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EDIA RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS - 30 JUNHO DE 2013

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EDIA

RELATÓRIO E CONTAS

CONSOLIDADAS - 30 JUNHO DE 2013

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1 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

EDIA

Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.

Capital Social 387.267.750,00 €

Capital Próprio Negativo 462.429.633,00 €

Número de Pessoa Coletiva 503 450 189

Matrícula 01 084/950316 da Conservatória do Registo Comercial de Beja

Sede Social Rua Zeca Afonso, N.º 2 -7800 - 522 - Beja

Delegação de Lisboa Avenida da República, N.º 83, 4.º Dtº - 1050 - 243 Lisboa

Delegação de Alqueva Apartado 126 - 7860 - Moura

Delegação de Pedrógão Apartado 126 - 7860 - Moura

Delegação de Mourão Rua Marcos Gomes V. Rosado, 15 - 7240 - Mourão

Parque de Natureza de Noudar Apartado 5 - 7230 - Barrancos

Museu da Luz Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz - 7240 - 100 - Luz - Mourão

Site: www.edia.pt

Fotografias António Cunha/EDIA

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2 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

ÍNDICE

1. RELATÓRIO DE GESTÃO A 30 DE JUNHO DE 2013 ......................................................... 6

1.1. Apresentação do GRUPO ................................................................................................... 6

1.2. Atividades Desenvolvidas pela EDIA ................................................................................ 9

1.2.1. Infraestruturas em Exploração ..................................................................................... 9

1.2.2. Infraestruturas em Construção ................................................................................... 17

1.2.3. Projetos em Curso ...................................................................................................... 20

1.2.4. Ambiente, Património e Ordenamento do Território ................................................. 24

1.2.5. Projetos Especiais ...................................................................................................... 31

1.2.6. Estrutura de Suporte ................................................................................................... 37

1.3. Atividades Desenvolvidas pela GESTALQUEVA........................................................... 42

1.4. Atividades Desenvolvidas pela GESCRUZEIROS .......................................................... 42

1.5. Breve Descrição da Demonstração da Posição Financeira e da Demonstração do

Rendimento Integral ................................................................................................................ 44

2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE 2013 ... 50

2.1. Demonstração Consolidada da Posição Financeira .......................................................... 50

2.2. Demonstração Consolidada do Rendimento Integral ....................................................... 51

2.3. Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio ....................................... 52

2.4. Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa ............................................................. 53

2.5. Anexo ............................................................................................................................... 54

1. Identificação do Grupo .................................................................................................... 54

2. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras ..................... 56

3. Principais Políticas Contabilísticas .................................................................................. 58

4. Fluxos de Caixa................................................................................................................ 76

5. Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros ................. 77

6. Ativos Fixos Tangíveis .................................................................................................... 80

7. Ativos Intangíveis ............................................................................................................ 82

8. Partes Relacionadas ......................................................................................................... 85

9. Imposto sobre o Rendimento ........................................................................................... 86

10. Depósitos Cativos .......................................................................................................... 87

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3 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

11. Inventários...................................................................................................................... 87

12. Clientes, Vendas e Prestação de Serviços ...................................................................... 89

13. Estado e Outros Entes Públicos ..................................................................................... 92

14. Outras Contas a Receber ................................................................................................ 93

15. Diferimentos .................................................................................................................. 96

16. Capital Próprio ............................................................................................................... 97

17. Imparidade de Ativos ..................................................................................................... 98

18. Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes ............................................ 101

19. Financiamentos Obtidos ............................................................................................... 106

20. Fornecedores e Outras Contas a Pagar ......................................................................... 109

21. Trabalhos para a própria Entidade ............................................................................... 110

22. Variação nos Inventários da Produção ......................................................................... 110

23. Fornecimentos e Serviços Externos ............................................................................. 111

24. Gastos com o Pessoal ................................................................................................... 112

25. Outros Rendimentos e Ganhos ..................................................................................... 113

26. Outros Gastos e Perdas ................................................................................................ 114

27. Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização ....................................................... 114

28. Juros e Rendimentos Similares Obtidos e Juros e Gastos Similares Suportados ......... 115

29. Interesses Minoritários ................................................................................................. 116

30. Segmentos Operacionais .............................................................................................. 116

Declaração de Conformidade do Conselho de Administração .................................................. 124

Relatório de Revisão Limitada Elaborado por Auditor Registado na CMVM sobre Informação

Semestral Consolidada .............................................................................................................. 125

Relatório de Revisão Limitada sobre Informação Semestral Consolidada Elaborado por Auditor

Externo ...................................................................................................................................... 131

SIGLAS E ABREVIATURAS.................................................................................................. 135

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4 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

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6 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

1. RELATÓRIO DE GESTÃO A 30 DE JUNHO DE 2013

1.1. Apresentação do GRUPO

EDIA

Criada pelo Decreto-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, no âmbito do qual lhe foi acometida a

titularidade dos direitos e obrigações que anteriormente pertenciam à sua comissão instaladora,

a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA), empresa de capitais

exclusivamente públicos, teve como objeto social a conceção, execução, construção e

exploração do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) e a promoção do

desenvolvimento económico e social da sua área de intervenção, que corresponde total ou

parcialmente, a 20 concelhos do Alentejo.

Com a entrada em exploração de algumas infraestruturas do Empreendimento, o Decreto-Lei

N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, vem definir o regime jurídico aplicável à gestão, exploração,

manutenção e conservação das infraestruturas que integram o EFMA, modifica os estatutos da

EDIA, revoga os Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, N.º 33/95, de 11 de fevereiro e N.º

335/2001, de 24 de dezembro, concretizando, desta forma, a recentralização dos objetivos da

EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA e definindo-lhe o seguinte objeto social:

A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento para fins de rega e

exploração hidroelétrica, mediante contrato de concessão celebrado nos termos da Lei

N.º 58/2005, de 29 de dezembro;

A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram sistema primário

do Empreendimento, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;

A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária

afeta ao Empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções

que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das

Pescas; e

A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo

aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização de recursos afetos

ao Empreendimento.

Posteriormente ao Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, foi publicado o Decreto-Lei N.º

313/2007, de 17 de setembro, que aprovou as bases do contrato de concessão entre a EDIA e o

Estado Português, com vista à utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, para fins

de rega e exploração hidroelétrica, tendo sido atribuída à EDIA a concessão da gestão e

exploração do Empreendimento e a titularidade, em regime de exclusividade, dos direitos de

utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração

hidroelétrica, por um período de 75 anos.

Ao abrigo do disposto neste Decreto-Lei, os poderes e competências da EDIA abrangem:

A administração do referido domínio público hídrico no âmbito da sua atividade;

A atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para produção de

energia elétrica; e

Poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a

instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contraordenação nesse

âmbito.

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7 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

No decurso de 2007 foi igualmente formalizado o acordo com a EDP com vista à exploração

das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, tendo sido assinado, a 25 de outubro, o

contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de subconcessão

do domínio público hídrico. Este documento veio formalizar, por um período de 35 anos, as

condições que regem a exploração da componente hidroelétrica das infraestruturas que integram

o sistema primário do EFMA, bem como a subconcessão dos direitos de utilização privativa do

domínio público hídrico associado, para fins de produção de energia elétrica e para implantação

de infraestruturas de produção de energia elétrica.

A entrada em exploração dos primeiros perímetros de rega veio manifestar a necessidade de

harmonizar o tarifário a aplicar no âmbito do sistema, em função das diferentes condições de

fornecimento de água. É neste âmbito que surge o Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, que

altera o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, e que aclara aspetos da envolvente

económica e financeira do empreendimento, com vista à otimização da gestão de recursos e à

garantia da sustentabilidade económica futura da empresa, adequando ainda o enquadramento

legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização dos recursos hídricos constante na

Lei da Água, no regime de utilização dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31

de maio) e no regime económico e financeiro dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008,

de 11 de junho).

A fixação de um tarifário diferenciado e dotado de uma maior flexibilidade, quer em função das

distintas condições de fornecimento da água pela EDIA, quer em função do uso a que se destina

a água fornecida, veio assim a possibilitar a aferição do valor a fixar, não apenas em função das

diferentes condições de exploração e fornecimento de água, mas também do respetivo ajuste à

medida da entrada em funcionamento de cada uma das componentes da rede secundária.

O Despacho N.º 9000/2010, publicado a 26 de maio, aprovou o tarifário que estabelece o preço

da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de

águas do EFMA, com efeitos a partir de 01 de junho. O valor do tarifário pelo fornecimento de

água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando

anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100%

no oitavo ano. Em 2012, o tarifário de rega para Alqueva foi atualizado com base no Índice de

Preços ao Consumidor (3,72%).

Já em 2013, a 8 de abril, é celebrado com a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento

Rural (DGADR), do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do

Território (MAMAOT), o contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e

conservação das infraestruturas da rede secundária do EFMA.

GESTALQUEVA

A GESTALQUEVA – Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de

Alqueva e do Pedrógão, S.A., cujo capital social é detido em 51% pela EDIA, foi constituída a 7

de março de 2003 e tem por objeto social:

A conceção, promoção e execução de projetos de desenvolvimento e valorização das

potencialidades das albufeiras de Alqueva e Pedrógão e das respetivas envolventes,

nomeadamente nas áreas do ambiente, qualidade urbana, turismo e património;

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8 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

A gestão de utilizações dos planos de água, nomeadamente em regime de concessão,

empreendimentos, equipamentos e infraestruturas associadas às albufeiras de Alqueva e

de Pedrógão e às áreas envolventes;

A prestação de serviços nos domínios do planeamento, ordenamento, monitorização e

gestão de equipamentos e infraestruturas de natureza ambiental na área compreendida

pelas albufeiras de Alqueva e Pedrógão e dos concelhos do regolfo daquelas albufeiras;

e

A sociedade poderá, desde que para o efeito esteja habilitada, exercer outras atividades

para além das referidas nos números anteriores, desde que consideradas acessórias ou

complementares daquelas.

Na assembleia extraordinária de 15 de junho de 2012 foi decidida a dissolução da

GESTALQUEVA, S.A., em curso.

GESCRUZEIROS

A GESCRUZEIROS – Sociedade de Aproveitamento da Atividade Marítimo - Turística no

Grande Lago Alqueva, S.A., nasceu das sinergias entre as empresas Gestalqueva e Nautialqueva

– Serviços Náuticos, Lda. O capital social da Gescruzeiros, constituída a 16 de março de 2006, é

detido em 51% pela Gestalqueva e tem como objeto social:

Desenvolvimento de atividades Marítimo – Turísticas;

Operador Marítimo – Turístico; e

Animação turística nas albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e na área correspondente

aos municípios envolventes.

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9 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

1.2. Atividades Desenvolvidas pela EDIA

1.2.1. Infraestruturas em Exploração

Observação do Comportamento de Barragens

Em cumprimento do disposto nos Planos de Observação das barragens constituintes das

infraestruturas primárias do EFMA, realizaram-se as campanhas previstas de leitura da

aparelhagem de observação instalada, continuando-se a verificar o bom estado dos

equipamentos de segurança hidráulico-operacional e o bom comportamento evidenciado pelas

diversas estruturas.

No final de março, a barragem de Alqueva atingiu a cota máxima pela terceira vez desde o

encerramento das suas comportas, em 8 de fevereiro de 2002. Procedeu-se a descargas

controladas através dos seus descarregadores: um de meio fundo e um de superfície. Estas

operações tiveram como objetivo controlar o volume de água armazenada na albufeira de

Alqueva, uma vez que o nível de enchimento (151,98 m) se aproximou da sua cota máxima

(152 metros).

Manutenção e Exploração

Rede Primária

No decurso do primeiro semestre de 2013, desenvolveram-se fundamentalmente atividades de

manutenção e de conservação. No mesmo período, foram também realizadas algumas

intervenções de reparação no âmbito das garantias das obras, nomeadamente nos Canais

Loureiro - Monte Novo e Alvito - Pisão e nos Adutores do Enxoé, Serpa e Laje. Há também a

registar a contratação de trabalhos de manutenção preventiva das instalações de alta, média e

baixa tensão e de manutenção corretiva dos motores dos grupos da Estação Elevatória dos

Álamos. Foi igualmente contratada a realização de uma auditoria energética a esta mesma

estação elevatória, dado tratar-se de uma instalação grande consumidora de energia, dando-se

assim cumprimento ao estabelecido no DL N.º 71/2008, de 15 de abril.

Neste período deu-se também início às atividades de exploração associadas à campanha de rega

em curso.

Rede Secundária

No primeiro semestre de 2013, decorreram trabalhos de manutenção condicionada,

principalmente nas estações elevatórias. Foram ainda sincronizados os dados das leituras de

campo realizadas no final do ano anterior com os sistemas de telegestão.

Decorreu igualmente a manutenção do sistema de telegestão. Realizou-se um conjunto de

manutenções preventivas, corretivas e condicionadas tendo em conta as necessidades dos

equipamentos instalados. Com o arranque da campanha de rega iniciaram-se as operações de

exploração e gestão das estações elevatórias, reservatórios e rede de condutas, mantendo o apoio

aos agricultores, com particular incidência no registo e acompanhamento das inscrições para a

presente campanha.

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10 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Promoção do Regadio

Com a entrada em exploração dos blocos do Pedrógão 1 e 3, Selmes e de Ervidel 2 e 3, a adesão

registada até 30 de junho de 2013 nos perímetros sob gestão da EDIA foi a seguinte (sem

captações diretas):

Comparando a adesão entre junho de 2012 e junho de 2013, regista-se um aumento de 28,2%

(6.083 ha), muito próximo do aumento na área infraestruturada (29,4%):

2010 2011 2012 2013

Monte Novo 3.078 3.808 4.769 5.071

Alvito - Pisão 3.081 4.410 4.853 5.403

Pisão 615 683 750 812

Alfundão - 961 1.503 1.175

Ferreira, Figueirinha e Valbom - 765 1.787 1.603

Orada - Amoreira - 857 2.442 2.254

Brinches - 1.640 2.424 1.733

Brinches - Enxoé - 1.992 2.343 3.157

Serpa - 957 1.809 2.151

Loureiro - Alvito - - 205 356

Ervidel - - 1.431 3.224

Pedrógão Margem Direita - - - 729

Área Inscrita 6.774 16.073 24.316 27.668

Área Total Infraestruturada 18.754 45.171 49.135 58.465

Perímetros de RegaÁrea Inscrita (ha)

2012 2013

Monte Novo 4.823 5.071

Alvito - Pisão 4.834 5.403

Pisão 869 812

Alfundão 2.371 1.175

Ferreira, Figueirinha e Valbom 1.109 1.603

Orada - Amoreira 1.235 2.254

Brinches 1.725 1.733

Brinches - Enxoé 2.494 3.157

Serpa 2.125 2.151

Loureiro - Alvito - 356

Ervidel - 3.224

Pedrógão Margem Direita - 729

Área Inscrita 21.585 27.668

Área Total Infraestruturada 45.171 58.465

Perímetros de RegaÁrea Inscrita (ha) - 1.º Semestre

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11 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

No início do ano, foi atualizado o tarifário de água para rega para a Campanha de 2013 no

EFMA. Esta tarifa foi estabelecida para os perímetros de rega (conservação e exploração), para

as captações diretas e para os regantes precários. Na aplicação do tarifário manter-se-á a

redução das tarifas conforme os anos de exploração de cada um dos perímetros de rega.

Relativamente ao modelo técnico-económico para monitorização e gestão da componente

hidroagrícola de Alqueva, foi realizada uma reunião no dia 8 de janeiro, onde foram

identificados os diversos pontos ainda em aberto. Neste âmbito realizou-se uma lista de todas as

dúvidas, erros e alterações, que foi alvo de análise pelo consultor. Posteriormente foi solicitada,

pela EDIA, aos consultores, a realização de um adicional ao referido modelo, por forma a poder

incluir as novas realidades de exploração da rede de abastecimento de água de Alqueva. Os

trabalhos relativos a este modelo encontram-se na sua fase final.

Tiveram seguimento as ações de divulgação do programa SISAP. Os resultados deste programa

têm vindo a ser utilizados na elaboração de dossiers para investidores e outras entidades, e para

alguns produtores individuais como ferramenta de apoio à gestão da sua exploração. Assim,

foram acrescentadas novas culturas ao portfolio existente, e atualizadas outras, capacitando a

empresa para uma resposta mais pronta e eficaz junto dos seus clientes e potenciais investidores.

A EDIA tem apostado na maximização desta ferramenta, nomeadamente como suporte à

avaliação de uma série de prédios rústicos afetados pelas obras da EDIA. De destacar também a

sua utilização, por solicitação de um agricultor, e recorrendo ao roteiro técnico utilizado pelo

próprio, no apuramento do balanço de carbono para a cultura da beterraba de regadio.

Com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço prestado aos seus clientes, a EDIA

continuou o processo de realização de inquéritos junto dos proprietários/beneficiários para

posterior tratamento e análise através da base de dados CIEFMA – Comercial. Apresentam-se

nos quadros seguintes um resumo dos resultados obtidos no final do primeiro semestre de 2013.

Área Total

dos Prédios

(ha)

Área

Beneficiada

EFMA

(ha)

Monte - Novo 21 11 49 44

Alvito - Pisão 193 51 807 605

Loureiro - Alvito 15 11 3.020 584

Brinches 103 17 736 576

Brinches-Enxoé 24 12 2.500 1.788

Serpa 44 13 668 342

Orada-Amoreira 13 10 816 470

Pisão 11 10 9 8

Ferreira 126 35 862 439

Ervidel 198 26 1.402 992

Alfundão 49 11 529 495

Pedrógão 21 42 4.199 1.925

Total 818 249 15.597 8.267

Perímetros de Rega

N.º

Inquéritos

Efetuados

Área Contatada

N.º

Beneficiários

Inquiridos

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12 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Neste período, e na sequência de uma proposta da Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches,

teve início o processo de identificação de proprietários e a sua disponibilidade para a

reconversão de olival numa mancha de 2.000 ha situada entre Brinches e Pias e a identificação

de manchas homogéneas em estrutura fundiária de minifúndio, nos diferentes perímetros.

No âmbito do programa de captação de investimento agrícola e agroindustrial estrangeiro para a

região de Alqueva destaque-se, neste período, a elaboração de um dossier de apoio à

Conferência do Agronegócio, que se realizou a 8 de abril de 2013, em São Paulo, Brasil.

Através da ADRAL refira-se também a reunião com um representante de unidades de

distribuição no Reino Unido, interessado em importar produtos hortícolas frescos da região de

Alqueva, a quem foi disponibilizada uma lista de contactos de produtores de hortícolas frescos

da zona de Alqueva.

Foi igualmente efetuado um trabalho de levantamento de informação de apoio e suporte à

captação de investimento. Procedeu-se, por outro lado, à colaboração e participação na

apresentação e desenvolvimento de diversos projetos, e à elaboração de vários relatórios e

dossiers técnicos, para investidores nacionais e internacionais. Teve ainda continuidade o

desenvolvimento de contactos, preparação e acompanhamento de visitas ao campo com

empresas e particulares e a prestação de informação e apoio a agricultores, investigadores e

estudantes. Foram igualmente promovidos encontros entre proprietários disponíveis para

arrendamento, compra e/ou parcerias, tendo em vista a promoção do regadio na zona do EFMA.

Neste período, realizou-se uma sessão de esclarecimentos sobre instrumentos financeiros

disponibilizados pelas instituições bancárias (CCAM, BPI, BES e Banco Popular), na sequência

dos Protocolos assinados com a EDIA, para apoio à instalação de projetos agrícolas na zona de

influência de Alqueva, com condições financeiras especiais. Neste evento, realizado no dia 5 de

fevereiro nas instalações da EDIA, em Beja, participaram igualmente a Gestora do PRODER,

Dra. Gabriela Ventura, e o Prof. José Epifâneo da Franca, Presidente do Conselho de

Administração da Portugal Ventures, tendo ambos apresentado as linhas de financiamento

públicas disponíveis para o setor. A primeira, no âmbito dos fundos comunitários do FEADER.

O segundo, através dos instrumentos de capital de risco governamentais.

É igualmente de referir as participações da EDIA na apresentação do projeto “Prove”, no IX

Congresso Nacional do Milho, no SISAB, e no Colóquio “Desafios para a Agricultura

Portuguesa – O caso da Romã”, em Aljustrel. A convite da Agromais, a EDIA participou numa

visita técnica relativa ao “Projeto de Emparcelamento e Participação na 14.ª edição de

Agricultores Agromais” (Golegã). Colaborou-se ainda com a Associação Nacional dos

Área Classificada

Venda 2%

Arrendamento c/prazo 10%

Arrendamento m/prazo 4%

Arrendamento l/prazo 0%

Parceria 26%

Permuta 1%

Área não disponível 57%

Total 100%

Disponibilidade do

ProprietárioÁrea Beneficiada

EFMA

(%)

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13 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Produtores de Milho e Sorgo (ANPROMIS) na divulgação das ações de formação prática “O

milho nas primeiras fases do seu desenvolvimento”.

Neste período prosseguiram os contactos com representantes de agrupamentos de agricultores

nomeadamente: Cooperativa de Beringel, Associação de Regantes da Margem Esquerda,

Associação de Regantes do Monte Novo, Cooperativa de Beja e Brinches, Associação de Jovens

Agricultores de Portugal (AJAP) de Cuba, entre outros.

Na segunda metade do semestre, foi ainda assegurada a coordenação do Projeto “Banco de

Terras” inaugurado, a nível nacional, no dia 29 de maio, tendo sido a EDIA, a primeira entidade

a submeter/inserir prédios, como proprietária e como agente facilitador de outros proprietários.

Decorreu igualmente uma ação de formação neste âmbito. A candidatura da EDIA como gestora

operacional foi submetida à DGADR aguardando-se uma resposta para o princípio de julho.

A dinamização do regadio na pequena propriedade tem sido uma das prioridades da EDIA.

Nesse sentido, permite-se destacar o início das atividades referentes à ‘Academia das Hortícolas

de Alqueva’, com particular destaque para a organização dos dias abertos na exploração

agrícola, com ampla publicitação na página de facebook criada especificamente para esta

iniciativa. Com a Academia pretende-se criar um polo que funcione como unidade de

experimentação e demonstração do potencial de produção e comercialização de hortícolas numa

zona de pequena propriedade (Beringel) no sentido de contribuir para a dinamização do regadio,

potenciando alternativas rentáveis para as explorações de menor dimensão económica.

Em conjunto com o Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos Mediterrânicos

(CEVRM) e a Sociedade Agrícola Monte do Pardieiro, a EDIA foi impulsionadora da criação

da ‘Academia de Produção de Plantas Aromáticas e Medicinais’. O protocolo de constituição

desta Academia foi assinado no dia 6 de junho, em Almodôvar. Com esta iniciativa pretende-se

incentivar um novo conjunto de alternativas para a pequena propriedade do EFMA,

assessorando os potenciais interessados, contribuindo, desta forma, para a dinamização do

regadio de Alqueva.

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14 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Albufeiras do EFMA – Gestão e Exploração dos Recursos Naturais

Gestão da Água – Estado das Massas de Água e Gestão de Albufeiras

Relativamente à Coordenação Luso-Espanhola, foi efetuado o acompanhamento do

cumprimento das conclusões operacionais definidas no “Estudo das Condições Ambientais no

Estuário do Rio Guadiana e Zonas Adjacentes - Conclusões Operacionais - Fevereiro de 2005”.

No mês de fevereiro, foi concluído o relatório anual referente à análise do cumprimento das

condições operacionais estabelecidas para o sistema Alqueva-Pedrógão para o período

compreendido entre outubro de 2011 e setembro de 2012.

Foi efetuado o acompanhamento do cumprimento das medidas referentes ao regime de

manutenção dos caudais ecológicos da rede primária, em exploração. No dia 29 de janeiro, a

estação udométrica de Portel foi reposta em funcionamento. No entanto, a falta de manutenção

periódica desta estação dificulta, com alguma frequência, a obtenção de dados. Por este motivo,

o cálculo do caudal ecológico a assegurar pelo sistema Alqueva-Pedrógão continua a ser

realizado com base nos registos da estação meteorológica da EDIA (estação Alqueva-Ilha).

No que respeita à gestão do plano de água, decorreram os trabalhos de manutenção da

sinalização de segurança das albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, os quais abrangem a

sinalização associada à zona de navegação interdita junto à barragem de Alqueva, junto à

tomada de água dos Álamos e junto à barragem de Pedrógão. Estes trabalhos tiveram início

durante o mês de maio de 2012 e têm uma duração de 24 meses. Durante o semestre decorreu a

manutenção da sinalização de segurança nas barragens dos Álamos I, II e III, do Loureiro, do

Pisão, da Amoreira, de Brinches e de Serpa, sinalizadas desde 2010. Encontram-se também com

sinalização de segurança os reservatórios 1 e 4 do Perímetro de Rega do Monte Novo, os

reservatórios 1 e 3 do Perímetro de Rega de Alvito-Pisão, os reservatórios da Orada e de

Ferreira do Alentejo e as barragens do Penedrão e da Laje. Neste período foram ainda

elaboradas as especificações técnicas para a sinalização de segurança da barragem de Cinco

Reis, tendo igualmente decorrido o procedimento de ajuste direto para a execução deste

trabalho.

No âmbito da candidatura ao LIFE + “INVASEP - Lucha contra espécies invasoras en las

cuencas hidrográficas del Tajo y Guadiana en la Península Ibérica” foi adjudicada a

elaboração do plano de gestão monitorização de espécies exóticas na área de influência do

EFMA. No final de semestre, em Mérida, decorreu uma reunião de coordenação deste projeto,

na qual foi assegurada a presença da EDIA. Também no contexto do combate às espécies

invasoras, em especial associada à planta aquática Jacinto de Água, foi realizado um

procedimento para a reparação da barreira flutuante instalada a montante da ponte da Ajuda,

uma vez que os fortes caudais que atravessaram essa secção do rio Guadiana, durante a primeira

metade do semestre, provocaram danos consideráveis, resultantes da circulação de objetos de

grandes dimensões, como árvores trazidas pela força do rio.

Estratégia para a Conservação e Valorização de Ilhas e Penínsulas de Alqueva

No âmbito da candidatura apresentada ao INALENTEJO - “Estratégia para a conservação e

valorização de ilhas e penínsulas de Alqueva” – foi aprovado:

Adquirir informação sobre a biodiversidade;

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15 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Criar um instrumento de ordenamento específico, enquadrando as ilhas em diferentes

tipos de utilização viáveis (lazer, educacional, científica, proteção ambiental, cultural,

etc.);

Identificar e definir ações que facilitem os diferentes usos; e

Divulgar o projeto como exemplo de gestão sustentada e integrada de uma área com

elevado potencial para a conservação da natureza.

A inventariação biológica permitiu adquirir informação fundamental sobre a biodiversidade nas

ilhas de Alqueva, atualizando a informação existente e permitindo conhecer a distribuição e

abundância de espécies. Foi entregue a versão preliminar do relatório final.

No âmbito da candidatura referida, e na sequência dos trabalhos de inventariação biológica em

curso, foi previsto o desenvolvimento de um instrumento de gestão das ilhas, que permita

ordenar e valorizar este espaço. No princípio do semestre decorreu a abertura de propostas do

processo de contratação pública, tendo sido publicada a intenção de adjudicação, no dia 25 de

março. O contrato para a elaboração do plano foi assinado a 13 de maio, encontrando-se a

decorrer a sua primeira fase, designadamente, a construção de uma base de informação

geográfica, a análise dos dados de inventariação biológica fornecidos, entrevistas e inquéritos

para caraterização da oferta e da procura, bem como uma avaliação das questões jurídicas

associadas à utilização das ilhas.

No âmbito do projeto “Proteção de penínsulas e ilhas na albufeira de Alqueva” foram

implantadas, em 2012, passagens canadianas e vedações em zonas de acesso a algumas

penínsulas da envolvente de Alqueva. Esta medida foi importante para afastar o gado de áreas

do domínio público e que, com a subida da cota, por vezes se tornam ilhas, evitando também

desta forma que o gado permaneça temporariamente isolado. Para verificar o estado de

conservação desta medida, é realizado periodicamente o acompanhamento das diferentes

penínsulas intervencionadas para aferir o seu estado de conservação e respetiva eficácia.

Como consequência das observações entretanto realizadas, constata-se uma recuperação da

vegetação destas ilhas e penínsulas, que se fará numa fase inicial através da vegetação herbácea,

mas que progredirá para a vegetação arbustiva (caso não ocorram ações destrutivas de pastoreio

ou desmatação), que por sua vez promoverá a regeneração arbórea, reabilitando a fitocenose

associada às áreas de montado de azinho e sobro, que enquadra, para além das azinheiras e

sobreiros, um conjunto variado de outras espécies, tais como catapreiros, pilriteiros, aroeiras,

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16 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

zambujeiros, tamargueiras, giestas, e eventualmente vegetação ripícolas nas zonas mais

húmidas, potenciadas pela presença da albufeira de Alqueva.

Gestão das Áreas Sobrantes

Em termos de gestão do património rústico, realizaram-se neste semestre diversas atividades:

Manutenção do alfarrobal da Herdade dos Bravos

Continuação do processo de permuta de terrenos da aldeia da Luz

Venda de lenha e árvores secas

Reparação da jangada de rega da envolvente da marina de Alqueva

Levantamento e avaliação das parcelas sobrantes com potencialidade de alienação

Cedência de pastagens e cinegéticas

Retancha de azinheiras na herdade dos Estevais

Elaboração de projeto PRODER, Ação 2.3.2, para a herdade das Piteiras

Prosseguiu-se a elaboração do projeto de arborização e beneficiação da envolvente ao

ancoradouro da aldeia da Luz

Execução de aceiros em diversas parcelas rústicas

Controle de infestantes (destroçador) na Defesa – margem esquerda

Venda de feno proveniente das áreas ripícolas

Controle de infestantes (gradagem) de 8,8 ha da parcela ripícola da Defesa S. Brás

Continuação do levantamento de zonas com potencial apícola e elaboração de contatos

No final de junho de 2013, o património rústico compunha-se por 348 prédios (713,8941 ha),

estando disponíveis para arrendamento 303 prédios (325 ha), dos quais 207 (245 ha) encontram-

se arrendados, 173 na totalidade e 34 parcialmente. Dos 45 prédios não arrendáveis (389 ha), 15

(3 ha) estão afetos à obra e 30 encontram-se em gestão. Existem ainda 7 cedências a que

corresponde a área de 13,5403 (ha).

No âmbito do património urbano, finalizou-se o procedimento do ajuste direto para celebração

de contrato de prestação de serviços de controlo de pragas nos edifícios da EDIA. É de referir,

igualmente, a adjudicação de uma nova central de alarmes, no edifício sede. No final do

semestre, iniciou-se o levantamento e atualização dos edifícios da herdade dos Bravos em

Alqueva.

Utilização Privativa do Domínio Público Hídrico

Ao longo deste período, continuou-se a prestar apoio aos requerentes na instrução dos pedidos

de Licença e Concessão de Captação de Águas Superficiais e analisou-se os processos

apresentados à EDIA. Foram recebidos 17 novos pedidos de captação de água e emitidos três

(3) títulos, com validade superior a um ano, designadamente nas herdades de Corte Serrão

(Albufeira de Pedrógão), Lobata (Albufeira de Alqueva) e Serra de Baixo (Reservatório 1 -

Bloco do Monte Novo).

No primeiro semestre procedeu-se à emissão das notas de liquidação da taxa dos recursos

hídricos, referentes aos títulos de utilização privativa dos recursos hídricos para as captações de

água para rega existentes na rede primária do EFMA.

No âmbito das atividades da Equipa de Fiscalização e Vigilância (EFV), foram efetuadas

diversas visitas de campo às zonas de instalação de algumas das captações requeridas, com o

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17 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

objetivo (i) de caracterizar a situação inicial, previamente à emissão dos títulos de utilização

privativa pela EDIA e (ii) de acompanhar a evolução dessas zonas após a atribuição dos títulos.

Foram elaborados os respetivos relatórios de visita. Durante este semestre teve continuidade a

elaboração de relatórios semanais da EFV.

Para além das atividades relacionadas com o processo de licenciamento de captações de água, a

EFV realizou ainda:

Registo de ocorrências e comunicação, quando necessário, a entidades externas, tais

como a APA/ARH do Alentejo e SEPNA, para respetiva resolução;

Identificação de áreas em que se observem não conformidades ambientais com

relevância para os objetivos da EDIA na área da concessão do EFMA;

Verificação do estado das áreas de beneficiação do coberto vegetal;

Visitas pontuais ao Pulo do Lobo, para registo do caudal do rio;

Verificação mensal das cotas e possíveis ocorrências existentes nas albufeiras do

EFMA, que estão concluídas e em fase de enchimento ou em fase de exploração;

Acompanhamento dos trabalhos de manutenção das estações automáticas;

Manutenção do equipamento das jangadas solares;

Recolha de peixes no canal Alvito-Pisão (janeiro) e junto ao descarregador da barragem

do Pisão (fevereiro);

Manutenção e limpeza da barreira de contenção de plantas aquáticas;

Acompanhamento dos trabalhos de recolha de ictiofauna existente nas imediações da

horta da Várzea, Moura;

Acompanhamento de visitas às ilhas no âmbito da candidatura “Estratégia para a

conservação e valorização de ilhas e penínsulas de Alqueva”; e

Levantamento do estado de conservação dos abrigos dos morcegos existentes na

envolvente da albufeira de Alqueva e de Pedrógão.

1.2.2. Infraestruturas em Construção

Redes Primária e Secundária

Subsistema Alqueva

No Circuito Hidráulico de Vale de Gaio procedeu-se à realização dos trabalhos de proteção

das condutas em algumas das suas travessias de linhas de água e à conclusão da construção das

linhas de abastecimento de energia, o que permitiu concluir a obra com a realização dos ensaios

de comissionamento dos seus equipamentos.

Na empreitada do Bloco de Aljustrel, do Perímetro de Rega Roxo – Sado, prosseguiram os

trabalhos na estação elevatória e na rede de rega, designadamente ao nível da realização de

ensaios de comissionamento e de vistorias para efeitos de receção provisória, assim como a

retificação de alguns trabalhos identificados nas vistorias. Procedeu-se ainda à assinatura de um

auto de receção provisória parcial. Na rede de drenagem decorreram também vistorias para

efeito de receção provisória, assim como a assinatura do auto de receção provisória parcial. Foi

ainda adjudicada a empreitada de construção da rede viária de Aljustrel, cuja execução deverá

decorrer nos próximos meses, prevendo-se a conclusão ainda este ano. Esta componente é

necessária para o pleno funcionamento e exploração do Perímetro de Aljustrel.

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18 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Relativamente aos Blocos 2 e 3 de Ervidel decorreu a conclusão dos trabalhos de instalações

elétricas e de comissionamento dos equipamentos eletromecânicos da estação elevatória. No

reservatório procedeu-se à conclusão do comissionamento dos equipamentos eletromecânicos e,

na rede de rega, do comissionamento dos hidrantes. Teve ainda lugar a realização de vistorias

para efeitos de receção provisória destes equipamentos e infraestruturas. Na rede viária

decorreram trabalhos de colocação de tout-venant nos caminhos agrícolas CA1, CA2, CA3 e

CA4, e pavimentação em betuminoso dos caminhos agrícolas. Procedeu-se igualmente à

execução de passagens hidráulicas e valetas e à execução de serventias, tendo sido iniciados os

trabalhos de sinalização horizontal e vertical. Na rede de drenagem foi realizada vistoria e

formalizado o respetivo auto, para efeitos de receção provisória.

Neste subsistema foi ainda adjudicada, no final do semestre, a empreitada de construção do

Bloco de Rega de Cinco Reis – Trindade.

Subsistema Ardila

Neste período (no mês de abril), foram adjudicadas as empreitadas de construção dos Circuitos

Hidráulicos de Amoreira – Caliços e de Caliços – Pias.

Subsistema Pedrógão

A empreitada de construção do Sistema Elevatório de Pedrógão – Margem Direita foi

concluída no início do ano.

No que respeita ao Bloco de Pedrógão 3 (rede de rega, sistema de telegestão e estação

elevatória), refira-se a conclusão de ensaios e comissionamento e a realização de ações de

formação e vistorias para efeitos da sua receção provisória.

O Sistema Elevatório de Pedrógão – Margem Direita e as infraestruturas que constituem o

perímetro de rega englobadas nos blocos de Pedrógão 1 e 3, e de Selmes, foram inaugurados a

17 de abril, na presença da Senhora Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do

Ordenamento do Território.

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19 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Na empreitada de construção do Adutor de Pedrógão – Margem Direita e Barragem de S.

Pedro prosseguiram os trabalhos de betão armado na descarga de superfície, na tomada de água

e na descarga de fundo da barragem. Prosseguiram, igualmente, os trabalhos de exploração das

manchas de empréstimo, bem como a execução dos aterros do corpo da barragem. No canal de

adução iniciaram-se os trabalhos de selagem das juntas. No adutor continuaram os trabalhos, de

assentamento da tubagem em betão armado com alma de aço DN2150, de aterros das valas,

quer da tubagem em betão armado com alma de aço, quer da tubagem em PEAD, e prosseguiu a

construção dos órgãos de exploração dos adutores que abastecem a herdade do Peso, o monte

das Aldeias, a herdade de Cortes de Cima, o monte do Paço e o monte do Malheiro, tendo sido

possível abastecer as herdades do monte do Malheiro e do monte das Aldeias. Foi igualmente

executada a travessia da EN 258. Dificuldades financeiras crescentes do consórcio conduziram à

paralisação quase total dos trabalhos a partir de finais do mês de abril.

