relatório de sustentabilidade cst-arcelor brasil...

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Relatório de Sustentabilidade CST-Arcelor Brasil 2005 AÇO QUE VIVE. SUSTENTAVELMENTE. Entrevista com José Armando Campos: “A CST-Arcelor Brasil tem, hoje, um potencial de criação de riqueza maior e mais estável para essa e para as futuras gerações.” Educação para a Sustentabilidade A disseminação do conceito e da prática. Metal nobre Durável, flexível e belo, o aço gera riquezas e propicia inovação.

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Relatório de SustentabilidadeCST-Arcelor Brasil 2005A Ç O Q U E V I V E . S U S T E N T A V E L M E N T E .

Entrevista comJosé Armando Campos:“A CST-Arcelor Brasil tem,hoje, um potencial decriação de riqueza maiore mais estável para essa epara as futuras gerações.”

Educação paraa SustentabilidadeA disseminação do conceitoe da prática.

Metal nobreDurável, flexível e belo,o aço gera riquezase propicia inovação.

MissãoContribuir, através do fornecimento de produtos e serviços de qualidade, para

o aumento da competitividade de nossos clientes, em harmonia com os interesses

dos acionistas, empregados, fornecedores, financiadores e comunidade.

VisãoAmpliar a liderança da CST como fornecedor preferencial de semi-acabados para

o mercado mundial e atingir a liderança como fornecedor preferencial de laminados

planos para o mercado regional, otimizando as vantagens competitivas que

a Arcelor Brasil proporciona.

ValoresCompetência: buscando níveis de conhecimento cada vez maiores.

Satisfação: trabalhando com orgulho e prazer.

Desempenho: promovendo resultados que atendam e superem as expectativas

de nossos empregados, clientes e acionistas.

Cidadania: contribuindo para o desenvolvimento auto-sustentável da sociedade.

Participação e Cooperação: cultivando um ambiente onde prevaleçam o trabalho

em equipe e o respeito às opiniões, favorecendo a criatividade e a iniciativa.

Disciplina: cumprindo normas e padrões que garantam a estabilidade dos processos,

a segurança do homem e o respeito ao meio ambiente.

Comprometimento: cultivando a lealdade e integrando as ações que priorizem

os objetivos globais da empresa.

Introdução

Este Relatório de Sustentabilidade faz um relato transparente das

atividades da CST-Arcelor Brasil no período de 1º de janeiro de 2005

a 31 de dezembro de 2005.

Embora não seja a primeira vez que a empresa lance um relatório

de sustentabilidade, prática consolidada no ano passado, quando passou

a reunir as informações econômicas, sociais e ambientais em uma única

publicação, a CST-Arcelor Brasil incorporará de forma progressiva as

diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI) de 2002, a partir deste

Relatório. A GRI propõe o único modelo aceito internacionalmente para

a elaboração de relatórios de sustentabilidade e já é utilizado pelas

principais companhias do mundo.

A Companhia também optou por se valer nos textos de uma linguagem

mais próxima da jornalística e não aquela usualmente utilizada nos

tradicionais relatórios anuais. Dessa maneira, espera que a leitura seja

mais atrativa às diferentes partes interessadas, entre as quais acionistas,

investidores, instituições financeiras, clientes, empregados, aposentados,

pensionistas, fornecedores, comunidades, entidades culturais, entidades

de classe, entidades públicas, governo, organizações não-

governamentais, órgãos ambientais, instituições de ensino e pesquisa,

mídia, imprensa e demais representantes da sociedade.

O Relatório de Sustentabilidade CST-Arcelor Brasil 2005 está disponível

também no site www.arcelor.com/br/cst.

Dados complementares ou envio de outros exemplares podem

ser solicitados pelo telefone (27) 3348-1216 ou pelo

e-mail [email protected]

Informações CorporativasDiretoriaJosé Armando de Figueiredo Campos – Diretor Presidente Benjamin Mário Baptista Filho – Diretor de Desenvolvimento e ComercialJackson Chiabi Duarte – Diretor Técnico e de Produção Adilson Martinelli – Diretor Administrativo e Financeiro

Relações com a Imprensae-mail: [email protected]: (27) 3348-1297

Supervisão Geral e EdiçãoDivisão de Comunicação e Imagem

Produção EditorialDivisão de Comunicação e Imagem Divisão de Meio Ambiente Departamento de Controladoria Departamento de Recursos Humanos

SedeAv. Brigadeiro Eduardo Gomes, 930 Jardim Limoeiro – Serra – ES – Brasil CEP: 29163-970

www.arcelor.com/br/cst

CréditosProdução Editorial: Shirley Ribeiro Projeto Gráfico: Adroitt BernardConsultoria Socioambiental e GRI: Report Impressão/CTP: Grafitusa S.A.

2 DESTAQUES

4 CONVERSA COM O PRESIDENTEEducação para avançarmos juntos

10 PERFILPlataforma para gerar riquezas

16 LINHA DO TEMPOTrilha de sucesso

18 O AÇOMetal sustentável

20 INOVAÇÃOAcerita®: da usina para o asfalto

22 VISÃO DE SUSTENTABILIDADEPor um mundo melhor

24 GOVERNANÇA CORPORATIVACarta de valores

26 SISTEMAS DE GESTÃOUm aprimorar constante

36 PARTES INTERESSADASDiálogo franco

42 ESTRATÉGIA SOCIAL – PÚBLICO INTERNOSustentabilidade para nossa gente

48 ESTRATÉGIA SOCIAL – PÚBLICO EXTERNOParcerias para o desenvolvimento da sociedade

54 ATUAÇÃO AMBIENTALEducação, a base da eficiência

60 BALANÇO SOCIAL

62 INDICADORES

72 CARTA-RELATÓRIO DOS AUDITORES

A Ç O Q U E V I V E . S U S T E N T A V E L M E N T E .

Relatório de SustentabilidadeCST-Arcelor Brasil 2005

1

01 02 03 04 05

2.84

0.93

0

1.97

7.67

1

Receita LíquidaMargem Bruta

RECEITA LÍQUIDAE MARGEM BRUTA(R$ MIL)

5.09

6.17

2

5.38

7.16

2

3.72

9.41

718%

31% 34

%

42%

41%

01 02 03 04 05

1.06

4.39

4

563.

472

EBITDAMargem EBITDA

EBITDA E MARGEM EBITDA(R$ MIL)

2.45

5.48

9

2.43

5.73

7

1.37

5.48

8

28%

37%

37%

48%

45%

02 03 04 0501

136.

656

- 69.

518

Lucro LíquidoMargem Líquida

LUCRO LÍQUIDOE MARGEM EBITDA(R$ MIL)

1.62

4.35

6

1.39

7.67

1

910.

248

-4%

5%

24%

32%

26%

01 02 03 04 05

3.66

5.03

8

3.68

2.98

1

Patrimônio LíquidoROE-Retorno sobre PatrimônioLíquido Médio

PATRIMÔNIOLÍQUIDO E ROE(R$ MIL)

6.75

9.95

1 8.13

7.53

2

5.64

6.68

2

-2%

4%

21%

26%

22%

Destaques Operacionais mil toneladas 2001 2002 2003 2004 2005 Volume de ProduçãoPlaca 4.742 4.865 4.771 4.936 4.817 Bobina 118 1.192 1.943 2.341

Volume de Vendas 2001 2002 2003 2004 2005 Placa 4.722 4.651 3.669 2.949 2.255 Bobina 82 1.131 1.901 2.196

Destaques Econômico-financeiros R$ mil 2001 2002 2003 2004 2005 Receita Bruta 2.081.679 2.998.160 4.161.344 5.827.953 6.300.213Mercado Interno 209.028 177.175 1.125.781 2.145.923 3.204.539 Mercado Externo 1.872.651 2.820.985 3.035.563 3.682.030 3.095.674 Receita Líquida 1.977.671 2.840.930 3.729.417 5.096.172 5.387.162Lucro Bruto 359.788 877.281 1.282.012 2.158.884 2.193.242Lucro Operacional (101.013) 134.444 1.156.300 1.802.611 1.764.083 EBITDA 563.472 1.064.394 1.375.488 2.455.489 2.435.737 Lucro Líquido (69.518) 136.656 910.248 1.624.356 1.397.671 Ativo Total 6.676.574 7.515.172 9.594.240 10.130.808 11.903.329 Patrimônio Líquido 3.682.981 3.665.038 5.646.682 6.759.951 8.137.532 Investimento (US$ milhões) 197 115 120 155 864 Endividamento Bruto 2.242.514 3.041.549 2.242.097 1.408.006 1.737.523 Endividamento Líquido 2.089.073 2.601.852 1.824.344 1.020.006 1.534.485 Curto Prazo 763.362 1.127.671 384.492 - 186.662 Longo Prazo 1.325.711 1.474.181 1.439.852 1.020.006 1.347.823

2 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

02 03 04 05

3,4

10 10

5,2

INVESTIMENTOSOCIOAMBIENTALEXTERNO(R$ MILHÕES)

Comercialização

Estoque nas Plantas, Beneficiamento e Pátios

Reutilizado

Destinação Temporária Adequada (CASP)

Nota: CASP – Central de Armazenamento de Resíduos e Co-produtos.

Valo

res,

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spar

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Gov

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umid

ores

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lient

es

Com

unid

ade

Gov

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e S

ocie

dade

7,35

5,54

7,21

5,12

9,00

4,72

6,89

3,91

8,15

6,39

7,94

5,58 6,

144,

54

CST-Arcelor Brasil Banco de Dados Ethos

CST-ARCELOR BRASIL X BANCO DE DADOS ETHOSGESTÃO DE RESÍDUOS E CO-PRODUTOS (%)

01 02 03 04 05

203210

Nota: A geração interna deenergia refere-se à potência totaldas CTEs (acrescidas do soprador maisa geração de Turbina de Topo).

GERAÇÃO INTERNADE ENERGIA (MW)

216 23

3

188

melhor melhormelhor

01 02 03 04 05

96,6

95,5

Índice de Recirculação (%)

Consumo Específico (m3/t. aço)

Notas: • Consumo específico (m3/t. aço) – Relativo

ao volume total de água bruta compradada CESAN (Rio Santa Maria) dividido pelaquantidade de aço bruto produzido.

• Índice de Recirculação (%) – Referenteà recirculação de água clarificada.

ÍNDICE DERECIRCULAÇÃO XCONSUMO ESPECÍFICO– ÁGUA DOCE

97,8

96,7

96,8

3,6

3,6

3,6

3,5

3,9

2005 62,5%

3,4%

31,5%

2,7%

01 02 03 04 05

6.70

6.58

7

5.92

5.49

5

Capitalização (Dívida + Patrimônio Líquido)

Dívida Líquida

CAPITALIZAÇÃOE DÍVIDA LÍQUIDA(R$ MIL)

8.16

7.95

7

9.87

5.05

5

7.88

8.77

9

35% 39

%

23%

12%

16%

01 02 03 04 05

2.35

8.22

040

4.14

2

2.40

8.94

148

4.43

6

2.40

6.53

21.

686.

727

2.84

3.72

72.

783.

041

4.43

9.98

3

Patrimônio Líquido (US GAAP)

VME – Valor de Mercado da Empresa (US$ mil)

*Não se aplica ao ano de 2005, pois as açõesda CST foram negociadas até Outubro de 2005.

PATRIMÔNIOLÍQUIDO E VME*

3

Destaques Socioambientais

4 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

5

ducação, educação e educação. Desde 1992, quandoassumiu a presidência da recém privatizada CST, JoséArmando de Figueiredo Campos repete o bordão quetraduz, com precisão, a base da evolução empreendida pelaempresa nos últimos anos. Com investimentos contínuos eintensos, a Companhia, primeiro, reverteu o perfil deescolaridade, capacitação e desenvolvimento das pessoasque compõem os quadros da empresa, e depois, criouprogramas de relacionamento com a sociedade voltadospara a melhoria da educação nas escolas e nascomunidades. Em 2005, lançou uma campanhapublicitária que, didaticamente, explicava o conceito desustentabilidade, palavra cada vez mais usada, no entantoainda pouco compreendida.Nesta entrevista, José Armando, que hoje acumula asfunções de presidente da Arcelor Brasil e diretor da Divisãode Aços Planos da Arcelor Brasil, o que inclui as atividadesda CST e de Vega do Sul, fala sobre os principais fatos de2005, e explica o papel da educação na estratégia daCompanhia.“Estamos empenhados em desenvolver açõesde educação para a sustentabilidade. Internamente jáconseguimos avançar muito e queremos compartilharessa visão com todos os públicos. Cada um, em suasatividades pessoais e coletivas, tem responsabilidades emrelação ao desenvolvimento sustentável, mas é precisoenxergar integralmente as questões. A educação, base parao desenvolvimento da dignidade do ser humano, é o quenos dará condições de avançar juntos – sociedade,empresas e governo”, defende.

José Armando de Figueiredo Campos, diretor presidente da CST-Arcelor Brasil, falasobre como o investimento em educação e o compromisso com a

sustentabilidade são parte indissociável do sucesso da Companhia

CONVERSA COM O PRESIDENTE

José Armando:“O olhar sustentável do mundo poderá nostirar da inércia de perder tempo e energianuma visão segmentada das questões”.

E

Educação paraavançarmosjuntos

bases atuais.Portanto, a integração com o GrupoArcelor e a expansão da capacidadefortalecem nossa sustentabilidade eampliam a possibilidade de criação devalor maior e mais estável para essa epara as futuras gerações.

Por que a CST-Arcelor Brasilrealizou uma campanha publicitáriaabordando o conceito desustentabilidade?

JA – A educação sempre foi o principalfoco de atenção da nossa atuaçãosocial. Sem ela, estamos fadados a vero mundo de forma muito segmentada.Um exemplo claro é a questãoambiental, vista, pela maioria, apenaspelo lado da preservação. Fala-se embiodiversidade, em proteção a espéciesem extinção, em poluição atmosféricae em aquecimento global. Tudo isso émuito importante, mas falta umavisão abrangente que inclua oprincipal da questão: o ser humano.Afinal, queremos preservar o mundopara que a humanidade continue suatrajetória. Então, o tema central é o serhumano e sua dignidade. A atividadeeconômica é que permite ao homemcrescer, progredir, ser capaz decontribuir e participar ativamente dodesenvolvimento da sociedade. Não sepode, portanto, falar da questão

melhor os mercados locais e regionais.Já a CST, voltada para planos, tem umaprodução de semi-acabados que évoltada para o mercado externo e,mais recentemente, em conjunto coma Vega do Sul, passou a ter tambémuma forte atuação no mercadointerno. Essa combinação resultanuma exposição a riscos menor, jáque, dificilmente, todos os segmentose mercados enfrentarão momentos debaixa ou de alta, simultaneamente.

Ganhamos flexibilidade tanto emrelação a produtos como em presençageográfica, o que nos proporcionamaior estabilidade nos resultadoseconômicos, atendendo ao queconsideramos como a primeira pernada sustentabilidade: o lucro. Umaempresa não é só movida a lucro, masnenhuma empresa é movida se nãotiver lucro.A expansão é resultado da visão deque devemos atuar em antecipação àsdemandas prevendo as necessidadesdos diversos mercados. O fato deexistirem, hoje, produtores mundiaisde aços planos caminhando para aobsolescência ou insustentabilidadedos seus negócios, permite-nosposicionarmos melhor do lado daoferta, incentivando o fechamentodessas unidades ou mesmodesmotivando investimentos em suas

Em 2005, a CST-Arcelor Brasilviveu a continuidade do investimentona expansão da capacidade e aconsolidação da integração com oGrupo Arcelor. Como esses dois fatoscontribuem para fortalecer asustentabilidade da Companhia?

José Armando – A criação da ArcelorBrasil está integrada a um movimentoglobal de consolidação do setorsiderúrgico que, após um período de

grande fragmentação, busca unirativos e ganhar escala, para terflexibilidade operacional eestabilidade de resultados. Foi umaação planejada, com a participação demais de 200 pessoas das trêsempresas envolvidas – CST, Belgo eVega do Sul –, com o objetivo nãoapenas de unir os ativos das trêsempresas, mas sim de criar valor paratodas as partes interessadas nosnossos negócios e não somente paraos acionistas. Para a CST, participar daArcelor Brasil significa dar maisestabilidade ao nosso negócio, porquepassamos a integrar um grupo queatua competitivamente em doissegmentos de mercado: aços longos eaços planos. A Belgo é focada noprimeiro e atende,predominantemente, o mercadointerno, pois seus produtos atendem

6 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

CONVERSA COM O PRESIDENTE

“Uma empresa não é só movida a lucro,mas nenhuma empresa é movida se não tiver lucro.”

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ambiental excluindo a atividadeeconômica. Precisamos ser capazes deenxergar e buscar soluçõestecnológicas para harmonizar asatividades econômicas com apreservação ambiental. Novamente, éo ser humano, educado, que vaiencontrar tais soluções. O olharsustentável do mundo poderá nostirar da inércia de perder tempo eenergia numa visão segmentada dasquestões.

A campanha é, então, umesforço da Companhia para explicar oconceito de sustentabilidade eenvolver a sociedade?JA – Temos o dever de mostrar nossapercepção para os diversos públicos.É o que chamamos de educação paraa sustentabilidade, um esforço paraque a sociedade passe a enxergar asquestões do desenvolvimento e as deseu próprio crescimento como serhumano, de forma integral, buscandosoluções que atendam aos interessesde todos. Já temos um histórico deinvestimento em educação comresultados muito positivos, interna eexternamente. Outra frente desseesforço será o trabalho para mostrar asustentabilidade do nosso produto, oaço. Há, até por culpa das empresas dosetor, uma percepção equivocada domaterial que produzimos. Nós, e aí merefiro ao setor siderúrgico como umtodo, não soubemos mostrar para asociedade quão sustentável é o nossoproduto. Poucas pessoas sabem, porexemplo, que mais de 42% do açoproduzido no mundo tem origem nareciclagem do próprio aço. E mais: oaço é um material que pode ser

reciclado infinitamente sem perdersuas propriedades. Como as pessoasvão saber disso se não divulgarmos?Novamente, o fato de hojeintegrarmos um grupo mundial, quetambém atua comprometido com asustentabilidade, fortalece essaestratégia de comunicação. Juntos,temos maior capacidade,conhecimento e recursos para inovar,pesquisar, desenvolver novasaplicações, novos produtos e melhoraro processo.

O fato de agora estar integradaao Grupo Arcelor propiciará novosinvestimentos da CST-Arcelor Brasilem projetos de redução de gases doefeito estufa, segundo as diretrizes doProtocolo de Kyoto?JA – Como empreendimento europeu,o Grupo Arcelor tem uma estratégiamuito forte em relação aosmecanismos criados pelo Tratado deKyoto, assim denominado agora, umavez que o Protocolo já entrou em vigor.A Europa aderiu de forma pioneira àsdiretrizes de Kyoto e o Grupo tem umacultura muito similar à nossa emrelação às questões ambientais, ouseja, alta conscientização e políticaarrojada de investimentos na área.Esse, aliás, foi um dos fatores queinfluenciou positivamente noprocesso de criação da Arcelor Brasil,porque as outras empresas – Belgo eVega do Sul – também têm culturassimilares. Especificamente em relaçãoà questão de projetos de MDL(Mecanismo de DesenvolvimentoLimpo), o Grupo faz um grande esforçode redução de emissão na Europa e éplayer ativo no mercado de Créditos de

Carbono. Em relação à evolução paraum processo siderúrgico mais limpo,há um vasto campo de trabalho quedeverá incluir o uso crescente denovos materiais e de novastecnologias, principalmente no que serefere à energia, fazendo um melhoruso da biomassa.

