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Projeto de Prospecções Arqueológicas da Casa de Rui Barbosa – Rio de Janeiro / RJ SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 1.1 Atividades 2 1.2 Infra – estrutura 1.3 Trabalhos de campo 3 4 1.4 Considerações Finais 1.5 Referências Bibliográficas 1.6 Inventário de Material Arqueológico ANEXOS 23 27 29 30

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Projeto de Prospecções Arqueológicas da Casa de Rui Barbosa – Rio de Janeiro / RJ

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

1

1.1 Atividades 2

1.2 Infra – estrutura

1.3 Trabalhos de campo

3

4

1.4 Considerações Finais

1.5 Referências Bibliográficas

1.6 Inventário de Material Arqueológico

ANEXOS

23

27

29

30

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Projeto de Prospecções Arqueológicas da Casa de Rui Barbosa – Rio de Janeiro / RJ

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-INTRODUÇÃO

O presente Projeto de Prospecções Arqueológicas tem como objetivo primeiro à

produção de conhecimento, científico e sistematizado, sobre a trajetória no tempo da

“Casa de Rui Barbosa” (CRB) e vem sendo realizado no bojo do Projeto de drenagem

do seu jardim.

A importância e o valor da Casa de Rui Barbosa para a nossa história é

inquestionável, trata-se de bem patrimonial tombado pela União, assim a pesquisa

arqueológica segue as exigências legais (Lei Federal 3924/61 e Portaria IPHAN

07/88).

Seguindo as orientações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –

IPHAN, bem como as recomendações feitas pelo Manual de Arqueologia Histórica

(NAJJAR, 2005), elaboramos o projeto de prospecções arqueológicas no período de

02 de janeiro a 12 de março de 2007.

O objetivo do projeto de prospecções arqueológicas é o de produzir conhecimento

sobre o bem, a Casa de Rui Barbosa, a partir da abordagem daquele sítio histórico

enquanto objeto construído. A pesquisa busca gerar dados sobre o nosso objeto de

estudo, entendendo-o como um superartefato construído pelo homem que,

necessariamente, está inserido num dado tempo e espaço e, deste modo, carregado

de ideologia, valores e simbolismos (MACEDO, 2003).

O IPHAN, na pessoa da arqueóloga Rosana Najjar apontou alguns objetivos que o

projeto deveria contemplar, dentre os quais a localização da adutora de água que

corta todo o terreno da Casa de Rui Barbosa. Informações precisas quanto a sua

localização e o seu estado de conservação, além do seu mapeamento foram

colocados como fundamental para a segurança do bem patrimonial. A partir destes

dados a Direção da FCRB poderá solicitar junto aos órgãos competentes (CEDAE e

Governo do Estado) a desativação da adutora, visto ser inadequada à presença da

mesma dentro de um jardim histórico.

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Através do Projeto de Prospecções nos foi possível realizar a avaliação do potencial

arqueológico da área, determinando os locais de mais férteis para uma futura

pesquisa, delimitando áreas e registrando os vestígios arqueológicos exumados a

partir das nossas escavações.

1.1 - Atividades

A definição do enfoque teórico-metodológico adotado é baseada nos pressupostos da

corrente pós-processualista da Arqueologia1. Adotamos como método de trabalho o

quadriculamento da área para mapeamento e representação gráfica das áreas que

sofreram à intervenção arqueológica.

A equipe de Arqueologia realizou um número de 75 prospecções através da abertura

de quadriculas ou poços-teste para realizar as prospecções na área do jardim. Para a

abertura destas quadrículas (1,00m X 1,00m) adotamos a técnica de estratigrafia

artificial com a retirada do sedimento em camadas de 0,10m.

A área do jardim foi dividida em 8 trechos (áreas de drenagem) e 6 setores (sem

intervenção da obra) específicos nos quais realizamos as escavações. Esta forma foi

encontrada para que fosse possível realizar além das prospecções arqueológicas o

monitoramento da obra de drenagem.

A equipe de Arqueologia foi composta por duas arqueólogas (Jackeline de Macedo e

Camilla Agostini) e quatro operários cedidos pela WCLou – empresa responsável pela

obra de drenagem. Os trabalhos foram realizados diariamente no período de 9 as 17

horas.

