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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS ANO 2009 I – INTRODUÇÃO Grandes tensões sociais e intensas actividades políticas marcaram o ano 2009 na Guiné-Bissau. No decorrer do primeiro semestre, o País registou, com mágoa e indignação, vários assassinatos, com destaque para o do Presidente da República e do Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas.

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

ANO 2009

I – INTRODUÇÃO

Grandes tensões sociais e intensas actividades políticas marcaram o ano 2009 na Guiné-Bissau. No decorrer do primeiro semestre, o País registou, com mágoa e indignação, vários assassinatos, com destaque para o do Presidente da República e do Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas.

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O assassinato do Presidente da República obrigou a convocação antecipada das Eleições Presidenciais, que ocorreram em duas voltas, designadamente em Junho e Agosto de 2009, precedidas de intensas campanhas políticas junto do eleitorado guineense.

Estes factos repercutiram-se, profundamente, no desenrolar normal da actividade económica do País durante o ano 2009. No entanto, regista-se, com certa satisfação, o resultado conseguido durante a campanha de comercialização da castanha de caju. Pode-se dizer que a campanha foi bem sucedida, apesar do baixo preço, em comparação com o do ano 2008, tendo a exportação atingido cerca de 136.000 Toneladas.

Apesar de tudo, no decorrer do ano 2009, conseguiu-se assegurar um certo avanço no sentido da estabilização económica. A taxa de crescimento do PIB situou-se em torno dos 2,9%, contra 3,3% de 2008, impulsionada por uma colheita da castanha de caju favorável e uma retoma no sector da construção.

A inflação abrandou graças à diminuição dos preços dos bens alimentares e petrolíferos. Conseguiu-se uma certa estabilidade orçamental, bem como progressos assinaláveis nos processos das reformas em curso, nomeadamente, a fiscal, a da Administração Pública e a da Defesa e Segurança.

O final do ano 2009 foi marcado por intensas actividades de promoção empresarial, com a realização da Semana de Negócios no Espaço CPLP, em Bissau, de 7 a 15 de Dezembro, promovida pela Câmara de Comercio, Indústria e Agricultura, no decorrer da qual tiveram lugar vários eventos, com destaque para a reunião do Conselho Empresarial da CPLP, Workshop sobre Oportunidades de Negócio e Investimento na Guiné-Bissau, Festival Cultural “Pindjiguiti” e Feira de Amostras dos produtos locais.

O funcionamento tão esperado do Tribunal do Comércio concretizou-se em 2009, embora de forma muito tímida e lenta. Apesar da lentidão, espera-se que com a entrada em funcionamento desse órgão judicial

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estará sendo removido um dos maiores obstáculos ao investimento e desenvolvimento da actividade económica e empresarial na Guiné-Bissau.

O mandato dos membros dos Órgãos Sociais (Conselhos de Administração e Fiscal) da FUNDEI terminou em 2008. De acordo com os Estatutos e o Pacto de Doadores, os actuais devem permanecer em funções até à tomada de posse de novos membros desses Órgãos. Os instituidores da FUNDEI (Governos da Guiné-Bissau e da Suécia) já iniciaram o processo de consultas prévias para a nomeação de novos membros, para um mandato de 3 anos.

II – ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

Apesar de certas condicionantes e do ambiente pouco favorável ao exercício normal da actividade económica que afectaram fortemente a economia nacional, foram levadas a cabo algumas actividades previstas no Programa e executadas pela FUNDEI e suas subsidiárias, designadamente, a Unidade de Gestão do Património Imobiliário (UGPI) e o Centro de Promoção do Caju (CPC). Dessas actividades, destacam-se as que a seguir se indicam.

II.1 – FUNDEI

O processo da transferência do pessoal do Fundo de Investimento para as instalações da sede da Fundação, bem como a política de contenção de despesas estão em curso, tendo-se consolidado durante o exercício económico de 2009.

Lembre-se que o Conselho de Administração, após uma profunda análise sobre a proposta da Direcção Executiva relativamente ao funcionamento de algumas entidades semi-autónomas e à racionalização de meios materiais, financeiros e humanos, e considerando as enormes dificuldades de recuperação dos empréstimos

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concedidos, decidiu adoptar uma política de contenção de despesas e reduzir os custos de funcionamento ao mínimo indispensável.

Foi com base nessa decisão que se procedeu à transferência temporária do pessoal do Fundo de Investimento para as instalações da sede da Fundação e fundir algumas actividades num só serviço, nomeadamente, as administrativas e financeiras do FI e da FUNDEI.

Na mesma perspectiva, recomendou-se o aproveitamento máximo dos técnicos, podendo ser afectos, simultaneamente, a diferentes serviços para exercer actividades da instituição.

Esta medida é considerada temporária, dependendo da evolução da situação financeira da Instituição e da recuperação da dívida dos promotores, que se espera venha a normalizar-se num futuro próximo.

As negociações com o BRS (Banco Regional de Solidariedade), visando estabelecer parceria técnica institucional, foram retomadas e estão a evoluir positivamente.

Prevê-se, com efeito, que essas negociações desemboquem na assinatura de um Protocolo de Acordo básico e na celebração de contratos específicos para realização de actividades em diferentes domínios de intervenção das duas instituições, nomeadamente micro-finanças, elaboração e avaliação de planos de negócio e formação.

O BDU (Banco da União), Instituição Financeira participada pela FUNDEI, ao nível de 10% do seu capital social, registou avanços bastante encorajadores, apesar da difícil situação económica, social e política do País.

A Instituição conseguiu um resultado de exploração de 159 milhões de FCFA no final do exercício de 2009, contra 111 milhões de FCFA de 2008. Este resultado deverá transitar para o próximo exercício, conforme a decisão da Assembleia Geral do BDU, realizada a 20 de Novembro de 2009, em Dakar.