Como a CST-Arcelor Brasil, que játem um histórico de participaçãodecisiva no desenvolvimentoregional, pretende contribuir naconstrução de uma economiacapixaba mais forte e sustentável?JA – O Espírito Santo é, hoje, umexemplo de como um choque éticopode transformar a realidade. Emmuito pouco tempo, houve ofortalecimento das instituições eestamos conseguindo caminhar paraum cenário de crescimento. Mas nãopodemos descuidar. Além dacontribuição econômica, que estamosampliando com o investimento naexpansão, temos que olhar para acontribuição na área da cidadania.Volto à questão da educação. Nãobasta ter lideranças éticas, é precisoter uma sociedade cidadã que saibaparticipar e cobrar. E isso sóacontecerá com educação dequalidade. Continuaremos apoiandoprojetos voltados à educação etambém queremos difundir nossosvalores. O capital flui para o mundointeiro, mas quer se instalar no localonde haja menor risco. Quando ocapital avalia a competitividade deum local não pensa só na infra-estrutura física. Pensa também naspessoas, o quanto são cidadãs, oquanto têm para contribuir em

“A educação,base para o

desenvolvimento da dignidade do serhumano, é que nos

dará condiçõesde avançar juntos –sociedade, empresas

e governo.”

9

termos de busca do conhecimento ede meios e recursos para compartilharesse conhecimento e a capacitaçãoadquirida. O capital financeiro vai e seinstala para gerar mais riqueza ondehá capital humano. O Brasil temvantagens muito interessantes emrelação ao capital humano, mas nósprecisamos investir em educação dequalidade. A tarefa não é só para ogoverno. Advogo que a iniciativaprivada faça mais, investindo emprojetos de educação plena, o queinclui a educação para a cidadania,na qual cada um tem deveres edireitos, e que, amplie de fato a visãodo mundo.

Quais foram os principaisdesafios para a CST-Arcelor Brasilem 2005?JA – Nas dimensões financeira eoperacional, conseguimos resultadosmais do que satisfatórios. No entanto,não foi um ano bom para o Brasil.O país teve um crescimento muitoinferior ao esperado e não soubeaproveitar a oportunidade criada pelacurva ascendente da economiamundial. Então, embora a CST-ArcelorBrasil tenha conseguido o segundomelhor resultado de sua história, foium ano frustrante porque poderia tersido muito melhor. Em relação àsáreas social e ambiental, avançamosem diversos projetos, criamos novasformas de contribuir para a sociedade.Localmente, enfrentamos um novo

2 milhões de toneladas/ano, já estáproduzindo em ritmo superior a2,6 milhões de toneladas/ano. Paranós, capacidade nominal é apenas umnúmero que pode ser superado com otalento humano e a vontade de aceitardesafios. Isso significa que a partir deuma capacidade nominal de7,5 milhões de toneladas, poderemoschegar usando o conhecimento, aexperiência e a inovação tecnológica,a produzir 8 milhões de toneladas oumesmo mais que isso.

Com relação à gestão dasustentabilidade, há planos paraintegrar os investimentos dasempresas que constituem aArcelor Brasil?JA – A criação da Arcelor Brasil abriuoportunidades para uma atuaçãointegrada nos investimentos sociaisque nos torne ainda mais fortes.É natural que passemos a buscarsinergia entre as ações das diversasempresas, assim como a possibilidadede compartilhar as melhores práticas,otimizar os recursos e trocarexperiências. No momento, estudamosa melhor forma de realizar essaintegração mantendo o foco nas açõeslocais. Isso já acontece por meio de umaaproximação com a Fundação Belgo.Como partilhamos culturas e valoresmuito similares, poderemos avançarainda mais trabalhando juntos, emtoda a América Latina, fortalecendo ocompromisso da Arcelor Brasil com odesenvolvimento sustentável.

CONVERSA COM O PRESIDENTE

“A CST-Arcelor Brasil tem, hoje,um potencial de criação de riqueza maior e mais estável

para essa e para as futuras gerações.”

desafio em função de uma demandaespecífica em Cidade Continental[bairro localizado próximo à area deexpansão da Companhia]. As obrasgeraram uma movimentação muitointensa e trouxeram problemas paraessa comunidade. Mas estamosenfrentando esse desafio com umavisão abrangente do problema e totaltransparência no relacionamento comas lideranças da comunidade.Um ponto positivo dessa questão foio fato de que a primeira reação dacomunidade foi procurar a empresa.Isso demonstra o acerto da nossaestratégia de buscar a integraçãocom a sociedade. Reconhecemoso problema e estamos trabalhandopara resolvê-lo.

Em 2006, será concluída aexpansão da capacidade para7,5 milhões de toneladas. Há planospara uma nova expansão?JA – Embora sempre estejamospensando em crescer, isso nãosignifica necessariamente aconstrução de mais um alto-forno.Quem conta com pessoas capacitadase empenhadas em fazer o melhor,como nós contamos, não acredita emlimitações impostas pela capacidadenominal. Temos equipamentos queproduzem muito mais do queo previsto, como o Alto-Forno 1,o Lingotamento Contínuo e oLaminador de Tiras a Quente.O Laminador, dimensionado para

CST-Arcelor Brasil é uma siderúrgicaintegrada, especializada na produção de açosplanos. Sua unidade industrial, inaugurada em1983, está estrategicamente localizada na regiãometropolitana da Grande Vitória, em uma área de13,5 milhões de m2, junto a uma infra-estruturalogística que favorece a disponibilidade deinsumos e o transporte dos produtos paraatendimento aos mercados interno e externo.

Em 2005, a Companhia passou a integrar,juntamente com a Belgo Siderurgia e a Vega doSul, a Arcelor Brasil, empresa constituída para sera plataforma de crescimento na América Latinado Grupo Arcelor, um dos maiores players do setorsiderúrgico mundial. Com a consolidação doprocesso de integração, a CST-Arcelor Brasilfortaleceu sua posição no cenário mundial,configurando-se como braço estratégico daArcelor Brasil no segmento de aços planos de altaqualidade, na forma de placas e bobinas a quente.

Desde a privatização, em 1992, a Companhiarealizou investimentos superiores a US$ 2,7 bilhõesem equipamentos e sistemas voltados àmodernização tecnológica, aumento dacapacidade produtiva e ampliação do mix deprodutos. Em 2002, a Companhia iniciou uminvestimento de cerca de US$ 1 bilhão, dos quais jáforam realizados US$ 586 milhões, para ampliar acapacidade de produção de 5 milhões de toneladasde placas e bobinas de aço por ano para7,5 milhões de toneladas/ano, a partir de 2006.

Inserido em um planejamento estratégico

de longo prazo, esse investimento prepara aempresa para antecipar-se às demandas domercado mundial de aços planos. Dessa forma, aCST-Arcelor Brasil, atuando de forma integradacom a Vega do Sul, mantém-se como fornecedorapreferencial de semi-acabados, gerando riquezasque aumentam a competitividade de seus clientese são produzidas em harmonia com os interessesdos acionistas, empregados, fornecedores,financiadores e comunidade.

Com uma gestão orientada pela estratégia delongo prazo, a CST-Arcelor Brasil tem tido umaatuação pioneira na promoção dodesenvolvimento sustentável, valorizando, emprimeiro plano, a educação de qualidade. Por meiode investimentos internos e externos, aCompanhia defende o conceito de Educação para aSustentabilidade como fator preponderante paraque a humanidade possa superar os desafiosatuais, transformando-os em oportunidades deinovação e crescimento que resultem em melhoriada qualidade de vida.

Principais resultadosEm 2005, a CST-Arcelor Brasil colheu os

resultados de sua estratégia fundamentada nadiversificação de produtos e equilíbrio na atuaçãoentre os mercados interno e externo.A consolidação da produção do Laminador de Tirasa Quente (LTQ) permitiu à Companhia ganharflexibilidade para participar com competitividadedo mercado doméstico, fato confirmado pelo

A criação da Arcelor Brasil transforma a Companhia emparte fundamental de uma estratégia para o crescimento

do Grupo Arcelor na América Latina

Plataforma para gerar riquezas

PERFIL

10 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

A

aumento das vendas internas epela elevação, em 2005, de seumarket share no segmento de bobinas a quente de21% para 26%.

ProduçãoA produção de bobinas a quente atingiu

volume recorde no ano, totalizando 2,341 milhõesde toneladas, o que representa aumento de 20%em relação a 2004. Além de obter um ritmo deprodução 17% acima de sua capacidade nominal, oLaminador de Tiras a Quente (LTQ) alcançouresultados diferenciados em relação à qualidade doproduto e diversidade nas características dasbobinas, proporcionando melhores condições deatendimento às demandas dos clientes porprodutos de maior valor agregado.

Já a produção de placas totalizou 4,817 milhõesde toneladas, volume 2% inferior ao registrado em2004, devido à instabilidade operacional registradano Alto-Forno 1, ocorrida em meados do ano.A perda de produção foi parcialmente compensadacom o aumento do consumo de sucata nosconvertedores. Apesar da ocorrência, a unidademanteve seu histórico de excelência e confirmou atendência de que se transforme no Alto-Fornorecordista em vida útil do mundo.

PreçosAté o segundo trimestre de 2005, o preço

médio de vendas de placas e bobinas continuou ociclo de alta, iniciado no primeiro trimestre de

2004, encerrando o ano com valor recordede US$ 512/t, crescimento de 40% em relação a

2004, quando o valor médio foi de US$ 367/t.A reversão da curva de alta, a partir do terceirotrimestre do ano, teve maior influência no preço deplacas. Nesse cenário, a CST-Arcelor Brasil soubeaproveitar sua flexibilidade de produção,aumentando as vendas de bobinas, produto querepresentou 54% da receita operacional líquida daCompanhia no ano. Essa estratégia permitiu, ainda,atingir, em setembro, o equilíbrio na distribuiçãodo faturamento bruto entre os mercados interno eexterno. No final do exercício, o faturamentoproveniente de vendas internas superou em cercade 3% o de vendas externas, gerando um hedgenatural que minimizou o impacto da variaçãocambial no faturamento total da Companhia.

Esses resultados demonstram o sucesso daestratégia da CST-Arcelor Brasil que, ao investir naunidade de Laminação de Tiras a Quente (LTQ),ganhou flexibilidade de atuação nos mercadosinterno e externo, tendo, hoje, menor dependênciado mercado internacional e estando menos sujeitaà influência das variações cambiais. É importanteressaltar, ainda, a agilidade com que a Companhiaganhou participação no mercado interno debobinas a quente, fruto da sua eficiênciaoperacional, que permitiu oferecer produtos comespecificações variadas a preços competitivos.Essas vantagens serão ainda maiores com aexpansão da capacidade instalada, o que ampliaráas alternativas de atuação em ambos os mercados.

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Mapa mostra apresença global doGrupo Arcelor, um dosmaiores players dosetor siderúrgicomundial. Em destaque,a CST-Arcelor Brasil, aBelgo Siderurgia e aVega do Sul, queformam a ArcelorBrasil, empresaconstituída para ser aplataforma decrescimento naAmérica Latina.

em infra-estrutura.Para o diretor deDesenvolvimento eComercial da CST-Arcelor Brasil,Benjamin Baptista

Filho, o Brasil temposição privilegiada nesse

cenário.“Estamos bem,tanto em relação à produção –

somos o maior produtor deminério, temos logística adequada para importarcarvão e possuímos indústrias modernas eabundância de outros insumos – como em relaçãoao potencial de consumo, já que temos taxa deconsumo per capita de 113 kg/hab, ainda distanteda média mundial de 181 kg/hab”, ressalta.

Além de nascer como a maior empresa do setorem volume de produção, em lucro e em valor demercado, a Arcelor Brasil se insere, nesse contexto,como o empreendimento siderúrgico commelhores perspectivas de desenvolvimento naAmérica Latina. A empresa possui a maisdiversificada carteira de produtos, atuando tantono mercado de aços planos como em aços longoscom posição de liderança, e tem, ainda, um grandepotencial de crescimento devido aos projetos deampliação de capacidade produtiva que já seencontram em andamento.

“Dentro do arranjo produtivo da Arcelor Brasil,as perspectivas de crescimento sustentável da CST-Arcelor Brasil são muito promissoras, em todosos aspectos”, diz Baptista Filho, que destaca trêsfatores principais para fundamentar essasexpectativas: capacidade de expansão da produção;flexibilidade comercial; e expertise tecnológica.

Com a finalização do investimento naexpansão da produção neste ano, que lhe darácapacidade de produção de 7,5 milhões detoneladas/ano, a empresa terá condições de voltarà liderança do mercado mundial de placas, posiçãoque deixou de ocupar em função da entrada emoperação do Laminador de Tiras a Quente (LTQ) em2002. Além disso, a CST-Arcelor Brasil já tem planospara ampliar a produção de placas para 8 milhõesde toneladas/ano, até 2008, com investimentos emotimização. Com isso, a empresa poderá atingir um

Resultados financeirosEntre os resultados obtidos, em

2005, destaca-se o recorde nareceita operacional líquida, que foide R$ 5,387 bilhões, superando a de2004 em cerca de 5%, como reflexode dois fatores principais: a alta dospreços dos produtos no mercadomundial e o aumento da participaçãodas vendas de bobinas a quente.

Outro resultado importante foi orecorde, obtido no primeiro semestre,na margem EBITDA, que atingiu 53%.No ano, a geração operacional de caixa medidapelo EBITDA acumulou R$ 2.435 milhões, commargem de 45%, segundo melhor resultado daCompanhia em relação à esse indicador, poucoabaixo da margem registrada em 2004, que foide 48%. Esse desempenho deriva de um conjuntode fatores, que inclui a flexibilidade do mix deprodutos, a elevação do preço médio de vendas eos expressivos resultados operacionais.

A empresa manteve, em 2005, um confortávelnível de endividamento, atingindo apenas 0,7 doseu EBITDA, performance ainda mais expressivase considerado o momento atual de plenoinvestimento. É, ainda, relevante destacar que aCompanhia tem mantido o perfil deendividamento substancialmente de longo prazo,sendo 84% com vencimento a partir de 2007.

PerspectivasOs diversos cenários previstos, hoje, apontam

para a continuidade da curva de crescimento daeconomia mundial, pelo menos até o final dessadécada, tendo como principais locomotivas aseconomias da China e da Índia. Essa dinâmicaacelera o consumo de aço, assim como do minériode ferro e do carvão, seus principais insumos.No Brasil, embora não venha atingindo as taxasesperadas, o consumo de aço apresentoucrescimento médio de 5,4% ao ano no período de1990/2004, enquanto no mesmo período o PIBcresceu à taxa média de 2,5% ao ano. Esses dadosexplicitam uma taxa de elasticidade do consumo deaço de 2,1, que deriva do fato de que, como país emdesenvolvimento, precisa investir intensivamente

12 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

PERFIL

A flexibilidade comercial da CST-Arcelor Brasil é garantida pelascaracterísticas de sua infra-estrutura de produção, marcada pelo

forte controle operacional, estabilidade dos equipamentos e, principalmente, capacitação das equipes.

graças a ajustes operacionais.Finalmente, a expertise tecnológica,

conquistada com investimentos consistentes nosúltimos 10 anos em novos equipamentos e emsistemas de qualidade, permite que a CST-ArcelorBrasil tenha, hoje, uma carteira de produtossubstancialmente voltada a mercados que exigemaços mais nobres e que são mais estáveis emrelação a demanda e custos.“Cerca de 60% denossas vendas são direcionadas a clientes de quatrosegmentos de mercado: automotivo, naval, tubospara indústria do petróleo e embalagens”, diz odiretor comercial.“Nessas áreas somos fornecedorespreferenciais, protegidos das variações de mercadopela qualidade e diferenciação dos nossosprodutos”, conclui.

volume de produção de bobinas de 4 milhões detoneladas/ano, dependendo, para tanto, apenas daimplantação de um novo forno de pré-aquecimentode placas, pequenos investimentos nas linhas deacabamento e ajustes de processo.

A flexibilidade comercial da CST-Arcelor Brasil égarantida pelas características de sua infra-estrutura de produção, marcada pelo forte controleoperacional, estabilidade dos equipamentos e,principalmente, capacitação das equipes.“Em 2005,demos uma clara demonstração dessa característicaao otimizar a produção de bobinas para atender àdemanda aquecida do mercado nacional, o que nospermitiu ganhos de rentabilidade diferenciados”,observa o diretor, acrescentando que o LTQ,instalado com capacidade nominal de 2 milhões detoneladas ano, produziu 2,3 milhões de toneladas,

Resultado da união de trêsgrandes empresas siderúrgicaseuropéias – Arbed, Aceralia e Usinor–, a Arcelor é um dos maiores grupossiderúrgicos do mundo. Em 2005,com uma produção de 46,7 milhõesde toneladas de aço, gerou umareceita de € 32,6 bilhões. O grupoestá presente em mais de 60 países,empregando diretamente cerca de94 mil trabalhadores. Por sua gestãoeficiente em todas as dimensões, aArcelor é a única corporação do setorsiderúrgico incluída na Global 100,relação das empresascomprovadamente comprometidascom o desenvolvimento sustentável,elaborada pela Innovest StrategicValue Advisors, consultoria mundialespecializada em análise de risco evalor. A forma de atuação da

empresa em relação àsustentabilidade vem obtendoreconhecimento de várias agênciase a Arcelor já participa do Dow JonesSustainability Index World, doFTSE4Good Global and EuropeIndices e das duas categorias doEthibel Sustainability Index World,Register and Pioneer.

Como resultado do processo dereorganização societária do GrupoArcelor na América Latina, atotalidade do capital da CSTpassou a ser controlado pelaArcelor Brasil S.A, em 21 de dezembrode 2005. CST, Belgo e Vega do Sulintegram os ativos da nova empresa,que reúne 25 unidades industriaisque empregam mais de 14 milpessoas e, em 2005, produziram9,5 milhões de toneladas de aço.

Com uma gestão voltada àeficiência econômica, social eambiental, a Arcelor Brasil foiescolhida para integrar o Índice deSustentabilidade Empresarial (ISE).Criado pela Bovespa, em parceriacom o Instituto Ethos e o Ministériodo Meio Ambiente, além deprofissionais e entidades domercado de capitais, o ISE reúneas 28 empresas melhor classificadasem relação à sustentabilidade.

Em 22 de dezembro de 2005,ao ingressar oficialmente nomercado de capitais, a Arcelor Brasiladeriu ao Nível 1 de GovernançaCorporativa da Bovespa,reafirmando seu compromisso detransparência e excelência norelacionamento com o mercado.

O fator ArcelorIntegração fortalece empresas comprometidascom o desenvolvimento sustentável

14 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

PERFIL

Produtos nobresA qualidade da CST-Arcelor Brasil se faz presente em carros,navios, embalagens e também na indústria do petróleo

Os investimentos realizados apartir da privatização, em 1992, tantona instalação de equipamentos comona implantação de políticasde qualidade e de desenvolvimentodos recursos humanos, permitiramà CST-Arcelor Brasil ampliar suacapacidade de produção, terestabilidade operacional eenobrecer o mix de produtos,colocando a Companhia em umaposição ímpar de atender a mercadoscada vez mais exigentes.

A CST-Arcelor Brasil, através daVega do Sul, é o maior fornecedorbrasileiro de aços galvanizados porimersão (HDG) para a indústriaautomobilística, entre os quais sedestaca o aço Interstitial Free (IF).Produzido com ultra baixo teor decarbono, em um processo que combina

a utilização dos equipamentos comolingotamento contínuo com moldevertical e refino secundário porprocesso de desgaseificação à vácuo(RH), esse tipo de aço permite afabricação de chapas mais finas comalta conformabilidade e boaresistência mecânica, possibilitandoa produção de veículos mais leves,com eficiência energética e segurança.

Para a indústria naval,a CST-Arcelor Brasil fornece placas de açocom baixo teor de hidrogênio,graçasao processo realizado no desgaseificadora vácuo,e com até 2,1 metros de largura,dimensão permitida pela máquina deLingotamento Contínuo 2.Tais placassão utilizadas na fabricação de chapasgrossas,de alta resistência,pelosclientes com certificação específicado setor naval.

A implantação de umequipamento de injeção de cálciosilício permitiu à CST-Arcelor Brasilampliar o desenvolvimento deaços API, utilizados na fabricação detubos para a indústria do petróleo,entre outros. Esse investimentotransformou a aciaria da Companhiaem uma das mais sofisticadas domundo, permitindo participar de umsetor que está em franco crescimentotambém no Brasil.

