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RELATÓRIO FINAL DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES PARA O ESTUDO, PLANEJAMENTO E CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE NO ESTADO DE MINAS GERAIS PROCESSO N° 1775/2003 Coordenador Omar dos Santos Carvalho Centro de Pesquisas René Rachou/FIOCRUZ Vice-coordenador: Luciano V Dutra INPE/DPI - Depto de Cartografia/UFMG (Pesquisador Visitante) Pesquisadores Consultores Ronaldo Santos do Amaral Gerente do Programa de Esquistossomose Secretaria de Vigilância em Saúde/MS Corina Costa Freitas Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/DPI Ana Clara Mouãao Moura Universidade Federal de Minas Gerais/Dep. Cartografia Sandra Costa Drummond Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Minas Gerais/MG Márcio Guerra Companhia de Processamento de Dados do Estado de Minas Gerais Ronaldo Guilherme Carvalho Scholte Bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Gustavo dos Reis Melo Bolsista de Iniciação Científica

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RELATÓRIO FINAL

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES PARA O ESTUDO, PLANEJAMENTO E

CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE NO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCESSO N° 1775/2003

Coordenador

Omar dos Santos Carvalho

Centro de Pesquisas René Rachou/FIOCRUZ

Vice-coordenador:

Luciano V Dutra

INPE/DPI - Depto de Cartografia/UFMG (Pesquisador Visitante)

Pesquisadores Consultores

Ronaldo Santos do Amaral Gerente do Programa de Esquistossomose

Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

Corina Costa Freitas Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/DPI

Ana Clara Mouãao Moura Universidade Federal de Minas Gerais/Dep. Cartografia

Sandra Costa Drummond Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Minas Gerais/MG

Márcio Guerra Companhia de Processamento de Dados do Estado de Minas Gerais

Ronaldo Guilherme Carvalho ScholteBolsista de Desenvolvimento Tecnológico

Gustavo dos Reis MeloBolsista de Iniciação Científica

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A esquistossomose mansoni é uma doença endêmica em aproximadamente 49

países das Américas e da África (WHO 1985). É causada pelo Schistosoma mansoni

(Sambon 1907) e apresenta formas agudas ou crônicas, com sintomatologia variada,

mas, com predominância intestinal. Por vezes, podem surgir formas graves, com

extensa fibrose hepática, hipertensão porta e esplenomegalia.

O controle da esquistossomose basea-se em programas públicos de tratamentos

quimioterápicos, na conscientização da população sobre higiene e no uso de

moluscicida. O controle do molusco por aplicação de moluscicida pode acarretar efeitos

colaterais danosos ao ecossistema, requer suporte econômico, além da educação dos

habitantes do local.

Os moluscos hospedeiros intermediários do Schistosoma mansoni no Brasil

pertencem pertencem ao gênero Biomphalaria. Até o momento foram descritas para o

país dez espécies e uma subespécie do gênero Biomphalaria (Preston, 1910): B.

glabrata (Say, 1818), B. tenagophila (Orbigny, 1835), B. straminea (Dunker, 1848), B.

peregrina (Orbigny, 1835), B. schrammi (Crosse, 1864), B. kuhniana (Clessin, 1883), B.

intermedia (Paraense & Deslandes, 1962), B. amazonica (Paraense & Deslandes,

1966), B. oligoza (Paraense, 1974), B. occidentalis (Paraense, 1981) e B. tenagophila

guaibensis (Paraense, 1984). Entre estas, somente as três primeiras têm sido

encontradas naturalmente infectadas pelo S. mansoni. Outras duas espécies, a B.

amazonica e a B. peregrina, foram infectadas experimentalmente, sendo consideradas

hospedeiras, em potencial, deste trematódeo (Corrêa & Paraense 1971, Paraense &

Corrêa 1973).

A fauna de moluscos do gênero Biomphalaria no Estado de Minas Gerais está

representada por sete espécies. Estes planorbídeos foram encontrados em 12

mesoregiões e reportados para 286 (33,1%) dos 853 municipios do Estado: B. glabrata,

B. straminea, B. tenagophila, B. peregrina, B. schrammi, B. intermedia e B. occidentalis.

Duas espécies B. glabrata e B. tenagophila foram encontradas naturalmente infectadas

por S. mansoni no Estado de Minas Gerais, enquanto a B. straminea, apesar de não ter

sido encontrada infectada, foi considerada a responsável pelo foco de Paracatu. Em 26

municípios estavam presentes, simultaneamente, as três espécies hospedeiras

intermediárias do S. Mansoni, enquanto em 48 municípios não foi encontrado nenhum

molusco.

A extensa distribuição desses hospedeiros intermediários em Minas Gerais

confere a esquistossomose caráter expansivo até mesmo para as áreas consideradas

indenes. Nas áreas endêmicas altas densidades desses hospedeiros aliadas a outros

fatores de risco favorecem a existência de localidades com altas prevalências da

esquistossomose.

JUSTIFICATIVA

Estudos realizados em diversas comunidades da zona rural brasileira

demonstraram que a topografia, vegetação, temperatura, tipo de solo, diferentes níveis

de saneamento básico, densidade populacional, número de moluscos, distribuição e

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índices de infecção de do hospedeiro intermediário e contato com coleções hídricas

habitadas por moluscos infectados pelo S. mansoni, são determinantes para a

prevalência da infecção humana. Por outro lado, os padrões de precipitação

pluviométrica possuem efeitos marcantes sobre a população de moluscos. Durante as

estações chuvosas verifica-se um decréscimo no número de moluscos, enquanto nos

períodos de seca ocorre um acréscimo nas populações (Marcal et al. 1991, Kloetzel &

Vergetti 1988, Pieri & Thomas 1987, Bavia et al. 1999, 2001).

Uma vez que a esquistossomose é uma doença determinada no espaço e no

tempo por fatores ambientais o Sistema de Informações Geográficas (SIG) é uma

ferramenta muito útil que pode ser empregada para melhor conhecer a distribuição da

prevalência da doença e de seus hospedeiros intermediários em mapas de

representação espacial e fatores ambientais.

A utilização de SIG e Sensoriamento Remoto (SR) na identificação de

características ambientais que permitam determinar e delimitar, respectivamente, os

fatores e as áreas de risco possibilitando indicar uma melhor distribuição de recursos

que permita um direcionamento mais adeguado para o controle da doença (Bavia et al.

2001, Beck et al. 1997, 2000).

Malone et al. (1997) realizaram um estudo, no delta do Nilo, com o objetivo de

relacionar dados de requerimentos naturais para propagação e transmissão da

esquistossomose com parâmetros medidos do espaço.

Bavia et al. (2001) elaboraram um sistema de informação geográfica utilizando

mapas agroclimáticos, vegetação e temperatura obtidos de satélites com dados sobre

prevalência da esquistossomose em 270 municípios e a distribuição do molusco

hospedeiro na Bahia, Brasil para o estudo espacial e temporal da infecção e

identificação de fatores naturais que influenciem na distribuição da esquistossomose.

Zhou et al. (2002) utilizaram imagens de satélite (Landsat Thematic Mapper)

para estudar o impacto da enchente de 1998 na distribuição de moluscos no Rio

Yangtze, China. Os resultados indicaram que a análise de imagens Landsat TM podem

é um método útil, podendo fornecer dados que permitem fazer previsões sobre a

distribuição de moluscos sob condições ambientais especificas associado com a

prolongada estação anual de enchentes.

Brooker (2002) faz uma análise dos progressos do uso e da aplicação do

sistema de informação geográfica (SIG) e do sensoriamento remoto na epidemiologia e

no controle da esquistossomose na região sub-Sahariana, África.

Grande parte do esforço de pesquisa na área de sensoriamento remoto se

concentra na tarefa de extração de informações de imagens obtidas por satélites

orbitais. Este esforço é particularmente importante no caso de países com extensões

continentais como é o caso do Brasil. Recentemente, satélites utilizando sensores

nunca antes utilizados em missões orbitais civis tornaram-se operacionais. Este é o

caso dos satélites que levam a bordo um tipo de sensor imageador ativo denominado

radar de abertura sintética (SAR) e os novos satélites dotados de sistemas ópticos de

alta resolução, instrumentos de alta taxa de repetição temporal e média resolução

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espacial como é o caso do satélite MODIS. Necessidades crescentes e complexas,

podem utilizar ferramentas de sensoriamento remoto, como as utilizadas no

monitoramento ambiental, modelagem ecológica da Amazônia e o planejamento urbano

O projeto, nos termos em que está formulado, justifica-se em face da necessidade de:

1) Identificar as relações entre dados de campo e o que se observa nas imagens,

2) De posse destas relações promover diagnósticos, estabelecer monitoramento e

fundamentar planos de ação observando-se séries temporais de tais imagens,

3) Aprofundar as informações já organizadas para a análise da distribuição espacial dos

moluscos e da doença, utilizando ferramentas de geo-estatística.

O presente projeto tem como objetivo a aplicação dos recursos de

geoprocessamento na determinação das relações entre distribuição da B. glabrata e da

prevalência da esquistossomose no Estados de Minas Gerais, realizar diagnósticos e

planos de ação visando o controle da doença.

OBJETIVOS

Geral:

O presente projeto tem como objetivo geral determinar as relações entre a

distribuição dos hospedeiros intermediários e a distribuição e prevalência da

esquistossomose no Estado de Minas Gerais, utilizando-se dos recursos de

geoprocessamento e de imagens ambientais produzidas por satélites.

Espécificos:

� Integração, em um Sistema de Informação Geográfico, o SPRING, de um conjunto de

diferentes tipos de cadastros, relatórios e mapas de dados sobre distribuição e

prevalência da esquistossomose mansoni e dos hospedeiros intermediários da

esquistossomose no Estado de Minas Gerais.

� Procurar estabelecer relações entre variáveis ambientais e a distribuição dos moluscos

hospedeiros intermediários do Schistosoma mansoni e da esquistossomose para a

elaboração de planos de ação, visando o controle da doença.

� Desenvolver modelos que possam ser utilizados, por extrapolação, para prever o risco

da esquistossomose em áreas nas quais não existem dados disponíveis.

� Formação de pessoal para viabilizar a implementação de um núcleo de

Geoprocessamento no Laboratório de Helmintoses Intestinais (recentemente

credenciado como Referência Nacional para Esquistossomose pela Secretaria de

Vigilância em Saúde/MS) do Centro de Pesquisas René Rachou/Fiocruz.