1 Destacamos como um dos seus maiores defensores, o arqueólogo britânico Ian Hodder. Segundo este autor a Arqueologia deveria restabelecer seus laços com a história. Para os pós-processualistas não deveria haver “somente uma forma de investigar e sim várias, e a opção por um só método seria uma atitude autoritária”. Para eles “os objetos não são apenas resultado da adaptação, mas sim elementos com múltiplos significados utilizados pelos indivíduos de uma sociedade para simbolizar suas relações”. Neste sentido, não é a sociedade que está em jogo, mas cada indivíduo que a compõe, como agentes ativos, interagindo, ditando ou negando regras sociais. Para esta corrente, “Arqueologia é história” (NAJJAR, 2005, p. 8).

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Todas as áreas escavadas foram registradas gráficamente em planta específica de

locação e as quadrículas nas quais recuperou-se qualquer tipo de estrutura (muro,

canaleta, pisos) foi realizado desenho detalhado do vestígio em planta e corte. Os

registros gráfico e fotográfico são fundamentais para o bom andamento da pesquisa

arqueológica.

O registro fotográfico do monitoramento da obra de drenagem e da prospecção

arqueológica ficou a cargo das arqueólogas responsáveis, sendo que todo material

será fornecido em meio digital.

No que tange à Casa de Rui Barbosa, a realização da avaliação de potencial

arqueológico foi baseada a partir dos resultados das escavações e do material

arqueológico exumado no jardim.

1.2 - Infra-estrutura

A WCLou realizou a montagem de um barracão que serviu de escritório/ laboratório de

Arqueologia. Esta área foi utilizada para armazenar o material de escavação e o

material arqueológico encontrado.

As ferramentas (baldes, pás, colheres-de-pedreiro, enxadas, picaretas, etc) utilizadas

para a escavação foram cedidas pela empresa, bem como os operários. O barracão

foi construído conforme as necessidades da equipe de Arqueologia: com bancada

para a separação do material, pia – para a limpeza e prateleiras para o

armazenamento temporário do material exumado.

Quanto à confecção dos desenhos das áreas escavadas contamos com a colaboração

da BK Arquitetos que nos cedeu uma estagiária de arquitetura para a realização do

registro.

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1.3 trabalhos de campo

No primeiro dia de trabalho realizamos uma apresentação e exposição aos operários

sobre como seria realizado o trabalho de Arqueologia, quais os cuidados, a forma

como deveríamos escavar o terreno e, principalmente mostrar a necessidade e o valor

deste trabalho. Por ser um trabalho de pesquisa a forma de se escavar seria diferente

da usada por eles habitualmente: todo o trabalho deveria ser manual, cuidadoso e

estarmos atentos às evidências que poderiam surgir no terreno.

Dividimos em duas frentes de trabalho a fim de melhor atender as necessidades do

cronograma da obra. A divisão por trechos e setores possibilitou um maior controle

das áreas escavadas e de quais as que continham o maior volume de vestígios

arqueológicos.

A abertura do trecho 1 foi a primeira área a ser escavada. Nesta área tínhamos a

referência da existência de uma adutora da CEDAE e um dos objetivos do nosso

projeto era o de localizá-la e demarcar o seu percurso dentro do terreno. No trecho 1

realizamos paralelamente a abertura de quadrículas para a avaliação arqueológica, o

monitoramento para a abertura das valas da instalação da nova rede de drenagem.

Visto que deveríamos seguir o trajeto da drenagem aproveitamos a vala aberta

dividindo-a em quadriculas de 2m X 0,80m - iniciando pelo portão de entrada. Foram

abertas 6 quadrículas (Q1 a Q6) chegando a profundidade do tubo antigo –

aproximadamente 1,00m abaixo do piso atual até a primeira caixa (PV).

A partir deste PV dando continuidade a escavação do trecho 1 foram abertas as

quadriculas Q7 a Q16 com o mesmo objetivo. O sedimento retirado destes locais foi

peneirado por amostragem, visto a grande quantidade de terra retirada na abertura

das valas. O volume de sedimento, aliado a falta de espaço para armazenamento do

mesmo inviabilizava que todo sedimento fosse peneirado. Resgatamos uma grande

quantidade de material arqueológico (conchas, fragmentos de louças, fragmentos de

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vidros, cerâmicas, metal, ossos, etc), apesar da área já ter sido drasticamente

impactada quando da instalação da adutora.

