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ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO PARA A ÁREA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS
PLUVIAIS DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ
CONTRATANTE METODOLOGIA PARA A IDENTIFICAÇÃO DOS AGENTES ENVOLVIDOS, DEFINIÇÃO DAS
UNIDADES DE PLANEJAMENTO E DIAGNÓSTICO SÓCIO ECONÔMICO E AMBIENTAL
RELATÓRIO PARCIAL I
CONSULTORA DEZEMBRO DE 2012 CÓD DO PROJETO / DEPTO Pj_014-2012/ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO PARA A ÁREA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ
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ÍNDICE
1 GENERALIDADES __________________________________________________ 6
1.1 PROJETO ______________________________________________________ 6
1.2 LOCALIZAÇÃO _________________________________________________ 6
1.3 ESTUDOS E PROJETOS DESENVOLVIDOS ________________________ 6
1.4 METODOLOGIA UTILIZADA _____________________________________ 6
1.5 CÓDIGO PROJETO ______________________________________________ 7
2 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONSULTURA E CONTRATANTE _____ 8
2.1 CONSULTORA __________________________________________________ 8
2.2 CONTRATANTE _________________________________________________ 9
3 APRESENTAÇÃO __________________________________________________ 10
4 ETAPA 1 - IDENTIFICAÇÃO DOS AGENTES ENVOLVIDOS E DEFINIÇÃO
DO GRUPO EXECUTIVO DE SANEAMENTO – GTE _______________________ 12
5 ETAPA 2 – DEFINIÇÃO DAS UNIDADES DE PLANEJAMENTO _________ 13
5.1 DELIMITAÇÃO DAS UNIDADES DE PLANEJAMENTO _____________ 17
6 ETAPA 3 – DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E AMBIENTAL _______ 23
6.1 HISTÓRICO ___________________________________________________ 23
6.2 ASPECTOS AMBIENTAIS DO MEIO FÍSICO _______________________ 24 6.2.1 LOCALIZAÇÃO ______________________________________________ 24 6.2.2 CLIMA ______________________________________________________ 24
6.2.3 HIDROGRAFIA_______________________________________________ 25 6.2.4 VEGETAÇÃO ________________________________________________ 26 6.2.5 GEOLOGIA __________________________________________________ 27 6.2.6 RELEVO E GEOMORFOLOGIA _________________________________ 27
6.2.7 PEDOLOGIA _________________________________________________ 30 6.2.8 USO DO SOLO _______________________________________________ 31
6.3 INSTRUMENTOS LEGAIS DE SANEAMENTO BÁSICO _____________ 32 6.3.1 PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO _________________________ 32 6.3.2 POLÍTICA ESTADUAL DE SANEAMENTO _______________________ 33 6.3.3 FUNDO ESTADUAL DE SANEAMENTO _________________________ 33 6.3.4 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO _________________ 33
6.3.5 COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA ___________________________ 33
6.4 INFRAESTRUTURA DO MUNICÍPIO _____________________________ 34 6.4.1 ACESSOS____________________________________________________ 34 6.4.2 ESGOTAMENTO SANITÁRIO __________________________________ 34 6.4.3 ABASTECIMENTO DE ÁGUA __________________________________ 35
6.4.4 RESÍDUOS SÓLIDOS __________________________________________ 36 6.4.5 DRENAGEM URBANA ________________________________________ 36
6.5 ASPECTOS SOCIAIS ____________________________________________ 37
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6.5.1 EDUCAÇÃO _________________________________________________ 37 6.5.1.1 TAXA DE ANALFABETISMO ______________________________ 38
6.5.2 CONDIÇÕES DE VIDA DA POPULAÇÃO ________________________ 38 6.5.2.1 Indicador de Desenvolvimento Humano ________________________ 38
6.5.2.2 Caracterização das Áreas de Interesse Social – AIS _______________ 39
6.6 ASPECTOS ECONÔMICOS ______________________________________ 40
7 ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO _______________________________________ 42
7.1 SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE _______________________________ 42
7.2 INFORMAÇÕES SOBRE MORBIDADE ____________________________ 42 7.2.1 MORBIDADE POR CAUSAS ___________________________________ 42
7.2.2 DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA _________________________ 43 7.2.3 TAXA BRUTA DE NATALIDADE _______________________________ 45 7.2.4 MORTALIDADE ______________________________________________ 46
7.2.4.1 MORTALIDADE POR CAUSA DE ÓBITOS ___________________ 46
7.2.4.2 TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL _______________________ 47 7.2.4.3 TAXA DE MORTALIDADE PERINATAL _____________________ 47 7.2.4.4 TAXA DE MORTALIDADE NEONATAL PRECOCE____________ 48 7.2.4.5 TAXA DE MORTALIDADE NEONATAL TARDIA _____________ 49
7.2.4.6 TAXA DE MORTALIDADE PÓS-NEONATAL _________________ 51 7.2.5 ZOONOSES __________________________________________________ 52
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS __________________________________________ 53
9 BIBLIOGRAFIA ___________________________________________________ 54
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ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 4.1 - Agentes do Grupo Técnico Executivo ......................................................................................... 12 Tabela 5.1. Identificação dos bairros que compõem a divisão administrativa de São José. .......................... 20 Tabela 6.1. Relevo São José. ........................................................................................................................... 28 Tabela 6.2. Panorama do sistema de esgotamento sanitário, por domicílios. ................................................ 35 Tabela 6.3. Panorama do sistema de abastecimento de água, por domicílios. ............................................... 36 Tabela 6.4. Destino do lixo no município de São José. ................................................................................... 36 Tabela 6.5. Dados da Educação Regular do Município – São José. ............................................................... 38 Tabela 6.6. Taxa de Analfabetismo de São José. ............................................................................................ 38 Tabela 6.7. IDH do Município de São José e do Estado de Santa Catarina. .................................................. 39 Tabela 6.8. Número de Famílias e Populações Estimadas por Área. ............................................................. 40 Tabela 7.1. Capítulos da CID-10 e classificação de doenças por grupo de causas. ....................................... 42 Tabela 7.2. Taxa Bruta de Natalidade por 1000 habitantes; Total de Nascidos Vivos e População, por ano,
segundo Município de São José. ............................................................................................... 45 Tabela 7.3. Mortalidade por Causa no Município de São José – ano de 2010. .............................................. 46 Tabela 7.4. Taxas de mortalidade infantil em São José e em Santa Catarina no período 2004-2009. ........... 47 Tabela 7.5. Coeficiente de mortalidade perinatal para o município de São José, 2000-2010. ....................... 47 Tabela 7.6. Dados com CM Neonatal Precoce para cada mil nascidos vivos no município de São José,
Estado de SC e Brasil , durante o período de 2000 a 2010. ..................................................... 48 Tabela 7.7. Dados com CM Neonatal Tardia para cada mil nascidos vivos no município de São José, Estado
de SC e Brasil , durante o período de 2000 a 2010 .................................................................. 49 Tabela 7.8. Dados com CM pós-neonatal no município de São José, SC e Brasil, durante o período de 2000
a 2010. ...................................................................................................................................... 51
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 5.1. Planejamento: Avaliação do momento presente vislumbrando o futuro. .................................... 13 Figura 5.2. Regiões Hidrográficas de Santa Catarina. ................................................................................... 15 Figura 5.3. Regiões Hidrográficas, delimitação das Bacias Hidrográficas e destaque em vermelho para a
Bacia Cubatão do Sul. .............................................................................................................. 15 Figura 5.4. Delimitação da Bacia Hidrográfica do rio Maruim ..................................................................... 18 Figura 5.5. Delimitação das bacias hidrográficas elementares. ..................................................................... 19 Figura 5.6. Unidades de Planejamento e Divisão Administrativa por Bairros do Município de São José..... 20 Figura 5.7. Imagens da UP1. Obra de arte existente no rio Três Henriques (E) e foto da Rua São Pedro,
imagem típica dos distritos desta UP (D). Ambas as fotos no bairro Areias. ........................... 21 Figura 5.8. Imagens da UP2. Obra de arte existente no rio Bücheler, divisa com Florianópolis em Barreiros
(E) e foto da Avenida Central do Kobrasol, região de maior movimento do município (D). ... 22 Figura 5.9. Imagens da UP3. Ponte sobre o Rio Forquilhas com sua retificação e alargamento ao fundo da
foto (E) e foto de antiga construção do centro histórico de São José (D). ............................... 22 Figura 6.1. Distritos do município de São José. Fonte: Prefeitura de São José. ............................................ 23 Figura 6.2. Localização do Município de São José. ....................................................................................... 24 Figura 6.3 Hidrografia de São José. ............................................................................................................... 26 Figura 6.4. Mapa de Zoneamento do Município de São Jose segundo o Plano Diretor de 1985. .................. 31 Figura 6.5. Acessos do município de São José. ............................................................................................... 34 Figura 6.6. Sistema de Esgotamento Sanitário, Censo 2010. ......................................................................... 35 Figura 6.7. Canalização do Rio Três Henriques. ............................................................................................ 37 Figura 7.1. Proporção de internações hospitalares por grupo de causas em São José, 2008-2011. ............. 43 Figura 7.2. Notificações, Segundo Oportunidades de Encerramento da Investigação de 2008 a 2010. ........ 45 Figura 7.3. Variações do coeficiente de mortalidade perinatal, de 2000 a 2010. .......................................... 48 Figura 7.4. Variações do CM Neonatal Precoce para cada mil nascidos vivos no município de São José,
Estado de SC e Brasil , durante o período de 2000 a 2010. ..................................................... 49 Figura 7.5. Variações do CM Neonatal Tardia no município de São José, SC e Brasil , durante o período de
2000 a 2010. ............................................................................................................................. 50 Figura 7.6. Variações do CM Pós-Neonatal no município de São José, SC e Brasil, durante o período de
2000 a 2010. ............................................................................................................................. 51
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Prefeitura Municipal de São José
1 GENERALIDADES
1.1 PROJETO
Elaboração do Plano de Saneamento Básico para a área de Drenagem e Manejo de
Águas Pluviais Urbanas do município de São José, SC.
