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ANGOLA
RELATÓRIO FINAL da assessoria técnica para a consolidação das capacidades da CNIDAH
Código de projecto do PNUD: 00057533
Data do Relatório: 15 – Abril 2009
RELATÓRIO FINAL
Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH 2
SUMÁRIO DO PROJECTO
País Angola
Sector Prevenção de Crises e Recuperação (Desenvolvimento das Capacidades das Autoridades Nacionais da Acção de Minas)
Agência Implementadora Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)
Contraparte Nacional Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH)
Título do Projecto Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH
Modalidade de Execução Implementação Nacional (NEX)
Período do Projecto 1‐Julho, 2007 to 31 Março, 2009
Custo Total previsto EUR 1,439,371.00
Doadores CE (Comissão Europeia) e PNUD
Contribuição Esperada da CE EUR 700,000.00
Contribuição Prevista do PNUD EUR 739,371.00
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SUMÁRIO DO PROJECTO
O presente relatório apresenta um resumo das actividades e do impacto do projecto de assessoria técnica para a consolidação das capacidades da CNIDAH, entre 1 de Julho de 2007 a 31 de Março de 2009. A duração deste projecto, levado a cabo em parceria com o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) e a CNIDAH foi originalmente concebido para 18 meses (Julho 2007 – Dezembro 2008), sob a modalidade de execução nacional (NEX), e foi estendido por mais 3 meses (Janeiro ‐ Março 2009), sem custos adicionais ao orçamento. O objectivo geral do projecto é o reforço da capacidade do Governo Angolano, para garantir a segurança e o acesso das populações nas áreas afectadas por minas. O objectivo específico é capacitar a CNIDAH para realizar a sua função de acordo com o Plano Estratégico de Acção de Minas de 2006‐2011, através duma assistência técnica e formação. Deste modo, os grupos alvos do projecto são os gestores e técnicos da CNIDAH. Os beneficiários directos são as comunidades sócio economicamente afectadas pela existência de minas terrestres. O principal resultado deste projecto é a capacitação efectiva e eficiente da CNIDAH e dos seus trabalhadores, para cumprirem efectiva e eficientemente com as suas obrigações, conforme o estabelecido no Plano Estratégico de Acção de Minas 2006‐2011. De forma a atingir tal resultado, foi realizada uma intensa assistência técnica e actividades de formação a nível nacional e provincial, para o reforço dos objectivos principais que a seguir mencionamos:
1. Aumento da capacidade institucional para a implementação do Programa Nacional de Acção de Minas, em conformidade com a política nacional, com o Plano Estratégico Nacional 2006‐2011 e convenções internacionais;
2. Reforço da capacidade institucional para a definição e aplicação da Garantia de Qualidade e Controlo de Qualidade (GQ/CQ) a nível do país
3. Reforço da capacidade Institucional para a elaboração dos Planos Anuais Provinciais e Nacionais baseados no Plano Estratégico Multi‐Anual 2006‐2011
4. Melhoramento da capacidade institucional para a coordenar e monitorar as actividades de Acção de Minas a nível nacional e provincial
5. Melhoramento da capacidade institucional para manter, gerir e usar a Base de Dados da Acção de Minas, a nível nacional e provincial
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Este relatório está dividido nas seguintes secções:
1. Papel da Acção de Minas do PNUD em Angola
2. Âmbito do Problema de Minas Terrestres em Angola
3. Objectivos Principais do Projecto
4. Resultados e Progresso
5. Equipa de Assessoria Técnica
6. Constrangimentos e Experiências Adquiridas
7. Parcerias Chaves e Colaboração entre as Agencias
8. Pontos Altos e Temas Transversais
9. Desafios Futuros para a CNIDAH e para o Programa de Acção de Minas em Angola
10. Glossário de Termos
11. Relatório Financeiro do projecto (Anexo 1)
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1. O papel da Acção de Minas do PNUD em Angola O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é mandatado pela Assembleia Geral, a fim de prestar assistência às autoridades nacionais, nos seus esforços para rever e reforçar os mecanismos de coordenação existentes e desenvolver um programa nacional de acção de minas. Em Angola tal assistência passou a ser proporcionada desde Março de 2003. O objectivo da equipa da acção de minas do PNUD é de promover a propriedade nacional, a responsabilidade, a liderança e coordenação efectiva, através do reforço de capacidade nacional na gestão de todos os aspectos da acção de minas a nível nacional e contribuir para a implementação das obrigações nacionais ao abrigo da Convenção de Ottawa. Em termos relativos, o sucesso da criação da CNIDAH em Angola, foi atingido através da instalação da estrutura organizacional e do estabelecimento, a nível nacional, de um mecanismo para consulta regular e coordenação com a comunidade de Acção de Minas. Isto inclui sessões plenárias, reuniões mensais da Subcomissão de Desminagem e do trabalho desenvolvido pelos grupos técnicos na área de Educação de Risco de Minas (ERM), Assistência às Vitimas de Minas (AVM), Gestão de Informação, Princípios Nacionais de Acção de Minas e desminagem. No fim do ano de 2004, foi largamente anunciado a existência de uma autoridade nacional de Acção de Minas e que o Governo de Angola estava agora a coordenar as actividades de acção de minas no país, através da CNIDAH. A Acção de Minas do PNUD tem como objectivo consolidar e reforçar a função da Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistencial Humanitária (CNIDAH), como sendo a autoridade nacional responsável pela realização da política de acção de minas, planeamento e coordenação na implementação das obrigações de Angola, ao abrigo da Convenção de Ottawa.
A primeira etapa de transição de uma intervenção de acção de minas humanitária condução para uma abordagem focalizada mais desenvolvida, torna‐se cada vez mais evidente. Isto está demonstrado no aumento do número de projectos de desenvolvimento a serem implementados com a componente de acção de minas. Estas tarefas estão a ser, na sua maior parte, levadas a cabo por organizações comerciais ou instituições nacionais. Isto, por si mesmo, oferece um desafio adicional à CNIDAH, como organização que deve adaptar‐se a um ambiente operativo, rapidamente mutável, e com novas responsabilidades.
Os desafios no sector de acção de minas em Angola foram, em grande parte, centrados na preparação do Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas 2006‐2011 e em processos sustentáveis para uma coordenação eficiente. À medida que o programa de acção de minas se desenvolve, haverá um esforço maior em assegurar a completa e consistente participação das autoridades provinciais em atingir os objectivos.
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2. ÂMBITO DO PROBLEMA DE MINAS TERRESTRES EM ANGOLA ATÉ A CONCLUSÃO DO LIS O Levantamento de Impacto de Minas (LIS) identificou 1 988 comunidades afectadas por minas terrestres/UXO, nas 18 províncias de Angola. Estas comunidades afectadas representam 8 % das 23 188 comunidades em Angola. Cerca de 2.4 milhões de pessoas vivem em comunidades de impacto de minas terrestres/UXO, das quais 0.6 milhões se encontram em comunidades de alto ou médio de impacto. Estima‐se que aproximadamente 17 % de todos os cidadãos vivem em comunidades com impacto de minas. 60% das comunidades de impacto têm uma única Área Suspeita de Risco (SHA), e 85% tem uma ou duas ASR. O Levantamento de Impacto de Minas em Angola (ALIS), para a qual o trabalho de campo foi conduzido de Abril 2004 a Maio de 2007, identificou 3 266 áreas suspeitas de risco (SHAs). O ALIS identificou um total de 341 mortos ou feridos pelas minas/UXO durante os 24 meses que precederam o trabalho de campo em cada província. Das 1 968 comunidades de impacto, 2 % foram classificadas como sendo de alto impacto e 23 % classificadas como de médio impacto. A média geral das outras Pesquisas de Impacto de Minas, para alto e médio impacto, é aproximadamente de 10% e 30 %, respectivamente. Análises posteriores determinaram a causa do baixo número, em relação ao esperado, de comunidades de alto e médio impacto. Esta situação parece provavelmente reflectir os resultados positivos de acção de minas anteriores, da consciencialização da comunidade e da adaptação da população desde que as minas foram colocadas, bem como a relativa baixa pressão nos campos agrícolas justificada pela baixa densidade da população rural em Angola.
Comunidades Afectadas em Angola
Número Total
Alto Impacto
Médio Impacto
Baixo Impacto
Total 1 988 40 455 1 493 Percentagem do Total 100% 2% 23% 75%
O LIS de Angola verificou/reavaliou a informação contida na base de dados anterior do campo de minas nacional, mantida pelo INOREE, no período compreendido entre 1995 à 1998. Duma maneira geral o ALIS reduziu a área suspeita afectada de “30 % do território nacional” mal definidos a um total de SHAs, muito conservadoramente avaliado e combinado, de menos de 1 % do território nacional.
