relatório técnico do campus ii areia referente a 2015.pdf

48
1 Universidade Federal da Paraíba Centro Ciências Agrárias Departamento de Ciências Fundamentais e Sociais RELATÓRIO TÉCNICO ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADES PARA A COMUNIDADE ACADÊMICA COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA- UFPB), CAMPUS II, AREIA-PB. Coordenadora: Profa. Dra. Ana Cristina Silva Daxenberger Estagiários: Bruno Ferreira da Silva Lidiane Alves Soares AREIA-PB FEVEREIRO, 2016

Upload: dinhthuan

Post on 10-Jan-2017

223 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

1

Universidade Federal da Paraíba

Centro Ciências Agrárias

Departamento de Ciências Fundamentais e Sociais

RELATÓRIO TÉCNICO

ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADES PARA A

COMUNIDADE ACADÊMICA COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA- UFPB), CAMPUS II,

AREIA-PB.

Coordenadora: Profa. Dra. Ana Cristina Silva Daxenberger

Estagiários: Bruno Ferreira da Silva

Lidiane Alves Soares

AREIA-PB

FEVEREIRO, 2016

2

3

RELATÓRIO TÉCNICO

ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADES PARA A

COMUNIDADE ACADÊMICA COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA- UFPB), CAMPUS II, AREIA-PB.

Coordenadora: Profa. Dra. Ana Cristina Silva Daxenberger

AREIA-PB

FEVEREIRO, 2016

4

Sumário

I. INTRODUÇÃO............................................................................................... 04

II. ACESSIBILIDADE.........................................................................................05

III. METODOLÓGIA............................................................................................08

IV. ÁREAS ANALISADAS E DISCUTIDAS.....................................................09

4.1 Departamentos..................................................................................................09

4.1.1 Departamento de Ciências Biológicas (DCB).......................................09

4.1.2 Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais............................18

4.1.3 Departamento de solos e Engenharia Rural (DSER)..........................20

4.1.4 Zootecnia; espaços de uso de aula.........................................................22

4.1.5 Departamento de Ciências Fundamentais e Sociais............................26

4.1.6 Departamento de Veterinária...............................................................

4.2 Hospital Veterinário.....................................................................................28

4.3 Prédio Central...............................................................................................32

4.4 Pós-Zootecnia................................................................................................35

4.5 Pós-Agronomia.............................................................................................37

4.6 Alojamentos..................................................................................................38

4.7 Biblioteca......................................................................................................40

4.8 Ginásio de Esportes.....................................................................................41

4.9 Auditório......................................................................................................42

4.10 Restaurante Universitário..........................................................................43

V. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................45

VI. REFERÊNCIAS..........................................................................................46

5

I. Introdução

Nos dias atuais muitas foram as vitórias alcançadas em relação à acessibilidade,

mas muitas conquistas ainda precisam ser alcançadas. O termo acessibilidade,

historicamente, tem sua origem na década de quarenta, para designar a condição de

acesso das pessoas com deficiência vinculada ao surgimento dos serviços de

reabilitação física e profissional. Inicialmente era descrita como condição de mobilidade

e eliminação das barreiras arquitetônicas e urbanísticas, numa clara alusão às condições

de acesso a edifícios e meios de transporte (ARAÚJO, 2009; TORRES, 2002).

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU, 2007), cerca de seiscentos e

cinquenta milhões de pessoas no mundo, o que representa 10% (dez por cento) da

população mundial, sofre de algum tipo de deficiência, visível ou não visível, e cerca de

80% (oitenta por cento) delas vivem nos países em desenvolvimento.

O direito à acessibilidade de pessoas com deficiência se fundamenta nos direitos

humanos e de cidadania, sendo regulamentado no Brasil pela Norma Brasileira 9050 da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/NBR, 2004). Para que todos tenham

acesso aos lugares públicos, temos o artigo 9º do Decreto 6.949/09 que diz que compete

aos Estados garantir que as entidades públicas ofereçam a todos deficientes instalações e

serviços adequados considerando todos os aspectos da acessibilidade. Para isto é de

responsabilidade dos Estados tomarem as medidas apropriadas para assegurar às

pessoas com deficiência o acesso, em igualdade de oportunidades com as demais

pessoas, ao meio físico, ao transporte, à informação e à comunicação, inclusive aos

sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem como a outros serviços e

instalações abertos ao público ou de uso público, tanto na zona urbana como na rural.

Essas medidas, que incluirão a identificação e a eliminação de obstáculos e barreiras à

acessibilidade (NOGUEIRA, 2009, p. 26)

Na Declaração das Nações Unidas, por ocasião da Convenção sobre os direitos

das Pessoas com Deficiência proclama que:

[...] os Estados reconhecerão o direito de todas as pessoas com deficiência à

educação. Com vista à efetivação desse direito sem discriminação e com

oportunidades iguais, os Estados membros assegurarão um sistema de

educação inclusiva em todos os níveis, e de aprendizagem ao longo da vida

[...] (NAÇÕES UNIDAS, 2006, art. 14, n.1).

6

As pessoas precisam ter direito a educação e ao mesmo tempo o acesso a

instituição, caso contrário o deficiente não estará incluído. Segundo Emmel e Castro

(2003), barreiras arquitetônicas têm sido definidas como obstáculos construídos no meio

urbano ou nos edifícios, que impedem ou dificultam a livre circulação das pessoas que

sofrem de alguma incapacidade transitória ou permanente. Para Lamônica e

colaboradores (2008) estas se caracterizam por obstáculos aos acessos internos ou

externos existentes em edificações de uso público ou privado. Partindo deste ponto o

trabalho a ser apresentado encontra-se baseado nos aspectos legais de acesso aos

espaços públicos, e, principalmente, sobre a responsabilidade social da UFPB de

garantir as adaptações necessárias para eliminar as barreiras arquitetônicas que

dificultam o acesso e a permanência das pessoas com deficiência e sem deficiência nas

instituições escolares, interferindo também nos processos de aprendizagem e no

desenvolvimento social dos indivíduos que utilizam os espaços da UFPB, campus II –

Areia –Paraíba.

Considerando estes conceitos, entende-se que as Instituições de Ensino Superior

(IES) têm também responsabilidades sob os aspectos de adaptações arquitetônicas e

pedagógicas, se necessário for, quando há pessoas com necessidades especiais (PNE)

e/ou mobilidade reduzida. Neste contexto, a Universidade Federal da Paraíba, também

tem como responsabilidade social garantir o acesso a todas as pessoas aos diferentes

espaços e lugares, de uso comum ou não, para que todos os usuários da mesma possam

exercer suas funções e atividades trabalhistas ou acadêmicas. Por esta razão nasceu o

interesse em realizar esta pesquisa, tendo como problemática a análise das condições de

acessibilidades para a comunidade acadêmica com necessidades especiais no Centro de

Ciências Agrárias (CCA), da UFPB, Campus II, Areia, Estado da Paraíba.

II. ACESSIBILIDADE

Um aspecto fundamental da inclusão diz respeito às acessibilidades necessárias

para que as pessoas com deficiência possam ter afiançado o seu direito efetivo a uma

educação de qualidade. Estas acessibilidades, tão necessárias, muitas vezes não são

percebidas pelas demais pessoas. No processo ensino aprendizagem, geralmente

observa-se as dificuldades que enfrentam os alunos com deficiências e, até mesmo,

identificam-se as dificuldades que possuem. Mesmo assim, algumas vezes essas

7

necessidades passam despercebidas, principalmente quando estão relacionadas à

presença indispensável das acessibilidades.

Atualmente, o termo acessibilidade é aplicável a diversos contextos e em

imprescindíveis conjunturas, além daquelas referentes às adaptações arquitetônicas. Os

ambientes educacionais são espaços distintos onde são fundamentais diversas mudanças

e adaptações para atender as diferentes necessidades dos indivíduos que nela estão

inseridos. Devido a isso, é importante assinalar que a acessibilidade no contexto

educacional vem a contribuir para a melhoria do processo ensino aprendizagem de

todos.

