relatorio visita eta teresina2
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1 INTRODUÇÃO
A água é o líquido mais abundante do planeta e é essencial para a
sobrevivência das plantas, animais e microrganismos. É insubstituível para essa
função, servindo como meio de transporte para substâncias vitais aos organismos e
como ambiente para os habitantes de oceanos e lagos. Alguns constituintes da água
como cálcio, magnésio, ferro e iodo são nutrientes fundamentais na constituição dos
seres vivos. Por outro lado, elementos e compostos como ferro, manganês e sulfato
podem dar um sabor desagradável à água. Sódio em combinação com cloro
resultará num sabor salgado. Cálcio e magnésio em combinação com carbonato,
bicarbonato e sulfato formam precipitados que interferem com certos usos da água
(PARROM, 2011).
A água é provavelmente o único recurso natural que tem a ver com todos os
aspectos da civilização humana, desde o desenvolvimento agrícola e industrial aos
valores culturais e religiosos arraigados na sociedade. É um recurso natural
essencial, seja como componente bioquímico de seres vivos, como meio de vida de
várias espécies vegetais e animais, como elemento representativo de valores sociais
e culturais e até como fator de produção de vários bens de consumo final e
intermediário.
É extremamente importante que a água fornecida para o abastecimento das
populações e comunidades esteja em condições adequadas para consumo. Para
que isso seja possível, é necessário que a água passe por um processo de
tratamento em unidades denominadas Estações de Tratamento de Água. A ETA
consiste em um complexo sistema de unidades que tornarão a água potável, com
características propícias ao consumo e aceitação da população e dentro dos
padrões estabelecidos pela legislação.
Basicamente, uma ETA realiza os seguintes processos: captação,
coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção, fluoretação, ajuste de ph,
reservação e distribuição (JEFFERSSON 2013).
Dependendo das características da água do manancial, adotam-se diferentes
métodos e etapas no tratamento da água. Por exemplo, em poços tubulares, a água
apresenta excelente qualidade, necessitando apenas de da etapa de desinfecção e
fluoretação. Já em mananciais como rios, a água precisa passar por um processo
convencional de clarificação e desinfecção (JEFFERSSON 2013).
Este relatório teve como objetivo conhecer o funcionamento da Estação de
Tratamento de Água de Teresina. Como objetivos específicos, conhecer a estrutura
de funcionamento, observar como é feito o tratamento e as análises e verificar o
processo de controle de qualidade.
2 Complexo de Estações de Tratamento de Água (ETA)
A Estações de Tratamento de Água de Teresina foi inaugurado no dia 11 de
agosto de 1978. Localiza-se às margens do Rio Parnaíba, no Distrito Industrial, zona
Sul de Teresina. A área abriga três estações de tratamento de água e produzem um
volume médio mensal de 6 (seis) bilhões de litros de água tratada.
A captação de água é feita no Rio Parnaíba, situada dois quilômetros à
montante da ponte da Av. Getúlio Vargas, através de captação e recalque de água
bruta para a Estação de Tratamento de Água e Elevatória existente na margem
direita do rio. A água do Rio Parnaíba segue por um canal de aproximadamente 65
metros de largura por 90 metros de comprimento e é captada por duas bombas
elevatórias com vazão de 1300 litros por segundo cada.
Para o tratamento da água são necessárias varias etapas demonstradas na
figura abaixo
2.1 Processos
Captação: A água bruta é captada por meio de bombas instaladas no canal de
aproximação às margens do rio Parnaíba.
Coagulação: Adição do coagulante sulfato de alumínio para reagir com a
alcalinidade da água e agregar as impurezas dissolvidas e em suspensão.
Floculação: Processo de agitação lenta (mistura lenta) da água para aumentar o
tamanho das partículas formadas na unidade de coagulação. Os floculadores
existentes na ETA são do tipo chicana vertical.
Decantação: Separação por sedimentação das partículas formadas nas unidades
anteriores, ficando a água superficial límpida.
Filtração: Processo destinado a remover partículas em suspensão utilizando meio
filtrante. Os filtros da Estação são de fluxo ascendente, possuem um meio filtrante
composto por duas camadas: areia e carvão
Desinfecção: Processo no qual é utilizado cloro para eliminar os microorganismos
nocivos à saúde.
Fluoretação: Processo que utiliza compostos de flúor para prevenção de cárie
dentária.
Ajuste de pH: Adição de cal hidratada para reduzir a acidez da água e elevar o pH
até a neutralidade.
Reservação: Após passar por todas estas fases a água é levada para os
reservatórios através de bombas de recalque fazem o bombeamento da água
tratada diretamente para o reservatório do Parque Piauí na zona sul, o R6, que tem
capacidade de armazenar 25,3 milhões litros de água, para posteriormente ser
distribuída através de um conjunto de canalizações e de peças que a Agespisa
dispõe para levar água dos reservatórios até o consumidor. Do R6, a água para o
consumo segue para os demais reservatórios distribuídos em toda cidade, bem
como para as caixas d'água domiciliares. Além do R6, existem outros 9
reservatórios, são eles, reservatório Santo Antônio com volume de reservação de
250m³, Itararé com 8.020 m³, Morro do Panorama 8.340 m³, Morro São João com
910 m³, Morro da Esperança com 4.900 m³, Parque da Cidade com 14.000 m³,
Buenos Aires com 250 m³, Jockey Club com 13.800 m³ e Cidade Satélite com 220
m³.
Distribuição: Conjunto de canalizações e de peças disponível para levar água dos
reservatórios até o consumidor.
2.2 Laboratórios para analise da água para o controle de qualidade
A água produzida pela Estação de Tratamento é analisada pelo laboratório de
microbiologia e do físico-quimico. Sendo realizada a cada duas horas. Faz-se
também o teste do jarro para o monitoramento das unidades e da água distribuída à
população.
Os laboratórios da ETA funcionam 24 horas todos os dias da semana. As
amostras para análise são coletadas na própria ETA e em diferentes pontos de
Teresina. Anualmente é fornecido à comunidade um relatório contendo todas as
informações acercar da qualidade da água produzida.
Ao final de todos os meses é enviado um relatório ao ministério da saúde,
com os resultados das análises feitas nos laboratórios atendendo às exigências do
Ministério da Saúde (Portaria 2914/2011).
3. CONCLUSÃO
A visita à Estação de Tratamento de Água possibilitou conhecer as unidades
constituintes da estação, pois já havia conhecimentos acerca do dimensionamento
desses componentes.
Através da visita, podem-se relacionar diversos conhecimentos da disciplina
de Análise de Água, observando minuciosamente cada detalhe presente na Estação
de Tratamento, bem como o acompanhamento do controle de qualidade.
4 REFERENCIAS
ÁGUAS E ESGOTOS DO PIAUÍ S/A. Água. Disponível em:
<http://www.agespisa.com.br/agua.php>. Acesso em 09/02/2014.
PARRON, Lucilia Maria et al. Manual de procedimentos de amostragem e análise
físico-química de água. Embrapa Florestas, Colombo-PR, 2011.