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ÍNDICE
RELATÓRIO DE ATIVIDADE E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2011
I RELATÓRIO ANUAL
09 1. Introdução
10 2. Atividade do FGCAM
12 3. Informação sobre as Caixas do SICAM
22 4. Análise das Contas do FGCAM do Exercício de 2011
30 5. Síntese do Plano de Atividades do FGCAM para o Ano de 2012
31 6. Proposta de Aplicação do Resultado do Exercício de 2011
II CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2011
35 1. Balanço
35 2. Demonstração de Resultados
36 3. Demonstração de Alterações nos Recursos Próprios
37 4. Demonstração de Fluxos de Caixa
III ANEXOS
41 1. Notas às Demonstrações Financeiras
53 2. Informação sobre a CREDIVALOR – Contas Finais da Liquidação
57 3. Lista das Instituições Participantes no FGCAM em 31-12-2011
59 4. Alterações no Enquadramento Jurídico do FGCAM e do Crédito Agrícola Mútuo
PARECER DO CONSELHO DE AUDITORIA DO BANCO DE PORTUGAL
62 Parecer
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e
Conforme disposto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9
de novembro, a Comissão Diretiva apresentou ao Senhor Ministro
de Estado e das Finanças para aprovação o Relatório e Contas do
Fundo referentes ao exercício de 2011 acompanhados do parecer
do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal.
Os referidos Relatório e Contas do Fundo foram aprovados pelo
Despacho n.º 925/12-SETF da Senhora Secretária de Estado do
Tesouro e Finanças de 19 de junho de 2012.
RELATÓRIO DE ATIVIDADE E
CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2011
IRELATÓRIO ANUAL
1. INTRODUÇÃO
2. ATIVIDADE DO FGCAM
3. INFORMAÇÃO SOBRE AS CAIXAS DO SICAM
4. ANÁLISE DAS CONTAS DO FGCAM DO EXERCÍCIO DE 2011
5. SÍNTESE DO PLANO DE ATIVIDADES DO FGCAM
PARA O ANO DE 2012
6. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DE 2011
1. INTRODUÇÃO
O Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM) foi criado pelo Decreto-Lei n.º 182/87, de 21
de abril, tendo o seu Regime Jurídico sido redefi nido pelo Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro, com
as alterações introduzidas pelos Decreto-Lei n.º 126/2008, de 21 de julho, Decreto-Lei n.º 211-A/2008,
de 3 de novembro, Decreto-Lei n.º 162/2009, de 20 de julho e Decreto-Lei n.º 31-A/2012, de 10 de
fevereiro, tendo-lhe sido atribuídas as seguintes fi nalidades:
• garantir o reembolso, nos termos e condições legalmente defi nidos, de depósitos constituídos
na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM)
participantes no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM), entidades que entregam
anualmente ao FGCAM uma contribuição de valor determinado nos termos do Aviso n.º 3/2010
do Banco de Portugal.
• promover e realizar as ações consideradas necessárias para assegurar a liquidez e a solvabilidade
das Caixas participantes.
O FGCAM funciona no Banco de Portugal, que presta o necessário apoio técnico e material, é dirigido
por uma Comissão Diretiva, tendo como Presidente um Administrador do Banco de Portugal e sendo
os dois Vogais nomeados um em representação do Ministério das Finanças e da Administração Pública
e outro em representação da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo1.
Ao Conselho de Auditoria do Banco de Portugal competem, nos termos legais, as funções de fi scali-
zação do FGCAM. O parecer do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal ao Relatório e às Contas
do FGCAM relativos a 2011 é incluído em anexo ao presente Relatório. Ao Tribunal de Contas, que
fi scaliza a atividade do FGCAM, é enviada anualmente toda a informação exigível, de acordo com as
disposições legais em vigor.
No âmbito do seu objeto, o FGCAM celebrou, em 2011, dois novos Contratos de Assistência Financeira
(CAF) que não implicaram desembolso de fundos. Ao longo do ano de 2011, o FGCAM concedeu subsí-
dios ao Crédito Agrícola Mútuo (CAM) e acompanhou a atividade da Comissão Liquidatária da CREDI-
VALOR – Sociedade Parabancária de Valorização de Créditos, S. A.2 até ao encerramento da liquidação
da sociedade, em 23 de setembro de 2011.
1 O Despacho n.º 22346/2008, de 31 de julho, do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 167 de 29 de agosto:
(i) Reconduziu como Presidente da Comissão Diretiva o Sr. Dr. José António da Silveira Godinho, que integra o Conselho de Administração do Banco de Portugal;
(ii) Reconduziu, como vogal da Comissão Diretiva e em representação da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, o Sr. Eng.º Licínio Manuel Prata Pina; e
(iii) Nomeou, como vogal da Comissão Diretiva, a Sra. Dr.ª Maria Helena Maio Ferreira de Vasconcelos. 2 Sociedade através da qual foram, em anos anteriores, adquiridos créditos e outros valores no âmbito de ações de assistência
fi nanceira ao SICAM.
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2. ATIVIDADE DO FGCAM
No exercício de 2011 o FGCAM prosseguiu as ações de acompanhamento e assistência fi nanceira ao
Crédito Agrícola Mútuo, dando continuidade à política seguida nos anos anteriores.
As intervenções do Fundo traduziram-se:
• Na celebração de dois novos Contratos de Assistência Financeira com duas CCAM que, no entanto,
não implicaram qualquer desembolso de fundos, apenas a prorrogação do prazo dos respetivos
Empréstimos Subordinados;
• Na atribuição à FENACAM de um subsídio no valor de 250 mil euros, em compensação pela reali-
zação de auditorias a CCAM a solicitação do FGCAM.
Em 31 de dezembro de 2011 estavam em vigor Contratos de Assistência Financeira envolvendo emprés-
timos concedidos pelo FGCAM no valor de 86,4 milhões de euros, bem como aquisições de créditos
realizadas, em anos anteriores, através da CREDIVALOR – Sociedade Liquidada em 2011 (adiante desig-
nada “CREDIVALOR”), no montante de 17 milhões de euros.
Desde a sua constituição, o FGCAM concedeu ao SICAM empréstimos no montante global de 239,7 milhões
de euros: 33,5 milhões à Caixa Central e 206,2 milhões a CCAM, tendo já sido integralmente reembol-
sados empréstimos por 36 CCAM no valor de 153,3 milhões de euros.
CONTRATOS DE ASSISTÊNCIA FINANCEIRA (CAF) EM 31-12-2011 unidade: mil euros
CAF N.º CCAM
FGCAM
(empréstimos
subordinados)
CREDIVALOR (*)
(aquisição
créditos e / ou capital)
Em vigor 8 86 434 16 971
Terminados 36 153 295 74 075
Total 44 239 728 91 046
(*) Sociedade liquidada em 23-09-2011.
O FGCAM procede, periodicamente, à análise e acompanhamento da evolução das CCAM pertencentes
ao SICAM, com enfoque nas benefi ciárias da Assistência Financeira do Fundo, no intuito de avaliar o
cumprimento dos objetivos fi xados nos respetivos Planos de Recuperação, parte integrante dos Contratos
de Assistência Financeira que consubstanciam a assistência concedida. O FGCAM analisa ainda outras
CCAM cuja situação económica e fi nanceira merece um acompanhamento preventivo.
Anualmente, o FGCAM procede ao apuramento e cobrança da contribuição anual das CCAM partici-
pantes no SICAM, em duas prestações (abril e outubro).
De acordo com o Aviso n.º 3/2010 do Banco de Portugal, que defi ne o regime de contribuições para o
FGCAM, o valor da contribuição é obtido pela aplicação ao valor médio dos depósitos elegíveis, para cada
Caixa, de uma taxa contributiva de base, fi xada em 0,10% para o ano de 2011 (Instrução n.º 20/2010
do Banco de Portugal) e de um fator multiplicativo ao valor médio dos depósitos elegíveis. O fator multi-
plicativo aplicado a cada CCAM e à Caixa Central é função do respetivo Rácio de Solvabilidade, sendo
atribuído o fator multiplicativo menor às CCAM com Rácio de Solvabilidade mais elevado. A repartição
das CCAM do SICAM por fator multiplicativo, nos últimos 3 anos, consta do Quadro seguinte:
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REPARTIÇÃO DAS CCAM DO SICAM POR FATOR MULTIPLICATIVO
Fator
multiplicativo
Rácio de solvabilidade
médio (RS)Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011
1,20 RS < 8% 1 1,0% 0 0,0% 0 0,0%
1,10 8% ≤ RS < 10% 2 2,2% 1 1,1% 3 3,5%
1 10% ≤ RS < 12% 5 5,4% 8 9,0% 9 10,5%
0,90 12% ≤ RS < 14% 13 14,0% 12 13,5% 9 10,5%
0,80 RS ≥ 14% 72 77,4% 68 76,4% 65 75,5%
Total 93 100% 89 100% 86 100%
Com referência ao cálculo das contribuições de 2011, a 65 (75,5%) das 86 CCAM do SICAM foi aplicado
o fator multiplicativo mínimo 0,8, que corresponde a CCAM que apresentaram um Rácio de Solvabilidade
médio igual ou superior a 14%, não tendo nenhuma CCAM apresentado um Rácio de Solvabilidade
médio inferior a 8%. Comparativamente ao ano de 2010, constatou-se um aumento da percentagem de
CCAM abrangidas pelos fatores multiplicativos 1,1 e 1, que de 10,1% em 2010 passou para 14,0% em
2011. Em oposição, o conjunto das CCAM abrangidas pelos fatores multiplicativos mais baixos (0,8 e
0,9) registou uma diminuição, tendo passado de 89,9% em 2010, para 86,0% das CCAM em 2011.
O FGCAM procedeu também à gestão das aplicações fi nanceiras dos seus recursos, aplicando-os de
acordo com as regras e plano de investimento defi nidos.
Com periodicidade semestral, o FGCAM procede ao apuramento do montante dos depósitos por si
garantidos. À semelhança de anos anteriores, no exercício em análise não ocorreu qualquer situação de
indisponibilidade de depósitos3 no SICAM.
Foram, ainda, desenvolvidos outros estudos técnicos relacionados com o funcionamento do FGCAM,
enquanto instrumento de proteção dos depositantes.
Durante o ano de 2011, o Fundo participou, no âmbito do EFDI – European Forum of Deposit Insurers,
organismo do qual é membro desde 2006, em diversos projetos com vista à recolha e tratamento de
informação sobre Garantia de Depósitos e à cooperação entre organizações similares.
Foram, ainda, atualizados os conteúdos da página web do FGCAM, em função das alterações regula-
mentares e de atividade verifi cadas no ano de 2011.
3 Situação prevista no n.º 5 do art. 14.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro e da qual decorre o reembolso pelo FGCAM dos depositantes.
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3. INFORMAÇÃO SOBRE AS CAIXAS DO SICAM
Na data de elaboração deste relatório não eram ainda conhecidas as contas consolidadas do SICAM; por
tal razão, a análise foi feita a partir das contas da Caixa Central, por um lado, e das contas do conjunto
das CCAM do SICAM, por outro.
Em 31 de dezembro de 2011 o SICAM era constituído pela Caixa Central e por 85 Caixas de Crédito
Agrícola Mútuo suas associadas4 (as mesmas que existiam em 31 de dezembro de 2010).
3.1. Caixa Central do Crédito Agrícola Mútuo
De acordo com as contas apresentadas, a situação da Caixa Central era a seguinte em 31 de dezembro
de 2011:
• O Ativo Líquido da Caixa Central ascendia a 5,5 mil milhões de euros, menos 159 milhões de euros
do que em 31 de dezembro de 2010, e tinha a seguinte composição:
CAIXA CENTRAL (em 106 Euros)
Ativo 31-12-2011 31-12-2010 Variação
Disponibilidades 176 201 -25
Aplicações em I.C. 321 112 209
Crédito sobre Clientes (V. Líq.) 1 403 1 410 -7
Ativos Financeiros 3 314 3 618 -304
Outros Ativos 260 292 -32
Ativo Líquido Total 5 474 5 633 -159
Fonte: ProClarity
– O Crédito sobre Clientes, no valor de 1,4 mil milhões de euros, representava 25,6% do total do
Ativo, sendo o valor do Crédito Vencido de 80 milhões de euros, mais 20 milhões de euros do
que em 31 de dezembro de 2010.
Das Provisões, no valor global de 137,3 milhões de euros, 60,4 milhões são Provisões para Crédito
Vencido e correspondem a 75% do valor desse crédito (em 31 de dezembro de 2010 o valor
correspondente era de 88%).
– O valor das Aplicações em Instituições de Crédito, 321 milhões de euros, registou um acréscimo
de 209 milhões de euros relativamente a 2010.
– A rubrica Ativos Financeiros, no valor de 3,3 mil milhões de euros, representava 60,5% do
Ativo Líquido Total e registou uma diminuição de 304 milhões de euros relativamente a 31 de
dezembro de 2010.
4 Apresenta-se, no Anexo III ao presente Relatório, a lista das Caixas pertencentes ao SICAM em 31/12/2011, Instituições que, ao abrigo do art.º 3.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro, participam obrigatoriamente no FGCAM.
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• Em 31 de dezembro de 2011 o Passivo da Caixa Central correspondia a 97% do Ativo, ascendendo
a 5,3 mil milhões de euros, valor inferior em 158 milhões de euros ao registado em 31 de dezembro
de 2010.
CAIXA CENTRAL (em 106 Euros)
Passivo 31-12-2011 31-12-2010 Variação
Recursos de I.C. 4 963 5 108 -145
Recursos de Clientes 205 205 0
Passivos Subordinados 95 84 11
Provisões 17 19 -2
Outros Passivos 48 70 -22
Passivo Total 5 328 5 486 -158
Fonte: ProClarity
– Os Recursos de Instituições de Crédito, no valor de 5 mil milhões de euros, representavam 93%
do total do Passivo e correspondiam, na sua maioria, 62%, a Recursos de Caixas associadas.
– A Dívida Subordinada ascendia a 95 milhões de euros, mais 11 milhões de euros do que em 31
de dezembro de 2010. Em 2011 a Caixa Central reembolsou o valor remanescente, 2,4 milhões
de euros, do empréstimo subordinado que tinha sido concedido pelo FGCAM no ano de 2003,
no âmbito da intervenção da Caixa Central na operação de saneamento fi nanceiro do Central
Banco de Investimento.