1.2 LOCALIZAÇÃO
Município de São José no Estado de Santa Catarina.
1.3 ESTUDOS E PROJETOS DESENVOLVIDOS
Determinação das atribuições pertinentes aos atores envolvidos no Plano Municipal
para a área de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas;
Delimitação das Unidades de Planejamento;
Dados Gerais do Município;
Diagnóstico Sócio Econômico e Ambiental.
1.4 METODOLOGIA UTILIZADA
O Plano de Saneamento Básico para a área de Drenagem e Manejo de Águas
Pluviais do município de São José vem sistematizar a conceituação e a metodologia
propostas pela parceria entre o Ministério das Cidades e o Ministério da Saúde por meio da
Fundação Nacional da Saúde (FUNASA), como forma de enfrentamento das questões de
acesso universalizado aos serviços de saneamento, conforme institucionalizado na Política
Nacional de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/07), de modo a desenvolver no município o
Plano Municipal de Saneamento Básico.
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O presente relatório, denominado Parcial 1, refere-se, a identificação dos agentes
envolvidos no Plano de Drenagem, elaboração do Diagnóstico Ambiental e
Socioeconômico e a delimitação das Unidades de Planejamento, sendo que o mesmo
construído com base na Lei n° 11.445/07 e norteado pelas especificações contidas no termo
de referência deste Plano de Saneamento Básico.
1.5 CÓDIGO PROJETO
C:\Users\Fractal3\Dropbox\Fractal - Colaborador1\02 Serviços\99 PMSB Drenagem - SANETAL\01
Execucao\01 Relatorios\PMSB PMSJ Produto 1_v07 final.docx
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2 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONSULTURA E
CONTRATANTE
2.1 CONSULTORA
Endereço: Rua Heriberto Hülse, 70 sala 01 – Barreiros – São José – SC.
CNPJ: 04.779.656/0001-05
CREA Nº: 059026-3
Representante Legal: ADRIANO AUGUSTO RIBEIRO
Responsável Técnico
Adriano Augusto Ribeiro CREA nº: 051422-6
Equipe Técnica de trabalho
Adriano Augusto Ribeiro Engº Sanitarista e Ambiental, MSC.
Elton Murbach Koga Engº Sanitarista e Ambiental.
Renato Lobato Júnior Engº Sanitarista e Ambiental.
Marcelle Freire Golini Engª Sanitarista e Ambiental.
Henrique Lucini Rocha Engº Sanitarista e Ambiental, MSC.
Marcus Phoebe Farias Engº Sanitarista e Ambiental.
SANETAL – Engenharia e Consultoria em Saneamento e Meio Ambiente
Ltda.
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2.2 CONTRATANTE
Nome: Prefeitura Municipal de São José
Registro Legal: CNPJ Nº 82.892.274/0001-05
Gerenciador do Contrato: Secretaria de Planejamento e Gestão Orçamentária
Endereço: Rua Domingos André Zanini ,300 – Campinas – São José/SC. CEP: 88117-200
Telefone: (48) 33810000 / (48) 33810025 - Site: www.pmsj.sc.gov.br
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3 APRESENTAÇÃO
Este trabalho é o primeiro relatório de três do Plano Municipal de Saneamento
Básico - PMSB – Capítulo de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas do
Município de São José, Estado de Santa Catarina.
Conforme exigência prevista no Artigo 9°, Parágrafo I, da Lei Federal n°11.445 de
05 de janeiro de 2007, que ―estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico‖, fica
o Município de São José obrigado a elaborar o Plano Municipal de Saneamento Básico.
Tal Plano será um requisito prévio para que o município possa ter acesso aos recursos
públicos não onerosos e onerosos para aplicação em ações de saneamento básico.
Este capítulo do plano tem como objetivo diagnosticar a atual conjuntura dos
sistemas de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas do município com a
participação popular atendendo aos princípios da política nacional de saneamento básico
com vistas à melhoria da salubridade ambiental, a proteção dos recursos hídricos e
promoção da saúde pública, com relação à drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
O Plano abrange os serviços de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas e
foi elaborado em concordância com o PMSB de São José nas áreas de Abastecimento de
Água, Esgotamento Sanitário, Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos.
O Plano de Saneamento Básico, juntamente com o Conselho Municipal de
Saneamento e o Fundo Municipal de Saneamento são as peças fundamentais das políticas
públicas municipais de saneamento. O Plano será o instrumento que norteará os programas,
projetos e ações do poder público nesta área, legitimado pela transparência dos processos
decisórios e pela participação da sociedade na sua elaboração, com mecanismos eficazes
de controle social, subordinando as ações de saneamento ao interesse público. Elaborado
em conformidade com Plano Diretor do Município, pressuposto da Lei 11.445/2007,
disciplinará a ocupação do espaço urbano e deverá ser, de forma permanente, monitorado
para periódicas revisões de ajustamento.
O capítulo de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas do Plano Municipal
de Saneamento Básico do município de São José (PMSB) será desenvolvido observando as
dez fases a seguir:
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Relatório Parcial 1: Etapas 1 a 3, apresentação do diagnóstico ambiental e
socioeconoômico do município de São José assim como a definição da equipe de trabalho
e das áreas de planejamento.
Relatório Parcial 2: Etapas 4 a 8, apresentação do diagnóstico de drenagem e
manejo de águas pluviais urbanas no município e prognóstico.
Relatório Final Consolidado: Etapas 1 a 10, apresentação da versão final do PMSB
de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas.
As etapas previstas em contrato são descritas a seguir:
Etapa 1 – Identificação dos agentes envolvidos e definição do grupo
executivo de saneamento - GTE;
Etapa 2 – Definição das unidades de planejamento;
Etapa 3 – Diagnóstico sócio, econômico e ambiental;
Etapa 4 – Realização do diagnóstico de Drenagem e Manejo de Águas
Pluviais Urbanas;
Etapa 5 – Definição do período de planejamento e projeção populacional;
Etapa 6 – Elaboração dos cenários de evolução;
Etapa 7 – Planejamento das ações do Plano;
Etapa 8 – Mecanismos e procedimentos para a avaliação e monitoramento
das ações programadas;
Etapa 9 – Execução compreendendo o início da implementação do Plano
Municipal de Saneamento;
Etapa 10 – Atualização compreendendo a avaliação periódica do Plano
Municipal de Saneamento.
O presente relatório é o primeiro de 3 (três) relatórios integrantes do PMSB de São
José, desenvolvido conforme Termo de Referência e em atendimento ao que estabelece a
Lei Federal N° 11.445 de 11 de janeiro de 2007.
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4 ETAPA 1 - IDENTIFICAÇÃO DOS AGENTES ENVOLVIDOS E
DEFINIÇÃO DO GRUPO EXECUTIVO DE SANEAMENTO – GTE
Foram identificados, neste primeiro momento, os agentes que possuem algum tipo
de relação com a elaboração do capítulo de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais
Urbanas do Plano Municipal de Saneamento Básico de São José. A partir desta
identificação foi definido o Grupo de Trabalho Executivo - GTE.
O Grupo de Trabalho Executivo - GTE é formado pelos profissionais da empresa e
por membros da prefeitura, grupo este que terá a responsabilidade de:
Participar em todas as atividades realizadas durante o processo de
elaboração do plano;
Participar das reuniões de apresentação de relatórios e de discussão do tema
e das audiências públicas;
Realizar a leitura de todos os documentos produzidos, homologando os
produtos referentes a cada Fase, quanto aos interesses do município;
Mobilizar, registrar as reuniões/ oficinas e audiências públicas do PMSB.
O Grupo Técnico Executivo – GTE (Tabela 4.1), de acordo com o Decreto nº
34.378/2012 da Prefeitura Municipal de São José foi estabelecido em reunião de
planejamento para em seguida ser formalizado em decreto municipal. O GTE será
representado pela Secretária de Planejamento e Gestão Orçamentária do Município de São
José e contará com os seguintes agentes:
Tabela 4.1 - Agentes do Grupo Técnico Executivo
ORGÃO MEMBRO
Secretaria de Planejamento e Gestão Orçamentária - SEPLAN
Mariele Maura Vieira Damian
Gisele Hendges
Valéria Petry
Secretaria Municipal de Serviços Públicos José Renato Ramos Junior
Fundação Municipal do Meio Ambiente Márcio Mário Duarte
Secretaria Municipal de Infraestrutura Nardi Francisco de Souza Arruda
Secretaria Municipal de Segurança, Defesa Social e Trânsito José Deomir Correa da Silva
Fabiana S. de Souza
Secretaria Municipal de Assistência Social Alexandra Madalena Kehrig
Cleide Tiengo Pontes
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5 ETAPA 2 – DEFINIÇÃO DAS UNIDADES DE PLANEJAMENTO
O ato de Planejar está inserido em nosso cotidiano e é uma atividade intrínseca ao
seu humano, podendo ser utilizada pelas pessoas e/ou organizações de forma implícita ou
explícita, no intuito de se alcançar mais facilmente um determinado objetivo.
O planejamento insere dentro do contexto social e do momento histórico do qual
pertence, tomando rumos conforme a visão de mundo que é vislumbrada, muitas vezes
abrangendo disputas entre os diversos atores/protagonistas sociais. Desta forma, o ato de
planejar é carregado de subjetividades intrínsecas aos sujeitos que participam do processo
de planejamento e implica em ser capaz de mediar conflitos, tornando-se também um ato
político.
Planejar, em outras palavras, significa observar o momento presente e estudá-lo
para daí então buscar-se o futuro almejado, conforme ilustra a Figura 5.1 (Lowi 1987).
