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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2011 Maputo, Março de 2012

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2011

Maputo, Março de 2012

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CPC, SCRL - Relatório de Gestão de 2011 Rua Consiglieri Pedroso nº 99; Tel. 258 21 30 77 53; Fax 258 21 30 77 54; e-mail [email protected]; website: www.cpc.co.mz

Contribuinte nº 400073732; MAPUTO - MOÇAMBIQUE

II

ÍNDICE GERAL

ÍNDICE GERAL ........................................................................................................................................... II

ÍNDICE DE GRÁFICOS E TABELAS ............................................................................................................ III

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 2

2. CONJUNTURA ECONÓMICA INTERNACIONAL ................................................................................... 3

3. CONJUNTURA ECONÓMICA INTERNA ................................................................................................ 4

3.1. Produto Interno .................................................................................................................................. 4

3.2. Inflação e Taxa de Câmbio ................................................................................................................. 4

3.2. Moeda, Crédito e Taxas de Juro ......................................................................................................... 4

3.3. Operações do Mercado Monetário Interbancário (MMI) ......................................................................... 5

4. DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO ............................................................................................. 6

4.1. Desempenho Financeiro .................................................................................................................... 6

4.1.1. Activo Total ................................................................................................................................ 6

4.1.2. Passivos Totais e Capitais Próprios .............................................................................................. 7

4.2. Actividade Creditícia .......................................................................................................................... 8

4.2.2. Produtos Permanentes .............................................................................................................. 98

4.3. Conta de Exploração .......................................................................................................................... 9

4.3.1. Proveitos .................................................................................................................................... 9

4.3.2. Custos Totais ........................................................................................................................... 10

4.3.3. Resultado de Exploração ....................................................................................................... 1110

4.4. Indicadores Financeiros e de Gestão ................................................................................................. 11

4.4.1. Rácios ..................................................................................................................................... 11

4.4.1.1. Rendibilidade do Activo Total .................................................................................................. 11

4.4.1.2. Rácio de Solvabilidade ....................................................................................................... 1211

4.4.1.3. Recuperação de crédito vencido .......................................................................................... 1211

4.4.1.4. Eficiência ........................................................................................................................... 1211

4.5. Recursos Humanos e Género ....................................................................................................... 1211

5. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ..................................................................................... 12

6. PERSPECTIVAS PARA 2012 ......................................................................................................... 1312

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................. 1312

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III

ÍNDICE DE GRÁFICOS E TABELAS TABELA 1 – VARIAÇÃO ANUAL DO PIB REAL E TAXAS DE JURO .............................................................................................. 3 TABELA 2 – VARIAÇÃO ANUAL DO PIB REAL E TAXA DE CÂMBIO ............................................................................................ 3 TABELA 3 – INFLACÇÃO E TAXA DE CÂMBIO ............................................................................................................................ 4 TABELA 4 – EVOLUÇÃO DAS TAXAS DE JURO DA CPC, SCRL .................................................................................................. 5 TABELA 5 – EVOLUÇÃO DO MERCADO MONETÁRIO INTERBANCÁRIO ..................................................................................... 5 TABELA 6 – EVOLUÇÃO DAS APLICAÇÕES DA CPC, SCRL NO MMI (MILHÕES DE MT). ............................................................ 6 GRÁFICO 2 – ACTIVO DA CPC, SCRL ......................................................................................................................................... 7 GRÁFICO 3 – RECURSOS DA CPC EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 ........................................................................................... 87 GRÁFICO 4 – CRÉDITO CONCEDIDO EM 2011 ............................................................................................................................ 8 TABELA 7 – CRÉDITO NORMAL CONCEDIDO EM 2011 ............................................................................................................. 98 TABELA 8 – PRODUTOS PERMANENTES ................................................................................................................................... 9 TABELA 9 – PRODUTOS TEMPORÁRIOS .................................................................................................................................... 9 GRÁFICO 5 – DECOMPOSIÇÃO DAS RECEITAS ..................................................................................................................... 109 GRÁFICO 6 – ESTRUTURA DE CUSTOS ................................................................................................................................ 1110 TABELA 10 – RÁCIOS FINANCEIROS E DE GESTÃO ................................................................................................................. 11 GRÁFICO 7 – PESSOAL DA CPC, SCRL POR GÉNERO ......................................................................................................... 1211 GRÁFICO 8 – PESSOAL DA CPC POR IDADE ............................................................................................................................ 12

