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Relatório e Contas 2011 A energia de um grupo Individual

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Relatório e Contas 2011

A energia de um grupo

Individual

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1 Relatório & Contas 2011

ÍNDICE

1. MENSAGEM DO ADMINISTRADOR……………………………………………………………………...2

2. DESTAQUES………………………………………………………………………………………………...3

3. O GRUPO OMNISANTOS………………………………………………………………………………….4

4. RELATÓRIO DE GESTÃO……………………………………………………………………………….…8

5. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS……………………………………………………16

6. CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS………………………………………………………………...36 7. RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO…….……………………………………………….....37

Mensagemdo Administrador1

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2 Relatório & Contas 2011

1. MENSAGEM DO ADMINISTRADOR O ano de 2011 na Omnisantos, SGPS, SA ficou marcado pela reestruturação societária do Grupo. A Omnisantos passou assim em Maio de 2011 a deter a totalidade das partes de capital das diversas sociedades do Grupo. A reestruturação do Grupo Omnisantos em 2011 teve os seguintes objetivos: (i) mensuração e monitorização efetiva e eficiente da performance global do Grupo; (ii) otimização financeira do Grupo ao nível de liquidez, “funding” e redução do custo de capital; (iii) otimização organizacional do Grupo; (iv) e por fim imagem forte do Grupo e “boas práticas de gestão” junto dos diversos stakeholders. A Omnisantos teve em 2011 resultados recorde, tendo tido um resultado líquido do exercício recorrente de 717.754 Euros e uma rendibilidade recorrente dos capitais próprios de 33,1% em virtude do excelente desempenho financeiro das empresas do Grupo Omnisantos. O ano de 2011 traduziu-se em números, uma vez mais, o sucesso das opções e estratégia definida pelo Grupo no quadro dos três pilares estratégicos – risco controlado, eficiência superior e crescimento sustentado. A Omnisantos alcançou resultados, rentabilidade e solidez financeira recorde e excecional que só foram possíveis devido ao elevado profissionalismo, empenho dos colaboradores e ao sucesso das opções estratégicas tomadas. A cobertura do custo líquido de financiamento (EBITDA/Custo líquido de financiamento) teve também o seu valor mais alto de sempre ao estabelecer-se nos 35,1 (2010: -826,6) o que nos dá uma elevada margem de segurança e diminuição do risco económico e risco financeiro. A empresa aumentou significativamente a sua solidez financeira e liquidez o que podemos verificar dos valores atingidos pelos rácios de autonomia financeira e solvabilidade que atingiram os 49,5% (2010: 25,9%) e 98,2% (2009: 35,0%), respetivamente. A excelente performance e rendibilidade alcançada em 2011 são o resultado do rigor, profissionalismo e empenho de todos os colaboradores e da consistência do trabalho desenvolvido. O ano de 2012 será, uma vez mais, um desafio à nossa capacidade de superar com êxito as dificuldades de mercado em Portugal e Espanha e nos outros mercados (África Subsariana e América Latina) para onde o Grupo exporta apesar de nestes se perspetivar para 2012 um crescimento económico elevado. Em particular numa conjuntura como a atual e que se perspetiva para 2012, teremos que manter o elevado rigor, empenho e seguir a estratégia estabelecida. Conto com a contribuição e apoio de todos para continuarmos a caminhar sustentadamente rumo ao sucesso, mantendo um nível de crescimento sustentado, criando valor e uma elevada solidez financeira. Marco Aurélio Mimoso Santos Administrador Bucelas, 20 de Março de 2012

2 Destaques

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3 Relatório & Contas 2011

2. DESTAQUES Resultado líquido do exercício recorde e excecional de 2.245.853 Euros (2010: Negativos

em 4.258 Euros).

Resultado líquido do exercício recorrente de 717.754 Euros em virtude do resultado líquido do exercício estar extremamente influenciado pelo reconhecimento do Goodwill Negativo no montante de 1.528.098 Euros

Rendibilidade recorrente elevada dos capitais próprios de 33,1% (2010: -9,3%)

Rácio da cobertura do custo líquido de financiamento (EBITDA recorrente/Custo líquido

de financiamento) atinge nível alto de 35,1 (2010: -826,6) o que dá elevado conforto e margem de segurança à empresa

Rácios de estrutura de capital atingem valores recordes e elevados com a autonomia

financeira a estabelecer-se nos 49,5% em 2011 (2010: 25,9%) e a solvabilidade nos 98,2% (2010: 35,0%)

É atribuído à Omnimetal e à Grupel o estatuto de “PME Líder” em 2011 pelo terceiro ano

consecutivo, em virtude do demonstrado elevado desempenho financeiro, criação de valor, sustentabilidade e solidez financeira das empresas

Quadro de pessoal com idade média muito jovem 33 anos

Dívida financeira a instituições financeiras é 0 Euros

O GrupoOmnisantos3

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4 Relatório & Contas 2011

3. O GRUPO OMNISANTOS 3.1 QUEM SOMOS Omnisantos é um Grupo português com projeção internacional que desenvolve a sua atividade em três áreas de negócio:

A nossa principal atividade é a produção e comercialização de grupos eletrogéneos, com potências de 8 a 3.500 kVA, da marca Grupel, destinados à produção de energia elétrica – Negócio Energia. O Grupo Omnisantos, através da sociedade Grupel, Grupos Electrogéneos, SA possui um elevado know-how e uma vasta experiência, desde 1976, no fabrico deste tipo de equipamentos. Na área de negócio – Eletricidade produzimos e comercializamos uma gama larga e diversa de quadros elétricos gerais de baixa tensão, quadros de automação, quadros de transferência de carga e quadros de sincronismo. No negócio da metalomecânica estamos especializados no fabrico de canópias e chassis para grupos eletrogéneos, quadros metálicos e caixas para o sector telecomunicações e gás. A nossa proposta de valor ao cliente está assente num produto de elevada qualidade, fiável, feito à medida e a um preço muito competitivo. Omnisantos está presente em Portugal e exporta essencialmente para África (Angola, Cabo Verde, Marrocos e Moçambique), União Europeia (Espanha, França e Holanda) e América Latina (Paraguai, Equador e Chile)

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5 Relatório & Contas 2011

3.2 MISSÃO, VISÃO E VALORES MISSÃO:

VISÃO:

OS NOSSOS VALORES:

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6 Relatório & Contas 2011

3.3 ESTRATÉGIA O Grupo Omnisantos tem estabelecido três pilares estratégicos: risco controlado, eficiência superior e crescimento sustentado. Risco controlado A gestão do risco assume particular relevância no Grupo Omnisantos. O Grupo tem categorizado os diversos tipos de risco em “Riscos Estratégicos”, “Riscos Operacionais” e “Riscos Financeiros” e procura ativamente identificar o risco, mensurar o risco e estabelecer ações para mitigar o risco para que seja residual e a um nível apropriado, ou seja, o seu impacto ao nível dos resultados, rentabilidade, valor, cash-flow e liquidez seja baixo. Alguns exemplos de risco que damos particular relevância na gestão de risco é o “risco de crédito”, “risco de liquidez”, “risco de não conformidade”, etc. Crescimento sustentado O crescimento sustentado do Grupo tem como “driver” a estratégia de internacionalização, neste momento o mercado externo já representa 58,2% do volume de negócios do Grupo Omnisantos. É de referir a nossa aposta estratégica no mercado Angola e na América Latina que têm uma elevada dimensão, estão em forte crescimento e têm um elevado potencial de crescimento. A aposta num portfólio de negócios e modelo de negócio de “elevado valor” e com sustentabilidade. Eficiência superior Uma estrutura de gastos reduzida e controlada, um elevado controlo da margem bruta por produto, cliente e mercado, a inovação e elevada qualidade ao nível do produto e particular relevância nas compras das matérias-primas e subsidiárias (preço e marcas). Organização pequena e flexível com elevada capacidade de adaptação/gestão da mudança. Procuramos em todas as áreas, comercial, produção, logística, assistência técnica e financeira implementar as melhores práticas e ter uma eficiência superior e elevada produtividade e competitividade.