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) acessibilidade é

“a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização

com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e

elementos”. Contudo este conceito foi se ampliando no decorrer dos anos e abrangendo

diversas ramificações que não só a adaptação do ambiente físico.

Acessibilidade diz respeito a locais, produtos, serviços ou informações

efetivamente disponíveis ao maior número e variedade possível de pessoas

independente de suas capacidades físico-motoras e perceptivas, culturais e sociais. Isto

requer a eliminação de barreiras arquitetônicas, a disponibilidade de comunicação, de

acesso físico, de equipamentos e programas adequados, de conteúdo e apresentação da

informação em formatos alternativos, BRASIL (2008).

Para Sassaki (2009), o termo acessibilidade nasceu na década de 1940, com o

surgimento dos serviços da reabilitação física e profissional, estendeu-se pela sociedade

nos diferentes segmentos a partir de 1950 e atingiu o meio acadêmico na década

de1960. Transpôs a preocupação com as barreiras arquitetônicas na década de 1970,

estendeu-se aos projetos arquitetônicos em 19 e expandiu-se com o desenho universal

na década de 1990. Sendo atualmente o conceito acessibilidade de ampla aspecto em

diferentes segmentos sociais, modalidades e instrumentos necessários para que se

favoreça a participação ativa de todos membros da sociedade.

O Decreto n. 5296/04 regulamentou as Leis nº. 10.048/00 e nº. 10.098/00,

estabelecendo normas gerais e critérios para a promoção da acessibilidade às pessoas

com deficiência ou mobilidade reduzida. Esse decreto, em seu 8° artigo, preceitua:

I – Acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia,

total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das

edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de

8

comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou

mobilidade reduzida.

A acessibilidade passa a abranger novas dimensões que envolvem aspectos

importantes do dia-a-dia das pessoas, tais como rotinas e processos sociais, além de

programas e políticas governamentais e institucionais. A implementação de uma

sociedade para todos implica na garantia de acessibilidade em todas as suas dimensões.

Dessa forma, uma sociedade acessível é pré-requisito para uma sociedade inclusiva, ou

seja, uma sociedade que reconhece, respeita e responde às necessidades de todos os seus

cidadãos de maneira que este possa exercer sua cidadania (BUENO, p. 2, 2007).

Assim, a acessibilidade voltada inicialmente, apenas para a supressão de

barreiras arquitetônicas, vem se alargando, sugerindo a eliminação de quaisquer

barreiras, sejam físico-arquitetônicas ou psicossociais, que possam se constituir em

entraves para a inclusão educacional, profissional, social, das pessoas com deficiências

permanentes ou temporárias.

De acordo com o a Lei 10.098, no que dispõe da acessibilidade de pessoa com

mobilidade reduzida, traz no Capítulo IV da Acessibilidade nos Edifícios Públicos ou

de Uso Coletivo:

“art. 11. A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou

privados destinados ao uso coletivo deverão ser executadas de modo que

sejam ou se tornem acessíveis às pessoas portadoras de deficiência ou com

mobilidade reduzida”.

Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, na construção,

ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso

coletivo deverão ser observados, pelo menos, os seguintes requisitos de

acessibilidade:

I – nas áreas externas ou internas da edificação, destinadas a garagem e a

estacionamento de uso público, deverão ser reservadas vagas próximas dos

acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos

que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de

locomoção permanente;

II – pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de

barreiras arquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a

acessibilidade de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade

reduzida;

III – pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontal e

verticalmente todas as dependências e serviços do edifício, entre si e com o

exterior, deverá cumprir os requisitos de acessibilidade de que trata esta Lei;

e

IV – os edifícios deverão dispor, pelo menos, de um banheiro acessível,

distribuindo-se seus equipamentos e acessórios de maneira que possam ser

utilizados por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.

9

Art. 12. Os locais de espetáculos, conferências, aulas e outros de natureza

similar deverão dispor de espaços reservados para pessoas que utilizam

cadeira de rodas, e de lugares específicos para pessoas com deficiência

auditiva e visual, inclusive acompanhante, de acordo com a ABNT, de modo

a facilitar-lhes as condições de acesso, circulação e comunicação.

Considerando este aspectos legais e filosóficos, é que realizou-se a pesquisa para

a elaboração deste relatório técnico sobre o Campus II da UFPB, na cidade de Areia,

com objetivo de avaliar a acessibilidade dos diferentes espaços de trabalho e

acadêmicos, à luz da legislação vigente a normas técnicas ABNT 9050/04.

III. METODOLOGIA

O trabalho foi realizado no Centro de Ciências Agrárias (CCA), da UFPB,

tomando por base os conceitos adotados para acessibilidade pela NORMA NBR

9050/2004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), comparando os

resultados obtidos no trabalho do aluno Paulino Joaquim da Silva Neto (2013), no

curso de pós-graduação em Latu Sensu (Especialização) em Gestão e Avaliação da

Educação Superior (CEGAVE), orientado pela Profa. Dr Ana Cristina Silva

Daxenberger. Utilizou-se como instrumentos de pesquisa, a observação in lócus das

edificações do campus e análise de fotos, na análise e comparação do antes e depois,

buscamos constatar se houve melhorias ou não. Assim como o trabalho anterior, este

trabalho se trata de uma pesquisa de campo, a qual optamos por mais uma vez analisar

os dados no próprio campus quanto a acessibilidade, na busca de compor um relatório

técnico que favoreça ao Comitê de Inclusão e Acessibilidade da UFPB dados sucientes

para solicitar e apoiar modificações que se façam necessárias a melhoria no atendimento

aos pessoas com n.e no campus II.

Pesquisa de campo é aquela em que se observa e coleta os dados, tal como

ocorrem espontaneamente, no próprio local em que se deu o fato em estudo,

caracterizando-se pelo contato direto com o mesmo, sem interferência do pesquisador

(LAKATOS; MARCONI, 1996). Gil (2002, p. 17) considera a pesquisa como

“procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos

problemas que são propostos”. Foi entregue uma carta de apresentação do Estagiário,

que ficou responsável pela coleta de dados, à cada departamento para que logo após

pudesse iniciar a pesquisa e a captura das fotos e medidas dos espaços.

As fotos foram capturadas em alta resolução, em uma máquina digital colorida

da marca SONY e de boa resolução. As mesmas salvas em um cartão sd e anexadas ao

10

trabalho, todas foram salvas no acervo do pesquisador para demais análises, utilizamos

também uma trena de 2m para tirar as medidas referentes à altura e à largura dos

espaços a serem pesquisados e analisados. Fizemos inicialmente um roteiro para que

facilitasse o andamento do trabalho e foi dividido por departamentos, após fazer a

captura e coleta de dados dos departamentos, seguimos via áreas, listadas a seguir:

Prédio Central, Alojamentos, Biblioteca, Quadra de Esportes, Auditório, Centros

Acadêmicos, Central de Aulas (Prédio da Mata), a coleta de fotos iniciou-se em Maio e

finalizou-se em julho de 2015, durante esse período tivemos alguns contratempos,

devido à greve, contudo concluímos a pesquisa e demos inicio a construção do relatório

e análise das fotos e dados obtidos. Os dados discutidos a seguir são baseados em

registros fotográficos feitos em visitas dos pesquisadores na instituição em análise.

IV. ÁREAS ANALISADAS E DISCUTIDAS

Todos os espaços foram analisados de acordo com a Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT NBR 9050/2004):

Todos os espaços, edificações, mobiliários e equipamentos urbanos que

vierem a ser projetados, construídos, montados e/ou implantados, bem como

as reformas e ampliações de edificações e equipamentos urbanos, devem

atender ao disposto nesta norma para serem considerados acessíveis (ABNT

NBR 9050, p.01).

