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DO CONSELHO de Administração Relatório 2015

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DO CONSELHO de AdministraçãoRelatório2015

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mensagemdo presidentePedro Mendonça de Queiroz Pereira

Em 2015, a Secil continuou a desenvolver o seu caminho de mudança, adaptando-se à nova configuração da economia portu-guesa e robustecendo a sua atua-ção internacional.

Em Portugal, onde se obteve um bom desempenho operacional, o mercado dá sinais contraditórios de uma eventual retoma tímida, muito ancorada no segmento da reabilita-ção. A exportação a partir de Por-tugal, com a consequente criação de valor acrescentado para o país, continua a representar uma percen-tagem elevada da produção, haven-do que antecipar desde já os efeitos dos constrangimentos que se farão sentir na procura em mercados de destino de exportações com eco-nomias dependentes do preço dos produtos petrolíferos.

A Tunísia e o Líbano voltaram a manifestar alguma instabilidade política e económica, que afecta os respectivos mercados da cons-trução e do cimento. Não obstante, as nossas unidades nesses países conseguiram neste exercício supe-rar as dificuldades e ultrapassar as expectativas.

No conjunto das nossas operações estabilizadas assistimos em 2015 a resultados positivos e a uma traje-tória de aproximação a um retorno sobre capitais mais adequado.

No Brasil, atingiu-se o objectivo es-sencial de inaugurar a nova unida-de fabril, a mais moderna daquele país, que entrou em velocidade de cruzeiro no final do ano. Tal veio afetar negativamente os resultados globais neste exercício, por via das amortizações e dos custos de finan-ciamento do projecto. O potencial do mercado brasileiro e a elevada capacidade técnica existente na nossa empresa permitem-nos pre-ver resultados robustos num prazo adequado.

Apesar das contrariedades, as equi-pas da Secil lograram exceder de forma expressiva os resultados al-cançados no exercício anterior. Pa-ralelamente, manteve-se e até se consolidou uma actuação empresa-rial focada na sustentabilidade e na responsabilidade social, alargando para várias geografias melhores práticas de gestão industrial e de relacionamento institucional e co-munitário.

A todos quantos trabalham na Secil deixamos o nosso reconhecimento pelo esforço empreendido na su-peração de todas as dificuldades e na satisfação das necessidades de todos os stakeholders. Sabendo-se que estas dificuldades não se dissi-parão no curto prazo e que as exi-gências do futuro requerem a mais atenta e persistente actuação de todos os colaboradores, estamos certos que a resiliência já demons-trada pela nossa empresa permitirá continuar o processo de recupera-ção e renovação empreendido há anos e que começa a dar os seus frutos.

Um exercÍcio combativo

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 3

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

COMISSÃO EXECUTIVA

Presidente PEDRO MENDONÇA DE QUEIROZ PEREIRA

Vice-presidente JOÃO NUNO DE SOTTOMAYOR PINTO DE CASTELO BRANCO

Vogal GONÇALO DE CASTRO SALAZAR LEITE

Vogal FRANCISCO JOSÉ MELO E CASTRO GUEDES

Vogal CARLOS ALBERTO MEDEIROS ABREU

Vogal SÉRGIO ANTÓNIO ALVES MARTINS

Vogal JOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOS

Vogal JOSÉ MIGUEL PEREIRA GENS PAREDES

Vogal PAULO MIGUEL GARCÊS VENTURA

Vogal RICARDO MIGUEL DOS SANTOS PACHECO PIRES

Presidente GONÇALO DE CASTRO SALAZAR LEITE

Vogal CARLOS ALBERTO MEDEIROS ABREU

Vogal JOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOS

Vogal SÉRGIO ANTÓNIO ALVES MARTINS

Gonçalo de Castro Salazar Leite

José Miguel Pereira Gens Paredes

Carlos Alberto Medeiros Abreu

Ricardo Miguel dos Santos Pacheco Pires

Francisco José Melo e Castro Guedes

Paulo Miguel Garcês Ventura

Sérgio António Alves Martins

João Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos

João Nuno de Sottomayor Pinto de Castelo Branco

Pedro Mendonça de Queiroz Pereira

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01RELATÓRIO DE GESTÃO 02

OGrupoSecilem2015 06 PrincipaisAcontecimentos 17 Portugal 18 Líbano 23 Tunísia 26 Brasil 29 Angola 31 CaboVerde 33 PerspetivasFuturas 35 PropostadeAplicaçãodeResultados 37

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01

2015O GRUPO SECILO crescimento económico mundial es-timado para 2015 foi de 3,1% (ligeira-mente abaixo dos 3,4% de 2014), com as economias emergentes a crescer 4% e as economias desenvolvidas 1,9% (Wor-ld Economic Outlook, FMI, janeiro 2016). Estes valores resultam de uma revisão em baixa, face às anteriores previsões (outubro 2015) e resultam sobretudo do desempenho dos mercados emergentes e das economias em desenvolvimento. No caso das economias emergentes, pre-vê-se que em geral o crescimento será travado pelo fim de um crescimento as-sente na venda de matérias-primas cujos preços estão em queda. No caso das eco-nomias desenvolvidas, esta revisão em baixa deve-se maioritariamente aos Esta-dos Unidos, devido à apreciação do dólar. No entanto, a maior revisão em baixa foi para o Brasil onde se estima que a que-bra do PIB tenha sido de 3,8%.

A zona euro manteve o processo de re-cuperação em 2015, embora a um ritmo mais lento do que o antecipado inicial-mente e o PIB terá crescido 1,5%. De acordo com as últimas projeções do FMI a zona Euro está em recuperação, pre-vendo-se também para 2016 um cresci-mento, estimado em 1,7%. Nos países da moeda única, o consumo privado mais forte, apoiado pelos preços mais baixos do petróleo e pelas condições financeiras mais facilitadas, permitirá compensar o enfraquecimento das exportações líqui-

das devido à desaceleração das econo-mias emergentes.

Assim, era expectável para a Secil em Portugal que o exercício de 2015, à seme-lhança do exercício anterior fosse sujeito a incertezas e bastante influenciado pela situação económica e do setor da cons-trução em Portugal e da sua evolução. Nos restantes mercados onde o Grupo atua, ainda que estes não se encontrem em recessão, as economias da Tunísia e Líbano encontram-se condicionadas por outros fatores de instabilidade, nomea-damente político e social, cujos desenvol-vimentos nem sempre previsíveis podem condicionar as atividades. No caso de Angola, os impactos negativos decorren-tes da evolução do preço do petróleo e as dificuldades já sentidas desde o final de 2014 nos pagamentos ao exterior em re-sultado das restrições cambiais impostas pelo Banco Nacional de Angola, perspeti-vavam um quadro negativo para o setor da construção e obras públicas.

O ano de 2015 para o Grupo Secil, ficou marcado pela aquisição da totalidade do capital do Grupo Supremo. No final de ju-nho de 2015, o Grupo Semapa, através da participada NSOSPE – na qual a Secil detinha uma participação de 49,9% -, ad-quiriu a restante participação do capital social da Supremo Cimentos, S.A.. Em ju-lho de 2015, a Secil comprou a totalidade do capital da NSOSPE à Semapa, passan-do a deter direta e indiretamente 100%

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 7

01da Supremo, pelo que se passou a conso-lidar integralmente esta subsidiária.

Com a integração do Grupo Supremo no Grupo Secil, a capacidade de cimento instalada do Grupo aumentou cerca de dois milhões de toneladas, assumindo assim um papel importante na atividade e nos resultados do Grupo Secil de 2015 em diante.

O ano de 2015 foi um ano muito impor-tante para as nossas operações do Brasil. O projeto de construção da nova fábrica de Adrianópolis ficou concluído em abril, sendo que a linha de clínquer arrancou a

sua produção no dia 3 de abril e tendo a moagem de cimento iniciado a produção no dia 19 de abril.

O ano de 2015 revelou-se um ano posi-tivo para o Grupo Secil no que respeita aos seus resultados operacionais, tendo sido registadas melhorias face a 2014, consubstanciadas no crescimento:- do volume de negócios em 47,2 milhões de euros (11%);- do EBITDA em 7,6 milhões de euros (9,9%);- do EBIT em 10 milhões de euros (32,9%)

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS

2015 2014 Variação

Volume de Negócios 478 672 431 426 11,0%

EBITDA 83581 76018 9,9%

EBIT 40741 30665 32,9%Milhares de euros

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01

O aumento dos resultados operacionais do Grupo deveu-se à melhoria da per-formance das operações em Portugal. O crescimento do EBITDA foi devido maio-ritariamente às operações em Portugal, onde este indicador aumentou 6 milhões de euros.

Para o aumento do EBITDA em Portugal contribuiu a evolução positiva do merca-do interno, tendo as vendas em quanti-dade na generalidade das unidades de negócio, registado um aumento face ao período homólogo. O resultado dos esfor-ços efetuados nos anos recentes, através do ajustamento da estrutura produtiva e de custos, num ano em que a procura interna registou uma ligeira recuperação, permitiram a obtenção de resultados su-periores.

A performance operacional em 2015 no cimento em Portugal foi muito positiva, tendo sido efetuada uma gestão eficaz da capacidade produtiva e encontrando-se os custos de produção de clínquer e de cimento abaixo dos verificados em 2014.

Na Tunísia, o ano de 2015 ficou marcado pela instabilidade política e social e por um clima de insegurança generalizado. Apesar deste cenário, o mercado de ci-mento registou uma quebra muito ligeira face a 2014. No entanto o excesso de capacidade instalada teve impacto signi-ficativo nos preços de venda. As vendas no mercado interno foram afetadas por este quadro concorrencial negativo e pela agitação social e laboral, que impactou a normal laboração da fábrica. A diminui-ção das vendas no mercado interno foi parcialmente compensada pelo acrésci-mo das vendas para exportação.

No Líbano, e após anos de crescimen-to do mercado de cimento e deste ter atingido máximos históricos, em 2015 o consumo de cimento decresceu cerca de 8,6%, devido ao abrandamento do se-tor da construção, afetado também pela situação instável que se vive na região. Destaca-se a melhoria da performance da produção e a diminuição de custos que permitiram o aumento da margem

EBITDA de 34,9% em 2014 para 37,3% em 2015.

Em Angola, o ano de 2015 foi marcado pelo decréscimo do mercado de cimento, afetado pelas dificuldades da economia. Apesar das condicionantes, as nossas operações aumentaram as suas vendas e o respetivo preço de venda, invertendo a tendência de decréscimo dos mesmos, que se vinha a verificar nos últimos anos. Prosseguem as negociações com as au-toridades angolanas (UTIP e Ministério da Indústria) tendo em vista a concretização do projeto da nova fábrica do Lobito.

No Brasil, verificou-se uma retração do consumo privado, um abrandamento da criação de emprego e uma forte redução do investimento privado, tudo traduzido numa redução da atividade económica do país, e com impacto negativo no con-sumo de cimento.

Na região Sul, onde o Grupo Supremo atua, o mercado caiu cerca de 6,9% face a 2014. A performance das operações do Brasil em 2015 ficou marcada pela fina-lização da construção e início de labora-ção da nova fábrica de Adrianópolis, pelo que naturalmente os valores de vendas, produções e resultados não são compa-ráveis com os registados em 2014. Ape-sar do aumento das vendas comparativa-mente a 2014 (+46%) e sendo este o ano de arranque da nova fábrica, os resulta-dos estão impactados negativamente pela fase embrionária de vendas e pelo registo dos custos inerentes ao arranque.

É convicção do Conselho de Administra-ção que as diferentes medidas que têm vindo a ser implementadas, conjunta-mente com a continuação do enfoque na internacionalização irão conduzir o Grupo a resultados ainda mais favoráveis e ní-veis de rentabilidade superiores.

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01 Unidade 2015 2014 Variação

CapacidadeProdutivadeCimento 9750 7650 27,5%

Vendas

Cimento cinzento 1000 t 4 731 4 668 1,3%

Cimento branco 1000 t 80 73 10,4%

Clínquer 1000 t 482 633 -23,9%

Betão-Pronto 1000 m3 1 389 939 48,0%

Inertes 1000 t 2 179 1 792 21,6%

Prefabricados 1000 t 89 70 26,3%

Argamassas 1000 t 100 90 10,6%

Cal Hidráulica 1000 t 26 24 9,2%

Cimento-Cola 1000 t 15 12 31,2%

Pessoal

Colaboradores 2 647 2 071 576

Índice de Frequência de Acidentes* 11,2 14,2 -21%

Índice de Gravidade de Acidentes* 280,3 333,7 -16%

Principais Indicadores Físicos Consolidados

*IG e IF de colaboradores diretos e indiretos

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As vendas de cimento e clínquer do Gru-po Secil totalizaram 5,3 milhões de tone-ladas, cerca de 1,5% abaixo das vendas realizadas em 2014. Este decréscimo deveu-se à diminuição das vendas de exportação de Portugal (-17%), à diminui-ção das vendas no Líbano (-8,9%) e na Tu-nísia (-11,6%), atenuadas pelo aumento das vendas no mercado interno em Portu-gal (+3,4%) e em Angola (+8,2%), e pelo impacto da integração das operações no Brasil (445 mil toneladas).

Em 2015 as vendas de betão pronto no Grupo aumentaram significativamente em 48%. Este aumento ocorreu sobretu-

do em Portugal, onde as vendas de betão cresceram 55%, devido ao crescimento do mercado e à realização da obra do Túnel do Marão. As vendas de betão na Tunísia e no Líbano decresceram, devido à recessão nas obras públicas e na cons-trução privada e à forte situação concor-rencial, respetivamente. A integração das operações no Brasil impactou as vendas de betão em 103 mil m3.

2015 2014 Variação

VolumedeNegócios 478672 431426 11,0%

Custos Operacionais 395 091 355 408 11,2%

EBITDA 83581 76018 9,9%

Depreciações, amortizações e provisões 42 840 45 352 -5,5%

EBIT 40741 30665 32,9%

Resultados Financeiros -39 398 -16 909 133,0%

Resultados antes de Impostos 1 343 13 756 -90,2%

Impostos sobre os lucros -6 782 -1 670 n.a

ResultadoConsolidadoLíquidodoPeríodo -5439 12086 n.a

Interesses Minoritários -7 768 -6 051 28,4%

ResultadoLíquidoAtribuívelaAcionistas -13207 6035 n.a

Milhares de euros

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 11

01 2015 2014 Variação

Portugal 277 242 272 721 1,7%

Líbano 95 087 89 664 6,0%

Tunísia 69 915 75 461 -7,3%

Brasil 35 626 0 n.a

Angola 24 589 21 748 13,1%

Cabo Verde 6 306 6 411 -1,6%

Outros 235 315 -25,4%

Intra-Grupo -30 328 -34 894 -13,1%

TotalConsolidado 478672 431426 11,0%Milhares de euros

Volume de Negócios

O volume de negócios do Grupo Secil em 2015 cifrou-se em 478,7 milhões de eu-ros, 47,2 milhões de euros acima do veri-ficado em 2014.

O aumento deve-se ao crescimento do volume de negócios nas operações em Portugal, Líbano e Angola, e à integração do Grupo Supremo a partir de julho de 2015. Em Portugal, o aumento de 1,7%, foi devido essencialmente ao desempe-nho do mercado interno, tendo as vendas em quantidade na generalidade das uni-dades de negócio registado um aumento face ao período homólogo. De assinalar que esta evolução positiva do mercado interno não sucedia desde 2008.

Em Angola, o desempenho do volume de

negócios caracterizou-se pelo aumen-to nas quantidades vendidas, cerca de 8,2% face a 2014, e pela inversão da ten-dência de diminuição dos preços que se vinha a registar.

No Líbano e na Tunísia verificou-se uma diminuição das quantidades vendidas. O mercado da construção e o consumo de cimento quer no Líbano, quer na Tunísia registaram, em 2015, uma quebra que se deve a uma retração do mercado de cimento em ambos os países. No caso da Tunísia, ainda que a quebra tenha sido li-geira, foi agravada por uma situação con-correncial mais agressiva, parcialmente compensada pelo aumento das vendas de exportação. No caso do Líbano, a va-

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01

O EBITDA cifrou-se em 83,6 milhões de euros, tendo aumentado cerca de 7,6 mi-lhões de euros, face ao exercício anterior.

Na sequência do aumento do volume de negócios do Grupo e do aumento das

margens, também o EBITDA foi superior ao do ano anterior.

O crescimento do EBITDA foi devido maio-ritariamente às operações em Portugal, onde este indicador aumentou 6 milhões

lorização cambial do USD face ao Euro, permitiu compensar o decréscimo das quantidades e teve impacto positivo no volume de negócios desta unidade.

A partir de julho de 2015, as operações no Brasil passaram a ser consolidadas

integralmente no Grupo Secil (a Secil passou a deter 100% do Grupo Supre-mo), impactando de forma bastante ex-pressiva o volume de negócios em 35,6 milhões de euros.

2015 2014 Variação

Portugal 34 532 28 521 21,1%

Líbano 35 443 31 314 13,2%

Tunísia 11 466 17 517 -34,5%

Brasil 986 0 n.a

Angola 644 -1 325 148,6%

Cabo Verde 634 465 36,3%

Outros -123 -474 74,0%

TotalConsolidado 83581 76018 9,9%

Milhares de euros

EBITDA

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 13

01de euros. Para o aumento do EBITDA em Portugal contribuiu a evolução positiva do mercado interno, o consequente cres-cimento das vendas e a persistência na redução dos custos operacionais.

O ano de 2015 em Angola ficou marca-do pela recuperação das vendas da Secil Lobito e pela inversão da tendência de decréscimo significativo dos preços de venda, facto que justifica a variação po-sitiva do EBITDA, que passou de um valor negativo em 2014 para 644 mil euros po-sitivos em 2015.

O EBITDA das atividades na Tunísia de-cresceu face a 2014. Estes resultados foram influenciados pela diminuição das vendas de cimento, devido à ligeira con-tração do mercado, e principalmente ao aumento da concorrência e às paragens da produção, resultantes dos conflitos sociais e laborais, pontuais mas com impacto negativo nas produções de clín-quer.

No Líbano o desempenho de 2015 foi influenciado pelo decréscimo do merca-do de cimento. O EBITDA totalizou 35,4 milhões de euros, o que representou um crescimento de 13,2% quando compara-do com o valor de 2014. Apesar da redu-ção da atividade, a valorização cambial do dólar face ao euro impactou positiva-mente o EBITDA em cerca de 5,8 milhões de euros.

Fruto da aquisição da totalidade do capi-tal da Supremo, o Grupo Secil passou a consolidar o Grupo Supremo a partir de julho de 2015 sendo a contribuição das vendas do Brasil no consolidado da Se-cil, desde então, de 422 mil toneladas e no volume de negócios total de 35,6 mi-lhões de euros. Apesar do impacto bas-tante positivo do volume de negócios, o EBITDA registou o valor de somente 986 mil euros. Este valor deveu-se em grande parte ao facto de se estar ainda na fase de arranque da nova fábrica e, como tal ao registo dos custos fixos que lhe são inerentes.

Nas diferentes operações, o Grupo con-tinuou a prossecução de iniciativas e projetos, que permitam a melhoria da rentabilidade operacional, o que permi-tiu o aumento da margem EBITDA em Portugal, Líbano e Angola. Naturalmente a margem EBITDA do Grupo foi afetada pelo arranque das operações na nova fá-brica no Brasil e pela diminuição da mar-gem na Tunísia, em resultado da diminui-ção da produção de clínquer.

O número de colaboradores aumentou de 2071 para 2649 devido à integração do Brasil.

O EBIT da Secil, positivo em 40,7 milhões de euros, cresceu 32,9% face a 2014, acompanhando o aumento do EBITDA, no ano de 2015.

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01

Os resultados financeiros registaram um valor negativo de 39,4 milhões de euros, uma variação negativa significativa quan-do comparado com os 16,9 milhões de euros de 2014.

O custo líquido de financiamento registou um agravamento e esta evolução resulta maioritariamente da integração do Grupo Supremo, cujos custos de financiamento são elevados, devido à dimensão do in-vestimento efetuado na nova fábrica de Adrianópolis e às elevadas taxas de juro praticadas no Brasil.

O resultado líquido e o resultado líquido atribuível aos acionistas, no ano de 2015, foram negativos em 5,4 e 13,2 milhões de euros, respetivamente. Apesar do au-mento do EBITDA, o aumento significativo dos resultados financeiros e dos impos-tos fez com que estes resultados tenham sido negativos.

2015 2014 Variação

Proveitos Financeiros 4 234 3 455 23%

Custos Financeiros -41 217 -19 693 109%

Resultados Empresas Associadas -2 416 -671 260%

TotalConsolidado -39398 -16909 133%

Milhares de euros

Resultados Financeiros

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 15

01

Síntese do Balanço Consolidado

2015 2014 Variação

Ativos não Correntes

Ativos Fixos Tangíveis 626 633 351 083 78,5%

Participações Financeiras 4 711 39 834 -88,2%

Goodwill 194 585 116 660 66,8%

Outros ativos não correntes 58 876 23 432 151,3%

Ativos Correntes

Inventários 96 364 95 841 0,5%

Clientes e Outras Contas a Receber 73 927 61 640 19,9%

Caixa e equivalentes 133 520 136 676 -2,3%

Outros ativos correntes 17 388 15 208 14,3%

TotaldoAtivo 1206004 840374 43,5%

Capitais Próprios 234 329 272 651 -14,1%

Interesses minoritários 77 927 78 292 -0,5%

TotaldoCapitalPróprio 312255 350943 -11,0%

Passivos Não Correntes

Financiamentos obtidos 516 420 240 320 114,9%

Provisões 29 788 27 669 7,7%

Ouros passivos não correntes 72 268 33 264 117,3%

Passivos Correntes

Financiamentos obtidos 79 068 79 690 -0,8%

Fornecedores 46 139 39 662 16,3%

Outros passivos correntes 150 066 68 825 118,0%

TotaldoPassivo 893749 489430 82,6%

TotaldoCapitalPróprioePassivo 1206004 840374 43,5%

Milhares de euros

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01

O total do ativo líquido do Grupo Secil si-tuou-se em 1,2 mil milhões de euros, em 31 de dezembro de 2015, o que repre-senta um aumento de 43,5% comparati-vamente a 31 de dezembro de 2014. O forte crescimento do Balanço da Secil em 2015 ficou a dever-se à compra e consoli-dação integral do Grupo Supremo.

Verificou-se um aumento significativo do valor líquido dos ativos fixos tangíveis em 276 milhões de euros, sendo 287 milhões resultantes da consolidação do Grupo Supremo. O investimento em ativos fixos tangíveis totalizou 26 milhões de euros. No entanto o impacto das amortizações no montante de 42 milhões de euros e a desvalorização em relação ao euro das moedas dos países onde o Grupo tem os seus ativos, em cerca de 34 milhões de euros, contribuíram para que o total de Ativos Fixos Tangíveis Consolidados tenha crescido menos que o impacto da consoli-dação do Brasil.

Os investimentos em ativos fixos tangí-veis respeitam maioritariamente a inves-timentos realizados na área do cimento em Portugal, no Líbano, no Brasil e Tuní-sia e dos prefabricados no Líbano, que representam 78% do montante total.

A 31 de dezembro de 2015 a dívida fi-nanceira líquida totalizou 462 milhões de euros, o que representa um aumento de 279 milhões de euros, explicado essen-cialmente pela aquisição da totalidade do capital do Grupo Supremo e pela consoli-dação de toda a atividade no Brasil, com efeitos a partir de julho. De assinalar que este aumento correspondeu totalmente a divida de médio e longo prazo.

Ao longo do ano de 2015, a Secil renego-ciou a extensão de prazo de vários finan-ciamentos contratados e contratou novos financiamentos de médio e longo prazo, o que resultou no aumento da vida média das linhas de financiamento e também uma redução significativa nos custos de financiamento da Secil. As linhas de fi-nanciamento contratadas pelo Grupo as-

cendiam a cerca de 810 milhões de euros no final do ano, dos quais 220 milhões de euros não se encontravam utilizados.

Como referido, ao longo de 2015 man-teve-se a disponibilidade por parte das instituições financeiras para a concessão de crédito em condições mais atrativas. No âmbito da política monetária, o Banco Central Europeu manteve a sua taxa de cedência de liquidez no seu nível míni-mo de 0,05%, adicionando medidas não convencionais de cedência de liquidez. A Euribor a 3 meses, indexante mais repre-sentativo para a dívida do Grupo, atingiu valores negativos a partir do mês de abril, fechando o ano nos -0,131%, que compa-ram com 0,076% registados no início do ano. A conjugação destes fatores influen-ciou ligeira mas positivamente os resulta-dos financeiros da Empresa.

No mercado cambial, a cotação EUR/USD ao longo do ano foi caracterizada pela continuidade da desvalorização do Euro registada no ano anterior. No início do ano a cotação era de 1,2043 para fechar o ano a 1,0887 (desvalorização do Euro de 9,6%). Em termos médios, a cotação situou-se em 1,1095. Relativamente ao BRL, o ano foi marcado por uma desva-lorização muito expressiva, passando de 3.2207 para 4,2493 (desvalorização do BRL de 31,9%), e cotando-se em termos médios do ano nos 3,6949.

O Grupo Secil prosseguiu a sua política de maximização do potencial de cobertu-ra natural da exposição cambial, através da compensação dos fluxos cambiais in-tragrupo. Relativamente ao USD, a taxa de cobertura através de hedging natural no ano de 2015 rondou os 70%.

À data de 31 de dezembro de 2015 o Fun-do de Pensões do Grupo Secil apresenta-va, globalmente, uma situação financeira superavitária de 1,8 milhões de euros relativamente às responsabilidades atua-riais calculadas por entidades indepen-dentes e reportadas à mesma data.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 17

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2015PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS• Conclusão em abril da construção da nova fábrica de cimento em Adrianópo-lis no Estado do Paraná no Brasil, o que permitiu aumentar a capacidade de pro-dução de clínquer em 1 milhão de tonela-das/ano e a de cimento em 1,7 milhões de toneladas/ano.

• A produção de clínquer desta nova fá-brica arrancou no dia 3 de abril, tendo a moagem de cimento iniciado a produção no dia 19 de abril.

• A Secil passou a deter 100% do capital do Grupo Supremo e a consolidar as con-tas do mesmo a partir de julho de 2015. Com a integração do Grupo Supremo, a capacidade de cimento instalada do Grupo aumentou cerca de dois milhões de toneladas, assumindo assim um pa-pel muito importante na atividade e nos resultados do Grupo Secil de 2015 em diante.

• Lançamento do programa “Secil +2” que envolveu todo o Grupo Secil. Este programa de melhorias operacionais es-tabeleceu o plano de operações de mé-dio prazo da Empresa, para o período 2015-2018.

• Maior carregamento de sempre de um navio de cimento para exportação a par-tir de Portugal (30 mil Ton).

• Expansão dos destinos de exportação de Portugal de 28 para 35 países.

• Aumento da taxa de utilização de com-bustíveis alternativos em Portugal para 46%.

• Fornecimento à obra do Túnel do Ma-rão pelas áreas de betões e inertes em Portugal.

•Início da instalação do filtro de mangas na linha 2 no Líbano.

• Foram efetuados os estudos para se avaliar e preparar as instalações fabris com as condições necessárias para a uti-lização de combustíveis alternativos no Líbano.

• Substituição da utilização de gás natu-ral por petcoque na Tunísia, o que permi-tiu a diminuição dos custos com combus-tíveis. A percentagem do consumo de gás passou de mais de 15% do consumo total dos combustíveis utilizados para menos de 1%.

• Iniciaram-se no 2º Semestre de 2015, as negociações com a entidade repre-sentante do Governo Angolano respon-sável pela aprovação de investimentos privados (UTIP), tendo em vista a rea-preciação da reformulação do projeto de construção da Nova Fábrica de Cimento e Clínquer da Secil Lobito.

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01 Unidade 2015 2014 Variação

Mercado de Cimento 1000 t 2 755 2 622 5,1%

Produção de Clínquer 1000 t 2 089 2 416 -14%

Produção de Cimento 1000 t 1 995 2 140 -7%

Vendas de Cimento e Clínquer*

Mercado Interno 1000 t 1 048 1 025 2%

Mercado Externo 1000 t 1 571 1 873 -16%

Total 1000 t 2 619 2 898 -10%

Vendas de Betão* 1000 m3 1 027 664 55%

Vendas de Inertes* 1000 t 2 868 2 311 24%

Vendas de Argamassas* 1000 t 142 130 10%

Vendas de Prefabricados* 1000 t 70 65 8%

Volume de Negócios 1000 € 277 242 272 721 2%

EBITDA 1000 € 34 532 28 521 21%

Margem EBITDA % 12,5% 10,5%

EBIT 1000 € 15 347 7 242 112%

Margem EBIT % 5,5% 2,7%

Capex 1000 € 7 275 6 800 7%

Pessoal Nº 910 943 -33*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

portugal

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 19

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As projeções para a economia portugue-sa em 2015-2017, apontam para a con-tinuação da recuperação gradual da ati-vidade. Após um crescimento do PIB em 2014 de 0,9%, estima-se um crescimento de 1,6% para 2015 (Banco de Portugal – Boletim Económico de dezembro 2015).

Após a queda continuada da atividade económica em Portugal desde o final de 2010, registou-se uma inversão desta ten-dência a partir do 2º trimestre de 2013, refletindo uma aceleração da procura in-terna concomitante com a manutenção de um crescimento significativo das ex-portações. O consumo privado deverá ter crescido 2,7% em 2015, compatível com a redução do nível de alavancagem das famílias e empresas não financeiras. A formação bruta de capital fixo deverá ter crescido 4,8% (ainda que tenha recupera-do, o seu peso no PIB ainda se encontra a níveis bastante inferiores ao das últimas décadas) e as exportações apresentaram um crescimento robusto.

A construção continuou em 2015 a reve-lar um comportamento instável, com a melhoria de alguns indicadores da ativi-dade e o agravamento de outros. De acor-do com os dados disponíveis mais recen-tes da FEPICOP – Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Pu-blicas, no 1º semestre de 2015, o inves-timento em construção registou um au-mento de 4,7% em termos homólogos, sendo que o segmento da habitação foi marcado por uma recuperação dos prin-cipais indicadores, enquanto nas obras públicas se verifica uma situação inversa, com uma diminuição de 38%.

O índice de produção na construção (INE – Índices de Produção, Emprego e Remu-nerações na Construção – novembro de 2015) diminuiu 2,4% em termos homólo-gos em novembro de 2015. A diminuição menos acentuada do índice agregado foi comum aos segmentos Construção de edifícios (-2,4%) e Engenharia Civil (-2,4%). Apesar destes índices terem continuado a apresentar reduções, as va-riações homólogas têm vindo a diminuir,

prolongando a tendência de variação me-nos negativa na atividade da construção.

Neste enquadramento, as atividades do Grupo Secil em Portugal foram marcadas pelo desempenho positivo no mercado interno, que permitiu o aumento das ven-das não só de cimento, mas da genera-lidade dos materiais de construção e a obtenção de melhores resultados nestas unidades.

De acordo com os dados disponíveis, o consumo de cimento em Portugal terá re-gistado uma variação homóloga de 5,1%, algo que não ocorria desde 2008, esti-mando-se que o mercado tenha atingido cerca de 2,7 milhões de toneladas (CE-MAPRE – Centro de Matemática Aplicada à Previsão e Decisão Económica).

As vendas de cimento da Secil, no mer-cado nacional, acompanharam esta ten-dência atingindo-se 1 048 mil toneladas, mais 2% que em 2014. O ano de 2015 foi marcado genericamente por cresci-mentos mensais ao longo de todo o ano. Manteve-se sem alteração o excesso de capacidade instalada em Portugal e em Espanha, o que torna o ambiente compe-titivo no mercado nacional muito forte.

A unidade de cimento em Portugal man-teve a sua posição competitiva, reforçan-do a sua presença nos setores do betão e prefabricação. Esta evolução foi motivada pelo reforço na apresentação de produ-tos com características adequadas aos segmentos, o que motivou a venda de produtos de maior valor acrescentado e de crescente complexidade técnica de utilização.

É de assinalar, a incorporação de cimen-to branco Secil em várias obras relevan-tes: o edifício Sede do Banco Santander Lisboa – ampliação, na Universidade de Vila Real – Edifício de Aulas da Escola de Ciências da Vida e Ambiente, nas Unida-des de Saúde Familiar de Abrantes e Vila Nova de Gaia, e de cimento cinzento: no Pavilhão Desportivo João Rocha – Spor-ting – Lisboa, Cidade do Futebol no Jamor – Oeiras, Reforços de Potência das Barra-

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gens de Salamonde (II) e Venda Nova (III), novo Quartel Bombeiros Sapadores de Braga, na Leroy Merlin – Braga, Jerónimo Martins - Centro distribuição Norte – Alfe-na, Valongo, entre outros.

Nos mercados internacionais, a concor-rência da indústria europeia, também ela excedentária, provocou um nível de concorrência mais elevado. No mercado externo, e contrariando a tendência verifi-cada nos últimos anos, as vendas decres-ceram face a 2014. Foram vendidas 1,57 milhões de toneladas de cimento e clín-quer, o que representa uma diminuição de 301 mil toneladas em comparação com o ano anterior. Para além do exces-so de oferta no Mediterrâneo, verificou-se também a quebra de consumo dos paí-ses cujas economias estão dependentes das receitas das exportações de combus-tíveis, em consequência da descida do petróleo.

A área de materiais de construção regis-tou uma melhoria significativa nos seus resultados face a 2014, melhoria verifica-da em todas as unidades. O desempenho positivo do mercado em 2015 e a dinâ-mica do setor da construção, permitiram uma recuperação muito significativa face a 2014.

As vendas de betão pronto foram as que registaram um crescimento mais signi-ficativo, tendo aumentado 55% compa-rativamente ao ano anterior. O ano de 2015 ficou marcado pelo fornecimento de betão à obra do Túnel do Marão, obra ímpar nos recentes anos. O restante mer-cado também registou um crescimento face ao ano anterior, e o crescimento es-timado do mercado de betão pronto em Portugal Continental é de 13%, tendo a referida obra do túnel contribuído com 10%. Esta situação sentiu-se nas vendas no continente e que representam a maior parte das vendas totais de betão do Gru-po em Portugal, uma vez que as vendas efetuadas na Região Autónoma da Ma-deira decresceram cerca de 29%, fruto do excesso de capacidade instalada e da

atividade da construção ter caído.

As vendas de inertes do Grupo regista-ram um crescimento significativo, tendo as vendas em quantidade aumentado 24%, fruto de uma maior dinâmica em todas as regiões de atuação de Portugal Continental. A maior subida de vendas verificou-se no Algarve, onde as dificul-dades financeiras de alguns dos nossos concorrentes, e as consequentes falhas na produção, originaram um crescimento da nossa carteira de clientes. Além deste fator foi importante a realização da obra da requalificação da EN 125, e na região norte a finalização da obra do Túnel do Marão. Durante o ano de 2015, foi tam-bém possível verificar uma maior dinâ-mica ao nível das obras camarárias. As vendas na Região Autónoma da Madeira, decresceram cerca de 21%,pelas razões referidas no parágrafo anterior.

A performance comercial das argamas-sas, à semelhança da generalidade das restantes unidades em Portugal, foi marcada pelo acréscimo dos volumes de vendas no mercado interno, sendo o crescimento de 10%. O mercado interno apresentou alguns sinais de recuperação e foram vendidos produtos com margens maiores, nomeadamente produtos téc-nicos. Esta área continuou a sua aposta no desenvolvimento e promoção de so-luções vocacionadas para a renovação/reabilitação de edifícios. O setor da reabi-litação apresenta um potencial significati-vo, no entanto caracteriza-se pela falta de apoios e investimento.

As vendas de prefabricados, área que tem sido a mais afetada pela quebra con-tínua do mercado e pela degradação do desempenho comercial dos últimos anos, cresceram 8% em 2015, contrariando a tendência verificada nos últimos anos. Este mercado continua a ser marcado pela concorrência muito agressiva, re-sultante do excesso de oferta instalada e por preços baixos. O aumento de 8% nas vendas da pré-fabricação do Grupo é devido ao aumento de atividade na Secil

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 21

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Prebetão, onde as vendas cresceram 9%, e na Argibetão onde as vendas aumenta-ram 4%.

As vendas de telhas aumentaram no mercado externo (+11,8%) e as vendas de blocos cresceram 17,2%. O mercado nacional de telhas apresentou uma dimi-nuição significativa e as vendas em quan-tidades diminuíram (-6%), o que se ficou a dever à diminuição das mudanças de telhado.

Neste contexto, o volume de negócios global em Portugal cresceu 2% compa-rativamente a 2014, tendo-se cifrado em 277,2 milhões de euros. Este crescimen-to deve-se ao desempenho do mercado interno tendo as vendas em quantidade na generalidade das unidades de negó-cio, registado um aumento face ao perío-do homólogo.

O volume de negócios no Cimento decres-ceu cerca de 9%, o que se traduziu numa diminuição de 18 milhões de euros face a 2014. Esta diminuição é justificada pela diminuição das quantidades vendi-das de cimento e clínquer para o merca-do externo. No mercado interno o volume de negócios cresceu cerca de 2,1% em li-nha com o aumento das quantidades. No mercado externo, o volume de negócios decresceu cerca de 14%, decréscimo de-vido em grande parte à diminuição das quantidades vendidas. Apesar da cres-cente pressão sobre os preços de venda, foi possível aumentar os preços de venda de clínquer.

O volume de negócios na área dos be-tões no seu conjunto registou um aumen-to muito considerável, de cerca de 66%, influenciado em grande parte pelo cres-cimento das quantidades vendidas, mas também pela recuperação do preço mé-dio de venda, dando assim continuidade à progressão iniciada no 2º semestre de 2014.

O volume de negócios de inertes registou um crescimento significativo de cerca de 33%, devido ao crescimento das quanti-dades vendidas.

O volume de negócios nas argamassas cresceu 12%, aumento ligeiramente su-perior ao aumento das quantidades ven-didas, e que se deveu ao aumento do pre-ço médio de venda no mercado interno, em resultado do crescimento da venda de argamassas técnicas.

O volume de negócios dos prefabricados decresceu 9%, contrariando a evolução positiva das vendas em quantidade. Esta evolução, deveu-se à diminuição do volu-me de negócios da Argibetão, em resul-tado do aumento do peso das vendas de blocos (cujo preço é mais baixo) e à di-minuição do preço de venda no mercado espanhol. A Secil Prebetão aumentou o volume de negócios em 6% face ao verifi-cado no período homólogo em resultado do aumento das quantidades (+9%), uma vez que o preço médio de venda decres-ceu devido ao aumento do peso das ven-das de blocos no mix de vendas.

O EBITDA das unidades em Portugal ci-frou-se em 34,5 milhões de euros o que, comparado com o montante registado em 2014, de 28,5 milhões de euros, re-presenta um acréscimo de 21%.

A performance da atividade comercial na generalidade das atividades, afetou o desempenho do EBITDA e é responsável pelo aumento de uma parte significativa deste valor. A evolução positiva do mer-cado interno e o consequente aumento das vendas e a persistência na redução dos custos operacionais, resultou num EBITDA em 2015 superior ao de 2014. A performance de 2015 foi impactada po-sitivamente pelos proveitos de venda de CO2 no montante total de 1,6 milhões de euros, valor muito semelhante ao realiza-do em 2014, tendo a Empresa, à seme-lhança do que sucedeu no ano anterior, optado por não vender a reserva de exce-dentes de que dispõe.

O aumento do EBITDA em Portugal deve- -se assim à evolução positiva das ativida-des do mercado interno e também aos efeitos das medidas de racionalização que continuam a ter impacto positivo nos resultados. Estas medidas para além dos

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01impactos nos custos de produção, permi-tiram a redução de custos fixos (via custos com pessoal e outros custos indiretos), cujo impacto foi bastante positivo em 2015 devido à recuperação do mercado interno, permitindo uma maior diluição dos custos fixos e a obtenção de margens superiores.

Desta forma, e à semelhança do que já havia ocorrido em 2014, continua-se a destacar o efeito positivo da diminuição e controlo dos custos operacionais em to-das as áreas, resultado da reestruturação operacional levada a cabo em 2012 e em 2013, mas também de outras ações im-plementadas no decurso de 2014 e 2015. Assim, as margens EBITDA das operações em Portugal aumentaram.

Na área do cimento, cujos custos repre-sentam a parcela mais significativa dos custos em Portugal, destaca-se a redução dos custos com energia térmica e energia elétrica. A performance operacional em 2015 foi muito positiva, tendo sido efe-tuada uma gestão muito eficaz da capaci-dade produtiva e encontrando-se os cus-tos de produção de clínquer e de cimento abaixo dos verificados em 2014.

A diminuição dos custos com combus-tíveis, é justificada pelo aumento da substituição de combustíveis fósseis por combustíveis alternativos e pela redução de preço dos combustíveis. Prosseguiu o aumento da utilização de resíduos in-dustriais como combustível térmico, ten-

do sido aumentada a taxa de utilização de combustíveis alternativos de 41% em 2014, para 46% em 2015. Os esforços e investimentos nesta área continuam a ser uma prioridade, com vista à obtenção de uma taxa superior e consequentemente com uma poupança ainda mais significati-va nos custos de energia.

A redução nos custos com energia elétri-ca resultou de uma diminuição do preço da energia, mas em grande parte de uma maior eficiência das operações, que per-mitiu a redução dos consumos.

O resultado dos esforços efetuados, atra-vés do ajustamento da estrutura produti-va e de custos, a busca da excelência nos processos, num ano em que a procura interna registou uma ligeira recuperação, permitiram a obtenção de resultados bas-tante superiores. As ações levadas a cabo em anos anteriores e em 2015, permiti-ram posicionar as diferentes unidades em Portugal para uma franca recuperação com a ligeira retoma do mercado.

O investimento em ativos fixos tangíveis em Portugal totalizou 7,3 milhões de eu-ros. A maior parte destes investimentos foi realizada na área do Cimento. Destacam-se os investimentos efetuados na área da embalagem, na máquina de tintas da fábrica de sacos e na melhoria das condi-ções de segurança das fábricas.

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*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

Unidade 2015 2014 Variação

Mercado de Cimento 1000 t 5 053 5 527 -8,6%

Produção de Clínquer 1000 t 1 007 951 5,9%

Produção de Cimento 1000 t 1 162 1 230 -5,6%

Vendas de Cimento e Clínquer*

Mercado Interno 1000 t 1 170 1 285 -8,9%

Vendas de Betão* 1000 m3 113 124 -9,4%

Vendas de Prefabricados* 1000 t 9 1 1011%

Volume de Negócios 1000 € 95 087 89 664 6,0%

EBITDA 1000 € 35 443 31 315 13,2%

Margem EBITDA % 37,3% 34,9%

EBIT 1000 € 27 910 19 329 44,4%

Margem EBIT % 29,4% 21,6%

Capex 1000 € 4 622 5 465 -15,4%

Pessoal Nº 499 501 -2

LÍBANO

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01De acordo com os últimos dados publica-dos pelo FMI a economia libanesa deverá ter crescido 2% em 2015, à semelhança do que sucedeu em 2014 (World Econo-mic Outlook, FMI outubro 2015).

O Líbano continua a sofrer o impacto da desaceleração global e da instabilidade regional, em particular da situação vivida na Síria. A crise síria e a entrada de refu-giados continuam a dominar as perspeti-vas de curto prazo no Líbano, agravando as fraquezas e vulnerabilidades políticas de longa data. Apesar desta situação é expectável um crescimento modesto da economia.

No que respeita ao consumo de cimento em 2015, este foi marcado por um de-créscimo significativo. O mercado caiu 8,6% causado pelo abrandamento do setor da construção afetado pela situa-ção instável que se vive na região, mas também devido às condições climatéri-cas bastante adversas que se fizeram sentir no primeiro trimestre de 2015. A atividade de construção, de acordo com os dados disponíveis (Blominvest Bank), terá caído 11,76% nos primeiros dez me-ses de 2015, tendência que se tem vindo a verificar desde 2011, e que terá sido agravada pela insegurança e instabilida-de política. A indústria do cimento tam-bém tem vindo a ser afetada pela dimi-nuição do investimento público em obras de infraestruturas, por parte do Estado. Outro fator que tem vindo a influenciar

negativamente a procura de cimento, é a alteração para uma maior procura para pequenos projetos de habitação, mesmo nas regiões de Beirute e Monte Líbano, consideradas como as mais atraentes em termos de construção e exploração de terrenos.

Neste contexto, as vendas de cimento da Ciment de Sibline foram influenciadas pela situação do mercado e como tal in-feriores às de 2014. As vendas de cimen-to desta unidade totalizaram 1,170 mil toneladas, tendo decrescido 8,9%, pelas razões referidas. O ambiente concorren-cial no mercado é cada vez mais desa-fiante com reflexo nos preços médios de venda em moeda local, que diminuíram. A diminuição da procura e dos projetos e consequente aumento da concorrência levou a que o nível de descontos pratica-dos tenha aumentado.

No que se refere à atividade do betão, esta apresentou também uma perfor-mance abaixo da verificada em 2014, tendo as quantidades vendidas diminuí-do em cerca de 9,4%, devido à diminui-ção da atividade de construção e a um ambiente concorrencial muito competiti-vo (que se refletiu também nos preços de venda).

O volume de negócios das atividades no Líbano cresceu cerca de 6% face a 2014, apesar do decréscimo de atividade no ci-mento e no betão. Esta evolução deveu- -se à valorização cambial do dólar face ao

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 25

01euro, o que impactou positivamente o volume de negócios em cerca de 15,6 milhões de euros.

O EBITDA gerado pelas operações no Líbano atingiu 35,4 milhões de euros, valor superior ao registado em 2014 em 13,2%. O EBITDA está impactado positivamente pela valorização cam-bial do dólar em cerca de 5,8 milhões euros.

No cimento destaca-se a melhoria da performance da produção. As produ-ções de clínquer cresceram 5,9%, e os indicadores de produção também se revelaram superiores (a produção mé-dia diária de clínquer aumentou, bem como o fator de utilização dos fornos). Em 2015 não se verificaram quaisquer compras de clínquer, o que permitiu o aumento da margem. Os custos de produção também foram mais baixos que os de 2014, devido à diminuição dos custos com energia térmica, em resultado da baixa global dos custos dos combustíveis, com efeitos mais fa-voráveis a partir do segundo semestre de 2015, bem como devido à substi-tuição do petcoque 4,5% por 6%. Tam-bém os custos fixos diminuíram face ao ano anterior, devido à redução dos custos com manutenção.

O EBITDA do cimento totalizou 35,6 milhões de euros, o que representou um crescimento de 15,9% quando comparado com o valor de 2014. As

melhorias na produção e a diminuição de custos permitiram o aumento da margem EBITDA que subiu de 36,1% em 2014 para 39,7% em 2015.

O desempenho do EBITDA no betão pronto, que decresceu 19%, reflete a diminuição das vendas e do preço médio de venda, contudo parcialmen-te compensadas pela diminuição dos custos com combustíveis e manuten-ção.

Os investimentos em 2015 totaliza-ram 4,6 milhões de euros, destacan-do-se o início da instalação do filtro de mangas na linha 2, e cujo valor de in-vestimento em 2015 ascendeu a 2,5 milhões de euros.

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01 Unidade 2015 2014 Variação

Mercado de Ligantes

Cimento + Cal 1000 t 7 519 7 550 -0,4%

Produção de Clínquer 1000 t 943 997 -5,4%

Produção de Cimento + Cal 1000 t 1 171 1 344 -12,9%

Vendas de Cimento e Clínquer*

Mercado Interno 1000 t 889 1 183 -24,8%

Mercado Externo 1000 t 286 157 81,9%

Total 1000 t 1 176 1 341 -12,3%

Vendas de Betão* 1000 m3 147 150 -1,9%

Volume de Negócios 1000 € 69 915 75 461 -7,3%

EBITDA 1000 € 11 466 17 516 -34,5%

Margem EBITDA % 16,4% 23,2%

EBIT 1000 € 4 715 11 329 -58,4%

Margem EBIT % 6,7% 15,0%

Capex 1000 € 2 240 3 186 -30%

Pessoal Nº 373 363 10*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

tunísia

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 27

01A economia da Tunísia continuou em 2015 a ser afetada pelos efeitos da si-tuação pós revolucionária, que fomenta a instabilidade política e social. Tendo completado a transição política no início de 2015 e tendo resistido à crise eco-nómica internacional, a Tunísia obteve as condições políticas para traçar um caminho de recuperação, prosperidade, estabilidade e conclusão da transforma-ção económica necessária para garantir um crescimento sustentado. Contudo, assistiu-se a um aumento das reivindica-ções sindicais, a atentados terroristas e à instabilidade generalizada. Uma situação política instável e um clima de inseguran-ça constante, tornam difícil a recupera-ção económica.

De acordo com os últimos dados publi-cados pelo FMI a economia tunisina tem vindo a crescer 1% em 2015, crescimen-to inferior ao verificado em 2014 de 2,3% (World Economic Outlook, FMI janeiro 2016). Os setores exportadores e em especial o do turismo mantiveram a ten-dência recessiva em 2015. Na sequência dos atentados terroristas, o setor do tu-rismo sofreu uma quebra muito grande (estimada em cerca de 65%). A situação económica da Tunísia permaneceu frágil, com um crescimento insuficiente para fa-zer face ao elevado nível de desemprego. O FMI vai continuar a apoiar a Tunísia na implementação do seu programa econó-mico através de apoio financeiro, asses-soria política e assistência técnica.

