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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO HERVAL - RS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE RELATÓRIO FINAL 3ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO JOSÉ DO HERVAL – RS “Todos usam o SUS! Participação da Comunidade e Controle Social”

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Relatório Final da 3ª Conferência Municipal de Saúde de São José do Herval.

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Page 1: Relatório final para o blog

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO HERVAL - RS

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE

RELATÓRIO FINAL

3ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE

SAÚDE DE SÃO JOSÉ DO HERVAL –

RS

“Todos usam o SUS! Participação da Comunidade e Controle Social”

São José do Herval, 29 de Junho de 2011.

Page 2: Relatório final para o blog

ÍNDICE

I – APRESENTAÇÃO ...................................................................................... 03

II – ATA N° 10/2011 DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE

DE SÃO JOSÉ DO HERVAL – RS ....................................................... 05

III - PROPOSTAS APROVADAS PELO PLENÁRIO

DA 3ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE

DE SÃO JOSÉ DO HERVAL – RS ........................................................ 07

III.I – EIXO TEMÁTICO 1 – Acesso e Acolhimento com

Qualidade: um desafio para o SUS ....................................................... 07

III.I.I – PROPOSTAS ........................................................................................ 08

III.II – EIXO TEMÁTICO 2 – Participação da Comunidade

e Controle Social ................................................................................... 09

III.II.I – PROPOSTAS ....................................................................................... 11

III.III – EIXO TEMÁTICO 3 – Política de Saúde na

Seguridade Social ................................................................................. 11

III.III.I – PROPOSTAS ...................................................................................... 12

III.IV – EIXO TEMÁTICO 4 – Gestão do SUS

(Pacto pela Saúde e Gestão do Sistema,

do Trabalho e da Educação em Saúde) ............................................... 13

III.IV.I – PROPOSTAS ..................................................................................... 15

IV – ELEIÇÃO DOS DELEGADOS PARA A 6ª CES ....................................... 16

V – SIGLAS ...................................................................................................... 17

Page 3: Relatório final para o blog

I - APRESENTAÇÃO

É com imensa satisfação que apresentamos o Relatório Final

da 3ª Conferência Municipal da Saúde do Município de São José do Herval –

RS, um documento que contempla os consensos obtidos durante a realização

do evento ocorrido em 29 de Junho de 2011 na Sala de Reuniões da ESF.

O SUS é uma das maiores políticas de inclusão social em

andamento no País. Uma conquista da sociedade consolidada na 8ª

Conferência Nacional de Saúde em 1986, por meio do movimento da Reforma

Sanitária iniciado na década de 70, e é uma das políticas de Estado que

garante, por lei, a participação da sociedade na gestão do sistema, com a ação

direta dos Conselhos de Saúde e as deliberações advindas das Conferências

de Saúde, as quais resultam em sugestões que fortalecem o sistema de saúde,

com repercussão direta na qualidade de vida e saúde da população.

Divididos em 4 Eixos Temáticos, os debates da 3ª CMS foram

intensos e produtivos, gerando uma gama de propostas dispostas ao longo

deste relatório. A identificação dos problemas subsidiará a articulação da SMS

para promover as mudanças que atendam às necessidades da população

usuária do SUS. Identificados os desafios ligados à estruturação do modelo de

atenção à saúde, observando-se os princípios e diretrizes do SUS, fica

reforçado o compromisso desta Administração com a qualidade do serviço,

aumento da resolutividade e garantia de acesso aos usuários do Sistema.

Observa-se ainda a necessidade de revisão na metodologia

das Conferências, pois o objetivo de estabelecer diretrizes e propostas

estruturantes de grande impacto só será atingido com participação efetiva da

comunidade. Para tanto deve-se implantar novas técnicas que contribuam para

fortalecer e ampliar essa participação da sociedade na gestão do SUS.

No processo de elaboração do relatório todas as reformulações

de redação foram efetuadas preservando o significado fiel dos conteúdos. Esta

medida visa dar transparência ao trabalho da Comissão Organizadora, de

Page 4: Relatório final para o blog

modo que os participantes, ao terem acesso ao documento, entendam a

sistemática do relatório.

