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RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE EVENTO Projeto Agrisus No: PA 2334/18 Nome do Evento: 25º Dia de Campo da Cultura do Milho Interessado (Coordenador do Projeto): Juliano Carlos Calonego Instituição: Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP/Botucatu (SP). Fazenda Experimental Lageado. Rua. José Barbosa de Barros, 1780. CEP 18610-307, Botucatu, SP. Tel.: (14) 3811-7161 E-mail: [email protected] Local do Evento: Fazenda Experimental Lageado FCA/UNESP (Botucatu/SP) Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 3410,00 Vigência: 01/02/18 a 07/05/2018 RESUMO: Objetivou-se com esse evento reunir profissionais dos diferentes setores da cadeia produtiva do milho, como produtores rurais, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, extensionistas rurais, representantes comerciais das empresas do agronegócio do milho e alunos (de graduação e pós-graduação), para apresentar novas tecnologias para a cultura do milho, bem como discutir temas relacionados ao mercado (economia), aos sistemas de produção e às boas práticas agrícolas, visando o aumento da eficiência do setor agropecuário e a conservação do solo. Foram ministradas ao todo 12 palestras, sendo 2 palestras de abertura do evento, reunindo todo o público, e 10 palestras no campo na forma de estações. O público presente foi de 523 participantes, sendo que todos receberam folders da Agrisus. Os banners da Agrisus foram expostos no local de realização das palestras de abertura e de confraternização pós-evento. O vídeo institucional foi apresentado em telão no local de abertura do evento. RELATÓRIO DO EVENTO: 1. INTRODUÇÃO A cultura do milho é uma das mais cultivadas no mundo e também desempenha importante papel na agricultura brasileira, tanto para pequenos, médios e grandes produtores rurais. Na região de Botucatu, esta cultura é utilizada para a produção de siliagem, de grãos e de espigas verdes para alimentação in natura. Na alimentação animal é onde utiliza-se a maior parte do milho produzido, seja na forma de silagem para alimentação de bovinos, caprinos e ovinos, como na forma de ração nas granjas de suínos e aves. O milho é uma cultura cultivada em grandes áreas em escala comercial, mas também é de suma importância para as pequenas propriedades como um produto de subsistência. Devido a grande disponibilidade de cultivares (variedades e híbridos) no mercado, são necessários testes regionais de cultivares para a indicação dos melhores materiais para as condições edafoclimáticas da região em questão (no caso Botucatu), já que o desempenho da cultura é muito influenciado pelas condições de clima e solo. Outra questão importante é a possibilidade de adoção de práticas integradas de cultivo, como é o caso do cultivo consorciado de milho com capim, visando aumentar a produção e a qualidade de forragem para ensilagem, além de ser uma forma de melhorar as condições físicas e químicas do solo. No entanto, caso seja mal executada pode resultar em perdas de produtividade e em prejuízos financeiros ao produtor. Nesse

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RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE EVENTO Projeto Agrisus No: PA 2334/18 Nome do Evento: 25º Dia de Campo da Cultura do Milho Interessado (Coordenador do Projeto): Juliano Carlos Calonego Instituição: Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP/Botucatu (SP). Fazenda Experimental Lageado. Rua. José Barbosa de Barros, 1780. CEP 18610-307, Botucatu, SP. Tel.: (14) 3811-7161 E-mail: [email protected] Local do Evento: Fazenda Experimental Lageado – FCA/UNESP (Botucatu/SP) Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 3410,00 Vigência: 01/02/18 a 07/05/2018

RESUMO: Objetivou-se com esse evento reunir profissionais dos diferentes setores da cadeia produtiva do milho, como produtores rurais, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, extensionistas rurais, representantes comerciais das empresas do agronegócio do milho e alunos (de graduação e pós-graduação), para apresentar novas tecnologias para a cultura do milho, bem como discutir temas relacionados ao mercado (economia), aos sistemas de produção e às boas práticas agrícolas, visando o aumento da eficiência do setor agropecuário e a conservação do solo. Foram ministradas ao todo 12 palestras, sendo 2 palestras de abertura do evento, reunindo todo o público, e 10 palestras no campo na forma de estações. O público presente foi de 523 participantes, sendo que todos receberam folders da Agrisus. Os banners da Agrisus foram expostos no local de realização das palestras de abertura e de confraternização pós-evento. O vídeo institucional foi apresentado em telão no local de abertura do evento.

