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CCAM VALE DO DÃO E ALTO VOUGA 2016 RELATORIO E CONTAS

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CCAMVALE DO DÃO

E ALTO VOUGA

2 0 1 6

R E L ATOR IOECONTA S

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

ÍNDICE

Convocatória de Assembleia Geral

Órgãos Sociais

Relatório do Conselho de Administração

o Relatório de Gestão e Proposta de Distribuição de Resultados

Contas de 2016

o Balanço

o Demonstração de Resultados

o Mapas do Anexo às contas

Movimento de Associados

Parecer do Conselho Fiscal

Certificação Legal de Contas

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CONVOCATÓRIA DEASSEMBLEIA GERAL

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

Convocatória de Assembleia Geral Ordinária

Nos termos da lei e do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos convoco os Exmos.

senhores associados da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA, C.R.L. ,

pessoa coletiva nº. 501 119 531 com sede na cidade de Mangualde, com o capital social realizado de Euros

14.783.895,00 (variável), que se encontrem no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia

Geral sessão Ordinária, no próximo dia 24 de março de 2017 (sexta-feira), pelas 17:00 horas, no salão

nobre da sede da CAIXA AGRÍCOLA, sita na Av. da Liberdade, 62 a 64, na cidade de Mangualde, com a

seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS 1. Apreciação, discussão e votação do Relatório de Gestão, Balanço, Contas e proposta de Distribuição

dos Resultados do exercício de 2016, apresentado pelo Conselho de Administração, assim como o

relatório anual do Conselho Fiscal.

2. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

3. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de

remuneração praticadas na Caixa Agrícola.

4. Apreciar e discutir outros assuntos de interesse para a Instituição.

Se, à hora marcada para o início da reunião, não estiverem presentes mais de metade dos sócios, a

Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois (18:00h), no mesmo local, com

qualquer número de associados. Os documentos referidos no ponto um desta ordem de trabalhos,

encontram-se disponíveis e podem ser levantados pelos senhores associados na sede e nas agências da

nossa Instituição a partir do dia 13 de março 2017.

Mangualde, 24 de fevereiro de 2017

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral,

(José António Morais Sarmento Moniz - Dr.)

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ORGÃOS SOCIAIS

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

ÓRGÃOS SOCIAIS DA CCAM ANO 2016

Até 8 de junho 2016

MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL

Presidente ACÁCIO SANTOS DA FONSECA PINTO (Dr)

Associado nº. 33000000583

Vice-Presidente FERNANDO MANUEL SILVA COELHO ALBUQUERQUE (Dr)

Associado n.º 30600001701

Secretário FELICIANO PAIS GOUVEIA

Associado nº. 31000001079

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO – EFETIVOS

Presidente JOSÉ ANTÓNIO DE MORAIS SARMENTO MONIZ (Dr)

Associado nº. 33000000036

Administrador Executivo VICTOR MANUEL COUTINHO LOPES GOMES (Dr)

Associado nº. 30600000228

Administrador MARCIANO BALULA DOS SANTOS

Associado nº. 33000001777

Administrador ALFREDO RIBEIRO POÇAS

Associado nº. 31000000288

Administrador Executivo JOÃO COELHO

Associado nº. 33000000337

Administrador ANTÓNIO DE GOUVEIA RODRIGUES

Associado nº. 30600000017

Administrador JOÃO BARBOSA MONTEIRO

Associado nº. 310000000009

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO – SUPLENTES

Suplente CARLOS ALMEIDA GONÇALVES (Eg)

Associado nº. 33000000629

Suplente LUIS MANUEL GOMES ALBUQUERQUE

Associado n.º 31000000358

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

CONSELHO FISCAL – EFETIVOS

Presidente JOSÉ ABRANTES MARQUES

Associado nº. 30600001409

Vogal CESAR AUGUSTO ALMEIDA MORAIS

Associado nº. 31000000065

Vogal JOSÉ LUÍS FERREIRA DOS SANTOS (Prof.)

Associado nº. 33000001636

Vogal JOSÉ MANUEL AMADO MAGALHÃES (Dr)

Associado nº. 33000002124

Vogal JOAQUIM DE JESUS LOPES

Associado nº. 33000000939

CONSELHO FISCAL – SUPLENTES

Suplente CELSO DE OLIVEIRA NETO (Dr)

Associado nº. 33000000413

Suplente LEONIDIO DE FIGUEIREDO GOMES MONTEIRO (Dr)

Associado nº. 31000000457

SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS:

Mariquito, Correia & Associados, SROC.

NIPC: 501 362 509 – OROC nº 31

Sede: Rua Visconde Moreira de Rey, 14 – Linda-a-Pastora

2790-447 Queijas

Representada por: António Francisco Escarameia Mariquito (Dr)

NIF : 106 697 846

ROC Suplente: José Martins Correia (Dr)

NIF: 122 032 209

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

ÓRGÃOS SOCIAIS desde 9 junho 2016, para o triénio 2016-2018

MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL

Presidente: José António de Morais Sarmento Moniz (Dr.)

Vice-Presidente: Fernando Manuel Silva Coelho Albuquerque (Dr.)

Secretário: Feliciano Pais Gouveia

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO – EFECTIVOS

Presidente /Administrador executivo: Victor Manuel Coutinho Lopes Gomes (Dr.)

Administrador executivo: João Coelho

Administrador: Alfredo Ribeiro Poças

Administrador: José Luís Ferreira dos Santos (Prof.)

Administrador: José Abrantes Marques

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO – SUPLENTES

Suplente Carlos Almeida Gonçalves (Eng.)

Suplente Luis Manuel Gomes Albuquerque

CONSELHO FISCAL – EFECTIVOS

Presidente: Acácio Santos da Fonseca Pinto (Dr.)

Vogal: António Maria da Silva (Prof.)

Vogal: José Manuel Amado Magalhães (Dr.)

CONSELHO FISCAL – SUPLENTE

Suplente Ana Maria Carvalho Saraiva Abreu (Drª.)

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS

ROC efetivo: Diz & Associados - SROC, LDA., nº 118 da lista das SROC na OROC e nº 20161437 na lista da

CMVM contribuinte nº 503103012, representada pelo seu Administrador Dr. José Joaquim Afonso Diz,

Revisor Oficial de Contas nº 372, contribuinte nº 128876646.

Fiscal Único Suplente: Dr. Rui Manuel Tavares Leitão, ROC nº 1519, contribuinte nº 207 454 981.

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RELATÓRIO DOCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

INTRODUÇÃO

Ex.mos Senhores Associados,

Nos termos das disposições legais e estatutárias, o Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, vem submeter à vossa apreciação e aprovação, o Relatório de Gestão,

o qual dá a conhecer numa breve retrospetiva a forma como decorreu a atividade da nossa Instituição

durante o exercício económico de 2016, bem como o Balanço, Contas com os respetivos anexos e a

proposta de Aplicação de Resultados do referido exercício.

Com este documento pretendemos dar uma panorâmica da forma como se desenvolveu a nossa atividade

ao longo do ano e numa análise breve, o cenário que lhe serviu de pano de fundo, complementado com

um anexo de quadros de indicadores e demonstrações financeiras.

i. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL

A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em

2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em 2015. A confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de

crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de 2009.

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de crescimento

superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes (2008-2016) apresentado um crescimento em torno dos

4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de

4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em 2015. Parte deste abrandamento perspectivado para a

economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda maior economia do mundo – a China que,

com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%).

Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se estima ter

sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em 2016. A quebra no desempenho dos EUA, cujo

crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das

exportações (que foram prejudicadas, entre outros, pelo fortalecimento do dólar americano) e na

componente do investimento (condicionado pelo comportamento dos preços do petróleo que durante o

ano de 2016 se mantiveram baixos).

A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se

perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a divergência de

posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única.

Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da França

(a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados na

Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam

“insustentáveis” a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os riscos para o crescimento económico na

Zona Euro são legados da crise recente1, o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia, potenciais

disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que

1 Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os

problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

poderá ter consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações

comerciais com a Europa).

A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de

2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0% registados no

final de 2015. Não obstante a redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em

níveis historicamente elevados.

Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos

4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em 2007. No que toca à remuneração

média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde 2009.

Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com os

0,0% registados em 2015. Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objectivo de 2,0%

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos aumentos no preço da energia e uma modesta

recuperação económica.

A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no sector público

como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida dos preços a

encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a

estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do programa de

quantitative easing.

Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade do ano,

estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em 2015. Este aumento foi suportado pelo

fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo, ditando que o sector energético deixasse de ter uma

contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir positivamente para o aumento dos preços

ao consumidor.

O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências

potencialmente muito disruptivas.

Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento que

poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e avanços que

se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia.

Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o Artigo 50 antes do final de Março de 2017,

pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado à realização de eleições em

França e na Alemanha e condicionará o futuro da União Europeia nos próximos anos.

Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita o rumo esperado da

política americana, sendo certo que o actual discurso político é marcadamente proteccionista (limitações à

livre circulação de pessoas e bens) e de confronto com a política convencional (ruptura com o status quo).

1.2 ECONOMIA NACIONAL

A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao nível

das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada no último

trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9% em termos homólogos. A aceleração registada no segundo

semestre de 2016, muito por conta da evolução da actividade turística e do consumo privado, permitiu que

o crescimento anual se situasse nos 1,3% em 20162, valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado em 2015

(1,6%).

2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e 1,5%,

respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018).

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos factores, de

entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em termos

homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito

afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado temporariamente parada

no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem 29,1% até Outubro).

Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de 9,2%.

Indicadores macroeconómicos (2014-2016)2014 2015 2016

Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97 -10,22 -3,18

Preço do Petróleo (%) tav -41,0 -27,6 57,0

Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3

Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1

Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0

Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5 -1,7

Exportações tav 3,4 6,1 3,7

Importações tav 6,2 8,2 3,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8

Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0

Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0

Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2

Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00 -0,30

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em 2015. Por seu lado, o

investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada no

final de 2013. A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos homólogos

sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os factores que mais

contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do ano e

incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa)

que afastaram os investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do investimento público

para níveis historicamente baixos (até Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de

capital fixo por parte das administrações públicas).

No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de

desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma tendência de

melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de

2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%.

Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível registado

no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5%

registados em 2015.

Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M€, o que representa um aumento de 9,5 mil M€

face a 2015. Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque para as

emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil

M€ de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M€).

Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M€, com o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M€

concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira.

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para 130,2% do

PIB no conjunto de 2016. Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor registado

no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação

a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo Ministério das Finanças no âmbito do

Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o acréscimo de depósitos da

administração central de 13,3 mil M€ no final de 2015 para 17,3 mil M€, quando se encontrava prevista no

OE2017 uma estabilização.

A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central) poderá

atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a 2015. A Comissão

Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na óptica de

Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em 2016.

A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental

português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do processo

de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de

receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido parcialmente compensado por receitas

adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de Redução do Endividamento ao

Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice

orçamental português ficaria nos 2,6% do PIB.

1.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL

O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais bancos

portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em

termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a

CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP

e o pagamento da última fatia de 700M€ do empréstimo obrigacionista de acções convertíveis (que chegou

a totalizar 3.000M€); a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital do

BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%);

o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo

de liquidação e o reforço das negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos

à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste processo.

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (dezembro 2011 –

dezembro 2016)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016,

o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015. Para

essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que

em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015).

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (dezembro 2011 –

dezembro 2016)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de 2016

face ao registado no final de 2015. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%),

mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de 2015.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total

reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas

regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a

empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra registada no país.

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente

à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015) que

representa 80,8% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes

particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim,

tem vindo a perder peso no agregado de crédito.

Valores em milhares de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2016

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.598 2.834 8.432 4,3% -3,9% -5,1% -4,3%

Beja 1.290 442 1.732 0,9% -2,5% -0,7% -2,0%

Braga 6.293 3.467 9.760 5,0% -2,8% -8,9% -5,1%

Bragança 903 264 1.167 0,6% -2,3% 10,9% 0,4%

Castelo Branco 1.437 404 1.841 0,9% -3,7% -1,5% -3,2%

Coimbra 3.833 1.291 5.124 2,6% -3,6% 1,2% -2,4%

Évora 1.676 897 2.573 1,3% -4,1% 26,7% 4,8%

Faro 4.661 1.747 6.408 3,3% -6,9% 1,5% -4,7%

Guarda 879 272 1.151 0,6% -2,9% -5,2% -3,4%

Leiria 4.121 2.489 6.610 3,4% -4,4% -1,5% -3,3%

Lisboa 44.162 43.090 87.252 44,9% 1,7% -5,8% -2,1%

Portalegre 869 276 1.145 0,6% -3,8% -16,1% -7,1%

Porto 17.168 12.246 29.414 15,1% -3,0% -4,1% -3,4%

Santarém 4.024 1.507 5.531 2,8% -3,7% -0,4% -2,8%

Setúbal 9.337 1.769 11.106 5,7% -2,9% -15,2% -5,1%

Viana do Castelo 1.641 488 2.129 1,1% -3,3% -24,2% -9,1%

Vila Real 1.337 346 1.683 0,9% -2,5% 4,2% -1,2%

Viseu 2.531 1.084 3.615 1,9% -1,7% 6,3% 0,5%

Reg. Autónoma Açores 2.607 796 3.403 1,8% -4,4% -31,4% -12,5%

Reg. Autónoma Madeira 2.931 1.328 4.259 2,2% -3,8% -14,4% -7,4%

Total 117.296 77.037 194.335 100% -1,6% -5,5% -3,2%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 94.780 -3,0% 80,8% 2,5%

Consumo 13.725 12,7% 11,7% 6,2%

Outros fins 8.792 -5,8% 7,5% 15,4%

Total 117.297 -1,6% 100% 3,9%Fonte: Banco de Portugal

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a

empresas do sector da construção, actividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos sectores da

agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e indústrias extractivas foi possível

verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%, respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior

incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias

extractivas, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 5,0% 2.294 3,0% 5,9%

Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5%

Indústrias Transformadoras -0,3% 12.844 16,7% 10,1%

Energia -8,1% 2.313 3,0% 0,7%

Água e Saneamento -12,3% 1.358 1,8% 2,0%

Construção -11,8% 11.343 14,7% 35,8%

Comércio -0,9% 12.127 15,7% 14,6%

Transporte e Armazenagem -5,3% 6.837 8,9% 7,5%

Alojamento e Restauração 2,7% 4.567 5,9% 10,4%

Actividades Imobiliárias -15,2% 9.508 12,3% 25,6%

Saúde e Apoio Social 1,4% 1.291 1,7% 4,7%

Outros -4,7% 12.298 16,0% 10,4%

Total -5,5% 77.037 100% 15,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

1.4 MERCADOS FINANCEIROS

Mercados accionistas

No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE

reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de

estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados económicos prometedores e a

Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro. Ainda assim, excluindo os

índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices accionistas registou perdas

superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com desvalorizações desta

magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde 2008.