� Publicação das metodologias desenvolvidas e dos resultados obtidos em revistas

indexadas.

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METAS

1) Construir um banco de dados baseado na Tecnologia Spring (INPE) que congregue

mapas e cadastros existentes nos diversos orgãos envolvidos no controle da

esquistossomose.

2) Construir e testar uma sistemática de armazenagem, gerenciamento, consultas e

análise espacial a partir do banco gerado.

3) Elaborar relatórios dirigidos a públicos diversos, inclusive acadêmicos, a respeito dos

estudos efetuados.

4) Identificar as áreas de risco de introdução dos moluscos hospedeiros intermediários

do S. mansoni e/ou da doença no Estado de Minas Gerais.

5) Publicação em revista indexada dos resultados obtidos.

6) Formação de recursos humanos.

7) Sugerir o perfil de sistemas operacionais para o monitoramento desta endemia.

No presente relatório foram utilizadas as seguintes informações:

A) Tabelas com os valores da prevalência da esquistossomose e com as espécies deBiomphalaria;

B) Sensores utilizados para a obtenção das variáveis e os produtos derivados dessessensores;

C) Biomas

D) Variáveis climáticas;

E) Variáveis sociológicas;

F) Métodos para a extração das variáveis;

G) Regressão

H) Krigeagem

Trabalhos Realizados

Publicações Realizadas

Referências Bibliográficas

A) VALORES DA PREVALÊNCIA DA ESQUISTOSSOMOSE E ESPÉCIES DE

MOLUSCOS

Os dados sobre prevalência da esquistossomose foram obtidos na Secretaria Estadual de

Saúde a partir do levantamento censitário realizado em 189 municípios de Minas Gerais

(Anexo 1). Os dados sobre a distribuição de moluscos hospedeiros intermediários do

Schistosoma mansoni pertencentes ao gênero Biomphalaria, 286 municípios, foram

obtidos dos arquivos do laboratório de Helmintoses Intestinais (CPqRR), Secretaria de

Vigilância em Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e da literatura (Anexo 2).

Em 48 municípios não foi verificado a presença de moluscos do gênero Biomphalaria. A

B.glabatra foi notificada em 81 municípios, B.tenagophila em 12, B. straminea em 36,

B.glabatra + B. tenagophila em 18, B.glabatra + B. straminea em 62, B.tenagophila +

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B.straminea em 3 enquanto em 26 municípios foi observada a presença das três espécies

juntas.

B) SENSORES UTILIZADOS

1. MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer)

O MODIS é um instrumento a bordo dos satélites Terra (EOS AM) e Aqua (EOS PM).

A órbita do satélite Terra em torno da Terra passa do norte até sul através do equador

pela manhã, enquanto o satélite Aqua passa do sul para o norte acima do equador à

tarde. O instrumento Terra MODIS e Aqua MODIS cobrem a superfície inteira da Terra

em um período de um a dois dias, adquirindo dados em 36 faixas espectrais. O MODIS

está desempenhando um papel importante no desenvolvimento de modelos do sistema

da Terra e é capaz de predizer mudanças globais com precisão suficiente para ajudar na

tomada de decisões a respeito da proteção de nosso ambiente.

1.1. Disponibilização dos produtos MODIS

Os produtos MODIS estão disponíveis e podem ser adquiridos sem custos através da

internet, através de diversos sites, sendo que o endereço oficial para a aquisição destes

dados é:

http://edcimswww.cr.usgs.gov/pub/imswelcome/

Para a aquisição dos dados, recomenda-se realizar o cadastro na home-page, com o

objetivo de facilitar o pedido das imagens. Atualmente, os produtos podem ser

adquiridos via FTP, CDROM ou DVD, sem custos adicionais.

Para tratar os dados MODIS, existe a necessidade de utilizar os programas

desenvolvidos pela NASA, como o MRT – MODIS Reprojection Tool, que tem o

objetivo de alterar a projeção e o formato do produto, podendo também ser utilizado

para realizar a mosaicagem. Os programas disponíveis estão na seguinte home page:

http://edcdaac.usgs.gov/tools/modis/

Todos os produtos MODIS possuem o Algoritmal Theoretical Basis Document (ATBD),

que fornece todas as informações sobre os algoritmos utilizados para a geração dos

produtos. Estes documentos podem ser facilmente encontrados pela internet.

1.2. Área de estudo

A área de estudo do trabalho compreende o estado de Minas Gerais. A Figura 1 mostra

as quatro imagens MODIS MOD13Q1 (h14v10, h14v11, h13v10 e h13v11) utilizadas

em cada data selecionada (17/01/2002 e 28/07/2002). As oito imagens foram

reprojetadas através do software MODIS Reprojection Tool. Todos os demais

processamentos foram realizados no software SPRING, ENVI e ArcGis, em ambiente

Windows.

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Figura 1. Representação das imagens MODIS MOD13Q1 (h14v10, h14v11, h13v10 e h13v11).

1.3. MODIS MOD13

Os produtos MODIS MOD13 são compostos das bandas azul, vermelho e infravermelho

próximo e dos índices de vegetação (EVI e NDVI). Os índices de vegetação fornecem

comparações consistentes de dados temporais e espaciais das condições da vegetação

global, para monitorar a atividade fotossintética da vegetação em suporte a detecção de

mudança e interpretações biofísicas e da fenologia. Os objetivos dos índices de

vegetação do MODIS são:

- Gerar índices de vegetação em imageamentos sem nuvens;

- Maximizar a cobertura global e temporal na resolução espacial mais fina possível;

- Padronizar dados de acordo com a posição sol-sensor-alvo;

- Assegurar a qualidade e a consistência dos dados

- Descrever e reconstituir dados de variações fenológicas;

- Discriminar com precisão variações interanuais na vegetação.

Mapas descrevendo variações espaciais e temporais da atividade da vegetação são

derivados a cada 8 dias, 16 e 30 dias (intervalos mensais) para um monitoramento

preciso da sazonalidade e os produtos são reamostrados para fornecer dados livres de

nuvens, atmosfericamente corrigidos, mapas de vegetação ajustados ao nadir (para evitar

distorções devido a compressão de dados nos pixels mais distantes do nadir), com

resoluções mínima de 250 m, 1 Km e 25 Km. As composições destes índices em 16 dias

são arquivadas com uma resolução de 250 m, e incluem a seleção do valor do índice de

vegetação ajustado ao nadir, ajuste das reflectâncias da região do vermelho e

infravermelho próximo, média solar zenital, azimute relativo e parâmetros de controle.

O MOD 13 possui dois índices de vegetação, o índice da diferença normalizada (NDVI)

e o índice de vegetação melhorado (EVI), que são produzidos globalmente com 1 Km,

500 m e 250 m de resolução e composições no período de 16 dias. Enquanto o NDVI é

sensível à clorofila, o EVI é mais sensível à variações na resposta estrutural do dossel,

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incluindo o índice de área foliar (LAI), a fisionomia da planta e a arquitetura do dossel

(Huete et al., 2002).

Estes dois índices se complementam em estudos globais da vegetação e fornecem

informações sobre detecção de mudanças vegetais e parâmetros biofísicos do dossel.

O NDVI retém certas propriedades favoráveis que reduzem o ruído e a incerteza

associada às características do instrumento e fontes externas de ruído (por exemplo,

sombra de nuvem), mas existem certas desvantagens, como por exemplo, a não

linearidade, problemas de saturação do sinal em regiões de alta concentração de

biomassa e sensibilidade para expor fundos de solo em áreas de vegetação escassa

(Running et al., 1994; Justice et al., 1998). Os valores obtidos com o NDVI são contidos

em uma mesma escala de valores, entre –1 e 1, utilizando-se a seguinte equação:

VIVP

VIVPNDVIρρ

ρρ

+

−=

onde: IVPρ = reflectância do infravermelho próximo (800-1100 nm); Vρ = reflectância

do vermelho (600-700 nm).

Uma peculiaridade atribuída ao NDVI é a rápida saturação, o que o torna insensível ao

aumento da biomassa vegetal a partir de determinado estágio de desenvolvimento

(Moreira, 2000).

O EVI foi desenvolvido para otimizar o sinal da vegetação melhorando a sensibilidade

em regiões com maiores densidades de biomassa, além do monitoramento da vegetação

através da redução das influências atmosféricas e da influência do solo no fundo do

dossel (Justice et al., 1998; Weir & Herring, 2004). O EVI pode ser calculado através da

seguinte equação:

LCCGEVI

AVIVP

VIVP

+−+

−=

ρρρ

ρρ

***

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onde: IVPρ = reflectância do infravermelho próximo; Vρ = reflectância do vermelho;

Aρ = reflectância do azul; 1C = coeficiente de ajuste para efeito de aerossóis da

atmosfera no vermelho; 2C = coeficiente de ajuste para efeito de aerossóis da atmosfera

no azul; L = fator de ajuste para o solo; G = fator de ganho.

Os valores dos coeficientes adotados pelo algoritmo do EVI são: L = 1, 1C = 6, 2C =

7,5 e o fator de ganho G = 2,5 (Justice et al., 1998).

2. SRTM (Shuttle Radar Topography Mission)

SRTM obteve dados de elevação em uma escala global para gerar um banco de dados de

modelo topográfico digitais da Terra com resolução espacial de 90 metros. SRTM

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consistiu em um sistema de radar especialmente modificado que voou a bordo do ônibus

espacial Endeavour durante uma missão de 11 dias em fevereiro de 2000.

A fim de reunir dados topográficos (elevação) da superfície de Terra, SRTM usou a

técnica de interferometria. Na interferometria, duas imagens da mesma área são tiradas

de pontos diferentes. A diferença entre as duas imagens permite determinar a elevação

do terreno.

3. Produtos derivados dos sensores

3.1. Modelo Linear de Mistura Espectral (MLME)

Este modelo fundamenta-se no pressuposto de que a reposta espectral de um pixel é uma

combinação linear da resposta espectral de cada componente dentro do pixel

(Shimabukuro, 1987; Shimabukuro & Smith, 1991; Holben & Shimabukuro, 1993).