Já para a indústria deembalagens, a CST-Arcelor Brasil éo único fornecedor nacionalutilizando o sistema Twin, quepermite fabricar simultaneamenteplacas de aço com largura inferior a1 m, chegando até a 750 mm, o quepossibilita ganhos expressivos deprodutividade na Aciaria.

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1973Assinatura do Protocolo de Intençõesentre Siderbrás, Kawasaki e Finsinder paraa criação da CST.

1974Constituição jurídica da empresa.

1976Contratação do primeiro empregado, Daniel Alvino.

1978Início da terraplenagem.

1980Início das obras civis com escavação para a basedo Alto-Forno 1.

1981Assinatura do 1º Termo de Acordo entrea Siderbrás e a Secretaria de Saúde do Estado,tendo a Secretaria Especial do Meio Ambiente(SEMA) como interveniente. Esse documentoatestava os compromissos ambientais assumidospela empresa, sendo equivalente, hoje, aoLicenciamento Ambiental.

1988Criação da Fundação de SeguridadeSocial dos Empregados da Siderúrgicade Tubarão (Funssest).

1992Privatização da CST.Realização da primeira pesquisa de Perfil Saúde dosempregados, com o objetivo de avaliar eempreender programas de melhoria dosindicadores de saúde, que originou a criação doPrograma Pró-Vida, no ano seguinte.

1983Inauguração oficial da CST e início da operação.

1984Início do Programa de Reflorestamento e criaçãodo Cinturão Verde.Implantação do Programa de Qualidade Total einício dos Programas de Capacitação e Treinamentode Empregados.

16 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

LINHA DO TEMPO

Trilha de sucessoConfira os principais eventos da Companhia, de seuinício estatal em 1973 à criação da Arcelor Brasil

1993Criação da Nossa Escola, instalada dentro daCompanhia, para oferecer a todos os empregadosa oportunidade de conclusão do EnsinoFundamental e Médio.

1995Início da operação do Lingotamento Contínuo 1.Instituição do Plano de Participação nos Resultados(PAR). Início do processo de Certificação deEmpregados pela Abraman, dentro do ProgramaNacional de Qualificação e Certificação de Pessoalna Área de Manutenção.

1996Conquista da primeira Certificação na normaISO 9001 para o Sistema de Gestão daQualidade Produção de Placas.Implantação do Programa Interagir deEducação Ambiental.

1997 Início do Programa de Comunicação AmbientalCST-Escolas. Inauguração do Centro de EducaçãoAmbiental. Adesão ao Programa Integrado deDesenvolvimento e Qualificação de Fornecedores(Prodfor). Assinatura da Carta Empresarial para oDesenvolvimento Sustentável, proposta pelaCâmara de Comércio Internacional (ICC).Participação, como co-fundadora, da criação doConselho Empresarial Brasileiro para oDesenvolvimento Sustentável (Cebds).

1998Início da operação do Alto-Forno 2, LingotamentoContínuo 2 e Central Termelétrica 3.

1999Implantação da Política Ambiental. Realização daprimeira Pesquisa de Clima Organizacional com aMetodologia da Hay do Brasil.

2000Implantação,em conjunto com a Companhia Valedo Rio Doce,da Rede Automática de Monitoramentoda Qualidade do Ar da Região da Grande Vitória.

2001Certificação do Sistema de Gestão Ambiental deacordo com a Norma ISO 14001.

2002Inauguração da Laminação de Tiras a Quente (LTQ).Associação ao Instituto Ethos de ResponsabilidadeSocial. Publicação do primeiro Balanço Social.

2003Publicação do primeiro Relatório Ambientalauditado no Brasil. Início da Certificação deEmpregados pela ABM, dentro do ProgramaNacional de Certificação de Operadores. Anúnciooficial do Plano de Expansão Fase 7,5 MT.

2004Consolidação do modelo energético com a entradaem operação da Central Termelétrica 4 e do Sistemade Recuperação de Gás.

2005Certificação do Sistema de Gestão de Segurança eSaúde de acordo com a Norma OHSAS 18001.Criação da Arcelor Brasil.

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esde a implantação dos primeiros altos-fornos, em meados do Século XIX,

o aço desempenha um papel protagonista nodesenvolvimento humano. Foi a possibilidade

de sua produção em larga escala que propiciouo avanço da Revolução Industrial em direção àdescoberta de novas tecnologias aplicadas naagricultura, na indústria, na construção, nostransportes, enfim, na vida cotidiana de todos.A siderurgia é a indústria de base por excelência,já que o aço está presente em todas as outrasatividades econômicas.

Na segunda metade do século XX,acompanhando o desenvolvimento de uma novaconsciência em relação aos impactos sociais eambientais causados pelas atividades humanas, aindústria siderúrgica mundial iniciouinvestimentos contínuos na melhoria doscontroles e dos processos. Reduzindo os impactos ecriando alternativas tecnológicas mais limpas, asiderurgia vem ampliando a sustentabilidade doaço, de forma a garantir que sua produçãocontinue a influenciar positivamente o bem-estardas futuras gerações.

Os investimentos mudaram a face daindústria, que passou a contar com unidadesmodernas, operadas por pessoas altamentecapacitadas e gerenciadas com eficiênciaambiental, social e produtiva. Cada vez mais, a

siderurgia se apresenta como uma indústrialimpa, tanto em relação ao controle dasemissões, como no uso racional da água, daenergia e dos insumos.

Um dos avanços significativos foi o aumentodo uso de aço reciclado no processo produtivo que,em 2004, chegou a 42,7% do volume total de açoproduzido no mundo, de acordo com o Relatório deSustentabilidade do Instituto Internacional doFerro e do Aço (IISI).

O processo de evolução da siderurgia tambémpromoveu a modernização do aço que passou a serproduzido para aplicações específicas, com maiorqualidade e valor agregado. Investimentos empesquisa e tecnologia resultaram noaprimoramento do produto que deixou de ser umacommodity para se transformar em um artigo quedemanda especialização e capacitação paraatender às novas exigências do mercado.

A história recente da siderurgia é, portanto,um caso exemplar da capacidade do ser humanode mudar a realidade. Aceitando e entendendosuas limitações e impactos, essa indústriademonstrou que sim, é possível produzir aço comresponsabilidade ambiental, é possível interagircom a sociedade de forma transparente,e é possível realizar essa mudança aumentandoa rentabilidade das empresas, gerando empregose criando riqueza.

Resistente, durável, flexível e belo, o aço gera riquezas, propicia odesenvolvimento de novos produtos, possibilita a modernização

tecnológica e inspira a criatividade artística

Metal sustentávelO AÇO

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O aço é 100% reciclável. Pode ser reciclado infinitamente mantendo suaspropriedades originais e qualidade mesmo após sucessivos ciclos.Além disso, devido à sua

propriedade magnética, é fácil de ser separado e destinado à reciclagem.

D

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Verdades de aço

• O aço é versátil.

• O aço é adaptável e inovador.

• O aço é moderno e fabricado em (e para) uma indústria de alta tecnologia.

• O aço é usado em inúmeras aplicações.

• O aço é infinitamente reciclável.

• O aço é o material mais reciclado em todo o mundo.

• O aço representa crescimento.

• O aço é cultura.

processo siderúrgico produz uma grandequantidade de resíduos sólidos. Reduzir a

geração de resíduos e buscar alternativas deaplicação e reciclagem são, portanto, desafios paraa sustentabilidade da siderurgia.Um dos resíduos é a escória de aciaria, formadadurante a oxidação do aço. Em 2002, apósinvestimento em pesquisa, a CST-Arcelor Brasildesenvolveu uma forma de processamento dessaescória transformando-a na Acerita®, um co-produto indicado, principalmente, para uso naconstrução rodoviária, como base e sub-baserodoviária e para o capeamento asfáltico. Em 2005,a empresa despachou mais de 88 mil toneladas doproduto.“Esse resultado demonstra a efetividadeda estratégia de desenvolvimento do mercado,realizada desde o lançamento em 2002, que incluiestudos para demonstrar as vantagens do uso daAcerita® em diversas aplicações. O objetivo éampliar as possibilidades de utilização paraconquistar um crescimento ainda mais acentuadonas vendas nos próximos anos”, afirma NocyOliveira da Silveira, especialista do departamentode Vendas Especiais da CST-Arcelor Brasil.A principal aplicação do produto é comoalternativa à brita – pedra britada mecanicamente– na pavimentação de rodovias e pátiosindustriais. Além de proporcionar a conservaçãode recursos naturais, o uso da Acerita® temvantagens em custo, resistência e durabilidade.“O produto tem alto desempenho para uso empátios, podendo dispensar a necessidade de outrorevestimento, e é mais resistente como materialpara sub-base e base nas áreas de trânsito”, afirmaAlexandre Schubert, diretor da San Carlo

Empreendimentos Imobiliários, empresa que em2005 utilizou cerca de 25 mil toneladas deAcerita®, usada em substituição à brita.“Queremos aumentar o uso desse produto. Paratanto, esperamos que a CST-Arcelor Brasilaumente a capacidade de produção e promovaajustes na logística de entrega do produto. Assimocorrendo, vamos utilizá-lo cada vez mais emnossos empreendimentos”, ressalta.Para reforçar a estratégia de comprovar aqualidade da Acerita®, a CST-Arcelor Brasiliniciou, em 2004, um convênio de CooperaçãoTécnica com o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (DNIT). Com o convênio, aAcerita® está sendo testada pelo Instituto dePesquisas Rodoviárias do DNIT em relação àresistência, durabilidade e comportamentoambiental do pavimento. Após esse processo, seráemitido um documento com as especificaçõestécnicas do produto de acordo com as análisesfeitas pelo órgão público. “Isso servirá paraorientar os clientes quanto à melhor forma deuso da Acerita® e, ao mesmo tempo,oficializa sua utilização como material adequadopara a construção de estradas no Brasil”,ressalta Nocy Silveira.Em 2005, o trabalho “Uso da Acerita® emRodovias” recebeu o primeiro lugar no PrêmioFinep Região Sudeste, na categoria InovaçãoTecnológica, e o segundo lugar do Prêmio CNI,na categoria Desenvolvimento Sustentável.Os organizadores das duas premiaçõesdestacaram a importância da Acerita® comomodelo de reaproveitamento de recursos, atravésdo investimento em pesquisa.

INOVAÇÃO

Pesquisa e desenvolvimento da CST-Arcelor Brasil transforma resíduo doprocesso siderúrgico em produto para base, sub-base e capeamento asfáltico

Acerita®: da usinapara o asfalto

O

20 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

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EVOLUÇÃODAS VENDASDE ACERITA®

VOLUMEDESPACHADO(EM TONELADAS)

Além de proporcionar a convervação de recursos naturais, o uso daAcerita® tem vantagens em custo, resistência e durabilidade.

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A partir do conhecimento, o ser humanopotencializa sua capacidade de entender o mundo deforma integral e de buscar dignidade como cidadão.Investindo na educação de qualidade, queremos criaras bases para um verdadeiro desenvolvimentosustentável, que tenha continuidade e que envolva asdimensões econômica, ambiental, social, política,cultural e espiritual, todas fundamentais para adignidade humana”. Assim, Sidemberg Rodrigues,gerente de Comunicação e Imagem da empresa,explica o compromisso com o desenvolvimentosustentável da CST-Arcelor Brasil.

Em 2005, após realizar investimentos contínuosem educação para o público interno e externo, aCompanhia decidiu levar seus valores para toda asociedade através de ações de comunicação.

A campanha “Olhar e Ver”, que lançou o RelatórioAnual 2004, traduziu essa decisão com veemência,convidando todos os públicos a conhecer e debater oconceito de sustentabilidade.“Nosso objetivo eraanunciar o lançamento do Relatório, enfatizando quea CST-Arcelor Brasil é uma empresa que enxerga alémdo visível. E mais, que quer estimular as pessoas aadotar essa mesma postura”, resume MônicaDebanné, diretora de Criação da MP Publicidade,agência que desenvolveu a campanha. Todas as peçasda campanha – documentário, filme publicitário ematerial impresso – reforçavam a idéia de que teruma visão sustentável é olhar um aspecto e ver acadeia de causas e conseqüências de forma integral.A finalidade não era mostrar a empresa e seusprodutos, mas estimular a reflexão para a urgênciade começar a ver o mundo como uma rede diversa eplural, que deve ser integrada para garantir aqualidade de vida dessa e das futuras gerações.Essa filosofia de comunicação foi ampliada para todasas ações: desde patrocínios a programas da mídiacomercial até o apoio a eventos culturais, passandopelas campanhas de comunicação interna e os

informativos para o mercado.“Ao anunciar suadisposição de investir na disseminação do conceito desustentabilidade, a CST-Arcelor Brasil estimulou osveículos de comunicação a desenvolverem programasalinhados com o tema”, afirma Leila Ferraz, gerente deMídia da MP. A adesão foi imediata. Ainda em 2005, aCST-Arcelor Brasil passou a patrocinar os seguintesprogramas na mídia regional: Espaço Dois/TVE;Espaço Sustentável – Fala ES/TV Vitória; MovimentoSustentável – Em Movimento/TV Gazeta; NoveMinutos/TV Tribuna; Prêmio Ecologia/TV Vitória;Reação/TV Tribuna; Terra Capixaba/GTV.

O patrocínio, em parceria com o ConselhoEmpresarial Brasileiro para o DesenvolvimentoSustentável (CEBDS), para o lançamento no Brasil dolivro “O Capitalismo na Encruzilhada”, de Stuart Hart,professor de Estratégia da Cornell University, se insereno compromisso da Companhia em levar o temasustentabilidade a um público cada vez maior. Nolivro, Hart destaca as imensas oportunidades denegócio que as empresas encontrarão ao ajudar omundo a resolver problemas como pobreza e escassezdos recursos naturais. “A tradução do meu livro, feitacom o apoio da CST-Arcelor Brasil, é um importantepasso na disseminação do conceito desustentabilidade no Brasil. Dado o tremendopotencial das empresas brasileiras de setransformarem em líderes globais num mundosustentável, tornar o livro acessível para um grandepúblico é uma forma de acelerar este processo”, dizHart. A publicação é editada pela Bookman e temprefácio de José Armando de Figueiredo Campos,presidente da Arcelor Brasil.

“O objetivo é desenvolver a comunicação daempresa com a mesma estratégia adotada nas açõessociais. Ou seja, investir em iniciativas que tenhamcomo foco a educação para a sustentabilidade,criando, assim, uma rede de divulgação e debate dotema”, conclui o gerente de Comunicação e Imagem.

A CST-Arcelor Brasil tem a educação como foco central de sua atuação social, porentender que esse é o elemento chave para o desenvolvimento da sociedade

Por um mundo melhor

VISÃO DE SUSTENTABILIDADE

22 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

Nossa Teia

Sempre temos vontade de mostrar aos outros o que eles não enxergam.E às vezes só nós que conseguimos enxergar.Enxergar um mundo que nos cerca.E através desse mundo enxergar idéias,Enxergar a vida.Enxergar não somente o que está ali.Mas fazer desse momento uma teia.Uma teia de informações,A qual uma puxa a outra.E nesse paralelo da vida formamos nossa teia.

É disso que falo.De formar teias,Teias como de aranhas.Pois se construirmos bem a teia da nossa vida, não teremos medo dela“pocar”, pois a [construímos bem].Juntar idéias.E fazer dessas idéias outras e outras idéias.

Mostrar.Mostrar ao mundo o que nós vemos.E levar o que vemos aos que não enxergam.Aos que por sua vez acham que tudo se baseia em uma informação.E que nossas vidas já têm um rumo traçado.E que o mundo já está destruído.

Construir idéias.Idéias que possam construir, não aniquilar todas as esperanças possíveis.E mostrar que se eu vejo, outras pessoas também podem ver.E trazer o que parece impossível.Para que todos percebam, que nem tudo é como parece ser.Mas que tudo é por que a gente faz.E que juntos construiremos um mundo de paz.

Renan dos Santos Sperandio

O autor é aluno da 2ª Série do Ensino Médio do Colégio Castro Alves, de Cariacica, que participado Programa de Comunicação Ambiental (PCA), desenvolvido pela CST-Arcelor Brasil.

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que a Arcelor Brasil mantenha esses preceitos”,complementa. O primeiro passo nesse sentido foi dadoem 22 de dezembro de 2005. Nesse dia,após aconsolidação do processo de integração dos ativos daCompanhia à Arcelor Brasil,a nova empresa realizouadesão imediata ao Nível 1 de Governança Corporativada Bovespa.“Vimos a adesão de forma muito positiva,no entanto,o mercado já demanda que a Arcelor Brasilparticipe do Novo Mercado”,ressalta Jander Medeiros,analista do Banco Pactual, referindo-se ao nível maisalto de governança da Bovespa. Destaca-se,no entanto,que a Arcelor Brasil já vem praticando todos osrequisitos do Novo Mercado da Bovespa,tais como o declasse única de ações, 100% de tag-along e divulgaçãonos três princípios contábeis internacionais – BR GAAP,US GAAP e IFRS,exceto pelo fato de ainda não teraderido à Câmara de Arbitragem. Merece aindadestaque a participação da Arcelor Brasil no Índice deSustentabilidade Empresarial (ISE),da Bovespa,sendo aúnica siderúrgica brasileira a participar de um gruposeleto de empresas que têm as suas políticas e práticas

Agovernança corporativa da CST-Arcelor Brasilestá fundamentada nos pilares de Transparência,Equidade e Prestação de Contas, que orientam omodelo de relacionamento e responsabilidadecorporativa da Companhia com toda a sociedade.Emanada pelos organismos independentes quecompartilham a gestão da Companhia – Acionistas,Conselho de Administração, Conselho Fiscal eDiretoria Executiva – e norteada pela Carta de Valores,a responsabilidade corporativa da CST-Arcelor Brasilganhou o reconhecimento do mercado por suacapacidade de harmonizar a realização das metaseconômicas, sociais e ambientais com a integraçãoentre acionistas, empregados, clientes, fornecedores edemais stakeholders.

“O sistema de governança corporativa daCST sempre foi destacável,principalmente em relação àpolítica de distribuição de dividendos e a transparênciana comunicação”,diz Cristiane Viana,analistaespecializada na área de siderurgia e mineração daÁgora Sênior Corretora.“A expectativa do mercado é

Carta de Valores

GOVERNANÇA CORPORATIVA

24 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

Transparência, equidade e prestação de contas norteiam a tomada dedecisão e o relacionamento da CST-Arcelor Brasil com toda a sociedade

de responsabilidade social e sustentabilidadeempresarial reconhecidas pelo mercado.

Atualmente, após o advento da Arcelor Brasil, aCST, apesar de não mais representar por si umacompanhia de capital aberto, mantém seus padrõesde gestão como parte integrante do sistema degovernança corporativa da Arcelor Brasil.

Dessa forma, a governança corporativa daCST- Arcelor Brasil atende às exigências de mercadoatravés de sua controladora, e, ainda, fortalece osseus princípios de gestão siderúrgica eficiente, foca-da em seus fundamentos estratégicos e operacionais.