A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um valor

recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices

accionistas. Em contraposição, as perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de

Trump nas eleições americanas, a recuperação dos preços do petróleo e uma actividade económica

resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos no final de 2016, com o Dow

Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente.

Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos pouco

surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho mais contido. Em

termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante

positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com

o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e 10,2%, respectivamente. Em

Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%).

0,62

0,95

1,28

1,781,66

1,87

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Índices Accionistas (base 2010)

PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo

que não acontecia desde finais de 2001. Num período marcado pela disparidade entre as políticas

monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a

negociar em mínimos de Dezembro de 2002.

O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores

desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada incerteza, o

Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene,

caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano.

Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais

moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde final

de 2002 (dando a 2016 a denominação de “o ano da nota verde”).

-0,32

0,00

0,75

0,25

-0,6

-0,4

-0,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Taxas de referência nos Mercados Monetários

Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva

descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a -0,368% e a Euribor a 1 ano

apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao longo

do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do ano de 2016.

Matérias-primas

Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista (“spot”) nos mercados

das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro, em particular,

liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de

US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril no final de Junho. Os produtos agrícolas,

como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos no segundo trimestre.

Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias primas. O

Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores convergido para

o ouro, como activo de refúgio, o que permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação.

Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou por perder parte do seu valor, tendo encerrado o

ano a valorizar 9,33% em 2016.

No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017,

conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos

12 meses do ano, fechando com uma cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate

observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a US$53,72 por barril.

Mercado obrigacionista

A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a

dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi ainda mais

acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face à dívida alemã, referência na Zona

Euro.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise da

dívida em 2011. No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano para os

1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade,

registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.).

A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10 anos,

os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%,

registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo

em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de -0,190%. Do outro lado do Atlântico,

nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de

2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

1.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2017

A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras eleições em

França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de preocupação para

2017. A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países referidos juntamente com a

concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem significar, segundo analistas

internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis nas economias dos países que dela fazem

parte. A este factor externo, junta-se outro relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente

dos EUA, que criou uma tensão internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza

quanto à evolução económica mundial para os próximos anos.

O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector

financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca

nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).

No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema bancário

nacional se defronta actualmente, são eles:

i. melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade;

ii. adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância;

iii. introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que permitam recuperar a

confiança dos stakeholders; e

iv. investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos clientes.

No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital interno e para

atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em prática estratégias de:

i. redução do peso dos activos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços;

ii. reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação do

“overbanking”) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e

iii. mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a estabilidade de todos

os stakeholders.

Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras

estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de

capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA3, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos

requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo

Crédito Agrícola.

3 European Securities and Markets Authority

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

ii. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE 2.1 RESULTADO E BALANÇO

Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de

2016, constituem valores provisórios e não auditados.

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 421.057 415.824 -5.233 -1,2%

Aplicações em Instituições de Crédito 94.827 6.035 -88.792 -93,6%

Crédito a Clientes (líquido) 7.577.775 7.997.636 419.860 5,5%

Crédito a Clientes (bruto) 8.429.644 8.713.284 283.640 3,4%

Provisões / Imparidades Acumuladas 851.869 715.648 -136.221 -16,0%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.729.604 5.311.976 1.582.371 42,4%

Activos não correntes detidos para venda 445.441 395.045 -50.396 -11,3%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 330.958 320.780 -10.178 -3,1%

Outros Activos 460.129 433.319 -26.810 -5,8%

Total Activo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 625.817 1.578.903 953.086 152,3%

Recursos de Clientes 10.969.821 11.770.738 800.917 7,3%

Passivos Subordinados 120.409 116.534 -3.876 -3,2%

Outros Passivos 171.118 187.064 15.946 9,3%

Total Passivo 11.887.166 13.653.239 1.766.073 14,9%

Capitais Próprios 1.172.626 1.227.375 54.749 4,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

2015 2016Variação

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio abrandar ligeiramente

a trajectória iniciada em 2014 com o Banco de Portugal, no Boletim Económico de Dezembro, a apontar

para um crescimento do PIB de 1,2%4, valor aquém dos 1,6% registados em 2015. A ausência de

convergência real face à área do euro vem reflectindo a persistência de constrangimentos estruturais ao

crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma relevância especial os elevados níveis de

endividamento dos sectores público e privado, uma evolução demográfica desfavorável e a persistência de

ineficiências nos mercados do trabalho e do produto que requerem a continuação do processo de reformas

estruturais. O forte dinamismo do consumo registado nos últimos anos esteve associado à despesa em bens

duradouros, resultante em parte da concretização de decisões adiadas durante a recessão de 2011-2013.

Apesar do aumento da procura interna em 2016, assistiu-se à redução do nível de alavancagem da

economia (famílias, SNF5 e sector público) e à redução homóloga do crédito concedido (-2,7%).

4 Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do Banco de Portugal

(Dez.2016).

5 Sociedades não financeiras.

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 400.181 396.270 -3.912 -1,0%

Juros e encargos similares 155.052 120.256 -34.795 -22,4%

Margem Financeira 245.129 276.013 30.884 12,6%

Comissões líquidas 130.193 138.192 7.999 6,1%

Result. de operações financeiras 98.912 38.561 -60.351 -61,0%

Outros resultados de exploração (*) 28.523 21.766 -6.756 -23,7%

Produto Bancário 502.756 474.532 -28.225 -5,6%

Custos de Estrutura 300.838 313.331 12.493 4,2%

Custos de pessoal 166.516 175.410 8.895 5,3%

Gastos gerais administrativos 121.152 124.682 3.530 2,9%

Amortizações 13.170 13.238 68 0,5%

Provisões e imparidades 126.902 56.123 -70.778 -55,8%

Resultado antes de impostos 75.017 105.078 30.060 40,1%

Impostos, após correc. e diferidos 18.706 33.020 14.314 76,5%

Resultado Líquido 56.311 72.057 15.746 28,0%

Variação2015 2016

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e

outros resultados de exploração.

31

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de

cerca de 72,1 milhões de euros que representa um aumento de 16 milhões de euros face aos 56,3 milhões

de euros alcançados em 2015.

Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano anterior, o

produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra resulta sobretudo de uma

redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda (-61,0%) e foi

parcialmente compensada através do aumento da margem financeira e das comissões líquidas em 12,6% e

6,1%, respectivamente.

1,5

24,5

56,3

72,1

2013 2014 2015 2016

Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)

Valores em milhões de euros

31-mar-16 30-jun-16 30-set-16 31-dez-16

Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6

Caixa Central 5,3 -13,8 -13,7 -9,3

SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1

Evolução do Resultado Líquido

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 248 245 276 31 12,6%

Margem Complementar, da qual: 306 258 199 -59 -22,9%

Comissões líquidas 129 130 138 8 6,1%

Resultado de operações financeiras 171 98,9 38,6 -60 -61,0%

Outros resultados de exploração 7 29 22 -7 -23,7%

Produto Bancário 554 503 475 -28 -5,6%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de euros em 2015 para 276

milhões de euros em 2016, e esta variação positiva resultou do efeito da redução das taxas de remuneração

(dos novos depósitos e das renovações) ainda que aplicado a um volume de depósitos superior ao registado

no período homólogo.

É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efectuou um esforço de redução remuneração dos recursos

das Caixas Associadas com vista a reduzir a pressão sobre a margem financeira da Caixa Central, ainda assim

acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações

têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado. De qualquer forma é

inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2017, o que implicará

desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4 milhões de euros). Este

agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 8,9 milhões de euros (+5,3%) e dos

gastos gerais administrativos em 3,5 milhões de euros (+2,9%).

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 256 117 0 138 394

Caixa Central 20 21 35 37 78

SICAM (Consolidado) 276 138 39 199 475

Produto Bancário - SICAM

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se:

i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos com pessoal (de 140,7

milhões de euros para 149,0 milhões de euros), explicado pela entrada em vigor dos novos

mandatos (2016-2018) e da associada promoção de quadros qualificados a titulares de funções em

órgão sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos gastos gerais administrativos (de 103,6 milhões de

euros para 105,3 milhões de euros); e

ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8 milhões de euros para

25,8 milhões de euros) e de 11,0% nos gastos gerais administrativos (de 19,0 milhões de euros para

21,1 milhões de euros).

Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais contribuíram para o

agravamento dos custos com pessoal nas Caixas Associadas, no valor de 8,3 milhões de euros, respeitam

ao fundo de pensões (+4,0 milhões de euros), às remunerações com os órgãos sociais de gestão e de

fiscalização (+3,0 milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa Central, os gastos com pessoal

mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha registado um agravamento na

rubrica de indemnizações contratuais.

As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais administrativos foram:

- na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita essencialmente aos serviços da SIBS

(ex. cartões), aos custos judiciais, de contencioso e de notariado, às avenças e honorários (ex.

recuperação de crédito, alienação de créditos não produtivos) e aos custos com formação; e

- nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita essencialmente à publicidade,

aos serviços de auditoria, aos serviços da SIBS (ex. meios de pagamento e outros serviços), às

comunicações obrigatórias para clientes (expedição) e aos seguros (ex. imóveis em dação).

O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração pública a crescer 5,0% e o

crédito a particulares a crescer 1,4% face a 2015.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 300 301 313 12 4,2%

Custos de Pessoal 165 167 175 9 5,3%

Gastos Gerais Administativos 121 121 125 4 2,9%

Amortizações 14 13 13 0 0,5%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

A carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola regista, desde 2014, uma assinalável melhoria ao nível do

seu perfil de risco, em particular no segundo semestre de 2016, ao verificar uma redução muito significativa

do crédito vencido em cerca de 121 milhões de euros (o que representa um decréscimo de cerca de 18%)

relativamente ao final de 2015, com o segmento da habitação e o crédito empresarial a serem os principais

responsáveis pelo desagravamento dos níveis de sinistralidade da carteira, tendo para tal contribuído uma

actuação ainda mais eficaz na abordagem do Grupo CA às actividades de acompanhamento e recuperação

de crédito e nos procedimentos de abate ao activo (write-offs).

Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento / reforço das

imparidades da carteira de crédito. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um

aumento, passando de 128% em 2015 para 131% em 2016, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma

gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Provisões / Imparidades 838 852 716 -136 -16,0%

Crédito líquido 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Evolução do Crédito a Clientes

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Crédito e juros vencidos (total) 672 668 547 -121 -18,1%

Crédito e juros vencidos < 90d 28 18 14 -4 -21,9%

Crédito e juros vencidos > 90d 644 650 533 -117 -18,0%

Rácio de CV > 90d 8,0% 7,8% 6,2% -1,6 p.p. n.a.

Evolução do Rácio de Crédito Vencido

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 160 82 -8 -89 -109,3%

Imparidade de outros activos 40 45 64 19 41,5%

Provisões e imparidades do exercício 201 127 56 -71 -55,8%

Provisões e imparidades (stock) 838 852 716 -136 -16,0%

Rácio de cobertura do crédito vencido 125% 128% 131% 3,30 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no activo total do SICAM que

passou de 13.060 milhões de euros em 2015 para 14.881 milhões de euros em 2016, contribuindo para

este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 3,4% (284 milhões de euros) e o

aumento das aplicações em títulos (+1,6 mil milhões de euros).

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos

em bancos centrais (953 milhões de euros, i.e. +152%) e por via de aumento de recursos de clientes (801

milhões de euros, i.e. +7,3%).

Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015, registou um

decréscimo de 1,1 p.p. (de 69,1% para 67,9%). Este nível de transformação fica muito aquém da média do

sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o

Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 13.837 12.539 1.297

Caixa Central 7.964 7.735 229

SICAM (Consolidado) 14.881 13.653 1.227

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (l íquido) 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Recursos de Clientes 10.620 10.970 11.771 801 7,3%

Rácio de Transformação 68,8% 69,1% 67,9% -1,1 p.p. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

2.2 OUTROS FACTOS RELEVANTES

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; os prémios

obtidos, no ano 2016, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente” e “O Banco Mais

Recomendado e com os Clientes Mais Satisfeitos”; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições

menos reclamadas no sistema bancário6, permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em

2016.

Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de

Activos do Grupo. Pelo sexto ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como “A Melhor Seguradora

Não Vida do seu segmento de dimensão”7. Por seu lado, a CA Vida foi premiada como “A Melhor Grande

Seguradora do Ramo Vida”8. A CA Vida ainda os rankings de Lealdade do Cliente e de Imagem, duas

classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2016.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se

destacam:

· O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª edição do “Prémio

Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e

reconhece o tecido empresarial português;

· O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

· A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2015,

realizada pelo terceiro ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas,

Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

· O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo, realizado

juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas

de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na Estufa-

Fria, em Lisboa.

6 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2016), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta

2 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as 11.

7 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.

8 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo, distribuída com o

Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

Inauguração da 1ª Agência na Madeira

No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada uma agência no

Funchal, dando início à actividade de retalho na Região Autónoma da Madeira pelo Crédito Agrícola.

A cerimónia de inauguração da Agência,

realizada em Outubro de 2016, contou com a

presença de diversas entidades locais, entre elas

o Presidente do Governo Regional da Madeira,

Miguel Albuquerque.

Dada a importância que a nova Agência

representa para o Grupo CA, foi desenvolvida

uma Campanha Publicitária com o claim “Nunca

Estivemos Tão Próximos”. A campanha presente em TV, Rádio, Imprensa e Mupis da Região, revelava Sílvia

Alberto a retirar o Canotier, num gesto de cumprimento à chegada à Madeira.

No domínio da gestão de activos, o Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade em três dos

seus Fundos de Investimento Mobiliários nas respectivas categorias, um deles pelo oitavo ano consecutivo

segundo rendibilidades divulgadas pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e

Património. O CA Monetário, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto do Mercado Monetário, com um

nível de risco um (numa escala de um a sete) e uma rendibilidade de 0,10% em 2016, consegue, pelo oitavo

ano consecutivo, o primeiro lugar na categoria Fundos do Mercado Monetário Euro. O CA Rendimento,

Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações, com um nível de risco dois e uma rendibilidade

de 2,25% em 2016, foi o vencedor da categoria Fundos do Obrigações de Taxa Indexada Euro pelo quarto

ano consecutivo. Em 2016, pela primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo Aberto

Flexível, foi o vencedor da categoria Fundos Alternativos Flexíveis, ISRR 3. Trata-se de um fundo de

investimento com um nível de risco de três e uma rendibilidade de 4,20% em 2016.

