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Relatório e Contas 2014 Águas e Parque Biológico de Gaia é uma Empresa Municipal do

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Relatório e Contas

2014

Águas e Parque Biológico de Gaia é uma Empresa Municipal do

RELATÓRIO E CONTAS 2014

2

Armazenamento, tratamento e distribuição de água.

Drenagem de águas residuais.

ÁGUAS E PARQUE BIOLÓGICO DE GAIA, EM, SA

Rua 14 de outubro, 343

4430-050 VILA NOVA DE GAIA

www.aguasgaia.eu www.parquebiologico.pt

Empresa Municipal, SA - Capital Social EUR 54 000 000,00

N.º de Matrícula/NIPC: 504 763 202 da C.R.C. de Vila Nova de Gaia

3

Conselho de Administração

Eng.º Serafim Silva Martins (Presidente)

Eng.º Tiago Filipe da Costa Braga (Administrador Executivo)

Dr. Amadeu José Guimarães Campos (Administrador Não Executivo)

Fiscal Único

Virgílio Macedo, SROC

Assembleia Geral

Constituída de acordo com o artigo 9.º dos Estatutos da Empresa

ÓRGÃOS SOCIAIS

4

Mensagem do Conselho de Administração

Com um resultado do exercício de 2013 negativo, num montante de 3,8 milhões de euros, ao ano de

2014 apresentava, como condições de partida à gestão, um conjunto de desafios e ameaças que

colocava a empresa num cenário de forte constrangimento e pressão.

Conjugado com o forte impacto da crise económica e social que assolava o País, repercutindo-se

numa quebra significativa no consumo de água por parte dos munícipes, acrescia a finalização do

contrato de gestão delegada com a Simdouro, para gestão e operação das unidades de tratamento

de águas residuais, e uma previsível, mas conscientemente decidida, diminuição de receitas, em

cerca de 900 000 euros, resultantes da redução operada na tarifa de Resíduos Sólidos Urbanos na

fatura da água em 6,5%.

Ressalva-se consciente, por tal redução consubstanciar uma política de desoneração dos encargos

para os munícipes do concelho, correspondendo a uma visão estratégica sobre o enquadramento da

água enquanto bem público e uma necessidade básica para as populações, mas também por tal

corresponder a uma imperiosa ação gestionária na medida, traduzível no valor de imparidades

constituídas pela empresa para garantir os montantes não cobrados, em que o nível de

acessibilidade ao conjunto de serviços prestado por esta empresa municipal era inferior à média

nacional para o setor.

Perante este cenário, fortemente adverso, alinhado com o pensamento estratégico do Senhor

Presidente da Câmara para as Águas de Gaia, de reforço do seu papel enquanto instrumento

fundamental para o desenvolvimento harmonioso do Concelho, foi desenvolvido e implementado um

processo de restruturação visando a focalização da empresa no seu core business.

Entre outros aspetos, de natureza financeira e operacional, este processo de redireccionamento da

empresa ao seu objeto inicial, teve, como medida mais visível, a internalização do Setor do Parque

Biológico na Câmara Municipal, garantindo-se dessa forma não só o cumprimento estrito das regras

do sector impostas pela ERSAR mas igualmente, e não menos importante, que o projeto Parque

Biológico, obtivesse as condições formais para garantir os investimentos necessários à sua projeção

para outros níveis de desempenho.

Complementarmente às medidas de caracter mais estrutural, projetadas para a medio-longo prazo a

empresa adquirir maior resiliência, foi necessário, porque tal a colocaria na eminencia da extinção

por força da Lei, assumir uma execução orçamental muito restritiva, garante da obtenção, como se

verifica agora, não só de um resultado positivo para o exercício de 2014, num montante de 294 000

euros, mas e fundamentalmente da melhoria do desempenho de todos os restantes indicadores de

Rendibilidade.

Ainda no domínio económico-financeiro, salientando que apesar dos fortes constrangimento

verificados, e para além do estabelecido pelo orçamento do estado em matéria de remunerações

para o sector do estado, não ter sido desencadeada qualquer ação sobre a massa salarial dos

funcionários da empresa, assinala-se a redução verificada nos custos operacionais em 4 363 milhares

de euros, revelando o esforço de contenção e adaptação às atuais circunstâncias do país.

5

Importa no entanto referir, apesar da diminuição dos custos de exploração bem como do

investimento efetuado em 2014, que o nível de serviço da empresa não foi impactado

negativamente, devendo-se tal facto em grande medida ao desempenho e comprometimento dos

trabalhadores das Águas de Gaia na estratégia estabelecida para a restruturação da empresa,

justificando que se utilize este documento para o tributo público que estes merecem. O sucesso

obtido e o nível de eficiência operacional alcançado, testemunhável pelos galardões atribuídos à

empresa durante o ano de 2014, exemplificados pelas Bandeiras azuis ou selo da Qualidade da Água

do ERSAR, decorre do empenho, energia e dedicação colocada na empresa por todos os

colaboradores que emprestaram ou emprestam atualmente o seu contributo à empresa.

Do mesmo modo, o Conselho de Administração agradece publicamente ao Senhor Presidente da

Câmara, não só pela confiança demonstrada neste órgão, mas fundamentalmente pelo

comprometimento e envolvimento institucional no processo de restruturação da empresa levado a

cabo durante o ano de 2014.

Neste particular o Conselho de Administração expressa o seu agradecimento:

Ao Senhor Vice Presidente e restantes Vereadores da Câmara Municipal pelo estímulo e apoio

permanentemente assegurados e pela confiança sempre afirmada no cumprimento dos objetivos

a cumprir pela Empresa;

Ao Senhor Presidente da Assembleia Municipal e a todos os membros da Assembleia Municipal

pela colaboração prestada na procura conjunta de respostas aos problemas das populações;

Aos Senhores Presidentes das Juntas de Freguesia pela sua participação nas intervenções

efetuadas pela Empresa nas diversas freguesias do concelho;

Aos nossos clientes que continuam a demonstrar plena confiança e satisfação pela qualidade dos

serviços prestados pela Empresa, como se verifica pela sua adesão à resolução dos processos de

ligação às redes de água e de saneamento e aos programas de controlo de qualidade da água;

Aos munícipes de Vila Nova de Gaia pela sua disponibilidade e pela adesão plena aos serviços

prestados por Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA;

Vila Nova de Gaia, 27 de março de 2015

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

6

Principais Indicadores

2013 2014

DIMENSÃO

Capital Estatutário 54 000 54 000

Capital Próprio 72 494 73 007

Ativo Líquido Total 164 799 156 093

Proveitos Operacionais 57 367 56 134

Valor Acrescentado Bruto 18 723 20 751

Investimentos

Investimentos Fixos Tangíveis 5 401 3 219

Investimentos Fixos Intangíveis 0 2

N.º Total de Efetivos 451 444

N.º de Efetivos do Quadro 260 256

N.º de Clientes de Água 132 435 131 867

N.º de Clientes de Saneamento 132 645 132 540

N.º de Freguesias Abastecidas 15 15

N.º de Alojamentos com capacidade de habitação na

Área Abastecida *124 769 *125 586

Empresas na Área Abastecida 11 700 10 565

136 469 136 151

Taxa de Cobertura de Abastecimento de Água 97,0% 96,9%

Taxa de Cobertura de Saneamento 97,2% 97,3%

Água Total Emitida às Redes (m3) 18 396 207 18 297 592

Água Total Faturada (m3) 14 688 318 14 225 165

Perdas de Água (m3) 3 707 889 4 072 587

Taxa de Perdas (Água não faturada) 20,2% 22,3%

Taxa de Perdas Reais 15,1% 15,9%

RENDIBILIDADE

Cash-Flow do Exercício 4 659 7 751

EBITDA 7 915 10 565

Lucro Líquido -3 947 294

Taxa Rentabilidade das Vendas -12,45% 0,98%

Taxa Rentabilidade Interna 15% 26%

Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) -5,4% 0,1%

PRODUTIVIDADE

N.º de Clientes por Efetivo 588 597

N.º de Efetivos por 1000 ligações 1,7 1,7

Ativo Líquido por Efetivo 365 352

Valor Acrescentado Bruto por Efetivo 41,5 46,7

Absentismo (%) 6,6 5,3

(milhares de euros)

* Dados extraídos dos resultados definitivos dos censos 2011 – Dados INE

7

Índice Mensagem do Conselho de Administração ............................................................................... 4

Principais Indicadores ....................................................................................................... 6

I. Introdução ............................................................................................................. 11

1. ........................................................................................................................... 11

2. Reestruturação de Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA ............................................ 11

3. Acontecimentos Relevantes ..................................................................................... 12

3.1 Auditoria financeira aos exercícios de 2011 a 2013 ................................................... 12

3.2 Parque Biológico ............................................................................................. 12

3.3 Estação Litoral da Aguda ................................................................................... 12

3.4 Selo de Qualidade ERSAR ................................................................................... 12

3.5 Avaliação pela ERSAR da qualidade do serviço das entidades gestoras de serviços de águas e

resíduos – Realização de Auditoria ................................................................................ 13

3.6 Auditoria SIQAS .............................................................................................. 13

3.7 Tarifários ...................................................................................................... 14

3.8 Programa Especial de Pagamento de Dívidas ........................................................... 14

3.9 Prémio Praia + Acessível ................................................................................... 14

3.10 Grande Prémio de Atletismo Águas de Gaia ............................................................ 15

4. ........................................................................................................................... 15

5. ........................................................................................................................... 15

II. Águas de Gaia – Áreas de Atividade ............................................................................... 17

1. Distribuição de Água .............................................................................................. 17

a) Sistema de Distribuição ....................................................................................... 17

b) Água Não Faturada e Perdas Reais .......................................................................... 18

c) Qualidade da Água Distribuída ............................................................................... 19

d) Qualidade no Serviço de Abastecimento ................................................................... 19

e) Aquisição, Emissão e Consumo de Água .................................................................... 20

1) Aquisição e emissão de água .............................................................................. 20

2) Consumo de água ............................................................................................ 20

f) Balanço Hídrico ................................................................................................. 22

g) Investimento no Sector ........................................................................................ 23

2. Drenagem, Transporte e Tratamento de Águas Residuais .................................................. 23

a) Infraestruturas de Saneamento em Alta .................................................................... 25

b) Reclamações por Anomalias na Rede de Saneamento ................................................... 25

c) Receitas de Saneamento ...................................................................................... 26

d) Investimento no Sector ........................................................................................ 26

8

3. Sistema de Drenagem de Águas Pluviais ....................................................................... 26

4. Resíduos Sólidos Urbanos ......................................................................................... 27

5. Limpeza e Manutenção de Rios e Ribeiras .................................................................... 28

a) Rios e Ribeiras .................................................................................................. 28

b) Centro de Educação Ambiental das Ribeiras de Gaia - CEAR ........................................... 28

6. Gestão de Zonas Balneares e Praias ............................................................................ 29

a) Orla Costeira .................................................................................................... 29

b) Campanha Bandeira Azul ...................................................................................... 29

c) Qualidade das Águas e Areias Balneares ................................................................... 29

d) Praia Acessível, Praia para Todos ........................................................................... 30

e) Zonas Fluviais ................................................................................................... 30

III. Parque Biológico de Gaia ......................................................................................... 31

1. Parques e Serviços ................................................................................................. 32

a) Parque Biológico de Gaia...................................................................................... 32

b) Parque Dunas da Aguda........................................................................................ 32

c) Parque da Lavandeira .......................................................................................... 32

d) Reserva Natural Local do Estuário do Douro ............................................................... 33

e) Cordão Dunar de Vila Nova de Gaia ......................................................................... 33

f) Parque Botânico do Castelo / Sítio Arqueológico ......................................................... 33

g) Centro Interpretativo do Património da Afurada ......................................................... 33

h) Parque da Quinta do Conde das Devesas ................................................................... 34

i) Parque da Ponte Maria Pia .................................................................................... 34

j) Setor de Obras e Manutenção ................................................................................ 34

k) Intervenções fora do Município .............................................................................. 35

2. Educação Ambiental e Conservação da Biodiversidade ..................................................... 35

a) Setor de Educação Ambiental ................................................................................ 35

b) Observatório Astronómico do Parque Biológico ........................................................... 36

c) Setor Editorial, Exposições e Fotografia.................................................................... 36

d) Conservação da Biodiversidade .............................................................................. 37

e) Investigação Científica ........................................................................................ 37

f) Setor Veterinário e Zootécnico .............................................................................. 38

3. Espaços Verdes Municipais ....................................................................................... 38

IV. Estação Litoral da Aguda ......................................................................................... 40

V. Estrutura Organizativa ............................................................................................... 42

1. Organigrama ........................................................................................................... 42

2. Recursos Humanos.................................................................................................... 42

9

a) Quadro de Pessoal .............................................................................................. 42

b) Distribuição do Pessoal por Centros de Custo ............................................................. 43

c) Indicadores dos Recursos Humanos .......................................................................... 44

d) Formação Profissional ......................................................................................... 44

e) Acordos com o IEFP ............................................................................................ 44

f) Estágios Profissionais .......................................................................................... 45

g) Estágios Curriculares ........................................................................................... 45

h) Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho .................................................................. 45

3. Meios Tecnológicos e Sistemas de Informação .................................................................. 46

a) Sistemas de Informação ....................................................................................... 46

Infraestrutura Tecnológica ....................................................................................... 46

Gestão Documental ............................................................................................... 46

SIG – Sistema de Informação Geográfica ...................................................................... 46

b) Sistema de Telemetria e Análise de Dados ................................................................ 47

c) Gestão Energética .............................................................................................. 47

Produção de energia com recurso a partir de fonte fotovoltaica ......................................... 47

VI. Ação Jurídica e Contencioso ..................................................................................... 49

VII. Situação Económica e Financeira ............................................................................... 50

1. Ativo ................................................................................................................. 50

Ativo Não Corrente ................................................................................................... 50

Ativo Corrente ......................................................................................................... 50

2. Capital Próprio ..................................................................................................... 51

3. Passivo ............................................................................................................... 51

Passivo Não Corrente ................................................................................................ 52

Passivo Corrente ...................................................................................................... 52

4. Indicadores do Balanço ........................................................................................... 53

5. Resultados do Período ............................................................................................ 53

a) Rendimentos ..................................................................................................... 53

b) Gastos ............................................................................................................ 55

6. Principais Indicadores ............................................................................................. 58

a) Indicadores Financeiros ....................................................................................... 58

b) Indicadores Económicos ....................................................................................... 58

c) Produtividade ................................................................................................... 59

VIII. Dívidas em Mora à Segurança Social ........................................................................... 60

IX. Artigo 397.º do Código das Sociedades Comerciais .......................................................... 61

X. Factos Relevantes Após o Termo do Período .................................................................... 62

10

XI. Perspetivas para o Ano 2015 ..................................................................................... 63

XII. Proposta de Aplicação dos Resultados ......................................................................... 66

XIII. Demonstrações Financeiras ...................................................................................... 67

XIV. Certificação e Parecer do Fiscal Único ........................................................................ 68

11

I. Introdução

1. No cumprimento do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 13.º dos Estatutos desta Empresa, o

Conselho de Administração de Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA apresenta o Relatório de

Gestão e Demonstração Económica referente ao ano de 2014, bem como proposta de aplicação dos

resultados.

O presente Relatório de Gestão do Conselho de Administração é acompanhado da Certificação e

Parecer do Fiscal Único, conforme previsto na alínea j) do n.º 4 do artigo 17.º dos já referidos

Estatutos.

2. Reestruturação de Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA Em 2013 a Empresa sofreu o impacto da grave crise económica e financeira que teve repercussões

muito significativas na economia Portuguesa e particularmente para Águas de Gaia, refletindo-se ao

nível do volume de negócios através da diminuição superior a 15% nos últimos cinco anos na venda

de água e prestações de serviços de saneamento e RSU e também ao nível das dívidas de clientes

consideradas de cobrança duvidosa que aumentaram significativamente nesse período, obrigando em

2013 a um reforço de 1 milhão de euros de imparidades.

Em parte resultante destes factos, mas também imputável à situação de subsidiação interna nos

últimos anos da exploração de setores deficitários, caso do Parque Biológico, Ribeiras e Praias e

Águas Pluviais, a Empresa em 2013 apresentou um grave desequilíbrio operacional traduzido em

resultados negativos de 3,8 milhões de euros.

Assim, para que a Empresa recupere o equilíbrio económico e financeiro sustentável, nos setores de

exploração água e saneamento, sob pena de apresentar sucessivamente prejuízos que ao fim de 3

anos conduziriam à sua extinção, por força da lei, impôs-se, a restruturação da atividade de Águas e

Parque Biológico de Gaia, EM, SA.

Foi proposto ao Município de Vila Nova de Gaia o processo de reestruturação das seguintes

atividades:

Plano de Internalização da atividade do Parque Biológico nos Serviços Municipais;

Transferência do património das Ribeiras e Praias para o Município;

Cedência a Águas de Gaia da posição contratual do Município no contrato de entrega e

receção de resíduos sólidos urbanos com a Suldouro.

A proposta da Câmara Municipal quanto ao Processo de Reestruturação da Empresa foi aprovada em

4 de Dezembro de 2014, pela Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia.

12

3. Acontecimentos Relevantes

3.1 Auditoria financeira aos exercícios de 2011 a 2013

Na sequência da apresentação do Relatório e Contas relativo ao exercício de 2013 com um Resultado

Líquido do Período negativo de 3,8 milhões de euros, o Presidente da Câmara, em 7 de Maio de

2014, proferiu um despacho à Administração das Águas e Parque Biológico de Gaia, no sentido da

abertura de uma consulta conducente a um processo de Auditoria Externa à empresa relativa aos

exercícios económicos de 2011, 2012 e 2013.

A empresa selecionada para a auditoria, Ernst & Young, após um período de análise exaustiva

durante os meses de Agosto e Setembro de 2014, em que auditou os exercícios 2011, 2012 e 2013,

expressou uma opinião sobre as contas da empresa tendo emitido a sua certificação. Considerou a

Ernst & Young, que apesar de algumas limitações de âmbito e de ajustamentos necessários ao nível

do reforço de imparidades para clientes de cobrança duvidosa e necessidade de conciliação das

contas de clientes com os registos do sistema UBS, movimentos que foram implementados no

exercício de 2014, as demonstrações financeiras dos períodos referidos apresentam de forma

verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes a posição financeira de

Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA.

3.2 Parque Biológico

Em 2014 o Parque Biológico de Gaia, para além das tarefas normais de manutenção e animação dos

oito espaços à sua responsabilidade, abertos ao público 365 dias por ano, e dos espaços verdes

públicos, encerrou a candidatura ao QREN do Centro de Interpretação do Património da Afurada,

prosseguiu as campanhas de eliminação de espécies vegetais infestantes, a monitorização de

biodiversidade em todo o concelho, continuou a participar no projeto ibérico Life Trachemys

coordenado pela Generalitat Valenciana, e noutras linhas de investigação, nomeadamente na

vigilância zoo-sanitária.

No segundo semestre do ano deu-se início ao processo de internalização no Município de Vila Nova

de Gaia, nos termos da resolução da Câmara Municipal, aprovada no final do ano pela Assembleia

Municipal.

3.3 Estação Litoral da Aguda

No dia 1 de Julho de 2014 a Estação Litoral da Aguda celebrou o seu 15.º aniversário. Aberta ao

público desde 1999, atraiu até agora 335 000 visitantes.

3.4 Selo de Qualidade ERSAR

Em cerimónia pública no âmbito da Expo Conferência da Água realizada em 19/11/2014, a Empresa

Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA recebeu o Selo de Qualidade exemplar da água para

consumo humano, atribuído pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, tendo

cumprido todos os critérios da água para consumo humano.

Os selos de Qualidade exemplar da água para consumo humano foram atribuídos pela segunda vez a

74 entidades gestoras de serviços de abastecimento público de água, mais 13 do que no ano

13

anterior, e pretendem evidenciar as entidades prestadoras de serviços de abastecimento público de

água que, no último ano de avaliação regulatória, tenham assegurado uma qualidade exemplar da

água para consumo humano.

Segundo a ERSAR, o panorama nacional da qualidade da água destinada ao consumo humano tem

revelado nos últimos anos que em Portugal a água da torneira é de confiança. No entanto, impunha-

se a distinção daquelas entidades que, dentro de um universo que garante 98,2% de água segura, se

distinguem pela excelência.

3.5 Avaliação pela ERSAR da qualidade do serviço das entidades gestoras de

serviços de águas e resíduos – Realização de Auditoria

No quadro da regulação das entidades gestoras de sistemas de abastecimento público de água, de

saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos, a ERSAR iniciou em maio o

processo de avaliação da qualidade dos serviços de águas e resíduos prestados aos utilizadores em

2013.

Este processo é desenvolvido no âmbito das atuais competências da ERSAR, que incluem a regulação

da qualidade de serviço prestado aos utilizadores pelas entidades gestoras em Portugal Continental e

a sua comparação e divulgação pública.

Nos dias 20 e 21 de maio a APCER – Associação Portuguesa de Certificação, devidamente creditada

pela ERSAR, realizou uma ação de auditoria a esta Empresa de validação dos dados reportados em

março, para efeito de avaliação da qualidade do serviço prestado em 2013 nas atividades reguladas –

Abastecimento público de água, saneamento de águas residuais urbanas e gestão de resíduos

urbanos.

A auditoria aos três sistemas de gestão decorreu de forma muito satisfatória e positiva, com

validação dos dados fornecidos, tendo sido prestados os esclarecimentos relativos aos procedimentos

e conceitos de gestão da Empresa.

3.6 Auditoria SIQAS

Decorridos 13 anos sobre a 1ª Certificação da Empresa em Qualidade e Ambiente, foi encerrado com

o maior sucesso no passado mês de dezembro o ciclo de recertificação 2012 a 2014 nos três sistemas

de gestão, Gestão da Qualidade, Gestão do Ambiente e Gestão de Segurança, Higiene e Saúde no

Trabalho.

Durante este ciclo de recertificação não foi constatada qualquer não-conformidade de caráter legal

ou normativo, pelo que o organismo certificador BVc – Bureau Veritas Certification considerou que as

metodologias e ferramentas implementadas na organização dos três sistemas de gestão da

Qualidade, do Ambiente e de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, e na sua forma integrada

Qualidade, Ambiente e Segurança (SIQAS), foram as mais adequadas, face ao grau de cumprimento e

melhoria contínua, recomendando a sua recertificação.

Esta demonstração de eficácia na implementação dos sistemas, de dinâmica de melhoria contínua,

de conformidade com os requisitos das normas NP EN ISO 9001, NP EN ISO 14001 e OHSAS 18001 e de

excecional integração dos três sistemas, permitiu assegurar os níveis de competência, eficiência e

14

eficácia da organização e contribuiu uma vez mais para a obtenção de um grau de qualidade

abrangente na gestão global da Empresa.

3.7 Tarifários

Neste domínio em particular, alinhado com a estratégia municipal de desoneração dos encargos

municipais para o Gaienses, a Empresa Água de Gaia, mantendo os benefícios às famílias

carenciadas, através da aplicação de um tarifário social, e de incentivo às famílias numerosas para

agregados com mais de 4 membros com a disponibilização do Tarifário Familiar, iniciou um processo,

sustentável, de redução tarifária. Assim, e para além de não ter repercutido o nível de inflação

esperado, mantendo-se inalterado o tarifário de 2013, foi aplicada uma redução de 6,5% nas

componentes fixas e variáveis da Tarifa de Resíduos Sólidos Urbanos.

A redução aplicada, sendo uma aproximação aos princípios da universalidade no acesso aos bens

públicos e básicos, tem como objetivo estratégico o aumento da taxa de acessibilidade aos serviços

prestados pela empresa com vantagens evidentes em domínios como a justiça social e saúde pública.

Para além da abordagem transversal materializada no Regulamento aprovado, dando continuidade

ao tarifário atribuído a Instituições Particulares de Solidariedade Social, manteve-se também em

2014 a isenção total das tarifas de resíduos sólidos urbanos para as IPSS do Município que

comprovadamente desenvolvam atividades nas valências configuradas pela Segurança Social.

3.8 Programa Especial de Pagamento de Dívidas

Atendendo às dificuldades verificada no cumprimento das suas obrigações perante a empresa,

resultado da crise que assolou o concelho, e tendo como objetivo a responsabilização de todas as

partes interessadas no sector da água, mas sobretudo a inclusão no sistema publico de

abastecimento de água, nos moldes legais e previstos no Regulamento Municipal de Águas e

Saneamento, foi criado o Programa Especial de Pagamento de Dívidas da Fatura da Água, que

permitiu aos clientes, até 31 de julho, a regularização das dívidas contraídas até 31 de março,

beneficiando de isenção de juros de mora e custas processuais, e planos de pagamento em condições

especiais.

3.9 Prémio Praia + Acessível

Em cerimónia realizada a 06/03/2014 no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, a praia do Senhor da

Pedra foi distinguida com o 1.º lugar do prémio “Praia + Acessível 2013”, de entre 19 candidaturas

admitidas a concurso.