• O valor do Capital Próprio, 2,7% do Ativo da Caixa Central, ascendia a 146 milhões de euros, menos
1 milhão do que em 31 de dezembro de 2010.
O Capital Social, 221 milhões de euros, manteve o valor registado no fi nal do ano 2010.
Os Resultados Transitados eram negativos em 69 milhões de euros, em 31 de dezembro de 2011.
CAIXA CENTRAL (em 106 Euros)
Capital Próprio 31-12-2011 31-12-2010 Variação
Capital Social 221 221 0
Reservas -7 -5 -2
Resultados Transitados -69 -71 2
Resultado do Exercício 1 2 -1
Capital Próprio 146 147 -1
Fonte: ProClarity
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• Em 2011, o Resultado Líquido do Exercício foi de 1 milhão euros, valor inferior em 1 milhão de
euros ao registado em 2010.
• Análise do Resultado do Exercício da Caixa Central:
CAIXA CENTRAL (em 106 Euros)
Conta de Resultados Ano 2011 Ano 2010 Variação
Juros e Rendimentos Similares 198 153 45
Juros e Encargos Similares 155 103 52
Margem Financeira 43 50 -7
Rendimentos de Serviços e Comissões Líquidos 19 19 0
Resultados de Operações Financeiras 6 5 1
Outros Resultados Operacionais -7 4 -11
Produto Bancário 61 78 -17
Custos de Funcionamento 47 45 2
– Gastos com Pessoal 24 24 0
– Gastos Gerais Administrativos 23 21 2
Amortizações 1 1 0
Variação de Provisões, Correções de Valor e Imparidade 12 31 -19
Resultado Antes de Impostos 1 1 0
Impostos 0 -1 1
Resultado Líquido do Exercício 1 2 -1
Cash-fl ow Líquido de IRC 14 34 -20
Fonte: ProClarity
No ano 2011, o Produto Bancário ascendeu a 61 milhões de euros, valor inferior em 17 milhões
de euros ao registado em 2010. A Margem Financeira, 43 milhões de euros, foi determinada por
Juros e Rendimentos Similares de 198 milhões de euros e Juros e Encargos Similares da ordem dos
155 milhões de euros.
Os Custos de Funcionamento, 47 milhões de euros, foram superiores em 2 milhões de euros aos
de 2010, pelo aumento de igual montante nos Gastos Gerais Administrativos. Em 2011, a dotação
para Provisões foi de 12 milhões de euros, inferior em 19 milhões de euros à registada em 2010.
O Resultado Líquido do Exercício de 2011 é de 1 milhão de euros, inferior em 1 milhão de euros
ao do Exercício anterior.
O Cash-fl ow Líquido do Exercício foi de 14 milhões de euros, inferior em 20 milhões de euros ao
obtido no ano anterior.
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3.2. CCAM do SICAM
A análise da evolução das CCAM do SICAM foi efetuada com base no universo das 85 Caixas Agrícolas
pertencentes ao SICAM em 31 de dezembro de 2011.
• Em 31 de dezembro de 2011, o Balanço resultante do somatório não consolidado dos Balanços
individuais das CCAM participantes no SICAM ascendia a 11,2 mil milhões de euros, menos
66 milhões de euros do que o valor homólogo de 31 de dezembro de 2010, apresentando o Ativo
a seguinte composição:
CCAM DO SICAM (em 106 Euros)
Ativo 31-12-2011 31-12-2010 Variação
Disponibilidades 286 261 25
Aplicações em I.C. 3 058 3 128 -70
Crédito sobre Clientes (V. Líq.) 6 662 6 736 -74
Ativos Financeiros 287 281 6
Outros Ativos 893 846 47
Ativo Líquido Total 11 186 11 252 -66
Fonte: ProClarity
– O Crédito sobre Clientes ascendia a 6,7 mil milhões de euros, representando 60% do Ativo Líquido
Total. O valor do Crédito Vencido, 473 milhões de euros, aumentou 78 milhões de euros em
relação ao ano anterior e as respetivas Provisões, 316 milhões de euros, aumentaram 53 milhões
de euros relativamente a 2010. O Crédito Vencido encontrava-se, assim, provisionado em 67%,
percentagem idêntica à de dezembro de 2010.
– As Aplicações em Instituições de Crédito totalizavam 3 mil milhões de euros e correspondiam,
quase na totalidade, a Aplicações na Caixa Central, as quais representam 27% do total do Ativo
das CCAM e cerca de 57% do Passivo total da Caixa Central.
– A rubrica Outros Ativos ascendia a 893 milhões de euros e representava 8% do Ativo Líquido
Total. Esta rubrica agrega Outros Ativos Tangíveis e Intangíveis, cujo valor bruto era de 435 mi-
lhões de euros e as respetivas Amortizações Acumuladas de 182 milhões de euros, bem como
Investimentos, com valor bruto de 229 milhões de euros, que abrangem, nomeadamente, as
participações no Capital Social da Caixa Central, no valor de 221 milhões de euros. A rubrica de
Investimentos encontrava-se provisionada em 634 mil euros.
– O valor das Disponibilidades era de 286 milhões de euros, representando 2,6% do Ativo.
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• O Passivo do conjunto das CCAM do SICAM ascendia a 10,1 mil milhões de euros, menos 98 milhões
de euros do que em 31 de dezembro de 2010, e tinha a seguinte composição:
CCAM DO SICAM (em 106 Euros)
Passivo 31-12-2011 31-12-2010 Variação
Recursos de I.C. 41 27 14
Recuros de Clientes 9 679 9 783 -104
Passivos Subordinados 161 173 -12
Provisões 68 69 -1
Outros Passivos 108 103 5
Passivo Total 10 057 10 155 -98
Fonte: ProClarity
– Os Recursos de Clientes, que representam 96% do total do Passivo, ascendiam a 9,7 mil milhões
de euros, menos 104 milhões de euros do que em 31 de dezembro de 2010.
– O valor dos Passivos Subordinados era de 161 milhões de euros, dos quais 86,4 milhões respeitam
a Empréstimos Subordinados concedidos pelo Fundo às CCAM do SICAM.
• O Capital Próprio do conjunto das CCAM do SICAM ascendia, em 31 de dezembro de 2011, a
1,1 mil milhões de euros e a cobertura do Ativo por Capitais Próprios era de 10%, mais 0,3 p.p. do
que em 31 de Dezembro de 2010.
No fi nal do ano 2011, a composição dos Capitais Próprios era a seguinte:
CCAM DO SICAM (em 106 Euros)
Capital Próprio 31-12-2011 31-12-2010 Variação
Capital Social 868 823 45
Reservas 272 297 -25
Resultados Transitados -63 -58 -5
Resultado do Exercício 52 35 17
Capital Próprio 1 129 1 097 32
Fonte: ProClarity
– O montante do Capital Social ascendia a 868 milhões de euros e o das Reservas a 272 milhões
de euros;
– Os Resultados Transitados eram negativos em 63 milhões de euros;
– O Resultado Líquido do Exercício, no montante de 52 milhões de euros, foi superior em 17 mi-
lhões de euros ao apurado no ano 2010.
O acréscimo de Capitais Próprios foi de 32 milhões de euros, destacando-se o acréscimo do
Capital Social em 45 milhões de euros, a redução do valor das Reservas em 25 milhões de euros
e o aumento dos Prejuízos Transitados em 5 milhões de euros.
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• A Conta de Resultados obtida pela agregação das contas de exploração do conjunto das CCAM
do SICAM evidencia um Resultado Líquido do Exercício não consolidado de 52 milhões de euros.
CCAM DO SICAM (em 106 Euros)
Conta de Resultados Ano 2011 Ano 2010 Variação
Juros e Rendimentos Similares 449 365 84
Juros e Encargos Similares 149 113 36
Margem Financeira 300 252 48
Rendimentos de Serviços e Comissões Líquidos 97 90 7
Resultados de Operações Financeiras 0 0 0
Outros Resultados Operacionais 13 20 -7
Produto Bancário 410 362 48
Custos de Funcionamento 243 235 8
– Gastos com Pessoal 137 132 5
– Gastos Gerais Administrativos 106 103 3
Amortizações 14 15 -1
Variação de Provisões, Correções de Valor e Imparidade 99 70 29
Resultado Antes de Impostos 54 42 12
Impostos 2 8 -6
Resultado Líquido do Exercício 52 35 17
Cash-fl ow líquido de IRC 166 120 46
Fonte: ProClarity
O Produto Bancário ascendeu a 410 milhões de euros, mais 48 milhões do que em 2010, aproxi-
madamente mais 13%. A Margem Financeira, 300 milhões de euros, foi determinada por Juros e
Rendimentos Similares de 449 milhões de euros e Juros e Encargos Similares no valor de 149 milhões
de euros.
Os Gastos com Pessoal e os Gastos Gerais Administrativos, 243 milhões de euros, registaram em
2011 um agravamento de 8 milhões de euros, aproximadamente 3%.
O reforço de Provisões foi de 99 milhões de euros (superior em 29 milhões de euros ao registado no
ano 2010), dos quais 91 milhões de euros correspondem a Provisões e Correções de Valor para Crédito.
O Resultado antes de Impostos, 54 milhões de euros, registou um acréscimo de 12 milhões de
euros relativamente a 2010, sobretudo pelo facto de o acréscimo da Margem Financeira ter mais
que compensado o maior valor do reforço de Provisões. O montante global de Impostos a pagar
foi de cerca de 2 milhões de euros.
O conjunto das CCAM do SICAM registou, em 2011, um Resultado Líquido do Exercício5 de
52 milhões de euros, superior em 17 milhões de euros ao de 2010.
O Cash-fl ow Líquido do Exercício foi de 166 milhões de euros, valor superior em 46 milhões de
euros ao obtido no ano anterior.
5 Obtido pela agregação do Resultado Líquido do Exercício de cada uma das CCAM do SICAM, dado não serem ainda conhecidas as contas consolidadas do Sistema.
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• O quadro seguinte apresenta alguns indicadores relativos ao conjunto das 85 CCAM do SICAM (das
quais 8 tinham, no fi nal do ano, Contrato de Assistência Financeira com o FGCAM), agrupadas em
classes de acordo com o valor do seu Ativo Líquido em 31 de dezembro de 2011.
85 CCAM DO SICAM | 31-12-2011 (em 106 Euros)
Valor do Ativo Líquido
[0;40[ [40;60[ [60;80[ [80;100[ [100;160[ >=160Total
CCAM
N.º de CCAM 6 16 8 9 21 25 85
N.º de Caixas com Resultado Líquido Exercício < 0 1 0 0 1 1 1 4
N.º de Caixas Assistidas 0 0 1 0 4 3 8
Ativo Líquido* (106 euros) 28 49 71 87 120 255 132
Intervalo de variação máximo 38 60 79 100 153 456 456
mínimo 14 40 65 80 100 162 14
Capitais Próprios* (106 euros) 4 6 7 10 10 25 13
Intervalo de variação máximo 8 10 14 18 20 59 59
mínimo 1 4 -2 7 -7 1 -7
N.º de CCAM (% no Total de Caixas do SICAM) 7% 18% 9% 11% 25% 29% 100%
Rec. de Clientes / Rec. de Clientes das CCAM do SICAM (%) 1% 7% 5% 7% 23% 57% 100%
Crédito Total / Crédito Total das CCAM do SICAM (%) 1% 6% 5% 7% 22% 59% 100%
Crédito Vencido / Crédito Vencido das CCAM do SICAM (%) 2% 6% 5% 9% 29% 49% 100%
Crédito Total / Recursos de Clientes* (%) 68% 66% 73% 69% 71% 75% 73%
Intervalo de variação máximo 81% 77% 90% 80% 84% 89% 90%
mínimo 48% 50% 60% 53% 53% 59% 48%
Crédito Total /Ativo* (%) 56% 56% 62% 59% 62% 65% 63%
Intervalo de variação máximo 69% 68% 68% 70% 73% 76% 76%
mínimo 41% 44% 53% 45% 46% 43% 41%
Crédito Vencido / Crédito Total* (%) 10% 6% 7% 9% 9% 6% 7%
Intervalo de variação máximo 19% 10% 13% 17% 25% 11% 25%
mínimo 3% 2% 4% 2% 1% 1% 1%
Custos de Funcionamento / Produto Bancário* (%) 68% 60% 59% 58% 61% 58% 59%
Intervalo de variação máximo 116% 73% 78% 83% 88% 77% 116%
mínimo 51% 44% 42% 47% 46% 32% 32%
Fonte: ProClarity* Valor médio por classe.
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Da informação apresentada destacam-se os seguintes aspetos:
• O valor médio do Ativo das 85 CCAM é de 132 milhões de euros e 6 CCAM têm Ativo de valor
inferior a 40 milhões de euros.
Do número total de Caixas, 16, 19% do total, têm Ativo de valor entre 40 e 60 milhões de euros.
As 6 CCAM com Ativo inferior a 40 milhões de euros representam 7% do número total de CCAM
e apenas 1% da captação de Recursos e da concessão de Crédito do SICAM, excluindo a Caixa
Central. Este conjunto de CCAM é ainda responsável por 2% do valor do Crédito Vencido do
conjunto de CCAM do SICAM.
Neste grupo encontra-se 1 das 4 CCAM que em 2011 apuraram Resultado do Exercício negativo e
que, no entanto, não benefi cia da Assistência Financeira do FGCAM.
• As 25 CCAM com Ativo superior a 160 milhões de euros representam 29% do número total de
CCAM e detêm 57% dos Recursos de Clientes, 59% do Crédito do conjunto das CCAM do SICAM
e 49% do total de Crédito Vencido. Das 4 CCAM que em 2011 apuraram Resultado do Exercício
negativo, 1 CCAM apresenta Ativo de valor superior a 160 milhões de euros e benefi cia da Assis-
tência Financeira do FGCAM.
Esta classe inclui a CCAM com maior valor de Capital Próprio, 59 milhões de euros.
Deste conjunto de CCAM, 3 têm Contrato de Assistência com o FGCAM, sendo que 8% do total
de Crédito Vencido do conjunto das CCAM do SICAM é detido por estas 3 CCAM com Contrato
de Assistência Financeira.