Estrutura e Responsabilidadesdos organismos de gestãoConselho de Administração

Voltado a proteger o patrimônio da Companhiae a estruturar, conjuntamente com a Diretoria Executiva, o modelo estratégico da empresa, oConselho de Administração é formado por seismembros, nenhum dos quais representantes daDiretoria. Os conselheiros são técnicosextremamente qualifica-dos, com larga experiênciaempresarial e mandatos unificados de três anos.O Conselho de Adminis-tração possui, ainda,comitês técnicos de gestão e acompanhamento, quetêm por objetivo realizar o completo monitoramentoda gestão financeira estratégica da Companhia,além de contratar, avaliar e destituir os auditoresindependentes.Jean-Yves Gilet (Presidente) Carlo PanunziCristiano Alfredo KleinPaul MatthysAlbano Chagas VieiraLuiz Aníbal de L. Fernandes

Conselho FiscalComposto por três membros independentes,

com vasta experiência financeira e de gestão,

A governança corporativa da CST-Arcelor Brasil ganhou o reconhecimento do mercado por sua capacidade de harmonizar a realização

das metas econômicas, sociais e ambientais com a integração entre

acionistas, empregados e a sociedade.

representa os acionistas controladores e minoritários, fiscalizandoos atos da administração. O Conselho Fiscal, tal como o Conselho deAdministração, se reporta diretamente à Assembléia de Acionistas,além de manter assíduo relacionamento com a empresa, através dereuniões mensais.Titulares:Farrer Jonathan P. Lascelles Pallin (Presidente) Douglas Hamilton WoodsErnesto Rubens GelbckeSuplentes:Alexsandro Broedel LopesCloves Ailton MadeiraAlexandre Luiz Oliveira de Toledo

Diretoria Executiva da CST-Arcelor BrasilResponsável pela gestão executiva dos negócios, alinhada com

os interesses dos acionistas, o princípio de criação de valor e odesenvolvimento sustentável. Contando com diversos comitêsinternos executivos e de inteligência e apoio, a Diretoria Executivaatua focada na condução da estratégia dos acionistas e no geren-ciamento e fortalecimento dos seus fundamentos de relaciona-mento com os clientes e da gestão eficiente de custos. Além disso,com base em seu modelo de gestão corporativo, prima tambémpela condução responsável dos negócios frente às questõesambientais e sociais, fornecendo, ainda, todo o suporte e apoionecessários ao gerenciamento da Arcelor Brasil como um todo.Diretor Presidente:José Armando de Figueiredo CamposDiretor de Desenvolvimento e Comercial:Benjamim Mário Baptista FilhoDiretor Administrativo e Financeiro:Leonardo Dutra de Moraes Horta*Diretor Técnico e de Produção:Jackson Chiabi Duarte

(*) Até 31 de janeiro de 2006. A partir de 01 de fevereiro de 2006, ocargo foi assumido por Adilson Martinelli.

A Companhia possui, ainda, processos de auditoria interna querealizam o monitoramento de riscos estratégicos e operacionais,contando, também, com auditoria externa independente, efetuadapor firma internacionalmente reconhecida (Big Four).

25

Os Sistemas de Gestão estão entreos principais fundamentos dasustentabilidade da CST-Arcelor Brasil,pois são ferramentas que contribuempara a estabilidade operacional, aqualidade dos produtos, o controle dosaspectos ambientais e a segurança esaúde das pessoas de forma sistêmica.Desde a implantação dos primeirossistemas de garantia da qualidade dosprodutos, em 1986, a Companhiainveste continuamente para manteruma gestão eficiente em todas asáreas de atividade, com certificação deacordo com as normas internacionais.O objetivo central é antecipar-se àsexigências do mercado, buscando darmaior competitividade à empresa,através do aprimoramentosistemático dos processos.“Em 1996, quando conquistamos aprimeira Certificação de QualidadeISO 9001, a meta era atender àcrescente exigência do mercadointernacional por produtoscertificados”, lembra Luis AntônioSoares, gerente da Divisão dePadronização e Inspeção, responsávelpelo desenvolvimento do Sistema deGestão da Qualidade.“No entanto, aoperceber que a sistematização dosprocessos trazia benefícios internos –como redução de custos e maior

estabilidade operacional – a CSTdefiniu a implementação de SGQs emtodas as áreas como uma diretrizestratégica. Na CST, a implementaçãode SGQs extrapola as exigências danorma ISO, e a certificação não é oobjetivo, mas o atestado da excelênciadas práticas de gestão e daincorporação da qualidade na culturada empresa”, complementa Soares.A evolução natural desse processo foia multiplicação dessa mesma visãonas áreas de gestão ambiental esegurança e saúde. Ao final doexercício de 2005, a CST-Arcelor Brasilregistrava dez certificações de SGQs etrês acreditações de laboratórios, alémde Certificação do Sistema de GestãoAmbiental na Norma ISO 14001 eCertificação do Sistema de Gestão deSegurança e Saúde OHSAS 18001.

Para se antecipar às exigências do mercado, a Companhia sevale dos sistemas de gestão como ferramentas para garantir

a excelência de suas operações e de seus produtos

Um aprimorarconstante

SISTEMAS DE GESTÃO

27

A CST-Arcelor Brasil tem dezcertificações de Sistemas deGestão da Qualidade e trêsacreditações de laboratórios,além de Certificação do Sistemade Gestão Ambiental na Norma ISO 14001 e Certificaçãodo Sistema de Gestão deSegurança e Saúde OHSAS 18001

Fazer acontecerO Sistema de Gestão da Qualidade elabora sua “carta magna”

No relatório de Recertificação na NormaISO 9001 do SGQ de Produção de Placas e Bobinas,emitido em novembro, os auditores do LloydsRegister Quality Assurance (LRQA), ressaltaram amaturidade e consistência do sistema. A Gestãoda Qualidade já está tão integrada às atividadesdo dia-a-dia da CST-Arcelor Brasil, que não nãohá mais necessidade de realizar auditoria acada seis meses. A partir de 2006, as auditoriasserão anuais.

Outros destaques de 2005:Revisão da Política de Qualidade;Certificação na Norma ISO 9001 dos SGQsdas áreas de Informática, Controladoria eEngenharia de Automação;Certificação de Placas Grau E e BobinasGrau D para uso na Indústria Naval;Continuidade no processo de Certificaçãodos Fornecedores, atingindo 82% dosfornecedores de Materiais e 87% dosfornecedores de Serviços Críticos.

28 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

SISTEMAS DE GESTÃO

1992

Acreditação ISO IEC 17025 Laboratório de Calibração(INMETRO)(Temperatura e Umidade)

1994

Acreditação ISO IEC 17025 Laboratório de Calibração (INMETRO) (Eletricidade e Pressão)

1996

CertificaçãoISO 9001:1994

Produção de Placas

2002

CertificaçãoISO 9001:2000

Produção de Placas

CertificaçãoISO 9001:2000

Oficinas Mecânica e Elétrica

AcreditaçãoISO IEC 17025

Laboratório de Calibração(Massa)

2003

ISO 9001:2000

Certificação dasÁreas do Gusa,Utilidades, Oficinasde Seguimentose Rodo Ferroviária

2004

Acreditação ISO IEC 17025 do Laboratório Químico da Aciaria

ISO 9001: 2000 Incorporação da produção de bobinas a quente ao escopo de Certificação de placas

2005

AcreditaçãoISO IEC 17025 para o Laboratóriode Utilidades e Meio Ambiente

ISO 9001:2000

Informática, Controladoria e Engenharia de Automação

Com o objetivo de alinhar a forma dedesenvolvimento dos diversos Sistemas de Gestãoda Qualidade (SGQs) mantidos pela CST-ArcelorBrasil, a Empresa elaborou, em 2005, os PadrõesEmpresariais SGQ.“É a nossa Constituição”, defineLuis Antônio Soares.“Os padrões formalizam asdiretrizes corporativas e estabelecem requisitosbásicos para implantação, manutenção e melhoriados SGQs, mantendo-os independentes, porémhomogênios, reforçando a cultura de qualidade,em perfeita consonância com a estratégia adotadapela CST”, explica.

O ano também marcou o início da implantaçãodos Consultores Internos da Qualidade, com adefinição do plano de capacitação. A idéia teveorigem em uma visita de benchmarking realizadaem uma empresa da América do Norte, em 2004.“Trouxemos o conceito, adaptamos à nossa formade gestão e já estamos implantando. Esse é umponto forte da Companhia. A gente faz acontecer erápido”, diz Soares.

Sistema de Gestão daQualidade: Certificações

Política da QualidadeDesenvolver continuamente ações que

conduzam à ampliação de sua liderança comofornecedor preferencial de semi-acabados de açopara o mercado mundial e ao atingimento daliderança como fornecedor preferencial delaminados planos de aço para o mercado regional,contribuindo para o aumento da competitividadede seus clientes, em harmonia com os interessesdos acionistas, empregados, fornecedores,financiadores e comunidade. Para tanto a CSTsegue os seguintes princípios básicos:

Atender aos requisitos dos clientesinternos e externos;

Melhorar continuamente a eficáciado sistema de gestão garantindo aqualidade de produtos e serviços;

Garantir a estabilidade dos processose a redução de variabilidade, por meiodo relato e tratamento de anomaliase do estabelecimento, cumprimentoe aprimoramento dos padrões;

Assegurar a competência profissionalmediante a avaliação de desempenhoe a certificação dos empregados;

Assegurar a performance dosfornecedores de bens e serviços,mediante a avaliação de desempenhoe a exigência de certificação daqualidade;

Promover a sustentabilidade donegócio da empresa, desenvolvendoparcerias estratégicas parafornecimento de insumos, matérias-primas, utilidades e serviços, comperformance garantida.

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Valor ambientalRevisão da Política Ambiental alinhacompromissos com o Grupo Arcelor

Estruturado em Unidades, o Sistema deGestão Ambiental (SGA) da CST-Arcelor Brasilcontrola e gerencia preventivamente os aspectosambientais de sua atuação e sobre os quais elatem influência, de acordo com a PolíticaAmbiental da empresa. Parte do Sistema Global deGestão da Companhia, o SGA mantém pontos emcomum com os Sistemas de Gestão da Qualidadee da Segurança e Saúde, de forma sinérgica,buscando potencializar os resultados. Desde2001, o SGA é certificado de acordo com aNorma ISO 14001.

Em 2005, a Companhia realizou a revisão dasua Política Ambiental, com o objetivo de alinharos compromissos que são comuns ao GrupoArcelor e, ainda, se adaptar aos novos requisitos daNorma ISO 14001:2004. A principal modificaçãofoi a inclusão do compromisso de relatar e tratar

as anomalias que possam causar impactoambiental e a determinação da necessidade derealizar a difusão dos princípios do SGA paraparceiros e fazer avaliação dos impactos de novosinvestimentos.“A maioria das mudanças danorma já estava inserida na Política da CST”,afirma Luiz Antônio Rossi, gerente da Divisão deMeio Ambiente.“No entanto, esta foi umaoportunidade de melhoria, assegurando opermanente alinhamento entre o documento daempresa e os requisitos da certificação”, ressalta.

Outro fato relevante no ano foi a realização deum trabalho de análise de oportunidades demelhoria e o desenvolvimento da revisão de todosos procedimentos empresariais, visando não sóadequar o SGA aos requisitos da ISO 14001:2004,mas também promover sua melhoria contínua,tornando-o mais ágil e eficaz.

30 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

SISTEMAS DE GESTÃO

Política AmbientalA Companhia Siderúrgica de Tubarão – CST,

pertencente ao Grupo Arcelor, atua no setorsiderúrgico nos mercados interno e externo,mediante a produção de semi-acabados e delaminados de aço – material que apresentavantagens pela vasta gama de aplicações voltadasa melhorar a qualidade de vida das pessoas, peloseu desempenho ambiental e pela sua superiorcapacidade de reciclagem.

A Companhia tem entre seus valores, orespeito ao meio ambiente e desenvolvimentosustentável, e sua estratégia considera odesenvolvimento tecnológico, as expectativas daspartes interessadas e a busca por melhorias quediminuam os impactos da sua operação,colaborando para uma sociedade sustentável.Seu Sistema de Gestão Ambiental – SGA,certificado de acordo com a norma ISO 14.001,segue esta estratégia. Todos, o corpo Diretivo,Gerencial e de Empregados da CST, assumemos seguintes compromissos:

Desenvolver ações que assegurem ocumprimento da legislação e de outroscompromissos subscritos pelaCompanhia.

Buscar a melhoria contínua e aprevenção de poluição.

Manter aberto diálogo com todas aspartes interessadas, em antecipação ena resposta às respectivasmanifestações quanto aos aspectosambientais.

Promover iniciativas educacionais quevalorizem a conscientização ambiental dacomunidade.

Desenvolver ações de educaçãoambiental, estimulando seus empregadose de empresas parceiras a executarem assuas atividades disciplinadamente, comresponsabilidade ambiental, e de forma aprevenir os possíveis impactos.

Adotar práticas gerenciais apropriadaspara utilizar de forma eficiente osrecursos naturais e a energia; reduziremissões atmosféricas, efluentes hídricose geração de resíduos; e promover areciclagem e a comercialização de co-produtos.

Avaliar previamente os aspectos eimpactos ambientais decorrentes de suasatividades, produtos e serviços, bem comode novos empreendimentos oumodificações.

Identificar, relatar e tratar as anomaliasque possam causar impacto ambiental.

Difundir entre fornecedores, prestadoresde serviços, unidades de terceiros naCompanhia e clientes de co-produtos osprincípios, procedimentos e requisitospertinentes ao SGA, a serem atendidos.

Estabelecer os objetivos e metasambientais associados aos aspectosambientais significativos.

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Em setembro de 2005, o Sistema de Gestão deSegurança e Saúde (SGS) da CST-Arcelor Brasil recebeu ocertificado de conformidade com os requisitos daOHSAS (Occupational Health and Safety Assessment Series)18001. A certificação, recomendada pelo Lloyd´s RegisterQuality Assurance (LRQA), resultou de um trabalho contínuode melhoria, intensificado a partir de 2003, quandoa Companhia iniciou o projeto de adequação do SGSà especificação internacional.

“A certificação é uma conquista ainda mais relevanteporque aconteceu em plena fase de expansão, quandotínhamos mais que o dobro do número de pessoas quenormalmente trabalham na empresa”, observa Edwardde Paula Koehler, coordenador do grupo gestor do projeto.“O êxito frente a esse desafio deve ser creditado,principalmente, à gestão e à cultura de segurança e saúdeque sempre orientou nossas ações e que foi multiplicadapara os colaboradores das empresas parceiras”, ressalta.Emitida em setembro, a certificação tem validade até 2008,com acompanhamento em auditorias semestrais.“A manutenção da certificação não é um desafio, é umcompromisso. Vamos aproveitar as oportunidades demelhorias para manter o nível de exigência da certificaçãoda CST-Arcelor Brasil entre os mais altos do mundo”,complementa Jackson Chiabi Duarte, diretor Técnico ede Produção da empresa.

Dentro do processo de certificação, a CST-Arcelor Brasilempreendeu, ainda, a revisão da Política de Segurança eSaúde no Trabalho, adequando-a aos requisitos da normaOHSAS 18001.

32 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

SISTEMAS DE GESTÃO

Conquista durantea expansãoEmpresa obtém a certificação na especificaçãointernacional de Segurança e Saúde

Consolidar a excelência operacional e tecnológicaatravés da estabilidade da produção, reduzindo avariabilidade dos processos e assegurando aincorporação de valores como a segurança e saúdedos empregados próprios e de empresas parceiras,pela eliminação ou minimização dos riscos desegurança e saúde e dos impactos ambientais dasoperações, satisfazendo a qualidade dos produtos eserviços requeridos pelos clientes internos, com asedimentação do modelo de gestão de rotina. Paratanto, a CST adota os seguintes princípios:

Buscar melhoria contínua da Gestão de Segurançae Saúde, tanto no aspecto ocupacional quanto naqualidade de vida, com educação, capacitação ecomprometimento dos empregados, envolvendofamiliares, empresas parceiras, fornecedores edemais partes interessadas.

Atender aos requisitos da legislação vigente desegurança e saúde aplicáveis à Companhia eoutros requisitos desta natureza por ela subscritos.

Nos padrões operacionais devem estar contidosos fundamentos de segurança e saúde daspessoas, regulamentando, assim, as condiçõesde produção, a identificação dos riscos àsegurança e saúde de cada atividade e seusrespectivos controles, além dos equipamentos deproteção individual aplicáveis.

É responsabilidade do executante o cumprimentodos padrões que regulamentam as atividades.Entretanto, tal condição não elimina anecessidade de uma avaliação dos riscos àsegurança e saúde do homem, antes da execuçãode qualquer atividade, visando identificar ereportar ao superior imediato a ocorrência dequalquer anomalia. A omissão na comunicação deanomalias poderá enquadrar o executante nasnormas da Companhia.

Garantir a participação dos executantes noentendimento e consenso dos padrões dasatividades e no processo de relato de anomalias,estimulando-os a apresentarem propostas desolução para as anomalias reportadas.

É responsabilidade gerencial, em seus diversosníveis, o tratamento da anomalia e a divulgaçãoaos interessados do plano de ação e/ou dotratamento dado, bem como a administração detodo o Sistema de Segurança e Saúde daCompanhia, o que significa planejar, organizar,dirigir, coordenar e controlar todas as açõesrelacionadas ao sistema, nunca as dissociando desuas responsabilidades técnicas, operacionais eadministrativas.

Direito coletivo é prevalente sobre o direitoindividual. Todo executante é responsávelpelos seus atos, sua própria segurança, a de seuscolegas e dos bens patrimoniais da Companhia,devendo, assim, apresentar-se para a execuçãodas atividades com todos os equipamentosespecificados e em condições físicas ementais adequadas.

É assegurado a qualquer executante o direito denão realizar ou de interromper qualquer atividadequando, aplicada a metodologia de avaliação derisco, for identificada situação de risco grave eiminente. O procedimento é reportar a anomalia,podendo, se for o caso, propor soluções e somentereiniciar o trabalho após adotadas medidas decontrole (isolamento ou eliminação da condiçãoabaixo do padrão).

É dever de todo gerente proporcionar ambienteadequado para comprometimento do executanteno cumprimento dos princípios aqui enumerados.

33

Política de Segurançae Saúde no Trabalho

Integração da gestão aprimora buscapela sustentabilidade

A gestão estratégica da CST-Arcelor Brasil érealizada com agilidade, integração eacompanhamento sistemático, apoiada pelo uso dametodologia Balanced Scorecard (BSC), que permitemonitorar os resultados da Companhia nas diversasperspectivas.“Os objetivos estratégicos sãoconvergentes em relação a todas as perspectivas econtribuem, de forma integrada, para alcançar oobjetivo maior que é dar perenidade ao negócioatendendo às demandas de todas as partesinteressadas. O uso do BSC dá sistematização eagilidade à gestão dessa estratégia, permitindotransparência e acompanhamento por parte de todos.Isso resulta, ainda, no alinhamento das pessoas detodas as áreas em relação às estratégias da empresa”,ressalta Raquel Pittella Cançado, gerente da Divisão deControladoria Interna da CST-Arcelor Brasil.

Ao implantar essa metodologia, em 2002,a empresa optou por uma arquitetura que incluia Perspectiva da Sociedade, além das quatroperspectivas sugeridas pelos criadores do BSC –Aprendizado e Crescimento, Processos Internos,Mercado/Clientes e Financeiro. Os resultados dessaimplantação foram reconhecidos pelo BalancedScorecard Collaborative (BSCol), entidade responsávelpelo monitoramento do uso do BSC no mundo, queconcedeu à Companhia, o Prêmio Hall of Fame, em2004. A CST-Arcelor Brasil é a única empresa do setorsiderúrgico mundial a integrar a lista do Hall of Fame,que reúne, até 2005, as 69 organizações mais bemsucedidas no uso da metodologia.

Bússola da gestão

A base do Balanced Scorecard é a Perspectiva deAprendizado e Crescimento.“Esta perspectiva identificaa infra-estrutura – pessoas, sistemas e procedimentosorganizacionais – que a empresa precisa ter paracrescer com sustentabilidade”, explica Sílvia RochaCoelho Lima, coordenadora do BSC Corporativo da CST-Arcelor Brasil. No segundo plano está a PerspectivaProcessos Internos, que avalia os processos internoscríticos necessários para a empresa atingir a excelência.As Perspectivas Mercado/Cliente e Sociedade estãoposicionadas em terceiro plano, dando suporte para aconquista do objetivo central de toda empresa que estána perspectiva Financeira.“A sustentabilidade dependedo equilíbrio entre o desempenho de todas asperspectivas”, conclui a coordenadora.

