relatÓrio de sustentabilidade 2016 · 3,6% em 2016, o que configurou a maior queima de riqueza da...

91
RELATÓRIO DE SUSTENTABI LIDADE 2016

Upload: lamhanh

Post on 30-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • RELATRIO DE SUSTENTABILIDADE 2016

  • 83 Anexos84 A companhia

    85 Estratgia86 Meio ambiente

    88 Pessoas89 Sobre o relatrio

    91 Crditos

    60 Pessoas61 Mais preparo e eficincia

    55 Segurana

    56 Integrao e excelncia

    33 Estratgia34 Antecipar tendncias

    36 Resultados financeiros e operacionais

    03 Apresentao

    04 Destaques 201607 Mensagem do presidente

    do Conselho09 Mensagem do CEO

    SumrioClique nos botes enavegue pelo PDF.

    65 Gerar valor para a sociedade66 Amrica Latina em foco

    69 Cidadania corporativa e filantropia

    73 Sobre o relatrio74 Processo de relato e materialidade

    75 Sumrio de contedo GRI81 Pacto Global

    82 Verificao externa

    11 A companhia12 Da Amrica do Sul para o mundo

    15 Dilogo e construo conjunta18 Cadeia de fornecimento

    21 Prmios e reconhecimentos

    22 Governana23 Aperfeioamento constante

    27 Gesto de riscos em evoluo29 Gesto da sustentabilidade

    49 Clientes

    50 Aprimorar o relacionamento

    38 Meio ambiente39 Enfrentar as mudanas climticas

    43 Cada vez mais ecoeficiente46 Polticas e sistemas

    2

    Capa: Chilo, Chile

  • Apresentao

    Neste captulo 04 DESTAQUES 2016 07 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO 09 MENSAGEM DO CEO

    3

  • Destaques 2016

    67 milhes

    LANAMENTO DA NOVA MARCA LATAM DURANTE AS OLIMPADAS RIO 2016

    944.000 toneladas

    de passageiros em 135 destinos

    US$ 69,2 milhes

    US$ 1,5 milho

    RESILINCIA CONJUNTURA ECONMICA

    Ebitda

    de lucro lquidode carga em 138 destinos

    FOCO NO CLIENTE

    Entre as melhores do mundoEm 2016, a LATAM integrou, pelo terceiro ano consecutivo, a categoria Mundial do DJSI (sigla em ingls para ndice Dow Jones de Sustentabilidade). Apenas duas empresas areas de todo o mundo participam desse grupo.

    Check in digital (via App ou site):

    50,1%4 milhes de usurios do App LATAM

    26,1 milhes de scios nos programas de fidelidade: 15,4% a mais que em 2015

    14 novas rotas e reforo a hubs estratgicos

    COLABORADORES (%)

    Total

    45.916

    50,9

    5,7

    25,4

    Brasil

    Peru

    Argentina

    Chile

    Colmbia Equador Outros

    3,43,2

    3,1

    8,3 60

    25nacionalidades

    pases

    4

  • CUIDADO AMBIENTAL

    8,3%

    2,3%

    91%

    mais eficiente que a mdia do setor no uso de combustveis

    de reduo das emisses de gases de efeito estufa

    das operaes contam com sistemas de gesto ambiental

    CUIDADOS NA CADEIA DE FORNECIMENTO

    100% da cadeia de fornecedores passa por avaliao de riscos sociais significativos, como a participao em esquemas de corrupo, financiamento do terrorismo e do narcotrfico, explorao de trabalho infantil e trabalho anlogo ao escravo, entre outros aspectos gerenciados a partir de bases de dados internacionais.

    14.204 avaliaes realizadas em 2016

    ATUAO SOCIAL TRANSPARENTE

    A LATAM conta com uma poltica corporativa que explicita os critrios, as etapas de validao e a responsabilidade na concesso de doaes beneficentes.

    Economia de combustveis: suficiente para 1.244 voos de ida e volta de Santiago (Chile) a Nova York (Estados Unidos)

    SCL JFK

    Renovao da frota, com aeronaves que consomem at 25% menos combustvel e geram 50% menos rudo

    5.460 horas de trabalho voluntrio

    Investimentos na comunidade

    Iniciativas comerciais

    Doaes de caridade

    1 Inclui: doao de passagens; transporte de carga gratuito ou com descontos; dis-ponibilizao de espao publicitrio para divulgao de iniciativas de carter social; contribuies financeiras a entidades; e investimentos em gesto e infraestrutura de programas prprios de carter social.

    14,50%25,89%

    59,61%

    US$ 4,8 milhes em iniciativas de filantropia1

    5

  • FILIAIS

    95%

    LATAM Airlines Argentina aprimorou seu compromisso com a pontualidade e alcanou os ndices de:

    A LATAM Airlines Brasil foi a primeira a receber a aeronave Airbus A320neo. O voo inaugural ocorreu em setembro. No ms de maio, pousou no pas um dos primeiros avies com a nova marca LATAM, que transportou a tocha olmpica para as Olimpadas Rio 2016.

    Para estimular o turismo e o desenvolvimento econmico nacional, foi inaugurado o voo sem escalas de Quito a Ilha de Baltra, no arquiplago de Galpagos.A LATAM Airlines Equador tambm atuou no transporte de ajuda humanitria aps o terremoto que atingiu o pas em abril.

    A partir de maro de 2017, a LATAM Airlines Colmbia comeou a operar os voos Cartagena-San Andrs e Medelln-Santa Marta, o que descentralizou suas operaes domsticas e impulsionou o turismo da regio Norte do pas. Foi destaque tambm em pontualidade, de acordo com o organismo local de aviao civil,

    Para fomentar o turismo, a LATAM Airlines Chile aumentou em

    o nmero de assentos disponveis em rotas tursticas.

    Para aprimorar cada vez mais o servio oferecido aos clientes, a LATAM Airlines Peru incorporou cinco Airbus A320 sua frota. O modelo permite transportar mais pessoas e traz mais conforto aos passageiros.

    Argentina Brasil Chile

    PeruColmbia Equador

    para esperas de at 15 minutos

    para esperas inferiores a 60 minutos

    86%

    96%com ndice de

    Destaque para o voo direto at Puerto Natales, na regio Sul da Patagnia chilena, inaugurado em dezembro.

    17%

    6

  • O ano de 2016 caracterizou-se como um perodo de baixo crescimento econmico para os pases da Amrica Latina e do Caribe, que tiveram uma re-duo do Produto Interno Bruto (PIB) regional da ordem de 1,1%, conforme os dados da Comisso Econmica para a Amrica Latina e o Caribe (Ce-pal). Vale ressaltar que a regio j vinha de uma contrao de 0,4% na sua economia.

    A Amrica do Sul foi a sub-regio mais afetada, com uma queda projetada de 2,5% do PIB em 2016. No binio de 2015/2016, o Brasil foi o responsvel pelo maior impacto negativo sobre a atividade eco-nmica de toda a regio. O PIB do pas caiu 3,8% em 2015 maior queda da histria da srie e 3,6% em 2016, o que configurou a maior queima de riqueza da histria do Brasil.

    O Brasil vem atravessando uma das maiores crises polticas da sua histria por conta da reverberao do impeachment da ex-presidente da Repblica, Dilma Rousseff, amplificada por uma ao de com-bate corrupo, a chamada Operao Lava Jato. Como resultante desse processo, o setor privado adotou estratgias defensivas, como a posterga-o dos investimentos, atitude essa que ampliou o desemprego e reduziu a reposio de estoques nas fbricas, o que contribuiu de forma aguda para a persistncia da recesso em 2016.

    Apesar do desempenho sofrvel da economia brasi-leira, relevante destacar que foram iniciadas pelo governo polticas corajosas voltadas ao equilbrio das contas pblicas e reformas estruturais, iniciativas sancionadas pelo mercado, que no s tem aprovado as medidas, como tambm reviu suas projees favo-rveis para 2018.

    Portanto, podemos afirmar que o Brasil est saindo de uma sria turbulncia para um voo mais estvel, porque aponta para um crescimento ainda modesto do PIB, mas com efeito altamente positivo para a economia de todo o continente sul-americano.

    Uma das criativas e renovadoras aes empreendidas pela LATAM ao longo do ano foi a concepo de um novo modelo para reduo dos custos do transporte de passageiros. Nele, os clientes podem escolher voar pagando por servios adicionais de acordo com suas necessidades. Essa iniciativa nos colocar em condi-es competitivas com quaisquer de nossos concor-rentes, e pode representar um aumento de 50% no volume de passageiros nos prximos anos.

    MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO [102-14]

    Mais simples, mais eficientes e mais competitivos

    7

  • Na rea da sustentabilidade, cuja adeso e aprimo-ramento so condies necessrias para a disputa dos mercados, estamos avanando rapidamente em novas prticas e aprimoramento de antigas, com objetivo de manter uma posio de liderana e criar os alicerces para sua perenizao. Um reco-nhecimento estimulante foi a nossa incluso na ca-tegoria Mundial do ndice Dow Jones de Sustenta-bilidade, pelo terceiro ano consecutivo, como uma das empresas lderes em sustentabilidade, com base em critrios econmicos, sociais e ambientais.

    A nossa estratgia de longo prazo no mudou. Ela pode ser mencionada com trs pontos cardinais: um conti-nente, uma grande rede de destinos e uma marca. Es-ses pontos so interligados por premissas comuns: ser mais simples, mais eficiente e mais competitivo.

    Na LATAM, imperativo manter permanentemen-te a ateno sobre a reduo de custos e sobre os esforos para substituir processos e equipamentos que tenham se tornado onerosos e improdutivos. A reestruturao de nossa frota permitiu uma re-duo de US$ 2,2 bilhes nos ltimos 12 meses, j projetada at 2018. No Brasil, onde estamos im-plementando mudanas intensas devido impor-tncia daquele mercado para o Grupo, a diminuio da capacidade de voo alcanou 12% em 2016, o que preparou as bases para uma retomada do mercado.

    Todos os percalos surgidos nesse perodo difcil para a economia do nosso continente, e particularmente para o setor de aviao civil, somente reforam a mi-nha convico de que a unio da TAM e da LAN no

    poderia ter sido mais acertada. Tenho enorme orgu-lho de ter participado da construo desse grande grupo, que representa um marco na histria da avia-o. Acredito que foi a experincia mais importante da minha vida profissional e empresarial. No fosse a criao da LATAM, o vento da crise poderia estre-mecer a estrutura das fundadoras e desvi-las para rotas no vencedoras.

    Na LATAM, a minha histria teve um reincio, a co-mear pelos meus amigos e scios, a famlia Cueto, seguido pelos executivos e profissionais das diversas reas, egressos da TAM e da LAN, ou que se somaram posteriormente a ns. Foram relaes engrandecedo-ras sob todos os ngulos empresarial, laboral e afe-tivo. Aprendi muito e acredito que colaborei bastante e seguirei colaborando sempre. Mas para a LATAM, renovao a primeira palavra do nosso estatuto in-formal, da nossa convico de acionistas e gestores, do princpio que rege a filosofia do Grupo.

    Mauricio Rolim AmaroPresidente do Conselho de

    Administrao do Grupo LATAM

    8

  • O ano de 2016 ser lembrado como um dos mais desafiadores da histria da nossa Companhia, no qual continuamos com o trabalho iniciado nos lti-mos anos de nos adequarmos a um ambiente vo-ltil. Comeamos a fazer grandes mudanas e pro-jetos de enorme importncia para poder enfrentar melhor o novo cenrio da indstria area global e a desacelerao das economias latino-americanas.

