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ANGOLA RELATÓRIO FINAL da assessoria técnica para a consolidação das capacidades da CNIDAH Código de projecto do PNUD: 00057533 Data do Relatório: 15 – Abril 2009

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ANGOLA

RELATÓRIO FINAL da assessoria técnica para a consolidação das capacidades da CNIDAH 

             

Código de projecto do PNUD: 00057533

Data do Relatório: 15 – Abril 2009

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RELATÓRIO FINAL 

Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH      2

SUMÁRIO DO PROJECTO 

País  Angola 

Sector Prevenção de Crises e Recuperação (Desenvolvimento das Capacidades das Autoridades Nacionais da Acção de Minas) 

Agência Implementadora Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)  

Contraparte Nacional  Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH) 

Título do Projecto Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH  

Modalidade de Execução  Implementação Nacional (NEX)  

Período do Projecto  1‐Julho, 2007 to 31 Março, 2009 

Custo Total previsto  EUR 1,439,371.00 

Doadores  CE (Comissão Europeia) e PNUD 

Contribuição Esperada da CE   EUR 700,000.00 

Contribuição Prevista do PNUD  EUR 739,371.00 

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RELATÓRIO FINAL 

Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH      3

SUMÁRIO DO PROJECTO

 O presente relatório apresenta um resumo das actividades e do  impacto do projecto de assessoria  técnica para a consolidação das capacidades da CNIDAH, entre 1 de  Julho de 2007 a 31 de Março de 2009. A duração deste projecto, levado a cabo em parceria com o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas  (PNUD) e a CNIDAH  foi originalmente concebido para 18 meses (Julho 2007 – Dezembro 2008), sob a modalidade de execução nacional  (NEX),  e  foi  estendido  por mais  3 meses  (Janeiro  ‐ Março  2009),  sem  custos adicionais  ao  orçamento. O  objectivo  geral  do  projecto  é  o  reforço  da  capacidade  do Governo  Angolano,  para  garantir  a  segurança  e  o  acesso  das  populações  nas  áreas afectadas por minas.   O objectivo específico é capacitar a CNIDAH para realizar a sua  função de acordo com o Plano Estratégico de Acção de Minas de 2006‐2011, através duma assistência  técnica e formação. Deste modo, os grupos alvos do projecto são os gestores e técnicos da CNIDAH. Os  beneficiários  directos  são  as  comunidades  sócio  economicamente  afectadas  pela existência  de  minas  terrestres.  O  principal  resultado  deste  projecto  é  a  capacitação efectiva  e  eficiente  da  CNIDAH  e  dos  seus  trabalhadores,  para  cumprirem  efectiva  e eficientemente com as suas obrigações, conforme o estabelecido no Plano Estratégico de Acção de Minas 2006‐2011. De  forma  a  atingir  tal  resultado,  foi  realizada uma  intensa assistência técnica e actividades de formação a nível nacional e provincial, para o reforço dos objectivos principais que a seguir mencionamos:  

1. Aumento da capacidade institucional para a implementação do Programa Nacional de  Acção  de  Minas,  em  conformidade  com  a  política  nacional,  com  o  Plano Estratégico Nacional 2006‐2011 e convenções internacionais; 

2. Reforço da  capacidade  institucional para  a definição e  aplicação da Garantia de Qualidade e Controlo de Qualidade (GQ/CQ) a nível do país   

3. Reforço  da  capacidade  Institucional  para  a  elaboração  dos  Planos  Anuais Provinciais e Nacionais baseados no Plano Estratégico Multi‐Anual 2006‐2011 

4. Melhoramento  da  capacidade  institucional  para  a  coordenar  e  monitorar  as actividades de Acção de Minas a nível nacional e provincial 

5. Melhoramento  da  capacidade  institucional  para manter,  gerir  e  usar  a  Base  de Dados da Acção de Minas, a nível nacional e provincial 

 

   

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Este relatório está dividido nas seguintes secções:  

1. Papel da Acção de Minas do PNUD em Angola 

2. Âmbito do Problema de Minas Terrestres em Angola   

3. Objectivos Principais do Projecto  

4. Resultados e Progresso 

5. Equipa de Assessoria Técnica 

6. Constrangimentos e Experiências Adquiridas  

7. Parcerias Chaves e Colaboração entre as Agencias 

8. Pontos Altos e Temas Transversais    

9. Desafios Futuros para a CNIDAH e para o Programa de Acção de Minas em Angola 

10. Glossário de Termos 

11. Relatório Financeiro do projecto (Anexo 1)  

 

                    

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1. O papel da Acção de Minas do PNUD em Angola  O  Programa  das  Nações  Unidas  para  o  Desenvolvimento  (PNUD)  é  mandatado  pela Assembleia Geral, a fim de prestar assistência às autoridades nacionais, nos seus esforços para  rever  e  reforçar  os  mecanismos  de  coordenação  existentes  e  desenvolver  um programa  nacional  de  acção  de  minas.  Em  Angola  tal  assistência  passou  a  ser proporcionada desde Março de 2003. O objectivo da equipa da acção de minas do PNUD é de  promover  a  propriedade  nacional,  a  responsabilidade,  a  liderança  e  coordenação efectiva, através do  reforço de  capacidade nacional na gestão de  todos os aspectos da acção  de  minas  a  nível  nacional  e  contribuir  para  a  implementação  das  obrigações nacionais ao abrigo da Convenção de Ottawa.   Em termos relativos, o sucesso da criação da CNIDAH em Angola, foi atingido através da instalação  da  estrutura  organizacional  e  do  estabelecimento,  a  nível  nacional,  de  um mecanismo para consulta regular e coordenação com a comunidade de Acção de Minas. Isto  inclui  sessões  plenárias,  reuniões mensais  da  Subcomissão  de  Desminagem  e  do trabalho  desenvolvido  pelos  grupos  técnicos  na  área  de  Educação  de  Risco  de Minas (ERM), Assistência às Vitimas de Minas (AVM), Gestão de Informação, Princípios Nacionais de Acção de Minas e desminagem. No  fim do ano de 2004,  foi  largamente anunciado a existência de uma autoridade nacional de Acção de Minas e que o Governo de Angola estava agora a coordenar as actividades de acção de minas no país, através da CNIDAH.    A  Acção  de  Minas  do  PNUD  tem  como  objectivo  consolidar  e  reforçar  a  função  da Comissão Nacional  Intersectorial  de Desminagem  e Assistencial Humanitária  (CNIDAH), como  sendo  a  autoridade  nacional  responsável  pela  realização  da  política  de  acção  de minas,  planeamento  e  coordenação  na  implementação  das  obrigações  de  Angola,  ao abrigo da Convenção de Ottawa.  

 

A  primeira  etapa  de  transição  de  uma  intervenção  de  acção  de  minas  humanitária condução  para  uma  abordagem  focalizada mais  desenvolvida,  torna‐se  cada  vez mais evidente.  Isto  está  demonstrado  no  aumento  do  número  de  projectos  de desenvolvimento a  serem  implementados com a componente de acção de minas. Estas tarefas estão a  ser, na  sua maior parte,  levadas a cabo por organizações comerciais ou instituições nacionais.  Isto, por si mesmo, oferece um desafio adicional à CNIDAH, como organização que deve adaptar‐se a um ambiente operativo, rapidamente mutável, e com novas responsabilidades.  

 Os desafios no sector de acção de minas em Angola foram, em grande parte, centrados na preparação do Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas 2006‐2011 e em processos sustentáveis  para  uma  coordenação  eficiente.  À medida  que  o  programa  de  acção  de minas  se desenvolve, haverá um esforço maior em assegurar a  completa e  consistente participação das autoridades provinciais em atingir os objectivos. 

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2. ÂMBITO DO PROBLEMA DE MINAS TERRESTRES EM ANGOLA ATÉ A CONCLUSÃO DO LIS  O Levantamento de Impacto de Minas (LIS) identificou 1 988 comunidades afectadas por minas  terrestres/UXO,  nas  18  províncias  de  Angola.  Estas  comunidades  afectadas representam 8 % das 23 188 comunidades em Angola. Cerca de 2.4 milhões de pessoas vivem em  comunidades de  impacto de minas  terrestres/UXO, das quais 0.6 milhões  se encontram  em  comunidades  de  alto  ou  médio  de  impacto.  Estima‐se  que aproximadamente 17 % de  todos os  cidadãos  vivem em  comunidades  com  impacto de minas. 60% das comunidades de impacto têm uma única Área Suspeita de Risco (SHA), e 85% tem uma ou duas ASR. O Levantamento de Impacto de Minas em Angola (ALIS), para a qual o trabalho de campo foi  conduzido de Abril 2004 a Maio de 2007,  identificou 3 266 áreas  suspeitas de  risco (SHAs). O ALIS identificou um total de 341 mortos ou feridos pelas minas/UXO durante os 24  meses  que  precederam  o  trabalho  de  campo  em  cada  província.  Das  1  968 comunidades de  impacto, 2 %  foram  classificadas  como  sendo de alto  impacto e 23 % classificadas como de médio  impacto. A média geral das outras Pesquisas de Impacto de Minas, para alto e médio impacto, é aproximadamente de 10% e 30 %, respectivamente. Análises posteriores determinaram a causa do baixo número, em relação ao esperado, de comunidades de alto e médio  impacto. Esta  situação parece provavelmente  reflectir os resultados positivos de acção de minas anteriores, da consciencialização da comunidade e da adaptação da população desde que as minas  foram  colocadas, bem  como a  relativa baixa pressão nos campos agrícolas  justificada pela baixa densidade da população  rural em Angola.    

Comunidades Afectadas em Angola 

Número Total 

Alto Impacto 

Médio Impacto 

Baixo Impacto 

Total  1 988 40 455 1 493 Percentagem do Total  100% 2% 23% 75% 

  O LIS de Angola verificou/reavaliou a  informação contida na base de dados anterior do campo de minas nacional, mantida pelo INOREE, no período compreendido entre 1995 à 1998. Duma maneira geral o ALIS reduziu a área suspeita afectada de “30 % do território nacional”  mal  definidos  a  um  total  de  SHAs,  muito  conservadoramente  avaliado  e combinado, de menos de 1 % do território nacional.  