Neste semestre foram ainda adjudicadas, na rede primária, as empreitadas de construção dos

Circuitos Hidráulicos de S. Pedro – Baleizão e de Baleizão – Quintos.

Ainda na rede secundária, referencie-se a adjudicação das empreitadas de construção do Bloco

de Rega de S. Pedro – Baleizão, dos Blocos de Rega 1, 2 e 3 de Baleizão – Quintos e dos

Blocos de Rega 4 e 5 de Baleizão – Quintos.

No período em análise, realizaram-se, em simultâneo com as empreitadas de construção das

redes primária e secundária, as atividades de acompanhamento ambiental em obra e respetivos

trabalhos arqueológicos de minimização de impactes em diversas ocorrências patrimoniais de

situações desconhecidas identificadas na fase prévia às obras ou no decurso das mesmas.

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20 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

1.2.3. Projetos em Curso

Redes Primária e Secundária

Subsistema Alqueva

Durante o segundo trimestre procedeu-se ao lançamento do concurso para a elaboração do

Projeto de Execução para a instalação grupos 3 e 4 da estação elevatória dos Álamos.

Foi ainda entregue o projeto de execução da reabilitação do canal condutor geral do Roxo, do

Circuito Hidráulico de Roxo – Sado e respetivo bloco de rega. Em termos ambientais

procedeu-se ao envio dos “Elementos Adicionais” do EIA para a APA e rececionou-se resposta

da APA relativamente à análise de conformidade do EIA, em cumprimento com o disposto no

N.º 4 do Artigo 13.º do Decreto-lei N.º 69/2000, de 3 de maio. Em resposta à solicitação desta

entidade – pedido de Elementos Complementares, a EDIA procedeu ao envio posterior dos

elementos complementares solicitados.

No Circuito Hidráulico de Ligação ao Sistema de Adução de Morgavel, procedeu-se ao

envio do segundo pedido de Elementos Adicionais do EIA para a APA, em cumprimento com o

disposto no N.º 5 do Artigo 13.º do Decreto-lei N.º 69/2000, de 3 de maio. No âmbito do

procedimento formal de AIA efetuou-se, a 17 de maio, a visita com a Comissão de Avaliação à

área afeta pelo projeto. Foi ainda enviada resposta da EDIA para a APA, relativamente ao

parecer enviado pela Associação de Beneficiários do Roxo.

Teve ainda lugar a preparação dos termos de referência para o procedimento de ajuste direto no

âmbito da revisão do projeto de execução do Perímetro de Rega de Vale de Gaio. Continua a

aguardar-se resposta das entidades competentes relativamente ao documento enviado pela EDIA

sobre “Condicionantes ao Licenciamento e Elementos a Apresentar”, de acordo com a resposta

dada pela APA. Aguarda-se igualmente resposta desta entidade ao ofício enviado pela EDIA

relativo ao pedido de prorrogação do prazo de validade da DIA.

Quanto ao Perímetro de Rega de Pisão – Beja, e no que respeita aos blocos de rega de

Beringel – Beja, aguarda-se resposta da APA, no que respeita aos elementos enviados no âmbito

do Procedimento de AIA (resposta de Elementos a Apresentar e Condicionantes da DIA).

No que respeita ao Modelo de Simulação e Otimização do Funcionamento do Subsistema de

Alqueva (ALWAYS), decorreu a entrega do programa, tendo-se procedido à instalação do

mesmo na EDIA, e à execução de diversas simulações para sua análise e calibração.

Subsistema Ardila

No que respeita aos Circuitos Hidráulicos de Amoreira – Caliços e de Caliços - Pias, foram

rececionadas, por parte da Autoridade de AIA, respostas positivas aos pedidos de prorrogação

das respetivas DIA’s.

Relativamente ao Circuito Hidráulico de Caliços – Machados recebeu-se, da Secretaria de

Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, a resposta do pedido de reapreciação da

DIA - Processo N.º 04.05.034 (2011), datado de 06/03/2013. Encontra-se em curso a elaboração

de documento de resposta às “Condicionantes e Elementos Apresentar” da DIA.

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21 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

No projeto do Bloco de Rega de Pias e respetivo EIA, rececionou-se resposta da APA

relativamente à prorrogação do prazo de validade da DIA, a deferir a prorrogação da validade da

DIA. A EDIA formalizou resposta à APA relativamente às “Condicionantes e Elementos a

Apresentar”.

Quanto ao Bloco de Rega de Moura Gravítico registou-se igualmente resposta da APA ao

ofício enviado pela EDIA relativamente aos “Elementos a Apresentar e Condicionantes” da

DIA.

Subsistema de Pedrógão

No âmbito da revisão do projeto de execução do Circuito Hidráulico de S. Matias e respetivo

bloco de rega, foi entregue o relatório de revisão do projeto e procedeu-se à discussão do seu

conteúdo com o projetista. Na componente ambiental efetuou-se o pedido de prorrogação do

prazo de validade da DIA à APA, e foi rececionada a resposta da APA aos “Elementos a

Apresentar e Condicionantes da DIA”, a comunicar que a informação enviada se encontra em

análise por parte das entidades competentes na matéria. Foi ainda recebida resposta da DGADR

a informar que a documentação enviada pela EDIA foi aprovada.

No Circuito Hidráulico de S. Pedro – Baleizão e respetivo bloco de rega, recebeu-se

resposta da APA, relativo às condicionantes 1 e 2 da DIA, a informar que o documento se

encontra em análise por parte das entidades competentes.

No Circuito Hidráulico de Baleizão – Quintos foi igualmente rececionada a resposta da APA,

relativamente aos “Elementos a Apresentar e Condicionantes” da DIA, a referir que a

documentação se encontra em análise por parte das entidades competentes. Recebeu-se resposta

da DAGDR a informar da aprovação da documentação enviada pela EDIA.

Procedimentos Expropriativos

Durante este período, tiveram lugar várias atividades com a finalidade de assegurar os

procedimentos expropriativos associados aos projetos em curso, com intervenções em várias

áreas geográficas do Empreendimento.

Relativamente aos projetos em fase final do processo expropriativo teve lugar o

acompanhamento de comissões arbitrais e peritagens, a regularização de situações de registo e o

acompanhamento de situações resultantes das obras. Nos projetos em curso, salientem-se os

trabalhos de levantamentos de campo, avaliações, negociações, vistorias ad perpetuam rei

memoriam, autos de posse administrativa e de expropriação amigável, registos e o

acompanhamento de situações resultantes de obra.

Em termos de intervenção, e de acordo com a fase em que se encontram os respetivos processos

expropriativos, destacam-se, neste semestre, os seguintes projetos:

Projetos em fase inicial:

Circuito hidráulico Caliços-Machados

Projetos em curso:

Bloco de rega Cinco Reis-Trindade

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22 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Bloco de rega S. Pedro-Baleizão

Bloco de rega Baleizão-Quintos

Circuito hidráulico S. Pedro-Baleizão

Circuito hidráulico Baleizão-Quintos

Circuito hidráulico Amoreira-Caliços e barragem dos Caliços

Circuito hidráulico Caliços Pias e barragem de Pias

Bloco de rega de Pias

Bloco de rega de Vale de Gaio

Projetos em fase final:

Circuito hidráulico de Pedrógão Margem Direita

Bloco de rega de Selmes e Pedrógão

Bloco de rega de Aljustrel

Bloco de rega de Ervidel

Adutor Pisão-Beja

Adutor Pisão-Roxo

Canal Alvito-Pisão

Circuito hidráulico de Vale de Gaio

Bloco de rega Orada-Amoreira

Bloco de rega de Serpa

Bloco de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom

Bloco de rega Alvito-Pisão

Aguarda-se a publicação das seguintes declarações de utilidade pública:

Circuito de Segregação de Caudais da barragem do Roxo

Circuito de Segregação de Caudais da barragem de Odivelas

No quadro seguinte apresenta-se a execução de cada projeto durante o período, nomeadamente,

o número de prédios avaliados, aprovados e acordados e número de autos de expropriação

efetuados:

 Projeto Prédios Avaliados Prédios Aprovados Prédios Acordados Autos Efetuados Litígios

Rede Primária

Barragem de Alqueva 2 2 0 0 1

Adutor Pisão-Beja 0 0 0 1 0

Circuito Hidráulico de Pedrógão 9 10 10 5 1

Circuito Hidráulico S. Pedro-Baleizão 6 11 2 0 0

Circuito Hidráulico Baleizão-Quintos 32 42 23 23 0

Circuito Hidráulico Amoreira-Caliços 1 2 0 4 0

Circuito Hidráulico Caliços-Pias 2 7 2 9 0

Total Rede Primária 52 74 37 42 2

Rede Secundária

Bloco de Rega Ferreira, Figueirinha e

Valbom 1 1 2 3 0

Bloco de Rega de Ervidel 18 18 18 15 0

Bloco de Rega de Aljustrel 0 0 1 4 0

Bloco de Rega de Cinco Reis-Trindade43 147 120 95 0

Bloco de Rega de S.Pedro-Baleizão 76 118 84 66 0

Bloco de Rega Baleizão-Quintos 195 446 345 40 0

Total Rede Secundária 333 730 570 223 0

TOTAL 385 804 607 265 2

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23 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Prestações de Serviços:

Águas Públicas do Alentejo, S.A.

No âmbito da prestação de serviço para a empresa Águas Públicas do Alentejo, S.A. (AgdA)

procedeu-se à elaboração de minutas de resposta a erros e omissões no âmbito do anúncio de

procedimento n.º 5329/2012, designado “Prestação de Serviços de Execução de Expropriações e

Servidões para a Águas Públicas do Alentejo, S.A. – 1º Grupo de Parcelas”.

Procedeu-se à elaboração de relatórios de avaliação prévia, referentes às parcelas a sujeitar a

servidão e a ocupar temporariamente para execução das obras, designadamente: adutora ETA do

Monte da Rocha ao Reservatório de Panoias, drenagem do Reservatório da Atalaia, sistema

intercetor de Beja, descarregador da estação elevatória de Beja, ETA do Monte da Rocha ao

Reservatório de Garvão, adutora a Vila Nova de São Bento e adutora Alvito-Monteza.

Procedeu-se igualmente à elaboração do relatório de avaliação prévia referente à parcela a

adquirir para a estação elevatória do sistema intercetor, e à elaboração de minutas de cartas de

proposta de valores referentes a todas as parcelas originadas pelos projetos atrás referidos, bem

como contactos e negociações e recolha de todos os elementos necessários à outorga das

escrituras. Foram ainda identificados os prédios e proprietários dos terrenos necessários à

implantação dos reservatórios do Cabeço do Bacalhau, Gizo, Faro do Alentejo e Água

Derramada (Grândola).

Relativamente à empreitada da adutora Moura/Safara, elaboraram-se plantas com identificação

dos terrenos disponíveis para execução da obra, e decorreu a recolha e compilação de elementos

necessários à preparação dos processos de declaração de utilidade pública da Adutora Alvito-

Monteza, da adutora a Vila Nova de São Bento, do sistema intercetor de Beja e descarregador

da estação elevatória e da estação elevatória de Beja. Teve ainda lugar o acompanhamento dos

trabalhos de vetorização do cadastro geométrico da propriedade rústica, realizados

internamente.

Quanto aos reservatórios do sistema de abastecimento do Guadiana Sul, deu-se continuidade aos

contactos com os demais interessados nos prédios a intervencionar. No caso do reservatório de

Serpa, e após acordo quanto ao valor a pagar pela referida aquisição, preparou-se toda a

documentação necessária à realização da escritura de compra e venda. Forneceu-se cadastro dos

prédios limítrofes ao prédio onde está projetado o reservatório de A do Pinto.

No que diz respeito ao caminho de acesso ao reservatório de Vila Verde de Ficalho, elaborou-se

novo traçado, no seguimento do acordado in loco com o proprietário e AgdA. Posteriormente

efetuou-se a avaliação prévia da parcela a intervencionar e preparou-se minuta de proposta de

valores.

Simarsul

No início deste período concluiu-se a prestação de serviços relativa à ETAR de Águas de

Moura. Foi elaborada uma proposta de prestação de serviços de execução de servidões para a

conduta elevatória da Carrasqueira do subsistema Lagoa-Meco e Santo António. No final do

semestre concluiu-se a prestação de serviços para a Simarsul, tendo-se desenvolvido as

seguintes atividades relativamente à construção da ETAR de Canha: formalização do acordo

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24 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

com o proprietário, atualização dos registos de propriedade e elaboração e assinatura do contrato

promessa de compra e venda.

1.2.4. Ambiente, Património e Ordenamento do Território

Património Cultural

Teve lugar o acompanhamento, no âmbito do protocolo celebrado entre a EDIA e a Direção

Regional de Cultural do Alentejo (DRCALEN), dos trabalhos de arranjo gráfico e impressão

das monografias relativas aos trabalhos arqueológicos realizados no âmbito do “Plano de

minimização de impactes arqueológicos no regolfo de Alqueva”. Foram já impressos, e

entregues à EDIA, os exemplares referentes a quatro das monografias previstas (volumes 1, 2, 3

e 6 da coleção). Encontram-se em curso os trabalhos de preparação de uma exposição dedicada

ao sítio pré-histórico da Barca do Xerez, a realizar nas instalações da sede da EDIA, em Beja.

Foram realizados trabalhos preparatórios, com vista à elaboração do Plano de monitorização do

património cultural localizado em área afeta às infraestruturas integradas no EFMA.

Foram também analisados e remetidos para a DRCALEN quarenta e cinco (45) relatórios

técnicos de trabalhos arqueológicos (escavações e acompanhamentos) realizados em fase de

obra, referentes a quatro (4) processos distintos. No âmbito de pedidos de entidades externas, foi

ainda dada resposta a uma solicitação da Câmara Municipal do Alandroal sobre publicações da

EDIA, na vertente de património cultural.

Em termos de atividades pedagógicas teve início, no dia 3 de junho, um novo ciclo de

exposições/atividades subordinado ao tema “Aprender com a História”. Neste âmbito, foi

desenvolvida a atividade intitulada “Potes e fornos do tempo dos romanos”. Pretendeu-se com

esta primeira atividade, partindo de vestígios concretos de época romana (potes descobertos no

sitio monte do Bolor – reservatório do Álamo), dar a conhecer os princípios gerais da atividade

arqueológica, bem como a ocupação da região em época romana. De salientar que foi

assegurado internamente a conceção, produção e execução desta atividade. Nos próximos meses

prevê-se dar continuidade a este ciclo, com novas atividades já em planeamento.

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25 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Medidas de Minimização Prévias à Obra

Redes Primária e Secundária

Circuito Hidráulico Amoreira - Caliços

A aguarda-se a entrega dos relatórios finais das intervenções arqueológicas realizadas em duas

ocorrências patrimoniais a afetar pela construção da barragem de Caliços.

Circuito Hidráulico Caliços - Machados

Concurso Público N.º 02/2013, para execução de trabalhos arqueológicos no sítio Monte dos

Coteis 3, a afetar pela construção da Estação Elevatória de Caliços. Encontra-se em fase de

análise de propostas.

Circuito Hidráulico de Caliços - Pias

Aguarda-se a entrega dos relatórios finais das intervenções arqueológicas de minimização de

impactes sobre o património cultural definidos na DIA do projeto, cujos trabalhos de campo já

foram concluídos.

Circuito Hidráulico de S. Pedro - Baleizão e Bloco de Rega

Em curso os trabalhos de execução das medidas de minimização de impactes sobre o

património cultural prévias à obra (CP 09/2012), definidos na DIA do projeto. Foram também

executados, internamente, trabalhos de prospeção arqueológica definidos na DIA. Neste

âmbito, encontra-se a ser elaborado o respetivo relatório técnico dos trabalhos, para posterior

envio à DRCALEN.

Circuito Hidráulico de Baleizão – Quintos e Blocos de Rega

Foram concluídos os trabalhos de campo associados ao CP N.º 08/2012 e referentes à

implementação de medidas de minimização de impactes sobre o património cultural definidas

na DIA do projeto. Face aos resultados das intervenções executadas ao abrigo do CP N.º

08/2012 e tendo em conta o elevado volume de trabalhos de minimização a realizar, foi

lançado um novo procedimento (CP N.º 07/2013) para a realização de trabalhos arqueológicos

de minimização de impactes.

Blocos de Rega de Pias

Aguarda-se a entrega dos relatórios finais das intervenções arqueológicas de minimização de

impactes sobre o património cultural definidos na DIA do projeto, cujos trabalhos de campo já

foram concluídos.

Blocos de Rega de Cinco Reis - Trindade

Aguarda-se a entrega dos relatórios finais das intervenções arqueológicas de minimização de

impactes sobre o património cultural definidos na DIA do projeto, cujos trabalhos de campo já

foram concluídos.

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26 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Ambiente

Atividades Prévias à Obra

De modo a cumprir integralmente as disposições das diferentes DIA´s e pareceres ao RECAPE,

procedeu-se à preparação e envio de resposta aos elementos condicionantes e apresentar, bem

como pedidos de alteração de redação de medidas de DIA’s, nomeadamente:

Elementos Condicionantes do Troço de Ligação Pisão Roxo, requeridos em sede de

Parecer ao RECAPE; e

Pedido de alteração da medida ECO3 da DIA relativa ao Projeto do Troço de Ligação

Pisão-Roxo e Pisão-Beja.

Documentação enviada às Entidades Competentes (Procedimento de AIA)

Por forma a dar cumprimento às exigências da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e de

modo a cumprir na íntegra as disposições das Medidas de Minimização das DIA´s, procedeu-se,

no âmbito dos processos Pós – Avaliação previstos na legislação em vigor, à preparação e envio

de relatórios demonstrativos e circunstanciados sobre as medidas da fase de construção das

empreitadas.

Para este efeito, procedeu-se ao envio do Relatório relativo ao “Cumprimento das Medidas de

Minimização da DIA - Fase de Construção” do Projeto do Bloco de Rega de Monte Novo.

No decorrer do semestre, procedeu-se ainda à preparação dos seguintes documentos de resposta:

Cumprimento das Medidas de Minimização da DIA e Parecer ao RECAPE (Fase de

Obra) da Ligação Pisão – Roxo do Subsistema Alqueva (empreitadas de construção dos

1.º troço, 2.º troço e 3.º troço do adutor Pisão Roxo);

Cumprimento das Medidas de Minimização da DIA (Fase de Obra) da ligação Pisão-

Beja do Subsistema Alqueva (empreitadas de construção dos 1.º troço, 2.º troço e 3.º

troço do adutor Pisão-Beja);

Cumprimento das Medidas de Minimização da DIA (Fase de Obra) da estação

elevatória de Pedrogão (Margem Esquerda) do Subsistema Ardila (empreitada de

fornecimento dos equipamentos da estação elevatória de Pedrógão – Margem

Esquerda);

Cumprimento das Medidas de Minimização da DIA (Fase de Obra) do adutor Brinches-

Enxoé do Subsistema Ardila (empreitada de construção dos adutores do Enxoé, Serpa e

Laje e Barragem da Laje; empreitada de construção da conduta elevatória e reservatório

de Brinches Sul e Empreitada de construção da estação elevatória de Brinches e Central

Mini-Hídrica de Serpa);

Cumprimento das Medidas de Minimização da DIA (Fase de Obra) da estação

elevatória da Torre do Lóbio, adutor de Serpa e reservatório Serpa Norte do Subsistema

Ardila (empreitada de construção da estação elevatória da Torre do Lóbio, adutor de

Serpa e reservatório de Serpa Norte); e

Cumprimento das medidas de minimização da DIA (fase de obra) do adutor de

Pedrógão e reservatório da Orada do Subsistema Ardila (empreitada de construção do

adutor de Pedrógão – Margem Esquerda e reservatório da Orada).

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27 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

No âmbito da pós-avaliação ambiental dos projetos e na sequência do envio dos planos de

desativação de estaleiro para a entidade licenciadora (CCDR-Alentejo), foi solicitada a presença

da EDIA numa visita (a 30 de maio), em sede de auditoria, às áreas de implantação dos

estaleiros das Empreitadas de Ligação do Pisão-Beja (1.º e 2.º troços) e do circuito hidráulico de

Vale do Gaio. Esta visita teve como objetivo principal a verificação, por parte da entidade

fiscalizadora, do cumprimento das diversas medidas ambientais em obra, para as quais a EDIA é

obrigada a evidenciar a sua correta implementação.

Atividades decorrentes da fase de exploração

Para a fase de exploração dos diferentes projetos, existe a necessidade de se proceder ao

desenvolvimento e implementação de medidas específicas constantes nas DIA´s, que aludem

fundamentalmente para a minimização e compensação de impactes ambientais. Para este efeito,

encontram-se em fase de preparação e alguns deles concluídos, os processos seguintes:

‘Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental da

Bacia Hidrográfica do Sado (PMC Sado). A ação 2 - Criação de Bypass a obstáculo

transversal (que integra o PMC Sado)’: em licenciamento junto da ARH-Alentejo, com

objetivo de iniciar obra no segundo semestre de 2013;

‘Charcos Temporários Mediterrânicos’: por forma a dar cumprimento ao estabelecido

em medidas de DIA’s de alguns projetos do EFMA, este estudo está a ser desenvolvido

em colaboração com uma estagiária de biologia da Universidade de Aveiro, tendo neste

período sido efetuado o trabalho de campo necessário à concretização dos relatórios de

monitorização, a enviar à Autoridade de AIA; e

‘Brochuras e Boletins de Rega para Agricultores’: no âmbito da fase de exploração das

infraestruturas de rega e dando resposta às medidas de minimização, relativas às ações

de sensibilização aos agricultores, foram desenvolvidos neste trimestre folhetos onde

constam orientações para a gestão de água, conservação dos solos, gestão da vegetação

das margens das linhas de água e aplicação de fertilizantes e produtos fitofarmacêuticos,

entre outras.

Relativamente ao ‘Relatório de Monitorização do Açude do Monte da Azinheira’ (processo pós

avaliação N.º 456 do circuito hidráulico de adução à barragem de Odivelas) foi rececionada pela

EDIA a resposta da APA a informar que o referido documento se encontra em apreciação.

No âmbito das medidas para a fase de exploração constam ainda diretrizes que espelham a

minimização e compensação dos principais impactes ambientais e paisagísticos decorrentes da

implementação dos projetos. De modo a garantir a implementação destas diretrizes têm-se

desenvolvido diferentes processos, entre os quais se identificam os seguintes:

Relatório de Avaliação da Envolvente Biofísicas das Infraestruturas do EFMA

(barragens, reservatórios, açudes e estações elevatórias);

Projeto de Compensação de Quercíneas; e

Projeto de Recuperação Paisagística para a Albufeira do Pisão.

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28 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Outros

Neste período foi prestado apoio à monitorização dos morcegos cavernícolas nos abrigos de

Alqueva, Pedrógão, Mina da Preguiça (Sobral da Adiça – Serpa) e Mina dos Mociços (Rosário-

Alandroal), no seguimento da colaboração entre a EDIA e o ICNF.

Monitorização Ambiental

No domínio da monitorização ambiental, e face ao número de programas de monitorização em

curso, optou-se por sistematizar a informação relativa aos diferentes programas por sistema

(Alqueva-Pedrógão) e por rede primária e rede secundária de rega, efetuando um ponto de

situação do estado de execução de cada um dos programas, sem prejuízo de ser apresentado uma

descrição mais exaustiva dos trabalhos que decorreram ao longo do semestre.

PROGRAMAS DE MONITORIZAÇÃO DO SISTEMA ALQUEVA – PEDRÓGÃO E

REDE PRIMÁRIA

Sistema Alqueva - Pedrógão e Rede Primária

Programas de Monitorização

Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas

Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2010/2012) Em fase de conclusão

Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2012/2014) Em curso

Potenciais Impactes da Transferência da Água Guadiana-Sado na Ictiofauna (2012) Em fase de conclusão

Potenciais Impactes da Transferência da Água Guadiana-Sado na Ictiofauna (2014) Em preparação

Recursos Hídricos Superficiais da Estação Elevatória e do Circuito Hidráulico do Pedrógão – Fase de ConstruçãoConcluido, aguarda entrega do

relatório final

Recursos Hídricos na área dos Circuitos Hidráulicos de Amoreira - Caliços e Caliços - Pias - Fase de Construção Em curso

Fauna, Flora e Vegetação

Inventariação biológica nas Ilhas de Alqueva Em fase de conclusão

Eficácia das Medidas de Minimização do Efeito Barreira e do Efeito Armadilha Em curso

Levantamento de Condições de Funcionamento do Dispositivo de Passagem de Peixes de Pedrógão Em curso

Avaliação da eficácia do dispositivo de passagem de peixes da barragem de Pedrógão (monitorização) Em curso

Avifauna na área do Sistema Alqueva - Pedrógão Em curso

Acompanhamento das caixas para morcegos na envolvente de Alqueva e Pedrógão Em curso

Ponto de Situação

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29 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

PROGRAMAS DE MONITORIZAÇÃO DA REDE SECUNDÁRIA

1

No início do ano foram assegurados os trabalhos associados à prestação de serviços referente ao

concurso público n.º 3/2012 para “Manutenção das Estações Automáticas Integradas na Rede

Específica de Monitorização do Sistema Alqueva – Pedrógão (2012/2013)”. As terceira e quarta

ações de manutenção associadas a esta prestação de serviços decorreram nos meses de março e

maio, respetivamente.

Decorre, ainda, o trabalho de levantamento das estações hidrométricas existentes na bacia

hidrográfica do Guadiana, estando em curso a elaboração do relatório referente à identificação

das necessidades de informação no âmbito da gestão e exploração das albufeiras de Alqueva e

Pedrógão. No mês de março foi elaborado o processo de contratação para execução dos

trabalhos de monitorização dos potenciais impactes da transferência de água Guadiana-Sado

sobre a ictiofauna.

Sistemas de Gestão na Área Ambiental

Sistemas de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva (SIRHAL)

Ao longo deste período manteve-se a divulgação diária de um Boletim com informação sobre a

evolução do volume armazenado e a variação diária das cotas das albufeiras de Alqueva e de

1A área a monitorizar abrange cerca de 55.000ha e corresponde aos blocos de rega Monte-Novo, Alvito-Pisão, Pisão, Alfundão,

Ferreira-Valbom, Ervidel, Aljustrel, Orada-Amoreira, Brinches e Brinches-Enxoé. 2 A área monitorizada abrange cerca de 60.000ha e corresponde aos blocos de rega: Monte-Novo, Alvito-Pisão, Pisão, Alfundão,

Ferreira-Valbom, Ervidel, Orada-Amoreira, Briches, Brinches-Enxoé, Selmes, Pedrógão e S. Pedro Norte.

Rede Secundária de Rega

Programas de Monitorização

Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas

Recursos Hídricos Superficiais e Qualidade Ecológica na Área dos Blocos de Rega em fase de exploração - 2012/20131 Em curso

Recursos Hídricos na Área dos Blocos de Rega de Cinco Reis e Trindade - Fase de Construção Em curso

Recursos Hídricos Subterrâneos na Área dos Blocos de Rega em fase de exploração - 2012/20132 Em curso

Fauna, Flora e Vegetação

Avifauna na Barragem do Pisão (2011/2012) Em fase de conclusão

Ictiofauna e dos Recursos Hídricos Superficiais no Bloco de Rega do Monte Novo (2010/2011) Em fase de conclusão

Aves Estepárias e de Rapina nos Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão (2009/2010) Concluido

Aves Estepárias e de Rapina nos Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão (2010/2011) Em fase de conclusão

Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Alfundão e de Ferreira e Valbom (2010/2011) Concluido

Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Alfundão e de Ferreira e Valbom (2012/2013) Em curso

Aves estepárias nos Blocos de Rega de Ervidel (2010/2011) Concluido

Aves estepárias nos Blocos de Rega de Selmes, S. Pedro Norte e Pedrógão (2010/2011) Em fase de conclusão

Aves estepárias nos Blocos de Rega de Pias (2011) Em fase de conclusão

Aves estepárias nos Blocos Sul e Oeste do Subsistema do Ardila Concluido

Linaria ricardoi na rede secundária de rega 2013 Avaliação de propostas

Solos

Solo nos Blocos de Rega de Selmes, S. Pedro Norte e Pedrógão Concluido

Caraterização da situação de referência do solo nos blocos de rega de Aljustrel, Ervidel, Beringel - Beja e S. Pedro - Baleizão Em curso

Ponto de Situação

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30 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Pedrógão, caudais registados a montante e jusante do sistema Alqueva-Pedrógão. O Boletim

atualizado é disponibilizado diariamente no site da EDIA.

Com o objetivo de efetuar o controlo do caudal registado versus o caudal ecológico necessário a

assegurar no Sistema Alqueva-Pedrógão é efetuada a análise diária dos caudais descarregados e

dos valores registados na estação hidrométrica do Pulo do Lobo. Mensalmente é divulgado

internamente o valor de caudal ecológico assegurado pelo Sistema Alqueva-Pedrógão no mês

anterior, bem como o valor do caudal ecológico a cumprir no mês seguinte.

Procedeu-se ainda à divulgação interna do regime de caudais ecológicos para a rede primária do

EFMA, atualmente em exploração. Esta divulgação tem uma periodicidade mensal. No mês de

março foi disponibilizado o boletim de rega com os resultados das campanhas promovidas no

mês de janeiro.

Ordenamento do Território

A EDIA participou em reuniões enquanto membro da comissão de acompanhamento da revisão

dos seguintes instrumentos de gestão territorial:

Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Alandroal – 4 de janeiro

Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Beja – 15 de janeiro

Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Moura – Workshop participativo – 5 de

fevereiro

Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Moura – 14 de fevereiro

Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Aljustrel – 14 de maio

Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Serpa – 6 de junho

Foram emitidos pareceres relativos aos PDM de Beja, Serpa e Aljustrel.

Na sequência da reunião entre a Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do

Grande Lago (ATMTGLA), a EDIA e a APA, no dia 7 de janeiro de 2013, em que foi decidida

a necessidade de elaborar um documento, com casos concretos, que justifique a abertura de um

processo de modificação do Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e Pedrogão

(POAAP) em vigor, a EDIA assinou um protocolo de cooperação com a ATMTGLA para a

elaboração do referido documento. Tendo em conta este processo, e ao longo do 1.º semestre,

realizaram-se reuniões de trabalho, entre os técnicos da EDIA e os técnicos dos municípios

pertencentes à ATMTGLA. Neste contexto, realizaram-se ainda algumas saídas de campo para

reconhecimento, no terreno, das áreas recreativas e de lazer previstas no POAAP. No

seguimento das anteriores reuniões e da informação enviada pelos municípios, a EDIA

compilou os contributos recebidos e elaborou um documento de “Proposta de modificação do

Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e Pedrogão”, que estabelece uma

caracterização da situação atual de implementação do mesmo, um conjunto de propostas de

modificação face ao atual Plano, e uma análise de compatibilização entre as propostas

apresentadas e a legislação em vigor. A 21 de junho realizou-se uma reunião com a APA, a

CCDR-A, a ATMTGLA e os técnicos dos municípios para apresentação do documento acima

referido.

A EDIA participou na reunião da Comissão Nacional de Coordenação do Programa de Ação

Nacional de Combate à Desertificação, no dia 1 de fevereiro.

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31 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

1.2.5. Projetos Especiais

Parque de Natureza de Noudar

O Parque de Natureza de Noudar (PNN) constitui-se como um projeto de desenvolvimento

regional que tem como objetivo a qualificação do território através da promoção da

biodiversidade. Neste período, tiveram continuidade as atividades agro-silvo-pastoris,

fomentando a multifuncionalidade e sustentabilidade da exploração agro-florestal e

contribuindo, simultaneamente, para a conservação dos valores naturais. Os trabalhos

agroflorestais decorrem de acordo com o estipulado no Plano de Exploração Agro-Florestal.

No que respeita à gestão pecuária, realizaram-se contactos com potenciais fornecedores na

região de Moura-Barrancos, para aquisição de novo macho reprodutor, e consequente aquisição

de um novilho de raça Limousine. Relativamente ao efetivo bovino, deu-se continuidade ao seu

maneio, suprindo todas as suas necessidades; no início de janeiro, decorreu o rastreio de

tuberculose. Procedeu-se ainda ao licenciamento da montanheira 2012-2013 e respetiva

contratação, após lançamento do convite à apresentação de propostas, e respetiva articulação

com o proponente para estabilizar os termos de concretização do contrato. Destaque,

igualmente, para a análise da performance reprodutiva da vacada através do software Genbeef, a

elaboração e entrega da candidatura ao pedido único 2013, a tuberculinização, vacinação e

desparasitação do efetivo e o nascimento de um macho e três fêmeas. A 30 de junho o efetivo

bovino existente no Parque era de 143 (116 fémeas e 27 machos).

Relativamente à gestão de hortas e pomares (rega diária por gota a gota), teve lugar a

eliminação de infestantes nas hortas do Monte e do Pomar. Na horta do Monte, no talhão das

aromáticas, fez-se o corte de algumas aromáticas para que brotem e depois possam ser

recolhidas, secas e por fim embaladas, para venda na loja.

No que respeita à componente cinegética, aguarda-se a alteração da lei da pesca em águas

interiores, que permitirá a elaboração dos processos de concessão da pesca desportiva no rio

Ardila e na ribeira da Múrtega. Foi elaborado um novo regulamento e nova lista de preços para

esperas ao javali (e realizada uma espera a 20 de junho), e efetuado o controlo de predadores,

com a aquisição de quatro novas gaiolas. Foi ainda obtida a licença para dez armadilhas e

adquirido cereal para coelhos.

Relativamente à gestão florestal, deu-se início à limpeza de matos, à avaliação de um novo

calendário para a realização das podas das azinheiras e continuação da realização do inventário

florestal, com o qual se pretende reavaliar o estado sanitário das quercíneas. Evidencie-se o

levantamento dos espaços com aptidão apícola, no sentido de preparar contratos de exploração,

a preparação e estabelecimento do sistema de vigilância 2013, com aquisição de carta de rumos,

e o pedido e obtenção da licença para abate de azinheiras secas.

Noutras atividades, indique-se o processo de integração das condicionantes decorrentes da

gestão para a conservação da biodiversidade e o licenciamento para a construção da charca das

Eiras Queimadas, e o início dos estudos para vulgarizar a distribuição de água pelos diferentes

parques de bovinos e para vedar charcas. Refiram-se ainda os procedimentos de ajuste direto

para a construção de marouços e parque de coelhos e fornecimento de ração especial para

coelho-bravo no âmbito do Iberlinx II, assim como a instalação de vedação da Umbria das

Boticas.

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32 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Procedeu-se ainda à abertura dos procedimentos de consulta ao mercado para a limpeza de todos

os telhados do monte e manutenção preventiva dos equipamentos instalados no monte, e

abastecimento de gás propano. Em termos de manutenção de espaços exteriores, procedeu-se,

por outro lado, à limpeza de ervas dos percursos e envolventes das construções agrícolas, ao

esvaziamento e limpeza dos três poços, à pintura do interior da casa da Torre de Vigia e ao

levantamento e sinalização dos poços da mina abandonada.

No período em análise e relativamente à exploração turística, prosseguiram os serviços de

refeições e alojamento, e foram desenvolvidos trabalhos no âmbito das “Publicações de

Noudar”, designadamente o acompanhamento da produção de guias de bolso de fauna e flora.

Realizou-se ainda o programa “Páscoa em Noudar”, de 20 a 23 de março. No final do semestre

realizaram-se, mais uma vez, os campos de férias no parque de natureza de Noudar 2013. O ano

escolar terminou, disponibilizando-se uma semana de férias em plena natureza, recheada de

muitas atividades divertidas e pedagógicas. Estão divididos em dois períodos: de 30 de junho a

6 de julho (10 aos 16 anos) e de 14 a 20 de julho (7 aos 12 anos). Cabe ainda referenciar a

atividade com o grupo 140 caminheiros de Évora, o curso da AdcMoura referente à cultura de

plantas medicinais (20-23 junho), e o evento CCDRAlentejo e Câmara Municipal de Barrancos

(17 maio).

Quanto às atividades de divulgação e promoção mencione-se, no início do ano, a preparação do

procedimento de concurso para o novo site do PNN e criação do logotipo do restaurante

Pançonas e Voltas d’Alqueva. É igualmente de destacar a conceção de pacotes turísticos

incluindo o museu da Luz e Alqueva.

Relativamente ao tanque lúdico, é de referir o acabamento do seu espaço envolvente, com

enchimento de terras, e a aquisição de placas necessárias para essa área, e a colocação de uma

passadeira com pedra da ribeira local.

Neste período o PNN participou nas diversas ações no âmbito do projeto Life + Iberlince, de

grande relevância à escala europeia. Os beneficiários em Portugal são o ICNF e a Associação

Iberlinx, competindo, a esta associação a operacionalização do projeto no terreno. A EDIA,

enquanto sócia fundadora e atual presidente da Direção da Associação Iberlinx, tem envidado

todos os esforços no sentido de promover a viabilização e implementação deste projeto em

Portugal.

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33 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Museu da Luz

Num ano em que se comemoram dez anos de existência do Museu da Luz, a requalificação do

seu património edificado, para melhor servir os seus diversos públicos-alvo e propósitos, tem

sido uma das principais linhas de atuação seguidas. Ao longo do semestre, o Museu da Luz deu

continuidade à sua aposta na qualidade e diversidade programática dos conteúdos e eventos

museológicos.