• As CCAM com Ativo entre 40 e 160 milhões de euros representam 64% do número total de CCAM
do SICAM, detêm 42% dos Recursos captados, 40% do Crédito Concedido e 49% do Crédito
Vencido do conjunto de CCAM do SICAM. A este grupo pertencem as restantes 5 das 8 CCAM
que têm Contrato de Assistência com o FGCAM. Das 4 CCAM que em 2011 apuraram Resultado
do Exercício negativo, 2 CCAM apresentam Ativo entre 40 e 160 milhões de euros.
• Em média, a taxa de transformação de Recursos captados em Crédito Concedido foi de 73%.
• Em relação aos indicadores Crédito Total / Recursos de Clientes, Crédito Total / Ativo e Crédito
Vencido / Crédito Total destaca-se a heterogeneidade de valores verifi cados dentro de cada classe.
• Os Custos de Funcionamento absorveram em média 59% do Produto Bancário das CCAM. Uma vez
mais se verifi ca grande heterogeneidade dentro de cada classe, sendo na classe de CCAM com Ativo
inferior a 40 milhões de euros que se encontra a Caixa cujos Custos de Funcionamento absorvem
a maior percentagem do respetivo Produto Bancário e na classe de CCAM com Ativo superior a
160 milhões de euros que se encontra a Caixa cujos Custos de Funcionamento absorvem a menor
percentagem do respetivo Produto Bancário.
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• O quadro seguinte apresenta alguns indicadores relativos ao conjunto das 85 CCAM do SICAM
agrupadas em classes de acordo com o valor do seu Capital Próprio em 31 de dezembro de 2011.
85 CCAM DO SICAM | 31-12-2011 (em 106 Euros)
Valor do Capital Próprio
<0 [0;5[ [5;7,5[ [7,5;10[ [10;25[ >=25Total
CCAM
N.º de CCAM 3 11 16 12 34 9 85
N.º de Caixas com Resultado Líquido Exercício < 0 0 1 0 2 1 0 4
N.º de Caixas Assistidas 3 3 0 1 1 0 8
Capitais Próprios* (106 euros) -3 3 6 8 16 38 13
Intervalo de variação máximo 0 5 7 10 25 59 59
mínimo -7 1 5 8 10 29 -7
Ativo Líquido* (106 euros) 98 68 63 76 155 331 132
Intervalo de variação máximo 113 206 102 162 394 456 456
mínimo 78 14 24 38 53 162 14
N.º de CCAM (% no Total de Caixas do SICAM) 3% 13% 19% 14% 40% 11% 100%
Rec. de Clientes / Rec. de Clientes das CCAM do SICAM (%) 3% 7% 9% 8% 47% 26% 100%
Crédito Total / Crédito Total das CCAM do SICAM (%) 3% 7% 9% 8% 46% 27% 100%
Crédito Vencido / Crédito Vencido das CCAM do SICAM (%) 3% 11% 7% 10% 47% 22% 100%
Crédito Total / Recursos de Clientes* (%) 73% 74% 69% 73% 71% 76% 73%
Intervalo de variação máximo 79% 82% 80% 87% 90% 89% 90%
mínimo 70% 48% 50% 55% 53% 59% 48%
Crédito Total / Ativo* (%) 63% 64% 61% 63% 62% 65% 63%
Intervalo de variação máximo 68% 73% 72% 76% 75% 74% 76%
mínimo 60% 41% 44% 46% 45% 43% 41%
Crédito Vencido / Crédito Total* (%) 9% 11% 6% 8% 7% 5% 7%
Intervalo de variação máximo 10% 25% 15% 13% 19% 10% 25%
mínimo 7% 3% 1% 4% 1% 3% 1%
Custos de Funcionamento / Produto Bancário* (%) 64% 66% 61% 60% 59% 56% 59%
Intervalo de variação máximo 72% 116% 73% 78% 88% 71% 116%
mínimo 59% 58% 44% 51% 42% 32% 32%
Fonte: ProClarity* Valor médio por classe.
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Da informação apresentada destacam-se os seguintes aspetos:
• O valor médio do Capital Próprio das CCAM é de 13 milhões de euros embora 16% do conjunto
das CCAM do SICAM ainda tivesse um Capital Próprio inferior a 5 milhões de euros.
• Do número total de CCAM do SICAM, 3 tinham Capital Próprio Negativo, sendo que todas bene-
fi ciam de Contrato de Assistência com o FGCAM.
• As CCAM com Capital Próprio Negativo detinham 3% da carteira de Crédito Vencido do conjunto
das CCAM do SICAM, bem como 3% dos Recursos captados e do Crédito Total Concedido.
• As CCAM com Capital Próprio superior a 5 milhões de euros representam 84% do conjunto de
CCAM do SICAM, detêm 90% dos Recursos captados e do Crédito Concedido e ainda 86% da
carteira de Crédito Vencido.
• As CCAM com Capital Próprio superior a 10 milhões de euros são 43, representando 51% do total,
das quais 1 CCAM apurou, em 2011, Resultado do Exercício negativo. Neste grupo encontra-se
1 CCAM que benefi cia de Contrato de Assistência com o FGCAM.
A análise das informações referentes a 31 de dezembro 2011 relativas ao conjunto das 85 CCAM do
SICAM permite salientar a evolução favorável dos seguintes indicadores:
– aumento do Capital Social em 5%, 45 M.€;
– aumento do Produto Bancário em 13%, 48 M.€, e do Cash-fl ow em 38%, 46 M.€;
– maior valor do Resultado do Exercício, superior em 48% ao de 2010, 17 M.€;
– redução, em 4, do número de Caixas com Resultado do Exercício negativo.
Subsistem, porém, alguns problemas económicos e fi nanceiros, dos quais se destacam os seguintes:
– diminuição em 1 M.€ do valor médio do Ativo;
– aumento do Crédito Vencido em 20%, 78 M.€;
– aumento, em 1,1 p.p., do valor médio do indicador Crédito Vencido/Crédito Total, para 6,7%;
– aumento em 16 M.€, 4%, do valor dos Créditos Abatidos ao Ativo;
– aumento em 3 M.€ do valor global da insufi ciência de Capital Próprio, que ascendia a 20 M.€,
em 31 de dezembro de 2011.
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4. ANÁLISE DAS CONTAS DO FGCAM DO EXERCÍCIO DE 2011
A contabilidade do FGCAM obedece ao Plano de Contas6 proposto pelo Departamento de Contabilidade
e Controlo do Banco de Portugal e aprovado pela Comissão Diretiva do FGCAM.
4.1. Balanço em 31 de dezembro de 2011
Em 31 de dezembro de 2011 e conforme Balanço em anexo:
• O Ativo Líquido do Fundo ascendia a 316,1 milhões de euros, mais 18,4 milhões de euros do que
em 31 de dezembro de 2010, e tinha a seguinte composição:
FGCAM (em 103 Euros)
Ativo 31-12-2011 31-12-2010 Variação
Ativo Corrente
Aplicações Financeiras
Aplicações para Garantia de Depósitos 183 341 146 806 36 535
Aplicações Livres 43 294 46 608 -3 314
Empréstimos Concedidos ao SICAM 0 15 868 -15 868
Estado e Outros Entes Públicos 1 697 1 061 636
Outras Contas a Receber 705 940 -235
Ativos Não Correntes Detidos para Venda 639 0 639
229 676 211 283 18 393
Ativo Não Corrente
Empréstimos Concedidos ao SICAM 86 434 86 434 0
Ativo Líquido Total 316 110 297 717 18 393
• As Aplicações para Garantia de Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM ascendiam a 183,3 milhões
de euros, mais 36,5 milhões de euros do que no fi m de 2010 – dos quais 35 milhões de euros
correspondem ao reforço efetuado, no ano 2011, do capital afeto a estas aplicações.
Em 31 de dezembro de 2011, o valor das Aplicações para Garantia de Depósitos correspondia a
aproximadamente 1,95% do valor médio mensal dos saldos dos Depósitos Elegíveis7 constituídos
nas Caixas do SICAM, no ano de 2011. Estas aplicações estão constituídas nos termos e para os
efeitos do art.º 11.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro e têm por objetivo permitir que
o FGCAM garanta, até 100.000 euros8, por depositante e por instituição de crédito, o reembolso
6 O atual Plano de Contas entrou em vigor a 1 de janeiro de 2010, tendo por base as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), aprovadas pelo Regulamento da União Europeia n.º 1606/2002/CE.
7 Os depósitos elegíveis correspondem aos depósitos que constituem a base de incidência da contribuição anual para o FGCAM, não tendo em conta o limite de garantia legalmente estabelecido.
8 De acordo com o n.º 1 do art.º 12.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro.
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dos depósitos constituídos na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e nas Caixas de Crédito
Agrícola Mútuo suas associadas.
• O valor das Aplicações Livres, 43,3 milhões de euros, está aplicado em Depósitos à ordem e a prazo.
• O saldo dos Empréstimos ao SICAM atingia o valor global de 86,4 milhões de euros, menos
15,9 milhões de euros do que em 31 de dezembro de 2010, variação correspondente a empréstimos
reembolsados no ano de 2011, já que não foram concedidos novos empréstimos.
• O saldo das rubricas Estado e Outros Entes Públicos e Outras Contas a Receber ascendia a 2,4 milhões
de euros, valor superior em 0,4 milhões de euros relativamente a 31 de dezembro de 2010.
• Os Ativos não Correntes Detidos para Venda, 0,6 milhões de euros, resultam do encerramento
efetivo da liquidação da CREDIVALOR, onde o FGCAM detinha uma participação fi nanceira até
23 de setembro de 2011.
FGCAM (em 103 Euros)
Recursos Próprios e Passivo 31-12-2011 31-12-2010 Variação
Recursos Próprios
Contribuições 277 060 268 817 8 243
Reservas 27 670 23 907 3 763
Resultado Líquido do Exercício 9 311 3 710 5 601
314 041 296 434 17 607
Passivo
Passivo Corrente
Estado e Outros Entes Públicos 1 840 1 052 788
Passivo Não Corrente
Passivos por Impostos Diferidos 229 231 -2
2 069 1 283 768
Recursos Próprios e Passivo Total 316 110 297 717 18 393
• Em 31 de dezembro de 2011 os Recursos Próprios do FGCAM ascendiam a 314 milhões de euros:
– Contribuições9 de 277,1 milhões de euros, recebidas nos anos 1998 a 2011, dos quais 8,2 milhões
recebidos no ano de 2011 a título de Contribuição Anual do SICAM.
Nos termos do disposto no art.º 9.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro, o valor da
contribuição anual é determinado em função do valor médio dos saldos mensais dos depósitos
do ano anterior que para o efeito forem elegíveis, sendo o pagamento da contribuição anual feito
em duas prestações, a primeira durante o mês de abril e a segunda durante o mês de outubro
do ano a que respeita.
9 O montante das Contribuições é contabilizado, desde 1998, como Recurso Próprio.
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– Reservas no valor de 27,7 milhões de euros.
Do acréscimo de 3.763 mil euros no valor das Reservas no ano de 2011, 3.710 mil euros cor-
respondem à transferência do Resultado do Exercício de 2010, conforme proposta de aplicação
de resultados aprovada por Despacho do Senhor Secretário de Estado do Tesouro e Finanças e
os restantes 53 mil euros correspondem à recuperação parcial de créditos relativos a Assistência
Financeira concedida a uma CCAM.
– Resultado positivo do Exercício de 2011 de 9.311 mil euros.
O Resultado do Exercício de 2011 corresponde a um acréscimo de 5.601 mil euros relativamente
ao valor homólogo do Exercício de 2010, conforme explicitado na análise da Demonstração de
Resultados.
• O Passivo, correspondente a Dívidas ao Estado e Outros Entes Públicos e a Passivos por Impostos
Diferidos, ascendia, em 31 de dezembro de 2011, a 2.069 mil euros, mais 786 mil euros do que
em 31 de dezembro de 2010.
• No exercício de 2011 registou-se, em termos globais:
– aumento do valor dos Recursos Próprios, em 17,6 milhões de euros;
– aumento do valor do Ativo em 18,4 milhões de euros:
- Empréstimos ao SICAM: menos 15,9 milhões de euros;
- fundos afetos à Garantia de Depósitos: mais 36,5 milhões de euros;
- valor das Aplicações Livres: menos 3,3 milhões de euros;
- Ativos não Correntes Detidos para Venda: mais 0,6 milhões de euros;
- Estados e Outros Entes Públicos e Outras Contas a Receber: mais 0,4 milhões de euros.
Assim, a situação do FGCAM em 31 de dezembro de 2011 era, em termos globais, a seguinte:
– Passivo de valor diminuto;
– Recursos Próprios de 314 milhões de euros;
– Empréstimos ao SICAM no montante de 86,4 milhões de euros e
– Aplicações Financeiras de 226,6 milhões de euros.
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4.2. Demonstração de Resultados do Exercício de 2011
FGCAM (em 103 Euros)
Demonstração de Resultados Ano 2011 Ano 2010 Variação
Resultado de Juros e de Rendimentos e Gastos Equiparados
7 903 4 930 2 973
Juros de Aplicações Financeiras 7 363 4 317 3 046
Juros de Empréstimos ao SICAM 540 613 -73
Ganhos / Perdas em Aplicações Financeiras 1 398 -237 1 635
Imposto sobre o Rendimento 1 939 1 031 908
De Aplicações Financeiras 1 823 892 931
De Empréstimos ao SICAM 116 139 -23
Resultado da Aplicação dos Recursos Disponíveis
7 363 3 662 3 701
Gastos com Pessoal 46 45 1
Fornecimentos e Serviços Externos 13 6 7
Subsídios ao CAM 250 250 0
Outros Resultados 0 39 -39
Outros Rendimentos e Ganhos 1 40 -39
Outros Gastos e Perdas 1 1 0
Resultado Antes de Imparidade e Provisões 7 054 3 400 3 654
Perdas / Reversões em Imparidade de Ativos -2 257 -310 -1 947
Resultado Líquido do Exercício 9 311 3 710 5 601
O Resultado Líquido do Exercício de 2011, positivo em 9.311 mil euros, foi obtido a partir de um
Resultado da Aplicação dos Recursos Disponíveis no valor de 7.363 mil euros, deduzido do montante
dos subsídios concedidos e das despesas de funcionamento do FGCAM e acrescido das Reversões
em Imparidade para a Participação Financeira na CREDIVALOR.
