relatório final máquinas elétricas 2

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1 Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Toledo Engenharia Eletrônica BRUNO MENEGHEL ZILLI FELIPE LORENZETTI FERNANDO TOMAS SANCHEZ ROGÉRIO PAGANINI VALENTINI RELATÓRIO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS II Toledo 2012

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  • 1

    Ministrio da Educao Universidade Tecnolgica Federal do Paran

    Campus Toledo Engenharia Eletrnica

    BRUNO MENEGHEL ZILLI

    FELIPE LORENZETTI

    FERNANDO TOMAS SANCHEZ

    ROGRIO PAGANINI VALENTINI

    RELATRIO DE MQUINAS ELTRICAS II

    Toledo

    2012

  • 2

    BRUNO MENEGHEL ZILLI

    FELIPE LORENZETTI

    FERNANDO TOMAS SANCHEZ

    ROGRIO PAGANINI VALENTINI

    LABORATRIO DE MQUINAS ELTRICAS II

    Relatrio de prtica em laboratrio

    apresentado ao Curso Superior de

    Engenharia Eletrnica da Universidade

    Tecnolgica Federal do Paran - Campus

    Toledo, como requisito parcial para a

    concluso da disciplina Mquinas Eltricas

    II.

    Professor: Me. Ednei Luiz Miotto.

    Toledo

    2012

  • 3

    RESUMO

    Este relatrio visa o estudo das caractersticas das mquinas CC, por

    meio de suas combinaes de enrolamento de campo.

  • 4

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Ensaio de Continuidade ........................................................... Erro! Indicador no definido.

    Figura 2 - Ensaio de curto-massa: AT e ncleo ....................................... Erro! Indicador no definido.

    Figura 3 - Parmetros referentes ao ensaio de polaridade ..................... Erro! Indicador no definido.

    Figura 4 - Polaridade Aditiva (Vr > Ve) .................................................... Erro! Indicador no definido.

    Figura 5 - Polaridade subtrativa (Vr < Ve)................................................ Erro! Indicador no definido.

    Figura 6 - Tenso medida nos terminais H2/X2 ....................................... Erro! Indicador no definido.

    Figura 7 - Tenso medida nos terminais H2/X1 ....................................... Erro! Indicador no definido.

    Figura 8 - Tenso medida nos terminais H1/X2 ....................................... Erro! Indicador no definido.

    Figura 9 - Tenso medida nos terminais H1/X1 ....................................... Erro! Indicador no definido.

    Figura 10 - Circuito para determinao da resistncia do enrolamento .. Erro! Indicador no definido.

    Figura 11 - Ensaio de Relao de Tenso ............................................... Erro! Indicador no definido.

    Figura 12 - Esquema do Ensaio de Circuito Aberto ................................. Erro! Indicador no definido.

    Figura 13 - Diagrama Fasorial .................................................................. Erro! Indicador no definido.

    Figura 14 - Esquema de Ligao para o Ensaio de Circuito Aberto ........ Erro! Indicador no definido.

    Figura 15 - Circuito L equivalente com ramo de derivao no lado de altaErro! Indicador no definido.

    Figura 16 - Circuito L equivalente com ramo de derivao no lado de baixaErro! Indicador no definido.

    Figura 17 - Circuito L equivalente com ramo de derivao no lado de altaErro! Indicador no definido.

    Figura 18 - Circuito L equivalente com ramo de derivao no lado de baixaErro! Indicador no definido.

    Figura 19 - Esquema do Ensaio de Circuito Aberto ................................. Erro! Indicador no definido.

    Figura 20 - Esquema de Ligao para o Ensaio de Curto Circuito. ......... Erro! Indicador no definido.

    Figura 21 - Circuito equivalente para o ensaio de curto circuito. ............. Erro! Indicador no definido.

  • 5

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Materiais utilizados no ensaio de Continuidade .................................................................. 28

    Tabela 2 Resistncias de enrolamento do transformador de 500 VA .. Erro! Indicador no definido.

    Tabela 3 - Resistncia de enrolamento do transformador de 1000 VA ... Erro! Indicador no definido.

    Tabela 4 - Resistncia entre enrolamentos e massa do transformador de 500 VAErro! Indicador no definido.

    Tabela 5 - Resistncia entre enrolamentos e massa do transformador de 1000 VAErro! Indicador no definido.

    Tabela 6 - Materiais utilizados para o ensaio de polaridade .................... Erro! Indicador no definido.

    Tabela 7 - Dados para o ensaio de Polaridade do transformador de 500 VAErro! Indicador no definido.

    Tabela 8 - Dados para o ensaio de Polaridade do transformador de 1000 VAErro! Indicador no definido.

    Tabela 9 - Materiais utilizados para ensaio de resistncia dos enrolamentosErro! Indicador no definido.

    Tabela 10 - Medidas do ensaio de resistncia de enrolamento 500 VA . Erro! Indicador no definido.

    Tabela 11 - Resultados das medidas para trafo de 500 VA .................... Erro! Indicador no definido.

    Tabela 12 - Medidas do ensaio de resistncia de enrolamento 100 VA . Erro! Indicador no definido.

    Tabela 13 - Resultados das medidas para trafo de 100 VA .................... Erro! Indicador no definido.

    Tabela 14 - Materiais utilizados para o ensaio de relao de tenso ...... Erro! Indicador no definido.

    Tabela 15 - Relaes de tranformao Trafo de 1000 VA ...................... Erro! Indicador no definido.

    Tabela 16 - Relaes de transformao Trafo de 500 VA ....................... Erro! Indicador no definido.

    Tabela 17 - Relaes de transformao Trafo de 100 VA ....................... Erro! Indicador no definido.

    Tabela 18 - Resultados para o transformador de 500VA ........................ Erro! Indicador no definido.

    Tabela 19 - Resultados para o transformador de 100VA ........................ Erro! Indicador no definido.

    Tabela 20 - Resultados para o transformador de 500VA ........................ Erro! Indicador no definido.

    Tabela 21 - Resultados para o transformador de 100VA ........................ Erro! Indicador no definido.