2.1 IMPACTO DE MINAS NO SECTOR ECONÓMICO O bloqueio económico mais frequentemente reportado foi o acesso aos campos agrícolas, identificado em 61% das comunidades afectadas. Os campos não agrícolas constituem o
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segundo bloqueio mais relatado, registado em 42 % das comunidades com impacto de minas; o bloqueio às terras irrigadas foi registado em 5 %. O bloqueio de estradas foi identificado em 23 % das comunidades de impacto, enquanto o acesso à água potável, foi identificada em 7%. Os resultados do ALIS sustentam um exame das consequências da acção de minas em Angola. As constatações das pesquisas informam sobre a estratégia nacional de acção de minas do Governo, e tornam possível a planificação das actividades da acção de minas a partir, tanto da perspectiva humanitária como do ponto de vista do desenvolvimento económico. Especificamente, o ALIS proporcionou informação sobre a qual a CNIDAH projectou o Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas, aprovado pelo Conselho de Ministros. O Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas 2006‐2011 abrange focos específicos na redução do impacto de minas, no apoio à reconstrução e desenvolvimento, no apoio aos sobreviventes de minas e no estabelecimento de um sistema de monitorização pós LIS, que irá captar tanto as actividades de acção de minas humanitárias como de desenvolvimento. O sistema de monitorização pós‐LIS permite igualmente incorporar novos problemas que possam ser identificados para uso de medição do progresso e impacto, na planificação sistemática e na informação aos doadores. Uma das preocupações de todos os parceiros envolvidos no LIS de Angola era assegurar que seria útil aos actores fora, bem como dentro, da comunidade de acção de minas. Já está a ser usada uma ferramenta separada para priorizar comunidades para Educação de Risco de Minas. O ALIS identificou comunidades específicas, em cada província, que sofre de bloqueios socioeconómicos, os quais poderiam impedir os planos de desenvolvimento sectoriais: bloqueio a terra irrigada, a escolas primárias, a estradas, a centros de saúde, a pontes, a habitação, etc. Estas informações deveriam ser imediatamente usadas por outros sectores a assegurarem os seus próprios planos, abordando o problema das minas quando este constituísse um obstáculo ao seu sucesso; seria benéfico se a CNIDAH trouxesse tais informações à atenção de outros sectores. Um banco de dados recentemente actualizado, uma descrição mais compreensível do problema de minas e uma meta nacional para solucionar a questão do impacto de minas nas comunidades de alto e médio impacto são algumas das oportunidades que o resultado do LIS ofereceu a Angola. Ao mesmo tempo, permitiu que fosse possível uma planificação mais cuidadosa para reabilitar ou construir linhas de distribuição de energia, estradas, canais de irrigação, escolas e postos de saúde. Um processo de monitorização contínuo com visitas regulares às comunidades de impacto manteria a precisão e integridade do LIS a longo prazo, protegendo o investimento inicial no LIS e assegurando que os actores de acção de minas tenham acesso a uma informação actual e segura enquanto o programa de acção de minas operar no país. Um sistema de monitorização também asseguraria a constante manutenção da base de dados, que por sua vez, permitiria à CNIDAH empreender análises regulares e monitorização para assegurar que seu programa está a ser efectivamente alcançado. As
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prioridades podem ser actualizadas numa base contínua para assegurar que as comunidades de alto impacto são mantidas no topo da ordem do dia, inclusive comunidades recentemente classificadas como de impacto devido a recentes vítimas ou novos bloqueios. Mantendo o período crítico de dois anos de informação que resultou na classificação das comunidades, a CNIDAH e as autoridades provinciais poderão basear o seu planeamento anual e a longo prazo em informações correntes e actualizadas. A manutenção da base de dados asseguraria uma linha de base para a CNIDAH, doadores e a comunidade de acção de minas mais alargada para medir o progresso do programa de acção de minas.
Em termos básicos pode parecer que, aproximadamente, 1 304 km2 do território Angolano estão contaminados por minas terrestres baseados no ALIS. Note‐se que este número representa as áreas identificadas em grande proximidade com os centros populacionais atendendo à natureza base da comunidade do processo do LIS. Ainda há uma probabilidade razoável de que minas e UXOs possam ter sido negligenciadas em áreas remotas. Elas geralmente não constituem uma séria ou imediata ameaça. Parece que quase 30% de acidentes ocorrem nas estradas, contudo, os dados recolhidos em relação aos acidentes atribuem todos os incidentes a uma comunidade. Sabe‐se que é controverso sugerir que a extensão da área contaminada é consideravelmente menos que 1% do território, quando na realidade o que é geralmente mencionado é 35%. Mas para um interesse mais imediato, a desminagem das áreas suspeitas de risco de alto impacto e a maioria das áreas de médio impacto deveria realizar‐se durante os primeiros 5‐6 anos do prazo de implementação do Plano Estratégico. Usando o processo de classificação de impacto do LIS, o total de áreas contaminadas divide‐se da seguinte forma:
Impacto Número de Comunidades Área (km2) Alto 40 57Médio 455 495Baixo 1 493 752
Total 1 988 1 304 É de notar que estes números representam todos o Nível 1 da pesquisa de dados que podem ser consideravelmente reduzidas após a aplicação do efectivo Nível 2 ou pesquisa
Categoria de Impacto
Comunidades Áreas Suspeitas
minadas População Afectada
Número Percentagem Número Percentagem Número PercentagemAlto 40 2% 86 3% 59 742 3%Médio 455 23% 1 087 33% 598 717 25%Baixo 1 493 75% 2 093 64% 1 709 320 72%Total 1,988 100% 3,266 100% 2,367,779 100%
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técnica e/ou redução de área. Como exemplo; o programa de acção de minas de Moçambique estima que a pesquisa técnica pode reduzir as SHAs entre 50‐70% e estudos provaram que menos de 3% de áreas reduzidas por meios mecânicos contêm ameaças de minas ou UXOs. Os resultados do ALIS intuitivamente parecem mais credíveis quando se considera que o ALIS identifica que mais de 2.4 Milhões de angolanos são diariamente afectados pela presença de minas. Isto representa entre 16‐20% da população. Mais adiante a pesquisa identifica que aproximadamente 1 968 ou 8.6% das comunidades são afectadas por minas / UXOs – com um total aproximado de 3 266 SHAs. O acesso restrito a terras agrícolas e a estradas/acessos representa o bloqueio socioeconómico mais significativo. Noventa porcento das comunidades afectadas são descritas como tendo limitado acesso para as terras agrícolas, enquanto 24% das comunidades têm acesso limitado as estradas / caminhos / vias de acesso.
Socio-economical Blockages from LIS in Angola
Irrigated Agriculture1033%
Drinking Water1303%
Housing1323%
Other Water1544%
Ways/paths491%
Infrastructure3178%
Roads3379%
Pasture68918%
Non Agriculture81921%Rain-Fed Agriculture
118130%
O gráfico acima representa a variedade de bloqueios socioeconómico nas localidades de impacto e a percentagem do total de bloqueio em Angola, por cada categoria. Foi feita uma classificação de 10 principais bloqueios cujos detalhes se encontram na base de dados.
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Principais tipos de
bloqueios socioeconómicos que
afectam as comunidades
Número de bloqueios em todas as
comunidades afectadas
Percentagem de bloqueio no país
Campos agrícolas 1 181 30.2 % Campos não agrícolas 819 20.9 % Pastagens 689 17.6 % Estradas 337 8.6 % Infra‐estruturas 317 8.1 % Outra água 154 3.9 % Habitação 132 3.4 % Água Potável 130 3.3 % Agricultura de Irrigação 103 2.6 % Caminhos/picadas 49 1.3 %
Total 3 911 100.0 3. Principais Objectivos do Projecto O objectivo geral do projecto é o reforço da capacidade do Governo de Angola em garantir a segurança e o acesso da população nas áreas afectadas de minas e facilitar o processo eleitoral. O objectivo específico é capacitar a CNIDAH para realizar as suas tarefas de acordo com o Plano Estratégico de Acção de Minas 2006‐2011, através de uma assistência e formação técnica com os seguintes resultados a serem atingidos no fim do projecto:
a) Os gestores da CNIDAH dirigem uma organização ágil e competente, com atribuições claras e compartilhadas e com práticas adequadas de planeamento interno, administração e gestão de recursos humanos e financeiros. b) A CNIDAH é capacitada para elaborar, a cada ano, o Plano de Trabalho Nacional de Desminagem, conforme o padrão e a especificidade necessários. c) O trabalho da CNIDAH na área da Garantia de Qualidade é efectuado obedecendo aos padrões internacionais. d) As Salas Operativas Provinciais estão capacitadas para cumprir com as suas responsabilidades em relação aos Governos Provinciais e à CNIDAH. e) A CNIDAH está capacitada em recolher, processar, produzir, analisar e disseminar dados fiáveis sobre áreas minadas e desminadas, e sobre acidentes e incidentes de
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minas e respectivas vítimas e seu tratamento médico e reinserção social, bem como disseminar a informação obtida aos parceiros.
