desenvolvimento com a filial financeira da ARC, a ARC, Limitada, que irá testar a utilização do Software Africa RiskView para fins comerciais. Esses projectos irão permitir que o Africa RiskView seja utilizado de forma mais ampla para apoiar investimentos potencialmente transformadores em África. Informou ainda aos participantes sobre uma potencial cooperação regional com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAfD), com quem estão actualmente em curso negociações para a assinatura de um Memorando de Entendimento, que detalha uma possível cooperação nas áreas de capacitação, desenvolvimento de grupos de trabalho e apoio à participação dos países. O Director-Geral pediu o apoio dos Estados-membros no sentido de reforçar as relações com o BAfD. Finalmente, mencionou a potencial cooperação com instituições financeiras internacionais, como o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Banco Mundial.

15. A Conferência das Partes felicitou o novo Director-Geral pela sua eleição e pela qualidade excepcional do seu relatório. Manifestaram o seu forte entusiasmo e interesse pelos produtos de seguro contra inundaçoes e ciclones tropicais, em particular, e pelas novas iniciativas da ARC, em geral.

Impacto da Subida do Nível do Mar

16. As delegações da Gâmbia e da Nigéria solicitaram à Agência ARC a explorar oportunidades para ajudar as populações costeiras mais vulneráveis, que enfrentam o impacto negativo da subida do nível do mar causada pelas alterações climáticas.

Apresentação de Relatórios e Sessões de Informação

17. A Conferência das Partes recebeu os seguintes relatórios e informes:

a. Apresentação por um Membro do Conselho de Administração da Agência ARC, do Relatório do Conselho de Administração da Agência ARC à Conferência das Partes, conforme exigido pela Alínea (q) do Parágrafo 1 do Artigo 15º do Acordo de Estabelecimento;

b. Relatório do Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Companhia de Seguros Capacidade Africana de Risco, Limitada (ARC, Limitada), à Conferência das Partes sobre as Actividades da ARC, Limitada, em 2015, incluindo (i) a formação do segundo grupo de seguros; e (ii) os pagamentos de seguros para 2015/2016;

c. Informe da Mauritânia, Níger e Senegal sobre a utilização dos pagamentos de seguros da ARC, Limitada, nos seus respectivos países;

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d. Relatório do Director-Geral sobre a Resposta à Seca financiada pela ARC no Sahel em 2014/2015, apresentado pelo Responsável pela Planificação de Contingência da ARC;

e. Informe sobre o Programa de Trabalho e Orçamento da Agência ARC para o Exercício de 2016;

f. Informe sobre as emendas sugeridas ao Regulamento Interno da Conferência das Partes;

g. Informe sobre as emendas sugeridas às Normas de Conformidade;

h. Informe sobre as Normas e Procedimentos da Conta de Garantia; e

i. Informe do Conselheiro Jurídico da Comissão da União Africana sobre a importância da ratificação do Tratado para permitir que a Agência ARC se torne plenamente funcional.

Decisões da Conferência das Partes

18. A Conferência das Partes, apreciou os temas da sua agenda, bem como as recomendações da reunião de Altos Funcionários Governamentais:

Relatório do Conselho de Administração

a. Tomou nota do Relatório do Conselho de Administração da Agência ARC e apoiou a criação de painéis consultivos de peritos, incluindo peritos do continente africano para assessorar o Conselho sobre uma série de questões técnicas.

Dificuldades encontradas durante a implementação do pagamento

b. Tomou nota das dificuldades que foram encontradas pelo Níger e Senegal em relação à implementação do pagamento da ARC, Limitada, e solicitou ao Secretariado da Agência ARC a trabalhar com os Estados-membros no sentido de encontrar alternativas adequadas para a canalização interna de forma mais eficaz dos fundos, após um pagamento da ARC, Limitada, ser disponibilizado para o país.

Emenda ao Regulamento Interno da Conferência das Partes

c. Adoptou a emenda sugerida ao Regulamento Interno da Conferência das Partes, esclarecendo as credenciais necessárias pelas delegações dos Estados-membros da ARC. A emenda estabelece que as credenciais para as delegações à Conferência das Partes poderão ser autorizadas pelo Chefe de Estado, Chefe do Governo, Ministro dos Negócios Estrangeiros/Relações Exteriores, Ministro das Finanças ou Ministro Responsável pelas actividades da ARC no país, e que os Representantes Permanentes junto da União Africana podem representar os seus países sem necessidade de outras credenciais. O Regulamento Interno que incorpora a emenda sugerida consta como Anexo 3, ao presente Relatório.

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Programa de Trabalho e Orçamento

d. Adoptou o Programa de Trabalho e Orçamento para o Exercício de 2016, elaborado e apresentado à Conferência das Partes pelo Secretariado, conforme exigido pela Alínea (c) do Parágrafo 5 do Artigo 17º do Acordo de Estabelecimento, e consta como Anexo 4, ao presente Relatório.

e. Autorizou uma prorrogação extraordinária do Programa de Trabalho e Orçamento, para permitir flexibilidade na programação da sua próxima reunião. Essa prorrogação irá permitir que a Agência ARC continue o seu funcionamento até ao primeiro trimestre de 2017, caso necessário.

Selecção dos Membros do Conselho de Administração

f. Reconduziu o Professor Peter Mwanza2 do Malawi, como Membro Efectivo do Conselho de Administração, para o assento da África Austral, para um mandato de três (3) anos, e nomeou o Dr. Andrew Daudi3, do Malawi, como o Membro Suplente do Conselho de Administração para o Assento da África Austral, para um mandato semelhante.

g. Nomeou o Sr. Birama B. Sidibe4, do Mali, e S.E. Sr. Pa Ousman Jarju5, da Gâmbia, como Membros Efectivo e Suplente do Conselho de Administração para o assento da África Ocidental, para um mandato de três (3) anos.

h. Manifestou as suas felicitações aos recém-nomeados membros efectivos e suplentes do Conselho de Administração.

Normas de Conformidade Emendadas

i. Adoptou as Normas de Conformidade Emendadas, que constam como Anexo 5 ao presente Relatório, e solicitaram ao Secretariado a rever as Normas de Conformidade para garantir consistência.

Normas e Procedimentos para Situações em que um Governo não seja capaz de receber um Pagamento de Seguro da ARC, Limitada, devido

j. Decidiu que a Conferência das Partes volte a apreciar, na próxima CoP, as Normas e Procedimentos para situações em que um Governo não seja capaz de receber um pagamento de seguro da ARC, Limitada, devido, e que o Secretariado da ARC faça

2 O Professor Peter Mwanza prestou serviço por um primeiro mandato de dois anos como Membro do Conselho de Administração da Agência e ARC é o antigo Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar do Malawi. 3 O Dr. Andrew Daudi é o antigo Secretário Principal do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar do Malawi. 4 O Sr. Birama B. Sidibe é o antigo Vice-Presidente do Banco Islâmico de Desenvolvimento. 5 S.E. o Sr. PA Ousman Jarju é o Ministro do Meio Ambiente, Alterações Climáticas, Florestas, Água e Vida Selvagem da Gâmbia.

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propostas sobre normas para tais situações, de modo que os Estados-membros da ARC possam fazer a apreciação das propostas bem antes da reunião.

Assinatura e Ratificação do Tratado

k. Recordou a decisão da Terceira Reunião da Conferência das Partes, que exorta todos os Estados signatários a ratificarem o Acordo de Estabelecimento e a depositarem o instrumento de ratificação junto da Presidente da Comissão da União Africana, e decidiu estabelecer um prazo de doze (12) meses para que os Estados-membros da ARC ratifiquem o Acordo de Estabelecimento, até Janeiro de 2017.

l. Reconheceu os esforços da Mauritânia de se tornar o primeiro país a ratificar o Acordo de Estabelecimento, e instou a Mauritânia a depositar o instrumento de ratificação junto da Presidente da Comissão da União Africana, o mais rapidamente possível.

m. Chegou a acordo para que os Estados-membros da ARC se empenhem ao mais alto nível dentro dos seus países, da União Africana, incluindo a nível dos Chefes de Estado e das entidades regionais, no apoio à Agência ARC e promoção da sua missão.

n. Enalteceu os esforços empreendidos pelo Subcomité do Comité de Representantes Permanentes da União Africana sobre o Fundo Especial de Assistência de Emergência para a Seca e Fome em África, que no seu relatório fez referência à necessidade de aumentar a consciencialização dos Estados-membros para a assinatura e ratificação do Acordo de Estabelecimento da ARC.

Assinatura do Memorando de Endendimento

19. Durante a Quarta Sessão da Conferência das Partes, o Director-Geral da Agência ARC assinou Memorandos de Entendimento (MdE) com os Governos do Chade e Gâmbia, nos termos do qual a Agência ARC deverá trabalhar com o Chade e Gâmbia no Plano de Trabalho do Programa para a seca.

Discurso de Encerramento

20. A Conferência das Partes manifestou a sua profunda gratidão à União Africana por acolher a Quarta Sessão na bonita Sede da União Africana.

21. A Conferência das Partes agradeceu ao Director-Geral da Agência ARC e ao pessoal da ARC por organizar de forma eficiente a Quarta Sessão da Conferência das Partes.

22. A Conferência das Partes decidiu que a sua Quinta Sessão deve ser realizada entre Novembro de 2016 e Março de 2017. O Secretariado da Agência ARC foi solicitado a fazer circular os critérios para o acolhimento de uma Sessão da Conferência das Partes para todos os Estados-membros da ARC. Os países que desejam acolher a Quinta Sessão da Conferência das Partes deverão comunicar o seu interesse ao Secretariado da Agência ARC.

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23. O Presidente da Conferência das Partes encerrou a reunião agradecendo a todos os participantes pela sua participação e pela qualidade do trabalho, desejando às delegações, uma boa viagem de regresso aos seus países de origem.

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ANEXO 1

Lista dos Participantes à Quarta Sessão da Conferência das Partes da Agência Capacidade Africana de Risco

PAÍS

NOME TÍTULO

BURKINA FASO

Tinga Ramde Supervisor do Programa da ARC

Hien Sitegne Coordenador da ARC pelo Governo

BURUNDI

Desire Niyiburana DAF – SEP/CNPS

CHADE

Keumaye Ignegongba Secretário-Geral Adjunto do Ministério do Planeamento e Cooperação Internacional

Halima Soungui Adido de Imprensa da Embaixada do Chade

DJIBUTI

Ahmed Mohamed Madar Secretário Executivo de Gestão de Calamidades e Riscos

GABÃO

Dr. Willy Leonel Souo Conselheiro da Embaixada do Gabão na Etiópia

GÂMBIA

Ousman Sowe Secretário Permanente do Ministério do Ambiente, Alterações Climáticas, Águas e Parques

Amie Kolleh Jeng Director do Orçamento do Ministério das Finanças e Assuntos Económicos

Jallow Mawdo Amadou Coordenador de Calamidades Regionais da Agência Nacional de Gestão de Calamidades

Malang Jatta Analista Sénior de Políticas do Gabinete do Presidente

GUINÉ

Fatoumata Sidibe Embaixador da Embaixada da Guiné

QUÉNIA

James Okoth Oduor Supervisor do Programa da ARC e Director Executivo da NDMA

LÍBIA

Abdulrahim Elabed Conselheiro da Embaixada da Líbia

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MADAGÁSCAR

Charles Clement Severin Rakololahy

Conselheiro Especial do Primeiro-Ministro

Harilala Onintsoa Raoilisoa Directora de Planificação e Quadro Orçamental do Ministério das Finanças e Orçamento

MALAWI

Erica Maganga Secretária Principal do Ministério da Agricultura

Gift Mafuleka Director Adjunto do Departamento de Gestão de Calamidades

Alex Namaona Director de Planificação do Departamento de Agricultura

Carolyn Tithokoze Samuel Director Adjunto do Ministério das Finanças

Hastings Ngoma Coordenador da ARC pelo Governo

MALI

Sidi Almoctar Oumar Director do Tesouro do Ministério da Economia e Finanças

Dicko Bassa Diane Comissariado de Segurança Alimentar do Mali

Fafre Camara Embaixador da Embaixada do Mali

Mahamane Dra Conselheiro da Embaixada do Mali

MAURITÂNIA

Mohamed Ould Ahmed Salem Comissário de Segurança Alimentar do CSA

Zein Mohameden Supervisor do Programa da ARC Encarregado pela Missão do CSA

Moustapha Abdallahi Coordenador da ARC pelo Governo, Encarregado pela Missão do CSA

MOÇAMBIQUE

Xavier Chavana Director Nacional Adjunto do Ministério da Economia e Finanças

Silvestre Alfredo Uqueio Oficial de Monitorização e Planificação do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades

Casimiro Abreu Director-Geral Adjunto do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades

NÍGER

Mahamane Boulama Goni Secretário Permanente do Mecanismo Nacional de Prevenção e Gestão de Calamidades e Crises Alimentares

Adamou Moumouni Consultor Técnico do Ministério da Economia e Finanças

Abdoulhamid Issaka Sountalma Inspetor de Seguro do Ministério da Economia e Finanças

Bako Yacouba Supervisor do Programa da ARC, SP/DNPGCCA

NIGÉRIA

Felix Obidi First Secretary, Embassy of Nigeria

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RUANDA

Clementine Uwamuguha

Second Counsellor, Embassy of Rwanda

REPÚBLICA ÁRABE SARAUÍ DEMOCRÁTICA

Ahmed Baba Ali Chefe Adjunto da Missão da RASD na Etiópia

Fatima Mehdi Hassam Secretário-Geral da Organização de Mulheres da RASD na Embaixada da RASD

SENEGAL

Momath Ndao Comissário de Seguro no Ministério da Economia, Finanças e Planeamento

Cheikhou Cisse Secretário-Geral do Ministério do Interior e Segurança Pública

Massamba Diop Supervisor do Programa da ARC

Abdoulaye Noba Director de Protecção Civil do Ministério do Interior e Segurança Pública

ZÂMBIA

Amos Musonda Ministro Conselheiro da Embaixada da Zâmbia

Joseph Chinyemba Primeiro Secretário da Embaixada da Zâmbia

ZIMBABWE

Dr. Desire Mutize Sibanda Secretário Permanente do Ministério do Planeamento Económico e Promoção do Investimento

Fadzai Mhariwa Economista Sénior do Ministério do Planeamento Económico e Promoção do Investimento

OBSERVADORES

Thomas Yanga Representante do PAM junto da Comissão da União Africana e da Comissão Económica das Nações Unidas para África

Lena Heron USAID

Dr. Senait Regassa SDC

Wanja Kaaria PAM

Ian Small Negócios Estrangeiros, Comércio e Desenvolvimento do Canadá

Susanne Feser KfW

Stéphane Duval Agência Canadiana de Desenvolvimento Internacional

Nicola Jenns DFID

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ANEXO 2

Projecto de Agenda

Quarta Sessão da Conferência das Partes da Agência Capacidade Africana de Risco (ARC)

1. Eleição da Mesa e Adopção da Agenda e do Programa de Trabalho da Conferência das Partes;

2. Relatório do Conselho de Administração da Agência ARC;

3. Informe do Director-Geral da Agência ARC sobre as actividades da Agência ARC desde a terceira sessão da Conferência das Partes, incluindo:

a. Progressos e Desenvolvimento do Programa de Trabalho e das Iniciativas da ARC;

b. Visão da ARC para o período de 2016-2020/Agenda de Acção;

c. Quadro Estratégico com base em Resultados;

d. Divulgação e Parceria.

4. Informação actualizada sobre as actividades da Companhi a de Seguros Capacidade Africana de Risco, Limitada, (ARC, Limitada), incluindo:

a. Formação do Segundo Grupo de Seguros;

b. Pagamentos de seguros de 2015/2016; e

c. Trabalho da Equipa Consultiva de Trabalho sobre a Transferência da Sede da ARC, Limitada.

5. Apresentações sobre a utilização dos pagamentos da ARC, Limitada, pela Mauritânia, Níger e Senegal e do Relatório do Director-Geral sobre a Resposta à Seca no Sahel financiada pela ARC em 2014/2015

6. Apreciação das Proposta de Emenda ao Regulamento Interno da Conferência das Partes da Capacidade Africana de Risco;

7. Apreciação do Programa de Trabalho e do Orçamento para o Exercício de 2016 e do Relatório do Conselho de Administração da Agência ARC;

8. Selecção de Membros Efectivos e Suplentes do Conselho de Administração da Agência ARC para os Assentos da África Ocidental e da África Austral;

9. Apreciação das Normas de Conformidade emendadas, incluindo a Política e Procedimentos de Denúncia;

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10. Apreciação do Regulamento da Conta de Garantia;

11. Apreciação da Tabela de Contribuição e Informação Actualizada sobre a Ratificação do Tratado;

12. Acordo sobre a data e local da próxima sessão da Conferência das Partes.

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ANEXO 3

Regulamento Interno da Conferência das Partes da ARC

Artigo 1º: Âmbito O presenteRegulamento é aplicável a todas as sessões da Conferência das Partes. É igualmente aplicável, mutatis mutandis, aos órgãos subsidiários da Conferência das Partes, a menos que a Conferência das Partes decida de maneira diferente, de acordo com o Número 2 do Artigo 8º. Artigo 2º: Mesa 2.1. A Conferência das Partes irá eleger, dentre os representantes das partes, uma Mesa composta por um Presidente, três Vice-Presidentes e um Relator (a seguir colectivamente referenciados como “a Mesa”). Na eleição da Mesa, a Conferência das Partes deve ter em devida conta o princípio de rotatividade geográfica. 2.2. Os Membros da Mesa serão eleitos por um ano ou até que uma novaMesa for eleita, com a possibilidade de renovação por um período adicional. Nenhum membro da Mesa pode ser reeleito para um terceiro mandato consecutivo. 2.3. Caso um Membro da Mesa se demita do seu cargo ou esteja permanentemente incapaz de exercer as suas funções, a Parte desseMembro da Mesa designará outro representante para que substitua o referido membro durante o resto do mandato. 2.4. O mandato dos Membros da Mesa terá início no dia da sua eleição, na abertura da sessão em que foram eleitos. Devem prestar serviço como Mesa de qualquer sessão especial realizada durante os seus mandatos, e prestar orientação ao Conselho de Administração e ao Director-Geral no que diz respeito aos preparativos, e realização das sessões da Conferência das Partes. 2.5. O Presidente irá presidir todas as sessões da Conferência das Partes e exercer quaisquer outras funções que possam ser necessárias para facilitar o trabalho da Conferência das Partes. Um Vice-Presidente que preste serviço interinamente como Presidente terá os mesmos poderes e deveres do Presidente. Artigo 3º: Sessões 3.1. Em conformidade com o Número 3 do Artigo 12º do Acordo de Estabelecimento da Agência Capacidade Africano de Risco (ARC) (Acordo de Estabelecimento), a Conferência das Partes deverá realizar sessões ordináriaspelo menos uma vez a cada ano. 3.2. As sessões extraordinárias da Conferência das Partes devem ser realizadas em outras vezes, sob solicitação, por escrito, pelo Conselho de Administração ou a pedido por escrito de pelo menos dois terços das Partes.

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3.3. As sessões da Conferência das Partes serão convocadas pelo Presidente da Conferência das Partes, com o consentimento da Mesa e em consulta com o Presidente do Conselho de Administração e o Director-Geral. 3.4. O aviso da data e local de cada sessão da Conferência das Partes deve ser comunicado à todas as Partes, pelo menos, quatro semanas antes da abertura da sessão. 3.5. Cada Parte deverá comunicar ao Director-Geral o nome dos seus representantes na Conferência das Partes, antes da abertura de cada sessão da Conferência das Partes. 3.6. Cada Parte deverá enviar uma delegação autorizada pelo seu Chefe de Estado, Chefe de Governo, Ministro dos Negócios Estrangeiros/Relações Exteriores, Ministro das Finanças ou Ministro responsável pela supervisão das actividades da Capacidade Africana de Risco dentro do país. Os Representantes Permanentes das Partes acreditados junto da União Africana podem ser considerados como representantes à Conferência das Partes, sem autorização adiciona. (ênfase dada) 3.7. O Director-Geral pode convidar peritos para as sessões da Conferência das Partes, com o consentimento da Mesa. 3.8. A presença de delegados que representem a maioria simples das partes será necessária para constituir oquórum em qualquer sessão da Conferência das Partes, em conformidade com o Número 5 do Artigo 12º do Acordo de Estabelecimento. Artigo 4 º: Agenda e Documentos 4.1. O Director-Geral elaborará o projecto de agenda, a pedido do Presidente e sob a orientação do Conselho de Administração. 4.2. Qualquer Parte poderá solicitar ao Director-Geral para incluir pontos específicos no projecto de agenda, antes de ser enviado. 4.3. O projecto de agenda será divulgado pelo Director-Geral, pelo menos, quatro semanas antes da abertura da sessão para todas as Partes e observadores convidados a participar na sessão. 4.4. Qualquer das Partes poderá, após o envio do projecto de agenda, propor a inclusão de pontos específicos na agenda no que diz respeito a questões de natureza urgente ou imprevista, se possível, até duas semanas antes da abertura da sessão. Esses pontos devem ser colocados numa lista complementar, que, caso o tempo permita antes da abertura da sessão, serão enviados pelo Director-Geral a todas as Partes, sob pena da lista complementar dever ser comunicada ao Presidente para apresentação à Conferência das Partes. Qualquer Parte poderá propor a inclusão, antes da aprovação da agenda, de qualquer outro ponto que considere de relevância.

