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1 RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO – 2009 I. MENSAGEM AOS ACIONISTAS Senhores Acionistas, A Administração da EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A., em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submete à apreciação de V.Sas. o Relatório da Administração e as correspondentes Demonstrações Financeiras, com os pareceres dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal, referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009. A EMAE registrou, em 2009, diminuição na receita operacional em comparação ao atípico período que foi o ano anterior. No primeiro trimestre daquele ano de 2008, as usinas termoelétricas, inclusive a UTE Piratininga ainda como ativo da EMAE, foram despachadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS para recompor o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, acarretando preços excepcionais no mercado de curto prazo, o que permitiu à EMAE o registro de receitas extraordinárias em 2008, em contraposição aos baixos preços praticados em 2009, em decorrência da melhoria nas condições hidrológicas e da retração no consumo de energia elétrica na classe industrial por força da crise financeira internacional. Outra forte variação no resultado de 2009, quando comparado a 2008, também foi causada pela atipicidade do ano de 2008, em vista da mudança de critérios na legislação societária brasileira com a emissão de novos pronunciamentos contábeis. Em 2008 a operação de arrendamento da UTE Piratininga foi classificada como uma venda financiada (pronunciamento CPC 06) e o resultado desta operação foi totalmente registrado naquele ano, embora seus efeitos financeiros se prolonguem por todo o período dos 17 anos de arrendamento estabelecidos contratualmente. Em 2009, como parte do seu processo de planejamento e gestão, a EMAE efetuou uma revisão do Planejamento Estratégico, com participação de todo corpo gerencial e amplo envolvimento do conjunto dos empregados. Os trabalhos indicaram a necessidade de um reposicionamento da Empresa no ambiente externo, com foco nas energias renováveis e alternativas, e de uma melhoria no desempenho dos processos internos, com vistas a atingir e consolidar de forma sustentável o equilíbrio e o crescimento de suas operações. Dentre as ações para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro ressalta-se a implantação da PCH Pirapora, que além de aumentar a capacidade de produção de energia da EMAE, permitirá trazer benefícios ambientais e à saúde da população de Pirapora do Bom Jesus e de Santana do Parnaíba. Encontra-se em andamento negociações com o BNDES para viabilizar os recursos necessários a implantação deste empreendimento. Os testes no sistema de flotação, instalado para tratar 10m 3 /s das águas do Rio Pinheiros, continuaram durante todo o ano de 2009, cumprindo acordo com o Ministério Público, possibilitando também ampliar a comercialização de energia com a geração adicional de 35,5 MW médios na Usina Henry Borden, conforme Portarias da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia n os 34 de 10/11/2008 e 4 de 06/02/2009. Os resultados dos testes servirão de subsídios técnicos ao EIA RIMA que está sendo elaborado para o sistema de flotação na configuração final, com capacidade de tratamento de até 50m 3 /s.

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RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO – 2009

I . MENSAGEM AOS ACIONISTAS

Senhores Acionistas,

A Administração da EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A., em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submete à apreciação de V.Sas. o Relatório da Administração e as correspondentes Demonstrações Financeiras, com os pareceres dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal, referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009. A EMAE registrou, em 2009, diminuição na receita operacional em comparação ao atípico período que foi o ano anterior. No primeiro trimestre daquele ano de 2008, as usinas termoelétricas, inclusive a UTE Piratininga ainda como ativo da EMAE, foram despachadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS para recompor o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, acarretando preços excepcionais no mercado de curto prazo, o que permitiu à EMAE o registro de receitas extraordinárias em 2008, em contraposição aos baixos preços praticados em 2009, em decorrência da melhoria nas condições hidrológicas e da retração no consumo de energia elétrica na classe industrial por força da crise financeira internacional. Outra forte variação no resultado de 2009, quando comparado a 2008, também foi causada pela atipicidade do ano de 2008, em vista da mudança de critérios na legislação societária brasileira com a emissão de novos pronunciamentos contábeis. Em 2008 a operação de arrendamento da UTE Piratininga foi classificada como uma venda financiada (pronunciamento CPC 06) e o resultado desta operação foi totalmente registrado naquele ano, embora seus efeitos financeiros se prolonguem por todo o período dos 17 anos de arrendamento estabelecidos contratualmente. Em 2009, como parte do seu processo de planejamento e gestão, a EMAE efetuou uma revisão do Planejamento Estratégico, com participação de todo corpo gerencial e amplo envolvimento do conjunto dos empregados. Os trabalhos indicaram a necessidade de um reposicionamento da Empresa no ambiente externo, com foco nas energias renováveis e alternativas, e de uma melhoria no desempenho dos processos internos, com vistas a atingir e consolidar de forma sustentável o equilíbrio e o crescimento de suas operações. Dentre as ações para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro ressalta-se a implantação da PCH Pirapora, que além de aumentar a capacidade de produção de energia da EMAE, permitirá trazer benefícios ambientais e à saúde da população de Pirapora do Bom Jesus e de Santana do Parnaíba. Encontra-se em andamento negociações com o BNDES para viabilizar os recursos necessários a implantação deste empreendimento. Os testes no sistema de flotação, instalado para tratar 10m3/s das águas do Rio Pinheiros, continuaram durante todo o ano de 2009, cumprindo acordo com o Ministério Público, possibilitando também ampliar a comercialização de energia com a geração adicional de 35,5 MW médios na Usina Henry Borden, conforme Portarias da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia nos 34 de 10/11/2008 e 4 de 06/02/2009. Os resultados dos testes servirão de subsídios técnicos ao EIA RIMA que está sendo elaborado para o sistema de flotação na configuração final, com capacidade de tratamento de até 50m3/s.

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I I . A COMERCIALIZAÇÃO E PRODUÇÃO DE ENERGIA DA EM AE

Sistema energético operado pela EMAE A EMAE é concessionária de um complexo hidroenergético localizado no Alto Tietê, centrado na Usina Hidroelétrica Henry Borden e nos reservatórios Billings e Pedras, que a abastecem. Constituem também esse complexo hidroenergético, que tem como principal característica permitir o uso múltiplo dos recursos hídricos existentes na bacia hidrográfica em que estão localizadas, as barragens de Pirapora e Edgard de Souza, no Rio Tietê, a Estrutura de Retiro e as usinas elevatórias de Traição e Pedreira, no Canal Pinheiros, além do Reservatório e Canal Guarapiranga. Esse complexo hidroenergético foi construído ao longo da primeira metade do século passado com o objetivo principal de gerar energia e foi assumindo, ao longo do tempo, outros importantes usos como o abastecimento público, o controle de cheias, o saneamento e o lazer. A EMAE dispõe, ainda, de duas pequenas usinas hidroelétricas, a UHE Rasgão, no município de Pirapora do Bom Jesus, e a UHE Porto Góes, no município de Salto, ambas no Rio Tietê. No Vale do Paraíba, município de Pindamonhangaba, está instalada a UHE Isabel, atualmente fora de operação. O parque gerador da EMAE encontra-se estrategicamente localizado junto a duas importantes regiões metropolitanas do país, a de São Paulo e a da Baixada Santista, dispensando o uso de extensas linhas de transmissão para o transporte dessa energia, com conseqüente aumento do grau de confiabilidade desse suprimento. Esta característica possibilita também o atendimento, quando em situações de emergência, de cargas prioritárias na região metropolitana, como hospitais, metrô e vias públicas, dentre outras, contribuindo, dessa forma, com a manutenção do bem estar social. Mercado de Energia Elétrica O consumo nacional de energia elétrica na rede totalizou 388.204 GWh em 2009, com decréscimo de 1,1% em relação a 2008, decorrente do impacto da crise financeira internacional na classe industrial, como conseqüência da imediata e profunda retração da atividade deste segmento. Por outro lado a demanda interna se manteve aquecida, por conta das medidas tomadas pelo governo para minimizar os efeitos da crise, entre elas a redução seletiva de impostos, a redução dos juros e a expansão do crédito. Assim, a despeito da crise, o consumo das classes residencial e comercial manteve patamar elevado de expansão em 2009. Em São Paulo o impacto da crise foi relativamente menor, devido à estrutura mais diversificada do seu parque industrial, com vários setores voltados para atendimento do mercado interno. Em relação a 2008, o consumo industrial paulista ficou 6% abaixo, conforme dados da Estatística do Consumo de Energia Elétrica na Rede elaborado pela EPE - Empresa de Pesquisa Energética. A capacidade instalada no Estado de São Paulo, em dezembro de 2009, em usinas hidrelétricas e termelétricas era de 20.982,5 MW, correspondendo a aproximadamente 19,6% do total da capacidade instalada no Brasil de 107.270,3 MW. A EMAE possui uma capacidade instalada de 1.012,4 MW, respondendo por cerca de 4,8% da capacidade instalada no Estado de São Paulo e cerca de 0,9% do Brasil.

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Produção de Energia A EMAE opera a UHE Henry Borden, conforme despacho centralizado comandado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, responsável pela operação otimizada do Sistema Interligado Nacional – SIN, e as pequenas usinas de Rasgão e Porto Góes. Em 2009, as usinas da EMAE produziram 1.553,0 GWh (177 MW médios). Após maio de 2008, a energia gerada pela UTE Piratininga não foi mais contabilizada para a EMAE, pois a concessão dessa usina foi transferida para a BSE Energia, subsidiária da PETROBRAS.

Geração Verificada (MW médios)

183 177123320 297 297 164 95 125 15480

165

144

56

199

85

8

5

219

59

12

7

105

42

115

32

52

101

18

48

7

7

21

86

10

8

15

113

14

13

-

95

15

12

81

75

15

12

-

152

12

13

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

USINA T. PIRATININGA USINA HENRY BORDEN USINA RASGÃO USINA PORTO GÓES

Geração Verificada (GWh)

USINA 2004 2005 2006 2007 2009Usina Henry Borden 420,6 750,6 991,0 835,9 660,2 1.326,8UTE Piratininga 160,7 185,3 128,6 - (*) 294,1 - Pequenas Usinas (Rasgão e Porto Góes) 136,0 159,8 232,4 237,9 239,8 226,2

Total 717,3 1.095,7 1.352,0 1.073,8 1.194,1 1.553,0

(*) geração verificada no período de janeiro a maio de 2008

2008

Comercialização de Energia A energia assegurada da EMAE está sendo negociada tanto no chamado Ambiente Regulado (ACR), por meio dos contratos celebrados com as distribuidoras de energia, em decorrência da participação da Empresa nos Leilões de Energia Existente e de Energia Nova realizados nos anos de 2004 e 2005, quanto no Ambiente Livre (ACL), por meio de contratos de longo, médio e curto prazos negociados com as comercializadoras e consumidores livres. A energia disponível não vendida naqueles ambientes e a energia reativa produzida na Usina Henry Borden foram liquidadas no mercado das diferenças junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. Ao final de 2009, a EMAE atingiu 183,9 MW médios de contratos comercializados totalizando um faturamento de R$ 155 milhões, sendo 120,7 MW médios no Ambiente de Contratação Regulada - ACR (R$ 83 milhões) e 63,2 MW médios no ACL (R$ 72 milhões). A receita da energia liquidada na CCEE totalizou R$ 15 milhões.

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O gráfico seguinte ilustra a alocação da energia comercializada pela EMAE (MW médios):

420 315 346,5 189,3 118,8 132,2 189,5 183,9

420

315

210

127,5

9

105

79,3

5

113,8

5

118,5

13,6

118,5

69,9

1

118,7

63,2

2

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

CONTRATOS INICIAIS CCEAR´S (Energia Existente) ADITIVO CONTRATOS INICIAIS

CONTRATOS BILATERAIS CCEAR´S (Energia Nova)

Hidrologia A chuva média acumulada em 2009 foi de 1.637 mm na rede de 14 postos pluviométricos utilizada na operação do sistema hidráulico da EMAE, representando cerca de 120% da média histórica. Da mesma forma, a soma das vazões naturais afluentes aos reservatórios Billings e Pedras representou, aproximadamente, 129% da média histórica. O bombeamento das águas dos rios Tietê e Pinheiros para o Reservatório Billings é feito em conformidade com a Resolução Conjunta SEE-SMA-SRHSO nº 1, de 13/03/96. A exceção foi o bombeamento de 10 m3/s efetuado para atendimento aos testes do sistema de flotação, conforme acordado com o Ministério Público do Estado de São Paulo. Em 2009 ocorreram 39 eventos de bombeamento para controle de cheias na Usina Elevatória de Pedreira, totalizando 1.031 horas no ano. Para os testes do sistema de flotação foram realizadas 3.311 horas de bombeamento. A média anual da vazão bombeada, incluindo controle de cheias e testes de flotação, correspondeu a 8% da vazão afluente ao Rio Tietê, em Edgard de Souza. O Reservatório Billings, que iniciou 2009 com 74,6% de seu volume útil, atingiu o armazenamento mínimo do ano em julho, com 54%. A partir de agosto houve uma recuperação do nível d’água, encerrando o mês de dezembro/09 com armazenamento de 82,9%, tendo sido registrado armazenamento máximo de 83,6% no dia 11/12/2009.

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I I I . EXPANSÃO E MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA DE GERAÇÃO

Sistema de Melhoria da Qualidade das Águas Afluentes ao Canal Pinheiros Em 18 de dezembro de 2008 foi assinado novo Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta visando continuidade dos testes até 31 de dezembro de 2009, das duas estações de tratamento que utilizam a tecnologia da flotação em fluxo, com capacidade instalada de 10 m3/s, implantadas nos 5 km próximos ao Reservatório Billings desse Rio, possibilitando também ampliar a comercialização de energia com a geração adicional de 35,5 MW médios na Usina Henry Borden. Os resultados obtidos no período de teste, de 30/08/2007 até 31/12/2009, através do monitoramento das águas e sedimento do sistema, do lodo do tratamento e da qualidade dos demais ambientes afetados, servirão de subsídios técnicos para a elaboração do EIA-RIMA do sistema em sua fase final, cuja capacidade de tratamento prevista é de 50 m3/s. O EIA-RIMA iniciou em abril de 2008, tendo seqüência em 2009, com término previsto no início de 2011. Pequenas Centrais Hidroelétricas – PCHs Com base em uma análise de cenários e em sua capacidade de investimento, a Empresa tem direcionado sua vocação e seus esforços em energias renováveis e alternativas. Nesse segmento, as PCHs, que tem características de baixo impacto ambiental, além de incentivos através de benefícios nos encargos setoriais, tiveram sua atratividade significativamente aumentadas. Com este enfoque, foram intensificados, ao longo do ano, estudos e gestões para obter os recursos necessários a expansão da oferta de energia elétrica a curto e médio prazo, através de investimento em novos empreendimentos no Rio Tietê indicadas a seguir:

• Implantação de PCH na atual Barragem de Pirapora

Construção da usina junto à Barragem de Pirapora, orçada em cerca de R$ 108 milhões, com capacidade de 25 MW, na modalidade PCH, já autorizada pela ANEEL por meio da Resolução Autorizativa nº 1.429, de 24/06/2008, e com Licença Ambiental de Instalação no 580, de 29/12/08, expedida pelo órgão ambiental Estadual. Este empreendimento é de baixíssimo impacto ambiental, pois já possui reservatório formado e sua implantação deverá contribuir de forma significativa no sentido de resolver um dos mais sérios problemas ambientais da região (espumas formadas nas descargas feitas do Reservatório de Pirapora) e está previsto para entrar em operação até o final de 2012. Parte dos recursos para a construção da Usina, no valor aproximado de R$ 80 milhões, virá de financiamento do BNDES, cujas negociações com o Banco encontra-se na fase final de aprovação.

• Remotorização da Usina de Edgard de Souza

Instalação de unidade geradora na casa de força existente, em substituição à máquina original, que foi transferida, no final da década de 80, para a Usina Elevatória de Pedreira com vistas a ampliar a capacidade de bombeamento para controle de cheias. Esse empreendimento, orçado em R$ 22 milhões e com capacidade de 11 MW, deverá ser incluído no orçamento da EMAE para entrar em operação em meados de 2012.

Aproveitamento de resíduos sólidos urbanos e lodos para geração de energia elétrica Em dezembro de 2004, o Estado de São Paulo, por meio da SMA – Secretaria de Estado do Meio Ambiente, e o Estado Livre da Baviera – Alemanha, com sua Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Saúde Pública e Defesa do Consumidor, firmaram um Acordo de Cooperação Técnica para avaliar alternativas para o gerenciamento de resíduos sólidos municipais, principalmente em regiões metropolitanas.

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Em 2007, ocorreu o envolvimento da SSE – Secretaria de Saneamento e Energia, por intermédio da participação da EMAE. Estudos preliminares, análises, visitas técnicas, discussões com profissionais brasileiros e estrangeiros e consolidação dos conhecimentos, concluíram pela aplicação das soluções recomendadas em sistemas integrados, constatando que a implantação de unidades de tratamento térmico de resíduos, com aproveitamento energético é uma alternativa técnica e ambientalmente viável para a gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU), principalmente nos municípios das regiões metropolitanas do Estado de São Paulo. Paralelamente aos trabalhos previstos no Acordo de Cooperação Técnica, a SSE e SMA, por meio da Resolução Conjunta n° 49/2007, de 18/10/2007, criaram um Grupo de Trabalho para propor um programa estadual de destinação de RSU, tendo como objetivo principal o estudo de instrumentos institucionais, legais e regulatórios, aplicáveis à implantação de empreendimentos para aproveitamento energético desses resíduos, cujo produto foi um relatório concluído em junho de 2008. Em abril de 2008, foi criada uma "Força Tarefa", no âmbito da EMAE, incumbida de desenvolver os trabalhos referentes ao tema, especificamente voltados aos interesses da Empresa, ou seja, a implantação de unidades de tratamento térmico de RSU, com aproveitamento energético, no Estado de São Paulo. Em 2009 destacam-se as seguintes atividades desenvolvidas por este grupo:

• Realização de mais de uma centena de reuniões técnicas envolvendo diversas empresas e agentes públicos e privados interessados no assunto;

• Apresentação do tema “Tratamento Térmico de Resíduos Sólidos Urbanos” nas feiras Ecogerma, Ambiental Expo e EcoSP, como expositora e participante dos congressos;

• Apresentação da tecnologia de incineração no CITENEL e Energy Summit, dentre outras;

• Elaboração do termo de referência e contratação de estudos para “Caracterização técnico-operacional e de orçamento para implantação de Unidade de Tratamento Térmico de Resíduos Sólidos Urbanos, com aproveitamento energético, no Estado de São Paulo” e “Modelagem de negócio para implantação de empreendimento de geração de energia a partir de Resíduos Sólidos Urbanos, no Estado de São Paulo”. Estas contratações foram viabilizadas a partir de convênio firmado entre a Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo e a EMAE.

• Preparação de documentos para captação de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID ( Sustainable Energy and Climate Change Initiative - SECCI) para contratação de demais estudos relativos à estruturação de uma unidade de tratamento térmico de resíduos.