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1. INTRODUÇÃO

O Conselho de Administração da CPC, em cumprimento dos preceitos legais e estatutários aplicáveis, apresenta o relatório da sua gestão referente ao exercício económico de 2011. Em 2011, os activos da CPC registaram um crescimento de 15% como corolário da introdução de mecanismos que facilitam a concessão de crédito, sem descurar do risco a isso associado, bem como da gestão prudente e eficaz da liquidez a curto prazo ao nível dos mercados interbancários. No ano em análise, igualmente a CPC concentrou as suas actividades no melhoramento da qualidade de seus serviços em todas as suas vertentes. Sob o lema “a sua satisfação é o nosso orgulho”, em 2011 foram aperfeiçoadas as medidas tomadas no ano anterior visando um melhor atendimento dos clientes e redução dos tempos de espera, o que culminou com a criação de soluções de crédito mais flexíveis e ao encontro das necessidades dos clientes, bem como na criação de produtos de poupança competitivos. Outras medidas de gestão que marcaram o ano económico em análise incluem:

I. NA ÁREA DE CRÉDITO:

a) Revisão profunda do regulamento de crédito, visando profissionalizar o serviço e alargando o leque de garantias elegíveis para as operações de crédito

b) Revisão das taxa de juro activas a passivas, acompanhando o andamento das taxas do mercado que seguiram com tendência decrescente;

c) Lançamento de novos produtos de crédito, nomeadamente, (i) Páscoa feliz, (ii) Crédito para compra de acções, (iii) Crédito Independência, (iv) CPC – Tecnologias, (v) CPC – conforto; e (vi) CPC – zerinho;

d) Melhoramento do processo de colaterização das operações de crédito com a contratação de um novo segurador e novo corrector de seguros;

II. DEPÓSITOS

a) Lançamento do produto super-depósito, bem como a expansão da carteira de depósitos;

b) Revisão da tabela de prémios e comissões, incluindo as taxas de juro das operações passivas;

III. SERVIÇOS

e) Conclusão de acordos com BCI, tendentes ao patrocínio da adesão da CPC à rede VISA, estando em curso a recolha de documentos e sua tradução para inglês com vista ao cumprimento integral dos requisitos impostos por essa rede mundial;

f) Está em curso o teste de internet banking tendo sido já lançados os primeiros 50 utilizadores do serviço;

IV. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

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a) Prosseguiram as acções visando a actualização do software principal da CPC (globus T24) bem como a substituição gradual dos equipamentos obsoletos (computadores, impressoras, certificadoras, ATM´s, etc);

V. OUTRAS MEDIDAS E ACÇÕES

a) Realização de um inquérito de aferição da qualidade de prestação de serviços da CPC;

b) Elaboração das propostas de plano estratégico para o triénio 2012-2014 e da proposta de Código de Conduta;

c) Realização da parte remanescente do capital para adesão à SIMO;

d) Prosseguiram as acções visando a melhoria da imagem institucional da CPC, com a contratação de serviços de publicidade electrónica.

e) Prosseguimento da campanha de actualização da base de dados dos sócios, com vista a uma melhor interacção com os mesmos.

2. CONJUNTURA ECONÓMICA INTERNACIONAL

Dados disponíveis até Setembro, mostram que em 2011, a economia mundial registou uma significativa desaceleração com destaque para a economia do Japão que conheceu uma recessão de 0.2%. O quadro a seguir apresenta a evolução do PIB e da inflação nos principais países desenvolvidos e emergentes com forte ligação económica com Moçambique.

EUA EURO JPN UK Brasil China Coreia India Variação anual do PIB real (%)

2010 2011

2.9 1.5

1.7 1.4

3.9 -0.2

1.6 0.5

7.5 2.1

10.3 9.1

6.1 3.5

8.5 6.9

Variação Anual do IPC (%) 2010 2011

1.5 3.4

2.2 3.0

0.0 -0.5

3.7 4.8

5.9 6.6

4.6 4.2

3.5 4.2

9.4 9.1

Taxa de Juro de Política Monetária 2010 2011

0.25 0.25

1.0 1.0

0.0 0.0

0.5 0.5

10.75 11.0

5.81 6.56

2.5 3.25

5.25 8.5

Tabela 1 – Variação anual do PIB real e taxas de juro

Enquanto isso, assistiu-se na maioria das economias analisadas a pressões inflacionárias que de certo modo poderão ter afectado a desaceleração ocorrida neste grupo de países. Este cenário fez com que os bancos centrais da China, Coreia e Índia ajustam-se em alta as suas taxas de juro de política monetária com o propósito de conter a pressão sobre a inflação. Por seu turno, na região da SADC, os dados disponíveis reportados ao III Trimestre indicam que estas economias tem resistido aos efeitos da crise financeira internacional e da queda da procura externa ao registar taxas de crescimento superiores às do final de 2010, no caso do Botswana, África do Sul e Moçambique.