2.1 IMPACTO DE MINAS NO SECTOR ECONÓMICO  O bloqueio económico mais frequentemente reportado foi o acesso aos campos agrícolas, identificado em 61% das comunidades afectadas. Os campos não agrícolas constituem o 

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segundo bloqueio mais  relatado,  registado em 42 % das  comunidades  com  impacto de minas;  o  bloqueio  às  terras  irrigadas  foi  registado  em  5 %. O  bloqueio  de  estradas  foi identificado em 23 % das comunidades de impacto, enquanto o acesso à água potável, foi identificada em 7%.     Os  resultados do ALIS  sustentam um  exame das  consequências da  acção de minas  em Angola. As constatações das pesquisas informam sobre a estratégia nacional de acção de minas do Governo, e tornam possível a planificação das actividades da acção de minas a partir,  tanto  da  perspectiva  humanitária  como  do  ponto  de  vista  do  desenvolvimento económico.  Especificamente,  o  ALIS  proporcionou  informação  sobre  a  qual  a  CNIDAH projectou o Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas, aprovado pelo Conselho de Ministros.  O  Plano  Estratégico  Nacional  de  Acção  de Minas  2006‐2011  abrange  focos específicos na redução do impacto de minas, no apoio à reconstrução e desenvolvimento, no  apoio  aos  sobreviventes  de  minas  e  no  estabelecimento  de  um  sistema  de monitorização pós LIS, que irá captar tanto as actividades de acção de minas humanitárias como  de  desenvolvimento.  O  sistema  de  monitorização  pós‐LIS  permite  igualmente incorporar  novos  problemas  que  possam  ser  identificados  para  uso  de  medição  do progresso e impacto, na planificação sistemática e na informação aos doadores.  Uma das preocupações de todos os parceiros envolvidos no LIS de Angola era assegurar que seria útil aos actores fora, bem como dentro, da comunidade de acção de minas. Já está a ser usada uma ferramenta separada para priorizar comunidades para Educação de Risco de Minas. O ALIS identificou comunidades específicas, em cada província, que sofre de bloqueios socioeconómicos, os quais poderiam impedir os planos de desenvolvimento sectoriais: bloqueio a terra irrigada, a escolas primárias, a estradas, a centros de saúde, a pontes,  a  habitação,  etc.  Estas  informações  deveriam  ser  imediatamente  usadas  por outros sectores a assegurarem os seus próprios planos, abordando o problema das minas quando  este  constituísse  um  obstáculo  ao  seu  sucesso;  seria  benéfico  se  a  CNIDAH trouxesse tais informações à atenção de outros sectores.   Um  banco  de  dados  recentemente  actualizado,  uma  descrição mais  compreensível  do problema de minas e uma meta nacional para solucionar a questão do impacto de minas nas  comunidades  de  alto  e  médio  impacto  são  algumas  das  oportunidades  que  o resultado do LIS ofereceu a Angola. Ao mesmo  tempo, permitiu que  fosse possível uma planificação mais cuidadosa para reabilitar ou construir linhas de distribuição de energia, estradas, canais de  irrigação, escolas e postos de saúde. Um processo de monitorização contínuo  com  visitas  regulares  às  comunidades  de  impacto  manteria  a  precisão  e integridade do LIS a longo prazo, protegendo o investimento inicial no LIS e assegurando que  os  actores  de  acção  de minas  tenham  acesso  a  uma  informação  actual  e  segura enquanto o programa de acção de minas operar no país.    Um sistema de monitorização  também asseguraria a constante manutenção da base de dados,  que  por  sua  vez,  permitiria  à  CNIDAH  empreender  análises  regulares  e monitorização para assegurar que seu programa está a ser efectivamente alcançado. As 

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prioridades  podem  ser  actualizadas  numa  base  contínua  para  assegurar  que  as comunidades  de  alto  impacto  são  mantidas  no  topo  da  ordem  do  dia,  inclusive comunidades recentemente classificadas como de  impacto devido a recentes vítimas ou novos bloqueios. Mantendo o período crítico de dois anos de informação que resultou na classificação das comunidades, a CNIDAH e as autoridades provinciais poderão basear o seu  planeamento  anual  e  a  longo  prazo  em  informações  correntes  e  actualizadas.  A manutenção da base de dados asseguraria uma linha de base para a CNIDAH, doadores e a comunidade de acção de minas mais alargada para medir o progresso do programa de acção de minas.    

Em  termos  básicos  pode  parecer  que,  aproximadamente,  1  304  km2  do  território Angolano estão contaminados por minas  terrestres baseados no ALIS. Note‐se que este número  representa  as  áreas  identificadas  em  grande  proximidade  com  os  centros populacionais atendendo à natureza base da comunidade do processo do  LIS. Ainda há uma  probabilidade  razoável  de  que minas  e UXOs  possam  ter  sido  negligenciadas  em áreas  remotas. Elas geralmente não  constituem uma  séria ou  imediata ameaça. Parece que  quase  30%  de  acidentes  ocorrem  nas  estradas,  contudo,  os  dados  recolhidos  em relação aos acidentes atribuem todos os incidentes a uma comunidade.      Sabe‐se  que  é  controverso  sugerir  que  a  extensão  da  área  contaminada  é consideravelmente menos que 1% do território, quando na realidade o que é geralmente mencionado  é  35%. Mas  para  um  interesse mais  imediato,  a  desminagem  das  áreas suspeitas  de  risco  de  alto  impacto  e  a  maioria  das  áreas  de  médio  impacto  deveria realizar‐se  durante  os  primeiros  5‐6  anos  do  prazo  de  implementação  do  Plano Estratégico.  Usando  o  processo  de  classificação  de  impacto  do  LIS,  o  total  de  áreas contaminadas divide‐se da seguinte forma:  

Impacto  Número de Comunidades   Área (km2) Alto  40 57Médio  455 495Baixo  1 493 752

Total  1 988 1 304 É de notar que estes números  representam  todos o Nível 1 da pesquisa de dados que podem ser consideravelmente reduzidas após a aplicação do efectivo Nível 2 ou pesquisa 

Categoria de Impacto 

Comunidades Áreas Suspeitas 

minadas População Afectada 

Número  Percentagem Número Percentagem Número  PercentagemAlto  40  2% 86 3% 59 742  3%Médio  455  23% 1 087 33% 598 717  25%Baixo  1 493  75% 2 093 64% 1 709 320  72%Total  1,988  100% 3,266 100% 2,367,779  100%

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técnica  e/ou  redução  de  área.  Como  exemplo;  o  programa  de  acção  de  minas  de Moçambique estima que a pesquisa técnica pode reduzir as SHAs entre 50‐70% e estudos provaram que menos de 3% de áreas reduzidas por meios mecânicos contêm ameaças de minas ou UXOs.  Os resultados do ALIS  intuitivamente parecem mais credíveis quando se considera que o ALIS  identifica  que mais  de  2.4 Milhões  de  angolanos  são  diariamente  afectados  pela presença de minas. Isto representa entre 16‐20% da população. Mais adiante a pesquisa identifica que aproximadamente 1 968 ou 8.6% das comunidades são afectadas por minas / UXOs – com um total aproximado de 3 266 SHAs.     O  acesso  restrito  a  terras  agrícolas  e  a  estradas/acessos  representa  o  bloqueio socioeconómico  mais  significativo.  Noventa  porcento  das  comunidades  afectadas  são descritas  como  tendo  limitado  acesso  para  as  terras  agrícolas,  enquanto  24%  das comunidades têm acesso limitado as estradas / caminhos / vias de acesso.    

Socio-economical Blockages from LIS in Angola

Irrigated Agriculture1033%

Drinking Water1303%

Housing1323%

Other Water1544%

Ways/paths491%

Infrastructure3178%

Roads3379%

Pasture68918%

Non Agriculture81921%Rain-Fed Agriculture

118130%

 O gráfico acima representa a variedade de bloqueios socioeconómico nas  localidades de impacto e a percentagem do  total de bloqueio em Angola, por cada categoria. Foi  feita uma  classificação  de  10  principais  bloqueios  cujos  detalhes  se  encontram  na  base  de dados.  

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Principais tipos de 

bloqueios socioeconómicos que 

afectam as comunidades 

Número de bloqueios em todas as 

comunidades afectadas 

Percentagem de bloqueio no país 

Campos agrícolas  1 181  30.2 % Campos não agrícolas  819  20.9 % Pastagens  689  17.6 % Estradas  337  8.6 % Infra‐estruturas  317  8.1 % Outra água  154  3.9 % Habitação  132  3.4 % Água Potável  130  3.3 % Agricultura de Irrigação  103  2.6 % Caminhos/picadas  49  1.3 % 

Total  3 911  100.0  3. Principais Objectivos do Projecto  O  objectivo  geral  do  projecto  é  o  reforço  da  capacidade  do  Governo  de  Angola  em garantir a segurança e o acesso da população nas áreas afectadas de minas e  facilitar o processo  eleitoral.  O  objectivo  específico  é  capacitar  a  CNIDAH  para  realizar  as  suas tarefas de acordo com o Plano Estratégico de Acção de Minas 2006‐2011, através de uma assistência e formação técnica com os seguintes resultados a serem atingidos no  fim do projecto:  

a)  Os  gestores  da  CNIDAH  dirigem  uma  organização  ágil  e  competente,  com atribuições  claras  e  compartilhadas  e  com  práticas  adequadas  de  planeamento interno, administração e gestão de recursos humanos e financeiros.  b) A CNIDAH é capacitada para elaborar, a cada ano, o Plano de Trabalho Nacional de Desminagem, conforme o padrão e a especificidade necessários.  c) O trabalho da CNIDAH na área da Garantia de Qualidade é efectuado obedecendo aos padrões internacionais.  d)  As  Salas  Operativas  Provinciais  estão  capacitadas  para  cumprir  com  as  suas responsabilidades em relação aos Governos Provinciais e à CNIDAH.  e) A CNIDAH está capacitada em recolher, processar, produzir, analisar e disseminar dados fiáveis sobre áreas minadas e desminadas, e sobre acidentes e incidentes de 

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minas e respectivas vítimas e seu tratamento médico e reinserção social, bem como disseminar a informação obtida aos parceiros.  