Para 2010 a expectativa é que se tenha o resultado desses estudos, permitindo implementar, da forma mais adequada possível, o primeiro empreendimento de tratamento térmico de resíduos sólidos, com aproveitamento energético, no Estado de São Paulo. O sucesso desse empreendimento consolidará alternativa de solução ambiental para o problema de destinação de resíduos sólidos urbanos, além de agregar uma fonte adicional, ainda inexplorada, para a matriz energética brasileira.

Outros Investimentos Durante 2009, foram concluídos ou iniciados empreendimentos objetivando atender as necessidades de manutenção e/ou revitalização das instalações de geração e estruturas hidráulicas da EMAE. Entre os principais investimentos, destacam-se: • Conclusão do processo de fornecimento de enrocamento das margens da Barragem Billings-

Pedras;

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• Conclusão do serviço de manutenção da instrumentação de auscultação instalados nas principais

barragens da Empresa; • Continuidade no processo de aquisição do sistema de excitação da UHE Henry Borden Externa; • Aquisição de materiais diversos para automação da UHE Rasgão; • Instalação do sistema de regulação da UHE Rasgão; • Comissionamento do sistema excitação da UHE Rasgão; • Reforma das comportas de superfície 1 e 2 da UHE Rasgão; • Execução do projeto de montagem de painel elétrico na Barragem BIllings Pedras; • Monitoramento de temperatura da água no Canal Pinheiros; • Serviço de revestimento do tubo da unidade 7 da Usina Elevatória de Pedreira; • Aquisição de comporta tipo adulfa de drenagem p/ UHE Porto Góes; • Reforma da estrutura metálica e comporta de fundo 5 da Barragem Edgard de Souza; • Serviço de parametrização e criação de telas para o Centro de Operação do Sistema - COS e

serviço de gerenciamento e envio de dados – SINOCON;

IV. OUTRAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Transporte

A EMAE opera um sistema de transporte público por balsas, com embarcações próprias, de forma gratuita e ininterrupta em três pontos de travessia do Reservatório Billings. Em 2009 foram transportados, em 198.082 viagens, aproximadamente, 1,3 milhão de veículos e 3,3 milhões de passageiros.

Lixo

Retirada do lixo que afluí às Usinas Elevatórias de Traição e de Pedreira, principalmente durante os eventos de chuva, de forma a permitir o eficiente funcionamento das unidades de bombeamento ali instaladas. No ano de 2009 foram retiradas 1.134 toneladas (2.835 m3) de lixo das referidas usinas. Nas Usinas de Rasgão e Porto Góes, no Rio Tietê, foram retiradas 1.510 toneladas (3.777 m3) de lixo.

Retirada de Vegetação Emergente

Em 2009 foram retirados 7.590 m3 de vegetação ao longo do Canal Pinheiros. Esse trabalho auxilia no combate à proliferação de insetos e mosquitos, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população das regiões sul e oeste da cidade.

Prestação de Serviços para Terceiros • Contrato com a Petrobras para execução dos serviços de operação e manutenção das usinas

termoelétricas Fernando Gasparian (ex-Nova Piratininga) e Piratininga. • Suporte de operação local na Subestação Piratininga, através de contrato firmado com a ISA-Cteep. • Operação e manutenção da Estação de Bombeamento Eduardo Yassuda, responsável pelo controle

das cheias do Córrego Água Espraiada, para a Prefeitura Municipal de São Paulo.

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V. GESTÃO PELA QUALIDADE

Sistemas de Gestão As Unidades certificadas da EMAE vêm participando do Programa da Qualidade do Serviço Público – PQSP e do Prêmio Nacional da Gestão Pública – PQGF do Governo Federal. O Departamento do Centro de Excelência em Manutenção manteve a certificação da NBR ISSO 9001:2000. O Departamento de Geração Hidráulica – UHB - Unidade de Produção Henry Borden participou do ciclo 2008/2009 e teve o seu sistema de Gestão da Qualidade certificado na NBR ISO 9001 na versão 2008. Estas áreas vêm utilizando os resultados das participações, descritos no Relatório de Avaliação – RA, para promover ações, procurando o aprimoramento organizacional e a implementação de novas atividades, sempre em busca da melhoria continua e excelência na gestão. Em 2009, a Unidade de Produção Henry Borden reapresentou o projeto “Melhorias dos Aspectos Ambientais da Manutenção e Operação dos Bondes Funiculares da Usina Henry Borden – Plano Inclinado” no Prêmio Fundação Coge, na categoria “Ações Ambientais e Ações Sociais” e no Prêmio Von Martius – 2009, na categoria Natureza. Tecnologia da Informação Foi dada continuidade aos trabalhos relativos à melhoria da performance e segurança no tráfego de dados e a disponibilização de sistemas e serviços em rede, destacando-se as seguintes ações: • Atualização de 120 estações de trabalho, com inserção de novos equipamentos e remanejamento de

equipamentos usados. • Implantação de sistema de segurança que permite o acesso remoto pelos executivos da Empresa

aos dados e sistemas da Rede Corporativa da Empresa, através de dispositivo denominado VPN (Virtual Private Network), a partir de conexão com a Internet.

• Implantação de redundância nos links de comunicação dedicados ao sistema de medição e faturamento de energia com grande incremento na disponibilidade dos dados obtidos a partir deste sistema.

• Implantação dos procedimentos e softwares para envio de informações financeiras ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), de acordo com o estabelecido no Decreto no 6.022/07 de 22/01/2007 e no Ato COTEPE/ICMS no 09 de 18/04/2008, para a Receita Federal do Brasil.

• Início da implantação de sistema de Business Intelligence (BI), com previsão de término em 2010, para disponibilizar aos executivos informações táticas e estratégicas de maneira fácil e rápida.

• Implantação de Sistema de Controle de Processos Jurídicos (Projurid), objetivando a informatização das atividades administrativas da área jurídica com conseqüente melhoria na obtenção de informações e no trâmite dos processos jurídicos.

Pesquisa e Desenvolvimento - P&D Até o atual exercício, a empresa já destinou R$ 6.662 mil ao programa de P&D, sendo R$ 1.619 mil para o desenvolvimento de projetos, R$ 3.367 mil para o FNDCT - Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e R$ 1.676 mil à EPE - Empresa de Pesquisa Energética, conforme a lei. Estão em andamento os cinco projetos aprovados pela ANEEL, indicados a seguir: • Alternativas de uso e destinação dos sedimentos da calha do canal do Rio Pinheiros;

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• Estudo do potencial eólico e solar na região da casa de válvulas da Usina Henry Borden; • Identificação e tratamento das interferências de harmônico, temporais e especiais, nas perdas,

rendimentos e vida útil de máquinas síncronas; • Aproveitamento energético de resíduos de poda de árvores na forma de briquetes e pellets

agregando lodo do sistema de tratamento das águas do rio Pinheiros, embalagens tetrapack e papel cartonado.

• Viabilidade de uso e destinação dos sedimentos do canal do rio Pinheiros.

VI. SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

Desde 2006 a Empresa instituiu seu “Comitê de Sustentabilidade Empresarial”, diretamente ligado à Presidência, com representantes das 4 Diretorias que compõem a sua estrutura organizacional, além dos gerentes dos Departamentos de Meio Ambiente e de Recursos Humanos. Em 2009, o Comitê teve suas atribuições revistas e ampliadas, adequando-as ao Planejamento Estratégico. O principal objetivo desse fortalecimento é promover e garantir a consolidação e o alinhamento de princípios e políticas relacionadas ao meio ambiente, responsabilidade social e governança corporativa. Governança Corporativa A EMAE é uma empresa de capital aberto, com ações negociadas na BOVESPA e controle acionário do Governo do Estado de São Paulo, exercido por meio da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. É detentora de concessão federal para produção e comercialização de energia elétrica gerada a partir dos recursos hídricos das bacias do Alto e Médio Tietê e Baixada Santista. Os órgãos estatutários que a compõem são a Assembléia Geral, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e a Diretoria. O Conselho de Administração é composto por 15 membros, destacando-se que uma das vagas é preenchida pelos acionistas preferencialistas e uma segunda vaga é preenchida pelo representante eleito dos empregados. Também no Conselho Fiscal, composto por 5 membros, uma das vagas é indicada pelos preferencialistas. A EMAE possui 4 Diretorias: Presidência, Financeira e de Relações com Investidores, Geração e Administrativa. Os principais instrumentos normativos internos são o Estatuto Social, o Regimento da Diretoria e o MDA - Manual da Delegação de Autoridade, que é o instrumento destinado a definir os limites, competências e níveis hierárquicos para aprovações de atos pertinentes a função de suprimentos, necessários aos respectivos atos específicos. Além destes, a Empresa possui diversas normas relativas às áreas Administrativa, Auditoria Interna, Financeiro, Informática, Jurídico, Recursos Humanos e Suprimentos. Dentre suas políticas, destacam-se a “Política da Divulgação do ato ou fato relevante a preservação do sigilo”, a “Política de Segurança e Saúde” e a “Política Social Empresarial”. Dentre os principais órgãos de fiscalização e controle externo estão a ANEEL – Agencia Nacional de Energia Elétrica, a CVM – Comissão de Valores Mobiliários e o TCE – Tribunal de Contas do Estado, além de uma empresa de auditoria Independente. No âmbito interno, a EMAE possui um Departamento de Auditoria e uma Ouvidoria. Planejamento Estratégico No segundo semestre de 2009, procedeu-se à revisão do Planejamento Estratégico, elaborado com total participação do corpo gerencial e com amplo envolvimento do conjunto dos empregados. Os trabalhos indicaram a necessidade de um reposicionamento da Empresa no ambiente externo, com foco nas energias renováveis e alternativas, e de uma melhoria no desempenho dos processos internos. Dentro desta perspectiva, foram definidos cinco temas estratégicos: i) Energia Renovável; ii) Crescimento; iii) Excelência na Gestão; iv) Sustentabilidade e v) Operação e Manutenção de Sistema Hidráulicos.

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Foram redefinidos, também, a missão, visão e valores da EMAE:

Missão “Gerir recursos energéticos e sistemas hídricos, promovendo o desenvolvimento sustentável”

Visão

“Ser referência na geração de energia, a partir de fontes renováveis no Estado de São Paulo”

Valores “Comprometimento, Empreendedorismo,Qualidade e Respeito ao Meio Ambiente”

O Planejamento Estratégico foi aprovado pela Diretoria em dezembro de 2009, sendo apresentado e discutido e aperfeiçoado no âmbito do Conselho de Administração em reuniões realizadas em janeiro e fevereiro e aprovado pelo Conselho em 23/03/2010. Investimento em Desenvolvimento de Pessoas • Treinamento e Desenvolvimento

No período de 2009, para atender às diversas necessidades de treinamento e desenvolvimento da empresa, foram oferecidas 12.673 horas de treinamento, contemplando 1.595 participações nas categorias cursos, palestras, seminários, congresso e reciclagem para atualização tecnológica, Destaca-se, no período, que 68% dessas participações foram voltadas a treinamento de segurança do trabalho. Além dos cursos regulares de capacitação, outros programas de desenvolvimento foram mantidos: Concessão de Bolsa de Estudos; Estágio Curricular; Jovens Aprendizes.

• Saúde

A atenção com a saúde dos empregados é um valor imprescindível para a Empresa. Tal fato se evidencia pela atuação, que excede o cumprimento das exigências legais, tanto em ações preventivas e corretivas na área de saúde, promovendo campanhas e programas, como no estabelecimento do perfil dos exames médicos complementares, acompanhados através do PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Foram registrados 4.702 atendimentos médicos e de enfermagem, a maior parte relativos aos exames médicos periódicos, prestados pelos profissionais de saúde nos dois ambulatórios médicos da EMAE (um localizado na sede e outro na Usina Henry Borden). Para realização dos exames médicos complementares, os empregados têm a opção de efetuá-los na própria Empresa, sendo os mesmos realizados por profissionais de recursos médicos especializados e em locais apropriados, preparados com base nas diretrizes estabelecidas na NR 32. Durante a realização destes exames, é elaborada uma estatística, com vistas a identificar fatores de risco à saúde, a partir das medições antropométricas (aferição de peso, altura, circunferência abdominal e pressão arterial) e por meio da aplicação de um questionário relacionado à qualidade de vida (atividades físicas, hábitos alimentares, estresse, problemas atuais de saúde e produtividade). O resultado deste levantamento subsidia as ações e orientações junto aos empregados, no que concerne a adoção de hábitos saudáveis. Outras ações, desenvolvidas ao longo do ano, tiveram como objetivo treinar, instruir e orientar os empregados sobre como prevenir doenças e acidentes do trabalho, e como cuidar, preservar e proteger a sua saúde. Dentre o conjunto de ações preventivas e de promoção da saúde, e conforme rotina adotada, promoveu-se: Campanha Interna de Prevenção da Gripe; Campanha de Saúde Ocular; Combate ao Fumo; Programa de Mobilização contra a Dengue; Serviço de Remoção – 24 horas; Programa Energia Plena.

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• Serviço Social

Observado o interesse pelo bem-estar biopsicosocial dos empregados, a EMAE mantém, historicamente, uma área de Serviço Social que, além de assessorar as diversas áreas da Empresa visando dirimir conflitos, realiza atendimento individualizado (preceptoria), como um canal e meio confidencial para ouvir os empregados e familiares, através de entrevistas, visitas domiciliares e hospitalares, orientações e encaminhamento das demandas apresentadas. Em conjunto com a área de Medicina do Trabalho, a área de Serviço Social orienta quanto à importância da realização dos exames médicos periódicos e os dos cuidados com a saúde e o bem-estar. Promove, também, a realização de palestras sobre temas diversos, como os cuidados com as doenças transmitidas por água poluída e outros agentes etiológicos, dependência química, economia doméstica, relacionamento familiar e interpessoal, além de incentivar o desenvolvimento de atividades que contribuam para a saúde física e mental dos empregados (exercícios físicos; alimentação saudável; atividades recreativas, artísticas e sociais), enfocando a importância da promoção da qualidade de vida. Dois programas da área de Serviço Social merecem destaque:

� Programa de Prevenção e Recuperação de Dependentes do Álcool e outras Drogas: tem

por objetivo prevenir o desenvolvimento da dependência de álcool e outras drogas e integrar o dependente no contexto familiar, trabalho e comunidade, através do resgate da cultura de hábitos saudáveis e da promoção da saúde e da qualidade de vida. Este Programa atende empregados e demais prestadores de serviços, além de seus respectivos familiares.

� Programa de Readaptação Funcional: tem como finalidade aproveitar a capacidade de

trabalho dos empregados que, impossibilitados de exercerem plenamente as tarefas de seus cargos, em função de acidente ou doença, ligados ou não a atividade profissional, estejam aptos a se dedicarem à Empresa em outras funções, no mesmo cargo ou em outro, respeitando-se as suas limitações físicas, emocionais e mentais.

• Segurança do Trabalho

Entre as principais atividades visando a melhoria das condições de trabalho e a prevenção de riscos, destacam-se a participação na Semana Interna de Prevenção de Acidentes – SIPAT, a elaboração e a realização de palestras, cursos e treinamentos diversos, que resultam em práticas como “Diálogo Semanal de Segurança - DSS” e “Plano de Ação em Emergências” nos setores da Unidade de Produção Henry Borden, além de elaboração de normas, laudos e especificações técnicas.

Meio Ambiente Consciente de que o meio ambiente é parte de seu capital e de seu compromisso com a sociedade, a EMAE desenvolve e implanta programas sócio-ambientais para os empregados e para a comunidade do entorno de suas instalações, incentivando a preservação ambiental e o exercício da cidadania. Investindo em modernização, tecnologias limpas e projetos que buscam soluções viáveis para compatibilizar a geração de energia, o uso múltiplo das águas e as políticas de saneamento, a Empresa incorpora a variável ambiental no planejamento dos empreendimentos, obras e serviços, minimizando e quando possível, eliminando impactos ambientais. As atividades e projetos sócio-ambientais desenvolvidos pela EMAE são agrupadas em três áreas de atuação: Programas Institucionais, Projetos Sócio-Ambientais e Estudos e Projetos Técnicos.

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Meio Ambiente - Programas Institucionais

São programas de educação e sensibilização ambiental, direcionados para os empregados, escolas e outros grupos da sociedade civil organizada. Têm caráter contínuo e visam ampliar a percepção ambiental dos diversos atores sociais, criando multiplicadores de opinião e incentivando mudanças de comportamento no trato das questões que envolvam o meio ambiente. Em 2009, os principais programas desenvolvidos foram: • Semana do Meio Ambiente (2002 a 2009)

05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, dia recomendado pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente ocorrida em 1972, em Estocolmo, na Suécia, é um marco que reforça a necessidade de se desenvolver atitudes pró-ativas em relação ao meio ambiente. Como parte das ações ambientais, a EMAE comemora essa data com a Semana do Meio Ambiente para chamar a atenção dos colaboradores e parceiros para as principais questões relativas ao tema. Em 2009, a Semana contemplou as seguintes atividades: envio do Informe Ambiental ““Fontes Alternativas de Energia”– 05 de Junho”; Palestra sobre a EMAE e a UTE Piratininga e visita monitorada na sede da Empresa; Parceria de educação ambiental com o CEU Alvarenga, contemplando Plantio de Árvores fornecidas pelo viveiro da EMAE e palestra; e Abordagem sobre a temática socioambiental com a Coordenação do Centro Educacional de Pedreira.

• Semana da Água (2001 a 2009) Comemorada em 22 de março, o Dia Mundial da Água é uma data muito importante para a EMAE pelo desenvolvimento de atividades lúdicas, informativas e educativas pertinentes às questões ambientais relativas à água: conservação, preservação e educação ambiental. Além dos empregados, o público atingido tem sido, em sua maioria, o externo, contemplando algumas escolas da vizinhança da sede da Empresa, Sociedade Amigos de Bairro, Igrejas e outras entidades que representam a comunidade. Em 2009, foram realizadas as seguintes atividades: envio do Informe Ambiental “Gestão das Águas no Brasil”, Palestra “A Importância da Água para a EMAE” aos empregados, para o lançamento da Campanha “EMAE CONTRA O DESPERDÍCIO DE ÁGUA” com distribuição de “Sinalizador de Torneira” para todas as instalações da Empresa.

• Informe Ambiental Este projeto, criado em 2005, consiste de um informativo digital bimestral, encaminhado a todos os usuários da rede de e-mails da EMAE e da Fundação Saneamento e Energia, visando difundir conceitos relativos à preservação e conservação do meio ambiente. No ano de 2009 foram emitidos 7 “Informes”.

