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RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
MINERAÇÃO DE AREIA EM LEITO DE RIO
Volume IV
MINERAÇÃO SELETA LTDA. - EPP
CNPJ No 21.527.960/0001-84
Município de Passos/MG
Dezembro de 2015
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho foi elaborado para dar suporte técnico ao empreendimento
de mineração de areia no leito do Rio Grande desenvolvido pela empresa
MINERAÇÃO SELETA LTDA. - EPP, além de compor a documentação
necessária à formalização do processo de regularização ambiental.
O empreendimento em questão está localizado na Fazenda Três Ilhas, na
margem esquerda do Rio Grande, localizado na divisa dos municípios de Passos
e São João Batista do Glória, no Estado de Minas Gerais.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5
2. POR QUE O RIMA? ....................................................................................... 5
3. O QUE É O EMPREENDIMENTO? ............................................................... 7
3.1 Descrição dos Processos DNPM ............................................................... 7
3.2 Descrição da Propriedade ........................................................................ 12
3.3 Descrição da Reserva Mineral ................................................................. 13
3.4 Descrição da Escala de Produção ........................................................... 13
3.5 Mercado Consumidor ............................................................................... 13
3.6 Método de Extração da Areia ................................................................... 14
3.7 Mão de Obra do Empreendimento ........................................................... 16
4. RESPONSÁVEL PELO EMPREENDIMENTO ............................................ 17
4.1 Equipe Responsável pela Elaboração Do EIA/RIMA ............................... 17
5. ONDE ESTÁ LOCALIZADO O EMPREENDIMENTO ................................. 19
6. ALTERNATIVA DE LOCALIZAÇÃO ........................................................... 22
7. QUAL A ÁREA ESTUDADA (ÁREAS DE INFLUÊNCIA) ........................... 23
8. JUSTIFICATICA DO EMPREENDIMENTO ................................................. 30
9. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO ....................... 31
10. COMO É O CLIMA DA REGIÃO? ............................................................. 33
11. COMO SÃO O RELEVO, AS ROCHAS E OS SOLOS? ........................... 34
12. QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS RECURSOS HÍDRICOS? ...................................................................................................... 35
13. COMO SE CARACTERIZA A VEGETAÇÃO NO LOCAL? ....................... 38
14. COMO SE CARACTERIZA A FAUNA? .................................................... 40
15. QUAIS AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NAS PROXIMIDADES DA EMPRESA? ..................................................................................................... 44
16. QUAL A POPULAÇÃO ATUAL DA ÁREA, COMO ELA SE CARACTERIZA? ............................................................................................. 48
17. COMO É O USO E OCUPAÇÃO NOS MUNICÍPIOS? .............................. 50
18. COMO É A ECONOMIA DOS MUNICÍPIOS? ........................................... 54
19. COMO FORAM ANALISADOS OS IMPACTOS AMBIENTAIS ................ 57
Meio físico .................................................................................................... 58
Meio biótico .................................................................................................. 62
Meio Socioeconômico .................................................................................. 66
Matriz de Interação ...................................................................................... 68
20. COMO SERÃO EXECUTADAS AS AÇÕES DE PREVENÇÃO E ATENUAÇÃO DOS PROBLEMAS E DE OTIMIZAÇÃO DOS BENEFÍCIOS DECORRENTES DO EMPREENDIMENTO? .................................................. 71
21. QUAIS AS CONCLUSÕES DO EIA/RIMA? .............................................. 77
22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 78
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
Mineração de Areia em Leito de Rio Passos - MG
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1. INTRODUÇÃO
O presente documento consiste no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
referente ao empreendimento de mineração de areia destinado ao uso direto na
construção civil, proposto pela empresa Mineração Seleta Ltda – ME.,
atendendo à legislação brasileira e ao Termo de Referência emitido pelo
Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMAD).
O RIMA foi elaborado em linguagem mais acessível e objetiva, visando à sua
ampla divulgação. Nele são apresentadas as principais características do Projeto
e da região beneficiada, assim como as recomendações destinadas a evitar,
mitigar ou compensar seus possíveis impactos negativos e fortalecer os
benefícios sociais e ambientais que o empreendimento trará para a região.
2. POR QUE O RIMA?
O empreendimento com atividade de mineração de lavra de areia em leito de
para construção civil, de acordo com a Legislação Brasileira, exige a elaboração
de um Estudo de Impacto Ambiental e do seu respectivo Relatório de Impacto
Ambiental (EIA/RIMA). Esta exigência é feita pela Resolução CONAMA nº 01/86
e pelo artigo 2º da Resolução CONAMA nº 237/97.
Tais estudos são necessários para auxiliar a avaliação da viabilidade ambiental
do projeto junto ao órgão ambiental, as Superintendências Regionais de
Regularização Ambiental (Suprams), que têm por finalidade planejar,
supervisionar, orientar e executar as atividades relativas à política estadual de
proteção do meio ambiente e de gerenciamento dos recursos hídricos
formuladas e desenvolvidas pela SEMAD dentro de suas áreas de abrangência
territorial.
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é o estudo técnico minucioso que envolve,
principalmente, as seguintes questões:
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
Mineração de Areia em Leito de Rio Passos - MG
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Caracterização do empreendimento – descreve o empreendimento que se
deseja licenciar, considerando sua instalação e operação, e reúne informações
sobre como, na visão do empreendedor, irá funcionar;
Diagnóstico Ambiental – descreve a região onde o empreendimento pretende ser
instalado e suas áreas adjacentes, reunindo dados ambientais e
socioeconômicos da área antes da construção;
Avaliação dos Impactos Ambientais – faz o cruzamento entre as características
socioambientais da área e as características do empreendimento proposto,
avaliando os efeitos da construção e operação do empreendimento;
Prognóstico Ambiental – considera os efeitos negativos ou positivos sobre os
meios físico, biótico e antrópico associados à instalação ou não do futuro
empreendimento;
Programas de Acompanhamento e Monitoramento dos Impactos Ambientais –
sugerem medidas para evitar, mitigar e/ou compensar os impactos negativos do
projeto e potencializar os positivos.
Todas essas informações e as principais conclusões do EIA estão sintetizadas
no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), em linguagem clara, direta e
acessível para consulta pública.
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3. O QUE É O EMPREENDIMENTO?
A empresa Mineração Seleta Ltda. foi criada em dezembro de 2014, quando teve
acesso à reserva mineral de areia existente no trecho que compreende a região
denominada Três Ilhas, até a desembocadura do Ribeirão Grande, localizada a
jusante.
A partir de sua criação em 2014 já iniciou os trabalhos de pesquisa mineral,
assim como os trabalhos de pré viabilidade técnica e ambiental da área alvo dos
estudos ora apresentados.
O processo de licenciamento ambiental de seu título minerário principal teve
início com a formalização de um pedido de AAF – Autorização Ambiental de
Funcionamento, em 24/08/2015, processo que foi indeferido por interferência
com a zona de amortecimento do Parque Nacional da Serra da Canastra, e
posteriormente reorientado para licenciamento ambiental em caráter corretivo
através do FOBI No 0921822/2015 D, de 05 de outubro de 2015.
Atualmente a empresa possui empreendimentos de pesquisa mineral e operação
de mineração em fase de projeto nos municípios de Passos e região
metropolitana de Belo Horizonte.
3.1 Descrição dos Processos DNPM
Na sequência é apresentada a relação de títulos minerários que envolvem o
empreendimento em questão, além dos dados principais, conforme os processos
técnicos junto ao DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral, através
de seu Cadastro Mineiro.
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PROCESSO DNPM 831.770/2015
Área: 49,43 ha
Situação: Requerimento de Registro de Licença com
declaração de aptidão enviada em 14/08/2015.
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PROCESSO DNPM 831.755/2015
Área: 49,53 ha
Situação: Requerimento de Registro de Licença com
declaração de aptidão enviada em 25/11/2015.
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PROCESSO DNPM 831.756/2015
Área: 49,17 ha
Situação: Requerimento de Registro de Licença com
declaração de aptidão enviada em 25/11/2015.
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PROCESSO DNPM 833.283/2014
Área: 1.591,35 ha
Situação: Alvará de Pesquisa publicado em 20/04/2015. Guia
de Utilização solicitada em 01/12/2015.
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3.2 Descrição da Propriedade
Para implantação do depósito (porto) do empreendimento a empresa contratou
uma área parcial no interior da Fazenda Três Ilhas, que desenvolve atividade de
pecuária extensiva de leite, de pequeno porte, onde foi firmado um contrato de
locação da área que remunera o superficiário em conformidade com a lei.
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3.3 Descrição da Reserva Mineral
A reserva mineral total do empreendimento, incluindo todas as áreas registradas
junto ao DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral é de
aproximadamente 1.157.000 m3 (Reservas Medidas) de areia de qualidade e boa
aceitação no mercado.
Todo o processo de cubagem e determinação da reserva foi feita mediante
levantamento planialtimétrico aliado a batimetria e sondagem com varejão de 6
metros, metodologia que foi viabilizada pela grande seca ocorrida em 2015,
aliada ao fato da execução de obras na Barragem de Peixoto, que diminuiu
significativamente a lâmina d’água na região que compreende o
empreendimento.
3.4 Descrição da Escala de Produção
A escala de produção do empreendimento prevista para os 3 anos iniciais será
de aproximadamente 6.000 m3/mês, entretanto a empresa visa à ampliação da
produção para 8.000 m3/mês, tendo como base sua capacidade instalada e a
demanda do mercado local e regional.
3.5 Mercado Consumidor
O mercado consumidor de agregados para construção civil se encontra próximo
ao empreendimento, sendo representado localmente principalmente pelo
município de Passos, no sudeste de Minas Gerais. Entretanto o mercado
regional é muito amplo podendo absorver com folga a produção máxima de
projeto.
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3.6 Método de Extração da Areia
A explotação de areia no empreendimento será executada em aluvião de leito
de rio, com desmonte hidráulico por sucção e dragagem. As áreas alvo do plano
de lavra estão todas inseridas em uma região onde ocorre uma intensa atividade
de pesquisa mineral e lavra.
O processo de produção ocorrerá pelo método de lavra por dragagem, através
de desmonte por sucção, constituindo-se das seguintes fases:
Explotação (lavra);
Transporte;
Estocagem;
Carregamento e Transporte (Escoamento da Produção -
Comercialização).
Na sequência apresentamos o fluxograma básico do processo de lavra no
empreendimento.