3.1 Resultados Esperados  

a) a redução da ameaça de contaminação de minas nas comunidades consideradas de  alta  prioridade  até  2011,  facilitando  o  acesso  e  a  circulação  de  pessoas  e bens  e,  a  final,  a  participação  cívica  dos  cidadãos  e  o  desenvolvimento  de actividades económicas e produtivas; 

b) a  redução  do  risco  das  comunidades  de  baixa  e média  prioridade  até  2011, facilitando o acesso e a circulação de pessoas e bens e, a  final, a participação cívica  dos  cidadãos  e  o  desenvolvimento  de  actividades  económicas  e produtivas; 

c) que a capacidade nacional seja plenamente estabelecida e desenvolvida para a implementação da acção de minas em Angola; 

d) que  seja estabelecido um programa de acção de minas avançado, comparável com os melhores programas de acção de minas a nível mundial. 

e) que  o  Estado  Angolano  responda  aos  compromissos  do  País  como  Estado membro da Convenção de Ottawa, reconhecendo a dimensão do problema de contaminação de minas do País; 

f) reporte  de  uma  maneira  precisa  a  situação  de  acção  de  minas  em  Angola através de relatórios de progresso. 

 

4. Resultados e Progresso    Através  deste  projecto  a  equipa  de  assessoria  técnica  do  PNUD  prestou  assistência  e desenvolvimento  da  CNIDAH  no  quadro  organizacional  e  da  capacidade  operacional  a nível central e provincial. Este projecto apoiou a CNIDAH na realização das suas tarefas de acordo com o Plano Estratégico de Acção de Minas 2006‐2011.  

O sucesso do projecto  inclui a melhoria organizacional e gestão  institucional da CNIDAH, através  da  revisão  e  estabelecimento  de  sistemas  de  procedimentos.  Adicionalmente, houve  melhorias  significativas  no  desenvolvimento  e  refinamento  de  mecanismos efectivos, para o ciclo nacional anual de planificação.    4.1 Capacidade Institucional para implementar o Programa Nacional de Acção de Minas  Destaque dos principais sucessos: 

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Análise  funcional  da  estrutura  organizacional  para  clarificar  funções  e responsabilidades; 

Estabelecimento  do  Ciclo  de  Planeamento  Operacional  Anual  (provincial  e nacional); 

Estabelecimento  de  uma  metodologia  e  prática  de  envolver  os  ministérios  e instituições no planeamento de desminagem;  

Desenvolvimento  de  um  plano  de  monitorização  pela  CNIDAH,  para  a implementação dos planos nacionais e provinciais.  

Actividades Realizadas  Situação 

Analise  Funcional  da  estrutura  organizacional  para  a  clarificação  das funções na CNIDAH (a nível central e provincial), e clarificar obrigações e actividades.  Elaboração  de  organigramas, mapas  de  análise  funcional, mapas de  processos,  descrições  escritas de  procedimentos  e  linhas  de orientação. 

Concluída 

Organização  de  seminários  de  formação  sobre  gestão  geral  para  os funcionários  da  CNIDAH  a  nível  central  e  provincial,  orientados  pelos chefes  de  departamento  da  CNIDAH.  O  objectivo  destes  Seminários consistiu  na  revisão  de  actividades  e  procedimentos,  listagem  de problemas, identificação de soluções e busca de inovações e melhorias. 

Concluída 

Desenvolvimento  da  prática  de  reuniões  de  trabalho  regulares, organizadas pelos funcionários da CNIDAH. Estas reuniões são realizadas nos departamentos, entre departamentos e com a direcção. Têm como objectivo  o  intercâmbio  de  ideias  sobre  as  actividades, desenvolvimentos,  dificuldades  e  outras  informações.  As  reuniões  são estruturadas e têm um mecanismo de acompanhamento. 

Concluída 

Desenvolvimento  da  prática  de  visitas  regulares  às  Salas  Operativas Provinciais,  para  avaliação  da  sua  performance  e  do  trabalho  com  os parceiros,  como  parte  de  um  processo  de  monitoria  externa  dos funcionários da CNIDAH a partir do nível central. 

Concluída 

Mecanismos de coordenação através de  reuniões  regulares com outras entidades  nacionais  de  Acção  de  Minas  relevantes:  Ministérios,  CED, ONGs  nacionais  e  internacionais,  doadores,  Agencias  das  NU.  A informação à base de dados nacional na CNIDAH  foi  significativamente melhorada  pelas  organizações  nacionais  e  internacionais  bem  como gradualmente posta em acção pelos operadores nacionais, (INAD, FAA). 

Não concluída 

Preparação para a participação nas conferências  internacionais (Tratado de  Ottawa,  reuniões  dos  Estados  Membros  afectados  pelas  minas, Conferência do Clu ster de munições etc.).  

Concluída 

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Comunicação  com  as  agências  internacionais  especializadas  (UNMAS, GICHD)  na  pesquisa  e  melhoramento  das  possibilidades  p.  ex.  nova versão do IMSMA 4.0.  

Não concluída 

Estabelecimento  do  plano  de  acção  para  cada  um  dos  pilares (desminagem/controlo, ERM, Assistência às Vitimas), baseado no Plano Estratégico  Nacional  2006‐2011,  de  forma  a  capacitar  a  CNIDAH  a desenvolver o Plano Nacional Anual.  

Concluída 

Estabelecimento  de  um  ciclo  de  planeamento  anual  nacional,  em colaboração com os parceiros de desminagem  

Concluída 

Estabelecimento  de  uma  metodologia  e  praticas  de  envolvimento  de ministérios e instituições na planificação da desminagem.  

Concluída 

Estabelecimento  de  mecanismos  de  coordenação  e  sinergias  de diferentes  intervenções  de  parceiros  nacionais  e  internacionais  no campo de desminagem. 

Concluída 

Estabelecimento de coordenação, articulação e processos de supervisão das actividades realizadas a nível local pelo Governo Provincial. 

Concluída 

Estabelecimento  de  um  ciclo  de  planificação  provincial  anual  em colaboração com os actores de desminagem, incluindo as comunidades. 

Concluída 

Estabelecimento de mecanismos para identificação de tarefas, análise de tarefas, e definição de urgências e prioridades.  

Não concluída 

Desenvolvimento de capacidades dos trabalhadores das Salas Operativas para a análise das suas tarefas.  

Concluída 

Desenvolvimento  de mecanismos  para  a  incorporação  da  desminagem de emergência. 

Não concluída 

Desenvolvimento  de  um  plano  de monitorização,  pela CNIDAH,  para  a implementação dos planos nacionais e provinciais. 

Concluída 

 4.2 Capacidade  Institucional para definir e executar Garantia de Qualidade e Controlo de Qualidade   As  actividades  planeadas  e  conduzidas  durante  o  período  do  relatório  incluíram  a capacitação  do  actual  pessoal  da  CNIDAH.  A  equipa  de  assistência  técnica  do  PNUD aconselhou a CNIDAH a reforçar e a descentralizar a sua capacidade na área de GQ/CQ. A 

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CNIDAH aumentou o número de equipas de GQ/CQ de uma equipa baseada em Luanda para 13  equipas  (três pessoas por  equipa  incluindo o motorista) distribuídas pelo país. Este  impressionante aumento permitiria a responsabilização por todas as actividades de Acção de Minas em todo o território nacional. A equipa de assistência do PNUD participou neste processo de reforço através da condução de acções de formação, no equipamento e na organização das novas equipas de GQ/CQ.    Como  parte  do  projecto  de  capacitação  foi  produzida  uma  série  de  documentos  de suporte à CNIDAH para a gestão do pessoal de forma apropriada e organizada. Foram produzidos Termos de Referência (ToR) e procedimentos para o pessoal de campo. Estes  documentos  encontram‐se  numa  versão  de  provisória,  faltando  fazer  alguns melhoramentos, apenas possíveis após a sua implementação. Foi realizado um pacote de formação,  assim  como  uma  versão  provisória  do  primeiro  documento  normativo  que explica  o  funcionamento  da  CNIDAH  e  as  suas  relações  com  os  parceiros.  Situações inesperadas e actividades não planeadas também foram incluídas neste relatório, uma vez que  elas  constituem  a  principal  razão  para  o  atraso  das  tarefas  planeadas  e, definitivamente,  tiveram  influência  nos  objectivos  gerais  alcançados  como  se  encontra descrito abaixo.  A gestão de qualidade da acção de minas em Angola  foi desenhada para  consistir num processo de duas  fases  como  se encontra descrito nos Padrões Nacionais de Acção de Minas  (NMAS) e nos Padrões  Internacionais de Acção de Minas  (IMAS). A primeira  fase abrange a acreditação e a monitoria das organizações de desminagem, antes e durante o processo de remoção de minas, e a segunda fase envolve a inspecção da área desminada antes de ser formalmente entregue para uso do beneficiário. 

 

A  acreditação  estabelece  e  confirma  a  qualidade  das  organizações  de  desminagem confirmando  que  eles  são  competentes  e  capazes  de  planear  e  gerir  actividades  de desminagem  de  forma  segura,  efectiva  e  eficaz  (Acreditação Organizacional);  e  que  as organizações  são  competentes  e  capazes  para  desempenhar  actividades  especificas  de desminagem (Acreditação Operacional). 