No âmbito do programa expositivo e intervenções artísticas, o Museu prosseguiu com as

exposições de longa e curta duração. Na exposição de longa duração: “A terra: ocaso de uma

relação milenar” são evocadas as profundas alterações sociais e patrimoniais associadas ao

processo de construção da barragem de Alqueva.

A exposição de curta duração “É um mundo novo”, de Carlos Noronha Feio, foi inaugurada a 5

de janeiro. É na sala da luz que podemos ver o tapete de Arraiolos, com 30 metros quadrados.

Referencie-se, igualmente, a exposição “ Alqueva paisagem como tema”, presente no Museu até

7 de julho.

No âmbito do ciclo expositivo ‘Dar Voz aos Objetos’ prosseguiu a exposição “A Cachamorra”,

pelo pastor Jacinto Suzano: onde é que hoje há os pastores?’, tendo-se procedido à preparação

em torno de novos objetos (pote de azeite e burra). Esteve igualmente patente, na sede da EDIA,

em Beja, primeiramente a exposição itinerante ”Dar voz aos objetos – a tarrafa de Francisco

Capucho” e de momento “A lancheira”, de Domingos Godinho.

Avançou-se na preparação de parcerias com agentes de turismo locais, através da campanha

“Um lago, duas aldeias, um museu – Páscoa 2013”, e com a participação na BTL com

promoção do projeto ‘Voltas de Alqueva’, que integra atividades do Museu da Luz. Procedeu-se

igualmente à promoção de iniciativas para o público escolar. Destaque-se assim a preparação de

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34 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

participação na programação das atividades de ocupação das férias escolares, em parceria com a

EBI de Mourão, a Câmara Municipal de Mourão e a Câmara Municipal de Reguengos de

Monsaraz, e a participação do Museu da Luz na Feira de São João de Évora, através da

divulgação e de atividades lúdico-educativas em torno do livro infantil ‘O que vês dessa

janela?’.

No âmbito das atividades para o público geral, referencie-se a participação do Museu da Luz na

Feira do Livro de Reguengos de Monsaraz, com divulgação de publicações próprias, em

parceria com a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, a comemoração do Dia

Internacional dos Monumentos e Sítios, com programação específica (18 de abril) e a

organização do dia comemorativo ‘Viagem-Passeio Alqueva, a paisagem como tema’ (29

junho). Na vertente turística, foi preparada a difusão da campanha ‘Um lago, duas aldeias, um

museu – Verão 2013’ com reforço de parcerias na zona de influência da barragem.

Durante este período, decorreram obras de melhoramento e de preparação do Monte dos

Pássaros para a utilização pelo público e para as residências artísticas. Procedeu-se, igualmente,

à preparação do Monte da Julioa para acolhimento das reservas arqueológicas e etnográficas

anteriormente instaladas nos espaços do Monte dos Pássaros e na casa da rua do Montinho.

Evidenciem-se, neste período, a inauguração do programa de residências do Museu, com

destaque para a atividade LUZ3, residência artística para a intervenção gráfica na antiga estrada

de acesso à aldeia da Luz, com alunos do Departamento de Artes Visuais e Design da

Universidade de Évora, orientados pelo artista Pedro Portugal. A inauguração contou com a

performance no local do Grupo Coral da Luz, numa parceria entre o Museu da Luz, a

Universidade de Évora e a Câmara Municipal de Mourão. Teve ainda lugar o planeamento da

residência de Catarina Mourão e de Pedro Duarte, no âmbito do workshop de realização de

filme documental, e da residência artística com a curadora Maria do Mar Fazenda.

De comunicação e plataformas, referência para a reformulação gráfica e estrutural do site do

Museu e para a produção de conteúdos para esta plataforma em renovação. No que respeita às

redes sociais, teve continuidade a promoção dos espaços e experiências com imagens

fotográficas e textos na conta facebook do Museu da Luz.

Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia

O Centro de Cartografia tem dado especial atenção às necessidades internas da EDIA,

acompanhando as mais modernas tecnologias da informação geográfica, cartográfica e

cadastral, desenvolvendo no período em análise as seguintes atividades:

Execução de altimetria vetorial à escala 1:10.000 para a área de influência do EFMA de

acordo com as necessidades internas da EDIA;

Resposta a solicitações na componente topográfica a várias direções da empresa;

Manutenção do sistema de gestão da qualidade de acordo com a Norma ISO 9001:2008;

Monitorização geodésica das Barragens dos Álamos I, II e III, Vale de Carro, Penedrão,

Brinches, Serpa, Reservatório de Ferreira, Amoreira, Loureiro, Reservatório 4 do

Monte-Novo, Cinco Reis, Reservatório da Orada e Laje;

Fiscalização de cartografia e ortofotocartografia à escala 1:2.000 para os municípios de

Aljustrel, Barrancos, Almodôvar, Ourique, Ferreira do Alentejo, Castro Verde e

Mértola;

Conclusão do projeto externo de vectorização do cadastro geométrico da propriedade

rústica do concelho de Beja e Almodôvar;

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35 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Execução do cadastro geométrico da propriedade rústica dos concelhos de Ourique e

Almodôvar;

Elaboração do relatório para a renovação do Alvará de cadastro predial;

Acompanhamento da coleção dos marcos de propriedade no bloco de rega de Ervidel;

Levantamento arquitetónico das construções existentes na Herdade dos Bravos, no

âmbito da legalização das construções provenientes da EDP; e

Contribuição na exposição “Potes e fornos do tempo dos Romanos” na cubicagem e

modelação 3D do Pote.

Teve continuidade o cálculo dos valores a faturar das taxas de conservação anuais para 2013 e

os valores relativos aos consumos efetuados no 4.º trimestre de 2012. Foram também elaborados

diversos relatórios de resumos englobando todos os valores faturados e agrupando-os por bloco,

por regime de pressão, entre outros fatores.

Este semestre, em termos de aplicação webgis, foi migrada toda a aplicação para a nova base de

dados SIG. Esta aplicação permite desenhar a área inscrita com recurso a diversas ferramentas

de desenho, calcular a área inscrita com base no seu desenho, permitindo a validação da

informação dada pelo beneficiário no ato de inscrição. É também possível atualmente incluir

áreas precárias diretamente na aplicação. Foram ainda produzidos diversos relatórios por

solicitação de vários sectores na Empresa. Por motivos técnicos, a componente geográfica desta

aplicação foi desativada, tendo-se optado pelo desenvolvimento de um componente genérico,

que será a base de todas as aplicações geográficas. Este facto permitirá reduzir o elevado

esforço de manutenção da mesma, dado o número de diferentes aplicações deste género

desenvolvidas ao longo dos últimos anos, e renovar o portal de mapas no site da Empresa.

Durante o período em análise, no modelo de monitorização e gestão da componente

hidroagrícola de Alqueva (ALWAYS), tal como previsto, prosseguiu o esforço de detetar

incongruências entre os dados originais presentes no SIG e os dados apresentados pelo modelo.

Foram também desenvolvidos os esforços necessários para que este sistema se possa sincronizar

de forma automática com a base de dados geográfica, sem necessidade de intervenção humana

morosa.

A EDIA tem vindo a desenvolver competências na área do desenho técnico para apoio ao

projeto de engenharia hidroagrícola e ao sector de construção. Neste âmbito, podem destacar-se

algumas atividades que revelam já um grau de autonomia significativo, como seja o apoio ao

projeto da albufeira de Ferreira onde se efetuou o cálculo de volume de escavação, o traçado de

perfis longitudinais, de diretrizes e rasantes. Pretende-se contribuir para o desenvolvimento de

projetos de execução que a empresa possa desenvolver no futuro.

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36 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Foram efetuados melhoramentos à aplicação Sistema de Informação de Cadastro e

Expropriações (SICE), designadamente, nos relatórios de gado e de rendeiros e integração com

SAP. Foi também desenvolvida uma aplicação web que permite a visualização das faixas de

expropriação e servidão nas infraestruturas da rede primária. Foram ainda introduzidas

alterações a alguns projetos, com a consequente atualização da informação (faixas, parcelas,

cadastro), especificamente nos casos dos blocos de rega de Baleizão-Quintos, S. Pedro-

Baleizão, Cinco Reis -Trindade e Beringel – Beja.

Relativamente à gestão de ativos foram criados identificadores geográficos únicos e sequenciais

de forma geográfica (de montante para jusante e por segmento da rede primária) para os nós da

rede primária do sistema Alqueva a jusante da Barragem do Loureiro e os equipamentos da rede

primária já construída do sistema Ardila. Estes identificadores estão a ser introduzidos no SAP,

interligando-se assim estes 2 sistemas.

Durante o período continuaram os esforços de migração para a nova base de dados Open Source

que foi adotada como base do SIG da Empresa. Concluíram-se os desenvolvimentos relativos

aos componentes geográficos das aplicações cujas componentes alfanuméricas já foram

migradas, nomeadamente a gestão de licenciamento de captações, e a gestão de património, e

foram iniciados os esforços para migração do Sistema de Monitorização do Guadiana, e das

aplicações envolvidas nas prestações de serviços de expropriações. Na introdução massiva do

produto destinado a utilizadores de PC, denominado Quantum GIS, foi desenvolvido um

módulo específico que permite um acesso rápido à informação geográfica, em tudo similar

disponibilizado no software comercial existente na Empresa. Também se produziram os

modelos para impressão em A4 e A3. Realizaram-se sessões de formação para 40 técnicos da

EDIA, tendo sido instalado o QGIS em cerca de 30 computadores, e concluídos os

procedimentos necessários à sua implementação interna, com o intuito de reduzir o custo de

licenciamento deste software.

Por solicitação da Associação Iberlinx foi desenvolvido um estudo de quatro pontos alternativos

para colocação de um observatório junto ao cercado para o lince Ibérico, a instalar no PNN. Esta

análise baseou-se no cálculo de bacias de visão, considerando três situações: pontos de

observação colocados à cota do terreno, pontos colocados a três metros acima da cota do

terreno, pontos colocados a três metros acima da cota do terreno e também considerando que, no

contorno da cerca, existe um obstáculo visual com três metros.

Refira-se que, por solicitação do IFAP, a EDIA procedeu ao envio de informação das áreas onde

já colocou marcos de propriedade e onde existem infraestruturas visíveis no ortofortomapa

atual, permitindo assim uma atuação mais expedita deste instituto aquando das renovações de

candidaturas.

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37 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

1.2.6. Estrutura de Suporte

Recursos Humanos

Decorreu o processo de revisão de descrição de funções existentes na Empresa, agora na

vertente de qualificação e avaliação. Foi também dado apoio aos programas de estágios

profissionais e curriculares em curso, com especial ênfase para o programa de estágios

profissionais das aldeias ribeirinhas. De referir a implementação de diversas alterações no

sistema informático (SAP R3/HR), resultantes das normas inseridas no Orçamento de Estado

para 2013 e que implicaram um trabalho conjunto de grande complexidade.

Fruto da importância da EDIA no desenvolvimento da região e do impacto potencial da sua

intervenção junto das comunidades locais foi lançado o Programa EDIA Voluntário. Realce

para a 1ª edição do Evento Interno da EDIA “Partilha de Informação”, que se pretende com uma

periodicidade quadrimestral e que tem como principal objetivo a partilha da informação entre

todos os colaboradores relativamente à formação que cada um frequenta e dos “inputs” que isso

pode trazer para a empresa.

No final de junho de 2013, a Empresa contava com um total de 189 trabalhadores permanentes,

distribuídos pelas diferentes categorias profissionais:

No início do semestre, foi assinado um protocolo com o Centro de Paralisia Cerebral de Beja

com o objetivo de acolher um formando do curso de assistente administrativo, por um período

de 9 meses. Este protocolo tem como objetivo proporcionar uma formação em contexto real de

trabalho, facilitando a integração na vida ativa através da participação nas diversas atividades

desenvolvidas no departamento, na área funcional em causa e de acordo com as competências

do formando.

Sistemas de Informação

Como atividades mais relevantes no primeiro semestre de 2013, destacou-se:

A realização do site das www.voltasdalqueva.pt, que suporta a estratégia da EDIA de

valorização do seu património (PNN, Museu Luz), lançado na BTL de fevereiro deste

ano;

Com o intuito de promover a utilização de documentos digitais assinados

eletronicamente e obter as vantagens daí inerentes, foi difundido pela empresa a

Categorias Colaboradores

Técnico Especialista 28

Técnico Superior 100

Técnico 61

Total 189

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38 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

utilização de um software gratuito de assinatura de pdfs, permitindo que ofícios e

relatórios de concursos públicos sejam assinados digitalmente;

No Museu da Luz, realizou-se o upgrade do circuito de internet e a atualização do

software POS para sua gestão;

A reparametrização do software SAP R/3 de forma a refletir as novas imposições legais

ao nível de salários, feriados e retenções;

O lançamento de um portal interno que permite ao colaborador a colocação e consulta

dos seus pedidos de intervenção, o acesso a uma base de dados de soluções

desenvolvida internamente e o conhecimento dos equipamentos informáticos que lhe

estão afetos;

A implementação do portal alqueva.com.pt;

O ajustamento do ERP SAP, de forma a suportar alterações legais (SAFT, modelo 10) e

requisitos de negócio;

O desenvolvimento do modelo de gestão de indicadores; e

Colaboração no projeto LIFE Iberlince, através da participação em todas as

componentes informáticas (escolha de software, desenvolvimento de site, administração

de sistemas e helpdesk).

Desenvolvimento, Promoção e Divulgação

Continuou-se a acompanhar os trabalhos e iniciativas em curso da constituição da Reserva Dark

Sky em Alqueva, sendo de salientar a aprovação de candidatura ao Inalentejo para a

dinamização deste Projeto. Destaca-se o facto da Citroen Holandesa ter usado uma imagem do

Dark Sky Alqueva (Via Láctea no Convento da Orada em Monsaraz) para publicitar o

passatempo que está a fazer sobre o espaço, com o novo Citroen C4, cujo prémio, é uma viagem

a Portugal para observação das estrelas.

Durante o período, e ao nível da coordenação do projeto “Aldeias Ribeirinhas de Alqueva”,

foram efetuadas reuniões periódicas e diversas interações com outras instituições, tais como o

IAPMEI, BCSD, CEBAL, Instituto Politécnico de Beja e Escola Superior Agrária de Beja.

Deste último contacto resultou um acordo específico de colaboração entre a EDIA e o IPB, que

visa a possibilidade de utilização dos laboratórios desta instituição para testes laboratoriais

associados ao desenvolvimento de novos produtos alimentares.

Foi atribuído por parte do Ministério da Economia do selo +e+i ao Projeto “Aldeias Ribeirinhas

de Alqueva” (31 de janeiro). Ainda durante este período realizaram-se diversas atividades

promovidas pelos 15 jovens afetos ao projeto, e envolvendo as comunidades locais, com

particular destaque para a elaboração de uma caminhada aberta à população e à sociedade, uma

largada de falcões, uma mostra gastronómica, participação nas Jornadas de Empreendedorismo

Turístico na Escola de Hotelaria do Estoril e a Feira das Flores e Sabores que decorreu na aldeia

da Luz, a 5 de maio. Realce-se ainda a realização do primeiro Encontro Náutico de Alqueva das

Aldeias Ribeirinhas de Alqueva (ARA), a 1 de junho, entre Campinho, Luz e Estrela, e o

lançamento da primeira edição do concurso de fotografia que, através do trabalho e

envolvimento dos concorrentes, procurou alavancar a dinamização e promoção do projeto.

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39 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

No dia 17 de junho, o projeto ARA foi um dos selecionados para beneficiar do apoio do

programa “EDP Solidária 2013” atribuído pela Fundação EDP. O projeto foi um dos 51 projetos

selecionados a nível nacional, entre mais de 1211 candidaturas.

A EDIA esteve presente em reunião na sede das ‘Terras Dentro’, em Alcáçovas, no âmbito da

elaboração do “Estudo Prospetivo para a Identificação de Fileiras Produtivas no Alentejo”.

Relativamente ao Centro de Documentação assegurou-se, neste período, a gestão e manutenção

do acervo documental da empresa, bem como apoio a estudantes, investigadores e potenciais

investidores. Deu-se início ao projeto de recuperação e transferência para formato digital da

informação relativa à Empresa e ao projeto, atualmente registada em formato de vídeo VHS, a fim de a preservar.

Ao longo do período, continuou-se a efetuar o acompanhamento, em reportagem, de diversos

órgãos de Comunicação Social (OCS), na realização do “cliping” diário aos vários OCS

nacionais, regionais e online, com registo para a publicação de notícias com referência à EDIA

e/ou ao EFMA, e na produção e distribuição de notas de imprensa.

Em termos de relações públicas, registou-se a receção personalizada, no Centro de Informação

Alqueva (CIAL) de grupos organizados e outras visitas, maioritariamente portugueses, mas

também dos seguintes países: Holanda, Noruega, Brasil, Suíça, Espanha, Inglaterra, França e

Alemanha. No período em análise, é de referir o apoio dado à administração na receção das

seguintes entidades em visita à EDIA e infraestruturas do EFMA e outras ações:

Preparação e acompanhamento da visita da Srª Ministra da Agricultura e do seu

homólogo Finlandês, dia 4 de janeiro, a infraestruturas de Alqueva;

Apoio à receção de delegação angolana com deputado do PSD, na EDIA, dia 8 de

janeiro;

Acompanhamento de comitiva de jornalistas a Infraestruturas de Alqueva aquando da

inauguração da Central de Alqueva II, dia 23 de janeiro;

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40 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Participação no projeto “Voltas de Alqueva” e respetivo lançamento na BTL, dia 28 de

janeiro.

Realização do evento “A importância do financiamento para o investimento no setor

agroalimentar”, no auditório da EDIA, dia 5 de fevereiro;

Acompanhamento a um grupo de agricultores associados da Torriba, dia 22 de

fevereiro;

Organização e acompanhamento da visita ao EFMA com o Vice Ministro Chinês e

respetiva delegação, dia 27 de maio;

Organização e acompanhamento da visita do Exmo. Sr. Secretário Executivo das

Nações Unidas responsável pelo combate à desertificação, acompanhado pelo Exmo Sr.

Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, a 30 de maio;

Organização e acompanhamento da visita dos responsáveis da Central de Cervejas, dia

30 de maio;

Apoio à organização do encontro com os agricultores do aproveitamento hidroagrícola

de Alvito/Pisão, dia 12 de junho; e

Organização e acompanhamento da visita ao EFMA dos responsáveis da SUGALIDAL,

dia 19 de junho.

No que respeita a realizações de destaque, evidencie-se o procedimento de ajuste direto para a

“Potenciação de Alqueva enquanto Marca Territorial: Imagem e Estratégia”, cuja apresentação

teve lugar a 22 de maio, no âmbito da Estratégia e Suportes de Comunicação para a Promoção

do Potencial Agrícola de Alqueva. Neste particular, referencie-se igualmente a organização da

sessão pública de apresentação da Marca Alqueva aos colaboradores da EDIA e às forças vivas

da região.

Esteve em destaque, igualmente, a realização do Seminário Internacional “Investir no Potencial

Agrícola do Alqueva”, em parceria com o BES, AICEP e jornal Expresso, evento realizado dia

24 de maio no hotel Tivoli, em Lisboa, e que contou com cerca de 350 convidados, nacionais e

estrangeiros. Esta realização implicou ainda uma ação específica para jornalistas estrangeiros

(23 de maio), e outra ação dirigida a potenciais investidores estrangeiros (25 de maio). Foi ainda

produzido o filme “Marca Alqueva”, lançado no supra citado seminário.

Assinale-se também a participação da EDIA em inúmeros certames, como (i) a “Fruit

Logistica”, Berlim – Alemanha (6 - 8 de fevereiro), integrando o pavilhão de Portugal

organizado pela Portugal Fresh; (ii) o SISAB, em Lisboa (25 - 27 de fevereiro); (iii) a BTL,

realizada em Lisboa, integrando o espaço “Alentejo” e apresentando o projeto “Voltas de

Alqueva” (27 de fevereiro - 3 de março); (iv) “AcqualiveExpo”, em Lisboa (21 - 23 de março);

(v) Ovibeja (24 a 28 de abril); (vi) Feira do Campo de Aljustrel (7 a 10 de junho); e (vii) Feira

Nacinal da Agricultura (8 a 16 de junho).

Destaquem-se ainda, por outro lado, as inaugurações das seguintes infraestruturas:

Estação Elevatória de Pedrógão - Margem Direita e blocos de rega de Pedrógão e

Selmes, com presença da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura do Mar, do Ambiente e do

Ordenamento do Território, Assunção Cristas, (17 de abril); e

Aproveitamento hidroagrícola de Ervidel, com a presença do Exmo. Sr. Aziz

Akhannouch, Ministro da Agricultura e Pesca Marítima de Marrocos, da Exma. Sr.ª

Karima Benyaich, Embaixadora de Marrocos em Portugal, e do Exmo. Sr. Eng. José

Diogo Albuquerque, Secretário de Estado da Agricultura (05 de Junho).

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41 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Sustentabilidade nos Domínios Económicos, Social e Ambiental

No final do semestre foi concluída a impressão gráfica do Relatório de Sustentabilidade para o

período 2009-2011. De igual forma, neste período, decorreram os trabalhos de preparação da

‘Agenda para a Sustentabilidade’ para o período 2013-2015, tendo sido ainda aprovada uma

ação de formação nas Global Reporting Initiative - GRI´S para os elementos do grupo de

trabalho da Sustentabilidade, por forma a que o relatório de 2012-2013 possa ser desenvolvido

integralmente a nível interno.

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42 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

1.3. Atividades Desenvolvidas pela GESTALQUEVA

O período a que se refere o presente Relatório e Contas corresponde fundamentalmente a

questões relacionadas com:

Os Colaboradores;

A alienação do património, especialmente com os 51% do capital da Gescruzeiros.

No que respeita aos dois colaboradores que continuaram em funções em 2013, não foi possível

a sua integração nos quadros de pessoal dos associados da Gestalqueva, pelo que se procedeu ao

respetivo processo de despedimento, por extinção do posto de trabalho, com o pagamento das

respetivas indemnizações.

Em relação ao património, concluiu-se a alienação dos bens de equipamento e iniciou-se o

processo de concurso público para alienação dos 51% do Capital Social da Gescruzeiros. Este

processo não foi concluído porque o concurso ficou deserto e houve necessidade de recorrer à

negociação direta com a Nautialqueva, SA, na qualidade de sócio da Gescruzeiros, com direito

de opção, para a aquisição dos 51% do capital da empresa, procedimento que ainda não foi

concluído.

O Apoio Técnico e Administrativo à Comissão Liquidatária foi garantido pelos dois

colaboradores em funções, até à extinção do respetivo posto de trabalho. Posteriormente esse

apoio tem sido assegurado pela EDIA e pelas Câmaras Municipais, através da ATMTGLA –

Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago Alqueva.

1.4. Atividades Desenvolvidas pela GESCRUZEIROS

A missão da Gescruzeiros é o aproveitamento da atividade marítimo-turística no Grande Lago

do Alqueva, e tem como vocação estratégica o desenvolvimento de passeios marítimo-turísticos.

Para este efeito, foram adquiridas três embarcações. A primeira, denominada “Guadiana Rio”,

foi comprada em 2006/07 e tem uma capacidade de transporte de cento e vinte passageiros. As

outras duas embarcações, “Alcarrache” e “Degebe”, adquiridas à Gestalqueva S.A., com

capacidade para vinte e cinco passageiros cada, destinam-se a passeios de curta duração, em

geral, de cerca de sessenta a noventa minutos.

Até 30 de junho de 2013, a Gescruzeiros transportou 7.314 passageiros, mais 1.096 passageiros

do que aqueles que transportou, no ano anterior, em igual período.

Importa, no entanto, evidenciar que se trata do segundo pior ano de sempre em termos de

número de passageiros transportados pela Empresa, e o pior ano de sempre em termos de valor

absoluto de vendas.

Analisando o gráfico seguinte, com o total de passageiros transportados ao longo dos últimos

cinco anos, verifica-se que o ano de 2009 foi o melhor, tendo-se vindo a registar reduções ao

longo dos anos subsequentes. O ano de 2012 transportou menos passageiros do que 2013, mas o

ano de 2013 revelou as vendas mais baixas de sempre.

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43 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Para explicar este ligeiro aumento em termos de número de passageiros transportados pode-se

apontar, por um lado, a grande aposta efetuada no telemarketing, nomeadamente, junto das

juntas de freguesia, câmaras municipais, agências de viagem, lares, escolas, entre outros.

Indique-se, por outro lado, a contratação, a tempo parcial, de um delegado comercial no início

do ano de 2013, o que permitiu a divulgação da Empresa em novos mercados, alcançando novos

clientes.

Evidencia-se também o facto de o preço médio por passageiro ter decrescido em relação ao ano

transato, o que explica a redução do valor das vendas.

As embarcações “Alcarrache” e “Degebe” transportaram neste período (de 01 de janeiro de

2013 a 30 de junho de 2013) 874 passageiros, contra 149, em 2012, 1.611, em 2011, 2.719, em

2010, e 2.449, em 2009. A embarcação “Guadiana” transportou, no mesmo período, 6.440

passageiros, contra 6.069, em 2012, 10.573, em 2011, 11.356, em 2010, e 12.749, em 2009.

Em termos de objetivos e áreas estratégicas referencie-se que, apesar da conjuntura económica

nacional se ter agravado de forma significativa no último ano, a Gescruzeiros definiu o objetivo

de 30.000 passageiros para 2013, reduzindo-o assim pelo segundo ano consecutivo, mas

mantendo-o elevado, dado que só o regresso ao patamar dos 30.000 passageiros permitirá a

sustentabilidade da Empresa. Contudo, no final do primeiro semestre de atividade, torna-se

evidente que 20.000 passageiros será um objetivo realista para o ano de 2013.

A estratégia mantém-se na aposta de estabilização dos seus horários e passeios e nas ações de

angariação de mais passageiros, designadamente, através de telemarketing, da participação em

feiras da especialidade e no novo delegado comercial.

A estabilização dos horários e passeios do barco cruzeiro “Guadiana” permitiu a captação de

grupos para passeios semanais (estratégia que remonta ao ano de 2009), facto que permite uma

otimização dos recursos, em especial em termos de recursos humanos.

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44 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Por outro lado, e à semelhança do que ocorreu no ano de 2012, também em 2013 se destaca a

presença, no mês de janeiro, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e na Feira Internacional de

Turismo de Madrid (FITUR). No ano de 2013 manteve-se a estratégia delineada nos anos

anteriores para os barcos de cruzeiro “Alcarrache” e “Degebe”. Nesse sentido, as duas

embarcações permaneceram na Amieira Marina para realizar, preferencialmente, passeios de 90

minutos até à barragem e, a pedido de pequenos grupos, até à aldeia da Estrela. Uma vez que o

resultado obtido junto das agências de viagem foi bastante positivo durante o ano de 2011,

manteve-se a aposta neste segmento de mercado, personalizando-se, cada vez mais os contactos

efetuados.

1.5. Breve Descrição da Demonstração da Posição Financeira e da Demonstração do

Rendimento Integral

Ativo

Durante o primeiro semestre de 2013, verificou-se uma diminuição dos ativos não correntes em

cerca de M€ 1,98, justificado pela amortização dos ativos intangíveis.

Relativamente aos ativos correntes, a sua variação negativa é justificada por: (i) desvios nas

rubricas ‘inventários’ em M€ 409,43 (desvio negativo) e ‘outras contas a receber’ em M€ 84,61

(desvio positivo), que se justificam pelo movimento contabilístico que foi efetuado ao abrigo do

contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das

Valores em milhares de Euros

Rubricas 30-Jun-13 31-Dez-12

Ativo Não Corrente

Ativos fixos tangíveis 16.603 16.618

Ativos intangíveis 362.059 364.023

Participações financeiras 276 276

Depósitos Cativos 8.534 8.534

387.471 389.451

Ativo Corrente

Inventários 14.407 423.839

Clientes 1.869 1.746

Adiantamentos a fornecedores 1.050 1.058

Estado e outros entes públicos 595 591

Outras contas a receber 161.415 76.804

Diferimentos 452 500

Caixa e depósitos bancários 46.130 59.460

225.919 563.998

TOTAL 613.390 953.449

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45 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

infraestruturas do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, assinado a 8 de abril de 2013

entre a EDIA e a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural; como consequência

foi transferido para a conta ‘outras contas a receber’ o valor líquido do investimento da rede

secundária (inventários deduzidos dos proveitos diferidos – subsídios do estado); (ii) desvios na

rubrica ‘caixa e depósitos bancários’ (diminuição em M€ 13,33) justificados particularmente

pelo pagamento a fornecedores e expropriações e pelo atraso no recebimento de reembolsos de

IVA.

Capital Próprio e Passivo

Durante o primeiro semestre de 2013 verificou-se uma variação negativa dos capitais próprios,

em cerca de M€ 8,81, justificado essencialmente pelo resultado líquido negativo do período.

Neste semestre verificou-se uma diminuição dos passivos em cerca de M€ 331,25 (23,40%),

justificados, essencialmente: (i) pela diminuição em cerca de M€ 336,57 na rubrica de

‘Proveitos diferidos – Subsídios do Estado’ devido ao movimento contabilístico associado ao

contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das

infraestruturas do empreendimento de fins múltiplos de Alqueva; e (ii) pelo aumento em cerca

de M€ 5,31 na rubrica de ‘Financiamentos Obtidos’, decorrente dos empréstimos de curto prazo

obtidos da banca portuguesa desde 30 de setembro de 2011 e que a 30 de junho de 2013

ascendem a M€ 136,45.

Valores em milhares de euros

Total do Capital Próprio do Grupo -471.195 -462.446

Interesses minoritários -40 17

Total do Capital Próprio -471.235 -462.430

Passivo Não Corrente

Empréstimos obtidos 540.565 543.919

Proveitos diferidos - Subsídios do Estado 148.313 475.884

Outros 193.529 199.169

882.407 1.218.972

Passivo Corrente

Empréstimos obtidos 157.354 147.981

Fornecedores e Outras contas a pagar 27.519 32.646

Outros 17.346 16.279

202.219 196.906

Total do Passivo 1.084.626 1.415.879

Total do Capital Próprio e do Passivo 613.390 953.449

Rubricas 30-Jun-13 31-Dez-12

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46 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Indicadores Financeiros

Em junho do ano de 2013 o Grupo EDIA apresenta um resultado líquido negativo de cerca de

M€ 8,80. No mesmo período de 2012, o resultado foi de M€ -12,93. Este facto deve-se

essencialmente:

Ao aumento do volume de negócios em 26,15%;

Ao acréscimo do reconhecimento de provisões para substituições e grandes reparações,

no montante de M€ 0,50;

Aumento dos gastos com o pessoal devido ao pagamento dos subsídios de férias e

Natal, no montante de M€ 0,84;

À variação negativa na rubrica ‘Outros gastos e perdas’ (M€ 0,40) pela faturação da

taxa de recursos hídricos de 2012, faturada em 2013;

A rubrica ‘Imparidade de ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis’ apresenta uma

diminuição de cerca 23,10% pois o investimento realizado na área de negócios “água”

foi muito inferior ao realizado no mesmo período de 2012, justificando assim a redução

do EBIT negativo em cerca de M€ 2,63 (-38,09%); e

Os resultados financeiros apresentaram uma diminuição face ao período homólogo

essencialmente pelo facto da taxa média indexante (Euribor) no primeiro semestre de

2013 se apresentar inferior à do mesmo período de 2012.

Os meios libertos líquidos, por sua vez, apresentam um aumento de M€ 2,48. Esta variação

justifica-se, essencialmente, pelo aumento do volume de negócios e pela diminuição dos

resultados financeiros.

Volume de Negócios 8.422 6.676

EBITDA 5.776 5.483

EBIT -4.271 -6.899

Resultados Financeiros -4.487 -6.034

Resultados Líquidos -8.797 -12.933

Meios Libertos Líquidos 2.121 -355

Indicadores Financeiros 30-Jun-13 30-Jun-12

Valores em milhares de Euros

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47 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Beja, 29 de agosto de 2013

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Eng.º João Basto

(Presidente)

Eng.º Jorge Vazquez

(Vogal)

Dr.ª Augusta de Jesus Cachoupo

(Vogal)

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48 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

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49 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

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50 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 30 DE JUNHO DE 2013

2.1. Demonstração Consolidada da Posição Financeira

A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração

Euros

ATIVO

Ativo Não Corrente

Ativos Fixos Tangíveis 6 e 17 16.602.559 16.618.164

Ativos Intangíveis 7 e 17 362.058.753 364.023.276

Participações Financeiras 8 276.001 276.001

Depósitos Cativos 10 8.533.529 8.533.529

387.470.842 389.450.970

Ativo Corrente

Inventários 11 14.407.285 423.838.551

Clientes 12 e 17 1.869.261 1.745.517

Adiantamentos a Fornecedores 1.050.282 1.058.345

Estado e Outros Entes Públicos 13 595.154 591.471

Outras Contas a Receber 14 161.415.277 76.804.002

Diferimentos 15 451.961 500.100

Caixa e Depósitos Bancários 4 46.130.040 59.460.257

225.919.259 563.998.243

Total do Ativo 613.390.100 953.449.213

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital Próprio

Capital Realizado 16 387.267.750 387.267.750

Outras Reservas 16 9.202.700 9.202.700

Resultados Transitados 16 e 17 -858.925.413 -866.619.849

Resultado Líquido do Exercício Atribuível aos Acionistas da Empresa-Mãe -8.740.451 7.703.003

Total do Capital Próprio do Grupo -471.195.415 -462.446.396

Interesses Minoritários 29 -39.997 16.763

Total do Capital Próprio -471.235.411 -462.429.633

Passivo Não Corrente

Provisões 18 13.062.919 11.915.833

Financiamentos Obtidos 19 540.565.164 543.919.376

Outras Contas a Pagar 20 15.517.311 15.517.311

Diferimentos - Subsídios do Estado 15 148.313.062 475.883.853

Outros Diferimentos 15 164.948.387 171.736.064

882.406.843 1.218.972.437

Passivo Corrente

Fornecedores 20 5.208.210 7.288.553

Adiantamento de Clientes 38.167 8.290

Estado e Outros Entes Públicos 13 226.244 245.339

Financiamentos Obtidos 19 157.353.606 147.980.818

Outras Contas a Pagar 20 22.310.457 25.357.920

Diferimentos - Subsídios do Estado 15 2.697.135 1.816.051

Outros Diferimentos 15 14.384.848 14.209.439

202.218.669 196.906.409

Total do Passivo 1.084.625.512 1.415.878.847

Total do Capital Próprio e do Passivo 613.390.100 953.449.213

Demonstração Consolidada da Posição Financeira Notas 30-Jun-13 31-Dez-12

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51 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

2.2. Demonstração Consolidada do Rendimento Integral

A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração

Euros

Demonstração Consolidada do Rendimento Integral Notas 30-Jun-13 30-Jun-12

Vendas 12 15.965 54.142

Prestações de Serviços 12 8.405.536 6.621.862

Subsídios à Exploração 15 315.396 22.123

Trabalhos para a Própria Entidade 21 1.276.272 1.243.276

Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (2.627) (5.943)

Variação nos Inventários da Produção 22 7.971.871 23.415.399

Fornecimentos e Serviços Externos 23 (9.877.917) (25.367.883)

Gastos com o Pessoal 24 (3.477.768) (2.640.875)

Imparidade de Dívidas a Receber (Perdas/Reversões) 17 (173.152)

Provisões (Aumentos/Reduções) 18 (697.660) (195.400)

Outros Rendimentos e Ganhos 25 2.584.541 2.498.095

Outros Gastos e Perdas 26 (564.823) (161.673)

Resultado antes de Depreciações, Gastos de Financ. e Impostos 5.775.635 5.483.123

Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 27 (2.909.165) (3.099.789)

Imparidade de Ativos Fixos Tangíveis e Ativos Intangíveis 17 (7.137.790) (9.282.362)

Resultado Operacional (antes Gastos de Financ. e Impostos) (4.271.319) (6.899.029)

Juros e Rendimentos Similares Obtidos 28 26.194 2.389

Juros e Gastos Similares Suportados 28 (4.513.338) (6.036.304)

Resultado antes de Impostos (8.758.463) (12.932.943)

Imposto sobre o Rendimento do Período 9 (38.361)

Resultado Líquido do Período (8.796.823) (12.932.943)

Outros Rendimentos e Gastos reconhecidos em Capital Próprio

Outro Rendimento Integral do Período

Rendimento Consolidado Integral do Período (8.796.823) (12.932.943)

Resultado Líquido do Período atribuível a:

Detentores do Capital da Empresa-Mãe (8.740.451) (12.866.939)

Interesses Minoritários 29 (56.372) (66.005)

(8.796.823) (12.932.943)

Rendimento Consolidado Integral do Período atribuível a:

Detentores do Capital da Empresa-Mãe (8.740.451) (12.866.939)

Interesses Minoritários 29 (56.372) (66.005)

(8.796.823) (12.932.943)

Resultado Líquido por Acção:

Básico (em euros) (0,114) (0,167)

Diluído (em euros) (0,114) (0,167)

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52 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

2.3. Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio

Euros

Saldo em 1 de janeiro de 2012 387.191.750 9.202.700 -844.139.367 -22.650.195 -470.395.112 -335 -470.395.447

Aplicação do Resultado Líquido Consolidado de 2011 -22.650.195 22.650.195

Outras alterações reconhecidas no Capital Próprio 169.713 169.713 169.713

Aumento de Capital Próprio 76.000 76.000 76.000

Resultado Líquido Consolidado 7.703.003 7.703.003 7.703.003

Outro Rendimento Integral 17.098 17.098

Saldo em 31 de dezembro de 2012 387.267.750 9.202.700 -866.619.849 7.703.003 -462.446.396 16.763 -462.429.633

Saldo em 1 de janeiro de 2013 387.267.750 9.202.700 -866.619.849 7.703.003 -462.446.396 16.763 -462.429.633

Aplicação do Resultado Líquido Consolidado de 2012 7.703.003 -7.703.003

Outras alterações reconhecidas no Capital Próprio -8.567 -8.567 -8.567

Aumento de Capital Próprio

Resultado Líquido Consolidado -8.740.451 -8.740.451 -8.740.451

Outro Rendimento Integral -56.760 -56.760

Saldo em 30 de junho de 2013 387.267.750 9.202.700 -858.925.413 -8.740.451 -471.195.415 -39.997 -471.235.411

Capital Próprio

atribuível aos

Acionistas da

Empresa-Mãe

Interesses

MinoritáriosTOTAL

Demonstração Consolidada das Alterações no Capital

Próprio

Capital

Realizado

Outras

ReservasResultados Transitados

Resultado

Líquido do

Periodo

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53 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

2.4. Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa

Euros

Atividades Operacionais:

Recebimentos de Clientes 2.025.714 3.276.269

Pagamentos a Fornecedores (12.642.529) (27.078.372)

Pagamentos ao Pessoal (2.547.097) (1.760.783)

Caixa Gerada pelas Operações (13.163.912) (25.562.886)

Pagamento/Recebimento de Imposto sobre o Rendimento (2.726) (1.498)

Outros Recebimentos /Pagamentos relativos à Atividade Operacional 438.063 914.869

Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais (12.728.575) (24.649.515)

Atividades de Investimento:

Recebimentos Provenientes de:

Ativos Fixos Tangíveis 112

Subsídios ao Investimento 14.033.125 54.623.130

Juros e Proveitos Similares 27.410

14.060.647 54.623.130

Pagamentos respeitantes a:

Ativos Fixos Tangíveis (276.741) (571.183)

Ativos Intangíveis (11.497.931) (30.003.882)

(11.774.673) (30.575.065)

Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento 2.285.974 24.048.065

Atividades de Financiamento:

Recebimentos Provenientes de:

Financiamentos Obtidos 250.220.028 278.315.000

250.220.028 278.315.000

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos Obtidos (244.285.888) (249.974.906)

Contratos de Locação Financeira (4.599) (1.668)

Juros e Custos Similares (8.817.158) (11.320.365)

Outras Operações de Financiamento (913)

(253.107.645) (261.297.851)

Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento (2.887.616) 17.017.149

Variações de Caixa e seus Equivalentes (13.330.217) 16.415.698

Caixa e seus Equivalentes no Início do Período 4 59.460.257 6.359.713

Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 4 46.130.040 22.775.411

Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa Notas 30-Jun-13 30-Jun-12

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54 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

2.5. Anexo

1. Identificação do Grupo

O Grupo tem as atividades principais relacionadas com o EFMA, designadamente na conceção,

execução e construção das infraestruturas e a promoção, desenvolvimento e prossecução de

outras atividades económicas com elas conexas, que contribuam para a melhoria das condições

de utilização dos recursos afetos ao Empreendimento.

