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2018 Relatório Anual ACESSO A CUIDADOS DE SAÚDE NOS ESTABELECIMENTOS DO SNS E ENTIDADES CONVENCIONADAS

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2018

Relatório Anual

ACESSO A CUIDADOS DE SAÚDE NOS ESTABELECIMENTOS

DO SNS E ENTIDADES CONVENCIONADAS

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Relatório Anual

ACESSO A CUIDADOS DE SAÚDE NOS

ESTABELECIMENTOS DO SNS E ENTIDADES

CONVENCIONADAS EM 2018

Lei n.º 15/2014, de 21 de março*

*Alterada pelo Decreto-Lei n.º 44/2017, de 20 de abril

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ÍNDICE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 5

Índice

Lista de siglas e abreviaturas.............................................................................................................................................. 19

Considerações prévias ........................................................................................................................................................... 23

Sumário executivo ................................................................................................................................................................... 25

Parte I – Planeamento em saúde e modelo organizacional para a prestação de cuidados de

saúde ........................................................................................................................................................................ 43

1. Indicadores populacionais e demográficos............................................................................. 45

2. Programas de saúde prioritários ................................................................................................ 49

2.1. Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável................................................. 51

2.2. Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física ..................................................... 53

2.3. Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo ........................................ 54

2.4. Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos

........................................................................................................................................................................... 56

2.5. Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares ........................................ 59

2.6. Programa Nacional para a Prevenção e Controlo da Diabetes ............................................. 61

2.7. Programa Nacional para as Doenças Oncológicas ..................................................................... 63

2.8. Programa Nacional para as Doenças Respiratórias .................................................................. 67

2.9. Programa Nacional para as Hepatites Virais ................................................................................ 71

2.10. Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA .............................................................................. 73

2.11. Programa Nacional para a Tuberculose ......................................................................................... 75

2.12. Programa Nacional de Saúde Mental ............................................................................................... 77

3. Cuidados de saúde primários ....................................................................................................... 79

4. Cuidados de saúde hospitalares .................................................................................................. 95

5. Cuidados continuados integrados ........................................................................................... 105

6. Cuidados paliativos ........................................................................................................................ 113

7. Integração de cuidados e literacia em saúde – SNS + proximidade ............................ 119

7.1. Projeto SNS+Proximidade ....................................................................................................................119

7.2. Programa de Incentivos à Integração de Cuidados e à Valorização dos Percursos dos

Utentes no Serviço Nacional de Saúde ..........................................................................................121

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ÍNDICE

6

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

8. Articulação com o setor social e convencionado ............................................................... 125

9. Acordos internacionais para a prestação de cuidados de saúde ................................ 127

10. Requalificação dos recursos humanos no SNS ................................................................. 133

11. Investimentos em instalações e equipamentos no SNS ............................................... 135

12. Acreditação e avaliação externa da qualidade ................................................................. 143

13. SNS digital ....................................................................................................................................... 151

13.1. Sistema Integrado de Gestão do Acesso no SNS ......................................................................151

13.2. SClínico Hospitalar ................................................................................................................................155

13.3. Sistema de Informação para a Morbilidade Hospitalar ........................................................156

13.4. Sistema de Gestão de Entidades de Saúde..................................................................................157

13.5. SClínico Cuidados de Saúde Primários.........................................................................................158

13.6. UNO (Sistema de Informação único para os cuidados de saúde primários) ...............159

13.7. Sistema de Informação para a Saúde Oral ..................................................................................159

13.8. Sistema de Informação sobre Benefícios Adicionais em Saúde ........................................160

13.9. Sistema de Gestão de Transporte Não Urgente de Doentes ...............................................161

13.10. Registo de Saúde Eletrónico ...........................................................................................................162

13.11. MySNS - Aplicações Móveis .............................................................................................................166

13.12. Portais SNS .............................................................................................................................................167

13.13. RENTEV – Registo Nacional do Testamento Vital ................................................................168

13.14. Receita sem Papel - Desmaterialização Eletrónica da Receita ........................................168

13.15. Exames Sem Papel - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica ............169

13.16. Prescrição de medicamentos biológicos ...................................................................................170

13.17. Desmaterialização da Prescrição de Cuidados Respiratórios Domiciliários ............172

13.18. Rede Informática da Saúde .............................................................................................................172

13.19. Registo Oncológico Nacional ..........................................................................................................172

13.20. Bilhete de identidade dos cuidados de saúde primários (BICSP) .................................173

13.21. Estratégia Nacional para o Ecossistema de Informação de Saúde 2020 ....................174

14. SIMPLEX+ Saúde ........................................................................................................................... 177

Parte II – Acesso a áreas específicas da prestação de cuidados de saúde .........................................179

1. SNS 24 .................................................................................................................................................. 180

2. Emergência Médica ........................................................................................................................ 188

3. Transporte não urgente de doentes ........................................................................................ 197

4. Taxas moderadoras ....................................................................................................................... 199

5. Programa Nacional de Vacinação ............................................................................................. 201

6. Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral ............................................................... 208

7. Pessoa com doença rara............................................................................................................... 212

8. Sangue ................................................................................................................................................. 214

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ÍNDICE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 7

9. Transplantação ................................................................................................................................ 216

10. Atribuição de produtos de apoio ........................................................................................... 217

11. Benefícios adicionais em saúde .............................................................................................. 219

12. Comportamentos aditivos e dependências: drogas, álcool e jogo ........................... 221

13. Centro de Emergências em Saúde Pública ......................................................................... 225

14. Acesso ao medicamento ............................................................................................................ 227

15. Procriação medicamente assistida ....................................................................................... 236

Parte III – Síntese de resultados alcançados em 2018...................…………………………………………….239

1. Cuidados de saúde primários .................................................................................................... 240

2. Cuidados de saúde hospitalares ............................................................................................... 242

2.1. Consultas médicas hospitalares .........................................................................................................244

2.2. Consulta a Tempo e Horas no SNS ....................................................................................................248

2.3. Livre acesso e circulação dos utentes no SNS ..............................................................................256

2.4. Cirurgias programadas no SNS...........................................................................................................260

2.5. Atendimentos urgentes .........................................................................................................................268

3. Cuidados continuados integrados ........................................................................................... 270

4. Setor social e convencionado ..................................................................................................... 282

5. Avaliação do sistema de saúde .................................................................................................. 287

Anexos .................................................................................................................................................................................289

Anexo 1. Percentagem de utentes com médico de família atribuído, por município

.................................................................................................................................................. 290

Anexo 2. Redes Europeias de Referência................................................................................... 297

Anexo 3. Lista dos projetos incentivados pelo Programa de Incentivos à Integração

de Cuidados à Valorização dos Percursos dos Utentes no SNS ...................... 298

Anexo 4. Medidas SIMPLEX ............................................................................................................. 307

Anexo 5. Intransferíveis .................................................................................................................... 312

Anexo 6. Notas de Transferência e Vales Cirurgia ................................................................. 313

Anexo 7. Indicadores globais procura/oferta cirúrgica, por hospital (2016-2018) 315

Anexo 8. Indicadores globais procura/oferta cirúrgica, por especialidade (2016-

2018) ...................................................................................................................................... 321

Anexo 9. Indicadores globais procura/oferta cirúrgica, por grupo nosológico (2016-

2018) ...................................................................................................................................... 323

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ÍNDICE DE QUADROS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 9

Índice de Quadros

Quadro 1. Evolução dos principais indicadores de população, natalidade e mortalidade ...................... 46

Quadro 2. Evolução das consultas de apoio intensivo à cessação tabágica ................................................... 55

Quadro 3. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças cerebrovasculares ............................ 60

Quadro 4. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças isquémicas do coração ................... 60

Quadro 5. Evolução das diferentes vertentes terapêuticas ................................................................................... 61

Quadro 6. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças do aparelho respiratório, por sexo

..................................................................................................................................................................................... 67

Quadro 7. Evolução do número de utentes inscritos nos cuidados primários com o diagnóstico de

asma .......................................................................................................................................................................... 68

Quadro 8. Evolução da proporção de utentes com DPOC, com registo de avaliação de FeV1 nos

últimos 3 anos ...................................................................................................................................................... 69

Quadro 9. Evolução do número de utentes inscritos nos cuidados primários com o diagnóstico de

DPOC ......................................................................................................................................................................... 69

Quadro 10. Evolução do número de diagnósticos de DPOC, com base na espirometria, no Alentejo e

Algarve ..................................................................................................................................................................... 70

Quadro 11. Evolução do número de USF, UCC e UCSP............................................................................................. 79

Quadro 12. Evolução percentual de utentes inscritos com médico de família atribuído, por região. 82

Quadro 13. Evolução percentual de população residente com médico de família atribuído, por

região ........................................................................................................................................................................ 82

Quadro 14. Resultados do projeto-piloto de saúde oral ......................................................................................... 86

Quadro 15. Resultados do projeto-piloto de rastreios de saúde visual ........................................................... 87

Quadro 16. Número de camas hospitalares do SNS, por região .......................................................................... 96

Quadro 17. Cobertura populacional de lugares na RNCCI de Adultos em 2018 – ECCI, UC, UMDR e

ULDM ..................................................................................................................................................................... 109

Quadro 18. Acordos celebrados no âmbito da RNCCI e entidades prestadoras ....................................... 109

Quadro 19. Evolução anual do número de acordos e de camas contratadas da RNCCI ........................ 110

Quadro 20. Número de acordos na área de saúde mental, por tipologia e região ................................... 110

Quadro 21. Número de lugares contratados na área de saúde mental, por titularidade ...................... 110

Quadro 22. Número de prestadores de MCDT convencionados, por área clínica .................................... 126

Quadro 23. Evolução do número de doentes evacuados dos PALOP no SNS ............................................. 132

Quadro 24. Evolução do total de recursos humanos do Ministério da Saúde............................................ 133

Quadro 25. Investimento cuidados de saúde primários ...................................................................................... 135

Quadro 26. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares e ULS da ARS Norte ............................. 138

Quadro 27. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares e ULS da ARS Centro ........................... 139

Quadro 28. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares da ARS Lisboa e Vale do Tejo .......... 140

Quadro 29. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares e ULS da ARS Alentejo ........................ 142

Quadro 30. Investimentos no centro hospitalar da ARS Algarve .................................................................... 142

Quadro 31. Processos de acreditação em curso e concluídos ........................................................................... 144

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ÍNDICE DE QUADROS

10

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quadro 32. Programas PNAEQ ....................................................................................................................................... 146

Quadro 33. Evolução do número de utentes inscritos na Área do Cidadão ................................................ 165

Quadro 34. Evolução de registos do Testamento Vital ........................................................................................ 168

Quadro 35. Evolução do número de receitas com e sem papel ........................................................................ 169

Quadro 36. Evolução prescrição eletrónica do medicamento .......................................................................... 169

Quadro 37. Atividade operacional SNS 24: Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento (2018)183

Quadro 38. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento (2018)

.............................................................................................................................................................................. 184

Quadro 39. Atividade operacional SNS 24: Serviços Administrativos e Informativos - Telefone

(2018) ................................................................................................................................................................ 186

Quadro 40. Atividade operacional SNS 24: Serviços Administrativos e Informativos - E-mail (2018)

.............................................................................................................................................................................. 186

Quadro 41. Resumo de marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo (2018) ...................... 187

Quadro 42. Frota do INEM ................................................................................................................................................ 189

Quadro 43. Número de acionamentos de meios de emergência, por tipo de meio ................................. 191

Quadro 44. Utilização de DAE.......................................................................................................................................... 196

Quadro 45. Atividade no âmbito da expansão do Programa de DAE do INEM no SIEM ....................... 196

Quadro 46. DAE (Espaços Públicos) ............................................................................................................................. 196

Quadro 47. Evolução do número de transporte de doentes registados na plataforma SGTD ............ 198

Quadro 48. Evolução do número de prestações realizadas aos utentes transportados com registo no

SGTD ................................................................................................................................................................... 198

Quadro 49. Evolução do número de isenções e dispensas de pagamento de taxas moderadoras ... 200

Quadro 50. Proveitos referentes as taxas moderadoras (em milhões de euros) ..................................... 200

Quadro 51. Evolução do número de utentes SNS que beneficiaram do PNSO ........................................... 210

Quadro 52. Evolução do número de cheques emitidos por grupo-alvo no âmbito do PNSO .............. 210

Quadro 53. Evolução do número total de cheques utilizados no âmbito do PNSO ................................. 211

Quadro 54. Evolução da taxa de utilização de cheques no âmbito do PNSO .............................................. 211

Quadro 55. Cartão de pessoa com doença rara ....................................................................................................... 213

Quadro 56. Número de entidades registadas no Sistema Português de Hemovigilância, em 2018 215

Quadro 57. Evolução do número de dadores de sangue que efetuaram dádiva ....................................... 215

Quadro 58. Atividade de transfusão em 2018 ......................................................................................................... 215

Quadro 59. Evolução do número produtos de apoio entregues e respetivos encargos (HH EPE,

SPA/PPP) .......................................................................................................................................................... 218

Quadro 60. Evolução do número de beneficiários, por região ......................................................................... 220

Quadro 61. Número de pedidos de reembolso pagos (2018) ........................................................................... 220

Quadro 62. Valor dos pagamentos efetuados, por tipologia (2018) .............................................................. 220

Quadro 63. Utentes sob intervenção em CRI no ano*, novos** e readmitidos. Problema aditivo

principal: Problemas Ligados ao Álcool (PLA) ................................................................................ 222

Quadro 64. Utentes sob intervenção em CRI no ano*, novos** e readmitidos. Problema aditivo

principal: Outras Substâncias Psicoativas (OSPA) ......................................................................... 223

Quadro 65. Utentes sob intervenção em CRI - Crianças e jovens em situação de risco ....................... 223

Quadro 66. Utentes sob intervenção em CRI ............................................................................................................ 223

Quadro 67. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e volume de

embalagens comercializadas ................................................................................................................... 229

Quadro 68. Atividade do Programa de Procriação Médica Assistida ............................................................ 237

Quadro 69. Movimento assistencial nos cuidados de saúde primários (em milhares) ......................... 241

Quadro 70. Indicadores assistenciais nos cuidados de saúde primários ..................................................... 241

Quadro 71. Evolução do movimento assistencial nos hospitais do SNS (em milhares) ........................ 243

Quadro 72. Evolução do total de consultas hospitalares nas especialidades com mais atividade ... 247

Quadro 73. Dinâmica dos pedidos inscritos em consulta no CTH................................................................... 249

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ÍNDICE DE QUADROS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 11

Quadro 74. Número de pedidos de consulta de inscritos no CTH, por ARS ................................................ 249

Quadro 75. Mediana do tempo desde a realização da primeira consulta .................................................... 251

Quadro 76. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por ACES, de 1 de junho de

2016 a 31 de dezembro de 2018 ........................................................................................................... 257

Quadro 77. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por especialidade, de 1 de

junho de 2016 a 31 de dezembro de 2018 ........................................................................................ 259

Quadro 78. Evolução global da oferta cirúrgica ...................................................................................................... 261

Quadro 79. Evolução global da oferta cirúrgica, por ARS ................................................................................... 261

Quadro 80. Motivos de cancelamento da inscrição em LIC ................................................................................ 262

Quadro 81. Evolução dos indicadores de procura ................................................................................................. 264

Quadro 82. Motivos de cancelamento - Notas de Transferência e Vales Cirurgia ................................... 267

Quadro 83. Resumo intransferíveis .............................................................................................................................. 267

Quadro 84. Evolução das entradas em LIC com GDH previsional inválido ................................................. 267

Quadro 85. Evolução da atividade RNCCI – utentes assistidos, por tipologia ........................................... 271

Quadro 86. Atividade RNCCI – utentes assistidos, por tipologia e por região, em 2018 ...................... 271

Quadro 87. Evolução do número de referenciações por ano e por tipologia de resposta .................... 273

Quadro 88. Número de utentes referenciados na RNCCI por tipologia e região, em 2018 .................. 273

Quadro 89. Mediana do tempo de referenciação para a identificação da vaga na RNCCI (2018)..... 279

Quadro 90. Utentes que aguardavam vaga a 31 de dezembro de 2018 ....................................................... 279

Quadro 91. Taxa de ocupação das unidades da RNCCI, por tipologia (2018) ............................................ 281

Quadro 92. Evolução da execução financeira da componente saúde da RNCCI – MS e MTSSS (em

milhões de euros) ......................................................................................................................................... 281

Quadro 93. Encargos no setor convencionado, por área de convenção (em milhões de euros) ....... 283

Quadro 94. Custo médio mensal com colonoscopias e outros procedimentos no setor

convencionado (em euros) ....................................................................................................................... 283

Quadro 95. Evolução do número de doentes por ARS por 10 mil habitantes ............................................ 285

Quadro 96. Evolução dos custos por ARS (em milhões de euros) .................................................................. 286

Quadro 97. Custos por doente por região de saúde (em euros) ...................................................................... 286

Quadro 98. Evolução de Portugal no Euro Health Consumer Index .............................................................. 287

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ÍNDICE DE GRÁFICOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 13

Índice de Gráficos

Gráfico 1. Evolução da esperança de vida à nascença ............................................................................................. 47

Gráfico 2. Esperança média de vida aos 65 anos (em anos) ................................................................................. 47

Gráfico 3. Evolução do número de rastreios de retinopatia diabética efetuados........................................ 63

Gráfico 4. Taxas de cobertura geográfica e de adesão no âmbito do Rastreio do Cancro da Mama .. 65

Gráfico 5. Taxas de cobertura geográfica e de adesão no âmbito do Rastreio do Cancro do Colo do

Útero ......................................................................................................................................................................... 66

Gráfico 6. Taxas de cobertura geográfica e de adesão no âmbito do Rastreio do Cancro do Cólon e

Reto ........................................................................................................................................................................... 66

Gráfico 7. Número de utentes com CRD prescritos................................................................................................... 70

Gráfico 8. Evolução do número de USF – Modelo A e B .......................................................................................... 80

Gráfico 9. Percentagem de população residente coberta por USF e por UCC ............................................... 80

Gráfico 10.Evolução percentual de utentes inscritos com médico de família .............................................. 81

Gráfico 11. Evolução percentual da população residente com médico de família atribuído ................. 81

Gráfico 12. Evolução do número de utentes sem médico de família atribuído ............................................ 83

Gráfico 13. Número de instituições hospitalares do SNS em 2018.................................................................... 95

Gráfico 14. Evolução do número de camas de internamento ............................................................................ 106

Gráfico 15. Evolução do número de camas contratadas em funcionamento nas tipologias de RNCCI

de Adultos – UC, UMDR e ULDM ............................................................................................................ 106

Gráfico 16. Número de camas em atividade por região de saúde (a 31 de dezembro 2018) – RNCCI

de Adultos ........................................................................................................................................................ 107

Gráfico 17. Evolução do número de Equipas de Cuidados Continuados Integrados .............................. 107

Gráfico 18. Evolução anual do total de lugares da Rede Nacional de Cuidados Continuados

Integrados ........................................................................................................................................................ 108

Gráfico 19. Projetos incentivados pelo PIIC .............................................................................................................. 122

Gráfico 20. Percentagem de projetos incentivados por área de intervenção ............................................ 122

Gráfico 21. Investimentos PIIC aprovados ................................................................................................................ 123

Gráfico 22. Evolução das cinco áreas principais de prestadores de MCDT convencionados .............. 126

Gráfico 23. Evolução do número de doentes autorizados e de produtos biológicos enviados .......... 130

Gráfico 24. Evolução das vagas abertas (Ano Comum e Formação Específica) ........................................ 134

Gráfico 25. Unidades de saúde certificadas de 2010 a 2018, por tipologia (valores acumulados) . 145

Gráfico 26. Peso das primeiras consultas CTH no total de primeira consulta ........................................... 153

Gráfico 27. Atividade operacional SNS 24: Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento -

Chamadas atendidas (2018) .................................................................................................................... 183

Gráfico 28. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento (2018)

.............................................................................................................................................................................. 184

Gráfico 29. Marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo - com sucesso (2018) ................. 187

Gráfico 30. Evolução do número de chamadas de emergência atendidas ................................................... 189

Gráfico 31. Evolução do número de acionamentos de meios de emergência ............................................ 189

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ÍNDICE DE GRÁFICOS

14

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Gráfico 32. Número de chamadas transferidas do INEM para o SNS 24 ...................................................... 191

Gráfico 33. Número de chamadas encaminhadas pelo SNS 24 para o INEM .............................................. 191

Gráfico 34. Evolução anual do número de doentes inseridos na Via Verde AVC ...................................... 194

Gráfico 35. Evolução anual do número de registos Via Verde Coronária .................................................... 194

Gráfico 36. Evolução dos custos unitários por doente transportado, por região de saúde ................ 198

Gráfico 37. PNV - Esquema Recomendado. Cobertura vacinal por coorte, vacina e dose. Avaliação

2018, no Continente .................................................................................................................................... 203

Gráfico 38. Vacinação atempada, para as vacinas contra a tosse convulsa, S. pneumoniae 13 aos 3

meses de idade, sarampo e N. meningitidis C aos 13 meses de idade. Avaliação 2018, no

Continente ....................................................................................................................................................... 203

Gráfico 39. Vacinação contra infeções por HPV. Cobertura vacinal por coorte, sexo feminino.

Avaliação 2018, no Continente ............................................................................................................... 205

Gráfico 40. Vacina contra o sarampo, 2ª dose. Cobertura vacinal por coorte. Avaliação 2018, no

Continente. ...................................................................................................................................................... 205

Gráfico 41. Evolução da percentagem de dadores de sangue regulares ...................................................... 215

Gráfico 42. Evolução do número de transplantes ................................................................................................... 216

Gráfico 43. Episódios de internamento em Unidades de Desabituação - PLA e OSPA ........................... 224

Gráfico 44. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e volume de

embalagens comercializadas ................................................................................................................... 229

Gráfico 45. Evolução do encargo médio do cidadão por embalagem de medicamento ........................ 229

Gráfico 46. Evolução anual da quota de medicamentos genéricos no SNS ................................................. 231

Gráfico 47. Evolução da quota de medicamentos biossimilares, em unidades dispensadas .............. 231

Gráfico 48. Evolução do número de medicamentos inovadores aprovados ou novas indicações ... 232

Gráfico 49. Número de ensaios clínicos realizados .............................................................................................. 233

Gráfico 50. Peso das primeiras consultas no total ................................................................................................ 243

Gráfico 51. Percentagem de cirurgia de ambulatório ........................................................................................... 243

Gráfico 52. Evolução do número de primeiras consultas externas hospitalares ..................................... 245

Gráfico 53. Evolução do número total de consultas externas hospitalares ................................................ 245

Gráfico 54. Evolução do total de consultas hospitalares na área de oncologia ......................................... 247

Gráfico 55. Evolução do tempo médio de triagem (em dias) ............................................................................ 251

Gráfico 56. Percentagem de consultas realizadas em 2018, dentro e fora dos TMRG ........................... 253

Gráfico 57. Evolução do cumprimento dos TMRG, por nível de prioridade ............................................... 253

Gráfico 58. Percentagem de consultas dentro do TMRG, por especialidade, 2018 ................................. 255

Gráfico 59. Número de utentes que escolheram um hospital fora da sua rede de referência, de 1 de

junho de 2016 a 31 de dezembro de 2018 ........................................................................................ 256

Gráfico 60. Percentagem de saídas da LIC por motivo de cancelamento..................................................... 262

Gráfico 61. Evolução de entradas em LIC e número de operados ................................................................... 264

Gráfico 62. Evolução da mediana do tempo de espera da LIC, por nível de prioridade (em meses)

.............................................................................................................................................................................. 265

Gráfico 63. Evolução de entradas em LIC e número de operados (obesidade) ......................................... 265

Gráfico 64. Evolução de entradas em LIC e número de operados (neoplasia maligna) ........................ 265

Gráfico 65. Evolução das notas de transferência e vales de cirurgia emitidos e percentagem de

cativações ......................................................................................................................................................... 267

Gráfico 66. Evolução anual do número de episódios de urgência (milhares)............................................ 269

Gráfico 67. Percentagem de episódios de urgência que geram internamento .......................................... 269

Gráfico 68. Evolução da percentagem de atendimentos urgentes com prioridade verde, azul e

branca ................................................................................................................................................................ 269

Gráfico 69. Evolução da percentagem de episódios urgentes atendidos dentro do tempo previsto

.............................................................................................................................................................................. 269

Gráfico 70. Tempo médio de espera entre a triagem e a primeira observação 2016 - 2018 .............. 269

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ÍNDICE DE GRÁFICOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 15

Gráfico 71. Percentagem de utentes assistidos em ECCI vs. Total de assistidos em cada região ...... 271

Gráfico 72. Origem dos utentes referenciados no âmbito da RNCCI em 2018 .......................................... 275

Gráfico 73. Distribuição percentual da origem da referenciação em cada região (2018) .................... 275

Gráfico 74. Referenciação para ECCI - Percentagem de utentes referenciados em cada região (2018)

.............................................................................................................................................................................. 277

Gráfico 75. Referenciação para ECCI – Hospital e Centro de Saúde em cada região (2018) ............... 277

Gráfico 76. Distribuição de doentes por faixa etária em 2018 ......................................................................... 285

Gráfico 77. Distribuição de doentes por género e por região de Saúde em 2018 .................................... 285

Gráfico 78. Distribuição anual do volume de processos REC submetidos, em 2018 .............................. 288

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ÍNDICE DE FIGURAS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 17

Índice de Figuras

Figura 1.Redes Europeias de Referência em Portugal ............................................................................................ 98

Figura 2. Programa Nacional de Vacinação: esquema vacinal recomendado ............................................ 207

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 19

Lista de siglas e abreviaturas

ACES – Agrupamento de Centros de Saúde

ACSS – Administração Central do Sistema de

Saúde

AEM – Ambulâncias de Emergência Médica

AIM – Autorização de Introdução no Mercado

ANPC – Autoridade Nacional de Proteção Civil

APED – Associação Portuguesa de Empresas

de Distribuição

ARS - Administração Regional de Saúde

AutoCPAP – Pressão Positiva Contínua nas

Vias Aéreas Fixa (Automática)

AVC – Acidente Vascular Cerebral

BAS – Benefícios Adicionais em Saúde

BDMH – Base de Dados para a morbilidade

Hospitalar

BI - Business Intelligence

BICSP - Bilhete de Identidade dos Cuidados de

Saúde Primários

BIMH – Business Intelligence para a

morbilidade Hospitalar

CAD – Comportamentos Aditivos e

Dependências

CC - Cartão do Cidadão

CCeSIS - Conselho Consultivo do eSIS

CCISM – Cuidados Continuados Integrados de

Saúde Mental

CCP - Código dos Contratos Públicos

CE – Comunidade Europeia

CeSIS - Coordenação do eSIS

CESP – Centro de Emergências em Saúde

Pública

CIAV – Centro de Informação Antivenenos

CIF - Classificação Internacional de

Funcionalidade, Incapacidade e Saúde

CMD – Chave Móvel Digital

CNPD - Comissão Nacional De Proteção De

Dados

CODU – Centros de Orientação de Doentes

Urgentes

CPAP – Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas

Fixa

CPARA - Catálogo Português de Alergias e

Reações Adversas

CPDR – Cartão de Pessoa com Doença Rara

CPLP – Comunidade dos Países de Língua

Portuguesa

CRD – Cuidados Respiratórios Domiciliários

CRe – Centros de Referência

CRI – Centros de Respostas Integradas

CRRTBMR - Centros de Referência Regional para

a tuberculose multirresistente

CS – Centro de Saúde

CSI – complemento Solidário para Idosos

CSP – Cuidados de Saúde Primários

CTH - Consulta a Tempo e Horas

CTV – Comissão Técnica de Vacinação

CVP – Cruz Vermelha Portuguesa

DAE – Desfibrilhação automática externa

DCI – Denominação Comum Internacional

DGRSP – Direção-Geral de Reinserção e dos

Serviços Prisionais

DGS – Direção-Geral de Saúde

DHD – Dose Diária Definida

FA – Forças Armadas

DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

DQS – Departamento da Qualidade na Saúde

EAD – Equipas de Apoio Domiciliário

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

20

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

EAMST – Enfarte agudo do miocárdio com

supradesnivelamento do segmento ST

ECCI – Equipas de Cuidados Continuados

Integrados

ECDC – Centro Europeu de Prevenção e

Controlo de Doenças

ECG – Eletrocardiograma

ECSCP – Equipas Comunitárias de Suporte

em Cuidados Paliativos

EEG – Eletro – Encefalografia

EIHSCP – Equipas Intra-Hospitalares de

Suporte em Cuidados Paliativos

EIPAS – Estratégia Integrada para a

Promoção da Alimentação Saudável

EMR – Estado Membro de Referência

ENESIS - Estratégia Nacional para o

Ecossistema de Informação de Saúde

EPE – Entidade Pública Empresarial

EPIET – European Programme for

Intervention Epidemiology Training

eSIS - Ecossistema de Informação em Saúde

GDH – Grupos de Diagnósticos Homogéneos

H – Hospital

HbA1c – Hemoglobina glicada A1c

HPV – Vírus do Papiloma Humano

HPV – Vírus do Papiloma Humano

IACS – Infeções associadas aos Cuidados de

Saúde

ICP - Intervenção coronária percutânea

INCS – Infeções Nosocomiais da corrente

sanguínea

INE – Instituto Nacional de Estatística

INEM – Instituto Nacional de Emergência

Médica

INSA – Instituto Nacional de Saúde Doutor

Ricardo Jorge

IPSS – Instituição Particular de

Solidariedade Social

IPST – Instituo Português do Sangue e da

Transplantação

LAC – Livre Acesso e Circulação

LBP – Liga dos Bombeiros Portugueses

LIC - Lista de Inscritos para Cirurgia

LPEUP - Locais de Prescrição de Entidade

Utilizadora Privada

LVT – Lisboa e Vale do Tejo

MCDT – Meios Complementares de

Diagnóstico e Terapêutica

MEM – Motos de Emergência Médica

MFR – Medicina Física e de Reabilitação

MGF – Medicina Geral e Familiar

MS – Ministério da Saúde

MTSSS – Ministério do Trabalho, Solidariedade e

Segurança Social

NINEM – Ambulâncias não INEM

NT – Nota de Transferência

OMS – Organização Mundial de Saúde

ONG – Organização não governamental

ORL – Otorrinolaringologia

OSPA – Outras Substâncias Psicoativas

PACS - Picture Archiving & Communication

System

PALOP – Países Africanos de Língua Oficial

Portuguesa

PAP – Programa de Acesso Precoce

PDS - Plataforma de Dados da Saúde

PEDCP – Plano Estratégico para o

Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos

PEM – Postos de Emergência Médica

PEM – Prescrição Eletrónica Médica

PCE - Processo Clínico Eletrónico

PFC – Plasma fresco congelado

PIIC – Programa de Incentivos à Integração de

Cuidados

PLA – Problemas Ligados ao Álcool

PNCRAM – Plano Nacional de combate às

Resistências Antimicrobianos

PND – Programa Nacional para a Prevenção e

Controlo da Diabetes

PNDCCV – Programa Nacional para as

Doenças Cérebro-Cardiovasculares

PNDO – Programa Nacional para as Doenças

Oncológicas

PNDR – Programa Nacional para as Doenças

Respiratórias

PNPAF – Programa Nacional para a Promoção

da Atividade Física

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 21

PNPAS – Programa Nacional de Promoção da

Alimentação Saudável

PNPCT – Programa Nacional para a

Prevenção e Controlo do Tabagismo

PNPSO – Programa Nacional de Promoção da

Saúde Oral

PNSM – Programa Nacional de Saúde Mental

PNSM – Programa Nacional de Saúde Mental

PNTb – Programa Nacional para a

Tuberculose

PNV – Plano Nacional de Vacinação

PORI – Plano Operacional de Respostas

Integradas

PPCIRA – Programa de Prevenção e Controlo

de Infeções e de Resistências aos

Antimicrobianos

PPP – Parceria Público-Privada

PR – Postos Reserva

PrEP – Profilaxia Pré-Exposição

PSCI – Perfusão Subcutânea Contínua de

Insulina

RA – Residências Autónomas

RAM – Resistência dos Microrganismos aos

Antimicrobianos

RAMa – Residências de Apoio Máximo Adultos

RAMo – Residências de Apoio Moderado

RENTEV - Registo Nacional do Testamento

Vital

RER – Redes Europeias de Referência

RIS – Rede Informática da Saúde

RNCCI – Rede Nacional de Cuidados

Continuados Integrados

RNEC – Registo Nacional de Ensaios Clínicos

RNU – Registo Nacional de Utentes

RON – Registo Oncológico Nacional

RORENO - Registo Oncológico Regional do

Norte

RPT – Registo Português de Transplantação

RRH – Redes de Referenciação Hospitalar

RSE - Registo de Saúde Eletrónico

RSE SIGA – Registo de Saúde Eletrónico no

Sistema Integrado de Gestão do Acesso

RTA – Residências de Treino de Autonomia

RTA/A – Residências de Treino de Autonomia

– Tipo A Infância e Adolescência

RVS – Resposta Virológica Sustentada

SAM - Sistema de Apoio ao Médico

SAPA – Sistema de Atribuição de Produtos de

Apoio

SAPE - Sistema de Apoio à Prática de

Enfermagem

SCM – Santa Casa da Misericórdia

SGES - Sistema de Gestão de Entidades de

Saúde

SGTD – Sistema de Gestão de Transporte de

Doentes

SHEM – Serviço de Helicópteros de

Emergência

Médica

SI – Sistemas de Informação

SICAD - Serviço de Intervenção nos

Comportamentos Aditivos e nas

Dependências

SICTH - Sistema de Informação para a

Consulta a Tempo e Horas

SIEM – Sistema Integrado de Emergência

Médica

SIGA - Sistema Integrado de Gestão do

Acesso

SIGA SNS - Sistema Integrado de Gestão do

Acesso ao Serviço Nacional de Saúde

SIGIC – Sistema Integrado de Gestão de

Inscritos para Cirurgia

SIGLIC – Sistema Integrado de Gestão da

Lista de Inscritos para Cirurgia

SIGH - Sistema de Informação para a

Morbilidade Hospitalar

SISBAS - Sistema de Informação sobre

Benefícios Adicionais em Saúde

SIV – Ambulâncias de Suporte Imediato de

Vida

SM – Saúde Mental

SNS – Serviço Nacional de Saúde

SPA – Setor Público Administrativo

SPHv – Sistema Português de

Hemovigilância

SPMS – Serviços Partilhados do Ministério

da Saúde

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

22

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

SS - Segurança Social

SU – Serviço de Urgência

TAE – Serviços de Triagem, Aconselhamento

e Encaminhamento

TBMR – Tuberculose Multirresistente

Tdpa – Vacina Tétano, Difteria e Tosse

Convulsa

TESSy – The European Surveillance System

TIP – Ambulâncias de Transporte

Inter-Hospitalar

TMP – Taxa de Mortalidade Padronizada

TMRG – Tempos Máximos de Resposta

Garantidos

TSDT – Técnico Superior de Diagnóstico e

Terapêutica

TV – Testamento Vital

UAP – Unidade de Ambulatório Pediátrica

UC – Unidades de Convalescença

UCINN – Unidades de Cuidados Intensivos

Neonatais

UCIP nível 1 – Unidade de Internamento de

Cuidados Pediátricos Integrados

UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde

Personalizados

UCP – Unidades de Cuidados Paliativos

UE – União Europeia

ULDM – Unidades de Longa Duração e Manutenção

ULS – Unidade Local de Saúde

UMDR – Unidades de Média Duração e Reabilitação

UMIPE – Unidade Móvel de Intervenção Psicológica

de Emergência

UNO - Sistema de Informação único

USF – Unidade de Saúde Familiar

USO – Unidades Sócio Ocupacionais de Adultos

USO/IA – Unidades Sócio Ocupacionais

– Infância e Adolescência

Var. – Variação

VC – Vale Cirurgia

VCI – Visão Clínica Integrada

VHB – Vírus da Hepatite B

VHC1 – Vírus da Hepatite C 1

VIH – Vírus da Imunodeficiência Humana

VMER – Viaturas Médicas de Emergência e

Reanimação

VV – Via Verde

VV AVC – Via Verde Acidente Vascular Cerebral

ZFV - Zero Footprint Viewer

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CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 23

Considerações prévias

presente relatório dá cumprimento ao disposto no n.º 1 do artigo 30.º da Lei n.º 15/2014, de

21 de março1, alterada pelo Decreto-Lei n.º 44/2017, de 20 de abril, que visa a consolidação dos

direitos e deveres dos utentes dos serviços de saúde, concretizando a Base XIV da Lei n.º 48/90, de

24 de agosto, que salvaguarda as especificidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

De forma complementar, este instrumento avalia o posicionamento das instituições em relação

ao cumprimento do disposto no artigo 1.º da Portaria n.º 153/2017, de 4 de maio, que publica a carta

de direitos de acesso e que define os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG) para todo o

tipo de prestações de saúde sem caráter de urgência.

O Relatório Anual de Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades

Convencionadas de 2018 apresenta informação relativa à evolução da estrutura de prestação de

cuidados e ao desempenho das instituições do SNS em termos de acesso aos cuidados de saúde,

organizando-se em três partes:

• A parte I, dedicada à evolução do modelo organizacional para a prestação de cuidados de

saúde no SNS, onde se analisa a evolução da oferta de cuidados de saúde no período

compreendido entre os anos de 2010 a 2018, destacando-se os programas de saúde

prioritários, as áreas de prestação de cuidados de saúde primários, hospitalares, continuados

integrados, paliativos e de saúde mental, assim como a articulação com o setor social e

convencionado, os mecanismos de resposta subjacentes aos acordos internacionais no

âmbito da prestação de cuidados de saúde, a requalificação de recursos humanos e os

investimentos em infraestruturas, equipamentos e tecnologias de informação e comunicação

que se têm registado no SNS (SNS digital);

• A parte II, dedicada à análise do desempenho em termos do acesso a áreas específicas da

prestação de cuidados de saúde no SNS, com destaque para o Centro de Contacto SNS 24, a

emergência médica, o transporte não urgente de doentes, a atribuição de produtos de apoio,

1 A Lei n.º 15/2014, de 21 de março foi alterada pelo Decreto-Lei n.º 44/2017, de 20 de abril. Em 2017 foi também publicada a Portaria n.º

153/2017, de 4 de maio, que reviu o disposto no n.º 2 do artigo 1.º e nos artigos 25.º a 27.º da Lei n.º 15/2014, de 21 de março, relativamente

aos Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG) para todo o tipo de prestações de saúde sem carácter de urgência e publicou a nova carta

dos direitos de acesso.

O

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CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS

24

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

os benefícios adicionais em saúde, o programa nacional de vacinação, o programa nacional

de promoção de saúde oral, o programa de procriação medicamente assistida, o

acompanhamento da pessoa com doença rara, os programas de intervenção nas

dependências (drogas, álcool e jogo), o centro de emergências em saúde pública, as taxas

moderadoras, o sangue e transplantação e o acesso ao medicamento no SNS;

• A parte III, dedicada à apresentação dos resultados alcançados nas principais áreas da

prestação de cuidados de saúde do SNS, nomeadamente nos cuidados de saúde primários,

nos cuidados hospitalares, nos cuidados continuados integrados e no setor social e

convencionado. Nesta parte III são ainda destacados os principais estudos e avaliações

externas que têm incidido sobre o sistema de saúde português.

A informação incluída no presente relatório resulta dos dados provenientes dos sistemas de

informação que estão implementados no SNS, designadamente, no âmbito dos cuidados de saúde

primários, hospitalares, continuados integrados, setor social e convencionado, acordos

internacionais, programas de saúde, entre outros relacionados com o acesso a cuidados de saúde,

assim como dos resultados apresentados pelas várias entidades do Ministério da Saúde em relação às

áreas específicas do acesso aos cuidados de saúde que são aqui analisadas.

O relatório de 2018 segue a estrutura de informação disponibilizada em anos anteriores,

procurando apresentar, de forma transparente e rigorosa, uma análise exaustiva da evolução

temporal do acesso aos cuidados de saúde nos estabelecimentos do SNS e convencionados no âmbito

do sistema de saúde em Portugal, para o horizonte 2010 a 2018, sempre que exista informação

disponível e comparável para este período.

Através do Portal SNS, acessível desde fevereiro de 2016 (www.sns.gov.pt), é possível consultar

informação complementar àquela que é apresentada neste relatório, com um nível de detalhe, de

transparência e de atualização regular, contribuindo assim para que os cidadãos e os profissionais de

saúde conheçam cada vez melhor as matérias relacionadas com o acesso ao SNS, nomeadamente os

tempos de resposta para a atividade programada (com destaque para as consultas e as cirurgias) e

para a atividade não programada (realizada nos serviços de urgências), assim como a forma como

podem ser acedidos os serviços garantidos pelo Estado aos cidadãos, como funcionam os serviços de

saúde, como são utilizados os recursos disponíveis, como se compara o desempenho de cada entidade

do SNS entre si e entre as outras.

Este exercício de responsabilidade e de prestação de contas sobre o acesso aos cuidados de saúde

no SNS enquadra-se na política de saúde do XXI Governo Constitucional, o qual definiu como

prioridade, entre outras, a redução das desigualdades entre os cidadãos no acesso à saúde, em

conjunto com o reforço do poder do cidadão no seio do SNS, promovendo a disponibilidade,

acessibilidade, comodidade, transparência, celeridade e humanização dos serviços.

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SUMÁRIO EXECUTIVO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 25

Sumário executivo

Relatório Anual de Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades

Convencionadas de 2018 apresenta os principais resultados alcançados ao nível do acesso aos

cuidados de saúde prestados no SNS, destacando-se de seguida os aspetos mais relevantes.

Os resultados dos indicadores populacionais e demográficos disponíveis para os últimos anos

apontam para uma evolução positiva no que respeita à saúde dos cidadãos residentes no território

nacional.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) estimam que, em 2018, residiam em Portugal

cerca de 10.276.617 habitantes, menos 14.410 face a 2017. A população residente no continente, e

por isso abrangida diretamente pelo SNS, ascendia a 9.779.826 em 2018 (menos 12.971 residentes

do que em 2017).

No que se refere à taxa de mortalidade infantil (até ao primeiro ano de vida), o ano de 2018

registou um valor de 3,2 óbitos por cada mil nados-vivos, o mesmo valor que o registado em 2016.

No total, verificaram-se 281 óbitos infantis (+52 que em 2017), um valor em linha com o de 2016

(282 óbitos infantis).

Em sentido inverso, o indicador de natalidade continua a apresentar uma evolução positiva,

totalizando cerca de 87 mil nados-vivos em 2018, ou seja, +1% do que em 2017 e +5,6% do que em

2014 (ano com o valor mais baixo do período analisado).

No ano de 2018, o Plano Nacional de Saúde – Revisão e Extensão 2020 prosseguiu a sua função

como elemento basilar da política de saúde em Portugal, traçando o rumo estratégico da intervenção

das várias entidades prestadoras de cuidados e desempenhando um papel agregador e orientador

das medidas consideradas mais relevantes para a obtenção de mais e melhores ganhos em saúde

para a população residente em Portugal.

Neste sentido, e à semelhança do que se tinha verificado em 2017, merece particular destaque

o trabalho desenvolvido em 2018 no âmbito dos Programas de Saúde Prioritários, os quais se

encontram integrados em três plataformas de intervenção: a plataforma de prevenção e gestão das

doenças crónicas, a plataforma para a prevenção e gestão das doenças transmissíveis e a plataforma

dedicada à saúde mental.

O

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SUMÁRIO EXECUTIVO

26

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Os principais ganhos alcançados em 2018 na sequência das estratégias de intervenção definidas

nestes Programas de Saúde Prioritários contribuíram para a melhoria da adequação do acesso dos

cidadãos ao SNS, salientando-se:

• Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável

O ano de 2018 ficou marcado pelo início da implementação da Estratégia Integrada para a

Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS).

De destacar que, no mesmo ano, foram assinados dois protocolos: um em colaboração com as

Associações dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares para a redução do teor de

ácidos gordos trans nos produtos de pastelaria (redução dos ácidos gordos trans para valores

abaixo dos 2% de gordura total utilizada) e outro de colaboração com a APED para a redução da

gramagem dos pacotes individuais de açúcar.

Ainda neste contexto cumpre realçar um conjunto de iniciativas que visam incentivar a

reformulação dos produtos alimentares e promover uma alimentação saudável, nomeadamente

a iniciativa Selo Pão com “Menos Sal, Menos Sabor” (distinção às padarias que já cumpram a

meta de teor máximo de sal de um grama por 100 gramas de pão); elaboração de dois manuais

de apoio para a utilização e gestão correta do cabaz de alimentos e ainda, as campanhas “Açúcar

escondido nos alimentos” e “Água a nova mega bebida” (campanhas públicas de divulgação

nacional, que contaram com a participação de figuras públicas e com uma forte presença nos

meios de comunicação social e redes sociais).

• Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física

Em 2018, importa destacar a crescente utilização pelos profissionais de saúde das ferramentas

de avaliação e aconselhamento breve da atividade física, disponibilizadas nos softwares SClínico

e PEM – Prescrição Eletrónica Médica, respetivamente, com cerca de 5 mil profissionais que

registaram esta avaliação e que emitiram quase 14 mil “guias” de apoio à promoção da atividade

física.

A monitorização efetuada no final de 2018 aponta para um aumento significativo dos utentes

avaliados quanto ao seu nível de atividade física e comportamentos sedentários.

O número total de utentes avaliados ao longo do período compreendido entre setembro de 2017

e dezembro de 2018 permite constatar que o número de utentes avaliados nos últimos sete

meses, duplicou face aos primeiros meses deste período.

• Programa Nacional de Prevenção e Controlo do Tabagismo

O número de locais de consulta de apoio intensivo à cessação tabágica registou um aumento de

1,4% em 2018, tendo-se assegurado a existência, em 98% dos ACES do país, de pelo menos uma

consulta de cessação tabágica aos utentes do SNS.

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SUMÁRIO EXECUTIVO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 27

Na sequência deste alargamento, foram realizadas 44.099 consultas de cessação tabágica no ano

de 2018, o que representa um acréscimo de 10,9% face a 2017, no total de consultas, e de 12,7%

nas primeiras consultas, realizadas em ACES e serviços hospitalares.

De referir ainda que, no âmbito da comparticipação a 37% pelo SNS para o medicamento de

primeira linha para o tratamento antitabágico – a vareniclina – assistiu-se, em 2018, a um

aumento de 17% das embalagens dispensadas, no mercado comparticipado do SNS em farmácia

comunitária2.

• Programa Nacional para a Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos

Em 2018 foi feita a avaliação de resultados dos cinco anos de existência deste Programa

Prioritário, tendo as principais conclusões apontado para uma tendência favorável de aumento

do cumprimento global das boas práticas de higiene das mãos nos profissionais de saúde face a

2013, com aumento gradual e progressivo das unidades aderentes, estando implementada em

61% dos hospitais do SNS, 19% dos hospitais privados e do setor social, 11% das unidades de

cuidados continuados integrados e em 34% das unidades que prestam cuidados de saúde

primários.

Verificou-se igualmente uma redução estatisticamente significativa das resistências aos

antimicrobianos na maior parte dos microrganismos estudados, com exceção das resistências

da bactéria Klebsiella pneumoniae aos vários fármacos que aumentou significativamente, com

suscetibilidade reduzida aos carbapenemos em cerca de 10% dos isolados invasivos estudados.

Ainda nesta área destaca-se a promoção de eventos como o Dia Mundial da Higiene das Mãos e

a comemoração do Mês do Antibiótico, os projetos referentes às infeções hospitalares e as

colaborações internacionais, nomeadamente na publicação Health at a Glance 2018.

• Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares

Em 2017, último ano com dados disponíveis, verificou-se uma diminuição no número de óbitos

por doenças cerebrovasculares (-3,7%), bem como por doenças isquémicas do coração (-0,4%),

em relação a 2016.

O projeto-piloto de Realização de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica de

Cardiologia em cuidados de saúde primários, iniciado em maio de 2017 e concluído no final de

2018, permitiu a realização de um total de 736 exames complementares, nomeadamente

eletrocardiograma convencional, MAPA e registo eletrocardiográfico de longa duração, evitando

a deslocação dos utentes a unidades hospitalares, mediante o recurso a tecnologias de

informação e integração de cuidados.

2 Dados do INFARMED.

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SUMÁRIO EXECUTIVO

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

• Programa Nacional para a Prevenção e Controlo da Diabetes

O acesso aos sistemas de Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina (PSCI) foi, em 2018,

alargado a todos os jovens com idade igual ou inferior a 14 anos. Além do impacto na melhoria

da qualidade de vida destes utentes, este alargamento permite melhorar o controlo da

hemoglobina glicada A1c (HbA1c) e diminuir o número de episódios de hipoglicemias graves.

Ao abrigo deste programa foram adquiridos 852 dispositivos em 2018. O número total de

utentes em tratamento com sistemas de PSCI no final de 2018, quase duplicou em relação ao

final de 2016.

Também em 2018, continuou a verificar-se um crescimento na área do rastreio da retinopatia

diabética, com um total de 214.538 utentes rastreados. Referir que em três anos, o número de

utentes rastreados mais do que duplicou, sendo que em 2018 atingiu-se o número mais alto de

rastreios de retinopatia diabética.

• Programa Nacional para as Doenças Oncológicas

A expansão dos rastreios oncológicos de base populacional implementados no SNS (mama, colo

do útero e cólon e reto) continuou em 2018.

Neste ano, os rastreios do cancro da mama e do colo do útero atingiram taxas de cobertura

geográfica de 84,4% e 98,4%, respetivamente.

No que se refere ao rastreio do cancro do cólon e reto, iniciou-se em 2017 uma fase de expansão,

passando de pequenos programas piloto para um verdadeiro programa de rastreio de base

populacional com ambições de cobertura nacional até ao final de 2020. Em 2018 a cobertura

geográfica do rastreio do cólon e reto foi de 56,3%.

A análise específica do rastreio do cancro da mama realizado em 2018 demonstra um aumento

do número de mulheres convidadas para a realização do rastreio (+27.424 mulheres que no

ano anterior), um crescimento de 16.333 mulheres que realizaram este rastreio. Foram

efetuadas 331.608 mamografias, 13.043 consultas de aferição e identificaram-se 1.744 casos

positivos. A taxa de adesão situou-se nos 63,5%.

Em relação ao rastreio do cancro do colo do útero, registou-se um aumento da taxa de cobertura

geográfica em 2018 que passou para 98,4%, mais 15,6 pontos percentuais que no ano anterior,

o que reflete um aumento no número de mulheres que realizaram o rastreio (+39.536) e ainda

um crescimento da taxa de adesão a este rastreio, que passou de 72,5% em 2017 para 88,5%

em 2018 (+ 16 pp).

Quanto ao rastreio do cancro do cólon e reto, verifica-se que a cobertura nacional passou dos

31,3% para os 56,3% em 2018, o que representa um aumento de 25 pontos percentuais. Foram

convidados mais 84.830 utentes e rastreados mais 27.800 que em 2017.

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SUMÁRIO EXECUTIVO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 29

• Programa Nacional para as Doenças Respiratórias

À semelhança do que se tinha verificado em 2017, ao longo do ano 2018, no âmbito do Programa

Nacional para as Doenças Respiratórias, verificou-se uma melhoria da acessibilidade à

espirometria, de forma internalizada nos cuidados de saúde primários, perspetivando-se um

aumento de 57%, no número de espirometrias efetuadas a nível nacional.

Também a capacidade diagnóstica de asma nos cuidados de saúde primários registou um

aumento de 29% entre 2014 e 2018.

A evolução da implementação da prescrição eletrónica médica para os cuidados respiratórios

domiciliários tem permitido uma melhoria do controlo do processo de prescrição, tendo sido

iniciada em 2018 a sua desmaterialização, desde a prescrição até à faturação. Constata-se um

aumento do número de utentes aos quais foram prescritos tratamentos de Cuidados

Respiratórios Domiciliários (CRD) na maioria das modalidades de tratamento, nomeadamente

ventiloterapia e oxigenoterapia, excetuando-se a aerossoloterapia, denotando esta última uma

melhoria das boas práticas de prescrição.

No contexto da prescrição eletrónica de câmaras expansoras, implementada pela primeira vez

em Portugal, que passou a ter uma comparticipação de 28 euros por ano, por utente e por

câmara, verificou-se que em 2018 foram prescritas 42.704 câmaras expansoras.

• Programa Nacional para as Hepatites Virais

Na área do rastreio e diagnóstico, destaca-se a publicação do Despacho n.º 2522/2018, de 12 de

março, que autoriza a realização de testes rápidos de VIH, VHB e VHC nas farmácias

comunitárias e laboratórios de patologia clínica/análises clínicas, bem como a publicação de

duas circulares normativas conjuntas DGS/ACSS/SPMS/INSA/INFARMED, de 30 de abril de

2018 e 24 de agosto de 2018, que definem o normativo técnico e organizacional, referente à

realização dos referidos testes.

Na vertente do tratamento, em julho de 2018, a Direção-Geral de Reinserção e dos Serviços

Prisionais (DGRSP) e 28 instituições hospitalares do Serviço Nacional de Saúde assinaram os

protocolos nos termos estipulados no Despacho que estabelece a rede para a prestação de

cuidados de saúde no âmbito da infeção por VIH, VHB e VHC.

Os dados mais recentes da monitorização do tratamento da hepatite C evidenciam que até 18 de

março de 2019, tinham sido autorizados 23.128 tratamentos, dos quais 21.940 já foram

iniciados. Verificou-se a cura em 12.666 doentes (96,4%).

• Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA

Em julho de 2018 foram apresentados publicamente, os dados que indicam que, pela primeira

vez, foram atingidos dois dos três noventas que compõem as metas das Nações Unidas para o

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SUMÁRIO EXECUTIVO

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

combate ao VIH/sida para 2020 – 91,7% das pessoas com VIH encontram-se diagnosticadas e

90,3% das pessoas em tratamento apresentam supressão vírica.

Na vertente da prevenção do VIH, Portugal implementou a estratégia de Profilaxia Pré-

Exposição ao VIH (PrEP), dirigida às pessoas com risco acrescido de aquisição de infeção VIH,

através de um Programa de Acesso Precoce (PAP) disponível em mais de 20 hospitais de

Portugal Continental e tendo abrangido mais de 300 pessoas.

No âmbito do programa de dispensa gratuita de materiais preventivos a serviços de saúde,

Organizações Não Governamentais, escolas, universidades e estabelecimentos prisionais,

verificou-se a manutenção do número de preservativos distribuídos, comparativamente a 2017,

cerca de 5 milhões de unidades. O Programa Troca de Seringas assinalou 25 anos de

funcionamento, tendo distribuído mais de 58 milhões de seringas e mais de 30 milhões de

preservativos.

Na área do rastreio e diagnóstico precoce do VIH, importa destacar que o número de testes

rápidos realizados pelas diferentes estruturas totalizou cerca de 35 mil testes, destacando-se o

aumento de 50% no número de testes rápidos realizados nos cuidados de saúde primários,

comparativamente a 2017.

De forma a promover a adesão terapêutica, assim como uma comodidade superior aos doentes

com VIH no acesso regular à sua medicação crónica, deu-se continuidade ao projeto TARV –

dispensa de terapêutica anti retrovírica combinada nas farmácias comunitárias. Os resultados

indicam que 413 doentes estão a fazer o levantamento da terapêutica no âmbito do projeto,

sendo que 53% (219) o fazem nas 101 farmácias aderentes do distrito de Lisboa e os restantes

na farmácia hospitalar do Hospital Curry Cabral.

• Programa Nacional para a Tuberculose

Em Portugal, a taxa de notificação da tuberculose continua a diminuir a um ritmo que no último

quinquénio atingiu 5,4% ao ano. Em 2018 a taxa de notificação foi de 16,6 casos por 100 mil

habitantes. Os distritos de Porto e Lisboa, continuam a registar, como expectável, a mais alta

taxa de notificação, 25,3 e 23,7 casos /100 mil habitantes e são os únicos do país que se mantêm

acima dos 20 casos/100 mil habitantes. A sua concentração nos grandes centros urbanos, a sua

associação a dificuldades sociais e a diferentes comorbilidades torna-a mais difícil de abordar,

necessitando de uma ação conjunta a nível social e médico.

No ano de 2018, foram notificados 34 casos de tuberculose em crianças com menos de 6 anos

de idade, correspondendo a uma taxa de incidência neste grupo etário de 6,6 casos/100 mil

crianças dos 0 aos 5 anos. Foram identificados 4 casos de formas graves de tuberculose, todas

em crianças sem BCG e 3 com critérios individuais para vacinação.

A tuberculose multirresistente (TBMR) mantem-se como preocupação a nível mundial. A

existência de resistências condiciona dificuldades no tratamento, quebra da infecciosidade do

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SUMÁRIO EXECUTIVO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 31

caso e redução da morbilidade e mortalidade. Em Portugal, foram adotadas estratégias de

concentração dos doentes nos Centros de Referência de Tuberculose Multirresistente com

consequente aplicação de protocolo uniformizados e redução progressiva do número de casos

em Portugal (22 casos em 2012 e 7 casos em 2018).

Importa ainda referir que têm sido implementadas diversas medidas de reforço do combate à

tuberculose, nomeadamente a identificação das crianças elegíveis para a administração da

vacina BCG, a reestruturação da rede laboratorial, a publicação de recomendações para

prevenção, deteção e tratamento em grupos vulneráveis, entre outras.

• Programa Nacional de Saúde Mental

Em termos globais, no ano de 2018, foi possível concretizar um conjunto importante de ações

de promoção e prevenção em várias áreas da saúde mental, assim como desenvolver um

trabalho de parceria interministerial significativo, com resultados evidentes.

De referir a conclusão da Rede de Referenciação Hospitalar de Psiquiatria da Infância e

Adolescência, documento que constitui uma matriz orientadora-chave para a organização dos

serviços neste campo.

Em relação ao desempenho alcançado pelas várias unidades e serviços que compõem a rede de

prestação de cuidados de saúde no SNS, destacam-se em seguida os principais resultados alcançados

durante o ano de 2018, nomeadamente:

• Cuidados de saúde primários

Neste nível de cuidados, que constitui o pilar da organização do SNS, importa destacar que em

2018 registou-se a entrada em funcionamento de 37 novas Unidades de Saúde Familiar

(passando a existir 532 USF, +18,5% do que em 2015, que abrangiam já 60,1% do total de

utentes inscritos nos cuidados de saúde primários) e de mais 8 Unidades de Cuidados na

Comunidade (passando a existir 263 UCC, +8,2% do que em 2015, abrangendo 95,4% dos

residentes no continente).

Desde o início desta legislatura, e até ao final de 2018, já tinham iniciado funções 83 novas USF.

Ainda nos cuidados primários, importa destacar que em 2018 registou-se o número mais baixo

de sempre de utentes sem médico de família atribuído (690.232 utentes, comparativamente

com os 1.044.945 utentes sem médico em 2015), o que significa que 93,0% da população

inscrita no SNS estava abrangida por médico de família no final de 2018, representando um

ganho de 3,3 pontos percentuais (pp) em relação a 2015 e de 10,9 pp em relação a 2010,

primeiro ano da série de dados considerados neste relatório.

Importa ainda referir que, se considerarmos a população residente no continente (9.779.826

habitantes, segundo dados do INE), a percentagem de utentes com médico de família atribuído

ascende a 96,9%.

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SUMÁRIO EXECUTIVO

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Durante o ano de 2018 foram ainda concretizadas diversas medidas que visam cumprir o

objetivo de implementar a expansão e a melhoria da capacidade resolutiva dos cuidados de

saúde primários, com destaque para:

a) A implementação de novas respostas de saúde oral e de medicina dentária no SNS;

b) O alargamento do rastreio de saúde visual infantil, dos rastreios de base populacional (nas

áreas do cancro da mama, do cancro do colo do útero, do cancro do cólon e reto e da

retinopatia diabética);

c) O reforço da capacidade de deteção precoce de doenças crónicas, como a doença pulmonar

obstrutiva crónica, por exemplo;

d) A disponibilização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica nos centros de

saúde;

e) O alargamento da telerreferenciação dermatológica e das unidades móveis de saúde em

atividade;

f) A crescente utilização das ferramentas digitais de avaliação do nível de atividade física e

comportamentos sedentários dos utentes pelos profissionais de saúde e o acesso a uma

intervenção de aconselhamento breve para a atividade física realizada pelos médicos de

família nos Cuidados de Saúde Primários.

g) A criação do primeiro modelo de consulta de atividade física nos cuidados de saúde

primários em Portugal, que será testado em unidades de saúde piloto em todo o país;

h) O reforço das respostas no apoio à cessação tabágica;

i) O reforço das respostas na área da psicologia, da nutrição e da medicina física e de

reabilitação, entre outras.

Esta melhoria da estrutura de prestação de cuidados de saúde primários traduziu-se na

realização de mais de 31 milhões de consultas médicas, de mais de 19 milhões de consultas de

enfermagem e na evolução positiva que se registou nos principais indicadores associados ao

programa de saúde infantil, contratualizados com as unidades funcionais dos cuidados de saúde

primários.

Os resultados alcançados nos cuidados de saúde primários em 2018 confirmam o impacto de

melhoria da estrutura de oferta de cuidados primários no SNS, com o aumento do número de

profissionais, com mais investimentos em instalações e equipamentos e com a diversificação

das respostas que alarguem a capacidade resolutiva deste nível de cuidados.

• Cuidados de saúde hospitalares

Em relação aos cuidados hospitalares, desenvolveram-se durante o ano de 2018 diversas

evoluções no modelo organizativo do SNS, salientando-se:

a) A operacionalização dos Centros de Responsabilidade Integrados;

b) A continuação da implementação do Sistema Integrado de Gestão do Acesso (SIGA);

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SUMÁRIO EXECUTIVO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 33

c) A prossecução da implementação do mecanismo de livre acesso e circulação de utentes no

SNS (que permite aumentar a liberdade de escolha dos utentes em relação ao hospital do

SNS onde pretendem receber cuidados de saúde);

d) O reforço dos processos de afiliação, de gestão partilhada de recursos e de trabalho

cooperativo e em rede no SNS;

e) A consolidação da atividade realizada nos centros de referência;

f) A continuação do processo de revisão das redes de referenciação hospitalar;

g) O incentivo ao desenvolvimento de respostas na comunidade e no domicílio (destacando-

se a hospitalização domiciliária, os serviços domiciliários, a descentralização de consultas

hospitalares nos cuidados primários);

h) A densificação das respostas de teleSaúde (especialmente as respostas de teleconsulta e de

telemonitorização de doentes a viver com patologias crónicas).

A oferta disponível de camas para internamento de doentes agudos nos hospitais do SNS

manteve-se relativamente estável ao longo dos anos, existindo 21.095 camas nos hospitais do

SNS em 2018.

Em termos de resultados assistenciais nos hospitais, registou-se em 2018 um aumento da

atividade hospitalar programada ao nível das consultas externas (+0,9% em 2018 do que em

2017) e do número de doentes operados no SNS (+1% do que em 2017), atingindo ambas as

respostas o volume mais elevado de sempre de atividade anual, assim como um ligeiro

acréscimo de 0,7% em relação ao número de episódios de urgência, quando comparado com

2017.

Ainda no que diz respeito às primeiras consultas de especialidade hospitalar solicitadas pelos

cuidados de saúde primários através do sistema Consulta a Tempo e Horas (CTH), integrado no

SIGA, constata-se que, em 2018, foram efetuados 1.775.618 novos pedidos de primeira consulta

hospitalar, representando um aumento de 0,1% em relação a 2017 e que foram realizadas

1.310.165 consultas referenciadas pelo médico de família através do CTH, tendo representado

um aumento de 0,4% face ao ano anterior (+4.700 consultas).

Estes números representam o volume mais elevado de sempre de pedidos de primeira consulta

hospitalar realizados no âmbito do CTH, assim como o valor mais elevado de sempre de

consultas realizadas, demonstrando assim o aumento de acesso a esta área da prestação de

cuidados no SNS.

Ainda em relação ao CTH, constatou-se que, em 2018, cerca de 71% das consultas realizadas

ocorreram dentro do tempo recomendado para o nível de prioridade atribuído ao pedido em

sede da triagem hospitalar (valor semelhante ao de 2016 e ao de 2017) e que a mediana do

tempo até à realização da primeira consulta foi de 81 dias, representando assim uma redução

mediana de quase 6 dias em relação aos resultados de 2017.

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Ainda na área do acesso às primeiras consultas de especialidade hospitalar, e no âmbito do

sistema de Livre Acesso e Circulação de utentes no SNS, verificou-se que, desde 1 de junho de

2016 e 31 de dezembro de 2018, foram 513.463 os utentes que, a nível nacional, escolheram um

hospital fora da rede de referenciação hospitalar que até então estava pré-definida do ponto de

vista administrativo no sistema CTH, o que equivale a 11,6% do total de utentes que foram

referenciados para uma primeira consulta hospitalar a partir dos cuidados de saúde primários.

Em 2018 assistiu-se ao crescimento do número de utentes propostos para cirurgia nos hospitais

do SNS (+1% de entradas em Lista de Inscritos para Cirurgia do que em 2017), ou seja, foram

propostos para cirurgia 706.103 utentes em 2018, mais 6.971 do que em 2017, mais 43.461 do

que em 2015 e mais 94.568 do que em 2010, o que representa um maior acesso à resposta

cirúrgica no SNS.

Em resposta a este aumento da procura cirúrgica, registou-se também um crescimento total da

atividade cirúrgica realizada no SNS, tendo sido operados 594.978 utentes em 2018 (+1,0% do

que em 2017), o que representa o valor mais elevado de sempre desde que existe o Sistema

Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, entretanto integrado no SIGA.

Este crescimento de atividade cirúrgica no SNS corresponde a um crescimento não só absoluto,

mas também relativo (a população residente no continente diminuiu 0,6% no último triénio, de

acordo com o Instituto Nacional de Estatística), confirmando assim uma melhoria transversal

da resposta aos utentes do SNS.

Em 2018 a média do tempo de resposta aos doentes que foram operados manteve-se um pouco

acima dos 3 meses (3,3 meses), assim como se manteve a mediana de tempo de espera dos

utentes inscritos em LIC e ainda a aguardar uma resposta do SNS (3,5 meses).

No que respeita aos tempos de resposta dos serviços de urgência, verifica-se que a grande

maioria dos atendimentos é realizada dentro do tempo previsto pela triagem de Manchester, ou

seja, o número de episódios de urgência que foram atendidos dentro do tempo previsto no

protocolo de triagem de Manchester foi de 74,3% em 2018, valor superior aos 73,7% que foram

alcançados em 2017 e aos 72% de 2016.

• Cuidados continuados integrados

No final de 2018, o número de camas contratadas em unidades de internamento da Rede

Nacional de Cuidados Continuados Integrados ascendia às 8.553 camas.

Ao nível da resposta de ambulatório e de cuidados domiciliários, existiam 282 Equipas de

Cuidados Continuados Integrados (ECCI) a nível nacional, correspondendo a 5.728 lugares

domiciliários da Rede de Adultos (cerca de 41% do total de lugares existentes no final de 2018),

24 lugares de Equipas de Apoio Domiciliário (EAD), 85 lugares de Unidades Sócio Ocupacionais

de Adultos (USO), 30 lugares de Unidades Sócio Ocupacionais – Infância e Adolescência

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 35

(USO/IA) e 10 lugares de Unidades de Ambulatório Pediátrica (UAP) perfazendo um total de

5.877 lugares domiciliários e de ambulatório.

Em 2018, o número de utentes referenciados para as tipologias que se encontram na RNCCI

atingiu um total de 43.166 (+7,8% em relação a 2017), dos quais 37 foram para as tipologias

pediátricas e 349 para as tipologias de saúde mental. Quanto à origem de referenciação foi

possível constatar que a origem da referenciação continua a ser maioritariamente a partir dos

hospitais (63,4%).

De salientar ainda que, em relação a 2017, e considerando a mediana do tempo de referenciação

até identificação da vaga e o número de utentes a aguardar vaga, 32% dos tempos de resposta

melhoraram.

O ano de 2018 registou um volume global de 186.557.6333 euros, somando as componentes

assumidas pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e da Segurança

Social.

• Cuidados paliativos

Dando cumprimento ao Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos

(PEDCP) para o biénio 2017-2018 (aprovado pelo Despacho n.º 14311-A/2016, de 28 de

novembro), no final de 2018, todas as Unidades Locais de Saúde, hospitais gerais e oncológicos

do SNS dispunham de 43 equipas intra-hospitalares de suporte em cuidados paliativos

(EIHSCP) com consulta externa, à exceção do Hospital Distrital da Figueira da Foz e do Hospital

da Covilhã.

A Rede de Cuidados Paliativos dispunha também no final de 2018 de 21 equipas comunitárias

ou domiciliárias de suporte em cuidados paliativos (ECSCP) e 28 Unidades de Cuidados

Paliativos (UCP) com 381 camas, das quais 213 em UCP hospitalares e 168 em UCP-RNCCI.

De referir ainda que a redefinição dos critérios de referenciação, admissão e prorrogação,

mobilidade e alta de doentes para as UCP-RNCCI (Portaria n.º 75/2017 de 22 de fevereiro e

Circular Normativa n.º 8/2017/CNCP/ACSS) reforçou-se a natureza clínica destas unidades, o

que contribuiu para um crescimento de 40% do número de doentes tratados em unidades de

cuidados paliativos, de 2016 para 2018, (2.125 doentes tratados em 2016, para 2.967 em 2018).

Com a publicação da Portaria n.º 66/2018, de 6 de março, os Cuidados Paliativos Pediátricos,

foram integrados na Rede Nacional de Cuidados Paliativos e no final de 2018 estavam

formalmente constituídas duas EIHSCP-Pediátricas Especializadas (no Centro Hospitalar

Universitário de Coimbra e no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte) e uma “não

especializada” (no IPO de Lisboa), sendo que outras equipas estavam em fase de integração.

3 Os dados de execução financeira da componente Social são provisórios.

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Assim, constata-se que no final de 2018, Portugal continental dispunha de uma cobertura

geográfica total de cuidados paliativos, na medida em que todos os distritos dispunham de pelo

menos um recurso específico destes cuidados.

• Integração de Cuidados

Na área do reforço da integração de cuidados, importa destacar o projeto denominado “SNS

+proximidade” que continuou a ser desenvolvido em 2018 e que tem como objetivo facilitar o

acesso e o percurso dos utentes no SNS, abrangendo atualmente seis áreas: pessoa com

morbilidade múltipla, doença aguda, cuidar em casa, estratégias locais de saúde, literacia em

saúde e qualidade do atendimento no SNS.

• Setor social e convencionado

No que se refere ao setor social e convencionado, salienta-se que em 2018 o valor faturado ao

SNS pelas entidades convencionadas (excetuando as áreas da diálise e do SIGIC), foi de

473.766.356 euros, o correspondente a um aumento total de encargos de 5,3%, face ao valor

faturado em 2017.

Na área específica da diálise, verificou-se um aumento do número de doentes em programa de

tratamento em ambulatório, atingindo-se um total de 11.951 doentes em 2018, o que representa

12,2 doentes por cada 10.000 habitantes.

• Acordos internacionais para a prestação de cuidados de saúde

Ao longo de 2018, e relativamente à área internacional, continuou a verificar-se a aplicação da

diretiva comunitária de cuidados transfronteiriços a acesso a cuidados de saúde, bem como a

assegurar-se a legislação comunitária que suporta o fluxo de migrantes, os acordos de

cooperação no domínio da saúde (onde se incluem os evacuados dos Países Africanos de Língua

Oficial Portuguesa) e a assistência médica no estrangeiro.

À semelhança do que se tinha verificado em 2017, e no âmbito da assistência médica no

estrangeiro, em 2018 regista-se uma tendência decrescente no número de autorizações de

doentes portugueses para assistência no estrangeiro (249 doentes autorizados, quando até

2012 os valores anuais eram superiores a 600 doentes), resultado da melhor capacidade de

resposta instalada no SNS, nomeadamente com a criação dos Centros de Referência que

passaram, progressivamente, a assumir os casos clínicos que habitualmente eram referenciados

para o estrangeiro.

• Acreditação e avaliação externa da qualidade

No âmbito da operacionalização da Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde 2015-2020,

foi criado em 2015, o Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020, como uma

política pública que visa garantir a segurança dos utilizadores do SNS, bem como dos seus

profissionais, o qual é coordenado, a nível nacional, pelo Departamento da Qualidade na Saúde.

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SUMÁRIO EXECUTIVO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 37

Como principais resultados destaca-se a maior cultura de segurança das unidades prestadoras

de cuidados de saúde, refletida no aumento de processos de certificação da qualidade da

prestação de cuidados de saúde, pelo Modelo de Certificação do Ministério da Saúde, na maior

adesão dos profissionais à notificação de incidentes adversos, na crescente aplicação

sistemática de normas clínicas e organizacionais emitidas pela Direcção-Geral da Saúde, na

melhor utilização de ferramentas de monitorização da qualidade, como sejam as auditorias

clínicas, as práticas seguras de verificação da identificação do doente, prevenção de quedas e

úlceras por pressão, entre outros.

Em termos de avaliação do acesso aos cuidados de saúde prestados em outras áreas relevantes

para os utentes do SNS, importa destacar os seguintes resultados obtidos em 2018:

• Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde - SNS 24

Em 2018 foram atendidas mais de um milhão de chamadas no serviço de Triagem,

Aconselhamento e Encaminhamento, numa média diária de 2.990 chamadas, um valor superior

à média diária de 2017, que foi de 2.296.

Foram efetuadas 213.495 chamadas de seguimento, o correspondente a 585 seguimentos por

dia.

De salientar que o fluxo de chamadas de utentes para o SNS 24 sofre alterações sazonais,

verificando-se uma utilização mais elevada nos meses de inverno.

Observa-se que 37% dos utentes foram encaminhados para um Serviço de Urgência, 32% para

autocuidados e 25% para observação em Cuidados de Saúde Primários.

• Emergência médica

No ano de 2018, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tinha em funcionamento

658 meios de emergência médica, tendo registado o valor mais elevado de sempre no que se

refere aos acionamentos destes meios de emergência, com um total de 1.323.554.

Ao longo do ano foram atendidas 1.393.594 chamadas de emergência, o equivalente a uma

média diária de 3.818 chamadas. Destas, 45.459 foram provenientes do “SNS24”, o que significa

que, em 2018, os CODU do INEM receberam em média 125 chamadas por dia do “SNS24”.

De salientar ainda que, no mesmo período, foram transferidas 68.163 chamadas para o “SNS

24”, uma média 187 chamadas por dia.

• Transporte não urgente de doentes

Neste âmbito importa destacar o contínuo aumento do número de doentes não urgentes

transportados no SNS, no âmbito do sistema de gestão de transporte não urgente de doentes (+

4,1% face a 2017, o equivalente a 291.787 doentes transportados).

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SUMÁRIO EXECUTIVO

38

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

A evolução positiva verificou-se de igual forma no número de prestações de saúde a que os

utentes tiveram acesso, que registou um crescimento de 5,9%, correspondendo a um total de

2.605.931 prestações realizadas.

De salientar ainda que os custos unitários para o SNS por doente transportado têm apresentado

uma diminuição desde 2014 (-11,8%).

• Taxas moderadoras

O XXI Governo Constitucional procedeu, em 2017, à décima e última alteração ao Decreto-Lei

n.º 113/2011, de 29 de novembro, através da publicação do Decreto-Lei n.º 131/2017, de 10 de

outubro, que alargou o âmbito de cuidados de saúde dispensados do pagamento de taxas

moderadoras no SNS.

Ainda que em 2018 não se tenham registado alterações ao regime de pagamento de taxas

moderadoras, deu-se continuidade à política de redução do pagamento de taxas moderadoras

dos utentes que utilizam o SNS.

Destacam-se a dispensa do pagamento destas taxas nas consultas e atos complementares de

diagnóstico e terapêutica realizados no decurso de rastreios de base populacional, rastreios de

infeções VIH/SIDA, hepatites, tuberculose pulmonar e doenças sexualmente transmissíveis, de

programas de diagnóstico precoce e de diagnóstico neonatal, e no âmbito da profilaxia pré-

exposição para o VIH, promovidos no âmbito dos programas de prevenção da DGS; e nas

consultas, bem como atos complementares prescritos no decurso destas, no âmbito da

prestação de cuidados pelas equipas específicas de cuidados paliativos.

No ano de 2018, os proveitos com taxas moderadoras atingiram um total de 161.242.376 euros,

valor inferior ao que acontecia em 2015 (-15%), justificado pelo facto de os benefícios para os

utentes terem aumentado neste período, quer por ter havido uma redução dos valores cobrados

de taxas moderadoras, quer por terem aumentado, de forma significativa, as situações

abrangidas por dispensas e isenções de pagamento de taxa moderadora no SNS.

• Programa Nacional de Vacinação

Os resultados da avaliação do PNV em 2018 revelaram um aumento das coberturas vacinais em

todas as idades e vacinas.

A campanha de repescagem de vacinação contra o sarampo, iniciada em 2017, continua a

revelar bons resultados nos utentes com idade igual ou inferior a 18 anos, principalmente nas

áreas geográficas onde as coberturas eram menos elevadas. A cobertura vacinal para a primeira

dose da vacina contra o sarampo, avaliada aos 2 anos de idade, foi de 99% (coorte de 2016). A

cobertura vacinal para a 2ª dose desta vacina, nos utentes entre os 6 e os 18 anos de idade, varia

entre 96% e 98%.

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SUMÁRIO EXECUTIVO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 39

No 10º aniversário da introdução da vacina contra HPV no PNV, a cobertura vacinal revela os

valores mais elevados de sempre, atingindo os 90%, para 2 doses, dois anos após o início da

vacinação e chegando aos 94% aos 14 anos de idade.

A vacinação da grávida contra a tosse convulsa, revela excelente aceitação desde o seu início,

verificando-se, no seu segundo ano, um relevante aumento. Com estes resultados, espera-se o

controlo da tosse convulsa nas crianças até aos 2 meses de idade.

Aos 3 meses de idade, 97% das crianças vacinaram-se na idade recomendada, pelo que importa

continuar a investir na vacinação atempada aos 12 meses de idade.

• Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral

No ano de 2018 foram emitidos mais de 629 mil cheques-dentista, um aumento de 8,3% em

relação a 2017, sendo que 454.472 utentes do SNS beneficiaram dos cuidados de saúde

previstos neste Programa, o que refletiu um aumento de 10,6% em relação ao período homólogo

e foram utilizados 435.858 cheques (+0,04% do que em 2017), com uma taxa de utilização dos

cheques de 69%.

De referir ainda que até ao final de 2018, os idosos e os utentes portadores de VIH/SIDA, eram

os grupos com a mais elevada taxa de utilização dos cheques (85,3% e 81,4%, respetivamente).

No projeto de saúde oral nos cuidados de saúde primários, a taxa de utilização dos cheques-

dentista situou-se nos 32,3%, valor que se estima aumentar nos próximos anos face ao reforço

progressivo de médicos dentistas nos cuidados de saúde primários.

Em relação aos gabinetes de saúde oral, no final de 2018 existiam mais 17 gabinetes de saúde

oral em todo o país em relação a 2017, num total de 77, distribuídos em 73 centros de saúde, de

34 ACES, das cinco regiões.

• Sangue e transplantação

A tendência que se verifica desde 2008 manteve-se no decorrer do ano 2018, com uma

diminuição no número de dadores e de dádivas de sangue. Assim, em 2018, a percentagem de

dadores regulares de sangue atingiu os 88%.

No que se refere à área da transplantação, salienta-se em 2018 uma diminuição de 7,4% no

número total de transplantes realizados (829 transplantes), sendo que o número de

transplantes provenientes de dador falecido foi de 757 transplantes realizados, menos 6% que

em 2017.

Importa ainda destacar que, relativamente à doação de órgãos, o ano de 2018 registou uma

ligeira diminuição do número de dadores em morte cerebral (345 dadores falecidos, um

decréscimo de 1,8% em relação a 2017), refletindo uma diminuição no número de órgãos

colhidos. Destaca-se ainda a tendência de maior envelhecimento dos dadores em morte

cerebral, o que condiciona a colheita de órgãos.

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SUMÁRIO EXECUTIVO

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

O número de dadores de órgãos após paragem cardiocirculatória aumentou face ao período

homólogo (+33,3%), o número mais elevado deste tipo de dadores desde o início do programa.

• Comportamentos aditivos e dependências

Face às políticas e respostas adotadas neste domínio, resultaram ganhos em saúde, sendo que

na área do consumo de substâncias ilícitas se salienta a descida sustentada dos indicadores

relacionados com as infeções por VIH e SIDA, associadas à toxicodependência.

Relativamente ao acesso e prestação de cuidados de saúde, salienta-se a continuidade dos bons

resultados alcançados através do Programa de Troca de Seringas (cerca de 58 milhões de

seringas trocadas, desde o seu início até 2018) e dos Programas de Substituição de Heroína por

Metadona, que contribuem para a diminuição dos consumos e a aproximação dos utentes aos

cuidados e aos profissionais de saúde.

Em 2018 manteve-se a evolução positiva de alguns indicadores na área do álcool, como a

perceção de menor facilidade de acesso a bebidas alcoólicas em idades inferiores a 18 anos e o

retardar das idades de início dos consumos em populações jovens.

• Acesso ao medicamento

No ano de 2018 os encargos do SNS registaram um aumento de 3,4%, sendo que também se

observou um aumento de 1,6% dos encargos dos utentes com medicamentos,

comparativamente a 2017. O volume de embalagens disponibilizadas cresceu 2,5%, em relação

ao período homólogo.

Quanto à percentagem de unidades de medicamentos genéricos no total de medicamentos

comparticipados pelo SNS, a mesma atingiu os 48,4% em 2018. Importa ainda destacar o

aumento muito significativo da quota de biossimilares, que passou de 37% em 2017, para 42%

em 2018.

Ainda nesta área, salienta-se a introdução de 40 medicamentos inovadores, com destaque para

as áreas da oncologia, doenças raras, cardiologia e sistema nervoso central.

Durante o ano de 2018 os serviços e estabelecimentos do SNS reportaram informação sobre os

dispositivos médicos adquiridos nesse ano, sendo que os primeiros números revelam que 36%

da despesa com dispositivos médicos no meio hospitalar ocorre na área dos dispositivos

médicos de uso geral, 26% e 25% da despesa surge na área da musculosquelética/ortopedia e

cardiologia, respetivamente.

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SUMÁRIO EXECUTIVO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 41

Por último, importa destacar uma medida estrutural na área do acesso aos cuidados de saúde

que foi desenvolvida durante o ano de 2018:

• A implementação do SIGA SNS

A implementação do SIGA SNS encontra-se em curso, na sequência da publicação da Portaria n.º

147/2017, de 27 de abril, constituindo-se como um sistema de acompanhamento, controlo e

disponibilização de informação integrada, destinado a permitir um conhecimento transversal e

global sobre o acesso à rede de prestação de cuidados de saúde no SNS.

Trata-se de uma abordagem inovadora do acesso ao SNS, centrada no cidadão, que permite a

monitorização integral do acesso a cuidados de saúde, através da articulação dos diversos

níveis, serviços e tipos de resposta, de forma transversal e integrada, permitindo uma visão

completa do percurso do utente no sistema, desde a identificação de um problema de saúde, até

à sua resolução.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 43

Relatório Anual | 2018

Acesso a cuidados de saúde nos estabelecimentos do SNS e entidades convencionadas

Ministério da Saúde

Parte I

Planeamento em saúde e

modelo organizacional para a

prestação de cuidados de saúde

A primeira parte deste relatório é dedicada à evolução das necessidades em saúde, ao

planeamento da oferta e às alterações no modelo organizacional para a prestação de

cuidados de saúde no SNS, com especial incidência no período compreendido entre os

anos de 2010 a 2018.

Destacam-se os resultados alcançados nos programas de saúde prioritários, assim

como as evoluções estruturais registadas nas áreas de prestação de cuidados de saúde

primários, hospitalares, continuados integrados, paliativos e de saúde mental.

Analisa-se ainda a evolução registada no SNS em termos de recursos humanos e de

investimentos em instalações, equipamentos e tecnologias de informação e

comunicação, assim como a articulação com o setor social e convencionado e a

resposta na área dos acordos internacionais.

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PARTE I | 1.INDICADORES POPULACIONAIS E DEMOGRÁFICOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 45

1. Indicadores populacionais e demográficos

Os indicadores de saúde são frequentemente utilizados para aferir o estado de saúde de uma

população, ou seja, para conhecer de forma sumária as necessidades em saúde dessa população.

Indicador de natalidade

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) estimam que, em 2018, residiam em Portugal

cerca de 10.276.617 habitantes, menos 14.410 face a 2017. A população residente no continente, e

por isso abrangida diretamente pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), ascendia a 9.779.826 em 2018

(menos 12.971 residentes do que em 2017).

Este resultado traduziu-se numa taxa de crescimento efetivo negativa de 0,14% mantendo-se a

tendência de decréscimo populacional ainda que atenuado face aos últimos dois anos. O

abrandamento do decréscimo populacional em 2018 resultou da passagem do saldo migratório para

valores positivos (+11.570). O saldo natural manteve-se com valor negativo (-25.980).

O INE destaca ainda que o envelhecimento demográfico em Portugal continua a acentuar-se: face

a 2017, a população com menos de 15 anos diminuiu para 1.407.566 (-16.330) e a população com

idade igual ou superior a 65 anos aumentou para 2.244.225 pessoas (+30.951), representando

respetivamente, 13,7% e 21,8% da população total; a população mais idosa (idade igual ou superior

a 85 anos) foi estimada em 310.274 (+12.376 face a 2017).

Em 2018, a idade média da população residente em Portugal situou-se em 45,2 anos, tendo

aumentado cerca de 4,4 anos na última década.

No que se refere à taxa de mortalidade infantil (até ao primeiro ano de vida), o ano de 2018

registou um valor de 3,2 óbitos por cada mil nados-vivos, o mesmo valor que o registado em 2016.

No total, verificaram-se 281 óbitos infantis (+52 quem em 2017), um valor em linha com o de 2016

(282 óbitos infantis).

Em sentido inverso, o indicador de natalidade continua a apresentar uma evolução positiva,

totalizando cerca de 87 mil nados-vivos em 2018, ou seja, +1% do que em 2017 e +5,6% do que em

2014 (ano com o valor mais baixo do período analisado).

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PARTE I | 1.INDICADORES POPULACIONAIS E DEMOGRÁFICOS

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quadro 1. Evolução dos principais indicadores de população, natalidade e mortalidade

Indicadores 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*

População População residente (x 1.000) 10 573 10 558 10 487 10 427 10 375 10 341 10 318 10 291 10 277

Natalidade Número de nados-vivos 101 381 96 856 89 841 82 787 82 367 85 500 87 126 86 154 87 020

Taxa bruta de natalidade por 1.000 habitantes

9,6 9,2 8,5 7,9 7,9 8,3 8,4 8,4 8,5

Mortalidade Número de óbitos (residentes em Portugal)

105 954 102 848 107 612 106 554 104 843 108 511 110 535 109 758 113 000

Número de óbitos infantis (menores de 1 ano)

256 306 303 243 236 250 282 229 281

Número de óbitos de 0 a 4 anos 326 372 367 316 291 308 330 281 n.d

Proporção de óbitos prematuros (óbitos de menos de 70 anos / total de óbitos)

n.d. n.d. 22,7% 22,8% 22,4% 21,5% 21,5% 21,3% n.d

Saldo Fisiológico -4 573 -5 992 -17 771 -23 767 -22 476 -23 011 -23 409 -23 409 -25 980

Nota: Face à informação anteriormente publicada, foi atualizado à data pelo INE, o valor referente ao número de óbitos infantis para o ano de 2016. *Dados provisórios Fonte: INE e DGS

Esperança média de vida

Em Portugal a esperança média de vida à nascença abrandou, cuja estimativa, no período 2016-

2018, se situou nos 80,8 anos para o total da população, sendo 77,8 anos para os homens e 83,4 para

as mulheres.

Estes valores representam um ganho de 0,5 meses para os homens e de 0,2 meses para as

mulheres, quando comparados com o período 2015-2017. Os dados do INE indicam que, numa

década, verificou-se um aumento de 2,1 anos de vida para o total da população, 2,3 para os homens

e 1,6 nas mulheres.

Enquanto que no sexo feminino esse aumento resultou, essencialmente, da redução da

mortalidade em idades iguais ou superiores a 60 anos, no sexo masculino o acréscimo continua a ser

maioritariamente proveniente da redução da mortalidade em idades inferiores a 60 anos, embora a

contribuição da redução na mortalidade nas idades mais avançadas tenha vindo a destacar-se.

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PARTE I | 1.INDICADORES POPULACIONAIS E DEMOGRÁFICOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 47

No que se refere à esperança de vida aos 65 anos, os dados mais recentes apontam para o valor

mais elevado de sempre para este indicador (19,49 anos para o total da população em 2018),

conforme gráfico seguinte.

Para os homens o valor referente a este indicador situa-se, em média, nos 17,58 anos e para as

mulheres nos 20,88 anos, o que representa ganhos de 1,23 e 1,18 anos, respetivamente, nos últimos

dez anos.

18,84

18,97

19,1219,19

19,31

19,45 19,49

18

19

20

2010-2012 2011-2013 2012-2014 2013-2015 2014-2016 2015-2017 2016-2018

Fonte: INE e DGS StatLink: https://www.dgs.pt/portal-da-estatistica-

da-saude/principais-indicadores.aspx

Gráfico 2. Esperança média de vida aos 65 anos (em anos)

Gráfico 1. Evolução da esperança de vida à nascença

Fonte: INE

75,0

77,0

80,080,8

74,0

75,0

76,0

77,0

78,0

79,0

80,0

81,0

82,0

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PARTE I | 1.INDICADORES POPULACIONAIS E DEMOGRÁFICOS

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Caixa 1. A importância da avaliação das necessidades em saúde

A avaliação das necessidades em saúde através de indicadores populacionais,

sociodemográficos e de saúde é uma oportunidade para a melhoria contínua dos sistemas de

saúde, na medida em que permite:

• Descrever os fatores de doença de uma população e as diferenças face a outros padrões de

doença de outras populações, ou seja, conhecer o estado de saúde da população;

• Identificar as áreas de necessidades desconhecidas e providenciar um conjunto de objetivos

para que essas necessidades se tornem conhecidas;

• Decidir racionalmente como usar recursos escassos para aumentar o estado de saúde de uma

população de forma mais efetiva e eficiente;

• Monitorizar e promover a equidade no fornecimento e no uso dos serviços de saúde e corrigir

as desigualdades em saúde.

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 49

2. Programas de saúde prioritários

O XXI Governo Constitucional, no seu programa para a saúde, estabelece como uma das

prioridades promover a saúde através de uma nova ambição para a saúde pública, sublinhando que

para obter ganhos em saúde tem de se intervir nos vários determinantes.

Assim, e por Despacho do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, de 11 de maio de 2016

(Despacho n.º 6401/2016), alterado pelo Despacho n.º 1225/2018, de 5 de fevereiro, a Direção-

Geral de Saúde desenvolve, no âmbito do Plano Nacional de Saúde, 12 Programas Nacionais de Saúde

Prioritários nas seguintes áreas:

1. Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável;

2. Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física;

3. Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo;

4. Programa Nacional para a Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos

Antimicrobianos;

5. Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares;

6. Programa Nacional para a Diabetes;

7. Programa Nacional para as Doenças Oncológicas;

8. Programa Nacional para as Doenças Respiratórias;

9. Programa Nacional para as Hepatites Virais;

10. Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA;

11. Programa Nacional para a Tuberculose;

12. Programa Nacional para a Saúde Mental.

Os Programas são agregados em três Plataformas integradas de intervenção prioritária em

saúde – a Plataforma para a Prevenção e Gestão das Doenças Crónicas, a Plataforma para a Prevenção

e Gestão das Doenças Transmissíveis e a Plataforma para a Saúde Mental -, com o objetivo de

harmonizar e potenciar as estratégias das diferentes intervenções em saúde, quer sejam

desenvolvidas pelos profissionais de saúde, quer pelos demais intervenientes da sociedade, na

perspetiva de contribuírem, para alcançar as metas do Plano Nacional de Saúde 2020.

Os programas prioritários para a prevenção e controlo do tabagismo, a promoção da

alimentação saudável, a promoção da atividade física, a diabetes, as doenças cérebro-

cardiovasculares, as doenças oncológicas e as doenças respiratórias, integram uma plataforma para

a prevenção e gestão das doenças crónicas.

Os programas prioritários para as hepatites virais, a infeção VIH/SIDA e tuberculose, a

prevenção e controlo de infeções e de resistência aos antimicrobianos integram uma plataforma para

a prevenção e gestão das doenças transmissíveis.

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

O programa prioritário da saúde mental integra uma plataforma dedicada, que inclui, o

coordenador e representantes da comissão de acompanhamento do Plano Nacional de Prevenção do

Suicídio.

Caixa 2. Plano Nacional de Saúde – Revisão e extensão 2020

O Plano Nacional de Saúde dá continuidade à visão estabelecida nos anteriores planos,

procurando maximizar os ganhos em saúde através da integração de esforços sustentados em

todos os setores da sociedade, e da utilização de estratégias assentes na cidadania, na equidade e

acesso, na qualidade e nas políticas saudáveis. Neste sentido, propõe como metas para 2020:

• Reduzir a mortalidade prematura (idade ≤70 anos), para um valor inferior a 20%;

• Aumentar a esperança de vida saudável aos 65 anos de idade em 30%;

• Reduzir a prevalência do consumo de tabaco na população com idade ≥ 15 anos e eliminar a

exposição ao fumo ambiental;

• Controlar a incidência e a prevalência de excesso de peso e obesidade na população infantil e

escolar, limitando o crescimento até 2020.

A revisão e extensão a 2020 surge na sequência do trabalho desenvolvido com os vários

parceiros da Saúde, seguindo as Grande Opções do Plano para 2015, bem como as recomendações

e acompanhamento da Organização Mundial de Saúde – Europa no relatório sobre a

implementação do PNS 2012-2016.

Para mais informação consultar em:

https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/22590/1/Portugal%20-

%20Plano%20Nacional%20de%20Sa%C3%BAde%20em%20N%C3%BAmeros%20-%202017.pdf

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 51

2.1. Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável

O Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) tem por objetivo

melhorar o estado nutricional da população, incentivando a disponibilidade física e económica dos

alimentos constituintes de um padrão alimentar saudável e criando condições para que a população

os valorize, aprecie e consuma, integrando-os nas suas rotinas diárias.