Em 2014, especialmente a partir de ju-nho, a procura de cimento no mercado local sofreu uma retração em virtude do setor de obras públicas se encontrar em recessão, assim como o setor da constru-ção na vertente habitacional e comercial. Esta tendência agravou-se no primeiro semestre de 2015, tendo-se verificado uma recuperação no decorrer do segun-do semestre, e estima-se que o mercado tenha tido uma ligeira quebra de cerca de 0,4% face a 2014. A concorrência no mercado tunisino é cada vez maior, e a pressão sobre os preços de venda é muito grande, estando a assistir-se a uma quebra dos preços no mercado lo-cal. A capacidade instalada é muito su-perior à procura de cimento, o que torna a situação concorrencial particularmente agressiva no que respeita aos preços de venda no mercado interno, mas também nos preços praticados para o mercado de exportação.

O desempenho comercial do setor ci-mento da SCG decresceu face a 2014, e as vendas em quantidade diminuíram 12,3%, afetadas pelo decréscimo das vendas no mercado interno em 24,8%, parcialmente compensado pelas vendas para exportação que registaram um au-mento significativo. A diminuição nas vendas no mercado interno ocorreu em resultado do quadro concorrencial desfa-vorável e da agitação social e laboral que dificultou o funcionamento da fábrica du-rante alguns períodos do ano (ocorreram

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01

paragens pontuais devido às greves).

O preço de venda do cimento no merca-do local após ter aumentado no início do ano de 2015, retornou no final do mês de fevereiro para valores inferiores aos de janeiro de 2014. Esta redução de preço resultou da baixa de preços praticada pela maioria dos outros operadores.

No caso das exportações, e apesar do aumento da oferta e da concorrência, as vendas aumentaram comparativamente a 2014, tendo sido vendidas mais 129 mil toneladas. De realçar que este au-mento foi conseguido com preços mais baixos que os praticados no ano anterior, devido à pressão da concorrência sobre os preços. Contribuiu também para este crescimento, o aumento das quantidades mensais de exportação autorizadas pelo governo Tunisino, face a 2014. A Líbia foi o principal destino de exportação, no en-tanto e apesar do crescimento das ven-das, a sua concretização tem sido muito difícil devido à instabilidade política.

A atividade de betão pronto apresentou uma performance ligeiramente inferior à de 2014. As vendas de betão em volume decresceram 1,9%, tendo sido vendidos menos 4 mil m3. Verificou-se uma quebra do consumo de betão pronto motivada pela diminuição de grandes obras públi-cas e pela instabilidade generalizada no país, tendo esta quebra sido mais signi-ficativa na região de Sfax, motivada pelo decréscimo de obras públicas e privadas. Para além da redução do mercado, a re-dução de vendas deve-se também ao au-mento da concorrência, com a instalação de dois novos operadores, um em Sfax e outro em Gabès.

O volume de negócios na Tunísia decres-ceu em 2015 devido essencialmente à performance do cimento. O volume de negócios do cimento decresceu cerca de 7,3%, devido à diminuição das vendas no mercado local, compensado parcialmen-te pelo aumento do volume de negócios da exportação. A valorização de cerca de 3,4% do dinar tunisino face ao euro,

produziu um impacto positivo de cerca de 2,3 milhões de euros.

O EBITDA gerado pela Tunísia diminuiu cerca de 34,5% comparativamente a 2014. Esta diminuição resulta da quebra do EBITDA em ambos os setores, com im-pacto mais significativo no cimento. Esta variação foi devida à diminuição das ven-das no mercado interno e à diminuição da produção de clínquer em resultado das greves.

A produção de clínquer foi inferior à rea-lizada em 2014. As produções de 2015 foram afetadas pela realização de algu-mas greves de pessoal externo afeto à pedreira, o que originou a redução das produções dos fornos e algumas para-gens. A produção de clínquer no ano de 2015 foi inferior em cerca de 54 mil tone-ladas e teve como principal causa a falta de matéria-prima que levou à diminuição da produção dos fornos e mesmo a sua paragem.

Os custos variáveis de produção de clín-quer são idênticos aos do ano transato, com um ligeiro decréscimo. Foram obti-dos ganhos energéticos, pelo que os indi-cadores de consumo de energia térmica melhoraram comparativamente a 2014, em resultado da diminuição da utilização de gás (em resultado do investimento rea-lizado em 2014 na alimentação de pet- coque à torre de preaquecimento para substituição do gás natural). Já os cus-tos com energia elétrica registaram um acréscimo, que se deve em grande parte ao aumento do preço da energia elétrica.

Os investimentos ascenderam a 2,2 mi-lhões de euros, dos quais se destacam a instalação de uma central de betão para fornecimento à obra do segundo lote da futura autoestrada que liga Gabès a Mé-denine, o que implicou a instalação de uma central de produção no estaleiro da obra.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 29

01 Unidade 2015

Mercado de Cimento* 1000 t 445

Produção de Betão* 1000 t 103

Volume de Negócios 1000 € 35 626

EBITDA 1000 € 986

Margem EBITDA % 2,8%

EBIT 1000 € -3 788

Margem EBIT % -10,6%

Capex 1000 € 11 135

Pessoal Nº 618

brasil

*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

De acordo com os últimos dados publi-cados pelo FMI a economia brasileira de-verá ter contraído 3,8% em 2015 (World Economic Outlook, FMI outubro 2015).

A economia brasileira foi fortemente afe-tada pela instabilidade política, pelos ajustamentos fiscais e pelo aparecimento de uma série de processos/investigações mediáticas no decorrer de 2015. A con-jugação destes acontecimentos provocou uma grande incerteza sobre a evolução económica, dificultando a gestão das expectativas. Neste cenário, registou-se uma forte degradação dos principais in-dicadores macroeconómicos, nomeada-

mente, contração do PIB, desvalorização cambial com forte impacto na inflação e consequente aumento de taxas de juro.

Neste contexto, o setor da construção foi um dos mais afetados, tendo-se regista-do uma redução das obras e projetos, com impacto no consumo de cimento. As informações mais recentes (SNIC – janei-ro 2016) acerca do mercado de cimento no Brasil apontam para uma queda do mercado em torno de 9,2%. Na região Sul, onde o Grupo Supremo atua, o mer-cado terá caído cerca de 6,9% face a 2014.

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01A linha de clínquer de Adrianópolis arran-cou no dia 3 de abril, tendo a moagem de cimento iniciado a produção no dia 19 de abril.

Fruto da aquisição da totalidade do capi-tal da Supremo, o Grupo Secil passou a consolidar o Grupo Supremo a partir de julho de 2015, sendo o impacto das ven-das de cimento no consolidado da Secil, desde então, de 445 mil toneladas e no volume de negócios de 28,9 milhões de euros. Apesar do impacto bastante po-sitivo no volume de negócios, o EBITDA do cimento registou o valor de 1 milhão de euros. Este valor deveu-se em grande parte ao facto de se estar ainda na fase de arranque da nova fábrica e, como tal ao registo dos custos fixos que lhe são inerentes.

A atividade de betão pronto teve um im-pacto de 103 mil m3 e no volume de negócios de 6,7 milhões de euros. Os preços de venda apresentaram uma ten-dência de ligeira queda. A redução do volume de vendas, e o aumento dos cus-tos dos diversos componentes desta ati-vidade, nomeadamente, combustíveis e matérias-primas, provocaram uma menor diluição de custos fixos e uma redução das margens operacionais. O EBITDA do betão registou o valor de 152 mil euros.

Assim, o EBITDA e EBIT total nos meses de julho a dezembro foram respetivamen-te de 0,9 milhões de euros e -3,8 milhões de euros. Com um Resultado Operacio-

nal negativo e penalizado pelo nível de endividamento e das taxas de juro, o Resultado Liquido acumulado de julho a dezembro de 2015 foi negativo em cerca de 18,2 milhões de euros. O impacto da consolidação da dívida do Grupo Supre-mo na dívida do Grupo Secil foi de 121 milhões de euros.

No que respeita à performance dos doze meses de 2015, as vendas de cimento foram de 716 mil toneladas, o que re-presenta um aumento de 44,7% face a 2014. A empresa alargou significativa-mente a sua base de clientes e entrou no mercado de São Paulo. O volume de negócios atingiu os 59,5 milhões de eu-ros o que representou um crescimento de 46%, sustentado pelo aumento das ven-das em quantidade, mas também pelo aumento do preço de venda.

Naturalmente com o arranque da nova fabrica, o cenário de custos não é compa-rável com o ano anterior devido à dimen-são das fábricas e à sua estrutura ope-racional completamente distinta. A nova fábrica apresenta consumos térmicos e elétricos bastante menores que outras fá-bricas, permitindo uma boa performance de custos variáveis, além de produzir clín-quer de melhor qualidade, o que permite uma redução da incorporação de clínquer no cimento. Desta forma, os custos de produção baixaram significativamente.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 31

01

*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

Unidade 2015 2014 Variação

Mercado de Cimento 1000 t 5 200 5 700 -8.8%

Produção de Cimento 1000 t 199 184 8.4%

Venda de Cimento 1000 t 200 185 8.2%

Volume de Negócios 1000 € 24 589 21 748 13.1%

EBITDA 1000 € 644 -1 325 n.a.

Margem EBITDA % 3% n.a.

EBIT 1000 € -1 663 -3 845 -57%

Margem EBIT % n.a. n.a.

Capex 1000 € 669 1 273 -47%

Pessoal Nº 211 227 -16

angola

As estimativas para 2015 em Angola são moderadamente favoráveis e embora o FMI esteja a prever um crescimento de 3,5% para a economia de Angola (World Economic Outlook, FMI outubro 2015), os impactos decorrentes da evolução recen-te do preço do petróleo, fizeram-se sentir ao longo de todo o ano. O ano de 2015 foi influenciado pela quebra substancial dos preços do petróleo no mercado in-ternacional, do qual as receitas fiscais dependem largamente (cerca de 75%).

Esta situação levou a que as diferentes organizações tivessem revisto em baixa as previsões de crescimento para 2015.

A quebra de receitas teve como conse-quências a desvalorização acentuada do Kuanza face às principais moedas inter-nacionais, a subida substancial da infla-ção e a existência de dificuldades nos pagamentos ao estrangeiro. Esta última está a ter fortes implicações na manuten-ção dos investimentos estrangeiros em Angola, podendo no médio prazo ter con-

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01

sequências significativas na economia.

O mercado angolano de cimento não passou imune a estas dificuldades e o consumo nacional registou em 2015 um decréscimo de 8,8% face ao ano ante-rior, situando-se perto de 5,2 milhões de toneladas. Este valor de consumo foi na quase totalidade assegurado por cimen-to produzido em Angola, uma vez que o Decreto Executivo Conjunto nº 01/15 de 5 de janeiro, aprovado pelo executivo, limitou a um mínimo as importações de cimento em 2015. Este decreto limitou o impacto da quebra do mercado, nos pro-dutores nacionais, no entanto, a capaci-dade produtiva de cimento é atualmente superior às necessidades, existindo um excesso de oferta.

As quantidades vendidas pela Secil Lo-bito cresceram 8,2% comparativamen-te ao ano anterior, tendo sido vendidas 200 mil toneladas, mais 15 mil que em 2014, contrariando a tendência do mer-cado. Este crescimento das vendas está influenciado pela paragem de um con-corrente por dificuldades financeiras de julho a novembro e cuja capacidade ins-talada representa 17% da capacidade de produção em Angola.

O cimento CEM I 42,5R, produto de maior valor acrescentado, atingiu o recorde de vendas da fábrica e representou 28,4% das vendas, o que reforçou a posição da Secil Lobito na produção de cimentos di-ferenciados de elevada resistência.

O volume de negócios cresceu 13,1% ten-do atingido um total de 24,6 milhões de euros e que se deve ao efeito conjugado do aumento das quantidades e do mer-cado do preço de venda. O ano de 2014, havia sido caracterizado por uma redu-ção significativa dos preços de venda, no entanto em 2015, os preços de venda aumentaram cerca de 5%. Este aumento era expectável, em virtude da degrada-ção das margens dos produtores nacio-nais, devido à desvalorização do kuanza (aumento do custo de todos os materiais importados) e aumento dos preços de combustíveis (gasóleo para produção de

energia elétrica e fuel oil para a energia térmica).

Refira-se que no entanto, apesar do ajus-tamento dos preços de venda, o aumento de custo foi mais significativo, resultando numa degradação de rentabilidade dos produtores nacionais.

O volume de negócios das nossas ope-rações em Angola, está impactado nega-tivamente pela desvalorização cambial do kuanza face ao euro, no montante de 630 mil euros.

O EBITDA teve uma evolução positiva face a 2014 e registou em 2015 um valor po-sitivo de 644 mil euros, quando em 2014 havia sido negativo em cerca de 1,3 mi-lhões de euros. Esta evolução deve-se ao aumento do volume de negócios, à manu-tenção dos custos varáveis e à redução dos custos com pessoal.

No que respeita aos custos de produção, foi possível manter os custos variáveis, apesar do aumento do custo da importa-ção de clínquer. Também os custos fixos registaram um decréscimo, devido à re-dução dos custos com pessoal, em resul-tado da diminuição do número de colabo-radores. No final de 2015 o número de colaboradores era de 211, o que repre-senta uma redução de 16 colaboradores e verificou-se um decréscimo dos custos com pessoal em cerca de 15%.

Os investimentos do ano 2015 totaliza-ram 665 mil euros, o que representa uma redução de 47% face a 2014, dos quais cerca de 365 mil euros foram destinados à construção de muros e vedações dos terrenos da empresa por forma a evitar ocupações clandestinas.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 33

01Cabo verde

*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

Unidade 2015 2014 Variação

Vendas de Cimento * 1000 t 52 56 -8%

Vendas de Inertes* 1000 m3 83 52 60%

Venda de Prefabricados* 1000 t 1,3 0,2 452%

Volume de Negócios 1000 € 6 306 6 411 -2%

EBITDA 1000 € 634 486 30%

Margem EBITDA % 10,1% 7,6%

EBIT 1000 € 578 420 38%

Margem EBIT % 9,2% 6,6%

Capex 1000 € 114 6 1685%

Pessoal Nº 36 35 1

A economia cabo-verdiana deverá ter crescido 3,5% em 2015, valor acima do verificado em 2014 de 1% (World Econo-mic Outlook, FMI, outubro 2015). O con-texto internacional, em particular o dos países da União Europeia, ainda que es-tes tenham apresentado um crescimento em 2015, continua incerto e condiciona os desenvolvimentos económicos e finan-ceiros do país, dada a sua dependência de capitais estrangeiros.

Estas perspetivas de crescimento não se fizeram sentir no setor da construção por enquanto. Face às dificuldades financei-ras do estado Cabo-verdiano, as obras públicas em curso, como as barragens e o programa de construção de habitação “casa para todos”, terminaram e não se verificaram novas obras de dimensão sig-nificativa. Esta redução foi parcialmente compensada por algumas obras realiza-das pelas autarquias e pelo comporta-

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01mento positivo do consumo de cimento para obras privadas. Estima-se que o mer-cado de cimento tenha atingido 219 mil toneladas, valor inferior em cerca de 20 mil toneladas ao de 2014, um decréscimo de 8,4%.

As vendas de cimento da Secil Cabo Verde registaram um decréscimo semelhante ao do mercado, tendo sido vendidas 52 mil toneladas, o que significa uma redução de 8%. Apesar da situação difícil do mercado, foi possível aumentar os preços de venda pelo que a quebra no volume de negócios foi menos significativa.

No caso dos inertes, e ainda que o setor tenha decrescido, estima-se que este mer-cado na Ilha de Santiago tenha subido em relação a 2014, fruto das muitas obras de iniciativa das autarquias. A Inertes de Cabo Verde vendeu 83 mil toneladas, mais 60% que as quantidades vendidas em 2014, o que se deve essencialmente, ao facto de ter tido capacidade de produ-ção/financiamento, ao contrário dos seus

principais concorrentes (um encerrou as suas instalações cerca de três meses e outro teve diversas paragens de produção durante o ano).

A diminuição do volume de negócios (2%) deveu-se à área do cimento (em resultado da diminuição dos volumes), tendo esta sido parcialmente compensada pelos au-mentos do preço de venda do cimento e ao crescimento significativo das vendas de inertes.

Apesar da redução do volume de negó-cios, o EBITDA registou em 2015 um au-mento de 30%, atingindo os 634 mil euros e a margem EBITDA cresceu de 7,6% para 10,1%, desempenho bastante positivo da-dos os condicionalismos do mercado.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 35

01O contexto económico geral para 2016 perspetiva-se mais favorável em relação aos últimos anos em Portugal. De acordo com as últimas projeções do Banco de Portugal estas apontam para um cresci-mento de 1,7% da atividade económica em 2016. Também as projeções mais re-centes do FMI apontam para um cresci-mento de 1,5%.

As perspetivas de crescimento do PIB para 2016, a recuperação da procura interna e do investimento, a inversão no licenciamento de fogos e o crescimento da produção na construção levam a pre-ver, para 2016, um ligeiro crescimento do mercado da construção e do consumo nacional de cimento. A recuperação es-perada do mercado interno, em conjuga-ção com as poupanças e ganhos obtidos com as medidas de racionalização imple-mentadas em anos anteriores, perspeti-vam a obtenção de resultados favoráveis.

Na Tunísia é expectável que a economia tenha um crescimento modesto de 1% de acordo com as estimativas mais recentes do FMI. No entanto, os mais recentes acontecimentos e a instabilidade vivida, tornam as perspetivas de crescimento económico incertas. O nível concorren-cial deverá manter-se intenso, sendo ex-pectável a continuação da pressão sobre os preços de venda.

No Líbano estima-se um ano de 2016 se-melhante ao de 2015, salvo qualquer al-teração estrutural. As alterações que têm

ocorrido na região do Médio Oriente não facilitam a estabilidade macroeconómi-ca. O mercado de cimento deverá decres-cer em 2016 devido a um abrandamen-to esperado na atividade de construção residencial e à diminuição da confiança dos investidores, causada pela continua-ção da situação política incerta no país e na região. Espera-se que o ambiente con-correncial se mantenha desafiante e com impacto nos preços de venda. Contudo, estes efeitos negativos, poderão ser com-pensados em parte pelo decréscimo dos custos com a energia, devido à redução do preço do petróleo. As vendas de blo-cos deverão aumentar nos próximos me-ses, uma vez que a nova fábrica está a receber mais encomendas e começa a construir uma carteira de clientes.

As perspetivas para 2016 em Angola são negativas. Embora o FMI esteja a prever um crescimento de 3,5% em 2016, os impactos negativos decorrentes da evo-lução do preço do petróleo não deixarão de se fazer sentir ao longo deste ano. As dificuldades nos pagamentos ao exterior, resultantes das restrições cambiais im-postas pelo Banco Nacional de Angola, perspetivam um quadro negativo para o setor da construção e obras públicas. O início do ano ficou marcado pelo aumen-to dos preços do gasóleo e do fuel oil, acompanhados de uma nova e forte des-valorização do kuanza de 15%. Apesar de ser previsível uma quebra do mercado de cimento em 2016, o aumento dos custos

perspetivas futuras

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01terá um impacto mais significativo nos produtores de clínquer, do que nas nos-sas atividades.

No Brasil, para o ano de 2016, não são esperadas melhorias no cenário macroe-conómico, o que faz prever a continuação das dificuldades na atividade económica, e especialmente nas atividades ligadas ao setor da construção, devido à dificul-dade em materializar investimentos. É ex-pectável que a economia decresça cerca de 3,5%, de acordo com as estimativas mais recentes do FMI.

A expectativa é de que o mercado do cimento volte a apresentar uma que-da, ainda que ligeiramente inferior à de 2015. Nas obras públicas não se espera uma performance superior à de 2015, no entanto, é importante referir a realização de eleições municipais e que podem tra-zer alguma dinâmica ao setor. Por outro lado aguarda-se com bastante expecta-tiva a concretização do programa de pri-vatizações, entretanto anunciado. Com o mercado em queda espera-se um au-mento da concorrência entre os diversos operadores em 2016.

Apesar desta situação, é esperado que as atividades da empresa no Brasil cresçam, é esperado um crescimento das vendas, aproveitando a qualidade dos produtos, a tecnologia utilizada, os baixos custos de produção, e a dinâmica comercial.

Perspetiva-se para o ano de 2016 um de-sempenho global positivo do Grupo Secil e acima do obtido em 2015, influenciado pelo crescimento da atividade da nova fá-brica no Brasil.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 37

01

O Conselho de Administração,

Outão 13 de abril de 2016

Pedro Mendonça de Queiroz Pereira

Presidente

João Nuno de Sottomayor Pinto de Castelo Branco

Vice-Presidente

Gonçalo de Castro Salazar Leite

Vogal

Francisco José Melo e Castro Guedes

Vogal

Carlos Alberto Medeiros Abreu

Vogal

Sérgio António Alves Martins

Vogal

João Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos

Vogal

José Miguel Pereira Gens Paredes

Vogal

Paulo Miguel Garcês Ventura

Vogal

Ricardo Miguel dos Santos Pacheco Pires

Vogal

proposta de aplicação de resultados

Os resultados líquidos do período da Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. são de 13 207 199,42 eu-ros negativos. O Conselho de Administração propõe a sua transferência para a rubrica de Resultados Transi-tados.

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01DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASCONSOLIDADAS 40

BalançoConsolidado 40 DemonstraçãodosResultadosConsolidados 41 DemonstraçãodasAlteraçõesnos CapitaisPrópriosConsolidados2015 42 DemonstraçãodasAlteraçõesnos CapitaisPrópriosConsolidados2014 44 DemonstraçãodosFluxosdeCaixaConsolidados 46 ÍndicedasNotasàsDemonstrações FinanceirasConsolidadas 47

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01

BALANÇO CONSOLIDADOEM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

Valores em Euros Nota 31/12/15 31/12/14ATIVO Ativo não corrente Ativos fixos tangíveis 10 626 632 802 351 082 705Propriedades de investimento 12 551 231 1 272 649Goodwill 9 194 585 377 116 659 852Ativos intangíveis 13 29 273 920 5 779 052Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 14 4 711 097 39 834 386Outras contas a receber 18 3 861 120 2 266 051Ativos por impostos diferidos 15 22 273 397 10 816 894Outros ativos financeiros 16 2 916 303 3 297 025 884 805 247 531 008 614Ativo corrente Inventários 17 96 363 977 95 841 046Clientes 18 64 581 404 49 754 465Adiantamentos a fornecedores 24 1 408 335 2 958 338Estado e outros entes públicos 25 11 498 274 10 275 326Outras contas a receber 18 9 345 140 11 885 484Diferimentos 26 818 819 860 573Outros ativos financeiros 16 2 598 961 -Ativos não correntes detidos para venda 19 1 064 047 1 114 053Caixa e depósitos bancários 18 133 520 122 136 675 939 321 199 079 309 365 224 Total do ativo 1 206 004 326 840 373 838 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital próprio Capital realizado 20 264 600 000 264 600 000Ações próprias 20 (22 609 745) (22 609 745)Reservas legais 20 40 680 725 40 680 725Outras reservas 20 54 519 442 95 675 899Resultados transitados 4 534 459 (42 688 117)Excedentes de revalorização 20 14 050 127 14 080 833Outras variações no capital próprio 20 (108 239 066) (83 123 673) 247 535 942 266 615 922Resultado consolidado líquido do período (13 207 199) 6 035 413 234 328 743 272 651 335Interesses minoritários 5 77 926 701 78 292 078Total do capital próprio 312 255 444 350 943 413 PASSIVO Passivo não corrente Provisões 21 29 787 723 27 668 652Financiamentos obtidos 23 516 420 094 240 320 134Responsabilidades por benefícios pós-emprego 22 3 371 138 1 152 162Passivos por impostos diferidos 15 55 077 076 28 097 489Outras contas a pagar 23 10 481 458 -Outros passivos financeiros 38 3 337 991 4 014 691 618 475 480 301 253 128Passivo corrente Fornecedores 23 46 139 423 39 662 228Adiantamentos de clientes 24 2 100 727 3 565 691Estado e outros entes públicos 25 36 768 044 24 768 065Acionistas/sócios 36 3 720 182 1 908 150Financiamentos obtidos 23 79 067 673 79 689 815Outras contas a pagar 23 107 044 802 38 301 503Passivos diretamente associados a ativos não correntes detidos para venda 19 77 977 84 724Diferimentos 26 354 574 197 121 275 273 402 188 177 297Total do passivo 893 748 882 489 430 425 Total do capital próprio e do passivo 1 206 004 326 840 373 838

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 41

01

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOSEM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

Valores em Euros Nota 31/12/15 31/12/14Vendas e serviços prestados 27 478 672 238 431 425 633Ganhos e (perdas) imputados de associadas e empreendimentos conjuntos 28 (2 415 788) (671 278)Variação nos inventários da produção 3 072 568 1 284 452Trabalhos para a própria entidade 254 576 94 047Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (157 822 145) (132 438 890)Fornecimentos e serviços externos 29 (174 227 504) (164 639 971)Gastos com o pessoal 30 (72 250 337) (63 029 355)Imparidade de inventários ((perdas)/reversões) 17 (1 675 849) (3 574 760)Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/reversões) 18 (678 294) (1 420 243)Provisões ((aumentos)/reduções) 21 (2 752 240) (7 113 734)Outros rendimentos e ganhos 31 35 371 334 33 454 153Outros gastos e perdas 32 (12 376 166) (8 641 639)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 93 172 393 84 728 415(Gastos)/reversões de depreciação e de amortização 33 (53 446 846) (53 440 149)Imparidade de ativos depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/reversões) 33 (1 400 097) (1 294 102)

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 38 325 450 29 994 164Juros e rendimentos similares obtidos 34 4 234 415 3 454 809Juros e gastos similares suportados 34 (41 216 885) (19 692 532)

Resultado antes de impostos 1 342 980 13 756 441Imposto sobre o rendimento 15 (6 782 306) (1 670 337)

Resultado consolidado líquido do período (5 439 326) 12 086 104

Resultado consolidado líquido do período atribuível a: Detentores do capital da empresa-mãe 35 (13 207 199) 6 035 413Interesses minoritários 5 7 767 873 6 050 691 (5 439 326) 12 086 104

Resultado básico por ação (0,27) 0,12

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01 DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOSDE 1 DE JANEIRO DE 2015 A 31 DE DEZEMBRO DE 2015

Capital próprio atribuido aos detentores do capital da empresa-mãe

Excedentes OUTRAS variações Capital Ações Reservas Outras de NO capital Resultado Interesses Total do realizado próprias legais reservas Resultados revalorização próprio líquido do minoritários capitalValores em Euros Notas (Nota 20.1) (Nota 20.1) (Nota 20.2) (Nota 20.3) transitados (Nota 20.4) (Nota 20.5) período Total (Nota 5.2) próprio

Posição no início do período de 2015 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 95 675 899 (42 688 117) 14 080 833 (83 123 673) 6 035 413 272 651 335 78 292 078 350 943 413

Alterações no período: Excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização 20.4 - - - - 35 376 (35 376) - - - - - Imposto diferido 15.2 - - - - (4 670) 4 670 - - - - -Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 20.5.1 - - - - - - (24 400 617) - (24 400 617) 5 204 941 (19 195 676)Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período 20.5.4 - - - - - - 676 700 - 676 700 - 676 700 Imposto diferido 15.2 - - - - - - (152 258) - (152 258) - (152 258)Desvios e alterações de pressupostos em estudos atuariais Movimento nos desvios e pressupostos atuariais no período 20.5.2 - - - - - - (3 339 633) - (3 339 633) (10 022) (3 349 655) Imposto diferido 15.2 - - - - - - 867 453 - 867 453 2 168 869 621Subsídios do Governo Subsídios ao investimento 20.5.3 - - - - - - (194 972) - (194 972) (9 181) (204 153) Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa 20.5.3 - - - - - - 1 840 489 - 1 840 489 - 1 840 489 Imposto diferido 15.2 - - - - - - (410 967) - (410 967) 1 785 (409 182)Efeito de aquisição/alienação de participadas - - - - - - - - - (115 663) (115 663)Justo valor em associadas 14 - - - - - - (1 588) - (1 588) - (1 588)Outras alterações reconhecidas no capital próprio: Transferência de outras reservas para resultados transitados - - - (41 156 457) 41 156 457 - - - - - - Transferência do resultado líquido do período de 2014 para reservas 20.6 - - - - 6 035 413 - - (6 035 413) - - -

- - - (41 156 457) 47 222 576 (30 706) (25 115 393) (6 035 413) (25 115 393) 5 074 028 (20 041 365)

Resultado líquido do período (13 207 199) (13 207 199) 7 767 873 (5 439 326)

Resultado integral (38 322 592) 12 841 901 (25 480 691)

Operações com detentores de capital no período Distribuição do resultado do período de 2014 20.6 - - - - - - - - (13 207 278) (13 207 278)

- - - - - - - - - (13 207 278) (13 207 278)

Posição no fim do período de 2015 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 54 519 442 4 534 459 14 050 127 (108 239 066) (13 207 199) 234 328 743 77 926 701 312 255 444

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 43

01

Capital próprio atribuido aos detentores do capital da empresa-mãe

Excedentes OUTRAS variações Capital Ações Reservas Outras de NO capital Resultado Interesses Total do realizado próprias legais reservas Resultados revalorização próprio líquido do minoritários capitalValores em Euros Notas (Nota 20.1) (Nota 20.1) (Nota 20.2) (Nota 20.3) transitados (Nota 20.4) (Nota 20.5) período Total (Nota 5.2) próprio

Posição no início do período de 2015 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 95 675 899 (42 688 117) 14 080 833 (83 123 673) 6 035 413 272 651 335 78 292 078 350 943 413

Alterações no período: Excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização 20.4 - - - - 35 376 (35 376) - - - - - Imposto diferido 15.2 - - - - (4 670) 4 670 - - - - -Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 20.5.1 - - - - - - (24 400 617) - (24 400 617) 5 204 941 (19 195 676)Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período 20.5.4 - - - - - - 676 700 - 676 700 - 676 700 Imposto diferido 15.2 - - - - - - (152 258) - (152 258) - (152 258)Desvios e alterações de pressupostos em estudos atuariais Movimento nos desvios e pressupostos atuariais no período 20.5.2 - - - - - - (3 339 633) - (3 339 633) (10 022) (3 349 655) Imposto diferido 15.2 - - - - - - 867 453 - 867 453 2 168 869 621Subsídios do Governo Subsídios ao investimento 20.5.3 - - - - - - (194 972) - (194 972) (9 181) (204 153) Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa 20.5.3 - - - - - - 1 840 489 - 1 840 489 - 1 840 489 Imposto diferido 15.2 - - - - - - (410 967) - (410 967) 1 785 (409 182)Efeito de aquisição/alienação de participadas - - - - - - - - - (115 663) (115 663)Justo valor em associadas 14 - - - - - - (1 588) - (1 588) - (1 588)Outras alterações reconhecidas no capital próprio: Transferência de outras reservas para resultados transitados - - - (41 156 457) 41 156 457 - - - - - - Transferência do resultado líquido do período de 2014 para reservas 20.6 - - - - 6 035 413 - - (6 035 413) - - -

- - - (41 156 457) 47 222 576 (30 706) (25 115 393) (6 035 413) (25 115 393) 5 074 028 (20 041 365)

Resultado líquido do período (13 207 199) (13 207 199) 7 767 873 (5 439 326)

Resultado integral (38 322 592) 12 841 901 (25 480 691)

Operações com detentores de capital no período Distribuição do resultado do período de 2014 20.6 - - - - - - - - (13 207 278) (13 207 278)

- - - - - - - - - (13 207 278) (13 207 278)

Posição no fim do período de 2015 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 54 519 442 4 534 459 14 050 127 (108 239 066) (13 207 199) 234 328 743 77 926 701 312 255 444

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01

Capital próprio atribuido aos detentores do capital da empresa-mãe

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOSDE 1 DE JANEIRO DE 2014 A 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Excedentes Outras variações Capital Ações Reservas Outras de no capital Resultado Interesses Total do realizado próprias legais reservas Resultados revalorização próprio líquido do minoritários capitalValores em Euros Notas (Nota 20.1) (Nota 20.1) (Nota 20.2) (Nota 20.3) transitados (Nota 20.4) (Nota 20.5) período Total (Nota 5.2) próprio Posição no início do período de 2014 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 94 623 691 (7 952 383) 14 242 547 (99 653 339) (34 897 448) 249 034 048 66 192 420 315 226 468 Alterações no período: Excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização 20.4 - - - - 186 307 (186 307) - - - - - Imposto diferido 15.2 - - - - (24 593) 24 593 - - - - - Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 20.5.1 - - - - - - 14 888 608 - 14 888 608 8 356 806 23 245 414 Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período 20.5.4 - - - - - - 248 084 - 248 084 - 248 084 Imposto diferido 15.2 - - - - - - (73 958) - (73 958) - (73 958)Desvios e alterações de pressupostos em estudos atuariaisMovimento nos desvios e pressupostos atuariais no período 20.5.2 - - - - - - 243 493 - 243 493 25 404 268 897 Imposto diferido 15.2 - - - - - - (54 933) - (54 933) 59 (54 874)Subsídios do Governo Subsídios ao investimento 20.5.3 - - - - - - (223 783) - (223 783) (13 147) (236 930) Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa 20.5.3 - - - - - - 1 897 862 - 1 897 862 - 1 897 862 Imposto diferido 15.2 - - - - - - (395 707) - (395 707) 3 760 (391 947)Efeito de aquisição/alienação de participadas - - - - - - - - - 15 430 15 430 Fusão da Great Heart na Secil (Nota 20.1) - - - 1 052 208 - - - - 1 052 208 - 1 052 208 Outras alterações reconhecidas no capital próprio: Transferência do resultado líquido do período de 2013 para reservas 20.6 - - - - (34 897 448) - - 34 897 448 - - -

- - - 1 052 208 (34 735 734) (161 714) 16 529 666 34 897 448 17 581 874 8 388 312 25 970 186

Resultado líquido do período 6 035 413 6 035 413 6 050 691 12 086 104

Resultado integral 23 617 287 14 439 003 38 056 290

Operações com detentores de capital no período Distribuição do resultado do período de 2013 20.6 - - - - - - - - (2 269 237) (2 269 237) Redução de capital - - - - - - - - (70 108) (70 108)

- - - - - - - - - (2 339 345) (2 339 345)

Posição no fim do período de 2014 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 95 675 899 (42 688 117) 14 080 833 (83 123 673) 6 035 413 272 651 335 78 292 078 350 943 413

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 45

01

Capital próprio atribuido aos detentores do capital da empresa-mãe

Excedentes Outras variações Capital Ações Reservas Outras de no capital Resultado Interesses Total do realizado próprias legais reservas Resultados revalorização próprio líquido do minoritários capitalValores em Euros Notas (Nota 20.1) (Nota 20.1) (Nota 20.2) (Nota 20.3) transitados (Nota 20.4) (Nota 20.5) período Total (Nota 5.2) próprio Posição no início do período de 2014 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 94 623 691 (7 952 383) 14 242 547 (99 653 339) (34 897 448) 249 034 048 66 192 420 315 226 468 Alterações no período: Excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização 20.4 - - - - 186 307 (186 307) - - - - - Imposto diferido 15.2 - - - - (24 593) 24 593 - - - - - Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 20.5.1 - - - - - - 14 888 608 - 14 888 608 8 356 806 23 245 414 Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período 20.5.4 - - - - - - 248 084 - 248 084 - 248 084 Imposto diferido 15.2 - - - - - - (73 958) - (73 958) - (73 958)Desvios e alterações de pressupostos em estudos atuariaisMovimento nos desvios e pressupostos atuariais no período 20.5.2 - - - - - - 243 493 - 243 493 25 404 268 897 Imposto diferido 15.2 - - - - - - (54 933) - (54 933) 59 (54 874)Subsídios do Governo Subsídios ao investimento 20.5.3 - - - - - - (223 783) - (223 783) (13 147) (236 930) Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa 20.5.3 - - - - - - 1 897 862 - 1 897 862 - 1 897 862 Imposto diferido 15.2 - - - - - - (395 707) - (395 707) 3 760 (391 947)Efeito de aquisição/alienação de participadas - - - - - - - - - 15 430 15 430 Fusão da Great Heart na Secil (Nota 20.1) - - - 1 052 208 - - - - 1 052 208 - 1 052 208 Outras alterações reconhecidas no capital próprio: Transferência do resultado líquido do período de 2013 para reservas 20.6 - - - - (34 897 448) - - 34 897 448 - - -

- - - 1 052 208 (34 735 734) (161 714) 16 529 666 34 897 448 17 581 874 8 388 312 25 970 186

Resultado líquido do período 6 035 413 6 035 413 6 050 691 12 086 104

Resultado integral 23 617 287 14 439 003 38 056 290

Operações com detentores de capital no período Distribuição do resultado do período de 2013 20.6 - - - - - - - - (2 269 237) (2 269 237) Redução de capital - - - - - - - - (70 108) (70 108)

- - - - - - - - - (2 339 345) (2 339 345)

Posição no fim do período de 2014 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 95 675 899 (42 688 117) 14 080 833 (83 123 673) 6 035 413 272 651 335 78 292 078 350 943 413

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01DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOSEM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

Valores em Euros NotaS 31/12/15 31/12/14FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de clientes 530 847 592 483 420 870 Pagamentos a fornecedores (369 510 405) (363 973 763) Pagamentos ao pessoal (49 544 301) (43 589 990)Caixa gerada pelas operações 111 792 886 75 857 117 (Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento (5 905 885) (2 833 979) Outros (pagamentos)/recebimentos (30 602 348) 3 493 780Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 75 284 653 76 516 918

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Pagamentos respeitantes a: Ativos fixos tangíveis (29 637 371) (12 606 908) Investimentos financeiros (137 454 488) (2 456 968) Outros ativos (2 012 337) (750 000) (169 104 196) (15 813 876)Recebimentos provenientes de: Ativos fixos tangíveis 1 443 955 1 362 566 Investimentos financeiros 639 185 80 815 Subsídios de investimento 10 057 78 825 Juros e ganhos similares 223 844 1 218 192 Dividendos 1 505 827 665 104 3 822 868 3 405 502Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (165 281 328) (12 408 374)

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos 1 656 356 468 395 684 274 1 656 356 468 395 684 274Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos (1 537 699 772) (428 028 907) Amortização de contratos de locação financeira (623 464) (576 277) Juros e gastos similares (35 301 154) (21 107 054) Dividendos (12 738 666) (2 153 469) (1 586 363 056) (451 865 707)Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) 69 993 412 (56 181 433) VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3) (20 003 263) 7 927 111EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO 15 363 432 8 764 348CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO 126 832 780 110 159 292VARIAÇÃO DE PERÍMETRO 8 7 332 487 (17 971)CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO 4 129 525 436 126 832 780

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 47

01ÍNDICE DAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

1.Notaintrodutória 48

2.Referencialcontabilísticodepreparaçãodasdemonstraçõesfinanceirasecomparabilidade 49

3.Resumodasprincipaispolíticascontabilísticas 50

3.1Basesdeapresentação 50

3.2Concentraçãodeatividadesempresariaiseprincípiosdeconsolidação 50

3.2.1Princípiosdeconsolidação 50

3.2.2Investimentosfinanceirosemempresascontroladasconjuntamente 51

3.2.3Investimentosfinanceirosemempresasassociadas 51

3.2.4Investimentosfinanceirosemoutrasparticipaçõesfinanceiras 52

3.2.5Concentraçãodeatividadesempresariais 52

3.2.6Goodwill 53

3.2.7Conversãodedemonstraçõesfinanceirasdeentidadesestrangeiras 54

3.3Ativosfixostangíveis 55

3.4Locações 56

3.5Propriedadesdeinvestimento 57

3.6Ativosintangíveis 57

3.7Imparidadedeativosfixostangíveiseintangíveisexcluindogoodwill 59

3.8Impostosobreorendimento 60

3.9Inventários 61

3.10Ativosepassivosfinanceiros 61

3.10.1Imparidadedeativosfinanceiros 63

3.10.2Desreconhecimentodeativosepassivosfinanceiros 63

3.11Ativosnãocorrentesdetidosparavendaeunidadesoperacionaisdescontinuadas 64

3.12SubsídiosdoGoverno 64

3.13Saldosetransaçõesemmoedaestrangeira 65

3.14Provisões 65

3.15Benefíciospós-emprego 66 3.15.1Planosdecontribuiçãodefinida 66 3.15.2Planosdebenefíciosdefinidos 66

3.16Outrosbenefíciosalongoprazodosempregados 67

3.17Benefíciosacurtoprazodosempregados 67

3.18Rédito 68

3.19Encargosfinanceiroscomempréstimosobtidos 68

3.20Instrumentosfinanceirosderivadosecontabilidadedecobertura 69

3.21Gestãoderisco 703.21.1Fatoresderiscofinanceiro 70

3.21.2Fatoresderiscooperacional 71 3.22CapitalSocialeaçõespróprias 72 3.23Distribuiçãodedividendos 73 3.24Juízosdevalorcríticoseprincipaisfontes

deincertezaassociadasaestimativas 73 3.25Acontecimentosapósadatadobalanço 75

4.Fluxosdecaixa 76

5. Investimentosemsubsidiárias 775.1.Subsidiárias 775.2.Interessesminoritários 78

6.Interessesemempreendimentosconjuntos 79

7. Investimentosemassociadas 79

8.Alteraçõesnoperímetrodeconsolidação 81

9.Goodwill 83

10.Ativosfixostangíveis 84

11.Locações 8611.1.Locaçõesfinanceiras 86

11.2.Locaçõesoperacionais 87

12.Propriedadesdeinvestimento 87

13.Ativosintangíveis 88

14.Participaçõesfinanceiras 90

15.Impostosobreorendimento 91 15.1.Impostocorrente 91 15.2.Impostodiferido 94

16.Outrosativosfinanceiros 96

17.Inventários 99

18.Ativosfinanceiros 100 18.1.Categoriasdeativosfinanceiros 100 18.2.Ativosfinanceiros-clientes 100

18.3.Ativosfinanceiros-outrascontasareceber 101 18.4.Imparidadededívidasareceber 102

19.Ativosnãocorrentesdetidosparavenda 103

20.Capitalpróprio 103 20.1.Capitalrealizadoeaçõespróprias 103 20.2.Reservaslegais 104 20.3.Outrasreservas 104 20.4.Excedentederevalorização 105 20.5.Outrasvariaçõesnocapitalpróprio 105 20.5.1.Diferençasdeconversãodedemonstrações

financeiras 106 20.5.2.Desviosealteraçõesdepressupostos

atuariais 107 20.5.3.SubsídiosdoGoverno 107 20.5.4.Reservadejustovalordederivados

decobertura 108 20.6.Aplicaçãodoresultadodoperíodoanterior 108

21.Provisões 108

22.Benefíciosaempregados 10922.1.Benefíciospós-emprego-Planosdecontribuiçãodefinida 11122.2.Benefíciospós-emprego-Planosdebenefíciosdefinidos 112

22.2.1.Caracterizaçãodosplanosdebenefícios definidos 113

22.2.2.Responsabilidadesemovimentos ocorridosnoperíodocomparativamentecom operíodoanterior 115

22.3.Benefíciosalongoprazo 117

23.Passivosfinanceiros 118 23.1.Categoriasdepassivosfinanceiros 118 23.2.Passivosfinanceiros-fornecedores 119 23.3.Passivosfinanceiros-financiamentosobtidos 119 23.4.Passivosfinanceiros-outrascontasapagar 120

24.Adiantamentosdeclienteseafornecedores 121

25.Estadoeoutrosentespúblicos 122

26.Diferimentosativosepassivos 123

27.Vendaseserviçosprestados 123

28.Resultadoapropriadodeempresasassociadas 124

29.Fornecimentoseserviçosexternos 124

30.Gastoscomopessoal 125

31.Outrosrendimentoseganhos 126

32.Outrosgastoseperdas 127

33.Gastos/reversõesdedepreciações,amortizaçõeseimparidades 127

34.Resultadosfinanceiroslíquidos 128

35.Resultadoporação 129

36.Partesrelacionadas 129

37.Riscosfinanceiros 132 37.1.Riscocambial 132 37.2.Riscodetaxadejuro 133 37.3.Riscodecrédito 136 37.4.Riscodeliquidez 138

38.Justovalordosinstrumentosfinanceirosderivados 140

39.Dispêndiosemmatériasambientais 143

40.Custoscomauditoriaerevisãolegaldecontas 144

41.CompromissosassumidospeloGrupo 144 41.1.Garantiaseoutroscompromissosfinanceiros 144 41.2.Outroscompromissosassumidos 145

42.Acontecimentosapósadatadobalanço 146

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01

O Grupo SECIL (Grupo) é constituído pela Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. (Sociedade ou Secil) e Sub-sidiárias. A Secil foi constituída em 27 de junho de 1918 e tem como atividade principal a fabricação e comercialização de cimento, produzido na sua fábrica do Outão, em Setúbal e distribuído pelos di-versos entrepostos comerciais presentes por todo o país.

Sede Social: Outão, Setúbal

Capital Social: Euros 264.600.000

N.I.P.C.: 500 243 590

A Secil lidera um Grupo empresarial com atividades operacionais em Portugal, Tu-nísia, Angola, França, Líbano, Cabo Verde e Brasil, destacando-se: (i) a produção de cimento diretamente e através das suas subsidiárias, nas fábricas de Maceira, Pataias, Gabès (Tunísia), Lobito (Ango-la), Beirute (Líbano), Pomerode (Brasil) e Adrianópolis (Brasil), (ii) a produção e co-mercialização de betão em Portugal, Tu-nísia e Líbano e (iii) a produção de inertes e exploração de pedreiras em Portugal e Cabo Verde.

Estas demonstrações financeiras conso-lidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Secil na reunião de 13 de abril de 2016.

Contudo, as mesmas estão ainda sujei-tas a aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal. O Conse-lho de Administração entende que estas demonstrações financeiras consolidadas refletem de forma verdadeira e apropria-da as operações da Sociedade e das suas subsidiárias, bem como a sua posi-ção consolidada, desempenho financeiro e fluxos de caixa consolidados.

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASDO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015(Nas presentes notas, todos os montantes são apresentados em Euros, salvo se indicado o contrário.)

1. Nota introdutória

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 49

01

As demonstrações financeiras consolida-das anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, vertidos no Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, e de acordo com a estrutura conceptual, normas contabilísticas e de relato financeiro e normas interpretativas aplicáveis ao período findo em 31 de de-zembro de 2015.

Efeitos futuros das alterações ao Sistema de Normalização Contabilística (SNC)Com a publicação do Aviso n.º 8256/2015, de 29 de julho de 2015, fo-ram introduzidas alterações ao Sistema de Normalização Contabilística, as quais são de aplicação obrigatória a partir de 1 de janeiro de 2016.

O Grupo Secil encontra-se ainda a ava-liar os eventuais impactos sobre as suas demonstrações financeiras consolidadas decorrentes das referidas alterações. Está igualmente em fase de análise, a possibilidade de preparação das de-monstrações financeiras consolidadas em conformidade com as Normas Inter-

nacionais de Contabilidade (NIC/IFRS), em detrimento da sua preparação de acordo com o Sistema de Normalização Contabilística.

ComparabilidadeAs demonstrações financeiras consolida-das dos exercícios findos em 31 de de-zembro de 2015 e 2014, não são com-paráveis em resultado da consolidação integral do Grupo Supremo Cimentos, S.A., após a aquisição, em 8 de julho de 2015, da holding brasileira NSOSPE – Empreendimentos e Participações, S.A. à Semapa, S.G.P.S., S.A.. Os efeitos ao nível do balanço consolidado, na data de aquisição, encontram-se divulgados na Nota 8 – Alterações no perímetro de consolidação.

2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras e comparabilidade

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01 As principais políticas contabilísticas apli-cadas na elaboração destas demonstra-ções financeiras consolidadas estão des-critas abaixo.

3.1. Bases de apresentaçãoAs demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (No-tas 5 e 6), mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites nos países de cada subsidiária, ajustados no processo de consolidação, de modo a que as demonstrações finan-ceiras consolidadas estejam de acordo com as Normas Contabilísticas e de Re-lato Financeiro (NCRF).

3.2. Concentração de ativida-des empresariais e princípios de consolidação

3.2.1 Princípios de consolidação

As demonstrações financeiras consoli-dadas incorporam as demonstrações fi-nanceiras da Sociedade e das entidades por si controladas - as suas subsidiárias. Entende-se existir controlo quando a So-ciedade tem o poder de definir as políti-cas financeiras e operacionais de uma entidade, de forma a obter benefícios de-

rivados das suas atividades, normalmen-te associados ao controlo, direto ou indi-reto, de mais de metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou convertíveis são considera-dos na avaliação do controlo que a Socie-dade detém sobre uma entidade.

