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PROJECTO INTERREG III A - ANDALGHORT - Componente Horticultura
"Produção integrada e protecção fitossanitária em culturas hortofrutícolas na
Andaluzia e Algarve"
Relatório Técnico do Ensaio “Microorganismos e moléculas de origem
biológica como alternativas viáveis ao uso de pesticidas“- Cultura do
meloeiro na Campanha Primavera/Verão de 2004
Documento elaborado por:
Nídia Ramos Dalila Caixeirinho (*)
Equipa Técnica: Nídia Ramos
Dalila Caixeirinho (*) Eugénia Neto António Marreiros Armindo Rosa José Entrudo Fernandes Celestino Soares
(*) - Em regime de contratação, ao abrigo deste Projecto
Patacão, Novembro de 2004
Índice
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................1
1.1. OBJECTIVOS.............................................................................................1
2. MATERIAL E MÉTODOS..............................................................................2
2.1. CARACTERIZAÇÃO DO ENSAIO EXPERIMENTAL..................................................2
2.2. PLANTAÇÃO E DELINEAMENTO EXPERIMENTAL .................................................3
2.3. OBSERVAÇÕES EXPERIMENTAIS....................................................................6
2.3.1. Fenologia .........................................................................................6
2.3.2. Acompanhamento fitossanitário .......................................................6
2.3.3. Meios de luta....................................................................................6
2.3.4. Colheita ...........................................................................................7
3. RESULTADOS .............................................................................................8
3.1. FENOLOGIA ..............................................................................................8
3.2. ACOMPANHAMENTO FITOSSANITÁRIO ...........................................................11
3.2.1. Pragas............................................................................................11
3.2.1.1. Flutuações das populações .......................................................11
3.2.1.2. Intensidade de infestação..........................................................15
3.2.2. Doenças .........................................................................................21
3.3. MEIOS DE LUTA.......................................................................................24
3.4. COLHEITA ..............................................................................................26
3.4.1. Análise quantitativa .......................................................................26
3.4.2. Análise qualitativa..........................................................................30
3.4.3. Prova organoléptica ........................................................................32
3.4.3. Caracterização dos frutos ...............................................................33
3.4.5. Conservação...................................................................................35
4. CONCLUSÃO.............................................................................................36
5. AGRADECIMENTOS ..................................................................................38
6. ANEXOS....................................................................................................39
1
1. Introdução
No âmbito do Projecto INTERREG III A - ANDALGHORT - "Produção integrada e
protecção fitossanitária em culturas hortofrutícolas na Andaluzia e Algarve",
estão previstas linhas de investigação, que visam a utilização de técnicas
sustentáveis para com o meio ambiente, na luta contra os patogénios do solo,
em horticultura intensiva. Assim, ensaiou-se a utilização de moléculas de
origem biológica na luta contra os patogénios do solo, na cultura do meloeiro,
na campanha de Primavera/Verão de 2004, em ar livre.
Este ensaio desenvolveu-se em colaboração com os parceiros de Andaluzia
(CIFA Las Torres), através da realização de observações/amostragens
periódicas. A Equipa de Andaluzia deu cumprimento aos objectivos específicos
do ensaio. A Equipa técnica da DRAALG deu cumprimentos aos objectivos
gerais e ao estudo da influência de moléculas de origem biológica na
conservação em pós-colheita de frutos em armazém e em câmara frigorífica.
Neste relatório técnico analisam-se, apenas, os resultados obtidos pela Equipa
Técnica da DRAALG.
1.1. Objectivos
As acções experimentais desenvolvidas no âmbito deste ensaio, visaram atingir
os seguintes objectivos:
Objectivos gerais:
- implantar a cultura do meloeiro de Primavera/Verão de 2004 em ar livre,
segundo técnicas culturais próprias da região;
- acompanhar a evolução fenológica da cultura;
- acompanhar a evolução das populações de inimigos chave da cultura e
determinar a sua intensidade de ataque;
- implementar estratégias de luta adequadas aos inimigos chave da
cultura, de acordo com os princípios da Protecção Integrada.
Objectivos específicos:
- estudar a influência de moléculas de origem biológica:
- na produção e resposta de resistência a patogénios;
- na população de patogénios no solo Fusarium spp., Verticillium
dahliae, Rhizoctonia spp.;
- na actividade microbiana do solo.
2
2. Material e Métodos
2.1. Caracterização do ensaio experimental
O ensaio experimental foi instalado na Direcção Regional de Agricultura do
Algarve (DRAALG), no Centro de Experimentação Hortofrutícola do Patacão
(CEHFP).
Este ensaio foi implantado numa parcela de ar livre (folha II), que ocupa a área
de 851 m2 (21 m x 40,5 m), ladeada a Norte pelo pomar de abacateiros e a Este
pelo pomar de anoneiras (Fig. 1).
Fig. 1 – Ensaio experimental da cultura do meloeiro em ar livre (CEHFP, a 02-Jul-2004).
Neste ensaio, que incidiu sobre a cultura de meloeiro de Primavera/Verão, foi
utilizada a cultivar - Jalisco (Hazera), por ser uma das cultivares que mais se
utiliza na região algarvia. As plantas instaladas no campo experimental, foram
provenientes da empresa fornecedora de jovens plantulas Vidaverde (Fig. 2), na
qual foi realizada a sementeira em placas de esferovite, com turfa, a 6 de Março
de 2004.
3
Fig. 2- Aspecto das plantas de meloeiro provenientes de viveiro (CEHFP, a 14-Abr-2004).
O ensaio experimental teve início a 5 de Fevereiro de 2004, com a marcação do
terreno e terminou a 14 de Julho de 2004, com a realização da última colheita.
2.2. Plantação e delineamento experimental
Preparação do terreno para a plantação, plantação e manutenção da
cultura
Com vista à preparação do solo para plantação de meloeiro, foram realizadas
algumas gradagens no sentido de eliminar as infestantes.
Em função da análise de solo (Anexo IA), realizou-se a adubação de fundo, onde
foram aplicados os seguintes fertilizantes na parcela do ensaio:
Superfosfato 18%........................ 81 kg
Sulfato de potássio ..................... 10 kg
Sulfato de amónio ...................... 29 kg
A plantação teve lugar no dia 14 de Abril de 2004, em linhas simples, com
"paillage" preta de 60 µ (Fig. 3), num compasso de 1,5 m x 0,5 m (densidade de
plantação de 1,33 plantas/m2).
4
Fig. 3 – Aspecto da 'Paillage' preta de 60µ de espessura, instalada no campo e planta de meloeiro antes da sua plantação (CEHFP, a 14-Abr-2004)..
Após a plantação, todas as plantas foram cobertas com manta térmica
(Agryl P 17) (Fig. 4), os bordos da manta térmica foram enterrados o suficiente,
de modo a permitir o crescimento normal das plantas.
Fig. 4 – Aspecto da manta térmica (Agryl P 17) colocada após a plantação (CEHFP, a 14-Abr-2004).
As dotações de rega foram determinadas com base na evaporação da água de
uma tina Classe A, colocada ao ar livre, "corrigida" pelos seguintes coeficientes
culturais (kc) específicos para a cultura do meloeiro, em ar livre:
5
- 0,35 - da plantação ao início da floração hermafrodita;
- 0,55 - do início da floração hermafrodita, até ao vingamento dos primeiros
frutos;
- 0,70 - do vingamento dos primeiros frutos, até ao início das colheitas;
- 0,55 - do início das colheitas, até ao final da cultura.
A rega foi efectuada 2 vezes por semana (segunda e quinta-feira), durante o
período de 26 de Abril a 22 de Julho, onde foi utilizada uma dotação de
0,17 m3/m2. A fertilização de cobertura foi efectuada através da água de rega
(fertirrega) conforme o indicado no Anexo IB, com as quantidades totais de:
Fosfato monoamónio........... 2,2 kg
Nitrato de potássio.............. 28,6 kg
Nitrato de cálcio.................. 39,6 kg
Sulfato de magnésio............ 22 kg
As plantas foram conduzidas através da sua haste principal, tendo sido
efectuada, sempre que necessário, a poda de alguns lançamentos laterais, de
modo a abrir caminho entre as modalidades (poda de manutenção).
Delineamento experimental
Foram estudadas 4 modalidades (AEN, BROTOMAX, PUXA e TESTEMUNHA),
implantadas com 4 repetições cada, segundo o esquema de blocos casualizados
que se encontra anexo ao protocolo (Anexo IC).
Fig. 5 – Aspecto do equipamento de rega específico (CEHFP, a 14-Abr-2004).
6
Para a instalação das modalidades PUXA e BROTOMAX, cada parcela teve
tubagens de rega específicas (Fig. 5), uma vez que a aplicação destes produtos
foi efectuada via rega, apenas nas repetições das respectivas modalidades.
2.3. Observações experimentais
2.3.1. Fenologia
O acompanhamento fenológico da cultura do meloeiro, foi realizado no período
de 21 de Abril a 23 de Junho de 2004, de acordo com os estados fenológicos
considerados mais importantes para a cultura.
De modo a verificar eventuais diferenças fenológicas entre modalidades,
utilizou-se o programa estatístico SPSS v.12.0.
Para além do objectivo acima referido, este acompanhamento foi também
realizado, de forma a permitir a realização de tratamentos fitossanitários de
acordo com o estipulado no protocolo (Anexo I).
2.3.2. Acompanhamento fitossanitário
Durante o período de 14 de Maio a 7 de Julho de 2004 e, semanalmente, foi
efectuada a monitorização dos principais inimigos da cultura calculando-se a
percentagem de plantas infestadas/infectadas.
Para o efeito foram realizadas observações visuais em 4 plantas ao acaso, de
três folhas (terço inferior, médio e superior) de cada modalidade e repetição,
tendo-se registado a amostragem binomial (ausência/presença) de inimigos da
cultura, em folha de campo apropriada (Anexo ID - 1). Foram realizados testes
de análise de variância aos dados apurados, de forma a verificar a existência
ou não de diferenças significativas entre modalidades, este procedimento foi
realizado com o recurso ao programa estatístico SPSS v.12.0.
2.3.3. Meios de luta
Foram utilizados meios de luta (físicos e químicos) contra os diferentes
inimigos da cultura, de modo a viabilizar a cultura em causa, e de acordo com
as especificações técnicas do ensaio (Anexo I).
Com base nos tratamentos fitossanitários efectuados elaborou-se,
posteriormente, o quadro final onde foram quantificados todas as aplicações
efectuadas.
7
2.3.4. Colheita
De acordo com as normas de comercialização, as colheitas realizadas entre os
dias 21 de Junho e 13 de Julho, foram controladas para que os frutos colhidos
fossem separados por modalidade e repetição (Anexo IF), visando a sua análise
posterior, com o programa estatístico já referido.
Com os valores das pesagens e da contagem de frutos após as colheitas, foi
possível calcular a produção média total por m2, tal como a produção de frutos
incomercializáveis ou comercializáveis, e dentro da produção comercializável,
foi também possível contabilizá-la consoante diferentes classes.
Qualidade dos frutos
No laboratório da DRAALG foram analisados vários parâmetros de qualidade do
fruto, nas 4 modalidades em experimentação, na colheita de 28 de Junho de
2004, de forma a verificar se existia algum tipo de significância entre elas, a
qual foi efectuada com o programa SPSS v.12.0. Os parâmetros físicos
analisados foram o peso por fruto (g), o diâmetro longitudinal e equatorial (mm)
e a espessura da casca (mm); os químicos foram a humidade, o grau Brix, as
cinzas e a matéria seca, em percentagem, a acidez total, em gramas de ácido
cítrico por quilograma, o pH e o Índice de Maturação.
Outra análise efectuada, pela equipa técnica do projecto, foi a caracterização
dos frutos por modalidade (Anexo IE), onde se registaram os seguintes
aspectos: a forma, o diâmetro equatorial e longitudinal do fruto (mm), a cor, a
espessura da casca e da polpa (mm), e o aspecto da casca. Esta caracterização
foi efectuada em 3 frutos de cada modalidade estudada, relativos à colheita de
24 de Junho de 2004.
Ensaio de conservação
Para o efeito, utilizaram-se 4 frutos de cada modalidade, sem aparentes sinais
atribuíveis a agentes patogénios, que foram colocados em conservação, com
duas repetições, em armazém e em câmara frigorífica.