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4.5. Após a adopção da agenda, a Conferência das Partes poderá, por consenso alterar a agenda com a eliminação, acrescento ou modificação de qualquer ponto. 4.6. Os documentos a serem apresentados à Conferência das Partes, em qualquer sessão,deverão ser disponibilizados pelo Director-Geral às Partes no momento em que a agenda é enviada ou logo que possível, mas sempre pelo menos três semanas antes da abertura da sessão. 4.7. As propostas formais relativas aos pontos da agenda e suas alterações introduzidas durante a sessão da Conferência das Partes deverão ser feitas por escrito e entregues ao Presidente, que providenciará cópias para serem distribuídasà todos os representantes das Partes. Artigo 5º: Tomada de Decisão 5.1. Sem prejuízo do Artigo 5.2, todas as decisões da Conferência das Partes devem ser tomadas por uma maioria de dois terços das Partes presentes e votantes, a não ser que as decisões tomadas nos termos das alíneas (b), (n), (o) e (p) do Número 2 do Artigo 13 º do Acordo de Estabelecimento serão tomadas por uma maioria de dois terços das Partes ao Acordo de Estabelecimento. 5.2. O Presidente deverá sempre procurar alcançar consenso, sempre que possível, na tomada de decisão da Conferência das Partes. 5.3. A eleição dos Membros do Conselho de Administração deve ser realizada de acordo com os procedimentos estabelecidos no Anexo ao presente Regulamento. Artigo 6º: Observadores 6.1. O Director-Geral notificará a Comissão da União Africana, bem como qualquer Estado-membro da União Africana, que não seja Parte do Tratado, das sessões da Conferência das Partes, para que possam estar representados como observadores, pelo menos seis semanas antes do início da sessão. Esses observadores podem, a convite do Presidente, participar, sem direito a voto nas sessões da Conferência das Partes. 6.2. O Director-Geral notificará qualquer outro órgão ou parceiro de cooperação, seja governamental ou não-governamental, com competência nas áreas relacionadas com o objecto do Tratado, incluindo qualquer doador, que tenha informado ao Director-Geral do seu desejo de ser representado como observador, das sessões da Conferência das Partes, pelo menos, seis semanas antes da abertura da sessão. Esses observadores podem, a convite do Presidente, participar, sem direito a voto nas sessões da Conferência das Partes sobre assuntos de interesse directo para o órgão ou agência que representam, a menos que pelo menos um terço das Partes presentes nasessão se oponha. 6.3. Antes da abertura da sessão da Conferência das Partes, o Director-Geral irá fazer circular uma lista de observadores que solicitaram autorização para se fazer representar na sessão.

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Artigo 7º: Registos e Relatórios 7.1. No final de cada sessão, a Conferência das Partes deve aprovar um relatório que incorpore as suas decisões, recomendações e conclusões. Quaisquer outros registos, para seu uso próprio, conforme a Conferência das Partes decida de vez em quando, devemigualmente ser mantidos. 7.2. O relatório da Conferência das Partes deve ser divulgado, para informação, pelo Director-Geral, no prazo de trinta dias após a sua aprovação ao Presidente da Comissão da UA e todas as Partes e observadores que estiveram representados na sessão. Artigo 8º: Órgãos Subsidiários 8.1. A Conferência das Partes poderá estabelecer os órgãos subsidiários que julgar necessários para a realização das suas funções. A criação de órgãos subsidiários estará sujeita à disponibilidade de recursos necessários no orçamento aprovado da Agência ARC. Antes de tomar qualquer decisão que envolva despesas relacionadas com a criação de órgãos subsidiários, a Conferência das Partes deverá ter diante de si um relatório do Director-Geral sobre as implicações administrativas e financeiras dos mesmos. 8.2. A adesão, termos de referência e procedimentos dos órgãos subsidiários devem ser determinadas pela Conferência das Partes. 8.3. Cada órgão subsidiário deverá eleger a sua própria Mesa, a não ser que seja nomeada pela Conferência das Partes. Artigo 9º: Despesas 9.1. As despesas incorridas pelos representantes das Partes e seus suplentes na participação das sessões da Conferência das Partes ou órgãos subsidiários, bem como as despesas incorridas por observadores durante as sessões, serão custeadas pelos respectivos governos ou organizações. 9.2. Todas as operações financeiras da Conferência das Partes e seus órgãos subsidiários serão regidas pelas disposições pertinentes dos regulamentos financeiros. Artigo 10º: Idiomas As línguas de trabalho da Conferência das Partes devem ser os da União Africano. Artigo 11º: Emenda das Regras As alterações ao presente Regulamento poderão ser adoptadas por uma maioria de dois terços das Partes presentes e votantes. A análise das propostas de alterações ao presente Regulamento estará sujeita Artigo 4º e documentos sobre as propostas serão distribuídas de acordo com o Número 7 do Artigo 4º e em nenhum caso menos de 24 horas antes de sua análise pela Conferência das Partes.

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Artigo 12º: Regra de Aplicação XII do Regulamento da Assembleia da UA As disposições do Regulamento da Conferência da UA são aplicáveis, mutatis mutandis, a todas as questões não especificamente tratadas no âmbito do Acordo de Estabelecimento ou do presente Regulamento. Artigo 13º: Autoridade Suprema do Acordo de Estabelecimento Em caso de qualquer conflito entre qualquer disposição do presente Regulamento e qualquer disposição do Acordo de Estabelecimento, o Acordo de Estabelecimento prevalecerá. Artigo 14º: Entrada em Vigor O presente Regulamento e respectivas alterações deverão entrar em vigor após a sua aprovação pela Conferência das Partes.

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Anexo 1

Procedimentos para a Eleição dos Membros do Conselho de Administração

1. A Conferência das Partes deverá eleger cinco membros e um suplente para cada membro para integrar o Conselho de Administração da Agência ARC.

2. Esses membros serão eleitos de entre os candidatos apresentados pelas Partes que têm, no momento da eleição, contratos actuais de Seguros com uma Entidade Subsidiária ou Filial da Agência ARC. Durante o período inicial antes das Partes celebrarem contratos de seguro com uma Entidade Subsidiária ou Filial da Agência ARC, os membros do Conselho de Administração e os suplentes serão eleitos a partir de Partes que assinaram Memorandos de Entendimento de Pré-participação com o PAM em relação ao Projecto ARC e tenham notificado por escrito ao Presidente da Conferência das Partes a sua intenção de celebrar contratos de seguro logo que os referidos contratos estejam disponíveis.

3. Todos os candidatos devem cumprir com as qualificações dos Membros do Conselho previstos no Apêndice ao presente Anexo.

4. A Conferência das Partes terá em conta a necessidade de uma representação geográfica equitativa e rotatividade entre as partes aquando da eleição dos Membros do Conselho de Administração. Um suplente não poderá participar de qualquer reunião do Conselho de Administração caso o membro que substitui esteja igualmente presente;

5. Os Membros e seus suplentes prestarão serviço nas suas capacidades pessoais, e devem trabalhar a tempo parcial, conforme necessário para realizar as suas funções.

6. Os Membros do Conselho de Administração são nomeados para mandatos não superiores a três anos, cujos termos podem ser renovados por mais um mandato de três anos. Os mandatos dos Membros do Conselho de Administração serão escalonados, para garantir a continuidade dos trabalhos do Conselho.

7. A eleição dos Membros do Conselho de Administração, sempre que possível, deve ser realizada por consenso. Caso todos os esforços para se chegar a um consenso tenham sido empreendidos, sem sucesso, a eleição deve ser realizada de acordo com o seguinte:

a) Cada Parte que cumpra os critérios estabelecidos no Número 2 pode propor não mais de um candidato para a eleição como Membro do Conselho de Administração e um candidato para a eleição como suplente. Os candidatos podem ser nacionais da parte interessada ou de qualquer Estado-membro da União Africana;

b) A proposta de um candidato para a eleição como Membro do Conselho de Administração ou suplente deve ser acompanhada de um Curriculum Vitae do candidato, indicando a forma como o candidato cumpre com os Termos de Referência e qualificações de Membros do Conselho;

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c) Sujeito ao parágrafo d) a seguir, a maioria necessária para a eleição de um Membro do Conselho de Administração será de dois terços dos votos expressos;

d) Os candidatos que receberem o maior número de votos serão declarados eleitos até o número de assentos a preencher, desde que tenham recebido a maioria dos votos;

e) Caso, em qualquer escrutínio mais candidatos recebam a maioria necessária do que há assentos disponíveis, os candidatos que receberem o maior número de votos serão eleitos até o número de assentos disponíveis, novos escrutínios serão realizados quantos necessários, entre os candidatos remanescentes que receberam a maioria dos votos, para resolver os casos em que os candidatos recebem o mesmo número de votos;

f) Caso, em qualquer escrutínio nenhum candidato obtenha a maioria de votos, o candidato com o menor número de votos nesse escrutínio deve ser eliminado;

g) Caso, em qualquer escrutínio nenhum candidato obtenha a maioria dos votos e mais de um candidato obtenha o menor número de votos, um escrutínio separado será realizado entre esses candidatos e os candidatos que recebam o menor número de votos serão eliminados;

h) Caso no escrutínio separado acima previsto mais de um candidato receba novamente o menor número de votos, a operação acima deve ser repetida no que diz respeito a esses candidatos, até que um candidato seja eliminado, desde que, caso os mesmos candidatos recebam o menor número de votos em dois escrutínios distintos consecutivos, o referido candidato, conforme tenha sido designado por sorteio pelo Presidente da Conferência das Partes, deve ser eliminado;

i) Caso em qualquer fase todos os candidatos remanescentes recebam o mesmo número de votos, e volte a acontecer nos dois escrutínios sucessivos, o Presidente suspenderá a sessão e, em seguida, realizará dois outros escrutínios. Caso após a aplicação deste procedimento, o escrutínio final resulte novamente em votação dividida igualmente, o referido candidato, conforme seja designado por sorteio pelo Presidente da Conferência das Partes, será eleito;

j) Os mandatos dos primeiros membros do Conselho de Administração serão escalonados de acordo com o seguinte modelo:

i. O candidato que obtenha o maior número de votos será eleito para um mandato de três anos, e terá direito a reeleição para um novo mandato de três anos;

ii. Os dois candidatos que obtenham o segundo maior número de votos serão eleitos para um mandato de dois anos, e terão direito a reeleição para um novo mandato de três anos;

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iii. Os dois candidatos que obtenham o terceiro maior número de votos serão eleitos para um mandato de um ano, e terão direito a reeleição para um novo mandato de três anos;

iv. No caso em que todos os candidatos eleitos recebam o mesmo número de votos, os mandatos serão atribuídos pelo Presidente da Conferência das Partes, por sorteio.

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Apêndice

Qualificações dos Membros do Conselho

Os Membros do Conselho deverão ser pessoas de competência e integridade reconhecida e devem ter experiência em uma ou mais das seguintes áreas:

a) Gestão do Risco de Calamidades; b) Gestão de Emergência; c) Preparação para Calamidades; d) Eventos climáticos Extremos; e) Segurança Alimentar; f) Prestação de Serviços Sociais; g) Planificação de Contingência; h) Finanças; i) Seguros.

As Partes devem garantir, tanto quanto possível, uma distribuição de diferentes áreas de conhecimentos

entre todos os Membros do Conselho.

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Anexo 2

Demissão e Substituição dos Membros do Conselho de Administração

Secção 1: Provisões Gerais

1. A Conferência das Partes poderá, conforme o Artigo 13º, parágrafo 2 (e) do Acordo para a

Criação da Agência da Capacidade Africana de Risco (ARC) (o "Acordo de Criação"), demitir

Membros do Conselho de Administração da Agência ARC (o "Conselho") com justa causa.

2. A demissão de um Membro do Conselho obrigará a um procedimento específico e ao acordo de

uma maioria de dois terços das Partes do Acordo de Criação presentes e votantes.

3. A justa causa poderá incluir, não estando limitada, as seguintes:

i. Violação de leis nacionais;

ii. Violação das Regras de Conduta para os Membros do Conselho de Administração da

Agência ARC;

iii. Cometimento de actos pouco éticos que, embora não directamente relacionados com a

ARC, sejam considerados pela CdP como tendo relação razoável com as actividades do

Conselho ou que possam afectar a posição ou integridade de um membro;

iv. Falha no cumprimento dos seus deveres como Membro do Conselho, incluindo

ausências repetidas às reuniões do Conselho; e

v. Perda de confiança na capacidade do Membro do Conselho em cumprir as funções de

Membro do Conselho pelo Estado que o/a nomeou.

Secção 2: Procedimentos para Demissão por Justa Causa de um Membro do Conselho

4. Os procedimentos para a demissão por justa causa de um Membro do Conselho serão iniciados,

se for apresentada uma queixa contra um Membro do Conselho junto do Secretário do

Conselho (a "Queixa") por:

i. outro Membro do Conselho;

ii. uma Parte do Acordo de Criação; ou

iii. um membro do público em geral.

5. O Membro do Conselho contra quem foi feita a Queixa será notificado no prazo de 10 dias úteis

a contar da recepção da Queixa. Tal notificação será apresentada por escrito e informará o

Membro do Conselho da sua oportunidade de refutar a Queixa.

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6. O Membro do Conselho contra quem seja feita uma Queixa terá 14 dias úteis para notificar o

Secretário do Conselho do seu desejo de ser ouvido durante a análise da Queixa.

7. O Presidente do Conselho será notificado por escrito no prazo de 10 dias úteis a contar da

recepção da Queixa.

8. Após receber notificação de uma Queixa por escrito do Secretário do Conselho, o Presidente do

Conselho deverá, no prazo de 10 dias úteis, formar um Comité de Conselho ad hoc constituído

por três Membros do Conselho para analisar a Queixa.

9. O Comité do Conselho terá 45 dias a partir da sua formação pelo Presidente do Conselho para

convocar uma audiência referente à Queixa. O Membro do Conselho contra quem a Queixa foi

feita e o queixoso terão ambos o direito de testemunhar durante a audiência, se assim o

desejarem.

10. Assim que o Comité do Conselho tenha analisado e tomado uma decisão referente à Queixa,

esse órgão apresentará um relatório e recomendações, baseados na sua apreciação dos factos,

à Conferência das Partes pelo menos um mês antes da sessão da Conferência das Partes durante

a qual seja discutida a demissão do Membro do Conselho.

11. O Comité do Conselho também apresentará o seu relatório a todo o Conselho para fins

informativos.

12. A demissão de um Membro do Conselho pela Conferência das Partes deverá ser expressamente

incluída na agenda da sessão da Conferência das Partes durante a qual será discutida, e o

Membro do Conselho deverá ser avisado com uma antecedência de pelo menos 30 dias de que

a Conferência das Partes irá discutir a sua demissão.

13. A Conferência das Partes deliberará e discutirá as questões e apresentará uma decisão relativa à

demissão do Membro do Conselho. A critério da Conferência das Partes, poderá ser

apresentada uma breve declaração à Conferência das Partes pelo Membro do Conselho contra

quem foi feita a Queixa.

14. Se um Membro do Conselho for demitido, o seu Membro do Conselho suplente deverá tomar o

seu lugar no Conselho até ao momento em que um novo Membro do Conselho possa ser

seleccionado segundo os Procedimentos para a Eleição dos Membros do Conselho de

Administração anexos às Regras de Funcionamento da Conferência das Partes.

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Anexo 3

Procedimentos para a Eleição do Director Geral da Agência ARC

1. O Director Geral será escolhido entre os candidatos recomendados pelo Conselho, de acordo com os

procedimentos estabelecidos nas Directrizes para Procura do Director Geral aprovadas pela CoP e no

Enquadramento para a Selecção do Novo Director Geral.

2. Sempre que possível, a CoP procederá à selecção do Director Geral por consenso. Se todos os esforços

feitos para atingir um consenso forem infrutíferos, poderá decorrer uma eleição em conformidade

com os Procedimentos Eleitorais.

3. A eleição de um candidato para o cargo de Director Geral será feita por escrutínio secreto e cada Parte

da CoP terá direito a um voto.

4. Para efeitos da eleição do Director Geral, uma maioria de dois terços das Partes presentes e votantes

será considerada uma maioria.

5. Antes do início da votação, o Presidente da CoP nomeará cinco Monitores para fiscalizar os votos

expressos.

6. Caso seja feito o escrutínio em papel, o seguinte deverá ser deduzido do número total das Partes da

CoP:

a. o número de votos em branco, se existirem; e

b. o número de votos nulos, se existirem.

O número restante constituirá o número de votos registados. Caso seja utilizado o escrutínio

electrónico e essas deduções sejam feitas automaticamente pelo sistema electrónico, essa norma não

se aplica.

7. Caso um candidato obtiver a maioria de dois terços dos votos expressos no primeiro escrutínio, ele ou

ela será declarado/a eleito/a.

8. Caso nenhum dos candidatos obtiver a maioria necessária na primeira votação, serão realizados

escrutínios adicionais. Se, durante qualquer escrutínio, um candidato obtiver dois terços dos votos

expressos, ele ou ela será declarado/a eleito/a.

9. Caso, depois de realizados quatro escrutínios, nenhum candidato obtiver uma maioria de dois terços,

o candidato com o menor número de votos no quarto escrutínio será eliminado e realizar-se-á um

quinto escrutínio. Se nenhum candidato obtiver a maioria de dois terços no quinto escrutínio, o

candidato com o menor número de votos será eliminado e realizar-se-á um sexto escrutínio. Isto

continuará em cada escrutínio sucessivo, até existir um escrutínio com apenas dois candidatos.

10. Caso depois de mais três escrutínios nenhum dos candidatos obtenha uma maioria de dois terços dos

votos expressos, o candidato com menos votos deverá retira a sua candidatura.

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11. Os restantes candidatos deverão continuar para o escrutínio seguinte. Caso ele/ela não obtenha uma

maioria de dois terços dos votos expressos durante esse escrutínio, o Presidente da CoP deverá

suspender a eleição por um período de tempo a ser determinado pela CoP.

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ANEXO 4

Programa de Trabalho e Orçamento da Agência ARC para o ano de 2016

A Agência Especializada da União Africana (UA) Capacidade Africana de Risco (ARC) foi criada a 23 de Novembro de 2012, por uma Conferência de Plenipotenciários, convocada pela União Africana. A ARC foi concebida para melhorar a capacidade dos Estados-membros da UA de gestão do risco de calamidades naturais, adaptar-se às alterações climáticas e proteger as populações da insegurança alimentar. Para isso, a ARC oferece seguro climático aos governos participantes através da sua filial comercial, a Companhia de Seguros ARC, Limitada, (ARC, Limitada, ou a Companhia). Essa entidade financeira utiliza o Africa RiskView, um avançado software de vigilância meteorológica por satélite para fazer estimativas e accionar fundos prontamente disponíveis para os países africanos atingidos por eventos climáticos graves.

O facto de tais eventos não acontecerem no mesmo ano em todas as partes do continente africano, a solidariedade pan-africana na criação de um grupo de risco de calamidades como a ARC é financeiramente eficaz. A partilha de risco em todo o continente reduz significativamente o custo de fundos de emergência de contingência para os países, diminuindo a dependência da ajuda externa. Através da fusão das abordagens tradicionais de assistência em situações de calamidades e quantificação com os conceitos de partilha e transferência de riscos, a ARC cria um sistema pan-africano de resposta a calamidades que satisfaça as necessidades dos afectados de uma maneira oportuna e mais eficiente e proporcione um importante passo em frente na criação de uma estratégia sustentável de liderança africana para a gestão dos riscos climáticos extremos.