ANG BOT MLW MAU RSA TZN ZAM MOZ

Variação anual do PIB real (%) 2010 2011

4.0 nd

7.2 7.8

nd nd

4.2 nd

2.8 3.1

nd nd

7.1 nd

6.6 6.7

Variação Anual do IPC (%) 2010 2011

15.3 11.4

7.4 9.2

6.3 8.9

2.9 6.6

3.5 6.1

5.6 19.2

7.9 7.2

16.6 5.5

Variação Anual da Taxa de Cambio face ao USD (%) 2010 2011

3.8 1.1

-3.2 16.0

7.1 8.0

2.8 -3.0

-10.7 22.2

10.7 6.7

3.2 7.0

19.3 -17.3

Tabela 2 – Variação anual do PIB real e taxa de câmbio

Este desempenho da economia terá sido favorecido pelos estímulos efectuados pelas autoridades que têm sacrificado o objectivo de inflação que na maioria dos países, com excepção de Angola e Moçambique, acelerou significativamente.

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A depreciação do Rand face ao Dólar conjugado com a apreciação do Metical em relação ao Dólar terão sido determinantes no comportamento da inflação doméstica, em Moçambique. 3. CONJUNTURA ECONÓMICA INTERNA 3.1. Produto Interno Estimativas preliminares do INE, referentes ao III trimestre de 2011, indicam que o Produto Interno Bruto - PIB a preços constantes registou um crescimento anual de 6,7%, estando em linha com as estimativas para o final do ano que apontam para um crescimento do PIB de 7.2%. Os sectores mais dinâmicos (quadro 9), no trimestre em análise, foram: indústria extractiva (34,8%), que reflecte essencialmente, a exploração do carvão em Tete; construção (9,3%); electricidade e água (8,4%); e agricultura (7,1%). Em termos de contribuição no crescimento anual do PIB de 6.7%, no terceiro trimestre de 2011, destaca-se o sector da agricultura com 1,5pp, favorecido pela melhoria da qualidade de sementes e pelos investimentos realizados na produção de arroz e tubérculos e outras culturas. As contribuições dos outros sectores da economia foram: serviços financeiros (1,2pp); transportes e comunicações (0,6pp); comércio e serviços de reparação (0,5pp); e industria extractiva (0,4pp). 3.2. Inflação e Taxa de Câmbio De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, a inflação anual no mês de Dezembro de 2011 fixou-se em 5.5% o que representa uma desaceleração de 11.1 pp quando comparada com 2010.

Tabela 3 – Inflacção e taxa de câmbio

Esta desaceleração acentuada foi determinada basicamente pelo comportamento do Metical em relação ao USD e ao Rand. A taxa de cambio do metical face ao USD e ao Rand registou uma apreciação de 16.2% e 32%, respectivamente tendo afectado os preços dos produtos importados com destaque da África do Sul que detêm um peso superior a 30% nas relações comerciais externa de Moçambique. O comportamento da taxa de câmbio, para além do impacto directo sobre a inflação importada permitiu também conter os preços internos dos bens e serviços indexados ao USD. O bom desempenho do sector da agricultura acima identificado terá contribuído para a oferta de produtos básicos nos mercados domésticos favorecendo a estabilidade dos preços. 3.2. Moeda, Crédito e Taxas de Juro A evolução da taxa de câmbio reflectiu-se também no andamento dos agregados de moeda em 2011. Na verdade, os meios totais de pagamento na economia moçambicana expressos pelo agregado

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M3 expandiram apenas 8% após 23%, em 2010 influenciados pelo efeito da queda dos depósitos em moeda externa na magnitude de 18%. Enquanto isso, o agregado M2, que inclui apenas as componentes em moeda nacional, expandiu em 21%, o que significa mais 3 pp se compararmos com 2010, o que sugere que os depositantes têm estado a alterar a composição dos seus depósitos a favor dos denominados em moeda nacional que aumentaram em 26%, devido a deterioração dos denominados em moeda externa como consequência da apreciação do Metical. O crédito a economia também se ressentiu da evolução da taxa de câmbio ao expandir em 2011 em apenas 5% quando em 2010 havia expandido em 28%. Em termos de componentes, salienta-se a queda do crédito em moeda externa de 20% (5.376 milhões) num cenário que o denominado em MN aumentou em 15% (9.572 milhões) Para além do efeito da taxa de câmbio sobre o crédito a economia é razoável também considerar o impacto das taxas de juro. O ano de 2011 começou com um ajustamento em alta da taxa de juro da FPC pelo Banco Central em 50 pb para 16.5%, que conjugado com o agravamento do coeficiente de Reservas Obrigatórias em 25 pb para 9.0% contribuiu para o aumento das taxas de juro das operações activas praticadas pelos bancos comerciais nas transacções com o público, com destaque para as operações de crédito, tornando o produto mais oneroso e menos acessível para os clientes. Segundo as estatísticas publicas pelo Banco de Moçambique reportadas ao mês de Dezembro de 2011, as taxas de juro médias dos créditos aumentaram em 2.43 pb para 23.68% enquanto as taxas de juro dos depósitos aumentaram em 1.39 pb 13.11%.