As subsidiárias são incluídas nas de-monstrações financeiras consolidadas através do método de consolidação inte-gral, desde a data em que a Sociedade assume o controlo sobre as suas ativida-des financeiras e operacionais e até ao momento em que esse controlo cessa.

As políticas contabilísticas das subsidiá-rias foram alteradas, sempre que neces-sário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.

As transações internas, saldos, ganhos não realizados em transações e dividen-dos distribuídos entre empresas do Gru-po são eliminados. As perdas não realiza-das são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparida-de de um ativo transferido.

O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondentes à participação de terceiros nas mesmas são apresentados nas rubricas de inte-resses minoritários, respetivamente, no balanço consolidado de forma autónoma no capital próprio e na demonstração de resultados consolidada. As empresas in-cluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas nas Notas 5 e 6.

3. Resumo das principais políticas contabilísticas

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 51

01

Os interesses minoritários são inicial-mente mensurados pela corresponden-te quota-parte no justo valor dos ativos líquidos adquiridos. Subsequentemente, são ajustados pela correspondente quo-ta-parte nas variações posteriores no ca-pital próprio das subsidiárias.

Quando os prejuízos aplicáveis aos inte-resses minoritários excedem os corres-pondentes interesses no capital próprio da subsidiária, o Grupo absorve esse ex-cesso e quaisquer prejuízos adicionais, exceto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiária sub-sequentemente relatar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.

Na redução dos interesses do Grupo em subsidiárias, qualquer diferença entre o justo valor da contraprestação recebida ou a receber e a quota-parte correspon-dente na quantia escriturada dos ativos líquidos da subsidiária é registada em re-sultados do período.

3.2.2. Investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamen-te

Uma entidade conjuntamente controlada é um empreendimento conjunto que en-volve o estabelecimento de uma socieda-de, de uma parceria ou de outra entidade que, por via contratual, é conjuntamente controlada pelos vários empreendedo-res.

As entidades conjuntamente controla-das são incluídas nas demonstrações

financeiras consolidadas pelo método de consolidação proporcional sendo os ativos, passivos e rendimentos e gastos das entidades conjuntamente controla-das reconhecidos rubrica a rubrica nas demonstrações financeiras consolida-das, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.

As transações, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas conjunta-mente controladas e outras empresas do Grupo são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.

3.2.3 Investimentos financeiros em empresas associadas

Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência signi-ficativa mas não possui controlo, geral-mente com investimentos representando entre 20% a 50% dos direitos de voto. Por influência significativa entende-se o po-der de participar nas decisões relativas às políticas financeiras e operacionais da associada, sem que tal resulte em con-trolo ou controlo conjunto por parte do Grupo.

Os investimentos em associadas são contabilizados pelo método da equivalên-cia patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participa-ções financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (in-cluindo o resultado líquido) das associa-das, por contrapartida de rendimentos ou gastos do período, e pelos dividendos recebidos.

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01

O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de ativos e passivos iden-tificáveis de cada associada na data de aquisição é reconhecido como goodwill (Nota 3.2.6) e é mantido no valor de in-vestimento financeiro. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um rendimento do período.

É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparida-de sendo registadas como gastos na de-monstração de resultados as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reco-nhecidas em períodos anteriores deixam de existir são objeto de reversão, à exce-ção do goodwill.

Quando a proporção do Grupo nas per-das da associada iguala ou ultrapassa o seu investimento na associada, o inves-timento é relatado por valor nulo, exceto se tiver incorrido em responsabilidades ou efetuado pagamentos em nome da associada. Se posteriormente a associa-da relatar lucros, a Sociedade retoma o reconhecimento da sua quota-parte nes-ses lucros somente após a sua parte nos lucros igualar a parte das perdas não re-conhecidas.

Os ganhos não realizados em transações com as associadas são eliminados na ex-tensão da participação do Grupo nas as-sociadas. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a transa-ção revelar evidência de imparidade de um bem transferido.

As políticas contabilísticas de associadas foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.

Os investimentos em associadas encon-tram-se detalhados na Nota 7.

3.2.4 Investimentos financeiros em outras participações financeiras

Outras participações financeiras são as participações financeiras onde não exis-te influência significativa, por norma as que sejam inferiores a 20% dos direitos de voto.

Os investimentos em outras participa-ções financeiras podem ser mensurados:

• Ao custo ou custo amortizado, dedu-zido de eventuais perdas por impari-dade, quando o investimento não é negociado publicamente ou o justo valor não possa ser obtido com fiabi-lidade;

• Ao justo valor através de resultados quando o investimento é cotado e as cotações são divulgadas publica-mente.

Os rendimentos resultantes destas par-ticipações financeiras (dividendos ou lucros distribuídos) são registados na demonstração dos resultados do período em que é decidida e anunciada a sua dis-tribuição.

3.2.5 Concentração de atividades empresariais

As aquisições de subsidiárias e de negó-cios são registadas utilizando o método

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da compra. O correspondente custo é determinado como o agregado, na data da aquisição, de: (a) justo valor dos ativos entregues ou a entregar; (b) justo valor de responsabilidades incorridas ou assu-midas; (c) justo valor de instrumentos de capital próprio emitidos pelo Grupo em troca da obtenção de controlo sobre a subsidiária; e (d) custos diretamente atri-buíveis à aquisição.

Quando aplicável, o custo da concen-tração ou aquisição inclui o efeito de pagamentos contingentes acordados no âmbito da transação. As alterações subsequentes em tais pagamentos são registadas por contrapartida do corres-pondente goodwill.

Os ativos, passivos e responsabilidades contingentes da subsidiária ou negócio adquirido que satisfazem as condições de reconhecimento definidas na NCRF 14 são reconhecidos ao seu justo va-lor na data da aquisição. O excesso do custo da concentração relativamente ao justo valor da participação da Socieda-de nos ativos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração dos resultados conso-lidados.

Sempre que de um reforço de posição no capital social de uma empresa associa-da resulte a aquisição de controlo, pas-sando esta a integrar as demonstrações financeiras consolidadas pelo método integral, a quota-parte dos justos valores atribuídos aos ativos e passivos, corres-pondente às percentagens anteriormen-

te detidas, é registada na rubrica “Outras variações no capital próprio”.

Se o custo de aquisição for inferior ao jus-to valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida (goodwill negativo), a diferença é reconhecida diretamente na demons-tração de resultados na rubrica “Outros rendimentos e ganhos”.

Na eventualidade da contabilização inicial de uma aquisição não estar con-cluída no final do período de relato em que a mesma ocorreu, o Grupo relata montantes provisórios para os itens cuja contabilização não está concluída. Tais montantes provisórios são passíveis de ajustamento durante um prazo de 12 meses a contar da data da aquisição.

3.2.6 Goodwill

O goodwill representa o excesso do custo da concentração de atividades empresa-riais face ao interesse adquirido no justo valor líquido dos ativos, passivos e passi-vos contingentes identificáveis reconhe-cidos na sequência da concentração.

O goodwill é reconhecido como um ativo na data em que é adquirido o controlo. Subsequentemente, o goodwill não é amortizado e encontra-se sujeito a tes-tes por imparidade, numa base mínima anual.

Para efeitos de testes de imparidade, o goodwill é imputado às unidades gerado-ras de caixa do Grupo que beneficiam das sinergias resultantes da consolidação. As unidades geradoras de caixa às quais foi imputado o goodwill são sujeitas a testes de imparidade anuais ou mais frequen-

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tes (na eventualidade de existir alguma indicação de que a unidade possa estar em imparidade). Se a quantia recupe-rável da unidade geradora de caixa for inferior à correspondente quantia escri-turada, a perda por imparidade daí resul-tante é inicialmente imputada à quantia escriturada do goodwill, sendo a parte remanescente imputada aos restantes ativos da unidade geradora de caixa pro-porcionalmente às quantias escrituradas destes. Perdas por imparidade imputa-das ao goodwill não podem ser revertidas subsequentemente.

Ganhos ou perdas decorrentes da ven-da de uma entidade incluem o valor do goodwill que lhe corresponde.

3.2.7 Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangei-ras

São tratadas como entidades estrangei-ras as que operando no estrangeiro, têm autonomia organizacional, económica e financeira e que elaborem as suas de-monstrações financeiras utilizando para o efeito uma moeda distinta do Euro.

Os elementos incluídos nas demons-trações financeiras de cada uma das entidades estrangeiras do Grupo são mensurados utilizando a moeda do am-biente económico em que a entidade opera (moeda funcional). As demonstra-ções financeiras consolidadas são apre-sentadas em Euros, sendo esta a moeda funcional e de relato do Grupo.

Os ativos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando as

taxas de câmbio existentes à data do ba-lanço. Os rendimentos, gastos e fluxos de caixa dessas demonstrações financeiras são convertidos para euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no pe-ríodo. A diferença cambial resultante da conversão é registada no capital próprio na rubrica “Outras variações no capital próprio – diferenças de conversão de de-monstrações financeiras ”.

O goodwill e os ajustamentos de justo va-lor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como ativos e passivos dessa entidade adquirida e transpostos para Euros de acordo com a taxa de câmbio à data do balanço.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumu-lada é reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda da alienação.

As cotações utilizadas para conversão para Euros das demonstrações financei-ras das empresas estrangeiras do Grupo são as seguintes:

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Valorização/31/12/15 31/12/14 (desvalorização)

TND (dinar tunisino)Câmbio médio do período 2,1761 2,2516 3,35%Câmbio de fim do período 2,2116 2,2490 1,66%

LBP (libra libanesa)Câmbio médio do período 1672,60 2000,80 16,40%Câmbio de fim do período 1641,20 1830,30 10,33%

USD (dólar americano)Câmbio médio do período 1,1095 1,3272 16,40%Câmbio de fim do período 1,0887 1,2141 10,33%

BRL (real brasileiro)Câmbio médio do período 3,6959 3,1225 (18,36%)Câmbio de fim do período 4,2493 3,2207 (31,94%)

CVE (escudo cabo-verdiano)Câmbio médio do período 110,2650 110,2650 0,00%Câmbio de fim do período 110,2650 110,2650 0,00%

AOA (kwanza angolano)Câmbio médio do período 135,5674 132,1210 (2,61%)Câmbio de fim do período 149,7158 126,3854 (18,46%)

MZM (metical moçambicano)Câmbio médio do período 43,6553 41,6567 (4,80%)Câmbio de fim do período 51,0050 41,1500 (23,95%)

3.3 Ativos fixos tangíveisOs ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra, quaisquer cus-tos diretamente atribuíveis às atividades necessárias para colocar os ativos na localização e condição necessárias para operarem da forma pretendida e, quando aplicável, a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção dos ati-vos e de restauração dos respetivos lo-cais que o Grupo espera incorrer, dedu-zido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.

Na data de transição para as NCRF, o Grupo passou a considerar pela primei-ra vez como componente dos ativos fixos tangíveis a componente do custo do ativo relativa a custos de recuperação paisa-gística e ambiental a incorrer na recupe-ração das pedreiras, tal como previsto na NCRF 7. Os custos capitalizados são sujeitos à depreciação anual de acordo com a vida útil estimada das respetivas pedreiras.

Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2010 (data de transição para as NCRF), encontram-se registados

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ao abrigo da opção prevista na NCRF 3 – Adoção pela primeira vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, pelo seu valor considerado (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aquisição ou custo de aquisição reava-liado ao abrigo de diplomas legais (deter-minados ativos fixos tangíveis adquiridos até 31 de dezembro de 1992 e 1996, foram reavaliados, em 1993 e 1998, res-petivamente, de acordo com a legislação aplicável através da utilização de coefi-cientes de desvalorização monetária).

No que respeita às subsidiárias do Gru-po: CMP, Société des Ciments de Gabès (SCG), Cimentos Costa Verde, Unibetão, Secil-Britas, Uniconcreto e Lusoinertes, o custo dos ativos fixos tangíveis na data de aquisição das mesmas foi determina-do com base em avaliações efetuadas por entidades independentes.

Os custos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do ativo fixo ou reco-nhecidos como ativos separados, confor-me apropriado, somente quando é pro-vável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa e o respetivo cus-to possa ser mensurado com fiabilidade. Os demais dispêndios com reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos.

As depreciações são calculadas, após os bens se encontrarem disponíveis para uso, pelo método da linha reta, em con-formidade com o período de vida útil es-timado para cada grupo de bens. Para algumas classes de ativos fixos tangíveis adquiridos pelo Grupo é utilizado o méto-do do saldo decrescente.

As vidas úteis e método de depreciação

dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas esti-mativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospetivamente.

As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são suscetíveis de gerar benefícios económi-cos futuros são registadas como gastos no período em que são incorridas.

Os valores residuais dos ativos e as res-petivas vidas úteis são revistos e ajusta-dos, se necessário, na data do balanço. Se a quantia escriturada é superior ao valor recuperável do ativo, procede-se ao seu reajustamento para o valor recuperá-vel estimado mediante o registo de per-das por imparidade (Nota 3.7).

Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre o montante recebido na transação e a quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos na demonstra-ção dos resultados, nas rubricas ”Outros rendimentos e ganhos” e “Outros gastos e perdas”.

3.4 LocaçõesAs locações são classificadas como finan-ceiras sempre que os seus termos trans-ferem substancialmente todos os riscos e recompensas associados à proprieda-de do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como opera-cionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os ativos adquiridos mediante contratos

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de locação financeira, bem como as cor-respondentes responsabilidades, são re-gistados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentos de locações fi-nanceiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilida-de, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade.

Os pagamentos de locações operacio-nais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação. Os incentivos recebidos são registados como uma responsabilidade, sendo o montante agregado dos mesmos reco-nhecido como uma redução ao gasto com a locação, igualmente numa base linear.

As rendas contingentes são reconheci-das como gastos do período em que são incorridas.

3.5 Propriedades de investi-mentoAs propriedades de investimento com-preendem, essencialmente, imóveis de-tidos para obter rendas ou valorizações do capital (ou ambos), não se destinando ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para fins administra-tivos ou para venda no curso ordinário dos negócios.

As propriedades de investimento são ini-cialmente mensuradas ao custo (que in-clui custos de transação). Subsequente-

mente, as propriedades de investimento são mensuradas de acordo com o mode-lo do custo.

Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento em uti-lização nomeadamente manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades, são reconhecidos como um gasto no período a que se referem. As beneficiações relativamente às quais existem expectativas de que irão gerar benefícios económicos futuros adicionais são capitalizadas na rubrica de “Proprie-dades de investimento”.

3.6 Ativos intangíveis

i) Intangíveis adquiridos separada-mente

Os ativos intangíveis adquiridos separa-damente são registados ao custo (ou, em situações raras, de acordo com o modelo de revalorização) deduzido de amortiza-ções e perdas por imparidade acumula-das.

ii) Intangíveis gerados internamente – dispêndios de pesquisa e desenvol-vimento

Os dispêndios com atividades de pesqui-sa são registados como gastos no perío-do em que são incorridos, sendo apenas reconhecido um ativo intangível gerado internamente resultante de dispêndios com atividades de desenvolvimento de

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um projeto se forem cumpridas e de-monstradas todas as seguintes condi-ções:

• Existe viabilidade técnica para con-cluir o intangível a fim de que o mes-mo esteja disponível para uso ou para venda;

•Existe intenção de concluir o intangí-vel e de o usar ou vender;

•Existe capacidade para usar ou ven-der o intangível;

•O intangível é suscetível de gerar be-nefícios económicos futuros;

•Existe disponibilidade de recursos técnicos e financeiros adequados para concluir o desenvolvimento do intangível e para o usar ou vender;

•É possível mensurar com fiabilidade os dispêndios associados ao intangí-vel durante a sua fase de desenvol-vimento.

O montante inicialmente reconhecido do ativo intangível gerado internamente con-siste na soma dos dispêndios incorridos após a data em que são cumpridas as condições atrás descritas. Quando não são cumpridas tais condições, os dis-pêndios incorridos na fase de desenvol-vimento são registados como gastos do período.

Os ativos intangíveis gerados interna-mente são registados ao custo deduzido de amortizações e perdas por imparida-de acumuladas.

iii) Intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações de atividades em-presariais

Os intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações de atividades empresa-riais e reconhecidos separadamente do goodwill são inicialmente registados ao seu justo valor na data da aquisição, sendo subsequentemente deduzidos de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

iv) Amortização de intangíveis

As amortizações são reconhecidas numa base linear durante a vida útil estimada dos ativos intangíveis. As vidas úteis e método de amortização dos vários ativos intangíveis são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas esti-mativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospetivamente.

Os ativos intangíveis (independentemen-te da forma como são adquiridos ou ge-rados) com vida útil indefinida não são amortizados, sendo antes sujeitos a tes-tes de imparidade com uma periodicida-de anual, ou então sempre que haja uma indicação de que o intangível possa estar em imparidade.

v) Direitos de emissão de gases com efeito de estufa

As licenças de emissão de CO2 atribuídas ao Grupo, no âmbito do CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão de ga-ses com efeito de estufa) 2013-2020 a título gratuito são registadas, aquando do seu reconhecimento inicial, pelo jus-

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to valor na rubrica “Ativos intangíveis” por contrapartida do reconhecimento de um subsídio diretamente em capitais próprios na rubrica “Outras variações de capital próprio”.

Pelas emissões de gases com efeito de estufa efetuadas pelo Grupo é reconhe-cido um gasto com a respetiva amortiza-ção do ativo intangível e um rendimento em resultado do reconhecimento da quo-ta-parte de subsídio correspondente.

A emissão de gases com efeito de estufa é mensurada ao custo das licenças deti-das, segundo a fórmula de custeio FIFO.

Na alienação de direitos de emissão é apurado o ganho ou a perda entre o va-lor de realização e o respetivo custo de aquisição, deduzido do correspondente subsídio do Estado, o qual é registado em “Outros rendimentos e ganhos” ou “Ou-tros gastos e perdas” respetivamente no período em que ocorre a alienação.

Sempre que as emissões de gases com efeito de estufa excedem a quantidade de licenças detidas, são reconhecidas as respetivas responsabilidades nos termos da NCRF 21 - Provisões, Passivos Contin-gentes e Ativos Contingentes.

3.7 Imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis excluin-do goodwillEm cada data de relato é efetuada uma revisão das quantias escrituradas dos ativos fixos tangíveis e intangíveis do Grupo com vista a determinar se existe

algum indicador de que possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos res-petivos ativos a fim de determinar a ex-tensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo indi-vidual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence.

A quantia recuperável do ativo ou da uni-dade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de cus-tos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são desconta-dos usando uma taxa de desconto antes de impostos que reflita as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.

Sempre que a quantia escriturada do ati-vo ou da unidade geradora de caixa for superior à sua quantia recuperável, é re-conhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de ime-diato na demonstração dos resultados nas rubricas “Imparidade de ativos não depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/reversões)” ou “Imparidade de ativos depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/re-versões)” salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio. Neste último caso, tal perda será tratada como um decréscimo de revalorização.

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A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados nessas mesmas rubricas e é efetuada até ao li-mite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada.

3.8 Imposto sobre o rendimentoO imposto sobre o rendimento corres-ponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados dire-tamente no capital próprio. Nestes casos os impostos correntes e os impostos dife-ridos são igualmente registados no capi-tal próprio.

Imposto corrente: o imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável do período das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação. O lucro tributável difere do resultado contabilís-tico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedu-tíveis ou tributáveis noutros períodos. O lucro tributável exclui ainda gastos e ren-dimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.

Imposto diferido: os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos

para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tri-butação.

São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as dife-renças temporárias tributáveis.

São reconhecidos ativos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis, porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ati-vos por impostos diferidos. Em cada data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expec-tativas quanto à sua utilização futura.

Os ativos e os passivos por impostos dife-ridos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspon-dentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fis-cal) que estejam formal ou substancial-mente emitida na data de relato.

A compensação entre ativos e passivos por impostos diferidos apenas é permiti-da quando: (i) a empresa tem um direito legal de proceder à compensação entre tais ativos e passivos para efeitos de li-quidação; (ii) tais ativos e passivos rela-cionam-se com impostos sobre o rendi-mento lançados pela mesma autoridade fiscal e (iii) a empresa tem a intenção de proceder à compensação para efeitos de liquidação.

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3.9 InventáriosOs inventários encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios:

i) Mercadorias e matérias-primas

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao mais baixo entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido. O custo de aquisição inclui as despesas de compra acessórias, utilizando-se o custo médio ponderado como método de custeio.

ii) Produtos acabados e produtos e trabalhos em curso

Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso en-contram-se valorizados ao mais baixo de entre o custo de produção (que inclui o custo das matérias-primas incorpora-das, mão-de-obra e gastos gerais de fa-brico, tomando por base o nível normal de produção) e o valor realizável líquido, excluindo quaisquer custos de armazena-mento, logística e de venda.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado deduzido dos custos estimados de acabamento e de comercialização. As diferenças entre o custo e o valor realizável líquido, se in-ferior, são registadas em Imparidade de inventários.

3.10 Ativos e passivos finan-ceirosOs ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando as em-presas do Grupo se tornam parte das cor-respondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRF 27 – Instrumentos financeiros.

Os ativos e os passivos financeiros são classificados nas seguintes categorias: (i) ao custo ou custo amortizado e (ii) ao jus-to valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados.

i) Ao custo ou custo amortizado

São classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” os ativos e os pas-sivos financeiros que apresentem as se-guintes características:

• Sejam à vista ou tenham uma matu-ridade definida; e

• Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e

• Não sejam um instrumento financei-ro derivado ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.

O custo amortizado é determinado atra-vés do método do juro efetivo. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exata-mente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida espera-da do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do ativo ou passivo financeiro.

Nesta categoria incluem-se, consequen-temente, os seguintes ativos e passivos financeiros:

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a) Clientes e outras dívidas de tercei-ros

Os saldos de clientes e de outras dívi-das de terceiros são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais per-das por imparidade. Usualmente, o custo amortizado destes ativos financeiros não difere do seu valor nominal.

b) Caixa e depósitos bancários

Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e depósitos bancários” correspon-dem aos valores de caixa, depósitos ban-cários e depósitos a prazo e outras apli-cações de tesouraria vencíveis a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

Estes ativos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amorti-zado destes ativos financeiros não difere do seu valor nominal.

c) Outros ativos financeiros

Os outros ativos financeiros, que incluem os empréstimos concedidos, são regis-tados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade.

d) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

Os saldos de fornecedores e de outras dí-vidas a terceiros são registados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amorti-zado destes passivos financeiros não di-fere do seu valor nominal.

e) Financiamentos obtidos

Os financiamentos obtidos são regista-dos no passivo ao custo amortizado.

Eventuais despesas incorridas com a obtenção desses financiamentos, desig-nadamente comissões bancárias ou im-posto de selo, assim como os encargos com juros e despesas similares, são re-conhecidas pelo método do juro efetivo em resultados do período ao longo do pe-ríodo de vida desses financiamentos. As referidas despesas incorridas são apre-sentadas a deduzir à rubrica de “Finan-ciamentos obtidos”.

f) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros são geral-mente registados ao custo amortizado.

g) Contratos para conceder ou con-trair empréstimos

Os contratos para conceder ou contrair empréstimos que não possam ser liqui-dados numa base líquida e que, quando executados, reúnam as condições atrás descritas para serem classificados na categoria “Ao custo ou custo amortiza-do”, são registados ao custo deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Estes montantes são registados, con-soante a sua natureza, na rubrica “Outros ativos financeiros” ou na rubrica “Outros passivos financeiros”.

O custo amortizado é determinado atra-vés do método do juro efetivo. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exata-mente os pagamentos ou recebimentos

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futuros estimados durante a vida espera-da do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do ativo ou passivo financeiro.

ii) Ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados

Todos os ativos e passivos financeiros não classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são classificados na categoria “Ao justo valor com as alte-rações reconhecidas na demonstração dos resultados”.

Tais ativos e passivos financeiros são mensurados ao justo valor, sendo as va-riações no mesmo registadas em resul-tados nas rubricas “Perdas por reduções de justo valor” e “Ganhos por aumentos de justo valor”.

3.10.1 Imparidade de ativos finan-ceiros

Os ativos financeiros classificados na ca-tegoria “Ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais ativos financei-ros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objetiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento ini-cial, os seus fluxos de caixa futuros esti-mados são afetados.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por impa-ridade a reconhecer corresponde à di-ferença entre a quantia escriturada do ativo e o valor presente dos novos fluxos

de caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro efetiva original.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reco-nhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do ativo e a melhor estimativa do justo valor do ativo.

As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/reversões)” no período em que são determinadas.

Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal dimi-nuição pode ser objetivamente relacio-nada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (cus-to amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados nessa mesma rubrica e não é permitida a reversão de perdas por im-paridade registada em investimentos em instrumentos de capital próprio (mensu-rado ao custo).

3.10.2 Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros

O Grupo desreconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade os ativos financeiros e todos os riscos e be-nefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros transferidos relativa-mente aos quais o Grupo reteve alguns

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riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.

O Grupo desreconhece passivos finan-ceiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire.

3.11 Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadasOs ativos não correntes e os grupos para alienação são classificados como detidos para venda quando a sua quantia escritu-rada for essencialmente recuperada atra-vés de uma venda e não através do seu uso continuado. Considera-se que esta condição se verifica apenas quando a venda é altamente provável e o ativo não corrente ou grupo para alienação está disponível para venda imediata nas suas condições presentes. A correspondente venda deve estar concluída no prazo de um ano a contar da data da classificação do ativo não corrente ou do grupo para alienação como disponível para venda.

Quando o Grupo está comprometido com um plano de venda de uma subsidiária que envolva a perda de controlo sobre a mesma, todos os ativos e passivos dessa subsidiária são classificados como deti-dos para venda, desde que se cumpram os requisitos referidos no parágrafo an-terior, ainda que o Grupo retenha algum interesse minoritário na subsidiária após a venda.

A partir do momento em que determina-dos ativos tangíveis passam a ser consi-derados como detidos para venda, cessa a depreciação inerente a esses bens pas-sando estes a ser classificados como ati-vos não correntes detidos para venda. Os ganhos ou perdas nas alienações de ati-vos tangíveis, determinados pela diferen-ça entre o valor de venda e o respetivo valor líquido contabilístico, são contabili-zados em resultados na rubrica “Ganhos e perdas com a alienação de ativos”.

Os ativos não correntes e os grupos para alienação classificados como detidos para venda são mensurados ao menor de entre a sua quantia escriturada antes da classificação e o seu justo valor me-nos os custos para vender.

3.12 Subsídios do GovernoOs subsídios do Governo apenas são re-conhecidos quando há uma certeza ra-zoável de que o Grupo irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos.

Os subsídios do Governo associados à aquisição ou produção de ativos não correntes são inicialmente reconhecidos no capital próprio, na rubrica “Outras va-riações no capital próprio”, sendo sub-sequentemente imputados numa base sistemática (proporcionalmente às amor-tizações dos ativos subjacentes) como rendimentos do período durante as vidas úteis dos ativos com os quais se relacio-nam. No caso de se relacionarem com ativos não depreciáveis, são mantidos no

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capital próprio, exceto na parte necessá-ria para compensar eventuais perdas por imparidade nos referidos ativos.

Outros subsídios do Governo são, de uma forma geral, reconhecidos como rendimentos de uma forma sistemática durante os períodos necessários para os balancear com os gastos que é suposto compensarem. Subsídios do Governo que têm por finalidade compensar per-das já incorridas ou que não têm custos futuros associados são reconhecidos como rendimentos do período em que se tornam recebíveis.

3.13 Saldos e transações em moeda estrangeiraAs transações em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da empresa) são registadas às taxas de câmbio das datas das transações. Em cada data de relato, as quantias escri-turadas dos itens monetários denomi-nados em moeda estrangeira são atua-lizadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao justo valor de-nominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio das da-tas em que os respetivos justos valores foram determinados. As quantias escritu-radas dos itens não monetários regista-dos ao custo histórico denominados em moeda estrangeira não são atualizadas.

As diferenças de câmbio resultantes das atualizações atrás referidas são regista-das em resultados do período em que são geradas.

3.14 ProvisõesSão reconhecidas provisões apenas quando o Grupo tem uma obrigação pre-sente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, e é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente esti-mado.

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor es-timativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em con-sideração os riscos e incertezas associa-dos à obrigação.

As provisões são revistas na data de re-lato e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data.

As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como provisões. Existe um contrato oneroso quando o Grupo é parte integrante das disposições de um contra-to de acordo, cujo cumprimento tem as-sociados custos que não é possível evitar que excedem os benefícios económicos derivados do mesmo.

É reconhecida uma provisão para rees-truturação quando o Grupo desenvolveu um plano formal detalhado de reestru-turação e iniciou a implementação do mesmo ou anunciou as suas principais componentes aos afetados pelo mesmo. Na mensuração da provisão para rees-truturação são apenas considerados os dispêndios que resultam diretamente da implementação do correspondente pla-no, não estando, consequentemente, re-

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lacionados com as atividades correntes da empresa.

Os passivos contingentes não são reco-nhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibi-lidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações fi-nanceiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo eco-nómico futuro de recursos.

Recuperação ambiental e paisagís-tica

Nos termos da legislação aplicável, algu-mas das empresas do Grupo têm como responsabilidade a recuperação ambien-tal e paisagística das pedreiras afetas à exploração. Os trabalhos de reabilitação incluem essencialmente a limpeza e re-gularização das áreas destinadas à recu-peração, a modelação e preparação do terreno, o transporte e espalhamento de materiais rejeitados para aterro, a fertiliza-ção, a execução do plano geral de reves-timento com hidrossementeiras e planta-ções e a manutenção e conservação das zonas recuperadas após a implantação.

A extensão dos trabalhos necessários e dos respetivos custos a incorrer foram determinados com base em estudos pre-parados por entidades independentes, sendo que a responsabilidade total foi mensurada pelo valor esperado dos flu-xos de caixa futuros, descontados a valor presente.

Juízos de valor e estimativas estão en-volvidos na formação de expectativas sobre atividades futuras e no montante e período de tempo dos fluxos de caixa associados. Estas perspetivas são efe-tuadas com base na envolvente existente e regulamentação em vigor.

O valor da provisão para recuperação paisagística é incrementado na data de relato financeiro, em função do efeito temporal do dinheiro por contrapartida da rubrica “Juros e gastos similares su-portados” e é reduzido pelos dispêndios efetuados por cada uma das empresas do Grupo com a recuperação, na data em que estes ocorrem.

3.15 Benefícios pós-emprego

3.15.1 Planos de contribuição defi-nida

As contribuições para planos de contri-buição definida são reconhecidas como gasto na rubrica de “Gastos com o pes-soal” no período a que respeitam (quan-do os empregados abrangidos pelo plano prestaram os serviços que lhes conferem o direito aos benefícios).

3.15.2 Planos de benefícios defini-dos

No que diz respeito aos planos de bene-fícios definidos, o correspondente custo é também reconhecido na rubrica de “Gastos com o pessoal” e é determinado através do método da unidade de crédi-

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to projetada, sendo as respetivas avalia-ções atuariais efetuadas em cada data de relato intercalar e anual.

Os desvios atuariais, resultantes das diferenças entre os pressupostos uti-lizados para efeito de apuramento de responsabilidades e o que efetivamente ocorreu (bem como de alterações efetua-das aos mesmos e do diferencial entre o valor esperado da rentabilidade dos ativos dos fundos e a rentabilidade real) são reconhecidos, quando incorridos, di-retamente em capitais próprios na rubri-ca “Outras variações no capital próprio” (Nota 20).

O custo dos serviços passados é reco-nhecido em resultados numa base de linha reta durante o período até que os correspondentes benefícios se tornem adquiridos. São reconhecidos imediata-mente na medida em que os benefícios já tenham sido totalmente adquiridos.

Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos são reconhecidos em resultados do período quando o corte ou a liquidação ocorrer.

Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de emprega-dos ou o plano é alterado de forma a que os benefícios atribuídos sejam reduzidos, com efeito material.

A responsabilidade associada aos be-nefícios garantidos reconhecida no ba-lanço representa o valor presente da correspondente obrigação, ajustado por ganhos e perdas atuariais e pelo custo dos serviços passados não reconhecidos

e deduzido do justo valor dos ativos do plano.

3.16 Outros benefícios a longo prazo dos empregadosRelativamente ao reconhecimento e mensuração dos outros benefícios a lon-go prazo dos empregados, a NCRF 28 – Benefícios dos empregados, prevê um método simplificado de contabilização dos mesmos diferindo da contabilização exigida para os benefícios pós-emprego no reconhecimento imediato como ren-dimento ou gasto: (i) ganhos e perdas atuariais e (ii) todo o custo dos serviços passados.

Os respetivos custos são registados na rubrica ‘‘Gastos com o pessoal” e a res-ponsabilidade reconhecida no balanço corresponde ao valor presente da obriga-ção de benefícios definidos, determinada de acordo com as avaliações atuariais em cada data de relato intercalar e anual.

3.17 Benefícios a curto prazo dos empregadosOs benefícios a curto prazo dos emprega-dos são registados como gasto na rubri-ca “Gastos com o pessoal” aquando da prestação de serviço pelo empregado.

No caso da participação nos lucros e gra-tificações, os gastos são reconhecidos quando e, só quando: (i) exista a obri-gação legal ou construtiva de fazer tais pagamentos, em consequência de acon-tecimentos passados e (ii) possa ser feita uma estimativa fiável da obrigação.

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Existe uma obrigação presente quando e, só quando, o Grupo não tem alternativa realista senão a de fazer os pagamentos.

3.18 RéditoO rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito a reconhecer é deduzido do mon-tante estimado de devoluções, descon-tos e outros abatimentos. O rédito reco-nhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda.

O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas:

• Todos os riscos e vantagens da pro-priedade dos bens foram transferi-dos para o comprador;

• A empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;

• O montante do rédito pode ser men-surado com fiabilidade;

• É provável que benefícios económi-cos futuros associados à transação fluam para a empresa;

• Os custos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensu-rados com fiabilidade.

O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transação à data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas:

• O montante do rédito pode ser men-surado com fiabilidade;

• É provável que benefícios económi-

cos futuros associados à transação fluam para a empresa;

• Os custos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensu-rados com fiabilidade;

• A fase de acabamento da transação à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade.

O rédito de juros é reconhecido utilizan-do o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para o Grupo e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade.

O rédito proveniente de dividendos deve ser reconhecido quando for estabelecido o direito do Grupo receber o correspon-dente montante.

3.19 Encargos financeiros com empréstimos obtidosOs encargos financeiros relacionados com empréstimos são geralmente reco-nhecidos como gastos à medida que são incorridos.

Os encargos financeiros de empréstimos diretamente relacionados com a aquisi-ção, construção ou produção de ativos fixos são capitalizados quando o seu pe-ríodo de construção é superior a um ano, fazendo parte integrante do custo do ativo.

A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das ativida-des de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrompida após o início de utilização ou quando o projeto em causa se encontre suspenso.

Quaisquer proveitos financeiros gerados

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por empréstimos, diretamente relaciona-dos com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros ele-gíveis para capitalização.

3.20 Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de coberturaO Grupo utiliza derivados com o objetivo de gerir os riscos financeiros a que se en-contra sujeito.

Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente pelo seu jus-to valor na data em que são contratados. Em cada data de relato são remensura-dos ao justo valor, sendo o corresponden-te ganho ou perda de remensuração re-gistado de imediato em resultados, salvo se tais instrumentos forem designados como instrumento de cobertura. Quan-do forem designados como instrumento de cobertura, o correspondente ganho ou perda de remensuração deve ser re-gistado em resultados quando a posição coberta afetar resultados.

Um instrumento financeiro derivado com um justo valor positivo é reconhecido como um ativo financeiro nas rubricas “Outros ativos financeiros não correntes” ou “Outros ativos financeiros correntes”. Um instrumento financeiro derivado com um justo valor negativo é reconhecido como um passivo financeiro nas rubricas “Outros passivos financeiros não corren-tes” ou “Outros passivos financeiros cor-rentes”.

Um instrumento financeiro derivado é apresentado como não corrente se a sua maturidade remanescente for superior

a 12 meses e não for expectável a sua realização ou liquidação no prazo de 12 meses.

Contabilidade de cobertura

O Grupo designa como instrumento de cobertura determinados instrumentos financeiros derivados, no âmbito de ope-rações de cobertura do risco de taxa de juro e do risco de preço de licenças de emissão de gases com efeitos de estufa.

Os critérios para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura são os se-guintes:

• Adequada documentação da opera-ção de cobertura;

• O risco a cobrir é um dos riscos des-critos na NCRF 27 – Instrumentos fi-nanceiros;

• É esperado que as alterações no jus-to valor ou fluxos de caixa do item coberto, atribuíveis ao risco a cobrir, sejam praticamente compensadas pelas alterações no justo valor do instrumento de cobertura.

No início da operação da cobertura, o Grupo documenta a relação entre o ins-trumento de cobertura e o item coberto, os seus objetivos e estratégia de gestão do risco e a sua avaliação da eficácia do instrumento de cobertura a compensar variações nos justos valores e fluxos de caixa do item coberto.

As variações no justo valor dos instru-mentos financeiros derivados designados como instrumento de cobertura no âmbi-to de cobertura do risco de taxa de juro ou risco de preço de licenças de emissão

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de gases com efeito de estufa no âmbito de um compromisso ou de uma transa-ção futura de elevada probabilidade são registadas no capital próprio na rubrica “Outras variações de capital próprio – reserva de cobertura”. Tais ganhos ou perdas registados no capital próprio são reclassificados para resultados nos pe-ríodos em que o item coberto afetar re-sultados, sendo apresentados na linha afetada pelo item coberto.

A contabilidade de cobertura é desconti-nuada quando o Grupo revoga a relação de cobertura, quando o instrumento de cobertura expira, é vendido, ou é exerci-do, ou quando o instrumento de cobertu-ra deixa de se qualificar para a contabi-lidade de cobertura. Qualquer montante registado em “Outras variações no capi-tal próprio” apenas é reclassificado para resultados quando a posição coberta afetar resultados. Quando a posição co-berta consistir numa transação futura e não for expectável que a mesma ocorra, qualquer montante registado em “Outras variações no capital próprio” é de imedia-to reclassificado para resultados.

3.21 Gestão de risco

3.21.1 Fatores de risco financeiro

O Grupo Secil tem um programa de ges-tão de risco que foca a sua análise nos mercados financeiros com vista a mitigar os potenciais efeitos adversos na perfor-mance financeira do Grupo Secil.

A gestão deste risco é conduzida pela Direção Financeira do Grupo Secil de acordo com políticas aprovadas pela Ad-ministração.

a) Risco cambial

A variação da taxa de câmbio do Euro face a outras moedas pode afetar os re-sultados do Grupo de diversas formas.

O risco cambial resulta essencialmente: (i) da transposição para Euros das de-monstrações financeiras das subsidiá-rias e associadas localizadas na Tuní-sia, Angola, Líbano e Brasil, cuja moeda funcional é distinta da moeda de relato financeiro e (ii) dos fluxos operacionais e financeiros em USD, nomeadamente os relativos às vendas de cimento e clínquer, às compras de combustíveis e fretes de navios e aos financiamentos obtidos.

O Grupo Secil prosseguiu a sua política de maximização do potencial de cobertu-ra natural da sua exposição cambial, via compensação dos fluxos cambiais intra-grupo.

Para os fluxos não compensados natu-ralmente, o risco tem vindo a ser anali-sado e parcialmente coberto através da transação de divisas spot e forward ou da contratação de estruturas de opções, que estabelecem o contravalor máximo a pagar e permitem beneficiar parcialmen-te de evoluções favoráveis na taxa de câmbio. Em relação aos financiamentos obtidos em moeda diferente da moeda funcional de cada subsidiária, é avaliada a cobertura do risco de taxa de câmbio.

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b) Risco de taxa de juro

A política de gestão de risco de taxa de juro visa reduzir a volatilidade do custo da dívida, quando sujeita à variação de um indexante variável. A redução da vo-latilidade da taxa de juro é assegurada através da monitorização das perspeti-vas de evolução dos indexantes de mer-cado e da avaliação da contratação de coberturas que assegurem uma efetiva limitação do risco. Adicionalmente, é pe-riodicamente avaliada a contratação de financiamentos em regime de taxa de juro fixa.

c) Risco de licenças de emissão de efeitos de estufa

O Grupo Secil promove uma gestão ativa da sua carteira de licenças de emissão de carbono que lhe foram atribuídas no âmbito da fase 3 do CELE (Comércio Eu-ropeu de Licenças de Emissão de gases com efeito de estufa), relativa ao período 2013-2020. Fruto da crescente utiliza-ção de combustíveis alternativos, o Gru-po Secil tem registado (e prevê manter) alguns excessos de licenças de emissão, tendo estes excedentes vindo a ser tran-sacionados no mercado, reduzindo/mi-norando o risco de preço.

d) Risco de crédito

O risco de crédito está essencialmente relacionado com os montantes a receber de clientes.

O agravamento das condições económi-cas globais ou adversidades que afetem apenas as economias a uma escala local

pode originar a incapacidade dos clientes em saldar as obrigações decorrentes das vendas de produtos. O seguro de crédi-to e a obtenção de garantias bancárias a favor do Grupo têm sido instrumentos adotados pelo Grupo Secil para, em com-plemento com a sua constante e essen-cial monitorização, minorar os impactos negativos deste tipo de risco.

e) Risco de liquidez

O Grupo gere o risco de liquidez por três vias: (i) garantindo que a sua dívida finan-ceira tem uma componente de médio e longo prazo com maturidades adequadas aos ativos financiados, (ii) dispondo de facilidades de crédito de apoio à tesou-raria em montantes suficientes e disponí-veis a todo o momento e (iii) acumulando montantes em aplicações de tesouraria.

3.21.2 Fatores de risco operacional

a) Setor da Construção

O volume de negócios da Secil depende do nível de atividade no setor da constru-ção em cada um dos mercados geográfi-cos em que opera. O setor da construção tende a ser cíclico, especialmente em economias maduras, e depende do nível de construção residencial e comercial, bem como do nível de investimentos em infraestruturas.

O setor da construção é sensível a fato-res como as taxas de juro e uma quebra da atividade económica numa dada eco-

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nomia pode conduzir a uma recessão no setor da construção.

Apesar da empresa considerar que a sua diversificação geográfica é a melhor forma de conseguir a estabilização dos seus resultados, a sua atividade, situa-ção financeira e resultados operacionais podem ser negativamente afetados por uma quebra do setor da construção em qualquer mercado significativo em que opere.

b) Procura de produtos - Secil

Nos mercados maduros a procura de ci-mento e outros materiais de construção tende a ser bastante regular ao longo do ano. Apenas se nota uma redução da pro-cura durante o mês de janeiro e dezem-bro. A procura dos produtos da Secil está, em geral, alinhada com esse padrão de comportamento.

c) Legislação ambiental

Nos últimos anos, a legislação comunitá-ria e nacional tem vindo a tornar-se mais limitativa no que respeita ao controlo dos efluentes.

O Grupo Secil respeita a legislação atual-mente em vigor, tendo para isso realizado investimentos muito significativos nos úl-timos anos. Embora não se preveja, num futuro próximo, alterações significativas à atual legislação, existe a possibilidade da Secil necessitar de realizar investimentos adicionais nesta área, de modo a cum-prir eventuais novos limites que venham a ser aprovados.

d) Custos energéticos

Uma parte significativa dos custos do Grupo está dependente dos custos ener-géticos. A energia é um fator de custo com peso significativo na atividade da Secil e nas suas participadas.

O Grupo protege-se, em certa medida, contra o risco da subida do preço da energia através da possibilidade de al-gumas das suas fábricas utilizarem com-bustíveis alternativos e de contratos de fornecimento de energia elétrica de lon-go prazo para algumas das necessidades energéticas.

Apesar destas medidas, flutuações signi-ficativas nos custos da eletricidade e dos combustíveis podem afetar negativamen-te a atividade, situação financeira e resul-tados operacionais do Grupo.

e) Necessidade de investimentos sig-nificativos em novas aquisições no futuro

O Grupo Secil tem interesses em setores onde se tem vindo a assistir a processos de consolidação e onde podem surgir oportunidades de crescimento quer orgâ-nico quer pela via de aquisições.

3.22 Capital Social e ações próprias As ações ordinárias são classificadas no capital próprio (Nota 20).

Os custos diretamente atribuíveis à emis-são de novas ações ou outros instrumen-tos de capital próprio são apresentados

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como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante da emissão.

Os custos diretamente imputáveis à emissão de novas ações ou opções, para a aquisição de um negócio são incluídos no custo de aquisição, como parte do va-lor da compra.

As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição, como uma redução do capital próprio, na rubrica “Ações próprias” sendo os ganhos ou per-das inerentes à sua alienação registados em “Outras reservas”. Em conformidade com a legislação comercial aplicável, en-quanto as ações próprias se mantiverem na posse da sociedade, é tornada indis-ponível uma reserva de montante igual ao seu custo de aquisição.

Quando alguma empresa do Grupo ad-quire ações da empresa-mãe (ações pró-prias) o pagamento, que inclui os custos incrementais diretamente atribuíveis (líquidos de impostos), é deduzido ao capital próprio atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe até que as ações sejam canceladas, reemitidas ou alienadas.

Quando tais ações são subsequentemen-te vendidas ou reemitidas, qualquer rece-bimento, líquido de custos de transação diretamente atribuíveis e de impostos, é refletido no capital próprio dos deten-tores do capital da empresa, em outras reservas.

3.23 Distribuição de dividen-dosA distribuição de dividendos aos deten-tores do capital é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo no período em que os dividen-dos são aprovados pelos acionistas e até ao momento da sua liquidação.

3.24 Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas

Na preparação das demonstrações fi-nanceiras consolidadas anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afetam as quantias relatadas de ativos e passivos, assim como as quantias relata-das de rendimentos e gastos do período.

As estimativas e os pressupostos subja-centes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financei-ras consolidadas dos eventos e transa-ções em curso, assim como na experiên-cia de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das de-monstrações financeiras consolidadas, não foram consideradas nessas estima-tivas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das de-monstrações financeiras serão corrigi-das de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado,

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os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspon-dentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstra-ções financeiras consolidadas anexas fo-ram os seguintes:

a) Imparidade do goodwill

O goodwill é sujeito a teste de imparidade anualmente ou sempre que existem indí-cios de uma eventual perda de valor, de acordo com a política indicada na Nota 3.2.6.

Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa às quais o goodwill é afeto são determinados com base no valor de uso, apurado de acordo com os fluxos de caixa esperados. Na de-terminação do valor de uso são utilizadas estimativas por parte da gestão relativa-mente à evolução futura da atividade e às taxas de desconto consideradas.

b) Imposto sobre o Rendimento

O Grupo reconhece passivos para liquida-ções adicionais de impostos que possam resultar de revisões pelas autoridades fiscais.

Quando o resultado final destas situa-ções é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e nos im-postos diferidos, no período em que tais diferenças são identificadas.

c) Reconhecimento de ativos por im-postos diferidos

São reconhecidos ativos por impostos diferidos apenas quando existe forte se-gurança de que existirão lucros tributá-veis futuros disponíveis para a utilização das diferenças temporárias, ou quando existam passivos por impostos diferidos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os ativos por impostos di-feridos sejam revertidos. A avaliação dos ativos por impostos diferidos é efetuada pela gestão no final de cada exercício, tendo em atenção a expectativa de de-sempenho no futuro.

d) Pressupostos atuariais

A avaliação das responsabilidades com benefícios definidos é efetuada semes-tralmente com o recurso a estudos atua-riais elaborados por peritos independen-tes, baseados em pressupostos atuariais associados a indicadores económicos e demográficos. Alterações nestes pressu-postos podem ter um impacto relevante naquelas responsabilidades.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 75

01

e) Provisões

O Grupo analisa de forma periódica eventuais obrigações que ressaltem de eventos passados e que devam ser ob-jeto de reconhecimento ou divulgação. A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamen-tos significativos, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anterior-mente divulgadas como passivos contin-gentes.

f) Imparidade das contas a receber

O Grupo gere os riscos de crédito na carteira de saldos a receber através de análises de risco criteriosas aquando da abertura de crédito para novos clientes e da sua revisão regular (Nota 18.4).

Desta forma, são recolhidos elementos do comportamento financeiro dos clien-tes através de contactos regulares, bem como através de contactos com outras entidades envolvidas na relação comer-cial (por exemplo, agentes de vendas).

Paralelamente, a Secil e algumas das suas subsidiárias portuguesas contra-tualizaram seguros de crédito (Nota 37.3) que reduzem a sua exposição ao risco de crédito da carteira de saldos a receber.

3.25 Acontecimentos após a data do balanço

Os acontecimentos após a data do balan-ço que proporcionem informação adicio-nal sobre condições que existiam à data do balanço (adjusting events ou aconteci-mentos após a data do balanço que dão origem a ajustamentos) são refletidos nas demonstrações financeiras. Os even-tos após a data do balanço que propor-cionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (non ad-justing events ou acontecimentos após a data do balanço que não dão origem a ajustamentos) são divulgados nas de-monstrações financeiras, se forem consi-derados materiais.

