relatorioexpanso 120523010416-phpapp02
TRANSCRIPT
1
Dilatação Térmica Determinação do Coeficiente de Dilatação Linear
Acadêmicos:
Daniella Stephany1, Erick Soares Fernandes Oliveira2,
Pamela Otarão3, Samira Peres4
Prof. Dr. Pedro Dorneles
Universidade Federal do Pampa
Travessa 45, nº 1650 – Bairro Malafaia – Bagé – RS – CEP: 96413-170
emails: [email protected], [email protected], [email protected],
Resumo: Esse experimento tem como objetivo estudar o
comportamento de barras metálicas quando expostas a temperaturas
razoavelmente altas, para verificar qual a dilatação sofrida por estes
materiais a fim de se determinar o coeficiente de dilatação linear
(experimentalmente) e confrontá-lo com os dados que já são conhecidos
e divulgados em literatura técnica conhecida.
Palavras chave: Expansão Térmica, Dilatação, Coeficiente de Dilatação
Linear, Equilibrio Térmico.
Introdução
Os sólidos possuem formas
e volumes específicos, pois as
moléculas que os formam são
ligadas fortemente e quase não se
movimentam, permanecendo
praticamente estáticas. Uma das
maneiras de aumentar ou diminuir
as suas dimensões, superfícies e
volume é quando ocorre variação
de temperatura. Esse fenômeno,
conhecido como dilatação térmica,
desempenha um papel importante
em numerosas aplicações.
Quando um corpo absorve
energia térmica, várias mudanças
podem ocorrer nas propriedades
físicas desse corpo, o aumento da
temperatura pode vir
acompanhado da expansão ou
contração deste corpo.
Quando a temperatura de
um corpo aumenta, é comum que
o corpo se expanda.
A dilatação de um corpo
pelo aumento de temperatura é
conseqüência do aumento da
agitação das partículas do corpo:
as mútuas colisões, mais violentas
após o aquecimento, causam
maior separação entre as
moléculas, fazendo assim com que
este corpo sofra uma dilatação.
Figura 1 – Exemplo de uma barra que sofreu dilatação
Onde ∆L = Lf – Li que é a variação do comprimento, ou seja,
a dilatação linear da barra. E ∆t = tf – ti que é a variação da temperatura da barra.
2
Experimentalmente verifica-
se que: - o comprimento inicial (Li) é
proporcional à temperatura inicial (ti); - o comprimento final (Lf) é
proporcional à temperatura final (tf);
- a dilatação linear depende
do material que constitui a barra.
Seja uma barra de comprimento L,
a uma temperatura T, quando a
temperatura se altera (∆T), a
variação relativa do comprimento,
dada por ∆L, é proporcional a ∆T:
Onde , chamado de Coeficiente
de Expansão Linear, é a razão
entre a variação relativa do
comprimento e a variação de
temperatura:
As unidades do coeficiente
de expansão linear correspondem
ao inverso do grau Celsius
,
que coincide com o intervalo
kelvin
.
O valor de para um sólido
ou líquido não varia muito com a
pressão, mas pode variar
significativamente com a
temperatura.
A equação (02) fornece o
valor médio de sobre o intervalo
de temperatura ∆T. O coeficiente
de expansão linear numa
determinada temperatura T é
determinado tomando o limite da
expressão quando ∆T tende a
zero:
A precisão obtida usando o valor
médio de sobre uma larga gama
de temperaturas é suficiente para
a maioria dos propósitos.
Procedimento Experimental
Materiais
1 haste de Alumínio 1 haste de Cobre
1 haste de Ferro
1 balão de fundo redondo
1 relógio comparador
2 termômetros de mercúrio
1 dispositivo com pavio
1 haste de sustentação
Fogo
Água Figura 2 - Esquema do Experimento
Descrição Experimental
Inicialmente verificou-se a temperatura ambiente, e então, alocamos a barra metálica no
suporte, ajustando-a de maneira que seu comprimento fosse de 500
mm entre a extremidade afixada e o relógio comparador e, foi acertado o “zero” da escala maior
girando o anel recartilhado do relógio comparador.
E conectando a mangueira do balão volumétrico no tubo da haste metálica, acendeu-se o
(01)
(02)
(03)
3
Metal
Unidade
Temperatura Inicial 14 °C
Temperatura Final 83 °C
Comprimento Inicial 0,500 m
Comprimento Final 0,50048 m
∆T 69 °C
∆L 0,00048 m
Ferro
dispositivo com pavio, a fim de
aquecer a água que estava no interior do balão volumétrico. Após
algum tempo a água entra em ebulição e o vapor produzido circula pela haste.