Fluxograma do processo produtivo
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O local onde ocorrerá a lavra contém grande quantidade de areia presente no
leito do Rio Grande, onde a extração da areia ocorrerá por meio de draga de
sucção montada sobre barco (Batelão), ou em algumas situações com draga
estacionária, que retira areia do leito do rio, transportando e depositando na caixa
de areia, ou depósito de areia, localizada no porto de areia.
Finalizado o processo de carregamento da embarcação, esta transportará a
areia até atracar no porto, onde uma draga fixa retirará a areia do depósito do
barco e colocará o material no local determinado, ou seja, na caixa de areia.
A areia então será depositada de forma mais adequada possível dentro da caixa,
evitando-se formar uma pilha de grande altura. Na caixa a água residual será
encaminhada para caixas de decantação que serão instaladas nas laterais da
caixa de areia, onde se dará a retenção dos finos e o retorno da água ao rio.
O perfil Esquemático da extração de areia em leito de rio para o pátio de
produção é apresentado a seguir.
Figura 1: Perfil Esquemático simplificado da extração de areia
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3.7 Mão de Obra do Empreendimento
A mão de obra utilizada no empreendimento que totalizara 8 (oito) funcionários
será toda proveniente das cidades abrangidas pelas áreas de influência do
empreendimento mais próximas que são: Passos e São João Batista do Glória.
Na sequência segue a listagem básica da mão de obra demandada no
empreendimento.
Quadro de Funcionários do Empreendimento (Próprios e Terceirizados)
Quant. Atuação Local de Atuação Regimento
1 Gerente Administrativo Escritório Próprio
2 Operador de Draga Lavra Próprio
2 Operador de Equipamento Pesado Lavra Próprio
1 Motorista de Caminhão Lavra Próprio
1 Vendedor Externo Escritório Próprio
1 Serviços Gerais Lavra Próprio
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4. RESPONSÁVEL PELO EMPREENDIMENTO
EMPREENDEDOR
RAZÃO SOCIAL: Mineração Seleta Ltda. - EPP
CNPJ: 21.527.960/0001-84
ENDEREÇO: Fazenda Três Ilhas - Estrada Usina Passos / Rio Grande
MUNICÍPIO: Passos - MG CEP: 37.900-000
TEL./FAX: (35) 3021 - 0073
PROPRIETÁRIA: Natasha Gonçalves Maia Vilela
4.1 Equipe Responsável pela Elaboração Do EIA/RIMA
Empresa Consultora Responsável
Rio Grande Engenharia Serviços de Mineração e Meio Ambiente
CNPJ: 06.034.143/0001-09
Endereço: Avenida Arouca, 660, sala 512-514, Passos / Minas Gerais
Telefone: (35) 3521-9106
Técnico Responsável: Marcelo Lopes Mendes - Engenheiro de Minas
Equipe Técnica Formação / Registro
Profissional
Responsabilidade/ART
(Anexo)
Marcelo Lopes Mendes Engenheiro de Minas
CREA-MG No 73.235/D
Coordenação Geral/Propostas
de medidas mitigadoras.
Rogerio Silveira Vilela Biólogo CRBio No
70.634/04-D
Coordenaçã, Diagnóstico,
avaliação e análise de
impactos ambientais do meio
biótico – Fauna/Flora.
Terência Garcia Reis Engenheira Ambiental
CREA-MG No 192.907/LP
Diagnóstico, avaliação e
análise de impactos
ambientais do meio físico.
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Marina Lemos Silveira Engenheira de Minas
CREA-MG No 198.293/LP
Diagnóstico, avaliação e
análise de impactos
ambientais do meio físico.
Wellington Costa Técnico em Mineração
CREA-MG No 186.555/TD
Diagnóstico, avaliação e
análise de impactos
ambientais do meio físico.
Benoni Zaghi Filho
Engenheiro Civil /
Segurança do Trabalho
CREA-MG No 43.888/D
Diagnóstico, avaliação e
análise de impactos
ambientais do meio antrópico.
Fernando de Oliveira
Técnico em Edificações /
Topografo
CREA-MG No 177.910/TD
Topografia/Tratamento da
geoinformação.
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5. ONDE ESTÁ LOCALIZADO O EMPREENDIMENTO
A área do empreendimento está situada no leito do Rio Grande, na divisa dos
municípios de Passos e São João Batista do Glória, na região Sudoeste do
Estado de Minas Gerais, no trecho que compreende o reservatório da
hidroelétrica Mascarenhas de Moraes (Represa de Peixoto).
A cidade de Passos, sede da empresa e referência regional dista
aproximadamente 350 Km de Belo Horizonte, pela Rodovia MG-050, conforme
mapa rodoviário apresentado na sequência.
As coordenadas geográficas de referência do empreendimento apresentadas na
sequência foram arbitrariamente definidas, principalmente pela facilidade de
acesso ao empreendimento, que podem ser facilmente lançadas no google Earth
® e visualizadas.
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
Descrição do Ponto Latitude Longitude
Ponto Central -20°38’28.173’’S -46°35’53.422’’W
DATUM: SIRGAS 2000
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O acesso à área alvo dos estudos se dá a partir de Belo Horizonte, onde pode
ser realizado através da rodovia BR-381 até Betim, de onde se segue pela
rodovia MG-050, tomando-se o sentido da cidade de Passos.
A partir de Varginha o acesso à área se dá pela rodovia BR-491, sentido
Alpinópolis, de onde toma-se a MG-050 no sentido da cidade de Passos.
Em Passos toma-se a estrada rural Passos/Usina Rio Grande, seguindo por
aproximadamente 7 Km, até chegar à entrada da propriedade rural denominada
Fazenda Três Ilhas. A área se encontra no leito do Rio Grande em frente a
referida propriedade onde será implantado o porto de descarga de minério
(areia/cascalho).
Na sequência são apresentados o mapa de localização com as principais vias
regionais e locas, e o roteiro de acesso viário a partir de Varginha/MG, sede da
SUPRAM-SM.
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Roteiro de Acesso Viário
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6. ALTERNATIVA DE LOCALIZAÇÃO
O empreendimento se justifica uma vez que, que possui reservas de areia em
quantidade suficiente, de boa qualidade, e de fácil retirada do minério (areia).
Há também um mercado consumidor de agregados para construção civil que se
encontra próximo ao empreendimento, sendo representado localmente pelo
município de Passos, no sudeste de Minas Gerais. Entretanto o mercado
regional é muito amplo podendo chegar até mesmo à Grande São Paulo.
E cumpre sua função social já que a mão de obra utilizada no empreendimento
é proveniente da cidade de Passos e São João Batista do Glória.
Em termos de alternativa de localização do empreendimento, o mesmo se
localiza em uma região onde a mineração já ocorre há vários anos, tendo seus
títulos minerários localizados sobre jazida de grande potencial econômico e
qualidade, onde o produto já vem sendo testado no mercado consumidor e tem
grande aceitação.
Portanto dentro do critério de rigidez locacional típico das jazidas minerais a
alternativa locacional do empreendimento não é viável.
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7. QUAL A ÁREA ESTUDADA (ÁREAS DE INFLUÊNCIA)
A Área de Influência é aquela que de alguma forma sofrerá influência decorrente
da implantação do empreendimento, seja nos aspectos físico, biótico (fauna e
flora) ou socioeconômico. Dessa forma, optou-se pela identificação e definição
de áreas de influência específicas para as análises ambientais, de acordo com
as interferências que ocorrem. A Área de Influência é dividida em Área
Diretamente Afetada (ADA), Área de Influência Direta (AID) e Área de Influência
Indireta (AII).
A Área de Influência Indireta (AII) do meio biótico é caracterizada pela área real
ou potencialmente ameaçada pelos impactos indiretos da atividade, abrangendo
os ecossistemas e o meio físico que podem ser impactados por alterações
ocorridas na área de influência direta, assim como áreas susceptíveis de ser
impactadas por possíveis acidentes na atividade.
A AII para o meio biótico foi considerada como sendo a área da Unidade de
Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (UPGRH) do Médio Rio Grande
(UPGRH GD7) definida pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM).
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A AII para o meio antrópico e socioeconômico, será representada pelas cidades
circunvizinhas que compõem o limite da Bacia Hidrográfica do Médio Rio
Grande, que estejam inseridas na rota do mercado consumidor.
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Municípios que compõem a bacia: Alpinópolis, Bom Jesus da Penha, Capetinga,
Capitólio, Cássia, Claraval, Delfinópolis, Fortaleza de Minas, Guaranésia, Ibiraci,
Itamoji, Itaú de Minas, Jacuí, Monte Santo de Minas, Nova Resende, Passos,
Pratápolis, Sacramento, São João Batista do Glória, São José da Barra, São
Pedro da União, São Roque de Minas, São Sebastião do Paraíso e São Tomás
de Aquino.
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Conceitualmente, a Área de Influência Direta (AID) é definida como a área sujeita
aos impactos diretos da implantação e operação do empreendimento.
Sua delimitação é em função das características sociais, econômicas, físicas e
biológicas dos sistemas a serem estudados e das características do
empreendimento, correspondendo ao conjunto de espaços no qual se espera
ocorrer efeitos, com maior intensidade, dos impactos diretos do
empreendimento.
A AID para o meio Físico e Biótico foi considerada como sendo a área da bacia
determinadas com base na metodologia de Otto Pfafstetter retirado da base de
dados da Agência Nacional de Águas (ANA). A delimitação da AID para o meio
biótico baseou-se na limitação da região a ser potencialmente afetada pelos
impactos provenientes das atividades minerárias dentro dos limites das
poligonais DNPM, optou-se por delimitar a AID pelo contorno da bacia
hidrográfica que está inserida os limites das poligonais DNPM.
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Para o meio antrópico e socioeconômico a AID, se estenderá a todos os
municípios envolvidos na área de Influência Indireta para o Meio Biótico, tanto
para área urbana quanto para a área rural.
Descrição da Área de Influência Indireta para o Meio Antrópico e Socioeconômico
Município Passos População 113.122
Município Delfinópolis População 7.143
Município São João Batista do Glória População 7.341
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A Área Diretamente Afetada (ADA) ou de Área de Intervenção foi definida para
o empreendimento, como a área na qual estão os limites das poligonais do
DNPM, as áreas diretamente afetadas pela extração de areia, as estradas
internas, os pátios e as pilhas de material. Não foi verificada a incidência de
ventos dominantes que possam contaminar o entorno com poeiras.