    Buscamos nos consolidar como o grupo de compa-nhias areas lder na regio, que unifica o continente com uma vasta rede de destinos e uma nica marca: LATAM. Guiados por essa viso de longo prazo, esta-mos orgulhosos do sucesso alcanado com o lana-mento da marca LATAM, que combina o melhor de LAN e TAM e oferece ao cliente uma nica imagem.

    A fim de seguir fortalecendo nossa malha area, mesmo com as modestas taxas de crescimento da regio, inauguramos 14 novas rotas durante 2016 e anunciamos outras oito para este ano, um recorde para o Grupo LATAM. Dentre os novos destinos lan-ados, quatro buscam conectar a regio com o resto do mundo: Puerto Natales, Jan, Washington D.C. e Joanesburgo. Com esse ltimo, nos tornamos a nica companhia area da Amrica Latina a conectar dire-tamente o continente com a frica.

    Alm disso, comprometidos com a ampliao da nossa malha area e da conectividade da Amri-ca do Sul, seguimos avanando com as aprovaes

    dos Joint Business Agreements com o IAG (grupo controlador da British Airways e da Iberia) e com a American Airlines, para que possamos interligar cada vez mais pessoas da Amrica Latina com o resto do mundo. Estamos convencidos de que es-ses acordos comerciais reforaro a conectividade da nossa regio, e que oferecero acesso a uma rede de destinos maior, com mais voos, melhores tempos de conexo e preos mais baixos. Alm disso, ser possvel contribuir para o fortalecimento do turismo em nossa regio e promover a vinda de mais turistas dos Estados Unidos e da Europa.

    Durante 2016, trabalhamos na gerao de uma das mudanas mais relevantes para a Companhia e que ter um grande impacto em nossos clientes: a reno-vao do modelo de viagens nos seis mercados do-msticos onde operamos. O novo modelo, que j est sendo implementado em alguns mercados de forma gradual, permite que os nossos clientes escolham como voar, pagando somente pelos servios adicio-nais que utilizaro. Desta forma, poderemos oferecer tarifas at 30% mais econmicas, que permitiro que mais e mais pessoas utilizem o avio como meio de transporte, e tambm que aqueles que j o utilizam possam voar mais vezes. Tudo isso ocorre em meio a uma nova experincia digital, em que o prprio passa-geiro poder utilizar seu telefone celular para controlar a viagem. Alm de beneficiar os nossos clientes, essa mudana nos permitir competir com companhias a-reas de baixo custo que eventualmente entraro em

    MENSAGEM DO CEO [102-14]

    9

  • operao em alguns pases da regio, alm de resultar em um aumento de 50% no nmero de passageiros at 2020. Esse conjunto de aes deve consolidar o avio como um meio de transporte massivo na regio e impulsionar o crescimento econmico dos merca-dos onde a LATAM opera.

    Os ltimos trs anos foram muito desafiadores. Apesar disso, e graas ao trabalho que realizamos durante esse perodo, j possvel perceber uma melhoria significativa em nossa rentabilidade: em 2016, a margem operacional do negcio alcanou 6% e tivemos o primeiro resultado lquido positivo dos ltimos cinco anos. Essa melhora na rentabili-dade em um ano difcil revela a resilincia de nosso modelo de negcio e demonstra que estamos no caminho certo com as iniciativas e estratgias es-colhidas. Os bons resultados, em conjunto com a reestruturao do plano de frota e o fortalecimento do nosso balano, foram reconhecidos pelo merca-do financeiro e esto refletidos na recuperao de 53% na cotao das aes da LATAM durante o ano.

    Em 2016, tambm evolumos nossas prticas de sustentabilidade, que so cada vez mais transver-sais e se traduzem em avanos em nossa gesto socioambiental e em ganhos financeiros e de efici-ncia para o negcio. No ano, foi aprovada a Poltica de Sustentabilidade LATAM, que nortear, de ma-neira unificada, as estratgias de desenvolvimento sustentvel do grupo. Simultaneamente, buscamos fortalecer o relacionamento com a cadeia de forne-cedores, ao essa que impulsiona as boas prticas entre os parceiros e aprimora os processos de mo-nitoramento voltados a esse pblico.

    Tambm tiveram sequncia temas centrais para o se-tor areo, como a busca contnua por eficincia no uso de combustveis e a reduo de emisses de gases de efeito estufa, com resultados concretos nos indicado-res de monitoramento desses temas. A economia de combustvel se traduziu em um consumo evitado de energia da ordem de 6 mil TJ, o que equivale a 440,3 mil tCO2e de emisses. Os avanos so ainda mais signi-ficativos quando se consideram em conjunto todas as medidas de gesto da pegada de carbono: a emisso total caiu 2,3% e a intensidade de emisses, 0,95%.

    No mbito social, vale destacar as iniciativas de filan-tropia, que representaram mais de US$ 4,8 milhes, considerando as aes que colocam a operao da LATAM a servio de aes sociais e humanitrias como a cesso de passagens e espao de carga , as contribuies financeiras a entidades e o investimento em programas de cidadania corporativa.

    Com foco especfico no turismo sustentvel, demos continuidade ao programa Cuido do Meu Destino, que fomenta o desenvolvimento socioeconmico e a pre-servao do patrimnio histrico, natural e cultural de

    diversas regies da Amrica do Sul. Desde a sua cria-o, em 2009, a iniciativa j beneficiou 26 destinos em 66 intervenes e mobilizou 3.515 estudantes.

    Esses so alguns dos exemplos que atestam o nosso comprometimento com a gerao de valor no longo prazo e que certamente contriburam para a perma-nncia da LATAM, pelo terceiro ano consecutivo, na categoria Mundial do ndice Dow Jones de Sustentabi-lidade. A presena no ndice confirma a assertividade de nossas aes e nos impulsiona a seguir em frente.

    Para finalizar esta mensagem, eu quero agradecer a nossa equipe pelo trabalho realizado este ano. Sem seu compromisso e dedicao, no teria sido possvel promover as grandes mudanas em curso. Tambm quero fazer um agradecimento especial aos nossos acionistas, tanto os novos quanto os antigos, pela pa-cincia com a qual tm enfrentado os desafios dos ltimos anos, por seu apoio durante este perodo de ajustes importantes, e pela confiana no nosso pro-jeto. O desafio que nos mobiliza manter a nossa posio de liderana na indstria, fortalecer nossa posio financeira e assegurar a nossa sustentabili-dade em longo prazo. por isso que eu convido todos aqueles que fazem parte da famlia LATAM a seguirem confiando neste projeto e a continuarem avanando juntos em direo a esses objetivos.

    Enrique CuetoCEO do Grupo LATAM

    Foco no longo prazo para gerar valor compartilhado

    10

  • A companhia

    Neste captulo 12 DA AMRICA DO SUL PARA O MUNDO 15 DILOGO E CONSTRUO CONJUNTA 18 CADEIA DE FORNECIMENTO 21 PRMIOS E RECONHECIMENTOS

    11

  • A LATAM Airlines Group o maior grupo de companhias areas da Amrica Latina. Em 2016, cerca de 67 mi-lhes de passageiros voaram com a LATAM, que tam-bm movimentou 944 mil toneladas de carga. So 135 destinos de passageiros e 138 destinos de carga (11 exclusivos de carga) cobertos pela operao, totalizan-do 139 destinos diferentes.

    O Grupo tem sede no Chile e conta com 45,9 mil co-laboradores de mais de 60 nacionalidades. Opera no mercado domstico em seis pases da Amrica do Sul Argentina, Brasil, Chile, Colmbia, Equador e Peru. A operao internacional inclui voos regionais na Amrica do Sul e no Caribe e os voos de longa distncia para Amrica do Norte, Europa, frica e sia-Pacfico. Para facilitar o acesso aos diferentes destinos, o Grupo se vale do modelo de hubs e concentra conexes em ae-roportos de maior porte, a exemplo de Guarulhos, em So Paulo (Brasil), e de Lima (Peru).

    Em 2016, o Grupo inaugurou 14 novas rotas, incluindo 12 internacionais. Entre os destaques est o novo voo entre So Paulo e Joanesburgo, a maior cidade da fri-ca do Sul, o que tornou a LATAM a nica companhia a-rea da Amrica Latina a se conectar diretamente com a frica. O Grupo tambm se prepara para operar, em outubro de 2017, o voo sem escalas de Santiago (Chile)

    a Melbourne (Austrlia). Com 15 horas de durao, esse ser o voo mais longo da histria da LATAM.

    A LATAM tem presena mundial por meio da aliana global oneworld, que rene 15 companhias areas, com voos que chegam Amrica Latina, Amrica do Norte, Europa, sia, frica e Oriente Mdio. No ano, avana-ram tambm os acordos comerciais com a American Airlines e o International Airlines Group (IAG), grupo controlador da British Airways e da Iberia. Essas alian-as possibilitaro fortalecer ainda mais a rede de co-nexes disposio dos clientes LATAM com a oferta de mais voos, melhores tempos de conexo e preos mais competitivos a destinos no operados diretamen-te pelo Grupo. Os acordos ainda devem ser aprovados pelas autoridades competentes.

    DA AMRICA DO SUL PARA O MUNDO [102-1, 102-2, 102-3, 102-4, 102-6 e 102-7]

    67milhes de passageiros transportados pela LATAM em 2016

    Com servios de carga e de passageiros, voos domsticos, internacionais e operados em parceria com outras empresas, a LATAM conecta 29 pases

    A melhor frotaComprometida em oferecer aos clientes a me-lhor experincia, a LATAM conta com uma fro-ta de 332 aeronaves, com idade mdia de sete anos. Em 2016, foi a primeira empresa da Am-rica Latina a adquirir o mais novo modelo da Airbus, o A320neo. Para as viagens de longa distncia, incorporou sua frota mais seis aero-naves Airbus A350, totalizando sete.

    12

  • Com o aumento da circulao de passageiros durante o evento, em agosto, a LATAM disponibilizou 140 voos adicionais. Nesse ms, a rota Rio de Janeiro-So Paulo operou com 81% de ocupao no mesmo perodo de 2015, o ndice correspondeu a 68%.

    A nova identidade visual vem sendo aplicada gradati-vamente frota e s unidades de operao. Em 2017, todos os uniformes dos colaboradores que fazem aten-dimento direto aos clientes traro a nova marca. O processo de renovao visual deve estar concludo at meados de 2019.

    Airbus A320neoEm 2016, a LATAM se tornou o primeiro grupo das Amricas a receber o avio Airbus A320neo no mundo, foi o quarto a operar com o modelo. O A320neo dispe de alta tecnologia e motores de ltima gerao, o que diminui em 15% o uso de combustveis e impacta positivamente as emis-ses de CO2. A LATAM Brasil foi a primeira a incor-porar o modelo, com o voo inaugural realizado em 19 de setembro entre So Paulo/Guarulhos e Porto Alegre. A expectativa que at o fim de 2017 a LATAM opere sete aeronaves A320neo e um total de 11 at o fim de 2018.

    O Grupo LATAM Airlines (antes LAN Airlines) for-mado por filiais no Peru, Argentina, Colmbia e Equador, LATAM CARGO e suas filiais, alm da TAM S.A e suas filiais TAM Linhas Areas S.A. (LATAM Airlines Brasil) e unidades de negcio TAM Trans-portes Areos Del Mercosur S.A. (LATAM Airlines Paraguay) e Multiplus S.A.

    Empresa de capital aberto, em 2016 o Grupo pas-sou a ter como acionista a Qatar Airways, que agora detm 10% do capital da LATAM, o que impulsionou a sustentabilidade financeira e a presena global do Grupo. O Grupo encerrou o ano com Ebitda (sigla para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciao e Amortizao) de US$ 1,5 bilho, um aumento de 5,5% em relao a 2015.