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Por decisão da Assembleia Geral do BDU, realizada em Dakar, está em curso a elaboração de um Plano de Negócios, a fim de permitir uma melhor avaliação da viabilidade económica do aumento do capital social do Banco, exigido pela Comissão Bancária da UEMOA, no valor mínimo de 10.000 milhões de FCFA, em 2010.

Os dois accionistas maioritários (a CRRAE e o BDM) pretendem avaliar essa viabilidade antes da tomada de decisão final. Lembre-se que a FUNDEI e a SOAGA (accionistas minoritários) já se tinham pronunciado e declarado não estar em condições de aumentarem a sua participação, devido à situação financeira em que se encontram.

A SICAJU (Sociedade Industrial de Caju), à semelhança de todas outras Empresas e Unidades de processamento da castanha de caju, não operou durante o ano 2009.

Este facto deveu-se à dificuldade enfrentada, desde 2008, nas diligências feitas junto do Governo, visando assumpção e regularização do saldo devedor do empréstimo concedido em 2006 pelo BDU, para aquisição e stock da castanha de caju.

A situação só veio a ser desbloqueada em finais de 2009, tendo o Governo, com o empenho louvável dos Ministros das Finanças e da Economia, do Plano e Integração Regional, regularizado o saldo da dívida, o que permitirá a abertura de uma nova linha de crédito. Prevê-se que o mesmo venha acontecer no primeiro trimestre de 2010, permitindo assim a retoma de actividades da SICAJU e de outras unidades de processamento de caju.

No entanto, regista-se com satisfação a montagem, durante o ano 2009, de contabilidade SYSCOA (Sistema Contabilístico Oeste Africano) da SICAJU, o que certamente irá facilitar doravante a gestão e o acompanhamento da actividade da Sociedade.

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De 23 a 24 de Junho de 2009, o Chefe dos Serviços de Crédito deslocou-se a Maputo (Moçambique), a fim de participar no I Encontro de Redes do Sector Microfinanceiro dos Países Lusófonos. O encontro realizou-se na sequência do Fórum “Serviços Financeiros ao alcance de Moçambique” que teve lugar de 22 a 24 de Outubro de 2008.

Constituíram principais objectivos do encontro os seguintes:

· Analisar a realidade de cada país e identificar pontos comuns (práticas e desafios).

· Iniciar uma forma estruturada de troca de experiência.

· Estudar e analisar mecanismos em conjunto para o fortalecimento do sector financeiro lusófono.

· Definir os próximos passos para a continuidade do intercâmbio.

Estiveram presentes nesse encontro seis países: Angola, Brasil, Cabo Verde,

Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste. Entre os países presentes alguns representaram redes de IMFs – com ou sem fins lucrativos. Os que ainda internamente não estão organizados em rede foram representados por instituições que “lideram directa ou indirectamente o sector de micro-finanças nos respectivos países”.

A Coordenadora do Centro de Promoção do Caju participou no Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica (FMEPT), que decorreu de 23 a 27 de Novembro de 2009, na cidade de Brasília (República Federativa do Brasil).

O Fórum tinha como objectivo recolher propostas para o incremento da oferta de educação profissional e tecnológica, as quais integrarão a plataforma mundial de educação. Criada no Fórum Mundial de Educação de

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2007, a plataforma propõe princípios como a universalização do direito a educação pública, a garantia do acesso e a desmercantilização do ensino.

Dada a importância do evento, a cerimónia da abertura do Fórum foi presidida pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na presença de mais de 15 mil pessoas oriundas de mais de 16 países. Tomaram parte no evento, estudantes, professores, pesquisadores, trabalhadores, governos, sindicatos, associações e pessoas da sociedade civil organizada.

O Fórum esteve dividido em três eixos temáticos:

· Educação, trabalho e desenvolvimento sustentáveis;

· Educação, cultura e integração;

· Educação, ética, inclusão e diversidade.

Paralelamente, foram organizadas exposições, lançamentos de livros, exibição de curta-metragens, oficinas de culinária, teatros e espectáculos, feira gastronómica e de economia solidária, entre outros.

O Director Executivo participou, nos dias 28 e 29 de Setembro de 2009, em Fortaleza, capital do Estado do Ceará da República Federativa do Brasil, no V Encontro Empresarial de Negócios em Língua Portuguesa, a convite do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Este V Encontro Empresarial de Negócios em Língua Portuguesa reuniu lideranças empresariais dos oito Países de Língua Portuguesa e Comunidade Lusófona de todo o mundo, tendo-se travado, por meio de palestras, rodadas de negócio e uma feira, um debate oportuno nos sectores do turismo, agro-negócio, infra-estruturas, recursos naturais e inovação tecnológica.

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Durante o encontro, tiveram lugar vários painéis temáticos, tais como: Associativismo e CPLP; Tecnologia - Casos de Sucesso na CPLP; Experiências da Actuação em Diversos Mercados da CPLP; Logística na CPLP; Ambiente de Negócios na CPLP; Turismo na CPLP; Agronegócio na CPLP; Infra-estrutura na CPLP; Apoio ao Investimento na CPLP; Inovação na CPLP; Recursos Naturais na CPLP; Educação e Cultura na CPLP; Ambiente Legal e Solução de Disputas na CPLP; e CPLP – Experiências e agenda para o futuro.

Por iniciativa do SEBRAE, teve igualmente lugar uma reunião das Instituições de promoção e apoio às PME da CPLP. No decorrer da reunião ficou decidido que a FUNDEI e outras entidades da Guiné-Bissau devem preparar uma proposta actualizada do Plano de Trabalho a submeter ao SEBRAE, a fim de iniciar a implementação da Carta de Intenções já rubricada pelas partes.

