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RELATÓRIO DE GESTÃO DA OUVIDORIA - GERAL DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ Período: de 19 de Agosto 2013 a 30 Junho de 2014. CURITIBA 2014

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RELATÓRIO DE GESTÃO DA OUVIDORIA - GERAL DA

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ

Período: de 19 de Agosto 2013 a 30 Junho de 2014.

CURITIBA

2014

2 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

Rua Cruz Machado, 58 – 1º andar – Centro – Curitiba – PR – CEP 80410-170 [email protected] – Fone: (41) 3219-7340

Agradeço á todas às pessoas que contribuíram com meu crescimento profissional,

espiritual e intelectual em especial ao meu grande amigo Joãozinho,

pelas palavras de sabedoria, pelo incentivo e por acreditar em mim e

principalmente por me fazer acreditar que é possível transformar a vida das pessoas.

Sabedoria do não saber

um homem, uma mulher, um cordeiro, uma árvore, uma pedra, uma porção de terra,

ou pequenas gotas d’água.

São elementos todos constituídos da mesma origem.

Não existe hierarquia, não existe domínio.

Na grande terra do senhor todos nós fazemos parte do mesmo universo.

Na grande terra do senhor todas as energias que tenham boa vontade

pertencem e são pertencidas pelo senhor.

Na grande terra do senhor não existe o melhor, mas sim o amor.

3 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

Rua Cruz Machado, 58 – 1º andar – Centro – Curitiba – PR – CEP 80410-170 [email protected] – Fone: (41) 3219-7340

Ouvidora-Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

Maria de Lourdes “Santa” de Souza

Equipe da Ouvidoria-Geral

Secretaria Executiva:

Jeisa Damaris Nogueira

Técnica Administrativa:

Mariana Bittencurt Oliveira (09/2013 – 06/2014)

Técnica Administrativa:

Kenny Nieradka (07/2014)

Conselho Consultivo da Ouvidoria-Geral

Alexandre Gosenheimer

Ana Raggio

Ariane Zamoazki

Cibelle Santos de Oliveira

Hilma de Lourdes Santos

Jaime Tadeu da Silva

Janaine Priscila Nunes dos Santos

Juliana Leite Ferreira Cabral

Leandro Franklin Gorsdorf

Lizely Roberta Borges

Luis Antonio de Oliveira Rosa

Maiara Bitencourt de Lima

Marcio Marins

Maria Tereza Cunha

Paulo Cesar Pedron

Renária Moura

Thiago Hoshino

4 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

Rua Cruz Machado, 58 – 1º andar – Centro – Curitiba – PR – CEP 80410-170 [email protected] – Fone: (41) 3219-7340

O POVO

Há no mundo uma raça de homens com instintos sagrados e luminosos, com divinas bondades do coração,

com uma inteligência serena e lúcida, com dedicações profundas, cheias de amor pelo trabalho e de adoração pelo bem,

que sofrem que se lamentam em vão. Estes homens são o Povo.

Estes homens estão sob o peso de calor e de sol, trazidos pelas chuvas, roídos de frio, descalços,

mal nutridos; lavram a terra, resolvem-na, gastam a sua vida, a sua força, para criar o pão, o alimento de todos. Estes são o Povo, e são os que nos alimentam. Estes homens vivem nas fábricas, pálidos, doentes,

sem família, sem doces noites, sem um olhar amigo que os console, sem ter o repouso do corpo e a expansão da alma e fabricam o linho,

o pano, a seda, os estofos. Estes homens são o Povo, e são os que nos vestem. Estes homens vivem debaixo das minas, sem o sol e as

doçuras consoladoras da Natureza, respiram mal, comendo pouco, sempre na Véspera da morte, rotos, sujos, curvados, e extraem o metal o mineiro, o cobre,

o ferro, e toda a matéria das indústrias. Estes homens são o povo, e são os que nos enriquecem.

Estes homens, nos tempos de lutas e crises, tomam as velhas armas da Pátria, e vão, dormindo mal,

com manchas terríveis, à neve, à chuva, ao frio, nos calores pesados, combater e morrer longe dos filhos e das mães,

sem ventura, esquecidos, para que nós conservemos o nosso descanso opulento. Estes homens são o Povo, e são os que nos defendem.

Estes homens formam as equipagens dos navios, são lenhadores, guardadores de gado, servos mal retribuídos e desprezados.

Estes homens são os que nos servem. E o mundo oficial, opulento, soberano,

o que faz a estes homens que o vestem, que o alimentam, que o enriquecem, que o defendem, que o servem?

Primeiro, despreza-os; não pensa neles, não vela por eles, trata-os como se tratam os bois; deixa-lhes apenas uma pequena porção dos seus trabalhos dolorosos;

não lhes melhora a sorte, cerca-os de obstáculos e de dificuldades; forma-lhes em redor uma servidão

que os prende e uma miséria que os esmaga; não lhes dá proteção; e, terrível coisa, não os instrui:

deixa-lhes morrer a alma. É por isso que os que têm coração e alma,

e amam a justiça, devem lutar e combater pelo Povo. E ainda que não sejam escutados,

têm na amizade dele uma consolação suprema.

Eça de Queiroz

5 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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Sumário

1. Apresentação .............................................................................................................................. 6

2. Contexto Histórico da Defensoria Pública .......................................................................... 7

2.1. Contextualização acerca da indicação do cargo de Ouvidora - Geral ..................................... 11

2.2. Discurso de Posse ................................................................................................................... 13

3. Inicio de Gestão ................................................................................................................18

3.1. Atendimento Ouvidoria Geral................................................................................................18

3.2. Atividades Internas.................................................................................................................19

3.3. Atuação da Ouvidoria.............................................................................................................19

3.4. Atuação junto as Defensorias das Cidades do interior do Estado e da região Metropolitana

de Curitiba......................................................................................................................................20

4. Relatório de Atividades........................................................................................................22

4.1. Manifestações ........................................................................................................................ 22

4.2. Tipos de Manifestações .......................................................................................................... 23

4.3. Encaminhamentos das Manifestações.................................................................................. 23

4.4. Tipos de Encaminhamentos................................................................................................... 24

4.5. Gênero................................................................................................................................... 25

5. Cronograma de Atividades.................................................................................................. 25

6. Resultados Obtidos............................................................................................................. 38

6.1. Demandas apresentadas........................................................................................................ 42

6.2. Recomendações..................................................................................................................... 43

7. Considerações Finais.................................................................................................................. 45

6 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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1. APRESENTAÇÃO

A Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná foi criada em 19 de agosto

de 2013, através da Lei Complementar 132/2009, com o intuito de promover e avaliar a

qualidade dos serviços prestados pela Instituição, buscando assim seu constante

aprimoramento. A fim de articular a comunicação entre a sociedade civil e a Defensoria

Pública, a Ouvidoria atua recebendo e processando as manifestações dos usuários/as

realizadas por meio dos diversos canais de diálogo disponibilizados.

De acordo com ata nº 01 de 14 de março de 2013 do Conselho Superior da Defensoria

Pública, deu-se início o processo de elaboração e encaminhamento das medidas e ações

necessárias para a efetiva constituição da Ouvidoria. Assim, o Conselho Superior Interino da

Defensoria Pública, por maioria de votos, deliberou a escolha de Maria de Lourdes “Santa” de

Souza para o cargo de Ouvidora Geral, após análise da lista tríplice encaminhada pelo

Conselho Permanente de Direitos Humanos do Paraná. Maria de Lourdes “Santa” de Souza

foi nomeada Ouvidora Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná no dia 08 de julho de

2013, tomando posse no dia 29 de julho de 2013 e entrando em conseguinte exercício no dia

19 de agosto de 2013.

A Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná desde então se propõe

enquanto órgão colaborador no fomento da melhoria dos serviços prestados, trabalhando em

prol da progressiva promoção da excelência no desenvolver das atividades de

responsabilidade da Defensoria Pública. No anseio de ampliar essa interlocução, através da

crítica construtiva pretende-se formular propostas que incitem mudanças e transformações nos

serviços devolvidos à população de um modo geral, visando sempre à eficiência.

O presente Relatório tem por finalidade apresentar um panorama das atividades

realizadas pela Ouvidoria Geral, bem como situá-la histórica e estruturalmente na composição

da Defensoria Pública do Estado do Paraná, relatando quais as principais demandas,

resultados e avaliações acerca do trabalho desenvolvido nesta instituição no período de 19 de

agosto de 2013 a 30 de junho de 2014.

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2. CONTEXTO HISTÓRICO DA DEFENSORIA PÚBLICA

Ao longo da história brasileira, houve diversas formas de assegurar a população

assistência jurídica gratuita tanto penal quanto civil, mas foi a partir da Lei Federal nº

1.060/1950, que no seu art. 4º, estabeleceu que "os poderes públicos, federal e estadual

concederão assistência judiciária aos necessitados nos termos da presente Lei".