A  monitorização  examina  as  capacidades  da  organização  (pessoal,  equipamento  e procedimentos)  e  garante  que  a  organização  está  a  usar  a  sua  capacidade  de  forma apropriada.  Esta monitorização  externa  complementa  os  próprios  sistemas  internos  de gestão  de  qualidade  das  organizações  de  desminagem.,  verificando  de  que  os procedimentos de qualidade da organização são apropriados e estão a ser aplicados. No entanto, não substitui a responsabilidade da organização de desminagem de assegurar a aplicação de procedimentos operacionais seguros, efectivos e eficientes. 

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Recentemente, antes do início do projecto do corrente relatório, a Capacidade de Gestão de Qualidade da CNIDAH foi limitada a uma única equipa que apresentou dificuldades em assegurar o trabalho em todo o país. A CNIDAH resolveu este problema com o reforço dos processos e procedimentos existentes, expandido a capacidade de monitoria de qualidade para as equipas de monitoria de qualidade provinciais/regionais, e desenvolvendo novos procedimentos  para  a  gestão  da  qualidade  que  podem  sem  aplicados  a  entidades comerciais ou humanitárias. Como resultado foi recrutado, equipado e posicionado novo pessoal (39 pessoas distribuídas por 13 equipas). 

Estas equipas  irão concentrar a  sua atenção em assegurar que os  sistemas de gestão e procedimentos operacionais das organizações de desminagem  são  consistentes  com os termos de acreditação. Outra das suas funções será o desenvolvimento de actividades de monitoria de acordo com os procedimentos operacionais baseados nos Padrões Nacionais de Acção de Minas, tendo em consideração cada Padrão Operacional de Procedimentos (POP) dos operadores aprovado pela CNIDAH.  

 4.2.1  Principais Objectivos estabelecidos para GQ/CQ  4.2.1.1 Metas:  A  implementação de um  sistema de gestão de qualidade da CNIDAH está  interligado à capacitação ao nível nacional e está previsto ajudar a organizar e aumentar alguns dos objectivos da CNIDAH, tais:  

Melhoria do sistema de Planeamento aos níveis provincial e nacional  Implementação do Sistema de Redução de Área e,  Reforçar o sistema de recolha e partilha de informação 

2.2.1.2 Objectivos: 

Os objectivos específicos seguintes foram estabelecidos como prioridade para o projecto que terminou: 

Reforço da capacidade existente para assegurar que as operações são conduzidas de acordo com os padrões aceite internacionalmente, 

Expansão da Capacidade da Gestão de Qualidade da CNIDAH para  responder ao crescente número de tarefas de Desminagem faltando o controlo final como parte do procedimento de entrega da terra, 

Desenvolvimento de Procedimentos de Gestão de Qualidade que sejam aplicáveis em Angola e, 

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Estabelecer e  implementar, como resultado a  longo prazo, um regime regular de monitorização para todos os operadores permitindo uma  imagem mais confiante das operações em Angola. 

4.2.2  Resultados: De uma  forma  geral os objectivos  foram  alcançados e os  resultados  são encorajadores considerando o  lento  ritmo a que  se verificam mudanças dentro da CNIDAH. Este  foi o ganho  mais  importante  que  a  CNIDAH  teve.  Poderiam  ter  sido  alcançados  melhores resultados se a CNIDAH tivesse um melhor sistema de comunicação e compreensão entre os  seus  departamentos.  Frequentemente  cada  departamento  funciona  de  forma independente e organiza as missões de campo sem comunicar ou partilhar a agenda com os  restantes  departamentos  não  permitindo  uma  adesão  coesa  para  os  objectivos estratégicos comuns.  A componente de gestão de qualidade do Departamento de Operações da CNIDAH falhou no alcance dos objectivos estabelecidos pelo plano do projecto devido á falta de clareza do sistema de suporte financeiro para assegurara a mobilidade das equipas de GQ/CQ.  Os  planos  foram  produzidos  mas  não  conseguiram  ser  implementados  por  falta  de suporte financeiro da CNIDAH. As visitas de campo para monitorizar o trabalho das novas equipas de GQ/CQ tiveram de ser canceladas por causa do deficiente sistema de suporte financeiro  da  CNIDAH.  O  sistema  de  comunicações  também  se  apresentou  como  um constrangimento uma  vez que não houve  suporte  logístico da CNIDAH para  instalar os rádios móveis nas  viaturas das equipas. Não  foram assegurados meios  financeiros para proporcionar  às  equipas  a mobilidade  desejável  para  as  províncias.  Por  outro  lado,  o departamento  operacional  recrutou  alguns  novos  elementos  com  experiência  e capacidade,  traduzindo‐se  numa  alteração  positiva.  As  limitações  internas  do departamento no que se refere à organização de documentação foram eliminadas com o estabelecimento de um novo sistema de preenchimento eficaz.    4.2.3  Objectivos específicos: O reforço da capacidade do pessoal da CNIDAH era o objectivo inicial e isso foi claramente alcançado. A adesão a uma agenda de  trabalho  comum, um  compromisso  considerável para planear  actividades e  a  compreensão das  teorias da qualidade  foram  importantes metas  também  alcançadas.  No  entanto,  o  apoio  dos  gestores  seniores  da  CNIDAH continua a ser uma preocupação para o pessoal técnico da estão de qualidade.  Dos  objectivos  específicos  citados  acima  foi  possível  alcançar: Nove  equipas  adicionais foram  treinadas,  equipadas  e  recrutadas.  Este  processo  foi mais  demorado  do  que  o previsto  face a  sérios  constrangimentos  relacionados  com  factores  internos e externos; como a demora no processo de recrutamento, preparação logística e finalmente inclusão dos recentes funcionários no sistema de pagamento do Estado.     

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4.2.4  Actividades Inacabadas: Processos,  procedimentos  e  linhas  de  orientação  para  suportar  a  implementação  do sistema  de  qualidade  foram  iniciados  e  continuam  em  progresso.  A  revisão  para promulgar e divulgar os padrões nacionais aos operadores que foi iniciada ainda não está concluída. Os Padrões de Procedimentos de Operações  (SOP) para  serem usados pelas equipas  de  Gestão  de  Qualidade  no  seu  trabalho  de  campo  foram  produzidos  e encontram‐se  à  espera  da  revisão  pelo Departamento  Técnico  para  a  sua  actualização final. Os  SOP  continuarão  a  ser  revistos  à medida  que  as  equipas  vão  operando  até  a CNIDAH estar satisfeita com a qualidade e a sua aplicabilidade.  Era  esperado  que  os  processos  e  procedimentos  de  Acreditação,  que  reflectem  as condições  angolanas,  fossem  concluídos  e  implementados  com  a  assistência do Centro Internacional de Genebra para a Desminagem Humanitária (GICHD). Um perito em gestão de  qualidade  do  GICHD  foi  convidado  para  participar  neste  processo  mas, lamentavelmente, não houve nenhuma acção da CNIDAH para a realização do que estava planeado. Este importante assunto deverá ser uma prioridade para o futuro próximo.      4.2.5  Eventos Inesperados e actividades não planeadas:  Aconteceram alguns eventos  inesperados e actividades não planeadas, consumidores de tempo,  durante  o  período  de  implementação  do  projecto.  Algumas  actividades  são referentes  a  investigações  de  acidentes  de  desminagem  que  aconteceram  com conhecidas  organizações  internacionais.  Foram  conduzidas  extensas  reuniões  para apresentar e discutir conclusões atempadamente de modo a evitar futuros acidentes de natureza semelhante. Foram reportados e investigados cinco acidentes de desminagem e os resultados foram discutidos individualmente com as organizações internacionais.  Algumas  das  actividades  não  planeadas  são  referentes  a  tarefas  não  reportadas  por alguns  operadores  comerciais  de  desminagem  quando  iniciam  o  trabalho  e,  apenas, começam a reportar à CNIDAH quando precisam de certificados de limpeza de minas para o  controlo  final  de  qualidade.  Por  várias  vezes  os  planos  tiveram  de  ser  alterados  e reajustados  para  responder  a  actividades  de  controlo  de  qualidade  não  programadas. Para  além  do  facto  da  CNIDAH  ter  uma  grande  lacuna  em  pessoal  de  campo,  este problema  aumentou o número  acumulado de  tarefas de  controlo de qualidade que  se encontram em lista de espera. Assim sendo, este problema será um dos mais importantes objectivos para as equipas provinciais assim que elas estejam prontas a operar.  4.2.6  Conclusões e recomendações na GQ/CQ:  No  total,  as  actividades  finalizadas  apresentadas  abaixo  representam  a  parte  mais importante e difícil do processo. As restantes actividades que ainda não foram realizadas estão dependentes da  flexibilidade e  compromisso da CNIDAH para  com as equipas de GQ/CQ. 

 

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A componente de GQ/CQ é uma área crítica e a CNIDAH deveria concentrar‐se nos suportes técnicos a médio prazo para assegura que as equipas são consistentes e de que os procedimentos são respeitados. 

   O  sistema  de  suporte  financeiro  às  equipas  de GQ/CQ  tem  de  ser  considerado como  uma  prioridade  importante  e  a  gestão  da  CNIDAH  deveria  actuar imediatamente. Um atraso nesta área significa uma maior ausência de informação do campo e os operadores de desminagem continuarão a não cumprir os padrões. Significa igualmente o pagamento dos salários aos novos membros da GQ/CQ que não estão efectivamente a produzir resultados. 

  De  acordo  com  as  anteriores  lições  aprendidas,  ficou  claro  que  o  tempo  de duração  do  projecto  não  seria  suficiente  para  alcançar  os  objectivos  esperados para a componente de GQ/CQ. 

  A falta de compromisso e disponibilidade para o trabalho de algum pessoal técnico da  CNIDAH  constitui  o  maior  constrangimento.  A  CNIDAH  deveria  realçar  a responsabilidade individual do pessoal para com as suas funções e deveres. 