Durante a estada em Fortaleza, o Director Executivo teve uma reunião com a Direcção da EMBRAPA, a fim de identificar acções que devem ser contempladas no Projecto de Cooperação Técnica (PCT) em fase de elaboração. Lembre-se que com a EMBRAPA a FUNDEI já tem um Memorando de Entendimento que pode ser implementado através dos Projectos de Cooperação Técnica.

Na reunião, ficou decidido que a EMBRAPA irá contactar a ABC (Agencia Brasileira de Cooperação) para melhor articulação dos PCT com as intervenções dessa Agencia na Guiné-Bissau, inclusive o seu envolvimento na implementação dos mesmos.

No âmbito da implementação do Programa de Acção para a Promoção e Financiamento de PME na UEMOA, a FUNDEI foi eleita para presidir ao Comité Nacional de Pilotagem, constituído a 19 de Agosto de 2009.

Trata-se de um Programa Comunitário da UEMOA que consiste na execução de uma das suas prioridades, que é a revitalização e redinamização das Micro, Pequenas e Médias Empresas da sub-região.

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Para presidir a esse Comité foi indigitado o Director Executivo. O Comité já se reuniu algumas vezes e está, neste momento, a elaborar o respectivo Regulamento de Funcionamento, prevendo-se o arranque efectivo de actividades do Programa no decorrer do primeiro semestre de 2010.

Os Responsáveis e Técnicos da FUNDEI representaram, como todos os anos, a Instituição em diversos eventos durante o ano de 2009, destacando-se:

· Reuniões do CNP (Comité Nacional de Pilotagem) do programa de “Restructuration et de Mise à Niveau des Industries des Etats Membres de l’UEMOA”, na qualidade de membro desse órgão;

· Reuniões da Comissão Nacional do Caju, na qualidade de membro dessa instituição;

· Encontros, Ateliers e Seminários diversos organizados pelas diferentes instituições.

No decorrer do ano 2009, foram celebrados alguns Acordos e Contratos, para estabelecimento de parcerias, nomeadamente, com os Ministérios da Juventude e Desportos, das Finanças e da Economia, do Plano e Integração Regional, bem como a Célula Nacional da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e o Programa Nacional de Investimento Agrário da CEDEAO.

Com o Ministério da Juventude e Desportos a FUNDEI celebrou um Protocolo de Acordo, cujo objecto é a implementação de acções que visam um melhor enquadramento da camada juvenil nas tarefas do desenvolvimento económico e social do país, no âmbito do Programa de Formação Profissional e Emprego Jovem, financiado pelo PNUD, entre outros.

Com os Ministérios das Finanças e da Economia, do Plano e Integração Regional a FUNDEI celebrou um Contrato de Execução de uma Nova Linha de Crédito, no valor de 350.000.000 (trezentos e cinquenta milhões)

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de FCFA, destinada à concessão de empréstimos aos processadores de castanha de caju, para a compra e constituição de stock da matéria-prima no decorrer da próxima campanha.

Com a Célula Nacional da CEDEAO e o Programa Nacional de Investimento Agrário celebrou-se um Convénio de Colaboração, cujo objecto é, entre outras, a realização de acções tendentes a propiciar um ambiente favorável ao exercício da actividade agrícola e agro-industrial no País. Através deste Convénio, conseguiu-se mobilizar recursos financeiros que permitiram a aquisição de matéria-prima (produtos agrícolas) para processamento no Centro de Promoção do Caju – CPC.

Pelo segundo ano consecutivo, a abertura oficial da Campanha de Comercialização e Exportação da Castanha de Caju foi realizada no Centro de Promoção do Caju, por iniciativa do Ministério do Comércio Indústria e Artesanato, através da Comissão Nacional do Caju.

A cerimónia, presidida pelo Presidente da República Interino, contou com a presença dos membros de Governo, representantes das diferentes instituições do Estado e dos organismos internacionais, bem como dos actores intervenientes na fileira do caju, nomeadamente agricultores, comerciantes intermediários, exportadores e industriais.

PR Interino discursando na abertura da Campanha

A convite da Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura, o Director Executivo foi convidado a integrar a Comissão organizadora da Semana de Negócios no Espaço CPLP, realizado em Bissau, de 7 a 15 de Dezembro de 2009.

De igual modo, por solicitação do Ministério da Economia, do Plano e Integração Regional, o Director Executivo foi convidado a integrar a Comissão de Júri para atribuição de prémios que homenageiam a actividade, o

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empenho e a contribuição do Empresariado Guineense no desenvolvimento da economia nacional. Tratou-se da atribuição dos seguintes prémios: “Prémio Melhor Empresa”, “Prémio Excelência Profissional” e “Prémio Inovação e Empreendedorismo”.

II.1.1 – Colaboração com CDE

Poucas actividades foram levadas a cabo pela FUNDEI, no âmbito da colaboração com o CDE (Centro para o Desenvolvimento de Empresas), na qualidade do BTI (Bureau Técnico de Intervenção) na Guiné-Bissau.

Teve lugar, de 2 a 6 Março de 2009, em Niamey (Níger), mais uma reunião da rede do CDE da África Ocidental e Central, convocada pelo Director do Bureau Regional, Sr. Aliou Abdoulahi.

A reunião tinha como objectivo a troca de experiências entre os responsáveis dos diferentes BTI e a avaliação do desempenho de cada um no respectivo país.

À margem da reunião, os participantes beneficiaram de uma acção de formação no domínio da utilização dos instrumentos de avaliação de programas de desenvolvimento, denominados FUNDES (Fundação Latino-Americana para a Promoção do Desenvolvimento).