Todos os fundos que são pagos a partir da ARC, Limitada, aos Estados-membros devem ser utilizados para os Planos de Contingência previamente definidos. Esse processo de planificação de contingência é liderado pelos países e garante que os fundos da ARC sejam utilizados de forma mais eficiente no caso de um pagamento. Além disso, o trabalho de planificação de contingência serviu para catalisar novas discussões e criação de consenso com o governo e parceiros doadores sobre o financiamento de calamidades, escalabilidade dos programas existentes e capacidade de implementação dos Estados-membros.

Como uma instituição pertencente aos membros a Agência realiza igualmente a capacitação dos Estados-membros que é necessária para que esses Estados participem nas actividades da ARC. De igual modo, com base nas solicitações dos Estados-membros, a Agência realiza Pesquisa e Desenvolvimento de produtos de seguros e instrumentos financeiros que ajudem os países na gestão de riscos, conforme demonstrado abaixo com o trabalho da ARC sobre inundações, ciclones tropicais, surtos e epidemias e o Mecanismo Climatológico Extremo (XCF).

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MARCOS ALCANÇADOS DESDE A CRIAÇÃO

As actividades da Agência podem ser divididas em quatro vertentes:

1) Operações: orientação estratégica, selecção de um novo Director-Geral, organização da Conferências das Partes, actividades do Conselho de Administração, conclusão da Agenda de Acção da ARC;

2) Pesquisa e Desenvolvimento: alerta prévio e melhoria do modelo de seca do Africa RiskView, desenvolvimento de novos modelos de risco para África para inundações e ciclones tropicais, pesquisa económica incluindo uma metodologia de classificação de riscos do país e a análise de custo-benefício da ARC, concepção e desenvolvimento de seguro contra surtos e epidemias (O&E) para os Estados-membros e concepção e desenvolvimento de um Mecanismo Climatológico Extremo (XCF) para prestar financiamento de adaptação climática para os Estados-membros;

3) Serviços Governamentais e de Clientes: personalização do software Africa RiskView, desenvolvimento de Planos de Operações ligados a pagamentos, estruturação de contratos de transferência de riscos, assistência preparatória quando esteja iminente um pagamento de seguro, desenvolvimento de FIP com os países que recebem pagamentos, monitorização dos processos de implementação do pagamento;

4) Liderança Inovadora e Desenvolvimento de Políticas: recolha das melhores práticas entre os Estados-membros, documentação e partilha das experiências de África nos fóruns globais, garantindo debates globais em matéria de alterações climáticas, segurança alimentar, resiliência, financiamento de risco, etc., concepção de soluções adequadas ao contexto africano, levando a discussão no contexto dos compromissos do G7 sobre a expansão da cobertura de seguro climático para os beneficiários dos países em desenvolvimento e para a próxima Cimeira Mundial de Ajuda Humanitária em 2016.

1. Vertente de Operações

Administração. Em 2015, a ARC renegociou o seu Acordo de Serviços Administrativos (ASA) com o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM). O novo ASA, assinado a 3 de Junho de 2015, cobre o trabalho da Agência ARC até 31 de Agosto de 2019.

Conferência das Partes. Em Janeiro de 2015, a ARC organizou a terceira sessão da Conferência das Partes (CoP), que é o veículo através do qual os Estados-membros podem estabelecer as políticas da Agência ARC e determinar a sua orientação estratégica. Dezenove Estados-membros participaram, o que demonstrou um alto nível de engajamento e compromisso dos Membros. Durante a terceira sessão da CoP, os representantes desses Estados-membros participaram activamente e envolveram-se na tomada de decisões sobre importantes questões e diálogo sobre as operações e Programa de Trabalho da ARC. Os países envolveram-se igualmente na aprendizagem pelos pares, apresentando as experiências entre si durante a reunião. Durante a terceira sessão da CoP, Mauritânia, Níger e Senegal, fizeram cada um apresentações sobre os seus processos de planificação de operações e Plano de Implementação Final (FIP), que foram acolhidos com agrado pelos demais Membros.

Outro importante resultado da CoP foi a conclusão do processo de recrutamento competitivo para o Conselho de Administração e eleição do novo e primeiro Director-Geral da ARC com mandato regular, Sr. Mohamed Beavogui, que assumiu o cargo a 1 de Setembro de 2015.

Conselho de Administração. O Conselho de Administração da Agência ARC reuniu-se em Setembro de 2015, para dar orientações ao Secretariado e tomar as medidas necessárias para concretização das decisões de

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políticas da CoP da ARC de 2015. Na sua reunião de Setembro de 2015, o Conselho de Administração tomou uma série de decisões importantes, incluindo:

A aprovação das Normas e Orientações de Planificação de Contingência Revistas, que foram emendadas para incluir normas contra inundações e ciclones tropicais;

Apreciação e aprovação do Programa de Trabalho e Orçamento a ser apresentado à CoP;

Orientação sobre novas iniciativas a serem levadas a cabo pelo Secretariado, incluindo: o Mecanismo Climatológico Extremo, seguro contra surtos e epidemias, Licenciamento para o Desenvolvimento, Financiamento da Ajuda Humanitária e Avaliações do Financiamento Soberano do Risco de Calamidades; e

O estabelecimento de um Mecanismo de Revisão Intercalar da Implementação, uma Política de Denúncia e revisão das propostas de emendas das Normas de Conformidade.

Em 2015, todo o Conselho de Administração continuou igualmente a prestar supervisão das actividades do Secretariado, incluindo a recepção de informações actualizadas sobre a implementação dos pagamentos de seguros da ARC para 2015 e as melhorias dos sistemas de monitorização e avaliação da ARC que foram aprovados durante a reunião do Conselho de Administração realizada em Setembro de 2014.

Além da reunião como um Conselho de Administração completo, os comités do Conselho de Administração estiveram igualmente activos. O Comité de Finanças do Conselho de Administração da Agência reuniu-se para rever o Programa de Trabalho e Orçamento para o ano de 2016. O Mecanismo de Avaliação pelos Pares reuniu-se para analisar e formular recomendações relativamente à adopção dos Planos de Operações apresentados por cinco países em 2015. Esse mesmo Comite reuniu-se igualmente para apreciar e formular recomendações sobre os FIP apresentados por três países.

Agenda de Acção. Finalmente na área de operações, em Novembro de 2015, a ARC lançou a sua Agenda de Acção. A Agenda de Acção foi desenvolvida para apoiar a promessa dos líderes do G7 para prestar seguro indirecto para 400 milhões de pessoas a nível global até 2020. Na sua Agenda de Acção, a ARC tem como objectivo atingir até 30 países com 1,5 mil milhões de dólares americanos de cobertura contra secas, inundações e ciclones, segurando indirectamente cerca de 150 milhões de africanos e transformando radicalmente a forma como os riscos climáticos são geridos em todo o continente, com a incorporação da prontidão e financiamento em sistemas soberanos de gestão do risco de calamidades. Além disso, oferece infra-estruturas para garantir que esses investimentos de gestão de riscos e o valor da ARC para os seus membros seja sustentável e resistente à futuras mudanças climáticas através do seu Mecanismo Climatológico Extremo (XCF) de financiamento de adaptação climática, que visa fornecer mais 500 milhões de dólares americanos em capacidade de financiamento de adaptação climática. A Agenda de Acção destaca os objectivos da ARC até 2020.

2. Vertente de Pesquisa e Desenvolvimento

Modelagem do Risco Climático. Em 2015, sob orientação do Director de Pesquisa e Desenvolvimento, a Equipa Técnica da ARC continuou as actualizações e manutenção em curso do Africa RiskView e aperfeiçoamento do seu modelo de seca. Nesse sentido, a ARC continuou a fazer melhorias às infra-estruturas de cobertura, usabilidade e visualização do software Africa RiskView, em resposta às actualizações necessárias identificadas durante a personalização dos países do 1º Grupo e do 2º Grupo. A Equipa Técnica apresentou igualmente recursos e funcionalidades novas e melhoradas do modelo de seca para o 3º Grupo.

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Em paralelo a este trabalho em curso, a ARC começou a trabalhar com a Atmospheric and Environmental Research (AER), uma empresa de pesquisa sediada nos Estados Unidos da América, para criar um modelo paramétrico de inundações para o continente, o primeiro modelo paramétrico de inundações no mundo. Esse modelo está actualmente em desenvolvimento com o objectivo de ser capaz de oferecer cobertura contra inundações através da ARC, Limitada, para os Estados-membros da ARC em 2017. A AER substituiu uma companhia sediada na Holanda e-Leaf, que inicialmente foi seleccionada em 2014, através de um processo de licitação competitivo, como parceiro de modelagem da ARC. Infelizmente a e-Leaf foi incapaz de criar um modelo que fosse suficientemente sólido para representar os complexos desafios de modelagem de inundações do continente. Com base no acordo mútuo com a e-Leaf, foi interrompido o seu trabalho e foi substituída pela AER no início de 2015, uma Companhia com a melhor oferta técnica mas que no geral classificou-se em segundo lugar no concurso inicial.

A AER tem um histórico de desenvolvimento de modelos semelhantes e provou ser tecnicamente competente e altamente inovadora no trabalho para conceber o produto mais adequado para os Estados-membros da ARC. A sua abordagem é a utilização de dados de microondas para produzir representações históricas diárias da extensão das inundações em todo o continente com uma resolução de 90m por 90m. Essa informação tem sido utilizada para gerar as estimadas de perdas para eventos de inundação, a nível subnacional e nacional, presumindo-se que esses eventos históricos aconteceram na actualidade. Na conclusão do processo de modelagem, que encerrará em 2016, a AER irá fornecer um conjunto de dados diários de 28 anos e em tempo real para o continente que irá retratar os eventos de inundações históricos e futuros para fazer as estimativas de perdas no Africa RISKview. A abordagem técnica da ARC utilizada para a seca será, então, utilizada para a subscrição de contratos de seguro contra inundações para os países interessados para o 4º Grupo e além.

A modelagem de ciclones tropicais, que está a ser gerida pela ARC, Limitada, começou no início de Junho de 2015, após um processo de licitação para seleccionar a empresa mais adequada para realizar a modelagem que será a base do produto paramétrico de ciclones para o Sudoeste do Oceano Índico (SWIO). O contrato foi adjudicado à Kinetic Analysis Corporation (KAC), que tem um historial comprovado de modelagem paramétrica de produtos de seguros de calamidades naturais, e é altamente confiável tanto por clientes soberanos e como pelos mercados de resseguro globais. O modelo cobre o impacto dos perigos de ventos e oceânicos (tempestades e ondas) de todos os ciclones tropicais activos no SWIO. O produto não cobre a chuva, por isso o produto de inundações será igualmente necessário para aqueles países que correm riscos de inundação relacionados com chuvas fortes ligadas a ciclones tropicais.

Para ciclones, a primeira fase de modelagem foi concluída com êxito no início de Julho de 2015, e durante o mês de Julho foi igualmente negociado e assinado um Acordo de Subvenção entre a ARC, Limitada, e o KFW, para cobrir os custos não apenas do trabalho de modelagem de ciclones tropicais mas igualmente para apoiar as actividades da Agência ARC no país relacionadas com o lançamento e manutenção do produto de seguro contra ciclones tropicais. A KAC começou a fase principal do trabalho de modelagem no início de Agosto e concluiu o modelo em Dezembro de 2015, a tempo para o lançamento no 3º Grupo em 2016.

Capacidade de Financiamento Soberano do Risco de Calamidades. Na sequência de uma recomendação da Revisão Independente da Planificação de Contingência em 2014, para aumentar o rigor analítico e independência das contribuições para o MAP e reconhecendo a contribuição significativa e crescente demanda dos países de renda mais baixa para produtos de financiamento de contingência a serem prestados pelos grupos de risco regionais tais como a ARC, bem como para os mercados de risco privados, agências multilaterais e doadores, o Secretariado começou o desenvolvimento de uma metodologia de avaliação da capacidade de Financiamento Soberano do Risco de Calamidades. Em 2015, após um processo de licitação competitivo, a ARC contratou os serviços da Global Credit Ratings (GCR) para desenvolver uma metodologia para avaliar:

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1. Resiliência financeira dos países à calamidades, avaliando a disponibilidade oportuna de capital para o país em relação ao seu risco quantificável;

2. Se for o caso, a capacidade e a disponibilidade de pagamento dos prémios para instrumentos de financiamento do risco de calamidades e de cobertura de outros custos relacionados com a manutenção das reservas; e

3. Capacidade operacional para a disposição de fundos de forma eficaz e responsável para ajudar as populações afectadas em tempos de crise.

A metodologia piloto incide especificamente sobre o risco de seca, com vista a testá-lo e alargando-o para um quadro de perigos múltiplos nos próximos anos.

Mecanismo Climatológico Extremo (XCF). O XCF foi concebido como um veículo financeiro orientado por dados, plurianual que irá acompanhar a frequência e a magnitude dos choques climáticos extremos em África e disponibilizar fundos adicionais de adaptação climática para os países que já gerem os seus actuais riscos climáticos através da ARC, Limitada, em casos em que o calor extremo, secas, inundações ou ciclones aumentem a ocorrência e intensidade em todo o continente. Para ser eficaz, os seguintes três elementos devem ser essenciais para a concepção do XCF: 1) planos de adaptação a nível do país prontos para implementação, em conformidade com um conjunto de normas para investimentos resistentes às condições climáticas, ou, pelo menos, um canal confiável, através do qual esses fundos adicionais de adaptação climática poderiam ser direccionados para os países participantes; 2) um mecanismo orientado por dados para acompanhar os eventos climáticos extremos em todo o continente de forma objectiva ao longo do tempo, com índices, limites e critérios estabelecidos para accionar os pagamentos do XCF para as regiões; 3) um veículo financeiro eficiente que poderá financiar as obrigações do XCF para os governos africanos ao longo do tempo. Em 2015, a ARC começou a fase de pesquisa e desenvolvimento do XCF para abordar esses elementos através de um programa de trabalho multidisciplinar.

A iniciativa do XCF foi formalmente lançada pela Dra. Ngozi Okonjo-Iweala, a Presidente do Conselho de Administração da ARC, na Cimeira do Clima do Secretário-Geral em Nova Iorque em Setembro de 2014. Em Março de 2015, a ARC recebeu a sua primeira subvenção directa para o XCF da Fundação Rockefeller de 1 milhão de dólares americanos para começar a fase de pesquisa e desenvolvimento, prevista para dois anos com o intuito de preparar uma quantidade significativa das bases técnicas e políticas necessárias para passar para uma fase de estabelecimento em algum momento no final de 2016.

O Secretariado da ARC, em parceria com a Climate and Development Knowledge Network (CDKN) deve apoiar o desenvolvimento de planos compatíveis de desenvolvimento prontos para investimento climático. A CDKN concedeu uma subvenção em espécie de 250.000 Libras Esterlinas em Outubro de 2014, e abriu uma licitação para um provedor de serviço para concluir o trabalho de pesquisa inicial acima descrito. Em Novembro de 2014, o consórcio da Escola de Frankfurt-Centro de Colaboração do PNUMA para Financiamento Climático Sustentável de Energias e Soluções Integradas de Kulima (doravante Escola de Frankfurt-Kulima) foi seleccionado e concluiu o seu trabalho no final de 2015. Esse trabalho inicial de pesquisa define a etapa para mais trabalho em 2016, para finalizar as normas e orientações de adaptação climática do XCF para uma primeira fase operacional do XCF, trabalhando potencialmente com os países em antecipação a uma primeira ronda de financiamento do XCF e desenvolvimento de uma análise de custo-benefício para a participação do XCF com base nas conclusões do trabalho de pesquisa inicial.

Para definir o Índice Climático Extremo inicial para accionar um potencial pagamento do XCF, o Secretariado da ARC tem parceria com a AMIGO S.r.l. A AMIGO S.r.l. é uma empresa de pesquisa especializada em ciência do clima sediada em Roma, que tem um acordo de longo prazo com o PAM para a prestação de serviços

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climáticos para África e experiência significativa em gestão de riscos com base nos índices meteorológicos em África6. O Dr. Sandro Calmanti, co-fundador da AMIGO S.r.l., já trabalhou com a ARC numa série de testes de esforço de alterações climáticas para o continente utilizando o Africa RiskView. A AMIGO S.r.l. começou a trabalhar em Abril de 2015, e está em fase de opções de concepção e testagem para o ECI e o mecanismo de accionamento do XCF. Seu primeiro documento sobre as opções de concepção foi concluído em 2015 e o Secretariado da ARC programou contratar uma importante organização de modelagem climática com significativa experiência em modelagem climática regional e na detecção de eventos extremos em África para rever esse trabalho e realizar o trabalho de modelagem do risco dos índices e da abordagem de accionamento proposta para 2016.

Em 2015, o Secretariado da ARC fez igualmente progressos na definição de possíveis estruturas jurídicas e financeiras para o XCF com oa assessoria de Conselheiros Jurídicos externos e consultas iniciais do risco do mercado. As conclusões serão apresentadas à CoP da ARC em 2016.

Desenvolvimento de Produtos de Seguro contra Surtos e Epidemias (O&E). As doenças infecciosas emergentes representam uma ameaça crescente à saúde e desenvolvimento de África, e financiamento lento, imprevisível amplia tanto o risco como o impacto dos surtos. Na sequência da crise da Doença do Vírus do Ébola que devastou a África Ocidental, os Ministros Africanos das Finanças solicitaram ao Secretariado da ARC, em Março de 2015, a desenvolver um produto para resolver as necessidades de financiamento dos países para conter os surtos de vírus e doenças comuns no continente africano e no caso de propagação ou transmissão secundária (ver Anexo 1: Resolução L9 de Adis Abeba). No caso da Doença do Vírus do Ébola, o financiamento foi apenas mobilizado 4-9 meses (dependendo do país afectado) após os primeiros casos terem sido relatados. De acordo com a análise da ARC e dos seus parceiros, caso se tivesse começado a resposta à Doença do Vírus do Ébola dois meses antes poderia ter reduzido o número total de mortes em 80% na Libéria e Sierra Leone. Na sequência de consultas com importantes virologistas, organizações internacionais relevantes e parceiros do sector privado, o Secretariado chegou a conclusão que os dados e ferramentas financeiras são, na verdade, suficientes para começar o desenvolvimento de um modelo, com vista a oferecer um produto para os Estados-membros da UA até 2017.

3. Vertente de Serviços Governamentais e de Clientes

O grupo de seguro inicial da ARC (1º Grupo) foi lançado em 2014 com quatro países participantes com 126 milhões de dólares americanos em cobertura total contra seca. Desse risco, 55 milhões de dólares americanos foram colocados no mercado de resseguros pela ARC, Limitada. Em Janeiro de 2015, a ARC, Limitada, efectuou pagamentos de seguros de pouco mais de 26 milhões de dólares americanos à Mauritânia, Níger e Senegal, devido às condições de seca nesses países em 2014. Os fundos oportunos disponibilizados para esses Estados-membros permitiu-lhes implementar um programa prévio de resposta para as suas comunidades afectadas, na maioria dos casos, antes de qualquer ajuda humanitária, liderando os esforços para ajudar os países a afastarem-se da gestão de crises para dar resposta aos riscos em tempo útil.

Para o 2º Grupo, o trabalho da ARC no país incidiu sobre três vertentes principais: a personalização do Africa RiskView, o desenvolvimento de Planos de Contingência para potenciais pagamentos de seguros e a formação sobre e selecção dos parâmetros de contratos de seguro. Os países que concluíram com sucesso todos os três componentes foram emitidos um Certificado de Regularidade pela Agência ARC e foram elegíveis a participar no segundo grupo de seguro da ARC.

A 1 de Maio de 2015, o 2º Grupo foi lançado com mais de 178 milhões de dólares americanos em cobertura contra a seca. Durante 2015, o nível de pessoal do Secretariado da Agência continuou o mesmo, ainda assim a

6 http://www.amigoclimate.com/

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ARC conseguiu duplicar o número de países no segundo grupo em Maio de 2015, adicionando a Gâmbia, Malawi, e Mali, com um rendimento total de prémio por cobertura contra a seca de mais de 25 milhões de dólares americanos e mais de 70 milhões de dólares americanos de transferência de riscos para o mercado internacional de resseguro.