Figura 5.1. Planejamento: Avaliação do momento presente vislumbrando o futuro.
No planejamento do Saneamento Básico, por meio da Lei 11.445/2007, percebe-se
a preocupação e necessidade de integração entre as políticas e planos de planejamento do
espaço urbano – Plano de Saneamento, Plano Diretor e Plano de Bacias Hidrográficas
(Brasil 2007):
Inciso VI do Art. 2 – articulação com as políticas de desenvolvimento
urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação,
de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse
social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o
saneamento básico seja fator determinante;
PRESENTE
TRANSFORMAÇÃO
VISÃO SOCIAL DE MUNDO
FUTURO
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§3º do Art. 19 – Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis
com os planos das bacias hidrográficas em que estiverem inseridos.
Dentro desta realidade, as unidades de planejamento foram definidas visando servir
como elementos de referência para a elaboração dos estudos e propostas de ações do
presente Plano Municipal de Saneamento Básico para o município de São José.
Assim, as Unidades de Planejamento são definidas como as unidades mínimas
necessárias ao planejamento das ações de Saneamento Básico, integrando e articulando as
políticas públicas (Plano Diretor, Plano de Bacias e PMSB), vislumbrando e considerando,
neste caso, o território do município e as sub-bacias hidrográficas presentes.
A bacia hidrográfica de um determinado rio ou curso de água indica uma região
cujas águas das chuvas escorrem para esse mesmo curso de água e seus afluentes e
subafluentes. A formação das bacias hidrográficas ocorre pelos desníveis do terreno que
guiam a drenagem das águas numa determinada direção. Todas as bacias hidrográficas de
uma região estão separadas topograficamente entre si pelos chamados divisores de águas,
sendo possível dividir, através desses divisores, todo o território em bacias hidrográficas.
A exemplo, o Estado de Santa Catarina através da Secretaria Estadual de
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente caracterizou o Estado em 10 (dez) Regiões
Hidrográficas, essas são contempladas em média com 3 (três) bacias hidrográficas
contíguas e afins, visualizadas na figura abaixo.
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Figura 5.2. Regiões Hidrográficas de Santa Catarina.
De acordo com a Figura 5.2 a Região Hidrográfica Litoral Centro é formada por 4
(quatro) bacia hidrográficas, na qual uma delas é a Bacia Hidrográfica Cubatão Sul, que
contém em sua delimitação a maior parte do município de São José.
Figura 5.3. Regiões Hidrográficas, delimitação das Bacias Hidrográficas e destaque em vermelho para
a Bacia Cubatão do Sul.
Fonte: (Estado de Santa Catarina 2012)
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Através da Figura 5.3 é possível se verificar a forma de regionalização do Estado,
mas para um melhor desenvolvimento do Plano Municipal de Saneamento Básico é
indispensável uma maior divisão do território municipal, configurando as unidades de
planejamento, as quais serão referencia para embasar a implementação de estudos e
propostas das ações do Plano Municipal de Saneamento Básico, além de contribuir para o
planejamento de outras ações do Município.
A bacia hidrográfica do rio Cubatão Sul possui comitê, todavia este está sendo
estruturado com o auxílio de programas da Secretaria de Estado do Desenvolvimento
Econômico e Sustentável – SDS e ainda não possui ações nem programas no município de
São José. As informações sobre as atividades do comitê de bacia podem ser verificadas no
site do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos do Estado de Santa Catarina
(Estado de Santa Catarina 2012).
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5.1 DELIMITAÇÃO DAS UNIDADES DE PLANEJAMENTO
As Unidades de Planejamento para o Plano Municipal de Saneamento Básico de
São José foram determinadas após uma análise predominantemente técnica embasada na
Política Nacional de Saneamento Básico (Lei 11.445/2007) e a Política Nacional de
Recursos Hídricos (Lei 9.433/1997). Além disso, procurou-se identificar localidades com
realidades similares para que se chegasse à configuração ideal das unidades de
planejamento.
A sequência de etapas adotadas para a definição de cada UP (unidade de
planejamento) se configura da seguinte forma:
Identificação das Sub-Bacias;
Identificação de Bacias Hidrográficas Elementares;
Identificação de localidades com características homogêneas;
Análise das etapas acima citadas para balizar a definição das UPs.
O marco inicial foram os limites das três sub-bacias hidrográficas dispostas pelo
território de São José que contribuem para um curso d‘agua de relevância, formando bacias
hidrográficas elementares, em concordância com as características específicas das
localidades inclusas em cada uma das sub-bacias, respeitando-se o princípio da gestão por
bacias hidrográficas, preconizado pela Lei Federal 11.445/2007, que em seu Art. 48 Inciso
X dispõe sobre a adoção da bacia hidrográfica como unidade de referência para o
planejamento de suas ações.
A rede fluvial de São José é representada pelo rio Maruim e seus afluentes, como
também pelo rio Forquilhas, rio Três Henriques, rio Carolina ou Serraria, rio Bücheler e rio
Araújo e seus afluentes.
A principal bacia hidrográfica presente no município de São José é a do rio Maruim
(Figura 5.4) que tem início no município de São Pedro de Alcântara, todavia na maior
parte de sua extensão, trata-se de área rural. A divisão apresentada foi feita primeiramente
priorizando os aspectos físicos através da superposição de mapas temáticos com as
seguintes informações:
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Relevo predominante, representando 9 classes de declividade;
Base vetorial dos recursos hídricos.
Figura 5.4. Delimitação da Bacia Hidrográfica do rio Maruim
Devido à sua grande área de drenagem, para sua melhor visualização, a bacia
hidrográfica do ribeirão Forquilhas, que faz parte da bacia hidrográfica do rio Maruim, foi
delimitada e destacada. Além da bacia hidrográfica do rio Maruim foram definidas outras
duas bacias de menor porte, todavia mais urbanizadas, sendo uma a área de conurbação
com Florianópolis, formada pelos rios Bücheler, Araújo e seus afluentes e a outra bacia na
divisa com o município de Biguaçu, formada pelos rios Três Henriques, rio Carolina ou
Serraria e seus afluentes (Figura 5.5).
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Figura 5.5. Delimitação das bacias hidrográficas elementares.
Como resultado do trabalho obteve-se a configuração de 3 (três) bacias
hidrográficas elementares. Esse resultado foi reavaliado e uma divisão foi estabelecida, em
função tanto do processo de ocupação urbana como o respeito aos limites administrativos
de bairros (Tabela 5.1), conforme pode ser visualizado na (Figura 5.6). Com esta divisão
foi possível determinar as Unidades de Planejamento – UP‘s.
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Tabela 5.1. Identificação dos bairros que compõem a divisão administrativa de São José.
Cód. Bairro Cód. Bairro Cód. Bairro
0 Barreiros 10 Forquilhinha 20 Praia Comprida
1 Bela Vista 11 Ipiranga 21 Real Parque
2 Bosque das Mansões 12 Jardim Cidade Florianópolis 22 Roçado
3 Campinas 13 Jardim Santiago 23 Área Rural Norte
4 Centro 14 Kobrasol 24 Área Rural Sul
5 Colônia Santana 15 Nossa Senhora do Rosário 25 Serraria
6 Distrito Industrial 16 Pedregal 26 Sertão do Maruin
7 Fazenda Santo Antônio 17 Picadas do Sul 27 São Luiz
8 Flor de Nápolis 18 Ponta de Baixo 28 Areias
9 Forquilhas 19 Potecas
.
Figura 5.6. Unidades de Planejamento e Divisão Administrativa por Bairros do Município de São José
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Embora os capítulos de Água e Esgoto e o de Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana
do Plano Municipal de Saneamento Básico utilizassem apenas uma área de planejamento
para o município de São José, neste trabalho esta grande área foi subdividida em 3 (três)
unidades de planejamento, por entender que a bacia hidrográfica é uma unidade pertinente
para a aplicação de estratégias de planejamento. As unidades I e II possuem características
mais urbanas, enquanto a unidade III é, na maior parte do seu território, rural.
A UP1 é constituída pela Bacia Hidrográfica Elementar do Rio do Carolina. Além
dos divisores topográficos ficarem próximos das divisões administrativas de bairros, foi
possível encontrar semelhança entre as comunidades (Figura 5.7). Desta forma, os bairros
que fazem parte desta UP são: Ipiranga, Jardim Cidade Florianópolis, Jardim Santiago,
Pedregal, Real Parque, Serraria e Areias. Pode-se afirmar que se trata de uma área
predominantemente urbana e residencial de classe média a baixa.
Figura 5.7. Imagens da UP1. Obra de arte existente no rio Três Henriques (E) e foto da Rua São Pedro,
imagem típica dos distritos desta UP (D). Ambas as fotos no bairro Areias.
A UP2 é formada pela Bacia Hidrográfica Elementar do Rio Araújo. A conurbação
com o município de Florianópolis e a presença de bairros com presença de uma população
de maior poder aquisitivo evidenciam um perfil mais comercial desta UP, além de
condomínios fechados de alto padrão e edifícios residenciais principalmente em Campinas
e Kobrasol (Figura 5.8). Os bairros que fazem parte desta UP são: Barreiros, Bela Vista,
Bosque das Mansões, Campinas, Kobrasol, Nossa Senhora do Rosário e Roçado.
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Figura 5.8. Imagens da UP2. Obra de arte existente no rio Bücheler, divisa com Florianópolis em
Barreiros (E) e foto da Avenida Central do Kobrasol, região de maior movimento do município (D).
A UP3 é formada pela Bacia Hidrográfica Elementar do Rio Maruim. É a maior das
três áreas de planejamento, incorporando grande área rural. Abrange os seguintes bairros:
Centro, Colônia Santana, Distrito Industrial, Fazenda Santo Antônio, Flor de Nápolis,
Forquilhas, Forquilhinha, Picadas do Sul, Ponta de Baixo, Potecas, Praia Comprida, Área
Rural Norte, Área Rural Sul, Sertão do Maruim e São Luiz (Figura 5.9).