O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano 2016 com 258 serviços em funcionamento, representando um

crescimento homólogo de 4% nos serviços inicializados. O número de transacções nos B24 registou um

crescimento de 7% face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se

acima dos 37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A evolução semestral do volume de transacções – operações e

consultas – realizadas no serviço B24, registou em 2016, um crescimento de 8% e 6% respectivamente, em

comparação com iguais períodos de 2015.

No ano 2016, o parque de ATM do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%, passando de 1.497 para

1.520 (valores em final de período). Esta situação permitiu reforçar a quota de mercado do Grupo CA na

rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-

se uma subida de 6%, registando-se mais de 86 milhões de transacções.

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

Em 2016, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os 20.749 TPA activos. O número

de transacções subiu 18% face a 2015, tendo-se registado cerca de 44 milhões de transacções.

Em termos homólogos, em 2016, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito

do Crédito Agrícola de 4,4% e uma redução da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito

Agrícola de 7,5%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,6

p.p. nos cartões de débito e uma perda de 0,3 p.p. nos cartões crédito.

No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM, estabeleceram-se protocolos e parcerias

comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias

entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

· ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito;

· ENERGIE – Energia solar termodinâmica;

· CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas;

· ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel;

· Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local;

· ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos;

· AGROPORTAL – a porta do mundo rural; e

· Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de Associado.

No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de

contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na

comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.

Com a utilização das redes sociais “facebook” e “instagram” o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua

presença junto de um público mais jovem, tendo atingido cerca de 90.000 fãs no facebook no final de 2016.

Decorridos 7 anos de transmissão do programa de actualidade financeira,

constatámos que este patrocínio permitiu impactar mais de 1.300.000

telespectadores por ano, alavancando assim a notoriedade da marca CA.

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a

alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

· Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;

· Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no Rali

Dakar 2016, em motociclismo;

· João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;

· Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por

ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na

categoria de cadetes;

· 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta.

A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão

Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO,

Fruit Logistica e Fruit Attraction.

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

iii. A ATIVIDADE DA NOSSA CAIXA EM 2016

3.1 A NOSSA ATIVIDADE

O Crédito Agrícola Vale do Dão e Alto Vouga registou ao longo do ano uma evolução satisfatória,

considerando a envolvente macroeconómica já referida que se traduziu numa situação financeira sólida,

liquidez alargada, bons indicadores de risco e capacidade de gerar resultados, alicerçada na sua

implementação de banco local consolidado.

Efetivamente a nossa Instituição afirma-se como uma importante referência no sistema financeiro dos

municípios onde se insere e desenvolve o seu negócio. O seu estatuto de banco cooperativo local, inserido

num Grupo Nacional (SICAM), com uma composição de capital exclusivamente português, confere-lhe a

autonomia suficiente e a particularidade para ser cada vez mais um banco de proximidade, vocacionado

para o apoio e desenvolvimento da sua região e dos mercados locais.

Ao longo de 2016 continuamos a disponibilizar aos nossos associados e clientes todo o conjunto de

produtos e serviços (bancários; seguros e outros) de elevada qualidade, contribuindo a área de seguros

com uma percentagem muito importante para a margem complementar do nosso negócio, que se tem

vindo a verificar de crucial importância na atual conjuntura.

Durante o exercício findo, a atividade bancária continuou a ser desenvolvida num cenário conjuntural

bastante adverso. As nossas apreensões e preocupações previstas no início do ano vieram a confirmar-se,

não se conseguindo concretizar um dos principais objetivos da nossa atividade e proposto no plano

atividades ( crescimento do rácio de transformação). No cômputo geral (exceção para a família de credito)

poderemos dizer que o desempenho da nossa atividade comercial foi aceitável, com a concretização de 20

das 24 variáveis de negócio (mínimo exigido 16).

A nossa Instituição e comparando-se com o universo do SICAM (82 Caixas de Credito Agrícola) situava-se

em 31 dezembro, em termos de Ativo Liquido e Recursos de balanço, na 34ª posição, o que para nós é

motivo de satisfação, considerando a região onde estamos inseridos bem como a conjuntura local.

Na área de Crédito Concedido ocupávamos o 53º lugar e o 25º no Crédito Vencido, sendo a 35ª CCAM em

Resultados Líquidos.

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

Continuámos a enfrentar ao longo do ano, uma forte concorrência, quer na captação de recursos, quer nas

operações ativas, perante níveis de taxas completamente absurdas que vieram a refletir-se na margem

financeira. O setor continuou a demonstrar alguma dificuldade em gerar níveis de rentabilidade

sustentáveis, ao qual nós não somos alheios, com origem nas historicamente baixas taxas de juro ativas e

passivas, algo que se irá manter nos próximos anos, agravado pela intensa pressão competitiva que os

bancos de grande dimensão exercem diariamente, bem como pelas restrições impostas à cobrança de

comissões, que colocam em risco os resultados da nossa atividade.

As perspetivas de crescimento da atividade e rendibilidade da CCAM do Vale do Dão e Alto Vouga em 2016

foram claramente inferiores às de 2015, condicionadas pela conjuntura de crise económica e financeira e

pelo impacto no mercado bancário da política monetária do BCE e do governo português, como resposta à

crise económico-financeira que teve origem em 2008 e que teima em arrastar-se por mais alguns anos.

Embora se verifiquem (segundo o governo) sinais de recuperação da atividade económica, os custos

económicos e sociais permanecem elevados e os níveis de endividamento público, privado e externo são

significativos. Segundo as autoridades europeias, o programa de ajustamento económico para o nosso país

deve continuar a contar com um esforço de ajustamento da economia portuguesa e a redução de

endividamento do setor empresarial do Estado, Municípios e Regiões Autónomas, como forma de

recuperar a estabilidade financeira e garantir a sustentabilidade das finanças públicas.

Tal como normalmente ocorre em situações de recessão económica nomeadamente por via do

desemprego e do fraco desenvolvimento económico, prevíamos que o crédito mal parado viesse a

aumentar, o que felizmente não se verificou, tendo no nosso caso estagnado em relação ao homologo (

5,2% da carteira).

A contínua pressão na margem financeira num momento de contração económica e de aumento das

insolvências, tem-nos conduzido à necessidade de manter, cada vez mais, uma política prudente e seletiva

na análise do crédito, com tradução direta na redução dos níveis de rentabilidade como já referido.

Num contexto de quebra generalizada das margens na atividade do setor bancário em Portugal, que tem

sido induzida pelo esmagamento substancial da margem financeira, foi e continuará a ser importante,

termos um programa de ação comercial e um sistema de incentivos, ambos assentes na concentração de

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

esforços de comercialização em segmentos promissores e em produtos e serviços geradores de margem

complementar que contribuam para colmatar a fraca procura de crédito

(p. ex. seguros, fundos de investimento, fundos de pensões para empresas, meios eletrónicos de

pagamento, serviços transacionais de cobranças e transferências), algo em que assentou uma parte

significativa da nossa margem no ano findo e que foi geradora de contrapartidas financeiras bastante

interessantes. Esta atividade de venda cruzada tem vindo a afirmar-se cada vez mais como crucial para a

nossa instituição, tendo em vista a consolidação do negócio bancário e o incremento da quota de mercado.

Por outro lado, os nossos excedentes têm vindo a diminuir de rendibilidade, nomeadamente por força da

opinião de muitos analistas que aconselham aplicações cautelosas em divida pública portuguesa, o que nos

leva a ter uma postura de defesa de capital e proteção do risco mais conservadora, investindo em divida

menos rentável “Core”, com taxas de remuneração muito próximas de zero. A esta situação juntou-se ao

longo do ano a descida das remunerações dos DP’s junto da Caixa Central atualmente com uma taxa média

de 0,76 p.p.

Não descurámos, por ter estado na origem da nossa génese, o apoio ao setor primário, embora na nossa

região esteja em queda generalizada o abandono da agricultura. Temos esperança no novo quadro

comunitário para fixar pessoas à região e à agricultura.

Por tudo o que já foi dito anteriormente, toda a envolvente que afetou a nossa atividade em 2016 como é

visível ao longo deste relatório e mapas anexos, o modelo de negócio assente numa Banca de proximidade

às comunidades locais, enraizada na tradição cooperativa do Crédito Agrícola (solidariedade, segurança,

prudência e confiança têm sido as nossas armas de sucesso), temos conseguido reunir as condições

fundamentais para a preservação da nossa quota de mercado nos principais setores de atividade.

Hoje, orgulhamo-nos de ser um dos motores de desenvolvimento da nossa região. Os nossos rácios

prudenciais são confortáveis, sólidos e muito acima dos mínimos exigidos pelas autoridades de supervisão.

Seguidamente, apresentamos alguns dos principais indicadores que caracterizam a evolução e

desempenho da atividade quer do Balanço, quer das atividades fora do Balanço, da Caixa de Credito

Agrícola Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga em 2016.

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

Quadros indicadores da atividade em 31 dezembro 2016

Rácios de referência no Crédito Agrícola em 2016

Rácio Orientação 2015-12-31 2016-12-31 Variação período

homólogo

Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido <= 3% 0,82 % 0,78 % -4,88 %

Crédito Vencido Bruto há + 90 dias/Crédito Total <=5% 5,20 % 5,17 % -0,58 %

Rácio de Eficiência < 60% 63,84 % 80,05 % 25,39 %

Ativo Líquido/Nº Empregados > € 3.000.000 5.938.776 6.817.205 14,79 %

Produto Bancário/Nº Empregados > € 110.000 145.333 136.096 -6,36 %

Comissões Líquidas/Produto Bancário > 20% 26,61 % 30,72 % 15,45 %

Garantias obtidas para o crédito concedido Reais > 65% 84,49 % 80,42 % -4,82 %

Rácio de Transformação < 85% 44,21 % 43,56 % -1,47 %

Indicadores de Rendibilidade

Rácio 2015-12-31 2016-12-31 Ren Méd.

Caixas Agrícolas

Rent. Mg Financeira = Mg. Financeira / Ativo Líquido 1,70 % 1,40 % 1,95 % Rent. Mg Complementar = Mg. Complementar / Ativo Líquido 0,67 % 0,64 % 0,89 % Rent. Produto Bancário = Prod. Bancário / Ativo Líquido Médio 2,51 % 2,07 % 3,01 % Custos com Pessoal / Ativo Líquido 0,75 % 0,75 % 0,97 % F.S.Terceiros / Ativo Líquido 0,54 % 0,53 % 0,76 % Rent. do Activo = Res. Exercício / Ativo Líquido Médio (ROA) 0,66 % 0,36 % 0,61 %

Como já referido em 2016 continuou a registar-se uma fraca procura de crédito por parte de investidores

na nossa zona de atuação. O Rácio de transformação em 31 dezembro era somente de 43,56% contra

44,21% homólogo, com os consequentes impactos negativos na nossa rendibilidade.

As aplicações de excedentes, representavam em 31 de dezembro 95,8 Milhões €, dos quais 4,8 M€ em

divida pública (ativos disponíveis para venda).

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

Balanço

Unidade: €uro

Rubrica 2015-12-31 2016-12-31 Variação período

homólogo

Disponibilidades e Aplicações 85.420.233 92.728.683 8,56 %

Crédito a Clientes 52.737.185 54.140.810 2,66 %

Provisões/Imparidades Acumuladas p/ Crédito 2.447.120 2.432.806 -0,58 %

Crédito a Clientes (Líquido) 50.290.065 51.708.003 2,82 %

Crédito vencido 2.849.299 2.824.520 -0,87 %

Provisões/Imparidades Acumuladas p/ Crédito Vencido 2.439.483 2.425.593 -0,57 %

Crédito vencido + 90 Dias 2.747.381 2.803.039 2,03 %

Grau de Cobertura do C.V. por Provisões 85,62 % 85,88 % 0,30 %

Crédito vencido + 90 Dias / Total Crédito Vencido 96,42 % 99,24 % 2,92 %

Ativos Não Correntes Detidos p/ Venda (Bruto) 1.640.651 1.263.811 -22,97 %

Provisões e Imparidades acumuladas 732.128 471.912 -35,54 %

Ativos Não Correntes Detidos p/ Venda (Liq.) 908.523 791.899 -12,84 %

Total Ativo Líquido 148.469.412 156.795.711 5,61 %

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 126.848.353 132.078.145 4,12 %

Outros Passivos Subordinados 0 0 0,00 %

Situação Liquida 17.586.204 18.681.196 6,23 %

Passivo + Situação Líquida 148.469.412 € 156.795.711 € 5,61 %

Fundos Próprios Totais 16.858.948 18.069.929 7,2%

Demonstração de Resultados

Unidade: €uro

Rubrica 2015-12-31 2016-12-31 Variação período

homólogo

Juros de Crédito 1.697.141 1.464.323 -13,72 %

Juros de Aplicações Caixa Central 1.623.065 838.265 -48,35 %

Juros de Recursos de Clientes 950.131 283.016 -70,21 %

Margem Financeira 2.461.208 2.112.398 -14,17 %

Saldo de Comissões/Margem Complementar 966.765 961.688 -0,53 %

Resultados de Alienação de Outros Ativos -35.681 -208.340 483,89 %

Outros Resultados Operacionais 231.677 93.466 -59,66 %

Produto Bancário 3.633.315 3.130.198 -13,85 %

Custos com Pessoal 1.386.164 1.538.969 11,02 %

G.G.A. - Com serviços 702.494 739.406 5,25 %

G.G.A. - Com fornecimentos 102.265 98.887 -3,30 %

G.G.A. – Com serviços - avenças e honorários 36.450 47.115 29,26 %

Gastos Gerais Administrativos totais 804.759 838.293 4,17 %

Custos de Funcionamento 2.190.923 2.377.263 8,51 %

Resultado Bruto de Exploração 1.313.796 624.509 -52,47 %

Provisões e Imparidades 111.597 -119.145 -206,76 %

Resultado Líquido do exercício 957.038 550.913 -42,44 %

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

Os Ativos totais sob gestão em 31 dezembro 2016 eram de 161,6 Milhões de euros representando o ativo

líquido 156,8 M€ , sendo que no universo do Grupo CA ocupamos o 34º lugar ( universo de 82 CCAMs).

Os Capitais Próprios de 18,6 Milhões de euros tiveram um crescimento líquido de 1,0 M€ (milhão de euros)

relativamente ao ano anterior. Para este crescimento contribuiu não só a entrada de novos associados

(197), a atualização do capital por parte de alguns sócios mais antigos, assim como parte dos resultados do

exercício.

O rácio de solvabilidade em 31 dezembro 2016 era de 40,8% (38,2% em 2015), sendo que o rácio de

solvabilidade “Tier 1” situava-se no final do ano em 40,8% (37,6% em 2015) variação de 3,3 p.p.