• Coleta Seletiva A EMAE pratica a coleta seletiva de materiais recicláveis desde 2002. O programa visa incentivar a redução de geração de resíduos, implementar o hábito da reciclagem e gerar fonte de renda e emprego. Em 2009 foi lançado o projeto de Revitalização da Coleta Seletiva com a reestruturação da logística, padronização dos materiais e equipamentos de coleta, processo de divulgação e sensibilização dos empregados, treinamentos, criação do grupo de facilitadores em cada Unidade Organizacional da Sede da Empresa. No ano de 2009 foram coletadas 61,9 toneladas de materiais recicláveis.

• Casa das Plantas (viveiro de mudas) Tem por objetivo reproduzir e armazenar mudas de espécies nativas, medicinais e exóticas de relevância ambiental e paisagística para educação ambiental, para as escolas e grupos da comunidade, projetos institucionais e outras atividades da Empresa. Em 2009, foram produzidas 5 mil mudas, sendo 1.100 destas utilizadas em fomento à cobertura vegetal juntos às comunidades do entorno das represas (escolas, SABs e ONGs) e no sub-bosque do CEU Alvarenga, nas margens da represa Billings.

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• Descobrindo a EMAE

Consiste em visitas monitoradas à sede da Empresa por alunos de escolas públicas da região do bairro de Pedreira, zona sul da cidade de São Paulo, universidades, empresas, Organizações Não Governamentais – ONG’s, órgãos de governo, Comitês de Bacias Hidrográficas, e outros, com a realização de atividades educativas relacionadas às questões ambientais locais (água, energia, lixo, viveiros de plantas e avifauna).

• Parceria Projeto São Paulo Pomar Desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, o projeto “Pomar Urbano” tem como missão a recuperação ambiental e a revegetação dos aproximadamente 50 km de margens do canal do Rio Pinheiros. A EMAE patrocina a implantação e a manutenção de um trecho de aproximadamente 1 km, compreendido entre a Usina Elevatória de Traição e a ponte Roberto Zúculo (ponte Cidade Jardim), além de ceder o terreno para a implantação da sede do projeto.

Meio Ambiente - Projetos Socioambientais O ambiente no qual a EMAE se insere caracteriza-se por ser, principalmente, urbano, o que faz com que a questão ambiental esteja inteiramente associada às questões sociais afetas à população. Dessa forma, os programas desenvolvidos privilegiam a abordagem sócio-ambiental, visando contribuir com a melhoria das condições de vida das pessoas, principalmente aquelas que vivem nas áreas vizinhas a EMAE. Os projetos desenvolvidos nesse sentido foram: • Ecoturismo Caminhos do Mar

Localizado dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, o Ecoturismo Caminhos do Mar tem propósitos preservacionistas, educativo-culturais e de pesquisa e encontra-se inserido em áreas da EMAE, que também é patrocinadora do projeto. Inaugurado em 17 de abril de 2004, o Pólo é operado em parceria com a Fundação do Patrimônio Histórico da Energia e do Saneamento de São Paulo. No ano de 2009, aproximadamente 22 mil pessoas foram atendidas pelo projeto.

• Recuperação de Áreas Degradadas Em função do crescimento desordenado da região metropolitana da Cidade de São Paulo, existe uma pressão urbana para ocupação de áreas da EMAE nas bordas do Reservatório Billings. Com o objetivo de preservação das bordas, a EMAE criou um programa de Integração com as comunidades locais, utilizando áreas com risco de invasões e degradações. O programa visa à recuperação da área de borda do manancial, incutindo o uso do espaço pela comunidade de forma sustentável e condizente com a lei, do ponto de vista ambiental. Dessa forma, o projeto prevê nas áreas a serem recuperadas, adensamento vegetal combinado com instalação de pista de caminhada e equipamentos de lazer e de educação ambiental. Essa visão foi ampliada, consolidando-se em um “Programa de Recuperação de Áreas Degradadas”, cujo objetivo é recuperar, gradativamente, a orla do reservatório. A gestão integrada que a EMAE faz junto à população e aos órgãos governamentais e não governamentais, de forma planejada, por meio de mutirões, estimula o comprometimento das partes envolvidas, garantindo maior perenidade ao projeto. Esse conceito já foi implantado com sucesso no Balneário São Francisco, na várzea do Ribeirão Alvarenga e no Ribeirão do Apurus. Concomitantemente, vem estimulando a manutenção dos espaços às margens da represa, com mutirões de limpeza, fomento para lazer, promovendo eventos, criando parques, locais para prática de esportes, etc, além da recomposição da vegetação, para recuperar o cordão ciliar. Os resultados alcançados, desde o início do programa foram excelentes, pois as áreas estão sendo protegidas e em alguns casos a mata ciliar esta em recuperação, com custos muito baixos, evitando gastos com fiscalização, fechamentos, remoção de lixo e entulhos, e principalmente reduzindo possíveis crimes ambientais. Em 2009 foram feitos trabalhos de revitalização desses projetos com a instalação de novos equipamentos, recomposição das pistas de caminhada, adensamento dos plantios de árvores, mutirões de limpeza, juntamente com a comunidade local. Também foram realizados trabalhos orientativos sobre a operação cata-bagulho, higiene, saneamento e preservação ambiental em conjunto com os técnicos da Congregação Cristã Santa Catarina.

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• Operação Defesa das Águas

A EMAE participa da “Operação Defesa das Águas”, programa de iniciativa do Município de São Paulo, com apoio de órgãos do Governo do Estado, e que visa proteção dos principais mananciais localizados nesta cidade. O programa prevê ações de desfazimento de ocupações irregulares, fiscalização, saneamento, implantação de parques, entre outras.

• “Primavera na Billings” Evento realizado no início na primavera, organizado por associações, entidades, ONGs, órgãos públicos e empresas, com apoio técnico e cessão do terreno da EMAE, visa ressaltar a consciência sobre a preservação ambiental, principalmente dos mananciais e reservatórios de água, e chamar a atenção da sociedade para uma mudança de hábitos minimizando os impactos ambientais. Em 2009, na sua terceira edição, foram realizadas as seguintes atividades: missa campal, passeios de barco, exposição de artesanatos, esportes radicais, torneio de futebol, brincadeiras, sessões de filmes, etc. A EMAE cedeu seu porto e materiais para as atividades na represa e promoveu em sua Sede, o encontro preparatório com as lideranças do evento, momento em que foi realizada uma palestra sobre os recursos hídricos da Região Metropolitana de São Paulo.

• Projeto SALA VERDE - CEU Alvarenga No ano de 2009 foi instituída parceria com o Centro Educacional Unificado - CEU Alvarenga e a Congregação Santa Catarina, por meio do Projeto SALA VERDE Cidade Ademar, o que permitiu a realização de três encontros de trabalho de conhecimento do complexo hidrelétrico da Região Metropolitana de São Paulo, para professores, alunos, adultos e demais parceiros do projeto, palestras ministradas na Sede da EMAE e na instituição.

Meio Ambiente - Estudos e Projetos Técnicos

Realizados para dar suporte e viabilizar o desenvolvimento dos empreendimentos, obras e serviços da Empresa e garantir a melhoria contínua dos processos de produção, tendo como premissa fundamental a preservação e otimização dos recursos naturais. • Gerenciamento de Resíduos

O projeto “Gerenciamento de Resíduos” teve início no ano de 2000 e vem se desenvolvendo por meio da realização de palestras técnicas, esclarecimentos, orientações e fóruns de discussões nas áreas de operação, manutenção e administrativa. Compreende a criação e estruturação de locais para acondicionamento e posterior destinação de materiais, desenvolvimento de documentos de orientação, estabelecimento de canais de comunicação direta (telefone, e-mails e contatos pessoais) com técnicos especialistas em Meio ambiente. Ainda foi implementada a sistematização para atender o princípio da prevenção, ou seja, de forma que ocorra a redução da geração na fonte, por meio de mudança de procedimentos e revisão nos processos de produção e manutenção. As práticas de destinação não se aplicam somente a resíduos gerados em processos industriais, pois foram implantados: a coleta e destinação de lâmpadas fluorescentes, contendo vapor de mercúrio; o uso de toalhas industriais recicláveis nas atividades de manutenção da Empresa; e destinação ambiental adequada de pilhas e baterias de celulares, usadas. No ano de 2009, foram destinadas 3,14 mil lâmpadas contendo vapor de mercúrio e 0,3 toneladas de pilhas e baterias. Foram também recolhidos 1.350 litros de óleo de cozinha usado, junto aos restaurantes da Sede, para produção de sabão por meio de uma parceria entre a EMAE e OSCIP Triângulo.

• PCH Pirapora O Relatório Ambiental Preliminar (RAP) foi aprovado, tendo sido emitida a Licença Ambiental Prévia (LP) no 00869, de 10/08/2005. Em 2007, foi protocolado o pedido de Licença Ambiental de Instalação, na Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Em 2009, iniciou-se o atendimento das exigências contempladas na Licença Ambiental de Instalação da PCH.

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• Monitoramento dos Testes de Flotação e Acompanhamento do desenvolvimento do EIA-

RIMA Em 2009 foi dado prosseguimento ao monitoramento da realização dos testes de tratamento das águas do canal Pinheiros pelo processo de flotação. Foram monitorados: a qualidade da água no sistema Tietê/Pinheiros/Billings/Guarapiranga; lodo produzido no processo de tratamento; solo e águas subterrâneas da área do bota-fora de disposição do lodo. Foi também iniciado o desenvolvimento do Estudo de Impacto Ambiental do projeto definitivo, pelo Consórcio Cobrape-Coplaenge.

Ações de Responsabilidade Social A Empresa, comprometida com as questões sociais, vem desenvolvendo e incentivando ações nesse sentido, para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, contribuindo, desta forma, para a construção de uma sociedade mais justa e solidária. Os principais programas mantidos pela EMAE são os seguintes: • Programa Cultivar: lançado em abril, tem por objetivo colaborar para a melhoria do Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH) dos bairros de Pedreira e Cidade Ademar, onde está inserida a sede da Empresa. Estruturado em frentes de atuação voltadas à públicos específicos, a proposta tem seu foco na educação (palestras sobre meio ambiente e energia para professores de escolas públicas), cultura (oficinas de teatro para adolescentes) e qualidade de vida (atividades e palestras para moradores sobre saúde, finanças, alimentação etc).

• Programa de Voluntariado Empresarial: tem como objetivo incentivar e apoiar os empregados a

utilizarem suas habilidades em ações que promovam a cidadania e, desta forma, ampliar a participação da Empresa nas ações ligadas à Responsabilidade Social, intensificando sua interação com a comunidade do entorno. Implementado em 2005, foi no ano de 2009 que o Programa apresentou seu maior crescimento, tanto em número de horas e número de voluntários, como em comprometimento e assiduidade dos mesmos. Desenvolvendo ações integradas de educação, esporte e cidadania, contou com 30 voluntários ativos, que realizaram 798 horas de trabalho voluntário doadas pela Empresa e atenderam à 1.070 pessoas de 11 entidades parceiras.

• Projeto Energia Humana em Ação: realizado em parceria com a Associação de Pais e Amigos de

Portadores de Deficiência – Apade, o projeto é desenvolvido em duas frentes: i) Atendimento Clínico e Terapêutico, onde se oferece, para crianças carentes portadoras de necessidades especiais, atendimento especializado nas áreas de fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional, fisioterapia, artes e música (em 2009 foram realizados 2.496 atendimentos); ii) Oficinas Profissionalizantes, que visa capacitar adolescentes nas áreas de informática e culinária (foram treinados e beneficiados 120 jovens).

• Campanha do Agasalho: desenvolvida por iniciativa do Fundo Social de Solidariedade do Estado

de São Paulo – FUSSESP, foram implementadas ações de incentivo para a Campanha de Arrecadação de Doações de Agasalho, destinada a atender a população carente, colaborando, assim, com as doações arrecadadas no Estado de São Paulo.

• Programa Operação Solidária: ação realizada pelos empregados da Unidade de Produção Henry

Borden para ajudar, através de doações, entidades carentes do entorno da Usina. No ano de 2009 a operação ocorreu na páscoa com a doação de chocolates, no dia da criança, com a doação para compra de salgados e refrigerantes para a entidade CONVHIVER, bem como fraldas e alimentos para a entidade Lar Fraterno. No final do ano foram adotadas 21 crianças da entidade CONVHIVER e distribuídas 83 cestas básicas contendo 16 itens cada para os empregados das empresas terceirizadas. Os alimentos foram arrecadados entre os empregados da Usina Henry Borden, empresas da região e fornecedores.

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Prêmios e Reconhecimento

Foram reconhecidas, em 2009, pela sua excelência, as seguintes ações desenvolvidas pela Empresa:

• 1º prêmio de Reconhecimento às Usinas Geradoras de Energia – Top Energia: patrocinado pela

Petrobras, ofereceu a equipe de Segurança do Trabalho, menção honrosa pela liderança do Projeto Implantação do Sistema de Proteção Contra Quedas na Usina Termoelétrica Fernando Gasparian.

• Programa de Readaptação Funcional recebeu Menção Honrosa do Prêmio de Reabilitação 2009,

patrocinado pelo Centro Brasileiro de Segurança e Saúde Industrial – CBSSI.

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VII. BALANÇO SOCIAL

2009 2008

1. Base de Cálculo R$ Mil R$ Mil

Receita Líquida (RL)............................................................... 160.838 250.344

Resultado Operacional (RO).................................................... 15.485 247.654

Folha de Pagamento Bruta (FPB)............................................ 98.842 92.646

2. Indicadores Sociais Internos R$ Mil FPB RL R$ Mil FPB RL

Alimentação.......................................................................... 4.145 4,19 2,58 4.015 4,33 1,60

Encargos Sociais Compulsórios ............................................. 19.924 20,16 12,39 19.757 21,33 7,89

Entidade de Previdência a Empregados ................................... 2.276 2,30 1,42 2.184 2,36 0,87

Saúde................................................................................... 6.810 6,89 4,23 6.407 6,92 2,56

Capacitação e desenvolvimento profissional.............................. 307 0,31 0,19 213 0,23 0,09

Auxílio creche........................................................................ 100 0,10 0,06 99 0,11 0,04

Outros Benefícios................................................................... 84 0,08 0,05 316 0,34 0,13

Total.................................................................................... 33.646 34,04 20,92 32.991 35,61 13,18

% % % %

sobre sobre sobre sobre

R$ Mil RO RL R$ Mil RO RL

3. Indicadores Sociais Externos

Contribuições p/ a Sociedade/Investimentos em Cidadania........ 1.017 6,57 0,63 1.421 0,57 0,57

Transporte gratuito (Balsas).................................................... 1.161 7,50 0,72 1.065 0,43 0,43

Tributos (excluídos encargos sociais)....................................... 28.939 186,88 17,99 33.982 13,72 13,57

Total.................................................................................... 31.117 200,95 19,35 36.468 14,73 14,57

% % % %

sobre sobre sobre sobre

R$ Mil RO RL R$ Mil RO RL

4. Indicadores AmbientaisInvestimentos relacionados com a operação da empresa.......... 1.370 8,85 0,85 280 0,11 0,11

5. Indicadores do Corpo Funcional

Nº de empregados(as) ao final do período 765 791

Nº de estagiários(as) 18 20

Nº de empregados(as) acima de 45 anos 437 428

Nº de mulheres que trabalham na empresa 80 78

% de cargos de chefia ocupados por mulheres 25,93% 20,00%

Nº de negros(as) que trabalham na empresa 172 164

% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 22,48% 0,00%

Nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais 15 15

6. Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarialOs projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por: Direção e GerênciasOs padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por: Todos(as) (+) CipaA previdência privada contempla: Todos os empregadosNa seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa: São sugeridosQuanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa: Organiza e incentiva

2009 2008

2010

2009 2008

% sobre % sobre

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VIII. DESEMPENHO ECONÔMICO FINANCEIRO

A receita operacional bruta totalizou R$ 191 milhões em 2009, com redução de 33,8% em relação a 2008. Os principais fatores que contribuíram para esse resultado foram a geração da UTE Piratininga ocorrida no início de 2008, período excepcional de preços de energia no mercado de curto prazo acarretado pelo despacho de termoelétricas para recompor nível nos reservatórios das hidrelétricas, em contraposição às boas condições hidrológicas de 2009 aliada a retração no mercado de energia com a redução de consumo na classe industrial decorrente da crise financeira internacional. O Custo do Serviço de Energia Elétrica apresentado na Demonstração de Resultado, segmentado nos itens Custo com energia elétrica, Custo de operação e Despesas operacionais, desconsiderada a rubrica “Outras Receitas e Despesas Operacionais”, teve redução de 7,7%, decorrente principalmente do efeito líquido dos itens: • Aumento na despesa de pessoal em decorrência do reajuste do dissídio coletivo da categoria; • Aumento na despesa de serviços de terceiros para execução dos testes de flotação; • Aumento na compensação financeira pela utilização de recursos hídricos pelo aumento da produção

de energia na Usina Henry Borden; • Aumento das provisões para contingências e constituição de provisão para compromissos

ambientais; • Redução da despesa com energia de curto prazo CCEE, refletindo a melhor condição hidrológica e

conseqüente maior produção nas usinas do Sistema Interligado e da EMAE; • Redução na despesa com entidade de previdência a empregados pela atualização do contrato com

a Fundação CESP e reconhecimento de ajuste atuarial; • Redução dos encargos de uso da rede elétrica em função da transferência da exploração dos ativos

da UTE Piratininga para a BSE Energia, com a operação de arrendamento, ocorrida em 2008. A rubrica “Outras Receitas e Despesas Operacionais” apresentada na Demonstração do Resultado, reflete, principalmente, o registro do ganho na alienação do imóvel localizado na Av. Nossa Senhora do Sabará em 2009, no montante de R$ 18 milhões e R$ 259 milhões decorrentes do ganho na operação de arrendamento da UTE Piratininga, em 2008. Ações empresariais com efeito positivo no resultado: • Alienação do imóvel, não operacional, localizado na Av. Nossa Senhora do Sabará, nº 4.780, para a

empresa VR - Empreendimentos Participações e Serviços Ltda, proporcionando um ganho na alienação de R$ 18,1 milhões.

• Continuidade do teste de flotação que permitiu maior volume de comercialização de energia;

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• Continuidade na prestação de serviços de O&M (Operação e Manutenção) no complexo formado

pela UTE Piratininga e UTE Fernando Gasparian para a Baixada Santista Energia e de O&M na Estação de Bombeamento Eduardo Yassuda, para a Prefeitura do Município de São Paulo, determinando receita de R$ 21 milhões.

Como conseqüência dos aspectos operacionais comentados, a EMAE encerrou 2009 com resultado do serviço negativo de R$ 76 milhões (R$ 236 milhões positivo em 2008). As receitas financeiras atingiram R$ 36 milhões e as variações monetárias líquidas totalizaram R$ 59 milhões, pela atualização do saldo do arrendamento da UTE Piratininga. As despesas financeiras atingiram R$ 4 milhões, decorrentes de encargos do FIDC, atualização de pré-venda de energia e juros sobre RGR. Decorrente de suas operações e dos principais eventos comentados, após a apropriação do imposto de renda e contribuição social diferidos (ativo/passivo), a EMAE encerrou o exercício com prejuízo de R$ 8 milhões.