3.1 Resultados Esperados
a) a redução da ameaça de contaminação de minas nas comunidades consideradas de alta prioridade até 2011, facilitando o acesso e a circulação de pessoas e bens e, a final, a participação cívica dos cidadãos e o desenvolvimento de actividades económicas e produtivas;
b) a redução do risco das comunidades de baixa e média prioridade até 2011, facilitando o acesso e a circulação de pessoas e bens e, a final, a participação cívica dos cidadãos e o desenvolvimento de actividades económicas e produtivas;
c) que a capacidade nacional seja plenamente estabelecida e desenvolvida para a implementação da acção de minas em Angola;
d) que seja estabelecido um programa de acção de minas avançado, comparável com os melhores programas de acção de minas a nível mundial.
e) que o Estado Angolano responda aos compromissos do País como Estado membro da Convenção de Ottawa, reconhecendo a dimensão do problema de contaminação de minas do País;
f) reporte de uma maneira precisa a situação de acção de minas em Angola através de relatórios de progresso.
4. Resultados e Progresso Através deste projecto a equipa de assessoria técnica do PNUD prestou assistência e desenvolvimento da CNIDAH no quadro organizacional e da capacidade operacional a nível central e provincial. Este projecto apoiou a CNIDAH na realização das suas tarefas de acordo com o Plano Estratégico de Acção de Minas 2006‐2011.
O sucesso do projecto inclui a melhoria organizacional e gestão institucional da CNIDAH, através da revisão e estabelecimento de sistemas de procedimentos. Adicionalmente, houve melhorias significativas no desenvolvimento e refinamento de mecanismos efectivos, para o ciclo nacional anual de planificação. 4.1 Capacidade Institucional para implementar o Programa Nacional de Acção de Minas Destaque dos principais sucessos:
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Análise funcional da estrutura organizacional para clarificar funções e responsabilidades;
Estabelecimento do Ciclo de Planeamento Operacional Anual (provincial e nacional);
Estabelecimento de uma metodologia e prática de envolver os ministérios e instituições no planeamento de desminagem;
Desenvolvimento de um plano de monitorização pela CNIDAH, para a implementação dos planos nacionais e provinciais.
Actividades Realizadas Situação
Analise Funcional da estrutura organizacional para a clarificação das funções na CNIDAH (a nível central e provincial), e clarificar obrigações e actividades. Elaboração de organigramas, mapas de análise funcional, mapas de processos, descrições escritas de procedimentos e linhas de orientação.
Concluída
Organização de seminários de formação sobre gestão geral para os funcionários da CNIDAH a nível central e provincial, orientados pelos chefes de departamento da CNIDAH. O objectivo destes Seminários consistiu na revisão de actividades e procedimentos, listagem de problemas, identificação de soluções e busca de inovações e melhorias.
Concluída
Desenvolvimento da prática de reuniões de trabalho regulares, organizadas pelos funcionários da CNIDAH. Estas reuniões são realizadas nos departamentos, entre departamentos e com a direcção. Têm como objectivo o intercâmbio de ideias sobre as actividades, desenvolvimentos, dificuldades e outras informações. As reuniões são estruturadas e têm um mecanismo de acompanhamento.
Concluída
Desenvolvimento da prática de visitas regulares às Salas Operativas Provinciais, para avaliação da sua performance e do trabalho com os parceiros, como parte de um processo de monitoria externa dos funcionários da CNIDAH a partir do nível central.
Concluída
Mecanismos de coordenação através de reuniões regulares com outras entidades nacionais de Acção de Minas relevantes: Ministérios, CED, ONGs nacionais e internacionais, doadores, Agencias das NU. A informação à base de dados nacional na CNIDAH foi significativamente melhorada pelas organizações nacionais e internacionais bem como gradualmente posta em acção pelos operadores nacionais, (INAD, FAA).
Não concluída
Preparação para a participação nas conferências internacionais (Tratado de Ottawa, reuniões dos Estados Membros afectados pelas minas, Conferência do Clu ster de munições etc.).
Concluída
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Comunicação com as agências internacionais especializadas (UNMAS, GICHD) na pesquisa e melhoramento das possibilidades p. ex. nova versão do IMSMA 4.0.
Não concluída
Estabelecimento do plano de acção para cada um dos pilares (desminagem/controlo, ERM, Assistência às Vitimas), baseado no Plano Estratégico Nacional 2006‐2011, de forma a capacitar a CNIDAH a desenvolver o Plano Nacional Anual.
Concluída
Estabelecimento de um ciclo de planeamento anual nacional, em colaboração com os parceiros de desminagem
Concluída
Estabelecimento de uma metodologia e praticas de envolvimento de ministérios e instituições na planificação da desminagem.
Concluída
Estabelecimento de mecanismos de coordenação e sinergias de diferentes intervenções de parceiros nacionais e internacionais no campo de desminagem.
Concluída
Estabelecimento de coordenação, articulação e processos de supervisão das actividades realizadas a nível local pelo Governo Provincial.
Concluída
Estabelecimento de um ciclo de planificação provincial anual em colaboração com os actores de desminagem, incluindo as comunidades.
Concluída
Estabelecimento de mecanismos para identificação de tarefas, análise de tarefas, e definição de urgências e prioridades.
Não concluída
Desenvolvimento de capacidades dos trabalhadores das Salas Operativas para a análise das suas tarefas.
Concluída
Desenvolvimento de mecanismos para a incorporação da desminagem de emergência.
Não concluída
Desenvolvimento de um plano de monitorização, pela CNIDAH, para a implementação dos planos nacionais e provinciais.
Concluída
4.2 Capacidade Institucional para definir e executar Garantia de Qualidade e Controlo de Qualidade As actividades planeadas e conduzidas durante o período do relatório incluíram a capacitação do actual pessoal da CNIDAH. A equipa de assistência técnica do PNUD aconselhou a CNIDAH a reforçar e a descentralizar a sua capacidade na área de GQ/CQ. A
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CNIDAH aumentou o número de equipas de GQ/CQ de uma equipa baseada em Luanda para 13 equipas (três pessoas por equipa incluindo o motorista) distribuídas pelo país. Este impressionante aumento permitiria a responsabilização por todas as actividades de Acção de Minas em todo o território nacional. A equipa de assistência do PNUD participou neste processo de reforço através da condução de acções de formação, no equipamento e na organização das novas equipas de GQ/CQ. Como parte do projecto de capacitação foi produzida uma série de documentos de suporte à CNIDAH para a gestão do pessoal de forma apropriada e organizada. Foram produzidos Termos de Referência (ToR) e procedimentos para o pessoal de campo. Estes documentos encontram‐se numa versão de provisória, faltando fazer alguns melhoramentos, apenas possíveis após a sua implementação. Foi realizado um pacote de formação, assim como uma versão provisória do primeiro documento normativo que explica o funcionamento da CNIDAH e as suas relações com os parceiros. Situações inesperadas e actividades não planeadas também foram incluídas neste relatório, uma vez que elas constituem a principal razão para o atraso das tarefas planeadas e, definitivamente, tiveram influência nos objectivos gerais alcançados como se encontra descrito abaixo. A gestão de qualidade da acção de minas em Angola foi desenhada para consistir num processo de duas fases como se encontra descrito nos Padrões Nacionais de Acção de Minas (NMAS) e nos Padrões Internacionais de Acção de Minas (IMAS). A primeira fase abrange a acreditação e a monitoria das organizações de desminagem, antes e durante o processo de remoção de minas, e a segunda fase envolve a inspecção da área desminada antes de ser formalmente entregue para uso do beneficiário.
A acreditação estabelece e confirma a qualidade das organizações de desminagem confirmando que eles são competentes e capazes de planear e gerir actividades de desminagem de forma segura, efectiva e eficaz (Acreditação Organizacional); e que as organizações são competentes e capazes para desempenhar actividades especificas de desminagem (Acreditação Operacional).
A monitorização examina as capacidades da organização (pessoal, equipamento e procedimentos) e garante que a organização está a usar a sua capacidade de forma apropriada. Esta monitorização externa complementa os próprios sistemas internos de gestão de qualidade das organizações de desminagem., verificando de que os procedimentos de qualidade da organização são apropriados e estão a ser aplicados. No entanto, não substitui a responsabilidade da organização de desminagem de assegurar a aplicação de procedimentos operacionais seguros, efectivos e eficientes.