    Nova marca estreia nos Jogos Olmpicos Rio 2016As Olimpadas Rio 2016 foram o evento escolhido para apresentar a marca nica LATAM, desenhada com o objetivo de alinhar os atributos e a cultura da LAN e da TAM. Como companhia area oficial dos Jo-gos Olmpicos Rio 2016 e dos Jogos Paraolmpicos Rio 2016, a LATAM foi responsvel por transportar a tocha olmpica de Genebra (Sua) Braslia (Brasil). O avio que carregou a chama olmpica foi um dos primeiros da frota a operar com a nova identidade visual. Aps a chegada capital brasileira, a LATAM ainda voou mais 8 mil quilmetros para levar a tocha a 13 cida-des das regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Pas ao longo de 15 dias.

    13

  • FiliaisA LATAM tem filiais em seis pases da Amrica do Sul, que representam 95% do trfego areo da regio

    LATAM EM NMEROS 2014 2015 2016

    Operao de passageiros

    Passageiros transportados 67 milhes 67 milhes 67 milhes

    Destinos 135 137 135

    Operao de carga

    Carga transportada (t) 1 milho 1 milho 944 mil

    Total

    165voos internacionais (LATAM e alianas)

    1 RPK (Revenue Passenger Kilometers Passageiros-Quilmetro Pagos): nmero de passageiros pagantes transportados multiplicado pela distncia voada. 2 ASK (Available Seat Kilometers Assentos-Quilmetro Oferecidos): nmero de assentos disponveis multiplicado pela distncia voada.

    84 Amrica do Norte

    4 frica

    9 sia

    22 Australsia (Austrlia, Nova Zelndia e Nova Guin)

    Brasil o maior mercado domstico da Am-rica do Sul e o terceiro maior do mundo. A LATAM Airlines Brasil opera em 41 aeroportos, com uma mdia de 580 voos domsticos dirios.

    35%

    29 milhes de passageiros (-9,7%)

    - 10,7% RPK1

    -11,5% ASK2

    82,3%

    Amsterdam (Holanda)Basileia (Sua)Guadalajara e Mrida (Mxico)Cidade da Guatemala (Guatemala)So Jos (Costa Rica)Panam (Panam)Kingston (Jamaica)Santo Domingo (Repblica Dominicana)Valncia (Venezuela)Cabo Frio (Brasil)

    46 Europa

    RETRATO RPIDO

    Argentina Presente no pas h 11 anos, a LATAM Airlines Argentina a segunda maior operadora de voos domsticos, atrs apenas da estatal Aerolineas Argentinas, que detm 75% do mercado. Opera 15 destinos domsticos.

    25%

    2,6 milhes de passageiros (+ 7%)

    + 7,2% RPK1

    + 5,5% ASK2

    77%

    Colmbia A LATAM Airlines Colmbia est presente na Colmbia, terceiro maior mercado da Amrica Latina, h cinco anos. Opera 14 destinos locais e detm a segunda posi-o no mercado nacional, atrs apenas da empresa colombiana Avianca.

    21,1%

    4,8 milhes de passageiros (+ 4,4%)

    + 8,9% RPK1

    + 6,8% ASK2

    80,3%

    Equador Com atuao desde 2009 no pas, a LATAM Airlines Equador opera em cinco cidades.

    30,5%

    1 milho de passageiros (- 8,3%)

    - 2,4% RPK1

    - 0,7% ASK2

    79,3%

    Peru A LATAM Airlines Peru est presente no pas h 17 anos e lder no mer-cado nacional, com operaes em 17 destinos domsticos.

    61,4%

    6,6 milhes de passageiros (+ 6,7%)

    + 6,5% RPK1

    + 8% ASK2

    80,4%

    Chile Lder no mercado domstico, a LATAM opera em 16 destinos de Norte a Sul do pas.

    73,1%

    7,8 milhes de passageiros (+ 8,8%)

    + 9,6% RPK1

    + 10% ASK2

    83%

    Voos domsticos Taxa de ocupao Market share Trfego consolidado CapacidadeVoos internacionais (LATAM e alianas)

    Exclusivamente operaes de carga

    14

  • DILOGO E CONSTRUO CONJUNTA A transparncia e o compromisso com o aperfeioamento das dinmicas de negcio e a evoluo do setor orientam a relao com pblicos estratgicos

    Para a LATAM, o relacionamento com diferentes atores da sociedade representa uma oportunidade de construo conjunta e evoluo permanente. O processo sistemtico de interao e engajamento com os pblicos estratgicos segue as diretrizes globais previstas na Poltica Corporativa de Rela-cionamento com Stakeholders, aprovada em 2015.

    O documento estabelece 19 grupos de stakeholders e os focos prioritrios de engajamento, revisados periodicamente. Cada pblico conta com canais especficos de relacionamento (veja abaixo) e pla-nos de engajamento, conduzidos por diferentes reas da LATAM. [102-40, 102-42 e 102-43]

    Publicaes (Relatrio Anual e Relatrio de Sustentabilidade)

    Pesquisas de satisfao e grupos de melhoria

    Processos de licitao Call Center Canal de denncias Plataforma web

    Colaboradores Clientes passageiros

    Fornecedores primrios

    Investidores Meios de comunicao

    Sindicatos

    Comunicao interna Reunies peridicas (Caf da manh

    com executivos e LATAM News) Comits e comits ampliados Pesquisas (percepo, clima

    organizacional, satisfao) Avaliao de desempenho Normas e regulamentos internos

    Newsletter Site, aplicativo e redes

    sociais Escritrios comerciais e

    contact centers Equipes de atendimento Pesquisas de satisfao Programas de fidelizao

    Entidades pblicas e regulatrias

    Reunies mensais Agendas especficas

    Entrevistas (individuais ou coletivas) e eventos de divulgao

    Press releases Redes sociais Fampress Visitas base de

    manuteno Telefone e email

    Site Publicaes (Relatrio Anual,

    Relatrio de Sustentabilidade, estudos e relatrios especficos)

    Formulrio 20F Apresentao de resultados

    trimestrais Conference call Reunies peridicas Email

    Aperfeioamento do setorEntre os pblicos estratgicos mapeados pelo Gru-po, esto os rgos pblicos e de regulamentao, as organizaes setoriais e as iniciativas que pro-movem a sustentabilidade.

    Com esses grupos, a LATAM mantm um relaciona-mento estreito a fim de assegurar a conduo do ne-gcio de forma responsvel e em consonncia com os marcos legais, desenvolver iniciativas conjuntas e influenciar melhores prticas. Tm nfase o posicio-namento corporativo nos principais debates sobre o setor areo e, alinhada sua estratgia ambiental, a atuao nos principais fruns de discusso sobre os impactos ambientais do setor, especialmente os relacionados s mudanas climticas. [102-12 e 102-13]

    Publicaes (Relatrio Anual e Relatrio de Sustentabilidade)

    Reunies e grupos de trabalho Relatrios e informes Sites e redes sociais Press releases Contato por email e telefone Programa de compliance

    19grupos de stakeholders mapeados

    CANAIS DE RELACIONAMENTO

    15

  • Em 2016, a atuao da LATAM esteve focada em:

    Iata (International Air Transport Association): como membro da associao, a LATAM prioriza a partici-pao em discusses ambientais, como mudanas climticas, rudo e gesto ambiental. Em 2016, a associao influenciou positivamente nas discus-ses que culminaram com a aprovao do acordo Corsia (sigla para Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation Compensao de Carbono e Plano de Reduo para a Aviao In-ternacional), que estabelece aes de reduo e mi-tigao at o ano de 2035. O setor areo foi pioneiro ao aprovar um acordo em mbito mundial que visa alcanar o patamar de crescimento carbono neutro.

    Alta (Latin American and Caribbean Air Transport Association): a LATAM vem liderando as discus-ses regionais sobre reduo de emisses e mu-danas climticas, especialmente por meio do Environmental Group.

    CDP (Carbon Disclosure Project): o Grupo man-tm participao nas discusses do CDP sobre mudanas climticas, alm de reportar regular-mente as emisses ao rgo.

    Reforestemos Patagonia: por meio da LATAM Airlines Chile, o Grupo um dos fundadores da iniciativa, que busca recuperar o ecossistema da Patagnia chilena.

    BAM (Bosques Amaznicos): a LATAM Airlines Peru compensa as emisses relativas s operaes terrestres por meio do projeto REDD (Reduo de Emisses por Desmatamento e Degradao), ge-rido pela organizao. A parceria acontece desde 2012 e gerou at o momento a compensao de mais de 24 mil toneladas de emisses de CO2.

    Abraba (Aliana Brasileira para Biocombust-veis de Aviao): a LATAM Brasil integra o grupo, formado em 2010, que visa promover iniciativas pblicas e privadas que busquem o desenvolvi-mento, a certificao e a produo comercial de biocombustveis sustentveis para a aviao.

    CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentvel): associao civil sem fins lucrativos que promove o desenvolvi-mento sustentvel nas empresas que atuam no Brasil por meio da articulao com governos e com sociedade civil, alm de divulgar os concei-tos e prticas mais atuais do tema.

    Rede Empresarial WWF Brasil: a LATAM Brasil integra o grupo de empresas que se comprometem a contribuir para que a sociedade brasileira atue a fim de valorizar e promover a conservao da bio-diversidade e o uso racional dos recursos naturais, tendo em conta o desenvolvimento sustentvel.

    FGV-GvCes Programa Brasileiro GHG Protocol: tem como objetivo estimular a cultura corporativa para a elaborao e publicao de inventrios de emisses de gases do efeito estufa (GEE), a fim de proporcionar aos participantes acesso a instru-mentos e padres de qualidade internacional.

    Safug (Sustainable Aviation Fuel Users Group): foca sua atuao na acelerao do desenvolvi-mento e da comercializao de biocombustveis sustentveis para a aviao. O Grupo est repre-sentado pela LATAM Airlines Brasil na iniciativa.

    TEMA MATERIAL

    Relaes governamentais, concorrncia sadia e especificidades regulatrias Dilogo permanente

    Conformidade legal

    Desenvolvimento do setor areo

    Destaque 2016Por meio da Iata, a LATAM atuou nas negociaes do acordo Corsia, com-promisso indito que prev a redu-o e a compensao das emisses de GEE das empresas de transporte areo (ver pgina 39)

    Planos de engajamento com pblicos prioritrios

    Dilogo para impulsionar o crescimento do setor

    16

  • Participao em associaes [102-13]

    Peru Asociacin de Empresas de Transporte Areo Internacional (AETAI) Asociacin Peruana de Empresas Areas (APEA) Cmara Binacional de Comercio Peruano Uruguaya Cmara Binacional Per-Brasil (CAPEBRAS) Cmara de Comercio Americana del Per (AMCHAM) Cmara de Comercio Peruano-Chilena Cmara Nacional de Turismo (CANATUR) Sociedad de Comercio Exterior del Per (COMEXPERU)

    Argentina Cmara de Comercio Argentino Brasilera Cmara de Compaas areas de Argentina (JURCA) Centro de Implementacin de Polticas Pblicas para la Equidad

    y el Crecimiento (CIPPEC) Consejo Empresario Argentino para el Desarrollo Sustentable (CEADS) Instituto para el Desarrollo Empresarial de la Argentina (IDEA) Pacto Global de las Naciones Unidas

    Brasil Associao Brasileira de Agncias de Viagens (Abav) Associao Brasileira de Anunciantes (ABA) Aliana Brasileira para Biocombustveis de Aviao (Abraba) Associao Brasileira de Comunicao Empresarial (Aberje) Associao Brasileira dos Consolidadores de Passagens Areas e

