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1 COMISSÃO ESPECIAL DOS MUNICÍPIOS SEM ACESSO ASFÁLTICO RELATÓRIO FINAL Porto Alegre Agosto de 2016

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COMISSÃO ESPECIAL DOS MUNICÍPIOS SEM ACESSO ASFÁLTICO

RELATÓRIO FINAL

Porto Alegre

Agosto de 2016

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SUMÁRIO

COMPOSIÇÃO DA MESA DIRETORA ALRS....................................................................3

COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO ESPECIAL.......................................................................4

APRESENTAÇÃO DO PRESIDENTE...................................................................................5

PALAVRA DO RELATOR....................................................................................................10

REQUERIMENTO DE COMISSÃO ESPECIAL – RCE 01/2016.....................................11

HISTÓRICO DOS TRABALHOS DA COMISSÃO...........................................................13

Comissão Especial é instalada na AL.........................................................13

Objetivos.........................................................................................................15

Comissão Especial leva tema do acesso asfáltico a Brasília .................15

Comissão Especial se reúne com secretárias estaduais do

Planejamento e dos Transportes........................................................................................17

SÍNTESE DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS.........................................................................20

INFORMAÇÕES DA SECRETARIA DOS TRANSPORTES SOBRE AS OBRAS:........59

CONCLUSÕES.......................................................................................................................64

RECOMENDAÇÕES.............................................................................................................65

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COMPOSIÇÃO DA MESA DIRETORA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO

GRANDE DO SUL - 2016

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COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO ESPECIAL

Equipe Técnica:

Alencar Silveira Netto – Secretário da Comissão

Jair Luís Müller, Felipe Kuhn Braun – Assessores Técnicos da Comissão

Melissa Bulegon – Jornalista

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APRESENTAÇÃO DO PRESIDENTE

A luta para que todos os municípios gaúchos tenham pelo menos um acesso

asfaltado faz parte da nossa história muito antes de ingressarmos na Assembleia

Legislativa. Quando ainda vereador em Tapejara, participamos intensamente da

mobilização pelo asfaltamento da RS-463, que liga hoje a cidade à região Nordeste

com Passo Fundo, pelo entroncamento com a RS-135. A conquista foi fundamental

para alterar o panorama econômico da região e tornar Tapejara como um polo

industrial e comercial, com empresas que exportam os produtos para o resto do

mundo.

A partir daí nos dedicamos ainda mais a este tema. Quando presidente e 1º

vice-presidente da FAMURS, nas gestões 2003/2004 e 2004/2005, ao lado do então

prefeito Heitor Álvaro Petry, e por sugestão da Associação dos Municípios do Vale

do Rio Pardo e Taquari, criamos a Associação dos Municípios Sem Acesso Asfáltico.

Na época, 129 comunidades não tinham nenhuma ligação pavimentada, ou seja, mais

de 24% do total de municípios do Estado.

Esta bandeira prosseguiu quando assumimos uma cadeira como Deputado

nesta Casa, quando fomos presidente das Comissões Especiais para Analisar a

Ligação Asfáltica, em 2008 e 2011.

Em 2008, somando a outras iniciativas que já haviam sido tomadas pelos

deputados Adolfo Brito e Alexandre Postal, levamos o debate para todas as regiões

do Estado em audiências públicas nos municípios de Sertão Santana, São José do

Hortêncio, Água Santa, Porto Lucena, Sagrada Família e Boqueirão do Leão.

Também foram feitas audiências em Brasília com o Ministério do Turismo e o

Ministério do Planejamento. Ao final dos trabalhos, 114 municípios ainda lutavam

por pavimentação.

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Para analisar novas propostas, em 2011 foi instalada novamente uma

Comissão Especial. Durante os trabalhos, foram feitas audiências no Ministério da

Fazenda e em 11 municípios gaúchos: Arroio do Padre, Capão Bonito do Sul, Gentil,

Sério, Senador Salgado Filho, Lajeado do Bugre, Tunas, Centenário, Linha Nova,

Itacurubi e Ibiraiaras.

Destacamos a conquista da Comissão Especial junto ao BNDES, que

possibilitou um acréscimo de R$ 100 milhões no empréstimo de R$ 500 milhões,

totalizando R$ 600 milhões junto ao órgão, recurso que acelerou a conclusão de

vários trechos, reduzindo o passivo para cerca de 79 obras não acabadas.

Em nosso terceiro mandato no Parlamento, protocolamos em 1º de fevereiro

de 2016, com apoio UNÂNIME dos deputados estaduais, o requerimento para a

criação de uma nova Comissão Especial dos Municípios Sem Acesso Asfáltico.

É difícil compreender que, em pleno 2016, tenhamos 16% dos municípios

gaúchos nesta situação desigual de não possuir um acesso asfaltado. Por isso é que

conclamamos a todos para continuarmos juntos, sem parar, ao lado destas

comunidades debatendo e, principalmente, encaminhando todas as ações possíveis

junto ao governo do Estado para solucionar o problema da falta de acesso asfáltico

aos municípios gaúchos carentes dessa infraestrutura.

A primeira ação da Comissão Especial foi a audiência pública realizada no dia

25 de abril no Plenarinho da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. O encontro

contou com a presença do secretário dos Transportes e Mobilidade, Pedro

Westphalen, do secretário-adjunto de Planejamento, José Oltramari, e do diretor-

geral do DAER, Ricardo Nuñez, além de deputados estaduais, prefeitos, vice-

prefeitos, vereadores e lideranças, que falaram sobre os problemas enfrentados onde

o acesso asfáltico ainda é um sonho.

Na sequência, levamos o trabalho da Comissão Especial para o interior do

Estado, com audiências públicas em 10 municípios do Rio Grande do Sul. Todos eles

municípios que ainda lutam pela pavimentação. A primeira ocorreu em Amaral

Ferrador, seguida por Sede Nova, Pirapó, Montauri, Ponte Preta, Santo Expedito do

Sul, Dois Irmãos das Missões, Pinhal Grande, Engenho Velho e Cerro Grande do Sul.

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Também estivemos duas vezes em Brasília para levar o debate sobre o tema

para o Congresso e o governo federal. O primeiro compromisso ocorreu em 25 de

maio com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Em dia 6 de julho, fizemos

reunião com representantes da bancada gaúcha.

Nas duas ocasiões, solicitamos o apoio para a retirada do item na renegociação

da dívida do Estado com a União que impede que o Rio Grande do Sul assuma novos

financiamentos. Queremos que pelo menos tenha essa exceção para a infraestrutura.

Além disso, nos reunimos no dia 30 de junho com o secretário estadual do

Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional, Cristiano Tatsch. Em pauta,

a busca por recursos e a possibilidade de novos financiamentos para viabilizar as

obras em municípios que ainda estão sem pavimentação asfáltica.

No dia 13 de julho, participamos de uma reunião na Secretaria Estadual de

Transportes com o secretário Pedro Westphalen; prefeitos e lideranças. Durante o

encontro, reforçamos junto ao secretário as ações que estão sendo desenvolvidas pela

Comissão Especial.

Em 1º de agosto, recebemos no Parlamento Gaúcho novamente o secretário

estadual de Transportes, Pedro Westphalen, o diretor-geral do Daer, Ricardo Nuñez,

e o diretor de Infraestrutura Rodoviária, Luciano Faustino da Silva. Durante o

encontro, recebemos o relatório com a situação de cada um dos municípios que ainda

lutam pelo acesso asfáltico. Solicitação esta que havia sido feita por nós ao secretário

na primeira audiência pública da Comissão Especial neste ano.

De acordo com o levantamento, 74 municípios gaúchos ainda batalham pelo

acesso asfáltico. Destes, 24 contam com recursos e estão com obras em andamento.

Outros dois não tiveram interessados na licitação e 48 trechos não possuem fonte de

recursos.

Panorama que demonstra ainda mais que precisamos seguir mobilizados na

luta pelo acesso asfáltico. Acesso asfáltico não é luxo, é necessidade, é requisito

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fundamental para levar o desenvolvimento aos municípios e, principalmente, para a

manutenção das pessoas nas cidades. Queremos evitar que os nossos filhos saiam das

cidades para estudar e não queiram mais voltar. Asfalto é geração de emprego e

renda, é melhoria da qualidade de vida e também é dignidade, autoestima e respeito

para com as comunidades.

Queremos agradecer na presente Comissão a contribuição e o empenho de

cada um dos membros integrantes da mesma, vice-presidente Zilá Breitenbach

(PSDB), relator: Vilmar Zanchin (PMDB), demais titulares Altemir Tortelli (PT), Zé

Nunes (PT), Sérgio Turra (PP), Gilberto Capoani (PMDB), Eduardo Loureiro (PDT),

Adolfo Brito (PP), Liziane Bayer (PSB), Juliano Roso (PCdoB) e Ronaldo Santini

(PTB); além dos suplentes Edegar Pretto (PT), Jeferson Fernandes (PT), Edson Brum

(PMDB), Tiago Simon (PMDB), Enio Bacci (PDT), João Fischer (PP), Vinícius Ribeiro

(PDT), Pedro Pereira (PSDB), Aloísio Classmann (PTB), Elton Weber (PSB) e Manuela

d’Ávila. Também reforçar a importância do tema ter sido aceito por unanimidade

por todos os colegas integrantes da atual composição do Parlamento gaúcho.

Também agradecemos aos representantes do Poder Executivo, que

participaram dos debates em quase todos os encontros no interior e na capital, dando

voz oficial e credibilidade às propostas do Poder Executivo, chefe da Casa Civil,

Márcio Biolchi; secretário dos Transportes, Pedro Westphalen; secretário estadual do

Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional, Cristiano Tatsch; diretor-

geral do DAER, Ricardo Nuñez, e o diretor de Infraestrutura Rodoviária, Luciano

Faustino da Silva; o representante da Secretaria do Estado de Planejamento, Fábio

Campos; coordenador regional de Participação Popular e representante da Secretaria

de Planejamento do Estado, Daion Fener; chefe de gabinete da Secretaria estadual do

Planejamento, Mário Rache Freitas; diretora de Captação de Recursos da Seplan,

Margareth Vasata; engenheiro e representante da Superintendência do Daer de Passo

Fundo, Adriano Oliveira; representante do Daer na Zona de Produção, Luiz Carlos;

representante do Daer de Erechim, engenheiro Júlio Zanella; representante do Daer

Erechim, Elmo Bortolotto; e o superintendente regional do Daer Palmeira das

Missões, Walter Machado.

Agradecemos ainda os prefeitos Elcio Soder, Elizeu Viegas Araújo, Arno

Augusto Werle, Marcelo Boff, Ademir Sakrezenski, Jair Mendes da Silva, Derli

Quadros, Selmar Durigon, Valdecir Luiz Estevan e Sergio da Costa, além de seus

secretários, assessores e servidores, bem como os vereadores dos municípios que

sediaram as audiências públicas, pela presteza, gentileza e competência na

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organização dos espaços e na mobilização da população para acompanhar os

debates.

Da mesma forma, agradecemos sinceramente os Departamentos de

Taquigrafia, de Transportes e de Comissões desta Casa Legislativa, ressaltando o

trabalho competente, disponível e célere de todos os servidores que nos auxiliaram e

acompanharam nas agendas internas e externas da Comissão, em especial ao

servidor Alencar Silveira Netto, que secretariou os trabalhos com serenidade,

competência e dedicação e à jornalista Melissa Minuzzi Bulegon, que esteve presente

em todas as Audiências Públicas.

Embora as atividades regimentais desta Comissão tenham chegado ao fim, o

tema seguirá nos trabalhos da Frente Parlamentar em Defesa dos Municípios Sem

Acesso Asfáltico da Assembleia Legislativa, nos debates plenários e no

acompanhamento constante do cronograma de obras anunciado pela Secretaria

Estadual dos Transportes e pelo DAER. Enquanto houver um município sem acesso

asfáltico no Rio Grande do Sul o tema deve fazer parte dos debates parlamentares e

só iremos parar quando todos os municípios gaúchos contarem com pelo menos um

acesso asfaltado.

Gilmar Sossella

Deputado Estadual (PDT)

Presidente da Comissão Especial dos Municípios Sem Acesso Asfáltico

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PALAVRAS DO RELATOR

Ser responsável pelo relatório da Comissão Especial dos Municípios sem

Acesso Asfáltico é uma grande responsabilidade. Mesmo assim, abraçamos a causa

com toda a dedicação por entendermos a importância do tema para cada um dos

municípios que não consegue acompanhar o desenvolvimento de sua região por não

ter pavimentação no acesso à cidade.

Essa é uma bandeira pela qual sempre pelejamos, ao lado da luta por

melhorias e reparos em todas as rodovias do Estado, justamente porque

compreendemos que se trata de uma questão socioeconômica. Atualmente há 74

municípios que ainda não tem ligação asfáltica, e essa condição afeta duramente a

economia e o progresso de cada uma dessas comunidades em função do difícil

acesso.