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01 Para efeitos da demonstração dos flu-xos de caixa, a caixa e seus equivalentes inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis (de prazo inferior ou igual a três meses) e aplica-ções de tesouraria no mercado monetá-

rio, líquidos de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes. Caixa e seus equivalentes em 31 de dezembro de 2015 e 2014 de-talha-se conforme se segue:

4. Fluxos de caixa

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Numerário 259 852 300 931Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 25 558 973 19 177 345Aplicações de tesouraria 107 701 297 117 197 663 (Nota 18) 133 520 122 136 675 939Descobertos bancários (Nota 23.3) (3 994 686) (9 843 159) 129 525 436 126 832 780

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015. Investimentos em subsidiárias

31/12/15 31/12/14 % do capital detido pela Secil % do capital detido pela Secil Denominação Social Sede Direta Indireta Total Direta Indireta Total Hewbol, S.G.P.S., Lda. Funchal 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Somera Trading Inc. Panamá - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda. Praia - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda. Praia 37,50 25,00 62,50 37,50 25,00 62,50 Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda. Funchal 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Sociedade de Inertes, Limitada Nacala - 100,00 100,00 - 99,00 99,00 Seciment Investments, B.V. Amesterdão 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 I3 Participações e Serviços, Ltda. Rio de Janeiro - 100,00 100,00 - 99,97 99,97 Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Silonor, S.A. Dunkerque 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Société des Ciments de Gabès Tunis 98,72 - 98,72 98,72 - 98,72 Sud-Béton - Société de Fabrication de Béton du Sud Tunis - 98,72 98,72 - 98,72 98,72 Zarzis Béton Tunis - 98,52 98,52 - 98,52 98,52 Secil Angola, SARL Luanda 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. Lobito - 51,00 51,00 - 51,00 51,00 Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. Setúbal 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Britobetão - Central de Betão, Lda. Évora - 91,00 91,00 - 91,00 91,00 Secil Britas, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Lusoinertes, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A. Leiria 51,19 48,81 100,00 51,19 48,81 100,00 IRP - Indústria de Rebocos de Portugal, S.A. Santarém - 75,00 75,00 - 75,00 75,00 Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 ALLMA - Microalgas, Lda. Leiria - 70,00 70,00 - 70,00 70,00 Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. Lisboa - 90,96 90,96 - 90,87 90,87 Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Allmicroalgae - Natural products, S.A. (b) Setúbal - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. Rio de Janeiro - 100,00 100,00 - - - Supremo Cimentos, S.A. Santa Catarina - 100,00 100,00 - - - Margem companhia de Mineração Paraná - 100,00 100,00 - - - Nacional Mineração e Engenharia, S.A. Santa Catarina - 100,00 100,00 - - - CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A. Leiria 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Ciments de Sibline, S.A.L. Beirute 28,64 22,41 51,05 28,64 22,41 51,05 Soime, S.A.L. Beirute - 51,05 51,05 - 51,05 51,05 Cimentos Madeira, Lda. Funchal 57,14 - 57,14 57,14 - 57,14 Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Promadeira - Sociedade Técnica de Construção da lha da Madeira, Lda. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. (a) Funchal - 29,14 29,14 - 29,14 29,14 Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. Funchal - 57,14 57,14 - 29,14 29,14 Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00

5.1. Subsidiárias Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 o Grupo apresenta as seguintes subsidiárias:

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5.2. Interesses minoritáriosEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, o detalhe dos interesses minoritários incluídos no capital próprio é conforme segue:

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o detalhe dos interesses minoritários evidencia-dos na demonstração dos resultados é conforme se segue:

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 apresentam-se conforme se segue:

RESULTADOValores em Euros 31/12/15 31/12/14Britobetão - Central de Betão, Lda. 12 728 (7 689)Société des Ciments de Gabès e subsidiárias (35 359) 106 320IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. 82 949 89 108Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. (3 244 793) (2 618 003)Ciments de Sibline, S.A.L. e subsidiária 11 112 688 8 566 966Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias (77 851) 23 708Outros (82 489) (109 719) 7 767 873 6 050 691

Capitais PrópriosValores em Euros 31/12/15 31/12/14Britobetão - Central de Betão, Lda. 69 769 57 042Société des Ciments de Gabès e subsidiárias 848 216 965 064IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. 393 315 460 366Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. (441 657) 2 957 344Ciments de Sibline, S.A.L. e subsidiária 72 678 145 69 182 364Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias 5 158 066 5 366 376Outros (779 153) (696 478) 77 926 701 78 292 078

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Saldo inicial 78 292 078 66 192 420 Variação de perímetro: Sociedade de Inertes, Limitada Reforço de 50% da participação do Grupo no capital - 795 Reforço de 1% da participação do Grupo no capital (Nota 8) 978 - Solenreco - Prod. e comercialização de combustíveis, Lda. Alienação da participação de 98% no capital - 14 635 Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. Reforço de 0,09% da participação do Grupo no capital (Nota 8) (825) - Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. Reforço de 28% da participação do Grupo no capital (Nota 8) (115 813) - I3 Participações e Serviços, Ltda. Reforço de 0,03% da participação do Grupo no capital (Nota 8) (3) - Redução de capital da Société des Ciments de Gabès - (70 108)Transposição das demonstrações financeiras de subsidiárias estrangeiras 5 204 941 8 356 806Dividendos (13 207 278) (2 269 237)Desvios e alterações de pressupostos nos estudos atuariais (7 854) 25 463Subsídios ao investimento (7 396) (9 387)Resultado líquido do período 7 767 873 6 050 691 Saldo final 77 926 701 78 292 078

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 79

016. Interesses em empreendimentos conjuntos

7. Investimentos em associadas

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o Grupo apresenta os seguintes interesses em empreendimentos conjuntos:

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o Grupo tem os seguintes investimentos em associadas:

31/12/15 31/12/14 % do capital detido pela Secil % do capital detido pela SecilDenominação Social Sede Direta Indireta Total Direta Indireta TotalSecil Unicon - S.G.P.S., Lda. Lisboa 50,00 - 50,00 50,00 - 50,00 Secil Prébetão, S.A. Montijo - 39,80 39,80 - 39,80 39,80

31/12/15 31/12/14 % indireta do % indireta do Sede capital detido capital detidoSetefrete, SGPS, S.A. Setúbal 25,00 25,00 MC - Matériaux de Construction Gabès 49,36 49,36 J.M.J. Henriques, Lda. Câmara de Lobos 28,57 28,57 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. Lisboa 35,00 35,00 Supremo Cimentos, S.A. Pomerode - 15,00 NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. Rio de Janeiro - 20,68

Em 24 de junho de 2015 a NSOSPE – Empreendimentos e Participações, S.A. reforçou a participação financeira que detinha na Supremo Cimentos, S.A. em 50%, passando a deter a essa data 85% do seu capital social e das suas subsidiá-rias: Margem companhia de Mineração e Nacional Mineração e Engenharia, S.A..

Em 8 de julho de 2015 a subsidiária do Grupo Secil, Ciminpart – Investimentos e Participações, SGPS, S.A. (“Ciminpart”) adquire à Semapa, S.G.P.S., S.A. a par-ticipação financeira que esta detinha na NSOSPE – Empreendimentos e Participa-

ções, S.A., passando a deter a totalidade do seu capital.

Com estas aquisições, a NSOSPE – Em-preendimentos e Participações, S.A., a Supremo Cimentos, S.A. e suas subsidiá-rias passam a ser detidas a 100% pelo Grupo Secil passando de associadas a subsidiárias (Notas 5.1, 8 e 14).

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as demonstrações financeiras disponíveis das associadas apresentam nas suas demonstrações financeiras os valores seguintes:

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01 31 de Dezembro de 2015 Ativos Passivos Capital Vendas e serviços ResultadoValores em Euros Totais Totais Próprio prestados LíquidoMC- Materiaux de Construction a) 721 482 694 002 27 480 4 229 614 (97 997)J.M.J. - Henriques, Lda. a) 1 078 986 322 102 756 884 - (3 434)Setefrete, SGPS, S.A. b) e d) 8 105 038 5 440 114 2 664 924 102 813 4 638 825 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. c) 3 917 745 3 553 647 364 098 11 747 355 303 136

31 de Dezembro de 2014 Ativos Passivos Capital Vendas e serviços ResultadoValores em Euros Totais Totais Próprio prestados LíquidoMC - Materiaux de Construction a) 622 391 500 547 121 844 7 603 069 (5 134)J.M.J. - Henriques, Lda. a) 1 076 917 316 595 760 322 - (3 320)Setefrete, SGPS, S.A. a) e b) 5 664 562 2 207 862 3 456 700 102 813 2 892 221Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. a) 3 989 252 3 500 394 488 858 12 379 830 427 896Supremo Cimentos S.A. a) e b) 175 997 086 82 838 453 93 158 633 54 316 698 (1 793 627)NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. a) e b) 84 404 485 47 605 439 36 799 046 - (4 498 648)

a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras oficiais das associadas para o período findo em 31.12.2015. b) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras oficiais da associada para o período findo em 31.12.2014. c) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 30.11.2015. d) Para efeitos de aplicação do Método de Equivalência Patrimonial (Nota 14), as demonstrações financeiras destas sociedades encontram-se ajustadas.

a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras oficiais das associadas para o período findo em 31.12.2014, com exceção da Setefrete, SGPS, S.A .que respeitam ao período findo em 31.12.2013 b) Para efeitos de aplicação do Método de Equivalência Patrimonial (Nota 14), as demonstrações financeiras destas sociedades encontram-se ajustadas.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 81

01No decurso do período findo em 31 de dezembro de 2015, o impacto nas demonstra-ções financeiras consolidadas por via de alterações no perímetro de consolidação é como se segue:

8. Alterações no perímetro de consolidação

Valores em Euros Ativos não correntes Ativos fixos tangíveis (Nota 10) 346 125 238 Goodwill (Nota 9) 58 316 083 Ativos intangíveis (Nota 13) 26 549 889 Participações financeiras (Nota 14) (86 204 906) Outras contas a receber 798 035 Ativos por impostos diferidos (Nota 15.2) 6 799 176

Ativos correntes Inventários 7 454 470 Clientes 3 982 761 Estado e outros entes públicos 8 108 812 Outras contas a receber 1 097 705 Outros ativos financeiros (Nota 38) 1 780 556 Caixa e depósitos bancários 7 332 487

Interesses minoritários (Nota 5.2) 115 663

Passivos não correntes Provisões (Nota 21) (1 158 640) Financiamentos obtidos (139 775 890) Passivos por impostos diferidos (Nota 15.2) (32 672 170) Outras contas a pagar (4 575 577)

Passivos correntes Fornecedores (6 225 495)) Adiantamentos de clientes (170 908) Estado e outros entes públicos (2 483 153) Financiamentos obtidos (46 149 400) Outras contas a pagar (71 179 570) Diferimentos (56 638) Outros passivos financeiros (Nota 38) (2 462 271)

Ativos e passivos identificáveis à data da aquisição/alienação 75 346 257Goodwill (Nota 9) 18 193 456Custo /(proveito) reconhecido em resultados (343 024)Custos da concentração/Preço Venda 93 196 689Caixa e equivalentes de caixa (7 332 487)Património líquido adquirido/integrado 85 864 202

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01

Entradas no perímetro

- NSOSPE – Empreendimentos e Partici-pações, S.A. – com sede no Rio de Janei-ro, reforço da participação financeira de-tida, de 20,68% em 31 de dezembro de 2014, para a totalidade do capital desta sociedade, passando no corrente período de associada a subsidiária do Grupo Se-cil (Nota 7).

- Supremo Cimentos, S.A. e subsidiárias – com sede em Santa Catarina, reforço da participação financeira detida, de 15% em 31 de dezembro de 2014, para a to-talidade do capital desta sociedade, pas-sando no corrente período de associada a subsidiária do Grupo Secil (Nota 7).

I3 Participações e Serviços, Ltda. – com sede no Rio de Janeiro, reforço da par-ticipação financeira detida em 0,03% do capital social da sociedade em resultado da aquisição da NSOSPE – Empreendi-mentos e Participações, S.A..

- Sociedade de Inertes, Lda. – com sede em Nacala, aquisição da remanescente participação de 1% do capital social da sociedade.

- Argibetão - Sociedade de Novos Produ-tos de Argila e Betão, S.A. – com sede em Lisboa, reforço da participação financeira detida em 0,09% do capital social da so-ciedade.

- Pedra Regional - Industria Transforma-dora de Rochas Ornamentais, S.A. – com sede no Funchal, reforço da participa-ção financeira detida em 28% do capital social, passando o Grupo Secil a deter 57,14% do capital da sociedade.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 83

01No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os movimentos ocorridos na rubrica “Goodwill”, são conforme se segue:

O goodwill é atribuído às unidades geradoras de fluxos de caixa (UGC) do Grupo, iden-tificadas de acordo com o país da operação e o segmento de negócio, conforme se segue:

Para efeitos de testes de imparidade, o valor recuperável das UGC é determina-do com base no valor em uso, de acor-do com o método dos fluxos de caixa descontados. Os cálculos baseiam-se no desempenho histórico e nas expectativas de desenvolvimento do negócio com a atual estrutura produtiva, sendo utiliza-do o plano estimado de médio prazo a 5 anos do Grupo.

No período findo em 31 de dezembro de 2015 e 2014, em resultado dos testes de imparidade efetuados às UGC não se identificaram perdas por imparidade no goodwill.

9. Goodwil

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Valor bruto no início do período 226 781 948 224 577 379Perdas por imparidade acumuladas (110 122 096) (109 610 754)Valor líquido no início do período 116 659 852 114 966 625Variação de perímetro (Nota 8) 58 316 083 - Aquisições: Nsospe Empreendimentos e Participações, SA (Nota 8) 17 944 095 - Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. (Nota 8) 249 361 -Variação cambial: Société des Ciments de Gabès (Nota 20.5.1) 464 648 151 870 Sud-Béton-Société de Fabrication de Béton du Sud (Nota 20.5.1) 27 619 9 027 Ciments de Sibline, S.A.L. (Nota 20.5.1) 1 475 207 1 532 330 Nsospe Empreendimentos e Participações, SA (Nota 20.5.1) (5 410 590) - Supremo Cimentos, S.A. (Nota 20.5.1) (11 594 901) -Transferência de “Participações financeiras - método equivalência patrimonial” (Nota 14) 16 454 003 -Saldo final 194 585 377 116 659 852

Valores em Euros Portugal Líbano Tunísia Brasil Outros TotalCimento 50 647 610 14 440 130 27 941 021 75 708 690 - 168 737 451Betões 21 336 708 - 1 660 895 - - 22 997 603Agregados 249 361 - - - - 249 361Outros 2 480 536 - - - 120 426 2 600 962 74 714 215 14 440 130 29 601 916 75 708 690 120 426 194 585 377

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01

10. Ativos fixos tangíveis

Valores em Euros Terrenos e recursos naturais Recuperação paisagística Edifícios e outras construções Equipamentos Ativos fixos tangíveis em curso Adiantamentos Total

AtivosSaldo em 1 de janeiro de 2014 167 938 441 5 093 941 397 133 010 1 301 501 627 13 226 733 1 110 270 1 886 004 022Variação de perímetro - - - (1 510 000) 614 010 - (895 990)Aquisições 468 978 - 1 602 359 3 183 121 10 851 761 629 242 16 735 461Alienações (75 444) - (127 772) (3 043 296) - - (3 246 512)Regularizações, transferências e abates 1 829 544 375 931 (3 060 369) 14 461 534 (14 477 995) (932 260) (1 803 615)Ajustamento cambial 2 854 345 - 6 510 403 19 643 903 603 576 86 822 29 699 049Saldo em 31 de dezembro de 2014 173 015 864 5 469 872 402 057 631 1 334 236 889 10 818 085 894 074 1 926 492 415Variação de perímetro (Nota 8) 63 688 063 - 56 114 684 158 315 088 76 813 291 2 992 600 357 923 726Aquisições 930 641 - 5 611 403 4 413 620 13 815 300 1 284 029 26 054 993Alienações (1 946 403) - (3 162 250) (3 119 290) (56 445) - (8 284 388)Regularizações, transferências e abates 885 904 - 36 069 764 40 935 542 (76 528 923) (828 263) 534 024Ajustamento cambial (8 798 722) - (10 489 982) (17 492 500) (6 440 320) (368 318) (43 589 842)Saldo em 31 de dezembro de 2015 227 775 347 5 469 872 486 201 250 1 517 289 349 18 420 988 3 974 122 2 259 130 928

Deprec. acumuladas e perdas por imparidadeSaldo em 1 de janeiro de 2014 (43 579 815) (1 764 547) (321 830 063) (1 152 134 755) (1 391 002) - (1 520 700 182)Depreciações (Nota 33) (1 210 333) (116 393) (8 116 283) (32 346 584) - - (41 789 593)Perdas por imparidade (Nota 33) (105 316) - 381 783 (1 121 934) (523 419) - (1 368 886)Alienações 358 - 127 443 2 907 948 - - 3 035 749Regularizações, transferências e abates (341 108) (300 377) 421 822 1 103 588 - (267 500) 616 425Ajustamento cambial (363 536) - (3 184 179) (12 272 602) (12 073) - (15 832 390)Saldo em 31 de dezembro de 2014 (45 599 750) (2 181 317) (332 199 477) (1 193 235 172) (1 926 494) (267 500) (1 575 409 710)Variação de perímetro (Nota 8) (839 748) - (1 321 759) (9 636 981) - - (11 798 488)Depreciações (Nota 33) (2 034 962) (115 672) (7 292 928) (32 889 546) - - (42 333 108)Perdas por imparidade (Nota 33) (197 610) - (797 588) (404 899) - - (1 400 097)Alienações - - 1 486 931 2 740 663 - - 4 227 594Regularizações, transferências e abates - - - 3 028 375 - - 3 028 375Ajustamento cambial (342 925) - (1 653 242) (6 816 525) - - (8 812 692)Saldo em 31 de dezembro de 2015 (49 014 995) (2 296 989) (341 778 063) (1 237 214 085) (1 926 494) (267 500) (1 632 498 126)

Ativos líquidosValor líquido em 31 de dezembro de 2014 127 416 114 3 288 555 69 858 154 141 001 717 8 891 591 626 574 351 082 705Valor líquido em 31 de dezembro de 2015 178 760 352 3 172 883 144 423 187 280 075 264 16 494 494 3 706 622 626 632 802

Perdas Perdas do Perdas Perdas do Perdasacumuladas exercício Ajustamento acumuladas exercício Ajustamento acumuladas

Valores em Euros 01/01/14 (Nota 33) cambial 31/12/14 (Nota 33) cambial 31/12/15

Terrenos e recursos naturais (7 822 241) (105 316) - (7 927 557) (197 610) - (8 125 167)Edifícios e outras construções (5 292 350) 381 783 - (4 910 567) (797 588) - (5 708 155)Equipamentos (3 670 098) (1 121 934) - (4 792 032) (404 899) - (5 196 931)Ativosfixos tangíveis em curso (1 388 752) (523 419) (104 973) (2 017 144) - - (2 017 144)

(18 173 441) (1 368 886) (104 973) (19 647 300) (1 400 097) - (21 047 397)

As perdas por imparidade acumuladas detalham-se conforme se segue:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os movimentos ocorri-dos na rubrica “Ativos fixos tangíveis”,

bem como nas respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade, são conforme se segue:

As empresas do Grupo, sediadas em Portugal, procederam em anos anterio-res à reavaliação dos seus ativos fixos tangíveis ao abrigo da legislação aplicá-vel, nomeadamente Portaria nº 258 de

28 de dezembro de 1963, Decretos-Lei nº 126/77, nº 430/78, nº 219/82, nº 319-G/84, nº 118-B/86, nº 111/88, nº 49/91, nº 264/92, nº 22/92 e nº 31/98.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 85

01

Valores em Euros Terrenos e recursos naturais Recuperação paisagística Edifícios e outras construções Equipamentos Ativos fixos tangíveis em curso Adiantamentos Total

AtivosSaldo em 1 de janeiro de 2014 167 938 441 5 093 941 397 133 010 1 301 501 627 13 226 733 1 110 270 1 886 004 022Variação de perímetro - - - (1 510 000) 614 010 - (895 990)Aquisições 468 978 - 1 602 359 3 183 121 10 851 761 629 242 16 735 461Alienações (75 444) - (127 772) (3 043 296) - - (3 246 512)Regularizações, transferências e abates 1 829 544 375 931 (3 060 369) 14 461 534 (14 477 995) (932 260) (1 803 615)Ajustamento cambial 2 854 345 - 6 510 403 19 643 903 603 576 86 822 29 699 049Saldo em 31 de dezembro de 2014 173 015 864 5 469 872 402 057 631 1 334 236 889 10 818 085 894 074 1 926 492 415Variação de perímetro (Nota 8) 63 688 063 - 56 114 684 158 315 088 76 813 291 2 992 600 357 923 726Aquisições 930 641 - 5 611 403 4 413 620 13 815 300 1 284 029 26 054 993Alienações (1 946 403) - (3 162 250) (3 119 290) (56 445) - (8 284 388)Regularizações, transferências e abates 885 904 - 36 069 764 40 935 542 (76 528 923) (828 263) 534 024Ajustamento cambial (8 798 722) - (10 489 982) (17 492 500) (6 440 320) (368 318) (43 589 842)Saldo em 31 de dezembro de 2015 227 775 347 5 469 872 486 201 250 1 517 289 349 18 420 988 3 974 122 2 259 130 928

Deprec. acumuladas e perdas por imparidadeSaldo em 1 de janeiro de 2014 (43 579 815) (1 764 547) (321 830 063) (1 152 134 755) (1 391 002) - (1 520 700 182)Depreciações (Nota 33) (1 210 333) (116 393) (8 116 283) (32 346 584) - - (41 789 593)Perdas por imparidade (Nota 33) (105 316) - 381 783 (1 121 934) (523 419) - (1 368 886)Alienações 358 - 127 443 2 907 948 - - 3 035 749Regularizações, transferências e abates (341 108) (300 377) 421 822 1 103 588 - (267 500) 616 425Ajustamento cambial (363 536) - (3 184 179) (12 272 602) (12 073) - (15 832 390)Saldo em 31 de dezembro de 2014 (45 599 750) (2 181 317) (332 199 477) (1 193 235 172) (1 926 494) (267 500) (1 575 409 710)Variação de perímetro (Nota 8) (839 748) - (1 321 759) (9 636 981) - - (11 798 488)Depreciações (Nota 33) (2 034 962) (115 672) (7 292 928) (32 889 546) - - (42 333 108)Perdas por imparidade (Nota 33) (197 610) - (797 588) (404 899) - - (1 400 097)Alienações - - 1 486 931 2 740 663 - - 4 227 594Regularizações, transferências e abates - - - 3 028 375 - - 3 028 375Ajustamento cambial (342 925) - (1 653 242) (6 816 525) - - (8 812 692)Saldo em 31 de dezembro de 2015 (49 014 995) (2 296 989) (341 778 063) (1 237 214 085) (1 926 494) (267 500) (1 632 498 126)

Ativos líquidosValor líquido em 31 de dezembro de 2014 127 416 114 3 288 555 69 858 154 141 001 717 8 891 591 626 574 351 082 705Valor líquido em 31 de dezembro de 2015 178 760 352 3 172 883 144 423 187 280 075 264 16 494 494 3 706 622 626 632 802

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Excedente de Valor Excedente de Valor

Rubricas Custo histórico revalorização revalorizado Custo histórico revalorização revalorizado

Terrenos e recursos naturais 168 904 589 9 855 763 178 760 352 117 340 826 10 075 288 127 416 114Edifícios e outras construções 142 361 355 2 061 832 144 423 187 67 663 826 2 194 328 69 858 154Equipamentos 279 975 070 100 194 280 075 264 140 874 673 127 044 141 001 717

591 241 014 12 017 789 603 258 803 325 879 325 12 396 660 338 275 985

O detalhe dos custos históricos de aquisição de ativos fixos tangíveis e correspondente reavaliação, líquidos de amortizações acumuladas, em 31 de dezembro de 2015 e 2014 é o seguinte:

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0111. Locações

11.1. Locações financeiras

Locação financeira - rendas a pagar

Locação financeira – plano de reembolso

31/12/15 31/12/14Valor Amortização Valor líquido Valor Amortização Valor líquido

Valores em Euros aquisição acumulada contabilístico aquisição acumulada contabilístico

Equipamento básico 4 800 653 (2 826 054) 1 974 599 4 365 548 (2 252 534) 2 113 014

Valores em Euros 31/12/14 31/12/14Não correntes (Nota 23.3) 1 569 923 2 162 052Correntes (Nota 23.3) 749 349 679 642

2 319 272 2 841 694

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Amortizações do período 573 520 572 598Gasto financeiro 107 035 131 948

680 555 704 546

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14A menos de 1 ano 826 762 810 9991 a 2 anos 856 758 805 1782 a 3 anos 760 213 755 8723 a 4 anos - 798 175

2 443 733 3 170 224Juros futuros - a deduzir (124 461) (328 530)Valor atual das responsabilidades por locação financeira (Nota 23.3) 2 319 272 2 841 694

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 o Grupo utiliza os seguintes bens adquiridos em locação financeira:

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a dívida do Grupo referente a locações financei-ras bem como o seu plano de reembolso, detalha-se como se segue:

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foram reconheci-dos nas rubricas “(Gastos)/ reversões de depreciação e amortização” e “Juros e gastos similares suportados” os seguintes montantes:

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 87

01

12. Propriedades de investimento

11.2. Locações operacionais

31/12/15 31/12/14Valores em Euros Arrendadas Para venda Total Arrendadas Para venda TotalSaldo inicial - quantia bruta 957 222 1 103 319 2 060 541 957 222 1 103 319 2 060 541Saldo final - quantia bruta 957 222 1 103 319 2 060 541 957 222 1 103 319 2 060 541

Saldo inicial - amortizações e perdas por imparidades

721 302 66 590 787 892 705 305 65 521 770 826

TransferênciasPara outras classes de ativos (13) 702 640 702 627 - (1 725) (1 725)

Amortizações e perdas por imparidade (Nota 33)

15 997 2 794 18 791 15 997 2 794 18 791

Saldo final - amortizações e perdas por imparidade

737 286 772 024 1 509 310 721 302 66 590 787 892

Valor líquido 219 936 331 295 551 231 235 920 1 036 729 1 272 649

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14A menos de 1 ano 189 200 110 1891 a 5 anos 434 533 4 020

623 733 114 209

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, na rubrica “Propriedades de investimento”, são conforme se segue:

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o Grupo é locatário em contratos de loca-ção operacional relacionados com o alu-

guer de viaturas, os quais se encontram denominados em Euro.

Os gastos relacionados com locações operacionais reconhecidos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e

2014 ascenderam a Euros 542.424 e 532.967, respetivamente.

As propriedades de investimento são amortizadas de acordo com o método da linha reta, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

Os pagamentos mínimos das locações operacionais são detalhados conforme se segue:

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01 31/12/15 31/12/14Valores em Euros Arrendadas Para venda Total Arrendadas Para venda TotalRendimentos de rendas 58 296 - 58 296 58 293 - 58 293Amortizações e perdas por imparidade (15 997) (2 794) (18 791) (15 997) (2 794) (18 791)

42 299 (2 794) 39 505 42 296 (2 794) 39 502

Propriedade Licenças Outros ativos ativos intangíveisValores em Euros industrial Emissão CO2 intangíveis em curso TotalAtivos

Saldo em 1 de janeiro de 2014 191 617 10 983 687 81 249 24 436 11 280 989Aquisições - 30 751 - 30 341 61 092Licenças atribuídas - 15 341 876 - - 15 341 876Licenças alienadas no período - (1 985 025) - - (1 985 025)Revogação licenças - (19 615) - - (19 615)Transferências e abates 22 228 - - (22 228) -Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - (6 912 250) - - (6 912 250)Saldo em 31 de dezembro de 2014 213 845 17 439 424 81 249 32 549 17 767 067Variação perímetro (Nota 8) 26 549 889 - - - 26 549 889Aquisições - - - 20 361 20 361Licenças atribuídas - 14 959 414 - - 14 959 414Licenças alienadas no período - (1 384 000) - - (1 384 000)Transferências e abates 35 456 - - (49 065) (13 609)Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - (11 846 013) - - (11 846 013)Ajustamento cambial (4 869 739) - - - (4 869 739)Saldo em 31 de dezembro de 2015 21 929 451 19 168 825 81 249 3 845 41 183 370

Amortizações acumuladas e perdas por imparidadeSaldo em 1 de janeiro de 2014 (153 837) (7 169 107) (80 356) - (7 403 300)Amortizações do período (Nota 33) (26 839) - - - (26 839)Amortizações do período - Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 33)

- (11 544 910) - - (11 544 910)

Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33) - 74 784 - - 74 784Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - 6 912 250 - - 6 912 250Saldo em 31 de dezembro de 2014 (180 676) (11 726 983) (80 356) - (11 988 015)Amortizações do período (Nota 33) (32 523) - - - (32 523)Amortizações do período - Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 33) - (11 734 925) - - (11 734 925)Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - 11 846 013 - - 11 846 013Saldo em 31 de dezembro de 2015 (213 199) (11 615 895) (80 356) - (11 909 450)

Ativos líquidosValor líquido em 31 de dezembro de 2014 33 169 5 712 441 893 32 549 5 779 052Valor líquido em 31 de dezembro de 2015 21 716 252 7 552 930 893 3 845 29 273 920

13. Ativos intangíveisNos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os movimentos ocorridos na rubrica “Ativos intangíveis”, bem como nas respetivas amortizações, são conforme se segue:

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foram reconheci-dos em resultados os seguintes rendimentos e gastos relacionados com propriedades de investimento:

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 89

01

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 os montantes de Euros 7.552.930 e Euros 5.712.441 registados na rubrica “Licen-ças de emissão CO2” referem-se ao valor das licenças de emissão de gases com efeitos de estufa atribuídas a título gra-tuito e depositadas a favor das empresas do Grupo no Registo Português de Licen-

ças de Emissão relativos ao ano de 2015 e 2014 respetivamente, acrescido das licenças adquiridas e deduzido das licen-ças alienadas, das perdas por imparidade identificadas e das licenças entregues/a entregar à Entidade Coordenadora do Li-cenciamento.

O Grupo alienou, no período findo em 31 de dezembro de 2015, 200.000 to-neladas (413.700 toneladas em 2014)

de licenças de emissão, tendo registado ganhos no montante de Euros 1.602.000 (Euros 1.561.769 em 2014) (Nota 31).

31/12/15 31/12/14Toneladas Euros Toneladas Euros

AtivosSaldo inicial 2 760 405 17 439 424 2 400 517 10 983 687Licenças atribuídas (Nota 20.5.3) 2 161 765 14 959 414 2 201 130 15 341 876Licenças adquiridas - - 133 700 30 751Revogação licenças (Nota 20.5.3) - - (2 116) (19 615)Licenças alienadas (200 000) (1 384 000) (413 700) (1 985 025)Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento (1 938 758) (11 846 013) (1 559 126) (6 912 250)Saldo final 2 783 412 19 168 825 2 760 405 17 439 424

Amortizações acumuladas e perdas por imparidadeSaldo inicial (1 921 662) (11 726 983) (1 597 876) (7 169 107)Amortizações do período relativas a: Emissões de gases com efeito de estufa no período (1 709 086) (11 734 925) (1 882 912) (11 544 910) Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33) - - - 74 784Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento 1 938 758 11 846 013 1 559 126 6 912 250Saldo final (1 691 990) (11 615 895) (1 921 662) (11 726 983)

Valor líquido 1 091 422 7 552 930 838 743 5 712 441

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, nas licenças de emissão de gases com efeito de estufa, são conforme se segue:

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0114. Participações financeiras

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Participações financeiras”, incluindo o goodwill, apresenta a seguinte composição:

O total das participações financeiras inclui os seguintes montantes relativos ao goodwill gerado na aquisição das associadas:

Os movimentos ocorridos nesta rubrica, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são como se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Saldo inicial 39 834 386 33 408 378Variação de perímetro (Nota 8)/Transferência de associada para subsidiária

(86 204 906) (38 973)

Aquisições: NSOSPE Empreendimentos e Participações, S.A.

75 028 073 2 456 968

Efeito de diluição em participações financeiras (Nota 31) 1 764 019 5 064 240Resultado líquido apropriado (Nota 28) (2 415 788) (671 278)Dividendos atribuídos pela Setefrete, SGPS, S.A. (1 356 063) (549 250)Dividendos atribuídos pela Ave, S.A. (149 764) (115 853)Transferência do goodwill de associada para subsidiária (Nota 9) (16 454 003) -Ajustamento cambial (5 333 269) 280 154Outros movimentos (1 588) -Saldo final 4 711 097 39 834 386

31/12/15 31/12/14Valores em Euros % detida Valor % detida ValorSetefrete, SGPS, S.A. 25,00% 2 893 981 25,00% 3 091 925MC - Materiaux de Construction 49,36% 2 263 49,36% 2 223J.M.J. - Henriques, Lda. 28,57% 378 442 28,57% 380 161Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

35,00% 1 436 411 35,00% 1 480 077

Supremo Cimentos, S.A. - - 15,00% 22 084 473NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. - - 20,68% 12 795 527

4 711 097 39 834 386

Valores em Euros Ano da aquisição 31/12/15 31/12/14Setefrete, SGPS, S.A. 2003 2 227 750 2 227 750Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 2009 1 308 977 1 308 977Supremo Cimentos, S.A. 2013 - 5 278 577NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. 2013 - 4 322 632NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. 2014 - 905 241

3 536 727 14 043 177

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 91

0115. Imposto sobre o rendimento

15.1. Imposto correnteA Secil e algumas das suas subsidiárias integram, desde 1 de janeiro de 2014, o Grupo Fiscal do qual a Semapa, S.G.P.S., S.A. é a sociedade dominante, sendo tri-butadas pelo Regime Especial de Tribu-tação de Grupos de Sociedades (RETGS) constituído pelas empresas com uma participação igual ou superior a 75% e que cumprem as condições previstas no artigo 69º e seguintes do Código do IRC.

As empresas que se englobam no perí-metro do grupo de sociedades sujeitas a este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa ótica individual.

A Secil e as suas subsidiárias tributadas pelo RETGS, alteraram o seu período de tributação para o período compreendido entre 1 de julho e 30 de junho, com efei-tos a 1 de julho de 2015. Em resultado desta alteração a Secil e estas subsidiá-rias apuraram e reportaram à Autoridade Tributária, até ao final do mês de novem-bro, o imposto apurado no período de seis meses findo em 30 de junho de 2015 e registaram a estimativa de imposto para o período de seis meses iniciado em 1 de julho de 2015.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Imposto sobre o rendimento” apresen-ta o seguinte detalhe:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Imposto corrente 7 263 942 4 196 782Liquidações adicionais de IRC 6 264 666 3 929 358Imposto diferido (Nota 15.2) (6 746 302) (6 455 803)

6 782 306 1 670 337

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01

As declarações anuais de rendimentos estão sujeitas em Portugal a revisão e eventual ajustamento por parte das auto-ridades fiscais durante um período de 4 anos. Contudo, no caso de serem apre-sentados prejuízos fiscais estes podem ser sujeitos a revisão e liquidação pelas autoridades fiscais por um período supe-rior.

Noutros países em que o Grupo desenvol-ve a sua atividade os prazos são diferen-tes, em regra superiores.

O Conselho de Administração entende que eventuais correções àquelas declara-ções em resultado de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais não te-rão efeitos materiais nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de de-zembro de 2015.

A reconciliação da taxa efetiva de impos-to nos períodos findos em 31 de dezem-bro de 2015 e 2014 é evidenciada como segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Resultado antes de impostos 1 342 980 13 756 441Imposto esperado 369 320 4 058 150Diferenças permanentes (a) (342 995) 5 923 889Prejuízos fiscais recuperáveis de períodos anteriores (993 519) (2 869 162)Prejuízos fiscais não recuperáveis 5 076 747 2 875 941Diferenças de taxas de imposto (b) (2 758 656) (4 608 280)Benefícios fiscais (1 643 660) (5 376 543)Liquidações adicionais de IRC 6 264 666 3 929 358Retenção na fonte a título definitivo 717 073 98 484Imposto relativo a períodos anteriores (673 555) (2 665 183)Ajustamentos à coleta (c) 766 885 303 683

6 782 306 1 670 337Taxa efetiva de imposto 505,0% 12,1%

Os montantes de Euros 7.263.942 e Euros 4.196.782 registados em imposto corrente em 31 de dezembro de 2015 e 2014, respetivamente incluem:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Estimativa de imposto do período das empresas não pertencentes ao Grupo fiscal Semapa (Nota 25)

6 005 461 5 679 206

Estimativa de Imposto das empresas que integram o Grupo fiscal Semapa:Período tributário de 1 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2014 - 1 084 275Período tributário de 1 de janeiro de 2015 a 30 de junho de 2015 (Nota 36) 272 684 -Período tributário de 1 de julho de 2015 a 31 de dezembro de 2015 (Nota 36)

942 279 -

Outros custos e perdas de IRC de exercícios anteriores (74 016) (1 031 846)Excesso /(insuficiência) de estimativa de exercícios anteriores 117 534 (1 534 853)

7 263 942 4 196 782

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 93

01

(a) Este valor respeita essencialmente a:

(b) A redução de imposto verificada no período na rubrica “Diferenças de taxas de imposto” inclui essencialmente o efei-to positivo de diferentes taxas de impos-to praticadas em países em que o Grupo opera, nomeadamente a taxa de imposto da Tunísia de 25% e do Líbano de 15%.

(c) O montante mostrado na rubrica “Ajus-tamentos à coleta” respeita essencial-mente à tributação autónoma no mon-tante de Euros 1.045.369.

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Efeito da aplicação do método da equivalência patrimonial (Nota 28)

2 415 788 671 278

Mais/(menos) valias fiscais (2 191 771) 151 394(Mais)/menos valias contabilísticas (1 973 193) (5 861 745)Benefícios fiscais (1 378 918) (3 811 801)Aumento/(redução) de imparidades e provisões tributadas 2 038 977 9 066 106Resultados intragrupo sujeitos a tributação 1 910 953 17 915 382Outros (2 069 091) 1 950 367

(1 247 255) 20 080 981 Impacto fiscal (27,50%) (342 995) 5 923 889

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01

15.2. Imposto diferidoNo decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os movimentos ocorridos nos ativos e passivos por impostos diferidos, são os seguintes:

31 de Dezembro de 2015 Resultados do período ALTERAÇÃO DA taxa DE Capital Alteração da Variação de Ativos detidosValores em Euros Saldo inicial Ajustamento Cambial (Nota 15.1) imposto (Nota 15.1) próprio taxa de imposto perímetro (Nota 8) para venda Saldo finalDiferenças temporárias que originam ativos por impostos diferidos

Provisões e imparidades tributadas 19 534 763 321 197 1 208 774 - - - 1 052 702 - 22 117 436 Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2 695 705 (1 431) 74 352 - - - 7 506 - 2 776 132 Prejuízos fiscais reportáveis 146 052 (4 305 110) 15 598 497 - - - 12 333 580 - 23 773 019 Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22) 415 703 (22 597) (323 537) - (22 062) - - - 47 507 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22) 54 034 - 8 019 - - - - - 62 053 Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22) 497 822 - (57 952) - - - - - 439 870 Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22) 38 554 347 (35 284) - 60 619 - - - 64 236 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22) 5 729 363 - (620 901) - 106 532 - - - 5 214 994 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22) 69 288 - (1 086) - 6 787 - - - 74 989 Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra grupo 2 553 041 (10 617) (438 336) - - - - - 2 104 088 Justo valor apurado em combinações empresariais 1 505 510 173 466 - - - - - - 1 678 976 Imparidades em ativos fixos 8 815 142 - (2 542 455) - - - - - 6 272 687 Outras diferenças temporárias 4 476 881 (2 056 093) 6 316 644 - (676 700) - 6 603 790 - 14 664 522

46 531 858 (5 900 838) 19 186 735 - (524 824) - 19 997 578 - 79 290 509Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos

Reavaliação de ativos fixos tangiveís (3 040 011) 10 631 387 286 442 - - - (58 078 993) - (50 201 175) Justo valor apurado em combinações empresariais (106 726 441) 485 288 6 664 766 - - - (26 549 889) (30 312) (126 156 588) Diferimento da tributação de mais-valias (768 777) - 79 410 - - - - - (689 367) Acréscimos de amortizações (4 113 825) 2 125 966 (4 311 384) - - - (9 077 390) - (15 376 633) Excesso do fundo de pensões (Nota 22) (4 857 507) - (168 175) - 3 197 779 - - - (1 827 903) Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) (1 027 113) (90) - - 204 243 - - - (822 960) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13) (5 712 441) - - - (1 840 489) - - - (7 552 930) Outras diferenças temporárias (149 273) 176 090 (295 194) - - - (2 388 345) - (2 656 722)

(126 395 388) 13 418 641 2 255 865 - 1 561 533 - (96 094 617) (30 312) (205 284 278)Valores refletidos no balanço

Ativos por impostos diferidos 10 816 894 (2 110 892) 6 875 295 4 899 (111 975) - 6 799 176 - 22 273 397 Passivos por impostos diferidos (28 097 489) 5 413 066 (133 714) (178) 420 621 (465) (32 672 170) (6 747) (55 077 076)

31 de Dezembro de 2014 Resultados do período ALTERAÇÃO DA taxa DE Capital Alteração da Variação de Ativos detidosValores em Euros Saldo inicial Ajustamento Cambial (Nota 15.1) imposto (Nota 15.1) próprio taxa de imposto perímetro (Nota 8) para venda Saldo finalDiferenças temporárias que originam ativos por impostos diferidos

Provisões e imparidades tributadas 19 399 744 391 971 (234 263) - - - - - 19 534 763 Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2 538 457 - 157 248 - - - - - 2 695 705 Prejuízos fiscais reportáveis 337 146 - (191 094) - - - - - 146 052 Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22) 396 861 27 939 57 626 - (66 723) - - - 415 703 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22) 52 678 - 5 502 - (4 146) - - - 54 034 Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22) 534 666 - (36 844) - - - - - 497 822 Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22) 94 178 450 (33 055) - (23 019) - - - 38 554 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22) 5 962 894 - (646 226) - 412 695 - - - 5 729 363 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22) 514 795 - (433 538) - (11 969) - - - 69 288 em transacções intragrupo 2 713 674 - (160 633) - - - - - 2 553 041 Justo valor apurado em combinações empresariais 1 325 414 180 096 - - - - - - 1 505 510 Imparidades em ativos fixos 7 452 085 - 1 363 057 - - - - - 8 815 142 Outras diferenças temporárias 4 803 510 - (101 234) - (248 084) - - - 4 476 881

46 126 102 600 456 (253 454) 58 754 - - 46 531 858Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos

Reavaliação de ativos fixos tangiveís (3 721 476) - 681 465 - - - - - (3 040 011) Justo valor apurado em combinações empresariais (104 957 243) (3 875 013) 2 136 126 - - - - (30 311) (106 726 441) Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intragrupo (9 950 698) 90 090 9 860 608 - - - - - - Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intragrupo (844 850) - 76 073 - - - - - (768 777) Acréscimos de amortizações (3 830 576) (21 593) (261 656) - - - - - (4 113 825) Excesso do fundo de pensões (Nota 22) (4 102 570) - (179 202) - (575 735) - - - (4 857 507) Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) (1 264 042) (1 461) - - 238 390 - - - (1 027 113) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13) (3 814 580) - - - (1 897 861) - - - (5 712 441) Outras diferenças temporárias (228 144) - 78 871 - - - - - (149 273)

(132 714 179) (3 807 977) 12 392 285 (2 235 206) - (30 311) (126 395 388)Valores refletidos no balanço

Ativos por impostos diferidos 11 827 066 89 315 (172 019) (961 397) 39 286 (5 357) - - 10 816 894 Passivos por impostos diferidos (34 513 322) (603 128) 3 754 325 3 834 894 (644 816) 90 108 - (15 550) (28 097 489)

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 95

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31 de Dezembro de 2015 Resultados do período ALTERAÇÃO DA taxa DE Capital Alteração da Variação de Ativos detidosValores em Euros Saldo inicial Ajustamento Cambial (Nota 15.1) imposto (Nota 15.1) próprio taxa de imposto perímetro (Nota 8) para venda Saldo finalDiferenças temporárias que originam ativos por impostos diferidos

Provisões e imparidades tributadas 19 534 763 321 197 1 208 774 - - - 1 052 702 - 22 117 436 Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2 695 705 (1 431) 74 352 - - - 7 506 - 2 776 132 Prejuízos fiscais reportáveis 146 052 (4 305 110) 15 598 497 - - - 12 333 580 - 23 773 019 Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22) 415 703 (22 597) (323 537) - (22 062) - - - 47 507 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22) 54 034 - 8 019 - - - - - 62 053 Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22) 497 822 - (57 952) - - - - - 439 870 Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22) 38 554 347 (35 284) - 60 619 - - - 64 236 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22) 5 729 363 - (620 901) - 106 532 - - - 5 214 994 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22) 69 288 - (1 086) - 6 787 - - - 74 989 Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra grupo 2 553 041 (10 617) (438 336) - - - - - 2 104 088 Justo valor apurado em combinações empresariais 1 505 510 173 466 - - - - - - 1 678 976 Imparidades em ativos fixos 8 815 142 - (2 542 455) - - - - - 6 272 687 Outras diferenças temporárias 4 476 881 (2 056 093) 6 316 644 - (676 700) - 6 603 790 - 14 664 522

46 531 858 (5 900 838) 19 186 735 - (524 824) - 19 997 578 - 79 290 509Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos

Reavaliação de ativos fixos tangiveís (3 040 011) 10 631 387 286 442 - - - (58 078 993) - (50 201 175) Justo valor apurado em combinações empresariais (106 726 441) 485 288 6 664 766 - - - (26 549 889) (30 312) (126 156 588) Diferimento da tributação de mais-valias (768 777) - 79 410 - - - - - (689 367) Acréscimos de amortizações (4 113 825) 2 125 966 (4 311 384) - - - (9 077 390) - (15 376 633) Excesso do fundo de pensões (Nota 22) (4 857 507) - (168 175) - 3 197 779 - - - (1 827 903) Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) (1 027 113) (90) - - 204 243 - - - (822 960) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13) (5 712 441) - - - (1 840 489) - - - (7 552 930) Outras diferenças temporárias (149 273) 176 090 (295 194) - - - (2 388 345) - (2 656 722)

(126 395 388) 13 418 641 2 255 865 - 1 561 533 - (96 094 617) (30 312) (205 284 278)Valores refletidos no balanço

Ativos por impostos diferidos 10 816 894 (2 110 892) 6 875 295 4 899 (111 975) - 6 799 176 - 22 273 397 Passivos por impostos diferidos (28 097 489) 5 413 066 (133 714) (178) 420 621 (465) (32 672 170) (6 747) (55 077 076)

31 de Dezembro de 2014 Resultados do período ALTERAÇÃO DA taxa DE Capital Alteração da Variação de Ativos detidosValores em Euros Saldo inicial Ajustamento Cambial (Nota 15.1) imposto (Nota 15.1) próprio taxa de imposto perímetro (Nota 8) para venda Saldo finalDiferenças temporárias que originam ativos por impostos diferidos

Provisões e imparidades tributadas 19 399 744 391 971 (234 263) - - - - - 19 534 763 Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2 538 457 - 157 248 - - - - - 2 695 705 Prejuízos fiscais reportáveis 337 146 - (191 094) - - - - - 146 052 Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22) 396 861 27 939 57 626 - (66 723) - - - 415 703 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22) 52 678 - 5 502 - (4 146) - - - 54 034 Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22) 534 666 - (36 844) - - - - - 497 822 Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22) 94 178 450 (33 055) - (23 019) - - - 38 554 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22) 5 962 894 - (646 226) - 412 695 - - - 5 729 363 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22) 514 795 - (433 538) - (11 969) - - - 69 288 em transacções intragrupo 2 713 674 - (160 633) - - - - - 2 553 041 Justo valor apurado em combinações empresariais 1 325 414 180 096 - - - - - - 1 505 510 Imparidades em ativos fixos 7 452 085 - 1 363 057 - - - - - 8 815 142 Outras diferenças temporárias 4 803 510 - (101 234) - (248 084) - - - 4 476 881

46 126 102 600 456 (253 454) 58 754 - - 46 531 858Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos

Reavaliação de ativos fixos tangiveís (3 721 476) - 681 465 - - - - - (3 040 011) Justo valor apurado em combinações empresariais (104 957 243) (3 875 013) 2 136 126 - - - - (30 311) (106 726 441) Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intragrupo (9 950 698) 90 090 9 860 608 - - - - - - Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intragrupo (844 850) - 76 073 - - - - - (768 777) Acréscimos de amortizações (3 830 576) (21 593) (261 656) - - - - - (4 113 825) Excesso do fundo de pensões (Nota 22) (4 102 570) - (179 202) - (575 735) - - - (4 857 507) Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) (1 264 042) (1 461) - - 238 390 - - - (1 027 113) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13) (3 814 580) - - - (1 897 861) - - - (5 712 441) Outras diferenças temporárias (228 144) - 78 871 - - - - - (149 273)

(132 714 179) (3 807 977) 12 392 285 (2 235 206) - (30 311) (126 395 388)Valores refletidos no balanço

Ativos por impostos diferidos 11 827 066 89 315 (172 019) (961 397) 39 286 (5 357) - - 10 816 894 Passivos por impostos diferidos (34 513 322) (603 128) 3 754 325 3 834 894 (644 816) 90 108 - (15 550) (28 097 489)

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01

Prejuízos fiscais reportáveis com imposto diferido ativo

Prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido ativo

Empresa Total 2016 2017 2018 2019 2020 2021 e posterioresNão tributadas pelo RETGS

ALLMA - Microalgas, Lda. 140 092 - - 11 884 - - 128 208Florimar - Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda. 217 191 24 275 - 31 725 59 579 - 101 612I3 Participações e Serviços, Ltda. 450 645 - - - - - 450 645Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. 8 926 - 2 027 2 577 - - 4 323Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. 118 928 - 91 537 24 288 - - 3 103Secil Angola, SARL 1 202 772 616 375 586 397 - - - -Seciment Investments, B.V. 200 294 - - - - - 200 294Silonor, S.A. 13 087 073 - - - - - 13 087 073Soime, S.A.L. 678 555 383 534 103 290 191 731 - - -Zarzis Béton 92 092 - - - - - 92 092Sociedade de Inertes, Limitada 311 343 - - 139 217 172 126 - -NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. 3 187 019 - - - - - 3 187 019Supremo Cimentos, S.A. 16 817 385 - - - - - 16 817 385Nacional Mineração e Engenharia, S.A. 319 304 - - - - - 319 304

36 831 619 1 024 184 783 250 401 422 231 705 - 34 391 058Tributadas pelo RETGSSecil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. 23 891 478 - 15 229 126 8 662 352 - - -Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. 431 408 - 198 631 185 567 - - 47 210Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. 7 824 397 - - 877 602 1 286 726 - 5 660 069Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A. 38 362 - - - - - 38 362Lusoinertes, S.A. 2 411 922 - 2 411 922 - - - -Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda. 414 584 - - 248 275 - - 166 309Allmicroalgae - Natural products, S.A. 4 907 - 1 289 1 236 - - 2 382Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. 3 536 223 - - - - - 3 536 223Secil Britas, S.A. 11 703 142 - 5 287 958 4 761 380 - - 1 653 804Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A.