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7 Relatório & Contas 2011

3.4 ÁREAS DE NEGÓCIO E ESTRUTURA SOCIETÁRIA 3.4.1 ÁREAS DE NEGÓCIO

3.4.2 ESTRUTURA SOCIETÁRIA

OMNISANTOS, SGPS, SA

OMNIMETAL, SA

100,00%

GRUPEL, SA

90,00%

GMC, LDA

50,00%

WORLDREP, LDA

100,00%

CYMASA ENERGY, SL

100,00%

Relatóriode Gestão4

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8 Relatório & Contas 2011

4. RELATÓRIO DE GESTÃO Exmos. Acionistas, Nos termos da Lei e dos Estatutos, vem a Omnisantos, SGPS, SA. submeter à apreciação de V. Exas. o Relatório de Gestão do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011. 4.1 PRINCIPAIS EVENTOS MAIO

Reestruturação societária do Grupo Omnisantos em 13 de Maio de 2011, passando a sociedade Omnisantos, SGPS, SA a deter a totalidade das participações financeiras do Grupo, nomeadamente, a Grupel, SA (90,00%), Omnimetal, SA (100,00%), GMC, Lda (50,00%) e a Worldrep, Lda (100,00%)

Transformação da sociedade Grupel e Omnimetal em sociedades anónimas

AGOSTO

Transferência dos 8 colaboradores do Departamento Administrativo e Financeiros da Omnimetal, SA para a Omnisantos, SGPS, SA. Desta forma a Omnisantos, SGPS, SA passou a prestar a partir de Agosto de 2011 serviços financeiros, de tecnologias de informação e de gestão a todas as empresas do Grupo Omnisantos

NOVEMBRO

Entrada em vigor do novo “Código de Ética e Conduta” do Grupo Omnisantos, com vista a melhorar a robustez do ambiente de controlo interno, profissionalismo, sermos uma organização com uma cultura assente em elevados padrões de ética, promover o respeito pelas pessoas e ambiente e o comportamento ético e legal

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9 Relatório & Contas 2011

4.2 ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO Economia Internacional A economia mundial continua a recuperar da recessão causada pela crise financeira em 2009, não obstante, em 2011 o crescimento do PIB mundial segundo as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) foi de 3,8% (2010: 5,3%), pelo que, assistimos a um abrandamento face a 2010. A recuperação continua a ocorrer a diferentes velocidades e o verdadeiro “driver” de crescimento continuam a ser as economias emergentes. De acordo com as últimas projeções do FMI para 2011, as economias emergentes apresentam um crescimento do PIB de 6,2% (2010: 7,5%), sendo de destacar a China e a Índia, com taxas de crescimento em 2011 de 9,2% (2010: 10,3%) e 7,2% (2010: 9,7%), respetivamente, América Latina e África Subsariana com crescimentos dos PIB de 4,6% (2010: 6,2%) e 4,9% (2010: 5,3%), enquanto as economias desenvolvidas continuam a perder terreno tendo registado em 2011 um crescimento de 1,6% (2010: 3,2%), dominadas pelas preocupações financeiras profundas de alguns países. O crescimento lento das principais economias mundiais está relacionado por um lado, com os desequilíbrios macroeconómicos do período anterior à atual crise que ainda carecem de ser corrigidos e, por outro, com as consequências inerentes à própria crise, nomeadamente, o fraco desempenho do mercado imobiliário nos EUA, a deterioração da situação financeira pública nos EUA, no Japão, e em alguns países da União Europeia, e a crise e incertezas nos mercados de dívida soberana e no sistema financeiro. Este contexto fez aumentar significativamente os juros dos títulos de dívida pública e aumentaram as dificuldades de financiamento do sistema bancário o que se repercutiu na economia real com o aumento do custo das operações de financiamento de curto, médio e longo prazo e dificuldades no acesso ao financiamento conjuntura a que o Grupo Omnisantos foi alheio. A economia da Zona Euro cresceu 1,6% em 2011 face aos 1,9% registados em 2010. O processo de consolidação orçamental a decorrer em diversos países da Zona euro influenciou de forma muito significativa a procura interna e o consumo privado. Após o pedido de ajuda financeira da Irlanda e Grécia, em 2010, Portugal também se viu forçado a recorrer a ajuda externa, em Abril de 2011. “2011 a nível mundial, um ano de crescimento a diversas velocidades, muitas incertezas e riscos e abrandamento económico face a 2010” Economia Portuguesa Depois de um crescimento moderado em 2010 de 1,4%, Portugal regista em 2011 uma contração do PIB de 1,6%. Este comportamento da evolução negativa do PIB reflete uma desaceleração da procura interna e uma diminuição do investimento e a queda do PIB não foi mais acentuada devido ao aumento das exportações. Em 2011, a economia portuguesa foi influenciada por diversos fatores, a saber: a contração económica mundial; a crise dos mercados de dívida soberana europeia; os pedidos de ajuda financeira externa e, por último, a desalavancagem do setor privado, com condições mais restritivas de acesso ao financiamento bancário e com custo superior. A taxa de desemprego no ano de 2011 aumentou para um novo máximo histórico de 12,7%. Em 2011, a taxa de inflação situou-se nos 3,7% (2010: 1,4%). O aumento da taxa de inflação em 2011 face a 2010 ficou-se a dever essencialmente ao aumento da taxa do IVA de 21% para 23%, à subida dos preços dos transportes e ao aumento da tributação indireta sobre a eletricidade e o gás natural.

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10 Relatório & Contas 2011

A dívida pública terá ultrapassado, pela primeira vez em 2011, os 100,0% do PIB, tendo-se estabelecido nos 101,7% face aos 93,3% registados em 2010. Como fator extremamente positivo é de referir as diversas medidas do governo português para fomentar, dinamizar e apoiar a internacionalização das PMEs portuguesas de forma a atenuar o crescimento negativo do PIB previsto para 2012 pois aponta-se para um crescimento das exportações em 2012 de 2,7%. Da parte das instituições financeiras também se nota um claro apoio destas às empresas PMEs que apostam na internacionalização ao nível de acesso a “funding” e ao custo deste. “2011 em Portugal, um ano de contração do PIB, muitas incertezas e riscos e pela positiva um ano de crescimento elevado das exportações. Em 2011 e 2012 Estado Português, apoia e procura dinamizar a internacionalização das PMEs” Economia Angolana Em 2011 a economia angolana teve um crescimento do PIB de 3,7%, não obstante a previsão inicial de crescimento era de 7,5% para 2011, esta revisão da projeção deveu-se à redução da produção de petróleo que se registou ao longo do ano. A crise financeira da Zona Euro teve impactos reduzidos nas economias da África Subsariana, nomeadamente, em Angola. De acordo com as últimas previsões do FMI o PIB angolano deverá crescer perto de 10,0% em 2012 e 7,0% em 2013. Destaca-se pela positiva o crescimento do setor não petrolífero que terá sido em 2011 de 7,7%, restabelecendo e reforçando, a confiança no mercado. A taxa de inflação mantém-se a níveis elevados, tendo atingido os 13,5% em 2011 (2010: 14,5%), não obstante a tendência é de descida para 2012 e 2013. O FMI estima que, em 2011, a África Subsariana tenha registado um crescimento de 5,1%. Para 2012, o FMI antecipa uma intensificação da atividade destes países, que deverão apresentar um crescimento na ordem dos 5,4%. O FMI dá nota positiva à evolução da economia angolana, reconhecendo os progressos realizados no reequilíbrio macroeconómico ao longo dos últimos 3 anos. A referir a revisão em alta do rating da dívida soberana de Angola por parte das principais agências (Fitch, Standard & Poor´s e Moody´s) de B+ para BB-. “2012 em Angola, regresso ao crescimento alto do PIB (10,0%) mantendo-se à margem da crise da Zona Euro, melhoria do rating da dívida soberana e diminuição da taxa de inflação” “2011 e 2012 na África Subsariana, crescimento alto do PIB na ordem dos 5,4% mantendo-se à margem da crise da Zona Euro”

