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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Relatório ainda não apreciado pelo TCU RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO - SINTÉTICO TC nº 011.652/2011-0 Fiscalização nº 213/2011 DA FISCALIZAÇÃO Modalidade: conformidade Ato originário: Acórdão 564/2011 - Plenário Objeto da fiscalização: BR-317/AM- Boca do Acre - Divisa AM/AC Funcional programática: • 26.782.1456.1428.0013/2011 - Construção de Trecho Rodoviário - Boca do Acre - Divisa AM/AC - na BR-317 - no Estado do Amazonas Tipo da obra: Rodovia - Construção ou Implantação Período abrangido pela fiscalização: 16/3/2009 a 22/7/2011 DO ÓRGÃO/ENTIDADE FISCALIZADO Órgão/entidade fiscalizado: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - MT e Entidades/Órgãos do Governo do Estado do Amazonas Vinculação (ministério): Ministério dos Transportes e Órgãos e Entidades Estaduais Vinculação TCU (unidades técnicas): 1ª Secretaria de Controle Externo e Secretaria de Controle Externo - AM Responsáveis pelo órgão/entidade: nome: Luiz Antonio Pagot cargo: Diretor Geral do DNIT período: a partir de 7/10/2007 nome: Waldívia Ferreira Alencar cargo: Secretária de Infraestrutura do Estado do Amazonas Outros responsáveis: vide rol na peça: Rol de Responsáveis PROCESSOS DE INTERESSE - TC nº 011.652/2011-0 - TC nº 007.632/2009-2

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Relatório ainda não apreciado pelo TCU

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO - SINTÉTICO

TC nº 011.652/2011-0 Fiscalização nº 213/2011 DA FISCALIZAÇÃOModalidade: conformidadeAto originário: Acórdão 564/2011 - PlenárioObjeto da fiscalização: BR-317/AM- Boca do Acre - Divisa AM/ACFuncional programática: • 26.782.1456.1428.0013/2011 - Construção de Trecho Rodoviário - Boca do Acre - Divisa AM/AC -na BR-317 - no Estado do AmazonasTipo da obra: Rodovia - Construção ou Implantação Período abrangido pela fiscalização: 16/3/2009 a 22/7/2011DO ÓRGÃO/ENTIDADE FISCALIZADOÓrgão/entidade fiscalizado: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - MT eEntidades/Órgãos do Governo do Estado do AmazonasVinculação (ministério): Ministério dos Transportes e Órgãos e Entidades EstaduaisVinculação TCU (unidades técnicas): 1ª Secretaria de Controle Externo e Secretaria de ControleExterno - AMResponsáveis pelo órgão/entidade: nome: Luiz Antonio Pagot cargo: Diretor Geral do DNIT período: a partir de 7/10/2007 nome: Waldívia Ferreira Alencar cargo: Secretária de Infraestrutura do Estado do AmazonasOutros responsáveis: vide rol na peça: Rol de Responsáveis PROCESSOS DE INTERESSE - TC nº 011.652/2011-0- TC nº 007.632/2009-2

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RESUMO Trata-se de auditoria realizada no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - MT (Dnit)e na Secretaria de Estado de Infraestrutura do Amazonas(Seinf/AM), no período compreendido entre13/6/2011 e 27/7/2011,objetivando fiscalizar as obras da BR-317/AM- Boca do Acre/AM - DivisaAM/AC. O empreendimento em tela está sendo executado pela Seinf/AM, por meio de delegação do Dnit -Convênios 188/08-00 (Siafi 651836), referente à execução das obras de pavimentação da BR-317/AM,no valor de R$76.776.239,50; e 238/DPP/2010 (Siafi 660968), referente à execução da gestãoambiental do empreendimento, no valor de R$16.673.839,83. A partir do objetivo do trabalho e a fim de avaliar em que medida os recursos estão sendo aplicados deacordo com a legislação pertinente, formularam-se as questões adiante indicadas: 1 - O tipo do empreendimento exige licença ambiental e realizou todas as etapas para esselicenciamento? 2 - A formalização e a execução do convênio (ou outros instrumentos congêneres) foram adequadas? 3 - Os preços dos serviços definidos no orçamento da obra são compatíveis com os valores demercado? 4 - A administração está tomando providências com vistas a regularizar a situação da obra? 5 - A formalização do contrato atendeu aos preceitos legais e sua execução foi adequada? Para a realização deste trabalho, foram utilizadas as diretrizes do roteiro de auditoria de conformidade.No desenvolvimento dos trabalhos, observaram-se os padrões gerais de auditoria definidos no Roteirode Auditoria de Obras Públicas, tendo sido utilizadas as matrizes de planejamento, procedimentos eachados. Para responder às questões de auditoria levantadas, foram realizadas análises documentais,comparação de dados, cálculos, entrevista com gestores, visita ao local e pesquisas em sistemasinformatizados. As principais constatações deste trabalho foram: . Superfaturamento decorrente de preços excessivos frente ao mercado; . Execução de serviços com qualidade deficiente; .Adiantamento de pagamentos; . Superfaturamento decorrente de pagamento por serviço não executado; . Critério de medição inadequado ou incompatível com o objeto real pretendido; . Superfaturamento decorrente de itens pagos em duplicidade; . As condicionantes da Licença de Instalação não estão sendo atendidas; . Ausência de licenças ambientais de âmbito estadual e local. . Obra licitada sem Licença Prévia; . Deficiências no processo de participação de órgãos da administração federal intervenientes nolicenciamento ambiental;

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. Alteração injustificada de quantitativos. Quando somado, o potencial prejuízo ao Erário decorrente dessas irregularidades totalizouR$25.289.724,55 (maio/2008). De se destacar entre as impropriedades averiguadas, os problemas na qualidade das obras ainda emexecução, mormente quantoà utilização de materiais inadequados para execução das camadasestruturais do pavimento. Os reparos, que deverão ser realizados sem ônus para o Erário,podemacarretar um prejuízo de R$ 18.413.582,62 (maio/2008). Mencione-se, também, a ocorrência de: adiantamento de pagamentos, no valor de R$ 9.398.388,97(maio/2008), para os itens aquisição e transporte de brita e materiais betuminosos, e execução deCBUQ; além do prejuízo decorrente de preços excessivos frente ao mercado para a execução deCBUQ, no valor de R$ 5.088.160,68 (maio/2008); e da realização das obras de implantação da BR-317/AM sem a contratação da Gestora Ambiental e sem que os programas ambientais estejam sendoimplementados, descumprindo condicionantes da Licença de Instalação 138/2009 (itens 8, 9 e 10),emitida em 16/9/2009. Em razão da gravidade e materialidade das irregularidades referentes aos problemas detectados naqualidade das obras e do prejuízo decorrente de preços excessivos frente ao mercado para a execuçãode CBUQ, sugere-se classificá-las como IG-P. Ademais,propõe-se, preliminarmente, com base no art.5º, inciso LV da Constituição Federal, promover a oitiva dos responsáveis, para que estesapresentemsuas manifestações em relaçãoa esses apontamentos, bem como em relação às demaisirregularidadeselencadas neste relatório. O volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$93.450.079,33. Esse montante corresponde a soma dos valores totais dos Convênios 188/08-00 (Siafi 651836) e238/DPP/2010 (Siafi 660968), firmados entre a Seinf/AM e o Dnit, referentes à execução das obras depavimentação da BR-317, no valor de R$76.776.239,50, e à execução da gestão ambiental doempreendimento, no valor de R$16.673.839,83, respectivamente, incluindo a contrapartida doConvenente.

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S U M Á R I OTítulo Página1 - APRESENTAÇÃO 1

2 - INTRODUÇÃO 1

2.1 - Deliberação 1 2.2 - Visão geral do objeto 2 2.3 - Objetivo e questões de auditoria 2 2.4 - Metodologia Utilizada 2 2.5 - VRF 2 2.6 - Benefícios estimados 3

3 - ACHADOS DE AUDITORIA 3

3.1 - Superfaturamento decorrente de preços excessivos frente ao mercado.(IG-P)

3

3.2 - Execução de serviços com qualidade deficiente. (IG-P) 6 3.3 - Adiantamento de pagamentos. (IG-C) 11 3.4 - Superfaturamento decorrente de pagamento por serviço não executado.(IG-C)

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3.5 - Critério de medição inadequado ou incompatível com o objeto realpretendido. (IG-C)

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3.6 - Superfaturamento decorrente de itens pagos em duplicidade. (IG-C) 21 3.7 - As condicionantes da Licença de Instalação não estão sendo atendidas.(IG-C)

23

3.8 - Ausência de licenças ambientais de âmbito estadual e local. (IG-C) 27 3.9 - Obra licitada sem Licença Prévia. (IG-C) 28 3.10 - Alteração injustificada de quantitativos. (IG-C) 33 3.11 - Deficiências no processo de participação de órgãos da administraçãofederal intervenientes no licenciamento ambiental. (OI)

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4 - ACHADOS DE OUTRAS FISCALIZAÇÕES 42

4.1 - Achados pendentes de solução 42

5 - CONCLUSÃO 43

6 - PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO 45

7 - ACHADOS RECLASSIFICADOS APÓS A CONCLUSÃO DAFISCALIZAÇÃO

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S U M Á R I OTítulo Página

7.1 - Achados de outros processos 49

8 - ANEXO 51

8.1 - Dados cadastrais 51 8.1.1 - Projeto básico 51 8.1.2 - Execução física e financeira 51 8.1.3 - Contratos principais 52 8.1.4 - Contratos secundários 52 8.1.5 - Convênios 53 8.1.6 - Editais 54 8.1.7 - Histórico de fiscalizações 54 8.2 - Deliberações do TCU 55 8.3 - Despacho do Ministro-Relator. 61 8.4 - Anexo Fotográfico 62

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1 - APRESENTAÇÃO Trata-se de levantamento de auditoria nas obras de construção da rodovia BR-317/AM, lote único,segmento: Boca do Acre/AM (km 416,0) - Divisa AM/AC (516,0), com extensão de 100,0 km. Mais especificamente, priorizou-se a reavaliação de questões concernentes ao empreendimento,apontadas nos Fiscobras - 2009 (TC 007.632/2009-2), Fiscobras - 2010 (TC 017.097/2010-0) e no TC020.089/2010-4. Tais pendências se referem à ocorrência de indícios de superestimativa dosquantitativos medidos do serviço de escavação, carga e transporte de material de 1ª categoria (todas asdistâncias de transporte); de sobrepreço no serviço novo (aditivado) de Concreto Betuminoso Usinadoa Quente - CBUQ, inclusive a aquisição e transporte dos insumos (areia, brita, filler e CBUQ);prejuízos decorrentes da alteração do tipo de revestimento do pavimento da rodovia BR-317/AM deAAUQ para CBUQ, sem que estivessem bem caracterizadas as razões técnicas para inviabilizar autilização do revestimento em Areia Asfalto Usinado Quente - AAUQ; tudo no âmbito do Contrato001/2009 Seinf/AM, além de impropriedades verificadas na atuação do Consórcio Supervisor dasobras - Contrato 010/2010 - Seinf/AM; e de irregularidades ocorridas no licenciamento ambiental daobra. O empreendimento em tela está sendo executado pela Seinf/AM, por meio de delegação do Dnit Convênios 188/08-00 (Siafi 651836), no valor de R$ 76.776.239,50, referente à execução das obras depavimentação da BR-317; e 238/DPP/2010 (Siafi 660968), referente à execução da gestão ambientaldo empreendimento, no valor de R$ 16.673.839,83. Do total de recursos federais previstos para os dois convênios (R$ 75.902.734,04) já foram repassadosR$ 62.899.157,95. A obra foi contemplada no Orçamento Geral da União no presente exercício comrecursos no valor de R$ 25.500.000,00 (vinte e cinco milhões e quinhentos mil reais), oriundos do PT26.782.1456.1428.0013 - 2011.