  • 6

    SUMRIO

    1. ENSAIO DE MOTOR CC LIGAO SRIE ...........................................................................9

    1.1. OBJETIVO ..................................................................................................................................9

    1.2. MATERIAIS E MTODOS ..........................................................................................................9

    1.2.1. Lista de Materiais ........................................................................................................................9

    1.2.2. Metodologia .............................................................................................................................. 10

    1.2.2.1. Ensaio Motor CC Srie ............................................................................................................ 10

    1.2.3. Procedimento 1: Ajuste do motor ............................................................................................. 10

    1.2.4. Procedimento 2: Torque e Velocidade de Sada ..................................................................... 10

    1.2.5. Cuidados na execuo do ensaio. ........................................................................................... 11

    1.3. RESULTADOS E DISCUSSES ............................................................................................ 12

    1.3.1. Ensaio Motor CC Ligao Srie ............................................................................................ 12

    1.3.2. Resistncia dos Enrolamentos ................................................................................................. 12

    1.3.3. Ajuste de Velocidade ................................................................................................................ 12

    1.3.4. Esquema de Conexo do Motor CC ........................................................................................ 13

    1.3.5. Relao entre T e Ia e entre T e .......................................................................................... 13

    1.3.6. Torque eletromagntico do motor CC ...................................................................................... 14

    1.3.7. Dados da Mquina CC e Gerador Sncrono ............................................................................ 16

    1.4. CONCLUSO DO ENSAIO MOTOR CC LIGAO SRIE ................................................ 16

    2. ENSAIO DE MOTOR CC LIGAO COMPOSTA LONGA COMULATIVA ....................... 17

    2.1. OBJETIVO ............................................................................................................................... 17

    2.2. MATERIAIS E MTODOS ....................................................................................................... 17

    2.2.1. Lista de Materiais ..................................................................................................................... 17

    2.2.2. Metodologia .............................................................................................................................. 17

    2.2.2.1. Ensaio Motor CC com Ligao Composta Longa Derivativa ................................................... 17

    2.2.1. Procedimento 1: Ajuste do Motor CC ....................................................................................... 18

    2.2.2. Procedimento 2: Torque e Velocidade de Sada ..................................................................... 18

    2.2.3. Cuidados na execuo do ensaio. ........................................................................................... 19

    2.3. RESULTADOS E DISCUSSES ............................................................................................ 20

    2.3.1. Ensaio Motor CC Ligao Composta Longa Comulativa ...................................................... 20

    2.3.2. Ajuste de Velocidade ................................................................................................................ 20

    2.3.3. Esquema de Conexo do Motor CC ........................................................................................ 21

    2.3.4. Torque eletromagntico e Velocidade do motor CC ................................................................ 22

    2.3.5. Dados da Mquina CC e Gerador Sncrono ............................................................................ 24

    2.4. CONCLUSO DO ENSAIO MOTOR CC LIGAO COMPOSTA LONGA

    COMULATIVA....................................................................................................................................... 24

    3. ENSAIO GERADOR CC LIGAO SHUNT ........................................................................ 25

    3.1. OBJETIVO ............................................................................................................................... 25

    3.2. MATERIAIS E MTODOS ....................................................................................................... 25

  • 7

    3.2.1. Lista de Materiais ..................................................................................................................... 25

    3.2.2. Metodologia .............................................................................................................................. 25

    3.2.2.1. Ensaio Gerador Shunt .............................................................................................................. 25

    3.2.3. Procedimento 1: Configurao do motor ................................................................................. 26

    3.2.4. Procedimento 2: Circuito de excitao ..................................................................................... 26

    3.2.5. Procedimento 3: Curto-Circuito nos terminais de excitao .................................................... 27

    3.2.6. Cuidados na execuo do ensaio. ........................................................................................... 27

    3.3. RESULTADOS E DISCUSSES ............................................................................................ 28

    3.3.1. Ensaio Gerador CC Ligao Shunt ....................................................................................... 28

    3.3.2. Acionamento do motor sncrono .............................................................................................. 28

    3.3.3. Sincronizao do motor sncrono ............................................................................................. 29

    3.3.4. Tenso de Armadura antes da ligao Shunt .......................................................................... 29

    3.3.5. Tenso de Armadura antes da ligao Shunt .......................................................................... 29

    3.3.6. Discusso aps a ligao shunt. .............................................................................................. 29

    3.3.7. Discusso sobre a velocidade do motor sncrono. .................................................................. 30

    3.3.8. Aplicao de carga ao gerador CC Shunt ................................................................................ 30

    3.3.9. Valores obtidos com a variao da carga no gerador CC Shunt ............................................. 30

    3.3.10. Esquema de ligao do experimento ....................................................................................... 31

    3.3.11. Caracterstica Tenso de Terminal x Corrente de Carga ........................................................ 32

    3.3.12. Dados da Mquina CC e Gerador Sncrono ............................................................................ 32

    3.4. CONCLUSO DO ENSAIO GERADOR CC LIGAO SHUNT ......................................... 33

    4. ENSAIO GERADOR CC EXCITAO INDEPENDENTE ................................................... 34

    4.1. OBJETIVO ............................................................................................................................... 34

    4.2. MATERIAIS E MTODOS ....................................................................................................... 34

    4.2.1. Lista de Materiais ..................................................................................................................... 34

    4.2.2. Metodologia .............................................................................................................................. 34

    4.2.2.1. Ensaio Gerador Excitao Independente ................................................................................ 34

    4.2.3. Procedimento 1: Configurao do motor ................................................................................. 35

    4.2.4. Procedimento 2: Circuito de excitao ..................................................................................... 35

    4.2.5. Procedimento 3: Curto-Circuito nos terminais de excitao .................................................... 36

    4.2.6. Cuidados na execuo do ensaio. ........................................................................................... 36

    4.3. RESULTADOS E DISCUSSES ............................................................................................ 37

    4.3.1. Ensaio Gerador CC Excitao Independente ....................................................................... 37

    4.3.2. Acionamento do motor sncrono .............................................................................................. 37

    4.3.3. Sincronizao do motor sncrono ............................................................................................. 38

    4.3.4. Ajuste da Tenso de Armadura ............................................................................................... 38

    4.3.5. Caracterstica Tenso de Armadura x Corrente de Campo ..................................................... 39

    4.3.6. Aplicao de carga ao gerador CC Excitao Independente .................................................. 40

    4.3.7. Esquema de ligao do experimento ....................................................................................... 40

    4.3.8. Caracterstica Tenso de Terminal x Corrente de Carga ........................................................ 41

  • 8

    4.3.9. Dados da Mquina CC e Motor Sncrono ................................................................................ 41

    4.4. CONCLUSO DO ENSAIO GERADOR CC LIGAO SHUNT ......................................... 42

    5. REFERNCIAS ........................................................................................................................ 43

  • 9

    1. ENSAIO DE MOTOR CC LIGAO SRIE

    1.1. OBJETIVO

    Verificar a influncia da tenso de excitao aplicada Vt e da corrente de

    campo If (e consequentemente do fluxo magntico no entreferro) na velocidade

    do motor. Os enrolamentos de campo e de armadura do motor CC sero

    ligados em srie.