  A disponibilidade de fundos e a interrupção das actividades foram frequentemente um  factor bloqueador. A CNIDAH deveria  ser organizada para que as operações não sejam travadas por atrasos em providenciar suporte operacional e financeiro. 

  A CNIDAH deveria estar activamente envolvida com os parceiros para perceber a necessidade para o  seu envolvimento na gestão da qualidade externa e  interna. Deveria  ser  realizadas  reuniões  regulares  de  consulta  e  monitoria  (ao  nível nacional e provincial) com todos os operadores de desminagem. 

 Futura Assistência à CNIDAH na área de GQ/CQ: A futura assistência à CNIDAH na área de GQ/CQ deverá incluir os seguintes pontos: 

Formação adicional das equipas de GQ/CQ;   Monitorização de campo e formação no trabalho das equipas GQ/CQ;   Revisão e melhoria dos processos e procedimentos de Acreditação;  Implementação  do  sistema  de  redução  de  área  e  marcação  /preparação  do projecto; 

Reuniões  de  coordenação  e  planeamento  com  os  operadores  para melhorar  o sistema de gestão de qualidade. 

 A  equipa  do  projecto  de  assistência  técnica  aconselhou  a  CNIDAH  na  aprendizagem  e desenvolvimento das seguintes capacidades de GQ/CQ:  Destaque dos maiores sucessos: 

Melhorar a capacidade na área de marcação de áreas suspeitas de risco;   Reforçar a capacidade de GQ/CQ ao nível provincial; 

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RELATÓRIO FINAL 

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Estabelecimentos de procedimentos de investigação de acidentes.  

Actividades realizadas  Situação 

Adaptação e  finalização dos Padrões de Acção de Minas  com base nos Padrões de Acção de Minas Internacionais. 

Concluída 

Revisão do  sistema de acreditação e análise do  sistema de acreditação implementado  (até hoje) no  sentido de definir melhorias e estabelecer parâmetros para a re‐acreditação. 

Concluída 

Revisão dos mecanismos de monitorização do  controlo de qualidade e estabelecimento de uma política de  controlo de qualidade,  incluindo a participação de parceiros e operadores relevantes. 

Concluída 

Estabelecimento  de  procedimentos  de  acreditação  e  métodos  de controlo de qualidade, com procedimentos e regulamentação. 

Concluída 

Solicitação  ao  GICHD  para  validar  os  procedimentos  de monitoria  em Angola. 

Planeada 

Desenvolvimento de procedimentos de GQ/CQ adequados. Não 

Concluída 

Apoio  a  13  equipas  de  monitoria  que  a  CNIDAH  posicionou  nas províncias: formação, Planeamento de trabalho e apoio administrativo e logístico da CNIDAH central. 

Não Concluída 

Formação no trabalho das equipas de GQ/CQ nas províncias. Não 

Concluída 

Revisão dos procedimentos de investigação de acidentes.  Concluída 

Garantia  da  inclusão  técnica  geral  e  definição  de  orientações/padrões para a  formação de operadores  (boas práticas, exames,  certificados de formação, supervisão da coerência e pertinência dos exames, formação e inclusão de pesquisadores, gestores e supervisores). 

Não Concluída 

Preparação  dos  POP  para  GQ/CQ  (rascunho),  agora  a  sofrer melhoramentos pelo pessoal da CNIDAH e sujeito a testes no campo com as equipas provinciais de GQ/CQ. 

Concluída 

Definição  de  funções  do  pessoal  do  Departamento  de  Operações  e Informação  da  CNIDAH  central  para  permitir  uma  melhor  e  mais organizada  distribuição  de  trabalho  na  falta  de  clareza  das  funções  e responsabilidades do pessoal existente.  

Concluída 

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RELATÓRIO FINAL 

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Assistência  na  preparação  do workshop  sobre  redução  e marcação  de áreas  suspeitas  de  risco  com  todas  as  organizações  nacionais  e internacionais. 

Concluída 

Avaliação dos POP de campo com a participação de todas as equipas de GQ/CQ da CNIDAH e conclusão do workshop com os Lideres de Equipa – planeado para Dezembro de 2008. 

Planeada 

Desenvolvimento de uma ferramenta de monitorização  interna para ser utilizada na avaliação da performance das equipas de campo de GQ/CQ. 

Planeada 

Introdução do Sistema de Monitorização de Cães de Detecção de Minas (CDM)  através  da  visita  a  um  local  de  Desminagem  onde  a implementação de CDM é  a  ferramenta principal de desminagem.  Isto servirá como um processo de aprendizagem para este  tema específico. Fases  posteriores  irão  incluir  informação  detalhada  para  ser  fornecida por operadores com operações de CDM. 

Planeada 

 4.3  Capacidade  Institucional  para  coordenar  e monitorar  as Actividades  de Acção  de Minas  A equipa de Coordenação de Campo  realizou várias actividades de desenvolvimento de capacidade para as contra‐partes nacionais designadas afim de que elas possam cumprir as  suas  responsabilidades  em  relação  com  a  coordenação  provincial  e  com  a  Sede  da CNIDAH. A equipa de Coordenação de Campo, consistindo em seis Assessores Técnicos de Campo (ATC), foi posicionada pelas 18 províncias do país. Cada ATC ficou responsável por duas ou três províncias, excluindo Luanda e Cabinda que, devido ao seu menor risco de contaminação  com minas  terrestres/ERW  e  pela  sua  particularidade  geográfica,  foram mantidas sobre a responsabilidade da coordenação nacional.  

As  Salas  Operativas  Provinciais  (SOP)  foram  fortalecidas  pelos  ATC.  Foi  fornecida assistência técnica aos Coordenadores Provinciais de Acção de Minas (vice‐governadores), Oficiais de Ligação de Informação e equipas de GQ/CQ das respectivas províncias. Foram mantidas  comunicações  regulares  com  as  Salas  Operativas  Provinciais  (SOP)  para gradualmente melhorarem o nível da sua performance nas suas principais funções, como por exemplo, planeamento, gestão de informação, coordenação, GQ/CQ. 

 Algumas da Salas Operativas Provinciais  (SOP)  foram  reequipadas com equipamento de escritório  e  outro  mobiliário  onde  se  inclui  secretárias,  computadores,  impressoras, mapas  topográficos, etc. As  SOP  foram  reequipadas no  sentido de proporcionarem um ambiente  de  trabalho  adequado  para  quem  lá  trabalha  e  para  quem  vai  lá  solicitar assistência.  Foi  estabelecido  um mecanismo  de  Planeamento  Provincial. Os  oficiais  de Ligação  de  Informação  nas  SOP  receberem  formação  no  trabalho  sobre  rotinas administrativas  como  a  gestão  de  correspondência,  gestão  de  fundo  de  caixa, 

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RELATÓRIO FINAL 

Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH      21

procedimentos  logísticos envolvendo a compra, o  fornecimento e o armazenamento de material de escritório. Houve  uma  considerável  falta  de  apoio  logístico  pela  Sede  da  CNIDAH  para  com  os Assessores Técnicos de Campo nas províncias. No inicio do projecto de execução nacional foi acordado pela CNIDAH em providenciar todo o apoio logístico necessário ao pessoal do projecto, mas, infelizmente, tal não aconteceu.  

A  Equipa  de  Coordenação  de  Campo  foi  extensivamente  envolvida  no  desenho  das orientações  nacionais  para  a  pesquisa  técnica  e  marcação.  Até  ao  momento,  este documento encontra‐se numa versão de rascunho à espera de ser aprovado. Assim que o documento  for  aprovado,  ele  providenciará  as  bases  e  linhas  orientadoras  para  a implementação da redução de área e marcação das áreas suspeitas de risco de minas em concordância com o Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas 2006‐2011.  

 Os Assessores Técnicos de Campo conduziram a formação dos vice‐governadores e oficiais de  ligação para a definição de prioridades e para o planeamento provincial anual. Como resultado a maioria das Salas Operativas Provinciais definiram prioridades e  formularam consistentes planos provinciais anuais de acção de minas. Com excepção de poucas, as províncias foram capazes de submeter os seus planos anuais à CNIDAH central.  Os Assessores Técnicos de Campo visitaram extensivamente vários centros municipais e comunais. As autoridades municipais e comunais receberam extensiva informação sobre o LIS,  explicando  o  papel  da  CNIDAH  como  autoridade  para  a  acção  de  minas  e providenciando cópia do Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas 2006‐2011. Esta aproximação  foi  justificada  pela  necessidade  de  envolver  os  administradores  dos municípios e das comunas no processo de priorização de tarefas da acção de minas. Deste modo,  foi  possível  incluir  a  opinião  das  administrações  municipais  e  comunais  no estabelecimento de prioridades e elaboração dos planos provinciais anuais de acção de minas.  A  Equipa  de  Assistência  Técnica  do  Projecto  assistiu  a  CNIDAH  a  apreender  e  a desenvolver as seguintes capacidades organizacionais e operacionais:  Destaque dos principais sucessos: 

Melhorou a disponibilidade de dados sobre acção de minas;   Melhorou a ligação entre parceiros e os mecanismos de coordenação;   Foram estabelecidos sistemas para reforçar o funcionamento das Salas Operativas Provinciais; 

Melhorou  a  disseminação  de  Informação  da  Acção  de  Minas  para  as administrações  municipais  e  comunais  para  a  priorização  e  planeamento  de tarefas.  

 

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RELATÓRIO FINAL 

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 Actividades Realizadas  Situação 

Reforço  das  Salas  Operativas  Provinciais  (SOP)  no  planeamento operacional,  coordenação,  recolha  e  circuito  de  informação  dos operadores de desminagem para as SOP e eventualmente para a Sede da CNIDAH.  

Concluída  

Consolidação  das  funções  administrativas,  contabilísticas  (custos operacionais da SOP e da equipa de GQ/CQ) e actividades  logísticas das Salas Operativas Provinciais (SOP). 