34 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

SISTEMAS DE GESTÃO

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SER REFERÊNCIA NA CRIAÇÃO DE VALOR PARA O ACIONISTA

- DESEMPENHO DO PRODUTO - PRAZO DE ENTREGA - SERVIÇOS - AGILIDADE DE RESPOSTA - VOLUME - MENOR VOLATIVIDADE DE PREÇOS

PROVER SOLUÇÕES E INFORMACÕES

GERENCIAIS ATRAVÉS DE FERRAMENTAS DE TI

- CONECTIVIDADE - INTEGRAÇÃO - AGILIDADE - MELHORES PRÁTICAS

CONSOLIDAR O MODELODE GESTÃO

- COMUNICAÇÃO EFICAZ - GESTÃO DO CLIMA ORGANIZACIONAL

SER EMPREGADOR DE REFERÊNCIA

- CONHECIMENTO CRÍTICO PARA O NEGÓCIO - MULTIFUNÇÃO - GESTÃO DA MELHORIA - GERÊNCIA DA ROTINA - SIMPLICIDADE / AGILIDADE - FOCO EM RESULTADO

- PRÓ-ATIVIDADE - MOBILIDADE - EMPREENDEDORISMO - CRENÇAS - VALORES DA EMPRESA - RESPONSABILIDADE E AUTORIDADE DESCENTRALIZADAS

Perspectiva Financeira

Perspectiva de Mercado Perspectiva da Sociedade

Perspectiva deProcessos Internos

Perspectiva de Aprendizado e Crescimento

DESENVOLVER INTELIGÊNCIAS DE MERCADO

APRIMORAR O SISTEMA DE LOGÍSTICA DE PRODUTOS

GARANTIR A FIDELIDADE DOS CLIENTES

SER BENCHMARKEM CUSTOS

GARANTIR A LIDERANÇA DE LAMINADOS PLANOS NO MERCADO

REGIONAL E DE SEMI-ACABADOS NO MERCADO MUNDIAL

REALIZAR CONTÍNUA BUSCA DE SINERGIAS EM NÍVEL

REGIONAL E GLOBAL

PERSEGUIR MIX DEPRODUTOS DE MAIOR

VALOR AGREGADO

SER VETOR DECRESCIMENTO DE

AÇOS PLANOS

BUSCAR EXCELÊNCIA EM GESTÃO AMBIENTAL E SAÚDE OCUPACIONAL, BUSCANDO

ANTECIPAR-SE ÀS DEMANDAS

PROMOVER O RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL VISANDO UMA

SOCIEDADE SUSTENTÁVEL

SUSTENTABILIDADE

APERFEIÇOAR ORELACIONAMENTO

COM FORNECEDORESE PARCEIROS

OTIMIZAR AGESTÃO DE ATIVOS

BUSCAR EXCELÊNCIAOPERACIONAL E NACADEIA DE VALOR

APRIMORAR A GESTÃO DE RISCOS CORPORATIVOS

MANTER ATUALIZAÇÃOTECNOLÓGICA

EXCELÊNCIA OPERACIONAL

Mapa Estratégico Corporativo

36 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

Com investimentos consistentes e contínuos norelacionamento com os stakeholders, a empresa fortalecesua sustentabilidade, contribuindo previamente deforma ativa para o desenvolvimento humano.A estratégia é incentivar a criação de redes derelacionamento entre os diversos públicos,potencializando os resultados das ações econômicas,sociais e ambientais.Em 2005, a CST-Arcelor Brasil iniciou o desenvolvimentodo Programa de Engajamento com as Partes Interessadas,voltado a ampliar o trabalho realizado desde 1996 com aPesquisa de Identificação das Expectativas. A primeiraetapa do Programa foi finalizada em dezembro, com aapresentação do Relatório de Mapeamento das PartesInteressadas, que atualiza a identificação dos diversospúblicos, assim como suas principais demandas.

O Mapeamento das Partes Interessadas incluiu olevantamento do universo total de cada público;a determinação das amostras para que sejamaplicados os questionários referentes à pesquisa depercepção; e a definição dos atributos que serão avaliadospela pesquisa.O programa está sendo desenvolvido pela CST-ArcelorBrasil em parceria com a PricewaterhouseCoopers e oInstituto Futura, empresa local que vai realizar a pesquisade campo. Os resultados vão orientar a gestão dorelacionamento da Companhia com os diferentespúblicos, permitindo a definição de prioridades, objetivose metas para os futuros projetos e investimentos.

Um dos compromissos da CST-Arcelor Brasil é manteraberto o diálogo com as partes interessadas, emantecipação e na resposta às demandas da sociedade

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PARTES INTERESSADAS

Diálogo franco

informações básicas como data de recebimento,tipo de solicitação, dados do solicitante edocumentos enviados. Essas informações seguempara o gerente que as remetem a um dos analistas,que faz a avaliação e recomenda os próximospassos. Todo o processo é automaticamenteregistrado no Sispart e fica acessível a toda a equipe.Qualquer pessoa da área pode ter informaçõesprecisas sobre as demandas.

Outra vantagem do Sispart é a facilidade paraproduzir relatórios e fazer análises de desempenho,pois todo o processo é registrado com detalhes e deforma integrada.“O sistema nos deu maiorvisibilidade da gestão e isso é muito importantepara que possamos avançar nos investimentossociais com eficiência e abrangência. Conhecendomelhor as pessoas e as estruturas das partesinteressadas, assim como a forma de atuação,podemos integrar projetos, criar teias de interessecomum, enfim, formar redes de relacionamento”,conclui a analista.

Tecnologia de relacionamento

O aprimoramento e a intensificação das açõesde relacionamento com a sociedade, trouxeramnovos desafios à gestão das demandas. Para venceresses desafios e garantir agilidade, transparência eprecisão nas informações, a equipe interna da CST-Arcelor Brasil desenvolveu o software Sistemade Partes Interessadas (Sispart), que começou aoperar em janeiro de 2005.“O Sispart nasceu danecessidade de ter uma ferramenta eficiente decontrole e acompanhamento das demandas.O sistema anterior produzia muito papel e poucapossibilidade de gestão”, conta Angelita Minelio daSilva, analista de Apoio em Responsabilidade Social,e colaboradora na autoria da idéia.

Angelita logo percebeu que a tecnologiapoderia ser uma aliada. Com o apoio da equipe deInformática e dos analistas de ResponsabilidadeSocial da empresa, foi desenhado um sistema deautomatização das informações recebidas e doacompanhamento das demandas. A base do Sisparté um banco de dados no qual são inseridas as

38 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

PARTES INTERESSADAS

MercadoInstituições financeiras

InvestidoresClientes

Formadoresde Opinião

Instituições de Ensinoe Pesquisa

Mídia e Imprensa

FornecedoresFornecedores –

insumos e materiaisFornecedores – serviços e obras

SociedadeComunidade

Entidades Públicase Governo

Órgãos Ambientais ONGs

Governo:desenvolvimento social

Entidades CulturaisEntidades de Classe

Público InternoAcionistasDiretoriaGerentes

Empregados diretosAposentados e pensionistas

VinculadosConselho Fiscal

Histórias de sucessoConheça alguns dos principais destaques no relacionamento da Companhia com as partes interessadas em 2005

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úblico InternoPesquisa de Clima OrganizacionalEm 2005, a CST-Arcelor Brasil manteve o primeirolugar no ranking “As Cinco Melhores em Gestão deClima Organizacional”, elaborado pela consultoriaHay do Brasil, que inclui grandes empresas dediversos setores. A colocação é resultado da pesquisa,realizada em 2004, que teve a participação de94% dos empregados da CST, dos quais79% mostraram-se favoráveis às políticas epráticas da empresa.Desde 1999, a CST-Arcelor Brasil participa dolevantamento desenvolvido pela Hay, abrangendotodos os empregados. O índice de satisfação evoluiude 55%, em 1999, para 79% em 2004.Em 2003, a CST-Arcelor Brasil também foi líder desseranking, com nível de aprovação de 73%.“Essa pesquisa é um verdadeiro instrumento degestão, que nos mostra as oportunidades de melhoria,indicando as falhas para que possamos avançar norelacionamento interno”, afirma o presidente daArcelor Brasil, José Armando de Figueiredo Campos.“O bom só pode acontecer se você conhece e sabecomo enfrentar o ruim”, complementa.

P

PARTES INTERESSADAS

FornecedoresMultiplicação de Valores Ambientais e de Segurança

O relacionamento da CST-Arcelor Brasil com osfornecedores tem como diretrizes odesenvolvimento sustentável conjunto, a partir damultiplicação dos valores da Companhia de forma apotencializar a competitividade dos parceiros.Desde 2002, a empresa vem implantando ações deavaliação da gestão ambiental, de segurança dotrabalho e de qualidade dos fornecedores decalcário, que complementam os programas demelhoria da gestão e dos produtos. As ações junto aesses fornecedores incluem levantamento deaspectos ambientais, estabelecimento de ações decontrole, procedimentos escritos, ações preventivase corretivas para os aspectos significativos, alémda determinação de objetivos e metas, programade inspeções ambientais e treinamento emeducação ambiental.

“Nosso objetivo é ter um conjunto defornecedores que atuem com uma visãoempresarial focada na sustentabilidade, não atravésde imposição de regras, mas oferecendooportunidade para que esses parceiros evoluam emsuas formas de atuação”, ressalta Dalmo Alvim,especialista da Divisão de Meio Ambiente.Um caso exemplar desse trabalho, segundo Alvim,é o projeto desenvolvido junto aos fornecedoresde calcário, que envolve principalmente empresasda região sul do Espírito Santo.

“O alto nível de exigência da CST,em relação àqualidade do produto e aos controles ambientais e desegurança,é acompanhado por um relacionamentode parceria,que contribui,com capacitação etreinamento,para a nossa competitividade”,afirmaScandar Lattufe Nemer,diretor da Mibita.A empresa,que integra o pólo de produção de calcário deCachoeiro de Itapemirim,participa do projeto da CST-Arcelor Brasil há dois anos e,agora,prepara-separa conquistar a certificação ambiental,de acordocom a norma ISO 14001.“Estamos prontos paracrescer com sustentabilidade,atendendo a demandada CST e do mercado em geral com mais qualidade”,finaliza Nemer.

ONGsPrograma de Comunicação com o Terceiro Setor

Com o objetivo despertar as organizações doTerceiro Setor para a necessidade de aprimorar agestão e, assim, garantir a sustentabilidade dasações empreendidas, a CST-Arcelor Brasil vemdesenvolvendo, desde 2004, o Programa deComunicação com o Terceiro Setor. A iniciativaoferece uma série de módulos de capacitação paraas ONGs participantes, contribuindo efetivamentepara a melhoria da gestão, estando, assim, alinhadacom a política de relacionamento da empresa coma sociedade, focada em fortalecer a integração eaprimorar a capacitação.

“Toda ONG deveria ter essa oportunidade”,afirma Verônica Alves Queiroz, responsável pelaárea de Administração da Associação de FibroseCística do Espírito Santo (Afices), uma das vinteorganizações certificadas pelo Programa em 2005.“A partir do conhecimento adquirido no Programa,aperfeiçoamos a gestão e o relacionamento com osparceiros. Isso nos permitiu inclusive iniciar acaptação dos recursos necessários para aquisiçãode nossa sede”, complementa a gestora da Afices.

Os módulos de capacitação, com conteúdoselaborados a partir de uma ampla pesquisa junto aorganizações e profissionais do terceiro setor, sãovoltados a temas como Legislação Aplicada,Gerenciamento de Pessoas, Captação de Recursos eMarketing Social. Outras 35 organizações foramselecionadas para participar do Programa em 2006.

40 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

41

GovernoApoio ao Desenvolvimento Urbano

Apoiar a sociedade no desafio de desenvolverprojetos sócio-transformadores é uma das diretrizesdo relacionamento da CST-Arcelor Brasil com asinstituições governamentais. Trabalhando emparceria com os órgãos públicos, de formatransparente e contínua, a Companhia potencializaos resultados das ações, através do incentivo àcidadania e à participação de toda a sociedade nadefinição das estratégias públicas.

Em 2005, a CST-Arcelor Brasil participou daimplantação do Fórum Serra Cidade da Paz,iniciativa da Prefeitura Municipal de Serra que temcomo principal objetivo reduzir os índices deviolência registrados na cidade. Com odesenvolvimento de ações em três eixosestratégicos – combate à impunidade, defesa sociale mobilização da sociedade – o projeto já alcançouresultados significativos.“Em 2005, reduzimos em16,66% o índice de homicídios no município eestamos caminhando para realizar nossa meta deser uma das cidades mais seguras da RegiãoSudeste até 2008”, revela o secretário de DefesaSocial, Ledir Porto.“O apoio da CST-Arcelor Brasiltem se destacado, principalmente, pela suacapacidade de articular e mobilizar outros agentes,de forma a acelerar o andamento das ações”,afirma o secretário.

Instituições de EnsinoPrograma de Comunicação Ambiental (PCA)

Desenvolvido desde 1997, em parceria com instituiçõesde ensino fundamental, médio e superior, públicas eparticulares da Grande Vitória, o PCA fortalece a interaçãoda empresa com a sociedade através de ações que visamcontribuir com a educação ambiental, promovendo umareflexão sobre a sustentabilidade junto à comunidadeacadêmica, incluindo estudantes, professores e educadoresem geral. Realizado a partir de convênios, o Programa écomposto por atividades pedagógicas desenvolvidas emharmonia com os currículos das escolas, de forma inter etransdisciplinar.

Em 2005, o Programa contou com a participação de11 novas escolas de Educação Infantil, 89 escolas de EnsinoFundamental e Médio, além de 15 Instituições deEnsino Superior.

Junto às escolas, o Programa promoveu: 476 visitasmonitoradas à CST-Arcelor Brasil com participação

de mais de 15 mil alunos; capacitação de587 educadores; implantação de 11 Hortas

Educativas e realização de 13 cursos eoficinas. No evento de encerramento,realizado em dezembro, 11 escolasreceberam o certificado de conclusãodo Programa.

Entre as ações desenvolvidas comas Instituições de Ensino Superior estão:

visitas de 2.067 alunos, Ciclo de Palestrascom temas sócio-ambientais e realização do

5º Seminário de Meio Ambiente, com o tema“Cuidado, a essência da vida”. Foi realizada, ainda, aentrega dos prêmios do III Concurso de Monografias, queteve a inscrição de 29 trabalhos realizados por alunos eprofessores das instituições conveniadas.

A estratégia de desenvolvimento sustentável da CST-Arcelor Brasil está fundamentada em uma políticade Recursos Humanos que combina programas deeducação continuada, sistema de benefícios devanguarda e cultura organizacional construída ao longode sua história. A partir do desenvolvimento dos talentosdas pessoas que formam o público interno, a Companhiadesenvolve processos, investe em tecnologia, se integra àsociedade e produz riquezas, harmonizando todas asperspectivas da sustentabilidade.

O engajamento consciente e determinado dosempregados em todas as metas da CST-Arcelor Brasil éresultado de uma gestão de recursos humanos estávele transparente, que valoriza a capacidade de superardesafios para fazer sempre o melhor. Incentivados aparticipar da gestão da Companhia, os colaboradoresatuam também como multiplicadores dos valoresdesenvolvidos internamente levando os conceitos dasustentabilidade para toda a sociedade.

Sustentabilidadepara nossa gente

ESTRATÉGIA SOCIAL – PÚBLICO INTERNO

43

Capacitar e divulgar a sustentabilidade faz parteda gestão de recursos humanos estávele transparente da Companhia

Programas de educação e capacitaçãoInvestimentos contínuos em educação e

capacitação, realizados a partir de 1992,transformaram o perfil de escolaridade doscolaboradores, preparando-os para atuar em umaempresa tecnologicamente atualizada e fortalecendosua cidadania. O primeiro passo foi a implantação daNossa Escola dando oportunidade para que todosconcluíssem o ensino fundamental e médio em umestabelecimento dentro da empresa. Paralelamente,a Companhia desenvolveu um conjunto de programasde capacitação específicos para as diferentes áreasde atuação e, ainda, criou incentivos à formaçãosuperior e ao aprendizado de idiomas.

Em 2005, os investimentos em capacitaçãototalizaram cerca de R$ 18,4 milhões, aplicados narealização de mais de 736 mil horas/homem detreinamento, cerca de 160 horas por empregado/ano,atingindo um percentual de 8,3% de horas detreinamento sobre horas possíveis de trabalho. As açõessão direcionadas ao aumento do nível de competênciatécnica, de gestão e comportamental dos empregados,através dos Programas Corporativos deDesenvolvimento. No ano, foram realizados eventosdestinados aos gerentes do Programa deDesenvolvimento Gerencial,supervisores do Programa deDesenvolvimento deSupervisores e especialistas eanalistas do Programa deDesenvolvimento deEspecialistas. Além desseseventos, foram desenvolvidosprogramas de escolarização,idioma, on-the-job training ecertificação profissional.

Desenvolvimento de novos talentosDesde 1980, a CST-Arcelor Brasil desenvolve o

Programa de Capacitação Sócio-Educativo(Procap), voltado à formação profissional deadolescentes, que em 1992 iniciou parceria coma Prefeitura Municipal de Serra e entidades deensino.“A participação no Procap despertou meuinteresse pelo trabalho em equipe e me fezdescobrir que eu tenho talentos pessoais eprofissionais”, diz Washington Costa Silva, 17 anos.“Meu período de Procap acaba no final doprimeiro semestre de 2006, mas eu já tenho umcaminho a seguir, graças ao conhecimento queadquiri na CST-Arcelor Brasil”, ressalta,acrescentando que está cursando a Faculdade deCiências Contábeis e atua, ainda, comomultiplicador do Procap.

Em 2005, foram realizadas diversas melhoriasno programa, entre as quais se destacam:modificação da carga horária, diversificação doconteúdo programático e ações de incentivoà atividades culturais.“O Procap já tem mais de20 anos e se mantém atualizado, acompanhandoas demandas do mercado de trabalho edesenvolvendo redes de parceiros que se engajam

nos objetivos, agregando novasexperiências”, observa Janaina Oliveira

Almeida, analista de Serviço Social daCST-Arcelor Brasil. Ao longo do anoforam formados 79 adolescentes parao mercado de trabalho e 17 noMódulo Básico de Inglês. Uma

pesquisa realizada junto aosadolescentes que participaram do

Programa nos anos de 2000 a 2003,demonstrou que 44% dos entrevistados

estão no mercado de trabalho e outros 40% játiveram alguma experiência profissional após otérmino do programa.

ESTRATÉGIA SOCIAL – PÚBLICO INTERNO

Histórias de sucessoConheça alguns dos principais destaques do investimento social interno de 2005

44 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

45

Programa Pró-VidaO Programa de Qualidade de Vida da

CST-Arcelor Brasil (Pró-Vida), desenvolvido desde1993, abrange ações integradas para a melhoriado Perfil de Saúde dos colaboradores da empresa.A partir dos resultados de exames médicosperiódicos e informações sobre estilo de vida, aspessoas são estimuladas a participar de sub-programas de melhoria da qualidade de vida,incluindo mudança de hábitos alimentares, controledos fatores de risco e incentivo à pratica de esportes.

“O amadurecimento do Pró-Vida pode serconstatado pelo maior envolvimento de todos nabusca da qualidade de vida, com equilíbrio entre osfatores físicos, mentais e emocionais”, analisaMarcelo Faria, gerente da Seção Oficina Elétrica, quese define como um entusiasmado participante doPrograma. Junto com a equipe de sua seção,composta por 76 pessoas, com média de idade de40 anos, ele promove corridas, palestras deconscientização e reuniões mensais sobre temascomo alimentação saudável.“A melhoria dascondições de saúde se reflete diretamente noambiente de trabalho. Dá para perceber no ar, obem-estar das pessoas e o sentimento de satisfaçãode estar integrado a uma empresa que respirasaúde”, ressalta o gerente.