RELATÓRIO DO EVENTO:

1. INTRODUÇÃO

A cultura do milho é uma das mais cultivadas no mundo e também desempenha importante papel na agricultura brasileira, tanto para pequenos, médios e grandes produtores rurais. Na região de Botucatu, esta cultura é utilizada para a produção de siliagem, de grãos e de espigas verdes para alimentação in natura. Na alimentação animal é onde utiliza-se a maior parte do milho produzido, seja na forma de silagem para alimentação de bovinos, caprinos e ovinos, como na forma de ração nas granjas de suínos e aves. O milho é uma cultura cultivada em grandes áreas em escala comercial, mas também é de suma importância para as pequenas propriedades como um produto de subsistência. Devido a grande disponibilidade de cultivares (variedades e híbridos) no mercado, são necessários testes regionais de cultivares para a indicação dos melhores materiais para as condições edafoclimáticas da região em questão (no caso Botucatu), já que o desempenho da cultura é muito influenciado pelas condições de clima e solo. Outra questão importante é a possibilidade de adoção de práticas integradas de cultivo, como é o caso do cultivo consorciado de milho com capim, visando aumentar a produção e a qualidade de forragem para ensilagem, além de ser uma forma de melhorar as condições físicas e químicas do solo. No entanto, caso seja mal executada pode resultar em perdas de produtividade e em prejuízos financeiros ao produtor. Nesse

sentido, o evento ajudou a divulgar a um público com alta demanda de informação técnica, tecnologias e conceitos de novos sistemas de produção envolvendo a cultura do milho, visando aumentar o potencial de produção das áreas agrícolas.

2. PROGRAMA DO EVENTO:

O evento foi realizado na Fazenda Experimental Lageado, pertencente à Faculdade de Ciências Agronômicas (UNESP-Botucatu), no dia 07 de abril de 2017. A partir das 7:00 os participantes já podiam fazer suas inscrições (gratuitamente) e em seguida foram recepcionados no terreiro de café da Fazenda Lageado com um café da manhã (patrocinado pela CATI). No ato das inscrições os participantes foram divididos em grupos. Os participantes receberam o boletim técnico do dia-de-campo com o conteúdo das palestras, dos resultados dos ensaios e outros temas técnicos referentes à cultura do millho. Também receberam o folder da Agrisus. No próprio terreiro de café foi montada um estrutura com cadeiras, som e telão onde foi transmitido o vídeo institucional da Agrisus e onde foi realizada a abertura do evento pelo Prof. Dr.Carlos Frederico Wilcken (diretor da FCA/UNESP) e pelo Dr. Júlio Romero (superintendente regional da CATI-Botucatu). Em seguida, nesse mesmo local, foi realizada uma palestra pela Profa. Dra. Maura S. T. Esperancini (Departamento de Economia Rural da FCA/UNESP) sobre o cenário econômico atual da cultura do milho e perspectiva para a próxima safra. Em seguida o pós-doutorando Carlos Nascimento e a doutoranda Camila Grassmann, ambos do Programa de Pós Graduação em Agronomia – Agricultura, representando o grupo de pesquisa NUCLEUS, ministraram palestra sobre Nitrogênio em sistemas de consórcio entre milho e plantas forrageiras. Ao fim dessa palestra os participantes deslocaram-se até à área da Fazenda onde foram montadas as estações do Dia de Campo, ou seja, onde foram conduzidos os ensaios de cultivares de milho e os consórcios de milho com braquiária e feijão guandú. Nesse local, os participantes, em grupos, percorreram 10 estações, sendo que as palestras em cada estação tiveram duração de 15 minutos. Estações de campo 1 a 4) Estações das empresas detentoras de cultivares de milho (Dekalb, Biomatrix, CATI, LP sementes), que apresentaram seus cultivares testados; 5) Inovações no manejo integrado de pragas do milho (Resp: Profa. Dra. Regiane Bueno – FCA/UNESP); 6) Como fazer a semeadura correta? Excelência na plantabilidade (Resp: Prof.Dr.Paulo Arbex – FCA/UNESP); 7) Opção de cultivo de forrageira em sucessão ao milho no sistema de integração lavoura pecuária (Empresa Matsuda); 8) Consórcio de Milho com Forrageiras Perenes Tropicais e Leguminosas - Importância do corte mais alto para aumentar o residual de palha sobre o solo. (Resp. Profa. Dra. Nidia Raquel Costa – FCA/UNESP). 9) Silagem de Planta Inteira e de Grãos Úmidos de Milho em Sistemas Integrados de Produção Agropecuária (Prof.Dr. Ciniro Costa – FMVZ/UNESP); 10) Calagem e adubação na cultura do milho (construção do perfil do solo para crescimento radicular em profundidade - trincheira com 2 m de profundidade em área de milho consorciado com guandu e braquiária). (Resp. Prof.Dr. Dirceu Maximino Fernandes – FCA/UNESP); Cronograma