Dispomos agora de um referencial para orientar a política de

saúde com vistas às demandas da comunidade,o que denota a importância

deste instrumento no sentido de orientar as ações na busca pela construção de

um sistema de saúde capaz de obedecer os princípios e diretrizes

preconizados.

Maria Inêz Zanotelli

Secretária Municipal da Saúde

Page 5: Relatório final para o blog

II – ATA N° 10/2011 DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE

SÃO JOSÉ DO HERVAL – RS: Convocada pelo Decreto Municipal n° 16,

de 29 de maio de 2011, foi realizada no dia 29 de junho de 2011, nas

dependências da Sala de Reuniões da Unidade Sanitária, a 3ª Conferência

Municipal de Saúde (3ª CMS), como Etapa Municipal preparatória para a 14ª

Conferência Nacional de Saúde, que se realizará de 30 de novembro a 04 de

dezembro de 2011. Conforme a Programação, a abertura da Cerimônia foi

realizada às 9h30min, onde a Secretária Municipal da Saúde, Sra. Maria Inêz

Zanotelli, saudou os presentes, solicitou a presença das autoridades para a

composição da mesa e passou a palavra para o Prefeito Municipal de São José

do Herval, Sr. Ademar Zanella, que também saudou os participantes e desejou

um bom dia de trabalho a todos. Em seguida, o Coordenador Adjunto da 16ª

CRS, Sr. Volnei Jost, que salientou a importância do evento. Imediatamente

após ocorreram duas exposições seguidas de debates intituladas “O SUS,

Controle Social, princípios do SUS, dificuldades em pequenos municípios”, em

dois momentos distintos e coordenados pelos Fisioterapeutas Glademir

Schwingel e Maiquel de Faria, que representavam a 16ªCRS e a SMS,

respectivamente. Às 13hs o Sr. Alcides Simões de Oliveira, representante do

STR no Conselho Municipal de Saúde fez sua fala, seguindo o tema discorrido

pela manhã. Em seguida, realizou-se a distribuição do plenário em quatro

grupos, dividindo a discussão entre os eixos temáticos propostos para a 3ª

CMS: Eixo I - Acesso e Acolhimento com Qualidade: um desafio para o SUS,

Coordenadora do Grupo Gertrudes L. B. Knopf; Eixo II – Participação da

Comunidade e Controle Social, Coordenadora do Grupo Juliane Stivanin da

Silva ; Eixo III - Política de Saúde na Seguridade Social, Coordenadora do

Grupo Ana Margarete Nunes Chiesa; Eixo IV - Gestão do SUS (Pacto pela

Saúde e Gestão do Sistema, do Trabalho e da Educação em Saúde),

Coordenador do Grupo Rodolfo Pretto. No momento o plenário estava sendo

constituído por 33 pessoas,que formaram 3 grupos de oito e um grupo de nove.

Durante todo o dia de trabalho foram credenciados 83 participantes, sendo

62,65% de representantes dos usuários, 8,43% de representantes dos gestores

e 28,91% representantes de profissionais de saúde, não contando o plenário

Page 6: Relatório final para o blog

com a participação de nenhum prestador de serviço privado. A plenária final

teve início às 15h30min, com a explanação das propostas pelos grupos,

discussão pelo plenário e aprovação das mesmas (as propostas são

apresentadas no Relatório Final da 3ª CMS). A partir das 16h30min aconteceu

a eleição dos Delegados que participarão da 6ª Conferência Estadual de

Saúde, em Tramandaí, de 1° a 4 de setembro de 2011. O segmento Usuários

teve três candidatas a delegada: Loreni Farias Cecatto, Mara Lúcia Rodrigues

Chiesa, Marisete Balastreri Fiorini. Através de votação secreta foi eleita com a

maioria dos votos a Sra. Mara Lúcia R. Chiesa. Como representante dos

Profissionais de Saúde foi aclamado o Enfermeiro Gustavo Gheno. Sendo o

que havia para o momento, encerro a presente Ata, que vai assinada por mim e

pelos representantes do Conselho Municipal de Saúde.Letícia Rodrigues

Vieira.