Figura 5.9. Imagens da UP3. Ponte sobre o Rio Forquilhas com sua retificação e alargamento ao fundo
da foto (E) e foto de antiga construção do centro histórico de São José (D).
Vale ressaltar que todas as UP‘s serão detalhadas no próximo relatório, inclusive a
identificação dos aspectos mais relevantes da sua hidrografia.
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6 ETAPA 3 – DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E AMBIENTAL
6.1 HISTÓRICO
São José foi fundado em meados do século XVIII por 182 casais açorianos.
Aumentando o número de habitantes, a povoação prosperou, desenvolvendo-se a lavoura e
o comércio. As atividades agrícolas constituíram como em toda a Província, fator
primordial de sua economia, principalmente as culturas de algodão e linho, para cujo
aproveitamento foram montados no "Roçado" pequenos e rudimentares teares. O
município foi elevado à categoria de vila com a denominação de São José, pela resolução
do conselho do governo de 01-03-1833. Instalado em 04-05-1833. Em 1887, um grupo de
munícipes fundou o Clube Abolicionista e os escravos eram atraídos à sede do Clube e
recebiam sua carta de alforria. Era o princípio da derrocada escravagista na Província. São
José foi elevado à condição de cidade, pela lei provincial nº 415, de 03-05-1856 (IBGE
2012). Em divisão territorial datada de 15-08-1997, o município é constituído de 3
distritos: São José, Barreiros e Campinas (Figura 6.1).
Figura 6.1. Distritos do município de São José. Fonte: Prefeitura de São José.
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6.2 ASPECTOS AMBIENTAIS DO MEIO FÍSICO
6.2.1 LOCALIZAÇÃO
O Município de São José está localizado na região litorânea central do Estado de
Santa Catarina, entre os paralelos 27°31‘30‖ e 27°38‘31‖ de latitude Sul e os meridianos
48°44‘50‖ e 48°35‘20‖ de longitude Oeste. São José possui uma extensão territorial de
113,6km², sendo banhado pelas águas das baías norte e sul de Santa Catarina.
Figura 6.2. Localização do Município de São José.
Fonte: SANTA CATARINA / CIASC, 2010
O município faz limite ao norte com o município de Biguaçu; ao sul com Palhoça e
Santo Amaro da Imperatriz; a oeste com Antônio Carlos e São Pedro de Alcântara; e a
leste com Florianópolis.
6.2.2 CLIMA
O Município de São José, pela sua posição físico-geográfica, pertence à Região Sul
do Brasil, que se caracteriza pela homogeneidade e unidade de condições climáticas com
domínio quase absoluto do clima Mesotérmico do tipo Temperado. Tal posição possibilita
a existência de quatro estações, com um total de insolação na ordem de 1600 – 2400
horas/ano, conforme pode ser verificado nas informações disponibilizadas pela EPAGRI (
(EPAGRI 2012).
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O clima é controlado pelo sistema de massas de ar atuantes. Predomina a massa de
ar Tropical Atlântica (MTA) (80%), atuante na forma dos ventos do quadrante norte; e a
massa Polar Atlântica (mPa), que atua principalmente no outono-inverno, na forma dos
ventos do quadrante sul (20%). O encontro dessas duas massas de ar forma a frente Polar
Atlântica, que é responsável pelo ritmo das chuvas na região. (PMSB Resíduos Sólidos)
A umidade relativa anual constitui 80 a 85%, sendo a pluviosidade média na região
de São José de 1700 – 2100mm/ano, distribuída em cerca de 150 a 200 dias chuvosos por
ano. A evapotranspiração média anual oscila em torno de 800 a 1000mm. O período mais
chuvoso ocorre entre novembro e fevereiro, enquanto o mais seco em junho e julho.
As temperaturas médias anuais oscilam entre 17 e 20°C sendo a média de julho de
14 a 15°C, e a média de janeiro de 23 a 25°C.
6.2.3 HIDROGRAFIA
A drenagem hídrica do Município faz parte do complexo sistema hidrográfico da
vertente do Atlântico. O Município é drenado em praticamente 70% do seu território pelo
rio Maruim e seus afluentes, assim como pelos rios e córregos litorâneos, formando a
Região Hidrográfica Central Catarinense, Bacia do Atlântico Sul.
As características hidrográficas do sistema de drenagem integram-se ao quadro
geográfico regional, obedecendo às tendências do regime pluvial oceânico, que se
caracteriza pela influência do mar e alimentação pluvial no fluxo de rio temperado de tipo
oceânico. São frequentes as máximas ocasionais de vazão no verão, quando são muito
frequentes as instabilidades ocasionais causadas pela passagem da frente polar sobre toda a
região. As chuvas de inverno são relativamente menos intensas.
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Figura 6.3 Hidrografia de São José.
Fonte: (Prefeitura Municipal de São José 2012)
6.2.4 VEGETAÇÃO
A vegetação de Santa Catarina é caracterizada como uma das mais complexas do
Brasil, pelo fato de ter formações florestais tropicais e subtropicais influenciadas pela
latitude e altitude.
Com relação à vegetação do Município, cerca de 58% de sua área está coberta com
formação florestais em distintos estágios de regeneração, sendo que 12,5% correspondem
às Áreas de Proteção Permanentes (APPs) e 8,7% dessa vegetação se encontra ameaçada
pela ocupação urbana.
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A cobertura vegetal mais representativa corresponde à vegetação secundária –
formação submontana, com 47% do total, em diversos estágios de regeneração espontânea,
com presença esporádica de reflorestamentos com eucalipto.
6.2.5 GEOLOGIA
O mapeamento geológico realizado para Plano Nacional de Zoneamento Costeiro
pelo IBGE diferencia diversas unidades estratigráficas, entre as quais estão incluídas as
definidas como Complexo Canguçu, englobando complexo metamórfico-migmático, que
se estende numa longa faixa NESW no Continente.
O Complexo Canguçu, mais representativo em termos de distribuição espacial no
Município, é representado pela associação heterogênea de rochas metamórficas e
migmáticas como diatexitos, com aspecto ora tectônico, ora metamórfico, com texturas
porfiroplásticas, de composição granodiorítica, quartzo diorítica e granítica, datando entre
750 e 670 milhões de anos.
6.2.6 RELEVO E GEOMORFOLOGIA
A evolução da rede de drenagem fluvial, formada pelos rios Maruim, Forquilhas,
Araújo, Três Henriques, Serraria e outros ribeirões e córregos, resultou na formação de
grandes alvéolos e planícies alveolares, com um relevo residual expressivo mamelonado de
altitudes médias e baixas (0 a 200m).
O relevo do território municipal é caracterizado pela presença de espigões e
esporões rebaixados, pequenos maciços, morros isolados ou em grupos, morrotes e colinas
de rochas metamórficas. O ponto mais alto do território é o morro Biguaçu com 533
metros, situado no extremo norte do limite municipal, enquanto os pontos mais baixos
correspondem à orla costeira e suas praias.
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), em um
levantamento de reconhecimento de solo de alta intensidade de SC, do ano 2000, o relevo
do Município de São José apresentou as seguintes classificações:
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Tabela 6.1. Relevo São José.
Relevo Área (ha) Uso dos Solos
Atual Recomendado
5,2% Solos planos,
Hidromórficos 21.780
Lavoura de arroz irrigado e
pastagem
Lavoura de arroz irrigado e
pastagem
26,2% Solos suaves e
Medianamente ondulados 109.020
Pastagens, culturas anuais e
reflorestamento
Pastagens, culturas anuais e
perenes e reflorestamento
53,2% Solos Declivosos 221.335 Culturas anuais e perenes,
pastagens e reflorestamento
Culturas perenes, pastagens,
reflorestamento, preservação
permanente
7,1% Solos rasos
pedregosos 29.800
Pastagens e preservação
permanente -
4,1% Solos excessivamente
arenosos 17.015 Preservação permanente
Pastagens e preservação
permanente
4,2% Outros solos, Corpos
de água e Área urbana 17.410 - Preservação permanente
Região 416.360 -
Fonte: PMSB São José, apud Embrapa (2000)
*A pequena diferença de área frente ao total do território é ocupada por estradas
Quanto à geomorfologia local, a análise da distribuição espacial das principais
formas de relevo permite diferenciar na área municipal a presença de (3) três principais
compartimentos geomorfológicos: planícies costeiras; morros e colinas rebaixadas;
maciços, morros e encostas.
O relevo é caracterizado por intensa dissecação dos interflúvios convexos em vales
profundos e vertentes. As condições desse sistema geomórfico para ocupação antrópica
são muito restritos, qualquer ocupação agrícola ou urbana, acima de 200 a 300 m de
altitude e em declividades acima de 25% é completamente inviável, em virtude de
condições geotécnicas desfavoráveis.
O sistema geomórfico descrito acima contrasta bruscamente com a morfologia dos
morros rebaixados. Morros e colinas rebaixados, sendo este compartimento representado
pelo sistema de elevações: Estreito – Coqueiros; Serraria – Pedregal – Barreiros – Avaí -
São José – Ponta de Baixo.
Maciços, Morros e Encostas: o território do Município está delimitado
pelas escarpas periféricas do planalto do Tabuleiro, ao Oeste: Morro Pedra
Branca (490 m), Forquilha (436 m), ao norte: Morro Buguaçu (533 m),
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formados pelo Complexo Canguçu e Suíte Intrusiva São Pedro de
Alcântara. Apresentam em geral interflúvios em cristais ou levemente
abaulados, vertentes escarpadas, solos rasos com Floresta Ombrófila
Submontana e eventualmente Montana em frequentes afloramentos
rochosos.