Concluída 

Revisão da função de informação das Salas Operativas.  Concluída 

Centralização  da  informação  nas  Salas Operativas  Provinciais  (SOP)  no formato  do  IMSMA,  revisão  dos  dados  do  LIS,  fornecimento  de  dados para a base de dados nacional na Sede da CNIDAH. 

Concluída 

Planeamento  provincial  de  coordenação  das  actividades  com  os parceiros: Plenário provincial, reuniões técnicas. 

Concluída 

Preparação do planeamento operacional anual das províncias  Concluída 

Divulgação do Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas 2006‐2011 à Administração Municipal e Comunal como uma extensão da coordenação provincial de acção de minas. 

Concluída 

Realização  da  avaliação  de  performance  com  os  oficiais  de  ligação  de informação (x18), identificação de áreas a melhorar e reconhecimento de boa performance. 

Concluída 

Divulgação dos resultados preliminares do Levantamento do Impacto de Minas Terrestres (LIS) às administrações municipais e comunais para um melhor Planeamento e coordenação das actividades de acção de minas dentro das comunidades afectadas.  

Concluída 

Participação na revisão e actualização dos planos operacionais anuais ao nível das províncias. 

Concluída 

Visitas  de  campo  pelos  Assessores  Técnicos  de  Campo  no  sentido  de monitorizar a execução das actividades planeadas e acordadas. 

Concluída 

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RELATÓRIO FINAL 

Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH      23

Disseminação  do  critério  de  priorização  para  as  administrações municipais e nacionais como uma extensão da coordenação provincial. 

Concluída 

Aconselhar  e  coordenar  com  as  diferentes  organizações  de  acção  de minas para a execução de diferentes actividades de acção de minas no campo. 

Concluída 

 4.4  Capacidade  institucional  para manter,  gerir  e  usar  a  Base  de  dados Nacional  de Acção de Minas   As actividades planeadas e realizadas durante o período que se está a reportar incluem a capacitação do actual pessoal da base de dados da CNIDAH, reestruturando a capacidade da  base  de  dados  da  CNIDAH  para  permitir  o  processo  e  a  validação  de  todas  as actividades de acção de minas registado na base de dados do IMSMA durante a formação no trabalho.    Como parte do desenvolvimento de capacidade, foi produzido um conjunto de gráficos de processo  e  documentos  para  assistir  o  pessoal  da  base  de  dados  da  CNIDAH  para receberem, processarem e gerirem de  forma apropriada  todos os  tipos de  relatórios de acção de minas dos operadores de desminagem na base de dados nacional de acção de minas  (IMSMA).  Foi  produzido  Termos  de  Referência  (ToR)  e  procedimentos  para  o pessoal  e,  eventualmente,  documentos  finais  melhorados  foram  implementados.  Foi providenciado um pacote de formação e consequentemente foi feita a formação nas salas operativas provinciais para melhorar o circuito de informação e permitir que os oficiais de ligação  possam  responder  aos  pedidos  de  informação  de  acção  de minas  (relatórios  e mapas)  ao nível provincial. Adicionalmente  foram produzidos os primeiros documentos normativos  que  explicam  o  funcionamento  da  base  de  dados  da  CNIDAH  e  as  suas relações com os parceiros.  A  secção  da  base  de  dados  da  CNIDAH  deveria  concentrar‐se  em  assegurar  que  as organizações  de  Desminagem  estão  a  reportar  sistematicamente,  num  regime  regular (mensal)  e  consistente  com  os  padrões  operacionais  de  procedimentos.  Eles  também deveriam  desenvolver  actividades  de  monitorização  em  concordância  com  os procedimentos operacionais baseados nos Padrões Nacionais de Acção de Minas,  tendo em consideração cada POP dos operadores aprovado pela CNIDAH.   Destaque dos principais sucessos: 

Conclusão do relatório final do Levantamento do Impacto de Minas Terrestres em Angola (ALIS) e largamente disseminado. 

Análise  funcional  da  Secção  do  Sistema  de  Gestão  de  Informação,  incluindo identificação de responsabilidade, processos e procedimentos para serviços. 

Melhorias  significantes  no  fluxo  de  informação  das  organizações  de  acção  de minas para a base de dados nacional. 

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RELATÓRIO FINAL 

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Actualização  regular  da  base  de  dados  nacional  e  manutenção  correcta  da corrente de acção no sistema em relação às actividades realizadas no campo. 

Foram criados produtos de mapas padrão (template) e formatos para relatórios.   A  instalação  e  formação  de  comunicações  VSAT  foram  concluídas  nas  18 províncias. 

Foi  feita  formação de actualização dos  conhecimentos do  IMSMA e Sistemas de Informação Geográfica (SIG) para todos os Oficiais de Ligação (x18). 

 Actividades realizadas  Situação  

Regular actualização do  Levantamento de  Impacto de Minas  (LIS) e do IMSMA na base de dados nacional. 

Concluída 

O relatório final do LIS foi oficialmente lançado e largamente distribuído por todos os parceiros. 

Concluída 

Acompanhamento do LIS, foi formulado um novo documento de projecto para continuar a realizar pesquisas similares em todas as áreas onde não foi  possível  aceder  durante  o  LIS.  Isto  significa  equipas  de  pesquisa, destacamento no campo e equipamento. 

Incompleta 

Foi  providenciada  informação  extensiva  para  o  relatório  “Landmine Monitor”  relacionada  com  todos os pilares da acção de minas e  foram fornecidos  comentários  finais  sobre  todo  o  relatório  do  país  antes  de publicação.  

Concluída 

Produção de análises e  informação prática útil pelo pessoal da CNIDAH para utilizadores finais. 

Concluída 

Correcta  definição  das  funções  dos  trabalhadores  da  base  de  dados, incluindo  os  serviços  que  eles  deverão  prestar  aos  utilizadores  da informação.  

Concluída 

Manuseamento  de  todas  as  funcionalidades  da  base  de  dados  pelos funcionários, incluindo a análise e importação de novos dados.  

Concluída 

Criação de um mecanismo para a gestão dos dados e para o sistema de “cópia de segurança” de todos os servidores da CNIDAH. 

Concluída 

Produção  de  relatórios  gerais,  mapas  temáticos  para  apresentações, produção de  informação particular baseada em pedidos para projectos de investimento e desenvolvimento.  

Concluída 

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RELATÓRIO FINAL 

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Interacção e comunicação com todas as organizações de acções de minas em  relação  aos  seus  relatórios  de  progresso mensais  e  formação  em como usar os formulários do IMSMA.  

Concluída 

Instalação  do  IMSMA,  SIG  e  VSAT  em  todas  as  Salas  Operativas Provinciais  (x18),  providenciando  formação  intensiva  no  uso  destas ferramentas,  capacitando  os  Oficiais  de  Ligação  a  produzir  mapas  e serviços de informação a todos os operadores ao nível providencial. 

Concluída 

Providenciar mapas e  informação a  todas as organizações de acção de minas,  empresas  de  projectos  de  investimento  e  desenvolvimento através de solicitações destacando a área minada e a área desminada.  

Concluída

Foi  feita  uma  actualização  da  Base  de  dados  IMSMA  nas  províncias durante o trabalho de campo.  

Concluída 

Comunicações  regulares  com  as  salas  operativas  através  de  VSAT  e fornecimento  de  apoio  online  para  a  manutenção,  utilização  de ferramentas de Sistema de Gestão de Informação, etc. 

Concluída 

Esta a decorrer a preparação da migração da nova base de dados IMSMA 4.0 o que exige a organização da informação existente, normalização de tabelas, adaptação de acordo com as actuais condições do país, etc.  

Incompleta 

Comunicação e  coordenação com as  instituições de  formação em SIG’s no  Brasil  e  nos  EUA  para  enviar  8  elementos  da  CNIDAH  durante  3 semanas  em  ArcGIS  9.3.  Todo  o  pessoal  participou  com  sucesso  na formação apresentando bons resultados.  

Concluída 

 4.5 Progresso em direcção aos Objectivos Estratégicos de Acção de Minas 

O  LIS  identificou  3  293  áreas  suspeitas  de  risco  de minas  terrestres  (SHAs)  em  1988 comunidades  espalhadas  por  todo  o  território  nacional.  Desde  a  elaboração  do  Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas no fim do ano de 2006, as actividades de acção de minas  abrangeram  927  áreas minadas no país. Dentro destas  áreas,  410  tarefas  foram concluídas  (em comunidades de alto, médio e baixo  impacto). O gráfico abaixo  fornece um maior detalhe: 

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RELATÓRIO FINAL 

Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH      26

Number of minefields Completed since early 2007

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Huambo Bié

Bengu

ela

Moxico

Kunen

eBen

go

Kwanza

Sul

Malanje

Lund

a Sul

Kuand

o Kub

ango

Uíge

Kwanza

Nort

e

Lund

a Nort

eHuíl

aZair

e

Luan

da

Namibe

 

71 áreas suspeitas de risco de minas dentro das comunidades com impacto, identificadas durante o LIS, foram descreditadas ou removidas da base de dados nacional de acção de minas, uma vez que a área foi usada durante 2 anos pela população para cultivo agrícola ou para habitação e nunca  se  registou qualquer  acidente.   Veja os detalhes no  gráfico abaixo: 

Number of suspected areas discredited from the national database since early 2007

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Kwanza

Sul

Moxico

Huambo Bié

Kunen

e

Malanje

Kwanza

Nort

eBen

go

 

Um total de 360 tarefas foram tecnicamente avaliadas, representando uma área total de 33.8 milhões de m2. As areas suspeitas de risco foram convertidas em campos de minas precisos através de perímetros polignos, permitindo uma redução da área suspeita. Veja os detalhes no gráfico abaixo: 

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Number of suspected areas technically surveyed but not cleared since early 2007

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Kwanza

Sul

Moxico

Malanje

Bengu

ela

Kunen

e

Kuand

o Kub

ango

Bengo Bié

Huambo

Huíla

Uíge Zaire

Lund

a Sul

Kwanza

Nort

e

Lund

a Nort

e

Estão a decorrer outras 159 tarefas em campo de minas, representando uma área total de  40  milhões  de  m2.  Assume‐se  que  estas  tarefas  ainda  estejam  a  decorrer  e  não concluídas,  atendendo  ao  facto  de  a  base  de  dados  nacional  apenas  ter  recebido relatórios de progresso mensais, não tendo sido ainda entregue nenhum relatório final. 