A partir de Q7 (aproximadamente 15,00m do portão) foi possível verificarmos a

tubulação da adutora. Uma tubulação de 0,55m de diâmetro que percorre todo o

comprimento do terreno, seguindo paralelamente a casa.

Fig. 1 – Tubulação adutora – paralela a casa.

Em Q 16 – poço teste aberto ao lado da vala de drenagem, verificamos a presença de

dois tubos da adutora no nível de 0,80 do piso atual. A distância aproximada da

tubulação em relação à edificação principal (Casa de Rui) é de 10,00m.

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Fig. 2 –T1Q16 - tubulação da adutora (a 0,80m do piso atual).

Outro fato que nos causou espanto foi à profundidade que esta tubulação está no

terreno. O ponto mais profundo no qual ela aparece é de 0,80m (os dois canos / Q 16)

do piso atual, variando entre 0,50m chegando à assombrosa medida de 0,15m do piso

atual.

Fig 3 – profundidade de 0,40m da superfície.

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Na escavação das quadrículas no trecho 2 verificamos a superficialidade da adutora

revelando uma situação de risco ao bem patrimonial, visto que esta pode sofrer

impacto pela mais simples obra de manutenção da aléia. O desconhecimento deste

fato pode causar um dano irreparável se por algum motivo a mesma se romper.

Fig. 4 – tubulação da adutora a 0,15m da superfície.

fig. 5 – tubulação da adutora junto a superfície do terreno.

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Fig. 6 - Estado do tubo quando da escavação

O fato de a escavação ter ocorrido manualmente possibilitou localizar a adutora com

segurança e precisão. Se a intervenção no terreno tivesse acontecido através de

máquina, poderia ter ocorrido um acidente grave, visto que a primeira informação que

a CEDAE nos havia passado era de que a tubulação estaria a aproximadamente

2,50m da superfície. Não é difícil imaginar o tipo de estrago que a ruptura de uma

tubulação deste calibre acontecesse junto a Casa de Rui Barbosa.

Fig 7 – planta de localização da adutora

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A partir do monitoramento da obra foi possível verificarmos que a adutora varia em

profundidade e localização dentro da aléia. No trecho 2 junto ao setor 4 (lago

redondo) verificou-se que um dos canos passa sobre o outro fazendo uma curva em

direção ao jardim.

Fig. 8 – curva da adutora - Trecho 2 junto ao Setor 4

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Outro ponto importante dentro do projeto foi à busca da sucessão de morfologias que

o jardim possuiu durante sua existência. O resgate de antigas feições e vestígios

deveriam nos remeter a diferentes momentos de ocupação da casa, nos detendo

apenas no que se refere à ocupação de Rui Barbosa e sua família.

As áreas que não fossem sofrer intervenção da obra de drenagem foram denominadas

setores e pesquisadas pela equipe da mesma forma que os trechos.

No setor 1 foram abertas duas quadrículas próximas ao quiosque, em uma delas

S1Q2 foi encontrada uma tartaruga completa, a qual foi fotografada e somente depois

deste registro foram retirados cuidadosamente, seus ossos e carapaça para uma

futura análise.

Fig. 9 –S1Q2 – ossos de tartaruga

No setor 2 foram abertas um número de 16 quadrículas (S2Q1 a S2Q16) que

proporcionou além da evidenciação de uma grande quantidade de material

arqueológico móvel (louças, vidros, etc) a de estruturas arquitetônicas como: muro e

canaletas de drenagem.

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Fig. 10 – canaleta de pedra - Setor 2

A partir da abertura de S2Q3 a S2Q13 foi possível expor um muro de pedras, sua

presença no jardim era desconhecida não encontramos nenhuma referência quanto a

sua construção ou finalidade.

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Fig. 11 – muro de pedras – Setor 2

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Fig. 12 – muro de pedras – continuação

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Na tentativa de encontrarmos a continuidade deste muro foram abertas três

quadrículas no trecho 4 junto a edificação. Verificou-se que o muro chegava a casa

fechando uma área. Outro ponto verificado junto à edificação foi que as pedras ao

redor da edificação são apenas uma calçada, não fazendo parte da estrutura da

mesma.