Antes do Evento:

Agosto de 2017 a Outubro de 2017 – Convite às empresas para participação no ensaio de cultivar;

Novembro de 2017 – Semeadura do ensaio de cultivares e semeadura do milheto para produção de palha para o ensaio de milho consorciado para silagem;

Janeiro de 2018 – Semeadura do milho consorciado com braquiárias e guandu para produção de silagem;

Janeiro a Março de 2018 – Divulgação (cartazes, entrevistas em rádios, distribuição de folders);

Março de 2018 – Colheita de milho do ensaio de cultivares para apresentação dos resultados de produtividade e parâmetros da produção;

Abril 2018 (5 e 6 de abril) – Preparação da vitrine e abertura da trincheira; Programação para o dia do Evento (07/04/18): 7:00 - 8:00 - Inscrição, entrega de crachas e café da manhã; 8:00 - 8:15 - Abertura do evento - Palavra do Diretor; 8:00 - 8:20 - Palestra " Custo de produção da safra de verão 2016/2017 e perspectivas de mercado e rentabilidade para a safra 2017/2018 "; (Profa. Maura Seiko Tsutsui Esperancini); 8:20 – 8:40 - Nitrogênio em sistemas de consórcio entre milho e plantas forrageiras (Carlos A. C. do Nascimento; Camila da S. Grassmann); 8:40 - 9:00 - Deslocamento para o campo e divisão dos participantes em 10 grupos; 9:00 - 12:00 - Os grupos percorreram as 10 estações do Dia de Campo; 12:00 - 14:00 – Almoço

3. RESUMOS DAS PALESTRAS

Abaixo estão apresentados os resumos de algumas palestras. O material completo está anexado a esse relatório na forma de ANAIS, sendo esse material disponibilizado aos participantes no dia do evento.

CONSÓRCIO DE MILHO COM FORRAGEIRAS PERENES TROPICAIS E LEGUMINOSAS

Cristiano Magalhães Pariz, Nídia Raquel Costa, André Michel de Castilhos, Juliano Carlos Calonego, Ciniro Costa, Paulo Roberto de Lima Meirelles, Hugo Mota Ferreira Leite, Igor Vilela Cruz

O potencial dos Sistemas Integrados de Produção Agropecuária (SIPAs) sob Sistema Plantio

Direto (SPD), principalmente utilizando-se o consórcio de milho com forrageiras perenes tropicais em recuperar áreas degradadas são evidentes. Além disso, a redução dos custos de produção e aumento da eficiência de utilização da terra ao longo do ano podem gerar resultados socioeconômicos e ambientais positivos. Neste sentido, os SIPAs podem ser uma forma fundamental de intensificação ecológica necessária para alcançar a segurança alimentar e a sustentabilidade ambiental num futuro próximo. Devido aos benefícios produtivos, econômicos e ambientais, os SIPAs são considerados como "a nova revolução verde nos trópicos" e podem ser uma solução para reverter os danos ambientais causados pelas extensas áreas com monoculturas de lavouras e pastagens.

CUSTO DE PRODUÇÃO DA SAFRA DE VERÃO 2016/2017 E PERSPECTIVAS DE MERCADO E RENTABILIDADE PARA A SAFRA

2017/2018 Maura Seiko Tsutsui Esperancini, Wellington Gustavo Bendinelli, Vinicius Rafael Bianchi

O custo de produção para o milho de 1ª safra que está sendo colhido ficou em torno de