Morros e Colinas Rebaixados: nas planícies entre o Estreito e a Serraria, as
colinas ou morrotes bem delimitados, com topos achatados, menores de 20
m, representam as fases terminais de dissecação e mamelonização das
formas, guiadas por linhas estruturais evidentes. Os morros mamelonados
do Complexo Canguçu apresentam solos de alteração profundos, com rica
drenagem pluvial-fluvial e subsuperficial, onde se desenvolve a Floresta
Terras Baixas, na maioria dos casos, já desmatada. Este sistema geomórfico
apresenta processos de intemperismo, pedogênese, erosão e transporte,
direta ou indiretamente ligados às influências marinhas. Em condições de
cargas pluviométricas excessivas oferecem riscos de movimentos de massa,
mesmo sob cobertura vegetal. O desmatamento generalizado, ocupação de
encostas e seu uso excessivo aceleram os processos erosivos, provocam o
ressecamento do lençol freático e consequente déficit de recursos hídricos
para consumo comunitário. Atualmente, o sistema acima citado está sujeito
aos avanços desordenados da ocupação.
Planícies Costeiras ou Planícies de Cordões Litorâneos: voltadas às duas
baías, terminam em várzeas, manguezais, baixios e praias. Encerram bacias
fluviais cujos rios nascem nos morros e escarpas de serra a oeste. Destacam-
se os estuários do rio Maruim e Serraria. Os sistemas geomórficos das
planícies costeiras acompanham sua compartimentação geral: 1) terraços
costeiros mais elevados, pleistocénicos encostam-se às baixas vertentes dos
morros costeiros (ocorrem nos fundos das paleobaias do Maruim,
apresentam areias quartzosas e hidromórficas); 2) terraços elevados mais
recentes, holocênicos, são formados por feixes de cordões arenosos
arqueados (são visíveis no Maruim); 3) depósitos marinhos e fluviocoluviais
holcénicos rebaixados e praias. Essas áreas, quando são associadas às
várzeas, formam com frequência terrenos sujeitos à inundação e estão
intensamente transformadas pela ocupação urbana.
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Litoral: compreende as zonas atingidas e influenciadas pelas ondas e marés,
onde se cruzam os processos geomórficos marinhos, atmosféricos,
continentais e atropogênicos: praias, baixios, mangues, bancos areno-
vasosos emersos e ilhas-barreira, afloramentos rochosos. A largura dessa
faixa varia entre 2 e 20 m na Baía Norte, representada basicamente por
praias arenosas, densamente ocupadas, fragmentos remanescentes de
manguezais nos estuários dos rios Serraria e Três Henriques. Ao longo da
Baía Sul a extensão das praias torna-se restrita (1 a 2 m) aos pequenos
fragmentos intercalados entre afloramentos rochosos sob a forma de
costões. Esse sistema sofre uma intensa pressão antrópica, e está
praticamente na totalidade ocupado pela área urbanizada, sofrendo
processos intensos de poluição, assoreamento e extinção de mangues,
intervenções de engenharia, necessitando de um complexo programa de
gerenciamento ambiental, por constituir um ambiente importantíssimo de
ponto de vista ecológico-econômico.
6.2.7 PEDOLOGIA
De acordo com o Projeto Cadastro dos Recursos Minerais de Santa Catarina –
Mapa de Depósitos Minerais, do ano de 1989, realizado em conjunto com o Governo do
Estado de Santa Catarina e o Ministério das Minas e Energia – 11° Distrito Regional do
DNPM, a pedologia do município é constituída pelas seguintes formações:
Sedimentos Continentais: depósitos aluvionares atuais
Suíte Intrusiva Pedras Grandes: granitoides não deformados, composição
granodiorítica, com domínios alcalinos e subalcalinos, em geral biolíticos
raramente a hornblenda, com diversas fácies composicionais e texturais,
incluindo algumas rapakiviticas. Apresenta, em geral, alterações
tardimagmáticas, incluindo o enriquecimento em cassiterita e fluorita.
Margens resfriadas foram observadas em algumas localidades. Exibe
contatos intrusivos, com os terrenos granito gnáissicos.
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6.2.8 USO DO SOLO
Quanto ao uso e ocupação do solo, o Município de São José conta com um Plano
Diretor, que tem como objetivo nortear as atividades relacionadas ao uso e ocupação da
cidade.
A Lei nº. 1604, de 17 de abril de 1985, que trata da lei de Uso e Ocupação do Solo
está estruturado da seguinte maneira, segundo os autores de Leitura da Cidade de São José
(2004): lei do plano diretor, lei do zoneamento, lei de parcelamento do solo, código de
obras e proposições a nível municipal, estadual e federal das obras e ações prioritárias.
Apesar da existência do plano, segundo os mesmos autores, o plano não mostra
uma coerência para a cidade como um todo, ao contrário, o que se percebe e que o plano se
limitou, na maior parte dos casos, a materializar as tendências verificadas na realidade, o
que acontece não apenas no Plano Diretor de São José, mas em muitas cidades brasileiras.
Assim, não ficam claros os princípios que nortearam a criação das zonas, o que
acaba enfraquecendo seu poder orientador de ações futuras, já que em zonas onde não
poderiam haver interferência, há ocupação irregular, ocupação de APP, entre outros.
Figura 6.4. Mapa de Zoneamento do Município de São Jose segundo o Plano Diretor de 1985.
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Na sequência, segue a descrição da legenda contida na Figura 6.4:
ERA – Área de Exploração Rural;
AIE - Área Industrial Exclusiva;
AIP - Área Industrial Predominante;
AMC - Área Mista Central;
AMS - Área Mista de Serviços;
APC/AMC - Área de Preservação Cultural / Área Mista Central;
APL - Área de Preservação Limitada;
APP - Área de Preservação Permanente;
ARE - Área Residencial Exclusiva;
ARP - Área Residencial Predominante;
ARP/P - Área Residencial Predominante / Popular;
ASE - Área do Sistema de Saneamento e Energia;
ASV - Área do Sistema Viário;
ATP - Área Turística Predominante; e,
MA – Ministério da Agricultura.
6.3 INSTRUMENTOS LEGAIS DE SANEAMENTO BÁSICO
6.3.1 PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO
O Plano Nacional de Saneamento é uma exigência da Lei Federal 11.445 do ano de
2007, constituirá o principal mecanismo da política federal para implementar as diretrizes
legais de saneamento. Será instrumento fundamental à retomada da capacidade orientadora
do Estado na condução da política pública de saneamento básico e, consequentemente, da
definição das metas e estratégias de governo para o setor no horizonte dos próximos vinte
anos, com vistas à universalização do acesso aos serviços de saneamento básico como um
direito social.
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6.3.2 POLÍTICA ESTADUAL DE SANEAMENTO
A Política Estadual do Saneamento, Lei Estadual 13.517, ano de 2005, define o
Plano Estadual de Saneamento como o conjunto de elementos de informação, diagnóstico,
definição de objetivos, metas e instrumentos, programas, execução, avaliação e controle
que consubstanciam, organizam e integram o planejamento e a execução das ações de
saneamento no Estado de Santa Catarina. Este Plano deverá ser elaborado com base em
Planos Regionais de Saneamento, deverá estar articulado com o Plano Estadual de
Recursos Hídricos e com as políticas estaduais de saúde pública e de meio ambiente.
Deverá ser aprovado por decreto do Poder Executivo, depois de ouvido o Conselho
Estadual de Saneamento.
6.3.3 FUNDO ESTADUAL DE SANEAMENTO
O Fundo Estadual de Saneamento é caracterizado como o instrumento institucional
para dar suporte financeiro destinado à Política Estadual de Saneamento, regulado pela Lei
Estadual 13.517 de 2005.
6.3.4 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
O Plano Municipal de Saneamento Básico é o principal instrumento de gestão para
o setor de saneamento no âmbito municipal, assim, este busca a efetividade dos princípios
da Lei Federal 11.445, 2007, que segue a seguinte essência: o atendimento a todos com
serviços eficientes de modo a dispor corretamente seus resíduos sólidos e líquidos e
promover o saneamento do ambiente garantindo a salubridade ambiental e a garantia da
utilização dos recursos pelas gerações futuras.
6.3.5 COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA
Regulamentado pela Lei Federal 9.443 do ano de 1997, o Comitê de Bacia
Hidrográfica, é um órgão colegiado onde são discutidas as questões referentes à gestão das
águas. Provocar debates das questões relacionadas aos recursos hídricos da bacia; articular
a atuação das entidades que trabalham com este tema; arbitrar, em primeira instância, os
conflitos relacionados a recursos hídricos; aprovar e acompanhar a execução do Plano de
Recursos Hídricos da Bacia; estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos
hídricos e sugerir os valores a serem cobrados; estabelecer critérios e promover o rateio de
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custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo, são as atribuições dos
comitês.
A competência de promover a coordenação e a implementação do Sistema Estadual
de Gestão dos Recursos Hídricos, visando o desenvolvimento sustentável do Estado é dada
à Secretária de Estado do Desenvolvimento Sustentável - SDS, através da Diretoria de
Recursos Hídricos – DRHI. A DRHI deve ser procurada pelo município para os
esclarecimentos necessários sobre os comitês de bacia hidrográfica que tem parte com São
José.
6.4 INFRAESTRUTURA DO MUNICÍPIO
6.4.1 ACESSOS
O Município é servido pela rodovia federal BR-101, que se estende no sentido
norte/sul; pela rodovia Federal BR-282, no sentido leste/oeste; e por outras rodovias, tais
como a rodovia estadual SC-407, conforme se pode verificar na Figura 6.5.
Figura 6.5. Acessos do município de São José.
Fonte: (Google 2012). Legenda: Em vermelho os limites de São José.
6.4.2 ESGOTAMENTO SANITÁRIO
A fim de apresentar a infraestrutura do sistema de esgotamento sanitário do
município, utilizou-se como fonte, os dados censitários do IBGE (2010), quanto ao tipo de
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esgotamento sanitário utilizado nos domicílios, apresentados na Tabela 6.2.