Foram analisados os principais locais de uso coletivo dos alunos, assim como: as

entradas e saídas principais, salas de aula, banheiros, quadra de esportes, laboratórios,

biblioteca, departamentos, restaurante universitário, alojamentos, Auditório e

estacionamento de veículos.

4.1 DEPARTAMENTOS

4.1.1 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Entradas

A entrada e saída do departamento não apresentam uma rota acessível. Segundo

a ABNT-NBR 9050 (2004, p.4) entende-se por rota acessível:

11

Trajeto continuo, desobstruído e sinalizado que conecta os ambientes

externos ou internos de espaços e edificações, e que possa ser utilizado de

forma autônoma e segura por todas as pessoas, inclusive aquelas com

deficiência. A rota acessível externa pode incorporar estacionamentos,

calçadas rebaixadas, faixas de travessia de pedestres, rampas e etc. A rota

acessível interna pode incorporar corredores pisos, rampas, escadas,

elevadores, etc.

Conforme se observa na figura abaixo (1), podemos ver claramente os desníveis

no solo que dá acesso ao departamento; buracos por toda a parte, mato ao redor,

dificultando assim o acesso de cadeirantes. Conforme as imagens mostradas por NETO

(2013) podem observar que não houve melhoria e mudança no estado do espaço ao

longo desses dois anos, nenhuma atitude foi tomada para melhor atender aos alunos

cadeirantes e não cadeirantes os quais precisam se locomover por este departamento,

salas e laboratórios.

Figura1. Entrada e saída do Departamento de Ciências Biológicas, foto realizada em 08/06/2015. Acervo

do pesquisador (captura de Bruno Ferreira da Silva).

Rampas de Acesso

O acesso aos prédios do departamento de Ciências Biológicas é feito por rampas

construídas com piso escorregadio e sem sinalização tátil e/ou visual. Sua inclinação é

de aproximadamente 0,10 cm altura no início da rampa e 0,75 cm de altura no final,

possui corrimão com altura de 1,14 m de altura construído paralelamente a edificação

(figura 2). Como podemos ver nas imagens abaixo há alguns troncos colocados

horizontalmente entre os prédios, podendo assim impedir e/ou dificultar o acesso de

pessoas deficientes tornando-se barreiras ou obstáculos para os alunos e demais pessoas

que tem acesso aos prédios. Percebe-se que o local em que está situado o DCB, ainda é

de terra arenosa, apresentando desníveis ao longo do terreno e que após a comparação

desse trabalho com o do Aluno Paulino Joaquim Silva Neto, observou-se que após dois

12

(2) anos não houve qualquer diferença e modificações em suas estruturas. Observou-se

que as salas, laboratórios, entradas e saídas, banheiros e demais acessos continuam os

mesmos, sabemos que é necessário que sejam melhoradas ou reformadas para atender as

necessidades de cada pessoa que faça parte ou que tenha acesso ao departamento de

Ciências Biológicas.

Figura 2. Rampas de acesso aos prédios do DCB. Foto realizada em 08/06/2015. Acervo do pesquisador

(captura de Bruno Ferreira da Silva).

De acordo com a imagem podemos observar que não existe acesso de um prédio

ao outro, a não ser por blocos de paralelepípedos formando uma “ponte” entre eles.

Figura 11: acesso de um prédio a outro. Foto realizada em 08/06/2015. Acervo do pesquisador (captura de

Bruno Ferreira da Silva).

Portas

As portas do departamento de Ciências Biológicas ambas apresentam largura de

0,79cm e as maçanetaa estão disposta há uma altura de 1,09 m, e que de acordo com as

normas o correto seria no máximo 2,15m de altura; 0,90 cm a 1m a disposição das

13

maçanetas. Podemos então concluir que ao observar esses detalhes, vemos que as portas

estão fora do padrão exigido pelas normas, quando comparadas .

Figura: Imagem (a) mostrando os parâmetros da ANBR 9050/04 para portas acessiveis. Imagem (b),

visão da porta do DCB.

Janelas

Figura 3. Janelas do prédio do DCB. Foto realizada em 08/06/2015. Acervo do pesquisador (captura de

Bruno Ferreira da Silva).

Observamos que as janelas estão dispostas de forma incorreta, pois abrem para

fora, dificultando a passagem, podendo assim causar algum tipo de acidente tanto para

cadeirantes como não cadeirantes. No trabalho anterior não foram citadas as janelas,

mais devido algumas reclamações de alunos que se sentem incomodados com as

a b

14

mesmas, achamos assim necessário citá-las para que se tomem providencias e assim

evite futuros transtornos e acidentes. A professora responsável pela chefia do

departamento fala que haverá algumas mudanças, no entanto ainda não houve

modificações que possam adequá-las. De acordo com a ABNT – NBR 9050 (2004,

p.53), “as alturas das janelas deve considerar os limites de alcance visual, exceto em

locais onde deva prevalecer a segurança e privacidade”. Estão dispostas a uma altura de

1, 10 m de altura.

Banheiro

A localização dos banheiros está de acordo com a NBR 9050 (2004, p. 64), "os

sanitários e vestuários acessíveis devem localizar-se em rotas acessíveis, próximos a

circulações principais, preferencialmente próximos ou integrados as demais instalações

sanitárias, e ser devidamente sinalizados". Uma vez que os mesmos encontram-se em

uma rota acessível e dentro das instalações sanitárias referente a cada sexo.

Ambos os banheiros possuem sanitários destinados a P.C.R., porém estes estão

parcialmente de acordo com as normas técnicas uma vez que apresenta apenas uma

barra de apoio lateral (Figura 4), medindo 0, 87 cm de altura, faltando à barra de fundo e

assim não permitindo a transferência lateral, perpendicular ou Diagonal.

Figura 4: Barra lateral do banheiro do DCB, foto realizada em 08/06/2015. Acervo do pesquisador

(captura de Bruno Ferreira da Silva).

.

A porta do banheiro possui largura de 0,93 cm com maçaneta de 1,08 m (figura

5) estando dentro das normas técnicas da ABNT NBR 9050(2004, p. 50): "(...) As

portas devem ter condições de serem abertas com um único movimento e suas

maçanetas devem ser do tipo alavanca, instaladas a uma altura entre 0,90 cm e 1,10 m".

15

Entretanto a porta abre para o lado interno, o que condiz com o regulamento da ABNT

que diz: "Quando a porta instalada for do tipo de eixo vertical, ela deve abrir para o lado

externo do boxe" (ABNT NBR 9050, 2004, p.79).

Figura 5: Mostrando a abertura da porta do banheiro. Foto realizada em 08/06/2015. Acervo do

pesquisador (captura de Bruno Ferreira da Silva).

Os banheiros em estudo não apresentam portas papeis, uma vez que são

instrumentos que devem estar em perfeito alcance dos usuários deficientes ou não. Os

papeis higiênicos ficam localizados em cima da caixa da descarga, como a mesma é do

tipo acoplada ao vaso, podemos afirmar que é de fácil acesso aos P.C.R.

O prédio apresenta um lavatório na parte interna do banheiro, possuindo uma

altura de 0,93m do chão acabado, conforme a (figura 6). O lavatório é do tipo suspenso,

não apresenta barras de apoio ao redor do lavatório como descrito nas normas. As

torneiras são do tipo “rosqueada". Para os lavatórios, a NBR 9050 (2004, p.74):

Os lavatórios devem ser suspensos, sendo que sua borda superior deve estar a

uma altura de 0,78 cm a 0,80 cm do piso acabado e respeitando uma altura

livre mínima de 0,73 cm na sua parte inferior frontal. O sifão e a tubulação

devem estar situados a no mínimo 0,25 cm da face externa frontal e ter

dispositivo de proteção do tipo coluna suspensa ou similar. Não é permitida a

utilização de colunas até o piso ou gabinetes. Sob o lavatório não deve haver

elementos com superfícies cortantes ou abrasivas. As torneiras de lavatórios

devem ser acionadas por alavanca, sensor eletrônico ou dispositivos

equivalentes. Quando forem utilizados misturadores, estes devem ser

preferencialmente de monocomando. O comando da torneira deve estar no

máximo a 0,50 cm da face externa frontal do lavatório. Devem ser instaladas

barras de apoio junto ao lavatório, na altura do mesmo”.