Durante o intervalo temporal em que decorreram estes ensaios registaram-se
os valores de temperatura e humidade, num termohigrógrafo e efectuaram-se
várias observações, de forma a registar a data de aparecimento dos primeiros
sintomas atribuíveis a agentes patogénicos. Foram também efectuadas várias
pesagens, de forma a obter a curva de evolução de peso dos frutos.
8
Posteriormente, estes frutos foram levados para o laboratório da DRAALG, com
o objectivo de identificar eventuais agentes causais.
3. Resultados
3.1. Fenologia
O acompanhamento fenológico da cultura do meloeiro foi realizado no período
de 21 de Abril a 23 de Junho de 2004.
5 - Vingamento do fruto 6 - Aparecimento do reticulado 7 - 1ª Colheita
1 - 3 a 4 folhas verdadeiras 2 - Pré-floração 3 - Floração masculina 4 - Floração hermafrodita
Fig. 6 - Estados fenológicos da cultura do meloeiro (CEHFP, em diferentes datas).
Os estados fenológicos (Fig. 6) ao longo deste mesmo período e para cada uma
das modalidades, encontram-se representados na Fig. 7.
Na modalidade AEN, a 21 de Abril, cerca de 25 % das plantas já se
encontravam em pré-floração. A floração masculina teve início na mesma data,
com cerca de 6 % de plantas neste estado fenológico, tendo sido atingido o seu
máximo a 28 de Abril. O aparecimento da primeira floração hermafrodita,
registou-se a 5 de Maio (50 %). Os primeiros frutos vingados (25 %) tiveram
lugar a 12 de Maio, mas, só cerca de uma semana depois (18 de Maio) é que foi
registada a máxima percentagem de vingamento dos frutos (100 %). O
aparecimento de reticulado nos frutos foi visível a partir de 3 de Junho (6 %),
mas só a 16 de Junho é que foi atingido o valor máximo (88%),
simultaneamente 13 % das plantas já se encontravam em condições de
primeira colheita.
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AEN BROTOMAX
PUXA TESTEMUNHA
0%
10%
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30%
40%
50%
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100%
ocorrência
21-Abr
28-Abr
5-M
ai
12-M
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18-M
ai
25-M
ai
3-Jun
9-Jun
16-Jun
23-Jun
1 2 3 4 5 6 7
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100%
ocorrência
21-Abr
28-Abr
5-M
ai
12-M
ai
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ai
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ai
3-Jun
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23-Jun
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100%ocorrência
21-Abr
28-Abr
5-M
ai
12-M
ai
18-M
ai
25-M
ai
3-Jun
9-Jun
16-Jun
23-Jun
1 2 3 4 5 6 7
0%
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20%
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ocorrência
21-Abr
28-Abr
5-M
ai
12-M
ai
18-M
ai
25-M
ai
3-Jun
9-Jun
16-Jun
23-Jun
1 2 3 4 5 6 7
Fig. 7 - Evolução dos estados fenológicos, observados na cultura do meloeiro, nas diferentes modalidades. Legenda: 1 - 3 a 4 folhas verdadeiras; 2 - Pré-floração; 3 - Floração masculina; 4 - Floração hermafrodita; 5 - Vingamento do fruto; 6 - Aparecimento de reticulado; 7 - 1ª Colheita (Anexo II).
Na modalidade BROTOMAX, observou-se que a 21 de Abril, 63 % das plantas
apresentavam 3 a 4 folhas verdadeiras. Na mesma data eram também visíveis
algumas plantas em pré-floração (13 %) e outras apresentavam floração
masculina (19 %). A partir de 28 de Abril, a maioria das plantas (94 %) já se
encontrava com floração masculina. A floração hermafrodita teve início a 5 de
Maio, mas só uma semana depois (12 de Maio) é que a maioria das plantas
(88 %) se apresentava neste estado fenológico. A partir de 18 de Maio, e
durante duas semanas seguidas, as plantas registaram valores de 100 % de
vingamento de frutos. A 3 de Junho, apareciam os primeiros frutos com
reticulado (31 %). Na última semana de acompanhamento da evolução dos
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estados fenológicos da cultura do meloeiro, verificou-se que já era possível
realizar a primeira colheita.
Na modalidade PUXA, foi possível verificar que, as plantas se apresentaram em
pré-floração a 5 de Maio. No entanto, nesta data, cerca de 69 % das plantas já
apresentavam floração masculina e cerca de 25 % floração hermafrodita. A 12
de Maio, foram registadas as primeiras plantas com frutos vingados (6 %) e a
18 e 25 de Maio já atingiam os 100 %. No dia 23 de Junho, 100 % das plantas,
encontravam-se no último estado fenológico.
Na modalidade TESTEMUNHA, a 21 de Abril, apenas 6 % das plantas
encontravam-se em pré-floração. A floração masculina teve início a 28 de Abril,
com cerca de 75 % de plantas neste estado fenológico, momento também em
que foi alcançado o seu valor máximo. A 5 de Maio ocorreu a floração
hermafrodita com cerca de 56 %, tendo-se registado a 12 de Maio, o valor
máximo de 88 %. As primeiras plantas com frutos vingados (13 %)
registaram-se a 12 de Maio, de qualquer forma, só cerca de uma semana
depois (18 de Maio) é que se observou a máxima percentagem de vingamento
dos frutos (100 %). O aparecimento de reticulado nos frutos foi visível a partir
de 25 de Maio (6 %). A 23 de Junho, todas as plantas (100 %) encontravam-se
no último estado fenológico.
A comparação dos dados foi efectuada através da análise de variância onde se
constatou que, durante o período de acompanhamento fenológico da cultura do
meloeiro, só se registaram diferenças significativas entre modalidades no dia
12 de Maio. Uma vez que, no estado fenológico de floração hermafrodita, foi
registado um nível de significância elevado (P ≤ 0,05) entre modalidades (Anexo
III). A modalidade AEN (a), apresentava-se como sendo completamente
diferente das outras 3 modalidades: BROTOMAX (b), PUXA (b) e
TESTEMUNHA (b), que eram idênticas entre si. Nesta data, também o estado
fenológico - vingamento do fruto, onde, apesar de não terem sido encontradas
diferenças significativas, apresentava diferenças entre modalidades. Assim,
verificou-se que as modalidades BROTOMAX (a) e PUXA (a) eram diferentes da
modalidade AEN (b), mas a modalidade TESTEMUNHA (ab) era idêntica às 3
modalidades atrás referidas.
11
3.2. Acompanhamento fitossanitário
Durante o período de 21 de Abril a 7 de Julho de 2004, foram efectuados onze
acompanhamentos fitossanitários, visando desta forma a monitorização das
populações de inimigos chave da cultura. Porém, foram realizadas várias
observações no decorrer do ensaio (Fig. 8), visando a sua boa manutenção.
Fig. 8 – Aspecto geral do ensaio da cultura do meloeiro, a 24 de Maio de 2004.
3.2.1. Pragas
Durante o período de monitorização foram identificadas várias pragas, de entre
as quais se destacam os afídeos, ácaros, tripes e aleurodídeos.
3.2.1.1. Flutuações das populações
Afídeos
O início de infestação registou-se a 14 de Maio, após a remoção da manta
térmica (12 de Maio), tendo o valor máximo ocorrido a 25 de Maio, em todas as
modalidades (Fig. 9). Após a data atrás referida, registaram-se algumas
infestações esporádicas a 9, 16 e 30 de Junho. A 23 de Junho não se
registaram plantas infestadas com afídeos. Há ainda a referir que a espécie
predominante foi o afídeo do meloeiro - Aphis gossypii.
12
0
2
4
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21-Abr 28-Abr 05-Mai 14-Mai 25-Mai 03-Jun 09-Jun 16-Jun 23-Jun 30-Jun 07-Jul
nº de plantas infestadas
AENBROTOMAX
PUXATESTEMUNHA
Fig. 9 - Flutuação da população de afídeos, observada na cultura do meloeiro, durante o período de monitorização, por modalidade (Anexo IV). ↓↓↓↓ - remoção da manta térmica.
Ácaros
Através da Fig 10, é possível verificar que a primeira ocorrência de infestação
de ácaros, com predominância da espécie Panonychus ulmi (Fig. 11) foi
registada a 14 de Maio, também após a remoção da manta térmica, no entanto
os valores máximos registaram-se a 25 de Maio, em todas as modalidades.
0
2
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21-Abr 28-Abr 05-Mai 14-Mai 25-Mai 03-Jun 09-Jun 16-Jun 23-Jun 30-Jun 07-Jul
nº de plantas infestadas
AENBROTOMAXPUXATESTEMUNHA
Fig. 10 - Flutuação da população de ácaros, observada na cultura do meloeiro, durante o período de monitorização, por modalidade (Anexo IV). ↓↓↓↓ - remoção da manta térmica.
↓↓↓↓
↓↓↓↓
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Ainda que seja possível observar, ao longo do período de monitorização uma
certa diminuição do número de plantas infestadas com ácaros, é também
perceptível a existência de dois picos de infestação (25 de Maio e 9 de Junho).
Fig. 11 – Ácaro - Panonychus ulmi (CEHFP, a 18-Mai-2004).
Tripes
Através da análise da Fig. 12, é possível verificar que o número de plantas
infestadas por tripes foi muito variável ao longo do período de monitorização.
0
1
2
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6
21-Abr 28-Abr 05-Mai 14-Mai 25-Mai 03-Jun 09-Jun 16-Jun 23-Jun 30-Jun 07-Jul
nº de plantas infestadas
AENBROTOMAXPUXATESTEMUNHA
Fig. 12 - Flutuação da população de tripes, observada na cultura do meloeiro, durante o período de monitorização, por modalidade (Anexo IV). ↓↓↓↓ - remoção da
manta térmica.
↓↓↓↓
14
A primeira ocorrência de infestação registou-se a 14 de Maio, nas modalidades
AEN, BROTOMAX e PUXA e a 25 de Maio, na modalidade TESTEMUNHA. Os
valores máximos de infestação verificaram-se a 3 de Junho na modalidade
BROTOMAX, entre os dias 3 e 16 de Junho na modalidade TESTEMUNHA, a 9
de Julho na modalidade PUXA e a 7 de Julho na modalidade AEN. No dia 23 de
Junho, nas modalidades TESTEMUNHA e PUXA, não foram registadas plantas
infestadas com tripes. O mesmo ocorreu entre os dias 9 e 23 de Junho na
modalidade BROTOMAX e entre os dias 16 e 30 de Junho, na modalidade AEN.
Aleurodídeos
As espécies predominantes foram a mosca branca do feijoeiro - Bemisia tabaci
e a mosca branca das estufas - Trialeurodes vaporariorum. No entanto, os
dados aqui apresentados, no sentido de interpretar as flutuações
populacionais, referem-se apenas à primeira espécie (Fig. 13) devido à reduzida
incidência da T. vaporariorum, que apenas foi registada entre os dias 9 e 23 de
Junho, sendo o valor máximo a 16 de Junho (3 plantas infestadas), na
modalidade PUXA.
0
2
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21-Abr 28-Abr 05-Mai 14-Mai 25-Mai 3-Jun 9-Jun 16-Jun 23-Jun 30-Jun 7-Jul
nºde plantas infestadas
B. tabaci larvas - AENB. tabaci larvas - BROTOMAXB. tabaci larvas - PUXAB. tabaci larvas - TESTEMUNHAB. tabaci adultos - AENB. tabaci adultos - BROTOMAXB. tabaci adultos - PUXAB. tabaci adultos - TESTEMUNHA
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21-Abr 28-Abr 05-Mai 14-Mai 25-Mai 3-Jun 9-Jun 16-Jun 23-Jun 30-Jun 7-Jul
nºde plantas infestadas
B. tabaci larvas - AENB. tabaci larvas - BROTOMAXB. tabaci larvas - PUXAB. tabaci larvas - TESTEMUNHAB. tabaci adultos - AENB. tabaci adultos - BROTOMAXB. tabaci adultos - PUXAB. tabaci adultos - TESTEMUNHA
Fig. 13 - Flutuação das populações de larvas e adultos de B. tabaci, observadas na cultura do meloeiro, durante o período de monitorização, por modalidade (Anexo IV). ↓↓↓↓ - remoção da manta térmica.