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AUDITORES INDEPENDENTES Em conformidade com a Instrução CVM no 381 de 14 de janeiro de 2003 e demais Normas e Deliberações da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, a EMAE esclarece que a Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, no exercício 2009, prestou a esta Empresa exclusivamente serviços de auditoria independente.

A Administração

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Notas explicativas 2009 2008

ATIVO

CIRCULANTECaixa e equivalentes de caixa................................... 5 6.299 18.602 Revendedores.......................................................... 6 13.834 14.035 Consumidores.......................................................... 6 2.296 1.917 Valores a receber - Energia livre................................ 7 75 634 Energia de curto prazo - CCEE.................................. 8 2.157 - Alienação de bens e direitos..................................... 10 11.425 1.001 Renda da prestação de serviços................................ 1.496 1.673 Tributos e contribuições sociais compensáveis........... 11 3.073 10.809 Estoques................................................................. 2.568 2.529 Arrendamento UTE Piratininga................................... 12 28.089 23.450 Outros créditos........................................................ 13 6.799 5.935 Provisão para créditos de liquidação duvidosa............. 13 (2.107) (1.674) Cauções e depósitos vinculados................................ 15 8.934 - Despesas antecipadas............................................. 34 39

84.972 78.950

NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Valores a receber - Energia livre................................ 7 - 790 Valores a receber..................................................... 9 63.389 74.450 Arrendamento UTE Piratininga................................... 12 393.252 351.752 Créditos fiscais diferidos........................................... 14 - 4.227 Cauções e depósitos vinculados................................ 15 6.561 6.929

463.202 438.148 1.695 1.695

16 578.780 602.586 20.670 20.879

601.145 625.160 1.064.347 1.063.308 1.149.319 1.142.258

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

TOTAL DO ATIVO........................................................

BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008(Valores expressos em milhares de reais - R$)

Investimentos.............................................................. Imobilizado.................................................................. Intangível.....................................................................

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Notas explicativas 2009 2008

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CIRCULANTEFornecedores........................................................... 2.835 2.963 Folha de pagamento................................................. 5.178 4.466 Obrigações estimadas - folha de pagamento............... 17 11.534 8.511 Tributos e contribuições sociais................................. 18 6.079 6.401 Dividendos............................................................... 1.133 - Juros sobre capital próprio........................................ 68 68 Fundo de investimento em direitos creditórios - FIDC... 19 17.682 16.213 Entidade de previdência a empregados....................... 20 22.587 19.001 Taxas regulamentares.............................................. 21 11.473 6.788 Encargos de uso da rede elétrica............................... 22 1.697 1.548 Energia de curto prazo - CCEE.................................. - 3.587 Pré-venda de energia elétrica..................................... 23 3.393 4.496 Provisão para compromissos ambientais.................... 24 2.518 - Provisão para contingências...................................... 25 912 2.391 Outros..................................................................... 1.410 2.069

88.499 78.502 NÃO CIRCULANTE

Tributos e contribuições sociais................................. 18 1.138 2.415 Fundo de investimento em direitos creditórios - FIDC... 19 25.474 39.255 Entidade de previdência a empregados....................... 20 65.140 67.947 Imposto de renda e contribuição social diferidos.......... 14 102.059 83.275 Encargos de uso da rede elétrica............................... 22 1.670 2.661 Pré-venda de energia elétrica..................................... 23 - 2.461 Taxas regulamentares.............................................. 21 1.015 4.913 Provisão para compromissos ambientais.................... 24 2.491 - Provisão para contingências...................................... 25 24.164 14.501 Outras obrigações.................................................... 26 16.202 16.202

239.353 233.630

PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital social........................................................... 28 285.411 285.411 Reservas de capital.................................................. 387.130 387.130 Reservas de lucro..................................................... 28 148.926 157.585

821.467 830.126 1.149.319 1.142.258

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008(Valores expressos em milhares de reais - R$)

TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO......

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Notas Explicativas 2009 2008

RECEITA OPERACIONALFornecimento de energia................................................................. 29 27.096 22.482 Suprimento de energia - leilão.......................................................... 29 83.083 76.783 Suprimento de energia - comercializadores....................................... 29 44.369 68.625 Energia de curto prazo - CCEE........................................................ 29 15.092 100.668 Renda da prestação de serviços....................................................... 30 21.003 18.645 Outras receitas............................................................................... 808 2.183

191.451 289.386

DEDUÇÕES À RECEITA OPERACIONALQuota para reserva global de reversão - RGR..................................... (4.522) (7.601) COFINS sobre receitas operacionais................................................ (17.837) (20.783) PIS sobre receitas operacionais....................................................... (3.872) (4.511) ICMS sobre fornecimento de energia................................................. (1.642) (2.831) Imposto sobre serviços - ISS............................................................ (1.140) (834) Pesquisa e desenvolvimento............................................................ (1.600) (2.482)

(30.613) (39.042) 160.838 250.344

CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA

Custo com energia elétricaEnergia de curto prazo - CCEE........................................................ 29 (7.680) (26.876) Energia elétrica comprada para revenda............................................ (490) - Encargos de uso da rede elétrica..................................................... 29 (2.170) (7.459) Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos.............. (6.535) (3.647)

(16.875) (37.982) Custo de operação

Pessoal......................................................................................... (75.508) (68.700) Entidade de previdência a empregados............................................. 20 (23.443) (31.780) Material.......................................................................................... (16.825) (29.582) Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica................ - (4.442) Serviços de terceiros....................................................................... (33.160) (24.353) Depreciação................................................................................... (27.762) (31.267) Provisão para compromissos ambientais........................................... (5.009) - Provisão para contingências............................................................. (9.934) (2.621) (-) Reversão de provisão para contingências...................................... 2.257 282 Outras........................................................................................... (7.777) (2.298)

(197.161) (194.761)

(53.198) 17.601

Despesas OperacionaisCusto do serviço prestado a terceiros............................................... 31 (799) (7.202) Despesas gerais e administrativas.................................................... 31 (34.608) (31.889) Outras receitas e despesas............................................................. 31 12.678 257.600

(22.729) 218.509

(75.927) 236.110

RESULTADO FINANCEIRO

Receitas........................................................................................ 32 36.538 32.242

Despesas....................................................................................... 32 (3.879) (4.202) Variações monetárias líquidas.......................................................... 32 58.753 (3.496)

91.412 24.544 - (13.000)

E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL....................................................... 15.485 247.654

Imposto de renda............................................................................ 14 - (150) Contribuição social.......................................................................... 14 - (638) Imposto de renda diferido................................................................. 14 (16.920) (65.648) Contribuição social diferida.............................................................. 14 (6.091) (23.633)

(23.011) (90.069) - 13.000

(7.526) 170.585

no final do exercício - R$............................................................. (0,20) 4,62

LUCRO (PREJUÍZO) ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO.................

LUCRO (PREJUÍZO) BRUTO................................................................

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOSEM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008

(Valores expressos em milhares de reais - R$)

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA....................................................

Juros sobre capital próprio....................................................................

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA

Lucro Líquido (Prejuízo) por ação

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

LUCRO LÍQUIDO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO.....................................

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Reversão dos juros sobre capital próprio................................................

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LUCROSCAPITAL SUBVENÇOES (PREJUÍZOS)

DESCRIÇÃO SOCIAL PARA INCENTIVOS RESERVA LUCRO ACUMULADOS TOTALINVESTIMENTO FISCAIS LEGAL A REALIZAR (Nota 28.4)

Saldos em 31 de dezembro de 2007............................................................................. 285.411 383.618 3.512 - - - 672.541

Lucro líquido do exercício................................................................................................. - - - - - 170.585 170.585

Reserva legal.................................................................................................................. - - - 8.529 - (8.529) -

Pagamento de juros sobre capital próprio (RCA 09/05/08)................................................... - - - - - (13.000) (13.000)

Constituição de reserva de lucros a realizar sobre ganho na alienação da UTE Piratininga..... - - - - 149.056 (149.056) -

Saldos em 31 de dezembro de 2008............................................................................. 285.411 383.618 3.512 8.529 149.056 - 830.126

Prejuízo do exercício....................................................................................................... - - - - - (7.526) (7.526)

Realização da reserva de lucro a realizar........................................................................... - - - - (8.659) 8.659 -

Dividendos propostos....................................................................................................... - - - - - (1.133) (1.133)

Saldos em 31 de dezembro de 2009............................................................................. 285.411 383.618 3.512 8.529 140.397 - 821.467

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÔES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

(Valores expressos em milhares de reais - R$)PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008

RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCRO

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2009 2008 Fluxo de caixa proveniente das atividades operacionais: Lucro líquido (prejuízo) do exercício........................................................................ (7.526) 170.585 Ajustes para reconciliar o lucro ao caixa proveniente das operações:

Depreciação.......................................................................................................... 29.267 32.756 Variações monetárias/juros.................................................................................. (80.249) (25.277) Despesas com previdência privada...................................................................... 9.370 29.596 Ganho na alienação de bens e direitos................................................................. (18.107) - Ganho na alienação UTE Piratininga...................................................................... - (258.909) Imposto de renda e contribuição social diferidos.................................................. 23.011 89.281 Realização de perda - RTE.................................................................................... 436 -

Provisão para compromissos ambientais.............................................................. 5.009 - Provisão para contingências................................................................................. 9.934 2.185 (-) Reversão de provisão para contingências...................................................... (2.257) - Taxas regulamentares.......................................................................................... 1.074 4.913 Encargos de uso da rede elétrica - TUSDg........................................................... - 429 Impostos, taxas e contribuições........................................................................... 368 746 Execuções de cauções e depósitos vinculados a litígios..................................... 3.159 30

Outras................................................................................................................... 34 776

(Aumento) redução nos ativos operacionais: Contas a receber de revendedores....................................................................... 201 (4.645) Contas a receber de consumidores....................................................................... (379) (1.481) Valores a receber - Energia livre........................................................................... 913 2.168

Energia de curto prazo - CCEE............................................................................... (2.157) 2.901 Valores a receber - DAEE...................................................................................... 10.000 5.600 Alienação de bens e direitos.................................................................................. - (168) Provisão p/créditos de liquidação duvidosa........................................................... 433 358 Renda da prestação de serviços........................................................................... 177 (1.673) Tributos e contribuições compensáveis................................................................ 7.736 (7.944) Estoques................................................................................................................ 359 (274)

Despesas antecipadas.......................................................................................... 5 (8) Outros créditos...................................................................................................... (864) 3.622 Cauções e depósitos vinculados........................................................................... (10.505) (5.012) Aumento (redução) nos passivos operacionais:

Fornecedores......................................................................................................... (128) 204 Folha de pagamento............................................................................................... 712 759 Obrigações estimadas - folha de pagamento........................................................ 3.023 79

Tributos e contribuições sociais ........................................................................... (2.050) (1.252) Juros sobre capital próprio líquido de impostos..................................................... - (11.783) Entidade de previdência a empregados................................................................. (20.388) (17.666) Taxas regulamentares........................................................................................... (287) 960 Contingências......................................................................................................... (750) 76 Encargos de uso da rede elétrica.......................................................................... (1.245) (974) Compra de energia elétrica - CCEE........................................................................ (3.587) 3.587 Pré-venda de energia elétrica................................................................................ (4.199) (4.021)

Outros passivos..................................................................................................... (2) 1.703 Caixa gerado (utilizado) nas atividades operacionais (49.459) 12.227

Fluxo de caixa das atividades de investimentos: Recebimento pela alienação de bens e direitos...................................................... 10.475 3.180 Recebimento pela UTE Piratininga........................................................................... 52.375 45.000 Aplicações no imobilizado....................................................................................... (7.679) (8.484)

Caixa gerado (utilizado) nas atividades de investimentos 55.171 39.696

Fluxo de caixa das atividades de financiamento: Amortização de empréstimos - FIDC....................................................................... (18.015) (16.208) Amortização de empréstimos - Notas Promissórias............................................... - (22.500) Amortização de empréstimos e f inanciamentos - BNDES....................................... - (2.076) Caixa gerado (utilizado) nas atividades de financiamento (18.015) (40.784)

Aumento (diminuição) no caixa e equivalentes de caixa........................................... (12.303) 11.139 Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício................................................. 18.602 7.463 Caixa e equivalentes de caixa no f inal do exercício.................................................. 6.299 18.602

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXAPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008

(Valores expressos em milhares de reais - R$)

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2009 2008GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Receitas Receitas operacionais........................................................................... 191.451 289.386 Outras receitas..................................................................................... 14.692 258.877 Provisão p/ créditos de liquidação duvidosa - constituição......................... (433) (358) Receitas relativas à construção de ativos próprios.................................... 7.679 8.482

213.389 556.387 Menos: Insumos Energia de curto prazo - CCEE............................................................ 7.680 26.876 Energia elétrica comprada para revenda................................................ 490 - Combustível p/produção de energia....................................................... - 4.442 Encargos de uso da rede elétrica......................................................... 2.170 7.459 Serviços de terceiros........................................................................... 45.569 38.074 Materiais............................................................................................ 22.436 35.738 Outros custos operacionais................................................................. 16.815 1.095

95.160 113.684

VALOR ADICIONADO BRUTO................................................................. 118.229 442.703

DEPRECIAÇÃO....................................................................................... (29.267) (32.756)

VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE................ 88.962 409.947

VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA Receitas financeiras.............................................................................. 36.538 32.242 Entidade de previdência a empregados................................................... (21.167) (29.596) Energia Livre: Realização de perda (baixa de valores a receber)................................. (890) (226) Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos.................................... (23.011) (89.281)

(8.530) (86.861) VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR........................................... 80.432 323.086

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Pessoal: Remuneração do trabalho e benefícios (exceto INSS/FGTS)..................... 81.611 78.504 Entidade de previdência a empregados - Contribuição ao Plano................. 2.276 2.184 F.G.T.S................................................................................................ 4.325 4.453

88.212 85.141

Impostos, taxas e contribuições: Encargos setoriais: Quota para reserva global de reversão - RGR......................................... 4.522 7.601 Compensação financeira p/ utilização de recursos hídricos..................... 6.535 3.647 Taxa de fiscalização do serviço público de energia elétrica..................... 576 312 Pesquisa e Desenvolvimento - P&D...................................................... 1.600 2.482

13.233 14.042 Federais: Imposto de renda e contribuição social................................................. - 788 COFINS/PIS....................................................................................... 21.709 25.294 INSS.................................................................................................. 11.855 11.050

33.564 37.132 Estaduais: ICMS................................................................................................. 1.642 2.831 Municipais: ISS.................................................................................................... 1.140 834 IPTU.................................................................................................. 4.448 4.235

5.588 5.069 54.027 59.074

Remuneração de capitais de terceiros: Juros e encargos de dívidas................................................................... 3.879 4.202 Variações monetárias líquidas................................................................ (58.753) 3.496 Arrendamentos e aluguéis..................................................................... 593 588

(54.281) 8.286 Remuneração de capitais próprios: Juros sobre o capital próprio.................................................................. - 13.000 Lucros retidos / Prejuízo do exercício..................................................... (7.526) 157.585

(7.526) 170.585 TOTAL DA DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 80.432 323.086

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008(Valores expressos em milhares de reais - R$)

DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

1. CONTEXTO OPERACIONAL

(Dados relacionados à potência e energia não auditados pelos auditores independentes) A Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. – “EMAE”, é uma sociedade por ações de economia mista, de capital aberto, controlada pelo Governo do Estado de São Paulo, com sede na cidade de São Paulo e suas ações são negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda, detém 97,61% das suas ações ordinárias. A EMAE tem como atividades principais o planejamento, a construção, a operação e manutenção de sistemas de produção, armazenamento, conservação e comercialização de energia, bem como de barragens e outros empreendimentos, destinados ao aproveitamento múltiplo das águas. Adicionalmente, a EMAE poderá participar em outras sociedades, com vistas a propiciar o desenvolvimento de suas atividades, mediante autorização legislativa. A EMAE possui a concessão de 5 usinas hidrelétricas que formam um parque gerador com 949,44 MW de potência instalada (Nota 16.1) e 2 usinas elevatórias, reversíveis, com 74 MW de potência instalada. Como concessionária de serviço público de geração de energia elétrica, a EMAE tem suas atividades regulamentadas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, e opera as usinas Hidrelétricas Henry Borden, Porto Góes e Rasgão de forma integrada com o Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS. A energia elétrica comercializada pela EMAE destina-se a: concessionárias distribuidoras de energia elétrica, para atender a seus mercados consumidores; agentes comercializadores; consumidores livres; e operações no mercado de curto prazo contabilizadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – “CCEE” (Nota 29). Da receita operacional da EMAE em 2009, 67% (50% em 2008) foram provenientes de suprimento de energia elétrica às distribuidoras (clientes contratados em leilões de energia no ambiente regulado) e agentes comercializadores, 14% (8% em 2008) no segmento fornecimento de energia (consumidor livre), 8% (35% em 2008) em energia de curto prazo no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, que em 2008, reflete o despacho da Termoelétrica Piratininga efetuado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, sendo os restantes 11% e 7% em 2009 e 2008, respectivamente, provenientes de renda da prestação de serviços e outras receitas.

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1.1 Leilões de Energia

Foram realizados vinte e nove leilões para o suprimento de energia elétrica às concessionárias de distribuição atuantes no Ambiente de Contratação Regulada - ACR, sendo oito leilões de Compra de Energia proveniente de Empreendimentos de Geração Existentes (“Energia Existente”), nove leilões de ajustes para complementar a carga de energia necessária ao atendimento pela distribuidora do mercado consumidor (até o limite de 1% dessa carga), oito leilões de Compra de Energia proveniente de Novos Empreendimentos (“Energia Nova”), um leilão de fontes alternativas, um leilão de reserva, o leilão da UHE Santo Antonio e o leilão da UHE Jirau.