Com a Constituição Federal de 1988, o país adotou um modelo de abrangência nacional

para organizar a provisão de tais serviços sob uma lógica público-estatal (Rocha, 2009). Além

de incorporar a legislação pregressa, ao estipular que "o Estado prestará assistência jurídica

integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos" (art. 5°, LXXIV), a

Constituição também estabeleceu a Defensoria Pública como "instituição essencial à função

jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus,

dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV" (CF, art. 134, sem destaques no original). Em

2004, a Emenda Constitucional n. 45 assegurou às defensorias públicas estaduais autonomia

"funcional" e "administrativa", dando-lhes tratamento equiparável ao da Magistratura e do

Ministério Público. (IPEA/PR).

Apesar da ousadia da Constituição de 1988 de instituir uma Defensoria Pública autônoma

e independente funcionalmente, o processo de implantação foi lento, tanto a nível Federal

quanto Estadual. Dessa forma, o Estado do Paraná foi o último a implantar a Defensoria

Pública.

Na década de 70, através da Procuradoria de Assistência Jurídica (PAJ), órgão ligado à

Procuradoria do Estado, interligada à Secretaria de Justiça, que o Paraná começou a atuar na

defesa e assistência gratuita à população carente. Contudo, somente a partir da década de 90,

através da Lei Complementar 55/91 que foi criado o cargo de Defensor Público. No ano de

2001 teve sua primeira sede na cidade de Curitiba, contando com 10 defensores para atender a

população de Curitiba. Em setembro de 2001, mais de 50 entidades representadas pela

sociedade civil participaram de uma Audiência Pública realizada em Londrina na presença da

Defensora Publica Geral. Nessa audiência, foi elaborado um documento reivindicando a

criação e organização da Defensoria Pública em Londrina, que foi entregue ao Secretário de

Justiça e presidente do COPEH. Neste mesmo ano o Conselho Permanente de Direitos

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Humanos promoveu e aprovou o primeiro Programa Estadual de Direitos Humanos do

Paraná, que conforme as Disposições Gerais no capitulo V menciona: “Institucionalizar e

ampliar a Defensoria Publica em todo o Estado do Paraná para atendimento gratuito á toda

a população necessitada”. A implementação e regulamentação da Defensoria Publica em

todas as conferências estaduais de direitos humanos do Paraná sempre foi tratada com

prioridade.

Em 2010, o Governador em exercício encaminhou o Projeto de Lei (PL) n° 439/2010 à

Assembléia Legislativa do Paraná (ALEP) para regulamentação do órgão. Porém, o PL não é

votado antes do fim das atividades legislativas daquele ano e acaba por ser retirado de pauta

no ano seguinte pelo Governador recém-eleito. Ainda assim, o cenário político era promissor,

a ex-Procuradora Geral de Justiça, Dra. Maria Tereza Uille Gomes, havia sido nomeada

Secretária de Estado da Justiça e tinha entre as metas da Secretaria a implementação do órgão.

Neste cenário, Professores da Universidade Federal do Estado do Paraná (UFPR), convidam

todos os interessados para uma reunião de articulação de onde nasce o movimento

“Defensoria Já!”, que congregava diversas entidades, com grande participação de estudantes e

professores, tendo ao lado do Diretório Acadêmico Clotário Portugal, entidade de

representação dos acadêmicos de Direito do Centro Universitário Curitiba, o Centro

Acadêmico Hugo Simas, do curso de Direito da UFPR, assim como o Centro Acadêmico de

Ciências Sociais e os professores daquela Instituição e do Diretório Central dos Estudantes da

Universidade Estadual de Londrina. Fizeram-se presentes ainda organizações não

governamentais do Paraná como a Terra de Direitos e o Instituto de Defesa de Direitos

Humanos (IDDEHA), e outras organizações da sociedade civil tais como a Comissão de

Direitos Humanos de Londrina, a APP – Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública

do Paraná, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Sem

Terra (MST), o Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Estaduais dos Serviços de

Saúde e Previdência do Paraná (SindSaúde), o Programa PróJovem da Vila Torres, a

Associação Nacional dos Defensores Públicos Estaduais (ANADEP), a Associação Nacional

dos Defensores Públicos Federais (ANADEF), a Comissão de Direitos Humanos da

Assembléia Legislativa do Paraná e representantes do Conselho Permanente de Direitos

Humanos dentre tantas outras que subscreveram o abaixo-assinado e manifestos publicados

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entorno de um único objeto: uma Defensoria Pública paranaense livre, autônoma e

independente.

Com a pressão social, a elaboração do Projeto de Lei foi conduzida pela Secretaria de

Justiça, sob a coordenação do Dr. Miguel Gualano de Godoy, de maneira democrática,

possibilitando a participação direta de representantes do movimento e da sociedade como um

todo em reuniões, audiências públicas e consultas públicas online. Mesmo com toda a

abertura dada, o projeto foi encaminhado à ALEP e aprovado em tempo recorde, sendo

sancionado pelo Governador em 19 de maio de 2011, dia Nacional do Defensor Público. O

resultado foi tido como a Lei Orgânica mais moderna e completa do país. Sendo assim, em

maio de 2011 o Governou deu posse aos dez defensores públicos que já atuavam na

defensoria, conforme art. 239 e 240 da lei complementar citada abaixo:

“Art. 239 É assegurado aos Defensores Públicos investidos na função até a data de instalação

da Assembléia Nacional Constituinte o direito de opção pela carreira, com a observância das

garantias e vedações previstas no artigo 134, parágrafo único da Constituição da República

Federativa do Brasil de 1988.

Art. 240 Será facultada opção, de forma irretratável, pela Carreira de Defensor Público do

Estado do Paraná, no prazo de até 30 (trinta) dias da promulgação desta Lei Complementar.

§ 1º A opção pela Carreira de Defensor Público do Estado do Paraná será efetuada

individualmente mediante assinatura de Termo de Opção de Carreira, devidamente instruído

com documentação nos termos do artigo 91 desta Lei Complementar, que deverá ser

protocolado na Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania do Estado do Paraná.

§ 2º O Termo de opção conterá declaração de que o optante está ciente de que a partir do

ingresso na carreira de Defensor Público, passa a estar sujeito integralmente à legislação que

rege a carreira, inclusive quanto à vedação ao exercício da advocacia privada.

§ 3º O Termo de Opção, bem como as informações funcionais pertinentes, deverão ser

encaminhadas pela Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania para a Secretaria de Estado

da Administração e Previdência, a qual deverá juntar os documentos pertinentes e, após,

encaminhar o Termo de Opção e demais documentos para a Procuradoria Geral do Estado do

Paraná a fim de que esta, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias, emita parecer sobre a

opção efetuada e encaminhe os documentos pertinentes ao Chefe do Poder Executivo do

Estado do Paraná.

§ 4º O Chefe do Poder Executivo do Estado do Paraná analisará individualmente as opções

efetuadas e apresentará sua decisão, no prazo improrrogável de 10 (dez) dias.”

Em 30 de setembro de 2013 assumiram 87 defensores no Estado do Paraná.

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Com a Lei Complementar 132/2009, que “Altera dispositivos da Lei Complementar

nº 80, de 12 de janeiro de 1994, que organiza a Defensoria Pública da União, do Distrito

Federal e dos Territórios e prescreve normas gerais para sua organização nos Estados, e da

Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, e dá outras providências”, institui-se também nessa lei

a Ouvidoria Geral da Defensoria pública que tem em seu art.105:

“Art. 105-A. A Ouvidoria-Geral é órgão auxiliar da Defensoria Pública do Estado, de

promoção da qualidade dos serviços prestados pela Instituição.

Parágrafo único”. A Ouvidoria-Geral contará com servidores da Defensoria Pública do

Estado e com a estrutura definida pelo Conselho Superior após proposta do Ouvidor-Geral.”

Art. 105-B. O Ouvidor-Geral será escolhido pelo Conselho Superior, dentre cidadãos de

reputação ilibada, não integrante da Carreira, indicados em lista tríplice formada pela

sociedade civil, para mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução.

§ 1º O Conselho Superior editará normas regulamentando a forma de elaboração da lista

tríplice.

§ 2º O Ouvidor-Geral será nomeado pelo Defensor Público-Geral do Estado.

§ 3º O cargo de Ouvidor-Geral será exercido em regime de dedicação exclusiva.

‘Art. 105-C. À Ouvidoria-Geral compete:

I – receber e encaminhar ao Corregedor-Geral representação contra membros e servidores da

Defensoria Pública do Estado, assegurada à defesa preliminar;

II – propor aos órgãos de administração superior da Defensoria Pública do Estado medidas e

ações que visem à consecução dos princípios institucionais e ao aperfeiçoamento dos serviços

prestados;

III – elaborar e divulgar relatório semestral de suas atividades, que conterá também as

medidas propostas aos órgãos competentes e a descrição dos resultados obtidos;

IV – participar, com direito a voz, do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado;

V – promover atividades de intercâmbio com a sociedade civil;

VI – estabelecer meios de comunicação direta entre a Defensoria Pública e a sociedade, para

receber sugestões e reclamações, adotando as providências pertinentes e informando o

resultado aos interessados;

VII – contribuir para a disseminação das formas de participação popular no acompanhamento

e na fiscalização da prestação dos serviços realizados pela Defensoria Pública;

11 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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VIII – manter contato permanente com os vários órgãos da Defensoria Pública do Estado,

estimulando-os a atuar em permanente sintonia com os direitos dos usuários;

IX – coordenar a realização de pesquisas periódicas e produzir estatísticas referentes ao índice

de satisfação dos usuários, divulgando os resultados.