No exercício de 2011, os Proveitos líquidos do FGCAM ascenderam a 7.363 mil euros, resultantes
de rendimentos gerados pelas Aplicações Financeiras e pelos Empréstimos ao SICAM.
As Despesas de Funcionamento, 59 mil euros, englobam Custos com Pessoal (remuneração de
alguns membros da Comissão Diretiva10) de 46 mil euros e Fornecimento e Serviços Externos de
13 mil euros, conforme discriminado no anexo às demonstrações fi nanceiras.
10 A remuneração mensal dos membros da Comissão Diretiva do FGCAM foi estabelecida pelo Despacho do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças n.º 7226/2009, de 10 de março, com início de aplicação em abril de 2009.
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O valor dos Subsídios foi de 250 mil euros, correspondente ao subsídio concedido à FENACAM pela
realização das auditorias solicitadas a pedido do FGCAM.
Os Outros Resultados, de valor nulo, decorrem de Outros Gastos e Perdas (quotização anual para o
EFDI e comissões bancárias) no valor de mil euros e de Outros Rendimentos e Ganhos, no montante
de mil euros, respeitantes a diferenças na valorização da carteira de títulos de Dívida Pública com
referência a 31 de dezembro de 2010.
As Reversões líquidas de Imparidade para a Participação Financeira na CREDIVALOR ascenderam a
2.257 mil euros, em resultado do encerramento efetivo da liquidação da sociedade.
Da análise comparativa das Contas referentes aos exercícios de 2011 e 2010 conclui-se que a
diferença entre o Resultado apurado no ano 2011 e o do ano anterior, no montante de 5.601 mil
euros, é explicada por:
– acréscimo do Resultado da Aplicação dos Recursos Disponíveis em 3.701 mil euros, essencialmente
em resultado do aumento das taxas de juro durante o ano de 2011 e dos ganhos potenciais
decorrentes da variação do valor de mercado da Carteira de Dívida Pública;
– maior valor da Reversão de Imparidade (mais 1.947 mil euros);
– acréscimo de 8 mil euros nas Despesas de Funcionamento do FGCAM;
– menor valor dos Outros Resultados (menos 39 mil euros).
4.3. Aplicações Financeiras do FGCAM em 31 de dezembro de 2011
Em 31 de dezembro de 2011, as Aplicações Financeiras do FGCAM ascendiam a 226,6 milhões de euros,
dos quais 183,3 respeitam a Aplicações destinadas, exclusivamente, à Garantia dos Depósitos constituídos
nas CCAM do SICAM e os restantes 43,3 milhões de euros a Aplicações Livres.
Do montante das Aplicações para Garantia de Depósitos a 31 de dezembro de 2011, 83,9 milhões de
euros correspondem ao valor de mercado, acrescido dos juros a receber, da carteira de Títulos de Dívida
Pública, composta por obrigações e bilhetes de tesouro emitidos em países inseridos na Zona Euro, e os
restantes 99,4 milhões de euros a Depósitos a Prazo em Instituições de Crédito. O valor das Aplicações
Livres corresponde a Depósitos a Prazo e à Ordem.
O prazo de constituição das aplicações em Instituições de Crédito, entre 3 e 6 meses, é escolhido com
base em considerações de liquidez e rentabilidade.
Em 31 de dezembro de 2011 o valor dos Depósitos a Prazo e à Ordem excedia em 35 p.p. o mínimo
fi xado na alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro, correspondendo
a cerca de 45% do valor do Ativo Líquido do FGCAM.
A rendibilidade (antes de IRC) das Aplicações em Instituições de Crédito foi, no ano 2011, de 5,25%
(a que corresponde uma rendibilidade líquida de 4,12%). A remuneração das Aplicações em Instituições
de Crédito foi, em média, 3,7 p.p. superior à taxa Euribor.
O valor da carteira de Títulos registou um acréscimo de 36,7% face a 31 de dezembro de 2010
(61,4 milhões de euros), variação afetada pelos reforços da carteira efetuados em 2011, no valor global
de 21 milhões de euros.
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A gestão da carteira de Dívida Pública do Fundo teve como referência a estrutura da carteira benchmark
selecionada pela Comissão Diretiva do FGCAM. A política de investimentos continuou a privilegiar o
objetivo de limitação da exposição aos riscos de crédito, de mercado e de liquidez, conforme o “Plano
de Aplicações dos Recursos Financeiros do FGCAM”. Num contexto de deterioração da situação orça-
mental na generalidade dos países da área do euro, a estratégia de investimentos continuou a pautar-se
pela elevada diversifi cação por emitente da carteira, conforme se pode constatar pelo quadro seguinte.
REPARTIÇÃO DA CARTEIRA DE DÍVIDA PÚBLICA POR EMITENTE
PaísesMontante (€)
a 31-12-2011Peso na Carteira
Taxa de
Rentabilidade (1)
Alemanha (a) 0 0,0% 0,4%
Áustria (a) 5 060 528 6,0% -1,0%
Bélgica 15 382 628 18,4% 1,3%
Espanha 12 420 759 14,8% 3,3%
França 31 085 917 37,1% 1,2%
Holanda 3 386 392 4,0% 0,6%
Irlanda 3 783 299 4,5% 5,7%
Itália 3 424 601 4,1% 1,7%
Portugal 9 170 662 (b) 11,0% 4,5%
Total 83 714 786 100% 2,5%
Impacto da Fiscalidade - - –0,4%
Total Líquido da Carteira - - 2,1%
(1) Time weighted rate of return (T.w.r.r.)
(a) Tendo havido exposição à dívida destes emitentes apenas em parte do ano, apresentam-se taxas de rentabilidade anualizadas.
(b) Inclui liquidez e impostos a liquidar
O caráter conservador da política de investimentos, ajustado ao objetivo de garantia dos depósitos,
traduziu-se numa reduzida exposição ao risco taxa de juro. A duração modifi cada média da carteira foi,
em 2011, de 0,4.
O risco de mercado da carteira de Dívida Pública, medido pelo VaR (Value-at-Risk) para um horizonte
temporal de 1 mês e com um nível de confi ança de 95%, atingiu, em 2011, um nível médio de cerca de
0,22% do valor da carteira. Em 31 de dezembro de 2011, este indicador apresentava um nível superior
(0,35% do valor da carteira, correspondente a 293,9 mil euros), fruto de um aumento da volatilidade
dos preços das obrigações e de um ajustamento em alta da duração modifi cada da carteira.
Num contexto de instabilidade nos mercados fi nanceiros da Área do Euro, observaram-se dois movimentos
distintos das curvas de rendimentos, nos prazos relevantes para a carteira de Dívida Pública: deslocação
descendente das curvas de rendimentos da Alemanha, da Áustria, da França e da Holanda e deslocação
ascendente das curvas de rendimentos da Bélgica, da Espanha, da Irlanda, da Itália e de Portugal.
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Globalmente, a gestão da carteira de Dívida Pública proporcionou, em 2011, uma rentabilidade bruta
de 2,5%. A rentabilidade líquida de impostos foi de 2,1%.
A rentabilidade da carteira apresentou uma correlação positiva com o prazo dos investimentos, limitada,
contudo, pela diferente distribuição por emitente das dívidas que compõem os diversos segmentos de
maturidade.
REPARTIÇÃO DA CARTEIRA DE DÍVIDA PÚBLICA POR SEGMENTO DE MATURIDADE
MaturidadesTaxa de Rentabilidade
Anualizada (1)
Duração Modifi cada
MédiaPeso Médio
Até 1 mês 1,5% 0,0 22,8%
De 1 a 3 meses 1,7% 0,2 38,1%
De 3 a 6 meses 2,7% 0,4 19,1%
De 6 meses a 1 ano 2,5% 0,7 12,8%
De 1 a 3 anos 2,2% 2,1 5,5%
Mais de 3 anos 6,5% 3,4 1,6%
Total 2,5% 0,4 100%
Impacto da Fiscalidade -0,4% - -
Total Líquido da Carteira 2,1% - -
(1) Time Weighted rate of Return (T.w.r.r.)
Verifi cou-se igualmente uma correlação positiva entre a rentabilidade alcançada e o nível de risco
percecionado pelo mercado para cada emitente soberano, para o que contribuiu a manutenção dos
investimentos até à maturidade.
A taxa de rentabilidade da carteira de Dívida Pública líquida de impostos (2,1%) foi superior à do ativo
de “risco mínimo”11 (0,6%), o que fi cou a dever-se sobretudo à diversifi cação do investimento por países
com diferentes qualidades creditícias.
11 Considera-se como rentabilidade líquida do ativo de risco mínimo a resultante do investimento em títulos de dívida pública francesa a 1 mês, por ser este o prazo mais curto para o qual ainda existem níveis aceitáveis de liquidez. Para efeito de cálculo da fi scalidade, admite-se que a taxa de cupão dos títulos de dívida pública a 1 mês é igual à sua yield to maturity.
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4.4. A utilização dos recursos do FGCAM
A análise da evolução do valor dos Recursos Próprios do FGCAM e da sua utilização revela que, ao longo
dos vinte e quatro anos da sua existência:
• o FGCAM recebeu Contribuições, Juros e outros Créditos no valor global de 415 milhões de euros:
– 111 milhões de euros de Contribuições entregues pelo Banco de Portugal;
– 296 milhões de euros de Contribuições pagas pelo SICAM, dos quais:
- 32 milhões de euros pela Caixa Central
- 264 milhões de euros pelas CCAM
– 7 milhões de euros de juros líquidos pagos pelo SICAM, no âmbito de assistência fi nanceira
concedida;
– 1 milhão de euros no âmbito da recuperação de créditos relativos a assistências fi nanceiras
anteriormente concedidas a CCAM do SICAM.
• o SICAM recebeu do FGCAM 222 milhões de euros a título de assistência fi nanceira:
– 86 milhões de euros de empréstimos ainda não reembolsados;
– 91 milhões de euros através de apoio fi nanceiro à CREDIVALOR para compra de créditos e títulos
de capital no âmbito de Contratos de Assistência Financeira a CCAM;
– 45 milhões de euros de subsídios, dos quais 2 milhões concedidos à Caixa Central, no período
de 1999 a 2002.
O valor das Aplicações Financeiras existentes, 226 milhões de euros, corresponde:
• 111 milhões de euros, ao valor total das Contribuições entregues pelo Banco de Portugal;
• 82 milhões de euros, à parte do montante total das Contribuições entregues pelo SICAM (296 milhões
de euros) que não foi reaplicada no SICAM;
• 33 milhões de euros, à criação de valor pelo FGCAM, isto é, a parte dos Proveitos de Aplicações
Financeiras (69 milhões) não absorvida pelas Despesas de Funcionamento (1 milhão), pelas Despesas
de Financiamento da atividade corrente da CREDIVALOR (31 milhões) e pelos Subsídios à FENACAM
(4 milhões).
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Dos 226 milhões de euros de Aplicações Financeiras do FGCAM:
• 183 milhões são Aplicações para Garantia dos Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM e
• 43 milhões são Aplicações Livres.
O valor médio mensal dos Depósitos constituídos nas Caixas do SICAM, no ano de 2011, foi de 9.647 milhões
de euros e o correspondente valor médio dos Depósitos Elegíveis estima-se em cerca de 9.403 milhões
de euros, pelo que o quociente entre o valor total das Aplicações Totais do FGCAM e o valor médio dos
Depósitos elegíveis, em 31 de dezembro de 2011, é de 2,41%, sendo de 1,95% o quociente entre o
valor das Aplicações para Garantia de Depósitos e o valor médio dos Depósitos elegíveis (mais 0,41 p.p.
e 0,43 p.p., respetivamente, face ao período homólogo do ano anterior).
5. SÍNTESE DO PLANO DE ATIVIDADES DO FGCAM PARA O ANO
DE 2012
No ano 2012, o FGCAM dará continuidade a ações de apoio ao saneamento fi nanceiro do SICAM, sob
proposta da Caixa Central e em articulação com o Banco de Portugal, prevendo-se a prorrogação das
condições de assistência fi nanceira concedidas a uma CCAM, sem implicar qualquer desembolso de
recursos por parte do Fundo.
Prevê-se ainda o pagamento à FENACAM de cerca de 250 mil euros, relativo a auditorias a realizar por
solicitação do FGCAM.
Deste modo, o apoio fi nanceiro ao CAM previsto para o ano 2012 provocará uma afetação de recursos
do Fundo em valor da ordem dos 250 mil euros.
Estima-se que, no ano 2012, o montante das contribuições do SICAM, principal fonte de fi nanciamento
da atividade do FGCAM, venha a atingir cerca de 5,85 milhões de euros, nos termos do Aviso n.º 3/2010
e da Instrução n.º 26/2011 do Banco de Portugal, sendo de 0,075% a taxa contributiva de base.
O FGCAM prevê, para o ano de 2012, acompanhar a gestão dos ativos remanescentes provenientes
da liquidação da CREDIVALOR que, ao abrigo do art.º 148.º do Código das Sociedades Comerciais,
transitaram para o Fundo.
Em 2011 prevê-se, igualmente, continuar a participar nas atividades do EFDI.
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6. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DE
2011
O Resultado do Exercício de 2011 ascendeu a 9.310.838,87 euros, propondo a Comissão Diretiva que
seja transferido na totalidade para Reservas.