A EMAE vendeu 129 MW médios nos Leilões de Energia Existente e 10 MW médios em Leilão de Energia Nova, relacionados à disponibilidade de produção de energia, distribuídos em agrupamentos de contratos, conforme segue:

Leilão de Empreendimentos Período de Energia Preço Preço Médio Base

Existentes Suprimento Vendida pela EMAE Ponderado dos dosEMAE (MW m) R$/MW h Participantes Preços

1º Leilão - Prod. 2005 2005 a 2012 85,0 60,84 57,51 Jan/051º Leilão - Prod. 2006 2006 a 2013 33,0 69,21 67,33 Jan/051º Leilão - Prod. 2007 2007 a 2014 5,0 75,75 75,46 Jan/053º Leilão - Prod. 2006 2006 a 2008 3,0 63,24 62,95 Out/054º Leilão - Prod. 2009 2009 a 2016 3,0 96,00 94,91 Out/05

129,0

Leilão de Novos Período de Energia Preço Preço Médio BaseEmpreendimentos Suprimento Vendida pela EMAE Ponderado dos dos

EMAE (MW m) R$/MW h Participantes Preços1º Leilão - Prod. 2008-H30 2008 a 2037 1,0 116,00 106,95 Dez/051º Leilão - Prod. 2009-H30 2009 a 2038 1,0 116,00 114,28 Dez/051º Leilão - Prod. 2010-H30 2010 a 2039 8,0 115,99 115,04 Dez/05

10,0

A partir de julho de 2007 a Usina Henry Borden obteve acréscimos na energia assegurada, a seguir mencionadas, disponíveis para comercialização: i) 19,7 MW médios (elevando-a de 108 para 127,7 MW médios) devido à reavaliação de informações relativas à usina, sendo efetivada pela Portaria MME nº 21 de 30/07/2007; e ii) garantia física adicional de 35,5 MW médios, válidos até 31 de dezembro de 2009, por meio das Portarias nº 19, nº 34 e nº 4 da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, de 01/07/2008, 10/11/2008 e 06/02/2009 respectivamente, decorrente de testes em realização, para tratar 10m3/s das águas do Rio Pinheiros, nas duas estações implantadas do sistema de flotação.

Com o aumento da energia assegurada da Usina Hidrelétrica Henry Borden e sobras disponíveis para a comercialização, a EMAE participou de leilões e chamadas públicas de compra e venda de energia no Ambiente de Contratação Livre – ACL (Nota 29.2). A disponibilidade de energia existente foi contabilizada e liquidada na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE como energia de curto prazo (Nota 29.3).

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2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS

PRÁTICAS CONTÁBEIS A autorização para conclusão das demonstrações financeiras ocorreu na reunião de diretoria realizada em 18/03/2010. As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com observância às disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e na Comissão de Valores Mobiliários – CVM e incorporam as alterações trazidas pelas Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09.

3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

a. Caixa e equivalentes de caixa

Compreendem os saldos de caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras. As aplicações financeiras estão demonstradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até as datas de encerramento dos exercícios, sem prazos fixados para o resgate, com liquidez imediata e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

b. Revendedores/Consumidores

As contas a receber incluem os valores de suprimento e fornecimento de energia elétrica faturados, contabilizados de acordo com o regime de competência, além dos acréscimos moratórios, quando aplicáveis.

c. Provisão para créditos de liquidação duvidosa

Constituída em montante considerado suficiente pela Administração para cobrir prováveis riscos na realização de créditos a receber.

d. Estoque

Os materiais em estoque nos almoxarifados, classificados no ativo circulante (quando para manutenção), estão registrados ao custo médio de aquisição e no ativo imobilizado em curso (quando destinados a obras), ao custo de aquisição.

e. Arrendamento a receber

Registrado ao valor justo do ativo arrendado, na data da operação ajustado pela taxa implícita da operação com base no valor presente dos recebimentos futuros e pela variação do IGP-M, em atendimento à Deliberação CVM no 554, de 12 de novembro de 2008, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 06 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de Operações de Arrendamento Mercantil (leasing).

f. Investimentos

As participações societárias minoritárias em empresas e outros investimentos estão registrados ao custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas, quando aplicável.

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g. Imobilizado e intangível

Registrados ao custo de aquisição ou construção, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. A depreciação é calculada pelo método linear, de acordo com as taxas anuais fixadas pelo Poder Concedente, determinadas de acordo com as taxas estabelecidas na Resolução Normativa ANEEL nº 367. Em função do disposto nos itens 4 e 11 da Instrução Contábil nº 6.3.10 do Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, os juros e demais encargos financeiros e efeitos inflacionários, relativamente aos financiamentos obtidos, efetivamente aplicados no imobilizado em curso, estão registrados neste subgrupo como custo. Mesmo procedimento foi adotado até 31 de dezembro de 1998 para os juros computados sobre o capital próprio que financiou as obras em andamento, conforme previsto na legislação específica do Serviço Público de Energia Elétrica.

h. Redução ao valor recuperável de ativos

A Empresa analisa a existência de evidências de não-realização do valor contábil dos ativos. Caso sejam identificadas tais evidências, a Empresa estima o valor recuperável do ativo (“impairment”) para determinar eventual provisão para refletir os saldos contábeis aos valores de realização.

i. FIDC e outras obrigações

Os contratos de FIDC – Fundo de investimento em direitos creditórios e outras obrigações, são atualizados pelas variações monetárias, incorridas até a data do balanço, incluindo juros e demais encargos previstos contratualmente, utilizando o método do custo amortizado.

j. Obrigações estimadas e folha de pagamento Inclui as provisões sobre folha de pagamento de férias, gratificações e encargos sociais de férias, além de retenções de encargos sociais e imposto de renda na fonte dos empregados.

k. Outros direitos e obrigações

Os demais ativos e passivos circulantes e não circulantes estão atualizados até a data do balanço, quando legal ou contratualmente exigido.

l. Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o lucro

O imposto de renda e a contribuição social são registrados pela Empresa, observando-se as disposições aplicáveis quanto à inclusão de despesas não dedutíveis, receitas não tributáveis, consideração de diferenças intertemporais.

m. Provisões para contingências

Estão registradas até a data do balanço pelo montante provável de perda, observada a natureza de cada contingência.

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n. Planos de benefícios pós-aposentadoria

A Empresa patrocina planos de aposentadoria e assistência médica aos seus empregados, administrados pela Fundação CESP. Os passivos atuariais foram calculados adotando o método de crédito unitário projetado, conforme previsto na Deliberação CVM nº 371/2000. A partir de 2006, os ganhos e perdas atuariais são registrados diretamente no resultado do exercício.

o. Apuração do resultado

As receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência.

p. Estimativas

A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as práticas adotadas no Brasil requer que a Administração se baseie em estimativas para o registro de certas transações que afetam os ativos e passivos, receitas e despesas da Empresa, bem como a divulgação de informações sobre dados das suas demonstrações financeiras. Os resultados finais dessas transações e informações, quando de sua efetiva realização em períodos subsequentes, podem divergir dessas estimativas. As principais estimativas relacionadas às demonstrações financeiras referem-se ao registro dos efeitos decorrentes da provisão para créditos de liquidação duvidosa, vida útil do imobilizado, redução do valor recuperável de ativos não circulantes, provisão para contingências, imposto de renda e contribuição social diferidos, premissas do plano de aposentadoria e benefícios pós-emprego e transações envolvendo a compra e venda de energia na CCEE.

q. Lucro (Prejuízo) por ação

Determinado com base na quantidade de ações do capital social integralizado em circulação na data do balanço.

4. NOVOS PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS EDITADOS EM 2009 E QUE ENTRARÃO EM VIGOR A PARTIR DE 2010

Com o advento da Lei nº 11.638/07, que atualizou a legislação societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas internacionais de contabilidade (IFRS), novas normas e pronunciamentos técnicos contábeis vêm sendo expedidos em consonância com os padrões internacionais de contabilidade pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC. Até a data da preparação destas demonstrações financeiras, novos pronunciamentos técnicos e interpretações técnicas haviam sido emitidos pelo CPC e aprovados por Deliberações da CVM, entrando em vigor a partir de 1º de janeiro de 2010. Os CPCs e ICPCs que poderão ser aplicáveis à EMAE, considerando-se suas operações, são: CPC Título 20 Custos de Empréstimos 21 Demonstração Intermediária 23 Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erros 24 Evento Subsequente 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 26 Apresentação das Demonstrações Contábeis 27 Ativo Imobilizado 30 Receitas

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32 Tributos sobre o Lucro 33 Benefícios a Empregados 37 Adoção Inicial das IFRSs 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração 39 Instrumentos Financeiros: Apresentação 40 Instrumentos Financeiros: Evidenciação 43 Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a CPC 40 ICPC Título 01 Contratos de concessão 03 Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil 08 Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos 10 Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para

Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43 A Administração da Empresa está analisando os impactos das alterações introduzidas por esses novos pronunciamentos. No caso de ajustes decorrentes de adoção das novas práticas contábeis a partir de 1º de janeiro de 2010, a Empresa deverá avaliar a necessidade de calcular os efeitos que seriam produzidos em suas demonstrações financeiras de 2009, para fins de comparação, caso esses novos procedimentos já estivessem em vigor desde o início do exercício a findar-se em 31 de dezembro de 2009.

5. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Tipo de Aplicação 2009 2008

Caixa e bancos conta movimento.................................. 6.056 7.200Banco Bradesco S/A................................................... CDB - 345Banco Nossa Caixa S/A............................................... FIF 243 11.057

6.299 18.602

6. REVENDEDORES E CONSUMIDORES

2009 2008a) Suprimento de Energia Leilão de energia e agentes comercializadores................................ 13.834 14.035

b) Fornecimento Fornecimento de energia para consumidores livres.......................... 2.296 1.917

7. VALORES A RECEBER - ENERGIA LIVRE

O Acordo Geral do Setor Elétrico Brasileiro foi instituído por ocasião do período de racionamento (2001/2002), implantado face às condições hidrológicas desfavoráveis e ao baixo nível de armazenamento dos reservatórios de várias regiões do país, principalmente a região Sudeste, onde se encontra a EMAE, nas quais o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS restringiu a geração de origem hidráulica e acionou os Geradores Livres (produtores que dispunham de energia não contratada).

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A remuneração desses geradores livres foi baseada nos preços praticados pelo MAE, (Mercado Atacadista de Energia, atual CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) e este custo foi dividido entre os geradores do sistema, proporcionalmente à energia assegurada de cada um, sendo que a EMAE respondia, à época por cerca de 1,3% (informação não auditada pelos auditores independentes) da energia assegurada do país. O saldo a receber referente a esses créditos (ativo) está sendo recuperado pela “Recomposição Tarifária Extraordinária – RTE” das distribuidoras (contada desde dezembro de 2001). Com estes recursos, a EMAE amortizou parcelas dos contratos firmados com o BNDES. A Resolução Normativa nº 387 da ANEEL, de 15/12/2009, estabelece a metodologia de cálculo dos saldos de Energia Livre após o encerramento da cobrança da Recomposição Tarifária Extraordinária – RTE nas tarifas de fornecimento. A operacionalização para a demonstração do saldo final dar-se-á nos próximos meses, conforme prazos constantes da citada Resolução. Composição dos saldos atualizados até 31.12.2009:

Ativo

circulanteNão

circulanteValores Valores

a receber a receberNota Energia Energia

Explicativa Livre Livre TotalSaldo em 31/12/2008.......... 634 790 1.424

Recebimentos.................... (459) - (459)

Baixas............................... 31 (454) (436) (890)

Transferências.................... 354 (354) -

Saldo em 31/12/2009.......... 75 - 75

8. ENERGIA DE CURTO PRAZO - CCEE

Representam as variações apuradas mensalmente, resultantes do balanço processado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, entre compromissos assumidos pela EMAE com seu mercado e demais agentes versus o efetivo comportamento de cada integrante do sistema.

No exercício de 2009 foram registrados volumes de energia de curto prazo vendidos e adquiridos no âmbito do mercado através da CCEE, necessários para atender às quantidades vendidas (compromissadas) às empresas clientes da EMAE e também às necessidades operacionais do Sistema Interligado Nacional - SIN (Notas 29.3 e 29.4).

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9. VALORES A RECEBER

Saldo a receber do Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, conforme Instrumento de Reconhecimento e Consolidação de Dívida celebrado em 09 de novembro de 2004, para recebimento em 120 parcelas mensais, atualizadas pelo IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo e juros de 6% ao ano.

2009 2008Não circulante Contrato.......................................................................................... 63.389 74.450

Em 21 de julho de 2006, com a anuência do DAEE, foi assinado o instrumento de cessão de parte desse contrato a favor da CESP – Companhia Energética de São Paulo, no montante de R$ 20.000, transferindo o direito de recebimento de aproximadamente 24 parcelas. Em 2007 foram firmados termos aditivos a esse instrumento, alterando o prazo de recebimento para 40 parcelas mensais e o valor da cessão de créditos para R$ 33.000. Em 21 de janeiro de 2008, com a anuência do DAEE, foi assinado o terceiro termo aditivo a esse contrato, com a cessão de créditos no valor de R$ 5.600. Em 30 de abril de 2009, com a anuência do DAEE, foi assinado o quarto termo aditivo a esse contrato, com a cessão de créditos no valor de R$ 10.000. O valor a receber registrado nesta conta, representa o saldo líquido a favor da EMAE, já excluídos os créditos cedidos.

10. ALIENAÇÃO DE BENS E DIREITOS

2009 2008Circulante Contrato (1)...................................................................................... 11.425 - Contrato (2)...................................................................................... - 1.001

11.425 1.001

(1) A EMAE efetuou a alienação do imóvel de 59.570,15 m2 localizado na Av. Nossa Senhora do

Sabará nº 4.780, Bairro Pedreira – São Paulo, pelo valor de R$ 20.135 para a empresa VR Empreendimentos, Participações e Serviços Ltda, conforme instrumento particular de venda e compra celebrado em 11 de agosto de 2009, para recebimento em 12 parcelas acrescidas de juros de 12 % ao ano.

O imóvel tinha valor residual contábil de R$ 2.028, e o ganho apurado na alienação no valor de R$ 18.107 foi registrado em outras receitas (Nota 31).

(2) A EMAE efetuou a alienação do imóvel de 10.433,95 m2 localizado na Av. Prof. Alceu Maynard

Araújo s/nº, Bairro de Santo Amaro – São Paulo, pelo valor de R$ 6.627 para a Associação Brasileira de Educação e Assistência – ABEA, conforme instrumento particular de venda e compra celebrado em 27 de abril de 2007, para recebimento em 24 parcelas corrigidas pela variação do IPC – FIPE acrescido de juros de 12 % ao ano.

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11. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS COMPENSÁVEIS

2009 2008Circulante Imposto de renda sobre aplicações financeiras (a)............................. 229 270 Imposto de renda a compensar (b)................................................... 451 6.351 Contribuição social a compensar (b).................................................. 600 2.019 COFINS/PIS/CSLL/IR - Lei nº 10.833/03 (c)...................................... 1.143 1.449 Outros............................................................................................. 650 720

3.073 10.809

(a) Refere-se a créditos de imposto de renda decorrentes de retenção na fonte sobre rendimentos

de aplicações financeiras. (b) Refere-se a créditos de imposto de renda e contribuição social, a serem compensados com

recolhimentos de tributos e contribuições sociais com a Receita Federal do Brasil. (c) Refere-se a créditos de COFINS, PIS, CSLL e IR, provenientes de retenções por parte de

tomadores de serviços, nos casos de fornecimento de energia elétrica e serviços prestados, conforme dispõe a Lei nº 10.833/03. Esses créditos serão compensados com tributos da mesma natureza vincendos no próximo exercício.

12. ARRENDAMENTO UTE PIRATININGA Em 27 de abril de 2007, a EMAE e a Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras celebraram entre si o instrumento particular de arrendamento dos ativos da UTE Piratininga, pelo período de 17 anos, com remuneração de R$ 45 milhões por ano, em parcelas semestrais, reajustadas pelo IGP-M, a partir do segundo ano, com a conseqüente transferência dos direitos de exploração de geração de energia elétrica e com opção de compra, que poderá ser exercida no décimo segundo ano de vigência do contrato. A eficácia do Instrumento de Contrato de Arrendamento estava condicionada às seguintes condições suspensivas: (i) aprovação da ANEEL quanto ao contrato de arrendamento e à exploração da Usina Piratininga pela Petrobras, mediante emissão de ato específico, sob qualquer forma manifestado, pela ANEEL; (ii) validade, vigência e eficácia das licenças ambientais e autorizações existentes e relacionadas com a operação regular a gás natural de todos os ativos, áreas e bens aportados durante a vigência do Consórcio Piratininga São Paulo, pelo órgão ambiental licenciador competente para emiti-las, e a sua conseqüente emissão em nome da Petrobras, de modo a não lhe causar óbices à operação regular de todas as instalações e equipamentos destinados à geração de energia termoelétrica, áreas de imóveis e bens aportados durante a vigência do Consórcio Piratininga São Paulo; e (iii) emissão de instrumento, pelo órgão ambiental licenciador, que permita a operação regular, a óleo combustível, dos ativos, desde que as condições eventualmente impostas sejam estritamente referentes aos bens objeto do contrato de arrendamento e sejam aprovadas pela Petrobras. Todas as condições suspensivas foram cumpridas, de modo que o arrendamento tornou-se eficaz a partir de 21 de maio de 2008. Em 21 de maio de 2008, a Petrobras cedeu todos os direitos e obrigações do instrumento particular de arrendamento para a Baixada Santista S.A. – BSE (subsidiária integral da Petrobras).

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Em 29 de maio de 2008, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, publicou no Diário Oficial da União, extrato de termo aditivo relativo ao Primeiro Termo Aditivo ao Contrato de Concessão de Geração nº 002/2004 – ANEEL, firmado originalmente pela EMAE em 11 de novembro de 2004. Referido termo aditivo tem por objetivo adequar o instrumento contratual celebrado entre a União e a EMAE, de modo a contemplar a transferência de concessão para exploração da Usina Termoelétrica Piratininga para a Baixada Santista Energia S.A. – BSE, conforme a Resolução Autorizativa ANEEL nº 1.218, de 22 de janeiro de 2008. A Administração da EMAE, em face da Deliberação CVM no 554, de 12 de novembro de 2008, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 06 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de Operações de Arrendamento Mercantil (leasing), classificou a operação como arrendamento mercantil financeiro. De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico do CPC, sobre a Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, aprovado pela Deliberação CVM no 539, de 14 de março de 2008, as transações e outros eventos são contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância econômica e não meramente com a sua forma legal. Adicionalmente, conforme o CPC 06 para o registro contábil de uma operação de arrendamento mercantil financeiro deve prevalecer a essência econômica sobre a forma jurídica, assim, para o arrendador a operação deve ser registrada como uma venda financiada, baixando-se o valor residual contábil do bem, registrando em uma conta de arrendamento a receber o valor justo do ativo ou o valor presente dos recebimentos futuros (dos dois o menor), em contrapartida de um ganho/perda na alienação e reconhecendo uma receita financeira ao longo do período de arrendamento. O arrendatário deve registrar o ativo a ser explorado ao seu valor justo ou ao valor presente dos pagamentos futuros (dos dois o menor), em contrapartida do passivo e reconhecendo uma despesa de depreciação pela utilização do bem e despesa financeira ao longo do período de arrendamento. A operação de arrendamento da UTE Piratininga foi classificada como arrendamento mercantil financeiro, pelos seguintes motivos:

• transferência para o arrendatário dos riscos e benefícios inerentes ao controle e à propriedade da UTE;

• no início do arrendamento, o valor presente dos pagamentos mínimos se aproximam do valor justo da UTE;

• os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que somente o arrendatário poderia utilizá-los sem que fossem feitas modificações significativas.