Parágrafo único. As representações podem ser apresentadas por qualquer pessoa, inclusive

pelos próprios membros e servidores da Defensoria Pública do Estado, entidade ou órgão

público.

Art. 11. A Seção IV do Capítulo I do Título IV da Lei Complementar nº 80, de 12 de janeiro

de 1994, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 106-A.”

2.1. Contextualização acerca da indicação ao cargo de Ouvidora-Geral:

Através dos mecanismos de participação popular e democrática, surgiu na Defensoria

Publica Brasileira em 2009, por meio da lei Complementar Federal nº 132/09, um modelo

inédito de Ouvidoria no sistema de justiça, em que o Ouvidor-Geral seria escolhido pelo

Conselho Superior um cidadão de reputação ilibada, não integrante da carreira, indicado em

listra tríplice formada pela sociedade civil, para mandato de dois anos podendo ser

reconduzido.

A criação deste novo modelo de Ouvidoria, inserida em uma instituição jurídica,

caracteriza um inovador instrumento de manejo e participação social que potencialmente gera

um novo referencial não apenas para as Defensorias Publicas, mas para todo o Sistema de

Justiça, atendendo ao anseio a tempos consolidado pela população que luta por justiça e

política social para os empobrecidos. Uma das intenções da Ouvidoria é trabalhar sempre em

conjunto com os membros da própria Defensoria com a população em geral, na busca de

alternativas eficazes para que a prestação gratuita de assistência jurídica seja um caminho

possível de garantia de direitos e exercício da cidadania para todas as pessoas que dela

precisarem fazer uso. No entanto, desde 2009 dos Estados que tem Defensoria Pública

instalada, apenas nove contam hoje com uma Ouvidoria nos moldes da citada lei: Acre, Bahia,

Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Maranhão, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. O

Paraná apesar de ser um dos últimos estados a criar a defensoria, saiu na frente instituindo a

ouvidoria externa antes da nomeação dos defensores aprovados no primeiro concurso. Foi um

12 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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grande passo para a instituição, pois possibilitou aos usuários um meio de comunicação

direto.

No dia 03 de dezembro de 2012, em reunião ordinária realizada pelo Conselho

Permanente de Direitos Humanos sobre a indicação para o cargo de Ouvidor Geral da

Defensoria Pública, conforme citado na ata da reunião sobre a deliberação referente a

ouvidoria da defensoria publica do Paraná, segue trecho: “7º Ponto de Pauta da reunião do

COPED – Elaboração da Lista Tríplice para o Cargo de Ouvidor-Geral da Defensoria

Pública do Estado do Paraná, conforme art. 35, §1º da Lei Complementar 136, de 19 de maio

de 2011”.Ao adentrar este ponto de pauta, o Secretário Executivo do Conselho, Dr. José

Antônio Peres Gediel, cita a urgência da questão, uma vez que a mesma não foi sequer

discutida nas duas reuniões anteriores do COPED, muito embora tenha sido ponto de pauta.

Logo em seguida, antes de iniciar a votação, o Conselheiro Carlos Enrique Santana enaltece

o trabalho dos grupos que lutaram para a instalação da Defensoria. Contudo, aponta o fato

de não haver ainda um fundo de aparelhamento, tampouco número suficiente de vagas para

defensores. O Conselheiro Marino Galvão concorda, aproveitando a oportunidade para ler

uma publicação da Gazeta do Povo, que traz a relação número de Defensores X população

do Estado: “o Paraná, com 6,4 milhões de habitantes, contará com 197 Defensores (ainda

não empossados), ao passo em que o Rio Grande do Sul, com população similar, já tem 389

Defensores atuando”. Os demais Conselheiros expõem suas opiniões, que vão no mesmo

sentido, onde muito embora a Defensoria Pública do Estado já tenha atingido grande

avanço, ainda precisa evoluir bastante. Em relação à formação da lista tríplice, os

Conselheiros iniciam debate acerca da mais correta interpretação do texto normativo (art.

35, §1º). Após ampla discussão, o Conselho chegou à conclusão de que somente os

Conselheiros da Sociedade Civil presentes podem votar e ser votados. Sendo assim, os

Conselheiros Governamentais se ausentam da sala e a votação tem início, com a mediação

do Conselheiro Marino. Primeiramente, diante da indagação do mediador, os Conselheiros

Marino Galvão, Amauri Ferreira Lopes, Eva dos Santos Coelho, Clóvis Pereira e Maria

Arlete Ferreira da Silva dizem não estar dispostos a colocar seu nome sob votação. Deste

modo, restaram os seguintes nomes passíveis de voto: Carlos Enrique Santana, Maria de

Lourdes de Souza “Santa”, Márcio da Silveira Marins, Elisabete Subtil de Oliveira.Contudo,

13 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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o fato de esta última ser representante da OAB gera nova discussão, uma vez que, para

alguns Conselheiros a OAB é órgão governamental. Independente disto, a votação prossegue.

Restou que, após votação unânime, a lista tríplice ficou formada por: Carlos Enrique

Santana (representante do Centro de Estudos Políticos Culturais Chê Guevara de Londrina),

Maria de Lourdes de Souza “Santa” (representante da Associação Cultural Negritude e Ação

Popular) e Márcio da Silveira Marins (representante da Dom da Terra). Ademais, ficou

acertado que não há precedência entre os nomes indicados, inclusive constando por ordem

alfabética.

Ao término da reunião tal secretaria encaminhou a indicação dos três nomes para o

Conselho Superior da Defensoria Pública que conforme ata nº 01 de 14 de março de 2013 do

Conselho Superior da Defensoria Pública que delibera sobre o cargo de Ouvidor Geral.

O Conselho Superior por unanimidade escolheu a representante da Associação Cultural de

Negritude e Ação Popular para o cargo de Ouvidora Geral da Defensoria Pública do Paraná.

Sendo que em 08 de julho de 2013 conforme resolução Nº 057/2013 a Defensora Pública-

Geral do Estado do Paraná de acordo com o artigo 35, da Lei Complementar Estadual nº 136

de 19 de maio de 2011, nomeia Maria de Lourdes “Santa” de Souza para o cargo de

Ouvidora-Geral da Defensoria Pública, sendo empossada em 29 de julho de 2013 e entrando

em exercício dia 19 de agosto de 2013. Sendo que a Cerimônia de posse ocorreu na data de 27

de agosto de 2013 no Palácio das Araucárias contando com a presença de mais de 100 pessoas

representantes da sociedade civil para tal evento.

2.2. DISCURSO DE POSSE:

“BOA NOITE A TODOS E TODAS...

EM MEMÓRIA, QUERO AGRADECER AOS MEUS PAIS POR TUDO QUE

CONQUISTEI, OS QUAIS TENHO COMO EXEMPLO PARA MINHA

CAMINHADA.

QUERO AGRADECER:

14 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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À minha família, em nome da Malu, agradeço todos; e aos amigos da família,

a ACNAP - pela oportunidade de descobrir a beleza da minha negritude; aos meus

amigos e amigas que confiaram e acreditaram em mim;

Aos meus colegas do Conselho Permanente de Direitos Humanos; a todas as

mulheres que aqui estão presentes; aos movimentos sociais, sindicatos, estudantes;

vereador@s, deputad@s estaduais, aos meus colegas da comissão de vítimas e crimes

da OAB em nome do Sr. Fernando Sadok agradeço os demais;

Às minhas colegas da comissão de estudos de enfrentamento e violência de

gênero da OAB, em especial Sandra Lya, que tive a oportunidade de conhecê-la na

coordenação da CPMI- Comissão de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres;

Quero agradecer à Janaína, Damaris e ao Mathias da defensoria pública pela

dedicação com este evento em nome da defensoria publica;

Aos representantes do CAOP DH-COORDENADORIA de direitos humanos do

Ministério Público; à desembargadora Denise Kriguer pela presença representando o

tribunal de justiça e demais autoridades.

Esta mulher que está aqui hoje sabe muito bem o que é sofrer, entende muito

mais do que vocês possam imaginar as dificuldades que existem na nossa sociedade.

Aos cinco anos de idade fui morar na fronteira do Brasil com o Paraguai e

Argentina, denominados brasiguaios, meus pais estavam em busca de uma vida

melhor para a família. Sou de uma família de nove irmãos.

Meus irmãos mais velhos trabalhavam na roça e saiam de madrugada, minha

mão às 9h da manhã já com o almoço pronta para que eu e minha irmã pudéssemos

então levar as marmitas para eles, pois a caminhada era longa, mas tudo para mim

era uma aventura e diversão, afinal transformava aquela caminhada em passeio,

adorava brincar, brinquedo só os que eu mesma criava, transformava casca de

melancia em bonecas, sabugo de milho em carrinhos, fazia até sorvete! Nas noites

frias de geada, sem cobertores sem roupa para nos aquecer em uma casa de madeira

muito simples e cheia de buracos e chão batido, luz elétrica nem pensar somente o

brilho da lua.