Este prémio, promovido pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, IP, pretende distinguir as praias

nacionais, costeiras ou interiores, que, tendo sido galardoadas com a bandeira Praia Acessível

durante a época balnear, evidenciam as melhores condições de acessibilidade, constituindo-se,

desse modo, como práticas de referência nacional, pela qualidade do usufruto da sua oferta de

serviços e bem-estar que proporcionam às pessoas com mobilidade condicionada.

15

3.10 Grande Prémio de Atletismo Águas de Gaia

No seguimento da tradição iniciada por altura do 10º aniversário de Águas de Gaia, e como forma de

assinalar o carácter público da Empresa e o seu papel na melhoria da qualidade ambiental que é

atualmente uma realidade no concelho, realizou-se no dia 13 de abril de 2014 o VI Grande Prémio de

Atletismo, sob o mote “10 km a correr por Gaia”.

A par desta prova, e como habitualmente, realizou-se também uma prova sem fins competitivos

designada V Caminhada Água e Ambiente, num percurso de 4,5 km.

Este evento contou com a adesão de mais de 1 500 participantes, e constituiu um êxito assinalável,

mobilizando a comunidade envolvente.

4. Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA prosseguindo em 2014 o objetivo principal da sua missão,

abasteceu de água potável toda a população do concelho, recolheu e garantiu o tratamento de todas

as águas residuais produzidas que são lançadas no meio hídrico, e manteve um nível baixo de

reclamações por anomalias nas redes de água e de saneamento e na gestão eficiente da recolha dos

resíduos produzidos no concelho.

A Empresa continua atenta à evolução técnica dos equipamentos, procurando dotar os serviços de

ferramentas modernas que contribuam para a melhoria da qualidade e para a redução dos custos,

dando a formação necessária aos seus trabalhadores para que da utilização dos novos meios

disponíveis se promova a qualidade e eficiência dos serviços.

5. O investimento da Empresa realizado em 2014 nos seus diferentes setores de atividade atingiu 3 221

milhares de euros, distribuindo-se conforme o quadro a seguir:

Investimento por Sectores 2012 2013 2014

Água 1 715 1 544 1 310

Saneamento 1 036 1 115 700

Parque Biológico 874 1 115 149

Estação Litoral da Aguda 1 0

Águas Pluviais 1 042 843 807

Ribeiras e Atividades Assessórias 209 346 66

Sector Administrativo 61 130 136

Transporte 112 232 14

Sectores Complementares 56 43 37

Incorpóreo 14 31 1

Financeiro 18 1 1

Total 5 137 5 401 3 221

(milhares de euros)

O Ativo Total de Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA ascendia a 156 093 milhares de euros em

31 de Dezembro de 2014. Os Ativos Fixos Tangíveis em 2014 no montante de 114 604 milhares de

euros, revelam, em termos líquidos, uma diminuição de 4 288 milhares de euros relativamente ao

ano de 2013, principalmente pelo facto de os Gastos de Depreciação e Amortização do período de

16

7 294 milhares de euros, serem superiores ao investimento da Empresa em Ativos Fixos Tangíveis

para o mesmo período que ascendeu a 3 219 milhares de euros.

A Empresa em 2014 obtém um Resultado Líquido do Período positivo, no valor de 293 809 euros,

sendo o Total do Capital Próprio no final do exercício de 73 007 milhares de euros, passando a

representar 46,8% do Ativo Total.

O Total do Passivo atinge os 83 087 milhares de euros, tendo registado uma diminuição de 9 219

milhares de euros relativamente ao exercício anterior, sendo de destacar no Passivo Não Corrente a

amortização de empréstimos bancários de médio e longo prazo no valor de 6 159 milhares de euros.

Em 31 de Dezembro de 2014, o Passivo passou a representar 53,2% do Ativo Total.

Os Rendimentos da Empresa ascenderam, no ano 2014, a 57 170 milhares de euros, tendo havido

uma ligeira quebra de 197 mil euros face ao ano anterior. Os Gastos Totais no montante de 56 806

milhares de euros, registaram uma forte diminuição no exercício de 4 363 milhares de euros,

essencialmente nas rubricas de Fornecimentos e Serviços Externos, de Gastos com o Pessoal e de

Gastos e Perdas de Financiamento.

A Empresa em 2014 conseguiu inverter o desequilíbrio apresentado em 2013 traduzido em resultados

negativos, obtendo neste exercício um Resultado Liquido Positivo no valor de 293 809 euros,

atingindo um Cash Flow de 7 751milhares de euros e um EBITDA de 10 565 milhares.

17

II. Águas de Gaia – Áreas de Atividade

Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA tem como missão assegurar de forma regular e contínua, e

com um elevado nível de serviço, a distribuição de água de qualidade e a drenagem e tratamento

das correspondentes águas residuais, a um preço ajustado e de acordo com uma perspetiva

ambiental sustentável, bem como a gestão e exploração do sistema municipal de resíduos sólidos

urbanos, incluindo o tratamento e valorização dos resíduos recolhidos.

1. Distribuição de Água

A Empresa tem por missão a resolução dos problemas de abastecimento de água a nível municipal,

num quadro de sustentabilidade económica, financeira e ambiental, observando elevados padrões de

qualidade.

A água, enquanto recurso natural estratégico essencial à vida, exige medidas visando a preservação

na sua utilização, impõe equidade no acesso aos serviços básicos de distribuição, promove a

qualidade ambiental e a melhoria da qualidade de vida das populações.

A Empresa abastece a população do concelho com água de qualidade, em quantidade e sem roturas,

exerce uma ação vigilante sobre as perdas no sistema, as quais representam elevados custos,

promove a contenção dos consumos domésticos procurando sensibilizar os clientes para a redução

dos desperdícios e contribui para a qualidade ambiental do concelho, situação que tem merecido o

reconhecimento dos munícipes pela qualidade do serviço de abastecimento prestado.

a) Sistema de Distribuição

O concelho de Vila Nova de Gaia tem garantido em todo o território o acesso da população ao sistema de abastecimento de água, através de uma rede pública com 1 492 km de extensão.

Ano

Rede de Água (km)

Existente Nova Antiga

Substituída

2010 1 474,8 3,9 1,1

2011 1 476,4 1,6 2,1

2012 1 480,4 4,0 6,5

2013 1 490,5 10,1 1,1

2014 1 492,3 1,8 3,7

A rede continua a crescer na medida das necessidades da população que se vai fixando no concelho. Em 2014 foram instalados mais 1,8 km de condutas para servir novos consumidores e substituíram-se 3,7 km de condutas antigas, que as exigências de qualidade do serviço aconselham. O número de ramais executados evoluiu conforme discriminado no quadro seguinte:

18

Água 2010 2011 2012 2013 2014

Ramais executados 446 403 321 189 194

De realçar uma diminuição significativa do número de ramais executados a partir de 2012, facto que se encontra diretamente relacionado com a crise económica e financeira que o país atravessa, uma vez que se regista também uma diminuição dos investimentos na área da construção civil e em novos empreendimentos com operações de loteamento. Sendo crucial o grau de satisfação dos munícipes, a Empresa organiza o serviço tendo em atenção a necessidade de responder rapidamente às solicitações apresentadas, disponibilizando equipas técnicas especializadas com capacidade de solucionar em apenas 2 dias a quase totalidade dos pedidos efetuados, conforme se verifica no seguinte quadro:

Ano Tempo de resposta

1 dia %

Tempo de resposta 2 dias

% Tempo de resposta > 2 dias

% Total

contadores colocados

%

2010 5 511 76,6 813 11,3 867 12,1 7 191 100

2011 4 950 82,1 561 9,3 516 8,5 6 027 100

2012 4 909 79,8 700 11,4 546 8,9 6 155 100

2013 4 889 72,6 948 14,1 901 13,3 6 738 100

2014 5 497 79,4 700 10,1 725 10,5 6 922 100

Nota – Dias contados após reunidas as condições administrativas para a instalação dos contadores.

b) Água Não Faturada e Perdas Reais

A diminuição das perdas comerciais e do desperdício ambiental que representam, condicionam a Empresa a manter equipas de trabalho dotadas dos meios tecnológicos mais recentes para deteção de fugas nas tubagens e consequente redução dos desperdícios por roturas. O volume da água não faturada, que em 2014 atingiu os 5 789 088 m

3, é constituído pelo conjunto

das perdas reais de água ao longo do sistema de distribuição, pelas perdas aparentes e pelos consumos autorizados não faturados, conforme índices que se apresentam no quadro seguinte:

% 2010 2011 2012 2013 2014

Perdas Reais 13,1 12,9 15,1 15,1 15,9

Perdas Aparentes 1,9 2,0 3,3 5,0 6,4

Consumos Autorizados Não Faturados 6,7 8,5 8,9 8,7 9,4

Água Não Faturada 21,7 23,4 27,2 28,9 31,6

Nos últimos anos tem-se verificado um aumento do valor da água não faturada devido à alteração das regras de faturação dos consumos do Município e Juntas de Freguesia. Face aos valores encontrados estão a ser implementadas novas formas de controlo e redução progressiva destas perdas, pela implementação faseada de medidas de renovação do parque de contadores e controlo online das redes de distribuição, que permitirão que, num futuro próximo, a Empresa se venha a situar entre as Entidades Gestoras que melhores indicadores apresentam no âmbito nacional.

19

c) Qualidade da Água Distribuída

A água distribuída na rede pública e à saída das torneiras dos consumidores tem qualidade

assegurada e comprovada pelo registo sistemático dos resultados das análises efetuadas,

assegurando a Empresa o integral cumprimento dos parâmetros legalmente fixados.

Em 19 de novembro de 2014, a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, ERSAR, voltou

a atribuir o Selo de Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano a esta Empresa, Águas e

Parque Biológico de Gaia, pelo padrão máximo de qualidade da água distribuída e cumprimento dos

requisitos legais, evidenciado num ciclo correspondente a 3 anos consecutivos de avaliação da água

como “100% de Água Segura”.

Os índices de 100% do cumprimento legal obtidos pela Empresa traduzem o cumprimento na

frequência de amostragem (100% de análises obrigatórias) e na qualidade da água (100% de análises

em conformidade com o valor paramétrico).

Em 2014 Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA disponibilizou todos os resultados

analíticos, mediante a publicitação trimestral dos resultados de avaliação da qualidade da água

destinada ao consumo humano, tendo demonstrado pelo sexto ano consecutivo que a Empresa voltou

a obter 100% de cumprimento em todos os requisitos legais de frequência e de qualidade.

d) Qualidade no Serviço de Abastecimento

No quadro seguinte é possível observar a forma como têm evoluído, ao longo do tempo, as participações e reclamações de clientes. Sendo impossível obter um sistema isento de falhas, importa realçar que os aumentos sentidos nas participações por fuga de água na via pública e as reclamações de clientes por falta de água, encontrando-se interrelacionadas, são, essencialmente resultado da atuação de entidades externas, sendo a sua resolução efetuada com a rapidez que as melhores práticas de trabalho implementadas e o desempenho profissional dos colaboradores da Empresa permitem.

Participações / Reclamações no Abastecimento de Água

Participações 2010 % 2011 % 2012 % 2013 % 2014 %

Fuga de Água em Boca Incêndio 176 6,0 131 5,0 172 5,0 157 5,4 171 5,3

Fuga de Água na Via Pública 897 32,0 747 26,0 952 29,0 982 33,5 1 007 31,0

Sub-total 1 073 39,0 878 31,0 1 124 34,0 1 139 38,8 1 178 36,3

Reclamações de Clientes

Fuga de Água no Contador 842 30,0 960 33,0 857 26,0 819 27,9 1 080 33,2

Falta de Água 223 8,0 325 11,0 293 9,0 333 11,4 359 11,0

Pavimento Abatido 160 6,0 177 6,0 57 2,0 5 0,2 3 0,1

Falhas de Pressão 281 10,0 290 10,0 325 10,0 299 10,2 324 10,0

Contador Encravado 110 4,0 131 5,0 112 3,0 98 3,3 92 2,8

Outras 80 3,0 111 4,0 555 17,0 240 8,2 213 6,6

Sub-total 1 696 61,0 1 994 69,0 2 199 66,0 1 794 61,2 2 071 63,7

Total 2 769 100,0 2 872 100,0 3 323 100 2 933 100 3 249 100,0

Realce-se que se incluem nos valores acima apresentados, as reclamações de clientes que derivam diretamente de novos fenómenos sociais relacionados com furto e vandalização de contadores a que a Empresa tem ocorrido com a sensibilidade social que se lhe exige.

20

e) Aquisição, Emissão e Consumo de Água

1) Aquisição e emissão de água

A aquisição de água baixou ligeiramente em 2014, mantendo-se a tendência, à exceção de 2013, que se vinha a verificar nos períodos anteriores.

Aquisição e Emissão de Água (m3)

2010 2011 2012 2013 2014

m3 % m3 % m3 % m3 % m3 %

Janeiro 1 504 503 7,9 1 514 323 8,1 1 541 015 8,5 1 448 362 7,9 1 534 053 8,4

Fevereiro 1 352 250 7,1 1 325 997 7,1 1 344 912 7,4 1 309 551 7,1 1 354 145 7,4

Março 1 494 815 7,9 1 547 362 8,3 1 523 730 8,4 1 391 086 7,6 1 387 856 7,6

Abril 1 478 451 7,8 1 502 494 8,0 1 353 416 7,5 1 515 454 8,2 1 509 536 8,2

Maio 1 604 551 8,4 1 636 557 8,7 1 500 950 8,3 1 464 069 8,0 1 456 186 8,0

Junho 1 636 637 8,6 1 599 709 8,5 1 490 792 8,2 1 512 668 8,2 1 553 391 8,5

Julho 1 833 599 9,6 1 759 361 9,4 1 738 957 9,6 1 769 169 9,6 1 579 109 8,6

Agosto 1 799 149 9,5 1 663 938 8,9 1 593 100 8,8 1 710 620 9,3 1 690 805 9,2

Setembro 1 676 522 8,8 1 528 235 8,2 1 633 721 9,0 1 600 943 8,7 1 557 397 8,5

Outubro 1 610 484 8,5 1 614 051 8,6 1 510 269 8,3 1 618 107 8,8 1 586 021 8,7

Novembro 1 492 001 7,9 1 533 791 8,2 1 442 160 8,0 1 488 728 8,1 1 487 275 8,1

Dezembro 1 525 988 8,0 1 491 938 8,0 1 453 764 8,0 1 567 450 8,5 1 601 978 8,8

Total 19 008 950 100,0 18 717 756 100,0 18 126 786 100,0 18 396 207 100,0 18 297 752 100,0

Perdas em Alta 78 237*

Total 18 930 713 100,0

Consumo Registado:

Concelho 14 598 187 76,8 14 159 444 75,7 13 026 645 71,9 12 724 185 71,1 12 411 102 67,9 Consumo Próprio 221 505 1,2 175 273 0,9 165 950 0,9 357 883 1,9 97 544 0,5 Total Consumo 14 819 692 78,0 14 334 717 13 192 595 13 082 068 12 508 646

Água Não Faturada 4 111 021 4 383 039 4 934 191 5 314 139 5 789 088

Taxa de Perdas 21,7 23,4 27,2 28,9 31,6

* Acerto de 78 237 m3 referente às perdas em alta verificadas uniformemente durante o ano, responsabilidade da entidade abastecedora

Como se verifica no quadro acima, os consumos registados no exercício atingiram os 12 509 mil m3

contra 13 082 mil m3 verificados no exercício anterior.

2) Consumo de água

O consumo de água de 12 509 mil m3 registado em 2014 é inferior à média dos últimos cinco anos,

conforme consta no quadro seguinte:

21

Consumo de Água (m3)

2010 2011 2012 2013 2014

m3 % m3 % m3 % m3 % m3 %

1- Consumo Concelho Domésticos 10 715 882 72,3 10 424 257 72,6 10 148 205 76,9 9 897 980 75,7 9 649 981 77,1 Comércio e Indústria 2 212 160 15,0 2 177 375 15,2 1 953 856 14,8 1 927 542 14,7 1 907 617 15,3 Serviços Públicos 280 851 1,9 265 842 1,9 199 817 1,5 205 547 1,6 186 747 1,5 Município e J. Freg. 1 192 483 8,0 1 111 860 7,8 555 372 4,2 513 075 3,9 492 875 3,9 Benef. e Desporto 196 811 1,3 180 110 1,3 169 396 1,3 180 042 1,6 173 882 1,4

Total 14 598 187 98,5 14 159 444 98,8 13 026 645 98,7 12 724 185 97,3 12 411 102 99,2 2 - Consumo Próprio 221 505 1,5 175 273 1,2 165 950 1,3 357 883 2,7 97 544 0,8 3 - Total Geral 14 819 692 100,0 14 334 717 100,0 13 192 595 100,0 13 082 069 100,0 12 508 646 100,0 Consumo Concelho 98,5 98,8 98,7 97,3 99,2 Consumo Próprio 1,5 1,2 1,3 2,7 0,8

100,0 100,0 100,0 100,0

O volume médio de água adquirida por cliente/ano rondou os 94 m3/cliente em 2014, contra 96 m

3

em 2013, conforme quadro a seguir:

Ano Água Consumida por

Cliente / Ano (m3)

2010 111

2011 107

2012 98

2013 96

2014 94

O quadro a seguir evidencia a tendência observada nos consumos anuais dos clientes domésticos, que continuam a reduzir os quantitativos consumidos:

Ano Água Consumida por

Cliente Doméstico / Ano (m3)

2010 90,06

2011 86,90

2012 84,16

2013 82,32

2014 80,16

O quadro abaixo explana a estrutura dos clientes de água, que, em termos globais, se distribuem do seguinte modo:

22

Consumo de Água (n.º clientes)

2010 2011 2012 2013 2014

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

Domésticos 118 981 90,3 119 969 90,4 120 576 90,6 120 241 90,8 120 387 91,3

Comércio e Indústria 11 852 9,0 11 776 8,9 11 587 8,7 11 269 8,5 10 565 8,0

Serviços Públicos 134 0,1 128 0,1 122 0,1 119 0,1 112 0,1

Município e J. Freg. 687 0,5 703 0,5 640 0,5 626 0,5 618 0,5

Benef. e Desporto 119 0,1 118 0,1 119 0,1 180 0,1 185 0,1

Total 131 773 100,0 132 694 100,0 133 044 100,0 132 435 100,0 131 867 100,0

O número de clientes atingiu os 131 867 no final do período de 2014, tendo a Empresa registado no período menos 568 clientes.

f) Balanço Hídrico

Em 2014 o volume de água adquirida – volume entrado no sistema – foi de 18 297 752 m3, mantendo-

-se praticamente inalterado em relação a 2013, observando-se uma diminuição de apenas 0,54% face

a este último ano.

Embora a quantidade de água adquirida corresponda a uma variação sem expressão significativa nos

anos comparados, verifica-se que, fruto da conjuntura económica que tem conduzido a uma

diminuição acentuada do poder de compra dos portugueses em geral e, em especial, no aumento da

população desempregada residente no Concelho de Vila Nova de Gaia, regista-se em 2014 uma

diminuição da água faturada aos clientes de 573 404 m3, equivalente a -4,38% relativamente a 2013.

Cumulativamente, o envelhecimento do parque de contadores em 2014, traduziu-se num aumento

dos erros de medição de 23,87% comparativamente a 2013, o que obriga a empresa a um forte

investimento na renovação dos contadores em 2015.

Por outro lado, 2014 foi marcado por um número elevado de roturas de condutas de grande

diâmetro, que, conjuntamente com outras roturas na rede, conduziram ao desperdício de 326 458

m3, aumentando em 47,77% as perdas reais por colapso das tubagens, sendo estes factores que mais

influenciaram o aumento da água não faturada, conforme se demonstra no quadro do Balanço

Hídrico.

23

Balanço Hídrico

Balanço Hídrico 2010 2011 2012 2013 2014

m3 % m3 % m3 % m3 % m3 %

Volume Entrado no Sistema 18930713 100,0 18717756 100,0 18126786 100,0 18396207 100,0 18297752 100,0

Consumo Autorizado 16092392 85,0 15924797 85,1 14796835 81,6 14688318 79,8 14225165 77,7

Faturado 14819692 78,3 14334717 76,6 13192595 72,8 13082068 71,1 12508664 68,4

Medido 7748233 40,9 7519829 40,2 7063793 39,0 7487399 40,7 7141784 39,0

Não Medido (estimado) 6849954 36,2 6639615 35,5 5962852 32,9 5594669 30,4 5366880 29,4

Consumo Próprio 221505 1,2 175273 0,9 165950 0,9 357 883 1,9 97544 0,5

Não Faturado (Não Medido) 1272700 6,7 1590080 8,5 1604240 8,9 1606250 8,7 1716501 9,3

Água Faturada 14819692 78,3 14334717 76,6 13192595 72,8 13082068 71,1 12508664 68,4

Perdas de Água 2838322 15,0 2792959 14,9 3329951 18,4 3707889 20,2 4072587 22,3

Perdas Aparentes 360144 1,9 381991 2,0 598072 3,3 921766 5,0 1165351 6,4

Consumo Não Autorizado 30090 0,2 32310 0,17 135810 0,7 138840 0,8 195570 1,1

Erros de Medição 330054 1,7 349681 1,9 462262 2,6 782926 4,3 969781 5,3

Perdas Reais 2478178 13,1 2410968 12,9 2731879 15,1 2786123 15,2 2907236 15,9

Fugas Reservatórios e Adutoras 165292 0,9 165586 0,9 160242 0,9 176266 1,0 175385 1,0

Fugas na Rede 578034 3,1 561023 3,0 754601 4,2 609178 3,3 613375 3,3

Fugas nas Ligações 1671005 8,8 1621830 8,7 2181432 12,0 1779756 9,7 1792018 9,8

Roturas 63847 0,3 62529 0,3 92522 0,5 220923 1,2 326458 1,8

Água Não Faturada 4111021 21,7 4383039 23,4 4934191 27,2 5314139 28,9 5789088 31,6

g) Investimento no Sector

Durante o ano de 2014, a Empresa procedeu a alguns investimentos que permitiram continuar a melhorar a eficiência do serviço de abastecimento de água, continuando a apostar no alargamento da rede de distribuição. O montante do investimento nesta área atingiu 1 310 milhares de euros, distribuídos conforme quadro abaixo:

2010 2011 2012 2013 2014

Estações Elevatórias e Reservatórios 135 240 147 79 85

Redes de Distribuição 1 110 762 1 264 1 104 780

Equipamento Básico e Outros 252 290 304 361 445

Total 1 497 1 292 1 715 1 544 1 310

(milhares de euros)

2. Drenagem, Transporte e Tratamento de Águas Residuais

Concluída e consolidada a fase de implementação do sistema de saneamento, com a dotação das

infraestruturas necessárias a garantir uma cobertura de 97,3%, que permitiu a ligação à rede pública

de 125 586 alojamentos e 10 565 empresas e consequentemente a garantia da qualidade dos

24

efluentes rejeitados no meio hídrico, a Empresa prepara-se para uma nova fase de melhoria da

eficiência do sistema.

Em 2014, dando resposta às novas necessidades de alargamento da rede para servir a população,

respondendo às solicitações de ligações de saneamento foram instalados 6 km de rede aumentando

para 1 242 km a extensão total da rede que serve o concelho.

Com vista à melhoria da eficiência, foram elaborados novos programas de gestão com vista a

integração de ferramentas mais céleres de decisão e análise na área operacional e à monitorização.

Ano N.º Clientes Crescimento

%

2010 130 342 0,89

2011 132 167 1,40

2012 132 629 0,35

2013 132 645 0,01

2014 132 540 -0,07

O quadro seguinte regista a evolução das ligações à rede pública de saneamento, tendo em 2014 sido efetuadas 705 novas ligações. Relativamente ao número de clientes total de saneamento registou-se no ano de 2014 uma diminuição de 105 clientes.

Ano Crescimento

Novas Ligações %

2010 1 154 0,9

2011 1 825 1,4

2012 991 0,7

2013 735 0,6

2014 705 0,5

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

rede em expl. c/ tratamento (km) 0 23 518 938 1048 1173 1185 1199 1208 1212 1215 1220 1224 1236 1242

rede em expl. total (km) 324 430 737 938 1048 1173 1185 1199 1208 1212 1215 1220 1224 1236 1242

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

km

de r

ede

Rede de Saneamento (2000-2014)

rede em expl. c/ tratamento (km) rede em expl. total (km)

25

a) Infraestruturas de Saneamento em Alta

De forma gradual, a operação direta das infraestruturas de Saneamento em Alta tem sido entregue à Simdouro – Saneamento do Grande Porto, SA. Em 2014, esse processo de transição mereceu um incremento significativo, por forma a que, no final do ano, Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA deixou de ter qualquer responsabilidade na direção da operação. Das medições do volume de águas residuais afluentes às ETAR durante o ano de 2014 resultou um valor total de 16 853 990 m

3.