Demonstrativo da mutação do arrendamento da UTE Piratininga:

Saldo Encargos Saldo

Conta 31/12/2008 Transferências Financeiros Recebimento 31/12/2009

Ativo Circulante

Arrendamento UTE Piratininga.................... 23.450 23.093 33.921 (52.375) 28.089

Ativo não circulante

Arrendamento UTE Piratininga.................... 351.752 (23.093) 64.593 - 393.252

375.202 - 98.514 (52.375) 421.341

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Demonstrativo de conciliação dos valores do arrendamento:

2009 2008Valor nominal do contrato................................. 765.000 765.000 Receita financeira não realizada........................ (310.877) (344.798) Variação monetária.......................................... 64.593 - Recebimentos................................................. (97.375) (45.000)

421.341 375.202

Valor presente das parcelas a serem recebidas até o final do contrato, para os períodos: Circulante De 2010........................................................ 28.089

Não circulante De 2011 até 2015........................................... 140.447 De 2016 até 2024........................................... 252.805

393.252 Total 421.341

13. OUTROS CRÉDITOS

2009 2008Circulante Serviços em curso (1)..................................................................... 1.619 1.378 Outros créditos (2).......................................................................... 5.180 4.557

6.799 5.935

1 – Referem-se a gastos incorridos pela EMAE decorrentes da aplicação em projetos de pesquisa e

desenvolvimento, em cumprimento à Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000. 2 – Referem-se a créditos a receber decorrentes de aluguéis, adiantamentos a empregados e

outros devedores. Para fazer face a eventuais perdas na realização desses créditos, a EMAE constituiu provisão de R$ 2.107 (R$ 1.674 em 2008).

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14. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS

14.1 Conciliação de Imposto de Renda e Contribuição Social no Resultado

2009 2008 2009 2008Lucro antes dos impostos e contribuições....................................... 15.485 247.654 15.485 247.654 Alíquota vigente.................................................................................. 25% 25% 9% 9%Expectativa de crédito (despesa) de acordo com a alíquota vigente......... (3.871) (61.914) (1.393) (22.288)

a) Efeito do IRPJ e da CSLL sobre as diferenças permanentes Psap Lei 9.532 - excesso de contribuição........................................... (3.395) (2.019) (1.222) (727) Outros............................................................................................. (67) (1.049) (675) (1.050) b) Efeito do IRPJ e da CSLL sobre as diferenças temporárias e Prejuízos Fiscais de períodos anteriores, para os quais (não) foi registrada Provisão Provisões diversas............................................................................ (3.218) (1.333) (1.158) (480) Outros (PAT, incentivos)................................................................... - 317 - - Prejuízos fiscais e base negativa de CSLL ......................................... (6.369) 200 (1.643) 274

- Imposto de Renda e Contribuição Social contabilizado.................. (16.920) (65.798) (6.091) (24.271)

Corrente............................................................................................ - (150) - (638) Diferido.............................................................................................. (16.920) (65.648) (6.091) (23.633)

Imposto de Renda Contribuição Social

14.2 Composição dos saldos:

2009 2008 2009 2008Imposto de Renda Provisões temporariamente indedutíveis - Fundação CESP (a)........... - 3.108 - - Provisões temporariamente indedutíveis até 2008 (b)........................ 16.643 16.643 - - Prejuízos fiscais 2003, 2005, 2006, 2007 e 2009 (c)......................... 64.639 58.270 - - Provisões temporariamente indedutíveis 2009 (d).............................. 3.172 - - - Obrigação fiscal diferida (e)............................................................ - - 75.043 61.232 Contribuição Social Provisões temporariamente indedutíveis - Fundação CESP (a)........... - 1.119 - - Provisões temporariamente indedutíveis até 2008 (b)........................ 5.991 5.991 - - Prejuízos fiscais 2003, 2005, 2006, 2007 e 2009 (c)......................... 19.183 17.540 - - Provisões temporariamente indedutíveis 2009 (d).............................. 1.142 - - - Obrigação fiscal diferida (e)............................................................ - - 27.015 22.043

110.770 102.671 102.058 83.275 Provisão para créditos tributários (f)...................................................... (110.770) (98.444) - -

- 4.227 102.058 83.275

ATIVO PASSIVO

(a) No exercício de 2001, foram contabilizados R$ 40.158 em contrapartida de lucros acumulados, relativos a créditos fiscais temporariamente indedutíveis a título de imposto de renda e contribuição social, conforme Deliberação CVM no 273/98. A quase totalidade dos créditos está constituída à alíquota de 34% referente a déficit previdenciário com a Fundação CESP (reconhecido em 1997 no passivo), em cumprimento à determinação prevista na Deliberação CVM nº 371/2000. A realização desses créditos fiscais ocorre com base nas amortizações mensais do contrato entre a EMAE e a Fundação CESP (Nota 20).

Foi realizado durante o exercício o montante de R$ 4.227, sendo R$ 1.118 de contribuição social e R$ 3.109 de imposto de renda, do saldo desses créditos fiscais.

(b) Referem-se ao registro, até o exercício de 2008, de créditos compensáveis com lucros

tributáveis futuros, calculados sobre provisões temporariamente não dedutíveis, controlados na Parte “B” do LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real, e sobre a base negativa da contribuição social.

(c) Referem-se a saldos de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social, referentes

aos exercícios de 2003, 2005, 2006, 2007 e de 2009.

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(d) Referem-se ao registro de créditos compensáveis com lucros tributáveis futuros,

calculados sobre provisões temporariamente não dedutíveis. (e) Refere-se ao registro de imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre

o ganho na operação de arrendamento da UTE Piratininga (Nota 12). (f) Refere-se à provisão para créditos tributários sobre prejuízos fiscais (item c) e diferenças

temporariamente indedutíveis (itens b e d).

15. CAUÇÕES E DEPÓSITOS VINCULADOS

2009 2008Circulante Depósitos vinculados (a)................................................................. 8.934 -

Não circulante Depósitos judiciais (b)..................................................................... 1.828 2.613 Cauções em quotas subordinadas - FIDC (c).................................... 4.733 4.316

6.561 6.92915.495 6.929

a) Refere-se a diversos depósitos remunerados, sendo R$ 7.863 de recursos decorrentes na

alienação de bens e direitos (Nota 10), que serão utilizados para reinvestimento no serviço concedido e R$ 1.071 de outros depósitos vinculados.

b) Refere-se a diversos depósitos iniciais ou recursais envolvendo processos cíveis e trabalhistas.

Os depósitos relacionados com provisões para contingências trabalhistas estão apresentados deduzidos do respectivo passivo, em atendimento à Deliberação CVM no 489/05 (Nota 25).

c) Refere-se a crédito caucionado equivalente a 3 quotas, pertencentes à EMAE, vinculadas ao

Fundo de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC, que poderão ser resgatadas no vencimento da última parcela, concomitantemente à liquidação do Fundo (Nota 19). Os saldos das quotas são ajustados mensalmente pelo valor da cotação de mercado.

16. IMOBILIZADO

É composto como segue:

2009 2008Taxas Anuais Médias Custo Depreciação Valor Valor

de Depreciação (%) Corrigido Acumulada Líquido Líquido

Em Serviço Geração................................... 2,5 1.143.313 (592.386) 550.927 570.588 Trans m is s ão de conexão.... 2,9 33.760 (24.702) 9.058 9.846 Adm inis tração......................... 5,2 38.387 (32.141) 6.246 8.986

1.215.460 (649.229) 566.231 589.420

Em Curso Geração................................... 11.448 - 11.448 12.345 Adm inis tração......................... 1.101 - 1.101 821

12.549 - 12.549 13.166

1.228.009 (649.229) 578.780 602.586

2009

Conforme Resolução Normativa nº 367, de 02 de junho de 2009, da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, as taxas anuais de depreciação adotadas no serviço público de energia elétrica passaram a ser, basicamente, de 2,0% a 7,1% para os bens vinculados à geração e 2,0% a 5,9% para os bens de transmissão, 10,0% para móveis e utensílios e 20,0% para veículos.

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A movimentação dos saldos do ativo imobilizado em 2009 está representada por:

2008Saldo Adições Transferências Baixas Saldo

Em serviço Geração............................... 1.136.431 - 6.882 - 1.143.313 Transmissão de conexão....... 33.760 - - - 33.760 Administração...................... 47.165 - 775 (9.553) 38.387 Custo corrigido..................... 1.217.356 - 7.657 (9.553) 1.215.460

Depreciação......................... (627.936) (28.818) - 7.525 (649.229) Total imobilizado em serviço 589.420 (28.818) 7.657 (2.028) 566.231

Em curso 13.166 7.040 (7.657) - 12.549

Total do imobilizado 602.586 (21.778) - (2.028) 578.780

2009

Depreciação no resultado: Depreciação no resultado:Imobilizado............................. (28.818) Intangível................................ (449)

(29.267) Total de aquisições: Total de aquisições:Imobilizado............................. 7.040 Intangível................................ 639

7.679 Adicionalmente apresenta-se o imobilizado em serviço por conta:

2009 2008

Custooriginal Depreciação

Em Serviço corrigido acumulada Líquido Líquido

Terrenos.................................................... 6.897 - 6.897 6.901 Reservatórios, Barragens e Adutoras........... 705.314 (355.818) 349.496 362.731 Edificações, Obras Civis e Benfeitorias........ 78.587 (46.148) 32.439 34.185 Máquinas e Equipamentos.......................... 416.585 (240.935) 175.650 184.081 Veículos.................................................... 6.042 (4.446) 1.596 1.293 Móveis e Utensílios.................................... 2.035 (1.882) 153 229

1.215.460 (649.229) 566.231 589.420

16.1 Concessões de Energia Elétrica

As concessões de geração de energia elétrica da EMAE remontam à primeira metade do século passado, tendo sido originariamente concedidas a então São Paulo Tramway Light and Power, posteriormente transformada na Light Serviços de Eletricidade S.A. Em 1981, quando da constituição da antiga Eletropaulo - Eletricidade de São Paulo S.A., os bens pertencentes ao subsistema São Paulo da Light passaram por processo de renovação de concessão, concluído em 1982.

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Tais direitos foram transferidos à EMAE por ocasião da cisão da Eletropaulo, em 1º de janeiro de 1998, tendo sido formalizados em 2004 mediante Contrato de Concessão assinado em 11 de novembro de 2004 e aditado em 21 de maio de 2008 para contemplar a transferência da concessão da UTE Piratininga para exploração pela Baixada Santista Energia S.A. – BSE (Nota 12), abrangendo portanto as seguintes concessões de geração de energia elétrica:

Capacidade Energia

Instalada Assegurada Data da Data deUsinas Rios (MW) (MW médios) concessão vencimento

Hidrelétricas UHE Henry Borden Rio das Pedras 889,00 127,7 01/12/1982 30/11/2012 UHE Porto Góes Tietê 24,80 19,9 01/12/1982 30/11/2012 UHE Rasgão Tietê 22,00 17,6 01/12/1982 30/11/2012 UHE Izabel Ribeirão Grande 2,64 0,6 01/12/1982 30/11/2012 UHE Edgard de Souza Tietê (a) 11,00 - 01/12/1982 30/11/2012

949,44 165,8

(a) Reinstalação de unidade geradora com capacidade de 11,0 MW, previsto para entrar em operação em meados de 2012 (informação não auditada pelos auditores independentes).

(a)

16.2 Condições de Renovação

O prazo das concessões, a critério do poder concedente, poderá ser prorrogado por período de até 20 anos, com base nos relatórios técnicos específicos preparados pela fiscalização da ANEEL, nas condições que forem estabelecidas, mediante requerimento da EMAE a ser apresentado até 36 meses antes do término da respectiva concessão, desde que a exploração das usinas esteja nas condições estabelecidas no Contrato de Concessão, na legislação do setor e atenda aos interesses dos consumidores.

16.3 Dos Bens Vinculados à Concessão

De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto nº 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, os bens e instalações utilizadas na produção, transmissão, distribuição, inclusive comercialização, são vinculados a esses serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador. A Resolução ANEEL nº 020/1999 regulamenta a desvinculação de bens das concessões do Serviço Público de Energia Elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando que o produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada para aplicação na concessão.

16.4 Capacidade de Recuperação Através de Operações Futuras

As concessões de geração de energia elétrica da EMAE foram outorgadas por usina, sendo os bens que compõem seu ativo imobilizado registrados em estrita consonância com as práticas contábeis adotadas no País e com as normas específicas para o setor Elétrico emanadas da ANEEL. A Legislação Brasileira, em particular os Decretos nº 24.643, de 10 de julho de 1934, e nº 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, ambos em vigor e sob a égide dos quais foram outorgadas as concessões das usinas com aproveitamentos hidrelétricos da EMAE. O contrato de concessão garante que ao final do prazo da concessão, o valor residual dos bens integrantes do ativo imobilizado sejam indenizados, no processo da reversão dos bens para a União. A Administração da Empresa preparou, com base em seu valor de uso e considerando indenização correspondente ao valor residual dos livros ao final da concessão, atualizado monetariamente, um fluxo de caixa descontado de suas operações até 2012, para cada unidade de geração. A estimativa preparada pela Administração, indicava que o valor presente era suficiente para recuperar o saldo do ativo imobilizado em 31 de dezembro de 2008.

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Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2009, não houve a indicação de que seus ativos possam ter sofrido desvalorização.

17. OBRIGAÇÕES ESTIMADAS

2009 2008Circulante Provisão de férias e gratificação de férias............................................ 6.514 6.259 Encargos sociais sobre férias............................................................ 5.020 2.252

11.534 8.511

18. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

2009 2008Circulante COFINS s/ receitas.......................................................................... 1.266 1.592 PIS s/ receitas................................................................................. 275 346 ICMS s/ receita de fornecimento de energia........................................ 264 697 Encargos sociais s/ folha de pagamento - empresa............................. 1.913 1.839 IPTU - REFIS (1).............................................................................. 1.303 1.258 IPTU - REFIS (2).............................................................................. 114 114 IPTU - REFIS (3).............................................................................. 90 90 ITR - Parcelamento Lei 11.941/2009 (4).............................................. 147 - Outros............................................................................................. 707 465

6.079 6.401Não circulante IPTU - REFIS (1).............................................................................. 434 1.677 IPTU - REFIS (2).............................................................................. 23 163 IPTU - REFIS (3).............................................................................. 485 575 ITR - Parcelamento Lei 11.941/2009 (4).............................................. 196 -

1.138 2.4157.217 8.816

(1) Refere-se a saldo de parcelamento de IPTU com a Prefeitura do Município de São Paulo, com

amortização em 120 parcelas mensais, a partir de maio de 2001. (2) Refere-se a saldo de parcelamento de IPTU com a Prefeitura do Município de Santana do

Parnaíba, com amortização em 60 parcelas mensais, a partir de agosto de 2006. (3) Refere-se a saldo de parcelamento de IPTU com a Prefeitura do Município de Rio Grande da

Serra, com amortização em 100 parcelas mensais, a partir de fevereiro de 2008. (4) Refere-se a saldo de parcelamento de ITR com a União, com amortização em 36 parcelas

mensais, a partir de novembro de 2009.

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19. FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS – FIDC

2009 2008

CirculanteNão

circulante Total Total

FIDC........................................................ 17.682 25.474 43.156 55.468

Em 29 de maio de 2007 ocorreu o ingresso dos recursos do FIDC no montante de R$ 67 milhões, equivalente a 67 quotas seniores com valor unitário de emissão de R$ 1 milhão, lançado pela EMAE sob coordenação do Banco ABC Brasil S.A., com prazo de 5 anos, amortização mensal, corrigido pela variação da taxa do DI – Depósito Interfinanceiro da CETIP (Câmara de Custódia e Liquidação) e juros de 1,5% a.a. O Fundo, do tipo fechado, é administrado pela INTRAG – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., mediante cessão de créditos oriundos de CCEAR’s (Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado), assinados com 34 distribuidoras de energia. A EMAE possui créditos próprios em quotas subordinadas no valor de R$ 4.733 (R$ 4.316 em 2008), registrados no ativo não circulante, cauções e depósitos vinculados (Nota 15). A movimentação dos saldos do FIDC em 2009 está representada por:

2008

Saldo Amortização JurosVariações monetárias Saldo

FIDC.................... 55.468 (18.015) 599 5.104 43.156

2009Despesa

O saldo do FIDC, classificado no passivo não circulante em 31 de dezembro de 2009, tem seus vencimentos assim programados:

31/12/20092011.......................................................... 17.6822012.......................................................... 7.792

25.474

20. ENTIDADE DE PREVIDÊNCIA A EMPREGADOS

31/12/2008

Credor Obje to CirculanteNão

circulante Total Total

FUNDAÇÃO - Benef ício Suplementar Proporcional CESP Saldado - BSPS.................................. 22.587 87.223 109.810 145.574

- A juste deliberação CVM nº 371/2000... - (22.083) (22.083) (58.626) 22.587 65.140 87.727 86.948

31/12/2009

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A movimentação dos saldos de entidade de previdência a empregados em 2009 está representada por:

2008Saldo Amortização Despesa Saldo

Entidade de previdência a empregados............ 86.948 (20.388) 21.167 87.727

2009

No resultado: Plano BSPS....................... 21.167 Plano CD............................ 2.276

23.443

20.1 PLANOS DE BENEFÍCIOS

A EMAE patrocina planos de benefícios de aposentadoria e pensão para seus empregados e ex-empregados e respectivos beneficiários, com o objetivo de suplementar os benefícios fornecidos pelo sistema oficial da previdência social. A Fundação CESP é a entidade responsável pela administração dos planos de benefícios patrocinados pela EMAE.

A EMAE, através de negociações com os sindicatos representativos da categoria, reformulou o plano em 1997, tendo como característica principal o modelo misto, composto de 70% do salário real de contribuição como benefício definido, e 30% do salário real de contribuição como contribuição definida. Essa reformulação teve como objetivo equacionar o déficit técnico atuarial e diminuir o risco de futuros déficits. Adicionalmente aos benefícios do plano, a EMAE oferece aos seus empregados outros benefícios como assistência médica e odontológica. O custeio do plano para o benefício definido é paritário entre a Empresa e os empregados. O custeio da parcela estabelecida como contribuição definida é paritário entre a Empresa e os empregados baseado em percentual escolhido livremente pelo participante até o limite de 5%. As taxas de custeio são reavaliadas, periodicamente, por atuário independente. O Benefício Suplementar Proporcional Saldado - BSPS é garantido aos empregados participantes do plano de suplementação que aderiram ao novo modelo implementado, a partir de 1º. de janeiro de 1998, e vierem a se desligar, mesmo sem estarem aposentados. Esse benefício assegura o valor proporcional da suplementação relativo ao período do serviço anterior à data da reformulação do novo plano de suplementação. O benefício será pago a partir da data em que o participante completar as carências mínimas previstas no regulamento do novo plano.