O programa foi concebido em Inglês e Francês, pelo que, por nossa insistência, ficou acordado que o mesmo deverá ser traduzido em Português e que irá ser organizada uma sessão de formação para os países de língua oficial portuguesa.

II.1.2 – Carteira de Projectos e Créditos

Durante o ano 2009, à semelhança dos anos anteriores, os Serviços de crédito e todo o pessoal da FUNDEI concentraram-se no processo da recuperação de empréstimos concedidos.

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O valor do crédito acumulado de toda a carteira da FUNDEI no final do exercício de 2009 é de cerca de 2.590 milhões de Francos CFA, incluindo as comissões.

As previsões apontavam um serviço da dívida (capital e comissão) da ordem dos 256 milhões de Francos CFA para o ano 2009, no âmbito do plano global em curso, tendo sido possível recuperar apenas cerca de 21,7 milhões de Francos CFA, o que corresponde a cerca de 8%, contra 4% do ano anterior.

Taxas de Recuperação de Crédito

A curva do gráfico demonstra claramente que a recuperação dos créditos nos últimos anos tem registado taxas mais baixas desde o início de actividades da FUNDEI. Embora sendo superior à taxa do ano anterior, este é o terceiro exercício em que se regista uma taxa de recuperação abaixo dos 10%, depois de 2006.

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Durante o ano 2009, o Tribunal do Comércio abriu, finalmente, as suas portas. A FUNDEI já submeteu 4 (quatro) processos judiciais para a execução das garantias prestadas. Espera-se que os mesmos tenham o tratamento devido e maior celeridade.

II.2 – CPC (Centro de Promoção do Caju)

O ano 2009 pode ser considerado um ano de consolidação das acções do CPC, tanto do ponto de vista da melhoria do funcionamento do Centro, como do estabelecimento de novas parcerias, o que permitiu arrecadar mais receitas do que o inicialmente previsto. Durante o ano 2009, o CPC conseguiu realizar as seguintes actividades:

1. Consolidação da produção de sumo de caju clarificado, filtrado e pasteurizado (Anura), que se iniciou no ano 2007, tendo atingido uma produção de cerca de 20.000 garrafas.

2. Elaboração de vários produtos derivados do pedúnculo do caju. A quantidade produzida continua a ser bastante reduzida devido a própria característica destes produtos que na sua maioria são facilmente perecíveis e ainda pouco conhecidos pela população. Quase toda a produção dos mesmos é comercializada nas instalações do ex-CENFA e nos arredores do centro.

3. Formação e prestação de serviços. Durante o ano que agora finda, foram realizadas as seguintes acções:

§ Capacitação de 60 membros das organizações clientes da SNV Serviço Holandês de Cooperação), nomeadamente ADPP (Ajuda do Povo para o Povo – Bissorã), ANAG (Associação Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau – Oio) e COAJOQ (Cooperativa Agro-Pecuária dos Jovens Quadros – Canchungo), em técnicas de aproveitamento do pedúnculo e de boas práticas de fabricação, assim como a selecção de potenciais candidatos a formadores nesse domínio;

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§ Elaboração do documento de referência sobre a qualidade no processamento do pedúnculo do caju, identificando as boas e as más práticas locais e a sua comparação com a prática internacional. No âmbito deste trabalho, foi elaborado um módulo de capacitação para a disseminação das boas práticas;

§ Elaboração do plano de negócios para a criação de três mini-centros de valorização do caju e formação para três clientes da SNV (ADPP, ANAG e COAJOQ);

§ Elaboração do plano de negócios para a expansão do CPC no âmbito da parceria com o PARAP (Programa de Apoio à Reforma da Administração Pública).

4. No âmbito do convénio de colaboração assinado entre a Célula Nacional da CEDEAO, o Programa Nacional de Investimento Agrário da CEDEAO e a FUNDEI, o CPC beneficiou de um apoio financeiro no valor de 20.000.000 (vinte milhões) de francos CFA. Este apoio permitiu ao centro adquirir 8,5 Toneladas de castanha a ser processada até primeiro trimestre de 2010, para além de pagamento de outras despesas, nomeadamente, os equipamentos de embalagens, a produção de novas etiquetas para sumos e amêndoas torradas. Este apoio financeiro permitiu ao centro alternar entre a produção do sumo e o processamento de castanha, o que permitiu manter os operários ocupados, após a campanha de produção de sumos e isso reflectiu-se na motivação das senhoras que passaram a estar ocupadas durante praticamente todo o ano.

5. No decorrer do ano 2009, o Centro recebeu visitas de várias personalidades e delegações estrangeiras, com destaque para a do Presidente da República Interino, no âmbito da abertura da Campanha de Comercialização da Castanha de Caju, realizada no recinto do CPC, por iniciativa da Comissão Nacional do Caju.

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6. Destaca-se a participação do CPC na Feira de Amostras, exibindo diversos produtos confeccionados nesse Centro, durante a Semana de Negócios no Espaço CPLP, que decorreu de 13 a 20 de Dezembro de 2009. Outra participação, digna de registo, foi na segunda edição da Feira da Terra, intitulada “Nô tera i nô fiansa”, organizada pela ONG Tiniguena, em que o CPC expôs os seus produtos.

7. Deslocação da Coordenadora do CPC ao Brasil, a convite da ABC (Agência Brasileira de Cooperação), para participar no Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica em Brasília. Paralelamente ao evento, a Coordenadora do CPC teve oportunidade de realizar alguns encontros, tanto com o pessoal do Ministério da Educação, como do Instituto Federal Pernambucano. Estes encontros permitiram-lhe inteirar-se do andamento do projecto de Apoio ao Fortalecimento do CPC, rubricado pelos Governos Guineense e Brasileiro há mais de 2 anos. Em relação a isso, todos garantiram que irão empenhar-se para que a sua implementação seja efectiva, sem falta, no ano 2010.