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Para o meio antrópico e socioeconômico a ADA, se estenderá a área urbana do
município, de maior representatitividade para o empreendimento, sendo ele o
município de Passos. Este município conta com trabalhadores capacitados para
as tarefas de lavra descritas anteriormente, o que minimizará a necessidade de
serem contratados operários de outras regiões.
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8. JUSTIFICATICA DO EMPREENDIMENTO
O empreendimento a ser licenciado tem como finalidade a produção de Areia de
Uso Direto na Construção Civil, para o abastecimento do mercado local de
construção civil e região, sendo plenamente justificável nos aspectos econômico,
ambiental e legal.
No aspecto econômico, terá uma maior utilização do mineral próprio da região
implicando em impacto positivo sobre a balança comercial brasileira.
Sob o aspecto legal, este empreendimento está compatível com as leis vigentes,
e no que diz respeito à gestão ambiental são seguidas as normas e resoluções
pertinentes ao processo de licenciamento e de controle ambiental.
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9. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO
Para este empreendimento será utilizado o método de extração de areia em
cursos d’água, por dragas de sucção instaladas em plataformas flutuantes,
comumente conhecidas como batelão, que podem ser móveis ou estacionárias.
O material extraído será conduzido por tubulações de dragagem flutuantes
(apoiadas em flutuadores nas épocas de cheia) e tubulações de dragagem
aéreas na parte seca, sustentadas por pilares de concreto, até o ciclone de
distribuição de areia, dentro dos limites do Pátio de Produção, local em que se
situa a Bacia de Decantação onde ocorre a secagem natural por escoamento e
evaporação, e posterior transporte do minério para o Pátio de Distribuição.
Vista do Sistema de Tubulação
O Pátio de Produção é concebido com leiras de proteção e com sistema de
drenagem (Bacia de Decantação) com queda de 2% contrária a APP. O sistema
de drenagem direciona a água para canaletas de alvenaria que coletam essas
águas do escoamento junto com partículas finas nelas dissolvidas e as
conduzem até a caixa tri-compartimentada, que tem por finalidade a separação
dos finos, posteriormente, as águas drenadas retornam ao curso d’água, por
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meio de tubulação de retorno, proporcionando maior proteção a APP e aos
corpos hídricos.
Além disso serão adequados Containers metálicos como escritório e refeitório,
para uso dos funcionários, bem como construído sistema de esgotamento
sanitário por meio de fossa séptica.
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10. COMO É O CLIMA DA REGIÃO?
De acordo com Nimer (1989), a área está localizada em região de clima tropical
subquente, semi-úmido, que apresenta 4 a 5 meses secos por ano, que
correspondem aos meses de maio a setembro. O índice médio pluviométrico
anual, considerando os dados da estação meteorológica automática de Passos,
é da ordem de 1.540 mm.
Nesse domínio climático subquente, ocorre pelo menos um mês com
temperatura média inferior a 18 ºC, no caso junho ou julho. A temperatura média
anual é quase sempre superior a 22 ºC. Seu verão, embora não registre máximas
diárias muito elevadas, é quente, apresentando se o mês mais quente com
temperaturas médias oscilando entre 28 e 30 ºC.
Tomando se como referência a estação meteorológica automática de Passos
(INMET A516), próxima da área em pauta, e a partir de seu "Balanço Hídrico
Anual", descrito em Nimer e Brandão (1989), obtêm se importantes parâmetros
a respeito do clima e hidrologia local, destacando se:
Temperatura média anual: 20,9 ºC
Precipitação média anual (PRE): 1.539.5 mm
Evapotranspiração Potencial (EP): 890,0 mm
Precipitação Efetiva (PEF): 651,00 mm
Evapotranspiração Real (ER): 859,0 mm
Excedente Hídrico (EXC = PRE ER): 682,0 mm (novembro a março)
Deficiência Hídrica (DEF = EP ER): 31,0 mm (junho a setembro)
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11. COMO SÃO O RELEVO, AS ROCHAS E OS SOLOS?
O relevo da região de Passos é caracterizado por morros alongados situados em
altitudes que variam de 600 a 750 metros. Nas partes baixas é caracterizado por
uma rede de rios muito densa e ao longo das drenagens, os terrenos são baixos,
mais ou menos planos e, portanto, sujeitos a inundações periódicas.
O relevo no município é caracterizado por colinas de topo arredondado, vertentes
côncavo-convexas e algumas planícies aluvionares abertas, que constituem uma
superfície com altitudes predominantes entre 1.000 e 1.100 metros. A Depressão
do Rio Grande corresponde a um relevo rebaixado pelas drenagens que formam
a bacia do Rio Grande, atingindo grande parte do Sul de Minas e do Triângulo
Mineiro.
O grupo pedológico que predomina na área do empreendimento são os
latossolos vermelhos férricos, que são solos profundos e homogêneos com
estrutura fina e porosa e que possuem textura predominantemente argilosa.
Assim, devido a sua profundidade e estrutura, esse solo tem um alto potencial
de infiltração e, por sua textura ser predominantemente argilosa, possui um
potencial de infiltração inferior aos latossolos vermelhos e vermelho amarelos.
A área está inserida nos domínios do Complexo Campos Gerais, cuja
mineralogia rica em quartzo explica o enriquecimento dos depósitos
sedimentares em areia quartzosa.
No contexto regional foram identificados vários tipos de solos, geralmente em
associação, onde predominam os latossolos vermelho-amarelo distróficos de
textura argilosa, atualmente denominado latossolo. Cambissolos distróficos e
litólicos também foram identificados. Genericamente foram apresentadas
algumas considerações sobre aptidão agrícola desses solos.
Areias e cascalhos associados aos depósitos aluvionares estão presentes nas
margens dos rios de maiores portes, como o Rio São João e o Rio Grande.
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
Mineração de Areia em Leito de Rio Passos - MG
35
12. QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS RECURSOS HÍDRICOS?
A propriedade situa-se na vertente do sudoeste do estado de Minas Gerais e na
bacia Hidrográfica do Médio Rio Grande, na Usina de Mascarenhas de Moraes,
na microrregião de Passos.
O rio Grande nasce na Serra da Mantiqueira, no município de Bocaina de Minas
(GD1), a uma altitude de aproximadamente 1.980 m. A partir das cabeceiras, seu
curso tem o sentido SW-NE, até a divisa dos municípios de Bom Jardim de Minas
(GD1) e Lima Duarte (GD1), onde passa a escoar no sentido S-N até a altura do
município de Piedade do Rio Grande (GD1) (CETEC, 1983). A partir desse
município, seu curso tem sentido para noroeste, o qual é mantido até à divisa
dos municípios de Rifaina (UGRHI 08), na vertente paulista, e Sacramento
(GD8), na vertente mineira, onde passa a correr no sentido geral E-W, até
desaguar no rio Paraná, na divisa dos municípios de Santa Clara do Oeste
(UGRHI 15), na vertente paulista, e Carneirinho (GD8), na vertente mineira.
Ao longo de seu curso encontram-se instaladas 13 barragens, quais sejam, de
montante para jusante: Alto Rio Grande (em fase de outorga), Camargos,
Itutinga, Funil, Furnas, Marechal Mascarenhas de Moraes (ex-Peixoto), Estreito,
Jaguara, Igarapava, Volta Grande, Porto Colômbia, Marimbondo e Água
Vermelha; além de parte do reservatório de Ilha Solteira.
Desde sua nascente até a barragem do Estreito, o rio Grande tem afluentes,
tanto da margem direita quanto da esquerda, predominantemente da vertente
mineira. Nesse trecho, apenas as cabeceiras dos rios Sapucaí e Sapucaí-Mirim
situam-se em território paulista (UGRHI 01). A partir da barragem do Estreito, os
afluentes da margem direita são, exclusivamente, mineiros e os da margem
esquerda, paulistas.
Na margem direita os principais afluentes são os rios das Mortes, Jacaré,
Santana, Pouso Alegre, Uberaba e Verde ou Feio; e, na margem esquerda os
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rios Capivari, Verde, Sapucaí-Mirim, Sapucaí (mineiro), Pardo, Sapucaí
(paulista), Mogi-Guaçu e Turvo.
No que tange à dominialidade dos cursos d’água na BHRG, verifica-se que
12,37% da extensão dos cursos d’água são de domínio da União, 36,23% são
de domínio do Estado de São Paulo e 51,40% são de domínio do Estado de
Minas Gerais
O Estado de Minas Gerais possui 36 comitês de bacias hidrográficas, um para
cada Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (UPGRH) do
Estado. Eles foram criados entre os anos de 1998 e 2009.
O empreendimento situado nos municípios de Passos, São João Batista do
Glória e Delfinópolis está localizado na região Sudoeste do Estado de Minas
Gerais, na Bacia Hidrográfica do Rio Grande, mais precisamente na Bacia dos
Afluentes Mineiros do Médio Rio Grande (GD7).
Localização da Bacia Hidrográfica do Médio Rio Grande (GD7) O IGAM divulgou Mapa de Qualidade das Águas de Minas Gerais. O estudo é
resultado do programa de monitoramento das águas superficiais do Estado, o
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
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Projeto Águas de Minas, realizado a partir da coleta trimestral nas oito principais
bacias mineiras. Na Bacia do Rio Grande, o nível médio do Índice de Qualidade
das Águas (IQA) predominou, com frequência de 52,5%, considerando alguns
trechos como bom.
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
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13. COMO SE CARACTERIZA A VEGETAÇÃO NO LOCAL?
O Município de Passos - MG está inserido na região em área de transição entre
o domínio da formação do Cerrado (RIZZINI, 1979) e da mata atlântica
MAGALHÃES (1966), ao descrever os tipos florísticos de Minas Gerais, cita que
grande extensão do Estado acha-se coberta por Cerrados. Sobre a região de
Passos, descreve a ocorrência de “matas Estacionais”, que se distinguem dos
Cerradões pela altura mais elevada do maciço vegetacional, pela presença de
maior número de árvores altas, peculiares à formação florestal, pela regular
quantidade de espécies arbóreas consideradas vicariantes das do Cerrado e
pela reduzida quantidade de árvores peculiares ao Cerrado.