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Recentemente, antes do início do projecto do corrente relatório, a Capacidade de Gestão de Qualidade da CNIDAH foi limitada a uma única equipa que apresentou dificuldades em assegurar o trabalho em todo o país. A CNIDAH resolveu este problema com o reforço dos processos e procedimentos existentes, expandido a capacidade de monitoria de qualidade para as equipas de monitoria de qualidade provinciais/regionais, e desenvolvendo novos procedimentos para a gestão da qualidade que podem sem aplicados a entidades comerciais ou humanitárias. Como resultado foi recrutado, equipado e posicionado novo pessoal (39 pessoas distribuídas por 13 equipas).
Estas equipas irão concentrar a sua atenção em assegurar que os sistemas de gestão e procedimentos operacionais das organizações de desminagem são consistentes com os termos de acreditação. Outra das suas funções será o desenvolvimento de actividades de monitoria de acordo com os procedimentos operacionais baseados nos Padrões Nacionais de Acção de Minas, tendo em consideração cada Padrão Operacional de Procedimentos (POP) dos operadores aprovado pela CNIDAH.
4.2.1 Principais Objectivos estabelecidos para GQ/CQ 4.2.1.1 Metas: A implementação de um sistema de gestão de qualidade da CNIDAH está interligado à capacitação ao nível nacional e está previsto ajudar a organizar e aumentar alguns dos objectivos da CNIDAH, tais:
Melhoria do sistema de Planeamento aos níveis provincial e nacional Implementação do Sistema de Redução de Área e, Reforçar o sistema de recolha e partilha de informação
2.2.1.2 Objectivos:
Os objectivos específicos seguintes foram estabelecidos como prioridade para o projecto que terminou:
Reforço da capacidade existente para assegurar que as operações são conduzidas de acordo com os padrões aceite internacionalmente,
Expansão da Capacidade da Gestão de Qualidade da CNIDAH para responder ao crescente número de tarefas de Desminagem faltando o controlo final como parte do procedimento de entrega da terra,
Desenvolvimento de Procedimentos de Gestão de Qualidade que sejam aplicáveis em Angola e,
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Estabelecer e implementar, como resultado a longo prazo, um regime regular de monitorização para todos os operadores permitindo uma imagem mais confiante das operações em Angola.
4.2.2 Resultados: De uma forma geral os objectivos foram alcançados e os resultados são encorajadores considerando o lento ritmo a que se verificam mudanças dentro da CNIDAH. Este foi o ganho mais importante que a CNIDAH teve. Poderiam ter sido alcançados melhores resultados se a CNIDAH tivesse um melhor sistema de comunicação e compreensão entre os seus departamentos. Frequentemente cada departamento funciona de forma independente e organiza as missões de campo sem comunicar ou partilhar a agenda com os restantes departamentos não permitindo uma adesão coesa para os objectivos estratégicos comuns. A componente de gestão de qualidade do Departamento de Operações da CNIDAH falhou no alcance dos objectivos estabelecidos pelo plano do projecto devido á falta de clareza do sistema de suporte financeiro para assegurara a mobilidade das equipas de GQ/CQ. Os planos foram produzidos mas não conseguiram ser implementados por falta de suporte financeiro da CNIDAH. As visitas de campo para monitorizar o trabalho das novas equipas de GQ/CQ tiveram de ser canceladas por causa do deficiente sistema de suporte financeiro da CNIDAH. O sistema de comunicações também se apresentou como um constrangimento uma vez que não houve suporte logístico da CNIDAH para instalar os rádios móveis nas viaturas das equipas. Não foram assegurados meios financeiros para proporcionar às equipas a mobilidade desejável para as províncias. Por outro lado, o departamento operacional recrutou alguns novos elementos com experiência e capacidade, traduzindo‐se numa alteração positiva. As limitações internas do departamento no que se refere à organização de documentação foram eliminadas com o estabelecimento de um novo sistema de preenchimento eficaz. 4.2.3 Objectivos específicos: O reforço da capacidade do pessoal da CNIDAH era o objectivo inicial e isso foi claramente alcançado. A adesão a uma agenda de trabalho comum, um compromisso considerável para planear actividades e a compreensão das teorias da qualidade foram importantes metas também alcançadas. No entanto, o apoio dos gestores seniores da CNIDAH continua a ser uma preocupação para o pessoal técnico da estão de qualidade. Dos objectivos específicos citados acima foi possível alcançar: Nove equipas adicionais foram treinadas, equipadas e recrutadas. Este processo foi mais demorado do que o previsto face a sérios constrangimentos relacionados com factores internos e externos; como a demora no processo de recrutamento, preparação logística e finalmente inclusão dos recentes funcionários no sistema de pagamento do Estado.
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4.2.4 Actividades Inacabadas: Processos, procedimentos e linhas de orientação para suportar a implementação do sistema de qualidade foram iniciados e continuam em progresso. A revisão para promulgar e divulgar os padrões nacionais aos operadores que foi iniciada ainda não está concluída. Os Padrões de Procedimentos de Operações (SOP) para serem usados pelas equipas de Gestão de Qualidade no seu trabalho de campo foram produzidos e encontram‐se à espera da revisão pelo Departamento Técnico para a sua actualização final. Os SOP continuarão a ser revistos à medida que as equipas vão operando até a CNIDAH estar satisfeita com a qualidade e a sua aplicabilidade. Era esperado que os processos e procedimentos de Acreditação, que reflectem as condições angolanas, fossem concluídos e implementados com a assistência do Centro Internacional de Genebra para a Desminagem Humanitária (GICHD). Um perito em gestão de qualidade do GICHD foi convidado para participar neste processo mas, lamentavelmente, não houve nenhuma acção da CNIDAH para a realização do que estava planeado. Este importante assunto deverá ser uma prioridade para o futuro próximo. 4.2.5 Eventos Inesperados e actividades não planeadas: Aconteceram alguns eventos inesperados e actividades não planeadas, consumidores de tempo, durante o período de implementação do projecto. Algumas actividades são referentes a investigações de acidentes de desminagem que aconteceram com conhecidas organizações internacionais. Foram conduzidas extensas reuniões para apresentar e discutir conclusões atempadamente de modo a evitar futuros acidentes de natureza semelhante. Foram reportados e investigados cinco acidentes de desminagem e os resultados foram discutidos individualmente com as organizações internacionais. Algumas das actividades não planeadas são referentes a tarefas não reportadas por alguns operadores comerciais de desminagem quando iniciam o trabalho e, apenas, começam a reportar à CNIDAH quando precisam de certificados de limpeza de minas para o controlo final de qualidade. Por várias vezes os planos tiveram de ser alterados e reajustados para responder a actividades de controlo de qualidade não programadas. Para além do facto da CNIDAH ter uma grande lacuna em pessoal de campo, este problema aumentou o número acumulado de tarefas de controlo de qualidade que se encontram em lista de espera. Assim sendo, este problema será um dos mais importantes objectivos para as equipas provinciais assim que elas estejam prontas a operar. 4.2.6 Conclusões e recomendações na GQ/CQ: No total, as actividades finalizadas apresentadas abaixo representam a parte mais importante e difícil do processo. As restantes actividades que ainda não foram realizadas estão dependentes da flexibilidade e compromisso da CNIDAH para com as equipas de GQ/CQ.
RELATÓRIO FINAL
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A componente de GQ/CQ é uma área crítica e a CNIDAH deveria concentrar‐se nos suportes técnicos a médio prazo para assegura que as equipas são consistentes e de que os procedimentos são respeitados.
O sistema de suporte financeiro às equipas de GQ/CQ tem de ser considerado como uma prioridade importante e a gestão da CNIDAH deveria actuar imediatamente. Um atraso nesta área significa uma maior ausência de informação do campo e os operadores de desminagem continuarão a não cumprir os padrões. Significa igualmente o pagamento dos salários aos novos membros da GQ/CQ que não estão efectivamente a produzir resultados.
De acordo com as anteriores lições aprendidas, ficou claro que o tempo de duração do projecto não seria suficiente para alcançar os objectivos esperados para a componente de GQ/CQ.
A falta de compromisso e disponibilidade para o trabalho de algum pessoal técnico da CNIDAH constitui o maior constrangimento. A CNIDAH deveria realçar a responsabilidade individual do pessoal para com as suas funções e deveres.
A disponibilidade de fundos e a interrupção das actividades foram frequentemente um factor bloqueador. A CNIDAH deveria ser organizada para que as operações não sejam travadas por atrasos em providenciar suporte operacional e financeiro.