Ano Total

2010 15 331 051

2011 14 899 218

2012 14 469 280

2013

2014

15 278 763

16 853 990

Constata-se, assim, a existência de um acréscimo significativo do volume medido quando comparado

com anos anteriores. O ano de 2014 foi aquele em que se verificou o valor mais alto, questão que

estará relacionada com excessivos caudais de infiltração. Esta questão motivou a existência de uma

correção dos volumes a faturar, acordados entre Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA e

Simdouro – Saneamento do Grande Porto, SA, tendo este sido fixado em 14 898 622 m3.

b) Reclamações por Anomalias na Rede de Saneamento

Com a implementação do novo sistema “CRM - Gestão de Contactos de Clientes”, foi corrigida a

tipificação do sistema, tendo sido divididos os contactos dos Clientes em informações e

reclamações, sendo:

Informação – a comunicação de uma situação, pedido de informação ou sugestão apresentada a Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA por qualquer Colaborador ou por qualquer outra parte interessada;

Reclamação – comunicação/ expressão apresentada a Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA de qualquer situação de insatisfação ou manifesto desagrado relativamente aos produtos ou serviços prestados.

O número de reclamações efetivas foi de 8 e o número de informações de 2 437.

Reclamações*

Ano Reclamações

2010 1 979

2011 2 014

2012 162**

2013 21**

2014 8**

* Valores expurgados das participações internas dos serviços da Empresa ** Valores de 2012 a 2014 já de acordo com o novo sistema CRM

26

A contínua avaliação do estado de conservação da rede, sob vigilância das equipas técnicas da

Empresa, assegura o bom funcionamento do sistema, dando a Empresa imediata resposta às causas

das eventuais reclamações.

c) Receitas de Saneamento

O quadro seguinte demonstra a evolução das receitas de saneamento nos últimos 3 anos, notando-se

uma tendência de diminuição.

Receitas de Saneamento (2010 – 2014)

2010 2011 2012 2013 2014

Tarifa de Utilização 3 608 6 717 7 189 7 212 7 017

Tarifa de Disponibilidade 6 668 6 776 6 780 6 389 6 112

Taxa de Ligação 239 244 205 151 123

Total 10 515 13 737 14 174 13 752 13 252 (milhares de euros)

d) Investimento no Sector

Dado que os investimentos em infraestruturas de saneamento em alta não são da responsabilidade

da Empresa, os investimentos efetuados em 2014, no montante de 700 milhares de euros, dizem

respeito à rede de saneamento em baixa, distribuídos conforme mapa abaixo.

2010 2011 2012 2013 2014

Redes Coletoras 1 256 1 117 1 032 1 115 693

ETAR e Estações Elevatórias 139 0 0 0 0

Emissários 42 0 0 0 0

Equipamento Básico e Outros 257 11 4 0 7

Total 1 694 1 128 1 036 1 115 700

(milhares de euros)

3. Sistema de Drenagem de Águas Pluviais

No âmbito de Contratos-Programa com o Município para instalação de redes de drenagem de águas pluviais aproveitando obras de requalificação de arruamentos diversos, com o objetivo de dotar o território municipal de uma rede que assegure as melhores condições de escoamento das ruas e vias do concelho, e considerando, ainda, as obras realizadas aquando de operações de loteamentos e de obras de urbanização, bem como a execução de diversas empreitadas e obras por administração direta, foram instalados cerca de 4 500 metros de novos coletores, que visam dotar o concelho de um sistema mais eficiente de drenagem de águas pluviais.

27

Ano Rede nova instalada (metros)

2010 6 890

2011 7 050

2012 6 500

2013 10 670

2014 4 500

Foram realizados durante o período trabalhos de substituição de coletores em mau estado de conservação e limpezas periódicas da rede, nomeadamente em zonas críticas facilmente inundáveis, para facilitar o escoamento em ruas e vias do concelho. Em 2014 foi dada especial atenção à instalação de sargetas, reparação de caixas de visita e pavimentos em diversos pontos da rede de drenagem de águas pluviais.

4. Resíduos Sólidos Urbanos

A atividade de gestão de resíduos sólidos urbanos constitui um serviço público de carácter estrutural, essencial ao bem-estar geral, saúde pública e proteção do ambiente, devendo pautar-se por princípios de universalidade de acesso, de continuidade, qualidade e eficiência. Nos termos do art.º 3 dos Estatutos de Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA é competência da Empresa a gestão e exploração do sistema municipal de resíduos sólidos urbanos, abrangendo designadamente o conjunto de atividades de carácter técnico, administrativo e financeiro, necessárias à deposição, recolha, transporte, tratamento, valorização e eliminação dos resíduos, incluindo o planeamento e a fiscalização dessas operações, bem como a monitorização dos locais de destino final, depois de se proceder ao seu encerramento. Compete ainda a Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA assegurar a gestão e acompanhamento dos contratos de prestação de serviços existentes entre o município e a empresa SUMA incluindo a gestão financeira dos mesmos contratos, resultante da cessão da posição contratual do Município para Águas de Gaia, EEM o que implicou a transmissão para esta entidade de todos os direitos e obrigações que ao Município cabiam à data da cessão do referido contrato. É igualmente função da Empresa garantir a continuidade e a qualidade dos serviços prestados no concelho, assegurar a informação e sensibilização dos utentes do serviço, elaborar propostas que permitam desincentivar a produção de resíduos e realizar estudos e experiências piloto relacionados com a recolha e deposição dos resíduos. A gestão da recolha indiferenciada engloba os resíduos sólidos urbanos de origem doméstica, comercial e industrial unicamente quando equiparados a urbanos na sua composição e quantidade.

Evolução da quantidade recolhida de resíduos sólidos urbanos (Ton.)

2010 2011 2012 2013 2014

Vila Nova de Gaia 137 725 132 949 127 597 123 043 125 070

Durante o ano 2014, no concelho de Vila Nova de Gaia, foram recolhidas 125 070 ton. de resíduos sólidos urbanos e equiparados a urbanos o que representa um acréscimo de 1,65% face aos valores verificados em 2013.

28

Decorre com normalidade a gestão das competências delegadas, continuando em evolução favorável a prestação de serviços de recolha e transporte dos resíduos sólidos urbanos.

5. Limpeza e Manutenção de Rios e Ribeiras

A realização de trabalhos frequentes de limpeza e desobstrução, assim como a reabilitação e renaturalização das linhas de água, conjuntamente com o esforço desenvolvido na eliminação das fontes de poluição, são essenciais para a melhoria ambiental do concelho. De realçar a importância da limpeza e desobstrução de linhas de água na mitigação de cheias e inundações de arruamentos e habitações em alturas de maior precipitação, contribuindo para a salvaguarda de bens e a segurança da população. O Sector de Reabilitação de Ribeiras e Praias tem acolhido funcionários provenientes do Programa de Reinserção Social (Ministério da Justiça e IEFP), dirigido a desempregados beneficiários do Rendimento Social de Inserção. Através destes programas, a Empresa, em cooperação com os serviços do Ministério da Justiça e do IEFP, apoia, contribui e incentiva a reinserção social e profissional de cidadãos da comunidade.

a) Rios e Ribeiras

Durante o ano de 2014, a Empresa continuou a realizar trabalhos de limpeza e desobstrução, reabilitação e renaturalização de rios e ribeiras. Destacam-se as intervenções na Ribeira de Canelas (Rua do Cruzeiro), na Ruas Nova dos Lagos, reabilitação da linha de água junto à Avenida Vilar D. Ema (Vilar do Paraíso), Ribeira de Valadares (Rua de Casais) e estabilização das margens da ribeira de Ateães. No seguimento de projetos de requalificação realizados anteriormente, procedeu-se igualmente a trabalhos de manutenção de estruturas danificadas pelo caudal de Inverno.

b) Centro de Educação Ambiental das Ribeiras de Gaia - CEAR

Desde 2002, o CEAR tem desempenhado um papel importante na área da educação ambiental. No ano de 2014, o CEAR registou um número total de 2 871 visitantes. Estes dividiram-se pelos vários programas de educação ambiental que o CEAR oferece e pelas visitas livres, de acordo com a distribuição apresentada no quadro seguinte.

Ano N.º Visitantes

Geral PPR PEAR TIN Total

2010 3 662 1 491 852 275 6 280

2011 2 248 1 051 690 766 4 755

2012 1 050 1 470 590 40 3 150

2013 1 190 1 108 603 196 3 097

2014 819 1 262 774 16 2 871

Nota: PPR – Programa Pedagógico das Ribeiras

PEAR – Programa Educação Ambiental das Ribeiras

TIN – Trilhos de Interpretação da Natureza, em parceria com a Estação Litoral da Aguda

29

Em relação ao ano anterior, verificou-se um aumento de participantes nos programas específicos de educação ambiental desenvolvidos no CEAR. Quanto aos visitantes ocasionais verificou-se um decréscimo.

6. Gestão de Zonas Balneares e Praias

a) Orla Costeira

No âmbito de gestão e manutenção de estruturas de apoio às zonas balneares do concelho, foram realizados trabalhos de melhoramento das áreas envolventes à praia, como acessos, infraestruturas de apoio e sinalização. Na época balnear de 2014, à semelhança dos anos anteriores, foi desenvolvida, em parceria com a Unidade de Saúde Familiar da Aguda, a campanha de sensibilização designada “Rastreio de Verão”, que incluiu rastreio de hipertensão, obesidade e diabetes. A campanha englobou a realização de uma campanha de Rastreio em três zonas balneares de Vila Nova de Gaia, Aguda, Senhor da Pedra e Lavadores, entre 14 de Julho e 22 de Agosto, e um fim de semana de Rastreio de Saúde na Unidade de Saúde Familiar da Aguda nos dias 12 e 13 de Julho. No Verão de 2014, esta Empresa colaborou na implementação de melhores condições para a prática desportiva nas praias do município. Entre outros, destaca-se a melhoria dos equipamentos destinados à prática do Vólei de Praia em Canide Norte.

b) Campanha Bandeira Azul

Na época balnear de 2014, 18 zonas balneares de Vila Nova de Gaia foram distinguidas com o galardão da Bandeira Azul, pelo cumprimento de todos os requisitos estabelecidos pela Associação Bandeira Azul na área da educação ambiental, qualidade da água balnear, gestão da zona balnear, serviços e segurança. As atividades de Educação Ambiental desenvolvidas nas praias do concelho assumiram um fator essencial na campanha da Bandeira Azul e de distinção das zonas balneares do concelho. À semelhança dos anos anteriores, participaram nas atividades de educação ambiental grupos escolares, jardins-de-infância e associações ligadas à terceira idade, não só do concelho mas de toda a zona Norte.

c) Qualidade das Águas e Areias Balneares

A campanha de monitorização da qualidade da água balnear foi realizada em todas as zonas balneares do concelho, conforme frequência e resultados no quadro seguinte:

30

Água Balnear

Semana de monitorização

Junho Julho Agosto Setembro

1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 1ª 2ª

Lavadores

Salgueiros

Canide-Norte

Canide-Sul

Marbelo

Madalena-Norte

Madalena-Sul

Valadares-Norte

Valadares-Sul

Dunas Mar

Francelos

Francemar

Sãozinha

Senhor da Pedra

Miramar

Mar e Sol

Aguda

Granja

S. Félix da Marinha Resultados da campanha de monitorização da qualidade da água balnear

Legenda: - Valores inferiores aos valores limite

No ano de 2014, prosseguiu-se com a campanha de monitorização da qualidade das areias, tendo sido monitorizadas as areias das praias da Aguda, Miramar e Canide Norte.

d) Praia Acessível, Praia para Todos

Prosseguindo as iniciativas dos anos anteriores, Vila Nova de Gaia promoveu na época balnear de 2014, o Projeto “Praia Acessível - Praia para Todos” nas praias da Aguda, Senhor da Pedra, Miramar, Valadares Sul (Sindicato) e Canide Norte. Nestas praias, tendo em vista a oportunidade das pessoas com mobilidade condicionada usufruírem plenamente das nossas praias, disponibiliza-se um conjunto de equipamentos e instrumentos auxiliares, como rampas de acesso à praia, passadeiras de acesso à água, instalações sanitárias adaptadas e cadeiras de rodas anfíbias para banhos.

e) Zonas Fluviais

Refletindo orientações do Município, na zona ribeirinha do Douro, nos areinhos de Oliveira do Douro, Avintes, Arnelas e Crestuma, no período da época balnear de 2014, foram instaladas infraestruturas de apoio, nomeadamente sanitários e sistema de assinalamento de áreas balneares, assim como garantida a vigilância com Nadadores-Salvadores.

31

III. Parque Biológico de Gaia

Principais Indicadores 2014 2013 Variação

ÁREA GERIDA (hectáres) 255,8 255,8 0

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS (Empresa + CMG) 113 148 -35

RECEITA GERADA 581 627 € 824 099 € -242 472 €

Visitantes

Parque Biológico 94082 101384 -7302

Parque de Dunas 11258 5242 6016

Parque da Lavandeira 249727 294131 -44404

Parque das Devesas 2625 1500 1125

Parque Maria Pia 16383 8004 8379

Parque de Crestuma (estimativa) 2500 2500 0

Reserva Natural Local do Estuário do Douro 19126 19835 -709

Centro de Interpretação do Património da Afurada 9096 11186 -2090

Total de visitantes 404797 443782 -38985

Reserva Natural Local do Estuário do Douro

Retirada de resíduos (Kg) 4235 3040 1195

Nº participantes na retirada de resíduos 175 135 40

Nº participantes no 1º domingo de cada mês 203 379 -176

Parque de Autocaravanas

Dias de ocupação 1388 794 594

Quantidade de utentes 3199 1797 1402

Hospedaria

Dormidas 1598 2505 -907

Self-Service

Número de refeições servidas 31249 33046 -1797

Utilização de Espaços

Auditório (Dias de ocupação) 33 55 -22

Sala de Formação (Dias de ocupação) 88 128 -40

Atividades de Educação Ambiental

Número de "Noites no Parque" 22 27 -5

Oficinas (Número de crianças) 871 919 -48

Ateliers (quantidade de ateliers") 492 358 134

Visitas "Dunas - Conhecer e Conservar" 6 13 -7

Universidade Júnior (Número de participantes) 293 245 48

Noites dos Pirilampos (Número de participantes) 3791 3510 281

Casa da Floresta

Quantidade de Festas de Aniversário 203 206 -3

Quantidade de Crianças participantes 2943 3167 -224

Observatório Astronómico

Curso de Astronomia 7 1 6

Atellier/Observações 29 22 7

Outras atividades 9 0 9

Setor Editorial

Newsletters enviadas 32 44 -12

Facebook (gostos) 26000 11582 14418

Expos. fotografia 6 6 0

Revista (Nºs editados e distribuídos) 3 3 0

Livros editados 1 4 -3

Fotogramas em arquivo 48656 46204 2452

CENTRO DE RECUPERAÇÃO DE FAUNA SELVAGEM

Quantidade de animais entrados 2653 3289 -636

Quantidade de animais recuperados 1486 1949 -463

Taxa de recuperação 56% 59% -3%

Coleção Zoológica

Número de instalações 130 114 16

Número de animais 1123 1101 22

Número de espécies 172 165 7

Coleção de Camélias

Número de variedade 128 127 1

Projetos Científicos

Apoiados 7 6 1

Promovidos 2 3 -1

Monitorização da Biodiversidade

Total de espécies selvagens de Vila Nova de Gaia 2582 2564 18

Total de espécies da aves no Estuário do Douro 228 221 7

Espaços Verdes Municipais

Área mantida (m2) 707560 593385 114175

Número de espaços verdes 676 525 151

Árvores plantadas 398 509 -111

Árvores podadas 2130 1524 606

Árvores abatidas 300 179 121

Projetos elaborados 26 20 6

32

1. Parques e Serviços

a) Parque Biológico de Gaia

O Parque Biológico de Gaia entrou, em 2014, no seu 31º ano de atividade e teve 94 082 visitantes,

menos 7 302 que no ano anterior que, salvo melhor opinião, se fica a dever à crise.

Nota-se, desde o ano 2008, uma crescente diminuição das visitas de grupo (maioritariamente

escolares) e um aumento das visitas individuais e familiares. Por outro lado, verifica-se uma

crescente fidelização de visitantes. Apesar de tudo, as tradicionais Noites dos Pirilampos, em junho,

reuniram 3 791 pessoas, mais 281 do que no ano anterior.

Prosseguiu a gestão do território do Parque Biológico, nas suas vertentes fundamentais: pequena

“reserva natural” em meio urbano, parque zoológico, jardim botânico, ecomuseu, parque de lazer e

centro de congressos e eventos. Prosseguiu o trabalho de abate de eucaliptais, para alargamento da

mancha de carvalhal. Procedeu-se, antes da época de incêndios, a uma grande operação de redução

de matos em todo o Parque, deixando, contudo, núcleos de vegetação para abrigo da fauna.

b) Parque Dunas da Aguda

O Parque de Dunas da Aguda entrou, em 2014, no seu 18º ano de atividade, tendo ao serviço apenas

um vigilante. Durante 2014 o Parque de Dunas da Aguda registou 11 258 visitantes.

O Parque de Dunas da Aguda é uma micro-reserva natural onde a vegetação tem evoluído

significativamente, existindo agora uma autêntica duna já estabilizada e completamente recuperada

em todos os locais.

Em Julho realizaram-se diversas atividades no âmbito da Universidade Júnior da Universidade do

Porto, no âmbito do tema “À descoberta do litoral de Gaia”. Foram ainda removidas as plantas com

caráter invasor: Erva-das-Pampas (Cortaderia selloana), erva-gorda (Arctotheca calendula) e chorão

(Carpobrotus edulis).

c) Parque da Lavandeira

O Parque da Lavandeira em 2014 entrou no seu 10º ano de atividade, tendo ao serviço dois operários

de manutenção, para além dos rececionistas, vigilantes e pessoal do bar. Durante 2014 o Parque da

Lavandeira teve cerca de 249 727 utentes.

Procurou-se manter o parque adequado para usufruto dos utentes. A manutenção de algumas aves

continua a ser um grande atrativo para quem passeia pelo parque, pois pode sempre ver de perto os

cisnes e os patos.

33

d) Reserva Natural Local do Estuário do Douro

A Manutenção da RNLED abrange duas vertentes: equipamento e espaço natural. Tem particular

relevância a redução de plantas de caráter invasor prioritariamente direcionada para: Erva-das-

Pampas (Cortaderia selloana), erva-azeda (Arctotheca calendula) e chorão (Carpobrotus edulis). Em

2014 foi possível a retirada de mais de quatro toneladas de resíduos (4 235,2 Kg), em parceria com

associação AMO PORTUGAL (Mãos-à-Obra Portugal /Delegação do Porto).

Neste momento está registada a ocorrência de 228 espécies (210 espécies consideradas de

populações selvagens e 18 espécies cuja presença se considera associada a uma intervenção

humana).

Atividades relevantes para o público realizadas: Atividades de fim-de-semana (Open Day’s),

observações Ornitológicas mensais e participação na Universidade Júnior com a presença de 174

jovens provenientes de diversos locais do país. A utilização do espaço de visitação que engloba

observatórios, passadiços e centro de receção da RNLED, representou um total de 19 126 visitantes

dos quais, 1 952 associados a grupos escolares e afins.

e) Cordão Dunar de Vila Nova de Gaia

Desde a instalação deste equipamento (de 2009 a 2010), com recurso a financiamento do

QREN/Programa ON.2, que se faz a sua manutenção semanal, por recurso a contratação externa de

serviços, não recebendo esta empresa municipal qualquer financiamento comunitário por esta

manutenção. Durante o ano de 2014 uma equipa de manutenção conservou os passadiços limpos de

areias e plantas invasoras. Esta equipa era formada exclusivamente por elementos do centro de

emprego.

f) Parque Botânico do Castelo / Sítio Arqueológico

O Parque Botânico do Castelo entrou em 2013 no seu 6º ano de atividade, tendo ao serviço dois

trabalhadores de serviços gerais.

Com a colaboração do Solar Condes de Resende decorreu, durante todo o mês de agosto, o 5º Campo

Arqueológico e as II Jornadas Arqueológicas do Castelo de Crestuma.

g) Centro Interpretativo do Património da Afurada

O CIPA entrou em 2014 no seu 2º ano de funcionamento e teve 9 096 visitantes. As visitas são

essencialmente de Portugueses, seguidos de Franceses, Ingleses e Espanhóis.

Continuou-se o trabalho de proximidade com a população permitindo o desenvolvimento do

programa de recolha de histórias e objetos históricos da Afurada e das artes da pesca. Foram

realizadas inúmeras entrevistas em vídeo aos anciãos da Afurada, e recolhidas por oferta inúmeras

peças históricas, tendo algumas sido alvo de restauro e estudo.

34

Durante 2014 foram criadas com meios próprios as exposições permanentes: “Coleção malacológica

Marciano Azuaga” e “Exposição do espólio do Centro Interpretativo do Património da Afurada”, e as

exposições temporárias: exposição de escultura e pintura “Arte e escultura de Osvaldo Gaia”,

exposição de aguarela “da Afurada até ao mar” de António M Silva, exposição de fotografia “Gentes

da Afurada” de António Amen e exposição de artesanato da Afurada.

Iniciou-se neste ano uma atividade designada “Hora do conto” que é desenvolvida em articulação

com o Polo de leitura da Afurada da Biblioteca Municipal, que apresenta mensalmente um novo

autor de livros infantis ao nosso público.

O CIPA participou nas festividades do São Pedro da Afurada, com a organização do concurso de

“quadras populares” e na exposição permanente da barca da pregação.

A colaboração com Universidades e escolas tem permitido a aproximação de diversos alunos que

estão a desenvolver trabalhos sobre a Afurada nas nossas instalações, que pretende ser aglutinador

das informações existentes sobre esta vila piscatória.

Em parceria com a Marina de Canidelo, foram realizados percursos urbanos de descoberta da

Afurada direcionados para turistas. Em novembro iniciou-se a publicação da newsletter mensal do

CIPA.

h) Parque da Quinta do Conde das Devesas

O Parque da Quinta das Devesas entrou, em 2014, no seu 2º ano de atividade, tendo contado com

2 625 visitantes, na sua maioria estrangeiros.

Continuou a recuperação das Camélias existentes e plantou-se mais uma variedade, havendo no

Parque, no final de 2014, 128 variedades de Camélias, das quais 96 portuguesas.

i) Parque da Ponte Maria Pia

O Parque Ponte Maria Pia entrou em 2014 no seu 2º ano de atividade e teve 16.383 visitantes. O

Parque encontra-se em condições adequadas para a visita e usufruto dos utentes. Em 2014

realizaram-se replantações de espécies vegetais que não se adaptaram no primeiro ano após a sua

plantação. Procedeu-se ao tratamento das estruturas em madeira e foi instalado um novo

equipamento para a prática do Xadrez (grande escala);

Durante o ano de 2014, com a colaboração do Jardim de Infância da Serra do Pilar, foi dinamizado o

Dia da árvore.

j) Setor de Obras e Manutenção

Em 2014 o Setor da Manutenção, para além das ações correntes de gestão e manutenção dos

espaços, edifícios e equipamentos sob gestão do Parque Biológico, realizou as seguintes atividades

de maior relevância: construção do centro de acolhimento de Psitacídeos, construção da ligação de

35

águas pluviais do Pinhal do Lima até ao Rio Febros, construção do observatório do centro de

recuperação, reforço da vedação perimetral na área poente do Parque Biológico, construção da

ligação de saneamento do cercado das ovelhas e respetivo pedilúvio, construção do ramal de água

para novo contador no pinhal do Lima, acompanhamento da obra de construção de ligação em fibra

óptica ao centro de acolhimento. Trabalhos de grande beneficiação nos cercados dos Javalis,

Raposas, Lontras, Urogallus e Quarentena.

No Parque da Quinta das Devesas foram feitas reconstruções de muros, portões, demolições,

limpezas e drenagens. Foram substituídas as armaduras de emergência dos edifícios sob gestão do

Parque Biológico que não garantiam o correto funcionamento e beneficiada a restante rede de

primeira intervenção contra incêndios.

k) Intervenções fora do Município

Iniciaram-se ou continuaram as seguintes colaborações exteriores ao Município:

SIMDOURO – Elaboração e acompanhamento do projeto de tratamento de espaços verdes da ETAR de Paço de Sousa;

SULDOURO – Acompanhamento e fiscalização da especialidade de paisagismo da obra do novo aterro sanitário em Canedo – Santa Maria da Feira;

M.A.D.I. Vila do Conde – Acompanhamento e conclusão da obra de tratamento de espaços verdes do CAO e Lar Residencial do MADI em Ferreiró – Vila do Conde;

Protocolo com a Câmara Municipal de Lousada para a criação do Parque Biológico de Lousada.