Importância socioeconômica

A importância socioeconômica da pavimentação da BR-317/AM, subtrecho Boca do Acre/AM -

Divisa AM/AC, está na consolidação da integração da área na qual a rodovia está inserida com toda a

região Norte, que propiciará o crescimento das relações comerciais e do turismo, resultando na

complementação e fortalecimento das economias regionais.

2 - INTRODUÇÃO 2.1 - DeliberaçãoEm cumprimento ao Acórdão 564/2011 - Plenário, realizou-se auditoria no Departamento Nacional deInfraestrutura de Transportes - MT e Entidades/Órgãos do Governo do Estado do Amazonas, no

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período compreendido entre 13/6/2011 e 27/7/2011. 2.2 - Visão geral do objetoTrata-se de levantamento de auditoria nas obras de construção da rodovia BR-317/AM, lote único,segmento: Boca do Acre/AM (km 416,0) - Divisa AM/AC (516,0), com extensão de 100,0 km. O empreendimento em tela está sendo executado pela Seinf/AM, por meio de delegação do Dnit,Convênios: 188/08-00 (Siafi 651836), referente à execução das obras de pavimentação da BR-317/AM, no valor total de R$ 76.776.239,50, e 238/DPP/2010 (Siafi 660968), referente à execução dagestão ambiental das obras da BR-317/AM, no valor total de R$ 16.673.839,83. Do total de recursos federais previstos para os dois convênios (R$ 75.902.734,04) já foram repassadosR$ 62.899.157,95. A obra foi contemplada no Orçamento Geral da União no presente exercício comrecursos no valor de R$ 25.500.000,00 (vinte e cinco milhões e quinhentos mil reais), oriundos do PT26.782.1456.1428.0013 - 2011. 2.3 - Objetivo e questões de auditoriaA presente auditoria teve por objetivo fiscalizar as obras da BR-317/AM- Boca do Acre - DivisaAM/AC. A partir do objetivo do trabalho e a fim de avaliar em que medida os recursos estão sendo aplicados deacordo com a legislação pertinente, formularam-se as questões adiante indicadas: 1 - O tipo do empreendimento exige licença ambiental e realizou todas as etapas para esselicenciamento? 2 - A formalização e a execução do convênio (ou outros instrumentos congêneres) foramadequadas? 3 - Os preços dos serviços definidos no orçamento da obra são compatíveis com os valores demercado? 4 - A administração está tomando providências com vistas a regularizar a situação da obra? 5 - A formalização do contrato atendeu aos preceitos legais e sua execução foi adequada?

2.4 - Metodologia utilizadaPara a realização deste trabalho, foram utilizadas as diretrizes do roteiro de auditoria de conformidade.Para responder às questões de auditoria levantadas, foram realizadas análises documentais,comparação de dados, cálculos, entrevista com gestores, visita ao local e pesquisas em sistemasinformatizados. 2.5 - VRFO volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$ 93.450.079,33. Esse montante

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corresponde a soma dos valores totais dos Convênios 188/08-00 (Siafi 651836) e 238/DPP/2010 (Siafi660968), firmados pelo Dnit e Seinf/AM, referentes, respectivamente, à execução das obras depavimentação da BR-317, no valor de R$ 76.776.239,50, e à execução da gestão ambiental doempreendimento, no valor de R$ 16.673.839,83, incluindo a contrapartida do Convenente. 2.6 - Benefícios estimadosEntre os benefícios estimados desta fiscalização pode-se mencionar a correção de vícios, defeitos ouincorreções no objeto contratado e a interrupção de pagamento de vantagens indevidas, sendo o totaldos benefícios quantificáveis desta auditoria de R$ 25.289.724,55 (maio/2008). 3 - ACHADOS DE AUDITORIA 3.1 - Superfaturamento decorrente de preços excessivos frente ao mercado.3.1.1 - Tipificação do achado:Classificação - grave com recomendação de paralisação (IG-P)Justificativa de enquadramento (ou não) no conceito de irregularidade grave da LDO - Quandoconsideradas as irregularidades graves com indicativo de paralisação apontadas neste relatório, opotencial prejuízo apurado totaliza R$ 23.501.743,30 (maio/2008), ou 30,6% do valor total previsto noconvênio 188/08-00 para execução das obras relativas ao empreendimento (R$ 76.776.239,50 -maio/2008).3.1.2 - Situação encontrada:Apurou-se a aprovação, medição e pagamento do serviço Concreto Betuminoso Usinado à Quente CBUQ, aditivado ao Contrato 001/2009-Seinf, com preço excessivo frente ao mercado, acarretandoum prejuízo de R$ 5.088.160,68 (maio/2008). Na primeira revisão do projeto de construção da BR-317/AM (km 416 - km 516) que culminou naformalização de aditivo ao Contrato 001/2009-Seinf/AM, procedeu-se a alteração do tipo derevestimento do pavimento de areia asfalto usinada à quente - AAUQ para concreto betuminosousinado à quente - CBUQ. Nesse contexto, a Seinf/AM e o Dnit analisaram e aprovaram o preço de R$114,11 (maio/2008), por tonelada, para remunerar o novo serviço CBUQ a ser aditivado (vercomposição de preço unitário - CPU - aprovada no arquivo de evidências 1). Conforme CPU aprovada, o transporte do CBUQ desde a usina até a pista alcança o valor de R$ 72,36,ou seja, 63% do preço total do serviço. Saliente-se que esse valor é adotado na CPU sem qualquerdetalhamento. A usinagem do CBUQ é remunerada por R$ 34,55, ou seja, 30% do valor total. Já aaplicação do CBUQ na pista é orçada por R$ 8,59, ou seja, 7% (todos os valores considerando aincidência do BDI). No que se refere ao preço do transporte do CBUQ, considerando que a usina de produção de CBUQlocaliza-se na estaca 1611, calcula-se em 28,5 km a distância média ponderada de transporte (DMT)para conduzir a massa asfáltica até a pista. Essa DMT, inclusive, encontra-se calculada na própria

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revisão de projeto aprovada pela Seinf/AM e Dnit, conforme se verifica no quadro Memória deCálculo de Quantitativos de Serviços CBUQ extraído dessa revisão, constante no arquivo deevidências 1. Para a areia, verifica-se que a DMT alcança 40,87 km, haja vista o areal localizar-se a 8,65km doinício do trecho (estaca 0+0,00), e a usina no km 32,22 (estaca 1611), conforme Linear de Ocorrênciasconstante do arquivo de evidências 1.DMT = 8,65 + 32,22 = 40,87km Considerando que o custo do transporte local em caminhão caçamba de 10m3 em rodovia nãopavimentada, utilizado para remunerar o transporte do CBUQ, no Sicro-2/AM - maio/2008 é de R$0,56; e que o custo do transporte comercial em caminhão caçamba de 10m3 em rodovia nãopavimentada, utilizado para remunerar o transporte da areia, no Sicro-2/AM - maio/2008 é de R$ 0,44(ver CPU s no arquivo de evidências 1), calcula-se que o preço dos transportes envolvidos no serviçoCBUQ é de apenas R$ 22,47 (maio/2008), inclusive BDI. Dessa avaliação, verifica-se que o preço do transporte da massa asfáltica está superestimado em R$49,89 (maio/2008), na CPU aprovada para o CBUQ. Com relação a usinagem do CBUQ, examinando-se a CPU aprovada, verifica-se que está previsto oconsumo de filler. Contudo, conforme o estudo do traço a ser empregado na produção do CBUQ,constante na Revisão do Projeto, bem como na sua efetiva fabricação não se utilizou filler (ver estudodo traço do CBUQ no arquivo de evidências 1). Dessa forma, verifica-se que na CPU aprovada para o CBUQ o preço da usinagem está superestimadoem R$ 6,36 (inclusive BDI), correspondente ao filler não empregado. Procedendo-se as correções no transporte do CBUQ, excluindo o filler da usinagem e realizandooutros ajustes de menor materialidade nos consumos dos demais insumos que compõem o CBUQ,verifica-se que o valor desse serviço alcança R$ 59,62 (maio/2008), conforme CPU no arquivo deevidências 1. Do exposto, avalia-se que no serviço de CBUQ aprovado encontra-se embutido um sobrepreço de91,4%. Considerando que está previsto o consumo de 93.377,88 ton. de CBUQ para execução doempreendimento, apura-se que esse sobrepreço proporciona um prejuízo ao Erário de R$ 5.088.160,68(maio/2008). P = 93.377,88 x (R$ 114,11 - R$ 59,62) = R$ 5.088.160,68 (maio/2008). Registre-se que no valor do CBUQ não estão contemplados a aquisição e o transporte da brita e dosmateriais betuminosos a serem utilizados na produção desse material. Na citada revisão, esses itens

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foram tratados como serviços separados, cujos preços unitários aprovados não estão sendoquestionados nesta fiscalização.3.1.3 - Objetos nos quais o achado foi constatado: (IG-P) - Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.Estimativa do valor potencial de prejuízo ao erário: 5.088.160,68

(IG-P) - Convênio 651836, Termo de Compromisso n.º 188/08-00, celebrado entre o Dnit e aSeinf/AM, referente à execução das Obras de pavimentação da BR-317, subtrecho Boca do Acre/AM -Divisa AM/AC, com extensão de 100 km, Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado doAmazonas.