A primeira ocorrência de adultos de B. tabaci registou-se a 14 de Maio,
apresentando o valor máximo a 16 de Junho, em todas as modalidades. Nesta
data, registou-se o aparecimento de larvas de B. tabaci, nas modalidades
↓↓↓↓
15
PUXA, BROTOMAX e TESTEMUNHA. Na modalidade AEN, a primeira
ocorrência foi registada a 9 de Junho. Os máximos valores de infestação
registaram-se a 7 de Julho em todas as modalidades.
A partir de 16 de Junho, verificou-se uma diminuição do número de plantas
infestadas pela população adulta da mesma espécie, devido aos primeiros
sintomas de decrepitude da cultura (ausência de jovens lançamentos e folhas
maduras bastante atacadas por oídio).
3.2.1.2. Intensidade de infestação
Afídeos
A percentagem de plantas infestadas por afídeos, ao longo do período de
monitorização e os resultados da análise de variância realizada ao longo do
respectivo período, podem ser observadas na Fig. 14.
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21-Abr 28-Abr 05-Mai 14-Mai 25-Mai 03-Jun 09-Jun 16-Jun 23-Jun 30-Jun 07-Jul
% de plantas infestadas
AENBROTOMAXPUXATESTEMUNHA
Fig. 14 - Evolução da percentagem de plantas infestadas por afídeos, ao longo do período de monitorização, por modalidade (Anexo IVA). Legenda: NS - diferença não significativa; * - nível de significância elevado; ** - nível de significância muito elevado. Os valores com médias idênticas apresentam letras iguais.
Durante o período de monitorização, não se verificaram quaisquer diferenças
significativas entre as modalidades em causa. Pôde apenas constatar-se que a
percentagem de plantas infestadas variou entre valores nulos e valores na
ordem dos 88%, nas modalidades AEN e TESTEMUNHA e 75%, nas
modalidades BROTOMAX e PUXA.
Em qualquer uma das modalidades é possível verificar que a maior
percentagem de infestação foi observada a 25 de Maio. Assim, a 28 de Maio
NS NS NS
NS
NS NS
NS
NS
NS
NS
NS
16
procedeu-se a uma intervenção fitossanitária com fosalona, tendo-se verificado
em observações seguintes, uma diminuição da percentagem de plantas
infestadas.
Ácaros
Com base na Fig. 15 as maiores intensidades de infestação ocorreram a 25 de
Maio e 9 de Junho, com valores de infestação que atingiram os 88 % e os 75 %,
respectivamente, nas modalidades TESTEMUNHA e AEN. Com base nestas
intensidades de infestação realizaram-se duas intervenções fitossanitárias,
uma a 28 de Maio, com fosalona e a outra a 9 de Junho, com dicofol. Após a
segunda intervenção fitossanitária, verificou-se o decréscimo da intensidade de
infestação em todas as modalidades, com excepção da modalidade AEN, que
entre 23 e 30 de Junho apresentou valores constantes de 25 % de infestação.
No entanto, estes não foram suficientes para justificar intervenções
fitossanitárias contra esta praga.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
21-Abr 28-Abr 05-Mai 14-Mai 25-Mai 03-Jun 09-Jun 16-Jun 23-Jun 30-Jun 07-Jul
% de plantas infestadas
AENBROTOMAXPUXATESTEMUNHA
NS NS NS Fig. 15 - Evolução da percentagem de plantas infestadas por ácaros, ao longo do período de monitorização, por modalidade (Anexo IVA). Legenda: NS - diferença não significativa; * - nível de significância elevado; ** - nível de significância muito elevado. Os valores com médias idênticas apresentam letras iguais.
A partir de 30 de Junho e até ao final do período de monitorização a
percentagem de plantas infestadas decresceu, atingindo valores praticamente
nulos, no final da cultura. Durante o mesmo período não foram encontradas
diferenças significativas entre as modalidades em estudo.
NS NS NS
NS
NS
NS
NS
NS NS
NS
NS
17
Tripes
Apesar das oscilações existentes entre as modalidades, ao longo do período de
monitorização, não foram encontradas diferenças significativas. Os picos de
infestação não foram coincidentes entre as diferentes modalidades, tendo-se
verificado que a maior percentagem de plantas infestadas por tripes ocorreu a
3 de Junho (31 %), na modalidade BROTOMAX, a 9 de Junho (19 %), na
modalidade PUXA e a 7 de Julho (19 %), na modalidade AEN. A modalidade
TESTEMUNHA constituiu a excepção, com a intensidade de infestação (13%)
constante entre os dias 3 e 16 de Junho (Fig 16).
0
5
10
15
20
25
30
35
21-Abr 28-Abr 05-Mai 14-Mai 25-Mai 03-Jun 09-Jun 16-Jun 23-Jun 30-Jun 07-Jul
% de plantas infestadas
AEN
BROTOMAX
PUXA
TESTEMUNHA
Fig. 16 - Evolução da percentagem de plantas infestadas por tripes, ao longo do período de monitorização, por modalidade (Anexo IVA). Legenda: NS - diferença não significativa; * - nível de significância elevado; ** - nível de significância muito elevado. Os valores com médias idênticas apresentam letras iguais.
Aleurodídeos
A intensidade de infestação refere-se apenas à espécie B. tabaci, devido à fraca
infestação com T. vaporariorum, que atingiu o máximo de 19 % a 16 de Junho,
na modalidade PUXA. Assim, a percentagem de plantas infestadas com larvas e
adultos deste aleurodídeo, ao longo do período de monitorização, e para cada
uma das modalidades, estão representadas nas Fig. 17 e 18.
NS NS
NS
NS
NS
NS
NS
NS
NS NS NS
18
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
21-Abr 28-Abr 05-Mai 14-Mai 25-Mai 03-Jun 09-Jun 16-Jun 23-Jun 30-Jun 07-Jul
% de plantas infestadas
AENBROTOMAXPUXATESTEMUNHA
Fig. 17 - Evolução da percentagem de plantas infestadas por larvas de B. tabaci ao longo do período de monitorização, por modalidade (Anexo IVA). Legenda: NS - diferença não significativa; * - nível de significância elevado; ** - nível de significância muito elevado. Os valores com médias idênticas apresentam letras iguais.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
21-Abr 28-Abr 05-Mai 14-Mai 25-Mai 03-Jun 09-Jun 16-Jun 23-Jun 30-Jun 07-Jul
% de plantas infestadas
AENBROTOMAXPUXATESTEMUNHA
Fig. 18 - Evolução da percentagem de plantas infestadas por adultos de B. tabaci, ao longo do período de monitorização, por modalidade (Anexo IVA). Legenda: NS - diferença não significativa; * - nível de significância elevado; ** - nível de significância muito elevado. Os valores com médias idênticas apresentam letras iguais.
Pela análise da Fig. 17, foi possível verificar que a percentagem de plantas
infestadas com larvas de B. tabaci, apenas começou a ser evidente a partir de 9
de Junho. Posteriormente, a 30 de Junho, observou-se uma ligeira diminuição
que terminou poucos dias depois, a 7 de Julho, altura em que foram registados
os maiores picos de infestação, com valores muito próximos entre as
modalidades: 75 % (TESTEMUNHA), 81 % (PUXA) e 88 % (AEN e BROTOMAX).
NS
NS
NS NS
NS
NS NS
NS
NS NS NS
NS NS NS
NS
NS NS
NS
NS NS NS NS
19
Após a análise de variância, constatou-se que não existiam quaisquer
diferenças entre as modalidades, não só no que diz respeito à percentagem de
plantas infestadas pelas larvas de B. tabaci, mas também em relação aos
adultos da mesma espécie (Fig. 18).
No dia 16 de Junho verificou-se que a percentagem de plantas infestadas pelos
adultos chegou atingir 100%, nas modalidades AEN e BROTOMAX, as
modalidades TESTEMUNHA e PUXA apresentaram valores ligeiramente
menores (94 % e 81 %, respectivamente), no entanto, sem diferenças
significativas entre modalidades.
Outras pragas
Para além das pragas atrás referidas, foram ainda registadas na forma adulta e
larvar as larvas mineiras - Liriomyza sp., ralos - Gryllotalpa gryllotalpa,
lepidópteros e fanerópteras - Phaneroptera nana nana. Também se registou a
presença de moluscos - caracóis e lesmas (Fig. 19), que causaram alguns
estragos nas folhas e frutos do meloeiro (Fig. 20).
Fig. 19 – Presença de caracóis e lesmas (CEHFP, a 18-Mai-2004 e 28-Abr-2004, respectivamente).
20
Fig. 20 – Ataque de caracóis nos frutos do meloeiro (CEHFP, a 09-Jun-2004).
Efeito das modalidades em estudo sobre a proporção de plantas infestadas
A Fig. 21 representa a importância relativa de cada tipo de praga na
percentagem total de plantas infestadas.
AEN BROTOMAX
PUXA TESTEMUNHA
Mineira
(galerias)
1%
Ácaros 24%
Afídeos 17%
Mineira
(adulto)
3%
Tripes 5%
B. tabaci
(adulto)
33%
B. tabaci (larva)
17%
Mineira
(adulto) 4%
Ácaros 21%
Mineira
(galerias)
3%
Afídeos 16%
Tripes 4%
B. tabaci (adulto)
32%
B. tabaci (larva)
18%
Mineira
(galerias)
1%
Ácaros 18%
Mineira (adulto)
4%
T. vaporariorum (larva) 2%
Tripes 6%
B. tabaci (adulto)
32%
B. tabaci (larva)
18% Afídeos 15%
Mineira (galerias)
3%
Ácaros 23%
Afídeos 17%
Mineira (adulto) 3%
B. tabaci (larva)18%
B. tabaci (adulto) 32%
Tripes 4%
Fig. 21 - Percentagem de plantas infestadas pelas várias pragas monitorizadas, de acordo com as diferentes modalidades (Anexo IVA).
21
Nas plantas tratadas com AEN, a menor percentagem de plantas infestadas foi
com larvas mineira - galerias (1 % do total de plantas infestadas pelas várias
pragas monitorizadas). A B. tabaci na forma adulta foi a praga que infestou
maior percentagem de plantas (33 %).
Nas plantas da modalidade BROTOMAX, a menor percentagem de infestação
(3 %) correspondeu à presença de larvas mineira (galerias). A maior
percentagem de plantas infestadas (32 %) foi relativa á praga B. tabaci sob a
forma adulta.
Na modalidade PUXA, a menor intensidade deveu-se ao ataque de larvas
mineira (galerias) com 1 % de plantas infestadas. Com maior percentagem de
ataque (32 %) registou-se a infestação por adultos de B. tabaci. As larvas de
T. vaporariorum foram responsáveis por 2 % de plantas infestadas, nesta
modalidade.
A modalidade TESTEMUNHA apresentou o seu mínimo de infestação (3 %) com
galerias provocadas pelas larvas mineira e o seu máximo de infestação com
adultos de B. tabaci (32 %).
Assim, constata-se que os adultos de B. tabaci ocuparam a maior percentagem
de infestação, enquanto que as larvas mineira (galerias) foram responsáveis
pela menor percentagem de plantas infestadas, em todas as modalidades.
3.2.2. Doenças
Míldio
Fig. 22 – Míldio (CEHFP, a 24/Maio/2004).
22
Nas três primeiras observações não se registou a presença de
míldio - Pseudoperonospora cubensis (Fig. 22). A 12 de Maio de 2004
verificou-se 70 % de infecção e a partir desta data a percentagem de plantas
infectadas com míldio representou 100% em todas as modalidades.
Oídio
Na Fig. 23 foi possível observar que os primeiros sintomas de oídio - Leveillula
taurica (Fig. 24) se verificaram a 3 e 9 de Junho. Após estas datas, observou-se
um aumento do número de plantas infectadas, tendo estes valores atingido os
100%, a partir de 16 de Junho e mantendo-se com estes valores, na
modalidade tratada com BROTOMAX.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
21-Abr 28-Abr 05-Mai 14-Mai 25-Mai 03-Jun 09-Jun 16-Jun 23-Jun 30-Jun 07-Jul
% de plantas infectadas
AENBROTOMAXPUXATESTEMUNHA
b
Fig. 23 - Evolução da percentagem de plantas infectadas por oídio, ao longo do período de monitorização, por modalidade (Anexo IVA). Legenda: NS - diferença não significativa; * - nível de significância elevado; ** - nível de significância muito elevado. Os valores com médias idênticas apresentam letras iguais.