Este programa promove um consumo alimentar adequado e a consequente melhoria do estado

nutricional dos cidadãos, tendo um impacto direto na prevenção e controlo das doenças mais

prevalentes a nível nacional (cardiovasculares, oncológicas, diabetes, obesidade).

O PNPAS possui cinco objetivos gerais:

1. Aumentar o conhecimento sobre os consumos alimentares da população portuguesa, seus

determinantes e consequências;

2. Modificar a disponibilidade de certos alimentos, nomeadamente em ambiente escolar,

laboral e em espaços públicos;

3. Informar e capacitar para a compra, confeção e armazenamento de alimentos saudáveis, em

especial aos grupos mais desfavorecidos;

4. Identificar e promover ações transversais que incentivem o consumo de alimentos de boa

qualidade nutricional de forma articulada e integrada com outros sectores;

5. Melhorar a qualificação e o modo de atuação dos diferentes profissionais que pela sua

atividade, podem influenciar conhecimentos, atitudes e comportamentos na área alimentar.

Medidas e resultados atingidos em 2018

O ano de 2018 ficou marcado pelo início da implementação da Estratégia Integrada para a

Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), uma estratégia interministerial coordenada pelo

PNPAS/DGS, mas que envolve os Ministérios das Finanças, Administração Interna, Educação,

Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural e Mar, configurando-se assim como uma estratégia

baseada no princípio da “saúde em todas as políticas”.

No âmbito desta estratégia, a implementação de medidas para modificar a oferta alimentar foi

uma das principais áreas de trabalho durante o ano de 2018. Foi iniciado um intenso trabalho em

parceria com os setores da indústria e distribuição alimentar no sentido de elaborar um protocolo

de colaboração para a reformulação dos teores de açúcar, sal e ácidos gordos trans, nos produtos

alimentares que mais contribuem para a ingestão destes nutrientes na população portuguesa.

Ainda em 2018, foram assinados diversos protocolos no âmbito da alimentação saudável,

nomeadamente um protocolo de colaboração com as Associações dos Industriais de Panificação,

Pastelaria e Similares para a redução do teor de ácidos gordos trans nos produtos de pastelaria

(redução dos ácidos gordos trans para valores abaixo dos 2% de gordura total utilizada) e um

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

protocolo de colaboração com a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) para a

redução da gramagem dos pacotes individuais de açúcar.

Ainda no contexto das iniciativas que visam incentivar a reformulação dos produtos alimentares,

foi também lançada a iniciativa Selo Pão com “Menos sal, mesmo sabor”, que pretende conceder uma

distinção pública, através da atribuição de uma menção (um selo) às padarias que já cumpram a meta

mais ambiciosa definida para o ano de 2021 (teor máximo de sal de 1 grama por 100 gramas de pão).

No contexto do protocolo da DGS com o Instituto da Segurança Social, destacam-se também as

iniciativas que foram desenvolvidas no âmbito da modificação da oferta alimentar do Programa

Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas. Assim, foram elaborados dois manuais de apoio

para a utilização e gestão correta do cabaz de alimentos em parceria com o PNPAS, bem como a

primeira revisão aos cabazes de alimentos distribuídos no âmbito deste programa.

No ano de 2018, o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável colaborou

ainda com a Direção-Geral da Educação, na elaboração de uma nova versão do documento relativo às

Orientações para Ementas e Refeitórios Escolares.

As estratégias locais para a promoção de uma alimentação saudável têm sido igualmente

consideradas determinantes. Neste contexto, o PNPAS estabeleceu ao longo do ano de 2018 um

conjunto de protocolos de colaboração com alguns municípios portugueses de modo a incentivar a

implementação de estratégias locais para a promoção de uma alimentação saudável.

O PNPAS participou também ativamente no grupo de trabalho que elaborou o relatório sobre o

impacto do Imposto Especial de Consumo de Bebidas adicionadas de Açúcar ou Edulcorantes, com o

objetivo de apresentar uma proposta de revisão a este imposto, para ser integrada na proposta de

Orçamento de Estado para 2019. De acordo com os dados que constam neste relatório, em 2017, a

distribuição das bebidas açucaradas e adicionadas de edulcorantes, de acordo com os dois escalões

de taxação em função do teor do açúcar, inverteu o padrão existente, passando as bebidas com

elevado teor de açúcar de cerca de 62% para 38% do mercado. Também a introdução do imposto

permitiu uma arrecadação adicional de receita relevante, de cerca de 70 milhões de euros, em 2017.

Importa ainda referir que em 2018, o PNPAS deu continuidade ao investimento que tem vindo a

fazer ao longo dos últimos anos, na área da promoção da literacia alimentar e nutricional. A partilha

regular de informação nos meios de comunicação digitais do PNPAS (blogue Nutrimento4 e o portal5)

continuam a fazer destes canais os sítios de referência a nível nacional para a pesquisa de informação

sobre alimentação e nutrição.

Em paralelo a este esforço, durante o ano de 2018 foram lançadas duas campanhas públicas de

divulgação nacional, que contaram com a participação de figuras públicas e com uma forte presença

4 Disponível em https://nutrimento.pt/ 5 Disponível em https://www.alimentacaosaudavel.dgs.pt/

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 53

nos meios de comunicação social e redes sociais, nomeadamente a campanha “açúcar escondido nos

alimentos” e “água a nova mega bebida”.

Por último, no âmbito do grupo de trabalho criado pelo Despacho n.º 5479/2017, de 23 de junho

com o objetivo de garantir o fornecimento de uma alimentação nutricionalmente adequada,

contribuindo para a qualidade dos cuidados de saúde prestados nas entidades hospitalares do SNS,

foi publicado o Despacho n.º 6634/2018, de 6 de julho, que define que devem ser aplicadas

ferramentas de avaliação do risco nutricional a todos os doentes internados nos estabelecimentos

hospitalares do SNS, por um período superior a 24 horas.

2.2. Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física

O Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física (PNPAF) tem como eixos estratégicos

a promoção da sensibilização, da literacia física e da prontidão de toda a população, a promoção da

generalização da avaliação e aconselhamento da atividade física nos cuidados de saúde primários, o

incentivo de ambientes promotores da atividade física, em todos os contextos de vida, e a promoção

da vigilância epidemiológica e da investigação, bem como a valorização e divulgação de boas práticas

na área da promoção da atividade física e desportiva.

O PNPAF tem as seguintes metas a 2020:

1. Aumentar para 32% a percentagem de adultos que indica fazer exercício ou desporto com

regularidade;

2. Aumentar para 70% a percentagem de adolescentes que pratica atividade física três ou mais

vezes por semana;

3. Aumentar para 25% a percentagem de adultos com menos de 7,5h/dia em atividade

sedentária.

Medidas e resultados atingidos em 2018

Ao longo do ano de 2018 manteve-se a implementação dos sistemas informáticos de apoio à

atividade assistencial realizada no SNS (com especial ênfase nos cuidados de saúde primários), várias

ferramentas de apoio à avaliação do nível de atividade física, e consequente aconselhamento à sua

promoção.

O conjunto de ferramentas disponibilizadas pretende facilitar o aconselhamento para a

promoção da atividade física em adultos (abrangendo os idosos). Inclui instrumentos baseados em

sólida evidência científica, que podem ser disponibilizados ao utente sem consumir tempo vital de

consulta, uma vez que os mesmos foram desenvolvidos para serem autoexplicativos e, mesmo na

ausência de aprofundado enquadramento durante a consulta, poderem ser explorados e

experimentados livremente, em autonomia.

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

A este nível, a monitorização feita no final de dezembro de 2018 apontava para:

• Um total de 63.187 utentes com nível de atividade física avaliada;

• 4.997 Profissionais de Saúde que registaram esta avaliação;

• 5.443 utentes que, na sequência desta avaliação, receberam por parte do seu médico,

aconselhamento breve para a promoção da atividade física, com recurso à emissão de

ferramentas digitais ("guias de atividade física") especificamente desenvolvidas de acordo

com o mais moderno estado da arte a este nível;

• Emissão de 13.914 “guias” de apoio à promoção da atividade física.

O número total de utentes avaliados ao longo do período compreendido entre setembro de 2017

e dezembro de 2018, permite constatar que o número de utentes avaliados nos últimos sete meses,

duplicou face aos primeiros meses deste período.

Em 2018, no âmbito da implementação do Despacho n.º 8932/2017, de 10 de outubro, foi ainda

iniciado um projeto-piloto para definição do modelo de promoção da atividade física no SNS, baseado

em duas intervenções, que serão avaliadas quanto à sua efetividade e custo-efetividade,

nomeadamente:

1. Aconselhamento breve para atividade física feito a todos os utentes, realizado em contexto

de consulta de rotina;

2. Consulta de atividade física, dirigida a utentes prioritários - com diabetes tipo 2 e depressão

– onde é feita uma prescrição individualizada de atividade física/exercício físico.

2.3. Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo

O Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo (PNPCT) foi criado em 2012

para prevenir e controlar aquele que, já na altura, foi considerado um problema de saúde prioritário:

o tabagismo.

Em 2017 (último ano com dados disponíveis), segundo estimativas elaboradas pelo Institute of

Health Metrics and Evaluation, morreram em Portugal cerca de 13 mil pessoas por doenças

atribuíveis ao tabaco, ou seja, uma morte a cada 40 minutos.

Com o intuito de aumentar a expectativa de vida saudável da população portuguesa e reduzir as

desigualdades em saúde, o PNPCT assume como principais objetivos até 2020:

1. Reduzir a prevalência de fumadores na população com 15 ou mais anos para um valor

inferior a 17%;

2. Travar o aumento do consumo de tabaco nas mulheres;

3. Eliminar a exposição ao fumo ambiental do tabaco;

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 55

4. Reduzir as desigualdades na proporção de fumadores entre as regiões do país.

Medidas e resultados atingidos em 2018

Para atingir as metas referidas anteriormente, em 2018, prosseguiu-se com uma estratégia

integrada e multimodal, tendo sido adotadas diversas medidas na área da prevenção nos jovens, da

promoção da cessação tabágica, na proteção da exposição ao fumo ambiental, da promoção da

literacia e da vigilância epidemiológica.

A aplicação da lei do tabaco e a regulamentação dos produtos do tabaco e dos cigarros

eletrónicos constituíram outra área que exigiu uma intervenção continuada do Programa.

Note-se que uma das medidas com maior impacto em termos de acesso aos cuidados de saúde

foi o aumento do número de locais de consulta de apoio à cessação tabágica nos cuidados de saúde

primários. Na sequência dos Despachos n.º 6401/2016 e 14202-A/2016, publicados em maio e em

novembro de 2016, respetivamente, 98% dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) passaram

a dispor de consulta de apoio intensivo à cessação tabágica, melhorando-se, desta forma, a

acessibilidade em termos nacionais.

De acordo com o Despacho n.º 7432/2018, de 6 de agosto de 2018, foi reforçada a necessidade

de garantir o acesso a consultas de apoio intensivo à cessação tabágica, bem como a programas

multimodais de cessação tabágica (envolvendo equipas multidisciplinares), aos utentes e

profissionais que manifestem vontade em deixar de fumar, e promover o acesso a medicamentos de

tratamento do tabagismo.

Em 2018, manteve-se a tendência de aumento do número de consultas de apoio intensivo à

cessação tabágica realizadas no SNS. Verificou-se um acréscimo de 12,7% nas primeiras consultas e

de 10,9% no total de consultas realizadas em ACES e serviços hospitalares, quando comparado com

o ano de 2017.

O número de locais de consulta registou um crescimento de 1,4%, conforme tabela infra.

Quadro 2. Evolução das consultas de apoio intensivo à cessação tabágica

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

Total de consultas 19 620 20 667 20 898 22 358 26 043 30 706 31 822 39 763 44 099 10,9%

Primeiras consultas 4 917 5 778 6 959 5 631 7 527 8 563 7 134 11 493 12 961 12,7%

Locais de consulta 181 161 127 118 131 152 180 218 221 1,4%

Fonte: Administrações Regionais de Saúde

Ainda em relação ao ano 2018, foi concretizada a primeira fase do processo de informatização

dos registos no sistema de informação SClínico, no que se refere à consulta de apoio intensivo de

apoio à cessação tabágica, sendo que as intervenções breves já estão informatizadas e as consultas

de apoio intensivo em processo de informatização.

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Na sequência da informatização das intervenções breves para a cessação tabágica, cuja

implementação nacional nos cuidados de saúde primários teve lugar em julho de 2017, foi possível

abranger também o sistema hospitalar a partir do final do primeiro semestre de 2018.

Para apoiar a utilização deste sistema, foram elaborados e distribuídos dois algoritmos de

atuação no âmbito da cessação tabágica, dirigidos aos profissionais de saúde – “Algoritmo da

intervenção breve ou muito breve para a cessação tabágica” e “Algoritmo do tratamento

farmacológico do tabagismo”, apoiados pela elaboração de um manual explicativo de inserção no

sistema SClínico. Ainda nesta área importa destacar o lançamento da campanha mediática “Opte por

amar mais. Deixe de fumar” (2018), a publicação do Despacho n.º 7432/2018, de 6 de agosto, que

determina e estabelece disposições no sentido de tornar os estabelecimentos do SNS livres de fumo

de tabaco, e ainda, o protocolo entre a DGS e a Direção Geral da Educação, tendo em vista a prevenção

do tabagismo em meio escolar.

De referir ainda que, no âmbito da comparticipação a 37% pelo SNS para o medicamento de

primeira linha para o tratamento antitabágico – a vareniclina – assistiu-se, em 2018, a um aumento

de 17% das embalagens dispensadas, no mercado comparticipado do SNS em farmácia comunitária6.

2.4. Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos

Antimicrobianos

O Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistências aos Antimicrobianos

(PPCIRA) tem como objetivo geral a redução das infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS)

assim como das resistências dos microrganismos aos antimicrobianos (RAM).

São seus objetivos específicos, a vigilância contínua das IACS, do consumo de antimicrobianos e

da incidência de microrganismos multirresistentes.

As IACS e o aumento das RAM são problemas relacionados e de importância crescente à escala

mundial. Nenhum país e nenhuma instituição prestadora de cuidados de saúde pode ignorar as

implicações destas infeções e o seu impacto nos utentes, nas unidades de saúde e na comunidade.

As IACS aumentam a morbilidade e a mortalidade, prolongam os internamentos e agravam os

custos em saúde. Acentuam a pressão geradora de RAM pelo maior uso de antibióticos, inviabilizam

a qualidade dos cuidados e são a principal ameaça à segurança dos cidadãos. No relatório global sobre

a vigilância das RAM, a OMS em 2015, refere mesmo que este é um problema de saúde pública.

O PPCIRA tem as seguintes metas a 2020:

1. Reduzir prevalência de infeção adquirida em cuidados continuados <10%;

6 Dados do INFARMED

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 57

2. Manter taxa de Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenemos <6%;

3. Reduzir prevalência de infeção adquirida em hospitais <8%;

4. Reduzir o consumo de antibióticos na comunidade <19 DHD (Doses Definidas Diárias/ 1.000

habitantes/dia).

Medidas e resultados atingidos em 2018

Durante o ano de 2018, as atividades e desígnios do Programa centraram-se nas áreas:

a) Vigilância epidemiológica;

b) Prevenção e diagnóstico;

c) Cooperação e relações internacionais.

O PPCIRA participa na Vigilância Epidemiológica em Rede Europeia em dois pontos específicos:

vigilância das infeções em unidades de cuidados intensivos de adultos (VE-UCI) e vigilância das

infeções do local cirúrgico.

Atualmente, a VE-UCI é realizada em 30 Unidades de Cuidados Intensivos, o que corresponde a

68,2% de cobertura nacional. Na VE-UCI são, primordialmente, avaliados a nível europeu, unidades

com mais de 30 doentes com pelo menos dois dias internamento em UCI ao longo de um ano: a taxa

de pneumonia associada à intubação (número de casos por mil dias de intubação) e a taxa de infeção

da corrente sanguínea associada a cateter (número de casos por mil dias de cateter). O estudo de

2013 a 2017 permitiu observar uma redução da densidade de incidência de PAV entre 2013 e 2017

(-10,8% face a 2013), não obstante o número de unidades que monitorizam a infeção ter aumentado

10%. Também se observou uma redução da densidade de incidência de Bacteriemia entre 2013 e

2017 (-30,8% face a 2013), não obstante o número de unidades que monitorizam a infeção ter

aumentado.

A vigilância epidemiológica permitiu a verificação de flutuações na incidência cumulativa de

Infeções do Local Cirúrgico por 100 doentes submetidos a cirurgia, não obstante se referir uma

redução de 12,8% na mesma, apesar de o número de atos cirúrgicos ter aumentado 58,3% e o

número de instituições ter também aumentado em 42,6%.

O Programa participou também nas vigilâncias em Rede Nacional, designadamente na Vigilância

Epidemiológica em Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais e na Vigilância Epidemiológica da

Infeção Nosocomial da Corrente Sanguínea, acompanhou, como parceiro do INSA, a vigilância das

resistências aos antimicrobianos e como parceiro do INFARMED, a vigilância de consumo de

antimicrobianos.

No que respeita à vigilância epidemiológica de Infeções por Clostridium difficile (promovida

pelo ECDC – HAI-net CDI) gerido em Portugal pelo PPCIRA/INSA esta encontra-se em fase piloto. Foi

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

ainda promovido o Diagnóstico da Capacidade Laboratorial de Clostridium difficile e da Candida

auris em Portugal.

A nível de vigilância de infeções, foram apresentados os resultados dos dois estudos de

prevalência realizados em 2017: PPSII – inquérito de prevalência de infeções, de consumos e

resistências a antimicrobianos, em hospitais de agudos na EU/EEE e o HALT3 - inquérito de

prevalência de infeções, consumos e resistências a antimicrobianos nas unidades de cuidados

continuados integrados, na EU/EEE.

Realça-se que Portugal melhorou nos dois estudos face aos anteriormente publicados, tendo

obtido no PPSII um resultado de 7,8% de taxa de infeção (10,6 % em 2012) corrigida pela validação

(8,9% - taxa bruta). Contribuiu com uma das maiores amostras europeias, tendo sido estudados 125

hospitais (média de hospitais estudados na Europa = 95) e cerca de 21.339 doentes. Relativamente

à validação, foi considerada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) como

o maior estudo de validação realizado na EU/EEE desde sempre.

Nos cuidados continuados integrados, com uma tipologia bastante mais complexa do que a

realidade europeia, foram estudadas 268 unidades de todas as tipologias, tendo sido obtido o

resultado de prevalência de infeções no HALT3 de 4,4% em comparação com a taxa de 10,4% em

2013.

Em 2018 foi ainda efetuada a avaliação de resultados dos cinco anos de existência deste

Programa Prioritário, tendo as principais conclusões apontado para uma tendência favorável de

aumento do cumprimento global das boas práticas de higiene das mãos nos profissionais de saúde

face a 2013, com aumento gradual e progressivo das unidades aderentes, estando implementada em

61% dos hospitais do SNS, 19% dos hospitais privados e do setor social, 11% das unidades de

cuidados continuados integrados e em 34% das unidades que prestam cuidados de saúde primários.

Relativamente à estratégia multimodal das Precauções Básicas em Controlo de Infeção, iniciada

em 2014, verificou-se um aumento do Índice Global de Qualidade (IGQ) em 12,7 % para as estruturas

e 8,1% no que respeita à qualidade dos processos na mesma janela temporal. Nas boas práticas do

uso e gestão de luvas nas unidades de saúde, módulo iniciado em 2016, aumentou o número de

unidades de saúde aderentes a esta monitorização de 45 para 107 unidades de saúde, incluindo

hospitais do SNS, Sistemas Regionais de Saúde das regiões autónomas ou tutelados, privados e do

setor social, unidades de cuidados continuados e agrupamentos dos centros de saúde e unidades de

saúde de ilha das regiões autónomas.

Observou-se igualmente uma redução estatisticamente significativa das resistências aos

antimicrobianos na maior parte dos microrganismos estudados, com exceção das resistências da

bactéria Klebsiella pneumoniae aos vários fármacos que aumentou significativamente, com

suscetibilidade reduzida aos carbapenemos em cerca de 10% dos isolados invasivos estudados.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 59

De destacar ainda a comemoração do Dia Mundial da Higiene das Mãos e da Semana da

Promoção das PBCI, a Comemoração do Mês do Antibiótico, em parceria com o INFARMED, com

mensagens ao cidadão (através dos media, transportes públicos e redes sociais), trabalho nas escolas

com as crianças (Literacia em Saúde) e aos profissionais de saúde, através dos canais próprios do

PPCIRA, com tradução, adaptação e disponibilização de materiais do ECDC7.

Quanto ao Projeto STOP: Infeção Hospitalar!, e continuidade após o encerramento do Projeto

apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e o Institute for Health Improvement, foi feita a

passagem oficial de testemunho para a DGS/PPCIRA.

No âmbito do Programa One Health foram desenvolvidas ações de concertação com os

diferentes parceiros para a implementação/operacionalização do Plano Nacional de Combate às

Resistências aos Antimicrobianos (PNCRAM).

2.5. Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares

O Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares (PNDCCV) foi criado em

janeiro de 2012, no âmbito da DGS, tendo por objetivo a monitorização dos indicadores adequados

para uma permanente avaliação do impacto das doenças cérebro e cardiovasculares na população

portuguesa, bem como da utilização de recursos com elas relacionados, a promoção de programas de

prevenção, tratamento e reabilitação das doenças cérebro e cardiovasculares com particular

incidência em áreas consideradas prioritárias, a monitorização e aprofundamento das estratégias

organizativas designadas como “Vias Verdes”, criando sistemas de informação integrados que

contemplem as vertentes pré-hospitalar e hospitalar, e a criação de sistemas de avaliação do impacto

de novos métodos de diagnóstico e terapêutica no domínio do Programa Nacional.

O PNDCCV tem as seguintes metas a 2020:

1. Reduzir a mortalidade prematura por doença cardiovascular para valores de taxa de

mortalidade padronizada inferiores a 8,5% ou número de óbitos por ano inferior a 1.000;

2. Reduzir a mortalidade prematura por doença isquémica cardíaca para valores de taxa de

mortalidade padronizada inferiores a 8,5% ou número de óbitos por ano inferior a 1.000;

3. Reduzir a mortalidade intra-hospitalar por Enfarte Agudo do Miocárdio para 7% com

número de óbitos anual inferior a 950;

4. Aumentar o número de angioplastias primárias no Enfarte Agudo do Miocárdio para 470

por milhão de habitantes;

7 https://www.dgs.pt/programa-de-prevencao-e-controlo-de-infecoes-e-de-resistencia-aos-antimicrobianos/eventos/mes-do-antibiotico-

2018.aspx

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

60

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

5. Aumentar o número de casos submetidos a terapêutica fibrinolítica ou reperfusão

endovascular no Acidente Vascular Cerebral para 1.800 casos por ano;

6. Reduzir o consumo de sal entre 3% a 4% ao ano na população, durante os próximos 4 anos

– meta comum ao PNPAS.

Em 2017, último ano com dados disponíveis, verificou-se uma diminuição no número de óbitos

por doenças cerebrovasculares (-3,7%), bem como por doenças isquémicas do coração (-0,4%), em

relação a 2016, e como se demonstra nos quadros que se seguem.

Quadro 3. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças cerebrovasculares

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Número de óbitos (todas as idades) 13 871 12 690 13 020 11 752 11 296 11 270 11 213 10 799

Número de óbitos (<70 anos) 1 420 1 342 1 349 1 257 1 220 1 153 1 144 1 076

Taxa de mortalidade padronizada <70 anos

13,2 12,3 12,2 11,3 10,9 10,1 10,0 9,3

Fonte: DGS com base em dados do INE

Quadro 4. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças isquémicas do coração

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Número de óbitos (todas as idades) 7 083 6 582 6 605 6 526 6 966 6 853 6 886 6 861

Número de óbitos (<70 anos) 1 314 1 259 1 200 1 229 1 635 1 606 1 587 1 684

Taxa de mortalidade padronizada <70 anos

12,4 11,7 10,9 11,1 14,9 14,4 14,2 15,0

Fonte: DGS com base em dados do INE

Medidas e Resultados atingidos em 2018

Para atingir as metas referidas, em 2018, o PNDCCV propôs-se a desenvolver e concretizar

progressivamente o projeto-piloto de um Centro de Análise Remota de MCDT de Cardiologia em

cuidados de saúde primários, definir e implementar com o PNPAS estratégias de redução do consumo

de sal na alimentação e participar no grupo de trabalho para a definição dos critérios a observar no

Programa de Reabilitação Cardíaca, definindo e acompanhando os projetos-piloto.

O projeto-piloto de Realização de MCDT de Cardiologia em cuidados de saúde primários, que

terminou em 2018, demonstrou a exequibilidade do processo que permite evitar a deslocação a

unidades hospitalares, mediante o recurso a tecnologias de informação e integração de cuidados.

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 61

Inclui a realização de eletrocardiograma convencional, MAPA e registo eletrocardiográfico de longa

duração.

Importa igualmente salientar a progressão tendencial no número de procedimentos de

angioplastia primária no enfarte agudo do miocárdio, bem como de casos de terapêutica fibrinolítica

no acidente vascular cerebral. A evolução destas vertentes terapêuticas, plasmada no quadro

seguinte, e que já se verifica desde 2016, é indicadora do desempenho das redes de cuidados,

mantendo a tendência de redução da mortalidade prematura.

Quadro 5. Evolução das diferentes vertentes terapêuticas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

AVC-Doentes Submetidos a Fibrinólise 1 155 1 314 1 326 1 516 1 451 1 930

EAM-Doentes submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP) Primária (Incluindo Ilhas)

3 246 3 524 3 641 4 220 4 225 4 359

EAM-Doentes submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP) Primária (Continente)

3 055 3 326 3 480 4 052 4 105 4 158

Fonte: DGS

Está em curso a análise da operacionalização das propostas elaboradas pelo grupo de trabalho

sobre Reabilitação Cardíaca, no sentido de tornar os projetos desenhados neste âmbito acessíveis aos

doentes elegíveis e a análise das propostas elaboradas pelo grupo de trabalho sobre Insuficiência

Cardíaca.

De referir ainda a criação do Grupo de Trabalho para a Requalificação do Programa Nacional de

Desfibrilhação Automática Externa, através do Despacho n.º 2715/2018, de 15 de março.

2.6. Programa Nacional para a Prevenção e Controlo da Diabetes

O Programa Nacional para a Prevenção e Controlo da Diabetes (PND) existe em Portugal desde

a década de setenta, sendo um dos mais antigos programas nacionais de saúde pública.

Ao longo dos anos, o Programa foi sendo atualizado e revisto por diversas vezes, mas as

principais estratégias de intervenção sempre visaram a introdução de modelos de boas práticas na

gestão da diabetes, focados quer na deteção precoce e tratamento, quer no manuseamento das

complicações da diabetes. São ainda objetivos específicos deste Programa a prevenção da diabetes,

com particular enfoque nos doentes com elevado risco de desenvolver diabetes e,

consequentemente, nas alterações do estilo de vida.

A diabetes é uma doença crónica e progressiva, tendo a sua prevalência vindo a aumentar, ao

ponto de ser atualmente considerada pela OMS como a pandemia do século XXI. Prevê-se que a

diabetes possa atingir, nos próximos 20 anos, mais de 10% da população mundial.

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Em Portugal, dados mais recentes indicam que a Diabetes afetava 9,9% da população entre os

25 e os 74 anos e em 87,1% dos casos, o diagnóstico era conhecido pela pessoa com diabetes.

Adicionalmente, 16% da população tinha pré-diabetes8.

O PND traçou as seguintes metas para 2017-2020:

1. Evitar o desenvolvimento de diabetes em 30 mil utentes de risco identificado, através da

avaliação do cálculo de risco de desenvolver a doença e promoção de estilos de vida

saudáveis;

2. Aumentar em 30 mil o número de novos diagnósticos de diabetes, através do diagnóstico

precoce em utentes;

3. Diminuir em 5% a mortalidade por diabetes antes dos 70 anos.

Medidas e resultados atingidos em 2018

Uma das medidas mais significativas de 2018 foi o alargamento do acesso aos sistemas de

Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina (PSCI) a todos os jovens com idade igual ou inferior a 14

anos.

Além do impacto na melhoria da qualidade de vida dos doentes, particularmente dos jovens em

idade pediátrica, este alargamento permite ainda melhorar o controlo da HbA1c e diminuir o número

de episódios de hipoglicemias graves.

Ao abrigo deste programa, foram adquiridos 852 novos dispositivos em 2018. O número total

de utentes em tratamento com sistemas de PSCI no final de 2018, quase duplicou em relação ao final

de 2016.

Também em 2018, o PND continuou a apostar na melhoria e no aumento do acesso dos doentes

ao rastreio da retinopatia diabética, que é uma das principais complicações da diabetes e uma das

grandes responsáveis de cegueira evitável nos adultos, tendo sido realizado rastreio em 214.538

doentes, o que traduz um crescimento de 8% face ao ano anterior.

Em três anos, o número de utentes rastreados mais do que duplicou sendo que em 2018, atingiu-

se o número mais alto de rastreios de retinopatia diabética.

8 Marta Barreto et al. on behalf of the INSEF Research Group. Prevalence, awareness, treatment and control of diabetes in Portugal: Results

from the first National Health examination Survey (INSEF 2015). Diabetes Research and Clinical Practice 2018, 140; 271-8

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 63

Com vista à promoção das boas práticas no tratamento da diabetes, em 2018 foi publicada a

norma relativa ao rastreio da retinopatia diabética e ao longo do ano procedeu-se ainda à revisão das

normas relativas ao pé diabético, à doença renal diabética, à terapêutica farmacológica não insulínica

e insulínica na Diabetes tipo 2.

2.7. Programa Nacional para as Doenças Oncológicas

O Programa Nacional para as Doenças Oncológicas (PNDO) tem como missão promover a

prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas garantindo a equidade e a

acessibilidade dos cidadãos.

As doenças oncológicas têm um peso crescente na nossa sociedade, sendo, no nosso País, a

segunda causa de morte e a primeira antes dos 65 anos de idade. O cancro necessita de uma resposta

articulada por parte das diversas estruturas do SNS, desde a área da prevenção à do diagnóstico e à

do tratamento, obrigando à conjunção de esforços por diversas entidades. É também uma área em

que a equidade no acesso é indispensável.

O PNDO tem como metas para 2020:

1. Promover a integração de cuidados entre cuidados de saúde primários e cuidados

hospitalares em três patologias oncológicas;

2. Reduzir a percentagem de cirurgias oncológicas que ultrapassa o TMRG para menos de

10% até 2020;

3. Expandir a cobertura dos rastreios oncológicos de base populacional, a todo o território

nacional e aumentar taxas de cobertura geográfica até 2020:

a) Rastreio do cancro da mama: 100%

Gráfico 3. Evolução do número de rastreios de retinopatia diabética

efetuados

Fonte: DGS

50 133

93 937103 105

115 284

95 535

120 481

158 115

198 400

214 538

0

50 000

100 000

150 000

200 000

250 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

b) Rastreio do cancro do colo do útero: 100%

c) Rastreio do cancro do colon e reto: 100%

Em 2018 os objetivos gerais do PNDO foram:

1. Alargamento dos programas de rastreio dos cancros da mama, do colo do útero e do cólon

e reto, atingindo uma taxa de cobertura geográfica respetivamente de 90%, 85% e 25%;

2. Uniformização dos rastreios oncológicos;

3. Estabelecimento de linhas de financiamento específicas para aumento da cobertura dos

rastreios;

4. Reformulação dos indicadores de contratualização anual com os ACES, no sentido de

promover a adesão das suas unidades funcionais aos programas de rastreio de base

populacional;

5. Implementação e dinamização do Registo Oncológico Nacional (RON);

6. Integração do RON com a Plataforma Multirrastreios;

7. Promoção da literacia com divulgação de ferramentas para compreensão da doença.

Medidas e Resultados atingidos em 2018

À semelhança do que se tinha verificado em 2017, os rastreios das doenças oncológicas em curso

(mama, colo do útero e cólon e reto) evoluíram de forma muito positiva em 2018. Se nos dois

primeiros se verificou, praticamente, a cobertura total do país com uma taxa de cobertura superior a

83%, no último iniciou-se uma fase de expansão do mesmo, passando de pequenos programas piloto

para um verdadeiro programa de rastreio com ambições de cobertura nacional até ao final de 2020

e com uma taxa de cobertura geográfica em 2018 de 56,3%.

Neste âmbito importa também referir a elaboração de Normas de Uniformização dos Rastreios

oncológicos de base populacional pela DGS/PNDO com o apoio do Departamento da Qualidade na

Saúde (DQS) da DGS e a participação de peritos e das ARS.

Paralelamente à implementação do RON está em curso uma uniformização dos sistemas de

informação que monitorizam e avaliam os rastreios oncológicos e que vão passar a funcionar numa

plataforma única multirrastreios. Este trabalho tem vindo a ser desenvolvido através do trabalho

conjunto da ACSS, ARS e SPMS.

A integração desta plataforma multirrastreios com o RON será a etapa final para completar a

monitorização dos dados ao longo de todo o circuito dos rastreios.

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 65

Rastreio do cancro da mama

A análise global do rastreio do cancro da mama realizado em 2018 demonstra um aumento do

número de mulheres convidadas para a realização do rastreio assim como das que realizaram o

rastreio. Foram convidadas mais 27.424 mulheres que no ano anterior e realizaram o rastreio mais

16.333 mulheres.

Apurou-se uma taxa de cobertura geográfica por ACES de 84,4% com uma taxa de adesão da

população ao rastreio do cancro da mama de 63,5%.

Foram realizadas 331.608 mamografias, 13.043 consultas de aferição, tendo sido identificados

1.744 casos positivos.

Rastreio do cancro do colo do útero

A monitorização nacional do rastreio do cancro do colo do útero ocorrido em 2018 demonstra

um aumento no número de mulheres que realizaram o rastreio (+39.536) o que se reflete num

aumento da taxa de adesão a este rastreio que passou de 72,5% para 88,5% em 2018.

A taxa de cobertura geográfica situa-se nos 98,4%, estando implementado em todas as regiões

de Portugal Continental. A alteração da tecnologia utilizada para a realização deste rastreio, mudando

o intervalo dos rastreios de três para cinco anos, permitiu obter uma maior cobertura populacional

com menos testes por ano.

Gráfico 4. Taxas de cobertura geográfica e de adesão

no âmbito do Rastreio do Cancro da Mama

58,1%61,3%

64,5%67,7%

72,0% 72,0%

80,0%82,8% 84,4%

56,1%

60,3% 61,3% 60,9% 60,1% 58,5%61,8% 63,3% 63,5%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Taxa Cobertura Geográfica Taxa Adesão

Fonte: DGS

Nota: Dados de Portugal Continental

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Rastreio do cancro do cólon e reto

Em 2018, a cobertura nacional para este rastreio passou dos 31,3% para os 56,3%. Foram

convidados mais 84.830 utentes e rastreados mais 27.800 que no ano anterior.

A taxa de adesão a este rastreio foi de cerca de 40%.

42,6% 42,6% 42,6% 42,6% 44,4%

70,0% 72,0%

82,8%

98,4%

64,3%

72,0%67,5%

62,8%

51,2%

79,0%

87,0%

72,5%

88,5%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Taxa Cobertura Geográfica Taxa Adesão

Gráfico 5. Taxas de cobertura geográfica e de adesão

no âmbito do Rastreio do Cancro do Colo do Útero

Fonte: DGS

Nota: Dados de Portugal Continental

Gráfico 6. Taxas de cobertura geográfica e de adesão

no âmbito do Rastreio do Cancro do Cólon e Reto

Fonte: DGS

Nota: Dados de Portugal Continental

5,6%9,3% 9,3% 9,3% 9,3% 9,3%

18,8%

31,3%

56,3%

81,1%

72,3%67,3%

62,8%56,2%

63,7%61,0%

54,9%

40,0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Taxa Cobertura Geográfica Taxa Adesão

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 67

2.8. Programa Nacional para as Doenças Respiratórias

O Programa Nacional para as Doenças Respiratórias Crónicas (PNDR) pretende melhorar a

saúde dos doentes respiratórios crónicos, aumentando a sua longevidade e a sua qualidade de vida.

A mortalidade respiratória (excluindo o cancro do pulmão e a tuberculose) manifesta-se

sobretudo acima dos 70 anos. O aumento sustentado da esperança de vida dos portugueses tem

impacto na mortalidade por doença respiratória, especialmente nas faixas etárias mais elevadas,

sendo necessário combater o aumento do número absoluto de óbitos.

Entre 2015 e 2017 (último ano com dados disponíveis) verificou-se um decréscimo da

mortalidade padronizada em todas as faixas etárias. Também, apesar de não haver diferenças

expressivas entre o número absoluto de óbitos entre os géneros, a mortalidade padronizada das

mulheres é quase metade da do sexo masculino.

Esta evolução aponta para uma melhoria da saúde respiratória dos portugueses, decorrente de

melhores cuidados de saúde.

Quadro 6. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças do aparelho respiratório,

por sexo

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Ambos os sexos

Número de óbitos 11 776 11 914 13 892 12 612 12 147 13 445 13 448 12 803

TMP todas as idades 57,1 55,7 61,7 55,3 52,4 55,7 55,4 50,7

TMP <70 anos 10,1 10,3 9,5 9,4 9,6 9,3 11,3 9,1

TMP ≥70 anos 680,4 658,9 755,4 665,5 620,3 671,8 641,5 602,7

Sexo masculino

Número de óbitos 6 188 6 246 6 987 6 556 6 293 6 725 7 016 6 524

TMP todas as idades 81,2 79,6 85,7 78,9 75,1 77,6 79,5 71,3

TMP <70 anos 15,5 15,9 14,7 14 14,8 14,4 17,6 13,5

TMP ≥70 anos 954,2 926,5 1029,4 941,3 876,3 916,8 902,5 838,9

Sexo feminino

Número de óbitos 5 588 5 668 6 905 6 056 5 854 6 720 6 432 6 279

TMP todas as idades 41,4 40,1 46,1 40,2 37,7 41,5 39,6 37,3

TMP <70 anos 5,4 5,4 4,9 5,3 5 4,9 5,8 5,2

TMP ≥70 anos 519 501,4 593,6 503,9 472 528 489,3 463,7

Legenda: TMP: Taxa de mortalidade padronizada. Taxas: por 100.000 habitantes. Doenças do aparelho respiratório = Códigos J00-J99 da CID 10. Método direto de padronização (grupos etários quinquenais). Fonte: DGS, com base em dados do INE (2018)

O PNDR tem tido como objetivos aumentar a capacidade diagnóstica para a asma brônquica e

para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), ao nível dos cuidados de saúde primários,

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

68

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

aumentar a acessibilidade à espirometria neste nível de cuidados, melhorar a prestação cuidados e

promover as boas práticas na área das doenças respiratórias.

O PNDR tem as seguintes metas a 2020:

1. Duplicar a percentagem de diagnósticos de asma efetuados a utentes dos cuidados de saúde

primários, relativamente a 2014;

2. Duplicar a percentagem de diagnósticos de DPOC, confirmados por espirometria, nos utentes

dos cuidados de saúde primários, relativamente a 2014;

3. Reduzir em 10% os internamentos por causas sensíveis a cuidados de ambulatório por asma

e DPOC, relativamente a 2014.

Medidas e resultados atingidos em 2018

Em 2018 o PNDR propôs-se a aumentar em 25% os diagnósticos de DPOC, confirmados por

espirometria, no âmbito dos projetos-piloto das ARS do Alentejo e Algarve, relativamente ao ano

anterior e a aumentar em 10% a nível nacional o número de utentes ativos nos cuidados de saúde

primários, com o diagnóstico de Asma e DPOC, desde 2014.

Nesta área, observou-se um aumento de 29% na capacidade diagnóstica de Asma nos cuidados

de saúde primários entre 2014 e 2018.

Quadro 7. Evolução do número de utentes inscritos nos cuidados primários

com o diagnóstico de asma

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

ARS Norte 60 037 71 154 81 362 91 241 96 254 103 283 110 181 113 097

ARS Centro 12 421 14 274 35 986 40 383 41 309 45 957 50 744 54 576

ARS LVT 30 987 41 523 69 582 72 095 84 186 91 610 97 952 96 253

ARS Alentejo 4 922 5 794 10 469 11 532 11 933 12 619 13 317 13 431

ARS Algarve 3 699 5 051 6 370 6 723 7 503 8 760 9 496 9 550

Total 112 066 137 796 203 769 221 974 241 185 262 229 281 690 286 907

Nota: Os dados de 2011 a 2014 foram retirados da Norma da DGS 2011.016.01. Os dados de 2015 a 2018 foram retirados do indicador MOR.208 Fonte: DGS

Em 2018 deu-se continuidade à implementação da prescrição eletrónica de câmaras expansoras,

com uma comparticipação de 28 euros/ano/utente/câmara. Esta medida visou a promoção da boa

prática inalatória em substituição dos aerossóis em nebulização, resultando no aumento da

acessibilidade às câmaras expansoras ao nível nacional.

Em 2018 foram prescritas 42.704 câmaras expansoras, o que representa um aumento muito

significativo relativamente a 2017 (10.183).

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 69

Relativamente à proporção de utentes com DPOC que realizaram avaliação de FeV1 nos últimos

três anos podemos verificar que a proporção aumentou em todas as administrações regionais de

saúde. No total houve um aumento de 6,3 pontos percentuais.

Quadro 8. Evolução da proporção de utentes com DPOC,

com registo de avaliação de FeV1 nos últimos 3 anos

2015 2016 2017 2018

ARS Norte 41,8% 48,0% 53,8% 58,4%

ARS Centro 19,2% 21,2% 24,7% 30,4%

ARS Lisboa e Vale do Tejo 22,1% 22,9% 28,1% 37,2%

ARS Alentejo 15,6% 16,6% 19,4% 25,6%

ARS Algarve 10,7% 12,3% 24,1% 32,9%

Total 29,4% 32,3% 37,3% 43,6%

Fonte: DGS

No que se refere à evolução do número de utentes inscritos ativos nos cuidados de saúde

primários com diagnóstico de DPOC, se verificou pela primeira vez desde 2011, uma diminuição do

número de casos registados (3,7%).

Quadro 9. Evolução do número de utentes inscritos nos cuidados primários

com o diagnóstico de DPOC

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

ARS Norte 32 081 38 599 44 400 52 583 52 666 54 355 55 402 53 731 -3,0%

ARS Centro 6 170 7 150 16 947 21 421 21 597 23 627 24 565 24 252 -1,3%

ARS Lisboa e Vale do Tejo 12 509 18 263 31 413 34 350 38 740 42 852 45 595 42 905 -5,9%

ARS Alentejo 2 834 3 488 5 919 6 734 6 733 7 159 7 306 7 061 -3,4%

ARS Algarve 1 066 1 641 2 343 2 719 3 058 3 639 4 090 4 006 -2,1%

Total 54 660 69 141 101 022 117 807 122 794 131 632 136 958 131 955 -3,7%

Nota: Os dados de 2011 a 2014 foram retirados da Norma da DGS 2011.028.01. Os dados de 2015 a 2018 foram retirados do indicador MOR.208 Fonte: DGS

A implementação de dois projetos-piloto nas ARS Alentejo e Algarve, permitiu modelar, a nível

nacional, este tipo de prática, criando uma rede de espirometria nos cuidados de saúde primários,

em articulação com a Pneumologia Hospitalar, e a realização de espirometrias e de tratamentos de

reabilitação respiratória, para resposta a morbilidade crónica causada pela DPOC e ao seu principal

fator de risco (o tabaco).

De salientar que na região do Algarve registou-se um aumento no número de diagnósticos de

DPOC baseados na espirometria de cerca de 200%.

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quadro 10. Evolução do número de diagnósticos de DPOC, com base na espirometria,

no Alentejo e Algarve

2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

ARS Alentejo 1 051 1 190 1 416 1 032 -27,1%

ARS Algarve 328 447 986 2 960 200,2%

Fonte: DGS

Ainda que se tenham observado melhorias significativas na percentagem de doentes com o

diagnóstico de DPOC baseado na espirometria (evidenciando uma melhor prática decorrente do

aumento da acessibilidade à espirometria nos cuidados de saúde primários), importa continuar a

trabalhar para aumentar a taxa a nível nacional (43,6%) reforçando a necessidade de se manterem

todas as medidas que suportam a implementação do Despacho n.º 6300/2016, de 12 de maio.

Cuidados respiratórios domiciliários

Em linha com o que se tinha verificado em 2017, a implementação da prescrição eletrónica

médica para os cuidados respiratórios domiciliários (CRD) continua a contribuir para uma melhoria

do controlo do processo de prescrição e a desmaterialização, o que se constata pelo aumento do

número de utentes aos quais foram prescritos tratamentos de CRD nas maioria das modalidades de

tratamento, conforme gráfico seguinte.

Um dos objetivos do programa nacional para as doenças respiratórias passa pela melhoria da

qualidade da prescrição e da utilização de CRD.

Gráfico 7. Número de utentes com CRD prescritos

Fonte: SPMS

83 7

65

34 4

68

5 0

18

2 5

44

9 7

22

94 6

70

36 4

40

5 1

65

2 7

48

10 6

85

105 6

53

36 7

41

4 7

01

2 8

44

10 9

43

118 0

18

38 8

52

4 2

25

2 9

10

11 9

64

0

30 000

60 000

90 000

120 000

150 000

180 000

Ventiloterapia Oxigenoterapia Aerossolterapia Equipamentos Com mais de umaterapêutica

2015 2016 2017 2018

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 71

2.9. Programa Nacional para as Hepatites Virais

Em 2014, foi criada a Estratégia Nacional para as Hepatites Virais, em articulação com o

Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA. No âmbito do Plano Nacional de Saúde, foi incluída a

área das Hepatites Virais nos 12 programas de prioritários estabelecidos, conforme o Despacho n.º

6401/2016, de 16 de maio, alterado pelo Despacho n.º 1225/2018, de 5 de fevereiro.

Resultados extraordinários têm sido alcançados no que diz respeito à redução substancial do

número de novos casos de hepatite aguda B, desde o início da vacinação. De facto, a vacina contra o

Vírus da Hepatite B (VhB), disponível desde 1982 e integrada no Programa Nacional de Vacinação

desde 1995, é um elemento chave para o controlo desta infeção, sendo segura e com uma eficácia de

95% a 99%.

Desde a implementação do Portal da Hepatite C da Autoridade Nacional do Medicamento e

Produtos de Saúde (INFARMED), até 18 de março de 2019, foram autorizados 23.128 tratamentos

da hepatite C com Antivirais de Ação Direta (DAA), dos quais 21.940 já foram iniciados. Quando se

efetua a análise ao universo de indivíduos que já concluíram o tratamento, e em que se pode avaliar

a resposta virológica sustentada (RVS) (n=13.139), verifica-se que 12.666 (96,4%) dos indivíduos

apresentam RVS contra 473 doentes não curados (3,6%).

O Programa propõe até ao final de 2020, cinco metas:

1. Manter o enfoque na prevenção, com disseminação de informação junto da população e dos

profissionais de saúde, através da distribuição de meios informativos e preventivos;

2. Ampliar o sistema de informação, integrado no sistema de informação nacional, tornando-o

robusto e capaz de gerar dados sobre vigilância de surtos e indicadores sobre a

monitorização e avaliação da resposta nacional contra as hepatites virais;

3. Aumentar, anualmente, em 33%, o número de rastreios para VHB e Vírus da Hepatite C (VhC)

nos diferentes níveis de cuidados de saúde;

4. Reduzir, em 10%, a mortalidade associada à infeção crónica por VHB e por VHC;

5. Reduzir, em 30%, o número de crianças infetadas por VHB, por transmissão vertical.

Medidas e Resultados atingidos em 2018

Durante o ano de 2018, o Programa apostou em duas áreas prioritárias:

1. Rastreio e Diagnóstico das infeções por VHB e VHC;

2. Tratamento de 100% dos doentes elegíveis para tratamento da hepatite C, de acordo com as

Normas de Orientação Clínica.

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

72

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

O processo de diagnóstico precoce e tratamento das hepatites virais implica uma atualização

constante dos conhecimentos e orientações clínicas de acordo com a melhor evidência científica

disponível.

Assim, em janeiro de 2018, foram concluídos os processos de revisão das Normas de Orientação

Clínica alusivas à avaliação diagnóstica da infeção por Vírus da Hepatite C (Norma n.º 027/2017, de

28 de dezembro) e Tratamento da Hepatite C Crónica no Adulto (Norma n.º 028/2017, de 28 de

dezembro).

De forma a dar seguimento ao desígnio de criação de estratégias individualizadas e adequadas a

populações que vivem com hepatites virais crónicas e que apresentam maior dificuldade em aceder

aos serviços de saúde, foram envidados esforços para o estabelecimento de um modelo operacional

que preconiza a deslocação de profissionais de saúde especialistas em infeciologia, gastroenterologia,

hepatologia e medicina interna aos estabelecimentos prisionais para prestarem os cuidados de saúde

à população reclusa infetada com VIH, VHB e VHC, enquanto utentes do SNS (Despacho n.º

6542/2017, de 28 de julho e Despacho n.º 283/2018, de 5 de janeiro, que estabeleceu a Rede de

Referenciação para o tratamento da infeção por VIH, VHB e VHC na população reclusa de Portugal

Continental).

No final de 2018, o protocolo encontrava-se efetivamente implementado em 10 dos 44

estabelecimentos prisionais.

A promoção do rastreio e diagnóstico da infeção por VHB e VHC nos diferentes níveis de

cuidados de saúde foi concretizada através de diferentes iniciativas que promovem o acesso ao teste

de rastreio da infeção por VHB e VHC em diferentes contextos (hospitais, cuidados de saúde

primários e Organizações de Base Comunitária) tendo por objetivo a identificação precoce dos casos

e a quebra do ciclo de transmissão. Efeito desta mobilização de recursos, o número total de testes

VHB ascendeu aos 355.679 testes. Por outro lado, o número total de testes VHC ascendeu a 361.269

testes.

Na sequência da publicação do Despacho n.º 2522/2018, de 12 de março, que autorizou a

realização de testes rápidos de VIH, VHB e VHC nas farmácias comunitárias e laboratórios de

patologia clínica/análises clínicas, foram publicadas duas circulares normativas conjuntas

DGS/ACSS/SPMS/INSA/INFARMED, de 30 de abril de 2018 e 24 de agosto de 2018, que definem o

normativo técnico e organizacional, relativo à realização dos referidos testes.

Finalmente e de forma a assegurar respostas adequadas a todos os doentes diagnosticados com

o Vírus da Hepatite C, o Ministério da Saúde assumiu o compromisso de garantir que 100% dos

doentes elegíveis para tratamento da hepatite C o iniciassem e o fizessem de acordo com as

respetivas Normas de Orientação Clínica.

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 73

2.10. Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA

O Despacho n.º 404/2012, de 13 de janeiro, do Secretário de Estado Adjunto do Ministro e da

Saúde definiu como prioritário o Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA, passando as

competências de prevenção e controlo da infeção por VIH, até então asseguradas pela Coordenação

Nacional para a Infeção VIH/SIDA, para a responsabilidade da DGS.

Fruto das alterações à estrutura organizacional do Plano Nacional de Saúde, e através da

publicação do Despacho n.º 6401/2016, de 16 de maio, alterado pelo Despacho n.º 1225/2018, de 5

de fevereiro, foi incluída pelo Ministério da Saúde nos 12 programas prioritários, a área da Infeção

VIH/SIDA.

O PNVIH/SIDA tem como principal meta a alcançar até 2020:

1. Diagnosticar 90 % das pessoas que vivem com a infeção por VIH e, destas, assegurar

que 90% estão em tratamento antirretroviral e que, destas, 90% apresentem carga viral

suprimida.

Medidas e Resultados atingidos em 2018

Para 2018, o PNVIH/SIDA propôs-se manter o enfoque na melhoria da qualidade dos dados da

vigilância epidemiológica da infeção, no acesso a estratégias combinadas de prevenção, no

alargamento das iniciativas e estratégias de rastreio, diagnóstico e referenciação hospitalar e na

ligação e retenção nos cuidados de saúde das pessoas que vivem com a infeção.

Na sequência da publicação do Despacho n.º 8379/2017, de 25 de setembro, que determinou

um conjunto de medidas conducentes à melhoria da qualidade da informação disponível na área do

VIH, foi concluído, em fevereiro de 2018, o processo de instalação e utilização do Sistema Informático

especializado para o seguimento de pessoas que vivem com VIH em todas as instituições de cuidados

de saúde hospitalares que seguem este tipo de doentes.

Procedeu-se ao apuramento do número de pessoas que vivem com infeção por VIH no país e da

fração não diagnosticada, com recurso a ferramentas de modelação matemática, nomeadamente da

ferramenta do European Center for Disease Prevention and Control (ECDC), denominada HIV

Modelling Tool, obtendo-se dados que indicavam que em Portugal, em 2016, existiriam 38.959

pessoas a viver com VIH (38.095 - 40.217), das quais 91,7% estariam já diagnosticadas, estando

assim atingido o primeiro 90.

Relativamente ao número de pessoas em tratamento, e compulsadas informações disponíveis

na aplicação SI.VIDA e dados recebidos pelo INFARMED e pela ACSS, de um universo de 35.709

pessoas diagnosticadas, 31 mil encontravam-se sob terapêutica, o correspondente a 86,8%.

Quando analisado o número de pessoas que, estando a fazer terapêutica anti retroviral, se

encontram com carga viral indetetável (um valor ≤200 cópias/mL), obtém-se o valor de 90,3%,

correspondendo a 28.007 pessoas, o que permite concluir que o terceiro 90 foi igualmente atingido.

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Tal como abordado no ponto 2.9 deste Relatório, e na sequência do Despacho n.º 2522/2018, de

12 de março, a promoção do rastreio nas farmácias comunitárias passou a ser possível, tendo a sua

operacionalização ficado definida através de duas circulares normativas conjuntas

DGS/ACSS/SPMS/INSA/INFARMED, de 30 de abril de 2018 e 24 de agosto de 2018, que definem o

normativo técnico e organizacional, relativo à realização dos referidos testes.

A 31 de dezembro de 2018, 80% das farmácias aderentes tinham realizado 184 testes de VIH.

Adicionalmente, foi publicado o Decreto-Lei n.º 79/2018, de 15 de outubro, que permite a

disponibilização diretamente ao público dos dispositivos de autodiagnóstico das infeções por VIH em

farmácias comunitárias e postos de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica.

A disponibilização do autoteste de VIH implica que seja o próprio a adquiri-lo, fazer a colheita,

manusear o dispositivo e interpretar o resultado em contexto de privacidade. O autoteste do VIH

surge como mais uma estratégia recomendada pela OMS que visa ultrapassar as barreiras ao

diagnóstico e aumentar rapidamente o acesso e o uso dos serviços de testes de VIH, especialmente

para populações com baixa cobertura de serviços e com maior risco de infeção que, de outra forma,

não realizarão o teste.

Paralelamente foram desenvolvidas outras iniciativas com o objetivo de promover o acesso ao

teste rápido de rastreio da infeção por VIH, em diferentes contextos (cuidados de saúde primários,

Centros de Aconselhamento e Deteção Precoce do VIH, ONG).

O número de testes rápidos realizados pelas diferentes estruturas totalizou 47.118 testes,

mantendo a tendência crescente. Salienta-se o aumento significativo (+50%) do número de testes

rápidos realizados ao nível dos cuidados de saúde primários, comparativamente ao ano de 2017,

De forma a promover a adesão terapêutica, assim como uma comodidade superior aos doentes

com VIH no acesso regular à sua medicação crónica, foi dado seguimento à iniciativa que prevê a

dispensa de medicamentos antirretrovíricos nas farmácias comunitárias, dirigindo-se numa fase

inicial aos utentes do Hospital Curry Cabral do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, de

forma voluntária. Assim, a 2.ª fase do projeto TARV – dispensa de terapêutica antirretrovírica

combinada nas farmácias comunitárias teve início em março de 2018. Desde então, 413 doentes estão

a fazer o levantamento da terapêutica no âmbito do projeto, sendo que 53% (219) o fazem nas 101

farmácias aderentes do distrito de Lisboa e os restantes na farmácia hospitalar do Hospital Curry

Cabral.

No âmbito do programa de dispensa gratuita de materiais preventivos a serviços de saúde, ONG,

escolas, universidades, estabelecimentos prisionais, verificou-se a manutenção do número de

preservativos masculinos e femininos distribuídos, comparativamente a 2017, cerca de 5 milhões de

unidades.

Por outro lado, ao abrigo do programa de distribuição de kits de prevenção de infeção por VIH e

hepatites virais, dirigidos às pessoas que utilizam drogas por via injetável, através da ação de equipas

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 75

de rua, cuidados de saúde primários, Posto Móvel e farmácias comunitárias, foram distribuídas

1.300.134 seringas, registando-se uma diminuição de 8,5% comparativamente a 2017.

Em 2018, este programa assinalou 25 anos de funcionamento com mais de 58 milhões de

seringas entregues e mais de 30 milhões de preservativos distribuídos, resultando numa diminuição

de 90% no número de casos de infeção por VIH e de SIDA em utilizadores de drogas na última década.

2.11. Programa Nacional para a Tuberculose

O Programa Nacional para a Tuberculose (PNTb) enquadra-se nos quatro eixos do Plano

Nacional de Saúde: cidadania em saúde, equidade e acesso adequado aos cuidados de saúde,

qualidade em saúde e políticas saudáveis, tendo sido criado através do Despacho n.º 1225/2018, de

5 de fevereiro.

Os objetivos de saúde do PNTb para 2020 incluem:

1. Reduzir a taxa de incidência anual de tuberculose para 15 casos por 100 mil habitantes;

2. Alcançar o sucesso terapêutico em 90% dos casos de tuberculose em tratamento;

3. Rastrear a infeção por VIH em 90% dos doentes com tuberculose.

Para o cumprimento destes objetivos, o PNTb deverá seguir a estratégia da Organização Mundial

da Saúde para controlo e erradicação da tuberculose.

As novas estratégias de eliminação da doença acrescentam desafios de controlo da tuberculose

a necessidade da sua prevenção, através da melhoria contínua do processo de investigação

epidemiológica, desencadeado a cada caso de doença.

Neste novo contexto, torna-se prioritária a identificação dos contactos e indivíduos vulneráveis,

encaminhando-os para rastreio e iniciando o tratamento da tuberculose latente.

Medidas e resultados atingidos em 2018

Em 2018, em continuidade com projetos iniciados em anos anteriores, foram implementadas

diversas estratégias com o objetivo de diminuir a incidência de tuberculose em Portugal e melhorar

o conhecimento por parte dos profissionais de saúde e da população acerca da tuberculose.

A diminuição progressiva e sustentada da incidência de tuberculose e dos casos de tuberculose

bacilíferos (63,5% doentes com tuberculose pulmonar tinham baciloscopias positivas em 2007,

52,5% em 2018) refletem as estratégias desenvolvidas. Contudo, em 2018 a mediana entre o início

de sintomas e o diagnóstico foi de 80 dias, valor que tem vindo a aumentar na última década e que

poderá relacionar-se com menor índice de suspeição de tuberculose por parte dos profissionais e da

própria população. Nesse sentido, o PNTb tem promovido várias ações de formação para os

profissionais e promovido a transmissão de informação à população.

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

76

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Reconhecendo a necessidade de uma resposta laboratorial célere e de qualidade, em 2018 foi

iniciada a reestruturação da rede laboratorial para a tuberculose, em Portugal. A menor frequência

de positividade na microscopia direta implica a utilização das diversas técnicas laboratoriais

disponíveis com o objetivo de confirmar a doença, conhecer o padrão de sensibilidade aos

antibacilares, adequar o tratamento, alcançando o sucesso terapêutico e reduzindo as formas

multirresistentes. A necessidade de rápida confirmação microbiológica em amostras biológicas, com

recurso às diversas técnicas moleculares mantendo a qualidade dos testes fenotípicos deve

acompanhar-se da reorganização da plataforma de laboratórios que trabalham amostras para

diagnóstico bacteriológico em Portugal.

A incidência de tuberculose infantil mantém-se como um dos indicadores fundamentais na

estratégia do Programa. A modificação da estratégia de vacinação com BCG implica a monitorização

do número de formas graves de tuberculose em crianças com idade inferior a cinco anos. Esta

monitorização conduziu em 2018 a diversas estratégias conjuntas entre o PNTb e a Comissão Técnica

de Vacinação, por forma a incentivar a correta identificação das crianças elegíveis para BCG.

A redução dos casos de tuberculose em populações vulneráveis constitui outro dos objetivos do

Programa. Com o objetivo de detetar precocemente casos de doença, identificar as pessoas em risco

e promover o rastreio e o tratamento preventivo das populações vulneráveis, foram elaboradas e

divulgadas recomendações no diagnóstico, tratamento e rastreio da tuberculose em grupos

vulneráveis – população infetada pelo VIH, doentes candidatos a iniciar medicação biológica,

profissionais de saúde e crianças.

Os últimos dados disponíveis (2017) apontam para que se conheça o estado VIH em 87,9% dos

casos. Estratégias como a disponibilidade dos testes rápidos de VIH nas consultas de

tuberculose/CDP, a publicação e divulgação de recomendações no diagnóstico, tratamento e rastreio

da tuberculose na população infetada pelo VIH e a formação contínua aos profissionais que

trabalham na área da tuberculose têm permitido a diminuição sustentada da proporção de

coinfetados TB/VIH na última década (16,3% em 2008 e 8,8% em 2017).

Em 2018, entre os fatores de risco sociais mais prevalentes está o consumo de álcool (10,5%) e

o consumo de drogas ilícitas endovenosas e/ou inaladas, pelo que nesse ano, foram reforçadas as

estratégias já implementadas de parcerias com equipas multidisciplinares para abordagem de

populações vulneráveis (sem abrigo e utilizadores de drogas). A elaboração de protocolos de

articulação com a comunidade e diversas estruturas não-governamentais, nomeadamente

protocolos de atuação com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), foram

também estratégias desenvolvidas até à data.

Outros fatores de risco com doenças crónicas, nomeadamente diabetes (6%), doença neoplásica

(6%), doença pulmonar obstrutiva crónica (4%) justificam a elaboração de protocolos de rastreio

também nestes grupos evitando o aparecimento de futuros novos casos.

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 77

A tuberculose multirresistente (TBMR) mantém-se como preocupação a nível mundial. A

existência de resistências condiciona dificuldades no tratamento, quebra da infecciosidade do caso e

redução da morbilidade e mortalidade. Em Portugal, foram adotadas estratégias de concentração dos

doentes nos Centros de Referência de Tuberculose Multirresistente com consequente aplicação de

protocolo uniformizados e redução progressiva do número de casos em Portugal (22 casos em 2012

e 7 casos em 2018).

A proporção de casos de tuberculose em pessoas nascidas fora do país tem vindo a aumentar ao

longo dos anos, 19,2% em 2017 e 20,2% em 2018. Foram desenvolvidas estratégias junto dos

migrantes facilitando a sua orientação para as instituições de saúde e promovendo a identificação

precoce de casos de tuberculose ativa.

Foram também desenvolvidas estratégias de melhoria no diagnóstico de tuberculose tais como

o acesso aos testes moleculares para o diagnóstico de tuberculose e deteção de mutações que

conferem resistência aos fármacos de primeira e segunda linha, a possibilidade de sequenciação

genómica do Mycobacterium tuberculosis em todos os casos de tuberculose multirresistente e de

realização de testes rápidos de VIH nas consultas de tuberculose/CDP.

Durante o ano de 2018, o PNTb manteve como premissa fundamental no rastreio e diagnóstico

precoce da tuberculose, a formação dos profissionais de saúde.

2.12. Programa Nacional de Saúde Mental

Os problemas de saúde mental constituem, atualmente, a principal causa de incapacidade

presente na população e uma das mais importantes causas de morbilidade nas nossas sociedades.

Nos últimos anos, a prestação de cuidados em saúde mental protagonizou uma grande evolução,

sublinhando a reabilitação psicossocial do indivíduo, a sua integração na sociedade e o combate à

discriminação.

O Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM) tem as seguintes metas a 2020:

1. Inverter a tendência da prescrição de benzodiazepinas na população através da sua

estabilização;

2. Aumentar em 30% o número de ações no âmbito dos programas de promoção da saúde

mental e de prevenção das doenças mentais, desenvolvidos pelo Plano Nacional de Saúde

Mental;

3. Aumentar em 25% o registo das perturbações mentais nos cuidados de saúde primários;

4. Apoiar a criação de lugares para adultos e para crianças/ adolescentes em Cuidados

Continuados Integrados de Saúde Mental.

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PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS

78

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Nos termos do Despacho n.º 1490/2017, de 14 de fevereiro procedeu-se à reavaliação global do

Plano Nacional de Saúde Mental, de modo a reequacionar as estratégias a médio-prazo na área da

saúde mental.

Este processo foi conduzido de acordo com os princípios do Plano e dos referenciais das

Organizações Internacionais de que Portugal faz parte (OMS e UE), e no qual o PNSM participou

ativamente e culminou na elaboração de um relatório de avaliação e de propostas prospetivas a

implementar até 2020.

Medidas e resultados atingidos em 2018

O relançamento do Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM) ocorreu em março de 2018,

tendo-se imediatamente encetado uma série de iniciativas, de acordo com o preconizado no

“Relatório da Avaliação do Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016 e propostas prioritárias para

a extensão a 2020”.

Numa primeira fase, procedeu-se à avaliação de necessidades, através de uma série de reuniões

com os parceiros desta área (ordens profissionais, associações, Organizações Não Governamentais,

Instituições Particulares de Solidariedade Social, federações, etc.). Em seguida, foram lançadas várias

atividades de promoção da saúde mental, maioritariamente de carácter formativo, divididas em três

grandes áreas: a) população em geral, b) profissionais de saúde mental e áreas correlatas (educação,

etc.) e c) campanhas e eventos.

No contexto dos grupos vulneráveis, foram efetuadas ações de formação na área do trauma, de

encaminhamento de refugiados e repatriados, assim como de participação na definição da estratégia

para a integração de pessoas sem abrigo. O PNSM participou no desenvolvimento da estratégia para

a saúde mental em situação de catástrofe e no programa de luto.

No âmbito da avaliação de qualidade, o PNSM realizou (com o Lisbon Institute of Global Mental

Health - LIGMH) uma avaliação de cumprimento dos direitos humanos num hospital psiquiátrico,

através da metodologia WHO-Quality Rights. Foi também efetuado um inquérito populacional sobre

atitudes face à doença mental.

Concluiu-se a Rede de Referenciação Hospitalar de Psiquiatria da Infância e Adolescência,

documento que constitui uma matriz orientadora-chave para a organização dos serviços neste

campo. O Programa esteve envolvido em várias iniciativas formativas na área da saúde mental

infantil, tendo lançado três projetos de promoção da saúde mental em meio escolar e um outro de

prevenção do suicídio.

Em termos mais globais, no ano de 2018, foi possível concretizar um conjunto importante de

ações de promoção e prevenção em várias áreas da saúde mental, assim como desenvolver um

trabalho de parceria interministerial significativo, com resultados evidentes.

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 79

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/evolucao-

do-numero-de-unidades-de-saude-familiar/?sort=tempo

3. Cuidados de saúde primários

O Programa do XXI Governo Constitucional para a Saúde estabelece que é fundamental

recuperar a centralidade da rede de cuidados de saúde primários (CSP) na política de saúde,

expandindo e melhorando a sua capacidade, ação que foi preconizada no decorrer dos últimos anos,

com a criação de Agrupamentos de Centros de Saude (ACES), Unidades Locais de Saúde (ULS) e de

unidades funcionais.

Evolução da rede de prestação de cuidados de saúde primários

Da súmula da organização da rede de prestação de cuidados de saúde primários, representada

no quadro seguinte, é possível identificar o continuo aumento do número de novas Unidades de

Saúde Familiar (USF) - em 2018 mais 37 USF que em 2017, mais 83 do que no final de 2015 e mais

255 que em 2010 - bem como das Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) que, em 2018,

registaram um aumento de 3%, face ao período homólogo.

Quadro 11. Evolução do número de USF, UCC e UCSP

Tipo de unidades Var.

2018/2017

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Valor %

Total de USF 277 320 357 394 418 449 479 495 532 37 7,5%

Modelo A 160 183 195 213 225 241 246 261 278 17 6,5%

Modelo B 117 137 162 181 193 208 233 234 254 20 8,5%

UCSP 518 503 470 464 442 419 397 393 376 -17 -4,3%

UCC 66 162 209 218 237 243 249 255 263 8 3,1%

Fonte: ACSS

Ressalva-se que o Despacho n.º 1194-A/2018, de 1 de fevereiro de 2018, determinou o número

de unidades de USF modelo A a constituir (30) e o número de USF a transitar do modelo A para o

modelo B no ano de 2018 (até 20), bem como ratificou o número de USF de modelo A autorizadas

para o ano de 2017 (23).

De salientar igualmente que o XXI Governo Constitucional estabeleceu como prioridade a defesa

do SNS e, nesse âmbito, identificou a necessidade de relançamento dos cuidados de saúde primários

e de criação de 100 novas USF durante o período da legislatura, contribuindo assim para concretizar

a centralidade da rede de cuidados primários na política de saúde do país, expandindo e melhorando

a sua capacidade de resposta às reais necessidades em saúde da população.

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

80

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Gráfico 8. Evolução do número de USF – Modelo A e B

As 532 USF que se encontravam em atividade a 31 de dezembro de 2018 abrangiam 60,1% do

total de utentes inscritos nos cuidados de saúde primários, um aumento de cobertura de 2% da

população inscrita em USF, em relação a 2017.

Relativamente às 263 UCC existentes no final do ano 2018, asseguravam a cobertura de 95,4%

dos residentes no continente (+3,1% que em 2017), como ilustrado no gráfico que se segue.

Gráfico 9. Percentagem de população residente coberta por USF e por UCC

StatLink:

https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/utentes-

inscritos-em-cuidados-de-saude-primarios/?sort=tempo

Nota: A estimativa de residentes de 2018 é igual à

de 2017, por ainda não estar disponível a de 2018.

Fonte: ACSS

23,7%

58,2%

65,4%

78,3%

84,0%86,2%

89,2% 92,3% 95,4%

30,3%35,0%

40,0%

46,0%49,4%

52,4%55,8%

58,1% 60,1%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

% Residentes cobertos por UCC % Residentes cobertos por USF

+ 3,1%

+ 2%

StatLink:

https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/evolucao-

do-numero-de-unidades-de-saude-familiar/?sort=tempo

277

320

357

394418

449479

495

532

160183 195

213225 241 246

261278

117137

162 181193 208

233 234254

0

100

200

300

400

500

600

700

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Total de Unidades de Saúde Familiar Modelo A Modelo B

+ 43 + 37

+ 37 + 24 + 31 + 30 + 16

+ 37

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 81

Cobertura de utentes inscritos nos cuidados de saúde primários com médico de

família atribuído

Ao longo dos últimos anos a cobertura de utentes com médico de família atribuído tem evoluído

de forma muito positiva, com o ano de 2018 a atingir a maior percentagem de população inscrita no

SNS com médico de família atribuído (9.478.480 utentes), o correspondente a 93%, dos utentes

inscritos nos CSP.

Se considerarmos a população residente no continente (9.779.826 em 2018, segundo dados do

INE), constatamos que a relação entre os utentes com médico de família atribuído e os residentes

ascende a 96,9%, como expresso no gráfico seguinte. O diferencial entre a população inscrita nos CSP

e a população residente poderá ficar a dever-se a fatores como a manutenção da inscrição ativa no

SNS, por parte dos cidadãos nacionais residentes no estrangeiro, ou estrangeiros em estadas

temporárias.

82,1%

83,4%

85,1%

86,9%

85,5%

89,7%

92,1%92,7% 93,0%

78%

82%

86%

90%

94%

98%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: ACSS StatLink:

https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/utentes-

inscritos-em-cuidados-de-saude-primarios/?sort=tempo

Gráfico 10.Evolução percentual de utentes inscritos com médico de família

91,7%

94,0%

95,6%

96,9%

90%

94%

98%

2015 2016 2017 2018

Gráfico 11. Evolução percentual da população residente com médico de família atribuído

Fonte: ACSS e INE

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

82

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

StatLink:

https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/utentes-

inscritos-em-cuidados-de-saude-primarios/?sort=tempo

A nível regional, e de acordo com os dados do quadro que se segue, verifica-se que as regiões Norte

e Centro registaram, em 2018, uma cobertura de utentes inscritos com médico de família atribuído muito

próxima dos 100%, com 99% e 97%, respetivamente. A ARS Algarve registou um aumento de 11,6 pontos

percentuais, de 2015 para 2018.

No anexo 1 deste relatório é possível verificar a percentagem de utentes inscritos com médico

de família atribuído, por município de Portugal Continental.

Quadro 12. Evolução percentual de utentes inscritos com médico de família atribuído, por região

ARS 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

ARS Norte 91,1% 90,8% 92,0% 94,9% 95,5% 97,1% 98,7% 98,2% 99,0% 0,8%

ARS Centro 94,8% 91,4% 92,1% 93,0% 92,4% 94,4% 97,2% 97,4% 97,1% -0,3%

ARS Lisboa e Vale do Tejo 75,4% 73,5% 77,6% 81,6% 77,5% 79,9% 83,3% 85,4% 85,1% -0,3%

ARS Alentejo 95,2% 95,9% 93,5% 92,7% 91,9% 92,6% 96,5% 96,4% 95,5% -0,9%

ARS Algarve 72,3% 68,9% 69,2% 68,9% 65,0% 77,0% 84,1% 85,5% 88,6% 3,1%

Fonte: ACSS

No que se refere à evolução da população residente com médico de família atribuído, e também num

contexto regional, as regiões Norte, Centro a Alentejo apresentaram em 2018 uma cobertura superior a

100%, sendo que as regiões do Algarve e Lisboa e Vale do Tejo mantiveram os valores acima dos 95% e

85%, respetivamente.

Quadro 13. Evolução percentual de população residente com médico de família atribuído,

por região

2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

ARS Norte 101,2% 101,8% 102,0% 103,5% 1,5%

ARS Centro 99,4% 101,5% 103,4% 104,8% 1,4%

ARS Lisboa e Vale do Tejo 79,6% 83,3% 85,7% 86,5% 0,8%

ARS Alentejo 96,4% 100,0% 101,5% 102,2% 0,6%

ARS Algarve 78,5% 84,6% 88,9% 95,5% 6,6%

Fonte: ACSS

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 83

Importa ainda notar que, no final de 2018, o número de utentes sem médico de família atribuído

registou o valor mais baixo de sempre, com 690.232 utentes sem médico de família.

Enfermeiro de família nos cuidados de saúde primários

A figura do enfermeiro de família tem vindo a ser criada nos sistemas de saúde de vários países

da região europeia da OMS, como é o caso de Espanha e do Reino Unido, reforçando a importância

dos contributos da enfermagem para a promoção da saúde e prevenção da doença, e permitindo que

estes profissionais possam trabalhar em cuidados de saúde primários juntamente com os demais

profissionais de saúde e baseando-se no conhecimento dos utentes no contexto da família e da

comunidade.

Em Portugal, a operacionalização da atividade do enfermeiro de família, integrado nas diferentes

USF e UCSP, é justificada pelas novas necessidades em saúde, pela complexificação dos contextos que

hoje vivemos e pelo aumento das exigências em termos de qualidade e efetividade dos cuidados

prestados à população, contribuindo para a melhoria da acessibilidade dos cidadãos aos cuidados de

saúde, ao assegurar a prestação de cuidados de enfermagem globais às famílias, em todas as fases da

vida e em todos os contextos da comunidade.

Em 2016 foi publicada a Portaria n.º 281/2016, de 26 de outubro, que criou um grupo de

trabalho para o desenvolvimento e acompanhamento das boas práticas do enfermeiro especialista

em enfermagem de saúde familiar, no âmbito da equipa de saúde familiar e demais equipas dos

cuidados de saúde primários. Durante o ano de 2017 o referido grupo de trabalho procedeu a uma

caracterização dos enfermeiros a trabalhar em cuidados de saúde primários, enquanto enfermeiros

de família, tendo efetuado o relatório correspondente ao trabalho realizado nesta área.

Gráfico 12. Evolução do número de utentes sem médico de família atribuído

Fonte: ACSS StatLink:

https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/utentes-

inscritos-em-cuidados-de-saude-primarios/?sort=tempo

1 598 659

1 819 248

1 660 609

1 332 425

1 478 271

1 044 945

767 149711 081 690 232

500 000

1 000 000

1 500 000

2 000 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

84

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Já em 2018 foi publicado o Regulamento nº 428/2018, de 16 de julho referente a competências

específicas do enfermeiro especialista em enfermagem comunitária na área de enfermagem de saúde

comunitária e de saúde pública e na área de enfermagem de saúde familiar, homologado por

despacho de 8 de maio de 2018 do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

Este grupo tem como objetivo identificar processos assistenciais e boas práticas de trabalho em

equipa de saúde familiar em que a intervenção do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde

familiar esteja a ser alavancada e a utilização mais adequada e eficiente dos recursos disponíveis.

Rastreios oncológicos de base populacional

No âmbito da estratégia definida pelo Programa Nacional para as Doenças Oncológicas e pelas

ARS, e à semelhança do que se tinha verificado em 2017, os rastreios das doenças oncológicas em

curso (mama, colo do útero e cólon e reto) evoluíram de forma muito positiva em 2018. Os resultados

deste programa encontram-se explanados no ponto 2.7. deste relatório.

Qualificação das respostas nos cuidados de saúde primários

O ano de 2018 continuou a demonstrar a expansão e a melhoria da capacidade de resposta da

rede de cuidados de saúde primários que se encontra prevista no Programa para a Saúde do XXI

Governo Constitucional, com o objetivo de aumentar a capacidade resolutiva deste nível de cuidados,

recuperando assim a centralidade da rede de cuidados primários na política de saúde, com destaque

para aquelas que em seguida se identificam.

Prevenção da doença oral

Durante a última década foram-se somando intervenções em matéria de prevenção da doença

oral e promoção de hábitos de vida saudáveis, nomeadamente com abordagens ao nível da saúde

escolar e do acesso a tratamentos dentários no âmbito do SNS, através da implementação do projeto

dos cheques-dentista, mas destinados a grupos-alvo mais vulneráveis (crianças e adolescentes,

grávidas, beneficiários do Complemento Solidário para Idosos e portadores de VIH/SIDA), ao abrigo

do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral.

Em 2016, com vista à ampliação da cobertura do SNS na área da saúde oral e ao progressivo

incremento do acesso a esta tipologia de cuidados, o Ministério da Saúde, em estreita colaboração

com a Ordem dos Médicos Dentistas, iniciou a implementação de consultas de medicina dentária nos

cuidados de saúde primários. O projeto iniciou-se no final do terceiro trimestre de 2016, com

experiências-piloto em 13 centros de saúde das ARS Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo.

No ano de 2018, passaram a efetuar-se consultas de medicina dentária em 77 gabinetes de Saúde

Oral, em 73 centros de saúde, de 34 ACES, de todas as regiões do país, promovendo desta forma a

equidade no acesso.

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 85

Os gabinetes de saúde oral das cinco ARS estão localizados nos seguintes Agrupamentos de

Centros de Saúde:

• ACES Baixo Tâmega: Centros de Saúde de Cinfães e Celorico de Basto;

• ACES Alto Tâmega e Barroso: Centro de Saúde de Ribeira de Pena;

• ACES Tâmega I: Baixo Tâmega: Centros de Saúde de Cinfães e Celorico de Basto

• ACES Tâmega II - Vale do Sousa Sul: Centro de Saúde Castelo de Paiva;

• ACES Feira-Arouca: Centro de Saúde Arouca;

• ACES Douro Sul: Centros de Saúde Moimenta da Beira, Tabuaço, S. João da Pesqueira;

• ACES Douro I – Douro Norte: Centro de Saúde Sta. Marta de Penaguião.

• ULS de Matosinhos: Centro de Leça da Palmeira;

• ACES Porto Oriental: Centro de Saúde Bonfim/Barão Nova Sintra;

• ACES Porto Ocidental: Centros de Saúde de Aldoar e S. João do Porto

• ACES Grande Porto I- Santo Tirso/Trofa: Centro de Saúde de Santo Tirso

• ACES Alto-Ave – Centro de Saúde Mondim de Basto

• ACES Entre Douro e Vouga II – Aveiro Norte: Centro de Saúde de Vale de Cambra.

• ULS Do Nordeste: Centros de saúde de Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Miranda do

Douro, Mirandela, Vila Flor, Macedo de Cavaleiros, Bragança (Izeda), Vimioso, Bragança,

Vinhais, Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo, Carrazeda de Ansiães.

• ACES Baixo Vouga: Centro de Saúde de Ovar;

• ACES Dão Lafões: Centros de Saúde Viseu 3, Vouzela, Santa Comba Dão e Carregal do Sal.

• ULS Castelo Branco: Centro de Saúde de S. Miguel

• ACES Almada-Seixal: Centro de Saúde do Monte Caparica;

• ACES Arco Ribeirinho: Centro de Saúde da Moita;

• ACES Médio Tejo: Centro de Saúde de Fátima;

• ACES Lezíria: Centros de Saúde de Salvaterra de Magos, do Cartaxo e de Rio Maior;

• ACES Estuário Tejo: Centros de Saúde da Azambuja, de Alenquer e de Arruda dos Vinhos;

• ACES Oeste Sul: Centros de Saúde da Lourinhã e de Ericeira;

• ACES Amadora: Centro de Saúde da Reboleira/Damaia;

• ACES Loures-Odivelas: Centros de Saúde Moscavide, Santo António dos Cavaleiros, Odivelas,

Póvoa de santo Adrião, São João da talha;

• ACES Lisboa Central: Centro de Saúde Monte Pedral (5 gabinetes);

• ACES Lisboa Ocidental e Oeiras: Centro de Saúde de Paço de Arcos;

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

86

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

• ACES Sintra: Centros de Saúde Algueirão, Abraçar Queluz e Olival/Cacém.

• ACES Lisboa Norte: Centros de Saúde de Sete Rios e Lumiar

• ACES Oeste Norte: Centros de Saúde Alcobaça, Peniche, Caldas da Rainha e Óbidos.

• ACES Alentejo Central: Centros de Saúde de Montemor-o-Novo, Portel e Estremoz.

• ACES Central: Centro de Saúde de Faro e de Loulé

• ACES Barlavento: Centro de Saúde de Portimão e de Lagos

• ACES Sotavento: Centro de Saúde de Tavira.

Ao longo do ano 2018, e conforme detalhado no quadro seguinte, realizaram-se 75.927 consultas

de saúde oral no SNS, tendo sido referenciados 59.497 utentes, no âmbito do projeto-piloto de saúde

oral.

Quadro 14. Resultados do projeto-piloto de saúde oral

2016 2017 2018

Número de médicos de família que fizeram pelo menos uma referenciação* 2 158 2 800

Número de utentes referenciados 3 066 51 386 59 497

Número total de consultas de saúde oral realizadas 4 751 68 910 75 927

*Valores acumulados Fonte: DGS

Em função da acessibilidade, proximidade e qualidade, este projeto inovador continuará a ser

alargado, com a abertura de mais gabinetes de Saúde Oral, após realização de obras de requalificação

de espaços, aquisição de equipamentos e contratação de novas equipas de saúde oral (médicos

dentistas e auxiliares de medicina dentária), que permitam concretizar o alargamento desta resposta

a outros centros de saúde do SNS no presente ano.

O objetivo é que, em 2020 se assegure a equidade, aumentando e melhorando a cobertura dos

cuidados de saúde oral nos cuidados de saúde primários, passando a ser possível dispor de consultas

de saúde oral nos cuidados de saúde primários de todos os municípios do país.

Implementação de rastreios de saúde visual no SNS

O Programa Nacional para a Saúde da Visão (PNSV), aprovado em 2005, reconhece que o sentido

da visão possui um elevado significado social, representando um meio de comunicação fundamental

para a relação entre as pessoas e para a atividade profissional.

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 87

Sabe-se que a visão deve ser preservada desde o nascimento, sendo imperativo prevenir e tratar

a doença visual, a qual provoca, sempre, diminuição da qualidade de vida, com repercussão negativa

a nível pessoal, familiar e profissional, para além de causar elevados custos sociais.

A ambliopia é um problema de saúde pública, sendo unanimemente considerada a causa mais

frequente de perda de visão monocular entre os 20 e os 70 anos.

Em consonância com as orientações do Secretário de Estado Adjunto da Saúde, e pelo Despacho

n.º 5868-B/2016, de 2 de maio, a ARS Norte implementou no ano de 2016, dois programas-piloto de

rastreio na área de oftalmologia:

• Programa de Rastreio da Saúde Visual Infantil (RSVI);

• Programa de Rastreio Oftalmológico a Diabéticos (ROD_RRD_DMI).

Estes programas tinham por objetivo servir de protótipo para aferir as mais valias que poderiam

ser alcançadas na saúde da visão da população, ainda que esses ganhos precisem de um maior espaço

temporal para se exprimirem na sua plenitude.

No que se refere ao programa de rastreio de saúde visual infantil, no ano de 2018, a ARS Norte

deu cumprimento ao compromisso assumido e que incluía:

• Alargar o programa a mais 12 ACES e 6 hospitais, de forma a que, no final de 2018, se

atingisse a cobertura geográfica de toda a região Norte;

• Iniciar nos 4 ACES que foram piloto em 2016, o 2º ciclo de rastreio abrangendo também a

coorte que perfazia 4 anos.

No âmbito deste compromisso, importa salientar que todas as crianças nascidas em 2016 foram

abrangidas pelo programa de rastreio, o correspondente a uma participação global de 77%, sendo

que todos os 24 ACES/ULS da região ultrapassaram a barreira dos 60% de adesão.

Quadro 15. Resultados do projeto-piloto de rastreios de saúde visual

2017 2018

População alvo 14 967 33 693

Número de convocados 14 967 33 693

Taxa de adesão 71% 74%

Número de rastreios realizados 10 697 24 922

Casos positivos com referenciação hospitalar 946 1 473

Tratamentos hospitalares realizados 392 940

Fonte: ARS Norte

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Desde o início do programa já foram prescritos óculos a 587 crianças (37% das consultas com

registo de resultados), sendo esta a mais valia da intervenção precoce obtida por este rastreio.

O rastreio visual de saúde infantil já está implementado em 33 ACES e abrange 26.018 crianças

em Portugal Continental.

Quanto ao programa do Rastreio Oftalmológico a Diabéticos, nomeadamente o rastreio

oportunista da Degenerescência Macular da Idade (DMI) no contexto do rastreio da retinopatia

diabética, importa notar que se tratou de um rastreio piloto realizado em 4 ACES do Grande Porto,

com os tratamentos a serem executados nos Centros Hospitalares Universitários do Porto e de São

João.

Nesta área, foram relatadas 8.032 retinografias, sendo possível identificar sinais da forma tardia

da DMI em 98 casos, o que representa uma prevalência de 1,3%.

Dos casos positivos (com aparente forma tardia neovascular de DMI) e convocados para

tratamento, foi possível efetuar 82 exames médicos.

De referir ainda que, em apenas 48% dos casos positivos, foi possível confirmar a presença da

doença. Dos casos em que foi confirmada a presença de doença, apenas 54% tem indicação para

tratamento. Da totalidade de casos positivos, apenas 26% tem indicação para tratamento.

Em Portugal Continental, em 2018 o rastreio de retinopatia diabética abrangeu 214.538 utentes.

Disponibilização de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica nos

centros de saúde

Durante o ano de 2018 estiveram em vigor diversos protocolos estabelecidos entre ACES e

hospitais do SNS que permitem a realização de diversos MCDT, especialmente da área da patologia

clínica, da imagiologia e da anatomia patológica, vertidos na plataforma de Gestão Partilhada de

Recursos no SNS (GPR SNS) que, entretanto, foi criada.

Deu-se ainda continuidade ao projeto-piloto desenvolvido pela DGS, Centro Hospitalar

Universitário Lisboa Central e ARS de Lisboa e Vale do Tejo (ACES Lisboa Central e ACES

Loures/Sacavém) para aumentar o acesso aos MCDT na área da cardiologia e reforçar a capacidade

resolutiva das respostas nos cuidados de saúde primários, abrangendo os seguintes MCDT:

• Eletrocardiograma;

• Registo contínuo de 24 horas de eletrocardiograma;

• Monitorização ambulatória da pressão arterial.

Neste âmbito importa ainda destacar a instalação de raio-x em 36 centros de saúde e provas de

função (espirometrias) e ecocardiogramas em 23 e 6 centros de saúde, respetivamente. Em 78% dos

ACES é possível o recurso a análises clínicas.

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 89

Reforço das respostas de medicina física e reabilitação nos ACES

A área específica da prestação de cuidados de reabilitação tem merecido especial atenção em

Portugal, considerando a sua importância, atual e futura, para a qualidade de vida e o bem-estar da

população.

De entre as várias medidas em curso para reformular a resposta que o SNS possui atualmente

nesta área, destaca-se a iniciativa legislativa de publicação da Portaria n.º 252/2016, de 19 de

setembro, através da qual se criou um Grupo de Trabalho de Análise da Medicina Física e de

Reabilitação em Ambulatório no SNS.

Este grupo de trabalho teve a responsabilidade de propor uma nova estratégia para a prestação

de cuidados de reabilitação no SNS que reforce as respostas dentro do SNS, nomeadamente no âmbito

dos cuidados de saúde primários, assim como uma nova perspetiva de avaliação de necessidades, de

gestão da informação e de articulação entre todos os prestadores de cuidados de Reabilitação,

incluindo os do setor convencionado com o SNS.

De referir que o grupo de trabalho submeteu à consideração dos membros do Governo

responsáveis pela área da Saúde, já em 2018, um conjunto de nove medidas que se constituem como

recomendações e iniciativas concretas para melhoria da prestação de cuidados de Saúde Física e de

Reabilitação no SNS, nomeadamente:

1. Criar Equipas de Reabilitação nos cuidados de saúde primários, multiprofissionais e

interdisciplinares, que permitam o acompanhamento de cidadãos com necessidades

avaliadas em função de instrumentos e de escalas de medição, agrupadas através de sistemas

de classificação de doentes;

2. Redefinir o processo de referenciação de utentes para as diversas tipologias de rede de

prestação de cuidados de Reabilitação em ambulatório no SNS, baseando-o na avaliação

clínica efetuada pelo médico de família e no grau de funcionalidade (por referência à

Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde);

3. Elaborar Normas Clínicas e Organizacionais que enquadrem os processos assistenciais

integrados para os grandes grupos de patologias da área da Reabilitação;

4. Conceber o modelo de registo da atividade de todos os profissionais da área e

operacionalizar a criação de um Sistema de Informação Integrado de Reabilitação,

desmaterializando os canais de comunicação e permitindo a partilha de informação entre

todos os intervenientes no processo assistencial de prestação de cuidados de Reabilitação;

5. Criar um Sistema de Classificação de Doentes para área da Reabilitação em ambulatório

(SCD-ReabA) no SNS, baseado em instrumentos de avaliação e em escalas de medição

devidamente validadas e implementadas;

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

90

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

6. Identificar um painel de indicadores de acesso, de qualidade e de eficiência para a área da

Reabilitação, que permita a monitorização e a avaliação dos resultados alcançados;

7. Estabelecer um modelo de financiamento para a área da Reabilitação em ambulatório no

SNS, baseado no SCD-ReabA, composto por um preço compreensivo definido em função da

complexidade clínica e funcional do cidadão e por uma componente de avaliação do

desempenho da entidade que presta os cuidados de Reabilitação, apurada em função da

avaliação efetuada no início e no fim da realização do plano de cuidados;

8. Implementar o SIGA MCDT para a área da Reabilitação, de forma a monitorizar os tempos de

resposta que são assegurados aos utentes do SNS;

9. Criar um programa de literacia em saúde e de formação de familiares/cuidadores,

direcionado à área da Reabilitação.

Alargamento do número de unidades móveis de saúde nos ACES

As unidades móveis de saúde existentes nos vários ACES do SNS são, em regra, constituídas por

uma viatura que dispõe de um gabinete de consulta e de uma sala de exames e tratamentos,

encontrando-se equipadas com tecnologia de ponta, a nível de diagnóstico, com condições para

prestar cuidados de saúde primários aos utentes do SNS, nomeadamente na área clínica e de

enfermagem, apoio domiciliário, saúde escolar, vigilância do estado de saúde dos idosos que vivem

isolados, rastreios, campanhas de vacinação, entre outros.

O aumento gradual que se tem registado na atividade das unidades móveis de saúde visa

incrementar as respostas de proximidade e assegurar a continuidade de cuidados aos utentes do SNS,

na medida em que são facilitadoras da implementação efetiva de programas de promoção da saúde

e de prevenção da doença, de vigilância do estado de saúde, assim como da prestação de cuidados

médicos e de enfermagem a grupos populacionais com maior dificuldade de acesso à saúde ou mais

isolados, quer pela distância, quer por dificuldade de transportes, quer por serem grupos mais

vulneráveis (idosos ou deficientes).

Pela sua relevância e abrangência regional, importa destacar o projeto-piloto que levará

Unidades de Saúde Móveis de Proximidade (USMP) a populações rurais de dez concelhos do Algarve,

com o apoio de Fundos da União Europeia.

Estas unidades móveis abrangem os concelhos de Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim,

Loulé, Monchique, Portimão, São Brás de Alportel, Silves e Tavira, com o objetivo de chegar às

populações dispersas da serra algarvia e de garantir uma prestação de cuidados de saúde

modernizada e de proximidade junto das populações residentes nos territórios rurais e de baixa

densidade destes concelhos.

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 91

Telerrastreio Dermatológico

O programa de telerreferenciação dermatológica visa contribuir para o diagnóstico precoce de

lesões dermatológicas e do cancro de pele, assim como para melhorar o acesso às consultas de

dermatologia, contribuindo para o cumprimento dos TMRG e para uma resposta cómoda ao utente.

Esta forma de referenciação consiste na inscrição, pelo médico de medicina geral e familiar, de

um pedido de consulta para a especialidade de dermatologia no âmbito do programa CTH, com

anexação de imagem e de dados clínicos relevantes, seguindo-se uma análise por parte do

especialista hospitalar que estuda o caso clínico e, em função dessa análise, efetua o diagnóstico e a

intervenção terapêutica adequada.