Com este relatório traçamos um mapa dessas localidades e oferecemos um

diagnóstico da atual situação do Rio Grande do Sul. Constatamos, por exemplo, que

o governo do Estado necessita de quase R$ 1 bilhão para concluir as obras nesses 74

locais. Além disso, também oferecemos sugestões para que o processo de

pavimentação seja agilidade e essas comunidades possam ter de volta sua dignidade.

Nós ainda pretendemos avançar muito nessa questão. A Comissão dos

Municípios sem Acesso Asfáltico encerra-se agora, mas nossa luta pela causa

continua. Contem sempre conosco.

Vilmar Zanchin

Deputado Estadual (PMDB)

Relator da Comissão Especial dos Municípios Sem Acesso Asfáltico

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REQUERIMENTO DE COMISSÃO ESPECIAL – RCE 01/2016

Excelentíssimo (a) Senhor (a)

Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul

O Deputado Gilmar Sossella, sob fundamento do facultado pelos artigos 75 e

seguintes, máxime o artigo 79 e 80, do Regimento Interno da Casa, vem à presença de

Vossa Excelência requerer, mediante aprovação pelo Colendo Plenário, a constituição

de uma Comissão Especial, com o objetivo de dar continuidade a análise do tema

Municípios Sem Acesso Asfáltico, investimentos previstos e busca de recursos para a

concretização dessas obras.

O debate sobre esse tema deve ter continuidade. Há pelo menos cinco

legislaturas esta Casa tem analisado o tema em Comissões Especiais, lideradas pelos

Deputados Adolfo Brito e Alexandre Postal, bem como nas Comissões Especiais de

Ligação Asfáltica (2008/09) e dos Municípios sem Asfalto (2011), propostas pelo

Deputado signatário.

De lá para cá, houve uma substancial redução do passivo de infraestrutura.

Em 2007, eram 124 municípios sem asfalto, número reduzido para 104 em 2010. O

Governo anterior, impulsionado pelo acréscimo de R$ 100 milhões conquistado pela

Comissão Especial dos Municípios sem Asfalto junto ao empréstimo do BNDES em

2011, acelerou a conclusão de vários trechos, reduzindo o passivo para cerca de 70

obras não acabadas.

No entanto, existem alguns trechos que estão com contratos judicializados,

dados em garantia judicial, com as empreiteiras em recuperação judicial, entre outros

problemas que só poderão ser resolvidos com a participação ativa do Poder

Legislativo, como propositor de soluções e fiscalizador das ações e das obras.

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Este o requerimento, Senhor Presidente, para sua análise e posterior

encaminhamento a Plenário, onde conto com a conhecida sensibilidade de meus

pares para a aprovação da proposta e imediata constituição e funcionamento da

comissão.

Sala das Sessões,

Deputado(a) Gilmar Sossella

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HISTÓRICO DOS TRABALHOS DA COMISSÃO

Comissão Especial é instalada na AL

A Comissão Especial dos Municípios Sem Acesso Asfáltico foi instalada em 22

de março de 2016 na Assembleia Legislativa, tendo como presidente o Deputado

Estadual Gilmar Sossella (PDT). Em fevereiro, o parlamentar protocolou o

requerimento para dar continuidade aos trabalhos sobre o tema no Parlamento.

A criação da Comissão Especial foi aprovada por unanimidade pelo plenário.

A solenidade de instalação ocorreu na sala da Presidência, no Palácio Farroupilha, e

contou com a presença do chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi; do secretário dos

Transportes, Pedro Westphalen; da presidente da Assembleia, Silvana Covatti (PP);

além de deputados, prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais e demais

convidados.

No dia 4 de abril ocorreu a primeira reunião, que elegeu como vice-presidente

a Deputada Zilá Breitenbach (PSDB) e como relator o Deputado Vilmar Zanchin

(PMDB). Foi também apresentado o plano de trabalho da comissão e apresentado os

requerimentos de audiência pública. Contudo, os deputados acharam por bem ouvir

o Secretário dos Transportes, Secretário do Planejamento e Diretor-Geral do DAER

antes de aprovar as audiências públicas para o interior.

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No dia 10 de maio ocorreu a segunda reunião, e nela foram deliberados os

requerimentos de audiências públicas para o interior. Ficou acertado que as

audiências públicas somente se dariam nos municípios sem acesso asfáltico. Foram

aprovados para os seguintes municípios: Amaral Ferrador, Sede Nova, Pirapó,

Montauri, Ponte Preta, Santo Expedito do Sul, Dois Irmãos das Missões, Pinhal

Grande.

No dia 29 de junho, quando a Comissão já se encaminhava para seus últimos

dias de trabalho, e após receber várias correspondências com as demandas

municipais, ficou sensibilizada por dois pedidos de Câmaras de Vereadores

solicitando mais audiências públicas. Decidiu-se aprovar mais duas, para Engenho

Velho e Cerro Grande do Sul.

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Durante dois meses, a Comissão Especial dos Municípios Sem Acesso

Asfáltico realizou audiências públicas pelo interior do Rio Grande do Sul. Ao todo,

foram 10 encontros regionais realizados em municípios que ainda lutam pela

pavimentação. Assim ficou a agenda das audiências públicas realizadas no interior:

1. AMARAL FERRADOR, Data: 23 de maio

2. SEDE NOVA Data: 27 de maio

3. PIRAPÓ Data: 3 de junho

4. MONTAURI Data: 9 de junho

5. PONTE PRETA Data: 10 de junho

6. SANTO EXPEDITO DO SUL Data: 13 de junho

7. DOIS IRMÃOS DAS MISSÕES Data: 17 de junho

8. PINHAL GRANDE Data: 27 de junho

9. ENGENHO VELHO Data: 8 de julho

10. CERRO GRANDE DO SUL Data: 11 de julho

Objetivos

A Comissão Especial é criada exclusivamente para análise de matéria

relevante não prevista nas competências de uma comissão permanente da ALRS,

consoante o artigo 79 do Regimento Interno da Casa. Assim, definiu o tema dos

municípios que não possuem nenhum acesso asfáltico, com os seguintes objetivos:

Debater as políticas do governo do Estado para solucionar o problema da falta

de acesso asfáltico para os municípios.

Batalhar pelo andamento e reinício das obras de asfaltamento nas diversas

regiões do RS.

Buscar recursos junto a órgãos, como o BNDES ou CAF, que possibilitem as

obras de acesso asfáltico.

A Assembleia Legislativa tem analisado o tema em Comissões Especiais há

pelo menos cinco legislaturas. Em 2007, eram 124 municípios sem asfalto, número

reduzido para 104 em 2010. O governo anterior, impulsionado pelo acréscimo de R$

100 milhões conquistado pela Comissão Especial dos Municípios sem Asfalto junto

ao empréstimo do BNDES em 2011, acelerou a conclusão de vários trechos.

Atualmente, são 75 municípios gaúchos que ainda batalham pela pavimentação

asfáltica.

Comissão Especial leva tema do acesso asfáltico a Brasília

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Em 2016, a Comissão Especial dos Municípios Sem Acesso Asfáltico esteve

duas vezes em Brasília disposta a levar o debate sobre o tema para o Congresso e o

governo federal. O primeiro compromisso ocorreu em 25 de maio com o ministro-

chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Na ocasião, o presidente da Comissão Especial, deputado estadual Gilmar

Sossella (PDT), acompanhado do relator, Vilmar Zanchin (PMDB), e do titular,

Gilberto Capoani (PMDB), defenderam a exclusão do item na renegociação da dívida

do Estado com a União que impede o Rio Grande do Sul de adquirir novos

financiamentos.

No dia 6 de julho, a Comissão Especial esteve novamente em Brasília. Desta

vez, a reunião foi com representantes da bancada gaúcha, coordenada pelo Deputado

Federal Giovani Cherini no Congresso.

Além do presidente, Deputado Gilmar Sossella (PDT), a comitiva da Comissão

contou ainda com os integrantes Gilberto Capoani (PMDB), Sérgio Turra (PP) e

Adolfo Brito (PP), o coordenador da bancada do PTB no Parlamento, Ranolfo Vieira

Júnior, o deputado João Reinelli (PV), e o prefeitos de Santo Antônio do Palma,

Gerson Luiz Richato (PP), e de Senador Salgado Filho, Norton João Matter (PDT).

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Pela bancada federal também estavam os Senadores Lasier Martins (PDT) e

Ana Amélia Lemos (PP), os Deputados Federais Afonso Hamm (PP), Giovani

Cherini, José Fogaça (PMDB), Carlos Gomes (PRB), Renato Molling (PP), Alceu

Moreira (PMDB), Jerônimo Goergen (PP), Marcon (PT), Pepe Vargas (PT), Mauro

Pereira (PMDB), entre outros.

Comissão Especial se reúne com secretárias estaduais do Planejamento e dos

Transportes

Na luta pela pavimentação, a Comissão Especial dos Municípios Sem Acesso

Asfáltico também esteve reunida em Porto Alegre com duas importantes secretarias

do governo do Estado: a de Planejamento e a dos Transportes.

No dia 30 de junho, os representantes da Comissão Especial, Presidente

Gilmar Sossella (PDT) e titular Gilberto Capoani (PMDB), estiveram com o Secretário

Estadual do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional, Cristiano

Tatsch. Em pauta, a busca por recursos e a possibilidade de novos financiamentos

para viabilizar as obras nos 75 municípios que ainda estão sem pavimentação

asfáltica.

O secretário Tatsch disse que o governo tem trabalhado para que obras de

infraestrutura possam ser viabilizadas no Estado. Para isso, disse que é importante

que os deputados sigam mobilizados contra o item na renegociação da dívida do

Estado com a União que impede que o Rio Grande do Sul assuma novos

financiamentos.

Participaram também do encontro o chefe de gabinete do secretário, Mário

Rache Freitas, a diretora de Captação de Recursos, Margareth Vasata, além do

secretário da Comissão Especial, Alencar Silveira Netto.

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Em 13 de julho, uma comitiva da Comissão Especial participou de uma

reunião com o secretário estadual dos Transportes, Pedro Westphalen; prefeitos e

lideranças de municípios que ainda lutam pelo asfaltamento.

Durante o encontro, o presidente Sossella reforçou junto ao secretário as ações

que estão sendo desenvolvidas pela Comissão Especial, que contou com a assinatura

de todos os deputados do Parlamento para a sua instalação. Também solicitou que

seja informada a situação de cada trecho dos municípios sem acesso asfáltico. A vice-

presidente da Comissão Especial, deputada presidente Zilá Breitenbach (PSDB), citou

a situação das obras que foram iniciadas e estão paralisadas. Relator da Comissão

Especial, o deputado Vilmar Zanchin (PMDB) salientou a importância do relatório da

Secretaria Estadual dos Transportes para que todos tenham conhecimento sobre a

situação de cada obra.

Os representantes dos municípios listaram as dificuldades enfrentadas pela

população, principalmente no escoamento da produção, no deslocamento diário da

população e na conquista de novas empresas.

O secretário reconheceu a importância do trabalho que vem sendo

desenvolvido pela Comissão Especial. Westphalen também disse que tem ciência da

real importância da pavimentação para o desenvolvimento dos municípios e que o

acesso asfáltico é uma das prioridades do governo.

A comitiva da Comissão Especial conta também com a presença dos

deputados integrantes, Zé Nunes (PT) e Gilberto Capoani (PMDB).

E no dia 1º de agosto a CEMSAA recebeu o Secretário Pedro Westphalen, o

Diretor-Geral do DAER, Ricardo Nuñes e o Diretor de Infraestrutura Rodoviária,

Luciano Faustino da Silva em reunião para conferir as informações e situação das

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obras nos municípios carentes de asfalto. Nela o Secretário apresentou obra por obra,

referindo quais delas ainda gozariam do financiamento remanescente e teriam as

obras reiniciadas (consoante documento anexo).

Presentes na reunião os Deputados Zilá Breitenbach (PSDB), Vilmar Zanchin

(PMDB), Eduardo Loureiro (PDT), Adolfo Brito (PP) e Gilberto Capoani (PMDB).

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SÍNTESE DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

1ª Audiência Pública

Data: 25 de abril de 2016

Local: Plenarinho da ALRS

“Estamos usando três critérios na definição de quais obras terão andamento. O primeiro é não usar politicamente

a questão do asfalto; o segundo é dar continuidade aos processos que já foram iniciados; e o terceiro solucionar os

trajetos que estão com problemas contratuais, ambientais ou que envolvem empresas que faliram”,

Pedro Westphalen, Secretário dos Transportes

A primeira audiência pública da Comissão Especial dos Municípios Sem

Acesso Asfáltico da Assembleia Legislativa ocorreu no dia 25 de abril no Plenarinho

da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.

O encontro, presidido pelo deputado estadual Gilmar Sossella (PDT), contou

com a presença do secretário dos Transportes e Mobilidade, Pedro Westphalen, do

secretário-adjunto de Planejamento, José Oltramari, e do diretor-geral do Daer,

Ricardo Nuñez, além dos deputados estaduais Eduardo Loureiro (PDT), Vilmar

Zanchin (PMDB), Gilberto Capoani (PMDB), Sergio Peres (PRB), Sérgio Turra (PP),

Adolfo Brito (PP) e Frederico Antunes (PP).

