relatorio de urina

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Paulo Henrique Coutinho de Almeida RELATÓRIO DE BIOQUÍMICA

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relatorio de urina completo

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Page 1: Relatorio de Urina

Paulo Henrique Coutinho de Almeida

RELATÓRIO DE BIOQUÍMICA

Londrina2012

Page 2: Relatorio de Urina

Introdução

A medicina laboratorial começou através da análise de urina. Este método de pesquisa é tão antigo que podem ser encontradas referências ao estudo da urina nos desenhos dos homens das cavernas e nos hieróglifos egípcios. Mas, com a crescente ampliação e modernização dos métodos clínicos, os exames de urinálise abrangem não só o exame físico, mas também a análise bioquímica e o exame microscópico do sedimento urinário.

A urinálise se mantém como parte integrante do exame do paciente e isso de deve a duas características, as quais podem explicar a persistência dessa popularidade: a amostra de urina é de obtenção rápida e coleta fácil e a urina fornece informações sobre muitas das principais funções metabólicas do organismo, por meio de exames laboratoriais simples. Estas características favorecem a medicina preventiva e a redução dos custos médicos, por ser um meio barato de examinar grande número de pessoas e também, não só para a detecção de doenças renais, mas também o início assintomático de doenças como o diabetes mellitus e as hepatopatias.

O volume urinário diário de um adulto, geralmente, é de 0,8 a 1,8L, este valor pode variar conforme a dieta, ingestão de água, temperatura ambiente, volume corporal e sudoração. O aumento do volume urinário (> 2,0 L) denomina-se poliúria e pode ocorrer em casos de diabetes mellitus, diabete insípido, na uremia e nefrite crônica. Quando ocorre o contrário, ou seja, quando há uma diminuição do volume urinário (<0,5L) denomina-se oligúria e pode ocorrer na nefrite aguda, atrofia tubular renal, diarréia, vômitos, doenças cardíacas e pulmonares, desidratação, choque, reação transfusional ou contaminação por agentes tóxicos. Quando há uma retenção total de água, denomina-se anúria e pode ocorrer devido a nefroses e obstrução das vias excretoras urinárias. Geralmente, um terço da urina é excretado à noite e o restante, durante o dia. Se houver inversão destes valores, ocorre o que é denominado nictúria. Sendo assim quando se pretende efetuar uma análise qualitativa urinária, não é necessária a coleta da urina de 24 horas, bastará uma única micção, de preferência a primeira da manhã.

Obejetivos

O estágio em urinalise tem como finalidade ampliar e aprimorar os conhecimentos sobre a área de atuação clínica, sobre como realizar as análises, o correto manuseio das informações e dos reagentes fornecidos pelos kits utilizados nos testes, e inclusive a interpretação dos resultados, que muitas vezes são associados aos sintomas clínicos para a conclusão de um diagnóstico.

Este relatório descreve as atividades desenvolvidas no estágio de Análises Clínicas no setor de Urinálise do Laboratório do hospital evangélico Proced, assim como as principais atribuições do profissional Biomedico no setor.

Page 3: Relatorio de Urina

Testes realizados

Os testes realizados durante o período do estágio foram:

Análise dos aspectos físicos da urina.

Análise dos componentes da urina com a utilização da tira reativa:

Leucócitos, Nitrogênio, Urobilinogênio, Proteínas, pH, Sangue, Densidade, Cetonas, Bilirrubina e Glicose

Análise do sedimento urinário pela microscopia:

Hemácias, Leucócitos, Cilindros, Células epiteliais, Muco, Flora bacteriana, Cristais, Análise do líquido seminal.

Processamento e analise dos diversos testes obtidos na urina

1º é realizado a análise físico-química da urina coma fita reagente. Nela é permitida a visualização da cor, da densidade, do aspecto, volume, pH, glicose, uribilinogênio ou bilirrubina, presença de leucócitos, nitrito, proteínas, cetonas, hemoglobina na urina. São realizadas anotações que auxiliaram na fase de visualização dos sedimentos.Onde primeiramente são visualizadas as características físicas da urina:

-Cor: normalmente a urina apresenta uma coloração transparente e amarelada. Nunca deve ser considerado como um fator característico de patogenia deve ser associado com os outros resultados. Podendo ser encontradas a cor amarela clara, amarelo citrino e amarelo escuro.

-Turbidez: é influenciada pela concentração urinária. Leucócitos, eritrócitos, cristais, bactérias, muco, lipídeos e materiais contaminantes podem aumentar a turbidez da amostra. A turbidez pode apresentar as seguintes classificações: turvo, levemente turvo ou límpido.

-Densidade: A densidade indica a concentração das substâncias sólidas diluídas na urina. Quanto menos água houver na urina, menos diluída ela estará e maior será sua densidade. Urina com densidade próxima de 1030 indica desidratação. São muito amareladas e normalmente possuem odor forte.

-Volume: observa o volume de urina apresentado pelo paciente.

E com a fita reagente são obtidos as características químicas. Que são:

-pH: A urina é naturalmente ácida, pois o rim é o principal meio de eliminação dos ácidos do organismo. Valores maiores ou igual 7 podem indicar presença de bactérias que alcalinizam a urina. Valores menores que 5,5 podem indicar acidose no sangue ou doença nos túbulos renais.

Page 4: Relatorio de Urina

-Glicose: Toda a glicose que é filtrada nos rins, é reabsorvida de volta para o sangue pelo túbulos renais. Deste modo, o normal é não apresentar evidências de glicose na urina. Os doentes com diabetes mellitus costumam apresentar glicose na urina. Só há glicose na urina se houver excesso desta no sangue ou se houver doença nos rins.