Em 2005, o Pró-Vida comemorou os doze anos,desde sua implantação, promovendo a segundaedição da Corrida e Passeio Ciclístico, que teve aparticipação de 169 corredores e 281 ciclistas.Entre as marcas alcançadas em 2005, destacam-se:crescimento de 70% para 75,73% no total decolaboradores classificados no Risco 0; índicede 97,3% de classificados nos níveis bom e ótimode Saúde Bucal; e redução do índice de tabagismode 8,5%, em 2004, para 5,9%, em 2005.

Preparação de mão de obra para a expansão

Com o objetivo de aumentar a empregabilidade damão-de-obra local, ampliando sua qualificação ecapacitando-a para trabalhar nas obras de expansão, a CST-Arcelor Brasil criou, junto com o SENAI, um programade treinamento para o aperfeiçoamento profissional nasfunções de pedreiro, armador, carpinteiro e pintor.Os trabalhadores capacitados são encaminhados ao SINEque centraliza o cadastramento para a contratação porparte das empresas responsáveis pelas obras de expansão.

Em 2005, mais de 400 moradores das cidades de Serra,Vila Velha e Vitória receberam treinamento paraaperfeiçoamento, totalizando 28.960 homens/hora detreinamento. Desde o início do projeto, já foram treinadascerca de 1.300 pessoas.“Esse programa está tendoresultados acima do esperado, principalmente, porque asempresas se engajaram no objetivo de dar oportunidadeaos participantes, sem fazer distinção de idade ou tempode experiência”, diz Joanilton Teixeira Bettmann, instrutordo SENAI, que participou também da elaboração dosmódulos de treinamento.

“O programa seguiu uma estrutura que, alémde capacitar para o trabalho nas obras, difundiu emultiplicou valores relacionados com segurança,saúde e, principalmente, desenvolvimento dostalentos pessoais. Com isso, proporcionou umaexpansão das perspectivas para pessoas queestavam excluídas do mercado de trabalho”,destaca o instrutor.

Em convênio com o Serviço Social da Indústriada Construção Civil do Espírito Santo (Seconci), aCST-Arcelor Brasil também promoveu, entre 2004 e2005, treinamento em Segurança e Saúde,Segurança Patrimonial e Meio Ambiente paracerca de 18,4 mil profissionais das empresascontratadas para as obras de expansão. Foirealizado, ainda, treinamento similar para 674profissionais de nível gerencial dessas empresas.

Outros destaquesCertificação profissional

A CST-Arcelor Brasil realizou 400 certificaçõesde empregados,sendo 246 na Associação Brasileirade Metalurgia e Materiais – ABM (PNCO – ProgramaNacional de Certificação de Operadores) e 154 naAssociação Brasileira de Manutenção – ABRAMAN(PNQC – Programa Nacional de Qualificação eCertificação de Pessoal na Área de Manutenção),mantendo-se entre os líderes no ranking.

Integração socialMais de 2,3 mil pessoas,entre colaboradores e

familiares,participaram dos programaspsicossociais voltados à melhoria da qualidade devida, incentivo à atitude prevencionista e àintegração com os valores da empresa. Ao todo,sãodesenvolvidos sete diferentes programas:Mais Vida(DST/AIDS),Na Ponta do Lápis (GestãoOrçamentária),Geração D+,Saúde da Mulher,Repensando a Organização Familiar,Repensando aVida para Solteiros e Reflexão para a Aposentadoria.

Prevenção para a saúde Em fevereiro de 2005 foi iniciado o Projeto Mais

de 30 que tem como objetivo intensificar ações dequalidade de vida para os colaboradores com maisde 30 anos. Até dezembro,o projeto recebeu a adesãode 70 pessoas,que realizaram exames preventivosadequados a essa fase da vida e participaram depalestras específicas.

Segurança fora da empresa Cerca de 270 colaboradores e familiares

participaram do treinamento Segurança Fora daEmpresa,que visa multiplicar a cultura de prevençãode acidentes praticada dentro da Companhia para olar, lazer e trânsito. Durante a colônia de férias daAEST,foi realizada uma turma especial para cerca de650 crianças.

Prevenção e controle do uso de drogasA CST-Arcelor Brasil revitalizou as ações do

Programa de Prevenção e Controle do Uso Indevidode Drogas, implantando a realização de exames detestagem toxicológica.

46 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

ESTRATÉGIA SOCIAL – PÚBLICO INTERNO

Assegurar a gestão corporativa de compartilhamentodo conhecimento, considerando cenários futuros,monitorando tendências de mercado e estimulandocontinuamente a adoção das melhores práticas,alinhadas à necessidade de tornar o negócio maiscompetitivo.

Garantir a valorização da pessoa de forma a agregarvalor ao negócio no atingimento dos resultados,conforme Missão, Visão e Valores da Companhia,através de:

Gestão integrada de recursos humanos, em linhacom a estratégia de negócios, objetivando reforçaros conhecimentos, habilidades e atitudes de formaa fortalecer a excelência das pessoas;

Prover pessoas em quantidade e competênciasrequeridas pelo negócio da Companhia, de forma asuportar seu crescimento; e

Promover melhoria contínua na política deremuneração, reconhecendo a competênciacertificada, privilegiando performance e resultadosgerados, mantendo-a competitiva junto ao mercadode influência e compatível com a realidade CST.

Assegurar a competência profissional mediante acertificação dos empregados.

Utilizar indicadores internacionais, preferencialmenteeuropeus, como referência de controle dos RiscosOcupacionais.

Fortalecer a competência de Gestão, consolidandoatitude voltada a capacidade empreendedora, emlinha com a visão de negócios da CST.

Aprimorar moral e motivação, realizando a gestão doclima organizacional, assegurando a produtividade emníveis crescentes em um ambiente de trabalho queprivilegie a qualidade de vida, a competência, desafiose estímulo ao auto-desenvolvimento, atendendo osanseios do empregado quanto à satisfação,crescimento profissional, segurança e preservação dasaúde, sem contudo perder de vista a posição deempresa sustentável e competitiva.

Consolidar o modelo de gerenciamento por diretrizes ede gestão da rotina, bem como ampliar a competênciaem análise e solução de problemas através daimplementação do programa Seis Sigma.

Fortalecer a atitude proativa dos empregados nacomunicação e tratamento de anomalias, através doSD 2000.

Mitigar os impactos culturais, estruturais e sociaisdecorrentes dos projetos estratégicos.

Aprimorar o Sistema de segurança do trabalho e saúdeocupacional, como fatores determinantes dasustentabilidade, considerando as melhores práticasna siderurgia mundial e a crescente demandaregulatória orientada pelos padrões europeus.

Crenças e Valores da EmpresaConhecimento Crítico para o NegócioFoco em ResultadoComunicação EficazGestão do Clima OrganizacionalResponsabilidade e Autoridade DescentralizadasProdutividade, Multifunção e EmpreendedorismoSimplicidade/AgilidadeMobilidadeGestão da Melhoria e Rotina

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PESSOAS

Ser referência na criaÁão de valor para o Acionista

ATRAIR DESENVOLVER RETER

SER UMEMPREGADOR

DE REFERÊNCIA

GESTORES

Objetivos de RH

Nosso Objetivo Estratégico:Ser Empregador de Referência

Muro da sede da Associação Cultural Girassol

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Os investimentos sociais externos realizados pela CST-Arcelor Brasil priorizam as ações voltadas para aeducação, entendida como principal fator parao desenvolvimento sustentável da sociedade.Os investimentos são realizados em parceria e cooperaçãocom os diferentes segmentos das comunidades, buscandocriar redes de relacionamento para potencializar osresultados, em torno do objetivo comum de transformar arealidade e alcançar a melhoria da qualidade de vida.

Mantendo o foco na promoção da educação, aCST-Arcelor Brasil direciona investimentos tambémem ações nas áreas de cultura, meio ambiente, saúde,geração de renda e desenvolvimento urbano, sempreprocurando atender às demandas da sociedadeorganizada, valorizando o talento local e incentivandoa criação de riquezas com sustentabilidade.Em 2005, a Companhia atuou em parceria commais de 200 instituições públicas e organizações não-governamentais, investiu aproximadamente R$ 8,1 milhões, apoiando cerca de 80 programas e projetos sociais, que beneficiaram umpúblico total de mais de 380 mil pessoas, número querepresenta cerca de 25% do total da população daRegião Metropolitana da Grande Vitória.

Parcerias para odesenvolvimentoda sociedade

ESTRATÉGIA SOCIAL – PÚBLICO EXTERNO

O relacionamento da CST-Arcelor Brasil com osdiversos públicos externos prioriza as açõesvoltadas para a educação

Novos ParceirosPara obter sucesso nos seus investimentos

sociais externos, a CST-Arcelor Brasil conta comdiversos parceiros. Em 2005, a Companhia inicioutrês novas parcerias com organizações quedesenvolvem ações sociais junto às comunidadesda Grande Vitória.

Centro de Artes Arco-ÍrisMantido pelo Instituto João XXIII, promove

cursos e oficinas de artes para crianças eadolescentes nos bairros da região de Itararé, emVitória, utilizando como ferramenta básica a arte-educação e primando pela gestão dos recursos econtinuidade dos projetos. O objetivo da entidadeé estimular a cidadania e a inclusão social atravésda sensibilização artística e cultural.“A parceriacom a CST-Arcelor Brasil é exemplar porque estábaseada em um compromisso de mão-dupla.O Coral da Companhia ensaia em nossasinstalações e, em contrapartida, a empresainveste nos nossos projetos possibilitando oatendimento a um público maior”, afirma

Maria Terezinha Bergi, vice-presidente executivado Instituto João XXIII, acrescentando que onúmero de participantes das atividades do Arco-Íris cresceu de 377, em 2004, para 560, em 2005.

Associação Cultural Girassol (ACG) A empresa apóia o Programa Saciando a Fome

de Pão, Beleza e Afeto, que tem o objetivo depromover atividades culturais, educativas ecooperativas, para estimular a integração dosmoradores do bairro Planalto Serrano, na Serra, emações de transformação social. O Programa ofereceoficinas e cursos nas áreas de educação, cultura ecapacitação profissional.

Associação Pestalozzi da Serra Através de convênio, a Companhia apoiou

o Projeto Nada se Perde, criado pela entidade paraampliar o atendimento a alunos com necessidadeseducacionais especiais, desenvolvendoatividades de atuação clínico-pedagógicas a partirda Horta Educativa.

50 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

ESTRATÉGIA SOCIAL – PÚBLICO EXTERNO

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Restaurando a Históriae revelando o Talentode Adolescentes

Por meio de convênio com o Instituto Goia, aCST-Arcelor Brasil investe, desde 2001, naformação, pela Escola Municipal Profissionalizantede Artes e Ofícios (Empao), de adolescentes emsituação de risco social para atuar na restauração erecuperação de edifícios históricos. Paralelamente,a empresa apóia projetos governamentais derevitalização de patrimônios históricos no EspíritoSanto, ampliando as oportunidades de atuaçãodos adolescentes formados na Empao.

Entre os resultados desse projeto, se destacama restauração do Teatro Carlos Gomes e do PalácioAnchieta, ambos no centro de Vitória, e o Parquedas Lavadeiras Dona Minervina, em Muqui, no suldo Estado. Desde o início das atividades, a Empaojá formou 100 adolescentes que atuaram comorestauradores em mais de 20 prédios históricos.Mas, o principal resultado é a transformação queeste projeto proporciona na vida dos adolescentes,como retrata o depoimento de Aline Rosa, 20 anos,integrada à Empao desde a primeira turma.

“Eu conheci a Empao por acaso. Fui à Casa doAdolescente Trabalhador para fazer um curso dedigitação. Como não tinha mais vaga, a assistentesocial sugeriu que eu fizesse o curso derestauração. Aceitei, mesmo achando que pareciamais um trabalho pesado do que umaprendizado. Foram oito meses de cursos – reboco,pintura, aulas teóricas e práticas. Até quecomeçamos a restaurar um prédio na Praça 8.No dia em que terminamos, eu pensei:

Nossa! A gente restaurou um prédio!Senti alegria e orgulho pelo trabalho. Esse

projeto é muito importante porque a gente estárestaurando a nossa história. Além disso, meproporcionou independência financeira, umaprofissão criativa e novas perspectivas. Hoje, estouindo bem nos estudos, tirei boa nota no ENEM epenso em cursar Pedagogia. Ao mesmo tempo,quero continuar a trabalhar com restauração eestou me especializando na área de imagens.

Além dos grandes projetos de restauração, nósaproveitamos nossa união e nossa capacitaçãopara realizar mutirões nos finais de semanaajudando a reformar a casa de todos e até deparentes e amigos. Viramos uma grande família!”

Histórias de sucessoConheça alguns dos principais destaques do investimento social externo de 2005

Projetos próprios

Entre os projetos desenvolvidos poriniciativa da própria CST-Arcelor Brasil tambémse destacam o Programa de ComunicaçãoAmbiental e o Programa de Comunicação com oTerceiro Setor. Ambos seguem a diretriz deinvestimentos na educação e na capacitação parao desenvolvimento de uma visão integrada esustentável do mundo e dos desafios modernos.

(Conheça mais sobre esses programas e seusresultados em 2005, nas páginas 40 e 41).

Projeto CaminhosO Projeto Caminhos, criado em 2005, tem

origem na evolução do Programa SolidariedadeTotal, desenvolvido há doze anos pela Companhiapara atender 14 comunidades carentes da GrandeVitória, em parceria com instituições sociais,através da distribuição da sopa.

O Projeto Caminhos surge para ampliar oatendimento a esse público através dodesenvolvimento paralelo de ações de resgate dacidadania, capacitação e ações de geração derenda, visando dar sustentabilidade às famílias.“A idéia é investir para transformar a realidadedessas comunidades, incentivando a criação decondições de desenvolvimentoindependentemente da distribuição de sopa”,ressalta Florinda Soares Ferreira, assistente socialda B&M Consultoria, empresa responsável pelacoordenação do projeto.

“Estamos na fase inicial. Em 2005, fizemos ocadastramento das pessoas, identificando talentose mapeando as capacitações naturais. Essa açãonos permitiu viabilizar, juntamente com osresponsáveis das instituições beneficiadas, aidentificação de melhores condições deacomodação para distribuição da sopa, e oatendimento e o acompanhamento, de formasistemática, das famílias cadastradas”, conta MariaHelena Firmo Pagotto, analista deResponsabilidade Social da CST-Arcelor Brasil.Os resultados já começam a aparecer. Quatroinstituições parceiras solicitaram redução naquantidade de sopa recebida, pois através docadastramento conseguiram mensurar com maiorprecisão as demandas das comunidades.

Projeto GaivotaLançado no segundo semestre de 2003, o

Projeto Gaivota reúne ações de educação edesenvolvimento local, com o objetivo de apoiar acomunidade de Nova Almeida, em Serra. O projetocriou ações sócio-educativas sustentáveis,utilizando talentos e recursos próprios e deparcerias, por meio de ações culturais, esportivas,educacionais e de geração de trabalho e renda.

“O grau de desenvolvimento que atingimos noProjeto Gaivota nos permite utilizá-lo comoexemplo de metodologia a ser aplicada em outrascomunidades. O principal fator de sucesso é aforma como incentivamos a participação ativa detodos, permitindo que cada pessoa seja sujeito desua própria história e contribua para ocrescimento do outro”, observa Mônica Rezende,da B&M Consultoria e Desenvolvimento, empresaque operacionaliza o projeto.

Em 2005, ao completar dois anos deimplantação, o Gaivota atendeu diretamente umamédia de 400 pessoas/mês nas diferentes açõesdesenvolvidas. Foram atendidas indiretamentecerca de seis mil pessoas através da promoção deeventos comunitários. Entre as realizações do ano,destacam-se: início da parceria com o ProjetoUniversidade para Todos, que passou a contar comuma turma em Nova Almeida, culminando com aaprovação de três alunos no Vest-Ufes 2005;crescimento no número de parceiros de 19, em2004, para 32; realização do Desfile Cívico porocasião das comemorações do aniversário doGaivota, contando com a participação de todas asescolas da região, com aproximadamente

52 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

ESTRATÉGIA SOCIAL – PÚBLICO EXTERNO

1600 alunos, e com um público de cerca de2000 pessoas; além da revitalização da hortaorgânica comunitária.

Porém, duas conquistas merecem destaque:o desligamento da sopa através doacompanhamento sistemático de 42 famíliasatendidas pelo Programa Solidariedade Totale a inserção no Projeto Gaivota, indo além doatendimento às necessidades emergenciaismas, acima de tudo, estimulando a comunidadea identificar seus potenciais e a se desenvolverpor seus próprios meios; e reconhecimento doGaivota pelo Centro Social de Nova Almeida –Joaripe, enquanto projeto pedagógico adotadopelo Centro Social, constando na reforma doEstatuto da instituição.

Eleição da nova diretoria do Centro Socialde Nova Almeida-Joaripe, compostaexclusivamente pelos voluntários do ProjetoGaivota; reforma e ampliação do Centro Sociale inserção do Projeto Universidade Para Todosnas dependências do Centro Social, contandocom a participação de 80 alunos.

Programa CataventoCom o objetivo de desenvolver ações

voltadas à inclusão social de forma a contribuircom a mudança de paradigma na educação,saúde e trabalho e na orientação aos familiaresdas pessoas com deficiência, o Programa

Catavento é uma iniciativa conjunta daCompanhia com a Ação Comunitária do EspíritoSanto (Aces) e conta, ainda, com a parceria de22 instituições. Em 2005, foram realizados9 cursos e oficinas de capacitação, com aparticipação de 168 alunos. Desde a suaimplantação, em 2003, 71 participantes já foramencaminhados ao mercado de trabalho.

O Programa Catavento procura,ainda,difundiruma visão integradora e livre de preconceitos comrelação às potencialidades das pessoas,através doapoio a eventos específicos. Em 2005, foramrealizados dez eventos com o apoio do Catavento,entre os quais se destaca o 1º Encontro Estadualde Divulgação de Atendimento à Pessoa com Surdo-Cegueira. Voltado a debater as formas de tratamentoadequadas a esse tipo de necessidade especial eincentivar a criação de políticas e ações,o encontroreuniu mais de 100 representantes de entidadespúblicas e privadas de 40 municípios capixabas.

“Mais importante do que os dadosquantitativos, são os resultados intangíveisproporcionados pelo Catavento na transformaçãoda atitude das pessoas”, diz Elizabeth Fernandes,coordenadora do programa pela Aces. “Isso agente percebe quando vê uma mãe, que antestinha uma postura protetora em relação ao filhodeficiente, acreditando no seu potencial epermitindo que ele tenha independência para sedesenvolver com autonomia”, ressalta.

53

O alto nível de conhecimento, conscientização e integração dos colaboradores é ofator que garante a inovação e o sucesso da gestão ambiental da Companhia

Educação, a base da eficiência

ATUAÇÃO AMBIENTAL

54 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

O compromisso da CST-Arcelor Brasil com odesenvolvimento sustentável tem como um dos pilaresfundamentais a eficiência ambiental. O Sistema deGestão Ambiental (SGA) norteia todas as ações, desde oplanejamento de novos investimentos até a logística dedistribuição dos produtos. Mais do que um conjunto denormas, o SGA é a principal ferramenta para a busca damelhoria contínua no desempenho ambiental daCompanhia, visando alcançar as metas, estabelecidas noPlanejamento Estratégico.

Desde a sua fundação, em 1983, a Companhiadestaca-se por sua postura em relação aos impactosambientais de suas atividades produtivas. Já em seuprojeto, trouxe inovações tecnológicas quedemonstravam essa estratégia de atuação, como acoqueria com apagamento a seco e o uso de água do marpara refrigeração de equipamentos. Com um modeloenergético baseado no reaproveitamento de gases, a CST-Arcelor Brasil também se destaca pelodesenvolvimento de aplicações para co-produtos einvestimentos contínuos nas áreas de gestão de água econtrole de emissões atmosféricas.