Meu pai sempre preocupado pegava uma bacia de alumínio e colocava terra e

fazia então uma fogueira e ficava durante a noite mantendo a fogueira acesa para

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aquecer a casa. Enquanto isso eu torcendo para que caísse muita geada para que eu

pudesse ter a possibilidade de experimentar e conhecer um picolé. À noite pegávamos

um prato com um pouco de água e açúcar e outro com um pouco de leite e

colocávamos em cima da casa para que virasse picolé, na manha do dia seguinte

quando isso acontecia era uma festa nem tão pouco nos importávamos com o frio

afinal queríamos apenas brincar;

Meu pai um homem de muita sabedoria criava vários tipos de brinquedos e

passava horas e horas brincando conosco e nos ensinando a ler escrever e fazer

cálculo através da brincadeira; tão pouco me dava conta que faltava quase tudo, mas

o mais importante não faltava que era carinho e amor;

Aos oito anos de idade fui pela primeira vez para a escola aprendera ler e

escrever no Paraguai, as coisas começaram a ficar difíceis e então viemos embora

para Curitiba e logo em seguida fomos morar em Itapoá Santa Catarina.

Aos nove anos fui para a escola já no Brasil já em Itapoá. Aos 12 anos de

idade vim para Curitiba ser empregada doméstica, voltei para casa, pois a vida foi

muito difícil. Aos 13 anos vim definitivamente para Curitiba novamente como

empregada doméstica e fui estudar para concluir o segundo grau.

Trabalhei em várias fábricas como auxiliar de produção e de costureira muito

tempo, fui trabalhar como secretária em um colégio particular e decidi fazer uma

faculdade optei pelo curso de pedagogia. Antes de entrar na faculdade eu pensava que

faculdade era um lugar para fabricar doutores.

Em 1996 iniciei minha luta em defesa da população negra sendo diretora da

ACNAP – e na luta pela defesa da comunidade Quilombola Paiol de Telha. Em 1999

indicada pelo movimento negro de Curitiba fui nomeada assessora política do

deputado federal Dr. Rosinha. Em 1999 fui indicada para fazer parte da coordenação

do no Fórum Paranaense de Direitos Humanos do estado do Paraná. Em 2001 fomos

empossados como conselheiros do COPEDH- Conselho Permanente de Direitos

Humanos do Paraná, uma vitória para o estado quero citar alguns dos conselheiros

que fizeram parte da primeira gestão deste conselho pela importância e respeito que

tenho por eles na luta pela defesa dos direitos Humanos no

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Paraná que muito aprendi: DARCY FRIGO, PAULO CESAR PEDRON, LUIS

NASCIMENTO LIMA, LUIZ EDGAR CHRISTI, NARCISO PIRES, DR OLIMPYO,

TONY REIS, MARCOS FOWLER, ALBERTO WAGNER, MARIA BENILDES, JAIRA

POLY e JOSIANE FRUET LUPION.

Havia uma demanda muito grande de denúncias referente à violação de

direitos humanos dos trabalhadores Sem Terra, violência contra torcedor de futebol,

manifestação de Sindicatos, Rafael Zanella estudante assassinado por militares;

jovem negro Carlos Adilson Siqueira assassinado por skinheads, violência policial

contra os trabalhadores em educação, contra o poder judiciário, contra os

caminhoneiros, assassinatos de travestis que assustadoramente só aumentou ao longo

dos anos, violência contra ciganos e muitos outros casos.

O COPEDH realizou várias conferências municipais em todo o estado para

construir o programa estadual de direitos humanos Ponta Grossa; Pato Branco;

Londrina; Maringá; Foz do Iguaçu e Curitiba para elaboração do Programa

Estadual de Direitos Humanos do Paraná. A DEFENSORIA PÚBLICA SEMPRE FOI

PAUTA CONSTANTE DOS NOSSOS DEBATES em 12 de setembro de 2001 em

audiência publica realizada em Londrina com a presença de 54 entidades

representadas coma presença da defensora Geral e a vereadores, foi elaborado um

documento e entregue para o secretário de justiça da época reivindicando a

organização da defensoria em Londrina.

Participei representado o Fórum Paranaense de Direitos Humanos no

Tribunal Internacional Contra os Crimes do Latifúndio, devido ao grande índice de

violação de Direitos Humanos no campo;

Em 2002 realizamos a audiência pública em Almirante Tamandaré divisa com

Rio Branco do Sul, onde mais de 20 mulheres foram assassinadas em um curto tempo

de 2 anos; estive por diversas vezes acompanhando familiares de vítimas inclusive

com escolta policial devido ameaças;

Fui coordenadora do 1ª Seminário em Defesa da Vida Contra o Racismo e a

violência Policial no Paraná;

Colaborei com vários encontros estaduais Municipais do Movimento Hip-Hop

em Curitiba e no estado do Paraná;

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Coordenei por algum tempo o Centro de Direitos Humanos e amigos e

familiares dos encarcerados;

Fundadora do Programa de Proteção a Vitimas e Testemunhas de Pessoas

Ameaçadas, importante espaço para que possamos garantir a integridade física e

moral das pessoas, haja visto o que aconteceu em Colombo, posso falar por que

acompanha o programa desde sua fundação tanto fazendo parte do conselho

deliberativo quanto encaminhando denuncias para o conselho;

Fiz uma denuncia de irregularidades dentro do IML, denuncias que não fora a

publico, pois o que eu não sabia o tamanho do risco que corria, famílias vitimas de

golpes de seguro, e que me renderam algumas noites sem dormir, mas o princípio da

Justiça fora mais forte;

Em 2008 no dia 18 de julho quilombolas da comunidade de Doutor Ulisses

tiveram suas casas queimadas por jagunços na calada da noite enquanto cantavam e

tocava violão na cozinha uns grupos de homens encapuzados atearam fogos para

queimá-los; e lá estava eu; sem medo;

Eu poderia ficar horas relatando casos de violência, discriminação,

desrespeito que ao longo da minha trajetória que estive presente e acompanhei muitas

questões de violação: audiência pública em Londrina em 2004 assassinato de

crianças e adolescente recebemos uma lista do conselho tutelar com mais de 80

crianças sob ameaças de morte; além da morte de Rafael Bezzerra filho do meu

grande amigo Zequinha, que morreu sem ver os culpados serem julgados;

Denúncia de tortura no Centro de triagem em São José dos Pinhais;

Denúncia de tortura do menino Esmael aqui em Curitiba no bairro Uberaba,

assassinato da menina Tayná em Colombo região metropolitana de Curitiba;

Fiz questão de citar alguns casos aqui para dizer que:

“ESTA MULHER QUE AQUI ESTÁ É A SOMA DE TODAS AS HISTÓRIAS.

TEMOS QUE CRIAR CONDIÇÕES PARA TODOS LUTAREM,

RECONHECER, CONTRIBUIR PARA CONSTRUIR JUNTOS POR UMA

DEFENSORIA PÚBLICA PARA O POVO PARANAENSE.

UMA DEFENSORIA COM CREDIBILIDADE;

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UMA DEFENSORIA COM RESPONSABILIDADE;

UMA DEFENSORIA COM RESPEITO;

UMA DEFENSORIA COM ESTRUTURA;

DEFENSORIA NÃO TEM PARTIDO;

DEFENSORIA É DO POVO;

A OUVIDORIA ESTARÁ ABERTA PARA QUE TODOS E TODAS POSSAM

CONTRIBUIR, PARA QUE JUNTOS POSSAMOS TRANFORMAR A VIDA DAS

PESSOAS.”

3. INÍCIO DA GESTÃO

No dia 1º de abril de 2013 houve a nomeação de 54 servidores, agentes profissionais do

quadro administrativo para assumir a defensoria publica. Em seguida, no dia 19 de agosto

houve a nomeação da Ouvidora Geral e a partir desse momento foi criada a Ouvidoria e sua

estrutura. A fim de se inteirar melhor do funcionamento da Defensoria Pública, era

fundamental compreender como funcionava a estrutura da Defensoria e o atendimento ao

público, bem como quem eram os assessores que faziam este atendimento. Neste sentido,

como primeira ação, a Ouvidora destinou-se a conhecer a estrutura da Ouvidoria da

Defensoria Pública do Estado de São Paulo para que fosse possível compreender como

funcionava uma Ouvidoria. Promovemos posteriormente uma reunião com a equipe do

atendimento, de comunicação e assistentes sociais.

3.1. Atendimento na Ouvidoria Geral

Ao passo em que a Ouvidoria Geral ia tomando corpo legalmente, fazia-se necessário

corporificá-la fisicamente também, buscamos encontrar uma sala para instalar a Ouvidoria

Geral no 3º andar da antiga sede localizada na Rua Alameda Cabral, 184 – Centro –

Curitiba/PR. A estrutura do local era um tanto inadequada.