    Neste experimento, a mquina CC opera como motor, transformando a

    potncia eltrica recebida na entrada (tenso e corrente) em potncia

    mecnica fornecida em seu eixo (torque e velocidade). No motor CC, a

    corrente de armadura flui tambm pelo enrolamento de campo. Em

    consequncia, a corrente de excitao a mesma que a de armadura.

    Para as bobinas do enrolamento de campo srie, utilizam-se condutores

    co seco transversal suficientemente grande para conduzir uma corrente

    elevada sem problemas de aquecimento. Geralmente esta bobina tem um

    pequeno nmero de espiras. Como consequncia, a resistncia muito baixa,

    praticamente da mesma ordem que a resistncia do circuito de armadura. A

    resistncia total do motor CC srie dada pela soma das resistncias do

    circuito de campo e de armadura.

    1.2. MATERIAIS E MTODOS

    1.2.1. Lista de Materiais

    Voltmetro;

    Ampermetro.

    2 Fontes CC;

    Tacmetro;

    Mquina CC: funcionando como motor;

    Mquina Sncrona: Funcionando como Gerador CA;

    Reostato Trifsico de 50 .

  • 10

    1.2.2. Metodologia

    1.2.2.1. Ensaio Motor CC Srie

    Para verificar o comportamento do motor CC Srie, ser utilizado uma

    fonte CC para alimentar os seus terminais, com os enrolamento de campo e

    armadura ligados em srie. Utilizar-se- tambm uma mquina sncrona,

    funcionando como gerador (carga), que possibilitar analisar as caractersticas

    de sada do motor variando-se gradativamente a carga.

    1.2.3. Procedimento 1: Ajuste do motor

    Inicialmente, ser medido as resistncias dos enrolamentos do motor

    CC. Em seguida, ser realizada a partida com tenso reduzida do motor CC a

    vazio, onde variar-se- a tenso de alimentao at que a velocidade do motor

    seja igual nominal (1800 RPM).

    1.2.4. Procedimento 2: Torque e Velocidade de Sada

    Com o motor ajustado na velocidade nominal de 1800 RPM, os

    seguintes passos devem ser realizados:

    Realizar o fechamento das bobinas do gerador sncrono atravs da

    ligao tringulo paralelo, mostrada abaixo.

    Figura 1 - Configurao do motor sncrono

  • 11

    Ajustar os trs dinammetros ao motor CC, para a medio de

    conjugado do motor CC, anotando a distncia de cada dinammetro ao

    centro do eixo do motor CC;

    Desacoplar com cuidado o estator do motor CC para que o mesmo gire

    livremente;

    Por fim, dar partida no motor CC, excitando o enrolamento de campo do

    gerador sncrono gradativamente at que o mesmo alcane a tenso de

    linha de 220V. Para excitao deste enrolamento de campo, deve ser

    utilizado uma segunda fonte CC.

    1.2.5. Cuidados na execuo do ensaio.

    Para a execuo de cada ensaio, foram tomados alguns cuidados:

    Antes da execuo do ensaio, verificar na bancada os terminais

    de alimentao;

    Para cada experincia, anotar os instrumentos utilizados,

    quantidade dos mesmos, nmero do patrimnio e escalas

    utilizadas;

    Certificar cuidadosamente dos esquemas de ligao;

    Quando apropriado, aplicar lentamente a alimentao ao circuito

    de ensaio.

    Chamar o Professor para conferir o esquema de ligao antes de

    energiz-lo.

    Trabalhar com o circuito desligado, principalmente se houver

    correes.

  • 12

    1.3. RESULTADOS E DISCUSSES

    1.3.1. Ensaio Motor CC Ligao Srie

    O enrolamento de campo do motor CC foi conectado em srie com o

    enrolamento de armadura.

    A lista de instrumentos, materiais e equipamentos para este ensaio

    mostrado na tabela que segue.

    Tabela 1 Materiais utilizados no ensaio do Motor CC Srie

    TIPO QUANTIDADE GRANDEZA

    MEDIDA

    NMERO DE

    PATRIMNIO

    Multmetro 1 Tenso 312890

    Multmetro 1 Tenso 312882

    Multmetro 1 Corrente 2442

    Tacmetro 1 RPM 312835

    1.3.2. Resistncia dos Enrolamentos

    Os valores das resistncias do enrolamento de campo srie (Rs), do

    circuito de armadura (Ra) e a resistncia do enrolamento Shunt (Rd) foram

    anotados abaixo:

    1.3.3. Ajuste de Velocidade

    Os valores da tenso de entrada e corrente de armadura para diferentes

    velocidades do motor CC foram obtidos e anotados na tabela abaixo.

    Tabela 2 - Variao de Ia e Vt conforme a velocidade

    (rpm) 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800

    Ia (A) 2 2,801 2,902 2,92 2,87 2,816 2,76 2,685 2,601 2,512

    Vt (V) 6,5 12,53 17,25 22,4 27,65 33,36 39,1 46,1 52,4 60,1

  • 13

    Analisando os valores da tabela anterior, nota-se que, como o motor

    est sem carga, a estabilizao da velocidade ocorrer com um valor de tenso

    consideravelmente menor que o nominal. Nestas condies, a nica carga

    mecnica a referente s perdas no sistema motor-gerador.

    1.3.4. Esquema de Conexo do Motor CC

    O esquema de alimentao do motor CC apresentado a seguir,

    mostrando tambm os aparelhos de medio necessrios obteno das

    grandezas requisitadas.

    Figura 2 - Esquema de Alimentao do Motor CC Srie

    Para invertermos o sentido de rotao do motor CC, basta invertermos

    as polaridades da armadura.

    1.3.5. Relao entre T e Ia e entre T e

    Da teoria, o conjugado eletromagntico e a tenso gerada de uma

    mquina CC so respectivamente,

    Combinando as duas equaes,

    Dessa forma, vemos que T de certa maneira proporcional a Ia e

    inversamente proporcional a .

  • 14

    1.3.6. Torque eletromagntico do motor CC

    As distncias de cada dinammetro ao centro do eixo do motor CC so

    mostradas abaixo.

    D1 = 24,5cm D2 = 28cm D3 = 32cm

    Com o enrolamento de campo do gerador sncrono sendo excitado

    gradativamente, foram anotados os valores que se pedem na tabela abaixo.