O 3º Grupo terá início a 1 de Maio de 2016, e esse mesmo trabalho de capacitação iniciou para os países que procuram se juntar ao 3º Grupo através de três vertentes principais. A ARC continua a criar programas dos países com os novos Estados-membros que querem participar no 3º Grupo e está em contacto com os países no trabalho de renovação das apólices para os países que participaram no 1º e 2º Grupos. Uma das principais actividades para preparar os países para entrar no 3º Grupo tem sido a organização dos dois Workshops Técnicos Regionais sobre o Africa RiskView, organizado pela ARC em Abidjan e Joanesburgo em Julho de 2015. Esses workshops, que reuniram agro-meteorologistas, especialistas em vulnerabilidade, responsáveis pela planificação de contingência e coordenadores do governo, visando apresentar novos países e refrescar os países do 1º e 2º Grupos, sobre as etapas para a personalização do Africa RiskView. Paralelamente, a ARC realizou mais dois workshops de planificação de contingência (PC) em Abidjan e Joanesburgo para discutir com os Estados-membros, o projecto de Orientações de Planificação de Contingência para Inundações e Ciclones Tropicais. Esses Workshops de PC destinaram-se a permitir que os Estados-membros discutissem e debatessem as orientações antes de finalizar o projecto de orientações que seriam apresentados ao Conselho de Administração para aprovação. Além de iniciar o trabalho técnico sobre o 3º Grupo, esses workshops constituíram uma plataforma de informação, ideias e intercâmbio de melhores práticas entre técnicos do governo que trabalham no sentido de uma melhor gestão do risco de calamidades.

4. Vertente de Liderança Inovadora e Desenvolvimento de Políticas

Os esforços para aumentar a consciencialização sobre a ARC através da participação em fóruns de política

globais e regionais nas áreas de alterações climáticas, segurança alimentar e resposta a calamidades. A ARC é

consistentemente reconhecida como um programa inovador e operacional que pode ser escalonado e

replicado em diferentes regiões. Isso é evidente na sua inclusão na Agenda do G7, desde 2010, no programa

de trabalho de perdas e danos da UNFCCC desde 2011, nos documentos da posição do Grupo Africano de

Negociadores em 2015, bem como no desenvolvimento de políticas da União Africana e das agências da ONU

sediadas em Roma para atingir os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável Pós-2015. Na sequência do

compromisso do G7 de Elmau para prestar seguros contra riscos climáticos para até 400 milhões de pessoas

pobres a nível global até 2020, a ARC é vista como o veículo capaz de fazer a cobertura para a maioria dos 200

milhões de africanos beneficiários – e uma estrutura a ser replicada em outras regiões. A cobertura actual da

ARC de 60 milhões de pessoas já fez uma contribuição significativa para esse compromisso e o Secretariado

deverá convocar actores humanitários e doadores antes da COP21 da UNFCCC de Paris e da Cimeira Mundial

da Ajuda Humanitária de 2016, para solidificar o plano de acção para a concretização desse objectivo. Já, o

PAM aderiu à ideia de réplica de políticas para complementar os esforços do governo na gestão de resposta a

calamidades.7.

7http://www.africanriskcapacity.org/documents/350251/844579/ARC_WFP_PressReleaseCoP21_ReplicaCoverage_2Dec15.pdf

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PROGRAMA DE TRABALHO PROPOSTO PARA O ANO DE 2016

Há catorze metas principais a atingir pela Agência ARC em 2016:

1) Supervisão pelo Conselho de Administração da ARC das operações da ARC e organização da 4ª Reunião da CoP em Adis Abeba (Operações);

2) Finalização do Quadro Estratégico e Objectivos da ARC para a Agência ARC (Operações);

3) Finalização dos modelos de inundações e ciclones tropicais para fins de seguro e refinação do modelo de seca (Pesquisa e Desenvolvimento);

4) Construção e finalização da 3ª carteira de seguro da ARC para secas e ciclones tropicais através da

capacitação com os governos nos Estados‑membros (Serviços Governamentais e de Clientes);

5) Melhoria e aumento da capacidade de Avaliação e Monitorização da ARC, através da finalização da auditoria do processo e financeira da ARC (Pesquisa e DesenvolvimentoServiços Governamentais e de Clientes);

6) Testagem e refinamento da metodologia para avaliação da capacidade de financiamento soberano do risco de calamidades dos países do 3º Grupo e início da definição da utilização da metodologia além do MAP (Liderança Inovadora/Serviços Governamentais e de Clientes);

7) Início da fase de pesquisa e desenvolvimento para seguros contra surto e epidemia (O&E) para os Estados-membros da ARC (Pesquisa e Desenvolvimento/Liderança Inovadora);

8) Conceptualização plena e concepção do Mecanismo Climatológico Extremo (XCF) (Pesquisa e Desenvolvimento/Liderança Inovadora);

9) Início da avaliação a longo prazo da ARC (Operações);

10) Alinhamento das actividades da ARC com outras iniciativas de doadores e do governo em curso sobre Planificação de Contingencia e Financiamento de Calamidades através de um maior apoio do Secretariado da ARC (Serviços Governamentais e de Clientes/Liderança Inovadora);

11) Condução de uma Análise de Custo-Benefício para seguro e planificação de contingencia contra a seca, inundações e ciclones tropicais (Pesquisa e Desenvolvimento/Liderança Inovadora);

12) Continuação da participação em fóruns mundiais sobre financiamento do risco de calamidades, adaptação às alterações climáticas, epidemias e criação de resiliência para os governos de África (Liderança Inovadora);

13) Aumento da assinatura e ratificação do Tratado (Serviços Governamentais e de Clientes);

14) Testagem piloto da “réplica” de cobertura com os países do 1º Grupo (Serviços Governamentais e de Clientes).

1) Governação

Conferência das Partes. A Agência ARC deverá organizar a quarta sessão da Conferência das Partes (CoP), em Janeiro de 2016. Isso permitirá os Estados-membros rever o actual programa de trabalho da Agência ARC,

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identificar as prioridades para futuros trabalhos e tomar importantes decisões, conforme indicado pelo Conselho de Administração. Além disso, esse evento, que será realizado em Adis Abeba e organizado pela União Africana, constituirá uma oportunidade para a apresentação formal aos Estados-membros do novo Director-Geral da Agência ARC, Sr. Mohamed Beavogui.

Conselho de Administração. O Conselho de Administração deverá realizar a sua sétima reunião à margem da CoP. Além disso, o Conselho de Administração da Agência ARC e o Conselho de Administração ARC, Limitada, irão realizar a sua primeira reunião conjunta para discutir assuntos de interesse comum para a Agência ARC e ARC, Limitada. Durante essas reuniões, o Conselho de Administração da Agência ARC, ou os Conselhos de Administração conjuntos da Agência ARC e da ARC, Limitada, deverão apreciar: o projecto de Quadro Estratégico com base em resultados para o período de 2016-2020; a criação dos comités consultivos do Conselho de Administração para prestar aconselhamento sobre questões técnicas complexas; progresso nos novos produtos e iniciativas da ARC, incluindo os produtos de seguros contra inundações e ciclones tropicais, o produto de seguro contra surtos e epidemias, o Mecanismo Climatológico Extremo e Réplica de Cobertura para os parceiros humanitários; formação dos grupos de seguro; financiamento de prémios; e mobilização conjunta de recursos.

O Conselho de Administração deverá continuar a prestar supervisão e orientação ao Secretariado ao longo de 2016, com a oitava reunião do Conselho de Administração provisoriamente agendada para Maio de 2016, e a nona reunião para Setembro ou Outubro de 2016. Além da reunião como um Conselho de Administração completo, os comités do Conselho de Administração, incluindo o Comité de Finanças e o Mecanismo de Avaliação pelos Pares, deverão continuar a reunir-se, conforme necessário, durante o ano de 2016.

2) Finalização do quadro e objectivos estratégicos da ARC

Com base no trabalho inicial começado em 2015, a ARC irá finalizar o seu quadro estratégico e objectivos. Esse quadro estratégico deverá servir como o roteiro para o trabalho da ARC até 2020, delineando como a ARC deverá alcançar os seus objectivos de atingir 150 milhões de pessoas com seguro indirecto até 2020, conforme descrito na recém-lançada Agenda de Acção da ARC. O quadro estratégico não só irá destacar a abordagem geral que a ARC deverá levar para o alcance desses objectivos mas irá igualmente ligar especificamente o trabalho da ARC nas iniciativas gerais mais amplas como a criação de resiliência, adaptação às alterações climáticas e financiamento soberano de risco de calamidades.

Com o acréscimo da carteira de ciclones tropicais e inundações da ARC, a ARC projecta um crescimento médio da carteira de cerca de quatro novos países por ano. São essas projecções que sustentam a Agenda de Acção da ARC. A execução bem-sucedida dos planos de crescimento da ARC exigem:

Estabilidade no financiamento e operações da Agência ARC, a fim de desenvolver e manter a base de clientes da ARC, Limitada, incluindo capacitação de alerta prévia, planificação de contingência e gestão/financiamento de risco;

Assistência para os países no desenvolvimento de sistemas de gestão de risco que permitem ganhos contínuos na eficácia de acções prévias para gestão do risco climático, incluindo o apoio de prémios de seguro por um período limitado e pagamentos de cobertura de prémios/ pagamento de cupões do XCF; e

Abraço de financiamentos inovadores pela comunidade humanitária global em geral e aproveitamento das infra-estruturas da ARC, em particular para gerar uma arquitectura global de resposta mais eficiente e rentável para calamidades climáticas.

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O quadro estratégico deverá delinear os princípios para a ARC satisfazer essas necessidades principais e concretização do crescimento de longo prazo constantes da Agenda de Acção.

3) Finalização dos modelos contra inundações e ciclones tropicais para fins de seguro

A ARC garantiu 300.000 dólares americanos da Agência Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação para cobrir o desenvolvimento de uma componente de inundação que será adicionada ao Africa RiskView e permitirá à ARC a oferecer seguros paramétricos contra inundações aos Estados-membros. Utilizando esses e alguns fundos adicionais, a Agência ARC contratou uma empresa sediada nos Estados Unidos da América, a Atmospheric and Environmental Research (AER), para desenvolver um modelo de inundação para o continente que pode ser utilizado para subscrição de seguros paramétricos. A AER deve concluir o trabalho de modelagem inicial até o final de 2015, com um produto final de seguro pronto a ser oferecido aos Estados-membros em 2016. O modelo, que utiliza dados com base em microondas para determinar a área inundada num país numa base diária, vai proporcionar o acesso da ARC a quase trinta anos de dados históricos sobre a extensão das inundações que serão a base para contratos de subscrição contra inundações da ARC. Parte do processo de modelagem deverá incluir o modelo de levantamento de dados no terreno com os Estados-membros da ARC interessados em subscrever adquirir cobertura contra inundações da ARC, Limitada. Esse trabalho deverá começar em Janeiro de 2016, logo que a ronda inicial da modelagem seja finalizada, demonstrando que existe um produto viável contra inundações. Logo que esse levantamento de dados no terreno seja concluído, e os resultados enviados de volta para o modelo sob a forma de melhorias, a ARC deverá utilizar esse modelo para a concepção de uma apólice de seguro apropriada contra inundações pronta para o 4º Grupo (Maio de 2017).

A Equipa Técnica da ARC deverá igualmente apoiar a ARC, Limitada, que, através de financiamento do KFW, contratou a KAC para o desenvolvimento de um modelo de ciclones tropicais para cobertura a partir de 2016. Com base no trabalho da ARC, Limitada, com a KAC a desenvolver modelos de ciclones tropicais para Comores, Maurícias, Madagáscar, Moçambique e Tanzânia, a Equipa Técnica da ARC irá garantir compatibilidade de retaguarda com o Africa RiskView. O modelo será entregue até o final de 2015, para que o trabalho relacionado da Equipa Técnica inicie em 2016.

4) Construção e finalização da terceira carteira de seguros da ARC

Com o seu primeiro e segundo anos de operações – incluindo pagamentos de seguros – concluído, uma infra-estrutura de governação e prestação de serviço estabelecida e novos modelos contra riscos de inundações e ciclones tropicais a surgir online para cobertura em 2017 e 2016, respectivamente, a ARC está pronta para o aumento para o seu terceiro grupo de seguro em Maio de 20168, para atender à demanda crescente de soberanos africanos e a capacidade dos mercados internacionais de risco. A ARC deverá ter como base os ensinamentos retirados dos seus primeiros dois anos de operações para atender, com êxito e de forma efectiva, à demanda dos seus Estados-membros no próximo ano.

A Agência ARC deverá continuar a apoiar os países que participaram no primeiro grupo de seguros para garantir a transferência de capacidade na gestão holística de risco e tendo em vista a renovação da cobertura com o terceiro grupo em Maio de 2016. Para o 3º grupo, a ARC visa não só alargar o número de países no grupo, mas igualmente os riscos que estão cobertos com a introdução da cobertura contra ciclones tropicais. A tabela abaixo mostra os países de destino e perigos para o 3º grupo. Os países em negrito serão considerados países de renovação para as apólices contra a seca.

8 Para a temporada primária de ciclones tropicais de 2016/7 no SWIO.

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SECA CICLONES

Burkina Faso *

Comores *

Côte d'Ivoire

Gana

Quénia *

Lesoto *

Madagáscar *

Malawi *

Mali *

Mauritânia *

Maurícias *

Moçambique

Níger *

Senegal *

Gâmbia *

Uganda *

Zimbabwe *

Ao criar uma via dos Estados-membros para o 3º Grupo, a interação de Agência não é limitada para os países acima listados. Ao invés disso, a ARC procura um amplo grupo de países, uma vez que inevitavelmente desafios políticos e práticos deverão tornar difícil a adesão dos países. No entanto, havendo uma via é provável que caso um país opte por não participar num trabalho do 3º Grupo, deverá já começar para o 4º Grupo. Para o 3º Grupo, a Agência está a trabalhar com esses países que celebraram Memorandos de Entendimento para serviços de capacitação do Secretariado da Agência ARC ou onde esses Memorandos de Entendimento sejam iminentes. Este trabalho é estruturado como uma estrutura livre de taxa de serviços na qual a ARC facilita o salário de um Coordenador da ARC específico (Funcionário Governamental) e tempo focalizado de peritos governamentais seleccionados de meteorologia, agricultura, segurança alimentar, planificação de contingência e finanças em troca de certos resultados no “programa de pré-participação”. As actividades em curso para apoiar a preparação do 3º Grupo são descritas abaixo.

Personalização do Africa RiskView. A personalização do Africa RiskView para a seca começou para os países que procuram se juntar ao 3º Grupo e que não participaram no 1º e 2º Grupos. Essa personalização inicial do software Africa RiskView (ARV) contra a seca implica a definição de critérios para cada uma das quatro fases do software – precipitações, seca, populações afectadas e custos da resposta. O objectivo do processo de personalização do ARV é o de produzir um modelo sólido que pode capturar com precisão os eventos de seca num país e, tanto quanto possível, fazer a previsão do impacto desses eventos de seca nas famílias vulneráveis. Para além de permitir que os países e seus parceiros analisem a eficácia do ARV para as suas necessidades de gestão de risco, esse processo irá igualmente garantir que cada país participante compreenda como o modelo contribui e limita o trabalho, e como pode ser utilizado como base para a indexação de contratos de seguros da ARC e accionar pagamentos da ARC. Para aqueles países que irão renovar as apólices contra a seca, a ARC continuará o que é um diálogo permanente com o grupo técnico de trabalho estabelecido no país. Antes do 3º Grupo serão feitos aperfeiçoamentos adicionais para os países, mas essas mudanças serão significativamente menores do que o processo de personalização inicial e muitas vezes são conversas mais avançadas devido a capacidade crescente dos grupos de trabalho técnicos no país sobre o Africa RiskView. Para completar essas personalizaçãos, o Secretariado da ARC e a Equipa Técnica da ARC contactam os homólogos no país numa base semanal e pessoalmente numa base mensal, ou quando possível. As

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oportunidades de aprendizagem pelos pares em todos os países serão aproveitadas tanto quanto possível durante todo o ano do programa de capacitação.

As consultas nos países sobre ciclones tropicais iniciaram em 2015 e continuarão em 2016. O modelo de ciclones tropicais exigirá menos personalização do que o modelo de seca, mas ainda requer algumas consultas limitadas nos países para validar a metodologia modelada de perdas.

Para o produto de seguro contra inundações, que será lançado em Maio de 2017, a Equipa Técnica da ARC deverá igualmente realizar uma personalização, embora mais simples do que para a seca e o processo de validação do modelo subjacente. Esse processo deverá começar em Janeiro de 2016 e irá exigir consultas com peritos técnicos no país para determinar se o modelo reflecte com precisão os incidentes e os impactos das inundações tanto em termos espaciais como temporais.

Planificação de Contingência. Cada país que subscreva a uma apólice de seguro com a ARC deve ter um plano de contingência previamente definido para a utilização das mesmas. Para os países que participaram no 2º Grupo, não precisarão renovar os seus Planos de Contingência até ao 4º Grupo, o que reflecte a aprovação de dois anos dos Planos de Operações. Para os países que procuram se juntar ao 3º Grupo, a ARC irá continuar a apoiá-los na preparação dos Planos de Operações da ARC para um potencial pagamento da ARC. Esse processo de planificação de contingência envolve três etapas para os países participantes.

A primeira etapa para os países é a apresentação do Plano de Operações inicial ao Conselho de Administração da ARC para aprovação a fim de obter um Certificado de Rgularidade permanente que permitirá ao país aceder ao grupo de seguro. Para serem aprovados pelo Conselho de Administração, cada actividade especificada no plano terá de satisfazer os critérios básicos de elegibilidade e implementação da ARC.

Como segunda etapa, deverá ser feita uma apresentação do Plano de Implementação Final (FIP) por um país, um a dois meses antes do final da temporada no caso de seca e imediatamente após um evento de inundação e ciclone tropical. Essa apresentação final dá ao país que recebe um pagamento, oportunidade de aperfeiçoar a sua apresentação inicial e actualizar de forma efectiva a utilização proposto do seu pagamento com base nas informações mais actualizadas sobre os actuais custos operacionais e de segurança alimentar.

Para os FIP de ciclones tropicais (e inundações no 4º Grupo), os países terão igualmente a oportunidade de utilizar um processo de FIP simplificado para obter alguns dos fundos disponíveis lançados imediatamente após um evento9. A introdução do FIP simplificado para esses dois perigos cria essencialmente um processo do FIP de dois níveis para atender às necessidades do país que enfrenta um início súbito de calamidade. Essa disponibilização permite apenas uma quantidade limitada do financiamento a ser prestado para atender às necessidades imediatas com a maior quantidade de qualquer pagamento disponível apenas após a conclusão de todo o processo do FIP.

A última etapa é a etapa de apresentação de relatórios, em que os países que implementam as actividades associadas com o pagamento e apresentam relatórios sobre os progressos em relação ao seu quadro lógico. O Secretariado da ARC deverá prestar assistência aos países na preparação dessas apresentações e estabelecimento de sistemas para atender aos requisitos de apresentação de relatórios.

Discussões sobre a Política de Transferência de Riscos. Para o 3º Grupo, logo que o ARV seja personalizado para a seca e ciclones tropicais, o país terá de decidir qual parte desse risco modelado quer transferir para o grupo de risco da ARC através de um contrato de seguro. Isso é feito, determinando-se os parâmetros de transferência de riscos da ARC mais apropriados, conforme ditados pela necessidade de gestão de riscos dos

9 A implementação dessa abordagem, através das novas Orientações de Planificação de Contingência, depende ainda da aprovação do Conselho de Administração da ARC na sua reunião de Setembro de 2015, em Frankfurt.

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países. A decisão irá depender de vários factores exclusivos para cada país – desde perfis de risco de seca definidos pelo ARV vis-à-vis os recursos disponíveis para financiar potenciais respostas contra a seca, à capacidade de pagamento de prémios do país.

Para apoiar esse processo de tomada de decisão a nível técnico e político, o Secretariado da ARC irá dar formação e orientação aos países sobre transferência de riscos, particularmente na configuração de parâmetro de transferência de riscos e seu impacto nos níveis de prémio. Devera igualmente funcionar com os países para garantir que as programações de pagamento de prémios estejam em conformidade com os processos de orçamento nacionais, quando possível. Em alguns casos, os países terão apoio dos doadores para satisfazer as suas necessidades anuais iniciais de pagamento de prémio de seguro. Prevê-se que essas discussões serão inicialmente bilaterais entre os países e seus parceiros de desenvolvimento e humanitários existentes, no contexto da segurança alimentar em curso e programas de gestão do risco de calamidades. Conforme solicitado, o Secretariado deverá apoiar os países nessas discussões com os parceiros.