Evolução das Taxas de Juro da CPC Dez-10 Mar-11 Jun-11 Set-11 Dez-11

Operações Activas Viaturas Habitação Bens Móveis Outros Fins FML

20 17 21.5 22.5 8.5

20 17 21.5 22.5 8.5

20 17 21.5 22.5 8.5

20 17 21.5 22.5 8.5

19 17 21 22 9

Operações Passivas 1 mês 3 meses 6 meses 12 meses

9.45 9.45 9.65 9.85

11.95 11.95 12.15 13

11.95 11.95 12.15 13

12 12 13.5 15

12 12 13.5 15

Tabela 4 – Evolução das taxas de juro da CPC, SCRL

3.3. Operações do Mercado Monetário Interbancário (MMI) Os ajustamentos das taxas de juro da FPC pelo Banco de Moçambique reflectiram-se no comportamento tanto das transacções como das taxas de juro do MMI nos seguintes termos: � As taxas de juro dos Bilhetes do Tesouro e

Permutas aumentaram significativamente no I Semestre tendo a partir de Agosto iniciado o movimento contrário em reacção as decisões do Banco Central no âmbito da gestão da política monetária1

Evolução do Mercado Monetário Interbancário Dez-10 Mar-11 Jun-11 Set-11 Dez-11

Taxas de Juro das Últimas Colocações FPC BT’s 91 dias 182 dias 364 dias Permutas

15.5

14.8 15.0 15.5 13.1

16.5

16.36 16.44 16.49 15.40

16.5

16.45 16.58 16.49 16.08

16.0

14.2 15.0 15.2 11.6

15.0

11.8 12.11 12.27 11.67

Saldos de Bilhetes de Tesouro no final do mês 91 dias 182 dias 364 dias Total

4 702 502 8 347 13 551

7 567 4 617 5 405 17 589

5 002 6 905 6 992 18 899

3 877 5 235 15 477 24 590

2 009 4 490 16 358 22 857

Tabela 5 – Evolução do Mercado Monetário Interbancário

Como resultado da alteração das taxas, os bancos comerciais apostaram nos produtos do MMI com

1 O Banco de Moçambique procedeu no II Semestre a dois ajustam: em Agosto para 16.0% e em Dezembro 15.0%. No mesmo período o coeficiente de RO’s foi sucessivamente reduzido para 8.75% e 8.5%, respectivamente.

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destaque para os BT’s cujo saldo em carteira aumentou de 13.551 milhões em Dezembro de 2010 para 24.590 milhões, em Setembro. No último trimestre assistiu-se a uma inversão do cenário com os bancos a desinvestirem neste produto e preferirem maturidades mais longas, em reacção a redução da taxa de juro da FPC que influenciou a queda das taxas de juro dos Bilhetes do Tesouro. Na sequência da queda das taxas de juro dos produtos do MMI decorrente da redução efectuada pelo BM da taxa de juro da FPC, a CPC ajustou a sua carteira reduzindo as aplicações neste segmento a favor de maior concessão de créditos no âmbito da grelha de produtos de que dispõe. O quadro a seguir mostra que as aplicações em BT’s e Permutas reduziram consideravelmente a partir de Setembro de 2011.

Evolução das Aplicações da CPC no MMI Dez-10 Mar-11 Jun-11 Set-11 Dez-11

Aplicações no MMI BT’s Permutas FPD

113 2.972 47

112 2.781 38

113 2.933 46

188 856 76

57.30 1.300 1.800

Tabela 6 – Evolução das aplicações da CPC, SCRL no MMI (milhões de MT).

4. DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO 4.1. Desempenho Financeiro 4.1.1. Activo Total Em 31 de Dezembro de 2011 o activo total líquido foi de 1.216.4 milhões de MT que comparados com 1.061,00 milhões de MT registados no ano anterior, verifica-se um crescimento na ordem dos 14.7%. Esta variação deveu-se ao comportamento das seguintes rubricas: i. Disponibilidades – Passaram de 103.7 milhões

de MT para 107.0 milhões de MT em 2011 representando um crescimento de 3.13%. Este

valor encontrava-se desdobrado da seguinte forma: caixa com 15.2 milhões de Meticais e Depósitos no banco de Moçambique com 91.1 milhões de Meticais, para constituição de reservas obrigatórias. O peso desta rubrica em relação ao total do activo reduziu de 9.8% para 8,8%.

ii. Aplicações em Instituições de Crédito – Nesta rubrica são registados valores de cedências de liquidez no âmbito do Mercado Monetário Interbancário que em 31 de Dezembro ainda não tinham vencido. O peso relativo foi de 34,9% em 2010, tendo passado para 24,7% em 2011. O saldo no balanço passou de 369.9 milhões de MT para 300,0 milhões de MT representando uma redução de 18,9%.