A CNIDAH deveria estar activamente envolvida com os parceiros para perceber a necessidade para o seu envolvimento na gestão da qualidade externa e interna. Deveria ser realizadas reuniões regulares de consulta e monitoria (ao nível nacional e provincial) com todos os operadores de desminagem.
Futura Assistência à CNIDAH na área de GQ/CQ: A futura assistência à CNIDAH na área de GQ/CQ deverá incluir os seguintes pontos:
Formação adicional das equipas de GQ/CQ; Monitorização de campo e formação no trabalho das equipas GQ/CQ; Revisão e melhoria dos processos e procedimentos de Acreditação; Implementação do sistema de redução de área e marcação /preparação do projecto;
Reuniões de coordenação e planeamento com os operadores para melhorar o sistema de gestão de qualidade.
A equipa do projecto de assistência técnica aconselhou a CNIDAH na aprendizagem e desenvolvimento das seguintes capacidades de GQ/CQ: Destaque dos maiores sucessos:
Melhorar a capacidade na área de marcação de áreas suspeitas de risco; Reforçar a capacidade de GQ/CQ ao nível provincial;
RELATÓRIO FINAL
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Estabelecimentos de procedimentos de investigação de acidentes.
Actividades realizadas Situação
Adaptação e finalização dos Padrões de Acção de Minas com base nos Padrões de Acção de Minas Internacionais.
Concluída
Revisão do sistema de acreditação e análise do sistema de acreditação implementado (até hoje) no sentido de definir melhorias e estabelecer parâmetros para a re‐acreditação.
Concluída
Revisão dos mecanismos de monitorização do controlo de qualidade e estabelecimento de uma política de controlo de qualidade, incluindo a participação de parceiros e operadores relevantes.
Concluída
Estabelecimento de procedimentos de acreditação e métodos de controlo de qualidade, com procedimentos e regulamentação.
Concluída
Solicitação ao GICHD para validar os procedimentos de monitoria em Angola.
Planeada
Desenvolvimento de procedimentos de GQ/CQ adequados. Não
Concluída
Apoio a 13 equipas de monitoria que a CNIDAH posicionou nas províncias: formação, Planeamento de trabalho e apoio administrativo e logístico da CNIDAH central.
Não Concluída
Formação no trabalho das equipas de GQ/CQ nas províncias. Não
Concluída
Revisão dos procedimentos de investigação de acidentes. Concluída
Garantia da inclusão técnica geral e definição de orientações/padrões para a formação de operadores (boas práticas, exames, certificados de formação, supervisão da coerência e pertinência dos exames, formação e inclusão de pesquisadores, gestores e supervisores).
Não Concluída
Preparação dos POP para GQ/CQ (rascunho), agora a sofrer melhoramentos pelo pessoal da CNIDAH e sujeito a testes no campo com as equipas provinciais de GQ/CQ.
Concluída
Definição de funções do pessoal do Departamento de Operações e Informação da CNIDAH central para permitir uma melhor e mais organizada distribuição de trabalho na falta de clareza das funções e responsabilidades do pessoal existente.
Concluída
RELATÓRIO FINAL
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Assistência na preparação do workshop sobre redução e marcação de áreas suspeitas de risco com todas as organizações nacionais e internacionais.
Concluída
Avaliação dos POP de campo com a participação de todas as equipas de GQ/CQ da CNIDAH e conclusão do workshop com os Lideres de Equipa – planeado para Dezembro de 2008.
Planeada
Desenvolvimento de uma ferramenta de monitorização interna para ser utilizada na avaliação da performance das equipas de campo de GQ/CQ.
Planeada
Introdução do Sistema de Monitorização de Cães de Detecção de Minas (CDM) através da visita a um local de Desminagem onde a implementação de CDM é a ferramenta principal de desminagem. Isto servirá como um processo de aprendizagem para este tema específico. Fases posteriores irão incluir informação detalhada para ser fornecida por operadores com operações de CDM.
Planeada
4.3 Capacidade Institucional para coordenar e monitorar as Actividades de Acção de Minas A equipa de Coordenação de Campo realizou várias actividades de desenvolvimento de capacidade para as contra‐partes nacionais designadas afim de que elas possam cumprir as suas responsabilidades em relação com a coordenação provincial e com a Sede da CNIDAH. A equipa de Coordenação de Campo, consistindo em seis Assessores Técnicos de Campo (ATC), foi posicionada pelas 18 províncias do país. Cada ATC ficou responsável por duas ou três províncias, excluindo Luanda e Cabinda que, devido ao seu menor risco de contaminação com minas terrestres/ERW e pela sua particularidade geográfica, foram mantidas sobre a responsabilidade da coordenação nacional.
As Salas Operativas Provinciais (SOP) foram fortalecidas pelos ATC. Foi fornecida assistência técnica aos Coordenadores Provinciais de Acção de Minas (vice‐governadores), Oficiais de Ligação de Informação e equipas de GQ/CQ das respectivas províncias. Foram mantidas comunicações regulares com as Salas Operativas Provinciais (SOP) para gradualmente melhorarem o nível da sua performance nas suas principais funções, como por exemplo, planeamento, gestão de informação, coordenação, GQ/CQ.
Algumas da Salas Operativas Provinciais (SOP) foram reequipadas com equipamento de escritório e outro mobiliário onde se inclui secretárias, computadores, impressoras, mapas topográficos, etc. As SOP foram reequipadas no sentido de proporcionarem um ambiente de trabalho adequado para quem lá trabalha e para quem vai lá solicitar assistência. Foi estabelecido um mecanismo de Planeamento Provincial. Os oficiais de Ligação de Informação nas SOP receberem formação no trabalho sobre rotinas administrativas como a gestão de correspondência, gestão de fundo de caixa,
RELATÓRIO FINAL
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procedimentos logísticos envolvendo a compra, o fornecimento e o armazenamento de material de escritório. Houve uma considerável falta de apoio logístico pela Sede da CNIDAH para com os Assessores Técnicos de Campo nas províncias. No inicio do projecto de execução nacional foi acordado pela CNIDAH em providenciar todo o apoio logístico necessário ao pessoal do projecto, mas, infelizmente, tal não aconteceu.
A Equipa de Coordenação de Campo foi extensivamente envolvida no desenho das orientações nacionais para a pesquisa técnica e marcação. Até ao momento, este documento encontra‐se numa versão de rascunho à espera de ser aprovado. Assim que o documento for aprovado, ele providenciará as bases e linhas orientadoras para a implementação da redução de área e marcação das áreas suspeitas de risco de minas em concordância com o Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas 2006‐2011.
Os Assessores Técnicos de Campo conduziram a formação dos vice‐governadores e oficiais de ligação para a definição de prioridades e para o planeamento provincial anual. Como resultado a maioria das Salas Operativas Provinciais definiram prioridades e formularam consistentes planos provinciais anuais de acção de minas. Com excepção de poucas, as províncias foram capazes de submeter os seus planos anuais à CNIDAH central. Os Assessores Técnicos de Campo visitaram extensivamente vários centros municipais e comunais. As autoridades municipais e comunais receberam extensiva informação sobre o LIS, explicando o papel da CNIDAH como autoridade para a acção de minas e providenciando cópia do Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas 2006‐2011. Esta aproximação foi justificada pela necessidade de envolver os administradores dos municípios e das comunas no processo de priorização de tarefas da acção de minas. Deste modo, foi possível incluir a opinião das administrações municipais e comunais no estabelecimento de prioridades e elaboração dos planos provinciais anuais de acção de minas. A Equipa de Assistência Técnica do Projecto assistiu a CNIDAH a apreender e a desenvolver as seguintes capacidades organizacionais e operacionais: Destaque dos principais sucessos:
Melhorou a disponibilidade de dados sobre acção de minas; Melhorou a ligação entre parceiros e os mecanismos de coordenação; Foram estabelecidos sistemas para reforçar o funcionamento das Salas Operativas Provinciais;
Melhorou a disseminação de Informação da Acção de Minas para as administrações municipais e comunais para a priorização e planeamento de tarefas.
RELATÓRIO FINAL
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Actividades Realizadas Situação
Reforço das Salas Operativas Provinciais (SOP) no planeamento operacional, coordenação, recolha e circuito de informação dos operadores de desminagem para as SOP e eventualmente para a Sede da CNIDAH.
Concluída
Consolidação das funções administrativas, contabilísticas (custos operacionais da SOP e da equipa de GQ/CQ) e actividades logísticas das Salas Operativas Provinciais (SOP).
Concluída
Revisão da função de informação das Salas Operativas. Concluída
Centralização da informação nas Salas Operativas Provinciais (SOP) no formato do IMSMA, revisão dos dados do LIS, fornecimento de dados para a base de dados nacional na Sede da CNIDAH.