Em 2018, o Despacho n.º 6280/2018, de 28 de junho, determinou que a referenciação para a

primeira consulta de especialidade hospitalar de dermato-venereologia, realizada pelos cuidados de

saúde primários do SNS, seria efetuada obrigatoriamente através da utilização de telerrastreio

dermatológico, a partir de outubro de 2018.

Para a implementação deste serviço no SNS, foi efetuado um investimento na aquisição de

máquinas fotográficas digitais, num total de mil equipamentos, que foram distribuídos pelas

unidades de cuidados de saúde primários.

Assim, a referenciação para a primeira consulta de especialidade hospitalar de dermato-

venereologia passou a ser efetuada obrigatoriamente através da utilização de telerrastreio

dermatológico, associando a imagem à adequada informação clínica, salvo nos casos em que o doente

não tenha manifestado o seu acordo.

Esta medida passou a constar nos Termos de Referência de Contratualização de Cuidados de

Saúde para 2018.

Assim, durante o ano de 2018, realizaram-se 19.972 consultas através da telerreferenciação

dermatológica, mais 7.208 que no ano anterior.

De referir ainda que, no total de consultas médicas hospitalares, as consultas por telerrastreio

correspondem a 24,8%, em 2018.

Aposta na promoção da atividade física

No âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física, em 2018 Portugal foi o

país escolhido pela Organização Mundial da Saúde para o lançamento do Plano de Ação Mundial para

a Promoção da Atividade Física 2018-2030.

Na área dos cuidados de saúde primários destaca-se o aumento do número de utentes avaliados

e aconselhados para a prática de exercício, tal como referido no ponto 2.2 deste relatório.

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Reforço das respostas na área da psicologia e da nutrição

Em agosto de 2018, a ACSS lançou um procedimento de recrutamento de 40 psicólogos e 40

nutricionistas para as unidades dos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde,

conforme o disposto nos Avisos n.º 12314-A/2018 e n.º 12314-B/2018, ambos de 27 de agosto.

De referir que o artigo 48.º da Lei do Orçamento do Estado de 2018 prevê a contratação de 40

psicólogos e 40 nutricionistas para o SNS, com o intuito de colmatar as carências existentes ao nível

dos cuidados de saúde primários.

Este objetivo, em linha com o estabelecido no Programa do XXI Governo Constitucional para a

Saúde, reconhece que é fundamental recuperar a centralidade da rede de cuidados de saúde

primários na política de saúde, expandindo e melhorando a sua capacidade, apresentando-se como

elemento chave para uma resposta adequada a esse desiderato, o reforço das capacidades dos

cuidados de saúde primários, através do apoio complementar em áreas como a psicologia.

A estrutura organizacional foi reforçada, destacando-se a existência de 532 USF

e 263 UCC e o aumento da resolutividade nos cuidados de saúde primários.

O ano de 2018 foi o de maior cobertura de médicos de família no SNS, existindo

quase 9,5 milhões de utentes com médico de família atribuído (93% dos

utentes inscritos no SNS e 96,9% dos residentes no continente), representando

uma melhoria de quase 500 mil utentes com médico de família face a 2015.

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PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 93

Caixa 3. A Coordenação Nacional para a reforma do SNS

na área dos cuidados de saúde primários

Através do Despacho n.º 200/2016, publicado na 2ª Série do Diário da República n.º 4, de 7

de janeiro de 2016, foi nomeada a Coordenação Nacional para a reforma do SNS na área dos

cuidados de saúde primários, a quem compete investir na expansão e melhoria da capacidade da

rede de cuidados de saúde primários, dando início a um novo ciclo que relance um processo que

havia sido interrompido, e que se revelou da máxima importância para melhoria da qualidade e da

efetividade da primeira linha de resposta do SNS.

Esta Coordenação Nacional apresentou, a 24 de fevereiro de 2016, o seu Plano Estratégico

Operacional de intervenção, tendo identificado quatro eixos estratégicos de atuação:

• Centralidade nas pessoas;

• Uma cultura de Governação Clínica e de Saúde;

• Modernização e requalificação organizacional e gestionária dos ACES;

• Sistemas de Informação ao serviço de todos.

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PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 95

4. Cuidados de saúde hospitalares

Os hospitais do SNS têm respondido positivamente ao aumento crescente da procura,

implementando diversas medidas de reorganização interna que permitam obter melhores resultados

em saúde para os utentes e que promovam elevados níveis de eficácia e eficiência na gestão e na

governação clínica, com maior transparência, responsabilização, prestação de contas e centralidade

no cidadão e na sua família.

As melhorias da resposta tiveram por base várias reformas com incidência na organização

interna dos hospitais, destacando-se a implementação de diversos mecanismos de responsabilização

e avaliação, a garantia da melhoria da informação clínica e de gestão, o aprofundamento das relações

de parceria e complementaridade entre as várias estruturas do SNS, o reforço da coordenação e a

articulação com outros níveis de cuidados e outros agentes, da saúde e sociais, entre outras.

Além das alterações ao nível do estatuto jurídico, também a organização da oferta sofreu

alterações importantes nos últimos anos, no sentido de aumentar sinergias e economias de escala,

mas também de prestar serviços com mais qualidade.

No final de 2018, o SNS integrava um total de 49 instituições hospitalares, conforme demonstra

o gráfico seguinte, correspondente à distribuição das instituições hospitalares do SNS por estatuto

jurídico.

No final de 2018, existiam 21.095 camas hospitalares no SNS.

Gráfico 13. Número de instituições hospitalares do SNS em 2018

Fonte: ACSS StatLink:

https://www.sns.gov.pt/institucional/entidades-

de-saude/

32

85 4

49

0

20

40

60

Hospitais e centroshospitalares

Unidades Locais deSaúde

Entidades do SetorPúblico

Administrativo

Parcerias Público-Privadas

Total

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PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

96

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quadro 16. Número de camas hospitalares do SNS, por região

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Norte 7 197 7 105 6 325 6 868 6 867 6 853 6 887 6 924 6 868

Centro 5 080 5 058 4 917 4 839 4 706 4 695 4 679 4 726 4 571

Lisboa e Vale do Tejo 7 980 8 153 8 002 7 732 7 744 7 749 7 798 7 890 7 857

Alentejo 946 947 943 918 885 893 890 868 851

Algarve 790 825 906 877 889 911 907 917 948

Total 21 993 22 088 21 093 21 234 21 091 21 101 21 161 21 325 21 095

Nota: Nos Relatórios Anuais Sobre o Acesso a Cuidados de Saúde no SNS publicados até ao ano de 2017, o Hospital da Prelada integrava o universo de instituições considerado. No presente relatório o Hospital da Prelada, por se tratar de uma IPSS, deixa de ser considerado, para todos os anos, passando o universo de instituições a integrar apenas instituições EPE, SPA e PPP. Fonte: ACSS

Orientações sobre o reforço do acesso aos cuidados hospitalares em 2018

O processo de contratualização hospitalar de 2018 procurou contribuir para a promoção do

acesso ao SNS, introduzindo um conjunto de orientações e de medidas inovadoras para a melhoria

do desempenho assistencial das instituições do SNS, com destaque para as seguintes:

a) Alargar o Livre Acesso e Circulação (LAC) do utente no SNS, diversificando as alternativas e

aumentando a sua capacidade de intervir de forma pró-ativa e responsável na gestão do seu

Estado de Saúde e Bem-Estar;

b) Cumprir os TMRG, gerindo o acesso às consultas, cirurgias e MCDT de forma adequada e

atempada, através do SIGA;

c) Fomentar a rentabilização dos equipamentos e dos recursos humanos do SNS, limitando a

subcontratação a entidades externas aos casos em que a capacidade instalada estiver esgotada,

com respeito pelos princípios da transparência, igualdade e concorrência;

d) Incentivar a cultura da prestação de cuidados em equipa multidisciplinar e multiprofissional,

promovendo a articulação e coordenação entre os profissionais e uma resposta centrada no

utente e no seu percurso no SNS;

e) Desenvolver a resposta hospitalar de acordo com as carteiras de serviços previstas nas Redes de

Referenciação Hospitalar, contribuindo para o reforço do SNS enquanto rede colaborativa e

estruturada;

f) Estimular a atividade realizada nos Centros de Referência do SNS (CRe), através dos quais se

efetua a concentração da casuística e dos recursos para o diagnóstico, tratamento e investigação

clínica de um conjunto de patologias, designadamente as raras, envolvendo equipas

multidisciplinares e um controlo exigente da segurança, assim como a referenciação de doentes

com base na hierarquia de competências;

StatLink:

http://monitorizacao.acss.min-

saude.pt/MH_CapacidadeUtilizadaDashboard

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PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 97

g) Consolidar os processos de afiliação e de trabalho em rede colaborativa no SNS, centrando a

organização dos cuidados nas necessidades das pessoas e promovendo a cooperação;

h) Privilegiar os cuidados prestados em ambulatório (médico e cirúrgico), incentivando a

transferência de cuidados de internamento para o ambulatório;

i) Contribuir para a redução da utilização de cuidados hospitalares que seriam evitáveis, com

destaque para os internamentos médicos evitáveis, por se encontrarem associados a patologias

ou condições de saúde que podem e devem ser prevenidas e/ou tratadas ao nível dos cuidados

programados e de proximidade;

j) Melhorar a eficácia e a eficiência da resposta às situações de urgência e emergência, introduzindo

iniciativas que permitam redirecionar os utentes para os cuidados programados e de

proximidade, reforçando a respetiva capacidade resolutiva e reduzindo a atividade dos Serviços

de Urgência;

k) Estabelecer mecanismos verticais e horizontais de articulação formal e permanente entre os

responsáveis clínicos das instituições do SNS, assegurando a utilização dos recursos disponíveis,

reservando o acesso aos cuidados hospitalares para as situações agudas e clinicamente

necessárias e assegurando o cumprimento dos Planos de Contingência para Temperaturas

Extremas Adversas - Módulos de Verão e Inverno, coordenados pela DGS;

l) Incentivar a transferência de consultas subsequentes para os cuidados de saúde primários

(nomeadamente na área das doenças crónicas), reorientando a procura para respostas de

proximidade e estimulando o recurso à referenciação dos cuidados de saúde primários e à

resposta via TeleSaúde;

m) Aumentar a atividade das instituições do SNS na área da diálise, promovendo o aumento dos

programas hospitalares de tratamento da insuficiência renal crónica em ambulatório (diálise

peritoneal e hemodiálise);

n) Desenvolver as respostas hospitalares previstas na Rede Nacional de Cuidados Paliativos, em

linha com o Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos no biénio 2017-

2018, apresentado pela Comissão Nacional de Cuidados Paliativos (CNCP)9;

o) Aprofundar o processo de contratualização interna, nomeadamente através da constituição dos

Centros de Responsabilidade Integrada (CRI)10, fomentando uma filosofia de desempenho por

objetivos, reforçando a autonomia e a responsabilidade dos serviços e estimulando o

compromisso e participação dos profissionais na otimização da utilização da capacidade instalada

no SNS.

9 Acessível em: https://www.sns.gov.pt/wp-content/uploads/2016/09/Plano-Estrat%C3%A9gico-CP_2017-2018-1-1.pdf

10 Os CRI foram regulamentados através da Portaria n.º 330/2017, de 31 de outubro

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PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

98

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Redes Europeias de Referência

Os sistemas de saúde europeus têm como objetivo prestar cuidados de saúde de qualidade, com

uma boa relação custo-eficácia, o que se afigura especialmente difícil no caso das doenças raras, de

baixa prevalência ou complexas, que afetam o quotidiano de cerca de 30 milhões de europeus.

As Redes Europeias de Referência (RER) são redes virtuais que reúnem prestadores de cuidados

de saúde de toda a Europa, com vista a facilitar o debate sobre doenças raras ou complexas, que

requerem cuidados altamente especializados, e de concentrar os conhecimentos e os recursos

disponíveis. A iniciativa das redes europeias de referência é impulsionada principalmente pelos

países da UE. O Conselho de Estados-Membros é uma entidade responsável pela aprovação de

propostas de rede, bem como pela composição e cessação de uma rede, tal como previsto na decisão

de execução da Comissão. O Conselho de Estados-Membros é constituído por representantes dos 28

países da UE e dos países do EEE.

As primeiras redes europeias de referência foram lançadas em março de 2017, com a

participação de mais de 900 unidades de saúde altamente especializadas, pertencentes a mais de 300

hospitais de 26 países da UE.

Estas 24 redes europeias de referência trabalham sobre questões temáticas, nomeadamente, as

doenças ósseas, o cancro infantil e a síndrome da imunodeficiência.

A infografia que se segue ilustra as unidades de saúde de Portugal que se constituem como

membros nas diferentes redes europeias de referência.

No anexo 2 encontra-se a informação mais detalhada quanto às diferentes especialidades.

Figura 1.Redes Europeias de Referência em Portugal

Fonte: DGS

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PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 99

Reconhecimento de Centros de Referência no SNS

Os Centros de Referência (CRe) são qualquer serviço, departamento ou unidade de saúde,

reconhecido como o expoente mais elevado de competências na prestação de cuidados de saúde de

elevada qualidade em situações clínicas que exigem uma concentração de recursos técnicos e

tecnológicos altamente diferenciados, de conhecimento e experiência, devido à baixa prevalência da

doença, à complexidade no seu diagnóstico ou tratamento ou aos custos elevados da mesma, sendo

capaz de conduzir formação pós-graduada e investigação científica nas respetivas áreas médicas.

À data são oficialmente reconhecidos pelo Ministério da Saúde 112 Centros de Referência,

distribuídos pelas seguintes áreas:

• Cardiologia de intervenção estrutural (6);

• Cardiopatias congénitas (4);

• Coagulopatias congénitas (5);

• Doenças hereditárias do metabolismo (6);

• ECMO (3);

• Epilepsia refratária (5);

• Fibrose quística (5);

• Implantes cocleares (2);

• Neurorradiologia de Intervenção (Doenças Cerebrovasculares) (6);

• Onco – oftalmologia (retinoblastoma e melanoma ocular) (1);

• Oncologia de adultos – cancro do esófago (6);

• Oncologia de adultos – cancro do reto (21);

• Oncologia de adultos – cancro do testículo (4);

• Oncologia de adultos – cancro hepatobilio/pancreático (10);

• Oncologia de adultos – sarcomas das partes moles e ósseos (5);

• Oncologia pediátrica (3);

• Paramiloidose familiar (2);

• Transplantação pulmonar (1);

• Transplantação renal pediátrica (2);

• Transplante de coração (4);

• Transplante hepático (3);

• Transplante pâncreas (2);

• Transplante rim adultos (6).

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PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Centros de Responsabilidade Integrados

Os Centros de Responsabilidade Integrados (CRI), cujo modelo de regulamento está previsto na

Portaria n.º 330/2017, de 31 de outubro, alterada pela Portaria n.º 71/2018, de 8 de março, são

estruturas de gestão intermédia, dependentes dos conselhos de administração das unidades

hospitalares EPE (entidades públicas empresariais).

São dotados de autonomia ao nível funcional e técnico, mediante o estabelecimento de um

compromisso de desempenho assistencial e económico-financeiro e os profissionais poderão aceder

a incentivos institucionais e financeiros diretamente relacionados com o desempenho alcançado.

Os CRI têm como objetivo primordial assegurar o desenvolvimento das melhores práticas

clínicas centradas na resposta às necessidades dos utentes, contribuindo para o aperfeiçoamento

contínuo da qualidade dos cuidados prestados no SNS, estimulando a melhoria do acesso e

contribuindo para o cumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos no SNS. Rentabilizar

a capacidade instalada, promover a autonomia, o envolvimento e a responsabilização dos

profissionais na gestão dos recursos e incentivar o aumento dos níveis de produtividade e de

satisfação, são os elementos que constituem a chave deste novo modelo de gestão.

Neste sentido, em setembro de 2018, pela Portaria n.º 245/2018, que passou a integrar novos

procedimentos cirúrgicos e a permitir aos hospitais do SNS uma melhor remuneração das equipas

internas, foram criados dois CRI para a área da obesidade, um no Centro Hospitalar Entre Douro e

Vouga e outro no Centro Hospitalar e Universitário de São João.

A criação dos Centros de Responsabilidade Integrados faz parte da estratégia global do Governo

para revitalizar, investir e modernizar a gestão do SNS.

Com este objetivo, o Ministério da Saúde tem desenvolvido um conjunto de medidas que visam

reformar a gestão hospitalar.

Reforço dos processos de afiliação e de trabalho cooperativo e em rede no SNS

Durante o ano de 2018 estiveram em vigor diversos protocolos de afiliação entre as instituições

hospitalares do SNS, os quais visam melhorar a articulação entre si, permitindo assim a obtenção de

ganhos de acesso e qualidade para os utentes e de eficiência para o SNS.

Estes protocolos de afiliação abrangem diversas áreas, com especial destaque para a cooperação

técnica entre os vários serviços e profissionais de saúde, para a partilha de documentação e de

conhecimentos, para a formação e especialização, para investigação e para prestação de serviços de

saúde comuns, que abrangem áreas tão diversas como anatomia patológica, psiquiatria, oncologia,

radioterapia, ortopedia, dermatologia, urologia/litotrícia, hematologia, cirurgia vascular, entre

outras.

Pela sua importância estratégica, importa destacar os 25 protocolos de afiliação estabelecidos

nas regiões de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, envolvendo 15 unidades

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PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 101

hospitalares e definindo um novo rumo no trabalho cooperativo e em rede no SNS, com vista a

melhorar o serviço prestado aos utentes e contribuindo para a otimização dos recursos disponíveis.

Estes protocolos de afiliação terão ainda efeitos nos protocolos de aquisição conjunta de

material de consumo clínico (próteses, reagentes, material de gastrenterologia e eletrofisiologia,

ventiladores, roupa e fardamento, etc.), transporte de doentes e telerradiologia, entre outras.

Em 2018 existiam os seguintes protocolos de afiliação no SNS:

• Protocolos de Cooperação entre o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central e o

Hospital de Santarém e o Centro Hospitalar Médio Tejo;

• Protocolos de Cooperação entre o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e o Centro

Hospitalar do Oeste e o Centro Hospitalar Universitário do Algarve;

• Protocolos de Cooperação entre o Hospital Garcia de Orta e o Centro Hospitalar de Setúbal e

o Centro Hospitalar Barreiro Montijo;

• Protocolo de Cooperação entre o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e o Hospital

Professor Doutor Fernando Fonseca;

• Protocolos de cooperação entre as unidades de Saúde do Alentejo (Hospital do Espírito Santo

de Évora e as Unidades Locais de Saúde do Baixo Alentejo, do Norte Alentejano e do Litoral

Alentejano).

Para além destes processos de afiliação hospitalar, iniciou-se em 2016 (e foi consolidado

durante os anos de 2017 e 2018) o desenvolvimento do sistema de Gestão Partilhada de Recursos do

Serviço Nacional de Saúde (GPR SNS), já referido anteriormente, o qual possibilita a partilha de

recursos entre as instituições do SNS, contribuindo assim para a rentabilização da capacidade

instalada disponível e para o reforço da cooperação e da articulação entre as instituições públicas,

para o aumento da produtividade global do SNS e para o cumprimento integral dos TMRG no SNS.

Revisão das Redes de Referenciação Hospitalar

As Redes de Referenciação Hospitalar (RRH) desempenham assim um papel fulcral na estrutura

de prestação de cuidados de saúde hospitalares no SNS enquanto sistemas integrados, coordenados

e hierarquizados que promovem a satisfação das necessidades em saúde aos mais variados níveis,

designadamente: do diagnóstico e terapêutica; da formação; da investigação e colaboração

interdisciplinar, contribuindo para a garantia de qualidade dos cuidados prestados pelas diferentes

especialidades hospitalares.

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PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

102

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Atualmente encontram-se aprovadas 29 RRH. A listagem infra apresenta a informação referente

às cinco Redes de Referenciação Hospitalar aprovadas em 201811:

• Gastrenterologia e Hepatologia (aprovada por despacho do Secretário de Estado Adjunto

e da Saúde de 10 de janeiro de 2018);

• Neurologia (aprovada por despacho do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde,

26 de março de 2018);

• Infeção pelo VIH (aprovada por despacho do Ministro da Saúde de 19 de novembro de 2015

e alterada por despacho do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde a 7 de agosto de 2018);

• Imunoalergologia (aprovada por despacho do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde de

8 de agosto de 2018);

• Psiquiatria da Infância e da Adolescência (aprovada por despacho do Secretário de Estado

Adjunto e da Saúde, 9 de outubro de 2018).

De referir ainda que:

• Se encontra em processo de criação/revisão as Redes de Referenciação Hospitalar de

Patologia Clínica, Saúde Materna e Infantil, Genética Médica e Cirurgia Maxilo-Facial;

• E em processo prévio à aprovação final, as Redes de Referenciação Hospitalar de

Endocrinologia e Nutrição, Imuno-hemoterapia, Medicina Interna, Ortopedia,

Dermatovenereologia, Radiologia e Neurorradiologia.

Hospitalização domiciliária no SNS

A hospitalização domiciliária é uma prática recente em Portugal, tendo como pioneiro o Hospital

Garcia de Orta.

Enquanto modelo de prestação de cuidados em casa, esta resposta constitui-se como uma

alternativa ao internamento convencional, proporcionando assistência contínua e coordenada aos

cidadãos que, requerendo admissão hospitalar para internamento, cumpram um conjunto de

critérios clínicos, sociais e geográficos que permitem a sua hospitalização no domicílio, sob a

responsabilidade dos profissionais de saúde integrados numa Unidade de Hospitalização

Domiciliária, com a concordância do cidadão e da família.

Genericamente, a hospitalização domiciliária é como uma alternativa ao internamento

convencional, mas com assistência contínua, que permite reduzir complicações e infeções

hospitalares, além de permitir gerir melhor as camas disponíveis para o tratamento de doentes

agudos no SNS.

11 Fonte: https://www.sns.gov.pt/sns/redes-de-referenciacao-hospitalar/

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PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 103

Estas unidades de hospitalização domiciliária funcionam 24 horas durante todo o ano,

disponibilizando apoio médico e de enfermagem.

Através do modelo de contratualização desenvolvido pela ACSS, tem sido possível estabelecer

modalidades de pagamento e de contratualização de incentivo ao desenvolvimento destas respostas.

Em 2018, foi publicado o Despacho n.º 9323-A/2018, de 3 de outubro, que regulamenta pela

primeira vez a hospitalização domiciliária em Portugal.

Neste sentido, o Ministério da Saúde apresentou em 3 de outubro de 2018, a Estratégia Nacional

para a Hospitalização Domiciliária, numa sessão onde 25 unidades hospitalares do SNS assumiram o

compromisso de implementar este serviço durante os anos de 2018 e 2019.

Centros académicos clínicos

O programa do XXI Governo Constitucional assumiu, como uma das suas medidas fundamentais

na área da saúde, o aperfeiçoamento da gestão dos recursos humanos e a motivação dos profissionais

de saúde através, designadamente, da melhoria da articulação entre as funções assistenciais, de

ensino, de formação pré e pós-graduada e de investigação em universidades, institutos politécnicos

e laboratórios do Estado e, na área do ensino superior, a reativação de um pacto de confiança

estimulando uma melhor integração entre ensino e investigação.

Nesta sequência, foi desenvolvida uma estratégia de reforço da qualificação e do

desenvolvimento científico no domínio da saúde, designadamente através de uma colaboração

crescente entre as escolas médicas, os centros hospitalares e as unidades de investigação.

Concretizando esta abordagem moderna de articulação da atividade assistencial, do ensino e da

investigação, foram criados até 2018, oito centros académicos clínicos, que associam escolas médicas

a centros hospitalares e unidades de investigação:

1. Centro Académico de Medicina de Lisboa, consórcio entre o Centro Hospitalar Universitário

Lisboa Norte, a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o Instituto de Medicina

Molecular;

2. Centro Clínico Académico - Braga, associação entre a Universidade do Minho, a Escala Braga -

Entidade Gestora de Estabelecimentos e o Hospital CUF Porto, S.A.;

3. Centro Médico Universitário de Lisboa, consórcio entre o Centro Hospitalar Universitário Lisboa

Central e a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa;

4. Centro Académico Clínico de Coimbra CHUC-UC, consórcio entre o Centro Hospitalar e

Universitário de Coimbra e a Universidade de Coimbra;

5. Centro Académico Clínico ICBAS-CHP, consórcio entre o Centro Hospitalar Universitário do

Porto e a Universidade Porto, através da unidade orgânica Instituto Ciências Biomédicas Abel

Salazar;

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PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

104

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

6. Centro Universitário de Medicina FMUP-CHSJ, consórcio entre o Centro Hospitalar Universitário

de São João e a Universidade do Porto, através da sua unidade orgânica Faculdade de Medicina;

7. Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve, consórcio entre o Centro

Hospitalar Universitário do Algarve e a Universidade do Algarve através do centro de

investigação CBMR - Center for Biomedical Research e do seu Departamento de Ciências

Biomédicas e Medicina.

8. Centro Académico Clínico das Beiras, consórcio entre o Centro Hospitalar Universitário Cova da

Beira, a Unidade Local de Saúde da Guarda, a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, o Centro

Hospitalar Tondela-Viseu, a Universidade da Beira Interior, através da sua Faculdade de

Ciências da Saúde e do Centro de Investigação em Ciências da Saúde, o Instituto Politécnico de

Castelo Branco, através da sua Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, o Instituto Politécnico

da Guarda, através da sua Escola Superior de Saúde, e o Instituto Politécnico de Viseu, através

da sua Escola Superior de Saúde.

Estas entidades constituem-se como uma estrutura integrada de assistência, ensino e

investigação médica que tem como principal objetivo o avanço e a aplicação do conhecimento e da

evidência científica para a melhoria da prestação de cuidados de saúde.

Caixa 4. A coordenação nacional para a reforma do SNS na área dos cuidados hospitalares

Através do Despacho n.º 199/2016, publicado na 2ª Série do Diário da República n.º 4, de 7

de janeiro de 2016, foi nomeada a coordenação nacional para a reforma do SNS na área dos

cuidados hospitalares, a quem compete concretizar uma melhoria relevante no funcionamento dos

hospitais, contribuindo assim para o relançamento e sustentabilidade do SNS.

Esta missão exige a implementação de reformas que contribuam para:

• Melhorar a qualidade dos processos, a segurança e a experiência dos doentes;

• Aumentar o acesso e diminuir o tempo de resposta nos hospitais;

• Aumentar a eficiência, reduzindo o desperdício sob todas as suas formas;

• Desenvolver os profissionais para a melhoria do seu desempenho;

• Reforçar a governação clínica e a sustentabilidade do SNS.

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PARTE I | 5.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 105

5. Cuidados continuados integrados

A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), criada através do Decreto-Lei n.º

101/2006, de 6 de junho, tem como principais objetivos a prestação de cuidados de saúde e de apoio

social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem

em situação de dependência e com perda de autonomia.

A RNCCI está presente em todo o território continental, com as tipologias de cuidados

domiciliários, de ambulatório e de internamento, e inclui instituições públicas, privadas e do setor

social. Prestam cuidados integrados no domínio da saúde e da ação social a pessoas em situação de

dependência ou perda de autonomia cuja situação não exige internamento hospitalar, mas requer

cuidados distintos dos prestados nas unidades de tratamento de situações agudas de doença.

Com a RNCCI é promovida a autonomia e a funcionalidade das pessoas, através da reabilitação,

readaptação e reinserção familiar e social pelo que, para cada situação, é preconizada uma

abordagem integrada de saúde e ação social.

No âmbito da intervenção na área pediátrica, a RNCCI iniciou estas respostas com a Unidade de

Internamento de Cuidados Integrados Pediátricos (UCIP nível 1) e a Unidade de Ambulatório

Pediátrica (UAP), na região Norte, respostas que poderão estender-se ao resto do país, que

proporcionam o acesso de crianças e adolescentes com doenças ou processos crónicos, com

diferentes níveis de dependência.

As Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) com competência para a prestação de

cuidados pediátricos, asseguram o apoio domiciliário. Nas áreas em que tal se justifique poderão

existir equipas exclusivamente para a prestação de cuidados domiciliários pediátricos.

Desde 2017 que a RNCCI alargou a sua intervenção à área da saúde mental, com respostas de

internamento, ambulatórias e de apoio domiciliário, com início de experiências-piloto.

Estão assim disponíveis diversas tipologias de prestação de cuidados, para todos os grupos

etários, com respostas de internamento, ambulatórias e domiciliárias.

A nível das respostas de internamento, existem unidades de convalescença (UC), unidades de

média duração e reabilitação (UMDR), unidades de longa duração e manutenção (ULDM) e na área

pediátrica as UCIP nível 1.

Na área da saúde mental existem residências de apoio máximo adultos (RAMa), residências de

apoio moderado (RAMo), residências autónomas (RA), residências de treino de autonomia (RTA) e

residências de treino de autonomia - tipo A infância e adolescência (RTA/A).

A nível das respostas de ambulatório, existem, na área pediátrica a UAP e na área da saúde

mental, as Unidades Sócio Ocupacionais de adultos (USO) e Unidades Sócio Ocupacionais - Infância e

Adolescência (USO/IA).

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PARTE I | 5.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

106

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

A nível domiciliário existem as Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) e as Equipas

de apoio domiciliário (EAD) de saúde mental.

Número de camas de internamento na RNCCI

A RNCCI contabilizou, no final de 2018, um total de 8.553 camas de internamento, sendo 8.403

das tipologias de UC, UMDR e ULDM, 10 referentes a UCIP nível 1 e 140 na área da saúde mental, o

equivalente a um aumento de 4,7% face ao período homólogo.

O gráfico que se segue representa a evolução do número de camas de internamento contratadas

e em funcionamento de 2010 a 2018, não incluindo as camas de cuidados paliativos, ainda que as

mesmas se encontrassem integradas na RNCCI até abril de 2017.

Gráfico 14. Evolução do número de camas de internamento

Nota: Em 2016, o valor total não inclui as 10 camas referentes aos cuidados pediátricos. A redução registada em

2017 resulta da transferência das camas para cuidados paliativos, ema abril de 2017.

Fonte: ACSS

4 465

5 4055 718

6 447

6 975

7 481

8 112 8 1728 553

3 000

6 000

9 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Gráfico 15. Evolução do número de camas contratadas em funcionamento

nas tipologias de RNCCI de Adultos – UC, UMDR e ULDM

Fonte: ACSS

682 906

867

860

860

764

811

811

935

1 4

97

1 7

47

1 8

20

1 8

95

2 0

21

2 3

06

2 5

78

2 5

48

2 6

74

2 2

86

2 7

52

3 0

31 3 6

92

4 0

94

4 4

11

4 7

23

4 7

03

4 7

94

500

2 000

3 500

5 000

6 500

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Unidades de Convalescença Unidades de Média Duração e Reabilitação

Unidades de Longa Duração e Manutenção

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PARTE I | 5.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 107

Para além das camas de internamento, existem também lugares de ambulatório na RNCCI.

Assim, e relativamente às Equipas de Cuidados Continuados Integrados, a reestruturação em termos

de recursos humanos e de lugares, refletiu-se no número de equipas em funcionamento, existindo

282 ECCI no final de 2018 (+2,5% em relação a 2017), com 5.728 lugares domiciliários da RNCCI,

cerca de 41% da totalidade dos lugares da rede.

Fonte: ACSS

Gráfico 16. Número de camas em atividade por região de saúde (a 31 de dezembro 2018) –

RNCCI de Adultos

241

255

215

150

74

817

746

760

213

138

1 5

77

1 3

20

1 1

39

441

317

2 6

35

2 3

21

2 1

14

804

529

0

500

1 000

1 500

2 000

2 500

3 000

3 500

Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve

Unidades de Convalescença Unidades de Média Duração e Reabilitação

Unidades de Longa Duração e Manutenção Total Região

Fonte: ACSS

Fonte: ACSS

Gráfico 17. Evolução do número de Equipas de Cuidados Continuados Integrados

71

86 84 85 84 82 8487

92

4245

40

54

61

72

66 66 68

58 5854

60 6063

60 59 59

15

35 35 36 37 37 37 37 37

28 29 30 32 32 32 32

26 26

0

25

50

75

100

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa e Vale do Tejo ARS Alentejo ARS Algarve

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PARTE I | 5.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

108

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Tendo em consideração todos os lugares da RNCCI (camas de internamento e lugares de

ambulatório e domiciliários), existiam no final de 2018 um total de 14.430 lugares, o que representa

um crescimento de 2,2% em relação a 2017.

No que concerne ao grupo etário dos indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos (censos

de 2011), é notório que a região Centro e Alentejo apresentam, uma vez mais, os melhores resultados

no indicador número camas de internamento por 100 mil habitantes com idade igual ou superior a

65 anos, seguindo-se muito de perto a região do Algarve, tal como demonstrado no quadro seguinte.

Por outro lado, a região de Lisboa e Vale do Tejo mantém a menor cobertura populacional em

relação a camas de internamento por 100 mil habitantes com idade igual ou superior a 65 anos.

Quanto ao número de lugares totais e domiciliários, o Algarve mantém a maior cobertura em

ambos, como verificado em anos anteriores.

Gráfico 18. Evolução anual do total de lugares da

Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

Nota: Em 2016, o valor total não inclui os 20 lugares referentes aos cuidados pediátricos. A redução registada em

2017 resulta da transferência das camas para cuidados paliativos, ema abril de 2017 e do reajustamento dos

lugares na ECCI.

Fonte: ACSS

12 52812 737

12 901

13 500

13 741

14 066

14 376

14 123

14 430

11 000

12 000

13 000

14 000

15 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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PARTE I | 5.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 109

Quadro 17. Cobertura populacional de lugares na RNCCI de Adultos em 2018

– ECCI, UC, UMDR e ULDM

Número de

habitantes com idade ≥ 65 anos

Número de Camas

Número de Camas por

100.000 hab. ≥ de 65 anos

Número de Lugares ECCI

Número de lugares ECCI por 100.000

hab. ≥ de 65 anos

Número de lugares totais

Número de lugares totais por 100.000 hab. ≥ de 65

anos

Norte 631 439 2 635 417 1 606 254 4 241 672

Centro 393 338 2 321 590 727 185 3 048 775

Lisboa e Vale do Tejo

696 815 2 114 303 2 092 300 4 206 604

Alentejo 128 427 804 626 553 431 1 357 1 057

Algarve 87 769 529 603 750 855 1 279 1 457

Total 1 937 788 8 403 434 5 728 296 14 131 729

59% 41%

Nota: O quadro faz referência à população com idade igual ou superior a 65 anos, por se considerar que a RNCCI é dirigida a pessoas com dependência, e esta ser uma condição mais acentuada na população com a idade referida. Fonte: ACSS

Participação dos parceiros na RNCCI

As respostas de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, com base

no estabelecimento de acordos com Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS),

representam 79% do total de acordos celebrados, representando a contratação de 6.379 lugares, os

quais correspondem a 75,7% da oferta.

No âmbito das IPSS, e como figura no quadro que se segue, as Santas Casas da Misericórdia

(SCM) representam 53% do total de acordos celebrados, com 4.112 lugares contratados, o

correspondente a 48,8 % do total de camas.

Quadro 18. Acordos celebrados no âmbito da RNCCI e entidades prestadoras

31 de dezembro de 2018

Entidade Prestadora

Número de acordos celebrados

Percentagem total de acordos celebrados

Número de lugares contratados

Percentagem de camas por acordos celebrados

SNS 9 3% 219 2,6%

IPSS

SCM 183 53% 4 112 48,8%

Outras 92 27% 2 267 26,9%

Total IPSS 275 79% 6 379 75,7%

Privada com fins lucrativos

63 18% 1 825 21,7%

Total 347 8 423*

Nota: IPSS – Outras – Instituição Particular de Solidariedade Social *Inclui os lugares de UCIP N1 (10) e UAP (10) Fonte: ACSS

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PARTE I | 5.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

110

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Em 2018 as IPSS registaram uma evolução positiva com um crescimento de 2% relativamente

ao número de acordos, o equivalente a mais 3,4% em número de lugares. O crescimento foi mais

significativo no SNS, com mais 29% em número de acordos e 15% em lugares contratados.

Quadro 19. Evolução anual do número de acordos e de camas contratadas da RNCCI

2016 2017 2018 Var.

2018/2017

Entidade Prestadora Número

de acordos

Número de lugares

contratados

Número de

acordos

Número de lugares

contratados

Número de

acordos

Número de lugares

contratados Acordos

Lugares contratados

SNS 7 190 7 190 9 219 29% 15,3%

IPSS SCM 179 3 964 180 3 985 183 4 112 2% 3,2%

Outras 92 2 272 90 2 186 92 2 267 2% 3,7%

Total IPSS 271 6 236 270 6 171 275 6 379 2% 3,4%

Privada com fins lucrativos 60 1 696 60 1 721 63 1 825 5% 6,0%

Total 338 8 122 337 8 082 347 8 423 3% 4,2%

Fonte: ACSS

No âmbito da saúde mental, os quadros que se seguem apresentam o número de acordos por

tipologia e região, no ano de 2018.

Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental

O Programa Nacional de Saúde Mental (PNSM) contempla numa das quatro metas definidas para

2020, a criação de lugares em Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental (CCISM) para

adultos e para crianças e jovens.

Quadro 20. Número de acordos na área de saúde

mental, por tipologia e região

Norte Centro LVT Alentejo Algarve Total

RA 2 0 2 0 0 4

RAMa 1 0 1 0 0 2

RAMo 0 1 1 1 0 3

RTA 0 0 2 0 0 2

USO 2 1 0 0 0 3

RTA/A 1 0 1 0 0 2

USO/IA 1 0 1 0 0 2

EAD 1 1 1 0 0 3

Total 8 3 9 1 0 21

Fonte: ACSS

Quadro 21. Número de lugares contratados na

área de saúde mental, por titularidade

Norte Centro LVT Alentejo Algarve Total

IPSS 93 46 106 10 0 255

Privados

SCM 24 24

SNS 0

Total 117 46 106 10 0 279

Fonte: ACSS

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PARTE I | 5.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 111

Este desígnio resulta por um lado, da constatação do peso das perturbações psiquiátricas em

Portugal, 22,9%, uma das mais elevadas a nível Europeu e, do peso provocado pelos anos vividos com

incapacidade (YLD) resultado destas perturbações (20,6%). Esta incapacidade psicossocial traduz-

se em alterações da funcionalidade nas diferentes dimensões da vida da pessoa, sendo mais evidente

nas situações de doença mental grave.

Por outro lado, a reintegração e a recuperação, das pessoas com doença mental fora das

instituições e próxima dos seus locais de residência, numa lógica de integração destes cuidados na

comunidade, está presente na visão do PNSM.

Neste sentido, os Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental (CCISM) conjugam o apoio

da saúde e social nas respostas residenciais, unidades de dia e equipas de apoio domiciliário, que

deste modo asseguram aos utentes com doença mental uma perspetiva de recuperação e a

mobilização da família e dos recursos na comunidade.

Os CCISM desenvolvem igualmente tipologias para os mais jovens. Muitas das patologias

psiquiátricas dos adultos têm início antes dos 18 anos de idade e estima-se que, cerca de 20% das

crianças e adolescentes, apresenta pelo menos uma perturbação mental antes de atingir os 18 anos

de idade e que cerca de 50% das patologias psiquiátricas persistentes começavam antes dos 14 anos

e 75% antes dos 24 anos. A necessidade de intervir numa fase inicial do problema justifica esta opção.

Em 2017, pelo Despacho n.º 1269/2017, de 6 de fevereiro, foram iniciadas experiências piloto

de CCISM, o que representa um marco na concretização do PNSM no sentido de implementar uma

política de saúde mental de acordo com o paradigma da integração psicossocial e de redução do

estigma e discriminação da pessoa com doença mental.

Foram contratualizados 255 lugares (internamento e ambulatório), distribuídos em 21

entidades, para experiência piloto até final de 2018.

Em 2018, o número de camas contratadas em unidades de internamento da Rede

Nacional de Cuidados Continuados Integrados ascendeu às 8.553 camas.

Ao nível da resposta de ambulatório e de cuidados domiciliários, existiam 282

equipas comunitárias de cuidados integrados a nível nacional, correspondendo a

5.728 lugares domiciliários da Rede de Adultos (cerca de 41% do total de lugares

existentes no final de 2018), 24 lugares de equipas de apoio domiciliário, 85

lugares de unidades sócio ocupacionais de adultos, 30 lugares de unidades sócio

ocupacionais – infância e adolescência e 10 lugares de unidade de ambulatório

pediátrica, perfazendo um total de 5.877 lugares domiciliários e de ambulatório.

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PARTE I | 6.CUIDADOS PALIATIVOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 113

6. Cuidados paliativos

A prestação de cuidados aos doentes com doenças graves e/ou avançadas e progressivas com o

objetivo de promover o seu bem-estar e qualidade de vida é um elemento qualitativo essencial do

sistema de saúde.

Neste âmbito, quatro anos depois da publicação da Lei de Bases dos Cuidados Paliativos, Lei n.º

52/2012, de 5 de setembro, foi o XXI Governo Constitucional que, pela primeira vez, designou os

membros da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos (CNCP) através do Despacho n.º 7824/2016,

de 15 de junho e que, também pela primeira vez, aprovou um Plano Estratégico para o

Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos (PEDCP) em Portugal, através do Despacho n.º 14311-

A/2016, de 28 de novembro.

No final de 2018, a Rede Nacional de Cuidados Paliativos dispunha de:

• 43 Equipas Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP);

• 21 Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos (ECSCP);

• 28 Unidades de Cuidados Paliativos (UCP) com 381 camas, das quais 213 em UCP

hospitalares e 168 em UCP – RNCCI.

No final de 2018, Portugal Continental dispunha de uma cobertura geográfica total de cuidados

paliativos na medida em que todos os distritos dispunham de pelo menos um recurso específico

destes cuidados.

Dos três eixos de ação identificados no Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados

Paliativos no biénio 2017-2018, destacam-se as principais iniciativas já realizadas:

1. Eixo prioritário I - Organização e garantia da qualidade de cuidados

• Inclusão dos cuidados paliativos (CP) nos Termos de Referência para Contratualização

de Cuidados de Saúde no SNS, nos anos de 2017 e 2018 com majoração da produção das

equipas dos CP (10% no preço da Consulta Externa - primeiras e subsequentes; 20% do

preço base das sessões de Hospital de Dia realizados pelas equipas de CP; 5% GDH

médico de internamento nas unidades de cuidados paliativos);

• Requisitos mínimos para equipas locais de cuidados paliativos da RNCP e indicadores de

referência para a implementação e desenvolvimento destas equipas (Portaria nº

165/2017, de 14 de junho, Despacho nº 14311-A/2016, de 28 de novembro e Circular

Normativa ACSS nº1/2017, de 12 janeiro);

• Inclusão das UCP-RNCCI na RNCP e definição de critérios de referenciação, admissão e

prorrogação, mobilidade e alta para estas unidades (Portaria nº 75/2017, de 22 fevereiro

e Circular Normativa da ACSS nº 8/2017, de 19 abril);

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PARTE I | 6.CUIDADOS PALIATIVOS

114

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

• Definição das regras de registo da atividade assistencial das equipas (Circular

Informativa da ACSS nº 13/2017, de 24 maio);

• Inclusão dos cuidados paliativos pediátricos na RNCP (Portaria nº 66/2018, de 6 de

março);

• Definição dos fármacos e materiais de consumo clínico necessários para a prestação de

cuidados paliativos domiciliários (Norma DGS nº 009/2018, de 6 abril);

• Obrigatoriedade de referenciação para equipa de cuidados paliativos (para além das

unidades de dor) para comparticipação dos opioides fortes a 90% no tratamento da dor

crónica não oncológica (Portaria nº 329/2016, de 20 de dezembro e Declaração de

Retificação nº 1/2017, de 16 de janeiro);

• Inclusão dos cuidados paliativos como justificação clínica para o acesso ao transporte não

urgente de doentes (Portaria nº 194/2017, de 21 de junho);

• Isenção de taxas moderadoras nas consultas de cuidados paliativos (Decreto-Lei nº

131/2017, de 10 de outubro).

2. Eixo prioritário II - Acessibilidade aos cuidados paliativos em todos os níveis de cuidados de

saúde

As medidas preconizadas neste eixo prioritário contribuem para implementar novas equipas

locais de cuidados paliativo (b), assim como para aumentar e melhorar a “abordagem paliativa” a

realizar a todos os doentes do SNS pelas equipas “não especializadas” de cuidados paliativos (a). É

por isso um eixo de intervenção fundamental para atender ao número crescente de doentes a

precisar de ações paliativas, destacando-se as seguintes iniciativas realizadas de junho de 2016 até

final de 2018:

a) Melhoria e generalização da abordagem paliativa

• Assinatura de protocolos de colaboração com seis escolas de medicina, seis escolas

públicas de enfermagem, oito escolas públicas de psicologia e quatro de serviço social;

• Promoção da formação em cuidados paliativos, no âmbito do mestrado integrado em

medicina, em todas as escolas do país, sendo esta formação obrigatória na Faculdade

de Medicina da Universidade de Lisboa, Universidade do algarve, Universidade do

Minho e da Beira Interior. Destaca-se ainda a constituição do grupo de trabalho para

elaboração de proposta de plano curricular mínimo para formação em Medicina

Paliativa;

• Proposta de um plano de formação pré-graduada em cuidados paliativos para a

licenciatura em enfermagem e em serviço social;

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PARTE I | 6.CUIDADOS PALIATIVOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 115

• Elaboração de um curso de cuidados paliativos de nível intermédio, com 90 horas de

formação, destinado aos profissionais da RNCCI e de cuidados de saúde primários,

lecionado nas cinco administrações regionais de saúde.

b) Adequação dos recursos assistenciais

• Abertura de 11 Equipas Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos

(EIHSCP) com consulta externa (2017: Centro Hospitalar Baixo Vouga; Centro

Hospitalar e Universitário de Coimbra; ULS Guarda; Hospital Distrital Santarém;

Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (reestruturada em 2017); Hospital

Arcebispo João Crisóstomo - Cantanhede; Centro Hospitalar Lisboa Ocidental; Centro

Hospitalar Médio Ave; Hospital Espirito Santo - Évora; Centro Hospitalar de Leiria;

Centro Hospitalar Médio Tejo);

• Existem atualmente 21 Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos

(ECSCP) e assim 11 dos 18 distritos do país têm cuidados paliativos domiciliários (em

2015 só sete distritos tinham: Bragança, Porto, Lisboa, Setúbal, Évora, Beja e Algarve);

• Abertura em 2018 de duas Unidades de Cuidados Paliativos (UCP) hospitalares (“de

agudos”) com um total de 26 camas, 15 no Centro Hospitalar Baixo Vouga e 11 no

Centro Hospitalar Universitário de São João. Dados de novembro de 2018 indicavam

um total de 382 camas em UCP;

• Abertura em 2018 de duas EIHSCP-Pediátricas (Centro Hospitalar e Universitário de

Coimbra e Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte);

• Conversão de 8 UCP da RNCCI que estavam em hospitais do SNS em UCP de “agudos”

(Portaria nº 75/2017, de 22 de fevereiro) e definição dos critérios de admissão nas

UCP-RNCCI, reforçando a natureza clínica destas unidades (Circular normativa da

ACSS nº 8/2017, de 19 abril). Estas duas medidas contribuíram para aumentar em

cerca de 49% o número de doentes tratados nas 8 unidades de cuidados paliativos

hospitalares (ULS Nordeste – Macedo de Cavaleiros, ULS Guarda- Seia, Hospital

Arcebispo João Crisóstomo – Cantanhede, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Centro

Hospitalar Universitário Cova da Beira – Fundão, Centro Hospitalar Barreiro Montijo,

ULS Norte Alentejano – Portalegre e Centro Hospitalar Universitário do Algarve –

Portimão). Contribuíram igualmente para aumentar em cerca de 32% o número de

doentes tratados nas UCP-RNCCI, garantindo assim um crescimento de 40% do

número de doentes tratados em unidades de cuidados paliativos, de 2016 para 2018,

(2.125 doentes tratados em 2016, para 2.967 em 2018);

• Consulta a Tempo e Horas (CTH) – Em 2018, o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes

e Alto Douro (Lamego e Vila Real), a ULS Matosinhos, a ULS Norte Alentejano

(Portalegre e Elvas) e o Hospital Arcebispo João Crisóstomo - Cantanhede, tinham

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PARTE I | 6.CUIDADOS PALIATIVOS

116

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

CTH de cuidados paliativos, podendo assim receber doentes referenciados por

médicos de cuidados de saúde primários;

• Inquérito às equipas de cuidados paliativos, realizado em janeiro de 2018 para

avaliação do cumprimento do número de profissionais e horas de serviço nas equipas;

• Assinatura de protocolo entre o Ministério da Saúde e a Fundação Bancária La Caixa

para o desenvolvimento do Programa Humaniza. Ancorado no Plano Estratégico para

o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos (PEDCP), este programa prevê, entre

outras ações, a constituição de 8 Equipas de Apoio Psicossocial (EAPS) em Portugal

Continental, que vieram reforçar as equipas de cuidados paliativos em psicólogos e

assistentes sociais.

3. Eixo prioritário III – Formação e investigação

Em consonância com o Eixo Prioritário I, destaca-se a assinatura de 24 protocolos de

colaboração com Universidades públicas e Institutos Politécnicos que incluem seis escolas médicas,

seis escolas de enfermagem, oito de psicologia e quatro de serviço social. De referir ainda a formação

em cuidados paliativos de nível intermédio para profissionais da RNCCI e cuidados de saúde

primários, que se tem realizado em todas as ARS desde 2017.

A Rede Nacional de Cuidados Paliativos dispunha, no final de 2018, de 43 equipas

intra-hospitalares de suporte em cuidados paliativos, 21 equipas comunitárias ou

domiciliárias de suporte em cuidados paliativos, 2 equipas intra-hospitalares de

suporte em cuidados paliativos pediátricos e 28 unidades de cuidados paliativos,

com 381 camas.

Ainda no final desse ano, Portugal Continental dispunha de uma cobertura

geográfica total de cuidados paliativos, na medida em que todos os distritos

dispunham de pelo menos um recurso específico destes cuidados.

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PARTE I | 6.CUIDADOS PALIATIVOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 117

Caixa 6. A comissão nacional de cuidados paliativos

Através do Despacho n.º 14311-A/2016, de 28 de novembro, foram designados os membros

da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos (CNCP), que tomaram posse no dia 15 de junho de

2016, juntamente com todos os coordenadores regionais de cuidados paliativos. A estratégia a

seguir pela comissão nacional tem como objetivo garantir a todos os cidadãos, residentes em

Portugal Continental, acesso atempado e adequado a cuidados paliativos de qualidade e a

utilização eficiente dos recursos disponíveis, assentando em 8 linhas estratégicas de intervenção:

1. Organização e coordenação;

2. Melhoria e generalização do nível básico de cuidados paliativos;

3. Adequação dos recursos assistenciais especializados em cuidados paliativos;

4. Formação e capacitação dos profissionais de saúde;

5. Acreditação e monitorização das equipas especializadas de cuidados paliativos;

6. Melhoria dos sistemas de informação;

7. Informação e sensibilização da população;

8. Investigação em cuidados paliativos.

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PARTE I | 7.INTEGRAÇÃO DE CUIDADOS E LITERACIA EM SAÚDE – SNS + PROXIMIDADE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 119

7. Integração de cuidados e literacia em saúde – SNS + proximidade

A integração de cuidados – através da boa gestão do percurso das pessoas nos cuidados de saúde

- é particularmente importante para as pessoas com múltiplos problemas de saúde e de evolução

prolongada. Porém não deixa também de ser verdade para a doença aguda (súbita) onde é,

igualmente, relevante garantir indicação e orientação para outro nível de cuidados que venha a ser

considerado necessário.

Esta necessidade de integração de cuidados torna mais clara ainda a verdadeira importância do

SNS – ele proporciona toda a diversidade de serviços de saúde necessários para que os percursos

desejáveis sejam possíveis.

É importante para as pessoas que o SNS assegure o acesso a cuidados de saúde de qualidade,

quando necessários. Mas isso não esgota a sua missão. É indispensável que o SNS colabore com as

outras instituições da saúde, mas também com os setores da educação, da economia, da segurança

social, do meio ambiente e com os poderes locais, públicos e privados, para proteger e promover a

saúde e prevenir a doença – prestar atenção ao indivíduo, mas também à comunidade onde este se

insere.

7.1. Projeto SNS+Proximidade

O projeto-piloto “SNS + proximidade” iniciou a sua implementação prática nos primeiros meses

de 2017 e dá especial importância aos seguintes aspetos:

1. Estratégias locais de saúde;

2. Literacia em saúde;

3. Qualificação do atendimento no SNS.

Na perspetiva da promoção da saúde, da integração de cuidados e da centralidade do cidadão no

sistema de saúde, foi criado através do Despacho n.º 6429/2017, de 25 de julho, o Programa Nacional

de Literacia em Saúde e Integração de Cuidados12, com o desidrato de promover um SNS mais

próximo.

No decurso do ano de 2016, conceptualizou-se uma nova abordagem na “literacia em saúde e

integração de cuidados”, iniciando-se em 2017 o desenho dos instrumentos organizacionais,

informativos e comunicacionais necessários para este fim e criando as condições para que seja

possível ensaiar um salto qualitativo significativo no SNS:

“Um SNS mais próximo (+proximidade), melhor centrado nas pessoas, mais qualificado, com

maior capacidade de resolução”.

12 No qual se integra o Programa Nacional de Educação para a Saúde, Literacia e Autocuidados

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PARTE I | 7.INTEGRAÇÃO DE CUIDADOS E LITERACIA EM SAÚDE – SNS + PROXIMIDADE

120

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

O projeto-piloto “SNS + proximidade” tem como principais objetivos:

• Desenvolver, ensaiar e avaliar um conjunto de procedimentos e instrumentos necessários

para iniciar uma transformação qualitativa no sistema de saúde português através de uma

melhoria significativa:

a) Da integração de cuidados de saúde;

b) Da gestão dos percursos das pessoas nos cuidados de saúde, quer em relação à doença

aguda quer naquilo que diz respeito a pessoas com múltiplos problemas de saúde;

c) E do investimento na capacitação do cidadão na promoção e proteção da sua saúde e na

boa utilização dos serviços de saúde.

• Preparar e mobilizar os principais atores da saúde para as vantagens e exigências desta

transformação, atendendo mais prontamente às suas necessidades, promovendo uma

cultura de cooperação interprofissional e reconhecendo que a colaboração ativa das

profissões da saúde é essencial para que esta transformação aconteça;

• Criar as condições necessárias para a transferência progressiva da experiência adquirida no

âmbito deste projeto-piloto para o conjunto do sistema de saúde português.

Resultados alcançados

O arranque deste projeto iniciou-se em 2017 com uma experiência-piloto, a decorrer no Hospital

Pedro Hispano, em Matosinhos, no Centro Hospitalar Universitário do Porto, no Hospital de Santa

Maria Maior, em Barcelos, bem como nos Agrupamentos de Centros de Saúde de Matosinhos, de

Gondomar, Porto Ocidental e Esposende/Barcelos.

O projeto envolveu cerca de 657.544 utentes, 18% do total de inscritos na região Norte, e

atualmente, está a ser alargado a todo o país.

Ainda no âmbito deste projeto, e de forma a promover a literacia em Saúde, a Área do Cidadão

do Portal SNS disponibiliza o acesso à Biblioteca de Literacia em Saúde e a Livros Digitais

(www.biblioteca.sns.gov.pt). Esta área integra igualmente novos planos individuais de cuidados que

permitem ao cidadão, em conjunto com a sua equipa de saúde, criar um plano com metas bem

definidas, tendo como finalidade a promoção da saúde, a prevenção da doença, a prevenção das

agudizações da doença crónica e uma melhoria da qualidade de vida.

Atualmente, a biblioteca de literacia em saúde disponibiliza:

• 40 artigos (relacionados com as seguintes temáticas: nascer com saúde; crescer com

segurança; juventude à procura de um futuro saudável; vida adulta produtiva;

envelhecimento ativo e fim de vida);

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PARTE I | 7.INTEGRAÇÃO DE CUIDADOS E LITERACIA EM SAÚDE – SNS + PROXIMIDADE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 121

• 12 recursos sob avaliação do Grupo Editorial (grupo composto por 9 membros fixos e um

painel com mais de 50 peritos revisores externos);

• 8 livros digitais e 1 agenda.

Em termos de recursos mais visualizados destacam-se:

• Cuidados a ter quando o fogo acaba;

• BebéApp: Aplicação para ajudar pais a lidar com febre, diarreia e vómitos em crianças;

• Manual do Cuidador Informal de Utentes Dependentes;

• Vídeo sobre saúde mental nos jovens;

• Tropeções, quedas e trambolhões: Livro digital sobre prevenção de quedas.

O plano individual de cuidados, em conjunto com outros instrumentos, como os protocolos de

referenciação que integram o SIGA, contribuem para a melhoria do acesso aos cuidados de saúde.

No sentido de registar e divulgar as boas práticas em termos de modelos de cuidados foi criado

um repositório na página da ACSS (http://www.acss.min-saude.pt/category/cuidados-de-

saude/sns-proximidade/). Pretende-se que o repositório se expanda à medida que vão sendo

implementados projetos sobre modelos inovadores de cuidados.

Estes projetos serão depois estimulados e apoiados a acentuar a convergência com os princípios

e objetivos do SNS+proximidade, e assim formar a rede de inovação SNS +proximidade.

7.2. Programa de Incentivos à Integração de Cuidados e à Valorização dos Percursos

dos Utentes no Serviço Nacional de Saúde

Em 2017 iniciou-se o Programa de Incentivo à Integração de Cuidados e à Valorização dos

Percursos dos Utentes no SNS (PIIC), com vista à criação de incentivos financeiros para a constituição

de projetos partilhados por vários serviços do SNS, com o objetivo de fomentar a articulação,

coordenação e integração dos cuidados.

No total foram recebidas 172 candidaturas, as quais resultaram em 156 projetos elegíveis e 89

projetos incentivados, distribuídos pelas cinco ARS e pelas cinco áreas de intervenção, como

demonstram os gráficos seguintes.

No anexo 3 encontra-se a lista dos projetos incentivados pelo PIIC.

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PARTE I | 7.INTEGRAÇÃO DE CUIDADOS E LITERACIA EM SAÚDE – SNS + PROXIMIDADE

122

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Investimentos no âmbito do PIIC

No âmbito do Despacho n.º 10220/2014, de 1 de agosto, foram submetidos à aprovação da

tutela, com dispensa de parecer prévio das ARS e da ACSS, os investimentos no âmbito do PIIC para

garantir uma execução mais célere dos projetos.

Por Despacho da Secretária de Estado da Saúde, de 12 de outubro de 2018, foram aprovados

305 investimentos, no valor de 21.671.610 euros, cuja distribuição por ARS se encontra ilustrada no

gráfico seguinte.

Gráfico 19. Projetos incentivados pelo PIIC

Fonte: ACSS

23 2124

138

89

0

25

50

75

100

ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa eVale do Tejo

ARS Alentejo ARS Algarve Total

Gráfico 20. Percentagem de projetos incentivados por área de intervenção

Fonte: ACSS

Admissões hospitalares

evitáveis19%

Rastreios e diagnóstico

precoce12%

Apoio domiciliário integrado

25%

Valorização do percurso dos

utentes25%

Articulação para a

realização de MCDT19%

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PARTE I | 7.INTEGRAÇÃO DE CUIDADOS E LITERACIA EM SAÚDE – SNS + PROXIMIDADE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 123

ARS Norte43%

ARS Centro12%

ARS Lisboa e Vale do Tejo

37%

ARS Alentejo2%

ARS Algarve6%

Gráfico 21. Investimentos PIIC aprovados

Fonte: ACSS

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PARTE I | 8.ARTICULAÇÃO COM O SETOR SOCIAL E CONVENCIONADO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 125

8. Articulação com o setor social e convencionado

As entidades que integram o setor social e o setor convencionado desenvolvem, num regime de

complementaridade com o SNS, atividades e serviços de prestação de cuidados aos utentes do SNS,

numa perspetiva de continuidade dos cuidados e de proximidade à comunidade.

Relacionamento com o setor social

Atualmente, o relacionamento contratual com os prestadores de cuidados de saúde do setor

social encontra-se regulado através do Decreto-Lei n.º 138/2013, de 9 de outubro, que define as

formas de articulação entre os estabelecimentos e serviços do SNS e as IPSS.

Através deste diploma legal estabeleceu-se ainda a necessidade de elaboração de estudos

prévios à celebração de acordos com as IPSS, a efetuar pela ACSS e pelas ARS, de acordo com a

unidade territorial abrangida, que avaliem a economia, eficácia e eficiência do acordo, bem como a

sua sustentabilidade financeira.

A ACSS desenvolveu o modelo de análise para a respetiva avaliação, dando ainda cumprimento

aos Despachos n.º 724/2013 e n.º 2296/2013, respetivamente de 14 de outubro e 1 de fevereiro, e

às recomendações do Tribunal de Contas, no sentido de que a celebração dos acordos com as IPSS

seja precedida de um levantamento das necessidades do SNS, da fixação de objetivos assistenciais

pretendidos pelo Estado e de uma análise custo-benefício que considere, designadamente, a

capacidade instalada do setor público.

No final de 2016, o XXI Governo Constitucional estabeleceu, com as entidades representantes do

setor social, um Compromisso de Cooperação para o Setor Social e Solidário aplicável ao biénio 2017-

2018, através do qual o Governo se comprometeu com a cooperação com o setor solidário em

domínios como o combate à pobreza, o reforço no apoio às famílias e às comunidades e maior

integração de grupos sujeitos a riscos de marginalização.

Importa também referir que a 13 de abril de 2018 foram estabelecidos os princípios e os termos

através da assinatura de uma adenda ao Compromisso referido.

Relacionamento com o setor convencionado

O relacionamento com as entidades do setor convencionado é disciplinado pelo Decreto-Lei n.º

139/2013, de 9 de outubro, que estabeleceu o regime jurídico das convenções que tenham por objeto

a realização de prestações de saúde aos utentes do SNS, no âmbito da rede nacional de prestação de

cuidados de saúde, e que pretendeu assegurar, simultaneamente, o respeito pelos princípios da

equidade, complementaridade e da liberdade de escolha dos utentes, da transparência, da igualdade

e da concorrência.

Sobre este setor que complementa a resposta do SNS, foram preparadas as novas convenções de

âmbito nacional para as áreas de anatomia patológica e medicina nuclear, cujos trabalhos

culminaram na abertura de novas convenções em abril de 2017.

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PARTE I | 8.ARTICULAÇÃO COM O SETOR SOCIAL E CONVENCIONADO

126

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Assim, e considerando a dimensão do setor convencionado, por área de prestação de cuidados

de saúde já abrangidas por convenção, destaca-se a evolução do número de prestadores que têm

contratos com o SNS, através do quadro e gráfico seguintes.

Quadro 22. Número de prestadores de MCDT convencionados, por área clínica

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Análises Clínicas 359 342 309 266 243 225 219 212 199

Anatomia Patológica 24 25 23 22 19 20 19 20 19

Cardiologia 232 236 209 212 206 200 202 202 202

Medicina Nuclear 11 10 8 8 10 9 8 8 9

Eletro-Encefalografia (EEG) 26 25 20 18 17 16 16 19 17

Gastroenterologia 120 118 109 108 105 105 157 159 155

Medicina Física e de Reabilitação (MFR) 288 297 284 279 296 296 300 299 297

Otorrinolaringologia (ORL) 16 18 15 15 16 15 18 18 19

Pneumologia/Imunoalergologia 33 37 35 35 34 34 37 39 35

Neurofisiologia 6 6 5 3 1 1 6 9 8

Radiologia 364 356 334 331 329 323 323 320 320

Especialidades Médico-Cirúrgicas 40 35 19 18 19 21 20 20 17

Psicologia 7 9 6 4 2 3 3 5 3

Fonte: ACSS

Gráfico 22. Evolução das cinco áreas principais de prestadores de MCDT convencionados

199

202

155

297

320

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Análises Clínicas Cardiologia

Gastroenterologia Medicina Física e de Reabilitação

Radiologia

Fonte: ACSS

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PARTE I | 9.ACORDOS INTERNACIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 127

9. Acordos internacionais para a prestação de cuidados de saúde

Portugal possui reconhecidamente um bom sistema de saúde, dotado de capacidade de resposta,

recursos humanos qualificados e equipamentos e instalações de qualidade, e trabalha em articulação

com outros países no sentido de assegurar elevados níveis de acesso e de qualidade aos cidadãos

estrangeiros que se deslocam a Portugal, assim como a todos os cidadãos portugueses que

necessitam de receber cuidados de saúde fora do território nacional.

Este trabalho de articulação e cooperação internacional tem regulamentação e especificidades

próprias, sintetizadas nas quatro áreas que se seguem.

Diretiva europeia de cuidados de saúde transfronteiriços

A Diretiva relativa ao Exercício dos Direitos dos Doentes em Matéria de Cuidados de Saúde

Transfronteiriços - Diretiva 2011/24/EU, de 9 de março de 2011 transposta para a legislação

nacional pela Lei n.º 52/2014, de 25 de agosto, veio estabelecer as regras para facilitar o acesso a

cuidados de saúde transfronteiriços seguros e de elevada qualidade na União Europeia. O objetivo é

o de estabelecer normas de acesso e promover a cooperação entre os diferentes Estados-Membros,

abrangendo as situações em que o doente recebe cuidados de saúde num Estado-Membro diferente

do Estado-Membro de afiliação.

No âmbito da prestação de cuidados estão consideradas as situações de prescrição, de dispensa

e de fornecimento de medicamentos e de dispositivos médicos, caso estes sejam fornecidos no

âmbito de um serviço de saúde.

Para além da clarificação dos direitos dos doentes, a Diretiva visa ainda estabelecer as condições

em que os custos com a prestação de cuidados de saúde noutros Estados-Membros podem ser

reembolsados, tendo em conta a jurisprudência do Tribunal de Justiça Europeu.

Mais concretamente, a Diretiva prevê, entre outros:

• O estabelecimento de regras para facilitar o acesso a cuidados de saúde transfronteiriços

seguros e de elevada qualidade e a cooperação entre os Estados-Membros, no pleno respeito

das competências nacionais em matéria de organização e prestação de cuidados de saúde. A

diretiva visa, igualmente, clarificar a articulação com o quadro de coordenação dos regimes

de segurança social já existente, com vista à aplicação dos direitos dos doentes;

• A definição dos cuidados excluídos do seu âmbito de aplicação;

• A não alteração das disposições legislativas e regulamentares dos Estado-Membro, no que

diz respeito à organização e ao financiamento dos cuidados de saúde em situações não

relacionadas com os cuidados de saúde transfronteiriços;

• A divulgação de informações relativas aos direitos dos doentes em matéria de cuidados de

saúde transfronteiriços, incluindo as condições para o reembolso dos custos e de

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PARTE I | 9.ACORDOS INTERNACIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE

128

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

aplicabilidade dos regulamentos da União Europeia em matéria de coordenação dos

sistemas de segurança social;

• A prestação de cuidados de saúde transfronteiriços, de acordo com a legislação do Estado-

Membro de tratamento e das normas e orientações em matéria de qualidade e segurança

estabelecidas pelo Estado-Membro de tratamento, nos termos da legislação da União relativa

às normas de segurança;

• O reembolso dos custos até ao nível de reembolso aplicável nos sistemas de saúde nacionais

para tratamentos iguais ou similares, sempre que os utentes tenham direito a esses

tratamentos no seu país de afiliação;

• A possibilidade de adoção de um sistema de autorização prévia para reembolso de custos

com determinados cuidados;

• O reforço da cooperação entre os Estados-Membros no âmbito da prestação de cuidados de

saúde no campo da saúde eletrónica, do desenvolvimento de Redes Europeias de Referência

que reúnam voluntariamente prestadores e centros especializados pertencentes a diferentes

Estados-Membros e a partilha de informação científica entre os Estado Membro, a partir de

uma rede europeia de adesão voluntária, que interliga os organismos e as autoridades

nacionais responsáveis pela avaliação de tecnologias de saúde.

Neste contexto, o beneficiário do SNS poderá recorrer à prestação de cuidados de saúde fora do

território nacional, sendo reembolsado pelos custos incorridos até ao limite que seria assumido pelo

Estado português, enquanto responsabilidade financeira do SNS, nos termos da tabela de preços em

vigor e do regime geral das comparticipações no preço dos medicamentos.

Por outro lado, o cidadão nacional de outro Estado-Membro pode recorrer a cuidados de saúde

prestados em Portugal, de acordo com a legislação em vigor.

Autorização Prévia

Na sequência da transposição desta legislação europeia, está sujeito a autorização prévia o

reembolso dos cuidados de saúde transfronteiriços cirúrgicos que exijam o internamento durante

pelo menos uma noite, assim como, os cuidados de saúde transfronteiriços que exijam recursos a

infraestruturas ou equipamentos médicos altamente onerosos e de elevada especialização,

identificados através da Portaria n.º 91/2014, de 25 de setembro. A autorização prévia é um

mecanismo que se aplica aos beneficiários do SNS que pretendam aceder a cuidados de saúde noutro

Estado-Membro.

Está ainda sujeito a autorização prévia, o reembolso dos cuidados de saúde transfronteiriços que

envolvam tratamentos que apresentem um risco especial para o doente ou para a população, ou o

reembolso dos cuidados de saúde transfronteiriços que sejam prestados por um prestador de

cuidados de saúde que, por decisão casuística da entidade competente para apreciação do pedido de

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PARTE I | 9.ACORDOS INTERNACIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 129

autorização prévia, possa suscitar preocupações sérias e específicas quanto à qualidade ou à

segurança dos cuidados.

O procedimento para pedido de autorização prévia tem em consideração os TMRG para a

realização de consulta nos cuidados de saúde primários e hospitalares no SNS. A informação

referente ao deferimento ou indeferimento do pedido de autorização prévia prestada pelo médico de

especialidade deverá considerar a capacidade de resposta do SNS para a prestação dos cuidados,

considerando a condição clínica do doente e os TMRG.

Reembolso

Sem prejuízo do referido quanto à autorização prévia, os beneficiários do SNS têm direito ao

reembolso das despesas diretamente relacionadas com os cuidados de saúde transfronteiriços

prestados noutro Estado-Membro, desde que os cuidados em questão se cosnituam como cuidados

de saúde, que caberia ao Estado português garantir através do SNS ou dos Serviços Regionais de

Saúde e o Estado português seja considerado Estado-Membro de afiliação.

As prestações de saúde elegíveis para reembolso são as previstas na tabela de preços do SNS13,

bem como nos regimes jurídicos das comparticipações do Estado no preço dos medicamentos.

Por outro lado, o direito ao reembolso das despesas que não se encontrem sujeitas a autorização

prévia pressupõe a existência de uma avaliação prévia por um médico de Medicina Geral e Familiar

do SNS, que determine a necessidade dos cuidados de saúde.

Para operacionalização do procedimento de autorização prévia e procedimento de reembolso

foi desenvolvido um sistema informático que automatiza o processo e que se inicia com o pedido

efetuado através do Portal SNS.

Importa salientar que os cuidados de saúde transfronteiriços devem ser adequados ao estado

de saúde do beneficiário e de eficácia comprovada cientificamente, reconhecida pela melhor

evidência internacional, não sendo conferido direito ao reembolso sempre que os cuidados de saúde

transfronteiriços sejam realizados por prestadores que não se encontrem legalmente reconhecidos

no Estado-Membro de tratamento ou que não cumpram as respetivas normas e orientações em

matéria de qualidade dos cuidados de saúde e segurança do doente estabelecidas pelo mesmo Estado.

A Diretiva Europeia de cuidados de saúde transfronteiriços dispõe de um portal dedicado com

toda a informação disponível ao utente, que poderá ser consultado através do endereço

http://diretiva.min-saude.pt.

13 A Portaria nº254/2018, de 7 de setembro, altera a Portaria n.º 207/2017, de 11 de julho, que aprova os Regulamentos e as Tabelas de

Preços das Instituições e Serviços Integrados no Serviço Nacional de Saúde (SNS)

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PARTE I | 9.ACORDOS INTERNACIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE

130

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

No contexto da aplicação da Diretiva Europeia de cuidados de saúde transfronteiriços transposta

pela Lei n.º 52/2014, de 25 de agosto, entre 2014 e 2018 foram submetidos cinco pedidos de

autorização prévia e treze pedidos de reembolso.

Assistência médica no estrangeiro

O Decreto-Lei n.º 177/92, de 13 de agosto, que regula a Assistência Médica no Estrangeiro, prevê

a garantia da assistência médica de grande especialização que, por falta de meios técnicos ou

humanos, não possa ser prestada em Portugal.

Este instrumento é um mecanismo de acesso exclusivo dos hospitais públicos nacionais que,

perante a sua incapacidade de resposta à situação clínica apresentada, despoletam o pedido de

assistência médica no estrangeiro. Após o deferimento da Diretora-Geral da Saúde, a

responsabilidade financeira das despesas resultantes da mencionada prestação, assim como outros

encargos previstos na Lei, são assumidos pelo Estado português.

No ano de 2018, verificou-se novamente uma diminuição do número de autorizações de

assistência no estrangeiro (249 doentes autorizados, menos 54 que em 2017). Esta tendência

decrescente pode, eventualmente, refletir uma melhor capacidade de resposta instalada no SNS, uma

vez que, com a criação dos Centros de Referência estes passaram a assumir os casos clínicos mais

complexos e raros, que de outra forma seriam referenciados para o estrangeiro. A partir de 2015,

com a aprovação dos Centros de Referência nas áreas do transplante pulmonar e tumores malignos

do olho, passou a ser possível realizar estes tratamentos em Portugal.

O SNS assume, assim, o compromisso ético e deontológico de garantir a cada doente o acesso a

cuidados de saúde de qualidade e em conformidade com os melhores padrões de segurança. Na

impossibilidade de assegurar a resposta em determinadas condições, designadamente por falta de

capacidade instalada para prestar cuidados de elevada especialização, o SNS assegura a referenciação

dos utentes para centros estrangeiros de elevada diferenciação.

Gráfico 23. Evolução do número de doentes autorizados e de produtos biológicos enviados

Nota: No que se refere aos produtos biológicos, em algumas situações o doente não se desloca, apenas é enviado o produto biológico.

Fonte: DGS

633 606 604

368

471

323275 303

249

873 891 886

482

684

453410 436 441

0

200

400

600

800

1 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Nº de doentes autorizados Nº de deslocações ou produtos biológicos enviados

Linear (Nº de doentes autorizados) Linear (Nº de deslocações ou produtos biológicos enviados)

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PARTE I | 9.ACORDOS INTERNACIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 131

Acesso ao SNS por parte de cidadãos estrangeiros

Nos termos da Lei de Bases da Saúde, aprovada pela Lei nº 48/90, de 24 de agosto, o Serviço

Nacional de Saúde português assegura o acesso de cidadãos estrangeiros, nas seguintes categorias:

• Cidadãos dos Estados-Membros do Espaço Económico Europeu e Suíça, nos termos do

direito aplicável da União Europeia;

• Cidadãos de Países Terceiros14 que fixam residência em Portugal;

• Cidadãos de Países Terceiros abrangidos pelo âmbito de aplicação de Convenções

Internacionais no domínio da Segurança Social que vinculam o Estado português;

• Cidadãos de Países Terceiros abrangidos pelo âmbito de aplicação de Acordos de Cooperação

no domínio da Saúde que vinculam o Estado português;

• Cidadãos de Países Terceiros que visitam Portugal em situação de estada temporária ou

visita turística.

Acesso de cidadãos estrangeiros ao abrigo dos acordos de cooperação no domínio da

saúde (regime evacuados)

Os acordos de cooperação internacional no domínio da saúde visam assegurar, nas mesmas

condições dos cidadãos nacionais, a assistência médica de doentes evacuados dos Países Africanos

de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) que se deslocam a Portugal, com o propósito de lhes serem

prestados cuidados de saúde hospitalares e em regime de ambulatório no Serviço Nacional de Saúde,

para os quais o sistema de saúde do país de origem não tem capacidade técnica para os prestar.

Estes doentes estão sujeitos a regras e procedimento no acesso ao SNS que os distinguem dos

demais cidadãos estrangeiros, por força da aplicação dos referidos acordos de cooperação,

adquirindo o estatuto de doentes evacuados.

Não são abrangidos pelo âmbito dos Acordos de cooperação no domínio da saúde, os pedidos de

assistência médica de cidadãos dos PALOP, que não tenham sido aprovados pela Junta Médica

Nacional ou pela autoridade de saúde competente do respetivo país, rececionados e validados pela

Direção-Geral da Saúde.

Em termos operacionais, os instrumentos reguladores da cooperação internacional no domínio

da Saúde com os PALOP são os seguintes:

• República de Cabo Verde - Decreto nº 24/77, de 3 de março, e Decreto n.º 129/80, de 18 de

novembro;

• República Democrática de S. Tomé e Príncipe – Decreto Governo n.º 25/77, de 3 de março;

• República Popular de Angola - Decreto do Governo n.º 39/84, de 18 de julho;

14 Consideram-se Países Terceiros aqueles que não pertencem ao espaço do Espaço Económico Europeu e Suíça.

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PARTE I | 9.ACORDOS INTERNACIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE

132

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

• República da Guiné-Bissau - Decreto n.º 44/92, de 21 de outubro;

• República Popular de Moçambique – Decreto do Governo n.º 35/84, de 12 de julho.

O quadro que se segue apresenta a evolução do fluxo do acesso destes cidadãos, no decorrer do

ano 2018.

Quadro 23. Evolução do número de doentes evacuados dos PALOP no SNS

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*

Angola 0 0 0 0 11 38 63 137 99

Cabo Verde 381 413 492 477 546 708 571 772 711

Guiné-Bissau 403 192 162 186 433 1 256 648 1 715 1 672

Moçambique 6 1 5 12 18 30 11 8 38

S.Tomé e Príncipe 194 197 182 188 209 260 214 262 281

Total 984 803 841 863 1 217 2 292 1 507 2 894 2 801

*Dados provisórios Nota: Face à informação anteriormente publicada, foram retificados os valores referentes a 2017, com valores definitivos. Fonte: DGS

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PARTE I | 10.REQUALIFICAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS NO SNS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 133

10. Requalificação dos recursos humanos no SNS

O acesso aos cuidados de Saúde do SNS continuou a apresentar melhorias em 2018, tendo para

tal contribuído as medidas de valorização dos profissionais de saúde e de requalificação dos recursos

humanos desenvolvidas, registando-se em 2018 um número recorde de recursos humanos na saúde.

Evolução dos recursos humanos no Ministério da Saúde

Em dezembro de 2018, e relativamente aos recursos humanos afetos ao Ministério da Saúde

(incluindo hospitais em regime de Parceria Público-Privada), registou-se um total de 135.401

efetivos, o correspondente a um aumento de cerca de 3% face ao ano anterior, um saldo positivo de

3.403 profissionais, na sua maioria enfermeiros (+1.373) e médicos (+682).

Quadro 24. Evolução do total de recursos humanos do Ministério da Saúde

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Número total de profissionais 127 493 126 297 127 213 125 290 123 205 126 212 129 915 131 998 135 401

Número de Médicos* 23 682 24 145 25 270 25 859 26 022 26 701 27.618 28 609 29 291

Médicos Aposentados no ativo ** 46 152 172 173 202 217 301 344 252

Número de Enfermeiros 40 436 40 085 40 406 39 610 39 342 40 615 42 393 43 559 44 932

Número de Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica

7 926 7 955 7 943 7 782 7 740 7 955 8 207 8 206 8 568

Número de outros profissionais 55 449 54 112 53 594 52 039 50 101 50 941 51 697 51 624 52 610

*Inclui: Internos do Ano Comum (exceto Hospital de Braga), Internos de Especialidade, Especialistas Hospitalares e MGF. **Os médicos aposentados no ativo estão incluídos na linha imediatamente acima. Fonte: ACSS

Os dados detalhados no quadro anterior demonstram um crescimento do número de médicos

(2,4%) e do número de enfermeiros (3,2%), no ano de 2018.

Em termos de proporção, em 2018 o grupo profissional dos enfermeiros foi o conjunto mais

representativo com 44.932 profissionais (33,2% do total), seguido dos médicos com 29.291

profissionais (21,6%), incluindo internos.

Aposentações

Tendo por base a informação disponível à data da elaboração deste relatório, aposentaram-se

881 profissionais, no ano de 2018, um valor superior ao ocorrido em 2017 (832 profissionais

aposentados).

Mantendo a tendência observada no período homólogo, o grupo profissional em que se

registaram mais aposentações em 2018, foi o dos assistentes operacionais (361), seguido pelo dos

médicos (277) e dos assistentes técnicos (98).

StatLink:

https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/trabalha

dores-por-grupo-profissional/information/?sort=periodo

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PARTE I | 10.REQUALIFICAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS NO SNS

134

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Formação médica

A formação médica compreende um período de prática profissional tutelada que se divide em

formação geral e formação especializada.

A evolução referente ao período 2010-2018 registou um aumento do número de vagas abertas,

incluindo o ano comum e a formação específica. Em 2018 foram abertas mais 53 vagas, em relação a

2017, e mais 1.496, relativamente a 2010.

Gráfico 24. Evolução das vagas abertas (Ano Comum e Formação Específica)

Nota: No ano de 2017estão incluídos 73 internos que ingressaram na formação especializada em julho de 2016. Fonte: ACSS

2 533

2 937

3 1483 241

3 323

3 5623 716

3 976 4 029

2 000

2 500

3 000

3 500

4 000

4 500

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 135

11. Investimentos em instalações e equipamentos no SNS

A realização de investimentos na melhoria das instalações e equipamentos das entidades

prestadoras de cuidados de saúde no SNS contribui para a melhoria do desempenho dos profissionais

de saúde e, consequentemente, para o aumento do acesso, da qualidade e da eficiência dos cuidados

prestados aos utentes.

Neste âmbito, assume especial relevância a necessidade de otimizar a gestão dos recursos

financeiros e a prevenção da acumulação de novos pagamentos em atraso que obriga a que seja

efetuado um planeamento integrado dos investimentos no SNS, discriminando positivamente a

autonomia e responsabilização dos órgãos de gestão que cumprem critérios de equilíbrio económico-

financeiro.

Criação de novos centros de saúde no SNS

O Ministério da Saúde tem vindo a modernizar a rede de cuidados de saúde primários,

destacando-se os esforços realizados na construção de novos centros de saúde ao longo da

legislatura, com recurso a fundos comunitários. Este esforço inclui a construção de cerca de 80 novos

centros de saúde.

É na região de Lisboa e Vale do Tejo que se concentra uma grande parte desta intervenção,

permitindo assim requalificar a região do país que se encontra menos beneficiada em termos de

instalações e equipamentos para a prestação de cuidados de saúde primários no SNS.

Estão também identificadas, e em curso, dezenas de intervenções de remodelação em vários

centros e extensões de saúde, as quais permitirão melhorar as condições em que são prestados os

cuidados de saúde no SNS, e os resultados em termos de melhoria do acesso, da qualidade e da

eficiência que daí advirão para a população e para o SNS.

No quadro seguinte identificam-se investimentos ao nível dos cuidados de saúde primários.

Quadro 25. Investimento cuidados de saúde primários

Centro de Saúde Localização (Concelho)

ARS Norte

Unidade de Saúde de Martim Barcelos; Martim

Unidade de Saúde de Vilar de Andorinho Vila Nova de Gaia; Vilar de

Andorinho

Unidade de Saúde de Batalha Porto

Unidade de Saúde de Santiago do Bougado Trofa; Santiago (Bougado)

Unidade de Saúde de Baguim do Monte Baguim do Monte; Gondomar

Unidade de Saúde de Campo Valongo; União de Freguesias de

Campo e Sobrado

Unidade de Saúde de Nuno Grande Vila Real; São Dinis

Unidade de Saúde de Feira Nova Marco de Canaveses; Bem Viver

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PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS

136

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Centro de Saúde Localização (Concelho)

ARS Norte

Unidade de Saúde de Sequeira / Cabreiros Braga; Sequeira

Unidade de Saúde de Madalena Vila Nova de Gaia; Madalena

Unidade de Saúde de Alfena Valongo; Alfena

Unidade de Saúde de Amorosa Guimarães; Azurém

USF Novo Sentido (Cerco) Porto; Campanhã

USF Senhora da Graça Alto Ave

Mondim de Bastos;

USF Ramalde Ramalde; Porto

USF Tadim Braga

USF Ruães Braga

Unidade de Saúde de Lustosa Lousada

ARS Centro

Extensão de Saúde de Lamas – Sátão Sátão

Extensão de Saúde de Alhadas - Figueira da Foz Figueira da Foz

Unidade de Saúde de Válega – Ovar Ovar

Centro de Saúde de Sever do Vouga Sever do Vouga

Unidade de Saúde de Monte Real e Carvide - Leiria Leiria

Extensão de Saúde de Ervedal da Beira - Oliveira do Hospital Oliveira do Hospital

Unidade de Saúde de Cortes – Leiria Leiria

Unidade de Saúde de S.º Jacinto Aveiro

Unidade de Saúde de Mortágua • Mortágua Mortágua

Unidade de Saúde de Granja do Ulmeiro - Soure Soure

Unidade de Saúde de S.º Bernardo Aveiro

Unidade de Saúde de S.º Martinho da Cortiça Arganil

Unidade de Saúde de Pedrógão Grande Pedrógão Grande

Unidade de Saúde de Cabanas de Viriato Carregal do Sal

Extensão de Saúde de Póvoa de Rio de Moinhos

Castelo Branco

Unidade de Saúde de S. Tiago Castelo Branco

Extensão de Saúde de São Romão Seia

Unidade de Saúde da Sertã Castelo Branco

Unidade de Saúde de Arada Aveiro

Unidade de Saúde da Murtosa Murtosa

Extensão de Saúde de Campo de Besteiros Tondela

USF de S. João de Areias Santa Comba Dão

Unidade de Saúde de Penamacor Penamacor

Unidade de Saúde de Oliveirinha Aveiro

Extensão de Saúde de Ponte de Vagos Vagos

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PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 137

Centro de Saúde Localização (Concelho)

USF Coimbra Centro – Centro de Saúde Fernão de Magalhães Coimbra

Unidade de Saúde de Buarcos Figueira da Foz

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Águas Livres Amadora

Venteira Amadora

Cadaval Cadaval

Mafra Norte Mafra

Pinhal Novo Palmela

USF D. Francisco de Almeida Abrantes

Sintra Sintra

Agualva Sintra

São Martinho do Porto Alcobaça

Nazaré Nazaré

Odivelas Odivelas

Rossio a Sul do Tejo Abrantes

Samora Correia Benavente

Carnaxide Oeiras

USF da Baixa Lisboa

Queluz Sintra

Pulido Valente 2 Lisboa

Almargem do Bispo Sintra

Benedita Alcobaça

Mafra Leste Mafra

Algés Oeiras

Barcarena Oeiras

Ventosa Torres Vedras

Pulido Valente 1 Lisboa

Peniche Peniche

ARS Alentejo

Extensão de Saúde Torrão Alcácer do Sal, Freguesia de Torrão

USF Estremoz Crato

Extensão de Saúde de Messejana Aljustrel

Unidade de Saúde de Nisa Nisa

Centro de Saúde de Sines Sines

Extensão de Saúde Alvalade do Sado Santiago do Cacém

ARS Algarve

Unidade de Saúde de Vila Real de Santo António Vila Real de Santo António

Unidade de Saúde de Lagos Silves

Unidade de Saúde de Silves Albufeira

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PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS

138

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Centro de Saúde Localização (Concelho)

Unidade de Saúde de Olhão Olhão

Fonte: Elaboração própria com base na informação reportada pelas entidades de saúde

Investimentos nos cuidados de saúde hospitalares

À semelhança dos cuidados de saúde primários, também ao nível dos hospitais e ULS do SNS se

encontram em curso diversos investimentos em instalações e equipamentos, sendo que este relatório

apresenta as três principais intervenções estruturais em cada um destes hospitais e ULS.