Porto, 16 de março de 2012
A Comissão Diretiva
José António da Silveira Godinho
Licínio Manuel Prata Pina
Maria Helena Maio Ferreira de Vasconcelos
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IICONTAS DO EXERCÍCIO DE 2011
1. BALANÇO
2. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
3. DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES
NOS RECURSOS PRÓPRIOS
4. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
1. BALANÇO em milhares de euros
Notas 31 Dez 11 31 Dez 10
Ativo
Ativo corrente
Aplicações fi nanceiras
Aplicações para garantia de depósitos 3 183 341,5 146 806,3
Caixa e depósitos bancários 4 43 293,5 46 608,5
Instituições Participantes
Empréstimos concedidos 5 - 15 867,5
Estado e outros entes públicos 6 1 697,2 1 061,3
Outras contas a receber 7 705,1 939,6
Ativos não correntes detidos para venda 8 638,5 -
229 675,8 211 283,3
Ativo não corrente
Instituições Participantes
Empréstimos concedidos 5 86 433,9 86 433,9
86 433,9 86 433,9
Total do Ativo 316 109,7 297 717,2
Recursos Próprios 9 314 040,5 296 434,4
Passivo
Passivo corrente
Estado e outros entes públicos 6 1 840,0 1 051,9
1 840,0 1 051,9
Passivo não corrente
Passivos por impostos diferidos 12 229,2 230,9
229,2 230,9
Total do Passivo 2 069,2 1 282,8
Total de Recursos Próprios e Passivo 316 109,7 297 717,2
2. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS em milhares de euros
Notas 31 Dez 11 31 Dez 10
Resultado de juros e de rendimentos e gastos equiparados 10 7 903,3 4 930,0
Ganhos/perdas em aplicações fi nanceiras 11 1 398,1 -237,2
Imposto sobre o rendimento 12 1 938,7 1 030,9
Resultado da Aplicação dos Recursos Disponíveis 7 362,7 3 661,9
Gastos com o pessoal 13 45,6 45,1
Fornecimentos e serviços externos 14 12,9 5,6
Subsídios ao CAM 15 250,0 250,0
Outros rendimentos e ganhos 16 1,3 40,0
Outros gastos e perdas 16 1,1 1,0
Resultado Antes de Imparidade e Provisões 7 054,3 3 400,2
Perdas/reversões em imparidade de ativos 17 -2 256,5 -310,0
Resultado Líquido 9 310,8 3 710,2
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3. DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NOS RECURSOS PRÓPRIOS
em milhares de euros
Contribuições efetuadas por:
ReservasResultado
Líquido
Recursos
PrópriosBanco de Portugal Caixa
CentralCCAM
DL 182/87 DL 345/98
Posição em 31 dezembro 2009 4 988,0 73 423,4 15 453,0 167 050,6 18 065,2 4 634,0 283 614,2
Contribuições
Contribuições efetuadas pelas instituições participantes
1.ª prestação (abril 2010) - - 39,7 3 910,9 - - 3 950,6
2.ª prestação (outubro 2010) - - 39,7 3 911,8 - - 3 951,4
Assistências Financeiras
Recuperação de créditos sobre assistências fi nanceiras
- - - - 1 208,0 - 1 208,0
Aplicação de Resultados - - - - 4 634,0 -4 634,0 -
- - 79,3 7 822,7 5 842,0 -4 634,0 9 110,0
Resultado líquido do período 3 710,2 3 710,2
Posição em 31 dezembro 2010 4 988,0 73 423,4 15 532,3 174 873,3 23 907,2 3 710,2 296 434,4
Contribuições
Contribuições efetuadas pelas instituições participantes
1.ª prestação (abril 2011) - - 43,5 4 077,9 - - 4 121,4
2.ª prestação (outubro 2011) - - 43,5 4 077,9 - - 4 121,4
Assistências Financeiras
Recuperação de créditos sobre assistências fi nanceiras
- - - - 52,5 - 52,5
Aplicação de Resultados - - - - 3 710,2 -3 710,2 -
- - 87,0 8 155,8 3 762,7 -3 710,2 8 295,3
Resultado líquido do período 9 310,8 9 310,8
Posição em 31 dezembro 2011 4 988,0 73 423,4 15 619,3 183 029,1 27 669,9 9 310,8 314 040,5
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4. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
em milhares de euros
31-12-2011 31-12-2010
Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais
Recebimento de contribuições:
Caixa Central (1.ª prestação) 43,5 39,7
Caixa Central (2.ª prestação) 43,5 39,7
Caixas do Crédito Agrícola Mútuo (1.ª prestação) 4 077,9 3 910,9
Caixas do Crédito Agrícola Mútuo (2.ª prestação) 4 077,9 3 911,8
Recuperação de créditos sobre assistências fi nanceiras 52,5 1 208,0
Pagamento de imposto sobre o rendimento -103,9 -1,5
Outros recebimentos/pagamentos -269,3 -310,3
Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais 7 922,1 8 798,2
Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento
Pagamentos respeitantes a:
Aplicações para garantia de depósitos
Constituição de depósitos a prazo -268 812,0 -260 204,0
Aquisição de títulos de dívida pública -224 502,2 -83 553,3
Aquisição de certifi cados especiais de dívida de curto prazo - -42 500,0
Outras aplicações
Constituição de depósitos a prazo -181 988,0 -197 446,0
Aquisição de certifi cados especiais de dívida de curto prazo - -7 500,0
Concessão de suprimentos (Credivalor) -390,0 -50,0
Recebimentos provenientes de:
Aplicações para garantia de depósitos
Vencimento de depósitos a prazo 281 812,0 313 300,0
Vencimento de títulos de dívida pública 203 386,2 22 009,0
Vencimento de certifi cados especiais de dívida de curto prazo - 51 000,0
Outras aplicações
Vencimento de depósitos a prazo 158 288,0 168 250,0
Vencimento de certifi cados especiais de dívida de curto prazo - 9 000,0
Reembolso de empréstimos concedidos a instituições participantes 15 867,5 14 359,1
Devolução de suprimentos (Credivalor) 1 950,0 360,0
Liquidação da Credivalor 58,0 -
Juros e rendimentos similares
Aplicações para garantia de depósitos
Depósitos a prazo 3 283,3 2 296,7
Títulos de dívida pública 236,2 -
Certifi cados especiais de dívida de curto prazo - 25,0
Outras aplicações
Depósitos a prazo 2 454,2 1 330,1
Certifi cados especiais de dívida de curto prazo - 4,4
Empréstimos concedidos a instituições participantes 426,6 528,2
Depósitos à ordem 2,9 3,3
Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento -7 927,4 -8 787,4
Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento
Pagamentos respeitantes a:
Outras operações de fi nanciamento -0,6 -0,1
Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento -0,6 -0,1
Variação de Caixa e seus Equivalentes -6,0 10,7
Caixa e seus equivalentes no início do período 260,7 250,0
Caixa e seus equivalentes no fi m do período 254,7 260,7
dos quais incluídos em Aplicações para garantia de depósitos 57,2 48,2
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II
IIIANEXOS
1. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
2. INFORMAÇÃO SOBRE A CREDIVALOR – CONTAS FINAIS
DA LIQUIDAÇÃO
3. LISTA DAS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES NO FGCAM
EM 31-12-2011
4. ALTERAÇÕES NO ENQUADRAMENTO JURÍDICO
DO FGCAM E DO CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO
1. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
NOTA 1 | ATIVIDADE DO FGCAM
O Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM ou Fundo) é uma pessoa coletiva de direito
público, dotada de autonomia administrativa e fi nanceira, que tem por objeto garantir o reembolso de
depósitos constituídos na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e nas Caixas de Crédito Agrícola
Mútuo suas associadas, bem como promover e realizar as ações que considere necessárias para assegurar
a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito
Agrícola Mútuo (SICAM).
O FGCAM foi criado em 1987 através do Decreto-Lei n.º 182/87 e tem a sua sede no Porto, funcionando
junto do Banco de Portugal, a quem compete assegurar os serviços técnicos e administrativos indispen-
sáveis ao seu bom funcionamento.
Em 31 de dezembro de 2011, participam no Fundo 86 Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, incluindo a
Caixa Central (31 de dezembro de 2010: 86).
NOTA 2 | BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1. Bases de apresentação
Face ao disposto no artigo 19.º do Regime Jurídico do FGCAM12, os princípios contabilísticos que orientam
a preparação das demonstrações fi nanceiras do Fundo são estabelecidos em Plano de Contas próprio.
Assim, as demonstrações fi nanceiras do FGCAM a 31 de dezembro de 2011 foram preparadas em confor-
midade com o seu Plano de Contas, o qual tem por base as Normas Internacionais de Contabilidade
(NIC), aprovadas no regulamento da União Europeia 1606/2002/CE, com as atualizações ocorridas nas
normas até 1 de janeiro de 2010, salvo em situações específi cas defi nidas naquele Plano, as quais visam
um enquadramento apropriado à natureza jurídica e operacional do Fundo.
As demonstrações fi nanceiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção
dos ativos registados ao seu justo valor, nomeadamente os ativos fi nanceiros detidos para negociação.
2.2. Principais políticas contabilísticas
As principais políticas contabilísticas e critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações
fi nanceiras relativas ao exercício de 2011 são os seguintes:
a) Recursos Próprios: Contribuições
As contribuições efetuadas em favor do Fundo constituem uma componente dos seus recursos próprios,
para além das reservas decorrentes da aplicação de resultados de períodos anteriores, e são reconhecidas
como tal nas datas fi xadas no artigo 9.º do Regime Jurídico do FGCAM.
As instituições participantes entregam ao Fundo uma contribuição pelo registo do seu início de atividade
e, posteriormente, contribuições com periodicidade anual, realizadas em duas prestações. Os valores das
contribuições são entregues em numerário, sendo calculados em função (i) da taxa contributiva fi xada
anualmente pelo Banco de Portugal, sob proposta da Comissão Diretiva do Fundo, (ii) do valor médio
12 O Regime Jurídico do FGCAM encontra-se defi nido na versão consolidada do Decreto-lei n.º 345/98, de 9 de novembro.
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dos saldos mensais dos depósitos, elegíveis para o efeito, do ano anterior e (iii) do rácio de solvabilidade
das instituições participantes. Em casos excecionais, as instituições participantes efetuam contribuições
especiais, previstas no artigo 10.º do Regime Jurídico do FGCAM.
b) Ativos fi nanceiros detidos para negociação
Os ativos fi nanceiros são classifi cados como detidos para negociação no momento da sua aquisição
quando são adquiridos com o objetivo principal de serem transacionados no curto prazo.
As aquisições e alienações de ativos fi nanceiros detidos para negociação são reconhecidas na data da
negociação (trade date), traduzindo o momento em que o Fundo se compromete a adquirir ou alienar
o ativo. Estes ativos fi nanceiros são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor13, sendo os custos de
transação diretamente reconhecidos em resultados. Após o seu reconhecimento inicial, as variações de
justo valor são reconhecidas em resultados.
c) Empréstimos concedidos a instituições participantes
No âmbito da sua atividade, ao abrigo do n.º 2 do artigo 15.º do Regime Jurídico do FGCAM, o Fundo
pode conceder empréstimos às instituições participantes que denotem insufi ciências ao nível da sua
solvabilidade e liquidez. Estes créditos são reconhecidos como um ativo, mensurado ao custo (valor
nominal) e deduzido de perdas por imparidade.
d) Ativos não correntes detidos para venda
Ativos não correntes ou grupos para alienação (grupo de ativos a alienar em conjunto numa só transação,
e passivos diretamente associados que incluem pelo menos um ativo não corrente) são classifi cados como
detidos para venda quando (i) o seu valor de balanço for recuperado principalmente através de uma
transação de venda (incluindo os adquiridos exclusivamente com o objetivo da sua venda), (ii) os ativos
ou grupos para alienação estiverem disponíveis para venda imediata e (iii) a venda for altamente provável.
Imediatamente antes da classifi cação inicial do ativo (ou grupo para alienação) como detido para venda,
a mensuração dos ativos não correntes (ou de todos os ativos e passivos do grupo) é efetuada de acordo
com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente, estes ativos ou grupos para alienação são mensurados ao
menor valor entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor deduzido dos custos de venda.
e) Prestação de assistência fi nanceira a instituições participantes
O Fundo pode prestar outro tipo de assistência fi nanceira a instituições participantes, para além do referido
na alínea c). A saída de fundos é reconhecida por contrapartida da diminuição dos recursos próprios do
FGCAM, no pressuposto do carácter defi nitivo da assistência ou do elevado nível de incerteza quanto
ao montante a recuperar e quanto ao momento da recuperação.
Nas situações em que o Fundo tem a garantia legal da efetivação de montantes a recuperar reconhece
um ativo no seu Balanço, em contrapartida de um aumento dos recursos próprios. Este ativo é mensurado
ao custo (valor nominal) e deduzido de perdas por imparidade.
f) Reembolso de depósitos sob garantia
No âmbito da sua atividade o Fundo pode ser chamado a reembolsar os depósitos de uma instituição
participante. Nesta situação é reconhecido um passivo por contrapartida de uma diminuição dos recursos
próprios do Fundo. A quantia escriturada relativa a esse passivo é mensurada pelo valor nominal do
13 O justo valor corresponde, na maioria dos casos, ao seu preço de compra corrente (bid-price).
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montante a reembolsar e é reduzida na medida em que os depositantes recebem o respetivo reembolso.
No caso de existirem valores não reclamados pelos depositantes, o remanescente do passivo é anulado
por contrapartida do respetivo aumento dos recursos próprios.
Na eventualidade de o Fundo ser ressarcido pelo reembolso de depósitos sob garantia, é reconhecido
um ativo por contrapartida de um aumento dos recursos próprios, apenas no momento em que o Fundo
tem a garantia legal da recuperação e é conhecedor da quantia a escriturar. Este ativo é mensurado ao
custo (valor nominal) e deduzido de perdas por imparidade.
g) Imposto sobre o rendimento
O FGCAM, enquanto pessoa coletiva de direito público, está isento de Imposto Sobre o Rendimento
das Pessoas Coletivas (IRC), nos termos do artigo 9.º do Código de Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Coletivas (CIRC), com exceção dos rendimentos de capitais tal como defi nidos para efeitos de
Imposto Sobre o Rendimento das Pessoa Singulares (IRS) no artigo 5.º do Código do Imposto Sobre o
Rendimento das Pessoas Singulares (CIRS) – Categoria E.
Os rendimentos de capital auferidos em Portugal estão sujeitos a retenção na fonte à taxa liberatória
em vigor. Os rendimentos de capital obtidos no estrangeiro não estão sujeitos a retenção em Portugal,
pelo que o Fundo está sujeito a tributação por via declarativa à Administração Fiscal portuguesa. No
caso de não existir qualquer tributação dos rendimentos de capital no país de origem dos rendimentos,
aplica-se a taxa liberatória em vigor em Portugal. Caso haja lugar a retenções no país de origem, o valor
sujeito a tributação corresponde à diferença entre a taxa de imposto aplicada em Portugal e a taxa de
retenção aplicada no estrangeiro.