iii. Crédito a clientes – O saldo da carteira de

crédito em 2010 foi de 369.2 milhões de MT, tendo em 31 de Dezembro de 2011 passado para 531,5 milhões de MT desdobrados da seguinte forma: Crédito normal – 522.5 milhões de Meticais; Descobertos em conta 2.3 milhões de meticais e Facilidade Mensal de liquidez 6.4 milhões de meticais. De referir que em 2010 o saldo desta rubrica tinha o seguinte desdobramento: Crédito normal 360.9 milhões de meticais, descobertos em conta 0.5 milhões de meticais e Facilidade Mensal de liquidez 7.3 milhões de meticais Em relação ao total do activo esta rubrica representa cerca de 43,7% contra 34,8% do ano anterior.

iv. Activos financeiros detidos até a maturidade

Nesta rubrica rubruca estão registados todos os investimentos efectuados em títulos. O saldo desta rubrica passou de 164.3 milhões de MT para 200,5 milhões de MT, representando uma variação de 22,0%. Em 31 de Dezembro de 2011 a CPC, SCRL tinha adiquirido obrigações

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do tesouro no valor de 25 milhões de meticais e Bilhetes do tesouro no valor de 184.7 milhões de meticais. O peso desta rubrica em relação ao total dos activos é de 16,5%.

v. Activos por impostos diferidos – Saldaram-

se em 5.69,3 milhões de MT, em 2011. Esta rubrica não sofreu nenhuma variação de 2010 para 2011teve uma redução de 39.2%, sendo constituído por valores de impostos a recuperar em períodos futuros resultantes de prejuízos fiscais acumulados. Esses valores são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros contra os quais possam ser deduzidos os impostos diferidos activos.

Por outro lado os impostos por activos correntes que em 2010 eram de 26,3 milhões de MT, aumentaram em 35,5% tendo saldado em 35,6 milhões de MT em 31 de Dezembro de 2011. O saldo desta rubrica corresponde ao valor retido na fonte a título de imposto antecipado e resulta da legislação fiscal que estabelece a introdução da taxa de 20% sobre os instrumentos da dívida pública, incluindo operações realizadas no Mercado Monetário Interbancário e 10% sobre as operações cotadas na bolsa de valores (OTS).

vi. Imobilizado – Com os investimentos efectuados

recentemente visando renovar o equipamento informático, o peso do activo imobilizado passou de 3,4% para 3,7% em 2011, tendo o saldo desta rubrica passado de 35,4 milhões de MT para 44,9 milhões de MT sendo 23.5 de sistema informático, 37.3 de equipamento diverso que inclui mobiliário, equipamento informático e viatura e 1.5 de perticipação no capital social da SIMO.

vii. Outros Activos – Estes valores cresceram em 3.1 milhões de MT, fazendo com que o seu peso

passasse de 0,4% para 0,6%. Em Dezembro de 2011 o saldo foi de 7,6 milhões de meticais contra os 4,5 milhões de meticais do ano anterior, conforme ilustra o gráfico abaixo:

Gráfico 1 – Activo da CPC, SCRL

Com a introdução de novos produtos, nota-se ao longo do período em análise que a carteira de crédito cresceu consideravelmente em relação ao período anterior. Por outra devido ao comportamento das taxas de juro nota-se uma ligeira redução das aplicações no Mercado Monetário Interbancário. Estas duas rubricas detêm maior peso. 4.1.2. Passivos Totais e Capitais Próprios Conforme ilustra o gráfico a seguir apresentado, ao longo do período em análise os activos da CPC foram financiados com recurso às seguintes fontes:

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Gráfico 2 – Recursos da CPC em 31 de Dezembro de 2011

i. Recursos de clientes e outros empréstimos –

A CPC, SCRL continuou com a campanha de captação de poupança iniciada em 2010. Para o efeito, foi revista a tabela de taxas de juro de operações passivas, tendo resultado no crescimento da carteira de depósitos, não obstante o seu peso relativo em 2011 ter diminuído para 75,8% contra os 80,5% do ano anterior. Este facto, ficou a dever-se ao aumento dos capitais próprios de 192 milhões de MT para cerca de 220 milhões. O saldo dos recursos de clientes em finais de 2011 foi de 921,6 milhões de MT contra os 854,3 milhões de MT de igual período do ano anterior. Destes, 718.6 milhões de meticais (594.9 do fundo pe pensões e 123.7 de restantes clientes) são de depósitos a prazo

ii. Outros passivos – Esta rubrica registou um

saldo de 74,6 milhões de MT contra os 14,5 milhões de MT do ano anterior, o que representa um crescimento de 417,5%. Nesta rubrica foram registados valores em compensação, Impostos e prémios de seguro cobrados e que em 31 de Dezembro de 2011 ainda não tinham sido transferidos para a seguradora. O peso desta rubrica no balanço é de 6,1% contra os 1,4% do ano anterior.

iii. Capitais próprios – Esta rúbrica passou de 192,2 milhões de MT em 2010 para os actuais 220,2 milhões de MT, variação que é explicada pelo aumento verificado no nível das reservas em 11.4% e dos resultados do exercício em 62,1%.