20.2 DEMONSTRAÇÃO DO PASSIVO A SER REGISTRADO DE ACORDO COM A

DELIBERAÇÃO CVM Nº 371/2000

Com base na avaliação atuarial elaborada por atuários independentes em 31 de dezembro, seguindo os critérios determinados pela Deliberação CVM nº 371/2000, o passivo atuarial da EMAE é conforme segue:

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a) Premissas atuariais

As principais premissas atuariais utilizadas para determinação da obrigação atuarial são as seguintes:

2009 2008

Taxa nominal utilizada para o desconto a valor presente do passivo atuarial 10,24% 10,24%Taxa de retorno esperada sobre os ativos do plano................................... 11,28% 11,28%Taxa de crescimento salarial futuro......................................................... 7,12% 6,08%Índice de reajuste de benefícios concedidos de prestação continuada........ 4,00% 4,00%Fator de capacidade do benefício/salário preservar seu poder aquisitivo...... 0,9784 0,9784Taxa de rotatividade............................................................................... nula nulaTábua de mortalidade............................................................................. AT - 2000 AT - 83Tábua de entrada em invalidez................................................................ LIGHT-MÉDIA LIGHT-MÉDIATábua de mortalidade de ativos............................................................... Método de Hamza Método de HamzaNº de participantes ativos (*)................................................................ 768 798Nº de participantes inativos - aposentados sem ser por invalidez (*)......... 417 400Nº de participantes inativos - aposentados por invalidez (*)..................... 30 29Nº de participantes inativos - pensionistas (*)........................................ 39 38

(*) Informações não auditadas pelos auditores independentes. b) Avaliação atuarial

Na avaliação atuarial dos planos foi adotado o método do crédito unitário projetado. O ativo líquido do plano de benefícios é avaliado pelos valores de mercado (marcação a mercado).

A EMAE, a partir do exercício findo em 31 de dezembro de 2006, optou por deixar de diferir os ganhos ou perdas atuariais futuros, passando a reconhecê-los imediatamente no resultado do exercício.

b1) Conciliação dos ativos e passivos

2009

Total do passivo atuarial........................................................................................ 461.126Valor justo dos ativos (marcados a mercado).......................................................... (373.399)Passivo líquido..................................................................................................... 87.727

b2) Movimentação do passivo atuarial

2009Valor presente da obrigação atuarial total líquida.............................................. 451.349Custo dos juros............................................................................................. 46.218Ganho/Perda atuarial..................................................................................... (13.230)Benefícios pagos........................................................................................... (23.211)Valor presente da obrigação atuarial total líquida.............................................. 461.126

b3) Movimentação do ativo do plano

2009Valor justo do ativo do plano........................................................................... 331.210Contribuição do empregador........................................................................... 20.486Retorno ocorrido dos investimentos................................................................. 44.914Benefícios pagos........................................................................................... (23.211)Valor justo do ativo do plano........................................................................... 373.399

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b4) Despesa estimada para:

2010

Custo dos juros............................................................................................... 47.219Retorno dos investimentos................................................................................ (42.119)Total............................................................................................................... 5.100

20.3 EQUACIONAMENTO FINANCEIRO DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS COM A FUNDAÇÃO CESP

Para equacionar o fluxo de caixa entre a EMAE e a Fundação CESP, parte do passivo atuarial determinado pelos atuários independentes (BSPS e plano de benefício definido) está representada por instrumentos jurídicos formalizados pela Empresa em 1997, com interveniência da Secretaria Nacional de Previdência Complementar (SPC) na forma de contrato de ajuste de reservas a amortizar, que possui cláusula variável, conforme segue:

a) Benefício Suplementar Proporcional Saldado – BSPS – R$ 109.810

Refere-se a saldo de contrato de Ajuste das Reservas Matemáticas para a cobertura de déficit técnico atuarial existente com a Fundação CESP até 31 de outubro de 1997, relativo ao “benefício suplementar proporcional saldado” - BSPS. O contrato original previa amortização em 240 parcelas mensais, desde 30 de dezembro de 1997 e atualização pela variação do IGP-DI, acrescido de juros de 6% a.a.

Anualmente ao final de cada exercício o superávit ou déficit apurado na avaliação atuarial é integrado ao saldo do contrato e as parcelas de amortização são recalculadas com base no novo saldo do contrato.

Conforme mencionado acima, esse contrato possui cláusula variável de reajuste anual de acordo com o custo atuarial, portanto, representa na essência, garantias para o equacionamento financeiro do plano de benefícios. Em virtude desse fato, o passivo da EMAE é registrado de acordo com a Deliberação CVM nº 371/2000. Em 31 de dezembro de 2009, a diferença entre os saldos apresentados neste contrato e o valor do passivo registrado de acordo com Deliberação CVM nº 371/2000, é decorrente da diferença de metodologias e premissas utilizadas entre a EMAE e a Fundação CESP para avaliar a situação financeira dos planos de benefícios, e serão ajustadas anualmente pelos seus efeitos dos ganhos e perdas atuariais ao longo do tempo (maturação do plano).

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21. TAXAS REGULAMENTARES

2009 2008

Circulante Reserva Global de Reversão - RGR (1): - Quota mensal.............................................................................. 287 224 - Diferença de quotas - 2006 (2)..................................................... - 129 - Diferença de quotas - 2007 (3)..................................................... 58 719 - Diferença de quotas - 2008 (4)..................................................... 4.972 - Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos............... 1.992 802 Taxa de fiscalização - ANEEL........................................................... 48 26 Quota para P&D - FNDCT (5)........................................................... 100 1.134 Quota para P&D - EPE (5).............................................................. 50 567 P&D - Recursos para projetos (5)..................................................... 3.966 3.187

11.473 6.788 Não circulante Reserva Global de Reversão - RGR: - Diferença de quotas - 2008 (4).................................................... - 4.913 - Diferença de quotas - 2009 (6).................................................... 1.015 -

1.015 4.913 12.488 11.701

(1) Refere-se ao repasse da quota anual para constituição de Reserva Global de Reversão – RGR, destinada à União Federal, para fins de prover recursos para reversão, encampação, expansão e melhoria dos serviços públicos de energia elétrica.

(2) Conforme despacho ANEEL nº 212 de 28 de janeiro de 2008, foi fixado o parcelamento em 12

meses, com início de pagamento em fevereiro de 2008.

(3) Conforme despacho ANEEL nº 476 de 4 de fevereiro de 2009, foi fixado o parcelamento em 12 meses, com início de pagamento em fevereiro de 2009.

(4) Conforme despacho ANEEL nº 218 de 2 de fevereiro de 2010, foi fixado o parcelamento em 12 meses, com início de pagamento em fevereiro de 2010.

(5) Referem-se ao saldo das quotas de P&D – Programa Anual de Pesquisa e Desenvolvimento a serem recolhidas pela Empresa em 2010, para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT, para a Empresa de Pesquisa Energética – EPE, bem como saldo de recursos destinados a projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, em cumprimento à Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000.

(6) Diferença de recolhimentos de 2009, cuja forma de pagamento será definida pela ANEEL no

início de 2011.

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22. ENCARGOS DE USO DA REDE ELÉTRICA

2009 2008

CirculanteNão

circulante Total TotalEncargos de uso da rede elétrica - CUSD/CUST (a)....... 27 - 27 218 Tarifa de uso do sitema de distribuição - TUSDg (b)....... 1.670 1.670 3.340 3.991

1.697 1.670 3.367 4.209

(a) Refere-se aos encargos pelo uso do sistema de transmissão e distribuição – CUST/CUSD,

conforme Resoluções Homologatórias ANEEL nº 670 e 671, de 24 de junho de 2008. (b) Parcelamento relativo à tarifa de uso do sistema de distribuição – TUSDg, devida no período de

julho de 2004 a dezembro de 2007, estabelecido pela Resolução Homologatória ANEEL nº 497/2007, de 26 de junho de 2007, de acordo com a Resolução Homologatória ANEEL nº 547, de 11 de setembro de 2007 e complementada pelo Ofício Circular nº 176/2007 – SRT/ANEEL, de 3 de outubro de 2007 e Resolução Homologatória ANEEL nº 600, de 18 de dezembro de 2007.

Foi impetrado o Mandado de Segurança n° 2007.34.00.040933-5 contra ato do Diretor Geral da ANEEL, com obtenção de liminar em 28 de agosto de 2007, determinando a suspensão do artigo 4° e do anexo IV da Resolução Homologatória ANEEL n° 497/07, desobrigando ao pagamento da TUSDg mensal atual e retroativa (de 01/06/04 a 30/07/07) determinadas pela referida Resolução, além da obrigatória assinatura de Contratos de Uso do Sistema de Distribuição (CUSD), sendo determinado à ANEEL que se abstenha de aplicar multa ou qualquer medida coercitiva nesse sentido. O processo encontra-se na AGU – Advocacia Geral da União.

23. PRÉ-VENDA DE ENERGIA ELÉTRICA

2009 2008

CirculanteNão

circulante Total TotalContrato................................................... 3.393 - 3.393 6.957

Saldo decorrente do recebimento antecipado de R$ 10.000 em 05 de novembro de 2007, de acordo com os termos do contrato de compra e venda de energia entre a EMAE e a CIPLAN – Cimento Planalto S.A., sediada no Distrito Federal, no valor total de R$ 30,9 milhões. A partir de janeiro de 2008, esse saldo está sendo amortizado mensalmente com recebíveis relativos ao fornecimento de energia para a CIPLAN.

24. PROVISÃO PARA COMPROMISSOS AMBIENTAIS

2009 2008

CirculanteNão

circulante Total TotalCompromissos ambientais........................ 2.518 2.491 5.009 -

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Constituída com base em estimativa provável dos desembolsos futuros, decorrentes de compromissos assumidos em TAC’S – Termos de Ajustamento de Conduta, com o Ministério Público de São Paulo, voltados para operação e monitoramento dos testes de flotação, bem como desenvolvimento do EIA-RIMA do processo de melhoria de qualidade das águas do sistema Pinheiros-Billings.

25. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS A Empresa responde por diversos processos e procedimentos administrativos perante diferentes tribunais e instâncias, de natureza trabalhista, cível e tributária, advindos do curso normal de seus negócios. A Administração da EMAE, baseada na opinião de seus assessores legais, constituiu provisão para causas cujo desfecho desfavorável é considerado provável.

2008

SaldoPaga-

mentos Provisão Reversão SubtotalDepósitos Judiciais Saldo

Circulante Trabalhistas Diversas...................... 1.542 (443) 267 (454) 912 - 912

Tributárias....................... 849 (849) - - - - - 2.391 (1.292) 267 (454) 912 - 912

Não circulante Trabalhistas Periculosidade............. 10.654 - 1.076 - 11.730 - 11.730 Diversas...................... 7.567 (3.331) 706 (1.030) 3.912 (1.257) 2.655

18.221 (3.331) 1.782 (1.030) 15.642 (1.257) 14.385 Cíveis.............................. 1.894 - 7.885 - 9.779 - 9.779 Tributárias....................... 773 - - (773) - - -

20.888 (3.331) 9.667 (1.803) 25.421 (1.257) 24.164 23.279 (4.623) 9.934 (2.257) 26.333 (1.257) 25.076

2009

Periculosidade – Contingência de processo trabalhista – periculosidade, ajuizado pelos empregados através do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, em 07 de julho de 1999. Diversas – Referem-se a diversas ações decorrentes de processos movidos por empregados e ex-empregados as quais requerem, em geral, o pagamento de horas extras, equiparação salarial, insalubridade e outras questões. Depósitos judiciais – A EMAE questiona a legitimidade de determinadas ações trabalhistas e por conta desse questionamento, por ordem judicial ou por estratégia da própria Administração, os valores em questão foram depositados em juízo, sem que haja a caracterização da liquidação do passivo. Em atendimento à Deliberação CVM nº 489/05, os depósitos judiciais relacionados a determinadas provisões trabalhistas estão apresentados deduzindo do respectivo passivo. Cíveis – Referem-se a diversos processos cíveis de natureza geral em discussão na esfera judicial. Tributárias – No passivo circulante, referia-se ao processo de ISS com a Prefeitura do Município de São Paulo. No passivo não circulante, referia-se ao processo de ITR com a União Federal. Esta provisão foi revertida em decorrência da inclusão deste débito no parcelamento instituído pela Lei nº 11.941/2009 (Nota 18).

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As contingências em 31 de dezembro de 2009, nas suas diferentes espécies, foram avaliadas e classificadas segundo probabilidades de risco econômico-financeiro, como demonstrado a seguir:

Natureza 2009 2008 2009 2008 2009 2008

Cível............................................. 9.779 1.894 45 581 4.188 6.396 Trabalhista.................................... 16.554 19.763 3.379 4.714 6.437 3.516 Tributária....................................... - 1.622 - 1.377 1.047 218

26.333 23.279 3.424 6.672 11.672 10.130

Possível RemotaProvável

26. OUTRAS OBRIGAÇÕES

Refere-se aos recursos derivados da Reserva Global para Reversão e Amortização constituída até 31 de dezembro de 1971, nos termos do Regulamento do Serviço Público de Energia Elétrica (Decreto Federal nº 41.019, de 26 de fevereiro de 1957), aplicados até aquela data na expansão do Serviço Público de Energia Elétrica. Sobre este saldo são calculados juros sobre RGR (Nota 32).

27. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS A EMAE participa de transações com partes relacionadas, das quais destacamos:

2009 2008ATIVONÃO CIRCULANTE

Valores a receber..................................................... 63.389 74.450 63.389 74.450

PASSIVOCIRCULANTE

Entidade de previdência a empregados....................... 22.587 19.001

NÃO CIRCULANTEEntidade de previdência a empregados....................... 65.140 67.947

87.727 86.948

Efeito no Resutado:

2009 2008RECEITAS FINANCEIRAS

Valores a receber..................................................... - 5.965

VARIAÇÕES MONETÁRIASValores a receber..................................................... (1.061) 4.272

DESPESAS OPERACIONAIS Entidade de previdência a empregados....................... (23.443) (31.780)

(24.504) (21.543)

As condições e a natureza das operações apresentadas estão descritas nas Notas 9 e 20.

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27.1 Gestão compartilhada EMAE/CESP

Por decisão dos Conselhos de Administração da EMAE e CESP – Companhia Energética de São Paulo (empresa também controlada pelo governo do Estado de São Paulo), desde dezembro de 2002, as duas empresas passaram a ser geridas por diretoria unificada. As áreas gerenciais passaram a atuar de forma coordenada e as áreas operacionais passaram a atuar de forma integrada, mediante acordos técnico-operacionais assinados entre as partes. Os acordos prevêem adequada segregação de custos contábeis e orçamentários, além dos correspondentes reembolsos de gastos, se incorridos de uma empresa para outra. Em 31 de dezembro de 2009 a EMAE possui um saldo a receber de R$ 973 com a CESP.

27.2 Remuneração de administradores A remuneração da Administração da Empresa no exercício de 2009 foi de R$ 1.792 (R$ 1.144 em 2008), estando esse valor relacionado às remunerações fixa e variável no montante de R$ 1.588 (R$ 930 em 2008) e encargos sociais no valor de R$ 204 (R$ 214 em 2008).

28. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 28.1 Capital Social

O capital social integralizado de R$ 285.411 está dividido em 14.705.370 ações ordinárias e 22.241.714 ações preferenciais, todas nominativas escriturais e sem valor nominal.

Os principais acionistas em 31 de dezembro de 2009 são:

Quantidade s de AçõesOrdinárias % Prefe renciais % Total %

Gove rno do Es tado de São Paulo e Com panhias Ligadas: Fazenda do Estado de São Paulo......................... 14.354.538 97,61 52.068 0,23 14.406.606 38,99

Companhia do Metropolitano de

São Paulo - METRÔ.......................................... 350.832 2,39 - - 350.832 0,9514.705.370 100,00 52.068 0,23 14.757.438 39,94

Centrais Elétricas Brasileiras S/A. ELETROBRÁS.................................................. - - 14.416.333 64,82 14.416.333 39,02

Álvaro Luiz A . de Lima A lvares Otero.................. - - 2.047.133 9,20 2.047.133 5,54

Leonardo Izecksohn............................................. - - 1.045.573 4,70 1.045.573 2,83

Fanny Berta Izecksohn......................................... - - 642.734 2,89 642.734 1,74 Fundo Mútuo Inv. Ações Cart. Livre Mistyque...... - - 592.100 2,66 592.100 1,60

ELETROPAR - ELETROBRAS PART. S/A .............. - - 523.911 2,36 523.911 1,42

Eduardo Augusto Ribeiro Magalhães................... - - 441.400 1,98 441.400 1,19 Outros................................................................... - - 2.480.462 11,16 2.480.462 6,72

14.705.370 100,00 22.241.714 100,00 36.947.084 100,00

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28.2 Direitos das Ações

Conforme disposto nos artigos 4º e 30º do Estatuto Social da Empresa, as ações têm as seguintes características:

Preferenciais

a. prioridade no reembolso do capital, com base no capital integralizado, sem direito a prêmio,

no caso de liquidação da sociedade;

b. direito de participar dos aumentos de capital, decorrentes de correção monetária e da capitalização de reservas e lucros, recebendo ações da mesma espécie;

c. direito a dividendos 10% (dez por cento) maiores do que os atribuídos às ações ordinárias;

d. direito de eleger e destituir um membro do Conselho de Administração em votação em

separado, nas condições previstas na Lei nº 6.404/76 e suas alterações; Ordinárias

a. cada ação ordinária nominativa terá direito a 1 (um) voto nas deliberações das Assembléias

Gerais; b. As ações ordinárias terão direito ao dividendo mínimo obrigatório correspondente a 25%

(vinte e cinco por cento) do lucro líquido do exercício, após as deduções determinadas ou admitidas em lei.

28.3 Reserva de lucros a realizar

Saldo em 31/12/2008.................................... 149.056 Realização da reserva................................... (8.659) Saldo em 31/12/2009.................................... 140.397

Em Assembléia Geral Ordinária, realizada em 30/04/2009, foi aprovada a proposta da Administração de constituição de reserva de lucros a realizar, decorrente do registro do ganho na operação de arrendamento mercantil da UTE Piratininga, de acordo com as práticas contábeis introduzidas pela Deliberação CVM nº 554/08, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 06, que trata das operações de arrendamento mercantil. A realização da reserva ocorre mediante o recebimento das parcelas, pela amortização do saldo de principal do arrendamento a receber UTE Piratininga (Nota 12).