Assim, para qualquer imagem e sendo as respostas espectrais dos componentes

conhecidas, as proporções de cada componente podem ser estimadas, individualmente,

pela seguinte equação:

∑=

+=n

jijiji exar

1

)(

onde: ri = reflectância espectral para cada banda espectral i de um pixel que contém um

ou mais componentes; aij = reflectância espectral da componente j em cada banda

espectral i; xj = valor da proporção da componente j dentro de um pixel; ei = erro para

cada banda espectral i; j = 1, 2, ..., n (n = número de componentes); i = 1, 2, ..., m (m =

número de bandas espectrais),

com as restrições:

∑ = 1jx e 0≥jx para todas as componentes

Para determinar as imagens-fração empregou-se o método dos mínimos quadrados, o

qual estima a proporção de cada componente pela minimização da soma dos quadrados

dos erros (Shimabukuro & Smith, 1991).

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3.1.1. Aplicação do MLME nas imagens MODIS

Foram extraídas das imagens MODIS a componente vegetação, solo e sombra. A Figura

2 mostra a resposta espectral da componente vegetação (em verde) obtido em áreas de

Mata Ciliar, o componente sombra (em azul) obtido na área correspondente a uma

represa e, a componente solo (vermelho) obtido em áreas de solo exposto; para ambas as

imagens (janeiro e julho de 2002).

Figura 2. Resposta espectral dos componentes vegetação, solo e sombra extraídos das imagens MODIS de17/01/2002 (a) e de 28/07/2002 (b).

Utilizando os componentes solo, vegetação e sombra, para cada pixel, a partir da

resposta espectral nas diversas bandas do MODIS, foram geradas imagens-fração solo,

vegetação e sombra, respectivamente, como pode ser observado na Figura 3.

1

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Figura 3. A esquerda as imagens-fração solo, vegetação e sombra de 17/01/2002; a

direita as imagens-fração solo, vegetação e sombra de 28/07/2002.

C) BIOMAS

No estado de Minas Gerais existem quatro biomas dominantes, como pode ser visto na

figura 4.

1. Caatinga

O bioma Caatinga é o principal ecossistema existente na Região Nordeste, estendendo-

se pelo domínio de climas semi-áridos, numa área de 73.683.649 ha, 6,83% do território

nacional; ocupa os estados da BA, CE, PI, PE, RN, PB, SE, AL, MA e MG. O termo

Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca. É um bioma único, pois

apesar de estar localizado em área de clima semi-árido, apresenta grande variedade de

paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. A ocorrência de secas estacionais e

periódicas estabelece regimes intermitentes aos rios e deixa a vegetação sem folhas. A

folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuvas.

1

1

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A Caatinga é dominada por tipos de vegetação com características xerofíticas –

formações vegetais secas, que compõem uma paisagem cálida e espinhosa – com

estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores de porte baixo ou médio (3 a 7

metros de altura), caducifólias (folhas que caem), com grande quantidade de plantas

espinhosas (exemplo: leguminosas), entremeadas de outras espécies como as cactáceas e

as bromeliáceas.

A Caatinga tem sido ocupada desde os tempos do Brasil-Colônia com o regime de

sesmarias e sistema de capitanias hereditárias, por meio de doações de terras, criando-se

condições para a concentração fundiária. De acordo com o IBGE, 27 milhões de pessoas

vivem atualmente no polígono das secas. A extração de madeira, a monocultura da cana-

de-açúcar e a pecuária nas grandes propriedades (latifúndios) deram origem à

exploração econômica. Na região da Caatinga, ainda é praticada a agricultura de

sequeiro.

Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, com a substituição

de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas

são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir

a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a

qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo. Aproximadamente 80% dos

ecossistemas originais já foram antropizados.

Figura 4. Biomas representativos no estado de Minas Gerais.

2. Cerrado

A área nuclear ou core do Cerrado está distribuída, principalmente, pelo Planalto Central

Brasileiro, nos Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, parte de

Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal, abrangendo 196.776.853 ha. Há outras áreas de

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Cerrado, chamadas periféricas ou ecótonos, que são transições com os biomas

Amazônia, Mata Atlântica e Caatinga.

Os Cerrados são, assim, reconhecidos devido às suas diversas formações ecossistêmicas.

Sob o ponto de vista fisionômico temos: o cerradão, o cerrado típico, o campo cerrado, o

campo sujo de cerrado, e o campo limpo que apresentam altura e biomassa vegetal em

ordem decrescente. O cerradão é a única formação florestal.

O Cerrado típico é constituído por árvores relativamente baixas (até vinte metros),

esparsas, disseminadas em meio a arbustos, subarbustos e uma vegetação baixa

constituída, em geral, por gramíneas. Assim, o Cerrado contém basicamente dois

estratos: um superior formado por árvores e arbustos dotados de raízes profundas que

lhes permitem atingir o lençol freático, situado entre 15 a 20 metros; e um inferior,

composto por um tapete de gramíneas de aspecto rasteiro, com raízes pouco profundas,

no qual a intensidade luminosa que as atinge é alta, em relação ao espaçamento. Na

época seca, este tapete rasteiro parece palha, favorecendo, sobremaneira, a propagação

de incêndios.

A típica vegetação que ocorre no Cerrado possui seus troncos tortuosos, de baixo porte,

ramos retorcidos, cascas espessas e folhas grossas. Os estudos efetuados consideram que

a vegetação nativa do Cerrado não apresenta essa característica pela falta de água – pois,

ali se encontra uma grande e densa rede hídrica – mas sim, devido a outros fatores

edáficos (de solo), como o desequilíbrio no teor de micronutrientes, a exemplo do

alumínio.

Até a década de 1950, os Cerrados mantiveram-se quase inalterados. A partir da década

de 1960, com a interiorização da capital e a abertura de uma nova rede rodoviária, largos

ecossistemas deram lugar à pecuária e à agricultura extensiva, como a soja, arroz e ao

trigo. Tais mudanças se apoiaram, sobretudo, na implantação de novas infra-estruturas

viárias e energéticas, bem como na descoberta de novas vocações desses solos regionais,

permitindo novas atividades agrárias rentáveis, em detrimento de uma biodiversidade

até então pouco alterada.

Durante as décadas de 1970 e 1980 houve um rápido deslocamento da fronteira agrícola,

com base em desmatamentos, queimadas, uso de fertilizantes químicos e agrotóxicos,

que resultou em 67% de áreas do Cerrado “altamente modificadas”, com voçorocas,

assoreamento e envenenamento dos ecossistemas. Resta apenas 20% de área em estado

conservado.

A partir da década de 1990, governos e diversos setores organizados da sociedade

debatem como conservar o que restou do Cerrado, com a finalidade de buscar

tecnologias embasadas no uso adequado dos recursos hídricos, na extração de produtos

vegetais nativos, nos criadouros de animais silvestres, no ecoturismo e outras iniciativas

que possibilitem um modelo de desenvolvimento sustentável e justo.

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As Unidades de Conservação Federais no Cerrado compreendem: dez Parques

Nacionais, três Estações Ecológicas e seis Áreas de Proteção Ambiental.

3. Mata Atlântica

Em termos gerais, a Mata Atlântica pode ser vista como um mosaico diversificado de

ecossistemas, apresentando estruturas e composições florísticas diferenciadas, em

função de diferenças de solo, relevo e características climáticas existentes na ampla área

de ocorrência desse bioma no Brasil.

Atualmente, restam cerca de 7,3% de sua cobertura florestal original, tendo sido

inclusive identificada como a quinta área mais ameaçada e rica em espécies endêmicas

do mundo. Na Mata Atlântica existem 1.361 espécies da fauna brasileira, com 261

espécies de mamíferos, 620 de aves, 200 de répteis e 280 de anfíbios, sendo que 567

espécies só ocorrem nesse bioma. Possui, ainda, cerca de 20 mil espécies de plantas

vasculares, das quais 8 mil delas também só ocorrem na Mata Atlântica. Várias espécies

da fauna são bem conhecidas pela população, tais como mico-leões e muriquis, espécies

de primatas dos gêneros Leontopithecus e Brachyteles, respectivamente. Vale lembrar

que, no sul da Bahia, foi identificada, recentemente, a maior diversidade botânica do

mundo para plantas lenhosas, ou seja, foram registradas 454 espécies em um único

hectare.

A exploração da Mata Atlântica vem ocorrendo desde a chegada dos portugueses ao

Brasil, cujo interesse primordial era a exploração do pau-brasil. O processo de

desmatamento prosseguiu durante os ciclos da cana-de-açúcar, do ouro, da produção de

carvão vegetal, da extração de madeira, da plantação de cafezais e pastagens, da

produção de papel e celulose, do estabelecimento de assentamentos de colonos, da

construção de rodovias e barragens, e de um amplo e intensivo processo de urbanização,

com o surgimento das maiores capitais do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, e de

diversas cidades menores e povoados.

A sua área atual encontra-se altamente reduzida e fragmentada com seus remanescentes

florestais localizados, principalmente, em áreas de difícil acesso. A preservação desses

remanescentes vem garantindo a contenção de encostas, propiciando oportunidades para

desfrute de exuberantes paisagens e desenvolvimento de atividades voltadas ao

ecoturismo, além de servir de abrigo para várias populações tradicionais, incluindo

nações indígenas. Além disso, nela estão localizados mananciais hídricos essenciais para

abastecimento de cerca de 70% da população brasileira.

A conservação da Mata Atlântica tem sido buscada por setores do Governo, da

sociedade civil organizada, instituições acadêmicas e setor privado. Vários estudos e

iniciativas têm sido desenvolvidos nos últimos anos, gerando um acervo de

conhecimento e experiência significativo. Vale ressaltar, também, a existência de um

amplo arcabouço legal para a proteção do bioma.

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4. Campo rupestre de altitude

O "campo rupestre de altitude" é considerado como Refúgio Ecológico, podendo ser em

função da altitude submontano, montano ou altomano.

Toda e qualquer vegetação diferenciada nos aspectos florístico e fisionômico-ecológico

da flora dominante na Região Fitoecológica foi considerada como um "refúgio

ecológico". Este, muitas vezes, constitui uma "vegetação relíquia" que persiste em

situações especialíssimas, como é o caso de comunidades localizadas em altitudes acima

de 1.800 metros.

Os refúgios ecológicos, condicionados por parâmetros ambientais muito específicos,

apresentam, via de regra, alta sensibilidade a qualquer tipo de intervenção. Áreas

turfosas, em diferentes altitudes e os cumes litólicos das serras normalmente suportam

relictos vegetacionais. Um exemplo de Refúgio Ecológico é a "Mata Nuvigena" ou

"Mata Nebular" que recobre algumas áreas da borda leste do Planalto Meridional,

caracterizadas pela alta precipitação e a quase permanente presença de nuvens causadas

pela condensação da umidade oceânica. Nela se destacam espécies características como:

Gunnera manicata (Haloragaceae), Weinmannia humilis (Cunoniaceae), Siphoneugena

reitzii (Myrtaceae), Crinodendron brasiliense (Elaeocarpaceae) e Berberis kleinii

(Berberidaceae).