A descrição mais detalhada das atividades do negócio do Grupo consta no anexo na Nota 28 -

Segmentos Operacionais.

As Demonstrações Financeiras consolidadas anexas são apresentadas em Euros por ser a moeda

principal das operações do Grupo.

EDIA - Empresa-Mãe

A EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (adiante “EDIA”,

“Empresa” ou “Empresa-Mãe”) é uma sociedade anónima, constituída pelo Decreto - Lei N.º

32/95, de 11 de fevereiro, segundo o qual passou a ser titular de todos os direitos e obrigações

que pertenciam à Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva. O seu capital social é

integralmente detido pelo Estado Português, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças

(DGTF). A 31 de dezembro de 2012, o capital encontrava-se subscrito e realizado em 100%.

Nos termos do disposto no artigo 2.º daquele diploma, com a redação que lhe foi dada pelos

Decretos-Lei N.º 232/98, de 22 de julho, N.º 335/01, de 24 de dezembro e N.º 42/07, de 22 de

fevereiro, a EDIA tem atualmente por objeto social:

A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento de Fins Múltiplos de

Alqueva (EFMA), para fins de rega e exploração hidroelétrica, nos termos do contrato

celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e

Desenvolvimento Regional, em representação do Estado;

A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes do sistema primário

de rega do EFMA, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;

A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede secundária

afeta ao EFMA, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe

forem dirigidas pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento

do Território; e

A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo

aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos

afetos ao EFMA.

GESTALQUEVA - Subsidiária

A GESTALQUEVA – Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de

Alqueva e Pedrógão S.A., com um capital social de € 500.000, maioritariamente subscrito pela

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55 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

EDIA (51%), sendo o restante valor assumido em partes iguais pelos municípios das áreas do

regolfo das albufeiras de Alqueva e do Pedrógão (Alandroal, Moura, Mourão, Serpa, Portel,

Reguengos de Monsaraz e Vidigueira), foi constituída a 7 de março de 2003 e tem por objeto

social:

A conceção, promoção e execução de projetos de desenvolvimento e valorização das

potencialidades das albufeiras de Alqueva e Pedrógão e das respetivas envolventes;

A gestão de utilizações dos planos de água;

A prestação de serviços nos domínios do planeamento, ordenamento, monitorização e

gestão de equipamentos e infraestruturas de natureza ambiental na área compreendida

pelas albufeiras de Alqueva e Pedrógão e dos concelhos do regolfo daquelas albufeiras;

e

A exploração de empreendimentos turísticos e de empreendimentos de turismo no

espaço rural e de turismo da natureza.

GESCRUZEIROS - Subsidiária

A GESCRUZEIROS – Sociedade de Aproveitamento da Atividade Marítimo-Turística no

Grande Lago Alqueva S.A., nasceu das sinergias entre as empresas Gestalqueva S.A. e

Nautialqueva – Serviços Náuticos, Lda. O capital social da Gescruzeiros S.A., constituída a 16

de março de 2006, é detido em 51% pela Gestalqueva S.A. e tem como objeto social:

Desenvolvimento de atividades Marítimo - Turísticas;

Operador Marítimo – Turístico; e

Animação turística nas albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e na área correspondente

aos municípios envolventes.

Relativamente ao resultado do Grupo refere-se que as contas da Gestalqueva S.A., refletidas nas

demonstrações financeiras consolidadas da EDIA, foram preparadas numa ótica de liquidação.

Tratando-se a Gestalqueva S.A. de uma sociedade constituída nos termos da lei comercial, na

qual o Estado pode exercer uma influência dominante, ainda que de forma indireta via

participação maioritária detida pela EDIA, a Gestalqueva S.A. é considerada empresa pública,

nos termos do disposto no regime jurídico do setor empresarial do Estado.

No atual contexto, e seguindo orientação superior que vinha sendo assumida em diversos

momentos pelo Estado, até mas não só na qualidade de acionista da EDIA, em 15 de junho de

2012 foi deliberada por unanimidade, em Assembleia Geral da Gestalqueva S.A., a dissolução

da sociedade, sem prejuízo dos sócios considerarem fundamental a concertação de ações por

forma a garantir a gestão integrada do Grande Lago Alqueva e a promoção do desenvolvimento

económico e social deste território.

Na mesma Assembleia Geral foi eleita, nos termos legalmente previstos, a respetiva Comissão

Liquidatária e foi considerado fundamental a existência de uma ação concertada entre os

diversos intervenientes no desenvolvimento desta zona, por forma a garantir a gestão integrada

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56 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

do Grande Lago Alqueva e promover o seu desenvolvimento económico e social através da

concretização de algumas condições:

Aumentar a parceria para o aproveitamento das potencialidades associadas aos regolfos

de Alqueva e Pedrógão, especialmente junto da EDP para que a sua ação em Alqueva

seja, pelo menos, semelhante à desenvolvida noutras zonas onde têm barragens

instaladas;

Apresentar uma proposta de Programa de Ação para o Desenvolvimento das Terras do

Grande Lago Alqueva, no qual estejam previstos os projetos e ações consideradas

estruturantes para o futuro da zona, no contexto do EFMA.

Em 13 de agosto de 2012, e cumprindo com o disposto no artigo 149.º, N.ºs 1 e 2 do Código das

Sociedades Comerciais (CSC), foram aprovadas as contas da Gestalqueva SA à data da

dissolução (15 de junho de 2012).

Em 12 de outubro, e no âmbito do processo de liquidação em curso, foi equacionada a alienação

da participação social de 51% detida pela Gestalqueva S.A. na empresa Gescruzeiros S.A. Nesta

Assembleia Geral ficou deliberada a alienação da referida participação social, tendo ficado

claramente assumida a opção pela respetiva alienação através de concurso público.

Estando em causa a alienação de uma participação social por um ente público, a EDIA levou ao

conhecimento da Direção-Geral do Tesouro e Finanças a intenção de proceder à alienação da

participação detida pela Gestalqueva S.A. na Gescruzeiros S.A., no âmbito do processo de

liquidação daquela.

Em janeiro de 2013, a EDIA teve conhecimento do despacho exarado pela Exma. Senhora

Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, de que nada há

a opor a que se confira autorização à alienação da participação da Gestalqueva S.A. na

Gescruzeiros S.A., desde que seja concretizada por valor igual ou superior ao valor da

avaliação, apresentado num estudo elaborado por uma entidade externa e independente.

Conforme Assembleia Geral realizada em 07 de maio de 2013, em relação ao património da

Gestalqueva S.A, concluiu-se a alienação dos bens de equipamento e iniciou-se o processo de

concurso público para alienação dos 51% do capital social da Gescruzeiros S.A. Este processo

não foi concluído porque o concurso ficou deserto e houve necessidade de recorrer à negociação

direta com a Nautialqueva S.A, na qualidade de sócio da Gescruzeiros, S.A, com direito de

opção, para a aquisição dos 51% do capital da empresa. Este procedimento ainda não foi

concluído à data de 30 de junho de 2013, prolongando-se para além das previsões iniciais, que

apontavam para a resolução definitiva até dezembro de 2012.

Os acionistas da Gestalqueva estão convocados para uma Assembleia Geral, no dia 2 de

setembro, a fim de analisar-se a contraproposta da Nautialqueva para aquisição da participação

da Gestalqueva na Gescruzeiros.

2. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo são preparadas de acordo com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), tal como adotadas pela União Europeia. As

IAS/IFRS incluem as normas (standards) emitidas pelo International Accounting Standards

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57 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Board (IASB) e as respetivas interpretações emitidas pelo International Financial Reporting

Interpretations Committee (IFRIC) e pelos respetivos órgãos antecessores.

As demonstrações financeiras consolidadas intercalares para o semestre findo em 30 de junho

de 2013 foram preparadas de acordo com o disposto na IAS 34 – Relato Financeiro Intercalar.

Na sua globalidade, as políticas contabilísticas e critérios de mensuração adotados são

consistentes com os seguidos na preparação das demonstrações financeiras anuais do exercício

de 2012.

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade e

tomando por base o custo histórico, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa e

das empresas incluídas na consolidação.

À data da aprovação destas Demonstrações financeiras, encontram-se emitidas e adotadas pela

União Europeia as seguintes novas normas e interpretações ou suas alterações, com aplicação

obrigatória em exercícios futuros, que se prevê que não tenham impacto relevante nas

Demonstrações financeiras consolidadas da EDIA:

Alterações à IAS 1 – “Apresentação de Demonstrações financeiras” - Apresentação de

itens do Outro Rendimento Integral (exercícios iniciados em ou após 1 de julho de

2012);

Alterações à IFRS 1 - “Adoção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato

Financeiro” – Hiperinflação (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013);

Alterações à IAS 12 – “Impostos sobre o Rendimento” – Recuperação de ativos por

impostos diferidos (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013);

Alterações à IAS 19 – “Benefícios dos Empregados” – Relato de planos de benefícios

definidos (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013);

Alterações à IFRS 7 – “Instrumentos Financeiros: Divulgações” – Divulgações

adicionais sobre instrumentos financeiros sujeitos a acordos de compensação ou

similares (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013);

IFRS 13 – Mensuração de Justo Valor (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de

2013);

IFRIC 20 – Registo de custos de remoção na fase de produção de uma mina a céu

aberto (exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013);

IAS 27 (revista em 2011) – “Demonstrações financeiras separadas” – Revista após a

emissão da IFRS 10, contém os requisitos de contabilização e divulgação para

investimentos em participações financeiras, quando as Entidades apresentam

demonstrações financeiras separadas;

IAS 28 (revista em 2011) – “Investimentos em associadas e empreendimentos

conjuntos” - prescreve o tratamento contabilístico dos investimentos em associadas,

estabelecendo ainda os princípios da aplicação do método da equivalência patrimonial

para esta natureza de investimentos;

Alterações à IAS 32 – “Instrumentos Financeiros” - compensação de ativos e passivos

financeiros’- clarifica que o direito legal de compensação, para ser efetivo, tem de ser

atual e tem de ser imputável a todas as partes no decurso normal do negócio, e elucida

em que circunstâncias alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos

(câmaras de compensação) satisfazem os requisitos de compensação exigidos pela IAS

32.

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58 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

IFRS 10 – “Demonstrações financeiras Consolidadas” - substitui todos os princípios

associados ao controlo e consolidação incluídos na IAS 27 e SIC 12, alterando a

definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo (o princípio

base de que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam a empresa mãe e as

subsidiárias como uma entidade única mantém-se inalterado);

IFRS 11 – “Acordos Conjuntos” centra-se na identificação e classificação dos acordos

conjuntos com base nos direitos e obrigações inerentes aos acordos estabelecidos, em

vez da sua forma legal. A consolidação proporcional de empreendimentos conjuntos

deixa de ser permitida;

IFRS 12 – “Divulgação de interesses em outras entidades” – contempla os requisitos de

divulgação para todos os tipos de interesses em outras entidades (incluindo-se

associadas e entidades estruturadas), de forma a avaliar a natureza, os riscos e os

impactos financeiros associados aos interesses de cada Entidade sobre estes

investimentos.

Alterações às IFRS 10, 11 e 12 – “Regime de transição” - estas alterações clarificam os

procedimentos de transição da IFRS 10 - "Demonstrações financeiras consolidadas" e

proporcionam uma redução das exigências nos procedimentos de transição, para as

normas IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, limitando as exigências de prestar informação

comparativa ajustada, apenas para o período anual imediatamente anterior à data da

aplicação inicial destas normas.

Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração da EDIA adotou

pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos reportados, bem como os

rendimentos e gastos incorridos relativos ao período reportado, os quais estão descritos na nota

seguinte “Principais Políticas Contabilísticas”.

3. Principais Políticas Contabilísticas

Não foram reconhecidos erros materiais relativos a estimativas efetuadas na preparação das

demonstrações financeiras de exercícios anteriores.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor

conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e

transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo,

poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de

aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As

alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras

serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo, e dado o grau de incerteza associado, os

resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

As principais políticas contabilísticas adotadas pelo Grupo na preparação das demonstrações

financeiras consolidadas são as abaixo mencionadas:

3.1. Princípios de Consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo são apresentadas como as de uma única

entidade económica.

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59 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

As demonstrações financeiras consolidadas refletem os ativos, passivos e resultados da EDIA e

de todas as suas subsidiárias, tendo sido preparadas usando políticas contabilísticas uniformes

para as transações e para os outros acontecimentos idênticos em circunstâncias semelhantes.

As demonstrações financeiras da EDIA e das suas subsidiárias, usadas na preparação das

presentes demonstrações financeiras consolidadas, foram preparadas a partir das mesmas datas

de relato.

Concentrações de Atividades Empresariais

As demonstrações financeiras consolidadas incorporam os resultados de concentrações de

atividades empresariais usando o método de compra. Os resultados das operações das adquiridas

são incluídos na demonstração consolidada dos resultados a partir da data em que o controlo é

obtido.

Subsidiárias

Foram consideradas subsidiárias todas as entidades controladas pelo Grupo.

A EDIA consolida integralmente as demonstrações financeiras das empresas subsidiárias em

que o Grupo exerce o controlo. Presume-se a existência de controlo quando o Grupo detém mais

de metade dos direitos de voto.

Existe também controlo quando o Grupo detém o poder, de direta ou indiretamente, gerir a

política financeira e operacional de determinada empresa.

As entidades incluídas na consolidação pelo método integral, que incluem a Empresa-Mãe e

todas as entidades que se qualificam como Subsidiárias, são as seguintes:

As demonstrações financeiras da Empresa-Mãe do Grupo e das suas subsidiárias foram

combinadas linha a linha. De acordo com o método da consolidação integral são consolidados

os ativos, passivos, rendimentos, gastos e fluxos de caixa das empresas do Grupo, sendo as

transações, saldos e fluxos significativos entre essas empresas eliminados no processo de

consolidação. As mais e menos valias decorrentes das transações entre empresas do Grupo são

igualmente anuladas. Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações

financeiras das empresas subsidiárias, tendo em vista a uniformização das respetivas políticas

contabilísticas com as do Grupo.

A participação de terceiros no capital próprio e no resultado líquido das empresas incluídas na

consolidação é apresentada na rubrica ”Interesses minoritários” na demonstração da posição

financeira consolidada, identificada separadamente do capital próprio e na demonstração

consolidada do rendimento integral.

% do Capital

Detido

% do Capital

Detido

2013 2012

EDIA

Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A.Beja Estado Português 100% 100%

GESTALQUEVA

Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão, S.A.Beja EDIA, S.A. 51% 51%

GESCRUZEIROS

Sociedade para o Aproveitamento da Actividade Marítimo - Turística no Grande Lago Alqueva, S.A.Portel Gestalqueva, S.A. 51% 51%

FIRMADetentores

de Capital

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60 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Os excessos de perdas aplicáveis às partes minoritárias sobre os respetivos interesses são

imputados, sempre que aplicável, ao interesse maioritário. Se estas subsidiárias

subsequentemente relatarem lucros, esses lucros são imputados ao interesse maioritário até que

as partes minoritárias das perdas, previamente absorvidas pela maioria, tenham sido

recuperadas.

Associadas

Uma empresa associada é uma entidade na qual o Grupo exerce influência significativa, através

da participação nas decisões relativas às suas políticas financeiras e operacionais, mas não

detém controlo ou controlo conjunto, o que em geral acontece quando a participação financeira

se situa entre os 20% e os 50%.

Presume-se que existe influência significativa quando a EDIA detém, direta ou indiretamente,

20% ou mais do poder de voto da investida. Nesse sentido, e tendo em consideração que não

existe qualquer entidade (para além das subsidiárias que integram a consolidação pelo Método

Integral) em que a EDIA detenha, direta ou indiretamente, 20% ou mais do respetivo poder de

voto, não existe qualquer entidade que se qualifique como associada.

Entidades Conjuntamente Controladas

As participações financeiras em entidades conjuntamente controladas são consolidadas pelo

método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto é adquirido. De

acordo com este método, os ativos, passivos, rendimentos e gastos destas empresas são

integrados e ou eliminados, nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica, na

proporção do controlo atribuível ao Grupo.

A classificação dos investimentos financeiros em entidades conjuntamente controladas é

determinada com base na existência de acordo contratual que demonstre e regule o controlo

conjunto.

De acordo com a definição acima apresentada, não existe atualmente, no Grupo, qualquer

empreendimento conjunto ou entidade conjuntamente controlada.

Os saldos apresentados nas Demonstrações financeiras do Grupo refletem, na sua maioria, os

movimentos registados e mensurados da Empresa-Mãe.

3.1.a. Ativos Fixos Tangíveis

Ativos fixos tangíveis são itens tangíveis que:

Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para

arrendamento a outros, ou para fins administrativos; e

Se espera que sejam usados durante mais do que um período.

Os ativos fixos tangíveis do Grupo encontram-se valorizados ao custo de aquisição deduzido

das respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável.

No reconhecimento inicial de um ativo, o Grupo considera no respetivo custo de aquisição:

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61 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

O preço de compra do ativo;

Os gastos diretamente imputáveis à compra, para colocar o ativo na localização e

condições necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela

Administração; e

Os custos estimados de desmantelamento, remoção dos ativos e restauração do local.

Os gastos diretos relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de ativos fixos

tangíveis do Grupo são capitalizados no ativo fixo tangível. Esta capitalização é efetuada em

função dos recursos internos utilizados e dos tempos despendidos, por contrapartida da rubrica

de “Trabalhos para a Própria Entidade”.

Os encargos com manutenção e reparação de natureza corrente são registados como gastos do

período em que são incorridos, de acordo com o regime de acréscimo.

As grandes reparações que originem acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada são

registadas como ativos tangíveis e depreciadas às taxas correspondentes à vida útil esperada. A

componente substituída é identificada e abatida.

As políticas de depreciação dos ativos fixos tangíveis a seguir apresentadas vigoraram até 2009,

inclusive.

No âmbito da IFRIC 12 - Acordos de Concessão de Serviços, os bens que estão afetos à

concessão estão evidenciados na rubrica de “Ativos Intangíveis”.

Política de Depreciação

As depreciações dos bens do “Ativo Fixo Tangível” não afetos à concessão, são calculadas de

acordo com o método da linha reta (método das quotas constantes), a partir do mês em que se

encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil dos ativos, a qual é determinada em

função da utilidade esperada. As taxas de depreciação praticadas correspondem, em média, às

seguintes vidas úteis estimadas para as diversas classes de ativos:

3.1.b. Ativos Intangíveis

Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Um ativo

intangível é reconhecido se, e apenas se:

For provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao

ativo fluam para a Empresa; e

(Anos)

Terrenos e Recursos Naturais -

Edifícios e Outras Construções 50

Equipamento Básico 2 - 32

Equipamento de Transporte 2 - 8

Equipamento Administrativo 1 - 16

Outros Ativos Fixos Tangíveis 1 - 24

Conta Vida Útil

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62 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

O custo do ativo possa ser fiavelmente mensurado.

Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações

e acumuladas e das perdas de imparidade acumuladas, quando aplicável. Os ativos intangíveis

apenas são reconhecidos quando for provável que deles advenham benefícios económicos

futuros para o Grupo, que os mesmos possam ser mensurados com fiabilidade e se o Grupo

possuir o controlo sobre os mesmos.

Bens Afetos à Concessão

A generalidade dos bens registados nos “Ativos Intangíveis” estão afetos ao contrato de

concessão do EFMA que entrou em vigor em 1 de novembro de 2007, revertendo para o Estado

no final do período da concessão (75 anos). Os bens que, estando afetos à concessão, entraram

em funcionamento até 1 de novembro de 2007, foram depreciados com base em critérios

diferentes até 31 de outubro de 2007 e a partir de 1 de novembro 2007, uma vez que o referido

contrato de concessão alterou de forma significativa a forma esperada de utilização desses bens.

Em 1 de novembro de 2007, entraram em vigor:

O Contrato de concessão relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de

água destinada a rega e à produção de energia elétrica no sistema primário do

Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, celebrado em 17 de outubro de 2007

entre a EDIA e o Estado; e

O Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de

subconcessão do domínio público hídrico, celebrado a 24 de outubro de 2007 entre a

EDIA e a EDP – Gestão da Produção de Energia, SA, que atribui a esta última a

exploração, pelo período de 35 anos, das centrais hidroelétricas de Alqueva (260 MW),

em regime de mercado, e de Pedrógão (10MW), em regime especial, assim como todos

os direitos de utilização privativa do respetivo domínio hídrico.

Estes dois contratos alteraram decisivamente o modelo pelo qual se espera que os benefícios

económicos futuros dos bens afetos à concessão (e nomeadamente os afetos à produção de

energia elétrica, que já estão a ser depreciados) serão obtidos pela EDIA, o que motivou a

revisão do modelo de depreciações adotado, nos termos definidos na IAS 16 - Ativos Fixos

Tangíveis.

Assim, a EDIA recalculou todas as amortizações dos ativos que revertem para o Estado no final

do período da concessão (75 anos), tendo esses ativos passado a ser depreciados pelo método

das quotas constantes, ao longo do período de concessão.

As despesas subsequentes de substituição de componentes de ativos incorridas pela Empresa

são adicionadas aos respetivos ativos. As despesas de conservação e reparação que não

aumentem a vida útil nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos

dos ativos fixos tangíveis são registadas como gasto do exercício em que ocorrem.

Bens Não Afetos à Concessão

Os ativos intangíveis não afetos à concessão são constituídos, basicamente, por licenças de

exploração de concessões, as quais são amortizadas pelo método das quotas constantes durante

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63 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

o período de vigência das mesmas, e por “software”, o qual é amortizado pelo método das

quotas constantes durante um período entre três e seis anos.

Eventuais despesas de investigação são reconhecidas como gasto do exercício em que são

incorridas, enquanto as despesas com aumentos de capital são deduzidas ao capital próprio.

3.1.c. Imparidades de Ativos Tangíveis e Intangíveis

Uma perda por imparidade é a quantia pela qual o valor escriturado de um ativo excede a sua

quantia recuperável.

A avaliação da existência de indícios de imparidade e a quantificação de eventuais

perdas de imparidade seguem os termos da ‘IAS 36 - Imparidade de Ativos’, sendo

efetuado um estudo de imparidade para todos os ativos individuais relevantes e/ou

unidades geradoras de caixa relativamente aos quais existam indicações de que a sua

quantia recuperável (determinada, neste caso, pelo seu valor de uso) pode ser inferior à

respetiva quantia escriturada.

Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade, a ‘IAS 36 - Imparidade de

Ativos’ exige que o seu valor recuperável seja estimado, sendo reconhecida uma perda por

imparidade sempre que o valor líquido de um ativo exceda o seu valor recuperável. O Grupo

EDIA reconhece as perdas por imparidade em resultados do período.

A reversão de eventuais perdas é igualmente registada nos resultados do período.

A quantia recuperável é o valor mais elevado entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O

preço de venda líquido é a quantia a obter da venda de um ativo ou unidade geradora de caixa

numa transação entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem qualquer relacionamento entre

elas, menos os custos de alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros

que se espera que sejam derivados de um ativo ou unidade geradora de caixa. A quantia

recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a

unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.

A quantia escriturada de um item dos ativos fixos tangíveis e intangíveis é desreconhecida pelo

Grupo EDIA nas seguintes situações:

No momento da alienação; e

Quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação.

O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo tangível ou intangível:

É incluído nos resultados quando o item é desreconhecido; e

É determinado como a diferença entre os réditos líquidos da alienação, se os houver, e a

quantia escriturada do item.

O Grupo avalia a necessidade de efetuar os testes de imparidade aos seus ativos fixos tangíveis e

intangíveis sempre que haja indícios, isto é, que ocorra algum evento ou alteração nas

circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado possa não

ser recuperado. Em caso da existência de tais indícios, o Grupo procede à determinação do valor

recuperável do ativo, de modo a determinar a extensão da perda por imparidade. Quando não é

possível determinar a quantia recuperável de um ativo individualmente é estimada a quantia

recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence.

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64 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Sempre que a quantia pelo qual um ativo se encontra reconhecido ou da unidade geradora de

caixa é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na

Demonstração Consolidada do Rendimento Integral na rubrica de “Imparidade de Ativos Fixos

Tangíveis e Intangíveis”.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando

há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram,

sendo a reversão das perdas de imparidade reconhecida na Demonstração Consolidada do

Rendimento Integral como resultados operacionais, dedução à rubrica “Imparidade de Ativos

Fixos Tangíveis e Intangíveis”. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao

limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações ou amortizações) caso a perda

por imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores.

A 30 de junho de 2013 e nos exercícios anteriores (2009 a 2012), tendo-se identificado duas

unidades geradoras de caixa, a “distribuição de água” e a “energia”, foram efetuados testes de

imparidade aos ativos intangíveis, calculando-se o valor presente dos fluxos de caixa futuros

associados a esses ativos líquidos sendo que, apenas uma se encontra em imparidade: a

“distribuição de água”.

Desreconhecimento

Os ativos intangíveis do Grupo são desreconhecidos nas seguintes situações:

Quando ocorram alienações;

Quando não se esperam benefícios económicos futuros do seu uso ou alienação; e

O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo intangível.

O valor do ativo cujo item é desreconhecido é determinado pela diferença entre os proveitos

líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item e é incluído nos resultados.

3.1.d. Investimentos em Curso

Os Investimentos em Curso representam os ativos fixos tangíveis e intangíveis ainda em fase de

construção/desenvolvimento, encontrando-se os mesmos registados ao custo de aquisição

deduzido das perdas por imparidade acumuladas. Estes ativos são depreciados a partir do mês

em que se encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos.

Em virtude da EDIA se encontrar ainda numa fase de investimento, têm vindo a ser

capitalizados:

Os gastos financeiros diretamente relacionados com o financiamento do investimento

que ainda se encontra em fase de construção/desenvolvimento, até ao momento em que

cada infraestrutura esteja substancialmente concluída;

Os gastos com o pessoal diretamente relacionado com a atividade de planeamento e

obra; e

Os fornecimentos e serviços externos que são, pela sua natureza, registados nos centros

de custos diretamente relacionados com a construção das infraestruturas.

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65 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

3.1.e. Política de Capitalização de Encargos de Estrutura e Financeiros

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto de

acordo com o regime do acréscimo, com exceção dos encargos financeiros com empréstimos

obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos, ou associados às concessões,

que são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa

após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e termina

quando a construção se encontra substancialmente concluída, sendo interrompida sempre que o

projeto em causa se encontre suspenso.

Os gastos de estrutura da Empresa e os gastos financeiros que têm ligação direta com o

Empreendimento em fase de construção têm vindo a ser capitalizados, de forma consistente ao

longo do tempo.

Com a conclusão das obras e a entrada em exploração das barragens e centrais hidroelétricas de

Alqueva (em dezembro de 2005) e Pedrógão (em 2006), também com a entrada em exploração

dos perímetros de rega do: (i) Monte - Novo (1.º semestre de 2009), (ii) Alvito - Pisão e Pisão

(2010), (iii) Orada Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa, Blocos de Ferreira, Figueirinha

e Valbom, Alfundão e Infraestrutura 12 (2011), (iv) Loureiro-Alvito (1.º semestre de 2012) e o

do Ervidel 1 (2.º semestre de 2012), os custos afetos a essas infraestruturas passaram a ser

considerados diretamente como gastos do exercício.

No primeiro semestre de 2013, ficaram substancialmente concluídos dois novos perímetros de

rega, o Ervidel 2 e 3 e o Pedrogão 1 Margem Direita, pelo que os gastos afetos a essas

infraestruturas passaram a ser considerados diretamente como gastos do exercício, e os custos

financeiros a eles associados deixaram de ser capitalizados.

Segundo a política de capitalização definida, não são capitalizados os gastos relativos: a) aos

órgãos sociais, secretariado e gabinetes de apoio; b) à Direção de Administração e Finanças,

com exceção do Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos e do Departamento

de Sistemas de Informação; c) à Direção de Gestão do Património, com exceção do

Departamento de Expropriações; d) à Direção de Economia da Água e Promoção do Regadio; e

e) ao Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança, que pertence à Direção de

Infraestruturas Primárias e de Energia.

A chave de repartição para os custos de funcionamento imputados ao investimento tem em

conta o seguinte:

Os gastos de funcionamento dos serviços são distribuídos pelas direções capitalizáveis

com base no número de colaboradores;

Os gastos das direções são imputados da seguinte forma:

Direção de Infraestruturas de Rega: 100% para a rede secundária

Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia: 100% para a rede primária

Direção de Engenharia, Ambiente e Planeamento: 50% para a rede primária e

50% para a rede secundária

3.1.f. Participações Financeiras

As participações detidas no capital de entidades que não conferem à EDIA uma influência

dominante ou significativa (participações participativas de menos de 20% do respetivo capital)

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66 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade

acumuladas.

Conforme previsto nas ‘IAS 32 - Instrumentos Financeiros-Apresentação’ e ‘IAS 39 -

Instrumentos Financeiros-Reconhecimento’, à data do relato, a EDIA avalia a imparidade de

todos os ativos financeiros que não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se

existir uma evidência objetiva de imparidades, é reconhecida uma perda por imparidade na

Demonstração Consolidada do Rendimento Integral.

3.1.g. Locações

A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato, dando

cumprimento ao estabelecido na IAS 17 – Locações.

As locações são classificadas como financeiras sempre que nos seus termos ocorra a

transferência substancial, para o locatário, de todos os riscos e vantagens associados à

propriedade do bem.

As locações operacionais são aquelas em que não forem transferidos substancialmente todos os

riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação, para o locatário.

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes

responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo os ativos fixos

tangíveis e as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de

acordo com o plano financeiro contratual.

Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da

responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da

responsabilidade.

Os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos fixos tangíveis são

reconhecidos como gastos na Demonstração dos Resultados do Rendimento Integral do

exercício a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, os pagamentos (rendas) devidos são

reconhecidos como gasto na Demonstração Consolidada do Rendimento Integral numa base

linear durante o período do contrato de locação.

A Empresa-Mãe mantém responsabilidades de médio e longo prazo em contratos de locação

operacional de viaturas.

Por seu turno, os bens reconhecidos em regime de locação financeira são equipamentos

administrativos (fotocopiadoras e impressoras) e uma viatura ligeira de passageiros, cujo

contrato terminou em maio de 2013.

Relativamente às divulgações requeridas pela ‘IAS 17 -– Locações’, dada a reduzida expressão

dos contratos de locação financeira e operacional em vigor em 2013 e anos anteriores, não se

procedeu à divulgação completa da informação no que respeita à divulgação dos montantes dos

pagamentos mínimos, ou que lhe possam ser exigidos (todos os pagamentos, incluindo

eventualmente o valor da opção de compra), em virtude da sua imaterialidade e de se considerar

que não proporciona informação adicional relevante, para o conhecimento da posição financeira

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67 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

e desempenho financeiro da Empresa e para a tomada de decisões dos diversos utilizadores da

informação.

3.1.h. Instrumentos Financeiros - Ativos e Passivos Financeiros

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na Demonstração da Posição Financeira

quando o Grupo se torna parte das correspondentes disposições contratuais do respetivo

instrumento financeiro.

Os ativos financeiros do Grupo são basicamente os “Clientes”, “Outras Contas a Receber” e

“Caixa e equivalentes de caixa”.

Os passivos financeiros do Grupo são fundamentalmente os “Financiamentos Obtidos”,

“Fornecedores” e “Outras Contas a Pagar”.

Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como “Passivo

Corrente”, caso contrário, são classificadas como “Passivo não Corrente”.

Em relação à alínea e) do parágrafo 20 da IFRS 7-Instrumentos Financeiros, salientamos que no

primeiro semestre de 2013, foram reconhecidas perdas por imparidade para os ativos financeiros

(Clientes) tal como aconteceu em 2012. Em relação ao parágrafo 25, consideramos que, para

todas as classes de ativos financeiros da EDIA, se aplica a exceção do parágrafo 29 da mesma

norma, i.e. não é necessário divulgar o justo valor pois a quantia escriturada é uma aproximação

razoável do justo valor.

Ativos Financeiros que estão vencidos ou com imparidades:

Há data de 30 de junho de 2013, os ativos financeiros vencidos, com exceção das

dívidas da DGADR, que está devidamente divulgada (Nota 14 - Outras Contas a

Receber), não tinham qualquer materialidade, sendo considerada irrelevante a sua

divulgação para a melhoria da informação financeira; e

Divulgação efetuada na ‘Nota 17 - Imparidade de Ativos’.

Depósitos Cativos

O prazo de resolução dos processos aos quais se encontram afetos os depósitos cativos, pode

abranger vários exercícios, pelo que a Empresa considera que não é possível estimar

fiavelmente a data de ocorrência dos fluxos de caixa associados e consequente aplicação do

custo amortizado.

Clientes e Outras Contas a Receber

As dívidas evidenciadas em “Clientes” e “Outras Contas a Receber” não têm implícito o

vencimento de juros e são registadas pelo seu valor nominal, de acordo com as condições

normais de crédito de curto prazo, pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos

fluxos de caixa a receber, deduzido de eventuais perdas por imparidade. As perdas por

imparidade correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o seu valor

recuperável, sendo este o valor presente dos “cash-flows” esperados (descontados à taxa efetiva

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68 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo), as quais são reconhecidas

na Demonstração Consolidada do Rendimento Integral do período em que são estimadas.

Para efeitos de determinação das perdas por imparidade, consideram-se créditos de cobrança

duvidosa, aqueles que o risco de incobrabilidade esteja devidamente justificado com base numa

análise específica dos créditos que estão em mora há mais de seis meses desde a data do

respetivo vencimento.

Os saldos de clientes traduzem os valores a receber por serviços prestados pelo Grupo no

decurso normal da sua atividade e, sendo expectável que a sua cobrança ocorra dentro de um

ano ou menos, são registados em Ativo Corrente.

O saldo da rubrica de “Outras Contas a Receber” reflete essencialmente a dívida da DGADR

(ver Nota 14) mas também: (i) Fundos Comunitários e (ii) Devedores por Acréscimos de

Rendimentos.