2. Educação Ambiental e Conservação da Biodiversidade

a) Setor de Educação Ambiental

Prosseguiu a realização de atividades de acordo com a Agenda de Atividades para o 2014/2015,

nomeadamente ateliers de educação ambiental no percurso e em salas, visitas noturnas guiadas no

âmbito do programa “Uma noite no Parque” e percursos guiados ao litoral de Gaia no âmbito do

programa “Dunas: conhecer e conservar”.

Nas pausas letivas do Natal, Carnaval, Páscoa e verão, prosseguiu o programa de campos de férias e

oficinas, para crianças e jovens dos 6 aos 14 anos de idade.

Realizaram-se também os habituais “Sábados no Parque”, nos primeiros sábados de cada mês, nos

quais os visitantes são convidados a participar num programa especial que consiste em realização de

ateliers, visitas guiadas ao percurso do Parque, e debates informais de temas ambientais nas

conversas do mês.

No mês de junho realizaram-se as habituais Noites dos Pirilampos. São visitas noturnas guiadas ao

trilho de descoberta da natureza para observação de pirilampos e outros animais noturnos, seguidas

de observações astronómicas.

Realizaram-se também festas de aniversário na casa da Floresta. São festas temáticas que

aproveitam as características naturais únicas da envolvente natural do Parque.

36

Em colaboração com a Universidade do Porto, repetiu-se, durante o Verão, o programa Universidade

Júnior, com a oficina “À descoberta do litoral de Gaia” e com a Oficina “Detetives no Parque”.

Em colaboração com o Centro de Formação de professores Júlio Resende, de Gondomar, realizou-se

curso de formação em biodiversidade, conservação da natureza e educação ambiental. Esta ação, de

carácter essencialmente prático, foi estruturada e dinamizada de forma a dar a conhecer os

diferentes equipamentos e recursos de educação ambiental do concelho de V.N. Gaia que podem ser

utilizados pelos professores dos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico.

b) Observatório Astronómico do Parque Biológico

Com o seu funcionamento em pleno em 2014, a realização do Curso de Astronomia, nos dias 1 e 15

de março, 12 de abril, dia 3 e 17 de abril, dia 5 de julho contou com 95 participantes. Realizaram-se

ainda observações astronómicas nas datas 3 e 4 de junho, 10 e 11 de junho, de 13 a 18 de junho, 20

a 22 de junho e 25 de junho, período em que ocorreram as noites dos pirilampos, com milhares de

pessoas, bem como outras atividades e ateliers durante o ano.

Dia 31 de maio e 1 junho – Participação do OAPB (Observatório Astronómico do Parque Biológico de

Gaia na 4ª CTMB (Concentração de Telescópios em Moimenta da Beira), organizado pelo Clube das

Ciências do Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira.

O Observatório participou na exposição – “de olhos postos no céu” na galeria Diogo de Macedo –

Escola Secundária Diogo de Macedo, de 21 março a 5 abril.

Participação na comemoração do Mês Mundial da Astronomia 2014, no evento Global Star Party

realizado no dia 5 de abril na Escola EB2/3 de Olival - Vila Nova de Gaia

c) Setor Editorial, Exposições e Fotografia

Durante 2014 foram publicadas três revistas, concretamente as n.º 45, 46 e 47, cada uma com a

tiragem de 10 mil exemplares. Esta publicação tida como trimestral foi distribuída por hotéis, postos

de turismo, aeroporto e restantes locais propícios ao encontro desta publicação com leitores. Foram

enviadas revistas pelo correio aos cerca de 2 mil sócios dos Amigos do Parque. Todos estes

exemplares ficaram disponíveis no site do Parque em formato PDF.

Em 2014 o Concurso nacional de fotografia da natureza “Parques e Vida Selvagem” entrou no 12.º

ano de realização contínua. Apesar de cada concorrente não poder apresentar mais de 6 fotografias,

o total de trabalhos entregues a concurso foi de 850 fotografias. Participaram 98 fotógrafos.

Durante 2014 realizaram-se neste salão mais 5 exposições de fotografia, com destaque para a da

RNLED e para a do concurso Nacional de Fotografia do Observatório Astronómico, 2.ª edição.

Para além da atualização permanente dos dados do site, deu-se continuidade à informação colocada

no Facebook, que já anda nos 26 mil “Gosto”.

37

Trimestralmente foi policopiado um Folheto de Atividades dos Parques de Gaia (papel e pdf)

oferecido a visitantes do Parque Biológico e 32 newsletters foram enviadas por e-mail a cerca de 2

mil destinatários.

Em 2014 preparou-se o livro “Guia de Camélias do Parque do Conde das Devesas”, a apresentar em

2015, bem como a obra “Pirilampos de Portugal”, que ainda aguarda ordem de impressão.

d) Conservação da Biodiversidade

O Parque Biológico de Gaia está, desde há 31 anos, a dar o seu contributo para a batalha pela defesa

dos recursos vivos da Terra. Poucos parques urbanos existirão na Europa Ocidental com tão grande

diversidade biológica. O Parque aderiu à Iniciativa Countdown 2010, lançada em 2006 pela UICN

(União Internacional para a Conservação da Natureza) e apoiada pela União Europeia e por muitos

Estados-Membros, iniciativa que pretende contribuir para parar a perda de biodiversidade na

Europa, até 2020.

A biodiversidade do Parque Biológico, da Reserva Natural do Estuário do Douro e, em geral, de Vila

Nova de Gaia é continuamente monitorizada e apresenta uma tendência muito positiva.

e) Investigação Científica

Prosseguiu o programa de anilhagem científica no Parque Biológico de Gaia iniciado em 14/10/2006.

Com duas sessões mensais, os anilhadores credenciados pelo ICNF, possibilitam aos visitantes do

Parque a observação direta da atividade, sensibilizando para a importância do respeito pela

natureza, e desenvolvem investigação sobre algumas das aves residentes ou migradoras.

Manteve-se a participação neste projeto ibérico coordenado pela Conselleria de Medi Ambient -

Generalitat Valenciana e que tem como parceiros em Portugal a empresa Águas e Parque Biológico

de Gaia, o CIBIO-UP e o RIAS. Em Junho deste ano foram libertados no Algarve os primeiros Cágados-

de-carapaça-estriada (Emys orbicularis), espécie em perigo, nascidos no PBG em 2011. Em Agosto de

2013, resultado de incubação artificial, nasceram no PBG mais 38 cágados autóctones (Emys

orbicularis) que serão libertados quando tiverem cerca de 2 anos de idade, altura menos crítica para

a sua sobrevivência.

Concluiu-se um estudo conducente ao grau de mestre em engenharia zootécnica com o tema:

“Estudos sobre a capacidade reprodutiva de Trachemys scripta e Pseudemys concinna em condições

naturais, no Litoral Norte de Portugal”.

Prosseguiu a preparação do Herbário Parque Biológico de Gaia. Em colaboração com a CCDRN

continua instalada no Parque Biológico, desde Setembro de 2010, uma Estação de Medição da

Qualidade do Ar.

38

f) Setor Veterinário e Zootécnico

O Setor Veterinário e Zootécnico, durante 2014, através do Centro de Recuperação de Fauna

Selvagem, recebeu, examinou, tratou e deu destino a 2 653 animais, tendo a taxa de recuperação

sido de 56%.

Deu-se continuidade à comemoração do Dia Mundial do Animal com atividades realizadas em 9

municípios. Participou na elaboração do projeto de um edifício para alojamento de casais

reprodutores de papagaios.

Assegurou a manutenção dos registos das entradas de animais, licenciamento e relatório.

Participação nas reuniões da AIZA (Associação Ibérica de Zoos e Aquários) em Lisboa, com

apresentação do projeto “Cágados em Perigo”, candidato ao prémio anual para projetos de

conservação e investigação in-situ. Realização no Parque Biológico de Gaia do workshop “Contenção

e manipulação de aves, répteis e mamíferos” do IIAEICBAS Biomedical Congress: an innovative

multidisciplinary approach to life sciences ministrado por um técnico do Parque.

Obteve-se durante 2014 o número de registo da coleção zoológica ao abrigo da Portaria nº 7/2010,

nº 14PT0055/Z.

3. Espaços Verdes Municipais

Para além da manutenção dos Espaços Verdes existentes, durante o ano de 2014 este setor atendeu

a 191 pedidos de intervenção de freguesias, escolas e outras entidades. O setor prestou apoio e

colaboração na área de espaços verdes às Juntas de Freguesia, mais especificamente no

fornecimento de plantas, manutenções, elaboração de projetos de espaços verdes, criação de

espaços verdes, limpezas, podas e abates de árvores.

Uma das atividades do setor de Espaços Verdes é o apoio aos Processos de Licenciamento; durante

2014 foram elaborados 22 pareceres relativos a projetos de tratamento de espaços verdes no âmbito

de Processos de Licenciamento e realizadas fiscalizações a obras de espaços verdes acompanhando

os trabalhos. Foram feitas 8 receções de espaços verdes juntamente com as outras entidades

envolvidas nos Processos de Licenciamento.

Durante 2014 foi dada continuidade ao trabalho no ano anterior realizando várias intervenções de

limpeza, podas e abates no arvoredo do concelho de Vila Nova de Gaia por solicitação de Munícipes

e Juntas de Freguesia, ou por iniciativa dos serviços. Em todas as situações, e antes de se proceder a

qualquer ação, foi avaliado o pedido no local para aferir a validade do mesmo e decidir qual a

melhor solução a adotar. A maior parte dos abates prenderam-se com o mau estado fitossanitário

das espécies arbóreas e o risco de queda ou risco de dano. A maior parte das intervenções de poda

prenderam-se com questões de limpeza de copa das árvores e também em situações de ramos que

“invadiam” propriedades privadas.

Em 2014 foram plantadas 398 árvores, efetuadas 2 130 podas e realizados 300 abates de árvores em

todo o concelho de Vila Nova de Gaia.

39

Manteve-se a gestão do viveiro de plantas essencialmente para uso interno no município. Prosseguiu

o apoio da equipe da APPACDM (Associação dos Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental), que

também colaborou na manutenção de todas as áreas ajardinadas assim como das áreas florestais e

margens dos caminhos do Parque Biológico.

Colaboração com a Direção Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho na vigilância

fitossanitária do Picudo ou Escaravelho-das-palmeiras (Rhynchophorus ferrugineus), Tigre-do-

plátano (Corythucha ciliata) e a Cobrilha-dos-ramos (Coroebus florentinus).

40

IV. Estação Litoral da Aguda

No dia 1 de Julho de 2014 a Estação Litoral da Aguda celebrou o seu 15.º aniversário. Aberta ao

público desde 1999, atraiu até agora 335 000 visitantes. O número de visitas diminuiu em relação ao

ano anterior, registando-se em 2014 um total de 11 522 entradas, das quais 1 522 gratuitas. Em

relação ao ano de 2013 foram registadas menos 2 214 pessoas.

O Aquário recebeu espécies novas para exposição, vindas do Aquário Galiza do Grove, em Espanha,

do mar da Aguda, em colaboração com os pescadores locais, e do Aquamuseu do Rio Minho.

No Museu das Pescas foram registados novos objetos, nomeadamente anzóis antigos dos povos Viking

e Romano.

No âmbito do Departamento de Educação e Investigação, a ELA continuou a disponibilizar os seus

programas pedagógicos para jardins-de-infância, escolas primárias e secundárias, universidades e o

público em geral, abrangendo todas as classes etárias e todos os níveis de ensino. O programa

«Contos do Mar» é destinado a crianças entre três e seis anos e tem como objetivo despertar uma

consciência ecológica e ambiental. Desde o início em 2003 frequentaram este programa até agora 13

798 crianças. O programa «Turma do Mar» é dirigido a crianças de seis a doze anos, e transmite

conhecimentos básicos sobre Biologia e Ecologia Marinhas e Oceanografia Física. Iniciado em 2004,

este programa atraiu até agora 11 201 crianças. Em 2014 participaram 806 crianças, número

equivalente ao ano anterior. O programa «Educação Ambiental no Litoral» atraiu desde o seu início

oficial em 1997 um total de 15 435 alunos, distribuídas por 703 sessões. Em 2014 participaram 671

alunos. O programa «Trilho de Interpretação da Natureza» é desenvolvido em conjunto com o Centro

de Educação Ambiental das Ribeiras de Gaia - CEAR. Nos seus nove anos de funcionamento registou

153 visitas que envolveram 4 055 participantes. O programa “Litoral em Mudança”, destinado a

alunos do 11º ano em diante, aborda as alterações climáticas, a subida do nível médio do mar, a

erosão costeira, o recuo do litoral e as possíveis medidas de mitigação e já teve 1 067 participantes

desde 2007.

Pelo 15.º ano consecutivo, a Estação Litoral da Aguda participou na «Biologia no Verão» do Programa

“Ciência Viva”, com quatro sessões de formação e 45 participantes.

Em 2014 foram realizadas 43 “Visitas Guiadas” ao Aquário e Museu das Pescas, com uma duração de

meia hora, na maioria para estabelecimentos de ensino.

No âmbito do protocolo de colaboração sobre a ELA, celebrado entre a Câmara Municipal de Vila

Nova de Gaia e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar ICBAS da Universidade do Porto,

foram lecionadas as seguintes aulas teórico-práticas: «Sistemática sobre Lampreias, Tubarões, Raias,

Peixes Ósseos, Anfíbios, Répteis e Mamíferos», no âmbito da disciplina “Biologia dos Vertebrados”

(12 horas); «Tecnologia das Pescas» para o curso da licenciatura de Ciências do Meio Aquático, 3º

ano (35 h); «Produção de Peixes Ornamentais», no âmbito do curso do Mestrado «Ciências do Mar e

Recursos Marinhos» do ICBAS (25 horas); «Ecologia Aquática» para o curso da licenciatura de Ciências

do Meio Aquático, 1º ano (50 horas) e «Peixes, Tubarões e afins», para os principiantes do curso de

Veterinária do ICBAS (6 horas).

41

Ao nível da investigação científica, em colaboração com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel

Salazar da Universidade do Porto, continuaram o projeto da pesca experimental, recaptura, cultivo

e repovoamento do lavagante europeu no mar da Aguda; o projeto dos impactos naturais e artificiais

na zona intertidal e o projeto “O anzol - a sua história ao longo dos tempos”. Em 2014 iniciou-se um

estudo sobre os organismos marinhos perigosos e venenosos da costa portuguesa continental.

Foram publicados dois livros e cinco artigos de divulgação científica em revistas nacionais e

internacionais. Foram ainda realizadas duas reportagens acerca do 15.º Aniversário da ELA e depois

transmitidas pela primeira vez, na TVI no dia 05/07/2014, e no Porto Canal no dia 07/07/2014.

42

V. Estrutura Organizativa

1. Organigrama A macroestrutura da Empresa manteve-se inalterada durante o ano de 2014, apresentando a

seguinte configuração:

2. Recursos Humanos

a) Quadro de Pessoal

No final de 2014 a Empresa mantinha ao seu serviço 444 trabalhadores, distribuídos por vínculo

profissional da seguinte forma:

Vínculo 2013 2014

Efetivos pertencentes ao Quadro do Município 191 180

Efetivos do Quadro da Empresa 260 255

Contratados a Termo Certo 0 9

Total 451 444

43

A diminuição em relação ao exercício anterior resultou principalmente do deferimento de vários

pedidos de aposentação, apesar de terem sido contratados alguns trabalhadores para suprir

necessidades nas áreas operacionais da Empresa.

b) Distribuição do Pessoal por Centros de Custo

Direções Centros de Custo 2013 2014

Quadro de Pessoal 2014

Dirigente Téc. Sup. / Téc.

Téc. Prof. / Adm.

Operár. e

Auxil.

Águas

de

Abastecimento

Reservatórios 4 4 4

Exploração e Manutenção Redes Água 77 71 1 2 6 62

Armazém Geral 5

Oficinas e Sectores Auxiliares 19 19 1 18

Parque Automóvel 7 8 8

Total 112 102 1 2 7 92

Águas Residuais

ETAR 14

Exploração e Manutenção Redes Saneamento 35 39 1 2 9 27

Total 49 39 1 2 9 27

Águas Pluviais e Estações

Manutenção Estações Elevatórias 22

ETAR Gaia Litoral 21

Outros Encargos Saneamento 55 7 2 46

Redes Coletoras 5 1 1 3

Resíduos Sólidos Urbanos 9 1 8

Reabilitação Ribeiras / Requalificação Praias 14 16 3 13

CEAR – Centro Educação Amb. Ribeiras Gaia 1 2 1 1

Total 58 87 1 12 3 71

Educação Ambiental e

Conservação da Biodiversidade

Sector Veterinário e Zootécnico 15 15

5 1 9

Sector de Educação Ambiental 14 15

6 7 2

Sector de Conservação da Biodiversidade 24 25 1 4 1 19

Total

53 55 1 15 9 30

Parques e Espaços Verdes Sector de Apoio aos Parques 41 38 1 1 3 33

Estação Litoral da Aguda Estação Litoral da Aguda 8 8 1 2 2 3

Económica e Financeira Contabilidade / Tesouraria/Fundos Comunitários / Aprovisionamento

15 22 2 9 11

Comercial e Atendimento Centro Atendimento, Leitura Contadores e Marketing e Imagem

38 40 1 3 12 24

Projetos e Obras Projetos e Obras 18 17 1 5 11

Gabinete Planeam. e Controlo Operacional

Gabinete Planeamento e Controlo Operacional

11

Secretaria Geral Secretaria, Gestão Adm. Pessoal 26 24 3 13 8

Gabinete Inovação e Desenvolvimento

Informática 4 4 3 1

Gabinete Jurídico Contencioso e Gabinete Jurídico 11 4 1 3

Núcleo Qualidade Ambiente Segurança / CQA

Núcleo da Qualidade, Ambiente e Segurança / CQA

5 4 3 1

Gab. Imag. Comun. e Relações Públicas

Gab. Imagem, Comunicação e Relações Públicas

2

Total 179 161 7 32 54 68

Total Geral 451 444 11 63 82 288

44

c) Indicadores dos Recursos Humanos

2013 2014

N.º Trabalhadores 451 444

Média Etária 42,25 43,55

Hab. Acad. >Ens. Secund.* (%) 45,2 45,9

Trab. c/ Idade <35 Anos (%) 24,39 22,97

Absentismo (%) 6,6 5,3

* A partir do 12.º ano de escolaridade

A Empresa mantém equilibrado o conjunto de indicadores que traduzem a situação dos seus Recursos

Humanos.

A evolução da média das idades reflete a natural progressão da passagem do tempo, com os

trabalhadores com menos de 35 anos a perderem peso na estrutura etária, reforçando-se a

maturidade das equipas sem perda de vitalidade.

A estrutura habilitacional mantém-se praticamente inalterável e a taxa de absentismo diminuiu

ligeiramente.

d) Formação Profissional

Em 2014 foram realizadas 29 ações de formação. A formação incidiu principalmente na área de SHST

e na formação especializada, nomeadamente em consequência de alterações legislativas.

Relativamente ao ano anterior, o número de horas por formando diminuiu consideravelmente em

virtude das mudanças estruturais e da situação financeira da empresa, bem como da impossibilidade

de usufruir de formação financiada ao contrário do que aconteceu em 2013.

Ações de Formação 2013 2014

Técnica Especializada 24 20

Qualidade / Ambiente / Segurança 3 4

Comportamental 6 0

Contexto de Trabalho 1 5

N.º de Formandos 317 300

Total de Horas de Formação 4 821 2 141,5

Média Horas Formação/Trabalhador 15,2 7,1

e) Acordos com o IEFP

Foram efetuadas 3 candidaturas à medida Contrato Emprego Inserção +, abrangendo beneficiários do

rendimento social de inserção, permitindo-lhes desenvolver competências socioprofissionais:

2 beneficiários, pelo período de um ano para exercerem funções no Centro Interpretativo do

Património da Afurada

38 beneficiários, pelo período de um ano, distribuídos pelos vários setores operacionais da

Empresa;

45

12 beneficiários, pelo período de 3 meses, para vigilância e prevenção de fogos florestais.

f) Estágios Profissionais

Foram efetuadas 2 candidaturas à medida Estágios Emprego, destinados a jovens, permitindo-lhes

complementar e desenvolver competências de forma a melhorar o seu perfil de empregabilidade e

apoiar a transição entre o sistema de qualificações e o mercado de trabalho:

2 estagiários com o nível de qualificação VI (mestrado), pelo período de um ano, para

exercerem funções no CEAR e no NQAS.

1 estagiário com o nível IV (secundário), pelo período de um ano para exercer funções na

DAA.

g) Estágios Curriculares

Na sequência do que tem sucedido em anos anteriores e no âmbito da responsabilidade social

empresarial, Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA continua a colaborar com diversas

instituições de ensino, quer a nível do secundário, quer a nível do ensino superior, proporcionando

estágios para aquisição e desenvolvimento de competências técnicas necessárias para a qualificação

académica dos estagiários.

Em 2014 a Empresa facultou a possibilidade da realização de 7 estágios, sendo 3 deles para

conclusão de Licenciatura/Mestrado.

h) Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

Hoje, a Segurança, Saúde e Higiene no Trabalho contribui para demonstrar que a Empresa é socialmente responsável, reforçando o compromisso dos colaboradores, promovendo mão-de-obra mais competente e saudável, garantindo um enquadramento eficaz para prevenir e minimizar acidentes e problemas de saúde. A qualidade das condições de trabalho é um dos fatores essenciais para o sucesso de um sistema produtivo. Promover a segurança e saúde no trabalho permite assegurar a saúde e a integridade dos seus colaboradores, respeitando os princípios de prevenção de riscos profissionais. Daí que um sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho constitua a essência da abordagem de riscos profissionais nos locais de trabalho. Assumem-se, assim, as questões no âmbito da segurança e saúde no trabalho como forma de proporcionar oportunidades para melhorar a eficiência da Empresa, bem como a proteção dos seus colaboradores. Neste sentido, a Empresa continuará a desenvolver as ações necessárias, por forma a tentar reduzir e melhorar os índices de sinistralidade.

46

Indicadores de SHST (2012 – 2014)

Ano N.º Acidentes

com Baixa (IG) Índice de

Gravidade (IF) Índice de Frequência

(II) Índice de Incidência

2012 55 712,502 60,10 0,120

2013 73 1 253,450 78,01 0,150

2014 66 1 953,477 92,96 0,146 IG = n.º dias úteis perdidos x 106 / n.º total horas trabalhadas IF = n.º acidentes com dias perdidos x 106 / n.º total horas trabalhadas II = n.º acidentes de trabalho / n.º de trabalhadores

Durante o exercício foram também realizados 334 exames médicos, dando cumprimento às normas

legislativas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.

Exames Médicos 2013 2014

Admissão 42 48

Periódicos 287 218

Ocasionais 45 68

Total 374 334

3. Meios Tecnológicos e Sistemas de Informação

a) Sistemas de Informação

Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA está dotada dos meios tecnológicos e sistemas de

informação necessários para apoiar a gestão e as áreas técnicas em tempo oportuno, contribuindo

para uma maior racionalização dos processos, rapidez de resposta, e melhoria do clima e do bom

funcionamento da Empresa.

Infraestrutura Tecnológica

Em 2014 foi instalada na empresa uma nova solução de telefonia, onde os telefones passaram a ser

VOIP, com acentuada redução de custos. Mantiveram-se as atualizações dos sistemas de informação.

Gestão Documental

Implementação de novos módulos da gestão documental, nomeadamente assinaturas digitais nos

documentos, registo de saídas, organização de processos, entre outros.

SIG – Sistema de Informação Geográfica

Durante o ano 2014 continuou a ser atualizada a informação geográfica de forma a garantir o

máximo de fiabilidade da mesma.

47

Para além disso foi disponibilizado o serviço GIS online anywhere aos utilizadores.

b) Sistema de Telemetria e Análise de Dados

A consolidação da introdução da monitorização em tempo real das redes de distribuição tem sido um processo que, devido à dimensão do Município, se tem processado de forma gradual, mas determinada, por obrigar à mobilização de investimentos consideráveis. Em 2014 aprofundou-se a definição das Zonas de Medição e Controlo, finalizou-se a alocação dos clientes no Sistema de Informação Geográfica e deu-se continuidade à aplicação de data-loggers, permitindo a análise dos consumos por rede associada aos reservatórios e comparação com a correspondente água faturada aos respetivos clientes. No mesmo ano, iniciou-se a substituição dos quadros elétricos em fim de vida dos reservatórios, a reabilitação de proteções de terra dos mesmos e a renovação dos sistemas de elevação com equipamentos de elevados rendimentos energéticos, o que permitirá a poupança considerável com os seus custos de exploração e o contributo significativo para a diminuição da respetiva Pegada do Carbono.

c) Gestão Energética

Produção de energia com recurso a partir de fonte fotovoltaica

A preocupação com a sustentabilidade ambiental da Empresa também se manifesta na instalação de sistemas de microgeração de energia, iniciada em 2008, com a instalação da unidade fotovoltaica no Centro de Educação Ambiental das Ribeiras de Gaia (CEAR). Posteriormente, instalaram-se sistemas no edifício Marbelo e nos reservatórios da Rasa, Fojo, General Torres e Monte Grande. 2014 viu a primeira unidade de microgeração instalada pela Empresa, no Centro de Educação Ambiental das Ribeiras de Gaia (CEAR), a completar 5 anos de atividade e ver a tarifa bonificada de que auferia, de €0,65, reduzida para €0,4097 no mês de Janeiro.