    Servios de Viagens (AirTKT) Associao Brasileira das Empresas Areas (Abear) Associao Brasileira de Franchising (ABF) Associao Brasileira de Logstica (Abralog) Associao Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) Associao Brasileira de Relaes Empresa-Cliente (Abrarec) Associao Latino-Americana de Gesto de Eventos e Viagens

    Corporativas (Alagev) Cmara Americana de Comrcio (Amcham Brasil) Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento

    Sustentvel (CEBDS) Rede Empresarial WWF Conselho Nacional de Auto-regulamentao Publicitria (Conar) FGV-GvCes Programa Brasileiro GHG Protocol Brasileiro Flight Safety Foundation (FSF) Grupo de Estudos Tributrios Aplicados (Getap) Instituto Brasileiro de Executivos de Finanas (Ibef) Instituto Brasileiro de Hospitalidade Empresarial (BHE) Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil) Junta de Representantes das Companhias Areas Internacionais

    do Brasil (Jurcaib) So Paulo Convention Bureau Fundao 25 de Janeiro Sindicato Nacional das Empresas Areas (SNEA) Pacto Global da ONU (Organizao das Naes Unidas) Sustainable Aviation Fuel Users Group (SAFUG)

    Colmbia Asociacin de transporte Areo de Colombia (ATAC) Cmara Colombo Chilena

    Chile Asociacin Chilena de Aerolneas (ACHILA) Accin RSE Cmara Chileno-Brasilea de Comercio Cmara Chileno Norteamericana de Comercio (Amchan Chile) Cmara de Comercio Chileno-Argentina Cmara Chileno-Colombiana Cmara de Comercio Chileno- Peruana Cmara de Comercio de Santiago Cmara Oficial Espaola de Comercio de Chile Corporacin de Estudios para Latinoamrica (CIEPLAN) Comunidad Mujer Federacin de Empresas de Turismo de Chile (Fedetur) Instituto Chileno de Administracin Racional de Empresas (ICARE) Sociedad de Fomento Fabril

    Equador Asociacin de Representantes de Lneas Areas del Ecuador (ARLAE) Cmara Ecuatoriana Americana de Comercio Cmara de Industrias y Produccin

    Alianas e codeshare [206-1]Em 2016, a LATAM e a FNE do Chile (Fiscala Nacional Econmica Procuradoria de Assuntos Econmicos) chegaram a um acordo conciliatrio que define as obrigaes do Grupo no uso de cdigos compartilha-dos (codeshare). O acordo foi aprovado pela autorida-de chilena de proteo livre concorrncia (Tribunal de Defensa de la Libre Competencia TDLC) e torna sem efeito a multa solicitada pela FNE.

    A LATAM poder manter todos os cdigos compar-tilhados com companhias areas asiticas estabele-cidos em diferentes alianas, e ficam afetadas uma minoria dos operados em alianas em outros conti-nentes. Foram excludos apenas dois codeshare com a Aeromxico, que passavam por reviso comercial; um com a Turkish Arlines, que estava previsto, mas no chegou a ser implementado; e alguns operados com a Lufthansa. A LATAM poder solicitar esses cdigos novamente em outra ocasio.

    Vale ressaltar que o acordo no representa nem pressu-pe o reconhecimento da LATAM por nenhum ato ilcito, infrao ou descumprimento de qualquer condio pr-via determinada pelo TDLC fuso entre LAN e TAM.

    17

  • Para guiar o relacionamento com os fornecedores outro pblico estratgico para a LATAM , foi estruturada uma Poltica de Compras e de Cadeia de Fornecedores. O documento se orienta pelos contedos de outras normas internas, como o C-digo de Conduta e a Poltica Anticorrupo, alm de considerar especificidades regulatrias dos pases em que o Grupo est presente. A nova poltica pa-droniza os critrios financeiros, sociais e ambientais adotados nos processos de contratao e monito-ramento dos parceiros em todas as unidades do Grupo, e estabelece diretrizes comuns para a gesto de riscos na cadeia de valor, assegurando transpa-rncia e tica s negociaes.

    Para firmar um contrato com a LATAM, preciso aderir ao Cdigo de Conduta do Grupo, que inclui di-retrizes sobre tica, prticas anticorrupo, sade e segurana ocupacional, responsabilidade socioam-biental e direitos humanos, com nfase na garantia de condies adequadas de trabalho e na no ocor-rncia de trabalho escravo e infantil. O documen-to est disponvel online para todos os pblicos. http://goo.gl/JyeCk7

    Os contratos tambm trazem uma clusula ambien-tal, que impe aos fornecedores a necessidade de

    cumprir todos os requisitos ambientais legais perti-nentes, responsabilizar-se por eventuais sanes e informar LATAM sobre qualquer dano ocorrido ao meio ambiente, entre outros pontos. Vale ressaltar que a questo ambiental critrio de seleo, sen-do priorizados os fornecedores que tm uma gesto eficiente das emisses de gases de efeito estufa, do consumo de energia e de gua e da disposio de resduos resultantes de suas atividades. [+ Anexo]

    No ano, no houve o rompimento de contrato com nenhum fornecedor em decorrncia de impactos socioambientais identificados.

    Relaes ticas, transparentes e de confiana

    Cumprimento de normas e legislaes e estmulo s boas prticas

    Parmetros de sustentabilidade e gesto de riscos (mapeamento e monitoramento)

    Destaque 2016 Poltica Corporativa de Compras:

    padronizao, transparncia e crit-rios de sustentabilidade

    Gesto e monitoramento de riscos: cruzamento de dados de 100% dos fornecedores com sistemas inter-nacionais de controle de corrupo, trabalho infantil e escravo, financia-mento ao narcotrfico etc.

    Os fornecedores atuam em linha com o Cdigo de Conduta da LATAM

    TEMA MATERIAL

    Cadeia de valor

    CADEIA DE FORNECIMENTO [308-2 e 414-2]

    Foco em compliance, boas prticas e gesto proativa de riscos fortalecem o relacionamento e servem de base para o crescimento conjunto

    18

    http://goo.gl/JyeCk7

  • Cruzamento de dadosEm junho, a LATAM passou a utilizar um sistema que cruza as informaes de seus fornecedores com bases de dados interna-cionais, que permitiu identificar riscos so-ciais significativos, como o envolvimento em esquemas de corrupo, financiamento do terrorismo e do narcotrfico, explorao de trabalho infantil e trabalho anlogo ao es-cravo na cadeia de fornecimento. Os novos parceiros de negcio tm suas informaes avaliadas como condio para a validao do contrato, e o cruzamento de dados de to-dos os fornecedores se repete uma vez por ms. Para os que se relacionam com instn-cias governamentais em nome da LATAM, ou mantm contratos de valores mais altos, a anlise ainda mais aprofundada.

    Tambm j foram estabelecidas, em con-junto com a rea de Compliance, as medi-das a serem adotadas quando a investigao apontar qualquer irregularidade. As diretrizes passaram a fazer parte da Poltica de Com-pras e de Cadeia de Fornecedores.

    Em 2016, foram realizadas mais de 14,2 mil anlises de fornecedores. Em 600 casos, fo-ram realizadas avaliaes especficas, defi-nidas a partir de alertas gerados pelo prprio sistema. No foi identificado no ano nenhum caso de inconformidade.

    Gesto de riscos e monitoramentoA matriz de riscos da LATAM monitora os riscos e impactos mais significativos em cada categoria de fornecedor, como os relacionados conformidade com normas trabalhistas, fiscais, setoriais e sani-trias, sade financeira do Grupo e sua conduta tica, ao cumprimento de diretrizes de direitos hu-manos e adoo de boas prticas ambientais e sociais. Os processos de identificao preventiva de riscos cobrem todas as categorias de fornecedores de produtos e servios.

    Nos casos considerados crticos, o Grupo tambm re-aliza auditorias peridicas para assegurar a conformi-dade com os parmetros corporativos de atuao ti-ca, sustentabilidade e conformidade legal. Com foco nas questes trabalhistas, tambm so auditadas as empresas terceirizadas e subcontratadas da LATAM. So classificados como crticos os fornecedores de componentes essenciais operao, os de difcil substituio e os que movimentam contratos anuais acima de US$ 1 milho. So, por exemplo, empresas de combustveis, peas de aeronaves, equipamentos aeroporturios, sistemas de backup e rastreamento de passageiros. Esse segmento concentra 11% do to-tal da base de parceiros, mas em volume de compras chega a representar 72% do investimento.

    Em 2016, a LATAM realizou 42 auditorias voltadas especificamente a aspectos financeiros. No foram encontradas irregularidades, mas, em dois casos considerados de maior risco, o Grupo optou pela no renovao dos contratos.

    VERMELHA

    AMARELA

    VERDE

    Solicitao de visita urgente de executivo snior e apresentao de plano de ao

    Reduo das transaes e excluso de quaisquer licitaes futuras Excluso de solicitaes de oramentos Visita trimestral para anlise de planos de ao Baixa avaliao em pesquisa Airbus, caso se aplique

    Categorias

    3 meses para chegar Amarela

    6 meses para chegar Verde

    Classificado como fornecedor menos competitivo em qualquer licitao Visita de executivo e apresentao de plano de ao Baixa avaliao em pesquisa Airbus, caso se aplique Visita bsica bimestral de suporte ao cliente

    Reconhecimento pblico (um ano nessa categoria) Carta do vice-presidente da LATAM alta direo da empresa Fornecedor lder para quaisquer negcios futuros

    14.204 avaliaes utilizando bases de dados internacionais

    19

  • Entre os parceiros tcnicos, a anlise de desempenho mensal e resulta na classificao dos fornecedores em trs categorias: vermelha, amarela e verde. As classifi-caes vermelho e amarelo geram planos de ao, com melhorias e prazos definidos.

    Base de fornecedoresHoje, a base de fornecedores da LATAM cons-tituda por mais de 30,6 mil parceiros, distribu-dos em diferentes categorias dentro de dois gran-des grupos: compras tcnicas e no tcnicas. Nas compras tcnicas, se enquadram os fornecedores de combustveis; servios de engenharia; consum-

    veis e rotveis; PMA (Part Manufacturer Approval); rodas, freios, pneus e avinica; entretenimento a bordo; assentos, materiais e acabamento; vendas; componentes maiores (trens de voo e outros); pool (conserto, troca e aluguel de alguns componentes oferecidos em sistema pool pelos parceiros de ne-gcio); e compras no pool (ferramentas e outros tipos de componentes). No grupo de compras no tcnicas esto as categorias cuja relao com a operao da LATAM indireta: administrao; ae-roporto; infraestrutura; catering; hotis e unifor-mes; marketing; servios profissionais; tecnologia e sistemas; e transportes. [102-9]

    CADEIA DE FORNECIMENTO COMPRAS TOTAIS(%)

    Total:

    30.628fornecedores

    39

    13

    5

    28

    15

    Combustvel

    Infraestrutura

    Tecnologia e sistemas

    Outras compras tcnicas

    Outros

    CADEIA DE FORNECIMENTO 2016

    Base de fornecedores LATAM (21 categorias) 30.628

    Fornecedores crticos1

    Participao na base de fornecedores 11%

    Participao no volume de compras LATAM 72%

    Identificao de riscos potenciais

    % de categorias com anlise de riscos de sus-tentabilidade

    100%

    % de fornecedores analisados segundo critrios de sustentabilidade

    100%

    Monitoramento e gesto

    Anlises preventivas realizadas (sistema de bases de dados internacionais)

    14.204

    Avaliaes aprofundadas (a partir de alertas do sistema)

    614

    Contratos encerrados por no conformidade 0

    1 Inclui empresas com contratos acima de US$ 1 milho, que se relacionam com rgos do governo em nome da LATAM ou fornecem operao elementos essenciais ou de difcil substituio.