II.3 – UGPI (Unidade de Gestão do Património Imobiliário)

No âmbito do funcionamento da UGPI/FUNDEI, na gestão do Complexo Residencial Alto Bandim e residências na Rua Cidade Lisboa, propriedades da FUNDEI, registou-se uma importante quebra na receita proveniente da cobrança das rendas dos imóveis, provocada por vivendas devolutas por alguns meses, como será explicado em capítulo próprio.

Por outro lado, procedeu-se à reparação completa dos dois grupos electrogéneos de maior potência, com custos avultados. Estas máquinas, já levam dez anos de funcionamento.

Em compensação, beneficiámos de um primeiro semestre com fornecimento regular de corrente eléctrica da rede pública, como já não acontecia há anos, reduzindo de forma significativa o consumo em carburante com consequente baixa da principal despesa no funcionamento do parque imobiliário.

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Fomos igualmente compensados pela recuperação da isenção aduaneira na compra do gasóleo para o nosso parque de geradores, que nos havia sido retirada em finais de 2007.

II.3.1 – Actividades

A UGPI mantém o seu esquema genérico de funcionamento, competindo ao Administrador a preparação dos Contratos de arrendamento das residências, para assinatura pelo Presidente do Conselho de Administração da FUNDEI após verificação prévia do Director Executivo, bem como o seguimento do pagamento das respectivas rendas.

O Administrador prepara igualmente os pagamentos referentes às despesas correntes de manutenção e aquisição de equipamentos, abastecimentos em carburante, fundo de maneio, que são submetidos ao Director Executivo da FUNDEI, para apreciação e autorização (assinatura de cheques e transferências bancárias).

O mapa mensal de salários do Pessoal da UGPI e pagamentos aos fornecedores contratados para a prestação dos serviços de Vigilância, Assistência Técnica ao parque de geradores e tratamento das áreas verdes, são mensalmente submetidos ao Director Executivo para verificação e necessária autorização (assinatura de cheques e transferências bancárias). O Administrador segue e apoia os Serviços Técnicos nas suas rotinas e diferentes operações.

O Chefe dos Serviços Técnicos acompanha e controla todas as operações correntes de manutenção, reparações e obras, competindo-lhe a direcção e assistência ao seu pessoal - Colaborador, motoristas de gerador e técnico de piscina – a verificação do nível de desempenho dos serviços prestados pelos guardas e jardineiros, a solicitação de intervenções especializadas pontuais - canalizador, pedreiro, electricista substituto, etc.

No entanto, é o acompanhamento do funcionamento do parque de geradores que mais exige as atenções e preocupações do Chefe dos Serviços Técnicos, solicitando prontamente o Técnico Assistente (Contrato de

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Prestação de Serviços) das nossas máquinas, sempre que seja transmitida qualquer anomalia verificada pelos nossos maquinistas (operam em dois turnos, diurno e nocturno).

As intervenções, a pedido do pessoal doméstico dos nossos inquilinos (avarias em electrodomésticos, troca de lâmpadas, etc.), são normalmente eficazes embora se registem demoras quando envolvem reparação ou reposição de equipamentos.

O Bloco de suites no Complexo Residencial de Bandim, funciona com duas governantas. Num outro Bloco de quartos, igualmente no Complexo, os serviços diários de limpeza e tratamento de roupa, estão a cargo de pessoal contratado e partilhado pelos 3 inquilinos.

A UGPI dispõe de uma única viatura para a administração (expediente geral) e a área técnica (transporte de pessoal e materiais) repartida pelo Complexo Residencial, no Alto Bandim, residências na Rua Cidade Lisboa (dita Zona Escolar), no centro da cidade.

1. Arrendamentos

Como acima referido, o ano 2009 registou uma perda de receitas, decorrente da retirada, no final de Abril, da Cruz Vermelha Espanhola, inquilina da casa 3 no Complexo Residencial Alto Bandim (ex-Campo sueco), que viria a ser arrendada apenas em meados de Outubro, com renda renegociada. A União Europeia, que inicialmente havia visitado e reservado a residência, viria a desistir do arrendamento.

A casa 2 também ficou devoluta pelo período de um mês, mas viria a ser reocupada pelo mesmo inquilino, Representante do FNUAP, que acabou por regressar por não ter substituto.

A casa 1, ocupada desde 2002 por sucessivos Representantes do UNICEF, ficou devoluta no final de Julho e por todo o mês de Agosto. Viria a ser reocupada já em finais de Agosto e com perspectiva de ocupação durante

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todo o ano de 2010, após negociação com o único interessado, o que nos obrigou a aceitar uma redução na renda, sob pena de ficarmos com a residência vazia por tempo indeterminado. A suite 2 e 4 ficaram sem inquilino nos meses de Abril e Março/Julho, respectivamente.

Na Rua Cidade de Lisboa, dita Zona Escolar, não se registou nenhum movimento de inquilinos, mantendo-se o Bloco de apartamentos e as três moradias ocupados durante todo o ano.

2. Manutenção corrente de imóveis e equipamentos

O Chefe dos Serviços Técnicos verifica, diariamente, tanto no Complexo Residencial Alto Bandim como na Zona Escolar, o funcionamento do parque de geradores, registando as horas de funcionamento dos grupos, os níveis das réguas dos depósitos de combustível, leituras de contadores, recolhendo informações dos motoristas, controlando o stock em óleo.

No Complexo Residencial Alto Bandim, está a cargo do técnico da piscina, eventualmente do motorista de gerador do turno nocturno, o enchimento (furo) dos depósitos de água; na Zona Escolar (água da rede), essa tarefa é assegurada pelos guardas (da Cooperativa Sossegui, sob contrato) que também operam como motoristas de gerador.