Page 7: Relatório final para o blog

III – PROPOSTAS APROVADAS PELO PLENÁRIO DA 3ª

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO JOSÉ DO

HERVAL – RS

III.I – EIXO TEMÁTICO 1 – Acesso e Acolhimento com Qualidade: um desafio

para o SUS

O SUS foi concebido no texto constitucional como um sistema

de acesso universal, isto é, um sistema de saúde público que qualquer

cidadão, brasileiro ou não, residente ou de passagem no país, já nascido ou

no ventre materno, deve ter garantido o acesso à assistência, de forma

integral, sem distinção de raça, credo, gênero ou condição social. Desta

maneira, o acesso aos serviços de saúde é um direito de todos, garantido por

lei.

O processo de descentralização, através da municipalização

das ações e serviços de saúde, proporcionou a ampliação da rede assistencial.

Especialmente na rede de Atenção Primária à Saúde, os serviços foram

instalados nos milhares de municípios espalhados pelo país, aproximando

as pessoas dos serviços de saúde. Ainda há a necessidade de se avançar

em qualidade e resolubilidade destes serviços.

Um acolhimento com qualidade permite melhor avaliar os

riscos e pressupõe as portas abertas dos serviços, propondo uma atitude pró-

ativa por parte das equipes, na busca dos indivíduos e situações de maior

vulnerabilidade, para garantir a equidade e a integralidade na atenção à

saúde. Assim, como tecnologia leve, o acolhimento pressupõe trabalho

integrado em equipe, compartilhando saberes e atribuições entre os

envolvidos, incluindo os próprios usuários. Também pressupõe vínculo equipe-

comunidade, com co-responsabilização na gestão dos cuidados individuais e

coletivos.

Page 8: Relatório final para o blog

Como tecnologia dura, pressupõe ainda uma rede assistencial

integrada e articulada, permitindo a gestão do cuidado por meio dos diversos

fluxos e mecanismos de referência e contra-referência.

Os trabalhadores necessitam ser dotados de mecanismos

de trabalho ágeis, com tecnologia de informação que facilite a sua

atuação no referenciamento desburocratizado dos casos e no fluxo

humanizado dos usuários nos diversos serviços disponíveis.

É necessário atualizar os patamares de qualidade,

integralidade (com foco de atenção na pessoa como um todo) e equidade

(serviços e prioridades de acordo com as necessidades). É imprescindível

enfrentar com coragem o processo de regionalização e a baixa participação

dos Conselhos de Saúde e rever, ajustar, aperfeiçoar os instrumentos e

mecanismos para o exercício do controle e da fiscalização, a exemplo dos

planos de saúde, relatórios de gestão e prestações de contas da gestão

governamental.

III.I.I – PROPOSTAS

1 – Melhorar o entrosamento dos profissionais da Equipe.

2 – Aumentar o número de consultas médicas agendadas e diminuir o número

de consultas de emergência.

3 – Reduzir os gastos com o transporte de pacientes e com o convênio do

Hospital, utilizando o valor economizado para subsidiar exames.

4 – Racionalizar o pedido de exames por parte dos médicos, através de

acordos com os profissionais e educação da população.

5 – Pressionar o Estado para que repasse os recursos devidos para otimizar o

acesso a exames.

6 – Possibilitar o credenciamento pelo IPE de um médico que atenda no

Município.

Page 9: Relatório final para o blog

7 – Delimitar critérios para distribuição dos medicamentos especiais (ponto de

corte).

III.II – EIXO TEMÁTICO 2 – Participação da Comunidade e Controle Social

A comunidade sempre teve que lutar para melhorar os serviços

públicos. Os avanços conquistados nos últimos anos são frutos da soma de

esforços e dedicação da população. Infelizmente estamos longe do

atendimento e dos serviços que precisamos. Muita gente deixa de ter acesso à

informação para prevenir e curar as doenças tem que ficar horas na fila, e, em

muitos casos, simplesmente não encontra vaga ou resposta para o que

precisa.