Os Fundos Comunitários são recebidos num curto prazo após a data da Demonstração da

Posição Financeira pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a

receber (não há perdas por imparidade neste caso, pois só são reconhecidos como dívidas a

receber os subsídios que satisfazem os critérios de reconhecimento estabelecidos na ‘IAS 20 -

Contabilização de subsídios do governo e divulgação de apoios do governo’, ou seja, quando

existe segurança de que a EDIA cumprirá as condições a eles associadas e de que os subsídios

serão recebidos).

Quanto aos “Devedores por Acréscimos de Rendimentos”, os mesmos são regularizados no

curto prazo, sendo reconhecidos pelo valor não descontado dos rendimentos reconhecidos no

exercício.

Assim, a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado teria nas suas contas

seria nulo.

Caixa e Depósitos Bancários

Na Demonstração da Posição Financeira, os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e

Depósitos Bancários” correspondem aos valores de caixa e aos depósitos à ordem ou a prazo.

Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica “Caixa e seus equivalentes” inclui os valores

em caixa e depósitos à ordem, bem como os investimentos financeiros a curto prazo (incluindo

os depósitos a prazo) que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de

alteração de valor.

Para efeitos de Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica de “Caixa e seus equivalentes” é

deduzida dos descobertos bancários incluídos na rubrica de “Financiamentos Obtidos” na

Demonstração da Posição Financeira.

Financiamentos Obtidos

Os financiamentos obtidos são registados no Passivo pelo custo amortizado, sendo os

correspondentes encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e,

registados em resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

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69 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

São expressos no Passivo Corrente ou não Corrente, dependendo do seu vencimento ocorrer a

menos ou mais de um ano, respetivamente. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam

as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tenha havido lugar a

liquidação, cancelamento ou expiração.

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos para financiamento do

investimento em curso são capitalizados até ao momento em que a infraestrutura esteja

substancialmente concluída.

Contas a Pagar

Os saldos de “Fornecedores”, “Fornecedores de Investimento” e “Outros Credores” (não

incluindo portanto os financiamentos obtidos, que tem uma secção autónoma) respeitam à

generalidade das aquisições de bens e serviços contratadas pela Empresa, no decurso normal da

sua atividade e de acordo com as condições normais do mercado, que correspondem a um

crédito de curto prazo.

Assim, estas contas a pagar são mensuradas pelo seu valor nominal, que corresponde ao valor

não descontado dos fluxos de caixa a pagar.

Acresce referir que as condições normais de mercado correspondem a um crédito de curto prazo

(prazo médio de pagamento: 83 dias), pelo que não se justifica proceder ao respetivo desconto.

Pelo enquadramento no âmbito do disposto na ‘IAS 8 - Politicas Contabilísticas, Alterações nas

Estimativas Contabilísticas e Erros’, a política do custo amortizado não precisa de ser aplicada

uma vez que o efeito da sua aplicação é imaterial.

Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como “Passivo

Corrente”; caso contrário, são classificadas como “Passivo não Corrente”.

3.1.i. Inventários

O valor dos inventários inclui todos os gastos de compra, gastos de conversão e outros gastos

incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atual.

No âmbito do Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação

das Infraestruturas da Rede Secundária do EFMA, assinado em 8 de abril de 2013, pela EDIA e

pelo Estado, representado pela DGADR, a EDIA entregou ao Estado as infraestruturas relativas

à rede secundária, já concluídas. Assim o investimento realizado nestas infraestruturas da rede

secundária que já estavam substancialmente concluídas, antes evidenciado na subconta de

“Produtos Acabados e Intermédios” (num total de € 417.414.028) foi transferido para a conta da

DGADR, na rubrica de “Outras Contas a Receber”, para onde foram também transferidos os

correspondentes subsídios ao investimento (€ 329.910.214), resultando num montante líquido

de € 87.503.814 (ver nota 14).

Deste modo, a 30 de junho, o saldo da rubrica de “Inventários” traduz essencialmente o valor da

subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”, referente aos investimentos afetos aos blocos de

rega ainda em construção (€ 14.317.486).

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70 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

3.1.j. Especialização de Gastos e Rendimentos

Os gastos e rendimentos são registados à medida que são gerados, no período a que se referem,

independentemente do momento em que são pagos ou recebidos, de acordo com o regime

contabilístico do acréscimo.

3.1.k. Provisões

São reconhecidas ou divulgadas provisões quando, e somente quando, o Grupo tem uma

obrigação presente (legal, implícita ou construtiva) resultante de um acontecimento passado,

seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e exista uma estimativa fiável da quantia

dessa obrigação. Quando alguma destas condições não é preenchida, o Grupo procede à

divulgação dos eventos como passivo contingente, a menos que a possibilidade de uma saída de

fundos seja remota.

As provisões são revistas na data de cada Demonstração da Posição Financeira, aprovadas pelo

Conselho de Administração e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data,

tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas.

São constituídas provisões para processos judiciais em curso e para expropriações litigiosas

quando existe uma estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por

terceiros, com base na avaliação da efetivação da probabilidade de pagar tendo por base o

parecer de advogados e peritos dos Tribunais Arbitrais.

Na sequência do Contrato de concessão celebrado com o Estado, em outubro de 2007, e da

entrada em vigor da ‘IFRIC12 -Acordos de Concessão de Serviços’, o Grupo regista também

uma provisão para encargos futuros com grandes reparações e investimentos de substituição de

ativos afetos à concessão, uma vez que no termo da concessão, os bens afetos a esta, revertem

sem qualquer indemnização para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos mas têm que

estar em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção. As manutenções e

conservações correntes desses ativos são reconhecidas como gastos nos exercícios em que

ocorrem.

Neste sentido, são constituídas provisões para os gastos com a manutenção e conservação dos

ativos, responsabilidade da EDIA relativos à obrigação contratual de manter/conservar as

infraestruturas da rede secundária ao longo do período da concessão.

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras do Grupo são

continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Grupo

EDIA, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre

eventos futuros, que nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.

3.1.l. Subsídios

Os subsídios ao investimento, concedidos pelo Estado e pela União Europeia a fundo perdido, a

projetos apresentados pelo Grupo são reconhecidos numa rubrica do Passivo (Diferimentos -

Subsídios do Estado) e subsequentemente reconhecidos como “Outros Rendimentos e Ganhos”

na mesma proporção dos gastos com as amortizações dos ativos subsidiados e respetiva

percentagem de comparticipação.

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71 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega serão deduzidos ao

investimento evidenciado na rubrica de “Inventários”, quando os respetivos ativos forem

transferidos para a entidade a indicar pelo MAM, uma vez que este valor líquido corresponde ao

montante que a Empresa-Mãe tem a receber, por ter financiado parte destes investimentos com

fundos próprios, por conta do Estado.

Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir

(nos testes de imparidade efetuados a 30 de junho de 2013 e em anos anteriores) que estão em

imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de

imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração

Consolidada do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos investimentos.

Os subsídios à exploração são reconhecidos na Demonstração Consolidada do Rendimento

Integral como rendimentos durante os mesmos períodos necessários para os balancear com os

gastos incorridos que os mesmos se destinam a apoiar.

Os subsídios apenas são reconhecidos quando exista uma garantia razoável de que irão ser

efetivamente recebidos e de que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas para a sua

atribuição, sendo entretanto registados em “Outras Contas a Pagar”.

3.1.m. Rédito

O rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das

atividades ordinárias do Grupo EDIA quando esses influxos resultam em aumentos de capital

próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital

próprio.

Venda de Bens e Prestação de Serviços

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber.

O rédito proveniente da venda de bens e prestação de serviços é reconhecido quando: (i) o

montante pode ser mensurado com fiabilidade, (ii) é provável que benefícios económicos

futuros associados à transação fluam para o Grupo EDIA.

O rédito compreende o justo valor da venda de bens e prestação de serviços, líquido de impostos

e descontos e após a eliminação das vendas internas.

Na atividade de “distribuição de água” a Empresa-Mãe reconhece o rédito que resulta da

aplicação das tarifas aprovadas pelo Estado.

A 26 de maio de 2010 foi publicado o Despacho N.º 9000/2010, que aprovou o tarifário que

estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do

serviço público de águas do EFMA, com efeitos a partir de 01 de junho. O preço da água

destinada a rega para uso agrícola, estabelecido no referido Despacho, é o seguinte:

À saída da rede primária, para fornecimento de água às entidades que tenham a seu

cargo a gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas integradas na

rede secundária adstrita a cada perímetro: € 0,042/m3;

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72 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

À saída da rede secundária, para fornecimento de água em alta pressão às explorações

agrícolas: € 0,089/m3;

À saída da rede secundária, para fornecimento de água em baixa pressão às explorações

agrícolas: € 0,053/m3; e

Fornecimento de água captada diretamente no sistema primário: € 0,053/m3.

O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a

30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do

ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano.

O rédito é reconhecido com base nos valores do preço da água e nos consumos, ou seja, o rédito

regista-se pelo resultado da multiplicação dos valores do preço da água aprovado pelos

consumos verificados no período.

O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é

calculado de acordo com os preços da água definidos pelo Estado, que por sua vez, na sua

definição, consideram um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos

investimentos realizados.

O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado com base na taxa de variação

média anual do índice de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal, em 2012, de

2,75%.

Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de

€ 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 16,05/ha/ano para a adução em baixa

pressão. No que respeita à componente de exploração os valores aplicados para alta e baixa

pressão são de 0,0735€/m3 e 0,0475€/m

3, respetivamente.

Juros

O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável

que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com

fiabilidade.

Estes juros são registados no período a que respeitam, de acordo com o regime do acréscimo.

3.1.n. Imposto sobre o Rendimento

As empresas do Grupo estão sedeadas em Portugal e encontram-se sujeitas a imposto sobre os

lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de

25%, sendo a Derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável.

O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos

diferidos.

O imposto corrente é a quantia a pagar ou a recuperar de impostos sobre o rendimento

respeitante ao lucro ou à perda tributável de um período, ajustado de acordo com a legislação e

as regras fiscais. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui

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73 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros exercícios. O

lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base na

Demonstração da Posição Financeira, sobre as diferenças temporárias entre os valores

contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto

aprovadas ou substancialmente aprovadas à data da Demonstração da Posição Financeira em

Portugal e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se

reverterem.

Diferenças temporárias são diferenças entre os montantes registados dos ativos e passivos para

efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação.

Ativos por Impostos Diferidos

Ativos por impostos diferidos são as quantias de impostos sobre o rendimento recuperáveis em

períodos futuros respeitantes a:

Diferenças temporárias dedutíveis;

O reporte de perdas fiscais não utilizadas; e

O reporte de créditos tributáveis não utilizados.

Um ativo por impostos diferidos é reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis

até ao ponto em que seja provável que exista um lucro tributável ao qual a diferença temporária

dedutível possa ser usada, a não ser que o ativo por impostos diferidos resulte do

reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que:

Não seja uma concentração de atividades empresariais; e

No momento da transação, não afete o lucro contabilístico nem o lucro tributável.

Passivos por Impostos Diferidos

São geralmente reconhecidos Passivos por Impostos Diferidos para todas as diferenças

temporárias tributáveis, exceto quando esse imposto diferido resultar de:

Reconhecimento inicial do goodwill; ou

Reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que não seja uma

concentração de atividades empresariais e não afete, no momento dessa transação, nem

o lucro contabilístico nem o lucro tributável.

Os ativos e passivos por impostos correntes dos períodos correntes e anteriores são mensurados

pela quantia que se espera que seja recuperada ou paga às autoridades fiscais, usando as taxas

fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data da Demonstração da

Posição Financeira.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são mensurados pelas taxas fiscais que se espera que

se apliquem no período em que seja realizado o ativo ou em que seja liquidado o passivo, tendo

como base as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data da

Demonstração da Posição Financeira.

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74 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Os impostos correntes e diferidos são reconhecidos como um rendimento ou como um gasto e

incluídos no resultado líquido do período, exceto quando o imposto provenha de uma transação

ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período, diretamente no

capital próprio, caso em que o respetivo imposto é diretamente debitado ou creditado ao capital

próprio.

Os ativos por impostos correntes são compensados com passivos por impostos correntes apenas

quando:

O Grupo tiver um direito legalmente executável para compensar as quantias

reconhecidas; e

Pretenda liquidar numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o

passivo.

Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos são compensados apenas

quando:

O Grupo tiver um direito legalmente executável de compensar ativos por impostos correntes

contra passivos por impostos correntes; e

Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos se relacionarem com

impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal sobre:

A mesma entidade tributável ou

Diferentes entidades tributáveis que pretendam ou liquidar passivos e ativos por impostos correntes numa base líquida, ou realizar os ativos e liquidar os passivos simultaneamente, em cada período futuro em que as quantias significativas de passivos ou ativos por impostos diferidos se esperem que sejam liquidadas ou recuperadas.

3.1.o. Resultado por Ação

Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos detentores de

capital próprio ordinário da Entidade-Mãe do Grupo pelo número médio ponderado de ações

ordinárias em circulação durante o período.

O resultado por ação diluído, em que o número médio de ações ordinárias emitidas é ajustado

para assumir a conversão de todas as potenciais ações ordinárias tratadas como diluidoras, é

idêntico ao resultado por ação básico uma vez que a Empresa-Mãe não possui ações diluidoras.

3.1.p. Operações Descontinuadas

Sempre que operações e fluxos de caixa que sejam claramente individualizáveis dentro do

Grupo sejam alienadas ou sejam classificadas como ativos disponíveis para venda ou grupos

para alienação são consideradas “Operações Descontinuadas” desde que:

Representem uma linha de negócio relevante ou uma área geográfica separada;

Façam parte de um plano global para a alienação de uma linha de negócio relevante ou

uma área geográfica separada; ou

Sejam uma subsidiária adquirida exclusivamente com vista à revenda. O impacto na

Demonstração Consolidada do Rendimento Integral dos ativos e passivos classificados

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75 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

como “Operações Descontinuadas” são apresentados numa única linha, pelo seu

montante líquido de impostos.

3.1.q. Ativos e Passivos Contingentes

Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas

divulgados nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um exfluxo de recursos que

incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de

benefícios económicos, os respetivos passivos contingentes ou ativos contingentes não são

divulgados.

3.1.r. Acontecimentos Subsequentes

Os acontecimentos subsequentes são aqueles que ocorrem entre a data das demonstrações

financeiras e a data de autorização da sua emissão.

Os acontecimentos corridos após a data da Demonstração Consolidada da Posição Financeira,

até à data de aprovação das demonstrações financeiras pelo Conselho de Administração, e que

proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do relato financeiro,

dão lugar a ajustamentos, sendo refletidos nas demonstrações financeiras.

Os acontecimentos ocorridos após a data da Demonstração Consolidada da Posição Financeira

que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do relato financeiro são divulgados

no anexo às demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.

3.1.s. Estimativas e Julgamentos

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras são continuamente

avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração da

Empresa – Mãe do Grupo, com base no melhor conhecimento existente e na experiência

acumulada de eventos passados e /ou correntes considerando determinados pressupostos

relativos a eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.

No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à

data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas.

As alterações que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas

de forma prospetiva.

Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações

financeiras a 30 de junho de 2013, ocorrem nas seguintes áreas: (i) Imparidades de ativos fixos

tangíveis e intangíveis e (ii) Provisões.

3.2. Políticas de Gestão do Risco Financeiro

O Conselho de Administração da EDIA providencia os princípios gerais para a gestão de riscos

bem como os limites de exposição aos mesmos.

As atividades do Grupo acarretam exposição a riscos financeiros, nomeadamente:

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76 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Risco de mercado - fundamentalmente o das taxas de juro e o das taxas de câmbio, os

quais estão associados, respetivamente, ao risco do impacto da variação das taxas de

juro de mercado nos ativos e passivos financeiros e nos resultados e ao risco de

flutuação do justo valor dos ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas

taxas de câmbio;

Risco de crédito - risco dos seus devedores não cumprirem com as suas obrigações

financeiras; e

Risco de liquidez - risco de que se venham a encontrar dificuldades para satisfazer

obrigações associadas a passivos financeiros.

As atividades do Grupo estão expostas fundamentalmente ao risco da taxa de juro que advém

essencialmente da contratação de empréstimos de longo prazo com taxas de juro variáveis

(sendo os indexantes mais utilizados a Euribor a 3 meses e a 6 meses), não sendo utilizados

quaisquer instrumentos financeiros derivados na gestão desses riscos.

Esta situação prende-se com a necessidade da Empresa-Mãe financiar as atividades de

investimento do EFMA com o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos

bancários. A obtenção de recursos financeiros por esta via (empréstimos obrigacionistas, contas

correntes caucionadas e outros) resulta de uma política financeira definida pelo único acionista,

assente na contratação de empréstimos com garantia do Estado, e da não disponibilização de

dotações de capital suficientes para acompanhar o ritmo dos investimentos do EFMA.

Por outro lado, a Empresa não tem gerado os meios necessários, não só para fazer face ao

volume de investimentos que vem realizando, como também não dispõe de liquidez suficiente

para satisfazer os encargos financeiros decorrentes da política de financiamento adotada.

Na ‘Nota 19 - Financiamentos Obtidos’ encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária

remunerada com a indicação da entidade financiadora e respetivo indexante.

Considera-se que, em virtude de não existirem instrumentos financeiros em moeda estrangeira e

das dívidas de clientes serem reduzidas e recentes, não existem até à presente data riscos de

outra natureza considerados relevantes que mereçam uma divulgação mais detalhada com vista

a melhorar a informação e respetiva compreensão dos utilizadores sobre os riscos a que Grupo

se encontra exposto.

4. Fluxos de Caixa

Para efeitos da Demonstração dos Fluxos de Caixa, a “Caixa e seus Equivalentes” engloba o

dinheiro em caixa e em depósitos à ordem e também os investimentos financeiros a curto prazo,

altamente líquidos, que sejam prontamente convertidos para quantias conhecidas de dinheiro e

que estejam sujeitas a um risco insignificante de alterações de valor.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são

divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento

e de financiamento.

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77 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Todos os saldos significativos de caixa e seus equivalentes estão disponíveis para uso, não

apresentando qualquer restrição à data da Demonstração da Posição Financeira.

Em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica de “Caixa e Depósitos Bancários”

em Ativo Corrente, que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e

outros equivalentes, detalha-se como segue:

Todas as contas de depósitos à ordem foram reconciliadas, com referência a 30 de junho de

2013 e 31 de dezembro de 2012.

5. Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros

À data de junho de 2013, ocorreram alterações de políticas contabilísticas face às consideradas

na preparação da informação financeira relativa aos períodos anteriores, apresentada para efeitos

comparativos. Atendendo que se trata de alterações com alguma relevância nas demonstrações

financeiras, a EDIA efetuou as seguintes reexpressões dos valores comparativos de 2012:

Euros

Depósitos a Prazo 28.240.000

Depósitos à Ordem 45.985.480 31.180.637

Numerário 144.560 39.620

46.130.040 59.460.257

Caixa e Depósitos Bancários 30-Jun-13 31-Dez-12

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78 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

(i) O valor registado na conta de “Outras Contas a Receber-depósitos cativos” no Ativo

Corrente foi reclassificado na sua maioria para uma conta de ”Depósitos Cativos” no Ativo

não Corrente, uma vez que só é expectável que os processos associados fiquem

solucionados a médio e longo prazo. Espera-se que os montantes dos depósitos cativos só

sejam realizados num período superior a doze meses após a data da Demonstração da

Posição Financeira para liquidar um passivo, tendo em conta a habitual morosidade do

desenvolvimento dos processos judiciais em curso.

(ii) Foram transferidos da conta de “Diferimentos” no Passivo não Corrente para “Outras

Contas a Pagar” no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, a título de adiantamentos,

afetos à rede secundária, em que a despesa ainda não está realizada, prevendo-se que estes

valores venham a ser devolvidos até final do ano de 2013.

Euros

31-Dez-12 31-Dez-12

(aprovado) (reexpresso)

ATIVO

Ativo Não Corrente

Ativos Fixos Tangíveis 6 e 17 16.618.164 16.618.164

Ativos Intangíveis 7 e 17 364.023.276 364.023.276

Participações Financeiras 8 276.001 276.001

Depósitos Cativos 10 8.533.529 8.533.529 (i)

380.917.441 8.533.529 389.450.970

Ativo Corrente

Inventários 11 423.838.551 423.838.551

Clientes 12 1.745.517 1.745.517

Adiantamentos a Fornecedores 1.058.345 1.058.345

Estado e Outros Entes Públicos 13 591.471 591.471

Outras Contas a Receber 14 85.337.531 -8.533.529 76.804.002 (i)

Diferimentos 15 500.100 500.100

Caixa e Depósitos Bancários 4 59.460.257 59.460.257

572.531.772 -8.533.529 563.998.243

Total do Ativo 953.449.213 0 953.449.213

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital Próprio

Capital Realizado 16 387.267.750 387.267.750

Outras Reservas 1 9.202.700 9.202.700

Resultados Transitados 16 e 17 -866.619.849 -866.619.849

Resultado Líquido do Exercício Atribuível aos Acionistas da Empresa - Mãe 7.703.003 7.703.003

Total do Capital Próprio do Grupo -462.446.396 -462.446.396

Interesses Minoritários 16.763 16.763

Total do Capital Próprio -462.429.633 -462.429.633

Passivo Não Corrente

Provisões 18 11.915.833 11.915.833

Financiamentos Obtidos 19 543.919.376 543.919.376

Outras Contas a Pagar 20 15.517.311 15.517.311 (iii)

Diferimentos - Subsídios do Estado 15 503.733.883 -27.850.030 475.883.853 (ii)+(iii)

Outros Diferimentos 15 171.736.064 171.736.064

1.231.305.156 -12.332.719 1.218.972.437

Passivo Corrente

Fornecedores 20 7.288.553 7.288.553

Adiantamento de Clientes 8.290 8.290

Estado e Outros Entes Públicos 13 245.339 245.339

Financiamentos Obtidos 19 147.980.818 147.980.818

Outras Contas a Pagar 20 13.025.201 12.332.719 25.357.920 (ii)

Diferimentos - Subsídios do Estado 15 1.816.051 1.816.051

Outros Diferimentos 15 14.209.439 14.209.439

184.573.690 12.332.719 196.906.409

Total do Passivo 1.415.878.846 0 1.415.878.847

Total do Capital Próprio e do Passivo 953.449.213 0 953.449.213

NotasImpacto da

reexpressãoDemonstração Consolidada da Posição Financeira

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79 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

(iii) Foram transferidos da conta de “Diferimentos” no Passivo não Corrente para “Outras

Contas a Pagar” no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos

comunitários no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização, por dedução

da despesa a realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no final de

2012, e o seu encerramento está previsto para o final de 2015.

(i) O valor evidenciado na conta “Juros concessão exploração da CHA e CHP” corresponde à

parcela da remuneração (estabelecida no contrato com a EDP) que traduz a atualização do

capital (justo valor da subconcessão calculado à data da celebração do contrato), com base

numa taxa implícita de 5,5%. Este valor não deve afetar os gastos líquidos de financiamento

e sim os resultados operacionais, pelo que foi reclassificado e feita a sua reexpressão no

período homólogo de 2012, da rubrica “Juros e Rendimentos Similares Obtidos” para

“Outros Rendimentos e Ganhos”.

Euros

Demonstração Consolidada do Rendimento Integral Notas30-06-2012

(aprovado)

Impacto da

reexpressão

30-06-2012

(reexpresso)

Vendas 12 54.142 54.142

Prestações de Serviços 12 6.621.862 6.621.862

Subsídios à Exploração 15 22.123 22.123

Trabalhos para a Própria Entidade 21 1.243.276 1.243.276

Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (5.943) (5.943)

Variação nos Inventários da Produção 22 23.415.399 23.415.399

Fornecimentos e Serviços Externos 23 (25.367.883) (25.367.883)

Gastos com o Pessoal 24 (2.640.875) (2.640.875)

Provisões (Aumentos/Reduções) 18 (195.400) (195.400)

Outros Rendimentos e Ganhos 25 984.400 1.513.695 2.498.095 (i)

Outros Gastos e Perdas 26 (161.673) (161.673)

Resultado antes de Depreciações, Gastos de Finan. e Impostos 3.969.428 1.513.695 5.483.123

Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 27 (3.099.789) (3.099.789)

Imparidade de Activos Fixos Tangíveis e Activos Intangíveis 17 (9.282.362) (9.282.362)

Resultado Operacional (antes Gastos de Finan. e Impostos) (8.412.724) (6.899.029)

Juros e Rendimentos Similares Obtidos 28 1.516.084 1.513.695 2.389 (i)

Juros e Gastos Similares Suportados 28 (6.036.304) (6.036.304)

Resultado antes de Impostos (12.932.943) 1.513.695 (12.932.943)

Imposto sobre o Rendimento do Período

Resultado Liquido do Período (12.932.943) (12.932.943)

Outros Rendimentos e Gastos reconhecidos em Capital Próprio

Outro Rendimento Integral do Período

Rendimento Consolidado Integral do Período (12.932.943) (12.932.943)

Resultado Líquido do Período atribuível a:

Detentores do Capital da Empresa-Mãe (12.866.939) (12.866.939)

Interesses Minoritários 29 (66.005) (66.005)

(12.932.943) (12.932.943)

Rendimento Consolidado Integral do Período atribuível a:

Detentores do Capital da Empresa-Mãe (12.866.939) (12.866.939)

Interesses Minoritários 29 (66.005) (66.005)

(12.932.943) (12.932.943)

Resultado Líquido por Acção:

Básico (em euros) (0,167) (0,167)

Diluído (em euros) (0,167) (0,167)

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80 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor

conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e

transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo,

surgiram novas interpretações dos factos, no período corrente que, não sendo previsíveis à data

de aprovação das demonstrações financeiras anteriores, não foram consideradas nessas

estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações

financeiras foram corrigidas de forma retrospetiva.

6. Ativos Fixos Tangíveis

No ano de 2012 e no primeiro semestre de 2013, os movimentos ocorridos na rubrica de “Ativos

fixos tangíveis”, bem como nas respetivas depreciações e nas perdas de imparidade acumuladas,

foram os seguintes:

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edifícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Equipamento

de Transporte

Equipamento

Administrativo

Outros

Ativos Fixos

Tangíveis

Ativos Fixos

Tangíveis

em Curso

Adiantamentos

por conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 4.759.366 11.840.483 2.278.149 809.865 2.351.855 512.558 573.960 (23.409) 23.102.826

Adições 3.979 2.082 2.524 147.770 117.685 274.040

Outras Transferências/Abates 19.033 (107.778) 3.773 100.802 (123.608) (107.778)

Saldo Final 4.759.366 11.863.495 2.170.371 809.865 2.357.710 515.082 822.532 (29.332) 23.269.088

Depreciações Acumuladas

Saldo Inicial 5 2.165.074 1.071.273 774.624 2.160.676 287.307 - - 6.458.958

Adições 1 135.036 88.722 10.093 32.478 23.315 289.645

Alienações/Abates/Transferências (82.030) (44) (82.074)

Saldo Final 6 2.300.110 1.077.965 784.717 2.193.154 310.578 - - 6.666.529

Perdas de Imparidade Acumuladas

Saldo Inicial 25.704 25.704

Perdas Imparidade Revertidas (25.704) (25.704)

Saldo Final 0 0

Valor Líquido 4.759.361 9.563.385 1.092.406 25.148 164.556 204.504 822.532 (29.332) 16.602.559

Ativos Fixos Tangíveis

30-Jun-13

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edifícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Equipamento

de Transporte

Equipamento

Administrativo

Outros

Activos

Fixos

Tangíveis

Activos Fixos

Tangíveis

em Curso

Adiantamentos

por Conta de

Investimentos

Total

Activo Bruto

Saldo Inicial 4.759.366 11.670.652 2.290.919 890.051 2.450.656 451.972 496.183 55.200 23.064.999

Adições 186 25.555 28.481 63.395 660.828 100.331 878.776

Alienações (87.852) (102.379) (52.738) (2.810) (245.778)

Outras Transferências/Abates 169.831 74.896 (3.362) (74.543) (583.052) (178.940) (595.171)

Saldo Final 4.759.366 11.840.483 2.278.149 809.865 2.351.855 512.558 573.960 (23.409) 23.102.826

Depreciações Acumuladas

Saldo Inicial 3 2.056.308 971.264 849.423 2.160.237 238.099 - - 6.275.334

Variação do perímetro de consolidação

Adições 2 278.946 183.021 30.942 121.215 52.017 - - 666.142

Alienações/Abates/Transferências (170.180) (83.012) (102.379) (46.443) (2.810) (404.824)

Outras Transferências/ abates (3.362) (74.332) (77.694)

Saldo Final 5 2.165.074 1.071.273 774.624 2.160.676 287.307 - - 6.458.958

Perdas de Imparidade Acumuladas

Saldo Inicial -

Perdas Imparidade Reconhecidas 25.704 25.704

Saldo Final 25.704 25.704

Valor Líquido 4.759.362 9.675.409 1.181.173 35.241 191.179 225.251 573.960 (23.409) 16.618.164

Activos Fixos Tangíveis

31-Dez-12

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81 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

6.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico

Os principais investimentos que se encontram registados como ativos fixos tangíveis na

Empresa- Mãe são os terrenos sobrantes de expropriações, o edifício da sede da Empresa-Mãe,

o Museu da Luz, o Parque de Natureza de Noudar e o Centro de Cartografia, os quais não se

encontram afetos à concessão, pelo que não revertem para o Estado no final do período de

concessão do contrato.

À semelhança de anos anteriores, foi efetuada a transferência desses investimentos de em curso

para a devida rubrica de “Ativos fixos tangíveis”, e iniciado o processo de depreciação, bem

como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são depreciados) dos

subsídios que lhes estão associados.

6.2. Investimentos em Curso

No planeamento das suas atividades, a EDIA dispõe de um modelo de codificação que

possibilita a alocação dos investimentos em rubricas associadas, entre si, permitindo um leque

alargado de outputs e de mapeamentos necessários à boa gestão e controlo dos contratos

celebrados.

De acordo com o que está definido em Decreto-Lei relativo ao EFMA, as atividades da EDIA

centram-se em 6 grandes infraestruturas (barragem de Alqueva, central de Alqueva, barragem e

central de Pedrógão, estação elevatória dos Álamos, rede primária e rede secundária).

A disponibilização destas 6 infraestruturas pretende criar condições de negócio que permitam

melhorar os indicadores económicos e financeiros de várias áreas económicas com fortes

possibilidades de crescimento após concretização dos investimentos do Alqueva.

Foi definido que em algumas dessas áreas a EDIA participaria diretamente (energias renováveis;

ambiente e património; água; inovação e tecnologia), enquanto em outras criaria apenas as

condições necessárias à alavancagem das diversas possibilidades (turismo; agricultura).

À medida que se vão concluindo os investimentos nos 6 programas infraestruturais, entrando as

infraestruturas em exploração, é revista periodicamente a classificação das despesas em

investimento acessório ou complementar registados em “Investimentos em Curso”. São também

analisados os projetos em curso por forma a concluir se terão seguimento, ou não, e se se

continua a prever que vão gerar benefícios económicos futuros.

À data de 30 de junho de 2013, o valor registado nesta rubrica traduz os investimentos das

empreitadas em curso, essencialmente com imóveis próprios, investimentos complementares

relacionados com a sede da EDIA, o Parque de Natureza de Noudar e o Museu da Luz, sendo

que o valor das transferências resulta dos custos das obras concluídas, e como tal, transferidos

para as correspondentes rubricas de “Ativos fixos tangíveis”.

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82 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

7. Ativos Intangíveis

O saldo desta rubrica reflete na sua globalidade os ativos intangíveis registados na Empresa-

Mãe.

Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido das respetivas

amortizações acumuladas e das perdas por imparidade, conforme se apresenta:

7.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico

Em resultado da entrada em funcionamento pleno da barragem e da central hidroelétrica de

Alqueva, em dezembro de 2005, e da barragem e central hidroelétrica de Pedrógão, no início de

2006, foi iniciado nessas datas o respetivo processo de amortização (incluindo a parte das

barragens afeta à produção de energia, que se estima em 35,1% do investimento total das

barragens), bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são

amortizados) dos subsídios que lhes estão associados.

A partir de 1 de novembro de 2007 (com a entrada em vigor do contrato de concessão), essas

infraestruturas, tal como os restantes bens afetos à concessão, passaram a ser amortizadas pelo

método das quotas constantes ao longo do período de 75 anos da concessão, que termina em

outubro de 2082.

Nos exercícios de 2009 até ao primeiro semestre de 2013 ficaram substancialmente concluídas e

entraram em exploração vários perímetros de rega, podendo as percentagens de afetação das

infraestruturas primárias a cada um dos perímetros ser resumida da seguinte forma:

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edifícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Projectos de

Desenvolvimento

Programas de

Computador

Outros

Direitos

Activos

Intangíveis em

Curso

Adiantamentos

por conta de

Investimentos

Total

Activo Bruto

Saldo Inicial 217.160.922 1.036.789.271 136.928.293 230.058 2.748.653 195.007.459 156.741.659 368.543 1.745.974.860

Adições 14.453.830 410.039 14.863.869

Outras Transferências/Abates 7.785.380 37.732.598 2.805 - - - -45.317.114 -203.669 0

Saldo Final 224.946.303 1.074.521.869 136.931.098 230.058 2.748.653 195.007.459 125.878.376 574.913 1.760.838.729

Amortizações Acumuladas

Saldo Inicial 5.805.441 20.192.982 9.648.130 212.777 2.739.050 7.459 - - 38.605.840

Adições 425.176 1.545.987 641.195 7.162 2.619.519

Saldo Final 6.230.617 21.738.968 10.289.325 212.777 2.746.212 7.459 - - 41.225.359

Perdas de Imparidade Acumuladas

Saldo Inicial 152.011.341 801.399.366 37.824.834 - - 195.000.000 156.741.659 368.543 1.343.345.744

Perdas Imparidade Reconhecidas 7.762.394 37.100.588 2.805 206.370 45.072.156

Perdas Imparidade Revertidas -30.863.283 -30.863.283

Saldo Final 159.773.734 838.499.954 37.827.639 - - 195.000.000 125.878.376 574.913 1.357.554.616

Saldo Final 58.941.951 214.282.947 88.814.134 17.281 2.441 - - - 362.058.753

Activos Intangíveis

30-Jun-13

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edifícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Projectos de

Desenvolvimento

Programas de

Computador

Outros

Direitos

Activos

Intangíveis em

Curso

Adiantamentos

por conta de

Investimentos

Total

Activo Bruto

Saldo Inicial 217.005.848 1.005.200.922 136.929.571 230.058 2.748.653 195.007.459 145.436.455 371.745 1.702.930.712

Adições 41.336.453 1.708.195 43.044.648

Outras Transferências/Abates 155.074 31.588.350 (1.278) (30.031.249) (1.711.396) (499)

Saldo Final 217.160.922 1.036.789.271 136.928.293 230.058 2.748.653 195.007.459 156.741.659 368.543 1.745.974.860

Amortizações Acumuladas

Saldo Inicial 4.955.438 17.110.168 8.365.743 195.497 2.493.598 7.459 - - 33.127.902

Adições 850.003 3.082.814 1.282.387 17.281 245.452 5.477.937

Saldo Final 5.805.441 20.192.982 9.648.130 212.777 2.739.050 7.459 - - 38.605.840

Perdas de Imparidade Acumuladas

Saldo Inicial 151.885.390 769.913.228 37.825.663 - - 195.000.000 145.436.455 272.244 1.300.332.981

Perdas Imparidade Reconhecidas 125.950 31.486.138 11.305.204 96.299 43.013.592

Perdas Imparidade Revertidas (829) (829)

Saldo Final 152.011.341 801.399.366 37.824.834 - - 195.000.000 156.741.659 368.543 1.343.345.744

Saldo Final 59.344.140 215.196.923 89.455.329 17.281 9.603 - - - 364.023.276

Activos Intangíveis

31-Dez-12

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83 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afetas ao EFMA, objeto do

contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema

primário (barragens; centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento, enquanto

durar a concessão, são propriedade da concessionária.

No termo da concessão, os bens referidos anteriormente revertem, sem qualquer indemnização,

para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos e em perfeitas condições de

operacionalidade, utilização e manutenção.