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Os representantes dos Municípios: Ademir Dalbosco, Alexandre Antonio da

Silva, José Flávio Vieira, Gilnei Medeiros Barbosa, Evandro Durr, Ivan Schieffelbein,

Leo Araújo, Marcelo Franciosi, Cesar Luis Beneduzi, Aroldo O. Lopes, Edarte

Danelon, Edson Faleiro, Sergio Silveira da Costa, Adilso J. da Rosa, Eliseu João R.

Schenkel, Norton João Matter, Alexandre J., Rober Girardi, Jaksson A. Klein,

Veríssimo Caumo, Hardi Milton Eickhoff, Juliano de Sá, João Seibel, Telmo Gomes,

Paulo Silva, Carlos Alberto Vigne (representando Prefeito Peri da Costa), Nelcir

Stefenon, Plinio de Marco, Alexandre Medeiros, Rodrigo Massulo, Severino A. L.,

Rui Valmir B. Spotti, Luiz Augusto Schmidt, Nilce Montovani, Gerson Luiz Richato,

Jairo Paulo Leyter, Edson Jonas da Silva, Glademir Aroldi, Amarildo Negrini, Romeu

Inácio Wolfart, Lucas Bevilac, Armando Burd, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores,

servidores municipais, jornalistas e assessores.

Na ocasião, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças falaram sobre os

problemas enfrentados onde o acesso asfáltico ainda é um sonho. “Os municípios

estão excluídos, sem condições de competir. Queremos ajudar o governo a sair da

crise, mas nenhuma empresa quer se instalar em um município que não conta com

asfalto”, lamentou o prefeito de Senador Salgado Filho, Norton João Matter (PDT).

Deputado Vilmar Zanchin, relator da Comissão, cumprimentou a todos e disse

que a luta pelos acessos asfálticos é uma luta com mais de 20 anos, que os Estados de

Santa Catarina e Paraná estão com todos os municípios com acesso asfáltico. Que é

importante mais uma vez o assunto voltar a uma comissão especial para que fique

em constante debate para que as autoridades atendam aos municípios. Disse que

como Relator deseja ser muito transparente com os Municípios para informar se

haverá ou não recursos para as obras necessárias.

O Engenheiro Ricardo Moreira Nuñes, Diretor-Geral do DAER, disse que as

demandas dos acessos asfálticos tem chegado ao DAER como justa reivindicação, e

que esse programa para o asfaltamento começou em 1997/1998 e que no início do

atual Governo tinham 82 Municípios sem acesso asfáltico. Que tem trabalhado com o

financiamento do BNDES deixado pelo Governo passado, e que por ele vários dos

acessos poderiam ser encaminhados. Disse que no ano de 2015 tiveram dificuldades

no ritmo das obras de asfalto, e que isso ocorreu por diversos motivos, dentre eles o

aumento no preço de asfalto, empresas em recuperação judicial, situação econômica

do país, e assim foi um ano de ajustes para que em 2016 pudessem seguir com as

obras.

O Deputado Frederico Antunes fez uso da palavra, saudou a todos, e disse

que há desafios a serem vencidos nesse tema da comissão, que o primeiro deles é

uma posição positiva na reunião de Brasília e no julgamento do STF referente à

dívida do Estado do RS, o segundo e o terceiro desafios são a apreciação da

Assembleia Legislativa dos PL-41/2016 e PL-47/2016, onde um trata da reforma das

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questões administrativas da EGR e o outro sobre a possibilidade de novas concessões

das rodovias gaúchas, que segundo sua avaliação sem uma resolução desses desafios

muito pouco se poderá fazer em prol de novos acessos asfálticos.

Deputado Sergio Peres referiu que ainda se tem muitos Municípios sem o

acesso asfáltico, como o caso de Caraá, que está aguardando aditivo para se iniciar as

obras. Disse que pelos valores disponíveis e pelos necessários para se completar os

9,5km dessa obra seria a razão de 1 milhão por cada quilômetro. Referiu que há

problemas de saúde em razão dos malefícios do pó das estradas de chão. “Completar

esses acessos é levar desenvolvimento na saúde, na economia, no transporte e

melhoria na qualidade de vida das comunidades envolvidas, e por essa razão

somaria esforços da subcomissão que relata com essa comissão especial”.

Prefeito Gerson Luiz Richato de Santo Antonio do Palma falou que não há

desenvolvimento sem o acesso asfáltico, e que assim como outros seu município

também está há anos com essa reivindicação. Disse que uma das dificuldades seria a

passagem da linha férrea pela estrada, porém ansiava por uma obra ainda que

simples para concluir o trecho de asfalto.

Deputado Sergio Turra falou que também tem sua origem no interior, e que o

agronegócio fica prejudicado pela falta de infraestrutura devido a falta do asfalto.

Ressaltou a transparência e comprometimento que a Secretaria dos Transportes tem

trabalhado. Disse que em seu mandato tem procurado unir o Parlamento na busca de

soluções para tais problemas, e que por isso passa conseguir novas fontes de

recursos.

Leo Araújo, Diretor da Rádio São José de Amaral Ferrador, fez retrospecto da

obra da estrada que liga seu Município a BR-116 dizendo que já faz 18 anos que a

obra foi iniciada pela primeira vez, e que foram duas vezes interrompidas por

motivos políticos. Sua expectativa é que finalmente essa obra venha a ser terminada

para que haja dignidade no direito de ir e vir daquela população

O secretário dos Transportes informou no encontro que, dos 75 municípios

sem acesso asfáltico, 34 têm recursos aprovados, dos quais 20 estão em andamento.

“Estamos usando três critérios na definição de quais obras terão andamento. O

primeiro é não usar politicamente a questão do asfalto; o segundo é dar continuidade

aos processos que já foram iniciados; e o terceiro solucionar os trajetos que estão com

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problemas contratuais, ambientais ou que envolvem empresas que faliram”, disse

Westphalen.

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2ª Audiência Pública

Data: 23 de maio de 2016

Local: Auditório da Prefeitura do Município de Amaral Ferrador/RS

“Esta mobilização é de máxima importância para o andamento do projeto de pavimentação.”

Paulo Silva (PDT), vereador de Amaral Ferrador

No dia 23 de maio de 2016 foi realizada a segunda audiência pública da

comissão, a primeira no interior do Estado. Nela foram convidados os Municípios:

Amaral Ferrador, Cerro Grande do Sul, Mariana Pimentel e Sertão Santana (Costa

Doce); Arroio do Padre, Cerrito e Pedras Altas (Zona Sul); Barão do Triunfo (Região

Carbonífera); Caraá e Itati (Litoral Norte)

Presentes na audiência pública Deputado Gilmar Sossella, Deputado Zé

Nunes, Deputado Pedro Pereira. Também o vice-prefeito de Cristal, Rudi Trapp; João

Carlos, presidente da Câmara de Vereadores de Amaral Ferrador; Luís Rogério,

professor e presidente do PDT; Vereadora Manuela Lousada Lacerda, Vereador

Rafael Silva, Vereador Ronivam Braga, Vereador Osi Viegas e o vereador Paulo Silva,

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todos de Amaral Ferrador. A Diretora de Escola Lucia Macedo; Jorge Joaquim Silva,

Presidente do PSDB de Amaral Ferrador. Houve transmissão ao vivo pela Rádio São

José, na pessoa do Diretor Leo Araújo; demais vereadores, lideranças e participantes

da região.

O Deputado Gilmar Sossella declarou abertos os trabalhos e fez um histórico

da comissão, explicando os objetivos e diretrizes de uma comissão especial, que trata

de um assunto somente. Referiu que outras comissões como esta já haviam sido

instituídas, e que o número de municípios sem acesso estava diminuindo a cada

legislatura. Enfatizou que a Comissão não estava prometendo asfalto, mas que se

colocava como auxiliadora e promotora junto aos órgãos executivos para que as

obras fossem concluídas e novos financiamentos pudessem ser destinados aos

municípios.

O Vereador João Carlos, Presidente da Câmara de Vereadores de Amaral

Ferrador disse que a RS 354 encontrava-se em bom estado, tendo em vista o que já foi

de problemática no passado. Que já diligenciou sobre dois pontos da estrada, em

dois bueiros, que com o tempo de chuvas transbordam e interrompem a estrada.

Solicitou auxílio da comissão para que a comunidade não ficasse isolada.

O Sr. Fábio Campos, representante da Secretaria do Planejamento, disse que a

situação do estado é calamitosa. Enfatizou que deve haver mobilização das regiões

do Estado para que as obras possam ser priorizadas. Que a Secretaria do

Planejamento se faz parceira e está trabalhando para que os municípios venham a ter

os acessos asfálticos, necessários para o desenvolvimento regional, principalmente a

Região Sul.

A senhora Marinice Vasconcelos, Secretária da Educação e representante do

prefeito de Amaral Ferrador, disse que o asfaltamento da RS 324 é um sonho para o

município. Que é de muita importância ter esta reunião no município para que a obra

esperada venha a se realizar.

O vice-prefeito de Cristal, Rudi Trapp referiu a necessidade da mobilização

para que a obra possa ser efetuada. Disse que ele também morou na cidade, e por

isso tem afeto por essa comunidade. Que a ponte do palanque costuma ficar

intransitável, e quando há necessidade as próprias máquinas do município são

deslocadas para se fazer os reparos necessários.

O vereador Ronivan Fontoura referiu que a cidade de Amaral Ferrador já foi

vista como a cidade dos isolados, que foi motorista de ônibus e já teve de dormir no

ônibus por não conseguir acessar à cidade devido a água das chuvas que cobriam as

pontes.

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O Deputado Pedro Pereira disse que é a terceira vez que está em Amaral

Ferrador. Que solicitou ao Secretário de Transportes que priorizasse esta obra. Que

no Governo Yeda se iniciaram as obras. E que no governo posterior, as obras foram

paradas. Em face disso tudo o que havia sido feito está se perdendo.

O Vereador Osi Viegas, de Amaral Ferrador, referiu que as obras sempre

paravam nos governos no Partido dos Trabalhadores. Asseverou que a obra parada

tem um alto custo, e que é necessário obras urgentes nas pontes do palanque e na da

divisa. Disse que na ausência da obra se faz necessário pelo menos uma patrola para

deixar a estrada em bom estado.

O Deputado Zé Nunes disse que esteve em outra audiência nesse município e

em Cristal, e que se debateu junto a empresa Ribas e a Secretaria dos Transportes.

Que a estrada não tem problema com licenciamento ambiental, não tem nenhum

problema com projeto, que o contrato com a empresa Ribas é válido e que os valores

para a obra podem ser investidos com possibilidade de se recomeçarem as obras,

sendo a única pendência a troca da pedreira.

Luiz Amair, Secretário de Saúde de Amaral Ferrador, que cumprimentou a

todos e disse que antes de ser secretário foi motorista e muitas vezes ficou preso na

estrada por causa de alagamentos.

Luiz Rogério, professor e presidente do PDT, disse que apesar da RS 324 estar

com todos os critérios atendidos para ser executada pelo DAER, ainda assim outras

estradas da região foram executadas antes, preterindo-a. Que a obra de Amaral

Ferrador é uma obra de cunho regional, pois atende cinco municípios. A seguir a

vereadora Manuela Louzada fez uma saudação e disse que há 20 anos a obra já era

cobrada junto às autoridades. Que o município era discriminado em sua obra nos

orçamentos participativos. Sem dinheiro a obra não sairá! Reiteradas vezes fez

contato com a empresa Ribas pleiteando a obra, e segundo ela foi problema de dívida

que a empresa parou. Disse que o Secretário dos Transportes colocou como

prioridade esta obra. O vereador Rafael Silva, de Amaral Ferrador, saudou a mesa e

aos demais. Assegurou que a cidade não aguenta mais, que já participou de várias

audiências, que inclusive pararam a BR 116 para que as obras fossem reiniciadas.

Disse que é uma obra regional. Que a estrada fica trancada na região do Ciro

Oliveira, e que pelo menos a estrada deve ser mantida em bom estado. Como última

inscrita falou Rosi Varela, diretora do Hospital São José, saudando a mesa e plenário.

Disse que estava retornando ao município após ter saído por falta de condições na

cidade. Que é uma necessidade o asfalto na estrada, e que ela estar em condições de

trafegabilidade é o mínimo. Que também estava na reivindicação pela obra quando

pararam a BR 116. Que a comunidade deve se mobilizar para que a obra seja feita.

Os seguintes encaminhamentos foram acertados:

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1. Ofício Secretaria dos Transportes sobre trafegabilidade da RS 354;

2. ponte Palanque e ponte Divisa levantar o aterro;

3. colocar no orçamento de 2017 a obra da RS 354;

4. patrola para manter condições de trafegabilidade na obra e

5. mobilização da comunidade junto aos representantes federais para que não

seja aprovada a renegociação da obra com impedimento de aquisição de

novos financiamentos para obras de estrutura

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3ª Audiência Pública

Data: 27 de maio de 2016

Local: Auditório da Prefeitura do Município de Sede Nova/RS

“As empresas não vêm se instalar em cidades que não contam com acesso asfáltico. Isso emperra o

desenvolvimento da região.”