Para iniciar o atendimento da Ouvidoria foi elaborado um formulário que pudesse

constar informações do usuário com um número de protocolo que registrasse a manifestação e

ter uma cópia sobre o relato. Em outubro de 2013 foram nomeados e empossados 87 novos

defensores para atender parcialmente o Estado do Paraná.

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A Defensoria Pública contava então com 150 Assessores de Estabelecimento Penal,

contratados sob processo seletivo simplificado, os quais atuaram até outubro de 2013, quando

houve a entrada dos defensores públicos e saída dos assessores de estabelecimento penal.

Com a nomeação dos 87 defensores em outubro de 2013, a Ouvidoria passou então a informar

os usuários que a partir de novembro de 2013 os defensores públicos passariam a dar

continuidade nos trabalhos dos 10 defensores e assessores que já atuavam na instituição,

expandindo a quantidade de atendimentos procurando melhorar os serviços prestados.

Em janeiro de 2014 iniciamos os trabalhos em uma nova sede, situada na Rua Cruz

Machado, 58 – centro – Curitiba/PR e com uma nova proposta de atendimento, com uma

estrutura mais adequada, e com um número muito maior de membros e servidores.

3.2. Atividades Internas

A Ouvidoria promoveu constantes reuniões para aprimorar o fluxo das informações e

melhorar os procedimentos, tais como:

Reunião com a Gestão de Comunicação e Marketing;

Reunião com a Coordenação Geral de Administração;

Reunião com a Celepar - Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do

Paraná para desenvolvimento do Site;

Reunião com CGE (Controladoria Geral do Estado) para implantação do Sistema

Integrado de Gestão de Ouvidoria – SIGO;

Reunião com a equipe do Centro de Atendimento Multidisciplinar - CAM;

3.3. Atuação Da Ouvidoria

De acordo com o artigo 36 da lei orgânica que estabelece a competência da Ouvidoria

dizendo que a Ouvidoria é órgão externo da Defensoria Pública devendo participar da gestão

e fiscalização da instituição e de seus membros e servidores, bem como receber denúncias,

reclamações, sugestões, elogios e informação dos membros e usuários da instituição.

Propondo aos órgãos da administração superior da Defensoria Pública medidas e ações que

visem à realização dos princípios institucionais ao aperfeiçoamento dos serviços prestados,

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além de promover atividades de intercâmbio com a sociedade civil; estabelecendo meios de

comunicação direta entre esta e a Defensoria Pública e elaborando e divulgando relatórios das

atividades que conterá as medidas propostas aos órgãos.

A Ouvidora atua também em diversos espaços de interação com a sociedade civil,

debatendo e apresentando propostas sobre o papel da Defensoria Pública tais como:

Conselho Superior da Defensoria Pública, sendo que as reuniões são quinzenais, a

ouvidora conforme lei tem direito a voz somente, este é o espaço onde as deliberações

acontecem sobre a estruturação e organização da Defensoria, além de apresentar as

demandas surgidas na ouvidoria, propor melhora dos serviços;

Reunião semanal com a equipe da Ouvidoria, para analisar as questões ocorridas na

semana e planejar a semana seguinte, este momento também é um momento de

formação e informação;

Participação no Conselho de Permanente de Direitos Humanos, as reuniões são uma

vez por mês, sendo que é um o Conselho que delibera sobre a lista tríplice da

Ouvidoria e onde se debate e apresenta as grandes questões de discussão acerca do das

violações de direitos humanos apresentados no estado, o conselho tem forte atuação

para o combate a violação de direitos humanos no Paraná;

Participa como consultora de políticas públicas na Comissão de estudo Sobre

Violência de Gênero, as reuniões são mensais, tem um papel importantíssimo para

apresentar dados e políticas públicas para as mulheres vítimas de violência no estado

do Paraná;

Participa como ouvinte do Provita - Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas

de Pessoas Ameaçadas, sendo que as reuniões são mensais, o objetivo é garantir a

proteção de pessoas ameaçadas de morte a qual é fundadora do Programa;

Participa da Diretoria da Associação Cultural de Negritude e Ação Popular ACNAP-

onde debates e propostas são apresentados acerca da questão étnico-racial.

3.4. Atuação junto as Defensorias das cidades interior do estado e da região

metropolitana de Curitiba

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Neste início de gestão a ouvidoria não conseguiu se fazer presente nas sedes da

Defensoria Pública do interior, e algumas da região Metropolitana, sendo este o seu maior

desafio, para este próximo semestre. Não foi estabelecida nenhuma forma de comunicação

nem tampouco meios para que os usuários pudessem se manifestar, para tanto para este

próximo semestre a ouvidoria em seu planejamento deverá priorizar a comunicação com os

usuários do interior e Região Metropolitana. A Ouvidora esteve presente somente em algumas

sedes da Defensoria Pública da Região Metropolitana como: Colombo, Fazenda Rio Grande,

São José dos Pinhais, Pinhais, Piraquara e Paranaguá.

A Defensoria Publica conta com as seguintes sedes:

REGIÃO METROPOLITANA

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Almirante Tamandaré

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Campina Grande do Sul

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Colombo

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Fazenda Rio Grande

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Pinhais

Defensoria Pública do Estado do Paraná em São José dos Pinhais

LITORAL

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Guaratuba

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Matinhos

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Paranaguá

REGIÃO CENTRO-ORIENTAL

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Castro

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Ponta Grossa

REGIÃO CENTRO-SUL

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Guarapuava

REGIÃO NOROESTE

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Cianorte

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REGIÃO NORTE CENTRAL

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Londrina

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Maringá

REGIÃO OESTE

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Cascavel

Defensoria Pública do Estado do Paraná em Foz do Iguaçu

4. RELATÓRIO DE ATIVIDADES

Os gráficos a seguir apresentam em dados as informações acerca dos atendimentos

prestados.

4.1. Manifestações:

Nesses 10 meses de atuação, chegou até a Ouvidoria um total de 318 manifestações de

usuários que procuraram nosso serviço, sendo que destes foram: 249 pessoas que estiveram

pessoalmente na Ouvidoria; 40 pessoas que ligaram para Ouvidoria; 17 manifestações por

correio eletrônico e 12 por caixinha de sugestão, sendo esta apenas uma caixa que fica na sede

central de Curitiba no atendimento.

78%

13% 5% 4%

Manifestações

PRESENCIAL: 249

TELEFONE: 40

INTERNET: 17

CAIXA DE SUGESTÃO:12

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4.2. Tipos de Manifestações: ATÉ FINAL DE JUNHO 2014

O gráfico abaixo demonstra que o maior número de manifestações foram reclamações,

estas reclamações estão relacionadas à falta de senha, falta de informação para o usuário,

prioridade no atendimento ao idoso, falta de esclarecimento por parte dos estagiários ao

atender os usuários, ausência de um numero de telefone no site da ouvidoria além das 39

denegações que estão classificadas também como reclamação, elas ocorreram devido ao novo

procedimento que foi adotado na defensoria para estipular prioridades no atendimento,

analisando que o numero de defensores aprovados no primeiro concurso não foi preenchido,

para priorizar o atendimento referente às maiores necessidades foi decidido deixar de fora

algumas situações.

4.3. Encaminhamentos das Manifestações:

O gráfico abaixo apresenta quais foram às formas de atendimentos feitas pela

ouvidoria no período que corresponde de 19 de agosto de 2013 a 30 de junho de 2014, desses

atendimentos: 318 foram manifestações, 297 encaminhados e tratados de forma a dar uma

resposta para os usuários, esse alto número evidência a efetividade na tratativa das

solicitações realizadas pelos usuários.

61%

23%

3% 2%

7%

3% 1%

TIPOS DE MANIFESTAÇÕES Reclamações: 220 (39 são denegações) Solicitação de ecncaminhamentos: 84 Elogios: 12

Denúncias: 07

Solicitação de esclarecimento: 25 Sugestão: 09

Pedido de atendimento: 03

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4.4. Tipos de Encaminhamentos:

Nesse gráfico constam os encaminhamentos dados às manifestações, cada manifestação é

direcionada e tratada junto à área correspondente de um total de 119 memorandos

encaminhados, sendo que, 26 foram para o atendimento, 08 para o chefe de gabinete, 25 para

a área civil, 04 para a Corregedoria, 02 para o Conselho Superior, 01 para a Curadoria, 01

para o criminal, 02 para a execução penal, 44 para a família, 05 para a Defensora Geral e 01

para a Escola de Formação.

94%

1% 2%

3% 1%

ATENDIMENTOS Encaminhados: 297

Aguardando respostas de memorando: 01

Para encaminhar: 06

Sem resposta definida (pendente): 10

Aguardando deliberação do conselho superior: 04

22%

7%

21%

3% 2% 1%

1% 2%

37%

4% 1%

MEMORANDOS ENCAMINHADOS Atendimento: 26

Chefe de gabinete:08

Atendimento área civil: 25

Corregedoria: 04

Conselho superior defensoria publica: 02 Curadoria: 01

Criminal: 01

Execução penal: 02

Família: 44

Defensora-Geral: 05

Edepar: 01 Total de memorandos

encaminhados: 119

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4.5. Gênero:

Dos 318 usuários que procuraram a Ouvidoria, as mulheres foram as que mais efetuaram

manifestações, seguido dos homens e um pequeno número de usuários não declararam seu

gênero.

5. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ANO DE 2013:

08/07/2013 – Nomeação da Ouvidora-Geral da Defensoria Pública do Paraná, Santa de Souza

e Josiane Fruet;

29/07/2013 – Assinatura do termo de posse da Ouvidora-Geral;

19/08/2013 – Entrando em exercício como ouvidora;

24/08/2013 – Participação da Mobilização do Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres

na Praça Santos Andrade;

64%

32%

4%

GÊNERO

Mulheres: 203

Homens: 103

Não declarado: 12

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27/08/2013 – Cerimônia de Posse Ouvidora-Geral Maria de Lourdes "Santa" de Souza.

Realizada no Palácio das Araucárias, a cerimônia contou com a presença da defensora

pública-geral do Estado, Josiane Lupion, do subdefensor geral, Osni Batista Padilha, do

corregedor geral da Defensoria, Sérgio Parigot de Souza, da desembargadora do Tribunal de

Justiça do Paraná, Denise Krüger Pereira, da subprocuradora geral de Justiça (MP/PR), Samia

Saad Bonavides, do procurador Olimpio de Sá Sotto Maior, e da diretora adjunta do

Departamento de Direitos Humanos e Cidadania (DEDIHC) da Secretaria da Justiça,

Cidadania e Direitos Humanos (SEJU), Regina Bley, além de deputados estaduais,

vereadores, representantes de diversas entidades ligadas à defesa dos Direitos Humanos,

movimentos sociais, movimentos sindicais e movimento negro e parentes e amigos da

ouvidora;

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29/08/2013 – Palestra na III Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial Tema:

"Democracia e desenvolvimento sem racismo: por um Brasil afirmativo";

12/09/2013 - Reunião com o Ouvidor-geral do Ministério Público Estadual, Antônio Cesar

Cioffi de Moura, o objetivo foi informações acerca do funcionamento da ouvidoria.

26/09/2013 – Visita de trabalho à Ouvidoria da Defensoria de São Paulo juntamente com a

defensora ainda não empossada Thaísa Oliveira dos Santos, que foi aprovada no I Concurso

para Defensores do Paraná. Foram recebidas pela Ouvidora Luciana Zaffalon e equipe;

27/09/2013- Participação na Reunião do Conselho Superior da Defensoria Pública de São

Paulo;

30/09/2013 – Participação na primeira reunião ordinária do Conselho Superior para primeira

eleição para o cargo de Defensor Público-Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná;

30/09/2013 – Primeira ação da Ouvidoria, reunião com o Grupo de Trabalho de Inclusão

Social (GTIS) sobre a população em situação de rua para debater uma proposta de

atendimento da população de rua com a Defensoria Pública;

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15/10/2013 – Posse da defensora público-geral do Estado, Josiane Fruet Bettini Lupion, no

Palácio Iguaçu, na ocasião a Ouvidora proferiu discurso. Neste mesmo dia o Governo nomeou

os 87 defensores aprovados no primeiro concurso de defensor público estadual;

25/10/2013 – 1º Reunião da Ouvidoria com algumas lideranças dos Movimentos Sociais para

debater sobre as ações da ouvidoria;

29/10-2013 – Inauguração do Centro de Referencia de Direitos Humanos no Município de

Pinhais;

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29/10/2013 – 87 A Ouvidora recepciona os novos defensores que assinam termo de posse na

sede nova da Defensoria;

30/10/2013 - Participação da Cerimônia de posse dos defensores no Salão Nobre do Palácio

Iguaçu com a presença do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo;

03/11/2013 – Palestra no Curso de Formação dos novos defensores sobre o papel e atribuições

da Ouvidoria;

09/11/2013 – Participação da Manifestação pelo fim da violência contra as mulheres na Rua

XV de Curitiba PR;

22/11/2013 – Participação na Audiência pública na Câmara de Vereadores Curitiba - Tema:

Construção da igualdade racial na perspectiva de gênero, saúde, educação, trabalho e cultura;

25/11/2013 – Cerimônia de posse dos Defensores Públicos na Federação das Indústrias do

Paraná;

29/11/2013 – 1º reunião do Conselho Superior da DPPR com a nova gestão de defensores

eleitos;

29/11/2013 - Posse Popular dos defensores na UFPR- Universidade Federal do Paraná –

“DEFENSORIA PÚBLICA AMIGA DO POVO”;

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04/12/2013 – Participação na reunião do Conselho Permanente de Direitos Humanos do

Paraná com a participação de defensores públicos;

05/12/2013 – Palestra sobre Combate ao racismo para os trabalhadores dos Correios na sede

central dos correios em Curitiba;

06/12/2013 – Reunião com o movimento dos pescadores e pescadoras do litoral do Paraná e

pescadores e pescadoras artesanais do Brasil - Ilha de Superagui. Presença da Ouvidoria e dos

defensores de Paranaguá;

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16/12/2013 – Participação na reunião da Comissão de Vítimas e Crimes e Segurança pública

da OAB;

ANO DE 2014:

14/01/14 – Reunião da Ouvidoria Santa de Souza; Thaísa Oliveira - presidente da Associação

dos Defensores Públicos do PR, Andréa Miranda - coordenadora da Escola de Formação dos

Defensores, a Ouvidora Santa de Souza e Paulo Cezar Pedron - Presidente do Instituto de

Defesa dos Direitos Humanos IDDEHA. Objetivo: debater proposta para a semana de

defensores além de propor um projeto para a Defensoria Pública sobre violência contra as

mulheres;

21/01/2014 – Participação na primeira atuação dos defensores no Tribunal do Júri, com a

presidenta da Associação dos Defensores;

21/01/2014 – A Ouvidoria promove a segunda reunião com as lideranças dos Movimentos

Sociais para debater a Ouvidoria da Defensoria Pública do PR;

28/02/2014 – Reunião com as representantes da OAB para definir o termo de cooperação

entre a Defensoria Pública do Paraná e Ordem dos Advogados do Brasil na estrutura da Casa

da Mulher Brasileira;

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30/01/2014 – Reunião com a defensora geral e o Movimento População em Situação de Rua

na Defensoria Pública (objetivo propor atuação da Defensoria Pública com a população de rua

conforme sugerido pela Ouvidoria);

23/01/14 – Participação na reunião da Comissão Executiva da Câmara Técnica de Gestão

Estadual do Pacto Nacional pelo Enfrentamento de Violência contra Mulher, a Defensoria

Pública apresentou o fluxograma de atendimento no projeto da casa da mulher brasileira;

17 e 18/02/2014 – Reunião em Curitiba com a ouvidora Luciana Zaffalon da Defensoria

Pública de São Paulo. Luciana esteve na Ouvidoria para assessorar Santa sobre procedimento

de atendimento bem como fluxo da Ouvidoria;

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07/03/2014 – I Seminário Mulheres em Ação. O evento lembra a data de luta pelos direitos

das mulheres. O evento foi promovido pela Associação dos Defensores Públicos do Paraná -

ADEPAR, Ouvidoria Geral, Grupo de Trabalho, Estudos de Promoção e Defesa dos Direitos

das Mulheres – GTE;

08/03/2014 – Participação no lançamento da Patrulha Maria da Penha com a coordenadora da

Patrulha Maria da Penha do Rio Grande do Sul, Nádia Gerhard. E participação nas atividades

de rua em comemoração ao dia internacional das mulheres com a Marcha Mundial das

Mulheres. “Seguiremos em Marcha até que sejamos livres”;

10/03/2014 – A Ouvidora e o Grupo de Trabalho, Estudos de Promoção e Defesa dos Direitos

das Mulheres visitam a Delegacia da Mulher com objetivo de estabelecer relação de parceria

para encaminhamento das mulheres vítimas de violência;

34 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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11/03/2014 – Palestra na Sede dos Correios para expor sobre o papel da Ouvidoria e a

Defensoria Pública além de falar sobre as mulheres vítimas de violência;

12/03/2014 – Reunião para discutir o fluxo de atendimento na Defensoria Pública do Paraná

para às mulheres vítimas de violência. Participaram os defensores de Família Natália

Stephane e Diego Cantoário, a ouvidora Santa de Souza, a coordenadora do Centro de

Atendimento Multidisciplinar da DPPR - defensora Paula Grein Del Santoro, Eunícia Lohn -

coordenadora do Centro de Referência de Enfrentamento de Violência Contra Mulher e

Regina Bley - Secretária Adjunta da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos;

17 e 18/03/2014 – Reunião do Colégio de Ouvidorias das Defensorias Públicas do Brasil na

sede da Defensoria Pública do PR em Curitiba, com a presença dos ouvidores: Ana Virgínia

Ferreira Carmo (Ouvidora-Geral da Defensoria Pública do Ceará), Bruno Pinto de Freitas

(Ouvidor-Geral da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul), Luciana Zaffalon (Ouvidora-

35 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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Geral da Defensoria Pública de São Paulo), Maria de Lourdes “Santa” de Souza (Ouvidora-