D) VARIÁVEIS METEREOLÓGICAS

As variáveis metereológicas (precipitação, temperatura mínima e temperatura máxima)

são coletadas através das plataformas de coletas de dados (PCD) e foram obtidas do

CPTEC/INPE. Os dados das PCD estão interpolados em formato binário na resolução de

28 x 28 km e para a sua utilização foi usado o software GRADs.

O GRADs é utilizado para a visualização e manipulação dos dados metereológicos e

também gera arquivos no formato ASCII. Foram utilizados os seguintes algoritmos para

gerar os dados das épocas do verão e inverno e seus resultados podem ser visualizados

na Figura 5:

Acumulado da Precipitação=sum(prec,time=17jan2002,time=01feb2002)

Média da Temperatura Mínima=ave(tmin,time=17jan2002,time=01feb2002)

Média da Temperatura Máxima=ave(tmax,time=17jan2002,time=01feb2002)

Acumulado da Precipitação=sum(prec,time=28jul2002,time=12aug2002)

Média da Temperatura Mínima=ave(tmin,time=28jul2002,time=12aug2002)

Média da Temperatura Máxima=ave(tmax,time=28jul2002,time=12aug2002)

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(a) (b)

(c) (d)

(e) (f)

Figura 5. Visualização dos dados metereológicos. (a) e (b) Acumulado da Precipitação;

(c) e (d) Média da Temperatura Mínima; (e) e (f) Média da Temperatura Máxima.

Após a importação dos dados ASCII para o SIG, foi realizado uma nova interpolação

nos dados, com o objetivo de manter as variáveis meteorológicas com a resolução de

250m.

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E) VARIÁVEIS SOCIOLÓGICAS

1. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH)

Em 1991, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal do Brasil era 0,696. Dentre

os municípios do Estado de Minas Gerais, o município com o melhor valor era Belo

Horizonte (MG), com um valor de 0,791, e o município com o pior valor era Santo

Antônio do Retiro (MG), com um valor de 0,419. Dos 853 municípios do estado, 0

(0,0%) tinham um valor entre 0,200 e 0,350; 31 (3,6%) tinham um valor entre 0,350 e

0,500; 435 (51,0%) tinham um valor entre 0,500 e 0,650; 387 (45,4%) tinham um valor

entre 0,650 e 0,800; e 0 (0,0%) tinham um valor entre 0,800 e 1,000. Em termos de

população, 0 (0,0%) pessoas viviam em municípios com um(a) Índice de

desenvolvimento Humano Municipal entre 0,200 e 0,350; 231.388 (1,5%) entre 0,350 e

0,500; 3.868.283 (24,6%) entre 0,500 e 0,650; 11.643.496 (74,0%) entre 0,650 e 0,800;

e 0 (0,0%) entre 0,800 e 1,000.

Em 2000, o(a) Índice de Desenvolvimento Humano Municipal do Brasil era 0,766.

Dentre os municípios do Estado de Minas Gerais, o município com o melhor valor era

Poços de Caldas (MG), com um valor de 0,841, e o município com o pior valor era

Setubinha (MG), com um valor de 0,568. Dos 853 municípios do estado, 0 (0,0%)

tinham um valor entre 0,200 e 0,350; 0 (0,0%) tinham um valor entre 0,350 e 0,500; 110

(12,9%) tinham um valor entre 0,500 e 0,650; 705 (82,6%) tinham um valor entre 0,650

e 0,800; e 38 (4,5%) tinham um valor entre 0,800 e 1,000. Em termos de população, 0

(0,0%) pessoas viviam em municípios com um(a) Índice de Desenvolvimento Humano

Municipal entre 0,200 e 0,350; 0 (0,0%) entre 0,350 e 0,500; 1.022.576 (5,7%) entre

0,500 e 0,650; 11.082.128 (61,9%) entre 0,650 e 0,800; e 5.786.790 (32,3%) entre 0,800

e 1,000.

No período 1991-2000, a população de Minas Gerais teve uma taxa média de

crescimento anual de 1,49%, passando de 15.743.152 em 1991 para 17.891.494 em

2000. A taxa de urbanização cresceu 9,53%, passando de 74,87% em 1991 para 82,00%

em 2000. Em 2000, a população do Estado representava 10,54% da população do País.

2. Indicadores de Longevidade, Mortalidade e Fecundidade, 1991 e 2000

No período 1991-2000, a taxa de mortalidade infantil do Estado diminuiu 21,58%,

passando de 35,39 (por mil nascidos vivos) em 1991 para 27,75 (por mil nascidos vivos)

em 2000, e a esperança de vida ao nascer cresceu 4,19 anos, passando de 66,36 anos em

1991 para 70,55 anos em 2000.

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3. Educação

Nível Educacional da População Jovem (1991 e 2000)

Faixaetária(anos)

Taxa deanalfabetismo

% com menos de 4anos de estudo

% com menos de 8anos de estudo

% freqüentando aescola

1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 20007 a 14 18,6 6,6 - - - - 82,8 95,9

10 a 14 9,1 2,2 61,3 36,9 - - 81,3 95,215 a 17 6,9 1,8 35,5 9,7 83,0 54,6 48,0 76,018 a 24 7,1 3,3 21,4 12,6 66,3 44,5 - -

- = Não se aplica

Nível Educacional da População Adulta (25 anos ou mais)

Dados 1991 2000Taxa de analfabetismo 21,9 14,8% com menos de 4 anosde estudo

43,3 32,8

% com menos de 8 anosde estudo

76,0 67,9

Média de anos de estudo 4,6 5,6

4. Renda

A renda per capita média do Estado cresceu 42,87%, passando de R$ 193,57 em 1991

para R$ 276,56 em 2000. A pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda

domiciliar per capita inferior a R$75,50; equivalente à metade do salário mínimo

vigente em agosto de 2000) diminuiu 31,21%, passando de 43,3% em 1991 para 29,8%

em 2000. A desigualdade cresceu: o Índice de Gini passou de 0,6 em 1991 para 0,6 em

2000.

5. Habitação

Acesso a Serviços Básicos

Dados 1991 2000Água Encanada 77,5 89,5Energia Elétrica 85,3 95,6Coleta de Lixo¹ 71,2 92,2

¹ Somente domicílios urbanos

Acesso a Bens de Consumo

Dados 1991 2000Geladeira 62,4 83,6Televisão 70,1 88,5Telefone 17,1 40,3Computador ND 9,2

ND = não disponível

6. Vulnerabilidade

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Indicadores de Vulnerabilidade Familiar

Dados 1991 2000% de mulheres de 10 a 14 anos com filhos ND 0,3% de mulheres de 15 a 17 anos com filhos 6,9 6,1% de crianças em famílias com renda inferior à 1/2 saláriomínimo

55,3 43,4

% de mães chefes de família, sem cônjuge, com filhos menores 7,9 5,9ND = não disponível

7. Desenvolvimento Humano

No período 1991-2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de

Minas Gerais cresceu 10,90%, passando de 0,697 em 1991 para 0,773 em 2000. A

dimensão que mais contribuiu para este crescimento foi a Educação, com 43,4%,

seguida pela Longevidade, com 30,7% e pela Renda, com 25,9%. Neste período, o hiato

de desenvolvimento humano (a distância entre o IDH do Estado e o limite máximo do

IDH, ou seja, 1 - IDH) foi reduzido em 25,1%. Se mantivesse esta taxa de crescimento

do IDH-M, o Estado levaria 7,4 anos para alcançar Distrito Federal, o Estado com o

melhor IDH-M do Brasil (0,844).

Em 2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Minas Gerais é 0,773.

Segundo a classificação do PNUD, o Estado está entre as regiões consideradas de médio

desenvolvimento humano (IDH entre 0,5 e 0,8). Em relação aos outros Estados do

Brasil, Minas Gerais apresenta uma situação boa: ocupa a 9ª posição, sendo que 8

Estados (29,6%) estão em situação melhor e 18 Estados (70,4%) estão em situação pior

ou igual.

F) MÉTODOS PARA A EXTRAÇÃO DAS VARIÁVEIS

Foram utilizados três métodos para a realização da extração dos valores das variáveis.

1. Municípios

Consiste em determinar o valor da média de cada variável para cada município.

2. Localidades

São as manchas urbanas constituídas pela sede, distritos e vilas; para isso foi realizado

um buffer interno (buffer interno distante 500 metros do limite da mancha urbana) e

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outro externo (buffer externo de 500 metros, distantes 500 metros do limite da mancha

urbana). Para cada mancha foi extraída a média.

3. Média das Localidades

Foi extraída a média das localidades do arquivo “Localidade” por município.

G) REGRESSÃO

1. Obtenção das variáveis

Para a realização da análise estatística, foi utilizada na extração dos dados das variáveis

a média por município. Os valores da prevalência dos 189 municípios estão listados no

Anexo 1. Na Figura 6 pode ser observado a distribuição espacial da prevalência no

estado de Minas Gerais.

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Figura 6. A prevalência da esquistossomose em Minas Gerais.

Foram utilizadas na análise estatística 14 variáveis, sendo uma variável qualitativa

(vegetação). As variáveis foram divididas em três grupos, sendo duas épocas: verão

(17/01 a 01/02/2002) e inverno (28/07 a 12/08/2002), e um geral (comum para ambas às

datas).

As variáveis utilizadas:

(verão)

PC-v = precipitação

TN-v = temperatura mínima

TX-v = temperatura máxima

(inverno)

PC-i = precipitação

TN-i = temperatura mínima

TX-i = temperatura máxima

(outras variáveis)

IDH-91 = índice de desenvolvimento humano municipal 1991

IDH-00 = índice de desenvolvimento humano municipal 2000

IDH-R91 = índice de desenvolvimento humano renda 1991

IDH-R00 = índice de desenvolvimento humano renda 2000

IDH-L91 = índice de desenvolvimento humano longevidade 1991

IDH-L00 = índice de desenvolvimento humano longevidade 2000

IDH-E91 = índice de desenvolvimento humano educação 1991

IDH-E00 = índice de desenvolvimento humano educação 2000

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VEG = tipo de vegetação

Tipos de vegetação -> (VEG01-VEG02)

(0-0) -> Caatinga

(1-0) -> Cerrado e Campo cerrado

(0-1) -> Floresta Atlântica

UNIDADES

porcentagem (0 a 100%):

- prevalência

índice (0 a 1):

- índice de desenvolvimento humano municipal

- índice de desenvolvimento humano renda

- índice de desenvolvimento humano longevidade

- índice de desenvolvimento humano educação

graus C:

- temperatura mínima

- temperatura máxima

milímetros de Hg:

- precipitação

2. Seleção das variáveis

Yi -> Pv = Prevalência

Xi -> 15 variáveis

n -> 189 municípios

Foi feita uma transformação logarítmica na variável dependente (Y) para aumentar a

correlação com as variáveis independentes (Xi).