Nas modalidades PUXA e AEN, verificou-se 100 % de infestação até ao dia 30
de Junho, registando-se depois uma diminuição da infecção. Na modalidade
TESTEMUNHA e para a mesma data, a percentagem de plantas infectadas com
oídio, diminuiu para os 69 %, tendo-se verificado assim, diferença embora não
significativa, entre modalidades. Também não foram registadas quaisquer
diferenças significativas entre as modalidades ao longo de todo o período de
monitorização.
NS NS NS NS
NS
NS NS NS
NS
NS
a
b b
NS
23
Fig. 24 – Aspecto de sintomas de Oídio (CEHFP, a 16-Jun-2004).
Com base nas percentagens de infestação registadas, efectuaram-se três
intervenções fitossanitárias com extracto de canela, a 4 % (Sekanela), a 17
Junho e nos dias 1 e 5 de Julho. Após a primeira intervenção fitossanitária,
apenas se verificou uma diminuição da percentagem de infestação na
modalidade TESTEMUNHA. Nas modalidades AEN e PUXA, a mesma
percentagem, só diminuiu a partir da terceira intervenção. A modalidade
BROTOMAX, não sofreu qualquer tipo de alteração, após as intervenções
realizadas.
Viroses
Fig. 25 – Aspecto de sintomas de vírus - CMV (CEHFP, a 18-Mai-2004).
24
No que diz respeito às viroses (Fig. 25), foram detectados sintomas do vírus do
mosaico das cucurbitáceas - Cucumber Mosaic Vírus (CMV) e do vírus do
mosaico amarelo da aboborinha - Zucchini Yellow Mosaic Vírus (ZYMV).
Durante o período de monitorização, efectuaram-se quatro observações visuais
na totalidade das plantas existentes por modalidade (Fig. 26).
O aparecimento das primeiras plantas com sintomas de vírus verificou-se a 25
de Maio, tendo-se registado um aumento acentuado do número de plantas
infectadas, nas observações seguintes. A percentagem máxima final de infecção
foi obtida 13 de Julho.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
18-Mai 25-Mai 03-Jun 13-Jul
% de plantas infectadas
AENBROTOMAXPUXATESTEMUNHA
Fig. 26 - Evolução da percentagem de plantas infectadas por vírus, por modalidade.
Apesar da percentagem de plantas infestadas ter diminuído aparentemente, na
modalidade TESTEMUNHA, tal facto poderá ter-se devido à impossibilidade de
observação de algumas plantas, visto já se encontrarem com sintomas de
decrepitude.
3.3. Meios de luta
Durante a realização do ensaio, foi necessário proceder à aplicação de produtos
fitossanitários. Estes tratamentos foram realizados de acordo com a
ponderação dos dados obtidos pela intensidade de infestação/infecção das
pragas e doenças (Anexo V).
25
No Quadro 1, pode observar-se, que foram aplicados produtos fitossanitários
que constituíam objecto de estudo, de acordo com o protocolo em causa: AEN,
BROTOMAX e PUXA. Assim, foram realizadas 7 intervenções fitossanitárias
com AEN, 3 com BROTOMAX e 9 com PUXA. A utilização de extracto de canela
como preventivo/curativo de oídio prendeu-se com a necessidade de não
utilizar moléculas de síntese na luta contra as doenças.
No mesmo quadro, verifica-se também a necessidade da utilização de produtos
de síntese para os ácaros (fosalona e dicofol), afídeos (fosalona) e lesmas e
caracóis, em que se aplicou isco com metiocarbe, em bordadura da cultura.
Quadro 1 - Produtos fitossanitários aplicados durante o ensaio. substância activa
nº de tratamentos efectuados
Objectivo/Inimigos
AEN _ 7Promotor do
crescimento radicular
BROTOMAX _ 3 Indução de defesas
PUXA _ 9 Doenças
Mesurol anti-lesmas
metiocarbe 1 Lesmas e caracóis
Zolone fosalona 1 Ácaros/Afídeos
Kelthane dicofol 1 Ácaros
Sekanelaextracto de canela
3 Oídio
Produtos propostos no
ensaio
Outros produtos aplicados
Produtos utilizados
As intervenções fitossanitárias foram realizadas entre 15 de Abril e 6 de Julho,
num total de 24 aplicações.
Em termos de luta cultural, recorreu-se à utilização da manta
térmica - Agryl P17, para protecção das plantas jovens de meloeiro, das
infestações de pragas chave – ácaros, afídeos, mosca mineira e infecções de
vírus. A manta térmica deveria ter sido removida aquando do início da floração
feminina (5 de Maio de 2004), no entanto, devido a condições climatéricas
desfavoráveis que condicionaram o desenvolvimento das plantas, a sua
remoção só foi concretizada a 12 de Maio 2004.
26
3.4. Colheita
Após terem sido efectuadas 7 colheitas, procedeu-se à análise quantitativa e
qualitativa dos frutos, por modalidades (Fig. 27).
Fig. 27 – Frutos colhidos por modalidades (CEHFP, a 6-Jul-2004).
3.4.1.Análise quantitativa
Na Fig. 28, é possível observar a produção média total (kg/m2), ao longo das
colheitas efectuadas, nas diferentes modalidades.
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
Produtividade (kg/m2)
AEN BROTOMAX PUXA TESTEMUNHA
produção incomercializável produção comercializável
Fig. 28 - Produtividade média total (kg/m2), obtida durante o período da colheita, por modalidade (Anexo VI).
27
Verifica-se desta forma, que a modalidade que atingiu a maior produção média
comercializável foi a TESTEMUNHA (1,33 kg/m2), enquanto que a modalidade
PUXA foi a menos produtiva (0,98 kg/m2). A modalidade PUXA apresentou
valores de frutos comercializáveis e incomercializáveis próximos, 0,64 kg/m2 e
0,98 kg/m2, respectivamente.
Através da Fig. 29, foi possível, em relação aos frutos incomercializáveis
verificar que nas modalidade AEN e BROTOMAX e até ao dia 6 de Julho, a
quantidade de frutos incomercializáveis por m2 aumentou, atingindo valores
próximos dos 0,16 kg/m2, com excepção do dia 24 de Junho, onde apresentou
o valor mais baixo (0,028 kg/m2 e 0,012 kg/m2, respectivamente).
Nas modalidades PUXA e TESTEMUNHA, também se observou a evolução do
número de frutos incomercializáveis, onde se atingiram valores máximos de
0,18 kg/m2 e 0,13 kg/m2, respectivamente. Os valores mais baixos foram
registados a 9 de Julho, na modalidade PUXA, com 0,012 kg/m2 e a 13 de
Julho, na modalidade TESTEMUNHA, com 0,038 kg/m2.
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
Produtividade (Kg/m
2)
21-Jun 24-Jun 28-Jun 2-Jul 6-Jul 9-Jul 13-Jul
AEN BROTOMAX PUXA TESTEMUNHA
Fig. 29 – Evolução da produção de frutos incomercializáveis, ao longo do período de colheita, por modalidade (Anexo VI). Legenda: NS - diferença não significativa; * - nível de significância elevado; ** - nível de significância muito elevado. Os valores com médias idênticas apresentam letras iguais.
Durante o período de colheita, não se registaram diferenças significativas entre
modalidades. No entanto, no dia 24 de Junho, e apesar de não existir
significância, podem observar-se algumas diferenças entre as modalidades
NS
NS
NS
NS NS
NS NS
b
ab
a
a
28
BROTOMAX e TESTEMUNHA, em relação à modalidade PUXA, enquanto que a
modalidade AEN não apresentou diferenças entre estas.
De entre os factores que contribuíram para a classificação de frutos como
incomercializáveis salientaram-se as podridões (Fig. 30), a ausência de
reticulado em menos de 50 % na epiderme do fruto (Fig. 31) e o elevado nível
de infestação de infestantes (Cyperus sp.) na parcela que levou, em alguns
casos, à penetração do ápice vegetativo das mesmas nos frutos (Fig. 32).
Fig. 30 - Pormenor de frutos de meloeiro com podridões.
Fig. 31 – Frutos de meloeiro com menos de 50 % de reticulado (CEHFP, a 6-Jul-2004).
29
Fig. 32 - Ápice vegetativo da junça a trespassar o melão (CEHFP, a 2-Jul-2004).
Em relação à produção comercializável (Fig. 33) pode-se constatar que as
modalidades AEN e BROTOMAX, apresentaram um pico de produtividade a 28
de Junho, com valores de 0,33 kg/m2 e 0,34 kg/m2, respectivamente. A
modalidade PUXA apresenta o máximo de produtividade (0,24 kg/m2) a 24 de
Junho e a modalidade TESTEMUNHA a 2 de Julho (0,37 kg/m2). Foi ainda
possível verificar a 9 de Julho, os valores mais baixos de produtividade na
modalidade AEN (0,049 kg/m2), BROTOMAX e TESTEMUNHA (0,035 kg/m2). A
modalidade PUXA teve o mínimo, a 6 de Julho, onde apresentou o valor de
0,065 kg/m2.
0
0,1
0,2
0,3
0,4
Produtividade (Kg/m
2)
21-Jun 24-Jun 28-Jun 2-Jul 6-Jul 9-Jul 13-Jul
AEN BROTOMAX PUXA TESTEMUNHA
Fig. 33 - Evolução da produtividade de frutos comercializáveis, ao longo do período de colheita, por modalidade (Anexo VI). Legenda: NS - diferença não significativa; * - nível de significância elevado; ** - nível de significância muito elevado. Os valores com médias idênticas apresentam letras iguais.
NS NS
NS
NS NS
NS
*
ab
a a
b
30
Durante o período de colheitas não se observaram diferenças significativas
entre modalidades. A excepção foi registada a 2 de Julho, em que as
modalidades apresentavam um nível de significância elevado entre elas.
Quadro 2 - Efeito das diferentes modalidades sobre a produtividade.
300-500 501-1000 1001-2000 2001-3000 >3001
AEN 0,527 0,268 0,051 0,949 0,065 0 0
BROTOMAX 0,475 0,280 0,116 0,729 0,104 0 0
PUXA 0,643 0,168 0,051 0,764 0 0 0
TESTEMUNHA 0,342 0,350 0,052 0,962 0 0 0
Nível designificância
NS NS NS NS NS NS NS
Modalidades
Produtividade (kg/m2)
Comercializáveis
classe Iclasse II
Incomercializáveis
NS - diferença não significativa; P ≤ 005 - nível de significância elevado; P ≤ 0,01 - nível de significância muito elevado.
No Quadro 2, pode observar-se que a produtividade (kg/m2) não foi
significativamente afectada pelas diferentes modalidades.
A modalidade TESTEMUNHA registou o valor mínimo (0,342 kg/m2) de frutos
incomercializáveis, enquanto que a modalidade PUXA apresentou o valor
máximo (0,643 kg/m2). Nos frutos comercializáveis, classe II, verificou-se a
situação contrária, em relação aos frutos incomercializáveis. As maiores
produtividades registadas na classe I, referem-se à gama dos 300-500 g e
1001-2000 g, na modalidade BROTOMAX, com valores de 0,116 kg/m2 e
0,104 kg/m2, respectivamente. Na classe 300-500 g, a menor produtividade é
registada na modalidade PUXA, enquanto que na classe 1001-2000 g, não
houve produção nas modalidades PUXA e TESTEMUNHA. Na classe
501-1000 g, as maiores produtividades registaram-se na modalidade
TESTEMUNHA com 0,962 kg/m2, logo seguida da modalidade AEN, com
0,949 kg/m2. Em último lugar ficou a modalidade BROTOMAX com
0,729 kg/m2.
3.4.2.Análise qualitativa
Nos Quadros 3 e 4, podem ser observados os parâmetros físicos e químicos
analisados (Anexo VII), respectivamente, respeitantes à colheita de 28 de
31
Junho e referentes a 19 frutos representativos das diferentes modalidades de
tratamento.
Quadro 3 - Parâmetros físicos analisados nos frutos.
AEN BROTOMAX PUXA TESTEMUNHA
1171,0 1315,0 1166,0 1280,0 NS
longitudinal 125,9 128,5 124,0 131,1 NS
equatorial 119,4 124,3 121,3 119,0 NS
1,0 1,0 0,9 1,1 NS
Nível designificância
Parâmetrosfísicos
Diâmetro (mm)
Peso por fruto (g)
Espessura da casca (mm)
Modalidades
NS - diferença não significativa; P ≤ 005 - nível de significância elevado; P ≤ 0,01 - nível de significância muito elevado.