No entanto, o fator que permite a eficiência dessaestratégia é o alto nível de conhecimento,conscientização e integração dos colaboradores, própriose das empresas parceiras, em relação à gestão ambiental.Paralelamente aos investimentos em novas tecnologias,realizados a partir do início da década de 90, aCompanhia empreendeu um projeto de valorização doconhecimento e da participação das pessoas,concretizado com a implantação, em 1996, do ProgramaInteragir de Educação Ambiental.

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O Sistema de Gestão Ambiental norteia todas asações da CST-Arcelor Brasil, desde o planejamento denovos investimentos até a logística de distribuição

“O Sistema de Gestão Ambiental éfundamental para nortear as atividades e buscar amelhoria contínua. Os investimentos emequipamentos e tecnologias mais modernas elimpas são determinantes para o avanço nodesempenho. Mas, tanto o SGA como osequipamentos, não funcionam sozinhos. São aspessoas, capacitadas e conscientizadas, que vãooperar os equipamentos e colocar em prática, nodia-a-dia, as orientações, os valores e as açõesdeterminadas pelo sistema. E isso só acontece cominvestimento contínuo em educação, incentivo àparticipação e estímulo ao comprometimento detodos”, enfatiza Pedro Sérgio Bicudo Filho,especialista da Divisão de Meio Ambiente.

Ao longo dos anos, o Programa evoluiuadaptando-se às novas demandas da gestãoambiental da empresa, mas manteve os objetivosde desenvolver a conscientização através daeducação. Desde sua implantação até 2005, oInteragir contabiliza cerca de 20 mil pessoastreinadas nos diferentes módulos, entreempregados próprios e das empresas parceiras,totalizando cerca de 119 mil homens/hora detreinamento em educação ambiental.“Nóssempre tivemos a cultura de buscar melhorar aqualidade da operação e das condições ambientaise de segurança e saúde. Mas depois de participardo Programa Interagir, passamos a ter umadimensão maior da importância de cada umde nós para a eficiência do controle ambiental”,diz Antônio Carlos Munhão, supervisor do

Alto-Forno 1, que participou de uma das primeirasturmas do Programa.

O Interagir também gerou, como resultadodireto, a criação do Programa de ComunicaçãoAmbiental, a construção do Centro de EducaçãoAmbiental e a implantação de mais de cemprojetos de melhoria ambiental desenvolvidospelos colaboradores.

Objetivos do Programa Interagirde Educação Ambiental

Despertar e promover a mudança decomportamento ambiental em relação ao meioambiente, através da disseminação deconceitos e práticas ambientalmente corretas;

Qualificar para as ações degerenciamento ambiental em cada postode trabalho da empresa;

Desenvolver a capacidade crítica para umaatuação preventiva, controlando eminimizando as potenciais fontes geradorasde impactos ambientais;

Fortalecer e fundamentar a cultura ambientalda empresa;

Implementar a Política Ambiental daempresa como elemento básico da suagestão ambiental.

56 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

ATUAÇÃO AMBIENTAL

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METAS 2005-2009 RESULTADO EM 2005

Renovar as licenças operacionais e obter as licenças ambientais de novos empreendimentos. Cumprido

Realizar diagnóstico das partes interessadas em relaçãoao desempenho ambiental e responsabilidade social da CST. Em desenvolvimento

Buscar novas alternativas de utilização de recursos hídricos e de reuso de efluentes. Cumprido

Qualificar e certificar os operadores da CST no Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da Companhia. Em desenvolvimento

Aprimorar a gestão de resíduos e co-produtos, tendo em vista a crescente demanda regulatória nacional e internacional. Em desenvolvimento

Desenvolver projetos buscando obter “créditos de carbono”, aproveitando incentivos criados pelo Protocolo de Kyoto sobre Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). Cumprido

Garantir a sustentabilidade e a eficiência do “cinturão verde” da CST como medida/equipamento de controle ambiental. Em desenvolvimento

Aperfeiçoar o plano de atendimento a situações potenciais de emergência da Companhia. Em desenvolvimento

Aprovação de Projeto de MDLA CST-Arcelor Brasil obteve, em dezembro de

2005, a aprovação do projeto “Co-geração de EnergiaElétrica a partir da recuperação do gás LDG”, noâmbito do Governo Federal, pela ComissãoInterministerial do Clima, responsável pelavalidação de projetos de Mecanismo deDesenvolvimento Limpo (MDL), noBrasil.“Cumprimos mais umaetapa do processo de obtençãodos Créditos de Carbono, o quecoloca a Companhia em posiçãode destaque mundial, já que é aprimeira siderúrgica integrada aconcluir um projeto de MDL dessanatureza, de acordo com os critérios estabelecidosno Tratado de Kyoto”, ressalta Guilherme CorreaAbreu, especialista da Divisão de Meio Ambiente.

Desenvolvido pela CST-Arcelor Brasil emparceria com a PricewaterhouseCoopers desde2002, este projeto prevê a recuperação do Gás LDGpara co-geração de energia elétrica, evitando aemissão de um volume de aproximadamente450 mil toneladas de CO2, ao longo de 10 anos.O projeto foi encaminhado para a United NationsFramework Convention on Climate Change(UNFCCC), sendo registrado por este organismoem 15 de maio de 2006.

A CST-Arcelor Brasil tem, entre os objetivosestratégicos do Plano Empresarial 2006/2010, ocompromisso de desenvolver novos projetos deMDL, instrumento do Tratado de Kyoto que visa aimplementações de ações para redução dos Gasesde Efeito Estufa.

Apoio à Implantação da APA de Praia MoleA CST-Arcelor Brasil iniciou, em 2005,

investimento no patrocínio à elaboração do Plano

de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA)de Praia Mole. Criada pelo Decreto nº 3.802, de29 de dezembro de 1994, a APA tem o objetivo de

proteger o ecossistema da região que abrangeáreas de mangue, restinga e florestas nos

bairros Cidade Continental,Carapebus e Lagoa. Após adefinição do Plano de Manejo,

que está sendo elaborado emparceria com o Instituto Estadual deMeio Ambiente e Recursos Hídricos(Iema) e a Prefeitura de Serra, serão

realizados investimentos em controleambiental e desenvolvimento de atividades

de geração de renda sustentáveis e adequadasàs condições locais.

“O Plano de Manejo é fundamental paraindicar as responsabilidades de cada agente –governo, sociedade e empresas – em relação àsmetas que serão traçadas”, afirma Marcelo Lima,morador de Carapebus e membro da Associaçãodos Surfistas que, desde 1998, trabalha para aimplantação de fato da APA.“A CST-Arcelor Brasiltem atuado de forma decisiva. Foram as pessoasda empresa que nos mostraram a necessidade deorganizar a comunidade, estabelecer critérios etrabalhar em conjunto para atingir os resultados.A Companhia tem consciência dos impactos quecausa e investe com seriedade para darsustentabilidade à região”, observa.

O Plano de Manejo será um instrumentodinâmico que, a partir da determinação dozoneamento da unidade de conservação,determinará a forma e as diretrizes para odesenvolvimento das ações. O Plano será compostopor estudos técnicos sobre os ecossistemas, dadospopulacionais e os potenciais de desenvolvimentoeconômico, cultural e social dos bairros.

58 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

ATUAÇÃO AMBIENTAL

Histórias de sucessoConheça alguns dos principais destaques da atuação ambiental de 2005

Ampliação do Projeto TamarEm parceria com a Fundação Pró-Tamar, a

CST-Arcelor Brasil investe, desde 2001, em estudossobre a Tartaruga Verde (Chelonia mydas), umadas cinco espécies em extinção encontradas nolitoral brasileiro. Em 2005, o contrato foiatualizado, ampliando a área de estudo, quepassou a incluir toda a extensão da Praia Mole,além da região marítima junto ao efluente final daCompanhia. O objetivo dessa parceria é realizar acaptura, marcação, biometria, avaliação do estadode saúde e análise do perfil hematológico dosexemplares que são encontrados nessas áreas. Odesenvolvimento desse projeto permitiu aosespecialistas constatar que a região apresentagrande concentração de tartarugas jovens, emprocesso de migração, que procuram a área doefluente final da CST para se alimentarem.

Melhoria no Monitoramento da Gestão AtmosféricaCom a inauguração, em 2005, da oitava Estação daRede Automática de Monitoramento da Qualidadedo Ar na Grande Vitória, foi concluído oinvestimento da ordem de US$ 1 milhão, realizadopela CST-Arcelor Brasil, em parceria com aCompanhia Vale do Rio Doce (CVRD). Consideradacomo um dos mais modernos e eficientessistemas de monitoramento da qualidade do ar doBrasil, a rede permite a avaliação contínua dosprincipais parâmetros de qualidade do ar, empontos estratégicos da Grande Vitória. Os dadossão enviados automaticamente ao InstitutoEstadual de Meio Ambiente (Iema ), órgãoresponsável pela operação e a supervisão da rede,e as análises são publicadas diariamente emjornais e na Internet(http://www.qualidade.iema.es.gov.br/scripts/sea0511.asp).Desde o início do monitoramento, em 2001,os dados apurados através dessa rededemonstram que os índices referentesa todos os parâmetros medidosapresentam valores bem inferioresao máximo permitido pela legislação.

Manutenção dos indicadores de gestão da águaO investimento contínuo em ajustes e implementos nos

sistemas de tratamento e recirculação de água vempermitindo à CST-Arcelor Brasil manter níveis de qualidadedos indicadores. Em 2005, houve redução no índice derecirculação, de 97,4%, em 2004, para 96,7%. A taxa deconsumo específico de água doce por tonelada de aço,registrou aumento de 3,5 m3 para 3,9 m3, devido,principalmente, à realização de serviços de manutenção narede de abastecimento de água do mar, que faz a refrigeraçãode equipamentos da Aciaria, o que gerou a necessidade deutilização de água doce nesse processo. Além disso, o índicefoi impactado pela queda na produção de aço, devido aocorrências operacionais no Alto-Forno 1.

A localização litorânea permite à Companhia ter o marcomo fonte de 96% de toda a água utilizada no processoprodutivo. Em 2004 e 2005, o volume de água captadaatingiu aproximadamente 47 mil m3 e 46 mil m3 por hora,respectivamente.

Apenas 4% da água utilizada pela CST-Arcelor Brasil temorigem em fontes de água doce da região, sendo compradada empresa responsável pelo abastecimento da rede pública(Cesan), que faz a captação da água bruta no Rio SantaMaria da Vitória. Investimentos contínuos para aumentara recirculação e diminuir o consumo permitem àempresa prever um aumento de apenas 14% no consumode água doce para atender à expansão de 50% da produção,a partir de 2006.

Aumento na geração interna de energiaO modelo de co-geração de energia da CST-Arcelor

Brasil, baseado no reaproveitamento dos gases gerados emseu processo, segue a estratégia de desenvolvimentosustentável: garante competitividade com economia derecursos naturais e redução das emissões atmosféricas.

Com a implantação da Central Termelétrica 4 e doSistema de Recuperação de Gás de Aciaria (LDG), em janeirode 2004, a Companhia aprimorou o sistema e aumentou a

potência média de energia geradainternamente de 188 MW, em 2003,

para 233 MW, em 2005 .

59

2005 20041 – Base de Cálculo Valor ValorReceita líquida (RL) 5.387.162 5.096.172Resultado operacional (RO) 1.764.083 1.802.611Folha de pagamento bruta (FPB) 348.499 308.0492 – Indicadores Sociais Internos Valor % s/FPB % s/RL Valor % s/FPB % s/RLAlimentação 22.271 6,39% 0,41% 19.291 7,63% 0,38%Encargos sociais compulsórios 88.900 25,51% 1,65% 76.254 30,15% 1,50%Previdência privada 16.816 4,83% 0,31% 18.952 7,49% 0,37%Saúde 23.802 6,83% 0,44% 22.264 8,80% 0,44%Segurança e saúde no trabalho 6.084 1,75% 0,11% 4.849 1,92% 0,10%Educação 43 0,01% 0,00% 2.681 1,06% 0,05%Cultura 198 0,06% 0,00% 176 0,07% 0,00%Capacitação e desenvolvimento profissional 18.378 5,27% 0,34% 14.430 5,71% 0,28%Creches ou auxílio-creche 127 0,04% 0,00% 98 0,04% 0,00%Participação nos lucros ou resultados 80.372 23,06% 1,49% 77.390 30,60% 1,52%Outros 1.294 0,37% 0,02% 2.016 0,80% 0,04%Total – Indicadores sociais internos 258.285 74,11% 4,79% 238.750 94,41% 4,68%3 – Indicadores Sociais Externos Valor % s/RO % s/RL Valor % s/RO % s/RLEducação 4.527 0,26% 0,08% 3.658 0,20% 0,07%Cultura 839 0,05% 0,02% 1.276 0,07% 0,03%Saúde e saneamento 1.251 0,07% 0,02% 816 0,05% 0,02%Esporte 402 0,02% 0,01% 364 0,02% 0,01%Combate à fome e segurança alimentar 78 0,00% 0,00% 237 0,01% 0,00%Programa de comunicação ambiental 589 0,03% 0,01% 596 0,03% 0,01%Planejamento estratégico dos municípios 883,5 0,05% 0,02% 720 0,04% 0,01%Outros 482 0,03% 0,01% 480 0,03% 0,01%Total das contribuições para a sociedade 8.168 0,46% 0,15% 8.147 0,45% 0,16%Tributos (excluídos encargos sociais) 565.313 32,05% 10,49% 472.102 26,19% 9,26%Total – Indicadores sociais externos 573.481 32,51% 10,65% 480.249 26,64% 9,42%4 – Indicadores Ambientais Valor % s/RO % s/RL Valor % s/RO % s/RLInvestimentos relacionados com aprodução/ operação da empresa 181.792 10,31% 3,37% 42.716 2,37% 0,84%Investimentos em programase/ou projetos externos 1.986 0,11% 0,04% 2.758 0,15% 0,05%Total dos investimentos em meio ambiente 183.778 10,42% 3,41% 45.474 2,52% 0,89%Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” ( ) não cumpre metas ( ) não cumpre metaspara minimizar resíduos, o consumo em geral ( ) cumpre de 0 a 50% ( ) cumpre de 0 a 50% na produção/ operação e aumentar a eficácia na ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 51 a 75%utilização de recursos naturais, a empresa (x) cumpre de 76 a 100% (x) cumpre de 76 a 100% 5 – Indicadores do Corpo Funcional 2005 2004Nº de empregados(as) ao final do período 4.285 3.960Nº de admissões durante o período 485 385Nº de empregados(as) terceirizados(as) ND NDNº de estagiários(as) 257 240Nº de empregados(as) acima de 45 anos 1.347 1.162Nº de mulheres que trabalham na empresa 298 264% de cargos de chefia ocupados por mulheres 0,00% 0,00%Nº de negros(as) que trabalham na empresa ND ND% de cargos de chefia ocupados por negros(as) ND NDNº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais ND ND

60 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

Balanço Social Anual – 2005(R$ Mil)

6 – Informações Relevantes quanto ao Exercício da Cidadania Empresarial 2005 Metas 2006Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa 24 NDNúmero total de acidentes de trabalho 6 NDOs projetos sociais e ambientais desenvolvidos ( ) direção ( ) direção

pela empresa foram definidos por: (x) direção e gerências (x) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as) ( ) todos(as) empregados(as)

Os pradrões de segurança e salubridade no ambiente ( ) direção e gerências ( ) direção e gerências

de trabalho foram definidos por: ( ) todos(as) empregados(as) ( ) todos(as) empregados(as)

(x) todos(as) + Cipa (x) todos(as) + Cipa

Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva ( ) não se envolve ( ) não se envolverá

e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa: (x) segue as normas da OIT (x) segue as normas da OIT

( ) incentivará e seguirá a OIT ( ) incentivará e seguirá a OIT

A previdência privada contempla: ( ) direção ( ) direção

( ) direção e gerências ( ) direção e gerências

(x ) todos(as) empregados(as) (x) todos(as) empregados(as)

A participação dos lucros ou resultados contempla: ( ) direção ( ) direção

( ) direção e gerências ( ) direção e gerências

(x ) todos(as) empregados(as) (x) todos(as) empregados(as)

Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos ( ) não são considerados ( ) não serão considerados

e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa: (x) serão sugeridos (x) serão sugeridos

( ) serão exigidos ( ) serão exigidos

Quanto à participação de empregados(as) em programas ( ) não se envolve ( ) não se envolverá

de trabalho voluntário, a empresa: (x) apóia (x) apoiará

( ) organiza e incentiva ( ) organizará e incentivará

Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): na empresa ___136____ na empresa ___106____

no Procon ___n/a____ no Procon ___n/a____

na Justiça ___n/a____ na Justiça ___n/a____

% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: na empresa ___100____ na empresa __n/a____

no Procon ___n/a____ no Procon ___n/a____

na Justiça ___n/a____ na Justiça ___n/a____

2005 2004Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): 2.807 2.570Distribuição do Valor Adicionado (DVA) Governo 11,6% 19%

Colaboradores(as) 13% 12%Acionistas 29,3% 27%Terceiros 4,9% 4%Retido 41,2 38%

7 – Outras InformaçõesObservações: Em 2005, havia 04 mulheres em cargo de chefia, sendo uma supervisora e 3 gerentes.

61

Os Indicadores Ethos de Responsabilidade SocialEmpresarial permitem o autodiagnóstico do estágio deresponsabilidade corporativa em que se encontra a empresa.A ferramenta examina sete temas principais: Valores,Transparência e Governança, Público Interno, MeioAmbiente, Fornecedores, Consumidores e Clientes,Comunidade, e Governo e Sociedade.

Os dados apresentados abaixo resultam da aplicação dosIndicadores Ethos de Responsabilidade Social pela própriaempresa, ou seja, são resultados de auto-avaliação. Odiagnóstico não tem, portanto, o caráter de certificação. Seuobjetivo é proporcionar a reflexão, aprendizagem e melhoriadas práticas de responsabilidade social empresarial.

Controladora Consolidado2005 % 2004 % 2005 % 2004 %

Receitas Vendas de produtos e serviços 6.052.474 5.517.180 6.296.040 5.827.953Não operacionais 10.805 20.425 11.429 23.785

6.063.279 5.537.605 6.307.469 5.851.738Insumos adquiridos de terceirosMatérias primas consumidas (1.735.426) (1.637.722) (1.735.428) (1.637.723)Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (1.245.652) (1.180.191) (1.249.140) (1.188.619)

(2.981.078) (2.817.913) (2.984.568) (2.826.342)

Valor adicionado bruto 3.082.201 2.719.692 3.322.901 3.025.396

RetençõesDepreciação, amortização (506.971) (530.910) (506.971) (530.910)Valor adicionado líquido produzido 2.575.230 2.188.782 2.815.930 2.494.486

Valor adicionado recebido em TransferênciaResultado de equivalência patrimonial 137.733 281.230 (3.309) 11.861Receitas financeiras 91.919 67.489 (5.146) 31.044

229.652 348.719 (8.455) 42.905

Valor adicionado a distribuir 2.804.882 100 2.537.501 100 2.807.475 100 2.537.391 100Distribuição do valor adicionadoPessoal e encargos 367.466 13,1 330.275 13,0 367.501 13,0 330.275 13,0Imposto, taxas e contribuições 537.316 19,2 295.048 11,6 532.541 19,0 295.006 11,6Juros 124.164 4,4 122.831 4,9 131.497 4,7 122.763 4,9Juros sobre o capital próprio e dividendos 463.558 16,5 743.654 29,3 463.558 16,5 743.654 29,3Resultados retidos (distribuído) 1.312.378 46,8 1.045.693 41,2 1.312.378 46,8 1.045.693 41,2

2.804.882 100 2.537.501 100 2.807.475 100 2.537.391 100

Indicadores Ethos deResponsabilidade Social

62 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

Demonstração do valor adicionado

INDICADORES

Tema CST- Média do Média do MelhorArcelor Grupo de Banco de Performance

Brasil Benchmark Dados no TemaEthos

PerformanceGeral 7,53 8,20 5,11 -Valores,Transparênciae Governança 7,35 8,35 5,54 9,53

Público Interno 7,21 8,11 5,12 9,67Meio Ambiente 9,00 8,28 4,72 9,95Fornecedores 6,89 7,26 3,91 8,75

Consumidorese Clientes 8,15 8,94 6,39 10,00

Comunidade 7,94 8,92 5,58 10,00Governo eSociedade 6,14 7,54 4,54 10,00

O IISI desenvolve uma iniciativa global para construir uma base comum de dadosde avaliação do desempenho econômico, social e ambiental. O Grupo Arcelor e a CST-Arcelor Brasl apóiam esse importante trabalho de medição da sustentabilidadedo setor siderúrgico mundial.