Data de Entrada em exploração /áreas/ Infraestruturas da

rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetro

Monte Novo

Perímetro

Alvito-Pisão

Perímetro

do Pisão

Blocos de

Ferreira,

Figueirinha e

Valbom

(Perímetro Pisão-

Roxo)

Perímetro

de Alfundão

Infra-

estrutura

12

Perímetro

Loureiro-Alvito

Bloco de Ervidel

1 (Perímetro

Pisão-Roxo)

Bloco de Ervidel

2 e 3 (Perímetro

Pisão-Roxo)

Bloco de Aljustrel

(Perímetro Roxo

Sado)

Perímetro Pisão

Beja

2.ºBlocos Roxo

Sado

Perímetro de

Vale de Gaio

Área Beneficiada (hectares) - 7.714 10.058 2.588 5.118 4.216 5.980 470 2.914 3.508 1.300 10.585 1.949 3.290 59.690

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 7,00% 9,13% 2,35% 4,64% 3,83% 5,43% 0,43% 2,64% 3,18% 1,18% 9,61% 1,77% 2,99% 54,16%

Estação Elevatória dos Álamos 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Barragens dos Álamos 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Ligação Álamos - Loureiro 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Barragem do Loureiro 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%

Ligação Loureiro - Monte Novo 7.714 100,00% - - - - - - - - - - - - 100,00%

Túnel Loureiro-Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%

Tomada de Água do Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%

Segregação de Água do Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%

Ligação Alvito-Pisão 42.236 - 23,81% 6,13% 12,12% 9,98% - - 6,90% 8,31% 3,08% 25,06% 4,61% - 100,00%

Derivação a Odivelas 9.270 - - - - - 64,51% - - - - - - 35,49% 100,00%

Ligação Pisão-Beja 10.585 - - - - - - - - - - 100,00% - - 100,00%

Ligação Pisão-Roxo 14.789 - - - 34,61% - - - 19,70% 23,72% 8,79% - 13,18% - 100,00%

Ligação Roxo Sado 1.949 - - - - - - - - - - - 100,00% - 100,00%

Barragem do Pisão 6.804 - - 38,04% - 61,96% - - - - - - - 100,00%

TOTAL

Su

bsis

tem

a A

lqu

ev

a

Perímetros em exploração Outros Perímetros

Subsistema Alqueva

Data de Entrada em exploração /áreas/Infraestruturas da

rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetro

Orada

Amoreira

Perímetro

de Brinches

Perímetro

de Brinches-

Enxoé

Perímetro

de Serpa

Perímetro

Caliços

Machados

Perimetro

Caliços

Moura

Perímetro

de Pias

Perímetro

de Brenhas

Subsistema Ardila

Área Beneficiada (hectares) - 2.522 5.463 4.698 4.400 5.000 2.136 4.614 745 29.578

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 2,29% 4,96% 4,26% 3,99% 4,54% 1,94% 4,19% 0,68% 26,84%

Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão 29.578 8,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00%

Barragem da Amoreira e Brinches 29.578 8,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00%

CH Amoreira-Caliços 12.495 - - - - 40,02% 17,09% 36,93% 5,96% 100,00%

CH Caliços-Pias 4.614 - - - - - - 100,00% - 100,00%

CH Caliços-Machados 5.000 - - - - 100,00% - - - 100,00%

Estação Elevatória de Brinches 14.561 - 37,52% 32,26% 30,22% - - - - 100,00%

Adutor Brinches Enxoé 14.561 - 37,52% 32,26% 30,22% - - - - 100,00%

Barragem de Serpa 4.400 - - - 100,00% - - - - 100,00%

Est.Elev.Torre Lóbio, Adutor Serpa e Res. Serpa Norte 4.400 - - - 100,00% - - - - 100,00%

TOTAL

Su

bsi

stem

a A

rdil

a

Perímetros em exploração Outros Perímetros

Perímetros

em exploração

Data de Entrada em exploração /áreas/Infraestruturas da rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetro

Pedrógão-MD

Perímetro

S.Pedro Baleizão

Quintos

Perímetro

S.Matias

Subsistema Pedrógão

Área Beneficiada (hectares) - 4.800 11.270 4.865 20.935

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 4,36% 10,23% 4,41% 19,00%

Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão-Margem Direita 20.935 22,93% 53,83% 23,24% 100,00%

CH S. Pedro Baleizão Quintos 11.270 - 100,00% - 100,00%

CH S. Matias 4.865 - - 100,00% 100,00%

Outros Perímetros

TOTAL

Su

bsi

stem

a

Ped

róg

ão

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84 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Uma vez que estas infraestruturas se encontram afetas ao segmento “água”, e como tal já foram

objeto de ajustamento por perdas por imparidade, sendo o seu valor líquido contabilístico nulo

(ver Nota 7.3 adiante), não se efetua qualquer amortização destes investimentos.

Assim, o cálculo do valor das amortizações, que seriam refletidas nas demonstrações financeiras

se não tivessem reconhecidas anteriormente as perdas por imparidade, serve apenas para

determinar a parte das perdas por imparidade que é aceite como gasto fiscal de cada período,

nos termos do artigo 35.º do Código do IRC.

7.2. Outros Direitos

O montante da rubrica “Outros Direitos” corresponde, essencialmente, à compensação

financeira inicial paga pela EDIA ao Estado, no montante de € 195.000.000, resultante do

“Contrato de Concessão da Utilização do Domínio Público Hídrico afeto ao EFMA”, de 17 de

outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, com a duração de 75 anos. Este Contrato

concretiza os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária,

precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as

regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico.

Estando esta verba diretamente relacionada com a atividade de distribuição de água (e não com

a atividade de produção de energia subconcessionada à EDP), que se encontra em imparidade

total, os referidos € 195.000.000 encontram-se cobertos por perdas por imparidades acumuladas

de igual montante (ver Nota 7.3 adiante).

7.3. Perdas por Imparidade

Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água a partir do sistema

primário, a Empresa-Mãe estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento “água” através

da determinação do respetivo valor de uso, tendo concluído, nos testes de imparidade efetuados

com referência a 30 de junho de 2013 e anos anteriores (2012, 2011, 2010 e 2009), que o valor

presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda por

imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos

indissociáveis - subsídios) afetos a este segmento.

Assim, os ativos líquidos de amortizações afetos a este segmento registados em “Ativos

Intangíveis”, com valor bruto € 1.357.554.616 em 30 de junho de 2013 (€ 1.343.345.743 em 31

de dezembro de 2012) encontram-se totalmente compensados por perdas de imparidade

acumuladas de igual montante.

Euros

Ativo Intangivel Segmento Água Segmento Energia Outros Segmento Água Segmento Energia Outros

Projetos Desenvolvimento 116.949 116.949

Programas de Computador 1.805.861 935.569 1.805.861 935.569

Outros Direitos 195.000.000 0 100 195.000.000 0 100

Terrenos e Recursos Naturais 159.773.713 65.172.589 152.011.319 65.149.603

Edificios e Outras Construções 838.499.605 236.022.263 801.399.018 235.390.254

Equipamento Básico 37.826.996 99.104.102 37.824.191 99.104.102

Ativo Intangivel em Curso 125.879.388 136.830 156.742.672 136.830

Adiantamentos por conta de Investimentos 574.913 368.543

Total 1.357.554.616 402.104.816 1.189.448 1.343.345.743 401.449.819 1.189.448

30-Jun-13 31-Dez-12

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85 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

De igual modo, os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem

vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados em 2013 e anos anteriores) que estão em

imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de

imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração

Consolidada do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios.

8. Partes Relacionadas

8.1. Participações Financeiras

A 30 de junho de 2013, a Empresa-Mãe detém as mesmas participações financeiras do que em

31 de dezembro de 2012. Estas participações encontram-se registadas ao custo de aquisição,

pois a EDIA não detém uma participação dominante ou significativa em nenhuma das

sociedades abaixo identificadas.

Sempre que existam indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é efetuada uma

avaliação destes investimentos e registada a perda por imparidade que se revele existir.

Não existem saldos (contas a receber ou a pagar) em 30 de junho de 2013, nem em 31 de

dezembro de 2012, com estas entidades relacionadas. Não ocorreram, de igual modo, quaisquer

transações com essas entidades, em 2012 e 2013.

8.2. Remuneração do Pessoal Chave da Gestão da Empresa - Mãe

Euros

Denominação SocialCapital

Social% Partic

N.º Ações/

Un. Particip.Valor Nominal

Custo de

Aquisição

Valor da Participação

em 30 junho 2013

Valor da Participação

em 31 dezembro

2012

Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio 62.500 8,8 11 UP 500 5.500 5.500 5.500

Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A. 499.000 4,11 4 110 A 4,99 20.501 20.501 20.501

Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A. 4.000.000 1,25 50 000 A 1 50.000 0 0

Águas do Centro Alentejo, S.A. 5.000.000 5,00 50 000 A 5 250.000 250.000 250.000

Lusofuel - Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A. 500.000 10,00 10 000 A 5 50.000 0 0

376.001 276.001 276.001

Viatura de Serviço; Motorista; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

(Administradores Executivos)

PRESIDENTE

Remuneração de 5.465,43€ (14 vezes no corrente ano) (*)

Remuneração com redução de (5% ) - 5.192,16€

Remuneração com redução de (5% +10% ) - 4.672,94€

VOGAIS

Remuneração de 4.675,41€, (14 vezes no corrente ano) (*)

Remuneração com redução de (5% ) - 4.441,64€

Remuneração com redução de (5% +10% ) - 3.997,48€

Viatura de Serviço; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais

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86 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

(*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais manteve-se em

2013, relativamente aos valores das remunerações. No âmbito da aprovação de um conjunto de

medidas adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de

défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de

Estabilidade e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e

equiparados, prevista no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º

19.º da Lei 55-A/2010 de 31 de dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa

mensal ilíquida dos gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao

sector público local e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título

excecional, em 5% e 10%, respetivamente. No entanto, e nos termos do previsto no Artigo 28.º

da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, foi reposto o pagamento do subsídio de Natal, em

duodécimos. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 187/2013 do Tribunal Constitucional,

que declarou a inconstitucionalidade do artº. 29º - Suspensão do pagamento dos subsídios de

férias ou equivalente - da Lei nº66-B/2012, de 31 de dezembro, foi também reposto o

pagamento dos subsídios de férias.

9. Imposto sobre o Rendimento

O gasto (rendimento) com impostos sobre o rendimento em 30 de junho de 2013, estimado, e 31

de dezembro de 2012 tem a seguinte composição:

Na Empresa-Mãe, em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012, existiam diferenças

temporárias dedutíveis e prejuízos fiscais reportados relativamente aos quais não foi

reconhecido qualquer ativo por imposto diferido por não existir expectativas razoáveis quanto à

geração de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização:

Euros

30-Jun-13 31-Dez-12

Impostos Correntes

- IRC (tributação autónoma) 38.361 79.403

38.361 79.403

Total 38.361 79.403

Euros

Diferenças Temporárias Dedutíveis

- Perdas de Imparidade nos Ativos Intangíveis 830.194.851 826.444.181

- Perdas de Imparidade em Investimentos não Depreciáveis/Amortizáveis 100.000 100.000

- Provisões não dedutíveis em IRC (IFRIC 12) 1.871.056 1.173.396

832.165.907 827.717.577

Prejuízos Fiscais reportados ainda não utilizados

- Exercício de 2011 10.612.823 31-dez-15 10.612.823 31-dez-15

- Exercício de 2012 13.934.121 31-dez-16 13.934.121 31-dez-16

24.546.944 24.546.944

Total 856.712.851 852.264.520

30-Jun-13 31-Dez-12

QuantiaData de

ExtinçãoQuantia

Data de

Extinção

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87 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

10. Depósitos Cativos

A rubrica de “Depósitos Cativos”, no Ativo não Corrente, corresponde aos depósitos de caução

constituídos pela EDIA, a médio e longo prazo, em instituições bancárias, concretamente a

favor dos Tribunais Judiciais, no âmbito de processos judiciais em curso e processos de

expropriação litigiosos, apresentando, a 30 de junho de 2013 e a 31 de dezembro de 2012, o

valor de € 8.533.529.

Os depósitos cativos no Millennium BCP e no Banco Espírito Santo, nos montantes de €

8.280.914 e € 161.870 respetivamente, foram constituídos através da contração de empréstimos

de igual montante, registados em “Financiamentos Obtidos”.

O valor mais significativo desta rubrica (€ 8.280.914) resulta do processo judicial a decorrer

com a Portucel Recicla, no âmbito do desmantelamento da fábrica, iniciado em outubro de 2003

e o montante de € 161.870 refere-se a um processo de expropriação litigiosa ainda em curso.

No âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, a EDIA teve de constituir um depósito

cativo no Banco BPI no valor de € 68.985 a favor da Autoridade Tributária e Aduaneira, em que

esta entidade propõe uma correção, nos exercícios de 2008, 2009, 2010 e 2011, ao montante das

amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem todos os

investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal, pelo que

exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o investimento na aquisição dos terrenos

submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento, não

considerando, assim, que os mesmos integraram o total de investimentos necessários para a

concretização do EFMA e que revertem para o Estado no final do período da concessão.

O depósito cativo no Banco BPI, no valor e € 21.759, a favor das Estradas de Portugal, respeita

a uma caução prestada no âmbito de um projeto na área da cartografia.

11. Inventários

A composição dos Inventários do Grupo, em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012, é

a seguinte:

Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com

exceção da Infraestrutura 12, prevê a transferência para o Estado das infraestruturas integrantes

Euros

Inventários 30-Jun-13 31-Dez-12

Inventários (DCPF)

Produtos Acabados e Intermédios 355.001.498

Produtos e Trabalhos em Curso 14.317.486 68.758.146

Mercadorias 47.274 46.597

Matérias Subsidiárias 42.525 32.310

14.407.285 423.838.551

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88 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA, a partir do exercício de 2002, passou a

evidenciar o custo das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega na rubrica de

”Inventários”.

Assim, em 31 de dezembro, o saldo de “Inventários” correspondia essencialmente aos

investimentos da rede secundária, concluídos e em curso, respetivamente registados nas rubricas

de “Produtos Acabados e Intermédios” e “ Produtos e Trabalhos em Curso”.

Uma vez que a rede secundária tem vindo a ser explorada pela EDIA, concluiu-se, em 2012, que

a Empresa tem vindo a explorar a rede secundária em cumprimento, quer de um poder/dever

decorrente da necessidade de preservar a integridade das infraestruturas e de lhe dar o uso para

que foram construídas, quer por direito próprio que está abrangido na concessão da gestão e

exploração do EFMA e de utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento que

foi atribuída à EDIA em outubro de 2007. Assim, a partir de 2012, os gastos e rendimentos

associados à exploração dos perímetros, na parte imputável à rede secundária de rega, foram

imputados às respetivas contas de gastos e rendimentos, de acordo com a sua natureza, em vez

de serem imputados à DGADR.

Em 8 de abril de 2013, foi celebrado o Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração,

Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins

Múltiplos de Alqueva (EFMA), entre a EDIA e a DGADR, que vigorará até 31 de dezembro de

2020, em que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade

concedente), aqui representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária de

rega, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e

exploração, bem como das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das

infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA.

Como consequência deste Contrato, foram transferidos da subconta de “Produtos Acabados e

Intermédios” os investimentos: (i) no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em

exploração no início de 2009; (ii) nos perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram

em exploração no início de 2010; (iii) nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom,

Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos

perímetros de rega do Loureiro-Alvito e Ervidel 1, que ficaram substancialmente concluídos em,

e (v) nos perímetros de rega do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1 margem direita, que ficaram

substancialmente concluídos no 1primeiro semestre de 2013.

A estes investimentos, no valor de € 401.264.950, foram adicionados os custos capitalizados

dessas infraestruturas (€ 16.149.078) que foram transferidos para a rubrica de “Outras Contas a

Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas

da rede secundária, construídas pela EDIA em sua representação, sendo também transferidos

para esta conta todos os subsídios que lhes estavam associados no montante de € 329.910.214,

adotando-se assim, um tratamento similar ao que foi adotado em anos anteriores para a

Infraestrutura 12. Esta conta passa a refletir o valor que a EDIA espera vir a receber do Estado,

a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede secundária (€

87.503.814).

A 30 de junho de 2013, na sequência deste Contrato, o Balanço da EDIA integra no Ativo, na

rubrica de “Inventários”, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”, somente os

investimentos em curso das infraestruturas da rede secundária de rega, no montante de €

14.317.486. Estes investimentos correspondem essencialmente a projetos afetos aos blocos de

rega ainda em construção, nomeadamente ao bloco de Aljustrel.

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89 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Esta alteração, dada a sua materialidade, teve um impacto significativo nas rubricas de

“Fornecimentos e Serviços Externos” e “Variação da Produção”.

12. Clientes, Vendas e Prestação de Serviços

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber.

12.1. Clientes

O Saldo de “Clientes” traduz na sua maioria os valores a receber, pela EDIA, pelos serviços de

distribuição de água prestados, que resultam do cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de

27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço

público de águas do EFMA.

12.2. Vendas

O valor de €15.965 registado em “Vendas”, no primeiro semestre de 2013, traduz

essencialmente os montantes associados à venda da energia emitida para a rede pela central

fotovoltaica de Alqueva (€ 7.559), assim como às vendas dos bens de merchandising do Parque

de Natureza de Noudar (€ 7.848). O valor remanescente (€ 558) corresponde à venda de artigos

de merchandising das empresas Gescruzeiros e Gestalqueva.

12.3. Prestações de Serviços

Produção de Energia

Na conta de “Produção de energia” foi reconhecido o montante de € 5.986.794, no âmbito do

Contrato de concessão de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, por 35

anos, celebrado entre a Empresa-Mãe e a EDP. Neste Contrato, a EDP obriga-se a proporcionar

à EDIA uma compensação financeira nos seguintes termos:

Um montante inicial no valor de € 195.000.000, acrescido de IVA à taxa legal e pago na

data de entrada em vigor do presente contrato; e

Euros

Prestações de Serviços 30-Jun-13 30-Jun-12

Produção de Energia 5.986.794 6.232.309

Distribuição de Água 2.256.908 149.642

Passeios turísticos 70.775 86.619

Cartografia 73.614 73.573

Parque de Natureza de Noudar 17.444 14.973

Outras Prestações de Serviços 64.745

Total 8.405.536 6.621.862

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90 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Ao longo do período de vigência do contrato (35 anos), um montante anual periódico de

€ 12.670.000 acrescido de IVA à taxa legal e pago anualmente no mesmo dia e mês da

entrada em vigor do contrato, sendo a primeira prestação devida no ano de 2008.

No âmbito do Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do

domínio hídrico público, e de acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, foram

faturados à EDP, em 2013, em resultado da alteração dos volumes de retiradas de água das

albufeiras de Alqueva e Pedrógão, o montante de € 484.042 referente a 2012 (sendo que o valor

de rendimentos especializados nas contas em 31 de dezembro de 2012, que correspondia à

melhor estimativa disponível à data de encerramento de contas de 2012, foi de € 393.530).

Em 30 de junho de 2013, a EDIA, segundo o regime do acréscimo, especializou o montante de

€ 479.151, que representa o valor estimado da compensação financeira para o ano de 2013, e

que resulta da revisibilidade decorrente da alteração dos volumes anuais das retiradas de água

das albufeiras de Alqueva e Pedrógão.

Distribuição de Água

A transposição da Diretiva Quadro da Água foi operada pela Lei N.º 58/2005, de 29 de

dezembro, e desenvolvida pelo Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio, e pelo Decreto-Lei

N.º 97/2008, de 1 de junho, tendo consagrado o princípio do valor económico da água, por força

do qual se consagra o reconhecimento da escassez atual ou potencial deste recurso e a

necessidade de garantir a sua utilização economicamente eficiente, com a recuperação dos

custos dos serviços de águas, mesmo em termos ambientais e de recursos.

Em cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água

destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA, a EDIA no

2.º semestre de 2010 iniciou o processo de faturação, cuja desagregação legalmente prevista

(Art.º 23, N.º 2 do Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho) obedece aos seguintes termos:

Os valores do preço da água aprovados pelo Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, €

0,089/m3 e € 0,053/m3 já refletem a repercussão, legalmente exigida, sobre o utilizador

final, do encargo económico representado pela taxa de recursos hídricos (TRH) e as

componentes de conservação e exploração, e são reduzidos em 70% no 1.º ano,

aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e

até ao 8.º ano, perfazendo nesse ano os valores indicados.

Os valores fixados para a componente de conservação são de € 50,00/ha/ano para a

adução em alta pressão e de € 15,00/ha/ano para a adução em baixa pressão. Estes

valores sofrem reduções conforme indicado no parágrafo anterior.

O valor unitário do m3 de consumo de água faturado resulta das tarifas fixadas

deduzidas da componente relativa à conservação. A componente de conservação

unitária considera um consumo médio anual de 3.000 m3/por hectare.

O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado com os índices de preços ao

consumidor exceto habitação para Portugal em 2012 (taxa de variação média anual) de 2.75%.

Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de

€ 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 16,05/ha/ano para a adução em baixa

pressão.

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91 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Para base de cálculo é considerada a área beneficiada pelas infraestruturas de rega e o volume

de água fornecido.

Segundo o princípio do acréscimo, foi diferido o valor da componente de conservação

correspondente ao segundo semestre de 2013 (€492.580), uma vez que o valor anual desta

componente é integralmente faturado no mês de abril.

Em relação ao montante da prestação de serviços no âmbito da “distribuição de água”,

aplicando a tarifa reduzida aos valores a faturar de 70% para o 1.º ano de funcionamento de

cada perímetro de rega, diminuindo anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano

subsequente e até 8.º ano, no primeiro semestre de 2013 foram registados os seguintes valores

relativos à distribuição de água aos perímetros de rega e a captações diretas, tendo em conta as

diversas componentes (taxa de recursos hídricos, exploração, conservação e recargas de

albufeira):

Como a especialização dos rendimentos com o consumo de água e TRH no primeiro semestre

de 2013 foi de € 1.189.393, o diferimento de rendimentos referente à componente conservação

foi de € 492.580 e verificaram-se, ainda, outros acertos/especializações no montante de € 92.784

o total da conta de “distribuição de água” é de € 2.256.908.

A faturação emitida referente à prestação de serviços no âmbito da “distribuição de água” é feita

em dois momentos:

Início de abril:

Faturação da conservação do ano em curso;

Faturação da exploração e taxa de recursos hídricos (TRH) referente ao 4º trimestre do

ano anterior.

Início de outubro:

Faturação da exploração e TRH referente aos 1.º, 2.º e 3.º trimestres do ano em curso.

As faturas são emitidas com base nas contagens reais de consumo. Os rendimentos respeitantes

à componente da “distribuição de água” a faturar por consumos ocorridos, não lidos ou

validados até à data da Demonstração Consolidada da Posição Financeira, são registados por

estimativa. No primeiro semestre de 2013, o valor estimado registado ascende a € 1.189.393. As

diferenças entre os valores estimados e os reais são registados nos períodos subsequentes.

Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007 de 17 de setembro, que aprovou as bases de

concessão, a EDIA detém, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa

do domínio público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio

no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação

de água para rega e para a produção de energia elétrica e ainda os poderes de fiscalização da sua

utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o

Euros

Faturação

albufeira do

Monte -

Novo

PisãoMonte -

Novo

Alvito -

Pisão

Ferreira,

Figueirinha

e Valbom

BrinchesBrinches -

Enxoé

Orada -

AmoreiraSerpa Alfundão Ervidel

Loureiro-

AlvitoExploração Total

TRH 715 1.342 1.733 374 712 1.126 484 299 224 8.844 2.945 17.762 36.559

Exploração 11.458 20.740 32.741 6.333 14.185 21.626 9.728 5.674 2.936 0 0 217.302 342.726

Conservação 50.009 148.609 245.641 101.890 125.282 107.376 67.825 80.456 40.479 12.158 5.435 0 985.159

Recarga de albufeira do Monte -Novo 288.435 288.435

Total 288.435 62.182 170.691 280.115 108.597 140.179 130.128 78.037 86.428 43.640 21.002 8.380 235.064 1.652.879

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92 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

sancionamento dos processos de contra ordenação nesse âmbito (artigo 7.º). Conjugando o N.º 3

do artigo 5.º do mesmo Diploma, a TRH é repercutida nos respetivos utilizadores finais.

Conforme o exposto, com base nos títulos emitidos para captações diretas e de acordo com os

consumos de água indicados (origem de água no sistema primário), a EDIA emitiu as respetivas

faturas aos consumidores, cujo valor faturado, à data do relato, foi de € 235.064.

Outras Prestações de Serviços

O valor remanescente (€ 161.833) na rubrica de “Prestação de serviços”, reflete: (i) os serviços

prestados pela EDIA no âmbito da cartografia, expropriações e do Parque de Natureza de

Noudar (€ 91.058); e (ii) os serviços prestados pela empresa Gescruzeiros S.A., no âmbito dos

passeios turísticos (€ 70.775).

13. Estado e Outros Entes Públicos

Esta rubrica inclui, em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os seguintes saldos:

No “Ativo Corrente”, o saldo da conta de “Imposto sobre o Valor Acrescentado - IVA” inclui

essencialmente os montantes de reembolsos pedidos, pela Empresa-Mãe, relativos aos meses de

outubro de 2012 (€ 71.619), abril e maio de 2013 (€ 215.829), decorrente da fase de

investimento em que ainda se encontra. Considerou-se também o montante a recuperar de €

128.276, referente a junho de 2013, embora este valor, à data de 30 de junho, ainda não tinha

sido objeto de pedido de reembolso.

O saldo da rubrica de “Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas - IRC” (€ 143.506),

apresentado no “Ativo Corrente”, refere-se essencialmente (€ 124.716) aos pagamentos

especiais por conta de IRC (PEC) da EDIA dos anos de 2009 a 2013.

Euros

30-Jun-13 31-Dez-12

Ativo Corrente

IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado 451.648 468.473

IRC - Imposto sobre o Rendimento 143.506 122.998

Restantes Impostos 1.293.750 1.293.750

1.888.903 1.885.221

Ajustamento de Imparidade (1.293.750) (1.293.750)

595.154 591.471

Passivo Corrente

Retenções de Impostos sobre o Rendimento 55.585 51.102

Contribuições para a Segurança Social 131.878 112.749

IRC - Imposto sobre o Rendimento 38.781 79.664

IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.824

226.244 245.339

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93 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Nos termos do disposto do Código da Contribuição Autárquica e nos termos do disposto do

Código do Imposto Municipal sobre Transações de Imóveis, o Estado está isento do pagamento

de impostos sobre os imóveis integrados no seu património.

A EDIA, ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 21-A/98, de 6 de fevereiro, considera os

bens imóveis que expropriou para implementação do EFMA imediatamente integrados no

domínio público do Estado após a sua adjudicação à entidade expropriante. O montante de €

1.293.750, apresentado no “Ativo Corrente” na rubrica de “Restantes Impostos”, corresponde ao

Imposto Municipal de Sisa (atualmente Imposto sobre Transações de Imóveis - IMT) pago

indevidamente pela EDIA no âmbito de processos de expropriação, e cuja restituição a EDIA

veio a requerer junto das autarquias, solicitando ainda que relativamente aos prédios em causa

seja reconhecida a citada isenção, evitando-se futuros atos de liquidação.

Em 2008, para fazer face à possibilidade de não recebimento deste valor (por eventual

intempestividade do requerimento de restituição do referido imposto, tendo presente o

indeferimento, em janeiro de 2008, da reclamação graciosa que a EDIA tinha apresentado), a

EDIA constituiu um ajustamento de imparidade por forma a cobrir a totalidade do referido valor

de € 1.293.750.

Os saldos do “Passivo Corrente” (€ 226.244) incluem essencialmente os montantes em dívida

da Empresa-Mãe à Segurança Social (€ 127.797), a pagar até ao dia 20 de julho, à Autoridade

Tributária (IRS - €53.965), referentes aos vencimentos de junho de 2013 dos funcionários da

EDIA, bem como o valor de IRC que resulta do valor estimado das tributações autónomas a

suportar (€ 38.781).

14. Outras Contas a Receber

Esta rubrica tem o seguinte detalhe, em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012:

DGADR – IE 12

Em fevereiro de 2007, através do Decreto-Lei nº 42/2007 concretizou-se a recentralização dos

objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA, sendo revogado entre outros, o

Decreto-Lei N.º 335/01, de 24 de dezembro, mantendo-se no entanto, um dos objetos sociais da

EDIA, a conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária

afeta ao empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe

sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.

Euros

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

DGADR_IE12 70.809.521 72.130.845

DGADR_CC_RS 87.503.815

Devedores por Acréscimo de Rendimentos 1.697.460 499.557

Outros Devedores 1.017.327 1.005.570

Fundos Comunitários 259.108 3.078.852

Depósitos Cativos 128.048 89.178

161.415.277 76.804.002

Outras Contas a Receber30-Jun-13 31-Dez-12

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94 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Exceciona-se a Infraestrutura 12, que se mantém propriedade da EDIA sob o regime de

concessão ao MAM, na sequência da formalização com o Instituto de Desenvolvimento Rural e

Hidráulica (atualmente Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional - DGADR),

em abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da

Infraestrutura 12 por um prazo de 30 anos, este investimento deduzido dos subsídios associados

tem vindo a ser registado, desde 2006, em ”Outras Contas a Receber”, pois a EDIA aguarda o

ressarcimento do valor líquido do investimento efetuado nesta infraestrutura, por parte da

DGADR.

É de salientar que o Tribunal de Contas, no seu relatório de fevereiro de 2005 intitulado

“Auditoria de follow-up à EDIA - Projeto EFMA”, recomenda que o Estado, mais propriamente

o Ministério da Agricultura, “assegure o financiamento das infraestruturas integrantes da rede

secundária (de rega) e reembolse anualmente a EDIA pela transferência (de propriedade) da

Infraestrutura 12”.

Assim, no caso do saldo da conta “DGADR_IE 12” (€ 70.809.521), o Conselho de

Administração tem vindo sempre a concluir, no encerramento de contas de cada exercício, que

espera que o ativo seja realizado num período inferior a doze meses após a data da

Demonstração Consolidada da Posição Financeira, isto é, no exercício seguinte, pelo que tem

vindo a considerar que esta dívida se encontra corretamente refletida no Ativo Corrente (por se

encontrar cumprida a condição da alínea c) do parágrafo 66 da ‘IAS 1- Estrutura e Conteúdo das

Demonstrações financeiras’) e, por outro lado, que não se justifica o reconhecimento de perdas

de imparidade para fazer face a uma eventual incobrabilidade desse valor.

Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio

Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da ”Empreitada de

Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do

Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega da

mesma infraestrutura”, que se traduz na anulação da provisão constituída deste processo arbitral,

no valor de € 1.321.324 e consequentemente o montante da dívida da “DGADR_IE 12”diminui

de € 72.130.845, valor à data de dezembro de 2012, para € 70.809.521.

DGADR - CC – Rede Secundária

Em 8 de abril de 2013, foi assinado o Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração,

Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins

Múltiplos de Alqueva (EFMA), pelo Presidente do Conselho de Administração da Empresa de

Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A (EDIA) e pelo Diretor-Geral da Direção-

Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), que vigorará até 31 de dezembro de

2020, em que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade

concedente), aqui representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária de

rega, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e

exploração, bem como das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das

infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA, estando por clarificar e

concretizar o estipulado no n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 42/2007, de 22 de fevereiro,

conjugado com o disposto na alínea c) do n.º 1 deste mesmo artigo, no que se refere ao Estado

assegurar o financiamento e demais condições relativas à conceção, execução e construção

destas infraestruturas.

Segundo o acionista, "só depois da conclusão de todas as infraestruturas", prevista para 2015, e

"subsequente período de consolidação do seu funcionamento, de cinco anos, estará disponível o

quadro de indicadores necessários para aferir do melhor modelo para prosseguir com a gestão, a

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exploração, a manutenção e a conservação do empreendimento. A concessão pelo prazo de sete

anos, isto é, até 2020, garantirá um período de consolidação adequado, fundamental para a

gestão da garantia das obras, a estabilização tendencial do tarifário e a perceção e otimização do

funcionamento do empreendimento na sua plenitude, visando a sua efetiva contribuição e

integração das diversas valências no desenvolvimento sustentado da região".

Estando as seguintes infraestruturas terminadas, contempladas no respetivo Contrato de

Entrega, foram transferidos da subconta de “Produtos Acabados e Intermédios” os respetivos

investimentos: (i) no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de

2009; (ii) nos perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início

de 2010; (iii) nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira,

Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega

do Loureiro-Alvito e Ervidel 1, que ficaram substancialmente concluídos em 2012 e (v) nos

perímetros de rega do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1 margem direita, que ficaram substancialmente

concluídos no primeiro semestre de 2013.

Ao valor do investimento (€ 401.264.950) foram adicionados os custos capitalizados nestas

infraestruturas, no montante de € 16.149.078, valores estes transferidos para a rubrica de

“Outras Contas a Receber- Estado (DGADR)”, que tem a propriedade de todas as infraestruturas

da rede secundária, construídas pela EDIA em sua representação, sendo também transferidos

para esta conta, todos os subsídios que lhes estavam associados provenientes do Orçamento do

Estado e da União Europeia que se encontram registados na rubrica de “Diferimentos”, no

montante de € 329.910.214, adotando assim um tratamento similar ao que foi adotado em anos

anteriores para a Infraestrutura 12, passando esta conta a refletir o valor que a EDIA espera vir a

receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede

secundária (€ 87.503.815).

Devedores por Acréscimo de Rendimentos

No âmbito do Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do

domínio público hídrico, e de acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, segundo o

regime do acréscimo, em 30 de junho de 2013, a EDIA registou em “Devedores por Acréscimo

de Rendimentos” os montantes de: (i) € 1.218.309 que corresponde na sua globalidade à

especialização da componente de exploração dos perímetros de rega, no primeiro semestre e (ii)

€ 479.151 em 30 de junho de 2013 que representa o valor da estimativa, para o ano de 2013, da

compensação financeira resultante da revisibilidade da alteração dos volumes anuais das

retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, a faturar à Empresa Hidroelétrica do

Guadiana (do grupo EDP).

Outros Devedores

O valor de € 1.017.327 registado em “Outros Devedores” reflete na sua maioria, o redébito de

custos no âmbito da gestão e fiscalização das empreitadas, imputados aos consórcios,

suportados inicialmente pela EDIA mas cuja responsabilidade não é do dono de obra, mas sim

dos empreiteiros, uma vez que correspondem a um período fora da prorrogação legal concedida.

Fundos Comunitários

O montante de € 259.108 corresponde aos valores de pedidos de pagamento de financiamento

comunitário, ainda não liquidados, mas que a EDIA estima com um grau elevado de certeza vir

a receber.

Depósitos Cativos

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96 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

O valor de € 128.048 corresponde a depósitos cativos de curto prazo, constituídos com fundos

próprios, no âmbito de processos de expropriação litigiosos e outros custos judiciais.

15. Diferimentos

15.1.Diferimentos (Ativo Corrente)

Os diferimentos apresentados no Ativo Corrente (gastos a reconhecer) incluem, essencialmente

os prémios dos seguros pagos até 30 de junho de 2013 mas correspondentes a períodos de

vigência posteriores (€ 450.581), sendo que os prémios de seguros com valor mais significativo

se referem aos ramos “All Risks Industrial”, “Responsabilidade Civil Geral e de Exploração”

das infraestruturas do EFMA e também “Saúde Grupo”.

15.2.Diferimentos (Passivo Corrente e Não Corrente)

Esta rubrica (rendimentos a reconhecer) apresenta a seguinte repartição entre Passivo Corrente e

Passivo não Corrente:

15.2.1. – Diferimentos - Subsídios do Estado

Os subsídios do Estado evidenciados nesta rubrica do Passivo correspondem a subsídios ao

investimento, atribuídos a fundo perdido.

Os investimentos obtiveram financiamentos comunitários, sobretudo, no âmbito do QCA II

(FEDER, FEOGA e Fundo de Coesão), QCAIII (FEDER e FEOGA-O), QREN (FEDER e

Fundo de Coesão) e PRODER (FEADER).

Alguns desses investimentos foram também financiados pelo PIDDAC para fazer face à

contrapartida nacional dos projetos apoiados pelo FEOGA no QCA III, e pelo FEADER no

PRODER.

Em 31 de dezembro de 2012 o valor dos subsídios ao investimento reconhecido no Passivo

incluía todos os subsídios relativos à rede secundária de rega (€ 371.626.214). No primeiro

semestre de 2013, na sequência da assinatura do “Contrato de Concessão relativo à Gestão,

Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do

Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA)” os subsídios associados às

infraestruturas da rede secundária já concluídas, no montante de € 329.910.214, foram

transferidos para a conta a receber da DGADR, na rubrica de “Outras Contas a Receber” (ver

Euros

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

Diferimentos - Subsídios do Estado 2.697.135 148.313.062 1.816.051 475.883.853

Outros Diferimentos 14.384.848 164.948.387 14.209.439 171.736.064

17.081.984 313.261.449 16.025.490 647.619.917

Rendimentos a Reconhecer30-Jun-13 31-Dez-12

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97 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Notas 11 e 14). Esta transferência justifica a significativa redução no valor de “Diferimentos –

Subsídios do Estado” no primeiro semestre de 2013.

No caso dos subsídios relativos ao segmento “água” (€ 508.032.120), o respetivo montante tem

vindo a ser sucessivamente desreconhecido no âmbito do registo das perdas por imparidade dos

ativos afetos a este segmento.

Os subsídios do Estado apenas são reconhecidos quando existe uma certeza razoável de que a

Empresa irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser

recebidos.

15.2.2. – Outros Diferimentos

O valor de rendimentos diferidos do contrato de concessão da exploração das centrais

hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão com a EDP, evidenciado em 30 de junho de 2013 no

Passivo não Corrente (€ 164.948.387) e no Passivo Corrente (€ 14.384.848), decorre do

recebimento de € 195.000.000, em 1 de novembro de 2007, nos termos da alínea a) do N.º 1 da

cláusula 6.ª do “Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de

Subconcessão do Domínio Público Hídrico”, celebrado com a EDP. Os montantes recebidos e a

receber da EDP no âmbito deste contrato serão reconhecidos como rendimentos ao longo do

período de duração do contrato (35 anos), com início de 1 de novembro de 2007.