Concluída
Planeamento provincial de coordenação das actividades com os parceiros: Plenário provincial, reuniões técnicas.
Concluída
Preparação do planeamento operacional anual das províncias Concluída
Divulgação do Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas 2006‐2011 à Administração Municipal e Comunal como uma extensão da coordenação provincial de acção de minas.
Concluída
Realização da avaliação de performance com os oficiais de ligação de informação (x18), identificação de áreas a melhorar e reconhecimento de boa performance.
Concluída
Divulgação dos resultados preliminares do Levantamento do Impacto de Minas Terrestres (LIS) às administrações municipais e comunais para um melhor Planeamento e coordenação das actividades de acção de minas dentro das comunidades afectadas.
Concluída
Participação na revisão e actualização dos planos operacionais anuais ao nível das províncias.
Concluída
Visitas de campo pelos Assessores Técnicos de Campo no sentido de monitorizar a execução das actividades planeadas e acordadas.
Concluída
RELATÓRIO FINAL
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Disseminação do critério de priorização para as administrações municipais e nacionais como uma extensão da coordenação provincial.
Concluída
Aconselhar e coordenar com as diferentes organizações de acção de minas para a execução de diferentes actividades de acção de minas no campo.
Concluída
4.4 Capacidade institucional para manter, gerir e usar a Base de dados Nacional de Acção de Minas As actividades planeadas e realizadas durante o período que se está a reportar incluem a capacitação do actual pessoal da base de dados da CNIDAH, reestruturando a capacidade da base de dados da CNIDAH para permitir o processo e a validação de todas as actividades de acção de minas registado na base de dados do IMSMA durante a formação no trabalho. Como parte do desenvolvimento de capacidade, foi produzido um conjunto de gráficos de processo e documentos para assistir o pessoal da base de dados da CNIDAH para receberem, processarem e gerirem de forma apropriada todos os tipos de relatórios de acção de minas dos operadores de desminagem na base de dados nacional de acção de minas (IMSMA). Foi produzido Termos de Referência (ToR) e procedimentos para o pessoal e, eventualmente, documentos finais melhorados foram implementados. Foi providenciado um pacote de formação e consequentemente foi feita a formação nas salas operativas provinciais para melhorar o circuito de informação e permitir que os oficiais de ligação possam responder aos pedidos de informação de acção de minas (relatórios e mapas) ao nível provincial. Adicionalmente foram produzidos os primeiros documentos normativos que explicam o funcionamento da base de dados da CNIDAH e as suas relações com os parceiros. A secção da base de dados da CNIDAH deveria concentrar‐se em assegurar que as organizações de Desminagem estão a reportar sistematicamente, num regime regular (mensal) e consistente com os padrões operacionais de procedimentos. Eles também deveriam desenvolver actividades de monitorização em concordância com os procedimentos operacionais baseados nos Padrões Nacionais de Acção de Minas, tendo em consideração cada POP dos operadores aprovado pela CNIDAH. Destaque dos principais sucessos:
Conclusão do relatório final do Levantamento do Impacto de Minas Terrestres em Angola (ALIS) e largamente disseminado.
Análise funcional da Secção do Sistema de Gestão de Informação, incluindo identificação de responsabilidade, processos e procedimentos para serviços.
Melhorias significantes no fluxo de informação das organizações de acção de minas para a base de dados nacional.
RELATÓRIO FINAL
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Actualização regular da base de dados nacional e manutenção correcta da corrente de acção no sistema em relação às actividades realizadas no campo.
Foram criados produtos de mapas padrão (template) e formatos para relatórios. A instalação e formação de comunicações VSAT foram concluídas nas 18 províncias.
Foi feita formação de actualização dos conhecimentos do IMSMA e Sistemas de Informação Geográfica (SIG) para todos os Oficiais de Ligação (x18).
Actividades realizadas Situação
Regular actualização do Levantamento de Impacto de Minas (LIS) e do IMSMA na base de dados nacional.
Concluída
O relatório final do LIS foi oficialmente lançado e largamente distribuído por todos os parceiros.
Concluída
Acompanhamento do LIS, foi formulado um novo documento de projecto para continuar a realizar pesquisas similares em todas as áreas onde não foi possível aceder durante o LIS. Isto significa equipas de pesquisa, destacamento no campo e equipamento.
Incompleta
Foi providenciada informação extensiva para o relatório “Landmine Monitor” relacionada com todos os pilares da acção de minas e foram fornecidos comentários finais sobre todo o relatório do país antes de publicação.
Concluída
Produção de análises e informação prática útil pelo pessoal da CNIDAH para utilizadores finais.
Concluída
Correcta definição das funções dos trabalhadores da base de dados, incluindo os serviços que eles deverão prestar aos utilizadores da informação.
Concluída
Manuseamento de todas as funcionalidades da base de dados pelos funcionários, incluindo a análise e importação de novos dados.
Concluída
Criação de um mecanismo para a gestão dos dados e para o sistema de “cópia de segurança” de todos os servidores da CNIDAH.
Concluída
Produção de relatórios gerais, mapas temáticos para apresentações, produção de informação particular baseada em pedidos para projectos de investimento e desenvolvimento.
Concluída
RELATÓRIO FINAL
Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH 25
Interacção e comunicação com todas as organizações de acções de minas em relação aos seus relatórios de progresso mensais e formação em como usar os formulários do IMSMA.
Concluída
Instalação do IMSMA, SIG e VSAT em todas as Salas Operativas Provinciais (x18), providenciando formação intensiva no uso destas ferramentas, capacitando os Oficiais de Ligação a produzir mapas e serviços de informação a todos os operadores ao nível providencial.
Concluída
Providenciar mapas e informação a todas as organizações de acção de minas, empresas de projectos de investimento e desenvolvimento através de solicitações destacando a área minada e a área desminada.
Concluída
Foi feita uma actualização da Base de dados IMSMA nas províncias durante o trabalho de campo.
Concluída
Comunicações regulares com as salas operativas através de VSAT e fornecimento de apoio online para a manutenção, utilização de ferramentas de Sistema de Gestão de Informação, etc.
Concluída
Esta a decorrer a preparação da migração da nova base de dados IMSMA 4.0 o que exige a organização da informação existente, normalização de tabelas, adaptação de acordo com as actuais condições do país, etc.
Incompleta
Comunicação e coordenação com as instituições de formação em SIG’s no Brasil e nos EUA para enviar 8 elementos da CNIDAH durante 3 semanas em ArcGIS 9.3. Todo o pessoal participou com sucesso na formação apresentando bons resultados.
Concluída
4.5 Progresso em direcção aos Objectivos Estratégicos de Acção de Minas
O LIS identificou 3 293 áreas suspeitas de risco de minas terrestres (SHAs) em 1988 comunidades espalhadas por todo o território nacional. Desde a elaboração do Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas no fim do ano de 2006, as actividades de acção de minas abrangeram 927 áreas minadas no país. Dentro destas áreas, 410 tarefas foram concluídas (em comunidades de alto, médio e baixo impacto). O gráfico abaixo fornece um maior detalhe:
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Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH 26
Number of minefields Completed since early 2007
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Huambo Bié
Bengu
ela
Moxico
Kunen
eBen
go
Kwanza
Sul
Malanje
Lund
a Sul
Kuand
o Kub
ango
Uíge
Kwanza
Nort
e
Lund
a Nort
eHuíl
aZair
e
Luan
da
Namibe
71 áreas suspeitas de risco de minas dentro das comunidades com impacto, identificadas durante o LIS, foram descreditadas ou removidas da base de dados nacional de acção de minas, uma vez que a área foi usada durante 2 anos pela população para cultivo agrícola ou para habitação e nunca se registou qualquer acidente. Veja os detalhes no gráfico abaixo:
Number of suspected areas discredited from the national database since early 2007
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Kwanza
Sul
Moxico
Huambo Bié
Kunen
e
Malanje
Kwanza
Nort
eBen
go
Um total de 360 tarefas foram tecnicamente avaliadas, representando uma área total de 33.8 milhões de m2. As areas suspeitas de risco foram convertidas em campos de minas precisos através de perímetros polignos, permitindo uma redução da área suspeita. Veja os detalhes no gráfico abaixo:
RELATÓRIO FINAL
Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH 27
Number of suspected areas technically surveyed but not cleared since early 2007
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Kwanza
Sul
Moxico
Malanje
Bengu
ela
Kunen
e
Kuand
o Kub
ango
Bengo Bié
Huambo
Huíla
Uíge Zaire
Lund
a Sul
Kwanza
Nort
e
Lund
a Nort
e
Estão a decorrer outras 159 tarefas em campo de minas, representando uma área total de 40 milhões de m2. Assume‐se que estas tarefas ainda estejam a decorrer e não concluídas, atendendo ao facto de a base de dados nacional apenas ter recebido relatórios de progresso mensais, não tendo sido ainda entregue nenhum relatório final.