    RETRATO RPIDO

    CADEIA DE FORNECIMENTO DISTRIBUIO GEOGRFICA1

    Continente Total %

    Amrica 29.097 95,0

    sia 120 0,4%

    Europa 1.200 3,9

    Oceania 211 0,7

    1 Com base na localizao da sede da empresa.

    20

  • PRMIOS E RECONHECIMENTOS Qualidade e variedade dos servios, sustentabilidade e reputao organizacional foram alguns dos diferenciais da LATAM reconhecidos em 2016. Alguns destaques:

    World Line Airline Awards Skytrax 2016, o mais importante prmio da indstria area

    LAN: 1 posio na categoria Melhor Companhia Area da Amrica do Sul

    TAM: 4 posio na categoria Melhor Companhia Area da Amrica do Sul

    LAN: 2 posio na categoria Melhor servio da Amrica do Sul

    TAM: 4 posio na categoria Melhor servio da Amrica do Sul

    Global Traveler's 2016 - Tested Reader Survey awards

    1 posio na categoria Melhor Com-panhia Area da Amrica do Sul pelo 3 ano consecutivo

    ndice Dow Jones de Sustentabilidade Listada pelo terceiro ano consecutivo na categoria Mundial do ndice (DJSI World), que inclui apenas duas empresas areas em todo o mundo

    Prmio Empresa Alas20 Lderes sustentveis 1 posio na categoria Empresa Lder em Sustentabilidade

    2 posio na categoria Empresa Lder em Relaes com Investidores

    Empresa Socialmente Responsvel Peru 2021 Conquista do selo Empresa Socialmente Responsvel por sua cultura de competiti-vidade sustentvel e responsvel

    Revista Capital Chile 2 posio no ndice de Sustentabilidade Corporativa (ISC)

    Relatrio de Transparncia Corporativa 2016 Inteligncia de Negcios (IdN) Chile

    1 posio na categoria Empresa mais Transparente do Setor de Servios Socie-dades Annimas Abertas

    3 lugar na categoria Melhores Prticas 2016 Sociedades Annimas Abertas

    Empresas Mais Admiradas de 2016 Peru (EMA 2016) G de Gesto e PwC

    Estratgia comercial destacada

    Merco Empresas e Merco Lderes Chile (7 edio)

    2 colocao na categoria Melhor reputao corporativa

    IF Design Awards World Design Gui-de, o mais importante prmio interna-cional de design

    LATAM e Interbrand: 1 posio na categoria Nova Identidade de Marca (New Brand Identity) pela criao da nova marca LATAM

    eCommerce Awards 2015, o mais im-portante prmio de comrcio eletrnico

    LAN Chile: lder em eCommerce na Indstria de Turismo

    LAN Peru: lder em eCommerce na Indstria de Turismo

    LAN Equador: lder em eCommerce na Indstria de Turismo

    Prmio Folha Top of Mind 2016 Brasil TAM: marca mais lembrada na cate-goria Companhias Areas pela oitava vez consecutiva

    Hall of Fame Grupo Valora Chile Reconhecimento como grande marca chilena por sua relevncia no exterior

    Servios Sustentabilidade Outros prmios

    21

  • GovernanaNeste captulo

    23 APERFEIOAMENTO CONSTANTE 27 GESTO DE RISCOS EM EVOLUO 29 GESTO DA SUSTENTABILIDADE

    22

  • APERFEIOAMENTO CONSTANTE Novas polticas corporativas e um amplo trabalho de engajamento interno reforam a prtica cotidiana da tica e do compromisso com a conformidade legal

    Na conduo diria dos negcios, a LATAM se guia pe-los princpios da tica e transparncia. Tendo como referncia as melhores prticas, o Grupo busca aper-feioar constantemente os instrumentos, processos e estruturas internas que asseguram a conformidade legal e o alinhamento aos valores da LATAM.

    As polticas internas de compliance e accountability atendem aos pr-requisitos das leis aplicveis s empresas com aes negociadas nas bolsas de va-lores de Nova York (EUA) e Santiago (Chile). Nos di-versos pases onde a LATAM Airlines Group atua, h um responsvel da rea jurdica que d suporte vice-presidncia snior do setor.

    Em 2016, o marco autorregulatrio do Grupo rece-beu o reforo de quatro novas polticas corporativas (ver prxima pgina), e foi realizado um amplo traba-lho de engajamento ativo de todas as reas internas nas iniciativas de comunicao e treinamento sobre as polticas e normas que devem orientar a conduta dos colaboradores e o relacionamento com outros pbli-cos. A expectativa treinar, at abril de 2017, cerca de 200 profissionais que atuaro como embaixadores de compliance em todas as unidades. Participaram dire-tamente desse esforo 14 reas: Aeroporto, Assuntos Pblicos, Auditoria, Gesto de Fornecedores, Infraes-trutura, Jurdico, LATAM Travel, Marketing, Operaes de Carga, Operaes e Manuteno, Pessoas, Rede e Frota, Tesouraria e Vendas.

    Os temas de tica, conformidade, preveno corrup-o, antitruste e outros relacionados integram a grade de treinamentos desde a etapa de integrao de novos colaboradores at as revises peridicas obrigatrias, exigidas na avaliao de desempenho. As diferentes capacitaes so planejadas em ciclos de dois anos conforme a rea de atuao do profissional e envol-vem a realizao de um exame de conhecimento. No ciclo mais recente, foram treinadas 44 mil pessoas. En-tre elas, quase 1,8 mil lideranas e integrantes da alta governana do Grupo e 1,3 mil profissionais de reas consideradas de maior risco.

    A cobertura consolidada em 2015 e 2016 alcanou 99,9% do pblico previsto e 99,9% de aprovaes. Os temas re-lacionados a compliance tambm foram objeto de comu-nicados especficos, enviados por email, que alcanaram 92% do pblico interno total. E para assegurar o alinha-mento de pblicos externos s normas e procedimentos da LATAM, todos os parceiros de negcios se compro-metem com o cumprimento do Cdigo por meio de um Termo de Compromisso, assinado na contratao. [205-2]

    Os colaboradores passam por treinamento peridico obrigatrio sobre tica e conformidade

    200embaixadores de compliance treinados

    23

  • Canal confidencialO site do Canal de tica recebe denncias de viola-es a leis, normas internas de conduta profissional e de convivncia, envolvendo o cumprimento do C-digo de tica da LATAM, questes trabalhistas, de discriminao ou assdio de todos os tipos, fraude, corrupo ou suborno.

    O canal operado por um provedor terceirizado para garantir a independncia, a integridade e a idoneidade na anlise e na resposta a todas as denncias. As ocor-rncias so analisadas e enviadas a comits de apura-o em cada pas. Em caso de irregularidade, o Comit de Administrao do Cdigo de Conduta de cada local, integrado pelas reas de Pessoas, Compliance e Jur-dico, entre outras, discute a providncia a ser tomada.

    Os processos contam com certificao externa.

    NORMAS CORPORATIVAS [102-16]Uma srie de polticas internas, aplicveis a to-das as unidades de negcios, orientam a con-duta dos colaboradores e da alta governana e o alinhamento s melhores prticas de tica e transparncia. As principais so:

    Cdigo de Conduta Cdigo de Conduta do Comit de Administrao Poltica sobre os Papis e Responsabilidades

    de executivos Poltica de Compliance sobre Anticorrupo Poltica de Scale-Up (escalonamento de decises) Poltica de Servios Especiais para Funcion-

    rios Pblicos Poltica de Compras1 Poltica de Presentes, Hospitalidade e Entre-

    tenimento para representantes governamen-tais e de terceiros

    Poltica de Segurana, Qualidade e Meio Am-biente1 (ver pgina 87)

    Poltica de Doaes1 (ver pgina 70) Poltica de Sustentabilidade1 (ver pgina 29)

    Acordo voluntrio [419-1]Em 2016, a LATAM acatou uma ordem de cessar e de-sistir da SEC (Securities and Exchange Commission) relacionada a pagamentos feitos pela LATAM Airlines Group S.A. (ex-LAN Airlines S.A.) a um consultor que atuou na resoluo de questes trabalhistas na Ar-gentina de 2006 a 2007. A investigao desse caso pela SEC e pelo DOJ (Departamento de Justia dos Estados Unidos) teve incio em 2011 e contou com a cooperao ativa do Grupo. A LATAM concordou em pagar uma multa de US$ 75 mil SEC, de acordo com as diretrizes internas de compliance e com os requi-sitos contbeis internacionais e da SEC. Em julho de 2016, aps uma srie de anlises realizadas em con-junto com o DOJ e a SEC, foi possvel chegar a acordos definitivos com os dois rgos.

    Com o Departamento de Justia, foi firmado um acordo de suspenso condicional de processo (DPA Deferred Prosecution Agreement ), segundo o qual o rgo indeferir as acusaes aps a expirao de um perodo de trs anos se a LATAM cumprir todas as condies do acordo. Sob os termos do DPA, a LATAM admitiu que a contabilizao dos pagamentos feitos ao consultor na Argentina no estava correta e que, na poca em que os pagamentos foram efetuados, os controles internos no eram adequados.

    A LATAM tambm aceitou ser monitorada por um consultor independente ao longo de 27 meses. O con-sultor avaliar e eficcia do programa de compliance do Grupo e relatar sobre ele ao DOJ. Aps o encerra-mento do trabalho do consultor, a LATAM se reportar diretamente ao departamento sobre o cumprimento 1 Essas so as quatro polticas aprovadas em 2016.

    4novas polticas internas reforam o marco autorregulatrio

    24

  • do seu programa de compliance durante nove meses. O Grupo tambm concordou em pagar uma multa de US$ 12.750.000 ao rgo.

    O acordo com a SEC incluiu a emisso de uma ordem de cessar e desistir, ordem administrativa que encer-ra a investigao aps o aceite pela LATAM de certas obrigaes e declaraes de fatos. A ordem tambm faz referncia ao monitoramento institudo pelo acor-do de suspenso condicional de processo do Departa-mento de Justia. O Grupo concordou em pagar SEC US$ 6.700.000, alm dos juros previstos. Em 31 de dezembro de 2016, o saldo devedor da LATAM corres-pondia a US$ 4.718.894.

    O principal rgo de governana corporativa do Gru-po o Conselho de Administrao, formado por nove membros titulares, eleitos para mandatos de dois anos. O Conselho define as diretrizes estratgicas do Grupo e atua no mbito estabelecido pela Lei de Sociedades Annimas e as respectivas normas da SEC. tambm apoiado no processo de tomada de deciso pelo Comit do Conselho de Administrao. A estrutura de governana inclui, ainda, comits de

    temas especficos: Estratgia, Finanas, Liderana, e de Marcas, Produtos e Programas de Fidelidade.

    No mbito executivo, o CEO do Grupo, vice-presiden-tes corporativos e altos executivos das diversas reas de negcios colocam em prtica as diretrizes estrat-gicas e atuam alinhados aos padres de transparn-cia, tica e regulatrios fixados pelo Conselho.

    O Conselho de Administrao o principal rgo de governana

    Estrutura de tomada de deciso [102-18]

    Auditoria Interna

    CEO LATAM

    Recursos Humanos

    Assuntos Corporativos

    Segurana

    Tecnologia

    Planejamento

    LegalLATAM Airlines

    Brasil

    LATAM Airlines Equador

    LATAM AirlinesPeru

    LATAM Airlines Argentina

    LATAM Airlines Chile

    LATAM Airlines Colmbia

    Comit de Diretores

    Vice-Presidncia de Clientes

    Vice-Presidncia de Operaes e

    Frota

    Vice-Presidncia Comercial

    Vice-Presidncia de Finanas

    Conselho de Administrao

    25

  • Relacionamento com o mercadoA rea de Relaes com Investidores a respon-svel pelo relacionamento com os acionistas da LATAM e outros agentes do mercado de capitais. A rea adota uma poltica de comunicao transpa-rente, e faz uso de canais especficos para tal fim.