Quadro 26. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares e ULS da ARS Norte

Entidade Hospitalar 3 Principais intervenções estruturais

Centro Hospitalar Universitário de S. João

Construção da nova ala pediátrica do Hospital de São João

Remodelação integral dos pisos 7 e 8 na área central do corpo sul do hospital, instalação de três serviços: Neurologia, Hematologia Clínica, Neurocirurgia

Obras de remodelação nos serviços de internamento localizados nos pisos 3, 4 e 5 na Ala Sul do CHSJ

Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro

Obras de beneficiação do Bloco Operatório da Unidade Hospitalar de Chaves

Obras Serviço de Urgência – Chaves

Aquisição Equipamento Ressonância Magnética e Acelerador Linear para a Unidade Hospitalar de Vila Real

Reabilitação dos Sistemas Energéticos do CHTMAD

Unidade Local de Saúde de Matosinhos

Construção da nova infraestrutura USF Custóias

Equipamentos de cirurgia e de radiologia (2 salas telecomandadas RX;1 Intensificador de Imagem; 1 Microscópio Cirúrgico)

Estrutura de ambulatório da Saúde Mental

Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães

Obras de remodelação do Serviço de Urgência

Plataforma de Atendimento Multicanal Integrada - Balcão Único

Reabilitação de infraestrutura hospitalar ao nível da Eficiência Energética

Hospital de Magalhães Lemos

Obras de reabilitação de infraestruturas (arruamentos)

Obras de Execução de Parque e Adufa de Entrada no Ed. E Esq - Psiquiatria Forense

Remodelação e Beneficiação a nível de interiores no Edifício E – Esq.º 1.º e 2.º Pisos

Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde

Requalificação dos edifícios das Unidades Hospitalares de Póvoa de Varzim e Vila do Conde, Hospital

Aquisição de Equipamento médico/cirúrgico diverso - Inovação

Aquisição Equipamentos Tecnológicos e Sistemas de Informação/ Substituição do parque informático

Centro Hospitalar Universitário do Porto

Ampliação do Serviço de Urgência para a criação de uma nova Sala de OBS

Requalificação da Infraestrutura de Rede Física de Dados de Acesso e solução de rede sem fios

Aquisição de dois equipamentos de TAC

Unidade Local de Saúde do Nordeste

Aquisição de Equipamento TAC e RX para a Unidade Hospitalar de Bragança

Reabilitação de infraestruturas dos serviços de internamento da Unidade Hospitalar de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela

Obras de remodelação do Serviço de Urgência

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PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 139

Entidade Hospitalar 3 Principais intervenções estruturais

Centro Hospitalar Tâmega e Sousa

Aquisição de Ressonância Magnética e infraestrutura de instalação

Requalificação do HDI de Pneumologia, Cardiologia, Nefrologia e Serviço de Urgência

Aquisição de um TAC Remodelação e Aumento da Capacidade Instalada

Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (IPO)

Substituição de equipamento PET

Construção de sala de ambiente controlado e classificado - classe B (sala branca)

Aquisição de Acelerador Linear

Hospital Santa Maria Maior

Remodelação e Aquisição de Equipamento (TAC, RX fixo e RX portátil)

Infraestruturas e equipamentos de segurança contra incêndios

Remodelação e beneficiação do Serviço de Urgência e Medicina

Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar

Renovação / ampliação do Bloco Operatório do HFZ – Ovar

Aquisição de Equipamentos para hospitalização Domiciliária

Aquisição de equipamento informático diverso

Unidade Local de Saúde do Alto Minho

Desmaterialização e modernização tecnológica, e implementação de sistema de gestão e segurança da informação

Remodelação e beneficiação do Serviço de Urgências do Hospital de Santa Luzia

Requalificação do Bloco de Partos do Hospital de Santa Luzia

Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho

Construção do Novo Edifício Hospitalar a Integrar no Plano de Reabilitação do CHVNG - Fase B

Obras de beneficiação do Pavilhão Masculino

Angiografia com Tecnologia Biplanar

Centro Hospitalar do Médio Ave

Requalificação das Instalações, incluindo construção de edifício novo

Aquisição de Equipamentos Médicos (3 ecógrafos)

Aquisição de Equipamentos para Bloco Operatório (2 ventiladores de anestesia)

Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga

Aumento e requalificação do Serviço de Urgência do Hospital de S. Sebastião

Aquisição de Upgrade Sistema de Angiografia Digital

Remodelação do Serviço de Urgência da Unidade de São João da Madeira

Fonte: Elaboração própria com base na informação reportada pelas entidades de saúde

Quadro 27. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares e ULS da ARS Centro

Entidade Hospitalar 3 Principais intervenções estruturais

Centro Hospitalar Baixo Vouga

Obra de requalificação do SUB e área dos MCDT da Unidade Hospitalar de Águeda

Aquisição de Ressonância Magnética

Projeto de eficiência energética do Hospital de Aveiro

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

Aquisição de angiógrafo biplanar e monoplanar

Modernização dos sistemas de informação e tecnologias de informação e comunicação no CHUC

Reapetrechamento dos Blocos Operatórios

Centro Hospitalar Tondela – Viseu

Requalificação da Unidade de Técnicas Endoscópicas

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PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS

140

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Entidade Hospitalar 3 Principais intervenções estruturais

Alargamento e Remodelação da Urgência Polivalente do CHTV

Aquisição de Equipamentos Tecnológicos - Mamógrafo e Ecógrafo

Unidade Local de Saúde da Guarda

Aquisição de Sistema de Gestão do Circuito de medicamentos e materiais

Aquisição de Equipamentos de Anestesia e Monitorização p/ a UCA e Bl. Operatório da Sala de Partos

Requalificação do edifício 5 do HSM para instalação do Departamento da Criança e da Mulher (Infraestrutura)

IPO Coimbra

Requalificação da área cirúrgica, cuidados intensivos e imagiologia (inclui Circulação entre Edifícios e Posto Transformação)

Aquisição de Equipamentos tecnológicos: Substituição dos 2 aceleradores lineares

Remodelação da área de oncologia médica e laboratórios

Centro Hospitalar de Leiria

Aquisição de TAC (com perfil cardíaco)

Remodelação e Ampliação Hospital Dia HSA

Criação da Unidade de Internamento de Cuidados Paliativos

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco

Remodelação e ampliação do Hospital Amato Lusitano

Requalificação do Centro de Saúde de Sertã

Projeto de eficiência energética do Hospital Amato Lusitano

Hospital Arcebispo João Crisóstomo

Aquisição e montagem de um sistema de refrigeração de água (Chiller)

Reabilitação da Infraestrutura - Reconversão de instalações

Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais

Infraestrutura - Reabilitação do Edifício-Hospital Rovisco Pais com expansão da capacidade (Fase I)

Reparação da cobertura e execução de sistema de isolamento térmico dos últimos pisos do Edifício LVM do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais

Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira

Aquisição de Equipamento de tomografia computadorizada (TAC)

Projeto de Modernização e Qualificação do Bloco Operatório, da Unidade de Cuidados Pós-Anestésicos e da Central de Esterilização (PMQBRE)

Sistema Inovador Integrado de Acompanhamento de Doentes com Insuficiência Cardíaca

Hospital Distrital da Figueira da Figueira da Foz

Requalificação das infraestruturas do Serviço de Medicina Interna

Aquisição de equipamentos para Bloco Operatório

Equipamento de oftalmologia para exames especiais - Tomógrafo de Coerência Ótica

Fonte: Elaboração própria com base na informação reportada pelas entidades de saúde

Quadro 28. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares da ARS Lisboa e Vale do Tejo

Entidade Hospitalar 3 Principais intervenções estruturais

Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental

Obras de remodelação e beneficiação nas áreas do internamento dos serviços de infeciologia e do ambulatório no serviço de dermatologia e consulta externa, e ainda intervenção nos blocos operatórios do HSFX e HEM

Aquisição de Equipamentos de Radiologia Convencional e Digital para o HSFX, HEM e HSC

Aquisição de equipamento de tomografia computadorizada (TAC)

Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central

Remodelação/ampliação da Urgência Geral Polivalente

Aquisição de Equipamento de Ressonância Magnética

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PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 141

Entidade Hospitalar 3 Principais intervenções estruturais

Ampliação/renovação da capacidade em anestesia (57 estações de anestesia) e ventilação (87 ventiladores) para as unidades do HCC, HSM, MAC,HSJ,HSAC e HDE

Centro Hospitalar Barreiro Montijo

Remodelação do Serviço Urgência Geral (atendimento ambulatório) e sala de espera da Urgência Pediátrica do HNSR

Aquisição de Acelerador Linear de substituição e instalação

Projetos de Eficiência Energética do CHBM

Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto

Aquisição de diversos equipamentos médicos cirúrgicos na área da Oftalmologia

Aquisição de equipamento Informático

Intervenção no Bloco Operatório com obras de conversação e equipamento médico

Hospital Garcia de Orta

Criação de Unidade de Cirurgia do Ambulatório - Piso 0

Aquisição de Ressonância Magnética para a Neurorradiologia

Equipamento de tomografia por emissão de positões com tomografia computorizada (PET-TC)

Centro Hospitalar do Oeste

Remodelação e ampliação do Serviço de Urgência Médico Cirúrgico da Unidade de Caldas da Rainha

Criação de Unidade de Cuidados Paliativos (empreitada) nas unidades hospitalares das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche

Remodelação e Beneficiação a realizar em áreas da Unidade Hospitalar de Torres Vedras

Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca

Aquisição de equipamento de Ressonância Magnética

Aquisição de equipamento de tomografia computadorizada (TAC)

Intervenção no Bloco Operatório do HFF (renovação de equipamentos nas 11 salas)

Centro Hospitalar do Medio Tejo

Aquisição de diverso equipamento médico-cirúrgico (ventiladores, monitorares cardíacos, ecógrafos, duodeno/vídeo/Gastrocolonoscópios) para as unidades hospitalares de Abrantes, Torres Novas e Tomar

Reformulação espaços na Urgência Médico – Cirúrgica da unidade hospitalar de Abrantes

Aquisição de equipamento de tomografia computadorizada (TAC)

Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte

Aquisição de dois Aceleradores Lineares

Aquisição de dois Equipamentos de Angiografia

Projeto de Eficiência Energética (Inclui construção de central Térmica e Painéis Solares)

Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil

Ampliação e Requalificação do Bloco Operatório

Aquisição Acelerador Linear (Radioterapia)

Ampliação e requalificação da Unidade de Transplante de Medula

Hospital Distrital de Santarém

Ampliação e Requalificação do Bloco Operatórios

Desmaterialização do Processo Clínico

Beneficiação e remodelação da rede elétrica (incluindo PT)

Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa

Criação de uma Unidade de Internamento para Adolescentes

Adaptação de espaços e beneficiação geral - Pavilhão 19A UTRA

Projeto de Eficiência Energética

Centro Hospitalar de Setúbal

Unidade de Internamento de Curta Duração (UICD)

Aquisição de equipamentos de Tecnologia Avançada: Eco cardiógrafos, Pantoffs, Ventiladores e Ecógrafos

Construção de um Novo Edifício para o Serviço de Urgência

Fonte: Elaboração própria com base na informação reportada pelas entidades de saúde

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PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS

142

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quadro 29. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares e ULS da ARS Alentejo

Entidade Hospitalar

3 Principais intervenções estruturais

Unidade Local de Saúde do Norte Alentejo

Aquisição de Equipamento Médico: Ventiladores, Monitores Desfibrilhadores, Monitores c/central de monotorização, Fibroscópios, Electrocardiógrafos, Videoprocessador, e Pletismógrafo para a unidade hospitalar de Portalegre, Hospital de Santa Luzia e unidades de saúde dos Cuidados de saúde Primários

Equipamento Hospitalar para equipar vários Serviços da ULSNA - Serviço de Urgência, Bloco Operatório, Fisioterapia e Áreas de Internamento (Marquesas Elétricas, Camas Hospitalares, Marquesas de observação, Cadeirões articulados, cadeiras de rodas)

Aquisição de equipamento médico para a Unidade de Alta Resolução de Hospital de Elvas

Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo

Aquisição de Equipamentos para o Bloco Operatório (6 Estações de Anestesia, 1 Torre p/ Laparoscopia e 1 Marquesa p/ Ortopedia)

Aquisição de Equipamentos para o Serviço de Imagiologia (RX Fixo, RX Transportável, Mamógrafo, TAC, 2 Ecógrafos e 7 Estações de Trabalho) para a Unidade Hospitalar de Beja

Requalificação da Unidade de Preparação de Produtos Citotóxicos (Hospital de Dia)

Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano

Remodelação e Ampliação do serviço de urgência do HLA

Aquisição de equipamentos médicos na área da Gastrenterologia

Inovação e requalificação do TIC (Software e Hardware) e novas soluções ao nível do sistema de comunicação de dados, sistema wireless, soluções de disaster recovery, renovação de switching, para o HLA e Centros de Saúde

Hospital do Espírito Santo Évora

Requalificação e Diferenciação Tecnológica com aquisição de Equipamento Médico-cirúrgico para diversos serviços do HESE

Requalificação e Diferenciação do Serviço de Urgência Pediátrica

Modernização e Ampliação da Unidade de Cuidados Intensivos

Fonte: Elaboração própria com base na informação reportada pelas entidades de saúde

Quadro 30. Investimentos no centro hospitalar da ARS Algarve

Entidade Hospitalar 3 Principais intervenções estruturais

Centro Hospitalar Universitário do Algarve

Aquisição de equipamento na área da Oftalmologia para unidade hospitalar de Portimão (OCT Laser e equipamento de Angiografia

Requalificação dos Serviços de Urgência das unidades hospitalares de Faro e Portimão

Aquisição de Equipamento de Tomografia Axial Computorizada (TAC) para a Unidade Hospitalar de Faro

Fonte: Elaboração própria com base na informação reportada pelas entidades de saúde

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PARTE I | 12.ACREDITAÇÃO E AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 143

12. Acreditação e avaliação externa da qualidade

O Modelo de Certificação do Ministério da Saúde visa reconhecer a qualidade das organizações

prestadoras de cuidados de saúde e promover o seu empenho voluntário na melhoria contínua,

consolidando a cultura de qualidade e segurança que se deve generalizar a todo o SNS. Com o

reconhecimento da qualidade das estruturas organizativas e da prática clínica, a confiança dos

cidadãos e dos profissionais nas respetivas instituições é fortalecida.

O Programa Nacional de Acreditação em Saúde, criado pelo Despacho n.º 69/2009, de 31 de

agosto, aprovou o modelo ACSA como modelo de certificação para as Instituições do SNS.

O processo de certificação é conduzido pelo Departamento da Qualidade na Saúde (DQS) da DGS,

tendo como marco de referência a Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde (Despacho n.º

5613/2015, de 24 de junho) e os procedimentos documentados em vigor no DQS).

O certificado outorgado pelo DQS a um determinado serviço ou unidade de saúde atesta a

conformidade com as especificações e os standards estabelecidos nos Manuais de Standards, de

acordo com as diferentes tipologias de unidades de saúde a certificar, permanentemente atualizados

e adaptados à realidade do sistema de saúde português. O Modelo de Certificação do Ministério da

Saúde tem uma série de características próprias:

• É coerente com a Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde e com os planos e

ferramentas de gestão que estão em desenvolvimento com vista à melhoria contínua do SNS,

designadamente a gestão clínica, a gestão por processos incluindo os processos assistenciais

integrados, a gestão por competências e a gestão do conhecimento;

• Tem como referência, entre outros, os diferentes Programas de Saúde, os processos

assistenciais integrados, os processos de suporte, os contratos de gestão, as recomendações

sobre as melhores práticas clínicas conhecidas, a segurança do utente e dos profissionais e

as necessidades e expectativas dos cidadãos;

• Aborda a qualidade de uma forma integral através de processo de certificação direcionado

para as diferentes áreas que compõem os cuidados de saúde, nomeadamente: hospitais e

centros hospitalares, serviços ou unidades de gestão clínica, unidades funcionais, farmácias,

unidades de hemodiálise, centros de investigação, laboratórios clínicos, centros de formação

contínua;

• Tem um caráter progressivo, pois identifica os passos que são dados progressivamente até

à excelência. Trata-se de um processo dinâmico, contínuo e evolutivo, que reflete não apenas

o momento atual de desenvolvimento da qualidade na organização, como o seu potencial de

evolução e crescimento.

O Modelo de Certificação do Ministério da Saúde operacionaliza-se em cinco dimensões: o

cidadão no centro do sistema de saúde; a organização da atividade centrada na pessoa; os

profissionais; os processos de suporte; os resultados.

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PARTE I | 12.ACREDITAÇÃO E AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE

144

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

StatLink:

https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/

acreditacao-de-unidades-de-saude/?sort=tempo

Assim, a certificação, de acordo com o Documento Geral de Certificação de Unidades de Saúde,

pode ser solicitada por unidades, entre outras, com a seguinte estrutura organizacional:

• Centros hospitalares;

• Hospitais;

• Unidades Locais de Saúde;

• Serviços especializados (farmácias hospitalares, imunohemoterapia, laboratórios clínicos,

imagiologia, etc.);

• Unidades funcionais dos cuidados de saúde primários;

• Unidades de convalescença de curta, média e longa duração integradas na Rede Nacional de

Cuidados Continuados Integrados;

• Unidades de saúde integradas em parcerias público-privadas e unidades de saúde com

contratos ou parcerias com o Serviço Nacional de Saúde;

• Unidades de saúde privadas.

A evolução do número de unidades de saúde em processo de certificação tem vindo a

demonstrar o impulso do SNS e a sua forte aposta na melhora contínua da qualidade dos seus

serviços.

Quadro 31. Processos de acreditação em curso e concluídos

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total

Número de unidades que iniciaram a certificação no ano

1 14 2 14 32 70 48 98 57 336

Número de unidades que concluíram a certificação no ano

2 2 6 8 1 14 43 42 45 163

Número de unidades que iniciaram renovação de certificação no ano

8 1 4 3 16

Nota: Face à informação anteriormente publicada foram retificados à data, os valores referentes ao número de unidades que iniciaram renovação da certificação nos anos 2015, 2016 e 2017 Fonte: DGS, Departamento da Qualidade

De realçar que o maior número de pedidos de certificação/certificações de unidades de saúde

nos anos de 2015 e 2017, são consequência do reconhecimento de vários Centros de Referência,

nesse período, com a inerente obrigação de início de processo de certificação pelo Modelo de

Certificação do Ministério da Saúde.

Quando analisamos a tipologia de unidades de saúde certificadas verificamos que, do total de

unidades de saúde que se encontram certificadas, o maior número pertence a serviços hospitalares

(38,7%) e a unidades de saúde familiar (24,5%). De realçar, ainda, que 6,7% do total de unidades

certificadas são centros de saúde das Regiões Autónomas da Madeira e Açores e que 18,4% do

universo correspondem a Centros de Referência.

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PARTE I | 12.ACREDITAÇÃO E AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 145

Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade (PNAEQ)

O Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade (PNAEQ) é, desde 1978, uma das

atribuições do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), enquanto laboratório

nacional de referência para a saúde, e a quem compete, nomeadamente, promover, organizar e

coordenar programas de avaliação externa da qualidade de laboratórios que exerçam atividade no

setor da saúde.

Este programa disponibiliza diferentes programas de avaliação externa da qualidade,

abrangendo áreas distintas, como sejam as áreas clínica, point-of-care testing, genética, anatomia

patológica, ecotoxicologia, microbiologia de águas, microbiologia de alimentos, microbiologia do ar e

microbiologia de areias. A participação no PNAEQ é voluntária, sendo garantida a confidencialidade

dos resultados da avaliação do desempenho.

O quadro que se segue apresenta o número de programas disponibilizados pelo PNAEQ nas

diferentes áreas desde 2010. A colaboração com entidades congéneres e grupos de trabalho tem

permitido alargar a oferta de programas nas diferentes áreas.

63

4030

116 5 4 2 1 1

163

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

ServiçosHospitalares

Unidades deSaúde

Familiar

CentrosReferência

CentrosSaúde

(Madeira eAçores)

LaboratóriosClínicos

UnidadesCuidados

ContinuadosIntegrados

Outras Unidades decuidados

comunidade

Unidades deSaúdePública

UnidadesEmergência

Médica

Total

Fonte: DGS

Gráfico 25. Unidades de saúde certificadas de 2010 a 2018,

por tipologia (valores acumulados)

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PARTE I | 12.ACREDITAÇÃO E AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE

146

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quadro 32. Programas PNAEQ

Áreas PNAEQ 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Clínica 74 76 85 115 125 173 171 184 196

Genética 1 1 13 13 15 15

Point-of-care Testing (POCT) 3 4 6 9 9 15 15 18 18

Anatomia patológica 3 4 4 4 4 5 7 7 7

Ecotoxicologia 1 1 1 1

Microbiologia de águas 2 2 4 5 7 7 7 8 8

Microbiologia de alimentos 5 5 6 7 7 8 8 8 8

Microbiologia do ar 2 2 2 3 3 3 3 3 1

Microbiologia de areias 1 1 1 1

Recursos Humanos 1

Total 89 93 107 144 156 226 226 246 255

Fonte: INSA

A participação num programa de avaliação externa da qualidade permite ao participante avaliar

a variabilidade dos seus resultados laboratoriais através da introdução na rotina laboratorial de

amostras de conteúdo conhecido do organizador, mas não revelado aos participantes, bem como a

avaliação do processo analítico e dos processos extra-analíticos. O resultado analítico obtido deve ser

independente do local onde é realizado.

A implementação de ações de melhoria do desempenho laboratorial contribui para o aumento

da qualidade dos resultados laboratoriais de prestadores públicos e privados, mantendo o seu

controlo ao longo do tempo, de modo a garantir um diagnóstico correto, baseado em resultados

exatos e precisos com ganhos na saúde da população.

Os objetivos a que se propõe o PNAEQ passam por:

• Avaliar e monitorizar o desempenho dos laboratórios;

• Comparar o estado da arte a nível nacional;

• Realizar uma avaliação retrospetiva;

• Permitir o cálculo do erro total e incerteza da medição;

• Contribuir para a formação contínua dos participantes.

Deste modo, o PNAEQ contribui para a harmonização de metodologias utilizadas pelos

participantes; avalia os resultados do seu desempenho comparando-o com os seus pares a nível

nacional e, sempre que possível, a nível internacional; reúne periodicamente com os participantes

StatLink:

ttp://www.insa.min-saude.pt/category/servicos/avaliacao-externa-da-

qualidade/

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PARTE I | 12.ACREDITAÇÃO E AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 147

com foco na formação contínua e colabora com instituições de ensino no âmbito da investigação e

desenvolvimento na área do controlo da qualidade.

Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020

Considerando que os incidentes de segurança durante a prestação de cuidados de saúde estão

intimamente ligados ao nível de cultura de segurança das instituições, e havendo evidências que

demonstram que o risco da sua ocorrência aumenta dez vezes nas instituições que negligenciam o

investimento nas boas práticas de segurança de cuidados de saúde, o Governo criou, em 2015, o Plano

Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020, como uma política pública determinante da

garantia da segurança dos utilizadores do SNS, bem como dos seus profissionais, o qual é coordenado,

a nível nacional, pelo Departamento da Qualidade na Saúde.

De forma a evitar incidentes cirúrgicos inadmissíveis, como as cirurgias no local cirúrgico

errado, ao doente errado ou com o procedimento errado, foi reafirmada em 2013, pela Direção-Geral

da Saúde, a necessidade de todos os blocos operatórios registarem, na Plataforma de Dados da Saúde,

a Lista de Verificação da Segurança Cirúrgica em todos os procedimentos cirúrgicos realizados no

SNS e nas entidades contratadas.

De acordo com as recomendações internacionais, a DGS passou a disponibilizar, desde 2013, um

Sistema Nacional de Notificação de Incidentes de Segurança, denominado notific@. Este sistema de

comunicação e de gestão de incidentes, ocorridos nas unidades prestadoras de cuidados de saúde,

assenta numa filosofia não punitiva, permitindo, por isso, a notificação de forma anónima e

confidencial.

Até ao final de 2018 foram notificados 4.902 incidentes:

• 4.617 notificações de profissionais de saúde;

• 38% relacionados com acidentes do doente;

• 285 notificações de cidadãos;

• 26% relacionados com os processos e procedimentos clínicos.

Como a cultura de segurança numa instituição deve, essencialmente, viver/sentir-se, é

responsabilidade das Comissões de Qualidade na Saúde garantir, localmente, a adequada

monitorização das atividades desenvolvidas, no âmbito das ações e dos objetivos estratégicos da

Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde 2015-2020. Assim, hoje sabemos que em 2018:

• 82% das unidades de saúde têm práticas seguras no âmbito da verificação da identificação

do doente antes da realização de qualquer procedimento;

• 89% das unidades de saúde avaliam, previnem e tratam úlceras de pressão;

• 95% das unidades de saúde têm estratégias de prevenção de quedas;

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PARTE I | 12.ACREDITAÇÃO E AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE

148

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

• 69% das unidades de saúde implementam medidas preventivas de recorrência de

incidentes;

• Mais de 89% das unidades de saúde do SNS têm lista de medicamentos LASA;

• Cerca de 96% dos hospitais têm implementadas estratégias de identificação inequívoca de

doentes implementadas.

A emissão de normas clínicas e a sua adoção na prática diária do profissional está,

progressivamente, a afirmar-se como parte importante da cultura interna de melhoria contínua da

qualidade e a impulsionar, cada vez mais, o uso racional e seguro de medicamentos e de tecnologias

da saúde.

Estas normas permitem uma melhor gestão e monitorização do desempenho clínico, bem como,

dos resultados económicos e de saúde, uma vez que são baseadas na evidência científica e no

consenso de peritos. Com a implementação de normas de orientação clínica e organizacionais

conseguimos alcançar níveis de maior exigência em qualidade, pela indução da eficiência, ao

estabelecerem-se standards comparativos da qualidade da prestação de cuidados de saúde, e

otimização de recursos.

Os princípios orientadores definidos para fundamentar a realização destas normas pela DGS, em

colaboração com a Ordem dos Médicos são:

• Uniformização dos cuidados de saúde de acordo com a melhor evidência científica

disponível, nomeadamente no que concerne aos critérios de diagnóstico, escolha de exames

complementares de diagnóstico e abordagem terapêutica (farmacológica e não

farmacológica) para as situações clínicas mais prevalentes;

• Uniformização do modelo de práticas relativas a doenças raras, condições clínicas de grande

complexidade e doenças em que seja necessária a harmonização da prescrição que envolvam

fármacos biológicos, biotecnológicos, biossimilares e antibióticos;

• Garantia da gestão transversal e integrada da prestação de cuidados de saúde, com definição

dos circuitos dos utentes.

A Direção-Geral da Saúde, em parceria com a Ordem dos Médicos, envolveu, através do

Departamento da Qualidade na Saúde, mais de 600 médicos na elaboração de normas clínicas e de

processos assistenciais integrados para as patologias e problemas de saúde mais prevalentes,

visando a melhoria da qualidade clínica e da qualidade organizacional da prestação de cuidados de

saúde.

Um dos parâmetros de avaliação da implementação do Plano Nacional para a Segurança dos

Doentes 2015-2020 é a monitorização do número de auditorias internas realizadas pelas unidades

de saúde, para aferição da conformidade da prática face às normas clínicas e organizacionais, tendo-

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PARTE I | 12.ACREDITAÇÃO E AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 149

se verificado, ao longo dos últimos anos, uma aposta crescente nesta ferramenta de melhoria

contínua da qualidade clínica que ao permitir a avaliação do desempenho clínico, entre pares,

permite ainda ganhos de eficiência por parte das unidades de saúde.

Por outro lado, a referida parceria, iniciou um processo regular de auditoria externa às unidades

prestadoras de cuidados de saúde do SNS. A taxa de conformidade da prática clínica, face às normas

clínicas, tem vindo a melhorar nos últimos anos sendo expectável que essa tendência se venha a

manter nos anos subsequentes.

No ano de 2018 foram realizadas pelo Departamento da Qualidade na Saúde da Direção-Geral

da Saúde, 741 auditorias relativas à aplicação de sete normas emitidas. Neste período foram

auditadas seis normas em cuidados de saúde primários (723 auditorias) e uma norma em ambiente

hospitalar (18 auditorias). Estas auditorias foram realizadas por 28 dos médicos da equipa de

auditores clínicos, formados pelo Departamento da Qualidade na Saúde em parceria com a Ordem

dos Médicos, numa amostra representativa de instituições do continente português.

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 151

13. SNS digital

O SNS é servido por múltiplos sistemas de informação (SI) que, de forma independente,

asseguram a recolha de dados, monitorização, interação e organização do acesso a cuidados de saúde

em diferentes áreas específicas.

Neste capítulo, e à semelhança dos anos anteriores, são apresentados os sistemas de informação

que registaram melhorias em 2018, através da inclusão de mecanismos que permitem a introdução

de melhores práticas na organização da prestação de cuidados e na resposta do SNS, com ganhos de

eficácia e eficiência, maior equidade no acesso a cuidados, maior responsabilização a todos os níveis

do sistema de saúde e maior transparência da informação para utentes, profissionais e instituições

prestadoras de cuidados, entidades pagadoras, reguladoras, cidadãos em geral.

Em suma, são ferramentas facilitadoras do acesso aos cuidados de saúde oferecidos pelo SNS,

que procuram envolver o cidadão de forma ativa no seu processo de saúde, conferindo-lhe um maior

poder de decisão.

13.1. Sistema Integrado de Gestão do Acesso no SNS

O Decreto-Lei n.º 44/2017, de 20 de abril, procedeu à criação do Sistema Integrado de Gestão

do Acesso ao SNS (SIGA SNS), que inclui os mecanismos do Livre Acesso e Circulação (LAC).

O SIGA constitui-se como uma oportunidade de melhorar o acesso dos utentes ao SNS, com

impacto geral nos serviços prestados pelos hospitais, nos cuidados primários e na resposta aos

utentes. É uma oportunidade para:

• O SNS

a) Aumentar a eficiência e a qualidade;

b) Maximizar a capacidade instalada;

c) Aumentar o rigor da informação sobre as listas e os tempos de espera no SNS;

d) Cumprir os TMRG para todos (maior equidade);

e) Valorizar as preferências dos utentes;

f) Aumentar a transparência e partilha de informação.

• O utente

a) Escolher a instituição do SNS em conjunto com o seu médico de família e de acordo com

as suas preferências;

b) Valorizar a confiança nas instituições do SNS, a reputação e o desempenho dos

profissionais e das instituições, as experiências pessoais de familiares e amigos, entre

outros.

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

152

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

• O médico de família

a) Reforçar o papel central do médico de família e dos cuidados de saúde primários no SNS;

b) Fortalecer as relações de confiança com os utentes e/ou com os hospitais;

c) Envolver o utente na gestão ativa da sua saúde.

• O hospital

a) Aumentar a eficiência e a competitividade;

b) Fidelizar os utentes através da excelência;

c) Criar competição saudável dentro do SNS;

d) Receber sinais claros das preferências dos utentes.

Em 2018 decorreram projetos-piloto em entidades como: Hospital Barcelos, Centro Hospitalar

Médio Tejo e ainda Unidade Local de Saúde de Castelo Branco. Nestas unidades os cidadãos

conseguem já acompanhar os pedidos de marcação de consultas nos cuidados de saúde primários

efetuados a partir do hospital.

SICTH - Sistema Integrado para gestão do acesso à primeira consulta hospitalar

O sistema integrado de referenciação e de gestão do acesso à primeira consulta de especialidade

hospitalar, designado por programa Consulta a Tempo e Horas (CTH), criado em 2008 e integrado no

SIGA em 2017, é suportado por um sistema informático que permite monitorizar a referenciação dos

pedidos de primeira consulta de especialidade hospitalar.

O atual sistema de informação que suporta o programa CTH, ainda só permite a monitorização

da referenciação dos pedidos de primeira consulta hospitalar com origem nos cuidados de saúde

primários, estando prevista na portaria que regulamenta o programa CTH a extensão dessa

monitorização aos pedidos intra e inter-hospitalares. A implementação plena do SIGA permitirá

abranger a monitorização de todas as primeiras consultas hospitalares realizadas nas entidades do

SNS.

Em 2018, através do CTH foram monitorizadas 34,7% do total de primeiras consultas realizadas,

um acréscimo de 6 pp em relação a 2017.

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 153

Apesar dos constrangimentos atuais, que só serão plenamente ultrapassados com a

implementação do SIGA, o SI que suporta o funcionamento do CTH permite gerir a informação

relativa aos pedidos de consulta efetuados pelos médicos de família, desde o momento do seu registo

no sistema informático até que fiquem concluídos.

Os mecanismos de referenciação definidos para o CTH estão a ser integrados no RSE SIGA,

permitindo assim obter uma visão integrada do acesso dos cidadãos ao SNS e potenciando os

benefícios que são reconhecidos ao futuro sistema de articulação entre os cuidados de saúde

primários e os cuidados hospitalares, nomeadamente:

• Transparência no processo de marcação de primeira consulta de especialidade hospitalar;

• Triagem clínica nos hospitais com atribuição de níveis de prioridade adequados às situações

dos utentes;

• Uniformização do tratamento da informação sobre o acesso à primeira consulta de

especialidade hospitalar;

• Mais eficácia e eficiência na resposta das instituições prestadoras de cuidados e maior

facilidade na comunicação entre os profissionais de saúde;

• Melhor orientação dos utentes para a consulta da especialidade de que necessitam.

A entrada em vigor do LAC, em conjunto com a divulgação intensa, no Portal SNS, de informação

sobre as primeiras consultas hospitalares, conduziu à implementação de procedimentos de

qualificação de dados do acesso, nos termos das Recomendações emanadas pelo Tribunal de Contas

no âmbito do Relatório n.º 15/2017 – 2.ª Secção referente à “Auditoria ao Acesso a Cuidados de Saúde

no Serviço Nacional de Saúde”, tais como:

Gráfico 26. Peso das primeiras consultas CTH no total de primeira consulta

Fonte: ACSS

23,9%

26,4%

28,8%

31,3%32,7%

33,9% 34,2% 34,7%

10%

20%

30%

40%

50%

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

154

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

• Processo de qualificação de dados da Consulta a Tempo e Horas (http://www.acss.min-

saude.pt/wp-content/uploads/2017/12/Procedimento_qualificacao-de-dados-CTH.pdf);

• Transferência inter-hospitalar de pedidos de primeira consulta de especialidade hospitalar

– via CTH (http://www.acss.min-saude.pt/wp-

content/uploads/2017/12/Procedimento_transferencia-inter-hospitalar.pdf);

• Monitorização e correção de pedidos duplicados de primeira consulta hospitalar - via CTH

(http://www.acss.min-saude.pt/wp-content/uploads/2017/12/Procedimento_duplicacao-

pedidos.pdf).

Estes procedimentos são executados pelas várias entidades com responsabilidades no âmbito

da gestão do acesso às consultas hospitalares no SNS, nomeadamente a ACSS, a SPMS, as ARS, os

hospitais e os ACES, e permitem a correção periódica de erros de registo e de integração de dados

que se possam acumular no sistema de informação que suporta o CTH, garantindo assim que a

informação pública disponibilizada corresponde à efetiva realidade assistencial dos hospitais do SNS.

De forma a promover a transparência é ainda atualizada a informação sobre o tempo médio de

espera para a primeira consulta hospitalar, por especialidade e por entidade, na área destinada aos

tempos de espera no Portal do SNS (tempos.min-saude.pt).

SIGIC - Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia

O Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, criado em 2004, pela Resolução do

Conselho de Ministros n.º 79/2004, de 24 de junho, efetua, através de uma base de dados

centralizada, a gestão integrada da resposta do SNS no âmbito da cirurgia programada.

O SIGIC é gerido através de um sistema de informação centralizado, o SIGLIC, o que contribui

para a monitorização do tempo de acesso à cirurgia, além do controle e avaliação, de forma integrada,

de todo o processo de gestão da Lista de Inscritos para Cirurgia (LIC).

O SIGIC também está integrado no SIGA SNS, permitindo assim monitorizar a continuidade da

resposta programada aos utentes e rentabilização da capacidade instalada no SNS, com ganhos ao

nível da melhoria da eficiência da resposta cirúrgica e do cumprimento dos TMRG.

A aplicação SIGLIC tem como objetivo o cumprimento do regulamento do SIGIC, tendo um papel

fundamental na centralização dos dados de todos os hospitais da rede SNS, independentemente do

seu sistema hospitalar, e nos processos relacionados com as transferências de utentes entre

hospitais, públicos ou privados convencionados.

No âmbito da gestão da Lista de Inscritos C, o SIGLIC assume um papel fundamental nas

transferências de utentes, permitindo a associação entre todos os episódios desde a sua origem até à

saída da LIC no destino. Enquanto o episódio se mantiver sob gestão no hospital de origem, todas as

ações operacionais são realizadas no sistema informático do hospital, sendo o SIGLIC apenas uma

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 155

ferramenta de consulta e de execução de alguns procedimentos relacionados com as transferências

de utentes, nomeadamente a cativação de vales cirurgia e notas de transferência.

A partir do momento em que o episódio é transferido, poderá acompanhar os diversos estados

do episódio mesmo estando a ser tratado noutra instituição. Todas as ações operacionais serão

registadas no SI do hospital e posteriormente integradas no SIGLIC.

Tal como visto anteriormente, referente ao SICTH, e também no sentido de promover a

transparência, a informação sobre o tempo médio de espera para cirurgia, por especialidade e por

entidade, encontra-se disponível na área destinada aos tempos de espera no Portal do SNS

(tempos.min-saude.pt).

13.2. SClínico Hospitalar

Instalado em 94 unidades hospitalares, o sistema de informação SClínico é utilizado por mais de

62 mil profissionais de saúde do SNS.

Além dos módulos de Gestão, Consulta Externa, Hospital de Dia, Internamento, Nutrição e

Alimentação, TSDT, Triagem, Urgência e Bloco Operatório, o SClínico Hospitalar integra dois novos

módulos, nomeadamente a VCI – Visão Clínica Integrada (que substituirá a funcionalidade atual de

processo clínico eletrónico) e o BI Clínico (business intelligence para profissionais).

Nesta área, e no decorrer do ano 2018, destaca-se o seguinte:

• Lançamento do módulo de Cirurgia de Ambulatório, resultado do desenvolvimento

efetuado nos anos anteriores;

• Disponibilização de métodos para gestão de permissões e criação de perfis seguros para

outros profissionais de saúde. De salientar igualmente a disponibilização de um módulo

dedicado à consulta de nutrição;

• Implementação do SClínico Hospitalar/SONHOV2 na Maternidade Daniel de Matos (Centro

Hospitalar Universitário de Coimbra), bem como a migração de outros sistemas para o

SClínico Hospitalar (Urgência nas seguintes unidades hospitalares: Centro Hospitalar do

Oeste, Hospital Distrital da Figueira da Foz, Centro Hospitalar Universitário do Porto e

Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde).

• Execução do procedimento de certificação do módulo de triagem de Manchester com o

Grupo Português de Triagem;

• Implementação da versão beta (teste) da Visão Clínica Integrada, estando já instalada em 36

hospitais.

Destaca-se ainda grande melhoria na satisfação reportada pelos utilizadores em questionário

anual, tendo esta sido uma das aplicações com melhores scores de avaliação nas várias dimensões.

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

156

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

No que concerne à plataforma de BI SClínico Hospitalar, uma plataforma de business intelligence

no âmbito clínico, que permite aos profissionais de saúde e instituições um novo olhar sobre a sua

prática assistencial, garantiu-se, em 2018, a sua disponibilização para a totalidade das instituições

(excetuando o Centro Hospitalar Universitário de São João e o Centro Hospitalar Tondela-Viseu), com

a componente de reports para médicos e dashboards de enfermagem.

As atualizações do SClínico Hospitalar centram-se, acima de tudo, na interoperabilidade, na

integração e partilha, cada vez mais eficaz e eficiente, de informação e dados e a respetiva

sistematização, tendo por objetivo proporcionar um melhor desempenho profissional e,

consequentemente melhorar o apoio, acompanhamento e assistência ao cidadão.

São vários os desenvolvimentos previstos, quer funcionais, quer tecnológicos, nomeadamente

ao nível de interoperabilidade (integração com cuidados de saúde primários na VCI, Sinais Vitais,

INEM, Prescrição).

Decorre ainda o desenvolvimento de novas funcionalidades, nomeadamente normalização das

atitudes terapêuticas e novos perfis, incluindo para estudantes de medicina e assistente social. Em

paralelo, mantém-se o desenvolvimento das componentes de integração com o sistema RSE SIGA.

Visão Clínica Integrada

A Visão Clínica Integrada (VCI), uma funcionalidade do SClínico Hospitalar, apresenta-se como

o novo processo Clínico Eletrónico (PCE).

No decorrer do ano 2018 foram consolidados os desenvolvimentos das interfaces que

simplificam o acesso à informação e melhoria da usabilidade. A cor tem um papel importante

servindo para identificar, de uma forma intuitiva e rápida, áreas clínicas, melhorando a eficácia da

interpretação por parte do utilizador. Esta versão permite o acesso à informação através da vista em

timeline, ou em lista.

Por outro lado concluiu-se o desenvolvimento de novas funcionalidades, nomeadamente um

ecrã resumo com sinais vitais, alertas, medicação crónica, entre outras informações obtidas a nível

nacional. Futuramente prevê-se a possibilidade de acesso a um diagrama do corpo humano.

Encontra-se em progresso o desenvolvimento de uma integração com os sistemas dos cuidados de

saúde primários que permitam a visualização de informação registada nesse contexto diretamente

na VCI, em âmbito hospitalar, facilitando a tomada de decisão por parte dos profissionais de saúde.

No final de 2018, a VCI estava disponível em 36 hospitais.

13.3. Sistema de Informação para a Morbilidade Hospitalar

Para responder à necessidade de reformular e adaptar os sistemas de informação nas

instituições hospitalares, de forma a permitirem a codificação de episódios em ICD-10-CM/PCS, foi

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 157

desenvolvido o Sistema de Informação para a Morbilidade Hospitalar (SIMH), resultante da evolução

do sistema WebGDH.

O sistema SIMH destina-se à recolha de dados administrativos, codificação clínica de episódios

em ICD10CM/PCS, por médicos codificadores e agrupamento de episódios em Grupos de

Diagnósticos Homogéneos, tendo como principal vantagem permitir uma caracterização

sistematizada, normalizada e transversal para todo o SNS, com impacto potencial de melhorias na

produção/morbilidade hospitalar, na investigação, no financiamento, na contratualização e na

faturação do hospital. Esta ferramenta permite a realização de análises comparativas e de

benchmarking em unidades hospitalares do mesmo grupo. O sistema garante que a codificação do

episódio é feita na aplicação, tornando o serviço prestado mais eficaz e eficiente.

A mudança de codificação clínica, de ICD-9-CM para ICD-10-CM/PCS, assenta no reconhecimento

internacional de que esta nova codificação é mais exaustiva e mais adequada para retratar as

inovações do estudo, descrição e classificação das diferentes doenças.

A implementação do SIMH arrancou, entre outubro e novembro de 2016, em três hospitais:

Centro Hospitalar Universitário de São João, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central e

Hospital do Espírito Santo – Évora.

Terminada a fase piloto, foi concluída a implementação do SIMH em todos os hospitais do SNS,

incluindo instituições em Parcerias Público-Privadas e em intuições das Ilhas da Madeira e Açores.

Em 2018, o SIMH surgiu com novas funcionalidades, nomeadamente o módulo de Gestão de

Favoritos, lista de códigos mais frequentes, notificações na página de entrada, acesso ao histórico

codificado do utente e um campo de observações.

O SIMH integra o denominado novo Ecossistema da Morbilidade Hospitalar, construído através

do trabalho conjunto da ACSS e da SPMS, que é constituído por um sistema de informação (o SIMH)

uma base de dados central (a BDMH) e uma ferramenta de business intelligence (BIMH).

A BDMH é uma base de dados que inclui todos os episódios hospitalares de internamento e

ambulatórios codificados em ICD9CM e ICD10CM/PCS.

Surge ainda o BIMH que consiste na construção e manutenção de um Data Warehouse (depósito

de dados que possibilita a análise de grandes volumes de dados) e que permite que cada instituição

tenha acesso aos seus dados codificados e aos dados codificados pelas outras instituições.

13.4. Sistema de Gestão de Entidades de Saúde

O Sistema de Gestão de Entidades de Saúde (SGES) constitui-se como um sistema de informação

estruturante de repositório central de entidades de saúde, fiável e permanentemente atualizado,

habilitado a partilhar dados com todos os sistemas de informação, eliminando a redundância de

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

158

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

informação e promovendo a melhoria da qualidade dos dados relativos a entidades de saúde

existentes nos diversos sistemas de informação.

Concretizando, o SGES permite:

• Conhecer as entidades prestadoras de cuidados de saúde, a sua distribuição geográfica, a sua

capacidade instalada e a sua relação com o SNS;

• Dispor de um repositório de entidades de saúde único, integrado e partilhado;

• Disponibilizar informação consistente, de qualidade e atempada aos diferentes SI da Saúde;

• Reduzir os custos de manutenção e implementação dos SI da Saúde;

• Simplificar os processos administrativos de gestão de entidades prestadoras de cuidados de

saúde;

• Incrementar celeridade na obtenção de respostas e tratamento de processos, por parte dos

organismos utilizadores;

• Facilitar o acesso da informação sobre entidades de saúde ao cidadão;

• Reduzir o número de interações do cidadão com os serviços do SNS, para obtenção de

informação sobre entidades convencionadas;

• Otimizar a gestão dos recursos disponíveis.

13.5. SClínico Cuidados de Saúde Primários

O SClínico Cuidados de Saúde Primários (SClínico CSP) é um sistema de informação evolutivo,

desenvolvido pela SPMS, que surge da experiência com duas anteriores aplicações usadas por

médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde: o SAM (Sistema de Apoio ao Médico) e o SAPE

(Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem).

Esta ferramenta está implementada em mais de 300 instituições, sendo utilizada por cerca de

18 mil profissionais.

O SClínico CSP insere-se na estratégia definida pelo Ministério da Saúde para a área de

informatização clínica do SNS, que prevê a uniformização dos procedimentos dos registos clínicos,

de forma a garantir a normalização da informação.

O acesso a informação clínica variada do utente, a utilização e partilha dos dados com

profissionais de saúde de diversas áreas e a sistematização dos mesmos, permite homogeneizar as

práticas e a informação recolhida a nível nacional, tornando a atuação dos profissionais de saúde

mais eficaz e eficiente, fazendo com que desempenhem melhor o seu papel na equipa

multidisciplinar, possibilitando, desta forma, um melhor apoio, assistência e acompanhamento ao

utente.

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 159

Em 2018 foram realizadas várias iniciativas no âmbito da desmaterialização que se refletiram

em alterações no SClínico, como é o caso dos Exames sem Papel. Foram ainda disponibilizadas um

conjunto de funcionalidades, que contribuem para o melhor acompanhamento dos utentes por parte

dos profissionais, tais como:

• O novo Catálogo Português de Nutrição;

• A consulta multidisciplinar de atividade física;

• A integração automática dos resultados dos rastreios, de forma estruturada;

• Referenciação de altas hospitalares, para o centro de saúde.

13.6. UNO (Sistema de Informação único para os cuidados de saúde primários)

O UNO é o sistema que visa cobrir todas as necessidades dos cuidados de saúde primários,

permitindo uma visão única dos cuidados de saúde prestados ao utente, contribuindo para o melhor

acompanhamento dos utentes no SNS ao longo de todo o seu ciclo de vida.

Nesse sentido, é primordial reestruturar os sistemas de informação da saúde para o contexto

dos CSP, garantindo a evolução, o acompanhamento tecnológico e metodológico que permita a

normalização/uniformização da apresentação dos sistemas, de forma a melhorar a prestação de

cuidados ao utente e a experiência para os profissionais. Tendo em vista a partilha de componentes

comuns, reutilizáveis, contribuirá também para a racionalização de custos associados ao

desenvolvimento e manutenção dos sistemas no futuro.

O projeto-piloto arrancou em março de 2018, com a instalação do UNO Administrativo no

centro de saúde São João do Porto do ACES Porto Ocidental. A primeira fase de implementação do

UNO, e que se traduz no primeiro objetivo estratégico, passa por instalar o UNO Administrativo em

todos os ACES de forma a substituir na totalidade as atuais aplicações SINUS e MARTA.

13.7. Sistema de Informação para a Saúde Oral

O SISO- Sistema de Informação para a Saúde Oral incorpora as regras do Programa Nacional de

Promoção de Saúde Oral, de acordo com os processos definidos no Despacho n.º 4324/2008, de 22

de janeiro, que alarga aquele Programa, aprovado pelo Despacho n.º 153/2005, de 5 de janeiro.

O SISO é uma aplicação web acedida por serviços públicos e por prestadores privados que inclui

todas as funcionalidades necessárias à gestão do Programa, a partir de qualquer nível da

administração do sistema de saúde, disponibilizando dados sobre a oferta de cuidados, o número e

tipo de beneficiários, a utilização dos cheques-dentista, a saúde oral dos utentes e permitindo,

também, o acompanhamento da execução do programa na vertente da sua integração com o

Programa de Saúde Escolar, o controlo da faturação e pagamento dos atos terapêuticos e, ainda, a

emissão dos cheques-dentista.

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

No âmbito da iniciativa do Portal da Transparência, em 2018, foram disponibilizados serviços

que permitiram aceder a informação na lógica de "dados abertos", e que possibilita de uma forma

simples e rápida a consulta pública pelos cidadãos, de informação no âmbito do PNPSO.

Nesta área é possível consultar indicadores, tais como:

• Utentes Atendidos nos Centros de Saúde no âmbito da Saúde Oral nos Cuidados de Saúde

Primários;

• Referenciações Emitidas nos Centros de Saúde no âmbito da Saúde Oral nos Cuidados de

Saúde Primários;

• Tratamentos Efetuados nos Centros de Saúde no âmbito da Saúde Oral nos Cuidados de

Saúde Primários;

• Atividade do Programa Nacional de Saúde Oral.

Ainda no âmbito da iniciativa da Transparência, foi também desenvolvido um conjunto de

serviços para, de igual modo, disponibilizar informação na Monitorização SNS na área da Saúde Oral,

e assim, oferecer serviços de consulta de informação sobre o PNPSO de forma simples e rápida.

É igualmente possível consultar informação sobre Atividade do Programa Nacional de Saúde

Oral a nível nacional e Saúde Oral - cuidados de saúde primários.

Na Área do Cidadão do Portal SNS, foi disponibilizada uma nova área, em que o utente pode

consultar o seu Boletim de Saúde Oral. Assim o utente tem disponível a consulta de todos os cheques

dentistas que já teve acesso, bem como imprimir um cheque válido que tenha por utilizar.

13.8. Sistema de Informação sobre Benefícios Adicionais em Saúde

Considerando a necessidade de apoiar a população idosa, a quem foi atribuído o Complemento

Solidário para Idosos (CSI), que despende grande parte dos seus recursos com a saúde,

nomeadamente com a compra de medicamentos e outros bens com baixa comparticipação do Estado,

foi instituída a atribuição dos Benefícios Adicionais de Saúde (BAS), com vista à redução das

desigualdades e melhoria da sua qualidade de vida.

Com efeito, o progressivo envelhecimento demográfico, entre outros aspetos, tem determinado

o aumento de doenças crónicas e incapacitantes em diversos grupos da população, designadamente

os idosos, com implicações diretas nos custos com a aquisição de medicamentos ou com outros

produtos necessários à manutenção e proteção da saúde.

Os BAS constituem-se como reembolsos de uma percentagem dos custos suportados pelos

respetivos beneficiários com medicamentos, óculos e próteses dentárias removíveis, de acordo com

a disciplina e os limites legalmente previstos, incidindo apenas sobre a parcela não comparticipada

pelo Estado.

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 161

Para operacionalização dos BAS foi implementado um sistema informático centralizado na ACSS,

o sistema de Informação sobre Benefícios Adicionais em Saúde (SISBAS), disponibilizado via web e

acedido pelos ACES e respetivas Unidades Funcionais.

Através do SISBAS é realizado o registo dos pedidos de reembolso e despesas efetuadas e ainda

não reembolsadas, bem como a transmissão da informação referente às respetivas ordens de

pagamento e à efetiva liquidação dos reembolsos.

Na implementação do sistema, compete ao Diretor Executivo do ACES, ou a pessoa por este

designada, tomar a decisão final sobre a atribuição dos BAS, terminando o processo com a exaração

de Despacho. Em caso de deferimento, é assinalado no SISBAS a devida autorização de atribuição e

os documentos comprovativos das despesas e pedido de atribuição dos BAS são remetidos à ACSS,

entidade a quem compete articular com a Segurança Social (SS) para efeitos de reembolso ao utente.

Os dados de 2018, relativos aos Benefícios Adicionais de Saúde, encontram-se disponíveis no

ponto 11 da Parte II do presente relatório.

13.9. Sistema de Gestão de Transporte Não Urgente de Doentes

O Sistema de Gestão de Transporte de Doentes (SGTD) é um sistema de informação que suporta

as atividades e a gestão integrada do processo de transporte não urgente de doentes, desde a sua

requisição à respetiva contabilização, no quadro de intervenção de todos os seus intervenientes.

A adoção de uma abordagem ao processo de gestão de transporte de doentes de forma

transversal permite a resposta integrada aos desafios da racionalização e da eficiência da gestão das

unidades funcionais da saúde, da normalização de critérios na marcação de transporte de doentes,

da imputação financeira às entidades requisitantes e da confirmação da efetividade do tratamento

ou consulta, para além de um controlo efetivo da contabilização inerente aos prestadores de serviços

de transporte.

Este sistema foi criado em 2009 na ARS do Alentejo, estando no final de 2018 implementado nas

cinco ARS e nas seguintes entidades hospitalares:

• Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte;

• Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental;

• Hospital Espírito Santo – Évora;

• Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo;

• Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano;

• Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano;

• Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde;

• Hospital Santa Maria Maior – Barcelos;

• Centro Hospitalar Baixo Vouga;

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

162

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

• Hospital Distrital Figueira da Foz;

• Hospital Arcebispo João Crisóstomo – Cantanhede;

• Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira;

• Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais;

• Centro Hospitalar Leiria;

• Centro Hospitalar do Oeste;

• Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto.

Os dados de 2018, referentes ao Transporte não Urgente de Doentes, encontram-se disponíveis

no ponto 3 da Parte II do presente relatório.

13.10. Registo de Saúde Eletrónico

Nos últimos anos, os sistemas de informação da saúde têm evoluído de uma perspetiva

focalizada nas unidades de saúde para uma visão integrada e em rede, orientada para o cidadão. O

Registo de Saúde Eletrónico, disponibiliza um sistema central de registo e partilha de informação

clínica, obedecendo aos requisitos emanados pela Comissão Nacional de Proteção de Dados. Esta

plataforma permite o acesso a informação dos cidadãos, através da criação do Registo de Saúde

Eletrónico, aos profissionais de saúde em diversos pontos do SNS (hospitais, urgências, cuidados

primários, rede nacional de cuidados continuados), sem os deslocar das bases de dados locais. O

acesso aos dados só é possível após ter sido autorizado pelo utente na Área do Cidadão, que tem ainda

a possibilidade de auditar os acessos realizados à sua informação, através do menu de ‘Histórico de

Acessos’ e gerir a sua informação, através da Área do Cidadão no Portal SNS.

Esta particularidade permite um elevado grau de transparência e empowerment do doente em

relação à sua informação de saúde, antecipando em vários anos, alguns aspetos plasmados no novo

Regulamento Europeu de Proteção de Dados.

A criação e desenvolvimento destas tecnologias parte da assunção de que a partilha de

informação entre organizações prestadoras de cuidados de saúde se traduz em benefícios a vários

níveis, de entre os quais se destacam, a segurança para o utente, o apoio à boa prática clínica, a

poupança de custos e a maximização de recursos. A recolha de dados epidemiológicos, de forma

segura, controlada e passível de auditoria, substituindo progressivamente a miríade de sistemas,

papéis e formulários online, é de indiscutível interesse público.

De igual forma, a partilha de informação de saúde é de interesse individual para o cidadão. No

âmbito da diretiva de cuidados transfronteiriços prevê-se o acesso a cuidados de saúde pelos

portugueses além-fronteiras, o que significa novas e distintas necessidades de partilha da sua

informação de saúde.

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 163

No que diz respeito à segurança para o utente, esse benefício traduz-se no facto no acesso, pelos

profissionais de saúde, a toda a informação disponível sobre o utente, independentemente do seu

local de registo, sempre com a concordância e autorização do próprio, responsável pelos seus dados.

Essa situação traduz-se, igualmente, no apoio à boa prática clínica, uma vez que o contexto dessa

prática ficará alicerçado num mais amplo e fidedigno conjunto de informação, dado que agrega todo

o conhecimento registado isoladamente sobre o utente em cada uma das organizações.

Em termos de custos, é expectável uma redução dos encargos com a realização de meios

complementares de diagnóstico, por desconhecimento ou acesso a resultados anteriores,

permitindo-se igualmente a maximização dos recursos disponíveis. Há também um importante

acesso a informação clínica histórica ou geograficamente dispersa, tornando o acesso a cuidados de

saúde mais dirigidos e adequados, mais fácil e menos oneroso para o Estado e para o cidadão.

A informação epidemiológica em Portugal tem sido, tradicionalmente, baseada na recolha e

constituição de bases de dados anonimizadas, o que constitui uma prática adequada, desde que se

evitem as duplicações de registo. Neste contexto, o uso de uma Plataforma representa um avanço,

impedindo o duplo registo, ao mesmo tempo que só mostra os dados identificados no contexto da

prestação, disponibilizando uma tabela completamente anónima (incluso sem número identificador)

de extração de dados à DGS e criando logs dos dados exatos apresentados em cada query ou pesquisa.

O acesso à informação pelo RSE está disponível através de quatro portais específicos, seguros e

contextualizados.

Área do Cidadão do Portal SNS

A Área do Cidadão disponibiliza serviços eletrónicos, procurando promover o acesso aos

serviços de saúde (como a marcação de consultas no médico de família), o acesso do cidadão à sua

própria informação (como a disponibilização das Guias de Tratamento, as medições de saúde, a

consulta dos resumos clínicos únicos do utente, etc.) e a simplificação e agilização de processos (como

o pedido de receituário de medicação crónica, a disponibilização dos comprovativos de presença

para consultas hospitalares, etc.).

Durante o ano de 2018, a Área do Cidadão do Portal SNS foi melhorada e aumentada a

disponibilização de informação ao cidadão, permitindo uma navegação mais intuitiva e uma mais

clara alocação dos serviços eletrónicos por categorias, criando a componente de Planos de Cuidados

e Percurso de Vida.

É possível ao cidadão aceder aos seguintes serviços digitais, a partir da Área do Cidadão do

Portal SNS:

• Consultar os dados do Utente no RNU;

• Adicionar contactos de emergência;

• Gerir autorizações de acesso à informação;

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

• Consultar o histórico de acessos;

• Consultar os episódios de saúde;

• Consultar os Cartões de Pessoa com Doença Rara;

• Registar dados clínicos por parte do cidadão;

• Consultar e imprimir o Testamento Vital, de acordo com o registo no RENTEV;

• Anexar documentos pertinentes;

• Ativar e acompanhar o Plano Individual de Cuidados;

• Responder ao questionário de saúde;

• Efetuar o rastreio de calculadora de diabetes;

• Registar e consultar medições (IMC, Glicémia, Tensão Arterial, Colesterol, Triglicéridos,

Saturação O2, INR, Ritmo Cardíaco);

• Consultar Boletim de Vacinas;

• Consultar Boletim de Saúde Oral;

• Consultar o Calendário de Utente;

• Marcar consulta para o médico de família na sua unidade de saúde dos cuidados de saúde

primários;

• Consultar o estado de referenciação dos pedidos efetuados dos hospitais para os cuidados

de saúde (apenas para alguns hospitais);

• Consultar a Lista de Inscritos para Cirurgia;

• Consultar Resultados de Exames (já disponível para alguns laboratórios privados);

• Consultar Guias de Tratamento;

• Pedir renovação de prescrição médica de medicação crónica;

• Pedir e consultar informação relacionada com a mobilidade de doentes;

• Pedir isenção de taxas moderadoras;

• Contactar a unidade de saúde onde o cidadão está inscrito;

• Consultar os benefícios SNS;

• Consultar dívidas existentes sobre as taxas moderadoras em algumas instituições do SNS.

Caso o cidadão assim o autorize, toda a informação por este registada na Área do Cidadão do

Portal SNS, pode ser partilhada com os profissionais de saúde que o acompanham, simplificando o

processo de recolha de informação e acompanhamento dos utentes.

No final de 2018 existiam 2.080.627 cidadãos registados na Área do Cidadão do Portal SNS, com

a possibilidade de usufruírem dos serviços aí disponibilizados, alguns dos quais, já anteriormente

listados.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 165

Quadro 33. Evolução do número de utentes inscritos na Área do Cidadão

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Número Utentes inscritos na Área do Cidadão

177 226 323 709 585 604 743 645 892 387 1 163 100 1 421 854 1 650 311 2 080 627

Fonte: SPMS

Área do profissional do Portal SNS

A Área do Profissional é uma plataforma centrada no utente, que permite o acesso, pelos

profissionais de saúde (médicos e enfermeiros), à sua informação clínica. A informação que o utente

disponibiliza na Área do Cidadão e cuja consulta é por ele autorizada, permite ao profissional de

saúde obter alguns indicadores que o podem auxiliar a um melhor conhecimento, diagnóstico e

tratamento do utente.

O acesso a esta Área do Profissional é efetuado através do sistema informático utilizado pelo

prestador de serviços de saúde e está disponível em instituições públicas e privadas,

disponibilizando acesso a informação constante das bases de dados locais.

Este portal permite a intercomunicação entre os sistemas de informação de cada uma das

instituições de saúde do SNS, viabilizando, assim, a agregação e visualização da informação de saúde

dos utentes registados, quando e onde for necessário.

Durante o ano de 2018, foram registados 22.047.631 acessos em dias úteis.

Continuou o processo de acesso e visualização das imagens e relatórios do utente no SNS. Assim,

tornou-se possível que os MCDT, que tenham sido efetuados nos hospitais, com licença adequada,

possam ser consultados, em qualquer ponto do SNS em que ele se encontre, durante o processo de

prestação de cuidados. Até dezembro de 2018, esta partilha de imagens era possível em 16

instituições de saúde.

A PDS Live constitui-se como uma área geral para aplicação da telemedicina, que permite a

teleconferência com utentes e entre entidades do SNS para aqueles que dispõem de computador

pessoal com webcam para realização de uma teleconsulta, com partilha de imagens e outros

documentos. Em 2018 suportou a realização de 5.378 sessões e conferências.

No âmbito da disponibilização do Registo de Saúde Eletrónico foram criados novos mecanismos

de integração de dados, dos quais se destacam a integração com farmácias e com laboratórios

privados.

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/no-de-

utentes-inscritos-na-area-do-cidadao/?sort=periodo

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

No que se refere à integração com farmácias, foi possível registar:

• 3.642 questionários ativos mais 2.530 questionários inativos, o que representa um total de

6.172 questionários integrados no final do ano 2018;

• 99.450 vacinas integradas em 2018, com um total de 186.466 desde outubro de 2017.

Área institucional

A Área Institucional tem como objetivo disponibilizar um conjunto de estatísticas referentes à

Área do Profissional. Em concreto, este portal permite nesta fase sobretudo a obtenção de dados

sobre o uso do sistema para auditoria e monitorização, e detetar falhas, usos indevidos, e assim

contribuir para garantir a proteção de dados e da privacidade.

Área internacional

A Área Internacional constitui-se como a ligação da plataforma portuguesa à rede europeia, num

trabalho de parceria com outros países, com o objetivo de que seja possível a partilha de alguma

informação clínica, se esse for desejo do cidadão, com alguns países europeus.

13.11. MySNS - Aplicações Móveis

Em 2016, o SNS já tinha promovido o lançamento de duas aplicações móveis: MySNS e MySNS

Tempos. No entanto, em janeiro de 2017, foi disponibilizada a aplicação móvel que veio a permitir a

portabilidade do Registo de Saúde Eletrónico, trazendo a informação de saúde para o telemóvel do

Cidadão: a “MySNS Carteira – A Carteira Eletrónica da Saúde”.

A MySNS Carteira permite ao cidadão associar “cartões” específicos por componentes

informativas do seu interesse. Cada cartão corresponde a um tipo de informação de saúde,

nomeadamente:

• Cartão de Acesso à Saúde;

• eGuias de Tratamento;

• Cartão ADSE;

• eTestamento Vital;

• Boletim de Vacinas.

Durante o ano de 2018, foram disponibilizados mais de 3 cartões, perfazendo um total de 8

cartões. Os novos cartões são:

• Atividade Física: permite a monitorização da prática da atividade física. Contador de passos,

calorias gastas, distância percorrida e gráfico de média de passos são as funcionalidades que,

de uma forma muito simples, contribuem para monitorizar os níveis de atividade física do

cidadão;

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 167

• Alergias: apresenta as alergias registadas nos sistemas de informação do SNS que seguem o

Catálogo Português de Alergias e Reações Adversas (CPARA) e estão ligados aos sistemas

centrais. As alergias são consultadas no Resumo Clínico Único do Utente e estão agrupadas

de acordo com o grau da reação alérgica: severa, moderada e ligeira;

• Doenças Raras: transmite a informação clínica mínima essencial para proteção e segurança

clínica dos utentes que apresentem doenças raras.

Construída de acordo com o interesse do cidadão, a MySNS Carteira reúne a informação de saúde

do cidadão numa aplicação disponível para smartphone. Toda a informação é guardada de forma

segura, usando standards internacionais. Desde o seu lançamento até ao final do ano de 2018, esta

aplicação foi instalada em 271.051 dispositivos móveis.

As aplicações móveis MySNS e MySNS Tempos, lançadas em setembro e novembro de 2016

respetivamente, têm objetivos distintos. A primeira pode ser vista como a ligação móvel ao Portal do

SNS e aos serviços digitais da Saúde. Assim sendo, é possível encontrar nesta aplicação as principais

notícias ligadas ao SNS ou obter a georreferenciação das instituições de saúde do SNS (como

hospitais, centros de saúde ou farmácias).

Durante o ano de 2017 foi descarregada 116.300 vezes (o que, em conjunto com os dados de

2016, perfaz um total de 231.347 downloads). Por sua vez, a MySNS Tempos é uma aplicação que

permite, em tempo real, consultar o tempo médio de espera nos serviços de urgência das instituições

hospitalares do SNS. Em 2018, esta aplicação foi instalada em 12.673 telemóveis (perfazendo um

total de 59.405 downloads).

13.12. Portais SNS

Com o objetivo de melhorar o acesso do Cidadão à informação e serviços de saúde, tem sido feito

um trabalho de fortalecer e padronizar a imagem do SNS na Internet, disponibilizando portais às

entidades de saúde, garantindo a uniformização gráfica, tecnológica e arquitetural dos portais para

as instituições com valências equivalentes, estando garantido o cumprimento das linhas orientadoras

que deram origem ao revamping do Portal do SNS e a garantia que cada entidade não perde a sua

identidade. Por outro lado, para as instituições que preconizam objetivos distintos, tem-se aplicado

o princípio da harmonização, ou seja, portais individuais que dão resposta particularmente

específicas, mantêm a entidade das instituições e seguem as guidelines do SNS para a Internet.

Ao longo de 2018 foram disponibilizados 10 portais para entidades com realidades específicas

de norte a sul do país como a ACSS, o INEM, os Centros Hospitalares, entre outros, contando com um

total de 62 portais disponíveis ao abrigo da Circular Normativa Conjunta da uniformização dos

portais do SNS. Esta centralização de recursos trouxe benefícios de diversos níveis, diminuiu custos

com infraestruturas e desenvolvimento aplicacional e de manutenção e potencializou estratégias de

comunicação, segurança, usabilidade e acessibilidade, aproximando cada vez mais o SNS do cidadão.

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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

13.13. RENTEV – Registo Nacional do Testamento Vital

O direito do exercício do testamento vital é hoje uma realidade. Em 2017 assinalou-se o número

mais elevado de registos do Testamento Vital no sistema informático RENTEV - Registo Nacional do

Testamento Vital, desde que este entrou em vigor, em julho de 2014, o que, para o SNS, reflete a

melhoria dos direitos e informações e acesso dos cidadãos.

Mais de 24 mil portugueses registaram o seu testamento vital, documento, registado

eletronicamente, onde se manifesta o tipo de tratamento e de cuidados de saúde que se pretende ou

não receber, numa situação de incapacidade em expressar a sua vontade. Este sistema permite ainda,

ao cidadão, nomear um ou mais procuradores de cuidados de saúde.

Dos 24.330 testamentos vitais registados entre julho de 2014 e dezembro de 2018, 15.949 são

de mulheres e 8.381 de homens. De acordo com a legislação em vigor o testamento expira ao fim de

cinco anos.

Quadro 34. Evolução de registos do Testamento Vital

2014 2015 2016 2017 2018

Total Testamento Vital (TVs) 881 1 168 4 234 11 983 6 064

TVs Masculinas 348 424 1 532 4 041 2 036

TVs Masculinas (< 65 anos) 134 171 900 2 526 1 350

TVs Masculinas (>= 65 anos) 214 253 632 1 515 686

TVs Femininas 533 744 2 702 7 942 4 028

TVs Femininas (< 65 anos) 242 335 1 495 4 441 2 400

TVs Femininas (>= 65 anos) 291 409 1 207 3 501 1 628

Fonte: SPMS

13.14. Receita sem Papel - Desmaterialização Eletrónica da Receita

Através despacho publicado a 25 de fevereiro de 2016, a Receita sem Papel adquiriu caráter

obrigatório a partir de 1 de abril desse ano, para todas as entidades do SNS.

Anteriormente, a Portaria n.º 224/2015, de 27 de julho, regulamentou a implementação de todo

o circuito de Receita sem Papel – prescrição, dispensa e faturação. O regime jurídico – que substituiu

a Portaria n.º 137-A/2012, de 11 de maio – alargou e adaptou as regras da prescrição eletrónica às

da dispensa e faturação, cumprindo, desta forma, a prioridade de privilegiar a utilização de meios

eletrónicos nos serviços do SNS.

Este modelo eletrónico permite, assim, a prescrição, em simultâneo, de diferentes tipologias de

medicamentos, ou seja, a mesma receita poderá incluir fármacos comparticipados com tratamentos

não comparticipados. O sistema traz vantagens para o utente, já que todos os produtos de saúde

prescritos são incluídos num único receituário, o que antes não acontecia.

StatLink:

https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/testamento-vital/

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 169

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/

dataset/evolucao-da-prescricao-electronica-de-

medicamentos/?sort=tempo

No ato da dispensa nas farmácias, o utente poderá optar por levantar todos os produtos

prescritos, ou apenas parte deles, sendo possível levantar os restantes em diferentes

estabelecimentos e em datas distintas.

Quadro 35. Evolução do número de receitas com e sem papel

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Número Receitas com Papel - 49 545 541 61 714 082 92 912 147 108 558 894 112 256 823 58 877 162 6 132 715 3 345 729

Número Receitas sem Papel 0 0 0 0 0 22 369 24 260 830 49 139 634 51 787 248

Nota: A partir de 2016, o número total de receitas regista uma diminuição, devido ao facto de conterem maior número de prescrições por receita. Fonte: SPMS

Quadro 36. Evolução prescrição eletrónica do medicamento

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Número Total Receitas Prescritas Eletrónicas

49 545 541 61 714 082 91 991 938 107 652 689 111 488 735 82 185 587 55 272 349 55 132 977

Número Embalagens Prescritas por DCI (CNPEM)

0 0 40 056 827 118 483 474 143 669 386 151 617 588 159 367 756 169 191 414

Número Embalagens Prescritas por Marca por Exceção A 263 806 298 084 262 094 353 169 365 396 370 264

Número Embalagens Prescritas por Marca por Exceção B

1 010 101 613 685 477 676 462 192 410 172 476 192

Número Embalagens Prescritas por Marca por Exceção C 19 831 132 21 030 601 15 385 725 14 063 119 12 689 397 12 064 675

Número Embalagens Prescritas Sem Necessidade de Justificação Técnica

100 990 433 125 680 087 163 742 332 203 578 066 217 353 398 225 975 970 234 781 398 75 224 987

Fonte: SPMS

A receita eletrónica veio substituir gradualmente a receita em papel, a partir de 2015,

afirmando-se em 2016, primeiro nas unidades de saúde do setor público e, posteriormente, no setor

privado. Em 2017, funcionava em pleno nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

Com a Receita Sem Papel, o cidadão recebe a prescrição por e-mail ou SMS, podendo levantar os

medicamentos em qualquer farmácia e consultar o seu guia de tratamento no tablet ou telemóvel,

através da Área do Cidadão do Portal SNS. Basta registar-se em www.sns.gov.pt/cidadão. É ainda

possível usar a MySNS Carteira para aceder às Guias de Tratamento.

13.15. Exames Sem Papel - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

O projeto Exames Sem Papel visa a desmaterialização de todo o processo associado à realização

de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, preconizando uma alteração de paradigma

quanto à gestão dos recursos do SNS.

StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-

do-sns/receita-sem-papel/

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

170

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Com o arranque do projeto, no ano de 2017 foi publicado um conjunto de diplomas legais que

permitiram desenvolver as primeiras iniciativas relacionadas com o projeto, nomeadamente:

• Despacho n.º 4751/2017, de 31 de maio, que identificou três entidades do SNS como piloto

na disponibilização desmaterializada de resultados dos exames ao médico prescritor e ao

utente;

• Despacho n.º 8018/2017, de 14 de setembro, que definiu regras para a disponibilização de

resultados de exames prestados em convencionados, com os utentes e profissionais de saúde

do SNS.

Estes diplomas foram complementados em 2018 com a publicação de:

• Portaria n.º 126/2018, de 8 de maio, que define as regras de prescrição, registo e

disponibilização de resultados dos MCDT e que regula a faturação dos respetivos

prestadores ao SNS, para efeitos de conferência de faturas e posterior pagamento. Esta

portaria veio regulamentar a prescrição, prestação, faturação e partilha de resultados de

Exames Sem Papel, que teve o seu início em julho de 2018. A implementação dos Exames

Sem Papel incluiu a desmaterialização da prescrição e prestação de Meios Complementares

de Diagnostico e Terapêutica, tem sido atingida uma percentagem de desmaterialização de

cerca de 20%. A partilha de resultados também avançou, sendo que no final de 2018 foram

partilhados cerca de 137.207 resultados com origem no setor convencionado, distribuído

por 40 entidades e 691.959 resultados com origem no SNS, distribuído por 5 entidades;

• Despacho n.º 6916/2018, de 18 de julho, que define os novos modelos de requisição de

MCDT em contexto de cuidados de saúde primários.

Suportado nos documentos acima referidos, o projeto arrancou com a primeira requisição

desmaterializada em julho de 2018 e os MCDTs em outubro do mesmo ano.

Relativamente à partilha de resultados, desde setembro 2017, que seis unidades do SNS se

encontram a partilhar resultados de Exames na Área do Cidadão do Portal SNS dos seus utentes e na

área dos seus profissionais de saúde, totalizando 701.847 partilhas de resultados de MCDT.

Ao nível das entidades convencionadas com o SNS registou-se, no final de 2018, um total de

138.221 resultados partilhados, com origem em 40 entidades do setor convencionado.

13.16. Prescrição de medicamentos biológicos

Através da Portaria n.º 48/2016, de 22 de março, estabeleceu-se o regime excecional de

comparticipação de medicamentos destinados ao tratamento de doentes com artrite reumatoide,

espondilite anquilosante, artrite psoriática, artrite idiopática juvenil poliarticular e psoríase em

placas. A prescrição dos medicamentos apenas ocorre em consultas especializadas no diagnóstico e

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 171

tratamento das doenças, devendo o médico prescritor mencionar expressamente o regime

excecional.

A prescrição de medicamentos biológicos pela aplicação PEM (Prescrição Eletrónica Médica)

deve reunir os seguintes requisitos:

a) O local de prescrição ser um centro prescritor registado no site da DGS;

b) O médico do centro prescritor estar igualmente registado no site da DGS para a prescrição

de medicamentos biológicos;

c) O local de prescrição ter um código de local de prescrição válido, não sendo, para esse efeito,

admissíveis códigos associados a Locais de Prescrição de Entidade Utilizadora Privada

(LPEUP).

Para cumprir o disposto na Circular disponibilizou-se o acesso à aplicação de prescrição PEM

em ambiente privado.

A PEM disponibiliza um separador de prescrição do tipo “BIO”, específico para a prescrição deste

tipo de medicamentos, e cuja aplicação obriga à materialização da receita, pelo que o médico

prescritor deverá assinar manuscritamente a mesma.

A materialização da receita ocorre para que seja possível a sua dispensa exclusiva através dos

Serviços Farmacêuticos dos hospitais do SNS. As farmácias hospitalares podem dispensar os

medicamentos, previstos na Portaria n.º 48/2016, apenas quando se verifiquem, cumulativamente,

as seguintes condições: o centro prescritor esteja registado no site da DGS e a dispensa do

medicamento registada em base de dados específica para este efeito.

A DGS criou as condições necessárias para o registo das dispensas de todos os medicamentos

biológicos, para acompanhamento e monitorização do historial terapêutico do doente, por parte das

farmácias hospitalares, nas bases de dados da Sociedade Portuguesa de Reumatologia e da Sociedade

Portuguesa de Medicina Interna, com observância das regras estabelecidas pela Comissão Nacional

de Proteção de Dados.

No âmbito da prescrição de medicamentos biológicos, ao abrigo da já referida Portaria n.º

48/2016, de 22 de março, foi publicada, no dia 19 de junho, a Circular Normativa Conjunta n.º 4/DGS/

INFARMED/SPMS.

Esta circular vem introduzir uma exceção à obrigatoriedade da prescrição de medicamentos ao

abrigo da Portaria n.º 48/2016, de 22 de março, na aplicação PEM, disponibilizada pela SPMS, bem

como esclarecer as circunstâncias em que a prescrição manual pode ocorrer e ser aceite pelos

Serviços Farmacêuticos dos hospitais do SNS.

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

172

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

13.17. Desmaterialização da Prescrição de Cuidados Respiratórios Domiciliários

A prescrição eletrónica de CRD tornou-se obrigatória, pelo Despacho n.º 9405/2014, de 21 de

julho), através da PEM, para todo o SNS. O Módulo CRD disponibiliza funcionalidades que permitem

a prescrição eletrónica de CRD, nomeadamente de oxigenoterapia, ventiloterapia e aerossolterapia,

bem como a prescrição de outros equipamentos, garantindo a aplicação das regras e normas da DGS.

Adicionalmente, este módulo permite a gestão dos dados clínicos do utente: avaliação clínica,

diagnósticos e exames, consulta, renovação, modificação e anulação de receitas do utente.

Até ao final de 2016, observou-se uma crescente utilização da prescrição informatizada de

cuidados respiratórios através da PEM, tornando-se residual a prescrição manual, recurso apenas

permitido para colmatar eventuais falhas da PEM-CRD, conforme disposto no Despacho n.º

9405/2014, de 21 de julho.

Em fevereiro de 2017, foi alterada a duração da prescrição de CRD de 90 para 180 dias,

permitindo dessa forma, reduzir o número de prescrições emitidas.

Neste contexto, o objetivo é desmaterializar todos os circuitos de prescrição do SNS, até 2020, o

circuito de prescrição, dispensa e faturação dos cuidados respiratórios domiciliários.

Com o objetivo de assegurar a transição para a total desmaterialização deste circuito, foi criado

um grupo de trabalho com vários parceiros públicos e privados.

13.18. Rede Informática da Saúde

Em 2018 deu-se continuidade à melhoria da qualidade e ao aumento da largura de banda dos

vários portais que constituem a RIS, assim como à instalação de mais de 5 mil postos de trabalho que

se juntaram aos mais de 7 mil adquiridos e instalados no ano de 2017. Estes novos postos de trabalho

reforçaram diversas unidades dos cuidados de saúde primários.

13.19. Registo Oncológico Nacional

A Lei n. º53/2017, de 14 de julho, veio criar e regular o Registo Oncológico Nacional (RON). O

RON é um registo centralizado que agrega numa única plataforma informática os diversos registos

de todos os doentes oncológicos tratados em Portugal Continental e Regiões Autónomas, permitindo

a monitorização da atividade realizada nas instituições, de forma a garantir a uniformidade dos dados

e da informação tratada e possibilitando a sua utilização para avaliação epidemiológica e análise da

efetividade dos rastreios e terapêuticas.

De acordo com o diploma, é obrigatório o registo na plataforma eletrónica do RON de todos os

novos casos de diagnóstico de cancro, por parte de todos os estabelecimentos e serviços de saúde do

setor público, social e privado, independentemente da sua natureza jurídica, localizados no

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 173

Continente ou nas regiões autónomas, no prazo máximo de nove meses a contar da data do

conhecimento do diagnóstico, e a posterior atualização, no mínimo anual, do estádio da doença

oncológica, das terapêuticas oncológicas usadas e do estado vital do doente.

De salientar igualmente que, no âmbito do processo de contratualização dos cuidados de saúde

implementado no SNS, são estabelecidos mecanismos de incentivo e penalização associados a uma

adequada prática de registo oncológico, nos termos do disposto na lei.

Em 2017, o RON foi preparado ao nível de infraestrutura para que a partir do dia 1 de janeiro de

2018 esta nova plataforma fosse uma realidade no panorama nacional.

Em janeiro de 2018, o RON passou a ser um sistema central e todas as instituições públicas e

algumas privadas, com o registo de dados de 48 instituições, diretamente nesta aplicação.

13.20. Bilhete de identidade dos cuidados de saúde primários (BICSP)

No final do ano de 2017, foi definido pela ACSS, em conjunto com a Coordenação Nacional para

a Reforma do SNS na área dos cuidados de saúde primários, que o processo de contratualização dos

cuidados de saúde primários para 2018, nas suas diferentes fases, seria sustentado na sua totalidade

por uma solução de gestão do conhecimento.

Esta solução foi desenhada e disponibilizada com informação que permitisse caracterizar todas

as unidades funcionais dos CSP, qualificar o seu desempenho de forma integrada e multidimensional,

contribuindo assim para o seu desenvolvimento e melhoria contínua.

O projeto, designado por BICSP reveste-se de enorme importância, na medida em que suporta o

processo de contratualização dos CSP de 2018, tendo sido assegurado um conjunto mínimo de

funcionalidades.

De forma a responder às necessidades identificadas, a operacionalização da solução BICSP foi

organizada e disponibilizada em três componentes:

1. Portal com acesso público e acesso autenticado;

2. Ferramenta para a exploração da informação;

3. Ferramenta para a criação e monitorização dos planos de ação, no âmbito da

contratualização dos CSP.

Fruto do investimento tecnológico no SNS e da crescente necessidade de informação das

entidades e profissionais, existe atualmente um conjunto de sistemas dedicados à consolidação e

exploração de dados da atividade clínica e administrativa de grande parte das unidades prestadoras

de cuidados, no âmbito do SNS. Este caminho tem sido, no entanto, complexo pois os sistemas fonte

de dados, são vários, com estruturas e conteúdos de dados mestre distintos, dificultando as

operações de consolidação e agregação com a visão nacional, assim como a própria gestão dos

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

174

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

processos. No entanto, o BICSP demonstrou ser uma ferramenta poderosa que permite a exploração

destes dados com um volume considerável de pedidos oriundos de vários sistemas de informação

distintos no SNS.

Tendo como princípio a gestão criteriosa e a eficiência na utilização dos recursos da saúde,

entendeu-se obrigatória o recurso aos Datawarehouses existentes no SNS, evoluindo os mesmos,

para ir assim ao encontro dos requisitos identificados para suprimir a necessidade de caracterizar os

CSP. Neste contexto, foi identificado que o ecossistema SIM@SNS, dadas as suas características,

reunia condições suficientes para alavancar a componente de exploração de dados no projeto BICSP

O portal BI CSP, nas suas três componentes, foi disponibilizado a 15 de dezembro de 2017 e

passou por desenvolvimentos constantes ao longo do ano de 2018, resultando no enriquecimento da

informação relevante e pertinente no diagnóstico dos cuidados de saúde primários no SNS:

1. BI- Self-Service: Criação de mecanismo de exploração por parte dos utilizadores, aos vários

modelos de dados construídos, dando assim resposta às necessidades de informação;

2. Um portal com ferramentas de gestão de conteúdos, garantindo acesso publico e privado

(Caracterização dos CSP; Monitorização e acompanhamento da contratualização; Área de e-

qualidade; Área de auditoria; Área de investigação);

3. Ferramenta para a criação dos planos de ação das UF – contratualização interna.

13.21. Estratégia Nacional para o Ecossistema de Informação de Saúde 2020

A Estratégia Nacional para o Ecossistema de Informação de Saúde 2020 (ENESIS), aprovada de

acordo com a Resolução do Conselho de Ministros n.º 62/2016, 17 de outubro, visa criar as condições

para tornar o ecossistema uma referência de boas práticas e promover a entrega de benefícios, a

gestão de riscos e a otimização dos recursos.

No sentido de operacionalizar os desígnios previstos no diploma acima referido, o Despacho n.º

3156/2017, de 5 de abril, veio estabelecer um modelo de funcionamento e coordenação operacional

para realizar os objetivos do ENESIS 2020. Dando cumprimento a este Despacho, a SPMS procedeu à

definição de um modelo de governança e gestão do Ecossistema de Informação em Saúde (eSIS) que

define o enquadramento e condições em que os diversos atores e componentes do ecossistema

podem contribuir para os seus objetivos.

De seguida apresentam-se as atividades realizadas, no âmbito da ENESIS 2020, em 2018.

Atualização da Plataforma de Gestão de Portefólio

O acompanhamento e controlo da atividade da ENESIS 2020 é coordenado pela SPMS, em

articulação com as demais estruturas organizacionais, de acordo com o modelo de governação

aprovado. Este acompanhamento é suportado num modelo de gestão de portefólio de iniciativas TIC,

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 175

que tem como propósito a monitorização de indicadores de execução das diferentes atividades e

projetos desenvolvidos pelas entidades que pertencem ao ecossistema do eSIS.

Para o ano 2018, a SPMS solicitou a atualização da plataforma de gestão de portefólio que tem

por objetivo auxiliar as entidades a proceder ao carregamento das diferentes iniciativas,

contempladas nos planos estratégicos, de que são responsáveis, de acordo com regras e atributos

comuns, permitindo o seu acompanhamento centralizado pela SPMS e, de forma mais fácil, a

elaboração de relatórios e indicadores estatísticos agregados.

Realização de três Fórum ENESIS

O Fórum ENESIS é uma das estruturas orgânicas, contemplada no modelo de governação da

ENESIS 2020, cujas principais atribuições são o alinhamento das expectativas das entidades entre si,

a promoção de conhecimento e entendimento comum das boas práticas e a identificação de sinergias

e partilha de soluções que contribuam para o cumprimento dos objetivos da ENESIS 2020.

No ano de 2018, foram realizados três Fóruns ENESIS:

• II Fórum ENESIS – 8 de fevereiro de 2018;

• III Fórum ENESIS – 20 de março de 2018;

• IV Fórum ENESIS – 26 de setembro de 2018.

O II Fórum realizou-se nas instalações da SPMS, em Lisboa, tendo estado presentes 62

participantes e 46 entidades. Houve uma grande participação dos representantes das entidades e

uma partilha de experiências e troca de informação sobre os diferentes temas em análise.

Nesta reunião foi apresentado, pela coordenação do eSIS (CeSIS), o ponto de situação sobre a

análise dos planos estratégicos ENESIS 2017/2019, com base nos documentos estratégicos

disponibilizados pelas diferentes entidades e houve uma partilha de experiências e informações

sobre a área da continuidade de negócio/contingência, que é um dos aspetos que tem vindo a

preocupar o eSIS, quer pelos riscos de cibersegurança, quer por limitações de capacidade financeira,

humana e infraestrutural.

O III Fórum ENESIS, inserido no evento Portugal eHealth Summit 2018, contou com a presença

de 120 participantes. Nesta reunião apresentou-se a análise aos Planos Estratégicos das Entidades

do eSIS e respetivo enquadramento de algumas linhas estratégicas. Foram ainda feitas duas

apresentações sobre o mote Transformação Digital pelo Hospital Dr. Francisco Zagalo, com o projeto

Hospital de Ovar Sem Papel, e do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central. O III Fórum

terminou com uma apresentação do projeto SNS Sem Papel, pela SPMS.

O IV Fórum realizou-se no Pequeno Auditório, da Fundação Caixa Geral de Depósitos Culturgest,

e contou com a presença de 70 participantes, tendo-se realizado as seguintes apresentações: ponto

de situação dos Planos Estratégicos das Entidades, Plano Estratégico da SPMS, alinhamento dos

projetos em desenvolvimento e a sua interligação com as Linhas Estratégicas, Plano Estratégico da

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PARTE I | 13.SNS DIGITAL

176

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Unidade Local de Saúde de Matosinhos. Foram ainda abordados os temas da Cibersegurança,

Interoperabilidade na Saúde, com a apresentação do Hospital Garcia de Orta da experiência de

implementação da LIGHt, e, por fim, a apresentação da área Mobile.

Deste Fórum, surgiu a criação de três grupos de trabalho ENESIS: Estratégia de

Interoperabilidade, Estratégia Mobile e, por fim, Capacitação.

Realização da 2.ª Reunião do Conselho Consultivo do eSIS (CCeSIS)

O Conselho Consultivo do eSIS (CCeSIS) é um órgão permanente, previsto na estrutura de

governação do eSIS, que visa recolher a opinião e recomendações de representantes de partes

interessadas do eSIS. A segunda reunião do Conselho Consultivo do eSIS (CCeSIS) realizou-se, a 21

de novembro de 2018, e contou com 19 participantes, em representação de 10 Ordens/Associações

de Profissionais da área da Saúde.

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PARTE I | 14.SIMPLEX+ SAÚDE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 177

14. SIMPLEX+ Saúde

O SIMPLEX+ tem como objetivo envolver os trabalhadores em funções públicas na definição de

medidas de simplificação e modernização administrativa, a partir da identificação de problemas

concretos na prestação de serviços públicos. Neste âmbito, e no total das 17 áreas governativas, o

Ministério da Saúde encontra-se em segundo lugar, relativamente ao grau de execução das medidas

avaliadas (83,3%). No anexo 4 encontram-se todas as medidas SIMPLEX+ Saúde.

Para o Programa Simplex+ 2018, destacam-se as seguintes medidas para a área da saúde, cujo

prazo de conclusão está previsto para o 4º trimestre de 2019:

• Acessibilidade e Usabilidade WEB na Saúde;

• Ciência Aberta no SNS;

• Compras Públicas na Saúde – Simplificação do Processo de Compras Internas da SPMS;

• Inspeção + Infarmed e Pagamentos Simplificados Infarmed;

• Sistema de Gestão de Avaliação do medicamento + Simples;

• Sistema Integrado de Gestao do Acesso no SNS;

• Cédula Profissional Eletrónica da Saúde.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 179

Relatório Anual | 2018

Acesso a cuidados de saúde nos estabelecimentos do SNS e entidades convencionadas

Ministério da Saúde

Parte II

Acesso a áreas específicas da prestação de

cuidados de saúde

A segunda parte deste relatório é dedicada à análise do desempenho de áreas

específicas do Acesso a Cuidados de Saúde no ano de 2018.

• SNS 24

• Emergência Médica

• Sistema de Transporte Não Urgente de Doentes

• Taxas Moderadoras

• Programa Nacional de Vacinação

• Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral

• Cartão de Pessoa com Doença Rara

• Sangue

• Transplantação

• Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio – Ajudas Técnicas

• Benefícios Adicionais em Saúde

• Dependências: Drogas, Álcool e Jogo

• Centro de Emergência em Saúde Pública

• Acesso ao medicamento

• Procriação Medicamente Assistida

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PARTE II | 1.SNS 24

180

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

1. SNS 24

A publicação do Decreto-Lei n.º 69/2017, de

16 de junho, procedeu à transferência de

atribuições relativas ao Centro de

Atendimento do Serviço Nacional de Saúde da

Direção-Geral da Saúde (DGS) para os

Serviços Partilhados do Ministério da Saúde

(SPMS), que assegurou o seu funcionamento,

bem como do novo Centro de Contacto do

Serviço Nacional de Saúde (SNS 24) que lhe

sucedeu.

O SNS 24 foi inaugurado a 24 de julho de 2017,

dando continuidade aos serviços de triagem,

acompanhamento e encaminhamento e

iniciado, a 4 de setembro do mesmo ano, um

conjunto de novos serviços informativos e

administrativos que reforçaram a

disponibilidade (maior oferta adequada às

necessidades da população) e a proximidade

(centralização de serviços) do SNS aos

cidadãos.

O SNS 24 está então acessível através de:

• Telefone (número único nacional): 808 24

24 24;

• Site SNS 24: www.sns24.gov.pt;

• Correio eletrónico / e-mail:

[email protected].

De acordo com os dados disponibilizados pelo

Centro de Contacto, no último quadrimestre

de 2018, cerca de 95% dos utilizadores

estavam satisfeitos ou muito satisfeitos com o

serviço prestado. De salientar também que,

98% dos utilizadores consideraram provável

ou muito provável voltar a utilizá-lo, e 97%

recomendariam o serviço a amigos e

familiares.

Princípios orientadores do SNS 24

O SNS 24 rege-se pelos princípios e valores

diretamente relacionados com a prestação de

cuidados no SNS, nomeadamente:

• Foco no utente – ir ao encontro das

necessidades do cidadão, privilegiando a

atenção e relação personalizada;

• Simplicidade e acessibilidade;

• Integração;

• Simplificação;

• Universalidade e equidade;

• Confidencialidade;

• Proximidade.

SNS 24 – visão centrada no cidadão

O avanço da tecnologia permite que o SNS 24

assuma um papel fundamental e mais

abrangente na estratégia global para o setor da

saúde. Assim, o Centro de Contacto está

progressivamente a adaptar-se à configuração

atual do Serviço Nacional de Saúde e às

necessidades da população, constituindo-se

como uma porta de entrada ágil e preferencial

de acesso dos cidadãos ao SNS.

A missão do SNS 24 consiste em disponibilizar

ao cidadão, através de um ponto de contacto

único, omnicanal, um conjunto de informações

e serviços que facilitam o acesso, asseguram a

equidade e simplificam a utilização do SNS.

De forma gradual, são disponibilizados serviços

através de uma plataforma de atendimento

única, integrada e simples, sendo que para

garantir a sua eficiência se torna essencial a

articulação entre todas as entidades do SNS.

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PARTE II | 1.SNS 24

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 181

Objetivos do SNS 24

O SNS 24 tem como principais objetivos:

• Ampliar e simplificar o acesso da

população à informação e aos serviços de

saúde, facilitando a utilização do SNS;

• Orientar o cidadão para os serviços de

saúde mais adequados às suas

necessidades, contribuindo para a

diminuição de situações de

congestionamento dos serviços de saúde,

nomeadamente as urgências e os serviços

administrativos (marcação de consultas);

• Promover o envolvimento do cidadão na

gestão ativa da saúde, respondendo de

forma esclarecedora e em tempo útil às

necessidades manifestadas;

• Colaborar no aumento da eficácia e da

eficiência operativa do setor da saúde,

promovendo a articulação necessária

entre as várias entidades do SNS e a

integração dos Sistemas de Informação do

Ministério da Saúde;

• Contribuir para uma visão integrada sobre

as diferentes medidas e programas de

saúde.

SNS 24 - contribui para a gestão do

acesso ao SNS

O SNS 24 tem implementado um conjunto de

procedimentos, tendo em vista a garantia do

acesso universal aos serviços que disponibiliza,

bem com a equidade no atendimento,

garantindo que o cidadão tem acesso, através

de um telefonema ou de um acesso online, a

serviços que até aqui eram apenas

disponibilizados presencialmente.

Destacam-se:

• Disponibilização de uma ferramenta de

conversação (chat) para cidadãos com

incapacidades ou dificuldades auditivas ou

na fala. Atualmente está em estudo o

desenvolvimento de uma ferramenta de

língua gestual em tempo real;

• Todos os serviços podem ser prestados em

língua inglesa;

• Tanto os serviços clínicos como não clínicos

estão acessíveis através do telefone sem

necessidade de deslocação. No caso dos

serviços clínicos, podem ainda existir

chamadas de seguimento, quando

clinicamente indicado;

• Nos serviços TAE, quando adequado,

procede-se ao encaminhamento através do

sistema de referenciação (Consulta a Tempo

e Horas) para a instituição de destino

(Serviço de Urgência ou CSP). Em situações

de indisponibilidade do sistema é enviado

um e-mail para a instituição.

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PARTE II | 1.SNS 24

182

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Serviços de Triagem, Aconselhamento e

Encaminhamento (TAE)

Existe desde 2007, para contactos de teor

clínico, onde se avalia o nível de cuidados

adequado perante os sintomas apresentados

pelo cidadão. Neste serviço é prestado

aconselhamento com recomendação de

autocuidados (realizando-se contactos de

seguimento) e, nos casos em que se verifique

necessário, procede-se ao encaminhamento

para a estrutura de cuidados de saúde do SNS

mais apropriada à sua condição. É um serviço

prestado em permanência.

O aconselhamento fornece ao utente a

informação sobre a natureza da sua situação

clínica e medidas a adotar no sentido da

melhoria do seu estado de saúde, atenta à sua

condição no momento e em função do

resultado da Triagem Clínica. O serviço TAE é

também prestado no caso da transferência de

chamadas relativas a situações atendidas pelo

INEM, mas que não foram consideradas de

emergência.

O encaminhamento do utente para entidades

da rede de prestação de cuidados de saúde

procede-se através da integração de

mensagens nos sistemas de informação ou se

necessário, a transferência da chamada, nos

seguintes termos:

I. Nos casos em que seja identificada uma

situação de emergência, o contacto é

transferido direta e imediatamente,

através de linha dedicada, pelo INEM, a fim

de serem desencadeados os meios de

emergência necessários;

II. Nos casos em que seja identificada uma

situação de intoxicação, o contacto deve

ser transferido direta e imediatamente

para o Centro do Informação Antivenenos

(CIAV) do INEM, a fim de serem

desencadeados as ações de diagnóstico e

tratamento adequados.

O encaminhamento complementa assim as

componentes anteriores, bem como a

identificação da instituição ou serviço

integrado na rede de prestação de cuidados de

saúde adequado à referenciação do utente,

podendo ser o acesso a serviços de urgência

em cuidados de saúde hospitalares; a

observação por médico, num determinado

período definido (horas), em cuidados de

saúde primários.

Aconselhamento sobre Medicação

O Serviço de Aconselhamento sobre

Medicação é um serviço de atendimento de

contactos de teor clínico que disponibiliza o

acesso a informação geral relativa a

medicamentos não sujeitos a receita médica,

não consubstanciando um ato de prescrição

médica.

Assistência em saúde pública

O serviço de assistência em saúde pública é

um serviço que presta informações gerais em

matéria de saúde pública, disponibilizando ao

cidadão informações sobre prevenção de

doenças transmissíveis, estilos de vida e

alimentação saudável, entre outras. Neste

âmbito estão também implementados os

procedimentos que permitem a referenciação

de utente para uma consulta de especialidade

mediante um teste point of care reativo

VIH/VHB e VHC (Despacho nº2522/2018)

realizado em farmácias comunitárias ou

mesmo um home test de VIH.