Geral da Defensoria Pública do Paraná), Núbia Fernanda Greve de Musis (Ouvidora-Geral da

Defensoria Pública do Acre), Paulo Lemos (Ouvidor-Geral da Defensoria Pública do Mato

Grosso), Tania Maria Gonsalves Palma Santana (Ouvidora-Geral da Defensoria Pública da

Bahia);

27/03/2014 – Visita à sede da Defensoria Pública de Colombo, região Metropolitana de

Curitiba;

10/04/2014 – Visita à sede da Defensoria Pública de Fazenda Rio Grande,região

Metropolitana de Curitiba;

24/04/2014 – Participação da inauguração da sede da Defensoria Pública em São José dos

Pinhais;

28/04/2014 – Visita à sede da Defensoria Pública de Piraquara, região Metropolitana de

Curitiba;

28/04/2014 – Visita à sede da Defensoria Pública de Pinhais, região Metropolitana de

Curitiba;

07/05/2014 – Participação no Lançamento do Fórum Estadual da População em Situação de

Rua do Estado do Paraná, no auditório da Procuradoria do Trabalho da 9ª Região;

12/05 – Participação representando o Colégio de Ouvidorias no Prêmio Justiça Para Todos em

São Paulo no “VI Prêmio Justiça para Todas e Todos – Josephina Bacariça”, iniciativa da

Ouvidoria da Defensoria Pública de São Paulo promovida desde 2008 para reconhecer

atuações da Defensoria que contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e

igualitária e para a desburocratização e melhoria do acesso à justiça. O Prêmio conta com três

36 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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categorias: Defensora ou Defensor, Servidora ou Servidor e Órgão da instituição. As

Premiadas e os Premiados foram escolhidos pelo Conselho Consultivo da Ouvidoria-Geral,

que é composto por pessoas externas à instituição;

17/05/2014 – Participação no Seminário Sobre Políticas Públicas para a População em

situação de Rua, evento promovido pela Escola da Defensoria Pública do Estado do Paraná

(EDEPAR) e o Grupo d e Trabalho de Direitos Humanos (GTDH);

27/05/2014 – Terceira reunião com o movimento social realizada pela Ouvidoria com a

Sociedade Civil e a defensora Paula e o coordenador Mathias para debater a Ouvidoria e a

Defensoria Pública. Foi criado um grupo de trabalho para elaborar um planejamento das

próximas ações;

37 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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15/05/2014–Participação na Posse da nova Diretoria do CRESS – Conselho Regional de

Serviço Social;

21/05/2014 – Visita na Fundação de Ação Social/FAS para conhecer a estrutura dos serviços

oferecidos pela instituição no município de Curitiba. Foi recebida pela presidente Marcia

Fruet e pela diretora de Proteção Social Especial Daraci Rosa dos Santos;

23/05/2014 – Participação na Assembléia Geral extraordinária para indicação dos

representantes da sociedade civil na composição do Conselho Estadual de Promoção da

Igualdade Racial – CONSEPIR;

28/05/2014 – Participação no Congresso Nacional da População em Situação de rua,

representantes do Movimento Nacional de População de Rua do Brasil todo reunidos para

troca de experiências e elaboração de propostas para que os moradores de rua possam ser

tratados com respeito e dignidade;

03/06/2014 – Dia histórico para Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná.

Foi constituído o CONSELHO CONSULTIVO da Ouvidoria com mais de 17 organizações

representadas;

06/06/2014 – Reunião com o Ouvidor Nacional da Secretaria Nacional de Direitos Humanos -

representantes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República estiveram em

Curitiba para apresentar o plano de mobilização da rede nacional de promoção e defesa dos

38 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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Direitos Humanos com foco nas populações de maior vulnerabilidade, antes e durante a Copa

do Mundo 2014;

06/06/2014 – A Ouvidoria juntamente com a Defensoria promoveu uma campanha de

agasalho com o intuito de levar proteção e conforto às pessoas em situação de vulnerabilidade

social, bem como fortalecer o espírito de solidariedade entre seus colaboradores;

07/06/2014 – Participação e colaboração na Conferência Estadual Temática de Direitos

Humanos para eleição dos novos conselheiros do Conselho Permanente de Direitos Humanos

- Gestão 2014/2015. Foi um momento de ampla participação da sociedade civil visando

garantir o debate sobre Direitos Humanos no estado;

6. RESULTADOS OBTIDOS

Pouco menos um ano de gestão, a Ouvidoria Geral já conseguiu realizar diversas ações

das quais competem podemos citar:

A estruturação física e organizacional da Ouvidoria;

Elaboração do formulário para expressão do usuário;

Produção de material de divulgação do serviço da Ouvidoria;

Criação do site e página no Facebook;

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Promoveu o debate acerca do público que seria considerado prioritário para ser

atendido em uma Defensoria Pública, pois de acordo com nosso entendimento esse

deveria ser a população de rua devido à sua vulnerabilidade, a população de rua

deveria ser atendida, tendo em vista suas especificidades. Sendo assim, realizamos

então uma reunião com lideranças que pautam a questão da população em situação

de rua em um momento o qual ainda não se encontrava no corpo docente os

defensores. Com a nomeação dos primeiros defensores a Defensoria a pedido da

Ouvidoria estabeleceu um canal direto de atendimento a este público, que hoje é

considerado prioritário;

Procurou estabelecer diálogos com órgãos como a Ordem dos advogados do

Brasil, para criar um fluxo de atendimento às mulheres vítimas de violência no

projeto da Casa da Mulher Brasileira. Em conjunto com o grupo de Trabalho que

discute sobre o tema, foram realizadas visitas à delegacia da mulher visando

assegurar os direitos dessas cidadãs enquanto casos prioritários nesta Defensoria.

A Ouvidoria junto à Associação dos Defensores promoveu o “I Seminários

Mulheres em Ação”, marcando o dia 08 de março, dia internacional das mulheres,

e propondo o evento no calendário permanente;

Possui papel fundamental nas reuniões do Conselho Permanente de Direitos

Humanos que estabelece um canal direto com as lideranças do estado do Paraná

onde o debate sobre violação de direitos humanos são os que mais aparecem e são

promovidas ações que fortalecem o papel da Defensoria Pública bem como da

Ouvidoria;

Funcionam como ponte ao encaminhar até outros órgãos o tema sobre a

Defensoria Pública com a realização de palestras para movimentos dos

trabalhadores dos correios, lideranças do movimento negro, mulheres e outros. A

ouvidoria também teve importante atuação na luta pelos pescadores em Superagui,

onde atualmente os defensores de Paranaguá tem feito um brilhante trabalho nas

ilhas do nosso litoral;

Atua nas comissões de Vítimas e Crimes da OAB estadual, instituindo a

interlocução permanente com a Defensoria Pública bem com a Comissão de

40 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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Estudo de Gênero da OAB que apresenta propostas para diminuir a violência

contra as mulheres em nossa sociedade;

Dispõe de meios de comunicação direta junto ao CAOP- de Direitos Humanos do

Ministério Público Estadual;

Apresenta sugestões para a Escola de Formação propondo debates na instituição

para esclarecer o papel da Defensoria;

Constituição do Conselho Consultivo que é formado por um grupo de pessoas

representantes de organizações do movimento social e de pessoas que se

dispuseram a fazer parte como membros e colaboradores do Conselho. Em reunião

realizada no dia 27 de maio de 2014 nesta Defensoria Pública, para a qual foram

convidadas todas as entidades do movimento social e com a participação das que

compareceram, foi deliberada a composição do Conselho Consultivo que,

posteriormente, se reuniu no dia 03 de junho e então foi oficialmente criado o

Conselho Consultivo, a ouvidoria esta aberta para as pessoas que se dispuserem

para compor o conselho. As entidades e as pessoas se manifestaram

espontaneamente com objetivo de contribuir e fortalecer a estruturação da

Ouvidoria. A função do Conselho Consultivo é colaborar sugerindo ações de

acordo com as demandas, para a Ouvidoria da Defensoria e fiscalizá-las. As

reuniões do Conselho serão mensais e acontecerão todas as primeiras quintas-

feiras. O conselho é composto pelos seguintes membros: Alexandre

Gosenheimer, Ana Raggio, Ariane Zamoazki, Cibelle Santos de

Oliveira, Hilma de Lourdes Santos, Jaime Tadeu da Silva, Janaine Priscila

Nunes dos Santos, Juliana Leite Ferreira Cabral, Leandro Franklin Gorsdorf,

Lizely Roberta Borges (Colaboradora), Luis Antonio de Oliveira Rosa,

Maiara Bitencourt de Lima, Marcio Marins, Maria Tereza Cunha, Paulo

Cesar Pedron, Renária Moura e Thiago Hoshino;

Formação de uma equipe de trabalho;

Sediou na Defensoria Pública de Curitiba a reunião do Colégio de Ouvidorias do

Brasil, foi um momento importante para a instituição, pois tendo em vista que

além de socializar as ações das outras ouvidorias dos outros estados, a Ouvidoria