5) Aperfeiçoamento e fortalecimento da Capacidade de Monitorização e Avaliação da ARC através da finalização da auditoria do processo e financeira da ARC

Ao longo de 2015, o Secretariado trabalhou na concepção de ferramentas de auditoria do processo que poderiam ser utilizadas para monitorizar e avaliar a implementação dos Planos de Contingência, no caso de um pagamento – com vista, em particular, a incentivar a intervenção prévio nas populações afectadas, com base na disponibilidade de financiamento atempado. A ARC contratou a Kimetrica para desenvolver ferramentas de auditoria do processo para utilizar na monitorização e avaliação das implementações dos pagamentos de seguro para os países, para testar e refiná-los nos primeiros pagamentos da ARC, bem como verificar os materiais de formação e sistemas MIS para apoiar essas ferramentas de auditoria do processo. Em Julho e Setembro de 2015, esses instrumentos foram testados nos três países que receberam pagamentos da ARC. A Kimetrica apresentou projectos de relatórios sobre esse trabalho inicial do país que estão actualmente a ser finalizados com base nos comentários da Agência ARC.

O Secretariado da ARC irá continuar a colaborar com a Kimetrica para finalizar os instrumentos com base no trabalho do país para que possam ser utilizados para avaliar futuros pagamentos e orientar os termos de referência para as empresas que mais tarde serão identificadas para realizar as auditorias. Esses instrumentos serão utilizados em conjunto com as auditorias financeiras que são realizadas na sequência de um pagamento. Actualmente a ARC está a finalizar o processo de licitação para seleccionar uma empresa para realizar as auditorias financeiras dos países que receberam os primeiros três pagamentos da ARC. Tal como com o trabalho da Kimetrica, as conclusões das primeiras auditorias financeiras deverão levar a Termos de Referência e procedimentos de auditoria aprimorados para futuros pagamentos.

6) Testagem e aperfeiçoamento da metodologia para avaliação da capacidade soberana de financiamento do risco de calamidades

O projecto da metodologia de capacidade soberana de financiamento do risco de calamidades desenvolvido pela GCR e pelo Secretariado da ARC em 2015 foi testado até à data apenas no Quênia. O Secretariado prevê testar e aprimorar ainda mais a metodologia em 2016 e estabelecer uma escala consistente e coerente, através da sua aplicação a mais países de membro da ARC, Limitada, actuais e potenciais. Em última análise, embora poderia formar um contributo significativo ao MAP ou à ARC, Limitada, como uma medida de investimento e desempenho do cliente, tal metodologia pode ser globalmente aplicável e alargada numa escala maior para prestar informações mais aprofundadas sobre a capacidade dos Estados de elaborar, financiar e implementar de forma eficaz um plano de resposta de emergência em caso de eventos meteorológicos extremos, abrindo oportunidades para: a) acesso a produtos adicionais da ARC, no futuro; ou

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b) maior utilização do financiamento de contingência para o sector público. Para evitar conflitos de interesse, prevê-se actualmente que avaliações sejam emitidas por um prestador de serviços independente.

7) Início da Pesquisa e Desenvolvimento de Seguro contra Surtos e Epidemias

Na sequência dos eventos de 2014, a resposta global contra surtos de epidemias (O&E) está a mudar para a promoção do: 1) financiamento mais rápido e mais previsível; e 2) apropriação da resposta pelos países. Com base na abordagem estabelecida e estruturas institucionais da ARC, o acréscimo de produtos contra surtos e epidemias à oferta de produtos de seguro da ARC complementaria esse cenário de mudança concretizando tanto esses objectivos através de um único mecanismo concebido especificamente para os Estados-membros da ARC.

Conforme estruturado actualmente para a seca, a ARC financiaria os Planos de Contingência nacionais contra Surtos e Epidemias, com níveis de riscos de surtos e epidemias para os países modelados quantitativamente e com accionadores de pagamento vindos da detecção precisa de distintos eventos epidemiológicos. A ARC poderá resolver muitos dos problemas inerentes às actuais infra-estruturas de resposta a Surtos e Epidemias, incluindo:

Estabelecimento de uma reserva de capital que pode ser rapidamente disponibilizada;

Incentivar os países a gerir os seus riscos internos e reconhecer Surtos e Epidemias, alertando sobre eventos epidemiológicos (requisitos de apresentação de relatórios do Regulamento Sanitário Internacional (RSI)) para pagamento financeiro imediato;

Facilitar melhores sistemas de saúde, promovendo a prontidão ligada à melhores mecanismos de vigilância;

Promover a solidariedade pan-africana e sub-regional;

Vinculação dos investimentos da União Africana e dos seus parceiros no fortalecimento dos sistemas de saúde, prontidão dos países e do novo Centro Africano de Controlo de Doenças;

Complementar as iniciativas globais, como o Mecanismo de Financiamento de Pandemias do Banco Mundial, com uma abordagem orientada para o país que incida na ajuda aos países africanos individuais na assunção da responsabilidade para mitigar o risco de surtos se tornarem epidemias.

Na sequência das discussões com os principais virologistas e parceiros, tais como a Organização Mundial da Saúde, Banco Mundial e Centros de Controlo de Doenças, a ARC determinou existir a necessidade de produtos específicos contra Surtos e Epidemias, e os dados e ferramentas financeiras disponíveis são suficientes para começar o desenvolvimento de um modelo de seguro contra Surtos e Epidemias, tendo em vista a oferta de produtos-piloto para pelo menos um agente patogénico ou família de agentes patogénicos em 2017 para os Estados-membros da União Africana.

O programa de Pesquisa e Desenvolvimento da ARC incidirá sobre três pilares fundamentais: 1) definir as normas e orientações de planificação de contingência continental (incluindo monitorização e avaliação) para a resposta contra Surtos e Epidemias e Normas de Conformidade a serem adoptadas pela Conferência das Partes da Agência ARC; 2) modelar o risco de um agente patogénico importante em 1-3 países-piloto e traduzir esse modelo numa oferta de produtos de seguros soberano; e 3) melhorar a interacção digital do Africa RiskView para ajudar os decisores políticos na planificação para um surto. Caso seja bem-sucedido esse produto poderia ser replicado para mais países e famílias de agentes patogénicos.

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Em Dezembro de 2015, o Secretariado da ARC recebeu a sua primeira subvenção da Fundação Rockefeller para lançar a fase de Pesquisa e Desenvolvimento e deverá iniciar o trabalho de modelagem do risco e divulgação no país no início de 2016, com o objectivo de testagem de um primeiro produto em 2017. O trabalho requer que, nos próximos meses, seja recrutada capacidade de pessoal adicional no Secretariado. Dada a complexidade técnica do trabalho, a natureza de tempo crítico da resposta operacional do país e suas ligações com as acções da comunidade global, o Secretariado da ARC deverá estabelecer um Painel Consultivo formado por representantes do Centro Africano de Controlo de Doenças, do Fundo Fiduciário Africano contra a Doença do Vírus do Ébola, da Comissão da UA, da Conferência dos Ministros Africanos da Saúde, dos principais virologistas, de instituições de pesquisa de medicina tropical ou outras, da Organização Mundial da Saúde, de doadores para o exercício, de empresas de seguros e resseguros, de actores do sector privado, entre outros.

8) Pesquisa e Desenvolvimento do Mecanismo Climatológico Extremo (XCF)

Em 2015, a ARC começou a fase de de Pesquisa e Desenvolvimento do XCF através de um programa de trabalho multidisciplinar composto por três pilares de Pesquisa e Desenvolvimento para explorar um conjunto de questões do projeto:

1º Pilar: Planificação de Adaptação & Normas para Investimentos Resistentes às questões Climáticas:

Verificar até que ponto existem planos de adaptação a nível do país prontos para implementação e compilar as melhores práticas para o desenvolvimento de planos de adaptação prontos para investimento;

Identificar intervenientes e parceiros da ARC em adaptação às questões climáticas;

Identificar a capacidade de absorção e estrangulamentos para o financiamento directo das questões climáticas em África;

Definir as normas e orientações de planificação de adaptação climática do XCF, métricas para a eficácia da planificação;

Descompactar o custo benefício e proposição de valor do XCF.

2º Pilar: Índices Climáticos Extremos (ECI) e Limites de Eventos Graves:

Identificar os índices climáticos apropriados e os limites que serão utilizados para verificar a crescente gravidade e frequência dos extremos climáticos utilizando conjuntos de dados prontos para o mercado de África;

Incorporar o ECI de verificação em curso no Africa RiskView;

Ter como base as pesquisas existentes sobre a detecção de alterações climáticas dependentes do tempo, desenvolver metodologias de accionadores de pagamento para sinalizar significativas mudanças num regime climático regional para um mais propício para a geração de eventos climáticos extremos;

Realizar a modelagem de risco para determinar a probabilidade de pagamentos do XCF e, portanto, os custos de transferência de riscos.

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3º Pilar: Estrutura Jurídica e Financeira:

Utilizar a plataforma da ARC, explorar as estruturas jurídicas e, se necessário, locais que poderia ser considerado para sediar o XCF;

Identificar as opções viáveis de longo prazo e inovadora de financiamento para os riscos do XCF, apetite do mercado/doadores e potencial tamanho do mecanismo;

Definir a interação com, e o papel da Agência ARC e princípios de funcionamento;

Definir o plano de trabalho e Orçamento para estabelecer e operacionalizar o mecanismo para passar para uma fase de estabelecimento em 2016.

Em 2015 verificou-se o trabalho de secretariado inicial realizado em todos os três pilares. Em 2016, a ARC deverá trazer mais experiência interna de planificação de adaptação climática e capacidade de análise e implementação de forma crítica partes do trabalho terciarizado. Na sequência desse trabalho de investigação inicial apoiado pela CDKN, uma segunda fase do trabalho do 1º Pilar em 2016 deverá incluir a finalização das normas e orientações de adaptação às questões climáticas do XCF para a primeira fase operacional do XCF, trabalhando com os países antes de uma primeira ronda de financiamento do XCF e desenvolvimento de uma análise de custo-benefício para a participação do XCF com base nas conclusões do trabalho de pesquisa inicial. O Secretariado da ARC pretende contratar uma importante organização de modelagem climática com significativa experiência em modelagem climática regional e detecção de eventos extremos em África, para rever esse trabalho e realizar o trabalho inicial de modelagem de risco do trabalho do ECI realizado em 2015 pela AMIGO S.l.r.

O progresso no 3º Pilar será apresentado à CoP em 2016, com recomendações relativas à estrutura jurídica e financeira do XCF. Em última análise, o 3º Pilar irá reunir o trabalho dos dois pilares anteriores, quando for concluído, a fim de criar uma estrutura jurídica e financeira coerente para o XCF que irá integrar sem problemas com outros trabalhos da Agência ARC.

A fase de Pesquisa e Desenvolvimento está prevista para dois anos com o intuito de preparar uma quantidade significativa das bases técnicas e políticas necessárias para passar para uma fase de estabelecimento em algum momento no final de 2016. Isso seria seguido por uma primeira transacção para garantir até 500 milhões de dólares americanos de capital inicial de adaptação climática nos mercados privados através do XCF para os Estados-membros da ARC em 2017. Além do apoio da CDKN e da Fundação Rockefeller, a ARC está em discussões com a Corporação de Desenvolvimento Alemã (BMZ) para os fundos restantes necessários para a conclusão do 1º ao 3º Pilares da fase de Pesquisa e Desenvolvimento em 2016/7.

9) Avaliação da ARC a Longo Prazo

O DFID contratou a Oxford Policy Management para conceber e fazer uma avaliação independente da ARC. A avaliação tem duas componentes: a primeira, uma avaliação formativa de duas fases nos 1º e 2º e 3º e 4º anos e o segundo, uma avaliação do impacto de duas fases do 5º ao 10º ano. Cada fase do processo de avaliação deverá informar as avaliações de desempenho da ARC pelo DFID e outros parceiros de financiamento. A finalidade da avaliação é a de identificar e inserir os ensinamentos obtidos na gestão do programa (isso será investigado durante a fase formativa) e testar se o grupo de risco e a transferência é uma forma económica de incentivo à planificação de contingência e garantir respostas rápidas contra secas e outros eventos climáticos extremos. O Secretariado deverá trabalhar em estreita colaboração com os avaliadores através do processo que deve disponibilizar ao pessoal do programa comentários em curso para as modificações do programa (formativas) bem como a revisão periódica dos progressos a longo prazo sobre

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as principais metas e objectivos do programa (sumativa). O trabalho inicial sobre a revisão de longo prazo começou em Novembro de 2015.

10) Alinhamento das actividades da ARC com outras iniciativas de doadores e do governo em curso sobre planificação de contingencia e financiamento em caso de calamidades

Após dois anos de operações da ARC no país, em 2016, a Agência deverá começar uma iniciativa para apoiar os países no alinhamento ainda mais do trabalho da ARC com as suas actividades em curso de financiamento e planificação de contingência contra calamidades. Embora o Secretariado da ARC trabalhe em todo o processo de capacitação com os países para prosseguir esse alinhamento, dada a infinidade de actividades que os governos prosseguem em paralelo, existe uma margem significativa de uma maior coordenação entre as iniciativas e actividades tanto do governo como do principal doador. A partir de 2016, a ARC irá dedicar tempo do pessoal e recursos, conforme solicitado pelos Estados-membros, para criar maiores sinergias entre essas actividades, bem como garantir que a ARC preste o maior benefício possível para os seus Estados-membros.

Em paralelo, a ARC deverá dar início a utilização do seu trabalho de planificação de contingência para ajudar a facilitar as parcerias entre os países e doadores interessados para criar uma maior capacidade nos países para implementar de forma eficaz as actividades identificadas nesses planos. Isso irá essencialmente oferecer uma via para as actividades da ARC de planificação de contingência para “atrair” doadores para apoiar a capacitação para actividades que os países priorizem e para as quais não haja capacidade suficiente no país para implementação. Esse pessoal iria trabalhar para ligação de doadores e ONG para actividades de capacitação que estão fora do âmbito directo do trabalho da ARC, mas foram identificadas no programa da ARC com o governo.

11) Conclusão de uma Análise de Custo-Benefício para seguros contra a seca, inundações e ciclones tropicais e planificação de contingencia

Na sequência da análise de custo-benefício da ARC de 2013, realizada por Daniel Clarke e Ruth Hill, “Análise de Custo-Benefício do Mecanismo Capacidade Africana de Risco” e após dois anos de experiência operacional, em 2016 a ARC deverá encomendar uma segunda análise de custo-benefício para apreciar as questões essenciais de pesquisa em torno do valor do seguro para os soberanos e os beneficiários. Para a seca, esse custo-benefício terá como base o trabalho anterior realizado por Clarke e Hill, mas essa nova peça de pesquisa deverá igualmente investigar questões essenciais sobre a proposta de valor de seguro contra inundações e ciclones tropicais. Devido às diferenças fundamentais entre as respostas necessárias para o lento contra o início rápido dos eventos, o âmbito desse trabalho será significativamente maior do que o estudo anterior. O resultado desse documento irá oferecer um guia para futuras apólices, capacitação e âmbito da ARC.

12) Continuação da participação em fóruns mundiais sobre o financiamento do risco de calamidades,

adaptação às alterações climáticas, epidemias, e criação de resiliência para os governos africanos

A ARC deverá continuar a sua participação nos fóruns mundiais em torno das áreas principais que sustentam os seus objectivos estratégicos e actividades principais, conforme descrito no quadro estratégico. Isso inclui a participação nas conversações globais sobre financiamento de risco, adaptação climática, epidemias e criação de resistência para os governos de África, além de trabalhar em produtos de conhecimentos relacionados a esses temas. Esse trabalho inclui a participação em eventos, elaboração de documentos e tanto contribuições por escrito como pessoais para as principais discussões na comunidade global.

13) Aumento da Assinatura e Ratificação do Tratado

A ARC deverá igualmente procurar aumentar o número de Estados-membros da ARC, bem como o aumento da ratificação do Tratado da ARC. Isso irá incluir o aumento da divulgação de políticas sobre esse tema e

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discussões com os Estados-membros sobre a ratificação, tanto por altos funcionários como pelo Gestor do Programa no País.

14) Réplica de Cobertura

Em Dezembro de 2015, a ARC anunciou a sua intenção de oferecer cobertura de seguro para os actores humanitários em 2016, sob um novo programa designado réplica. Em resumo, a réplica deverá utilizar o índice de seguro como uma ferramenta para a gestão dos fluxos financeiros rápidos de forma objectiva após calamidades climáticas – transformando o fluxo constante do prémio em liquidez imediata quando accionado de forma independente – que irá alavancar as infra-estruturas da ARC na planificação de contingência liderada pelo país e implementação de respostas, trazendo eficiência e melhor coordenação da resposta através de um processo liderado e propriedade do governo, criando capacidade nacional para resposta a calamidades ao longo do tempo.

Em termos mais simples, para os países da ARC, réplica irá significar o seguinte: os países que tenham gerido os seus riscos climáticos com seguros da ARC por dois anos consecutivos se tornam elegíveis à Réplica de Cobertura, caso queiram. Caso queiram, significa que uma Organização Internacional ou uma ONG parceira irá fazer uma apólice de seguro correspondente, ou seja, adquirir a mesma apólice de seguro que o país deverá adquirir, para o ano seuinte. Isto significa que caso houver um pagamento no final dessa temporada de chuvas segurada, o pagamento será efectivamente dobrado e, utilizando o seu pagamento, a Organização Internacional ou ONG irá ajudar o governo a incrementar a sua resposta em tempo útil, para atingir mais pessoas afectadas e aumentar a capacidade operacional na resposta. No entanto, para a Réplica de Cobertura a ser aprovada pela ARC, a entidade parceira deve trabalhar com o país para incorporar os seus planos de resposta coordenada no Plano de Operações nacional aprovado da ARC. Esse plano deve ser aprovado pelo país e, em seguida, pelo Conselho de Administração da Agência ARC, antes do parceiro poder adquirir a Réplica de Cobertura da ARC. Caso um pagamento seja accionado, as partes terão que elaborar um FIP que detalhe a resposta coordenada prevista, dado o cenário específico que descreve as actividades e responsabilidades. O FIP será apresentado ao Conselho de Administração da Agência ARC pelo país e uma vez aprovado os dois pagamentos serão disponibilizados para implementação. Isto é semelhante ao processo existente de seguro da ARC em que um país deve ter o seu Plano de Operações, detalhando como irá gastar o potencial pagamento de seguro aprovado pelo Conselho de Administração antes que seja elegível para adquirir seguro da filial financeira da ARC, a ARC, Limitada. Deve igualmente ter um FIP aprovado antes do pagamento accionado ser disponibilizado da ARC, Limitada, para uma Organização.

Ao longo do tempo, a Réplica de Cobertura irá essencialmente duplicar o tamanho da carteira da ARC,

Limitada, e o número de pessoas que podem ser cobertas pelo ARC. Em 2016, o Secretariado da ARC tem

como objectivo elaborar o projecto das normas e orientações para a Réplica de Cobertura e levar a cabo uma

experiência-piloto sobre o conceito os países do 1º Grupo.

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Nota Introdutória ao Orçamento para o Exercício de 2016

Introdução ao Orçamento para o Exercício de 2016

O orçamento da Agência ARC para o exercício de 2016 é de 9.437.944 dólares americanos. O Orçamento para o exercício de 2015 foi de 9,5 milhões de dólares americanos. Para o exercício de 2016 a ARC tentou encontrar eficiências, sempre que possível, apesar de aumentar o número de países segurados (no entanto, convém sublinhar que o Orçamento para o exercício de 2016 poderá crescer caso sejam necessárias alterações ao Programa de Trabalho previsto).

Acresce-se a isso os encargos dos Custos de Apoio Indirecto do PAM, conforme o Acordo de Serviço Administrativo entre a ARC e o PAM.

Além do trabalho principal da Agência ARC há actualmente 2 projetos de pesquisa e desenvolvimento separados a serem empreendidos para o Mecanismo Climatológico Extremo (XCF) e Surtos e Epidemias (O&E ou “OnE”). Os seus orçamentos são aqui apresentados separadamente e foram procurados separadamente fundos para esses projectos.