O imposto sobre o rendimento reconhecido em resultados do Fundo compreende os impostos correntes e
os impostos diferidos que derivam (i) da recuperação futura da quantia escriturada de ativos reconhecidos
no balanço ou (ii) de transações e outros acontecimentos do período corrente que sejam reconhecidos
nas demonstrações fi nanceiras do Fundo.
NOTA 3 | APLICAÇÕES PARA GARANTIA DE DEPÓSITOS
A rubrica “Aplicações para garantia de depósitos” enquadra os ativos fi nanceiros que servem de
garantia dos depósitos constituídos nas CCAM participantes no FGCAM, de acordo com o disposto no
n.º 1 do art. 2.º do Regime Jurídico do FGCAM, de 9 de novembro.
em milhares de euros
Aplicações para garantia de depósitos 31-12-2011 31-12-2010
Depósitos à ordem 57,2 48,2
Depósitos a prazo 99 404,0 85 404,0
Títulos de dívida pública 83 880,2 61 354,1
183 341,5 146 806,3
Esta rubrica apresenta, a 31 de dezembro de 2011, o montante de 183 342 milhares de euros (31 de
dezembro de 2010: 146 806 euros), dos quais 83 880 milhares de euros correspondem a uma carteira de
títulos de dívida pública emitida em países inseridos na Zona Euro, e que inclui a especialização do juro
vencido e não pago de títulos com cupão. Os títulos desta carteira encontram-se classifi cados como ativos
fi nanceiros detidos para negociação e o seu tratamento contabilístico é descrito na Nota 2.2, alínea b).
Em 31 de dezembro de 2011, o prazo médio de vencimento dos depósitos a prazo e dos títulos de dívida
pública corresponde a 4 e 7 meses, respetivamente (31 de dezembro de 2010: 2 e 5 meses, respetivamente).
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NOTA 4 | CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS
A rubrica “Caixa e depósitos bancários” releva os depósitos à ordem e a prazo pelos seguintes montantes:
em milhares de euros
Caixa e depósitos bancários 31-12-2011 31-12-2010
Depósitos bancários
Depósitos à ordem 197,5 212,5
Depósitos a prazo 43 096,0 46 396,0
43 293,5 46 608,5
NOTA 5 | EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS A INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES
Esta rubrica engloba os empréstimos concedidos pelo FGCAM no âmbito da assistência fi nanceira pres-
tada às instituições participantes, através de empréstimos subordinados de longo prazo, remunerados a
uma taxa inferior às taxas praticadas no mercado. Os movimentos ocorridos nesta rubrica, no exercício
de 2011, encontram-se detalhados no quadro seguinte:
em milhares de euros
Empréstimos concedidos
a instituições participantes31-12-10
Movimento em 2011
31-12-11 MaturidadeEmpréstimosconcedidos
Reembolsos
Caixa Central do Crédito Agrícola Mútuo 2 400,0 - -2 400,0 - -
CCAM Alcobaça, CRL 9 976,0 - -9 976,0 - -
CCAM Área Metropropolitana do Porto, CRL 3 491,6 - -3 491,6 - -
Total de empréstimos com vencimento inferior
a 1 ano | (Ativo Corrente)15 867,5 - -15 867,5 -
CCAM Vale do Sousa e Baixo Tâmega, CRL 5 000,0 - - 5 000,0 2013
CCAM Costa Verde, CRL 11 000,0 - - 11 000,0 2018
CCAM da Bairrada e Aguieira 3 000,0 - - 3 000,0 2016
CCAM da Bairrada e Aguieira 5 000,0 - - 5 000,0 2018
CCAM da Bairrada e Aguieira 8 000,0 - - 8 000,0 2021
CCAM da Beira Baixa (Sul) 4 000,0 - - 4 000,0 2013
CCAM Entre Tejo e Sado, CRL 20 956,7 - - 20 956,7 2014
CCAM Alcácer Sal e Montemor-o-Novo, CRL 12 000,0 - - 12 000,0 2022
CCAM Moravis, CRL 6 500,0 - - 6 500,0 2012
CCAM Moravis, CRL 1 500,0 - - 1 500,0 2021
CCAM do Alentejo Central 9 477,2 - - 9 477,2 2015
Total de empréstimos com vencimento supe-
rior a 1 ano | (Ativo Não Corrente)86 433,9 - - 86 433,9
102 301,4 - -15 867,5 86 433,9
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NOTA 6 | ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
A rubrica “Estado e outros entes públicos” apresentada no ativo corresponde essencialmente ao
montante retido por terceiros relativo à tributação de rendimentos de capitais auferidos no período em
análise.
A rubrica “Estado e outros entes públicos” apresentada no passivo compreende (i) o montante de
imposto a pagar sobre rendimentos de capitais auferidos em 2011, (ii) as retenções na fonte efetuadas
pelo FGCAM relativas a rendimentos de trabalho dependente e (iii) os encargos sociais obrigatórios, a
entregar ao Estado nos prazos legais.
NOTA 7 | OUTRAS CONTAS A RECEBER
A rubrica “Outras contas a receber” apresenta a seguinte composição:
em milhares de euros
Outras Contas a Receber 31-12-2011 31-12-2010
Juros a receber
Depósitos à ordem 0,4 0,5
Depósitos a prazo 298,9 487,7
Aplicações para garantia de depósitos (depósitos a prazo) 259,5 261,9
Empréstimos concedidos a instituições participantes 146,4 149,5
705,1 899,6
Coimas aplicadas pelo Banco de Portugal - 40,0
705,1 939,6
NOTA 8 | ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
A rubrica “Ativos não correntes detidos para venda” regista os ativos que, não estando relacionados
com a atividade do Fundo, se encontram disponíveis para venda imediata na sua condição presente e
que se considera que a ocorrência da sua venda é altamente provável.
Os ativos registados nesta rubrica resultam do encerramento efetivo da liquidação da CREDIVALOR –
Sociedade Parabancária de Recuperação de Créditos, S. A., onde o FGCAM detinha uma participação
fi nanceira até 23 de setembro de 2011, conforme relatado na Nota 19. Os ativos compreendem os
imóveis e direitos sobre imóveis cuja propriedade foi transmitida para o FGCAM, cuja mensuração baseia-
-se no seu valor escriturado, equivalente aos montantes evidenciados nas contas fi nais da CREDIVALOR,
conforme política contabilística descrita na Nota 2.2, alínea d).
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A rubrica “Ativos não correntes detidos para venda” apresenta assim a seguinte composição:
em milhares de euros
Ativos não correntes detidos para venda 31-12-2011 31-12-2010
Imóveis
Instalação industrial 143,0 -
Urbano com várias construções autónomas 205,0 -
Casa de r/c para comércio e 1.º andar para habitação 51,0 -
Avos de habitações e terreno agrícola 20,9 -
Terreno com construção 30,0 -
Avos de habitação, armazém e lote de terreno para
construção174,7 -
624,6 -
Direitos sobre imóveis
Terreno com construção 14,0 -
14,0 -
638,5 -
NOTA 9 | RECURSOS PRÓPRIOS
Os “Recursos Próprios” do Fundo são constituídos pelas contribuições iniciais do Banco de Portugal,
pelas contribuições iniciais e periódicas das instituições de crédito participantes e pelos rendimentos
provenientes da aplicação dos recursos do Fundo. O acréscimo de 17 606 milhares de euros verifi cado
em 2011, apresentado na Demonstração de Alterações nos Recursos Próprios, incorpora:
• O recebimento das contribuições periódicas anuais efetuadas pela Caixa Central e pelas CCAM
(87 e 8 156 milhares de euros, respetivamente), efetuadas em abril e outubro de 2011, conforme
política contabilística descrita na Nota 2.2, alínea a);
• A recuperação de créditos sobre a assistência fi nanceira prestada à CCAM do Algarve (53 milhares
de euros – ver Nota 18), à luz da política contabilística descrita na Nota 2.2, alínea e);
• O resultado líquido do ano (9 311 milhares de euros).
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NOTA 10 | RESULTADO DE JUROS E DE RENDIMENTOS E GASTOS EQUIPARADOS
O valor da rubrica “Resultado de juros e de rendimentos e gastos equiparados” é composto por:
em milhares de euros
Resultado de juros
e de rendimentos e gastos equiparados31-12-2011 31-12-2010
Juros obtidos
Depósitos bancários
Depósitos à ordem 3,6 4,1
Depósitos a prazo 2 935,5 1 756,6
2 939,0 1 760,8
Aplicações para garantia de depósitos
Depósitos a prazo 4 177,7 2 477,8
Títulos de dívida pública 247,0 47,0
4 424,6 2 551,8
Empréstimos concedidos a instituições participantes
Empréstimos subordinados 540,2 612,8
540,2 612,8
Outros ativos fi nanceiros
Certifi cados especiais de dívida de curto prazo - 4,8
- 4,8
Total de juros obtidos 7 903,9 4 930,1
Total de juros suportados 0,6 0,1
7 903,3 4 930,0
NOTA 11 | GANHOS/PERDAS EM APLICAÇÕES FINANCEIRAS
A rubrica “Ganhos/perdas em aplicações fi nanceiras” consiste no refl exo em resultados das variações
de justo valor dos ativos fi nanceiros detidos para negociação, conforme política contabilística descrita
na Nota 2.2, alínea b).
O valor desta rubrica é composto por:
em milhares de euros
Ganhos / perdas em aplicações
fi nanceiras
31-12-2011 31-12-2010
Ganhos Perdas Total Ganhos Perdas Total
Títulos de dívida pública
Obrigações do tesouro 250,9 36,5 214,4 - 131,3 -131,3
Obrigações do tesouro
(cupão zero)26,1 - 26,1 - 7,9 -7,9
Bilhetes do tesouro 1 170,7 13,1 1 157,6 69,8 167,9 -98,1
1 477,7 49,6 1 398,1 69,8 307,0 -237,2
Os títulos de dívida pública a que os ganhos/perdas acima apresentados se referem encontram-se regis-
tados em balanço na rubrica “Aplicações para garantia de depósitos” (ver Nota 3).
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NOTA 12 | IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
O valor de imposto sobre o rendimento reconhecido em resultados durante os exercícios de 2011 e 2010
apresenta a seguinte origem:
em milhares de euros
Imposto sobre o rendimento 31-12-2011 31-12-2010
Imposto corrente
Depósitos à ordem 0,8 0,8
Depósitos a prazo 671,7 333,0
Certifi cados especiais de dívida de curto prazo - 1,1
Aplicações para garantia de depósitos
Depósitos a prazo 898,7 574,7
Títulos de dívida pública 252,3 3,3
Certifi cados especiais de dívida de curto prazo - 6,2
Empréstimos concedidos a instituições participantes 116,8 132,0
1 940,4 1 051,2
Imposto diferido
Depósitos a prazo -40,6 25,7
Certifi cados especiais de dívida de curto prazo - - 0,2
Aplicações para garantia de depósitos
Depósitos a prazo -0,5 - 75,2
Títulos de dívida pública 40,1 37,5
Certifi cados especiais de dívida de curto prazo - - 0,9
Empréstimos concedidos a instituições participantes -0,7 - 7,2
-1,7 - 20,2
1 938,7 1 030,9
A rubrica “Passivos por impostos diferidos” refl ete a tributação sobre rendimentos já reconhecidos nas
contas do Fundo, mas cujo imposto só será devido em períodos posteriores, de acordo com o descrito
na Nota 2.2, alínea g).
em milhares de euros
Passivos por impostos diferidos 31-12-2011 31-12-2010
Imposto diferido sobre rendimentos de capitais
Depósitos à ordem 0,1 0,1
Depósitos a prazo 64,3 104,9
Aplicações para garantia de depósitos
Depósitos a prazo 55,8 56,3
Títulos de dívida pública 77,6 37,5
Empréstimos concedidos a instituições participantes 31,5 32,1
229,2 230,9
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NOTA 13 | GASTOS COM O PESSOAL
A rubrica “Gastos com o pessoal” releva o pagamento do vencimento dos membros remunerados da
Comissão Diretiva, assim como os respetivos encargos do Fundo para a Segurança Social.
em milhares de euros
Gastos com o pessoal 31-12-2011 31-12-2010
Remunerações da Comissão Diretiva 37,9 40,8
Encargos sobre remunerações 7,7 4,3
45,6 45,1
O aumento verifi cado face ao exercício anterior é essencialmente justifi cado pelos seguintes efeitos
compensados:
• a diminuição verifi cada nas remunerações da Comissão Diretiva face ao período homólogo do ano
anterior encontra-se infl uenciada (i) pela redução em 5% do vencimento base estabelecido para
os membros remunerados da Comissão Diretiva do Fundo, a qual só produziu efeito a partir de
junho de 2010, inclusive, e (ii) pela redução acumulada em 10% do vencimento base de um dos
membros remunerados da Comissão Diretiva, por acumulação de cargos públicos, com efeitos a
partir de janeiro de 2011;
• o aumento verifi cado nos encargos sobre as remunerações deve-se à alteração da situação contri-
butiva de um dos membros remunerados da Comissão Diretiva face à Segurança Social, passando
a estar sujeito, nos termos legais, à contribuição para aquela entidade a partir de janeiro de 2011.
NOTA 14 | FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
A composição desta rubrica é como segue:
em milhares de euros
Fornecimentos e serviços externos 31-12-2011 31-12-2010
Comissões de custódia 9,0 1,8
Deslocações, estadas e transportes 3,8 3,7
12,9 5,6
O acréscimo nas despesas com comissões de custódia encontra-se infl uenciado por a carteira de títulos
de dívida pública, incluída na rubrica “Aplicações para garantia de depósitos”, ter sido constituída
apenas a partir de setembro de 2010.
NOTA 15 | SUBSÍDIOS AO CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO
Esta rubrica regista, em 31 de dezembro de 2011 e 2010, os subsídios compensatórios concedidos à
FENACAM – Federação Nacional das CCAM, CRL, correspondentes à comparticipação nos custos de
auditorias efetuadas às Caixas do Crédito Agrícola Mútuo, por solicitação do FGCAM.