R$3.852,00/ha, utilizando-se sementes transgênicas, para um nível de produtividade de 203 sacas por ha. Para o milho safrinha, ou de 2ª safra, os custos foram estimados em R$2.451,00/ha para produtividade de 115 sacas por ha. Para as duas safras do cereal, observou-se uma queda nos custos de produção de 0,5% em relação ao ano anterior, impulsionado sobretudo pelos preços dos fertilizantes frente a um dólar mais barato. Com a tendência dos preços do milho futuro em torno de R$ 33,00 a saca até final do ano, é possível obter ganhos de R$13,00 por saca para o milho de 1ª

safra e de R$ 12,00 para o milho safrinha. Mantendo-se estes preços, o produtor deve obter uma produtividade mínima de 120 sacas/ha para o milho de 1ª safra e de 74 sacas/ha para o milho safrinha, para cobrir os custos de produção da cultura. O mercado ainda está muito incerto, em razão do estoque elevado de milho, próximo das 18,6 milhões de toneladas, a entrada do milho verão na região Sul do país e dúvidas em relação ao potencial produtivo do milho safrinha, pelo possível atraso no plantio. Ainda com um mercado incerto, os ganhos para o produtor devem ser maiores para esta safra, com uma tendência de retorno sobre o custo operacional, em razão dos custos menores e dos preços possivelmente mais elevados do que em relação a 2017.

NITROGÊNIO EM SISTEMAS DE CONSÓRCIO ENTRE MILHO E PLANTAS

FORRAGEIRAS Carlos Antonio Costa do Nascimento, Eduardo Mariano, Letusa Momesso, Camila da Silva Grassmann, Ciro A

Rosolem

O nitrogênio (N) é o nutriente exigido em maior quantidade pela cultura do milho. Qualquer

fator biótico ou abiótico que ocorra e que deixe o nutriente indisponível às plantas de milho terá efeito de perda de produtividade. Assim, em solos com baixa disponibilidade de N, a adubação nitrogenada é indispensável para se obter altas produtividades. Dentre as práticas agrícolas, a adoção do sistema de semeadura direta (SSD) é uma das que mais tem influenciado a recuperação do N aplicado via fertilizante (N-fertilizante) pelas plantas. Para cereais, são relatados casos em que a recuperação do N-fertilizante é 30% maior em SSD quando comparado ao cultivo convencional. A escolha da gramínea forrageira adequada que produza matéria seca em quantidade e qualidade suficiente é fundamental ao sistema, pois, essas plantas, após a dessecação, pode ter maior ou menor capacidade de fornecer N à cultura sucessora, influenciando na produtividade e na redução dos custos, devido a menor necessidade de adubação.

SILAGEM DE PLANTA INTEIRA E DE GRÃOS ÚMIDOS DE MILHO EM SISTEMAS INTEGRADOS DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA Ciniro Costa, Paulo Roberto de Lima Meirelles, André Michel de Castilhos, Cristiano Magalhães Pariz, Daniel Martins

de Souza, Daniele Floriano Fachiolli

O milho é a planta mais indicada para a produção de silagem de alta qualidade, desde que

colhida no ponto ótimo de corte e devidamente armazenada. No Brasil a tecnologia da ensilagem de planta inteira ou de grãos úmidos de cereais encontra-se consolidada. No caso da ensilagem de grãos úmidos a técnica vem ganhando cada vez mais espaço no setor produtivo, tanto para os animais ruminantes como para monogástricos, principalmente suínos, devido às vantagens agronômicas e zootécnicas. O armazenamento de grãos úmidos na forma de silagem é ao redor de 10% mais econômico em relação à conservação na forma de grãos secos, principalmente por eliminar as etapas de pré-limpeza, secagem e monitoramento dos grãos ensilados. Entretanto, em sistemas comerciais de criação de aves de corte e postura, a necessidade de confeccionar diariamente a ração que contém silagem de grãos úmidos de cereais, praticamente inviabiliza seu emprego, especialmente nos sistemas de integração, onde as rações normalmente são preparadas de acordo com as diferentes fases de crescimento, ficando então, armazenadas por alguns dias. Em relação à bovinocultura de corte e de leite, ovinocultura, caprinocultura e suinocultura, nos sistemas intensivos de criação utilizando animais altamente especializados, onde se procura obter ganhos expressivos em curtos intervalos de tempo e os animais consomem grandes proporções de concentrado na dieta, a silagem de grãos úmidos de cereais se ajusta adequadamente, por se tratar de concentrado energético de excelente qualidade.