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11 Relatório & Contas 2011

4.3 DESEMPENHO FINANCEIRO (i) Demonstração dos resultados por naturezas

Euros 2011 2010 ∆ €

11/10 ∆ %

11/10 Ganhos em subsidiárias 734.948 0 734.948 100,0% % do Volume de negócios 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Rendimentos e ganhos operacionais 147.944 0 147.944 100,0% % do Volume de negócios 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Gastos operacionais (150.178) (5.786) (144.392) 2495,5% % do Volume de negócios 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

EBITDA 732.715 (5.786) 738.501 -12763,6% % do Volume de negócios 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Depreciações e amortizações (292) 0 -292 100,0% % do Volume de negócios 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

EBIT 732.423 (5.786) 738.209 -12758,5% % do Volume de negócios 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Custo líquido de financiamento (20.868) (7) -20.861 298014,3% % do Volume de negócios 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Items não recorrentes 1.528.098 0 1.528.098 100,0% % do Volume de negócios 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

EBT 2.239.653 (5.793) 2.245.446 -38761,4% % do Volume de negócios 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Imposto 6.199 1.535 4.664 303,9% % do Volume de negócios 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Resultado líquido exercício 2.245.853 (4.258) 2.250.111 -52844,3% % do Volume de negócios 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

A Ommisantos teve em 2011 um resultado líquido do exercício no montante de 2.245.853 Euros, enquanto em 2010 o resultado líquido foi negativo em 4.258 Euros. O Resultado líquido do exercício de 2011 está extremamente influenciado pelo reconhecimento do Goodwill negativo no montante de 1.528.098 Euro em Maio de 2011 no âmbito do processo de reestruturação do Grupo Omnisantos (item não recorrente) e pelo excelente desempenho financeiro das empresas do Grupo tendo reconhecido 734.948 Euros em ganhos em subsidiárias decorrente da aplicação do método da equivalência patrimonial. A rubrica de items não recorrentes em 2011 ascende a 1.528.098 Euros e o montante diz respeito ao reconhecimento do Goodwill negativo das seguintes sociedades:

Grupel: 390.103 Euros GMC: 29.138 Euros Omnimetal: 1.021.818 Euros Worldrep: 87.038 Euros

Os ganhos/perdas imputados de subsidiárias e associadas ascende a 734.948 Euros e inclui essencialmente o ganho da Grupel no montante de 724.657 Euros em virtude do elevado desempenho financeiro desta sociedade.

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12 Relatório & Contas 2011

Os gastos operacionais em 2011 ascenderam a 150.178 Euros (2010: 5.786 Euros), tendo registado um aumento de 144.392 Euros, que está relacionado com o facto de em 1 de Agosto de 2011 toda a equipa da divisão financeira ter sido transferida para a Omnisantos de forma a esta prestar serviços financeiros, de tecnologias de informação e de gestão de forma transversal a todas as empresas do Grupo. O acréscimo de 144.392 Euros está assim relacionado com o aumento dos gastos com o pessoal no montante de 104.028 Euros pois em 2010 ascenderam a 0 Euros pois a sociedade só passou a ter colaboradores em 2011 e com o aumento dos fornecimentos e serviços externos de 34.368 Euros. O custo liquido de financiamento em 2011 é de 20.868 Euros ao passo que em 2010 foi apenas de 7 Euros. Os juros e gastos suportados do exercício ascenderam a 31.865 Euros (2010: 7 Euros) e os juros e rendimentos similares ascenderam a 10.997 Euros (0 Euros). O aumento excecional do custo líquido de financiamento e destas duas rubricas deve-se ao facto de a partir de Maio de 2011 a sociedade Omnisantos ter passado a ser a empresa mãe do Grupo Omnisantos e, como tal, esta passou a ser o veículo de financiamento e gestão de liquidez do Grupo. O imposto foi positivo no montante de 6.199 Euros em virtude do reconhecimento de um activo por imposto diferido por prejuízos fiscais de 2011.

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13 Relatório & Contas 2011

4.4 SITUAÇÃO FINANCEIRA (i) Balanço

Euros 2011 % 2010 % ∆ € 10/09

∆ % 10/09

Ativos fixos tangíveis 878 0,0% 0 0,0% 878 100,0%

Participações financeiras 3.963.526 140,0% 0 0,0% 3.963.526 100,0%

Fornecedores de investimento -1.697.480 -60,0% 0 0,0% -1.697.480 -100,0%

Capital circulante 36.618 1,3% -5.504 -4,7% 42.122 -765,3%

Capital operacional investido 2.303.542 81,4% -5.504 -4,7% 2.309.046 -

41952,1% Empréstimos concedidos 519.418 18,3% 120.000 103,4% 399.418 332,8%

Ativos por impostos diferidos 7.734 0,3% 1.535 -3,4% 6.199 403,8%

Capital extra-exploração investido 527.152 18,6% 121.535 104,7% 405.617 333,7%

Capital investido 2.830.694 100,0% 116.031 100,0% 2.714.663 2339,6%

Capitais Próprios 2.291.594 81,0% 45.742 39,4% 2.245.852 4909,8%

Capitais dos Sócios 2.291.594 81,0% 45.742 39,4% 2.245.852 4909,8%

Dívida Líquida 539.100 19,0% 70.289 60,6% 468.811 667,0%

Capital investido 2.830.694 100,0% 116.031 100,0% 2.714.663 2339,6%

Autonomia Financeira 49,54% 25,91% 23,63% 91,20% Net Debt to equity 0,24 1,54 -1,30 -84,69%

Solvabilidade 98,20% 34,97% 63,23% 180,80% O capital investido da Empresa em 2011 ascende a 2.830.694 Euros (2010: 116.031 Euros). Em 13 de Maio de 2011 a Omnisantos passou a ser a empresa mãe do Grupo com a aquisição das partes de capital da Omnimetal, SA (100,0%), Grupel, SA (90,0%), GMC, Lda (50,0%) e da Worldrep, Lda (100,0%) pelo montante de 1.697.480 Euros com um Goodwill negativo de 1.528.099 Euros. O valor das participações financeiras da Omnisantos ascende a 31 de Dezembro de 2012 a 3.963.526 Euros e incluem, essencialmente, a participação financeira na Grupel e da Omnimetal no montante de 2.149.740 Euros e de 1.686.715 Euros. O valor da rubrica de fornecedores de investimento ascende a 1.697.480 Euros e inclui o valor de dívida da Omnisantos às entidades vendedoras das partes de capital das empresa adquiridas em 13 de Maio de 2011 supra referidas. Este valor pode ser pago por parte da Omnisantos até Maio de 2014 ou antes se a empresa o entender e tiver liquidez e capacidade financeira para o efeito. Os rácios de estrutura de capital tiveram uma melhoria assinalável em 2011 e encontram-se muito sólidos e altos com o “Net Debt to equity” nos 0,24 (2010: 1,54), a autonomia financeira da empresa estabeleceu-se nos 49,54% (2010: 25,91%) e a solvabilidade nos 98,20% (2010: 34,97%).