Eliane Oliveira (PT), vereadora de Senador Salgado Filho

Municípios: Barra do Guarita, Braga, São Valério do Sul, Sede Nova e Vista

Gaúcha (Região Celeiro); Alegria, Porto Vera Cruz, São José do Inhacorá e Senador

Salgado Filho (Grande Santa Rosa); e Nova Ramada (Planalto). Região das

associações AMGSR, AMUCELEIRO e AMUPLAM.

Presença: Deputado Gilmar Sossella. Deputada Zilá Breitenbach; prefeito,

Elcio Soder, e o vice-prefeito, Pedro Wener, de Sede Nova; o vice-prefeito de Alegria,

Elias Lucas Cavalini; o vice-prefeito de São José do Inhacorá, Roque Dill; o prefeito

de Tiradentes do Sul e presidente da AMUCELEIRO, José Carlos Hichmann; o

prefeito de Humaitá, Luiz Carlos Sandri; prefeito Claudemir José Locatelli, de Vista

Gaúcha; a Vereadora Eliane Oliveira e o Diretor de Planejamento Alexandre Gaklik,

de Senador Salgado Filho; o Coordenador Regional de Participação Popular, Daion

Eldis S. Fener, representante da Secretaria de Planejamento do RS, demais

autoridades, lideranças e comunidade.

O Deputado Gilmar Sossella foi incentivador da criação de uma associação

dos municípios sem acesso asfáltico, e que naquela época havia por volta de 124

municípios sem acesso asfáltico, e com a luta dessas comissões esse número vem

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baixando, e no Governo Sartori o número já estava em 76. Que uma das formas de se

conquistar o asfalto é mediante novos financiamentos, e que a sociedade deve estar

mobilizada para não permitir uma renegociação da dívida com uma cláusula de

proibição de se retirar novos financiamentos. Mencionou, ainda, que a dívida tem

sido um grande problema para estados como o RS. E que, por isso, a comissão não

visita as cidades para prometer asfalto.

O Prefeito de Sede Nova, Elcio Soder, referiu a luta que os municípios ainda

sem nenhuma ligação asfáltica têm envidado. Referiu a necessidade da adesão do

comércio da cidade por essa demanda, e também a representação dos agricultores no

auditório. Enfatizou que a comunidade colocou uma placa na entrada da cidade em

protesto pela falta da obra. Mencionou os números positivos do município na

economia do Estado, pois produz soja, milho, leite, suínos que necessitam ser

escoados por uma via asfaltada, ante às dificuldades que a estrada de chão possui.

Prefeito de Tiradentes do Sul, João Carlos Hickmann, Presidente da

AMUCELEIRO, mencionou que a necessidade não é apenas o asfalto, mas que ele

ajudará muito na resolução dos problemas. Referiu que o RS está atrasado com

relação aos acessos em no que refere aos Estados do Sul, e que a solução não está em

achar culpados, mas em buscar os recursos financeiros para as obras.

O Prefeito Claudemir José Locatelli, de Vista Gaúcha, ressaltou a importância

da mobilização em prol da causa na região, e que a comunidade dos municípios da

Região Celeiro deve fazer a cobrança por suas demandas em momentos como esse.

Trouxe à memória que a região foi a que mais possuía municípios sem acesso

asfáltico, e que, hoje, em virtude da mobilização, já não se confirma.

A Deputada Zilá Breitenbach saudou a todos e disse que o asfalto é uma

batalha regional, que a Assembleia não tem o dinheiro, mas busca as prioridades.

Historiou sobre algumas rodovias, especialmente a RS 468, que teve sua obra de

40km feita por causa da mobilização. Disse que as obras tiveram avanço, mas que

muitas das obras sofreram problemas de contratos e licitações por serem de governos

anteriores, tendo de ser refeitas. Referiu que há possibilidades para obras em Sede

Nova e São Valério do Sul. Por fim ressaltou a importância da participação das

mulheres.

Senhor Clécio Weber, de Campo Novo, disse ver muitas pessoas deixando a

região por causa da falta de estrutura, e que a chegada do asfalto ajudará. Disse que a

obra do Município de Sede Nova compartilha 3 Km com o município de Campo

Bom.

O Senhor Alexandre Gaklik, Diretor de Planejamento de Senador Salgado

Filho, disse que são 30 anos de pleito pelo asfalto em Senador Salgado Filho, e que a

sociedade tem cobrado a obra. Que na VRS 867 as obras foram paralisadas; e que na

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ERS 162 se busca a federalização da obra, a fim de se desonerar o Estado. Disse que o

Secretário dos Transportes firmou um compromisso em manter as estradas em boas

condições de trafegabilidade.

O Prefeito Luiz Carlos Sandri, de Humaitá, solicitou um estudo sobre a

viabilidade da obra no percurso entre Sede Nova-Humaitá, por ser mais fácil se

conseguir licitar dois trechos. Entende que não há desenvolvimento regional sem a

realização do asfalto.

O Senhor Daion Eldis Fener, Coordenador Regional da Participação Popular e

representante da Secretaria do Planejamento do Estado, disse que os acessos

asfálticos são de grande relevância para o desenvolvimento; contudo, o Estado está

sem capacidade financeira, e que a expectativa é a renegociação da dívida para

estabilizar esse quadro.

O Vice-prefeito Roque José Dill, de São José do Inhacorá, disse que as obras no

município faltam 8,7 km para a conclusão do asfalto e que faltam 20% da obra e a

conclusão da ponte.

Acertaram os seguintes encaminhamentos da reunião, a saber:

1) pedido de mobilização da comunidade junto aos Deputados Federais para

que não seja votada a renegociação da dívida com a cláusula que impediria

a retirada de novos financiamentos.

2) possibilidade de alguns trechos serem executados por pedidos de emendas

parlamentares com recursos de outros ministérios, a exemplo do que

ocorreu em Salto do Yucumã que conseguiu obras com recursos do

Ministério do Turismo.

3) demanda de Senador Salgado Filho que será oficiada pela Comissão junto

ao Ministério dos Transportes.

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4ª Audiência Pública

Data: 03 de junho de 2016

Local: Câmara Municipal de Pirapó/RS

“Desenvolvimento passa pela infraestrutura logística.”

Arno Augusto Werle (PP), prefeito de Pirapó

Municípios: Pirapó, Eugênio de Castro, Rolador, Ubiretama, Guarruchos e

Itacurubi (Missões)

Presença: Deputado Gilmar Sossella, Deputado Eduardo Loureiro, Prefeito

Arno Augusto Werle, Vice-prefeito Lauro Estêvão Noll e o Presidente do Legislativo,

vereador Clovis Miguel Rambo de Pirapó; Prefeito de Senador Salgado Filho e

Presidente da Associação dos Municípios da Grande Santa Rosa (AMGSR), Norton

João Matter; Prefeito de Mato Queimado e representante da Associação dos

Municípios das Missões (AMM) Nelson Hentz; Prefeito de São Luiz Gonzaga, Junaro

Figueiredo; Prefeito de Roque Gonzáles, Sadi Ribas; Prefeito de Santo Antônio das

Missões, Puranci Barcelos dos Santos; Vereador Presidente da Associação dos

Legisladores das Missões (ALM), Rubens Vargas Figueiredo; Prefeito de Dezesseis de

Novembro, Ademir Gonzatto; Vereadores Jair Itamar Soares, Juvêncio Soares dos

Santos, Cláudio da Silva Campos e Antonio Rambo; Coordenador Regional de

Participação Popular, Daion Eldes Schuquel Fener, representante da Secretaria do

Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional do Estado; demais lideranças

e representantes da comunidade.

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Deputado Gilmar Sossella fez um breve histórico sobre as atividades

desenvolvidas pela comissão na Assembleia Legislativa, referindo, ainda, que esse

tema já havia sido debatido em outras legislaturas, sendo de extrema importância

para a correção de injustiças praticadas com esses municípios que ainda não têm um

acesso de asfalto. Disse que é meta da Comissão trabalhar para que se concluam as

obras já iniciadas, mas que, também, se buscam novas fontes junto a instituições

financeiras para outros empréstimos.

Prefeito Arno Augusto Werle, de Pirapó, disse que é importante o debate dos

acessos asfálticos, em especial para Pirapó, que ainda faltam 10Km para serem feitos.

O Vereador Presidente da Câmara de Pirapó, Clovis Miguel Rambo, disse que

estava feliz por ter sido escolhida a cidade de Pirapó para a audiência, pois é um

município que tem trabalhado incansavelmente pelo asfalto.

Prefeito de Mato Queimado e representante da Associação dos Municípios das

Missões (AMM), Nelson Hentz, informou que a região missioneira ainda possui 5

municípios sem asfalto, contudo eles estão entre os maiores trechos. A falta de asfalto

dificulta o crescimento. Que há grandes dificuldades na fiscalização das obras, a

exemplo do que ocorreu em uma escola de Mato Queimado. Sugeriu que as obras de

acesso possam ser feitas com parcerias entre os municípios interessados e o Estado.

O Deputado Eduardo Loureiro disse que tanto a CEMSAA quanto a Comissão

de Assuntos Municipais estão nesses debates de temas sobre infraestrutura. Entende

por necessário um novo pacto federativo, pois também foi prefeito e conhece a

realidade do executivo. Vê a AMM como uma das mais organizadas e articuladas do

estado, e que, apesar da crise, possui 3 de suas obras em andamento.

Prefeito de Senador Salgado Filho, Norton João Matter, disse que não é

prioridade dos governos fazer a ligação asfálticas. Que antes mesmo de ser prefeito já

acompanhava a obra, e que ela estava entre os lotes de financiamentos licitados, e

que não sabe como acabou sendo suspensa durante a eleição passada. Questiona

quais os critérios serão utilizados, e que tais critérios ainda não estavam sendo postos

em prática. Disse que a obra Senador Salgado Filho a Giruá estaria apta e dentro dos

municípios que deveriam ter as obras retomadas.

Jacir Link, da empresa Ecopontes, disse que traz uma opção de ponte feita em

aço. Disse que nos EUA têm sido adotadas, e que são de boa duração. Que elas

possuem 50 anos de garantia, que são utilizados nos Estados no Brasil, exceto no RS.

Prefeito de Dezesseis de Novembro, Ademir Gonzatto, defende o acesso

asfáltico ao município, mas que o traçado poderia ser feito em direção a Dezesseis de

Novembro, pois a cada 10 carros 8 passam por aquele município, e que deveria ser

feito um novo estudo.

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Prefeito de Santo Antonio das Missões, Puranci Barcelos dos Santos disse que

no acesso a Garruchos 30km estão dentro do município de Santo Antonio. Que as

vias municipais costumam estar em melhores condições que as estradas estaduais, e

que é precária a manutenção que o Estado faz. Sugeriu que se fizesse um cronograma

para a trafegabilidade nessas estradas enquanto não chegar o asfalto.

Prefeito de São Luiz Gonzaga, Junaro Rambo Figueiredo, disse que o projeto

da rodovia para Pirapó pode estar defasado em virtude de ter se passado muito

tempo, e devem ser verificadas questões de desapropriações. Sugeriu que fosse

refeito o projeto, mas que a questão do traçado deve ser decisão da comunidade de

Pirapó.

Prefeito de Roque Gonzales, Sadi Wust Ribas, gostaria que o traçado fosse por

Roque Gonzales.

Acertados nessa audiência os seguintes encaminhamentos:

1) sugestão de parceria (convênios) entre municípios e Estado para executar estes

acessos;

2) Senador Salgado Filho questiona os critérios do Estado, e refere que sua obra

está no orçamento e financiamento está no BNDES;

3) Pirapó entende que a obra deve continuar no traçado em direção a BR 392;

4) Município de Garruchos requer manutenção, mesmo que seja em parceria com

o Município,

5) questão das desapropriações;

6) mobilização dos Deputados Federais na votação da renegociação da dívida

com Estados;

7) verificação das áreas turísticas, visto que em Vitória das Missões se conseguiu

uma obra com recursos dos Ministério do Turismo, e isso pode ser feito

mediante convênios e recursos federais e estaduais;

8) incluir no orçamento do Estado obras dessa região.

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5ª Audiência Pública

Data: 09 de junho de 2016

Local: Centro de Convivência do Idoso em Montauri/RS

“Estamos impedidos de crescer mais por não termos o acesso asfáltico.”

Marcelo Boff (PTB), prefeito de Montauri

Municípios: União da Serra, Guabijú, Montauri, Protásio Alves e São Jorge

(Encosta Superior do Nordeste); Muliterno e Santo Antônio do Palma (Planalto)

Presenças: Deputado Gilmar Sossella, Deputado Vilmar Zanchin e Deputado

Ronaldo Santini. Foram representados por assessores os Deputados Sergio Turra e

Juliano Roso. Também estiveram presentes na audiência o Prefeito Marcelo Boff e o

Vice-prefeito Nelci Stefanon, de Montauri; Prefeito de Vista Alegre do Prata e

Presidente da AMESNE, Ricardo Bidese; Prefeito de Guabiju, Braulio Marcos Garda;

Prefeito de União da Serra, Luiz Mateus Cenci, Prefeito de Santo Antonio do Palma,

Gerson Luiz Richato; Presidente da Câmara de Montauri, Vereador Cacildo Possa;

demais vereadores, lideranças, alunos da comunidade escolar de Montauri e

convidados da comunidade.