INOVAÇÕES NO MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS DO MILHO Regiane Cristina Oliveira de Freitas Bueno, João Pedro de Andrade Bomfim, Thaís Carolina Silva Cirino, Carolane da

Silva e Silva, Daniel de Lima Alvarez

No Brasil, a produção estimada da cultura do milho, na safra 2017/2018 será de

aproximadamente 88 milhões de toneladas em 16,42 milhões ha (CONAB, 2018). As mudanças

na condução da cultura ocorridas nas últimas décadas foram primordiais para elevar o status de lavoura de subsistência para uma atividade de relevância comercial para o agronegócio. Embora grandes avanços tenham sido alcançados, alguns fatores como a ocorrência de insetos-praga ainda são limitantes para a produção e constituem um dos principais desafios para o homem do campo, no que diz respeito ao manejo do agroecossistema.

COMO FAZER A SEMEADURA CORRETA? EXCELÊNCIA NA PLANTABILIDADE

Paulo Roberto Arbex Silva, Vinícius Paludo, Tomás Pellegrini Baio, Lia Harumi Kato, Luan Solér Francischinelli, Júlio Nielsen Braga, Luiz Henrique Menck Rusconi

A etapa mais importante na produção de grãos é a semeadura, pois estão envolvidos os maiores

custos e as maiores tecnologias. Por isso, a importância de fazê-la sem falhas ou com o mínimo possível delas. O maior problema de erro na semeadura é que não há como corrigir, ou seja, uma semente não depositada no solo, ou depositada de forma desuniforme, vai levar a uma falha, e essa não será mais corrigida naquela safra. Fato comum no meio rural, sementes com tecnologia genética para alta produção, vendidas a preços elevados, às vezes, podem não corresponder às expectativas do produtor no campo. Os motivos desta perda na produtividade são variados, sendo um deles pelo uso da máquina de forma inadequada, ou seja, no caso de semeadoras, sem a regulagem correta, devido a falta de conhecimento do produtor que a adquiriu. Como consequência, não se tem o resultado esperado, frustrando o produtor na hora da colheita.

CALAGEM E ADUBAÇÃO NA CULTURA DO MILHO Dirceu Maximino Fernandes

Considera-se que a fertilidade do solo seja um dos principais fatores responsáveis pela baixa

produtividade do milho nas áreas destinadas tanto para a produção de grãos como de forragem. Esse fato não se deve apenas aos baixos níveis de nutrientes presentes nos solos, mas também ao uso inadequado de calagem e adubações. A análise do solo é o início de uma série de fatores que influem na produtividade da cultura. Possíveis erros, que podem ocorrer durante o processo do cultivo econômico da lavoura, têm início na coleta errônea das amostras do solo para análise. Por isso, deve-se ter todo o cuidado para que elas sejam representativas das áreas a serem cultivadas. A coleta das amostras deve ser efetuada de tal maneira que haja um tempo hábil para que as análises sejam realizadas e para que inicie as atividades de correção do solo e a adubação visando a cultura do milho. A correção da acidez do solo, por exemplo, utilizando a calagem, é o primeiro passo para se obter um cultivo altamente produtivo. A adubação mineral de semeadura deve ser de acordo com a análise de solo e a produtividade esperada do milho. No estado de SP recomenda-se até 30 kg/ha de N nas maiores produtividades (8 a 12 t/ha de grãos), bem como o S, até 40 kg/ha. Para P, K e Zn, as quantidades recomendadas dependem também da classe de teores obtidos na análise de solo. Para P recomenda-se até 100 kg/ha de P2O5 nas maiores produtividades e menores classes de teores; já para o K, a dose máxima não deve ultrapassar 50 kg/ha, para evitar excesso de sais no sulco de semeadura. Quando a adubação potássica indicar doses maiores, deve-se aplicar parcelado, prevendo-se adubação em cobertura. O Zn é recomendado em função dos seus teores no solo. Os adubos devem ser aplicados no sulco de semeadura, 5 cm ao lado e abaixo das sementes. Em cobertura, a adubação mineral deve ser aplicada levando em conta a classe de resposta esperada a nitrogênio, o teor de potássio no solo e a produtividade esperada. A classe de resposta esperada a N poderá ser alta, média ou baixa, e dependerá de características do solo quanto a textura, uso de adubos orgânicos, correção da acidez, sistema de plantio, rotação e sucessão de culturas. O N deverá ser aplicado ao lado das plantas, com 6 a 8 folhas totalmente desdobradas (25-30 dias após a emergência), em quantidades até de 80 kg/ha e o restante cerca de 15-20 dias depois. Aplicar o K em cobertura, quando necessário, juntamente com a primeira cobertura de N, pois aplicações tardias de K são pouco eficientes. Em áreas irrigadas, o N pode ser parcelado em três ou mais vezes, até o

florescimento, e aplicado com a água de irrigação. As doses de N podem ser reduzidas em condições climáticas desfavoráveis, baixo estande ou em lavouras com grande crescimento vegetativo.