Taxas médias em 31 dezembro 2016

Rubrica 2016-12-31 2015-12-31

A - Taxa Média dos Ativos 1,41 % 1,93 %

Taxa Média Crédito em Situação Regular 2,60 % 3,05 %

Descontos Comerciais S/ País 8,08 % 14,51 %

Crédito Pessoal 6,75 % 7,55 %

Crédito à Habitação 1,60 % 1,71 %

Contas Correntes Caucionadas 5,51 % 6,37 %

Cartões Crédito 21,06 % 22,32 %

Descobertos Autorizados 9,15 % 10,22 %

Descobertos Não Autorizados 17,33 % 21,06 %

Outros Financiamentos 3,33 % 4,18 %

Taxa Média Aplicações na Caixa Central 0,76 % 1,28 %

B – Taxa Média de Recursos 0,16 % 0,35 %

Taxa Média Depósitos à Ordem 0,01 % 0,03 %

Taxa Média Depósitos a Prazo 0,27 % 0,60 %

Taxa Média Depósitos Poupança 0,18 % 0,31 %

Spread Taxa média de Crédito Regular - Taxa média Recursos 2,44 % 2,70 %

Margem Financeira (A-B) 1,25 % 1,58 %

No quadro anterior estão evidenciadas as taxas médias verificadas em 31 de dezembro, onde é visível uma

M.F. total de 1,25%, a taxa média dos recursos de 0,16% e a dos ativos de 1,41%.

É de salientar como já foi referido, a quebra da margem de aplicação de excedentes, em 31 dezembro

situava-se nos 0,76% (menos 0,52% do que em dezembro 2015), mas à data de elaboração deste relatório

já é de 0,30% para as novas operações.

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

No que concerne à atividade comercial de captação total de recursos, no final do exercício económico de

2016 verificava-se um crescimento de 6,2 M€ (balanço 5,5 M€ e extra balanço 0,7 M€), o que também veio

a ter reflexos na nossa rendibilidade, tendo como lado positivo o aumento da liquidez.

A carteira de crédito concedido em termos de saldo global teve um crescimento líquido de 1,5 M€ em

relação ao homólogo, encerrando o ano com 54,2 M€. Este fraco crescimento espelha essencialmente a

falta de procura de crédito por parte dos investidores na nossa região.

O Crédito vencido há mais de 90 dias e em contencioso que tem merecido a nossa particular atenção e

preocupação na sua recuperação, felizmente não teve evolução significativa, representando 5,17% do

crédito total (evolução liquida absoluta de 55 mil euros). Este ligeiro acréscimo, normal neste período de

conjuntura recessiva, continuou a revelar-se reduzido e mostra-se inferior quer à média do SICAM (6,35%)

quer do setor.

Apesar do nosso empenho e do apoio jurídico/contencioso, a lentidão com que os processos se arrastam

judicialmente tem sido uma preocupação constante para nós, dado que com o decorrer do tempo, os ativos

recebidos em garantia deterioram-se numa velocidade galopante, a procura é menor e a conjuntura de

mercado imobiliário também não ajuda na venda de imóveis.

À atividade de negócio atrás mencionada, temos a acrescentar ainda os recursos captados extra balanço.

Os Fundos de Investimento Mobiliário estiveram algo instáveis em termos de crescimento absoluto.

A instabilidade dos mercados veio a refletir-se na sua quebra de rendibilidade, registando um elevado

número de subscrições e de resgates. Em 31 de dezembro registava-se um saldo de 4,3 M€ em U.P. contudo

a nossa sociedade gestora CAGest viu premiados 3 dos seus fundos de investimento com o 1º lugar em

rendibilidade, a saber: CA Monetário; CA Rendimento e CA Alternativo.

Relativamente ao Fundo de Investimento Imobiliário, que apesar da conjuntura manteve uma

rendibilidade bastante atrativa, pelo 6º ano consecutivo o melhor fundo imobiliário nacional em

rendibilidade, fechou em 31 de dezembro com um saldo de 7,8 M€ em U.P.

Este aumento no fundo imobiliário, resulta da rendibilidade vs grau de risco, face aos tradicionais depósitos

a prazo.

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

Na atividade seguradora, Seguros dos ramos Reais foram alcançados e superados os objetivos propostos,

registando-se em 2016 um aumento de prémios comercias produção nova de 142,5 mil euros, encerrando-

se o ano com um volume de prémios comerciais emitidos de 718,4 mil euros distribuído por 5.630 apólices.

Na comercialização de Seguros do ramo Vida também se ultrapassaram os objetivos propostos,

apresentando a nossa carteira em 31 de dezembro um acumulado prémios cobrados de 1,8 Milhões euros

(Capitalização 1,2M€; Risco 430 mil€ e Fundo Pensões 143m€).

3.2 OUTRAS ATIVIDADES

No âmbito da atividade da CCAM do Vale do Dão e Alto Vouga ao longo do ano findo, desenvolveram-se e

apoiaram-se outras atividades, merecendo destaque particular:

A formação e desenvolvimento de competências técnicas dos nossos profissionais e dos órgãos sociais

eleitos, em estreita colaboração com o Centro de Formação do Grupo CA e o Instituto de Formação Bancária

e Instituto Superior de Gestão Bancária. Foram ainda ministradas algumas formações e atualizações de

competências, quer ao nível de formação presencial quer por e-learning.

Encetamos várias iniciativas de apoio direto e indireto aos nossos associados/clientes agricultores, através

da elaboração de projetos agrícolas e candidaturas aos diversos tipos de ajudas ao rendimento. De salientar

que o protocolo de parceria e colaboração assinado com a AJAP (Associação dos Jovens Agricultores de

Portugal), veio beneficiar os nossos agricultores através da elaboração gratuita das suas candidaturas.

Organizamos algumas sessões de esclarecimento sobre o futuro quadro comunitário de apoio, em parceria

com a ADD e Municípios.

Disponibilizamos um serviço técnico em todas as nossas agências para elaboração de candidaturas aos

nossos clientes e associados, que pretendam candidatar-se com projetos ao quadro comunitário Portugal

2020.

Participação em diversas ações de representação e intercooperação com outras congéneres nacionais.

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

Participação em ações de representação junto da nossa comunidade de emigrantes mostrando assim,

através da nossa presença, que damos valor aqueles que estão longe. Neste âmbito temos promovido

encontros, nomeadamente nos nossos escritórios de representação em Paris e Genebra, a fim de incitar a

parcerias entre clientes, de modo a fomentarem a exportação de produtos portugueses.

Com o intuito de projetar a marca Crédito Agrícola nos eventos mais cotados, apoiámos monetariamente

inúmeras atividades culturais, desportivas, e outros eventos locais, promovidas por organismos e

coletividades essencialmente da nossa área de ação social e nossos clientes.

Patrocinamos a realização do evento “ queijo serra da estrela à chef” que para além de promover um

produto endógeno do concelho e da região, aproveita-se também para promover o Crédito Agrícola.

Patrocinamos diversas viagens de estudo de alguns alunos dos Agrupamentos de Escolas que connosco têm

protocolo de parceria, assim como outras iniciativas.

Continuámos a atribuir prémios designados “Prémio Aluno Excelência do CA” aos melhores alunos dos

Agrupamentos com quem temos protocolo de parceria a saber: Agrupamentos de Escolas dos concelhos

de Mangualde, de Penalva do Castelo e de Sátão. Agrupamento de Escolas de Mundão – Viseu.

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

iV. RESULTADOS, PROPOSTA DE APLICAÇÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS

4.1 RESULTADOS

O resultado líquido do exercício de 201 foi de 550.913,41 €., o que corresponde a um decréscimo de 42%

face a idêntico período de ano anterior. Esta variação demonstra o contexto económico e financeiro

bastante adverso a que se assistiu ao longo do exercício, tal como já referimos.

4.2 PROPOSTA PARA APLICAÇÃO DOS RESULTADOS

Tendo em conta as disposições legais, e o previsto nos artigos 33º e 34º dos Estatutos, o Conselho de

Administração, submete à aprovação pela Assembleia Geral, a seguinte proposta de aplicação e distribuição

dos resultados líquidos do exercício do ano de 201 , no valor de 550.913,41 euros.

Para cobertura de Resultados Transitados* 15.496,26 €Para Reserva Legal 115.000,00 €Para Reserva para Formação e Educação Cooperativa 1.000,00 €Para Reserva de Mutualismo 1.000,00 €Para outras Reservas - reserva para remuneracao de titulos capital 50.000,00 €Para Reserva Especial 368.417,15 €* Impacto decorrente das alterações de politicas contabilisticas.

O Conselho de Administração propõe ainda:

Que, da Reserva Especial, agora constituída por 368.421,17 euros, seja transferido o montante de

368.400,00 euros a distribuir da seguinte forma:

a) - Distribuir aos associados ativos, 0,0625€ por cada título de capital social (5€) já detido e totalmente

realizado em 31 de dezembro 2016 e proporcionalmente à data da sua realização. Esta distribuição será

feita em novos títulos de capital e configura uma taxa de 1,25% referente ao ano anterior. Esta

distribuição fica, contudo, condicionada à autorização do Banco de Portugal de acordo com a carta

circular a todos o sistema bancário sobre Politica de Distribuição de Dividendos sua refª.

CC/2017/00000667-G de 27 janeiro e nosso pedido de fevereiro entretanto efetuado.

b) – Incorporação do valor remanescente após a distribuição proposta nas alíneas anteriores, em aumento

do Capital Social, com títulos atribuídos à própria Caixa.

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

4.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao terminar este primeiro relatório de mandato, o Conselho de Administração deseja expressar o seu

agradecimento:

Aos colegas administradores cessantes pelo seu desempenho ao longo dos últimos anos, com muito mérito.

Aos associados e clientes, pela contínua preferência pelos nossos serviços, numa demonstração clara da

confiança que depositam na gestão e qualidade da nossa Instituição, e que em muito têm contribuído para

os resultados alcançados.

Às autoridades de supervisão, aos serviços públicos da nossa área social, a todas as entidades civis e oficiais,

à Caixa Central, Caixas Agrícolas e Empresas do Grupo Credito Agrícola que, nos diversos domínios, nos

prestaram a sua colaboração e apoio.

Também uma palavra de muito apreço para a nossa equipa de profissionais pela dedicação demonstrada

no exercício das suas funções que, ao longo do ano souberam mais uma vez enfrentar com dinamismo e

competência os diversos desafios que se lhes foram deparando e muito contribuíram para a obtenção dos

objetivos comerciais propostos e resultados alcançados.

Aos elementos da Mesa de Assembleia Geral, Conselho Fiscal e SROC, pelo seu empenho e contributo dado

ao longo do ano á nossa Instituição.

Finalmente, um voto de pesar e de sentida homenagem por todos os nossos estimados clientes e

associados falecidos no ano de 2016.

Mangualde, 7 de fevereiro de 201�

O Conselho de Administração,

Victor Manuel Coutinho Lopes Gomes (Dr) – Presidente e Administrador executivo João Coelho – Administrador executivo Alfredo Ribeiro Poças – Administrador Jose Luis Ferreira dos Santos (prof.) – Administrador José Abrantes Marques – Administrador

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

V. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CCAM

5.1 ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CCAM

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, CRL adota o modelo de governação

vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração (no qual dois

dos seus membros são Administradores Executivos), Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um

mandato de três anos.

Por força da alteração legislativa e do RGICSF, os órgãos sociais eleitos só podem iniciar funções/tomar

posse, após autorização e registo no órgão de supervisão (Banco de Portugal no nosso caso).

Assim e tal como referido no início deste documento, os órgãos socias para o triénio 2016-2018, só

iniciaram o seu mandato em 9 de junho 2016, estando distribuídos da seguinte forma:

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: José António de Morais Sarmento Moniz (Dr.)

Vice-Presidente: Fernando Manuel Silva Coelho Albuquerque (Dr.)

Secretário: Feliciano Pais Gouveia

3.2. Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam

competências, competindo-lhe, em especial:

§ Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

§ Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício

seguinte;

§ Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

§ Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

§ Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da Caixa Central e de organismos

cooperativos de grau superior;

§ Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

§ Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa

da Assembleia Geral;

§ Decidir da alteração dos Estatutos.

4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo de três

e de um suplente.

Atualmente o Conselho de Administração é composto por cinco membros, com mandato para o triénio

2016/2018.

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

4.1. Composição do Conselho de Administração *

Presidente do Conselho de Administração *: Victor Manuel Coutinho Lopes Gomes (Dr.)

Administradores: * João Coelho

Alfredo Ribeiro Poças

José Luis Ferreira dos Santos (Prof.)

José Abrantes Marques

(*). Dos quais dois dos seus membros asseguram a gestão corrente da Instituição como administradores

executivos e poderes delegados.

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e

de acordo com os Estatutos:

§ Administrar e representar a Caixa Agrícola;

§ Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de atividades e de

orçamento para o exercício seguinte;

§ Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício

anterior;

§ Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

§ Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

§ Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

§ Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

§ Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne em plenário pelo menos, duas vezes por mês, tendo realizado um total

de 36 (trinta e seis) reuniões em 2016.

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a uma Sociedade de Revisores

Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho

Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de atividade e de orçamento.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente.

Atualmente o Conselho Fiscal é composto da seguinte forma, com mandato para o triénio 2016/2018.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Acácio Santos da Fonseca Pinto (Dr.)

Vogais: António Maria da Silva (Prof.)

José Manuel Amado Magalhães (Dr.)

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, quatro vezes por ano, tendo realizado, 5 (cinco) reuniões no

ano findo.

5.2. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é para o triénio 2016/2018, encontrando-se designados para

o cargo:

ROC efetivo: Diz & Associados - SROC, LDA., nº 118 da lista das SROC na OROC e nº 20161437 na lista da

CMVM contribuinte nº 503103012, representada pelo seu Administrador Dr. José Joaquim Afonso Diz,

Revisor Oficial de Contas nº 372, contribuinte nº 128876646.

Fiscal Único Suplente: Dr. Rui Manuel Tavares Leitão, ROC nº 1519, contribuinte nº 207 454 981.

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5.2 DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

A Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da

nossa Instituição para o ano de 2016 foi aprovada na Assembleia Geral Ordinária de 29 de dezembro de

2015.

Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art.º 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011,

reproduz-se na presente a referida declaração, nos exatos termos em que foi aprovada pelos associados da

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

“A política de remunerações da CCAM do Vale do Dão e Alto Vouga para o ano de 2016 deverá seguir os seguintes princípios: 1 - INTRODUÇÃO: A CCAM, dada a sua natureza jurídica – cooperativa de responsabilidade limitada – regula-se pelo Código Cooperativo, sendo, por conseguinte, uma instituição de crédito que, através da cooperação e entreajuda dos seus membros, com obediência aos princípios cooperativos, visa, sem fins lucrativos, a satisfação das necessidades e aspirações económicas, sociais ou culturais daqueles. Entre os princípios cooperativos avultam: o da adesão voluntária e livre, da gestão democrática pelos membros, participação económica dos membros, autonomia e independência, educação, formação, informação, intercooperação e interesse pela comunidade. Apesar de ao longo do tempo as alterações que vieram a ser efectuadas ao Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola, terem aproximado estas instituições de crédito dos bancos, é indiscutível, dada a sua natureza jurídica, e a menor dimensão das CCAMs, que a política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização é diversa dos bancos e outras instituições de crédito que adoptam obrigatoriamente a forma de sociedades anónimas, a maior parte delas com acções admitidas à negociação em mercado regulamentado. Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CCAM foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização e os critérios para a componente variável da remuneração, fundamentados no desempenho sustentável e adaptado ao risco da Instituição, bem como no cumprimento das funções para além do exigido.