Ano de entrada em

operação Valor do

Investimento Tarifa Bonificada

(€/kWh)

CEAR 2008 € 21 900,00 0,4097

Marbelo 2009 € 24 447,00 0,6500

Fojo 2010 € 22 074,62 0,5866

Rasa 2010 € 22 074,62 0,5866

General Torres 2010 € 22 074,62 0,5866

Monte Grande 1 2011 € 23 500,00 0,4000

Monte Grande 2 2012 € 22 140,00 0,3800

Total € 158 210,86

Desde que a primeira unidade de microgeração de Águas de Gaia entrou em produção, no dia 15 de dezembro de 2008, e até ao final de 2014, a Empresa injetou na rede de distribuição 134.918 kWh com origem em fonte renovável. Esta quantidade de energia produzida traduziu-se num rendimento adicional para a Empresa de €73 475,29, correspondendo a uma recuperação do investimento em microgeração de cerca de 46%.

48

Em termos ambientais, evitou a libertação de 111,54 toneladas de CO2 para a atmosfera.

Produção (kWh) Produção (€)

CEAR 29 946 15 352,04

Marbelo 22 782 14 808,30

Fojo 20 163 11 942,00

Rasa 20 761 12 178,41

General Torres 15 415 9 100,51

Monte Grande 1 13 540 5 416,00

Monte Grande 2 12 311 4 678,03

Total 134 918 73 475,29 Produção e rendimentos das várias unidades de microgeração de Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA em 2014

Com 2 239 dias de operação, o equipamento mais antigo, localizado no CEAR, já recuperou mais de 70% do investimento realizado com a sua instalação. A produção dos restantes equipamentos também se encontra dentro dos parâmetros previstos no plano de investimento.

49

VI. Ação Jurídica e Contencioso

O Gabinete Jurídico é responsável pelas atividades necessárias ao cumprimento das normas legais

aplicáveis à Empresa, de forma a assegurar a conformidade jurídico-legal.

Presta assessoria jurídica na Empresa, realiza atos de caráter jurídico para garantir a atualização e

acessibilidade da informação jurídica, acompanha e assessoria os processos de contratação pública.

O Gabinete Jurídico instaura e organiza os processos de contraordenação por violação das normas

regulamentares estabelecidas (ligações fraudulentas na rede pública de água; falta de ligação à rede

pública de saneamento; danos nos equipamentos) e elabora e gere as reclamações e impugnações de

créditos no âmbito dos processos de insolvência.

50

VII. Situação Económica e Financeira

1. Ativo

O Ativo Total de Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA ascendia a 156 093 milhares de euros em

31 de dezembro de 2014, sendo que o Ativo Não Corrente representa cerca de 93% desse valor

(145 925 milhares de euros) e o Ativo Corrente os restantes 7% (10 169 milhares de euros).

Ativo Não Corrente

O Ativo Não Corrente apresenta um decréscimo de 7 828 milhares de euros relativamente ao ano de

2013, proveniente essencialmente das rubricas: Ativos Fixos Tangíveis e Outras Contas a Receber.

Os Ativos Fixos Tangíveis revelam, em termos líquidos, uma diminuição no montante de 4 288

milhares de euros, resultante principalmente do facto de os Gastos de Depreciação e de

Amortização do período (7 294 milhares de euros) serem superiores ao investimento da Empresa em

Ativos Fixos Tangíveis para o mesmo período (3 219 milhares de euros).

Apesar deste decréscimo, é de salientar o expressivo valor líquido dos Ativos Fixos Tangíveis que em

31 de dezembro de 2014 ascendem a 114 604 milhares de euros.

A rubrica Outras Contas a Receber apresenta no final do exercício económico um saldo de 10 397

milhares de euros, que corresponde à compensação financeira a receber pela Empresa no período de

2016 a 2020, da Simdouro, pelo aumento dos encargos a suportar com o tratamento das águas

residuais produzidas no concelho.

A diminuição ocorrida nesta rubrica no montante de 3 466 milhares de euros corresponde ao

montante recebido pela Empresa durante o exercício económico de 2014 e contabilizado como

Subsídio à Exploração.

Ativo Corrente

A Empresa, durante o exercício de 2014, procedeu à conciliação entre os montantes em dívida de

Clientes registados no Programa de Gestão de Clientes (UBS) e os registados na Contabilidade, o que

originou uma redução na Dívida de Clientes de 1 352 milhares de euros. Esta conciliação teve um

impacto na rubrica de Clientes no montante de 1 172 milhares de euros e na rubrica de Outras

Contas a Receber de 180 mil euros.

A rubrica de Clientes foi ainda reduzida em 567 milhares de euros em resultado da decisão de anular

a dívida de Clientes relativa à Taxa de Conservação de Saneamento, em virtude desta taxa ter sido

extinta em dezembro de 2002, e de ser de difícil cobrança.

51

A Empresa optou ainda por alterar a política contabilística relativa ao critério de reconhecimento

das Imparidades de Dívidas de Clientes, passando as dívidas de Clientes a ser consideradas como

suscetíveis de terem associado risco de cobrança duvidosa quando em mora há mais de um ano.

Daqui resultou uma diminuição, em termos líquidos, na rubrica de Clientes no valor de 3 384 mil

euros por contrapartida do reforço da conta “Perdas por Imparidades Acumuladas” em igual

montante, ficando a conta com um valor acumulado de 9 453 mil euros no final do exercício

económico.

No Ativo Corrente podemos ainda salientar a redução na rubrica Outras Contas a Receber em 618

milhares de euros, que resulta, essencialmente, da diminuição da dívida relativa ao contrato de

Gestão do Saneamento em Alta celebrado com a Simdouro.

As Disponibilidades ascendem em 31 de dezembro de 2014 ao montante de 1 010 milhares de euros o

que evidência um acréscimo de 134 milhares de euros face a 2013.

2. Capital Próprio

A Empresa em 2014 conseguiu inverter o desequilíbrio apresentado em 2013 traduzido em resultados

negativos de 3,8 milhões de euros obtendo neste exercício um Resultado Líquido do Período positivo,

no valor de 293 809 euros, o que reflete uma melhor adequação da sua estrutura de gastos aos

rendimentos obtidos com a sua atividade.

Não obstante o Resultado Líquido do período ser positivo, as alterações contabilísticas decididas

pela Empresa, e descritas no ponto anterior, implicaram uma forte diminuição na rubrica de

Resultados Transitados e por consequência nos Capitais Próprios.

O impacto na rubrica de Resultados Transitados pode ser resumido da seguinte forma:

Resultado Líquido Período anterior – 2013 (não reexpresso) -3 829 587,47

Diminuição das dívidas de Clientes -1 897 833,56

Regularização dos Saldos da Taxa de Recursos Hídricos -350 214,96

Aumento das Imparidades Acumuladas de Clientes -3 238 606,98

Total -9 316 242,97

(milhares de euros)

O Total do Capital Próprio é no final do exercício de 73 007 milhares de euros, passando a

representar 46,8% do Ativo Total.

3. Passivo

No final do exercício de 2014 o total do Passivo de Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA atingiu

os 83 087 mil euros, repartindo-se em 49 417 mil euros para o Passivo Corrente e 33 670 mil euros

para o Passivo Não Corrente.

52

O Passivo passou, em 31 de dezembro de 2014, a representar cerca de 53,2% do Ativo Total, o que

revela um decréscimo de 1 ponto percentual face ao período anterior.

Passivo Não Corrente

O Passivo Não Corrente apresenta uma forte redução relativamente ao exercício anterior, de 11 853

milhares de euros, passando no final do exercício a ascender a 33 670 milhares de euros. Esta

redução está espelhada em todas as rubricas que constituem o Passivo Não Corrente:

Financiamentos Obtidos, Passivos por Impostos Diferidos e Outras Contas a Pagar.

Durante o ano de 2014 a Empresa procedeu a amortizações de empréstimos bancários de médio e

longo prazo no valor de 6 159 milhares de euros, ficando a rubrica de Financiamentos Obtidos, de

médio e longo prazo, assim discriminada:

Instituição Prazo para

Amortização Valor

Banco Português de Investimento (BPI) 20 anos 3 591

Caixa Geral de Depósitos (CGD) 10 anos 6 076

Barclays 5 anos 4 576

Santander Totta 5 anos 465

Caixa Crédito Agrícola 5 anos 450

BIC 5 anos 1 180

Total 16 338

(milhares de euros)

A taxa de IRC para o ano de 2015 foi fixada em 21%, implicando o recálculo do montante de Passivos

por Imposto Diferidos originando um desreconhecimento no período de 1 685 mil euros.

A rubrica de Diferimentos apresenta no final do exercício económico um saldo de 10 397 milhares de

euros, correspondente a Subsídios à Exploração a serem contabilizados em Rendimentos no período

de 2016 a 2020, referentes à compensação financeira a receber pela Empresa no mesmo período da

Simdouro.

A diminuição ocorrida nesta rubrica no montante de 3 466 milhares de euros corresponde ao

montante recebido pela Empresa durante o exercício económico de 2014 e contabilizado como

Subsídio à Exploração.

Passivo Corrente

O Passivo corrente registou em 2014 um acréscimo de 2 634 mil euros relativamente a 2013, fixando-

-se nos 49 417 mil euros.

Esta variação atribui-se à rubrica de Fornecedores que teve um acréscimo de 4 793 mil euros

passando no final de o período para o montante de 12 880 mil euros.

53

Em sentido inverso, a rubrica de Financiamentos Obtidos diminuiu cerca de 1 303 mil euros durante

o ano de 2014, evidenciando as amortizações de empréstimos de curto prazo realizadas pela

Empresa.

A diminuição da rubrica Outras Contas a Pagar, no montante de 895 mil euros, justifica-se

principalmente pela redução do saldo da conta de “Fornecedores de Investimentos”.

O saldo da conta de Diferimentos corresponde à compensação financeira a receber da Simdouro

durante o ano de 2015.

4. Indicadores do Balanço

Apresentamos de seguida um gráfico com a evolução dos principais indicadores do Balanço nos

últimos 3 anos.

* reexpresso

5. Resultados do Período

a) Rendimentos

Os rendimentos da Empresa ascenderam, no ano de 2014, a 57 170 milhares de euros distribuídos da

seguinte forma:

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

180.000

200.000

220.000

Ativo não corrente Dívidas de Terceiro c/p Dívidas a Terceiro c/p Capitais Próprios

Milhare

s de e

uro

s

Principais Indicadores do Balanço

2012

2013*

2014

54

Estrutura dos Rendimentos (2012 – 2014)

2012 % 2013 % 2014 %

Venda de Água 14 072 23,73 13 783 24,03 13 304 23,27

Outras Mercadorias 15 0,03 10 0,02 6 0,01

Ativos Biológicos 4 0,01 1 0,00 3 0,01

Prestações de Serviços 37 940 63,98 36 916 64,35 32 370 56,62

Água

- Tarifa de Disponibilidade 6 239 10,52 6 459 11,26 6 263 10,96

- Outros 676 1,14 635 1,11 669 1,17

Saneamento

- Tarifa de Utilização e Disponibilidade 13 968 23,55 13 600 23,71 13 130 22,97

- Outros 221 0,37 193 0,34 256 0,45

- Contrato gestão - Simdouro 3 998 6,74 4 319 7,53 165 0,29

Resíduos Sólidos Urbanos

- Tarifa de Utilização 11 054 18,64 10 695 18,64 9 801 17,14

- Tarifa de Disponibilidade 1 045 1,76 0 0,00 0 0,00

Parque Biológico 560 0,94 669 1,17 550 0,96

Estação Elevatória da Aguda 18 0,03 18 0,03

Outros Serviços 179 0,30 328 0,57 1 518 2,65

Sub-Total 52 031 87,74 50 710 88,40 45 683 79,91

Variações nos Inventários -3 -0,01 73 0,13 -7 -0,01

Trabalhos Própria Empresa 695 1,17 581 1,01 526 0,92

Subsídios à Exploração 2 713 4,58 2 721 4,74 6 756 11,82

Reversões de Perdas p/ Imparidades - de clientes 0 0,00 0 0,00 1 035 1,81

Outros Rendimentos e Ganhos 3 864 6,52 3 282 5,72 3 177 5,56

Total 59 300 100,00 57 367 100,00 57 170 100,00

(milhares de euros)

Verificou-se que o volume de Rendimentos da Empresa em 2014 teve, apenas, uma ligeira quebra de

197 mil euros face ao ano anterior, ocorrendo, no entanto, alterações nas rubricas que o compõem.

Confirmou-se a tendência dos últimos anos de redução da receita com a Venda de Água, redução que

neste exercício atingiu os 479 mil euros. Apesar disso a Venda de Água em 2014 atingiu 13 304 mil

euros, continuando a ser a maior fonte de receita da Empresa, representando 23,27% dos

rendimentos.

A redução nos Rendimentos obtidos com a Venda de Água deriva diretamente da diminuição dos

metros cúbicos vendidos pela Empresa durante o ano, originando consequentemente um impacto

negativo de 194 mil euros na receita da Tarifa de Utilização de Saneamento e de 894 mil euros na

Tarifa de Utilização dos Resíduos Sólidos, uma vez que a sua faturação é indexada aos m3 de água

vendidos.

Também as receitas com as Tarifas de Disponibilidade sofreram um decréscimo de 196 mil euros no

caso da Água e de 276 mil euros no Saneamento.

Adicionalmente, a conclusão do contrato de Gestão do Saneamento em Alta celebrado com a

Simdouro implicou uma redução de 4 154 milhares de euros nos ganhos, que somada à redução atrás

55

descrita originou que o volume de negócios da Empresa tenha diminuído 5 027 milhares de euros

face a 2013, passando a representar cerca de 80% dos rendimentos.

Os rendimentos foram compensados com o aumento nas rubricas de Subsídios à Exploração, 4 035

milhares de euros, e de Reversões das Perdas p/Imparidades das Dívidas a Receber de Clientes no

valor de 1 035 mil euros.

A rubrica Subsídios à Exploração apresenta um valor de 6 756 mil euros, dos quais 3 465 mil euros

resultam da compensação financeira recebida da Simdouro para equilíbrio económico e financeiro do

setor de tratamento do saneamento e 3 milhões de euros relativos ao Contrato-Programa celebrado

com o Município de Vila Nova de Gaia, para financiamento anual de atividades deficitárias delegadas

na empresa.

O valor contabilizado como Reversão das Perdas por Imparidades em Dívidas a Receber de Clientes

reflete a recuperação de dívidas de clientes anteriores a 2012 que a Empresa conseguiu no exercício

económico.

b) Gastos

Em 2014, os Gastos totais da Empresa ascenderam a 56 806 milhares de euros assim distribuídos:

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2012 2013 2014

Água Saneamento Parque Biológico RSU Outros

Resumo Rendimentos (%) (2012 - 2014)

56

Estrutura dos Gastos (2012 – 2014)

2012 % 2013 % 2014 %

CMVC

Água Adquirida para Venda 6 514 11,01 6 937 11,34 6 960 12,25

Outras Mercadorias 104 0,18 215 0,35 186 0,33

Materiais Diversos 1 500 2,53 1 330 2,17 972 1,71

Sub-Total 8 118 13,72 8 482 13,87 8 118 14,29

Fornecimentos e Serviços Externos

Tratamento Saneamento 8 542 14,44 9 364 15,31 9 530 16,78

Tratamento RSU 750 1,27 0 0,00 0 0,00

Recolha RSU 12 254 20,71 11 315 18,50 10 994 19,35

Outros Fornecimentos e Serviços Externos 7 693 13,00 8 681 14,19 5 734 10,09

Gastos com o Pessoal 9 542 16,13 10 808 17,67 10 186 17,93

Gastos de Depreciação e de Amortização 7 688 12,99 7 535 12,32 7 311 12,87

Perdas por Imparidade 400 0,68 1 000 1,63 1 181 2,08

Outros Gastos e Perdas 1 081 1,83 756 1,24 1 008 1,77

Sub-Total 56 068 94,75 57 941 94,72 54 062 95,17

Gastos e Perdas de Financiamento 3 107 5,25 3 228 5,28 2 744 4,83

Total 59 175 100,00 61 169 100,00 56 806 100,00

(milhares de euros)

Os Gastos, ao contrário dos Rendimentos, registaram uma forte diminuição no exercício, de 4 363

milhares de euros, o que revela o esforço que a Empresa tem feito de controlo e adequação à sua

realidade de negócio.

Esta redução reflete-se essencialmente nas rubricas de Fornecimentos e Serviços Externos, de

Gastos com o Pessoal, e de Gastos e Perdas de Financiamento.

Da análise da rúbrica de Fornecimentos e Serviços Externos verificou-se que em termos globais

ocorreu uma diminuição de 3 102 milhares de euros, que pode ser detalhada da seguinte forma:

no Tratamento do Saneamento ocorreu um acréscimo ligeiro de 166 mil euros, atingindo-se

no final do período o montante de 9 530 milhares de euros;

na recolha de Resíduos Sólidos Urbanos verificou-se um decréscimo no custo de 321 milhares

de euros, em virtude da renegociação do contrato com a empresa SUMA, S.A. e da diminuição da

quantidade de resíduos sólidos recolhidos no concelho;

os Outros Fornecimentos e Serviços Externos atingiram o montante de 5 734 milhares de

euros, ocorrendo um decréscimo de 2 947 milhares de euros face a 2013, resultado, em parte, da

conclusão do contrato de Gestão do Saneamento em Alta celebrado com a Simdouro e do esforço da

Empresa para reduzir os seus custos de exploração.

Os Gastos com o Pessoal ascenderam, em 2014, a 10 186 milhares de euros o que representa uma

diminuição de 622 milhares de euros face ao exercício anterior, fruto da política de redução das

remunerações dos funcionários afetos ao setor público e redução do número dos órgãos sociais

imposto pela lei 50/2012 de 31 de Agosto.

57

Como consequência da significativa amortização de empréstimos bancários de curto, médio e longo

prazo durante o exercício de 2014, cerca de 7 462 milhares de euros, a rubrica Gastos e Perdas de

Financiamento sofreu uma redução de 483 milhares de euros.

A alteração da política contabilística relativa ao critério de reconhecimento das Imparidades de

Dívidas de Clientes, passando as dívidas de Clientes a ser consideradas como suscetíveis de terem

associado risco de cobrança duvidosa quando em mora há mais de um ano implicou que a Empresa

tivesse de fazer um reforço das Imparidades para Dívidas de Clientes no montante de 1 181 milhares

de euros, relativo às dívidas de Clientes do ano de 2013.

A rubrica Custo da Água Adquirida para Venda apresenta um valor de 6 960 milhares de euros, muito

semelhante ao do ano anterior, sendo que a diminuição ocorrida no CMVMC, se fica a dever à

redução de cerca 360 milhares de euros dos gastos com os Outros Materiais neste exercício.

A rubrica Gastos de Depreciação e Amortização mantêm-se sem alterações significativas

relativamente aos períodos anteriores.

O quadro seguinte especifica a evolução do cash-flow e das contas de Resultados da Empresa no

triénio 2012-2014:

Rubricas 2012 2013 2014

Cash-Flow 7 785 3 659 7 751

Resultado Operacional 3 232 -690 3 108

Resultados Antes de Impostos 125 -3 918 364

Resultado Líquido do Exercício 97 -3 946 294

EBITDA 10 919 7 915 10 565

(milhares de euros)

A Empresa em 2014 conseguiu inverter o desequilíbrio apresentado em 2013 traduzido em resultados

negativos, obtendo neste exercício um Resultado Líquido do Período positivo, no valor de 293 809

euros.

Também o Resultado Operacional da Empresa, que em 2013 foi negativo em 690 milhares de euros,

foi invertido atingindo neste período o montante de 3 108 milhares de euros.

É de salientar, mais uma vez, a capacidade da Empresa em libertar fundos, atingindo um cash-flow

de 7 751 milhares de euros e um EBITDA de 10 565 milhares.

58

6. Principais Indicadores

a) Indicadores Financeiros

O retorno da Empresa ao equilíbrio económico e financeiro apresentando um Resultado Líquido do

Período positivo, permitiu que tanto o rácio de Solvabilidade como o de Autonomia Financeira

apresentem valores superiores aos do ano anterior, regressando ao nível de 2012.

O rácio da Cobertura do Imobilizado apresenta um decréscimo, tal como nos períodos anteriores,

uma vez que, em termos líquidos, o valor dos Ativos da Empresa tem vindo a diminuir.

Salienta-se, no entanto, que os Indicadores Financeiros apresentam em 2014 valores bastante

satisfatórios.

Rácios 2012 2013 2014

Solvabilidade 0,89 0,79 0,88

Cobertura Imobilizado 0,82 0,77 0,73

Autonomia Financeira 47,08 43,99 46,77

b) Indicadores Económicos

Tal como descrito no ponto anterior, o regresso neste exercício económico ao Resultado Líquido do

Período positivo, no valor de 294 mil euros, teve um impacto muito positivo nos Indicadores

Económicos da Empresa.

A Empresa voltou a demonstrar uma grande capacidade de gerar fundos, atingindo um cash-flow de

7 751 milhares de euros e um EBITDA de 10 565 milhares.

Os indicadores relativos à Rentabilidade são o espelho da melhoria da situação económica da

Empresa, sendo que a Taxa de Rentabilidade das Vendas e da Rentabilidade dos Capitais Próprios

voltam a ser positivas, em 2014, apresentando a primeira um valor superior ao dos últimos anos.

-6 000

-4 000

-2 000

0

2 000

4 000

6 000

8 000

10 000

12 000

Resultado Operacional Resultado Antes deImpostos

Resultado Líquido doExercício

Cash Flow EBITDA

Milhare

s de e

uro

s

Resultados, Cash Flow e EBITDA (2012-2014)

31-12-2012

31-12-2013

31-12-2014

59

Rentabilidade 2012 2013 2014

Cash-Flow do Exercício * 7 785 4 659 7 751

EBITDA * 10 919 7 915 10 565

Lucro Líquido * 97 -3 947 294

Taxa Rentabilidade das Vendas 0,30% -12,45% 0,98%

Taxa Rentabilidade Interna 24% 11,32% 25,00%

Rentabilidade Capitais Próprios (ROE) 0,2% -5,44% 0,10%

*(milhares de euros)

c) Produtividade

A empresa Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA, continua, em 2014, a apresentar boa

produtividade, mantendo ou melhorando os índices relativamente ao período anterior. Isto significa

que a Empresa continua dotada dos meios humanos e técnicos adequados para a prestação de

serviços com elevada qualidade.

Produtividade 2012 2013 2014

N.º de Efetivos 432 451 444

N.º de Clientes por Efetivo 615 588 597

N.º de Efetivos por 1000 ligações 1,6 1,7 1,7

Ativo Líquido por Efetivo * 408 365 352

VAB por Efetivo * 46,8 41,5 46,7

*(milhares de euros)

60

VIII. Dívidas em Mora à Segurança Social

Declara-se que não existem dívidas em mora à Segurança Social, dando-se assim cumprimento ao

estabelecido no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 411/91, de 17 de outubro.

61

IX. Artigo 397.º do Código das Sociedades Comerciais

Não se verificaram nenhumas das situações contempladas nesta disposição legal.

62

X. Factos Relevantes Após o Termo do Período

A. Na sequência do processo de transferência do saneamento em alta para a SIMDOURO, que ocorreu em 31/12/2013, foi efetuado por aquela Empresa o pedido para recrutamento de pessoal de Águas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA, o qual foi deferido através do Despacho de 13/03/2015, do Senhor Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, ao abrigo do n.º 3 do artigo 58.º da Lei n.º 83-C/2014, de 31 de dezembro. Desde 01/01/2014, que os referidos trabalhadores estão afetos à SIMDOURO através de um contrato de outsourcing de mão-de-obra. B. O decreto-lei n.º 114/2014, de 21 de julho, regulamentou e detalhou um conjunto de obrigações às Entidades Gestoras que prestam serviços a utilizadores finais dos serviços de águas e resíduos em termos de informação a constar das respetivas faturas, que devem entrar em vigor a partir de 1 de março de 2015. C. Em cumprimento do disposto no n.º 6 do artigo 6.º A, do Decreto-Lei nº 2/2015, de 6 de janeiro, que prorrogou até 31/12/15 o prazo para os consumidores requererem a restituição das cauções prestadas para garantir o cumprimento das obrigações decorrentes do fornecimento dos serviços públicos essenciais, foi necessário tornar pública a lista dos consumidores a quem não foi restituída caução por Aguas e Parque Biológico de Gaia, EM, SA. Esta lista foi devidamente disponibilizada nos balcões de atendimento da Empresa (Sede e Loja do Cidadão) e no site da Empresa na internet. D. Em janeiro de 2015 foi apresentada a candidatura ao galardão Bandeira Azul de 18 zonas balneares, abrangendo 28 praias de Vila Nova de Gaia. A Empresa irá continuar a assegurar a qualidade das zonas balneares do Município, propondo-se manter este símbolo de excelência em todas as praias da orla costeira do concelho. E. Em março de 2015 foi proposta a candidatura das zonas balneares de Canide Norte, Valadares Sul, Senhor da Pedra, Miramar e Aguda ao projeto “Praia Acessível – Praia para Todos”.