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14 Relatório & Contas 2011

4.5 CAPITAL HUMANO Em 1 de Agosto de 2011 toda a equipa da divisão financeira foi transferida para a Omnisantos para esta prestar serviços financeiros, de tecnologias de informação e de gestão de forma transversal a todas as empresas do Grupo. O número médio de colaboradores da sociedade em 2011 é de 4 colaboradores (2010: 0) O nível de absentismo e de sinistralidade foi de 0,0% que é excecional. A salientar como fator extremamente positivo o facto de a Omnimetal ter um quadro de pessoal com uma idade média muito jovem (33 anos). Ao nível de produtividade a salientar o elevado resultado EBITDA e RLE por colaborador de 172.403 Euros e 168.884 Euros, respetivamente. 2011 2010 Nº Médio de colaboradores 4 - Idade média 33 - Absentismo 0,00% - Sinistralidade 0,00% - Gastos com pessoal por colaborador 24.477 - EBITDA recorrente por colaborador 172.403 - RLE recorrente por Colaborador 168.884 - 4.6 ORGÃOS SOCIAIS E DE FISCALIZAÇÃO Os órgãos sociais da Omnisantos, SGPS, SA são os seguintes:

Administrador Único – Marco Aurélio Mimoso Santos Assembleia Geral – Marco Aurélio Mimoso Santos Fiscal Único – Floriano Tocha, Paulo Chaves & Associado Sociedade Revisores Oficiais de

Contas 4.7 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS A Administração propõe a seguinte proposta de aplicação do resultado líquido do exercício de 2011 no montante de 2.245.852,52 Euros (dois milhões, duzentos e quarenta e cinco mil euros, oitocentos e cinquenta e dois euros e cinquenta e dois cêntimos):

a) Reserva legal: 10.000,00 Euros (perfazendo assim a reserva legal 20,00% do valor do capital social que é de 50.000,00 Euros conforme o exigido no Código das Sociedades Comerciais)

b) Resultados transitados: 2.235.852,52 Euros 4.8 PERSPETIVAS PARA 2012 Apesar das previsões macroeconómicas para 2012 apontarem para uma conjuntura económica bastante adversa para Portugal e Espanha a estratégia de internacionalização do Grupo Omnisantos e aposta no mercado externo, nomeadamente, no mercado francófono, américa latina, médio oriente e áfrica subsariana permite-nos perspetivar para 2012 uma melhoria das margens de

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15 Relatório & Contas 2011

negócio e resultados líquidos ainda superiores ao verificado em 2011. A Omnisantos vai-se focar também na melhoria dos rácios de estrutura de capital com a autonomia financeira a aumentar para valores acima dos 50% (2011: 49,5%) e o do net debt to equity a rondar os 0,20 (2011: 0,24) de forma a garantir uma elevada solidez financeira e liquidez. 4.9 EVENTOS SUBSEQUENTES Após a data de fecho de balanço de 31 de Dezembro de 2011 a Omnisantos, SGPS, SA constituiu a em Fevereiro de 2012 a sociedade Marco Energy Systems, SL em Espanha no âmbito da sua estratégia de internacionalização para estar presente no mercado Espanha e acima de tudo no mercado América Latina. A atividade da Marco Energy Systems, SL é a produção e comercialização de grupos eletrogéneos. 4.10 AGRADECIMENTOS A Administração aproveita esta oportunidade para expressar o reconhecimento e agradecimento a todos com que trabalhamos diariamente: aos seus clientes pela sua preferência pelas empresas do Grupo Omnisantos às instituições financeiras, pela importante colaboração, apoio e confiança prestada aos seus fornecedores pela parceria ao Fiscal Único pelo rigor e qualidade da sua atuação

E finalmente a todos os colaboradores, cujo profissionalismo e empenho tanto têm contribuído para o desenvolvimento e crescimento sustentado da Omnisantos, aqui lhes manifestamos o nosso sentido apreço e agradecimento. Marco Aurélio Mimoso Santos Administrador Bucelas, 20 de Março de 2012

DemonstraçõesFinanceirasIndividuais5

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16 Relatório & Contas 2011

5. ÍNDICE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS POR NATUREZAS ……………....17 BALANÇO……………………………………………………………………………………….…18 DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DE FLUXOS DE CAIXA…………………………………..19 DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO…………20 NOTAS ÀS DEMONTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS……………………….……..21

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17 Relatório & Contas 2011

DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010(Montantes expressos em Euros)

RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS 2011 2010

Ganhos/perdas imputados de subsidiárias e associadas 10 734.948 0Fornecimentos e serviços externos 4 (40.154) (5.786)Gastos com o pessoal 5 (104.028) 0Outros rendimentos e ganhos 6 1.676.042 0Outros gastos e perdas 7 (5.996) 0

Resultado antes de depreciações, gastos de financ. e impostos 2.260.813 (5.786)

Gastos de depreciação e de amortização (292) 0

Resultado operacional (antes de gastos de financ. e impostos) 2.260.521 (5.786)

Juros e rendimento similares obtidos 8 10.997 0Juros e gastos similares suportados 8 (31.865) (7)

Resultado antes de impostos 2.239.653 (5.793)

Imposto sobre o rendimento do período 9 6.199 1.535

Resultado líquido do período 2.245.853 (4.258)

Administração Técnico Oficial de Contas Marco Aurélio Mimoso Santos Teresa Merceano Ribeiro

As notas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010.

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18 Relatório & Contas 2011

BALANÇO INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010(Montantes expressos em Euros)

NOTAS 2011 2010ATIVO

Ativo não correnteAtivos fixos tangíveis 878 0Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 10 3.963.526 0Ativos por impostos diferidos 9 7.734 1.535

3.972.138 1.535Ativo correnteClientes 11 119.171 0Estado e outros entes públicos 18 0 12Outras contas a receber 12 519.418 120.000Acréscimos e diferimentos 10.997 0Caixa e depósitos bancários 13 3.900 54.992

653.488 175.005Total do ativo 4.625.626 176.540

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprioCapital social 14 50.000 50.000Resultados transitados (4.258) 0Resultado líquido do período 2.245.853 (4.258)Total do capital próprio 2.291.594 45.742

PassivoPassivo não correnteFinanciamentos obtidos 0 0Outras contas a pagar 17 1.697.480 0

1.697.480 0Passivo correnteFornecedores 16 35.170 5.050Outras contas a pagar 17 565.158 125.282Acréscimos e diferimentos 36.222 467

636.551 130.798Total do passivo 2.334.031 130.798Total do capital próprio e do passivo 4.625.626 176.540

Administração Técnico Oficial de Contas Marco Aurélio Mimoso Santos Teresa Merceano Ribeiro

As notas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010.