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Por isso, e também porque os interesses em causa são diversos, alguns dos princípios e das regras estabelecidas nos artigos 115.º-C e 115.º-E do Decreto-Lei nº. 298/92 de 31 de Dezembro (RGICSF) e do artigo 450.º do Regulamento UE n.º 575/2013, no que respeita à definição da política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização, não serão aplicáveis a esta instituição de crédito. Em virtude da dimensão e natureza jurídica da CCAM, não existe o comité de remunerações, previsto no artigo 115.º-H Decreto-Lei nº. 298/92 de 31 de Dezembro (RGICSF).

A proposta da política de remuneração é apresentada pelo Conselho de Administração, instruída com o parecer do Conselho Fiscal, e aprovada pela Assembleia Geral. 2. CONSELHO FISCAL

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal é fixa, e é composta pela atribuição de uma senha de presença, no montante equivalente a quarenta por cento do salário mínimo nacional em vigor, arredondado à dezena do euro, por cada presença comprovada em reuniões do respetivo órgão. 3. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

3.1 – INTRODUÇÃO A estrutura do Conselho de Administração adoptada por esta CCAM nos seus estatutos, que integra actualmente sete elementos, mas que de acordo com o artigo 28.º dos referidos estatutos, poderá ser constituído por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e de um suplente, cuja idoneidade e disponibilidade dêem garantias de gestão sã e prudente, prevê de acordo com o referido artigo 28.º dos estatutos, e do artigo 407.º do Código das Sociedades Comerciais, que a gestão corrente possa ser delegada pelo Conselho de Administração numa Comissão Executiva ou a, pelo menos, dois dos seus membros, sendo que, em qualquer dos casos, os respetivos membros deverão possuir os requisitos legais adequados para o exercício dessas funções.

O modelo de governação adoptado pela CCAM, prevê que a gestão corrente da CCAM é delegada em dois membros do Conselho de Administração, ou numa Comissão Executiva, por deliberação do Conselho de Administração, na qual fixe os limites da delegação, a composição e o modo de funcionamento desta, de acordo com o disposto no n.º 4 do artigo 407.º do Código das Sociedades Comerciais, sendo que em qualquer dos casos, os respectivos membros têm reconhecida experiência e formação profissional adequada ao exercício da actividade bancária, e têm actualmente vínculo laboral à instituição, que se encontra suspenso por força do disposto no n.º 2 do artigo 398.º do Código das Sociedades Comerciais.

3.2 - A remuneração dos membros encarregados da gestão corrente da CCAM é variável: - Contempla uma componente fixa integrada por uma remuneração calculada na base de 14 meses

por ano, no mínimo igual àquela que auferiam enquanto colaboradores da instituição, com referência à data em que foram eleitos, mas nunca inferior ao nível 18 do ACT para os trabalhadores do Crédito Agrícola, acrescido do valor correspondente a duas horas de isenção de horário, diuturnidades a que tiverem direito, valor compensatório e subsídio de alimentação, a que acresce um complemento de valor igual ao referido nível 18 do ACT, pelo cargo exercido.

- Contempla uma componente variável e eventual a título de prémio de desempenho de valor correspondente até 2% dos resultados líquidos anuais da instituição, que poderá ser atribuída por proposta e deliberação unânime dos membros do Conselho de Administração não encarregados da gestão corrente, precedida de parecer favorável a emitir pelo Conselho Fiscal.

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

A atribuição do prémio de desempenho depende de uma avaliação a efectuar pelos membros do Conselho de Administração não encarregados da gestão corrente, e pelo Conselho Fiscal, que incide sobre a actividade desenvolvida durante o exercício e o cumprimento do plano de actividades aprovado na Assembleia Geral, complementada com a análise detalhada da evolução dos rácios prudenciais, especialmente do rácio de solvabilidade apresentado.

Atenta a natureza jurídica desta instituição, não existe pagamento da componente variável em instrumentos emitidos pela mesma.

O pagamento da componente variável quando for atribuída, só poderá ser efectuado após a aprovação das contas do exercício correspondente.

O pagamento da remuneração variável não é diferido no tempo, nem prevê a possibilidade de suspensão, pelos motivos que se indicam a seguir: Atenta a natureza e dimensões da Instituição, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF;

· o valor que poderá atingir é nominalmente pouco significativo, em virtude do volume de negócios da instituição de crédito;

· é eventual, depende sempre de proposta e deliberação unânime dos membros do Conselho de Administração não encarregados da gestão corrente; e

· é atribuída a título de prémio de desempenho;

· nunca poderá em qualquer caso, exceder o valor da retribuição fixa. Finalmente, como é usual no SICAM, não será diferido o pagamento de qualquer parte da componente variável da remuneração dos Administradores Executivos, pelo que é inaplicável a alínea b) do nº 2 do art. 115º-E do RGICSF.

Atenta a natureza jurídica da instituição, não existem indemnizações pagas ou devidas a anteriores membros do Conselho de Administração, assim como, disposições contratuais que fixem a compensação estabelecida para a destituição sem justa causa.

3.3 – A remuneração dos restantes membros do Conselho de Administração que não estão

encarregados da gestão corrente, é fixa. - O Presidente do Conselho de Administração, ou o substituto nomeado para o apoio à gestão

corrente da CCAM, quando não faça parte do quadro de colaboradores, usufrui de uma senha de presença mensal equivalente a duas vezes o salário mínimo nacional em vigor, arredondado à dezena do euro.

- Os restantes membros do Conselho de Administração usufruem de uma senha de presença equivalente a quarenta por cento do salário mínimo nacional, arredondado à dezena do euro, por cada presença comprovada em cada reunião do respetivo órgão.

Não são igualmente atribuídos direitos em matéria de complementos de reforma e de sobrevivência em função do exercício das funções de Administrador neste Órgão de Gestão, nem são praticadas quaisquer outras situações que possam ser associadas a remuneração, directa ou indirectamente. Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração

Apenas poderá ser estipulada uma remuneração variável garantida no primeiro ano do primeiro mandato de um Administrador Executivo e caso exista uma base de capital sólida e forte na Instituição.

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Relatório e Contas – Exercício de 2016

Para além dos montantes supramencionados, os membros do Conselho de Administração que exercem funções nos corpos sociais de outras empresas do Grupo Crédito Agrícola são remunerados por senhas de presença de acordo com a política de remunerações estabelecida na respectiva empresa. 4. REVISOR OFICIAL DE CONTAS A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas. 5. COLABORADORES Nesta instituição de crédito, em virtude da sua dimensão, de integrar o SICAM, e do enquadramento em regime jurídico específico, não existem colaboradores nas categorias previstas nas alíneas b) a e) do n.º 2 do artigo 115.º-C do Decreto-Lei n.º 298/92 de 31 de Dezembro (RGICSF), cujas actividades profissionais tenham impacto significativo no respectivo perfil de risco da instituição. 6. ANÁLISE INTERNA DA POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO A política de remuneração é analisada anualmente pelo Conselho Fiscal. É definida através de proposta previamente apresentada pelo Conselho de Administração, a qual, é submetida a avaliação pelo referido órgão de fiscalização, que verifica se aquela está de acordo com os princípios e as regras aplicáveis, e, a final, emite parecer sobre a proposta apresentada, homologando-a, ou sugerindo alterações que deverão ser devidamente fundamentadas. No caso de o Conselho Fiscal sugerir alterações à proposta apresentada pelo Conselho de Administração, caberá aos membros desse órgão não encarregados da gestão corrente da CCAM, proceder á revisão da proposta apresentada, respeitando as sugestões apresentadas pelo referido órgão de fiscalização, e, devendo sempre fundamentar qualquer sugestão que não seja aceite.”

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CONTAS

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O Banco nacional com pronúncia local CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA

Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

I – Demonstrações Financeiras

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2015

ACTIVO Notas

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 959.064,15 959.064,15 851.086,46

Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 935.491,42 935.491,42 1.016.887,64

Activos financeiros detidos para negociação 7 0,00 0,00 0,00

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 0,00 0,00 0,00

Activos financeiros disponíveis para venda 9 4.874.318,05 4.874.318,05 4.788.679,40

Aplicações em instituições de crédito 10 90.834.127,41 90.834.127,41 83.552.258,71

Crédito a clientes 11 54.140.809,70 -2.432.806,40 51.708.003,30 50.290.064,73

Investimentos detidos até à maturidade 12 0,00 0,00 0,00

Activos com acordo de recompra 13 0,00 0,00 0,00

Derivados de cobertura 14 0,00 0,00 0,00

Activos não correntes detidos para venda 15 1.263.811,01 -471.912,10 791.898,91 908.523,00

Propriedades de investimento 16 0,00 0,00 0,00 0,00

Outros activos tangíveis 17 3.710.105,60 -1.795.116,16 1.914.989,44 2.159.866,65

Activos intangíveis 18 0,00 0,00 0,00 0,00

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 3.425.155,99 0,00 3.425.155,99 3.425.200,97

Activos por impostos correntes 20 28.542,14 0,00 28.542,14 0,00

Activos por impostos diferidos 20 522.660,62 0,00 522.660,62 508.236,41

Outros activos 21 951.359,33 -149.900,00 801.459,33 968.608,27

Total do Activo 161.645.445,42 -4.849.734,66 156.795.710,76 148.469.412,24

Recursos de bancos centrais 22 0,00 0,00

Passivos financeiros detidos para negociação 23 0,00 0,00

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24 0,00 0,00

Recursos de outras instituições de crédito 25 1.999.398,52

Recursos de clientes e outros empréstimos 26 126.848.352,84

Responsabilidades representadas por títulos 27 0,00 0,00

Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 0,00 0,00

Derivados de cobertura 14 0,00 0,00

Passivos não correntes detidos para venda 29 0,00 0,00

Provisões 30 836.617,79

Passivos por impostos correntes 20 16.354,38

Passivos por impostos diferidos 20 14.512,19

Instrumentos representativos de capital 31 0,00 0,00

Outros passivos subordinados 32 0,00 0,00

Outros passivos 33 1.167.972,92

Total do Passivo 130.883.208,64

Capital 35 13.459.715,00

Prémios de emissão 35 0,00 0,00

Outros instrumentos de capital 36 0,00 0,00

Reservas de reavaliação 36 110.261,04

Outras reservas e resultados transitados 36 3.059.189,79

Lucro do exercício 36 957.037,77

Dividendos antecipados

Total do Capital 17.586.203,60

Total do Passivo e do Capital 148.469.412,24

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE 0 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOMarcelo Luís da Costa Almeida (Dr.) Victor Manuel Coutinho Lopes Gomes (Dr.) -Presidente

João CoelhoAlfredo Ribeiro Poças

José Luís Ferreira dos Santos (Prof.)José Abrantes Marques

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

(Montantes expressos em Euros)

2016

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA, C.R.L.

Activo líquido Activo líquido

PASSIVO E CAPITAL Notas 2016 2015

Activo Bruto

Provisões,

imparidade e

amortizações

1.168.367,38

138.114.515,15

14.783.895,00

0,00

3.996.764,95

132.078.145,23

856.942,53

14.295,06

156.795.710,76

35.460,95

3.310.926,25

550.913,41

18.681.195,61

66

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RUBRICA Notas 2016 2015

Juros e rendimentos similares 37 + 2.465.713,19 3.456.367,91

Juros e encargos similares 38 - 353.315,28 995.159,81

Margem financeira ........................................................................................... 2.112.397,91 2.461.208,10

Rendimentos de instrumentos de capital 39 + 37,50 753,50

Rendimentos de serviços e comissões 40 + 1.102.747,97 1.084.057,65

Encargos com serviços e comissões 41 - 141.059,79 117.292,40

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42 + -39.231,67 0,00

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 + 199.608,35 0,00

Resultados de reavaliação cambial 44 + 10.608,97 9.347,05

Resultados de alienação de outros activos 45 + -208.340,00 -35.681,49

Outros resultados de exploração 46 + 93.428,49 230.923,05

Produto bancário ............................................................................................. 3.130.197,73 3.633.315,46

Custos com o pessoal 47 - 1.538.969,17 1.386.164,18

Gastos gerais administrativos 48 - 838.293,41 804.759,06

Amortizações do exercício 17 e 18 - 128.426,09 128.596,61

Provisões líquidas de reposições e anulações 30 - 20.324,74 -3.656,06

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 30 - -14.148,14 124.165,40

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 - 0,00 0,00

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 - -125.321,87 -8.912,00

Resultado antes de impostos ........................................................................... 743.654,33 1.202.198,27

Impostos correntes 20 - 207.382,26 242.558,66

Impostos diferidos 20 - -14.641,34 2.601,84

Resultado após impostos ................................................................................. 550.913,41 957.037,77

do qual: Result. Liq. Após impostos de operações descontinuadas

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE 0 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Marcelo Luís da Costa Almeida (Dr.) Victor Manuel C L Gomes (Dr.) -Presidente

João Coelho

Alfredo Ribeiro Poças

José Luís Ferreira dos Santos (Prof.)