Fig. 13 – muro junto ao Museu – trecho 4

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Fig. 14 - calçamento de pedra ao redor do Museu

No setor 4, área do lago redondo, foram abertas sete quadrículas. Nas quadrículas Q1

a Q3 recuperou-se uma pequena quantidade de material arqueológico e nenhum tipo

de estrutura arquitetônica. As áreas prospectadas chegaram a uma profundidade de

0,50 m com a retirada do sedimento através da estratigrafia artificial. Ao atingirmos

esta profundidade foram feitas prospecções no centro da quadricula com boca-de-lobo

a uma profundidade de 1,00m.

No trecho 5 realizamos a abertura de dois poços de prospecções antes da abertura

da vala para drenagem - T5Q1 e T5Q2. Em Q1 foram recuperadas pequenas

amostras de material arqueológico, já em Q2 recuperamos uma grande quantidade de

material entre os que aparecem em maior freqüência são as louças.

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Fig. 15 – material cerâmico

Fig. 16 – material ósseo e malacológico

Para que fosse escavado o trecho 6, a equipe de Arqueologia prospectou seis

quadrículas (T6Q1 a T6Q6). Neste trecho recuperamos um piso de tijoleiras de barro,

utro piso de pedra e uma estratigrafia bem demarcada.

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Fig. 17 – piso de tijoleiras

Fig 18 – desenho do piso

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Quando da prospecção do setor 5 foram abertas três quadrículas ao redor do lago

oval. Nesta área a presença de material arqueológico não foi muito significativa,

apenas alguns fragmentos descontextualizados.

As quadrículas atingiram a profundidade determinada de 0,50m com prospecção em

boca de lobo de mais 0,50m. A profundidade final foi de 1,00m. Na profundidade final

encontramos um sedimento arenoso de coloração cinza e água.

No setor 3 foram abertas cinco quadrículas, sendo três na praça e duas na aléia

lateral. No espaço redondo – praça das crianças, pouco material foi recuperado,

apenas pequenos fragmentos sem contexto. Entretanto, na quadrícula S3Q4

recuperamos vestígio de uma canaleta de pedra e em S3Q5 uma sapata de pedras.

Esta estrutura de pedras começou a aparecer a 0,50 m de profundidade medindo 0,72

x 0,72 m chegando à profundidade final de 0,98m.

Fig. 19 – Estrutura de pedra/ sapata - S3Q5

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Para a abertura do trecho 3 que fica na fachada principal foi necessário retirarmos a

camada de asfalto (0,05m) que recobria a área. Entretanto, abaixo desta encontramos

uma camada de aproximadamente 0,15m de concreto. Depois da retirada destes

pisos foram abertas 4 quadrículas T3Q1 a T3Q4 nas quais não foram recuperados

materiais arqueológico. Neste mesmo trecho foi aberta uma vala para verificação da

possível ligação dos lagos.

Fig. 20- piso de asfalto e de concreto fachada principal – Trecho 3

Quando da abertura desta área a nosso maior preocupação foi a de tentar recuperar

qualquer tipo de evidência que nos remetesse a uma interligação entre o lago do

jardim da fachada principal e o lago do quiosque. Entretanto, não foi recuperado

qualquer tipo de vestígio que pudesse nos levar a esta ligação. Se por ventura esta

ligação existiu em algum momento, deve ter sido totalmente perdida durante as obras

para a abertura de uma rua realizada pela Prefeitura, no lado esquerdo do terreno

visando ligar à rua São Clemente com a rua Assunção.

Após esta grande intervenção, ocorreu a reforma no jardim da casa em 1930 para

devolver a Casa área da referida rua. Segundo relatos da época foi neste momento

houve a recomposição dos canteiros, reposição de aterros, modificações de feições,

concerto de todo jardim, reconstrução e aumento de toda rede elétrica, etc.

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Fig. 21 – obra do jardim década de 1930.

Realizamos prospecções e monitoramento no trecho 7 e trecho 8. Desta áreas

retiramos uma grande quantidade de material arqueológico (vidros, ossos, metal e

louças) principalmente nas proximidades de casa. Para a escavação destes trechos

foi necessária a retirada do piso atual de paralelepípedos que foram guardados para

sua re-colocação.

Um grande cuidado foi quando escavamos junto ao piso da garagem, pois

procurávamos encontrar pisos de momentos anteriores. Entretanto, não verificamos

qualquer tipo de piso mais antigo. O que vimos foi uma secessão de intervenções

realizadas nesta área: rede de esgoto, drenagem, instalação elétrica, um emaranhado

de tubos. O que a principio nos surgiu como um piso cimentado, logo se revelou como

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um “envelopamento” de rede elétrica que percorria todo o trecho escavado,

aparecendo também na área da elevatória.