    No site www.latamairlinesgroup.net esto disponveis as informaes financeiras e de governana do Grupo, em ingls, espanhol e portugus. A LATAM apresen-ta trimestralmente seus resultados ao mercado, por meio de relatrios e da realizao de teleconferncias.

    28,3

    17,4

    13,1

    10

    105,95,5

    Grupo Cueto

    AFP (Administradoras de Fundos de Penso Chilenas)

    ADR (American Depositary Receipt)

    Investidores estrangeiros

    Grupo Amaro

    Grupo Bethia

    Qatar Airways2

    Grupo Ebien

    Outros

    COMPOSIO ACIONRIA1 (%) [102-5 e 102-10]

    1 Informaes referentes a 31 de dezembro de 2016.2 Corresponde a 9,99% do total de aes emitidas.

    Total: 606.407.693 aes pagas e subscritas

    A LATAM Airlines Group uma empresa de capital aberto e tem aes negociadas na Bolsa de Comrcio de Santiago, na Bolsa Eletrnica do Chile, na Bolsa de Valores de Valparaso e na NYSE (Bolsa de Valores de Nova York).

    5

    4,7

    26

  • A gesto de riscos do Grupo vem evoluindo ano a ano, inclusive no que se refere a riscos sociais e ambientais. Um exemplo desse aperfeioamento foi a distino entre as emisses que impactam as mudanas climticas e aquelas que afetam as comunidades locais, que possibilitou uma melhor compreenso das consequncias e efeitos para a sociedade. O resultado um monitoramento efe-tivo e aprofundado de cada risco e seus impactos potenciais. Para 2017, tero foco os riscos de repu-tao e imagem, com a construo de uma meto-dologia padronizada, que permitir tangibilizar e vi-sualizar de forma mais clara as eventuais ameaas.

    A gesto de riscos considerada um dos fatores-cha-ve para o alcance dos objetivos estratgicos e conta com processos estruturados, que esto em contnua evoluo. Aps a elaborao da matriz de riscos es-tratgicos em 2015, que mapeou os riscos do Grupo a partir da probabilidade de ocorrncia e do impac-to potencial nos aspectos financeiro e reputacional, no incio de 2016 a Poltica Corporativa de Riscos da LATAM foi aprovada pelo Conselho de Administrao e posteriormente foi publicada. O documento contribui para a formalizao do tema internamente e refora os sistemas de monitoramento e a definio de pa-pis e responsabilidades na organizao.

    O mapeamento abrange os riscos transversais, que incluem mais de uma categoria do negcio, e os con-siderados emergentes. Exemplos de riscos emergen-tes so as legislaes mais restritivas que podem ser aprovadas sobre emisses de gases de efeito estu-fa e influenciar negativamente os resultados eco-nmicos do Grupo no mdio prazo, e a propagao de doenas infectocontagiosas, que, em um cenrio extremo, impactaria a demanda pelos servios. Para minimiz-los, a LATAM mantm dilogo permanente com as autoridades competentes e, quando ocorrem epidemias, realiza campanhas de conscientizao e preveno. Esse tpico tambm est contemplado no Plano de Resposta a Emergncias do Grupo.

    A estrutura de identificao e mitigao de riscos se baseia em uma viso transversal, que considera diferentes aspectos do negcio e as especificidades de cada unidade de operao

    GESTO DE RISCOS EM EVOLUO

    Todas as unidades seguem a mesma poltica corporativa

    27

  • Do global para o localA lgica implantada na esfera corporativa para a gesto dos riscos estratgicos transversais foi ex-pandida para todas as operaes locais em 2016, e garantiu a padronizao dos sistemas de identi-ficao, monitoramento e reporte dos riscos.

    Em operaes relevantes, a rea financeira a responsvel por implementar localmente o sistema de gesto de riscos da LATAM, com a identificao dos riscos especficos da unidade e sua atualizao peridica a partir da metodo-logia utilizada em todo o Grupo. Os dados so reportados ao diretor-executivo da unidade e rea de Riscos, que se rene regularmente com cada unidade.

    O grau de implantao do sistema de gesto de riscos varia de pas a pas e sua consolidao est prevista para acontecer ao longo de 2017.

    Acompanhamento permanenteOs riscos estratgicos (transversais e emergentes) so acompanhados pela equipe de Gesto de Riscos. O Co-mit do Conselho de Administrao o rgo responsvel por validar o modelo de gesto de riscos adotado. Em reunies mensais, o comit realiza uma anlise detalha-da sobre cada risco de acordo com a agenda, conforme uma programao anual, que pode ser ajustada confor-me as tendncias e eventos.

    H, ainda, a Mesa de Riscos, comandada pela rea de Riscos e que conta com a participao de profis-sionais de reas distintas (Vendas, Segurana, Meio Ambiente, Legal, Compliance, Planejamento Estra-tgico, Finanas, Assuntos Corporativos e Auditoria Interna), a fim de proporcionar uma viso mais inte-grada dos riscos, bem como a identificao de siner-gias. As reunies so realizadas a cada dois meses.

    Regularmente, os riscos monitorados e os planos de ao decorrentes so informados rea de Audito-ria Interna do Grupo, que os incluem em sua progra-mao de monitoramento.

    Novos avanos esto programados

    Os diversos pases de operao esto integrados no aperfeioamento da mitigao

    28

  • Uma poltica corporativa, aprovada pelo mais alto rgo de governana, define as diretrizes para colocar em prtica a viso de desenvolvimento sustentvel do Grupo

    GESTO DA SUSTENTABILIDADE

    O compromisso da LATAM com a gerao de valor compartilhado para acionistas, mercado, colabora-dores, clientes, fornecedores e toda a sociedade in-tegra a estratgia de atuao do Grupo e orienta a tomada de deciso. Os avanos em sustentabilida-de, presentes transversalmente nas prticas de ne-gcio, so um importante impulso rumo aspirao de ser um dos trs maiores grupos areos do mundo.

    Em 2016, o que j era realidade no dia a dia na opera-o, foi alado condio de poltica corporativa, com a aprovao da Poltica de Sustentabilidade LATAM. O documento foi validado pelo Conselho de Adminis-trao, rgo mximo na estrutura de governana, e estabelece as principais diretrizes e princpios a se-rem seguidos pelos executivos no desenvolvimento e articulao de estratgias e iniciativas de desenvolvi-mento sustentvel para todo o Grupo.

    A poltica considerou uma srie de referncias e com-promissos internacionais, que devem servir de guia para as atividades (ver pgina 31) e explicita a correla-o entre a gesto dos diversos aspectos da sustenta-bilidade e a conduo dos negcios. O exemplo mais claro a gesto de riscos: a matriz que orienta a mi-tigao inclui temas ambientais, laborais e referentes ao relacionamento e reputao do Grupo frente a seus pblicos, e a gesto feita de forma integrada a outros tipos de risco, como financeiros e operacionais.

    A partir de uma perspectiva de longo prazo, a estra-tgia de sustentabilidade da LATAM se organiza em trs dimenses:

    Governana da sustentabilidade: posicionar-se de forma clara e transparente sobre seus com-promissos e objetivos, e as estruturas de tomada de deciso, execuo e monitoramento de resul-tados apoiam a implementao da estratgia;

    Mudanas climticas: equilibrar uma viso de mitigao de riscos e buscar novas oportunida-des na gesto de impactos ambientais reais e potenciais do negcio, com nfase na reduo da pegada de carbono e em aes de ecoeficincia;

    Cidadania corporativa: fazer do negcio e da rede de relacionamentos da LATAM em sua cadeia de valor com fornecedores, colaboradores, clientes e socie-

    3dimenses so a base da gesto da sustentabilidade

    29

  • dade catalisadores socioeconmicos e de equilbrio ambiental da regio, por meio de aes de desenvol-vimento dos colaboradores, investimento social priva-do, fomento ao turismo e estmulo a boas prticas.

    Essas dimenses agrupam os principais temas de desenvolvimento e se desdobram em objetivos e metas, colaborando para sistematizar o processo de melhoria contnua e para quantificar os resultados alcanados. O desempenho do Grupo no ndice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI, na sigla em ingls) a principal medida desse desenvolvimento.

    O DJSI a principal referncia mundial de desempe-nho dos aspectos econmicos, sociais e ambientais da gerao de valor no longo prazo. A seleo se ba-seia em uma metodologia conhecida como Best in Class, que analisa o desempenho em temas relacio-nados governana e s prticas econmicas, sociais e ambientais das grandes empresas de capital aberto de diferentes setores econmicos. Somente as em-presas lderes integram a lista final, divulgada anual-mente. O processo de escolha dos integrantes do DJSI conduzido pela RobecoSAM, consultoria de investi-mentos especializada em sustentabilidade.

    A LATAM integra o ndice desde a edio 2012, quan-do foi selecionada no segmento Mercados Emergen-tes. Desde a edio 2014, faz parte do ndice Mundial, que rene os 10% melhores de todo o ranking. Em 2016, foram analisadas as 2,5 mil maiores empresas (segundo o ndice S&P Broad Market) de 28 pases, e 316 foram selecionadas. Somente duas empresas areas constam desse grupo.

    Alinhamento e informaoPara assegurar o alinhamento de informaes e o olhar estratgico da alta gesto a respeito dos ob-jetivos e metas e do monitoramento dos avanos, o Conselho de Administrao far o seguimento anu-al dos dados. A nova etapa de validao estratgica complementa a superviso que j era realizada pe-riodicamente pelo Comit do Conselho.

    Alm disso, sempre que um integrante se incorpora alta gesto, ele participa de atividades de imerso na estratgia de negcios, e a gesto de susten-tabilidade foco de um mdulo especfico nesse processo.

    DIMENSO ECONMICA(%)

    DIMENSO SOCIAL(%)

    87

    7886 8274 64

    80 71

    2015 20152016 2016

    85

    DIMENSO AMBIENTAL(%)

    TOTAL(%)

    90 8590

    76 7284 79

    2015 20152016 2016

    Desempenho da LATAM Melhor do setor

    O ndice Dow Jones de Sustentabilidade serve de referncia para a melhoria contnua

    30

  • Para impulsionar as melhorias na gesto da sus-tentabilidade, a LATAM se orienta por uma srie de normas, padres, referncias e compromissos de relevncia internacional.

    Os principais so:

    Norma ISO 26000: primeira norma internacional de Responsabilidade Social Empresarial;

    Pacto Global: iniciativa da Organizao das Na-es Unidas (ONU) para estimular a adoo de prticas de responsabilidade corporativa nas reas de direitos humanos, direitos humanos no trabalho, meio ambiente e combate corrupo;

    Objetivos de Desenvolvimento Sustentvel: agenda global de desenvolvimento impulsiona-da pela ONU, que define objetivos e metas rela-cionados erradicao da pobreza, segurana alimentar, sade, educao, igualdade de gnero, reduo das desigualdades, energia, gua e saneamento, aos padres sustentveis de produo e de consumo, s mudanas clim-ticas, s cidades sustentveis, proteo e uso sustentvel dos ecossistemas e ao crescimento econmico inclusivo, entre outros temas;

    Princpios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos: espcie de guia, elaborado pelo Repre-sentante Especial do Secretariado-Geral das Naes

    Unidas, John Ruggie, que rene parmetros e diretri-zes para garantir a proteo, o respeito e a reparao aos direitos humanos no mbito dos negcios;

    Declarao Tripartite de Princpios sobre Empre-sas Multinacionais e a Poltica Social: elaborada pela Organizao Internacional do Trabalho (OIT), visa promover a contribuio ativa das empre-sas multinacionais aos progressos econmicos e sociais, a fim de minimizar ao mesmo tempo os efeitos negativos de suas atividades;

    Diretrizes da Organizao para a Cooperao e o Desenvolvimento Econmico (OCDE) para Em-presas Multinacionais: rene recomendaes para empresas e governos e oferece princpios e padres voluntrios para uma conduta empresa-rial consistente com as leis e melhores prticas reconhecidas internacionalmente;

    Metodologia GRI: principal referncia do relato da sustentabilidade. Foi elaborada pela Global Reporting Initiave, entidade internacional multistakeholder que busca promover a padronizao e a melhoria con-tnua da gesto e comunicao da sustentabilidade em empresas e organizaes de diferentes portes e setores de todo o mundo.