3.1.4 - Causas da ocorrência do achado: Deficiências de controles3.1.5 - Efeitos/Conseqüências do achado: Prejuízos gerados por aquisição ou contratação sem escolha da proposta mais vantajosa (efeitopotencial)3.1.6 - Critérios: Lei 8666/1993, art. 12; art. 43, inciso IV; art. 65, § 3ºLei 11768/2008, art. 109, § 1º; art. 109, § 2º; art. 109, § 6º; art. 109, caput3.1.7 - Evidências: Achado - Superfaturamento decorrente de preços excessivos frente ao mercado, folhas 1/30.3.1.8 - Medidas corretivas:- Repactuar o Contrato 001/2009 - Seinf/AM, corrigindo o preço do serviço CBUQ para R$ 59,62(maio/2008); e promover à glosa dos valores medidos à maior, para o serviço de CBUQ.3.1.9 - Conclusão da equipe:Apurou-se que na primeira revisão de projeto, que culminou com formalização de aditivo ao Contrato001/2009 Seinf/AM, foi aprovado o preço de R$ 114,11 (maio/2008), por tonelada, para remunerar oserviço aditivado Concreto Betuminoso Usinado à Quente CBUQ. Esse serviço já foi efetivamentemedido e pago. Contudo, verifica-se que na composição de preço aprovada existem falhas nos cálculos dos consumosdos insumos que compõem o CBUQ e no custo dos transportes envolvidos no serviço. Corrigindo-se essas falhas, apura-se que o preço do CBUQ é R$ 59,62 (maio/2008), por tonelada,caracterizando a ocorrência de sobrepreço de 91,4% na composição de preço aprovada. Considerando que a irregularidade apontada classifica-se como grave com recomendação deparalisação - IG-P, conforme previsto no inciso VIII do §3º do art. 97 da Lei 12.309/2010

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(LDO/2011), foi fixado o prazo improrrogável de 5 (cinco) dias úteis para a manifestação prévia dosresponsáveis. Terminado este prazo, as manifestações apresentadas pelos gestores limitaram-sesolicitar a prorrogação do prazo estabelecido. Entretanto, em razão do prazo determinado pelo caputdo art. 97 da mesma lei, tais solicitações não são cabíveis. Registre-se, contudo, que os gestorespoderão exercer seus direitos de defesa nas etapas processuais posteriores, conforme previsto na Lei nº8.443, de 16 de julho de 1992 e no Regimento Interno do TCU. Assim, coerente com o disposto no art. 5º da Constituição Federal, cabe promover a oitiva do Dnit, daSeinf/AM e Construtora Colorado, para que todos se manifestem em relação às irregularidadesapontadas. 3.2 - Execução de serviços com qualidade deficiente.3.2.1 - Tipificação do achado:Classificação - grave com recomendação de paralisação (IG-P)Justificativa de enquadramento (ou não) no conceito de irregularidade grave da LDO - Quandoconsideradas as irregularidades graves com indicativo de paralisação apontadas neste relatório, opotencial prejuízo apurado totaliza R$ 23.501.743,30 (maio/2008), ou 30,6% do valor total previsto noconvênio 188/08-00 para execução das obras relativas ao empreendimento (R$ 76.776.239,50 -maio/2008).3.2.2 - Situação encontrada:Averiguaram-se indícios da utilização de material inapropriado, em desconformidade com anormatização vigente e no estabelecido no projeto executivo da obra, para execução das camadasestruturais do pavimento da BR-317/AM, caracterizando execução de serviços com qualidadedeficiente e proporcionando um prejuízo de R$ 18.413.582,62 (maio/2008). Durante a visita da equipe de auditoria à obra, visualizou-se no segmento entre os quilômetros 505 e516 e, também, no segmento entre os quilômetros 466 e 478, excessiva fissuração na camada de base(ver Fotografias 1 e 2 anexas ao relatório), caracterizando falhas no processo executivo e indicando autilização de material inapropriado, mormente no que se refere às características de plasticidade. Ascondições examinadas sugeriam a ocorrência de fissuração em virtude da redução do volume peladiminuição da umidade, ou seja, em razão de excessiva contração do material ocasionada em razão deseu alto índice de plasticidade. A visualização dos defeitos nos segmentos mencionados foi possível porque neles a camada de baseainda não estava totalmente revestida com a capa asfáltica, mas apenas com imprimação. Com relação à técnica correta para a execução das camadas estruturais de um pavimento rodoviário,cabem alguns esclarecimentos preliminares. Para serem utilizados como insumos, na execução dascamadas estruturais de um pavimento, os materiais devem necessariamente apresentar uma série decondições específicas elencadas em especificações de serviços e manuais do Dnit.

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Para a camada de base, a DNER - ES-303/97 - Pavimentação - base estabilizada granulometricamente,constante do arquivo de evidências do presente achado, estabelece condições limítrofes relativas àgranulometria, resistência e plasticidade. A granulometria de um solo representa as porcentagens, em peso, das diferentes frações constituintesda fase sólida do material. Em relação a essa característica física a norma define faixas nas quais o solodeve estar enquadrado. Por sua vez, a resistência do solo pode ser averiguada por meio do ensaio do Índice de SuporteCalifórnia (ISC). Para se utilizado como camada de base, o material precisa apresentar ISC maior que60%, ou 80%, dependendo do volume de tráfego da rodovia. A plasticidade do solo é avaliada a partir dos resultados dos ensaios de limite de liquidez (LL), limitede plasticidade (LP) e índice de plasticidade (IP). Para essa característica física, a DNER - ES-303/97estabelece que para ser usado como base o solo deve apresentar Índice de plasticidade (IP) menor que6% e Limite de liquidez (LL) menor que 25%. Quando esses limites forem ultrapassados, o solo sópode ser utilizado se o equivalente de areia for maior que 30%. O equivalente de areia é um parâmetroutilizado no controle de finos de materiais granulares usados em pavimentação. Quanto maior o IP, tanto mais plástico será o solo. O índice de plasticidade é função da quantidade deargila presente no solo, enquanto o limite de liquidez e o limite de plasticidade são funções daquantidade e do tipo de argila. Quando um material não tem plasticidade (areia, por exemplo), ele éconsiderado não plástico (NP). Concluída essa breve fundamentação teórica, retoma-se a análise dos problemas examinados nostrechos retrocitados. A equipe de auditoria avaliou os resultados dos ensaios de controle tecnológicodas camadas estruturais do pavimento, onde se verificou que, de fato, foram utilizados materiaisinapropriados tecnicamente para a execução das camadas estruturais do pavimento. Na camada de base, utilizaram-se materiais com LL e IP superiores aos limites estabelecidos na DNER- ES-303/97 (ver mapas de controle tecnológico da camada de base no arquivo de evidências dopresente achado). Além disso, não foram encontrados resultados de exames do equivalente de areia domaterial utilizado. Registre-se que no projeto executivo adotou-se a utilização de mistura solo/areia, na proporção de70/30, como solução para execução da camada de base do pavimento. Essa técnica foi prevista, umavez que, conforme projeto, o material das jazidas disponíveis, quando estudados "in natura", nãoapresentavam características físicas que atendessem as especificações DNER - ES-303/97, seja emrazão da insuficiência de resistência ou pela inadequação de suas propriedades relativas à plasticidade. Contudo, seja pela utilização de areia em teor inferior ao especificado no projeto ou pela utilização de

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materiais (areia e/ou cascalho) com características físicas distintas das estudadas em projeto, o materialefetivamente utilizado nas camadas de base do pavimento não atende aos requisitos estabelecidos nanormatização do Dnit, haja vista apresentar IP acima de 6% e LL acima de 25%; exceção feita aossegmentos entre as estacas 1730 a 1835; 2515 a 2575; 2800 a 3140. De forma semelhante, para a camada de sub-base averiguou-se a utilização de material que não atendeaos requisitos da DNER - ES-301/97 - Pavimentação - sub-base estabilizada granulometricamente,sobretudo quanto à característica referente ao Índice de Grupo (IG), parâmetro obtido a partir de dadosrelativos ao índice de plasticidade, limite de liquidez e granulometria, e que permite classificar o soloquanto ao seu comportamento. Para ser utilizado como sub-base o material necessariamente deve apresentar IG igual a zero, exceçãopara os solos lateríticos, que devem ser assim classificados com base em ensaio específico que avaliaas relações moleculares do material estudado. No entanto, conforme os mapas de controle tecnológico da camada de sub-base, constante no arquivode evidências do presente achado, verifica-se que foram utilizados materiais com IG maior que zero aolongo de todo o trecho executado. Registre-se que não foram disponibilizados resultados de ensaiosque permitissem classificar o material utilizado como solo laterítico. Ressalte-se que a utilização de materiais inadequados para executar as camadas estruturais de umarodovia, seja em relação à resistência, granulometria ou plasticidade, reduz significativamente a vidaútil do pavimento. No caso da BR-317/AM essa consequência já pode estar ocorrendo, uma vez que também se averiguoua efetiva deterioração do pavimento recém-concluído. Esse fato ocorre no segmento entre osquilômetros 417 e 452, conforme registrado nas Fotografias 4 e 5 anexas ao relatório. Como forma de avaliar o possível prejuízo proveniente da execução de serviços com qualidadedeficiente, calculou-se o custo médio por quilômetro para reexecutar cada uma das etapas dapavimentação, tomando por base os quantitativos e preços unitários medidos até a 4ª medição, e opreço corrigido do CBUQ, conforme consta no achado 3.1. Com base nesses cálculos estimou-se emR$ 18.413.582,62 (maio/2008) o custo da correção das falhas de execução averiguadas, serviços quedevem ser concretizados sem ônus para o Erário (ver Quadro 1 anexo ao final deste achado).

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Quadro 1 - Estimativa de custos p/ correção do pavimento

Etapa Preço/km km a ser

corrigido Preço total

Sub-base R$ 22.459,03 63,72 R$ 1.431.089,53

Base R$ 24.370,66 63,72 R$ 1.552.898,53

Imprimação R$ 22.229,90 63,72 R$ 1.416.489,42

CBUQ - execução R$ 55.671,89 54,46 R$ 3.031.891,24

CBUQ - brita R$ 105.507,50 54,46 R$ 5.745.938,58

CBUQ - Betuminosos R$ 96.130,65 54,46 R$ 5.235.275,33

Total R$ 326.369,64 R$ 18.413.582,62

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3.2.3 - Objetos nos quais o achado foi constatado: (IG-P) - Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.Estimativa do valor potencial de prejuízo ao erário: 18.413.582,62

(IG-P) - Convênio 651836, Termo de Compromisso n.º 188/08-00, celebrado entre o Dnit e aSeinf/AM, referente à execução das Obras de pavimentação da BR-317, subtrecho Boca do Acre/AM -Divisa AM/AC, com extensão de 100 km, Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado doAmazonas.