A participação da comunidade (movimentos sociais, instâncias

de Controle Social) das políticas públicas de Saúde requer maior dinamismo e

efetividade. O aperfeiçoamento das instâncias, processos e práticas de

participação comunitária no SUS implicam numa melhor qualificação das

formas e meios de representação e mediação de demandas, sob o amparo do

interesse público e responsabilidade social no reforço de tecnologias e

dispositivos de apoio para o monitoramento e a fiscalização das políticas

governamentais, de modo a garantir sua maior transparência e publicidade.

Amparado na Lei 8142/1990, o Controle Social na Saúde é

exercido principalmente por meio das Conferências e Conselhos de Saúde nas

três esferas da gestão governamental. Existem instâncias de Controle Social

de Saúde presentes no Distrito Federal, nos 26 estados brasileiros e na quase

totalidade dos municípios. De caráter deliberativo, permanente e de

composição paritária entre usuários e outras representações

(governos/prestadores de serviços, trabalhadores de Saúde,), os Conselhos de

Saúde fiscalizam e auxiliam os poderes executivo e legislativo na elaboração e

execução das leis, na condução dos assuntos de saúde nos municípios,

estados e União.

Page 10: Relatório final para o blog

A cidadania realmente ativa é aquela exercida quando os

próprios demandatários fazem valer suas propostas de atendimento aos

direitos sociais estabelecendo um certo controle do quê e como fazer em

relação às políticas referentes a tais direitos. Em outras palavras, cidadania

política plena se efetiva, a) quando o cidadão participa da decisão sobre a

ação do Estado; b) quando o cidadão fiscaliza (controla) a ação do Estado

a partir do que ele (cidadão) ajudou a decidir, e; c) quando o cidadão se

beneficia da ação do Estado que ele (cidadão) ajudou a decidir e está

fiscalizando.

Na condição de espaços permanentes de controle social,

os Conselhos de Saúde devem ser tratados com atenção particular tanto de

parte da sociedade como de parte do Estado. Capilarizar a rede de controle

social, através da ampliação de Conselhos Locais de Saúde, bem como

a sua permeabilidade aos movimentos sociais, traduzindo e trazendo para

si as demandas oriundas das comunidades, é um desafio permanente.

Na condição de espaços extraordinários de controle social, as

conferências de saúde não precisam ser realizadas somente levando em conta

a participação da comunidade sobre as políticas gerais de saúde. Devem ser

fortalecidas as conferências temáticas e específicas (saúde da mulher, saúde

mental, saúde do trabalhador, saúde da população negra, etc.) a fim de

proporcionar a construção de políticas específicas mais eficazes por meio da

participação de segmentos estratificados da sociedade que podem contribuir

significativamente na consolidação das políticas públicas.

Este é o debate central da temática colocada: em que medida o

Conselho de Saúde pode contribuir para a melhoria dos serviços e ações de

saúde? O que mudou e o que precisa melhorar em termos de participação da

comunidade e atuação das instâncias de Controle Social em Saúde? Quais os

desafios e propostas de melhorias em cada território e instância de participação

comunitária e Controle Social?

Page 11: Relatório final para o blog

III.II.I – PROPOSTAS

1 – Realizar registro da Conferência para avaliação futura da realização das

propostas.

2 – Realizar pré-conferências para educar, divulgar e esclarecer as

reivindicações da população.

3 – Otimizar a participação popular em quantidade e qualidade.

4 – Desenvolver lideranças para defender e cobrar do SUS.

5 – Facilitar o acesso à média e alta complexidade.

6 – Facilitar o acesso às especialidades médicas, trazendo os especialistas

para atender no Município.

7 – Ampliar a autonomia dos Municípios sobre o SUS, principalmente no

direcionamento das verbas, que vem muito direcionadas.

8 – O Estado deve cumprir sua meta de investir 12% do orçamento em saúde,

pois os Municípios estão sobrecarregados.

9 – Diminuir a rotatividade dos profissionais através da elaboração de um plano

de carreira.

10 – Garantir igualdade político-partidária a toda a população.

11 – Implementar o plano de trabalho de educação em saúde para a

população com o tema Participação da Comunidade e Controle Social.