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XI. Perspetivas para o Ano 2015

Assegurados o abastecimento de água e o serviço de saneamento em todo o território do concelho,

com uma cobertura que atinge os 96,9% no abastecimento de água e uma cobertura do serviço de

saneamento de 97,3%, a Empresa perspetiva para 2015:

Garantir as condições suscetíveis de fortalecer a sustentabilidade ambiental e social que se pretende para todo o território municipal, sem prejuízo da sustentabilidade económica e financeira da Empresa.

Promover a revisão e atualização do Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações

Conexas.

Desenvolver a sua atividade de forma a promover a sua universalidade, garantindo a igualdade no acesso, qualidade do serviço e proteção dos interesses dos utilizadores, desenvolvendo a transparência na prestação dos serviços.

Assegurar a proteção da saúde pública e do ambiente, garantindo a eficiência e melhoria

contínua na utilização dos recursos afetos, respondendo à evolução das exigências técnicas e às melhorias técnicas ambientais disponíveis.

Garantir e manter a fiabilidade do sistema de abastecimento de água a todo o concelho durante

todo o ano. Manter o pleno funcionamento e rigor do programa de controlo de qualidade da água e da

política de garantia da qualidade da água distribuída em todo o concelho e adoção de todas as medidas que assegurem o cumprimento dos parâmetros estabelecidos no respetivo diploma legal.

Promover todos os esforços para reduzir os níveis das perdas de água e o volume de água não

faturada, através de ações de natureza técnica e administrativa e de frequentes intervenções operacionais.

Proceder à substituição de contadores de água por modelos com maior precisão de leitura, tal como preconizado pelas boas práticas internacionais.

Substituição dos sistemas elevatórios de abastecimentos de água a dois reservatórios, por

equipamentos com maiores rendimentos energéticos de forma a reduzir os custos de exploração e contribuindo assim para a diminuição da pegada de CO2.

Alargar e melhorar em todo o concelho o sistema de drenagem de águas residuais dotando o território das infraestruturas necessárias para dar resposta a novas solicitações.

Controlar as ligações prediais de saneamento suscetíveis de provocar alterações nas

características ou caudais das águas residuais afluentes às ETAR.

Assegurar e ampliar, na medida do possível, a exploração do sistema e manutenção preventiva da rede de águas pluviais.

Garantir e consolidar a gestão e exploração do sistema municipal de resíduos sólidos urbanos,

assegurando a gestão financeira, fiscalização e controlo do integral cumprimento dos contratos de prestação de serviços existentes.

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Aperfeiçoar o procedimento de resolução de dívidas e cobranças dentro dos prazos, com o objetivo de minimizar o número de faturas em dívida a enviar para cobrança coerciva.

Intensificar a sensibilização ao cliente para a regularização da dívida já em processo de cobrança coerciva, aumento o esforço de recuperação da dívida em execução fiscal.

Apreciação crítica do novo modelo de fatura apresentado pela CGI no sentido de ponderar eventuais vantagens quer para a Empresa quer para o cliente, nomeadamente maior facilidade de análise por parte deste, sem prejuízo do conteúdo de informação exigido por lei.

Estabelecer novos roteiros de leituras específicos para clientes com consumos superiores a 100 m

3 mensais, com periodicidade mensal de leitura, tendo em vista um melhor acompanhamento e

controlo. Reestruturação da infraestrutura informática, de forma a aumentar as capacidades de

armazenamento de dados, aumentar a performance da infraestrutura de sistemas, bem como a

diminuição da complexidade de operação.

Reestruturação das Zonas de Distribuição dos Reservatórios e implementação das ZMC no SIG de modo a que possam corresponder a realidade e ser usadas nos cálculos dos modelos Hidráulicos das redes.

Promover em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente a requalificação de linhas de água

através da partilha de responsabilidades e recursos consubstanciados em acordos que permitam reunir as condições necessárias à sua concretização. Um exemplo, será a requalificação da linha de água na freguesia de Oliveira do Douro, entre a Rua Caetano de Melo e Rua da Tranqueira.

Contribuir para a criação das condições necessárias ao cumprimento de todos os critérios exigidos para a atribuição da Bandeira Azul, mantendo as 18 zonas balneares do concelho.

Criar as condições de acessibilidade e serviços nas cinco praias do concelho classificadas como

“Praia Acessível – Praia para Todos”. Prosseguir os trabalhos de limpeza e desobstrução de linhas de água, contribuindo desta forma

para prevenir inundações e prejuízos resultantes das dificuldades de drenagem de cursos de água. Um exemplo de intervenção é a limpeza, desobstrução e requalificação do Rio do Horto, junto à Avenida dos Descobrimentos.

Promover condições para o eficiente escoamento e funcionamento da rede de águas pluviais do

concelho. Promover o conhecimento e a divulgação do Centro de Educação Ambiental das Ribeiras de Gaia

– CEAR, através do desenvolvimento de novas iniciativas e sua divulgação junto dos munícipes e das populações da região.

Assegurar condições para a melhoria da eficiência organizacional, com especial destaque na

formação e na qualificação de todos os colaboradores, que alavanque o princípio da melhoria

contínua e o desenvolvimento profissional.

Implementar um sistema de avaliação da eficácia da formação com foco no impacto

organizacional.

65

Alargar o sistema de avaliação de desempenho a todos os colaboradores.

Promover uma atuação responsável e eco eficiente na gestão e exploração dos processos e das infraestruturas, prevenindo a poluição, racionalizando a utilização de recursos naturais e minimizando os impactes ambientais.

Desenvolver a atividade da Empresa prestando um serviço de qualidade às populações e prosseguir o processo de consolidação e melhoria da situação económica, promovendo o equilíbrio da situação financeira e contribuindo para a estabilização do endividamento municipal.

66

XII. Proposta de Aplicação dos Resultados

O Conselho de Administração propõe, nos termos do artigo 21.º dos Estatutos da Empresa, a seguinte

aplicação para os Resultados do Exercício de 2014, no montante de 293 809,34 euros:

a) Reserva Legal

29 380,93 euros

b) Aplicação do remanescente em Resultados

Transitados

264 428,41 euros

Vila Nova de Gaia, 27 de março de 2015

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

67

XIII. Demonstrações Financeiras

Nos termos da alínea d) do artigo 13.º dos Estatutos da Empresa, juntam-se as seguintes

demonstrações financeiras:

a) Balanço;

b) Demonstração dos resultados por naturezas;

c) Demonstração das alterações no capital próprio;

d) Demonstração dos fluxos de caixa pelo método direto;

e) Anexo.

ÁGUAS E PARQUE BIOLÓGICO DE GAIA, E.M., S.A.

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 UNIDADE MONETÁRIA (EURO)

31-12-201431-12-2013

(REEXPRESSO)

ATIVO

Ativo não corrente

Ativos fixos tangíveis 6 114.604.495,58 118.892.735,71

Propriedades de investimento 0,00 0,00

Goodwill 0,00 0,00

Ativos intangíveis 5 20.677.193,05 20.733.418,15

Ativos biológicos 9.4 226.811,12 233.993,94

Acionistas / sócios 0,00 0,00

Outras contas a receber 10.397.439,45 13.863.252,60

Outros ativos financeiros 18.869,01 17.794,24

Ativos por impostos diferidos 0,00 12.117,28

145.924.808,21 153.753.311,92

Ativo corrente

Inventários 9.2 1.156.105,37 1.354.185,54

Ativos biológicos 0,00 0,00

Clientes 14.1 4.504.223,59 4.683.058,56

Adiantamento a fornecedores 0,00 0,00

Estado e outros entes públicos 17.1 84.631,43 75.177,45

Acionistas / sócios 0,00 0,00

Outras contas a receber 14.1 3.394.836,25 4.054.417,91

Diferimentos 18.112,50 2.286,63

Caixa e depósitos bancários 4.2 1.010.747,27 876.692,60

10.168.656,41 11.045.818,69

Total do ativo 156.093.464,62 164.799.130,61

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprio

Capital realizado 54.000.000,00 54.000.000,00

Reservas legais 775.792,19 775.792,19

Outras reservas 1.207.270,57 1.207.270,57

Resultados transitados -9.648.798,76 -5.689.977,00

Ajustamentos em cativos financeiros 0,00 0,00

Outras variações no capital próprio 26.378.444,61 26.147.171,82

72.712.708,61 76.440.257,58

Resultado líquido do período 293.809,34 -3.946.704,48

Total do capital próprio 73.006.517,95 72.493.553,10

Passivo

Passivo não corrente

Provisões 0,00 0,00

Financiamentos obtidos 16.337.936,16 23.040.113,11

Responsabilidades por benefícios pós-emprego 0,00 0,00

Passivos por impostos diferidos 6.934.837,18 8.619.731,43

Outras contas a pagar 0,00 0,00

Diferimentos 10.397.439,45 13.863.252,60

33.670.212,79 45.523.097,14

Passivo corrente

Fornecedores 14.1 12.879.963,89 8.087.447,89

Adiantamento de clientes 0,00 0,00

Estado e outros entes públicos 17.1 645.870,50 606.600,25

Acionistas / sócios 0,00 0,00

Financiamentos obtidos 25.854.271,93 27.157.025,90

Outras contas a pagar 14.1 7.722.777,70 8.617.556,47

Diferimentos 2.313.849,86 2.313.849,86

Outros passivos financeiros 0,00 0,00

49.416.733,88 46.782.480,37

Total do passivo 83.086.946,67 92.305.577,51

Total do capital próprio e do passivo 156.093.464,62 164.799.130,61

RUBRICAS NOTAS

DATAS

O Conselho de Administração O Diretor Económico e Financeiro O Técnico Oficial de Contas

ÁGUAS E PARQUE BIOLÓGICO DE GAIA, E.M., S.A.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 UNIDADE MONETÁRIA (EURO)

31-12-201431-12-2013

(REEXPRESSO)

Vendas e serviços prestados 10.2 45.682.922,45 50.710.179,74

Subsídios à exploração 6.755.932,37 2.720.955,10

Variação nos inventários da produção 9.4 -7.182,82 72.898,97

Trabalhos para a própria entidade 526.141,01 581.049,10

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 9.3 -8.117.694,74 -8.482.090,37

Fornecimentos e serviços externos -26.257.824,43 -29.359.633,44

Gastos com o pessoal 15.1 -10.185.684,51 -10.808.102,29

Imparidade de inventários (perdas/reversões) 0,00 0,00

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) -145.613,48 -1.070.741,80

Outros rendimentos e ganhos 17.3 3.176.647,55 3.282.000,13

Outros gastos e perdas 17.4 -1.008.230,66 -802.084,53

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 10.419.412,74 6.844.430,61

Gastos / reversões de depreciação e de amortização 5.1; 6.2 -7.311.171,03 -7.534.959,97

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 3.108.241,71 -690.529,36

Juros e rendimentos similares obtidos 17.5 0,00 0,00

Juros e gastos similares suportados 17.6 -2.744.561,78 -3.228.163,79

Resultado antes de impostos 363.679,93 -3.918.693,15

Imposto sobre o rendimento do período 13 -69.870,59 -28.011,33

Resultado líquido do período 293.809,34 -3.946.704,48

O Conselho de Administração O Diretor Económico e Financeiro O Técnico Oficial de Contas

RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS

PERÍODOS

ÁGUAS E PARQUE BIOLÓGICO DE GAIA, E.M., S.A.

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NO PERÍODO 2013 2013 UNIDADE MONETÁRIA (EURO)

Capital

realizado

Ações

(quotas)

próprias

Outros

instrumen

tos de

capital

próprio

Prémios

de

emissão

Reservas

legais

Outras

reservas

Resultad

os

transitad

os

Ajusta

mentos

em ativos

financei

ros

Exceden

tes de

revalori

zação

Outras

variações

no capital próprio

Resultado

líquido do

período

Total

POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2013 1 54.000.000,00 0,00 0,00 0,00 766.093,78 1.207.270,57 -395.606,88 0,00 0,00 27.202.939,38 96.984,05 82.877.680,90 0,00 82.877.680,90

ALTERAÇÕES NO PERÍODO

Primeira adoção de novo referencial contabilístico 0,00 0,00 0,00 0,00

Alteração de políticas contabilísticas 0,00 0,00

Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 0,00 0,00

Realização do excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis 0,00 0,00

Excedentes de ativos fixos tangíveis e intangíveis e respetivas variações 0,00 0,00

Ajustamentos por impostos diferidos 0,00 0,00 0,00

Outras alterações reconhecidas no capital próprio 0,00 9.698,41 75.168,37 -1.055.767,56 0,00 -970.900,78 -970.900,78

2 0,00 0,00 0,00 0,00 9.698,41 0,00 75.168,37 0,00 0,00 -1.055.767,56 0,00 -970.900,78 0,00 -970.900,78

RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 3 -3.829.587,47 -3.829.587,47 0,00 -3.829.587,47

RESULTADO INTEGRAL 4 = 2 + 3 -3.829.587,47 -4.800.488,25 0,00 -4.800.488,25

OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODO

Realizações de capital 0,00 0,00

Realizações de prémios de emissão 0,00 0,00

Distribuições 0,00 0,00

Entradas para coberturas de perdas 0,00 0,00

Outras operações 0,00 0,00 0,00 -96.984,05 -96.984,05 -96.984,05

5 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -96.984,05 -96.984,05 0,00 -96.984,05

POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2013 6 = 1 + 2 + 3 + 5 54.000.000,00 0,00 0,00 0,00 775.792,19 1.207.270,57 -320.438,51 0,00 0,00 26.147.171,82 -3.829.587,47 77.980.208,60 0,00 77.980.208,60

O Conselho de Administração O Diretor Económico e Financeiro O Técnico Oficial de Contas

DESCRIÇÃO NOTAS

Capital próprio atribuído aos detentores do capital da empresa-mãe

Interesses

minoritários

Total do

Capital

Próprio

ÁGUAS E PARQUE BIOLÓGICO DE GAIA, E.M., S.A.

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NO PERÍODO 2014 UNIDADE MONETÁRIA (EURO)

Capital

realizado

Ações

(quotas)

próprias

Outros

instrumen

tos de

capital

próprio

Prémios

de

emissão

Reservas

legais

Outras

reservas

Resultad

os

transitad

os

Ajusta

mentos

em ativos

financei

ros

Exceden

tes de

revalori

zação

Outras

variações

no capital próprio

Resultado

líquido do

período

Total

POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2014 6 54.000.000,00 0,00 0,00 0,00 775.792,19 1.207.270,57 -320.438,51 0,00 0,00 26.147.171,82 -3.829.587,47 77.980.208,60 0,00 77.980.208,60

ALTERAÇÕES NO PERÍODO

Primeira adoção de novo referencial contabilístico 0,00 0,00

Alteração de políticas contabilísticas 0,00 0,00

Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 0,00 0,00

Realização do excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis 0,00 0,00

Excedentes de ativos fixos tangíveis e intangíveis e respetivas variações 0,00 0,00

Ajustamentos por impostos diferidos 0,00 0,00

Outras alterações reconhecidas no capital próprio -5.498.772,78 0,00 231.272,79 0,00 -5.267.499,99 -5.267.499,997 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -5.498.772,78 0,00 0,00 231.272,79 0,00 -5.267.499,99 0,00 -5.267.499,99

RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 8 293.809,34 293.809,34 0,00 293.809,34

RESULTADO INTEGRAL 9 = 7 + 8 293.809,34 -4.973.690,65 0,00 -4.973.690,65

OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODO

Realizações de capital 0,00 0,00

Realizações de prémios de emissão 0,00 0,00

Distribuições 0,00 0,00

Entradas para coberturas de perdas 0,00 0,00

Outras operações -3.829.587,47 3.829.587,47 0,00 0,0010 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -3.829.587,47 0,00 0,00 0,00 3.829.587,47 0,00 0,00 0,00

POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2014 6 + 7 + 8 +10 54.000.000,00 0,00 0,00 0,00 775.792,19 1.207.270,57 -9.648.798,76 0,00 0,00 26.378.444,61 293.809,34 73.006.517,95 0,00 73.006.517,95

O Conselho de Administração O Diretor Económico e Financeiro O Técnico Oficial de Contas

DESCRIÇÃO NOTAS

Capital próprio atribuído aos detentores do capital da empresa-mãe

Interesses

minoritários

Total do

Capital

Próprio

ÁGUAS E PARQUE BIOLÓGICO DE GAIA, E.M., S.A.

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 UNIDADE MONETÁRIA (EURO)

31-12-2014 31-12-2013

Fluxos de caixa das atividades operacionais - método direto

Recebimento de clientes 59.133.986,00 62.229.328,63

Pagamentos a fornecedores -28.720.058,33 -37.204.258,71

Pagamentos ao pessoal -10.070.975,79 -10.567.111,43

Caixa gerada pelas operações 20.342.951,88 14.457.958,49

Recebimento do imposto sobre o rendimento 1.316,09 0,00

Pagamento do imposto sobre o rendimento -104.642,52 -84.155,95

Outros recebimentos 3.853.264,37 996.202,52

Outros pagamentos -5.728.966,32 -4.164.054,60

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 18.363.923,50 11.205.950,46

Fluxos de caixa das atividades de investimento

Pagamentos respeitantes a:

Ativos fixos tangíveis -4.036.439,90 -4.538.337,09

Ativos intangíveis 0,00 0,00

Investimentos financeiros 0,00 -7.500,00

Outros ativos 0,00 0,00

Recebimentos provenientes de:

Ativos fixos tangíveis 19.533,00 171.228,98

Ativos intangíveis 0,00 0,00

Investimentos financeiros 0,00 0,00

Outros ativos 0,00 0,00

Subsídios ao investimento 121.921,26 1.920.001,75

Juros e rendimentos similares 47.524,23 39.321,61

Dividendos 0,00 0,00

Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) -3.847.461,41 -2.415.284,75

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos 1.750.000,00 7.875.000,00

Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio 0,00 0,00

Cobertura de prejuízos 0,00 0,00

Doações 0,00 0,00

Outras operações de financiamento 0,00 0,00

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos -12.640.581,18 -14.329.823,15

Juros e gastos similares -2.547.232,65 -2.776.759,75

Dividendos 0,00 0,00

Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio 0,00 0,00

Outras operações de financiamento -386.695,24 -430.207,96

Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) -13.824.509,07 -9.661.790,86

Variação de caixa e seus equivalentes (1 + 2 + 3) 691.953,02 -871.125,15

Efeito das diferenças de câmbio 0,00 0,00

Caixa e seus equivalentes no início do período 318.794,25 1.189.919,40

Caixa e seus equivalentes no fim do período 4.2 1.010.747,27 318.794,25

RUBRICAS NOTASPERÍODOS

O Conselho de Administração O Diretor Económico e Financeiro O Técnico Oficial de Contas

1

Anexo

1 — Identificação da entidade

Águas e Parque Biológico de Gaia, E.M., S.A. (Sociedade), com sede na Rua 14 de Outubro, 343, 4450-

050 VILA NOVA DE GAIA é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos.

A Sociedade tem por objeto principal, por delegação do Município de Vila Nova de Gaia nos termos do

n° 1 do artigo 27° da Lei n° 50/2012, de 31 de agosto: a) A gestão e exploração dos sistemas públicos de

distribuição de água potável e de drenagem e tratamento de águas residuais produzidas no concelho de

Vila Nova de Gaia; b) A gestão e exploração da rede de águas pluviais, saneamento de águas residuais

urbanas e gestão de resíduos sólidos urbanos e limpeza pública; c) A gestão, administração, conservação e

manutenção, do Parque Biológico de Gaia, do Parque de Dunas da Aguda, do Parque da Lavandeira, da

Reserva Natural Local do Estuário do Douro, do Cordão Dunar de Vila Nova de Gaia e de outros parques

e espaços verdes urbanos e de todos os equipamentos e bens conexos; d) A promoção da educação

ambiental e da conservação da natureza; Compreende-se, acessoriamente, no objeto social da Sociedade:

a) A gestão das concessões dos sistemas municipais ou multimunicipais referidos acima e de outras

conexas atribuídas pelo Município, nos termos da lei; b) A realização de trabalhos de limpeza e

desobstrução, reabilitação e renaturalização de rios e ribeiras em aglomerados urbanos, na área territorial

do Município de Vila Nova de Gaia; c) Outras atividades complementares das previstas nas alíneas

anteriores, nomeadamente a colaboração na gestão e manutenção de estruturas de apoio às zonas

balneares da costa de mar do concelho; d) A faturação e cobrança de preços bem como de taxas, cuja

fórmula de cálculo tenha por base os volumes de água adquiridos; e) A promoção de atividades

educativas e culturais e a gestão de equipamentos culturais conexos com a sua atividade; f) Assegurar a

obtenção de receitas mediante a exploração dos espaços e equipamentos, nomeadamente, através da

cobrança de ingressos, preços, rendas das concessões ou outras de semelhante natureza, tais como

publicidade, vendas, entre outras, procedendo às respetivas atualizações; g) Promover e assegurar a

execução das obras de conservação e beneficiação nos edifícios onde se encontrem a funcionar os

equipamentos; h) Promover exposições, cursos, colóquios, conferências ou manifestações de qualquer

outro tipo que contribuam para a realização do objeto social da Empresa; i) Promover o intercâmbio com

instituições congéneres nacionais ou estrangeiras no domínio das suas atividades; j) Fiscalizar o

cumprimento das leis e regulamentos municipais que regem a respetiva atividade e instaurar e instruir os

processos sancionatórios, punir as infrações e cobrar os valores das respetivas coimas que sejam da sua

competência no âmbito dos poderes de autoridade que lhe são para o efeito cometidos pelo Município de

Vila Nova de Gaia; k) Paralelamente, a Sociedade poderá exercer outras atividades relacionadas com o

seu objeto social: i) O turismo e, em especial, o ecoturismo; ii) A prestação de serviços de hotelaria

conexos com os parques sob sua gestão; iii) A prestação de serviços comerciais conexos com os parques

sob sua gestão; iv) A prestação, ao público, de serviços de clínica médico-veterinária; v) A consultadoria

ambiental e, nomeadamente, a contratualização com outras entidades, públicas ou privadas, da conceção,

construção, gestão, administração ou manutenção de áreas naturais, parques temáticos; vi) A formação

2

profissional; vii) A edição de publicações periódicas e não periódicas; viii) A cooperação internacional e,

em particular, com os países lusófonos.

2 — Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras

2.1. Referencial contabilístico

As presentes demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações,

a partir dos registos contabilísticos da Sociedade e de acordo com as normas do sistema de Normalização

Contabilística, regulado pelos seguintes diplomas legais:

. Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho (Sistema de Normalização Contabilística), com as alterações

introduzidas pela Lei n.º 20/2010 de 23 de Agosto;

. Portaria n.º 986/2009, de 7 de Setembro (Modelos de Demonstrações Financeiras);

. Aviso n.º 15652/2009, de 7 de Setembro (Estrutura Conceptual);

. Aviso n.º 15655/2009, de 7 de Setembro (Normas Contabilística e de Relato Financeiro);

. Portaria n.º 1011/2009, de 9 de Setembro (Código de Contas).

De forma a garantir a expressão verdadeira e apropriada, quer da posição financeira quer do desempenho

da Sociedade, foram utilizadas as normas que integram o Sistema de Normalização Contabilística (SNC),

antes referidas, em todos os aspetos relativos ao reconhecimento, mensuração e divulgação.

O conjunto dos normativos que integram o SNC foi utilizado pela primeira vez em 2010 para a

elaboração de demonstrações financeiras completas, passando a constituir o referencial de base para os

períodos subsequentes. Estas normas foram ainda aplicadas ao período iniciado em 1 de Janeiro de 2009,

de forma a garantir a necessária expressão e apresentação para efeitos comparativos.

As demonstrações financeiras são individuais e foram elaboradas com um período de reporte coincidente

com o ano civil, no pressuposto da continuidade de operações da Sociedade e no regime do acréscimo,

utilizando os modelos das demonstrações financeiras previstos no artigo 1.º da Portaria n.º 986/2009, de 7

de Setembro, designadamente o balanço, a demonstração dos resultados por naturezas, a demonstração

das alterações no capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa e anexo, com expressão dos

respetivos montantes em Euros.