Os caminhamentos efetuados pela área de influência direta da mineração
contemplaram o estudo e a avaliação florística do seu entorno. De modo geral,
a distribuição da vegetação obedece a uma irregularidade característica desses
biótopos, sem a formação de um dossel, embora em alguns trechos ocorra um
adensamento dos indivíduos que a compõem. Portanto, o que se vê é um maior
espaçamento de indivíduos arbóreos, com a existência de clareiras no interior
da mata. O porte médio das árvores situa-se na faixa dos 7 a 12 metros, com
alguns indivíduos podendo atingir a casa dos 20 m, nos locais mais preservados.
Em determinados lugares a frequência de algumas espécies sobrepõe-se às
outras, definindo o porte e a estrutura da mata. São muito comuns aglomerações
arbóreas onde predominam a aroeira (Myracrodruon urundeuva) e o angico
(Anadenathera colubrina).
As árvores apresentam fustes esgalhados, com troncos com diâmetro na base
na faixa dos 20-30 cm, em média, mas podem ser encontrados indivíduos cuja
base dos troncos se aproxima de 40cm. A submata é constituída principalmente
por arbustos e formas juvenis das espécies arbóreas que disputam espaço,
algumas chegando a atingir a copa das árvores mais baixas. No estrato herbáceo
o piso florestal é constituído de uma manta espessa de folhagens que garante a
dinâmica da reciclagem orgânica do pouco solo existente. É muito frequente
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
Mineração de Areia em Leito de Rio Passos - MG
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encontrar espécies de pequenas mudas oriundas das sementes arbóreas que
por ali germinam aproveitando a umidade e a disponibilidade de nutrientes do
solo humoso. Das Orquidáceas podem ser observadas algumas espécies, na
sua maioria epífitas (medrando nas árvores mais altas), além das epífitas, uma
espécie terrestre, havendo a probabilidade da existência de mais espécies.
Os fragmentos da vegetação nativa presentes podem ser caracterizados como
Floresta estacional semidecidual em estágio inicial e médio de regeneração
natural predominantemente em áreas de preservação permanente e
parcialmente em áreas propostas a reserva legal.
Dentre as espécies observadas na propriedade podemos citar: ingá,
quaresmeira, entre outras.
Caracterização Vegetal Regional das Áreas Alvo do EIA
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
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40
14. COMO SE CARACTERIZA A FAUNA?
Dados referentes a aspectos faunísticos do Município de Passos,
essencialmente avifauna, mastofauna e herpetofauna, foram obtidos com
entrevistas a moradores do entorno e da cidade, pelo levantamento bibliográfico
e pela observação no caminhamento.
Na região de implantação do empreendimento, verifica-se a presença de aves
insetívoras e/ou onívoras comuns e generalistas e pequenos mamíferos
carnívoros (Akodon sp e Oryzomis sp). São ocasionalmente avistados tocas de
tatus e termiteiros epígeos escavados por predadores como as raposas
(Dusicyon sp) e tamanduás (Tamandua tetradactila), à procura de cupins. Dentre
as espécies de maior porte podem ocorrer o lobo-guará (Chysocyon brachyrus)
e veados (Mazama sp). Dentre os répteis, ocorrem nas formações campestres
principalmente as cascavéis (Crotalus durissus). Espécies de aves típicas são;
a perdiz (Rynchotus rufescens); o gavião-peneira (Elanus leucurus); a seriema
(Cariana cristata); o anú-branco (Guira guira); o pica-pau-do-campo (Colaptes
campestris); o sabiá-do-campo (Anumbiu sanumbi); a codorna (Nothura sp); o
pássaro preto (Gnorimopsar chopi); a gralha-do-campo (Cyanocorax cristatelus),
a tesourinha (Muscivora tyrannus), além de psitacídeos, picídeos, etc. Tais
espécies podem ser consideradas comuns em todo o Estado de Minas Gerais,
sendo também encontradas em outros ambientes. A criação de ambientes
antropogênicos abertos como pastagens, cana-de-açúcar, milho e o café,
permite que tais espécies ampliem sua área de ocupação.
Aves
A região é dominada por paisagens antrópicas, sendo as aves, ao contrário das
outras classes de fauna. A alta diversidade de espécies e habitats e a relativa
facilidade de observação tornam o grupo especialmente adequado aos estudos
de ecossistemas terrestres. Muitas espécies, favorecidas pela presença
humana, indicam com fidelidade as alterações ambientais.
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Caracará Quero-quero
Coruja-buraqueira Siriri-cavaleiro
Tesoura-do-campo Siriri-tropical
Foto 09 - Tejo-do-campo Foto 10 - Tico-tico-verdadeiro
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42
Tico-Tico do campo
Em um panorama geral, a baixa riqueza de espécies de aves registrada para a
área de interesse, pode ser descrita como resultado da simplificação ocorrida na
vegetação local, o que ocasionou o desaparecimento e /ou redução significativa
em diversas populações de aves.
Mamíferos
Para a área do empreendimento foram encontradas apenas seis espécies de
mamíferos, sendo que para algumas delas, a presença de vestígios em campo
definiu a sua provável ocorrência, as quais foram: Gambá, tatu-galinha,
Cachorro-do-mato, Mão-pelada, Veado e Tapeti.
A ocorrência de outras espécies de mamíferos na área do empreendimento é
esperada, principalmente de roedores e morcegos, sendo que esse primeiro
grupo pode estar sendo favorecido pela existência de ambientes antropizados,
como o próprio reflorestamento existente no interior da área do empreendimento.
Répteis e Anfíbios
O número de répteis e anfíbios na área do empreendimento compreende uma
baixa riqueza espécies, sendo registrada as espécies de anfíbios (Sapo-cururu,
Rã-assobiadora, Perereca) e de répteis – (Jararaca, Lagarto-teiú, Lagarto-do-
mato e Cascavel).
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Téiu (tupinambis Teguixin)
Lagarto do mato (Mabuya sp)
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15. QUAIS AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NAS PROXIMIDADES DA EMPRESA?
Unidades de Conservação (UC) são espaços ambientais que têm
importantes características naturais e são legalmente instituídos pelo poder
público com objetivos de conservação. Possuem limites definidos e existem
sob um regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias
adequadas de proteção.
Dentro das Unidades de Conservação (UC´s) presentes no Estado de Minas
Gerais (federais, estaduais e municipais), de acordo com os levantamentos em
Sistema de Informação Geográfica dos órgãos ambientais responsáveis (MMA,
IBAMA, OEMA), foi identificada apenas uma Unidades de Conservação, no
entorno de 10 km:
1 - Unidade de Conservação dentro do Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC): Unidade de Conservação de Proteção Integral
“Parque Nacional da Serra da Canastra” (Nacional).
Parque Nacional da Serra da Canastra
A região do Parque Nacional da Serra da Canastra (PNSC) abrange seis
municípios, a saber: São Roque de Minas, Sacramento, Delfinópolis, São João
Batista do Glória, Capitólio e Vargem Bonita.
No sentido de garantir uma maior eficácia na proteção dos recursos naturais e
culturais das UC, através da minimização dos impactos negativos ocorridos no
entorno da mesma, o SNUC estabelece a determinação da Zona de
Amortecimento (ZA), onde as atividades humanas estão sujeitas às normas e
restrições específicas.
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
Mineração de Areia em Leito de Rio Passos - MG
45
A ZA do PNSC abrange terras de 11 municípios, (São Roque de Minas, Vargem
Bonita, São João Batista do Glória, Delfinópolis, Capitólio, Sacramento,
Alpinópolis, Cássia, Ibiaci, Passos e Piumhi), foi definida com base nos seguintes
critérios: remanescentes de fragmentos florestais; áreas de risco pela expansão
urbana; áreas contíguas à UC onde são realizadas atividades que possam
comprometer a integridade do Parque; áreas que necessitam de regulamentação
do uso da terra e de outros recursos, com vistas à proteção da Unidade e
microbacias; necessidade de proteção de habitats para o pato-mergulhão
(Mergus octocetaseus).
Mapa do Parque da Serra da Canastra
Características do PNSC
PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CANASTRA (PNSC) Gerência Executiva – Avenida do Contorno, 8121 – Cidade Jardim – 30.110-120, Belo Horizonte - MG Telefones (31) 3299 0830 e 3299 0832 Unidade Gestora Responsável – Gerência Executiva do Ibama no Estado de Minas Gerais
Endereço da Sede do PNSC Av. Presidente Tancredo Neves, 498 Centro - 37.928-000 - São Roque de Minas – MG
Telefone (37) 3433 1195 e 3433 1840
Fax (37) 3433 1195
email [email protected]
site www.ibama.gov.br
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46
Superfície da UC (ha) 197.787
Perímetro da UC (km) 799.173
Superfície da ZA (ha) 269.513
Municípios que Abrange e Percentual do Município Abrangido pela UC.
- São Roque de Minas – 41,13% - Sacramento – 2,46% - Delfinópolis – 40,30% - São João Batista do Glória – 46,51% - Capitólio – 18,78% - Vargem Bonita – 31,63%
Estado que Abrange Minas Gerais
Coordenadas Geográficas (latitude e longitude) - Coordenada Central
- 46º35'56" Longitude WGr. - 20º18'16" Latitude Sul
Data de Criação e Número do Decreto Criado em 3 de abril de 1972, pelo Decreto n.º 70.355
Marcos Geográficos Referenciais dos Limites
Chapadão da Canastra (Chapadão do Diamante) e serras das Sete Voltas, Capão Alto, dos Canteiros, Santa Maria e Preta.
Bioma e Ecossistema Incluído nos domínios do bioma Cerrado, com influência do bioma Floresta Atlântica.
Atividades Ocorrentes
Educação Ambiental Realizada somente no Chapadão da Canastra e entorno, de forma esporádica sem um programa preestabelecido.
Proteção/Fiscalização Realizada somente no Chapadão da Canastra e pouco sistematizada. Conta com brigada para prevenção e combate a incêndios.
Pesquisa É realizada atendendo a demanda das instituições de pesquisa sem a priorização das necessidades da UC.
Visitação De forma controlada ocorre somente no Chapadão da Canastra, oferecendo caminhadas, banho de rio e cachoeira, piquenique, contemplação da natureza e observação de vida silvestre.
Atividades Conflitantes no PNSC
Chapadão da Canastra
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
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- Estrada Principal do Chapadão da Canastra não pavimentada, perfazendo um
total de aproximadamente 67 km, com trânsito livre de veículo, inclusive carga;
- Linhas de transmissão (Sistema Cemig) atravessando, no sentido longitudinal
a Serra da Canastra;
- Atividades agropecuárias, com uso de insumos agroquímicos sintéticos e
manejo inadequado do solo, na área não indenizada;
- Atividades Off Road (jipe e motocicleta);
- Invasão por gado;
- Exploração de caulim;
- Incêndios criminosos e queima não controlada.