3.2.4 - Causas da ocorrência do achado: Deficiências de controles3.2.5 - Efeitos/Conseqüências do achado: Risco da ocorrência de aquisições ou contratações que não atendam à necessidade do órgão (efeitopotencial)3.2.6 - Critérios: Lei 8666/1993, art. 69; art. 73, inciso I, alínea d3.2.7 - Evidências: Achado - Execução de serviços com qualidade deficiente, folhas 1/53.3.2.8 - Medidas corretivas:- Realizar minucioso estudo técnico, visando avaliar a necessidade de refazer os trabalhos deestabilização das camadas granulares estruturais e de execução do revestimento do pavimento, emvirtude da utilização de materiais inapropriados nas camadas de base e sub-base da rodovia.3.2.9 - Conclusão da equipe:Averiguou-se a execução de serviços com qualidade deficiente nas obras de construção da BR-317/AM - km 416 a km 516, acarretando um prejuízo de R$ 18.413.582,62 (maio/2008). Asirregularidades apontadas consistem basicamente na utilização de materiais inapropriados paraexecutar as camadas de base e sub-base do pavimento. Considerando que a irregularidade apontada classifica-se como grave com recomendação deparalisação - IG-P, conforme previsto no inciso VIII do §3º do art. 97 da Lei 12.309/2010(LDO/2011), foi fixado o prazo improrrogável de 5 (cinco) dias úteis para a manifestação prévia dosresponsáveis. Terminado este prazo, as manifestações apresentadas pelos gestores limitaram-sesolicitar a prorrogação do prazo estabelecido. Entretanto, em razão do prazo determinado pelo caputdo art. 97 da mesma lei, tais solicitações não são cabíveis. Registre-se, contudo, que os gestorespoderão exercer seus direitos de defesa nas etapas processuais posteriores, conforme previsto na Lei nº8.443, de 16 de julho de 1992 e no Regimento Interno do TCU. Diante disso, coerente com o disposto no art. 5º da Constituição Federal, cabe promover a oitiva do

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Dnit, da SeinfAM e Construtora Colorado para que todos se manifestem em relação à irregularidadeapontada. 3.3 - Adiantamento de pagamentos.3.3.1 - Tipificação do achado:Classificação - grave com recomendação de continuidade (IG-C)Justificativa de enquadramento (ou não) no conceito de irregularidade grave da LDO - Airregularidade não se enquadra no disposto no inciso IV, do §1º, do art. 94, da Lei 12.309/2010 (LDO2011), uma vez que o possível prejuízo advindo do adiantamento de pagamentos apontado nãoapresenta materialidade relevante.3.3.2 - Situação encontrada:Apurou-se adiantamento de pagamento no valor de R$ 9.398.388,97 (maio/2008) para os itensaquisição e transporte de brita e materiais betuminosos, e execução de CBUQ. A revisão de projeto em fase de obras, que culminou na formalização de termo aditivo ao Contrato001/2009 - Seinf/AM, inclui, entre os novos serviços necessários para a execução da rodovia, osdiscriminados a seguir: "Aquisição de brita produzida para CBUQ", "Transporte de brita produzida emcaminhão basculante 10m3 em rodovia pavimentada", "Transporte de brita produzida em caminhãobasculante 10m3 em rodovia não pavimentada" e "Concreto betuminoso usinado a quente - CBUQ". Esse conjunto de itens, na verdade, deveria compor um único serviço, para o qual já existe composiçãono SICRO 2, sob a designação "2 S 02 540 01 - Concreto betuminoso usinado a quente - caparolamento". Não obstante a existência de composição cujo emprego já está consagrado no SICRO, aSeinf/AM e o DNIT optaram, quando da aprovação da revisão, por desmembrar a aquisição e otransporte da brita daqueles serviços inerentes à usinagem e execução do CBUQ. No entanto, conforme a norma Dnit 031/2006 - Pavimentos flexíveis - Concreto asfáltico - constantedo arquivo de evidências do presente achado, que define no âmbito do Dnit a sistemática a serempregada na execução da camada do pavimento flexível, o CBUQ deve ser medido em toneladas demistura efetivamente aplicada na pista. Decorre desse critério de medição, determinado pelo próprio Dnit, que o fornecimento do insumo britadeve ser medido, para efeito de pagamento do serviço, a partir da comprovação da efetiva aplicação doCBUQ na pista. A forma de remuneração prevista na revisão de projeto, com a aquisição e o transporte de brita comoitens independentes, proporciona antecipação de pagamento desses serviços, no Contrato 001/2009 -Seinf/AM. Em verdade, esse fato já ocorreu, na medida em que na 4ª medição do Contrato 001/2009 - Seinf/AMmediu-se o quantitativo de brita necessário para realizar 97,04% do CBUQ previsto para o

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empreendimento, enquanto que só foram executados 54,4% desse total (ver resumo da 4ª medição doContrato 001/2009 - Seinf/AM no arquivo de evidências do presente achado). Registre-se que o empreendimento apresenta pendências relativas ao licenciamento ambiental,mormente em relação à questão indígena (tema tratado em achado específico deste relatório), queimpedem que sejam realizadas quaisquer previsões com um mínimo de confiabilidade quanto àexecução do saldo de CBUQ. Assim, considerando que o consumo de brita para executar cada quilômetro de CBUQ aplicado napista alcança 476,27m3; considerando que foram medidos 46.208,06m3 de brita; considerando aindaque foi executado o CBUQ referente a apenas 51,4 quilômetros, correspondente ao consumo de24.478,46 m3 de brita; fica caracterizada a antecipação da aquisição e transporte de 21.729,60m3 debrita, o que representa a antecipação desnecessária do pagamento de R$ 6.119.766,32 (maio/2008), verQuadro 2 no final deste achado. De forma semelhante ao insumo brita, a Seinf/AM também antecipou a aquisição e o transporte domaterial betuminoso necessário para executar o saldo de CBUQ, mesmo sem haver uma previsãosegura de quando seria possível concluir a capa asfáltica do pavimento. Conforme a 4ª medição do Contrato 001/2009 - Seinf/AM, a Secretaria antecipou a aquisição e otransporte de 1.572,93 ton. de CAP 50/70, o que representa antecipar desnecessariamente o pagamentode R$ 2.702.106,48 (maio/2008), ver Quadro 3 no final deste achado. Ressalte-se que ao contratar a execução de uma obra, não interessa à Administração Pública pagar àparte o material que nela será empregado. A utilidade almejada pela Administração não reside naposse dos insumos necessários à execução da obra, mas cinge-se, tão somente, na obra acabada com arespectiva fruição das vantagens advindas de sua conclusão. A aquisição extemporânea da brita e do CAP 50/70 não assegura a obtenção ou fruição de utilidadealguma pela a Administração. Ao contrário, a conduta de adquirir e pagar esses insumosantecipadamente representa assunção de maior risco por parte da Seinf/AM e do Dnit, sem que hajaqualquer contrapartida por parte do contratado, configurando-se uma assimetria de riscos. Em geral, os casos de antecipação de pagamento devem estar acompanhados de justificativas quedemonstrem claramente vantagem para a Administração Pública e atendimento aos interesses públicos,o que, como visto acima, neste caso não ocorre. Importante, então, lembrar que deliberação deste Tribunal, trazida no Acórdão 948/2007-TCU-Plenário, tratou de questão vinculada à possibilidade de antecipação de pagamentos. In verbis: "9.5.5. em licitações envolvendo recursos públicos federais, observem rigorosamente os seguintes

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comandos da Lei 8.666/93: 9.5.5.2. art. 40, inciso XIV, c/c os arts. 62 e 63 da Lei 4.320/64, e o art. 38 do Decreto 93.872/86,somente prevendo em seus editais a possibilidade de realização de pagamentos antecipados, navigência do contrato, de fornecimento de materiais, de execução de obras e de prestação de serviços,em casos excepcionais, devidamente justificados no processo da licitação, mediante a exigência e acomprovação das necessárias, suficientes e indispensáveis garantias e cautelas, e a inserção decondições contratuais que estabeleçam descontos incidentes sobre os valores antecipados;" No mesmo sentido, citam-se os Acórdãos n.ºs 1726/2008, 690/2005-TCU-Plenário e 1442/2003-TCU-Primeira Câmara: "8.3. Cabe ressaltar que a antecipação de pagamentos é admitida pelo TCU, desde que demonstrado ointeresse público, a previsão no instrumento convocatório e existam garantias suficientes paraassegurar o ressarcimento em caso de inadimplência do contratado. Destaca-se do voto do MinistroRelator Marcos Vinícios Vilaça que embasou o Acórdão 1442/2003 - Primeira Câmara (TC007.717/2002-4 - Ata 23/2003): "Quanto ao pagamento antecipado, forçoso reconhecer que ele não é vedado pelo ordenamentojurídico. Em determinadas situações ele pode ser aceito. Mas esta não é a regra. Ordinariamente opagamento feito pela Administração é devido somente após o cumprimento da obrigação peloparticular... Julgo mais adequado condicionar a possibilidade de pagamento antecipado à existência deinteresse público devidamente demonstrado, previsão no edital e exigência de garantias. (Acórdão1442/2003 - Plenário , Ministro Relator Marcos Vinícios Vilaça)". Além da medição e pagamento antecipada do fornecimento e transporte de insumos, na 4ª medição doContrato 001/2009 - Seinf/AM, também, configura-se a antecipação de medição de serviços. Conforme a memória de cálculo da citada medição, constante do arquivo de evidências do presenteachado, foi medida a execução de capa asfáltica dos acostamentos para todo o segmento em queencontra-se executado o revestimento em CBUQ da pista de rolamento. Contudo, em visita à obra,constatou-se que no trecho entre os quilômetros 466 e 478 os acostamentos não se encontram comrevestimento asfáltico, conforme se verifica nas Fotografias 2 e 3 anexas ao relatório. Considerando os preços unitários constantes na 4ª medição, essa irregularidade proporcionapagamento antecipado de R$ 576.516,17 (maio/2008) - ver Quadro 4 anexo ao final deste achado.