Tabela 6.2. Panorama do sistema de esgotamento sanitário, por domicílios.
Tipo de esgotamento sanitário Domicílios (Unidades) Domicílios (Percentual)
Rede geral (pluvial) 33432 48,04%
Fossa séptica 32256 46,35%
Fossa rudimentar 2023 2,91%
Vala 679 0,98%
Rio, lago ou mar 900 1,29%
Outro escoadouro 234 0,34%
Tinham banheiro ou sanitário 69524 99,91%
Não tinham banheiro nem sanitário 65 0,09%
Total 69589 100,00%
Fonte: IBGE – Censo Demográfico, 2010.
Em torno de 46% dos domicílios do município de São José apresentam apenas
sistema simplificado de tratamento. Destacam-se também os 48% representativos ao
lançamento na rede geral de esgoto ou pluvial (Figura 6.6).
Figura 6.6. Sistema de Esgotamento Sanitário, Censo 2010.
6.4.3 ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A partir dos dados censitários do IBGE (2010), apresentados na Tabela 6.3,
observamos que a infraestrutura do sistema de abastecimento de água no município,
conforme se pode visualizar na Tabela 6.3, é composta principalmente por abastecimento
de água via rede geral, atingindo 98% dos domicílios municipais.
48,09%
46,40%
2,91%
0,98% 1,29% 0,34%
Domicílios
Rede geral (pluvial)
Fossa séptica
Fossa rudimentar
Vala
Rio, lago ou mar
Outro escoadouro
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Tabela 6.3. Panorama do sistema de abastecimento de água, por domicílios.
Forma de abastecimento de água Domicílios % Relativo
Rede geral 67909 97,59%
Poço ou nascente (na propriedade) 452 0,65%
Poço ou nascente (fora da propriedade) 1137 1,63%
Carro-pipa 2 0,00%
Água da chuva (armazenada em cisterna) 1 0,00%
Água da chuva (armazenada de outra forma) 1 0,00%
Rio, açude, lago ou igarapé 10 0,01%
Outra forma 77 0,11%
Total 69589 100,00%
Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.
6.4.4 RESÍDUOS SÓLIDOS
No município de São José, segundo os dados estatísticos do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de lixo coletado era de 99,79% para o ano
2010, conforme ilustrado na Tabela 6.4.
Tabela 6.4. Destino do lixo no município de São José.
Destino do lixo Domicílios (Unidades) Domicílios (Percentual)
Coletado 69440 99,79%
Coletado por serviço de limpeza 68342 98,21%
Coletado em caçamba de serviço de limpeza 1098 1,58%
Queimado (na propriedade) 107 0,15%
Enterrado (na propriedade) 3 0,00%
Jogado em terreno baldio ou logradouro 7 0,01%
Jogado em rio, lago ou mar 1 0,00%
Outro destino 31 0,04%
Total 69589 100,00%
Fonte: Censo Demográfico, 2010
6.4.5 DRENAGEM URBANA
A drenagem urbana do município de São José, não apresenta dados para uma
análise da situação. Mas pode-se afirmar que a maior parte do município apresenta ruas
pavimentadas resultados de programas do governo.
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Acontece não só em São José, mas em muitos municípios do Brasil a questão da
drenagem urbana não ser presumida com a devida importância, dada a ausência de um
devido planejamento para o setor. Num contexto geral, a gestão da drenagem urbana é
concretizada pelas secretarias de obras municipais, no caso de São José pela Secretaria de
Infraestrutura, apresenta-se desvinculado das ações planejadas para os demais setores
relacionados, como água, esgoto e resíduos sólidos.
O município possui diversas obras de arte para a condução das águas pluviais e é
coberto por uma grande malha de canais e córregos, todavia não existe uma padronização
com relação às soluções adotadas (Figura 6.7).
Figura 6.7. Canalização do Rio Três Henriques.
6.5 ASPECTOS SOCIAIS
Este item apresentará as condições sociais que caracterizam o município. Serão
avaliadas e descritas as condições sociais presentes no município, retratando índices e
panoramas referentes ao aspecto social no município.
6.5.1 EDUCAÇÃO
No Município de São José existem 146 escolas, sendo 29 estaduais, 53 Municipais,
63 privadas e 1 federal, atendendo a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino
médio. Segundo dados do DataEscolaBrasil 2012 do INEP.
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Tabela 6.5. Dados da Educação Regular do Município – São José.
‗
Médio Fundamental Educação Infantil TOTAL
Discente Escolas Discente Escolas Discente Escolas Discente Escolas
Municipal 99 1 11701 23 5357 29 17157 53
Estadual 4782 11 7570 18 - - 12352 29
Federal 413 1 - - - - 413 1
Privada 2535 14 6752 23 1283 26 10570 63
TOTAL 7829 27 26023 64 6640 55 40492 146
Fonte: IBGE e Ministério da Educação - INEP - Censo Educacional 2012.
6.5.1.1 TAXA DE ANALFABETISMO
A taxa de analfabetismo é a percentagem das pessoas analfabetas, ou seja, as
pessoas que não sabem ler um simples bilhete no idioma que conhece na população total
de pessoas do mesmo grupo etário.
Na Tabela 6.6 está demonstrado o substancial decréscimo da taxa de analfabetismo
entre os anos de 1991 e 2000 no município de São José.
Tabela 6.6. Taxa de Analfabetismo de São José.
Período 1991 2000
7 a 14 anos 8,09% 4,57%
10 a 14 anos 2,80% 1,53%
15 a 17 anos 2,31% 2,60%
Acima de 15 anos 12,55% 7,54%
18 a 24 anos 3,81% 1,29%
Acima de 25 anos 15,57% 9,73%
Fonte: Confederação Nacional de Municípios (CNM).
No censo realizado em 2010 pelo IBGE o índice geral de analfabetismo no
município de São José obteve um bom resultado, alcançando o valor de 2,7%.
6.5.2 CONDIÇÕES DE VIDA DA POPULAÇÃO
6.5.2.1 INDICADOR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), elaborado pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, foi criado por Mahbud ul Haq com a
colaboração do economista indiano Amartya Sem, ganhador do Prêmio Nobel de
Economia de 1998.
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O IDH avalia a qualidade da vida humana, considerando não apenas a dimensão
econômica, através da renda, como faz o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, mas
também a educação e a saúde (longevidade).
O Índice de Desenvolvimento Humano varia de 0 a 1, sendo que o valor 0 indica
não haver nenhum desenvolvimento humano, ao passo que o valor 1 significa
desenvolvimento humano máximo. Os intervalos abaixo indicam os níveis de
desenvolvimento:
IDH compreendido entre 0 a 0,499: baixo desenvolvimento humano;
IDH compreendido entre 0,500 a 0,799: médio desenvolvimento humano;
IDH compreendido entre 0,800 a 1: alto desenvolvimento humano.
Na Tabela 6.7, verifica-se o IDH do Município de São José nos anos de 1991 e
2000 e do estado de Santa Catarina no ano 2000. Esses dados foram obtidos através de um
estudo realizado pela PNUD, elaborado em 2003, com dados do Censo de 2000. O
próximo estudo deverá sair em 2013, com dados do censo de 2010.
Tabela 6.7. IDH do Município de São José e do Estado de Santa Catarina.
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO SÃO JOSÉ/SC SANTA CATARINA
1991 2000 2000
IDH - Médio 0,798 0,849 0,822
IDH - Renda 0,729 0,784 0,738
IDH - Longevidade 0,801 0,839 0,808
IDH - Educação 0,863 0,925 0,906
Fonte: PNUD, 2003
6.5.2.2 CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DE INTERESSE SOCIAL – AIS
No artigo 5º da Lei de Parcelamento do Solo Urbano, em vigor e datada de 1985,
que trata das áreas nas quais o parcelamento não é permitido, não existe representação
gráfica que indique tal parcelamento.
Segundo o artigo 6º, Parágrafo 3, loteamentos de interesse social ―são aqueles
executados pelo Poder Público, o qual em cada caso define as exigências mínimas de
tamanho de lotes e infraestrutura, com o fim de resolver problemas de assentamento de
populações de baixa renda‖.
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De acordo com o PMSB de São José de Água e Esgoto, nas áreas de abastecimento
de água e esgotamento sanitário, em referência a Secretaria de Infraestrutura do Município,
São José possui atualmente 13 (treze) áreas de interesse social, consideradas carentes e de
ocupação irregular, descritas a seguir:
Tabela 6.8. Número de Famílias e Populações Estimadas por Área.
ÁREAS NÚMERO DE FAMÍLIAS
POPULAÇÃO ESTIMADA (hab)
JOSÉ NITRO / MORAR BEM / BOA VISTA 700 2.800
METROPOLITANO / DONA VANDA 200 800
UNIÃO DA VITORIA 50 200
PARQUE RESIDENCIAL POTECAS 211 844
PEDREGAL / VILA BOA ESPERANÇA / RENASCER
350 1.400
SOLEMAR 600 2.400
JARDIM DAS PALMEIRAS 150 600
VISTA ALEGRE 75 300
VILA FORMOSA 500 2.000
BENJAMIN 44 176
MORRO DO AVAÍ 200 800
FAZENDA SANTO ANTÔNIO 50 200
COLONIA SANTANA 330 1.320
TOTAL 3.460 13.840
Fonte: PMSB São José – Água e Esgoto
Essas áreas totalizam aproximadamente 3.460 famílias, perfazendo uma população
aproximada de 13.840 habitantes, considerando uma taxa ocupacional de 4 hab/família,
segundo o setor de habitação da Secretaria de Infraestrutura do Município. A população
estimada para as áreas carentes representa cerca de 7,0% da população total do Município
estimada para o ano de 2010 (PMSB Resíduos Sólidos).