- Supressão da vegetação nativa e substituição por ssp exóticas.
Chapadão da Babilônia (só podem ser paralisadas quando da indenização das
propriedades/posses)
- Linhas de transmissão (Sistema Furnas e Cemig) atravessando a área sul do
Parque e linhas de distribuição para as propriedades/posses rurais;
- Atividades agropecuárias, com uso de insumos agroquímicos sintéticos e
manejo inadequado do solo;
- Atividades silviculturais com espécies exóticas.
- Excesso de estradas e acesso livre às áreas não indenizadas;
- Atividades Off Road (jipe e motocicleta);
- Exploração de quartzito (pedra mineira) e alvará de pesquisa para exploração
de diamante;
- Supressão da vegetação nativa e substituição por ssp exóticas;
- Atividades turísticas sem planejamento e controle.
- Queima não controlada.
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
Mineração de Areia em Leito de Rio Passos - MG
48
16. QUAL A POPULAÇÃO ATUAL DA ÁREA, COMO ELA SE CARACTERIZA?
A área do empreendimento em questão localiza-se nos municípios de Passos,
São João Batista do Glória e Delfinópolis, todos os municípios encontram-se
localizados na Região Sudoeste do Estado de Minas Gerais.
Município de Passos
O município de Passos encontra-se localizado no interior do estado de Minas
Gerais, possui uma extensão areal em torno de 1.338,07 Km2 e localiza-se a
aproximadamente 337 km de Belo Horizonte.
Passos é considerado o 4º maior município do Sul/Sudoeste Mineiro e o 26º do
Estado. A cidade se destaca como pólo regional, possuindo uma economia
baseada principalmente na agropecuária, no agronegócio, em pequenas
indústrias de confecções e móveis, além de um forte setor de serviços. Nos
transportes, a cidade é servida principalmente pelas rodovias MG-050 e pela BR-
146.
Município de São João Batista do Glória
O município de São João Batista do Glória, encontra-se localizado no interior do
estado de Minas Gerais, possui uma extensão areal em torno de 547,90 km2 e
localiza-se a aproximadamente 350 km de Belo Horizonte.
O município é predominantemente rural, onde o leite é o principal produto. Possui
várias cachoeiras, o que torna a cidade conhecida regionalmente por cidade das
cachoeiras. Devido ao grande nome da cidade, ela leva o apelido de "Glória".
Município de Delfinópolis
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
Mineração de Areia em Leito de Rio Passos - MG
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O município de São João Batista do Glória, encontra-se localizado no interior do
estado de Minas Gerais, possui uma extensão areal em torno de 1.378,423 km2
e localiza-se a aproximadamente 418 km de Belo Horizonte. Em seus limites há
grandes propriedades rurais, que utilizam suas terras para a agropecuária.
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
Mineração de Areia em Leito de Rio Passos - MG
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17. COMO É O USO E OCUPAÇÃO NOS MUNICÍPIOS?
Uso e ocupação do solo no Município de Passos
O uso e ocupação do solo descritos neste relatório tiveram por base consulta a
dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e
Prefeitura Municipal dos municípios.
O setor de pecuária é muito significativo, onde o município possui um plantel
estimado em 101.841 bovinos, além de contar 36.582 suínos e 2.614 equinos, e
mais de 588.000 cabeças entre galinhas, galos, frangas, frangos e pintos. (IBGE
2006).
Segundo o IBGE, os principais produtos do setor agrícola em 2014 foram: o
feijão, o café, o trigo, o milho, a soja, o sorgo, a cana-de-açúcar, a mandioca, o
palmito, o girassol e a banana.
PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS
Produto Área Colhida (ha) Produção (t) Rendimento (Kg/ha)
Feijão 2.200 3.728 1.695
Café 2.656 2.868 1.080
Trigo 182 186 1.022
Milho 6.500 42.900 6.600
Soja 2.400 5.760 2.400
Sorgo 800 2.400 3.000
Cana-de-açúcar 11.250 753.750 67.000
Mandioca 32 480 15.000
Palmito 10 100 10.000
Girassol 600 408 680
Banana 6 108 18.000
Fonte: Produtos agrícolas (IBGE 2006)
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
Mineração de Areia em Leito de Rio Passos - MG
51
No município se dividem da seguinte forma tais ocupações do solo:
FISIONOMIA VEGETAL Área ocupada (ha)
Culturas permanentes 4.827
Culturas temporárias 26.163
Pastagens naturais 16.306
Matas e florestas 51
Fonte: Ocupações do solo (IBGE 2006)
Uso e ocupação do solo de São João Batista do Glória
O setor pecuário é muito significativo. Possui um plantel estimado em
23.305 bovinos, além de contar 15.442 suínos e 395 equinos, e mais de 46.000
cabeças entre galinhas, galos, frangas, frangos e pintos. (IBGE 2006).
Segundo o IBGE, os principais produtos do setor agrícola em 2014 foram:
o arroz, o feijão, o café, o trigo, o milho, a soja, a cana de açúcar, o girassol e a
banana.
PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS
Produto Área Colhida (ha) Produção (t) Rendimento (Kg/ha)
Arroz (em casca) 20 30 1.500
Feijão 2.050 3.660 1.785
Café 255 428 1.678
Trigo 300 540 1.800
Milho 3.000 22.200 7.400
Soja 250 500 2.000
Cana-de-açúcar 870 56.550 65.000
Girassol 160 136 850
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
Mineração de Areia em Leito de Rio Passos - MG
52
Banana 5 45 9.000
Fonte: Principais Produtos Agrícolas (IBGE - 2014)
No município se dividem da seguinte forma tais ocupações do solo:
FISIONOMIA VEGETAL Área ocupada (ha)
Culturas permanentes 774
Culturas temporárias 9.439
Pastagens naturais 6.389
Matas e florestas Não disponível
Fonte: Ocupações do solo (IBGE 2006)
Uso e ocupação do solo no Município de Delfinópolis
O setor pecuário é muito significativo. Possui um plantel estimado em 34.738
bovinos, além de contar 1.301 suínos e 954 equinos, e mais de 5.000 cabeças
entre galinhas, galos, frangas, frangos e pintos. (IBGE 2006).
Segundo o IBGE, os principais produtos do setor agrícola em 2014 foram: o
feijão, o café, o milho, a soja, o sorgo, a cana de açúcar, a banana, a laranja e o
abacaxi.
PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS
Produto Área Colhida (ha) Produção (t) Rendimento (Kg/ha)
Feijão 725 1.115 1.593
Café 230 304 1.322
Milho 6.000 40.900 6.817
Soja 6.800 21.080 3.100
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
Mineração de Areia em Leito de Rio Passos - MG
53
Sorgo 1.100 4.950 4.500
Cana-de-açúcar 3.000 195.000 65.000
Banana 1.053 26.325 25.000
Laranja 63 1.575 25.000
Produto Área Colhida (ha) Produção (mil
frutos) Rendimento (Frutos/ha)
Abacaxi 4 132 33.000
Principais Produtos Agrícolas (IBGE - 2014)
As pastagens constituem a área de maior recobrimento na região e ocorre em
diversos padrões, com áreas visivelmente organizadas para pecuária,
apresentando pastos em diversas fases de crescimento, indicando um rodízio no
uso.
A vegetação natural engloba os vários tipos fisionômicos de vegetação como
mata, capoeira, campo cerradão, cerrado, campo-cerrado. As formações
florestais de mata e capoeira nesta região são formadas pela floresta
subcaducifólia tropical, caracterizada pela perda parcial das folhas na estação
seca. Sua estrutura é variável e mal conhecida, pois em sua quase totalidade foi
devastada, sendo substituída pela agropecuária.
No município se dividem da seguinte forma tais ocupações do solo:
FISIONOMIA VEGETAL Área ocupada (ha)
Culturas permanentes 1.840
Culturas temporárias 3.670
Pastagens naturais 19.462
Matas e florestas 148
Fonte: Ocupações do solo (IBGE 2006)
EIA - Estudo de Impacto Ambiental Mineração Seleta Ltda. - EPP
Mineração de Areia em Leito de Rio Passos - MG
54
18. COMO É A ECONOMIA DOS MUNICÍPIOS?
Economia de Passos
Destaque para a agroindústria (açúcar, álcool, fermento, laticínios,);
agropecuária (cana, café, milho, gado de corte e de leite, avicultura de corte e
de postura, suinocultura); indústria confeccionista e de serviços. Atualmente a
cidade está se destacando na indústria moveleira. A indústria mobiliária (móveis
rústicos e finos) vem se destacando e ganhando expressão nacional pela sua
qualidade de acabamento, design diferenciado e durabilidade. Comércio forte,
infraestrutura de serviços institucionais e privados, aliados à tradicional
hospitalidade mineira fazem do turismo de compras em Passos realmente um
diferencial para quem visita à cidade.
Economia de São João Batista do Glória
Baseia-se principalmente no turismo.
A cidade é conhecida na região como “Glória”, é um pedaço de terra bençoado
pela natureza com trilhas, cachoeiras, piscinas naturais, riachos e lagoas.
De acordo com o Conselho Municipal de Turismo (Comtur), o município tem pelo
menos 130 cachoeiras. Algumas de fácil acesso, ótimas para quem vem a
passeio com a família e crianças; outras perfeitas para quem gosta de se
aventurar por trilhas mais difíceis e praticar esportes radicais.
Como fica localizada em uma região montanhosa, o Glória também possui vales
e serras de beleza inigualável como o Chapadão da Babilônia e o Vale da
Babilônia, de onde se pode desfrutar de um visual incrível de toda a região e
também da vizinha Serra da Canastra.
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O município possui várias pousadas aconchegantes e com infraestrutura
completa. Para os passeios em trilhas é aconselhável que o visitante contrate o
serviço de um guia para evitar contratempos.
O Paraíso Perdido é um dos principais atrativos do município. Trata-se de um
complexo de cachoeiras com água cristalina, piscinas e pedras que formam
tobogãs naturais. O local possui ainda infraestrutura com banheiros, área de
camping e um restaurante com comida típica mineira. Além disso, é bem
sinalizado com orientações para a segurança dos visitantes. O acesso ao
Paraíso Perdido é pela Rodovia MG-050, próximo ao km 315 (placas no local).