Como se pode verificar, os parâmetros físicos de qualidade analisados, peso por
fruto (g), diâmetro longitudinal e equatorial (mm), e a espessura da casca, não
foram afectados significativamente pelas diferentes modalidades estudadas.
No Quadro 4, é possível verificar que existem diferenças muito significativas na
maioria dos parâmetros químicos analisados, de acordo com as modalidades
estudadas.
Quadro 4 - Parâmetros químicos analisados nos frutos.
AEN BROTOMAX PUXA TESTEMUNHA
93,40 92,30 88,70 88,60 P ≤ 0,01
6,16 6,21 6,12 6,14 P ≤ 0,01
10,00 9,70 9,50 8,60 P ≤ 0,01
0,80 0,62 0,72 0,72 P ≤ 0,01
0,61 0,56 0,58 0,54 P ≤ 0,01
6,60 7,71 11,28 11,35 P ≤ 0,01
13,00 16,00 13,00 12,00 ____
pH
ºBrix (%)
Parâmetrosquímicos
Modalidades Nível designificância
Humidade (%)
Cinzas (%)
Matéria Seca (%)
Índice de Maturação
Acidez total (g ác. cítrico/kg)
NS - diferença não significativa; P ≤ 005 - nível de significância elevado; P ≤ 0,01 - nível de significância muito elevado.
No caso do Índice de Maturação não foi possível realizar qualquer tipo de
análise estatística, uma vez que estes índices não foram determinados nas
diferentes repetições de cada modalidade, mas sim por conjunto de
modalidade, desta forma, o programa estatístico utilizado, SPSS v.12.0, não
permite a realização da análise de variância, visto não existirem graus de
liberdade suficientes para a efectivação da mesma.
32
As modalidades AEN e BROTOMAX apresentam os maiores conteúdos em
humidade (93,40 % e 92,30 %, respectivamente) e, consequentemente, os
menores em matéria seca (6,60 % e 7,71 %, respectivamente). Os menores
conteúdos de humidade encontraram-se nos frutos das modalidades PUXA e
TESTEMUNHA (88,70 % e 88,60 %, respectivamente), que por sua vez
evidenciavam os maiores de matéria seca (11,28 % e 11,35 %,
respectivamente).
O valor de pH foi 6,21, na modalidade BROTOMAX e 6,12, na modalidade
PUXA.
O ºBrix mais elevado registou-se nos frutos da modalidade AEN (10 %), logo
seguida da modalidade BROTOMAX (9,70 %), cujo valor é muito próximo da
modalidade PUXA (9,50 %). A modalidade TESTEMUNHA aparece em último
lugar, com 8,60 %.
Os frutos da modalidade AEN, registaram o maior valor de acidez total
(0,80 g ác. cítrico/kg) e a modalidade BROTOMAX, o menor valor
(0,62 g ác. cítrico/kg). As modalidades PUXA e TESTEMUNHA apresentaram
valores iguais (0,72 g ác. cítrico/kg).
A percentagem de cinzas variou entre os 0,61 %, nos frutos da modalidade
AEN e os 0,54 %, na modalidade TESTEMUNHA.
O maior índice de maturação foi registado nos frutos da modalidade
BROTOMAX (16,0), seguida das modalidades AEN e PUXA (13,0) e da
modalidade TESTEMUNHA (12,0).
3.4.3. Prova organoléptica
Para além da análise dos parâmetros físicos e químicos foi também realizada
uma prova organoléptica (Anexo VII), com 7 provadores. Estes, analisaram os
seguintes parâmetros: Aspecto, Consistência e Sabor dos frutos, por
modalidade (Quadro 5).
33
Quadro 5 - Resultado da análise organoléptica.
Aspecto Consistência Sabor
AEN Mto Bom Boa Satisfatório
BROTOMAX Mto Bom Boa Bom
PUXA Bom Boa Satisfatório
TESTEMUNHA Bom Boa Satisfatório
ParâmetrosModalidades
Mto – Muito Bom
Com base no Quadro 5, os provadores atribuíram a melhor qualificação aos
frutos da modalidade BROTOMAX, tal facto, dever-se-á ao índice de maturação
de 16,0 registado nos frutos desta modalidade. A modalidade AEN ficou em 2º
lugar, divergindo apenas da anterior devido ao seu sabor, que em termos de
índice de maturação foi menor (13,0). Os frutos considerados menos
apetecíveis, por este painel de provadores, foram os pertencentes às
modalidades PUXA e TESTEMUNHA, que ficaram classificados em último
lugar, simultaneamente.
3.4.3.Caracterização dos frutos
No Quadro 6 podem observar-se as seguintes características dos frutos de
meloeiro (Fig. 34): diâmetro equatorial e longitudinal (mm), a forma do fruto, a
cor da casca e da polpa, aspecto da casca, e a espessura da casca (mm) e da
polpa (polpa/sementes). Estas características referem-se a um total de 12
frutos analisados, em cada 3 frutos por modalidade, da colheita efectuada a 24
de Junho de 2004 (Anexo VIII).
Quadro 6 - Resultados da análise das características dos frutos de meloeiro.
AEN BROTOMAX PUXA TESTEMUNHA
redonda redonda redonda redonda
amarela amarela amarela amarela
reticulada reticulada reticulada reticulada
branca/esverdeada
branca/esverdeada
branca/esverdeada
branca/esverdeada
3,23 3,10 2,93 3,17
longitudinal (mm) 139,67 138,67 123,33 125,00
equatorial (mm) 128,00 139,70 120,30 118,70
1,07 1,44 1,41 1,17
Características dos frutos do meloeiroModalidades
forma do fruto
cor da casca
Espessura da casca (mm)
Espessura da polpa (relação polpa/sementes)
aspecto da casca
cor da polpa
Diâmetro
34
Desta forma, é possível constatar que a forma do fruto, a cor da casca e da
polpa, o aspecto da casca e a espessura da polpa são iguais em todas as
modalidades.
O diâmetro longitudinal do fruto foi maior na modalidade AEN, logo seguido da
modalidade BROTOMAX, a que correspondeu o maior diâmetro equatorial do
fruto.
A espessura da casca foi maior na modalidade BROTOMAX e menor na
modalidade AEN.
Fig. 34 – Frutos preparados para a identificação das características de frutos de meloeiro, por modalidades (CEHFP, a 24-Jun-2004).
35
3.4.5. Conservação
O ensaio de conservação em armazém teve início a 2 de Julho e terminou a 23
do mesmo mês. Os frutos foram conservados a temperaturas médias de 29 ºC
(máxima) e 23 ºC (mínima). No que diz respeito, à humidade relativa, foram
registados valores médios máximos de 49 % e mínimos de 35 %.
Durante este período foram realizadas algumas pesagens, de forma a registar o
peso médio inicial e final do fruto, representativo de cada uma das
modalidades (Anexo IX), e análises laboratoriais, realizadas no laboratório da
DRAALG, para possível identificação de agentes patogénios (Anexo X, XA e XB).
Quadro 7 – Resultados do ensaio de conservação em armazém.
AEN 1217,5 1030,0 187,5 2Fusarium spp.Colletotrichum sp.
2
Fusarium spp.Cladosporium spp.Alternaria spp.
BROTOMAX 1235,0 1070,0 165,0 1 s/lesão 3Fusarium spp.Stemphyllium botryosum
PUXA 1155,0 1083,3 71,7 1 s/ lesão 3Rhizoctonia solani
Fusarium spp.
TESTEMUNHA 910,0 813,3 96,7 1 Fusarium spp. 3 Fusarium spp.
modalidadespeso médio
inicial (g)
peso médio final (g)
perda de peso (g)
6-Jul-04 23-Jul-04
nº frutos incom.
*
fungos identificados
nº frutos incom.
*
fungos identificados
* - onde está nº de frutos incom., ler nº de frutos incomercializáveis.
Assim, através do Quadro 7 é possível observar que o peso inicial dos frutos
variou entre os 1 235 g (modalidade BROTOMAX) e os 910 g (modalidade
TESTEMUNHA). Os frutos que apresentaram uma maior perda de peso,
durante o período de conservação, foram os pertencentes à modalidade AEN,
logo seguidos da modalidade BROTOMAX.
Através do mesmo quadro, é também possível verificar que os frutos das
modalidades BROTOMAX e PUXA, considerados incomercializáveis a 6 de
Julho, não apresentavam qualquer tipo de lesão ou alteração. Os frutos
considerados incomercializáveis a 23 de Julho, apresentavam Fusarium spp.,
independentemente das modalidades de tratamento. Para além deste agente
patogénico, foram também identificados Cladosporium spp. e Alternaria spp.
(modalidade AEN), Stemphyllium botryosum (modalidade BROTOMAX) e
Rhizoctonia solani (modalidade PUXA). De realçar que os fungos Fusarium spp.
36
e R. solani são fungos do solo e penetram no fruto através de pequenas lesões,
na zona de contacto com o solo.
Quadro 8 – Resultados do ensaio de conservação em câmara frigorífica.
2-Jul-04 23-Ago-04
AEN 1057,5 768,8 288,8Brotomax 1055,0 787,5 267,5Puxa 1200,0 813,8 386,3Testemunha 910,0 636,3 273,8
modalidades perda de peso (g)peso médio inicial (g) peso médio final (g)
No Quadro 8, é possível observar o peso médio inicial e final dos frutos, e a
perda de peso dos mesmos, durante o período de conservação, em câmara
frigorífica (Anexo XI). Os frutos foram mantidos à temperatura constante de
5 ºC e humidade relativa de cerca de 60 %. Este ensaio terminou um mês após
o ensaio de conservação em armazém, a 23 de Agosto de 2004, altura em que
todos os frutos já se encontravam incomercializáveis, devido à presença de
fungos. Porém, não foi possível a sua identificação devido ao elevado estado de
deterioração que estes apresentavam.
Com base no referido quadro, é possível constatar que os pesos iniciais
variaram entre os 1 200 g (modalidade PUXA) e os 910 g (modalidade
TESTEMUNHA). A perda de peso destes frutos foi maior do que a registada nos
frutos conservados em armazém, observando-se valores de perda de peso que
atingiram os 386,3 g, na modalidade PUXA.
4. Conclusão
O ensaio deu cumprimento ao previsto no protocolo técnico, permitindo a
obtenção de dados susceptíveis de análise e conclusões.
O ensaio, relativo à preparação do terreno para a plantação até ao
acompanhamento da cultura do meloeiro, iniciou-se a 5 de Fevereiro e
terminou a 14 de Julho de 2004.
O acompanhamento dos estados fenológicos do meloeiro decorreu entre 21 de
Abril e 23 de Junho de 2004. A modalidade AEN foi a que apresentou maior
precocidade nos estados fenológicos de pré-floração, floração, vingamento do
37
fruto e aparecimento de reticulado, seguida das modalidades PUXA,
BROTOMAX e TESTEMUNHA.
Os principais problemas fitossanitários do ensaio foram ácaros, B. tabaci,
afídeos, tripes, oídio, míldio e viroses. O início da infestação com B. tabaci,
ácaros e tripes ocorreu a 14 de Maio de 2004, atingindo, respectivamente,
valores máximos a 16 de Junho, 25 de Maio e 3 de Junho de 2004. Os afídeos
foram responsáveis pela infecção de cerca de 9 % das plantas do ensaio, com
vírus do mosaico das cucurbitáceas e vírus do mosaico amarelo da aboborinha
(CMV e ZYMV, respectivamente). Verificou-se ainda a ocorrência pontual de
T. vaporariorum, larvas mineiras, ralos, lepidópteros, fanerópteras e moluscos
(caracóis e lesmas). As infecções de míldio atingiram os 100% de plantas
infectadas, a partir de 14 de Maio de 2004. Porém, a elevada incidência da
doença não inviabilizou a cultura, devido a alteração das condições climáticas
favoráveis ao seu desenvolvimento (humidade relativa baixa e temperatura
elevada). Os focos de oídio registaram-se a partir de 3 de Junho de 2004
atingindo 100% de infecção até ao final da cultura.
A senescência observada no final da cultura esteve relacionada com o facto
desta variedade ser de ciclo curto, o que a caracteriza por apresentar uma
maior produtividade nas primeiras colheitas.