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19 Relatório & Contas 2011

DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DE FLUXOS DE CAIXA PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010(Montantes expressos em Euros)

RUBRICAS NOTAS 2011 2010

Fluxos de caixa das atividades operacionaisRecebimentos de clientes 1.643 0Pagamentos a fornecedores (19.269) (282)Pagamentos ao pessoal (82.620) 0

Caixa gerada pelas operações (100.246) (282)Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento 0Outros recebimentos/pagamentos 53.082 0

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) (47.163) (282)

Fluxos de caixa das atividades de investimentoPagamentos respeitantes a:Activos fixos tangíveis (1.080) 0

Empréstimos concedidos (399.418) (120.000)Recebimentos provenientes de:Activos fixos tangíveisJuros e rendimentos similares

Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (400.498) (120.000)

Fluxos de caixa das atividades de financiamentoRecebimentos provenientes de:Financiamentos obtidos 417.718 125.282Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio 0 50.000Pagamentos respeitantes a:Juros e gastos similares (21.149) (7)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) 396.569 175.274

Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) (51.092) 54.992Efeito das diferenças de câmbioCaixa e seus equivalentes no início do período 13 54.992 0Caixa e seus equivalentes no fim do período 13 3.900 54.992

Administração Técnico Oficial de Contas Marco Aurélio Mimoso Santos Teresa Merceano Ribeiro

As notas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010.

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20 Relatório & Contas 2011

DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010(Montantes expressos em Euros)

Capital realizado

Outros instrumentos de capital próprio

Reservas legais

Outras reservas

Resultados transitados

Excedentes de

revalorização

Outras variações no capital

próprio

Resultado líquido do período

Total

Posição no início do período 2010 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Alterações no períodoOutras alterações reconhecidas no capital próprio

2 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Resultado líquido do período 3 -4.258 -4.258

Resultado integral 4=2+3 -4.258 -4.258

Operações com detentores de capital no períodoRealizações de capital 14 50.000 50.000DistribuiçõesOutras operações

5 50.000 0 0 0 0 0 0 0 50.000

Posição no fim do período 2010 6=1+2+3+5 14 50.000 0 0 0 0 0 0 -4.258 45.742

Posição no início do período 2011 6 14 50.000 0 0 0 0 0 0 -4.258 45.742

Alterações no períodoExcedentes de revalorização de activos fixos tangíveis e intangíveis e respectivas variaçõesOutras alterações reconhecidas no capital próprio

7 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Resultado líquido do período 8 2.245.853 2.245.853

Resultado integral 9=7+8 2.245.853 2.245.853

Operações com detentores de capital no períodoAplicação do resultado líquido do exercício (4.258) 4.258 0

10 0 0 0 0 (4.258) 0 0 4.258 0

Posição no fim do período 2011 6+7+8+10 14 50.000 0 0 0 (4.258) 0 0 2.245.853 2.291.594

Administração Técnico Oficial de Contas Marco Aurélio Mimoso Santos Teresa Merceano Ribeiro

As notas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e de

NOTASDESCRIÇÃO

Capital Próprio atribuído aos detentores do capital da empresa-mãe

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21 Relatório & Contas 2011

ÍNDICE DAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 1. NOTA INTRODUTÓRIA…………………………………………………………………………………...22 2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS…..23 3. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS………………………………………………………………………….23

3.1 BASES DE APRESENTAÇÃO……………………………………………………………………….23 3.2 TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA……………………………………………………23 3.3 ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS………………………………………………………………………..24 3.4 LOCAÇÕES…………………………………………………………………………………………….25 3.5 PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS…………………………………………………………………...25 3.6 INVENTÁRIOS…………………………………………………………………………………………25 3.7 CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER……………………………………………………26 3.8 CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS………………………………………………………………..26 3.9 IMPARIDADE DE CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER………………………………26 3.10 DIVIDENDOS…………………………………………………………………………………………27 3.11 PROVISÕES………………………………………………………………………………………….27 3.12 FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR…………………………………………….27 3.13 RENDIMENTOS, GASTOS E ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS………………………..27 3.14 RÉDITO………………………………………………………………………………………………..27 3.15 SUBSÍDIOS GOVERNAMENTAIS………………………………………………………………….27 3.16 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO………………………………………………………………28 3.17 EMPRÉSTIMOS………………………………………………………………………………………28 3.18 CLASSIFICAÇÃO DE BALANÇO…………………………………………………………………..28 3.19 ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS…………………………………………………………………28 3.20 POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS E RESPECTIVAS COBERTURAS……………………..29

4. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS………………………………………………………..30 5. GASTOS COM O PESSOAL……………………………………………………………………………..30 6. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS………………..………………………………………………..30 7. OUTROS GASTOS E PERDAS……….………………..………………………………………………..31 8. RESULTADOS FINANCEIROS……………..…………..………………………………………………..31 9. IMPOSTO………………………………...………………..………………………………………………..31 10. PARTES DE CAPITAL………….……...………………..………………………………………………..32 11. CLIENTES………………………………………………………………………………………………….32 12. OUTRAS CONTAS A RECEBER………………………………………………………………………..33 13. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS…………………………………………………………………...33 14. CAPITAL SOCIAL………………………………………………………………………………………....33 15. RESERVAS LEGAIS………………………………………………………………………………….......33 16. FORNECEDORES………………………………………………………………………………………...34 17. OUTRAS CONTAS A PAGAR …………………………………………………………………………..34 18. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS …………………………………………………………….34 19. EVENTOS SUBSEQUENTES……………………………………………………………………………35 20. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS……………………………………………35

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22 Relatório & Contas 2011

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 1. NOTA INTRODUTÓRIA a) Empresa A Omnisantos, SGPS, SA. (adiante designada por Omnisantos ou Empresa), foi constituída em 13 de Novembro de 2010. O seu objeto social é a gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indireta de exercício de atividades económicas. A Empresa é uma sociedade anónima, com sede em Portugal. A morada da sua sede social é na Rua Almirante Gago Coutinho nº 277, 2670-641 Bucelas. O capital social da sociedade ascende a 50.000 Euros e encontra-se integralmente realizado. A Empresa encontra-se matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Loures, sob o mesmo número do NIPC que é 509 637 787. b) O Grupo Em 31 de Dezembro de 2011 o Grupo Omnisantos (“Grupo”) é constituído pela Omnisantos (Empresa Mãe) e subsidiárias, as quais incluem:

(i) Grupel – Grupos Electrogeneos, S.A. (ii) GMC- Aluguer Assistência e Venda de Equipamentos, Lda (iii) Worldrep – Importação e exportação de metais, Unipessoal, Lda. (iv) Omnimetal – Indústria Electrónica e Metalomecânica, S.A. (v) Cymasa Energy, SL

Em 13 de Maio de 2011 a Omnisantos, SGPS, SA no âmbito do processo de reestruturação societária do Grupo Omnisantos passou a deter as partes de capital das empresas supra referidas. A Cymasa Energy, SL foi constituída em Outubro de 2011 com um capital social de 3.000 Euros. c) Atividade O Grupo Omnisantos desenvolve a sua atividade em três áreas de negócio, a saber: Energia Metalomecânica Eletricidade

A atividade principal do Grupo é a produção e comercialização de grupos eletrogéneos, com potências de 8 a 3.500 kVA, da marca Grupel, destinados à produção de energia elétrica – Negócio Energia. Na área de negócio – Eletricidade produzimos e comercializamos uma gama larga e diversa de quadros elétricos gerais de baixa tensão, quadros de automação, quadros de transferência de carga e quadros de sincronismo.