6.6 ASPECTOS ECONÔMICOS
O Município de São José cresceu junto com a capital, apresenta uma economia
diversificada e um dos maiores PIB per capita do estado. O setor de serviço se destaca,
pois atende o Município e mais alguns outros Municípios vizinhos como Florianópolis e
Palhoça.
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No setor industrial São José possui uma ampla área de atuações, devido a cidade ser
cortada pela BR-101 e possuir um parque industrial favorável a instalações de empresas.
As indústrias alimentícia, tecnológica, metalúrgica básica entre outras. O setor primário é
quase nulo, apenas com algumas poucas e pequenas comunidades pesqueiras e uma
atividade agropecuária quase inexistente, devido ao avanço da urbanização no Município.
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7 ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
7.1 SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE
O sistema municipal de saúde compõe-se da legislação do Sistema Único de Saúde
(SUS), das políticas e diretrizes fixadas pelo município, dos órgãos da administração local,
dos dirigentes de saúde, da rede física, dos recursos humanos, dos financeiros e dos
usuários do sistema.
7.2 INFORMAÇÕES SOBRE MORBIDADE
7.2.1 MORBIDADE POR CAUSAS
A Tabela 7.1 apresenta os grupos de causas de doenças que ocorrem em São José,
de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (Cid-10).
Tabela 7.1. Capítulos da CID-10 e classificação de doenças por grupo de causas.
Capítulos da Cid-10 Classificação
I Algumas doenças infecciosas e parasitárias
II Neoplasias (tumores)
III Doenças: órgãos hematológicos e transtornos imunitários
IV Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas
V Transtornos mentais e comportamentais
VI Doenças do sistema nervoso
VII Doenças do olho e anexos
VIII Doenças do ouvido e da apófise mastóide
IX Doenças do aparelho circulatório
X Doenças do aparelho respiratório
XI Doenças do aparelho digestivo
XII Doenças da pele e do tecido subcutâneo
XIII Doenças: sistema osteomuscular e conjuntivo
XIV Doenças do aparelho geniturinário
XV Gravidez, parto e puerpério
XVI Algumas afecções originadas no período perinatal
XVII Malformação congênita e anomalias cromossômicas
XVIII Sintomas, sinais e achados anormais
XIX Lesões, envenenamento e causas externas
XX Causas externas de morbidade e mortalidade
XXI Contatos com serviços de saúde
Fonte: Ministério da Saúde - CNES.
A Figura 7.1 apresenta as proporções de internações conforme os grupos de causas
discriminados pela CID-10.
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Figura 7.1. Proporção de internações hospitalares por grupo de causas em São José, 2008-2011.
Percebe-se por meio da análise da Figura 7.1 que a grande demanda de internações
hospitalares é devido às atividades de gravidez, parto e puerpério, apesar de estarem em
queda acentuada de aproximadamente 140 casos a menos ao ano. Isto reflete a tendência
brasileira de diminuição da fecundidade, ocorrendo também no município de São José.
7.2.2 DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA
As doenças de veiculação hídrica estão dividias em dois grupos: de Transmissão
Hídrica, em que a água atua como veículo de agentes infecciosos, sejam eles fungos,
bactérias, vírus, protozoários e helmintos; e de Origem Hídrica, causadas por determinadas
substâncias químicas presentes na água.
As doenças relacionadas com o abastecimento de água são divididas de acordo com
a forma de contágio: pela transmissão direta pela água, pela falta de limpeza e higienização
com a água, por vetores que se relacionam com a água e pelas doenças associadas à água.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
I II III
IV V VI
VII
VII
I
IX X XI
XII
XII
I
XIV XV
XV
I
XV
II
XV
III
XIX XX
XX
I
Nú
me
ro d
e in
tern
açõ
es
CID-10
2008 2009 2010 2011
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Além da hepatite A e leptospirose, outras doenças de veiculação hídrica ameaçam a
saúde da população, como as transmitidas por alimentos (DTAs), a exemplo da salmonela
e verminoses como a giardíase. Segundo a Vigilância Sanitária o saneamento básico é
fundamental para a prevenção, já que a fonte destas doenças é a contaminação das águas
no perímetro urbano. Além disto, vale lembrar que além de ameaçar a saúde pública, a
falta de saneamento básico traz consequências econômicas. O custo dos tratamentos para a
rede pública das doenças de veiculação hídrica é quatro vezes maior que o investimento em
saneamento básico que preveniria estas doenças.
Em Santa Catarina, as doenças de notificação compulsória, cuja manifestação está
associada com a água, são:
Pela água: cólera, difteria, febre tifóide e hepatites virais.
Por vetores que se relacionam com a água: dengue, febre amarela, malária e
filariose.
Associadas à água: leptospirose e esquistossomose.
O levantamento de dados do plano de água e esgoto do Município utilizou o banco
de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN, que é alimentado
pelos serviços de saúde, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que
constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória, conforme a Portaria
GM/MS N. 5/2006.
A Figura 7.2 apresenta as características de agravos registradas para os anos de
2008, 2009 e 2010, considerado este último até o mês de Junho. Os casos de cólera, dengue
e malária não foram identificados neste período.
Conforme observado nos dados constantes dos quadros anteriores, verifica-se que
as doenças de veiculação hídrica em São José compreendem destacadamente a hepatite e a
leptospirose, esta última diretamente relacionada às condições de saneamento do
Município, notadamente precária nas áreas de favelas.
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Figura 7.2. Notificações, Segundo Oportunidades de Encerramento da Investigação de 2008 a 2010.
7.2.3 TAXA BRUTA DE NATALIDADE
A Taxa de natalidade expressa o número de nascidos vivos registados ao longo de
um ano por cada mil habitantes.
Tabela 7.2. Taxa Bruta de Natalidade por 1000 habitantes; Total de Nascidos Vivos e População, por
ano, segundo Município de São José.
Ano Taxa Bruta de Natalidade Total de Nascidos Vivos População
2004 14,85 2.802 188.668
2005 13,6 2.678 196.907
2006 13,32 2.678 201.104
2007 13,34 2.738 205.264
2008 13,68 2.727 199.280
2009 14,28 2.880 201.748
2010 14,02 2.829 201.748
2011 13,79 2.931 212.587
Fonte: Ministério da Saúde, Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC)
Uma análise geral dos períodos apresentado mostra uma pequena flutuação da
população total, mas um crescimento constante do total de nascidos vivos, exceto a
comparação do período 2004 a 2005, o que não impede afirmar que o numero de nascidos
vivos tem relação com o aumento da população.
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7.2.4 MORTALIDADE
7.2.4.1 MORTALIDADE POR CAUSA DE ÓBITOS
A seguir é apresentado o quadro para análise da mortandade presente na população
que traz como principais afecções que acometem a população as doenças do aparelho
circulatório, respiratório, neoplasias, causas externas.
Tabela 7.3. Mortalidade por Causa no Município de São José – ano de 2010.
Causa Masc Fem (%) Total
Algumas doenças infecciosas e parasitárias 39 23 6,06% 62
Neoplasias 129 104 22,78% 233
Doença sangue e órgãos hemat e alguns trans imunitários 1 1 0,20% 2
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 22 25 4,59% 47
Transtornos mentais e comportamentais 5 4 0,88% 9
Doenças do sistema nervoso 7 26 3,23% 33
Doenças do aparelho circulatório 150 154 29,72% 304
Doenças do aparelho respiratório 57 43 9,78% 100
Doenças do aparelho digestivo 35 17 5,08% 52
Doenças sist.. Osteomusc e tecido conjuntivo 2 2 0,39% 4
Doenças do aparelho geniturinário 9 7 1,56% 16
Gravidez, parto e puerpério - 1 0,10% 1
Algumas afecções originadas no período perinatal 7 9 1,56% 16
Malformação congênita, deformação e anomal cromossômicas 2 3 0,49% 5
Contatos com serviços de saúde 5 4 0,88% 9
Causas externas de morbidade e mortalidade 110 20 12,71% 130
TOTAL 580 443 100,00% 1.023
Fonte: DataSUS ano de 2010.
Com base no quadro acima nota-se que as duas maiores causas de morte no
Município são aqueles relacionados ao sistema circulatório e neoplasias, sendo que o
número de óbitos do sexo masculino corresponde a 57% do total ocorrido no ano de 2010.
Dentre as doenças infecciosas e parasitárias mais frequentes estão a diarréia e
gastrointerite, septicemia, tubérculos, hepatite viral e HIV.
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7.2.4.2 TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL
No ano de 2006 a taxa de mortalidade infantil registrada no Município de São José
(13,1%) foi superior a média catarinense, que ficou próxima a 12,5 óbitos de menores de
um ano de idade por mil nascidos vivos. Com exceção desse ano, as taxas de mortalidade
infantil registradas no Município foram inferiores às taxas observadas em Santa Catarina
(Tabela 7.4).
Tabela 7.4. Taxas de mortalidade infantil em São José e em Santa Catarina no período 2004-2009.
Ano São José Santa Catarina
2000 15,1 15,7
2001 8,2 15,5
2002 12,7 15,3
2003 7,9 14,1
2004 10,3 13,6
2005 11,9 12,6
2006 13,1 12,5
2007 11,4 12,7
2008 7,3 11,8
2009 9,7 11,4
2010 7,8 10,6
2011 7,8 11,8
Fonte: SIM e SINASC.
7.2.4.3 TAXA DE MORTALIDADE PERINATAL
A Tabela 7.5 e a Figura 7.3 apresentam o índice de mortalidade perinatal para o
município de São José.
Tabela 7.5. Coeficiente de mortalidade perinatal para o município de São José, 2000-2010.
Ano Coeficiente de mortalidade perinatal
2000 11,1
2001 7,1
2002 10,9
2003 7,1
2004 7,8
2005 8,9
2006 8,2
2007 7,3
2008 4,0
2009 6,9
2010 4,9
Fonte: SIM e SINASC.