    Tabela 3 - Parmetros para o levantamento das curvas T x Ia e T x

    V-linha

    gerador 0 25 50 75 100 125 150 175 200

    (rpm) 1850 1845 1843 1820 1740 1730 1687 1619 1518

    Ia (A) 2,37 2,38 2,4 2,47 2,51 2,603 2,703 2,845 3,057

    Va (V) 58,5 58,5 58,4 58,3 57,7 57,6 57,6 57,3 56,9

    F1 (N) 1,02 1,03 1,1 1,18 1,2 1,29 1,4 1,59 1,82

    F2 (N) 1,1 1,11 1,12 1,22 1,29 1,39 1,55 1,81 2,2

    F3 (N) 1 1,03 1,05 1,18 1,25 1,39 1,58 1,89 2,3

    T (Nm) 0,88 0,893 0,919 1,008 1,055 1,15 1,283 1,5 1,798

    onde o torque eletromagntico T foi calculado por:

  • 15

    As curvas T x Ia e T x so mostradas a seguir.

    Figura 3 - Curva Torque x Corrente de Armadura do motor Srie

    Figura 4 - Curva Torque x Velocidade do motor Srie

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    2,5

    3

    3,5

    0 0,5 1 1,5 2

    Co

    rren

    te d

    e A

    rmad

    ura

    (A

    )

    Torque Eletromagntico (Nm)

    Curva T x Ia

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    1400

    1600

    1800

    2000

    0 0,5 1 1,5 2

    Vel

    oci

    dad

    e

    (rp

    m)

    Torque Eletromagntico T (Nm)

    Curva T x

  • 16

    1.3.7. Dados da Mquina CC e Gerador Sncrono

    Foram anotados os dados das placas dos equipamentos na tabela

    abaixo.

    Tabela 4 Caractersticas Nominais do Motor Sncrono e Mquina CC

    Caractersticas Nominais Gerador Sncrono Mquina CC

    Potncia 1kW 1,25cv

    Corrente 4,1A 6A

    Tenso 220V 180V

    Velocidade de Rotao 1800rpm 1800rpm

    1.4. CONCLUSO DO ENSAIO MOTOR CC LIGAO SRIE

    Como podemos ver nos grficos anteriores, no motor srie, a aumento

    de carga (aumento do torque eletromagntico) acompanhado por elevaes

    da corrente e do fluxo de armadura, e do fluxo de campo do estator (desde que

    o ferro no seja completamente saturado). Como o fluxo aumenta com a carga,

    a velocidade deve cair para se manter o equilbrio entre a tenso aplicada e a

    fora contra-eletromotriz.

    De fato, as curvas apresentadas se mostram restritas a uma pequena

    faixa de valores e no to exatas. Isso aconteceu devido as restries e

    dificuldades encontradas na realizao da atividade em laboratrio.

  • 17

    2. ENSAIO DE MOTOR CC LIGAO COMPOSTA LONGA

    COMULATIVA

    2.1. OBJETIVO

    Verificar a influncia da tenso de excitao aplicada Vt e da corrente de

    campo If (e consequentemente do fluxo magntico no entreferro) na velocidade

    do motor.

    Neste experimento, a mquina CC opera como motor, transformando a

    potncia eltrica recebida na entrada (tenso e corrente) em potncia

    mecnica fornecida em seu eixo (torque e velocidade). Vamos avaliar o

    comportamento do motor variando a tenso de entrada e a corrente de campo

    para a mquina com excitao composta longa.

    2.2. MATERIAIS E MTODOS

    2.2.1. Lista de Materiais

    Voltmetro;

    Ampermetro;

    2 Fontes CC.

    Tacmetro;

    Dinammetro;

    Mquina CC: funcionando como motor;

    Mquina Sncrona: funcionando como Gerador CA;

    Reostato de 100 .

    2.2.2. Metodologia

    2.2.2.1. Ensaio Motor CC com Ligao Composta Longa Derivativa

  • 18

    Para verificar o comportamento do motor CC com ligao composta

    longa derivativa, ser utilizado uma fonte CC para alimentar os seus terminais,

    com os enrolamento de campo (shunt) derivado do circuito de armadura.

    Utilizar-se- tambm uma mquina sncrona, funcionando como gerador

    (carga), que possibilitar analisar as caractersticas de sada do motor

    variando-se gradativamente a carga.

    2.2.1. Procedimento 1: Ajuste do Motor CC

    Ser realizada a partida com tenso reduzida do motor CC em vazio

    (configurao Composta Longa), onde variar-se- a tenso de alimentao at

    que a velocidade do motor seja igual 1400 RPM. O reostato de 100 dever

    ser ligado em srie ao campo em derivao, ajustado no seu valor mnimo.

    Com o motor CC j ajustado na velocidade de 1400 RPM, variar-se- a

    resistncia de Reostato de campo Shunt com o objetivo de se analisar o efeito

    dessa variao.

    2.2.2. Procedimento 2: Torque e Velocidade de Sada

    Com o motor ajustado na velocidade 1400 RPM, devem ser realizados

    os seguintes passos:

    Realizar o fechamento das bobinas do gerador sncrono atravs da

    ligao tringulo paralelo, como mostrada abaixo.

    Figura 5 - Configurao do motor sncrono

  • 19

    Ajustar os trs dinammetros ao motor CC, para a medio de

    conjugado do motor CC, anotando a distncia de cada dinammetro ao

    centro do eixo do motor CC;

    Desacoplar com cuidado o estator do motor CC para que o mesmo gire

    livremente;

    Por fim, dar partida no motor CC, excitando o enrolamento de campo do

    gerador sncrono gradativamente at que o mesmo alcane a tenso de

    linha de 160V. Para excitao deste enrolamento de campo, deve ser

    utilizado uma segunda fonte CC.

    2.2.3. Cuidados na execuo do ensaio.

    Para a execuo de cada ensaio, foram tomados alguns cuidados:

    Antes da execuo do ensaio, verificar na bancada os terminais

    de alimentao;

    Para cada experincia, anotar os instrumentos utilizados,

    quantidade dos mesmos, nmero do patrimnio e escalas

    utilizadas;

    Certificar cuidadosamente dos esquemas de ligao;

    Quando apropriado, aplicar lentamente a alimentao ao circuito

    de ensaio.

    Chamar o Professor para conferir o esquema de ligao antes de

    energiz-lo.

    Trabalhar com o circuito desligado, principalmente se houver

    correes.