Foi selecionado o modelo que representasse o menor número de variáveis com o maior

valor do coeficiente de determinação (R²), como pode ser observado na Figura 7. O

modelo escolhido foi com cinco variáveis (PC-v, TN-v, IDH91, VEG01, VEG02) e

apresentou o R²=0,3774 para o coeficiente de significância de p<0,01.

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2

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Figura 7. Gráfico R² x Número de variáveis, em vermelho mostra o R²=0,3774 para

cinco variáveis e em verde mostra o R²=0,3569 para quatro variáveis.

Analisando o mesmo modelo, porém, para o coeficiente de significância de p < 0,05;

verificou-se que a variável PC-v não era significativa. Assim, foi descartada a variável

PC-v e, o modelo ficou com quatro variáveis (TN-v, IDH91, VEG01, VEG02), como

pode ser observado na Figura 7.

Foi realizada a interação entre as variáveis (TN-v, IDH91, VEG01, VEG02). A Tabela 1

mostra a correlação entre as variáveis e suas interações

Tabela 1. Correlação entre as variáveis e suas interações com o Log da prevalência.

LogPv

TMIN-v IDH_1991

VEG1 VEG2 iTv*IDH

iTv*Vg1

iTv*Vg2

iIDH*Vg1

iIDH*Vg2

LogPv 1,00 0,39 -0,24 -0,25 0,48 -0,00 -0,24 0,50 -0,25 0,45TMIN-v 0,39 1,00 -0,31 -0,36 0,31 0,31 -0,35 0,39 -0,38 0,28IDH_199

1-0,24 -0,31 1,00 0,24 -0,02 0,81 0,22 -0,04 0,30 0,07

VEG1 -0,25 -0,36 0,24 1,00 -0,65 0,01 1,00 -0,65 0,99 -0,64VEG2 0,48 0,31 -0,02 -0,65 1,00 0,17 -0,65 1,00 -0,65 0,99

iTv*IDH -0,00 0,31 0,81 0,01 0,17 1,00 0,00 0,21 0,05 0,25iTv*Vg1 -0,24 -0,35 0,22 1,00 -0,65 0,00 1,00 -0,65 0,99 -0,64iTv*Vg2 0,50 0,39 -0,04 -0,65 1,00 0,21 -0,65 1,00 -0,64 0,98iIDH*Vg

1-0,25 -0,38 0,30 0,99 -0,65 0,05 0,99 -0,64 1,00 -0,64

iIDH*Vg2

0,45 0,28 0,07 -0,64 0,99 0,25 -0,64 0,98 -0,64 1,00

Verificou-se qual a melhor combinação entre quatro variáveis, através do melhor R²,usando todas as variáveis e interações entre elas, como pode ser observado na Tabela 2.

2

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Tabela 2. Coeficiente R².

R ² No. TMIN-v IDH_1991 VEG1 VEG2 iTv*IDH iTv*Vg1 iTv*Vg2 iIDH*Vg1 iIDH*Vg20,363129 4 0,241067 -0,24400 0,59218 0,2959290,363035 4 -0,63201 0,59525 0,386985 0,3013070,362660 4 0,391201 0,58989 -0,241905 0,2916850,360516 4 -0,53875 0,290229 0,6010 0,2807500,360432 4 0,180595 -0,24781 0,5985 0,2765560,359905 4 0,333272 -0,245524 0,5960 0,2721990,358038 4 0,244536 -0,30562 0,319787 0,603900,357829 4 0,432827 -0,303947 0,315126 0,601810,357361 4 -0,69744 0,390332 0,324473 0,606480,356859 4 0,236885 -0,22111 0,26676 0,57624

Baseado no resultado da Tabela 2 foram escolhidos quatro modelos:

Modelo 1 -> Y = B0 + B1*T + B2*IDH + B3*V2 + B4*IDH*V1

Modelo 2 -> Y = B0 + B1*T + B2*IDH + B3*V1 + B4*V2

Modelo 3 -> Y = B0 + B1*T + B2*IDH + B3*T*V2 + B4*IDH*V1

Modelo 4 -> Y = B0 + B1*T + B2*IDH + B3*IDH*V2 + B4*IDH*V1

Realizou-se um teste de hipótese para verificar se existe uma necessidade de acrescentar

outra variável/interação, ou seja, 0=iβ versus 0≠iβ , com i>0; através do método

citado por Neter et al., 1996:

FFR df

FSSE

dfdf

FSSERSSEF

)()()(* ÷−

−=

Onde:

SSE(R) -> Soma dos quadrados dos resíduos do modelo reduzido;

SSE(F) -> Soma dos quadrados dos resíduos do modelo completo;

dfR -> graus de liberdade do modelo reduzido;

dfF -> graus de liberdade do modelo completo.

O modelo completo consiste das quatro variáveis selecionadas e as interações entre elas.

)()()()()()( 429328417316215443322110 XXXXXXXXXXXXXXYE ββββββββββ +++++++++=

O modelo reduzido consiste nos quatro modelo de quatro variáveis selecionadas.

443322110)( XXXXYE βββββ ++++= sendo X3 ou X4 apresentando ou nãointerações .

A Tabela abaixo mostra o resultado do teste de hipótese para os quatromodelos.

MODELO SSE(R) df(R) SSE(F) df(F) RESULTADO1 101,5386 184 94,93221 179 2,4913352 102,5382 184 94,93221 179 2,8683113 101,9686 184 94,93221 179 2,6535134 102,3502 184 94,93221 179 2,797408

32,3),;1( 21 =− vvF α ; para ( %991 =−α ), v1=4, v2=189; portanto os modelos são representativos e não é necessário acrescentar

nenhuma outra variável/interação no modelo. O modelo que apresentou uma melhor resposta foi o modelo

1, F=2,49, portanto foi escolhido para a realização da regressão.

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3. Resultados

O modelo escolhido:

Prevalência estimada = 1)01 * IDH91 * 1,1679902 * 1,1537791 * 4,40123 - * 0,21131 0,20122(−

+++−

eVEGVEGIDHTNv

A Figura 8 mostra o modelo proposto aplicado em todos os municípios de Minas Gerais

Figura 8. A prevalência estimada nos municípios de Minas Gerais.

Os modelos escolhidos em função do tipo de vegetação:

- Floresta

Prevalência estimada = 1)91 * 4,40123 - * 0,21131 0,95255(−

+

eIDHTNv

- Cerrado

Prevalência estimada = 1) IDH91 * 3,23324 - * 0,21131 0,20122(−

+−

eTNv

- Caatinga

Prevalência estimada = 1)91 * 4,40123 - * 0,21131 0,20122(−

+−

eIDHTNv

Os resultados mostraram que:

- A temperatura mínima de verão tem correlação positiva com a prevalência da doença, enquanto que IDH-

91 possui correlação negativa;

- A influência da temperatura sobre a prevalência de esquistossomose é a mesma para os três tipos de

vegetação;

- O efeito do IDH-91 sobre a doença é menor para o bioma cerrado e sua influência para os biomas floresta

e caatinga é o mesmo;

2

5

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- Para valores fixos de temperatura mínima de verão e IDH, os modelos de regressão para caatinga e

floresta diferem apenas por uma constante, sendo que a prevalência na floresta é aproximadamente três

vezes maior que na caatinga.

4. Conclusões e Recomendações

Na Figura 9 podemos observar a presença de resíduos resultantes da diferença entre o valor observado e o

valor estimado da prevalência; as cores mais escuras (vermelho e azul) representam os dados subestimados

e nas cores mais claras (azul e rosa) representam os dados superestimados e, finalmente em branco

representam os dados que tiveram uma boa estimativa. Para conseguirmos um aumento significativo no

valor estimado da regressão, recomendamos:

- Conseguir georreferênciar os dados da prevalência;

- Usar dados atuais do tipo de vegetação.

Figura 9. Prevalência, Prevalência estimada e resíduo.

2

6

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I) KRIGEAGEM

1. Representação de atributos categóricos pela geoestatística

A geoestatística modela os valores de um atributo, dentro de uma região A da superfície

terrestre, como uma função aleatória (Isaaks, 1989, Deutsch, 1998). Para cada posição u

∈ A o valor do atributo de um dado espacial é modelado como uma variável aleatória

(VA) Z(u). Isto significa que, na posição u, a VA Z(u) pode assumir diferentes valores

desse atributo, cada valor tem uma probabilidade de ocorrência associada. Nas n posições

amostradas, uα, α=1,2,...,n, os valores z(uα) são considerados determinísticos, ou ainda,

VA’s cujo valor medido tem uma probabilidade de 100% de ocorrência. A função de

distribuição, para atributos categóricos (fdc), de Z(u) condicionada aos n dados

amostrado, F(u; z|(n)), é definida por:

( )( ) ( ) ( ){ }nzZProbnz ||F == uu;

A F(u; z|(n)) modela a incerteza sobre os valores de z(u), em posições u não amostradas,

considerando-se as n amostras.

A fdc univariada de uma VA categórica pode ser aproximada utilizando-se krigeagem

por indicação. Essa metodologia geoestatística não paramétrica requer a transformação

das VAs Z(u) em VAs por indicação I(u; zk) pela seguinte relação:

onde zk é um valor de corte pertencente ao domínio do atributo. Neste caso os valores de

corte são as classes, do domínio do atributo categórico, consideradas importantes para o

contexto da modelagem.

O valor esperado da VA por indicação, E{ I(u; zk)|(n), fornece uma estimativa F* da fdc

de Z(u), no valor de corte zk e condicionado aos n dados amostrais, do atributo z(uα) .

Essa estimativa, quando realizada por uma krigeagem ordinária sobre o conjunto de

valores por indicação, fornece uma inferência por regressão de mínimos quadrados para

a fdc de Z(u) no valor de corte zk (Deutsch, 1998). Um conjunto de estimativas F* em

diferentes valores de corte leva a uma aproximação da fdc completa de Z(u).