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Figura 7.3. Variações do coeficiente de mortalidade perinatal, de 2000 a 2010.
Por meio da Figura 7.3 é possível perceber que o coeficiente de mortalidade
perinatal está diminuindo, demonstrando que tem melhorado a qualidade da assistência
prestada à gestação, ao parto e ao recém-nascido.
7.2.4.4 TAXA DE MORTALIDADE NEONATAL PRECOCE
A Tabela 7.6 e a apresentam as variações do CMI por mil nascidos vivos para o
município de São José, Estado de Santa Catarina e Brasil, durante o período de 2000 a
2010.
Tabela 7.6. Dados com CM Neonatal Precoce para cada mil nascidos vivos no município de São José,
Estado de SC e Brasil , durante o período de 2000 a 2010.
Ano CM Neonatal Precoce
(Brasil)
CM Neonatal Precoce
(SC)
CM Neonatal Precoce (São
José)
2000 10,7 7,9 4,9
2001 10,1 8,1 4,6
2002 9,8 8,0 6,5
2003 9,4 7,2 3,8
2004 9,1 6,6 4,3
2005 8,7 6,5 3,7
2006 8,6 7,0 7,1
2007 8,1 6,6 4,4
2008 7,9 5,9 3,7
2009 7,7 5,4 3,8
2010 7,4 5,4 4,6
Fonte: SIM e SINASC.
00
02
04
06
08
10
12
14
16
1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011
Co
efi
cie
nte
de
Mo
rtal
idad
e
Pe
rin
atal
Tempo (anos)
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Percebe-se que o coeficiente de mortalidade neonatal precoce teve um pequeno
decréscimo com ao longo dos anos em São José. Provavelmente, isto se deve à melhorias
no(a):
Acompanhamento das crianças nos primeiros dias de vida;
Acompanhamento durante e após o parto;
Melhora da assistência pré-natal.
Figura 7.4. Variações do CM Neonatal Precoce para cada mil nascidos vivos no município de São José,
Estado de SC e Brasil , durante o período de 2000 a 2010.
7.2.4.5 TAXA DE MORTALIDADE NEONATAL TARDIA
A Tabela 7.7 e a Figura 7.5 apresentam as variações do Coeficiente de Mortalidade
Neonatal Tardia (CM Neonatal Tardia) - CMI por mil nascidos vivos para o município de
São José, estado de Santa Catarina e Brasil, durante o período de 2000 a 2010.
Tabela 7.7. Dados com CM Neonatal Tardia para cada mil nascidos vivos no município de São José,
Estado de SC e Brasil , durante o período de 2000 a 2010
Ano CM Neonatal Tardia
(Brasil)
CM Neonatal Tardia
(SC)
CM Neonatal Tardia (São
José)
2000 2,9 1,7 3,6
2001 2,8 2,1 1,1
2002 2,9 1,9 2,5
2003 2,8 2,0 2,3
2004 2,8 2,2 2,5
00
02
04
06
08
10
12
1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011
CM
Ne
on
atal
Pre
coce
Tempo (ano)
CM Neonatal Precoce (São José) CM Neonatal Precoce (SC)
CM Neonatal Precoce (Brasil)
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50
Ano CM Neonatal Tardia
(Brasil)
CM Neonatal Tardia
(SC)
CM Neonatal Tardia (São
José)
2005 2,6 2,1 1,9
2006 2,5 1,9 2,6
2007 2,6 2,0 2,6
2008 2,4 2,2 1,5
2009 2,4 2,2 2,1
2010 2,2 1,9 0,7
Fonte: SIM e SINASC.
Figura 7.5. Variações do CM Neonatal Tardia no município de São José, SC e Brasil , durante o
período de 2000 a 2010.
O CM Neonatal Tardia passou de 3,6 para 0,7 no período de 2000 a 2010, em São
José. Comparativamente ao CM Neonatal Tardia de Santa Catarina, esta se apresenta mais
alta (1,9 contra 0,7 de SC em 2010).
Até os 28 dias de idade a criança pode possuir ainda os anticorpos da mãe em seu
organismo. A partir deste período a criança começa a produzir sua própria defesa; Com
esta idade, as crianças morrem devido a anomalias congênitas, precária assistência pré-
natal e precária assistência de parto.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011
CM
Ne
oat
al T
ard
ia
Tempo (anos)
CM Neonatal Tardia (São José) CM Neonatal Tardia (SC)
CM Neonatal Tardia (Brasil)
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7.2.4.6 TAXA DE MORTALIDADE PÓS-NEONATAL
A Tabela 7.8 e a Figura 7.6 apresentam as variações do CM Pós-Neonatal por mil
nascidos vivos para o município de São José, estado de Santa Catarina e Brasil, durante o
período de 2000 a 2010.
Tabela 7.8. Dados com CM pós-neonatal no município de São José, SC e Brasil, durante o período de
2000 a 2010.
Ano CM Pós-Neonatal (Brasil)
CM Pós-Neonatal (SC) CM Pós-Neonatal (São José)
2000 7,7 6,1 6,6
2001 6,9 5,3 2,5
2002 6,5 5,3 3,6
2003 6,6 4,9 1,9
2004 6,0 4,8 3,6
2005 5,6 3,9 6,3
2006 5,3 3,8 3,4
2007 5,0 4,1 4,4
2008 4,7 3,6 2,2
2009 4,6 3,8 3,8
2010 4,3 3,3 2,5
Fonte: SIM e SINASC.
Figura 7.6. Variações do CM Pós-Neonatal no município de São José, SC e Brasil, durante o período de
2000 a 2010.
O CM Pós-Neonatal (ou CM Infantil Tardia) apresentou também significativa
diminuição, passando de 6,6 para 2,5 no período de 2000 a 2010 no município de São José.
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011
CM
Pó
s-N
eo
nat
al
Tempo (anos)
CM Pós-Neonatal (São José) CM Pós-Neonatal (SC)
CM Pós-Neonatal (Brasil)
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No CMIT as crianças morrem mais devido a fatores ambientais, doenças
infecciosas e desnutrição. O CMIT diminui a partir do momento que se cria um programa
de imunização, MDDA e TRO (Monitoramento de Doenças Diarreicas Agudas e Terapia
de Reidratação Oral) programa do aleitamento materno (leite, gás e bolsa família).
7.2.5 ZOONOSES
As zoonoses fazem parte da Saúde Pública Veterinária e representam a área de
intersecção entre a Saúde Pública e a Saúde Animal.
A Lei 8.080/80 do Ministério da Saúde, no seu artigo 6°, define Vigilância
Sanitária como: Conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos a saúde
(estudo de zoonoses) e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente,
da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.
Saúde pública veterinária de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),
é a soma de todas as contribuições para o completo desenvolvimento físico, mental e bem-
estar social do homem. O médico veterinário contribui para a saúde pública, atuando na
prestação de serviços de saúde e cuidados aos animais de estimação, na proteção do bem-
estar animal, na investigação biomédica e segurança alimentar, contribuindo para proteção
e promoção da saúde humana.
Considerando-se uma perspectiva de saúde pública, torna-se necessário que sejam
emitidos alertas precoces sobre surtos de doenças em animais, com potencial zoonótico,
que permitem adotar medidas que podem prevenir a morbidade e mortalidade humana.
Além disso, é possível que doenças infecciosas humanas desconhecidas surjam a partir de
reservatórios animais.
Os serviços veterinários se tornam um importante parâmetro relacionado às
zoonoses, demonstrando que tem ocorrido medidas com intuito de minimizar e combater
as zoonoses.
O município ainda não possui um Centro de Controle de Zoonoses e as informações
sobre a saúde pública veterinária não estão estruturadas, portanto nas ações propostas no
PMSB, nos próximos relatórios do capítulo de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais
Urbanas, este item contará com sugestões para ações e programas.
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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente relatório é o primeiro de 3 (três) relatórios integrantes do Plano
Municipal de Saneamento Básico - PMSB de São José, desenvolvido conforme Termo de
Referência e em atendimento ao que estabelece a Lei Federal N° 11.445 de 11 de janeiro
de 2007.
O trabalho apresentado compreende o capítulo de Drenagem e Manejo de Águas
Pluviais Urbanas do PMSB. Este capítulo do plano tem como objetivo estabelecer um
planejamento das ações de saneamento com a participação popular atendendo aos
princípios da política nacional de saneamento básico com vistas à melhoria da salubridade
ambiental, a proteção dos recursos hídricos e promoção da saúde pública, com relação à
drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
No relatório 1 foi apresentado o diagnóstico socioeconômico e ambiental do
município de São José, que servirá de base para o diagnóstico do sistema de drenagem e
manejo de águas pluviais urbanas do município, bem como para o traçado de um
prognóstico, uma vez que será levada em consideração as características culturais dos
munícipes.
Como o capítulo de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas foi elaborado
com base no capítulo de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário e no capítulo de
Limpeza Urbana e Resíduos Sólidos a caracterização socioeconômica do município
utilizou as mesmas bases de dados dos referidos trabalhos.
A definição das áreas de planejamentos também levou em consideração os outros
capítulos que utilizaram uma área de planejamento para o município, todavia, neste
capítulo, esta área foi subdividida em três. Esta divisão ocorreu devido à estrutura das
bacias hidrográficas e à semelhança socioeconômica das divisões administrativas.
Acredita-se que com esta subdivisão os planos e ações serão melhor elencados por se levar
em consideração as características e particularidades de cada subdivisão.
O próximo relatório, conforme termo de referência, conterá o diagnóstico do
sistema de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas do município, descrição do
período de planejamento com projeção populacional, evolução dos cenários além da
programação das ações do plano e seus mecanismos de controle, englobando as etapas de 4
a 8.
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1: Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. Belo Horizonte:
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental UFMG, 2005.
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