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Quadro 2 - Antecipação de pagamento - Brita

Aquisição de brita produzida para CBUQ m³ 21.729,60 R$ 55,00 R$ 1.195.128,00

Transporte de brita produzida em caminhão basculante

10m3 em rodovia pavimentada t x km 10.722.949,58 R$ 0,35 R$ 3.753.032,35

Transporte de brita produzida em caminhão basculante

10m3 em rodovia não pavimentada t x km 2.210.577,30 R$ 0,53 R$ 1.171.605,97

R$ 6.119.766,32

Quadro 3 - Antecipação de pagamento - CAP 50/70

Consumo de CBUQ por quilômetro de pista 49,216

Extensão executada de CBUQ 54,400

Consumo total de CAP 2.677,329

Consumo de CAP - 4ª medição 4.250,260

Consumo de CAP - antecipado na 4ª medição 1.572,931

Valores antecipados - CAP 50/70

Aquisição CAP 50/70 t 1.572,931 R$ 1.119,88 R$ 1.761.493,82

Transporte fluvial de material betuminoso t 1.572,931 R$ 598,00 R$ 940.612,66

R$ 2.702.106,48

Quadro 4 - Antecipação de pagamento - CBUQ

Consumo de CBUQ por quilômetro de acostamento 139,80

Extensão com acostamento sem revestimento 12,00

Consumo de CBUQ medido antecipadamente 1.677,60

Consumo de CAP - medido antecipadamente 88,91

Valores antecipados

CBUQ t 1.677,600 R$ 114,11 R$ 191.430,94

Aquisição de brita produzida para CBUQ m³ 812,435 R$ 55,00 R$ 44.683,90

Transporte de brita produzida em caminhão basculante

10m3 em rodovia pavimentada m³ x km 396.061,863 R$ 0,35 R$ 138.621,65

Transporte de brita produzida em caminhão basculante

10m3 em rodovia não pavimentada m³ x km 81.649,676 R$ 0,53 R$ 43.274,33

Aquisição CAP 50/70 t 92,268 R$ 1.119,88 R$ 103.329,09

Transporte fluvial de material betuminoso t 92,268 R$ 598,00 R$ 55.176,26

R$ 576.516,17

Total Geral R$ 9.398.388,97

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3.3.3 - Objetos nos quais o achado foi constatado: (IG-C) - Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.Estimativa do valor potencial de prejuízo ao erário: 9.398.388,97

(IG-C) - Convênio 651836, Termo de Compromisso n.º 188/08-00, celebrado entre o Dnit e aSeinf/AM, referente à execução das Obras de pavimentação da BR-317, subtrecho Boca do Acre/AM -Divisa AM/AC, com extensão de 100 km, Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado doAmazonas.

3.3.4 - Causas da ocorrência do achado: Deficiências de controles3.3.5 - Efeitos/Conseqüências do achado: Prejuízos gerados por pagamentos indevidos (efeito potencial)3.3.6 - Critérios: Lei 4320/1964, art. 63, § 2º, inciso IIILei 8666/1993, art. 66; art. 67, § 1º; art. 78, inciso VI3.3.7 - Evidências: Achado - Adiantamento de pagamentos, folhas 1/37.3.3.8 - Conclusão da equipe:Apurou-se adiantamento de pagamento no valor de R$ 9.398.388,97 (maio/2008) para os itensaquisição e transporte de brita e materiais betuminosos, e execução de CBUQ. Sobretudo, em decorrência da separação indevida, em aditivo contratual, dos itens componentes doserviço execução de CBUQ, mediu-se, de forma antecipada, a aquisição e o transporte do quantitativode brita e material betuminoso necessário para executar o CBUQ em segmentos para os quais, nomomento atual, sequer é possível obter uma previsão segura de quando poderão ser realizados osserviços de capa asfáltica do pavimento. Efetivou-se esse procedimento sem que houvesse qualquer contrapartida por parte do contratado, noque se refere aos riscos de extravio do material estocado, ou ainda sem que estivesse garantida acorreta caracterização dos quantitativos efetivamente fornecidos. Diante disso, coerente com o disposto no art. 5º da Constituição Federal, cabe promover a oitiva doDnit, da Seinf/AM e Construtora Colorado para que todos se manifestem em relação à irregularidadeapontada. 3.4 - Superfaturamento decorrente de pagamento por serviço não executado.

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3.4.1 - Tipificação do achado:Classificação - grave com recomendação de continuidade (IG-C)Justificativa de enquadramento (ou não) no conceito de irregularidade grave da LDO - Airregularidade não se enquadra no disposto no inciso IV, do §1º, do art. 94, da Lei 12.309/2010 (LDO2011), uma vez que não apresenta materialidade relevante.3.4.2 - Situação encontrada:Apuraram-se indícios de medição e pagamento de quantitativos de serviços de terraplenagem nãoefetivamente executados, acarretando um prejuízo de R$ 444.937,89 (maio/2008). No Fiscobras 2010 (TC 017.097/2010-0) apontou-se a ocorrência de liquidação irregular de despesa,em virtude de irregularidades verificadas nas medições dos quantitativos dos serviços deterraplenagem. Em razão desse achado, a Secob-2 emitiu a seguinte proposta de encaminhamento: "a) determinar à Secretaria de Infraestrutura do Estado do Amazonas - Seinf, com fulcro no art. 276c/c o art.251 do Regimento Interno do Tribunal, até o juízo de mérito da questão(...)a.2) retenha 15% do valor de todos os serviços de escavação, carga e transporte de material de 1ªcategoria do Contrato 001/2009 Seinf/AM já realizadas, que até a 2ª medição totalizavam R$ 171.276,89 (valor PO - Preços Originários);a.3) mantenha as retenções indicadas no item a.2, supra, até a avaliação do Tribunal acerca daaderência dos quantitativos medidos com os efetivamente executados, tomados como base olevantamento topográfico da obra a ser realizado pelo DNIT;(...)c) determinar à Secretaria de Infraestrutura do Estado do Amazonas - Seinf, com fundamento no art.251, caput do Regimento Interno do Tribunal, que, doravante, observe as normas ES-DNIT 106/2009,ES-DNIT 107/2009 e ES-108/2009 para a realização das medições de terraplenagem, tomando comobase os volumes geométricos das seções e a consideração das primitivas após os serviços de limpezado terreno, com a apresentação de memorial de cálculo que contenha, necessariamente, as cadernetasde campo, as seções transversais por estaca, os cálculos de volumes pelo método das semidistâncias eos diagramas de movimentação de massa;d) determinar ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - Dnit, com fundamento noart. 251, caput do Regimento Interno do Tribunal, que realize estudos geotécnicos e topográficos paraquantificar os reais volumes de todos os serviços de terraplenagem e pavimentação executados naobra, a fim a valorar o possível prejuízo ao erário ocorrido em virtude do pagamento de medições comsuperestimativa de quantitativos, apresentando, no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da ciência, osresultados dos estudos realizados." Em resposta as oitivas determinadas pelo Ministro Relator em virtude dessa proposta, a Seinf/AM, aConstrutora Colorado e o Dnit demonstraram disposição em cumprir as determinações indicadas pela

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Secob-2. Com intuito de averiguar o efetivo cumprimento das determinações retro citadas, a equipe de auditoriaanalisou a 4ª medição do Contrato 001/2009 - Seinf/AM. Nessa análise, verificou-se que a Seinf/AM alterou a metodologia utilizada para o cálculo dosquantitativos de terraplenagem, buscando atender aos critérios de medição das normas ES-DNIT-106/2009, ES-DNIT-107/2009 e ES-108/2009. Também, observou-se que a Seinf/AM apresenta novo levantamento topográfico contemplando toda aextensão da rodovia, inclusive com seções transversais e mapas de cubação, excluindo apenas ostrechos ainda intocados, que cortam as reservas indígenas. Com base nesse novo levantamento topográfico, apresenta novo cálculo dos volumes de aterrocompactado, e um novo fator de homogeneização de 1,18, este certamente obtido a partir da realizaçãode ensaios geotécnicos. Ademais, quantifica os volumes de escavação, carga e transporte de material de 1ª categoria e de bota-foras. Registre-se que a Seinf/AM não realizou a retenção de 15% do valor total dos serviços de escavação,carga e transporte de material de 1ª categoria (todas as distâncias de transporte) medido até a 4ªmedição do Contrato 001/2009 Seinf/AM, conforme previsto na determinação proposta pela Secob-2. Contudo, com a realização de um novo levantamento topográfico e nova aferição dos quantitativostotais executados, a necessidade da retenção poderia ser considerada superada, uma vez que, emprincípio, os novos quantitativos medidos estariam corretos e em conformidade com os critérios demedição das especificações dos serviços de terraplenagem. Objetivando averiguar a veracidade dos quantitativos medidos, a equipe de auditoria solicitou àSeinf/AM que durante a visita à obra fossem conferidos topograficamente os volumes dos três maioresbota-foras medidos (Estacas 2512 a 2593; 3096 a 3143 e 4601 a 4663). Além disso, solicitou quefossem realizados ensaios de densidade "in situ" e de compactação em material proveniente de caixade empréstimo utilizada na terraplenagem. Com a realização dos ensaios geotécnicos nas caixas de empréstimo, verificou-se que o fator dehomogeneização de 1,18, utilizado pela Seinf/AM na 4ª medição, está compatível com os valoresobtidos em campo. Em relação aos bota-foras, nos locais de depósito especificados na 4ª medição do Contrato 001/2009-Seinf/AM, visitados pela equipe de auditoria, não foi visualizado material inservível descartado,

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conforme se verifica nas Fotografias 5 a 7 anexas ao relatório. Logo, inviabilizou-se realizar olevantamento topográfico dos bota-foras, requerido à Seinf/AM. Cabe relembrar que se denomina bota-fora o local selecionado para depósito do material oriundo decortes mas não utilizados nos aterros, seja por ser considerados inservíveis (solos moles, de baixaresistência ou alta expansão) ou material excedente. Conforme memória de cálculo da 4ª medição de terraplenagem do Contrato 001/2009 - Seinf/AM, omaterial proveniente dos cortes não se mostrou suficiente para execução dos aterros, de tal forma quese fez necessário a complementação com material proveniente de caixas de empréstimos laterais. Alémdisso, conforme a 4ª medição, o quantitativo de material inservível é de 29.892,80m3. Os fatos acima descritos corroboram a inexistência de material depositado nos bota-foras indicados namedição, pois não existem indícios de material excedente proveniente dos cortes, e o volume dematerial considerado inservível é mínimo, enquanto que o volume medido de material supostamentedepositado em bota-fora é de 129.979,24m3. Assim, configura-se indício de medição irregular do serviço de escavação, carga e transporte (ECT) dematerial destinado a bota-foras (DMT 0 a 200) no volume de 93.083,24 m3, o que corresponde a umvalor de R$ 444.937,89 (maio/2008). 93.083,24 x R$ 4,78 = R$ 444.937,89 (maio/2008)3.4.3 - Objetos nos quais o achado foi constatado: (IG-C) - Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.Estimativa do valor potencial de prejuízo ao erário: 444.937,89

(IG-C) - Convênio 651836, Termo de Compromisso n.º 188/08-00, celebrado entre o Dnit e aSeinf/AM, referente à execução das Obras de pavimentação da BR-317, subtrecho Boca do Acre/AM -Divisa AM/AC, com extensão de 100 km, Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado doAmazonas.