  • 20

    2.3. RESULTADOS E DISCUSSES

    2.3.1. Ensaio Motor CC Ligao Composta Longa Comulativa

    O enrolamento de campo do motor CC foi conectado em derivao longa

    com o enrolamento de armadura.

    A lista de instrumentos, materiais e equipamentos para este ensaio

    mostrado na tabela que segue.

    Tabela 5 Materiais utilizados no ensaio do Motor CC Srie

    TIPO QUANTIDADE GRANDEZA

    MEDIDA

    NMERO DE

    PATRIMNIO

    Multmetro 1 Tenso 312890

    Multmetro 1 Tenso 312882

    Multmetro 1 Corrente 2442

    Tacmetro 1 RPM 312835

    2.3.2. Ajuste de Velocidade

    Os valores da tenso de entrada, corrente de armadura e corrente de

    carga para diferentes velocidades do motor CC foram obtidos e anotados na

    tabela abaixo.

    (rpm) 0 200 400 600 800 1000 1200 1400

    IL (A) 0 2,12 2,01 1,83 1,606 1,39 1,31 1,38

    Ia (A) 0 2,12 2,00 1,8 1,55 1,29 1,16 1,17

    Vt (V) 0 13,05 20,6 31,23 47,3 71,2 101,6 134,5

  • 21

    2.3.3. Esquema de Conexo do Motor CC

    Figura 6 - Esquema de Conexo do Motor CC

    Com o motor CC ajustado em 1400 RPM, variou- se a resistncia do

    Reostato do campo Shunt. Os valores encontrados so mostrados na tabela

    abaixo.

    Tabela 6 - Caractersticas do Motor para diferentes valores do Reostato

    Grandezas

    Resistncia do Reostato

    0 50

    (rpm) 1400 1440

    IL (A) 1,38 1,33

    Ia (A) 1,17 1,15

    Vt (V) 134,5 133,7

    Quando aumentamos a resistncia de Reostato do campo Shunt, a

    corrente de campo ir diminuir para compensar o aumento dessa resistncia, j

    a tenso de Terminal Vt ir se manter praticamente constante. Juntamente com

    If, o fluxo de campo tambm ir diminuir, fazendo com que a velocidade de

    rotao aumente para satisfazer a equao

  • 22

    j que Ea tambm permanece praticamente constante.

    Independentemente da variao da resistncia do Reostato de campo

    em derivao, a corrente Ia permanecer tambm praticamente constante,

    fazendo com que IL diminua proporcionalmente a If..

    Quanto a inverso do sentido de rotao do motor CC, esta se fez pela

    inverso das polaridades de armadura.

    2.3.4. Torque eletromagntico e Velocidade do motor CC

    As distncias de cada dinammetro ao centro do eixo do motor CC so

    mostradas abaixo.

    D1 = 24,5cm D2 = 28cm D3 = 32cm

    Com o enrolamento de campo do gerador sncrono sendo excitado

    gradativamente, foram anotados os valores que se pedem na tabela abaixo.

    Tabela 7 - Parmetros para o levantamento das curvas T x Ia e T x

    V-linha

    gerador 20 40 60 80 100 120 140 160

    (rpm) 1395 1396 1390 1385 1382 1374 1360 1355

    Ia (A) 0,924 0,93 0,95 0,98 1,005 1,041 1,095 1,159

    Va (V) 121,6 121,3 120,8 120 119,6 118,7 117,8 117,3

    F1 (N) 0,78 0,79 0,8 0,82 0,87 0,92 1 1,05

    F2 (N) 0,8 0,8 0,82 0,85 0,9 0,95 1,05 1,1

    F3 (N) 0,72 0,74 0,78 0,8 0,83 0,91 1,02 1,08

    T (Nm) 0,646 0,66 0,675 0,695 0,73 0,783 0,865 0,911

    onde o torque eletromagntico T foi calculado por:

  • 23

    As curvas T x Ia e T x so mostradas a seguir.

    Figura 7 - Curva Torque x Corrente de Armadura do motor Composto

    Figura 8 - Curva Torque x Velocidade do motor Composto

    0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1

    1,2

    1,4

    0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

    Co

    rren

    te d

    e A

    rmad

    ura

    (A

    )

    Torque Eletromagntico (Nm)

    Curva T x Ia

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    1400

    1600

    0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

    Vel

    oci

    dad

    e (

    rpm

    )

    Torque Eletromagntico (Nm)

    Curva T x

  • 24

    2.3.5. Dados da Mquina CC e Gerador Sncrono

    Foram anotados os dados das placas dos equipamentos na tabela

    abaixo.

    Tabela 8 Caractersticas Nominais do Motor Sncrono e Mquina CC

    Caractersticas Nominais Gerador Sncrono Mquina CC

    Potncia 1kW 1,25cv

    Corrente 4,1A 6A

    Tenso 220V 180V

    Velocidade de Rotao 1800rpm 1800rpm

    2.4. CONCLUSO DO ENSAIO MOTOR CC LIGAO COMPOSTA LONGA COMULATIVA

    Nos motores com ligao composta longa cumulativa, o campo em srie

    ligado de forma aditiva de modo que sua FMM soma-se a do campo em

    derivao. Como podemos ver nos grficos anteriores, um motor composto

    aditivo tem caractersticas intermedirias entre a de um motor em srie e um

    em derivao.

    Novamente, as curvas apresentadas se mostram restritas a uma

    pequena faixa de valores e no to exatas devido as restries e dificuldades

    encontradas na realizao da atividade em laboratrio, principalmente no que

    se diz respeito a medio do conjugado do motor CC.

  • 25

    3. ENSAIO GERADOR CC LIGAO SHUNT

    3.1. OBJETIVO

    Verificar o comportamento da sada de tenso do gerador CC Shunt a

    vazio e com carga aplicada aos seus terminais, quando a corrente na carga

    varia com o tempo.

    3.2. MATERIAIS E MTODOS

    3.2.1. Lista de Materiais

    Voltmetro;

    Ampermetro;

    Tacmetro;

    Fonte 12Vcc 3,5A;

    Reostatos 100 e 50;

    Mquina CC, funcionando como Gerador Shunt;

    Mquina Sncrona, funcionando como motor.

    3.2.2. Metodologia

    3.2.2.1. Ensaio Gerador Shunt

    Para verificar o comportamento do gerador CC Shunt, ser utilizado uma

    mquina sncrona acoplada ao eixo do gerador de corrente continua. O

    enrolamento no estator do motor sncrono deve ser ligado na rede eltrica

    trifsica 220V, passando por disjuntores termomagnticos de proteo.