Em termos de produção foram efectuadas sete colheitas, sendo as mais
produtivas a 2ª e a 3ª colheitas. Em termos de análise quantitativa, verificou-se
que as modalidades mais produtivas foram a TESTEMUNHA (1,36 kg/m2) e a
AEN (1,33 kg/m2). A análise qualitativa, mostrou que os frutos com as
melhores características organolépticas foram os da modalidade BROTOMAX,
com valores de 6,21 de pH, 16,0 de índice de maturação, 92,30 % de
humidade, 9,7 % de ºBrix, 0,56 % de cinzas, 7,71 % de matéria seca e
0,62 g ác. cítrico/kg de acidez total.
O ensaio de conservação, realizado em armazém e câmara frigorífica, iniciou-se
a 2 de Julho de 2004. Em armazém terminou a 23 de Julho de 2004, tendo-se
constatado que a modalidade mais resistente foi a PUXA, logo seguida da
TESTEMUNHA. Os fungos responsáveis pela incomercialização dos frutos
foram: Fusarium spp., Cladosporium spp., Alternaria spp., Stemphyllium
botryosum e Rhizoctonia solani. Em câmara frigorífica, terminou a 23 de
Agosto, tendo-se verificado uma homogeneidade na conservação, não se tendo
38
registado grandes diferenças entre as modalidades. Nesta modalidade de
conservação não foi possível a identificação dos fungos causadores da sua
incomercialização.
Salientam-se alguns estrangulamentos relacionados com questões de ordem
administrativa (imputáveis à tramitação de todo o processo administrativo em
que estão envolvidos os projectos INTERREG III-A), que inviabilizaram a
aquisição em tempo útil de sondas de registo de temperatura do solo e a não
contratação de um técnico, de modo a possibilitar o acompanhamento do
ensaio, o que condicionou, de certa forma, a obtenção de dados.
Assim, e de acordo com resultados obtidos, considera-se importante a
repetição deste ensaio, no sentido da consolidação dos mesmos.
5. Agradecimentos
Em nome de toda a Equipa Técnica, cumpre-nos agradecer sem excepção, aos
colaboradores do Centro de Experimentação HortoFrutícola do Patacão, de
forma reconhecida, toda a colaboração dispensada no desenvolvimento das
actividades relacionadas com este Campo de ensaio, a qual permitiu que as
acções fossem realizadas, atingindo-se assim os objectivos esperados.
Agradecimentos também são devidos ao Laboratório da DRAALG, pela sua
colaboração ao nível das análises efectuadas (solo, micologia, organolépticas).
39
6. Anexos
Anexo I
Protocolo do Ensaio “Microorganismos e moléculas de origem
biológica como alternativas viáveis ao uso de pesticidas “- Cultura do
meloeiro na Campanha Primavera/verão de 2004
Faro, Fevereiro de 2004
40
1. Introdução e Objectivos
No âmbito do Projecto INTERREG III, estão previstas linhas de investigação, que visam a utilização de técnicas sustentáveis com o meio ambiente, na luta contra os patogénios do solo em horticultura intensiva. Assim, será instalado o ensaio da cultura do meloeiro de Primavera /Verão de 2004 em ar livre, onde se utilizarão moléculas de origem biológica na luta contra patogénios, para a concretização dos seguintes objectivos
- estudar a influência de moléculas de origem biológica:
- na melhoria da produção e resposta de resistência a patogénios;
- na diminuição de inóculo de patogénios no solo Fusarium spp., Verticillium dahliae, Rhizoctonia spp;
- na manutenção da actividade microbiana do solo.
2. Material e Métodos 2.1 Local do ensaio O ensaio será instalado no Centro de Experimentação Hortofrutícola do Patacão, numa parcela de ar livre, com 840 m2 (21 x 41 m), junto às anoneiras.
2.2 Material vegetal, sua origem e sementeira Neste ensaio, será utilizada a cultivar - Jalisco (Hazera), por ser uma das que mais se cultiva, neste momento, na nossa região. A sementeira será efectuada a 2004-04-06 em placas de esferovite, com turfa, na Empresa Vidaverde.
2.3 Preparação do solo e fertilização de fundo Para fazer a preparação do solo, prevêem-se gradagens no sentido de eliminar as infestantes, entretanto nascidas. Em função da análise de solo (ver Anexo IA), serão aplicados os seguintes fertilizantes na parcela do ensaio: - Superfosfato 18%........................ 81 Kg - Sulfato de Potássio ..................... 10 Kg - Sulfato de Amónio ........................29 Kg, seguidos de mobilização do solo com fresa, para incorporação dos adubos,. A um de Fevereiro serão colhidas amostras de solo.
41
2.4 Plantação e delineamento experimental A plantação deverá ter lugar a 5 de Abril, em linhas simples, com "paillage" preta de 60µ, com um compasso de 1.5 m x 0.5 m (densidade de plantação de 1.33 plantas/m2). Serão estudadas 4 modalidades, implantadas com 4 repetições cada, segundo o esquema de blocos casualizados (Anexo IC). Cada parcela terá 36 plantas, e será composta por 4 linhas de plantas (9 plantas por linha), sendo feito o controlo da produção, unicamente, em 14 plantas (7 plantas de cada uma das 2 linhas centrais da parcela). As modalidades a ensaiar são:
1) T - TESTEMUNHA 2) P - Tratamento com PUXA (Bioprotector para prevenção de ataques de fungos do solo, bioestimulante de processos metabólicos, quitosano), com início depois da plantação (4 l/ha na água de rega), alternando posteriormente, de 10 em 10 dias, com tratamentos foliares (3 l/ha). 3) A - Tratamentos com AEN (extractos de algas + elicitor 7 - adubo liquido, promotor do crescimento do sistema radicular), por via foliar (3 l/ha), segundo o seguinte calendário de aplicações:
- Planta com 15 - 20 cm; - Prefloração; - Vingamento dos frutos; - 48 H depois da colheita.
4) B - Tratamento com BROTOMAX: - primeiro tratamento; na água de rega, quando a planta tiver 3 folhas verdadeiras (5 l/ha); - segundo tratamento; por via foliar, quando a planta tiver as primeiras flores (3 l/ha), podendo-se aplicar com outros produtos que necessitem ser aplicados; - terceiro tratamento; por via foliar, após a primeira colheita (3 l/ha).
Para a instalação das modalidades P e B, cada parcela terá equipamento de rega específico. 2.5 Rega
As dotações de rega serão iguais para todas as plantas, sendo o cálculo efectuado com base na evaporação da água de uma tina Classe A, colocada ao ar livre, "corrigida" pelos seguintes coeficientes culturais (Kc) específicos para a cultura do melão ao ar livre:
♦ 0.35 - da plantação ao início da floração hermafrodita; ♦ 0.55 - do início da floração hermafrodita, até ao vingamento dos
primeiros frutos; ♦ 0.70 - do vingamento dos primeiros frutos, até ao início das colheitas; ♦ 0.55 - do início das colheitas, até ao final da cultura.
A rega deverá ser efectuada 3 vezes por semana (segunda, quarta e sexta-feira).
42
2.6 Poda de formação e de manutenção Não será efectuada nenhuma poda de formação, devendo a planta ser conduzida através da sua haste principal. Como poda de manutenção, por indicação do responsável do ensaio, será efectuada sempre que necessário, a poda de alguns lançamentos laterais que atinjam os caminhos, bem como eventualmente alguns lançamentos que apresentem excesso de vigor.
2.7 Fertilização de cobertura A fertilização de cobertura será efectuada conforme o indicado no Anexo IB.
2.8 Acompanhamento fitossanitário/Protecção das plantas Para a realização do acompanhamento fitossanitário será elaborado um protocolo específico (Anexo ID). Durante a cultura é previsível a ocorrência de ataques das seguintes pragas: ácaros, afídeos, mosca branca e larva mineira. As doenças que poderão causar problemas serão principalmente; oídio, Fusarium sp., Verticilium sp. e Botritis cinerea.
2.9 Trabalhos diversos - Após a plantação, todas as plantas serão cobertas com manta térmica (Agryl P 17), de modo a que os bordos fiquem enterrados o suficiente para que as plantas possam crescer. A manta térmica será retirada quando tiver início a floração hermafrodita. - Colocação de 3 sondas, a 10 e 30 cm de profundidade (para registo de temperatura e humidade), na linha, entre 2 gotejadores, no início das parcelas B/1, B/2 e B/4. 3. Observações e registos a realizar durante o ensaio 3.1 Datas de floração masculina e hermafrodita Será efectuado o registo da data de início da floração masculina e hermafrodita, quando 50% das plantas atingirem as fases atrás referidas. 3.2 Observações das características das plantas Esta observação será efectuada no início das colheitas, por modalidade e por repetição.
3.3 Registo da produção Em cada colheita (2 vezes por semana - segunda e quinta-feira), será registada a produção obtida em cada parcela do ensaio, de acordo com a ficha de colheita (Anexo IE).
43
3.4. Observações das características dos frutos e análises físico-químicas Esta observação será efectuada na 3.ª colheita por modalidade (Anexo IF). Para além destas observações, serão efectuadas, por modalidade, as seguintes determinações: pH, 0Brix, Acidez total, Humidade/Matéria Seca, Cinzas, Prova Organoléptica. Para esta determinação serão enviados para o Laboratório 2 frutos de cada modalidade, colhidos na 3.ª colheita.
3.5 Registos diversos Sempre que se justifique, serão efectuados os registos de natureza diversa que se considerem importantes sobre a forma como o ensaio se está a desenvolver.
4. Elaboração do Relatório Após a conclusão do ensaio, será elaborado um relatório técnico com toda a informação obtida.
46
Anexo IC
Esquema do ensaio da Folha II
Abacateiros
O N M L J I H G F E D C B A81 81 81 81 81 81 81 81 81 81 81 81 81 81 . .
80 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80 . .
79 79 79 79 79 79 79 79 79 79 79 79 79 79 . .
78 78 78 78 78 78 78 78 78 78 78 78 78 78 . .
77 77 77 77 77 77 77 77 77 77 77 77 77 77 . .
76 76 76 76 76 76 76 76 76 76 76 76 76 76 . .
75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 . .
74 74 74 74 74 74 74 74 74 74 74 74 74 74 . .
73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 73 . .
72 72 72 72 72 72 72 72 72 72 72 72 72 72 . .
71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 71 . .
70 70 70 70 70 70 70 70 70 70 70 70 70 70 . .
69 69 69 69 69 69 69 69 69 69 69 69 69 69 . .
68 68 68 68 68 68 68 68 68 68 68 68 68 68 . .
67 67 67 67 67 67 67 67 67 67 67 67 67 67 . .
66 66 66 66 66 66 66 66 66 66 66 66 66 66 . .
65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 65 . .
64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 64 . .
63 63 63 63 63 63 63 63 63 63 63 63 63 63 . .
62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 62 . .
61 61 61 61 61 61 61 61 61 61 61 61 61 61 . .
60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 . .
59 59 59 59 59 59 59 59 59 59 59 59 59 59 . .
58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 58 . .
57 57 57 57 57 57 57 57 57 57 57 57 57 57 . .
56 56 56 56 56 56 56 56 56 56 56 56 56 56 . .
55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 . .
54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 . .
53 53 53 53 53 53 53 53 53 53 53 53 53 53 . .
52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52 . .
51 51 51 51 51 51 51 51 51 51 51 51 51 51 . .
50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 . .
49 49 49 49 49 49 49 49 49 49 49 49 49 49 . .
48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 . .
47 47 47 47 47 47 47 47 47 47 47 47 47 47 . .
46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 . .
45 45 45 45 45 45 45 45 45 45 45 45 45 45 . .
44 44 44 44 44 44 44 44 44 44 44 44 44 44 . .
43 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43 . .
42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 42 . .
41 41 41 41 41 41 41 41 41 41 41 41 41 41 . .
40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 . .
39 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39 39 . .
38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 . .
37 37 37 37 37 37 37 37 37 37 37 37 37 37 . .
36 36 36 36 36 36 36 36 36 36 36 36 36 36 . .
35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 . .
34 34 34 34 34 34 34 34 34 34 34 34 34 34 . .
33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 . .
32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 . .
31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 . .
30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 . .
29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 . .
28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 . .
27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 . .
26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 . .
25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 . .
24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 . .
23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 . .
22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 . .
21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 . .
20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 . .
19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 . .
18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 . .
17 17 17 17 17 17 17 17 17 17 17 17 17 17 . .
16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 . .
15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 . .
14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 14 . .
13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 . .
12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 . .
11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 . .
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 . .
9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 . .
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 . .
7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 . .
6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 . .
5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 . .