A fdc aproximada pode ser utilizada para inferências de estimativas e de incertezas

relacionadas com o atributo categórico em questão. Tipicamente, a estimativa ótima

z*(u), de um atributo categórico representado por L classes ck k=1,...,L, é determinada

por:

2

7

=

=contráriocaso0

)(Zpara,1);(I k

k

zz

uu

( ){ }{ } { }

{ } ))(;()(1);(1

)(0);(0)(1);(1

)();

n|zFn|zIProb

n|zIProbn|zIProb

n|zIE

k*

k

kk

k

uu

uu

u

==⋅

==⋅+=⋅

=

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onde pl(u) = F*(u; zk|(n)), quando zk = cl, é o valor estimado da probabilidade da

ocorrência da classe l na localização u. Este classificador é conhecido como

classificador de moda, ou estimador de moda, por ser o estimador que considera a

maior probabilidade da fdc(u).

Como inferência de incertezas, Inc(u), para atributos categóricos costuma-se utilizar o

complemento da probabilidade da moda da fdc que é definido por:

O valor de incerteza em u pode, ainda, ser estimado pela entropia de Shannon (Shannon,

1949), que é definida como:

A entropia de Shannon tem a vantagem de considerar todas os valores inferidos da

fdc(u) e tem valores máximos onde a confusão entre as classes é maior, ou seja, quando

a fdc(u) tende para uma distribuição uniforme.

O estimador de moda puro tem a desvantagem de classificar todas as localizações u,

dentro da região de interesse, ainda que a incerteza no ponto classificado seja alta, ou

seja, as probabilidades da fdc(u) sejam pequenas ou muito uniformes.

Uma metodologia alternativa consiste em se considerar a incerteza como restrição no

processo de classificação. Nesse caso são classificadas apenas as localizações com um

nível máximo de incerteza preestabelecido. Assim, consideram-se como classificadas

apenas aquelas localizações u em que a incerteza é menor que um limiar Imax, ou seja:

onde z*(u) = φ significa valor não estimado ou localização não classificada.

Os produtos, mapas ou relatórios, gerados por esta metodologia discriminam regiões

espaciais classificadas e não classificadas, segundo o modelo de incerteza e o valor de

Imax adotado. Esses produtos se adequam melhor a procedimentos de tomadas de

decisão uma vez que o risco que se pode assumir, na atividade de planejamento, está

incorporado no classificador.

2. Caracterização do conjunto amostral categórico

A Figura 10 apresenta a distribuição de um conjunto amostral de classes de tipos de

molusco do gênero Biomphalaria na bacia do Rio São Francisco, em Minas Gerais.

2

8

( ) ( ) ( ) Luuu ,...,j,ippssecz ijj* 1=∀>=

( ) ( )[ ]uuL

jj

pMaxInc1

1=

−=

( ) ( ) ( )( )∑=

−==L

1jjj plnpHInc uuu

( ) ( ) ( ) ( )( )( ) contráriocasoz

,...,j,iaxImIncppssecz*

ijj*

φ=

=∀<>= ∧u

Luuuu 1

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Cerca de 50% dos municípios da bacia do Rio São Francisco foram pesquisados e

possuem os atributos categóricos tipos de Biomphalaria. Os atributos foram distribuídos

na rede de drenagem dos municípios pesquisados e convertidos de linha para ponto para

a realização da krigeagem.

Figura 10. Distribuição das amostras de Biomphalaria na Bacia do Rio São Francisco.

3. Modelagem e classificação das espécies de Biomphalaria

Modelos de variografia foram gerados para cada um dos conjuntos por indicação

utilizando-se os procedimentos de análise exploratória, principalmente os procedimentos

de geração de variograma de superfície e por indicação, do módulo de geoestatística do

Sistema de Informação Geográfica SPRING (SPRING, 2005). Por esse módulo, foram

definidos variogramas experimentais, e ajustados por modelos matemáticos, para cada uma

das espécies de Biomphalaria consideradas: sem Biomphalaria, B. glabrata, B.

tenagophila, B. straminea, B. glabrata + B. tenagophila, B. glabrata + B. straminea e as

três espécies juntas.

Foi aplicado o procedimento de krigeagem por indicação sobre os dados amostrais, em

conjunto com os variogramas ajustados para cada espécie. Obteve-se, assim, uma

aproximação das fdcs das VAs com localizações determinadas por uma grade regular de

250 metros, envolvendo a Bacia do Rio São Francisco. A Figura 11 abaixo mostra o mapa

2

9

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de espécies (a) classificado pelo estimador de moda e o mapa de incerteza (b) gerado pela

aplicação da probabilidade da moda.

Figura 11. (a) Classificação pela moda e (b) Incerteza associada à classificação

A Figura 12 mostra o mapa de espécies de Biomphalaria classificado pelo estimador de

moda depois de recortado e ajustado à Bacia do Rio São Francisco e, também atribuídas à

classificação as cores correspondentes a cada classe de molusco.

Figura 12. Classificação ajustada a Bacia do Rio São Francisco.

4. Resultados

3

0

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- A krigeagem por indicação é um procedimento que pode ser aplicado a atributos

categóricos com resultados coerentes.

- O mapa de incertezas tem uma conformação que está de acordo com a variabilidade do

atributo em questão. Neste, as maiores incertezas aparecem nas regiões de maior

variabilidade, e também nas faixas de transição, dos valores do atributo. E os mapas de

incertezas apresentam valores menores em regiões mais homogêneas, onde as amostras de

espécies são todas de uma única classe.

Os resultados obtidos através da inferência permitiram determinar e delimitar,

respectivamente, as espécies e as áreas de risco, possibilitando indicar uma melhor

distribuição de recursos e direcionamento mais adequado para o controle do molusco.

Para validar a metodologia utilizada serão coletados moluscos nos municípios, nos quais

inexistem informações relacionadas à presença de moluscos, localizados nas áreas de risco

(Buritizeiro, Miravânia, São João da Missões, Matias Cardoso, Bonito de Minas, Santa Fé

de Minas e Brasilândia de Minas).

Essa metodologia será aplicada em outras bacias do estado de Minas Gerais para gerar um

mapa de previsão da distribuição da Biomphalaria.

J) TRABALHOS REALIZADOS

Estimação da prevalência de esquistossomose no estado de Minas Gerais através do

método de regressão linear

Esse trabalho foi realizado pelos alunos Érica Josiane Coelho Gouvêa, Flávia de Toledo

Martins e Ricardo Augusto Tavares Santos para a disciplina Métodos Estatísticos

Multivariados do curso de mestrado/doutorado em Sensoriamento Remoto do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

K) PUBLICAÇÕES REALIZADAS

Carvalho, O. S.; Dutra, L. V.; Moura, A. C. M.; Freitas, C. C.; Amaral, R. S.; Drummond,

S. C.; Freitas, C. R.; Scholte, R. G. C.; Guimarães, R. J. P. S.; Melo, G. R.; Ragoni, V.;

Guerra, M. Desenvolvimento de um sistema de informações para o estudo,

planejamento e controle da esquistossomose no Estado de Minas Gerais. In: Simpósio

Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 12. (SBSR), 16-21 abr. 2005, Goiânia. Anais...

São José dos Campos: INPE, 2005. Comunicações, p. 2083-2086. CD-ROM, On-line.

ISBN 85-17-00018-8.

Dutra, L. V.; Freitas, C. R.; Moura, A. C. M.; Freitas, C. C.; Guimarães, R. J. P. S.;

Amaral, R. S.; Drummond, S. C.; Scholte, R. G. C.; Melo, G. R.; Guerra, M.; Carvalho,

O. S. Desenvolvimento de Índices Hidrológicos para aplicação em Sistema de

Modelagem Ambiental de Risco de Esquistossomose em Minas Gerais. In: Simpósio

3

1

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Internacional sobre esquistossomose, 10. 25-28 set. 2005, Belo Horizonte. Anais... no

prelo.

Dutra, L. V.; Moura, A. C. M.; Freitas, C. R.; Freitas, C. C.; Amaral, R. S.; Drummond, S.

C.; Guimarães, R. J. P. S.; Scholte, R. G. C.; Carvalho, O. S. Uso das imagens SRTM

no mapeamento da rede de drenagem e no estudo da rugosidade do terreno em Minas

Gerais e suas relações com a ocorrência da esquistossomose. In: Simpósio Nacional de

Geografia da Saúde, 2. 28-30 nov. 2005, Rio de Janeiro. Anais... no prelo.

Freitas, C. C.; Guimarães, R. J. P. S.; Dutra, L. V.; Moura, A. C. M.; Amaral, R. S.;

Drummond, S. C.; Scholte, R. G. C.; Guerra, M.; Freitas, C. R.; Carvalho, O. S. Análise

e estimativa da prevalência da esquistossomose para o estado de Minas Gerais usando

regressão múltipla com dados sócio-ambientais. In: Simpósio Internacional sobre

esquistossomose, 10. 25-28 set. 2005, Belo Horizonte. Anais... no prelo.

Guimarães, R. J. P. S.; Freitas, C. C.; Dutra, L. V.; Shimabukuro, Y. E.; Carvalho, O. S.;

Moura, A. C. M.; Amaral, R. S.; Drummond, S. C.; Scholte, R. G. C.; Freitas, C. R.;

Melo, G. R. Comparação do modelo de mistura com os índices de vegetação NDVI e

EVI oriundos das imagens MODIS para o Estado de Minas Gerais. In: Simpósio

Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 12. (SBSR), 16-21 abr. 2005, Goiânia. Anais...

São José dos Campos: INPE, 2005. Artigos, p. 2665-2672. CD-ROM, On-line. ISBN

85-17-00018-8.

Guimarães, R. J. P. S.; Freitas, C. C.; Dutra, L. V.; Felgueiras, C. A.; Moura, A. C. M.;

Amaral, R. S.; Drummond, S. C.; Scholte, R. G. C.; Freitas, C. R.; Carvalho, O. S.

Distribuição espacial dos moluscos do gênero Biomphalaria na bacia do Rio São

Francisco - MG usando krigeagem por indicação. In: Simpósio Internacional sobre

esquistossomose, 10. 25-28 set. 2005, Belo Horizonte. Anais... no prelo.