    O enrolamento estatrico do motor sncrono possui seis bobinas com

    tenso nominal de 220V cada uma. Realizar-se- a conexo das bobinas na

    configurao delta-paralelo.

    Para o acionamento da partida do motor sncrono, antes se deve

    verificar que os terminais do enrolamento de campo estejam curto-circuitados,

    devido a alta tenso induzida no mesmo durante a partida.

  • 26

    3.2.3. Procedimento 1: Configurao do motor

    Os terminais do motor sncrono devem ser alimentados na rede trifsica

    de 220Vac. O fechamento das seis bobinas do motor ser realizado em Dela-

    Paralelo, como mostra o esquema de ligao a seguir:

    Figura 9 - Configurao do motor sncrono.

    3.2.4. Procedimento 2: Circuito de excitao

    Para o circuito de excitao do motor sncrono, utilizaremos uma fonte

    de alimentao fixa de 12Vcc ligada em srie com o reostato, ajustado em 50

    aproximadamente. Por meio do reostato ser controlada a corrente de

    excitao do motor sncrono, tomando a precauo de no ultrapassar seu

    valor nominal.

    Figura 10 - Circuito de excitao do motor sncrono.

  • 27

    3.2.5. Procedimento 3: Curto-Circuito nos terminais de excitao

    Para o acionamento da partida do motor sncrono, antes se deve

    verificar que os terminais do enrolamento de campo, do circuito de excitao da

    Figura 1, estejam curto-circuitados.

    Figura 11 - Curto-circuito no circuito de excitao.

    Durante a partida a alta tenso induzida inicial do rotor do motor

    sncrono pode ocasionar efeitos indesejveis no equipamento, por isso a

    necessidade do curto-circuito nos terminais de excitao do motor.

    3.2.6. Cuidados na execuo do ensaio.

    Para a execuo de cada ensaio, foram tomados alguns cuidados:

    Antes da execuo do ensaio, verificar na bancada os terminais

    de alimentao;

    Para cada experincia, anotar os instrumentos utilizados,

    quantidade dos mesmos, nmero do patrimnio e escalas

    utilizadas;

    Certificar cuidadosamente dos esquemas de ligao;

    Quando apropriado, aplicar lentamente a alimentao ao circuito

    de ensaio.

    Chamar o Professor para conferir o esquema de ligao antes de

    energiz-lo.

    Trabalhar com o circuito desligado, principalmente se houver

    correes.

  • 28

    3.3. RESULTADOS E DISCUSSES

    3.3.1. Ensaio Gerador CC Ligao Shunt

    O enrolamento de campo do gerador CC foi conectado em derivao

    com a armadura, resultando em um gerador shunt.

    A lista de instrumentos, materiais e equipamentos para este ensaio

    mostrado na tabela que segue.

    Tabela 9 - Materiais utilizados no ensaio de Gerador CC Shunt

    TIPO QUANTIDADE GRANDEZA

    MEDIDA

    NMERO DE

    PATRIMNIO

    Multmetro 1 Tenso 312890

    Multmetro 1 Corrente 312888

    Multmetro 1 Corrente 312889

    Multmetro 1 Corrente 2448

    Tacmetro 1 RPM 312835

    Reostato 1K 1 364887

    3.3.2. Acionamento do motor sncrono

    Energizado o motor, aps aplicar o esquema de ligao das Figuras 1 e

    3, com os terminais de excitao em curto. Observou-se o comportamento da

    partida do motor at atingir o regime e retirou-se o curto-circuito aplicado aos

    terminais de excitao. Mantendo a excitao de campo nulo, notou-se que a

    mquina sncrona vibrava, comportamento explicado pela falta de

    sincronizao da mesma.

    Durante este regime de operao, foram medidas as seguintes

    grandezas:

    Velocidade: 1660 rpm

    Corrente de linha do motor: 4,28 A

  • 29

    3.3.3. Sincronizao do motor sncrono

    Utilizando a Fonte CC, aumentou-se a corrente de campo da mquina

    sncrona atravs da variao do reostato ligado em srie, como mostra a

    Figura 2. Este variao perdurou at que o motor entrou em sincronismo com o

    campo do estator (escorregamento S nulo).

    Com o motor sincronizado, mediram-se as seguintes grandezas:

    Velocidade: 1800 rpm.

    Corrente de linha do motor: 2,08 A.

    Corrente de campo utilizada na sincronizao: 1,15 A.

    3.3.4. Tenso de Armadura antes da ligao Shunt

    Com o motor em funcionamento, devidamente acoplado ao gerador CC,

    medimos a tenso na armadura do gerador sem aplicar nenhum mtodo de

    excitao dos enrolamentos de campo:

    Tenso de sada medida: 10,26V.

    3.3.5. Tenso de Armadura antes da ligao Shunt

    Com o motor em funcionamento, aplicamos mtodo de excitao dos

    enrolamentos de campo Shunt. Com o gerador shunt sem carga, medimos a

    tenso e corrente de armadura a vazio:

    Tenso de sada medida: 172,2V.

    Corrente de armadura medida: 0,281A.

    3.3.6. Discusso aps a ligao shunt.

    Com o gerador na configurao shunt e sem carga, observamos que a

    tenso gerada na armadura elevou-se quase at a tenso nominal do gerador.

    Excitando o enrolamento de campo, aumentamos o fluxo por plo no entreferro

  • 30

    sobre o eixo direto, com isso aumentamos a tenso gerada. Isso mantendo a

    velocidade nominal no eixo do gerador.

    No entanto, os geradores shunt so capazes de se auto-excitar em

    condies apropriadas de operao. Neste caso a tenso gerada ira se elevar

    espontaneamente, caracterizando o escorvamento do gerador shunt. Essa

    elevao na tenso foi iniciada pela presena de um magnetismo residual na

    estrutura do campo, atingindo um valor que determinado pela saturao

    magntica. Por mais que aumentssemos a corrente de excitao, a tenso

    gerada no aumentaria mais do que seu valor nominal.

    3.3.7. Discusso sobre a velocidade do motor sncrono.

    A velocidade do motor sncrono manteve-se constante aps aplicar o

    mtodo shunt de excitao do enrolamento de campo no gerador acoplado ao

    eixo do motor. O motor sncrono um motor de velocidade constante, e

    operava em condio de carga praticamente a vazio, pois o gerador no

    possua carga, logo a velocidade deve permanecer constante.