Após observar o trabalho anterior em relação aos lavatórios do prédio, não se

constatou discussão alguma no trabalho de Neto (2013), trouxemos aqui então, pois é

16

necessária a utilização desse espaço em todo ou qualquer ambiente para que seja feita a

assepsia após a utilização do sanitário.

Figura 6: Imagem do lavatório e mictório. Foto realizada em 08/06/2015. Acervo do pesquisador (captura

de Bruno Ferreira da Silva).

Os mictórios suspensos devem estar localizados a uma altura de 0,60 cm a 0,65

cm da borda frontal ao piso acabado, conforme (figura 6). O acionamento da descarga

quando houver, deve estar a uma altura de 1,00 m do seu eixo ao piso acabado, requerer

leve pressão e ser preferencialmente do tipo alavanca ou com mecanismos automáticos.

Recomenda-se que a força de acionamento humano seja inferior a 23 N. Para mictórios

de piso devem ser seguidas as mesmas recomendações dos mictórios suspensos. O

mictório deve ser provido de barras verticais de apoio, fixadas com afastamento de 0,60

cm, centralizado pelo eixo da peça, a uma altura de 0,75 m do piso acabado e

comprimento mínimo de 0,70 cm, (NBR 9050 2004, p.84). Assim o mictório em estudo

apresenta uma altura de 0,68 cm, o qual não condiz com o padrão o qual estabelece a

NBR 9050 (2004).

O bebedouro apresenta altura de 0,90 cm conforme mostra a figura abaixo e é o

mesmo de ambos os prédios, de acordo com a NBR 9050 (2004, p. 90). “o bebedouro

acessível deve possuir altura livre inferior de no mínimo 0,73 cm do piso, altura da bica

de no máximo 0,90 cm e torneiras que permitam a utilização por meio de copo". No

entanto podemos concluir que o mesmo condiz com as normas a cima citada, apresenta

a altura máxima permitida para entrar nas normas de acessibilidade.

17

Figura 8: a) A imagem a refere-se a como deve ser a disposição dos bebedouros, b) imagem do

bebedouro do DCB. Acervo do pesquisador (captura de Bruno Ferreira da Silva).

Anfiteatro

O anfiteatro apresenta uma rampa larga, seu acesso inicial são por blocos de

concreto, não possui corrimão, o que a torna inacessivel, mais uma vez não se nota

mudanças no prédio em relação ao que podemos observar nas fotos tiradas por (Neto,

2013). A porta apresentam duas folhas e abrem para dentro. A sala de aula anfiteatro

(figura 9) contém degraus com altura de 0,11 cm e não possui rampa acessível para

cadeirantes, a sala apresenta um pequeno palco onde fica o professor, apresenta batentes

para dar acesso com variação de 0,10 a 0,13cm de altura e não possui rampa, caso a

turma apresente uma pessoa cadeirante ou com outras necessidades, essa pessoa teria

que ser auxiliada por outro colega para ter acesso ao palco.

a

A

b

18

Figura 9. Rampa de acesso ao anfiteatro e porta de acesso a sala de aula. Foto realizada em 08/06/2015.

Acervo do pesquisador (captura de Bruno Ferreira da Silva).

Figura 10: sala de aula do anfiteatro. Acervo do pesquisador (captura de Lidiane Alves Soares)

Laboratório de Zoologia

Todos os laboratórios do departamento de Ciências Biológicas apresentam

bancadas com a mesma altura 0,90 cm, o corredor é bastante estreito e ainda possui um

armário de inox ao lado da bancada impossibilitando o acesso de P.C.R.

19

Figura 11: Laboratório de zoologia. Acervo do pesquisador (captura de Bruno Ferreira da Silva).

4.1.2 DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS

O Departamento de Fitotecnia do CCA/UFPB foi criado no ano de 1978, e dá

apoio aos cursos de Agronomia e Zootecnia, nas áreas básicas e ao Programa de Pós-

Graduação em Produção Vegetal. São vinculados ao departamento 15 docentes, quanto

ao número de discentes, ele vária por semestre, o DFCA atende seis dos sete cursos de

licenciatura do CCA (a exceção é o curso de licenciatura em Química). O seu formato

atual foi estabelecido entre 2008 e 2009 com a divisão do antigo DF (departamento de

fitotecnia) e a criação do DFCA (departamento de fitotecnia e ciências ambientais) e o

DCB (departamento de ciências biológicas).

Figura 12: rampa de acesso às salas de aula e a frente da secretária de Fitotecnia

20

A rampa de acesso ao prédio apresenta 0,5 cm de altura inicialmente e 0,78 cm

de altura no final, não possuem corrimão como podemos ver na (figura 12). Todas as

salas de aulas apresentam rampas de acesso, são curtas, as salas são espaçosas, as portas

apresentam duas folhas com dimensão de 0, 88 cm de largura, a altura da maçaneta é de

1,08 cm, não foram identificas cadeiras adaptadas para P.C.Rs, os quadros e as portas

no que se refere a altura estão em conformidade com as recomendações da NBR

9050/2004. O piso é escorregadio e sem sinalização tátil, não atendendo as Normas

Técnicas NBR 9050/2004. Seu corredor é amplo apresentando 0,90 cm de largura sem

barreiras ou obstáculos. A entrada do Departamento possui degraus com 0,7 cm de

altura, o que pode ser caracterizado como uma barreira para cadeirantes.

Portas

Como podemos observar nas imagens abaixo, as portas apresentam larguras 0,79

cm de largura e a maçaneta a uma disposição de 1,06 m de altura e possui formato

arredondado, batentes com 0,10 cm de altura, constatando-se que as portas dessas salas

não possuem acessibilidade, uma por apresenta os batentes e outra pelo fato de

apresentarem largura inferior a 0,90 cm.

Figura 13: Portas da sala dos professores. Figura 14: Corredor que dá acesso aos banheiros.

O corredor de acesso aos banheiros apresenta um portão e possui uma pequena

rampa de acesso, está sem corrimão. Observa-se também a frente uma mesa com um

bebedouro que pode servir de barreira para pessoas cadeirantes. Podemos observar que

algumas mudanças foram feitas ao longo desses anos, como as rampas que dão acesso

21

as salas de aula, no entanto não se enquadram no padrão da NBR 9050/2004. As portas

das salas de aula apresentam pequenas diferenças, a da esquerda mede 0,88 cm de

largura e a da direita mede 1,08 m.

Figura 15: Salas de aula do Prédio de fitotecnia. Foto realizada em 08/06/2015. Captura de Bruno Ferreira

da Silva

4.1.3 DEPARTAMENTO DE SOLOS E ENGENHARIA RURAL (DSER) E

PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DO SOLO – PGCS

O Departamento de Solos e Engenharia Rural criado em 1979, é um dos

departamentos que compõem a estrutura administrativa do Centro de Ciências Agrárias

da Universidade Federal da Paraíba. É responsável por um elenco de disciplinas

oferecidas aos Cursos de Graduação em Agronomia e Zootecnia, e Pós-Graduação

"Strictu Sensu" em Agronomia (Mestrado e Doutorado), Manejo de Solo e Água

(Mestrado) e Zootecnia (Mestrado e Doutorado).

O DSER e a PPGCS localizam-se próximo ao prédio Central do referido

Campus, o acesso a estas edificações são através de escadarias (figura 16a) e rampas

(figura 16 b) largas que não se enquadram dentro das normas técnicas da ABNT NBR

9050, uma vez que a rampa não possui corrimão. Ela ainda está em desacordo com o

6.7.1.8 da referida norma, e muito inclinada, como consta itens 6.5.1.2 e 6.5.1.3, para

pessoas que utilizam cadeiras de rodas, não havendo a possibilidade da mesma se

deslocar sozinha. Todavia não existe rebaixamento da calçada e nem sinalização,

conforme mostra na imagem.