Durante as horas de expediente, são recolhidas e atendidas as solicitações dos inquilinos, quase sempre, transmitidas pelo seu pessoal doméstico.

O Colaborador dos Serviços Técnicos, electricista de formação, praticamente só actua nessa área, em que realiza todas os trabalhos e obras necessários, incluindo a selecção e compra dos materiais, sem recurso a mão-de-obra exterior (excepto em férias). Também apoia o Chefe dos Serviços Técnicos sempre que solicitado por este (compras de material, contactos, verificações de avarias, etc.).

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3. Abastecimento de corrente eléctrica e de água

O nosso parque de geradores é constituído por cinco grupos, dois (nº.s 1 e 2) no Complexo Residencial Alto Bandim, dois (nº.s 3 e 4) na Zona Escolar, e um quinto (nº 5), alternativo, móvel e insonorizado. Este último, o mais recente (Dezembro de 2007), fica estacionado no Complexo Residencial Alto Bandim, tendo sido transferido para a Zona Escolar, para permitir a retirado do nº 3 para reparação.

A partir de 2009, consultado previamente o nosso Técnico Assistente dos geradores, decidimos passar a adquirir os filtros de óleo e gasóleo no mercado nacional, evitando a dependência do exterior, com atrasos de meses, na satisfação das nossas encomendas. Os fornecedores foram igualmente recomendados pelo Técnico Assistente, a nosso pedido.

Importa referir que todos os abastecimentos de gasóleo ao nosso parque de geradores decorreram sem incidentes, contando com o acompanhamento pessoal do Chefe dos Serviços Técnicos, desde a carga do produto até à sua descarga final nos nossos depósitos.

O abastecimento em gasóleo do gerador do edifício-sede da FUNDEI é igualmente da responsabilidade da UGPI, com emissão posterior de factura para efeitos de reembolso.

O aspecto mais saliente de abastecimento de água, no decorrer do ano em apreço, foi a obra de ramal da rede pública (EAGB), bem como da canalização para comunicação com o depósito de água subterrâneo existente no Complexo Residencial Alto Bandim. No entanto, importa esclarecer que o consumo da água da rede pública será efectuado de forma esporádica – enchimento parcial do depósito subterrâneo - constituindo uma alternativa a uma situação de ruptura da nossa capacidade de abastecimento, através do furo artesiano existente no Complexo Residencial Alto Bandim, ocorrência que nunca se verificou.

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A Zona Escolar é exclusivamente abastecida pela rede pública, não havendo a registar no decurso do ano, nenhuma situação que nos obrigasse a recorrer à compra de água (Empresa LUCO), como acontecia em anos anteriores.

III – SITUAÇÃO FINANCEIRA

Até 31 de Dezembro de 2009, o capital social da FUNDEI foi aplicado no Mercado Financeiro Sueco, através do Nordea (Banco com o qual a FUNDEI opera na Suécia), em dois títulos: (1) título hipotecário denominado STADSHYPOTEK 1569, à taxa de juro de 6% ao ano, com vencimento em Dezembro de 2009; (2) título denominado STATEN 1041, à taxa de juro de 6,75% ao ano, com vencimento previsto para Maio de 2014.

Aguarda-se que em Maio de 2010 o valor do título hipotecário vencido em Dezembro de 2009 seja aplicado no do denominado STATEN 1041, à taxa de juro de 6,75% ao ano.

Apesar de ser um dos países com mais alta taxa de juro, a crise financeira mundial atingiu igualmente o mercado financeiro da Suécia, pelo que, comparativamente aos anos transactos, o rendimento das aplicações é cada vez mais baixo e os custos muito elevados. Este facto é agravado das taxas de câmbio da Coroa Sueca em relação ao Euro desvantajosas.

Conforme os mapas contabilísticos apresentados nas páginas seguintes, o exercício económico de 2009 registou um resultado líquido positivo de 67,6 milhões de Francos CFA, contra 59,6 milhões de FCFA do ano 2008.

Como tem vindo a ser nos exercícios precedentes, este resultado deve-se à evolução positiva dos proveitos, nomeadamente, no tocante aos juros de mora do exercício pelo atraso no reembolso dos empréstimos concedidos.

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A fraca taxa de recuperação dos empréstimos, o que não permite o reinvestimento dos recursos, bem como os valores elevados das provisões e das amortizações do exercício são factores determinantes da evolução lenta dos resultados, apesar de serem bastante encorajadores.

A C T I V O P A S S I V O

Disponibilidades Contas a Regularizar

100 Notas e moedas 389.579 523 De recursos alheios 0

121 Dep.Ordem - BIGB 0 509 Outras Contas Interdepart. 652.596

123 Dep.Ordem - BAO 19.558.141 591 Operações Camb. Liquidar 2.389.000

125 Dep.Ordem - BDU 29.398.311 360 Fornecedores de Serviços 233.200

130 Dep. Ordem - Nordbanken 31.321.852 391 Cob. Conta Terceiros 6.158.092

131 Dep. Prazo - Likiditetsinvest 45.262.435 Crédito Interno

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220 A curto prazo 85.287.693 221 A médio e longo prazos 1.774.545.326 Emprést. Financiamento 222 Aplicações - Consignações 117.685.492 280 Credito Interno - P.Venc C/III 539.866.355 330 Emp. Residentes 65.065.401

282 Crédito Int./Comis.Venc. 591.241.189 352 Recursos consignados 598.222.180

290 Prov.p/créd. Vencidos -76.864.982 299 Provisões Dep. Bancários 101.322.204

Títulos Ren. Fixo 251 De rendimento fixo 874.465.000 254 De rendimento s/fixo 520.660.090 278 Dev. Oper. S/.Fut. Opções 2.121.480 279 Outras aplicações 81.651.260 Situação Líquida