Guimarães, R. J. P. S.; Freitas, C. C.; Dutra, L. V.; Felgueiras, C. A.; Moura, A. C. M.;

Amaral, R. S.; Drummond, S. C.; Scholte, R. G. C.; Freitas, C. R.; Carvalho, O. S.

Distribuição espacial dos moluscos do gênero Biomphalaria na bacia do Rio São

Francisco - MG usando krigeagem por indicação. In: Simpósio Nacional de Geografia

da Saúde, 2. 28-30 nov. 2005, Rio de Janeiro. Anais... no prelo

Moura, A. C. M.; Freitas, C. R.; Dutra, L. V.; Melo, G. R.; Carvalho, O. S.; Freitas, C. C.;

Amaral, R. S.; Scholte, R. G. C.; Drummond, S. C.; Guimarães, R. J. P. S. Atualização

de mapa de drenagem como subsídio para montagem de SIG para a análise da

distribuição da esquistossomose em Minas Gerais. In: Simpósio Brasileiro de

Sensoriamento Remoto, 12. (SBSR), 16-21 abr. 2005, Goiânia. Anais... São José dos

Campos: INPE, 2005. Artigos, p. 3551-3558. CD-ROM, On-line. ISBN 85-17-00018-8.

3

2

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L) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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E.; Carvalho Junior, O. A. Sensor MODIS: uma abordagem

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Camargo E. C. G. Desenvolvimento, implementação e teste de procedimentos

geoestatísticos (krigeagem) no Sistema de Processamento de Informações

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Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos, 1997.

Deutsch C. V. and Journel A. G. GSLIB Geostatistical Software Library and User’s

Guide. Oxford University Press, 1998.

Felgueiras C. A. Modelagem Ambiental com Tratamento de Incertezas em Sistemas

de Informação Geográfica: O Paradigma Geoestatístico por Indicação. Tese

(Doutorado em Computação Aplicada) – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais,

São José dos Campos, 1999.

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Huete, A.; Justice, C.; van Leeuwen, W. MODIS vegetation index (MOD13) algorithm

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Isaaks E. H. and Srivastava R. M. An Introduction to Applied Geostatistics, Oxford

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Justice, C.O.; Vermote, E.; Townshend. J. R.G.; DeFries, R.;Roy, P.D; Hall, D.K,

Salomonson, V.; Privette, J.L.; Riggs, G.; Strahler, A.; Lucht, W.; Myneni, B;

Knyazikhin, Y.; Running, W.S.; Nemani, R.R.; Wan, Z.; Huete, A.R.; Leeuwen, W.V.;

Wolfe, R.E.; Giglio, L.; Muller, J.P; Lewis, P.; Barnsley, M. The Moderate Resolution

Imaging Spectroradiometer (MODIS): land remote sensing for global change research.

3

3

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IEEE Transactions on Geoscience and Remote Sensing, v.36, n.4, p.1228-1247,

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Justice, C. O.;Townshend, J.R.G.; Vermote, E.F., Masuoka, E., Wolfe, R.E., Saleous, N.,

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3

4

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3

5

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ANEXO 1

Prevalência da esquistossomose nos 189 municípios do estado de Minas Gerais

Município Prevalência Município Prevalência

Abre Campo 8,6 Luizlândia 14,6 Açucena 5,6 Malacacheta 27,3 Águas Formosas 17,7 Manga 2,5 Águas Vermelhas 25,7 Marilac 10, 0Aimorés 14,5 Materlândia 22,3 Alpercata 9,9 Matias Cardoso 1,4 Alvarenga 25, 0 Matias Lobato 15,1 Amparo da Serra 14,3 Matipó 8, 0Baldim 19,9 Mato Verde 1, 0Bertópolis 8,8 Maxacalis 11,3 Bocaiúva 4,2 Mendes Pimentel 26, 0Bom Jesus do Galho 18,2 Mirabela 30, 0Bonito de Minas 15,7 Montalvânia 2,2 Botumirim 0,4 Monte Azul 0,6 Brasília de Minas 18,4 Montes Claros 12,3 Braúnas 19,6 Montezuma 8,5 Campanário 19,8 Nacip Raydan 31,9 Campo Azul 1,3 Nova Módica 20,7 Capim Branco 1,8 Novo Cruzeiro 32,5 Capitão Andrade 21,9 Ouro Verde de Minas 35,3 Capitão Enéas 1,5 Padre Paraíso 38,4 Caputira 16,7 Passabem 8,4 Caraí 38,1 Paulistas 9,7 Caratinga 8,9 Pavão 12,2 Carlos Chagas 8,1 Pedras de Maria da Cruz 2,2 Cataguases 0,9 Pescador 19,3 Catuji 23, 0 Piedade de Ponte Nova 18,5 Central de Minas 13,4 Pocrane 13,9 Chalé 12,2 Porteirinha 0,6 Claro dos Poções 1,7 Poté 26,8 Coluna 21,2 Raul Soares 15,5 Comercinho 18,2 Resplendor 13,9 Conceição de Ipanema 15,2 Riacho dos Machados 0,5 Conceição do MatoDentro 4,1 Rio Acima 5,6 Cônego Marinho 10, 0 Rio Casca 16,1 Conselheiro Pena 18,9 Rio do Prado 20,1 Coração de Jesus 30,8 Rio Doce 13,6 Coroaci 21,8 Rio Espera 13,7 Coronel Pacheco 4,3 Rio Manso 0,6 Córrego Novo 12,4 Rio Pardo de Minas 13,2 Cristália 0,080 Rubelita 7, 0Dionísio 17, 0 Rubim 29, 0Divino das Laranjeiras 10,6 Salinas 6,8 Divinolândia de Minas 11,6 Santa Bárbara do Leste 7,2 Dom Cavati 20,3 Santa Cruz do Escalvado 17,6 Dom Joaquim 28,2 Santa Efigênia de Minas 4,6 Dores de Guanhães 15, 0 Santa Maria de Itabira 16,4 Doresópolis 7,1 Santa Rita de Minas 15,5 Durandé 9,5 Santa Rita do Ituêto 17,5 Engenheiro Caldas 10,5 Santana do Garambeu 0,060

3

6

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Engenheiro Navarro 2,3 Santana do Manhuaçu 37,3 Entre Folhas 19,8 Santana do Paraíso 12, 0Espinosa 0,8 Santana do Riacho 3,5 Felício dos Santos 3,2 Santo Antônio do Grama 13,6 Fernandes Tourinho 14,2 Santo Antônio do Itambé 6,4 Formiga 0,960 Santo Antônio do Retiro 14,6 Francisco Sá 0,5 São Domingos das Dores 4,3 Franciscópolis 24, 0 São Francisco do Glória 2,3 Frei Gaspar 39, 0 São Geraldo da Piedade 31,6 Frei Inocêncio 15,2 São João da Ponte 30, 0Fronteira dos Vales 5,5 São João do Pacuí 16, 0Galiléia 10,4 São João do Paraíso 14, 0Goiabeira 5,1 São João Evangelista 12,5 Gonzaga 2,3 São José da Lapa 9,1 Grão Mogol 0,3 São José da Safira 16,7 Guanhães 8,4 São José do Divino 20,6 Ibiaí 3, 0 São José do Goiabal 10,9 Icaraí de Minas 12,2 São José do Jacuri 55, 0Igaratinga 4,8 São José do Manteninha 28,2 Inhapim 16, 0 São José do Mantimento 31,5 Ipaba 9,8 São Pedro do Suaçuí 22,9 Ipanema 11,9 São Pedro dos Ferros 17,5 Itabirinha de Mantena 25,2 São Sebastião do Anta 9,5 Itacambira 0,3 São Sebastião do Rio Prêto 16, 0Itacarambi 3,8 São Sebastião Maranhão 24,8 Itaipé 24,9 Sardoá 7,5 Itajubá 1,4 Sem-peixe 10,4 Itambacuri 28,1 Senhora de Oliveira 10,5 Itambé do Mato Dentro 0,6 Serra Azul de Minas 15,2 Itanhomi 20,8 Simonésia 8,7 Itaúna 0,5 Sobrália 19, 0Itinga 13,1 Taiobeiras 12,9 Ituêta 15,1 Taquaraçu de Minas 18,7 Jaboticatubas 26,9 Tarumirim 26,1 Jaíba 0,4 Teixeiras 2,3 Jampruca 13,5 Tumiritinga 8,8 Janaúba 0,8 Ubaí 24,3 Januária 25,8 Ubaporanga 15,9 Japonvar 14,5 Umburatiba 10,5 José Raydan 25,9 Urucânia 11,9 Juramento 0,5 Vargem Alegre 8,2 Ladainha 31,7 Varzelândia 8,2 Lagoa dos Patos 3, 0 Vermelho Novo 7,4 Lajinha 20,1 Virgolândia 24, 0Lamim 9,5

3

7

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ANEXO 2

Presença ou ausência de moluscos do gênero Biomphalaria nos municípios de Minas Gerais:

Municípios Molusco Municípios Molusco

ABADIA DOS DOURADOS Negativo JANAUBA B. glabrata + B. straminea

AGUA BOA B. glabrata JANUARIA B. glabrata + B. straminea

AGUA COMPRIDA B. tenagophila JAPONVAR B. glabrata + B. straminea

AGUAS VERMELHAS B. glabrata JEQUITAI Bg + Bs + Bt

AIMORES B. glabrata + B. tenagophila JEQUITIBA B. straminea

ALAGOA B. tenagophila JEQUITINHONHA B. glabrata

ALFENAS B. tenagophila JOAIMA B. glabrata + B. tenagophila

ALMENARA B. glabrata JOAO MONLEVADE B. glabrata

ALPINOPOLIS B. glabrata JOAO PINHEIRO B. straminea

ALTEROSA B. glabrata JUIZ DE FORA B. glabrata + B. tenagophila

ALVINOPOLIS B. glabrata JURAMENTO B. straminea

ANDRADAS B. glabrata LAGAMAR B. straminea

ANTONIO DIAS B. glabrata LAGOA DA PRATA Bg + Bs + Bt

ARACAI B. glabrata LAGOA DOS PATOS B. glabrata + B. straminea

ARAGUARI Negativo LAGOA FORMOSA B. straminea

ARAPUA Negativo LAGOA GRANDE B. straminea

ARAXA B. glabrata + B. straminea LAGOA SANTA Bg + Bs + Bt

ARCOS B. glabrata + B. straminea LONTRA B. glabrata + B. straminea

ARINOS Negativo MACHACALIS B. glabrata + B. tenagophila

BALDIM B. glabrata + B. straminea MALACACHETA B. glabrata

BAMBUI B. glabrata + B. straminea MAMONAS B. glabrata + B. straminea

BARAO DE COCAIS B. glabrata MANGA B. glabrata

BARAO DE MONTE ALTO B. tenagophila MANHUACU B. glabrata

BARBACENA B. glabrata + B. tenagophila MANTENA B. glabrata

BELO HORIZONTE Bg + Bs + Bt MARIANA B. glabrata

BELO ORIENTE B. straminea MARLIERIA B. glabrata + B. tenagophila

BELO VALE B. straminea MATEUS LEME B. glabrata + B. straminea

BETIM Bg + Bs + Bt MATIAS BARBOSA B. tenagophila

BOCAIUVA Bg + Bs + Bt MATIPO B. glabrata

BOM DESPACHO B. tenagophila MATO VERDE B. straminea

BOM JESUS DO GALHO B. glabrata MATOZINHOS B. glabrata + B. straminea

BONFINOPOLIS DE MINAS B. straminea MATUTINA Negativo

BRASILIA DE MINAS B. glabrata + B. straminea MEDINA B. glabrata

BRAUNAS B. glabrata MESQUITA B. glabrata

BRUMADINHO B. glabrata + B. straminea MINAS NOVAS B. straminea

BUENO BRANDAO B. straminea MIRABELA B. glabrata + B. straminea

BUENOPOLIS B. glabrata + B. straminea MONTALVANIA B. glabrata + B. straminea

BURITIS Negativo MONTE ALEGRE DE MINAS B. glabrata + B. straminea

CABO VERDE B. tenagophila MONTE BELO B. tenagophila

CACHOEIRA DOURADA B. straminea MONTE CARMELO Negativo

CAETE Bg + Bs + Bt MONTES CLAROS B. glabrata + B. straminea

CAMPANARIO B. glabrata MUTUM Bg + Bs + Bt

CAMPANHA B. glabrata NACIP RAYDAN B. glabrata

CAMPINA VERDE Negativo NOVA ERA B. glabrata + B. tenagophila

CAMPO FLORIDO Negativo NOVA LIMA Bg + Bs + Bt

CAMPOS ALTOS Negativo NOVA PONTE Negativo

CAMPOS GERAIS B. straminea NOVA UNIAO B. glabrata

CANAPOLIS Negativo NOVO CRUZEIRO B. glabrata

CAPIM BRANCO B. glabrata + B. straminea OURO BRANCO B. glabrata + B. tenagophila

CAPINOPOLIS Negativo OURO PRETO B. glabrata

CAPITAO ENEAS B. straminea PAINS B. glabrata + B. straminea

CARAI B. glabrata + B. tenagophila PAPAGAIOS B. glabrata + B. straminea

3

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CARANAIBA B. glabrata + B. straminea PARA DE MINAS B. glabrata

CARATINGA B. glabrata + B. straminea PARACATU B. glabrata + B. straminea

CARMO DO PARANAIBA Negativo PARAGUACUB. tenagophila + B.straminea

CASCALHO RICO B. straminea PARAOPEBA B. glabrata + B. straminea

CASSIA B. straminea PASSOS Bg + Bs + Bt

CATAS ALTAS DA NORUEGA B. glabrata PATOS DE MINAS B. tenagophila

CENTRALINA B. straminea PATROCINIO Negativo

CHAPADA DO NORTE B. straminea PECANHA B. glabrata

CLARAVAL B. straminea PEDRA AZUL B. glabrata

CLARO DOS POCOES B. glabrata + B. straminea PEDRINOPOLIS Negativo

COLUNA B. glabrata PEDRO LEOPOLDO B. glabrata + B. straminea

COMENDADOR GOMES Negativo PERDIZES Negativo

COMERCINHO B. glabrata PIAU B. glabrata

CONCEICAO DA APARECIDA B. glabrata PIEDADE DE PONTE NOVA B. glabrata

CONCEICAO DAS ALAGOAS B. straminea PIRAJUBA Negativo

CONCEICAO DO MATO DENTRO B. glabrata PIRAPETINGA B. glabrata

CONQUISTA Negativo PIRAPORA B. glabrata + B. straminea

CONSELHEIRO LAFAIETE Bg + Bs + Bt PITANGUI Bg + Bs + Bt

CONSELHEIRO PENA B. glabrata PLANURA Negativo

CONTAGEM Bg + Bs + Bt POCRANE B. glabrata

CORACAO DE JESUS B. glabrata + B. straminea PONTE NOVA Bg + Bs + Bt

CORDISBURGO B. glabrata + B. straminea PORTEIRINHA B. glabrata + B. straminea

CORINTO B. glabrata + B. straminea PRATA Negativo

COROMANDEL Negativo PRATINHA Negativo

CORONEL FABRICIANO Bg + Bs + Bt PRESIDENTE OLEGARIO Negativo

CRUZEIRO DA FORTALEZA Negativo PRUDENTE DE MORAIS B. straminea

CURVELO B. glabrata + B. straminea RESPLENDOR B. glabrata

DELFINOPOLIS B. straminea RIBEIRAO DAS NEVES B. glabrata

DELTAB. tenagophila + B.straminea RIO ACIMA B. glabrata + B. straminea

DIAMANTINA B. glabrata RIO CASCA B. glabrata + B. straminea

DIONISIO B. glabrata RIO DOCE B. glabrata + B. tenagophila

DIVINO B. glabrata RIO NOVO B. glabrata + B. tenagophila

DIVINOLANDIA DE MINAS B. glabrata RIO PARANAIBA Negativo

DIVINOPOLIS B. glabrata + B. tenagophila RIO PARDO DE MINAS B. glabrata

DOM JOAQUIM B. glabrata + B. tenagophila RIO PIRACICABA B. glabrata

DORES DO INDAIA B. glabrata RIO VERMELHO B. glabrata

DORESOPOLIS B. glabrata + B. tenagophila ROMARIA Negativo

DOURADOQUARA B. straminea RUBELITA B. glabrata

ENGENHEIRO CALDAS B. glabrata + B. straminea SABARA Bg + Bs + Bt

ENGENHEIRO NAVARRO B. glabrata + B. straminea SABINOPOLIS B. glabrata

ENTRE FOLHAS B. glabrata SACRAMENTO B. glabrata + B. straminea

ESMERALDAS Bg + Bs + Bt SALINAS B. glabrata + B. straminea

ESPINOSA B. glabrata + B. straminea SALTO DA DIVISA B. glabrata + B. straminea

ESTRELA DO SUL Negativo SANTA BARBARA B. glabrata

FERROS B. glabrata SANTA JULIANA Negativo

FLORESTAL B. glabrata SANTA LUZIA Bg + Bs + Bt

FORMIGA B. glabrata SANTA MARIA DE ITABIRA B. glabrata

FORMOSO Negativo SANTA MARIA DO SUACUI B. glabrata + B. straminea

FORTALEZA DE MINAS B. glabrata SANTA ROSA DA SERRA Negativo

FRANCISCO SA B. glabrata + B. straminea SANTA VITORIA B. straminea

FREI INOCENCIO B. glabrata + B. straminea SANTANA DE PIRAPAMA B. straminea

FRONTEIRA Negativo SANTANA DO RIACHO B. glabrata

FRUTAL Negativo SANTO ANTONIO DO GRAMA B. glabrata

GALILEIA B. glabrata SAO FRANCISCO DE SALES Negativo

GOVERNADOR VALADARES Bg + Bs + Bt SAO GONCALO DO ABAETE B. glabrata + B. straminea

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GRUPIARA B. straminea SAO GOTARDO Negativo

GUANHAES B. glabrata SAO JOAO DA PONTE B. glabrata + B. straminea

GUARANESIA B. tenagophila SAO JOAO DEL REI B. glabrata

GUARDA-MOR Negativo SAO JOAO DO PARAISO B. glabrata

GUAXUPE B. tenagophila SAO JOAO EVANGELISTA B. glabrata

GUIMARANIA Negativo SAO PEDRO DO SUACUI B. glabrata + B. straminea

GURINHATA Negativo SAO ROMAO B. glabrata + B. straminea

IAPU B. glabrata SAO SEBASTIAO DO PARAISO B. straminea

IBIA Negativo SAO SEBASTIAO DO RIO PRETO B. glabrata

IBIAI B. glabrata + B. straminea SAO TOMAS DE AQUINO B. straminea

IBIRACATU B. glabrata + B. straminea SAPUCAI-MIRIM B. glabrata

IBIRITE B. glabrata SERRA DO SALITRE Negativo

IGARAPE B. glabrata + B. straminea SETE LAGOAS Bg + Bs + Bt

INDIANOPOLIS Negativo SOBRALIA B. straminea

INHAPIM B. glabrata TABULEIRO B. glabrata

INHAUMA B. glabrata + B. straminea TAPIRA B. glabrata

INIMUTABA B. glabrata + B. straminea TAQUARACU DE MINAS Bg + Bs + Bt

IPIACU B. straminea TARUMIRIM B. glabrata

IRAI DE MINAS Negativo TEOFILO OTONI B. glabrata + B. straminea

ITABIRA B. glabrata + B. straminea TIMOTEO B. glabrata + B. straminea

ITABIRINHA DE MANTENA B. glabrata + B. straminea TIROS Negativo

ITABIRITO B. straminea TRES MARIAS B. straminea

ITACARAMBI B. glabrata + B. straminea TUMIRITINGA B. glabrata

ITAJUBA B. glabrata + B. tenagophila TUPACIGUARA Negativo

ITAMBACURI B. glabrata TURVOLANDIA B. tenagophila

ITANHOMI B. glabrata UBA Bg + Bs + Bt

ITAPAGIPE Negativo UBAI Bg + Bs + Bt

ITAUNA B. glabrata + B. straminea UBERABAB. tenagophila + B.straminea

ITINGA B. glabrata + B. straminea UBERLANDIA Bg + Bs + Bt

ITUETA B. glabrata UNAI B. straminea

ITUIUTABA B. straminea VARZELANDIA Bg + Bs + Bt

ITURAMA Negativo VAZANTE B. straminea

JABOTICATUBAS B. glabrata + B. tenagophila VERISSIMO Negativo

JACINTO B. glabrata + B. straminea VESPASIANO Bg + Bs + Bt

JAGUARACU B. glabrata + B. tenagophila VICOSA B. glabrata + B. tenagophila

JAMPRUCA B. glabrata VIRGOLANDIA B. glabrata

4

0