2.2. Indicação e justificação das disposições do SNC que, em casos excecionais, tenham sido

derrogadas

Nos períodos abrangidos pelas presentes demonstrações financeiras não foram derrogadas quaisquer

disposições do SNC que tenham produzido efeitos materialmente relevantes e que pudessem por em

causa a imagem verdadeira e apropriada que devem transmitir aos interessados pelas informações

disponibilizadas.

3

2.3. Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos

conteúdos não sejam comparáveis com os do período anterior

As quantias relativas ao período findo em 31 de Dezembro de 2014, incluídas nas presentes

demonstrações financeiras para efeitos comparativos, estão apresentadas em conformidade com o modelo

resultante das alterações introduzidas pelos diplomas legais emitidos no âmbito da publicação do sistema

de Normalização Contabilística que se passam a descrever:

No período de 2014, a Administração optou por alterar o critério de reconhecimento de Imparidades

referentes a dívidas a receber. Assim, por considerar que o critério atual reflete com mais precisão a

realidade da empresa, as dívidas de terceiros passam a ser consideradas como suscetíveis de terem

associado risco de cobrança duvidosa quando em mora há mais de um ano.

Esta mudança de critério é considerada como alteração de política contabilística, pelo que, conforme

disposto na NCRF 4, o comparativo foi reexpresso como se este tivesse sido utilizado anteriormente.

O efeito no Balanço do ano corrente e no comparativo resume-se no seguinte:

Rubricas BALANÇO COMPARATIVO

Débito Crédito Débito Crédito

Ativo 3.238.606,98 3.238.606,98

Resultados transitados 3.238.606,98 3.167.865,18

Resultados 70.741,80

A empresa procedeu a ajustamentos em contas de terceiros e o efeito no Balanço do ano corrente e no

comparativo resume-se no seguinte:

Rubricas BALANÇO COMPARATIVO

Débito Crédito Débito Crédito

Ativo 1.330.732,85 1.330.732,85

Resultados transitados 1.330.732,85 1.330.732,85

Resultados

A empresa procedeu à regularização dos saldos da Taxa de Recursos Hídricos (TRH) e o efeito no

Balanço do ano corrente e no comparativo resume-se no seguinte:

Rubricas BALANÇO COMPARATIVO

Débito Crédito Débito Crédito

Ativo 350.214,96 350.214,96

Resultados transitados 350.214,96 303.839,75

Resultados 46.375,21

4

A empresa procedeu à anulação da Taxa de Conservação de Saneamento que se encontrava por cobrar e o

efeito no Balanço do ano corrente e no comparativo resume-se no seguinte:

Rubricas BALANÇO COMPARATIVO

Débito Crédito Débito Crédito

Ativo 567.100,71 567.100,71

Resultados transitados 567.100,71 567.100,71

Resultados

3 — Principais políticas contabilísticas

3.1. Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras

As políticas contabilísticas mais significativas utilizadas na preparação destas demonstrações financeiras

encontram-se descritas abaixo. Estas políticas foram aplicadas de forma consistente nos períodos

comparativos, exceto quando referido em contrário.

Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis compreendem:

a) O valor que resultou da aquisição da posição contratual relativa à gestão e exploração do sistema

municipal de resíduos sólidos urbanos.

b) Programas de computador

c) Direitos de autor

Por ser uma das atribuições da Sociedade, tal como referido no ponto 1, e por ter uma vida útil indefinida,

os ativos referidos na alínea a) não são amortizados, nos termos da NCRF 6, parágrafo 106. As

amortizações são calculadas, quando o ativo estiver disponível para uso, pelo método da linha reta, de

acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:

Ativos intangíveis Anos de

vida útil

Programas de computador 4

Propriedade industrial - direitos de autor 3

Propriedade industrial - resíduos sólidos -

5

Ativos fixos tangíveis

Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2009 encontram-se registados ao seu custo

considerado, o qual corresponde ao custo de aquisição, deduzido de depreciações e quaisquer perdas por

imparidade acumuladas.

Os ativos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,

deduzido de depreciações e quaisquer perdas por imparidade acumuladas.

As depreciações são calculadas, quando o ativo estiver disponível para uso, pelo método da linha reta, de

acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:

Anos de

vida útil

Edifícios e outras construções 10-50

Equipamento básico 4-12

Equipamento de transporte 4-6

Ferramentas e utensílios 4

Equipamento administrativo 4-8

Equipamentos biológicos 10

Outros ativos fixos tangíveis 5-12

Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos ainda em fase de construção, encontrando-se

registados ao custo de aquisição/produção.

Estes ativos são depreciados a partir do momento em que estejam prontos para utilização.

Os custos com a manutenção e reparação e que não aumentem a vida útil destes ativos são registados

como gastos do período em que ocorrem. As benfeitorias e as beneficiações apenas são registadas como

ativo nos casos em que comprovadamente aumentem a sua vida útil ou aumentem a sua eficiência,

traduzindo-se num acréscimo dos benefícios económicos futuros.

As mais ou menos valias resultantes da alienação ou da retirada dos ativos fixos tangíveis são

determinadas pela diferença entre o preço de venda e a quantia escriturada na data de alienação/retirada,

sendo registadas na demonstração dos resultados como “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos

e perdas”.

Locações

A classificação das locações como financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da

forma dos contratos. Os contratos de locação, em que a Sociedade age como locatário, são classificados

como locações financeiras se, através deles, forem transferidos substancialmente todos os riscos e

vantagens inerentes à posse, e como locações operacionais, se tal não acontecer.

Nas locações financeiras, o valor dos bens é registado no balanço como ativo, a correspondente

responsabilidade é registada no passivo, na rubrica “Financiamentos obtidos”, e os juros incluídos no

6

valor dos pagamentos mínimos e a depreciação do ativo são registados como gastos na demonstração dos

resultados do período a que respeitam.

Inventários

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio

de aquisição, utilizando-se o custo médio como método de custeio.

As mercadorias detidas pela Sociedade em 31 de dezembro de 2014 referem-se à água armazenada nos

reservatórios no valor de €32.181,37 e as outras mercadorias, no total de €145.890,51, referem-se a:

€138.365,09 – artigos para venda nas Lojas do Parque Biológico; €7.525,42 – géneros para consumo e

venda no Bar e Restaurante do Parque Biológico e €27.032,25 – artigos para venda na loja da Estação

Litoral da Aguda.

A Sociedade utiliza o regime de inventário permanente, de acordo com o disposto no n.º 1 do artigo 12.º

do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho.

Os ativos biológicos de produção referem-se às plantas de viveiro do Parque Biológico e estavam

avaliadas ao justo valor em 31 de dezembro de 2014 em €226.811,12.

A Sociedade utiliza o regime de inventário intermitente, ao abrigo do disposto no n.º 4 do artigo 12.º do

Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho, para os ativos biológicos de produção.

Custos de empréstimos obtidos

Os custos de juros incorridos com empréstimos são reconhecidos como gastos de acordo com o regime de

acréscimo.

Subsídios

Os subsídios ao investimento, relacionados com ativos fixos tangíveis, são inicialmente reconhecidos nos

capitais próprios, sendo posteriormente reconhecidos na demonstração dos resultados numa base

sistemática e racional durante os períodos contabilísticos necessários para balanceá-los com os gastos

relacionados.

Regime de acréscimo

Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem, independentemente do seu

pagamento ou recebimento, de acordo com o regime do acréscimo. As diferenças entre os montantes

7

recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas “Outras contas a

receber e a pagar” ou “Diferimentos”.

Rédito

O rédito relativo a vendas, prestações de serviços e juros, decorrentes da atividade ordinária da Sociedade

não inclui quaisquer impostos liquidados nas faturas.

Imposto sobre o rendimento do período

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos como gastos dos períodos abrangidos pelas presentes

demonstrações financeiras encontram-se corrigidos pelo efeito da contabilização dos impostos diferidos,

caso existam diferenças temporárias tributáveis e/ou dedutíveis.

Os impostos diferidos referem-se a diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e dos passivos

para efeitos de registo contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação, bem como os

resultantes de benefícios fiscais obtidos e de diferenças temporárias entre o resultado fiscal e

contabilístico. O imposto é reconhecido na demonstração dos resultados, exceto quando relacionado com

itens que sejam movimentados em capitais próprios, facto que implica o seu reconhecimento em capitais

próprios.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e periodicamente avaliados, utilizando-se as

taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.

8

4 — Fluxos de caixa

4.1. Comentário da gerência sobre a quantia dos saldos significativos de caixa e seus equivalentes

que não estão disponíveis para uso:

O valor relevado em depósitos a prazo, no montante de €700.000,00 é referente a um contrato de penhor

celebrado com o Barclays Bank PLC e serve de garantia de pagamento ao contrato de mútuo, celebrado

em 21/06/2010 pelo prazo de 60 meses.

4.2. Desagregação dos valores inscritos na rubrica de caixa e em depósitos bancários:

Quantia escriturada e movimentos do

período

Saldo inicial Débitos Créditos Saldo final

(1) (2) (3) (4)

Caixa

35.276,55 61.419.701,17 61.428.709,35 26.268,37 *

Depósitos à ordem

Valores disponíveis 141.416,05 67.337.750,73 67.194.687,88 284.478,90 *

Valores a descoberto -557.898,35 557.898,35 0,00 0,00

Outros depósitos bancários 700.000,00 0,00 0,00 700.000,00 *

Total de caixa e depósitos bancários 318.794,25 129.315.350,25 128.623.397,23 1.010.747,27

Dos quais: Depósitos bancários no

exterior 0,00 0,00 0,00 0,00

Total de caixa e depósitos bancários representados no balanço (*)

1.010.747,27 *

5 – Ativos intangíveis

A Sociedade tem relevado na rubrica Propriedade industrial, pela quantia de €20.657.549,48, a aquisição

da posição contratual relativa à gestão e exploração do sistema municipal de resíduos sólidos urbanos,

que por ter vida útil indefinida não é amortizada.

Os elementos dos ativos intangíveis com vidas úteis finitas são amortizados pelo método da linha reta

durante um período que varia entre 3 e 4 anos.

5.1. Divulgações sobre ativos intangíveis

a) As amortizações do período são calculadas tendo em consideração as seguintes vidas úteis e taxa

de amortização:

Ativos intangíveis Anos de

vida útil

Taxa de

amortização

Programas de computador 4 25%

Propriedade industrial - direitos de autor 3 33,33%

Propriedade industrial - resíduos sólidos - -

9

b) O valor das amortizações relativas a ativos intangíveis incluídas na rubrica “Gastos/reversões de

depreciação e de amortização” da demonstração dos resultados ascende a:

2014 2013

Ativos intangíveis:

Programas de computador 17.560,05 18.110,29

Propriedade industrial 101,40 101,40

Total 17.661,45 18.211,69

(Valores em euros)

c) Os movimentos na rubrica ativos intangíveis durante o ano 2013 e em 2014 são os que se seguem:

2013

Goodwill

Projetos de

desenvolvimento

Programas de

computador

Propriedade

industrial

Outros ativos

intangíveis

Investimentos

em curso Total

Quantia Escriturada Bruta:

Saldo em 31.12.2012 0,00 0,00 56.047,55 20.664.561,62 0,00 39.661,60 20.760.270,77

Adições 0,00 0,00 9.287,65 0,00 0,00 0,00 9.287,65

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 0,00 21.477,11 0,00 0,00 0,00 21.477,11

Saldo em 31.12.2013 0,00 0,00 86.812,31 20.664.561,62 0,00 39.661,60 20.791.035,53

Depreciações Acumuladas:

Saldo em 31.12.2012 0,00 0,00 32.596,35 6.809,34 0,00 0,00 39.405,69

Adições 0,00 0,00 18.110,29 101,40 0,00 0,00 18.211,69

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo em 31.12.2013 0,00 0,00 50.706,64 6.910,74 0,00 0,00 57.617,38

Perdas por Imparidade Acumuladas:

Saldo em 31.12.2012

Adições 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Reversões 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo em 31.12.2013 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

10

2014

Goodwill Projetos de

desenvolvimento

Programas de

computador

Propriedade

industrial

Outros ativos

intangíveis

Investimentos

em curso Total

Quantia Escriturada Bruta:

Saldo em 31.12.2013 0,00 0,00 86.812,31 20.664.561,62 0,00 39.661,60 20.791.035,53

Adições 0,00 0,00 1.097,95 0,00 0,00 0,00 1.097,95

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -39.661,60 -39.661,60

Saldo em 31.12.2014 0,00 0,00 87.910,26 20.664.561,62 0,00 0,00 20.752.471,88

Depreciações Acumuladas:

Saldo em 31.12.2013 0,00 0,00 50.706,64 6.910,74 0,00 0,00 57.617,38

Adições 0,00 0,00 17.560,05 101,40 0,00 0,00 17.661,45

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo em 31.12.2014 0,00 0,00 68.266,69 7.012,14 0,00 0,00 75.278,83

Perdas por Imparidade Acumuladas:

Saldo em 31.12.2013

Adições 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Reversões 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo em 31.12.2014 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

11

6 — Ativos fixos tangíveis

6.1. Divulgações sobre ativos fixos tangíveis

a) Bases de mensuração:

Os ativos tangíveis estão valorizados de acordo com o modelo do custo, segundo o qual um item do ativo

fixo tangível é escriturado pelo seu custo menos depreciações e quaisquer perdas por imparidades

acumuladas.

b) Método de depreciação usado:

A Sociedade deprecia os seus bens do ativo fixo tangível de acordo com o método da linha reta. De

acordo com este método, a depreciação é constante durante a vida útil do ativo se o seu valor residual não

se alterar.

c) Vidas úteis e taxas de depreciação usadas:

As depreciações do período são calculadas tendo em consideração as seguintes vidas úteis e taxa de

depreciação médias:

Anos de

vida útil

Taxa de

depreciação

Edifícios e outras construções 10-50 2% - 10%

Equipamento básico 4-12 8,33% - 25%

Equipamento de transporte 4-6 16,66% - 25%

Ferramentas e utensílios 4 25%

Equipamento administrativo 4-8 12,5% - 25%

Equipamentos biológicos 10 10%

Outros ativos fixos tangíveis 5-12 8,33% - 20%

12

d) / e) Reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período:

2013

Terrenos e

recursos

naturais

Edifícios e outras

construções

Equipamento

básico

Equipamento

de transporte

Equipamento

administrativo

Equipamentos

biológicos

Outros ativos

fixos tangíveis

Imobilizações

em curso Total

Quantia Escriturada Bruta:

Saldo em 31.12.2012 1.522.037,92 210.406.047,58 14.601.371,50 2.582.833,72 3.590.525,35 435.522,21 2.891.513,61 8.070.280,75 244.100.132,64

Adições 200.000,00 25.583,99 460.731,54 232.129,61 130.496,23 5.256,10 20.986,85 4.333.435,80 5.408.620,12

Revalorizações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -32.908,18 0,00 0,00 -32.908,18

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 4.436.571,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -4.458.048,16 -21.477,11

Saldo em 31.12.2013 1.722.037,92 214.868.202,62 15.062.103,04 2.814.963,33 3.721.021,58 407.870,13 2.912.500,46 7.945.668,39 249.454.367,47

Depreciações Acumuladas:

Saldo em 31.12.2012 0,00 102.142.598,96 12.861.289,78 2.331.121,91 3.195.259,46 211.429,17 2.322.781,11 0,00 123.064.480,39

Adições 0,00 6.413.202,07 577.216,66 219.654,95 81.252,56 36.781,71 188.640,33 0,00 7.516.748,28

Revalorizações / Ajustamentos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -19.596,91 0,00 0,00 -19.596,91

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo em 31.12.2013 0,00 108.555.801,03 13.438.506,44 2.550.776,86 3.276.512,02 228.613,97 2.511.421,44 0,00 130.561.631,76

Perdas por Imparidade Acumuladas:

Saldo em 31.12.2012

Adições 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Reversões 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo em 31.12.2013 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

(Valores em euros)

13

2014

Terrenos e

recursos

naturais

Edifícios e outras

construções

Equipamento

básico

Equipamento

de transporte

Equipamento

administrativo

Equipamentos

biológicos

Outros ativos

fixos tangíveis

Imobilizações

em curso Total

Quantia Escriturada Bruta:

Saldo em 31.12.2013 1.722.037,92 214.868.202,62 15.062.103,04 2.814.963,33 3.721.021,58 407.870,13 2.912.500,46 7.945.668,39 249.454.367,47

Adições 0,00 46.089,17 431.217,80 14.202,64 57.826,25 544,06 4.639,18 2.664.624,07 3.219.143,17

Revalorizações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alienações 0,00 0,00 0,00 -212.182,98 0,00 0,00 0,00 -205.188,07 -417.371,05

Retiradas 0,00 0,00 -5.986.767,97 0,00 -46.957,54 -19.197,88 0,00 -40.633,03 -6.093.556,42

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 8.396.865,39 127.960,37 0,00 0,00 0,00 0,00 -8.485.164,16 39.661,60

Saldo em 31.12.2014 1.722.037,92 223.311.157,18 9.634.513,24 2.616.982,99 3.731.890,29 389.216,31 2.917.139,64 1.879.307,20 246.202.244,77

Depreciações Acumuladas:

Saldo em 31.12.2013 0,00 108.555.801,03 13.438.506,44 2.550.776,86 3.276.512,02 228.613,97 2.511.421,44 0,00 130.561.631,76

Adições 0,00 6.441.298,31 528.951,59 100.262,66 78.508,12 34.229,04 110.259,86 0,00 7.293.509,58

Revalorizações / Ajustamentos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alienações 0,00 0,00 0,00 -212.182,98 0,00 0,00 0,00 0,00 -212.182,98

Retiradas 0,00 0,00 -5.986.767,97 0,00 -46.957,54 -11.483,66 0,00 0,00 -6.045.209,17

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo em 31.12.2014 0,00 114.997.099,34 7.980.690,06 2.438.856,54 3.308.062,60 251.359,35 2.621.681,30 0,00 131.597.749,19

Perdas por Imparidade Acumuladas:

Saldo em 31.12.2013

Adições 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Reversões 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo em 31.12.2014 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

(Valores em euros)

14

6.2. Depreciações, reconhecidas nos resultados

Depreciação

reconhecida

nos

resultados de

2014

Ativos tangíveis:

Terrenos e recursos naturais 0,00

Edifícios e outras construções 6.441.298,31

Equipamento básico 528.951,59

Equipamento de transporte 100.262,66

Equipamento administrativo 78.508,12

Equipamentos biológicos 34.229,04

Outros ativos fixos tangíveis 110.259,86

Total 7.293.509,58

(Valores em euros)

6.3. Depreciações acumuladas no final do período

Depreciação acumulada 31.12.2014 31.12.2013

Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00

Edifícios e outras construções 114.997.099,34 108.555.801,03

Equipamento básico 7.980.690,06 13.438.506,44

Equipamento de transporte 2.438.856,54 2.550.776,86

Equipamento administrativo 3.308.062,60 3.276.512,02

Equipamentos biológicos 251.359,35 228.613,97

Outros ativos fixos tangíveis 2.621.681,30 2.511.421,44

Total 131.597.749,19 130.561.631,76

(Valores em euros)

15

7 — Locações

7.1. Locações financeiras – locatários:

a) Quantia escriturada para cada categoria de ativo à data de 31.12.2014:

2014 2013

Valor Bruto Depreciações

Acumuladas

Valor

Líquido Valor Bruto

Depreciações

Acumuladas

Valor

Líquido

Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Edifícios e outras construções 0,00 0,00 0,00 367.955,71 84.323,05 283.632,66

Equipamento básico 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Equipamento de transporte 281.163,22 196.968,37 84.194,85 692.352,74 542.069,61 150.283,13

Equipamento administrativo 0,00 0,00 0,00 46.266,18 18.795,63 27.470,55

Outros ativos fixos tangíveis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Total 281.163,22 196.968,37 84.194,85 1.106.574,63 645.188,29 461.386,34

b) Reconciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos da locação à data de balanço e o seu valor

presente:

31-12-2014 31-12-2013

Futuros pagamentos mínimos

Pagamentos mínimos até 1 ano 65.252,35 167.066,48

Pagamentos mínimos mais de 1 ano e não mais de 5anos 54.774,01 119.857,06

Pagamentos mínimos mais de 5 anos 0,00 0,00

Total de futuros pagamentos mínimos 120.026,36 286.923,54

Pagamento de juros futuros 5.819,40 13.859,41

Valor presente das responsabilidades

Pagamentos mínimos até 1 ano 64.288,03 164.597,52

Pagamentos mínimos mais de 1 ano e não mais de 5anos 52.943,43 115.336,83

Pagamentos mínimos mais de 5 anos 0,00 0,00

Total do valor presente das responsabilidades 117.231,46 279.934,35

7.2. Locações operacionais – locatários:

a) Reconciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos da locação à data de balanço e o seu valor

presente:

Total dos futuros pagamentos mínimos: 31-12-2013 31-12-2012

Não mais de 1 ano 29.427,84 30.547,94

Mais de 1 ano e não mais de 5 anos 35.657,15 65.084,99

Mais de 5 anos 0,00 0,00

Total 65.084,99 95.632,93

16

b) Pagamentos de locação reconhecidos como gasto do período:

Pagamentos de locação reconhecidos como gasto do período: 31-12-2014 31-12-2013

Pagamentos mínimos de locação 28.061,39 30.547,94

Rendas contingentes 0,00 0,00

Pagamentos de sublocação 0,00 0,00

Total 28.061,39 30.547,94

8 — Custos de empréstimos obtidos

8.1. Política contabilística adotada nos custos de empréstimos obtidos

Os custos de juros e outros incorridos com empréstimos são reconhecidos como gastos de acordo com o

regime de acréscimo.

9 — Inventários

9.1. Políticas contabilísticas adotadas na mensuração dos inventários e fórmula de custeio usada

Os inventários encontram-se valorizados pelo custo. O custo inclui todos os custos de compra incorridos

para colocar os inventários na sua condição atual.

A Sociedade valoriza os seus inventários pela fórmula de custeio do custo médio ponderado, a qual

pressupõe que o custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens

semelhantes no começo de um período e do custo de itens semelhantes comprados ou produzidos durante

o período.

9.2. Quantia total escriturada de inventários e quantia escriturada em classificações apropriadas

Inventários 31.12.2014 31.12.2013

Mercadorias 198.020,56 211.485,91

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 958.084,81 1.142.699,63

Total 1.156.105,37 1.354.185,54

17

9.3. Quantia de inventários reconhecida como um gasto durante o período

Apuramento

2014 2013

Mercadorias

Matérias-primas,

subsidiárias e de

consumo

Mercadorias

Matérias-

primas,

subsidiárias e

de consumo

Inventário inicial 211.485,91 1.142.699,63 187.262,97 998.747,93

Perdas por imparidade em inventários 0,00 0,00 -7.083,57 0,00

Compras 7.136.179,44 584.617,88 7.183.809,12 1.292.157,64

Reclassificação e regularização de inventários -4.006,87 202.824,12 0,00 181.381,82

Inventário final -198.020,56 -958.084,81 -211.485,91 -1.142.699,63

Gasto do período 7.145.637,92 972.056,82 7.152.502,61 1.329.587,76

(a) (b) (c) (d)

Valor da DF (a) + (b) 8.117.694,74 Valor da DF (c) + (d) 8.482.090,37

9.4- Ativos biológicos mensurados no fim do período ao justo valor

Descrição 2014 2013

1-Ativos biológicos finais 226.811,12 233.993,94

2-Reclassificação e regularização de inventários 0,00 0,00

3-Ativos biológicos iniciais 233.993,94 161.094,97

4-Variações em ativos biológicos ( 4 = 1 + 2 - 3 ) -7.182,82 72.898,97

10 — Réditos

10.1 - Políticas contabilísticas adotadas para reconhecimento do rédito

A Sociedade reconhece os réditos de acordo com os seguintes critérios:

a) Vendas – são reconhecidas nas demonstrações dos resultados quando seja provável que os

benefícios económicos associados com a transação fluam para a entidade e quando os custos

incorridos referentes à transação possam ser fiavelmente mensurados;

b) Prestações de serviços – são reconhecidas na demonstração dos resultados com referência à fase

de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

c) Juros – são reconhecidos utilizando o método do juro efetivo.

18

10.2 - Quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período:

2014 2013

Vendas:

Mercadorias

Venda de água 13.303.755,92 13.782.815,82

Outras mercadorias 5.726,03 9.635,85

Ativos biológicos 3.022,31 1.278,72

* 13.312.504,26 13.793.730,39

Prestações de serviços:

Água 6.932.369,97 7.091.028,51

Saneamento 13.386.424,26 13.793.418,95

Resíduos sólidos urbanos 9.801.402,42 10.695.397,23

Serviços secundários 2.250.221,54 5.336.604,66

* 32.370.418,19 36.916.449,35

Juros:

Juros cobrados aos clientes 56.078,71 56.614,94

Total da DF: * 45.682.922,45 50.710.179,74

Total 45.739.001,16 50.766.794,68

11 — Contabilização dos subsídios do Governo e divulgações de apoios do Governo

11.1 - Políticas contabilísticas adotadas para reconhecimento do rédito

Os subsídios não reembolsáveis com ativos fixos tangíveis são inicialmente reconhecidos nos capitais

próprios, sendo posteriormente reconhecidos na demonstração dos resultados numa base sistemática e

racional durante os períodos contabilísticos necessários para balanceá-los com os gastos relacionados. No

caso de o subsídio estar relacionado com ativos não depreciáveis, com vida útil indefinida, são mantidos

nos capitais próprios, exceto se a respetiva quantia for necessária para compensar qualquer perda por

imparidade.