Dep. Gilmar Sossella traz à memória época em que integrava a direção da

FAMURS, quando implantou uma Associação de Municípios sem Asfalto. E eram

129 municípios sem asfalto, em 2003/2004. Por ocasião do Governo Rigotto, foram

realizadas 5 (cinco) obras. E restaram 124 (cento e vinte e quatro) municípios sem

asfalto. No Governo Yeda com a venda das ações do Banrisul, 500 mil reais foram

destinados aos Municípios sem asfalto. E foram contemplados 19 (dezenove)

municípios com acesso asfáltico. Restaram 105 (cento e cinco) municípios sem asfalto.

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Restaram para o governo Sartori 80 (oitenta) municípios. Destes, dois foram

entregues: Esmeralda e Santa Cecília do Sul. Na atualidade, são 76 municípios sem

asfalto. É fundamental relembrar e enfatizar: que no texto da renegociação da dívida

seja suprimido o item que impede retomar novos financiamentos. Já existe uma lei,

que é a Lei da responsabilidade Fiscal, que diz: “O máximo que um Estado pode ter,

ou uma prefeitura, de dívida para retomar novos financiamentos é duas vezes a

receita corrente livre”. Não há necessidade de nova lei. A sede das audiências,

sempre, será um dos municípios sem asfalto.

Prefeito de Montauri registra que este é um momento histórico para o

município de Montauri. Agradece por terem sido receptivos ao seu pedido para que

se concretize o sonho da região. Montauri tem 25 anos; destaca-se como polo de

indústria e comércio; é o maior município da região; ocupou o segundo lugar no

Estado, e o trigésimo terceiro no Brasil, em relação à renda per capita; é destaque na

agricultura, produção de leite, milho, soja e possui granja de suínos modelo no RS; no

ano de 2014, foi agraciado com honraria pelo Tribunal de Contas - RS no quesito

educação - o Colégio Estadual do Município é exemplo - na plateia estão 40 alunos

que podem ratificar; a saúde não se faz em nenhum outro lugar como aqui, inclusive,

matéria de destaque no jornal Zero Hora como município que mais investe em saúde.

Foi objeto de homenagem dada à transparência na gestão pública.

O Presidente da AMESNE e Prefeito de Vista Alegre do Prata disse que são 32

municípios, 4 sem asfaltamento. Enquanto diretoria compactua da teoria de Brizola:

“quem muito abraça, pouco aperta”. Louva o trabalho da Comissão enquanto elo

entre municípios pequenos e o Estado.

Dep. Santini disse que casa cheia demonstra a ansiedade da comunidade. Tem

empreendido uma luta incansável, e a AMESNE tem se mostrado incansável

companheira nesta exaustiva luta. Entende que, ligando o Estado à RS 470, serão

alcançados melhores recursos para concluir outros asfaltos. Coletou-se mais de 100

mil assinaturas para federalizar a RS 470. Estima cerca de 50/60 idas a Porto Alegre

tratando da Comissão dos Municípios sem Asfalto, visando encontrar alguma forma

de a empresa iniciar esta obra. Da representação histórica, esta é a melhor: tem-se

oito ou nove deputados estaduais aqui representados. Não há um deputado, desta

região, que não esteja empenhado para que esta obra aconteça. Acesso Asfáltico é um

direito do município.

Dep. Vilmar Zanchin sabe que as palavras do Prefeito de Montauri

simbolizam o pensamento, a angústia, o sonho e a apreensão dos moradores. É único

Estado que tem um grande número de municípios sem acesso pavimentado no sul. A

explicação que tem para este número, quase 20% do RS que não tem asfalto é a

situação financeira do RS. O RS está quebrado, falido. Se não dispõe de recursos para

pagar o salário do funcionalismo público, obrigação elementar de qualquer gestor.

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Daí o papel importante desta comissão e do movimentos dos Prefeitos para

pressionar a liberação destes recursos. O Estado do RS pelo seu caixa, neste

momento, não reúne condições de executar nada. Poderiam estar no gabinete, mas

estão aqui fazendo sua parte, e os prefeitos fazendo a parte deles. Não se está de

cabeça baixa, parados, esperando que o Estado tenha dinheiro para executar as obras.

“Sr. Presidente Sossella, colho esta presença expressiva, a maior de todas as reuniões

desta Comissão, como sentimento coletivo de Montauri: queremos acesso asfáltico ao

nosso município, pavimentação é progresso, é qualidade de vida, é dignidade.”

Adriana Costa, representa a empresa LUMIECO Plástico, que enfrenta

diversas dificuldades devido ao acesso. Explica o empresa faz o que em Montauri,

tecnologia que talvez não exista em outra empresa no País e no mundo. É uma

empresa gaúcha. É centro tecnológico de pesquisa e desenvolvimento. Retiram do

mercado 8 milhões de garrafas pets mês, transformadas em produtos de alta

tecnologia. Tem por objetivo revestir o mundo. A empresa existe, está com alta

tecnologia, está investindo e depende desse acesso asfáltico.

Apresenta-se o Eng. Adriano oliveira - DAER quanto ao andamento das obras

da região, responde que Muliterno e Santo Antonio estão com trabalho mais

avançado. E que as demais estão em atraso, pois dependem da liberação de recursos.

Enfatiza que as ações do DAER dependem das decisões do governo.

Prefeito de União da Serra disse que tem economia semelhante, problemas

idênticos, qualidade em saúde e educação e saúde. Igualmente agraciados com

prêmio do Tribunal de Contas e Ministério Público.

Plinio De Marco, empresário, fala sobre o desenvolvimento industrial do

município, prejudicado em função da falta de acesso asfáltico. Transportadoras

desistem, ficamos com a minoria. Fala sobre o desgaste das estradas e os reparos

constantes, paliativos. As transportadoras se negam, em sua maioria adentrar no

município. Instituições financeiras como Banco do Brasil e Banrisul não estão

representados no município. Como empresário entende que na união com o público,

com o social residem as alternativas mais eficientes.

O Pref. De Santo Antonio do Palma diz-se feliz por ter a obra licitada, embora

não contratada, mas acredita nas possibilidades. As pessoas investem em nossa

cidade porque amam Santo Antonio do Palma, Montauri como amam os municípios

de cada um aqui. Asfalto é o que faz alavancar a economia. Transportadoras deixam

de ir até Santo Antonio do Palma porque não tem asfalto.

Adelino Benignini – Patrono do CTG da cidade diz morar à beira da estrada,

no topo do morro que leva à Serafina Corrêa. Recentemente, vivenciou um fato difícil

em que uma carreta com 25 ou 30 toneladas em cima precisou de duas máquinas da

prefeitura para ser rebocada, altas horas da noite.

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Bráulio Marcos Garda – Seu município é de ligação entre a BR 285 e a 324. A

obra seria estrutural para o Estrado, e encurtaria o trajeto para São Paulo em 100km

para quem é aqui da serra. Tinham empresa que firmaram contrato da obra. Único

problema que entravava era a questão da pedreira, que com Decreto teria sido

resolvido. Como os Deputados falaram, repetiu: só tem um jeito de não perder

esperança é mobilização comunitária, como estão fazendo aqui.

Erni Zatti – É empresário do transporte, parceiro da LAMIENCO. Fala da

situação de Montauri quanto à dificuldade de acesso asfáltico. A Prefeitura envida

todos os esforços e desloca máquinas e motorista para rebocar os caminhões.

Enquanto proprietário de caminhão, empresário do transporte, pede que olhem com

bons olhos para Montauri e, consequentemente, Serafina Corrêa também será

contemplada na mesma medida.

Encaminhamentos:

1) Que não se comecem obras novas sem antes terminar as já iniciadas, e que

sejam priorizados os acessos asfálticos;

2) Comunidade atuar junto aos Deputados Federais e Senadores para que a

votação da renegociação da dívida não seja com empecilho de novos

financiamentos;

3) Agendar com Secretário Cristiano Tatsch, do Planejamento, uma reunião para

tratar da carta-consulta junto ao CAF (Banco Andino de Financiamento);

4) Encaminhar pedidos para novas licitações, como do município de União da

Serra;

5) Encaminhar ao Governo a cópia das assinaturas dessa audiência pública;

6) Requerer junto ao Governo que as licitações sejam para se contratar estradas, e

não sejam vinculadas a pedreiras ou algum outro que cause demora na

execução das obras;

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6ª Audiência Pública

Data: 10 de junho de 2016

Local: Câmara de Vereadores, Ponte Preta/RS

“Pior de tudo isso é que nossos filhos vão para a cidade estudar e não voltam mais.”

Selso Pelin (PPS), prefeito de Faxinalzinho

Municípios: Barra do Rio Azul, Benjamin Constant do Sul, Carlos Gomes,

Centenário, Cruzaltense, Entre Rios do Sul, Faxinalzinho, Itatiba do Sul, Mariano

Moro, Ponte Preta e Quatro Irmãos (Alto Uruguai)

Presenças: Deputado Gilmar Sossella, Deputado Vilmar Zanchin, Deputado

Gilberto Capoani e Deputado Altemir Tortelli. Representando o Deputado Sergio

Turra, o assessor Pedro Polese; e representando o Deputado Juliano Roso, o assessor

Daniel Pokojeski. Também presentes Prefeito Ademir M. Sakrezenski, Vice-prefeito

Eurelice Antonio Betiato e Vereador Presidente da Câmara Claudir Tomazeli, todos

de Ponte Preta; Prefeito Ivonei Marcio Caovila, de Barra do Rio Azul; Prefeito Wilson

Carlos Lukaszewski e Vice Edgar Serafini, de Centenário; Prefeito Selso Pelin e Vice

James Ayres Torres de Faxinalzinho; Prefeita Adriana Kátia Tozzo e Vice Valdemar

Cibulski, de Itatiba do Sul; Prefeito Adelar Battisti, de Mariano Moro; Prefeito

Adilson Rubilar de Valle e Vice Jose Carlos Balbinot, de Quatro Irmãos; Prefeito

Fernando Paulo Balbinot, de Barão do Cotegipe; Prefeito Luiz Angelo Poletto, de

Aratiba, Presidente da AMAU; representante do DAER, Elmo Bortolotto, Vereador

Arlindo Penso, de Itatiba do Sul, lideranças e representantes da comunidade.

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O Deputado Gilmar Sossella disse que esse tema fora sido debatido em outras

legislaturas, e de extrema importância para a correção de injustiças com esses

municípios que ainda não têm um acesso asfáltico. Disse, também, que quando

integrou a diretoria da FAMURS foi incentivador da criação de uma associação dos

municípios sem acesso asfáltico. É meta da Comissão trabalhar para que se concluam

as obras já iniciadas, e que se buscam novas fontes junto a instituições financeiras. Foi

pauta de reunião em Brasília junto ao Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, além da

abertura de novas fontes de recursos trataram da renegociação da dívida dos

Estados, em que há um artigo que impede, caso renegociada a dívida, a tomada de

novos financiamentos. Que diligenciará recursos junto ao CAF, visto que há uma

carta-consulta junto a essa instituição financeira requerendo novo financiamento que

beneficiaria mais 20 municípios.

Prefeito Ademir M. Sakrezenski, de Ponte Preta, referiu que a demora se

estendia por mais de um governo, ultrapassando até mesmo o interesse de partidos.

Disse que a obra era para ter se encerrado com a empresa Sultepa no governo

passado, e que foi passado para a empresa CSL que também não concluiu a obra. No

atual governo se conseguiu a rescisão do contrato com a empresa Sultepa, e isso foi

um avanço, porém a nova licitação acabou saindo deserta.

Prefeito de Aratiba e Presidente da AMAU Luiz Angelo Poletto, que é de

muito tempo essa batalha. E que o município aumenta o PIB per capita agrícola, mas

as pessoas estão indo embora e diminuindo a população.

Prefeito de Faxinalzinho, Selso Pelin, tem filhos na faculdade e, assim como

outros pais, também verá eles indo embora da cidade.

Prefeito de Quatro Irmãos, Adilson Rubilar de Valle, busca o asfaltamento das

rodovias 135 e 153 e pediu que se priorize as obras já iniciadas antes da abertura de

novas.

Deputado Vilmar Zanchin disse que essa comissão teve seu requerimento

assinado por todos os Deputados, devido a sua importância. Como Relator sua

missão seria retratar a verdade, e que não se enganaria ninguém com promessas,

visto que a situação do Estado é precária. No Rio Grande do Sul ainda faltam 20%

dos municípios receberem asfalto, e que os vizinhos Santa Catarina e Paraná já

resolveram isso. Muitas obras pararam por problemas de licenças ambientais,

dificuldades contratuais e de licitação; o maior problema, contudo, é a dificuldade

financeira.