Colocado os termômetros na entrada de vapor e na saída, a fim
de que se fizesse o comparativo de temperaturas pela qual à haste metálica estava sujeita, verificou-
se os ponteiros do relógio comparador, para que se pudesse
observar a expansão das hastes, juntamente com a análise de temperaturas de entrada e saída
de vapor. Verificada a dilatação,
percebeu-se que os ponteiros do relógio comparador moviam-se
proporcionalmente de acordo com a elevação da temperatura do vapor que circulava pela haste
metálica e isso só foi observado, quando a temperatura do
termômetro da entrada de vapor atingiu a temperatura próxima de 80°C.
Anotado os dados do ponteiro do relógio comparador, pode-se
determinar os valores dos coeficientes de expansão linear dos metais analisados, sabendo
que, esta análise só foi possível após o equilíbrio de temperaturas
do sistema entre a entrada e saída de vapor, próximos dos 80°C.
Resultados e Discussões
A tabela 1 apresenta os dados que são encontrados na literatura que é conhecida.
Tabela de Coeficientes de Dilatação Linear Material α
Alumínio 2,4.10-5 °C-1
Ferro 1,2.10-5 °C-1
Latão 2,0.10-5 °C-1 Tabela 1 – Dados da dilatação dos Metais
Utilizando a equação (02)
calculou-se os Coeficientes de Dilatação Linear.
1º Experimento – Alumínio
Tabela 2 – Dados da haste de Alumínio
- Cálculo do Coeficiente Linear de Dilatação
2º Experimento – Ferro
Tabela 3 – Dados da haste de Ferro
- Cálculo do Coeficiente de
Dilatação Linear
3º Experimento – Latão
Tabela 4 – Dados da haste de Latão
Metal
Unidade
Temperatura Inicial 14 °C
Temperatura Final 80 °C
Comprimento Inicial 0,500 m
Comprimento Final 0,50092 m
∆T 66 °C
∆L 0,00092 m
Alumínio
Metal
Unidade
Temperatura Inicial 14 °C
Temperatura Final 80,5 °C
Comprimento Inicial 0,500 m
Comprimento Final 0,50072 m
∆T 66,5 °C
∆L 0,00072 m
Latão
4
- Cálculo do Coeficiente de
Dilatação Linear
Assim sendo, os valores dos Coeficientes de Dilatação Linear
encontrados foram:
Material Coeficiente de dilatação
Alumínio 2,8.10-5 °C-1
Ferro 1,4.10-5 °C-1
Latão 2,2.10-5 °C-1 Tabela 5 – Dados Experimentais
Conclusão
Mesmo com a baixa temperatura na cidade de Bagé
(cerca de 14°C) no dia do experimento, o que dificultou o ponto de equilíbrio entre as
temperaturas de entrada e saída de vapor nas hastes, uma vez que
o calor era perdido para o meio, pode-se verificar que os
coeficientes encontrados não divergiram muito dos valores que geralmente se encontram em
literaturas conhecidas. Notou-se também que a
dilatação dos materiais analisados, está proporcionalmente relacionada à temperatura
aplicada ao material. Segundo Serway (2004,
p.561) essa “expansão térmica deve-se a mudança na separação média entre seus átomos ou
moléculas dos constituintes do material. Esses átomos que estão
localizados em posições fixas de equilíbrio podem seguir um modelo de movimento harmônico
simples, se o átomo for afastado de sua posição, uma força de
restauração o puxa de volta. Se a temperatura de equilíbrio encontrada no experimento
aumentasse em excesso o corpo de prova entraria em fusão”.
Dada a dificuldade que se obteve durante o experimento,
onde para que fosse calculado o
coeficiente de dilatação linear seria necessário que as temperaturas de
entrada e saída de vapor estivessem em equilíbrio, já que a quantidade de energia em forma
de calor não foi suficiente para alcançar a temperatura desejada,
tampouco pode-se construir o gráfico comparativo da dilatação versus a temperatura do vapor.
Bibliografia
SERWAY, Raymond A.; JEWETT, John W. Princípios de Física:
Movimento ondulatório e termodinâmica, Vol. 2. São Paulo:
Cengage Learning, 2008.
Halliday, Resnick, Walker; Fundamentos de Física, v.2: gravitação, ondas e
termodinâmica/ David Halliday, Robert Resnick, Jearl Walker; Rio
de Janeiro – LTC, 2006. Young, Hung, D., Física II:
Termodinâmica e Ondas/ Hung D.
Young., Roger A Freedman; tradução
e revisão técnica: Adir Moysés Luiz;
10ª edição – São Paulo; Person
Addison Wesley, 2003.
Tipler, Paul Allan, Física para
cientistas e engenheiros, V.2:
Eletricidade e Magnetismo/ Paul A
Tipler, Gene Mosca; Rio de Janeiro,
LTC, 2006.