    A Poltica de Sustentabilidade LATAM considera parmetros internacionais

    Referncias internacionais

    Normas e boas prticas servem de guia

    31

  • Focar no que mais relevantePara dar foco aos esforos de melhoria no desempe-nho, a LATAM considera um processo estruturado de definio dos temais mais relevantes para a sustenta-bilidade, considerando os impactos reais ou potenciais da operao em seus diversos stakeholders, as expec-tativas desses pblicos, a viso de futuro do Grupo e os compromissos assumidos, direcionadores setoriais e internacionais de sustentabilidade e tendncias mun-diais (para mais informaes, ver pgina 74).

    Os temas materiais da organizao so:

    Mitigao das mudanas climticas: reduzir conti-nuamente a intensidade de emisses e pesquisar novas tecnologias de energia;

    Gesto com ecoeficincia: alcanar patamares de excelncia no uso racional de combustveis;

    Reduo de rudo e outras emisses: controlar a emisso de rudo das aeronaves nas comunidades prximas aos aeroportos e os impactos de emisses sobre a qualidade do ar;

    Conectividade e relacionamento com o cliente: in-vestir na qualidade do servio, na comunicao transparente e tica e no atendimento de novas de-mandas dos clientes. Ateno s oportunidades e tendncias tecnolgicas e s demandas dos clientes, investir na qualidade do servio e na comunicao transparente e tica;

    Sade e segurana no ar e no solo: gerenciar os ris-cos potenciais, incluindo os cibernticos, e garantir os mais elevados padres de segurana a clientes, colaboradores e comunidade;

    Gesto de talentos e produtividade: aprimorar a ges-to de desempenho e carreira nas diferentes unidades de negcio, com vistas ao crescimento profissional e manuteno de uma cultura de alto desempenho;

    Relacionamento governamental, concorrncia sadia e especificidades regulatrias: dialogar permanente-mente com governos, autoridades locais e entidades representativas do setor, com foco na conformidade e na criao de solues de negcios responsveis;

    Cadeia de valor: promover as boas prticas de tica, sustentabilidade e ecoeficincia de fornecedores e estimular o desenvolvimento das comunidades com as quais a LATAM se relaciona;

    Sustentabilidade econmico-financeira: buscar si-nergia na gesto de custos e ativos, planejar inves-timentos atuais e futuros e focar a gerao de valor para o Grupo e seus provedores de capital.

    Cada tema material conta com um ou mais indicadores (ver pgina 89) pelos quais a LATAM monitora os prprios avanos frente aos objetivos e metas. Todos se relacio-nam direta ou indiretamente com os macro objetivos do negcio e contam com estratgias de abordagem defini-das e responsveis pela sua execuo.

    9temas materiais

    As aes se concentram em

    32

  • Estratgia

    Neste captulo 34 ANTECIPAR TENDNCIAS 36 RESULTADOS FINANCEIROS E OPERACIONAIS

    33

  • Nova proposta de valor transforma a experincia dos clientes LATAM e torna o Grupo mais resiliente aos desafios do mercado areo

    ANTECIPAR TENDNCIAS

    Estar atento evoluo do mercado e da sociedade e agir com rapidez e flexibilidade para se ajustar s mudanas so fatores imprescindveis para a pereni-dade dos negcios e a gerao de valor a acionistas, mercado, colaboradores, clientes, fornecedores e so-ciedade. Essa preocupao orienta o planejamento estratgico LATAM Airlines Group e, em 2016, deu origem a um intenso movimento de transformao, que tem o potencial de modificar de maneira global a gesto dos negcios e relao com os clientes.

    O processo visa conferir ainda mais intensidade, profundidade e rapidez s mudanas ancoradas nos pilares estratgicos do Grupo (ver prxima pgina) e tornar a LATAM mais leve, mais gil e mais competi-tiva. A ideia assegurar, no presente, a transforma-o que possibilitar LATAM manter e ampliar seu protagonismo no setor areo na Amrica Latina e no mundo.

    So cerca de 1,3 mil iniciativas em implantao com a participao de mais de mil colaboradores. As aes foram organizadas em 18 linhas de traba-lho, cada um deles com cinco etapas de desenvolvi-mento at dezembro de 2018. A expectativa que 80% das iniciativas estejam implantadas ainda em 2017 e gerem resultados concretos principalmente nos aspectos de reduo de custos, ampliao de receitas e adequao nova realidade do mercado.

    Uma das facetas mais visveis da transformao a nova proposta de valor para os voos de curta dura-o, que leva em conta a realidade atual do mercado areo, das expectativas e diferentes perfis de clien-tes e da sua forma de se relacionar com as empre-sas em um mundo cada vez mais digital. Alm disso, o contexto macroeconmico da regio de operao mudou. Aps um perodo de crescimento, a Amri-ca Latina vem apresentando estagnao e recesso econmica nos ltimos anos, um cenrio que leva as companhias areas a se esforarem para ser ainda

    1.300iniciativas impulsionam a transformao

    Rumo ao futuro

    34

  • mais eficientes e competitivas e buscarem novos mercados ou novos nichos de mercado.

    Diante desse contexto, o Grupo desenhou um novo modelo de operao domstica nos seis pases onde suas filiais atuam, que representa aproximadamente 40% das vendas e 80% dos passageiros transporta-dos anualmente. O objetivo flexibilizar as ofertas para esses voos, desvinculando os componentes do preo que hoje so vendidos em pacotes indissoci-veis: o transporte em si, a possibilidade de selecio-nar assentos especficos, o despacho de bagagens e a alimentao a bordo.

    Nos voos mais curtos, de at 3,5 horas, os valores sero apresentados em separado e de forma trans-parente para que cada comprador possa compor a prpria tarifa a partir dos servios que realmente utiliza. A alimentao a bordo ser adquirida du-rante o voo a partir de um amplo cardpio oferecido pelo novo servio Mercado LATAM. A expectativa que a tarifa mnima caia entre 10% e 20% em re-lao praticada atualmente, possibilitando atrair ainda mais clientes.

    O novo modelo comeou a ser colocado em prtica gradativamente em 2017, comeando pela LATAM Airlines Colmbia, em fevereiro. A previso que as demais filiais estejam adaptadas at julho, e na sequncia o novo modelo seria aplicado tambm a voos curtos dentro da Amrica Latina.

    Est em fase de implementao nos voos domsticos do Grupo e suas filiais o Mercado LATAM, novo servio de compra de bebidas e alimentos a bordo. O objetivo melhorar a experincia de viagem do passageiro, que passa a ter acesso a um menu com mais de 50 opes, e pode adquirir os itens que mais lhe agradam.

    PILARES ESTRATGICOSCinco pilares direcionam os esforos de desen-volvimento da LATAM. Conhea algumas aes de destaque realizadas em cada um deles em 2016.

    Rede de destinos: inaugurao de 14 novas ro-tas; consolidao de hubs em aeroportos-cha-ve da regio.

    Marca lder e experincia do cliente: lanamento da marca LATAM; ampliao das aes do projeto de mudana cultural no atendimento ao cliente com impactos positivos na satisfao; definio do novo modelo de negcios domsticos a partir de uma nova proposta de valor que d autonomia de escolha ao cliente sobre os servios que quer adquirir em cada viagem.

    Custos: busca de sinergia e eficincia em proces-sos; gesto financeira e reviso do plano de frota; identificao de novas oportunidades de receita.

    Fora organizacional: fortalecimento da cultu-ra nica; engajamento dos colaboradores nas principais iniciativas estratgicas; gesto do clima organizacional.

    Gesto de riscos: abordagem integrada; aprova-o da poltica corporativa sobre o tema; sis-tematizao da gesto e riscos emergen-tes e estratgicos nas operaes locais.

    35

  • RESULTADOS FINANCEIROS E OPERACIONAIS A proatividade e uma forte atuao de aspectos gerenciveis do cenrio adverso asseguram resultados positivos, com lucro lquido de US$ 69,2 milhes e reduo na alavancagem

    A LATAM encerrou 2016 com resultados positivos: o resultado operacional atingiu US$ 567,9 milhes, um aumento de 10,5% em relao a 2015, e a margem operacional foi de 6,0%, 0,9 p.p. acima registrada de 2015, alinhada ao limite superior do guidance seguido pelo Grupo. O lucro lquido foi de US$ 69,2 milhes, primeiro resultado anual positivo desde 2011. [+ Anexo]

    A estratgia de racionalizao da capacidade de passageiros em rotas nacionais e internacionais no mercado brasileiro voltou a se mostrar assertiva, e nas duas operaes melhorou o indicador de receita relativa (por assento-quilmetro disponvel, medi-da em ASK, na sigla em ingls).

    Ao longo do ano, a LATAM tambm avanou em seu em seu plano de reduo de ativos totais e compro-missos de frota. Os compromissos para 2017 e 2018 so os mais baixos da histria recente do Grupo e as-seguram uma reduo de US$ 2,2 bilhes em ativos de frota para 2016-2018, em linha com o planejado.

    O indicador de endividamento tambm teve evoluo positiva no ano, e o nvel de alavancagem (relao en-tre dvida lquida e Ebitda Ajustado) caiu de 5,8 vezes em 2015 para 5,3 vezes em 2016. A liquidez chegou a US$ 1,8 bilho (incluindo uma linha de crdito rotativo de US$ 325 milhes, disponvel a partir de dezembro

    TEMA MATERIAL

    Sustentabilidade econmico-financeira Gerar valor para o Grupo e

    seus provedores de capital

    Buscar sinergias na gesto de custos e ativos

    Destaque 2016 Ajustes na capacidade de

    carga e passageiros

    Reviso do plano de frota: reduo de US$ 2,2 bilhes na projeo at 2018

    Racionalizao de custos

    Processo de transformao

    Novo modelo domstico com potencial de aumentar em 50% o volume de passageiros nos prximos anos

    US$ 69,2 milhesLucro lquido

    0,53

    7,87 Passageiros

    Carga

    Outras

    RECEITAS 2016(US$ bilhes)

    1,11

    Total:

    US$ 9,52 bilhes

    de 2016), tendo sido reforada pelo aumento de capi-tal de US$ 608,4 milhes concludo em 28 de dezem-bro de 2016, com a aquisio pela Qatar Airways de 10% do total de aes da LATAM.