Prefeita de Itatiba do Sul, Adriana Kátia Tozzo, ressaltou a importância de se

estar novamente debatendo esse tema e que não se pode perder o sonho. Sugeriu que

se criasse um espaço para debate com o fim de saber a situação das obras. Em sendo

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a AMAU, representada por tantos Deputados, merece receber prioridade em suas

obras.

Deputado Gilberto Capoani inicialmente resistiu à realização de audiências no

interior. Problemas financeiros do Estado, que, nos últimos 44 anos, gastou mais do

que arrecadou. Disse que o Estado deve ser reformado para ter reflexos no futuro.

Explicou a realidade das finanças, enfatizando que vieram para o interior falar a

verdade. Que na AMAU essa duplicação entre Passo Fundo e Erechim deve ser

prioridade. Há muita burocracia para se relicitar. Visualiza possibilidade para se

executar os acessos asfálticos com fontes alternativas de recursos. Valoriza a

importância dessa viagem a Brasília junto ao Ministro da Casa Civil em que se

buscou a renegociação da dívida sem a cláusula de empecilho para novos

financiamentos.

Deputado Altemir Tortelli, entende que o asfalto para os municípios é

desenvolvimento e integridade. Propôs que se fizesse um debate referente ao que

leva o endividamento do Estado e o papel do mesmo. Disse que faltou aos governos,

no início das licitações, verificar detalhadamente sobre as empresas vencedoras, e a

forma como se processa a licitação é um erro. Disse que o problema dos governos

não é financeiro, mas não ter enfrentado questões de fundo.

Prefeito de Centenário, Wilson Carlos Lukaszewski, disse que muito

diligenciou e reivindicou o direito da comunidade, mas que, mesmo assim, tem fé

que ainda vai ter asfalto.

Prefeito Adelar Battisti, de Mariano já foi iniciado duas vezes, em duas

direções diferentes, e que, por isso, possui uma parte no meio sem asfalto de 3,7 km.

O Prefeito de Barra do Rio Azul, Ivonei Marcio Caovila, saudou a todos e

exaltou que a comissão pelo menos tem a preocupação com os municípios. Que se

deveria formar uma comissão para decidir quais os gastos devem ser cortados, e

assim se ter uma melhor gestão do Estado.

Engenheiro Elmo Bortolotto, representante do DAER, disse que ainda existem

14 municípios sem nenhum acesso asfáltico. Os contratos dessas obras são muito

antigos, datam de 1998, e estão defasados. Disse que para se fazer os 11 acessos

teriam de ter em caixa 100 milhões de reais. Boas notícias tem o programa “Crema

Erechim” para a restauração da malha rodoviária da região. Que o intuito do DAER é

retomar a RS 480, restaurar a RS 126 e iniciar o contrato de sinalização, contando

assim com obras de restauro e manutenção de rodovias.

Acertados os seguintes encaminhamentos:

1) licitação de recursos remanescentes Ponte Preta, Mariano Moro e Carlos

Gomes;

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2) priorizar os acessos da AMAU, por ser a associação com o maior número de

acessos sem asfalto;

3) marcar audiência com Secretário do Transportes e do Planejamento;

4) oficiar Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, sobre novos financiamentos;

5) audiência com Secretário dos Transportes para pedir a conservação dos 8km

asfaltados de Ponte Preta.

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7ª Audiência Pública

Data: 13 de junho de 2016

Local: Casa da Cultura, Santo Expedito do Sul/RS

“Se cruzarmos os braços e ficarmos esperando, com certeza seremos o último.”

Jair Mendes da Silva (PP), prefeito de Santo Expedito do Sul

Municípios: Santo Expedito e Tupanci do Sul (Nordeste); e Capão Bonito do

Sul (Campos de Cima da Serra)

Presenças: Deputado Gilmar Sossella, Deputado Vilmar Zanchin, Deputado

Sérgio Turra, pelo seu assessor Pedro Polese, e o Deputado Gilberto Capoani, pelo

seu Chefe de Gabinete Ramir Jose Sebben. Também presentes o Prefeito Jair Mendes

da Silva, o Vice-prefeito Amarildo Negrini e o Presidente da Câmara de Vereadores

Olair Fortuna de Santo Expedito do Sul; o Prefeito Clairton Pasinato, de Cacique

Doble; o Prefeito Benhur Vanz, de São José do Ouro; o Prefeito Genor José Marcon e

o Presidente da Câmara de Vereadores Vantuir Carlos Piva, de Tupanci do Sul; o

Prefeito Danilo Barreto da Costa, de Capão Bonito do Sul; os Vereadores Adelino

José Pascoal, Idemar Didone, Clorni Lira Pascoal, Cledenir Mucke, Valderi José

Fragoso e Delcio Luiz Marchiori de Tupanci do Sul; Vereadores Eliane Simionato,

Cleunice da Rosa, Etiberê da Rosa, Joceli Zanardi de Santo Expedito do Sul; Vereador

Antuir Pansera, de Sananduva; demais lideranças e autoridades municipais.

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O Deputado Gilmar Sossella referiu a forma como os governos conseguiram

fundos e investimentos para realizarem os acessos – seja pela venda de ações do

Banrisul e financiamentos pelo BNDES. E que, devido à atual crise financeira do

Estado, estavam buscando novas fontes de investimentos junto ao CAF – Banco de

Desenvolvimento da América Latina e ao Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para

que seja abertos novas fontes de recursos financeiros. Quanto à renegociação da

dívida dos Estados que no texto da renegociação seja suprimido o item que impede

retomar novos financiamentos, quando for para obras de infraestrutura.

Prefeito e anfitrião, Jair Mendes da Silva, de Santo Expedito do Sul, disse que

protocolaram na FEPAM ofício para a renovação da licença ambiental, que estaria

vencendo. Essa licença seria necessária inclusive para o rebaixo de dois morros que,

por ocasião das chuvas trancam os caminhões na estrada, e somente puxados por

máquinas conseguem andar. Reconhece as dificuldades financeiras do Estado, mas

não se pode abandonar a causa por essa razão.

O Prefeito de Tupanci do Sul, Genor José Marcon, disse que vem lutando pelo

asfalto desde 2013, quando assumiu a prefeitura. Falou das dificuldades enfrentadas

pela falta de asfalto, e que seguidamente têm de rebocar caminhões.

O Prefeito de Capão Bonito do Sul, Danilo Barreto da Costa, disse que existem

3km da estrada com asfalto e mais 3 km somente com a base, e explicou o porquê

dessa situação.

Prefeito de São José do Ouro, Benhur Vanz, disse que na retomada se

deveriam priorizar as obras que já foram iniciadas. Sugeriu que o governo mandasse

um representante para prestar informações sobre as obras ao povo.

O Prefeito de Cacique Doble, Clairton Pasinato, disse que se deveria parar de

sonhar e partir para a realização da obra pela sua necessidade. O término da obra é

uma meta da comunidade, de importância para toda a região, não apenas para o

município.

Deputado Vilmar Zanchin referiu que relevantes encaminhamentos seriam

feitos na audiência pública. Conclamou os prefeitos e comunidade a não esmorecer, e

que apesar da situação difícil do Estado em suas finanças, ainda há esperança. Disse

que a comissão não vem para prometer asfalto, mas que num debate sério com a

comunidade busca-se novas fonte de financiamentos extraorçamento. Referiu que o

governo, hoje, tem empenhado 80% do orçamento para o pagamento do

funcionalismo, e 13% no pagamento da dívida com a União, e que será preciso

reduzir despesas.

Engenheiro Julio C. Zanella, informou que há na região 46 municípios, sendo

32 do norte e 14 do nordeste. Que há 910 km de rodovias, sendo que 510km são

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pavimentadas e 400km ainda não o são. Referente a Santo Expedito do Sul disse que

o contrato com a empresa Bolognese está vigente e que são 10,6 km para completar a

obra de asfaltamento. E que há, apenas, 600m pavimentados. Referiu que seria para

2017 o reinício das obras. Sobre Tupanci do Sul, disse que também há contrato

vigente, mas que a obra está paralisada e falta a ordem de serviço. São 18,3km com

somente 3,8km com pavimento. Trouxe boas notícias sobre o CREMA Nordeste e que

a malha rodoviária seria restaurada por esse contrato de 5 anos.

O senhor Ilton Nunes, tesoureiro do COREDES Nordeste, referiu a data 06-06-

1996 como sendo a da inauguração da ponte do Barracão, e que nenhuma outra obra

de porte havia sido feita na região.

Jackson Klein, Secretário da Agricultura de Santo Expedito do Sul e

engenheiro. Falou de sua visão enquanto estudante, produtor rural e comerciante.

Disse que falar do asfalto é falar em vida, em saúde e em dignidade. Enfatizou que os

jovens que se qualificam não voltam para o município.

O Vereador de Sananduva, Antuir Pansera, que é presidente da associação dos

vereadores da região, disse ser parceiro na busca pelos acessos asfálticos, referiu que

a região nordeste tem uma boa representação na Assembleia Legislativa

Procurador Adelcio Molin entende o assunto do asfalto como questão de

dignidade, visto que em pleno século XXI, enquanto se discute fibra ótica, genética

avançada, e no município ainda há necessidade de asfalto.

O senhor Darci Velindo, agricultor de Santo Expedito do Sul, fez a entrega de

um manifesto de apoio, na própria audiência.

Vereador de Tupanci do Sul, Adelino José Pascoal, acredita que ainda há

esperança, mesmo que o povo esteja com dúvidas.

Encaminhamentos:

1) entrega do documento que foi solicitado à Comissão sobre a renovação da

licença ambiental (em mãos ao Prefeito) para o rebaixamento de dois morros

em Caravagio e São Jorge;

2) Tupanci do Sul 4Km, Santo Expedito 1km e Capão Bonito do Sul, prioridade

na primeira possibilidade de recurso extra (seja na CID ou do caixa do Estado)

estas três obras por já terem sido iniciadas;

3) área turística, como possibilidade de recursos;

4) incluir novos financiamentos;

5) manter a esperança mesmo em meio à crise; a pressão vai gerar surgir novas

fontes de recursos;

6) marcar reunião no CAF, Ministério da Fazenda e BNDES.

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8ª Audiência Pública

Data: 17 de junho de 2016

Local: Câmara de Vereadores, Dois Irmãos das Missões/RS

“Município nenhum consegue crescer sem o acesso asfáltico.”

Peri Sota (PDT), prefeito de Pinheirinho do Vale

Municípios: Dois Irmãos das Missões, Cerro Grande, Engenho Velho, Novo

Tiradentes, Pinheirinho do Vale, São José das Missões e São Pedro das Missões (Zona

de Produção); e Coqueiros do Sul (Alto Jacuí)

Presenças: Deputado Gilmar Sossella, Deputado Vilmar Zanchin, Prefeito

Derli Quadros, Vice-prefeito José Breno da Silva e o Presidente da Câmara Josilco

Santos de Dois Irmãos das Missões; Prefeito Peri da Costa, Vice-prefeito João Nilson

Fuhr e Presidente da Câmara Lovane Muller Machado, de Pinheirinho do Vale;

Prefeito Silvio P. de Oliveira, de São José das Missões; Vice-prefeito Domingos

Zandoná, de São Pedro das Missões; Presidente da AMZOP e prefeito de Rodeio

Bonito, Nilson Dalcortivo; superintendente regional do DAER, Walter Machado;

secretário executivo da AMAJA, João Ernesto Schemmer; vereadores, lideranças

locais, agricultores e demais pessoas da comunidade.

O Deputado Gilmar Sossella disse que o requerimento para a abertura da

comissão foi assinado por todos os deputados da Assembleia Legislativa, dada a

importância do tema. Apesar da crise em que o Estado se encontra, a comissão tem

trabalhado para encontrar outras alternativas. Citou visita ao Ministro-chefe da Casa

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Civil e o pedido para a renegociação da dívida dos Estados com a União ser feita sem

o empecilho da retirada de novos financiamentos para obras de infraestrutura.

Prefeito Derli de Quadros registra que o município sem asfalto tem estado na

contramão do desenvolvimento, solicitou que as obras dessa região sejam licitadas

por lotes, visto que muitas vezes as empresas acabam abandonando por serem

trechos pequenos e muito distantes uns dos outros.

O Vereador Presidente da Câmara de Dois Irmãos das Missões, Josilco Santos,

disse que a população tem grande ansiedade em receber o asfalto. Revela que pede a

Deus, pois não há como o município se desenvolver sem o asfalto.

O Vice-prefeito de Dois Irmãos das Missões, José Breno da Silva, disse que há

dificuldades em se chamar empresas em virtude dessa carência.

O Prefeito de Rodeio Bonito e Presidente da AMZOP, Nilson Luis Dal Cortivo,

disse da importância do asfalto para os municípios em saúde, educação e comércio.

O Vice-prefeito de Pinheirinho do Vale, João Nilson Fuhr, relatou que já são 24

anos que o município sofre sem o asfalto. Entende que os acessos asfálticos não têm

sido prioridade, e entende que é uma situação vergonhosa e que o povo não merece

essa situação.