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23 Relatório & Contas 2011

No negócio da metalomecânica estamos especializados no fabrico de canópias e chassis para grupos eletrogéneos, quadros metálicos e caixas para o sector telecomunicações e gás. No ponto 3.4.1 do Relatório & Contas Individual 2011 está detalhado as empresas e as áreas de negócio do Grupo Omnisantos. 2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) contempladas no Sistema de Normalização Contabilística (SNC), referencial contabilístico português, publicado em 13 de Julho de 2009 através do Decreto-Lei n.º 158/2009. 3. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação destas demonstrações financeiras individuais encontram-se descritas abaixo. Estas políticas contabilísticas foram aplicadas de forma consistente nos períodos comparativos.

3.1 BASES DE APRESENTAÇÃO

Os valores apresentados, salvo indicação em contrário, são expressos em Euros. As demonstrações financeiras individuais da Omnisantos foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico exceto, no que respeita a terrenos e edifícios e outras construções, que se encontram registados ao respetivo justo valor. Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram utilizadas estimativas que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. Todas as estimativas e assunções efetuadas pela Administração foram efetuadas com base no melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transações em curso. A Omnisantos na elaboração e apresentação das demonstrações financeiras individuais, declara estar em cumprimento, de forma explícita e sem reservas, com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) e as Normas Interpretativas (NI) contempladas no referencial contabilístico português – SNC. As notas não mencionadas neste anexo não são aplicáveis à Empresa, ou a sua apresentação não é materialmente relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas. 3.2 TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira à data de final do exercício para os quais não há acordo de fixação de taxa de câmbio foram convertidos para Euros, utilizando-se as taxas de câmbio em vigor no final do período. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registados como outros rendimentos e ganhos e outros gastos e perdas na demonstração dos resultados.

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24 Relatório & Contas 2011

As principais cotações utilizadas à data do Balanço foram as seguintes:

Divisa Cotação no Final do Ano Dólares dos Estados Unidos da América (USD) 1,29 Libra Esterlina (GBP) 0,84

3.3 ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Os ativos tangíveis adquiridos são mensurados ao custo de aquisição, o qual inclui as despesas imputáveis à compra (preço de fatura, despesas com transporte, montagem e outras relacionadas). Posteriormente são mensurados ao custo histórico líquidos das respetivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas, com exceção dos terrenos e edifícios que são mensurados pelo valor revalorizado, que é o justo valor à data da revalorização menos para os edifícios de qualquer depreciação acumulada e perdas por imparidade acumuladas subsequentes. Para as classes de ativos terrenos e edifícios são efetuadas revalorizações regularmente com base em avaliações periódicas, efetuadas por avaliadores externos independentes. Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados como gastos do exercício em que são ocorridos. Os aumentos ao valor contabilístico em resultado de revalorizações de terrenos e edifícios são creditados na rubrica de excedentes de revalorização nos capitais próprios. As reduções que possam ser compensadas por anteriores revalorizações do mesmo ativo são movimentadas contra o respetivo excedente de revalorização, as restantes reduções são reconhecidas na demonstração de resultados. Os ganhos ou rendimentos na alienação de bens são determinados pela comparação da receita obtida com o valor contabilístico do bem e reconhecidos nos resultados operacionais. Depreciações As depreciações são calculadas sobre os valores de aquisição, pelo método das quotas constantes, com imputação duodecimal, a partir da data de entrada em que os bens se encontram disponíveis usados como pretendidos pela gestão, em função da vida útil estimada para cada tipo de bem. As taxas de amortização utilizadas correspondem às seguintes vidas úteis estimadas: Nº Anos Edifícios e outras construções Comerciais 50 Edifícios e outras construções Industriais 10 a 20 Equipamento básico 3 a 5 Equipamento de transporte 4 Ferramentas e utensílios 3 a 4 Equipamento administrativo 3 a 8 Outras imobilizações corpóreas 1

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25 Relatório & Contas 2011

3.4 LOCAÇÕES Os contratos de locação são classificados como:

(i) Locações financeiras, se forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse, e

(ii) Locações operacionais, nas situações em que tal não se verifique A classificação das locações financeiras ou operacionais é efetuada em função da substância sobre a forma e não da forma legal do respetivo contrato conforme o preconizado na NCRF 9 “Locações”. Os ativos fixos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados em balanço, como ativo e passivo pelo valor atual das rendas vincendas, desde que menores que o justo valor do bem locado. As depreciações dos ativos fixos são registados na demonstração dos resultados, na rubrica de depreciações, e os gastos financeiros com juros da dívida financeira são registados também na demonstração de resultados na rubrica de juros suportados com locações. Nos contratos de locação operacional, as rendas são reconhecidas como gastos do exercício na rubrica de Fornecimentos e serviços externos, da demonstração de resultados, durante o período do contrato de locação. 3.5 PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

As participações financeiras em empresas subsidiárias e associadas encontram-se registadas pelo método da equivalência patrimonial. O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de ativos e passivos identificáveis da participada na data de aquisição é reconhecido como um ativo fixo intangível na rubrica “Goodwill” e mantida no valor do investimento financeiro em subsidiárias ou associadas. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos seja negativo “Negative Goodwill”, o mesmo é reconhecido como um ganho do exercício na rubrica de resultados “Rendimentos e ganhos em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos”. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas, periodicamente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos ou em outras variações nas restantes rubricas de capital próprio das empresas participadas, por contra partida de rendimentos e ganhos em subsidiárias e associadas ou gastos e perdas em subsidiárias e associadas, ou de ajustamentos em ativos financeiros, respetivamente. A referir ainda que, os resultados distribuídos pelas empresas participadas, a título de dividendos ou lucros, são deduzidos ao valor da participação financeira no momento da sua atribuição. 3.6 INVENTÁRIOS

Os inventários, nomeadamente, as mercadorias, as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se registados ao custo de aquisição e os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso ao custo de produção, ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos gastos para completar a produção e dos gastos de comercialização.

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26 Relatório & Contas 2011

As diferenças entre o custo e o respetivo valor realizável líquido dos inventários, no caso deste ser inferior ao custo, são registados como gastos operacionais na rubrica de Outros gastos e perdas. O custo dos inventários utilizados/vendidos é determinado de acordo com os seguintes critérios: a) mercadorias, as matérias-primas, subsidiárias e de consumo: O custo de aquisição inclui o preço de compra e todos os gastos suportados direta ou indiretamente (preço de fatura, despesas de transporte, despesas com seguros e outras) até à sua entrada em armazém. O método de custeio das saídas utilizado é o custo médio ponderado. b) produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção o qual inclui a soma das matérias-primas e outros materiais diretos consumidos, da mão-de-obra direta e dos gastos gerais de fabrico necessariamente suportados para os produzir e colocar no estado em que se encontram e no local de armazém. O método de custeio das saídas utilizado é o custo médio ponderado.

3.7 CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER Os saldos de clientes e outras contas a receber são valores a receber pela venda de mercadorias, produtos acabados ou serviços prestados pela Omnisantos no curso normal das suas actividades. São inicialmente registados ao justo valor e subsequentemente mensurados ao custo amortizado de acordo com o método do juro efetivo, deduzidos de perdas por imparidade. O reconhecimento de perdas por imparidade tem como base a avaliação do risco de crédito e recuperabilidade dos saldos relevados em clientes e outras contas a receber. 3.8 CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS A rubrica caixa e depósitos bancários inclui a caixa (numerário), depósitos à ordem e aplicações de tesouraria com elevada liquidez em instituições bancárias. Os descobertos bancários são apresentados como empréstimos no passivo corrente. 3.9 IMPARIDADE DE CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER São registadas perdas por imparidade relativo a saldos de clientes e outras contas a receber quando existem indicadores objetivos que a Omnisantos não irá receber os valores de clientes ou outros devedores a que tinha direito de acordo com os termos originais dos contratos estabelecidos. Na identificação de situações de imparidade são utilizados diversos indicadores de imparidade, a saber:

(i) análise do incumprimento (ii) antiguidade da dívida (iii) Incumprimento à mais de 3 meses (iv) perfil de pagamento da entidade à Empresa (v) perfil de pagamento da entidade ao mercado (evolução histórico e tendência) (vi) resultado das diligências efetuadas junto da entidade e situação atual (vii) análise da capacidade creditícia da entidade e desta solver os compromissos financeiros

com base em relatórios de risco de crédito da D&B (viii) situação de insolvência

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3.10 DIVIDENDOS Os dividendos são reconhecidos como passivo quando declarados.