Assim, as referidas contas de rendimentos a reconhecer traduzem: (i) parte dos € 195.000.000

que ainda não foi reconhecida em rendimentos; e (ii) o diferencial entre os valores recebidos

anualmente da EDP e o valor do rédito já reconhecido da atualização dos fluxos de caixa futuros

à taxa efetiva de 5,5%.

A 30 de junho, foram reconhecidos € 7.104.592 de rendimentos, referentes a 2013, dos quais €

5.507.643 se referem a prestação de serviços e € 1.596.949 a juros.

16. Capital Próprio

No período compreendido entre 31 de dezembro de 2012 e 30 de junho de 2013, os capitais

próprios da EDIA tiveram a seguinte evolução:

Euros

Capital Realizado 387.267.750 387.267.750

Outras Reservas 9.202.700 9.202.700

Resultados Transitados -866.619.849 7.703.003 8.567 -858.925.413

Resultado Líquido do Período 7.703.003 16.443.454 -8.740.451

Interesses Minoritários 16.763 56.760 -39.997

-462.429.633 7.703.003 16.508.781 -471.235.411

Contas Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final

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98 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

16.1. Capital Realizado

A Empresa-Mãe é uma sociedade anónima em que o capital social é detido na sua totalidade

pelo acionista Estado Português, através da DGTF.

O Capital inicial da EDIA (€ 2.493.990) foi sucessivamente aumentado, no período de 1996 a

2009.

Em 30 de junho de 2013, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado, de

€ 387.267.750 é composto por 77.453.550 ações com o valor nominal de € 5 cada.

16.2. Outras Reservas

A rubrica “Outras Reservas” inclui, essencialmente:

€ 8.479.554 de subsídios recebidos em 1995, no âmbito da transferência para a EDIA

das verbas incluídas no Orçamento de Estado para a extinta Comissão Instaladora do

Alqueva;

€ 592.267 relativos à transferência para a EDIA do ativo da referida Comissão;

€ 9.975 referentes à doação de mural para o edifício da sede da EDIA; e

€ 120.904 de subsídios afetos às áreas sobrantes (que não configuram investimentos

amortizáveis).

Estas reservas não foram impostas pela lei ou pelos estatutos, nem constituídas de acordo com

contratos firmados pela Empresa.

16.3. Resultados Transitados

O resultado desta rubrica em 30 de junho de 2013 (€ 858.925.413 negativos) está

essencialmente relacionado com o reconhecimento de perdas por imparidade nos “Ativos

Intangíveis” do segmento “água”, cujo valor acumulado (líquido dos respetivos subsídios que

têm vindo a ser desreconhecidos) ascende a € 849.522.496.

17. Imparidade de Ativos

17.1. Imparidade de Ativos Intangíveis

Na sequência da cedência à EDP, pelo período de 35 anos, da exploração das centrais

hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e dos direitos de utilização privativa do respetivo

domínio público hídrico, encontravam-se já definidas, desde outubro de 2007, a generalidade

das receitas de exploração associadas à componente hidroelétrica do EFMA até ao ano de 2042.

No entanto, à data do encerramento das contas de 2009 e das de anos anteriores, ainda não havia

sido definido, pelo MAM, o tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário do

Empreendimento, o qual iria influenciar de forma determinante as receitas de exploração

esperadas da Empresa e permitiria avaliar em que medida as receitas totais de exploração

esperadas com a utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA (as associadas ao

fornecimento de água para rega e abastecimento humano, e as decorrentes da exploração

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99 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

hidroelétrica) permitiriam recuperar o investimento global previsto no âmbito do

Empreendimento.

No entanto, seria já possível, à data de encerramento das contas, quer de 2009 quer de anos

anteriores, prever que os investimentos realizados no EFMA implicariam a necessidade de

reconhecimento de perdas de imparidade.

No entanto, é importante ter presente que o EFMA foi concebido como um instrumento de

desenvolvimento regional de uma zona deprimida do interior do país, com especial enfoque na

conversão do sector agrícola de sequeiro para regadio.

O EFMA representa uma obra de aproveitamento de recursos hídricos associados ao Rio

Guadiana e que garante uma reserva estratégica de água, contribuindo para inverter as

tendências de declínio populacional e económico de uma vasta região do Alentejo, revestindo-

se, assim, de um enorme interesse nacional, com os consequentes benefícios que advêm da sua

concretização, ao nível da melhoria da qualidade de vida da população da região do Alentejo,

bem como à promoção económica, social e ambiental.

Este investimento destinou-se, desde sempre, a suprimir enormes carências existentes na região

relacionadas com a disponibilidade de água para fins de abastecimento humano, agrícolas e

industriais. Nesse sentido, e considerando também as externalidades positivas geradas para a

económica nacional, nunca esteve em causa o retorno financeiro dos ativos do EFMA,

exclusivamente decorrente das receitas geradas pela atividade da EDIA. O pressuposto

fundamental consistia em garantir que os benefícios económicos futuros tivessem capacidade de

cobrir os custos de exploração das atividades (sem considerar a amortização dos investimentos),

gerando expectavelmente resultados de exploração são positivos.

O Estado Português assumiu desde a sua génese o caráter de fins múltiplos deste

Empreendimento, cuja concretização decorreria da utilização plena e eficiente da enorme

“reserva estratégica de água” a armazenar nas albufeiras de Alqueva e Pedrógão. Sendo detentor

único do capital da EDIA, o Estado Português sempre assumiu, como consequência, a

necessidade de assegurar a dotação dos fundos necessários à prossecução do seu objeto, criando

as condições para a Empresa honrar os compromissos assumidos no decorrer da execução do

projeto.

O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é

calculado de acordo com a tarifa definida pelo Estado, que por sua vez, no seu cálculo,

considera um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos

investimentos realizados.

Existindo (desde anos anteriores) indícios de que os ativos do segmento “água” estariam em

imparidade mas não sendo possível calcular a quantia recuperável de ativos individuais afetos a

este segmento, dada a forte interligação dos influxos de caixa dos vários ativos ou grupos de

ativos do segmento, a EDIA determinou a quantia recuperável da unidade geradora de caixa

(“mais pequeno grupo identificável de ativos que seja gerador de influxos de caixa e que seja

em larga medida independente dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos”) que

corresponde a todo o segmento “água”.

Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água do sistema primário,

a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento “água” através da determinação

do respetivo valor de uso, tendo-se concluído, nos testes de imparidade efetuados com

referência a 30 de junho de 2013 e em anos anteriores (2009 a 2012), que o valor presente dos

fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda de imparidade

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100 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis)

afetos a este segmento.

Para este efeito, foram considerados fluxos de caixa até o ano de 2082, ano em que termina

contrato de concessão à EDIA que contempla a gestão, exploração e utilização privativa do

domínio público hídrico afeto ao EFMA, ao abrigo do disposto no Decreto - Lei N.º 313/2007.

Para a atualização dos fluxos de caixa futuros foi utilizada uma taxa de desconto de 5,49%

baseada no custo médio ponderado do capital (Weighted Average Cost of Capital - WACC), por

forma a refletir: (i) o valor temporal do dinheiro para os períodos até 2082; (ii) as expectativas

acerca das variações possíveis na quantia ou tempestividade dos fluxos de caixa; (iii) o preço de

suportar a incerteza inerente ao ativo; e (iv) outros fatores que os participantes no mercado

refletiriam ao apreçar os fluxos de caixa futuros que a Empresa espera obter dos ativos.

Tendo presente que todas as projeções futuras foram elaboradas com base em pressupostos

considerados razoáveis e suportáveis, tendo em conta o mercado presente e futuro e que as

decisões tomadas nas últimas projeções/estudos foram aprovadas por parte da administração da

EDIA, os principais pressupostos adotados são os seguintes:

Taxa de adesão ao recurso água crescente em 10 anos;

Consumo médio de água de 4.000 m3/ha, em 80% da área coberta;

Preço unitário de referência para fornecimento de água destinada a rega para fins

agrícolas, à saída da rede primária, de 0,042€/m3, sendo que os valores no 1.º ano

correspondem a 30% desse valor, aumentando anual, automática, progressiva e

linearmente até atingirem o mencionado valor de referência no 8.º ano (conforme

Despacho N.º 9000/2010, de 26 de Maio); e

Taxa de atualização de preços de 2%.

Na medida em que as condições e pressupostos contemplados nos estudos de imparidade

reportados a 31 de dezembro de 2009 já existiam ou eram previsíveis à data do encerramento

das contas do exercício de 2008, no âmbito da reexpressão das demonstrações financeiras do

exercício de 2009, foram imputadas a Resultados Transitados as perdas de imparidade

correspondentes à totalidade dos ativos afetos ao segmento “água”, à data de 31 de dezembro de

2008.

Os ativos e passivos do segmento “água”, assim como as perdas de imparidade reconhecidas

com referência a 30 de junho de 2013 e a 31 de dezembro de 2012, podem ser apresentadas da

seguinte forma:

No Subsistema de Alqueva, encontram-se integradas e em exploração as centrais mini-hídricas

de Alvito, Pisão, Roxo, Odivelas e, no Subsistema do Ardila, a central mini-hídrica de Serpa.

Estas infraestruturas, tendo sido transferidas de “Ativos Intangíveis em Curso” para firme e

consideradas unidades geradoras de caixa ao abrigo da ‘IAS 36 - Imparidade de Ativos’, foram

Euros

Segmento "água" 30-Jun-13 31-Dez-12 30-Jun-12

Ativos Intangíveis 1.357.554.616 1.343.345.743 1.328.069.780

Subsídios ao Investimento (508.032.120) (500.986.741) (460.081.427)

Imparidade Acumulada 849.522.496 842.359.002 867.988.353

Perdas por Imparidade Reconhecidas no Período 7.163.494 (16.346.989) 9.282.362

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101 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

alvo de testes de imparidade que permitissem concluir sobre a parte do investimento efetuado

em imparidade, especificamente para as componentes “elétrica” e “rega”.

Este estudo, como todos os estudos de índole prospetiva, tem os seus resultados estritamente

ligados à validade das diferentes hipóteses de evolução que nele se consideram,

designadamente, e entre outros pressupostos, no que concerne aos volumes efetivamente

turbinados e aos custos unitários da energia, no horizonte de projeto.

A subdivisão destes custos pelas componentes “elétrica” e “rega” foi obtida pela

individualização dos valores correspondentes aos investimentos diretamente afetos à produção

de energia, tendo em consideração os valores de obra e do equipamento existentes nestas

infraestruturas e que se encontram diretamente relacionadas com as funções “produção de

eletricidade” e “rega”.

Tendo presente estes pressupostos e o objetivo do estudo, face ao conjunto de análises

efetuadas, a conclusão foi de que estas unidades geradoras de caixa originam benefícios

económicos futuros suficientes para assegurar o retorno do investimento, isto é, não se

encontram em imparidade.

De salientar que, de igual modo, de acordo com os estudos e melhores projeções da EDIA, não

existe qualquer imparidade ao nível dos ativos do segmento “energia”.

Às perdas por imparidade do segmento “água” reconhecidas no período findo em 30 de junho

de 2013, acima descriminadas, de € 7.163.494, é deduzido, na determinação do valor de

“Imparidade de Ativos Fixos Tangíveis e Ativos Intangíveis” evidenciado na Demonstração

Consolidada do Rendimento Integral (€ 7.137.790), uma reversão de perdas por imparidade de €

25.704 referente à Gestalqueva.

17.2. Imparidade de Dívidas a Receber

O valor de € 173.152 registado na rubrica de “Imparidades de Dívidas a Receber” reflete as

imparidades que resultam dos indícios de incobrabilidade, isto é, dos créditos em mora pelos

serviços de distribuição de água prestados pela EDIA, quando os clientes não respeitam o prazo

contratualizado entre a Empresa e o adquirente.

Os créditos de cobrança duvidosa, após avaliação por parte do Grupo, são objeto de

reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades.

18. Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

O Grupo analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e

que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação.

São reconhecidas provisões apenas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou

implícita) resultante de um acontecimento passado e que seja provável que, para a liquidação

dessa obrigação, ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser

razoavelmente estimado.

A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de efluxo de recursos

necessário para a liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer

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por variação daquele pressuposto, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente

divulgadas como passivos contingentes.

A EDIA considerou, com base no julgamento do Conselho de Administração e na análise

aprofundada de cada um dos processos por parte do Gabinete Jurídico interno e de advogados

externos, que estavam cumpridas as condições para o reconhecimento das provisões, referidas

no parágrafo 14 da ‘IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes’.

Em particular no que respeita à condição de que “seja provável que um exfluxo de recursos que

incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação”, foi utilizado o

critério definido no parágrafo 23 da referida ‘IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e

Ativos Contingentes’, considerando como provável o exfluxo “se o acontecimento for mais

propenso do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o acontecimento ocorrerá for

maior do que a probabilidade de isso não acontecer”.

Esta estimativa baseia-se numa análise técnica aprofundada do Gabinete Jurídico que emite,

para o efeito, um documento em que determina qual a sua melhor estimativa dos valores a

provisionar, com base na experiência da EDIA quanto ao desfecho de processos semelhantes e

com base nas informações dos advogados externos que colaboram com a Empresa.

Nos períodos findos em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012, para fazer face aos

processos judiciais e outras obrigações presentes decorrentes de acontecimentos passados, a

EDIA constituiu provisões mas também fez reversões que respeitam a anulações por as quantias

provisionadas se revelarem desnecessárias ou porque os processos findaram.

18.1. Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas

Em 30 de junho de 2013, são conhecidos vários processos litigiosos resultantes, quer de

processos judiciais em curso, quer de expropriações, associados ao investimento do EFMA, que

poderão resultar em encargos e responsabilidades adicionais para a EDIA, tendo a Empresa

constituído provisões para cobrir estas responsabilidades, com base na sua melhor estimativa do

valor dos encargos futuros a suportar.

Euros

Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final

Provisões

Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas 10.742.437 2.837.868 2.388.441 11.191.863

Provisão IFRIC 12 1.173.396 697.660 1.871.056

11.915.833 3.535.528 2.388.441 13.062.919

Provisões (DCPF)30-Jun-13

Euros

Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final

Provisões Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas 10.363.061 386.553 7.177 10.742.437

Provisão IFRIC 12 1.269.089 95.693 1.173.396

11.632.150 386.553 102.870 11.915.833

Provisões (DCPF)31-Dez-12

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103 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

O montante (€ 11.191.863) refletido na rubrica de “Provisões - Processos judiciais e de

expropriação litigiosa” a 30 de junho de 2013, decorre dos seguintes processos judiciais em

curso e processos a decorrer no âmbito de expropriações litigiosas:

A Portucel Recicla intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a

forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de € 8.280.914 (correspondendo ao

valor já faturado de € 7.832.833 acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação

com “embargos de executado”, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado

os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Para fazer face às eventuais

responsabilidades decorrentes deste processo, a EDIA constituiu, em anos anteriores, uma

provisão de € 4.140.457, que foi estimada em metade do valor reclamado pela Portucel Recicla.

Em dezembro de 2011 a EDIA reforçou esta provisão pelo valor de € 1.388.625 (50% do

montante de € 2.777.250), valor este, destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no

processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel

Recicla S.A. Em junho de 2013, a EDIA reforçou esta provisão pelo valor de € 2.837.868 (50%

do montante de € 5.675.736), que corresponde ao total de juros vencidos (atualizado à data de

junho de 2013), destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da

Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. e que se

mantém provisionado à data deste relato.

A EDIA interpôs uma ação contra o consórcio Edifer/Obrecol/Opway, reclamando o pagamento

de € 4.233.022, acrescido de juros de mora, a título de ressarcimento pelas verbas despendidas

na reparação do canal da Infraestrutura 12 e ainda indemnização por danos na imagem. O

consórcio, em sede de reconvenção, reclama o pagamento de € 2.642.648 a título de juros de

mora por atrasos nos pagamentos e na libertação da caução. Em 2010 constituiu-se uma

Euros

Processos Judiciais 30-Jun-13 31-Dez-12

Portucel Recicla (Empreitada de Desmantelamento) 8.366.950 5.529.082

Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada IE12) - 1.321.324

Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada Equip.Colectivos nova Aldeia da Luz) - 917.117

Processo Arbitral EDIA/Tecnasol FGE 726.343 726.343

Processo Arbitral EDIA/Alexandre Barbosa Borges SA 604.005 604.005

Processo Arbitral EDIA/Teixeira Duarte SA/EPOS SA 490.430 490.430

Geraldo Magela Assis 488.852 488.852

Municípios de Reguengos de Monsaraz, Mourão, Portel, Moura e Alandroal 190.000 190.000

Monte Adriano SA 185.155 185.155

Herdeiros de Luís Soares da Cunha Florim - 150.000

Império Bonança 65.748 65.748

Outros 10.270 10.270

11.127.752 10.678.326

Processos de Expropriação Litigiosas

Herdade dos Bacelos 55.068 55.068

Joaquim Conceição Rato 4.737 4.737

Outros 4.306 4.306

64.111 64.111

11.191.863 10.742.437

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104 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

provisão no montante de € 1.321.324 que corresponde a 50% do pedido formulado pelo

consórcio.

Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio

Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da “Empreitada de

Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do

Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega da

mesma infraestrutura”, que se traduz na anulação da provisão constituída, no valor de €

1.321.324, deste processo arbitral.

Em relação ao processo interposto pelo consórcio Edifer/Obrecol/Opway, relativo à Empreitada

das habitações e comércios da construção da nova aldeia da Luz (provisão de € 917.117), é de

salientar que, nos termos de sentença proferida pelo Tribunal Arbitral em setembro de 2006,

ratificada em reunião de 24 de abril de 2007, a EDIA foi condenada a pagar € 710.015 mais

revisões de preços e juros, e paralelamente, o consórcio foi condenado ao pagamento de €

85.894. A EDIA impugnou o acórdão proferido, junto do Tribunal Administrativo.

Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio

Edifer/ Obrecol/Opway, no âmbito da Empreitada das habitações e comércios da construção da

nova aldeia da Luz decorrente do litígio a título de trabalhos adicionais e custos de estaleiro e

correspondentes revisões de preços e juros de mora, que se traduz na anulação da provisão

inicialmente constituída deste processo arbitral, no valor total de € 917.117.

No que concerne ao processo intentado pela Tecnasol-FGE à EDIA, referente à Empreitada de

tratamento de fundações e de implementação do plano de observação do aproveitamento de

Pedrógão, a autora reclama, a título de trabalhos a mais e indemnização de maior onerosidade

na realização dos trabalhos, a quantia de € 1.198.090 acrescida de juros no montante de €

254.596. A EDIA constituiu, em anos anteriores, uma provisão (€ 726.343) que corresponde a

50% dos valores reclamados.

Em 2010 a EDIA foi citada para contestar uma ação judicial interposta pelas empresas Teixeira

Duarte, S.A. e EPOS, S.A. onde é reclamado o pagamento de € 671.983 a título de juros de

mora por atraso no pagamento de faturas vencidas no âmbito da Empreitada de Construção do

Túnel Loureiro-Alvito. A EDIA contestou por exceção e impugnação e atendendo à matéria em

discussão, constituiu uma provisão no valor de € 490.430, correspondente ao valor mínimo que

a EDIA terá que pagar se não vingar a defesa por exceção.

Em 2011, na sequência da ação de condenação (ainda na fase dos articulados) intentada pela

empresa Alexandre Barbosa Borges S.A., contratada pela EDIA para a execução da

“Empreitada de construção das centrais mini-hídricas do Alvito e de Odivelas do EFMA”, a

Autora peticiona o pagamento de € 1.208.009. Este montante é a título de trabalhos a mais

titulados em contrato adicional, acrescido de juros vencidos, custos indiretos de produção e

juros de mora sobre a faturação paga em atraso. A provisão constituída (€ 604.005) corresponde

a 50% do pedido formulado pelo Consórcio.

Em 2012, cinco municípios da área do regolfo de Alqueva (Reguengos de Monsaraz, Mourão,

Portel, Moura e Alandroal) interpuseram uma ação que respeita ao pagamento de rendas

alegadamente em dívida pela EDIA àqueles municípios, nos termos do disposto no Decreto-Lei

N.º 424/83, de 6 de dezembro, que obriga a EDP, enquanto titular de centros electroprodutores,

ao pagamento de determinadas verbas anuais aos municípios afetados. Não é formulado pedido

exato por alegada falta de elementos para aplicar a fórmula de cálculo do valor das rendas

legalmente previstas. A EDIA vai contestar, mas a sua direção operacional de infraestruturas

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105 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

primárias e de energia estimou um valor de rendas na ordem dos € 190.000, valor pelo qual foi

constituída a provisão para este processo.

No ano de 2012, foi interposta uma ação pela empresa de construção Monte Adriano SA, no

âmbito da Empreitada de construção do 3.º troço do adutor Pisão-Roxo (Penedrão-Roxo) e da

barragem do Penedrão. O empreiteiro reclama o pagamento de trabalhos no valor de € 370.310,

alegando que esse montante não lhe foi pago por incorreta interpretação da EDIA a respeito do

âmbito de trabalho de determinada rubrica do mapa de quantidades. A EDIA vai contestar e

provisionou 50% (€ 185.155) do montante pedido pelo empreiteiro.

Numa ação de condenação decorrente de um acidente que vitimou um particular, ocorrido em

Alqueva, foi interposto um recurso para o Tribunal da Relação, o Acórdão foi proferido e a

EDIA foi absolvida do pedido, anulando-se a provisão no valor de € 150.000€, no primeiro

semestre de 2013.

Os processos que resultam de expropriações litigiosas foram na sua generalidade remetidos aos

Tribunais Judiciais e estão suspensos a aguardar sentença sobre: (i) o valor da indemnização, (ii)

os autos de identificação atualizada dos proprietários, (iii) a habilitação de herdeiros e (iv) o

impulso dos expropriados e/ou citação de todos os interessados.

De salientar que o facto das provisões para vários dos processos judiciais em curso terem sido

quantificadas em 50% dos valores reclamados pelos autores dos processos decorre do processo

de mensuração da provisão, ou seja, foi considerado que 50% do valor reclamado seria a melhor

estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação no fim do período de relato, nos

termos do parágrafo 36 da ‘IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes’.

18.2. Provisão IFRIC 12

As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afeto ao EFMA objeto do

respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do

sistema primário (barragens; centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento,

enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária.

A rubrica “Provisão-IFRIC 12” reflete o valor presente da estimativa de encargos relativos à

obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas

afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o

Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e

substituições que se prevê venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não

incluindo, a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas

como gastos nos exercícios em que ocorrem.

Esta provisão foi reconhecida e mensurada, com base nos pressupostos do estudo de viabilidade

económico e financeiro utilizado:

Valor total dos investimentos em exploração, nomeadamente os equipamentos e a

construção civil, sem considerar o valor dos terrenos submersos e sobrantes;

Aplicação de uma taxa estimada de 0,2% aos investimentos da atividade de distribuição

de água, para apuramento do custo médio das grandes reparações anuais;

Não se consideram custos de grandes reparações para a atividade produção de energia,

uma vez que, ao abrigo do contrato de subconcessão celebrado com a EDP, estes custos

são da sua responsabilidade;

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106 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Prazo estimado para fazer face a grandes reparações, nos equipamentos e na construção

civil, de 20 e 30 anos respetivamente;

Taxa média de financiamento de 7,90% para o período de 2013-2082; e

A previsão da Euribor é feita com base nas taxas spot da Bloomberg.

No âmbito da aplicação da IFRIC12 - Acordos de Concessão de Serviços, à data de 30 de junho

de 2013, em relação às infraestruturas que já se encontram em exploração, foi registado um

reforço de provisão no valor de € 697.660, dado o aumento das taxas de desconto consideradas

para o respetivo cálculo.

19. Financiamentos Obtidos

Os “Financiamentos Obtidos” respeitam essencialmente a obrigações não convertíveis e

financiamentos contraídos junto de instituições de crédito nacionais e estrangeiras, da Empresa-

Mãe.

O financiamento dos investimentos realizados nas várias infraestruturas do EFMA envolveu, até

à presente data, a contratação de vários empréstimos por obrigações, de um empréstimo do

Banco Europeu de Investimento (BEI) e de diversos empréstimos bancários de curto prazo. Em

30 de junho de 2013, estão em vigor os seguintes financiamentos obtidos:

BEI - € 135 000 000

Data de início do contrato: 1999

Prazo: 20 anos

Período de carência: 7 anos

O montante de € 135.000.000,00, refletido na conta de empréstimos, resulta da

utilização total das tranches A, B, C e D

O reembolso deste empréstimo será efetuado da seguinte forma:

€ 35.000.000 - Tranche A - 18 amortizações anuais e consecutivas com início em

Setembro de 2007

€ 35.000.000 - Tranche B - 23 amortizações anuais e consecutivas com início em

Setembro de 2007

€ 32.500.000 - Tranche C - 18 amortizações anuais e consecutivas com início em

Março de 2009

€ 32.500.000 - Tranche D - 23 amortizações anuais e consecutivas com início em

Março de 2009

Taxa Juro: taxa determinada pelo BEI em conformidade com os procedimentos

estabelecidos pelo seu Conselho de Administração e que não poderá exceder a taxa

Euribor 3 meses acrescida de 0,15%

Euros

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

Empréstimos por Obrigações 418.698 449.140.043 449.552.403 418.698 449.053.348 449.472.046

Empréstimos Bancários 156.904.027 91.425.121 248.329.147 69.872.540 94.866.028 164.738.567

Contas Correntes Caucionadas - 77.600.000 77.600.000

Locações Financeiras 30.882 30.882 35.481 35.481

Depósitos à Ordem-Saldos Credores - 54.099 54.099

157.353.606 540.565.164 697.912.432 147.980.818 543.919.376 691.900.194

Financiamentos Obtidos30-Jun-13

Total31-Dez-12

Total

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107 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Reembolsos até 30-06-2013: € 36 890 097

Montante em Dívida: € 98 109 903

Empréstimo Obrigacionista - € 300 000 000

Data de início do contrato: 2003

Prazo: 15 anos

Reembolso: total no final do contrato (2018)

Este empréstimo obrigacionista foi celebrado junto do BNP Paribas e do Caixa-Banco

de Investimento, S.A.

Os cupões são trimestrais e o seu reembolso é “bullet”

Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,10%

Empréstimo Obrigacionista - € 56 180 000

Data de início do contrato: 2007

Prazo: 20 anos

Reembolso: total no final do contrato (2027)

Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Millennium BCP e do BPI

Os cupões são semestrais e o seu reembolso é “bullet”

Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,005%

Empréstimo Obrigacionista - € 94 350 000

Data de início do contrato: 2010

Prazo: 20 anos

Reembolso: a partir de fevereiro de 2017, inclusive, em 28 prestações semestrais, iguais

e sucessivas

Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Sindicato Bancário constituído

por Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA (BIIS); Banco BPI, S.A. (BPI);

Banco Santander Totta, S.A. (Santander); Caixa - Banco de Investimento, S.A.

(CaixaBI); Dexia Sabadell, S.A. – Sucursal em Portugal (Dexia)

Taxa Juro: Euribor 6 meses + Spread 2,65%

Conta Corrente Caucionada Santander-Totta - € 5 000 000

Data de início do contrato: 02/05/2013

Data do fim do contrato: 02/11/2013

Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 6,75%

Conta Corrente Caucionada BES – € 45 000 000

Data de início do contrato: 20/05/2013

Data do fim do contrato: 19/08/2013

Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8%

Conta Corrente Caucionada BES – € 27 600 000

Data de início do contrato: 20/05/2013

Data do fim do contrato: 19/08/2013

Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) Millennium BCP – € 32 657 000

Data de início do contrato: 06/06/2013

Data do fim do contrato: 08/07/2013

Taxa fixa: 4,40%

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108 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI – € 5 025 000

Data de início do contrato: 14/06/2013

Data do fim do contrato: 14/09/2013

Euribor a 3 meses + Spread 7%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 15 225 000

Data de início do contrato: 15/04/2013

Data do fim do contrato: 15/07/2013

Euribor a 3 meses + Spread 5,75%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 2 700 000

Data de início do contrato: 04/05/2013

Data do fim do contrato: 04/08/2013

Euribor a 3 meses + Spread 5,75%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 2 700 000

Data de início do contrato: 17/05/2013

Data do fim do contrato: 17/08/2013

Euribor a 3 meses + Spread 5,75%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 3 729 000

Data de início do contrato: 13/06/2013

Data do fim do contrato: 13/09/2013

Euribor a 3 meses + Spread 5,75%

Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 1 815 000

Data de início do contrato: 14/06/2013

Data do fim do contrato: 14/09/2013

Euribor a 3 meses + Spread 5,75%

Os financiamentos obtidos no Millennium BCP (€ 8.280.914) e no Banco Espírito Santo

(€ 166.528) correspondem aos empréstimos destinados a financiar a constituição de depósitos

caução, ambos à ordem do Tribunal de Reguengos de Monsaraz, no âmbito do processo judicial

a decorrer com a Portucel Recicla e de processos litigiosos de expropriação, respetivamente.

O escalonamento das dívidas constantes da Demonstração da Posição Financeira em 30 de

junho de 2013 e em 31 de dezembro de 2012, com vencimento a mais de 5 anos, ascende a:

Euros

30-Jun-13 31-Dez-12

Empréstimos por Obrigações Não Convertiveis

Empréstimo Obrigacionista de 2003 (300 M€) 300.000.000 300.000.000

Empréstimo Obrigacionista de 2007 (56,18 M€) 56.180.000 56.180.000

Empréstimo Obrigacionista de 2010 (94,35 M€) 84.241.071 87.610.714

Dívidas a Instituições de Crédito

Banco Europeu de Investimento (135M€) 64.685.990 67.904.589

Total 505.107.062 511.695.303

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109 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Para cumprimento do definido na ‘IAS 23 - Custos de Empréstimos Obtidos’, nomeadamente

quanto ao dever da entidade divulgar a quantia de gastos com os empréstimos obtidos,

capitalizada durante o período e a taxa de capitalização usada para determinar a quantia dos

gastos dos empréstimos obtidos elegíveis para capitalização, indica-se que, no primeiro

semestre de 2013, foram capitalizados os gastos a uma taxa média de 50,55% perfazendo o

valor de € 4.602.985.

20. Fornecedores e Outras Contas a Pagar

20.1. Fornecedores c/c e Fornecedores de Investimentos

Os saldos dos fornecedores associados aos investimentos na rede secundária, evidenciados na

rubrica de “Inventários”, são registados na rubrica “Fornecedores C/C”, em vez de

“Fornecedores de Investimento”, pois não decorrem de investimentos em ativos fixos tangíveis

ou intangíveis mas de trabalhos de construção relevados na rubrica de “Fornecimentos e

Serviços Externos”.

20.2. Fundos Comunitários

Esta conta inclui: (i) no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, afetos à rede secundária, em

que a despesa ainda não foi realizada, prevendo-se que estes valores venham a ser devolvidos

até final do ano de 2013, (ii) no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de

financiamentos comunitários, no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização,

por dedução a despesa a realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no

fim do ano de 2012 e o seu encerramento está previsto para o final de 2015

20.3. Credores por Acréscimos de Gastos

A conta de “Credores por Acréscimos de Gastos” reflete essencialmente o valor especializado

dos gastos com os juros de financiamentos obtidos (essencialmente empréstimos obrigacionistas

e contas correntes caucionadas): € 3.312.599, em 30 de junho de 2013, e € 3.600.076, em 31 de

dezembro de 2012.

Euros

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

Fornecedores

Fornecedores C/C 5.208.210 7.288.553

5.208.210 7.288.553

Outras Contas a Pagar

Fundos Comunitários 12.332.719 15.517.311 12.332.719 15.517.311

Credores por Acréscimos de Gastos 4.670.097 4.138.982

Fornecedores de Investimento 3.265.527 7.589.443

Outros Credores 2.033.129 1.274.910

Pessoal 8.985 21.866

22.310.457 15.517.311 25.357.920 15.517.311

Fornecedores e Outras Contas a Pagar30-Jun-13 31-Dez-12

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110 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Esta conta inclui também: (i) o montante estimado de gastos com férias e subsídio de férias

adquiridos pelos funcionários da EDIA: € 1.002.345, em 30 de junho de 2013, e € 408.408, em

31 de dezembro de 2012; e (ii) outros valores especializados (€ 348.960), nomeadamente gastos

com eletricidade, que são faturados no mês seguinte àquele a que os consumos se referem.

21. Trabalhos para a própria Entidade

Os trabalhos para a própria entidade registam a imputação ao investimento em curso (rubricas

de “Ativos Fixos Tangíveis” e “Ativos Intangíveis”) dos gastos afetos às áreas operacionais da

Empresa ligadas diretamente à construção das infraestruturas do EFMA. Estes gastos estão

diretamente afetos à rede primária e ao centro de cartografia, efetuados sob administração direta

da Empresa.

22. Variação nos Inventários da Produção

A variação nos inventários da produção a 30 de junho de 2013 e a 31 de dezembro de 2012

discrimina-se da seguinte forma:

Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com

exceção da Infraestrutura 12 e do Perímetro de Rega da Luz, prevê a transferência para o Estado

(MAM) das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA

passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o gasto das obras com as infraestruturas da

rede secundária de rega na rubrica de” Inventários”.

Euros

Produtos Acabados e Intermédios 30-Jun-13 30-Jun-12

 Inventário Final 0 333.495.109

Transferências 408.437.337

 Inventário Inicial -355.001.498 -332.850.998

Variação nos Inventários da Produção 53.435.839 644.111

Produtos e Trabalhos em Curso 30-Jun-13 30-Jun-12

 Inventário Final 14.317.486 73.863.426

Transferências 8.976.692

 Inventário Inicial -68.758.146 -51.092.138

Variação nos Inventários da Produção -45.463.968 22.771.288

7.971.871 23.415.399

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111 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Em 2013, com a entrada em exploração de mais dois perímetros de rega, Ervidel 2 e 3 e

Pedrogão - Margem Direita, e conforme tratamento dado em anos anteriores a outras

infraestruturas da mesma natureza, procedeu-se à transferência dos investimentos que estão

associados a essas infraestruturas, que se encontravam na conta “Produtos e Trabalhos em

Curso” para a conta “Produtos Acabados e Intermédios”.

Na sequência do contrato celebrado com o Estado (DGADR), em abril de 2013, o saldo à data

do relato da conta de “Produtos Acabados e Intermédios”, relacionado com a rede secundária,

investimentos nos perímetros de rega substancialmente concluídos e já em exploração, foi

transferido para a rubrica de “Outras Contas a Receber” (conta da DGADR), tendo presente que

é o Estado que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária que a EDIA

construiu, em sua representação.

Os investimentos em curso das infraestruturas da rede secundária de rega, que correspondem

essencialmente a projetos afetos aos blocos de rega ainda em construção, continuam a ser

registados na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”.

A rubrica “Variação nos Inventários da Produção” apresenta uma variação negativa face ao

período homólogo, justificada essencialmente pela reduzida taxa de realização de investimentos

na rede secundária no primeiro semestre de 2013.

23. Fornecimentos e Serviços Externos

Euros

Subcontratos 6.815.553 22.401.139

Electricidade 900.056 1.203.528

Trabalhos Especializados 555.363 334.483

Conservação e Reparação 389.913 295.387

Contencioso 268.014 155.883

Seguros 222.873 195.161

Vigilância e Segurança 137.459 165.546

Rendas e Alugueres 115.210 127.310

Combustíveis 102.984 103.225

Honorários 97.121 115.154

Comunicação 61.216 63.802

Publicidade e Propaganda 57.702 56.051

Limpeza e Higiene 52.255 44.789

Ferramentas e Utensílios 18.628 24.705

Deslocações e Estadas 18.534 10.902

Despesas de Representação 11.633 6.400

Material Escritório 8.193 11.010

Outros 45.210 53.408

Total 9.877.917 25.367.883

Fornecimentos e Serviços Externos 30-Jun-13 30-Jun-12

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112 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

A rubrica de “Fornecimentos e Serviços Externos” apresenta uma variação negativa

significativa, em termos homólogos, devendo-se essencialmente à variação negativa da conta de

“Subcontratos”, decorrente do volume reduzido do investimento em curso na rede secundária de

rega (evidenciados na rubrica “Inventários”), sendo esta diminuição de gastos compensada por

uma redução de montante similar na conta de “Variação dos Inventários da Produção”.

Os aumentos mais significativos ocorreram nas rubricas de “Trabalhos Especializados” e

“Conservação e Reparação”, uma vez que o número de infraestruturas em exploração aumentou,

pelo que os gastos com pessoal técnico especializado na manutenção preventiva dos

equipamentos nessas infraestruturas dos perímetros de rega também subiram. A consequente

cessação de capitalização dos gastos inerentes às infraestruturas da rede primária a montante é

também um dos fatores decisivos para este acréscimo de gastos.

24. Gastos com o Pessoal

O número de trabalhadores do Grupo em 2013 e 2012 foi de 189 e 195, respetivamente.

Os “Gastos com o Pessoal” do Grupo EDIA tiveram a seguinte composição:

Face ao período homólogo, esta rubrica apresenta um aumento significativo, apesar de se ter

verificado uma redução dos gastos com os órgãos sociais, uma vez que o número de membros

do Conselho de Administração da Empresa-mãe passou de quatro para três. Essa variação

resulta sobretudo da reposição em 2013 das remunerações referentes aos 13.º e 14.º meses, não

pagas em 2012.