4.2. Actividade Creditícia Durante o ano de 2011 a carteira de crédito expandiu em cerca de 161.6383 milhões de MT, em resposta a cerca de 1.1548000 pedidos de financiamento para as diversas finalidades, superando largamente os valores registados em 2010 que eram de 455. Conforme se ilustra abaixo, a carteira de crédito da CPC é dominada (em termos de valor) pelo crédito normal com 64%, no qual se destaca a sub componente de habitação (com um valor aproximado de 85 milhões de MT).

Gráfico 3 – Crédito concedido em 2011

Em resultado desta actividade creditíca, o stock de crédito passou de 360.99,2 milhões de MT em 2010 para 522.5531,5 milhões de MT no período em análise, o que corresponde a um crescimento anual de 45%43,9%. 4.2.1. Crédito Normal

Esta componente engloba as finalidades previstas no regulamento de crédito e com um carácter permanente. No período em análise, os dados apresentados na tabela abaixo mostram uma forte

Formatted: Highlight

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expansão desta componente, o que resulta da combinação de vários factores e medidas de gestão, com destaque para a revisão do regulamento do crédito, a simplificação dos procedimentos internos de concessão de crédito bem com a redução dos tempos de atendimento dos pedidos para um máximo de 7 dias.

FINALIDADES Pedidos Valor (contos) % do total

Assistência Médica 13 1.451 0,6%

Bens móveis 64 10.683 4,3%

Reprogramação 69 80.272 32,6%

Habitação 112 85.164 34,6%

Viatura 174 53.326 21,7%

Outros fins 192 15.222 6,2%

Totais 624 246.118 100,0%

Tabela 7 – Crédito normal concedido em 2011

A reprogramação de dívida, é um fenómeno recente dos nossos clientes, que está expresso numa nova demanda de crédito, com objectivo de rescalonar as dívidas anteriores para prazos mais alargados, resultando na expansão de crédito em cerca de 80 milhões de MT. 4.2.2. Produtos Permanentes Com a intenção de satisfazer cada vez mais as necessidades dos seus clientes, foram criados quatro produtos permanentes cuja demanda total se situou em cerca de 290 processos e desembolsos perto de 27 milhões de MT em crédito. Estes produtos, revestem a forma de crédito dirigido, em processos envolvendo parcerias com entidades dos ramos de actividade tais como tecnologias de informação, automóvel, conforto entre outros. Por outro lado, foi criado o crédito para compra de acções visando facilitar, aos clientes sem disponibilidade financeira, a sua participação no aumento de capital decretado pela última reunião da Assembleia Geral. A Tabela abaixo faz o resumo da actividade creditícia gerada pelos produtos permanentes:

FINALIDADES Pedidos Valor (contos) % do Total

Crédito para acções 7 1.070 3,9%

CPC - Conforto 15 1.302 4,7%

CPC - Tecnologias 258 10.986 40,1%

CPC - Zerinho 11 14.055 51,3%

Totais 291 27.413 100,0%

Tabela 8 – Produtos permanentes

4.2.3. Produtos Temporários

No período em análise, foram igualmente desenhados e implementados produtos de campanha com intuito de ir de encontro às necessidades financeiras temporárias de alguns clientes, associadas a eventos ou datas comemorativas diversas, com destaque para a páscoa, independência nacional e o fim do ano. Os dados abaixo apresentados mostram uma demanda consubstanciada por 935 processos com desembolso de cerca de 19 milhões de MT. Tabela 8. Produtos Temporários

FINALIDADES Pedidos Valor (contos) % do Total

Festas felizes 315 9.141 49,0%

Páscoa Feliz 341 8.428 45,2%

Crédito Independência 279 1.096 5,9%

Totais 935 18.665 100,0%

Tabela 9 – Produtos temporários

Apresentando taxas de juro mais competitivas que a FML, estes produtos tinham como característica fundamental o vencimento em 3 meses, dando assim possibilidade de um limite de endividamento mais alargado para os clientes. 4.3. Conta de Exploração 4.3.1. Proveitos

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As receitas da CPC registaram um crescimento de 53.5%, saldando-se em 194,1 milhões de MT contra 126,4 milhões de MT registados em 2010. É importante referir que o Banco Central reduziu as suas taxas de juro de referência e o coeficiente de reservas obrigatórias, tendo CPC, à semelhança dos outros bancos comerciais, reajustado as suas taxas de juro. O quadro abaixo mostra a decomposição das receitas por natureza:

Gráfico 4 – Decomposição das receitas

• Juros e rendimentos similares – No

período em análise, totalizaram 169,6 milhões de MT, tendo em 31 de Dezembro de 2010 o saldo sido de 110,4 milhões de MT, o que representa um aumento de 53,6%. O peso relativo desta rubrica nos proveitos totais é de 87,4% contra 87,3% do período homólogo do ano anterior.