Number of Minefields technically surveyed, clearance ongoing with no completion reports since early 2007

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Ongoing 72 32 20 12 6 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1

HALO Trust APN MAG MgM SBF

APACOMINA

SDCA DESMI Fagilpe INAD InterSO

SAJOSA

PA FAA KDAHKutola

Desminagem

Versol, Lda

 

Este progresso significa aproximadamente 28% de todas as conhecidas áreas suspeitas de risco nas comunidades com impacto que foram sujeitas a intrevenções desde a conclusão do LIS. É também significante o continuo progresso em direcção às metas e objectivos do 

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plano estratégico da acção de minas 2006‐2011. O mapa de Angola, abaixo, representa as actividades de acção de minas realizadas desde o ínicio do ano de 2007.  

 Existem 5 225 EOD tarefas adicionais (tarefas pontuais) realizadas por todo o país durante e  depois  do  LIS,  das  quais  80%  foram  concluídas  e  os  engenhos  identificados  foram removidos  ou  destruidos.  Uma  das  principais  razões  para  a  redução  do  número  de acidentes com minas poderá ser devido à quantidade de UXO removidos do território nos anos mais  recentes.  No  entanto  não  existe  informação  anterior  para  comprovar  esta tendência.

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UXO Spot Task undertaken since early 2007

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

Removed 1517 590 280 508 438 149 136 151 98 85 37 62 36 40 23

Not Removed 369 26 326 34 56 49 41 7 43 41 36 11 20 10 5 1

Moxico Kwanza Sul

Lunda Sul Malanje Kunene Lunda

NorteBenguel

a Zaire Bié Uíge HuamboKuando Kubang

oHuíla Kwanza

Norte Bengo Luanda

 A tabela em baixo apresenta o número e tipo de engenhos removidos ou destruidos em todas as tarefas de EOD por província.   

Província Tipo de Engenho Removido 

Grande Total 

Munição espalhada 

UXO  AP  AT 

Moxico  260 19,391 2,825 59  22,535Kwanza Sul  13,387 10,166 8,609 3  32,165Lunda Sul  60 394 480 1  935Malanje  327 1,058 297 25  1,707Kunene  8,541 27,821 2,103 66  38,531Lunda Norte  45,770 1,790 44 2  47,606Benguela  1,998 591 35 3  2,627Zaire  213,833 17,768 148 0  231,749Bié  36 1,721 679 0  2,436Uíge  19 1,236 37 0  1,292Huambo  6 625 10 0  641Kuando Kubango  3,469 397 212 3  4,081Huíla  162 409 24 0  595Kwanza Norte  73 1,310 25 0  1,408Bengo  13 830 160 0  1,003Grand Total  287,954 85,507 15,688 162  389,311

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5. Equipa de Assistência Técnica Segundo o documento original do projecto a equipa de assistência técnica é constituída por 5 assessores  internacionais, 6 assessores técnicos de campo nacionais  (coordenação provincial), 4 assessores nacionais a nível central da CNIDAH e 5 assistentes nacionais de apoio  à  equipa  (administrativo,  financeiro,  informático,  informático  e  motorista). Existiram  constrangimentos  imprevistos  no  recrutamento  de  assessores  internacionais particularmente  o  ATP  (Assessore  Técnico  Principal).  Como  resultado,  o  projecto funcionou com um menor número de técnicos internacionais. No entanto, o Assessor do SGI cobriu a lacuna e assumiu as responsabilidades como ATP.   Dois  dos  assessores  internacionais  (GQ/CQ  e  Coordenação  de  Campo)  ficaram impossibilitados a prosseguir com os seus trabalhos sob o contrato do PNUD para além do mês  de  Fevereiro  de  2008,  por  razões  das modalidades  inerentes  ao  próprio  Contrato (contrato de duração limitada) com o PNUD, de acordo com o regulamento dos Recursos Humanos das Nações Unidas. Como solução eles foram contratados pela CNIDAH e pagos pelo  projecto.  Isto  requereu  negociações  com  a  CNIDAH  e  o  estabelecimento  de  um Memorando de Entendimento que só foi finalizado em Setembro de 2008.  O processo de recrutamento do Assessor Técnico Principal do projecto não chegou a ser concluído e o projecto  terminou  sem  ter um ATP efectivo. O assessor de SGI  substituiu interinamente  as  funções  do  ATP  durante  todo  o  período  de  duração  do  projecto. Os assessores  internacionais  para  a GQ/CQ  e  para  a Coordenação  de Campo,  contratados pela  CNIDAH  continuaram  em  funções  até  o  fim  do  projecto. O  projecto  não  foi  bem sucedido em recrutar o Assessor  Internacional para a área de Planeamento e Programa. Em baixo encontra‐se o organigrama com o pessoal do projecto:   

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Abaixo  encontra‐se  a  lista  dos  Assessores  Internacionais  e  respectiva  disponibilidade durante o período do projecto (Julho 2007 ‐ Março 2009): 

Pessoal Internacional 2007  2008 

 2009 

3 T  4 T  1 T  2 T  3 T  4 T  1 T 

Assessor Técnico Principal (ATP)  0  0  0  0  0  0  0 

Assessor GQ/CQ  1  1  1  0  0  1  1 

Assessor de Coordenação de Campo  1  1  1  0  0  1  1 

Assessor de SGI & ATP interino   1  1  1  1  1  1  1 

Assessor de Planeamento e Programação   1  1  0  0  0  0  0 

 A tabela abaixo representa a lista de pessoal nacional do projecto:    

6. Constrangimento e Lições Aprendidas  Demoras  na  solicitação  de  equipamentos  e  no  recrutamento  de  peritos  de  acção  de minas,  com  conhecimentos  da  língua  portuguesa,  afectou  adversamente  o  ritmo  de implementação do projecto. 

1 A secção de base de dados da CNIDAH está a demonstrar uma forte gestão dos services de  IT,  incluindo servidores e a Área de Rede Local (LAN) para todos os departamentos da CNIDAH assim como assegurando o apoio às salas operativas provinciais com a manutenção do VSAT. Deste modo, não houve necessidade de recrutar um novo assistente de IT para o projecto  

Pessoal Nacional 2007  2008  2009 

3 T  4 T  1 T  2 T  3 T  4 T  1 T 

Assessor Técnico de Campo    6  6  6  6  6  6  6 

Assessor Nacional de GQ/CQ  1  1  1  1  1  1  1 

Assessor Nacional de Coordenação de Campo 

1  1  1  1  1  1  1 

Assessor Nacional de SGI   1  1  1  1  1  1  1 

Assessor Nacional de Planeamento   1  1  1  1  1  1  1 

Assistente de IT 1  1  1  1  1  1  0  0 

Assistente Financeiro  1  1  1  1  1  1  1 

Assistente Administrativo e Logístico   1  1  1  1  1  1  1 

Tradutor  1  1  1  1  1  1  1 

Motorista  1  1  1  1  1  1  1 

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O  transporte e manutenção dos veículos  foram problemas persistentes verificados pelo pessoal  do  projecto.  O  projecto  proporcionou  exclusivamente  assistência  técnica  ao pessoal da CNIDAH e não houve orçamento para a aquisição de equipamento e viaturas. Todo o equipamento e veículos do projecto anterior foram transferidos para a CNIDAH e foi acordado que a CNIDAH disponibilizaria veículos, e respectiva manutenção, ao pessoal do  projecto.  Infelizmente,  tal  não  aconteceu  como  acordado  e  como  resultado  a mobilidade  da  equipa  de  assessores  de  campo  foi  limitada  afectando  o  ritmo  de implementação das actividades de acordo com o plano de trabalho.   As consequências de uma  inadequada coordenação geral do projecto e  indicação  tardia do  coordenador  nacional  do  projecto  pela  CNIDAH  (Dezembro  2007)  afectaram grandemente  a  implementação  do  projecto.  Além  do  mais,  questões  contratuais pendentes entre o coordenador do projecto e a CNIDAH afectaram a motivação da equipa de assessoria.   As  instalações da CNIDAH  foram  submetidas a numerosos ajustes e  reparações e estão actualmente divididas em diferentes escritórios temporários, o que agravou ainda mais a já existente falta de comunicação.   A  insuficiente coordenação e a partilha não atempada de  informações entre CNIDAH, o PNUD e outros parceiros de acção de minas foram assuntos persistentes. Presume‐se que o facto tenha resultado,  lamentavelmente, da  inexistência de reuniões regulares entre o PNUD, a CNIDAH e os Doadores.  A ausência de compreensíveis procedimentos financeiros na CNIDAH constitui o principal constrangimento  para  as  suas  equipas  de  GQ/CQ.  Como  resultado,  a mobilidade  das equipas de GQ/CQ  ficou  limitada e não puderam operar efectivamente dentro das suas áreas de responsabilidade. Esta situação  também arrasta consigo um efeito adverso, no que respeita a implementação geral do Projecto de Assistência Técnica do PNUD.   7. Parcerias chave e colaboração entre Agências   As  parcerias  com  os  doadores  internacionais  irão  continuar  efectivamente  a  apoiar  o programa de Acção de Minas. Em particular, a significativa contribuição financeira da CE à CNIDAH,  resultou num empreendimento bem  sucedido na  concretização dos objectivos estabelecidos  pelos  maiores  projectos  de  assessoria  técnica  para  a  consolidação  das capacidades da CNIDAH.    Foi a estratégica parceria entre ONGs internacionais e doadores, que reduziu com sucesso as áreas de  impacto de minas em 2007 e 2008, constatando constantes progressos em direcção aos Objectivos Estratégicos 2006  to 2011, e o comprimento de Angola com as sua obrigações ao abrigo do Tratado de Banimento de Minas.   