III.III – EIXO TEMÁTICO 3 – Política de Saúde na Seguridade Social

A Constituição Federal de 1988 , definiu princípios básicos

relativos ao sistema de Seguridade Social, que são:

- Universalidade da cobertura e atendimento - A seguridade

social tem como postulado básico a universalidade;

Page 12: Relatório final para o blog

- Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às

populações urbanas e rurais – sem qualquer distinção;

- Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e

serviços - A distributividade tem caráter social, pois deve atender

prioritariamente aos mais necessitados;

- Irredutibilidade dos benefícios - devem ter o seu valor real

preservado;

- Eqüidade na forma da participação no custeio - é um

desdobramento dos princípios da igualdade e da capacidade

contributiva.

- Diversidade na base de financiamento - As fontes de

financiamento devem ser diversificadas a fim de garantir a manutenção

do sistema de seguridade social.

- Caráter democrático e descentralizado da administração - a gestão

administrativa qüadripartite, com a participação dos trabalhadores,

dos empregados, dos aposentados e do Governo.

Como parte da Seguridade Social, esses princípios

também são expostos como diretrizes constitucionais da saúde

(descentralização, atendimento integral e participação da comunidade) na

Constituição e como alguns dos princípios legais do SUS - universalidade de

acesso, integralidade de assistência, igualdade na assistência, participação

da comunidade, descentralização político-administrativa, entre outros. Mostra

que o cuidado à saúde não pode ser apenas individual (do cidadão), mas uma

responsabilidade compartilhada entre indivíduo, que busca por cuidados, e

Estado, que tem o dever de ofertar os serviços de saúde, de forma

gratuita e a garantir a capacidade de resolução em tempo adequado,

conforme as necessidades e problemas de saúde apresentados por cada

pessoa.

III.III.I – PROPOSTAS

1 – Manter a integração do SUS com as demais políticas Municipais

(Assistência Social, Conselho Tutelar, Educação, Obras).

Page 13: Relatório final para o blog

2 – Garantir a disseminação das informações e a articulação entre as diversas

políticas públicas para incrementar o tripé da Seguridade Social em todos os

âmbitos institucionais.

3 – Realizar controle rigoroso dos agendamentos de consultas especializadas,

exames e viagens para garantir a qualidade do acolhimento.

4 – Garantir o constante aperfeiçoamento profissional a partir da formulação de

um Plano de Carreira para os servidores da Saúde.

5 – Definir locais de referência para o encaminhamento de pacientes.

III.IV – EIXO TEMÁTICO 4 – Gestão do SUS (Pacto pela Saúde e Gestão

do Sistema, do Trabalho e da Educação em Saúde)

O SUS necessita de gestão autônoma, profissionalizada,

contratualizada e democrática dos serviços, bem como uma força de trabalho

estável, qualificada, concursada e valorizada, com reais perspectivas de

carreira. Para isso, é fundamental garantir e avançar no desenvolvimento e

implementação da Política Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na

Saúde, dando visibilidade e ampliando as ações relacionadas ao planejamento

de profissionais de Saúde, em consonância com o preceito constitucional de

que cabe ao SUS ordenar a formação dos recursos humanos em Saúde. São

dispositivos legais garantidos na Constituição Federal e na lei orgânica do

SUS, estratégicos para o equacionamento correto da gestão do sistema em

toda a sua complexidade.

A gestão pública dos sistemas e serviços de Saúde ainda

enfrenta dilemas e desafios. Torna-se imprescindível a discussão e

proposições sobre a garantia e combinação ótima entre financiamento

necessário e estável, gestão de qualidade e com responsabilidade social, fiscal

e sanitária, sob a égide do interesse e direito públicos. De acordo com os

preceitos constitucionais do SUS, a prerrogativa e responsabilidade pública da

gestão e gerência não podem ser transferidas ou terceirizadas para outras

Page 14: Relatório final para o blog

esferas de direito privado, as dificuldades e alternativas de melhor

gerenciamento, regulação e prestação de serviços devem ser equacionadas e

produzidas sob a responsabilidade pública.