• Rendimentos com serviços e comissões

Estes valores tiveram um incremento de 26,6% tendo passado de 5,4 milhões de MT para 6,8 milhões de MT em 2011. O seu peso relativo reduziu de 4,2% para 3,5% .

• Outros Rendimentos de exploração – Saldaram-se em 17,6 milhões de MT em 2011, quando em 2010 situavam-se em 10,7 milhões de MT.

4.3.2. Custos Totais Em Dezembro de 2011 os custos da CPC totalizaram 138,9 milhões de MT o que representa um aumento de 37% quando comparado com igual período do ano anterior. A estrutura de custos foi determinada pelo comportamento das seguintes rubricas: • Juros e encargos similares – Representam

63,3% da estrutura de custos, sendo constituídos essencialmente por juros de depósitos, cujo saldo foi de 87,9 milhões de MT contra os 54,7 milhões de meticais de 2010. Esse saldo representa um crescimento de 60,8% relativamente a 2010, no qual esta rubrica detinha um peso de 59,2%.

• Encargos com serviços e comissões Reduziram em 64.3%, tendo-se fixado em 0,06 milhões de MT. O pêso desta rubrica e de 0.01% no total dos custos.

• Custos com o Pessoal – Detêm o peso relativo

de 18,4% na estrutura de custos. Com o total de 16,7 milhões de meticais em 2010, esta rubrica passou para 25,7 milhões de MT em 2011, representando um aumento de 53,7%. Este agravamento reflecte, essencialmente, o aumento de salários, decorrente do processo de promoção dos trabalhadores e do ajustamento salarial efectuado nesse período. O gráfico abaixo mostra a estrutura de custos da CPC em 2011.

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Gráfico 5 – Estrutura de custos

• Gastos administrativos – Registaram uma

queda de 11,3%, tendo se saldado em 16,5 milhões de meticais, ficando com um pêso de 11,9% nos custos totais.

• Amortizações do exercício – Estas

apresentam um aumento de 32,9%, passando a situar-se em 6,1 milhões de MT contra os 4,6 milhões de MT do ano anterior. Na estrutura dos custos representam 4.4%.

• Imparidade de outros activos financeiros

liquida de reversões e recuperações – Com o saldo de 2,2 milhões de MT, registou uma redução de 67,7%. O peso destes é de 1,6% no total dos custos.

4.3.3. Resultado de Exploração Como corolário do crescimento acentuado da carteira de crédito e do moderado crescimento dos custos, o resultado líquido do exercício de 2011 ficou muito acima do verificado no ano anterior, tendo registado um crescimento de 62.1%, ao passar de 34.1 milhões de MT em 2010 para 55.2 milhões de MT no período em análise, com destaque para o seguinte: • A margem financeira que foi de 55,7 milhões

de MT em 2010, passou para 81,7 milhões de

MT em 2011 representando um crescimento de 46,6%,.

• O produto líquido bancário passou de 71,6

milhões de MT para 105,8 milhões de MT, correspondendo a um crescimento anual de 47,8%.

• Resultado do exercício – Passou de 34.1

milhões de meticais para 51.5 milhões de meticais o que corresponde a uma variação anual de 51.4%

4.4. Indicadores Financeiros e de Gestão 4.4.1. Rácios Os principais rácios que medem o desempenho financeiro da CPC constam da Tabela 4 abaixo: RACIOS 2011 2010

Solvabilidade 24,14% 30,31%

Retorno de investm 222,92% 69,13%

Rendibilidade activos 11,79% 8,36%

Reendib. K. Prop 25,06% 17,71%

Eficiência 15,63% 26,03%

Qualidade carteira 50,17% 88,15%

Recup Cred. Vencido 0,83% 2,10%

RACIOS 2011 2010

Solvabilidade 24,14% 30,31%

Retorno de investm 208,20% 69,13%

Rendibilidade activos 11,82% 8,36%

Reendib. K. Prop 25,49% 17,71%

Qualidade carteira 50,17% 88,15%

Recup Cred. Vencido 0,83% 2,10% Tabela 10 – Rácios financeiros e de gestão

4.4.1.1. Rendibilidade do Activo Total Comparando os resultados antes dos juros e impostos pelo activo total, pode-se verificar uma ligeira recuperação neste indicador, de 8,36% em 2010 para 11,79% em 2011.