4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 . .
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 . .
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 . .
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 . .
Anoneiras
T4
40,5 m
21 m 3 m
N
B - Brotomax
S
S
SP3
P2
B3
T3P4
A4 A3
B4
T2A2
P1
B2 B1
A1T1
T-Testemunha
A - AEN
P - Puxa
SS - Sonda de
Temperatura e
Humidade do solo
Compasso:
1,5 x 0,5 m
1,2,3 e 4 -
repetições
Anexo ID
PROTOCOLO ESPECÍFICO
ACOMPANHAMENTO FITOSSANITÁRIO Objectivos Monitorizar os principais inimigos da cultura do meloeiro na época de Primavera/Verão, com vista a determinar a intensidade de infestação/infecção. Implementar os métodos de luta contra os diferentes inimigos da cultura, de acordo com as especificações técnicas do ensaio e de modo a viabilizar a cultura. Material e métodos Monitorização dos inimigos da cultura implantada, na Folha II do Centro de Experimentação Hortofrutícola do Patacão (CEHFP), na campanha de Primavera/Verão de 2004. Os métodos a usar serão os seguintes:
Avaliação fitossanitária - observação visual em 4 plantas ao acaso, de três folhas (terço inferior, médio e superior) de cada
modalidade e repetição. Procede-se-à à identificação das moscas brancas (adultos e 3º instar larvar) e de outros inimigos da cultura, sempre que possível (Anexo 1). Na folha regista-se presença ou ausência. Tem periodicidade semanal.
- em toda a parcela, serão contabilizadas as plantas doentes e/ou mortas, pelo menos quinzenalmente (Anexo 2).
Meios de luta
a) Física – utilização de manta térmica - Agril P17, para protecção da cultura, até ao aparecimento das primeiras flores hermafroditas, de pragas e outros factores abióticos.
b) Química – aplicação, após a plantação de isco envenenado. c) Outros – as medidas de luta, estarão dependentes dos objectivos do ensaio, pelo que a tomada de
decisão, sobre a estratégia de luta a utilizada estará condicionada, mas deve atender-se ao bom prosseguimento do ensaio.
Resultados Será preenchida a folha de campo (Anexo 1) para o registo das observações visuais. Será elaborado, em fase posterior, um relatório sobre os resultados obtidos.
Data:_____ Local:_________________
ModalidadeRepetição 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4Praga/Planta 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
larva
adulto
larva
adulto
galeria
picada
ovo
lagarta
Afídeo
Ácaro
Tisanóptero
Oídio
Míldio
CMV
ZYMV
Outro
Folha de Ocorrências Fitossanitárias
P T
Anexo
Lepidóptera
Liriomyza
B. tabaci
B
T.
vaporariorum
AEN
Anexo 1
49
ANEXO 2
OBSERVAÇÕES VISUAIS PARA DETECÇÃO DE PLANTAS DOENTES E/OU
MORTAS
Linha /Plantas
A B C D E F G H I J L M N O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
T2 A2
B2 B1
A1 T1
50
Anexo 2
OBSERVAÇÕES VISUAIS PARA DETECÇÃO DE PLANTAS DOENTES E/OU
MORTAS
Linha /Plantas
A B C D E F G H I J L M N O
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
P3
P2
B3
T3 P4
P1
51
ANEXO 2
OBSERVAÇÕES VISUAIS PARA DETECÇÃO DE PLANTAS DOENTES E/OU
MORTAS
Linha /Plantas
A B C D E F G H I J L M N O
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
T4
A4 A3
B4
52
Anexo IE
Incomercializáveis
Mod. Rep. n.º g n.º g n.º g n.º g n.º g n.º g n.º g
AEN 1
2
3
4
B 1
2
3
4
P 1
2
3
4
T 1
2
3
4
1001-2000 2001-3000 >3001300-500 501-1000
Folha de Registo de Colheita de Meloeiro
Data:______________Colheita N.º_______
Classe IClasse II
53
Anexo IF
Diâmetro horizontal
Diâmetro vertical
Forma do fruto: 1-redondo;5-oval; 9-comprido
Cor da casca: 1 branca; 3 verde claro; 5-amarelo; 7-verde; 9-verde escuro
Qaulidade da casca: 1 lisa; 5 com sulcos; 9 reticulada
Espessura da casca
Espessura da polpa (relação polpa/sementes)
Cor da polpa: 1 branca; 3 branco-esverd.; 5 -verde; 7-amareloclaro; 9-salmão
Capacidade de armazenamento
Mod.
Rep.
cmcm
1-5-91-5-9
1-5-9m
m(1-9)
(1-9)(1-9)
AE
N
1234
B1234
P1234
T1234
Fo
lha
de
Re
gis
to d
e C
ara
cte
rístic
as d
e T
rês F
ruto
s d
e M
elo
eiro
Data:______________
Colheita N
.º_______
54
Anexo II - Fenologia (dados expressos em percentagem).
Mod Data1
3 a 4 folhas verdadeiras
2Pré-floração
3Floraçãomasculina
4 Floração
hermafrodita
5 Vingamento do fruto
6Aparecimentode reticulado
71ª Colheita
21-Abr 50 25 6 0 0 0 0
28-Abr 0 0 100 0 0 0 0
5-Mai 0 0 50 50 0 0 0
12-Mai 0 0 13 63 25 0 0
18-Mai 0 0 0 0 100 0 0
25-Mai 0 0 0 25 69 6 0
3-Jun 0 0 0 0 38 63 0
9-Mai 0 0 0 0 25 75 0
16-Mai 0 0 0 0 0 88 13
23-Jun 0 0 0 0 0 0 100
21-Abr 63 13 19 0 0 0 0
28-Abr 0 6 94 0 0 0 0
5-Mai 0 0 56 44 0 0 0
12-Mai 0 0 13 88 0 0 0
18-Mai 0 0 0 0 100 0 0
25-Mai 0 0 0 0 100 0 0
3-Jun 0 0 0 0 69 31 0
9-Jun 0 0 0 0 31 69 0
16-Jun 0 0 0 0 6 94 0
23-Jun 0 0 0 0 0 0 100
21-Abr 50 31 13 0 0 0 0
28-Abr 0 6 94 0 0 0 0
5-Mai 0 6 69 25 0 0 0
12-Mai 0 0 6 88 6 0 0
18-Mai 0 0 0 0 100 0 0
25-Mai 0 0 0 0 100 0 0
3-Jun 0 0 0 0 50 50 0
9-Jun 0 0 0 0 6 94 0
16-Jun 0 0 0 0 6 88 6
23-Jun 0 0 0 0 0 0 100
21-Abr 75 6 0 0 0 0 0
28-Abr 0 25 75 0 0 0 0
5-Mai 0 0 44 56 0 0 0
12-Mai 0 0 0 88 13 0 0
18-Mai 0 0 0 0 100 0 0
25-Mai 0 0 0 0 94 6 0
3-Jun 0 0 0 0 75 25 0
9-Jun 0 0 0 0 6 94 0
16-Jun 0 0 0 0 13 88 0
23-Jun 0 0 0 0 0 0 100
AEN
BROTOMAX
PUXA
TESTEMUNHA
55
Anexo III – Quadro resumo da análise de variância - Estado fenológico 4.
Fonte Soma de quadrados G.L. Valor de F Nível de significância21-Abr-04 0,0 3 _ NS
28-Abr-04 0,0 3 _ NS
05-Mai-04 3,5 3 0,5 NS
12-Mai-04 4,7 3 5,0 P≤0,05
18-Mai-04 0,0 3 _ NS
25-Mai-04 3,0 3 1,0 NS
03-Jun-04 0,0 3 _ NS
09-Jun-04 0,0 3 _ NS
16-Jun-04 0,0 3 _ NS
23-Jun-04 0,0 3 _ NS
56
Anexo IV - Resultado das ocorrências fitossanitárias: pragas.
larva adulto larva adulto galerias adulto ovo lagarta
14-Mai 0 4 0 0 0 0 0 0 2 10 12
25-Mai 0 4 0 0 0 0 0 0 2 14 13
3-Jun 0 7 0 0 0 0 0 0 2 13 6
9-Jun 1 10 0 1 2 0 0 0 2 1 12
16-Jun 6 16 0 0 0 0 0 0 0 0 3
23-Jun 9 12 1 0 0 5 0 0 0 0 4
30-Jun 7 12 0 0 1 1 0 0 0 0 4
7-Jul 14 8 0 0 0 0 0 0 3 0 0
14-Mai 0 6 0 0 0 1 0 0 2 11 11
25-Mai 0 5 0 0 0 1 1 0 1 12 12
3-Jun 0 7 0 0 0 0 0 0 5 9 5
9-Jun 0 12 0 0 0 0 0 0 0 2 11
16-Jun 7 16 0 0 3 0 0 0 0 1 3
23-Jun 10 12 0 0 3 6 0 0 0 0 3
30-Jun 8 10 0 0 1 0 0 0 1 1 3
7-Jul 14 7 0 0 0 0 0 0 1 0 0
14-Mai 0 6 0 0 0 1 0 0 1 6 11
25-Mai 0 8 0 0 0 1 0 0 2 12 11
3-Jun 0 10 0 0 0 1 0 0 2 9 3
9-Jun 0 8 0 0 0 0 0 0 3 1 6
16-Jun 12 13 3 0 1 0 1 0 2 1 3
23-Jun 10 7 1 0 1 4 0 0 0 0 3
30-Jun 11 10 0 0 0 1 0 0 2 2 3
7-Jul 13 8 0 0 0 0 0 0 2 1 0
14-Mai 0 3 0 0 0 1 0 0 0 10 12
25-Mai 0 6 0 0 0 1 0 0 1 14 14
3-Jun 0 12 0 0 0 1 0 0 2 13 5
9-Jun 0 11 0 0 0 0 0 0 2 1 12
16-Jun 12 15 0 0 2 0 0 0 2 0 5
23-Jun 10 9 0 0 2 5 0 0 0 0 3
30-Jun 8 12 0 0 3 0 0 0 1 1 3
7-Jul 12 8 0 0 0 0 0 0 1 0 1
Afídeos ÁcarosB. tabaci Mineira Lepidopteros
TripesT.vaporariorum
TESTEMUNHA
DataMod.
AEN
BROTOMAX
PUXA
57
Anexo IVA- Resultado das ocorrências fitossanitárias: pragas e doenças (dados expressos em percentagem).
larva adulto larva adulto galeria adulto ovo lagarta Oídio Míldio Viroses
14-Mai 0 25 0 0 0 0 0 0 13 63 75 0 100 0
25-Mai 0 25 0 0 0 0 0 0 13 88 81 0 100 0
3-Jun 0 44 0 0 0 0 0 0 13 81 38 6 100 25
9-Jun 6 63 0 6 13 0 0 0 13 6 75 56 100 50
16-Jun 38 100 0 0 0 0 0 0 0 0 19 100 100 44
23-Jun 56 75 6 0 0 31 0 0 0 0 25 100 100 63
30-Jun 44 75 0 0 6 6 0 0 0 0 25 100 100 38
7-Jul 88 50 0 0 0 0 0 0 19 0 0 81 100 56
14-Mai 0 38 0 0 0 6 0 0 13 69 69 0 100 0
25-Mai 0 31 0 0 0 6 6 0 6 75 75 0 100 0
3-Jun 0 44 0 0 0 0 0 0 31 56 31 0 100 25
9-Jun 0 75 0 0 0 0 0 0 0 13 69 63 100 13
16-Jun 44 100 0 0 19 0 0 0 0 6 19 100 100 56
23-Jun 63 75 0 0 19 38 0 0 0 0 19 100 100 56
30-Jun 50 63 0 0 6 0 0 0 6 6 19 100 100 44
7-Jul 88 44 0 0 0 0 0 0 6 0 0 100 100 63
14-Mai 0 38 0 0 0 6 0 0 6 38 69 0 100 0
25-Mai 0 50 0 0 0 6 0 0 13 75 69 0 100 0
3-Jun 0 63 0 0 0 6 0 0 13 56 19 0 100 19
9-Jun 0 50 0 0 0 0 0 0 19 6 38 31 100 31
16-Jun 75 81 19 0 6 0 6 0 13 6 19 100 100 44
23-Jun 63 44 6 0 6 25 0 0 0 0 19 100 100 44
30-Jun 69 63 0 0 0 6 0 0 13 13 19 100 100 50
7-Jul 81 50 0 0 0 0 0 0 13 6 0 69 100 56
14-Mai 0 19 0 0 0 6 0 0 0 63 75 0 100 0
25-Mai 0 38 0 0 0 6 0 0 6 88 88 0 100 0
3-Jun 0 75 0 0 0 6 0 0 13 81 31 13 100 31
9-Jun 0 69 0 0 0 0 0 0 13 6 75 38 100 50
16-Jun 75 94 0 0 13 0 0 0 13 0 31 100 100 50
23-Jun 63 56 0 0 13 31 0 0 0 0 19 100 100 44
30-Jun 50 75 0 0 19 0 0 0 6 6 19 81 100 38
7-Jul 75 50 0 0 0 0 0 0 6 0 6 94 100 38
ÁcarosDoençasMineira Lepidopteros
Tripes AfídeosT.vaporariorum
TE
ST
EM
UN
HA
PU
XA
BR
OT
OM
AX
AE
N
Mod. DataB. tabaci
58
Anexo V - Intervenções fitossanitárias realizadas na Folha II.