No final do primeiro semestre, as demonstrações financeiras refletem não só os duodécimos dos

subsídios de férias de 2013 (a pagar em 2014) e do subsídio de Natal (que tem vindo a ser

processado e pago em duodécimos em 2013), mas também o subsídio de férias de 2012 a pagar

no segundo semestre de 2013, na sequência do Acórdão n.º 187/2013, de 5 de abril, do Tribunal

Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade de alguns artigos da Lei do Orçamento do

Estado para 2013, nomeadamente o artigo 29.º da Lei n.º 66-B/2012 de 31 de dezembro,

referente à suspensão do pagamento do subsídio de férias ou equivalente.

Em 2013 mantiveram-se em vigor algumas das medidas de redução de custos do Sector

Empresarial do Estado (SEE) aprovadas nos anos anteriores:

Euros

Gastos com o Pessoal 30-Jun-13 30-Jun-12

Remunerações 2.741.051 2.053.310

Encargos Sociais 614.320 518.269

Outros Gastos com o Pessoal 122.397 69.296

3.477.768 2.640.875

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113 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Isenção de redução remuneratória para os trabalhadores que auferem uma remuneração

total ilíquida igual ou inferior a € 1.500 mensais;

Manutenção da redução efetiva de remuneração para todos os trabalhadores que

auferem uma remuneração total ilíquida calculada nos termos do N.º 1 do Art.º 20 da

Lei N.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, superior a € 1.500 mensais;

Proibição de atribuição de prémios de desempenho ou outras prestações pecuniárias de

natureza afim;

Progressividade da redução remuneratória, de modo a assegurar maior redução por parte

e quem aufira uma redução total ilíquida mais elevada; e

Proibição de atribuição de quaisquer benefícios geradores de encargos, designadamente

subsídios, ajudas de custo ou quaisquer outros suplementos pecuniários com a

finalidade de compensar, direta ou indiretamente, as reduções remuneratórias.

Foram atribuídas, no decorrer dos anos de 2013 e 2012, aos membros dos órgãos sociais do

Grupo, as seguintes remunerações relacionadas com o exercício das suas funções:

As senhas de presença da Mesa da Assembleia Geral foram processadas e pagas em julho de

2013, após a realização da respetiva Assembleia Geral.

25. Outros Rendimentos e Ganhos

Euros

30-Jun-13 30-Jun-12

Conselho de Administração 107.549 161.749

Revisor Oficial de Contas 20.000 20.000

Conselho Fiscal 14.081 14.457

Mesa da Assembleia Geral - 388

Euros

Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais 30-Jun-13 30-Jun-12

Juros Concessão Exploração da CHA e CHP 1.596.949 1.513.695

Imputação de Subsídios ao Investimento 955.309 937.082

Outros Rendimentos Suplementares 32.283 47.318

2.584.541 2.498.095

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114 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

25.1. Juros

No âmbito do Contrato de concessão de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva

(CHA) e Pedrógão (CHP) celebrado com a EDP, a EDIA recebeu um montante inicial de €

195.000.000 e irá receber, por um período de 35 anos, um montante anual periódico de €

12.380.000 (valor atualizado em 2011).

Os montantes evidenciados na conta “Juros concessão exploração da CHA e CHP”

correspondem à parcela da remuneração (estabelecida no contrato com a EDP) que traduz a

atualização do capital (justo valor da subconcessão calculado à data da celebração do contrato),

com base numa taxa implícita de 5,5%.

25.2. Imputação de Subsídios ao Investimento

A rubrica “Imputação de Subsídios ao Investimento” reflete o reconhecimento em rendimentos

dos subsídios associados aos investimentos, na medida em que estes últimos são depreciados.

Não inclui:

Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega, que estão

evidenciados em “Diferimentos”, no Passivo não Corrente, uma vez que os ativos

correspondentes são propriedade do Estado. Estes subsídios foram deduzidos ao

investimento evidenciado na rubrica de “Inventários” quando foi celebrado o Contrato

de Concessão em abril de 2013 com a DGADR, por ter executado estes investimentos

com fundos próprios, em representação do Estado; e

Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a

concluir (nos testes de imparidade efetuados em 2013 e anos anteriores) e que estão em

imparidade total, pelo que têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das

perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na

Demonstração dos Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios.

26. Outros Gastos e Perdas

O saldo da rubrica “Outros Gastos e Perdas” é composto na sua maioria pelo valor referente ao

pagamento de taxas (Taxa de Recursos Hídricos - TRH) pelas utilizações dos recursos hídricos

em várias infraestruturas da EDIA, tais como Alqueva, Pedrógão, Cais da Barragem de

Alqueva, furo da Herdade da Coitadinha.

27. Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização

Os gastos/reversões de depreciação e amortização, em 2013 e 2012, discriminam-se da seguinte

forma:

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115 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

28. Juros e Rendimentos Similares Obtidos e Juros e Gastos Similares Suportados

28.1. Rendimentos e Ganhos Financeiros

A conta “Outros Juros Obtidos” traduz, fundamentalmente, os juros de depósitos à ordem e a

prazo.

Euros

Ativos Fixos Tangíveis

Terrenos e Recursos Naturais 1 1

Edifícios e Outras Construções 135.036 141.231

Equipamento Básico 88.722 90.479

Equipamento de Transporte 10.093 17.351

Ferramentas e Utensílios 299 488

Equipamento Administrativo 32.179 68.487

Outros Ativos Tangíveis 23.315 27.112

289.645 345.149

Ativos Intangíveis

Terrenos e Recursos Naturais 425.175 424.817

Edifícios e Outras Construções 1.545.988 1.541.277

Equipamento Básico 641.195 641.199

Outros Ativos Intangíveis

Projetos de Desenvolvimento - 17.280

Programas de Computador 7.162 130.067

2.619.520 2.754.640

2.909.165 3.099.789

Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 30-Jun-13 30-Jun-12

Euros

Rendimentos e Gastos Financeiros 30-Jun-13 30-Jun-12

Rendimentos e Ganhos Financeiros

Outros Juros Obtidos 26.194 2.389

26.194 2.389

Gastos e Perdas Financeiros

Juros e Gastos Similares Suportados 3.137.746 4.846.045

Outros Gastos e Perdas Financeiros 1.374.915 1.189.346

Outros Juros 677 913

4.513.338 6.036.304

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116 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

28.2. Gastos e Perdas Financeiros

O decréscimo ocorrido na conta “Juros e Gastos Similares Suportados” deveu-se à diminuição

dos juros suportados associados aos empréstimos contraídos pela Empresa, dado que a taxa de

juro média real foi inferior à taxa de juro média em 2012, essencialmente em resultado da

descida da Euribor.

Os “Outros Gastos e Perdas Financeiros” incluem essencialmente serviços bancários e

comissões de garantia dos empréstimos obrigacionistas e bancários.

29. Interesses Minoritários

Os interesses minoritários na Demonstração da Posição Financeira discriminam-se como segue:

Os interesses minoritários na demonstração de rendimento integral têm a seguinte composição:

30. Segmentos Operacionais

A atividade do grupo EDIA está centrada em dois segmentos de negócio (Água e Energia). As

restantes áreas de negócio tais como o turismo, o ambiente, a cultura e a produção cartográfica,

devido à sua dimensão, foram agrupadas num único segmento (Projetos Especiais).

O segmento Água está relacionado com a gestão da utilização do domínio público hídrico afeto

ao EFMA com vista a garantir a sua distribuição através de critérios de rigor e sustentabilidade,

sendo constituído por duas vertentes: a do Armazenamento de Água, onde se destacam os

Euros

Interesses Minoritários de Capital Próprio

Gestalqueva (469) 10.597

Gescruzeiros (39.528) 6.166

(39.997) 16.763

Interesses minoritários-Posição financeira 30-Jun-13 31-Dez-12

Euros

Interesses Minoritários de Resultado Líquido

Gestalqueva (11.066) (24.982)

Gescruzeiros (45.306) (41.023)

(56.372) (66.005)

Interesses minoritários - Rendimento integral 30-Jun-13 30-Jun-12

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117 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

grandes reservatórios (albufeiras de Alqueva e de Pedrógão), e a da Adução de Água, traduzida

pelos diversos subsistemas de abastecimento de água (Alqueva, Pedrógão e Ardila).

A atividade de Armazenamento de Água tem como fim o fornecimento de água, quer para fins

agrícolas, industriais ou abastecimento populacional, quer para produção hidroelétrica. Esta

“subatividade” apresenta réditos, essencialmente, internos.

Após a entrada em exploração de diversos perímetros de rega e da resolução administrativa por

parte do Estado, através do Despacho nº 9000/2010 dos Ministérios das Finanças e da

Administração Pública, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente

e do Ordenamento do Território, sobre o preço a aplicar à distribuição da água, o grupo EDIA

iniciou verdadeiramente a atividade de exploração da componente Adução de Água, prevendo-

se a breve prazo, um aumento gradual dos ganhos devido à entrada em exploração de novos

perímetros, ao aumento de adesão ao regadio agrícola e à utilização da água para fins industriais

e turísticos.

O segmento Energia é constituído pela produção de eletricidade através das centrais

hidroelétrica de Alqueva e Pedrógão, Mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa e

pela Central Fotovoltaica de Alqueva. O volume de negócio resulta, essencialmente do

recebimento da renda relativa ao contrato de concessão das centrais hidroelétricas de Alqueva e

Pedrógão à EDP, por um período de 35 anos. No entanto, refere-se também a exploração neste

período de todas as centrais mini-hídricas e da central fotovoltaica, sendo essa atividade

remunerada pelo fornecimento da eletricidade entregue na rede elétrica nacional.

O segmento Projetos Especiais, como referido anteriormente, abrange diversas áreas das quais

se destacam:

Centro de Cartografia, projeto originalmente criado como um apoio ao investimento

realizado pelo grupo EDIA, quer a nível cartográfico quer a nível topográfico, e que

surge como uma oportunidade de negócio;

O PNN que surgiu como um projeto de minimização ambiental em consequência da

construção da albufeira Alqueva, mas que se complementa com as áreas agrícolas e

turísticas;

O Museu da Luz consubstancia-se num espaço de memória e de interpretação de todos

os inéditos processos da recolocação da Aldeia da Luz e aparece como um projeto

cultural crescente na nova aldeia.

Os resultados de exploração por segmentos no primeiro Semestre de 2013 e de 2012 são os

seguintes:

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118 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Os principais indicadores da posição financeira por segmentos no final do primeiro semestre de

2013 e final do ano de 2012 são os seguintes:

RUBRICAS Água EnergiaProjetos

especiais

Não

alocadosTotal

Réditos Externos 2.371.802 5.994.353 299.154 (243.808) 8.421.502

Gastos Operacionais de Exploração (2.615.991) (40.297) (509.374) (1.363.365) (4.529.027)

Réditos / Gastos Intersegmentos 97.617 (13.300) (84.318) - 0

Margem Bruta (146.571) 5.940.756 (294.537) (1.607.174) 3.892.474

Outros Rendimentos e Ganhos 6.565 2.473.673 220.958 600.878 3.302.075

Outros Gastos e Perdas (1.200.380) (311) (4.841) (213.382) (1.418.914)

Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros (1.340.386) 8.414.119 (78.420) (1.219.678) 5.775.635

Depreciações e Amortizações (16.040) (2.623.493) (156.231) (113.400) (2.909.165)

Perdas por Imparidade (7.137.790) - - - (7.137.790)

Resultado Operacional (8.494.216) 5.790.626 (234.651) (1.333.077) (4.271.319)

Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos - - - 26.194 26.194

Juros e Gastos Financeiros Suportados (4.237.591) (87.291) (137) (188.319) (4.513.338)

Resultado por Segmento de Negócio

(12.731.807) 5.703.335 (234.789) (1.495.202) (8.758.463)

(38.361)

(8.796.823)

euros

1º Semestre 2013

Imposto Sobre o

Resultado Liquído Exercicio

RUBRICAS Água EnergiaProjetos

especiais

Não

alocadosTotal

Réditos Externos 149.642 6.250.405 129.623 168.456 6.698.126

Gastos Operacionais de Exploração (2.111.226) (81.278) (497.648) (939.093) (3.629.246)

Réditos / Gastos Intersegmentos 234.924 (386.122) 151.197 - 0

Margem Bruta (1.726.660) 5.783.005 (216.827) (770.637) 3.068.881

Outros Rendimentos e Ganhos 13.848 2.397.805 202.393 133.337 2.747.382

Outros Gastos e Perdas (51.336) (192.222) (11.394) (78.187) (333.140)

Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros (1.764.148) 7.988.588 (25.829) (715.488) 5.483.123

Depreciações e Amortizações (14.777) (2.716.571) (172.850) (195.591) (3.099.789)

Perdas por Imparidade (9.282.362) - - - (9.282.362)

Resultado Operacional (11.061.287) 5.272.017 (198.679) (911.079) (6.899.028)

Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos - - 2.389 2.389

Juros e Gastos Financeiros Suportados (5.548.675) (350.423) (11) (137.195) (6.036.304)

Resultado por Segmento de Negócio (16.609.962) 4.921.594 (198.690) (1.045.886) (12.932.943)

- (12.932.943)

Imposto Sobre o

Resultado Liquído Exercicio

euros

1º Semestre 2012

RUBRICAS Água EnergiaProjetos

Especiais

Não

alocadosTotal

Ativos 226.206.950 362.407.307 14.936.775 9.839.070 613.390.100

Passivos 852.262.511 232.092.252 - 270.749 1.084.625.512

RUBRICAS Água EnergiaProjetos

Especiais

Não

alocadosTotal

Ativos 561.908.845 364.375.053 15.159.289 12.006.027 953.449.213

Passivos 1.175.189.884 240.435.334 - 253.628 1.415.878.846

1º Semestre 2013

2012

euros

euros

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119 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Outras Informações Relevantes

Esta nota, contempla a divulgação de outras informações não previstas nas notas anteriores e

que se consideram necessárias para melhor compreender a posição financeira e os resultados do

Grupo.

Inspeção Tributária

De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são

passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária durante um período de quatro

anos. Com base neste pressuposto, as declarações fiscais da Empresado de 2008 até 2011 foram

sujeitas a revisão por parte da Autoridade Tributária Aduaneira (AT).

Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a AT uma

correção, nos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos

submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são

passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal pelo que exclui a possibilidade de depreciar

fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de

qualquer perecimento.

A generalidade dos bens atualmente registados nos “Ativos Intangíveis” encontravam-se, até à

data da entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística, em 1 de janeiro de 2010,

evidenciados na rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis”, sendo então reclassificados para Ativos

Intangíveis, conforme previsto na IFRIC 12 – “Acordos de Concessão de Serviços”, aplicável

ao Contrato de concessão celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do

Território e do Desenvolvimento Regional, conforme expressamente reconhecido pela

Comissão de Normalização Contabilística em 20 de janeiro de 2011.

Sucede que os terrenos submersos em questão, e que foram amortizados pela EDIA, estão

incluídos no EFMA e são objeto do Contrato de concessão, celebrado em 17 de outubro de 2007

entre a EDIA e o Estado Português designado por “Contrato de concessão relativo à utilização

dos recursos hídricos para captação de água destinada a rega e à produção de energia elétrica no

sistema primário do EFMA”, com a duração de 75 anos.

Nos termos das Cláusulas 8.ª e 9.ª deste Contrato, todos os bens incluídos no EFMA, incluindo

os terrenos submersos objeto de amortização, reverterão para o Estado Português no termo do

respetivo Contrato de concessão.

Pelo exposto, nos termos: (i) do artigo 13.º do Decreto Regulamentar N.º 2/90, de 12 de janeiro,

em vigor no período a que se refere a inspeção tributária: “Os elementos do ativo imobilizado

adquiridos ou produzidos por entidades concessionárias e que nos termos das cláusulas do

Contrato de concessão sejam revertíveis no final desta podem ser reintegrados ou amortizados

em função do número de anos que restem do período de concessão quando aquele for inferior ao

seu período mínimo de vida útil” e (ii) das Cláusulas 8.ª e 9.ª do Contrato de concessão,

considerando que os terrenos amortizados, bem como todos os bens integrados no EFMA,

reverterão para o Estado no final do Contrato; estão cumpridos todos os requisitos legais para a

aceitação da amortização como custo fiscal, não devendo pois, ser efetuada qualquer correção

em sede de IRC, sendo esta a posição defendida pela Empresa.

Em maio de 2013, a EDIA apresenta Impugnação Judicial da decisão de indeferimento da

Reclamação Graciosa da demonstração de liquidação de IRC referente aos exercícios de 2008,

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120 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

2009, 2010 e 2011, e, desta forma, requer ao Exmo. Sr. Juiz de Direito do Tribunal Tributário

de Beja a anulação total das demonstrações de liquidação de IRC e de juros, assim como a

reposição dos prejuízos fiscais prejudicados com esta correção efetuada em sede de inspeção

tributária, para os quatro exercícios.

À data de relato, não houve qualquer alteração da situação atrás exposta.

Matérias Ambientais

As matérias ambientais devem ser objeto de divulgação na medida em que sejam materialmente

relevantes para avaliação do desempenho financeiro ou para a posição financeira da entidade.

O Contrato de concessão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, de 17 de

outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, concretizou os termos e condições a que

obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à

exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de

utilização privativa do domínio púbico hídrico.

A atividade da Empresa é de natureza essencialmente “não industrial”, sendo relativamente

reduzida a incorporação de inputs materiais nos seus processos. O peso dos impactes ambientais

da atividade da Empresa é, em termos relativos, bastante inferior ao seu contributo para geração

de valor no tecido económico e social da região.

No entanto, para além de garantir a implementação das medidas de minimização definidas no

Plano de Gestão Ambiental, a concessionária obriga-se a implementar, durante a fase de

construção, um conjunto de medidas que, após a execução das intervenções nas áreas afetadas,

eliminem quaisquer sinais de intervenção, repondo a situação original.

Em termos de política ambiental, a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos

da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do

desempenho ambiental em que se destaca o cumprimento da legislação, a análise dos impactes

ambientais derivados da atividade da Empresa e a formação e sensibilização dos trabalhadores.

As despesas de carácter ambiental são as identificadas e incorridas para evitar, reduzir ou

reparar danos de carácter ambiental, que decorram da atividade ambiental normal da Empresa.

Neste sentido, tendo em conta a natureza e a dimensão da atividade da Empresa e os tipos de

problemas ambientais associados a essa atividade (tais como redução das emissões atmosféricas

ou remoção de resíduos), não existe qualquer responsabilidade de carácter ambiental que deva

dar origem à constituição de provisões, uma vez que não o entendemos como materialmente

relevante.

Dívidas à Administração Fiscal e ao Instituto de Solidariedade e Segurança Social

Das informações legalmente exigidas noutros diplomas, designadamente nos artigos 66.º, 324.º,

397.º, 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), das disposições legais

decorrentes do Decreto-Lei N.º 534/80, de 7 de novembro emanado pelo Ministério das

Finanças e do Plano e das disposições referidas no Decreto-Lei N.º 411/91, de 17 de outubro

emanado pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social, importa referir que a EDIA,

através dos documentos de prestação de contas, vem divulgar que não está em incumprimento

das suas obrigações, nem perante o sector estatal nem perante a segurança social.

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121 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Garantias Prestadas

A Portucel Recicla S.A. intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia

certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de € 8.280.914

(correspondendo ao valor já faturado de € 7.832.833 acrescido de juros de mora). A

EDIA respondeu a esta ação com “embargos de executado”, alegando que nada deve à

Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto

de expropriação.

Em dezembro de 2011, a EDIA prestou uma garantia bancária no montante de €

2.777.250, destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial de

execução ordinária que corre termos pelo Tribunal Judicial da Comarca de Reguengos

de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A.

À data do relato financeiro esta garantia ainda se encontra vigente.

No âmbito das empreitadas da rede primária e da secundária, a EDIA tem que realizar

perfurações horizontais nas estradas. Para isso, tem que fazer pedidos de licenciamento

à empresa Estradas de Portugal, S.A. a qual exige que a EDIA, por cada

atravessamento, preste uma garantia bancária a seu favor (Estradas de Portugal, SA),

pelo prazo de cinco anos. A 30 de junho de 2013 o montante constituído é de € 182.671.

No âmbito da adjudicação do Concurso Público Internacional CP008/DSIC/2009

“Aquisição de Serviços de Execução do Cadastro Predial” ao consórcio

CME/EDIA/RZMAPA/GEOGLOBAL/SIGMAGEO, definiu-se uma emissão de

Garantia Bancária conjunta, em que cada um dos consorciados será responsável pela

sua proporção. A participação da EDIA, com o seu centro de Cartografia, resultou na

prestação de uma garantia bancária no valor de € 163.910.

Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a

AT uma correção, nos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações

efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem todos os

investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal

pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos submersos,

por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A EDIA contestou e

teve que prestar a favor da AT-Autoridade Tributária e Aduaneira, garantias bancárias

no valor de € 20.138, destinadas a caucionar a suspensão dos processos de execução

fiscal que correm termos nos Serviços de Finanças.

No âmbito do contrato celebrado com a Galp Energia, Petróleos de Portugal-Petrogal,

S.A, a EDIA prestou uma garantia bancária a seu favor, destinada a “caucionar o bom

pagamento dos consumos relativos ao cartão GALP frota.” A 30 de junho de 2013 o

montante constituído ascende a € 1.746.

Compromissos

Os compromissos assumidos pela EDIA que não figuram na Demonstração Consolidada da

Posição Financeira, em 30 de junho de 2013, são as garantias prestadas pela EDIA nos termos

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122 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

do disposto no N.º 2 do artigo 56.º do Regulamento (CE) N.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de

dezembro.

A competência para a prestação de garantias pela Empresa cabe nas competências do Conselho

de Administração, quer por via do disposto no artigo 15.º dos estatutos da EDIA, em particular

por via da alínea c) do N.º 1 e, em especial, pelo disposto na alínea f) do artigo 406.º do Código

das Sociedades Comerciais, aplicável por via do disposto no artigo 7.º do Decreto-Lei Nº

558/99, de 17 de dezembro.

No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER), e nos termos e

ao abrigo do disposto no n.º 4 do Art.º 18º da Portaria N.º 820/2008, de 8 de agosto, a EDIA

formulou vários pedidos de pagamento a título de adiantamento dentro do montante permitido

pelos referidos normativos:

Perímetro de Pedrógão-Margem Direita: 30% do valor do investimento elegível

aprovado - € 7.777.661,89

Blocos de Ervidel: 30% do valor do investimento elegível aprovado - € 12.527.548,98

Perímetro de São Pedro-Baleizão-Quintos: 15% do valor do investimento elegível

aprovado - € 13.333.000,00

Perímetro de Cinco Reis Trindade: 7% do valor do investimento elegível aprovado -

€2.184.310,82

Nestes casos, e conforme disposto no Artº 56º do Regulamento (CE) n.º 1974/2006 da

Comissão, de 15 de dezembro, o Conselho de Administração (através de garantia escrita emitida

ao organismo pagador competente do PRODER - Instituto de Financiamento da Agricultura e

Pescas, IP) garantiu o ressarcimento num montante correspondente a 110% do valor do

adiantamento, caso não se prove o direito ao montante adiantado.

Esta faculdade é permitida à EDIA por se tratar de um beneficiário público, nos termos da

legislação comunitária.

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123 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

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124 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Declaração de Conformidade do Conselho de Administração

Senhores Acionistas

Nos termos previstos na alínea c) do N.º 1 do artigo 246.º do Código dos Valores Mobiliários

informamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento:

(i) A informação constante no relatório de gestão intercalar expõe fielmente os

acontecimentos importantes ocorridos no primeiro semestre de 2013 e o impacto nas

respetivas demonstrações financeiras, contendo uma descrição dos principais riscos e

incertezas com que se defrontam e

(ii) A informação constante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas,

assim como nos seus anexos, foi elaborada em conformidade com as normas

contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do

passivo, da situação financeira e dos resultados da EDIA – Empresa de

Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. e das empresas incluídas no

perímetro da consolidação.

Beja, 29 de agosto de 2013

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Eng.º João Cláudio Cabral de Oliveira Basto

(Presidente)

Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez

(Vogal)

Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo

(Vogal)

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125 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Relatório de Revisão Limitada Elaborado por Auditor Registado na CMVM sobre

Informação Semestral Consolidada

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130 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

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131 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

Relatório de Revisão Limitada sobre Informação Semestral Consolidada Elaborado por

Auditor Externo

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I BJ:D Tel: +351 217 990 420 Av. da República, 50 - 10Fax: +351 217990439 1069-211 Lisboawww.bdo.pt

RELATÓRIO DE REVISÃO LIMITADASOBRE INFORMAÇÃO SEMESTRAL CONSOLIDADA

Introdução

1. Apresentamos o nosso Relatório de Revisão Limitada sobre a informação consolidada dosemestre findo em 30 de junho de 2013, da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, SA (adiante também designada por EDIA ou Empresa), incluída: noRelatório consolidado de gestão, na Demonstração consolidada da posição financeira em30 de junho de 2013 (que evidencia um total de 613 390 100 euros e um capital próprionegativo de 471 235 411 euros, incluindo um resultado líquido negativo atribuível aosacionistas da Empresa de 8 740 451 euros), na Demonstração consolidada do rendimentointegral, na Demonstração consolidada das alterações no capital próprio e na Demonstraçãoconsolidada dos fluxos de caixa, do semestre findo naquela data, e no correspondenteAnexo.

ResponsabiLidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração: (i) a preparação de informaçãofinanceira consolidada que apresente de forma verdadeira e apropriada a posiçãofinanceira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado e o rendimentointegral consolidado das suas operações, as alterações no capital próprio consolidado e osfLuxos de caixa consolidados; (ii) a informação financeira histórica, que seja preparada deacordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas na UniãoEuropeia, em particular com a Norma InternacionaL de Contabilidade n° 34 - RelatoFinanceiro Intercalar; (iii) a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) amanutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a informação de qualquerfacto relevante que tenha influenciado a atividade do conjunto de empresas incLuídas naconsoLidação, a sua posição financeira ou resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nosdocumentos acima referidos, emitindo um relatório profissional e independente com baseno nosso exame simpLificado daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O trabalho que desenvolvemos teve como objetivo obter uma segurança moderada sobrese a informação financeira anteriormente referida está isenta de distorções materialmenterelevantes. Exceto quanto ao mencionado no parágrafo 7 abaixo, o nosso trabalho foiefetuado com base nas Normas Técnicas e Diretrizes de Revisão/Auditoria emitidas pelaOrdem dos Revisores Oficiais de Contas, foi planeado de acordo com aquele objetivo econsistiu, principalmente, em indagações e procedimentos analíticos destinados a rever: (i)a fiabiLidade das asserções constantes da informação financeira; (ii) a adequação daspoLíticas contabilísticas adotadas, tendo em conta as circunstâncias e a consistência da suaaplicação; (iii) a apLicabilidade, ou não, do princípio da continuidade; e (iv) a apresentaçãoda informação financeira.

5. O nosso trabalho abrangeu também a verificação da concordância da informaçãoconstante do relatório de gestão com os restantes documentos anteriormente referidos.

a Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, 50- 10, 1069-211 Lisboa, Registada na Conservatória do Registo Comercial deLisboa, NIPC 501 340 467, Capital 100000 euros. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o número 1122.

A BDO & Associados, SROC, Lda., sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO International Limited, sociedade inglesa limitada porgarantia, e faz parte da rede internacionaL BDO de firmas independentes.

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IBDO

6. Entendemos que o trabalho efetuado proporciona uma base aceitável para a emissão dopresente relatório sobre a informação financeira semestraL consolidada.

Reserva

7. As “Outras contas a receber” integram 158,3 milhões de euros a receber da DireçãoGeral de Agricultura e Desenvolvimento Regional (DGADR). Este montante inclui:(i) 70,8 milhões de euros referentes à denominada “Infraestrutura 12”, relativamente àqual a EDIA formaLizou com a DGADR, em abril de 2006, um contrato de cessão da gestão,exploração, manutenção e conservação por um prazo de 30 anos; e (ii) 87,5 milhões deeuros correspondentes ao valor dos investimentos efetuados pela EDIA nas infraestruturasda rede secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) que já seencontram concLuídas, Líquidas dos subsídios associados a esses investimentos, na sequênciada entrega formal dessas infraestruturas à DGADR e do contrato, celebrado em 8 de abrilde 2013, que atribui à EDIA a concessão da gestão, exploração, manutenção e conservaçãodestas infraestruturas até 31 de dezembro de 2020. Não está ainda esclarecida qual aforma de ressarcimento da EDIA pela parte do investimento que não foi subsidiada, queestá dependente de decisão do Estado português, subsistindo assim uma importanteincerteza quanto à forma e ao vaLor de realização dos referidos 158,3 milhões de euros,bem como dos ativos (“Inventários”) e passivos (“Outras contas a pagar” e “Diferimentos”)associados às infraestruturas da rede secundária ainda por executar ou concLuir, no valor de14,3 milhões de euros e 39,6 milhões de euros, respetivamente.

Parecer

8. Com base no trabalho efetuado, o qual foi executado tendo em vista a obtenção de umasegurança moderada, exceto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam reveLar-senecessários caso não existisse a Limitação descrita no parágrafo anterior, nada chegou aonosso conhecimento que nos leve a concluir que a informação financeira consolidada dosemestre findo em 30 de junho de 2013 da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, SA, não esteja isenta de distorções materialmente relevantes queafetem a sua conformidade com as normas internacionais de relato financeiro, tal comoadotadas na União Europeia, para efeitos de relato intercalar.

nfase

9. Sem afetar a opinião expressa no parágrafo anterior, salientamos que do investimentototal previsto no EFMA (de acordo com Plano de Investimento aprovado em março de 2013 -

sem custos de estrutura e financeiros capitaLizáveis) ainda faLta reaLizar, em 30 de junho de2013, um total de 498,8 milhões de euros, estando a sua concretização dependente dosfinanciamentos que a Empresa venha a obter junto da União Europeia, do acionista Estadoe/ou de outros fundos. Nesse âmbito, é de saLientar que, em 30 de junho de 2013, o totaLdo capital próprio se apresenta negativo em 471,2 milhões de euros.

Lisboa, 30 de agosto de 2013

2

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134 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

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135 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

SIGLAS E ABREVIATURAS

ACOS - Associação de Criadores de Ovinos do Sul

ADLA – Ações para o Desenvolvimento das Terras do Grande Lago

ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo

AgdA – Águas Públicas do Alentejo, S.A.

AIA - Avaliação de Impacte Ambiental

AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal

ANPC – Autoridade Nacional de Proteção Civil

ANPROMIS – Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo

APA – Associação Portuguesa do Ambiente

AJAP - Associação de Jovens Agricultores de Portugal

ARA – Aldeias Ribeirinhas de Alqueva

ALWAYS – Modelo de Simulação e Otimização do Funcionamento do Subsistema de Alqueva

ARH - Administração da Região Hidrográfica

ARH - Alentejo - Administração da Região Hidrográfica do Alentejo

ATMTGLA – Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago - Alqueva

BEI – Banco Europeu de Investimentos

BES - Banco Espírito Santo

BPI – Banco Português de Investimento

BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa

CC – Centro de Cartografia

CCP – Código dos Contratos Públicos

CCDR – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional

CE – Comunidade Europeia

CERCIBEJA – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados

CEVRM - Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos Mediterrânicos

CCP – Código dos Contratos Públicos

CIAL - Centro de Informação de Alqueva

CIEFMA - Aplicação web para consulta do Cadastro de Infraestruturas do EFMA e Gestão de Regantes

CMC - Comissão Ministerial de Coordenação

CMVM – Comissão do Mercado de valores Mobiliários

COTR – Centro Operativo de Tecnologia de Regadio

CRHA – Conselho de Região Hidrográfica do Alentejo

DGAF - Departamento de Gestão Administrativa e Financeira

DGADR – Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural

DGTF – Direção-Geral do tesouro e Finanças

DIA – Declaração de Impacte Ambiental

DN – Diâmetro Nominal

DRAAlentejo – Direção Regional de Agricultura do Alentejo

DRCALEN – Direção Regional de Cultura do Alentejo

DUP – Declaração de Utilidade Pública

EBIT – Earnings Before Interest and Taxes

EBITDA - Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization

EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.

EDP – Energias de Portugal

EFMA - Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva

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136 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

EFV – Equipa de Fiscalização e Vigilância

EIA – Estudo de Impacte Ambiental

ELD – The Economics of Land Degradation (Iniciativa ELD)

ESAB – Escola Superior Agrária de Beja

ETA – Estação de Tratamento de Águas

ETAR – Estação de Tratamento de Águas Residuais

EURIBOR – Euro Interbank Offered Rate

EUROSTAT – Estatísticas da Comissão Europeia

FEADER – Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural

FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

FEHISPOR – Feira Hispano Portuguesa

FEOGA – Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola

FIL – Feira Internacional de Lisboa

FSC – Forest Stewardship Council

FITUR – Feira Internacional de Turismo de Madrid

FMI – Fundo Monetário Internacional

FSE – Fornecimentos e Serviços Externos

GESCRUZEIRO – Sociedade de Aproveitamento da Atividade Marítimo Turística

no grande Lago Alqueva

GESTALQUEVA – Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das albufeiras

de Alqueva e Pedrógão, S.A.

GRI - Global Reporting Initiative

IAS – International Accounting Standard

IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e Inovação

IASB – Internacional Accounting Standard Board

ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e Floresta

ICOMOS – Internacional Council on Monuments and Sites

IFAP – Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas

IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional

IFRIC – International Financial Reporting Interpretations Committee

IMT - Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis

INAG – Instituto da Água, I.P.

INE – Instituto Nacional de Estatística

IPC – Índice de Preços no Consumidor

IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera

IRC – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas

IRS – Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares

IS – Imposto de Selo

ISSO - International Organization for Standartization

IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado

KWh – kilo Watt Hora

LGT – Lei Geral Tributária

LIFE + INVASEP - Lucha contra espécies invasoras en las cuencas hidrográficas

del Tajo y Guadiana en la Península Ibérica

LOE – Lei do Orçamento de Estado

LUSOFUEL – Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A.

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137 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

MAMAOT – Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território

MAM – Ministério da Agricultura e do Mar

MW/h - MEGA WATT hora

NCRF – Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro

OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico

OCS – Órgãos de Comunicação Social

OE – Orçamento de Estado

OTALEX – Observatório Territorial e Ambiental do Alentejo e Extremadura

PAEF - Programa de Ajustamento Económico e Financeiro PDM – Plano Diretor Municipal

PEC – Programa de Estabilidade e Crescimento

PEGLA – Projeto Estruturante para o Desenvolvimento das Terras do Grande Lago de Alqueva

PERP – Projeto de Enquadramento e Recuperação Paisagística

PGBH – Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas

PIB – Produto Interno Bruto

PIDDAC - Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central

PMP – Prazo Médio de Pagamentos

PMC Sado – Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental da Bacia

Hidrográfica do Sado

PNN – Parque de Natureza de Noudar

POAAP – Planos de Ordenamento das Albufeira de Águas Públicas

POC – Plano Oficial de Contabilidade

POCTEP – Programa de Cooperação Transfronteiriça Portugal – Espanha

POVT – Programa Operacional Temático de Valorização do Território

PRC – Plano de Redução de Custos

PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural

PROVE - Promover e Vender (Iniciativa Comunitária EQUAL)

QCA - Quadro Comunitário de Apoio

QGIS – Quantum GIS, software SIG, de licença aberta (www.qgis.org)

QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional

RECAPE – Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução

RCM – Resolução de Conselho de Ministros

ROC – Revisor Oficial de Contas

S.A. – Sociedade Anónima

SAF-T PT - Standard Audit File for Tax purposes

SAP - Sistemas, Aplicativos e Produtos Para Processamento de Dados

SEE – Setor Empresarial do Estado

SEPNA – Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente

SIRHAL – Sistema de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva

SICE – Sistema de Informação de Cadastro e Expropriações

SIG – Sistemas de Informação Geográfica

SIMARSUL – Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal

SISAP – Elaboração de Cartas de Aptidão Cultural para o Perímetro de Rega do Alqueva

SGA – Sistema de Gestão Ambiental

SNC – Sistema de Normalização Contabilística

SNCP – Sistema Nacional de Compras Públicas

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138 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

TRH – Taxa de Recursos Hídricos

tva – Taxa de Variação Anual

VAB – Valor Acrescentado Bruto

VAB cf - Valor Acrescentado Bruto a Custo de Fatores

vma - Valor Medio Anual

WACC - Weighted Average Cost of Capital

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139 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS – 30 DE JUNHO DE 2013

EDIA

Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.

Capital Social 387.267.750,00 €

Capital Próprio Negativo 462.429.633,00 €

Número de Pessoa Coletiva 503 450 189

Matrícula 01 084/950316 da Conservatória do Registo Comercial de Beja

Sede Social Rua Zeca Afonso, N.º 2 -7800 - 522 - Beja

Delegação de Lisboa Avenida da República, N.º 83, 4.º Dtº - 1050 - 243 Lisboa

Delegação de Alqueva Apartado 126 - 7860 - Moura

Delegação de Pedrógão Apartado 126 - 7860 - Moura

Delegação de Mourão Rua Marcos Gomes V. Rosado, 15 - 7240 - Mourão

Parque de Natureza de Noudar Apartado 5 - 7230 - Barrancos

Museu da Luz Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz - 7240 - 100 - Luz - Mourão

Site: www.edia.pt

Fotografias António Cunha/EDIA