Prefeito de São José das Missões, Silvio P. de Oliveira, deseja ver resultados,

pois estão cansados de ouvir promessas. Que os municípios mais pobres passam

muitas dificuldades por essas quebras de contratos. Sugeriu que sejam fontes de

recursos para os acessos asfálticos percentual dos pedágios e, também, o excedente

da Assembleia que é devolvido.

O Vice-prefeito de São Pedro das Missões, Domingos Zandoná, enfatizou que

há muito tempo o município aguarda a obra, e que a região é de muita produção e,

por isso, deveria ser priorizada.

Vereadora e Presidente da Câmara de Pinheirinho do Vale, Lovane Muller

Machado, fala da grande a necessidade do município em ter o asfalto. Pede para que

não sejam os últimos, pois sua obra já havia iniciado e, depois, parou.

Deputado Vimar Zanchin declara que é uma honra ter sido escolhido o relator

da CEMSAA, e que pelo interior tem ouvido relatos semelhantes da necessidade,

indignação e esperança pelo asfalto. Que asfalto é, entre outras coisas, até mesmo

dignidade para a comunidade. O Estado está falido, com grande dificuldades

financeiras, e que pela via do orçamento não haveria como se executar esses acessos.

Pontua que desvios, contratos defasados e até mesmo dificuldades com licenças

ambientais como causas, mas a principal reside na dificuldade de investimento do

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Estado. Há esperança e a solução passa pela renegociação da dívida do Estado frente

a União, como também, na busca por novas frentes de recurso de financiamentos.

Superintendente Walter Machado, referiu que há no Estado cerca de 12 mil

quilômetros de rodovias, e que uma forma de se conseguir novas fontes de recursos

seria cobrando impostos nas faixas de domínio, visto que passam por essas áreas

fibras óticas, acessos comerciais, etc. Referiu a pavimentação de Pinheirinho do Vale

e que já teria uma empresa contratada, de Caxias do Sul, para fazer a obra, mas que

ainda faltavam alguns trâmites, já estão bem avançados. Referente aos demais

municípios, devido a rescisão da antiga empresa, ainda estaria pendente de nova

licitação.

Agricultor Ézio Barzotto, presidente da comissão pelo acesso de asfalto do

município disse que essa região produz de tudo, e que é importante levar ao

conhecimento da Presidente da Assembleia Legislativa essa demanda. Referiu que há

muitos problemas com as ambulâncias por causa do mau estado da estrada, e que

essas e outras causam indignação na comunidade. Que, pelo menos, deveria a

estrada ter boas condições de trafegabilidade.

Vereador de Pinheirinho do Vale, Jair Antunes de Lima, referiu ser muito boa

a produção da região, porém há muitas dificuldades dada falta do asfalto.

Vereador Valdori de Cristo, de Pinheirinho do Vale, fez dois pedidos:

primeiro, que só sejam iniciadas obras para serem finalizadas; segundo, que não

sejam trocadas as destinações colocadas no orçamento.

Secretário Executivo da AMAJA, João Ernesto Schemmer, referiu sobre um

projeto elaborado pelos municípios de sua região e que tem sido feito cobrança em

faixas de domínio. Vê como boa a sugestão de se cobrar os postes que passam pelas

rodovias enquanto nova fonte de recursos.

Propôs os seguintes encaminhamentos:

1) licitação ser feita em lotes, para que municípios que tenham pequenos trechos

possam ter suas obras executadas pela mesma empresa;

2) sobre recurso da Assembleia, quando houver devolução de recursos para o

Estado, que este seja destinado exclusivamente para os acessos asfálticos;

3) mobilização da comunidade junto à Bancada Federal para que seja retirada a

cláusula que impede os Estados de tomarem novos financiamentos, se

aprovada a renegociação da dívida;

4) referente a faixas de domínio do DAER, que sejam cobradas como novas

fontes de se adquirir receita;

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5) não remanejar recursos de obras que já tenham dotação orçamentária; que com

os novos financiamentos tenham como prioridade na região da AMZOP os

municípios que compareceram à Audiência Pública;

6) reuniões com Secretaria do Planejamento, Secretaria dos Transportes, Bancada

Federal, Secretaria da Fazenda, Instituições de Financiamento;

7) compromisso da ALRS (não promessa) em se empenhar nas obras de acessos

asfálticos

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9ª Audiência Pública

Data: 27 de junho de 2016

Local: Câmara de Vereadores de Pinhal Grande/RS

“Se não recebermos asfalto imediato vamos ficar para trás.”

Eno Frizzo (PT), vice-prefeito de Ivorá

Municípios: Boa Vista do Incra (Alto Jacuí); Ivorá, Jari, Pinhal Grande,

Quevedos e São Martinho da Serra (Região Central); e Lagoa Bonita do Sul, Tunas e

Lagoão (Centro-Serra)

Presenças: Deputado Gilmar Sossella, Deputado Vilmar Zanchin esteve

representado pelo assessor Décio da Luz. Prefeito Selmar Roque Durigon, o Vice-

prefeito Fabio Michelon e o Vereador Presidente da Câmara Darci Ferreira dos

Santos, de Pinhal Grande; o Vice-prefeito de Ivorá, Eno Frizzo; o Vice-prefeito

Eduardo A. Cauduro, de São Martinho da Serra; o Vice-prefeito Luiz Francisco

Fagundes, de Lagoa Bonita do Sul; o Prefeito Algilson Andrade da Silva, de Lagoão;

o Vice-prefeito Adalberto Piovesan, de Nova Palma; a Prefeita Vera Maria Dalcin, de

Julio de Castilhos; a Prefeita Valserina Maria Bulegon Gassen, de São João do

Polêsine; o Prefeito Dirceu Casarin, de Faxinal do Soturno; vereadores, lideranças

locais e demais pessoas da comunidade.

Deputado Gilmar Sossella disse que o Secretário dos Transportes se

comprometeu em terminar obras já iniciadas antes de se começar novas. Com a crise

do Estado será necessário a renegociação da dívida com a União, com redução dos

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juros e com a aprovação do Projeto de Lei que tramita na Câmara Federal sem o

impedimento de que se retire novos empréstimos.

Prefeito Selmar Roque, de Pinhal Grande, mencionou que tinha informações

de que a obra de Pinhal Grande estaria bem encaminhada, visto que ela havia sido

relicitada. Referiu também que é outra demanda do município a ligação entre Pinhal

Grande e Julio de Castilhos.

O Prefeito de Boa Vista do Incra, Gilnei Medeiros Barbosa, falou da

importância da audiência pública e do debate do tema, ainda mais por terem Santa

Catarina e Paraná solucionado senão todo, a maior parte dessa questão dos asfaltos.

O Prefeito de Lagoão, Algilson Andrade da Silva, disse que Lagoão já teve por

duas vezes as obras iniciadas, mas que o asfalto continua na promessa. Também é

preocupação que tem pelo povo sobre qual finalidade foram usados os valores que

estavam à disposição da obra, e que a estrada está abandonada.

Prefeita Vera Maria Schornes Dalcin, de Júlio de Castilhos, disse que a região é

a que mais produz, e que os produtos primários são a base do sustento da economia.

A Prefeita Valserina Maria Bulegon Gassen, de São João do Polêsine, disse que

foi fundadora dos COREDES, e que ocupa assento no COREDES da região central.

Estudou os sete trechos da região que ainda não têm acesso asfáltico, e também o

financiamento junto ao CAF e BNDES.

Vice-prefeito de Ivorá, Eno Luiz Frizzo, disse que Ivorá é um município

pequeno, está isolado, mas não deve ser abandonado. Faltam 3km, e que no trecho de

chão em dias de chuva a estrada fica sem trafegabilidade.

O Vice-prefeito de São Martinho da Serra, Eduardo Cauduro, referiu que

algumas vezes o próprio município tem que fazer a manutenção no trecho para se ter

condições de trafegabilidade, e que foi reivindicação junto à Secretaria dos

Transportes.

O Vice-prefeito de Lagoa Bonita do Sul, Luiz Francisco Fagundes, disse que a

estrada não tem pontes nem cerros, e que somente três bueiros teriam que ser feitos.

Vice Prefeito de Nova Palma, Adalberto Piovesan, disse que a luta é antiga em

Nova Palma. São 56 anos desde a emancipação, e que o asfalto só chegou a região da

quarta colônia, onde estão, na década de 1990. Visualiza a CEMSAA como um

importante instrumento de reivindicação.

O Vice-prefeito Dirceu Casarin, de Faxinal do Soturno, referiu a RS 348 e sua

importância para a região e que são 7 que ainda precisam de asfalto.

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O Vereador Professor Betão, saudou ao plenário, e disse que se deve pontuar

dois problemas de Nova Palma: primeiro, que falta um pequeno trecho; segundo,

falta uma obra no morro, para sua contenção.

O Vereador de Pinhal Grande, Célio Garlet, saudou a mesa e disse que sua

reivindicação é o término da obra da RS 149, bem como o morro de Nova Palma.

Solicita, portanto, a manutenção e a conclusão da obra.

O agropecuarista Aldo Michelon disse que os produtores têm feito sua parte,

mas sabem das dificuldades do estado. Pediu a melhora da trafegabilidade na

estrada. Vê a CEMSAA como uma luz que renova a esperança da conclusão do

asfalto.

O Vereador de Lagoão, Elson dos Santos, disse que seu município já foi tido

como um dos mais pobres do país, e que o índice de analfabetos era altíssimo. Ainda

assim se trata de um povo bom e trabalhador, mas que já está cansado de promessas

de asfalto. Referiu que essa obra é o sonho de toda a comunidade.

Representando a Rádio Integração, Wilson Cirolini, disse que tem visto

estradas com buracos, com uma manutenção precária, e que carros têm sido

quebrados e dependem de solidariedade de quem passa. Que a comissão deve buscar

uma solução, pois se paga muito imposto, e ficar sem asfalto é estar estagnado.

O Vereador Ezequiel Piccin, de Pinhal Grande, agradeceu por que a CEMSAA

veio ao interior, pois quando da instalação da comissão os vereadores de Pinhal

Grande estiveram fazendo esse pedido.

O Vereador Lourenço Scapin, de Pinhal Grande, disse que é necessário o

término da obra. Que a audiência pública foi exitosa na região. Mencionou o

potencial da região.

O Vereador Lizieu Delanora solicitou um projeto para o desenvolvimento do

povo.

Encaminhamentos:

1) que os municípios que já estavam no financiamento do BNDES sejam

contemplados prioritariamente no saldo de remanescentes;

2) pelo menos 50% das obras da região possam ser contempladas;

3) manutenção do DAER nas estradas;

4) retomada dos 3km da obra de Pinhal Grande;

5) retomada de 1km obra de Ivorá;

6) obra no cerro de Nova Palma;

7) obra de Júlio de Castilhos a Pinhal Grande;

8) recursos do Ministério da Integração e Desenvolvimento;

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9) recursos do Ministério Turismo;

10) oficiar pedindo informações do que ocorreu com o recurso da obra de Lagoão.

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10ª Audiência Pública

Data: 08 de julho de 2016

Local: Câmara de Vereadores de Engenho Velho/RS

“Para que o município se desenvolva e cresça essa pavimentação é de fundamental importância”

Edson Martinelli (PMDB), vereador de Engenho Velho

Municípios: Cerro Grande, Dois Irmãos das Missões, Engenho Velho, Novo

Tiradentes, Pinheirinho do Vale, São José das Missões e São Pedro das Missões

(Missões)

Presenças: Deputado Gilmar Sossella, Deputado Vilmar Zanchin, Deputado

Gilberto Capoani, Deputado Sergio Turra, pelo assessor Nelson Magnan, e o

Deputado Edegar Pretto, pelo assessor Elton Mariane. Também estiveram presentes

o Vereador Edson Martinelli e o Diretor da Câmara de Vereadores Cesarlei

Carpenedo, de Engenho Velho; o Vice-prefeito Domingos Zandoná, de São Pedro das

Missões; o Prefeito Leomar José Behm, de Constantina; demais vereadores,

lideranças locais, comunidade.

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O Deputado Gilmar Sossella referiu que esta audiência não estava inicialmente

no roteiro, mas devido ao requerimento firmado por todos os vereadores entendeu-

se necessária. Explicou a finalidade da CEMSAA, que contou com o apoio de todos

os Deputados Estaduais. Disse que acompanha o tema dos acessos asfálticos desde

que foi presidente da FAMURS, em 2003. Como Deputado, também tem levantado

essa bandeira. Disse que nas três últimas legislaturas essa comissão tem se repetido e

que tem se avançado o número de municípios que conseguem os acessos. Ressaltou

que a comissão não veio prometer asfalto, mas é parceira para buscar alternativas, e

tem buscado novas fontes de recursos. Mencionou a necessidade da renegociação da

dívida dos Estados com a União, e que não pode haver empecilhos de se retirar

novos financiamentos.