    3.3.8. Aplicao de carga ao gerador CC Shunt

    Aplicou-se uma carga varivel nos terminais de sada do gerador CC

    Shunt, por meio de um reostato de 1k. O esquema do circuito pode ser

    verificado na Figura 4. A variao da carga tambm varia a corrente de

    armadura, tomando-se o cuidado de no ultrapassar seu valor nominal.

    3.3.9. Valores obtidos com a variao da carga no gerador CC Shunt

    Variando o reostato, aplicado como carga ao gerador, anotou-se os

    valores de corrente de carga IL, corrente de armadura IA e tenso de terminal

    VT do gerador CC Shunt. Os valores podem ser vistos na tabela a seguir:

    Verificar que foi medido corrente de campo e no de armadura

  • 31

    Tabela 10 Variao da carga do Gerador CC Shunt

    IA (A) IL (A) VT (V)

    0,253 0,163 165,2

    0,252 0,169 165,2

    0,252 0,177 165,1

    0,252 0,189 164,8

    0,251 0,200 164,7

    0,251 0,213 164,6

    0,251 0,231 164,4

    0,250 0,251 164,2

    0,249 0,276 163,9

    0,249 0,288 163,8

    0,249 0,315 163,4

    0,248 0,355 162,9

    0,247 0,406 162,4

    0,245 0,466 161,8

    0,243 0,570 160,6

    0,239 0,709 157,1

    0,236 0,871 155,2

    0,188 1,010 124,8

    3.3.10. Esquema de ligao do experimento

    O esquema utilizado para analisar as caractersticas do gerador CC

    Shunt pode ser vista a seguir:

    Figura 12 Circuito do Gerador CC Shunt.

  • 32

    3.3.11. Caracterstica Tenso de Terminal x Corrente de Carga

    Com os dados da Tabela 1, construmos o grfico VT x IL do gerador

    Shunt:

    Figura 13 - Grfico VT x IL do Gerador CC Shunt

    3.3.12. Dados da Mquina CC e Gerador Sncrono

    Foram anotados os dados das placas dos equipamentos na tabela

    abaixo.

    Tabela 11 Caractersticas Nominais do Motor Sncrono e Mquina CC

    Caractersticas Nominais Motor Sncrono Mquina CC

    Potncia 1kW 1,25cv

    Corrente 4,1A 6A

    Tenso 220V 180V

    Velocidade de Rotao 1800rpm 1800rpm

    Caracterstica Tenso x Corrente

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180

    0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2

    Corrente de Carga

    Ten

    so

    de T

    erm

    inal

    .

  • 33

    3.4. CONCLUSO DO ENSAIO GERADOR CC LIGAO SHUNT

    O ensaio de gerador shunt mostra um dos mtodos de excitao dos

    enrolamentos de campo de um gerador auto-excitado. Assim como a presena

    de um magnetismo residual no ferro da mquina para que o processo de auto-

    excitao possa iniciar.

    Experimentalmente mostrou-se que geradores em derivao apresentam

    um decaimento da tenso gerada com o aumento da carga. Em este tipo de

    geradores, a excitao do campo em derivao depende da tenso de terminal.

    Quando se aplicou a carga de 122,8, a mquina sncrona perdeu o

    sincronismo.

  • 34

    4. ENSAIO GERADOR CC EXCITAO INDEPENDENTE

    4.1. OBJETIVO

    Verificar o comportamento da sada de tenso do gerador CC Excitao

    Independente com carga aplicada aos seus terminais, quando a corrente na

    carga varia no tempo.

    4.2. MATERIAIS E MTODOS

    4.2.1. Lista de Materiais

    Voltmetro;

    Ampermetro;

    Tacmetro;

    Fonte 12Vcc 3,5A;

    Reostatos 100 e 50;

    Mquina CC, funcionando como Gerador Shunt;

    Mquina Sncrona, funcionando como motor.

    4.2.2. Metodologia

    4.2.2.1. Ensaio Gerador Excitao Independente

    Para verificar o comportamento do gerador CC Excitao Independente,

    ser utilizada uma mquina sncrona acoplada ao eixo do gerador de corrente

    continua. O enrolamento no estator do motor sncrono deve ser ligado na rede

    eltrica trifsica 220V, passando por disjuntores termomagnticos de proteo.

    O enrolamento estatrico do motor sncrono possui seis bobinas com

    tenso nominal de 220V cada uma. Realizar-se- a conexo das bobinas na

    configurao delta-paralelo.

  • 35

    Para o acionamento da partida do motor sncrono, antes se deve

    verificar que os terminais do enrolamento de campo estejam curto-circuitados,

    devido a alta tenso induzida no mesmo durante a partida.

    4.2.3. Procedimento 1: Configurao do motor

    Os terminais do motor sncrono devem ser alimentados na rede trifsica

    de 220Vac. O fechamento das seis bobinas do motor ser realizado em Dela-

    Paralelo, como mostra o esquema de ligao a seguir:

    Figura 14 - Configurao do motor sncrono.

    4.2.4. Procedimento 2: Circuito de excitao

    Para o circuito de excitao do motor sncrono, utilizaremos uma fonte

    de alimentao fixa de 12Vcc ligada em srie com o reostato, ajustado em 50

    aproximadamente. Por meio do reostato ser controlada a corrente de

    excitao do motor sncrono, tomando a precauo de no ultrapassar seu

    valor nominal.

    Figura 15 - Circuito de excitao do motor sncrono.

  • 36

    4.2.5. Procedimento 3: Curto-Circuito nos terminais de excitao

    Para o acionamento da partida do motor sncrono, antes se deve

    verificar que os terminais do enrolamento de campo, do circuito de excitao da

    Figura 1, estejam curto-circuitados.

    Figura 16 - Curto-circuito no circuito de excitao.

    Durante a partida a alta tenso induzida inicial do rotor do motor

    sncrono pode ocasionar efeitos indesejveis no equipamento, por isso a

    necessidade do curto-circuito nos terminais de excitao do motor.

    4.2.6. Cuidados na execuo do ensaio.

    Para a execuo de cada ensaio, foram tomados alguns cuidados:

    Antes da execuo do ensaio, verificar na bancada os terminais

    de alimentao;

    Para cada experincia, anotar os instrumentos utilizados,

    quantidade dos mesmos, nmero do patrimnio e escalas

    utilizadas;

    Certificar cuidadosamente dos esquemas de ligao;

    Quando apropriado, aplicar lentamente a alimentao ao circuito

    de ensaio.