Na área posterior do jardim, na rampa de acesso ao estacionamento, realizamos duas

prospecções para verificar a se seria possível instalar uma elevatória para esgoto. Na

primeira quadrícula aberta EQ1, verificamos a presença de duas linhas paralelas entre

si de tijolos, como se fosse um pequeno “passeio”. Além do alinhamento de tijolos há

um “envelopamento” do sistema elétrico da Casa. Assim, abrimos a EQ2 e neste local

não registramos qualquer tipo de vestígio.

Fig 22 – “passeio” de tijolos encontrado na EQ1

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Fig. 23 – passeio de tijolos e “envelopamento” – EQ1

Todas as áreas escavadas pela equipe ao final da pesquisa foram fechadas seguindo

as recomendações do IPHAN (NAJJAR, 2005). As quadrículas foram forradas com

uma tela plástica, locadas em planta e fotografadas, somente depois destes

procedimentos é que as mesmas foram re-aterradas.

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Fig. 24 – re-aterramento das áreas escavadas

O material retirado durante as escavações foi todo limpo, separado, organizado e

inventariado, conforme solicitação do IPHAN. Para realizar a análise preliminar foi feita

a separação do material, acondicionando-o em sacos com fichas descritivas as quais

nos dão informações fundamentais para a futura analise laboratorial como:

profundidade, data, natureza do mesmo, etc. Após esta triagem, todo material foi

ensacado e acondicionado em caixas (tipo Box) sendo realizado inventário de todo

material exumado durante a realização do Projeto de Prospecções Arqueológicas.

Considerações Finais

O Projeto de Prospecções Arqueológica no jardim da Casa de Rui Barbosa teve

como principal objetivo avaliar o potencial arqueológico da área. Por se tratar de

edificação de grande importância para a história de nosso país, a casa foi inscrita nos

livros de Tombo de Belas Artes e Histórico, em 11 de maio de 1938, pelo Instituto do

Patrimônio Histórico e artístico Nacional - IPHAN. Sendo parte integrante do bem

tombado, o seu jardim que possui uma área de 9.000m², que representa uma

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tendência paisagística do final do século XIX, não apenas por seu traçado e espécies

vegetais ali presentes, mas também pelos seus elementos decorativos (com

elementos de argamassa estruturada, o quiosque, os lagos e a pérgula de estrutura

metálica).

Durante mais de dois meses de trabalhos a equipe de Arqueologia pode levantar uma

série de informações e muitos dados pertinentes à ocupação daquele local e as

transformações ali ocorridas. Um dos objetivos perseguidos pela equipe foi o de tentar

resgatar uma possível sucessão de diferentes morfologias que o jardim possuiu,

associando-as aos diferentes momentos de ocupação da casa.

Neste sentido, resgatar evidências que revelassem a existência de golas margeando

as manchas de jardim e pisos em níveis diferentes dos atuais seriam fundamentais

para comprovar e/ou refutar estas questões. Entretanto, não foram verificadas

evidências de outros tipos de golas junto aos canteiros. As golas encontradas no

jardim atual estão relacionadas a um momento recente.

Uma referência sobre este assunto foi obtida a partir da análise fontes históricas e

iconográficas do jardim2. Em relatório produzido pelo engenheiro, Vittorio Miglietta,

responsável pela obra realizada em 1930, podemos destacar a construção das

esquinas dos canteiros com paralelepípedos e a realização de aterros. Esta mesma

fonte relata ainda o estado de degradação do terreno e os serviços efetuados,

relativos ao abastecimento de água nos lagos e reconstrução de alamedas e canteiros.

Estes dados nos remetem as transformações nas feições do jardim e necessidades de

manutenção do mesmo. A partir da inter-relação dos dados históricos com os vestígios

arqueológicos percebemos as alterações no nível do terreno (aléias e canteiros).

Vestígios como os pisos de tijolos de barro (0,40m abaixo do atual), a antiga estrutura

de drenagem (canaleta de pedras – que varia de 0,50 a 0,80m abaixo do atual) ou

ainda o muro de pedras que nos sugere um fechamento do terreno na área mais

íntima da casa.