2 115 929 - 889 049 852 517 - - 374 363

Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda.

47 287 - - 17 211 - - 30 076

Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A. 13 915 307 - 5 003 587 3 519 441 - - 5 392 279Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. 4 923 817 - 1 258 396 1 399 967 - - 2 265 454

71 258 764 - 30 279 958 20 525 549 1 286 726 - 19 166 531

Total prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido 108 090 383 1 024 184 31 063 208 20 926 970 1 518 431 - 53 557 589

São reconhecidos impostos diferidos ati-vos sobre prejuízos fiscais na medida em que seja provável a realização do respeti-vo benefício fiscal, através da existência de lucros tributáveis futuros. Os impostos

diferidos ativos reconhecidos pelo Grupo referem-se a prejuízos fiscais que se es-pera virem a ser deduzidos aos lucros tri-butáveis futuros, conforme se segue:

Os prejuízos fiscais sobre os quais o Grupo considera, nesta data, não existir a capa-cidade de dedução a lucros tributáveis futuros, e como tal sem imposto diferido ativo, detalham-se por ano de prescrição conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14 Data limiteCimentos Madeira, Lda. 58 046 146 052 2018Margem - Companhia de Mineração 23 714 973 - não expira

23 773 019 146 052

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 97

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Empresa Total 2016 2017 2018 2019 2020 2021 e posterioresNão tributadas pelo RETGS

ALLMA - Microalgas, Lda. 140 092 - - 11 884 - - 128 208Florimar - Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda. 217 191 24 275 - 31 725 59 579 - 101 612I3 Participações e Serviços, Ltda. 450 645 - - - - - 450 645Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. 8 926 - 2 027 2 577 - - 4 323Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. 118 928 - 91 537 24 288 - - 3 103Secil Angola, SARL 1 202 772 616 375 586 397 - - - -Seciment Investments, B.V. 200 294 - - - - - 200 294Silonor, S.A. 13 087 073 - - - - - 13 087 073Soime, S.A.L. 678 555 383 534 103 290 191 731 - - -Zarzis Béton 92 092 - - - - - 92 092Sociedade de Inertes, Limitada 311 343 - - 139 217 172 126 - -NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. 3 187 019 - - - - - 3 187 019Supremo Cimentos, S.A. 16 817 385 - - - - - 16 817 385Nacional Mineração e Engenharia, S.A. 319 304 - - - - - 319 304

36 831 619 1 024 184 783 250 401 422 231 705 - 34 391 058Tributadas pelo RETGSSecil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. 23 891 478 - 15 229 126 8 662 352 - - -Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. 431 408 - 198 631 185 567 - - 47 210Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. 7 824 397 - - 877 602 1 286 726 - 5 660 069Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A. 38 362 - - - - - 38 362Lusoinertes, S.A. 2 411 922 - 2 411 922 - - - -Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda. 414 584 - - 248 275 - - 166 309Allmicroalgae - Natural products, S.A. 4 907 - 1 289 1 236 - - 2 382Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. 3 536 223 - - - - - 3 536 223Secil Britas, S.A. 11 703 142 - 5 287 958 4 761 380 - - 1 653 804Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A.

2 115 929 - 889 049 852 517 - - 374 363

Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda.

47 287 - - 17 211 - - 30 076

Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A. 13 915 307 - 5 003 587 3 519 441 - - 5 392 279Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. 4 923 817 - 1 258 396 1 399 967 - - 2 265 454

71 258 764 - 30 279 958 20 525 549 1 286 726 - 19 166 531

Total prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido 108 090 383 1 024 184 31 063 208 20 926 970 1 518 431 - 53 557 589

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0116. Outros ativos financeiros

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outros ativos financeiros”, líquida de perdas acumuladas por imparidade, decompõe-se conforme se segue:

Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, nas perdas acumuladas por imparidades em inventários são conforme se segue:

31/12/15 31/12/14 Valores em Euros

Quantia bruta

Imparidade acumulada

Quantia escriturada líquida

Quantia bruta

Imparidade acumulada

Quantia escriturada líquida

Outros ativos financeiros - não corrente:Adiantamentos para investimentos financeiros 2 500 000 - 2 500 000 2 250 000 - 2 250 000Outros - Partes relacionadas (Notas 36 e 37.2) - - - 645 125 - 645 125Outros 515 842 (99 539) 416 303 500 762 (98 862) 401 900

3 015 842 (99 539) 2 916 303 3 395 887 (98 862) 3 297 025Outros ativos financeiros - corrente:

Outros - Partes relacionadas (Notas 36 e 37.2) 650 000 - 650 000 - - -Instrumentos financeiros derivados (Nota 38) 1 948 961 - 1 948 961 - - -

2 598 961 - 2 598 961 - - -

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Saldo inicial 98 862 98 641Ajustamento cambial 677 221Saldo final 99 539 98 862

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 99

0117. Inventários

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os inventários, líquidos de perdas acumuladas por imparidade, apresentam a seguinte composição:

Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, nas perdas acumuladas por imparidades em inventários são conforme se segue:

31/12/15 31/12/14

Valores em Euros

Quantia brutaImparidade acumulada

Quantia líquida

Quantia bruta

Imparidade acumulada

Quantia líquida

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 78 370 312 (9 761 052) 68 609 260 81 727 038 (8 308 824) 73 418 214Produtos e trabalhos em curso 1 755 363 - 1 755 363 411 621 - 411 621Produtos acabados e intermédios 24 762 318 (4 279 311) 20 483 007 21 297 873 (3 294 813) 18 003 060Mercadorias 6 008 504 (493 158) 5 515 346 4 109 133 (102 169) 4 006 964Adiantamento por conta de compras 1 001 - 1 001 1 187 - 1 187

110 897 498 (14 533 521) 96 363 977 107 546 852 (11 705 806) 95 841 046

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Saldo inicial 11 705 806 7 695 116Variação de perímetro 890 363 -Aumentos 2 340 373 3 762 853Reposições (664 524) (188 093)Utilizações (10 610) (12 959)Ajustamento cambial 272 113 448 889Saldo final 14 533 521 11 705 806

Os aumentos e reposições, no montan-te liquido de Euros 1.675.849 e Euros 3.574.760 em 31 de dezembro de 2015 e 2014 respetivamente, foram reconheci-

dos na demonstração dos resultados na rubrica “Imparidade de inventários ((per-das)/reversões)”.

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0118. Ativos financeiros

31/12/15 31/12/14 Valores em Euros

Quantia bruta

Imparidade acumulada

Quantia escriturada líquida

Quantia bruta

Imparidade acumulada

Quantia escriturada líquida

Disponibilidades (Nota 4):Numerário 259 852 - 259 852 300 931 - 300 931Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis

25 558 973 - 25 558 973 19 177 345 - 19 177 345

Outras aplicações de tesouraria 107 701 297 - 107 701 297 82 447 663 - 82 447 663Outras aplicações de tesouraria - Partes relacionadas (Nota 36)

- - - 34 750 000 - 34 750 000

133 520 122 - 133 520 122 136 675 939 - 136 675 939Ativos financeiros ao custo:

Clientes (Nota 18.2) 90 827 913 (26 246 509) 64 581 404 76 013 049 (26 258 584) 49 754 465Outras contas a receber - corrente (Nota 18.3)

17 660 939 (8 315 799) 9 345 140 19 379 598 (7 494 114) 11 885 484

Outras contas a receber - não cor-rente (Nota 18.3)

5 717 095 (1 855 975) 3 861 120 4 122 026 (1 855 975) 2 266 051

114 205 947 (36 418 283) 77 787 664 99 514 673 (35 608 673) 63 906 000247 726 069 (36 418 283) 211 307 786 236 190 612 (35 608 673) 200 581 939

18.1. Categorias de ativos financeiros As categorias de ativos financeiros, líquidas de perdas acumuladas por imparidade, em 31 de dezembro de 2015 e 2014 são detalhadas conforme se segue:

18.2. Ativos financeiros - clientes Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Clientes”, líquida de perdas acumula-das por imparidade, apresenta a seguinte composição:

31/12/15 31/12/14 Valores em Euros

Quantia bruta

Imparidade acumulada (Nota 18.4)

Quantia escriturada

líquida

Quantia bruta

Imparidade acumulada (Nota 18.4)

Quantia escriturada

líquidaClientes 90 691 552 (26 246 509) 64 445 043 73 630 346 (26 258 584) 47 371 762Clientes - Partes relacionadas (Nota 36) 136 362 - 136 362 2 382 703 - 2 382 703

90 827 913 (26 246 509) 64 581 404 76 013 049 (26 258 584) 49 754 465

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 101

01

31/12/15 31/12/14 Valores em Euros

Quantia bruta

Imparidade acumulada (Nota 18.4)

Quantia escriturada

líquida

Quantia bruta

Imparidade acumulada (Nota 18.4)

Quantia escriturada

líquidaOutros devedores

Partes relacionadas (Nota 36) Empréstimos concedidos - - - 750 000 - 750 000 Outras operações 3 603 622 (1 994 310) 1 609 312 2 138 818 (1 294 310) 844 508Outros 12 829 452 (6 321 489) 6 507 963 11 571 511 (6 199 804) 5 371 707

16 433 073 (8 315 799) 8 117 274 14 460 329 (7 494 114) 6 966 215Devedores por acréscimos de rendimentos

Juros a receber 764 505 - 764 505 535 428 - 535 428Partes relacionadas (Nota 36) - - - 1 324 146 - 1 324 146Outros 463 361 - 463 361 3 059 695 - 3 059 695

1 227 866 - 1 227 866 4 919 269 - 4 919 26917 660 939 (8 315 799) 9 345 140 19 379 598 (7 494 114) 11 885 484

18.3. Ativos financeiros – outras contas a receber Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outras contas a receber - corrente”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte composição:

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a antiguidade do saldo da rubrica “Clientes”, líquida de perdas acumuladas por imparidade, é detalhada conforme se segue

31/12/15 31/12/14

Valores em Euros

Quantia brutaImparidade Acumulada

Quantia escriturada líquida

Quantia bruta

Imparidade acumulada

Quantia escriturada líquida

Não vencido 39 274 616 - 39 274 616 30 539 686 (59 000) 30 480 686Vencido:0-90 dias 21 069 939 (275 416) 20 794 523 15 126 613 (47 944) 15 078 66990-180 dias 1 637 007 (175 319) 1 461 688 2 904 506 (380 168) 2 524 338180-360 dias 1 829 165 (679 805) 1 149 360 1 845 147 (1 171 657) 673 490> 360 dias 27 017 186 (25 115 969) 1 901 217 25 597 097 (24 599 815) 997 282

90 827 913 (26 246 509) 64 581 404 76 013 049 (26 258 584) 49 754 465

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0131/12/15 31/12/14

Valores em Euros

Quantia bruta

Imparidade acumulada (Nota 18.4)

Quantia escriturada

líquida

Quantia bruta

Imparidade acumulada (Nota 18.4)

Quantia escriturada

líquidaOutros devedores

Cauções prestadas a favor de terceiros 1 952 249 - 1 952 249 1 744 551 - 1 744 551Outros 3 764 846 (1 855 975) 1 908 871 2 377 475 (1 855 975) 521 500

5 717 095 (1 855 975) 3 861 120 4 122 026 (1 855 975) 2 266 051

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outras contas a receber - não corren-te”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte composição:

18.4. Imparidade de dívidas a receber Os movimentos ocorridos nas perdas acumuladas por imparidade de dívidas a rece-ber, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são conforme se segue:

Os aumentos e reposições, no montante de Euros 2.252.796 e Euros 1.574.502, res-petivamente, foram reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Impari-dade de dívidas a receber ((perdas)/ reversões)”.

31/12/15Outros Outros

Devedores Partes DevedoresNão correntes Clientes relacionadas correntes

Valores em Euros (Nota 18.3) (Nota 18.2) (Nota 18.3) (Nota 18.3) TotalSaldo inicial 1 855 975 26 258 584 1 294 310 6 199 804 35 608 673Variação de perímetro - 235 137 - - 235 137Aumentos - 1 436 242 700 000 116 554 2 252 796Reposições - (1 574 502) - - (1 574 502)Utilizações - (3 231) - - (3 231)Ajustamento cambial - (105 721) - 5 131 (100 590)Saldo final 1 855 975 26 246 509 1 994 310 6 321 489 36 418 283

31/12/14Outros Outros

Devedores Partes DevedoresNão correntes Clientes relacionadas correntes

Valores em Euros (Nota 18.3) (Nota 18.2) (Nota 18.3) (Nota 18.3) TotalSaldo inicial 1 855 975 25 328 905 647 000 6 174 398 34 006 278Variação de perímetro - - - - -Aumentos - 2 081 862 647 310 23 793 2 752 965Reposições - (1 328 726) - (3 996) (1 332 722)Utilizações - - - - -Ajustamento cambial - 176 543 - 5 609 182 152Saldo final 1 855 975 26 258 584 1 294 310 6 199 804 35 608 673

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 103

01

19. Ativos não correntes detidos para vendaEm 30 de junho de 2011 a Secil adquiriu a totalidade do capital social da socieda-de Uniconcreto – Betão Pronto, S.A. (ante-riormente designada por Lafarge Betões, S.A.) e das suas subsidiárias Eurobetão – Betão Pronto, S.A. e Lusoinertes, S.A. (anteriormente designada por Lafarge Agregados Unipessoal, Lda.). Estas socie-dades operam no mercado de betões e agregados e detinham à data da compra

vinte e seis centrais de betão e quatro ex-plorações de agregados.

No âmbito desta compra, a decisão de alienar os ativos e passivos, apresenta-dos como ativos não correntes detidos para venda, decorre da imposição colo-cada por parte da Autoridade da Concor-rência, bem como da posterior avaliação interna efetuada pelo Grupo.

No período findo em 31 de dezembro de 2015 e 2014 os ativos e passivos diretamente associados a ativos não correntes detidos para venda detalham-se como se segue:

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os ativos apresentados como não correntes detidos para venda correspondem às centrais de betão cuja imposição de venda foi colocada pela Autoridade da Concorrência.

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14ATIVOAtivos fixos tangíveis 1 064 047 1 114 053

1 064 047 1 114 053

PASSIVOPassivos por impostos diferidos 77 977 84 724

77 977 84 724986 070 1 029 329

Nº ações % do capital detidaNOME 31/12/15 31/12/14 31/12/15 31/12/14Semapa, S.G.P.S., S.A. 48 734 540 48 734 540 92,09% 92,09%Longapar, S.G.P.S., S.A. 1 000 1 000 0,00% 0,00%Ações próprias 4 184 460 4 184 460 7,91% 7,91%

52 920 000 52 920 000 100,00% 100,00%

20. Capital próprio 20.1. Capital realizado e ações própriasEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, o capital social da Secil, encontra-se total-mente subscrito e realizado, sendo re-presentado por 52.920.000 ações com o valor nominal de Euros 5.

As pessoas coletivas que detém posições relevantes no capital social da sociedade em 31 de dezembro de 2015 e 2014 de-talham-se conforme se segue:

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01

As ações próprias evidenciadas nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo em 31 de dezembro de 2015 e 2014 são detidas pelas seguintes sociedades:

Ações próprias 31/12/15 31/12/14Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. 3 818 360 3 818 360Hewbol, S.G.P.S., S.A. 366 100 366 100

4 184 460 4 184 460

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Saldo inicial 95 675 899 94 623 691Transferência de outras reservas para resultados transitados (41 156 457) -Reserva de fusão da Great Heart na Secil (Nota 20.1) - 1 052 208Saldo final 54 519 442 95 675 899

A sociedade Hewbol, S.G.P.S, Lda. é uma empresa subsidiária do Grupo Secil pelo que as 366.100 ações por si detidas en-

contram-se evidenciadas como ações próprias nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo.

20.2. Reservas legais

20.3. Outras reservas

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Reserva legais” ascende a Euros 40.680.725.

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital.

Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da sociedade, po-dendo contudo, ser utilizada para absor-ver prejuízos, depois de esgotadas as ou-tras reservas, ou incorporada no capital.

Por deliberação da Assembleia Geral da Secil, realizada em 2 de Março de 2015, procedeu-se à transferência do montante de Euros 41.156.457 para a rubrica de “Resultados transitados” para cobertura de perdas acumuladas.

A rubrica “Outras reservas” corresponde, em 31 de Dezembro de 2015, a reser-vas livres para distribuição ao acionista, constituídas através da transferência de resultados de períodos anteriores e à re-serva de fusão resultante da incorpora-ção da sociedade Great Earth – Projetos, S.A. na Secil.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outras reservas” decompõe-se como se segue:

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 105

01Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Saldo inicial 14 080 833 14 242 547Excedente realizado no período (35 376) (186 307)Imposto diferido no período 4 670 24 593Saldo final 14 050 127 14 080 833

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Diferenças de conversão de demonstrações financeiras (114 899 872) (90 499 255)Desvios e alterações de pressupostos em estudos atuariais 903 816 4 243 449Impostos diferidos - desvios e alterações de pressupostos em estudos atuariais

(399 923) (1 267 376)

Subsídios ao investimento 793 827 988 799Impostos diferidos - subsídios ao investimento (206 998) (256 782)Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa

7 546 689 5 706 200

Impostos diferidos - subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa

(2 018 279) (1 557 528)

Reserva de justo valor de derivados de cobertura 17 843 (658 857)Impostos diferidos - reserva de justo valor de derivados de cobertura

(4 015) 148 243

Justo valor em associadas 27 846 29 434(108 239 066) (83 123 673)

20.4. Excedente de revalorização

20.5. Outras variações no capital próprio

O movimento do excedente de revalorização nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foi conforme se segue:

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outras variações no capital próprio” apresenta a seguinte composição:

O montante de Euros 14.050.127 não se encontra disponível para distribuir aos acio-nistas do Grupo.

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01

20.5.1. Diferenças de conversão de demonstrações financeiras

O montante de Euros 114.899.872, res-peita ao valor apropriado pelos deten-tores do capital da empresa-mãe das diferenças cambiais resultantes da con-versão das demonstrações financeiras das sociedades, goodwill e empréstimos

que qualificam como extensões do in-vestimento líquido, essencialmente na Tunísia, Brasil, Líbano e Angola, sendo o movimento nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 detalhado como se segue:

31 de Dezembro de 2015Valores em Euros Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo finalSociété des Ciments de Gabès e subsidiárias:

Conversão das demonstrações financeiras (58 996 767) 1 276 931 - (57 719 836)Conversão do goodwill (Nota 9) (26 739 987) 492 267 - (26 247 720)

Secil Angola, S.A.R.L.:Conversão das demonstrações financeiras 1 786 175 158 829 - 1 945 004Extensão do investimento líquido 3 453 749 4 508 771 - 7 962 520Conversão do goodwill (Nota 9) (21 517) - - (21 517)

Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.:Conversão das demonstrações financeiras (1 413 216) - (1 189 845) (2 603 061)

Ciment de Sibline, SAL:Conversão das demonstrações financeiras (887 539) 8 532 875 - 7 645 336Conversão do goodwill (Nota 9) 780 558 1 475 207 - 2 255 765

I3 Participações e Serviços, Ltda.Conversão das demonstrações financeiras (38 460) - (38 131) (76 591)

Supremo Cimentos, S.A.Conversão das demonstrações financeiras (7 687 121) - (35 050 696) (40 311 610)Conversão do goodwill (Nota 9) - (11 594 901) (14 021 108)

NSOSPE - Empreendimentos e Participações, SAConversão das demonstrações financeiras (728 292) 12 452 084 - 13 043 588Conversão do goodwill (Nota 9) - - (5 410 590) (6 730 386)

Sociedade de Inertes LdaConversão das demonstrações financeiras (6 838) - (13 418) (20 256)

(90 499 255) 28 896 964 (53 297 581) (114 899 872)

31 de Dezembro de 2014Valores em Euros Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo finalSociété des Ciments de Gabès e subsidiárias:

Conversão das demonstrações financeiras (59 392 367) 395 600 - (58 996 767)Conversão do goodwill (Nota 9) (26 900 884) 160 897 - (26 739 987)

Secil Angola, S.A.R.L.:Conversão das demonstrações financeiras 1 545 281 240 894 - 1 786 175Extensão do investimento líquido (1 256 633) 4 710 382 - 3 453 749Conversão do goodwill (Nota 9) (21 517) - - (21 517)

Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.:Conversão das demonstrações financeiras (671 133) - (742 083) (1 413 216)

Ciment de Sibline, SAL:Conversão das demonstrações financeiras (9 202 595) 8 315 056 - (887 539)Conversão do goodwill (Nota 9) (751 772) 1 532 330 - 780 558

I3 Participações e Serviços, Ltda.Conversão das demonstrações financeiras (40 674) 2 214 - (38 460)

Supremo Cimentos, S.A.Conversão das demonstrações financeiras (7 948 270) 261 149 - (7 687 121)

NSOSPE - Empreendimentos e Participações, SAConversão das demonstrações financeiras (747 299) 19 007 - (728 292)

Sociedade de Inertes LdaConversão das demonstrações financeiras - - (6 838) (6 838)

(105 387 863) 15 637 529 (748 921) (90 499 255)

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 107

01

20.5.2. Desvios e alterações de pressupostos atuariais

20.5.3. Subsídios do Governo

Subsídios ao investimento

Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa

O movimento dos desvios e alterações de pressupostos atuariais nos períodos fin-dos em 31 de dezembro de 2015 e 2014,

repartido entre Grupo e minoritários, de-compõe-se como segue:

Os movimentos ocorridos nos subsídios ao investimento nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 são conforme se segue:

Os movimentos dos subsídios relativos a licenças de emissão de gases com efeito de estufa nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 são conforme se segue:

31/12/15 31/12/14

Valores em EurosDetentores do capital

da empresa-mãe

Minoritários

TotalDetentores do capital

da empresa-mãe

Minoritários

Total

Saldo inicial 4 243 449 311 072 4 554 521 3 999 956 285 668 4 285 624 Movimento no período (Nota 22.2) (3 339 633) (10 022) (3 349 655) 243 493 25 404 268 897 Saldo final 903 816 301 050 1 204 866 4 243 449 311 072 4 554 521

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Saldo inicial 1 027 113 1 264 042Ajustamento cambial 90 1 461Subsídios recebidos no período 10 056 78 825Subsídios reconhecidos nos resultados (Nota 31) (214 299) (317 215)Saldo final 822 960 1 027 113

Subsídios ao investimento repartidos em:Detentores do capital da empresa-mãe 793 827 988 799Interesses minoritários 29 133 38 314

822 960 1 027 113

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Saldo inicial 5 706 200 3 808 338Licenças atribuídas no período (Nota 13) 14 959 414 15 341 876Revogação de licenças (Nota 13) - (19 615)Subsídio reconhecido nos resultados do período (Nota 31) (11 734 924) (11 472 800)Licenças alienadas no período (1 384 000) (1 951 599)Saldo final 7 546 690 5 706 200

Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa repartidos em:Detentores do capital da empresa-mãe 7 546 689 5 706 200Interesses minoritários - -

7 546 689 5 706 200

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01

20.5.4. Reserva de justo valor de derivados de cobertura

20.6. Aplicação do resultado do período anterior

Os movimentos ocorridos na reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 38) nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 são conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Saldo inicial (658 857) (906 941)Aumentos de justo valor 676 700 248 084Saldo final 17 843 (658 857)

Valores em Euros Recuperação ambiental Outras TotalSaldo em 1 de janeiro de 2014 7 138 172 14 156 051 21 294 223Aumentos - 9 888 405 9 888 405Desconto financeiro (Nota 34) 288 359 - 288 359Utilizações (89 485) (1 314 930) (1 404 415)Reposições (157 298) (2 617 373) (2 774 671)Ajustamento cambial - 375 348 375 348Transferências - 1 403 1 403Saldo em 31 de dezembro de 2014 7 179 748 20 488 904 27 668 652Variação de perímetro (Nota 8) 7 506 1 151 134 1 158 640Aumentos 419 3 828 054 3 828 473Desconto financeiro (Nota 34) 289 714 - 289 714Alienações - - -Utilizações (174 155) (1 645 799) (1 819 954)Reposições (157 298) (918 935) (1 076 233)Ajustamento cambial (1 431) 163 553 162 122Transferências - (423 691) (423 691)Saldo em 31 de dezembro de 2015 7 144 503 22 643 220 29 787 723

Por deliberação da Assembleia Geral da Secil realizada em 2 de março de 2015, o resultado líquido positivo no montante de Euros 6.035.413, do período findo em

31 de dezembro de 2014, foi transferido para a rubrica de “Resultados transita-dos”.

21. ProvisõesNo decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, realizaram-se os seguintes movimentos nas rubricas de provisões:

O aumento, no montante de Euros 2.752.240 (aumento de Euros 7.113.734 em 2014), registado na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões”, inclui:

(i) o aumento de Euros 3.828.473 (Euros 9.888.405 em 2014) registado na rubri-ca “Outras”;

(ii) o total das reposições de Euros 1.076.233 (Euros 2.774.671 em 2014).

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 109

0122. Benefícios a empregadosConforme referido nas Notas 3.15 e 3.16 o Grupo atribui aos seus trabalhadores e seus familiares diversos benefícios pós-emprego e outros benefícios a longo prazo.

A evolução das responsabilidades assu-midas, refletidas no balanço consolidado em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são conforme se segue:

31 de Dezembro de 2015Acréscimo/(redução) de responsabilidades

Resultados Valores em Euros

Saldo inicial

Gastos com o pessoal (Nota 30)

(Rendimentos) /Gastos

financeiros

Outras variações no

capital próprio

Variação cambial

Pagamentos

efetuados

Prémios pagos/

resgates

Saldo finalBenefícios pós-emprego - contribuição definida Contribuições efetuadas - 1 141 434 - - - (1 141 434) - -

Conta "Reserva" (795 095) (1 358) (43 198) - - 135 043 - (704 608)(795 095) 1 140 076 (43 198) - - (1 006 391) - (704 608)

Benefícios pós-emprego - benefícios definidos

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo

5 729 363 185 148 - 106 532 - (806 049) - 5 214 994

Insuficiência/(excesso) dos fundos (4 818 953) (157 036) - 3 258 398 347 - (46 423) (1 763 667)Responsabilidades por subsídios de reforma

415 703 (250 289) - (22 062) (22 597) (73 248) - 47 507

Responsabilidades por assistência na doença

69 288 1 534 - 6 787 - (2 620) - 74 989

1 395 401 (220 643) - 3 349 655 (22 250) (881 917) (46 423) 3 573 823

Benefícios a longo prazoResponsabilidades por prémios de antiguidade

497 822 87 912 - - - (145 864) - 439 870

Responsabilidades por subsídios por morte

54 034 8 019 - - - - - 62 053

551 856 95 931 - - - (145 864) - 501 9231 152 162 1 015 364 (43 198) 3 349 655 (22 250) (2 034 172) (46 423) 3 371 138

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01

31 de Dezembro de 2014Acréscimo/(redução) de responsabilidades

Resultados Valores em Euros

Saldo inicial

Gastos com o pessoal (Nota 30)

(Rendimentos) /Gastos

financeiros

Outras variações no

capital próprio

Variação cambial

Pagamentos

efetuados

Prémios pagos/

resgates

Saldo finalBenefícios pós-emprego - contribuição definida Contribuições efetuadas - 789 813 - - - (789 813) - -

Conta "Reserva" (887 173) - (14 478) - - 106 556 - (795 095)(887 173) 789 813 (14 478) - - (683 257) - (795 095)

Benefícios pós-emprego - benefícios definidos

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo

5 962 894 247 474 - 412 695 - (893 700) - 5 729 363

Insuficiência/(excesso) dos fundos (4 008 392) (164 002) - (598 754) 450 - (48 255) (4 818 953)Responsabilidades por subsídios de reforma

396 861 71 316 - (66 723) 27 939 (13 690) - 415 703

Responsabilidades por assistência na doença

514 795 1 880 - (11 969) - (435 418) - 69 288

2 866 158 156 668 - (264 751) 28 389 (1 342 808) (48 255) 1 395 401

Benefícios a longo prazoResponsabilidades por prémios de antiguidade

534 666 86 997 - - - (123 841) - 497 822

Responsabilidades por subsídios por morte

52 678 5 502 - (4 146) - - - 54 034

587 344 92 499 - (4 146) - (123 841) - 551 8562 566 329 1 038 980 (14 478) (268 897) 28 389 (2 149 906) (48 255) 1 152 162

Em 2010, foi alterado o contrato constitu-tivo do Fundo de Pensões Secil, que pas-sou a designar-se por Fundo de Pensões do Grupo Secil, substituindo integralmen-te o anterior contrato e produzindo efeitos a 1 de janeiro desse mesmo ano.

São associadas do Fundo, a Secil e as suas subsidiárias:

(i) CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A. e Unibetão – Indústrias de Betão Preparado, S.A., que integraram (e extin-guiram simultaneamente) os seus Fun-dos de Pensões no Fundo de Pensões do Grupo Secil;

(ii) Cimentos Madeira, Lda., que integrou (e extinguiu simultaneamente) a sua apó-

lice de seguro no Fundo de Pensões do Grupo Secil;

(iii) Britobetão – Central de Betão, Lda., Secil Britas, S.A, Beto Madeira, S.A. e Bri-made, S.A..

A Cimentos Madeira alterou, com efeitos a 1 de janeiro de 2012, para contribuição definida o plano de benefícios definidos que assegurava diretamente aos seus empregados a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência.

O património líquido positivo resultante da transição dos trabalhadores no ativo da Cimentos Madeira do plano de benefí-cio definido para o plano de contribuição

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 111

01

definida, após a transferência das respon-sabilidades por serviços passados finan-ciadas com referência a 31 de dezembro de 2011 e garantindo o financiamento das responsabilidades com reformados e pensionista a cargo do Plano de Pensões de Benefício Definido, foi transferido para a Conta Reserva da respetiva associada e afeto ao Plano de Contribuição Definida.

O Fundo de Pensões do Grupo Secil é o suporte financeiro para o pagamento dos benefícios previstos nos Planos de Pen-sões de cada associada (agora geridos conjuntamente) que se encontram des-critos nas Notas 22.1 e 22.2.

22.1. Benefícios pós-emprego – Planos de contribuição definida

Os Planos de Pensões de Contribuição Definida geridos pelo Fundo de Pensões do Grupo Secil são financiados pelas as-sociadas e pelos participantes contribuin-tes e são os seguintes:

(i) Planos Secil e CMP, incluem todos os trabalhadores que à data de 31 de de-zembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se encontra-vam abrangidos pelo plano de benefícios definidos em vigor nas empresas) e que tenham optado pela transição para estes Planos, e todos os trabalhadores admiti-dos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de janeiro de 2010, sendo também aplicável aos membros dos ór-gãos de administração;

(ii) Planos Unibetão e Britobetão, incluem todos os trabalhadores que à data de 31 de dezembro de 2009 tinham um contra-to de trabalho sem termo, celebrado ao abrigo do CCT celebrado entre a APEB e a FETESE, e todos os trabalhadores ad-mitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de janeiro de 2010, com exceção dos trabalhadores da Uni-betão que estejam abrangidos pelo CCT

celebrado entre a APEB e a FEVICCOM, os quais continuam a beneficiar do Pla-no de benefício definido, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de ad-ministração;

(iii) Plano Beto Madeira, inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de de-zembro de 2010 tinham um contrato de trabalho sem termo e estavam abran-gidos pelo CCT celebrado entre a APEB – Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto e a FETESE – Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Ser-viços e outros;

(iv) Plano Secil Britas, inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de de-zembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo e a todos os trabalha-dores admitidos ao abrigo de um contra-to sem termo, a partir de 1 de janeiro de 2010, sendo também aplicável aos mem-bros dos órgãos de administração;

(v) Plano Cimentos Madeira inclui todos os trabalhadores que à data de 1 de ja-neiro de 2012 tinham um contrato de tra-balho sem termo (e que se encontravam

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01

abrangidos pelo plano de benefícios de-finidos em vigor na empresa), e todos os empregados admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir dessa data, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(vi) Plano Brimade inclui, todos os tra-balhadores que tinham à data de 1 de julho de 2012 um contrato de trabalho sem termo, e todos os trabalhadores que venham a ser admitidos ao serviço após essa data.

22.2. Benefícios pós-emprego – Planos de benefícios definidos

Os gastos suportados com os planos de benefícios definidos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são os seguintes:

O montante de Euros 258.516, registado no período findo em 31 de dezembro de 2015, refere-se à extinção do plano de benefícios definidos – subsídios de reforma da subsi-diária Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A..

31 de Dezembro de 2015Retorno Total de gastos

Serviços Custo esperado dos ALTERAÇÔES com o pessoalValores em Euros correntes dos juros ativos do plano NO PLANO (Nota 30)Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo - 185 148 - - 185 148Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 10 255 726 887 (894 178) - (157 036)Responsabilidades por subsídios de reforma 3 607 4 620 - (250 516) (250 289)Responsabilidades por assistência na doença - 1 534 - - 1 534

13 862 918 189 (894 178) (258 516) (220 643)

31 de Dezembro de 2014Retorno Total de gastos

Serviços Custo esperado dos com o pessoalValores em Euros correntes dos juros ativos do plano (Nota 30)Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo - 247 474 - 247 474Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 14 032 923 905 (1 101 939) (164 002)Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 30 063 41 253 - 71 316Responsabilidades por assistência na doença - 1 880 - 1 880

44 095 1 214 512 (1 101 939) 156 668

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 113

01

A Secil e as suas subsidiárias:

(i) CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A.;

(ii) Unibetão - Indústrias de Betão Prepa-rado, S.A.;

(iii) Cimentos Madeira, Lda.;

(iv) Beto Madeira – Betões e Britas da Madeira, S.A.;

(v) Societé des Ciments de Gabès;

Assumiram o compromisso de pagar aos seus empregados prestações pecuniá-rias a título de complementos de reforma

O montante negativo de Euros 3.349.655, registado no período findo em 31 de De-zembro de 2015 como perdas atuariais, reflete a alteração dos pressupostos atuariais ocorrida no período, nomeada-mente a redução da taxa de juro técnica (Nota 22.2.2).

Os gastos apresentados correspondem aos planos de benefícios definidos exis-tentes no universo de empresas que constituem o Grupo os quais seguida-mente se descrevem.

22.2.1. Caracterização dos planos de benefícios definidos

Planos de benefícios definidos com fundos geridos por terceiras entidades

Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência e subsídio de reforma

Os ganhos e perdas reconhecidos diretamente nos capitais próprios nos períodos fin-dos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são como segue:

31 de Dezembro de 2015Ganhos e perdas atuariais

Valores em Euros OUTROS desvios Ativos planoest. vs real

Total(Nota 20.5.2)

Imposto diferido

Valorlíquido

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo (106 532) - (106 532) 29 228 (77 304)Responsabilidades por pensões com fundo autónomo (2 326 800) (931 598) (3 258 398) 844 191 (2 414 207)Responsabilidades por subsídios de reforma 22 062 - 22 062 (5 263) 16 799Responsabilidades por assistência na doença (6 787) - (6 787) 1 465 (5 322)

(2 418 057) (931 598) (3 349 655) 869 621 (2 480 034)

31 de Dezembro de 2014Ganhos e perdas atuariais

Valores em Euros OUTROS desvios Ativos planoest. vs real

Total(Nota 20.5.2)

Imposto diferido

Valorlíquido

Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo (412 695) - (412 695) (41 083) (453 778)Responsabilidades por pensões com fundo autónomo (1 687 492) 2 286 246 598 754 (5 766) 592 988Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 66 723 - 66 723 (3 249) 63 474Responsabilidades por assistência na doença 11 969 - 11 969 (3 568) 8 401Responsabilidades por subsídios por morte 4 146 - 4 146 (1 208) 2 938

(2 017 349) 2 286 246 268 897 (54 874) 214 023

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01

As responsabilidades decorrentes dos re-formados da Secil, à data de constituição do Fundo de Pensões, 31 de dezembro de 1987, são asseguradas diretamente pela Secil. De igual forma, as responsabi-lidades assumidas pela subsidiária Secil Martingança, S.A. são asseguradas dire-tamente pela empresa.

Em 26 de junho de 2012, as responsa-bilidades a cargo da Cimentos Madeira, Lda. e Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A. relativas a todos os re-formados e pensionistas, que se encon-travam a receber uma pensão, foram

transferidas para o Plano de Pensões de Benefícios Definidos da Cimentos Madei-ra o qual integrou o Fundo de Pensões do Grupo Secil.

Estes planos são igualmente avaliados semestralmente, por entidades indepen-dentes, utilizando o método de cálculo dos capitais de cobertura corresponden-tes aos prémios únicos das rendas vitalí-cias imediatas, na avaliação das respon-sabilidades com atuais pensionistas e o método de crédito da unidade projetada, na avaliação das responsabilidades com ativos.

por velhice, invalidez, reforma antecipa-da, pensões de sobrevivência ou subsí-dios de reforma.

As responsabilidades derivadas destes planos são asseguradas por fundos au-tónomos, administrados por terceiros ou cobertas por apólices de seguro.

Estes planos são avaliados semestral-mente, às datas dos fechos intercalares e anuais das demonstrações financeiras, por entidades especializadas e indepen-dentes, utilizando o método de crédito da unidade projetada.

A subsidiária Cimentos Madeira, Lda. mantém com os seus reformados regi-mes de assistência na doença, de natu-

reza supletiva relativamente aos serviços oficiais de saúde, através de um seguro contratado.

As subsidiárias do Grupo a seguir identifi-cadas assumiram com os seus trabalha-dores a responsabilidade pelo pagamen-to de subsídio de reforma por velhice e por invalidez com os seguintes critérios de atribuição:

(i) Na Secil Angola, S.A.R.L. e Secil Lobito, S.A. (Angola), na data da reforma, de acor-do com a Lei Geral do Trabalho Nº 2/2000, um subsídio de reforma que representa um quarto do último salário multiplicado pelo nº de anos ao serviço na empresa; Em 13 de setembro de 2015, com a en-

Planos de benefícios definidos a cargo do Grupo

Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência

Responsabilidades por assistência na doença

Responsabilidades por benefícios por subsídio de reforma

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 115

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trada em vigor da Lei Nº7/15, de 15 de junho, que revoga a Lei Geral do Traba-lho Nº 2/2000, este benefício deixou de constituir um direito do trabalhador, ten-do sido suprimido.

(ii) Na Societé des Ciments de Gabès (Tu-nísia), na data da reforma, com base no

Acordo Coletivo de Trabalho, artigo 52, um subsídio de reforma, que representa: (i) 2 meses do último salário, se o traba-lhador tem menos de 30 anos ao serviço da empresa e (ii) 3 meses do último salá-rio, se o trabalhador tem 30 anos ou mais ao serviço da empresa.

Os estudos atuariais efetuados por enti-dades independentes, com referência a 31 de dezembro de 2015 e 2014, para efeitos de apuramento nessas datas das

responsabilidades por serviços passa-dos, tiveram por base os seguintes pres-supostos:

De acordo com os estudos atuarias repor-tados a 31 de dezembro de 2015 e 2014, o valor presente da obrigação correspon-

dente a planos de reforma, bem como os valores de mercado dos fundos/apólices de seguro a eles afetos são como se segue:

22.2.2. Responsabilidades e movimentos ocorridos no período comparativamente com o período anterior

Pressupostos utilizados na avaliação das responsabilidades

Responsabilidades por serviços passados com planos de benefícios de reforma e sobrevivência

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Fórmula de Benefícios da Segurança Social Decreto-Lei nº 187/2007 Decreto-Lei nº 187/2007

de 10 de Maio de 10 de MaioTabelas de invalidez EKV 80 EKV 80 Tabelas de mortalidade TV 88/90 TV 88/90Taxa de crescimento salarial 1,00% 1,00%Taxa de juro técnica 2,00% 3,50%Taxa de crescimento das pensões 0,45% 0,45%Taxa de crescimento das despesas de saúde n/a n/a

31/12/15 31/12/14Fundo Apólice Assumido Fundo Apólice Assumido

Valores em Euros autónomo de Seguro pelo Grupo Total autónomo de Seguro pelo Grupo TotalResponsabilidades por serviços passados - Ativos 105 590 261 049 - 366 639 62 558 258 680 - 321 238 - Aposentados 21 983 847 - 5 214 994 27 198 841 21 436 639 - 5 729 363 27 166 002Valor de mercado dos fundos (23 907 221) (206 932) - (24 114 153) (26 354 855) (221 975) - (26 576 830)Insuficiência /(excesso) (1 817 784) 54 117 5 214 994 3 451 327 (4 855 658) 36 705 5 729 363 910 410

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01

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a evolução das responsabilidades do Grupo apresenta a seguinte evolução:

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a evolução do património dos fundos/apólices de seguro é conforme se segue:

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a composição dos fundos é conforme se segue:

31/12/15 31/12/14Fundo Apólice Assumido Fundo Apólice Assumido

Valores em Euros autónomo de Seguro pelo Grupo Total autónomo de Seguro pelo Grupo TotalResponsabilidades no início do período

21 499 197 258 680 5 729 363 27 487 240 21 398 760 270 061 5 962 894 27 631 715

Variação cambial - 4 408 - 4 408 - 1 486 - 1 486 Valores registados nos resulta-dos do período: Serviços correntes 1 836 8 419 - 10 255 5 415 8 617 - 14 032 Custo dos juros 708 883 18 004 185 148 912 035 905 361 18 544 247 474 1 171 379 Retorno esperado dos ativos do plano

(878 830) (15 348) - (894 178) (1 089 905) (12 034) - (1 101 939)

Valores registados nos capitais próprios: Ganhos e perdas atuariais 2 289 688 37 112 106 532 2 433 332 1 697 605 (10 113) 412 695 2 100 187 Retorno estimado dos fundos de pensões

878 830 15 348 - 894 178 1 089 905 12 034 - 1 101 939

Reformas processadas - (65 574) - (65 574) - (29 915) - (29 915)Pensões pagas no período (2 410 167) - (806 049) (3 216 216) (2 507 944) - (893 700) (3 401 644)Responsabilidades no fim do período

22 089 437 261 049 5 214 994 27 565 480 21 499 197 258 680 5 729 363 27 487 240

31/12/15 31/12/14Fundo Capital Fundo Capital

Valores em Euros autónomo seguro autónomo seguroSaldo inicial 26 354 855 221 975 25 499 746 177 467Variação cambial - 4 061 - 1 036Dotação efetuada no período/Prémio seguro pago - 46 423 - 48 255Rendimento dos fundos no período (37 467) 47 3 363 053 25 132Pensões pagas (2 410 167) - (2 507 944) -Reformas processadas - (65 574) - (29 915)Saldo final 23 907 221 206 932 26 354 855 221 975

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Ações 3 545 441 3 549 945Obrigações dívida privada 10 691 309 11 785 934Obrigações dívida pública 8 484 672 9 106 088Imobiliário 141 053 131 590Liquidez 1 044 746 1 781 298

23 907 221 26 354 855

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 117

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No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a evolução das responsabilidades do Grupo com outros benefícios de reforma apresenta a seguinte evolução:

De acordo com os estudos atuariais efe-tuados por entidades independentes, com referência a 31 de dezembro de

2015 e 2014, o valor atual das responsa-bilidades com outros benefícios de refor-ma é o seguinte:

Responsabilidades por serviços passados com outros benefícios pós-emprego

31/12/15 31/12/14Assistência Subsídio Assistência Subsídio

Valores em Euros na doença de reforma Total na doença de reforma TotalResponsabilidades por serviços passados - Ativos - 47 507 47 507 - 415 703 415 703 - Aposentados 74 989 - 74 989 69 288 - 69 288

74 989 47 507 122 496 69 288 415 703 484 991

31/12/15 31/12/14Assistência Subsídio Assistência Subsídio

Valores em Euros na doença de reforma Total na doença de reforma TotalResponsabilidades no início do período 69 288 415 703 484 991 514 795 396 861 911 656Variação cambial - (22 597) (22 597) - 27 939 27 939Valores registados nos resultados do período: Serviços correntes - 3 607 3 607 - 30 063 30 063 Custo dos juros 1 534 4 620 6 154 1 880 41 253 43 133 Alterações no plano - (258 516) (258 516) - - -Valores registados nos capitais próprios 6 787 (22 062) (15 275) (11 969) (66 723) (78 692)Benefícios pagos no período (2 620) (73 248) (75 868) (435 418) (13 690) (449 108)Responsabilidades no fim do período 74 989 47 507 122 496 69 288 415 703 484 991

A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de prémios àqueles que

atingem 25 anos de antiguidade nas re-feridas empresas, os quais são pagos no ano em que o trabalhador perfaz aquele número de anos ao serviço da Empresa.

22.3. Benefícios a longo prazo

Responsabilidades por prémios de antiguidade

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01A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsabilida-de pelo pagamento de um subsídio por morte do trabalhador ativo, de igual valor a 1 mês do último salário auferido.

De acordo com os estudos atuariais efe-tuados por entidades independentes, com referência a 31 de dezembro de 2015 e 2014, o valor das responsabili-dades com serviços passados com estes benefícios detalha-se como se segue:

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a evolução das responsabilidades do Grupo com benefícios a longo prazo apresenta a seguinte evolu-ção:

Responsabilidades por subsídio por morte

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Prémios de antiguidade 439 870 497 822Subsídios por morte 62 053 54 034

501 923 551 856

31/12/15 31/12/14Prémios de Subsídios Prémios de Subsídios

Valores em Euros antiguidade por morte Total antiguidade por morte TotalResponsabilidades no início do período 497 822 54 034 551 856 534 666 52 678 587 344Serviços correntes 26 511 2 997 29 508 26 632 2 997 29 629Custo dos juros 15 799 1 996 17 795 22 472 2 505 24 977Ganhos e perdas atuariais 45 602 3 026 48 628 37 893 (4 146) 33 747Benefícios pagos no período (145 864) - (145 864) (123 841) - (123 841)Responsabilidades no fim do período 439 870 62 053 501 923 497 822 54 034 551 856

31/12/15 31/12/14Valores em Euros Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente TotalPassivos financeiros ao custo:Fornecedores 46 139 423 - 46 139 423 39 662 228 - 39 662 228Financiamentos obtidos 79 067 673 516 420 094 595 487 767 79 689 815 240 320 134 320 009 949Outras contas a pagar 107 044 802 10 481 458 117 526 260 38 301 503 - 38 301 503

232 251 898 526 901 552 759 153 450 157 653 546 240 320 134 397 973 680

23. Passivos financeiros

As categorias de passivos financeiros em 31 de dezembro de 2015 e 2014 são deta-lhadas conforme se segue:

23.1. Categorias de passivos financeiros

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 119

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A subsidiária Secil Betões e Inertes, S.A., emitiu em 2007, um empréstimo obrigacionista pelo montante de Euros 40.000.000. Os juros são pagos semes-tral e postecipadamente. O reembolso das obrigações far-se-á no final do 10º ano, ou seja, em 2017. Poderá ser soli-citado o reembolso antecipado (Call Op-tion), total ou parcial, nas 10ª, 12ª, 14ª, 16ª e 18ª datas de pagamento de juros.

Em 2012, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista pelo montante de Euros 60.000.000. Em 2015, a Secil reembol-sou este empréstimo e negociou a emis-são de um novo empréstimo obrigacio-nista, pelo mesmo valor, cujo reembolso será feito ao par em 2020. Os juros são pagos semestral e postecipadamente.