    Chamar o Professor para conferir o esquema de ligao antes de

    energiz-lo.

    Trabalhar com o circuito desligado, principalmente se houver

    correes.

  • 37

    4.3. RESULTADOS E DISCUSSES

    4.3.1. Ensaio Gerador CC Excitao Independente

    O enrolamento de campo do gerador CC foi conectado a uma fonte CC

    varivel independente, resultando em um gerador de excitao independente.

    A lista de instrumentos, materiais e equipamentos para este ensaio

    mostrado na tabela que segue.

    Tabela 12 - Materiais utilizados no ensaio de Gerador CC Shunt

    TIPO QUANTIDADE GRANDEZA

    MEDIDA

    NMERO DE

    PATRIMNIO

    Multmetro 1 Tenso 312890

    Multmetro 1 Corrente 312888

    Multmetro 1 Corrente 312889

    Multmetro 1 Corrente 2448

    Tacmetro 1 RPM 312835

    Reostato 1K 1 364887

    4.3.2. Acionamento do motor sncrono

    Energizado o motor, aps aplicar o esquema de ligao das Figuras 1 e

    3, com os terminais de excitao em curto. Observou-se o comportamento da

    partida do motor at atingir o regime e retirou-se o curto-circuito aplicado aos

    terminais de excitao. Mantendo a excitao de campo nulo, notou-se que a

    mquina sncrona vibrava, comportamento explicado pela falta de

    sincronizao da mesma.

    Durante este regime de operao, foram medidas as seguintes

    grandezas:

    Velocidade: 1664 rpm

    Corrente de linha do motor: 4,19 A

  • 38

    4.3.3. Sincronizao do motor sncrono

    Utilizando a Fonte CC, aumentou-se a corrente de campo da mquina

    sncrona atravs da variao do reostato ligado em srie com o enrolamento de

    excitao, como mostra a Figura 2. Este variao perdurou at que o motor

    entrou em sincronismo com o campo do estator (escorregamento S nulo).

    Com o motor sincronizado, mediram-se as seguintes grandezas:

    Velocidade: 1800 rpm.

    Corrente de linha do motor: 2,64 A.

    Corrente de campo utilizada na sincronizao: 1,20 A.

    4.3.4. Ajuste da Tenso de Armadura

    Com o motor sncrono em funcionamento, devidamente acoplado ao

    gerador CC, ajustamos a tenso na armadura do gerador sem aplicar nenhuma

    carga. Para isso variamos a excitao do gerador, por meio da variao da

    fonte CC independente conectada aos enrolamentos de campo.

    O ajuste realizou-se de tal forma que a tenso de armadura VA atingiu

    140V, por meio da elevao gradativa da tenso de excitao do campo,

    registrando uma escala de corrente IF para cada valor de tenso de sada. A

    seguir, diminumos a tenso de excitao para uma dada corrente excitao IF.

    Os resultados obtidos podem ser apreciados na Tabela a seguir.

  • 39

    Tabela 13 Ajuste da tenso de sada do Gerador CC Excitao Independente

    Corrente de campo de

    Excitao IF (A)

    Tenso de Armadura VA (V) Tenso de Armadura VA (V)

    0 10,00 10,78

    0,018 20,37 26,29

    0,037 33,25 42,00

    0,054 45,60 56,70

    0,070 58,20 69,90

    0,089 73,70 84,80

    0,110 90,20 100,20

    0,126 102,30 110,50

    0,141 112,70 119,60

    0,158 123,80 128,70

    0,177 134,70 136,70

    0,188 140,10 ---

    4.3.5. Caracterstica Tenso de Armadura x Corrente de Campo

    Com os dados da Tabela 5, construmos o grfico VA x IF do gerador CC

    excitao independente comparando o ciclo de elevao e reduo da tenso

    gerada sem carga:

    Figura 17 Grfico VA x IF do Gerador CC Excitao Independente

    Caracterstica Va x If

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    0 0,05 0,1 0,15 0,2

    Corrente de Campo

    Ten

    so

    de A

    rmad

    ura

    .

    Elevao

    Reduo

  • 40

    4.3.6. Aplicao de carga ao gerador CC Excitao Independente

    Aplicou-se uma carga varivel nos terminais de sada do gerador CC

    excitao independente, por meio de um reostato de 1k. O esquema do

    circuito pode ser verificado na Figura 10. A variao da carga tambm varia a

    corrente de armadura, tomando-se o cuidado de no ultrapassar seu valor

    nominal.

    4.3.7. Esquema de ligao do experimento

    O esquema utilizado para analisar as caractersticas do gerador CC

    Shunt pode ser vista a seguir:

    Figura 18 Circuito do Gerador CC Shunt.

  • 41

    4.3.8. Caracterstica Tenso de Terminal x Corrente de Carga

    Com os dados da Tabela 1, construmos o grfico VT x IL do gerador

    Shunt:

    Figura 19 - Grfico VT x IL do Gerador CC Shunt

    4.3.9. Dados da Mquina CC e Motor Sncrono

    Foram anotados os dados das placas dos equipamentos na tabela

    abaixo.

    Tabela 14 Caractersticas Nominais do Motor Sncrono e Mquina CC

    Caractersticas Nominais Motor Sncrono Mquina CC

    Potncia 1kW 1,25cv

    Corrente 4,1A 6A

    Tenso 220V 180V

    RPM 1800rpm 1800rpm

    Caracterstica Tenso x Corrente

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180

    0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2

    Corrente de Carga

    Ten

    so

    de T

    erm

    inal

    .

  • 42

    4.4. CONCLUSO DO ENSAIO GERADOR CC LIGAO SHUNT

    O ensaio de gerador shunt mostra um dos mtodos de excitao dos

    enrolamentos de campo de um gerador auto-excitado. Assim como a presena

    de um magnetismo residual no ferro da mquina para que o processo de auto-

    excitao possa iniciar.

    Experimentalmente mostrou-se que geradores em derivao apresentam

    um decaimento da tenso gerada com o aumento da carga. Em este tipo de

    geradores, a excitao do campo em derivao depende da tenso de terminal.

    Quando se aplicou a carga de 122,8, a mquina sncrona perdeu o

    sincronismo.

  • 43

    5. REFERNCIAS

    FITZGERALD, A. E.; KINGSLEY, Charles; UMANS, Stephen D. Mquinas

    Eltricas - 6. ed. / 2006: Com introduo eletrnica de potncia. 6. ed. Porto

    Alegre: Bookman, 2006. xiii, 648 p.