2 Miglietta, Vittório. Relatório da reconstrução do Jardim da casa de Ruy Barbosa, 1930.

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Durante nosso trabalho percebemos que a área do jardim sofreu com as várias

intervenções ocorridas durante toda a sua existência. Um emaranhado de tubos e fios

revelou que foram muitas as intervenções (elétricas e hidráulicas) que ocorreram

durante toda sua existência. A maior e mais drástica de todas foi à construção da

adutora da CEDAE que corta todo o terreno da Casa de Rui Barbosa. Além de ter sido

danosa ao patrimônio arqueológico se mostra hoje como um grande risco para o

Museu e o jardim. A sua superficialidade, a proximidade com a casa e o seu precário

estado de conservação são fatores de risco no caso de ruptura em sua tubulação.

Além das estruturas arquitetônicas resgatadas (canaletas, pisos, muro), da localização

da tubulação da adutora, uma grande quantidade de material arqueológico móvel foi

recuperada3 e, necessita de ser analisado sistematicamente para que este possa

fornecer maiores informações acerca do sítio e daqueles que ali viveram. A análise

preliminar determinou a maior incidência de material do século XIX.

Vidros planos, vidros de remédio, garrafas antigas de bebida, material ósseo, dentes,

conchas, material de construção, carvão, metal (pregos, ferragens, ponteiros, etc),

tijolos maciços, telhas (francesas e canal), cerâmicas (vidradas ou não vidradas) são

um pequeno exemplo dos 4906 fragmentos exumados durante a pesquisa.

O potencial do sítio é evidente devido a grande quantidade de material arqueológico

resgatado se apresentar relacionada ao contexto da Casa. As mais antigas referências

da ocupação desta área são a de uso residencial, fato este que sempre nos levou a

acreditar na recuperação de material de uso doméstico como louças, vidros, além de

restos alimentares. A comprovação deste fato pode ser percebida através do material

acima mencionado.

Muitos fragmentos de louças: faianças finas (Shell Edge, Willow, Borrão Azul, Anular,

entre outras) foram recuperadas. As faianças finas inglesas podem estar relacionadas

ao primeiro momento da casa, quando esta foi ocupada pelo Barão da Lagoa.

Entretanto, é muito cedo para conclusões definitivas, visto que para que estes dados

3 Vide Inventário de material arqueológico.

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possam realmente se transformar em conhecimento amplo sobre o referido bem

patrimonial, devemos inter-relacionar todos os demais (material arqueológico,

estruturas e um aprofundado levantamento histórico). Assim, se faz necessário à

continuidade dos trabalhos de Arqueologia através de uma pesquisa sistematizada.

Neste sentido, se faz necessário à utilização dos métodos e técnicas de escavação em

“superfícies amplas”, visto que este método tem como objetivo a exposição total do

vestígio arqueológico (PALLESTRINI & PERASSO, 1984, p. 21). Analisando não

apenas o jardim, mas as construções nele inseridas, bem como o contexto ambiental,

ao qual estes estão relacionados. Segundo Mark Leone (apud ORSER, 1992, p. 79),

as edificações, bem como os jardins, podem ser vistas como superartefatos

construídos pelo homem, devendo ser estudados dentro do contexto ambiental ao qual

estão inseridos.

Outro fator de suma importância é a fase de análise laboratorial do material exumado

e a verificação do NMP (Número Mínimo de Peças) recuperado no sítio. A

consolidação de informações sobre o material arqueológico se faz necessária para

que seja produzido conhecimento sobre a casa, o seu jardins e, somente assim,

efetivamente, recuperar a sua história e a daqueles que a construíram e ali viveram.

Além das prospecções arqueológicas, o monitoramento da obra de drenagem

proporcionou a equipe uma maior cobertura da área do jardim. Apesar da maior parte

das áreas escavadas para a instalação dos dutos de drenagem já ter sofrido

intervenções anteriores, a parcela de instalação de novos dutos nos proporcionou um

entendimento melhor do terreno e a recuperação de vestígios fundamentais para a

recuperação da história do sítio.

Consideramos que os objetivos pretendidos no Projeto de Prospecções da Casa de

Rui Barbosa foram atingidos e podemos classificá-la, além de sítio histórico, também

um sítio arqueológico.

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1.5 - Referências Bibliográficas

CURY, Isabelle (org.). Cartas patrimoniais. 2 ed. – ver. Aum. Rio de Janeiro: IPHAN, 2000.