O relatório Aço: a Fundação de um Futuro Sustentável – Relatório deSustentabilidade do Setor Mundial do Aço 2005 reuniu dados de 35 empresas,responsáveis por 38% da produção mundial de aço. Tanto o Grupo Arcelor quanto aCST-Arcelor Brasil mereceram destaques na publicação.

O Grupo Arcelor foi citado como exemplo de sucesso no indicador 3 (retorno sobreo capital empregado – ROCE), enquanto a CST-Arcelor Brasil mereceu destaque porconta da gestão dos recursos hídricos.

Informações detalhadas sobre o trabalho do IISI, bem como o relatório desustentabilidade, poderão ser obtidos no site www.iisi.org.

Instituto Internacional do Ferro e do Aço (International Iron and Steel Institute – IISI)

IISI

63

Média CST-ArcelorIndicador do IISI Brasil Unidade1 Investimento em novos processos e produtos 6,2 9,4 % da receita

2 Resultado operacional 15,7 32,2 % da receita

3 Retorno sobre o capital empregado (ROCE) 22,3 19,3 % do capital empregado

4 Valor Adicionado 11,7 10,0 % da receita

5 Intensidade energética 19,1 20,3 GJ / t de aço bruto produzido

6 Emissão de gases que causam o efeito estufa 1,7 1,8 T de CO2 / t de aço bruto produzido

7 Eficiência dos materiais 95,6 99,9 %

8 Reciclagem do aço 42,7 9,1 % de aço reciclado usado na produção de aço bruto

9 Sistemas de Gestão Ambiental 90,7 94,6 % do total de empregados e terceirizados nas instalações da empresa

10 Treinamento dos empregados 9,9 14,8 Dias de treinamento por empregados

11 Taxa de freqüência de acidentes CPT 6,6 0,8 Freqüência / 1 milhão de horas trabalhadas

Observação: os dados são referentes ao ano de 2004.

Indicadores Econômicos

Indicadores Ambientais

Materiais

EN1 – TotalTotal de materiais usados: 11,42 milhões de toneladas, incluindo carvão, minérios, pelotas e

fundentes. Além disso, em linha com sua política de promover a reciclagem, a empresa consumiu216.956 toneladas de resíduos provenientes de fontes industriais externas, o que representa 1,9% dototal de materiais usados em 2005.

Indicadores de desempenho GRI

INDICADORES

64 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

Consumidores

EC1 Vendas líquidas 5.387.162 (em mil R$)

EC2 Mercados Bobina 26%

Empregados

EC5 Folha de pagamentosTotal da folha de pagamento e benefícios, incluindo salários, pensões, outros benefícios e pagamentos de indenização por demissão, agrupados por país ou região. 348.499 (em mil R$)

Investidores

EC6 Juros e dividendosDistribuições para investidores, discriminadas por juros sobre dívidas e empréstimos,e dividendos em todos os tipos de ações, apontando-se qualquer atraso no pagamento de dividendos preferenciais. Inclui todas as formas de dívida e empréstimo, não apenas débitos de longo prazo. 463.558 (em mil R$)

EC7 Aumento/decréscimo em ganhos retidos ao fim do período.Inclusive o Retorno sobre o Capital Médio Empregado (ROCE). 18%

Setor público

EC8 Impostos e taxasSoma de todos os tipos de impostos já pagos, discriminados por país. 532.541 (em mil R$)

65

EN2 – Uso de Resíduos

Energia

EN3 – EnergiaConsumo direto de energia, segmentado por fonte primária.

Anos de 2004 e 2005 (Unidade = t)Materiais\meses Total 2004 Total 2005

Carepa Fina Adquirida 15.092 26.195Pó de Alto-Forno Adquirido 15.041 18.444Sucata de Aço Adquirida (Importada) 1.982 276Sucata de Aço Adquirida (Nacional) 218.876 172.041

TOTAL GERAL 249.009 216.956

Exte

rnos

00 01 02 03 04 05

94,2%

20,1 GJ/tab 18,6 19,1 19,9 19,7 20,0

4,784,754,9

4,814,95

4,85 5

4

3

2

1

0

106

t aço

bru

to

%

110

100

90

80

70

60

93,4% 86,0% 86,4% 88,3% 92,0%

4,2%0,8%

5,3%0,5%

12,8%

0,7%

10,0%

2,9%

9,3%

1,6%6,0%1,1%

0,8% 0,8% 0,7% 0,7% 0,8% 1,0%

Carvão Antracito Energia Elétrica Comb. Aço Bruto

CONSUMO ENERGÉTICO NA CST

Veja o gráfico de Geração Interna de Energia (MW) na página Destaques, no iníciodeste Relatório.

melhor

Indicadores de Consumo 2004 2005

Consumo anual de energia elétrica (MWh) 1.679.624 1.737.274Geração anual própria de energia elétrica (MWh) 1.617.833 1.765.693Consumo anual de combustíveis fósseis – óleo combustível (toneladas/ano) 0 0Consumo anual de combustíveis fósseis – gás natural (1000 Nm3) 16.710 19.065

Dam3/ano = Dam3/ano = 16,71 x 19,065 x

106 m3/ano 106 m3/ano

Água

EN5 – Consumo total de água (m3)Implementos nos processos operacionais de tratamento e recirculação de água vêm propiciando

melhorias constantes nos indicadores hídricos da Companhia.

Veja o gráfico com Índices de Recirculação (%) e Consumo Específico de Água Doce (m3/t.aço) napágina Destaques, no início deste Relatório.

Indicadores de Consumo 2004 2005

Vazão de água (do mar) captada (Dam3/ano e m3/d) 1.132.656 m3/d 1.108.896 m3/d

Vazão de água doce recirculada (m3/d) 1.801.080 m3/d 1.591.632 m3/d

INDICADORES

66 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

Biodiversidade

EN6 – TerrasA CST-Arcelor Brasil possui um cinturão verde de 720 hectares, entre vegetação nativa e florestas

plantadas, compreendendo mais de 50% da área total da empresa. Essa grande área verde, associada àslagoas presentes na área da Companhia, fornecem o ambiente ideal para uma rica fauna: aves,mamíferos, répteis, anfíbios e peixes, totalizando mais de 300 espécies, além de pequenos animais comoinsetos e da microfauna aquática marinha e de água doce.

EN7 – Principais impactosA CST-Arcelor Brasil realiza o monitoramento físico-químico e biológico da região costeira, a partir

de seu efluente final. Durante a fase de expansão da produção, está monitorando também as oito lagoasinternas. Os resultados desses monitoramentos vêm demonstrando boa qualidade da água nas áreas egarantindo que esses ecossistemas não sejam afetados pelas atividades da Companhia. Osmonitoramentos marinhos, realizados ao longo dos anos, indicam que a área de influência do emissárioda CST-Arcelor Brasil tem apresentado melhoria significativa de qualidade. Os monitoramentos daslagoas, por sua vez, demonstram que estes ambientes não têm sofrido nenhuma interferênciaproveniente das obras de expansão da empresa. Os dois resultados são conseqüências diretas dediversas ações desenvolvidas pela Companhia na área de controle e gestão ambiental na última década.A empresa possui, ainda, um Padrão de Resgate de Animais Silvestres que estabelece procedimentospara o resgate de animais na área operacional da usina, garantindo uma convivência harmônica com afauna local e contribuindo para a preservação da biodiversidade.

Emissões, efluentes e resíduos

EN8 – Gases de efeito estufaEm 2005 as emissões de CO2 diretas totalizaram 10,2 milhões de toneladas, com taxa de emissão

específica de 2,11Kg de CO2/tonelada aço bruto.

Item Unit 2004 2005CO2 ton 10.152.062 10.248.113

tCO2/tab 2,05 2,11

67

DISTRIBUIÇÃO DA ÁREA TOTAL

40%

2% 2%

46%

10%

40% Mata nativa

10% Florestas plantadas

46% Área construída

02% Lagoas internas

02% Outras áreas

INDICADORES

68 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

EN9 – Gases da camada de ozônioA CST-Arcelor Brasil não emite gases CH4, N2O, HCFs, PCFs e SF6. Desde 2002, a

Companhia eliminou todas as fontes de emissão de CFC11.

EN10 – ÓxidosTaxas de Emissão de SO2 e NOx X Produção de Aço Líquido.

EN11 – Resíduos

2004 2005

Geração total (t) 2.594.062,26 2.646.805,52Geração Específica (kg/t aço bruto) 523,2 545,8Comercialização 1.673.888,82 1.652.646,13Estoque nas Plantas, Beneficiamento e Pátios 160.399,78 71.951,50Reutilizado 773.072,76 832.214,67Disposição Temporária Adequada 109.606,87 88.993,22

Veja os gráficos com percentuais da destinação de resíduos (2005) na página Destaques,no início deste Relatório.

TAXA DE EMISSÃO ESPECÍFICA DE DIÓXIDO DE ENXÔFRE (SO2) E ÓXIDOSDE NITROGÊNIO (NOX X PRODUÇÃO DE AÇO LÍQUIDO)

00 01 02 03 04 05

3,31

1,15 1,06 0,95 1,01 0,931,10

3,10 3,082,83

2,592,34

4,8934,8485.021 4.932 5.093

4.9785.000

4.000

3.000

2.000

4,00

3,00

2,00

1,00

0,00

Taxa Específica SO2 (Kg/t aço líq.) Taxa Específica NOx (Kg/t aço líq.) Produção de Aço Líquido

t/ano

x 1

.000

Kg/t

aço

líq.

69

EN12 – EfluentesAtualmente, a Companhia gera efluentes de água doce na ordem de 1.150 m3 por hora,

que são tratados em sistemas específicos e lançados no canal principal da empresa dentrodos padrões legais, conjuntamente com a água do mar. Fazem parte desse volume as águaspluviais, também tratadas como efluentes. A água doce é utilizada principalmente notratamento e lavagem de gases, esgotamento sanitário, sistemas de umidificação de pátios elimpeza de ruas (nesse caso, parte da água usada é proveniente do reuso interno deefluentes de sistemas já tratados). Para a nova fase de produção de 7,5 milhões de toneladasde aço por ano, parte desses efluentes será reaproveitada para uso nos processos internos.

A área de tratamento de gases da Coqueria é um exemplo do aprimoramento dosprocessos de gestão da água na CST. Em 2003, através da criação de uma equipe de trabalhomultidisciplinar, atingiram-se ganhos expressivos na estabilidade operacional da ETB(Estação de Tratamento Biológico) e na qualidade dos seus efluentes. Essa evoluçãoculminou com a obtenção, em 2004, dos melhores resultados históricos da Companhianessa unidade de tratamento de efluentes hídricos, com a taxa de emissão de efluenteslíquidos contendo amônia sendo de apenas 0,05 kg/h.

A CST efetua o monitoramento da qualidade da água do mar na região onde atua,utilizando o trabalho de uma empresa especializada. São mantidos oito pontos deverificação na área sob influência da usina e um 9º ponto – comparativo – em local afastado,sem influência de fontes de emissão sanitárias e industriais. As distâncias variam de50 metros a 10 quilômetros do efluente final da usina.

O monitoramento é feito utilizando-se material da superfície, da zona intermediária edo fundo do mar, segundo a observação de parâmetros físico-químicos, biológicos egeológicos. É realizado, ainda, um trabalho de monitoramento através do estudo de espéciesmarinhas, como mexilhões, coletados em quatro pontos da região costeira.

Os resultados das campanhas de avaliação realizadas no verão e inverno dos anos de2004 e 2005 mostraram boa qualidade da água na área de influência do emissário paragrande parte dos usos potenciais das águas marinhas, demonstrando que as ações degarantia da estabilidade operacional das unidades de tratamento de efluentes hídricos têmse mostrado eficazes ao longo da última década.

Efluente Final

2004 2005 Padrão legal *pH 8,06 8,11 5 a 9Nitrogênio Amoniacal Total (mg/L) 0,21 0,25 60**Cianeto Total (mg/L) 0,012 0,020 0,2Sólidos Suspensos (mg/L) 27,70 21,60 -Óleos e Graxas (mg/L) 5,00 5,00 20Fenóis Totais (mg/L) 0,006 0,02 0,5Temperatura (°C) 30,90 30,08 40Zinco Total (mg/L) 0,029 0,03 5

Os valores acima referem-se a média do período informado.

Padrão Legal, refere-se aos limites estabelecidos pelo Art. 34 da Resolução Conama nº 357/2005 e acordo com a SEAMA**

INDICADORES

70 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

Principais em 2004 e 2005 (Unidade= t)

MATERIAIS 2004 2005

Sucata de Aço Nacional – Adquirida 218.876 172.041Sucata de Aço Importada – Adquirida 1.982 276TOTAL 220.858 172.317

2004: (220.858 ÷ 4.957.855 t aço bruto) = 4,5%2005: (172.317 ÷ 4.849.812 t aço bruto) = 3,5%

EN13 – VazamentosA CST-Arcelor Brasil não teve nenhum tipo de ocorrência relacionada a derramamento

significativo de produtos químicos, óleos, combustíveis ou outros produtos perigosos nosúltimos anos, que pudesse causar impacto no meio ambiente interno ou externo àCompanhia.

EN15 – Reciclados ou reutilizados

Conformidade

EN16 – AutuaçõesA CST-Arcelor Brasil não teve ou tem autuações, de acordo com o relatório de

conformidade legal recebido, em dezembro de 2005, Declaração do Instituto Estadual deMeio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) atestando o cumprimento, dentro dos prazosestabelecidos, de todas as condicionantes ambientais dos documentos: Licença de Operaçãonº 011/2002/Classe IV, referente à operação da usina; Licença de Instalação nº 104/2004referente à expansão da produção – Fase 7,5 Mt/ano; Licença de Operação nº 013/2003referente à operação da CTE 4 e Otimização da Produção para 5,0 Mt/ano; Licença deInstalação nº 184/2002 referente à implantação do Terminal de Barcaças Oceânicas; Licençade Instalação nº 006/2004 referente à implantação de Pêra Ferroviária.

Transporte

EN34 – ImpactosO transporte pelo novo Terminal de Barcaças Oceânicas atende o transporte marítimo

das bobinas de aço, produzidas no LTQ da CST, abastecendo através da navegação decabotagem o mercado brasileiro e, em especial, o Estado de Santa Catarina, parafornecimento à relaminadora Vega do Sul, por meio do Porto de São Francisco do Sul – SC.

Este sistema de cabotagem traz positiva contribuição à melhoria da qualidadeambiental e social, por representar economia de combustível, redução das emissões

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veiculares de gases, bem como contribuição para a redução do tráfego e maior segurançanas estradas. Cada viagem de barcaça oceânica, com capacidade de 9,5 mil toneladas,representa 300 caminhões a menos circulando na malha rodoviária do país.

Indicadores Sociais

Muitos dos indicadores sociais propostos pela Global Reporting Initiative foram tratadosem diversos capítulos deste relatório, em especial naqueles sobre o público interno, asiniciativas com as comunidades, o Balanço Social do Ibase e o Pacto Global. Sugerimos aconsulta a esses capítulos para uma visão do desempenho social da Companhia.

A CST-Arcelor Brasil,neste primeiro momento,optou por manter os indicadores sociaispermeando o relatório por entender que a adoção do GRI é um processo de aprendizado.Nos próximos relatórios,a Companhia aprofundará a discussão e a adoção das diretrizes da GRI.

Pacto Global

O Grupo Arcelor é signatário do Pacto Global, iniciativa das Nações Unidas paraincentivar o setor privado a apoiar práticas de respeito aos direitos humanos, direitos dotrabalho, proteção ambiental e contra a corrupção em todas as suas formas.

Os dez princípios do Pacto Global são:

Princípios de Direitos Humanos1. Respeitar e proteger os direitos humanos.2. Impedir violações de direitos humanos.

Princípios de Direitos do Trabalho3. Apoiar a liberdade de associação e o direito à negociação coletiva.4. Abolir o trabalho forçado ou compulsório.5. Erradicar o trabalho infantil.6. Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho.

Princípios de Proteção Ambiental7. Adotar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais.8. Promover a responsabilidade ambiental.9. Incentivar tecnologias que não agridem o meio ambiente.

Princípio Anticorrupção10. Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.

72 Relatório de Sustentabilidade 2005 CST

Carta-Relatório dos Auditores

Carta-relatório dos auditores independentes sobre o Relatório de Sustentabilidade da CST-Arcelor Brasil 2005

1. Procedemos à revisão do Relatório de Sustentabilidade da Companhia Siderúrgica de Tubarão – CST-Arcelor Brasil,referente ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2005. A preparação do Relatório de Sustentabilidade é deresponsabilidade da administração da CST. O objetivo dos nossos trabalhos foi o de confirmar que as informaçõescontidas no Relatório de Sustentabilidade da CST-Arcelor Brasil, referente ao exercício social de 2005, estão suportadaspelos sistemas de informações, controles internos e comunicações externas, e estão reportadas de forma apropriadaem todos os seus aspectos relevantes.

2. Nossos trabalhos foram efetuados de modo a obter suporte para emissão desta carta-relatório, incluindo os seguintesprocedimentos: (a) conhecimento dos sistemas e processos utilizados na obtenção e apuração das informaçõesdivulgadas no Relatório de Sustentabilidade da CST-Arcelor Brasil; (b) planejamento dos trabalhos, considerando arelevância e o volume das informações apresentadas no Relatório de Sustentabilidade da CST-Arcelor Brasil, e ossistemas e processos utilizados para obter e apurar estas informações; (c) entrevistas com os gestores responsáveispela elaboração das informações; (d) constatação, em base de testes, das evidências e dos registros que suportam asinformações; e (e) confronto das informações de natureza financeira com os registros contábeis.

3. Nossos trabalhos foram limitados à verificação das informações contidas no relatório apresentado pela CST-ArcelorBrasil, não incluindo qualquer análise e avaliação da política e das práticas de responsabilidade social e ambiental daCompanhia. Realizamos os trabalhos tendo como referência: (a) as diretrizes para Relatórios de Sustentabilidade doGlobal Reporting Initiative (GRI); e (b) melhores práticas internacionalmente adotadas para verificação de relatórios desustentabilidade. Os procedimentos adotados não representaram um exame de acordo com as Normas de AuditoriaIndependente das Demonstrações Contábeis e, conseqüentemente, não estamos expressando uma opinião sobre asinformações revisadas.

4. Com base nos procedimentos descritos anteriormente, confirmamos que as informações contidas no Relatório deSustentabilidade da CST-Arcelor Brasil, referentes ao exercício social de 2005, estão adequadamente suportadas pelossistemas de informações e de controles internos e pelos instrumentos de monitoramento da Companhia, e estãoreportadas de forma apropriada em todos os seus aspectos relevantes.

5. As demonstrações contábeis da CST-Arcelor Brasil, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2005,foram auditadas por outros auditores independentes, que emitiram seu parecer de auditoria em 20 de janeiro de2005, sem ressalvas. Os indicadores de desempenho social e ambiental baseados em informações contábeis, eapresentados no Relatório de Sustentabilidade da CST-Arcelor Brasil, estão suportados por estas demonstraçõescontábeis auditadas.

São Paulo, 19 de maio de 2006.

International Services Ltda.CRC 2SP009963/0-1

Manuel Luiz de AraújoCRC 1RJ039600/O-7

Escritório e UsinaAv. Brigadeiro Eduardo Gomes, 930Jardim Limoeiro – Serra – ES – BrasilCEP: 29163-970

www.arcelor.com/br/cst