Vereador Edson Martinelli, de Engenho Velho, que em nome da Câmara

agradeceu a presença e o atendimento do pedido de audiência pública. Disse que o

asfalto é um sonho de 20 anos do município, e que a falta resulta em dificuldades

para que empresas venham a se instalar na cidade.

Prefeito Leomar José Behm, de Constantina, parabenizou a comissão pela

audiência e referiu a importância do asfalto para a cidade, pois se trata de dignidade

e, também, de oportunidade do município poder competir em iguais condições com

outros.

O Deputado Vilmar Zanchin relembrou que a CEMSAA foi aprovada por

unanimidade, e que foi uma honra em ter sido escolhido relator. Disse que também

vem de uma região onde faltam municípios a receberem seus acessos com asfalto,

mas que de 1998 para cá esse número vem diminuindo. Referiu que os relatos nas

audiências públicas pelo interior são emocionantes, e que a comissão optou pela

interiorização por entender que há esperança. Disse que a situação do Estado é muito

ruim, e que pelo seu tesouro a obra não tem como ser feita. Por essa razão, a

comissão tem trabalhado fontes alternativas de recursos.

O Vice-prefeito de Engenho Velho, Paulo Dal Alba, apontou dois destaques:

primeiro, o fato de a empresa Brasil deixar inacabada cinco obras em diferentes

municípios da região, e esses ficaram fora da nova licitação; segundo, que a obra de

Engenho Velho são 8 km para Constantina e que 7km em direção a RS 324, o que

poderia ligar dois cantos do Estado e mais o Estado de Santa Catarina.

Adair Ludke, agricultor de Engenho Velho, questionou o porquê a obra de

Engenho Velho foi preterida se estava elencada à frente de outros municípios, e quais

são os critérios e requisitos adotados para os acessos.

Ana Maria Turra Signor, agricultora de Engenho Velho, disse que o asfalto é

um sonho, e que trará progresso ao município e região, e entende que também deve

ser executada a obra em direção à RS 324.

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Vereador Aloisio Valle, de Constantina, questionou se não existir

possibilidade de aprovação do financiamento junto ao CAF haveria outra opção.

Respondeu o Deputado Gilmar Sossella dizendo que existem outras possibilidades,

como a obtenção de recursos do Ministério do Turismo para municípios que tenham

áreas turísticas, a utilização de recursos da CID para restauros em obras menores, e a

correção da dívida dos Estados que ajudaria a equilibrar as finanças.

Elcio Joel Pastório, que já foi vereador na cidade e que, igualmente, ficou

alegre pela presença da CEMSAA em Engenho Velho, disse que Engenho Velho

conseguiu construir uma unidade política em prol do asfalto. Pediu que fossem

revistas as isenções fiscais e que se buscassem fontes alternativas de recursos.

Falou em seguida o representante do DAER, Sr. Luiz Carlos, e historiou obra

por obra da região da AMZOP. Referiu os problemas com a empresa Brasil que

deixou 5 obras inacabadas.

O Deputado Gilberto Capoani disse que apesar do Estado estar enfrentando

muitas dificuldades financeiras, há solução. Disse que se deve reformar o Estado com

mudanças na previdência e modificações na lei de responsabilidade fiscal, além de

ajustes em órgãos estatais que entende sem serventia, ou com grande gasto para

serem mantidos. Referiu que, para os acessos asfálticos, se deve buscar recursos extra

orçamento, como no caso de financiamento junto ao CAF, renegociação da dívida

com a União.

O Sr. Iceu Reinher, agricultor de Engenho Velho, pediu que fosse melhorada a

trafegabilidade do trecho da estrada que liga a RS 324 com a cidade.

Encaminhamentos:

1) que no, mínimo, seja proporcional o recurso ao número de municípios desta

associação;

2) marcar audiência com o DAER para verificar os andamentos e situação das

obras;

3) agendar Audiência com o CAF;

4) solicitar que sejam refeitas as licitações das obras da Construtora Brasil;

5) incluir obra para a RS 324 (seriam mais 7km de ligação asfáltica além do trecho

para Constantina) e

6) melhoramentos no trecho que liga Engenho Velho a RS 324 para

trafegabilidade.

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11ª Audiência Pública

Data: 11 de julho de 2016

Local: Escola Municipal Fortaleza em Cerro Grande do Sul/RS

“Temos dificuldades diárias para escoar a nossa produção. É uma luta de todos.”

Rui Spotti (PDT), prefeito de Barão do Triunfo

Municípios: Amaral Ferrador, Cerro Grande do Sul, Mariana Pimentel e Sertão

Santana, (Costa Doce), e Barão do Triunfo (Região Carbonífera)

Presenças: Deputado Gilmar Sossella, Deputado Zé Nunes, Deputado Edson

Brum foi representado por seu assessor Renato Dillmann. Também presentes o

Prefeito Sergio S. da Costa e o Presidente da Câmara Vereador Breno J. T. Garcia, de

Cerro Grande do Sul; o Prefeito Rui Valmir Spotti, de Barão do Triunfo; Cícero Omar

da Silva, representante da Comissão Municipal pelo Asfalto; os Vereadores Aroldo

Oliveira Lopes, Evaldo dos Santos e Souza, Leo Koslowski, Vilson Pacheco Junior,

Sergio Neumann, de Cerro Grande do Sul; demais liderança e comunidade da região.

O Deputado Gilmar Sossella disse que nas três últimas legislaturas o número

de municípios sem asfalto tem sido reduzido. Que a Comissão não veio prometer

asfalto, mas é parceira para buscar alternativas, e tem buscado novas fontes de

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recursos. Que se fez reunião em Brasília com o Ministro-chefe da Casa Civil. Também

com o Secretário do Planejamento do RS com o fim de se conseguir novos

financiamentos, como no caso do CAF – Banco de Desenvolvimento da América

Latina. Mencionou a necessidade da renegociação da dívida dos Estados com a

União e que deve ser retirado do texto do projeto de lei uma cláusula que impede o

Estado de se retirar novos financiamentos. Solicitou a comunidade que intercedesse

junto aos Deputados Federais para que essa demanda fosse resolvida.

Vereador e Presidente da Câmara de Cerro Grande do Sul, Breno J. T. Garcia,

disse que o município é o maior em número de habitantes sem acesso asfáltico, e

também o maior em número de veículos emplacados. Questionou onde foram parar

os outros 7 milhões designados para obra. Teme que um veículo venha se acidentar

no trecho da estrada em que um cemitério tem desbarrancado sobre a estrada por

falta de reparos na via.

Prefeito Sergio da Costa, também de Cerro Grande do Sul, disse ter

acompanhado o sofrimento da população. Que a Secretaria dos Transportes sempre o

recebia muito bem, contudo era constrangedor nunca se ver as obras realizadas, mas

somente promessas. Referiu que o município é o maior em número de veículos, e que

ainda tem esperança de ver a estrada asfaltada.

O Prefeito Rui Valmir Spotti, de Barão do Triunfo, disse que mais tem a ouvir

do que a falar. Vê problemas principalmente no escoamento da produção, que em

dias de chuva se agrava a situação, mas que o reinício das obras em Sertão Santana

traziam esperança e benefícios.

Cícero Omar da Silva, que é jornalista e membro da Comissão Municipal para

o Asfalto do Município, criada em maio de 2013 como uma comissão regional,

englobando também Sentinela do Sul e Tapes. Disse que a empresa que ganhara a

licitação estava por reiniciar a obra, mas que o Estado apresentou outra empresa com

muitos funcionários e pouco trabalho. Referiu que a própria empresa não estaria

recebendo os pagamentos, e a RS 715 ficou abandonada. Que no atual governo o

pleito era pela rescisão do contrato com a empresa Procon, e por um novo projeto.

Seria necessário uma nova comissão para novamente se pressionar o governo pelas

obras, e que ela deveria ser pluripartidária, representada por seguimentos do

comércio e da sociedade.

Deputado Zé Nunes, lembrou que o principal assunto de Cerro Grande do Sul

é a estrada. Referiu que não se pode parar de lutar, que a comunidade deve

pressionar, mobilizar-se, visto que existem outras obras que estão sendo encerradas.

Disse que o asfalto é possibilidade de investimento. Que a obra estaria indo para uma

nova licitação e que uma sugestão seria aproveitar a pedreira que está sendo usada

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na obra de duplicação da BR 116. Referiu sobre o valor do BNDES que poderá ajudar

nos chamados remanescentes.

O Vereador Vilson Pacheco Junior questionou o porquê de Arambaré ter

conseguido o acesso antes que Cerro Grande do Sul se eles estavam atrás na ordem

de prioridade, e lembrou que o município tem produção para ser escoada o ano

inteiro. Pediu asfaltamento do acesso de Arambaré.

O Deputado Gilmar Sossella concluiu então dizendo que a CEMSAA não veio

ao interior prometer asfalto, que os Estados vizinhos já realizaram os acessos

municipais, e comprometeu-se a oficiar a Secretaria dos Transportes sobre as

questões das empresas que realizaram obras no município e o que foi feito dos

valores. Disse que a comissão busca formas de se conseguir novos financiamentos

para auxiliar que obras sejam feitas.

Propôs-se os seguintes encaminhamentos:

1) encaixar 3 dos 5 Municípios que faltam no próximo lote de financiamentos;

2) oficiar e verificar sobre a empresa Procon:

a) o gasto da empresa na obra e se foram pagos valores,

b) qual o serviço prestado,

c) o contrato foi rescindido,

d) há projeto vigente para Cerro Grande do Sul;

3) encaminhar nova licitação;

4) sugestão de uma Frente Parlamentar Municipal em favor da estrada.

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Informações da Secretaria dos Transportes sobre as Obras:

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CONCLUSÕES

Por todo o exposto, são colacionadas as seguintes conclusões:

A crise financeira do Estado, independente de governos, está agravada, e não

há como pavimentar acessos municipais apenas com recursos do tesouro do

Estado;

A maioria dos municípios já teve obras iniciadas. Em alguns casos até mais de

uma vez foram dadas ordens para recomeço da execução. Tal situação gerou

grande descrença na população, que muitas vezes está cética com a chegada

do asfalto;

Segundo o governo, não há possibilidade de reiniciar ou licitar novas obras

sem que haja o devido recurso;

Alguns municípios serão beneficiados com os chamados remanescentes, que

são valores do financiamento do governo anterior que ainda devem ser

utilizados para as obras;

Trechos de estradas com obras inacabadas estão deteriorando-se pela falta de

manutenção e término do asfaltamento;

A falta do asfalto causa sérios problemas à saúde. Ouviu-se muitos relatos de

dificuldades sobre ambulâncias quebrarem e até mesmo danos à saúde de

uma comunidade em virtude da camada de piche no asfalto ter se desgastado

e levantar poeira tóxica;

É necessária manutenção nas estradas sem asfalto, pois há muitas vias sem

trafegabilidade;

A comunidade deve fazer grande mobilização junto à Bancada Federal para

que a renegociação da dívida (PLP 257/2016) não seja votada com o

impedimento de novos financiamentos para obras estruturais;

Alguns trechos podem ser beneficiados com valores do Ministério do Turismo,

desde que haja área turística em seu território;

A falta de estrutura dos municípios em razão da falta do acesso asfáltico

impossibilita que os jovens retornem para as cidades após o término do curso

superior;

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Financiamento junto ao Banco de Desenvolvimento Andino pode permitir que

novos acessos venham a ser contemplados.

Esta comissão deverá continuar acompanhando os trabalhos por meio de uma

frente parlamentar;

O Parlamento deve estar mais inserido no processo decisório por meio do

contato permanente com a Secretaria de Infraestrutura do Estado;

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RECOMENDAÇÕES

Findos os trabalhos, a Comissão Especial dos Municípios Sem Acesso Asfáltico

propõe as seguintes recomendações:

1. Que o acesso asfáltico seja tratado como prioritário para os municípios que

ainda necessitam.

2. Que o Estado faça os ajustes necessários para conseguir ser aprovado o

financiamento junto às instituições financeiras.

3. Que o Estado esteja mobilizado para que não seja aprovada a renegociação da

dívida com o empecilho de novos financiamentos, impedindo, assim, novas

obras de infraestrutura.

4. Que se faça um estudo sobre novas fontes de recursos para as obras de acessos

asfálticos.

5. Que as obras dos acessos asfálticos sejam equilibradas entre as regiões do

Estado, observando aquelas com maiores necessidades.

6. Que a Secretaria dos Transportes esteja constantemente executando

manutenção nas estradas, para que esses municípios não fiquem isolados em

razão da condição ruim dos acessos.

7. Que os municípios com trechos pequenos possam ser licitados junto com

outros da região com o fim de tornarem-se interessantes para empresas

executarem o serviço.

8. Que os municípios com áreas turísticas sejam beneficiados com recursos do

Ministério do Turismo para concluírem as obras de asfaltamento.

9. Que todos os entraves burocráticos sejam vencidos até a disponibilidade de

recursos com o objetivo de agilizar o início das obras.

10. Que seja aberta a possibilidade do Parlamento participar de decisões sobre as

obras.

É o relatório.

Deputado Gilmar Sossella, Deputado Vilmar Zanchin,

Presidente. Relator.