Formatted: List Paragraph, Left, Nobullets or numbering

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4.4.1.2. Rácio de Solvabilidade Embora com tendência decrescente, este rácio continua a situar-se em níveis bastante aceitáveis, tendo em conta os limites prudenciais impostos pelo Banco de Moçambique, no âmbito dos princípios de Basileia I, que é de 8%. Em 2011 o rácio foi de 24,14% contra 30,31% do ano anterior. A descida deste rácio pode ser explicada em parte pela transformação de activos sem risco (BT´s) em crédito para as diversas finalidades (que são activos de risco), facto com impacto negativo no referido rácio. 4.4.1.3. Recuperação de crédito vencido Com o desfecho de alguns processos de indemnização por parte da empresa seguradora, foi possível reduzir o volume de crédito mal parado de 7.8 milhões de MT para 4.4 milhões de meticais o que representa uma redução de 43.2%. 4.4.1.4. Eficiência Este rácio compara os custos administrativos com o produto líquido bancário, e mostra que a eficiência melhorou ao passar de 61.7% em 2009 para 55.9% em 2010. 4.5. Recursos Humanos e Género A CPC tem dado muita importância à questão do género na sua política de pessoal, previlegiando o equilíbrio e a promoção da igualdade de oportunidades. No actual quadro de pessoal, 30% dos trabalhadores são do sexo feminino, de um total de 23 trabalhadores, conforme ilustra o gráfico abaixo:

.

Gráfico 6 – Pessoal da CPC, SCRL por género

Gráfico 7 – Pessoal da cpc por idade

Ao longo do período em análise os trabalhadores do front office e alguns do back office beneficiaram de formação em iniciação bancária ministrada pelo Instituto de Formação Bancária de Moçambique. 5. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS O Resultado líquido apurado em 2011 é de 51.548,91 contos5.193.262,00 MT. O Conselho de Administração propõe a sua aplicação como abaixo de demonstra: Reserva Legal (20%).... 10.309,781.038,65 contos Incorporação no capital. 20.619,5611.038,65 contos

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Dividendos Totais.......... 20.619,5633.115,96 contos A parte dos lucros que se propõe a sua incorporação no capital (25% dos lucros distribuíveis) destinar-se-ia à cobertura das necessidades financeiras da implementação do plano estratégico 2012-2014. 6. PERSPECTIVAS PARA 2012 Na linha do que esta definido na proposta de plano estratégico para o triénio 2012-2014, a Administração da CPC continuará a direccionar a sua actividade no sentido de profissionalizar os serviços da instituição e melhorar o seu posicionamento no mercado, bem como enfrentar os desafios e limitações que se colocam no futuro. Nesta perspectiva, é um dado adquirido que o crédito é o principal activo da CPC, o qual garante a maior parte dos proveitos. Contudo a sua expansão está condicionada à capacidade de endividamento dos clientes, a qual, está chegando no limite. Sendo assim, espera-se que em 2012, se consolidem as acções previstas no plano estratégico 2012-2014, com destaque para as seguintes:

a) Lançamento definitivo da internet banking para todos segmentos de clientes da CPC;

b) Conclusão do processo de adesão à VISA, uma vez encontrado o parceiro (BCI);

c) Consolidação das medidas internas de gestão, nomeiadamente nas áreas de crédito, mercados, coordenação com as províncias;

d) Conclusão do processo de actualização do software de gestão de operações da CPC (Globus T24);

e) Iniciar divulgações no âmbito da adesão às boas práticas de governação corporativa, conforme preconizado no plano estratégico 2012-2014.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Conselho de Administração da CPC expressa a sua gratidão a todas as entidades colectivas e singulares que directa ou indirectamente contribuíram para o alcance destes objectivos, com destaque para:

a) A entidade Reguladora, o Banco de Moçambique, pelas valiosas recomendações emanadas em tempo oportuno;

b) À Mesa da Assembleia Geral e ao Conselho Fiscal, pela colaboração franca e aberta demonstrados em 2011;

c) Aos accionistas em geral, pelo apoio e

colaboração manifestados;

d) Aos provedores de serviços e parceiros estratégicos, pela disponibilidade e profissionalismo com que lidaram com a Administração;

e) Aos trabalhadores e colaboradores pelo

empenho demonstrado que tornou possível fecharmos o ano de 2011 com êxito.

Maputo, 10 de Março de 2012.

O Conselho de Administração Samuel Alberto Banze – Presidente Maria Angélica Costa – Administradora Emilio José Rungo – Administrador

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A Directora Executiva Luísa Tivane