28.4 Proposta de destinação

Prejuízo do exercício.................................... (7.526) Realização da reserva de lucros a realizar...... 8.659 Dividendos propostos.................................... (1.133) Saldo de lucros acumulados em 31/12/2009... -

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Dado que o prejuízo do exercício foi inferior ao montante realizado na reserva de lucros a realizar, em conformidade com o inciso III do artigo 202 da lei nº 6.404/76, foi elaborada a proposta da Administração à Assembléia Geral Ordinária, para a distribuição de dividendos aos acionistas de R$ 1.133.

29. RECEITAS DE VENDA, CUSTO DE COMPRA DE ENERGIA E USO DA REDE ELÉTRICA 29.1 Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado – CCEAR’s e

Atualização de Preços A EMAE iniciou em 2005, o atendimento dos contratos com 35 distribuidoras para o suprimento de energia, em decorrência do 1º Leilão de Empreendimentos Existentes realizado em 7 de dezembro de 2004 (Nota 1). A EMAE iniciou em 2008, suprimento a 34 distribuidoras compradoras do 1º Leilão de Energia Nova realizado em 16 de dezembro de 2005. Em 2009, iniciou suprimento a 18 distribuidoras compradoras do 4º Leilão de Energia Existente realizado em 11 de outubro de 2005 (Nota 1). Esses contratos têm cláusula de atualização de preços com base na variação do IPCA, que está sendo aplicada nas datas de reajustes das distribuidoras com a ANEEL, conforme segue:

Concessionárias

Mês de

Reajuste

Produto

2005-2012

Produto

2006-2013

Produto

2007-2014

4º Leilão

Out/2005

Energia Nova 2008-2037 e 2009-2038

(%) de

ReajusteSanta Cruz e Celb Fevereiro 73,72 83,86 91,79 111,06 132,99 21,17Ampla Março 74,12 84,32 92,29 - 133,72 21,84Enersul, Cemat, CPFL, Cemig, AES Sul, Coelba, Cosern, Coelce, Energipe e Celpe

Abril 74,27 84,49 92,47 111,90 133,99 22,08

Nacional, Caiuá, Vale Paranapanema e Bragantina

Maio 74,63 84,90 92,92 - 134,63 22,66

Energisa e Copel Junho 74,98 85,30 93,36 - 135,26 23,24Celtins e Eletropaulo Julho 75,25 85,60 93,69 113,37 135,75 23,68Celesc, Celpa, Escelsa-D, Ceb, Elektro, Ceal, Cepisa, Cemar e Saelpa

Agosto 75,43 85,81 93,92 113,64 136,08 23,98

Celg Setembro 75,54 85,94 94,06 113,81 136,28 24,17Bandeirante, CEEE e Piratininga

Outubro 75,72 86,14 94,28 114,09 136,61 24,47

Light Novembro 75,94 86,38 94,55 - 136,99 24,81

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29.2 Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente de Contratação Livre - ACL

A EMAE participou de leilões de compra de energia realizados em 2009, que resultaram no fornecimento para consumidores livres e no suprimento para comercializadoras de energia a seguir relacionados:

Qtde (MW FaturamentoEmpresa Período Médios) R$ Mil

PARAMOUNT (Sta. Isabel) 01/jan - 31/dez/09 6,0 6.169 PARAMOUNT SUL (LANSUL) 01/jan - 31/dez/09 2,0 2.693 Bombril S.A. 01/jan - 31/dez/09 3,5 3.845 Cia.do Metropolitano de SP - METRÔ 01/jan - 31/dez/09 3,0 1.214 TOYOBO do Brasil 01/jan - 31/dez/09 7,0 8.405 Cimento Planalto - CIPLAN 01/jan - 31/dez/09 3,8 4.770 Fornecimento de energia 25,3 27.096

Qtde (MW FaturamentoComercializadora Período Médios) R$ Mil

IBS ENERGY 01/jan - 30/dez/09 1,0 1.507 COOMEX 01/jan - 30/abr/09 4,8 2.520 COOMEX 01/abr - 30/abr/09 3,0 230 COOMEX 01/abr - 30/abr/09 8,0 321 COOMEX 01/mai - 31/mai/09 5,0 173 COOMEX 01/dez - 31/dez/09 4,8 651 CPFL BRASIL 01/mar - 31/dez/09 5,0 4.769 BIO ENERGIAS 01/fev - 28/fev/09 15,0 647 ENERTRADE 01/jan - 31/dez/09 35,0 33.551 Suprimento de energia - comercializadores 81,7 44.369

29.3 Energia Elétrica Vendida

2009 2008 2009 2008Fornecimento (1) Fornecimento de energia para consumidores livres........................... 182.488 157.057 27.096 22.482

Suprimento Energia de leilão........................................................................... 1.057.512 1.050.103 78.595 73.275 Mecanismo de compensação de sobras e déficits - MCSD............... - - 4.488 3.508

1.057.512 1.050.103 83.083 76.783 Agentes comercializadores............................................................ 391.402 457.067 44.369 68.625

1.448.914 1.507.170 127.452 145.408

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE (2) Energia de curto prazo.................................................................. - - 15.092 100.668 Total............................................................................................... 1.631.402 1.664.227 169.640 268.558

MWh (*) R$ mil

(1) Classificam-se como “fornecimento” as operações de venda a consumidores finais,

mediante contratos denominados “bilaterais”, estabelecidos entre as partes, que regulam as condições de fornecimento, inclusive preços e formas de seu reajuste.

(2) Inclui os valores de faturamento de energia disponível comercializada no âmbito da

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. Em 2008 inclui principalmente, o despacho da Usina Termoelétrica Piratininga pelo ONS, por questões de segurança energética.

(*) Quantidades não auditadas pelos Auditores Independentes.

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29.4 Energia Elétrica Comprada e Encargos da Rede

2009 2008

Câmara de Comercialização de Energia Elé trica - CCEE Energia de curto prazo e rateio (energia comprada para revenda) (1)............ 7.680 26.876

Uso da Rede Elétrica Custo de uso do sistema de transmissão e distribuição - CUST/CUSD (2)... 2.170 7.030 Tarifa de uso do sistema de distribuição - TUSDg (3)................................. - 429

2.170 7.459

(1) Inclui os valores de faturamento e fechamento da Câmara de Comercialização de Energia

Elétrica – CCEE, decorrentes de aquisição de energia e do rateio entre as empresas geradoras do país.

(2) Refere-se ao custo pelo uso do sistema de transmissão e distribuição – CUST/CUSD,

conforme Resoluções Homologatórias ANEEL nº 670 e 671, de 24 de junho de 2008.

(3) Refere-se ao encargo de uso do sistema de distribuição – TUSDg, conforme Resoluções Homologatórias ANEEL nº 496 e 497, de 26 de junho de 2007, de acordo com a Resolução Homologatória ANEEL nº 547, de 11 de setembro de 2007, complementada pelo Ofício Circular nº 176/2007-SRT/ANEEL, de 3 de outubro de 2007 e Resolução Homologatória ANEEL nº 600, de 18 de dezembro de 2007 (Nota 22).

30. RENDA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Refere-se à receita decorrente da prestação de serviços de operação e manutenção pela EMAE, conforme segue:

2009 2008

DAEE (Barragem Móvel Penha)........................................ - 872 Petrobras (UTE's)............................................................ 18.411 14.826 PMSP (Estação de Bombeamento Eduardo Yassuda)........ 1.616 2.362 CTEEP (Subestação Piratininga)...................................... 279 285 Outros serviços............................................................... 697 300

21.003 18.645

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31. DESPESAS OPERACIONAIS

2009 2008Custo do serviço prestado a terceiros Pessoal......................................................................... (720) (5.912) Material.......................................................................... (35) (953) Serviço de terceiros......................................................... (44) (337)

(799) (7.202)

Despesas gerais e administrativas Pessoal......................................................................... (19.266) (17.280) Administradores.............................................................. (1.792) (1.144) Material.......................................................................... (1.353) (1.640) Serviço de terceiros......................................................... (9.523) (9.436) Depreciação................................................................... (1.505) (1.489) Taxa de fiscalização - ANEEL.......................................... (576) (312) Arrendamentos e aluguéis............................................... (593) (588)

(34.608) (31.889) Outras receitas e despesas

Energia livre Realização de perda (baixa de valores a receber)............. (890) (226) Provisão para crédito de liquidação duvidosa..................... (433) (358) Outras........................................................................... (691) (693)

(2.014) (1.277)

Atividades descontinuadas Ganho na alienação imóvel Av. Sabará............................ 18.107 - Ganho na alienação UTE Piratininga............................... - 258.909 Outras......................................................................... (3.415) (32)

14.692 258.877 12.678 257.600

(22.729) 218.509

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32. RESULTADO FINANCEIRO

2009 2008

Receitas Rendimentos de aplicações financeiras.......................................... 896 1.290 Atualização de valores a receber - DAEE.......................................... - 5.965 Atualização do arrendamento UTE Piratininga................................ 33.921 23.582 Atualização de valores a receber - Energia livre.............................. - 607 Atualização de quotas subordinadas FIDC...................................... 435 471 Juros sobre alienação de bens e direitos........................................ 763 196 Atualização sobre créditos tributários................................................ 495 66 Outras....................................................................................................... 28 65

36.538 32.242 Despesas Juros FIDC............................................................................................... (599) (1.080)

Outras:...................................................................................................... Encargos sobre tributos e contribuições sociais.......................... (693) (750) Atualização selic sobre projetos P&D.............................................. (140) (73) Atualiz. pré-venda de energia elétrica.............................................. (1.148) (979) Atualiz. TUSDg...................................................................................... (403) (459) Juros sobre RGR................................................................................. (810) (810) Outras..................................................................................................... (86) (51)

(3.879) (4.202) Variações monetárias líquidas Variações monetárias ativas.............................................................. 64.593 4.429 Variações monetárias passivas........................................................ (5.840) (7.925)

58.753 (3.496) 91.412 24.544

33. SEGUROS Com base em estudos de consultoria especializada, a Administração da Empresa optou por manter apólices de seguros, nas modalidades abaixo especificadas:

Início da Término da ImportânciaRisco vigência vigência segurada PrêmioResponsabilidade Civil Geral - Operacional e Atividades...................... 09/04/2009 09/04/2010 3.200 105Responsabilidade Civil Geral - Atividades da Administração................. 08/02/2009 08/02/2010 1.000 35Responsabilidade Civil Geral - Danos Causados por Embarcações...... 30/11/2009 01/12/2010 324 2

4.524 142

34. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

A atividade da Empresa compreende principalmente a geração de energia para venda a grandes consumidores (mercado livre) e empresas concessionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica (mercado cativo). Os principais fatores de risco de mercado que afetam seus negócios são como segue:

(a) Exposição a riscos cambiais

Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, a Empresa não apresentava saldo de ativo ou passivo em moeda estrangeira.

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(b) Exposição a riscos de taxas de juros

A Empresa está exposta a riscos normais de mercado, relacionados às variações do CDI relativos ao FIDC e às aplicações financeiras. Em 31 de dezembro de 2009, a Administração efetuou análise de sensibilidade considerando um aumento de 25% e de 50% nas taxas de juros esperadas sobre os saldos de FIDC, líquido das aplicações financeiras.

Cenário I Cenário II Cenário III

Indicador Provável (+25%) (+50%)CDI 8,65 10,81 12,98

O resultado desta análise reflete o somatório nominal do acréscimo em reais da saída de caixa, com base no total do serviço da dívida a pagar no curto prazo (jan a dez/2010), incluindo a apropriação de juros até a data de cada vencimento, e deduzindo o montante contabilizado na data da atual apuração destas demonstrações contábeis, conforme a tabela abaixo:

Passivo Cenário I Cenário II Cenário IIIFinanceiro Risco Provável (+25%) (+50%)FIDC Variação do CDI (1.623) 2.471 6.583

A Empresa, em decorrência da variação dos índices projetados, teria uma saída de caixa de R$ 16.392 no exercício do cenário provável, enquanto que no cenário possível e remoto as saídas de caixa seriam de R$ 20.486 e R$ 24.598, respectivamente comparativamente ao fluxo contabilizado no curto prazo.

(c) Risco de Crédito

O risco surge da possibilidade de a Empresa vir a incorrer em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. Este risco é avaliado pela Empresa como baixo, tendo em vista: (1) para recebíveis decorrentes da receita de suprimento - o concentrado número de seus clientes, a existência de garantias contratuais, o fato de serem concessionárias de serviços públicos de distribuição de energia sob fiscalização federal, inclusive sujeitas à intervenção da concessão, e por não haver histórico de perdas significativas na realização de seus recebíveis; (2) para recebíveis decorrentes da receita de fornecimento - o concentrado número e o porte empresarial de seus clientes, a análise prévia de crédito e a existência de garantias contratuais de no mínimo dois meses de faturamento.

(d) Risco Hidrológico

A região é tropical, de elevados índices de precipitação pluviométrica. Riscos de escassez de água por condições pluviométricas são cíclicos, de ocorrência eventual. Em situações críticas, o Poder Concedente atuará objetivando o equilíbrio econômico-financeiro dos agentes. Situações hidrológicas desfavoráveis, usualmente de curta duração, são cobertas pelo Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, um instrumento financeiro de compartilhamento de risco hidrológico que o Setor Elétrico Brasileiro dispõe e que permite ao Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS buscar a otimização dos recursos hidrelétricos através do despacho por usina, de modo que insuficiências temporárias de cada agente gerador do sistema, são cobertas por geração adicional de outros geradores, a uma Tarifa de Otimização - TEO de R$ 8,51 por MWh (Resolução Homologatória ANEEL nº 926, de 15 de dezembro de 2009, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2010). Durante 2009 vigorou a TEO de R$ 8,18 por MWh (Resolução Homologatória ANEEL nº 755, de 16 de dezembro de 2008).

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(e) Valor contábil e valor justo dos instrumentos financeiros

Os valores contábeis dos instrumentos financeiros da Empresa, em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, representam o valor justo ou custo amortizado para o FIDC, uma vez que a natureza e características das condições contratadas estão refletidas nos saldos contábeis.

(f) Risco de não renovação das concessões

A Empresa detém concessões para exploração dos serviços de geração de energia elétrica com a expectativa, pela Administração, de que sejam renovadas pela ANEEL e/ou Ministério das Minas e Energia. Caso a renovação das concessões não seja deferida pelos órgãos reguladores ou mesmo ocorra mediante a imposição de custos adicionais para a Empresa (“concessão onerosa”), os atuais níveis de rentabilidade e atividade podem ser alterados.

Em 2009 e 2008, a Empresa não deteve instrumentos financeiros derivativos ou outros instrumentos semelhantes.

35. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

a) Caixa e equivalente de caixa

A composição do saldo de caixa e equivalente de caixa incluídos nas demonstrações dos fluxos de caixa está detalhada na nota explicativa nº 5.

b) Informações suplementares

2009 2008Juros pagos..................................................... 1.495 1.890 Juros recebidos................................................ 763 196 Imposto de renda e contribuição social pagos..... 360 9.016 Dividendos propostos a pagar............................ 1.133 -

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DIRETORIA

ANTONIO BOLOGNESI DIRETOR-PRESIDENTE,

DE GERAÇÃO E ADMINISTRATIVO

JORGE LUIZ AVILA DA SILVA DIRETOR FINANCEIRO E DE

RELAÇÕES COM INVESTIDORES

MAURO MARQUES GERENTE DO DEPARTAMENTO

DE CONTABILIDADE CONTADOR – CRC 1SP253079/O-1

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE DILMA SELI PENA CONSELHEIROS

CARLOS ROGÉRIO ARAÚJO CLAUDIA CAMARGO TONI GERALDO JOSÉ DA CÂMARA FERREIRA DE MELO HOMERO VAZ DO AMARAL NETO HUMBERTO RODRIGUES DA SILVA JOÃO RUY CASTELO BRANCO DE CASTRO

JOSÉ GREGORI LUIZ FELIPE FRANCO SOUTELLO NELSON LUIZ RODRIGUES NUCCI PAULO ANTONIO CARNEIRO DIAS PAULO RENATO COSTA SOUZA RENILSON REHEM DE SOUZA

SÉRGIO SEBASTIÃO PEREIRA ZOLA

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PARECER DO CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal da EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A., dando cumprimento ao que dispõe os incisos II, III e VII do Artigo 163 da Lei no 6.404/76, de 15/12/1976 e alterações subsequentes, examinou as Demonstrações Financeiras da Empresa, relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009, elaboradas segundo os princípios estabelecidos nos capítulos XIV e XVI do referido diploma legal, compreendendo: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido contendo Proposta de Distribuição de Resultado, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Valor Adicionado, Notas Explicativas, Relatório Anual da Administração e Parecer dos Auditores Independentes.

Com fundamento nos exames realizados, nos esclarecimentos adicionais prestados pela

Diretoria, na aprovação do Conselho de Administração e no Parecer dos Auditores Independentes, observado o parágrafo 4º do referido Parecer, este Conselho é de opinião que os referidos documentos estão em condições de serem submetidos à deliberação dos Senhores Acionistas.

É o Parecer.

São Paulo, 23 de março de 2010. Aparecida Massako Funagoshi Bovi Caiocco Ishiquiriama Claudio Osvaldo Marques Mary-Annie Cairns Guerrero

Rui Brasil Assis

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PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Acionistas Conselheiros e Diretores da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. - EMAE São Paulo – SP

1. Examinamos os balanços patrimoniais da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. -

EMAE (“Empresa”), levantados em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Empresa; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. - EMAE em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido, os seus fluxos de caixa e os valores adicionados nas operações referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4. As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade normal dos negócios da Empresa. A Empresa, eliminando os ganhos extraordinários apurados em 2008 (venda de energia no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE e operação de arrendamento), tem sofrido contínuos prejuízos operacionais, fatores que geram dúvidas quanto à sua possibilidade de continuar em operação. A Administração da Empresa tem avaliado os impactos econômico-financeiros sobre seus negócios, resultantes das alterações introduzidas pelo Modelo Setorial implementado a partir de 2004, e as recentes experiências com os leilões de energia. Como resultado dessa avaliação, a Administração entende que serão necessárias outras medidas, atualmente em discussão com o Poder Concedente (Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL e Ministério de Minas e Energia) e o acionista controlador (Governo do Estado de São Paulo), além das medidas já tomadas, visando à redução de custos e ao aumento de receitas da Empresa, para permitir a rentabilidade às suas operações e a realização dos investimentos feitos em seu parque gerador, cujo saldo monta a R$ 599.450 mil em 31 de dezembro de 2009 (R$ 623.465 mil em 31 de dezembro de 2008), composto, principalmente, pela Usina Hidrelétrica Henry Borden. As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas para empresas em regime normal de operações e não incluem nenhum ajuste relativo à realização e classificação dos valores de ativos ou quanto aos valores e à classificação de passivos que poderiam ser requeridos no caso de eventual paralisação das operações.

São Paulo, 19 de março de 2010

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Iara Pasian Auditores Independentes Contadora CRC nº 2 SP 011609/O-8 CRC nº 1 SP 121517/O-3