A existência dessas barreiras faz com que os cidadãos com restrições de

locomoção ainda encontrem dificuldades de acesso em sua vida diária, seja no ambiente

22

interno ou externo a sua rotina. Essa situação de locais como ausência de rampas e rotas

adaptadas acarreta uma exclusão social de pessoas com necessidades especiais, e por

esse motivo essas pessoas praticamente não são vistas em lugares como centros das

cidades, tendo-se estes lugares de segregação devido às más condições de acessibilidade

e dos inúmeros obstáculos físicos (BINS ELY E DISCHINGER, 2003).

Figura 16 a e 16b: entradas da PGCS

Banheiros

Existem dois sanitários (figura 18) adaptados para P.C.Rs, feminino e

masculino, onde pode-se observar que são os únicos que estão atendendo na integra a

NBR 9050/2004, no que se refere a disposição do vaso, das barras e da área de

manobra, entretanto o piso não é antiderrapante. O mesmo foi observado no trabalho de

(NETO, 2013).

Figura 17: Sanitário adaptado Departamento de Solos e Engenharia

23

O laboratório de hidráulica é um dos prédios recém construídos e foi inaugurado

em 2012. Constatamos, porém que não foi observado a NBR 9050/2004, no que se

refere à inclinação da rampa, confecção e instalação dos corrimãos, sinalização tátil e

visual dos mesmos e rebaixamento de calçada que deve ser devidamente sinalizada.

Apresenta rampa com corrimão de 0,96cm e largura de 1,33cm, pode visualizar que

entre uma rampa e outra há uma via de acesso uma escada com 1° degrau medindo 0,20

cm e o 2° degrau 0,17cm. E outra rampa medindo 1,86 m de largura com corrimão de

0,97cm, a porta é do tipo folha e mede 1,40 m.

Figura 18: Laboratório de Hidráulica

Estufa

A estufa no momento passa por uma reforma, podemos visualizar que em seus

arredores a vegetação esta grande e impossibilitando o acesso ao local, apresenta rampa

com 1,60 m de largura, ausência de corrimão, apresenta um degrau na porta da estufa

com 0,5cm, a porta possui 1,01 m, as bancadas possuem 0,72cm.

Figura 19: mostrando a entrada da estufa e as bancadas internas. Captura de Bruno Ferreira da Silva

24

4.1.4 ZOOTECNIA: ESPAÇOS DE USO DE AULA

Os prédios onde funciona o curso de Zootecnia não apresentam acessibilidade

alguma, apresentam escadarias que segundo (um professor) “uma aluna era carregada

nos braços pela falta de acesso”. As salas apresentam batentes com 0,9 cm de altura, as

portas 0,78 cm largura, maçanetas a uma altura de 1, 09 m de altura, os corredores são

estreitos. Alguns dos prédios são antigos e não passaram por nenhuma modificação para

que realmente possa um dia chegar a atender pessoas cadeirantes, com necessidades

educativas especiais ou mobilidade reduzida.

Figura 20: visão de alguns acessos aos prédios da zootecnia.

4.1.5 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FUNDAMENTAIS E SOCIAS e

PRÉDIO DA MATA

O Departamento de Ciências Fundamentais e Sociais (DCFS), criado em

setembro de 1979, dá apoio aos Cursos de Graduação em Agronomia, Ciências

Biológicas e Zootecnia, e aos Programas de Pós-Graduação em Agronomia (Mestrado e

Doutorado), Manejo de Solo e Água (Mestrado) e Zootecnia (Mestrado e Doutorado),

nas áreas básicas. Próximo ao DCFS estão localizados os blocos de aulas A e B que são

construção novas e o bloco central de aulas trata-se de uma construção mais antiga. A

central de aulas por apresentar maior número de salas e conhecido por “Prédio da

Mata”, todavia vale ressaltar que o bloco de sala de aulas não é de responsabilidade do

25

DCFS. As rampas existentes que dão acesso às salas de aulas de todos os blocos estão

todas acima do que estabelece a Norma da ABNT. Internamente, as salas são

climatizadas, com boa iluminação, ar condicionado e os quadros são confeccionados em

vidros em uma altura adequada. Não foram localizadas cadeiras adaptadas para P.N.E

nos percentuais estabelecidos pela Norma. Mesmos os blocos A e B de aulas

localizados próximo ao Departamento de Ciências sociais e Fundamentais, são novas

construções com menos de cinco anos de uso, e ambos não foram observados em suas

construções os aspectos de acessibilidade quanto a largura de corredores, rampas dentro

do padrão de inclinação.

O DCFS tem dois blocos de construção em que estão localizados as salas de

professores, secretaria do DCFS e o Laboratório de Pós-colheita.

Secretaria do DCFS

A porta da sala de reuniões dos professores foi construída uma rampa de acesso

e está sinalizada. Porém em todas as salas dos professores do departamento e a sala da

secretaria existe um batente de 0,14 cm, não dando acesso algum aos P.C.R.

Figura 21: sala de reuniões e secretaria do DCFS. Captura de Bruno Ferreira da Silva.

Nas mediações do departamento tem uma “pracinha” (figura 22) a qual não

continha nas discussões e análises de (NETO, 2013), com uma mesa de cimento para os

alunos se reunir com colegas, estudar antes das aulas e descansar. A mesa tem uma

altura de 0,85cm, e o assento 0,50cm. Não é acessível aos cadeirantes, pois possui um

26

batente de 0,13cm o mais adequado seria uma rampa para que a pessoa possa estar

inserida no espaço.

Figura 22: “Pracinha” do DCFS. Captura de Lidiane Alves Soares

Figura 23: rampa de acesso aos prédios da central de aulas e espaço reservado para pessoas cadeirantes com

carros. (captura de Bruno Ferreira da Silva).

Podemos observar na imagem acima uma calçada de acesso ao prédio mais

antigo, a qual foi construída recentemente em 2015 e um espaço reservado para carro

para pessoas cadeirantes. Todavia, se alguma pessoa com deficiência estacionar seu

carro na calçada, o acesso para todas as demais pessoas está comprometido, o que em

nosso entendimento foi mal projetado e construído, pois o estacionamento de veículos

para pessoas com deficiente não poderia estar localizado em uma calçada de acesso aos

demais prédios. Todavia, vale ressaltar que a calçada construída há poucos meses,

facilitou o acesso de todos aos diferentes prédios na área da Central de aulas, pois em

período de chuvas, ninguém mais precisa se submeter a andar sobre o barro.

No bloco A e B de sala de aulas tem rampa medindo 0,50 cm, e corrimão a uma

altura de 1,15cm, as portas destes blocos medem 0,78 cm. Os corrimãos não atendem as

necessidades de acessibilidade nos aspectos tais como: largura, empunhadura e

27

deslizamento, como podemos observar na primeira imagem no final do corrimão da

rampa que dá acesso ao bloco C apresenta uma abertura, o mesmo pode causar

acidentes por ser afiado, há uma rampa medindo 0,96 cm

A porta de acesso a entrada do bloco possui uma rampa de 1,40 m as portas das

salas de aula 0,90 cm, com maçaneta de 1,06 m.

Figura 24: mostrando as rampas de acesso as salas de aulas. Captura de Lidiane Alves Soares.

Neste mesmo bloco encontramos três bebedouros localizados em cima de um

batente de 0,12 cm, o terceiro bebedouro acessível medindo 0,70 cm não se encontrava

durante a pesquisa feita por Neto (2013) é o único do tipo encontrado em todo o

campus. Porém, a medida em que está inserido no batente, ele se tornar inacessível,

tornando-se uma barreira.

28

Figura 25: Bebedouro do prédio da mata. Captura de Bruno Ferreira da Silva

A porta de trás do bloco apresenta duas partes e abre como folha, apresenta duas

rampas consecutivas, as quais foram adaptadas para atender as pessoas cadeirantes. No

entanto ficam a desejar por serem apenas modificadas e não como pede as normas, não

possuem sinalização tátil e visual.