    36

  • RETRATO RPIDO

    PRINCIPAIS INDICADORES 2015 2016 %

    Financeiros (US$ mil

    Receitas operacionais 10.125.826 9.527.088 -5,9%

    Despesas operacionais (9.611.907) (8.959.185) -6,8%

    Resultado operacional 513.919 567.903 10,5%

    Resultado lquido (219.274) 69.220 131,6%

    Margem lquida (-2,2%) 0,7% 2,9 p.p.1

    Ebitda2 1.448.325 1.528.231 5,5%

    Margem Ebitda2 14,3% 16,0% 1,7 p.p.1

    Caixa e equivalente a caixa/receita 13,4% 15,6% 2,2 p.p.1

    Alavancagem3 5,8 , 5,3 , -

    Operacionais

    Passageiros (ASK)4 milho 134.167 134.968 0,6%

    Passageiros (RPK)5 milho 111.510 113.627 1,9%

    Taxa de ocupao (com base em ASK4) 83,1% 84,2% 1,1 p.p.1

    Receita por ASK4 (centavos de US$) 6,3 5,8 -6,9%

    Carga (ATK5) milho 7.083 6.704 -5,3%

    Carga (RTK6) milho 3.797 3.466 -8,7%

    Taxa de ocupao (com base em ATK5) 53,6% 51,7% -1,9 p.p.1

    Receita por ATK5 (centavos de US$) 18,8 16,6 -11,7%

    1 P.p.: ponto percentual.2 Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciaes e amortizaes).3 Alavancagem: dvida lquida ajustada/Ebitda ajustado.4 ASK (Available Seat Kilometers): medida de capacidade de transporte de passageiros.5 ATK (Available Tonne-Kilometers): medida de capacidade de carga.6 RTK (Revenue Tonne-Kilometers): receita gerada em toneladas por quilmetro.

    37

  • Meio ambiente

    Neste captulo 39 ENFRENTAR AS MUDANAS CLIMTICAS 43 CADA VEZ MAIS ECOEFICIENTE 46 POLTICAS E SISTEMAS

    38

  • Na gesto de sustentabilidade da LATAM, tm espe-cial relevncia as questes relacionadas s mudanas climticas. Isso porque, apesar das emisses de gases de efeito estufa (GEE) geradas pela operao area representarem 2% do total ocasionado por atividades humanas1, elas constituem o principal impacto am-biental do setor. O Grupo est comprometido com o tema e conta com uma estratgia estruturada de melhoria contnua do desempenho por meio de aes de reduo e compensao. As estratgias tambm levam em conta os riscos decorrentes de eventos cli-mticos extremos sobre a operao e os relacionados a custos com eventuais alteraes do marco regulat-rio sobre emisses.[201-2]

    Por meio de sua participao na Air International Transport Association (Iata), a LATAM acompanhou de perto as negociaes do Corsia (sigla para Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation Compensao de Carbono e Plano de Reduo para a Aviao Internacional) para limi-tar as emisses de CO2. O documento foi firmado pelos 191 Estados-membros da International Civil Aviation Organization (Icao) durante assembleia re-alizada em 2016, na cidade de Montreal (Canad), que posicionou o setor como o primeiro a assumir um compromisso pblico dessa amplitude.

    O Corsia a evoluo do compromisso voluntrio Crescimento Carbono Neutro (CNG2020), capitane-ado pela Iata e que busca limitar o crescimento das emisses da indstria area, com foco nos voos in-ternacionais, a partir de 2020. O objetivo da inds-tria area mundial alcanar o patamar de cresci-mento carbono neutro at 2035, em paralelo com eventuais avanos tecnolgicos e outras medidas operacionais que possam impactar positivamente a reduo das emisses do setor. A partir da apro-vao do Corsia, devero ser definidas as formas de MRV (Mensurao, Reporte e Verificao)2 das emisses relacionadas aos voos internacionais ope-rados pelas companhias areas dos pases signat-rios e as regras para a compensao.

    1 Dados do Painel Internacional de Mudanas Climticas (IPCC, na sigla em ingls).2 Princpio introduzido pela 13 reunio anual do grupo da Conven-o das Partes (COP 13, na sigla em ingls), instncia decisria da Conferncia da Organizao das Naes Unidas sobre Mudanas Climticas. O objetivo assegurar mecanismos e sistemas de monitoramento e comunicao transparente do desempenho das organizaes em seus esforos de gesto de emisses de GEE.

    ENFRENTAR AS MUDANAS CLIMTICAS A mitigao dos impactos das emisses de gases de efeito estufa na operao area um tema estratgico para o Grupo e mobiliza iniciativas de reduo e compensao e compromissos de melhoria conjunta com todo o setor

    O objetivo do Corsia alcanar o patamar de crescimento carbono neutro at 2035

    A operao area responde por 2% das emisses de GEE geradas pelo homem

    39

  • O cronograma prev uma primeira fase em forma-to piloto de 2021 a 2023, com a adeso voluntria dos pases. At o momento, 65 pases, que repre-sentam 85% do trfego areo mundial, aderiram ao compromisso. Na Amrica Latina, formalizaram sua participao Mxico, Costa Rica e Guatemala. Entre 2024 e 2026, est prevista a primeira etapa de im-plantao, tambm de carter voluntrio. A partir de 2027, o Corsia torna-se obrigatrio para todos os pases cujas operaes areas ultrapassam 0,5% do trfego areo mundial. Na etapa obrigatria, deve-ro ocorrer revises trienais nas metas de reduo dos pases, que refletiro os avanos da implemen-tao do acordo.

    Alm dos aspectos ambientais relacionados s mu-danas climticas, a gesto das emisses tambm considera os impactos potenciais ao negcio. O tema integra a matriz de riscos da LATAM e mobiliza diversas medidas que visam assegurar a resilincia operacional a eventos climticos extremos e mu-danas nos cenrios normativos e legais.

    TEMA MATERIAL

    Mitigao das mudanas climticas Reduzir a intensidade das emisses

    Limitar o crescimento das emisses totais

    Alcanar o patamar de crescimento carbono neutro em 2020 (meta Iata)

    Destaques 2016Compromisso setorial indito: Corsia

    Aperfeioamento dos sistemas de uso racional de combustveis

    1 Air Transport Action Group (ATAG), 2014. Aviation Benefits beyond borders, p.7.2 Air Transport Action Group (ATAG), 2014. Aviation Benefits beyond borders, p.23.3 RTK (Revenue Tonne-Kilometres toneladas-quilmetro pagas). Peso total multiplicado pela distncia percorrida.

    O setor areo no contexto das mudanas climticasA indstria area a nica no mundo a contar com um acordo firmado para alcanar o patamar de crescimento carbono neutro.

    70% em mdia Desde o incio da indstria area2 ,

    o consumo relativo de combustveis (medido em RTK3) caiu

    80% Cerca de das emisses de gases de efeito estufa (GEE)

    do setor esto relacionadas a voos de mais de 1,5 mil quilmetros de distncia, para os quais a via area alternativa mais eficiente.1

    2% Cerca de

    do total de emisses de GEE geradas pelo homem por atividades humanas esto relacionadas a operaes areas.

    Os voos tambm so mais eficientes no que se refere a emisses: enquanto o total de passageiros tem crescido ao redor de 5%, o aumento anual nas emisses fica em torno de 3%.

    A indstria area a nica a contar com um acordo voluntrio de reduo de emisses

    40

  • O que a LATAM j fazO compromisso com o cumprimento das metas do Corsia representa um passo a mais na trajetria de evoluo contnua da LATAM na gesto das emis-ses de GEE. O Grupo j vinha trabalhando em li-nha com o CNG2020, um compromisso voluntrio do setor para compensar, a partir de 2020, todas as emisses relativas operao area que ultra-passem a mdia registrada no perodo 2018-2020. A meta do Grupo (metas Iata 1 e 2) alcanar o patamar de crescimento zero em carbono em 2020 e reduzir pela metade sua pegada de carbono em 2050, considerando 2005 como ano-base.

    Especificamente sobre as emisses relativas s operaes em terra, no perodo de 2012 a 2016, o Grupo j diminuiu 27% de suas emisses, enquanto a compensao chegou a 13.873 tCO2e. A compen-sao total realizada no perodo, incluindo a refe-

    rente a viagens de colaboradores e outras emisses indiretas, foi de 26.573 tCO2e. Diversas iniciativas colaboraram para esse resultado.

    No Peru, desde 2012 as emisses das operaes terrestres so compensadas via aquisio de cr-ditos de carbono da iniciativa Bosques Amaznicos (BAM). A compensao j alcanou 24.138 tonela-das de CO2.

    Na Colmbia, 2016 foi o terceiro ano seguido em que a LATAM neutralizou as emisses de CO2 de to-das as suas operaes em terra por meio da compra de 1.335 crditos de carbono de um projeto de res-taurao de reas degradadas em Cceres, regio

    O esforo pela reduo das emisses contnuo em toda operao area do Grupo, com foco na meta de crescimento carbono neutro em 2035

    27% menos GEE na operao terrestre de 2012 a 2016

    41

  • [305-1, 305-2, 305-3 e 305-4]

    GASES DE EFEITO ESTUFA (t CO2e) 2013 2014 2015 2016 2016/2015

    Emisses diretas1 11.844.687 11.716.772 11.610.378 11.343.650 -2,30%

    Emisses indiretas2 18.597 18.003 20.660 15.767 -23,68%

    Outras emisses indiretas3 4.282 7.092 4.214 7.718 83,14%

    Total 11.867.567 11.741.868 11.635.252 11.367.134 -2,30%

    Intensidade de emisses (kg CO2e/100 RTK

    4) 84,11 83,36 83,82 83,02 -0,95%

    1 Emisses diretas (Escopo 1): consumo de combustveis nas operaes areas, fontes fixas e veculos da frota LATAM, alm de emisses fugitivas de gases refrigerantes.2 Emisses indiretas (Escopo 2): compra de energia eltrica. O aumento em 2015 se refere ampliao do escopo de co-bertura no Equador, de 28% para 88%, e no Brasil, consequncia de novas construes e da abertura de novas unidades.3 Outras emisses indiretas (Escopo 3): transporte terrestre relacionado a operaes (colaboradores, fornecedores e resdu-os) e deslocamento areo (em outras companhias) de colaboradores em atividades de trabalho.4 Intesidade de emisses, indicador especfico das operaes areas.Obs.: a frmula de clculo da receita Tonelada-quilmetro Total (RTK) foi ajustada e o peso da Receita Passageiro-Quil-metro (RPK) em sua composio foi reduzido em 10%, afetando o indicador de intensidade. Para assegurar a comparabilida-de, os dados de anos anteriores foram recalculados nessa tabela.

    noroeste da Colmbia. Ao todo, j foram compen-sadas 3.346 toneladas de CO2 relativas s emisses de 2013 a 2015. Hoje, esto em anlise formas de compensar tambm as emisses relacionadas aos voos domsticos para atender a uma legislao re-centemente aprovada no pas.

    Para acompanhar seu prprio desempenho, a LATAM monitora anualmente suas emisses de GEE. O cl-culo considera dados de referncia internacionais e informao coletada dos sistemas de gesto das di-versas reas do Grupo. Sempre que necessrio, tam-bm so utilizados dados relacionados s contas de consumo para a realizao de estimativas.

    O inventrio de emisses elaborado desde 2010, mas, para fins de comparao e anlise da evoluo anual, so considerados os dados de 2012, ano da fuso de LAN e TAM, que marcou tambm o incio da utilizao da norma ISO 14.064 como ferramenta de monitoramento. No mais recente inventrio, re-lativo ao ano de 2016, a intensidade mdia de GEE correspondeu a 83,02 KgCO2/100 RTK, uma queda de 0,95% se comparado ao resultado de 2015.

    Para informaes tcnicas mais detalhadas sobre os fatores de emisso utilizados para o clculo, o escopo de cobertura dos dados e as referncias consideradas. [+ Anexo]

    As iniciativas de ecoeficincia no consumo de combustveis tambm tiveram impacto positivo nas emisses de GEE, com a reduo de 440,3 mil t CO2 e nas emisses em 2016 [305-5]

    Queda de 0,95% na intensidade de emisses

    42

  • Para avanar no alcance da meta de aumentar em 1,5% a eficincia anual no uso de combustveis pela frota at 2020, a LATAM investe continuamente no ape