Orçamento da ARC para 2016

Agência ARC

Montante (USD)

Agencia ARC 8.820.509

Custos de Apoio Indirecto (7%) 617.436

ORÇAMENTO TOTAL (AGÊNCIA ARC) 9.437.944

Montante (USD)

Mecanismo Climatológico Extremo (XCF) 1.678.140

Custos de Apoio Indirecto (7%) 117.470

ORÇAMENTO TOTAL (XCF) 1.795.610

Montante (USD)

Produto de Seguro contra Surtos e Epidemias (O&E) da ARC 2.059.083

Custos de Apoio Indirecto (7%) 144.136

ORÇAMENTO TOTAL (O&E) 2.203.219

Categoria Orçamental Montante (USD) % of ARC Agency Budget

Administração 1,293,268 10%

Supervisão, Orientação Estratégica & Divulgação Política 1,496,902 12%

Programa & Operações 5,038,776 40%

Pesquisa & Desenvolvimento 4,728,785 38%

Subtotal 12,557,732

Custos de Apoio Indirecto (7%) 879,041

ORÇAMENTO TOTAL (AGENCIA ARC) 13,436,773

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Para o exercício de 2016, o orçamento do XCF é de 1,8 milhões de dólares americanos. Este projecto de Pesquisa e Desenvolvimento deve terminar em meados de 2017, altura em que esse produto e os custos de apoio se tornarão parte da própria Agência ARC. A Fundação Rockefeller contribuiu com fundos iniciais para essa Pesquisa e Desenvolvimento começar em 2015 e em Dezembro de 2015, o KfW recebeu autorização interna para cobrir o saldo (os acordos estão actualmente em fase de elaboração).

Para o exercício de 2016, o orçamento de O&E é de 2,2 milhões de dólares americanos. Esse projecto de Pesquisa e Desenvolvimento deve terminar no final de 2017, altura em que esse produto e os custos de apoio se tornarão parte da própria Agência ARC. Em Dezembro de 2015, a Fundação Rockefeller contribuiu com fundos iniciais para essa Pesquisa e Desenvolvimento começar e o KfW está a considerar uma proposta para cobrir o saldo.

Isto eleva o orçamento total para o exercício de 2016 (incluindo a Agência ARC, XCF e O & E) para 13.436.733 dolares americanos.

Introdução ao Orçamento Previsto para o período de 2016 -2020

O Orçamento da Agência ARC para o exercício de 2016 é um pouco inferior ao orçamento do exercício de 2015. Para o exercício de 2016 a ARC tentou encontrar eficiências, sempre que possível, apesar de aumentar o número de países segurados (no entanto, convém sublinhar que o Orçamento para o exercício de 2016 poderá crescer caso sejam necessárias alterações ao Programa de Trabalho previsto).

Avançando uma taxa de inflação anual de 2,5% foi utilizada, mas a ARC visa igualmente aumentar significativamente, daqui para frente, o número de países segurados.

Resumo para o período de 2015 - 2020

Categoria Orçamental 2015 2016 2017 2018 2019 2020

AGÊNCIA ARC 8,881,595 8,820,509 9,846,530 12,013,623 12,379,906 12,604,153 Custos de Apoio Indirecto (7%) 621,712 617,436 689,257 840,954 866,593 882,291

ORÇAMENTO TOTAL (Agência ARC) 9,503,307 9,437,944 10,535,787 12,854,577 13,246,500 13,486,443 Aumento em relação ao ano precedente -1% 12% 22% 3% 2%

Categoria Orçamental 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Mecanismo Climatológico Extremo (XCF) 2,167,880 1,678,140 766,052

Custos de Apoio Indirecto (7%) 151,752 117,470 53,624 - - - ORÇAMENTO TOTAL (XCF) 2,319,632 1,795,610 819,676 - - -

Categoria Orçamental 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Produto de Seguro contra Surtos e Epidemias (O&E) 0 2,059,083 3,021,984

Custos de Apoio Indirecto (7%) - 144,136 211,539 - - - ORÇAMENTO TOTAL (O&E) - 2,203,219 3,233,523 - - -

Categoria Orçamental 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Orçamento Total 11,049,475 12,557,732 13,634,566 12,013,623 12,379,906 12,604,153 Custos de Apoio Indirecto (7%) 773,463 879,041 954,420 840,954 866,593 882,291

ORÇAMENTO TOTAL (AGÊNCIA ARC, XCF

e O&E) 11,822,938 13,436,773 14,588,986 12,854,577 13,246,500 13,486,443

Aumento em relação ao ano precedente 14% 9% -12% 3% 2%

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A Pesquisa e Desenvolvimento para o XCF está prevista terminar em meados de 2017, então a partir de meados de 2017, o XCF será adicionado ao orçamento de programas da Agência ARC. Esta é parte da razão para o aumento do orçamento da Agência em 2017 em relação a 2016.

A Pesquisa e Desenvolvimento para O&E começa em 2016 (aumentando o orçamento total a 14% em 2016 em relação a 2015, embora o orçamento da Agência ARC por si em 2016 seja inferior ao de 2015). A Pesquisa e Desenvolvimento para O&E está prevista terminar no final de 2017, de modo que a partir de 2018, os O&E sejam adicionados ao orçamento de programas da Agência ARC, que é parte da razão para o aumento do orçamento da Agência em 2018 em relação ao de 2017, embora o orçamento total diminua em 2018 (presumindo-se que não hajam mais projectos de Pesquisa e Desenvolvimento ou alterações significativas ao Programa de Trabalho).

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ORÇAMENTO TOTAL (AGÊNCIA

ARC, XCF e OnE)

2015

TOTAL DE CUSTOS DIRECTOS 11,049,475 12,557,732

Custos de Apoio Indirecto 773,463 879,041

TOTAL DE CUSTOS 11,822,938 13,436,773

Taxa de Inflação Utilizada: 2.50%

Agência ARC 2015

Rubrica Orçamental Escalão Localização Unidade CustoCusto

Unitário

Quantid

adeCusto

CUSTOS COM O PESSOAL USD

Director-Geral, ASG ASG Joanesburgo mensal 31,745 12 380,940

Assistente Executivo G7 Joanesburgo mensal 3,100 12 37,200

Director do Gabinete D1 Joanesburgo mensal 24,905 6 149,430

Oficial Sénior de Comunicações P5 Joanesburgo mensal 11,543 12 138,510

Funcionário Técnico Principal P5 Joanesburgo mensal 23,085 12 277,020

Funcionário Sénior de Monitorização e Avaliação P4 Joanesburgo mensal 19,300 12 231,600

Funcionário Adjunto de Monitorização e Avaliação P2 - JPO Joanesburgo mensal - 12 -

Economista Consultor Joanesburgo diária 550 40 22,000

Conselheiro Jurídico e Secretário do Conselho de

Administração, Consultor P4 Joanesburgo mensal 19,300 12 231,600

Jurista Adjunto P2 Joanesburgo mensal 10,100 12 121,200

Conselheiro Jurídico Sénior Consultor Roma diária 660 50 33,000

Assessor Especial da ARC Consultor diária 700 48 33,600

Director de Pesquisa e Desenvolvimento D1 Nova Iorque mensal 24,600 12 295,200

Analista de Pesquisa e Desenvolvimento P3 Roma mensal 14,340 12 172,080

Agrónomo e Especialista de Dados Consultor diária 538 72 38,745

Engenheiro Principal do ARV Consultor diária 564 150 84,563

Programador do Software ARV Consultor diária 538 150 80,719

Programador do Software ARV Consultor diária 166 176 29,216

Analista GIS & Modelo de Inundação Consultor diária 410 176 72,160

Funcionários Séniores dos Serviços ao Cliente P4 Joanesburgo mensal 19,300 12 231,600

Perito Sénior de Transferência de Risco Consultor diária 533 30 15,990

Funcionário Profissional Adjunto de Gestão de Risco P2 - JPO Joanesburgo mensal - 12 -

Director de Operações D1 Joanesburgo mensal 24,905 12 298,860

Funcionário de Coordenação da Equipa Técnica P4 Joanesburgo mensal 19,300 12 231,600

Analista de Riscos P3 Joanesburgo mensal 15,280 12 183,360

Analista de Riscos P3 Joanesburgo mensal 15,280 12 183,360

Analista de Alerta Prévio P2 Joanesburgo mensal 10,100 12 121,200

Gestor do Programa no País P4 Joanesburgo mensal 19,300 12 231,600

Gestor do Programa no País (Francófono) P3 Joanesburgo mensal 15,280 12 183,360

Director Adjunto do Programa no País Consultor Bamako, Mali mensal 3,290 12 39,483

Gestor do Programa no País (Francófono) P3 Joanesburgo mensal 15,280 12 183,360

Gestor do Programa no País, África Ocidental P1 Joanesburgo mensal 8,170 12 98,040

Oficial de Ligação Consultor diária 410 60 24,600

Gestor do Programa no País (Anglófono) P3 Joanesburgo mensal 15,280 6 91,680

Oficial de Ligação Consultor diária 400 60 24,000

Funcionário Sénior de Planificação de Contingência P4 Joanesburgo mensal 19,300 12 231,600

Funcionário de Planificação de Contingência P3 Joanesburgo mensal 15,280 12 183,360

Funcionário de Planificação de Contingência (JPO) P2 Joanesburgo mensal 5,050 8 40,400

Gestor do Programa do XCF P5 Joanesburgo mensal 23,085 - -

Funcionário de Programas (Planificação de Adaptação) P3 Joanesburgo mensal 15,280 - -

Analista de Programas (Técnica) P3 Joanesburgo mensal 15,280 - -

Gestor do Programa de O&E P5 Joanesburgo mensal 23,085 - -

Funcionário Sénior de Saúde Pública P4 Joanesburgo mensal 19,300 - -

Funcionário de Planificação de Contingência P3 Joanesburgo mensal 15,280 - -

Funcionário Sénior de Administração e Finanças P4 Joanesburgo mensal 19,300 12 231,600

Consultor de Gestão do Projecto Consultor mensal 333 154 51,301

Assistente de RH e Oficial de Ligação de Roma G5 Roma mensal 8,330 12 99,960

Assistente Administrativo G5 Joanesburgo mensal 2,852 12 34,222

Assistente de Viagens G5 Joanesburgo mensal 2,564 12 30,769

Motorista/Estafeta G3 Joanesburgo mensal 2,500 12 30,000

Postos do PAM Financiados pela ARC

Consultor de RH do PAM Consultor Roma mensal 5,672 12 68,068

Funcionário Assistente de RH do PAM G3 G3 Roma mensal 5,585 12 67,020

Funcionário de Contratação Regional do PAM, G5 G5 Joanesburgo mensal 2,990 12 35,879

Funcionário Administrativo Regional do PAM, G5 G5 Joanesburgo mensal 2,990 12 35,879

Funcionário Administrativo Regional do PAM, NO NO Joanesburgo mensal 4,000 12 48,000

Subtotal de Custos com o Pessoal 5,758,934

Partilha de Custos dos Postos com o XCF 513,240

Partilha de Custos dos Postos com OnE 103,575

Subtotal de Custos com o Pessoal após Partilha de

Custos

Mês5,686,255 5,142,119

VIAGENS E AJUDAS DE CUSTO DIARIASViagens de Serviço & Reuniões Mês 70,000 12 840,000

Montante de Subsídio Mensal (Consultores Internacionais) Mês 2,500 12 30,000

Subtotal de Viagens e Ajudas de Custo Diarias 840,000 870,000

CUSTOS DE PROGRAMASConsultas nos Estados-Parte e Conferências das Partes Eventual 85,000 1 85,000

Reuniões do Conselho de Administração da Agência ARC 2x Reuniões do Conselho de Adm. por anoEventual 75,000 2 150,000

Auditoria Financeira das Operações no Pais Montante Fixo 100,000 2 240,000

Denúncia país 8,460 5 45,684

Serviços de Coordenação Governamental da ARC mensal 39,000 12 468,000

USD

2016

2016

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Eventos de Aumento da Visibilidade da ARC Eventual 60,000 3 180,000

Serviços de Relações Públicas Montante Fixo 100,000 1 100,000

Workshops & Formações – Pesquisa & Desenvolvimento Eventual 60,000 3 180,000

Trabalho Encomendado de Políticas e Económico – Análise de Custo-Benefício Montante Fixo 100,000 1 100,000

Aprimoramento do ARV – Trabalho Encomendado Montante Fixo 300,000 0 0

Workshops & Formações - Capacitação – Transferência de Risco Montante Fixo 75,000 2 150,000

Workshops & Formações - Capacitação - Africa RiskView Montante Fixo 75,000 2 150,000

Workshops & Formações - Workshops de Capacitação no País Montante Fixo 8,000 15 120,000

Análise Técnica dos Planos de Operações (Honorário do Presidente, Viagem, Workshop) Montante Fixo 110,000 1 110,000

Auditoria do Processo do Plano de Implementação Final Montante Fixo 30,000 2 72,000

Desenvolvimento da Aprendizagem Online/Portal de Formação 50,000 1 50,000

Subtotal de Custos de Programas 1,738,740 2,200,684

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Fornecimentos e Equipamentos de Escritório Mês 5,000 12 60,000

Equipamentos de TIC/TI Montante Fixo 2,000 15 30,000

Serviços de TIC/TI – Internet, Telefones, Serviços e Apoio RB Mês 8,000 12 96,000

Custo das TIC per capita – Serviços Corporativos de TI do PAM por pessoa 1,654 39 64,506

Subtotal de Equipamentos e Materiais 250,800 250,506

OUTROS CUSTOSServiços de Tradução Mês 9,000 12 108,000

Serviços de Design Gráfico Montante Fixo 50,000 1 50,000

Aluguer & Utilitários – Escritório de Joanesburgo Mês 8,000 12 96,000

Transportação de/para o Escritório Mês 600 12 7,200

Retiro da ARC 2 x Eventos por ano Eventual 30,000 2 60,000

Desenvolvimento & Formação do Pessoal Mês 2,000 12 24,000

OUTROS CUSTOS (IMPRESSÃO, TAXAS DE VISTOS) Mês 1,000 12 12,000

Subtotal de Outros Custos 365,800 357,200

TOTAL DE CUSTOS DIRECTOS 8,881,595 8,820,509

Custos de Apoio Indirecto Taxa 621,712 7% 617,436

TOTAL DE CUSTOS 9,503,307 9,437,944

Mecanismo Climatologico Extremo (XCF)

Pilar 1, 2 & 3

Rubrica Orçamental Localização Unidade CustoCusto

Unitário

Quantid

adeCusto

CUSTOS COM O PESSOAL USD

2015Equipa de Gestão do XCF

Director-Geral ASG Joanesburgo Mês 6,349 12 76,188

Director de Pesquisa e Desenvolvimento D1 Nova Iorque Mês 12,300 12 147,600

Director de Operações D1 Joanesburgo Mês 4,981 12 59,772

Gestor do Programa do XCF, P5 P5 Joanesburgo Mês 23,085 12 277,020

Analista de Programas (Adaptação & Relações com os

Doadores), P3 P3Joanesburgo Mês 15,280 6 91,680

Analista de Programas (Financeiro & Técnico), P3 P3 Joanesburgo Mês 15,280 0 0

Gestor do Projecto P3 Joanesburgo Mês 15,280 0 0

Gestor do Programa no País P3 Joanesburgo Mês 15,280 12 183,360

Gestor Principal de Serviço ao Cliente para

Transferência de Risco P4Joanesburgo Mês 3,860 12 46,320

Subtotal de Custos com o Pessoal 881,940

CONSULTORES

Programador do Software ARV Dias 0 50 0

Editores de Relatórios/Gráficos Dias 0 40 0

Consultores de Divulgação Formação Dias 0 40 0

Jurista Dias 0 120 0

Jurista Dias 0 100 0

Consultores (Elaboração e Análise de Relatórios) Dias 0 240 0

Tradução Dias 0 20 0

Gestão do Projecto Dias 0 80 0

Subtotal de Consultores 0

VIAGENS E AJUDAS DE CUSTO DIARIAS

Viagem de Serviço dos Funcionários Viagem 5,000 20 100,000

Viagens dos Consultores Viagem 5,000 10 50,000

Workshops e Reuniões Workshop 60,000 1 60,000

Subtotal de Viagens e Ajudas de Custo Diárias 210,000

CUSTOS DE PROGRAMAS

Trabalho Terceirizado para o Pilar 1 Montante Fixo 0 0 0

Trabalho Terceirizado para o Pilar 2 - ECI e Mecanismo de Accionamento Montante Fixo 0 0 0

Trabalho Terceirizado para o Pilar 2 - Modelagem do Risco Montante Fixo 200,000 2 400,000

Pilar 2 - Análise de Modelagem por uma Empresa Externa de Modelagem do Risco Montante Fixo 100,000 1 100,000

500,000

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Fornecimentos e Equipamentos de Escritório Anual 10,000 1 10,000

Aluguer Mês 3,000 12 36,000

Equipamentos de TIC/TI Anual 2,100 2 4,200

Serviços de TIC/TI (Incluindo TIC per capita) Mês 3,000 12 36,000

86,200

TOTAL DE CUSTOS DIRECTOS 2,167,880 1,678,140

Custos de Apoio Indirecto Taxa 151,751.61 7% 117,470

TOTAL DE CUSTOS 2,319,632 1,795,610

2016USD

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Produtos de Seguro contra Surtos e Epidemias (O&E) da ARC2015

Rubrica Orçamental Localização Unidade CustoCusto

Unitário

Quantid

adeCusto

CUSTOS COM O PESSOAL USD USD

Equipa Principal de O&E

Gestor do Programa Principal de OnE, P5 P5 Joanesburgo Mês 23,085 10 230,850

Funcionário Sénior de Saúde Pública, P4 P4 Joanesburgo Mês 19,300 6 115,800

Funcionário de Planificação de Contingência P3 P3 Joanesburgo Mês 15,280 0 0

Recurso Adicionais da Agência

Director-Geral ASG Joanesburgo Mês 1,587 12 19,047

Director de Pesquisa e Desenvolvimento D1 Nova Iorque Mês 2,460 12 29,520

Gestor do Projecto P3 Joanesburgo Mês 1,528 12 18,336

Gestor do Programa nos Países (2 pax) P3 Joanesburgo Mês 6,112 6 36,672

Gestor Principal de Serviço ao Cliente para

Transferência de Risco P4Joanesburgo Mês 1,930 0 0

Subtotal de Custos com o Pessoal 450,225

CUSTOS DE GESTÃO E JURÍDICOS

Honorários do Comité Consultivo (7 pessoas) Dias 500 14 7,000

Reuniões do Comité Consultivo Reunião 70,000 1 70,000Conselheiro Jurídico (Contratos, Apreciação dos

Projectos de Lei da ARC, Limitada, Relações com os

Membros) Dias700 20 14,000

Subtotal de Custos de Gestão 91,000

CONSULTORES

Programador de Software Dias 550 20 11,000Analista de Políticas (Relações com a UA/Governo,

Apresentação de Relatórios dos Doadores,

Comunicações) Escalão P3Joanesburgo Meses

7,0006 42,000

Designer Gráfico (Relatórios e Visualização) Dias 440 20 8,800

Revisão Independente das Normas e Orientações de

Planificação de Contingência Dias450 21 9,450

Tradução Dias 300 30 9,000

Relações Pública (Empresa) Montante Fixo 100,000 1 100,000

Subtotal de Consultores 180,250

VIAGENS E AJUDAS DE CUSTO DIARIAS

Viagens aos Países Viagem/Pessoa 2,400 30 72,000

Conferências e Desenvolvimento de Parcerias Viagem/Pessoa 7,000 4 28,000

Workshops e Reuniões Workshop 40,000 3 120,000

Conferência dos Ministros Africanos da Saúde Conferência 350,000 0 0

Subtotal de Viagens e Ajudas de Custo Diárias 220,000

CUSTOS DE PROGRAMASTrabalho Terceirizado - Criação de Perfil de Risco e

Modelagem inicial do Risco para Agentes Patogénicos 1,

3 países Montante Fixo 350,000 1 350,000

Trabalho Terceirizado -Normas e Orientações de Planificação de Contingência Montante Fixo 250,000 1 250,000

Trabalho Terceirizado (ARC, Limitada e Equipa) -

Mecanismo de Indexação e Accionamento Montante Fixo 0 0 0

Análise da Modelagem por uma Empresa de Modelagem do Risco Montante Fixo 0 0 0

Trabalho Terceirizado - Concepção do Estudo para a Cobertura da Réplica de Apólice Montante Fixo 150,000 1 150,000

Trabalho Terceirizado - Modelagem do Risco para Agentes Patogénicos adicionais Montante Fixo 60,000 0 0

Equipa da ARC – Personalização por país/especificação do contrato Montante Fixo 100,000 3 300,000

Subtotal de Custos de Programas 1,050,000

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Fornecimentos e Equipamentos de Escritório Anual 10,000 1 10,000

Aluguer Mês 1,000 12 12,000

Equipamentos de TIC/TI Anual 2,100 3 6,300

Serviços de TIC/TI - Internet,telefones, Serviços e Apoio de RB Mês 3,000 12 36,000

Custo das TIC per capita – Serviços Corporativos de TI do PAM pppq 414 8 3,308

Subtotal de Equipamentos e Materiais 67,608

TOTAL DE CUSTOS DIRECTOS 2,059,083

Custos de Apoio Indirecto Taxa 7% 144,136

TOTAL DE CUSTOS - 2,203,219

2016

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ANEXO 5

Normas de Conformidade

I. Antecedentes

O Acordo de Estabelecimento da Agência Capacidade Africana de Risco (ARC) (Acordo de Estabelecimento) concede à Conferência das Partes (CoP) da ARC a autoridade para “adoptar normas para garantir a conformidade das partes com os Planos de Contingência aprovados (Normas de Conformidade)10.” O Conselho de Administração da Agência ARC (Conselho) é responsável pelo acompanhamento da implementação dos Planos de Contingência e pela aplicação das Normas de Conformidade, caso necessário11. As Normas de Conformidade ajudam a garantir a integridade e a continuidade da ARC, e são, portanto, uma parte essencial da estrutura geral da ARC.