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PARTE II | 1.SNS 24

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 183

Quadro 37. Atividade operacional SNS 24: Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento (2018)

Coluna1 Chamadas Oferecidas

Chamadas Atendidas

Chamadas abandonadas <=15s

Chamadas abandonadas >15s

% Atendimento

% Abandono

Chamadas Seguimento Efetuadas

jan/18 162 909 147 416 2 221 13 073 92% 8% 30 971

fev/18 118 034 112 954 1 180 3 850 97% 3% 22 743

mar/18 98 388 96 718 871 765 99% 1% 19 422

abr/18 81 002 80 095 625 267 100% 0% 15 516

mai/18 80 891 79 817 620 447 99% 1% 14 823

jun/18 79 998 79 125 596 265 100% 0% 14 621

jul/18 83 808 82 735 738 305 100% 0% 15 749

ago/18 84 706 82 855 735 1 084 99% 1% 15 650

set/18 76 034 75 205 629 178 100% 0% 14 425

out/18 82 716 81 759 739 196 100% 0% 16 028

nov/18 79 944 79 121 657 152 100% 0% 15 379

dez/18 94 556 93 419 710 366 100% 0% 18 168

Média 99% 1%

Total 1 122 986 1 091 219 10 321 20 948 213 495

Fonte: SPMS

147 416

112 954

96 718

80 095 79 817 79 125 82 735 82 85575 205

81 759 79 121

93 419

0

60 000

120 000

180 000

jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18 set/18 out/18 nov/18 dez/18

Gráfico 27. Atividade operacional SNS 24: Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento -

Chamadas atendidas (2018)

Fonte: SPMS

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PARTE II | 1.SNS 24

184

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quadro 38. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento (2018)

Coluna1 Autocuidados Cuidados de

Saúde Primários Serviço de Urgência

INEM CIAV

jan/18 40 262 32 737 31 443 4 565 833

fev/18 28 739 23 752 28 299 4 118 810

mar/18 24 360 20 411 27 636 4 187 857

abr/18 19 463 16 240 24 907 3 751 773

mai/18 19 086 15 778 25 730 3 609 831

jun/18 19 064 15 357 25 313 3 541 737

jul/18 20 167 15 793 26 316 3 555 769

ago/18 20 373 15 013 26 788 3 797 770

set/18 18 654 13 960 23 838 3 167 740

out/18 20 442 16 066 25 592 3 481 782

nov/18 19 216 16 349 24 558 3 628 719

dez/18 23 329 17 961 29 013 4 107 779

Total 273 155 219 417 319 433 45 506 9 400

Fonte: SPMS

319 433

273 155

219 417

45 506

9 400

0

50 000

100 000

150 000

200 000

250 000

300 000

350 000

Serviço deUrgência

Autocuidados Cuidados deSaúde Primários

INEM CIAV

Gráfico 28. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e

Encaminhamento (2018)

Fonte: SPMS

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PARTE II | 1.SNS 24

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 185

Serviços Informativos

Serviços para contactos de teor não clínico

que possibilitam o acesso rápido e fácil a

informação geral disponível através do Portal

do SNS, ou outra que venha a ser

disponibilizada, relacionada com a prestação

de serviços de saúde, incluindo informação

relativa as entidades centrais, regionais e

locais do Ministério da Saúde. Podem ainda

ser prestados ao cidadão esclarecimentos

sobre os serviços disponíveis online através

do Portal do SNS e o Registo de Saúde

Eletrónico | Área do Cidadão, incluindo a sua

navegação e utilização.

Inclui também um conjunto de serviços de

outbound relacionados com campanhas ou

alertas informativos, como por exemplo a

realizada no âmbito da cativação do vale

cirurgia.

Serviços Administrativos

Serviços para contactos de teor não clínico

que se distinguem dos anteriores por implicar

o acesso a consulta e registo a informação

administrativa do cidadão. Atualmente estão

implementados os seguintes serviços: i)

marcação de consultas nos CSP; ii) submissão

de requerimentos de isenção de taxas

moderadoras por insuficiência económica; iii)

a campanha outbound de vale cirurgia onde

são contactados utentes com nota de

transferência/vale cirurgia ativo no sentido

de informar sobre este procedimento, e de

sensibilizar para uma tomada de decisão

célere sobre a utilização do vale. Uma decisão

rápida do utente quanto à utilização da nota

de transferência/vale cirurgia permite uma

redução da lista de espera. Os serviços

informativos e administrativos estão

disponíveis entre as 8h e as 22h.

Serviços de Telecuidados

No âmbito de serviços de telecuidados foi

desenvolvido e iniciado em 2018 um projeto

no contexto da Avaliação Biopsicossocial

Sénior – o projeto Proximidade Sénior. Este

projeto foi desenhado em colaboração com os

dois ACES participantes (ACES Oeste Sul e

ACES Porto Oriental) para acompanhamento

da população idosa frágil. Constituiu-se uma

nova abordagem baseada na integração de

cuidados. O SNS 24 contacta os utentes

incluídos no projeto com um telefonema

semanal onde são abordados vários

conteúdos de saúde e identificadas situações

que necessitam de uma intervenção de

proximidade realizada a nível local.

O projeto iniciou com 19.030 utentes -

universo de utentes com mais 75 anos, com

telefone e inscritos na área de influência dos

ACES referidos.

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PARTE II | 1.SNS 24

186

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quadro 39. Atividade operacional SNS 24: Serviços Administrativos e Informativos

- Telefone (2018)

Coluna1 Chamadas Oferecidas

Chamadas Atendidas

Chamadas abandonadas <=15s

Chamadas abandonadas >15s

% Atendimento

% Abandono

jan/18 12 979 12 430 197 350 96% 2%

fev/18 9 814 9 396 150 268 96% 2%

mar/18 10 202 10 001 119 83 98% 1%

abr/18 8 478 8 373 82 22 99% 1%

mai/18 8 627 8 514 85 27 99% 1%

jun/18 8 555 8 440 94 20 99% 1%

jul/18 8 957 8 842 97 18 99% 1%

ago/18 8 538 8 442 81 12 99% 1%

set/18 6 899 6 838 57 3 99% 1%

out/18 9 703 9 564 90 47 99% 1%

nov/18 9 788 9 665 108 15 99% 1%

dez/18 9 435 9 341 77 17 99% 1%

Média 99% 1%

Total 111 975 109 846 1 237 882

Fonte: SPMS

Quadro 40. Atividade operacional SNS 24: Serviços Administrativos e Informativos

- E-mail (2018)

Coluna1

Enfermeiros Administrativos

Recebidos Tratados Recebidos Tratados

jan/18 65 52 11 561 10 083

fev/18 209 132 9 483 8 523

mar/18 224 140 10 683 9 595

abr/18 197 154 10 373 9 553

mai/18 123 98 12 848 11 864

jun/18 204 156 11 142 10 269

jul/18 204 166 13 869 13 054

ago/18 244 210 13 063 12 417

set/18 345 293 17 152 16 566

out/18 262 202 20 074 18 393

nov/18 238 191 17 817 17 034

dez/18 256 204 13 016 12 131

Total 2 571 1 998 161 081 149 482

Fonte: SPMS

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PARTE II | 1.SNS 24

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 187

Quadro 41. Resumo de marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo (2018)

Coluna1 Planeamento

familiar Reforço/Recurso Saúde Adulto Saúde Infantil

Saúde Materna

Com sucesso

Sem sucesso

jan/18 23 35 267 32 2 359 610

fev/18 29 31 242 12 5 319 396

mar/18 12 24 224 12 5 277 396

abr/18 9 22 178 18 3 230 233

mai/18 11 28 179 13 3 234 246

jun/18 6 23 217 7 2 255 296

jul/18 5 42 281 18 1 347 318

ago/18 16 36 170 9 1 232 258

set/18 8 29 210 18 0 265 371

out/18 4 28 214 33 4 283 439

nov/18 11 15 321 17 2 366 480

dez/18 5 22 197 15 4 243 285

Total 139 335 2 700 204 32 3 410 4 328

Fonte: SPMS

359

319

277

230 234

255

347

232

265

283

366

243

200

250

300

350

400

jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18 set/18 out/18 nov/18 dez/18

Gráfico 29. Marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo - com sucesso (2018)

Fonte: SPMS

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PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA

188

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

2. Emergência Médica

A frota do Instituto Nacional de Emergência

Médica (INEM) incluía, em 2018, um total de

658 meios, em linha com a capacidade que foi

sendo instalada a nível nacional nos últimos

anos.

Os Centros de Orientação de Doentes

Urgentes (CODU) são centrais de emergência

médica responsáveis por receber as chamadas

provenientes do número europeu de

emergência 112, referentes a situações de

urgência ou emergência na área da saúde.

Funcionam ao longo das 24 horas do dia, em

todo o território do continente, por uma

equipa de profissionais qualificados (médicos

e técnicos de emergência pré-hospitalar) com

formação específica para efetuar o

atendimento, triagem, aconselhamento,

seleção, acionamento e acompanhamento dos

meios de emergência adequados e o contacto

com as unidades de saúde, preparando a

receção hospitalar.

Através da utilização dos meios de

telecomunicações ao seu dispor, o CODU tem

capacidade para acionar os diferentes meios

de socorro, apoiá-los durante a prestação de

socorro no local das ocorrências e, de acordo

com as informações clínicas recebidas das

equipas no terreno, selecionar e preparar a

receção hospitalar dos diferentes doentes.

No decorrer do ano 2018 foram atendidas

1.393.594 chamadas de emergência, uma

média de 3.818 chamadas por dia.

Em 2018 os meios de emergência do INEM

foram acionados 1.323.554 vezes, o valor mais

elevado de sempre.

Conclusão da renovação da frota VMER

No ano de 2018 ficou concluída a renovação de

todas as 44 VMER. Ainda em 2016 foram

atribuídas 20 novas VMER a Unidades

Hospitalares. Em 2017, na sequência do

Despacho n.º 3350/2017, de 20 de abril, foram

renovadas mais 22 VMER.

Também em 2018 foram entregues a duas

últimas viaturas (Centro Hospitalar do Oeste:

VMER das Caldas da Rainha e VMER de Torres

Vedras). Com a entrada em funcionamento

destas duas novas VMER, ficou concluída a

renovação total da frota destas viaturas.

De referir que a renovação da frota VMER foi

concretizada ao abrigo do novo modelo de

aquisição e gestão da frota VMER, passando as

Unidades de Saúde a efetuar diretamente a

aquisição das viaturas.

Cabe ao INEM subsidiar a compra e coordenar

toda a atividade de gestão e operação conjunta

da VMER e aos Serviços Partilhados do

Ministério da Saúde (SPMS) assegurar a

tramitação dos procedimentos de aquisição,

centralizando o processo em nome dos hospitais.

A propriedade das VMER passou a ser dos

Hospitais, que devem assegurar a sua

manutenção, incluindo a contratação de seguros

e estado de operacionalidade permanente.

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PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 189

Quadro 42. Frota do INEM

Tipo de Meio Número de Meios Disponíveis

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Serviço de Helicópteros de Emergência Médica (SHEM)

5 5 6 6 6 5 5 4 4

Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER)

42 42 42 42 42 42 44 44 44

Ambulâncias de Transporte Inter-Hospitalar Pediátrico (TIP)

3 3 3 3 4 4 4 4 4

Ambulâncias Suporte Imediato de Vida (SIV) 29 30 33 37 39 40 40 39 40

Ambulâncias de Emergência Médica (AEM) 63 61 49 55 56 54 56 56 56

Motos de Emergência Médica (MEM) 2 5 6 8 8 8 8 8 9

Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência (UMIPE)

4 4 4 4 4 4 4 4 4

Ambulâncias de Socorro sedeadas em entidades do SIEM (PEM)

238 241 261 265 275 300 300 305 332

Ambulâncias de Socorro sedeadas em entidades do SIEM (PR)*

172 174 191 188 180 157 155 147 135

Ambulâncias sedeadas em entidades do SIEM (NINEM)**

96 92 50 41 39 37 40 42 30

Total 642 644 636 649 653 651 656 653 658

*A alteração do número de Postos Reservas (PR) e NINEM deve-se: por um lado, ao facto de alguns destes meios passarem a PEM, e por outro lado pelo facto de se estimar que parte dos NINEM passem a PR. **Os NINEM são Ambulâncias de socorro igualmente pertencentes a Corpos de Bombeiros/Delegações da CVP que, apesar de não terem protocolo de colaboração, o INEM recorre aos seus serviços, em regra por indisponibilidade/ inexistência de meios INEM (meios próprios, PEM ou Reservas), ou por se situarem em áreas mais próximas das ocorrências. Nota: O número de Ambulâncias SIV a 1 de janeiro de 2019, já inclui a SIV de S. Pedro do Sul Fonte: INEM

Gráfico 30. Evolução do número de chamadas de emergência atendidas

Fonte: INEM StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/atividade-

gripe-inem/information/?sort=periodo

1 402 3761 363 129

1 150 1071 201 105

1 262 1451 302 958

1 370 348 1 368 141 1 393 594

400 000

600 000

800 000

1 000 000

1 200 000

1 400 000

1 600 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Gráfico 31. Evolução do número de acionamentos de meios de emergência

Fonte: INEM

741 315 765 258

926 380

1 073 3851 134 644

1 196 5621 280 322 1 269 196

1 323 554

400 000

600 000

800 000

1 000 000

1 200 000

1 400 000

1 600 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA

190

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Assim, no que se refere à atividade do CODU

em 2018, podemos destacar que se registou

uma média diária de:

• 3.818 atendimentos de chamadas de

emergência no CODU (+1,9%);

• 125 atendimentos de chamadas do SNS 24

para o INEM (+44,4%);

• 187 chamadas enviadas do INEM para o

SNS 24 (-10,1%);

• 83 chamadas recebidas, referentes a

situações de intoxicação (+3,1%);

• 57 chamadas de serviço de apoio

psicológico e intervenção em crise

(+33,5%);

• CODU Mar: 0,2 ( -28,0%);

• Via Verde AVC: 9,6 (+10,5%);

• Via Verde Coronária: 2,0 (+7,0%);

• 6.138 utilizações DAE (+2,6%).

Salienta-se que, no mesmo ano, foram

transferidas 68.163 chamadas do INEM para o

Serviço SNS24 (-10,1% que em 2017).

Por ouro lado, foram encaminhadas pelo

Serviço SNS24 para o INEM um total de

45.459 chamadas (+44,4% em comparação

com 2017). Este aumento tem sido notório

desde 2016.

O Serviço SNS24 permitiu que o INEM

alocasse os seus recursos ao que é,

efetivamente, urgente ou emergente.

Além da abertura de novos meios de

emergência médica, importa ainda fazer uma

nota, no que concerne à reorganização dos

meios aéreos afetos ao Serviço de

Helicópteros de Emergência Médica.

Com efeito, analisados os custos/benefícios

do helitransporte em contexto da emergência

médica (SHEM: Serviço de Helicópteros de

Emergência Médica), as sucessivas

limitações/ indisponibilidades dos

helicópteros da Autoridade Nacional de

Proteção Civil traduziam-se numa execução

do protocolo de partilha de meios aéreos

penalizadora para as necessidades do INEM.

Assim, na sequência da Resolução do

Conselho de Ministros n.º 38/2018, de 8 de

março, o INEM passou a contar com um

dispositivo dedicado em exclusivo à

emergência médica e operacionais durante

todos os meses do ano, composto por quatro

helicópteros.

Memorando de entendimento entre INEM,

LBP e ANPC

O novo memorando de entendimento entre o

INEM, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e

a ANPC, datado de julho de 2017, permitiu a

criação de um novo modelo de PEM, que se baseia

na aquisição de ambulâncias diretamente pelas

Associações de Bombeiros Voluntários,

subsidiando o INEM a sua aquisição e garantindo

a comparticipação nas despesas de manutenção e

de contratualização de seguros.

Neste âmbito, o INEM assegurou a renovação da

frota de ambulâncias dos PEM, tendo assinados

protocolos para renovação de 41 ambulâncias,

dando prioridade à renovação do parque

circulante de ambulâncias com 12 ou mais anos,

num investimento de avultada dimensão por parte

do INEM.

Quanto ao plano de renovação de viaturas, em

2018, foram ainda substituídas 75 ambulâncias. O

plano prevê a substituição das restantes

ambulâncias até 2021, altura em que a frota de

ambulâncias se encontrará totalmente renovada.

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PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 191

Quadro 43. Número de acionamentos de meios de emergência, por tipo de meio

Var.

2018/2017

Tipo de Meio 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Valor %

Serviço de Helicópteros de Emergência Médica (SHEM)

1 054 1 247 1 304 1 053 912 920 1 033 986 1 020 34 3,4%

Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER)

53 304 59 226 84 232 101 644 95 855 91 535 96 096 90 156 93 993 3 837 4,3%

Ambulâncias de Transporte Inter-Hospitalar Pediátrico (TIP)

1 407 1 500 1 294 1 289 1 222 1 204 1 405 1 374 1 423 49 3,6%

Ambulâncias Suporte Imediato de Vida (SIV)

26 649 28 506 28 953 33 475 33 508 35 878 37 794 34 826 35 597 771 2,2%

Ambulâncias de Emergência Médica (AEM)

120 545 126 137 140 261 161 384 174 397 167 323 171 899 161 424 151 771 -9 653 -6,0%

Motociclos de Emergência Médica (MEM)

1 582 2 745 3.488 5 648 9 219 7 546 7 106 7 002 6 383 -619 -8,8%

Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência (UMIPE)

271 393 340 360 554 581 539 358 757 399 111,5%

Ambulâncias de Socorro sedeadas em entidades do SIEM (PEM)

393 646 395 191 476 984 576 984 618 179 688 022 752 420 752 521 839 432 86 911 11,5%

Ambulâncias de Socorro sedeadas em entidades do SIEM (PR)

110 891 115 698 158 047 170 303 175 430 171 239 176 555 173 621 148 809 -24 812 -14,3%

Ambulâncias Não INEM 31 966 34 615 31 477 21 230 25 368 32 315 35 475 46 928 44 369 -2 559 -5,5%

Total 741 315 765 258 922 892 1 073 370 1 134 644 1 196 563 1 280 322 1 269 196 1 323 554 54 358 4,3%

Fonte: INEM

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/acionamento

s-de-meios-de-emergencia-medica/?sort=periodo

Gráfico 32. Número de chamadas

transferidas do INEM para o SNS 24

Fonte: INEM StatLink: https://transparencia.sns.go

v.pt/explore/dataset/saude-

24/information/?sort=data

51 376

45 06846 322

50 029

68 817

75 843

68 163

40 000

60 000

80 000

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Gráfico 33. Número de chamadas

encaminhadas pelo SNS 24 para o INEM

Fonte: INEM StatLink: http://www.inem.pt/wp-

content/uploads/2018/03/Relat%C3

%B3rio-CODU-2017_14032018.pdf

14 220 14 679 14 36015 591

20 887

31 474

45 459

5 000

20 000

35 000

50 000

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA

192

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Vias Verdes Pré-Hospitalares

As Vias Verdes são estratégias organizadas

que visam a melhoria da acessibilidade dos

doentes na fase aguda das doenças, aos

cuidados médicos mais adequados,

proporcionando um diagnóstico e tratamento

mais céleres eficazes. O INEM tem tido como

objetivo adotar estas estratégias essenciais

não só para melhorar as acessibilidades como

para permitir os tratamentos mais eficazes,

dado que o fator tempo, entre o início de

sintomas e o diagnóstico/tratamento, é

fundamental para a redução de mortalidade e

das sequelas.

As Vias Verdes atuam numa abordagem de

encaminhamento e tratamento mais

adequado, planeado e expedito, nas fases pré,

intra e inter-hospitalares, de situações

clínicas frequentes e/ou graves, que importa

serem especialmente valorizadas pela sua

relevância para a saúde das populações e pela

relação direta (inversa) existente entre tempo

decorrido desde o início dos

sintomas/problemas e prognóstico.

Na vertente AVC

A fase pré-hospitalar da Via Verde do Acidente

Vascular Cerebral (AVC), responsabilidade do

INEM, tem por objetivo orientar os doentes

com sinais e sintomas de AVC para o hospital

adequado, onde o diagnóstico será

confirmado e o tratamento efetuado.

Durante o ano de 2018, e com o objetivo de

melhorar o acesso destes doentes, o INEM

continuou a participar na orientação

adequada dos mesmos, incrementando a sua

participação no transporte inter-hospitalar,

nomeadamente através das equipas das

VMER e/ou das ambulâncias SIV, no seu

modelo integrado no serviço de urgência.

A coordenação da decisão sobre a

referenciação primária e secundária de todos

os doentes urgentes e ou emergentes na rede

nacional de serviços de urgência e/ou

cuidados intensivos, em particular a

referenciação das Vias Verdes, é uma

atribuição do CODU.

Esta atividade é avaliada sistematicamente

através da monitorização do número de

doentes encaminhados para Unidades de AVC,

através da "Via Verde".

Durante o ano de 2018 foram registadas 3.496

situações de doentes com sinais e sintomas de

AVC, uma média de 291 por mês, ou seja, 9,6

casos por dia.

Na vertente Coronária

A Via Verde Coronária pressupõe a

identificação precoce de situações de enfarte

agudo do miocárdio com

supradesnivelamento do segmento ST

(EAMST) e o seu transporte célere até ao local

mais próximo, com capacidade para realizar a

desobstrução mecânica da oclusão arterial.

Atualmente, o INEM tem capacidade de

diagnóstico clínico e eletrocardiográfico

destas situações em todos os seus meios

VMER e ambulâncias SIV, com possibilidade

de envio informático desses dados para as

unidades de saúde definidas como centros

coronários.

Ao longo do ano de 2018 e com o objetivo de

melhorar o acesso dos doentes com EAMST, a

Angioplastia Primária, o INEM continuou a

promover a melhoria da articulação entre o

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PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 193

pré-hospitalar e os Centros Coronários, no

sentido de aumentar a eficácia desta Via Verde

e, dessa forma, o número de doentes

submetidos a desobstrução mecânica

primária.

De igual modo continuou a incrementar a sua

participação no transporte inter-hospitalar

destes doentes, nomeadamente através das

equipas das VMER e/ou das ambulâncias SIV,

no seu modelo integrado no serviço de

urgência.

Esta atividade é avaliada sistematicamente

através da monitorização do número de

doentes com EAMST, admitidos através da

"Via Verde".

Em 2018 foram inseridos na Via Verde

Coronária 731 doentes, o que representa em

média 61 casos por mês, ou seja, 2 casos por

dia.

Na vertente da Sépsis grave

A Via Verde da Sépsis visa implementar, em

todos os serviços de urgência do SNS, um

protocolo de identificação rápida e início

imediato de medidas terapêuticas a todos os

utentes com Sépsis grave.

De acordo com a Circular Normativa

n.º 01/DQS/DQCO, da DGS, de 6 de janeiro de

2010, a implementação de um protocolo

terapêutico de Sépsis permite, não só diminuir

a morbilidade e a mortalidade associadas a

esta patologia, mas, também, uma redução

substancial dos custos para as instituições.

Uma implementação alargada destes

protocolos terapêuticos representa um meio

potencial para a melhoria da utilização dos

recursos existentes, com contenção

simultânea dos custos.

Atualmente, e dado que é cientificamente

aceite que uma intervenção precoce e

adequada, tanto em termos de antibioterapia

como de suporte hemodinâmico, possa

melhorar significativamente o prognóstico

dos doentes com Sépsis grave e choque

séptico, é imperativa a implementação de

mecanismos organizacionais que permitam a

sua rápida identificação e instituição

atempada de terapêutica otimizada.

Em 2013, foi implementada a Via Verde da

Sépsis no âmbito pré-hospitalar em Bragança,

Mirandela, Mogadouro, Foz Côa, Gondomar e

Fafe. Em 2016, o INEM deu continuidade às

atividades necessárias conducentes à

execução de um plano de melhoria da Via

Verde, que incluirá a Via Verde da Sépsis no

contexto extra-hospitalar, de forma a

identificar mais precocemente estes doentes e

proceder à sua estabilização inicial e

encaminhamento para os centros de

tratamento de Sépsis grave, criados ao abrigo

da referida norma da DGS.

Em 2017 e 2018 o INEM deu contributos para

a revisão da Norma da Via Verde Sépsis,

contemplando a possibilidade de oferecer

maior cobertura na operacionalização desta

Via, no caso, a extensão de procedimentos às

ambulâncias Suporte Imediato de Vida.

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PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA

194

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

3 036

2 920

3 115

3 386

3 164

3 496

2 500

3 000

3 500

4 000

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: INEM

Gráfico 34. Evolução anual do número de doentes inseridos na Via Verde AVC

658

738763

727

683

731

300

600

900

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: INEM

Gráfico 35. Evolução anual do número de registos Via Verde Coronária

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PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 195

Na vertente do Trauma

À semelhança do que já se verifica com as Vias

Verdes AVC e Coronária, a Via Verde do

Trauma pretende definir os procedimentos a

seguir no encaminhamento das vítimas de

trauma grave para as urgências dos hospitais

mais adequados à sua situação. Este

procedimento nasce da necessidade

reconhecida de melhorar a resposta nestas

situações com elevado impacto na diminuição

da mortalidade e morbilidade por trauma, e

das suas consequências individuais e sociais.

Durante o ano de 2016, e de acordo com a

revisão da rede de serviços de urgência (SU),

o INEM continuou a definir, com os Centros de

Trauma que venham a ser constituídos para o

efeito, protocolos de referenciação de doentes

traumatizados graves, no sentido de fazer

bypass a pontos da rede de SU que não sejam

os mais adequados para determinados

doentes, fazendo-os chegar ao local certo, no

mais curto espaço de tempo possível

(conceito de “Via Verde”).

Em 2017, foi publicado em Diário da

República o Despacho n.º 8977/2017, de 11

de outubro, que cria a Comissão Nacional de

Trauma e respetivos objetivos, concretizando

a multidisciplinaridade da estratégia nacional

relacionada com o trauma.

O INEM tem colaborado ativamente nos

trabalhos da comissão, com vista ao

desenvolvimento da operacionalização da Via

Verde de Trauma, nomeadamente a criação

do Registo Nacional de Trauma, para o qual o

INEM dará os seus contributos.

Desfibrilhação Automática Externa

O INEM tem vindo a apostar na melhoria da

taxa de sobrevivência de pessoas que sofrem

episódios de morte súbita cardíaca

reforçando o Programa Nacional de

Desfibrilhação Automática Externa (DAE)

quer no SIEM, quer em espaços de acesso ao

público, e onde a aposta na formação tem

demonstrado melhorar a capacidade de

resposta do sistema e a probabilidade teórica

de sobrevivência.

A atividade desenvolvida no âmbito da

expansão do DAE vai ao encontro da missão

do INEM - garantir aos sinistrados ou vítimas

de doença súbita a pronta e correta prestação

de cuidados de saúde na área da emergência

médica pré-hospitalar, e encontra-se

evidenciada nos quadros seguintes, que

apresentam os indicadores relativos à

utilização DAE, à atividade no âmbito da

expansão de DAE, bem como os espaços

públicos com DAE.

De salientar que, em 2018, o número de

utilizações de DAE ascendeu às 6.138, das

quais 540 foram recomendados choques, o

que é demonstrativo de um número potencial

muito significativo de vidas salvas.

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PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA

196

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quadro 44. Utilização de DAE

Coluna1 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Número de Utilizações 4 558 5 179 7 093 6 144 5 981 6 138

Número de Casos com choque 532 547 483 483 584 540

Fonte: INEM

Quadro 45. Atividade no âmbito da expansão do Programa de DAE do INEM no SIEM

Coluna1 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Equipamentos em viaturas INEM (VMER, Helicóptero, SIV, AEM e MEM)

148 151 154 154 154 158

Equipamentos em ambulâncias de socorro (Bombeiros e CVP)

410 474 542 616 678 831

Número de operacionais (BV e CVP) formados 581 787 987 739 1 449 6 138

Fonte: INEM

Quadro 46. DAE (Espaços Públicos)

Coluna1 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Número de Programas Licenciados 91 104 111 249 177 403

Número de Equipamentos de DAE 141 394 206 272 344 420

Número de Espaços Públicos com DAE 115 368 205 252 307 374

Número de Operacionais de DAE 1 230 2 711 1 859 2 158 2 514 3 245

Fonte: INEM

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PARTE II | 3.TRANSPORTE NÃO URGENTE DE DOENTES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 197

3. Transporte não urgente de doentes

O Transporte não Urgente de Doentes está

associado à realização de uma prestação de

saúde, cuja origem ou destino seja os

estabelecimentos e serviços que integram o

SNS ou as entidades de natureza privada ou

social com acordo, contrato ou convenção

para a prestação de cuidados de saúde.

As condições em que o SNS assegura os

encargos com o Transporte não Urgente de

Doentes estão definidas na Portaria n.º 142-

B/2012, de 15 de maio.

O Sistema de Gestão de Transportes de

Doentes Não Urgentes (SGTD) é uma

plataforma integrada online que suporta as

atividades e a gestão integrada do processo de

transporte programado de doentes desde a

prescrição da credencial do transporte, à sua

aprovação, realização, validação pela entidade

destino e à sua contabilização.

No âmbito do SGTD, o ano de 2018 registou

um crescimento de 4,1%, face a 2017,

relativamente ao número de doentes com

transportes efetuados a nível nacional.

No que se refere aos custos unitários, a ARS

Algarve é a região que apresenta valores mais

elevados. Em sentido oposto, as ARS Norte e

Alentejo são as que registam os mais baixos.

As ARS Centro e Algarve representaram, em

2018, a maior fatia dos custos com

transportes (17,9% e 13,9%,

respetivamente).

À semelhança do que já se verificava em 2017,

os custos unitários por doente transportado

têm apresentado uma diminuição, sendo que

desde 2014 decresceram 11,8%.

Quanto ao número de prestações de saúde a

que os utentes registados no SGTD tiveram

acesso em 2018, num total de 2.605.931

prestações, verificou-se novamente um

acréscimo face ao período homólogo

(+ 5,9%).

Alargamento da isenção de pagamento

de transporte não urgente

às vítimas dos incêndios

As alterações à Portaria nº142-B/2012, de 15 de

maio, foram efetuadas no intuito de reduzir os

custos com transportes para os utentes.

A última alteração foi introduzida pelo

Despacho nº 4703/2018, de 14 de maio, que

determina a gratuitidade do transporte não

urgente associado à realização de prestações de

saúde, tratamentos e ou exames

complementares de diagnóstico e terapêutica

para as vítimas dos incêndios ocorridos em

2017, entre os dias 17 e 24 de junho e 15 e 16 de

outubro.

Neste sentido, foi necessário proceder às

alterações no SGTD de modo a contemplar estas

situações.

De destacar que o Despacho n.º 7299/2018, de

1 de agosto, propôs a implementação do SGTD

em todas as instituições hospitalares do SNS e a

elaboração de um modelo regulatório, com as

regras e normas em vigor no âmbito do sistema

de informação de transporte não urgente de

doentes.

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PARTE II | 3.TRANSPORTE NÃO URGENTE DE DOENTES

198

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/transportes-nao-urgentes/

StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/transportes-nao-urgentes/

Quadro 47. Evolução do número de transporte de doentes registados na plataforma SGTD

2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

ARS Norte 98 225 109 049 112 493 116 729 126 728 8,6%

ARS Centro 47 683 48 350 52 724 53 554 56 138 4,8%

ARS Lisboa e Vale do Tejo 72 525 73 440 76 219 80 401 83 006 3,2%

ARS Alentejo 9 520 15 945 16 427 19 164 14 040 -26,7%

ARS Algarve 8 973 9 402 9 533 10 401 11 875 14,2%

Total 236 926 256 186 267 396 280 249 291 787 4,1%

Fonte: ACSS e SPMS

Quadro 48. Evolução do número de prestações realizadas aos utentes transportados

com registo no SGTD

2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

ARS Norte 947 853 993 896 1 004 002 1 062 166 1 157 741 9,0%

ARS Centro 360 281 367 176 389 224 398 164 426 378 7,1%

ARS Lisboa e Vale do Tejo 763 567 766 404 784 197 815 481 837 749 2,7%

ARS Alentejo 54 250 61 059 69 967 81 616 63 537 -22,2%

ARS Algarve 93 209 101 798 100 160 102 894 120 526 17,1%

Total 2 219 160 2 290 333 2 347 550 2 460 321 2 605 931 5,9%

Fonte: ACSS e SPMS

Gráfico 36. Evolução dos custos unitários por doente transportado,

por região de saúde

Fonte: ACSS e SPMS StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/transportes-nao-urgentes/

165 €170 €

178 € 174 €

213 €225 €

249 €

135 €

299 €

271 €

130 €

180 €

230 €

280 €

330 €

2014 2015 2016 2017 2018

ARS Norte ARS Centro ARS LVT ARS Alentejo ARS Algarve

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PARTE II | 4.TAXAS MODERADORAS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 199

4. Taxas moderadoras

O Decreto-Lei n.º 113/2011, de 29 de

novembro, na sua redação atual, veio regular

o acesso às prestações do SNS por parte dos

utentes, no que respeita ao regime das taxas

moderadoras e à aplicação de regimes

especiais de benefícios e deu cumprimento ao

previsto na Lei de Bases de Saúde, aprovada

pela Lei n.º 48/90, de 24 de agosto, tendo

estabelecido as categorias de isenção e

dispensa do pagamento de taxas

moderadoras com base em critérios de

racionalidade e de discriminação positiva dos

mais carenciados e desfavorecidos, ao nível do

risco de saúde ponderado e ao nível da

insuficiência económica.

O ano de 2018 não registou alterações ao

regime de pagamento de taxas moderadoras,

tendo o XXI Governo Constitucional alargado

o âmbito de cuidados de saúde dispensados

do pagamento de taxas moderadoras no SNS,

de acordo com o disposto no Decreto-Lei n.º

131/2017, publicado no dia 10 de outubro,

em Diário da República.

Neste contexto, a dispensa de cobrança de

taxas moderadoras foi alargada às seguintes

situações:

• Consultas e atos complementares de

diagnóstico e terapêutica realizados no

decurso de rastreios de base populacional,

rastreios de infeções VIH/SIDA, hepatites,

tuberculose pulmonar e doenças

sexualmente transmissíveis, de programas

de diagnóstico precoce e de diagnóstico

neonatal, e no âmbito da profilaxia pré-

exposição para o VIH, promovidos no

âmbito dos programas de prevenção da

Direção-Geral da Saúde;

• Consultas, bem como atos

complementares prescritos no decurso

destas, no âmbito da prestação de

cuidados pelas equipas específicas de

cuidados paliativos.

Em 2018, estima-se um total de cerca de 6

milhões de utentes isentos/dispensados do

pagamento de taxa moderadora.

Destaque para a redução do número de

utentes isentos no critério de insuficiência

económica

(-210.764 utentes isentos face a 2017).

No ano de 2018, os proveitos com taxas

moderadoras atingiram um total de

161.242.376 euros, valor inferior ao que

acontecia em 2015 (-15%).

Importa também referir que os proveitos com

taxas moderadoras não se distanciam muito

na mesma ordem de grandeza entre os

cuidados de saúde primários e os cuidados

hospitalares, sendo ainda assim superiores

nos cuidados primários.

A percentagem de valores de taxas

moderadoras que foram efetivamente

cobradas aos utentes rondou os 96% do valor

de taxas moderadoras emitidas em 2018.

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PARTE II | 4.TAXAS MODERADORAS

200

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt

/explore/dataset/utentes-

isentos/?sort=periodo

Quadro 49. Evolução do número de isenções e dispensas de pagamento de taxas moderadoras

Critério de Isenção 2015 2016 2017 2018

Insuficiência económica 2 697 212 2 627 847 2 882 094 2 671 330

Desempregados e familiares 145 080 153 306 24 569 22 717

Crianças até 12 anos de idade (inclusive) - - -

Menores até 17 anos e 365 dias 1 821 597 1 789 399 1 696 462 1 685 129

Incapacidade igual ou superior a 60% 209 809 228 948 232 333 260 836

Grávidas e parturientes 177 236 208 691 42 366 54 625

Doentes transplantados de órgãos 5 056 5 278 5 284 5 697

Militares e ex-militares das FA incapacitados 4 426 4 560 4 202 4 210

Jovens em processo de promoção e proteção a correr termos em comissão de proteção de crianças e jovens ou no tribunal

29 48 35 46

Jovens que se encontrem em cumprimento de medida tutelar de internamento, medida cautelar de guarda em centro educativo ou instituição

82 101 86 84

Jovens integrados em qualquer das respostas sociais de acolhimento em virtude de decisão judicial proferida em processo tutelar cível

29 37 27 58

Requerentes de asilo e refugiados, respetivos cônjuges ou equiparados e descendentes diretos

314 849 793 897

Doentes crónicos 890 120 890 120 1 160 191 1 251 854

Bombeiros 30 941 33 307 31 183 51 043

Dadores vivos de células, tecidos e órgãos 1 741 1 960 1 748 1 983

Dadores benévolos de sangue 128 100 140 794 95 323 106 455

Fonte: ACSS e SPMS

Quadro 50. Proveitos referentes as taxas moderadoras (em milhões de euros)

Entidade 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*

Serviços e Fundos Autónomos 0,034 M€ 0,024 M€ 0,020 M€ 0,025 M€ 0,029 M€ 0,028 M€ 0,022 M€ 0,027 M€

Administrações Regionais de Saúde 40,3 M€ 90,5 M€ 88,3 M€ 88,7 M€ 95,0 M€ 88,8 M€ 87,9 M€ 88,3 M€

ARS Norte 8,3 M€ 29,6 M€ 28,6 M€ 28,9 M€ 31,5 M€ 30,4 M€ 29,5 M€ 31,4 M€

ARS Centro 4,6 M€ 15,9 M€ 15,7 M€ 15,7 M€ 16,5 M€ 15,6 M€ 15,7 M€ 16,5 M€

ARS LVT 21,9 M€ 37,1 M€ 37,0 M€ 37,3 M€ 40,4 M€ 36,6 M€ 36,5 M€ 34,0 M€

ARS Alentejo 1,7 M€ 2,9 M€ 1,9 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,1 M€

ARS Algarve 3,9 M€ 5,0 M€ 5,0 M€ 4,8 M€ 4,5 M€ 4,1 M€ 4,2 M€ 4,2 M€

Hospitais 57,0 M€ 86,7 M€ 93,2 M€ 90,4 M€ 94,5 M€ 83,5 M€ 74,9 M€ 73,0 M€

Hospitais SPA 2,7 M€ 2,8 M€ 2,5 M€ 2,2 M€ 2,2 M€ 2,4 M€ 2,3 M€ 1,3 M€

Hospitais, Centros Hospitalares e ULS, EPE 54,4 M€ 83,9 M€ 90,7 M€ 88,2 M€ 92,2 M€ 81,1 M€ 72,6 M€ 71,7 M€

Total Rendimentos 97,4 M€ 177,2 M€ 181,5 M€ 179,1 M€ 189,5 M€ 172,4 M€ 162,8 M€ 161,2 M€

Taxas cobradas** 165,8 M€ 173,8 M€ 166,5 M€ 173,8 M€ 153,3 M€ 149,7 M€ 154,7 M€

*Dados provisórios **Os dados de anos anteriores foram atualizados à data, sendo que dados entre 2012 e 2014 foram apurados em Sistema Informático Gestão Económico Financeiro (SIGEF) e dados desde 2015 foram apurados em Sistema de Informação de Gestão Orçamental (SIGO). Fonte: ACSS

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PARTE II | 5.PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 201

5. Programa Nacional de Vacinação

O Programa Nacional de Vacinação (PNV) é

um programa universal, gratuito e acessível a

toda a população residente em Portugal.

Criado em 1965, tem por objetivo proteger os

indivíduos e a população em geral contra as

doenças com maior potencial para

constituírem ameaças à saúde pública e

individual e para as quais há proteção eficaz

por vacinação.

A nível individual pretende-se que a pessoa

vacinada fique imune à doença ou, nos casos

em que isso não é possível, tenha uma forma

mais ligeira da doença quando contactar com

o agente infecioso que a causa.

A nível da população pretende-se eliminar,

controlar, ou minimizar o impacto da doença

na comunidade, sendo necessário que a

percentagem de pessoas vacinadas na

população seja a mais elevada possível.

As vacinas para integrar o PNV são

selecionadas com base na epidemiologia das

doenças, na evidência científica do seu

impacto, na sua relação custo-efetividade e na

sua disponibilidade no mercado.

Os Portugueses são os europeus que mais

confiam nas vacinas. Segundo um estudo da

Comissão Europeia em 2018 (State of Vaccine

Confidence in the EU, 2018), Portugal tem a

proporção mais elevada (mais de 95%) de

pessoas que acreditam na segurança,

efetividade e importância das vacinas.

O PNV é regularmente revisto e atualizado

pela Direção-Geral da Saúde, após proposta de

uma Comissão Técnica de Vacinação (CTV)

em função das vacinas disponíveis, da

frequência e distribuição dessas doenças no

nosso país, e da evolução social e dos serviços

de saúde.

A composição da CTV foi revista em 2018

através da Portaria n.º 94/2018, de 1 de

fevereiro, e integra um grupo de peritos com

experiência científica, técnica e clínica, que

recomenda as estratégias vacinais mais

apropriadas, baseadas na melhor evidência

científica disponível.

A avaliação do cumprimento do PNV realiza-

se, anualmente, para verificar se as suas metas

estão a ser cumpridas:

a) 85% para a vacina contra infeções

por vírus do Papiloma humano

(HPV);

b) 95% para as restantes vacinas, até

aos 17 anos de idade.

As coberturas vacinais representam a

proporção (em percentagem) de utentes

vacinados em determinadas coortes de

nascimento (correspondentes a idades-chave

para a avaliação).

Da avaliação efetuada a 31 de dezembro de

2018, destaca-se:

• PNV esquema recomendado:

percentagem de utentes das coortes de

2018, 2017, 2016, 2012, 2011, 2007 e

2004 (que em 2018 completaram, res-

petivamente, 1 ano, 2 anos, 6 anos, 7 anos,

11 anos e 14 anos de idade), vacinados de

acordo com o esquema vacinal

recomendado. Decorrente da alteração das

idades-chave para vacinação, imposta pelo

PNV 2017, apresentam-se pela primeira

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PARTE II | 5.PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO

202

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

vez os resultados das coberturas vacinais

para as coortes que completaram em 2018,

6 e 11 anos de idade, nascidos respetiva-

mente em 2012 e 2007;

• Vacinação atempada (Idade

recomendada): percentagem de utentes

da coorte de 2018 que foi vacinada até 1

mês após a data recomendada com a 1ª

dose das vacinas contra S. pneumoniae 13

e contra tosse convulsa, até aos 3 meses de

idade; utentes da coorte de 2016,

vacinados com a 1ª dose das vacinas

contra sarampo e contra N. meningitidis C,

até aos 13 meses de idade;

• Vacinação contra a tosse convulsa

(Tdpa) na gravidez: foi estimada a partir

do número de mulheres em idade fértil

(15-54 anos de idade) vacinadas com

Tdpa15, comparado com o número de

nascimentos em 201816;

• Vacinação contra infeções por vírus do

Papiloma humano (HPV): percentagem

de utentes entre os 11 e os 14 anos de

idade (coortes de 2007 a 2004) que

cumpriram o esquema vacinal

recomendado para a vacina HPV (2 doses);

• Vacinação contra o sarampo:

percentagem de utentes aos 2 e aos 6 a 18

anos de idade (coortes de 2016 e 2012 a

2000) que cumpriram o esquema vacinal

recomendado para a vacina VASPR, de

acordo com a idade.

15 Fonte: VACINAS

Avaliação do PNV - Esquema

recomendado

A percentagem de utentes, em cada coorte,

que cumpriram para cada vacina o número de

doses recomendadas para a idade, está

representada no gráfico que se segue. Todas

as vacinas e doses avaliadas até aos 7 anos de

idade atingem o objetivo de 95% de

cobertura. Aos 6 anos de idade, todas as

vacinas já atingem a meta dos 95%. Observou-

se ainda um aumento das coberturas vacinais

em relação aos valores do ano anterior, para

todas as vacinas, doses e idades avaliadas.

Vacinação atempada – Idade

recomendada

Aos 3 meses de idade, 97% das crianças já

tinham cumprido o esquema recomendado

para as vacinas em estudo (1ª dose das

vacinas contra S. pneumoniae 13 e contra

tosse convulsa). No entanto, aos 13 meses de

idade, 14% das crianças ainda não estavam

protegidas contra o sarampo, nem contra a

doença invasiva por Neisseria meningitidis C.

Em 2018, verifica-se um aumento no

cumprimento da vacinação atempada aos 3 e

13 meses de idade. Nas crianças vacinadas até

aos 13 meses de idade, este aumento foi de 2%

na vacinação contra o sarampo e 1% na

vacinação contra a doença invasiva por

Neisseria meningitidis C.

16 Fonte: INE

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PARTE II | 5.PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 203

Gráfico 37. PNV - Esquema Recomendado. Cobertura vacinal por coorte, vacina e dose.

Avaliação 2018, no Continente

Fonte: DGS StatLink: https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/avaliacao-do-programa-

nacional-de-vacinacao-2017.aspx

97% 98% 99%

99%

99%

99%

99%

99%

97%

97%

97%

97%

99%

99%

99%

99%

98%

95%

95%

95% 96%

96%

95%

95% 96%

96%

96% 97%

97%

97%

97%

90%

94%

80%

85%

90%

95%

100%

105%

Hep

atite

B 1

Hep

atite

B 3

Difte

ria 3

Téta

no

3

Tosse

co

nvuls

a

3

H. in

flu

en

za

e b

3

Po

liom

ielit

e 3

S.

pn

eu

mo

nia

e1

3 2

Difte

ria 4

Téta

no

4

Tosse

co

nvuls

a

4

H. in

flu

en

za

e b

4

Sa

ram

po

1

Pa

rotidite

ep

. 1

Rub

éola

1

N. m

en

ing

itid

is C

S.

pn

eu

mo

nia

e1

3 3

Difte

ria 5

Téta

no

5

Tosse

co

nvuls

a

5

Po

liom

ielit

e 4

Sa

ram

po

2

Pa

rotidite

ep

. 2

Rub

éola

2

Difte

ria 5

Téta

no

5

Tosse

co

nvuls

a

5

Po

liom

ielit

e 4

Sa

ram

po

2

Pa

rotidite

ep

. 2

Rub

éola

2

Téta

no

6

Téta

no

6

2018 2017 2016 2012 2011 2007 2004

Gráfico 38. Vacinação atempada, para as vacinas contra a tosse convulsa,

S. pneumoniae 13 aos 3 meses de idade, sarampo e N. meningitidis C aos

13 meses de idade. Avaliação 2018, no Continente

Fonte: DGS StatLink: https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/avaliacao-do-programa-

nacional-de-vacinacao-2017.aspx

97% 97%

86% 86%

80%

85%

90%

95%

100%

T. convulsa 1 S. pneumoniae13 1 Sarampo 1 N. meningitidis C 1

2018(vacinados até aos 3 meses)

2016(vacinados até aos 13 meses)

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PARTE II | 5.PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO

204

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Vacinação contra a tosse convulsa na

gravidez (Tdpa)

Estima-se que, em 2018, cerca de 85% das

mulheres grávidas tenham sido vacinadas

com a vacina Tdpa, no âmbito do PNV, um

evidente aumento relativamente a 2017.

Vacinação contra o Vírus do Papiloma

Humano (HPV)

Esta vacina é administrada a utentes do sexo

feminino. As coortes em análise iniciaram a

vacinação entre o ano de 2014 e o de 2018

(atualmente com 11 a 14 anos de idade).

Neste período houve alterações na idade re-

comendada para início da vacinação: até

setembro de 2014 era aos 13 anos de idade;

entre outubro de 2014 e dezembro de 2016

era aos 10-13 anos de idade e, a partir de

janeiro de 2017, passou a ser aos 10 anos de

idade.

Todas as coortes analisadas atingiram uma

cobertura vacinal superior a 90% para a 1ª

dose da vacina HPV e só a coorte de 2007

(última a iniciar a vacinação) ainda não

atingiu a meta dos 85% para a 2ª dose. A

partir dos 12 anos de idade (coorte de 2006 e

seguintes), 90% a 94% das raparigas já

completou o esquema recomendado.

Vacinação contra o sarampo

A cobertura vacinal para a primeira dose da

vacina contra o sarampo, avaliada aos 2 anos

de idade, foi de 99% (coorte de 2016). A

cobertura vacinal para a 2ª dose desta vacina,

nos utentes entre os 6 e os 18 anos de idade,

varia entre 96% e 98%.

Estas coberturas vacinais permitem manter o

cumprimento dos objetivos do Programa

Nacional de Eliminação do Sarampo e dos

requisitos internacionais.

Plataforma VACINAS

No decorrer do ano 2017, a DGS implementou,

com o apoio da SPMS, um novo sistema de

informação, designado VACINAS, que tem como

objetivo melhorar a eficiência da gestão da

vacinação aos níveis local, regional e nacional,

bem como a consulta online, da informação

individual, diretamente pelo cidadão. Em 2018

foram efetuados desenvolvimentos à plataforma,

nomeadamente:

• Disponibilização para consulta e registo de

informação aplicada a todos os hospitais do

SNS;

• Inclusão da identificação dos critérios de

elegibilidade para vacinação com BCG para

crianças com idade inferior a 6 anos;

• Possibilidade de o utente, através da Área do

Cidadão e da aplicação MySNS Carteira,

consultar o seu histórico vacinal, podendo

guardar/descarregar o Boletim Individual de

Saúde (boletim de vacinas) como ficheiro

digital.

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PARTE II | 5.PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 205

Gráfico 39. Vacinação contra infeções por HPV. Cobertura vacinal por coorte, sexo

feminino. Avaliação 2018, no Continente

Fonte: DGS StatLink: https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/avaliacao-do-programa-

nacional-de-vacinacao-2017.aspx

93%

80%

95%

90%

96%

93%

96%

94%

70%

85%

100%

1 2 1 2 1 2 1 2

2007 2006 2005 2004

Gráfico 40. Vacina contra o sarampo, 2ª dose. Cobertura vacinal por coorte.

Avaliação 2018, no Continente.

Fonte: DGS StatLink: https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/avaliacao-do-programa-

nacional-de-vacinacao-2017.aspx

96%97% 97% 97% 97%

98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98%

80%

85%

90%

95%

100%

2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000

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PARTE II | 5. PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO

206

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Surto de Sarampo em instituição

hospitalar

O risco de infeção por sarampo aumentou a

nível internacional, especialmente na Europa,

nos últimos dois anos. Este risco está

relacionado com a existência de baixas

coberturas vacinais contra o sarampo em

vários países e o aumento da circulação das

pessoas. Aumentou assim o risco de

importação de casos de doença para Portugal.

Em 2018 registaram-se, em Portugal, vários

casos isolados e 7 surtos de sarampo, com

origem em casos importados. Todos os surtos

foram rapidamente controlados, em menos de

dois meses.

Destaca-se o surto ocorrido na região Norte,

com epicentro numa instituição hospitalar, o

qual teve origem num caso importado de Itália

e registou um total de 107 casos confirmados.

Destes, 106 eram adultos com menos de 40

anos de idade, 87 (82%) dos quais pro-

fissionais de saúde. Salienta-se ainda que 94

casos (88%) estavam vacinados com 1, 2 ou 3

doses de vacina contra o sarampo, a maioria

(80 casos) com 2 ou mais doses.

Está descrito que, em pessoas vacinadas, a

doença apresenta um quadro clínico mais

ligeiro (sarampo modificado) e com muito

baixa probabilidade de contágio. Esta situação

verifica-se em países com elevada cobertura

vacinal e com um sistema de vigilância

epidemiológica e laboratorial eficaz, situação

que se verifica em Portugal.

O célere controlo dos surtos resultou da

imunidade de grupo existente na população

portuguesa, mantida através das elevadas

coberturas vacinais contra o sarampo, ao

longo de décadas, evitando assim, a ocorrên-

cia de novas cadeias de transmissão, o que

garante que não se estabeleça a circulação do

vírus no país. Assim, Portugal poderá manter

o estatuto de País com eliminação do sarampo,

reconhecido pela OMS, desde 2012 e

certificado desde 2015.

Campanhas de sensibilização

O investimento na informação dos cidadãos e dos

profissionais de saúde, capacitando quer para a

tomada de decisões cada vez mais informadas

quer para a crescente partilha de informação

credível sobre as vacinas e a vacinação, é a base

para o alargamento das parcerias com diferentes

setores da sociedade, abrangendo cada vez mais

públicos-alvo e tornando mais eficiente a

promoção da vacinação como um direito, um

dever e um ato de cidadania.

Neste sentido, em 2018 DGS promoveu diversas

campanhas de sensibilização sobre a

importância da vacinação, nomeadamente:

• Semana Europeia da Vacinação 2018;

• Campanha de alto impacto – “Vale a pena

Vacinar”;

• Vacinas para a vida – Migrantes;

• Comemoração do 10º aniversário da

vacinação contra HPV.

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PARTE II | 5. PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 207

Os resultados da avaliação do PNV em 2018

revelaram um aumento das coberturas

vacinais em todas as idades e vacinas, o que se

poderá explicar por:

• Maior investimento nas atividades

relacionadas com a vacinação em todo o

país;

• Maior procura da vacinação, fruto dos

surtos de sarampo e das campanhas de

sensibilização realizadas;

• Otimização dos registos da vacinação,

agora efetuados numa plataforma única

(VACINAS), acessível em todas as

unidades de saúde do SNS (Continente).

Os excelentes resultados devem-se não só ao

empenho e dedicação dos profissionais de

saúde, mas também à confiança que os

cidadãos continuam a depositar no Programa.

Para que o PNV continue a ser um programa

de sucesso no controlo das doenças alvo, o seu

cumprimento tem de ser mantido e

sustentado, pelo que é necessário reforçar o

investimento em:

• Comunicar a importância da vacinação

atempada, especialmente até aos 12 meses

de idade, inclusive;

• Não perder oportunidades de vacinação,

melhorando o acesso, sem barreiras;

• Criar novas oportunidades para a

vacinação;

• Convocar todas as pessoas com esquemas

vacinais em atraso e desenvolver

atividades adicionais de vacinação em

comunidades com menor cobertura

vacinal.

Figura 2. Programa Nacional de Vacinação: esquema vacinal recomendado

1HPV - Aplicável apenas a raparigas, com esquema 0,6 meses 2Tdpa - Aplicável apenas a grávidas, em qualquer idade. Uma dose em cada gravidez 3Td - De acordo com a idade da pessoa, devem ser aplicados os intervalos

recomendados entre doses, tendo como referência a data de administração da dose anterior. A partir dos 65 anos, recomenda-se a vacinação de todas as pessoas que tenham feito a última dose de Td há ≥10 anos; as doses seguintes são administradas de 10 em 10 anos

Fonte: DGS

StatLink: https://www.dgs.pt/documento

s-e-publicacoes/avaliacao-do-programa-

nacional-de-vacinacao-2017.aspx

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PARTE II | 6. PROGRAMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DE SAÚDE ORAL

208

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

6. Programa Nacional de Promoção

de Saúde Oral

O Programa Nacional de Promoção da Saúde

Oral (PNPSO) desenha uma estratégia global

de intervenção assente na promoção da

saúde, prevenção e tratamento das doenças

orais.

Desenvolve-se ao longo do ciclo de vida e nos

ambientes onde as crianças e jovens vivem e

visa a diminuição da incidência e da

prevalência da cárie dentária, a melhoria dos

conhecimentos e comportamentos sobre

saúde oral e a promoção da equidade na

prestação de cuidados de saúde oral às

crianças e jovens e a grupos populacionais

com necessidades de saúde especiais.

O PNPSO prevê a atribuição de cheques-

dentista aos respetivos utentes beneficiários,

nomeadamente grávidas seguidas no SNS,

beneficiários do complemento solidário para

idosos, crianças e jovens com idade inferior a

16 anos, utentes portadores de VIH/SIDA e

utentes com lesão suspeita de cancro oral.

Atualmente é regulado pela Portaria n.º

301/2009, de 24 de março, que confirma as

grávidas e os idosos como grupos alvo e eleva

para os 16 anos a idade para inclusão de

crianças e jovens.

As atividades do programa articulam-se, em

especial, com as dos programas de saúde

escolar, saúde infantil e juvenil, saúde

materna e vigilância da saúde do idoso e está

baseado na atividade desenvolvida ao nível da

rede de cuidados de saúde primários.

Até 2008, o PNPSO estava centrado em

atividades de prevenção e educação para a

saúde e na avaliação da saúde oral ou

tratamento de doenças da boca e dentes a

crianças escolarizadas, mediante acordo entre

o SNS e especialistas privados.

A partir de 27 de maio de 2008, teve início a

emissão de cheques-dentista a grávidas em

vigilância pré-natal no SNS, bem como a

idosos beneficiários do complemento

solidário para idosos e também utentes do

SNS. A partir de 2010 passou a integrar os

utentes portadores de VIH/SIDA.

A 1 de março de 2014, o PNPSO foi alargado,

passando a incluir a intervenção precoce no

cancro oral (Despacho n.º 686/2014, de 15 de

janeiro).

Em 1 de março 2016, o PNPSO foi alargado aos

jovens de 18 anos e aos portadores de

VIH/SIDA já com acesso anterior (segundo

ciclo de cheques) de acordo com o Despacho

n.º 12889/2015, de 13 de novembro.

O XXI Governo Constitucional assumiu como

bandeira o objetivo de tornar a Saúde Oral

acessível a todos os Portugueses, pelo que, ao

abrigo do Despacho n.º 8591-B/2016, de 29

de junho, o PNPSO foi ampliado, passando a

contemplar consultas de saúde oral nos

cuidados de saúde primários.

Saliente-se que no ano letivo de 2012/2013 se

alteraram as regras de emissão e de utilização

de cheques-dentista, por forma a coincidir a

utilização dos cheques com o ano civil, pese

embora a emissão se inicie com o ano letivo.

Esta alteração provocou um desfasamento na

utilização dos cheques emitidos em 2012, que

vieram apenas a ser utilizados em 2013. Os

dados a partir de 2014 já traduzem a

normalidade face ao histórico.

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PARTE II | 6. PROGRAMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DE SAÚDE ORAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 209

Nos quadros que se seguem figuram os

valores correspondentes à evolução do

número de beneficiários do PNPSO entre

2010 e 2018.

Neste sentido e considerando o ano de 2018,

foram emitidos mais de 629 mil cheques-

dentista, um aumento de 8,3% em relação a

2017.

De referir ainda que até ao final de 2018, os

idosos e os utentes portadores de VIH/SIDA,

eram os grupos com a mais elevada taxa de

utilização dos cheques (85,3% e 81,4%,

respetivamente).

No projeto de saúde oral nos cuidados de

saúde primários, a utilização situou-se nos

32,3%, valor que se estima aumentar nos

próximos anos face ao reforço progressivo de

médicos dentistas nos cuidados de saúde

primários.

Aumento do número de Gabinetes de

saúde oral nos centros de saúde

Em 2018, existiam mais 17 gabinetes de saúde

oral em todo o país em relação a 2017, num total

de 77, distribuídos em 73 centros de saúde, de

34 ACES, das cinco regiões.

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PARTE II | 6. PROGRAMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DE SAÚDE ORAL

210

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/d

ataset/saude-oral/?sort=tempo

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/saude-

oral/?sort=tempo

Quadro 51. Evolução do número de utentes SNS que beneficiaram do PNSO

Número de utentes SNS beneficiários*

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

Grávidas 39 474 38 855 41 144 40 808 44 424 49 753 51 482 53 766 56 551 5,2%

Idosos 6 492 5 451 5 300 5 488 5 171 5 305 5 626 6 081 6 101 0,3%

Saúde Infantil <=6 anos 19 033 21 155 24 127 20 051 28 667 28 590 28 615 28 606 28 617 0,04%

Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2009/2010

186 862

Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2010/2011

139 046 145 578 Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2011/2012

131 159 152 294

Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2012/2013 16 131 266 552 Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2013/2014

115 451 166 026

Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2014/2015 116 854 151 852 Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2015/2016

109 830 157 436

Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2016/2017 106 288 152 726

Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2017/2018

88 688 165 789 86,9%

Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2018/2019 91 219

Crianças e Jovens 16 anos 3 087 5 318 15 925 21 300 13 540 20 747 53,2%

Crianças e Jovens 18 anos 1 676 3 151 7 790 147,2%

Crianças e Jovens Idades Intermédias

3 308 4 445 6 437 7 000 11 303 12 775 7 688 8 088 13 600 68,2%

Portadores VIH/SIDA 41 255 244 463 443 392 792 641 692 8,0%

Intervenção Precoce no Cancro Oral

2 401 3 831 4 191 4 172 3 896 -6,6%

Saúde Oral nos CSP* 3 066 51 386 59 470 15,7%

Total 394 256 346 898 245 677 458 900 380 607 378 253 388 160 410 845 454 472 10,6%

*Utentes beneficiários de Cheque dentista, Referenciações para Higienista Oral e Referenciações para medicina dentária no centro de saúde Nota: Quando se referem crianças de 7,10 e 13 anos, os dados dizem respeito a cheques dentista e referenciações para consultas de higiene oral nos centros de saúde. Fonte: DGS

Quadro 52. Evolução do número de cheques emitidos por grupo-alvo no âmbito do PNSO

Cheques emitidos por grupo-alvo 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

Grávidas 81 322 80 415 85 047 82 641 88 190 97 609 100 804 104 009 107 138 3,0%

Idosos 10 940 9 377 9 103 9 288 8 745 8 986 9 359 10 223 10 164 -0,6%

Saúde Infantil <=6 anos 19 033 21 155 24 127 20 051 28 667 28 590 28 615 28 606 28 619 0,1%

Crianças e Jovens 7/10/13 anos* 463 273 427 807 315 425 510 772 403 915 376 094 375 447 353 935 375 144 6,0%

Crianças e Jovens 16 anos 3 087 5 316 15 913 21 300 13 540 20 747 53,2%

Crianças e Jovens 18 anos 1 676 3 151 7 790 147,2%

Crianças e Jovens Idades Intermédias

3 308 4 445 6 437 7 000 11 303 12 775 7 688 8 088 13 600 68,2%

Portadores VIH/SIDA 51 637 582 1 122 1 088 1 017 1 672 1 458 1 415 -3,0%

Intervenção Precoce no Cancro Oral 2 402 4 543 5 004 5 165 5 027 -2,7%

Saúde Oral nos CSP 3 074 52 284 59 534 13,9%

Total 577 927 543 836 440 721 633 961 549 626 545 527 554 639 580 459 629 178 8,4%

*Inclui as referenciações para a consulta de higiene oral nos centros de saúde Fonte: DGS

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PARTE II | 6. PROGRAMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DE SAÚDE ORAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 211

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/saude-oral/?sort=tempo

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/saude-

oral/?sort=tempo

Quadro 53. Evolução do número total de cheques utilizados no âmbito do PNSO

Cheques utilizados por grupo-alvo

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

Grávidas 68 120 67 626 71 261 67 961 71 624 78 487 80 548 82 268 83 153 1,1%

Idosos 9 530 8 353 8 118 8 107 7 734 7 870 8 084 8 852 8 668 -2,1%

Saúde Infantil <=6 anos 10 621 13 126 14 683 11 677 14 452 17 972 16 231 16 134 15 616 -3,2%

Crianças e Jovens 7/10/13 anos* 308 032 318 559 314 931 312 402 300 983 288 145 285 069 275 759 274 919 -0,3%

Crianças e Jovens 16 anos 2 122 4 138 9 906 13 758 9 560 14 658 53,3%

Crianças e Jovens 18 anos 1 215 2 271 5 470 140,9%

Crianças e Jovens Idades Intermédias

1 706 2 959 4 877 5 246 6 717 10 031 6 174 5 742 10 032 74,7%

Portadores VIH/SIDA 20 566 503 960 958 907 1 395 1 277 1 152 -9,8%

Intervenção Precoce no Cancro Oral 954 2 082 2 360 2 728 2 957 8,4%

Saúde Oral nos CSP 453 31 105 19 233 -38,2%

Total 398 029 411 189 414 373 408 475 407 560 415 400 415 287 435 696 435 858 0,04%

*Inclui as referenciações para a consulta de higiene oral nos centros de saúde Fonte: DGS

Quadro 54. Evolução da taxa de utilização de cheques no âmbito do PNSO

Taxa de utilização de cheques 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

Grávidas 83,8% 84,1% 83,8% 82,2% 81,2% 80,4% 79,9% 79,1% 77,6% -1,5%

Idosos 87,1% 89,1% 89,2% 87,3% 88,4% 87,6% 86,4% 86,6% 85,3% -1,3%

Saúde Infantil <=6 anos 55,8% 62,0% 60,9% 58,2% 50,4% 62,9% 56,7% 56,4% 54,6% -1,8%

Crianças e Jovens 7/10/13 anos 66,5% 74,5% 99,8% 61,2% 74,5% 76,6% 75,9% 77,9% 73,3% -4,6%

Crianças e Jovens 16 anos 68,7% 77,8% 62,3% 64,6% 70,6% 70,7% 0,1%

Crianças e Jovens 18 anos 72,5% 72,1% 70,2% -1,9%

Crianças e Jovens Idades Intermédias

51,6% 66,6% 75,8% 74,9% 59,4% 78,5% 80,3% 71,0% 73,8% 2,8%

Portadores VIH/SIDA 39,2% 88,9% 86,4% 85,6% 88,1% 89,2% 83,4% 87,6% 81,4% -6,2%

Intervenção Precoce no Cancro Oral 39,7% 45,8% 47,2% 52,8% 58,8% 6,0%

Saúde Oral nos CSP 14,7% 59,5% 32,3% -27,2%

Total 69% 76% 94% 64% 74% 76% 75% 75% 69% -6,0%

Fonte: DGS

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PARTE II | 7.PESSOA COM DOENÇA RARA

212

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

7. Pessoa com doença rara

O “Cartão de Pessoa com Doença Rara”

(CPDR) foi criado em 2014, na sequência da

Resolução da Assembleia da República n.º

34/2009, de 7 maio de 2009.

O ano de 2018 continuou a acompanhar a

evolução positiva no que se refere ao número

de emissão dos cartões, com um total de 1.328

cartões emitidos, reflexo da medida de

alargamento desta iniciativa, a todos os

hospitais e médicos do SNS.

Os objetivos da implementação do “Cartão da

Pessoa com Doença Rara” são os seguintes:

• Assegurar que nas situações de urgência

ou emergência, os profissionais de saúde

tenham acesso à informação relevante da

pessoa com doença rara e à especificidade

da situação clínica, permitindo o melhor

atendimento do utente;

• Melhorar a continuidade de cuidados,

assegurando que a informação clínica

relevante da pessoa com doença rara está

na posse do utente, num formato acessível

e que o acompanha nos diferentes níveis

de cuidados de saúde;

• Facilitar o encaminhamento apropriado e

rápido para a unidade de saúde que

assegure, efetivamente, os cuidados de

saúde adequados ao utente.

No seu conjunto, as doenças raras afetam

cerca de 6% da população, estimando-se que,

em Portugal, existam cerca de 600 mil pessoas

portadoras destas doenças. Existem entre 5

mil e 8 mil doenças raras. Cada uma destas

doenças atinge menos de 0,1% da população.

Muitas são graves e, por vezes, altamente

incapacitantes, enquanto outras não são

impeditivas do normal desenvolvimento

intelectual e apresentam evolução benigna.

O impacto destas doenças é multiplicado pelo

difícil e, em geral, tardio diagnóstico, para o

qual contribuem, pela sua raridade, a falta de

informação por parte dos médicos, as

ineficiências no encaminhamento dos utentes

para os serviços especializados mais

adequadas e por não se terem, ainda, definido

e reconhecido, em muitos países, centros de

referência. Sabe-se, pela literatura

internacional, que cerca de um quarto dos

utentes espera pelo diagnóstico definitivo

entre cinco a trinta anos, após o aparecimento

dos primeiros sintomas.

Em Portugal existem, hoje, mais de 6.340

pessoas com doença rara detentoras do

Cartão da Pessoa com Doença Rara. Até à data

foram codificadas no CPDR mais de 800

doenças raras.

A desmaterialização e desburocratização do

processo possibilitou que mais doentes

obtivessem o seu cartão digital e que todos os

profissionais de saúde pudessem consultar a

informação de emergência, específica para

cada doente, em tempo real de consulta ou

urgência.

De salientar ainda nesta matéria, o

reconhecimento de Centros de Referência e de

Redes Europeias de Referência nas áreas de

intervenção complexa ou doença rara, como

explanado no ponto 4 da Parte I deste

relatório.

Page 213: Relatório Anual - ACSS€¦ · Receita sem Papel - Desmaterialização Eletrónica da Receita ... 168 13.15. Exames Sem Papel - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.....169

PARTE II | 7. PESSOA COM DOENÇA RARA

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 213

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/cartao-da-pessoa-com-

doenca-rara/?sort=periodo

Quadro 55. Cartão de pessoa com doença rara

2014 2015 2016 2017 2018

Número de profissionais habilitados 182 383 427 Todos os médicos

Todos os médicos

Número de cartões requisitados 622 911 776 2 703 1 328

Número de unidades de Saúde emissoras 6 13 14 Todos os

hospitais do SNS

Todos os hospitais do

SNS

Fonte: DGS

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PARTE II | 8.SANGUE

214

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

8. Sangue

O consumo de componentes sanguíneos para

o tratamento adequado de cada vez mais

doentes obriga a um apelo constante à dádiva

de sangue. Pretende-se que a colheita, através

da dádiva voluntária e não remunerada,

garanta a autossuficiência nacional em sangue

e componentes sanguíneos, o que em Portugal

é garantido com as cerca de 32 dádivas por mil

habitantes/ano.

Dada a sua importância, esta área é

transversal a toda a atividade clínica, em

qualquer estabelecimento hospitalar. No final

de 2018 o Sistema Português de

Hemovigilância (SPHv) registava um total de

253 instituições.

No que se refere à distribuição dos serviços de

sangue pelo número de dádivas homólogas

colhidas a nível nacional, é possível concluir

que:

• O Instituto Português do Sangue e da

Transplantação através dos 3 Centros de

Sangue e Transplantação colheu no ano

de 2018, 60,4% das dádivas nacionais;

• Os serviços de sangue hospitalares

colheram, no mesmo período cerca de

40% das dádivas nacionais.

• O Centro de Sangue e Transplantação do

Porto representa 40% das dádivas do

IPST, o de Lisboa 32% e o de Coimbra

representa 28% das dádivas.

Acompanhando a tendência verificada desde

2008, no ano de 2018 verificou-se uma

diminuição no número de dadores e dádivas

de sangue, em linha com a diminuição das

necessidades de consumo de sangue para

transfusão. De notar ainda que a percentagem

de dadores regulares de sangue atingiu os

88% em 2018.

O Despacho n.º 3387/2018, de 5 de abril,

marcou o início, em Portugal, de um programa

de gestão do sangue do doente, denominado

internacionalmente Patient Blood

Management. O programa decorreu em nove

unidades piloto, nomeadamente os Centros

Hospitalares Universitários de São João, de

Lisboa Norte, de Coimbra, os Centros

Hospitalares do Tâmega e Sousa, da Cova da

Beira, a Unidade Local de Saúde do Litoral

Alentejano e os três institutos portugueses de

Oncologia. Esta nova abordagem, para além

de visar a melhoria dos resultados em saúde,

está associada a um menor consumo de

recursos, representando um passo

importante para a segurança dos doentes,

prevenindo ou tratando a anemia,

minimizando as perdas sanguíneas e

otimizando a tolerância dos doentes à anemia,

sem recurso desnecessário à terapêutica

transfusional.

No que diz respeito à atividade de transfusão

em 2018 verificou-se uma estabilização no

número de transfusões de pool de plaquetas

(com e sem redução patogénica) e plaquetas

de aférese e uma ligeira diminuição do

número de doentes transfundidos com pool

de plaqueta e plaquetas de aférese; continua a

verificar-se um aumento de transfusões com

PFC com inativação patogénica; um ligeiro

aumento de transfusões com Plasma SD;

apesar do número de doentes transfundidos

com componentes plasmáticos ter diminuído

apresenta uma evolução estável.

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PARTE II | 8. SANGUE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 215

Quadro 56. Número de entidades registadas no Sistema Português de Hemovigilância, em 2018

Norte Centro Lisboa e Vale

do Tejo Alentejo Algarve

Região Autónoma da Madeira

Região Autónoma dos Açores

Total

Ponto Transfusional 56 24 46 6 10 5 2 149

Serviço de Medicina Transfusional

23 13 34 70

Serviço de Sangue 1 1

Serviço de Sangue e Serviço de Medicina Transfusional

9 4 9 5 2 1 3 33

Total 88 41 89 11 13 6 5 253

Nota: Dados provisórios Fonte: IPST

Quadro 57. Evolução do número de dadores de sangue que efetuaram dádiva

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*

Número de dadores que efetuaram dádiva

293 778 271 159 249 168 237 826 226 882 223 924 217 431 211 170 203 294

*Dados provisórios Fonte: IPST

Quadro 58. Atividade de transfusão em 2018

Número de unidades transfundidas

Número de doentes transfundidos

Sangue total 30 19

Eritrócitos 290 235 91 756

Plaquetas, aférese, desleucocitadas 5 656 1 710

Pool de plaquetas obtidas de unidades de sangue total 30 540 7 964

Pool de plaquetas obtidas de unidades de sangue total, com redução patogénica 2 858 800

Plaquetas obtidas de uma unidade de sangue total 8 441 978

Plasma fresco congelado de quarentena 4 587 1 414

Plasma fresco congelado, com redução patogénica 3 785 639

Plasma SD (Solvent Detergent Treated) - industrial 46 848 8 446

Crioprecipitado 273 47

Granulócitos, aférese 53 1

Total 393 306 113 774

Fonte: IPST

StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/colheita-de-sangue-2/

StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/colheita-de-sangue-2/

Gráfico 41. Evolução da percentagem de dadores de sangue regulares

Fonte: IPST StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/colheita-de-sangue-2/

81,9%83,7% 84,1% 83,2%

85,9%

95,2%

88,0%

70%

75%

80%

85%

90%

95%

100%

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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PARTE II | 9.TRANSPLANTAÇÃO

216

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

9. Transplantação

A área da transplantação de órgãos

apresentou em 2018, uma estabilização da

atividade realizada, importando destacar:

• Diminuição do número de transplantes

provenientes de dador falecido, com um

total de 757 transplantes realizados,

menos 6% que em 2017;

• Diminuição do número de dadores

falecidos de cerca de 2%;

• Aumento do número de dadores

falecidos em paragem circulatória (28

em 2018 e 21 em 2017);

• Aumento da idade média dos dadores

falecidos, de 53,8 anos em 2018 para

57,4 em 2018;

• Diminuição do número de órgãos

colhidos, (-4%).

O gráfico que se segue ilustra a evolução do

número total de transplantes de 2011 a 2018,

sendo que em 2018 se realizou um total de

829 transplantes.

Registo Português de Transplantação

O Registo Português de Transplantação (RPT) é

um sistema de âmbito Nacional, web based,

localizado nos servidores do IPST, na RIS do

Ministério da Saúde, com acessibilidade a todos

os utilizadores credenciados e oficialmente

validados (médicos, enfermeiros e técnicos) de

56 Hospitais Dadores, 18 Unidades de

Transplantação de Órgãos Sólidos, 3 Centros de

Sangue e Transplantação do IPST, além da

Coordenação Nacional e dos 5 Gabinetes

Coordenadores de Colheita e Transplantação,

responsáveis pela articulação nacional e

internacional.

O RPT inclui o registo de todas as informações

relevantes para o processo de doação, desde a

identificação e análise detalhada do dador,

registo de consultas de pré-transplante, quer na

fase de transplante, bem como, o registo de

consultas de follow-up de doentes

transplantados.

Desde a entrada em produção, em junho de

2016, estão já registados 437 utilizadores dos

diversos perfis, cerca de 1.600 potenciais

dadores e cerca de 3.500 candidatos a

transplantação.

Gráfico 42. Evolução do número de transplantes

Fonte: IPST StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/doacao-e-transplantacao-de-orgaos-2/

838

680

789

747

824

864

895

829

600

650

700

750

800

850

900

950

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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PARTE II | 10. ATRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE APOIO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 217

10. Atribuição de produtos de apoio

O Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio

- SAPA destina-se a financiar os produtos de

apoio prescritos por ato médico às pessoas

com deficiência, no âmbito da consulta

externa das unidades hospitalares

prescritoras. Estas entidades, indicadas pelas

ARS, financiam os produtos de apoio que

prescrevem através da Prescrição Eletrónica

Médica (PEM), após avaliação médico-

funcional e sociofamiliar, sendo a sua

atribuição gratuita e universal.

A criação do programa de financiamento de

produtos de apoio, bem como do anterior

regime supletivo de atribuição, teve como

objetivo facilitar o acesso aos produtos de

apoio, para todas as pessoas com deficiência e

para pessoas com incapacidade temporária.

Para este efeito, entende-se por “pessoa com

deficiência” aquela que, por motivo de perda

ou anomalia, congénita ou adquirida, de

funções ou de estruturas do corpo, incluindo

as funções psicológicas, apresente

dificuldades específicas suscetíveis de, em

conjugação com os fatores do meio, lhe limitar

ou dificultar a atividade e a participação em

condições de igualdade com as demais

pessoas. Por conseguinte, “pessoa com

incapacidade temporária” é aquela que por

motivo de doença ou acidente encontre, por

um período limitado e específico no tempo,

dificuldades específicas suscetíveis de, em

conjugação com os fatores do meio, lhe limitar

ou dificultar a sua atividade e participação

diária em condições de igualdade com as

demais pessoas.

Dada a sua natureza, o SAPA integra alguns

produtos que se constituem como

dispositivos médicos e, por essa razão, o

Ministério da Saúde tem vindo a promover a

definição de regimes de comparticipação de

alguns desses produtos procurando, assim,

facilitar o acesso dos utentes do SNS e

desburocratizar os mecanismos em que o

acesso é assegurado, ao mesmo tempo que se

simplifica o processo de prescrição e controlo

de despesa.

Na sequência da publicação do Despacho n.º

10909/2016, de 8 de setembro, a

responsabilidade financeira dos produtos de

apoio no âmbito da ostomia e no âmbito dos

produtos de apoio usados no corpo para a

absorção de urina e fezes (fraldas), quando

prescritos nos cuidados de saúde primários,

transitou para o Ministério da Saúde.

Neste contexto, os dispositivos médicos para

apoio aos doentes ostomizados e com

incontinência ou retenção urinária, regulam-

se pelos regimes de comparticipação

definidos pela Portaria n.º 92–E/2017, de 3 de

março, alterada e republicada pela Portaria

n.º 111/2018, de 26 de abril e a n.º 284/2016,

de 4 de novembro, alterada e republicada pela

Portaria n.º 92-F/2017, de 3 de março,

respetivamente.

Estes regimes de comparticipação facilitam o

acesso, na medida em que não acarretam

qualquer custo para os utentes do SNS, ao

assegurarem a comparticipação a 100%,

como referido nos diplomas legais aplicáveis,

sendo a respetiva dispensa efetuada nas

farmácias comunitárias.

Neste âmbito, em 2018 o SNS despendeu

18.201.007 euros com estes produtos.

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PARTE II | 10. ATRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE APOIO

218

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

De acordo com o Despacho n.º 11974-A/2018,

de 12 de dezembro, os produtos de apoio para

absorção de urina e fezes, para além de

poderem ser disponibilizados pelos hospitais

são fornecidos ou reembolsados pelas

unidades de cuidados de saúde primários.

Em 2018 o SNS despendeu 1.099.613 euros,

correspondendo a cerca de 1.177.587

reembolsos.

Considerando a necessidade de garantir uma

resposta mais célere na entrega dos produtos

de apoio aos utentes, mantendo o

acompanhamento e a monitorização da

execução deste sistema de atribuição, em

2018, o financiamento dos hospitais EPE, que

outrora era efetuado ao abrigo de um

Programa Vertical, passou a integrar a verba

atribuída nos Contratos-Programa

hospitalares, o que levou a que o tempo

decorrido entre o reconhecimento da

necessidade de um produto de apoio em

contexto de consulta externa e a sua

atribuição ao utente passasse, a partir desse

momento, a depender apenas do tempo

decorrido do desenvolvimento do processo de

aquisição. Contudo, os estabelecimentos

hospitalares SPA e PPP ainda mantêm o

modelo de financiamento por Programa

Vertical de Ajudas Técnicas.

De salientar ainda que no decorrer do ano

2018, o SNS apresentou despesa, no âmbito

dos produtos de apoio atribuídos em meio

hospitalar, num total de 7.810.020 euros que

corresponde a 15.320 produtos de apoio

disponibilizados diretamente aos utentes.

Quadro 59. Evolução do número produtos de apoio entregues e respetivos encargos

(HH EPE, SPA/PPP)

2016 2017 2018 Var.

2018/2017

Número de produtos de apoio entregues 10 995 15 721 15 320 -2,5%

Encargos com produtos de apoio 4 184 330 € 6 081 604 € 7 810 020 € 28,4%

Nota: Nota: A execução financeira dos Hospitais EPE no âmbito do Contrato-Programa, ainda não se encontra concluída, pelo que os valores apresentados são provisórios. Fonte: ACSS

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PARTE II | 11. BENEFÍCIOS ADICIONAIS EM SAÚDE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 219

11. Benefícios adicionais em saúde

O regime de benefícios adicionais de saúde

(BAS) para os beneficiários do complemento

solidário para idosos (CSI) foi criado em 2007,

através do Decreto-Lei n.º 252/2007, de 5 de

julho.

O objetivo é combater os desafios associados

ao envelhecimento demográfico, ao aumento

das doenças crónicas e incapacitantes entre a

população idosa, com implicação nos custos

de aquisição de medicamentos e outros

produtos de manutenção e proteção da saúde,

como óculos e próteses dentárias.

Os benefícios adicionais de saúde englobam:

• Participação financeira em 50% da parcela

do preço dos medicamentos não

comparticipada pelo Estado;

• Participação financeira em 75% da

despesa na aquisição de óculos e lentes até

ao limite de 100 euros, por cada período de

dois anos;

• Participação financeira em 75% da

despesa na aquisição e reparação de

próteses dentárias removíveis até ao

limite de 250 euros, por cada período de

três anos.

Estes benefícios, a efetuar por reembolso,

incidem apenas sobre a parcela não

comparticipada ou reembolsada.

Em 2018, a nível nacional, estavam inscritos

23.095 beneficiários do BAS (-568 do que em

2017).

Em linha com o que se tinha verificado nos

anteriores, a ARS Norte regista o maior

número de beneficiários, com uma

percentagem de 49%, face ao total nacional,

seguindo-lhe a ARS Centro com uma

percentagem de 24% de beneficiários

inscritos.

No que se refere ao número de pedidos de

reembolso pagos, constata-se que em 2018

95% dos pedidos (o correspondente a

87.861) reportam-se a pedidos de reembolso

de medicamentos, sendo residual o número de

pedidos de reembolso ao nível de despesa

com a aquisição ou reparação de próteses

dentárias removíveis (1.509) e com a

aquisição de óculos e lentes (3.091).

Do montante total da despesa em 2018

(2.094.249 euros), cerca de 47%, o

equivalente a 994.687 euros da despesa

ocorreu na ARS Norte, a par com o facto de ser

a ARS com maior número de beneficiários.

No que concerne ao reembolso de despesas

com medicamentos, o valor dos pagamentos

foi de 1.586.323 euros, que corresponde a

cerca de 76% do montante total da despesa

com a atribuição do BAS.

Em 2018 registou-se uma diminuição de

0,03% na despesa total, quando comparado

com o período homólogo.

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PARTE II | 11. BENEFÍCIOS ADICIONAIS EM SAÚDE

220

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quadro 60. Evolução do número de beneficiários, por região

2016 2017 2018

ARS Norte 11 994 11 560 11 380

ARS Centro 5 792 5 755 5 623

ARS Lisboa e Vale do Tejo 4 711 4 492 4 313

ARS Alentejo 1 459 1 423 1 364

ARS Algarve 462 433 415

Total 24 418 23 663 23 095

Fonte: ACSS

Quadro 61. Número de pedidos de reembolso pagos (2018)

Medicamentos Próteses Dentárias Óculos e Lentes Total

ARS Norte 44 136 796 1 346 46 278

ARS Centro 21 193 354 751 22 298

ARS Lisboa e Vale do Tejo 15 526 279 717 16 522

ARS Alentejo 5 726 58 196 5 980

ARS Algarve 1 280 22 81 1 383

Total 87 861 1 509 3 091 92 461

Fonte: ACSS

Quadro 62. Valor dos pagamentos efetuados, por tipologia (2018)

Medicamentos Próteses Dentárias Óculos e Lentes Total

ARS Norte 761 829 € 109 665 € 123 192 € 994 687 €

ARS Centro 409 453 € 50 309 € 69 515 € 529 276 €

ARS Lisboa e Vale do Tejo 284 519 € 46 442 € 65 759 € 396 720 €

ARS Alentejo 105 847 € 12 047 € 18 304 € 136 198 €

ARS Algarve 24 675 € 4 723 € 7 970 € 37 368 €

Total 1 586 323 € 223 186 € 284 740 € 2 094 249 €

Fonte: ACSS

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PARTE II | 12.COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS: DROGAS, ÁLCOOL E JOGO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 221

12. Comportamentos aditivos e dependências: drogas, álcool e jogo

O desenvolvimento de políticas e de respostas

no domínio dos Comportamentos Aditivos e

Dependências (CAD) por parte do Estado

Português articula-se no Plano Nacional para

a Redução dos Comportamentos Aditivos e

das Dependências 2013-2020, do qual

decorrem Planos de Ação que recobrem os

dois quadriénios desse período. Definidos e

implementados sob a égide da Coordenação

Nacional para os Problemas da Droga,

Toxicodependência e o Uso Nocivo do Álcool,

e em articulação com os diferentes Ministérios

que nela participam, estes instrumentos

orientadores recolhem ainda as contribuições

dos membros do Fórum Nacional Álcool e

Saúde e das entidades parceiras no âmbito do

Jogo.

Resultante do posicionamento adotado face

aos CAD expresso nestes documentos

orientadores, da concretização das políticas e

respostas neste domínio, resultaram ganhos

em saúde, sendo que na área do consumo de

substâncias ilícitas se salienta a descida

sustentada dos indicadores relacionados com

as infeções por VIH e SIDA associadas à

toxicodependência.

Em termos globais, tem-se verificado

igualmente o cumprimento das metas

definidas para os indicadores relacionados

com os consumos dos mais jovens, em

particular no que respeita à cannabis

(perceção dos riscos do consumo, o retardar a

idade do início dos consumos e a prevalência

do consumo recente).

Mantém-se igualmente uma evolução positiva

de alguns indicadores na área do álcool, como

a perceção de menor facilidade de acesso a

bebidas alcoólicas em idades inferiores a 18

anos e o retardar das idades de início dos

consumos em populações jovens, tendo por

consequência importantes ganhos em saúde

no que se refere à morbilidade associada a

estes consumos.

No que se refere ao acesso e prestação de

cuidados de saúde especializados em CAD, em

2018 registou-se uma diminuição do total de

utentes em seguimento nos Centros de

Respostas Integradas (CRI), unidades de

intervenção local que executam intervenções

e cuidados especializados em CAD. No

entanto, os números de novos utentes e de

utentes readmitidos nos CRI contraria esta

tendência, evidenciando acréscimos quer no

que concerne aos Problemas Ligados ao

Álcool (PLA), quer relativamente a utentes

com morbilidade associada ao uso de outras

substâncias psicoativas ilícitas (OSPA).

Ainda relativamente ao acesso e prestação de

cuidados de saúde, devem ser salientados os

programas em curso a nível nacional nas

várias áreas de intervenção (Prevenção,

Redução de Risco e Minimização de Danos,

Tratamento e Reinserção), particularizando o

Programa de Troca de Seringas (mais de 58

milhões de seringas trocadas, desde o seu

início até 2018) e os Programas de

Substituição de Heroína por Metadona, os

quais têm um papel fundamental na

diminuição dos consumos e a aproximação

dos utentes aos cuidados e aos profissionais

de saúde.

Constituindo uma Medida Estruturante do

dispositivo português de resposta aos CAD, o

Plano Operacional de Respostas Integradas

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PARTE II | 12.COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS: DROGAS, ÁLCOOL E JOGO

222

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

(PORI) manteve-se em 2018 como uma

referência, garantindo intervenções

integradas neste domínio. Gerido pelo SICAD

e operacionalizado em estreita colaboração

com as Divisões de Intervenção para os

Comportamentos Aditivos e Dependências

das Administrações Regionais de Saúde,

permite conferir financiamento público a

pessoas coletivas, privadas e sem fins

lucrativos, celebrando contratos de atribuição

de fundos a Programas de Respostas

Integradas.

No desenvolvimento desta medida

estruturante, foram acompanhados e

monitorizados, em 2018, 122 projetos

financiados no âmbito do PORI.

Refira-se ainda a ação do SICAD no âmbito da

Lei nº 30/2000, de 29 de novembro, no que se

refere ao funcionamento das Comissões para

a Dissuasão da Toxicodependência,

competindo a este serviço garantir as

infraestruturas e o suporte técnico a estes

organismos.

Quadro 63. Utentes sob intervenção em CRI no ano*, novos** e readmitidos.

Problema aditivo principal: Problemas Ligados ao Álcool (PLA)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Utentes em tratamento no ano 10 382 10 848 11 117 11 616 11 881 12 498 13 678 13 828 13 422

Novos utentes 1 549 3 009 3 344 3 403 3 353 3 704 3 759 3 352 3 403

Instituição judicial/ área de reinserção social***

752 762

Médico de Família/ Cuidados de Saúde Primários

726 718

Instituição de Saúde/ Outro profissional*** 504 592

Utentes readmitidos 284 665 1 244 1 157 930 657 690 1 047 1 202

Médico de Família/ Cuidados de Saúde Primários***

181 192

Autorreferenciação/ Iniciativa própria*** 183 198

Instituição judicial/ área de Reinserção Social***

149 266

*Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de álcool e com pelo menos um evento assistencial no ano **Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de drogas que recorreram pela primeira vez às estruturas da rede de cuidados especializados em CAD (primeiros pedidos de tratamento) ***Principais fontes de referenciação: ARS e SICAD Nota: Face à informação anteriormente publicada, foram retificados os valores referentes a 2017. Fonte: ARS e SICAD

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/movi

mento-clinico-de-utentes-com-problemas-de-comportamentos-

aditivos-e-dependen/information/?sort=ano

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PARTE II | 12.COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS: DROGAS, ÁLCOOL E JOGO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 223

Quadro 64. Utentes sob intervenção em CRI no ano*, novos** e readmitidos.

Problema aditivo principal: Outras Substâncias Psicoativas (OSPA)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Utentes em tratamento no ano 31 248 29 781 29 062 28 133 27 689 26 993 27 834 27 150 25 582

Novos utentes 1 514 1 715 2 001 1 985 1 950 2 024 2 090 1 769 1 858

Instituição judicial/ área de Reinserção Social***

448 550

Autorreferenciação/ Iniciativa própria*** 406 420

Família/ Amigos*** 234 219

Utentes readmitidos 2 568 2 376 4 012 2 154 1 803 1 365 1 211 1 538 1 603

Autorreferenciação/ Iniciativa própria*** 579 604

Instituição judicial/ área de Reinserção Social***

280 288

Família/ Amigos*** 123 131

*Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de álcool e com pelo menos um evento assistencial no ano **Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de drogas que recorreram pela primeira vez às estruturas da rede de cuidados especializados em CAD (primeiros pedidos de tratamento) ***Principais fontes de referenciação: ARS e SICAD Nota: Face à informação anteriormente publicada, foram retificados os valores referentes a 2017. Fonte: ARS e SICAD

Quadro 65. Utentes sob intervenção em CRI -

Crianças e jovens em situação de risco

2015 2016 2017 2018

Utentes em tratamento no ano 2 840 3 003 2 983 2 729

Novos utentes 1 505 1 541 1 319 1 242

Utentes readmitidos 68 100 182 165

Nota: Face à informação anteriormente publicada, foram retificados os valores referentes a 2017. Fonte: SICAD

Quadro 66. Utentes sob intervenção em CRI

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Hipnóticos e sedativos 34 37 45 45 56 69 75 7 72

Metadona não prescrita 8 23 25 26 25 27 39 55 68

Buprenorfina não prescrita 2 7 10 13 19 24 29 47 53

Fonte: SICAD

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/movi

mento-clinico-de-utentes-com-problemas-de-comportamentos-

aditivos-e-dependen/information/?sort=ano

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/movi

mento-clinico-de-utentes-com-problemas-de-comportamentos-

aditivos-e-dependen/information/?sort=ano

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PARTE II | 12.COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS: DROGAS, ÁLCOOL E JOGO

224

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Gráfico 43. Episódios de internamento em Unidades de Desabituação - PLA e OSPA

Fonte: SICAD

394

508

788

638

442

642 654

613

250

350

450

550

650

750

850

950

2015 2016 2017 2018

Problemas Ligados ao Álcool Outras Substâncias Psicoativas Ilícitas

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PARTE II | 13. CENTRO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 225

13. Centro de Emergências em Saúde Pública

A Unidade de Apoio à Autoridade de Saúde

Nacional e à Gestão de Emergências em Saúde

Pública inclui o apoio à Autoridade de Saúde

Nacional e o Centro de Emergências em Saúde

Pública (CESP).

O CESP surge no âmbito das recomendações

da Comissão Europeia e da Organização

Mundial de Saúde para o reforço das

estruturas e sistemas de deteção, prevenção e

resposta a emergências de saúde pública, no

contexto da Decisão N.º 1082/2013/UE do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de

outubro de 2013. Este Centro tem vindo a

consolidar o seu papel na deteção precoce de

ameaças à saúde pública, reforçando a

capacidade de monitorização de indicadores,

eventos e alertas, apoiando a avaliação, gestão

e comunicação de risco, bem como, a ser

reconhecido como facilitador da articulação

interinstitucional, ao nível nacional e

internacional, designadamente com a OMS e o

Centro Europeu de Prevenção e Controlo de

Doenças (ECDC).

Em 2018, foi dada continuidade às atividades

permanentes de Epidemic Intelligence,

permitindo a elaboração semanal do Boletim

RONDA, cujo interesse tem culminado no

alargamento da sua lista de distribuição. Este

documento permitiu acompanhar a evolução

das principais ameaças de saúde pública,

destacando-se, a nível internacional, o surto

de Ébola na República Democrática do Congo.

No âmbito do apoio do CESP à resposta a

emergências de saúde pública, em Portugal,

destacam-se os surtos de sarampo e de

doença dos legionários, bem como o

acompanhamento da evolução das

populações de mosquitos da espécie Aedes

albopictus.

O CESP participou, também, na elaboração de

normas, orientações, comunicados e

relatórios diversos, bem como na resposta

direta a cidadãos.

Em 2018, foi reforçada a vigilância

epidemiológica dos casos de gripe

hospitalizados, coordenada por este Centro

desde 2011, através do aumento do número

de Unidades de Cuidados Intensivos

participantes e, pela primeira vez, do envio de

dados para o ECDC, através do TESSy (The

European Surveillance System) e, ainda, da

inclusão de duas enfermarias na rede de

vigilância epidemiológica da gripe.

Em termos de preparação e resposta a

emergências de saúde pública, foi reforçada a

capacidade de trabalho intersetorial, através

do desenvolvimento de iniciativas com

parceiros de vários setores. Assim, salienta-se

a participação do CESP em vários exercícios

de simulação, nomeadamente:

• CELULEX18, em colaboração com o

Exército Português, no âmbito da

preparação e resposta ao Ébola, tendo sido

ainda realizadas visitas aos vários

hospitais de referência;

• EPIDEMEX18, dirigido a profissionais dos

Serviços de Saúde Militar, entre outros,

sobre segurança sanitária global;

• Exercício europeu sobre resistência a

antimicrobianos, organizado pelo ECDC e

Comissão Europeia, numa vertente de

deteção precoce e de prevenção e controlo

de infeções;

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PARTE II | 13.CENTRO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA

226

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

• EU HEX-ML, desenvolvido pela Comissão

Europeia, Conselho da União Europeia e o

Serviço Europeu para a Ação Externa, num

cenário multirriscos, com a participação

de vários setores e Estados-Membros.