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Fornecedores c/c 34 786 352 26 866 886Fornecedores c/c - partes relacionadas (Nota 36) 1 483 552 4 458 628Faturas em receção e conferência 9 869 519 8 336 714

46 139 423 39 662 228

31/12/15 31/12/14Valores em Euros Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente TotalEmpréstimos obrigacionistas: SBI 2007 - 2017 - 40 000 000 40 000 000 - 40 000 000 40 000 000 Secil 2012 - 2017 - - - - 60 000 000 60 000 000 Secil 2013 - 2016 - - - - 40 000 000 40 000 000 Secil 2013 - 2018 - - - - 40 000 000 40 000 000 Secil 2015 - 2020 - 80 000 000 80 000 000 - - - Secil 2015 - 2020 - 60 000 000 60 000 000 - - -Empréstimos bancários 67 851 185 148 826 051 216 677 236 21 519 522 54 718 565 76 238 087Papel Comercial 5 000 000 188 700 000 193 700 000 46 000 000 46 000 000Descobertos bancários (Nota 4) 3 994 686 - 3 994 686 9 843 159 - 9 843 159Outros empréstimos: Obtidos no âmbito do QREN 2 837 311 601 846 3 439 157 2 981 730 3 439 517 6 421 247Locação financeira - rendas a pagar (Nota 11) 749 349 1 569 923 2 319 272 679 642 2 162 052 2 841 694Comissões bancárias de empréstimos (1 364 858) (3 277 726) (4 642 584) (1 334 238) - (1 334 238)

79 067 673 516 420 094 595 487 767 79 689 815 240 320 134 320 009 949

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica de fornecedores apresenta a seguinte composição:

Os financiamentos obtidos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 são detalhados conforme se segue:

23.2. Passivos financeiros - fornecedores

23.3. Passivos financeiros – financiamentos obtidos

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01

Em 2013, a Secil emitiu dois emprésti-mos obrigacionistas, com vencimentos a três e cinco anos, no montante de Euros 40.000.000 cada. Estes dois emprésti-mos foram re-embolsados em 2015, ten-do sido emitido um novo empréstimo obri-gacionista no valor de Euros 80.000.000,

com reembolso integral ao par em junho de 2020. Poderá ser solicitado o reem-bolso antecipado (Call Option) total, na 4ª, 6ª e 8ª datas de pagamento de juro. Os juros são pagos semestral e posteci-padamente.

A parcela classificada como não corrente em 31 de dezembro de 2015 e em 2014 tem o seguinte plano de reembolso definido:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/141 a 2 anos 130 125 679 72 491 4942 a 3 anos 167 708 079 138 613 9563 a 4 anos 26 289 098 20 870 7884 a 5 anos 159 740 352 4 165 522Mais de 5 anos 32 556 886 4 178 374

516 420 094 240 320 134

31/12/15 31/12/14Valores em Euros Corrente Não corrente Total CorrenteFornecedores de imobilizado c/c 3 736 876 - 3 736 876 3 370 224Fornecedores de imobilizado c/c - partes relacionadas (Nota 36) 43 516 - 43 516 43 516Outros credores - Obrigação por aquisição de investimentos 34 955 848 10 481 458 45 437 306 -Outros credores - partes relacionadas (Nota 36) 30 250 000 - 30 250 000 -Outros credores 4 109 218 - 4 109 218 4 490 198Credores por acréscimos de gastos 33 949 344 - 33 949 344 30 397 565

107 044 802 10 481 458 117 526 260 38 301 503

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os créditos bancários concedidos e não sacados ascendiam a Euros 220.074.398 e Euros 307.029.261, respetivamente.

Existem contratos de financiamento que obrigam ao cumprimento de alguns rá-cios financeiros.

Durante 2015 a Secil Prebetão renego-ciou alguns contratos de financiamento, deixando de estar obrigada ao cumpri-mento de rácios financeiros.

Créditos concedidos e não sacados

Financial Covenants

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as outras contas a pagar correntes detalham-se como se segue:

23.4. Passivos financeiros – outras contas a pagar

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 121

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Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Seguros 112 843 48 706Custos com o pessoal 11 020 971 9 853 113Juros a pagar 4 583 715 707 581Periodificação de gastos com energia 10 301 502 12 037 197Serviços de transporte 809 553 367 881Acionistas (Nota 36) 454 917 1 006 362Serviços bancários 189 851 197 948Descontos comerciais 552 944 613 761Consultoria 1 521 309 1 730 712Outros 4 401 739 3 834 304

33 949 344 30 397 565

A rubrica “Obrigação por aquisição de in-vestimentos” refere-se ao pagamento di-ferido da aquisição de controlo do Grupo

Supremo Cimentos, S.A. pela subsidiária NSOSPE – Empreendimentos e Participa-ções, S.A. (Notas 7 e 8).

A rubrica “Credores por acréscimos de gastos” em 31 de dezembro de 2015 e 2014 detalha-se conforme se segue:

24. Adiantamentos de clientes e a fornecedores

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 as rubricas “Adiantamentos de clientes” e “Adian-tamentos a fornecedores” apresentam a seguinte composição:

ATIVO PASSIVOValores em Euros 31/12/15 31/12/14 31/12/15 31/12/14Adiantamentos a fornecedores 1 408 335 2 958 338 - -Adiantamentos de clientes - - 2 100 727 3 565 691

1 408 335 2 958 338 2 100 727 3 565 691

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0125. Estado e outros entes públicos

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Estado e outros entes públicos” deta-lha-se conforme se segue:

ATIVO PASSIVOValores em Euros 31/12/15 31/12/14 31/12/15 31/12/14Imposto sobre o rendimento 3 719 827 3 202 699 25 855 272 18 635 580Retenções de imposto sobre o rendimento 114 401 117 959 1 212 113 973 741Imposto sobre o valor acrescentado e similares 1 940 590 6 712 854 2 717 652 3 235 235ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços:

Programa d e Desenvolvimento da Empresa Catarinense (PRODEC)

- - 2 976 575 -

Programa Paraná Competitivo 5 268 171 - 1 268 048 -ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços

227 716 - 424 696 -

Contribuição para a Segurança Social - - 1 725 523 1 330 790Restantes Impostos 227 569 241 814 588 165 592 719

11 498 274 10 275 326 36 768 044 24 768 065

O Imposto sobre a circulação de merca-dorias e serviços (ICMS), no montante de Euros 2.976.575, apresentado na rubrica de “Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (PRODEC)” refere-se a um benefício fiscal atribuído à subsi-diária Supremo Cimentos S.A., que difere por um período de 48 meses o prazo de pagamento do ICMS, cujo pagamento se iniciou em 10 de abril de 2014. O mon-tante apresentado encontra-se desconta-do para o seu valor presente à data de 31 de dezembro de 2015.

O Programa Paraná Competitivo, conce-dido pelo Governo do Estado do Paraná à subsidiária Margem – Companhia de

Mineração, refere-se a um incentivo fiscal que tem os seguintes benefícios:

a) parcelamento do ICMS incremental;

b) diferimento do pagamento do ICMS da energia elétrica e do gás natural por um período de 96 meses, com início em agosto de 2015;

c) parcelamento, até ao vencimento, do ICMS declarado, no caso de recuperação judicial; e

d) concessão de crédito presumido em razão da realização de obra de infraestru-tura em território paranaense.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 123

01

26. Diferimentos ativos e passivos

27. Vendas e serviços prestados

O saldo da rubrica “Diferimentos ativos e passivos”, em 31 de dezembro de 2015 e 2014, detalha-se conforme se segue:

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Vendas e serviços prestados” apresen-ta a seguinte composição:

ATIVO PASSIVOValores em Euros 31/12/15 31/12/14 31/12/15 31/12/14Seguros 183 688 80 532 - -Rendas e alugueres 221 749 267 300 - -Tratamento de resíduos - - 342 661 180 347Outros 413 382 512 741 11 913 16 774

818 819 860 573 354 574 197 121

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Imposto sobre o rendimento” tem a seguinte decomposição:

31/12/15 31/12/14Valores em Euros Saldo Devedor Saldo Credor Líquido Saldo LíquidoImposto sobre o rendimento do período (Nota 15) (1 152 405) 4 853 056 6 005 461 5 679 206Ajustamento cambial 17 989 86 894 68 905 310 890Pagamentos por conta 2 626 360 (115 894) (2 742 254) (289 032)Retenções na fonte a recuperar 2 004 641 (31 273) (2 035 914) (77 283)IRC de períodos anteriores 223 242 246 660 23 418 (3 375 536)Liquidações adicionais - 20 815 829 20 815 829 13 184 636 3 719 827 25 855 272 22 135 445 15 432 881

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Vendas 452 569 525 409 462 924Serviços prestados 27 021 227 22 712 757Descontos de pronto pagamento concedidos (918 514) (750 048)

478 672 238 431 425 633

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0128. Resultado apropriado de empresas associadas

29. Fornecimentos e serviços externos

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o Grupo apropriou-se de resultados em empresas associadas conforme se segue:

A rubrica “Fornecimentos e serviços externos” nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 é detalhada conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Setefrete, SGPS, S.A. 1 159 706 723 055J.M.J. Henriques, Lda. (1 717) (1 660)Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 106 098 149 764Supremo Cimentos, S.A. (a) (1 664 480) (265 001)NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. (a) (2 015 395) (1 315 770)Sociedade de Inertes Limitada - 38 334

(Notas 14 e 15) (2 415 788) (671 278)

(a) Resultados apropriados pelo método de equivalência patrimonial (MEP) até à data de obtenção do controlo destas enti-dades (Nota 7).

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Subcontratos 171 633 2 322 298Serviços especializados 52 070 507 42 726 534Materiais 633 737 372 985Energia e fluidos 53 495 847 50 036 491Deslocações, estadas e transportes 45 480 319 48 826 078Serviços diversos 22 375 461 20 355 585 174 227 504 164 639 971

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 125

0130. Gastos com o pessoal

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Gastos com o pessoal” decompõe-se como se segue:

A rubrica “Remunerações dos membros dos órgãos sociais”, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 decompõe-se como se segue:

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o número de colaboradores ao serviço das diver-sas empresas do Grupo, repartidos por segmento de negócio, detalha-se conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Remunerações dos Orgãos Sociais 3 973 304 3 565 464Remunerações do pessoal 48 960 150 43 277 919Benefícios pós-emprego: Contribuição definida (Nota 22) 1 140 076 789 813 Benefícios definidos (Nota 22) (220 643) 156 668Outros benefícios a longo prazo (Nota 22) 95 931 92 499Indemnizações 208 767 291 071Outros gastos com pessoal 18 092 752 14 855 921 72 250 337 63 029 355

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Conselho de Administração da Secil 2 949 827 2 458 991Outros membros de órgãos sociais de subsidiárias 1 023 477 1 106 473

3 973 304 3 565 464

31/12/15 31/12/14País/Segmento Cimento Betões Agregados Outros Total Cimento Betões Agregados Outros TotalPortugal 479 190 130 111 910 483 221 127 114 945Líbano 438 61 - - 499 436 65 - - 501Tunísia 272 101 - - 373 267 96 - - 363Angola 207 - - 4 211 223 - - 4 227Cabo Verde 13 - 23 - 36 13 - 22 - 35Brasil 618 - - - 618 - - - - -Total 2 027 352 153 115 2 647 1 422 382 149 118 2 071

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0131. Outros rendimentos e ganhos

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outros rendimentos e ganhos” decom-põe-se como se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Licenças de emissão de gases com efeitos de estufa atribuídas a título gratuito (Nota 20.5.3) 11 734 924 11 472 800Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) 214 299 317 215Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros 1 305 704 569 072Rendimentos suplementares - partes relacionadas (Nota 36) 110 255 50 557Rendimentos suplementares - outros 2 568 363 585 963Alienação de licenças de emissão (Nota 13) 1 602 000 1 561 769Diferenças de câmbio favoráveis 3 831 740 2 540 647Proveitos com tratamento de resíduos 468 897 956 663Ganhos na alienação de interesses em subsidiárias, associadas e em-preendimentos conjuntos

1 764 019 5 547 158

Outros rendimentos e ganhos - partes relacionadas (Nota 36) 52 301 75 464Rendimentos e ganhos nos ativos financeiros (Nota 8) 344 158 39 121Outros 11 374 674 9 737 724

35 371 334 33 454 153

A rubrica “Ganhos na alienação de in-teresses em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos” inclui essencialmente o montante de Euros 1.764.019 e Euros 5.064.240 (Nota 14), em 31 de dezembro de 2015 e 2014 respetivamente, relativo à diluição da participação financeira detida na sub-sidiária NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. até à obtenção do controlo desta entidade (Nota 7).

As diferenças de câmbio favoráveis regis-tadas no período findo em 31 de dezem-bro de 2015 e 2014 referem-se essen-cialmente às variações entre o câmbio da data da compra de bens e serviços e a data da respetiva liquidação financeira do passivo relacionado, assim como à atualização cambial de ativos e passivos intragrupo em moeda estrangeira, sendo o seu montante justificado em grande parte pela variação ocorrida na cotação do dólar americano durante o período em análise.

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0132. Outros gastos e perdas

33. Gastos/reversões de depreciações, amortizações e imparidades

A decomposição da rubrica “Outros gastos e perdas” nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 é conforme se segue

A decomposição da rubrica “Gastos/reversões de depreciações, amortizações e im-paridades” nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 é conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Gastos e perdas em ativos não financeiros 532 445 114 719Gastos e perdas em ativos financeiros - partes relacionadas (Nota 36) - 4 875Donativos 790 758 762 273Impostos indiretos 2 327 545 2 061 845Diferenças câmbiais desfavoráveis 4 501 121 1 287 457Despesas bancárias 1 890 261 848 250Gastos e perdas em investimentos financeiros 71 181 1 334 893Outros gastos operacionais 2 262 855 2 227 327 12 376 166 8 641 639

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Ativos fixos tangíveis (Nota 10) 42 333 108 41 789 593Propriedades de investimento (Nota 12) 18 791 18 791Ativos intangíveis (Nota 13) 11 767 448 11 571 749Ativos não correntes detidos para venda 50 006 60 016PIS e COFINS sobre depreciações (722 507) -Gastos/(reversões) de depreciações e de amortizações 53 446 846 53 440 149

Ativos fixos tangíveis (Nota 10) 1 400 097 1 368 886(Reversão)/Reforço de imparidades nas licenças de emissão (Nota 13) - (74 784)Imparidade de ativos depreciáveis/amortizáveis (perdas/(reversões)) 1 400 097 1 294 102

As diferenças de câmbio desfavoráveis registadas no período findo em 31 de de-zembro de 2015 e 2014 referem-se es-sencialmente às variações entre o câm-bio da data da compra de bens e serviços

e a data da respetiva liquidação financei-ra do passivo relacionado, assim como à atualização cambial de ativos e passivos intragrupo em moeda estrangeira.

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0134. Resultados financeiros líquidos

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os resultados financeiros líquidos decompõem-se como se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Juros e rendimentos similares obtidos:

Outros juros obtidos 3 906 493 1 760 283Outros juros obtidos - partes relacionadas (Nota 36) 227 167 1 565 608Outros proveitos e ganhos financeiros 100 755 128 918

4 234 415 3 454 809Juros e gastos similares suportados:

Juros suportados com outros empréstimos obtidos (29 465 712) (18 180 972)Juros suportados - partes relacionadas (Nota 36) (2 017 856) (5 144)Diferenças de câmbio favoráveis/(desfavoráveis) em financiamentos obtidos

(5 300 394) 492 301

Ganhos/ (perdas) com instrumentos financeirosJuros incorridos (1 482 690) (1 377 684)Variação justo valor (Nota 38) (2 296 634) -Atualização da provisão para recuperação paisagística (Nota 21) (289 714) (288 359)Outros custos e gastos financeiros (363 885) (332 674)

(41 216 885) (19 692 532)

A rubrica “Diferenças de câmbio favorá-veis/ (desfavoráveis) em financiamentos obtidos resulta essencialmente da atua-lização cambial de um financiamento parcialmente contratado em USD pela subsidiária Margem Companhia de Mine-ração. Inclui também o montante de Eu-

ros 569.109 (Nota 38) relativo à variação do justo valor do instrumento financeiro derivado “cross currency interest rate swap” celebrado pela subsidiária Supre-mo Cimentos, S.A..

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 129

01

Não existem instrumentos financeiros convertíveis sobre as ações da Secil, pelo que não existe diluição dos resultados.

O número médio ponderado de ações en-contra-se deduzido do número de ações

próprias de 4.184.460 detidas pela Secil e pela sua subsidiária Hewbol S.G.P.S., Lda. (Nota 20.1).

35. Resultado por ação

36. Partes relacionadas

O resultado por ação, dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, é de-terminado conforme se segue:

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foram efetuadas as seguintes transações com partes relacionadas:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Resultado atribuível aos detentores de capital da empresa-mãe (13 207 199) 6 035 413 Número médio ponderado de ações 48 735 540 48 735 540 Resultado básico por ação (0,271) 0,124 Resultado diluído por ação (0,271) 0,124

31 de Dezembro de 2015 Valores em Euros

Aquisição de bens e serviços

Juros suportados (Nota 34)

Vendas e serviços prestados

Outros rendimentos e ganhos (Nota 31)

Juros obtidos (Nota 34)

AcionistasSemapa, S.G.P.S., S.A. (2 970 841) (2 012 712) - - 226 811

Outras partes relacionadasSeribo, S.A. - (4 810) - - -Eng.Silva Dias - (334) - - -

Empresas associadas e empreendimentos conjuntosJ.M.J. Henriques, Lda. - - - 1 800 -Inertogrande - - - 1 800 -Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. (26 349) - 399 250 54 000 356Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. (2 820 022) - - 31 330 -Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. (4 755 060) - 39 379 73 626 -

(10 572 272) (2 017 856) 438 629 162 556 227 167

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01

31 de Dezembro de 2014 Valores em Euros

Aquisição de bens e serviços

Outros gastos e perdas (Nota 32)

Juros suportados

(Nota 34)

Vendas e serviços

prestados

Outros rendimentos e

ganhos (Nota 31)

Juros obtidos

(Nota 34)Acionistas

Semapa, S.G.P.S., S.A. (3 829 003) (4 875) - - - 1 230 821Great Earth - Projectos, S.A. - - - - - 311 455

Outras partes relacionadasSeribo, S.A. - - (4 810) - - -Eng.Silva Dias - - (334) - - -

Empresas associadas e empreendimentos conjuntos - - - - - -Supremo Cimentos S.A - - - 13 952 975 3 321 -Margem - Companhia de Mineração - - - - 21 544 -J.M.J. Henriques, Lda. - - - - 1 800 -NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. - - - - - 21 923Inertogrande - - - - 1 800 -Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. (28 137) - - 375 165 9 081 1 409Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. (3 771 650) - - - 18 023 -Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. (4 266 591) - - 68 591 70 452 -

(11 895 381) (4 875) (5 144) 14 396 731 126 021 1 565 608

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 as empresas do Grupo apresentam os seguintes saldos com partes relacionadas:

31 de Dezembro de 2015Ativo Passivo

Valores em Euros

Outros ativosfinanceiros

(Nota 16)

Clientes

(Nota 18.2)

Outrasoperações(Nota 18.3)

Acionistas/ sócios

correntes

Fornecedores

(Nota 23.2)

Fornecedoresimobilizado(Nota 23.4)

Outroscredores

(Nota 23.4)

Acréscimosde gastos

(Nota 23.4)Acionistas

Longapar - S.G.P.S., S.A. - - - 1 160 - - - -Semapa, SGPS, S.A. 650 000 - 243 - 439 281 - 30 250 000 361 399Semapa, SGPS, S.A. - RETGS - - 1 086 887 646 469 146 580 - -

Outras partes relacionadasCotif Sicar - - - 182 002 - - - -Seribo, S.A. - - - 185 759 - 43 516 - 85 822Eng.Silva Dias - - - 12 893 - - - 5 955Outros acionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas

- - 1 994 310 2 691 899 - - - -

Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos

J.M.J. Henriques, Lda. - - 121 275 - - - - -Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - 211 295 - - - - -Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - 27 723 - - - - -Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A.

- 132 672 60 089 - 8 095 - - 1 741

Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. - - - - 300 942 - - -Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

- 3 690 101 800 - 588 654 - - -

650 000 136 362 3 603 622 3 720 182 1 483 552 43 516 30 250 000 454 917

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 131

01

O saldo da rubrica “Outras operações” líquido de imparidades ascende a Euros 1.609.312 e 844.502 em 31 de dezembro de 2015 e 2014, respetivamente.

Em 31 de Dezembro de 2015, os montantes a receber e a pagar no âmbito do Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS) decompõem-se como se segue:

31 de Dezembro de 2014Ativo Passivo

Valores em Euros

Outros ativos

financeiros(Nota 16)

Clientes(Nota 18.2)

Empréstimos concedidos

corrente(Nota 18.3)

Aplicações de

tesouraria(Nota 18.1)

Outras

operações(Nota 18.3)

Acréscimos

rendimentos(Nota 18.3)

Acionistas/

sócioscorrentes

Fornecedores(Nota 23.2)

Fornecedores

imobilizado(Nota 23.4)

Acréscimos

de gastos(Nota 23.4)

AcionistasLongapar - S.G.P.S., S.A.

- - - - - - 1 160 - - -

Semapa, SGPS, S.A. 645 125 - - 34 750 000 243 6 757 - 3 711 038 - 919 722Semapa, SGPS, S.A. - RETGS

- - - - 377 602 - 293 512 - - -

Outras partes relacionadas

Cotif Sicar - - - - - - 86 794 - - -Seribo, S.A. - - - - - - 185 759 - 43 516 81 011Eng.Silva Dias - - - - - - 12 893 - - 5 621Outros acionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas

- - - - 1 294 310 - 1 328 032 - - -

Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos

Supremo Cimentos S.A

- 2 314 788 - - 6 624 - - - - -

Margem - Companhia de Mineração

- - - - 3 073 1 300 000 - - - -

NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A.

- - 750 000 - - 17 389 - - - -

J.M.J. Henriques, Lda. - - - - 117 959 - - - - -Inertogrande - Central de Betão, Lda.

- - - - 207 967 - - - - -

Secil Unicon - S.G.P.S., Lda.

- - - - 23 767 - - - - -

Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A.

- 66 070 - - 13 035 - - 15 775 - 8

Setefrete - Soc Tráfego Cargas, S.A.

- - - - - - - 363 410 - -

Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.

- 1 845 - - 94 238 - - 368 405 - -

645 125 2 382 703 750 000 34 750 000 2 138 818 1 324 146 1 908 150 4 458 628 43 516 1 006 362

1-Jan-2015 a 30/jun/15 1-Jul-2015 a 31-Dez-2015Valores em Euros Fornecedores Outras Operações Acionistas /sócios TotalImposto sobre o rendimento do período (Nota 15.1) 272 684 226 106 716 173 942 279Pagamentos por conta - (100 843) (61 274) (162 117)Retenções na fonte a recuperar (126 104) (1 212 150) (8 430) (1 220 580) 146 580 (1 086 887) 646 469 (440 418)

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0137. Riscos financeiros

37.1. Risco cambial A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio a 31 de dezembro de 2015 e 2014, com base nos valores de balanço dos ativos e passivos financeiros, conver-

tidos para Euros tendo por base as taxas de câmbio a essa data, apresenta-se como segue:

31/12/15

Valores em EurosDólar

americano000’ LibrA

libanesa

Dinar tunisinoKwanza

angolanoMetical

moçambicanoReal

BRASILEIRO

TOTALAtivos

Outras contas a receber - não correntes e correntes

655 858 47 224 3 536 680 (2 522) 986 4 993 251 9 231 477

Clientes 1 911 416 16 674 099 10 127 812 1 350 116 - 2 760 444 32 823 887Caixa e depósitos bancários 68 201 136 15 351 768 8 498 324 5 728 799 22 991 11 305 022 109 108 040

Total de ativos financeiros 70 768 410 32 073 091 22 162 816 7 076 393 23 977 19 058 717 151 163 404Passivos

Acionistas/sócios - não correntes e correntes

- (2 690 887) - - - - (2 690 887)

Financiamentos obtidos - não correntes e correntes

(10 343 545) (6 821 793) (28 228 018) (9 692 800) - (126 693 091) (181 779 247)

Outras contas a pagar - não correntes e correntes

(80 282) (9 085 064) (5 674 097) (606 959) (7 972) (54 635 500) (70 089 874)

Fornecedores (1 121 819) (5 395 385) (7 079 513) (2 425 426) - (4 871 662) (20 893 805)Total de passivos financeiros (11 545 646) (23 993 129) (40 981 628) (12 725 185) (7 972) (186 200 253) (275 453 813)

Posição financeira líquida de balanço 59 222 764 8 079 962 (18 818 812) (5 648 792) 16 005 (167 141 536) (124 290 409)

31/12/14

Valores em EurosDólar

americano000’ LibrA

libanesa

Dinar tunisinoKwanza

angolanoMetical

moçambicano

TOTALAtivos

Outras contas a receber - não correntes e correntes

403 876 156 538 5 318 053 392 109 1 222 6 271 798

Clientes 3 133 943 12 973 591 9 731 647 1 577 473 - 27 416 654Caixa e depósitos bancários 37 183 257 37 352 620 2 096 972 9 289 231 80 85 922 160

Total de ativos financeiros 40 721 075 50 482 749 17 146 672 11 258 813 1 302 119 610 612Passivos

Acionistas/sócios - não correntes e correntes - (1 327 127) (87 699) - - (1 414 826)Financiamentos obtidos - não correntes e correntes (6 128 431) (5 742 449) (20 041 024) (9 772 274) (273 852) (41 958 030)Outras contas a pagar - não correntes e correntes (87 473) (11 396 895) (5 649 926) (1 019 059) (2 430) (18 155 783)Fornecedores (329 680) (2 901 004) (7 996 116) (60 800) - (11 287 600)

Total de passivos financeiros (6 545 584) (21 367 475) (33 774 764) (10 852 133) (276 282) (72 816 240)

Posição financeira líquida de balanço 34 175 491 29 115 274 (16 628 092) 406 680 (274 980) 46 794 372

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 133

01

37.2. Risco de taxa de juroO Grupo, na sua gestão da exposição à variação das taxas de juro, realizou co-bertura de fluxos de caixa. Estas opera-ções são registadas no balanço pelo seu justo valor e, na medida em que sejam consideradas coberturas eficazes, as variações no justo valor são inicialmente registadas por contrapartida de capitais próprios e posteriormente reclassifica-das para resultados financeiros para a rubrica de “Ganhos/perdas com instru-mentos financeiros” (Nota 38) na data da sua liquidação.

Se as operações de cobertura apresen-tarem ineficácia, esta é registada direta-mente em resultados. Desta forma e em termos líquidos, os custos associados aos financiamentos cobertos são perio-dificados à taxa inerente à operação de cobertura contratada.

Quando um instrumento de cobertura ex-pira ou é vendido, ou quando a cobertu-ra deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconhe-cidas em resultados quando a operação coberta também afetar resultados.

O Grupo contratou durante o período de 2009, uma cobertura do risco de taxa de juro, através de um interest rate swap (IRS) com valor nocional de Euros 40.000.000 e maturidade em 2017. A maioria da restante dívida foi mantida num regime de taxa variável.

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os impactos decorren-tes de uma eventual variação positiva

ou negativa de 5% de todas as taxas de câmbio spot com referência ao Euro, é conforme se segue:

31/12/14 31/12/14Valores em Euros Aumento 5% Redução 5% Aumento 5% Redução 5%Capitais próprios 6 620 417 (7 317 303) (1 772 483) 1 959 060Resultado do período (701 826) 775 702 (270 058) 298 485

5 918 591 (6 541 601) (2 042 541) 2 257 545

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01

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o desenvolvimento dos ativos e passivos fi-nanceiros com exposição a risco de taxa

de juro em função da data de refixação e da tipologia de taxa é apresentado como se segue:

31/12/15Valores em Euros Nota Até 1 mês 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos TotalAtivosNão correntes

Outros ativos financeiros 16 - - 650 000 - 650 000Correntes

Caixa e depósitos bancários Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis

4 25 558 973 - - - 25 558 973

Aplicações de tesouraria 4 63 524 591 35 994 252 8 148 984 33 470 107 701 297Total de ativos financeiros 89 083 564 35 994 252 8 798 984 33 470 133 910 270PassivosNão correntes

Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista 23.3 - - 140 000 000 40 000 000 180 000 000 Empréstimos bancários 23.3 104 541 381 6 318 586 35 971 141 1 994 943 148 826 051 Papel Comercial 23.3 173 700 000 - 15 000 000 - 188 700 000 Locações financeiras 11 1 569 923 - - - 1 569 923

Outras contas a pagarOutros credores - Obrigação por aquisição de investimentos

23.4 10 481 458 - - - 10 481 458

CorrentesFinanciamentos obtidos Empréstimos bancários 23.3 50 103 920 2 403 055 13 420 446 1 923 764 67 851 185 Papel Comercial 5 000 000 - - - 5 000 000 Descobertos bancários 23.3 3 994 686 - - - 3 994 686 Locações financeiras 11 707 399 - 41 950 - 749 349

Outras contas a pagarOutros credores - Obrigação por aquisição de investimentos

23.4 34 955 848 - - - 34 955 848

Total de passivos financeiros 385 054 615 8 721 641 204 433 537 43 918 707 642 128 500Exposição líquida ao risco taxa de juro (295 971 051) 27 272 611 (195 634 553) (43 885 237) (508 218 230)

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 135

01

O Grupo utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados e capitais de um aumento ou diminuição imediata das taxas de juros de mercado, com todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as taxas de mercado raramente se alteram isoladamente. A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos:

(i) Alterações nas taxas de juro do merca-do afetam rendimentos ou despesas de ju-ros de instrumentos financeiros variáveis;

(ii) Alterações nas taxas de juro de mer-cado apenas afetam os rendimentos ou despesas de juros em relação a instru-mentos financeiros com taxas de juro fixas se estes estiverem reconhecidos a justo valor;

(iii) Alterações nas taxas de juro de mer-cado afetam o justo valor de instrumen-tos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros;

(iv) Alterações no justo valor de instru-mentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros são estima-dos descontando os fluxos de caixa futu-ros de valores atuais líquidos, utilizando taxas de mercado do final do ano.

31/12/14Valores em Euros Nota Até 1 mês 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos TotalAtivosNão correntes

Outros ativos financeiros 16 - - 645 125 - 645 125Correntes

Caixa e depósitos bancáriosDepósitos bancários imediatamente mobilizáveis

4 19 177 345 - - - 19 177 345

Aplicações de tesouraria 4 94 555 786 16 004 307 6 591 109 46 461 117 197 663Total de ativos financeiros 113 733 131 16 004 307 7 236 234 46 461 137 020 133PassivosNão correntes

Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista 23.3 - - 180 000 000 - 180 000 000 Empréstimos bancários 23.3 12 901 154 15 763 821 24 277 704 1 775 886 54 718 565 Locações financeiras 11 1 918 217 243 835 - - 2 162 052

CorrentesFinanciamentos obtidos Empréstimos bancários 23.3 10 476 743 7 242 512 2 898 775 901 492 21 519 522 Papel Comercial 23.3 43 500 000 - 2 500 000 - 46 000 000 Descobertos bancários 23.3 7 870 375 - 1 972 784 - 9 843 159 Locações financeiras 11 603 468 76 174 - - 679 642

Total de passivos financeiros 77 269 957 23 326 342 211 649 263 2 677 378 314 922 940Exposição líquida ao risco taxa de juro 36 463 174 (7 322 035) (204 413 029) (2 630 917) (177 902 807)

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01

Sob estes pressupostos, um aumento ou uma diminuição de 0,50% nas taxas de juro, ao longo de um ano inteiro, para todos os empréstimos ou instrumentos

financeiros derivados contratados pelo Grupo Secil a 31 de dezembro de 2015 e 2014 resultaria conforme se segue:

31/12/15 31/12/14Valores em Euros Aumento 0,5% Redução 0,5% Aumento 0,5% Redução 0,5%Capitais próprios 314 447 (315 384) 528 714 (530 481)Resultado do período (2 541 091) 2 541 091 (889 514) 889 514

(2 226 644) 2 225 707 (360 800) 359 033

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Valores não vencidos 39 274 616 30 670 266Valores vencidos: De 1 a 90 dias 21 069 939 15 126 613 De 91 a 180 dias 1 637 007 2 904 505 De 181 a 360 dias 1 827 853 1 839 396 De 361 a 540 dias 1 668 658 951 254 De 541 a 720 dias 979 535 1 181 521 A mais de 721 dias 14 164 791 13 244 461 Em contencioso de cobrança 10 205 514 10 095 033

51 553 297 45 342 783Total de saldos de clientes 90 827 913 76 013 049Imparidades (26 246 509) (26 258 584)Saldo líquido de clientes (Nota 18.2) 64 581 404 49 754 465Limite de seguro de crédito contratado 61 971 400 53 629 603

37.3. Risco de créditoEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, os saldos a receber de clientes apresentam a seguinte estrutura de antiguidade,

considerando como referência a data de vencimento dos valores em aberto:

Os valores apresentados correspondem aos valores em aberto, face aos prazos de vencimento contratados. Apesar de existirem atrasos na liquidação de al-guns valores face a esses prazos, tal não resulta na identificação de situações de imparidade para além das consideradas através das correspondentes perdas.

Estas são apuradas atendendo à infor-mação regularmente reunida sobre o comportamento financeiro dos clientes

do Grupo, que permite, em conjugação com a experiência reunida na análise da carteira e em conjugação com os sinistros de crédito que se verifiquem, na parte não atribuível à seguradora, definir o valor das perdas a reconhecer no período. O facto de existirem garantias para uma parte significativa dos saldos em aberto e com antiguidade justifica o facto de não se ter registado qualquer perda por imparidade nesses saldos.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 137

01

31/12/15 31/12/14Valores em Euros Valor bruto JV Garantias Valor bruto JV GarantiasSaldos devedores vencidos não considerados em imparidade: Vencidos há menos de 3 meses 20 794 523 3 057 261 15 078 671 2 587 629 Vencidos há mais de 3 meses 4 512 265 386 660 4 064 528 592 407

25 306 788 3 443 921 19 143 199 3 180 036Saldos devedores vencidos considerados em imparidade: Vencidos há menos de 3 meses 275 416 - 47 943 - Vencidos há mais de 3 meses 25 971 093 - 26 151 641 -

26 246 509 - 26 199 584 -51 553 297 3 443 921 45 342 783 3 180 036

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Rating:A+ - 22 545A - 26 981A- 1 189 -BBB+ 210 137 -BBB - 1 254 832BBB- - 27BB+ 9 560 758 -BB - 5 551 647BB- 500 958 173 090B+ 32 342 798 19 434 773B - 52 664B- 35 298 377 -Sem rating 55 346 053 109 858 449

133 260 270 136 375 008Derivados 1 948 961 -

135 209 231 136 375 008

A qualidade de risco de crédito do Gru-po, em 31 de dezembro de 2015 e 2014, face a ativos financeiros (depósitos ban-cários, aplicações de tesouraria e Instru-

mentos financeiros derivados com justo valor positivo) cujas contrapartes sejam instituições financeiras, detalha-se como segue:

A rubrica “Sem rating” diz, essencialmen-te, respeito a aplicações de tesouraria e depósitos bancários em instituições fi-nanceiras em Angola relativamente aos quais não existe notação de rating com referência às datas apresentadas.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a análise de antiguidade dos saldos deve-dores que já se encontram vencidos, e respetivas perdas acumuladas por impa-ridade, é a seguinte:

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01

A exposição máxima ao risco de crédito no balanço em 31 de dezembro de 2015 e 2014, detalha-se como se segue:

Valores em Euros Nota 31/12/15 31/12/14Ativos não correntesOutras contas a receber 18 3 861 120 2 266 051Outros ativos financeiros 16 2 916 303 3 297 025

Ativos correntesClientes 18 64 581 404 49 754 465Outras contas a receber 18 9 345 140 11 885 484Outros ativos financeiros 17 2 598 961 -Depósitos bancários e aplicações de tesouraria 4 133 260 270 136 375 008

Exposição ao risco de crédito fora de balançoGarantias e compromissos 41 122 571 157 230 809 855

37.4. Risco de liquidezO Grupo gere o risco de liquidez por três vias:

(i) garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente elevada de médio e longo prazo com maturidades ade-quadas às características das indústrias onde exerce a sua atividade;

(ii) através da contratação com institui-ções financeiras de facilidades de cré-dito disponíveis a todo o momento, por um montante que garanta uma liquidez adequada;

(iii) acumulando montantes em caixa.

A previsão dos fluxos de caixa é realizada pelas entidades operacionais do Grupo e agregada pela Direção Financeira do Grupo Secil na preparação do orçamen-to anual. É da responsabilidade dessa Direção a monitorização das previsões de necessidades de liquidez do Grupo de forma a garantir a manutenção de um nível adequado de disponibilidades

para responder às necessidades opera-cionais. Estas previsões têm em con-sideração os planos de financiamento do Grupo, o cumprimento de objetivos internos ao nível de rácios e, caso seja aplicável, o cumprimento de requisitos externos relacionados com as atividades operacionais e com as obrigações legais, fiscais e operacionais do Grupo.

A liquidez dos passivos financeiros con-tratados, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, originará os seguintes fluxos monetários não descon-tados, incluindo juros, tendo por base o período remanescente até à maturidade contratual à data do balanço:

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 139

01

31/12/15Valores em Euros Nota Até 1 ano 1-5 anos Mais de 5 anos TotalAcionistas/ sócios 36 3 720 182 - - 3 720 182Financiamentos obtidos

Empréstimo obrigacionista Capital 23.3 - 180 000 000 - 180 000 000 Juros 5 846 980 17 890 426 - 23 737 406Empréstimos bancários Capital 23.3 67 851 185 117 568 877 31 257 174 216 677 236 Juros 18 181 043 34 146 711 6 244 542 58 572 296Outros Empréstimos (QREN) Capital 23.3 2 837 311 601 846 - 3 439 157Papel Comercial Capital 23.3 5 000 000 188 700 000 - 193 700 000 Juros 2 853 271 4 135 699 - 6 988 970Locações financeiras Capital 11.1 749 349 1 569 923 - 2 319 272 Juros 11.1 77 413 47 048 - 124 461Descobertos bancários Capital 23.3 3 994 686 - - 3 994 686 Juros 55 819 - - 55 819

Outras contas a pagarInstrumentos financeiros derivados (*) 1 544 825 1 526 598 - 3 071 423Fornecedores de imobilizado c/c 23.4 3 780 392 - - 3 780 392Outros credores Capital 23.4 69 315 066 10 481 458 79 796 524 Juros 6 439 572 3 432 015 9 871 587Credores por acréscimos de gastos 23.4 33 949 344 - - 33 949 344

Fornecedores 23.2 46 139 423 - - 46 139 423272 335 861 560 100 601 37 501 716 869 938 178

31/12/14Valores em Euros Nota Até 1 ano 1-5 anos Mais de 5 anos TotalAcionistas/ sócios 36 1 908 150 - - 1 908 150Financiamentos obtidos

Empréstimo obrigacionista Capital 23.3 - 180 000 000 - 180 000 000 Juros 6 938 899 13 258 680 - 20 197 579Empréstimos bancários Capital 23.3 67 519 522 50 540 193 4 178 372 122 238 087 Juros 3 252 466 6 569 336 825 955 10 647 757Outros Empréstimos (QREN) Capital 23.3 2 981 730 3 439 517 - 6 421 247Papel Comercial Capital 23.3 JurosLocações financeiras Capital 11.1 679 642 2 162 052 - 2 841 694 Juros 11.1 131 357 197 173 - 328 530Descobertos bancários Capital 23.3 9 843 159 - - 9 843 159 Juros 245 978 - - 245 978

Outras contas a pagarInstrumentos financeiros derivados (*) 1 452 170 2 867 135 - 4 319 305Fornecedores de imobilizado c/c 23.4 3 413 740 - - 3 413 740Outros credores Capital 23.4 4 490 198 - - 4 490 198 Juros - - - -Credores por acréscimos de gastos 23.4 30 397 565 - - 30 397 565

Fornecedores 23.2 39 662 228 - - 39 662 228172 916 804 259 034 086 5 004 327 436 955 217

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01Com o objetivo de minimizar os riscos de exposição a variações de taxa de câmbio, de taxas de juro dos empréstimos e cobrir o risco de preço associado a transações futuras altamente prováveis de licenças de emissão de gases com efeito de estu-fa, o Grupo contratou um conjunto de ins-trumentos financeiros derivados.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados é registado: (i) quando positivo, no ativo na rubrica “Outros ativos finan-ceiros” (Nota 16) e (ii) quando negativo, no passivo, na rubrica “Outros passivos financeiros”.

38. Justo valor dos instrumentos financeiros derivados

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o justo valor dos instrumentos derivados de negociação e de cobertura de fluxos de caixa do Grupo, detalha-se conforme se segue:

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros derivados, nos pe-ríodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, apresenta-se conforme se segue:

Notional 31/12/15 31/12/14Valores em Euros Moeda Montante Maturidade Positivos NEGATIVOS Líquido NEGATIVOSNegociação

Cross currency interest rate swap (Nota 16) USD 5 286 344 2016 1 948 961 - 1 948 961 -5 286 344 1 948 961 - 1 948 961 -

Cobertura de fluxos de caixaSwap de taxa de juro EUR 40 000 000 2017 - (3 337 991) (3 337 991) (4 014 691)

40 000 000 - (3 337 991) (3 337 991) (4 014 691)1 948 961 (3 337 991) (1 389 030) (4 014 691)

31/12/15 31/12/14Negociação Cobertura Cobertura

Valores em Euros Cross currency interest rate swap Swap taxa juro Total Swap taxa juro

Saldo inicial - - (4 014 691) (4 014 691) (4 262 775)Variação de perímetro (Nota 8) 1 780 556 (2 462 271) - (681 715) -Ajustamento Cambial (400 704) 165 637 - (235 067) -Aumentos de justo valor: Nos resultados (Nota 34) 569 109 2 296 634 - 2 865 743 - Nos capitais próprios (Nota 20.5.4) - - 676 700 676 700 248 084Saldo final 1 948 961 - (3 337 991) (1 389 030) (4 014 691)

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 141

01Em 2013, a subsidiária Supremo Ci-mentos, S.A., contratou junto de uma instituição financeira brasileira um finan-ciamento externo no montante de USD 13.215.859 com maturidade em 18 de setembro de 2016, amortizado em 5 prestações iguais com início em 18 de setembro de 2014.

Nessa mesma data, foi celebrado um contrato “cross currency interest rate swap” com o objetivo de cobrir a exposi-ção à taxa de câmbio. Este instrumento financeiro derivado permitiu à Empresa a fixação do valor nominal do financiamen-to em BRL 30.000.000 e o pagamen-to de juros à taxa CDI acrescida de um spread, replicando integralmente o plano de amortização do referido financiamen-to em USD.

Em 12 de abril de 2012, a subsidiária NSOSPE – Empreendimentos e partici-pações, S.A. procedeu a uma emissão

obrigacionista, não convertível remunera-da a taxa variável, no montante de BRL 128.100.000 com maturidade em 26 de março de 2017.

Com o objetivo de gerir o risco cambial e de taxa de juro inerente à emissão obri-gacionista, foi negociado em 16 de abril de 2012 um contrato “cross currency in-terest rate swap”, no montante nocional de BRL 32.025.000, com vencimento em 24 de março de 2017.

Em setembro de 2015 a subsidiária pro-cedeu à liquidação antecipada do referi-do financiamento e respetivo instrumento financeiro derivado.

No período findo em 31 de dezembro de 2015, o Grupo reconheceu em resultados ganhos relativos à variação do justo valor dos instrumentos financeiros derivados no montante de Euros 2.865.743.

Durante o período findo em 31 de de-zembro de 2009, o Grupo contratou um derivado de negociação, um interest rate swap (IRS) com valor nocional de Euros 40.000.000, no entanto, após a realiza-ção de testes de eficácia prospetivos e retrospetivos, o mesmo foi considerado como de cobertura de fluxos de caixa com

efeitos a partir de 1 de julho de 2010. Até esta data, a variação do justo valor do de-rivado foi registada em resultados.

Na realização dos testes de eficácia é uti-lizado o método de regressão linear que analisa a correlação estatística entre a variação do justo valor do swap e a va-

Derivados de negociação

Derivado de cobertura de fluxos de caixa

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01

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 20.5.4) 17 843 (658 857)Resultados transitados (a) (3 355 834) (3 355 834)

(3 337 991) (4 014 691)

riação do justo valor dos financiamentos atribuíveis a alterações da taxa de juro Euribor.

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 o Grupo registou ganhos por variações de justo valor de instrumen-tos financeiros derivados de cobertura re-lacionados com swaps de taxa de juro no montante de Euros 676.700 e 248.084

(Nota 20.5.4), respetivamente, na rubrica “Outras variações no capital próprio” de-duzidos dos respetivos impostos diferidos de Euros 152.258 e 73.958.

O justo valor do swap de taxa de juro no montante de Euros 3.337.991 e 4.014.691, respetivamente, encontra-se repartido pelas seguintes rubricas do ca-pital próprio do Grupo:

Para efeitos de registo de ineficácia é usado o dollar offset method recorrendo à abordagem do “derivado hipotético”. O modelo consiste na definição de um derivado hipotético que replica as condi-ções do instrumento coberto, e posterior-mente, a comparação entre as variações ocorridas nos fluxos gerados pelo mesmo derivado hipotético e as variações incorri-

das nos fluxos gerados pelo instrumento de cobertura. Neste caso específico uti-lizou-se o rácio da alteração do justo va-lor do instrumento de cobertura, dividido pela alteração no justo valor do emprésti-mo obrigacionista atribuível a alterações na taxa de juro Euribor a 6 meses com-parando com a taxa fixa de referência do instrumento de cobertura.

(a) - Efeito acumulado no período em que o derivado foi classificado como de negociação.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 143

01

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Imputados Imputados

Domínios a gastos Capitalizados Total a gastos Capitalizados TotalEmissões para a atmosfera 881 423 285 376 1 166 799 859 405 281 390 1 140 795Gestão das águas residuais 100 409 1 200 101 609 41 570 - 41 570Gestão dos resíduos 1 467 621 155 492 1 623 113 1 596 054 350 590 1 946 644Proteção dos solos e das águas subterrâneas 15 381 29 140 44 521 4 923 13 091 18 014Proteção da natureza 781 827 9 775 791 602 511 908 21 378 533 286Ruído e vibração 19 520 6 000 25 520 66 428 - 66 428Outras atividades de proteção do ambiente 305 983 106 382 412 365 268 190 10 916 279 106

3 572 164 593 365 4 165 529 3 348 478 677 365 4 025 843

Os dispêndios capitalizados e reconhecidos em gastos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, têm a seguinte discriminação:

O Grupo no âmbito do desenvolvimen-to da sua atividade incorre em diversos encargos de caráter ambiental, os quais, dependendo das suas características, es-tão a ser capitalizados ou reconhecidos como um gasto nos resultados operacio-nais do período.

Os dispêndios de caráter ambiental in-corridos para preservar recursos ou para evitar ou reduzir danos futuros, e que se considera que permitem prolongar a vida ou aumentar a capacidade ou melhorar a segurança ou eficiência de outros ativos detidos pelo Grupo, são capitalizados.

39. Dispêndios em matérias ambientais

No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases com efeito de estufa. Neste contexto, foi emitida uma Diretiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas Licenças de emissão de

gases com efeito de estufa, entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é aplicável, desde de 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria de ci-mento (Nota 13).

Licenças de emissão de gases com efeito de estufa

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01

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14Garantias prestadas

2ª Repartição dos Serviços de Finanças de Setúbal - 441 945IAPMEI (âmbito do QREN) 1 250 089 1 807 337IAPMEI (âmbito do PEDIP) 209 914 415 934APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra 2 593 639 2 633 394APDL - Administração do Porto de Leixões 704 162 706 062Direcção Geral de Alfândegas 800 000 800 000Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Centro 863 173 845 173Comissão de Coordenação e Desenv. Regional LVT 1 118 892 1 134 778Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Algarve 519 165 480 804Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Norte 236 403 236 403Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais 274 595 274 595ICNF - Inst. da Conserv. Natur. e das Florestas, I.P. 406 540 280 639Mercedes-Benz - Aluguer de Veículos, Unipessoal, Lda. 366 000 -Outras 585 128 590 578

9 927 700 10 647 642

Cartas de crédito de importação - 1 552 522

Compromissos de compra com fornecedores 47 531 878 11 042 838

Livranças, avais e fianças para garantia de empréstimos obtidosAssociadas (*) - 149 906 154

HipotecasTerrenos, edifícios e equipamentos básicos de Sibline 65 111 579 57 465 047

Aval 195 652Total das garantias e outros compromissos (Nota 37.3) 122 571 157 230 809 855

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os dispêndios com serviços de revisão legal de contas ascenderam a Euros 297.732 e 221.937, respetivamente.