José Abrantes Marques

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

(Montantes expressos em Euros)

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2016 2015

Fluxos de caixa das actividades operacionaisRecebimentos de juros e comissões 3.568.461 4.540.426

Pagamentos de juros e comissões -494.375 -1.112.452

Pagamentos ao pessoal e fornecedores -2.366.717 -2.182.747

Contribuições para o fundo de pensões -10.546 -8.176

(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento -192.741 -245.161

Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 104.037 240.270

Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 608.120 1.232.160

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detido para negociação e outros activos ao justo valor 39.232 0

Activos disponíveis para venda -113.970 2.315.079

Aplicações em instituições de crédito 7.281.869 6.479.160

Créditos a clientes 1.403.790 -2.088.511

Investimentos detidos até à maturidade 0 0

Derivados de cobertura 0 0

Activos não correntes detidos para venda -168.000 146.000

Outros activos -124.183 -2.189

( ... ) 0 0

8.318.739 6.849.540

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura

Recursos de outras instituições de crédito 0 0

Recursos de clientes e outros empréstimos 1.997.366 1.866.390

Outros passivos 5.229.792 3.973.427

( ... ) -16.177 24.018

7.210.982 5.863.835

-499.636 246.455

Fluxos de caixa de actividades de investimentoVariação de activos tangíveis e intangíveis 17.943 296.660

Recebimento de dividendos -38 -754

Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas -45 62.727

( ... ) 0 0

17.860 358.633

Fluxos de caixa das actividades de financiamentoAumento de capital 1.324.180 726.160

Diminuição de capital 0 0

Pagamento de dividendos 0 0

Variação de passivos subordinados 0 0

Reservas -780.101 -416.038

( ... ) 0 0

544.079 310.122

Aumento / (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 26.582 197.943

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 1.867.974 1.670.031

1.894.556 1.867.974

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE 0 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOMarcelo Luís da Costa Almeida (Dr.) Victor Manuel Coutinho Lopes Gomes (Dr.) -Presidente

João CoelhoAlfredo Ribeiro Poças

José Luís Ferreira dos Santos (Prof.)José Abrantes Marques

Caixa líquida das actividades de financiamento

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

Caixa líquida das actividades operacionais

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

(Montantes expressos em Euros)

Caixa líquida das actividades de investimento

68

Page 69: Relatório e Contas 2016 · Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, ... um anexo de quadros de indicadores e demonstrações financeiras. i. ... o voto do Reino Unido para deixar a União

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69

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70

Page 71: Relatório e Contas 2016 · Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, ... um anexo de quadros de indicadores e demonstrações financeiras. i. ... o voto do Reino Unido para deixar a União

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71

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O Banco nacional com pronúncia local CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA

Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

II – Anexo às Demonstrações Financeiras.

73

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O Banco nacional com pronúncia local CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA

Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, C.R.L. Anexo às demonstrações financeiras a 31 de Dezembro de 2016

(Valores expressos em euros)

NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAMVDAV) é uma instituição de crédito constituída em 24 de Março de 1979 sob a forma de cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.

A Caixa faz parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

A Caixa opera através da sua sede, situada na Avenida da Liberdade, 62/64, em Mangualde e através de uma rede de três agências, cuja área de actuação abrange os concelhos de Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva, no distrito de Viseu. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber – mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais – valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de dezembro de 2006. De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de dezembro de 2013 (7 anos).

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de dezembro de 2011 (5 anos).

Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de dezembro de 2013 (7 anos).

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de outubro de 2008.

As alterações às normas (IFRS e IAS) em 2010 e 2011 e respectivas interpretações não tiveram impacto relevante nas demonstrações financeiras da caixa.

A preparação das demonstrações financeiras anuais de acordo com as NCA's requer que o Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor dos activos, passivos, proveitos e custos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros factores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. As Demonstrações Financeiras da Caixa foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração.

2.2. Comparabilidade da informação

2.2.2 Normativo contabilístico aplicável e alterações

Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo do SICAM, elaboraram até 31 de dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº4/96. Em 2007 a Caixa apresentou pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA.

a) Normas, alterações e interpretações eficazes em ou após 1 de janeiro de 2009. As normas, alterações e interpretações, que entraram em vigor em 2009, são as seguintes:

· IAS 1 (revista), "Apresentação das demonstrações financeiras";

· IAS 23, "Custos de empréstimos obtidos";

· Emendas à IFRS 7, "Instrumentos Financeiros: Divulgações" e

· IFRS 8, "Segmentos Operacionais".

Estas normas de aplicação obrigatória com referência a 1 de janeiro de 2009, tiveram impacto ao nível das divulgações não tendo tido qualquer efeito nas Demonstrações Financeiras da Caixa.

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

b) As normas e interpretações emitidas, mas ainda não eficazes: As normas e interpretações que foram emitidas e são obrigatórias para períodos contabilísticos que comecem em ou após 1 de janeiro de 2010, ou em períodos posteriores, não se esperam que sejam relevantes para a Caixa.

c) Adoção antecipada das normas A Caixa não adoptou antecipadamente novas normas ou emendas em 2016.

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios (regime de acréscimo) em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os gastos e rendimentos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os rendimentos e gastos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial.

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os rendimentos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e gastos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas, compromissos irrevogáveis e passivos contingentes

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros ganhos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as provisões para riscos de crédito. A Caixa aplica nas suas contas individuais as NCA’s pelo que, de acordo com o definido nos nº2 e 3 do Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, a valorimetria e provisionamento do crédito concedido mantém o regime definido pelas regras do Banco de Portugal aplicado pela Caixa nos exercícios anteriores, como se segue:

i) Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

· Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros vencidos;

· Estarem em incumprimento há mais de:

! seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;

! doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos, mas inferior a dez anos;

! vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.

Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para risco país

Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

- Das participações financeiras;

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- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;

- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

- Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal.

As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco.

iv) Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

A Caixa avalia regularmente da existência objectiva de imparidade da sua carteira de crédito. Deste modo verifica se as provisões anteriormente referidas são suficientes para cobrir o risco de incobrabilidade. Em caso de insuficiência é reforçada a provisão para riscos gerais de crédito.

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação

Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica de activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica de passivos financeiros detidos para negociação.

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço.

Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo de aquisição. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada,

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.

No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido

de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco no país.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

v) Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.

vi) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, para que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

Em 2016, a Caixa não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, a descrever na nota 32.

vii) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Outros activos tangíveis

Os ativos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua atividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos diretamente atribuíveis) deduzido das depreciações e perdas de imparidade acumuladas. Sempre que existam indícios de perda de valor dos ativos fixos tangíveis, são efetuados testes de imparidade de forma a estimar o valor recuperável do ativo, e quando necessário registar uma perda por imparidade. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o justo valor menos custos de vender, e o valor de uso do ativo, sendo este último calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados, decorrentes do uso continuado e da alienação do activo no final da vida útil definida. Os ganhos ou perdas na alienação dos ativos são determinados pela diferença entre o valor de realização e o valor contabilístico do ativo, devem ser reconhecidos na demonstração dos resultados, no período em que se realizem.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de Vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.

Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.

g) Activos não correntes disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

· A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;

· O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;

· Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar num espaço temporal curto após a classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

h) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, riscos fiscais, processos judiciais e outros riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

i) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, S.A..

De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

· Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

· Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

· Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

· Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.

A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo.

j) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

· Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

· Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

· Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

k) Locação financeira

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do

plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

l) Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras, se materiais.

3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS

A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras de 2016 teve um impacto global negativo nos capitais próprios da Caixa no montante de 18.021,00 Euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras resultante do seguinte efeito:

Benefícios aos empregados (IAS 19)

O Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº7/2008, de 14 de outubro de 2008), no qual permite aumentar o número de anos em que se pode diferir os impactos de transição em mais 3 anos em todos os pressupostos, com excepção em relação ao impacto de transição das responsabilidades com prémios de antiguidade, que foram registadas em 2007 a 100 % do seu valor. Acresce o facto de o Fundo de Pensões passar a suportar os encargos com SAMS relativos a reformados.

4. RELATO POR SEGMENTOS

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a totalidade dos elementos do balanço e da demonstração dos resultados da Caixa resultaram de operações efectuadas em Portugal.

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, não se verifica segmentação dos resultados da Caixa por linhas de negócio, sendo a Banca Comercial a única actividade dominante.

A Caixa possui apenas um segmento dado que não está organizada de forma a separar na sua actividade, a área de retalho e a área de corporate e empresas pelo que optou por não apresentar quadro discriminativo.

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Caixa

Moedas Nacionais 800.925,79 750.906,27

Moedas estrangeiras 158.138,36 100.180,19

Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - -

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - -

Juros a receber - -

TOTAL 959.064,15 851.086,46

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem 438.403,08 702.181,31

Cheques a cobrar 496.961,78 314.582,62

Outras disponibilidades - -

Juros a receber 126,56 123,71

Disponibilidades em Instituições de Crédito no Estrangeiro - -

TOTAL 935.491,42 1.016.887,64

7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Não Aplicável

8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não aplicável.

9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Títulos

Emitidos por residentes

Instrumentos de dívida 2.706.882,79 4.105.677,50

Instrumentos de capital - -

Outros - -

Emitidos por não residentes

Instrumentos de dívida 2.167.435,26 683.001,90

Instrumentos de capital - -

Outros - -

Crédito e outros valores a receber - -

Imparidade - -

TOTAL 4.874.318,05 4.788.679,40

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Aplicações em Instituições de Crédito no País

No Banco de Portugal - -

Em outras instituições de crédito:

Depósitos 90.042.500,00 82.592.500,00

Juros a Receber 286.167,25 454.299,16

Aplicações subordinadas 500.000,00 500.000,00

Juros a receber-Aplicações subordinadas 5.460,16 5.459,55

Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro

Bancos Centrais - -

Em outras instituições de crédito - -

Correcções de valor de activos que sejam objecto de operações de cobertura - -

Provisões - -

TOTAL 90.834.127,41 83.552.258,71

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

2016 2015

Até três meses 33.300.000,00 33.300.000,00

Entre três meses e um ano 52.200.000,00 44.750.000,00

Entre um ano e três anos 10.000,00 10.000,00

Entre três e cinco anos 5.032.500,00 500.000,00

Mais de cinco anos - 4.532.500,00

Juros a receber 291.627,41 459.758,71

TOTAL 90.834.127,41 83.552.258,71

As aplicações em Instituições de Crédito em 2016 e 2015 incluem o valor de € 3.996.486,33 e € 1.999.152,08, proveniente de operações de financiamento TLTRO do BCE.

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

11. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Crédito interno

Empresas e administrações públicas 17.211.211,22 15.558.368,34

Particulares 31.358.305,30 32.739.638,30

Crédito ao exterior

Empresas e administrações públicas

Particulares 2.358.882,86 1.169.069,18

Outros Créditos e Valores a Receber

Títulos de Dívida 500.000,00 500.000,00

Juros a receber 72.786,59 89.457,75

Comissões associadas ao custo amortizado

Despesas com encargo diferido

Receitas com rendimento diferido (184.895,80) (168.647,48)

Total do crédito não vencido 51.316.290,17 49.887.886,09

Total do crédito e juros vencidos 2.824.519,53 2.849.298,78

Provisões

Para crédito e juros vencidos (2.425.593,22) (2.439.483,34)

Para crédito de cobrança duvidosa (7.213,18) (7.636,80)

TOTAL 51.708.003,30 50.290.064,73

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de dezembro de 2016 e 2015 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 383.387,69 e 363.062,95 Euros, respetivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30). Registada na mesma rubrica e com a mesma finalidade, constituiu uma provisão livre no valor de 64.000,00 euros a 31 de dezembro de 2008, cujo saldo a 31 de dezembro de 2016 e 2015 era de 50.000,00 euros.

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

2016 2015

Até três meses 1.056.876,34 1.129.096,12

Entre três meses e um ano 660.924,65 1.418.978,67

Entre um ano e cinco anos 7.023.626,44 5.167.076,68

Mais de cinco anos 42.406.736,24 42.070.565,51

Duração indeterminada 2.992.646,03 2.951.467,89

TOTAL 54.140.809,70 52.737.184,87

12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Não aplicável.

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA

Não aplicável.

14. DERIVADOS DE COBERTURA

Não aplicável.

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2016 2015

Activos não correntes detidos para venda:

Imóveis 1.263.811,01 1.640.651.01

Imparidade:

Imóveis (471.912,10) (732.128,01)

TOTAL 791.898,91 908.523,00

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2016 e 2015 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor

Activos não correntes detidos para venda em 31 de dezembro de 2014 (Liquido) 790.911,00

Aquisições 268.500,00

Transferências 0

Alienações -159.800,00

Dotações de Imparidade -16.500,00

Reversão de Imparidade 25.412,00

Activos não correntes detidos para venda em 31 de dezembro de 2015 (Liquido) 908.523,00

Aquisições 210.700,00

Transferências 0

Alienações -587.540,00

Dotações de Imparidade -27.355,00

Reversão de Imparidade 287.570,91

Activos não correntes detidos para venda em 31 de dezembro de 2016 (Liquido) 791.898,91

16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Não aplicável.

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:

DESCRIÇÃO

31/12/2015

Aquisições Transf. Amortiz exercício

Imparid. Reg.Amort. Alienações

Abates

31/12/2016

Valor Bruto Amortiz.

Acumuladas Impari

d. Valor Líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 250.437,80 250.437,80

Edifícios 1.166.261,67 537.535,85 23.113,80 470.717,98

Outros 1.079.969,62 212.192,21 21.622,32 134.894,04 711.261,05

Obras imóveis arrendados

5.459,53 5.459,53 0,00

Outros imóveis 18.100,59 15.252,36 890,34 1.957,89

Equipamento: 0,00

Mobiliário e material 310.555,29 226.370,03 2.521,72 16.109,91 70.597,07

Máquinas e ferramentas 95.625,83 86.844,03 583,16 1.486,60 8.965,50 8.965,50 7.878,36

Equipamento informático

94.619,73 79.992,56 2.376,81 7.755,06 9.248,92

Instalações interiores 329.289,08 146.205,87 25.923,21 157.160,00

Material de transporte 58.510,60 30.918,59 3.718,32 23.873,69

Equipamento segurança 132.849,60 111.191,54 4.405,52 17.252,54

Outro equipamento 164.656,63 94.506,75 12.961,23 23.401,01 5.920,80 5.920,80 59.710,10

Equipamento em locação financeira

0,00

Outros activos tangíveis 213,01 213,01 0,00

Activos tangíveis em curso

0,00

TOTAIS 3.706.548,98 1.546.682,33 0,00 18.442,92 0,00 128.426,09 134.894,04 14.886,30 14.886,30 1.914.989,44

As imparidades sobre os Ativos Fixos Tangíveis traduzem a aplicação dos procedimentos da Norma Internacional de Contabilidade 36, em conformidade com o descrito na instrução 72/2016 do DCF), de forma a apresentar uma imagem mais verdadeira e apropriada da situação patrimonial da instituição.

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

18. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Não aplicável.

19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica “investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos” tem a seguinte composição e os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas, a 31/12/2016 podem ser resumidos da seguinte forma:

Empresa

31 de dezembro de 2016 31-12-2015

Activo* Líquido

Situação* Líquida

Resultado* Líquido Participação Imparidade Valor Liquido Valor Liquido

Caixa Central 7.964.474.055 229.398.823 -9.278.580 3.330.235 - 3.330.235 3.330.235

CA Seguros & Pensões SGPS 137.184.439 137.183.231 9.495.152 78.470 78.470 78.470

CA Vida 1.834.749.964 91.915.653 4.235.836 500 - 500 500

CA Seguros 205.395.852 45.875.934 3.824.365 58 - 58 58

CA Informática 16.832.400 7.230.047 235.720 15.893 - 15.893 15.893

Fenacam 6.948.251 4.798.343 20.639 - - - 45

TOTAL 3.425.156 - 3.425.156 3.425.201

*Nota: Dados provisórios em fase de auditoria, podendo ainda ser alterados

20. ACTIVOS POR IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de dezembro de 2016 e 2015 eram os seguintes:

2016 2015

Activos por impostos diferidos:

Por diferenças temporárias 522.660,62 508.236,41

Por prejuízos fiscais reportáveis - -

Passivos por impostos diferidos:

Por diferenças temporárias (14.295,06) (14.512,19)

TOTAL 508.365,56 493.724,22

Activos por impostos correntes:

Pagamentos por conta - -

Outros - -

Imposto sobre o rendimento a recuperar 28.542,14 -

Passivos por impostos correntes:

Imposto sobre o rendimento a pagar - 16.354,38

TOTAL 28.542,14 16.354,38

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

2016 2015

Impostos correntes 207.382,26 242.558,66

Impostos diferidos:

Registo e reversão de diferenças temporárias -14.641,34 2.601,84

Prejuízos fiscais reportáveis - -

Total de impostos reconhecidos em resultados

192.740,92 245.160,50

Lucro antes de impostos

743.654,33 1.202.198,27

Carga fiscal

25,92% 20,39%

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime aplicável, o ACE não apura colecta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à colecta apurada pelos respectivos membros.