Pela mesma MG-050 o visitante pode chegar às cachoeiras do Filó e Cascata.
A cachoeira do Filó fica praticamente às margens da rodovia, próxima ao km
300. Já para chegar à Cascata e mesmo ao Paraíso Perdido, é preciso percorrer
pequenos trechos de estradas de terra.
O município de São João Batista do Glória está localizado às margens do Rio
Grande, próximo à Usina Hidrelétrica de Furnas. A cidade surgiu há quase dois
séculos, com a construção de uma capela dedicada a São João Batista, da igreja
da Glória, em terras doadas pela família Goulart, fundadora do povoado. O nome
oficial foi adotado em 1911.
São João Batista do Glória faz parte do circuito turístico da Serra da Canastra.
Economia de Delfinópolis
A exemplo de São João Batista do Glória, Delfinópolis também tem a economia
baseada no turismo.
Delfinópolis é um dos locais com maior diversidade de paisagens do nosso país.
Seus vales e serras formam incontáveis cenários de beleza única, repletos de
cachoeiras, além do magnífico Lago da Represa Mascarenhas de Moraes
(antiga Represa de Peixoto). É formada por uma cadeia de serras famosas, entre
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as quais: Branca, Preta, Babilônia, entre outras, consideradas pelos ecologistas
que as visitam, maravilhas de um Santuário Ecológico. Em todas as suas serras,
o turista se surpreende tanto com as paisagens vistas do alto de seus morros,
quanto com os vales, chapadões e planaltos, contornados por conjuntos
hidrográficos riquíssimos. São inúmeras fontes termais, belíssimas cachoeiras e
maravilhosas piscinas naturais. Há também o turismo rural, com passeios em
fazendas, onde se pode ver de perto a tiragem do leite in natura a fabricação da
pinguinha do alambique, saborear o legítimo queijo minas, doces caseiros e a
comida no fogão da lenha.
O município conta com mais de 150 opções de cachoeiras espalhadas, em meio
a serras e vales, formando rios de águas cristalinas que compõem um cenário
de rara beleza. As mais procuradas e famosas são a Cachoeira do Dr. Pinto, do
Ézio, do Complexo do Claro, do Paraíso, estas são as mais próximas da cidade.
Seguindo a estrada principal a Cachoeira do Luquinha e Lobão e o Paraíso
Selvagem são convidativas a um mergulho revigorante, seguindo sentido Sul do
Parque Nacional da Serra da Canastra, na Serra da Babilônia, localiza-se a
Cachoeira da Maria Augusta, do Complexo do Vale do Céu e a do Quilombo. No
Vale da Gurita encontram-se Cachoeiras belíssimas como a da Maria
Concebida, conhecida como Maria das Águas Quentes, a do Zé Carlinho e a
Cachoeira do Ouro. Todas estão em propriedade particular e oferecem suporte
aos visitantes.
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19. COMO FORAM ANALISADOS OS IMPACTOS AMBIENTAIS
A análise dos impactos ambientais decorrentes da instalação do
empreendimento buscou identificar, qualificar e quantificar, quando passíveis de
mensuração, os impactos a serem gerados nas fases de projeto, instalação e
operação do empreendimento.
A estruturação dessa metodologia foi elaborada a partir da análise integrada
sobre os compartimentos ambientais, considerando-se algumas etapas, a saber:
Lista das ações do empreendimento geradoras de impactos ambientais;
Análise, qualificação e avaliação dos impactos.
A primeira etapa consistiu na identificação das ações potencialmente
causadoras de prejuízos aos recursos naturais, tanto físicos e bióticos quanto
socioeconômicos. Estas ações guardam estreita correspondência com as
atividades de planejamento, instalação e operação do empreendimento. Cabe
destacar que estas ações são variáveis dependentes, uma vez que se vinculam
à natureza e ao porte do mesmo.
Uma vez definidos os fatores geradores, a avaliação de cada atividade foi feita
considerando critérios como natureza, abrangência, reversibilidade e magnitude.
A atividade de mineração de areia, desenvolvida no empreendimento em
questão, irá provocar impacto no meio físico nos seguintes pontos:
Localização (Intervenção Física);
Atividade de Mineração;
Logística.
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Os principais efeitos negativos decorrentes das atividades para o
empreendimento e o tipo de lavra na área desenvolvida são:
Emissão de gases pela queima de combustível nos equipamentos;
Geração de particulados e poeira;
Geração de ruídos;
Alteração das características do solo;
Alteração da qualidade das águas;
Modificação das formas de uso e ocupação do solo;
Alteração da topografia
O estudo dos impactos inerentes ao empreendimento será objeto da descrição
das causas e efeitos de cada um deles em relação ao meio físico.
Meio físico
Alterações na qualidade do ar
As modificações na qualidade do ar serão decorrentes do aumento de poeira
sedimentável, em consequência do trânsito de veículos e equipamentos no
empreendimento e da emissão de gases (queima de combustível).
Considerando-se o pequeno número de equipamentos envolvidos no
empreendimento, este impacto pode ser considerado negativo, temporário, de
baixa magnitude e de influência local.
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Vale ressaltar o ar na área do empreendimento e seu entorno é de boa qualidade
e isto se deve principalmente ao fato do mesmo localizar-se em zona rural, onde
há incidência de poucas indústrias poluidoras e amplo domínio da atividade
agroflorestal, garantindo assim uma condição atmosférica bastante satisfatória
para a região.
Geração de ruído
A maior parte do ruído gerado será produzida pelo processo de lavra e
beneficiamento, e outra parte pelo trânsito de veículos, de carga e transporte, na
área de carga, e estradas locais e vias públicas, que provocará impacto
ambiental durante o funcionamento do empreendimento.
Serão realizadas medições de ruído no sentido de levantar preliminarmente os
índices presentes no empreendimento visando a proposta de medidas
mitigadoras, além de gerar subsídios para futuras campanhas de
monitoramento.
Este impacto poderá gerar alteração de saúde dos empregados para o caso de
altos níveis de ruído, podendo ser considerado como local, negativo e de baixa
magnitude.
Geração de resíduos sólidos
A instalação do empreendimento produzirá uma quantidade significativa de
resíduos sólidos. Por isso é importante a identificação do tipo de resíduo gerado,
possibilitando adequações ao seu acondicionamento até sua disposição final.
Ocorrerá à geração de resíduos, tais como sucatas metálicas, embalagens de
alumínio, resíduos de alimentação, papel e papelão, plásticos, resíduos
contaminados por óleo, óleo lubrificante usado, baterias e pilhas, que deverão
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ser dispostos corretamente sob risco de promoverem a contaminação na área
do empreendimento.
Esses insumos e resíduos serão armazenados em locais apropriados de forma
a minimizar o contato com o solo, e assim reduzir as chances de contaminação
de camadas mais profundas do solo podendo atingir aquíferos subterrâneos.
Alteração na paisagem natural e topografia
As interferências do empreendimento na paisagem serão refletidas nos
diferentes componentes ambientais que a constituem: os meios abióticos,
bióticos e culturais, abrangendo aspectos do meio físico, da vegetação e das
diferentes modalidades da ocupação.
Através do funcionamento do empreendimento, estes fatores acarretam uma
mudança com relação à cobertura vegetal e à travessia de corpos hídricos. Estes
fatores que acarretam a mudança no caráter da paisagem resultam também, em
uma série de impactos indiretos, que se refletem nos aspectos da paisagem e
da qualidade ambiental, como o tráfego de veículos pesados, poeiras, ruídos,
presença de dejetos e lixo, risco de alterações na qualidade das águas, entre
outros. Além disso o impacto visual (paisagístico) decorrente da formação do
grande número de cavas, estrutura instalada no empreendimento e o transporte
geram alteração na paisagem de maneira significativa.
Durante o período de extração e na finalização do empreendimento as áreas
mineradas deverão passar por um processo de reconformação topográfica. Os
materiais estéreis de cobertura armazenados previamente e mesmo materiais
inertes de outra procedência, poderão ser usados para preenchimento das
cavas. Como este processo representa um custo elevado, os mineradores
deverão considerá-lo no próprio processo de lavra, para amortização de custos
ao longo da vida do empreendimento. Na finalização o solo orgânico deve ser
reutilizado para cobertura final das cavas
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Alteração das propriedades químicas e físicas do solo
A disposição não adequada de resíduos sólidos e efluentes, bem como a
utilização e o eventual descarte de insumos empregados na implantação, podem
potencialmente promover alterações na qualidade do solo através da
contaminação por elementos perigosos.
A contaminação do solo configura um impacto potencial de intensidade alta pois
não existem níveis aceitáveis de contaminação do solo na legislação brasileira.
Sua abrangência pode ser de pontual a local e, tomando-se a pior das hipóteses,
sua significância é crítica.
A atividade poderá causará uma perda de solo vegetal pela disposição
inadequada no decapeamento e falta de conservação antes dos trabalhos de
mineração.
Considerando a aplicação das medidas contidas no Programa de Gestão de
Resíduos Sólidos, a ser implantado no empreendimento, que, entre outros
objetivos, atuará para minimizar a geração de resíduos e dispô-los
adequadamente, seja na forma temporária ou final, e mais as ações de gestão
de efluentes líquidos, o impacto de alteração das propriedades químicas e físicas
do solo pode ser considerado de intensidade média, com abrangência pontual a
local.
Incremento do tráfego
A operação do empreendimento poderá indubitavelmente gerar um acréscimo
no fluxo de caminhões, provocando assim, um aumento no nível de ruídos, dos
riscos de acidentes de trânsito e poluição atmosférica.
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Alteração da qualidade das águas superficiais
Desmatamento, terraplenagens, implantação de bacia de rejeitos, preparação
para pilha de estéril, construções para pátios, galpões e instalações auxiliares
em geral, promoverão a impermeabilização de superfícies, interferindo desta
maneira, também na área de recarga dos aquíferos. Este impacto poderá ser
controlado pelo Programa de Gestão de Recursos hídricos.
Para a operação do empreendimento de mineração são necessárias estruturas
de manutenção, abastecimento de veículos e de apoio aos trabalhadores. A
operação dessas unidades gerará efluentes sanitários e oleosos que têm
potencial para alterar a qualidade dos cursos d’água da área.