1. Importância dos Planos de Contingência

A ARC tem como objectivo melhorar a velocidade com que as actividades de resposta às calamidades naturais são implementadas nos Estados-membros participantes da ARC (Membros), através da disponibilização atempada e previsível de fundos. O objectivo dos Planos de Contingência é o de delinear a utilização de um pagamento de seguro da ARC (Pagamento da ARC) da Companhia de Seguros ARC, Limitada (ARC, Limitada) com antecedência para que caso um Membro receba o referido pagamento numa situação de calamidade natural, esteja preparado para utilizar os fundos de forma imediata e eficaz, aproveitando as vantagens da intervenção com antecedência. Essa planificação é essencial para garantir que os Pagamentos da ARC sejam utilizados de forma eficaz.

A elaboração e seguimento de um Plano de Contingência é igualmente importante para garantir a integridade da ARC e o seu acesso contínuo ao financiamento. Nos seus primeiros anos, a Companhia de Seguros ARC, Limitada, será capitalizada pelos parceiros de desenvolvimento, embora esteja previsto que ao longo do tempo a Companhia de Seguros ARC, Limitada, se torne financeiramente auto-suficiente. A Companhia de Seguros ARC, Limitada, contará igualmente com as transacções financeiras baseadas no mercado para gestão do risco. Ambos os mercados financeiros e os parceiros de desenvolvimento serão muito sensíveis à percepção de que os pagamentos de seguro da Companhia de Seguros ARC, Limitada, sejam utilizados de forma indevida. Tanto a CoP como o Conselho de Administração têm um papel fundamental a desempenhar para garantir que os pagamentos da Companhia de Seguros ARC, Limitada, sejam utilizados de forma eficaz, mantendo assim a reputação da ARC.

2. Normas e Orientações de Planificação de Contingência

O Acordo de Estabelecimento exige que o Conselho de Administração estabeleça normas para a elaboração e actualização dos Planos de Contingência12. De acordo com as Normas e Orientações dos Planos de Contingência (Normas de Planificação de Contingência) que foram aprovados pelo Conselho de Administração13, os Membros deverão apresentar dois tipos diferentes de planos: Planos de Operações e Planos de Implementação Final (colectivamente, os Planos), que, em conjunto, constituem o Plano de Contingência de um Membro.

10 Consultar a alínea (h) do parágrafo 2 do Artigo 13º do Acordo de Estabelecimento. 11 Consultar a alínea (m) do parágrafo 1 do Artigo 15º do Acordo de Estabelecimento. 12 Consultar a alínea (k-l) do parágrafo 1 do Artigo 15º do Acordo de Estabelecimento. 13 Consultar as Normas de Planificação de Contingência,Documentos de Referência da CoP.

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Para subscrever a um seguro da Companhia de Seguros ARCLimitada, um Membro deve ter um Plano de Operações aprovado pelo Conselho de Administração14. Esse Plano de Operações deve satisfazer os critérios dos Planos de Operações estabelecidos nas Normas de Planificação de Contingência. Os Planos de Operações devem ser flexíveis. Alguns Membros podem propor diversas actividades potenciais que poderiam ser financiadas por um pagamento da ARC com a intenção de escolher entre as actividades com base na situação específica, no momento de um pagamento. Outros Membros podem incluir apenas uma actividade que acreditam será adequada em qualquer situação de calamidade natural. Cada actividade proposta deve ter tanto um Plano de Operações e um projecto de Plano de Implementação15.

Quando um Membro tenha um Plano de Operações aprovado e reúna todos os Critérios para a Concessão dos Certificados de Regularidade (Critérios CGS) adoptados pela CoP16, pode adquirir seguro da Companhia de Seguros ARC, Limitada. Caso certas condições sejam cumpridas17, os membros afectados serão obrigados a apresentar um Plano de Implementação Final (FIP), detalhando como o pagamento da ARC seria disponibilizado, dada a situação específica. O FIP deve ser uma versão mais detalhada do projecto de Plano de Implementação que os Membros apresentaram antes de adquirir o seguro, e deve incluir apenas as actividades que foram previamente aprovadas como parte do Plano de Operações. Caso um Membro deseja implementar uma actividade que não tenha sido incluída no seu Plano de Operações aprovado, pode alterar o seu Plano de Operações antes da apresentação do FIP, ou pode pedir uma renúncia do Conselho de Administração caso queira alterar o seu FIP depois do início da implementação18. A Companhia de Seguros ARC, Limitada, não pode fazer um pagamento de seguro até que o Conselho de Administração aprove o FIP.

O que constitui um plano adequado irá variar de Membro para Membro, mas qualquer Plano que um determinado Membro apresente, será importante que o Membro utilize o pagamento de seguro da ARC, Limitada, de uma forma que esteja de acordo com esses Planos. O Conselho de Administração irá fazer o acompanhamento da conformidade de cada Membro por meio do processo de monitorização e avaliação, confiando nos Relatórios de Acompanhamento fornecidos ao Secretariado.

3. Monitorização e Avaliação

Quando um Membro recebe um pagamento da ARC, deve começar imediatamente a implementação do seu FIP aprovado para ajudar as comunidades afectadas (Implementação do FIP). A Implementação do FIP é acompanhada através da apresentação de relatórios regulares pelos Membros, detalhando a utilização do Pagamento da ARC. A apresentação dos relatórios dos Membros inclui:

i. Discussões regulares com o pessoal do Secretariado;

ii. Apresentação de relatórios mensais durante a operação; e

14 Consultar a alínea (k-l) do parágrafo 1 do Artigo 15º do Acordo de Estabelecimento. 15 Normas de Planificação de Contingência, Planos de Operações.

16 Relatório e Decisões da Segunda Conferência das Partes da Agência Capacidade Africana de Risco (ARC), alínea (i) do parágrafo 9 17 No caso de seca, será necessário um FIP caso um prémio seja provável, com probabilidade de ser definida como: i. quando a certeza de um pagamento de seguro é maior do que 70%, dentro do prazo de dois meses da possível data de pagamento; ou ii. caso no final da janela de sementeira definido no contrato de seguro, seja determinado que um país terá direito a um pagamento de seguro, independentemente das condições de precipitação para o restante da temporada segurada. O Director-Geral da Agência ARC poderá igualmente declarar um provável pagamento com base no acompanhamento do Software Africa RISKview. No caso de uma calamidade súbita, como inundações ou ciclones tropicais, será exigido um FIP quando um pagamento for accionado, e poderão ser revistos utilizando um processo modificado. 18 Secção 1 e Anexo 5 das Normas.

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iii. Um Relatório de Implementação Final, detalhando os aspectos financeiros e operacionais de todo o processo de implementação (Relatório de Implementação Final) (colectivamente, os Relatórios dos Estados).

Além dos Relatórios dos Membros, a Agência ARC contacta empresas independentes para realizar auditorias dos processos e financeiras das Implementações dos FIP (colectivamente, Relatórios de Auditoria). Uma Linha Directa de Denúncia, descrita no Anexo 1 da presente Norma, foi criada para permitir que os oficiais governamentais e funcionários dos parceiros de implementação possam comunicar os problemas com a Implementação do FIP de foma anónima.

O Secretariado avalia o Relatório de Implementação Final, os Relatórios de Auditoria, e quaisquer informações recebidas através da Linha Directa de Denúncia (colectivamente, Relatórios de Acompanhamento) e os relatórios ao Conselho de Administração sobre os progressos na Implementação do FIP. O Conselho de Administração é responsável pela análise dos relatórios do Secretariado e pela tomada de medidas, caso necessário, para auxiliar os Membros a cumprir com os seus Planos de Contingência aprovados. Caso, tenha sido concluída a Implementação do FIP, e os Relatórios de Acompanhamento indiquem que um Membro não seguiu os seus Planos aprovados ou não tenha conseguido utilizar o seu Pagamento da ARC de uma forma que esteja de acordo com os princípios da ARC, então o Conselho de Administração deverá dar início a um inquérito nos termos das presentes Normas de Conformidade (Inquérito de Conformidade). O Conselho de Administração poderá lançar um Inquérito de Conformidade durante a Implementação do FIP em curso apenas em circunstâncias extraordinárias, quando o Conselho de Administração tenha motivos para crer que tenha havido desvio de fundos flagrante, conforme abaixo definido. Em todos os outros casos, o Inquérito de Conformidade deverá ser lançado após ter sido concluída a Implementação do FIP.

II. Etapas de um Inquérito de Conformidade

1. Visão Geral

Cada Membro será obrigado a apresentar o seu Relatório Final de Implementação, que irá demonstrar que o Membro cumpriu com os seus Planos Aprovados, dentro dos prazos estabelecidos pelo Conselho de Administração nas normas-modelo de apresentação de relatórios e nas Normas de Planificação de Contingência. O Secretariado deverá apreciar os Relatórios de Monitorização e, no caso de uma indicação de que um Membro se tenha desviado do seu Plano de uma forma material19, deverá levar o aparente desvio à atenção do Conselho de Administração e do Membro20. Caso os Relatórios de Acompanhamento não sejam suficientes para demonstrar que um dos Membros tenha cumprido com os seus Planos aprovados, ou um Membro não tenha apresentado o seu Relatório de Implementação Final, o Conselho de Administração pode ser forçado a assumir que o Membro não cumpriu com os seus Planos aprovados e tomar medidas em conformidade.

O Membro terá então seis semanas para dar uma explicação por escrito de qualquer aparente desvio, caso não tenha já dado uma explicação nos Relatórios de Monitorização. O Secretariado irá disponibilizar os Relatórios de Monitorização, um relatório do Secretariado e a explicação por escrito do Membro ao Conselho de Administração para apreciação.

19 Desvio Material é definido como um desvio 1. com um valor monetário de 10% do total do pagamento; 2. quando não há provas suficientes da atribuição do pagamento; 3. quando existem indícios de prevaricação, incluindo lavagem de dinheiro, peculato, suborno; 4. quando houver 10% ou maior desvio em relação aos indicadores do quadro lógico; ou 5. uma combinação desses factores. 20 Nos termos do Acordo de Estabelecimento, o Secretariado é responsável por monitorizar o cumprimento pelas Partes dos Planos de Contingência Aprovados. Ao aprovar essas Normas de Conformidade, a CoP está a autorizar o Secretariado a tomar as medidas descritas nas presentes Normas, conforme necessárias para facilitar e apoiar o trabalho do Conselho de Administração e da CoP.

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O Conselho de Administração deve, então, tomar as seguintes medidas, descritas em detalhes nas Secções 2-7 abaixo, para avaliar a gravidade do desvio e determinar o curso de acção apropriada para garantir a conformidade:

1. Determinar o tipo de desvio. Um Membro será considerado como tendo-se desviado dos seus Planos Aprovados por uma variedade de razões, mas é provável que um desvio se encaixe numa das seguintes categorias:

a. Desvio Intencional. Um Desvio Intencional é um desvio que é feito para responder a um evento dramático ou imprevisível, mas ainda está em consonância com os princípios da ARC. Por exemplo, caso uma outra calamidade natural ocorra enquanto o Membro esteja a implementar os seus Planos Aprovados, esse Membro pode ser obrigado a disponibilizar o seu pagamento da Companhia de Seguros ARC, Limitada, de uma forma diferente dos planos originais, mas ainda é razoável dadas as circunstâncias.

b. Desvio Não Intencional. Um Desvio Não Intencional é um desvio que resulta de uma falha involuntária na implementação dos Planos Aprovados.

c. Desvio de Fundos . O Desvio de Fundos é um desvio dos Planos Aprovados que é intencional e não está em conformidade com os princípios da ARC.

2. Âmbito do Desvio. O Conselho de Administração deve determinar a natureza e magnitude do desvio.

3. Causa do Desvio. O Conselho de Administração deve determinar a causa do desvio dos Planos Aprovados.

4. Danos. O Conselho de Administração deve averiguar os Danos e custo monetário global do desvio.

5. Penalização. Com base no tipo de desvio, seu âmbito, causa e Danos resultantes do desvio, o Conselho de Administração deve determinar a penalização apropriada.

2. Desvios Intencionais

É possível que um Membro se encontre numa situação em que a melhor utilização de um pagamento da ARC é uma actividade que não tenha sido incluída no seu Plano de Operações. Nesse caso, o Membro pode intencionalmente desviar-se dos seus Planos Aprovados de uma forma que esteja de acordo com os princípios da ARC e seja razoável, dadas as circunstâncias. Isto deve ser considerado um Desvio Intencional.

Caso o Conselho de Administração determine que um Membro cometeu um Desvio Intencional, deve analisar as seguintes questões:

1. Âmbito do Desvio

Quando sejam cumpridas as condições exigidas para a apresentação de um Plano de Implementação Final, o Membro deve escolher qual das actividades propostas do seu Plano de Operações são as mais apropriadas para a situação de emergência que enfrenta.

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Deverá, então, apresentar um FIP que estabelece os detalhes da implementação de qualquer actividade que o Membro tenha escolhido.

Caso um Membro deseja implementar uma actividade que não apareça no seu Plano de Operações, pode alterar o Plano de Operações para incluir essa actividade antes de apresentar um FIP. As Geras para a alteração dos Planos de Operações constam nas Normas de Planificação de Contingência .21 De igual modo, caso um Membro experimente um evento inesperado após a apresentação do seu FIP ou descubra a partir da pesquisa da avaliação das necessidades que seria preferível aplicar uma actividade diferente, ou caso o tempo disponível não seja suficiente para alterar o Plano de Operações, o Membro pode pedir uma Renúncia de Emergência. O processo de pedido de Renúncia de Emergência está igualmente incluído nas Normas de Planificação de Contingência 22.

Caso um Membro vá adiante com a actividade não autorizada sem buscar uma renúncia ou a aprovação do Conselho de Administração, o Conselho de Administração deve analisar se o Membro teve tempo para buscar a aprovação e optou por não o fazer, ou se não teve tempo para buscar aprovação do Conselho de Administração. O Conselho de Administração pode desejar obter informações adicionais do Membro para esclarecer o momento e a intenção do desvio. Caso um Membro teve a oportunidade de buscar a aprovação do Conselho de Administração e não o fez, o Conselho de Administração deve ter isso em consideração para determinar a Penalização.

2. Causa do Desvio

O Conselho de Administração deve, em seguida, analisar a causa do desvio. Isto está intimamente ligado ao âmbito e tempo como a causa de um Desvio Intencional pode ser um evento. Caso o desvio tenha sido precipitado por um planeamento incompleto ou pela falta de consideração adequada dos eventos, o Conselho de Administração pode querer impor restrições adicionais sobre o Membro nos futuros Planos. Caso o desvio tenha sido causado por eventos que não poderiam ter sido previstos ou mitigados, então, o Conselho de Administração pode decidir não impor qualquer penalização ou restrições. O Conselho de Administração deve igualmente procurar obter todas as informações que identificam o processo de tomada de decisão em torno do desvio, do qual as partes envolvidas e a que nível de governo as decisões foram tomadas.

3. Danos

O Conselho de Administração deve verificar se não havia nenhum Dano e custo monetário associados ao Desvio Intencional, conforme descrito na Secção 5 abaixo.

4. Penalização.

Com base nas respostas às perguntas acima, o Conselho de Administração determinará a penalização apropriada, conforme descrito na Secção 6 abaixo.

3. Desvios Não Intencionais

Um Desvio Não Intencional é um desvio que resulta de uma falha involuntária na implementação dos Planos aprovados. O Conselho de Administração deve avaliar o âmbito do desvio e quaisquer Danos que resultaram deste para determinar qualquer penalização que possa ser aplicada.

21 Normas de Planificação de Contingência. 22 Normas de Planificação de Contingência.

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1. Âmbito do Desvio

O Conselho de Administração deve analisar a extensão da incapacidade de seguir os Planos Aprovados, incluindo, mas não limitado às seguintes questões:

a. Qual foi a natureza e extensão do desvio?

b. Podem os desvios ser isolados a uma única causa, ou houve problemas durante a implementação?

c. Caso um Membro implementou mais de uma actividade, os desvios estiveram presentes em cada actividade ou apenas um?

2. Causa do Desvio

O Conselho de Administração deve analisar as seguintes causas de desvio, incluindo, mas não limitadas às seguintes questões:

a. Será que os problemas derivam de falhas nos próprios, ou a partir da implementação dos Planos?

b. Será que factores externos fora do controlo do Membro, como as consequências de eventos climáticos ou indisponibilidade imprevisível de determinados bens alimentares nos mercados, causam o desvio?

c. Será que o Membro não têm os recursos necessários para implementar adequadamente os seus Planos propostos?

d. Foi resultado de um planeamento incompleto?

e. Foi o resultado de uma falta de monitorização e supervisão?

f. A Agência ARC poderia e deveria ter ajudado o Membro a cumprir com os seus Planos?

g. Haviam outros factores atenuantes?

h. Será que o país percebeu que estava se desviando durante a implementação?

i. Que acções foram tomadas para tentar mitigar os desvios, caso houver?

3. Danos

O Conselho de Administração deve verificar se não havia nenhum dano e custo monetário associados ao Desvio Não Intencional, de acordo com a Secção 5 abaixo.

4. Penalização

Com base nas respostas às perguntas acima, o Conselho de Administração irá determina a penalização apropriada, conforme descrito na Secção 6 abaixo.

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4. Desvio de Fundos

O Desvio de Fundos é o desvio mais grave, e aquele que terá o maior impacto sobre a reputação e sustentabilidade da ARC. Conforme acima mencionado, os parceiros de desenvolvimento e os mercados financeiros serão sensíveis a ambas as más utilizações reais e aparentes de pagamentos de seguros da ARC. Assim, é fundamental que o Conselho de Administração seja capaz de responder de forma eficaz ao Desvio de Fundos.

Em determinadas circunstâncias, um atraso na utilização dos fundos pode constituir uma forma de Desvio de Fundos. Esse atraso é o não cumprimento do prazo inicialmente estabelecido nas Normas de Planificação de Contingência para a utilização dos fundos da ARC, e com base na qual os planos foram aprovados. Dependendo de sua extensão, um atraso na utilização dos fundos pode constituir um desvio significativo, comprometendo a resposta atempada que caracteriza a utilização regular de pagamentos da ARC, e, deste modo, ter impacto na reputação e credibilidade da ARC. Caso um Membro tenha cumprido com os seus Planos aprovados deve ser perceptível a partir dos Relatórios de Monitorização. No entanto, pode não ser fácil determinar se um Membro fez intencionalmente o Desvio de Fundos ou o tenha feito de forma não intencional. Caso o Conselho de Administração suspeite que o Membro fez intencionalmente o Desvio de Fundos, o Conselho de Administração pode tomar uma das seguintes medidas adicionais:

1. Solicitar informações adicionais ao Membro. Como é o caso de qualquer desvio, se Relatórios de Monitorização de um Membro não são suficientes para demonstrar que o Membro tenha cumprido com os seus Planos Aprovados, o Conselho de Administração pode ser forçado a assumir que o Membro não cumpriu. Para evitar tal situação, o Conselho de Administração poderá solicitar informações adicionais ao Membro;

2. Envolver uma terceira parte independente para realizar uma avaliação ou investigação da situação. Caso a necessidade de uma avaliação independente é o resultado de comunicação inadequada do Membro, este deverá arcar com o custo da avaliação independente. Caso a avaliação independente seja necessária por outro motivo, a Agência ARC pode arcar com o custo, a critério exclusivo do Conselho de Administração.

Uma vez que o Conselho de Administração disponha de informações suficientes sobre o desvio, deve analisar as seguintes questões.