Figura 26: saída do bloco C “Central de aulas”. (Captura de Bruno Ferreira da Silva)

Banheiro

Neste bloco existem dois banheiros femininos e dois masculinos espaçosos, os

mesmos possuem corrimão com 1 m de altura, situado ao lado dos sanitários que

apresentam 0, 40 cm, as maçanetas das portas medem 1 m, o vaso sanitário mede 0,40

29

cm e a caixa de descarga 0,76 cm. A pia está a uma altura de 0,98 cm e o mictório 0,67

cm, apresentam chuveiros para banho.

Figura 26: mostrando o banheiro do bloco e a porta da sala de aula.

Laboratório de Pós-colheita

A porta da sala de aula mede 0,78 cm, é uma sala ampla tem equipamento para

vídeo conferência para que futuramente os professores de outros locais possam assistir

defesas de teses. Os banheiros deste local são pequenos sem acesso a deficientes, a pia

mede 1 metro, a porta 0,72 cm, não apresenta corrimão de apoio, tem um degrau de 0,2

cm dividindo área do chuveiro e do vaso, dificultando o acesso aos deficientes. Estes

banheiros são pequenos e não são reformados, pois todo o prédio foi construído por

meios de verbas de projetos aprovados pela professora responsável do Laboratório de

Pós-colheita. Caso algum deficiente queira utilizar o sanitário é deslocado para o bloco

1 e 2 do mesmo prédio.

Figura 27: sala de aula. Foto realizada em 08/06/2015. Captura de Bruno Ferreira da Silva

30

Figura 28: Entrada do laboratório físico-química e banheiro. Captura de Lidiane Alves Soares.

O laboratório de físico-química possui porta com 1,14 m, bancadas (figura 29)

com 0,92 cm, os corredores são amplos com 1,10 m de largura, o laboratório possui

uma porta de emergência, que só abre do lado de dentro, com largura igual a 0,71 cm,

com batente de 0,4 cm como vimos abaixo.

Figura 29: Bancadas do laboratório de Pós-Colheita.

4.2. HOSPITAL VETERINÁRIO

A entrada do Hospital Veterinário possui rampas 0,74 cm, corrimão e escadas

com batentes de 0,14 cm. A porta mede 1,80cm de vidro, encontra-se um bebedouro na

sala de recepção medindo 1 m, como mostra as figuras a seguir.

31

Figura 30: entradas do hospital.

Os banheiros do local são de fácil acesso; à porta do banheiro mede 0,90 cm, a

pia tem 0,90 cm, o mictório mede 0,64 cm, a torneira do mesmo 1,40 m, a porta interna

possui 0,83 cm com uma maçaneta de 1m, os vasos sanitários 0,40cm e com descarga

acoplada 0,76 cm, não possuem corrimão e abre para dentro.

Figura 31: banheiro do hospital. ( Captura de Bruno Ferreira da Silva)

Os Ambulatórios, Centros cirúrgicos possuem bancadas medindo 0,92 cm, a

bancada de alumínio apresenta 0,90 cm, como podemos observar nas imagens:

Figura 32: visão das salas dos ambulatórios.

A lavanderia é espaçosa com pia medindo 0,90cm, possui uma máquina com um

metro. O expurgo é uma sala onde se esteriliza as roupas dos animais e dos médicos, a

32

máquina de esterilização das roupas. Na sala de paramentação, onde os médicos e

enfermeiros se preparam para ir para sala de cirurgia possui uma “pia” para lavar as

mãos medindo 0,87cm com três torneiras. O centro cirúrgico tem as mesas de cirurgia

medindo 0,97cm, como podemos observar abaixo:

Figura 33: mostrando a sala e as mesas de cirurgia. Acervo dos pesquisadores (Captura de Lidiane Alves

Soares)

Figura 34: terreno de acesso ao prédio. (Captura de Bruno Ferreira da Silva)

Este prédio é de difícil acesso como mostra a (figura 34), o terreno é irregular, e

inclinado; a entrada do mesmo apresenta rampas e corrimão. As salas de aulas ou

laboratórios possuem 12 bancadas de alumínio medindo 0,91cm cada, bancos têm

0,72cm e as bancadas de mármores tem 0,91cm. São espaçosas e de fácil acesso a todos.

33

Figura 35: imagem da sala do laboratório.

No local temos um banheiro masculino e outro feminino, logo na entrada possui

um batente de 0,10 cm o qual não deveria existir, tornam-se barreiras que podem

acarretar riscos. A porta mede 0,90 cm, o vaso mede 0,40 cm, não possui corrimão, e a

descarga 0,76 cm. A pia mede 0,89 cm.

Figura 36: mostrando o banheiro. (Captura de Bruno Ferreira da Silva)

4.2 PREDIO CENTRAL

O prédio Central é uma das mais antigas edificações do Campus II, com mais de

75 anos de criação, é nele que funciona as coordenações, diretoria e vice-diretoria, sala

de reuniões, contabilidade, cozinha, auditório e salão nobre, LACACIA (laboratório de

Informática) e sala de computação, é um dos espaços onde mais apresenta circulação de

34

alunos e professores dos diferentes cursos e departamento, seus corredores são

espaçosos, não apresentam barreiras arquitetônicas e/ou outras que possa dificultar o

acesso de pessoas, seja ela cadeirante ou não cadeirante, com necessidades especiais

e/ou mobilidade reduzida; em uma das entradas apresenta rampa sem corrimão, o piso é

regular firme e estável, não apresenta barreira e nenhum tipo de desníveis que venha a

dificultar o deslocamento de P.C.R. As portas de acesso são largas do tipo folha, com

1,50 m de largura, apresenta um auditório, onde a porta mede 1,30m de largura. A

entrada principal é totalmente irregular com uma escadaria que não favorece o acesso de

P.C.Rs. Na imagem abaixo, ao lado da escadaria podemos observar os locais reservados

de veículos para cadeirantes, em ambos os lados, apresenta sinalização visual.

Figura 37: Imagem da esquerda mostrando a antiga biblioteca; imagem da direita mostra a entrada de

acesso ao prédio central. (Captura de Lidiane Alves Soares)

As portas da diretoria do CCA apresentam 1,20 m e são de vidro, do tipo folha, a

maçaneta é de madeira de formato arredondado e situada a 1,12 m de altura. No

35

corredor há um bebedouro que mede 1 metro, um cadeirante somente teria acesso à

água caso utilizasse um copo.

Figura 38: Porta da diretoria. Captura de Bruno Ferreira da Silva.

Nesta área não possui acesso para os cadeirantes, pois apresenta em toda sua

extensão um canal, por onde escorre a água da chuva.

Figura 39: Hall do Prédio Central. Foto realizada em 20/07/2015. Captura de Bruno Ferreira da Silva

As portas externas dos banheiros masculino (Figura. 40. a) e feminino (Figura 4.

b) são do tipo vaivém e medem 1,18m de largura, apresentam rampas. As internas

apresentam: 0,62 cm de largura, as maçanetas estão dispostas a uma altura de 1,08 m.

Ambos os banheiros apresentam sanitários adaptados para P.C.R, as larguras das portas

é de 0,90 cm de largura, a altura dos vasos são de 0,48 cm e a descarga do tipo “com

engate” são acionadas através de uma pequena corda ligada ao reservatório de água, o

que não condiz com os tipos de mecanismos abordados pelas normas da NBR

9050(2004, p. 69) diz que “ o acionamento da descarga deve estar a uma altura 1 m, do

seu eixo ao piso acabado ao ser preferencialmente alavanca ou com mecanismos

automático”. Assim essas descargas não atendem as normas para acessibilidade de

P.C.R.