3.4.4 - Causas da ocorrência do achado: Deficiências de controles3.4.5 - Efeitos/Conseqüências do achado: Prejuízos gerados por pagamentos indevidos (efeito potencial)3.4.6 - Critérios: Lei 4320/1964, art. 63, § 2º, inciso IIILei 8666/1993, art. 66; art. 67, § 1º; art. 78, inciso VI

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3.4.7 - Evidências: Achado - Superfaturamento decorrente de pagamento por serviço não executado, folhas 1/9.3.4.8 - Conclusão da equipe:Apuraram-se irregularidades que implicaram na medição e pagamento indevido de 93.083,24m3 doserviço de escavação, carga e transporte (ECT) de material destinado a bota-foras (DMT 0 a 200), queensejam a devolução de R$ 444.937,89 (maio/2008). Diante disso, coerente com o disposto no art. 5º da Constituição Federal, cabe promover a oitiva doDnit, da SeinfAM e Construtora Colorado para que todos se manifestem em relação à irregularidadeapontada. 3.5 - Critério de medição inadequado ou incompatível com o objeto real pretendido.3.5.1 - Tipificação do achado:Classificação - grave com recomendação de continuidade (IG-C)Justificativa de enquadramento (ou não) no conceito de irregularidade grave da LDO - Airregularidade não se enquadra no disposto no inciso IV, do §1º, do art. 94, da Lei 12.309/2010 (LDO2011), uma vez que não apresenta materialidade relevante.3.5.2 - Situação encontrada:Verificou-se a utilização inadequada do serviço de ECT de material de 1ª categoria DMT 0 a 200, pararemunerar o trabalho de escavação de valetões, acarretando um prejuízo de R$ 847.086,11(maio/2008). Na revisão de projeto em fase de obras e no consequente aditivo ao Contrato 001/2009 - Seinf/AM,utilizou-se de forma inadequada o serviço de ECT de material de 1ª categoria DMT 0 a 200, ao preçounitário de R$ 4,78 (maio/2008), para remunerar o trabalho de escavação dos valetões (calhasescavadas nas laterais da plataforma da rodovia de maneira a facilitar a drenagem superficial - verFotografias 9 e 10 anexas ao relatório). Na realização da ECT do material dos valetões, o solo escavado é transportado a uma distância inferiora 50m, haja vista ser depositado nas imediações do próprio valetão escavado, sendo utilizado comomaterial para confecção do corpo de aterro da rodovia. Para ECT de 1ª categoria com DMT de 0 a 50, o Sicro-2 dispõe de item específico (2 S 01 100 01),cujo preço unitário para o Estado do Amazonas em maio de 2008 é de R$ 1,54, conforme composiçãode preço constante no arquivo de evidências deste achado. Considerando que na revisão do projeto quantificou-se o volume de 261.446,33 m3 de ECT dematerial proveniente de valetões, verifica-se que a utilização do preço aprovado na revisão de projetoem fase de obras para o serviço de ECT do material proveniente dos valetões pode acarretar umprejuízo de R$ 847.086,11 (maio/2008), conforme Quadro 5 anexo ao final deste achado.

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Quadro 5 - Preço unitário ECT valetões

Volume de ECT de valetões previsto na revisão de projeto (m³) 261.446,33

Preço unitário ECT 0 a 200 (R$) 4,78

Preço total previsto na revisão (R$) 1.249.713,46

Preço unitário ECT 0 a 50 (R$) 1,54

Preço total corrigido (R$) 402.627,35

Prejuízo potencial (R$) 847.086,11

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3.5.3 - Objetos nos quais o achado foi constatado: (IG-C) - Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.Estimativa do valor potencial de prejuízo ao erário: 847.086,11

(IG-C) - Convênio 651836, Termo de Compromisso n.º 188/08-00, celebrado entre o Dnit e aSeinf/AM, referente à execução das Obras de pavimentação da BR-317, subtrecho Boca do Acre/AM -Divisa AM/AC, com extensão de 100 km, Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado doAmazonas.

3.5.4 - Causas da ocorrência do achado: Deficiências de controles3.5.5 - Efeitos/Conseqüências do achado: Prejuízos gerados por pagamentos indevidos (efeito potencial)3.5.6 - Critérios: Lei 4320/1964, art. 63, § 2º, inciso III3.5.7 - Evidências: Achado_Valetas - Achado_Valetas - fotos indicando como elas estariam sendo executadas, folha 1.3.5.8 - Conclusão da equipe:Apuraram-se indícios de utilização inadequada da composição de preço do serviço de escavação, cargae transporte de material de 1ª categoria distância de até 200m, para remunerar os trabalhos deescavação de valetões, cuja distância de transporte real é inferior a 50m, acarretando um prejuízopotencial de R$ 847.086,11 (maio/2008). Diante disso, coerente com o disposto no art. 5º da Constituição Federal, cabe promover a oitiva doDnit, da Seinf/AM e Construtora Colorado para que todos se manifestem em relação à irregularidadeapontada. 3.6 - Superfaturamento decorrente de itens pagos em duplicidade.3.6.1 - Tipificação do achado:Classificação - grave com recomendação de continuidade (IG-C)Justificativa de enquadramento (ou não) no conceito de irregularidade grave da LDO - Airregularidade não se enquadra no disposto no inciso IV, do §1º, do art. 94, da Lei 12.309/2010 (LDO2011), uma vez que não apresenta materialidade relevante.3.6.2 - Situação encontrada:Averiguou-se medição e pagamento em duplicidade do serviço "Remoção de expurgo de camadavegetal de jazida", acarretando um prejuízo ao Erário de R$ 495.957,25 (maio/2008). Conforme as composições de preço unitário CPU dos itens "Sub-base estabilizada

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granulometricamente sem mistura" e "Base estabilizada granulometricamente com mistura solo/areiana pista", o valor a ser contratado para realização desses serviços engloba a execução do expurgo dasjazidas (ver CPU s disponibilizadas pela Seinf/AM, constantes do arquivo de evidências do presenteachado). De forma semelhante, no preço do serviço "Desmatamento, destocamento e limpeza" está embutido otrabalho de remoção do material vegetal expurgado, como se verifica nos critérios de medição daespecificação DNER ES-278/97 - Terraplenagem - serviços preliminares (ver arquivo de evidênciasdo presente achado), transcrito a seguir: "8.4 A remoção e o transporte de material proveniente do desmatamento, destocamento e limpeza nãoserão considerados para fins de medição". Acontece que de acordo com a planilha do Contrato 001/2009 - Seinf, além dos serviços de"Desmatamento, destocamento e limpeza", "Sub-base estabilizada granulometricamente sem mistura"e "Base estabilizada granulometricamente com mistura solo/areia na pista", também está prevista a"Remoção de expurgo de camada vegetal de jazida", em item específico a um custo de R$ 0,37/m2(maio/2008). Ademais, foram realizadas medições desse último serviço para um quantitativo de1.340.425,00m2 (134 ha), totalizando o valor de R$ 495.957,25 (maio/2008) - ver 4ª medição doContrato 001/2009-Seinf no arquivo de evidências do presente achado. Tal fato caracteriza medição epagamento de serviços em duplicidade. Registre-se que, conforme se verifica na 4ª medição do Contrato 001/2009 - Seinf, o quantitativomedido para o serviço "Desmatamento, destocamento e limpeza" engloba toda área da faixa dedomínio, e por consequência todas as caixas de empréstimos laterais da obra. Além disso, a soma dasáreas de jazidas exploradas durante toda a obra alcança apenas 26 ha, conforme relatório de situaçãodas jazidas da Obra 317/AM disponibilizada pela fiscalização e constante do arquivo de evidências dopresente achado. Diante disso, não se vislumbram áreas adicionais de jazidas ou empréstimosutilizadas no empreendimento e não contempladas dentro dos quantitativos já medidos para os serviçosde "Desmatamento, destocamento e limpeza", "Sub-base estabilizada granulometricamente semmistura" e "Base estabilizada granulometricamente com mistura solo/areia na pista". Do exposto, conclui-se que foram realizadas medições em duplicidade dos trabalhos de remoção deexpurgo de jazidas, uma vez que esses serviços foram medidos tanto nos itens "Desmatamento,destocamento e limpeza", "Sub-base estabilizada granulometricamente sem mistura" e "Baseestabilizada granulometricamente com mistura solo/areia na pista", quanto no item "Remoção deexpurgo de camada vegetal de jazida".3.6.3 - Objetos nos quais o achado foi constatado: (IG-C) - Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.

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Estimativa do valor potencial de prejuízo ao erário: 495.957,25

(IG-C) - Convênio 651836, Termo de Compromisso n.º 188/08-00, celebrado entre o Dnit e aSeinf/AM, referente à execução das Obras de pavimentação da BR-317, subtrecho Boca do Acre/AM -Divisa AM/AC, com extensão de 100 km, Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado doAmazonas.

3.6.4 - Causas da ocorrência do achado: Deficiências de controles3.6.5 - Efeitos/Conseqüências do achado: Prejuízos gerados por pagamentos indevidos (efeito real)3.6.6 - Critérios: Lei 4320/1964, art. 63, § 2º, inciso IIILei 8666/1993, art. 3ºNorma Técnica - DNER - ES-278/97 - Terraplenagem - serviços preliminares3.6.7 - Evidências: Achado - Superfaturamento decorrente de itens pagos em duplicidade, folhas 1/14.3.6.8 - Conclusão da equipe:Averiguou-se medição em duplicidade do serviço de remoção de expurgo de jazidas, haja vista essetrabalho encontrar-se contemplado tanto na medição do item Remoção de expurgo de camada vegetalde jazida, quanto dos serviços Desmatamento, destocamento e limpeza, Sub-base estabilizadagranulometricamente sem mistura e Base estabilizada granulometricamente com mistura solo/areia napista. Assim, coerente com o disposto no art. 5º da Constituição Federal, cabe promover a oitiva do Dnit, daSeinf/AM e Construtora Colorado para que todos se manifestem em relação à irregularidade apontada. 3.7 - As condicionantes da Licença de Instalação não estão sendo atendidas.3.7.1 - Tipificação do achado:Classificação - grave com recomendação de continuidade (IG-C)Justificativa de enquadramento (ou não) no conceito de irregularidade grave da LDO - Airregularidade não se enquadra no disposto no inciso IV, do §1º, do art. 94, da Lei 12.309/2010 (LDO2011), uma vez que os possíveis danos ao meio ambiente advindos do descumprimento dascondicionantes da LI já ocorreram, pois a obra já se encontra em execução a mais de dois anos.3.7.2 - Situação encontrada:Verificou-se o descumprindo das condicionantes ambientais da Licença de Instalação 138/2009 (itens8, 9 e 10), emitida em 16/9/2009, relativa às obras de pavimentação da BR-317/AM trecho Boca doAcre/AM divisa AM/AC, no que se refere a ausência de contratação da gestora ambiental a nãoimplementação dos programas ambientais, com vistas a mitigar, prevenir e corrigir os impactosambientais e sociais decorrentes do empreendimento.