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NOTA 16 | OUTROS RESULTADOS
A rubrica “Outros rendimentos e ganhos” regista, a 31 de dezembro de 2011, as diferenças na valo-
rização da carteira de títulos de dívida pública, incluída no agregado “Aplicações para garantia de
depósitos”, com referência a 31 de dezembro de 2010. Estas diferenças derivam da alteração, naquela
data, da metodologia de cálculo do valor da carteira, na sequência da substituição do sistema operacional
de gestão de ativos utilizado pelo Fundo. Em 31 de dezembro de 2010, esta rubrica inclui as coimas a
favor do FGCAM, aplicadas pelo Banco de Portugal no exercício das suas funções de supervisão bancária
a uma instituição pertencente ao SICAM.
A rubrica “Outros gastos e perdas” refl ete essencialmente, a 31 de dezembro de 2011 e 2010, a
quotização anual do FGCAM como membro do EFDI – European Forum of Deposit Insurers.
NOTA 17 | PERDAS/REVERSÕES EM IMPARIDADE DE ATIVOS
A rubrica “Perdas/reversões em imparidade de ativos” representa o refl exo em resultados das variações
relativas à situação de imparidade da participação fi nanceira do FGCAM na CREDIVALOR (ver Nota 19).
Até ao encerramento efetivo da liquidação da CREDIVALOR, as movimentações efetuadas relativamente
à concessão e devolução de suprimentos (+390 e -1 950 milhares de euros, respetivamente) contemplam
os correspondentes reforços e reversões de imparidade, nos mesmos montantes.
Na data do encerramento efetivo da liquidação da CREDIVALOR (conforme descrito na Nota 19), foi
revertido adicionalmente o montante de 697 milhares de euros, devido à recuperação de parte do
valor da participação de capital e dos créditos concedidos sob a forma de prestações acessórias e supri-
mentos. Essa recuperação traduz-se na transmissão da propriedade de imóveis e direitos sobre imóveis
(639 milhares de euros, registados em “Ativos não correntes detidos para venda” – ver Nota 8) e
no recebimento do valor remanescente da conta corrente em utilização pela Comissão Liquidatária da
CREDIVALOR (58 milhares de euros).
Nessa data, foi ainda utilizada a quantia de 3 109 milhares de euros como contrapartida do desreco-
nhecimento do valor não recuperado relativo à participação de capital na CREDIVALOR e de parte dos
créditos concedidos sob a forma de prestações acessórias.
Em suma, a rubrica “Perdas/reversões em imparidade de ativos” apresenta até à data um impacto
positivo em resultados (2 257 milhares de euros), o qual se apresenta integrado na seguinte demonstração
das alterações à situação de imparidade dos ativos relacionados com a participação na CREDIVALOR:
em milhares de euros
Imparidade de ativos:
Credivalor
Participações
de capital
Prestações
acessóriasSuprimentos Total
Posição em 31 dezembro 2010 46,0 3 360,0 1 959,0 5 365,0
Reforços - - 390,0 390,0
Reversões - -297,5 -2 349,0 -2 646,5
Perdas/reversões em imparidades de ativos - -297,5 -1 959,0 -2 256,5
Utilizações -46,0 -3 062,5 - -3 108,5
Saldo em 31 dezembro 2011 - - - -
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NOTA 18 | ATIVOS CONTINGENTES
Em 31 de dezembro de 2011, o FGCAM apresenta um ativo contingente resultante da participação
do Fundo na assistência fi nanceira prestada à CCAM do Algarve. Esta assistência, com inicio em 1999,
ascendeu a 59 856 milhares de euros. Considera-se como possível a recuperação de, pelo menos,
parte do montante entregue àquela instituição participante, visto existir um acordo contratual que visa
a delineação de um plano de reembolso. Neste contexto, o Fundo recebeu 53 milhares de euros no
decorrer do exercício de 2011 (2010: 1 208 milhares de euros), conforme espelhado na Demonstração
de Alterações nos Recursos Próprios e na Nota 9.
No entanto, entende-se que não é prudente estimar o valor deste ativo por se considerar que o plano de
reembolso delineado, de carácter variável a partir do resultado anual da CCAM do Algarve, não permite
efetuar uma estimativa fi ável para a sua mensuração.
NOTA 19 | PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
Em 31 de dezembro de 2010, a participação detida pelo FGCAM de 92% no capital social da CREDIVALOR
encontrava-se em situação de imparidade total, pelo que o seu valor de balanço era nulo. Esta situação
devia-se ao facto de a sociedade se encontrar, nessa data, na fase fi nal do processo da sua liquidação.
Em 23 de setembro de 2011, foi formalizada a transmissão dos ativos da CREDIVALOR para o FGCAM
através de escritura de liquidação da sociedade, tendo o Fundo recuperado o valor de 697 milhares de
euros:
em milhares de euros
Liquidação da Credivalor Montante reconhecido
Ativos não correntes detidos para venda
Imóveis 624,6
Direitos sobre imóveis 14,0
638,5
Valores em numerário 58,0
Total do valor recuperado 696,5
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A contrapartida do reconhecimento em balanço dos ativos em causa é tratada como um ganho em
resultados (ver Nota 17), uma vez que, conforme referido, o valor da participação se encontrava em
situação de imparidade total.
em milhares de euros
Participações fi nanceiras: CredivalorParticipações
de capital
Prestações
acessóriasSuprimentos Total
Posição em 31 dezembro 2010 46,0 3 360,0 1 959,0 5 365,0
Antes da liquidação da sociedade:
Concessão de suprimentos - - 390,0 390,0
Reembolso de suprimentos - - -1 950,0 -1 950,0
Antes da liquidação da sociedade:
Valor recuperado - -297,5 -399,0 -696,5
Write-off -46,0 -3 062,5 - -3 108,5
Posição em 31 dezembro 2011 - - - -
O valor nominal da participação fi nanceira na CREDIVALOR, assim como dos créditos concedidos sob a
forma de prestações acessórias e de suprimentos, foram simultaneamente desreconhecidos das contas
do Fundo. Esse movimento contabilístico incorpora os montantes relativos (i) ao montante recuperado
(697 milhares de euros) e (ii) à utilização da imparidade anteriormente reconhecida (3 109 milhares de
euros – ver Nota 17).
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2. INFORMAÇÃO SOBRE A CREDIVALOR – CONTAS FINAIS DA
LIQUIDAÇÃO
Sociedade em que o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo detinha, até 23 de setembro de
2011, uma participação maioritária (92% do Capital).
2.1. Atividade da CREDIVALOR
A CREDIVALOR - Sociedade Parabancária de Valorização de Créditos, S. A. foi constituída na sequência da
autorização conferida pela Portaria n.º 6/93 (2.ª Série) da Presidência do Conselho de Ministros e Minis-
tério das Finanças, publicada em 7 de janeiro de 1993. No seguimento das orientações oportunamente
defi nidas pela Comissão Diretiva do FGCAM, acionista maioritário, foi deliberada por unanimidade, em
Assembleia Geral realizada em 9 de novembro de 2006, a dissolução voluntária da CREDIVALOR, nos
termos do art.º 35.º-A do RGICSF e do art.º 141.º, n.º 1, alínea b) do Código das Sociedades Comerciais.
Não tendo sido concluído o processo de liquidação da CREDIVALOR no prazo de dois anos previsto no
n.º 1 do art.º 150.º do Código das Sociedades Comerciais, que expirou em 9 de novembro de 2008, foi o
mesmo prorrogado por mais um ano, nos termos do n.º 2 do referido art.º 150.º, conforme deliberação
da Assembleia Geral extraordinária de acionistas, realizada em 31 de outubro de 2008.
Dada a impossibilidade de encerrar a liquidação dentro do novo prazo, que expirou em 9 de novembro
de 2009, em Assembleia Geral extraordinária de acionistas de 29 de setembro de 2010, foi deliberado
o prosseguimento da liquidação sob a forma voluntária e extrajudicial, de acordo com o plano de liqui-
dação apresentado aos acionistas e ao Banco de Portugal, e fi xado o termo do prazo da liquidação em
31 de maio de 2011, podendo ser prorrogado por mais um ano se razões excecionais o justifi cassem.
“Tendo-se constatado que os passos fi nais do processo de liquidação não estariam concluídos até 31
de maio de 2011, realizou-se nessa mesma data uma Assembleia Geral extraordinária de acionistas que
aprovou a prorrogação do prazo da liquidação até 31 de julho de 2011”14.
“Ao longo do período da liquidação, a Comissão Liquidatária desenvolveu esforços para a alienação
dos ativos em carteira, bem como para a regularização de passivos associados a processos ou imóveis
detidos. (…) Manteve, também, o necessário acompanhamento dos processos de crédito, (…), bem
como a gestão dos imóveis detidos para venda”15.
À data de início da liquidação da Sociedade encontravam-se ativos 175 processos de Crédito, 163 decor-
rentes de Processos de Assistência Financeira e 12 da Área Negocial. A CREDIVALOR detinha ainda imóveis
relacionados com 13 processos de Crédito.
Globalmente, durante o período em que decorreu a liquidação:
• Foram propostas 13 novas ações judiciais;
• Foram encerrados 59 processos sem recuperação de créditos e 28 processos com recuperação parcial
ou total de créditos, no valor global de 608,3 mil euros;
• Em 21 processos de recuperação judicial de créditos foi recuperado o montante de 485,2 mil euros;
• No âmbito dos planos de pagamento acordados extrajudicialmente, foi recebido o montante global
de 297,1 mil euros;
14 In Relatório de Contas Finais de Liquidação da CREDIVALOR, de 29 de julho de 2011.15 Idem.
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• Foram adquiridos, em venda judicial, 4 imóveis (2 dos quais em 2011) e alienados 2 imóveis (ambos
no ano de 2010).
Durante o ano de 2011 e até à data de encerramento da liquidação, 23 de setembro, a Comissão
Liquidatária da CREDIVALOR celebrou 3 contratos/escrituras de cessão de créditos e de alienação de
imóveis com a FINANGESTE e um contrato de cessão de créditos à DOMUSVENDA. Os Ativos e Passivos
remanescentes transitaram, ao abrigo do artigo 148.º do Código das Sociedades Comerciais, para o
FGCAM, dando-se por essa via como efetivamente encerrada a liquidação da sociedade.
2.2. Contas Finais da Liquidação da CREDIVALOR
As contas fi nais da liquidação da CREDIVALOR foram aprovadas em Assembleia Geral de acionistas
realizada em 29 de julho de 2011.
CREDIVALOR (em 103 euros)
Ativo 29-7-2011 31-12-2010 Variação
Disponibilidades 50 69 -19
Crédito sobre Clientes (Líq.) 0 43 -43
V. Bruto 0 11 697 -11 697
Provisões 0 11 654 -11 654
Ativos Tangiveis e Intangiveis (Líq.) 0 0 0
V. Bruto 14 439 -425
Amortizações 14 439 -425
Ativos não Correntes Detidos p/ Venda (Líq.) 639 1 656 -1 017
V. Bruto 912 8 923 -8 011
Provisões 274 7 267 -6 993
Outros Ativos 33 420 -387
Ativo Bruto 1 009 21 548 -20 539
Ativo Líquido 722 2 188 -1 466
Em 29 de julho de 2011 o Ativo Líquido da CREDIVALOR era de 722 mil euros, de cuja composição se
destacam:
• 50 mil euros de Disponibilidades;
• 912 mil euros de Ativos Não Correntes Detidos para Venda, provisionados em 30%, correspondentes
a imóveis recebidos em processos de recuperação de créditos;
• 33 mil euros de Outros Ativos.
Relativamente a 31 de dezembro de 2010, o Ativo Líquido da CREDIVALOR registou um decréscimo de
1.466 mil euros determinado, essencialmente, pelas reduções de 1.017 mil euros no valor líquido dos
Ativos Não Correntes Detidos para Venda e de 387 mil euros em Outros Ativos.
A cessão da totalidade dos créditos vencidos a outras entidades, assim como a alienação da maioria
dos imóveis registados em Ativos Não Correntes Detidos para Venda e de parte do mobiliário existente
(Outros Ativos Tangíveis) determinaram a redução de valor das respetivas rubricas contabilísticas.
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CREDIVALOR (em 103 Euros)
Capital Próprio e Passivo 29-7-2011 31-12-2010 Variação
Capital Próprio 293 156 137
Capital Social (V. Realiz.) 50 50 0
Passivos Subordinados (a) 3 360 3 360 0
Reservas 0 0 0
Resultados Transitados -3 254 -2 902 -352
Resultado do Exercício 137 -352 489
Passivo 429 2 032 -1 603
Outros Recursos (b) 399 1 959 -1 560
Recursos de Clientes 0 0 0
Provisões 0 7 -7
Outros Passivos 30 66 -36
Capital Próprio e Passivo 722 2 188 -1 466
(a) Prestações Acessórias, por conversão, pelo FGCAM, de parte dos suprimentos prestados.(b) Suprimentos prestados pelo FGCAM
Em 29 de julho de 2011, o Passivo da CREDIVALOR era de 429 mil euros, sendo:
• 399 mil euros de Outros Recursos, montante de suprimentos efetuados pelo FGCAM e não
reembolsados (menos 1.560 mil euros do que no fi nal de 2010, em resultado do reembolso de
1.950 mil euros, deduzido dos suprimentos prestados pelo FGCAM, 390 mil euros, durante os
primeiros sete meses do ano);
• 30 mil euros de Outros Passivos.
O valor do Capital Próprio em 29 de julho de 2011, 293 mil euros, decorre:
• do valor dos Passivos Subordinados, 3.360 mil euros, correspondente a prestações acessórias com
contrato de subordinação, efetuadas, em anos anteriores, pelo FGCAM, por conversão de parte do
montante de suprimentos prestados à CREDIVALOR;
• do montante dos Resultados Transitados, -3.254 mil euros e
• do valor do Resultado Líquido do Exercício, 137 mil euros.