36

Os Lavatórios são do tipo suspenso ambos possuem uma altura de 0,89 cm tanto

o masculino quanto o feminino; a torneira é do tipo rosqueada de plástico e não possui

barras de apoio ao redor. Não apresenta porta papel higiênico, os mesmos ficam

expostos e em local de difícil acesso, como por exemplo: em cima do reservatório de

água (descarga). O banheiro feminino passou por uma reforma recentemente, em

setembro de 2015, no lugar de dois banheiros internos agora há apenas um mais

acessível, onde o vaso apresenta 0,44 cm de altura, a descarga 0,79 cm de altura e

corrimões de alumínio.

Figura 40 a: A esquerda porta da entrada dos banheiros masculinos e femininos, ao centro a pia e a

imagem à direita vaso sanitário.

Figura 40 b: podemos observar a o novo banheiro feminino no prédio central após reforma.

a

b

37

Cantina

A cantina do centro acadêmico não possui acesso, a rampa que tem na entrada é

muito inclinada e sem corrimão, não é sinalizada e apresenta um batente (meio fio)

medindo 0,13 cm, no início da rampa, logo na porta tem um degrau de 0,20 cm. A

cantina é um espaço muito acessado pelos alunos, professores e servidores do Campus,

é a única em toda a UFPB, e não apresenta meio algum acessível para atender as

necessidades das pessoas que ai precisam fazer alguma refeição ou lanchar, não se tem

uma preocupação para lhe dar com tais problemas que ainda persistem nos espaços que

deveriam ser atendidos pelas normas, as quais trazem a NBR 9050/2004.

Figura 41: mostrando a rampa de acesso à cantina e a porta da mesma.

4.3 Pós-graduação em Zootecnia

O Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, antiga

Escola de Agronomia do Nordeste, dispõe de dois Programas de Pós-Graduação em

Zootecnia: em nível de mestrado, o Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZ)

e, em nível de doutorado, o Programa de Doutorado Integrado em Zootecnia (PDIZ),

desenvolvido em conjunto com a Universidade Federal Rural de Pernambuco e a

Universidade Federal do Ceará. A missão dos Programas é qualificar docentes,

pesquisadores e profissionais especializados na área de Zootecnia, com compromisso

para solucionar problemas relacionados à pecuária brasileira, em especial a nordestina,

através de atividades de ciência e tecnologia que visem proporcionar a melhoria da

qualidade de vida do homem do campo e a sustentabilidade do meio ambiente que se

38

insere, dando início às suas atividades para o mestrado no ano de 1978 e, para

doutorado, no ano de 1990.

Atualmente os Programas encontram-se consolidados, tendo sido reconhecidos

pela CAPES como programas de referência no nordeste brasileiro e recebendo na última

avaliação conceitos 4 (Doutorado) e 5 (Mestrado). Os doutores e mestres formados nos

nossos programas atuam como docentes, pesquisadores e/ou técnicos de instituições de

ensino, pesquisa, extensão e empresas privadas. Além de se caracterizar, atualmente,

como tradicional núcleo formador de recursos humanos na área de Zootecnia no

Nordeste, o corpo docente e discente vem se destacando pelo alto nível de sua produção

acadêmica em periódicos de impacto nacional e internacional. O Programa de Pós-

Graduação em Zootecnia, em nível de Mestrado, tem uma duração média de 24 meses

para alunos em tempo integral, requerendo que o aluno curse um mínimo de 24 créditos

em disciplinas. No nível de Doutorado, o curso tem duração mínima de 24 meses e

máxima de 42 meses, sendo exigido um mínimo de 48 créditos obtidos em disciplinas.

Banheiros

O banheiro masculino e feminino do prédio da Pós-graduação em Zootecnia

ambos apresentam portas de vidro as quais abrem para dentro, pias apresentam 1m de

altura, o porta papel 1,20 cm altura, apenas o banheiro feminino apresenta ducha a qual

a porta também é de vidro com 0,50 cm largura abre para o lado, a porta do sanitário

tem 0,92 cm largura e os sanitários com 0,45 cm altura e não apresentam corrimão; a

descarga é acoplada e apresenta 0,78 cm altura, o banheiro masculino apresenta um

mictório com uma altura de 0,70 cm de altura.

39

Figura 42: Banheiros masculinos e femininos da pós-graduação em Zootecnia.

4.5. PÓS-AGRONOMIA

O Programa de Pós-Graduação em Agronomia é desenvolvido sob a

responsabilidade do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais do Centro de

Ciências Agrárias-CCA-Campus II, da UFPB, e tem por objetivo a formação de docentes,

pesquisadores e profissionais especializados em Agronomia. Implantado em 1977,

denominado como Curso de Pós-graduação em Produção Vegetal, em nível de Mestrado.

Atualmente, o Mestrado em Agronomia tem duração de 24 meses e o Doutorado de 36

meses, ambos funcionando em caráter trimestral, tendo uma área de concentração

AGRICULTURA TROPICAL e quatro linhas de pesquisa. Para o Mestrado, podem se

candidatar ao Programa graduados em Ciências Agronômicas, Biologia, Engenharias

Agrícola, Florestal, Ambiental, de Alimentos, Geografia, Licenciatura em Ciências

Agrárias, Fitotecnia, Horticultura e Química. Para o Doutorado, podem se candidatar pós-

graduados em nível de Mestrado em Ciências Agronômicas, Biologia, Engenharias

Agrícola, Florestal, Ambiental, de Alimentos, Geografia, Licenciatura em Ciências

Agrárias, Fitotecnia, Horticultura e Química.

40

Figura 43: Entrada, corredores e salas. Foto tirada dia 15/09/2015. (Captura de Lidiane Alves Soares)

Figura 44: banheiro. (Captura de Bruno Ferreira da silva)

4.6 ALOJAMENTOS

Os alojamentos mais antigos do campus não apresentam acesso para pessoas

cadeirantes, são divididos em blocos (A, B, C, D, E), os mesmo possuem escadarias

tanto na entrada como no acesso aos blocos do 1º andar, apenas os blocos femininos não

apresenta 1º andar (figuras a, b, c,). O descaso continua e não se busca soluções para

que esses prédios possam um dia atender as necessidades de pessoas que buscam

ingressar em uma universidade, e assim possam está usufruindo das áreas do campus

assim como qualquer outra pessoa que não apresenta (N.E.E) ou seja cadeirante.

41

Figura 45: Entradas para os alojamentos Femininos e Masculinos (a,b,c,d).

Figura 46: Entrada para o alojamento Feminino e núcleo de inclusão digital.

A reforma e ampliação da residência feminina e núcleo de inclusão digital, foi

entregue em outubro de 2012, o mesmo possui adaptações para pessoas com N.E.E e

cadeirantes, como rampa de acesso, todavia não possui corrimão, na entrada apresenta

uma imagem como visto acima.

a

c b

d

42

4.7 BIBLIOTECA

A biblioteca setorial Francisco Tancredo Torres, do centro de ciências agrárias,

foi fundada em 2013 e integra o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal da

Paraíba – SIBI/UFPB que tem como objetivo da unidade e harmonia das atividades de

coleta, tratamento, armazenamento, recuperação e disseminação de informações, para o

apoio aos programas de ensino, pesquisa e extensão do CCA/UFPB.

A biblioteca usa alguns serviços como: empréstimo domiciliar de livros;

renovação de livros, podendo ser feita de casa apenas entrando no SIGAA

<Sistemas.ufpb.br/sigaa>; alertas via e-mail; salas de estudo em grupo e individual;

sistema de internet wifi; elaboração de ficha catalográfica do trabalho de conclusão de

curso – TCC; orientação das Normas de Documentação da ABNT; Comut: solicitação

de artigos de periódicos via Comutação; orientação e treinamento das bases de dados

assinadas pela UFPB. A bibliotecária responsável é Katiane da Cunha Souza.

Figura 47: Acessos a Biblioteca. (Captura de Lidiane Alves Soares).