3.11 PROVISÕES As provisões são reconhecidas apenas quando existe uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, que seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação seja razoavelmente estimado. As provisões são revistas no final de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data. As provisões para gastos de reestruturação são reconhecidas somente quando exista um plano formal e detalhado da reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas até à data de balanço.

3.12 FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR Os saldos de fornecedores e outras contas a pagar são responsabilidades com o pagamento de matérias-primas, mercadorias e de serviços adquiridos pela Omnisantos no curso normal das suas atividades. São inicialmente registados ao justo valor e subsequentemente mensurados ao custo amortizado de acordo com o método do juro efetivo.

3.13 RENDIMENTOS, GASTOS E ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS

Os rendimentos e gastos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio de contabilidade em regime de acréscimo. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de Diferimentos ativos ou passivos conforme sejam valores a receber ou a pagar.

3.14 RÉDITO O rédito compreende o justo valor da venda de bens e prestação de serviços, líquido de impostos e descontos, e é reconhecido quando os riscos e vantagens inerentes à posse dos ativos vendidos são transferidos para o comprador, no caso da venda, e é reconhecido com referência à fase de acabamento relativamente aos serviços prestados.

3.15 SUBSÍDIOS GOVERNAMENTAIS

Os subsídios governamentais são reconhecidos inicialmente quando existe uma certeza razoável que o subsídio será recebido e que a Empresa irá cumprir com as condições associadas à atribuição do subsídio. Os subsídios que compensam a sociedade pela aquisição de um ativo são reconhecidos inicialmente no capital próprio e registados em resultados numa base sistemática de acordo com a vida útil do ativo. Os subsídios que compensam a sociedade por despesas incorridas são reconhecidos inicialmente como diferimento (passivo) e registados na demonstração dos resultados numa base sistemática,

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no mesmo período em que as despesas são reconhecidas. 3.16 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os impostos sobre lucros registados em resultados, incluem o efeito dos impostos correntes e impostos diferidos. Os impostos correntes correspondem ao valor esperado a pagar sobre o rendimento tributável do período, utilizando a taxa de imposto em vigor, à data de balanço, e quaisquer ajustamentos aos impostos de períodos anteriores. Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação aprovadas para os períodos em que se prevê venham a reverter as diferenças temporárias subjacentes (dedutíveis ou tributáveis). Os ativos por impostos diferidos são unicamente registados quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos ativos por impostos diferidos no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir os montantes dos impostos diferidos ativos registados em função da expectativa atual da sua recuperação futura.

3.17 EMPRÉSTIMOS

Os empréstimos são reconhecidos inicialmente ao justo valor deduzidos de custos de transação incorridos e subsequentemente são mensurados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre o valor de emissão (líquido de custos de transação incorridos) e valor nominal é reconhecidos em resultados durante o período de existência dos empréstimos de acordo com o método do juro efetivo.

3.18 CLASSIFICAÇÃO DE BALANÇO

Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data das demonstrações financeiras, são classificados, respectivamente, como activos e passivos não correntes.

3.19 ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS

As NCRF’s requerem que sejam efetuados julgamentos e estimativas no âmbito da tomada de decisão sobre alguns tratamentos contabilísticos com impactos nos valores reportados no total do ativo, passivo, capital próprio, rendimentos e gastos. Os efeitos reais podem diferir das estimativas e julgamentos efetuados, nomeadamente no que se refere ao efeito dos rendimentos e gastos reais. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos, utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela sociedade, são apresentados nesta nota com o objetivo de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afeta os resultados reportados pela sociedade e a sua divulgação.

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Uma descrição alargada das principais políticas contabilísticas utilizadas pela sociedade é apresentada nas Notas 3.3 a 3.18. Perdas por imparidade de clientes e outras contas a receber As perdas por imparidade relativas a créditos de cobrança duvidosa são baseadas na avaliação efetuada pela sociedade, da probabilidade de recuperação dos saldos das contas a receber e de risco de crédito. Existem determinadas circunstâncias e factos que podem alterar a estimativa das perdas por imparidade dos saldos das contas a receber face aos pressupostos considerados, incluindo alterações da conjuntura económica, das tendências sectoriais, da deterioração da situação creditícia dos principais clientes e de incumprimentos significativos. Este processo de avaliação está sujeito a diversas estimativas e julgamentos. As alterações destas estimativas podem implicar a determinação de diferentes níveis de imparidade e, consequentemente, diferentes impactos nos resultados. Impostos sobre os lucros A sociedade encontra-se sujeito ao pagamento de impostos sobre os lucros de acordo com a lei portuguesa. A determinação do montante global de impostos sobre os lucros requer determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transações e cálculos para os quais a determinação do valor final do imposto a pagar é incerto durante o ciclo normal dos negócios. Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente dos impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período. Em Portugal, as Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria colectável efetuado pela sociedade, durante um período de quatro ou seis anos, no caso de haver prejuízos fiscais reportáveis. Desta forma, é possível que haja correções à matéria colectável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção da sociedade de que não haverá correções significativas aos impostos sobre os lucros registados nas demonstrações financeiras. 3.20 POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS E RESPECTIVAS COBERTURAS A empresa encontra-se sujeita a diversos riscos, quer de mercado, crédito e de liquidez. Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço e dos consequentes fluxos de caixa de pagamento de juros, a entidade está exposta ao risco de taxa de juro. A totalidade da dívida financeira da Empresa vence juros a taxa variável, no entanto, dado a atual conjuntura macro económica portuguesa, europeia e mundial de crescimento lento e incerto, com elevados riscos e o atual nível de taxas de juro muito baixo é opção da Administração optar neste momento pela exposição total ao risco de taxa de juro variável e, como tal, não fazer cobertura do risco de taxa de juro variável. A empresa apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio, nem se encontra exposta a outros riscos relevantes. O risco de crédito na entidade resulta maioritariamente dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a atividade operacional e do seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua atividade, sendo que a empresa tem adotado a determinação criteriosa de limites de crédito adequados ao perfil do cliente e da própria natureza da atividade, evitando a

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excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco. Outra das atitudes tomadas prende-se com uma regular monitorização das contas de clientes, bem como o recurso atempado às vias legalmente necessárias para recuperação de créditos. A empresa gere o risco de liquidez, tendo por objetivo garantir que, a todo o momento, a entidade mantém a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis, cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia. 4. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS Os fornecimentos e serviços externos para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, têm a seguinte composição:

2011 2010 Trabalhos especializados 4.281 5.000 Publicidade e propaganda 675 0 Honorários 8.242 0 Materiais 320 0 Energia e fluídos 196 0 Deslocações, estadas e transportes 7.166 0 Rendas e alugueres 2.250 0 Comunicação 1.705 0 Contencioso e notariado 1.404 0 Trabalho temporário 13.915 0 Outros gastos 0 786