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RELATÓRIO FINAL 

Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH      33

As parcerias estratégicas com os parceiros do Governo Angolano foram determinantes no alcance dos resultados esperados em todos os projectos. O PNUD empreendeu um grande esforço na promoção de parcerias efectivas com o MINPLAN, MINARS, MINDEF, CNIDAH, INAD, FAA e Policia Nacional, tanto ao nível nacional como provincial.  Uma das  iniciativas das Nações Unidas  foi posteriormente avançada através duma pró‐activa partilha de informação relacionada com a acção de minas com outras agências das ONU,  tais  como UNICEF,  FAO, UNHCR  e UNDSS.  A  partilha  de  informação  com  outras agencies  das  ONU,  também  contribuiu  para  introduzir  a  acção  de  minas  nos  outros sectores de desenvolvimento e actividades humanitárias.  As Salas Operativas Provinciais (SOP) foram um instrumento importante na assistência aos diferentes  actores  e  parceiros da  acção  de minas  ao  fornecerem os dados  disponíveis, relatórios  e  mapas  relacionados  com  a  situação  das  minas  terrestres/ERW  e  outras actividades relacionadas. As SOP também constituem um fórum  importante de consulta, discussão debate e coordenação entre os diferentes actores e parceiros. Contudo tem de ser aceite que ainda há muito a melhorar atendendo ao facto de muitos actores de acção de minas não reportarem às SOP, principalmente as organizações comerciais de acção de minas. A reunião do pilar de acção de minas e o plenário provincial  têm sido realizados regularmente nas SOP.  8. Pontos altos e temas transversais    Como um assunto transversal pertinente aos resultados acima identificados, constatou‐se um  maior  empenho  do  Governo  Angolano  em  relação  a  acção  de  minas.  A  CNIDAH formulou recentemente 4 novos projectos nomeadamente:   a)  Acompanhamento  da  Pesquisa  de  Impacto  de Minas  (LIS  II)  –  esta  é  uma  pesquisa complementar ao LIS  inicial, concluído em  Julho de 2007, e  irá pesquisar todas as áreas anteriormente  inacessíveis,  particularmente  onde  houver  novos  acidentes  de  minas registados no LIS da base de dados.   b) Registo Nacional de Vitimas de Minas – Esta é uma grande pesquisa a nível de todo o país em que a CNIDAH está empenhada a conduzir em registar todas as vítimas de minas na  base  de  dados  nacional,  de modo  a,  no  futuro,  proporcionar melhores  serviços  às vítimas.  Foi  repetidamente  citado  pelo  governo  que  existem  aproximadamente  80,000 vítimas de minas no país.  c) Rede de trabalho Nacional das Vitimas de Minas – Destina‐se a estabelecer uma rede de  trabalho nacional das vítimas de minas para proporcionar educação,  saúde e outros serviços sociais. Servirá também para estabelecer  ligações entre pessoas e comunidades para apoio mútuo e facilitar o acesso aos bancos e outros serviços de créditos, etc.  

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RELATÓRIO FINAL 

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d)  Educação  e  agricultura  sustentável  para mulheres  vítimas  de  minas  –  Reforçar  as capacidades das mulheres vítimas de minas, a fim de melhorarem os seus conhecimentos agrícolas,  reflectindo‐se  nos  seus  rendimentos  domésticos  e  económicos.   Isto  irá proporcionar melhorias na vida dos grupos alvos, reduzir a sua dependência em relação aos homens e eventualmente reduzir a pobreza.  O  orçamento  da  CNIDAH  recebeu  um  reforço  financeiro,  atribuído  pelo  Governo  de Angola, aumentando deste modo a sua capacidade institucional no desenvolvimento das actividades  (por exemplo: coordenação nacional e aumento da capacidade da GQ/CQ a nível nacional), apoiadas pelo PNUD e outros doadores  internacionais. A quantia exacta do orçamento atribuído à CNIDAH pelo governo é desconhecida.  O  aumento  do  empenho  do  governo  para  com  a  acção  de minas  constitui  um  factor importante em assegurar a sustentabilidade financeira da intervenção proporcionada pela comunidade internacional e pelos esforços nacionais.   

9. Desafios futuros para a CNIDAH e para o Programa de Acção de Minas Apesar de existirem algumas melhorias no quadro institucional e um aumento substancial na capacidade e produtividade dos operadores nacionais, a presença de minas terrestres e  ERG  constrangem  o  potencial  socioeconómico  de  aproximadamente  2.3 milhões  de pessoas afectadas, vivendo em quase 2000 comunidades de impacto de minas.   Adicionalmente,  houve  incidentes  de minas  em  estradas  e  acesso  às  estradas  desde  o inicio do ano 2007, impedindo a repatriação de refugiados e os esforços de reintegração, particularmente  no  norte  e  nordeste  das  províncias.  As  minas  aumentam  a vulnerabilidade das comunidades rurais na medida em elas reduzem o acesso aos serviços sociais básicos tais como saúde e educação. Minas terrestres e ERG também constituem um  constrangimento  para  a  reconstrução  rede  ferroviária  nacional  e  para  o abastecimento  de  água  e  electricidade  por  quase  todo  o  país,  como  resultado  da colocação de minas nas reservas de água e postos de electricidade.    Numa perspectiva estratégica, os desafios enfrentados pelo programa de acção de minas em Angola podem ser resumidos nos seguintes:  

• Implementação  dum  quadro  de  trabalho  de  planificação  e  informação  para reflectir responsabilidades a nível nacional e provincial. 

• Continuação do desenvolvimento das  capacidades nacionais no governo  central, provincial e a nível dos operadores em particular:  

o Formação e desenvolvimento dos funcionários, 

o Gestão da informação para a CNIDAH central, salas operativas provinciais e operadores, 

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RELATÓRIO FINAL 

Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH      35

o Planeamento e Coordenação Provincial,  

o Competência para a Garantia de Qualidade  

• Aumento dos níveis de desminagem nas áreas de alta prioridade, pesquisa técnica e marcação nas áreas de baixa prioridade e aplicação cuidadosa das metodologias de entrega de terra.  

• Aplicação  apropriada  de metodologias  de  entrega  de  terra  em  todas  as  áreas suspeitas de risco no País. 

• Revisão do Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas 2006‐2011 para melhor reflectir  a  actualização  da  abrangência  do  problema  das  minas  terrestres  em Angola. 

• Clarificação de funções e responsabilidade dos parceiros nacionais.  

• Conclusão das exigências legislativas.  

• Manter  a  base  de  dados  do  IMSMA  actualizada  e  aumentar  a  partilha  de informação  entre  os  operadores  de  acção  de  minas  e  outros  parceiros  e instituições relevantes.  

• Continuação  do  uso  dos  dados  do  Levantamento  de  Impacto  de Minas  (LIS)  no planeamento,  nas  tarefas  e  em  outras  actividades  socioeconómicas  e  de desenvolvimento dentro das comunidades. 

• Atingir os prazos e cumprir com as obrigações internacionais (Tratado de Ottawa, etc.). 

• Atingir as metas e objectivos predefinidos no Plano Estratégico Nacional de Acção de Minas 2006‐2011. 

• Manter o financiamento da acção de minas.               

Page 36: RELATÓRIO FINAL daassessoria técnica para a - undp.org · Plano Estratégico de Acção de Minas de 2006‐2011, através duma assistência técnica e formação. Deste modo, os

RELATÓRIO FINAL 

Assessoria Técnica para a Consolidação das Capacidades da CNIDAH      36

10. Glossário de Termos  CNIDAH –   Comissão  Nacional  Intersectorial  de  Desminagem  e  Assistência 

Humanitária  PNUD –    Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento NEX –     Execução Nacional  GQ/CQ –   Garantia de Qualidade e Controlo de qualidade PPO ‐     Padrão de Procedimentos Operacionais  CED –     Comissão Executiva de Desminagem  INAD –   Instituto Nacional de Desminagem  FAA –     Forças Armadas Angolanas  UNMAS –   Serviços de Acção de Minas das Nações Unidas  IMSMA –   Sistema de Gestão de Informação de Acção de Minas LIS –     Levantamento de  Impacto de Minas  GICHD –   Centro Internacional de Genebra para Desminagem Humanitaria  IMAS –   Padrão Internacional de Acção de Minas NMAS –   Padrão Nacional de Acção de Minas SOP ‐     Salas Operativas Provinciais ATP –     Assistente Técnico Principal SGI –     Sistema de Gestão de Informação  IT –     Informação e Tecnologia  SIG    Sistemas de Informação Geográfica FTA –     Assessor Técnico de Campo  LAN –     Rede Local de Área VSAT –   Very Small Aperture Terminal (Sistema Internet de Satélite)  MINPLAN –   Ministério de Planeamento   MINARS –   Ministério de Assistência e Reinserção social MINDEF –   Ministério da Defesa  UNICEF –   Fundo das Nações Unidas para a Infância FAO –     Organização para a Alimentação e Agricultura   UNHCR –   Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados   UNDSS –   Departamento das Nações Unidas para Segurança  AVM –    Assistência às Vitimas  de Minas ERM –    Educação de Risco de Minas  MAC –    Centro de Acção de Minas  MDD –   Mine Detection Dogs MDD –   Mine Detection Dogs MDD –   Mine Detection Dogs MDD‐    Detecção de Minas com Cães UXO ‐    Engenhos por Explodir     ERW‐     Explosivo Remanescente da Guerra EOD‐     Disposição de Engenhos Explosivos