O CESP coordenou, em colaboração com o

ECDC e a EUROPOL, o curso Cross-sectoral

biorisk awareness and mitigation training que

decorreu no Algarve, focado na capacitação de

profissionais da saúde, da proteção civil e

forças policiais na deteção e controlo de

ameaças biológicas.

Destaca-se ainda a organização e participação

em grupos de trabalho, nomeadamente na

Taskforce para o Festival Eurovisão da

Canção, XI Jogos Desportivos da CPLP

em São Tomé e Príncipe, preparação de visitas

de técnicos estrangeiros, identificação de

peritos para missões internacionais,

representação da DGS/Portugal em reuniões

internacionais, participação em Joint Actions

Europeias e acompanhamento das matérias

do Health Security Committee, entre outros.

Em 2018, o CESP foi ainda responsável pela

formação, em regime de estágio, de 15

profissionais de saúde das áreas do Internato

Médico de Saúde Pública, Infeciologia, Ano

Comum e, também, do programa europeu

European Programme for Intervention

Epidemiology Training (EPIET).

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PARTE II | 14.ACESSO AO MEDICAMENTO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 227

14. Acesso ao medicamento

A promoção de uma política sustentável na

área do medicamento, que permita conciliar o

rigor orçamental com o acesso à inovação

terapêutica, o aumento da quota de utilização

de medicamentos genéricos e da utilização de

biossimilares e o estímulo à investigação e à

produção nacional no setor do medicamento,

são prioridades definidas no Programa para a

saúde do XXI Governo Constitucional.

Sustentabilidade

O Compromisso para a sustentabilidade e o

desenvolvimento do SNS, assinado no dia 26

de fevereiro de 2016 entre o Ministério da

Saúde e as associações representativas da

indústria farmacêutica, das farmácias, dos

grossistas e da indústria de dispositivos

médicos, visa manter a convergência numa

política sustentável na área do medicamento e

produtos de saúde, conciliadora do rigor

orçamental.

A 15 de março de 2016 foi assinado um acordo

entre os Ministérios da Saúde, da Economia e

das Finanças e a APIFARMA, promovendo um

controlo da despesa com medicamentos nos

mercados hospitalar e ambulatório e a

introdução de medicamentos inovadores, com

vigência para 2016-2018.

Em fevereiro de 2017 foram assinados

acordos entre os Ministérios da Saúde e das

Finanças e as associações representativas das

farmácias (Associação Nacional de Farmácias

e Associação de Farmácias de Portugal).

Ainda em 2017, entrou em vigor nova

legislação que permitiu criar um novo quadro

de referência da atuação das farmácias:

• Remuneração específica às farmácias

pela dispensa de medicamentos

inseridos em grupos homogéneos e com

os preços mais baixos (Portaria n.º

262/2016, de 7 de outubro);

• Remuneração das farmácias pela

intervenção no Programa Troca de

Seringas (Portaria n.º 301-A/2016, de 30

de novembro);

• Decreto-Lei n.º 75/2016, de 8 de

novembro, que altera o Regime Jurídico

das Farmácias, que visa agilizar os

processos de comunicação e registo na

área do licenciamento das farmácias, em

linha com o programa Simplex+;

• Desenvolvimento de projetos-piloto na

área de prestação de serviços de

intervenção em saúde pública,

nomeadamente:

o Dispensa de medicamentos para a

infeção VIH nas farmácias

comunitárias, cujo objetivo

pretende promover a adesão

terapêutica e maior comodidade e

acesso à terapêutica.

Estratégia Nacional do Medicamento e

Produtos de Saúde 2016 – 2020

A Resolução de Conselho de Ministros n.º

56/2016, de 13 de outubro, aprovou a

Estratégia Nacional do Medicamento e

Produtos de Saúde 2016 – 2020 cujos eixos

principais de ação são os seguintes:

• Revisão dos mecanismos de dispensa e de

comparticipação de medicamentos, em

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PARTE II | 14.ACESSO AO MEDICAMENTO

228

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

especial dos doentes crónicos em

ambulatório;

• Promoção do aumento da quota de

utilização de medicamentos genéricos e

biossimilares;

• Elaboração do Plano Hospitalar de

Medicamentos;

• Colaboração com a Rede de Cuidados de

Saúde Primários;

• Desenvolvimento de modelos de avaliação

das tecnologias de saúde;

• Valorização do papel das farmácias

comunitárias e utilização dos seus

serviços, em articulação com as unidades

do Serviço Nacional de Saúde;

• Incentivo e apoio à investigação e à

produção nacional no setor do

medicamento e dos dispositivos médicos.

Mercado do medicamento

No ano de 2018, os encargos do SNS e dos

utentes com medicamentos apresentam um

aumento de 3,4% e 1,6%, respetivamente,

quando comparados com 2017.

Do mesmo modo, o volume de embalagens

disponibilizadas aumentou 2,5%, face ao

período homólogo.

O aumento dos encargos do SNS deveu-se ao

aumento da dispensa de medicamentos com

escalões elevados de comparticipação

(antidiabéticos 90% e anticoagulantes 69%).

Já o aumento do encargo do utente

relacionou-se, essencialmente, com um

aumento da utilização. Apesar do encargo do

utente apresentar um aumento de 1,6% face a

2017, o encargo médio por embalagem

apresenta uma diminuição de 0,9% (-0,04€

por embalagem).

Reforço da intervenção das farmácias

A 3 de fevereiro de 2018 foram assinados os

acordos entre os Ministérios das Finanças e

Saúde e Associações de Farmácias, que preveem

a criação de condições que permitem a

integração das farmácias na rede de prestação

de serviços no SNS:

• Desenvolvimento de programas de saúde

pública nas áreas da prevenção da doença, do

fomento do uso racional, seguro e eficaz do

medicamento e da adesão à terapêutica;

• Prestação de serviços de intervenção em

saúde pública, sendo exemplo o projeto-

piloto já iniciado de dispensa de

medicamentos para a infeção VIH/SIDA nas

farmácias comunitárias, e a manutenção do

Programa Troca de Seringas;

• Dispensa de medicamentos inseridos em

grupos homogéneos e com os preços mais

baixos, através da atribuição de uma

remuneração específica às farmácias,

beneficiando o Estado e o utente [0,35 euros

para embalagens abaixo do 4º preço];

• Revisão da regulamentação em vigor sobre:

a) prestação de serviços de saúde e

serviços farmacêuticos nas farmácias;

b) prática de descontos;

c) regime de turnos.

• Promoção do conhecimento em saúde

através da intervenção das farmácias na

geração de dados relativos à segurança e à

efetividade da utilização de tecnologias de

saúde.

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PARTE II | 14. ACESSO AO MEDICAMENTO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 229

Quadro 67. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e

volume de embalagens comercializadas

Coluna1 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

SNS (em milhões de euros) 1 639 1 326 1 173 1 160 1 170 1 182 1 190 1 214 1 255 3,4%

Utente (em milhões de euros) 707 799 683 689 703 710 697 700 711 1,6%

Embalagens (em milhões) 140 140 140 149 153 155 156 157 161 2,5%

Fonte: INFARMED

Fonte: INFARMED

Gráfico 44. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e

volume de embalagens comercializadas

1 639

1 326

1 173 1 160 1 170 1 182 1 190 1 214 1 255

707 799

683 689 703 710 697 700 711

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

€0

€200

€400

€600

€800

€1 000

€1 200

€1 400

€1 600

€1 800

€2 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Milh

ões d

e E

mbala

gens

Milh

ões d

e E

uro

s

SNS Utente Embalagens

Gráfico 45. Evolução do encargo médio do cidadão por embalagem de medicamento

Nota: Face à informação anteriormente publicada, foi retificado o valor referente a 2017 Fonte: INFARMED

5,71 €

4,87 €4,62 € 4,59 € 4,58 € 4,47 € 4,45 € 4,41 €

0 €

2 €

4 €

6 €

8 €

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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PARTE II | 14.ACESSO AO MEDICAMENTO

230

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Medicamentos genéricos e biossimilares

O Ministério da Saúde tem vindo a promover

o aumento da utilização de medicamentos

genéricos e biossimilares, através da difusão

de informação a cidadãos e profissionais de

saúde, sublinhando as vantagens da sua

utilização para um maior acesso e para a

sustentabilidade do SNS.

Este ponto tem sido objeto de discussão com

as unidades hospitalares em reuniões

periódicas de acompanhamento da atividade

do SNS e as instituições hospitalares estão

empenhadas neste objetivo.

Analisando a evolução registada ao nível do

mercado de genéricos, constatou-se que a

percentagem de unidades de medicamentos

genéricos no total de medicamentos

comparticipados pelo SNS, de acordo com

dados disponibilizados pelo INFARMED,

atingiu 48,4% em 2018, o que representa um

aumento de 0,9 pontos percentuais

relativamente ao período homólogo, e de 16,9

pontos percentuais em relação a 2010,

conforme demonstra o gráfico da página ao

seguinte.

Ainda em relação aos genéricos, importa

destacar que, em 2018, se alcançou o melhor

resultado de sempre em termos de consumo

de medicamentos genéricos em Portugal, quer

se analise a quota de medicamentos genéricos

em valor (25,4%), em unidades (48,4%) e em

Dose Diária Definida (53,7%).

Quanto aos biossimilares, destaca-se em meio

hospitalar o aumento significativo da quota do

biossimilar de Infliximab para 62,7% em 2018

face a 42,5% em 2017.

Verificou-se também um aumento

significativo da quota do biossimilar de

Rituximab, cuja quota passou de 8,7% em

2017 para 47,9% em 2018. Importa ainda

destacar o início do consumo em 2018 de

biossimilares de Adalimumab e Trastuzumab.

Medicamentos biossimilares

De acordo com o explicitado na Orientação n.º

1/abril/2016, da comissão nacional de farmácia

e terapêutica, o conceito de “medicamento

biossimilar” define-se como aquele produzido

por um novo fabricante que demonstra a sua

semelhança farmacocinética e farmacodinâmica

com um medicamento biológico conhecido e já

aprovado, a que se chama “medicamento

biológico de referência”.

Os medicamentos biossimilares destinam-se a

ser utilizados para o tratamento da mesma ou

mesmas doenças, na mesma dose e via de

administração.

Para mais informação consultar em:

http://www.infarmed.pt/documents/15786/1816213/1_Orienta%

C3%A7%C3%B5es_CNFT_Completa_Final.pdf/bd4475fc-147b-

4254-a546-03b8cd63efff

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PARTE II | 14.ACESSO AO MEDICAMENTO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 231

Gráfico 46. Evolução anual da quota de medicamentos genéricos no SNS

Fonte: INFARMED

23,0

%

21,0

%

22,8

%

24,1

%

24,3

%

4,6

%

24,6

%

25,4

%

36,2

%

41,2

%

44,7

%

46,5

%

47,0

%

47,3

%

47,5

%

48,4

%

42,0

%

47,3

%

51,5

%

52,9

%

53,0

%

52,7

%

52,8

%

53,7

%

54,3

%

59,0

%

61,4

%

63,5

%

64,4

%

64,4

%

63,0

%

63,6

%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Valor Quota de medicamentos genéricos em unidades

Quota de medicamentos genéricos em Dose Diária Definida Quota de medicamentos genéricos no mercado concorrencial

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/genericos/?sort=tempo

Gráfico 47. Evolução da quota de medicamentos biossimilares,

em unidades dispensadas

Fonte: INFARMED

7,3%

25,4%

4,6%

47,9%

4,1%

13,8%

26,0%

42,5%

62,7%

0%

20%

40%

60%

80%

2014 2015 2016 2017 2018

Etanercept Rituximab Infliximab

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PARTE II | 14.ACESSO AO MEDICAMENTO

232

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Acesso a medicamentos inovadores

A promoção do acesso a medicamentos

inovadores, através da aprovação de

processos de comparticipação ou de

introdução nos hospitais do SNS de

medicamentos inovadores foi outra das

prioridades assumidas, no ano de 2018, na

área do acesso ao medicamento.

Os medicamentos aprovados pelo INFARMED

nos últimos anos têm contribuído para

significativos ganhos em saúde para os

cidadãos, apresentando-se como soluções

inovadoras, seguras e custo-efetivas.

Em 2018, foram aprovados 40 novos

medicamentos ou novas indicações para

financiamento pelo Serviço Nacional de

Saúde, com destaque para as áreas da

oncologia, doenças raras, cardiologia e

sistema nervoso central.

Portugal, através do INFARMED, encontra-se

na coliderança de um diálogo europeu sobre o

acesso sustentável à inovação, através de

várias iniciativas internacionais17, com o

objetivo de encontrar soluções para garantir o

acesso a novos medicamentos e produtos de

saúde. Também com este objetivo e de forma

a antecipar medidas que visem preparar o

sistema de saúde para tecnologias que

alterem de forma significativa o SNS foi

desenvolvido o projeto Horizon Scanning.

Este é um projeto que assenta na colaboração

17 Destacam-se duas cooperações internacionais: EUnetHTA, rede

europeia de colaboração das autoridades de avaliação de

tecnologias de saúde cujo Comité Executivo o INFARMED integra,

que visa a avaliação de tecnologias de saúde bem como o

desenvolvimento de ferramentas de avaliação; Declaração de La

Valletta, onde 10 Estados Membros (Portugal, Chipre, Croácia,

Eslovénia, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália, Malta, e Roménia)

expressaram vontade política de cooperar com objetivo de

garantir acesso dos pacientes a novos medicamentos e

de várias direções do INFARMED, integrando

a perspetiva de investigação e

desenvolvimento, regulamentar, de avaliação

de tecnologias de saúde e de monitorização

das tendências de consumo e despesa.

Ensaios clínicos

Os ensaios clínicos são um instrumento

indispensável para a investigação e

desenvolvimento de novos medicamentos,

tendo assim um papel fundamental na

melhoria das condições de saúde.

Nesta área observou-se, em 2018, um total de

142 ensaios clínicos realizados.

O Registo Nacional de Ensaios Clínicos

(RNEC), operacionalizado através da criação

de uma plataforma eletrónica para registo e

tratamentos, garantindo a sustentabilidade dos sistemas de

saúde. Para alcançar este objetivo, foi criado um comité

permanente, Valletta Technical Committee, co-presidido pelo

INFARMED, que tem trabalhado na promoção do acesso ao

medicamento através de troca de informação sobre

medicamentos e outras tecnologias bem como avaliação e

negociação conjunta.

Fonte: INFARMED

16 125

24 22 2416

11 9

1311

13

7

2313

35 49

31

0

10

20

30

40

50

60

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Ambulatório Hospitalar

Gráfico 48. Evolução do número de

medicamentos inovadores aprovados

ou novas indicações

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PARTE II | 14. ACESSO AO MEDICAMENTO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 233

divulgação dos estudos clínicos que foi

disponibilizada a partir de 5 de dezembro de

2016, dando cumprimento ao artigo 39.º da

Lei da Investigação Clínica, visa contribuir

para o desenvolvimento da investigação

clínica em Portugal, através da

desmaterialização da comunicação, em

particular no que se refere à submissão de

pedidos regulamentares nesta área.

Hepatite C

No âmbito do acesso à terapêutica para

tratamento do vírus da hepatite C encontram-

se disponíveis 5 medicamentos antivíricos de

ação direta para tratar a doença.

A decisão do Ministério da Saúde de tratar

todas as pessoas infetadas pelo vírus da

hepatite C faz com que Portugal seja um dos

primeiros países a nível mundial, a

implementar uma medida estruturante para a

eliminação deste grave problema de saúde

pública.

Até 31 de dezembro de 2018, foram

autorizados 22.109 tratamentos. Desses,

20.337 doentes tinham iniciado tratamento,

dos quais 16.201 já o tinham concluído. Dos

12.137 doentes já com resultados do

tratamento (Resposta Virológica Mantida),

96,5% destes estavam curados (11.718).

Revisão sistema de comparticipação

No âmbito do processo de revisão do sistema

de comparticipação gerido pelo INFARMED,

destacam-se as seguintes alterações em 2018:

• Exclusão da comparticipação de

medicamentos com efetividade não

demonstrada;

• Monitorização sistemática dos contratos

de comparticipação, com a devolução de

40 milhões de euros em Payback por parte

da Indústria Farmacêutica;

• Avaliação de um novo dispositivo médico

para a auto monitorização de pessoas com

diabetes, da qual resultou a

comparticipação em 85%;

• Criação do regime excecional de

comparticipação do Estado no preço de

medicamentos, alimentos e suplementos

alimentares que sejam considerados

indispensáveis ao crescimento e qualidade

de vida das crianças com sequelas

respiratórias, neurológicas e/ou

alimentares secundárias à prematuridade

extrema (com idade gestacional inferior a

28 semanas). Trata-se do primeiro regime

excecional de comparticipação que

abrange mais que um tipo de tecnologia de

saúde.

Outras iniciativas realizadas em 2018,

na área do medicamento hospitalar

Em 2018, foi reforçada a atividade inspetiva

nos hospitais e a monitorização dos apoios da

Indústria Farmacêutica.

Importa também destacar o custo médio por

embalagem: medicamento genérico é de 4,07

Fonte: INFARMED

10587

99116 119 123

144128

142

0

40

80

120

160

200

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Gráfico 49. Número de ensaios clínicos

realizados

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PARTE II | 14.ACESSO AO MEDICAMENTO

234

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

euros para o SNS (com um custo médio por

utente de 3,21 euros) e de marca é 10,53

euros para o SNS (com custo médio por utente

de 5,29 euros).

Ainda na área dos medicamentos genéricos,

importa referir:

• Em 2018 foram aprovados 177 processos

de medicamentos genéricos;

• A criação de 35 novos grupos homogéneos,

com nove novas Denominação Comum

Internacional (DCI), o que permite a

concorrência de preço entre

medicamentos genéricos e não genéricos.

Nos últimos anos, foram desenvolvidas

atividades com o objetivo de dinamizar o

mercado de biossimilares, com foco na

agilização da introdução efetiva do

biossimilar, promoção da concorrência entre

biossimilar e medicamento de referência e

promoção da utilização.

Indicadores adicionais na área do

medicamento e produtos de saúde

• À semelhança dos anos anteriores,

continua a destacar-se a consolidação do

INFARMED como agência a nível

internacional:

a) O INFARMED alcançou novamente uma

posição de destaque no Sistema

Europeu de Avaliação de Medicamentos,

sendo que em 2018 manteve Portugal

no 3º lugar na atuação como Estado

Membro de Referência (EMR) entre os

28 Estados Membros da União

Europeia;

b) O papel de Portugal, através do

INFARMED, tem vindo a ser reforçado e

mantido ao longo dos últimos dez anos.

À data, Portugal é um dos países com

maior atividade na avaliação de

medicamentos do sistema europeu o

que permite o reconhecimento pelos

parceiros da rede europeia, incluindo os

restantes Estados Membros e a

indústria farmacêutica;

c) Enquanto membro da rede europeia de

Laboratórios Oficiais de Controlo de

Medicamentos, o INFARMED participa

em programas europeus de supervisão

da qualidade de medicamentos,

ocupando o 6º lugar entre os 35

laboratórios Oficiais da rede.

Implementação do Sistema de

Monitorização de Dispositivos

Médicos

a) A implementação do sistema de

monitorização de dispositivos

médicos foi iniciada em 2017, e terá o

seu funcionamento em pleno em

2022, com a abrangência a todo o

circuito do dispositivo médico;

b) O despacho n.º 860/2018, de 17 de

janeiro de 2018, publicado no Diário

da República, 2.ª série, N.º 15, de 22

de janeiro de 2018, estabeleceu a

obrigação de envio de informação

necessária à caracterização do

mercado hospitalar pelos serviços e

estabelecimentos do Serviço Nacional

de Saúde (SNS), em complemento às

disposições já constantes no

Despacho n.º 15371/2012, de 26 de

novembro;

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PARTE II | 14. ACESSO AO MEDICAMENTO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 235

c) Durante o ano de 2018, os serviços e

estabelecimentos do SNS reportaram

informação sobre os dispositivos

médicos adquiridos nesse ano,

permitindo um primeiro vislumbre

da caracterização deste mercado;

d) Os primeiros números revelam que

36% da despesa com dispositivos

médicos no meio hospitalar ocorre na

área dos dispositivos médicos de uso

geral, 26% e 25% da despesa surge

na área da

musculosquelética/ortopedia e

cardiologia, respetivamente.

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PARTE II | 15.PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA

236

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2017 MINISTÉRIO DA SAÚDE

15. Procriação medicamente assistida

A Portaria n.º 67/2011, de 4 de fevereiro,

aprovou a tabela de preços para os

tratamentos de procriação medicamente

assistida (PMA), no âmbito das ações

necessárias à execução do Projeto de

Incentivos à Procriação Medicamente

Assistida, previstas no Despacho n.º 14

788/2008, de 28 de maio.

Em cumprimento do disposto na Portaria n.º

154/2009, de 9 de fevereiro, revogada pela

Portaria n.º 67/2011, de 4 de fevereiro, foi

determinada a aplicação de um regime de

financiamento por preço compreensivo,

abrangendo todos os atos médicos associados

aos vários tipos de tratamento de PMA

identificados pela DGS e pela ACSS, com a

colaboração de peritos da especialidade.

A atividade que tem vindo a ser desenvolvida

nos últimos anos em termos de PMA no SNS é

aquela que em seguida se apresenta.

A Lei n.º 17/2016 de 20 de junho veio alargar

o âmbito dos beneficiários das técnicas de

PMA estabelecendo, entre outras, que as

técnicas de PMA podem ainda ser utilizadas

por todas as mulheres independentemente do

diagnóstico de infertilidade.

A partir de 2017, o Banco de Gâmetas,

centralizado no Centro Hospitalar

Universitário do Porto, passou a contar com

dois centros afiliados no centro e no sul do

país, respetivamente, o Centro Hospitalar e

Universitário de Coimbra e o Centro

Hospitalar Universitário Lisboa Central.

Este alargamento da atividade permitiu um

reforço e uma diversificação do stock com

maior capacidade de resposta a diferentes

critérios, como a raça ou o tipo de sangue,

assim como, uma maior aleatoriedade na

utilização de gâmetas.

Também no ano de 2017, a atividade

desenvolvida pelo Centro Hospitalar

Universitário do Porto e pelos dois Centros

afiliados passou a ser financiada por duas

linhas específicas, Gâmetas Femininos e

Gâmetas Masculinos, integradas no Contrato-

Programa 2017-2019 e valorizadas através de

preço compreensivo.

As doações de gâmetas revestem-se de um

carater voluntário, altruísta e solidário sendo

os dadores compensados, total ou

parcialmente, pelos incómodos, despesas e

perdas de rendimento incorridas.

Em 2017 foram igualmente reavaliadas as

compensações de dadores, anteriormente

previstas no Despacho n.º 5015/2011, de 23

de março, tendo sido mantidas como

proporção do Indexante de apoios sociais

(IAS).

No caso dos dadores masculinos o limite

máximo de compensação manteve um valor

equivalente a um décimo do IAS, por cada

doação, e no caso das dadoras femininas o

valor máximo de compensação foi revisto

para o dobro do valor do IAS, conforme

Despacho n.º 3192/2017, de 11 de abril.

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PARTE II | 15.PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 237

Quadro 68. Atividade do Programa de Procriação Médica Assistida

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

Primeiras Consultas Médicas de apoio à fertilidade 7 021 7 670 7 671 7 234 7 426 8 127 7 051 7 480 7 277 -2,7%

Número total de ciclos IO 1 741 1 897 1 739 1 578 1 472 1 199 1 290 1 138 1 217 6,9%

Número total de ciclos IIU 922 1 084 1 213 1 270 1 195 1 368 1 324 1 191 1 282 7,6%

Total Ciclo FIV/ICSIS 2 480 2 394 2 643 2 715 2 872 3 101 3 139 3 067 2 967 -3,3%

Total de ciclos FIV realizados 724 720 1 018 1 194 1 326 1 361 1 481 1 565 1 459 -6,8%

Total de ciclos ICSI realizados 1 595 1 530 1 483 1 360 1 380 1 573 1 512 1 369 1 368 -0,1%

Total de ciclos ICSI com espermatozoides recolhidos cirurgicamente realizados

161 144 142 161 166 167 146 133 140 5,3%

Legenda: Consulta Apoio à Fertilidade (estudo inicial); IO - Indução da Ovulação; IIU - Inseminação Intra-uterina; FIV – Fertilização in vitro; ICSI - Injeção intracitoplasmática de espermatozoides; ICSI - Injeção intracitoplasmática de espermatozoides recolhidos cirurgicamente.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 239

Relatório Anual | 2018

Acesso a cuidados de saúde nos estabelecimentos do SNS e entidades convencionadas

Ministério da Saúde

Parte III

Síntese de resultados alcançados em 2018

A terceira parte deste relatório apresenta os resultados alcançados nas principais áreas

da prestação de cuidados de saúde do SNS em 2018, nomeadamente:

• Cuidados de saúde primários

• Cuidados de saúde hospitalares

• Cuidados continuados integrados

• Atividade do setor social e convencionado

• Avaliação do sistema de saúde

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PARTE III | 1.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

240

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

1. Cuidados de saúde primários

No ano de 2018, o número total de consultas

médicas realizadas nos centros de saúde do

SNS ultrapassou os 31 milhões (31.184.326

consultas médicas), um aumento de 1,6% em

relação a 2017.

À semelhança do que se tinha verificado em

2017, também em 2018 a atividade realizada

em atendimento complementar fora das USF e

UCSP continuou a decrescer, representando

assim uma melhoria da resposta programada

nos cuidados de saúde primários e uma maior

concentração da resposta nas equipas onde os

utentes estão inscritos.

Também como melhoria na resposta às

necessidades dos utentes, importa salientar o

crescimento expressivo do número de

consultas efetuadas por outros técnicos de

saúde (+20,7% face a 2017) e também das

consultas de enfermagem, sendo que em 2018

se realizaram mais 2% que no período

homólogo.

No que se refere aos indicadores assistenciais

nos cuidados de saúde primários, continuam a

destacar-se as melhorias alcançadas nos

indicadores associados ao programa de saúde

infantil, nomeadamente o cumprimento das

orientações técnicas para o acompanhamento

médico realizado no primeiro e no segundo

ano de vida.

A melhoria do desempenho registou-se

também no programa de vigilância em saúde

materna, com o aumento da vigilância médica

e da proporção de ecografias realizadas no

primeiro trimestre de gravidez, o que

contribui para a melhoria da vigilância

precoce das mulheres grávidas.

Por outro lado, a despesa média do utente em

medicamentos prescritos e comparticipados

apresentou uma diminuição sustentada (171

euros em 2018, 172 euros em 2017).

Em 2018 foram desenvolvidos, pela primeira

vez, os indicadores que permitem a

monitorização dos Tempos Máximos de

Resposta Garantidos dos cuidados de saúde

primários, nos termos definidos na Portaria

n.º 153/2017, de 4 de maio, tendo obtido os

seguintes resultados:

• Proporção consultas de renovação de

receituário com resposta em 3 dias úteis

(95,3%);

• Proporção consultas enfermagem

realizada no dia do agendamento (42,7%);

• Proporção de consultas realizadas no

intervalo [17; 20]h (14,5%);

• Proporção consultas médicas realizadas

no dia agendamento (44,2%).

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PARTE III | 1. CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 241

Quadro 69. Movimento assistencial nos cuidados de saúde primários (em milhares)

Coluna1 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

Total de consultas médicas 33 195 32 754 30 537 30 347 29 765 30 473 30 949 30 692 31 184 1,6%

Presenciais 21 897 21 782 20 044 20 134 19 804 20 605 20 613 20 256 20 583 1,6%

Não presenciais 7 194 7 592 7 942 7 965 7 922 8 007 8 522 8 753 8 946 2,2%

Domicílios médicos 174 185 187 197 191 198 199 183 193 5,7%

Em atendimento complementar / consulta aberta

3 930 3 195 2 364 2 051 1 848 1 663 1 615 1 500 1 462 -2,5%

Total de consultas de enfermagem 15 879 18 155 19 127 19 623 19 754 20 054 19 254 18 756 19 108 1,9%

Total de consultas de outros técnicos de saúde

n.d. n.d. n.d. 65 316 358 445 486 587 20,7%

Fonte: ACSS

Quadro 70. Indicadores assistenciais nos cuidados de saúde primários

Indicador 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Taxa de utilização global de consultas médicas 68,0% 68,6% 67,6% 67,5%

Taxa de utilização global de consultas médicas nos últimos 3 anos

84,5% 85,2% 85,1% 84,6% 83,7%

Taxa de utilização de consultas de enfermagem de planeamento familiar

37,6% 39,0% 39,5% 39,9% 37,3% 34,1%

Taxa de utilização de consultas médicas de planeamento familiar

34,5% 36,5% 37,3% 35,4% 35,1%

Proporção de grávidas com 1ª consulta médica de vigilância da gravidez, realizada no 1º trimestre

80,0% 87,7% 88,2% 89,1% 89,6% 89,7%

Proporção de crianças com pelo menos 6 consultas médicas de vigilância de saúde infantil no 1º ano de vida

46,0% 57,2% 59,9% 65,1% 67,3% 67,9%

Proporção de crianças com pelo menos 3 consultas médicas de vigilância de saúde infantil no 2º ano de vida

46,5% 52,4% 54,1% 59,5% 61,0% 62,5%

Proporção de utentes com hipertensão arterial, com registo de pressão arterial em cada semestre

54,4% 56,5% 56,9% 57,4% 56,1% 57,4%

Proporção de utentes com diabetes ou com doença respiratória crónica ou com doença cardíaca crónica ou com idade superior a 65 anos, com a vacina da gripe prescrita ou efetuada nos últimos 12 meses

37,7% 36,2% 38,8% 38,5% 41,0% 44,8%

Proporção de utentes com diabetes, com pelo menos 2 HbA1c no último ano, desde que abranjam os 2 semestres

48,9% 54,5% 57,8% 59,1% 58,1% 60,6%

Proporção de utentes com idade igual ou superior a 14 anos, com quantificação dos hábitos tabágicos nos últimos 3 anos

32,1% 43,3% 51,6% 57,3% 58,0% 58,7%

Proporção de utentes com 14 ou mais anos e com o problema de "consumo excessivo de álcool", a quem foi realizada pelo menos uma consulta relacionada nos últimos 3 anos

64,4% 63,5% 61,0% 57,2% 57,1%

Despesa média (PVP) de medicamentos prescritos e comparticipados, por utente utilizador

176,1 € 168,8 € 162,4 € 165,2 € 172,0 € 171,1 €

Despesa média, baseada no preço convencionado de MCDT prescritos, por utente utilizador

53,7 € 56,5 € 59,4 € 58,8 € 60,6 € 63,8 €

Proporção de grávidas que realizaram, pelo menos um exame ecográfico durante o 1º trimestre de gravidez

47,9% 48,9% 55,0% 59,5%

Fonte: ACSS

StatLink: http://www.acss.min-saude.pt/wp-

content/uploads/2016/07/bilhete_identidade_indicadores_contratualizacao_2017.pdf

StatLink:

https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/evolucao-das-

consultas-medicas-nos-csp/?sort=tempo

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PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

242

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

2. Cuidados de saúde hospitalares

A alteração do perfil demográfico da

população portuguesa, em resultado do

aumento da esperança média de vida, a

permanente inovação tecnológica e cidadãos

cada vez mais exigentes e com maiores

expectativas em relação ao seu estado de

saúde, são fatores que se refletem de forma

direta na procura de cuidados de saúde

hospitalares e na elevada diferenciação do

Sistema de Saúde como um todo.

Em 2018, os hospitais do SNS continuaram a

dar uma resposta crescente ao aumento da

procura que se tem registado nos últimos

anos, implementando diversas medidas de

reorganização interna que permitam obter

melhores resultados em saúde para os utentes

e que promovam níveis de eficácia e eficiência

na gestão e na governação clínica, com maior

transparência, responsabilização, prestação

de contas e centralidade no cidadão e na sua

família.

Para além do aumento da atividade hospitalar

programada ao nível das consultas externas

realizadas (+0,9% em 2018 do que em 2017)

importa também realçar o crescimento

sustentado das intervenções cirúrgicas em

ambulatório (+2,6%), a par com o desejável

decréscimo de 1,6% verificado no número de

doentes saídos dos hospitais.

Em 2018 realizaram-se mais de 375 mil

intervenções cirúrgicas em ambulatório, nas

quais os doentes não necessitam de ficar

internados no hospital, regressando a sua

casa, em segurança, apenas umas horas após a

intervenção cirúrgica.

Este resultado encontra-se em consonância

com as boas práticas clínicas internacionais,

sendo Portugal reconhecido pela OCDE como

um caso de sucesso nesta matéria.

De facto, o ano de 2018 registou a

percentagem mais elevada de sempre de

cirurgias de ambulatório no SNS (65,5% do

total de intervenções cirúrgicas), um aumento

de 2 pontos percentuais, relativamente a

2017, demonstrando a significativa evolução

nesta área, quando se compara com os 49,5%

observados em 2010 ou com os 10% de 2000,

por exemplo.

A cirurgia de ambulatório representa menor

risco de infeção e um maior conforto e

comodidade para o doente, uma vez que o

tempo passado no hospital é menor, podendo

o período de recuperação ser realizado no seu

meio ambiente com o apoio de familiares ou

amigos.

A estes fatores acresce uma maior eficiência

na prestação, uma vez que os custos

incorridos para o SNS são menores.

Taxa de ambulatorização cirúrgica

O reforço da atividade de cirúrgica de

ambulatório é evidenciado pela evolução do peso

da cirurgia de ambulatório no total da atividade

programada, representado para percentagem de

ambulatorização cirúrgica a qual é considerada

pela OCDE como um caso de sucesso e tem

demonstrado um comportamento crescente,

chegando a quase dois terços no ano de 2018 (de

49,5% em 2010 evoluiu para 65,5% no final de

2018).

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 243

Quadro 71. Evolução do movimento assistencial nos hospitais do SNS (em milhares)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

Total de Consultas Médicas 10 875 11 127 11 195 11 614 11 806 12 000 12 048 12 082 12 187 0,9%

Primeiras consultas 3 089 3 181 3 237 3 341 3 372 3 448 3 479 3 478 3 498 0,6%

Consultas Subsequentes 7 786 7 945 7 958 8 273 8 434 8 553 8 569 8 603 8 689 1,0%

Urgência (Atendimentos) 6 411 6 416 5 940 6 108 6 168 6 118 6 406 6 318 6 365 0,7%

Internamentos (Doentes Saídos) 854 838 835 836 819 815 814 797 785 -1,6%

Total de Intervenções Cirúrgicas 655 614 632 645 647 654 666 674 672 -0,3%

Programadas 546 507 526 541 546 552 566 576 572 -0,6%

Convencionais 275 246 242 238 231 228 221 210 197 -6,2%

Ambulatório 271 262 284 302 315 325 345 365 375 2,6%

Urgentes 109 107 107 104 101 102 100 98 99 1,4%

% Cirurgias em Ambulatório 49,5% 51,6% 54,0% 55,9% 57,6% 58,8% 60,9% 63,5% 65,5% 3,2%

Nota: Nos Relatórios Anuais Sobre o Acesso a Cuidados de Saúde no SNS publicados até ao ano de 2017, o Hospital da Prelada integrava o universo de instituições considerado. No presente relatório o Hospital da Prelada, por se tratar de uma IPSS, deixa de ser considerado, para todos os anos, passando o universo de instituições a integrar apenas instituições EPE, SPA e PPP. Fonte: ACSS

StatLink:

https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/01_sica_evolucao-mensal-das-

consultas-medicas-hospitalares/information/?sort=tempo

https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/cirurgias-em-

ambulatorio/?sort=tempo

Gráfico 50. Peso das primeiras consultas

no total

Nota: Nos Relatórios Anuais Sobre o Acesso a Cuidados de Saúde no

SNS publicados até ao ano de 2017, o Hospital da Prelada integrava

o universo de instituições considerado. No presente relatório o

Hospital da Prelada, por se tratar de uma IPSS, deixa de ser

considerado, para todos os anos, passando o universo de

instituições a integrar apenas instituições EPE, SPA e PPP.

Fonte: ACSS

28,4%

28,6%

28,9%28,8%

28,6%

28,8%28,9%

28,8%28,7%

28%

29%

30%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Gráfico 51. Percentagem de cirurgia de ambulatório

Nota: Ver nota do gráfico ao lado.

Fonte: ACSS

StatLink

:https://transparencia.sns.gov.p

t/explore/dataset/cirurgias-

em-ambulatorio/?sort=tempo

49,5%

51,6%

54,0%

55,9%

57,6%58,8%

60,9%

63,5%

65,5%

45%

50%

55%

60%

65%

70%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

244

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

2.1 Consultas médicas hospitalares

O SNS tem registado uma crescente procura

de cuidados hospitalares ao nível das

consultas externas, que no total cresceram

0,9% em 2018, quando comparado com 2017,

atingindo-se assim neste último ano o valor

mais elevado de sempre de consultas externas

realizadas nos hospitais do SNS (12,187

milhões de consultas externas).

Se compararmos o desempenho de 2018 com

os dados do primeiro ano da série em análise

(2010), conforme demonstram os gráficos

seguintes, constatamos que houve um

crescimento de 12,1% no total de consultas

externas hospitalares realizadas nas

instituições do SNS, essencialmente

alavancado no crescimento das primeiras

consultas hospitalares, que aumentaram

13,2% neste período, significando assim um

maior acesso às consultas hospitalares.

Recorde-se que as consultas externas

hospitalares abrangem a observação clínica, o

diagnóstico, a prescrição terapêutica, o

aconselhamento ou a verificação da evolução

do estado de saúde de um utente que não exija

internamento hospitalar e obriga sempre a

um registo clínico e administrativo.

Análise da morbilidade hospitalar em

consultas externas

A atividade realizada em consulta externa está

dependente da complexidade dos serviços

prestados por cada instituição.

Neste âmbito, encontra-se em fase de

implementação um projeto de atribuição de

códigos de diagnóstico à consulta externa e à

urgência (ACODCEU), que tem como principal

objetivo caracterizar, de forma transversal e

homogénea a nível nacional, a morbilidade

hospitalar em consultas externas (e também em

episódios de urgência) através da atribuição de

códigos aos diagnósticos efetuados pelo médico

assistente, em cada episódio com base na

Classificação Internacional das Doenças (CID).

Este projeto possibilitará a obtenção de

informação sistematizada e harmonizada a nível

nacional em relação à caracterização da

morbilidade dos utentes que acorrem às consultas

externas hospitalares e aos serviços de urgência,

possibilitando assim a realização de análises

complementares sobre a complexidade clínica das

respostas do ambulatório hospitalar do SNS.

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 245

Nota: Nos Relatórios Anuais Sobre o Acesso a Cuidados de Saúde no

SNS publicados até ao ano de 2017, o Hospital da Prelada integrava o

universo de instituições considerado. No presente relatório o Hospital

da Prelada, por se tratar de uma IPSS, deixa de ser considerado, para

todos os anos, passando o universo de instituições a integrar apenas

instituições EPE, SPA e PPP.

Fonte: ACSS

Gráfico 52. Evolução do número de primeiras consultas externas hospitalares

StatLink: http://monitorizacao.acss.min-

saude.pt/monitormensal/groupprodracioseficiencia/prodraciosefic

iencia2017/prodracioseficiencia2017consultaexternaHtml5.aspx

3 088 872

3 181 371

3 236 888

3 340 8563 371 929

3 447 6673 478 511 3 478 204 3 497 730

2 800 000

3 000 000

3 200 000

3 400 000

3 600 000

3 800 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

+ 13,2%

+ 0,6%

Gráfico 53. Evolução do número total de consultas externas hospitalares

StatLink: http://monitorizacao.acss.min-

saude.pt/monitormensal/groupprodracioseficiencia/prodracioseficien

cia2017/prodracioseficiencia2017consultaexternaHtml5.aspx

10 875 083

11 126 572 11 194 518

11 613 613

11 806 327

12 000 347 12 047 907 12 081 52212 186 702

9 900 000

10 400 000

10 900 000

11 400 000

11 900 000

12 400 000

12 900 000

13 400 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

+ 12,1%

+ 0,9%

Nota: Nos Relatórios Anuais Sobre o Acesso a Cuidados de

Saúde no SNS publicados até ao ano de 2017, o Hospital da

Prelada integrava o universo de instituições considerado. No

presente relatório o Hospital da Prelada, por se tratar de uma

IPSS, deixa de ser considerado, para todos os anos, passando o

universo de instituições a integrar apenas instituições EPE,

SPA e PPP.

Fonte: ACSS

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PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

246

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

A análise dos dados referentes à evolução das

consultas externas no período 2010-2018, por

especialidade, e considerando aquelas que se

encontram identificadas no quadro seguinte,

que em 2018 integravam o grupo de

especialidades com mais atividade, revela um

acréscimo de produção nesse ano.

Como se tinha verificado em 2017 e em 2016,

o aumento é mais relevante nas

especialidades que habitualmente têm mais

procura e em relação às quais existe mais

pressão no sentido de garantir a todos os

utentes do SNS uma resposta adequada e em

tempo útil, das quais se destacam a pediatria,

(+3,0%), a medicina interna (+2,3%), a

oncologia (+2,3%) e a ortopedia (+0,7%).

Salienta-se ainda o forte crescimento de

atividade que se registou na hematologia

clínica (+3,2%), na ginecologia (+3,1%), na

neurologia (+2,7%) e na cardiologia (+2,3%)

em 2018, quando comparado com o ano

anterior.

Pela sua importância crescente em termos de

necessidades em saúde, importa destacar que

em 2018 se realizou o número mais elevado

de sempre de consultas externas na área da

oncologia (504.874), ultrapassando-se pela

primeira vez as 500 mil consultas de

oncologia efetuadas no SNS, um crescimento

de 2,3% em relação a 2017 e de 29,1% em

relação a 2010.

Proximidade e continuidade de cuidados

As modalidades de pagamento em vigor no SNS

têm incentivado os hospitais a implementar

novos modelos de prestação de cuidados de

saúde em ambulatório, nomeadamente na área

das consultas externas, que permitam assegurar

e melhorar a proximidade aos utentes, garantir o

cumprimento dos TMRG e a continuidade dos

cuidados.

De entre estes incentivos destaca-se a majoração

do pagamento das primeiras consultas

realizadas no âmbito do programa Consulta a

Tempo e Horas, as teleconsultas médicas

realizadas em tempo real e as consultas

realizadas na comunidade, particularmente no

âmbito do Programa Nacional de Saúde Mental e

a Hospitalização Domiciliária.

Incentiva-se ainda o trabalho conjunto entre os

médicos hospitalares e os médicos de família,

concretizado não só em termos de partilha de

conhecimentos e saberes, como também na

deslocalização de consultas de algumas

especialidades hospitalares para os cuidados de

saúde primários, em áreas geográficas concretas

e obedecendo a protocolos clínicos bem

definidos, contribuindo assim para aumentar a

proximidade e a acessibilidade dos utentes aos

cuidados de saúde.

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 247

Quadro 72. Evolução do total de consultas hospitalares nas especialidades com mais atividade

Especialidades 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

Anestesiologia 320 025 327 870 334 945 351 911 355 480 353 428 345 237 333 211 333 628 0,1%

Cirurgia Geral 805 746 819 661 800 783 801 025 777 955 777 882 769 902 761 771 770 041 1,1%

Dermato-Venereologia 328 078 328 338 341 703 361 422 364 652 371 036 362 417 361 392 361 144 -0,1%

Estomatologia 219 591 218 666 216 219 224 104 223 818 225 026 221 814 214 300 211 000 -1,5%

Ginecologia 472 036 486 882 475 903 482 772 467 757 471 849 462 556 452 965 466 821 3,1%

Obstetrícia 377 876 366 404 374 457 374 562 382 147 391 064 388 016 391 659 377 718 -3,6%

Hematologia Clínica 212 650 213 491 202 636 198 307 210 655 216 554 222 303 226 530 233 695 3,2%

Imuno-alergologia 106 272 104 136 106 170 111 106 119 973 128 564 139 414 146 277 144 556 -1,2%

Medicina Física e Reabilitação 286 650 293 264 298 370 312 296 317 471 318 223 303 984 297 539 294 615 -1,0%

Medicina Interna 531 414 541 149 523 899 538 090 557 406 541 721 537 268 536 287 548 488 2,3%

Neurologia 284 109 289 735 301 171 315 196 325 893 339 355 345 138 365 582 375 404 2,7%

Oftalmologia 873 283 891 820 899 104 957 983 991 493 1 026 618 1 034 892 1 032 849 1 027 050 -0,6%

Oncologia 391 008 406 812 415 257 431 359 441 840 462 379 476 185 493 654 504 874 2,3%

Ortopedia 747 346 764 459 756 844 791 433 803 146 797 957 800 560 812 115 818 016 0,7%

Otorrinolaringologia 460 266 460 788 480 551 494 095 489 179 491 852 509 601 513 721 500 249 -2,6%

Pediatria 543 163 555 353 555 093 578 155 592 916 604 058 599 619 598 828 616 640 3,0%

Urologia 343 078 346 003 342 779 349 080 348 967 350 813 353 185 357 073 354 412 -0,7%

Endocrinologia - Nutrição 200 740 210 896 216 009 225 680 238 594 242 360 246 545 265 209 269 581 1,6%

Gastroenterologia 261 046 261 669 260 859 266 741 271 054 281 849 278 869 282 799 284 967 0,8%

Cardiologia 466 420 458 627 453 221 448 193 449 088 453 034 454 788 452 712 463 015 2,3%

Pneumologia 302 837 313 315 316 660 343 069 362 639 376 159 391 056 406 845 411 021 1,0%

Nefrologia 158 424 160 148 164 062 171 840 178 190 184 537 187 914 187 458 191 517 2,2%

Psiquiatria 465 127 489 939 647 289 689 105 704 935 720 718 726 696 740 462 740 920 0,1%

Total 9 157 185 9 309 425 9 483 984 9 817 524 9 975 248 10 127 036 10 157 959 10 231 238 10 299 372 0,7%

Nota: Nos Relatórios Anuais Sobre o Acesso a Cuidados de Saúde no SNS publicados até ao ano de 2017, o Hospital da Prelada integrava o universo de instituições considerado. No presente relatório o Hospital da Prelada, por se tratar de uma IPSS, deixa de ser considerado, para todos os anos, passando o universo de instituições a integrar apenas instituições EPE, SPA e PPP. Fonte: ACSS

Gráfico 54. Evolução do total de consultas hospitalares na área de oncologia

Fonte: ACSS

391 008

406 812415 257

431 359441 840

462 379

476 185

493 654504 874

350 000

400 000

450 000

500 000

550 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

248

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

2.2 . Consulta a Tempo e Horas no SNS

O ano de 2018 registou um total de 1.775.618

novos pedidos de primeira consulta

hospitalar no âmbito do programa Consulta a

Tempo e Horas (CTH), um acréscimo de 0,1%

em relação a 2017, de 4,8% para 2015 e de

83,2% para 2010, último ano da série

analisada.

Este aumento de acesso às primeiras

consultas no âmbito do CTH registou-se

essencialmente nas entidades do SNS

(+0,4%), uma vez que houve uma redução

dos pedidos de consulta no CTH para as

entidades não SNS em 2018 (-3,7%).

A nível regional, foi a ARS Algarve a que

apresentou uma variação mais acentuada do

acesso à inscrição para primeira consulta

hospitalar no CTH, com mais 7,9% em 2018

face a 2017, seguida da ARS Lisboa e Vale do

Tejo (+2,6%) e da ARS Alentejo (+1,3%).

Quanto às consultas realizadas, verifica-se

que em 2018 foram realizadas 1.310.165

consultas referenciadas pelo médico de

família através do CTH, o valor mais elevado

de sempre no SNS, o que representa um

aumento de 0,4% face ao ano anterior

(+4.700), comprovando assim o reforço do

acesso à consulta de especialidade via CTH (o

CTH monitorizou 34,7% do total de primeiras

consultas realizadas nos hospitais em 2018,

conforme referido no n.º 14.1. da Parte I deste

relatório).

Relativamente aos pedidos não concluídos,

que representam um proxy da “lista de espera

para primeira consulta hospitalar” (LECO)

para consulta no âmbito do programa CTH,

constata-se que, no final de 2018, aguardavam

uma primeira consulta CTH um total de

708.709 utentes, o que representa o segundo

valor mais baixo desde 2011, apenas

ultrapassado pelos 698.425 utentes em LECO

no final de 2017.

A melhoria do acesso às primeiras consultas

hospitalares realizadas no âmbito do CTH é

resultado do aumento gradual do número de

consultas realizadas nos hospitais do SNS,

como já se referiu, assim como da melhoria do

processo de gestão dos fluxos que são

executados no âmbito do sistema de

informação que suporta o CTH.

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 249

Quadro 73. Dinâmica dos pedidos inscritos em consulta no CTH

Var. 2018/2017

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Valor %

Pedidos de consulta inscritos no CTH 969 435 1 193 924 1 352 143 1 507 982 1 595 838 1 694 646 1 766 264 1 773 449 1 775 618 2 169 0,1%

Entidades SNS 960 540 1 081 244 1 229 837 1 351 516 1 462 303 1 554 797 1 627 171 1 652 953 1 659 623 6 670 0,4%

Entidades não SNS 8 895 112 680 122 306 156 466 133 535 139 849 139 093 120 496 115 995 -4 501 -3,7%

Pedidos não concluídos (LECO) 602 256 708 712 794 303 724 174 842 406 954 366 736 201 698 425 708 709 10 284 1,5%

Pedidos concluídos 802 785 1 101 091 1 274 271 1 557 570 1 477 671 1 579 037 1 774 237 1 781 830 1 763 679 -18 151 -1,0%

Consultas realizadas 361 655 810 949 938 376 1 061 646 1 146 849 1 194 080 1 285 912 1 305 465 1 310 165 4 700 0,4%

Fonte: ACSS e SPMS

Quadro 74. Número de pedidos de consulta de inscritos no CTH, por ARS

Destino do Pedido 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

ARS Norte 462 924 480 995 519 773 564 400 615 236 660 117 683 188 680 765 688 530 1,1%

ARS Centro 145 494 177 376 202 046 229 522 258 574 276 322 285 898 298 398 278 488 -6,7%

ARS LVT 273 589 339 320 422 658 459 758 485 160 507 182 541 232 553 347 567 490 2,6%

ARS Alentejo 44 802 47 688 49 096 55 776 62 387 67 343 72 264 73 143 74 089 1,3%

ARS Algarve 33 731 35 865 36 264 42 060 40 946 43 833 44 589 47 300 51 026 7,9%

Entidades não SNS 8 895 112 680 122 306 156 466 133 535 139 849 139 093 120 496 115 995 -3,7%

Total 969 435 1 193 924 1 352 143 1 507 982 1 595 838 1 694 646 1 766 264 1 773 449 1 775 618 0,1%

Fonte: ACSS e SPMS

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/consultas-em-

tempo-real/?sort=tempo

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/consultas-em-

tempo-real/?sort=tempo

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PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

250

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Os quadros da página seguinte demonstram

os tempos de resposta registados no âmbito

do programa CTH, sendo que a mediana do

tempo até à realização da primeira consulta

reduziu para 81 dias em 2018, o que

representa um ganho mediano de quase 6 dias

em relação aos resultados de 2017.

Considerando a sua importância para a gestão

de todo o processo de referenciação no âmbito

do CTH, importa analisar mais em detalhe o

comportamento que se tem registado em

relação ao tempo médio de triagem dos

pedidos de primeira consulta.

O gráfico da página ao lado apresenta a

evolução desta realidade ao longo do período

em análise, permitindo constatar que o valor

obtido a nível nacional em 2018 (13,1 dias) é

o mais baixo da série de anos em análise,

representando um ganho médio de quase 3

dias em relação a 2017 e já muito distante do

que acontecia em 2010 (29,8 dias).

A melhoria do desempenho em termos de

tempos de triagem que tem sido registada nos

últimos anos está também relacionada com o

reforço do processo de monitorização que

mensalmente é efetuado pelas diversas

equipas com responsabilidades no âmbito da

gestão do acesso ao SNS, nomeadamente da

Unidade de Gestão do Acesso (UGA) da ACSS,

das Unidades Regionais de Gestão do Acesso

(URGA) das ARS e da Unidade Local de Gestão

do Acesso (ULGA) dos hospitais e ACES.

Não conformidades na gestão das listas

Para 2018 mantiveram-se as penalizações

financeiras nos Contratos-Programa

anualmente estabelecidos com as instituições

hospitalares do SNS, as quais estão associadas

à qualidade da gestão das listas de inscritos no

SNS, não só para consultas externas, mas

também para cirurgias, evidenciando assim a

importância do cumprimento das regras e dos

procedimentos definidos no âmbito do CTH e

do SIGIC, que, entretanto, estão a ser integrados

no SIGA SNS.

A introdução destas penalizações financeiras,

reforçadas pelo previsto no artigo 11.º do

Anexo II, da Portaria n.º 207/2017, de 11 de

julho, alterada pela Portaria n.º 254/2017, de 7

de setembro, que estabelece os preços a

praticar no SNS, procura, por um lado,

aumentar os níveis de exigência e de rigor da

gestão das listas de inscritos no SNS e, por outro

lado, prevenir a ocorrência sistemática de

situações de incumprimento por parte das

instituições, como acontece em relação aos

tempos de triagem que estão legislados.

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 251

Quadro 75. Mediana do tempo desde a realização da primeira consulta

Mediana (dias) - consultas realizadas*

ARS de destino do pedido 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

ARS Norte 94,8 91,8 85,1 86,4 86,5 92,3 95,0 93,8 86,0

ARS Centro 78,2 83,9 79,5 77,1 68,7 68,3 73,9 78,8 79,8

ARS Lisboa e Vale do Tejo 70,0 67,9 68,7 71,7 75,1 74,0 78,9 83,1 78,9

ARS Alentejo 65,0 55,6 75,0 74,1 62,7 65,7 62,0 61,7 57,2

ARS Algarve 110,9 108,8 111,7 95,2 60,9 59,1 54,6 56,1 63,8

Entidades não SNS 46,1 68,2 99,2 86,8 108,3 98,1 107,0 105,9 82,0

Total 80,1 82,0 81,5 80,8 81,5 82,1 85,0 85,9 81,0

*Independentemente da data de inscrição do pedido Fonte: ACSS e SPMS

Gráfico 55. Evolução do tempo médio de triagem (em dias)

Fonte: ACSS e SPMS

29,8

27,7

26,3

22,9

16,417,1 16,8

16,0

13,1

12

16

20

24

28

32

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

252

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Em 2018, a média nacional de consultas

realizadas dentro do TMRG foi de 71%, em

linha com o valor registado em 2017 e em

2016. O gráfico seguinte detalha os valores

registados nos vários hospitais de cada uma

das ARS.

A avaliação da qualidade do acesso às

primeiras consultas hospitalares no CTH,

medida pelo grau de cumprimento dos TMRG

para as consultas efetivamente realizadas,

requer uma análise mais abrangente e

integrada, que relacione os tempos de

resposta aos pedidos que estão em espera,

com a gestão que as instituições efetuam da

sua lista de inscritos.

Em 2018, o maior grau de cumprimento dos

TMRG registou-se nas consultas triadas como

prioritárias (77,0%), seguido das consultas

muito prioritárias (74,2%) e das consultas

triadas com prioridade normal (70,7%).

Em qualquer um destes casos, registaram-se

em 2018 dos valores mais elevados de sempre

no cumprimento dos TMRG para as primeiras

consultas CTH.

Recorde-se que a triagem tem como objetivo a

atribuição de diferentes níveis de prioridade

clínica para realização da consulta,

permitindo assim uma gestão mais adequada

da procura e uma resposta mais equitativa em

relação à situação clínica que motivou a

referenciação para o hospital, pelo que o

cumprimento dos TMRG assume especial

importância nos níveis de prioridade mais

elevados, conforme a própria legislação

sinaliza, ao definir tempos de resposta mais

curtos para estas prioridades.

Alteração dos TMRG definidos na

legislação

O SNS pretende responder cada vez melhor e

mais adequadamente às necessidades em

saúde dos cidadãos, reduzindo as

desigualdades, aumentando o acesso e

reforçando o poder do cidadão na gestão do seu

percurso na procura de cuidados de saúde nos

seus estabelecimentos e serviços.

Nesse âmbito, foi publicada a Portaria n.º

153/2017, de 4 de maio, que, entre outros

aspetos, reduz os TMRG para as consultas

externas (e para as cirurgias), e alarga a

definição de TMRG a prestações de cuidados de

saúde programados que até aqui não tinham

tempos máximos definidos, nomeadamente aos

MCDT.

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 253

Gráfico 56. Percentagem de consultas realizadas em 2018, dentro e fora dos TMRG

Fonte: ACSS e SPMS

69% 71% 71% 71% 73%

88%

71%

31% 29% 29% 29% 27%

12%

29%

0%

25%

50%

75%

100%

ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa eVale do Tejo

ARS Alentejo ARS Algarve Entidades nãoSNS

Total

% Dentro TMRG % Fora TMRG

Gráfico 57. Evolução do cumprimento dos TMRG, por nível de prioridade

Fonte: ACSS e SPMS

70,5

%

59,9

%

50,3

%

71,1

%

67,2

%

55,5

%

71,2

%

66,4

%

54,8

%

73,7

%

72,8

%

60,9

%

75,3

%

73,6

%

67,0

%

74,0

%

72,5

%

67,1

%71,0

%

74,0

%

74,1

%

70,2

%

77,1

%

83,2

%

70,7

%

77,0

%

74,2

%

48%

58%

68%

78%

88%

98%

Normal Prioritário Muito Prioritário

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

254

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Dada a sua relevância, importa analisar

também o acesso às várias especialidades

hospitalares no âmbito do CTH, durante o ano

de 2018.

Neste sentido, analisa-se no gráfico que se

segue as especialidades que correspondem a

cerca de 90% do universo de pedidos de

primeira consulta hospitalar efetuados

através do CTH, destacando a percentagem de

consultas realizadas dentro dos TMRG, por

especialidade, que nos indica a capacidade de

resposta dos hospitais do SNS nas diversas

especialidades.

Em relação às especialidades, que

tradicionalmente têm mais dificuldades no

cumprimento integral dos TMRG, e

começando pela oftalmologia, importa

destacar a realização de rastreios da

retinopatia diabética que se encontram em

curso e que permitem o diagnóstico precoce

da retinopatia diabética, contribuindo

também para uma melhor gestão do acesso às

consultas desta especialidade.

Já no caso da dermato-venerologia, importa

destacar o processo que se encontra em curso

para alargar o denominado telerrastreio

dermatológico a todas as entidades do SNS,

em resultado da publicação do Despacho n.º

6280/2018, de 28 de junho, que determinou

que a referenciação para a primeira consulta

de especialidade hospitalar de dermato-

venereologia realizada pelos cuidados de

saúde primários do SNS é efetuada

obrigatoriamente através da utilização de

telerrastreio dermatológico, associando a

imagem à adequada informação clínica, salvo

nos casos em que o doente não tenha

manifestado o seu acordo.

Este telerrastreio dermatológico apresenta-se

como uma alternativa à referenciação para

uma consulta presencial de dermato-

venerologia, com ganhos substanciais em

termos de acessibilidade e de comodidade

para o utente e com idênticos níveis de

qualidade e segurança das consultas

presenciais.

Implementação do telerrastreio dermatológico

Trata-se de um serviço inovador de rastreio de

dermatologia à distância, o qual permite o

diagnóstico precoce e uma rápida assistência

dermatológica aos utentes.

Para a implementação deste serviço foram

adquiridas máquinas fotográficas digitais que

foram distribuídas pelas unidades de saúde dos

cuidados de saúde primários, que possibilitam

o rastreio dermatológico, à população, de

lesões malignas da pele.

Desta forma, o médico de medicina geral e

familiar, ao detetar no utente uma situação

dermatológica suspeita, fotograva e envia a

informação para o serviço de dermatologia do

hospital, através do sistema CTH.

Após análise dermatológica, são transmitidas

indicações de diagnóstico e tratamento ao

médico dos cuidados de saúde primários, ou o

utente é encaminhado para consulta de

dermatologia presencial no hospital.

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PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 255

Gráfico 58. Percentagem de consultas dentro do TMRG, por especialidade, 2018

Fonte: ACSS

42,7%

49,6%

51,2%

57,0%

63,1%

64,1%

65,7%

67,7%

69,0%

69,3%

72,7%

74,1%

74,8%

75,3%

76,2%

77,6%

79,9%

81,4%

82,8%

83,1%

83,3%

85,5%

87,5%

88,3%

88,6%

88,9%

89,0%

89,1%

89,1%

89,6%

89,7%

89,9%

90,6%

90,7%

91,1%

91,7%

92,5%

92,8%

95,3%

95,3%

96,0%

96,6%

96,8%

97,1%

97,2%

98,3%

98,3%

98,9%

99,1%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

Neurocirurgia

Dermato-Venerologia

Oftalmologia

Genética Médica

Ortopedia

Cirurgia Geral - Cirurgia de Ambulatório

Reumatologia

Pneumologia

Imunoalergologia

Otorrinolaringologia

Neurologia

Urologia

Endocrinologia

Ginecologia

Gastrenterologia

Angiologia/Cirurgia Vascular

Estomatologia

Cardiologia pediátrica

Dor

Psiquiatria - Consulta Geral

Cardiologia

Oncologia Médica

Anestesiologia - Dor

Medicina Física e de Reabilitação - Fisiatria

Sono

Doenças Auto-imunes

Cirurgia Plástica Reconstrutiva

Hematologia Clínica

Cirurgia pediátrica

Cirurgia Maxilofacial

Psiquiatria da infância e da adolescência

Pediatria

Dermatologia - rastreio teledermatológico

Endocrinologia - Nutrição

Nefrologia

Imuno-hemoterapia

Cirurgia Geral

Medicina interna

Diabetologia

Cirurgia Cabeça e Pescoço

Medicina Física e de Reabilitação - CRN

Doenças Infecciosas

Neuropediatria

Senologia

Cirurgia Cardio-Torácica

Obstetrícia

Cirurgia Geral - Patologia Mamária

Obstetrícia-diagnóstico pré-natal

Psicologia

Anestesiologia - Medicina Hiperbárica

Cardiologia - Teleconsulta

Cirurgia - CR Cancro Hepatobilio/Pancreático

Medicina Tropical

Paramiloidose/Neurologia

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PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

256

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

2.3. Livre acesso e circulação dos utentes no SNS

O sistema Livre Acesso e Circulação de

Utentes no SNS (LAC) aprovado pelo

Despacho n.º 5911-B/2016, de 3 de maio,

permite ao utente, em conjunto com o médico

de família responsável pela referenciação,

optar por qualquer uma das unidades

hospitalares do SNS onde exista a consulta de

especialidade de que necessita.

Com a implementação do LAC, deixou de

existir uma rede pré-definida para os pedidos

de primeira consulta de especialidade

hospitalar, tendo o utente a possibilidade de

escolher, em conjunto com o médico de

família, qual o hospital de destino de

preferência, tendo em conta critérios como:

• Instituições hospitalares do SNS

disponíveis por especialidade;

• Tempos médios de resposta para primeira

consulta hospitalar e cirurgias

programadas, por prioridade;

• Número de quilómetros de distância entre

a unidade funcional de cuidados de saúde

primários do médico de família e o hospital

do SNS.

Desde o início do LAC até ao final de 2018, a

percentagem de utentes que, a nível nacional,

escolheram um hospital fora da rede de

referenciação hospitalar ascendeu a 11,6%

(513.463 utentes).

A nível regional, foi na ARS de Lisboa e Vale do

Tejo onde a procura por outro hospital foi

mais elevada (17,5%), com um total de

259.885 pedidos.

A análise dos quadros que se seguem permite

aferir que:

• Entre os diferentes ACES das zonas

urbanas, o número de pedidos para

realização da primeira consulta fora da

área de referenciação ascendeu, em 2018,

os 20%, sendo os ACES de Sintra, Amadora,

Oeste Sul, Arco Ribeirinho e Grande Porto

II – Gondomar, os que registaram uma

maior percentagem;

• As especialidades de oftalmologia,

ortopedia e dermato-venereologia são as

que continuam a apresentar um maior

volume de pedidos.

Gráfico 59. Número de utentes que escolheram um hospital

fora da sua rede de referência, de 1 de junho de 2016 a 31 de dezembro de 2018

Fonte: ACSS

196 549

29 712

259 885

17 390 9 927

513 463

10,3%

4,1%

17,5%

9,4%7,8%

11,6%

0%

5%

10%

15%

20%

0

100 000

200 000

300 000

400 000

500 000

600 000

ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa eVale do Tejo

ARS Alentejo ARS Algarve Total

Fora da rede Centro Hospitalar % Fora da Rede Centro Hospitalar

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 257

Quadro 76. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por ACES,

de 1 de junho de 2016 a 31 de dezembro de 2018

ACES Origem Dentro da rede pré-

definida Fora da rede pré-

definida Total geral

% fora da rede pré-definida

ACES Sintra 88 340 42 467 130 807 32,5%

ACES Amadora 48 589 19 672 68 261 28,8%

ACES Oeste Sul 59 052 23 432 82 484 28,4%

ACES Arco Ribeirinho 65 205 20 708 85 913 24,1%

ACES Grande Porto II - Gondomar 74 480 18 596 93 076 20,0%

ACES Tâmega III - Vale do Sousa Norte 74 327 18 045 92 372 19,5%

ACES Lisboa Norte 67 362 16 258 83 620 19,4%

ACES Loures - Odivelas 119 798 25 827 145 625 17,7%

ACES Oeste Norte 64 675 13 764 78 439 17,5%

ACES Algarve III - Sotavento 10 460 2 163 12 623 17,1%

ACES Tâmega II - Vale do Sousa Sul 73 918 14 511 88 429 16,4%

ACES Tâmega I - Baixo Tâmega 66 184 12 955 79 139 16,4%

ACES Médio Tejo 86 510 16 273 102 783 15,8%

ACES Ave III - Famalicão 56 696 10 649 67 345 15,8%

ACES Grande Porto IV - Póvoa do Varzim/Vila do Conde 71 335 13 131 84 466 15,5%

ULS da Guarda, EPE 39 070 7 091 46 161 15,4%

ACES Cávado III - Barcelos/Esposende 73 187 12 679 85 866 14,8%

ACES Grande Porto VI - Porto Oriental 59 033 10 106 69 139 14,6%

ACES Lezíria 78 019 13 017 91 036 14,3%

ACES Alto Trás-os-Montes II - Alto Tâmega e Barroso 31 353 5 027 36 380 13,8%

ULS do Norte Alentejano 35 767 5 479 41 246 13,3%

ACES Grande Porto I - Santo Tirso/Trofa 52 170 7 901 60 071 13,2%

ULS Guarda 2 007 302 2 309 13,1%

ACES Lisboa Central 110 460 15 637 126 097 12,4%

ACES Almada - Seixal 111 049 15 392 126 441 12,2%

ACES Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte 50 308 6 830 57 138 12,0%

ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 86 610 11 197 97 807 11,4%

ACES Grande Porto V - Porto Ocidental 76 069 8 621 84 690 10,2%

ACES Arrábida 82 744 9 315 92 059 10,1%

ACES Estuário do Tejo 84 739 9 418 94 157 10,0%

ACES Douro I - Marão e Douro Norte 42 846 4 755 47 601 10,0%

ACES Entre Douro e Vouga I - Feira/Arouca 68 010 6 991 75 001 9,3%

ULS Litoral Alentejano 35 199 3 582 38 781 9,2%

ACES Cascais 74 252 7 549 81 801 9,2%

ACES Alentejo Central 52 842 4 606 57 448 8,0%

ULS do Baixo Alentejo 43 734 3 723 47 457 7,8%

ACES Algarve II - Barlavento 45 100 3 718 48 818 7,6%

ACES Grande Porto III - Maia/Valongo 112 673 8 848 121 521 7,3%

ACES Grande Porto VII - Gaia 75 514 5 832 81 346 7,2%

ULS de Matosinhos 89 600 6 505 96 105 6,8%

ACES Grande Porto VIII - Espinho/Gaia 77 610 5 371 82 981 6,5%

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PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

258

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

ACES Origem Dentro da rede pré-

definida Fora da rede pré-

definida Total geral

% fora da rede pré-definida

ACES Algarve I - Central 61 682 4 037 65 719 6,1%

ULS de Castelo Branco, EPE 27 819 1 815 29 634 6,1%

ACES Beira Interior Sul 638 41 679 6,0%

ACES Algarve I - Algarve Central 114 7 121 5,8%

ACES Alto Ave - Guimarães/Vizela/Terras de Basto 115 975 7 057 123 032 5,7%

ACES Cova da Beira 28 026 1 319 29 345 4,5%

ACES Pinhal Litoral 103 428 4 603 108 031 4,3%

ACES Baixo Vouga 171 546 7 564 179 110 4,2%

ULS do Alto Minho, E.P.E. 113 132 4 312 117 444 3,7%

ACES Cávado I - Braga 99 540 3 519 103 059 3,4%

ACES Douro II - Douro Sul 38 975 1 367 40 342 3,4%

ULS do Nordeste 56 938 1 888 58 826 3,2%

ACES Dão/Lafões 88 671 2 260 90 931 2,5%

ETET do Barlavento 85 2 87 2,3%

ACES Baixo Mondego 176 726 3 645 180 371 2,0%

ACES Pinhal Interior Norte 50 065 1 031 51 096 2,0%

ACES Cávado II - Gerês/Cabreira 63 675 1 053 64 728 1,6%

ACES Gerês / Cabreira 8 0 8 0,0%

ACES Guarda 5 0 5 0,0%

ETET do Sotavento 119 0 119 0,0%

Fonte: ACSS

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 259

Quadro 77. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por especialidade,

de 1 de junho de 2016 a 31 de dezembro de 2018

Especialidade Dentro da rede Centro

Hospitalar Fora da rede Centro

Hospitalar Total geral

% fora da rede Centro Hospitalar

Oftalmologia 747 123 69 454 816 577 8,5%

Dermato-venereologia 250 699 62 929 313 628 20,1%

Ortopedia 441 798 56 850 498 648 11,4%

Otorrinolaringologia 257 744 30 395 288 139 10,5%

Cirurgia geral 402 355 27 769 430 124 6,5%

Ginecologia 206 042 22 460 228 502 9,8%

Urologia 137 307 20 239 157 546 12,8%

Obstetrícia 160 392 18 484 178 876 10,3%

Neurocirurgia 81 872 18 126 99 998 18,1%

Psiquiatria 94 453 16 293 110 746 14,7%

Cardiologia 109 489 16 183 125 672 12,9%

Neurologia 93 956 15 403 109 359 14,1%

Endocrinologia e nutrição 67 175 15 017 82 192 18,3%

Gastrenterologia 98 858 14 225 113 083 12,6%

Angiologia e cirurgia vascular 70 410 13 927 84 337 16,5%

Pneumologia 101 514 12 016 113 530 10,6%

Estomatologia 72 813 11 029 83 842 13,2%

Pediatria 104 669 10 431 115 100 9,1%

Reumatologia 33 521 9 715 43 236 22,5% Cirurgia plástica reconstrutiva e estética 53 638 7 241 60 879 11,9%

Imunoalergologia 40 977 6 977 47 954 14,5%

Medicina interna 77 281 4 912 82 193 6,0%

Cirurgia pediátrica 28 418 4 414 32 832 13,4% Psiquiatria da infância e adolescência 20 308 4 323 24 631 17,6%

Hematologia clínica 24 531 3 992 28 523 14,0%

Cirurgia maxilo-facial 8 708 3 675 12 383 29,7%

Nefrologia 26 302 3 480 29 782 11,7%

Anestesiologia 9 827 3 469 13 296 26,1%

Medicina física e reabilitação 61 696 2 701 64 397 4,2%

Genética médica 4 637 1 734 6 371 27,2%

Oncologia médica 7 542 1 246 8 788 14,2%

Cirurgia cardiotorácica 1 250 1 185 2 435 48,7% Doenças infecciosas (infecciologia) 5 991 943 6 934 13,6%

Psicologia 2 490 814 3 304 24,6%

Cardiologia pediátrica 3 470 725 4 195 17,3%

Imunohemoterapia 4 807 545 5 352 10,2%

Cuidados paliativos 0 91 91 100,0%

Medicina tropical 0 50 50 100,0%

Radioncologia 0 1 1 100,0%

Total geral 3 914 063 513 463 4 427 526 11,6%

Fonte: ACSS

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

260

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

2.4. Cirurgias programadas no SNS

O SIGIC abrange toda a atividade cirúrgica

programada realizada a utentes do SNS, seja

ela efetuada nos hospitais públicos ou nos

hospitais privados e do setor social que

tenham contratos de convenção ou acordos de

cooperação com o SNS para a realização de

atividade cirúrgica.

Em termos de resultados constata-se que a

atividade cirúrgica programada cresceu 1%

em 2018, face ao período homólogo, tendo

sido operados 594.978 utentes no SNS.

O número de doentes operados no SNS em

2018 é o mais elevado de sempre desde que

existe o SIGIC, tendo sido operados mais

34.577 doentes do que em 2015 (+6,2%) e

mais 110.913 do que em 2010 (+22,9%).

A atividade cirúrgica da responsabilidade do

SNS reparte-se entre hospitais do SNS que

incluem, Entidades Públicas Empresarias,

Setor Público Administrativo e Parcerias

Público-Privadas, sendo responsáveis por

89,0% da produção total em 2018, mas

considera também a atividade realizada pelos

hospitais protocolados (5,8%) e pelos

hospitais convencionados (5,2%).

A média do tempo de espera dos operados

manteve-se um pouco acima dos 3 meses em

2018, apesar do aumento da procura (+1%) e

do crescimento do número de doentes

operados (+1%).

Detalhando agora a componente da oferta nas

várias regiões de saúde, constatamos que, com

exceção da ARS Lisboa e Vale do Tejo, em

todas as restantes ARS se registou um

aumento da produção cirúrgica em 2018, face

ao período homólogo.

Destaca-se a ARS Alentejo com um aumento

de 4,7% da sua produção cirúrgica em 2018,

quando comparado com 2017, seguido da ARS

Norte (+2,1%) e da ARS Algarve (+0,7%). Já

a ARS Centro registou uma ligeira subida da

atividade (+0,3%) e a ARS Lisboa e Vale do

Tejo, como já referido, uma pequena

diminuição de 0,4% em 2018.

Para além dos doentes operados, registaram-

se saídas de doentes da Lista de Inscritos para

Cirurgia, por motivo de cancelamento, nos

termos previstos no SIGIC.

Os dados relativos aos cancelamentos das

inscrições em LIC, manteve-se em 2018 o

padrão referente aos principais motivos de

cancelamento, nomeadamente “Desistência”

(27,2%), “Proposta não adequada à situação

clínica do utente” (14,2%) e “Não ativação da

nota de transferência/vale cirurgia no prazo

de validade” (12,9%).

No anexo 7 apresentam-se os indicadores

desagregados por hospital para o período

2016 a 2018, e no anexo 8 apresentam-se os

indicadores globais procura/oferta cirúrgica,

por especialidade (2016-2018).

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 261

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/inscritos-lic-dentro-

tmrg

Quadro 78. Evolução global da oferta cirúrgica

Var.

2018/2017

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Valor %

Total operados 484 065 503 919 534 415 544 377 549 987 560 401 568 765 588 813 594 978 6 165 1,0%

Operados H. SNS (inclui PPP) 458 497 460 179 481 597 501 722 505 055 513 205 524 928 534 545 529 758 -4 787 -0,9%

Operados nas PPP 19 238 26 559 37 302 47 187 52 710 53 768 53 581 55 584 59 772 4 188 7,5%

Operados H. Convencionados 25 568 24 654 26 853 15 915 18 336 20 054 16 200 24 608 30 962 6 354 25,8%

Operados H. Protocolados 19 086 25 962 26 740 26 596 27 142 27 637 29 660 34 258 4 598 15,5%

Média do TE dos operados (meses) 2,6 2,7 2,8 2,7 2,8 2,9 3,1 3,1 3,3 0,2 6,5%

Saídas 576 426 599 476 639 561 634 105 641 287 650 735 660 399 680 520 692 466 11 946 1,8%

Fonte: ACSS e SPMS

Quadro 79. Evolução global da oferta cirúrgica, por ARS

ARS Op. H. SNS (inclui PPP)

Op. H. Conv. Op. H. Prot. Total

operados Var. hom.

total operados

Norte 229 298 7 760 31 657 268 715 2,1%

Centro 93 710 7 131 1 486 102 327 0,3%

Lisboa e Vale do Tejo 177 312 9 698 1 087 188 097 -0,4%

Alentejo 19 647 914 17 20 578 4,7%

Algarve 9 791 5 459 11 15 261 0,7%

Nacional 529 758 30 962 34 258 594 978 1,1%

Fonte: ACSS e SPMS

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PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

262

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quadro 80. Motivos de cancelamento da inscrição em LIC

Motivo cancelamento 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Desistência 23,6% 20,6% 22,3% 26,5% 28,3% 30,5% 31,0% 29,9% 27,2%

Proposta não adequada à situação clínica do utente 14,0% 12,1% 11,3% 13,5% 15,8% 15,3% 15,7% 15,7% 14,2%

Não ativação do NT/VC no prazo de validade 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 6,8% 12,9%

Faltou sem motivos plausíveis 0,1% 0,2% 0,5% 1,4% 5,0% 5,7% 6,1% 6,3% 6,2%

Sem indicação cirúrgica 1,2% 1,3% 1,4% 2,0% 4,9% 6,3% 5,7% 5,8% 5,1%

Operado noutra instituição 4,4% 3,8% 4,5% 4,2% 3,6% 3,7% 3,9% 3,8% 4,6%

Utente s/ condições operatórias por mot. clínicos 0,4% 0,6% 0,4% 1,2% 1,7% 3,1% 3,9% 4,3% 3,8%

Por duplicação 1,2% 1,2% 1,3% 1,6% 2,2% 2,6% 2,5% 2,9% 3,4%

Óbito 1,9% 1,6% 1,7% 2,1% 2,4% 2,7% 2,8% 3,4% 3,0%

Transferência de responsabilidade 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 4,1% 2,7%

Criação de proposta em episódio errado 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,7% 1,9% 2,2% 2,6% 2,7%

Já operado de urgência no HO 0,9% 0,9% 0,9% 1,4% 1,9% 2,3% 2,3% 2,3% 2,5%

Proposta resolvida no âmbito de outro episódio 0,1% 0,1% 0,2% 0,2% 1,5% 2,1% 1,9% 2,0% 2,1%

Não contactável 3,0% 1,6% 1,8% 2,3% 2,3% 2,2% 2,3% 2,4% 2,0%

Outros 49,1% 56,0% 53,7% 43,6% 29,8% 21,6% 19,6% 7,7% 7,5%

Fonte: ACSS

16,1%

15,6%

16,8%

13,9%14,1%

13,5%13,7%

13,1%

14,1%

10%

11%

12%

13%

14%

15%

16%

17%

18%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Gráfico 60. Percentagem de saídas da LIC por motivo de cancelamento

Fonte: ACSS

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 263

Analisando agora no quadro seguinte os

indicadores do SIGIC que estão associados à

procura de cuidados por parte dos utentes do

SNS, constata-se que o número de propostas

cirúrgicas (entradas) em 2018 cresceu 1%,

face ao ano anterior, significando assim que

mais 6.971 utentes tiveram acesso à Lista de

Inscritos para Cirurgia (LIC) do que tinha

acontecido em 2017 (+43.461 do que em

2015 e +94.568 do que em 2010).

O crescimento do indicador que corresponde

às novas inscrições em lista cirúrgica

(entradas) evidencia, de forma objetiva, não

só uma maior disponibilidade dos hospitais

do SNS para acolher mais utentes com

necessidades cirúrgicas, como também o

reforço da transparência do processo de

gestão da LIC a nível nacional, o qual é

efetuado através de uma plataforma nacional

sujeita a escrutínio público e que garante

coerência dos processos de gestão de inscritos

para cirurgia em qualquer instituição

hospitalar do SNS (ou com acordo ou

convenção para esta área).

O aumento da atividade cirúrgica programada

que se registou no SNS em 2018 foi, ainda

assim, inferior ao aumento do acesso dos

utentes à inscrição na LIC (entradas), pelo que

no final de 2018 estavam 244. 501 utentes em

LIC.

Por seu turno, a mediana de tempo de espera

da LIC reduziu-se para 3,5 meses em final de

2018, para um TMRG de 6 meses na

prioridade normal, de acordo com a legislação

em vigor desde 1 de janeiro de 2018.

Em relação à percentagem de inscritos para

cirurgia que ultrapassam os TMRG, regista-se

uma redução, em 2018, tendo em conta os

novos tempos que entraram em vigor a 1 de

janeiro desse ano.

Pela sua importância crescente em termos de

necessidades em saúde, importa destacar

ainda que, em 2018, se realizou o maior

número de cirurgias de sempre na área da

obesidade e o segundo maior na área das

neoplasias malignas, em resposta ao

crescimento de procura que se registou nestas

áreas.

Redução dos TMRG para atividade cirúrgica

no SNS

Conforme já foi referido neste documento, a

Portaria n.º 153/2017, de 4 de maio, determinou

a redução dos TMRG para as cirurgias no SNS,

que passou a ser de 180 dias na prioridade

normal (270 dias, atualmente). Esta alteração

dos TMRG visa contribuir para redução da

mediana de tempo de espera da LIC,

aproximando os TMRG do atual valor dessa

mediana da LIC e assegurando cada vez mais

equidade no acesso à atividade cirúrgica.

Importa ainda referir que esta Portaria introduz,

pela primeira vez no SNS, a definição de TMRG

para estabelecimento dos planos de cuidados a

realizar aos utentes (60 dias seguidos após a

primeira consulta de especialidade, no nível de

prioridade normal), o qual se entende como o

período necessário para que seja efetuado o

diagnóstico e estipulado o plano de intervenção

hospitalar adequado (inscrição em lista

cirúrgica, por exemplo), permitindo assim

conhecer e avaliar o tempo de resposta

completo que foi assegurado ao utente na

globalidade do seu trajeto no hospital.

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PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

264

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quadro 81. Evolução dos indicadores de procura

Var.

2018/2017

Indicadores 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Valor %

Entradas em LIC 611 535 624 226 644 178 649 386 662 642 670 913 699 132 706 103 6 971 1,0%

Nº de utentes inscritos (LIC) - SNS (não inclui PPP)

166 033 151 019 156 795 165 574 178 022 185 444 196 757 207 971 11 214 5,7%

Nº de utentes inscritos - Protocolados 5 141 3 582 3 677 4 044 3 238 2 864 4 692 5 011 319 6,8%

Nº de utentes inscritos - PPP 9 182 12 197 15 657 14 459 16 141 22 598 29 801 31 519 1 718 5,8%

Mediana TE da LIC (meses) 3,3 3 2,8 3 3,1 3,3 3,6 3,5 -2,8%

Percentil 90 TE LIC (meses) 10,3 10,4 9,3 9,1 9,3 10,3 9,7 11,37 1,7 17,2%

Percentagem de inscritos que ultrapassam o TMRG (considerando os novos TMRG definidos pela Portaria nº153/2017, de 4 de maio)

33,2% 29,8% 26,4% 27,8% 28,7% 28,4% 32,3% 30,0%

Fonte: ACSS e SPMS

Gráfico 61. Evolução de entradas em LIC e número de operados

Fonte: ACSS e SPMS

484 065

503 919

534 415544 377 549 987

560 401568 765

588 813 594 978

573 527

611 535624 226

644 178 649 386662 642

670 913

699 132706103

400 000

450 000

500 000

550 000

600 000

650 000

700 000

750 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Número utentes operados - SIGIC Número entradas em LIC - SIGIC

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 265

Gráfico 62. Evolução da mediana do tempo de espera da LIC, por nível de prioridade (em meses)

Fonte: ACSS e SPMS

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

1 - Normal 2 - Prioritário 3 - Muito prioritário 4 - Urgência diferida

Gráfico 63. Evolução de entradas em LIC e número de operados (obesidade)

Nota: Os dados incluem quatro técnicas cirúrgicas: Banda Gástrica; Bypass Gástrico; Gastrectomia Linear Vertical (Sleeve) e Transposição Duodenal; Derivação Bílio-Pancreática. Fonte: ACSS e SPMS

3 228

2 923

2 244 2 243 2 205

2 384

2 713 2 685

2 503

1 980 1 977

1 838

1 9772 034 2 004 2 049 2 086

2 215

1 500

2 000

2 500

3 000

3 500

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Número de entradas em LIC Número de operados

Fonte: ACSS e SPMS

Gráfico 64. Evolução de entradas em LIC e número de operados (neoplasia maligna)

44 610

47 144 46 827

49 34950 217

51 182 50 833 51 27851 888

39 403

41 996 41 705

44 26444 865

46 038 45 53446 436 46 039

35 000

40 000

45 000

50 000

55 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Número de entradas em LIC Número de operados

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PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

266

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Para além da análise dos indicadores da oferta

e da procura cirúrgica no âmbito do SIGIC,

importa ainda observar os principais

indicadores relacionados com o processo de

gestão da LIC, nomeadamente sobre o recurso

a hospitais de destino do SNS (notas de

transferência) ou do setor social e

convencionado com o SNS (vales de cirurgia).

O gráfico que se segue apresenta a

distribuição dos episódios com notas de

transferência ou vales cirurgia (NT ou VC)

emitidos durante o período 2010 a 2018,

assim como a percentagem de cativação.

De acordo com as regras do SIGIC, os médicos

assistentes podem propor a colocação de

determinado episódio cirúrgico com o

atributo de intransferível (o qual impede a

transferência do utente para outro hospital ou

a emissão dos VC/NT), caso entendam

benéfico para o utente e este concorde, seja

por razões clínicas, de interesse do utente ou

outras. Em 2018, registaram-se 7.862

situações de episódios intransferíveis, o que

representa -27% do que em 2017.

Ainda sobre a qualidade dos processos

administrativos associados à gestão do acesso

à atividade cirúrgica no SNS, importa analisar

os procedimentos associados à inscrição, ao

agendamento e ao cancelamento de episódios

cirúrgicos, verificando a evolução de

comportamentos que se registaram nos

últimos anos em relação a estas matérias.

A análise do número de propostas cirúrgicas

que geram um GDH previsional inválido, e que

por isso dificultam o processo de emissão de

notas de transferência e vales cirurgia,

permite-nos concluir que os valores

registados em 2018 são claramente os mais

baixos do período analisado neste relatório

anual do acesso, conforme demonstra o

quadro seguinte, em resultado do reforço do

processo de monitorização que foi efetuado,

pela UGA, pelas URGA e pelas ULGA, desde

2017, em relação a esta matéria.

Assim, alcançou-se em 2018 um valor que

representa menos de metade do total de GDH

previsional inválido que ocorreu em 2015

(24.542 em 2018 e 49.004 em 2015).

Em relação ao agendamento, destaca-se em

2018 o trabalho realizado no sentido de

reforçar o grau de cumprimento das regras de

agendamento por critérios de prioridade

clínica e de antiguidade da inscrição dos

utentes em LIC, à semelhança do que já tinha

ocorrido em 2016 e em 2017, contribuindo

assim para uma gestão mais eficaz da LIC.

A percentagem de utentes inscritos e

operados no mesmo dia, foi de 3,8%, o que

representa uma redução de 0,3 pp em relação

a 2017.

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 267

Quadro 82. Motivos de cancelamento - Notas de Transferência e Vales Cirurgia

Motivo de cancelamento

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Recusa transferência 60,1% 58,6% 63,5% 56,8% 64,9% 58,1% 54,0% 62,0% 70,1%

NT/VC expirado 20,7% 19,7% 19,5% 17,5% 17,9% 17,9% 25,3% 24,8% 21,1%

Já agendado HO 5,9% 4,6%

Outros 19,2% 21,2% 15,4% 11,9% 11,8% 19,9% 13,7% 7,4% 4,3%

Fonte: ACSS

Quadro 83. Resumo intransferíveis

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Valor 13 629 10 752 9 750 9 762 10 252 8 151 8 677 10 789 7 862

Fonte: ACSS

Quadro 84. Evolução das entradas em LIC com GDH previsional inválido

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Entradas com GDH 470* 46 915 60 212 58 520 63 143 55 920 49 004 50 230 44 699 24 542

Percentagem Entradas com GDH 470

8,2% 9,8% 9,4% 9,8% 8,6% 7,4% 7,5% 6,4% 3,5%

*Corresponde ao número de entradas (propostas cirúrgicas) que geram um GDH previsional inválido Fonte: ACSS e SPMS

Gráfico 65. Evolução das notas de transferência e vales de cirurgia emitidos e

percentagem de cativações

Fonte: ACSS e SPMS

120 225 124 866

104 353

84 601 85 462

111 201

81 829

127 450

250 924

25,3%24,1%

27,6%

22,1%

25,1%

21,1%

32,9%

21,7% 19,8%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

0

50 000

100 000

150 000

200 000

250 000

300 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

NT/VC emitidos % Cativações

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

268

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2017 MINISTÉRIO DA SAÚDE

2.5. Atendimentos urgentes

Em 2018, registou-se um total de 6.365.476

episódios de urgência, mantendo a tendência

de ligeiro acréscimo de atividade (+0,7%)

verificada em anos anteriores.

Apesar deste aumento, importa salientar o

decréscimo de 1,4 pontos percentuais

verificado na percentagem de atendimento

com menor nível de prioridade no contacto

com os serviços, classificados na Triagem de

Manchester com a cor verde, azul e branca,

quando comparado com o período homólogo.

Ainda em relação à atividade de urgência, e no

que se refere à percentagem de episódios de

urgência que geram internamento, verifica-se

um aumento de 0,6 pontos percentuais, face a

2017.

No que respeita aos tempos de resposta dos

serviços de urgência, verifica-se que a maioria

dos atendimentos é realizada dentro do

tempo previsto pela Triagem de Manchester.

Em 2018, o número de episódios de urgência

que foram atendidos dentro do tempo

previsto no protocolo de triagem de

Manchester foi de 74,3%.

Dando continuidade ao implementado em

2017, os diversos instrumentos de análise

(utilizadores frequentes, scores de sobrecarga

diária dos serviços), de monitorização do

desempenho (capacidade instalada, fluxos

dos utentes nos hospitais e nos cuidados

primários) e de divulgação pública de

informação sobre o acesso aos serviços de

urgência do SNS, contribuíram para um maior

conhecimento sobre as várias dimensões que

influenciam o acesso e para que a população

tenha mais instrumentos que suportem uma

tomada de decisão responsável e informada

sobre o acesso adequado a estes serviços.

Para além destas medidas, importa continuar

a trabalhar no reforço das respostas de

cuidados de saúde primários e da RNCCI e na

melhoria da articulação entre os serviços do

SNS (em linha com os princípios do projeto

“SNS + Proximidade”), de forma a obter uma

redução sustentada dos episódios de urgência

no SNS.

Publicitação de tempos de espera no SNS

Com a entrada em vigor do Portal SNS, a 1 de

fevereiro de 2016, passou a disponibilizar-se

vários serviços ao cidadão, destacando-se a

informação, em tempo real, sobre os tempos

médios de espera nos serviços de urgência do

SNS, por grau de prioridade definido pela

triagem de Manchester.

Disponível em : http://tempos.min-

saude.pt/#/instituicoes

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PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 269

Gráfico 70. Tempo médio de espera entre a triagem e a primeira observação 2016 - 2018

Fonte: ACSS StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/servicos-de-urgencia/

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

01/jan 01/fev 01/mar 01/abr 01/mai 01/jun 01/jul 01/ago 01/set 01/out 01/nov 01/dez

2016 2017 2018 Linear (2018)

Gráfico 66. Evolução anual do número de episódios

de urgência (milhares)

Fonte: ACSS

StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-

sns/servicos-de-urgencia/

6 411 6 416

5 9666 108 6 189 6 118

6 4066 318 6 365

4 000

4 400

4 800

5 200

5 600

6 000

6 400

6 800

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Gráfico 67. Percentagem de episódios de urgência

que geram internamento

Fonte: ACSS

StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-

do-sns/servicos-de-urgencia/

8,3%8,1%

8,7%8,5%

8,4%8,5%

8,2% 8,2%

8,8%

7%

8%

9%

10%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Gráfico 68. Evolução da percentagem de atendimentos

urgentes com prioridade verde, azul e branca

*Dados provisórios

Fonte: ACSS

StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao

-do-sns/servicos-de-urgencia/

42,0%

40,8%40,4%

40,7%

42,0%

40,6%

39%

40%

41%

42%

43%

44%

45%

2013 2014 2015 2016 2017 2018*

72,0%73,7% 74,3%

50%

60%

70%

80%

2016 2017 2018

Fonte: ACSS

Gráfico 69. Evolução da percentagem de episódios

urgentes atendidos dentro do tempo previsto

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PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

270

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

3. Cuidados continuados integrados

No âmbito da Rede Nacional de Cuidados

Continuados Integrados (RNCCI), o ano de

2018 continuou a registar um saldo positivo,

refletindo em números a melhoria da

capacidade de resposta de saúde e apoio social

aos utentes em situação de dependência e de

fragilidade.

Em 2018, foram assistidos na RNCCI um total

de 48.677 utentes, mais 4,6% que em 2017,

mais 9,6% que em 2015 e mais 102,5% que em

2010, sendo que 266 foram assistidos em

tipologias de saúde mental e 44 nas tipologias

pediátricas. Ressalva-se que a partir de 2017,

deixaram de ser contabilizados na RNCCI os

utentes assistidos em tipologias de cuidados

paliativos.

A tipologia onde mais utentes foram assistidos

em 2018 foi em Equipas de Cuidados

Continuados Integrados (ECCI), à semelhança

do ano anterior, com 34,2%, o correspondente

a 16.664 utentes assistidos.

Ao nível dos cuidados pediátricos

contabilizaram-se 29 utentes assistidos na

Unidade de Cuidados Integrados Pediátricos

do Norte (UCIP nível 1), e 15 na Unidade de

Ambulatório Pediátrica (UAP).