Total 40.154 5.786 5. GASTOS COM O PESSOAL Os gastos com o pessoal para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, têm a seguinte composição:

2011 2010 Remunerações do pessoal 83.300 0 Encargos sobre remunerações 18.478 0 Seguros de acidentes trabalho e doenças profissionais 633 0 Gastos de ação social 97 0 Outros gastos com o pessoal 1.520 0 Total 104.028 0 O número médio de colaboradores em 2011 foi de 4 (2010: 0). 6. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS Os outros rendimentos e ganhos para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, têm a seguinte composição: 2011 2010 Outros rendimentos suplementares 49.722 0 Prestação de serviços financeiros e de gestão 98.223 0 Goodwill negativo 1.528.098 0

Total 1.676.042 0

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7. OUTROS GASTOS E PERDAS Os outros gastos e perdas para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, têm a seguinte composição: 2011 2010 Impostos 5.996 0 Total 5.996 0 8. RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, têm a seguinte composição: 2011 2010 Juros e gastos similares suportados: Juros suportados 10 304 0 Diferenças de câmbio desfavoráveis 0 0 Outros gastos e perdas de financiamento 21 561 7 Total 31 865 7 2011 2010 Juros e rendimentos similares obtidos: Juros obtidos 10 997 0 Total 10 997 0 9. IMPOSTO 9.1 IMPOSTO RECONHECIDO NA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Os impostos sobre o rendimento reconhecidos para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, têm a seguinte composição: 2011 2010 Imposto Corrente 0 0 Imposto Diferido 6.199 1.535 Total 6.199 1.535 O imposto diferido do exercício de 2011 no montante de 6.199 Euros diz respeito ao reconhecimento de um ativo por impostos diferidos de 6.199 Euros referente ao prejuízo fiscal do exercício de 2011.

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10. PARTES DE CAPITAL EM SUBSIDIÁRIAS E ASSOCIADAS Abaixo apresentamos o detalhe das partes de capital da Omnisantos em empresas subsidiárias.

Sociedade Sede %

capital detido

Informação financeira da sociedade

Ativos Passivos Capital Próprio Resultados

Grupel, SA Alquerubim 90,00% 6.505.219 4.116.620 2.388.599 805.174 Omnimetal, SA Bucelas 100,00% 6.174.945 4.488.230 1.686.715 14.897 GMC, Lda Alquerubim 50,00% 207.605 108.002 99.603 26.326 Worldrep, Lda Bucelas 100,00% 193.073 57.512 135.561 (150.665) Cymasa Energy SLU Coruña 100,00% 116.500 113.500 3.000 0 Total 13.197.342 8.883.864 4.313.478 695.732 A movimentação da rubrica de partes de capital em subsidiárias na Omnisantos em 2011, foi como se segue:

Saldo Inicial Aumento Alienação Ganhos

/Perdas Dividendos Saldo Final Empresas

Participações Financeiras

Grupel, SA 0 1.425.083 724.657 2.149.740 Omnimetal, SA 0 1.671.819 14.897 1.686.715 GMC, Lda 0 36.639 16.872 53.510 Worldrep, Lda 0 92.038 (21.477) 70.561 Cymasa Energy SL 0 3.000 0 3.000

0 3.228.579 0 734.948 0 3.963.526 Perdas por Imparidade

0 0 0 0 0 0

Total 0 3.228.579 0 734.948 0 3.963.526 11. CLIENTES A rubrica de clientes, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, apresentava o seguinte detalhe: 2011 2010 Clientes c/c 119.171 0 Clientes títulos a receber 0 0 Clientes de cobrança duvidosa 0 0

119.171 0 Perdas por imparidade acumuladas: 0 0 119.171 0

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12. OUTRAS CONTAS A RECEBER A rubrica de outras contas a receber apresentava o seguinte detalhe, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010: 2011 2010 Empréstimos concedidos a subsidiárias 519.418 120.000

519.418 120.000 13. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 a rubrica de caixa e depósitos bancários apresentava o seguinte detalhe:

Descrição 2011 2010 Numerário 64 0 Depósitos bancários à ordem 3.836 54.992

Caixa e seus equivalentes 3.900 54.992

Caixa e depósitos bancários constantes do balanço 3.900 54.992

Saldos credores de depósitos evidenciados no passivo 0 0 14. CAPITAL SOCIAL O capital social, em 31 de Dezembro de 2011 encontra-se integralmente subscrito e realizado e ascende a 50.000,00 Euros, sendo composto por 50.000 ações de valor nominal cada de 1,00 Euros, pertencentes ao acionista maioritário – Eng.º. Marco Aurélio Mimoso Santos o número total de 48.997 ações correspondentes a 97,99% do total do capital social da sociedade. 15. RESERVAS LEGAIS De acordo com a legislação comercial vigente a Empresa é obrigada a transferir para a rubrica de reserva legal, no mínimo, 5% do resultado líquido anual até que a mesma atinja 20% do Capital Social. A reserva legal e a reserva de reavaliação não podem ser distribuídas aos sócios, podendo, contudo, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas para aumentos de capital e para absorver prejuízos depois de esgotadas todas as outras reservas.

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16. FORNECEDORES Em 31 de Dezembro de 2011 a rubrica Fornecedores apresentava o seguinte detalhe: 2011 2010 Fornecedores c/c 35.170 5.050 Fornecedores - faturas em receção e conferência 0 0 Fornecedores títulos a pagar 0 0 35.170 5.050 17. OUTRAS CONTAS A PAGAR Em 31 de Dezembro de 2011 a rubrica Outras contas a pagar apresentava o seguinte detalhe: 2011 2010 Empréstimos obtidos de subsidiárias 543.000 125.282 Estado e outros entes públicos 22.085 0 Adiantamentos ao pessoal 73 0 565.158 125.282 O saldo da rubrica outras contas a pagar a 31 de Dezembro de 2011 no montante de 1.697.480 Euros diz respeito ao valor de dívida da Omnisantos às entidades vendedoras das partes de capital das quatro empresa adquiridas em 13 de Maio de 2011 (Grupel, Omnimetal, GMC e Worldrep). Este valor pode ser pago por parte da Omnisantos até Maio de 2014. 18. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de Dezembro de 2011, não existiam dívidas ao Estado e Outros Entes Públicos em situação de mora. A rubrica de Estado e Outros Entes Públicos a 31 de Dezembro de 2011 apresenta o seguinte detalhe:

Saldos devedores Saldos credores

2011 2010 2011 2010

Imposto sobre o Valor Acrescentado - 12 18.066 - Segurança Social - - 3.137 0 IRC - - -

-

-

IRS - - 882 0 Outros - - - -

0 12 22 085 0

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19. EVENTOS SUBSEQUENTES Após a data de fecho de balanço de 31 de Dezembro de 2011 a Omnisantos, SGPS, SA constituiu a em Fevereiro de 2012 a sociedade Marco Energy Systems, SL em Espanha no âmbito da sua estratégia de internacionalização para estar presente no mercado Espanha e acima de tudo no mercado América Latina. A atividade da Marco Energy Systems, SL é a produção e comercialização de grupos eletrogéneos. 20. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pela Administração em 20 de Março de 2012, contudo as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal, a qual está prevista para 26 de Março de 2012. O Técnico de Contas A Administração Teresa Merceano Ribeiro Marco Aurélio Mimoso Santos Bucelas, 20 de Março de 2012

CertificaçãoLegal das Contas6

Relatórioe Parecerdo Fiscal Único7