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As condicionantes 8 e 9 da LI referem-se ao cumprimento integral, pelo empreendedor, a Secretaria deEstado de Infra-Estrutura (Seinf/AM), dos programas e subprogramas contidos no Plano BásicoAmbiental (PBA), parte integrante dos autos do licenciamento ambiental, no que concerne às ações decomando e controle, atividades e estudos referentes à prevenção e mitigação dos impactos ambientais. A condicionante 10 exige que seja apresentada, no prazo de 15 dias após a emissão da LI, a relaçãodos profissionais responsáveis pela condução dos respectivos programas e subprogramas propostos noPBA, contendo formações profissionais e/ou qualificações, registros de consultores na área ambiental.Entretanto, atualmente a rodovia já está quase 70% concluída e a gestora ambiental ainda não foicontratada e, tampouco, os programas ambientais foram executados. A implantação dos programas é essencial para garantir que o licenciamento atinja seu objetivoprimordial de reduzir os impactos negativos da obra. Os programas de: a) monitoramento da qualidadeda água, b) recuperação de áreas degradadas e passivos ambientais, c) resíduos sólidos e efluenteslíquidos, d) educação ambiental junto aos empregados da Construtora Colorado, e) fiscalização econtrole da faixa de domínio, f) prevenção de endemias, g) ambiental para construção, e h) prevençãoe controle de processos erosivos, entre outros, precisam ser executados desde o início da instalação doempreendimento para evitar a ocorrência de impactos ambientais adversos e irreversíveis. Por meio do Termo de Compromisso firmado entre o Estado do Amazonas e o Departamento Nacionalde Infraestrutura de Transportes - Dnit, TC-188/2008-00, de 6/4/2009, cláusula décima, § 1º, o Dnitdelegou à Seinf/AM a responsabilidade de "tomar todas as providências e cuidados para que asexigências legais pertinentes às questões ambientais sejam atendidas, especialmente aquelas referentesàs condicionantes do licenciamento". Contudo, somente em 15/3/2010 foi assinado o Termo deCompromisso TC-238/2010 entre o Dnit e a Seinf/AM, estabelecendo o repasse de recursos para aexecução da gestão ambiental das obras. Ou seja, somente seis meses após a obtenção da LI(16/9/2009) é que foi estabelecido um termo de compromisso entre a Seinf/AM e o Dnit paracontratação de empresa responsável pela gestão ambiental. Vale salientar que a obra já vem sendoexecutada desde 2009. O Dnit já repassou os recursos referente à 1ª parcela do Convênio TC-238/DPP/2010 (R$10.899.157,95), mas, até o momento, a licitação para contratação da gestora não foi realizada. A Nota Técnica Sintética 017/2010 SDS/AM, de 6/6/2011, informa que a Construtora Colorado,supervisionada pela Seinf/AM, está atendendo todas as exigências de quatro programas ambientaisprevistos na LI (Programa Ambiental para Construção, Programa de Prevenção e Controle deProcessos Erosivos na Fase de Instalação, Programa de Prevenção de Endemias, Programa deComunicação Social). No entanto, durante a visita em campo, foi evidenciada pela equipe de auditoriaa existência de vários processos erosivos decorrentes das obras (Fotografia 11 anexa ao relatório).Além disso, foram constatadas caixas de empréstimo não recuperadas, as quais podem acumular água

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e se tornarem focos de endemias (Fotografia 12 anexa ao relatório). Ademais, observou-se, também, oinadequado acondicionamento de produtos perigosos no canteiro de obras (Fotografia 13 anexa aorelatório). Assim, entende-se que a Construtora não está atendendo adequadamente os programas sobsua responsabilidade, bem como a fiscalização realizada pela Seinf/AM não está sendo eficaz. Apesar de ser de responsabilidade da Seinf/AM a contratação de gestora ambiental paraimplementação e execução dos programas contidos no PBA, conforme definido no TC-188/2008-00,cláusula décima, § 1º, o Dnit permitiu a execução das obras de pavimentação da BR-317/AM, bemcomo repassou recursos para esse fim, sem que antes fossem atendidas as condicionantes da LI138/2009, referentes às exigências de existência de responsáveis pela gestão ambiental da obra eexecução dos programas ambientais, contrariando o disposto no Acórdão 1846/2003-Plenário-TCU,item 9.1.1.2.3.7.3 - Objetos nos quais o achado foi constatado: (IG-C) - Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.

(IG-C) - Contrato 010/2010-SEINF, Contrato de prestação de serviços de supervisão, coordenação econtrole das obras de melhoramentos e pavimentação na rodovia BR-317/AM, localizado no trechoBoca do Acre (km-416) - Divisa AM/AC (km-516), Consórcio Maia/Laghi.

(IG-C) - Convênio 651836, Termo de Compromisso n.º 188/08-00, celebrado entre o Dnit e aSeinf/AM, referente à execução das Obras de pavimentação da BR-317, subtrecho Boca do Acre/AM -Divisa AM/AC, com extensão de 100 km, Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado doAmazonas.

(IG-C) - Convênio 660968, 15/3/2010, Termo de Compromisso nº 238/DPP/2010, celebrado entre oDnit e a Seinf/AM, referente à execução da gestão ambiental das obras e serviços referentes àexecução da pavimentação da rodovia BR-317/AM,subtrecho Boca do Acre/AM (km 416,0) - DivisaAM/AC (km 526,7) - extensão: 110,7 km, Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado doAmazonas.

3.7.4 - Causas da ocorrência do achado: Deficiências de controles - Deficiência nos controles do Dnit ao não exigir da Secretária de Estado deInfraestrutura do Governo do Estado do Amazonas - Seinf/AM a adoção de medidas para atendimentodas condicionantes da LI 138/2009.Deficiências nos controles da Seinf/AM ao não fazer cumprir as condicionantes da LI 138/2009.Deficiência nos controles do órgão ambiental licenciador ao não exigir da Seinf/AM e da ConstrutoraColorado o atendimento das condicionantes da LI 138/2009.

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3.7.5 - Efeitos/Conseqüências do achado: Risco de prejuízos em virtude da ausência de fiscalização (efeito potencial) - O descumprimento dascondicionantes da licença ambiental que são necessárias à preservação ou correção dos danos causadosao meio ambiente pela execução da obra pode resultar em graves impactos ao meio ambiente, aexemplo de processos erosivos, assoreamento de rios, má disposição de resíduos sólidos, poluindomananciais locais, entre outros impactos, muitas vezes irreversíveis.3.7.6 - Critérios: Acórdão 1846/2003, item 9.1.1, Tribunal de Contas da União, PlenárioConstituição Federal, art. 225Lei 6938/1981, art. 14Lei 9605/1998, art. 54Resolução 237/1997, CONAMA, art. 8º, inciso II; art. 19, inciso I3.7.7 - Evidências: Achado - As condicionantes da Licença de Instalação não estão sendo atendidas., folhas 1/49.3.7.8 - Medidas corretivas:Execução dos programas e subprogramas estabelecidos no PBA, ajustando os quantitativosinicialmente previstos de acordo com a atual fase construtiva da obra. Levantamento dos passivos e impactos ambientais decorrentes da execução da obra, propondo aadoção de medidas corretivas e mitigadoras para sanar as pendências ambientais detectadas.3.7.9 - Conclusão da equipe:O descumprimento da condicionante no que se refere à inexecução de programas ambientaisestabelecidos no Plano Básico Ambiental se deve, em suma, à ausência de contratação da gestãoambiental da obra. Ao que se mostra, tal deficiência deriva, em especial, de delonga no processo de licitação paracontratação da gestora ambiental, que se encarregaria da implantação dos programas ambientaisestabelecidos para a BR-317/AM. O descumprimento desse quesito por parte do empreendedor, desde o início da obra, pode resultar emgraves impactos ao meio ambiente, a exemplo de processos erosivos, assoreamento de rios, mádisposição de resíduos sólidos, poluindo mananciais locais, entre outros impactos, muitas vezesirreversíveis. Dessa maneira, apresenta-se urgente a adoção de medidas para cumprimento das condicionantes da LI,uma vez que as obras da rodovia já se encontram com cerca de 70% já executadas, o que já pode terprovocado danos irreversíveis ao meio ambiente local. Convém destacar que, apesar de o Dnit ter transferido a responsabilidade à Seinf/AM para acontratação da gestão ambiental e execução dos programas ambientais constantes no PBA elaboradopara a BR-317/AM, a Autarquia nas suas ações de supervisão do empreendimento deve garantir o

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efetivo cumprimento da legislação ambiental, exigindo o cumprimento das condicionantes das licençasambientais em seus pareceres sobre as prestações de contas parciais e finais dos projetos financiadosmediante convênio, conforme Acórdão TCU 1.846/2003-Plenário. Diante disso, entende-se conveniente realizar oitiva junto ao Dnit e à Seinf/AM para que semanifestem a respeito dos fatos apontados. 3.8 - Ausência de licenças ambientais de âmbito estadual e local.3.8.1 - Tipificação do achado:Classificação - grave com recomendação de continuidade (IG-C)Justificativa de enquadramento (ou não) no conceito de irregularidade grave da LDO - Airregularidade não se enquadra no disposto no inciso IV, do §1º, do art. 94, da Lei 12.309/2010 (LDO2011), uma vez que os danos ambientais advindos da ausência de licenciamento ambiental das áreas deapoio já ocorreram. 3.8.2 - Situação encontrada:Constatou-se ausência do necessário licenciamento ambiental para áreas de apoio, em virtude daexploração de jazidas por parte da Construtora Colorado, sem a obtenção da respectiva licençaambiental, em desacordo com o art. 60 da Lei 9.605/1998. Contrariando as disposições contidas na legislação ambiental, as quais determinam que oempreendimento cuja atividade tenha características potencialmente poluidoras só pode atuar mediantea posse de licença ambiental, observou-se que o empreendedor da BR-317/AM, no subtrecho Boca doAcre/AM divisa AM/AC, utilizou-se de áreas de propriedade particular para jazida, sem exigir dosproprietários a comprovação de que possuíam licença ambiental com vistas a permitir a utilizaçãodaquelas áreas para fins esse fim.3.8.3 - Objetos nos quais o achado foi constatado: (IG-C) - Convênio 651836, Termo de Compromisso n.º 188/08-00, celebrado entre o Dnit e aSeinf/AM, referente à execução das Obras de pavimentação da BR-317, subtrecho Boca do Acre/AM -Divisa AM/AC, com extensão de 100 km, Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado doAmazonas.