DELFIN, Fernando de Moura. Manual de Intervenções em jardins históricos.

Brasília: IPHAN, 2005.

EDMUNDO, Luiz - O Rio de Janeiro do meu tempo. Volumes I,II e III. Imprensa

Nacional, rio de Janeiro, 1938.

FRIDMAN, Fânia – Donos do Rio em nome do Rei-uma história fundiária da

cidade do Rio de Janeiro. 2ª Edição. Jorge Zahar Editor Ltda. e Editora Garamond,

Rio de Janeiro, 1999.

FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Arqueologia. São Paulo: Editora Ática S. A, 1988.

LEONE, Mark & POTTER Jr. Interpreting ideology in historical archaeology: using the

rules of perspective, In: the Willian Paca garden in Annapolis, Maryland, In:

Ideology, Power and Prehistory, Ed. Miller, D. and Tiller, C., Cambridge: Cambridge

University Press, 1984.

MACEDO, J., ANDRADE, V. R., TREVISAN, R.T.M. A Praça da República: proposta

de uma pesquisa na paisagem urbana da cidade de Belém/PA. In: Anais do XII

Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, São Paulo, 2003.

MACEDO, Jackeline de. Re-descobrindo o Passeio Público (RJ): a pesquisa

arqueológica no projeto de restauração do parque “. In: Cidade Revelada - 7º

Encontro sobre Patrimônio Histórico Arquitetura e Turismo, Itajaí-SC, 2004.

MAJEWSKI, Teresita, O’BRIEN, Michael J. – The Use and Misuse of Ninetheen-

Century English and American Ceramics in Archaeological Analysis. Advances in

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MARTINS, Christiane C. Jardins como artefatos: o Passeio Público do rio de Janeiro

no século XIX. In: Anais do IX Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira

– SAB, Rio de Janeiro: SAB, 2000.

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MARTINS, Luciana de L. – O Rio de Janeiro dos Viajantes – O olhar britânico

(1800-1850). Jorge Zahar Editor Ltda., Rio de Janeiro, 2001.

MINETTI, Alfredo I. Analisando o núcleo urbano do rio de Janeiro na mudança de

ordens: uma paisagem arqueológica da paisagem. In: Anais do IX Congresso da

Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, Rio de Janeiro: SAB, 2000.

NAJJAR, Rosana (Org.) Manual de Arqueologia Histórica em Projetos de

Restauração. Brasília: IPHAN, 2005. 84p.

ORSER, Charles E. Jr. Introdução à Arqueologia Histórica Tradução e

apresentação Pedro Paulo Abreu Funari, Belo Horizonte :Oficina de Livros, 1992.

PALLESTRINI, Luciana & PERASSO, José Antonio. Arqueologia: método y técnicas

en superficies amplias. Assunción, Paraguay: CEADUC: 1984.

SEGAWA, Hugo. Ao Amor do Público – Jardins no Brasil. São Paulo: Studio Nobel,

1996.

Sites consultados:

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www.museudarepublica.org.br

LOIPETSBERGER, Hannes – Roberto Burle Marx – Die Kunst der

Landschaftarchitektur. Technischen Universität Wien – Fakultät für Raumplanung und

Architektur.

www.rbm.yumyum.at/de/20_LA_brasil/22_eklektizismus/

REIS, Claudia Barbosa – A Águia e a Serpente – A Memória do Jardim de Rui.

www.casaruibarbosa.gov.br

www.sindegtur.org.br/2006/arquivos/b4 pdf

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IVENTÁRIO DE MATERIAL ARQUEOLÓGICO Segue abaixo Inventário do material arqueológico resgatado durante a realização do

Projeto de Prospecções Arqueológicas da Casa de Rui Barbosa.

Natureza do Material Quantidade

1. Material Construtivo 418

2. Metal 525

3. Cerâmica 201

4. Azulejos 892

5. Louças 897

6. Ossos/carvão 351

7. Vidro 1087

8. Plástico 39

9. Diversos 28

10. Malacológico 396

11. Telhas 10 – amostras

12. Tijolos 14 - amostras

13. Aros de Metal 48

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ANEXOS

1 – PLANTA DE LOCAÇÃO DAS ÁREAS ESCAVADAS

2 – PLANTA DE LOCAÇÃO DA ADUTORA