Number of Minefields technically surveyed, clearance ongoing with no completion reports since early 2007
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Ongoing 72 32 20 12 6 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1
HALO Trust APN MAG MgM SBF
APACOMINA
SDCA DESMI Fagilpe INAD InterSO
SAJOSA
PA FAA KDAHKutola
Desminagem
Versol, Lda
Este progresso significa aproximadamente 28% de todas as conhecidas áreas suspeitas de risco nas comunidades com impacto que foram sujeitas a intrevenções desde a conclusão do LIS. É também significante o continuo progresso em direcção às metas e objectivos do
RELATÓRIO FINAL
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plano estratégico da acção de minas 2006‐2011. O mapa de Angola, abaixo, representa as actividades de acção de minas realizadas desde o ínicio do ano de 2007.
Existem 5 225 EOD tarefas adicionais (tarefas pontuais) realizadas por todo o país durante e depois do LIS, das quais 80% foram concluídas e os engenhos identificados foram removidos ou destruidos. Uma das principais razões para a redução do número de acidentes com minas poderá ser devido à quantidade de UXO removidos do território nos anos mais recentes. No entanto não existe informação anterior para comprovar esta tendência.
RELATÓRIO FINAL
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UXO Spot Task undertaken since early 2007
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
Removed 1517 590 280 508 438 149 136 151 98 85 37 62 36 40 23
Not Removed 369 26 326 34 56 49 41 7 43 41 36 11 20 10 5 1
Moxico Kwanza Sul
Lunda Sul Malanje Kunene Lunda
NorteBenguel
a Zaire Bié Uíge HuamboKuando Kubang
oHuíla Kwanza
Norte Bengo Luanda
A tabela em baixo apresenta o número e tipo de engenhos removidos ou destruidos em todas as tarefas de EOD por província.
Província Tipo de Engenho Removido
Grande Total
Munição espalhada
UXO AP AT
Moxico 260 19,391 2,825 59 22,535Kwanza Sul 13,387 10,166 8,609 3 32,165Lunda Sul 60 394 480 1 935Malanje 327 1,058 297 25 1,707Kunene 8,541 27,821 2,103 66 38,531Lunda Norte 45,770 1,790 44 2 47,606Benguela 1,998 591 35 3 2,627Zaire 213,833 17,768 148 0 231,749Bié 36 1,721 679 0 2,436Uíge 19 1,236 37 0 1,292Huambo 6 625 10 0 641Kuando Kubango 3,469 397 212 3 4,081Huíla 162 409 24 0 595Kwanza Norte 73 1,310 25 0 1,408Bengo 13 830 160 0 1,003Grand Total 287,954 85,507 15,688 162 389,311
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Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH 30
5. Equipa de Assistência Técnica Segundo o documento original do projecto a equipa de assistência técnica é constituída por 5 assessores internacionais, 6 assessores técnicos de campo nacionais (coordenação provincial), 4 assessores nacionais a nível central da CNIDAH e 5 assistentes nacionais de apoio à equipa (administrativo, financeiro, informático, informático e motorista). Existiram constrangimentos imprevistos no recrutamento de assessores internacionais particularmente o ATP (Assessore Técnico Principal). Como resultado, o projecto funcionou com um menor número de técnicos internacionais. No entanto, o Assessor do SGI cobriu a lacuna e assumiu as responsabilidades como ATP. Dois dos assessores internacionais (GQ/CQ e Coordenação de Campo) ficaram impossibilitados a prosseguir com os seus trabalhos sob o contrato do PNUD para além do mês de Fevereiro de 2008, por razões das modalidades inerentes ao próprio Contrato (contrato de duração limitada) com o PNUD, de acordo com o regulamento dos Recursos Humanos das Nações Unidas. Como solução eles foram contratados pela CNIDAH e pagos pelo projecto. Isto requereu negociações com a CNIDAH e o estabelecimento de um Memorando de Entendimento que só foi finalizado em Setembro de 2008. O processo de recrutamento do Assessor Técnico Principal do projecto não chegou a ser concluído e o projecto terminou sem ter um ATP efectivo. O assessor de SGI substituiu interinamente as funções do ATP durante todo o período de duração do projecto. Os assessores internacionais para a GQ/CQ e para a Coordenação de Campo, contratados pela CNIDAH continuaram em funções até o fim do projecto. O projecto não foi bem sucedido em recrutar o Assessor Internacional para a área de Planeamento e Programa. Em baixo encontra‐se o organigrama com o pessoal do projecto:
RELATÓRIO FINAL
Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH 31
Abaixo encontra‐se a lista dos Assessores Internacionais e respectiva disponibilidade durante o período do projecto (Julho 2007 ‐ Março 2009):
Pessoal Internacional 2007 2008
2009
3 T 4 T 1 T 2 T 3 T 4 T 1 T
Assessor Técnico Principal (ATP) 0 0 0 0 0 0 0
Assessor GQ/CQ 1 1 1 0 0 1 1
Assessor de Coordenação de Campo 1 1 1 0 0 1 1
Assessor de SGI & ATP interino 1 1 1 1 1 1 1
Assessor de Planeamento e Programação 1 1 0 0 0 0 0
A tabela abaixo representa a lista de pessoal nacional do projecto:
6. Constrangimento e Lições Aprendidas Demoras na solicitação de equipamentos e no recrutamento de peritos de acção de minas, com conhecimentos da língua portuguesa, afectou adversamente o ritmo de implementação do projecto.
1 A secção de base de dados da CNIDAH está a demonstrar uma forte gestão dos services de IT, incluindo servidores e a Área de Rede Local (LAN) para todos os departamentos da CNIDAH assim como assegurando o apoio às salas operativas provinciais com a manutenção do VSAT. Deste modo, não houve necessidade de recrutar um novo assistente de IT para o projecto
Pessoal Nacional 2007 2008 2009
3 T 4 T 1 T 2 T 3 T 4 T 1 T
Assessor Técnico de Campo 6 6 6 6 6 6 6
Assessor Nacional de GQ/CQ 1 1 1 1 1 1 1
Assessor Nacional de Coordenação de Campo
1 1 1 1 1 1 1
Assessor Nacional de SGI 1 1 1 1 1 1 1
Assessor Nacional de Planeamento 1 1 1 1 1 1 1
Assistente de IT 1 1 1 1 1 1 0 0
Assistente Financeiro 1 1 1 1 1 1 1
Assistente Administrativo e Logístico 1 1 1 1 1 1 1
Tradutor 1 1 1 1 1 1 1
Motorista 1 1 1 1 1 1 1
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O transporte e manutenção dos veículos foram problemas persistentes verificados pelo pessoal do projecto. O projecto proporcionou exclusivamente assistência técnica ao pessoal da CNIDAH e não houve orçamento para a aquisição de equipamento e viaturas. Todo o equipamento e veículos do projecto anterior foram transferidos para a CNIDAH e foi acordado que a CNIDAH disponibilizaria veículos, e respectiva manutenção, ao pessoal do projecto. Infelizmente, tal não aconteceu como acordado e como resultado a mobilidade da equipa de assessores de campo foi limitada afectando o ritmo de implementação das actividades de acordo com o plano de trabalho. As consequências de uma inadequada coordenação geral do projecto e indicação tardia do coordenador nacional do projecto pela CNIDAH (Dezembro 2007) afectaram grandemente a implementação do projecto. Além do mais, questões contratuais pendentes entre o coordenador do projecto e a CNIDAH afectaram a motivação da equipa de assessoria. As instalações da CNIDAH foram submetidas a numerosos ajustes e reparações e estão actualmente divididas em diferentes escritórios temporários, o que agravou ainda mais a já existente falta de comunicação. A insuficiente coordenação e a partilha não atempada de informações entre CNIDAH, o PNUD e outros parceiros de acção de minas foram assuntos persistentes. Presume‐se que o facto tenha resultado, lamentavelmente, da inexistência de reuniões regulares entre o PNUD, a CNIDAH e os Doadores. A ausência de compreensíveis procedimentos financeiros na CNIDAH constitui o principal constrangimento para as suas equipas de GQ/CQ. Como resultado, a mobilidade das equipas de GQ/CQ ficou limitada e não puderam operar efectivamente dentro das suas áreas de responsabilidade. Esta situação também arrasta consigo um efeito adverso, no que respeita a implementação geral do Projecto de Assistência Técnica do PNUD. 7. Parcerias chave e colaboração entre Agências As parcerias com os doadores internacionais irão continuar efectivamente a apoiar o programa de Acção de Minas. Em particular, a significativa contribuição financeira da CE à CNIDAH, resultou num empreendimento bem sucedido na concretização dos objectivos estabelecidos pelos maiores projectos de assessoria técnica para a consolidação das capacidades da CNIDAH. Foi a estratégica parceria entre ONGs internacionais e doadores, que reduziu com sucesso as áreas de impacto de minas em 2007 e 2008, constatando constantes progressos em direcção aos Objectivos Estratégicos 2006 to 2011, e o comprimento de Angola com as sua obrigações ao abrigo do Tratado de Banimento de Minas.