4. PARTICIPANTES

O evento contou com 628 inscrições, sendo parte dessas inscrições realizadas antecipadamente pelo site da FEPAF (Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais). Desse total, comparecerem 523 pessoas, de acordo com os gráficos demonstrados abaixo.

16

217

6312

80

82

53

PÚBLICO INSCRITO NO 25O DIA DE CAMPO DA CULTURA DO MILHO - TOTAL 523 participantes

DOCENTE

ALUNO GRADUAÇÃO

OUTROS

PESQUISADOR

ALUNO PÓS-GRADUAÇÃOPRODUTOR

288

98

51

47

39

Local de origem dos inscritos no 25O DIA DE CAMPO DA CULTURA DO MILHO - TOTAL 523 participantes

BOTUCATU

ATÉ 50 KM

50 A 100 KM

100 A 200 KM

+ 200 KM

5. CONCLUSÕES

O evento atingiu com sucesso o objetivo proposto, reunindo no XXV DIA DE CAMPO DA

CULTURA DO MILHO 523 participantes, entre alunos de graduação e pós-graduação, e profissionais dos diferentes setores da cadeia produtiva do milho, como produtores rurais, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, extensionistas rurais, representantes comerciais das empresas do agronegócio do milho. Foi possível estabelecer uma discussão muito proveitosa sobre temas relacionados ao mercado (economia), aos sistemas de produção e às boas práticas agrícolas. Além do tradicional ensaio de cultivares, foi possível transmitir alguns conceitos e novas práticas de manejo ao produtor e extensionista. Pelo seu tamanho e localização, as áreas das Fazendas de Ensino Pesquisa e Extensão (FEPE) da FCA, apresentam condições privilegiadas para o desenvolvimento da cultura do milho. A fazenda se tornou uma importante referência para os produtores de toda a região de Botucatu. Nesse último evento (em 2018), em sua 25ª edição, destaca-se a grande participação de produtores rurais (82) e a participação do público da região de Botucatu (45%).

6. COMPENSAÇÕES OFERECIDAS À FUNDAÇÃO AGRISUS:

a) Exibição de vídeo institucional de 3 minutos; b) Colocação de dois banners da Agrisus em local visível durante o evento. c) Projeção de logo ou mensagem da Agrisus nos intervalos de apresentações. d) Menção do patrocínio da Agrisus na mídia e em todo material de divulgação do evento (cartazes

e folders); e) Distribuição de folders a Agrisus para participantes; f) Execução da música Terra Plantada preparada pela Agrisus com base no Plantio Direto g) Disponibilização de banco de dados de participantes. 7. DEMOSTRAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DA FUNDAÇÃO AGRISUS

A Fundação Agrisus aprovou orçamento de R$ 3410,00. Também houve patrocínio de empresas

de sementes de milho e de máquinas agrícolas, no montante de R$5100,00. O Sindicato Rural de Botucatu ofereceu almoço de confraternização e a CATI disponibilizou o café da manhã.

QUADRO COM RELAÇÃO DAS DESPESAS EFETUADAS COM RECURSO DA FUNDAÇÃO AGRISUS.

Empresa Nota Fiscal Valor (R$) Despesa

Osmar José Franciscani - ME

9538 1120,00 Água e aluguel de cadeiras.

Botupapel Comercio de Embalagens LTDA - EPP

19040 763,40 Sacos plásticos e de papel, lixo, copos, caixas

organizadoras

Rápido Vale do Sol Transporte e Turismo LTDA

1553 250,00 Transporte de participantes até à Fazenda

Panificadora Bartoli

1114 200,00 Alimentação da equipe de apoio

Paulo Roberto Aparecido Alves

- ME 998 723,70

Material de escritório para confecção de crachás e certificado

Igral Gráfica e Editora

10211 235,00 Material de divulgação (Cartazes, banner e

faixa)

8. DATA E NOME DO COORDENADOR Juliano Carlos Calonego (Botucatu, 08 de maio de 2018)

CARTAZ DE DIVULGAÇÃO

FOTOS DO EVENTO