40. Custos com auditoria e revisão legal de contas

41. Compromissos assumidos pelo Grupo

41.1. Garantias e outros compromissos financeirosEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, as garantias prestadas pelo Grupo e outros compromissos financeiros decompõem-se como se segue:

(*) - Estas garantias respeitam a vários empréstimos contraídos pelas associadas:(i) Margem - Companhia de Mineração, para financiamento da construção da nova fábrica de Adrianópolis, no montante total de Reais 457.302.751 (Euros 141.988.621);(ii) Supremo Cimentos, S.A., para apoio de tesouraria, no montante total de Reais 63.000.000 (Euros 19.560.965).

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 145

01

41.2. Outros compromissos assumidos

Nos termos do Memorando de Enten-dimento celebrado entre o Governo de Angola e a Secil, em abril de 2004, foi constituída em 29 de novembro de 2005 a Secil - Companhia de Cimento do Lo-bito, S.A. detida em, aproximadamente, 51% pelo Grupo Secil e, indiretamente, em 49% pelo Estado angolano, a qual co-meçou a operar a partir de 1 de janeiro de 2006, cessando assim o contrato de cessão de exploração da unidade fabril Encime do Lobito, celebrado entre o Esta-do Angolano e a Tecnosecil (atualmente denominada Secil Angola) em vigor des-de setembro de 2000.

O capital social da Secil Lobito no mon-tante de USD 21.274.285 foi realizado através da transferência dos ativos tan-gíveis e intangíveis da Secil Angola e da Encime U.E.E. respetivamente pelo Grupo Secil e Estado angolano, pelo valor resul-tante da avaliação independente efetua-da em outubro de 2003 por uma empre-sa de auditoria internacional.

Nesse Memorando de Entendimento, es-timou-se que, num horizonte de 36 me-ses contados desde a data de realização do respetivo capital social, a Secil Lobito iria instalar uma fábrica de cimento e clín-quer no Lobito.

Em 26 de outubro de 2007, o Conselho Ministros de Angola aprovou o Projeto de Investimento Privado denominado “Nova Fábrica de Cimento do Lobito”, no mon-tante de USD 91.539.000, contratuali-zado em 14 de dezembro de 2007, pela

Secil Lobito e pela ANIP - Agência Nacio-nal para o Investimento Privado, esta em representação do Estado angolano.

Adicionalmente, no exercício de 2008, foi adicionado ao investimento uma central de produção de energia elétrica no valor de USD 18.000.000.

A Secil Lobito continua a adaptar o projeto de investimento à realidade do mercado de cimento de Angola. Nesse sentido, em outubro de 2015, a Secil Lobito entregou na U.T.I.P. – Unidade Técnica para o In-vestimento Privado, criada no âmbito da Nova Lei do Investimento Privado, e para merecer a sua aceitação, uma minuta de adenda ao acima referido Contrato de In-vestimento Privado aprovado em dezem-bro de 2007 pelo Conselho de Ministros de Angola. Esta adenda foi preparada no seguimento dos vários contactos manti-dos com a então ANIP, e compreende a revisão e atualização de determinadas matérias e condições das quais depende a efetiva viabilidade, realização e imple-mentação do projeto de investimento.

Investimento numa nova fábrica em Angola

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01A subsidiária Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. vendeu em 2012 uma participação financeira mino-ritária. No âmbito deste processo, a Secil constituiu penhor sobre um depósito ban-cário no montante de Euros 1.250.000.

A subsidiária NSOSPE – Empreendimen-tos e participações, S.A. constituiu um

depósito de BRL 12.500.000 (Euros 2.941.661) como garantia de 25% de um financiamento contraído pela subsi-diária Margem Companhia de Mineração no montante de BRL 50.000.000 (Euros 11.766.644).

Depósito Caução

Após a data de 31 de dezembro de 2015, não ocorreram eventos subsequentes que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do

balanço ou proporcionem informação so-bre condições que tenham ocorrido após a data do balanço.

42. Acontecimentos após a data do balanço

Conselho de Administração

Pedro Mendonça de Queiroz PereiraPresidente

João Nuno de Sottomayor Pinto de Castelo BrancoVice-Presidente

Gonçalo de Castro Salazar LeiteVogal

Francisco José Melo e Castro GuedesVogal

Carlos Alberto Medeiros AbreuVogal

Sérgio António Alves MartinsVogal

João Luís Barbosa Pereira de VasconcelosVogal

José Miguel Pereira Gens ParedesVogal

Paulo Miguel Garcês VenturaVogal

Ricardo Miguel dos Santos Pacheco PiresVogal

Emília Rosa Mota de CarvalhoContabilista Certificado

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · ANEXOS · 147

01ANEXOS

Certificação Legal das Contas ConsolidadasRelatório e Parecer do Conselho Fiscal - Contas Consolidadas.

Page 148: Relatório - secil-group.com · Volume de Negócios 478 672 431 426 11,0% EBITDA 83 581 76 018 9,9% EBIT 40 741 30 665 32,9% Milhares de euros. 01 O aumento dos resultados operacionais

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02Relatório deSUSTENTABILIDADE 152

ASecil 154 IndicadoresSociais 156 IndicadoresEconómicos 158 IndicadoresAmbientais 160 ASecilemNúmeros 170

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02

A Secil

A Secil é um Grupo empresarial com atividade em vários países, destacan-do-se a produção de cimento, bem

como a produção e comercialização de betão, inertes e a exploração de pe-dreiras, através das suas subsidiárias.

OBJECTIVO ONDE? QUANDO? RESULTADOS 2015 Como alcançar? Quais os passos seguintes?Reduzir os índices de sinistralidade: Reduzir o índice de frequência para 7 e Reduzir o índice de gravidade para 175.

Global 2015 IF = 11,2 IG = 280,3

Correspondendo a uma política mais ativa de Higiene e Segurança, que pretende estender os mesmos procedimentos e cultura através dos diferentes centros de atividade assistiu-se a uma melhoria dos índices. Continuando o trabalho de auscultação e formação dos colaboradores e monitorizando mensalmente os indicadores, permitindo a introdução de medidas corretivas para alcançarmos os índices em 2016.

Dar formação em Higiene e Segurança no Trabalho aos colabo-radores, com o objetivo de ministrar 8 h formação por ano por colaborador.

Global 2015 6,9 h/colaborador Apesar de ainda não se ter atingido o objetivo foi possível aumentar para mais do dobro a formação media por trabalhador em 2015. Através de uma melhor programação vai aumentar a formação nesta temática, no sentido de minimizar a sinistralidade a alcançar os objetivos em 2016.

Auscultação de stakeholders: Recolha de feedback através de entrevistas presenciais a dos stakeholders em Portugal e 60% dos stakeholders nas operações internacionais.

Global A definir Suspenso Temporáriamente Em virtude da instabilidade registada nalguns países onde opera, a continuação aos trabalhos de preparação do processo de auscultação dos stakeholders das operações internacionais foi suspenso temporariamente.

Implementação de um sistema de gestão de Segurança e Saúde no Trabalho de acordo com as OHSAS 18001.

Gabès 2015 Em curso Devido à situação social vivida nos últimos anos, a certificação do sistema de gestão de segurança tem vindo a ser adiada. contudo, prevê-se que tal aconteça em 2016.

Implementação de um sistema de gestão de ambiente e segurança. Sibline 2015 Em curso O processo de implementação de um sistema de gestão integrado de qualidade, ambiente e segurança começou em Outubro de 2010. O sistema já está criado, e espera-se obter a sua certificação em 2016.

Reduzir em 15% as emissões específicas de CO2 por tonelada de produto cimentício, relativamente ao ano de 1990.

Global 2015 Redução de 7,5% Pretende-se atingir este objetivo através de: - Utilização de matérias-primas secundárias, de preferência já descarbonatadas, para o fabrico do clínquer. - Utilização de combustíveis alternativos, preferencialmente com teores de biomassa mais elevados. - Fabrico de cimentos compostos, com introdução de matérias-primas secundárias durante a moagem, e consequente redução da taxa de incorporação de clínquer.

Atingir uma taxa de substituição de combustíveis alternativos de: - 55% em 2013, nas fábricas em Portugal - 10% em 2015, nas fábri-cas de Gabès e Sibline , 5% em 2017 na fábrica Adrianópolis.

Global 2015 44% Nas fábricas em Portugal, não se conseguiu atingir o objetivo de 55%, devido a questões que se prendem com o mix de combustíveis alternativos disponíveis no mercado e às suas características. Nas fábricas de Gabés e de Sibline a dispobilidade local de combustíveis alternativos é por ora inexistente havendo um contexto pouco claro em termos regulatórios. No Brasil a estratégia para a utilização de combustíveis alternativos está a ser desenvolvida esperando-se o inicio da sua utilização em 2017.

Reduzir a taxa de incorporação de clínquer para: - 74% no cimento cinzento, em 2013 nas operações em Portugal - 79% no cimento branco, em 2012 na Fábrica de Pataias - 75% no cimento cinzento, em 2013, nas operações internacionais.

Global 2013 78,8% 75,3% 80,5%

Maximização do fabrico de cimentos compostos, recorrendo à utilização de componentes minoritários previstos na NP EN 197-1. A elevada taxa de exportação a partir das fábricas a operar em Portugal, e para mercados onde o cimento solicitado é de tipo 1, compromete os objectivos definidos para o cimento cinzento.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 155

02Integra ainda empresas que operam em áreas complementares, como a comer-cialização de materiais de construção,

desenvolvimento de soluções no domínio da preservação do ambiente e da utiliza-ção de resíduos como fonte de energia.

OBJECTIVO ONDE? QUANDO? RESULTADOS 2015 Como alcançar? Quais os passos seguintes?Reduzir os índices de sinistralidade: Reduzir o índice de frequência para 7 e Reduzir o índice de gravidade para 175.

Global 2015 IF = 11,2 IG = 280,3

Correspondendo a uma política mais ativa de Higiene e Segurança, que pretende estender os mesmos procedimentos e cultura através dos diferentes centros de atividade assistiu-se a uma melhoria dos índices. Continuando o trabalho de auscultação e formação dos colaboradores e monitorizando mensalmente os indicadores, permitindo a introdução de medidas corretivas para alcançarmos os índices em 2016.

Dar formação em Higiene e Segurança no Trabalho aos colabo-radores, com o objetivo de ministrar 8 h formação por ano por colaborador.

Global 2015 6,9 h/colaborador Apesar de ainda não se ter atingido o objetivo foi possível aumentar para mais do dobro a formação media por trabalhador em 2015. Através de uma melhor programação vai aumentar a formação nesta temática, no sentido de minimizar a sinistralidade a alcançar os objetivos em 2016.

Auscultação de stakeholders: Recolha de feedback através de entrevistas presenciais a dos stakeholders em Portugal e 60% dos stakeholders nas operações internacionais.

Global A definir Suspenso Temporáriamente Em virtude da instabilidade registada nalguns países onde opera, a continuação aos trabalhos de preparação do processo de auscultação dos stakeholders das operações internacionais foi suspenso temporariamente.

Implementação de um sistema de gestão de Segurança e Saúde no Trabalho de acordo com as OHSAS 18001.

Gabès 2015 Em curso Devido à situação social vivida nos últimos anos, a certificação do sistema de gestão de segurança tem vindo a ser adiada. contudo, prevê-se que tal aconteça em 2016.

Implementação de um sistema de gestão de ambiente e segurança. Sibline 2015 Em curso O processo de implementação de um sistema de gestão integrado de qualidade, ambiente e segurança começou em Outubro de 2010. O sistema já está criado, e espera-se obter a sua certificação em 2016.

Reduzir em 15% as emissões específicas de CO2 por tonelada de produto cimentício, relativamente ao ano de 1990.

Global 2015 Redução de 7,5% Pretende-se atingir este objetivo através de: - Utilização de matérias-primas secundárias, de preferência já descarbonatadas, para o fabrico do clínquer. - Utilização de combustíveis alternativos, preferencialmente com teores de biomassa mais elevados. - Fabrico de cimentos compostos, com introdução de matérias-primas secundárias durante a moagem, e consequente redução da taxa de incorporação de clínquer.

Atingir uma taxa de substituição de combustíveis alternativos de: - 55% em 2013, nas fábricas em Portugal - 10% em 2015, nas fábri-cas de Gabès e Sibline , 5% em 2017 na fábrica Adrianópolis.

Global 2015 44% Nas fábricas em Portugal, não se conseguiu atingir o objetivo de 55%, devido a questões que se prendem com o mix de combustíveis alternativos disponíveis no mercado e às suas características. Nas fábricas de Gabés e de Sibline a dispobilidade local de combustíveis alternativos é por ora inexistente havendo um contexto pouco claro em termos regulatórios. No Brasil a estratégia para a utilização de combustíveis alternativos está a ser desenvolvida esperando-se o inicio da sua utilização em 2017.

Reduzir a taxa de incorporação de clínquer para: - 74% no cimento cinzento, em 2013 nas operações em Portugal - 79% no cimento branco, em 2012 na Fábrica de Pataias - 75% no cimento cinzento, em 2013, nas operações internacionais.

Global 2013 78,8% 75,3% 80,5%

Maximização do fabrico de cimentos compostos, recorrendo à utilização de componentes minoritários previstos na NP EN 197-1. A elevada taxa de exportação a partir das fábricas a operar em Portugal, e para mercados onde o cimento solicitado é de tipo 1, compromete os objectivos definidos para o cimento cinzento.

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02

Indicadores Sociais

Colaboradores

Segurança e saúde no trabalho

O grupo Secil conta atualmente com 2647 colaboradores no conjunto de to-das as áreas de atividade. A comerciali-

zação e distribuição dos produtos é rea-lizada pelos departamentos comerciais respetivos, um pouco por todo o mundo.

Uma das questões prioritárias para a Se-cil é a Saúde e Segurança no Trabalho. A Secil participa e colabora num Grupo de Trabalho de uma iniciativa Internacio-nal da Indústria Cimenteira, a CSI (Ce-ment Sustainability Iniciative). Este grupo tem como lema “Achieving zero harm”

ou seja, não criar dano nenhum ao nível da Saúde ou da Segurança, para os seus trabalhadores, contratados e comunida-des envolventes no geral. É um desafio ambicioso que se persegue com o apoio de Benchmarking, de boas práticas e da discussão destes termos entre os gran-

Nº de Colaboradores (Cimento)

NUMERO DE COLABORADORES EM 2015 POR PAÍS.

PORTUGAL

LÍBANO

TUNÍSIA

ANGOLA

BRASIL

30%23%

24%

13%

10%

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 157

02

Índice de Frequência – Grupo Secil Índice de Gravidade – Grupo Secil

ÍNDICE DE FREQUÊNCIA NOS ANOS DE 2014 E 2015. ÍNDICE DE GRAVIDADE NOS ANOS DE 2014 E 2015.

des Grupos Cimenteiros mundiais. A Secil tem tomado algumas medidas internas ao nível da organização e de implemen-tação de iniciativas para promover a re-dução dos índices de sinistralidade de forma sustentada e fomentar uma ele-vada e cada vez maior consciência sobre os riscos ocupacionais, proporcionando formação adequada aos colaboradores e prestadores de serviços.

A Secil tem por objetivo implementar em todos os países onde opera um referen-cial de sustentabilidade equiparável, pelo menos, ao que vigora em Portugal. Com

esse intuito têm sido efetuados elevados investimentos em equipamentos de me-lhoria de desempenho, não só ambiental e industrial, como têm também sido in-troduzidas as melhores práticas ao nível da saúde e segurança no trabalho e re-lação com as comunidades envolventes.

Como se pode observar, apesar do objeti-vo ainda não ter sido atingido, assistiu-se a um decréscimo dos índices de sinistra-lidade durante o ano de 2015, tanto no índice de frequência como no índice de gravidade.

GLOBAL

OBJECTVO

O

5

10

1514,2

7

11,2

7

2014 2015

GLOBAL

OBJECTVO

O

50

100

150

200

250

300

350

400

333,7

155

280,3

155

2014 2015

NOTA: Consideram-se para efeitos deste relatório apenas os acidentes que resultaram em baixa, em número de dias superior a 1.

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02

VARIAÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS ENTRE OS ANOS 2014 E 2015, POR PAÍS.

Apesar de se verificarem diminuições do volume de negócios em algumas unida-des da Secil, de um modo global verifica-se um crescimento de 11% em 2015 na totalidade do volume de negócios face ao ano de 2014.

Para este resultado terá contribuído a aquisição da totalidade do Grupo Supre-

mo (o Grupo Secil passou de uma par-ticipação de 49,9% de capital para os 100%), o que permitiu aumentar a capa-cidade de cimento instalada para dois mi-lhões de toneladas. No mesmo sentido, a conclusão da construção da nova fábrica de Adrianópolis permitiu arrancar com a produção de clínquer e cimento no Brasil a partir de Abril de 2015.

Indicadores Económicos

MILHARES DE Euros 2015 2014 VARIAÇÃOPortugal 277 242 272 721 1,7 %Líbano 95 087 89 664 6 %Tunísia 69 915 75 461 -7,3 %Angola 24 589 21 748 13,1 %Brasil 35 626 0 n.a.Cabo Verde 6 306 6 411 -1,6 %Outros 235 315 -25,4 %Total 478 672 431 426 11 %

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 159

02Volume de Negócios (2015)

Vendas de clínquer e cimento (2015)

PERCENTAGEM DE VOLUME DE NEGÓCIOS POR PAÍS, EM 2015.

PERCENTAGEM DE VENDA DE CLÍNQUER E CIMENTO POR PAÍS, EM 2015.

PORTUGAL

LÍBANO

TUNÍSIA

ANGOLA

BRASIL

CABO VERDE (1%)

OUTROS (0%)

14%

7%5%

54%

19%

PORTUGAL

LÍBANO

TUNÍSIA

ANGOLA (3%)

BRASIL

CABO VERDE (1%)

21%

8%3%

46%

21%

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02

Indicadores Ambientais

Emissões totais de CO2

EMISSÕES TOTAIS DE CO2 ENTRE 2010 E 2015.

Alterações Climáticas

Nos últimos anos a Secil tem vindo a in-vestir fortemente para reduzir as suas emissões de CO2, aumentando a sua eficiência térmica e elétrica, aumentan-do o coprocessamento de combustíveis alternativos, utilizando matérias-primas secundárias, ensaiando tecnologias ino-vadoras de captação de carbono (mi-croalgas) e produzindo cimento e clínquer

de baixa intensidade carbónica. Face a 2014, não houve alteração sig-nificativa dos indicadores ambientais. É expectável que as emissões específicas de CO2 venham a diminuir, quando os processos de autorização de coprocessa-mento de resíduos (em curso em todas as unidades) estiverem concluídos.

EMISSÕES CO2GROSS

EMISSÕES CO2NET

2010 2011 2012 2013 2014 2015

3961

945

4124

002

3568

776

3230

387

3379

645

3765

164

3159

120

3290

519

3672

034

3838

294

3721

958

3884

417

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 161

02Emissões específicas de CO2/t clínquer

Combustíveis alternativos e Emissões específicas de CO2

EMISSÕES ESPECIFICAS DE CO2/t CLÍNQUER ENTRE 2010 E 2015.

EVOLUÇÃO DA INTENSIDADE CARBÓNICA DO CLÍNQUER Cz PRODUZIDO.

GROSS

NET

2010 2011 2012 2013 2014 2015

820

853

813

857

807

844

805

819

817

839

856

853

60%

70%

80%

90%

100%

110%

120%

EMISSÕES CO2 PRODUÇÃO CLÍNQUER

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

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02O fator de emissão de CO2 por tonelada de clínquer cinzento era em 1990 de 885 kg CO2/t clk, sendo em 2015 de 784 kg CO2/t clk, tendo desde 2005 permitido poupar cerca de 1 milhão de toneladas de CO2.

Roteiro para uma Economia de Baixo Carbono

Para se atingir os 80% de redução de emissões em 2050, sugeridos pela Co-missão Europeia, serão necessárias tecnologias inovadoras e de rotura, que envolvem investimentos significativos em termos de investigação e viabilização financeira da sua implementação (por exemplo, estima-se que 85% da produção de clínquer terá de ser equipada com tec-nologia de Captação e Armazenagem de Carbono (CCS)).

A Secil participa no Steering Committee de um projecto de I&D de grande enver-gadura, lançado pela ECRA (“European Cement Research Academy”), destinado a testar, com o apoio de fabricantes de equipamentos, a viabilidade técnico-eco-nómica da aplicação das tecnologias de captação do CO2 em fábricas de cimen-to. Este projecto vai avançar a curto pra-zo com a montagem de uma instalação piloto (capacidade: 500 a 1000 t clin-quer/dia), que envolve um investimento superior a 50 M€ e onde serão testadas

as inovações e adaptações necessárias à utilização da tecnologia de oxyfuel numa linha cimenteira, entretanto concebidas e avaliadas em modelos, visando a confir-mação da viabilidade técnica e definindo mais rigorosamente as condições para a sua viabilidade económica.

Como é óbvio, o sucesso de um projeto destes depende em larga escala da solu-ção a jusante (armazenamento e/ou uti-lização do CO2 capturado), não estando ainda asseguradas condições e/ou solu-ções que permitam o escoamento física e economicamente viável das quantidades muito significativas de CO2 resultantes do mesmo.

Na sequência do Acordo de Paris, tal como os restantes Países, Portugal vai rever o seu Roteiro Nacional de Baixo Car-bono 2050, pelo que a Secil se encontra-rá disponível, como sempre, para analisar a contribuição que o sector cimenteiro poderá dar, dentro de um quadro de sal-vaguarda da competitividade de um sec-tor exportador de bens transaccionáveis, para fora do espaço europeu.

Comércio Europeu de Licenças de Emissão

A indústria cimenteira tem demonstrado o seu compromisso com a redução de

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 163

02emissões de CO2, tendo sido o primeiro setor a apresentar um roteiro de evolu-ção consonante com os objetivos de uma economia de baixo carbono (Cement Te-chnology Roadmap – Carbon emissions reductions up to 2050), publicação con-junta da Cement Sustainability Initiative (CSI) e da International Energy Agency (IEA), em 2009. Posteriormente, em 2013, a associação da indústria cimen-teira Europeia (CEMBUREAU) publicou o roteiro do setor cimenteiro Europeu, de-signado “The role of Cement in the 2050 Low Carbon Economy”. Sendo que a Secil participou ativamente na elaboração dos dois documentos na qualidade de mem-bro da CSI e da CEMBUREAU.

Neste último roteiro mencionado, a CEM-BUREAU propôs uma redução de emis-sões de CO2 de 32%, relativamente ao nível de emissões de 1990, através de tecnologias convencionais já provadas, redução essa que pode ser potencial-mente aumentada para 80%, a partir do momento em que seja viável técnica e economicamente a adoção de tecnolo-gias de rotura, como a Captura do Car-bono - Carbon Capture and Storage/Use (CCS/U).

Em Julho de 2015 a Comissão Europeia (CE) apresentou uma proposta de revisão da Diretiva reguladora do Mercado Euro-peu de Carbono (EU-ETS), a qual terá que ser aprovada em co-decisão pelo Parla-

mento Europeu e Conselho Europeu.

A EU-ETS deveria constituir uma medida de incentivo ao investimento, crescimen-to e criação de postos de trabalho, per-mitindo que setores, como o cimenteiro, avancem com soluções inovadoras para a construção da Europa do amanhã, pelo que a proposta apresentada deveria sal-vaguardar a proteção das instalações mais eficientes à exposição no mercado europeu da concorrência de fabricantes não europeus, não sujeitos a restrições equitativas de redução de emissões de CO2, bem como promover a competitivi-dade dos fabricantes europeus no mer-cado de exportação para fora da Europa (preocupação claramente expressa pelo Conselho Europeu na sua reunião de Ou-tubro de 2014). Para tal, deveria assegu-rar o estabelecimento de taxas de redu-ção de emissões tecnicamente viáveis, assegurando simultaneamente um preço de energia suportável.

Ora, a proposta apresentada pela CE não contempla estas duas situações e, a não ser alterada, vai induzir custos acrescido indevidos às instalações mais eficientes que podem atingir os 30% do Valor Acres-centado Bruto (VAB).

Em 2016 esta proposta será apreciada pelo PE e pelo Conselho Europeu, estan-do a CE também disponível para discutir detalhes da proposta, pelo que a Secil as-

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02sumirá o compromisso da defesa de uma revisão justa e realista em todas as ins-tâncias necessárias, quer isoladamente, quer como membro da ATIC, quer como membro da CEMBUREAU.

No entanto, recordamos que no segui-mento dos Acordos de Paris (sem dúvida o maior evento ambiental de 2015) é ex-pectável que as condições de negociação sejam ainda agravadas para os setores abrangidos pela EU-ETS quando deve-riam ser aumentados os esforços a fazer pelos setores não abrangidos pela EU-E-TS, nomeadamente no setor da eficiência carbónica dos edifícios e infraestruturas, onde a indústria cimenteira pode contri-buir decisivamente, através de soluções de construção em betão, de sustentabili-dade comprovada.

Emissões Potencialmente Nocivas

O processo de fabrico de cimento tem as-sociado a si a emissão de poluentes ma-cro (CO2, NOx, SO2 e COVs) bem como outros micropoluentes (metais pesados e PCDD/F). Sendo objetivo do grupo Se-cil reduzir a sua emissão de poluentes

para atmosfera, têm vindo a ser realiza-dos investimentos cujos resultados se comprovam pelos resultados obtidos. As instalações do grupo dispõem de diver-sos meios de controlo destas emissões, designadamente filtros de mangas, quei-madores de baixo NOx, sistemas SNCR (Selective non catalytic reduction) - para controlar as emissões de NOx, e injeção de cal/hidróxido de cálcio – para controlo das emissões de SO2. Para além destes equipamentos, existem também electro-filtros, instalados nos dois fornos do Ou-tão.

Atualmente, todas as instalações estão equipadas com monitorização em con-tínuo das emissões de partículas e de gases. Aos Metais pesados e Dioxinas e Furanos, são realizadas monitorizações pontuais.

De realçar o aumento das emissões de NOx, quer totais, quer específicas, o qual se ficou a dever à inclusão das emissões das fábricas localizadas no Brasil, onde o VLE (valor limite de emissão) é mais ele-vado. Ainda assim está em curso a aquisi-ção de equipamento para redução signifi-cativa daquelas emissões, à semelhança do que foi feito nas fábricas em Portugal.

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02

EMISSÕES DE NOX DE 2010 A 2015

EMISSÕES DE SO2 DE 2010 A 2015.

O

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

t NOx g NOx/t clk

2010 2011 2012 2013 2014 2015

1205

5689 60

33

5347

5138

3057 33

76

1218 13

71

1270

554 88

2

569 62

5

629

401

507

671

t SO2 g SO2/t clk

2010 2011 2012 2013 2014 2015

121

131 16

1

91 99

152

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02

EMISSÕES DE PARTÍCULAS DE 2010 A 2015

t PARTÍCULAS g PARTÍCULAS/t clk

2010 2011 2012 2013 2014 2015

123

106

144

136

107

145

5689 60

33

5347

5138

3057 33

76

Biodiversidade e Recuperação Paisagística

A Secil reconhece a importância da biodi-versidade na gestão da sustentabilidade da actividade da empresa. Com o objec-tivo de diminuir o seu impacte sobre a biodiversidade, resultante das suas acti-vidades, a Secil tem vindo a desenvolver estratégias, nomeadamente através da implementação de Planos de Recupera-ção Paisagistica e Planos de Acção para a Biodiversidade. Estes planos baseiam-se na suposição de que um sistema total-mente reabilitado engloba não só a com-posição e estrutura das comunidades vegetais e animais, mas também a re-cuperação das funções e dos processos

naturais do ecossistema.

Parcerias/Conhecimento Ciên-tifico e Investigação Aplicada

O conhecimento ciêntifico e a investiga-ção aplicada são pilares presentes no processo de recuperação paisagistica das pedreiras da Secil. O desenvolvimen-to de estudos cientificos e a interligação de equipas multidisciplinares é essen-cial para a identificação de soluções e no desenvolvimento de técnicas, actuais e inovadoras, no âmbito da reabilitação de pedreiras. Para tal, a Secil conta com uma vasta equipa de investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e da Universidade de Évora.

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02Um exemplo de uma longa parceria é com a Faculdade de Ciências da universidade de Lisboa que tem vindo desde 1998, a realizar o acompanhamento ciêntifico para a gestão ecológica das áreas a re-cuperar nas pedreiras da Secil no Outão.

Estes anos de parceria têm permitido testar e desenvolver técnicas e soluções concretas, no âmbito da recuperação de pedreiras, que actualmente definem as metodologias dos Planos de Recupera-ção.

Planos Ambientais e de Recuperação Paisagistica

Flora

As pedreiras das três unidades fabris em Portugal dispõem de um Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística (PARP), que tem como objetivo a recuperação progressiva das áreas exploradas e mi-nimizar os impactes negativos inerentes ao processo de exploração das pedreiras, atendendo às características das explo-

rações e ao seu espaço envolvente. Esta tarefa é efetuada através da elaboração de Programas Trienais, que contem o pla-neamento dos trabalhos de exploração e recuperação paisagística para três anos, em execução com o Plano de Pedreira aprovado.

A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) tem vindo a realizar o acompanhamento científico, através de vários protocolos, para a gestão ecológi-ca das áreas a recuperar nas pedreiras da Secil na fábrica do Outão. Os resul-tados têm contribuindo para a melhoria dos programas de recuperação das áreas exploradas nas pedreiras da Secil-Outão.

No caso das fábricas de Maceira e Pa-taias, já tiveram uma parceria científica

com o ISA - Instituto Superior de Agrono-mia. A CMP mantem uma parceria com a APFCAN (Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré) que é uma associação local sem fins lucrativos de proprietários florestais, que colabora, desde 2009, na vigilância florestal, na implementação de um Plano de Gestão Florestal (PGF) e em algumas intervenções florestais já realizadas na propriedade de Pataias.

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02Fauna

Desde 2007 que a componente faunísti-ca integra o PARP na fábrica do Outão, e a partir de 2008 nas fábricas de Maceira e Pataias, com o “Estudo e Valorização da Biodiversidade, Componente da Fauna”, em parceria com a Universidade de Évo-ra. Esta parceria começou com a inventa-riação e caracterização das comunidades e espécies faunísticas e culminou com a apresentação de um Plano de Ação para a recuperação/valorização da fauna, atualmente a decorrer em diferentes fa-ses nas três fábricas em Portugal.

A área de estudo aplica-se às proprieda-des das fábricas, que no caso da proprie-dade do Outão é cerca de 440 ha. Em 2013, a área de estudo foi aumentada, para mais de 5000 m de distância em re-dor da propriedade da fábrica do Outão.

O Plano de Ação, articulado com os pla-nos de recuperação, visa promover a co-lonização natural da fauna nas áreas re-cuperadas, com base numa gestão ativa e adaptativa através da monitorização pe-riódica da fauna e da avaliação contínua da eficácia das ações propostas, como a disponibilização de abrigos artificiais e o aumento da disponibilidade hídrica. Re-centemente, foram desenvolvidos vários casos de estudo direcionados a grupos/

espécies-alvo, considerados bons mode-los de forma a avaliar os efeitos das ati-vidades da empresa e das medidas pro-postas no Plano de Ação na fauna.

Estes estudos já foram apresentados em vários congressos nacionais e internacio-nais e várias publicações científicas (arti-gos e posters) foram produzidas.

Água potável para todos

A indústria cimenteira, ainda que não seja um sector significativo em termos de consumo de água, representa cerca de 2% do consumo mundial. No processo de fabrico de cimento a água é fundamental para o arrefecimento de equipamentos e arrefecimento dos gases de combustão, bem como, em alguns casos, para o arre-fecimento no interior dos moinhos. Ainda que a maioria da água utilizada no pro-cesso de fabrico (arrefecimento de equi-pamentos) se encontre em circuito fecha-do (reciclagem/reutilização) parte desta perde-se por evaporação.

Através das figuras ao lado é possível constatar que se registou um aumento do consumo de água por m3 em 2015, tendo no entando decrescido o consumo de água de m3/t cimento.

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02

CONSUMO DE ÁGUA POR 1000 M3 ENTRE 2009 E 2015.

CONSUMO DE ÁGUA DE M3/T DE CIMENTO ENTRE 2009 E 2015

1000 m3

20102009 2011 2012 2013 2014 2015

14421447

13421316

1288

1379

1486

O

1150

1200

1250

1300

1350

1400

1450

1500

1550

m3/t CIMENTO

20102009 2011 2012 2013 2014 2015

0,2780,278 0,2730,281 0,273

0,293

0,318

O

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

0,4

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02

A Secil em Números

UNIDADE 2014 2015Ativo líquido M € 588 909Capitais próprios M € 198 180EBITDA M € 76 77Capex M € 15 24Passivo financeiro M € 131 419Rentabilidade do Ativo % 3,1 1,1Rentabilidade dos Capitais Próprios % 9,1 5,6Resultados líquidos M € 18 10 179Capacidade Produtiva de Cimento 103t 7 650 9 750Vendas de Cimento e Clínquer 103t 4 892 5 662Volume de negócios M € 478 431Fluxos financeiros com os stakeholdersVendas a clientes 1000 € 407 778 475 418Outros recebimentos de exploração 1000 € 8 897 9 155Total de recebimentos 1000 € 416 675 484 573Pagamento de Salários dos colaboradores 1000 € 28 120 42 206Mecenato 1000 € 758 791Pagamento de Impostos ao Estado e autarquias 1000 € 1 159 8 214Pagamentos a fornecedores 1000 € 307 997 345 260Pagamento de juros às instituições bancárias 1000 € 17 152 23 247Pagamento de dividendos aos acionistas 1000 € 3 032 28 670Total de pagamentos 1000 € 358 218 448 388Saldo para a empresa 1000 € 58 457 36 185Refinanciamento líquido 1000 € 36 054 -111 570Prémios de emissão 1000 € - -Total disponível para investimento 1000 € 22 403 147 755Investimentos financeiros 1000 € 4 912 136 815Investimentos industriais 1000 € 11 360 30 743Concessão de empréstimos 1000 € - -

Indicadores Económicos

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 171

02

Nº 2014 2015Número de Colaboradores (efetivos e contratados) 1517 2075Tipo de contrato Permanente % 90,1 93,5

A termo % 9,6 6,3Cedência temporária % 0,3 0,2

Sexo Masculino % 93,5 88,2Feminino % 6,5 11,8

Média etária Anos 44,6 44,6Perfil de Idades < 30 anos % 10 12

30-39 anos % 18 2441-49 anos % 27 27≥ 50 anos % 45 37

Antiguidade < 1 ano % 3 91-9 anos % 32 4010-24 anos % 32 25≥ 25 anos % 33 26

Taxa de rotatividade % 5 12,5Total de saídas Nº 76 259

Saídas por reforma % 34,2 15,4Total de admissões Nº 52 318

Licenciados admitidos % 50 71Taxa de absentismo % 7,7 5,3Sites com sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho certificado

% 50 37,5

Saúde e Segurança Índice de gravidade (Ig)(1) % 333,7 280,3Índice de frequência (If)(1) % 14,2 11,2Índice de duração ou avaliação da gravidade (id)(1)

% 24,27 26,74

Fatalidades (trabalhadores Secil) Nº 0 0Fatalidades por 10 000 tra-balhadores

Nº 0 0

Fatalidades (prestadores de serviços)

Nº 0 0

Fatalidades (terceira parte) Nº 0 0Acidentes (trabalhadores Secil) Nº 78 78Total acidentes Nº 108 102Índice de frequência (tra-balhadores Secil)

% 17,92 14,45

Indicadores Sociais (CIMENTO)

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02Nº 2014 2015

Sites com sistema de gestão ambiental certificado % 67 50

Sites registados no EMAS % 50 37,5Consumo de energia Energia térmica (fornos) TJ 17 379 17 119

Consumo térmico específico MJ/t 3 876 3 758Energia elétrica GWh 612 626

Uso responsável de combustíveis e materiais

Matérias-primas naturais kt 7 385 7 694Matérias-primas secundárias (MPS)

kt 265 283

Taxa de utilização de MPS % 3,5 3,5Combustíveis fósseis sólidos kt 437 435Combustíveis fósseis gasosos 1000 Nm3 9 1Combustíveis alternativos kt 208 195

Taxa de substituição térmica global

% 20,3 20,3

Taxa de substituição térmico alternativos fósseis

% 10,9 10,9

Taxa de substituição térmico alternativos biomassa

% 9,4 9,4

Proteção climática Emissões de CO2 – Gross (2) Mt 3,8 3,7

Emissões de CO2 – Net (3) Mt 3,7 3,5

Emissões específicas de CO2 por tonelada de produtos cimentícios (4) – gross (2)

kg/t 670 640

Emissões específicas de CO2 por tonelada de produtos cimentícios (4) – net (3)

kg/t 641 612

Taxa de incorporação de clínquer (5)

% 76,3 78,2

Emissões atmosféricas Partículas kt 0,5 0,7g/ t clk 107 145

% 100 97NOx kt 3,1 4,1

g/ t clk 682 909% 100 97

SOx kt 0,5 0,9g/t clk 110 217

% 97 96

Indicadores Ambientais

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 173

02 Nº 2014 2015

Emissões atmosféricas (continuação)

COV kt 0,4 0,5g/t clk 90 119

% 70 62PCDD/F mg 82 36

ng/t clk 18 8% 54 56

Hg kg 89 91mg/t clk 19,8 20,1

% 76 56HM1(9) kg 89 61

mg/t clk 20 13% 65 56

HM2(10) kg 1 323 1 303mg/t clk 295 287

% 65 56% clínquer produzido com monitor-ização das emissões maiores(6) e menores

% 54 46

% clínquer produzido com monitor-ização contínua das emissões maiores

% 97 99

Consumo de água Total água subterrânea 103 m3 1 379 1 486

Índice específico m3/t cim 0,293 0,318

Biodiversidade Pedreiras com planos de recuperação % 81,8 80

Pedreiras com planos de envolvimento com a comunidade(7)

% 54,5 50

Pedreiras ativas, ou nas áreas adja-centes, que contêm elevado valor de biodiversidade (8)

% 18,2 30

Pedreiras com elevado valor de biodi-versidade que têm planos de gestão da biodiversidade implementados (de acordo com o anterior)

% 100 100

1) Os índices de sinistralidade incluem os colaboradores Secil e os prestadores de serviços. Os valores apresentados foram transformados para a metodologia da Organização Internacional do Trabalho, que resulta na aplicação de 1 000 000 horas em vez de 100 000 horas. O índice de gravidade não inclui o número de dias perdidos no ano transato. 2) Emissões de CO2 totais. 3) Emissões de CO2 totais – emissões de CO2 dos combustíveis alternativos. 4) Clínquer produzido + aditivos consumidos na moagem de cimento. 5) Inclui as fábricas de cimento e moagens. 6) Partículas, NOx e SOx. 7) A Fábrica Cibra-Pataias apesar de ter Comissão de Acompanhamento Ambiental, esta não tem atividade desde 2009. 8) Considerando que apenas a Fábrica do Outão tem elevado valor de biodiversidade, por se encontrar dentro de um Parque Natural. 9) Soma de Cd e Tl. 10) Soma de Sb, As, Pb, Cr, Co, Cu, Mn, Ni e V.

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03Relatório deResponsabilidade Social 174

OGrupoSecileosseuscolaboradores 176 OGrupoSecileaComunidadeExterior 205

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03

O Grupo Secil e os seus colaboradores

a) Ambiente de Trabalho

Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho

A SECIL promove ativamente uma política de saúde, higiene e segurança no traba-lho, garantindo que todas as suas insta-lações são locais seguros para todas as pessoas internas ou externas à Empresa e perseguindo o objetivo de “Zero Fatali-dades” e redução dos acidentes com dias de trabalho perdidos.

Para tal são desenvolvidas várias ativi-dades, a maior parte delas continuadas, que pretendem adaptar e implementar diretivas e manuais de segurança à reali-dade de cada Empresa do Grupo Secil, de onde se destacam:

• Os “Guias da CSI (Cement Sustaina-bility Initiative) respeitantes à Gestão de Prestadores de Serviços e Gestão da Condução nos Transportes Internos e Ex-ternos”;

• Implementação em todas as Empresas do Grupo Secil das verificações estipula-das na Diretiva Equipamentos de Traba-lho (Decreto-Lei Nº 50/2005) e na reso-lução das não conformidades detetadas;

• Identificação sistemática de perigos, aná-lise e controlo dos riscos de todas as tare-fas executadas nas instalações sob respon-sabilidade da SECIL;

• Auditorias e inspeções de segurança planeadas e documentadas, aliadas à execução de planos de ações de imple-mentação de medidas corretivas e pre-ventivas;

• Monitorizações do ambiente de traba-lho, nomeadamente, ruído, vibrações, ilu-minação, e qualidade do ar;

• Simulacros de situações de emergência;

• Controlo de acessos;

• Investigação e comunicação de todos os incidentes (acidentes de trabalho, quase acidentes e situações perigosas detetadas).

O ano 2015, ficou assinalado como sen-do o ano onde se registaram menos aci-dentes de trabalho com dias perdidos, em comparação com os anos anteriores, e consequentemente foi o ano com o índi-ce de frequência mais baixo, conforme severifica no gráfico seguinte.

1. PORTUGAL

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 177

03

2007

ACIDENTES DE 2007 A 2015

ÍNDICE DE FREQUÊNCIA DE 2007 A 2015

195

30,0

0

19,4

9

19,7

6

14,7

0

12,7

9

13,7

4

14,2

0

11,1

8

18,5

2

144

140 15

7

138

109

113

108

102

O

5O

10O

150

200

250

300

35O

O

5

10

15

20

25

30

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015IN

DÍCE

DE

FREQ

UÊNC

IA

Nº D

E AC

IDEN

TES

C/ D

IAS

DE T

RABA

LHO

PERD

IDOS

Grupo SECIL - Acidentes c/ Dias de Trabalho Perdidos (Frequência)

EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE FREQUÊNCIA DE ACIDENTES COM DIAS DE TRABALHO PERDIDOS (2007-2015)

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03

Em 2015 não se verificou, em todo o “Grupo SECIL”, qualquer acidente de tra-balho mortal com colaboradores diretos, prestadores de serviços ou visitantes.

Durante este ano, com o objetivo de re-duzir os índices de sinistralidade, foram iniciados em Portugal dois importantes projetos de segurança: o Projeto ELOS e o Projecto Comportamentos Seguros.

2007

DIAS DE TRABALHO PERDIDOS 2015

ÍNDICE DE GRAVIDADE DE 2007 A 2015

4.60

270

7,04

599,

18

403,

02

403,

00

275,

06 341,

29

333,

65

280,

27

453,

90

4.44

7

3.43

1

3.20

6

3.78

4

2.34

5

2.80

7

2.53

7

2.55

7

O

1.000

2.00O

3.000

4.000

5.000

7.000

6.000

8.00O

O

150

300

450

600

750

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

INDÍ

CE D

E GR

AVID

ADE

Nº D

E DI

AS D

E TR

ABAL

HO P

ERDI

DOS

Grupo SECIL - Acidentes c/ Dias de Trabalho Perdidos (Gravidade)

Também o índice de gravidade apresenta um valor mais reduzido tendo em conta os anos anteriores. Mesmo assim, ainda ficou acima do objetivo estabelecido pelo grupo SECIL de 155.

EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE GRAVIDADE DE ACIDENTES COM DIAS DE TRABALHO PERDIDOS (2007-2015)

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 179

03Comunicação interna

A comunicação interna é fundamental para aproximar todos os colaboradores do Grupo qualquer que seja a Empresa ou a geografia onde prestem serviço. Os principais veículos de comunicação inter-na que a SECIL utiliza são:

• Secil Informação - revista periódica im-pressa;

• Cimentar - newsletter distribuída no grupo Cimentos Madeira, em formato digital. Todos os números da newsletter encontram-se divulgados no site do Gru-po Cimentos Madeira (www.cimentosma-deira.com);

• Secil Intranet onde são publicados documentos, fotografias e vídeos, assim como o clipping e as Normas Internas.

Acolhimento a novos colaboradores

A SECIL organiza um Programa de Acolhi-mento de acordo com as funções a de-sempenhar por cada colaborador recém-admitido. Este programa é composto por módulos fixos e módulos desenhados de acordo com as necessidades do futuro colaborador. A Empresa, através deste programa, pretende dar informação sufi-ciente aos recém-chegados sobre Visão, Missão e Valores do Grupo, bem como

Ambos tiveram uma avaliação bastante positiva e contribuíram para reafirmar a Segurança como um valor fundamental para a Empresa.

Conforto

Para além de um ambiente seguro, a SECIL procura garantir a todos os seus colaboradores um acesso facilitado aos serviços mais úteis, sobretudo nas unida-des fabris mais afastadas das povoações vizinhas, com destaque para o serviço de refeitório na fábrica do Outão, as salas de refeições e equipamentos para conserva-ção e aquecimento de alimentos, a má-quina ATM e alojamentos no perímetro das fábricas.

As Casas de Pessoal da Secil, Maceira e Pataias dispõem de equipamentos para os seus beneficiários, nomeadamente, pavilhão gimnodesportivo, áreas de con-vívio, salas de jogos, salões de festas, bi-blioteca e piscina. O Grupo Cimentos Ma-deira possui, nas suas instalações, uma sala de convívio onde os trabalhadores podem usufruir de alguns momentos de lazer.

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03o modelo de Governação, Desempenho Financeiro, Evolução Histórica e a iden-tificação das atuais Áreas de Negócio a nível nacional e internacional.

Retenção de colaboradores e absentismo

Em termos globais, durante o ano de 2015, registaram-se 80 saídas das quais 3 por aposentação, 6 por mútuo acordo, 7 por iniciativa do empregado, 60 por ca-ducidade do contrato e 4 por outros mo-tivos.

De realçar alguns indicadores relativos à atividade Cimento (Secil e CMP):

• 46,8 anos - idade média dos colabora-dores;

• 19,4 anos - antiguidade média na Em-presa;

• 1,62% - taxa de absentismo (excluindo as doenças prolongadas);

• 1,05 - relação entre o salário mínimo praticado por estas duas empresas e o salário mínimo a nível nacional.

Eventos organizados pela Empresa

A realização de eventos internos é uma forma muito eficaz e direta de transmitir informação, alinhar estratégias e promo-

ver a cultura interna da Empresa, baseada nos seus valores de referência.

Em 2015 a empresa promoveu os seguintes eventos principais:

• Apresentação de Resultados 2014 e Objeti-vos 2015 em várias sessões destinadas aos colaboradores com responsabilidades de ges-tão, que tiveram lugar no Auditório do Mude, Museu do Design, em Abril;

• A Fábrica Maceira Liz comemorou o seu 92º aniversário no dia 3 de Maio, com um progra-ma que promoveu o convívio entre trabalhado-res no ativo e reformados e no qual foram ga-lardoados os trabalhadores que completaram 20, 35 e 40 anos de actividade profissional;

• A Fábrica Cibra Pataias comemorou o seu 69º aniversário dia 30 de Junho, com um programa que incluiu uma missa, romagem ao Monumen-to do Fundador da Fábrica - Comendador Joa-quim Matias - e um almoço convívio nas insta-lações sócio-desportivas de Alva de Pataias;

• Realizaram-se os Encontros Secil+², pro-grama de transformação organizacional da Secil, através de um plano de operações de médio prazo que potencie a Empresa para o atingimento de resultados mais robustos e a posicione mais solidamente no mercado. Nes-te evento, os responsáveis da Secil alinharam estratégias e valores e analisaram planos de ação concretos para o atingimento das metas definidas;

• Pela primeira vez os trabalhadores de todas as empresas do grupo comemoraram o Natal numa única festa, que decorreu no Antigo Han-

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 181

03gar da Fábrica Secil - Outão, por se come-morar 85º aniversário desta instalação fabril.

Na Madeira saliente-se a celebração do Natal, que este ano voltou a contar com a intervenção de um grupo de colaborado-res, familiares e amigos na apresentação de uma peça de teatro. Tal como em anos anteriores, manteve-se a participação em celebrações como o São Martinho, o dia de Reis e a Missa do Parto.

As Casas de Pessoal da Secil e CMP de-sempenham um papel muito importante na organização e promoção de ativida-des desportivas e culturais para os seus colaboradores. No ano de 2015 as três Casas de Pessoal tiveram um grande di-namismo, que se refletiu no elevado nú-mero de eventos organizados.

De salientar algumas iniciativas que tive-ram lugar em 2015:

•Ida ao teatro, para assistir às peças “Portugal à gargalhada” e “Commedia a la carte”, onde participaram cerca de 180 pessoas por cada espetáculo, das três Casas de Pessoal, entre colaboradores e seus familiares;

• Participação, pelo quinto ano conse-cutivo, na organização da festa de Natal, que decorreu no Teatro Politeama em Lis-boa, com a realização de um teatro mu-sical, extensivo a todas as Empresas do Grupo Secil;

• Organização, no âmbito da festa de Natal, de uma iniciativa solidária, “Uma Criança, Um Abraço”, que motivou mui-tos filhos de colaboradores do Grupo a levarem um brinquedo, que se destinou a ser entregue a crianças carenciadas de Setúbal e Leiria;

• Ainda no âmbito das festas de Natal, oferta de bolos rei, como forma de dese-jar boas festas aos colaboradores;

• Organização de diferentes eventos des-portivos: futsal, pesca, tiro ao prato, ca-minhadas, corridas, zumba e BTT;

• Celebração do 78º Aniversário da Casa do Pessoal da Secil, com a realização de um cruzeiro para visualização de gol-finhos e de um almoço comemorativo aberto aos colaboradores e seus familia-res;

• ATL de Verão, aberto aos filhos dos co-laboradores, com um programa de ativi-dades diversificadas;

• Festa de Verão no Clube Ferroviário, em Lisboa, com transporte em tuk-tuk e oferta de um cocktail;

• Noite de fados com a participação de quatro fadistas, incluindo oferta de jantar e ceia, no pavilhão da Casa de Pessoal da Secil, em Setúbal.