De referir ainda que o Algarve continua a ser a

região com a maior percentagem de utentes

assistidos em ECCI (46,5% em 2018),

seguindo-lhe as regiões de Lisboa e Vale do

Tejo (44,9%) e do Norte (35,7%).

É também no Algarve que se verifica uma

maior percentagem de utentes assistidos em

relação à população com idade superior a 65

anos, seguida do Alentejo. A região de Lisboa e

Vale do Tejo foi a que revelou uma

percentagem mais baixa, como já acontecia em

períodos anteriores.

Na sequência do exposto anteriormente, e de

forma a traçar um perfil do utente, podemos

aferir que, em 2018, do total dos utentes

servidos pela RNCCI, 83,4% da população

tinha idade superior a 65 anos e 50,2%

(+0,9% quem em 2017) tinha mais de 80

anos, os valores mais altos dos últimos anos.

Em termos de género, o sexo feminino

representa 55,9% do total de utentes, um

crescimento de 0,8% face ao período

homólogo. Note-se que no mesmo ano, os

utentes da Rede, do sexo feminino com idade

superior a 65 anos, ascendiam a 50% e com

idade superior a 80 anos, ultrapassava os 65%.

Como verificado no ano de 2017, cerca de 70%

dos utentes vivia com a família natural e 26%

vivia só.

Neste sentido, e de acordo com os dados

registados em 2018, salienta-se que a

população da RNCCI mantém o perfil traçado

em períodos anteriores: envelhecida,

maioritariamente feminina e com baixo nível

de escolaridade (mais de 89% possui

escolaridade inferior a 6 anos).

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PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 271

Quadro 85. Evolução da atividade RNCCI – utentes assistidos, por tipologia

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

UC 6 287 7 744 8 704 8 791 8 833 7 192 7 201 7 219 7 546 4,5%

UMDR 6 672 7 741 8 578 9 352 9 990 10 672 11 349 11 954 11 973 0,2%

ULDM 5 802 6 489 7 728 8 675 10 541 11 328 11 611 11 985 12 184 1,7%

ECCI 5 278 9 139 11 578 13 804 14 577 15 221 15 582 15 215 16 664 9,5%

UCIP N1 18 30 29 -3,3%

UAP 7 26 15 -42,3%

SM 0 96 266 177,1%

Total 24 039 31 113 36 588 40 622 43 941 44 413 45 768 46 525 48 677 4,6%

UCP* 1 951 1 600 1 821 1 903 1 827 2 115 2 384

EIHSCP / ECSCP * n.d. n.d. n.d. 2356 2288 3715 4357

*As Unidades e Equipas de Cuidados Paliativos passaram a integrar a Rede Nacional de Cuidados Paliativos em 2017. Neste sentido, e ainda que o quadro

apresente uma diminuição de 2016 para 2017, é reflexo da transferência destas tipologias, não se podendo inferir que se verificou uma diminuição dos

utentes assistidos em 2017.

Fonte: ACSS

Quadro 86. Atividade RNCCI – utentes assistidos, por tipologia e por região, em 2018

ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa e Vale do Tejo ARS Alentejo ARS Algarve Total

UC 2 128 2 118 1 693 716 891 7 546

UMDR 3 975 3 267 3 092 912 727 11 973

ULDM 3 908 4 061 2 530 1 030 655 12 184

ECCI 5 550 1 867 5 951 1 323 1 973 16 664

UCIP N1 29 29

UAP 15 15

SM 145 30 91 266

Total 15 750 11 343 13 357 3 981 4 246 48 677

Nota: Não se consideram neste quadro a EIHSCP/ECSCP, que têm referenciação direta, bem como as unidades e Equipas de Cuidados Paliativos, que passaram a integrar a RNCP em 2017. Fonte: ACSS

Gráfico 71. Percentagem de utentes assistidos em ECCI vs. Total de assistidos em

cada região

Fonte: ACSS

46,5% 44,9%

35,7%33,2%

16,5%

34,2%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Algarve Lisboa e Vale doTejo

Norte Alentejo Centro Total Nacional

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PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

272

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Em 2018, e considerando as tipologias que, à

data, integram a RNCCI, o número total de

utentes referenciados foi de 43.166 (+7,8%

em relação a 2017), dos quais 37 foram para

as tipologias pediátricas e 349 para as de

saúde mental.

Os dados de 2018, e representados no quadro

da página seguinte, permitem ainda aferir que

o maior crescimento de referenciações se

verificou nas tipologias de saúde mental,

seguidas das ECCI (+16,4% que em 2017) e

das unidades de convalescença (+7,8%).

A nível regional, mais de 45% das

referenciações efetuadas na ARS Algarve,

foram para a tipologia de ECCI, seguida da ARS

Norte (37,4%) e da ARS Lisboa e Vale do Tejo

(32,6%). Nos casos específicos das ARS Centro

e Alentejo, as maiores percentagens de

referenciações foram para as tipologias de

ULDM (37,9%) e UMDR (28,4%),

respetivamente.

Note-se que em 2018, e à semelhança do que

se tinha verificado em 2017, os utentes

tiveram como principal motivo de

referenciação, com registos válidos no

aplicativo informático da RNCCI, a

dependência de atividades da vida diária (este

é o principal motivo com 90% e o ensino

utente/cuidador informal o segundo motivo

com 90%, sobreponível a períodos anteriores,

alternando ambos entre primeiro e segundo

lugar).

De salientar ainda que no mesmo ano, foram

referenciados para ECCI cerca de 32% dos

utentes por motivo “feridas/úlceras de

pressão” e 12% por motivo de “úlceras de

pressão múltiplas”. Quando se considera a

percentagem de cada motivo, em relação ao

total do mesmo motivo por tipologia, constata-

se que 67% das referenciações por motivo de

“feridas/úlceras de pressão” e 63% por

motivo de “úlceras de pressão múltiplas”, se

encontram em ECCI, representado ambas a

maior percentagem em relação às restantes

tipologias.

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PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 273

Quadro 87. Evolução do número de referenciações por ano e por tipologia de resposta

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

UC 5 903 7 118 7 085 8 943 7 833 7 036 6 828 7 065 7 617 7,8%

UMDR 6 483 7 240 6 656 8 788 9 600 10 333 10 684 11 509 11 717 1,8%

ULDM 5 550 5 896 5 363 6 751 9 249 9 969 11 118 10 450 10 826 3,6%

ECCI 3 475 6 952 7 789 11 219 10 500 11 419 11 752 10 844 12 620 16,4%

UCP* 2 593 2 897 1 700 2 050 2 187 2 360 2 275

UCIP N1 31 29 -6,5%

UAP 17 8 -52,9%

EAD 46 47 2,2%

EAD/IA 1 0 -100,0%

RA 16 13 -18,8%

RAMa 26 136 423,1%

RAMo 13 34 161,5%

RTA 15 31 106,7%

RTA/A 1 18 1700,0%

USO 26 66 153,8%

USO/IA 1 4 300,0%

Total 24 004 30 103 28 593 37 751 39 369 41 117 42 657 40 061 43 166 7,8%

*As unidades e Equipas de cuidados paliativos passaram a integrar a Rede Nacional de Cuidados Paliativos em 2017 Fonte: ACSS

Quadro 88. Número de utentes referenciados na RNCCI por tipologia e região, em 2018

Região Origem ECCI UC UCIP 1 ULDM UMDR UAP EAD EAD/IA RA RAMa RAMo RTA RTA/A USO USO/IA Total

Norte

CS 3 243 255 15 937 341 7 1 0 1 9 1 4 1 28 0 4 843

H 1 813 1 842 10 2 191 2 852 1 8 0 4 37 0 3 9 11 4 8 785

Social* 10 0 4 63 1 1 0 0 0 79

Centro

CS 787 196 3 2 359 863 0 0 0 0 1 9 2 0 0 0 4 220

H 499 1 709 0 1 490 2 262 0 1 0 0 4 2 0 0 27 0 5 994

Social* 0 0 0 0 10 0 0 0 0 10

Lisboa e Vale do Tejo

CS 1 760 102 1 1 523 534 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 3 923

H 2 372 2 172 0 941 3 277 0 27 0 4 19 11 16 8 0 0 8 847

Social* 0 0 0 0 0 3 0 0 0 3

Alentejo CS 602 103 0 606 396 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 709

H 275 676 0 363 646 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 960

Algarve CS 642 23 0 290 85 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 040

H 627 539 0 126 461 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 753

Nacional 12 620 7 617 29 10 826 11 717 8 47 0 13 136 34 31 18 66 4 43 166

*Incluem as tipologias de saúde mental. Nota: As unidades e Equipas de cuidados paliativos passaram a integrar a Rede Nacional de Cuidados Paliativos em 2017 Fonte: ACSS

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PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

274

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Relativamente à origem de referenciação dos

utentes para a RNCCI, constata-se que, em

2018, se verificou um aumento de 2,5%. Neste

contexto, os hospitais referenciaram

63,4% dos utentes, o que reflete uma

diminuição de 2,5% face a 2017, tendo a

referenciação pelos cuidados de saúde

primários aumentado 2,5% em relação ao

período homólogo (36,6% de utentes

referenciados).

A região que regista uma maior percentagem

de referenciação a partir dos cuidados de

saúde primários é o Alentejo, com 46,6%

(43% em 2017). Pelo lado contrário, a região

com menor percentagem é a de Lisboa e Vale

do Tejo com 30,9% (28,3% em 2017).

Ainda no âmbito da referenciação a partir dos

cuidados de saúde primários, o Centro

referenciou 41,4% dos utentes, o Algarve

37,2% e o Norte 35,5%, conforme ilustrado no

gráfico da página seguinte.

No que concerne à referenciação hospitalar, a

região de Lisboa e Vale do Tejo é a que

apresenta a percentagem mais elevada de

utentes a serem referenciados, com cerca de

69%.

No entanto, em 2018, e tal como se tinha

verificado no período homólogo, Lisboa e Vale

do Tejo apresentou a menor cobertura

populacional em lugares de internamento, e

em termos globais.

Dos utentes referenciados a nível nacional, a

partir de hospitais para unidades de

internamento, o Norte representa 32% do

total nacional, e Lisboa e Vale do Tejo 29,6%,

uma tendência que já se verificava

anteriormente, representando juntas cerca de

62%.

Apesar de se ter verificado um aumento

gradual e sustentado da cobertura de camas

em Lisboa e Vale do Tejo, permaneceram em

2018 algumas dificuldades de referenciação a

nível hospitalar.

No contexto nacional, as ECCI representaram

a tipologia para onde foram referenciados

mais utentes, com 29,2% (+2,1% que em

2017), seguidas das UMDR, com 27,1%

(28,7% em 2017) e das ULDM com 25,1%

(26,1% em 2017).

Numa visão global, a região que mais

referencia, em relação à sua população com

idade superior a 65 anos é o Algarve, com

3,2%, seguido do Alentejo com 2,9% e do

Centro com 2,6%.

A região com menor valor é a de Lisboa e Vale

do Tejo com 1,8%. A média nacional situa-se

nos 2,2%.

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PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 275

35,5%41,4%

30,9%

46,6%

37,2%

64,5%58,6%

69,1%

53,4%

62,8%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve

Centro de Saúde Hospital

Gráfico 73. Distribuição percentual da origem da referenciação em cada região (2018)

Fonte: ACSS

Gráfico 72. Origem dos utentes referenciados no

âmbito da RNCCI em 2018

Fonte: ACSS

Hospitais63,4%

Centros de Saúde36,6%

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PARTE III | 3.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

276

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

A aposta no reforço dos cuidados da RNCCI em

ambulatório continuou a marcar o ano de

2018. Neste sentido, os gráficos da página

seguinte destacam os principais resultados no

âmbito das referenciações para ECCI nas

diferentes regiões, em relação ao total de

referenciados nessa região. Importa notar que

os mesmos são sobreponíveis a anos

anteriores.

O Algarve é a região que mais referencia os

seus utentes para ECCI, com 45,4% (44,9% no

ano de 2017), sendo o Centro a que menos

referencia, com 12,6% (11,7% em 2017).

Relativamente às outras tipologias, o Centro

referencia 37,9% dos seus utentes para ULDM

e 30,7% para UMDR (37,9% e 28,5%,

respetivamente, no ano de 2017), num total

de cerca de 69% para ambas as tipologias.

Na referenciação para ECCI, o peso dos

cuidados de saúde primários e hospitais

apresentava variação entre as regiões, no

entanto ressalva-se que estes valores dizem

respeito ao total dos utentes referenciados

para ECCI em cada região, sendo Lisboa e Vale

do Tejo a região onde a referenciação para

ECCI é maior a partir dos hospitais (57%),

como registado em anos anteriores.

De salientar igualmente que, apesar dos

referenciados para ECCI a partir dos cuidados

de saúde primários ser de 61% no Centro (o

mesmo que em 2017) apenas 12,6% do total

dos utentes da região foram referenciados

para ECCI. Ainda assim o valor é superior ao

registado em 2017.

A referenciação para ECCI a partir dos

cuidados de saúde primários representa 64%

no Norte (60% em 2017), 69% no Alentejo

(66% em 2017), 51% no Algarve e 43% em

Lisboa e Vale do Tejo (52% e 42%

respetivamente, em 2017).

Referenciação de utentes para a RNCCI

O atual processo de referenciação de utentes

para a RNCCI encontra-se mais agilizado (na

sequência da portaria n.º 50/2017, de 2 de

fevereiro) podendo os utentes ser propostos

para as respostas da RNCCI de duas formas:

1. Se estiverem internados em hospital do SNS,

através do serviço onde se encontram

internados.

• Os profissionais de saúde do serviço do

hospital onde se encontra internado

referenciam o utente para potencial

ingresso na RNCCI;

• A proposta de referenciação é enviada à

Equipa de Gestão de Altas (EGA) do

hospital, a qual deve avaliar e confirmar

toda a informação até ao momento da alta;

• Após confirmação da informação, a EGA

envia a proposta para a Equipa

Coordenadora Local (ECL).

2. Se estiverem na comunidade (domicílio,

hospital privado ou noutras instituições):

• A referenciação é efetuada pelos

profissionais de saúde das Unidades de

Saúde Familiar e de Cuidados de Saúde

Personalizados dos Agrupamentos de

Centros de Saúde;

• A referenciação é enviada à ECL.

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PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 277

Fonte: ACSS

12,6%

23,9%

32,6%

37,4%

45,4%

0%

15%

30%

45%

60%

Centro Alentejo Lisboa e Vale do Tejo Norte Algarve

Gráfico 74. Referenciação para ECCI - Percentagem de utentes referenciados em cada região (2018)

Fonte: ACSS

64% 61%

43%

69%

51%56%

36% 39%

57%

31%

49%44%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Norte Centro Lisboa e Vale doTejo

Alentejo Algarve Nacional

Centro de Saúde Hospital

Gráfico 75. Referenciação para ECCI – Hospital e Centro de Saúde em cada região (2018)

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PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

278

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

A informação que consta nos quadros que se

seguem, permite efetuar uma análise dos

tempos de resposta nesta área,

nomeadamente a mediana do tempo de

referenciação até identificação da vaga, e o

número de utentes a aguardar vaga no final de

dezembro de 2018.

Neste sentido, é possível aferir que a região

Centro regista o menor tempo de

referenciação para Unidades de

Convalescença, sendo a região de Lisboa e

Vale do Tejo a que apresenta o maior tempo,

verificando também para ULDM (67,1).

Já para UMDR o menor tempo é no Algarve,

permanecendo a região de Lisboa e Vale do

Tejo com o maior tempo.

Por fim, e para ECCI, o menor tempo é no

Algarve e o maior na região Norte.

De notar que, em 2018, cerca de 32% dos

tempos melhoraram em relação a 2017.

Em UC, o Norte diminuiu o seu tempo para

10,1 dias e o Centro para 9,9 dias, o tempo

mais baixo a nível nacional.

O número de utentes a aguardar vaga na

RNCCI em 2018, à data de 31 de dezembro,

está representado no quadro seguinte.

Para a tipologia pediátrica de internamento

(UCIP nível 1), existiam dois utentes a

aguardar vaga.

Dos utentes que aguardavam vaga para UC, o

Algarve apresentava a menor percentagem

(2%), com Lisboa e Vale do Tejo a ter 51% do

total.

Em UMDR, 58% dos utentes encontravam-se

em Lisboa e Vale do Tejo, região que apresenta

igualmente a maior percentagem de utentes

em ULDM (43% do total).

De referir ainda que 72% dos utentes que

aguardam vaga para ECCI encontram-se no

Norte.

Os utentes a aguardar vaga para ULDM

representavam cerca de 47% do total.

Importa ainda referir que, existiam na região

Norte, 15 utentes a aguardar vaga para RAMa

e 5 utentes a aguardar vaga em Lisboa e Vale

do Tejo, dos quais 3 para RAMa, 1 para EAD e

1 para RTA. No Centro existiam 2 utentes a

aguardar vaga para RAMo.

A nível nacional a demora média em 2018 para

a tipologia de UC era de 41 dias, para UMDR 90

dias, para ULDM 195 e para ECCI 129.

RNCCI continua a apresentar bons

resultados

A RNCCI veio promover a abertura organizacional

a novos modelos de prestação, valorizando as

respostas de ambulatório, com incorporação de

paradigmas de respostas intersectoriais e

multidisciplinares, orientados para a prestação de

cuidados numa ótica global de satisfação das

necessidades das pessoas que apresentam

dependência e necessidade simultânea de

cuidados de saúde e apoio social.

A construção da RNCCI tem sido efetuada segundo

uma filosofia de melhoria contínua e, nesta

perspetiva, a redução dos tempos de

referenciação até identificação de vaga

contribuem para assegurar um acesso cada vez

mais eficaz às respostas da RNCCI. Este tempo

depende, entre outros fatores, da cobertura

populacional das respostas da RNCCI. Em 2018,

32% dos tempos melhoraram, como já referido.

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PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 279

Quadro 89. Mediana do tempo de referenciação para a identificação da vaga na RNCCI (2018)

Unidade de Convalescença

Unidade de Média Duração e Reabilitação

Unidade de Longa Duração e Manutenção

ECCI UCIP Nível 1 UAP

Norte 10,1 34,0 25,9 11,5 26,9 45,8

Centro 9,9 25,5 39,1 8,3

Lisboa e Vale do Tejo 28,1 55,3 67,1 8,9

Alentejo 27,9 50,1 48,0 9,0

Algarve 11,1 22,0 48,0 3,1

Fonte: ACSS

Quadro 90. Utentes que aguardavam vaga a 31 de dezembro de 2018

ECCI UC ULDM UMDR Total

Norte

Utentes a aguardar vaga 138 16 71 42 267

% utentes em espera 72% 6% 10% 11% 17%

Centro

Utentes a aguardar vaga 31 31 220 61 343

% utentes em espera 16% 11% 30% 16% 22%

Lisboa e Vale do Tejo

Utentes a aguardar vaga 8 143 321 218 690

% utentes em espera 4% 51% 43% 58% 43%

Alentejo

Utentes a aguardar vaga 11 85 102 52 250

% utentes em espera 6% 30% 14% 14% 16%

Algarve

Utentes a aguardar vaga 4 6 28 5 43

% utentes em espera 2% 2% 4% 1% 3%

Nacional Utentes a aguardar vaga 192 281 742 378 1 593

Fonte: ACSS

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PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

280

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

No que concerne à taxa de ocupação da

RNCCI a nível nacional, constata-se que as

unidades de internamento possuem uma

taxa de ocupação elevada, com destaque

para a tipologia de ULDM (98%), seguida de

UMDR, com 95%, e de UC com 89%.

Importa referir que a taxa de ocupação de

ECCI (70%) mostra que existem lugares

disponíveis ou que necessitam ser ajustados

aos recursos existentes.

Quanto às Unidades de Cuidados Integrados

Pediátricos, a taxa de ocupação situou-se nos

95% e da Unidade de Ambulatório

Pediátrico nos 99%.

Na área de saúde mental, a taxa de ocupação

a nível nacional em RA foi de 75%, em RAMa

de 90%, em RAMo de 86% e em RTA de 94%.

O valor da execução financeira da

componente saúde da RNCCI em 2018, que

não inclui cuidados paliativos, foi de

146.708.349 euros, conforme consta do

quadro da página seguinte. Para a saúde, as

despesas com o funcionamento da RNCCI

perfez um valor de 146.228.404 euros,

representando 99,7% da despesa. O

investimento totalizou 479.945 euros.

Assim, é possível constatar que o ano de

2018, somando as componentes assumidas

pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do

Trabalho, Solidariedade e da Segurança

Social, ascendeu a um volume global de

186.557.63318 euros. Desde o início da

RNCCI, o valor da componente saúde

representa 80,3% do total.

18 Os dados de execução financeira da componente Social são

provisórios.

Quanto aos restantes indicadores

assistenciais na RNCCI, verifica-se que 10%

dos utentes tiveram como destino pós alta

Lar/resposta ou equipamento social. A nível

nacional 77% do destino pós-alta foi para o

domicílio. Em 73% dos casos do destino pós-

alta para o domicílio foi registada

necessidade de suporte.

Em relação ao motivo de alta, a nível

nacional, baseado nos registos com

informação no aplicativo informático da

RNCCI, o terem sido atingidos os objetivos da

intervenção planeada pelo Plano Individual

de Cuidados (PIC), efetuado pelos

profissionais, representa 76%.

A incidência de úlceras de pressão na RNCCI

foi de 3,4%. A prevalência de úlceras de

pressão foi de 16,5%.

Em 2018, a percentagem de óbitos nos

utentes assistidos na RNCCI foi de 11,1%. De

salientar ainda que 44,1% do total dos óbitos

ocorre em ECCI, i.e., ocorre no domicílio, e

39,9% em ULDM.

A percentagem de óbitos em ECCI foi de

13,3%. A percentagem de óbitos em

unidades de internamento foi de 10%.

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PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 281

Quadro 91. Taxa de ocupação das unidades da RNCCI, por tipologia (2018)

ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa

e Vale do Tejo ARS Alentejo ARS Algarve Nacional

Unidade de Convalescença 89% 91% 89% 78% 96% 89%

Unidade de Média Duração e Reabilitação 96% 95% 94% 94% 94% 95%

Unidade de Longa Duração e Manutenção 98% 97% 98% 97% 98% 98%

ECCI 75% 62% 71% 65% 71% 70%

UCIP - Nível 1 95% 95%

UAP 99% 99%

EAD* 25% 3% 16%

RA* 61% 91% 75%

RAMa* 82% 98% 90%

RAMo* 83% 92% 86%

RTA* 94% 94%

RTA/A* 64% 17% 32%

*Correspondem a unidades da RNCCI de Saúde Mental Fonte: ACSS

Quadro 92. Evolução da execução financeira da componente saúde da RNCCI – MS e MTSSS

(em milhões de euros)

Ano Nº de camas/ lugares com

acordos MTSSS MS Investimento MS Funcionamento MS Total

Total (MS e MSS)

2010 4 625 19,6 M€ 29,8 M€ 83,6 M€ 113,5 M€ 133,1 M€

2011 5 595 25,2 M€ 23,8 M€ 88,4 M€ 112,2 M€ 137,4 M€

2012 5 911 26,5 M€ 20,4 M€ 117,7 M€ 138,0 M€ 164,5 M€

2013 6 642 27,7 M€ 4,7 M€ 115,6 M€ 120,3 M€ 148,0 M€

2014 7 160 31,8 M€ 2,7 M€ 118,3 M€ 120,9 M€ 152,7 M€

2015 7 759 34,9 M€ 1,2 M€ 115,5 M€ 116,7 M€ 151,6 M€

2016 8 400 36,4 M€ 0,3 M€ 135,8 M€ 136,1 M€ 172,4 M€

2017 8 247 38,7 M€ 0,1 M€ 146,9 M€ 147,0 M€ 185,8 M€

2018* 8 678 39,8 M€ 0,5 M€ 146,2 M€ 146,7 M€ 186,6 M€

Total 280,5 M€ 83,5 M€ 1 068,0 M€ 1 151,5 M€ 1 432,0 M€

*Os dados de execução financeira da componente Social são provisórios. Nota: Em 2017 e 2018 as camas de unidades de cuidados paliativos deixaram de ser contabilizadas na RNCCI, não existindo também a inclusão da execução financeira referente às UCP que ainda mantêm contratos no âmbito da RNCCI. O valor da execução financeira do ISS,I.P. relativamente aos CCISM (Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados - Saúde Mental) em 2018 foi de 533.507 euros. Fonte: ARS e ISS

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PARTE III | 4. SETOR SOCIAL E CONVENCIONADO

282

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

4. Setor social e convencionado

O setor convencionado desempenha um papel

complementar na prestação de cuidados de

saúde pelo SNS, sendo responsável por uma

parcela significativa de despesa pública.

Em 2018, o valor faturado ao SNS pelas

entidades convencionadas, excetuando as

áreas da hemodiálise e do SIGIC, foi de

473.766.356 euros, um aumento total de

encargos de 5,3% face ao valor faturado ao

SNS em 2017, conforme se apresenta no

quadro da página seguinte.

Relativamente à distribuição dos encargos por

área de convenção, denota-se que as mais

representativas, em termos de despesa

pública, são as Análises Clínicas (37%), a

Radiologia (23%), a Medicina Física e de

Reabilitação (21%) e a Endoscopia

Gastrenterológica (11%).

Entre as áreas cujo encargo financeiro

apresentou um maior aumento em termos

relativos destacam-se a Neurofisiologia

(35%), a Anatomia Patológica (20%), a

Endoscopia Gastrenterológica, Medicina

Física e de Reabilitação, Otorrinolaringologia

e Pneumologia e Imunoalergologia, estas

últimas com um crescimento individual na

ordem dos 9%, face a 2017.

Em sentido inverso, a despesa com a atividade

convencionada decresceu mais na área das

Especialidades Médico-cirúrgicas (-46%),

Eletroencefalografia (-8%) e Medicina

Nuclear (-8%).

Nas áreas de Análises Clínicas e de Radiologia,

o crescimento da despesa do SNS foi menos

expressivo, situando-se nos 3%. Com efeito,

através dos despachos n.º 3668-E/2017 e

3668-G/2017, ambos de 24 de abril, verificou-

se, nos anos de 2017 e 2018, um desconto

sobre fatura e uma redução de preços,

respetivamente, o que estará na base da

contenção do referido crescimento da

despesa.

Em termos homólogos, a despesa na área da

endoscopia gastroenterológica continua a

aumentar, passando para os 9,4% em 2018,

correspondendo a um crescimento de mais de

4,5 milhões de euros. Perante esta evidência,

e analisando mais em detalhe esta última área,

constata-se que foram efetuadas, em 2018, um

total de 261.191 colonoscopias e demais

procedimentos associados. Destes, 246.426

foram efetuados com sedação ou analgesia

(94,4% do total).

Desde 2011 tem sido muito acentuada a

evolução do custo médio mensal com

colonoscopias e procedimentos relacionados,

totalizando um valor médio de 3.486.749

euros em 2018, mais 18% que em 2017.

Controlo da despesa do SNS

com o setor convencionado

Assumida a necessidade de convergência de

esforços entre o Estado e os agentes económicos

no controlo da despesa pública, sem prejuízo do

acesso dos utentes às melhores práticas de

diagnóstico e terapêutica, mantiveram-se em

vigor os acordos celebrados em 2017 entre o

Ministério da Saúde e associações do setor

convencionado nas áreas de análises clínicas,

radiologia e hemodiálise (entre os 2% ou 3,5%,

consoante a área convencionada), numa forma

de contributo para a sustentabilidade do SNS e

de partilha de risco e de resultados.

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PARTE III | 4. SETOR SOCIAL E CONVENCIONADO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 283

Quadro 93. Encargos no setor convencionado, por área de convenção (em milhões de euros)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

Análises Clínicas 235,2 M€ 198,9 M€ 160,1 M€ 160,2 M€ 166,9 M€ 173,7 M€ 169,0 M€ 171,2 M€ 176,4 M€ 3,0%

Anatomia Patológica 4,2 M€ 3,8 M€ 3,4 M€ 3,7 M€ 4,2 M€ 4,4 M€ 5,1 M€ 4,4 M€ 5,3 M€ 19,8%

Cardiologia 26,0 M€ 22,1 M€ 21,1 M€ 21,4 M€ 22,4 M€ 22,7 M€ 23,3 M€ 23,7 M€ 25,0 M€ 5,4%

Medicina Nuclear 1,4 M€ 2,8 M€ 4,3 M€ 4,5 M€ 4,2 M€ 4,3 M€ 4,6 M€ 3,6 M€ 3,4 M€ -7,9%

Eletroencefalografia 0,7 M€ 0,5 M€ 0,4 M€ 0,4 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ -8,2%

Endoscopia Gastroenterológica 12,6 M€ 12,0 M€ 12,1 M€ 12,1 M€ 25,2 M€ 36,9 M€ 43,9 M€ 47,7 M€ 52,2 M€ 9,4%

Medicina Física e de Reabilitação 96,8 M€ 87,6 M€ 78,6 M€ 71,7 M€ 77,9 M€ 80,4 M€ 86,7 M€ 91,6 M€ 100,6 M€ 9,8%

Otorrinolaringologia 0,2 M€ 0,2 M€ 0,1 M€ 0,1 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 8,8%

Pneumologia e Imunoalergologia 2,5 M€ 2,0 M€ 1,5 M€ 1,6 M€ 1,8 M€ 2,0 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,3 M€ 7,6%

Neurofisiologia 0,3 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,1 M€ 0,2 M€ 0,3 M€ 0,4 M€ 34,7%

Radiologia 152,4 M€ 123,7 M€ 98,7 M€ 96,6 M€ 100,9 M€ 104,3 M€ 104,0 M€ 104,5 M€ 107,6 M€ 3,0%

Especialidades Médico-Cirúrgicas 0,9 M€ 0,4 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,2 M€ -45,7%

Psicologia 0,0061 M€ 0,0059 M€ 0,0133 M€ 0,0124 M€ 0,0005 M€ 0,0005 M€ 0,0003 M€ 0,0014 M€ 0,0004 M€ -71,0%

Total 533,3 M€ 454,3 M€ 380,8 M€ 372,7 M€ 404,4 M€ 429,6 M€ 439,6 M€ 450,1 M€ 473,8 M€ 5,3%

Fonte: ACSS

Quadro 94. Custo médio mensal com colonoscopias

e outros procedimentos no setor convencionado (em euros)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.

2018/2017

Encargos com colonoscopias e procedimentos - média mensal

494 192 € 495 911 € 508 349 € 515 214 € 1 580 138 € 2 530 581 € 2 716 532 € 2 962 022 € 3 486 749 € 17,7%

Fonte: ACSS

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/evolucao-de-mcdt-

realizados-no-convencionado

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PARTE III | 4.SETOR SOCIAL E CONVENCIONADO

284

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Atividade convencionada na área da hemodiálise

No final de 2018, a Plataforma de Gestão

Integrada da Doença (PGID) registava um

total de 11.951 doentes em programa crónico

de hemodiálise em ambulatório no SNS.

Neste âmbito importa salientar que 962

doentes (8%) estavam em tratamento em

unidades integradas no SNS e 10.989 doentes

(92%) encontravam-se em tratamento em

unidades do setor privado.

O número de unidades prestadoras de

cuidados de diálise no final de 2018 era de 118

das quais a grande maioria pertence ao setor

privado ou social (cerca de 78%).

A evolução absoluta do número de doentes em

tratamento, por região de saúde, é a que se

encontra explanada no quadro seguinte. Note-

se que se consideram os dados disponíveis

sobre a estimativa de população residente em

Portugal Continental.

Neste sentido, é possível aferir que o número

de doentes em tratamento de hemodiálise

continua a aumentar, com as regiões do Norte

e Lisboa e Vale do Tejo a apresentarem os

valores mais elevados (3.602 e 5.412 doentes

em tratamento, respetivamente).

Já no que se refere à distribuição de doentes

por faixa etária, e à semelhança do observado

em 2017, verifica-se uma concentração

semelhante na faixa etária igual ou superior a

75 anos de idade, e na faixa etária dos 25 aos

64 anos de idade (38% e 35%,

respetivamente), sendo também de destacar

valores bastante reduzidos na faixa etária

entre os 0 e os 24 anos de idade (0,6%).

Em 2018, mantém-se a tendência da

predominância de doentes do sexo masculino

(60%), em relação ao sexo feminino (40%). O

mesmo se verifica quando se analisa a

proporção de doentes por género e faixa

etária e por género em cada região de saúde.

As regiões de saúde do Centro e do Algarve

continuam a ter uma proporção de doentes do

sexo masculino superior à média nacional e à

proporção observada nas restantes regiões,

como ilustra o gráfico seguinte.

Page 285: Relatório Anual - ACSS€¦ · Receita sem Papel - Desmaterialização Eletrónica da Receita ... 168 13.15. Exames Sem Papel - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.....169

PARTE III | 4. SETOR SOCIAL E CONVENCIONADO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 285

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/gestao-integrada-

da-doenca-insuficiencia-renal-cronica/?sort=periodo

Quadro 95. Evolução do número de doentes por ARS por 10 mil habitantes

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Região de Saúde

Número de doentes

Número de doentes

Número de doentes

Número de doentes

Número de doentes

Número de doentes

Número de doentes

Número de doentes

Número de doentes

Número de doentes /

10.000 Hab.

Norte 2 593 2 715 2 797 2 795 2 962 2 993 3 169 3 598 3 602 10,1

Centro 1 688 1 501 1 577 1 619 1 767 1 695 1 690 1 796 1 830 10,9

LVT 3 956 4 424 4 515 4 750 4 823 5 045 5 128 5 305 5 412 14,9

Alentejo 454 557 550 582 575 594 603 606 629 13,2

Algarve 367 416 406 389 412 426 412 505 478 10,8

Total 9 058 9 613 9 845 10 135 10 539 10 753 11 002 11 810 11 951 12,2

Fonte: ACSS

Gráfico 76. Distribuição de doentes por faixa etária em 2018

Fonte: ACSS e SPMS StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/data

set/gestao-integrada-da-doenca-insuficiencia-

renal-cronica/?sort=periodo

0-240,6%

25-6434,6%

65-7426,9%

≥ 7537,9%

StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/gestao-

integrada-da-doenca-insuficiencia-renal-cronica/?sort=periodo

Gráfico 77. Distribuição de doentes por género e por região de Saúde em 2018

Fonte: ACSS e SPMS

41% 38% 40% 40% 36%

59% 62% 60% 60% 64%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve

Feminino Masculino

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PARTE III | 4. SETOR SOCIAL E CONVENCIONADO

286

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

A insuficiência renal crónica (IRC) é uma

condição crónica que exige a prestação de um

conjunto de cuidados (e.g. sessões de diálise,

medicamentos, MCDT). O Ministério da Saúde

promoveu em 2008, uma abordagem de

gestão integrada da doença, que garantisse

aos doentes o acesso à maioria dos cuidados

inerentes à sua condição, no mesmo local de

prestação e sem necessidade de deslocação ao

hospital de referência (e.g. para levantamento

de medicação). Antes da implementação do

modelo, a convenção apenas garantia ao

doente em diálise, no próprio local de

prestação, o acesso aos tratamentos dialíticos,

sendo as restantes componentes asseguradas

em outras sedes. O estabelecimento de um

preço compreensivo e a prestação integrada

de cuidados representou, uma profunda

alteração na forma de aquisição dos serviços

de saúde pelo SNS, no seio do Setor

Convencionado da Saúde.

Através da leitura do quadro seguinte é

possível aferir que os custos com hemodiálise

continuam a aumentar (+17% de 2010 a

2018), um movimento acompanhado pela

prevalência de doentes em tratamento em

Portugal. As reduções de despesa observadas

em alguns anos (2012 face a 2011, por

exemplo) coincidem com períodos de redução

dos preços praticados. No ano de 2018

verificou-se um aumento da despesa total,

justificado pelos movimentos contabilísticos

de especialização efetuados pela ARS Norte.

Quadro 96. Evolução dos custos por ARS (em milhões de euros)

ARS 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*

Norte 74,6 M€ 72,6 M€ 68,3 M€ 71,7 M€ 79,0 M€ 75,9 M€ 80,1 M€ 77,6 M€ 106,7 M€

Centro 36,6 M€ 41,3 M€ 37,1 M€ 38,7 M€ 38,1 M€ 39,7 M€ 39,2 M€ 48,4 M€ 37,1 M€

Lisboa e Vale do Tejo

113,2 M€ 113,2 M€ 116,9 M€ 119,9 M€ 124,9 M€ 126,0 M€ 117,8 M€ 122,9 M€ 119,5 M€

Alentejo 11,6 M€ 12,5 M€ 12,1 M€ 16,4 M€ 16,1 M€ 14,5 M€ 18,1 M€ 14,9 M€ 15,2 M€

Algarve 10,6 M€ 10,2 M€ 9,7 M€ 9,9 M€ 10,4 M€ 10,7 M€ 11,0 M€ 10,8 M€ 11,0 M€

Total 246,5 M€ 249,7 M€ 244,1 M€ 256,6 M€ 268,4 M€ 266,8 M€ 266,2 M€ 274,6 M€ 289,5 M€

*Dados provisórios Nota: Variação entre 2017 e 2018 justificada pelos movimentos contabilísticos de especialização num total de 25,1 milhões de euros referentes a anos anteriores e efetuados pela ARS Norte Fonte: ACSS e SPMS

Quadro 97. Custos por doente por região de saúde (em euros)

ARS 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*

Norte 28 756 € 26 739 € 24 411 € 25 656 € 26 654 € 25 409 € 25 275 € 21 661 € 29 622 €

Centro 21 669 € 27 496 € 23 520 € 23 897 € 21 538 € 20 798 € 23 220 € 27 528 € 20 273 €

Lisboa e Vale do Tejo 28 626 € 25 585 € 25 895 € 25 235 € 25 890 € 25 294 € 22 971 € 23 226 € 22 081 €

Alentejo 25 465 € 22 448 € 22 076 € 28 229 € 28 070 € 24 565 € 29 959 € 24 464 € 24 165 €

Algarve 28 869 € 24 438 € 23 816 € 25 386 € 25 291 € 25 169 € 26 673 € 21 509 € 23 013 €

Total 27 218 € 25 978 € 24 795 € 25 315 € 25 471 € 24 572 € 24 194 € 23 393 € 24 224 €

*Dados provisórios Fonte: ACSS e SPMS

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PARTE III | 5. AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 287

5. Avaliação do sistema de saúde

Reconhecido como sendo um sistema de

saúde com bom desempenho a nível mundial,

o sistema de saúde português tem alcançado

os melhores resultados nos estudos que têm

sido realizados, sendo que neste ponto se

destacam os que se referem de seguida.

Euro Health Consumer Index

2018 (classificação anual dos sistemas de saúde

nacionais da Europa)

De acordo com o Euro Health Consumer

Index (EHCI) 2018, Portugal está classificado

em 13.º lugar (em 35 países), imediatamente

a seguir à Alemanha. Esta classificação

representa a subida de um lugar em relação a

2017 e é a melhor de Portugal desde o início

desde índice, em 2006 (idêntica à alcançada

em 2014), conforme tabela infra.

Quadro 98. Evolução de Portugal no Euro Health

Consumer Index

Ano Posição no índice

2012 25.ª

2013 16.ª

2014 13.ª

2015 20.ª

2016 14.ª

2017 14.º

2018 13.º

Fonte: EHCI

Este índice anual faz uma avaliação dos

sistemas de saúde de 35 países europeus, do

ponto de vista do consumidor. Portugal,

através da Direção-Geral da Saúde, tem

contribuído para este estudo da

responsabilidade da Health Consumer

Powerhouse.

Portugal continua a subir de forma constante

no EHCI, atingindo, em 2018, 754 pontos, 31

pontos atrás da Alemanha e 23 pontos à frente

da República Checa.

Os EHCI de 2018 e de 2017 recompensam a

excelência clínica real mais do que as edições

anteriores, uma vez que os critérios foram

ainda mais apertados, demonstrando que a

classificação de Portugal tem um mérito

acrescido. Os cuidados de saúde europeus

estão a melhorar de forma constante: a

mortalidade infantil e as taxas de

sobrevivência por doenças cardíacas,

acidentes vasculares cerebrais e cancro estão

todas a avançar na direção certa. A escolha e o

envolvimento do doente nos cuidados e nas

decisões estão a ganhar relevância.

Portugal consegue atingir os melhores valores

nos critérios de resultados da Qualidade em

Saúde e na Acessibilidade.

Índice de sustentabilidade do SNS

Sustentabilidade na saúde 6.0

(Universidade Nova de Lisboa – Nova

IMS)

O índice de sustentabilidade é calculado tendo

em conta, não só a qualidade dos cuidados de

saúde na ótica dos cidadãos, como também os

indicadores disponíveis sobre a qualidade

técnica do SNS, a atividade registada e a

despesa.

No âmbito deste índice, a qualidade dos

profissionais é, para os utentes, o ponto mais

forte do SNS, sendo que, numa escala de 0 a

100, a avaliação ficou nos 78,3.

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PARTE III | 5.AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE

288

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Reclamações, sugestões e elogios

O Sistema de Gestão de Reclamações (SGREC)

da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) é a

aplicação informática que tem por finalidade

recolher e registar as reclamações, sugestões

e elogios dirigidos aos estabelecimentos

prestadores de cuidados de saúde sujeitos à

regulação da ERS, permitindo

simultaneamente a monitorização do

seguimento que lhes é dispensado pelos

visados.

Dados de 2018 permitem aferir que, nesse

ano, foram submetidas no Sistema de Gestão

de Reclamações da Entidade Reguladora da

Saúde (ERS) 84.363 queixas relativas a

centros de saúde e hospitais do sector público,

privado e do sector social.

De referir igualmente que o número de elogios

e de sugestões também registou um

crescimento face a 2017, de 28% e 25%

respetivamente. No total a Entidade

Reguladora da Saúde recebeu 11.383 elogios e

1.234 sugestões.

Gráfico 78. Distribuição anual do volume de processos REC submetidos, em 2018

Fonte: ERS

8 188 8 634 7 910 8 16010 948

55 848

69 511

80 04984 363

0

20 000

40 000

60 000

80 000

100 000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 289

Anexos

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ANEXOS

290 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Anexo 1. Percentagem de utentes com médico de família atribuído, por município

2017 2018 Var.

2018/2017 Var.

2018/2015

Concelho Número utentes

inscritos

Número utentes inscritos com

médico de família

atribuído

Percentagem utentes com médico de

família

Número utentes

inscritos

Número utentes inscritos com

médico de família

atribuído

Percentagem utentes com médico de

família

Percentagem utentes com médico de

família

Percentagem utentes com médico de

família

Cabeceiras de Basto 16.462 15.235 92,5% 16450 16442 100,0% 7,5% 0,3%

Castelo de Paiva 16.209 14.844 91,6% 16072 16064 100,0% 8,4% 0,5%

Amares 18.324 18.226 99,5% 18389 18362 99,9% 0,4% 0,3%

Arcos de Valdevez 21.693 21.671 99,9% 21540 21519 99,9% 0,0% 0,6%

Arouca 21.863 20.090 91,9% 21740 21720 99,9% 8,0% 9,2%

Barcelos 118.635 114.586 96,6% 118739 118625 99,9% 3,3% 0,6%

Paredes 86.864 85.241 98,1% 86414 86313 99,9% 1,8% 0,1%

Penafiel 72.459 69.563 96,0% 72048 71987 99,9% 3,9% 5,4%

Peso da Régua 16.965 16.938 99,8% 16662 16641 99,9% 0,1% 1,0%

Ponte da Barca 11.867 11.839 99,8% 11828 11815 99,9% 0,1% 2,1%

Ponte de Lima 43.286 43.179 99,8% 43126 43091 99,9% 0,1% 0,1%

Póvoa de Lanhoso 21.426 21.348 99,6% 21342 21330 99,9% 0,3% 1,0%

Póvoa de Varzim 67.122 65.555 97,7% 67591 67520 99,9% 2,2% 0,1%

São João da Madeira 22.655 22.630 99,9% 22912 22895 99,9% 0,0% 0,4%

Vieira do Minho 12.528 12.494 99,7% 12345 12327 99,9% 0,2% 6,8%

Vila do Conde 81.766 81.529 99,7% 82534 82425 99,9% 0,2% 0,1%

Vila Verde 46.390 43.966 94,8% 46590 46541 99,9% 5,1% 3,8%

Vizela 23.906 23.875 99,9% 24074 24042 99,9% 0,0% 0,2%

Arraiolos 6.768 6.752 99,8% 6758 6742 99,8% 0,0% -0,2%

Baião 18.741 18.669 99,6% 18499 18463 99,8% 0,2% 18,9%

Fafe 50.567 50.467 99,8% 50306 50216 99,8% 0,0% 0,8%

Freixo de Espada à Cinta

3.440 3.431 99,7% 3384 3378 99,8% 0,1% 0,0%

Gondomar 168.564 167.173 99,2% 169502 169222 99,8% 0,6% 0,2%

Guimarães 161.577 159.771 98,9% 161621 161360 99,8% 0,9% 1,3%

Lamego 26.665 25.009 93,8% 26234 26176 99,8% 6,0% 7,7%

Marco de Canaveses 51.876 51.628 99,5% 51576 51470 99,8% 0,3% 13,3%

Moimenta da Beira 10.033 9.984 99,5% 9881 9858 99,8% 0,3% 24,8%

Murça 5.745 5.731 99,8% 5666 5657 99,8% 0,0% 0,5%

Oliveira de Azeméis 66.970 66.922 99,9% 67394 67287 99,8% -0,1% 2,7%

Porto de Mós 23.917 23.724 99,2% 23946 23895 99,8% 0,6% 11,2%

Santo Tirso 69.174 69.010 99,8% 69016 68850 99,8% 0,0% 0,6%

São João da Pesqueira 7.499 7.487 99,8% 7211 7200 99,8% 0,0% 10,7%

Tabuaço 5.369 5.355 99,7% 5243 5235 99,8% 0,1% 0,6%

Tarouca 7.878 7.787 98,8% 7816 7800 99,8% 1,0% 7,0%

Terras de Bouro 6.791 6.784 99,9% 6744 6728 99,8% -0,1% 35,7%

Valença 13.839 13.800 99,7% 13840 13810 99,8% 0,1% 0,5%

Viana do Castelo 87.144 86.830 99,6% 87649 87437 99,8% 0,2% 1,5%

Vila Viçosa 7.912 7.885 99,7% 7869 7850 99,8% 0,1% 0,0%

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 291

2017 2018 Var.

2018/2017 Var.

2018/2015

Concelho Número utentes

inscritos

Número utentes inscritos com

médico de família

atribuído

Percentagem utentes com médico de

família

Número utentes

inscritos

Número utentes inscritos com

médico de família

atribuído

Percentagem utentes com médico de

família

Percentagem utentes com médico de

família

Percentagem utentes com médico de

família

Vimioso 4.280 4.267 99,7% 4251 4241 99,8% 0,1% 1,3%

Vouzela 9.882 9.832 99,5% 9792 9770 99,8% 0,3% 0,4%

Alijó 11.208 11.169 99,7% 11072 11039 99,7% 0,0% 13,5%

Almodôvar 6.744 6.705 99,4% 6773 6751 99,7% 0,3% 0,0%

Barrancos 1.561 1.558 99,8% 1540 1535 99,7% -0,1% -0,3%

Batalha 15.812 15.708 99,3% 15905 15859 99,7% 0,4% 0,5%

Borba 7.224 7.202 99,7% 7119 7099 99,7% 0,0% 16,4%

Castro Daire 14.852 14.783 99,5% 14660 14609 99,7% 0,2% 2,1%

Cinfães 19.143 19.041 99,5% 18860 18800 99,7% 0,2% 8,5%

Espinho 33.029 32.296 97,8% 33211 33106 99,7% 1,9% 0,3%

Évora 58.159 57.988 99,7% 58526 58346 99,7% 0,0% -0,3%

Marvão 3.278 3.260 99,5% 3230 3220 99,7% 0,2% -0,2%

Mogadouro 8.836 8.799 99,6% 8687 8665 99,7% 0,1% -0,1%

Montemor-o-Novo 16.537 16.476 99,6% 16407 16353 99,7% 0,1% 0,0%

Montemor-o-Velho 25.159 25.009 99,4% 25017 24942 99,7% 0,3% 6,0%

Oleiros 4.709 4.677 99,3% 4614 4598 99,7% 0,4% 0,4%

Ovar 56.905 56.753 99,7% 57254 57075 99,7% 0,0% 0,5%

Redondo 6.664 6.644 99,7% 6595 6574 99,7% 0,0% -0,2%

Santa Comba Dão 11.229 11.188 99,6% 11163 11131 99,7% 0,1% 1,2%

Santa Marta de Penaguião

6.747 6.726 99,7% 6668 6650 99,7% 0,0% 0,3%

Vale de Cambra 21.997 21.926 99,7% 21949 21889 99,7% 0,0% 1,2%

Viana do Alentejo 5.533 5.515 99,7% 5483 5466 99,7% 0,0% -0,2%

Vila Flor 6.322 6.302 99,7% 6239 6221 99,7% 0,0% 1,3%

Alcácer do Sal 11.919 11.839 99,3% 11939 11896 99,6% 0,3% 49,6%

Alcoutim 2.658 1.692 63,7% 2632 2621 99,6% 35,9% 0,0%

Aljustrel 9.095 9.057 99,6% 9064 9030 99,6% 0,0% -0,2%

Boticas 5.525 5.504 99,6% 5472 5451 99,6% 0,0% -0,2%

Cantanhede 37.090 36.849 99,4% 37124 36982 99,6% 0,2% 4,2%

Estremoz 13.304 13.241 99,5% 13295 13239 99,6% 0,1% -0,1%

Monção 17.555 17.503 99,7% 17571 17499 99,6% -0,1% 0,6%

Monforte 3.131 3.116 99,5% 3087 3076 99,6% 0,1% -0,3%

Penamacor 4.731 4.707 99,5% 4703 4685 99,6% 0,1% 0,2%

Resende 10.763 10.014 93,0% 10673 10635 99,6% 6,6% 28,0%

São Pedro do Sul 15.954 14.562 91,3% 15787 15721 99,6% 8,3% 2,3%

Sátão 11.327 11.271 99,5% 11232 11190 99,6% 0,1% 3,8%

Serpa 14.579 14.527 99,6% 14432 14378 99,6% 0,0% -0,3%

Valpaços 15.272 13.812 90,4% 15172 15113 99,6% 9,2% 6,8%

Vila de Rei 3.130 3.118 99,6% 3129 3118 99,6% 0,0% 0,2%

Vila Nova de Poiares 7.702 7.657 99,4% 7648 7615 99,6% 0,2% 19,0%

Vila Real de Santo António

20.611 20.522 99,6% 20876 20785 99,6% 0,0% -0,3%

Alandroal 5.308 5.283 99,5% 5262 5236 99,5% 0,0% -0,4%

Page 292: Relatório Anual - ACSS€¦ · Receita sem Papel - Desmaterialização Eletrónica da Receita ... 168 13.15. Exames Sem Papel - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.....169

ANEXOS

292 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

2017 2018 Var.

2018/2017 Var.

2018/2015

Concelho Número utentes

inscritos

Número utentes inscritos com

médico de família

atribuído

Percentagem utentes com médico de

família

Número utentes

inscritos

Número utentes inscritos com

médico de família

atribuído

Percentagem utentes com médico de

família

Percentagem utentes com médico de

família

Percentagem utentes com médico de

família

Belmonte 6.510 5.890 90,5% 6487 6454 99,5% 9,0% 0,0%

Caminha 16.428 16.323 99,4% 16487 16405 99,5% 0,1% 2,0%

Castro Marim 6.614 6.577 99,4% 6702 6671 99,5% 0,1% -0,5%

Estarreja 26.751 26.665 99,7% 26928 26803 99,5% -0,2% -0,2%

Fronteira 3.118 3.104 99,6% 3103 3088 99,5% -0,1% 1,5%

Golegã 5.745 5.722 99,6% 5710 5683 99,5% -0,1% -0,1%

Miranda do Douro 6.594 6.548 99,3% 6518 6486 99,5% 0,2% 2,0%

Mondim de Basto 6.940 6.890 99,3% 7040 7003 99,5% 0,2% 8,5%

Mora 4.619 4.597 99,5% 4543 4521 99,5% 0,0% -0,3%

Olhão 45.375 44.836 98,8% 45961 45720 99,5% 0,7% 7,3%

Oliveira do Hospital 20.109 19.573 97,3% 20367 20261 99,5% 2,2% 33,2%

Portalegre 24.331 24.255 99,7% 24228 24118 99,5% -0,2% -0,4%

Sabrosa 5.926 5.916 99,8% 5860 5832 99,5% -0,3% 2,3%

Torre de Moncorvo 7.296 7.272 99,7% 7170 7136 99,5% -0,2% 0,2%

Vila Nova da Barquinha

7.241 7.165 99,0% 7253 7220 99,5% 0,5% -0,4%

Bragança 34.861 34.718 99,6% 35369 35172 99,4% -0,2% 0,4%

Castelo de Vide 3.257 3.244 99,6% 3230 3210 99,4% -0,2% 0,1%

Castro Verde 7.007 6.971 99,5% 7022 6980 99,4% -0,1% 18,4%

Crato 3.484 3.467 99,5% 3464 3444 99,4% -0,1% -0,4%

Ferreira do Alentejo 7.801 7.765 99,5% 7772 7726 99,4% -0,1% -0,5%

Nelas 13.687 12.172 88,9% 13776 13694 99,4% 10,5% 0,8%

Paredes de Coura 8.692 8.649 99,5% 8692 8638 99,4% -0,1% 0,1%

Vila Nova de Famalicão

133.515 132.101 98,9% 134085 133254 99,4% 0,5% 3,7%

Alvaiázere 6.435 6.387 99,3% 6395 6350 99,3% 0,0% 2,3%

Armamar 6.264 6.106 97,5% 6110 6067 99,3% 1,8% 23,6%

Carrazeda de Ansiães 5.890 5.834 99,0% 5781 5743 99,3% 0,3% 3,7%

Celorico da Beira 7.283 7.259 99,7% 7158 7111 99,3% -0,4% 9,2%

Esposende 34.781 33.596 96,6% 35318 35083 99,3% 2,7% 0,6%

Faro 66.596 66.081 99,2% 68674 68189 99,3% 0,1% 8,4%

Mação 6.754 6.694 99,1% 6624 6579 99,3% 0,2% -0,4%

Maia 137.268 135.196 98,5% 138233 137227 99,3% 0,8% 0,0%

Marinha Grande 39.538 38.966 98,6% 40109 39812 99,3% 0,7% 17,8%

Nisa 6.399 6.346 99,2% 6296 6254 99,3% 0,1% 9,0%

Pombal 52.552 50.999 97,0% 52503 52158 99,3% 2,3% 1,7%

Proença-a-Nova 7.586 7.534 99,3% 7534 7485 99,3% 0,0% 0,4%

Sabugal 10.557 9.557 90,5% 10472 10399 99,3% 8,8% 12,1%

Torres Novas 35.757 35.462 99,2% 35784 35532 99,3% 0,1% 19,9%

Trofa 39.265 39.142 99,7% 39479 39219 99,3% -0,4% 3,0%

Vila Velha de Ródão 3.125 3.089 98,8% 3092 3070 99,3% 0,5% 0,4%

Viseu 102.177 99.599 97,5% 102810 102101 99,3% 1,8% 6,7%

Page 293: Relatório Anual - ACSS€¦ · Receita sem Papel - Desmaterialização Eletrónica da Receita ... 168 13.15. Exames Sem Papel - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.....169

ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 293

2017 2018 Var.

2018/2017 Var.

2018/2015

Concelho Número utentes

inscritos

Número utentes inscritos com

médico de família

atribuído

Percentagem utentes com médico de

família

Número utentes

inscritos

Número utentes inscritos com

médico de família

atribuído

Percentagem utentes com médico de

família

Percentagem utentes com médico de

família

Percentagem utentes com médico de

família

Alvito 2.350 2.319 98,7% 2369 2350 99,2% 0,5% -0,4%

Cuba 4.674 4.637 99,2% 4636 4599 99,2% 0,0% 0,1%

Macedo de Cavaleiros 15.218 14.975 98,4% 15102 14979 99,2% 0,8% 1,3%

Melgaço 8.418 8.320 98,8% 8354 8284 99,2% 0,4% 1,5%

Penalva do Castelo 7.706 7.648 99,2% 7670 7605 99,2% 0,0% 15,4%

Sever do Vouga 11.996 11.894 99,1% 11977 11883 99,2% 0,1% 8,6%

Sousel 4.572 3.125 68,4% 4529 4492 99,2% 30,8% -0,4%

Coruche 18.726 18.511 98,9% 18454 18291 99,1% 0,2% -0,2%

Fornos de Algodres 4.787 4.745 99,1% 4696 4652 99,1% 0,0% 4,0%

Mira 12.688 12.565 99,0% 12797 12676 99,1% 0,1% 0,6%

Penela 5.968 5.951 99,7% 5893 5842 99,1% -0,6% -0,6%

Porto 239.898 234.635 97,8% 240229 238070 99,1% 1,3% 2,1%

Santa Maria da Feira 140.764 139.811 99,3% 141080 139832 99,1% -0,2% 0,4%

Alcanena 13.653 13.553 99,3% 13553 13422 99,0% -0,3% 1,4%

Amarante 53.815 52.148 96,9% 53782 53227 99,0% 2,1% 19,6%

Idanha-a-Nova 8.802 8.700 98,8% 8707 8621 99,0% 0,2% -0,2%

Mesão Frio 4.161 4.114 98,9% 4074 4033 99,0% 0,1% 2,1%

Penedono 2.818 2.785 98,8% 2755 2728 99,0% 0,2% 0,9%

Sertã 14.934 14.767 98,9% 14947 14797 99,0% 0,1% 2,1%

Vidigueira 5.602 5.536 98,8% 5594 5537 99,0% 0,2% -0,1%

Vila Nova de Foz Côa 6.556 6.535 99,7% 6492 6426 99,0% -0,7% -0,5%

Alter do Chão 3.265 3.232 99,0% 3221 3187 98,9% -0,1% 42,0%

Chaves 39.650 39.311 99,1% 39751 39307 98,9% -0,2% -0,5%

Ferreira do Zêzere 8.204 6.742 82,2% 8130 8040 98,9% 16,7% 33,4%

Mourão 2.571 2.551 99,2% 2526 2498 98,9% -0,3% -0,4%

Pampilhosa da Serra 3.639 3.620 99,5% 3601 3562 98,9% -0,6% -0,1%

Vila Nova de Cerveira 8.863 8.773 99,0% 8870 8773 98,9% -0,1% 1,8%

Vila Pouca de Aguiar 12.515 12.389 99,0% 12436 12296 98,9% -0,1% 0,6%

Gavião 3.652 3.613 98,9% 3579 3537 98,8% -0,1% 0,2%

Mealhada 20.109 18.488 91,9% 20071 19838 98,8% 6,9% 7,8%

Mirandela 23.287 21.529 92,5% 23204 22924 98,8% 6,3% 6,7%

Reguengos de Monsaraz

10.590 10.499 99,1% 10608 10479 98,8% -0,3% -0,9%

Sernancelhe 5.119 4.742 92,6% 5025 4966 98,8% 6,2% 62,6%

Góis 4.063 4.012 98,7% 4028 3974 98,7% 0,0% 0,9%

Mortágua 9.134 9.020 98,8% 9132 9015 98,7% -0,1% -0,4%

Nazaré 16.371 16.299 99,6% 16308 16095 98,7% -0,9% -1,0%

Pinhel 9.296 9.270 99,7% 9314 9195 98,7% -1,0% 8,3%

Ribeira de Pena 6.460 6.365 98,5% 6448 6365 98,7% 0,2% 2,4%

Soure 18.521 18.293 98,8% 18446 18203 98,7% -0,1% 0,4%

Ansião 12.351 12.196 98,7% 12376 12205 98,6% -0,1% 0,0%

Matosinhos 174.909 171.763 98,2% 175328 172803 98,6% 0,4% 0,5%

Page 294: Relatório Anual - ACSS€¦ · Receita sem Papel - Desmaterialização Eletrónica da Receita ... 168 13.15. Exames Sem Papel - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.....169

ANEXOS

294 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

2017 2018 Var.

2018/2017 Var.

2018/2015

Concelho Número utentes

inscritos

Número utentes inscritos com

médico de família

atribuído

Percentagem utentes com médico de

família

Número utentes

inscritos

Número utentes inscritos com

médico de família

atribuído

Percentagem utentes com médico de

família

Percentagem utentes com médico de

família

Percentagem utentes com médico de

família

Paços de Ferreira 56.239 54.526 97,0% 56381 55577 98,6% 1,6% -0,7%

Trancoso 8.582 8.454 98,5% 8518 8395 98,6% 0,1% 0,4%

Arronches 2.897 2.854 98,5% 2884 2842 98,5% 0,0% -0,6%

Fundão 27.218 26.972 99,1% 27297 26886 98,5% -0,6% 3,5%

Lousada 47.372 45.763 96,6% 47538 46810 98,5% 1,9% -0,3%

Valongo 95.985 94.067 98,0% 96821 95274 98,4% 0,4% -1,2%

Ílhavo 39.794 39.491 99,2% 40190 39514 98,3% -0,9% -1,0%

Montalegre 9.681 9.480 97,9% 9603 9444 98,3% 0,4% 0,7%

Santiago do Cacém 27.231 25.210 92,6% 27549 27073 98,3% 5,7% 14,7%

Vila Nova de Paiva 4.787 4.730 98,8% 4731 4649 98,3% -0,5% 8,1%

Manteigas 3.192 3.153 98,8% 3167 3111 98,2% -0,6% -0,3%

Pedrógão Grande 3.641 3.590 98,6% 3677 3609 98,2% -0,4% 18,4%

Vagos 23.158 21.943 94,8% 23562 23132 98,2% 3,4% 2,9%

Oliveira do Bairro 23.492 23.246 99,0% 23795 23345 98,1% -0,9% 7,8%

Almeida 6.581 6.459 98,1% 6469 6340 98,0% -0,1% -0,2%

Murtosa 10.517 10.432 99,2% 10728 10514 98,0% -1,2% -0,8%

Vendas Novas 11.380 9.559 84,0% 11429 11202 98,0% 14,0% -1,3%

Braga 185.402 179.589 96,9% 190209 186307 97,9% 1,0% 0,0%

Carregal do Sal 9.719 9.535 98,1% 9732 9526 97,9% -0,2% 15,6%

Arganil 11.575 11.328 97,9% 11630 11373 97,8% -0,1% 1,0%

Entroncamento 20.506 18.981 92,6% 20594 20117 97,7% 5,1% -0,7%

Mértola 6.625 6.435 97,1% 6527 6377 97,7% 0,6% -1,9%

Penacova 14.664 14.353 97,9% 14585 14226 97,5% -0,4% 4,6%

Águeda 47.267 46.475 98,3% 47802 46555 97,4% -0,9% 4,8%

Oliveira de Frades 9.931 9.904 99,7% 9936 9676 97,4% -2,3% -1,3%

Vila Nova de Gaia 306.271 300.626 98,2% 308493 300622 97,4% -0,8% -1,0%

Castanheira de Pêra 2.905 2.856 98,3% 2896 2816 97,2% -1,1% -0,1%

Coimbra 149.158 144.293 96,7% 150905 146749 97,2% 0,5% -1,3%

Guarda 40.878 40.087 98,1% 41083 39952 97,2% -0,9% -1,0%

Beja 35.271 33.810 95,9% 35610 34543 97,0% 1,1% -0,3%

Covilhã 49.857 48.446 97,2% 49882 48299 96,8% -0,4% 0,1%

Gouveia 13.495 13.063 96,8% 13243 12821 96,8% 0,0% 0,0%

Vinhais 8.720 8.365 95,9% 8519 8246 96,8% 0,9% 0,6%

Vila Real 52.066 51.768 99,4% 51942 50228 96,7% -2,7% -1,7%

Figueira da Foz 63.665 61.264 96,2% 63871 61700 96,6% 0,4% 5,8%

Leiria 128.480 123.179 95,9% 130701 126310 96,6% 0,7% 6,9%

Aveiro 82.205 80.094 97,4% 83896 80517 96,0% -1,4% -0,5%

Tondela 26.837 26.615 99,2% 26668 25482 95,6% -3,6% 8,2%

Castelo Branco 54.702 51.510 94,2% 55041 52512 95,4% 1,2% -1,3%

Santarém 60.222 57.991 96,3% 60335 57361 95,1% -1,2% 7,6%

Page 295: Relatório Anual - ACSS€¦ · Receita sem Papel - Desmaterialização Eletrónica da Receita ... 168 13.15. Exames Sem Papel - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.....169

ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 295

2017 2018 Var.

2018/2017 Var.

2018/2015

Concelho Número utentes

inscritos

Número utentes inscritos com

médico de família

atribuído

Percentagem utentes com médico de

família

Número utentes

inscritos

Número utentes inscritos com

médico de família

atribuído

Percentagem utentes com médico de

família

Percentagem utentes com médico de

família

Percentagem utentes com médico de

família

Elvas 23.433 23.380 99,8% 23389 22218 95,0% -4,8% -4,8%

Albufeira 43.678 35.760 81,9% 45856 43524 94,9% 13,0% 31,3%

Celorico de Basto 17.706 16.715 94,4% 17479 16518 94,5% 0,1% 1,7%

Tábua 11.785 11.188 94,9% 11758 11096 94,4% -0,5% -0,3%

Oeiras 167.457 162.037 96,8% 168936 159319 94,3% -2,5% 8,4%

Chamusca 9.089 8.577 94,4% 9007 8475 94,1% -0,3% 36,4%

Alcochete 17.976 15.720 87,4% 18537 17410 93,9% 6,5% 36,9%

Anadia 28.950 28.716 99,2% 28943 27153 93,8% -5,4% 2,1%

Aguiar da Beira 5.342 4.973 93,1% 5269 4934 93,6% 0,5% 4,2%

Tavira 26.196 25.200 96,2% 27052 25295 93,5% -2,7% -1,1%

Constância 3.987 3.941 98,8% 3965 3694 93,2% -5,6% -3,0%

Grândola 13.798 12.111 87,8% 13820 12847 93,0% 5,2% 30,1%

Mangualde 19.215 17.894 93,1% 19131 17799 93,0% -0,1% -4,3%

Ourém 45.318 40.418 89,2% 45439 41965 92,4% 3,2% 9,1%

Almada 173.896 160.535 92,3% 174739 160697 92,0% -0,3% 9,7%

Felgueiras 57.736 54.628 94,6% 57419 52771 91,9% -2,7% -4,5%

Lousã 18.182 18.077 99,4% 18162 16633 91,6% -7,8% -7,5%

Alcobaça 55.394 52.566 94,9% 55449 50665 91,4% -3,5% -3,1%

Alfândega da Fé 4.883 4.852 99,4% 4742 4315 91,0% -8,4% -7,7%

Loulé 71.111 63.474 89,3% 73962 67241 90,9% 1,6% 25,9%

São Brás de Alportel 10.628 8.936 84,1% 10950 9945 90,8% 6,7% 4,2%

Seia 23.501 22.719 96,7% 23247 21114 90,8% -5,9% 5,4%

Condeixa-a-Nova 17.311 17.125 98,9% 17425 15783 90,6% -8,3% -8,3%

Tomar 38.328 34.391 89,7% 38076 34511 90,6% 0,9% -8,1%

Albergaria-a-Velha 25.109 24.700 98,4% 25239 22737 90,1% -8,3% -6,0%

Cascais 202.393 180.112 89,0% 206802 186234 90,1% 1,1% 12,4%

Mafra 78.034 67.326 86,3% 79380 70977 89,4% 3,1% 21,7%

Lisboa 538.416 473.795 88,0% 547563 486126 88,8% 0,8% 5,5%

Abrantes 36.362 29.974 82,4% 36151 32054 88,7% 6,3% 20,0%

Lagos 31.462 25.926 82,4% 32803 29081 88,7% 6,3% 41,4%

Odivelas 150.533 133.026 88,4% 152575 134859 88,4% 0,0% 13,3%

Miranda do Corvo 12.795 12.716 99,4% 12741 11249 88,3% -11,1% -11,1%

Seixal 160.242 140.854 87,9% 162676 143084 88,0% 0,1% 5,6%

Torres Vedras 80.245 68.552 85,4% 80246 70458 87,8% 2,4% 12,8%

Aljezur 5.451 5.210 95,6% 5694 4995 87,7% -7,9% 27,1%

Lourinhã 26.499 24.584 92,8% 26335 23097 87,7% -5,1% -4,0%

Loures 202.252 179.645 88,8% 203228 176543 86,9% -1,9% 2,5%

Sesimbra 51.711 44.841 86,7% 52758 45723 86,7% 0,0% -5,6%

Sobral de Monte Agraço

9.886 8.463 85,6% 9959 8550 85,9% 0,3% 0,9%

Benavente 28.674 23.142 80,7% 28950 24666 85,2% 4,5% 6,8%

Caldas da Rainha 52.802 50.759 96,1% 52568 44793 85,2% -10,9% -9,6%

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ANEXOS

296 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

2017 2018 Var.

2018/2017 Var.

2018/2015

Concelho Número utentes

inscritos

Número utentes inscritos com

médico de família

atribuído

Percentagem utentes com médico de

família

Número utentes

inscritos

Número utentes inscritos com

médico de família

atribuído

Percentagem utentes com médico de

família

Percentagem utentes com médico de

família

Percentagem utentes com médico de

família

Vila Franca de Xira 132.071 111.615 84,5% 134067 113663 84,8% 0,3% 14,1%

Moura 14.426 14.373 99,6% 14343 12137 84,6% -15,0% -14,1%

Barreiro 78.229 69.275 88,6% 78395 66128 84,4% -4,2% 1,0%

Sines 14.160 10.516 74,3% 14354 11950 83,3% 9,0% 22,9%

Alpiarça 7.274 7.168 98,5% 7211 6002 83,2% -15,3% 7,0%

Ponte de Sor 15.600 13.197 84,6% 15600 12977 83,2% -1,4% 19,5%

Ourique 5.180 5.150 99,4% 5089 4172 82,0% -17,4% -17,9%

Campo Maior 8.885 8.867 99,8% 8773 7180 81,8% -18,0% -17,4%

Figueira de Castelo Rodrigo

5.985 5.966 99,7% 5762 4689 81,4% -18,3% 28,3%

Rio Maior 21.492 18.190 84,6% 21890 17743 81,1% -3,5% 15,8%

Cartaxo 24.285 21.318 87,8% 24288 19669 81,0% -6,8% -5,5%

Almeirim 22.700 20.356 89,7% 22619 18233 80,6% -9,1% 17,0%

Sintra 371.301 294.154 79,2% 377642 300354 79,5% 0,3% 4,7%

Odemira 25.484 22.979 90,2% 26607 21048 79,1% -11,1% -8,2%

Alenquer 40.709 27.801 68,3% 41643 32682 78,5% 10,2% 16,5%

Arruda dos Vinhos 13.846 8.241 59,5% 14209 11115 78,2% 18,7% -10,2%

Palmela 63.235 49.435 78,2% 64446 50053 77,7% -0,5% 7,1%

Portel 6.001 5.958 99,3% 5949 4586 77,1% -22,2% -22,5%

Figueiró dos Vinhos 5.929 5.837 98,4% 5820 4483 77,0% -21,4% -21,6%

Montijo 51.188 40.173 78,5% 52376 39728 75,9% -2,6% 16,1%

Azambuja 20.088 15.074 75,0% 20433 15444 75,6% 0,6% 19,7%

Salvaterra de Magos 21.078 10.781 51,1% 21322 15911 74,6% 23,5% 22,3%

Avis 3.981 3.941 99,0% 3951 2934 74,3% -24,7% -24,9%

Lagoa 22.927 15.905 69,4% 23447 17405 74,2% 4,8% 11,2%

Amadora 170.521 130.646 76,6% 174154 128629 73,9% -2,7% -2,9%

Óbidos 11.758 9.965 84,8% 11766 8700 73,9% -10,9% -19,4%

Peniche 26.737 21.047 78,7% 26868 19822 73,8% -4,9% 17,1%

Silves 34.676 17.851 51,5% 35678 26166 73,3% 21,8% 0,5%

Portimão 57.634 44.747 77,6% 59294 43057 72,6% -5,0% 4,2%

Setúbal 120.367 84.939 70,6% 122469 85794 70,1% -0,5% 4,0%

Moita 65.035 41.528 63,9% 65516 45236 69,0% 5,1% -4,9%

Vila do Bispo 5.261 3.222 61,2% 5432 3339 61,5% 0,3% -25,6%

Cadaval 12.816 9.624 75,1% 12653 7543 59,6% -15,5% -12,4%

Bombarral 12.363 9.168 74,2% 12242 7184 58,7% -15,5% -15,8%

Monchique 5.378 4.339 80,7% 5379 2974 55,3% -25,4% -44,1%

Mêda 4.773 4.706 98,6% 4694 2590 55,2% -43,4% -43,6%

Sardoal 3.516 826 23,5% 3453 864 25,0% 1,5% -29,6%

Fonte: ACSS

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 297

Anexo 2. Redes Europeias de Referência

Instituição Especialidade da Rede Europeia de Referência

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ERN BOND Rede europeia de referência para as doenças ósseas

Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte ERN CRANIO Rede europeia de referência para as anomalias craniofaciais e

perturbações otorrinolaringológicas

Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte Endo-ERN Rede europeia de referência para as doenças endócrinas

Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte

Centro Hospitalar Universitário do Porto

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

ERN EpiCARE Rede europeia de referência para as epilepsias

Centro Hospitalar Universitário do Porto ERN LUNG Rede europeia de referência para as doenças respiratórias

Centro Hospitalar Universitário do Porto

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco

Gentil

ERN EURACAN Rede europeia de referência para os cancros no adulto (tumores

sólidos)

Centro Hospitalar Universitário do Porto

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

Instituto Português de Oncologia de Porto Francisco Gentil

ERN EuroBloodNet Rede europeia de referência para as doenças hematológicas

Instituto Português de Oncologia de Porto Francisco Gentil ERN eUROGEN Rede europeia de referência para as doenças e distúrbios

urogenitais

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ERN EYE Rede europeia de referência para as doenças oftalmológicas

Porto. Centro Compreensivo do Cancro (Consórcio entre o

Instituto Português de Oncologia de Porto Francisco Gentil

e o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da

Universidade do Porto (i3S))

ERN GENTURIS Rede europeia de referência para as síndromes genéticas com

risco tumoral

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ERN ITHACA Rede europeia de referência para as malformações congénitas e

as incapacidades intelectuais raras

Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte

Centro Hospitalar Universitário de São João

Centro Hospitalar Universitário do Porto

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

Hospital Senhora da Oliveira, Guimarães

MetabERN Rede europeia de referência para as doenças metabólicas

hereditárias

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco

Gentil

ERN PaedCan Rede europeia de referência para o cancro pediátrico (hemato-

oncologia)

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ERN RARE-LIVER Rede europeia de referência para as doenças hepáticas

Centro Hospitalar de Lisboa Central

Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte ERN ReCONNET

Rede europeia de referência para as doenças musculosqueléticas e do tecido conjuntivo

Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte

Centro Hospitalar Universitário do Porto

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

ERN TRANSPLANT-CHILD

Rede europeia de referência para os transplantes em crianças

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ANEXOS

298 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Anexo 3. Lista dos projetos incentivados pelo Programa de Incentivos à Integração

de Cuidados à Valorização dos Percursos dos Utentes no SNS

ARS Nome do Projeto Entidade

Coordenadora do Projeto

Tipologia Entidades Incentivo

ARS Norte

Gestão Integrada do Percurso do Utente com Doença Aguda

e Agudizações de Doença Crónica**

Hospital Santa Maria Maior

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

Hospital Santa Maria Maior

901 687,67 € ARS Norte

ARS Norte Rastreio do cancro do cólon e

reto da região norte ARS Norte

Rastreios e programas de

diagnóstico precoce

ARS Norte

1 391 135,50 €

CH Entre-o-Douro e Vouga

CH Porto

CH São João

CH Trás-os-Montes e Alto Douro

CH Tâmega e Sousa

CH Vila Nova de Gaia/Espinho

ULS Alto Minho

Hospital de Guimarães

ULS Matosinhos

IPO Porto

ARS Norte Programa de Rastreio do Cancro do Colo do útero

ARS Norte Rastreios e

programas de diagnóstico precoce

ARS Norte

244 619,49 €

CH Entre-o-Douro e Vouga

CH Médio Ave

CH Porto

CH São João

CH Trás-os-Montes e Alto Douro

CH Tâmega e Sousa

CH Vila Nova de Gaia/Espinho

Hospital de Guimarães

ULS Matosinhos

ULS Nordeste

ULS Alto Minho

IPO Porto

CHPVVC

ARS Norte Rastreio para Diagnóstico

Sistemático e Tratamento da Retinopatia Diabética

ARS Norte Rastreios e

programas de diagnóstico precoce

ARS Norte 560 799,40 €

ARS Norte Programa de Intervenção Saúde Mental em Meio

Escolar ACES Gaia

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

ARS Norte

21 831,60 € CH Vila Nova de

Gaia/Espinho

ARS Norte

A Literacia em Saúde na Gestão e Valorização dos Percursos das Pessoas no

SNS**

ACES Porto Ocidental

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

ARS Norte 470 461,94 €

ARS Norte ACES Gaia Programas para a

valorização do CH Vila Nova de

Gaia/Espinho 3 993,95 €

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 299

ARS Nome do Projeto Entidade

Coordenadora do Projeto

Tipologia Entidades Incentivo

O Doente Psicótico na Comunidade – Integração de

Cuidados de Saúde

percurso dos utentes do SNS ARS Norte

ARS Norte Unidade de Hospitalização

Domiciliária

CH Vila Nova de

Gaia/Espinho

Programas integrados de apoio

domiciliário

CH Vila Nova de Gaia/Espinho

346 068,35 € ARS Norte

ARS Norte

CAI_Vent: Hospital e Domicílio: Desenvolvimento

de um Centro de Apoio Integrado ao doente sob

Ventilação Mecânica Prolongada em seguimento no

CH São João

CH São João Programas

integrados de apoio domiciliário

CH São João

1 008 918,62 € ARS Norte

ARS Norte

Projeto de implementação de Telemedicina de Cardiologia

(Nota PIIC: Insuficiência cardíaca, diabetes, DPOC)

CH Entre-o-Douro e Vouga

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

CH Entre-o-Douro e Vouga

105 462,36 € ARS Norte

ARS Norte Processo Assistencial

Integrado (PAI): Doente Oncológico

CH São João

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

CH São João

1 545 968,10 € ARS Norte

ARS Norte Criação de uma Unidade

Clínica de Ambulatório Médico

CH Trás-os-Montes e Alto

Douro

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

CH Trás-os-Montes e Alto Douro

120 261,54 € ARS Norte

ARS Norte

Projeto de articulação entre SUB de Arouca e o SU do CH Entre-o-Douro e Vouga para redução de necessidade de

transferência de doentes (área de Trauma)

CH Entre-o-Douro e Vouga

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

CH Entre-o-Douro e Vouga

38 465,90 € ARS Norte

ARS Norte PIPO LisboaS: Programa

Integrado para a Prevenção da Obesidade Severa

CH São João

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

CH São João

301 523,99 € ARS Norte

ARS Norte

Projeto conjunto no âmbito da Saúde Mental CH Entre-o-

Douro e Vouga - ACES Feira / Arouca

CH Entre-o-Douro e Vouga

Programas integrados de apoio

domiciliário

CH Entre-o-Douro e Vouga

118 425,18 € ARS Norte

ARS Norte Articulação para a Realização de MCDT no SNS (Análises)

Hospital Srª Oliveira,

Guimarães

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

H. Guimarães 70 101,20 €

ARS Norte

ARS Norte

Unidade Diagnóstico e Tratamento Retinopatia

Diabética e Degenerescência Macular da Idade

CH São João Rastreios e

programas de diagnóstico precoce

CH São João

1 041 090,76 € ARS Norte

ARS Norte SNS+proximidade** CH Porto

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

CH Porto

2 663 573,88 € ARS Norte

ARS Norte

Cuidados paliativos 1 (PROGRAMA DE APOIO

DOMICILIÁRIO SUPORTADO POR UM SISTEMA DE

INFORMAÇÃO INTELIGENTE)

ACES Douro Sul

Programas integrados de apoio

domiciliário

ARS Norte

355 083,66 € CH Trás-os-Montes e Alto

Douro

ARS Norte

Integração de Cuidados - Valorização do Percurso dos Utentes com Perturbação da

Ansiedade e Depressão

Hospital Magalhães

Lemos

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

Hospital Magalhães Lemos

59 622,91 € ARS Norte

ARS Norte

Requalificação e integração do atendimento dos

utilizadores do Hospital Santa Maria Maior, EPE / ACES

Cávado III - Barcelos Esposende

Hospital Santa Maria Maior

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

Hospital Santa Maria Maior

156 764,36 € ARS Norte

ARS Norte Articulação para a Realização

de MCDT no SNS - Unir cuidados pelo doente

CH Médio Ave Articulação para a

realização de MCDT's no SNS

CH Médio Ave 815 201,97 €

ARS Norte

ARS Norte CH Tãmega e Sousa 131 843,17 €

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ANEXOS

300 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

ARS Nome do Projeto Entidade

Coordenadora do Projeto

Tipologia Entidades Incentivo

Articulação para a realização de Meios Complementares de

Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) no SNS - CH Tãmega

e Sousa

CH Tãmega e Sousa

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS ARS Norte

ARS Centro Figueira Respira Mais HD Figueira da

Foz

Rastreios e programas de

diagnóstico precoce HD Figueira da Foz

66 615,82 €

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

ACES Baixo Mondego

Programas integrados de apoio

domiciliário

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

ARS Centro Cardiologia na Comunidade CH Baixo

Vouga

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

CH Baixo Vouga

212 191,94 € ACES Baixo Mondego

ARS Centro Rastreio do Cancro do Cólon

e Reto ARS Centro

Rastreios e programas de

diagnóstico precoce

ARS Centro

905 886,62 €

CH Baixo Vouga

IPO Coimbra

CH Tondela-Viseu

CH Univ. Cova da Beira

ARS Centro Unidade Integrada para o

envelhecimento saudável e ativo

CH Universitário de Coimbra

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

CH Universitário de Coimbra

897 708,21 € ACES Baixo Mondego

ARS Centro Rede Integrada de Cuidados de Radioncologia do Centro

CH Tondela-Viseu

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

CH Tondela-Viseu

2 000 603,87 €

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

IPO Coimbra

ACES Dão Lafões

ARS Centro

RIA - Projeto para a intervenção precoce e

prevenção de recidiva na Depressão

CH Baixo Vouga

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

CH Baixo Vouga

70 698,54 € ACES Baixo Vouga

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 301

ARS Nome do Projeto Entidade

Coordenadora do Projeto

Tipologia Entidades Incentivo

ARS Centro Psiquiatria Comunitária

PSICOM CH Leiria

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

CH Leiria

39 144,49 € Programas

integrados de apoio domiciliário

ACES Pinhal Litoral

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

ACESON

ARS Centro

A minha saúde + Cova da Beira programa Integrado

doentes com multicronicidades

CH Univ. Cova da Beira

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

CH Univ. Cova da Beira

581 459,59 € ACES Cova da Beira

ARS Centro Programa de Reabilitação

Cardiorespiratório na Região Centro

CH Universitário de Coimbra

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

CH Universitário de Coimbra

148 875,98 € ACES Baixo Mondego

ARS Centro Hospitalização domiciliária HD Figueira da

Foz

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

HD Figueira da Foz

122 932,38 € ACES Baixo Mondego

ARS Centro Via Azul diabetes CH Baixo

Vouga

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

CH Baixo Vouga

211 042,03 € ACES Baixo Vouga

ARS Centro PAIRAR - Processo

Assistencial Integrado Articulado

CH Leiria

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

CH Leiria

44 531,54 € ACES Pinhal Litoral

ARS Centro Plataforma de tele-reabilitação

- Patologia Osteoarticular Crónica do Joelho e Ombro

CH Leiria

Programas integrados de apoio

domiciliário CH Leiria

138 006,06 €

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

ACES Pinhal Litoral

ACESON

ARS Centro PADAP - Projeto de Apoio Domiciliário para a Asma

Pediátrica

ACES Baixo Vouga

Programas integrados de apoio

domiciliário

ACES Baixo Mondego 47 159,62 €

CH Baixo Vouga

ARS Centro Programa de Transplante

Autólogo em regime Domiciliário

CH Universitário de Coimbra

Programas integrados de apoio

domiciliário

CH Universitário de Coimbra 47 287,97 €

ACES Baixo Mondego

ARS Centro Cuidados Integrados de Reabilitação Domiciliária

CH Universitário de Coimbra

Programas integrados de apoio

domiciliário

CH Universitário de Coimbra 187 352,71 €

ACES Baixo Mondego

ARS Centro CH Baixo Vouga 128 156,00 €

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ANEXOS

302 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

ARS Nome do Projeto Entidade

Coordenadora do Projeto

Tipologia Entidades Incentivo

Unidade de Visitas Domiciliárias (UVD)

CH Baixo Vouga

Programas integrados de apoio

domiciliário ACES Baixo Mondego

ARS Centro Hospitalização Domiciliária CH Baixo

Vouga

Programas integrados de apoio

domiciliário

CH Baixo Vouga 112 190,07 €

ACES Baixo Mondego

ARS Centro Já Cuidou dos seus Ossos CH Baixo

Vouga

Programas integrados de apoio

domiciliário

CH Baixo Vouga 155 899,86 €

ACES Baixo Mondego

ARS Centro

Patologia Clínica – Realização no CH Baixo Vouga dos

exames laboratoriais requisitados pelos CSP

CH Baixo Vouga

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

CH Baixo Vouga

73 185,00 € ACES Baixo Mondego

ARS Centro Projeto de integração de

cuidados na área da patologia clínica PATHOS

CH Tondela-Viseu

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

CH Tondela-Viseu

196 738,68 €

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS ACES Dão Lafões

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Rastreio Colo Útero ARS Lisboa e Vale do Tejo

Rastreios e programas de

diagnóstico precoce

ARS Lisboa e Vale do Tejo

94 783,68 € CH Lisboa Norte

Hospital Garcia de Orta

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Rastreio Retinopatia Diabética ARS Lisboa e Vale do Tejo

Rastreios e programas de

diagnóstico precoce

ARS Lisboa e Vale do Tejo

289 807,50 € Hospital Garcia de Orta

Instituto de Oftalmologia Doutor Gama Pinto

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Rastreio Colon e Reto ARS Lisboa e Vale do Tejo

Rastreios e programas de

diagnóstico precoce

ARS Lisboa e Vale do Tejo

719 465,68 €

CH Setúbal

Hospital Garcia de Orta

CH Lisboa Ocidental

IPO Lisboa

CH Lisboa Norte

ARS Lisboa e Vale do Tejo

InCom - Intervenção comunitária em Saúde Mental

CH Barreiro Montijo

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

ARS Lisboa e Vale do Tejo

270 720,75 € CH Barreiro Montijo

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos

ACES Arco Ribeirinho

Programas integrados de apoio

domiciliário

ARS Lisboa e Vale do Tejo 38 675,00 €

CH Barreiro Montijo

ARS Lisboa e Vale do Tejo

CIDT CH Lisboa

Norte

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

ARS Lisboa e Vale do Tejo 4 008 129,95 €

CH Lisboa Norte

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Equipa Comunitária de Saúde Mental

ACES Lezíria

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

ARS Lisboa e Vale do Tejo

58 365,01 € CH Santarém

ARS Lisboa e Vale do Tejo

UMA (Unidade de Medicina no Ambulatório)**

CH Lisboa Ocidental

Rastreios e programas de

diagnóstico precoce*

361 081,48 €

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 303

ARS Nome do Projeto Entidade

Coordenadora do Projeto

Tipologia Entidades Incentivo

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis ARS Lisboa e Vale do Tejo

Programas integrados de apoio

domiciliário

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

CH Lisboa Ocidental

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Programa de Apoio Domiciliário em Psiquiatria e Saúde Mental - Equipa de Tratamento Comunitário

Assertivo

CH Setúbal Programas

integrados de apoio domiciliário

ARS Lisboa e Vale do Tejo

108 126,32 € CH Setúbal

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Hospitalização Domiciliária Hospital

Garcia de Orta

Programas integrados de apoio

domiciliário

ARS Lisboa e Vale do Tejo 173 423,89 €

Hospital Garcia de Orta

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Programa de Intervenção Integrada para a Promoção de Saúde em Patologia Crónica não transmissível - Academia

em Movimento CH Universitário do

AlgarveBM/ACES AR

ACES Arco Ribeirinho

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

ARS Lisboa e Vale do Tejo

247 243,75 € CH Barreiro Montijo

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Telereabilitação de Doentes com DPOC

CH Lisboa Norte

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

ARS Lisboa e Vale do Tejo

222 926,78 € CH Lisboa Norte

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Informatização do Circuito de Patologia Clínica ao abrigo do protocolo CH Lisboa Central e ARSLVT para a realização de MCDT's na Patologia Clínica

CH Lisboa Central

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

ARS Lisboa e Vale do Tejo

59 107,46 € CH Lisboa Central

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Utilizadores frequentes do Serviço e Urgência do

Hospital Garcia de Orta

Hospital Garcia de Orta

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

ARS Lisboa e Vale do Tejo

125 521,97 € Hospital Garcia de Orta

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Redução dos Internamentos,

consultas e urgências hospitalares evitáveis

Implementação de Programas Integrados de Apoio

domiciliário Programas de para a

valorização do percurso dos utentes no SNS**

ACES Oeste Norte

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

ARS Lisboa e Vale do Tejo 91 390,30 €

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ANEXOS

304 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

ARS Nome do Projeto Entidade

Coordenadora do Projeto

Tipologia Entidades Incentivo

Programas integrados de apoio

domiciliário

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

CH Lisboa Norte

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Unidade de Hospitalização Domiciliária

CH Lisboa Central

Programas integrados de apoio

domiciliário

ARS Lisboa e Vale do Tejo 587 391,94 €

CH Lisboa Central

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Programa de Gestão Integrada da DPOC**

CH Lisboa Ocidental

Rastreios e programas de

diagnóstico precoce*

34 717,26 €

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

CH Lisboa Ocidental

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Programa de Incentivos à Integração de Cuidados e à Valorização dos Percursos

dos utentes do SNS Valorização do Percurso do Doente com Insuficiência

Cardíaca

CH Setúbal

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

ARS Lisboa e Vale do Tejo

322 324,56 € CH Setúbal

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Cuidar a Par IPO Lisboa

Lisboa

Programas integrados de apoio

domiciliário

ARS Lisboa e Vale do Tejo 58 609,51 €

IPO Lisboa

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Autonomização de crianças e famílias com nutrição

parentérica no domicílio

CH Lisboa Central

Programas integrados de apoio

domiciliário

ARS Lisboa e Vale do Tejo 318 320,27 €

CH Lisboa Central

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Unidade Orto-Geriátrica CH Lisboa

Central

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

ARS Lisboa e Vale do Tejo

491 310,58 € CH Lisboa Central

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Referenciação Precoce e Partilha doentes ente o IPO

Lisboa e os CSP de sobreviventes cancro mama

IPO Lisboa

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

ARS Lisboa e Vale do Tejo

202 148,36 € IPO Lisboa

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Reabilitação Cardíaca Hospital

Garcia de Orta

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

ARS Lisboa e Vale do Tejo 74 466,39 €

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 305

ARS Nome do Projeto Entidade

Coordenadora do Projeto

Tipologia Entidades Incentivo

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

Hospital Garcia de Orta

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

ARS Lisboa e Vale do Tejo

Feridas Complexas Crónicas

Hospital Professor

Doutor Fernando Fonseca

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

ARS Lisboa e Vale do Tejo

449 132,20 € Programas

integrados de apoio domiciliário

Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

ARS Alentejo Dinamização dos rastreios

regionais ARS Alentejo

Rastreios e programas de

diagnóstico precoce

ARS Alentejo 515 492,44 €

Hospital do Espírito Santo - Évora

ARS Alentejo

O utente com necessidades em fisioterapia: Circuito entre o ACeS Alentejo Central e o

HESE

ARS Alentejo / ACES Alentejo

Central

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

ARS Alentejo/ACES Alentejo Central

148 737,39 € Hospital do Espírito Santo -

Évora

ARS Alentejo Saúde visual, auditiva e de

cardiopneumologia na região do Alentejo Central

ARS Alentejo / ACES Alentejo

Central

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

ARS Alentejo/ACES Alentejo Central

171 088,64 € Hospital do Espírito Santo -

Évora

ARS Alentejo Cuidar em continuidade ARS Alentejo / ACES Alentejo

Central

Programas integrados de apoio

domiciliário

ARS Alentejo/ACES Alentejo Central

111 808,83 € Hospital do Espírito Santo -

Évora

ARS Alentejo Canal de saúde ARS Alentejo / ACES Alentejo

Central

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

ARS Alentejo/ACES Alentejo Central

250 941,15 € Hospital do Espírito Santo -

Évora

ARS Alentejo Saúde oral na região do

Alentejo Central

ARS Alentejo / ACES Alentejo

Central

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

ARS Alentejo/ACES Alentejo Central

77 312,63 € Hospital do Espírito Santo -

Évora

ARS Alentejo Resposta Integrada em

Cuidados Paliativos

ARS Alentejo / ACES Alentejo

Central

Programas integrados de apoio

domiciliário

ARS Alentejo/ACES Alentejo Central

105 691,73 € Hospital do Espírito Santo -

Évora

ARS Alentejo MCDT diretos ARS Alentejo / ACES Alentejo

Central

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

ARS Alentejo/ACES Alentejo Central

16 226,76 € Hospital do Espírito Santo -

Évora

ARS Alentejo Resposta Integrada em Lares

de Idosos

ARS Alentejo / ACES Alentejo

Central

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

ARS Alentejo/ACES Alentejo Central

26 669,50 € Hospital do Espírito Santo -

Évora

Page 306: Relatório Anual - ACSS€¦ · Receita sem Papel - Desmaterialização Eletrónica da Receita ... 168 13.15. Exames Sem Papel - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.....169

ANEXOS

306 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

ARS Nome do Projeto Entidade

Coordenadora do Projeto

Tipologia Entidades Incentivo

ARS Alentejo Alta segura ARS Alentejo / ACES Alentejo

Central

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

ARS Alentejo/ACES Alentejo Central

2 311,76 €

Hospital do Espírito Santo - Évora

ARS Alentejo Ecografias durante a gravidez ARS Alentejo / ACES Alentejo

Central

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

ARS Alentejo/ACES Alentejo Central

27 935,18 € Hospital do Espírito Santo -

Évora

ARS Alentejo Academia do utente ARS Alentejo / ACES Alentejo

Central

Programas para a valorização do percurso dos

utentes do SNS

ARS Alentejo/ACES Alentejo Central

59 874,00 € Hospital do Espírito Santo -

Évora

ARS Alentejo Evitar o evitável ARS Alentejo / ACES Alentejo

Central

Redução dos internamentos,

consultas e urgências

hospitalares evitáveis

ARS Alentejo/ACES Alentejo Central

29 750,00 € Hospital do Espírito Santo -

Évora

ARS Algarve Implementação do serviço de

hospitalização domiciliária

CH Universitário do Algarve

Programas integrados de apoio

domiciliário

CH Universitário do Algarve 182 216,04 €

ARS Algarve

ARS Algarve Integração de cuidados em

cardiologia (MAPA) ACES

Barlavento

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

CH Universitário do Algarve 89 233,85 €

ARS Algarve

ARS Algarve Visitas Domiciliárias em

Cuidados Paliativos

CH Universitário do Algarve

Programas integrados de apoio

domiciliário

CH Universitário do Algarve 75 244,40 €

ARS Algarve

ARS Algarve Rastreio do Cancro do Cólon

e Reto ARS Algarve

Rastreios e programas de

diagnóstico precoce

CH Universitário do Algarve 185 136,02 €

ARS Algarve

ARS Algarve Saúde Mental na comunidade

(aproximar saúde)

CH Universitário do Algarve

Programas integrados de apoio

domiciliário

CH Universitário do Algarve 73 367,10 €

ARS Algarve

ARS Algarve Reorganização do circuito do

utente na execução de MCDT- Imagiologia ECOFAST

ACES Central Articulação para a

realização de MCDT's no SNS

CH Universitário do Algarve 458 878,45 €

ARS Algarve

ARS Algarve Internalização de análises

clínicas no SNS (Laboratório) ACES

Sotavento

Articulação para a realização de

MCDT's no SNS

CH Universitário do Algarve 454 539,91 €

ARS Algarve

ARS Algarve Visita Domiciliária na

Cardiologia e Gastroenterologia

CH Universitário do Algarve

Programas integrados de apoio

domiciliário

CH Universitário do Algarve 54 598,44 €

ARS Algarve

* Excluído por não se enquadrar nos rastreios previstos no PIIC para 2017 ** Projetos que se encontram de acordo com os princípios do piloto SNS+Proximidade

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 307

Anexo 4. Medidas SIMPLEX

Medidas SIMPLEX+

Entidade de

Saúde

(Coordenação)

Implementação/

Data estimada Conclusão Fontes de Evidência/Descrição

Acessibilidades e Usabilidade WEB na

Saúde SPMS Medida concluída

Encontram-se implementados 133 sites uniformizados

de acordo com o modelo definido (ARS, Centros

Hospitalares, ULS entre outros serviços do Ministério da

Saúde)

ADSE Direta + (Medida #27) ADSE 2.º Trimestre 2017

Implementação Concluída -

https://www.youtube.com/watch?v=Z6TysCKUL48&featur

e=youtu.be

Implementação Concluída

https://www.youtube.com/watch?v=Z6TysCKUL48&featur

e=youtu.be

https://www.adse.pt/ar/

https://www2.adse.pt/noticias/envio-on-line-de-despesas-

novo-servico-na-adse-direta/

Projeto validado com a AMA, já em estudo o alargamento

a 17 novos espaços do cidadão.