Tendo em vista que no presente trabalho estão previstas medidas de mitigação
para os efluentes sanitários e oleosos, onde serão construídas fossas sépticas
e caixas separadoras de água e óleo, que controlarão esses efluentes,
adequando-os aos padrões legais.
Este impacto poderá gerar contaminação das águas superficiais e sub-
superficiais, entretanto com as medidas mitigadoras propostas, pode ser
considerado como pontual e local, negativo e de baixa magnitude.
Meio biótico
Os impactos no Meio Biótico serão pouco significantes tendo em vista as
características atuais da área, já antropizada pelo reflorestamento de eucalipto,
e atividade mineração, onde as espécies presentes já se encontram
relativamente adaptadas.
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Entretanto alguns pontos são de relevância para a análise dos impactos no Meio
Biótico, principalmente com relação à redução dos ambientes naturais e a Perda
de habitats.
Perda de habitats e interferências na densidade de espécies
Com a operação da lavra, na operação do empreendimento, diversos ambientes
serão modificados e a fauna associada será alterada com a diminuição do
espaço para sua sobrevivência.
A perda do espaço utilizada pelos indivíduos das espécies, principalmente de
mamíferos, para abrigo, alimentação e reprodução faz com que as populações
dessas espécies, sobretudo as de maior porte, sofram alterações, podendo
ocorrer perdas ou movimentações em direção a outras áreas.
Essas movimentações por sua vez podem provocar impacto em áreas
adjacentes, com consequente aumento da competição inter e intraespecífica,
pois os animais além de competirem por recursos compartilhados por espécies
já presentes nessas novas áreas levam desvantagem competitiva devido ao
estresse sofrido durante a perda de suas áreas originais.
Este impacto poderá ser considerado como local, negativo e de média
magnitude.
Afugentamento da fauna
A alteração da paisagem através da mineração que será realizada pelo
empreendimento, a presença de pessoas e o funcionamento de máquinas e
equipamentos, poderá promover perturbações às populações de fauna silvestre
mais sensíveis, podendo provocar seu deslocamento e afugentamento para
outros ambientes na AID.
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Este impacto será compensado pelos projetos de reflorestamento e
enriquecimento vegetal propostos, de modo que o afugentamento da fauna local
se restringirá às espécies campestres que, conforme os dados dos
levantamentos realizados, estão representadas predominantemente por
espécies sinântropas e de ampla distribuição. Tais espécies, irão migrar para os
ambientes campestres predominantes nas áreas lindeiras.
Assim, este impacto de natureza negativa, com abrangência na Área de
Influência Direta (AID) do empreendimento, pode ser considerado de baixa
magnitude, pois as medidas preventivas e mitigadoras propostas apresentam
grau de resolução alto.
Aumento da pressão de caça sobre a fauna autóctone
Durante a operação do empreendimento pode haver o aumento da pressão de
caça sobre a fauna principalmente por parte dos integrantes da lavra. Deve-se
coibir e punir intensiva e ostensivamente toda e qualquer atividade de caça ou
outra forma de agressão à fauna na área do empreendimento e entorno, através
de rígida fiscalização por parte do empreendedor e através de atividades de
educação ambiental.
Trata-se, portanto, de um impacto de natureza negativa, com abrangência na
Área de Influência Direta (AID) do empreendimento, pode ser considerado de
baixa magnitude, pois as medidas preventivas e mitigadoras propostas
apresentam grau de resolução alto.
Risco de atropelamento de animais silvestres
O trânsito de máquinas, veículos e caminhões, no empreendimento, aumentarão
o risco de atropelamentos de animais, principalmente em vias próximas aos
remanescentes de vegetação nativa.
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Este risco de aumento da mortalidade abrange todos os grupos de animais, com
exceção daqueles restritos a hábitats aquáticos e os voadores, sendo
diretamente relacionada às características das vias de acesso, da região por
onde ela passa e, ainda à densidade populacional de animais no seu entorno.
Trata-se, portanto, de um impacto de natureza negativa, com abrangência na
Área de Influência Direta (AID) do empreendimento e pode ser considerado de
baixa magnitude, pois as medidas preventivas e mitigadoras propostas
apresentam grau de resolução alto.
Desequilíbrio das populações faunísticas do entorno
A redução na riqueza específica e as alterações na densidade populacional da
fauna no entorno da área de influência empreendimento, tanto na direta como
na indireta, são normalmente os impactos mais notáveis e esperados. Deve-se
sempre considerar que um agravante deste processo ocorre quando a cobertura
vegetal na área não tem extensão e grau de conservação suficientes para
comportar estes impactos (Odum, 1988).
Neste sentido, mesmo os fragmentos, menores e descontínuos, que apresentam
uma nítida característica secundária, ou quando muito primária com remoção do
dossel superior, são ricos em espécies vegetais pioneiras, que são importantes
fontes de alimento para vários mamíferos, e tais espécies devem ser
preservados.
Contudo, considerando que não haverá supressão total de vegetação florestal
em decorrência do Projeto proposto, tem-se que estas comunidades não estarão
sujeitas a impactos significativos.
Além disso, deve ser considerada a importância das mitigadoras/compensatórias
propostas, principalmente a execução de um projeto de arborização do entorno
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do empreendimento com plantio de espécies nativas e adaptáveis à região, além
da execução de um projeto de reflorestamento com espécies nativas.
Diminuição da biodiversidade
A alteração da cobertura vegetal irá afetar principalmente vegetação herbácea
arbustiva. Além disso, os projetos de reflorestamento e enriquecimento vegetal
propostos irão utilizar espécies nativas e adaptáveis a região, também de modo
a garantir a diversidade biológica atualmente presente na gleba.
Como medidas de atenuação propõem-se a execução de um projeto
paisagístico, contemplando a formação de áreas verdes do empreendimento
com plantio de espécies nativas e adaptáveis à região.
Também está prevista a execução de um projeto de reflorestamento com
espécies nativas.
Além disso, propõe-se também coibir e punir intensiva toda e qualquer atividade
de caça ou outra forma de agressão à fauna e flora remanescentes na área do
empreendimento e entorno. Através de cursos de educação ambiental, uso da
mídia e atividades de fiscalização.
Assim, este impacto, de natureza negativa, estará restrito à Área Diretamente
Afetada (ADA) do empreendimento, sendo considerado de baixa magnitude, em
virtude do atual contexto ambiental das áreas em estudo e das medidas a serem
adotadas para sua minimização ou compensação.
Meio Socioeconômico
Os impactos provocados pelo empreendimento no meio socioeconômico serão,
na maioria positivos, tendo em vista o aumento da arrecadação do município e
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a assistência social, gerados pela presença desse tipo de atividade, que fazem
com que a região evolua dentro do contexto econômico.
Geração de emprego
A geração de empregos configura um impacto de efeito positivo, atuando
favoravelmente ao cenário socioeconômico regional, agindo na AII, com alta
intensidade. Desta forma é um impacto de significância relevante.
Aumento na renda
A compra de materiais, insumos, das instalações industriais, montagem e
reforma de suportes operacionais e administrativos, o pagamento de pessoal e
impostos associados a estes dispêndios, redundarão num aumento da renda
regional.
O aumento na renda resulta, portanto, do montante financeiro injetado na
economia da região com esses gastos. Cabe considerar ainda o efeito cascata
destes dispêndios, diante de seu efeito multiplicador.
O aumento na renda representa, portanto, um impacto de efeito positivo que
agirá, sobretudo, sobre os municípios de Passos e São João Batista do Glória,
podendo extrapolá-lo, com incidência direta e indireta e tendência a se manter
durante todo o período de operação do empreendimento.
Portanto, trata-se de um impacto reversível, de intensidade média ao ser
mensurável, porém pouco notado no ambiente socioeconômico.
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Dinamização da economia
O pagamento de salários, a contratação de serviços de terceiros e a compra de
materiais, equipamentos e produtos, e o consequente pagamento de impostos e
taxas deles decorrentes, acarretarão um aumento nos níveis de renda gerados,
especialmente nas áreas de influência direta e indireta e, em menor grau, na
economia do país. Este incremento na renda determina uma dinamização da
economia na medida em que exerce efeito cascata sobre as atividades
econômicas, tendendo a disseminar investimentos em todos os demais setores
da economia (agrícola, comercial e de serviços).
Os recursos aplicados para efeito do empreendimento, tendem a contribuir
fortemente para estimular a economia regional e estadual, devendo, em menor
medida, se estender à economia do país.
Risco de acidentes pessoais
Todas as ações ou atividades previstas para a fase de implantação e operação
do empreendimento apresentam riscos com relação a acidentes pessoais que
possam comprometer a saúde dos trabalhadores diretamente envolvidos nas
frentes de serviço, incluindo-se a utilização e operação de máquinas e
equipamentos.
Matriz de Interação
No método da matriz de interação para análise dos aspectos e impactos
ambientais do processo produtivo foram considerados os seguintes critérios de
ponderação:
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Grau de severidade do impacto ambiental
NÍVEL DESCRIÇÃO PESO
Baixa
Eventos que afetam o meio ambiente, mas que por meio
de ação simples imediata o potencial dano pode ser
remediado.
1
Média
Eventos que atingem o meio ambiente, mas que por meio
de ação simples imediata com a disponibilização de
recursos e/ou apoio, remedia o potencial dano.
2
Alta Eventos que tem a potencialidade de causar danos
significativos ao meio ambiente. 3
Adaptado (CNTL, 2003).
Incômodo às partes interessadas: Abrangência física do impacto ambiental.
NÍVEL/ABRANGÊNCIA DESCRIÇÃO PESO
Local Restrito aos limites do setor de trabalho. 1
Regional Restrito aos limites da empresa 2
Global Atinge áreas além dos limites da empresa.
Atinge toda a comunidade 3
Adaptado (CNTL, 2003).
Probabilidade: Frequência de ocorrência do aspecto associado ao impacto
NÍVEL DESCRIÇÃO PES
O
Baixa O aspecto ocorre esporadicamente, sem regularidade. 1
Média O aspecto ocorre frequentemente (semanal, quinzenal,
mensal).
2
Alta O aspecto ocorre continuamente, ininterruptamente. 3
Adaptado (CNTL, 2003).
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Exame: severidade X probabilidade
RESULTADO PESO IMPACTO
Resultado = 1 Exame = 1 Baixo
Resultado entre 2 e 4 Exame = 2 Médio
Resultado entre 5 e 9 Exame = 3 Alto
Adaptado (CNTL, 2003).