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III
CREDIVALOR (em 103 Euros)
Demonstração de Resultados 29-7-2011 Ano 2010 Variação
Juros e Rendimentos Similares 0 3 -3
Juros e Encargos Similares 0 0 0
Margem Financeira 0 3 -3
Outros Resultados Operacionais 88 605 -518
Produto Bancário 88 609 -521
Gastos com Pessoal 101 66 35
Gastos Gerais Administrativos 440 315 125
Amortizações do Exercício 0 1 -1
Variação de Provisões, Correções de Valor e Imparidade -885 847 -1 732
Resultado Antes de Impostos 431 -620 1 051
Impostos 294 -268 562
Resultado Líquido do Exercício 137 -352 489
De janeiro a julho de 2011, o Produto Bancário foi de 88 mil euros, determinado, exclusivamente, pelos
Outros Resultados Operacionais.
Os Custos de Funcionamento ascenderam a 541 mil euros, destacando-se o valor dos Gastos Gerais
Administrativos, 440 mil euros (81%), o qual foi fortemente infl uenciado pelas despesas com Serviços
Judiciais, Contencioso e Notariado. Os Custos com Pessoal, 101 mil euros, refl etem o pagamento da
indemnização por rescisão de contrato a um colaborador.
A signifi cativa anulação de Provisões e o valor dos Resultados Operacionais mais que compensaram os
Custos de Funcionamento e o montante de Impostos a pagar, pelo que o Resultado do Exercício foi
positivo em 137 mil euros.
Desde a constituição da CREDIVALOR, até à data de encerramento da liquidação – 23 de setembro de
2011, o FGCAM transferiu para a sua participada 121,7 milhões de euros, valor líquido de reembolsos,
a título de Capital e Suprimentos, tendo estes últimos sido posteriormente utilizados, em grande parte,
para conversão em Prestações Acessórias e para cobertura de Resultados Transitados negativos.
Dos 121,7 milhões de euros entregues à CREDIVALOR, 91 milhões destinaram-se a cobrir intervenções no
âmbito de Contratos de Assistência Financeira e 30,7 milhões a adquirir ativos a instituições do SICAM,
fora do âmbito de Contratos de Assistência Financeira, a pagar juros associados a débitos às CCAM,
bem como a fi nanciar a atividade corrente da CREDIVALOR.
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3. LISTA DAS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES NO FGCAM
EM 31-12-2011
1 CAIXA CENTRAL DO CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO
2 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da ÁREA METROPOLITANA DO PORTO
3 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da BAIRRADA E AGUIEIRA
4 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da BATALHA
5 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da BEIRA BAIXA (SUL)
6 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da BEIRA CENTRO
7 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da BEIRA DOURO
8 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da COSTA AZUL
9 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da COSTA VERDE
10 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da PÓVOA DE VARZIM, VILA DO CONDE E ESPOSENDE
11 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da REGIÃO DE BRAGANÇA E ALTO DOURO
12 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da REGIÃO DO FUNDÃO E SABUGAL
13 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da SERRA DA ESTRELA
14 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da ZONA DO PINHAL
15 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo das SERRAS DE ANSIÃO
16 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALBERGARIA E SEVER
17 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALBUFEIRA
18 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALCÁCER DO SAL E MONTEMOR-O-NOVO
19 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALCANHÕES
20 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALCOBAÇA
21 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALENQUER
22 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ALJUSTREL E ALMODÔVAR
23 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ANADIA
24 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de AROUCA
25 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ARRUDA DOS VINHOS
26 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de AZAMBUJA
27 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de BEJA E MÉRTOLA
28 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de BORBA
29 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CADAVAL
30 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CALDAS DA RAINHA, ÓBIDOS E PENICHE
31 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CAMPO MAIOR
32 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CANTANHEDE E MIRA
33 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de COIMBRA
34 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de CORUCHE
35 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ELVAS
36 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ENTRE TEJO E SADO
37 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ESTARREJA
38 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES
39 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de FERREIRA DO ALENTEJO
40 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de LAFÕES
41 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de LOURES, SINTRA E LITORAL
42 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de LOURINHÃ
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43 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de MOGADOURO E VIMIOSO
44 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de MORAVIS
45 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de OLIVEIRA DE AZEMÉIS
46 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de OLIVEIRA DO BAIRRO
47 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de OLIVEIRA DO HOSPITAL
48 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de PAREDES
49 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de PERNES
50 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de POMBAL
51 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de PORTO DE MÓS
52 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SÃO BARTOLOMEU DE MESSINES-S.MARCOS DA SERRA
53 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SÃO JOÃO DA PESQUEIRA
54 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SALVATERRA DE MAGOS
55 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SÃO TEOTÓNIO
56 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SILVES
57 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SOBRAL DE MONTE AGRAÇO
58 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de SOUSEL
59 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TERRA QUENTE
60 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TERRAS DE MIRANDA DO DOURO
61 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TERRAS DE SOUSA, AVE, BASTO E TÂMEGA
62 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TERRAS DE VIRIATO
63 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de TRAMAGAL
64 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VAGOS
65 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VALE DE CAMBRA
66 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VALE DO DÃO E ALTO VOUGA
67 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VALE DO SOUSA E BAIXO TÂMEGA
68 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VALE DO TÁVORA E DOURO
69 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VILA FRANCA DE XIRA
70 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de VILA VERDE E TERRAS DE BOURO
71 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do ALENTEJO CENTRAL
72 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do ALGARVE
73 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do ALTO CÁVADO E BASTO
74 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do BAIXO MONDEGO
75 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do BAIXO VOUGA
76 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do CARTAXO
77 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do DOURO, CORGO E TÂMEGA
78 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do GUADIANA INTERIOR
79 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do MÉDIO AVE
80 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do NORDESTE ALENTEJANO
81 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do NOROESTE
82 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do NORTE ALENTEJANO
83 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do RIBATEJO NORTE
84 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do RIBATEJO SUL
85 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do SOTAVENTO ALGARVIO
86 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo dos AÇORES
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4. ALTERAÇÕES NO ENQUADRAMENTO JURÍDICO DO FGCAM E
DO CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO
No ano 2011, registaram-se algumas alterações ao enquadramento jurídico do FGCAM e do Crédito
Agrícola Mútuo, nomeadamente as decorrentes da publicação dos seguintes diplomas:
Alterações relativas ao FGCAM:
• Instrução do Banco de Portugal n.º 26/2011, que fi xa em 0,075% a taxa contributiva de base para
determinação da taxa contributiva de cada instituição participante para o FGCAM, no ano de 2012.
• Decreto-Lei do Ministério das Finanças e da Administração Pública n.º 119/2011, de 26 de
dezembro, que estabelece, de forma permanente, em 100 mil euros o limite legal da garantia do
reembolso de depósitos constituídos nas instituições de crédito participantes no Fundo de Garantia
de Depósitos e no FGCAM. Revoga a alínea c) do art.º 164.º do RGICSF, bem como a Portaria
n.º 1340/98, de 25 de novembro, passando o limite de garantia do reembolso dos depósitos a
constar do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro.
Alterações relativas ao Crédito Agrícola Mútuo:
• Lei da Assembleia da República n.º 46/2011, de 24 de junho, que altera o Regime Geral das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (R.G.I.C.S.F.), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92,
de 31 de dezembro, na sequência da criação do tribunal de competência especializada para a
concorrência, regulação e supervisão.
• Decreto-Lei do Ministério das Finanças e da Administração Pública n.º 88/2011, de 20 de
julho, que visa reforçar os requisitos de fundos próprios para a carteira de negociações e para as
retitularizações, bem como os poderes do Banco de Portugal em matéria de políticas de remuneração,
transpondo a Diretiva n.º 2010/76/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro,
que altera as Diretivas n.os 2006/48/CE e 2006/49/CE, procedendo à alteração do R.G.I.C.S.F., bem
como dos Decretos-Lei n.º 104/2007 e n.º 103/2007, de 3 de abril.
• Portaria do Ministério das Finanças e da Administração Pública n.º 121/2011, de 30 de março,
que regulamenta e estabelece as condições de aplicação da contribuição sobre o setor bancário.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 2/2011, que altera o ponto 4 da Parte 2 do Anexo V do Aviso
n.º 5/2007 do Banco de Portugal, que defi niu as obrigações das instituições de crédito e empresas
de investimento relativamente ao nível dos fundos próprios e aos limites dos riscos de crédito.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2011, que determina o rácio “Core Tier 1” mínimo e revoga o
Aviso n.º 1/2011 do Banco de Portugal.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2011, que estabelece os deveres a observar pelas instituições de
crédito relativamente à divulgação da sua adesão ao regime jurídico dos serviços mínimos bancários
e à publicitação das condições legalmente estabelecidas para que as pessoas singulares possam
aceder e benefi ciar desse regime jurídico.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2011, que determina que as instituições participantes do FGCAM
devem dispor de um sistema de informação que permita identifi car os depósitos abrangidos ou
excluídos da garantia, bem como os seus depositantes.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 6/2011, que altera o ponto 5 da Parte 2 do Anexo III (pondera-
dores de risco) do Aviso n.º 5/2007 do Banco de Portugal, permitindo determinar um ponderador
mais restritivo.
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• Aviso do Banco de Portugal n.º 7/2011, que adita a alínea o) ao artigo 5.º do Aviso n.º 6/2010
do Banco de Portugal, acrescentando um elemento negativo aos Fundos Próprios de Base.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 8/2011, que altera o n.º 4 do artigo único do Aviso n.º 3/2011
do Banco de Portugal, que determinou o rácio “Core Tier 1” mínimo, tendo em conta a alteração
introduzida pelo Aviso n.º 7/2011 do Banco de Portugal.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 9/2011, que altera os Avisos n.os 5/2007, 7/2007, 8/2007 e
10/2007 do Banco de Portugal, atualizando o enquadramento regulamentar relativo ao apuramento
dos ativos ponderados pelo risco e à divulgação de informação das instituições sujeitas à supervisão
do Banco de Portugal, decorrente da publicação da Diretiva n.º 2010/76/UE, do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 24 de novembro.
• Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, que regulamenta os princípios e regras que devem reger
a política de remuneração dos membros das instituições, bem como os deveres de divulgação de
informação da política de remuneração dos membros dos órgãos de administração, fi scalização e
colaboradores. Revoga o Aviso n.º 1/2010 do Banco de Portugal.
• Instrução do Banco de Portugal n.º 19/2011, que determina que as instituições participantes
do FGCAM devem dispor de um sistema de informação que permita transmitir a este Fundo uma
relação completa, por depositante, dos créditos existentes em determinada data.
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PARECER
Em conformidade com as disposições aplicáveis do Regime Geral das Instituições de Crédito e Socie-
dades Financeiras (RGICSF) e com o disposto nos artigos 20.º e 21.º do Decreto-Lei n.º 345/98, de 9
de Novembro, o Conselho de Auditoria do Banco de Portugal emite o seu parecer acerca do Relatório
e Contas do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM), referentes ao exercício de 2011.
O FGCAM tem por objecto garantir, dentro dos limites fi xados (100 000 euros), o reembolso de depósitos
constituídos na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo (CCCAM) e nas Caixas de Crédito Agrícola
Mútuo (CCAM) suas associadas, bem como promover e realizar as ações que considere necessárias para
assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições com vista à defesa do Sistema Integrado
de Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).
O Conselho de Auditoria, no desempenho das suas competências, acompanhou o funcionamento do
FGCAM, através da documentação periodicamente remetida pela Comissão Diretiva, complementada
por informações e esclarecimentos pontuais necessários para o desenvolvimento da sua ação.
Em 31 de Dezembro de 2011, o SICAM era constituído pela CCCAM e por 85 CCAM suas associadas.
Nos termos do Aviso n.º 3/2010 do Banco de Portugal, foi defi nida a taxa contributiva base de 0,10%
do valor dos depósitos elegíveis.
Durante o exercício fi ndo, o FGCAM continuou com a sua política de acompanhamento e assistência
fi nanceira ao SICAM tendo celebrado dois novos contratos de assistência que não implicaram desem-
bolso de fundos.
Durante o ano de 2011, o FGCAM foi reembolsado em 15,9 milhões (M) de euros, dos empréstimos
existentes. No fi nal de 2011 estavam em vigor Contratos de Assistência Financeira envolvendo emprés-
timos concedidos pelo FGCAM, no valor de 86,4 M de euros, às CCAM.
Os recursos próprios do FGCAM ascendem a 314,0 M de euros, constituídos por contribuições iniciais
do Banco de Portugal, contribuições iniciais e periódicas da CCCAM e das CCAM associadas, reservas
e resultado do exercício.
As aplicações efetuadas pelo FGCAM, para garantir o reembolso dos depósitos constituídos na CCCAM
e nas CCAM suas associadas, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 2.º e no artigo 11.º do Decreto-
-Lei n.º 345/98, de 9 de novembro, atingiram os 183,3 M (99,4 M depósitos a prazo e 83,9 M em títulos
de dívida pública) de euros; essas aplicações correspondem a aproximadamente 1,95% do valor médio
dos depósitos constituídos no âmbito do SICAM e abrangidos pela garantia do FGCAM, e atingem cerca
de 45% do Ativo Líquido do FGCAM, respeitando o limite mínimo previsto no art.º 11.º do Decreto-Lei
n.º 345/98, de 9 de novembro.
As aplicações livres assumem a forma de Depósitos à Ordem (197,5 mil euros) e a Prazo (43,1 M euros)
em Instituições de Crédito.
No exercício de 2011 ocorreu a liquidação defi nitiva da CREDIVALOR, tendo o FGCAM recebido 697 mil
euros como resultado de liquidação e procedido às anulações dos valores constantes do seu balanço
relativos àquela empresa.
A Comissão Diretiva propõe que o resultado líquido do exercício, positivo em 9 310 838,87 euros, seja
transferido na totalidade para Reservas.
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Pare
cer
do C
onse
lho
de A
udito
ria d
o Ba
nco
de P
ortu
gal
Com base na análise efectuada, tendo presentes as considerações anteriores e o relatório do Departa-
mento de Auditoria do Banco de Portugal, o Conselho de Auditoria nada tem a objetar à aprovação do
Relatório e Contas do FGCAM referentes ao exercício de 2011, bem como à proposta de aplicação de
resultados, apresentados pela Comissão Diretiva.
Lisboa, 27 de março de 2012
O CONSELHO DE AUDITORIA
Emílio Rui da Veiga Peixoto Vilar
Rui José da Conceição Nunes
Amável Alberto Freixo Calhau
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