Imobiliz. Incorpóresas 412 Custos plurianuais/organ. 113.261.325 620 Capital relizado 4.190.619.942

413 Despesas de est./invest. 0 630 Reserva Legal 148.092.410

414 Informatica - software 5.373.226 631 Reserva Estatuária 54.970.090

419 Outras incorpóreas 0 633 Reserva de Reavaliação 527.290.770

Imobiliz. Corpóresas 668 Resultados Retidos 123.619.370

420 Imóveis 33.801.957 690 Resultados do Exrcício 67.647.105

421 Equipamentos 108.283.527 4271/2 Património Ugpi 955.680.604

451 Património Fundo Invest. 20.997.506 482 De amort. Acumuladas -446.777.020

Cont.Int. Regularizações 511 De Disponibilidades 2.772.000 512 De aplicações 251.333.878

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390 Sector Pub. Administrativo 2.321.728

Total do Activo 5.784.960.156 Total do Pass.Sta.Liquida 5.784.960.156

Materiais Consumíveis 2.003.375,00 Prestação de serviços 34.071.445,00

Fornecimento e Serviços Externos 38.958.002,00 Out. Prov. Ganhos Operacionais 483.322,00

Materiais e Serviços UGPI 123.744.077,00 Proveitos / Renda ( UGPI ) 184.457.187,00

Custos com o Pessoal 106.577.611,00 Juros de Empréstimos 171.749.265,00

Custos com o Pessoal UGPI 21.845.064,00 Outros Proveitos UGPI 13.689.425,00

Amortizações e Reintegrações 24.598.343,00 (B) 404.450.644,00

Amortizações Reintegrações UGPI 49.530.988,00

Impostos Indirectos - Proveitos Ganhos Financeiros 56.279.385,00

Provisões de Exercicio 25.330.550,00

(A) 392.588.010,00 (D) 460.730.029,00

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A

ilustração gráfica é reveladora da evolução progressiva dos resultados líquidos dos diferentes exercícios desde o ano 2001, registando-se resultados mais expressivos a partir do exercício económico de 2007.

Para este exercício económico e conforme a decisão do Conselho de Administração, propõe-se a amortização de 14,9 milhões de Francos CFA dos valores do Projecto da Assistência Técnica, correspondentes, em média, a 15% do montante remanescente, a imputar a amortizações incorpóreas.

BALANÇO FINAL - 2009

Custos e Perdas Financeiros 537.267,00 Proveitos e Ganhos Extraordinários 4.954.697,00

(C) 393.125.277,00 (F) 465.684.726,00

Custos e Perdas Extraordinários 4.912.344,00 Resultados Operacionais (B) - (A) 11.862.634,00

(E) 398.037.621,00 Resultados Financeiros (D-B) - (C-A) 55.742.118,00

Impostos sobre Lucros - Resultados Corrente (D) - (C) 67.604.752,00

(G) 398.037.621,00 Resultados antes dos Impostos (F) - (E) 67.647.105,00

Resultados Líquidos do Exercício 67.647.105,00 Resultados Líquidos do Exercício 67.647.105,00

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (em FCA)

EXERCÍCIO 2009

CASH FLOW

Prestação de Serviços 34.071.445,0

Juros dos Empréstimos /Promotores 171.749.265,0

Juros de Capitais Aplicados 56.279.385,0

Ganhos Operacionais 483.322,0

Ganhos Extraordinários 4.954.697,0

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Proveitos ( renda ) UGPI 184.457.187,0

Outros Proveitos UGPI 13.689.425,0

Proveitos Brutos 465.684.726,0

Materiais e Serviços 40.961.377,0 Materiais e Serviços UGPI 123.744.077,0

Custos Financeiros ou Operacionais 537.267,0

Outros Serv. ( Imp.Indirecto ) 00,0

Valor Acrescentado Bruto ( VAB) 300.442.005,0

Encargos com o Pessoal 128.422.675,0

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Perdas Extraordinárias 4.912.344,0

Contas  Descrição Ano

Aquis  Valor  Tx.Reav Valor Reav Tx.

Reint  Reint. Exerc. Reint.

Acumulada  Valor Liquido                     

4120312 Assistencia Tec. Organiz    67.379.243     0,10 6.737.924 - 60.641.319  4120314 Est. Invest.Troca Exprien    52.957.951     0,10 5.295.795 - 47.662.156  4120512 Desp. Invest. Desenvolv.    5.508.722     0,10 550.872 - 4.957.850  

41401 Programa de Contabilid    7.676.036     0,30 2.302.811 - 5.373.225  4190032 Propriedade Ind.Out.Dtos    789.726     0,00 - - 789.726  4200000 Terreno e Jardinagem    4.819.239     0,00 - - 4.819.239  4200100 Outras Construções    27.301.678     0,05 1.365.084 25.768.380 1.533.298  4200200 De Edificios    1.681.040     0,05 84.052 84.052 1.596.988  421100 Tv. Video Ant. Parabolica    6.993.992 0,20 1.398.798 0,25 349.700 7.343.692 1.049.099  

4211200 Computadores Impress    16.869.801 0,25 4.217.450 0,30 1.265.235 18.135.036 2.952.215  4211201 Fotocopiadora Maq. Escr  2008  3.732.517 0,00 - 0,00 - 3.525.939 206.578  4211900 Moveis de Recepção    1.373.770 0,30 412.131 0,10 41.213 1.437.911 347.990  4211901 Cofre Serv. Adm. Fin..    523.077 0,50 261.539 0,10 26.154 340.002 444.614  4211901 Maq. Lavar Carros    250.000 0,00 - 0,00 - 250.000 - 4211903 Peças de Reposição    1.043.922 0,00 - 0,00 - 990.974 52.948  