Resultados: Porcentagem dos impactos ambientais analisados:
IMPACTOS
AMBIENTAIS
PORCENTAGEM
ASPECTOS
AMBIENTAIS
Baixos 48,1 % 13
Médios 51,9 % 14
Altos 0 % 0
Total 100 % 27
Portanto a atividade em questão pode ser considerada de médio impacto, sendo
que 51,9% dos impactos ambientais do processo produtivo são de médio nível.
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20. COMO SERÃO EXECUTADAS AS AÇÕES DE PREVENÇÃO E ATENUAÇÃO DOS PROBLEMAS E DE OTIMIZAÇÃO DOS BENEFÍCIOS DECORRENTES DO EMPREENDIMENTO?
Medidas Mitigadoras
As medidas mitigadoras têm como objetivo a suavização dos impactos
ocasionados pela instalação e operação da obra. Elas podem ter caráter
preventivo ou saneador dos prejuízos decorrentes da instalação do
empreendimento. Para sua execução, o empreendedor deverá articular-se com
outras instituições e empresas no intuito de alcançar maior eficiência.
QUADRO RESUMO - IMPACTO AMBIENTAL / MEDIDAS MITIGADORAS
MEIO IMPACTO NEGATIVO
MEDIDAS MITIGADORAS PROPOSTAS
FÍSICO
Alteração da paisagem natural
Conservar cortinas arbóreas mínimas;
Geração de resíduos lixiviados por água pluvial.
Manutenção da drenagem pluvial.
Instalação da caixa seca coletora de finos
Drenagem do acesso aos pátios;
Aumento de poeira na atmosfera
Encascalhamento das estradas internas e pátios;
Implantação de cerca viva e arborização da área;
Condições higiênicas do empreendimento
Implantação de sistema de tratamento sanitário;
Geração de Ruídos
Utilização de equipamentos de segurança;
Monitoramento dos níveis de ruídos;
Implantação de sistema de separação de areia, óleo e graxa.
Impactos na qualidade das águas e do solo
Limpeza das drenagens e caixas secas de acumulação de finos;
Implantação do PRAD;
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Cinturão Verde associado a arborização para amenizar a alteração morfológica;
Poluição do Solo
Destinação correta dos resíduos sólidos levantados.
Este impacto é considerado de pequena magnitude dadas as características da fauna local. Para este impacto não há mitigação;
Arborização do entorno, implantação de cerca viva e arborização ornamental;
Implantação do Programa Social;
BIÓTICO
Distúrbio no comportamento da fauna devido ao ruído
Utilização de todos os equipamentos de Proteção Individual (EPI).
Supressão de vegetação
Revegetação e manutenção das áreas de plantio comercial (reflorestamento);
Afugentamento da fauna
Abertura de estradas com menores larguras; Construção de Aceiros; Manutenção de curvas de nível;
ANTROPICO Dinamização da economia e geração de expectativas
Implantação do Programa Social; Dar preferência a contratação de pessoas do município e região.
Risco de acidentes pessoais
Utilização de todos os EPI’s exercendo uma fiscalização eficiente.
Planos, Programas e Projetos Ambientais
Os Programas Ambientais têm o objetivo de minimizar, acompanhar ou
compensar os impactos decorrentes da implantação e operação do
empreendimento.
Desta forma são propostos Programas Ambientais para os impactos potenciais
previstos. São propostos também programas que se constituem no
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detalhamento das condições das medidas compensatórias sugeridas. Os
referidos programas foram estruturados conforme abaixo:
Programa de Gestão Ambiental do Empreendimento
Programa de Controle da emissão de poeira
Programa de Controle e monitoramento de ruídos
Programa de Controle e monitoramento de resíduos sólidos
Programa de gestão do uso das águas superficiais
Programa de Recuperação de áreas Degradadas
Plano de gestão de segurança do trabalho, saúde e riscos
Programa de Compensação Ambiental
Plano de desativação do empreendimento
Programa de Educação Ambiental
A Política de Gestão Ambiental da empresa norteia a atuação ambiental da
empresa, com foco no uso racional dos recursos naturais e no controle dos
impactos das suas atividades, no intuito de garantir a preservação desses
recursos e, consequentemente, perpetuando as atividades.
Programa de controle de emissão de poeira
Este programa tem por objetivo o controle da emissão de material particulado
gerado nas áreas de intervenção do solo e estradas não pavimentadas durante
a fase de instalação do empreendimento e nas atividades durante a fase de
operação, tais como a terraplanagem, a movimentação de máquinas e
equipamentos.
O controle desse tipo de emissão se processa com a umectação do solo nas
áreas de intervenção e estradas não pavimentadas (fase de implantação) e pela
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movimentação de máquinas e/ou equipamentos (fase de operação) além do uso
de máscaras por parte dos operários.
Programa de controle e monitoramento de ruídos
O objetivo deste programa é monitorar e mitigar o impacto provocado pelos
ruídos decorrentes das atividades de construção e operação do
empreendimento, de modo a atender a Resolução CONAMA 001/09, que
estabelece critérios e padrões para emissão de ruídos por atividades industriais,
e que considera como aceitáveis os níveis de ruído previstos pela norma ABNT
10.151/87.
Programa de controle e monitoramento de resíduos sólidos
O objetivo do programa é minimizar os efeitos ambientais adversos oriundos dos
resíduos sólidos não industriais gerados pelo empreendimento, compreendendo
lixo convencional e resíduos especiais (pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes,
pneus e embalagens não reutilizáveis).
Algumas das propostas para o plano de PGRS- Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos serão:
Privilegiar soluções voltadas para reduzir a geração e volume dos
resíduos sólidos;
Treinamento dos trabalhadores em princípio da gestão dos resíduos;
Coleta seletiva para Reciclagem com os seguintes propósitos: Educação
Ambiental; Redução do volume de resíduos; incremento na economia;
Distribuição e identificação de recipientes adequados para resíduos;
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Programa de gestão do uso das águas superficiais
O objetivo deste monitoramento é caracterizar a qualidade dos cursos de água
superficiais potencialmente influenciados pela instalação e operação do
empreendimento, para acompanhamento de sua evolução e verificação de
conformidade com padrões legais.
Programa de Recuperação de áreas Degradadas
Este programa tem como objetivo o recobrimento de áreas com solo exposto,
contenção de taludes e amenização do impacto paisagístico, através da
revegetação.
Este programa deve orientar a elaboração de projeto objetivando proteger o solo
e cursos d’água, minimizar os processos erosivos e evitar assoreamento.
A recuperação das áreas degradadas dar-se-á a partir da caracterização física
e biológica onde serão empregadas técnicas adequadas com utilização de
espécies nativas e/ou exóticas não invasoras, mais adaptadas às condições
climáticas e a pedologia local.
Plano de gestão de segurança do trabalho, saúde e riscos
Na eventualidade da ocorrência de acidentes, inclusive com consequências
ambientais, é obviamente uma preocupação da empresa a manutenção de um
ambiente seguro e confortável para seus trabalhadores, promovendo programas
para minimização dos riscos relacionados.
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O objetivo é articular programas, projetos e ações relativos à prevenção de
acidentes e doenças ocupacionais, assim como o gerenciamento de riscos que
possam ocorrer com a implantação e operação do empreendimento.
Plano de desativação do empreendimento
Após o encerramento das atividades de mineração, a partir da comunicação
prévia, será encaminhado requerimento ao Ministério de Minas e Energia, com
justificativas técnicas e os instrumentos comprobatórios, contendo todos os
elementos descritivos do processo de fechamento de mina.
O plano de fechamento de mina seguirá a sistemática proposta na NRM-20
(Normas Reguladoras de Mineração), que tem por objetivo definir procedimentos
administrativos e operacionais em caso de fechamento de mina, suspensão e
retomada das operações mineiras.
Programas de Educação Ambiental
O objetivo é conscientizar os funcionários e empresas envolvidas quanto às
práticas de trabalho ambientalmente adequadas e respectivas medidas de
gestão e conservação ambientais dentro da empresa.
Além disso visa também trabalhar com a comunidade transmitindo conhecimento
às comunidades do entorno do empreendimento, acerca de qualidade de água,
de ecossistemas, ecologia e biodiversidade da fauna e flora, uso racional da
água e combate às formas de desperdício, coleta e destino adequado de lixo e
aspectos relacionados com saúde pública, tendo a área de influência direta como
unidade de estudos, obtendo levantamento de informações sobre a percepção
socioambiental a ser realizada com a comunidade na área de influência direta
deste empreendimento.
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21. QUAIS AS CONCLUSÕES DO EIA/RIMA?
O presente estudo tem como finalidade apresentar um cenário quanto à
viabilidade ambiental do empreendimento, fundamentado nos critérios de
avaliação dos impactos descritos ao longo do trabalho.
É evidente que o empreendimento minerário causará uma série de impactos
negativos e positivos, principalmente no meio socioeconômico e físico. No
entanto, comparando-se os impactos negativos nas fases de instalação e
operação, observa-se significativa redução destes impactos na fase de
operação. Alguns deles não serão temporários, ou seja, serão mais constantes,
porém poderão ser mitigados e estarão sendo acompanhados constantemente
pelos Programas de Gerenciamento Ambiental da empresa. Outros impactos
serão temporários, com acontecimentos esporádicos.
Nesta época em que todos os esforços do governo estão voltados para o
desenvolvimento econômico, esta é uma obra que vem ao encontro desse
objetivo, pois, por si só é um grande investimento, além do que possibilitará
novas vertentes de desenvolvimento para o município e região.
Concluindo, após o diagnóstico denotando a ocupação da área, somado à
análise dos impactos potenciais, tende-se a inferir que, o empreendimento
proposto pouco influenciará na paisagem natural da área estudada, já que não
haverá modificação significativa do atual traçado do município e também porque
tais questões ambientais estão associadas à realidade da região.
A não realização do empreendimento implicará em não aproveitamento da
oportunidade que o mesmo representa como catalisador de desenvolvimento
econômico e social para a região.
Contudo, mesmo com todos os cuidados tomados durante a implantação de um
empreendimento dessa natureza, impactos são inevitáveis. Assim, a
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implementação efetiva das medidas mitigadoras e dos planos e programas de
controle e proteção ambiental e social apresentados neste EIA permitirão que o
empreendimento se desenvolva da forma menos impactante ao meio, garantindo
a sua viabilidade ambiental.
22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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