No entanto, na presente data ainda não é possível quantificar o benefício fiscal respeitante ao investimento efectuado pelo ACE, pelo facto de se encontrar pendente de resposta um pedido de informação vinculativa apresentado à Autoridade Tributária, pelo próprio ACE, sobre o modo de apuramento do benefício nesta situação específica de investimentos elegíveis realizados por um ACE.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações

fiscais da Caixa relativas aos anos de 2013 a 2016 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.

Contudo, na opinião da Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2016.

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

21. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

OUTROS ACTIVOS

2016

2015

Devedores e outras aplicações:

Devedores por bonificações a receber 2.530,85 3,72

Outros devedores diversos 608.254,85 654.885,19

Outros activos:

Outros metais preciosos, numismática e medalhística 1.862,92 1.899,69

Rendimentos a receber:

Outros juros e rendimentos similares 21.776,50 -

Outros rendimentos a receber 1.851,93 1.636,56

Despesas com encargo diferido:

Fundo de pensões - 18.021,00

Seguros - -

Outras despesas SAMS - -

Empresas do Grupo 2.771,59 4.309,96

Outras - 0,41

Responsabilidades com pensões e outros benefícios: - -

Outras contas de regularização 162.410,69 287.851,74

TOTAL 801.459,33 968.608,27

22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS

Não aplicável.

23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Não aplicável

24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não aplicável.

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Recursos de instituições de crédito no País:

Depósitos à ordem - -

Depósitos a Prazo CCCAM 3.996.486,33 1.999.152,08

Juros a pagar – D. Ordem – CCAM’s 0,17 0,17

Juros a pagar – D. Prazo – CCCAM 278,45 188,56

Outros recursos:

Descobertos de disponibilidades – CCCAM - 57,71

Juros a pagar – Descobertos na CCCAM - -

TOTAL 3.996.764,95 1.999.398,52

26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Depósitos:

À Ordem 41.436.622,29 36.724.361,90

A Prazo 48.893.861,01 51.589.086,27

De poupança 41.652.258,09 38.304.943,96

Outros recursos de clientes:

Cheques e ordens a pagar 3.435,69 3.435,69

Outros - -

Juros a pagar 91.968,15 226.525,02

TOTAL 132.078.145,23 126.848.352,84

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

2016 2015

Até três meses 77.358.777,23 72.945.376,84

Entre três meses e um ano 53.080.683,00 49.882.557,00

Entre um ano e três anos 1.279.268,00 3.880.482,00

Entre três e cinco anos 75.340,00 27.148,00

Mais de cinco anos 284.077,00 112.789,00

TOTAL 132.078.145,23 126.848.352,84

27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

Não aplicável.

93

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS

Não aplicável.

29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Não aplicável.

30. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:

Saldos em 31 de

Dezembro de 2015

2016 Saldos em 31 de

Dezembro de 2016 Reforços

Reposições e anulações

Utilizações Transf. (+/-)

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:

Créditos de cobrança duvidosa 7.636,80 94.494,53 94.918,15 7.213,18

Crédito e juros vencidos 2.439.483,34 400.463,93 414.188,45 165,60 2.425.593,22

Risco-país 0,00

Provisões: 0,00

Riscos gerais de crédito 363.062,95 66.573,40 46.248,66 383.387,69

Outros riscos e encargos 0,00

Para Imobilizações financeiras 0,00

Riscos bancários gerais 0,00

Imparidade 0,00

Imparidade de outros activos financeiros 0,00

Imparidade em activos não financeiros 882.028,01 162.249,04 287.570,91 756.706,14

Imparidade de outros activos 0,00

Outras 473.554,84 473.554,84

TOTAL 4.165.765,94 723.780,90 842.926,17 165,60 4.046.455,07

31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL

Não aplicável.

32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Não aplicável.

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

33. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Credores e outros recursos:

Recursos diversos 332.657,67 384.101,96

Sector Público Administrativo

Imposto sobre o valor acrescentado 2.657,36 20.397,61

Retenção de impostos na fonte 38.512,56 48.530,03

Contribuições para a Segurança Social 24.174,06 23.487,10

Cobranças por conta de terceiros 1.622,61 1.512,12

Contribuições para outros sistemas de saúde 5.074,56 4.459,76

Credores diversos 251.788,87 198.314,82

Encargos a pagar:

Por gastos com pessoal

- Órgãos de Gestão/ Fiscalização 56.892,62 39.474,02

- Provisão para férias e subsídio de férias 149.498,45 134.551,52

- Prémio de antiguidade 94.260,00 90.722,00

Outros - 13,1

Receitas com rendimento diferido: - -

Comissões por garantias prestadas 1.101,31 2.903,79

Comissões em operações sindicadas 1.249,99 875,00

Responsabilidades com pensões e outros benefícios: 19.300,40 31.042,40

Outras contas de regularização:

Operações passivas a regularizar 10.157,70 9.634,31

Caixa - -

Transferências electrónicas 69.204,87 900,00

Compensação 45.241,45 50.185,08

Meios electrónicos de pagamento 59.594,93 110.444,80

Efeitos - 16.423,50

CEPA CT 5.346,76 -

Operações a regularizar – Sistemas informáticos 31,21 -

Outras operações internas - -

TOTAL 1.168.367,38 1.167.972,92

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34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

2016 2015

Garantias prestadas e outros passivos eventuais:

Garantias e avales prestados 372.480,80 766.400,64

Créditos documentários abertos - -

Direitos adicionais de crédito

Outros Activos dados em Garantia à Caixa Central

Compromissos perante terceiros:

Linhas de crédito irrevogáveis 3.526.641,10 2.736.897,74

Responsabilidades por prestação de serviços:

De depósito e guarda de valores 115.072,00 129.163,44

Valores recebidos para cobrança 72.550,00 22.490,00

TOTAL 4.086.743,90 3.654.951,82

No âmbito da sua actividade normal a Caixa oferece determinados produtos financeiros que tradicionalmente incluem instrumentos relacionados com crédito registados em contas extrapatrimoniais e cujos riscos não se encontram, portanto reflectidos totalmente ou em parte nas demonstrações financeiras.

As garantias e avales prestados podem dizer respeito a operações relacionadas ou não com crédito, em que a Caixa presta uma garantia em relação a crédito concedido a um cliente por uma entidade terceira. De acordo com as suas características específicas, espera-se que algumas destas garantias expirem sem terem sido exigidas, pelo que estas operações não representam necessariamente fluxos de caixa de saída.

As cartas de crédito e créditos documentários abertos destinam-se particularmente a garantir pagamentos a entidades terceiras no âmbito de transacções comerciais com o estrangeiro, financiando o envio das mercadorias adquiridas. Desta forma o risco de crédito destas transacções encontra-se limitado uma vez que se encontram colateralizadas pelas mercadorias enviadas e são geralmente de curta duração.

Os compromissos irrevogáveis constituem partes não utilizadas de facilidades de crédito concedidas a clientes empresas e particulares. Muitas destas operações têm uma duração fixa e uma taxa de juro variável, pelo que o risco de crédito e de taxa de juro é limitado.

Os instrumentos financeiros contabilizados como Garantias e outros compromissos estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e controlo aplicados à carteira de crédito nomeadamente quanto à avaliação da adequação das provisões constituídas tal como descrito na política contabilística. A exposição máxima de crédito é representada pelo valor nominal que poderia ser perdido relativo aos passivos contingentes e outros compromissos assumidos pela Caixa na eventualidade de incumprimento pelas respectivas contrapartes, sem ter em consideração potenciais recuperações de crédito ou colaterais.

Em virtude da natureza destas operações conforme acima descrito não se prevêem quaisquer perdas materiais nestas operações.

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35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a estrutura dos títulos de capital de valor nominal igual a 5,00 euros cada da Caixa é a seguinte:

2016 2015

Nº títulos % Nº títulos %

CCAMVDAV – títulos próprios 1.871.501 63,30% 1.751.718 65,07%

Restantes sócios diversos 1.085.278 36,70% 940.225 34,93%

TOTAL 2.956.779 100,00 2.691.943 100,00

36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

2016 2015

Reservas de reavaliação:

Reservas resultantes da valorização ao justo valor (13.265,69) 29.828,66

Reservas de reavaliação do imobilizado 166.221,64 168.746,38

Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais (117.495,00) (88.314,00)

Reservas por impostos diferidos - -

De activos financeiros disponíveis para venda - -

35.460,95 110.261,04

Outros instrumentos de capital:

Reserva Legal 2.826.947,57 2.626.947,57

Outras reservas 499.474,94 447.753,48

Resultados transitados (15.496,26) (15.511,26)

3.310.926,25 3.059.189,79

Lucro do exercício 550.913,41 957.037,77

TOTAL 3.897.300,61 4.016.227,56

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito:

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 903,66 1.282,82

Juros de aplicações em instituições de crédito:

Aplicações em instituições de crédito no país 858.391,42 1.642.755,34

Juros de crédito a clientes:

Crédito não representado por valores mobiliários

Crédito interno

Empresas e administração públicas

- Desconto e outros créditos titulados por efeitos 5.399,17 8.077,60

- Empréstimos 552.347,25 712.647,97

- Créditos em conta corrente 32.694,60 34.396,87

- Descobertos em depósitos à ordem 12.825,19 13.591,24

- Operações de locação financeira 5.707,98 -

Particulares

- Habitação 396.243,82 452.306,59

- Consumo 111.843,05 116.882,86

- Outras finalidades 256.567,95 290.508,50

Crédito ao exterior

Particulares

- Habitação 43.749,95 17.790,47

- Outras finalidades 10.774,10 4.785,82

Outros Créditos e valores a receber (titulados) 14.967,00 16.010,11

Juros de crédito vencido 21.202,78 30.142,52

Juros e rendimentos similares de outros activos financeiros

De dívida pública portuguesa 29.621,84 113.000,00

Juros títulos de investimento subordinados - -

Dívida subordinada 49.684,46 1.357,50

Juros-Obrigações-Emiss. publicos estrang.-AFDV 62.788,97 831,70

Outros juros e rendimentos similares

TOTAL 2.465.713,19 3.456.367,91

38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Juros de recursos de outras instituições de crédito no país 5.509,72 2.606,56

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 283.015,88 950.131,33

Outros juros e encargos similares 64.789,68 42.421,92

TOTAL 353.315,28 995.159,81

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39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos:

Investimento em filiais no país 37,5 753,00

TOTAL 37,5 753,00

40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Por garantias prestadas 19.530,53 24.735,15

Por compromissos assumidos perante terceiros 38.855,95 33.306,68

Por serviços prestados 816.620,13 720.666,37

Outras comissões recebidas 227.741,36 247.042,81

TOTAL 1.102.747,97 1.025.751,01

41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Por serviços bancários prestados por terceiros 102.322,79 95.688,40

Outras comissões pagas 38.737,00 21.604,00

TOTAL 141.059,79 117.292,40

42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Perdas em activos financeiros detidos para negociação 39.231,67 -

TOTAL 39.231,67 -

43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

De dívida pública portuguesa 105.602,06 -

De emissores públicos estrangeiros 94.006,29 -

TOTAL 199.608,35 -

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44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Operações cambiais à vista:

Perdas em diferenças cambiais (50.368,62) (37.744,19)

Ganhos em diferenças cambiais 60.977,59 47.091,24

TOTAL 10.608,97 9.347,05

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Ganhos em activos não financeiros:

Perdas realizadas em activos não correntes detidos para venda (216.840,00) (42.400,00)

Menos valias realizadas - outros activos tangíveis - -

Ganhos realizados em activos não correntes detidos para venda 8.000,00 5.100,00

Mais-valias-Outros activos tangíveis 500,00 1.618,51

TOTAL (208.340,00) (35.681,49)

46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas têm a seguinte composição:

2016 2015

Outros ganhos e rendimentos operacionais:

Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conj. - 62.726,78

Reembolso de despesas 14.909,03 10.143,14

Recuperação de créditos, juros e despesas 47.868,15 184.503,68

Rendimentos da prestação de serviços diversos 82.796,15 24.617,38

Outros 1.546,53 12.137,33

Outros encargos e gastos operacionais:

Quotizações e donativos (3.549,28) (13.180,39)

Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (1.160,00) (13.120,00)

Contribuições para o Fundo de Resolução (13.707,43) (9.137,77)

Outros encargos e gastos operacionais (8.432,76) (8.109,22)

Outros impostos:

Impostos indirectos (19.359,60) (13.909,28)

Impostos directos (7.482,30) (5.748,60)

TOTAL 93.428,49 230.923,05

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

47. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Salários e vencimentos:

Órgãos de Gestão e Fiscalização 365.917,72 278.926,33

Empregados 860.879,81 823.895,92

Encargos sociais obrigatórios:

Encargos relativos a remunerações 291.283,22 264.109,63

Fundos de pensões 10.546,04 8.176,00

Outros encargos sociais obrigatórios 10.342,38 11.056,30

Outros custos com pessoal:

Formação CAM - -

Indemnizações Contratuais - -

TOTAL 1.538.969,17 1.386.164,18

O número médio de colaboradores da Caixa em 2016 e 2015 apresenta a seguinte composição:

2016 2015

Funções de Direcção/CAE 2 2

Funções de Chefias Intermédias 5 5

Funções Técnicas 2 2

Funções Administrativas 2 2

Funções Auxiliares 3 3

Funções Comerciais 14 14

TOTAL 28 28

O Conselho de Administração até 9 de Junho era composto por sete elementos, passando a partir daquela data a ser constituído por cinco, dois dos quais são executivos e pertencem aos quadros da Instituição. Remunerações dos Órgãos Sociais, auferidas no exercício de 2016:

Conselho de Administração Fixas Variáveis Totais

José António de Morais Sarmento Moniz, Dr.*** 5.300,0 0 5.300,0

Victor Manuel Coutinho Lopes Gomes, Dr. * 149.329,99 **13.000,00 162.329,99

Marciano Balula dos Santos*** 0 0 0

Alfredo Ribeiro Poças 5.280,00 0 5.280,00

José Luís Ferreira dos Santos, Prof.**** 3.080,00 3.080,00

José Abrantes Marques**** 3.300,00 3.300,00

João Coelho * 149.181,00 **13.000,00 162.181,00

* Executivo. ** Prémio de desempenho de 2015 pago em 2016. *** Terminou o mandato em 09/06/2016. **** Transitou do Conselho Fiscal em 09/06/2016

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

Conselho de Fiscal Fixas Variáveis Totais

José Abrantes Marques* 440,00 0 440,00

César Augusto Almeida Morais** 440,00 0 440,00

José Luís Ferreira dos Santos, Prof.* 440,00 0 440,00

José Manuel Amado Magalhães, Dr. 1.100,00 0 1.100,00

Joaquim de Jesus Lopes** 440,00 0 400,00

Acácio Santos da Fonseca Pinto 880,00 0 880,00

António Maria da Silva 660,00 0 660,00

* Terminou o mandatado em 09/06/2016 e transitou para o C. A. ** Terminou o mandato em 09/06/2016.