ADSE na sua mão (Medida #28) ADSE 2.º Trimestre 2017

Implementação Concluída - https://itunes.apple.com/pt/app/myadse/id1213339917 https://www.sns.gov.pt/apps/myadse/ https://www2.adse.pt/myadse/ Stores: https://play.google.com/store/apps/details?id=pt.adse.myadse

Alerta pessoas em risco (Medida #34) INEM

1.º Trimestre 2018

25 de abril de 2018

Implementação em curso - Medida Plurianual incluída no

Programa SIMPLEX+2017

http://www.inem.pt/category/institucional/projetos/#tab0-

panel

http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan

%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-

fead-4374-a6b6-14f48d98510a

App Bolsa Eletrónica de Saúde

(Medida #39) SPMS 1.º Trimestre 2017

Implementação Concluída - http://spms.min-

saude.pt/2017/01/mysns-carteira-eletronica-da-saude-ja-

esta-disponivel/

App MySNS (Medida #44) SPMS 1.º Trimestre 2017

Implementação Concluída -

https://www.sns.gov.pt/apps/mysns/

https://www.sns.gov.pt/noticias/2018/01/02/app-mysns-2/

APP Poupe na Receita + (Medida #46) INFARMED 4.º Trimestre 2016

Implementação Concluída -

http://www.infarmed.pt/web/infarmed/servicos-on-

line/poupe-na-receita

http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan

%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-

fead-4374-a6b6-14f48d98510a

APP Registo Português de

Transplantação (Medida #47) IPST 2.º Trimestre 2017

Implementação Concluída -

http://www.ipst.pt/index.php/ipst-ip/ipst-destaques/425-

reuniao-de-trabalho-sobre-doacao-e-transplantacao-de-

orgaos

Atestado Médico Multiuso Digital

(Medida #53) DGS

1.º Trimestre 2017

30 de Abril 2018

Implementação em curso -

https://dre.pt/web/guest/pesquisa/-

/search/106555640/details/normal?l=1

Autenticação.gov + (Medida #54)

Ministério

Responsável

(MPMA) + SPMS

1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída -

https://www.autenticacao.gov.pt/

Autorização Excecional de

Medicamentos mais simples (Medida

#55)

INFARMED 1.º Trimestre 2017

Implementação Concluída -

http://www.infarmed.pt/web/infarmed/entidades/medicame

ntos-uso-humano/autorizacao-de-introducao-no-

mercado/autorizacao_de_utilizacao_especial

http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan

%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-

fead-4374-a6b6-14f48d98510a

Calendário Digital de Saúde (Medida

#172) SPMS Medida concluída

Principais eventos do SNS (cuidados de saúde primários

e hospitalares), passados e futuros, fazem parte da

agenda do utente e estão disponíveis na área do cidadão

(https://servicos.min-saude.pt/utente/).

Carta sobre Rodas (Medida #06)

Ministério

Responsável (MPI)

+

SPMS/ACSS/DGS

1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída - https://servicos.imt-

ip.pt/login.aspx?ReturnUrl=%2fdefault.aspx

Cédula Profissional Eletrónica da

Saúde (Medida #70) ACSS 1.º Trimestre 2017

Implementação Concluída - http://www.acss.min-

saude.pt/2016/10/05/formularios-2/

Centro Contacto do SNS (Medida #71) SPMS / DGS 1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída -

https://www.sns.gov.pt/noticias/2017/07/24/sns-24/

Page 308: Relatório Anual - ACSS€¦ · Receita sem Papel - Desmaterialização Eletrónica da Receita ... 168 13.15. Exames Sem Papel - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.....169

ANEXOS

308 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Medidas SIMPLEX+

Entidade de

Saúde

(Coordenação)

Implementação/

Data estimada Conclusão Fontes de Evidência/Descrição

Centro de Aprendizagem e

Capacitação SNS (Medida #182) SPMS

4.º Trimestre 2018

28 de fevereiro de 2018

Implementação Concluída - https://estudo.min-

saude.pt/eaprender/

http://academia.spms.min-saude.pt/

http://academia.spms.min-saude.pt/e-learning/

Centro Integrado de Diagnóstico e

Terapêutica do Serviço Nacional de

Saúde (Medida #180)

ACSS / SPMS Medida não concluída Encontra-se concluído o projeto de obra, cujo orçamento

previsto é de 11 milhões de euros.

Certificados de autorização do

medicamento online (Medida #77) INFARMED 2.º Trimestre 2017

Implementação Concluída -

https://extranet.infarmed.pt/CAUL-fo/

http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan

%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-

fead-4374-a6b6-14f48d98510a

Ciência aberta no SNS Medida em curso

Estabelecido protocolo entre o Ministério da Saúde e o

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,

para se criar o “Repositório comum da Saúde”, que irá

permitir a promoção do conhecimento e potencial

científico, tecnológico nacional no domínio da saúde.

Compras Públicas na Saúde –

Simplificação do Processo de Gestão

de Compras Internas da SPMS

SPMS Medida em curso,

em fase final

Desenvolver uma plataforma integrada de registo e

monitorização do circuito de compra pública na saúde

(desde o pedido até à fase de execução do contrato).

Desmaterialização Saúde+ (Medida

#173) SPMS / ACSS Medida Concluída

Realizado protocolo entre a AMA e a SPMS que permite a

disponibilização de assinatura digital, particularmente

relevante para prescrição médica a partir da aplicação

móvel da PEM

Dispositivos médicos mais simples

(Medida #93) INFARMED 2.º Trimestre 2017

Implementação Concluída -

http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/DIS

POSITIVOS_MEDICOS/REGISTO_DE_DM_E_DIV/DIST

RIBUIDORES_PEDIDO_CERTIDAO

http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan

%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-

fead-4374-a6b6-14f48d98510a

eBoletim de Saúde Oral (Medida #171) DGS / SPMS Medida concluída

Informação de Saúde Oral disponível na área do cidadão

do Portal do SNS (possibilidade de aceder aos cheques

dentista atribuídos)

Em contato com a Entidade

Reguladora Saúde (Medida #106) ERS 4.º Trimestre 2016

Implementação Concluída -

https://www.ers.pt/pages/73?news_id=1230

https://www.ers.pt/pages/106?news_id=1112

Emergência médica digital (Medida

#107) INEM

2.º Trimestre 2018

Implementação Concluída - Medida Plurianual incluída no

Programa SIMPLEX+2017

http://www.inem.pt/category/institucional/projetos/#tab1-

panel

Ensaios clínicos digitais (Medida #110) INFARMED 1.º Trimestre 2017

Implementação Concluída - http://www.rnec.pt/31a

http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan

%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-

fead-4374-a6b6-14f48d98510a

Geo INEM (Medida #124) INEM 2.º Trimestre 2018

Implementação em curso - Medida Plurianual incluída no

Programa SIMPLEX+2017

http://www.inem.pt/category/institucional/projetos/#tab2-

panel

Gestão de Comparticipações na

Doença Profissional (Medida #162)

Ministério

Responsável

(MTSSS) + ACSS /

SPMS

4.º Trimestre 2018 Implementação em curso

Informação clínica integrada nos

comportamentos Aditivos e

Dependências (Medida #134)

SICAD

2.º Trimestre 2017

30 Setembro 2018

Implementação em curso - Medida Plurianual incluída no

Programa SIMPLEX+2017 -

http://www.sicad.pt/BK/Institucional/Instrumentos/PlanoEs

trategico/Lists/planoEstrategico/Attachments/5/SICAD_Pl

ano%20Estrategico%202017-19.pdf

Page 309: Relatório Anual - ACSS€¦ · Receita sem Papel - Desmaterialização Eletrónica da Receita ... 168 13.15. Exames Sem Papel - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.....169

ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 309

Medidas SIMPLEX+

Entidade de

Saúde

(Coordenação)

Implementação/

Data estimada Conclusão Fontes de Evidência/Descrição

Inspeção+ Infarmed INFARMED

Medida em curso

(na 2ª fase, que terminará

em julho de 2019)

Sistema de informação que permitirá a

desmaterialização dos principais processos associados

à inspeção de entidades tuteladas pelo INFARMED. Os

principais objetivos da medida são: aumentar a

organização/gestão interna dos processos associados à

inspeção, planear as atividades de inspeção das

entidades tuteladas pelo I INFARMED com base em

indicadores obtidos de acordo com o seu risco, melhorar

a comunicação com as entidades tuteladas e

disponibilizar mais e melhor informação aos cidadãos de

uma forma transparente.

Introdução de novos medicamentos

online (Medida #142) INFARMED 1.º Trimestre 2017

Implementação Concluída -

http://www.infarmed.pt/web/infarmed/entidades/medicame

ntos-uso-humano/autorizacao-de-introducao-no-mercado

http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan

%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-

fead-4374-a6b6-14f48d98510a

Licenciamento + no Infarmed (Medida

#176) INFARMED

3.º Trimestre 2018

31 de março de 2018

Implementação em curso -

http://www.infarmed.pt/web/infarmed/rss-noticias/-

/asset_publisher/zQws9cSRmjar/content/id/2268086

Licenciar farmácias + simples (Medida

#154) INFARMED 1.º Trimestre 2017

Implementação Concluída -

http://www.infarmed.pt/web/infarmed/infarmed/-

/journal_content/56/15786/2079652

http://app10.infarmed.pt/newsletter/68/index.html

http://www.infarmed.pt/documents/15786/2081992/Infogr

%C3%A1fico+Licenciamento+%2B/bf684ba9-dd4b-4059-

a620-0075fd51331c

Mapa do Cidadão + (Medida #34)

Ministério

Responsável

(MPMA) + SPMS /

ACSS

2.º Trimestre 2018 Implementação em curso

Medicamento direto (Medida #160) INFARMED 4.º Trimestre 2016 Implementação Concluída -

http://admed.pt/admin/login.php

MSaúde Pessoas (Medida #162) ACSS 1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída - http://workflow.acss.min-

saude.pt/rhgpa.aspx

Nascer com médico de família e

boletins de saúde eletrónicos (Medida

#1)

SPMS / DGS /

ACSS 1.º Trimestre 2017

Implementação Concluída -

https://www.sns.gov.pt/noticias/2016/09/01/nascer-utente/

a) “Partos e Cesarianas nos Cuidados Hospitalares”

(Atualizado a Dezembro 2017) -

https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/partos-e-

cesarianas/?sort=tempo (imagem infra ilustrativa).

b) “Notícias Nascimento Digital e Registo de Nascer

Utente” (Atualizado a Novembro 2017) -

https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/noticias-

de-nascimento-digital-e-registo-de-nascer-de-

utentes/?sort=periodo (imagem infra ilustrativa).

Plataforma Temática/Dashboard “Simplex Saúde Infantil e

Juvenil” - https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-

sns/simplex-saude-infantil/

Notificações eletrónicas (SMS e email)

(Medida #168)

Ministério

Responsável

(MPMA) + SPMS

1.º Trimestre 2017

Implementação Concluída -

https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/comunicacao/noticia?i

=20160617-mj-ferramenta-sms

Pagamentos simplificados Infarmed INFARMED Medida concluída

Permite a disponibilização de meios de pagamento mais

seguros e mais facilmente identificáveis, de forma a

automatizar e desmaterializar integralmente todo o

processo de contabilização da receita (liquidação,

cobrança e reconciliação).

Paperless Saúde+ (Medida #170)

Ministério

Responsável

(MPMA) + SPMS /

ACSS

1.º Trimestre 2018

Implementação Concluida - http://spms.min-

saude.pt/2017/09/exames-sem-papel-consentimento-

informado-partilha-resultados-mcdt-ao-cidadao-aos-

profissionais-saude-do-sns/

Processo de Avaliação no Infarmed +

Simples (Medida #177) INFARMED

3º Trimestre 2018

28 de fevereiro de 2018

Implementação Concluída -

http://www.infarmed.pt/web/infarmed/infarmed?p_p_id=10

1&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=vie

w&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_con

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ao-do-portal-

siats&inheritRedirect=false&redirect=http%3A%2F%2Fww

w.infarmed.pt%2Fweb%2Finfarmed%2Finfarmed%3Fp_p

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mized%26p_p_mode%3Dview%26_3_redirect%3D%252

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ANEXOS

310 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Medidas SIMPLEX+

Entidade de

Saúde

(Coordenação)

Implementação/

Data estimada Conclusão Fontes de Evidência/Descrição

Processo de Codificação de

Dispositivos Médicos + Simples

(Medida #178)

INFARMED

3º Trimestre 2018

28 de fevereiro de 2018

Implementação Concluída -

http://www.infarmed.pt/web/infarmed/entidades/licenciame

ntos?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized

&p_p_mode=view&_101_struts_action=%2Fasset_publish

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rect=false&redirect=http%3A%2F%2Fwww.infarmed.pt%2

Fweb%2Finfarmed%2Fentidades%2Flicenciamentos%3F

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entos%26_3_keywords%3Dcodifica%25C3%25A7%25C3

%25A3o%26_3_groupId%3D15786%26_3_struts_action

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derByDate

Prova de vacina + simples nas escolas

(Medida #129)

Ministério

Responsável (ME)

+ SPMS

3º Trimestre 2018 Implementação Concluida - http://spms.min-

saude.pt/2017/11/boletim-vacinas-na-mysns-carteira/

Qualificação do Atendimento SNS

(Medida #174)

ACSS / SPMS

(NAE - PNESLA)

2º Trimestre 2018

31 de maio de 2018

Implementação em curso -

https://www.sns.gov.pt/noticias/2017/11/21/sns-

proximidade-futuros-passos/

Rastreios de Saúde+ (Medida #175) DGS / SPMS Medida concluída

Utentes referenciados a partir dos cuidados de saúde

primários para rastreio cujos resultados são devolvidos

via informática e integrados no SClínico (Rastreios

Oncológicos – Mama, Colo do Útero e Cólon e Reto e

Rastreios não Oncológicos - Saúde Visual Infantil e

Retinopatia Diabética)

Receita sem papel Plus (Medida #205) SPMS 1.º Trimestre 2017

Implementação Concluída -

https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/receita-sem-

papel/

Reclamações, sugestões e elogios na

Saúde (Medida #206) ERS 1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída - https://www.ers.pt/pages/504

Reconhecimento das unidades de

saúde (Medida #207) ERS 1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída - http://www.ers.pt/

Reconhecimento IPSS Saúde (Medida

#181) DGS / SPMS

4.º Trimestre 2018

31 de maio de 2018

Implementação em curso - https://www.dgs.pt/paginas-de-

sistema/saude-de-a-a-z/utentes-da-saude.aspx

Referenciação eletrónica nos

Cuidados Continuados Integrados

(Medida #209)

SPMS / ACSS 1.º Trimestre 2017 Implementação em curso - Medida Plurianual incluída no

Programa SIMPLEX+2017

Registo de Saúde Eletrónico +

(Medida #215) SPMS 1.º Trimestre 2017

Implementação Concluída - http://spms.min-

saude.pt/2017/05/visao-clinica-integrada-novo-pce/

Registo Eletrónico de Certificados de

Incapacidade Temporária (Medida

#216)

DGS 1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída - Medida concluída com a

disponibilização de webservice entre entidades

Registo nacional de dadores sempre

atualizado (Medida #218) IPST 2.º Trimestre 2017

http://213.58.181.221:7778/forms90/f90servlet?config=asi

s_ipst_ext (Link aplicação)

https://dre.pt/home/-

/dre/106494620/details/2/maximized?serie=II&dreId=1064

94586

http://ipst.pt/index.php/informacao-documentacao/id-

legislacao/leg-nacional?showall=&start=1

Relatório Clínico + (Medida #179)

Ministério

Responsável (MS -

SPMS) + MJ

Medida concluída

Medida em colaboração com o Ministério da Justiça, em

que o INML, no âmbito das perícias realizadas, passa a

aceder à informação dos utentes a partir do Registo de

Saúde Eletrónico.

Reporte + Simples do Setor

Empresarial do Estado (Medida #64)

Ministério

Responsável (MF)

+ ACSS / SPMS

2.º Trimestre 2018 Implementação em curso

Resolução rápida e eficaz de conflitos

na saúde (Medida #226) ERS 4.º Trimestre 2016 Implementação Concluída - https://www.ers.pt/pages/396

Saúde transfronteiriça digital (Medida

#230) ACSS / DGS 1.º Trimestre 2017

Implementação Concluída -

http://mobilidade.dgs.pt/Paginas/Login.aspx

Saúde.doc (Medida #231) SGMS / ARS Norte 2.º Trimestre 2016 (piloto –

Setembro) Implementação Concluída - https://www.saudedoc.pt

SIGA SNS (Medida #238) ACSS / SPMS 1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída -

https://dre.pt/application/file/a/106938444

Sistema de Gestão de Avaliação do

medicamento + Simples INFARMED

Medida em curso

(a concluir no final de

2019)

Pretende-se criar um sistema de informação que permita

a gestão de todos os pedidos de pareceres de avaliação

sobre medicamentos numa única plataforma, permitindo

por um lado a melhoria da monitorização da atividade de

avaliação e consequentemente uma melhor resposta

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 311

Medidas SIMPLEX+

Entidade de

Saúde

(Coordenação)

Implementação/

Data estimada Conclusão Fontes de Evidência/Descrição

aos titulares de autorização de introdução de

medicamentos

INFARMED 1.º Trimestre 2017

Implementação Concluída -

https://siats.infarmed.pt/Login.aspx

http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan

%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-

fead-4374-a6b6-14f48d98510a

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ANEXOS

312 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Anexo 5. Intransferíveis

Hospitais com maior volume em 2018 (TOP 10)

Hospital Origem 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

CH Setúbal 98 58 55 76 74 33 777 1 684 1 582

CH Leiria 15 9 12 18 41 39 12 49 1 508

CH Universitário do Algarve 376 113 175 543 604 474 404 888 730

CH Tondela - Viseu 816 634 2 783 3 839 3 397 2 644 2 430 1 615 576

CH Universitário de Coimbra 4 777 2 982 375 340 1 100 307 255 675 512

CH Universitário Lisboa Central 180 330 301 243 133 152 115 234 394

CH Lisboa Ocidental 37 7 11 8 37 103 184 251 386

ULS Guarda 581 185 165 289 695 725 673 854 377

H Garcia de Orta - Almada 315 735 702 473 1 257 1 679 2 001 2 166 252

ULS Matosinhos 1 545 584 14 0 1 0 0 6 223

Fonte: ACSS

Especialidades com maior volume em 2018 (TOP 10)

Especialidade 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Oftalmologia 1 749 1 560 1 656 1 436 1 558 1 678 2 678 4 722 2 445

Ortopedia 3 183 1 951 3 392 3 225 2 870 1 878 1 922 2 059 1 508

Cirurgia Geral 3 544 2 546 1 971 1 545 1 789 1 258 1 055 1 459 1 196

Otorrinolaringologia 1 227 849 619 1 123 1 700 1 724 1 006 898 863

Urologia 886 843 451 314 413 344 339 434 417

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 517 493 651 690 698 437 433 329 292

Ginecologia 941 558 426 554 403 199 314 163 227

Cirurgia Pediátrica 42 22 54 101 166 135 214 138 190

Cirurgia Vascular 889 1 323 136 238 109 18 70 46 167

Neurocirurgia 168 78 123 125 150 58 113 198 139

Fonte: ACSS

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 313

Anexo 6. Notas de Transferência e Vales Cirurgia

Notas de Transferência e Vales Cirurgia emitidos, por ARS (2018)

Notas de

Transferência Vales

Cirurgia

ARS Norte 20 768 65 832

ARS Centro 2 694 42 340

ARS Lisboa e Vale do Tejo 2 266 94 367

ARS Alentejo 79 11 188

ARS Algarve 11 390

Total Geral 25 807 225 117

Fonte: ACSS

Notas de Transferência e Vales Cirurgia emitidos, por hospital (2018)

Notas de Transferência Vales Cirurgia

Centro Hospitalar Baixo Vouga 141 1 601

Centro Hospitalar Barreiro Montijo 51 3 824

Centro Hospitalar da Cova Beira 157 3 005

Centro Hospitalar Universitário de Coimbra 1008 12 877

Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central 61 13 667

Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental 59 4 963

Centro Hospitalar de São João 3 300 10 448

Centro Hospitalar de Setúbal 214 8 590

Centro Hospitalar Universitário do Algarve 11 390

Centro Hospitalar do Médio Ave 327 278

Centro Hospitalar do Médio Tejo 297 4 249

Centro Hospitalar do Oeste 261 5 382

Centro Hospitalar Universitário do Porto 747 3 070

Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa 2 173 4 545

Centro Hospitalar Entre o Douro e Vouga 155 3 875

Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte 179 11 741

Centro Hospitalar Póvoa Varzim-Vila do Conde 4 2

Centro Hospitalar Tondela-Viseu 951 13 535

Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro 1 501 4 547

Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho 801 4 051

Hospital Arcebispo João Crisóstomo 2 6

Hospital D. Figueira da Foz 13 99

Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães 2 837 5 898

Hospital de Braga 5 318 18 782

Hospital de Cascais Dr. José de Almeida 28 1 718

Hospital Distrital de Santarém 45 5 091

Hospital do Espírito Santo - Évora 2 5 990

Hospital Dr. Francisco Zagalo 3 240

Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca 432 9 039

Hospital Garcia de Orta 187 8 271

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ANEXOS

314 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Notas de Transferência Vales Cirurgia

Hospital Santa Maria Maior 20 76

Centro Hospitalar de Leiria 546 6 274

Hospital Vila Franca de Xira 94 7 313

Instituto de Oftalmologia Doutor Gama Pinto 9

Instituto Português de Oncologia de Coimbra 12 1 047

Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil 15 2 147

Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil 152 1 218

Unidade Local de Saúde Litoral Alentejano 77 2 174

Unidade Local de Saúde da Guarda 328 2 296

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco 27 1 360

Unidade Local de Saúde de Matosinhos 2 200 7 018

Unidade Local de Saúde do Alto Minho 826 1 110

Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo 1 605

Unidade Local de Saúde do Nordeste 378 856

Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano 1 419

Fonte: ACSS

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 315

Anexo 7. Indicadores globais procura/oferta cirúrgica, por hospital (2016-2018)

2016

ARS/Hospital Entradas

Var. Entradas

2016-2015

LIC

Var. LIC

2016-2015

Mediana do TE da LIC

(meses)

Var. Mediana TE LIC 2016-2015

% LIC >TMRG

Var. % LIC

>TMRG 2016-2015

Tempo resolução

LIC (meses)

Operados

Var. Operados

2016-2015

Operados padrão

Média do TE

dos Op. (meses)

Var. Média do TE

dos Op. 2016-2015

Norte 264 733 0,0% 77 677 3,3% 42,7 4,7% 54,2 225 323 1,2% 224 652 48,3 8,1%

CH Entre o Douro e Vouga 14 991 -5,9% 4 806 -10,5% 2,6 0,0% 10,6% 1,1% 3,7 13 732 -1,6% 13 356 3,9 7,7%

CH Médio Ave - Famalicão 7 378 -13,2% 2 620 -22,3% 2,6 -16,5% 6,0% -1,0% 3,9 6 406 -1,6% 5 343 4,8 18,2%

CH Póvoa do Varzim/VC 4 462 -10,4% 900 -23,7% 1,8 -5,4% 2,3 4 164 -4,0% 4 197 2,7 -10,6%

CH Tâmega e Sousa 17 727 2,0% 5 122 12,9% 2,4 1,4% 3,8% 3,4% 3,6 15 309 1,1% 13 714 2,8 -0,8%

CH Trás-os-Montes e Alt. Douro 13 615 0,4% 5 146 0,5% 3,7 11,4% 16,7% 3,8% 4,5 11 366 9,5% 10 454 3,2 6,4%

CH Univer. de São João 45 009 2,2% 9 460 14,2% 2,7 17,1% 4,9% 3,8% 2,6 38 238 -0,9% 42 598 2,0 4,0%

CH Univer. do Porto 34 466 1,6% 8 983 -0,1% 3,4 18,4% 20,3% 6,4% 3,1 29 976 2,4% 26 763 2,5 7,4%

CH V. Nova de Gaia/Espinho 24 728 -0,7% 6 081 -8,7% 2,4 -1,4% 6,3% -1,1% 2,9 22 058 6,5% 24 993 2,8 12,9%

H Braga 31 593 5,8% 11 263 31,6% 3,0 4,7% 16,1% 4,2% 4,7 24 751 0,9% 25 991 2,9 23,3%

H Sra da Oliveira - Guimarães 14 323 -0,5% 6 158 8,8% 4,3 15,0% 19,2% -2,0% 5,4 11 479 -0,8% 11 829 4,0 9,6%

H Sta Maria Maior - Barcelos 5 619 -4,4% 1 638 -7,2% 3,3 20,5% 9,0% 5,5% 3,4 4 434 0,7% 3 652 3,0 -4,6%

IPO Porto 13 809 0,9% 2 005 16,9% 1,7 11,1% 27,4% 2,8% 1,8 12 071 -1,3% 11 629 1,3 7,6%

ULS Alto Minho - V. Castelo 13 558 0,9% 4 610 -9,2% 2,6 -13,2% 2,2% 2,2% 4,0 11 979 10,2% 11 379 3,9 22,5%

ULS Matosinhos 17 531 -0,2% 7 089 1,7% 3,8 7,6% 2,8% 0,6% 4,9 14 487 0,8% 13 667 4,7 4,2%

ULS Nordeste - Bragança 5 924 -12,3% 1 796 -6,9% 2,3 -4,2% 1,8% -2,1% 3,6 4 873 -16,9% 5 087 3,9 12,5%

Centro 118 889 -0,4% 39 069 6,9% 30,9 3,4% 37,0 97 319 -0,2% 99 177 30,8 -0,1%

CH Baixo Vouga 11 389 -3,3% 4 400 -0,2% 3,1 -10,5% 14,5% -1,8% 4,6 9 272 -6,5% 8 485 3,9 -9,3%

CH Leiria 15 350 -2,8% 5 483 6,0% 3,2 21,5% 9,8% 4,0% 4,4 12 297 2,1% 12 303 3,1 10,4%

CH Tondela - Viseu 17 127 0,1% 6 364 23,1% 4,1 31,9% 24,2% 12,0% 4,8 13 639 -5,6% 13 075 3,5 20,9%

CH Univer. Cova da Beira 6 044 17,7% 1 579 6,8% 3,2 1,1% 4,9% -1,8% 3,1 4 881 16,7% 4 168 2,7 3,9%

CH Univer. de Coimbra 45 231 -0,4% 15 659 11,1% 3,9 19,6% 15,4% 3,0% 4,3 35 925 -1,0% 41 515 2,8 -5,7%

H Arc. J. Crisóst. - Cantanhede 1 374 2,5% 238 -15,3% 1,3 -20,8% 2,0 1 265 10,2% 858 2,3 -8,2%

H D. Figueira da Foz 5 100 2,3% 989 1,2% 1,8 -15,6% 2,3 4 681 2,8% 4 083 2,2 -8,3%

H Dr. Franc. Zagalo - Ovar 1 811 -0,3% 447 -0,4% 2,0 -9,2% 0,9% 0,2% 3,0 1 531 0,3% 1 421 2,9 1,8%

IPO Coimbra 4 877 -5,6% 905 -2,7% 1,7 2,0% 31,7% 15,3% 2,2 4 249 -1,9% 4 223 1,6 1,2%

ULS Castelo Branco 4 513 0,4% 1 009 -16,5% 3,2 21,8% 21,2% 2,4% 2,6 4 245 5,3% 4 195 2,4 -13,7%

ULS Guarda 6 073 -3,7% 1 996 -16,2% 3,4 -14,5% 18,4% -0,2% 3,7 5 334 6,4% 4 851 3,5 8,3%

Lisboa e Vale do Tejo 214 005 3,5% 73 447 12,4% 52,8 -2,9% 65,5 172 093 4,9% 176 765 46,5 11,3%

CH Barreiro Montijo 7 268 1,9% 3 090 0,8% 5,0 -5,6% 29,0% 6,6% 5,1 5 893 9,4% 5 320 3,6 6,5%

CH Lisboa Ocidental 18 226 4,3% 4 546 20,6% 3,2 -3,1% 13,3% 1,3% 3,1 15 493 3,3% 19 309 2,2 5,4%

CH Médio Tejo -T. Novas 10 800 9,3% 3 242 -5,2% 3,6 6,9% 12,9% -0,6% 3,6 8 933 14,9% 7 699 3,5 1,2%

CH Oeste 6 717 -7,5% 4 094 4,9% 4,8 -5,8% 25,3% 8,3% 7,5 4 728 -0,3% 4 316 4,8 32,8%

CH Setúbal 12 599 0,1% 6 040 12,1% 4,4 -3,7% 22,9% 7,9% 6,1 9 894 4,8% 9 575 3,9 10,5%

CH Univer. de Lisboa Norte 25 623 0,0% 7 424 3,9% 3,2 10,3% 13,8% 0,5% 3,5 20 895 1,2% 27 182 2,6 10,8%

CH Univer. Lisboa Central 37 851 1,9% 12 850 10,9% 4,3 6,7% 25,1% 7,5% 4,2 30 544 2,6% 33 204 2,8 11,5%

H Beatriz Ângelo - Loures 14 400 0,4% 4 131 59,7% 2,8 9,0% 5,9% 2,0% 3,6 12 450 -4,2% 10 113 3,1 37,9%

H D. Santarém 8 095 7,3% 4 051 7,5% 5,0 -10,7% 26,6% 2,4% 6,1 5 545 12,2% 4 791 4,1 11,4%

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ANEXOS

316 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

ARS/Hospital Entradas

Var. Entradas

2016-2015

LIC

Var. LIC

2016-2015

Mediana do TE da LIC

(meses)

Var. Mediana TE LIC 2016-2015

% LIC >TMRG

Var. % LIC

>TMRG 2016-2015

Tempo resolução

LIC (meses)

Operados

Var. Operados

2016-2015

Operados padrão

Média do TE

dos Op. (meses)

Var. Média do TE

dos Op. 2016-2015

H Fern. Fonseca - Lx 20 872 10,0% 6 536 -3,2% 3,9 -14,0% 16,5% -3,0% 3,7 16 169 21,7% 14 336 2,6 3,6%

H Garcia de Orta - Almada 17 905 5,7% 8 159 18,4% 4,3 -20,2% 19,1% -7,7% 5,6 13 464 8,8% 12 218 3,8 21,9%

H V. F. Xira 12 157 7,0% 4 488 59,8% 2,6 21,9% 7,9% 4,9% 5,1 9 528 -0,5% 9 350 3,2 34,3%

HPP - H Cascais 8 389 10,6% 2 716 24,3% 2,5 3,4% 6,0% 0,1% 4,2 6 852 2,7% 5 879 2,7 -19,9%

Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx 4 970 10,2% 1 043 10,0% 1,5 -10,0% 2,6 4 508 10,1% 3 161 2,2 3,8%

IPO Lisboa 8 133 -3,5% 1 037 -6,0% 1,7 16,3% 33,1% 5,5% 1,5 7 197 -3,0% 10 312 1,5 0,8%

Alentejo 25 403 1,7% 8 539 5,1% 12,2 -3,0% 16,4 20 585 5,9% 20 252 12,4 2,6%

H Espírito Santo - Évora 10 526 -0,5% 3 590 0,2% 3,6 -1,8% 18,1% 0,3% 4,1 8 866 1,3% 9 355 3,4 11,2%

ULS Baixo Alentejo - Beja 5 140 3,4% 1 519 9,8% 2,6 12,9% 11,4% 3,4% 3,6 4 283 3,2% 4 139 2,5 -6,7%

ULS Litoral Alent. - Sant. Cacém 4 636 54,8% 1 679 42,8% 2,5 -15,3% 5,8% -9,7% 4,9 3 460 55,6% 3 098 3,4 2,7%

ULS Norte Alentejano - Portalegre 5 101 -20,7% 1 751 -11,6% 3,4 -4,6% 21,3% 5,2% 3,8 3 976 -7,8% 3 660 3,0 2,2%

Algarve 17 353 2,3% 9 310 3,9% 4,3 -5,1% 6,6 9 608 1,9% 9 149 3,7 17,8%

CH Univer. do Algarve 17 353 2,3% 9 310 3,9% 4,3 -5,1% 20,4% 3,6% 6,6 9 608 1,9% 9 149 3,7 17,8%

Fonte: ACSS

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 317

2017

ARS/Hospital Entradas

Var. Entradas

2017-2016

LIC

Var. LIC

2017-2016

Mediana do TE da LIC

(meses)

Var. Mediana TE LIC 2017-2016

% LIC >TMRG

Var. % LIC

>TMRG 2017-2016

Tempo resolução

LIC (meses)

Operados

Var. Operados

2017-2016

Operados padrão

Média do TE

dos Op. (meses)

Var. Média do TE

dos Op. 2017-2016

Norte 277 688 4,9% 84 663 9,0% 41,6 -2,5% 55,0 231 740 2,8% 223 881 45,6 -5,6%

CH Entre o Douro e Vouga 16 011 6,8% 5 478 14,0% 2,5 -6,3% 8,9% -1,7% 4,3 13 490 -1,8% 12 263 3,2 -17,0%

CH Médio Ave - Famalicão 7 734 4,8% 2 291 -12,6% 2,4 -8,3% 0,9% -5,1% 3,4 6 713 4,8% 5 745 4,0 -16,1%

CH Póvoa do Varzim/VC 4 362 -2,2% 747 -17,0% 1,3 -28,3% 0,0% 2,0 4 340 4,2% 4 326 2,3 -14,4%

CH Tâmega e Sousa 19 430 9,6% 6 100 19,1% 2,5 2,8% 4,6% 0,8% 4,0 16 224 6,0% 14 056 3,0 7,3%

CH Trás-os-Montes e Alt. Douro 15 479 13,7% 4 730 -8,1% 3,2 -15,2% 14,0% -2,7% 3,6 13 533 19,1% 11 442 2,8 -13,7%

CH Univer. de São João 46 611 3,6% 11 516 21,7% 3,6 31,7% 9,3% 4,4% 3,1 38 731 1,3% 42 176 2,1 6,6%

CH Univer. do Porto 33 570 -2,6% 7 177 -20,1% 2,8 -19,4% 17,4% -2,9% 2,4 30 098 0,4% 26 354 2,3 -4,8%

CH V. Nova de Gaia/Espinho 26 013 5,2% 7 041 15,8% 2,5 5,6% 9,2% 2,9% 3,4 22 121 0,3% 23 504 2,4 -13,9%

H Braga 36 614 15,9% 16 635 47,7% 3,8 29,2% 14,4% -1,7% 6,4 25 643 3,6% 26 510 3,4 17,5%

H Sra da Oliveira - Guimarães 14 300 -0,2% 5 636 -8,5% 4,1 -6,2% 15,9% -3,4% 4,6 11 534 0,5% 11 862 3,7 -7,4%

H Sta Maria Maior - Barcelos 5 352 -4,8% 1 270 -22,5% 2,2 -33,0% 1,7% -7,4% 2,7 4 793 8,1% 4 141 3,1 4,4%

IPO Porto 13 346 -3,4% 1 914 -4,5% 2,2 30,0% 33,7% 6,3% 1,7 11 964 -0,9% 11 480 1,3 -1,1%

ULS Alto Minho - V. Castelo 14 719 8,6% 4 038 -12,4% 2,2 -15,2% 10,9% 8,7% 3,2 13 342 11,4% 12 534 3,2 -18,7%

ULS Matosinhos 18 130 3,4% 7 789 9,9% 3,9 4,4% 7,5% 4,6% 5,4 14 586 0,7% 12 551 4,7 -0,9%

ULS Nordeste - Bragança 6 017 1,6% 2 301 28,1% 2,5 10,3% 1,7% -0,1% 5,0 4 628 -5,0% 4 937 4,0 4,3%

Centro 121 896 2,5% 44 118 12,9% 35,4 14,6% 42,6 95 437 -1,9% 95 746 30,2 -2,0%

CH Baixo Vouga 12 536 10,1% 5 361 21,8% 3,7 17,0% 7,9% -6,6% 5,5 9 194 -0,8% 8 677 4,0 1,8%

CH Leiria 16 695 8,8% 6 385 16,5% 3,2 1,0% 5,6% -4,3% 4,9 12 723 3,5% 12 423 3,1 -1,6%

CH Tondela - Viseu 17 046 -0,5% 8 164 28,3% 5,7 38,7% 28,9% 4,7% 6,6 12 444 -8,8% 11 731 3,7 6,2%

CH Univer. Cova da Beira 6 040 -0,1% 1 843 16,7% 3,4 7,4% 9,0% 4,0% 3,8 4 770 -2,3% 4 048 2,4 -11,6%

CH Univer. de Coimbra 44 854 -0,8% 16 339 4,3% 4,3 11,2% 17,8% 2,5% 4,4 35 154 -2,1% 40 040 2,9 5,5%

H Arc. J. Crisóst. - Cantanhede 1 422 3,5% 282 18,5% 2,2 71,1% 0,0% 2,5 1 163 -8,1% 778 1,9 -18,3%

H D. Figueira da Foz 5 474 7,3% 1 139 15,2% 2,1 14,8% 0,8% 0,8% 2,6 4 916 5,0% 4 121 2,1 -3,1%

H Dr. Franc. Zagalo - Ovar 1 728 -4,6% 430 -3,8% 2,0 0,0% 3,3% 2,4% 3,0 1 489 -2,7% 1 280 3,1 8,3%

IPO Coimbra 5 332 9,3% 890 -1,7% 1,9 6,7% 27,1% -4,6% 2,0 4 564 7,4% 4 176 1,3 -13,9%

ULS Castelo Branco 4 778 5,9% 1 189 17,8% 3,2 1,1% 10,3% -10,9% 3,1 3 963 -6,6% 3 953 2,5 4,3%

ULS Guarda 5 991 -1,4% 2 096 5,0% 3,8 10,2% 19,4% 1,0% 4,2 5 057 -5,2% 4 519 3,2 -9,3%

Lisboa e Vale do Tejo 224 292 4,8% 80 339 9,4% 58,2 10,3% 66,4 178 119 3,5% 176 538 47,6 2,5%

CH Barreiro Montijo 7 285 0,2% 2 804 -9,3% 4,6 -8,6% 15,7% -13,3% 4,4 5 864 -0,5% 5 070 3,7 3,3%

CH Lisboa Ocidental 19 179 5,2% 5 255 15,6% 3,9 23,2% 19,4% 6,1% 3,4 16 366 5,6% 19 330 2,2 -1,3%

CH Médio Tejo -T. Novas 11 384 5,4% 4 137 27,6% 3,6 0,9% 8,9% -4,0% 4,6 8 743 -2,1% 7 410 3,3 -3,8%

CH Oeste 7 332 9,2% 3 893 -4,9% 4,4 -9,7% 14,5% -10,8% 6,2 5 208 10,2% 4 621 5,0 3,9%

CH Setúbal 14 005 11,2% 6 527 8,1% 4,5 3,1% 17,6% -5,3% 5,8 11 025 11,4% 10 617 4,0 4,8%

CH Univer. de Lisboa Norte 26 939 5,1% 9 174 23,6% 3,9 20,8% 14,3% 0,4% 4,4 20 851 -0,2% 26 091 2,5 -3,5%

CH Univer. Lisboa Central 38 900 2,8% 13 448 4,7% 4,4 3,1% 23,8% -1,3% 4,2 31 695 3,8% 33 298 2,9 4,0%

H Beatriz Ângelo - Loures 14 907 3,5% 5 125 24,1% 3,0 5,9% 3,7% -2,1% 4,4 12 375 -0,6% 9 736 3,3 7,6%

H D. Santarém 9 076 12,1% 4 284 5,8% 6,4 28,7% 27,0% 0,4% 5,7 6 365 14,8% 5 794 3,7 -8,5%

H Fern. Fonseca - Lx 20 848 -0,1% 6 807 4,1% 3,9 0,9% 18,5% 2,0% 3,9 15 586 -3,6% 13 856 2,7 0,8%

H Garcia de Orta - Almada 18 155 1,4% 8 034 -1,5% 5,3 21,5% 25,0% 5,9% 5,4 13 330 -1,0% 11 785 3,8 0,6%

H V. F. Xira 12 618 3,8% 5 730 27,7% 4,3 65,4% 16,7% 8,8% 6,0 10 003 5,0% 10 017 3,7 18,5%

HPP - H Cascais 8 407 0,2% 2 311 -14,9% 2,5 -0,7% 7,1% 1,1% 3,2 7 563 10,4% 6 441 3,0 11,2%

Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx 6 263 26,0% 1 419 36,0% 2,0 35,6% 0,3% 0,3% 2,9 5 336 18,4% 3 706 2,2 1,2%

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ANEXOS

318 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

ARS/Hospital Entradas

Var. Entradas

2017-2016

LIC

Var. LIC

2017-2016

Mediana do TE da LIC

(meses)

Var. Mediana TE LIC 2017-2016

% LIC >TMRG

Var. % LIC

>TMRG 2017-2016

Tempo resolução

LIC (meses)

Operados

Var. Operados

2017-2016

Operados padrão

Média do TE

dos Op. (meses)

Var. Média do TE

dos Op. 2017-2016

IPO Lisboa 8 994 10,6% 1 391 34,1% 1,5 -10,0% 24,7% -8,3% 1,9 7 809 8,5% 8 766 1,5 -3,1%

Alentejo 23 678 -6,8% 9 025 5,7% 13,8 12,8% 59% 18,4 18 923 -8,1% 17 980 13,2 7,2%

H Espírito Santo - Évora 9 881 -6,1% 3 998 11,4% 4,6 25,7% 22,6% 4,5% 5,0 7 659 -13,6% 7 464 3,1 -7,1%

ULS Baixo Alentejo - Beja 5 020 -2,3% 1 788 17,7% 2,6 0,0% 13,8% 2,4% 4,5 3 988 -6,9% 3 840 2,6 1,7%

ULS Litoral Alent. - Sant. Cacém 3 710 -20,0% 1 585 -5,6% 3,4 37,3% 9,3% 3,5% 5,0 3 241 -6,3% 2 997 4,5 31,0%

ULS Norte Alentejano - Portalegre 5 067 -0,7% 1 654 -5,5% 3,1 -8,7% 12,9% -8,4% 3,8 4 035 1,5% 3 679 3,0 0,5%

Algarve 17 476 0,7% 8 413 -9,6% 4,8 10,9% 18% 5,5 10 326 7,5% 10 523 3,2 -14,6%

CH Univer. do Algarve 17 476 0,7% 8 413 -9,6% 4,8 10,9% 17,9% -2,5% 5,5 10 326 7,5% 10 523 3,2 -14,6%

Fonte: ACSS

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 319

2018

ARS/Hospital Entradas

Var. Entradas

2018-2017

LIC

Var. LIC

2018-2017

Mediana do TE da LIC

(meses)

Var. Mediana TE LIC 2018-2017

% LIC >TMRG

Var. % LIC

>TMRG 2018-2017

Tempo resolução

LIC (meses)

Operados

Var. Operados

2018-2017

Operados padrão

Média do TE

dos Op. (meses)

Var. Média TE Op. 2018-2017

Norte 284 146 2,3% 90 033 6,3% 39,8 -4,2% 53,7 229 380 -1,0% 201 470 44,9 -1,6%

CH Entre o Douro e Vouga 16 257 1,5% 5 268 -3,8% 2,6 4,1% 19,2% 10,3% 3,8 14 249 5,6% 11 915 3,4 4,4%

CH Médio Ave - Famalicão 8 198 6,0% 2 408 5,1% 2,5 2,8% 8,9% 8,0% 3,6 6 876 2,4% 5 355 3,7 -6,7%

CH Póvoa do Varzim/VC 4 594 5,3% 989 32,4% 1,6 26,3% 1,2% 1,2% 2,7 4 289 -1,2% 3 814 2,3 2,0%

CH Tâmega e Sousa 19 362 -0,3% 5 023 -17,7% 2,5 1,4% 16,1% 11,5% 2,9 17 283 6,5% 13 262 3,1 1,6%

CH Trás-os-Montes e Alt. Douro 13 471 -13,0% 4 817 1,8% 3,7 16,8% 30,3% 16,3% 4,3 10 881 -19,6% 8 807 3,2 13,0%

CH Univer. de São João 48 482 4,0% 15 412 33,8% 3,2 -12,0% 27,5% 18,2% 4,2 36 859 -4,8% 36 001 2,0 -3,5%

CH Univer. do Porto 36 405 8,4% 9 701 35,2% 2,7 -1,2% 20,8% 3,3% 3,4 29 408 -2,3% 24 099 2,0 -15,4%

CH V. Nova de Gaia/Espinho 26 732 2,8% 7 513 6,7% 2,7 6,7% 20,0% 10,8% 3,4 22 476 1,6% 21 308 2,7 11,9%

H Braga 38 624 5,5% 18 080 8,7% 3,9 1,7% 34,6% 20,2% 5,9 27 443 7,0% 24 851 3,9 16,2%

H Sra da Oliveira - Guimarães 15 242 6,6% 5 957 5,7% 3,5 -13,9% 24,0% 8,1% 4,8 11 284 -2,2% 10 982 3,5 -4,5%

H Sta Maria Maior - Barcelos 6 269 17,1% 1 207 -5,0% 1,6 -29,9% 1,0% -0,7% 2,3 5 794 20,9% 4 684 2,6 -16,5%

IPO Porto 12 728 -4,6% 1 814 -5,2% 1,7 -20,0% 33,0% -0,7% 1,7 11 381 -4,9% 10 122 1,2 -2,6%

ULS Alto Minho - V. Castelo 13 939 -5,3% 3 980 -1,4% 2,3 3,0% 16,0% 5,1% 3,4 12 044 -9,7% 10 317 3,2 0,9%

ULS Matosinhos 18 035 -0,5% 5 976 -23,3% 3,2 -19,5% 20,6% 13,1% 3,6 13 968 -4,2% 11 281 3,8 -18,5%

ULS Nordeste - Bragança 5 808 -3,5% 1 888 -17,9% 2,3 -9,3% 16,0% 14,3% 3,7 5 145 11,2% 4 672 4,1 2,6%

Centro 125 694 3,1% 49 805 12,9% 34,6 -2,1% 46,1 93 688 -1,8% 85 077 32,2 6,7%

CH Baixo Vouga 12 659 1,0% 3 970 -25,9% 2,5 -32,3% 14,5% 6,6% 3,4 11 678 27,0% 9 542 4,0 0,1%

CH Leiria 17 777 6,5% 7 781 21,9% 3,7 13,4% 23,7% 18,2% 5,8 12 267 -3,6% 10 895 3,1 2,3%

CH Tondela - Viseu 18 395 7,9% 10 000 22,5% 5,8 1,7% 51,4% 22,5% 7,3 12 400 -0,4% 10 599 4,5 21,5%

CH Univer. Cova da Beira 6 206 2,7% 2 090 13,4% 4,1 21,6% 31,4% 22,4% 4,2 4 790 0,4% 3 769 2,4 1,9%

CH Univer. de Coimbra 45 867 2,3% 18 967 16,1% 4,6 6,2% 38,8% 20,9% 5,3 32 465 -7,6% 33 847 3,0 2,0%

H Arc. J. Crisóst. - Cantanhede 1 036 -27,1% 161 -42,9% 1,5 -30,8% 1,9% 1,9% 1,7 887 -23,7% 590 2,2 19,2%

H D. Figueira da Foz 6 108 11,6% 1 976 73,5% 2,8 35,5% 2,3% 1,5% 4,6 4 749 -3,4% 3 644 2,5 20,5%

H Dr. Franc. Zagalo - Ovar 1 631 -5,6% 545 26,7% 1,8 -8,5% 4,0% 0,8% 4,3 1 237 -16,9% 1 100 2,9 -5,1%

IPO Coimbra 5 354 0,4% 1 057 18,8% 1,8 -2,7% 38,3% 11,2% 2,4 4 295 -5,9% 3 472 1,4 5,3%

ULS Castelo Branco 4 704 -1,5% 1 149 -3,4% 2,3 -28,1% 15,6% 5,2% 2,9 4 098 3,4% 3 651 2,7 7,0%

ULS Guarda 5 957 -0,6% 2 109 0,6% 3,7 -1,3% 29,4% 10,0% 4,3 4 822 -4,6% 3 968 3,4 5,3%

Lisboa e Vale do Tejo 225 057 0,3% 85 289 6,2% 55,1 -5,4% 66,6 177 293 -0,5% 158 491 47,8 0,4%

CH Barreiro Montijo 7 567 3,9% 2 536 -9,6% 3,6 -21,0% 27,4% 11,8% 3,9 6 123 4,4% 4 837 3,6 -4,0%

CH Lisboa Ocidental 20 112 4,9% 5 897 12,2% 3,9 0,9% 36,4% 17,1% 3,7 16 542 1,1% 16 779 2,4 12,0%

CH Médio Tejo -T. Novas 10 583 -7,0% 3 706 -10,4% 3,1 -13,8% 26,8% 18,0% 4,1 8 692 -0,6% 6 579 3,4 2,8%

CH Oeste 6 940 -5,3% 3 290 -15,5% 4,4 0,0% 31,1% 16,6% 5,2 5 022 -3,6% 3 839 4,4 -11,0%

CH Setúbal 14 116 0,8% 7 007 7,4% 4,6 1,5% 39,0% 21,3% 6,2 10 338 -6,2% 8 905 4,1 2,4%

CH Univer. de Lisboa Norte 26 065 -3,2% 10 756 17,2% 4,4 13,4% 36,2% 21,9% 5,3 18 677 -10,4% 20 956 2,8 10,0%

CH Univer. Lisboa Central 38 476 -1,1% 15 119 12,4% 4,7 6,1% 41,7% 17,9% 4,9 30 753 -3,0% 30 785 2,8 -4,7%

H Beatriz Ângelo - Loures 15 747 5,6% 5 774 12,7% 3,6 21,1% 27,2% 23,5% 4,6 13 512 9,2% 9 907 3,2 -3,4%

H D. Santarém 8 625 -5,0% 3 645 -14,9% 3,7 -42,5% 38,4% 11,4% 4,7 6 204 -2,5% 5 226 3,2 -14,9%

H Fern. Fonseca - Lx 20 342 -2,4% 7 473 9,8% 4,2 5,9% 33,1% 14,6% 4,5 14 814 -5,0% 12 281 2,8 3,2%

H Garcia de Orta - Almada 19 158 5,5% 8 991 11,9% 5,9 11,4% 52,9% 27,9% 5,9 14 251 6,9% 11 590 3,6 -5,1%

H V. F. Xira 11 807 -6,4% 5 380 -6,1% 3,7 -14,0% 33,4% 16,7% 5,4 10 164 1,6% 8 703 4,5 20,3%

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ANEXOS

320 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

ARS/Hospital Entradas

Var. Entradas

2018-2017

LIC

Var. LIC

2018-2017

Mediana do TE da LIC

(meses)

Var. Mediana TE LIC 2018-2017

% LIC >TMRG

Var. % LIC

>TMRG 2018-2017

Tempo resolução

LIC (meses)

Operados

Var. Operados

2018-2017

Operados padrão

Média do TE

dos Op. (meses)

Var. Média TE Op. 2018-2017

HPP - H Cascais 9 955 18,4% 2 285 -1,1% 2,0 -18,7% 10,9% 3,8% 2,7 8 653 14,4% 6 470 2,6 -12,7%

Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx 7 464 19,2% 1 936 36,4% 2,0 -3,3% 4,5% 4,3% 3,3 6 428 20,5% 4 160 2,7 24,0%

IPO Lisboa 8 100 -9,9% 1 494 7,4% 1,3 -11,1% 31,4% 6,7% 2,2 7 120 -8,8% 7 474 1,6 12,2%

Alentejo 23 152 -2,2% 7 396 -18,0% 10,5 -24,0% 14,8 19 619 3,7% 16 628 14,2 7,5%

H Espírito Santo - Évora 10 784 9,1% 3 415 -14,6% 2,8 -39,4% 29,3% 6,7% 3,6 9 063 18,3% 7 838 3,8 20,1%

ULS Baixo Alentejo - Beja 4 089 -18,5% 1 040 -41,8% 2,0 -24,1% 20,2% 6,4% 2,6 3 779 -5,2% 3 143 3,2 22,0%

ULS Litoral Alent. - Sant. Cacém 3 622 -2,4% 1 603 1,1% 3,2 -6,8% 24,9% 15,6% 5,4 2 934 -9,5% 2 564 4,4 -2,9%

ULS Norte Alentejano - Portalegre 4 657 -8,1% 1 338 -19,1% 2,5 -20,2% 17,8% 4,8% 3,3 3 843 -4,8% 3 083 2,9 -2,5%

Algarve 16 997 -2,7% 6 967 -17,2% 3,7 -23,1% 4,5 9 778 -5,3% 8 741 3,1 -2,1%

CH Univer. do Algarve 16 997 -2,7% 6 967 -17,2% 3,7 -23,1% 29,1% 11,2% 4,5 9 778 -5,3% 8 741 3,1 -2,1%

Fonte: ACSS

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 321

Anexo 8. Indicadores globais procura/oferta cirúrgica, por especialidade (2016-2018)

2016

Especialidade Entradas

Var. Entradas

2016-2015

LIC Var. LIC 2016-2015

Mediana do TE da

LIC (meses)

Tempo resolução

LIC (meses)

Percentil 90 do

TE da LIC (meses)

% LIC >TMRG

Var. % LIC

>TMRG 2016-2015

Operados Var.

Operados 2016-2015

Cirurgia Cabeça e Pescoço (inclui ORL, Estomatologia)

60 519 5,1% 22 129 8,3% 3,6 4,5 10,0 31,0% 1,7% 49 778 5,4%

Cirurgia Cardiotóracica 11 534 0,04% 1 440 -0,6% 2,4 1,5 7,2 19,2% -9,4% 10 524 -1,5%

Cirurgia Geral 127 763 -2,5% 43 007 5,9% 3,6 4,1 10,9 32,0% 1,7% 106 875 -4,8%

Cirurgia Pediátrica 10 692 -2,7% 3 687 15,8% 2,7 4,3 8,7 21,6% 6,5% 8 854 -2,4%

Cirurgia Plástica / Dermatologia

43 637 -3,1% 13 335 13,2% 3,6 3,8 12,0 33,5% 0,7% 35 495 -5,3%

Cirurgia Vascular 20 490 -3,2% 7 845 0,6% 4,0 4,6 10,8 31,9% -2,6% 16 685 -0,4%

Ginecologia/ Obstetricia 53 385 -4,2% 10 310 -1,1% 2,1 2,3 7,5 18,0% 0,8% 47 107 -3,6%

Laboratórios 148 -11,4% 10 150,0% 0,1 0,8 0,1 0,0% 0,0% 132 -14,8%

Neurocirurgia 13 320 0,6% 5 492 13,3% 5,0 5,2 14,9 42,7% 0,2% 10 188 -4,1%

Oftalmologia 185 293 9,0% 46 448 15,4% 2,4 3,1 7,0 15,3% 0,0% 164 762 9,9%

Ortopedia 103 054 -2,3% 45 045 0,0% 4,1 5,2 12,5 35,2% -2,8% 83 280 0,1%

Outros Seviços 1 808 9,9% 70 37,3% 1,3 0,5 2,4 7,1% 7,1% 1 642 13,9%

Urologia 39 270 0,6% 12 088 4,6% 3,2 3,7 11,3 34,0% 1,0% 33 443 2,3%

Total 670 913 1,2% 210 906 6,8% 3,3 3,8 10,3 28,4% -0,3% 568 765 1,5%

Fonte: ACSS

2017

Especialidade Entradas

Var. Entradas

2017-2016

LIC

Var. LIC

2017-2016

Mediana do TE da

LIC (meses)

Tempo resolução

LIC (meses)

Percentil 90 do TE da LIC

(meses)

% LIC >TMRG

Var. % LIC

>TMRG 2017-2016

Operados Var.

Operados 2017-2016

Cirurgia Cabeça e Pescoço (inclui ORL, Estomatologia)

61 494 1,6% 23 235 5,0% 3,7 4,6 9,7 31,8% 0,8% 50 747 1,9%

Cirurgia Cardiotóracica 11 363 -1,5% 1 661 15,3% 2,7 1,8 6,9 17,5% -1,7% 10 092 -4,1%

Cirurgia Geral 128 118 0,3% 44 809 4,2% 3,7 4,2 10,4 34,4% 2,4% 107 908 1,0%

Cirurgia Pediátrica 11 320 5,9% 4 445 20,6% 3,4 5,0 8,8 28,2% 6,6% 9 331 5,4%

Cirurgia Plástica / Dermatologia 45 191 3,6% 13 933 4,5% 3,9 3,7 11,3 38,9% 5,4% 37 942 6,9%

Cirurgia Vascular 20 958 2,3% 8 057 2,7% 3,6 4,6 9,7 33,1% 1,2% 16 886 1,2%

Ginecologia/ Obstetricia 52 564 -1,5% 11 293 9,5% 2,3 2,6 6,9 16,9% -1,1% 45 646 -3,1%

Laboratórios 398 168,9% 2 -80,0% 0,1 0,1 0,1 0,0% 0,0% 375 184,1%

Neurocirurgia 13 825 3,8% 6 000 9,2% 5,9 5,4 17,1 50,7% 8,0% 11 042 8,4%

Oftalmologia 204 812 10,5% 54 446 17,2% 2,9 3,3 7,6 21,9% 6,6% 181 547 10,2%

Ortopedia 108 153 4,9% 50 569 12,3% 4,8 5,9 11,6 41,4% 6,2% 82 738 -0,7%

Outros Seviços 1 356 -25,0% 63 -10,0% 0,4 0,5 1,9 6,3% -0,8% 1 265 -23,0%

Urologia 39 580 0,8% 12 737 5,4% 3,1 3,9 10,1 34,6% 0,6% 33 294 -0,4%

Total 699 132 4,2% 231 250 9,6% 3,6 4,1 9,7 32,3% 3,9% 588 813 3,5%

Fonte: ACSS

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ANEXOS

322 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

2018

Especialidade Entradas

Var. Entradas

2017-2016

LIC Var. LIC

2017-2016

Mediana do TE da

LIC (meses)

Tempo resolução

LIC (meses)

Percentil 90 do

TE da LIC (meses)

% LIC >TMRG

Var. % LIC

>TMRG 2017-2016

Operados Var.

Operados 2017-2016

Cirurgia Cabeça e Pescoço (inclui ORL, Estomatologia)

60 985 -0,8% 24 436 5,2% 4,1 4,9 11,1 32,0% 0,1% 49 492 -2,5%

Cirurgia Cardiotóracica 11 615 2,2% 2 256 35,8% 3,2 2,5 10,0 27,0% 9,5% 9 972 -1,2%

Cirurgia Geral 128 361 0,2% 48 094 7,3% 3,7 4,6 11,7 30,6% -3,8% 106 709 -1,1%

Cirurgia Pediátrica 11 013 -2,7% 4 817 8,4% 3,2 5,4 9,3 26,3% -1,9% 8 989 -3,7%

Cirurgia Plástica / Dermatologia

44 877 -0,7% 14 396 3,3% 3,4 3,9 13,4 32,7% -6,2% 37 789 -0,4%

Cirurgia Vascular 21 770 3,9% 9 409 16,8% 3,6 5,5 11,7 32,1% -1,0% 16 366 -3,1%

Ginecologia/ Obstetricia 52 106 -0,9% 12 408 9,9% 2,4 2,9 7,0 17,2% 0,3% 44 097 -3,4%

Laboratórios 457 14,8% 8 300,0% 0,6 0,2 2,1 0,0% 0,0% 425 13,3%

Neurocirurgia 13 249 -4,2% 6 216 3,6% 5,4 5,8 19,5 48,0% -2,7% 10 488 -5,0%

Oftalmologia 211 867 3,4% 55 254 1,5% 2,6 3,1 8,4 20,5% -1,4% 191 978 5,7%

Ortopedia 109 012 0,8% 53 267 5,3% 4,6 6,0 14,1 37,4% -4,0% 84 915 2,6%

Outros Seviços 1 884 38,9% 123 95,2% 0,4 0,8 2,0 9,8% 3,4% 1 657 31,0%

Urologia 38 907 -1,7% 13 817 8,5% 3,2 4,4 11,8 35,6% 1,0% 32 101 -3,6%

Total 706 103 1,0% 244 501 5,7% 3,5 4,2 11,4 30,0% -2,3% 594 978 1,0%

Fonte: ACSS

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 323

Anexo 9. Indicadores globais procura/oferta cirúrgica, por grupo nosológico

(2016-2018)

2016

Especialidade Entradas

Var. Entradas

2016-2015

LIC

Var. LIC

2016-2015

Mediana do TE da

LIC (meses)

Tempo resolução

LIC (meses)

Percentil 90 do

TE da LIC (meses)

% LIC >TMRG*

Var. % LIC

>TMRG 2016-2015

Operados Var.

Operados 2016-2015

Procedimentos em Coluna Vertebral 12 059 0,8% 7 515 9,3% 5,5 7,9 16,2 47,7% -0,4% 8 343 -6,2%

Procedimentos em Doença benigna da mama e maligna sem intenção curativa

9 527 -4,9% 4 700 10,1% 4,9 6,2 17,2 42,7% 3,1% 7 596 -5,2%

Procedimentos em Doença benigna da próstata e maligna sem intenção curativa

4 615 -3,3% 2 092 0,0% 3,9 5,4 12,4 37,3% 1,3% 3 806 0,3%

Procedimentos em Doença da Tiróide 5 538 -5,5% 2 386 5,9% 4,0 5,3 10,9 36,7% 8,4% 4 813 -6,7%

Procedimentos em Doença da Vesícula Biliar 16 428 -2,0% 7 641 3,4% 4,2 5,6 11,0 35,4% 1,2% 13 251 -3,3%

Procedimentos em Doença das Amígdalas, adenóides, nariz, seios perinasais, ouvido

34 986 1,5% 16 207 6,2% 3,9 5,7 9,7 30,5% 1,2% 28 716 0,7%

Procedimentos em Doença do Cólon (intestino grosso)

1 683 -3,9% 426 13,9% 3,6 3,1 11,1 31,9% 0,4% 1 420 -11,4%

Procedimentos em Doença do Coração 9 326 -0,6% 1 178 -1,7% 2,5 1,5 7,1 19,7% -8,6% 8 571 -1,3%

Procedimentos em Doença do Olhos e anexos

186 583 9,1% 46 970 15,6% 2,4 3,1 7,1 15,4% -0,1% 165 757 9,8%

Procedimentos em Doença do Sistema nervoso central

3 523 -6,4% 420 3,2% 3,4 1,4 13,7 34,5% 3,3% 3 077 -6,9%

Procedimentos em Doença do útero e anexos 23 616 -2,8% 4 948 -5,5% 2,0 2,5 7,3 17,2% -1,0% 23 254 -1,8%

Procedimentos em Hemorróidas, outras doenças anais, prolapsos e incontinência

13 198 -4,6% 5 114 6,2% 3,6 4,7 9,6 29,7% 2,8% 10 982 -6,0%

Procedimentos em Hérnias Inguino-femurais 20 403 -0,7% 8 981 6,3% 3,6 5,4 10,0 29,2% 0,7% 16 981 -0,9%

Procedimentos em Lipomas, quistos sebáceos, adiposidade localizada e outras lesões da pele benignas e malignas sem intenção curativa

49 690 -3,0% 13 250 12,7% 3,1 3,3 9,9 26,2% -0,6% 40 062 -7,9%

Procedimentos em Obesidade 2 056 14,5% 1 493 15,8% 6,1 9,6 18,6 51,0% 6,6% 1 468 9,8%

Procedimentos em Ossos, tecidos moles e articulações

93 376 -1,4% 40 909 1,8% 4,2 5,3 12,4 35,9% -2,4% 74 903 1,1%

Procedimentos em Outras doenças da cabeça e pescoço

24 328 9,6% 6 366 13,3% 3,1 3,2 10,7 30,5% 2,0% 20 054 9,8%

Procedimentos em Outras doenças da região abdominopélvica (inclui esófago)

52 078 -1,9% 14 377 8,1% 3,1 3,4 10,7 30,0% 2,1% 42 507 -1,6%

Procedimentos em Outras doenças da região torácica

855 -10,8% 109 3,8% 2,2 1,5 9,9 17,4% -7,3% 766 -15,2%

Procedimentos em Quisto sinovial, Dupuytran, sind. do túnel cárpico, dedo em gatilho

22 139 -4,0% 8 038 -7,4% 3,0 4,2 8,8 21,6% -3,8% 19 006 2,0%

Procedimentos em Varizes dos membros inferiores

15 827 -7,8% 9 321 -2,4% 4,2 7,0 11,0 33,7% -1,2% 12 767 -3,8%

Outras referências não enquadráveis em outros agrupamentos

18 246 -2,8% 3 999 12,3% 2,9 2,7 10,9 26,7% -0,9% 15 131 -5,6%

Total 620 080 1,4% 206 440 6,8% 3,4 4,1 10,4 28,5% -0,4% 523 231 1,7%

*De acordo com a Portaria n.º153/2017, de 4 de maio Fonte: ACSS

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ANEXOS

324 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

2017

Especialidade Entradas

Var. Entradas

2017-2016

LIC

Var. LIC

2017-2016

Mediana do TE da

LIC (meses)

Tempo resolução

LIC (meses)

Percentil 90 do

TE da LIC (meses)

% LIC >TMRG*

Var. % LIC

>TMRG 2017-2016

Operados

Var. Operados

2017-2016

Procedimentos em Coluna Vertebral 12 409 2,9% 8 262 9,9% 6,7 8,6 17,9 54,8% 7,1% 8 947 7,2%

Procedimentos em Doença benigna da mama e maligna sem intenção curativa

9 674 1,5% 5 066 7,8% 5,5 6,5 17,2 47,3% 4,6% 7 825 3,0%

Procedimentos em Doença benigna da próstata e maligna sem intenção curativa

4 848 5,0% 2 089 -0,1% 3,5 5,2 10,5 33,9% -3,3% 3 988 4,8%

Procedimentos em Doença da Tiróide 5 462 -1,4% 2 282 -4,4% 3,8 4,9 10,4 35,9% -0,8% 4 960 3,1%

Procedimentos em Doença da Vesícula Biliar

16 338 -0,5% 7 774 1,7% 4,4 5,7 10,7 36,4% 1,1% 13 245 0,0%

Procedimentos em Doença das Amígdalas, adenóides, nariz, seios perinasais, ouvido

35 098 0,3% 16 615 2,5% 3,9 5,8 9,0 31,1% 0,5% 28 840 0,4%

Procedimentos em Doença do Cólon (intestino grosso)

1 595 -5,2% 429 0,7% 4,2 3,2 13,8 39,9% 7,9% 1 353 -4,7%

Procedimentos em Doença do Coração 9 233 -1,0% 1 327 12,6% 2,7 1,7 6,8 16,5% -3,2% 8 249 -3,8%

Procedimentos em Doença do Olhos e anexos

206 192 10,5% 54 934 17,0% 2,9 3,3 7,6 22,1% 6,7% 182 630 10,2%

Procedimentos em Doença do Sistema nervoso central

3 647 3,5% 551 31,2% 4,1 1,9 13,9 40,7% 6,1% 3 085 0,3%

Procedimentos em Doença do útero e anexos

23 777 0,7% 5 368 8,5% 2,3 2,8 6,8 15,1% -2,1% 22 350 -3,9%

Procedimentos em Hemorróidas, outras doenças anais, prolapsos e incontinência

12 662 -4,1% 5 180 1,3% 3,6 4,9 9,4 30,0% 0,2% 10 660 -2,9%

Procedimentos em Hérnias Inguino-femurais

20 857 2,2% 9 474 5,5% 3,8 5,5 9,2 32,7% 3,5% 17 389 2,4%

Procedimentos em Lipomas, quistos sebáceos, adiposidade localizada e outras lesões da pele benignas e malignas sem intenção curativa

51 126 2,9% 14 195 7,1% 3,2 3,4 9,1 30,1% 3,9% 42 110 5,1%

Procedimentos em Obesidade 1 928 -6,2% 1 599 7,1% 7,4 10,5 20,2 59,7% 8,7% 1 581 7,7%

Procedimentos em Ossos, tecidos moles e articulações

96 997 3,9% 45 947 12,3% 5,0 6,0 11,6 42,8% 7,0% 74 114 -1,1%

Procedimentos em Outras doenças da cabeça e pescoço

25 129 3,3% 7 343 15,3% 3,5 3,7 12,7 33,4% 2,9% 20 560 2,5%

Procedimentos em Outras doenças da região abdominopélvica (inclui esófago)

51 735 -0,7% 15 744 9,5% 3,2 3,7 10,8 32,8% 2,8% 42 081 -1,0%

Procedimentos em Outras doenças da região torácica

982 14,9% 156 43,1% 3,1 2,0 8,4 21,8% 4,4% 846 10,4%

Procedimentos em Quisto sinovial, Dupuytran, sind. do túnel cárpico, dedo em gatilho

24 100 8,9% 9 002 12,0% 3,1 4,7 7,5 21,7% 0,1% 19 328 1,7%

Procedimentos em Varizes dos membros inferiores

15 631 -1,2% 8 835 -5,2% 3,7 6,5 9,2 33,1% -0,6% 13 045 2,2%

Outras referências não enquadráveis em outros agrupamentos

18 434 1,0% 4 477 12,0% 3,6 3,0 10,7 32,3% 5,5% 15 191 0,4%

Total 647 854 4,5% 226 649 9,8% 3,6 4,3 9,8 32,5% 4,0% 542 377 3,7%

*De acordo com a Portaria n.º153/2017, de 4 de maio Fonte: ACSS

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 325

2018

Especialidade Entradas

Var. Entradas

2018-2017

LIC Var. LIC

2018-2017

Mediana do TE da LIC

(meses)

Tempo resolução

LIC (meses)

Percentil 90 do TE da

LIC (meses)

% LIC >TMRG*

Var. % LIC

>TMRG 2018-2017

Operados

Var. Operados

2018-2017

Procedimentos em Coluna Vertebral 11 929 -3,9% 8 173 -0,01077221 6,1 8,2 19,1 53,2% -1,6% 8 134 -9,1%

Procedimentos em Doença benigna da mama e maligna sem intenção curativa

8 600 -11,1% 5 124 1,1% 5,6 7,2 20,1 48,0% 0,7% 6 585 -15,8%

Procedimentos em Doença benigna da próstata e maligna sem intenção curativa

4 400 -9,2% 2 184 4,5% 4,2 6,1 13,3 40,4% 6,5% 3 362 -15,7%

Procedimentos em Doença da Tiróide 5 138 -5,9% 2 206 -3,3% 3,7 5,1 11,2 30,4% -5,5% 4 368 -11,9%

Procedimentos em Doença da Vesícula Biliar 14 872 -9,0% 7 834 0,8% 4,6 6,3 13,8 36,4% 0,0% 11 248 -15,1%

Procedimentos em Doença das Amígdalas, adenóides, nariz, seios perinasais, ouvido

32 763 -6,7% 15 710 -5,4% 4,4 5,6 10,1 31,5% 0,4% 25 834 -10,4%

Procedimentos em Doença do Cólon (intestino grosso)

1 537 -3,6% 519 21,0% 4,7 4,3 17,3 43,5% 3,7% 1 207 -10,8%

Procedimentos em Doença do Coração 8 920 -3,4% 1 532 15,4% 3,6 2,1 10,5 28,1% 11,6% 7 801 -5,4%

Procedimentos em Doença do Olhos e anexos 203 586 -1,3% 52 112 -5,1% 2,8 3,0 8,6 22,0% 0,0% 183 092 0,3%

Procedimentos em Doença do Sistema nervoso central

3 188 -12,6% 612 11,1% 5,5 2,3 15,6 51,0% 10,3% 2 690 -12,8%

Procedimentos em Doença do útero e anexos 22 285 -6,3% 5 662 5,5% 2,5 3,1 7,2 17,5% 2,4% 20 212 -9,6%

Procedimentos em Hemorróidas, outras doenças anais, prolapsos e incontinência

11 382 -10,1% 4 857 -6,2% 3,9 5,0 11,8 30,2% 0,2% 9 258 -13,2%

Procedimentos em Hérnias Inguino-femurais 21 418 2,7% 10 301 8,7% 3,9 6,0 10,6 29,5% -3,2% 16 299 -6,3%

Procedimentos em Lipomas, quistos sebáceos, adiposidade localizada e outras lesões da pele benignas e malignas sem intenção curativa

47 664 -6,8% 12 646 -10,9% 3,2 3,1 10,0 24,7% -5,5% 39 742 -5,6%

Procedimentos em Obesidade 2 024 5,0% 1 766 10,4% 6,7 10,7 16,6 56,1% -3,5% 1 609 1,8%

Procedimentos em Ossos, tecidos moles e articulações

95 602 -1,4% 47 767 4,0% 4,7 6,1 14,8 40,2% -2,6% 70 754 -4,5%

Procedimentos em Outras doenças da cabeça e pescoço

23 908 -4,9% 7 509 2,3% 4,5 3,8 14,9 40,1% 6,7% 19 204 -6,6%

Procedimentos em Outras doenças da região abdominopélvica (inclui esófago)

48 175 -6,9% 15 699 -0,3% 3,5 3,9 11,9 33,5% 0,7% 38 685 -8,1%

Procedimentos em Outras doenças da região torácica

883 -10,1% 209 34,0% 4,9 3,0 11,3 46,4% 24,6% 747 -11,7%

Procedimentos em Quisto sinovial, Dupuytran, sind. do túnel cárpico, dedo em gatilho

23 991 -0,5% 8 428 -6,4% 2,8 4,1 7,9 17,5% -4,2% 19 841 2,7%

Procedimentos em Varizes dos membros inferiores

14 268 -8,7% 8 643 -2,2% 4,0 7,1 11,3 32,7% -0,4% 10 328 -20,8%

Outras referências não enquadráveis em outros agrupamentos

17 886 -3,0% 4 465 -0,3% 3,6 3,0 12,8 32,7% 0,4% 14 555 -4,2%

Procedimentos (em/no/para) Abdominal e pélvico 312 183 1,9 17,3 4,6 1,1% 481

Procedimentos (em/no/para) Administração 2 687 661 1,3 3,9 2,3 1,2% 2 480

Procedimentos (em/no/para) Amígdalas e adenóides outro

171 135 3,2 46,3 6,0 6,7% 93

Procedimentos (em/no/para) Amigdalectomia com adenoidectomia

342 258 1,8 45,5 4,2 0,8% 690

Procedimentos (em/no/para) Anûs e esfincteres 104 58 1,5 15,5 4,2 0,0% 160

Procedimentos (em/no/para) Artérias da cabeça e pescoço

60 23 2,1 7,5 2,9 26,1% 44

Procedimentos (em/no/para) Artérias do tronco 96 30 1,4 5,5 3,4 20,0% 76

Procedimentos (em/no/para) Artérias dos membros

232 39 1,1 2,4 2,5 20,5% 171

Procedimentos (em/no/para) Artérias intracraneanas

10 2 1,0 3,0 1,1 0,0% 9

Procedimentos (em/no/para) Artérias outras 31 4 0,8 1,8 1,1 0,0% 17

Procedimentos (em/no/para) Artroscopia joelho e anca

36 24 1,3 24,0 2,2 0,0% 79

Procedimentos (em/no/para) Assistencia extracorporal

1 0 0,0 1

Procedimentos (em/no/para) Baço 7 3 0,6 9,0 1,4 0,0% 4

Procedimentos (em/no/para) Bexiga 256 133 1,8 13,0 3,6 3,8% 225

Procedimentos (em/no/para) Cabeça 1 0 0,0 5

Procedimentos (em/no/para) Calectomia 33 14 1,6 9,3 3,1 0,0% 139

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ANEXOS

326 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Especialidade Entradas

Var. Entradas

2018-2017

LIC Var. LIC

2018-2017

Mediana do TE da LIC

(meses)

Tempo resolução

LIC (meses)

Percentil 90 do TE da

LIC (meses)

% LIC >TMRG*

Var. % LIC

>TMRG 2018-2017

Operados

Var. Operados

2018-2017

Procedimentos (em/no/para) Carina e brônquios 5 1 2,2 3,0 2,2 0,0% 3

Procedimentos (em/no/para) Cavidade craneana 6 3 1,5 12,0 2,3 0,0% 2

Procedimentos (em/no/para) Cavidade oral, faringe, laringe e mandíbula NCOP/outros

16 5 1,2 5,5 3,4 0,0% 12

Procedimentos (em/no/para) Cavidade oral, Faringe, Laringe NCOP/outros

9 4 4,3 9,6 5,7 25,0% 3

Procedimentos (em/no/para) Cavidade oral, inclui úvula

193 105 1,3 14,3 2,9 1,9% 148

Procedimentos (em/no/para) Circuncisão 63 43 1,3 25,8 2,9 0,0% 186

Procedimentos (em/no/para) Colecistectmia laparoscópica ou aberta

390 226 1,8 16,7 4,1 0,4% 856

Procedimentos (em/no/para) Coração 16 5 2,0 5,5 3,8 0,0% 13

Procedimentos (em/no/para) Córnea, câmara anterior e cristalino

4 703 2 192 1,5 10,6 3,0 0,9% 4 702

Procedimentos (em/no/para) Coronárias 198 81 1,8 9,1 4,6 9,9% 108

Procedimentos (em/no/para) Dentes 415 263 1,5 21,2 2,7 1,1% 359

Procedimentos (em/no/para) Diafragma 8 6 3,1 36,0 4,2 0,0% 11

Procedimentos (em/no/para) Epiplon, mesentério, peritoneu

8 1 3,9 1,7 3,9 100,0% 6

Procedimentos (em/no/para) Esclerótica, coróide, íris

23 4 0,9 2,5 1,8 0,0% 24

Procedimentos (em/no/para) Escroto, testículos e canais

312 190 1,7 19,3 4,0 1,1% 357

Procedimentos (em/no/para) Esófago e estômago 139 86 1,9 19,5 4,1 0,0% 106

Procedimentos (em/no/para) Excisão/destruição de lesão no útero ou cérvix

398 108 1,4 4,5 2,6 1,9% 302

Procedimentos (em/no/para) Face 7 4 2,0 16,0 2,6 0,0% 11

Procedimentos (em/no/para) Facoemulsificação com e sem prótese

1 011 429 1,4 8,8 2,3 0,2% 1 480

Procedimentos (em/no/para) Faringe (oro) inclui epiglote

16 11 1,6 26,4 3,5 0,0% 6

Procedimentos (em/no/para) Fígado, ductos hepáticos

3 1 0,5 6,0 0,5 0,0% 3

Procedimentos (em/no/para) Glândula NCOP/outras

1 0 0,0 1

Procedimentos (em/no/para) Glândulas adrenais 4 3 2,5 36,0 2,5 0,0% 2

Procedimentos (em/no/para) Glândulas intracraneanas

10 6 0,9 18,0 1,9 0,0% 7

Procedimentos (em/no/para) Glândulas salivares NOS

2 2 2,7 4,0 0,0%

Procedimentos (em/no/para) Grandes vasos 34 10 2,3 5,2 3,1 10,0% 26

Procedimentos (em/no/para) Histeroscopia 294 91 1,2 5,4 3,4 8,8% 222

Procedimentos (em/no/para) Imagiologia 60 16 1,1 4,4 2,0 0,0% 71

Procedimentos (em/no/para) Intestino 141 62 1,6 9,4 4,6 0,0% 115

Procedimentos (em/no/para) Lábio 59 38 1,6 22,8 4,4 0,0% 37

Procedimentos (em/no/para) Larige (inclui corda vocal)

118 49 1,5 9,3 4,7 2,0% 99

Procedimentos (em/no/para) Libertação de túnel cárpico

426 165 1,3 7,6 2,9 0,0% 596

Procedimentos (em/no/para) Linfático cabeça e pescoço e timo

21 4 1,2 2,8 1,7 0,0% 11

Procedimentos (em/no/para) Linfático membros 13 12 3,4 144,0 4,7 0,0% 1

Procedimentos (em/no/para) Linfático tronco 8 3 2,3 7,2 2,9 0,0% 6

Procedimentos (em/no/para) Linfáticos axilares 10 3 1,0 5,1 2,0 0,0% 6

Procedimentos (em/no/para) Linfáticos inguinais 7 0 0,0 7

Procedimentos (em/no/para) Mama e mamilos 570 359 2,2 21,1 4,6 1,4% 722

Procedimentos (em/no/para) Med. Física de reabilitação e audiologia

19 4 1,4 3,2 4,1 0,0% 15

Procedimentos (em/no/para) Medicina Nuclear 1 1 2,5 2,5 0,0%

Procedimentos (em/no/para) Medula espinhal 89 64 1,4 30,7 3,2 1,6% 119

Procedimentos (em/no/para) Membros inferiores 255 142 1,8 15,2 4,2 0,7% 259

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ANEXOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE

RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 327

Especialidade Entradas

Var. Entradas

2018-2017

LIC Var. LIC

2018-2017

Mediana do TE da LIC

(meses)

Tempo resolução

LIC (meses)

Percentil 90 do TE da

LIC (meses)

% LIC >TMRG*

Var. % LIC

>TMRG 2018-2017

Operados

Var. Operados

2018-2017

Procedimentos (em/no/para) Membros superiores 64 20 1,4 5,5 3,4 0,0% 57

Procedimentos (em/no/para) Miringotomia com insercao de tubo

205 101 1,6 12,8 3,6 1,0% 241

Procedimentos (em/no/para) Monitorização 2 1 1,4 12,0 1,4 0,0% 1

Procedimentos (em/no/para) Músculos e tendões da cabeça e pescoço

2 1 1,3 12,0 1,3 0,0% 4

Procedimentos (em/no/para) Músculos e tendões do tronco e pelve

4 3 1,8 36,0 1,8 0,0% 16

Procedimentos (em/no/para) Músculos e tendões dos membros inclui ombro e quadril

195 104 1,8 14,0 4,1 1,0% 314

Procedimentos (em/no/para) músculos e tendões NCOP/outros

7 6 1,5 72,0 3,5 0,0% 1

Procedimentos (em/no/para) Músculos orais e faríngeos

1 1 5,8 5,8 0,0%

Procedimentos (em/no/para) Nariz 219 150 2,3 27,3 5,4 2,0% 231

Procedimentos (em/no/para) Nervos cabeça e pescoço

11 5 3,3 10,0 3,5 0,0% 9

Procedimentos (em/no/para) Nervos do tronco 157 124 1,5 51,3 3,4 1,6% 101

Procedimentos (em/no/para) Nervos dos membros 236 125 1,5 13,6 3,2 0,8% 199

Procedimentos (em/no/para) Novas tecnologias 18 12 2,1 24,0 2,7 0,0% 8

Procedimentos (em/no/para) Olho NCOP/outra 117 48 1,3 8,3 2,3 2,1% 149

Procedimentos (em/no/para) Ossos base crâneo e órbita

6 2 5,6 6,0 5,6 0,0% 8

Procedimentos (em/no/para) Ossos do crâneo 17 6 1,3 6,5 2,8 0,0% 15

Procedimentos (em/no/para) Ossos do tronco 20 11 2,3 14,7 4,6 0,0% 18

Procedimentos (em/no/para) Ossos dos membros inclui cintura escapular e quadril

2 362 1 307 1,8 14,9 4,6 2,1% 3 178

Procedimentos (em/no/para) Ossos e articulações da face e pescoço

45 24 2,7 18,0 6,0 12,5% 26

Procedimentos (em/no/para) Ossos, articulações, cápsula e ligamentos NCOP/outro

28 6 0,6 3,4 3,2 0,0% 17

Procedimentos (em/no/para) Outras glândulas salivares (exceto parótida)

28 19 1,6 25,3 3,2 0,0% 23

Procedimentos (em/no/para) Outros Procedimentos

20 8 2,0 8,0 2,6 0,0% 11

Procedimentos (em/no/para) Ouvido médio, mastóide, ouvido interno, trompas de eustáquio

131 91 2,5 33,1 4,7 2,2% 97

Procedimentos (em/no/para) Ouvido, pavilhão auricular e canal auditivo externo

162 119 2,3 35,7 4,9 2,5% 124

Procedimentos (em/no/para) Ovários e trompas 439 151 1,7 6,3 4,3 3,3% 380

Procedimentos (em/no/para) Pálpebras, conjuntiva, glândula e ducto lacrimal

575 319 1,9 15,2 4,0 0,3% 633

Procedimentos (em/no/para) Pâncreas, ductos e ampola de Vater

2 2 1,3 1,3 0,0%

Procedimentos (em/no/para) Paratiróide 24 20 1,4 60,0 2,6 0,0% 16

Procedimentos (em/no/para) Pares craneanos 9 6 1,3 24,0 2,9 0,0% 11

Procedimentos (em/no/para) Parótida 12 8 3,0 24,0 3,6 0,0% 8

Procedimentos (em/no/para) Pele , subcutâneo e fáscia dos membros excepto exerése

167 60 1,4 6,7 2,6 3,3% 222

Procedimentos (em/no/para) Pele , subcutâneo e fáscia dos membros exerése

270 140 1,8 13,1 4,6 0,7% 339

Procedimentos (em/no/para) Pele, subcutâneo e fáscia da Cabeça e pescoço excepto exerése

161 76 1,5 10,7 4,0 0,0% 129

Procedimentos (em/no/para) Pele, subcutâneo e fáscia da Cabeça e pescoço exerése

422 275 1,8 23,4 4,6 0,4% 248

Procedimentos (em/no/para) Pele, subcutâneo e fáscia do tronco e pelve excepto exerése

458 181 1,6 7,9 3,8 1,7% 534

Procedimentos (em/no/para) Pele, subcutâneo e fáscia do tronco e pelve exerése

451 254 1,8 15,6 3,9 0,4% 574

Procedimentos (em/no/para) Pele, subcutâneo e fáscia NCOP/outro

19 10 1,0 13,3 2,5 0,0% 10

Procedimentos (em/no/para) Pénis 509 303 2,1 17,7 4,0 0,0% 373

Procedimentos (em/no/para) Pensos e outros procedimentos

9 3 2,4 6,0 2,5 0,0% 4

Procedimentos (em/no/para) Pescoço 10 3 3,6 5,1 5,4 0,0% 13

Procedimentos (em/no/para) Pleura 28 7 0,8 4,0 1,3 0,0% 17

Procedimentos (em/no/para) Procedimentos maxilares

89 67 1,5 36,5 2,5 1,5% 50

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ANEXOS

328 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Especialidade Entradas

Var. Entradas

2018-2017

LIC Var. LIC

2018-2017

Mediana do TE da LIC

(meses)

Tempo resolução

LIC (meses)

Percentil 90 do TE da

LIC (meses)

% LIC >TMRG*

Var. % LIC

>TMRG 2018-2017

Operados

Var. Operados

2018-2017

Procedimentos (em/no/para) Procedimentos nas articulações intervertebrais do tronco

137 93 1,8 25,4 4,6 4,3% 195

Procedimentos (em/no/para) Procedimentos obstétricos

37 1 0,1 0,3 0,1 0,0% 44

Procedimentos (em/no/para) Procedimentos Osteopáticos

2 1 2,8 12,0 2,8 0,0% 1

Procedimentos (em/no/para) Procedimentos Quireopáticos

1 0 0,0 1

Procedimentos (em/no/para) Próstata e vesículas seminais

20 15 2,0 45,0 3,8 6,7% 29

Procedimentos (em/no/para) Prostatectomia 207 141 1,9 26,0 4,6 0,7% 246

Procedimentos (em/no/para) Pulmões 50 6 1,1 1,6 2,7 16,7% 52

Procedimentos (em/no/para) Recessão transuretral de tecidos

22 11 2,1 12,0 2,8 9,1% 26

Procedimentos (em/no/para) Reparação de hérnias da parede abdominal

324 218 2,3 25,2 4,6 0,5% 494

Procedimentos (em/no/para) Reparação de hérnias inguinofemurais

685 387 1,6 15,8 3,6 0,5% 1 383

Procedimentos (em/no/para) Retina 458 144 0,9 5,5 2,5 1,4% 330

Procedimentos (em/no/para) Rim e Ureteres 187 107 1,6 16,9 3,8 15,0% 127

Procedimentos (em/no/para) Seios 125 89 1,6 38,1 4,6 1,1% 124

Procedimentos (em/no/para) Septoplastia 365 258 2,5 31,9 4,7 0,4% 426

Procedimentos (em/no/para) Sistema nervoso central- Orgãos intracraneanos

120 30 1,2 4,0 2,5 6,7% 97

Procedimentos (em/no/para) Substituição total da anca

158 98 1,8 19,6 4,6 0,0% 545

Procedimentos (em/no/para) Substituição total do Joelho

303 218 1,5 31,5 4,6 0,5% 501

Procedimentos (em/no/para) Tímpano 88 54 2,3 20,9 5,4 5,6% 121

Procedimentos (em/no/para) Tiróide 198 120 1,8 18,9 3,0 3,3% 273

Procedimentos (em/no/para) Tórax, trato respiratório, cavidade pleural e mediastino

20 6 1,5 5,1 3,5 0,0% 25

Procedimentos (em/no/para) Traqueia 34 3 2,8 1,2 4,1 0,0% 25

Procedimentos (em/no/para) Trato Gasto-intestinal sup NOS

5 3 1,8 18,0 4,6 0,0% 2

Procedimentos (em/no/para) Trato gastrointestinal 1 0 0,0 1

Procedimentos (em/no/para) Trato genito urinário 10 7 3,7 28,0 5,5 28,6% 6

Procedimentos (em/no/para) Turbinectomia 153 59 1,3 7,5 3,5 0,0% 221

Procedimentos (em/no/para) Ureteres e uretra 465 244 1,5 13,6 3,6 7,4% 394

Procedimentos (em/no/para) Útero 553 237 1,8 9,0 3,9 2,5% 580

Procedimentos (em/no/para) Vagina 119 66 2,3 15,2 4,6 0,0% 93

Procedimentos (em/no/para) Válvulas cardíacas 347 174 1,9 12,5 4,1 2,9% 179

Procedimentos (em/no/para) Veias cabeça e pescoço

11 2 1,8 2,7 2,6 0,0% 8

Procedimentos (em/no/para) Veias membros 1 267 932 2,0 34,3 4,9 2,0% 1 518

Procedimentos (em/no/para) Veias NCOP/outras 414 202 1,9 11,4 5,7 5,4% 284

Procedimentos (em/no/para) Veias tronco 74 41 1,4 14,9 4,1 0,0% 198

Procedimentos (em/no/para) Vértebras cervicais 98 59 2,0 18,2 5,3 1,7% 63

Procedimentos (em/no/para) Vértebras dorsais, lombares, sagradas

221 125 2,2 15,6 4,7 3,2% 336

Procedimentos (em/no/para) Vesícula e vias biliares

144 91 2,2 20,6 4,4 1,1% 135

Procedimentos (em/no/para) Vítreo 202 53 1,3 4,3 3,8 0,0% 192

Total 654 215 238 801 3,6 4,5 11,5 30,1% 548 937

*De acordo com a Portaria n.º153/2017, de 4 de maio

Fonte: ACSS

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