A rampa de acesso a P.C.Rs em frente a porta apresenta a imagem de sinalização

das pessoas cadeirantes, as portas de entrada são de vidro e medem cada uma 1,45 m de

largura, apresentam puxadores a uma altura de 1,00 m de altura; no primeiro andar estão

os recepcionistas, as estantes de livros, 14 bancadas para estudos com altura de 0,75 cm

e algumas mesas com 0,79 cm para estudos, os corredores formados pelas estantes de

livros são espaçosos com largura média de 0,90 cm, no andar de baixo encontra-se as

salas de estudos com mesas medindo 0,79 cm de altura e outras mesas espalhadas em

um espaço aberto com a mesma medida das anteriores, caso as pessoas com

Necessidades Educativas Especiais (N.E.E) e/ou cadeirantes queiram ter a cesso a parte

43

de baixo da biblioteca terá que ser carregada no colo ou pela calçada que da acesso a

qual não possui corrimão e é continuidade da mesma que dar acesso ao auditório, Como

podemos observar nas imagens acima. Os banheiros presentes na biblioteca apresentam

2 pias acopladas com 0,91cm; 2 banheiros sendo que um é acessível para cadeirantes,

corrimão com 0,91cm, vaso sanitário 0,40 cm altura, descarga com 0,78 cm de altura,

pia interna com 0,80 cm e mictório com 0,58c m.

4.8 GINÁSIO DE ESPORTES

Como podemos observar nas imagens abaixo, o ginásio de esportes é um prédio

antigo, o qual não apresenta acessibilidade, o mesmo não foi incluído na pesquisa de

(NETO, 2013), o prédio após muitos anos já deveria ter passado por algumas reformas

para atender e contemplar todos os alunos. O prédio apresenta o ginásio de esportes,

uma academia, algumas mesas de jogos e um centro de vivências com salas de

professores. Para os alunos cadeirantes ou com mobilidade reduzida terem acesso ao

ginásio de esportes os mesmo devem se dirigir por uma porta lateral que mede 1, 60 m

de largura e até o ferrolho 1,12 m altura, e/ou carregado nos braços para ocuparem

arquibancada. É mais que necessário que o mesmo passe atender a todos sem restrição

alguma, pois se trata de um espaço onde todos devem e tem direito de circular; onde

buscam práticas esportivas, exercícios físicos e lazer.

Figura 48: Portões que dar acesso ao Ginásio de esportes.

44

4.9 AUDITÓRIO

O auditório é um prédio novo que foi entregue em 2013, mesmo assim não segue

as normas da ABNT NBR 9050, de 2004, (NETO, 2013) trás em seu trabalho e como

analisado e comparado com sua pesquisa, constatamos que nenhuma medida foi tomada

para este problema, assim temos em ambos os trabalhos no qual o seu acesso principal é

por uma escadaria com degraus de 0,5 cm de altura, totalmente inacessível para pessoas

cadeirantes, apresenta corrimão com 1,05 cm de altura, outro acesso ao prédio é uma

calçada que inicia na guarita principal a qual não apresenta corrimão e sinalização

visual e muito menos tátil com aproximadamente 100 (cem) metros de comprimento por

1,20 m de largura, a qual deve esta de acordo com as normas da NBR 9050, de 2004. O

mesmo está sendo muito utilizado para atender aos congressos, simpósios entre outros

eventos que a UFPB venha realizar, sendo assim é de extrema importância que essas

barreiras sejam eliminadas, os responsáveis procurem e encontrem formas para que os

alunos compartilhem com os outros esse espaço novo e que vem a cada dia sendo

utilizado por todos que fazem parte da Universidade.

Figura 49: Acessos ao novo auditório. (Captura de Lidiane Alves Soares)

a

b

45

Figura 50: Interior do auditório novo. Retirada do Acervo de (NETO, 2013).

V. RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO

O novo restaurante universitário foi entregue em 15 de abril de 2011, atende em

média 700 alunos que estão cadastrados de forma regular, no entanto em média 300

tomam café, 700 almoçam e a uma variação entre 600 a 650 alunos no jantar. Ao

analisamos os ambientes presente no R.U, o qual não está presente na pesquisa de Neto

(2013), percebemos que algumas adaptações foram feitas pra atender as necessidades

das pessoas com deficiência, os banheiros masculino e feminino são iguais mudando

apenas a disposição dos corrimões presentes próximo ao sanitário, e o masculino

apresenta três mictórios com altura 0,58 cm, no entanto outras deixam a desejar, como é

o caso do piso o qual não apresenta sinalização tátil e visual, ausente proteção nos

corrimões, como podemos visualizar nas imagens a seguir.

46

Figura 51: Entrada e banheiro do Restaurante Universitário. (Captura de Lidiane Alves Soares)

VI. CONCLUSÃO

Concluímos que o Campus em estudo apresenta muitas edificações que precisam

ser melhoradas para atender com mais qualidade a demanda de alunos cadeirantes e não

cadeirantes, com mobilidade reduzida e com Necessidades Educativas Especiais que

venha a ingressar na UFPB. Tanto as construções novas quanto as antigas precisam

receber a atenção dos responsáveis para eliminar as dificuldades de acesso aos prédios.

Atualmente, constatam-se alterações para eliminar as barreiras arquitetônicas, como a

construção de rampas, corrimãos, portas, barras de apoio nos banheiros dentro da

normalidade da NBR 9050/2004. É necessário que as construções que venham a serem

planejadas estejam de acordo com a norma, para que assim evite transtornos para esses

novos ingressantes e a qualquer outra pessoa que esteja sujeita a usufruir das áreas e

serviços do Campus II da Universidade Federal da Paraíba. Ressaltamos a importância

da pesquisa para os alunos estagiários que vivenciaram e passaram a conhecer cada

A B

C D

47

espaço e cada estrutura que necessita de melhorias e de acesso para que possam

realmente atender as necessidades de todos.

Cabe agora as autoridades responsáveis pelo Campus II junto a Prefeitura

Universitária assumir a responsabilidade para a atender as mudanças necessárias

exigidas por leis e o melhor atendimento as pessoas com mobilidade reduzida;

favorecendo a ampliação no compromisso social da UFPB em tornar-se inclusiva para

todos.

VII. REFERÊNCIAS

Disponível em: <http://www.cca.ufpb.br/Gestao/fito.HTM> acessado em: 29 de

junho de 2015.

ARAÚJO, Carolina Dutra de; CÂNDIDO, Débora Regina Campos Cândido; LEITE,

Márvio Fonseca Leite. Espaços públicos de lazer: um olhar sobre a acessibilidade

para portadores de necessidades especiais. Licere (Online),v. 12, n. 4, dez. 2009

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Norma Brasileira

(NBR) 9050. Acessibilidade a edifi cações, mobiliário, espaços e equipamentos

urbanos. 2004.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.

Acessibilidade. –– Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos. — 264 p. : 21

cm.

BUENO, C. L. R.; PAULA, A. R. Acessibilidade no mundo do trabalho. São Paulo:

SORRIBRASIL, 2007.

EMMEL, E.M. G; CASTRO, C.B. Barreiras arquitetônicas no campus

universitário: o caso da UFSCAR. In: MARQUEZINI, M. C. et al.. (Org.). Educação

física, atividades lúdicas e acessibilidade de pessoas com necessidades especiais.

Londrina: UEL, 2003. p.177-183. (Coleção Perspectivas Multidisciplinares em

Educação Especial. v.9)

48

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª. ed. São Paulo:

Atlas,2002.

LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, M.A. Metodologia do Trabalho Científico.

2.ed. São Paulo: Atlas, 1987.

LAMÔNICA, D. A. C et al. Acessibilidade em ambiente universitário: identificação

de barreiras arquitetônicas no campus da USP de Bauru. Rev. Bras. Educ. Espec.

v.14, n.2, p. 177-188, 2008.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Convenção sobre os Direitos das

Pessoas com Deficiência. Nova Iorque: ONU, 2006.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: acessibilidade no lazer, trabalho e educação.

Revista Nacional de Reabilitação, São Paulo, p. 10-16, Ano XII, mar./abr. 2009.