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As parcerias estratégicas com os parceiros do Governo Angolano foram determinantes no alcance dos resultados esperados em todos os projectos. O PNUD empreendeu um grande esforço na promoção de parcerias efectivas com o MINPLAN, MINARS, MINDEF, CNIDAH, INAD, FAA e Policia Nacional, tanto ao nível nacional como provincial. Uma das iniciativas das Nações Unidas foi posteriormente avançada através duma pró‐activa partilha de informação relacionada com a acção de minas com outras agências das ONU, tais como UNICEF, FAO, UNHCR e UNDSS. A partilha de informação com outras agencies das ONU, também contribuiu para introduzir a acção de minas nos outros sectores de desenvolvimento e actividades humanitárias. As Salas Operativas Provinciais (SOP) foram um instrumento importante na assistência aos diferentes actores e parceiros da acção de minas ao fornecerem os dados disponíveis, relatórios e mapas relacionados com a situação das minas terrestres/ERW e outras actividades relacionadas. As SOP também constituem um fórum importante de consulta, discussão debate e coordenação entre os diferentes actores e parceiros. Contudo tem de ser aceite que ainda há muito a melhorar atendendo ao facto de muitos actores de acção de minas não reportarem às SOP, principalmente as organizações comerciais de acção de minas. A reunião do pilar de acção de minas e o plenário provincial têm sido realizados regularmente nas SOP. 8. Pontos altos e temas transversais Como um assunto transversal pertinente aos resultados acima identificados, constatou‐se um maior empenho do Governo Angolano em relação a acção de minas. A CNIDAH formulou recentemente 4 novos projectos nomeadamente: a) Acompanhamento da Pesquisa de Impacto de Minas (LIS II) – esta é uma pesquisa complementar ao LIS inicial, concluído em Julho de 2007, e irá pesquisar todas as áreas anteriormente inacessíveis, particularmente onde houver novos acidentes de minas registados no LIS da base de dados. b) Registo Nacional de Vitimas de Minas – Esta é uma grande pesquisa a nível de todo o país em que a CNIDAH está empenhada a conduzir em registar todas as vítimas de minas na base de dados nacional, de modo a, no futuro, proporcionar melhores serviços às vítimas. Foi repetidamente citado pelo governo que existem aproximadamente 80,000 vítimas de minas no país. c) Rede de trabalho Nacional das Vitimas de Minas – Destina‐se a estabelecer uma rede de trabalho nacional das vítimas de minas para proporcionar educação, saúde e outros serviços sociais. Servirá também para estabelecer ligações entre pessoas e comunidades para apoio mútuo e facilitar o acesso aos bancos e outros serviços de créditos, etc.
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d) Educação e agricultura sustentável para mulheres vítimas de minas – Reforçar as capacidades das mulheres vítimas de minas, a fim de melhorarem os seus conhecimentos agrícolas, reflectindo‐se nos seus rendimentos domésticos e económicos. Isto irá proporcionar melhorias na vida dos grupos alvos, reduzir a sua dependência em relação aos homens e eventualmente reduzir a pobreza. O orçamento da CNIDAH recebeu um reforço financeiro, atribuído pelo Governo de Angola, aumentando deste modo a sua capacidade institucional no desenvolvimento das actividades (por exemplo: coordenação nacional e aumento da capacidade da GQ/CQ a nível nacional), apoiadas pelo PNUD e outros doadores internacionais. A quantia exacta do orçamento atribuído à CNIDAH pelo governo é desconhecida. O aumento do empenho do governo para com a acção de minas constitui um factor importante em assegurar a sustentabilidade financeira da intervenção proporcionada pela comunidade internacional e pelos esforços nacionais.
9. Desafios futuros para a CNIDAH e para o Programa de Acção de Minas Apesar de existirem algumas melhorias no quadro institucional e um aumento substancial na capacidade e produtividade dos operadores nacionais, a presença de minas terrestres e ERG constrangem o potencial socioeconómico de aproximadamente 2.3 milhões de pessoas afectadas, vivendo em quase 2000 comunidades de impacto de minas. Adicionalmente, houve incidentes de minas em estradas e acesso às estradas desde o inicio do ano 2007, impedindo a repatriação de refugiados e os esforços de reintegração, particularmente no norte e nordeste das províncias. As minas aumentam a vulnerabilidade das comunidades rurais na medida em elas reduzem o acesso aos serviços sociais básicos tais como saúde e educação. Minas terrestres e ERG também constituem um constrangimento para a reconstrução rede ferroviária nacional e para o abastecimento de água e electricidade por quase todo o país, como resultado da colocação de minas nas reservas de água e postos de electricidade. Numa perspectiva estratégica, os desafios enfrentados pelo programa de acção de minas em Angola podem ser resumidos nos seguintes:
• Implementação dum quadro de trabalho de planificação e informação para reflectir responsabilidades a nível nacional e provincial.
• Continuação do desenvolvimento das capacidades nacionais no governo central, provincial e a nível dos operadores em particular:
o Formação e desenvolvimento dos funcionários,
o Gestão da informação para a CNIDAH central, salas operativas provinciais e operadores,
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o Planeamento e Coordenação Provincial,
o Competência para a Garantia de Qualidade
• Aumento dos níveis de desminagem nas áreas de alta prioridade, pesquisa técnica e marcação nas áreas de baixa prioridade e aplicação cuidadosa das metodologias de entrega de terra.
• Aplicação apropriada de metodologias de entrega de terra em todas as áreas suspeitas de risco no País.
• Revisão do Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas 2006‐2011 para melhor reflectir a actualização da abrangência do problema das minas terrestres em Angola.
• Clarificação de funções e responsabilidade dos parceiros nacionais.
• Conclusão das exigências legislativas.
• Manter a base de dados do IMSMA actualizada e aumentar a partilha de informação entre os operadores de acção de minas e outros parceiros e instituições relevantes.
• Continuação do uso dos dados do Levantamento de Impacto de Minas (LIS) no planeamento, nas tarefas e em outras actividades socioeconómicas e de desenvolvimento dentro das comunidades.
• Atingir os prazos e cumprir com as obrigações internacionais (Tratado de Ottawa, etc.).
• Atingir as metas e objectivos predefinidos no Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas 2006‐2011.
• Manter o financiamento da acção de minas.
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10. Glossário de Termos CNIDAH – Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência
Humanitária PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento NEX – Execução Nacional GQ/CQ – Garantia de Qualidade e Controlo de qualidade PPO ‐ Padrão de Procedimentos Operacionais CED – Comissão Executiva de Desminagem INAD – Instituto Nacional de Desminagem FAA – Forças Armadas Angolanas UNMAS – Serviços de Acção de Minas das Nações Unidas IMSMA – Sistema de Gestão de Informação de Acção de Minas LIS – Levantamento de Impacto de Minas GICHD – Centro Internacional de Genebra para Desminagem Humanitaria IMAS – Padrão Internacional de Acção de Minas NMAS – Padrão Nacional de Acção de Minas SOP ‐ Salas Operativas Provinciais ATP – Assistente Técnico Principal SGI – Sistema de Gestão de Informação IT – Informação e Tecnologia SIG Sistemas de Informação Geográfica FTA – Assessor Técnico de Campo LAN – Rede Local de Área VSAT – Very Small Aperture Terminal (Sistema Internet de Satélite) MINPLAN – Ministério de Planeamento MINARS – Ministério de Assistência e Reinserção social MINDEF – Ministério da Defesa UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância FAO – Organização para a Alimentação e Agricultura UNHCR – Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados UNDSS – Departamento das Nações Unidas para Segurança AVM – Assistência às Vitimas de Minas ERM – Educação de Risco de Minas MAC – Centro de Acção de Minas MDD – Mine Detection Dogs MDD – Mine Detection Dogs MDD – Mine Detection Dogs MDD‐ Detecção de Minas com Cães UXO ‐ Engenhos por Explodir ERW‐ Explosivo Remanescente da Guerra EOD‐ Disposição de Engenhos Explosivos