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

Revisor Oficial de Contas Fixas Variáveis Totais

Diz & Associados – SROC, Lda 12.320,04 0 12.320,04

48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2016 2015

Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis 38.389,02 39.164,31

Material de consumo corrente 40.168,13 45.280,37

Publicações 789,54 382,56

Material de higiene e limpeza 1.863,17 982,19

Outros fornecimentos de terceiros 17.677,37 16.455,40

Com serviços:

Rendas e alugueres 27.937,13 28.896,40

Comunicações 58.354,73 59.984,18

Deslocações, estadas e representação 8.169,43 10.237,35

Publicidade e edição de publicações 47.492,82 46.897,07

Conservação e reparação 32.501,02 30.279,25

Transportes 2.802,61 3.495,13

Formação de pessoal 8.647,90 6.391,06

Seguros 13.297,93 14.063,32

Serviços especializados:

- Avenças e honorários 47.115,23 36.450,31

- Judiciais, contencioso e notariado 34.655,14 28.585,47

- Informática 300.655,19 304.308,19

- Segurança e vigilância 4.262,16 4.832,13

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

- Limpeza 11.300,04 10.136,64

- Bancos de dados 2.490,77 1.950,17

- Outros serviços especializados:

. Estudos e consultas 282,37 -

. Consultores e auditores externos 27.637,55 13.036,20

. Tratamento de valores 1.202,88 312,32

. SIBS 44.548,01 40.360,06

. Avaliadores externos 18.552,13 13.370,10

- Outros serviços de terceiros

. Compensação 6.304,08 7.001,03

. Recrutamento de Pessoal - 55,35

. Serviços de suporte ao negócio 32.473,65 32.096,51

. Outros serviços 8.405,96 8.495,85

- Gastos gerais administrativos de exercícios anteriores 317,45 1.260,14

TOTAL 838.293,41 804.759,06

49. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas e com outras empresas do Grupo CA.

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

2016 2015

Associadas Coligadas Outras empresas

do Grupo CA Associadas Coligadas

Outras empresas do

Grupo CA

Activos:

Disponibilidades outras Instituições Crédito - - 935.491 - - 1.016.888

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - -

Aplicações em Instituições de Crédito - - 90.834.117 - - 83.552.259

Outros activos 254.335 5.100 12.921 261.098 4.304 12.470

Passivos:

Recursos de outras Instituições de Crédito - - 1.999.399 - - 1.999.398,52

Outros passivos - 12.043 290 - 20.493 25.372

Custos:

Juros e encargos similares - 5.510 - 2.607

Encargos com serviços e comissões - 5.552 76.885 - 517 59.632

Gastos gerais administrativos 12.299 450.092 10.228 14.063 475.661 6.778

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - - 859.295 - - 1.644.038

Rendimentos de instrumentos de capital 38 - - 753 - -

Rendimentos de serviços e comissões 368.435 - 42.311 395.671 - 66.811

Outros resultados de exploração 51.523 6.763

103

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

50. PENSÕES DE REFORMA

De acordo com o IAS 19, os pressupostos actuariais de cálculo das responsabilidades com o complemento de pensões são mais conservadores do que os usados no PCSB, pelo que, com a adopção das NCA’s, verificou-se a necessidade de registar um passivo correspondente à parcela de responsabilidades não cobertas pela quota parte do valor dos activos do Fundo.

Adicionalmente, com o IAS 19, surgiu a necessidade de registar como passivo as responsabilidades pela obrigação de pagar prémios de antiguidade e de incorrer em encargos com o SAMS.

1.iii.a) Apuramento do impacto de adopção das NCA a 1/01/2007

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 –

Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição

referentes a 31 de dezembro de 2006.

Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio

de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

1-01-2007

Fundo de pensões

A.1. Responsabilidades PCSB 15.236

A.2. Impacto da transição para IAS 19: 66.741

A.2.1. Tábua de mortalidade 4.269

A.2.2. Pressupostos financeiros 62.472

A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 81.977

A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 17.938

A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 64.039

1-01-2007

Encargos com saúde (SAMS):

B.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 184.999

B.2. Com licenças sem vencimento 0

B.3. Com pré-reformados 0

B.4. Com pensões em pagamento 0

B. Total 184.999

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O Banco nacional com pronúncia local CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA

Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

1-01-2007

Prémio de antiguidade:

C.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 141.841

C.2. Com licenças sem vencimento 0

C. Total 141.841

De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da

alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através

da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7

anos).

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de

responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido

através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro

de 2011 (5 anos).

Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as

responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da

aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7

anos).

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de

2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de

três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da CCAM VALE DO DÃO E ALTO VOUGA prolongar o diferimento dos impactos de transição tal

como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da

adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora são reconhecidos em resultados transitados, é

como segue:

31-12-2007 Nº anos a diferir Data limite de

diferimento

A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 3.659 9 anos 2016

A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos financeiros 49.978 7 anos 2014

A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 2.162 7 anos 2014

B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 158.570 9 anos 2016

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O Banco nacional com pronúncia local CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA

Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

No exercício de 2014 terminou o prazo limite de diferimento do impacto de transição na adopção da IAS

19, no que respeita a:

- Alteração dos pressupostos financeiros;

- Excesso de cobertura em PCSB.

Ficaram por ainda diferir em 2015 e 2016, o valor respeitante a:

- Alteração da tábua de mortalidade;

- Encargos com saúde (SAMS).

Assim sendo, o reconhecimento anual nos resultados transitados no atual exercício é o seguinte:

31-12-2016*

A.2.1.2016 Alteração da tábua de mortalidade 407

B.2016 Encargos com saúde (SAMS) 17.614

2016 TOTAL 18.021

TOTAL = A.2.1.2016 + B.2016

*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS

19.

1.iii.b) Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2016

Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM VALE DO DÃO

E ALTO VOUGA com referência a 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 foram os seguintes:

31/12/2016 31/12/2015

Pressupostos demográficos

Tábua de mortalidade TV – 88/90 TV –

88/90

Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80

Idade de reforma (**) (**)

Método de avaliação “Projected

Unit Credit” “Projected

Unit Credit”

Pressupostos financeiros:

Taxa de desconto (*) (*)

Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,40%

Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social: - de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

106

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O Banco nacional com pronúncia local CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA

Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos :

2,30% 2,70%

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos 2,10% 2,30%

Pré-formados, reformados e pensionistas : 1,75% 2,00%

(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de

complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego

(SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento,

referente à CCAM VALE DO DÃO E ALTO VOUGA, é o seguinte:

31-12-2016

F.2016 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 727.594

F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 460.154

F.2 Com licenças sem vencimento 0

F.3 Com pré-reformados 215.362

F.4 Com pensões em pagamento 52.078

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pós

emprego referente à CCAM VALE DO DÃO E ALTO VOUGA é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 18.766

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 955

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais 24.776

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados -18.646

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos

planos

43.422

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 44.497

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O Banco nacional com pronúncia local CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA

Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM VALE DO DÃO E ALTO

VOUGA foi o seguinte:

A.4.2015 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 636.775

H.1 (+) Contribuições efectuadas 60.644

H.1.1 Pela CCAM VALE DO DÃO E ALTO VOUGA 51.469

H.1.2 Pelos empregados 9.175

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 17.746

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 13.083

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 8.677

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 358

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 358

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 2.108

H.7.2016 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2016 708.294

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2016

(H.7.2016 – A.4.2015)

71.519

O movimento ocorrido durante o exercício de 2016, relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2015 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2015 667.817

G.1 (+) Custo do serviço corrente 18.766

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 9.591

H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 9.175

G.2 (+) Custo dos juros 15.870

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades 27.608

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 358

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 358

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 2.108

F.2016 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2016 727.594

K. Variação nas responsabilidades em 2016 (F.2016 – F.2015) 59.777

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O Banco nacional com pronúncia local CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA

Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o Aviso 12/2001 do

Banco de Portugal, era o seguinte:

F.2016 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 727.594

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2016 (Aviso 7/2008)* 0

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 704.587

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 101

*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19.

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os

desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos

para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.

No exercício de 2016, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no

“rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2015 Desvios atuariais em 31-12-2015 -88.314

RI.ano Desvios atuariais gerados em 2016 – Ganhos e perdas

atuariais

-29.182

RI.2016 Desvios atuariais em 31-12-2016 -117.496

Prémios de antiguidade:

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros,

com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2015

N.1.2015 Com trabalhadores no ativo 90.722

N.2.2015 Com licenças sem vencimento 0

N.2015 Total 90.722

Prémio de Antiguidade 31-12-2016

N.1.2016 Com trabalhadores no ativo 94.260

N.2.2016 Com licenças sem vencimento 0

N.2016 Total 94.260

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no ativo 3.538

O.2. Com licenças sem vencimento 0

O. Total 3.538

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

DIVULGAÇÕES RELATIVAS A GESTÃO DE RISCOS EM INSTRUMENTOS FINANCEIROS Risco de crédito

Risco de crédito corresponde a perdas financeiras decorrentes do incumprimento das contrapartes com as quais são celebrados os instrumentos financeiros.

Exposição máxima ao risco de crédito

Em 31 de dezembro de 2016, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:

Tipo de instrumento financeiro Valor Bruto Imparidade Valor líquido

Patrimoniais:

Crédito a clientes 54.140.809,70 2.432.806,40 51.708.003,30

Derivados de cobertura - - -

Disponibilidades em outras instituições de

crédito 935.491,42 - 935.491,42

Aplicações em instituições de crédito 90.834.127,41 - 90.834.127,41

145.910.428,53 2.432.806,40 143.477.622,13

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas 372.480,80 3.724,81 368.755,99

Compromissos irrevogáveis 5.226.641,10 16.982,43 5.209.658,67

Total 5.599.121,90 20.707,24 5.578.414,66

52. Prestação de serviços de mediação de seguros ou de resseguros

Prestação de serviços de mediação de seguros ou de resseguros

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Vale do Dão e Alto Vouga está inscrita na Autoridade de

Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo

com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a

actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola,

designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros),

que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito

Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros

para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de

adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das

participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM

recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as

quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de

Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar

pelas Seguradoras, à data de 31 de dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no

Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as

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O Banco nacional com pronúncia local CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA

Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de dezembro de 2016, encontram-se já

integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM

nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2014 2015 2016 % por Origem 2016

Ramos Não Vida CA Seguros 105.034,92 170.144,68 186.187,82 50,5% Ramo Vida CA Vida 181.966,89 216.270,86 172.892,81 46,9% Fundos de Pensões CA Vida 4.594,94 9.255,23 9.353,91 2,5%

Total 291.596,75 395.670,77 368.434,54 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de

quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo,

passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela

CCAM.

53. RÁCIOS PRUDENCIAIS No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dando lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola:

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE

Em euros 2015 2016 Δ 15/16

Fundos Próprios totais 16.858.948 18.069.929 7,2%

Common equity tier 1* 16.598.525 18.069.929 ---

Tier 1* 16.598.525 18.069.929 8,9%

Tier 2 260.423 0 ----

Posição em risco de activos e equivalentes 149.721.516 158.602.842 5,9%

Requisitos de fundos próprios 44.191.068 44.268.565 0,2%

Crédito 37.189.397 37.421.419 0,6%

Operacional 7.001.670 6.847.146 -2,2%

CVA --- --- ---

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* 37,6% 40,8% ---

Tier 1 * 37,6% 40,8% 3,3 P.P

Tier 2 0,6% 0,0% -

0,6 P.P

Total* 38,2% 40,8% 2,7 P.P

* Incorporando o resultado líquido do exercício.

(a) Os rácios são calculado de acordo com as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

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Anexo às Demonstrações Financeiras – Exercício de 2016

Risco cambial

Em 31 de dezembro de 2016, o risco cambial existente é de valor muito reduzido ou mesmo nulo.

Risco de mercado

Risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos cash-flows dos instrumentos financeiros em função de alterações nos preços de mercado, incluindo:

· risco cambial

· risco de taxa de juro

· outro risco de preço. Este risco está associado a variações ao nível dos preços de mercados (excluindo as variações associadas ao risco

· cambial ou ao risco de taxa de juro) resultantes de variações em factores específicos de cada instrumento financeiro ou de factores que afectem todos os instrumentos financeiros similares transaccionados no mercado.

Análise de sensibilidade

O risco de mercado da Caixa é avaliado com base na metodologia do “Value-at-Risk” (VaR), sendo este indicador utilizado na gestão da exposição aos riscos gerados pelos instrumentos financeiros.

O Responsável pela Contabilidade, O Conselho de Administração,

Marcelo Luís Costa Almeida (Dr.) Victor Manuel Coutinho Lopes Gomes (Dr.) – Presidente TOC N.º 4.704 �������������������������������João Coelho �����Alfredo Ribeiro Poças José Luís Ferreira dos Santos (Prof.) José Abrantes Marques

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MOVIMENTO DEASSOCIADOS

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O Banco nacional CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com pronúncia local. Relatório e Contas 2016

Relatório e Contas – Exercício de 2016

Vi. MOVIMENTO ASSOCIATIVO NO ANO DE 2016

Sócios existentes em 31 de dezembro de 2015 ........................ 6.057

Sócios admitidos durante o ano de 2016 .................................... 197

Soma:.................. 6.254

Sócios Falecidos 15

Sócios Exonerados (Art. 13 Estatutos) 33

Sócios Excluídos ( Art. 14 Estatutos) 6

Sócios efetivos existentes em 31 de dezembro de 2016 6.200

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PARECER DOCONSELHO FISCAL

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CERTIFICAÇÃOLEGAL DAS CONTAS

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