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03

Nº DE AÇÕES DE FORMAÇÃO POR TIPOLOGIA DE FORMAÇÃO

% de Acções de Formação de 2015 p/ Área de Formação

b) Formação

A SECIL aposta no desenvolvimento das competências dos seus colaboradores. Esta aposta é estratégica e tem como objetivo elevar os seus níveis de desem-penho de forma a gerar valor. Este é um contributo essencial para o desenvolvi-mento sustentável da Empresa.

Para tal, a SECIL dispõe de quatro Cen-tros de Formação, instalados nas fábri-cas de Cimento em Portugal.

Em 2015, foram realizadas 202 ações de formação, para 1 383 formandos o que perfez um total de 5 235 horas de volume de formação.

Das 202 ações de formação realizadas 50 foram na área técnica, 130 na área de segurança, 21 na área de gestão e 1 em línguas.

SEGURANÇA

TÉCNICA GERAL

TÉCNICA ESPECÍFICA

GESTÃO

LÍNGUAS

2,5%

10,4%

0,5%

22,3%

64,4%

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 183

03

CARACTERIZAÇÃO DO VOLUME DE FORMAÇÃO POR TIPOLOGIA DE FORMAÇÃO

Nº de Acções de Formação de 2015 p/ Área de Formação

Neste ano, relativamente à formação em contexto de trabalho1 foi realizada uma ação na Secil Lisboa para um Colabo-rador do Grupo Cimentos Madeira, nas áreas Financeira, Contabilidade e Impos-tos e Planeamento e Controlo de Gestão. Este tipo de formação permitiu, por um lado, a aquisição de competências téc-nicas para o desempenho da função, as-sim como disseminar as melhores práti-cas ao nível do Grupo.

A política de Estágios SECIL2 visa por um lado oferecer a estudantes, nacionais e estrangeiros, a possibilidade de adquirir experiência, em meio profissional, en-quanto desenvolvem os seus projetos de estágios curriculares ou profissionais. Es-tes estágios destinam-se, essencialmen-

te: (i) a alunos que pretendam realizar os seus projetos de investigação académica na SECIL (bolsas de investigação), (ii) alu-nos que pretendam desenvolver um pro-grama/projeto de estágio no âmbito da realização de uma determinada forma-ção académica (estágios curriculares) e (iii) alunos recém-formados (ensino supe-rior, técnico-profissional ou equivalente), que pretendam enriquecer a sua expe-riência no mundo do trabalho (estágios profissionais).

SEGURANÇA

TÉCNICA GERAL

TÉCNICA ESPECÍFICA

GESTÃO

LÍNGUAS

5

21

1

45

130

1 A formação em contexto de trabalho consiste numa formação es-sencialmente prática. Tem lugar no posto de trabalho em foco, onde a pessoa que ocupa determinada função e que detém os conheci-mentos práticos irá, em tempo real, demonstrar a outrem, como exe-cutar as atividades inerentes à mesma.

2 Estágios SECIL consiste em fomentar a relação entre o meio acadé-mico e profissional e destina-se a estudantes nacionais e estrangeiros.

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03Em 2015, o Grupo Secil, em colaboração com diferentes Entidades de Ensino na-cionais, realizou:

• 30 estágios curriculares com o objeti-vo de proporcionar aos alunos a prosse-cução da sua formação académica, bem como facilitar a sua integração no merca-do de trabalho;

• 8 estágios profissionais para licenciados/ mestres, dos quais 3 em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profis-sional;

• 1 bolsa de Investigação no âmbito do Projeto Energreen.

Adicionalmente, o programa: “Primeiro Contacto de Jovens com a Vida Profissio-nal” destina-se a proporcionar a jovens, filhos de trabalhadores do Grupo SECIL, um primeiro contacto com a vida profis-sional. Em 2015, recebemos 9 jovens ao abrigo deste programa: 8 na CMP e 1 na SECIL.

Em 2015, o Grupo Cimentos Madeira de-senvolveu 19 acções de formação, nas quais participaram cerca de 14 colabora-dores, representando um volume de 321 horas, distribuído pelas diferentes áreas conforme o gráfico seguinte.

Nº DE AÇÕES DE FORMAÇÃO POR TIPOLOGIA DE FORMAÇÃO

Volume de Formação (horas)

Administrativa 35%Tec./Prod. 46%

Comercial 2%

RHUM 5%Qualidade 12%

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 185

03As horas de formação na área administra-tiva foram sobretudo de âmbito contabi-lístico e financeiro e na área técnico-pro-dutiva com foco na reabilitação urbana, no produto e nas instalações elétricas.

Houve ainda a participação de 6 colabo-radores em 9 seminários essencialmente relacionados com as áreas contabilística, administrativa e financeira.

c) Carreira e mobilidade

A SECIL desenvolve a sua atividade em di-ferentes pontos geográficos, quer no pla-no nacional, quer no plano internacional.

Em 2015, foram recrutados 44 colabo-radores para as áreas de negócio em Portugal e efetuadas 119 promoções/progressões.

Durante o ano de 2015, teve início 1 nova expatriação e terminaram 4. O ano aca-bou com um grupo de 12 colaboradores a prestar serviço fora do território nacio-nal, conforme o gráfico abaixo indicado.

Nº de Expatriados

Ango

la

Tuní

sia

Líba

no

Cabo

Ver

de

Bras

il

Moç

ambi

que

NÚMERO DE EXPATRIADOSO

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

3 3

2

1 1

2

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03A Secil possui um Regulamento Interno, que estabelece regras para os colabora-dores expatriados, com vista a adotar as melhores práticas de mercado.

d) Gestão de Desempenho e Incentivos

Todas as áreas de negócio da SECIL a nível nacional têm implementado um Sis-tema de Avaliação de Desempenho. Em 2015, o Sistema de Avaliação de Desem-penho foi harmonizado para todos os co-laboradores das várias áreas de negócio da SECIL, em Portugal. Este sistema de avaliação tem como objetivo reconhecer, premiar e distinguir os desempenhos de alta performance em domínios Económi-co/Financeiros, Operacionais, Qualida-de/Segurança/Ambiente, entre outros. Adicionalmente, pretende também identifi-car necessidades de formação e potenciais promoções/progressões dos colaboradores.

Em função dos resultados obtidos pela Empresa/Grupo e do resultado da Ava-liação de Desempenho de cada colabora-dor, são atribuídos prémios individuais de desempenho.

e) Benefícios Sociais

A SECIL acredita que a satisfação dos seus colaboradores contribui em grande

parte para o sucesso da sua atividade. Assim, atribui aos seus colaboradores e familiares um conjunto de benefícios sociais de onde se destacam o Plano de Pensões e o Plano de Saúde.

Pensões

No sector do Cimento (Secil, CMP e Ci-mentos Madeira), os colaboradores bene-ficiam de complementos de pensões de reforma por velhice e invalidez, tal como os respetivos cônjuges, descendentes, dependentes e equiparados beneficiam de complementos de pensões de sobre-vivência.

No sector do Betão e Inertes (Unibetão, Britobetão, BetoMadeira e Secil Britas), os colaboradores beneficiam de comple-mentos de pensões de reforma por velhi-ce e invalidez.

Atualmente, todas estas Empresas ofere-cem o benefício de complemento de pen-sões sobre a forma de plano de pensões de contribuição definida.

No final do ano de 2015, os planos de pensões de Benefício Definido (PBD) e Contribuição Definida (PCD) apresenta-vam a seguinte distribuição entre partici-pantes e beneficiários.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 187

03Sector Cimento

Sector Cimento

Sector Betões

Sector Betões

PBD

PCD

66%

34%

PBD

PCD

8%

92%

Nº P

ARTI

CIPA

NTES

/BEN

EFIC

IÁRI

OS

PBD PCD

REFORMADOS/PENSIONISTAS

ATIVOS

O

200

400

600

800

83

640

379

Nº P

ARTI

CIPA

NTES

/BEN

EFIC

IÁRI

OS

PBD PCD

REFORMADOS/PENSIONISTAS

ATIVOS

O

100

200

300

718

283

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03Os Planos de Pensões são financiados por um único Fundo de Pensões: o Fundo de Pensões do Grupo Secil. As Empresas têm a responsabilidade de (i) efetuar con-tribuições mensais para os sub-fundos (Dinâmico, Conservador e Ultra-conserva-dor) que financiam os Planos de Pensões

de Contribuição Definida e (ii) manter su-ficientemente financiadas as responsabili-dades assumidas com os Planos de Pen-sões de Benefício Definido.

O valor do Fundo de Pensões do Grupo Secil ascende a cerca de 38 milhões de euros, assim repartido pelos planos que financia:

Em 2015, o nível de financiamento dos Pla-nos de Pensões de Benefício Definido da Se-cil situava-se em 118%, o da CMP em 105% e o da Unibetão em 123%.

PLANO DE PENSÕES CD

PLANO DE PENSÕES BD

37%

63%

SUB-FUNDO DINÂMICO

SUB-FUNDO ULTRACONSERVADOR

SUB-FUNDO CONSERVADOR

31%

60%

9%

Valor do Fundo de Pensõesdo Grupo Secil a 31.12.2105

Perfil de Investimento do Planode Pensões CD

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 189

03Saúde

A Secil e a CMP atribuíram aos seus co-laboradores e reformados um Plano de Saúde extensível aos seus respetivos agregados familiares. Este Plano encon-tra-se harmonizado entre as empresas do Grupo em Portugal.

A Cimentos Madeira oferece o mesmo plano de saúde aos seus colaboradores no ativo.

As empresas do sector do Betão, a Secil Britas, a Argibetão, a Secil Martingança e a IRP atribuem o Plano de Saúde do Grupo aos seus colaboradores no ativo. No caso das empresas do sector do Be-tão, Secil Britas e Argibetão, o Plano de Saúde abrange o agregado familiar com uma pequena comparticipação por parte do colaborador. Na Secil Martingança, o Plano de Saúde pode ser extensível ao agregado familiar, sendo o custo adicio-nal suportado pelo colaborador.

O benefício de saúde para todas as em-presas acima mencionadas é financiado por um seguro de saúde em sistema de rede convencionada e reembolso.

De forma a melhor ajustar o Plano de Saúde às necessidades de cada pessoa, a Secil negociou UpGrades ao seguro de saúde, permitindo que mediante um cus-to adicional a suportar pelo colaborador ou reformado, estes tenham a possibili-dade de aumentar os capitais anuais do

seu Plano de Saúde e/ou do seu agrega-do familiar.

Outros benefícios sociais

Para além dos mencionados, várias em-presas do Grupo atribuem outros bene-fícios sociais, nomeadamente: (i) sub-sídios de reforma e morte, aquando da saída do colaborador por reforma ou em caso de morte no ativo; (ii) seguro de aci-dentes pessoais e/ou vida, protegendo os colaboradores em caso de morte e/ou invalidez permanente; (iii) seguros de viagem, cobrindo quase todo o mundo, para proteção dos colaboradores que se deslocam ao serviço das empresas; e (iv) prémios de antiguidade, que premeiam o tempo de serviço dos colaboradores.

Em 2015, os benefícios sociais ofereci-dos pela SECIL aos seus colaboradores representam um passivo consolidado de aproximadamente 3 milhões de Euros e correspondem a um custo de cerca de 1 milhão de Euros, ou seja 1,4% dos custos com pessoal.

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03

Operaçõesinternacionais

a) Ambiente de trabalho

Brasil

As empresas do grupo que operam no Brasil (“Grupo Supremo”) têm desenvol-vido um plano de ação com vista à adap-tação e implementação das diretivas de segurança existente no Grupo Secil, com destaque para as seguintes práticas:

• Boas Práticas de Segurança da CSI (Cement Sustainability Initiative);

• Identificação sistemática de riscos, análise e o seu controlo ao longo de to-das as tarefas executadas nas instala-ções sob responsabilidade da Supremo;

• Auditorias e inspeções de segurança planeadas e documentadas, aliadas à execução de planos de ações de imple-mentação de medidas corretivas e pre-ventivas;

• Simulações de situações de emergência;

• Investigação e comunicação de todos os incidentes (acidentes de trabalho, quase acidentes e situações perigosas detetadas).

A Segurança e Saúde do Trabalho legal tem sido realizada principalmente no to-cante às monitorizações do ambiente de trabalho, nomeadamente, ruído, vibra-ções, iluminação, e qualidade do ar.

Em 2015, registou-se um decréscimo, em termos absolutos, do número de aciden-tes totais com e sem dias de trabalho per-didos. Contudo o número de acidentes com dias de trabalho perdidos aumentou em 81,25%, com impacto nas taxas de frequência, conforme se mostra nos grá-ficos seguintes:

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 191

03

ADRIANÓPOLIS POMERODE CONCRETO TOTAL

ACIDENTES COM AFASTAMENTO - CAF

ACIDENTES SEM AFASTAMENTO - SAF

FATALIDADES

9

22

14

3

O

5

10

15

20

25

30

35

2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015

5

11 1215

2 3

00

16

33

29

18

ACIDENTES COM AFASTAMENTO - CAF

ACIDENTES SEM AFASTAMENTO - SAF

FATALIDADES

ADRIANÓPOLIS POMERODE CONCRETO TOTAL

9

14

O

5

10

15

20

25

30

35

2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015

5

12

2 3

16

29

Número de Acidentes

Número de Acidentes com Dias Perdidos

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ACIDENTES COM E SEM DIAS DE TRABALHO PERDIDOS E FATALIDADES (2014-2015).

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ACIDENTES COM DIAS DE TRABALHO PERDIDOS E FATALIDADES (2014-2015)

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03Taxa de Frequência Total (Acidentes com Afastamento e sem Afastamento)

Taxa de Frequência com Afastamento

EVOLUÇÃO DA TAXA DE FREQUENCIA TOTAL COM E SEM DIAS DE TRABALHO PERDIDOS (2014-2015).

EVOLUÇÃO DA TAXA DE FREQUENCIA COM DIAS DE TRABALHO PERDIDOS (2014-2015).

ADRIANÓPOLIS POMERODE CONCRETO TOTAL

10,57,9

O

10

20

30

40

50

2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015

28,9

49,3

6,69,9

12,915,6

ADRIANÓPOLIS POMERODE CONCRETO TOTAL

3,1

6,5

O

5

10

15

20

25

2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015

9,0

21,9

6,6

9,9

4,2

9,7

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 193

03Em 2015 não se verificaram fatalidades no trabalho com colaboradores diretos, prestadores de serviços ou visitantes.

Comunicação interna

A comunicação interna é fundamental para aproximar todos os colaboradores. Os principais veículos de comunicação utilizados são:

• O Jornal editado com uma periodici-dade bimensal produzido por um comitê editorial composto com representantes de todas as fábricas, centrais de betão e centros de distribuição.

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03•Campanhas internas são realizadas mensalmente sempre sobre um tema di-ferente, para comunicar algo institucional e para mobilizar e sensibilizar as nossas pessoas, melhorando o clima organiza-cional.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 195

03Acolhimento/integração de novos colaboradores

A integração novos colaboradores se-gue um programa que visa transmitir um conjunto de deveres e obrigações, bem como o histórico da empresa, o seu meio ambiente e medidas de segurança no trabalho. Neste programa também se transmitem conceitos que passam pela identidade organizacional (Visão, Missão e Valores) e o modelo de governo. Esta forma de integração é comum a todos, porém, de acordo com a natureza do car-go, o conteúdo poderá ser mais específico.

Retenção de colaboradores

O cenário económico e financeiro atual do Brasil desincentiva as pessoas a troca-rem de emprego e tem contribuído para um baixo turnover, principalmente nas nossas unidades fabris de Pomerode/SC e de Adrianópolis/PR. O maior turnover regista-se nas nossas Centrais de Betão, justificada pela natureza do negócio, per-fil dos profissionais e também pela carac-terística da região onde atuamos. Tem sido feito um esforço de implementar determinadas medidas com o objetivo de contrariar estes números, o objetivo é re-ter as suas pessoas através de processos de seleção rigorosos que visam recrutar a “pessoa certa para o lugar certo” e desta forma reduzir os problemas de turnover.

Em destaque, o processo seletivo reali-zado para a contratação de profissionais para Adrianópolis/PR alcançou o objetivo a que se propôs, que foi cumprir o crono-grama, conforme o planeado, com a con-tratação de bons e experientes profissio-nais. O grande desafio está em conseguir que os nossos colaboradores tenham condições para criar vínculos com a ci-dade de Adrianópolis, no Paraná, o que nem sempre será fácil porque atualmen-te ainda existem poucas opções de lazer e de comércio devido ao seu tamanho e localização.

Eventos organizados pela Empresa

No dia 17 de Dezembro de 2015, regis-tou-se a inauguração oficial da nossa uni-dade fabril de Adrianópolis/PR no estado do Paraná. Compareceram cerca de 200 convidados, entre autoridades públicas, executivos da Semapa, Secil e Supremo, clientes, fornecedores e comunidade. O evento foi um marco, para esta que é a cimenteira mais moderna do Brasil.

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03

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 197

03As empresas sediadas no Brasil possuem algumas datas importantes que são cele-bradas com todos os colaboradores que visam trazer o que acontece no quotidia-no para dentro da organização, uma vez que esta faz parte da sociedade e da co-munidade. As datas que são normalmen-te festejadas são:

• Aniversariante do mês;

• Dia do Trabalho;

• Natal;

• Aniversário das fábricas de Adrianópo-lis/PR e de Pomerode/SC;

• Campanhas de Segurança e Saúde Ocupacional;

• Páscoa;

• Dia Internacional da Mulher;

• Dia dos Pais;

• Dia das Mães.

 

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03 Líbano

Na Ciment Sibline, os procedimentos e políticas de segurança seguem as nor-mas do Grupo. No âmbito do programa de acolhimento de novos colaboradores, é feita uma sensibilização relativa à se-gurança.

A Empresa assegura transporte a todos os colaboradores.

A comunicação é assegurada essencial-mente através de painéis e do envio de e-mails aos colaboradores.

Cabo Verde

As empresas do grupo sediadas em Cabo Verde fomentam a segurança no trabalho através de campanhas de informação e também pela atribuição de um prémio pecuniário, distribuído em função dos ob-jetivos atingidos na área da segurança.

As empresas garantem aos seus colabo-radores um serviço de refeitório e trans-porte.

Tunísia

O ano de 2015 ficou marcado por ata-ques terroristas contra alvos civis que vi-saram especialmente turistas estrangei-ros. Após estes acontecimentos, toda a importante atividade turística da Tunísia ficou paralisada tendo originado o fecho de várias dezenas de hotéis por todo o

país. Além destes dois ataques terroris-tas contra turistas, ocorreram durante todo o ano de 2015 vários ataques contra forças policiais e militares. Estes aconte-cimentos tiveram como consequência uma destabilização económica, tendo-se verificado um crescimento anémico de 0,8% e o aumento do défice. Com este enquadramento, o clima de instabilidade sentiu-se também nas empresas através de crescentes reivindicações na área laboral.

A empresa mantém a sua aposta numa política de combate ao absentismo e aos acidentes de trabalho pela via da for-mação contínua aos trabalhadores, de modo a enquadrar as taxas de gravidade e de frequência de acidentes de trabalho dentro dos objetivos estabelecidos pelo Grupo.

No âmbito do desenvolvimento técnico e de difusão da cultura do nosso Grupo, vá-rios técnicos Portugueses têm trabalha-do em conjunto com os técnicos da SCG em Gabès.

Angola

Na Secil Lobito implementaram-se várias ações com vista ao melhoramento das condições de trabalho, das quais se des-tacam: (i) pavimentação do Edifício admi-nistrativo; (ii) instalação de equipamento de ar condicionado em vários gabinetes; (iii) melhorias no filtro de despoeiramen-to da instalação de enchimento de Big

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03Bags, que reduziu substancialmente a emissão de poeiras na zona e (iv) aquisi-ção de uma minicarregadora para apoio à limpeza fabril.

b) Formação

Brasil

Em 2015 foram realizadas mais de 9300 horas de formação, em diversas áreas, com ênfase em Segurança do Trabalho, Meio Ambiente, Formação Técnica e Ope-racional e participação em Seminários. De salientar ações de formação, relacio-nadas com o ambiente:

• Programas de responsabilidade am-biental desenvolvidos pela empresa e dirigidos aos novos colaboradores (42 horas de formação);

• Formação especial para operadores de painel sobre emissões de NOX e suas consequências, bem como, o conheci-mento da legislação aplicável e seguida pelo estado do Paraná;

• Treino específico desenvolvido para os motoristas que efetuam o transporte de calcário entre a fábrica e a mina. Este treino visa desenvolver alguns conhe-cimentos a nível ambiental e regras de circulação que têm como principal foco o contacto com a comunidade local.

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03

Tunísia

A SCG tem como objetivo principal nesta área a valorização profissional e a trans-missão de um modo assertivo dos valo-res da segurança no trabalho. Em 2015, a formação desenvolveu-se na área da segurança, não só dos trabalhadores da S.C.G. mas também com trabalhadores externos.

Neste ano, realizaram-se 4 797 horas de formação o que corresponde a 16,83 h / trabalhador.

Na área da segurança no trabalho foram realizadas 1 956 horas de formação.

Líbano

A Ciments de Sibline oferece formação aos seus colaboradores em áreas técni-cas, de gestão e administrativa, manu-tenção, tecnologias de informação e lín-guas. Em 2015, participaram em ações de formação 192 colaboradores, num total de 2 595 horas.

Cabo Verde

Ainda que a oferta local seja reduzida, foi ministrada formação na área da fiscalidade.

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03 Angola

A Secil Lobito registou 619 horas de for-mação, essencialmente dirigidas às che-fias diretivas dos vários sectores.

c) Carreira e mobilidade

Brasil

A prioridade em 2015 foi o startup da nova fábrica de Adrianópolis/PR. Com isso, todo o esforço foi direcionado para a contratação de profissionais com as qua-lificações necessárias e dentro do prazo pretendido.

De realçar o apoio de colaboradores de dife-rentes áreas da Secil / Centro Técnico e da unidade fabril de Pomerode/SC. De Portu-gal, recebemos 10 profissionais que ajuda-ram a cumprir o cronograma estabelecido pela Administração. Atualmente, trabalham a full time 2 colegas Portugueses nas uni-dades fabris situadas no Brasil. Para o êxito da nova unidade fabril de Adrianópolis/PR saliente-se também a contribuição efetiva de aproximadamente 12 colaboradores do corporativo da Supremo.

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03A pouca mobilidade deve-se ao facto da Supremo ser uma empresa muito jovem, que procura consolidar o seu quadro de pessoal em cada uma das Empresas.

Tunísia

A SCG tem a preocupação da renovação do seu quadro de pessoal, proporcionan-do após o recrutamento uma integração e formação adequada. Para além disso, é promovido também o recrutamento interno. Em 2015, foram recrutados 40 trabalhadores.

Angola

A Secil Lobito iniciou, em 2015, a elabo-ração de um regulamento que pretende implementar um conjunto de procedi-mentos que visam, entre outras medidas, regulamentar as carreiras profissionais existentes na empresa.

d) Gestão de desempenhoe incentivos

Brasil

No final de 2015 iniciou-se a implemen-tação do Sistema de Gestão e Avaliação de Desempenho adotado pelo Grupo, contudo as avaliações efetivas só terão o seu início em 2016.

Adicionalmente, este sistema pretende também identificar necessidades de for-mação e potenciais promoções/progres-sões dos colaboradores.

e) Benefícios sociais

Brasil

As empresas sediadas no Brasil dispo-nibilizam aos seus colaboradores, côn-juges e filhos até 24 anos, um Plano de Saúde que prevê a comparticipação de 20% em consultas e exames. Em caso de internamento, não existe custo algum para os colaboradores e seus dependen-tes. Este plano é financiado por Seguros de Saúde.

A Supremo oferece aos seus colaborado-res, sem nenhum custo, um Seguro de Vida com as coberturas de morte natural ou acidental, assistência funeral e invali-dez total e parcial.

Tunísia

Durante o ano, a SCG atribuiu aos seus colaboradores vários subsídios e facilida-des de crédito pessoal para construção e recuperação de habitação. A Empresa concede aos seus colaboradores um se-guro de acidentes pessoais e um plano de ajuda na assistência à doença, exten-sível aos familiares.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 203

03Para além destes benefícios, os filhos dos colaboradores podem usufruir de benefí-cios atribuídos pela empresa, tal como:

• Comparticipação pecuniária para aqui-sição de material escolar;

• Incentivo pecuniário aos filhos dos co-laboradores que se distinguiram com me-lhores notas escolares;

• Frequência da colónia de férias até aos 14 anos.

A Sud-Béton atribui também aos seus co-laboradores vários benefícios sociais e re-ligiosos no período da Aid Kébir e Aid Sghir. Todos os trabalhadores estão cobertos por um plano de saúde e beneficiam de um desconto de 20% na compra de betão. Os filhos dos trabalhadores em idade escolar beneficiam de um apoio anual.

Líbano

A Ciments de Sibline atribui aos seus colaboradores benefícios no plano da saúde, educação e outros. O plano de saúde cobre colaboradores e familiares num total de 1 522 pessoas. Para além disso, podem contar com a assistência médica prestada por dois médicos e uma enfermeira nas instalações da própria Em-presa.

Ao nível da educação, são atribuídas anualmente bolsas de estudo aos filhos dos colaboradores da Ciments de Sibline. O valor do benefício é estipulado em fun-ção do nível de ensino e, no ano 2015, as bolsas escolares pagas totalizaram 649 milhões de libras libanesas, conforme o quadro seguinte:

BOLSAS ESCOLARES 2015 (Libras Libanesas)

TOTAL 649 165,765

SETOR NÍVEL VALOR

Setor Privado UniversitárioElementarTécnicoOutros níveis

142 662,015243 252,500

14 495,000176 562,500

Setor Privado UniversitárioElementarTécnicoOutros níveis

33 190,0007 51,250

15 130,00016 862,500

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03A Empresa dispõe de uma Cooperativa sem fins lucrativos que é gerida pelos próprios trabalhadores e comercializa bens alimentares. Os colaboradores têm acesso à Cooperativa e recebem uma contribuição anual de 800 mil libras liba-nesas para despesas.

Os colaboradores no Líbano beneficiam ainda de facilidades financeiras, quer na aquisição de cimento, quer na obtenção de financiamentos:

• Aquisição de cimento até 40t/ano com desconto de 3 USD sobre o preço de venda;

• Financiamento até 3 milhões de libras libanesas, sem juros e reembolsável a 12 meses.

Na Ciments de Sibline, a relação entre o salário mínimo praticado pela Empresa e o salário mínimo local representa um rá-cio de 1,4.

Angola

Os colaboradores da Secil Lobito e respe-tivo agregado familiar beneficiam dos cui-dados de saúde prestados por dois mé-dicos e três enfermeiros nas instalações da empresa, sendo que um dos médicos tem a especialidade de Pediatria. Esta iniciativa teve inicio há seis anos e permi-tiu reduzir drasticamente a mortalidade infantil entre os filhos dos colaboradores. A Empresa tem protocolos de assistência médica com duas clínicas e duas farmá-

cias, situadas na cidade do Lobito, de forma que todos os colaboradores e res-petivo agregado familiar beneficiem de cuidados de saúde a custo zero.

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03

O Grupo Secile a Comunidade Exterior

a) Educação, Ciência e Tecnologia

Prémios Secil de Arquitetura e de Engenharia Civil e Prémio Secil Universidades

O Prémio Secil visa promover e incentivar os autores de obras que incorporam os produtos que resultam da atividade da Secil.

Os Prémios Secil têm uma periodicidade bienal em anos pares, alternadamente para Arquitetura e Secil Engenharia. O Prémio Secil Universidades, atribuído a estudantes de Arquitetura e Engenharia Civil, tem uma periodicidade anual.

A Secil e a comunidade científica

A Secil procura de uma forma ativa apoiar a comunidade científica através da promoção de eventos e patrocínios de iniciativas que contribuam para a difusão do conhecimento e inovação.

A Secil patrocinou a edição da monogra-fia “Cassiano Branco - Vida e obra” da autoria do Prof. Arq. Paulo Tormenta Pin-to, publicada pela Editora Caleidoscópio, especializiada em Arquitetura.

A Cimentos Madeira e a Secil Martin-gança patrocinaram a conferência sobre

“Reabilitação Urbana, Desafios e Oportu-nidades”, organizada pela Secção Regio-nal da Madeira da Ordem dos Engenhei-ros, Delegação da Madeira da Ordem dos Arquitetos e ASSICOM (Associação da Indústria e Associação da Construção da RAM). Estas Empresas do Grupo tam-bém organizaram uma sessão técnica: “A Reabilitação das Construções, Desempe-nho e Durabilidade que teve uma adesão significativa de técnicos de engenharia e arquitetura e contou com o apoio institu-cional da Câmara Municipal do Funchal, da Ordem dos Engenheiros e da Ordem dos Arquitetos. Para além destas iniciati-vas, a secção da Madeira da Ordem dos Engenheiros promoveu uma visita técni-ca às instalações fabris e laboratoriais da Cimentos Madeira.

Protocolos com instituiçõesde ensino

Para apoiar as actividades de recruta-mento e de Investigação e Desenvol-vimento do Grupo, a Secil tem vindo a estreitar o seu relacionamento com ins-tituições de ensino superior especializa-das nas áreas de Engenharia Civil, Quími-ca e dos Materiais, estabelecendo bases de colaboração académica, científica e tecnológica. A Secil colabora em vários projetos educativos, nomeadamente, as visitas às Fábrias Secil Outão e Maceira Liz (“Dias de Portas Abertas”) organiza-

1. PORTUGAL

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03das geralmente para grupos de estudan-tes ou profissionais, o apoio à Eco-Escola D. Manuel Martins e integrando os conse-lhos gerais dos Agrupamentos de Escolas de Azeitão, Lima de Freitas e de Bocage de Setúbal, a atribuição de uma bolsa a um estudante do Curso de Estudos Avan-çados em Arquitectura Digital realizado pelo ISCTE-IUL e a FAUP.

A Fábrica Secil-Outão organizou, como habitualmente, a sua iniciativa “Portas Abertas”, em 2 dias, acolhendo 24 pessoas.

O Laboratório da Cimentos Madeira (“LCM”) mantém a sua colaboração com a Universidade da Madeira, Laboratório Regional de Engenharia Civil e Instituto Profissional de Transportes e Logística (“IPTL”). Em 2015, apoiou um estágio curricular na área de sistemas de infor-

mação de um aluno da Escola Básica e Secundária de Machico, com duração de 420h.

Cultura e desporto

A SECIL assumiu o compromisso do de-senvolvimento sustentável das atividades culturais, desportivas e de inclusão social das localidades onde desenvolve a sua atividade, no seguimento da política de responsabilidade social do Grupo. Mais de 80 Associações do distrito de Setúbal recebem fundos para apoiar as suas ati-vidades, conforme se representa grafica-mente.

INCLUSÃO SOCIAL

CULTURAIS

ASSOCIAÇÕES DESPORTIVAS

49%

25%

26%

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 207

03Apoiou ainda outras iniciativas de onde se destacam:

• As comemorações do Dia do Mar, que tiveram lugar em Setúbal, o que envolveu a Marinha Portuguesa, a Câmara Munici-pal de Setúbal e a APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra;

• A renovação pelo décimo segundo ano consecutivo, do patrocínio ao Concurso literário Bocage, promovido pela LASA - Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão;

• Festival de Música de Leiria.

A Secil desenvolve, desde 2006, acções de sensibilização ambiental, com desta-que para: (i) o apoio ao Congresso Inter-nacional OIKOS Ambiente, (iii) protocolo, pelo 5º ano consecutivo, de colaboração e financiamento plurianual estabelecido entre a Secil, o ICNF - Instituto de Con-servação da Natureza e Florestas, o ISPA - Instituto Superior de Psicologia Aplicada e a Universidade do Algarve em matéria de estudo e protecção do Parque Mari-

nho Luiz Saldanha, (iv) a dinamização das Comissões Ambientais de Setúbal e Maceira e v) o apoio ao Clube da Arrá-bida na recuperação ambiental da Praia do Creiro, junto ao Portinho da Arrábida, através da reposição do areal arrastado pelo mar durante o inverno, o que voltou a permitir a realização de atividades des-portivas de praia naquele local.

A SECIL possui um Museu nas instala-ções da Fábrica Maceira-Liz, criado em 22 de Abril de 1991, e remodelado em Maio de 2011, designado por Museu do Cimento da Fábrica Maceira-Liz.

Este Museu documenta a longa história desta fábrica e, através de um circuito museológico em contraponto com a fá-brica moderna em laboração, obteve o estatuto de “museu de sítio” e integra o Roteiro Geológico e Mineiro de Portugal.

Em 2015, o Museu recebeu cerca de 900 visitantes, como se mostra no quadro se-guinte:

VISITAS MUSEU 2015

TOTAL 899

Pré-escolar1º ao 12ºSuperiorOutros

45561

60233

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03No âmbito do Centro de Documentação e Informação do Museu, foi desenvolvido, ao longo do ano de 2015, um extenso tra-balho de inventariação e catalogação de arquivos e espólio documental existente na fábrica, com vista à sua valorização e futura divulgação, no âmbito da História e Arqueologia Industrial.

No plano do Desporto, a Secil apoiou diversas coletividades e iniciativas, no-meadamente a corrida a Palmela Rune, o Concurso Internacional de Hipismo de Lisboa.

O Grupo Cimentos Madeira apoia as ativi-dades culturais e desportivas da região, de onde se destacaram os seguintes apoios:

• XV grande prémio de Atletismo da Ma-deira no âmbito do aniversário dos Bom-beiros Municipais do Funchal;

• Torneio de Golfe realizado no campo do Santo da Serra, ilha da Madeira, integra-do no Campeonato Nacional de Golf Por-tugal 2015;

• “Reid’s Auto Classic Show”, exposição de veículos motorizados;

• Edição do livro “o Primeiro Automóvel na Madeira” com a aquisição de alguns exemplares.

O Grupo Cimentos Madeira mantém o seu estatuto de sócio em associações regio-nais que desenvolvem ações de carácter ambiental, nomeadamente a Associação

dos Amigos do Parque Ecológico do Fun-chal e a AREAM - Agência Regional de Energia e Ambiente da Madeira.

c) Solidariedade social

A SECIL através da sua influência nas zo-nas onde desenvolve as suas operações contribui de forma significativa no apoio a entidades de Inclusão Social.

Em 2015, a Secil apoiou através do for-necimento de cimento várias instituições, nomeadamente, o Vitória Futebol Clube, a Comissão da Nossa Senhora do Rosário de Troia, o Estabelecimento Prisional de Leiria, o Agrupamento Vertical de Esco-las Luisa Todi, entre outros.

Na época balnear, a Fábrica Secil - Outão disponibilizou um parque de estaciona-mento com segurança, no antigo hangar de carvão. O parque foi utilizado durante 80 dias por cerca de 32 700 pessoas e 13 500 viaturas. Esta iniciativa granjeia crescente popularidade entre a popula-ção setubalense, por constituir a única al-ternativa significativa de estacionamento para acesso à zona balnear da Praia da Figueirinha.

Em 2015, a Secil prosseguiu a estratégia de redução considerável das ofertas de Natal, tendo utilizado os fundos normal-mente destinados à sua aquisição, para apoiar entidades de solidariedade social.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 209

03Em 2015, a Secil apoiou o projeto da Fundação do Gil com o IPO, relacionado com o apoio domiciliário a crianças com necessidades especiais de assistência e a Comunidade Vida e Paz, num programa de apoio a famílias carenciadas.

A Secil é membro desde 2010 da Associa-ção GRACE - Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial - que procura de-senvolver ações de colaboração entre as comunidades locais e organizações de solidariedade social. No âmbito desta co-laboração, a Secil integra desde 2011 o Conselho Fiscal da associação e este ano participou como oradora na conferência Compromisso Crescimento Verde.

Ao nível institucional, a Secil apoiou ain-da a Secção Regional Norte da Ordem dos Arquitetos, através do Mecenato plurianual da programação cultural do novo edifício sede, designado Norte 41º.

O Grupo Cimentos Madeira apoia diver-sas instituições, de onde se destaca:

• Delegação Regional da Associação Por-tuguesa das Pessoas com Necessidades Especiais - Associação sem Limites atra-vés de um donativo de cimento para me-lhoramento da rampa de acesso às suas instalações;

• Paróquia de Santa Rita através do apoio à festa de Natal das crianças com a encenação de um Auto de Natal e de uma peça teatral, ambos organizados e realizados por colaboradores do Grupo

Cimentos Madeira, que culminou com a entrega de um lanche a cada criança;

• Capela de Nossa Senhora da Vitória com apoio à festa anual da padroeira. Trata-se de um templo adjacente aos ter-renos da Cimentos Madeira nos Socorri-dos;

• Bombeiros Voluntários Madeirenses;

• Liga Portuguesa Contra o Cancro.

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03a) Educação, Ciência e Tecnologia

Brasil

O Grupo Supremo realizou uma confe-rência sobre Psicologia Ambiental e Per-ceção de Risco, dirigida aos Professores e Diretores das escolas de Adrianópolis,

com a participação do Prof. Doutor José Manuel Palma, consultor ambiental da Secil. Esta palestra teve como foco a sensibilização dos participantes para as questões relacionadas com o ambiente.

2. Operações internacionais

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 211

03Na semana do dia 08/06 a 12/06 de 2015, realizou-se uma ação chamada de SIPATMA (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho e Meio Ambien-te) onde se desenvolveram campanhas relacionadas com a Segurança do Traba-lho e Meio Ambiente:

• Blitz Ambiental: Atividade desenvolvida com perguntas e respostas envolvendo temas ambientais, com o apoio do Grupo de Escuteiros do Paranaí de Adrianópolis durante toda a semana. Os escuteiros visitaram o local de trabalho dos funcio-nários para desenvolverem atividades relativas à aprendizagem sobre o meio ambiente de uma forma descontraída.

• Palestra sobre a Gestão de Resíduos realizada pela empresa HMS. Esta em-presa é responsável pela recolha e trans-porte dos resíduos gerados na Fábrica de Adrianópolis. A palestra teve como obje-tivo sensibilizar os colaboradores para a forma como é feita a gestão dos resíduos

gerados e como é importante a separa-ção correta dos mesmos.

• Oficina de modelagem de peças ce-râmicas: A Empresa que desenvolveu o estudo de Arqueologia da Fábrica de Adrianópolis desenvolveu atividades com os colaboradores da Supremo que englo-baram a apresentação do Património Ar-queológico de Adrianópolis e uma oficina de modelagem de peças cerâmicas, mos-trando aos colaboradores um pouco da história arqueológica da região do Vale da Ribeira.

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03

• Concurso de desenho para filhos de co-laboradores: O desenho deveria ser feito abrangendo ações positivas relacionadas com o Meio Ambiente e Segurança. Os desenhos ficaram expostos e receberam votos. A criança que recebeu mais votos teve como prémio uma bicicleta.

• Foram 5 dias de atividades envolvendo as duas áreas que totalizaram 10 horas de atividades voltadas para o meio am-biente.

As empresas que operam no Brasil têm desenvolvido ações que visam minimizar os impactos das atividades fabris da Su-

premo Adrianópolis com o meio ambiente e a comunidade. São exemplo disso:

• Reunião com a comunidade que con-siste em reuniões mensais abertas. Esta atividade desenvolvida pela empresa nas áreas socio-ambientais tem como intuito apresentar as atividades desenvolvidas no âmbito da minimização dos impactos causados pela construção do empreendi-mento no município de Adrianópolis. Em 2015, foram realizadas 7 reuniões que totalizaram 14 horas.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 213

03

•CAA - A Comissão de Acompanhamento Ambiental é um fórum de análise e dis-cussão sobre os impactos das atividades fabris da Supremo Adrianópolis no meio ambiente e na comunidade. Os objetivos deste fórum são manter as estruturas da sociedade civil perto das ações da empre-sa e trocar impressões e perceções que contribuam para uma melhoria efetiva do desempenho ambiental. As reuniões são realizadas a cada 3 meses e possuem membros da comunidade de Adrianópolis e Ribeira. Em 2015, foram realizadas 2 reuniões, totalizando 5 horas.

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03 Tunísia

A Société des Ciments de Gabès desen-volve várias iniciativas em estreita cola-boração com escolas e universidades de Gabès tendo em 2015 dado os seguintes apoios aos alunos na realização dos se-guintes estágios:

•24 Estágios de inverno em colaboração com ISET - Instituto Superior de Estudos Tecnológicos;

•51 Estágios de verão em colaboração com as escolas e institutos superiores de Gabès, Sfax, Sousse e Tunis;

•70 Estágios de fim de curso em colabo-ração com escolas de ensino superior de Engenharia.

A SCG tem uma estreita ligação com a Es-cola Nacional de Engenheiros de Gabès, que já elaborou vários trabalhos de pes-quisa no domínio do cimento.

Líbano

A Ciments de Sibline aceita pedidos de visita por parte de estabelecimentos de ensino. Em 2015, recebeu alunos oriun-dos dos seguintes estabelecimentos:

• Rafik Hariri University (RHU)

• Lebanese University

• American University of Beirut (AUB)

• Saida Technical Institute

A Empresa promove cursos de formação com períodos máximos de 3 meses para recém licenciados. Em 2015, frequenta-ram este curso 19 pessoas.

Angola

A Secil Lobito estabeleceu protocolos com escolas do ensino médio, através dos quais os alunos realizaram estágios pro-fissionais nas instalações da Secil Lobito, em diversas áreas profissionais. Durante 2015, a Empresa recebeu 15 formandos.

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Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 215

03b) Cultura e desporto

Tunísia

A SCG patrocina várias associações culturais, recreativas e desportivas locais, direta, e indiretamente, através do fundo colocado à disposição do Governador de Gabès. Além deste fundo monetário, a SCG atribui anualmente até 500 tonela-das de cimento para apoio das diversas entidades municipais, culturais e religiosas.

Líbano

A Ciments de Sibline efetuou vários pa-trocínios a associações culturais e des-portivas, nomeadamente:

• Kamal Joumblatt Cultural Center - Sibline

• Sports Club Dalhoun

• Biblioteca Nacional em Baakline

• Festival de Arte em Beitedine

Angola

A Secil Lobito patrocinou algumas inicia-tivas de carácter cultural e desportivo, nomeadamente a UNAC-União Nacional dos Artistas e Compositores Angolanos; a Festa de Carnaval que tem uma forte tradição no Município do Lobito e no qual participa, com o patrocínio direto ao gru-po do Bairro do Golfe, a Rádio Lobito e as festividades comemorativas dos 102 Anos da Cidade do Lobito.

Recentemente, um grupo de trabalhado-res criou o Grupo Desportivo Secil Lobito que conta já com inúmeras actividades e é apoiado financeiramente pela Empresa.

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03c) Solidariedade social

Brasil

Nesta área, as empresas do Brasil parti-ciparam no programa “Páscoa Solidária 2015” que consistiu na entrega de cai-xas de chocolates a alunos das escolas de Adrianópolis e Ribeira. A atividade de-senvolveu-se durante 1 semana e foram distribuídas 2 000 caixas de chocolates.

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03

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03 Líbano

A Ciments de Sibline apoia a comunida-de local através de várias iniciativas, com principal destaque para o apoio social, a doação aos municípios e o patrocínio a instituições religiosas, nomeadamente:

• Associação Aley Traders

• Convento St. Georges

• Escuteiros Islâmicos Al Risalah

• Associação de Caridade Al Wafaa

• Instituto Libanês para os cegos

• Fundação W. Joumblat para os Estudos Universitários

• Fundação Druze para o Bem Estar Social

• Igreja de Santo António - Rmeileh

Angola

A Secil Lobito apoia várias instituições tais como, a Administração Municipal do Lobito, Escolas, Organizações Religiosas e Hospitais. Destaca-se: a construção da Igreja do Bairro do Golf; a construção da Igreja Tocoísta do Alto Liro; e os melho-ramentos efetuados na Escola de Ensino Primário do Bairro do Liro.

Cabo Verde

Em Cabo Verde promove-se o relacio-namento e a inclusão social com as co-munidades locais através de apoios de atividades importantes nas áreas da educação, da cultura e da religião. Estes apoios podem ser feitos através de doa-ções pecuniárias, materiais ou mesmo a disponibilização de meios. Um exemplo deste apoio é a empresa ICV - Inertes Cabo Verde - ser a “madrinha” de Aldeias SOS, uma instituição que apoia crianças órfãs e abandonadas, contribuindo com um donativo mensal de 1 500 ECV.

Em 2015, receberam apoio diversas insti-tuições, tal como o Jardim Infantil de João Varela, a Paróquia do Santíssimo Nome de Jesus e a a Associação “Os Varelen-ses”.

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ORGANIGRAMA

PORTUGAL INTERNACIONAL

CONTINENTE MADEIRA TUNíSIA LÍBANO ANGOLA CABO VERDE BRASIL OUTROS

CIMENTOS SecilCMP (100%)

Cimentos Madeira(57,14%)

Société Cimentsde Gabès (98,72%)

Ciments de Sibline(51,05%)

Secil Lobito(51%)

Secil Cabo Verde(100%)

Supremo (100%)Margem (100%)Nacional (100%)

Secil Algérie(Argélia) (97,9%)

BETÕES E INERTES Uniconcreto (100%)Unibetão (100%)Britobetão (91%) Secil Britas (100%) Lusoinertes (100%)

Betomadeira (57,14%) Brimade (57,14%) Pedra Regional (57,14%) Madebritas (29,14%) JMHenriques (28,57%)

Sudbéton (98,72%) SOIME (51,05%) Inertes de Cabo Verde (62,50%)

ARGAMASSAS E MATERIAIS Secil Martingança (100%) IRP (75%)

PRÉ-FABRICADOS Secil Prebetão (39,80%) Argibetão (90,96%)

Promadeira (57,14%) Zarzis Béton (98,52%)

AMBIENTE E ENERGIA Prescor (100%) AVE (35%)

TRANSPORTES E SERVIÇOS Grupo Setefrete (25%) CCV (100%) Secilpar (100%)

Silonor (França) (100%) Somera (Panamá) (100%)

SOCIEDADES FINANCEIRAS E OUTRAS

Ciminpart (100%) Serife (100%) Secil Betões e Inertes (100%) Secil Unicon (50%)

Hewbol (100%) Florimar (100%)

MC (49,36% Secil Angola (100%)

NSOSPE (100%) I3P (100%)

Sociedade de Inertes (Moçambique) (100%) Seciment (Holanda) (100%)

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PORTUGAL INTERNACIONAL

CONTINENTE MADEIRA TUNíSIA LÍBANO ANGOLA CABO VERDE BRASIL OUTROS

CIMENTOS SecilCMP (100%)

Cimentos Madeira(57,14%)

Société Cimentsde Gabès (98,72%)

Ciments de Sibline(51,05%)

Secil Lobito(51%)

Secil Cabo Verde(100%)

Supremo (100%)Margem (100%)Nacional (100%)

Secil Algérie(Argélia) (97,9%)

BETÕES E INERTES Uniconcreto (100%)Unibetão (100%)Britobetão (91%) Secil Britas (100%) Lusoinertes (100%)

Betomadeira (57,14%) Brimade (57,14%) Pedra Regional (57,14%) Madebritas (29,14%) JMHenriques (28,57%)

Sudbéton (98,72%) SOIME (51,05%) Inertes de Cabo Verde (62,50%)

ARGAMASSAS E MATERIAIS Secil Martingança (100%) IRP (75%)

PRÉ-FABRICADOS Secil Prebetão (39,80%) Argibetão (90,96%)

Promadeira (57,14%) Zarzis Béton (98,52%)

AMBIENTE E ENERGIA Prescor (100%) AVE (35%)

TRANSPORTES E SERVIÇOS Grupo Setefrete (25%) CCV (100%) Secilpar (100%)

Silonor (França) (100%) Somera (Panamá) (100%)

SOCIEDADES FINANCEIRAS E OUTRAS

Ciminpart (100%) Serife (100%) Secil Betões e Inertes (100%) Secil Unicon (50%)

Hewbol (100%) Florimar (100%)

MC (49,36% Secil Angola (100%)

NSOSPE (100%) I3P (100%)

Sociedade de Inertes (Moçambique) (100%) Seciment (Holanda) (100%)

Relatório do Conselho de Administração 2015 · ORGANIGRAMA · 221

Page 222: Relatório - secil-group.com · Volume de Negócios 478 672 431 426 11,0% EBITDA 83 581 76 018 9,9% EBIT 40 741 30 665 32,9% Milhares de euros. 01 O aumento dos resultados operacionais