Geral do Paraná passou a compor o Colégio de Ouvidorias de Defensorias

41 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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Públicas do Brasil, que congrega todos os ouvidores externos do país, e tem o

objetivo de fortalecer as Ouvidorias Externas das Defensorias Públicas, ampliar os

espaços de gestão democrática dessas instituições e promover sua aproximação

com os movimentos sociais e populares. A Ouvidora Maria de Lourdes “Santa” de

Souza foi eleita secretária geral do colégio de ouvidorias.Entre os objetivos

institucionais do Colégio estão também a promoção e divulgação de estudos sobre

o funcionamento das Ouvidorias Públicas, a defesa dos princípios, prerrogativas e

funções institucionais da Defensoria Pública, a promoção de estudos e ações que

permitam a construção de indicadores de demandas a partir da perspectiva do

cidadão usuário da Defensoria, movimentos sociais e populares, entre outros tantos

objetivos.Atualmente o Colégio de Ouvidorias tem a seguinte composição:Ana

Virgínia Ferreira Carmo (Ouvidora-Geral da Defensoria Pública do Ceará), Bruno

Pinto de Freitas (Ouvidor-Geral da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul),

Luciana Zaffalon (Ouvidora-Geral da Defensoria Pública de São Paulo), Mari

Silva Maia (Ouvidora-Geral da Defensoria Pública do Maranhão), Maria de

Lourdes “Santa” de Souza (Ouvidora- Geral da Defensoria Pública do Paraná),

Núbia Fernanda Greve de Musis (Ouvidora-Geral da Defensoria Pública do Acre),

Paulo Lemos (Ouvidor-Geral da Defensoria Pública do Mato Grosso), Shirlei Reis

Bastos (Ouvidora-Geral da Defensoria Pública do Distrito Federal), Tania Maria

Gonsalves Palma Santana (Ouvidora-Geral da Defensoria Pública da Bahia);

Participou representando o Colégio de Ouvidorias no Prêmio Justiça para Todos

em São Paulo São Paulo promovida desde 2008 para reconhecer atuações da

Defensoria que contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e

igualitária e para a desburocratização e melhoria do acesso à justiça. O Prêmio

conta com três categorias: Defensora ou Defensor, Servidora ou Servidor e Órgão

da instituição. As Premiadas e os Premiados foram escolhidos pelo Conselho

Consultivo da Ouvidoria-Geral, que é composto por pessoas externas à instituição;

Estabeleceu diálogo com o Conselho Estadual de Serviço Social, informando o

papel da defensoria e sua importância, assim como com o Conselho Estadual de

Psicologia, passando a fazer parte da comissão de direitos humanos;

42 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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Articulação junto à Fundação de Ação Social de Curitiba, visitando e conversando

com todos os coordenadores com o objetivo de repassar informações aos usuários,

esclarecendo o papel da instituição bem como propor um atendimento padrão entre

usuários dos serviços da FAS e da Defensoria Pública em Curitiba;

Acompanhou de maneira indireta as ações referentes à copa do mundo ocorridas

em Curitiba, a Defensoria teve papel fundamental na defesa das pessoas que

sofreram qualquer tipo de violação de direitos humanos;

Em parceria com a Defensoria promoveu a campanha do agasalho que foi entregue

para moradores de rua;

Participação da Defensoria Pública e da Ouvidoria no programa Caminhos da

Reportagem da TV Brasil que mostra como vivem, o que sentem e que tipo de

cuidados está recebendo os brasileiros que vivem nas ruas. (Participação da

Defensoria e da ouvidoria a partir do tempo 34:06)

http://tvbrasil.ebc.com.br/caminhosdareportagem/episodio/invisiveis-filhos-do-

esquecimento#media-youtube-1

Participação efetiva na Conferencia Estadual Temática de Direitos Humanos para

eleição dos novos conselheiros do Conselho Permanente de Direitos Humanos,

este conselho indica a lista tríplice para o cargo de ouvidor;

Solicitação de 30 caixinhas de sugestão que está em andamento para ser

disponibilizado nas sedes da defensoria com o objetivo de estabelecer um canal

com os usuários da capital, região metropolitana e interior.

6.1. Demandas apresentadas:

Reclamações referentes à ausência de defensor em muitas comarcas do interior do

Paraná, onde o usuário não tem qualquer suporte jurídico;

Solicitações de mais defensores e mais servidores sendo que a Defensoria aguarda

a nomeação dos servidores para garantir um serviço de qualidade para os usuários

alem de facilitar o trabalho dos defensores;

43 Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Paraná

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Agendamento para que todos os usuários possam ser atendidos sem precisar ficar

na fila reclamações referentes à fila das senhas distribuídas pelo núcleo de iniciais

de família);

Um serviço de telefonia adequado;

Ausência de número de telefone no site;

Solicitação de mudança de horário de atendimento na sede de Curitiba

(reclamações referentes ao período em que o atendimento ao público fechou no

período da tarde, permanecendo aberto das 08:00 às 14:00);

Falta de informação acerca das atribuições dos defensores nas comarcas da região

metropolitana e interior;

Melhora dos serviços após intervenção da Ouvidoria, na mudança de horário do

atendimento;

Requisição de aceleração no atendimento a famílias (reclamações referentes ao

período em que o setor de família era agendado);

Solicitação para agilizar a revisão de competências nas defensorias públicas dos

municípios e do interior;

Solicitação de material impresso com informações sobre o papel da defensoria e

ouvidoria;

Senhas insuficientes para o atendimento na área da família em Curitiba;

Identificação visual nos andares, placas de identificação nos corredores do prédio

da capital;

Solicitação de divisórias na sala da ouvidoria;

Ausência de contato da defensoria publica no serviço 102 – serviço de informação;

Falta de água na estrutura da defensoria;

Pedido de esclarecimento sobre processos;

Ausência de um serviço de protocolo.

6.2. Recomendações:

Curso de formação para estagiários para informar qual o papel da Defensoria;

permanente tendo em vista que há rotatividade de entrada de estagiários;

Curso de formação para os defensores e servidores;

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Nomeação dos servidores que foram aprovados nos concursos;

Salas com divisórias que mantenha a privacidade do usuário;

Capacitação humana para colaboradores, defensores e todos que fazem parte da

Defensoria Pública para sensibilização de um atendimento mais humanizado;

Adotar em todas as defensorias públicas o meio de entrada para a Ouvidoria de caixa

de sugestões, para que surjam maiores demandas avaliativas do trabalho da

Defensoria Pública;

Continuar as parcerias com órgãos internos e externos no fortalecimento da

instituição;

Participação da Ouvidoria Geral nos espaços de decisão e construção de propostas

para melhorias da DPGE, levando em consideração o olhar crítico propositivo do

órgão;

Publicação de dados e informações relevantes aos serviços da Defensoria afim de

facilitar a vida do cidadão que busca os serviços;

Fazer panfletos informativos com a relação dos documentos básicos necessários para

o atendimento na Defensoria Pública afim de que se evite ausência de informação

para os usuários;

Levantamento de informações sobre o atendimento em cada uma das sedes da

Defensoria Pública, facilitando o atendimento à população e o acesso às informações;

Aumentar as senhas do atendimento da área da família, tendo em vista que o maior

público da defensoria é de família.

Disponibilização de 0800 para os usuários, tendo em vista por tratar-se de pessoas

hipossuficientes, que não tem condições de fazer ligação facilitando assim o acesso

para fazer uso dos serviços prestado pela Defensoria;

Fixar cartazes no prédio para ampla divulgação da ouvidoria;

Melhorar a visualização da Defensoria;

A ouvidoria sugere que a Defensoria tenha um coordenador geral, que possa

estabelecer um canal direto de comunicação entre servidores e defensores de Curitiba,

região metropolitana e interior

Criar um serviço de protocolo na instituição

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Necessidade de estabelecer novas readequações das atribuições dos defensores

públicos, para permitir o atendimento da população, em especial nos locais onde não

há assistência judiciária do Município ou núcleo de prática jurídica que preste

atendimento.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública procura atuar de forma transparente e

empenhada no desenvolver de suas tarefas, mantendo sempre em foco a qualidade do serviço

prestado a população. Com o anseio de executar um mandato comprometido e responsável, se

faz necessário a constante de renovação das maneiras de condução dos trabalhos diante da

efemeridade e transmutação da vida social.

Visando a direta comunicação com a sociedade civil, atendendo e

ouvindo a população, buscando parcerias e pessoas que acreditam na proposta, a ouvidoria vai

vencendo esse primeiro ano com responsabilidade e sucesso. Sendo assim a Ouvidoria Geral

da Defensoria Publica do Paraná avança de forma racional e congruente, dando voz e

amparando o usuário buscando desempenhar seu trabalho de forma competente e dedicada

para que todas as pessoas tenham o efetivo direito à justiça gratuita e de qualidade.

O relatório será encaminhado para Defensora Geral; Conselho Superior da Defensoria

Publica, Conselho Permanente de Direitos Humanos do Paraná bem como estará disponível

no site da Ouvidoria.

Atenciosamente,

Maria de Lourdes “Santa” de Souza

Ouvidora Geral de Defensoria Publica do Paraná

Curitiba agosto de 19 de agosto de 2014