Data Estado fenológico
Inimigo / Objectivo
Produto Comercial
Dose/ concentração recomendada
Quantidade de produto aplicado
Calda gasta
Modo de aplicação
2004-04-15 3-4 folhas Doenças Indução de
defesas
PUXA BROTOMAX
4 l/ha 5 l/ha
11 ml /repetição 15 ml /repetição
- Rega
2004-04-23 Pré-floração masculina
Promotor de crescimento
AEN 3 l/ha 32,4 l/4 repetições 20 l Foliar
2004-04-26 Pré-floração masculina
Doenças PUXA 3 l/ha 32,4 l/4 repetições 20 l Foliar
2004-04-28 Floração masculina
Indução de defesas
BROTOMAX 3 l/ha 32,4 l/4 repetições 20 l Foliar
2004-05-06 Floração hermafrodita
Doenças PUXA
4 l/ha
11 ml /repetição
- Rega
2004-05-14 Vingamento dos frutos
Promotor de crescimento
AEN 3 l/ha 32,4 l/4 repetições 20 l Foliar
“ “ Lesmas e caracóis
Mesurol Anti.lesma
isco - - Manual
2004-05-17 Vingamento dos frutos
Doenças PUXA 3 l/ha 32,4 l/4 repetições 20 l Foliar
2004-05-27 Aparecimento de reticulado
Doenças PUXA 4 l/ha
11 ml /repetição
- Rega
2004-05-28 Aparecimento de reticulado
Ácaros e Afídeos
Zolone 200 g/hl
- Foliar
2004-06-07 Aparecimento de reticulado
Doenças PUXA 3 l/ha 32,4 l/4 repetições 20 l Foliar
2004-06-09 Aparecimento de reticulado
Ácaros Kelthane MF 100 ml/hl Foliar
2004-06-17 Aparecimento de reticulado
Oídio SEKANELA 5 l/ha 250 ml/150 l 150 l Foliar
2004-06-17 Aparecimento de reticulado
Doenças PUXA 4 l/ha
11 ml /repetição
- Rega
2004-06-21 1ª colheita Indução de defesas
BROTOMAX 3 l/ha 32,4 l/4 repetições 20 l Foliar
2004-06-23 1ª colheita Promotor de crescimento
AEN 3 l/ha 32,4 l/4 repetições 40 l Foliar
2004-06-28 2ª colheita Promotor de crescimento
AEN 3 l/ha 32,4 l/4 repetições 40 l Foliar
2004-06-28 Aparecimento de reticulado
Doenças PUXA 3 l/ha 32,4 l/4 repetições 40 l Foliar
2004-06-30 3ª colheita Promotor de crescimento
AEN 3 l/ha 32,4 l/4 repetições 40 l Foliar
2004-07-01 4ª colheita Oídio SEKANELA 5 l/ha 250 ml/150 l 150 l Foliar
2004-07-05 4ª colheita Promotor de crescimento
AEN 3 l/ha 32,4 l/4 repetições 40 l Foliar
2004-07-06 5ª colheita Oídio SEKANELA 5 l/ha 250 ml/150 l 150 l Foliar
59
Anexo VI – Resultados das colheitas (valores médios por modalidade).
n.º g kg/m2 n.º g kg/m2 n.º g kg/m2 n.º g kg/m2 n.º g kg/m2 n.º g kg/m2 n.º g kg/m2
21-Jun 3 2092,5 0,078 0,5 262,5 0,010 0,5 160 0,006 5,75 4291,75 0,159 1,5 1762,5 0,065 0 0 0 0 0 0
24-Jun 1 747,5 0,028 1 530 0,020 0 0 0 8,5 6320 0,234 3,25 3702,5 0 0 0 0 0 0 0
28-Jun 2 1837,5 0,068 2,5 2325 0,086 0,25 117,5 0,004 8,25 6637,5 0,246 6 7117,5 0 0 0 0 0 0 0
02-Jul 4 3049 0,113 0,25 150 0,006 1,5 1095 0,041 6,75 4917,5 0,182 9,5 11362,5 0 0 0 0 0 0 0
06-Jul 6 4235 0,157 2 2107,5 0,078 0 0 0 2 1662,5 0,062 8,5 11495 0 0 0 0 0 0 0
09-Jul 1,25 845 0,031 0,75 715 0,026 0 0 0 0,75 597,5 0,022 6 8715 0 0 0 0 0 0 0
13-Jul 1,75 1415 0,052 1,25 1137,5 0,042 0 0 0 1,5 1202,5 0,045 4,75 6422,5 0 0 0 0 0 0 0
21-Jun 1,75 1182,5 0,044 1,25 600 0,022 2,25 890 0,033 4,25 3227,5 0,120 2,25 2820 0,104 0 0 0 0 0 0
24-Jun 1 330 0,012 1,25 630 0,023 0 0 0 7 5132,5 0,190 5,5 5907,5 0 0 0 0 0 0 0
28-Jun 1,75 1330 0,049 1 617,5 0,023 0,5 2253 0,083 7 6187,5 0,229 8,75 10267,5 0 0 0 0 0 0 0
02-Jul 2,25 2325 0,086 0,75 522,5 0,019 0 0 0 3,5 2815 0,104 8,75 10970 0 0 0 0 0 0 0
06-Jul 5 4117,5 0,153 2 1955 0,072 0 0 0 2 1845 0,068 12,25 16437,5 0 0 0 0 0 0 0
09-Jul 1,25 1090 0,040 0,75 705 0,026 0 0 0 0,25 240 0,009 4,5 6027,5 0 0 0 0 0 0 0
13-Jul 2,75 2460 0,091 2,75 2517,5 0,093 0 0 0 0,25 237,5 0,009 5 7007,5 0 0 0 0 0 0 0
21-Jun 1,25 1237,5 0,046 0 0 0,000 2,75 1150 0,043 4,75 2817,5 0,104 0,75 910 0 0 0 0 0 0 0
24-Jun 2,75 1915 0,071 1 662,5 0,025 0 0 0 8 5872,5 0,218 1,75 1670 0 0 0 0 0 0 0
28-Jun 3,5 2692,5 0,100 0,75 565 0,021 0,25 105 0,004 7,5 5545 0,205 6 6400 0 0 0 0 0 0 0
02-Jul 4,75 3685 0,136 0,75 580 0,021 0,25 122,5 0,005 3,25 2532,5 0,094 6,75 7900 0 0 0 0 0 0 0
06-Jul 6 4875 0,181 1 925 0,034 0 0 0 1 822,5 0,030 10,5 13410 0 0 0 0 0 0 0
09-Jul 0,5 312,5 0,012 1,25 1005 0,037 0 0 0 2 1800 0,067 8,5 11590 0 0 0 0 0 0 0
13-Jul 2,75 2647,5 0,098 0,75 792,5 0,029 0 0 0 1,5 1242,5 0,046 6,75 9320 0 0 0 0 0 0 0
21-Jun 0,5 337,5 0,013 1 415 0,015 2,5 1303 0,048 5,25 3522,5 0,130 1,25 1460 0 0 0 0 0 0 0
24-Jun 1 537,5 0,020 0,5 237,5 0,009 0 0 0 5,75 4400 0,163 4,5 5195 0 0 0 0 0 0 0
28-Jun 1,25 1030 0,038 2 1222,5 0,045 0,25 107,5 0,004 7,25 6607,5 0,245 13,25 15495 0 0 0 0 0 0 0
02-Jul 1,75 1245 0,046 2 1487,5 0,055 0 0 0 10,25 8512,5 0,315 9,25 11267,5 0 0 0 0 0 0 0
06-Jul 5 3475 0,129 2,75 2305 0,085 0 0 0 1,75 1512,5 0,056 10 13575 0 0 0 0 0 0 0
09-Jul 2,25 1570 0,058 0,5 505 0,019 0 0 0 0,5 445 0,016 6,5 8577,5 0 0 0 0 0 0 0
13-Jul 1,75 1042,5 0,039 2,25 3287,5 0,122 0 0 0 1,25 972,5 0,036 6 7752,5 0 0 0 0 0 0 0
Comercializáveis
IncomercializáveisMod. Data Classe II
Classe I
300-500 501-1000 1001-2000 2001-3000 >3001
AEN
BROTOMAX
PUXA
TESTEMUNHA
60
Anexo VII – Resultados das análises físicas e físico-químicas dos frutos, e da análise organoléptica.
61
Anexo VIII – R
egistos d
as ca
racterística
s dos fru
tos d
e melo
eiro.
mod.
rep.
Diâmetro equatorial (mm)
Diâmetro longitudinal (mm)
Forma do fruto: 1-redondo;
5-oval; 9-comprido
Cor da casca: 1- branca; 3 - verde claro;
5-amarelo; 7- verde; 9-verde escuro
Aspecto da casca: 1- lisa; 5-com sulcos;
9-reticulada
Espessura da casca (mm)
Espessura da polpa (relação
polpa/sementes)
Cor da polpa: 1- branca;
3- branco-esverdeado; 5 - verde; 7-amarelo
claro; 9-salmão
1125
135
55
91,19
3,32
3
2128
149
55
90,75
3,49
3
3131
135
15
91,29
2,89
3
1142
141
55
91,81
2,67
3
2137
136
55
91,47
3,18
3
3140
139
15
91,03
3,46
3
1117
123
55
91,53
3,12
3
2116
127
55
91,59
2,93
3
3128
120
55
91,12
2,74
3
1123
132
55
91,10
3,33
3
2120
112
15
91,00
2,86
3
3113
131
55
91,40
3,31
3
AENBROTOMAXPUXATESTEMUNHA
62
Anexo IX – Registos do ensaio de conservação em armazém - peso (g).
AEN BROTOMAX PUXA TESTEMUNHA
02-Jul 1050 1520 1170 920
06-Jul 1010 1490 1140 900
23-Jul 940 _ 1060 830
02-Jul 1240 1250 1280 950
06-Jul 1210 1220 1270 920
23-Jul 1120 1220 1210 _
02-Jul 1230 1030 1070 970
06-Jul 1210 1000 1050 950
23-Jul _ 940 _ 880
02-Jul 1350 1140 1100 800
06-Jul 1300 1130 1060 790
23-Jul _ 1050 980 730
1
2
3
4
ModalidadeData Nº do fruto
64
Anexo XA – Continuação dos resultados da identificação de fungos dos frutos conservados em armazém.
65
Anexo XB – Continuação dos resultados da identificação de fungos dos frutos conservados em armazém.
66
Anexo XI – Registos do ensaio de conservação em câmara frigorífica - peso (g).
AEN BROTOMAX PUXA TESTEMUNHA
02-Jul 900 1210 1330 770
06-Jul 830 1150 1270 710
14-Jul 750 1100 1170 640
12-Ago 650 1010 960 550
23-Ago 600 990 710 480
02-Jul 1330 950 1210 920
06-Jul 1250 870 1130 900
14-Jul 1160 780 1050 810
12-Ago 1000 690 980 800
23-Ago 940 650 935 750
02-Jul 1000 1100 1000 1000
06-Jul 910 1000 970 920
14-Jul 830 910 900 800
12-Ago 780 860 850 720
23-Ago 755 790 790 665
02-Jul 1000 960 1260 950
06-Jul 950 910 1190 890
14-Jul 870 850 1040 820
12-Ago 810 740 890 710
23-Ago 780 720 820 650
ModalidadeNº do frutoData
4
3
1
2