1. Âmbito do Desvio

O Conselho de Administração deve analisar a extensão da incapacidade de seguimento dos Planos Aprovados, incluindo, mas não limitado às seguintes questões:

a. Qual foi a natureza e extensão do Desvio de Fundos?

b. Houve vários exemplos de Desvio de Fundos, ou apenas um?

c. O Desvio de Fundos foi sistemático em toda a implementação, ou pode ser localizado num único indivíduo ou grupo?

d. O auditor independente foi enganado?

e. A Agência ARC foi enganada?

f. Houve outra fraude?

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g. O relatório final foi impreciso ou incompleto, ou continha distorções?

h. Esse Membro desviou fundos de pagamentos da ARC anteriores?

i. Quantas vezes a Membro desviou dos seus Planos Aprovados, incluindo Desvio Intencionals e Desvio Não Intencionals?

2. Causa do Desvio

O Conselho de Administração deve analisar a seguinte causa do desvio, incluindo, mas não limitada às seguintes questões:

a. O Desvio de Fundos foi intencional ou não intencional?

b. Caso tenha sido intencional, qual era o grau de energia comprometido para o surgimento do desvio?

c. O Membro não têm os recursos necessários para supervisionar adequadamente com os seus Planos propostos?

d. Em que nível de implementação que ocorreu o Desvio de Fundos? Foi perpetrado por altos funcionários do governo, ou a nível local?

e. O que poderia e deveria ter sido feito pelo Membro ou pela Agência ARC para evitar o Desvio de Fundos?

3. Danos

O Conselho de Administração deve verificar se não havia nenhum Dano e custo monetário associado com o Desvio de Fundos, conforme descrito na Secção 5 abaixo.

4. Penalização

Com base nas respostas às questões acima, o Conselho de Administração irá determinar a penalização adequada, com base na lista na Secção 6 abaixo.

5. Avaliação dos danos

O Conselho de Administração deve analisar a extensão dos Danos causados pelo desvio dos Planos Aprovados, ao determinar uma penalização.

1. Qual o valor monetário dos fundos que foram desviados?

a. Classe I: entre 5% e 15% do valor monetário total do pagamento da ARC;

b. Classe II: entre 15% e 25% do valor monetário total do pagamento da ARC;

c. Classe III: maior do que 25% do valor monetário total do pagamento de da ARC.

2. Quantos desvios houve?

3. Qual foi o valor monetário total de todos os desvios juntos?

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4. Qual foi o valor monetário de cada desvio separadamente? Foi um único grande desvio, ou uma série de pequenos desvios?

5. É possível avaliar os Danos monetários para os potenciais beneficiários que não receberam assistência a que possam ter direito?

6. Será que os potenciais beneficiários ou beneficiários reais sofreram danos não monetários?

7. Havia outros Danos não-monetários, como resultado do desvio, como danos à reputação?

O Desvio de Fundos com um valor monetário na Classe II ou III, ou um Desvio Intencional ou Não Intencional com um valor monetário na Classe III deve ser considerado Desvio Grave.

6. Possíveis Penalizações

O Conselho de Administração deve analisar tanto o valor monetário e as circunstâncias do desvio, como se foi intencional e se o Membro tomou quaisquer medidas para minimizar o desvio. Uma única penalização poderá ser aplicada, ou uma combinação de sanções, conforme o Conselho de Administração achar adequado à situação. Abaixo apresentamos uma variedade de sugestões de penalizações. No entanto, o Conselho de Administração pode avaliar outras penalizações que considere adequadas.

1. Monitorização Adicional. Para desvios menos graves, particularmente para Desvios Não Intencionals, o Conselho de Administração pode exigir que o Membro realize monitorização adicional ou independente de quaisquer futuros pagamentos no Certificado de Regularidade do Membro. A Monitorização Adicional poderia ser feita pelo Secretariado da ARC ou por um monitor externo independente e deve ser paga a partir do pagamento de seguro;

2. Restrições nos Futuros Planos. O Conselho de Administração pode proibir o Membro de realizar certas actividades com os futuros pagamentos, ou exigir que essas actividades só possam ser implementadas caso os parceiros de implementação adicionais e/ou de controlo estiverem envolvidos;

3. Remoção do Certificado de Regularidade. O Conselho de Administração pode retirar o Certificado de Regularidade de um Membro e exigir que para o seu Certificado de Regularidade sejam reenviandos os Planos de Operações para aprovação;

4. Suspensão. Para desvios graves, o Membro pode ter o seu Certificado de Regularidade suspenso, podendo ser impedido de receber mais um Certificado de Regularidade para um período de 1 a 10 anos, a critério do Conselho de Administração. Para os desvios mais graves, o Membro pode ser suspenso de participar na Agência ARC. Caso o Conselho de Administração recomende qualquer tipo de suspensão do Membro, a sua decisão deve ser revista pela CoP;

5. Reembolso. Caso o Membro cometa um desvio, pode ser obrigado a pagar o seu pagamento de seguro, o total ou em parte, à Companhia de Seguros ARC, Limitada,. Caso o Membro seja suspenso, será exigida o referido reembolso. Em outros casos, o reembolso é deixado a critério do Conselho de Administração. O Membro pode não receber um novo Certificado de Regularidade e, portanto, não pode celebrar um seguro da Companhia de Seguros ARC, Limitada, até que tenha reembolsado os fundos necessários.

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7. Processo Adjudicatório

Os passos para chegar a uma decisão a respeito de um desvio dos Planos Aprovados devem proceder da seguinte forma:

1. Caso o Secretariado determine que um Membro pode ter violado os seus Planos, deve apresentar a suspeita de desvio à atenção do Conselho de Administração e ao Membro. O Membro terá então seis semanas para dar uma explicação por escrito de qualquer desvio aparente. O Secretariado irá fornecer os Relatórios de Monitorização, um Relatório do Secretariado e a explicação por escrito do Membro ao Conselho de Administração para apreciação;

2. O Conselho de Administração deverá reunir-se para analisar os Relatórios de Monitorização, explicação por escrito do Membro e o relatório do Secretariado. Caso o Conselho de Administração entenda que o desvio é grave, por exemplo, porque houve um alegado Desvio de Fundos, o desvio tinha um alto valor monetário, ou outras circunstâncias, pode suspender temporariamente o Membro e o seu Certificado de Regularidade, enquanto se aguarda por uma decisão. O Conselho de Administração poderá estabelecer uma comissão para conduzir a revisão inicial de um alegado desvio. Pode igualmente envolver uma terceira parte independente para realizar uma avaliação ou investigação da situação;

3. O Conselho de Administração deverá notificar o Membro, por escrito, que está a avaliar a conformidade do Membro, incluindo uma explicação sobre o tipo de acções tomadas ou previstas, e as razões por trás da decisão;

4. O Conselho de Administração deve definir uma data e hora em que o Membro pode responder à notificação do Conselho de Administração, bem como estabelecer directrizes para o tipo de informação que deve ser fornecida;

5. Caso o Conselho de Administração julgar necessário, pode estabelecer uma data e hora para que os representantes do Membro compareçam pessoalmente perante o Conselho de Administração para responder às questões;

6. O Conselho de Administração irá, em seguida, reunir-se para analisar a situação do Membro e tomar uma decisão a respeito do alegado desvio. O Conselho de Administração deve apresentar um relatório escrito das suas conclusões. Essas decisões serão tomadas pelo Conselho de Administração em si, ao invés de uma comissão;

7. Caso o Conselho de Administração determine que o desvio do Membro constitui um Desvio de Fundos com um valor monetário na Classe II ou III, ou um Desvio Intencional ou Não Intencional com um valor monetário na Classe III, deve informar à CoP que houve um Desvio Grave;

8. No caso de um desvio grave, a CoP deve rever a decisão do Conselho de Administração e tomar a decisão final quanto à penalização. O Certificado de Regularidade do Membro em questão deverá ser suspenso, ou caso o Membro ainda deve solicitar um novo Certificado de Regularidade, nenhum deverá ser concedido, até a CoP tomar a sua decisão final;

9. Quando houver um desvio grave, o Conselho de Administração deve apresentar a sua decisão à CoP, juntamente com toda a documentação de apoio, Relatórios de Monitorização,

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Relatório do Secretariado e quaisquer documentos apresentados pelo Membro. O Membro será autorizado a apresentar uma declaração escrita em seu próprio nome à CoP;

10. Em casos de Desvio Grave, qualquer penalização avaliada não entrará em vigor até que a CoP tenha tomado a sua decisão final;

11. Qualquer decisão da CoP será definitiva.

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ANEXO 1: Política e Procedimentos da Linha Directa de Denúncia

I. PRINCÍPIOS

(A) A Agência Especializada Capacidade Africana de Risco (Agência ARC) tem o dever de garantir que todos os fundos concedidos aos Estados-membros da ARC (Membros), através de pagamentos de seguros da Companhia de Seguros ARC, Limitada (ARC, Limitada), sejam utilizados de uma forma transparente e responsável, em plena conformidade com Planos de Contingência aprovados dos Membros e com as Normas e Orientações de Planificação de Contingência da ARCO (Normas de Planificação de Contingencia).

(B) A utilização inadequada de fundos da ARC não será tolerada. A Agência ARC não aceitará qualquer prática corrupta, fraudulenta ou colusiva na utilização de pagamentos de seguros da ARC, Limitada (Pagamentos da ARC). Quaisquer denúncias recebidas pelo Secretariado da ARC através da Linha Directa de Denúncia da ARC será tratada prontamente, em conformidade com a presente Política e Procedimentos da Linha Directa de Denúncia (Política) e as Normas de Conformidade.

II. RESUMO DA POLÍTICA

Os procedimentos de monitorização e avaliação que a ARC aplica para o acompanhamento da utilização dos pagamentos de seguros são destinados a detectar, prevenir ou impedir actividades indevidas. No entanto, mesmo os melhores sistemas de controlo não podem dar garantias absolutas contra as irregularidades. Podem ocorrer violações intencionais e não intencionais da Normas de Planificação de Contingencia e dos Planos de Contingência aprovados. As Normas de Conformidade adoptadas pela Conferência das Partes (CoP) da Agência ARC permitem que o Conselho de Administração detecte e investigue desvios dos Planos de Contingência identificados após a utilização de Pagamentos da ARC e da apresentação de Relatórios de Acompanhamento23. No entanto, os desvios dos Planos de Contingência aprovados e utilização indevida dos pagamentos da ARC podem ser detectados numa fase anterior da implementação e a ARC tem a responsabilidade de investigar as alegações credíveis de suspeita de utilização indevida de fundos da ARC o mais rapidamente possível. As informações recolhidas através da Linha Directa de Denúncia da ARC devem ser consideradas no Mecanismo de Revisão Intercalar da Implementação e nas Normas de Conformidade, dependendo do momento de alegação.

Indivíduos são incentivados a utilizar a orientação prestada pela presente Política de comunicação de todas as alegações de suspeita de utilização indevida de Pagamentos da ARC, e os funcionários do Secretariado da ARC devem utilizar esses procedimentos para dar resposta de forma adequada a tais alegações. A ARC mantém a prerrogativa de determinar, quando as circunstâncias o justifiquem, uma investigação e, em conformidade com a presente Política e legislações e regulamentos aplicáveis, o processo de investigação adequada para ser empregue.

III. DEFINIÇÕES

Para efeitos da presente Política, os termos e expressões abaixo terão o seguinte significado:

23 Os Relatórios de Acompanhamento são definidos nas Normas de Conformidade como incluindo: discussões regulares entre os Membros e Funcionários do Secretariado; relatórios mensais durante a Operação; Relatórios Finais de Implementação, detalhando os aspectos financeiros e operacionais de todo o processo de implementação; Auditorias do Processo e Financeira dos pagamentos de seguros e relatos feitos à Linha Directa de Denúncia. Consultar, as Normas de Conformidade na Secção I (3).

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Pagamento da ARC significa o pagamento do seguro feito pela ARC, Limitada, a um membro, accionado por força de uma apólice de seguro adquirida pelo Membro da ARC, Limitada;

Prática Colusiva significa um acordo entre duas ou mais partes visando lograr um objectivo impróprio, incluindo mas não limitado a, influenciar indevidamente as acções de outra parte e que levam à utilização indevida de um pagamento da ARC;

Normas e Orientações de Planificação de Contingência significa as normas estabelecidas pelo Conselho de Administração da Agência ARC para a elaboração e actualização dos Planos de Contingência apresentados pelos Membros;

Planos de Contingência significa o Plano de Operações e o Plano de Implementação Final apresentado pelos Membros;

Práticas Corruptas significa oferecer, dar, receber ou solicitar, directa ou indirectamente, ou tentar fazê-lo, qualquer coisa de valor para influenciar indevidamente as acções de outra parte, afectando a utilização adequada de um pagamento da ARC;

Prática Fraudulenta significa qualquer acto ou omissão, incluindo qualquer declaração falsa, com conhecimento de causa que engane ou tente enganar uma parte para obter qualquer benefício financeiro ou de outra natureza ou para evitar qualquer obrigação, levando a uma utilização indevida de um pagamento da ARC;

Utilização Indevida de Pagamentos da ARC significa qualquer utilização indevida de parte ou da totalidade de um pagamento da ARC, ilustrado por um desvio das disposições das Normas de Planificação de Contingencia, dos planos aprovados do país ou dos princípios da ARC;

Agente Independente significa a empresa independente seleccionada pela Agência ARC para oferecer a Linha Directa de Denúncia para receber denúncias de violação das Normas de Planificação de Contingencia, desvios de planos aprovados ou qualquer outra utilização indevida dos pagamentos da ARC;

Monitorização & Avaliação significa o Funcionário de Monitorização e Avaliação que é funcionário do Secretariado da Agência ARC;

Provedor de Justiça significa o Membro do Conselho de Administração da Agência ARC designado para lidar com as denúncias de suspeitas de utilização indevida de pagamentos da ARC;

Secretariado significa o Secretariado da Agência ARC;

Secretário do Conselho significa o Secretário do Conselho de Administração da Agência ARC, conforme estabelecido no Regulamento Interno do Conselho de Administração da Agência ARC, e o funcionário designado pela Agência ARC para receber informações de alegações de suspeitas de utilização indevida de pagamentos da ARC a partir da Linha Directa de Denúncia;

Denunciante significa o indivíduo que presta informações iniciais relacionados a uma crença razoável de que tenha ocorrido uma utilização indevida de fundos da ARC;

Linha Directa de Denúncia significa o mecanismo externo disponibilizado pela Agência ARC para comunicar qualquer utilização indevida de um pagamento da ARC.

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IV. PROCEDIMENTOS DE COMUNICAÇÃO

1. A Agência ARC criou a Linha Directa de Denúncia como um mecanismo externo gerido pelo Agente Independente para qualquer indivíduo comunicar qualquer violação das Normas de Planificação de Contingencia, desvios dos planos aprovados ou qualquer outra utilização indevida dos pagamentos da ARC. Todas as denúncias são recebidas directamente pelo Agente Independente seleccionado pela Agência ARC e devem ser tratadas em conformidade com as normas de políticas e procedimentos estabelecidos pelo Agente Independente e revistos pela Agência ARC;

2. Tanto quanto possível, todas as denúncias sobre a utilização indevida de fundos da ARC devem ser tratadas com a máxima confidencialidade para proteger a identidade das pessoas envolvidas. No entanto, os denunciantes devem ser advertidos que a sua identidade pode se tornar conhecida por razões fora do controlo dos investigadores ou da Agência ARC;

3. Depois de receber a denúncia, o Agente Independente deverá garantir que a informação disponível é suficiente para realizar uma avaliação preliminar da denúncia. O Agente Independente deverá comunicar com o Secretariado da Agência ARC quanto à suficiência das informações antes de apresentar a denúncia;

4. Uma vez que sejam obtidas informações suficientes, o Agente Independente deverá transmitir a denúncia ao Director-Geral da Agência ARC, ao Provedor de Justiça e ao Funcionário de Monitorização e Avaliação, que deverão servir como funcionários designados pela Agência ARC para lidar com as denúncias de suspeita de utilização indevida de pagamentos da ARC.

V. AVALIAÇÃO PRELIMINAR

(A) Relatório de Avaliação Preliminar

1. O Funcionário de Monitorização e Avaliação, com o apoio do Conselheiro Jurídico da Agência ARC, deverá realizar uma avaliação preliminar da alegada utilização indevida do pagamento da ARC, com base nas informações disponíveis para o Secretariado e em consulta com o país-membro, conforme necessário e relevante;

2. O mais cedo possível, e no prazo de um mês a contar da recepção das alegações da suspeita de utilização indevida do pagamento da ARC, o Funcionário de Monitorização e Avaliação deve elaborar um relatório preliminar de avaliação a ser apresentado ao Provedor de Justiça e ao Director-Geral;

3. A avaliação preliminar deverá ter por como objectivo prestar ao Provedor de Justiça uma primeira apreciação da suspeita de utilização indevida do pagamento da ARC. O relatório de avaliação preliminar deve incluir as seguintes informações:

a. As alegações específicas;

b. As disposições da Normas de Planificação de Contingencia ou dos Planos aprovados que tenham sido violadas;

c. Uma descrição detalhada dos factos em torno da alegada utilização indevida de fundos da ARC;

d. As informações relativas aos principais actores da alegada utilização indevida de fundos da ARC: o denunciante, o indivíduo envolvido a nível governamental e potenciais testemunhas;

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e. O contexto da suspeita de actividade indevida, incluindo qualquer informação específica sobre o ambiente político, o ambiente de trabalho e as questões culturais que envolvem o caso;

f. Avaliação da reclamação; e

g. Recomendações específicas sobre curso adequado de acções para o Conselho de Administração.

4. As recomendações relativas a novas acções com respeito a suspeitas de actividades indevidas podem incluir:

a. Encerramento do caso, na ausência de provas suficientes de que tenha ocorrido a utilização indevida de um pagamento da ARC ou, de outra forma, realizar uma investigação formal caso a indicação de uma provável utilização indevida de fundos da ARC parece bem fundamentada com evidências;

b. Sugestão de peritos relevantes para fazer parte do Comite de Investigação;

c. Proposta de técnicas pertinentes a serem seguidas na condução da investigação formal; e

d. Recomendação de medidas preventivas contra os Membros onde alegadamente tenha ocorrido a utilização indevida de pagamentos da ARC, até a finalização do processo de investigação.

(B) Manuseio do Relatório de Avaliação Preliminar Logo que o Relatório de Avaliação Preliminar seja apresentado ao Provedor de Justiça, uma das seguintes acções serão tomadas, conforme o caso:

a. Caso se considerar que as alegações de utilização indevida dos fundos da ARC são infundadas, desde que a denúncia tenha sido feita com a crença razoável de que o que está a ser relatado é verdadeiro, nenhuma acção será tomada caso a denúncia seja considerada equivocada ou falsa. O processo será encerrado sem qualquer outra acção. No entanto, quando as denúncias forem consideradas não terem sido feitas de boa-fé ou por motivos razoáveis, os Denunciantes podem estar sujeitos a acção apropriada;

b. Caso pareça ao Provedor de Justiça que a suspeita de utilização indevida de fundos da ARC foi gerada por deficiências técnicas nos planos aprovados, poderá instruir o Secretariado a tomar as medidas adequadas para evitar a repetição de tal situação, tais como a prestação de assistência técnica ou formação. No final do processo de implementação, o Conselho de Administração deverá avaliar a eficácia das medidas adoptadas;

c. Caso se considerar que há provas evidentes de que tenha ocorrido utilização indevida de fundos da ARC, o Provedor de Justiça deverá notificar o Conselho de Administração e apresentar um relatório sobre a situação em curso, incluindo: o Relatório de Avaliação Preliminar, todas as medidas tomadas para investigar e resolver o problema, qualquer documentação pertinente que possa ajudar o Conselho de Administração a tomar uma decisão bem informada e recomendações específicas sobre os passos subsequentes para lidar com o país;

d. Caso o Conselho de Administração for notificado de uma suspeita de utilização indevida de fundos da ARC, o Conselho de Administração deverá acompanhar tanto os procedimentos

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descritos no Mecanismo de Revisão Intercalar da Implementação, ou as Normas de Conformidade, dependendo do momento da denúncia. Caso a denúncia seja feita após a ter sido concluída a implementação, o Conselho de Administração deverá proceder como descrito nas Normas de Conformidade. Caso a denúncia seja feita durante a implementação, o Conselho de Administração deve proceder de acordo com o Mecanismo de Revisão Intercalar da Implementação;

e. Em casos extraordinários, incluindo a flagrante utilização indevida de fundos, o Conselho de Administração poderá lançar um Inquérito de Conformidade, enquanto a implementação ainda esteja em curso.