42120 Computadores Novos  2009  1.475.000 0,00 - 0,30 442.500 442.500 1.032.500  

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Gross Cash Flow 167.106.986,0

42121 Impressora  2008  279.200 0,00 - 0,25 69.800 69.800 209.400  42129 Rede Int/Melhorias  2008  642.740 0,00 - 0,00 - 642.740 - 42130 De Agua, Elect. Gazes    1.088.500 0,20 217.700 0,30 65.310 1.153.810 152.390  42131 Equip. Transmissões    710.000 0,00 - 0,30 213.000 314.550 395.450  42132 Equip. Transportes    54.793.090 0,20 10.958.618 0,25 2.739.655 46.607.135 19.144.574  

4213400 Equip. Ambiente    1.195.000 0,20 239.000 0,15 35.850 1.230.850 203.150  42136 Mobiliario Escritorio  2009  6.881.500 0,65 4.472.975 0,15 670.946 670.946 10.683.529  42135 Gerador e Quadros  2009  6.965.852 0,25 1.741.463 0,20 348.293 348.293 8.359.022  

    -   Fundo Investimento        -             -

451120 Secretarias    6.187.555 0,65 4.021.911 0,15 603.287 5.197.546 5.011.920  451124 Mesas Cad. Sala/Reunião    473.560 0,65 307.814 0,15 46.172 378.848 402.526  451125 Fotocopiadora Fax    1.328.812 0,20 265.762 0,10 26.576 1.063.050 531.524  451126 Ornamentação Publicidade    352.162 0,00 - 0,00 - - 352.162  451200 Ups e Impressora    145.500 0,00 - 0,90 130.950 - 145.500  451209 Bens de Informatica/Equip.    7.914.430 0,00 - 0,15 1.187.165 5.936.865 1.977.565  

                   

      289.333.615   28.515.161   24.598.343 121.932.918 181.028.456  

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Amortizações e Reintegrações 74.129.331,0 Provisões do Exercício 25.330.550,0

Impostos sobre Rendimento ( Isento ) 0,0

Net Cash Flow 67.647.105,0

Mapa de Amortizações (em FCFA)

SEDE - Rua Omar Torrijos

Ano 2009

Mapa de Amortizações (em FCFA)

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UGPI - Alto Bandim e Av. Cidade de Lisboa

Descrição  Valor Aquis  Tx.Reav Valor Reav Tx.

Reint  Reint. Exerc.  Reint. Acumulada  Valor Liquido                 De Constituição  1.635.200   1.635.200 0,00  -   1.635.200  Maquinas Uso Administ.  1.166.330   1.166.330 0,20  233.266 699.798 466.532  Comput. Impressora  2.137.500   2.137.500 0,25  534.375 534.375 1.603.125  Outras  1.118.200   1.118.200 0,20  223.640 223.640 894.560  Terrenos  11.858.745   11.858.745 0,00  - - 11.858.745  Edificios Alto Bandim  405.216.887   405.216.887 0,02  8.104.338 72.939.042 332.277.845  Grandes Repar/Estrada  30.044.719   30.044.719 0,10  3.004.472 29.038.194 1.006.525  Edificios Av. Cidade Lxo  247.567.919   247.567.919 0,02  4.951.358 44.562.222 203.005.697  Obras Imoveis Arrend.  22.650.123   22.650.123 0,05  1.132.506 16.074.260 6.575.863  Outros Imoveis  4.018.937   4.018.937 0,10  401.894 2.275.272 1.743.665  Aparelh. Som Imagem  287.000   287.000 0,30  86.100 86.100 200.900  Equip. de Oficinas  15.858.661   15.858.661 0,15  2.378.799 15.470.386 388.275  De Agua, Elect. Gaz  27.789.045   27.789.045 0,15  4.168.357 19.924.418 7.864.627  Equpimento Transporte  15.602.950 0,25 19.503.688 0,25  975.184 16.833.844 2.669.844  Ar Condicionados e Ventin.  17.782.597   17.782.597 0,15  2.667.390 15.938.676 1.843.921  Equip. de Segurança  16.975.022   16.975.022 0,10  1.697.502 16.216.920 758.102  Mobiliário e Materiais  12.362.031   12.362.031 0,20  2.472.406 10.356.805 2.005.226  Mob. Uso Doméstico  44.620.472   44.620.472 0,20  8.924.094 30.584.244 14.036.228  Adap. Residências  1.923.559   1.923.559 0,10  192.355 192.355 1.731.204  

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Ano 2009

IV – RESULTADOS DO EXERCÍCIO

O Resultado Líquido do Exercício de 2009 é de 67,6 milhões de Francos CFA. Propõe-se que esse resultado tenha a seguinte aplicação:

- Para reserva estatutária (de acordo com o Artigo 30º dos Estatutos) – 20 milhões de Francos CFA, correspondentes a 29,6% do RLE.

- Para protecção do capital contra inflação – 47,6 milhões de Francos CFA, correspondentes a 70,4% do RLE.

 

Geradores UGPI  48.382.820   48.382.820 0,10  4.838.282 25.772.292 22.610.528  Geradores Av. Cid. Lxo  3.905.770   3.905.770 0,10  390.577 2.641.731 1.264.039  Gerador Alternativo  21.540.925   21.540.925 0,10  2.154.093 4.479.528 17.061.398  Património Artistico  254.500   254.500 0,00  - - 254.500                 -

  954.699.912   958.600.650   49.530.988 324.844.102 633.756.548