Outra questão de grande relevância para a consolidação de

todas as políticas públicas implica na inovação e institucionalização de

preceitos normativos, pactos e dispositivos de gestão interfederativa e

intergovernamental. No caso da Saúde, esta questão adquire uma grande

importância, em razão da necessidade de conformação, organização e

efetivação de sistemas regionais de Atenção Integral à Saúde, com o

compartilhamento de responsabilidades entre as esferas de governo. Trata-se

de um tema de grande relevância para a discussão, debate e deliberações,

notadamente, por ocasião das etapas municipais e estaduais da 14ª CNS.

Do mesmo modo, as discussões, debates e proposições

acerca do tema da gestão do trabalho e da educação na Saúde e com os

trabalhadores de Saúde, implicam na proeminência de sua natureza pública,

seus deveres constitucionais e na necessidade de carreira única de Estado,

integrada nas diversas esferas governamentais e instâncias organizacionais.

Na observância das necessidades sociais para a definição de prioridades e

perfis de formação e educação permanente.

Quais as situações e condições da gestão pública de sistemas

e serviços de Saúde em cada âmbito de governo (consideradas questões como

financiamento, relação entre esfera pública e privada, Pacto pela Saúde gestão

do trabalho e da educação na Saúde)? Quais as necessidades e alternativas

para se organizar instâncias, modos e meios de gestão intergovernamental

para sistemas regionalizados de Saúde? Quais as diretrizes e propostas para

se garantir a preponderância do interesse público e da responsabilidade social

nos processos e práticas de gestão governamental em Saúde?

São questões substanciais que devem servir de pauta para a

expressão de necessidades e demandas, a definição de prioridades, o debate

Page 15: Relatório final para o blog

político e a deliberação de diretrizes e agendas de iniciativas e investimentos

em todas as etapas da 14ª CNS.

São muitos os desafios e diversos os temas em pauta. O que

se espera é a reedição do esforço de cidadania e a convergência da disposição

para o debate, a proposição e deliberação de diretrizes por parte da população

brasileira, nos inúmeros eventos e em todas as etapas que devem ocorrer a

14ª CNS. Assim se constrói e mantém a política pública de Seguridade Social.

III.IV.I – PROPOSTAS

1 – Alterar o convênio com o Hospital São Francisco, ao invés de repassar

recursos para serem administrados pelo Hospital, a Prefeitura pagaria o salário

do Médico para atender no mesmo.

2 – Identificar qual a especialidade médica mais necessária e contratar um

profissional da mesma para realizar atendimentos na Unidade Sanitária.

3 – Respeitar as referências de atendimento e exames, pacientes que optarem

por outras alternativas deverão responsabilizar-se por pagamento, transporte,

etc.

4 – Atendimento/transporte apenas com encaminhamento do médico da

unidade.

5 – Fortalecer o Conselho Municipal de Saúde através de participação mais

efetiva dos usuários.

6 – Utilizar as Feiras Municipais de Saúde no interior para divulgar a

importância da participação no Conselho.

7 – Definir data mensal para realização das Reuniões do Conselho.

8 – Definir um Secretário Administrativo para o Conselho.

9 – Ampliar a consistência e autonomia da atuação da Secretaria Municipal de

Saúde.

10 – Incluir a participação do setor privado (Hospital São Francisco) na

discussão pública.

11 – Instituir o plano de carreira dos servidores da saúde.

12 – Promover a atualização profissional pelo menos uma vez ao ano.

Page 16: Relatório final para o blog

IV – ELEIÇÃO DOS DELEGADOS PARA A 6ª CONFERÊNCIA

ESTADUAL DE SAÚDE

Candidatos a Delegado representantes dos usuários do SUS:

- Loreni Farias Cecatto

- Mara Lúcia Rodrigues Chiesa

- Marisete Balastreri Fiorini

Votação direta e secreta elegeu: Mara Lúcia Rodrigues Chiesa

Candidato a Delegado representante dos profissionais de saúde:

- sem candidato

Aclamação elegeu: Enfermeiro Gustavo Gheno.

Page 17: Relatório final para o blog

V – SIGLAS

CMS – Conferência Municipal de Saúde

CNS – Conferência Nacional de Saúde

IPE – Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul

SMS – Secretaria Municipal de Saúde

SUS – Sistema Único de Saúde