19

11.2 – Natureza e extensão dos subsídios do Governo reconhecidos nas demonstrações financeiras e

indicação de outras formas de apoio do Governo

Descrição

Subsídios do Estado e outros entes

públicos Subsídios de outras entidades

Valor atribuído

no período ou

em períodos

anteriores

Valor imputado

ao período

Valor atribuído

no período ou

em períodos

anteriores

Valor imputado

ao período

Subsídios não reembolsáveis:

Ativos fixos tangíveis

Equipamento básico 12.748.171,55 821.861,75 11.790.513,40 43.875,19

Terrenos 100.000,00 0,00 0,00 0,00

Outros 2.926.281,77 897.216,17 5.458.067,51 0,00

Total 15.774.453,32 1.719.077,92 17.248.580,91 43.875,19

12 — Acontecimentos após a data do balanço

Nada a declarar.

13 — Impostos sobre o rendimento

2014 2013

Resultado contabilístico do período (antes de impostos) 363.679,93 -3.801.576,14

Imposto corrente 30.473,90 0,00

Imposto diferido 0,00 0,00

Imposto sobre o rendimento 30.473,90 0,00

Tributações autónomas 31.446,98 28.011,33

Imposto sobre o rendimento do período (1) 61.920,88 28.011,33

Taxa efetiva de imposto sobre o rendimento 17,03% -0,74%

Derrama (2) 7.949,71 0,00

Total: (1) + (2) 69.870,59 28.011,33

A taxa efetiva de imposto sobre o rendimento revela-se inferior à taxa normal para o período, que é de

23%, devido à dedução de prejuízos fiscais acumulados em anos anteriores.

14 — Instrumentos financeiros

É política da Sociedade reconhecer um ativo, um passivo financeiro ou um instrumento financeiro de

capital próprio apenas quando se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento.

A Sociedade tem um contrato de swap com o Banco Barclays, PLC, que só formalmente se trata de um

swap, porque em substância o fim visado com a respetiva contratação foi obviamente a “correção” de taxa

20

de juro estabelecida no contrato de financiamento de €10.500.000,00 a 21/06/2010, por imposição do

próprio Banco. No âmbito da celebração do referido contrato de financiamento, foi imposta pela

instituição financeira a formalização de uma cobertura de taxa de juro, concretizada através da

renegociação do contrato de swap.

Importa referir que o swap em causa tem uma vida útil igual à do financiamento, pelo que o mesmo terá o

seu termo quando o contrato de financiamento cessar. Assim, por razões contratuais este instrumento

derivado será detido até à sua maturidade, sendo que da sua extinção não resultará qualquer influxo ou

exfluxo de caixa associado a diferenças entre o valor contratado dos ativos subjacentes que o compõem e

o respetivo justo valor na sua maturidade. Por esta razão, não há lugar ao reconhecimento de qualquer

ativo ou passivo resultantes destas diferenças durante a duração do derivado, conforme estabelecido pela

Estrutura conceptual.

14.1 – Ativos e passivos financeiros

Descrição

2014 2013

Mensurados

ao

custo

Imparidade

acumulada

Mensurados

ao

custo

Imparidade

acumulada

Ativos financeiros:

Clientes 13.957.227,60 9.453.004,01 15.709.993,61 6.068.783,55 (a)

Dos quais: Clientes de cobrança duvidosa 10.192.560,72 9.453.004,01 9.652.381,29 6.068.783,55

Outras contas a receber 3.394.836,25 4.054.270,04

Outras operações - com o pessoal 1.419,14 1.258,00

Juros a receber 86,93 34,70

CM VNG 0,00 0,00

Subsídio ao investimento 0,00 0,00

Subsídio à exploração 0,00 0,00

Cobradores 355.946,32 389.210,99

Devedores em mora 94.903,96 96.846,84

Outros devedores 222.329,17 224.088,47

Outros devedores c/c- Comp. saneamento em alta

(SIMDOURO) 2.310.542,10 2.310.542,10

Outros devedores c/c-Diversos 409.608,63 1.032.288,94

Passivos financeiros:

Fornecedores 12.879.963,89 8.087.447,89

Fornecedores de água 1.291.349,80 620.805,55

Outros fornecedores 11.583.975,40 7.461.444,04

Faturas em receção e conferência 4.638,69 5.198,30

Outras contas a pagar 7.722.777,70 8.439.119,56

Dos quais: Fornecedores de investimentos 739.762,02 1.784.497,70

(a) - Valores no balanço, rubrica clientes:

Clientes 13.957.227,60

15.709.993,61

Imparidade acumulada -9.453.004,01

-6.068.783,55

4.504.223,59

9.641.210,06

21

14.2 – Perdas por imparidade em ativos financeiros ao custo

Descrição Perdas

por

imparidade

Reversões de perdas

por

imparidade

Total

Dívidas a receber de clientes 9.453.004,01 0,00 9.453.004,01

Dívidas registadas como de cobrança duvidosa

Reclamados judicialmente

9.453.004,01

O valor das dívidas registadas como de cobrança duvidosa é de €10.192.560,72 e encontra-se reclamada

junto do Órgão das Execuções Fiscais do Município de Vila Nova de Gaia.

14.3 – Montante de capital social

Em 31 de Dezembro de 2014 a Sociedade tinha um capital social no valor de €54.000.000,00,

integralmente realizado e detido a 100% pelo Município de Vila Nova de Gaia.

15 — Benefícios dos empregados

Em 31 de Dezembro de 2014 a Sociedade tinha ao seu serviço 444 trabalhadores e no final de 2013, 451.

15.1 – Gastos com o pessoal

2014 2013

Remunerações dos órgãos sociais 120.867,29 225.873,50

Dos quais: Fiscal único 24.000,00 24.000,00

Remunerações do pessoal 7.222.903,89 7.723.566,63

Benefícios pós-emprego 29.950,32 5.792,90

Indemnizações 27.450,54 0,00

Encargos sobre remunerações 1.720.637,76 1.775.125,99

Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais 37.339,19 38.248,13

Gastos de ação social 963.873,65 990.639,84

Outros gastos com o pessoal 62.661,87 48.855,30

Total 10.185.684,51 10.808.102,29

22

15.2 – Benefícios pós-emprego (planos de contribuição definida)

Quantias dos pagamentos e

dos gastos com relação a

planos de contribuição

definida a favor dos

empregados

2014 2013

Pessoal chave

de gestão

Outro

pessoal Totais

Pessoal

chave de

gestão

Outro pessoal Totais

Quantias das contribuições

pagas no período 0,00 360.836,51 360.836,51 0,00 235.902,74 235.902,74

Diferença entre as

contribuições pagas e as

contribuições devidas no final

do período 0,00 227.496,41 227.496,41 0,00 142.848,43 142.848,43

Quantias de gastos

reconhecidos no período 0,00 70.881,15 70.881,15 0,00 94.815,40 94.815,40

16 — Divulgações exigidas por diplomas legais

Declara-se que não existem dívidas em mora à Segurança Social, dando-se assim cumprimento ao

estabelecido no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 41/91, de 17 de Outubro.

17 — Outras informações

17.1 – Estado e outros entes públicos

O detalhe da rubrica de Estado e outros entes públicos em 31 de Dezembro é o seguinte:

2014 2013

Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas 84.631,43 59.133,17

Retenção de impostos sobre o rendimento 0,00 0,00

Outras tributações - Taxa de recursos hídricos 0,00 366.259,24

Total do ativo 84.631,43 425.392,41

2014 2013

Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas 0,00 0,00

Retenção de impostos sobre o rendimento 76.880,03 85.034,24

Imposto sobre o valor acrescentado 212.010,03 240.549,28

Outros impostos 0,00 0,00

Contribuições para a segurança social 351.839,96 276.450,61

Outros entes públicos 5.140,18 4.566,12

Outras tributações - Taxa de recursos hídricos 0,30 0,00

Total do passivo 645.870,50 606.600,25

23

17.2 - Garantias prestadas

Banco Beneficiário Descrição Valor

Barclays Bank, Plc

1.ª Vara de Comp. do

Tribunal Judicial de

VNG Caução ao processo n.º 1208/05.8TBVNG 5.299,20

Barclays Bank, Plc

EP - Estradas de

Portugal, E.P.E.

Travessia para instalação de coletor de águas residuais e pluviais (EN 1-

Km 292,700) 2.500,00

Barclays Bank, Plc

EP - Estradas de

Portugal, E.P.E.

Abertura de vala longitudinal (com uma travessia) para instalação de

conduta de abastecimento de água (EN 1-Km's 295,540 ao 295,710) 15.250,00

Barclays Bank, Plc

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Execução de sete valas transversais à estrada nacional para instalação de

ramais domiciliários de águas residuais (EN 222-Km's 12 a 18) 3.150,00

Barclays Bank, Plc

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Execução de três ramais domiciliários de abast. de água (EN 1-Km's

289,770, 293,530 e 293,650) e uma montagem de conduta (EN 1-Km

291,150) 5.000,00

Barclays Bank, Plc

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Instalação de 3 ramais domiciliários de águas residuais (EN 1-Km's

290,800, 291,150 e 293,430) 5.000,00

Barclays Bank, Plc

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Instalação de 2 ramais para abastecimento de água - abertura de vala

transversal (EN 222-Km 14+100) 5.000,00

Barclays Bank, Plc

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Instalação de 2 ramais para abastecimento de água (EN 222-Km 14+100

e Km 6,400) 5.000,00

Banco Comercial

Português,

S.A./Millennium BCP

MAI - Ministério da

Administração Interna Concessão de licença de segurança privada - PB 15.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Abertura de valas para instalação de 2 ramais de abastecimento de água

(EN 222-Km's 16,850 e 17,500) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Abertura de vala para instalação de coletor de águas residuais (EN 222-

Km 9,100) 825,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Execução de travessia numa extensão de 10m na rua de S. Caetano em

Vilar do Paraíso (EN 109-Km 2,500) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Instalação de 2 coletores de drenagem de águas residuais e pluviais (EN

1-Km's 293,700 e 294,050) 28.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Abertura de uma vala transversal (na berma) para execução de ramais

domiciliários de água (EN 1-Km 293,450) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Abertura de uma vala transversal (na berma) para execução de ramais

domiciliários de água (EN 1-Km 293,400) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Abertura de uma vala (travessia na EN 222-Km 13,400) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Abertura de uma vala (travessia na EN 222-Km 18,300) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Abertura de uma vala longitudinal e transversal (EN 109-Km 7,940 ao

8,100) 12.000,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Abertura de valas (travessia) para instalação de infraestruturas de

saneamento (EN 222-Km's 17,000 e 18,000) 75.000,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Execução de travessia (EN 1-Km 294,300) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Abertura de vala transversal (EN222 ao Km 18,500) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Abertura de vala transversal (EN222 ao Km 18,400) 2.500,00

Banco BPI, S.A. DGT Processo de regularização do IVA das Empreitadas - Mota-Engil, S.A. 4.308,12

Banco BPI, S.A. DGT

Processo de regularização do IVA das Empreitadas - Irmãos Magalhães,

S.A. 43.027,49

Banco BPI, S.A. DGT

Processo de regularização do IVA das Empreitadas - Sousa, Resende &

Rodrigues, S.A. 14.850,00

Banco BPI, S.A. DGT Processo de regularização do IVA das Empreitadas - A. Santos Mota 44.400,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Prolongamento de Ramal de Águas Residuais (EN 1-Km 292+400) 2.100,00

Banco Santander Totta,

S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Abertura de vala para instalação de ramal domiciliário de drenagem de

águas residuais (EN 1/Km 289+800D + EN 222/Km 18+215D) 5.000,00

24

17.3 – Outros rendimentos e ganhos

2014 2013

Rendimentos suplementares * 893.296,87 864.434,63

Descontos de pronto pagamento obtidos * 807,93 726,02

Recuperação de dívidas a receber * 0,00 0,00

Ganhos em inventários * 202.824,12 184.057,76

Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros * 89.841,46 69.810,67

Alienações 0,00 0,00

Sinistros 0,00 0,00

Rendas de terrenos 0,00 0,00

Rendas e outros rendimentos em propriedades de investimento 89.841,46 69.810,67

Outros rendimentos e ganhos 0,00 0,00

Outros * 1.930.191,13 2.096.874,34

Correções relativas a períodos anteriores 23.466,01 146,68

Excesso da estimativa para impostos 0,00 0,00

Imputação de subsídios para investimentos 1.762.953,11 1.888.025,97

Outros não especificados 143.772,01 208.701,69

Juros obtidos * 59.686,04 65.879,11

De depósitos 3.607,33 9.264,17

De outras aplicações de meios financeiros líquidos 56.078,71 56.614,94

Outros rendimentos similares * 0,00 217,60

Total da DF: * 3.176.647,55 3.282.000,13

Total 3.206.802,97 3.285.714,09

17.4 – Outros gastos e perdas

2014 2013

Impostos diretos * 3.726,06 23.970,61

Impostos indiretos * 236.021,61 337.453,06

Taxas * 31.019,08 28.081,77

Dívidas incobráveis * 0,00 0,00

Perdas em inventários * 4.006,87 2.643,06

Gastos e perdas em investimentos não financeiros * 7.714,22 13.311,27

Alienações 0,00 0,00

Abates 7.714,22 13.311,27

Outros * 263.677,42 48.609,38

Correções relativas a períodos anteriores 63.962,61 5.278,02

Donativos 29.745,00 1.995,00

Quotizações 3.930,91 2.905,91

Multas e penalidades 549,00 2.006,23

Outros não especificados 165.489,90 36.424,22

Juros suportados * 462.065,40 301.572,83

Juros de mora e compensatórios 454.847,30 291.835,17

Outros juros 7.218,10 9.737,66

Outros gastos e perdas de financiamento * 0,00 67,34

Outros 0,00 67,34

Total da DF: * 1.008.230,66 755.709,32

Total 1.008.230,66 755.709,32

25

17.5 - Juros e rendimentos similares obtidos

2014 2013

Juros obtidos 59.686,04 65.879,11

De depósitos 3.607,33 9.264,17

De outras aplicações de meios líquidos 56.078,71 56.614,94

Outros rendimentos similares 0,00 0,00

Outros 0,00 0,00

Total da DF: * 0,00 0,00

Total 59.686,04 65.879,11

* Na demonstração dos resultados por naturezas, aquela rubrica diz respeito apenas à conta 7915 – Juros obtidos –

de financiamentos obtidos. Como a conta não existe no nosso plano, os valores ali exibidos, nos dois períodos são:

zero.

17.6 – Gastos e perdas de financiamento

2014 2013

Juros suportados 2.881.632,12 3.197.440,91

Juros de financiamentos obtidos * 2.419.566,72 2.895.868,08

Juros de mora e compensatórios 454.847,30 291.835,17

Outros juros 7.218,10 9.737,66

Outros gastos e perdas de financiamento 324.995,06 332.363,05

Relativos a financiamento obtidos * 324.995,06 332.295,71

Outros 0,00 67,34

Total da DF: * 2.744.561,78 3.228.163,79

Total 3.206.627,18 3.529.803,96

68

XIV. Certificação e Parecer do Fiscal Único

VIRGILIO MACEDOSOCIEDADE m REVISORESOFIC IAIS III CONTAS

CERTIFICACA.O LEGAL DAS CONTAS

Introducao

1. Examinamos as demonstracoes financeiras da "Aguas e Parque Biologico de Gaia, E.M., S. A.",as quais compreendem 0 Balance em 31 de Dezembro de 2014, (que evidencia urn total156.093.464,62 Euros e urn total de capital proprio de 73.006.517,95 Euros , incluindo urnresultado liquido de 293.809,34 Euros), a Dernonstracao dos resultados por naturezas, aDemonstracao das alteracoes no capital Proprio e Demonstracao dos fluxos de caixa do exerciciofindo naquela data, e 0 correspondente Anexo.

Responsabilidades

2. E da responsabilidade do Conselho de Administracao da Empresa a preparacao do Relatorio degestae e de dernonstracoes financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posicaofinanceira da Empresa, 0 resultado das suas operacoes, as alteracoes no seu capital proprio e osseus fluxos de caixa, bern como a adocao de politicas e criterios contabilisticos adequados e amanutencao de urn sistema de controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opiniao profissional e independente, baseadano nosso exame daquelas demonstracoes financeiras.

Ambito

4. 0 exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Tecnicas e as Directrizes deRevisao/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este sejaplaneado e executado com 0 objectivo de obter urn grau de seguranca aceitavel sobre se asdemon stracoes financeiras nao contem distorcoes material mente relevantes. Para tanto 0 referidoexame incluiu:

a verificacao, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgacoesconstantes das demonstracoes financeiras e a avaliacao das estimativas, baseadas emjufzos e criterios definidos pelo Conselho de Administracao, utilizadas na suapreparacao;a apreciacao sobre se sao adequadas as politicas contabilisticas adoptadas e a suadivulgacao, tendo em conta as circunstancias;a verificacao da aplicabilidade do principio da continuidade das operacoes; ea apreciacao sobre se e adequada, em termos globais, a apresentacao dasdemonstracoes financeiras.

Virgilio Macedo. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.Unipessoal. Lda.Avenida Eng.o Edgar Cardoso, 23 - 3 A I 4400-676 Vila Nova de GaiaTel. 220 932 056 I NIPC: 509 310 249 I virgiliornecedo.s rocgsepo.ptInscrita na Ordem dos Revisores Oticiais de Contas sob 0 n.? 242

1f

VIRGILIO MACEDOSOCIEDAOE III REVISORESQ FIC IA IS III CONTAS

5. 0 nosso exame abrangeu tambern a verificacao da concordancia da informacao financeiraconstante do Relatorio de gestae com as demonstracoes financeiras.

6. Entendemos que 0 exame efectuado proporciona uma base aceitavel para a expressao da nossaopiniao.

Opiniao

7. Em nossa opiniao, as referidas demonstracoes financeiras apresentam de forma verdadeira eapropriada, em todos os aspectos material mente relevantes, a posicao financeira da " Aguas eParque Biol6gico de Gaia, E.M., S. A." em 31 de Dezembro de 2014, 0 resultado das suasoperacoes, as alteracoes no seu capital pr6prio e os seus fluxos de caixa no exercicio findonaquela data, em conformidade com os principios contabilisticos geralmente aceites em Portugal.

Relato sobre outros requisitos legais

8. E tambern nossa opiniao que a informacao finance ira constante do Relat6rio de gestae econcordante com as demonstracoes financeiras do exercicio.

EnCases

9. Sem afectar a opiniao expressa no paragrafo 7 acima, chamamos a atencao para as seguintessituacoes:

9.1- Conforme descrito na nota 2.3 do Anexo, durante 0 corrente exercicio a administracao daempresa optou por alterar 0 criterio de reconhecimento de imparidades referentes a dividas areceber. Por considerar que este criterio reflete de forma mais apropriada a posicao financeira daempresa, passaram a ser consideradas como estando em imparidade as dividas em mora ha maisde urn ano. Este facto implicou uma diminuicao do Ativo e dos Capitais pr6prios em cerca de3.238.606,98 Euros em 2014, tendo a empresa efetuado a reexpressao do respetivo comparativo.

9.2- Conforme tarnbem referido na nota 2.3 do Anexo, e de acordo com trabalhos de analise quevinham sendo realizados pela empresa, no exercicio de 2014 foram efetuados ajustamentos adividas a receber, resultantes de divergencias existentes entre os saldos das contas correntes daaplicacao de gestae de clientes e os correspondentes saldos contabilisticos, assim como seanularam os montantes a receber relativos a Taxa de Recursos Hidricos e Taxa de Conservacaode Saneamento, pagos em periodos anteriores e nao suscetiveis de serem recuperados. Estesajustamentos implicaram uma diminuicao do Ativo e dos Capitais pr6prios em cerca de2.248.048,52 Euros em 2014, tendo a empresa efetuado a reexpressao do respetivo comparativo.

VIRGILIO MACEDOSOCIEDADE N REVISORESOFICIAIS"' CONTAS

9.3- No ambito do contrato celebrado com a Simdouro, S.A. e com 0 Municipio de Vila Nova deGaia, relativo a transferencia das infra-estruturas de saneamento em alta para a primeira, estaprevista uma compensacao financeira de parte das perdas a incorrer pela empresa com a diferencade tarifario na recolha de afluentes praticado pela Simdouro, S.A. Esta compensacao financeirafoi inicialmente estimada em cerca de 23.105.421 Euros, tendo a empresa diferido 0 seureconh ecimento desde 20 I 1 (cerca de 2.310.054 Euros por perfodo anual). Em virtude de nosexercicios de 2011 a 2014 as diferencas de tarifario suportadas terem sido superiores ao esperado,a empresa reconheceu como red ito no exercicio corrente cerca de 3.465.813 Euros, facto que deveser tido em conta na analise comparativa com 0 perfodo anterior da rubrica de Subsidios aexploracao na Dernonstracao dos resultados e da rubrica de Diferimentos no Passivo nao correntedo Balance.

Vila Nova de Gaia, 30 de marco de 2015

"¥,,"Vk- rr o.~ ce..:. k\\le" C>~IT \s:ri., ?\A--E£,Vi}gilio Macedo, Sociedade de Revisores Oflciais de ContasRepresentada porJorge Manuel da Silva Baptista Pinto, ROC n° J086

VIRGIliO MACEDOSOCIEDADE llI. REVISORES OFICIAISDr CONTAS

RELATORIO E PARECER DO FISCAL UNICO

Exmos. Senhores Acionistas,

1. Nos termos da Lei e do mandato que nos conferiram, apresentamos 0 relatorio sobre aatividade fiscalizadora desenvolvida e damos parecer sobre 0 Relatorio de gestae e asDemonstracoes financeiras apresentados pelo Conselho de Administracao da Aguas e ParqueBiologico de Gaia, E.M.,S .A., relativos ao exercicio findo em 31 de Dezembro de 2014.

2. No decurso do exercicio acompanhamos, com a periodicidade e a extensao que consideramosadequada, a actividade da empresa, e averiguamos a observancia do cumprimento da Lei e dosEstatutos, atraves de contactos estabelecidos com a Adrninistracao e os Services, os quais,com elevado espirito de colaboracao, nos facultaram sempre todos os elementos eesclarecimentos solicitados, 0 que nos apraz registar e agradecer.

3. Procedemos a analise da informacao contabilfstica produzida, tendo sido efectuados osprocedimentos e verificacoes adequados.

4. Nos termos da Lei n? 50/2012, de 31108, elaboramos 0 parecer sobre a informacao financeirasemestral, reportada a 30 de Junho, e emitimos 0 parecer sobre os instrumentos de gestaeprevisional, relativos ao exercicio de 2014, elaborados pela Administracao.

5. Emitimos nos termos do art° 451° do Codigo das Sociedades Comerciais, a Certificacao Legaldas Contas, que inclui tres enfases, e que para todos os efeitos faz parte integrante desterelatorio.

6. Apreciamos os documentos de prestacao de contas, nomeadamente 0 Relatorio de gestae, 0

Balance, a Demonstracao dos resultados por natureza, a Demonstracao das alteracoes nocapital proprio, a Demonstracao dos fluxos de caixa e 0 correspondente Anexo, apresentadospela Administracao, sendo nossa conviccao que sao suficientemente esclarecedores dasituacao da Sociedade e satisfazem as disposicoes legais e estatutarias,

7. Nestes termos, tendo em consideracao as conclusoes constantes da Certificacao Legal dasContas, somos do parecer que:

a) Seja aprovado 0 Relatorio de gestae e as Demonstracoes financeiras do exercicio findoem 31 de Dezembro de 2014;

b) Seja aprovada a proposta de aplicacao dos resultados constante do Relatorio de gestae.

Vila Nova de Gaia, 30 de marco de 2015

o Fiscal Unico

~J 'j ~1. e-. d ?£c..- \ Lc.. B( ;1I<-' ·\-e-. ?;,vy"F;;;Virgilio Macedo, Sociedade de Revisores O)iciais de ContasRepresentada porJorge Manuel da Silva Baptista Pinto, ROC n° J086

Virgilio Macedo, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. Unipessoal, Lda.Avenida Eng." Edga r Card oso, 23 - 3 A I 4400-676 Vila Nova de GaiaTel. 220 932 056 I NIPC: 509 31 0 249 I virgiliornacedo.srocgsepo.ptInscrita na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob 0 n." 242