-Proteínas: normalmente sua presença é mínima, mas se apresentarem em alta quantidade é sinal de doença renal, e deve ser previamente investigada.

-Hemácias, hemoglobina ou sangue na urina: a presença na urina pode ocorrer por diversos motivos, desde um falso positivo devido à menstruação, até infecções, doenças renais graves e doenças do trato urinário.

-Leucócitos: A presença de leucócitos na urina costuma indicar que há atividade inflamatória nas vias urinárias. Em geral sugere infecção urinária, mas pode estar presente em várias outras situações, como traumas, drogas irritativas ou qualquer outra inflamação não causada por um agente infeccioso.

-Cetonas: são produtos da metabolização das gorduras. Não estão presentes na urina. A sua detecção pode indicar diabetes descompensado ou jejum prolongado.

-Urubilinogênio ou bilirrubina: podem indicar doença hepática (fígado) ou hemólise (destruição anormal das hemácias). A bilirrubina só costuma aparecer na urina quando os seus níveis sanguíneos ultrapassam 1,5 mg/dL.

-Nitritos: A urina é rica em nitratos. A presença de bactérias na urina transforma esses nitratos em nitritos. Logo, fita com nitrito positivos é um sinal da presença de bactérias. Nem todas as bactérias têm a capacidade de metabolizar o nitrato, por isso, nitrito negativo de forma alguma descarta infecção urinária.

2º uma parte da urina que é colocada em um tubo é levada para centrifugação, para que possam realizar a análise microscópica dos sedimentos e verificar a presença de leucócitos e cilindros, células epiteliais, cristais e outros corpos presentes na urina.

-Cilindros: são exclusivamente renais e forma-se especial no interior da luz do túbulo contornado distal e do ducto coletor. Seu aparecimento na urina é influenciado pelos materiais presentes no filtrado no momento de sua formação, cada cilindro apresenta condições clínicas diferentes; Cilindro hialino: comumente encontrados na urina, aumento considerado normal em certas situações fisiológicas (exercício físicico intenso, febre, desidratação); Cilindro hemático: associado à doença renal intrínseca; Cilindro leucocitário: indicam infecções ou inflamação renal, exige investigação clínica; Cilindro de células epiteliais: são encontrados após exposição nefrotóxica ou podem estar associados a infecções virais, como citomegalovírus; Cilindro granuloso: Aumento representa doença renal glomerular ou tubular; Cilindro céreo: ocorre quando há estase prolongada por obstrução tubular, chamdo de cilindros da insuficiência renal;

Page 5: Relatorio de Urina

Cilindros graxos: presente em síndrome nefrótica, nefropatia diabética, doenças renais crônicas, glomerulonefrites;

-Células epiteliais: Algumas células epiteliais encontradas no sedimento urinário resultam da descamação normal de células velhas, outras representam lesão epitelial por processos inflamatórios ou doenças renais;

-Cristais: sua presença pode indicar distúrbios em doenças do fígado, erros inatos do metabolismo ou lesão renal causada pela cristalização de metabólitos de drogas nos túbulos.

Conclusão

As atividades foram instruídas e supervisionadas pela Adriana e Prf.Fernando Evaristo. O laboratório onde foram feitas as atividades do estágio é amplo, disposto com bancada na qual esta disposto o microscópio, também: cadeiras, armários com equipamentos e materiais para a realização de análises diversas, produtos químicos e equipamentos de laboratório como centrífuga.

As atividades transcorreram nos dias 24, 25, 26 e 27 do mês de setembro com início às 08:00h e término às 12:00h, totalizando uma carga horária de 16 horas.

As atividades efetuadas durante o estágio em urinálise permitiram uma melhor compreensão dos fundamentos teóricos na medida em que estabeleceram as relações lógicas da observação dos fenômenos.

O exame da urina é, sem dúvida, um meio precisos de avaliação da função renal, outras patologias e disfunções metabólicas. E para isso, a utilização de técnicas sensíveis e específicas é o fator preponderante para o bom desenvolvimento da análise.

Logicamente há a necessidade de se levar em conta os possíveis interferentes que podem falsear os resultados.

Contudo, deve-ser ter muito cuidado para não permitir que a simplicidade dos procedimentos provoque um relaxamento dos padrões de qualidade.

Bibliografia

• HENRY, John Bernad. Diagnósticos Clínicos e tratamento por métodos laboratoriais. 20ª Edição. Editora: Manole. Barueri-SP, 2008.

Page 6: Relatorio de Urina

• SILBERNAGL, Stefan; DESPOPOULOS, Agamemnon. Fisiologia texto e atlas. 7ª Edição. Editora: Artmed. Porto Alegre, 2009.

INTERNET:

• INSTITUTO DE PATOLOGIA CLÍNICA H. PARDINI. Manual de Exames. 2002. Disponível em: www.hermespardini.com.br;

• CASTIGLIA, Yara Marcondes Machado; VIANNA, Pedro Thadeu Galvão. Monitorização da Função Renal. Revista Brasileira de Anestesia. Volume: 42, Nº: 1. Págs: 85 a 89. 1992. Disponível em: www.rbaonline.com.br;

• DALMOLIN, Magnus L. A urinálise no diagnóstico de doenças renais. 2011. Disponível em: www.ufrgs.br;

http://biomedicina.digitalnews.com.br/category/urinalise/