3.8.4 - Causas da ocorrência do achado: Deficiências de controles - Deficiências nos controles da Seinf/AM e do órgão ambiental licenciadorem fiscalizar o cumprimento da legislação ambiental por parte da Construtora Colorado.3.8.5 - Efeitos/Conseqüências do achado: Risco de prejuízos em virtude da ausência de fiscalização (efeito potencial) - Possíveis prejuízosadvindos dos custos de recuperação ambiental das áreas envolvidas.3.8.6 - Critérios: Acórdão 516/2003, Tribunal de Contas da União, PlenárioConstituição Federal, art. 225

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Decreto 99274/1990, art. 17; art. 22Lei 6938/1981, art. 10; art. 14Lei 6938/1991, art. 10Lei 9605/1998, art. 54Resolução 1/1986, CONAMA, art. 1ºResolução 237/1997, CONAMA, art. 18, inciso II; art. 19, inciso I3.8.7 - Evidências: Achado - Ausência de licenças ambientais de âmbito estadual e local., folhas 1/59.3.8.8 - Conclusão da equipe:De acordo com a legislação ambiental, a intervenção humana no meio ambiente e a execução deatividade potencialmente poluidora deverão ser precedidas de licença ambiental. Por isso mesmo, ao atuar em descumprimento ao que determina a lei, o empreendedor assume o riscode responder pelas consequências do ato ilegal, situação em que se colocam o Dnit e a Seinf/AM,ainda que indiretamente. No caso em comento, ainda que a responsabilidade direta de solicitar a licença ao proprietário doterreno seja da construtora, o Dnit e a Seinf/AM poderão ser chamados a responder pela irregularidadedo ato em questão, tendo em vista a responsabilidade de fiscalizar a correta aplicação dos recursospúblicos. Dessa maneira, cabe ao Dnit a adoção de medidas com vistas a normalizar a irregularidadeapontada. 3.9 - Obra licitada sem Licença Prévia.3.9.1 - Tipificação do achado:Classificação - grave com recomendação de continuidade (IG-C)Justificativa de enquadramento (ou não) no conceito de irregularidade grave da LDO - Airregularidade não se enquadra no disposto no inciso IV, do §1º, do art. 94, da Lei 12.309/2010 (LDO2011), uma vez que os possíveis danos ambientais advindos dos problemas no licenciamentoambiental do empreendimento já ocorreram. 3.9.2 - Situação encontrada:Apurou-se que as obras de implantação da BR-317/AM foram licitadas sem Licença Prévia (LP),incorrendo em irregularidade grave, conforme estabelece o Acórdão 516/2003- Plenário-TCU. A irregularidade já foi discutida no âmbito do TC 007.632/2009-2, que trata de levantamento deauditoria promovido pela Secex/AM nas obras de construção e pavimentação da BR-317/AM,realizado em 2009 (Fiscobras 2009). O levantamento apontou que houve emissão de ordem de serviçopara início da obra, em 16 de março de 2009, embora a Secretaria de Infra-Estrutura do Estado daAmazonas (Seinf/AM) tenha informado que as obras não foram efetivamente iniciadas até a obtençãodas licenças. Foi realizada oitiva junto ao Secretário da Seinf/AM, à época, Sr. Orlando Augusto Vieira de Mattos

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Júnior, e ao Presidente da Comissão Geral de Licitação, Sr. Epitácio de Alencar e Silva Neto, para quemanifestassem acerca da irregularidade de ter licitado a obra sem licença prévia. A análise procedida pela Secex/AM quanto às manifestações apresentadas pelos responsáveis cita que"o fato de a obra não ter sido iniciada em nada altera a irregularidade ocorrida, entretanto, verifica-seàs fls. 330/334, vol. 1, a cópia da Licença Prévia 325/2009 expedida pelo Ibama, relativa às obras depavimentação da BR 317, datada de 19/8/2009. Ante a apresentação desse documento, considera-seelidida a presente irregularidade verificada no processo licitatório". Durante a análise do processo pelo Ministro-Relator, foi encaminhada documentação adicional pelaSeinf/AM. O Acórdão 2338/2009-Plenário-TCU, em seu item 9.3, determinou à Secex/AM que, comapoio técnico da Secob, manifestasse-se conclusivamente acerca desta nova documentação apresentadapelos responsáveis. A Secob analisou as respostas das oitivas retrocitadas e propôs, na instrução elaborada em 1/7/2011,no âmbito do TC 007.632/2009-2, que a irregularidade referente a obra em andamento comlicenciamento ambiental irregular passasse a ser tratada no TC 011.652/2011-0 (Fiscobras 2011),fundamentando-se no fato de que os trabalhos a serem realizados no Fiscobras 2011 contarão com apresença de especialistas na área de meio ambiente. Cabe ressaltar que a instrução elaborada pelaSecob no âmbito do TC 007.632/2009-2 ainda não foi apreciada pelo Tribunal. Registre-se que a irregularidade em análise também estava sendo tratada no âmbito do TC020.089/2010-4, que trata de representação formulada pelo Ministério Público Federal em virtude deirregularidades no licenciamento ambiental da BR-317/AM. O Acórdão 1810/2010-Plenário-TCU, referente ao TC 020.089/2010-4, em seu item 9.3, determinou àSecob-2 e à 8ª Secex que, no âmbito do TC 011.652/2011-0, verificassem as eventuaisresponsabilidades dos agentes públicos envolvidos no processo de licenciamento ambiental,principalmente, com relação ao: 1) descumprimento das diretrizes constantes no item 9.1.1 do Acórdão1846/20003-Plenário-TCU e do contido no inciso IX do art. 6º e no inciso VII do art. 12 da Lei8.666/1993, 2) cumprimento das condicionantes da LP 325/2009 e LI 138/2009, e 3) constatação decelebração de instrumento congênere a convênio (termo de compromisso) e contratação de empresaexecutora, por meio do Contrato 001/2009-Seinf/AM, antes da emissão da respectiva licençaambiental correspondente. Assim, em atendimento ao disposto no item 9.3 do Acórdão 1810/2010-Plenário-TCU, procede-se, aseguir, a avaliação da irregularidade "obra licitada sem licença prévia". Em referência a essa irregularidade, faz-se um resumo do histórico dos fatos: 1) o Ibama, em 6/11/2007, enviou ao Dnit a minuta de Termo de Referência para elaboração do Estudo

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de Impacto Ambiental das obras de pavimentação da BR 317/AM; 2) o Dnit envia o EIA/Rima ao Ibama em 6/8/2008; 3) o Ibama aprova o EIA/Rima enviado pelo Dnit em 24/11/2008; 4) a Seinf/AM realizou a Concorrência 97/2008-CGL, com base na qual foi celebrado, em 11/3/2009,o Contrato 001/2009-Seinf/AM com a Construtora Colorado para realização das obras; 5) foi firmado, em 6/4/2009, Termo de Compromisso que delegou a obra de pavimentação e asobrigações relativas ao licenciamento ambiental à Seinf/AM (Termo de Compromisso 188/08-00); 6) o Ibama emitiu a Licença Prévia 325/2009, em 19/8/2009, data em que foi celebrado o Acordo deCooperação Técnica 02001.008413/2009-32, por meio do qual o Ibama delegou ao Instituto deProteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam), a condução do referido licenciamento; 7) o Ipaam emitiu em 16/9/2009 a Licença de Instalação 138/2009. Diante do histórico apresentado, resta evidenciado que a contratação da Construtora Colorado pelaSeinf/AM, que ocorreu em março/2009, deu-se antes mesmo da assinatura do Termo de Compromissoque delegou a obra pelo Dnit à Seinf/AM (abril/2009). E mais, que a celebração do convênio (Termode Compromisso 188/08-00) ocorreu antes da emissão da Licença Prévia, que só foi emitida em agostode 2009, ou seja, quatro meses depois da assinatura do convênio. O TCU, por meio do Acórdão 516/2003-Plenário-TCU, passou a classificar como irregularidade gravea contratação de obras com base em projeto básico elaborado sem a licença prévia, com base nos art.2º, § 2º, inciso I e art. 12, ambos da Lei 8.666/1993 c/c o art. 8º, incisos I da Resolução Conama237/1997. Em avaliação de matéria semelhante, o TCU estabeleceu que a obtenção da Licença Ambiental Préviadeve, necessariamente, preceder à conclusão do projeto básico da licitação, como requisitoindispensável para a definição dos elementos necessários e suficientes para caracterizar obra ouserviço potencialmente danoso ao meio ambiente (Acórdão 1847/2005- Plenário-TCU ). Isso porque, épor ocasião da emissão dessa licença que são definidos requisitos condicionantes para as fasessubsequentes, referentes à elaboração do Projeto Básico e à contratação do objeto. Dessa forma, a Seinf/AM, ao celebrar o Contrato 001/2009-Seinf/AM com a Construtora Coloradopara realização das obras antes da emissão da LP, incorreu em irregularidade grave, conformeentendimento do Tribunal. A obtenção da licença ambiental cinco meses depois da realização dalicitação em nada dirime a falha incorrida, apenas evitou que fosse cometido crime ambiental(intervenção no meio ambiente sem licença ambiental).

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Em referência ao descumprimento das diretrizes do Acórdão 1846/2003-Plenário-TCU, o referidoAcórdão determinava ao Dnit que: "9.1.1 em obediência ao disposto no art. 225, § 1º, incisos I e IV, da Constituição Federal, arts. 2º e 8ºda Resolução Conama nº 237/97, Acórdão 516/2003 - Plenário - TCU, e art. 3º, incisos XX e XXVI,do Decreto nº 4.129/2002, cumpra rigorosamente a legislação ambiental no que se refere às obras sobsua responsabilidade, em especial, no sentido de:(...)9.1.1.2 no caso de obras delegadas, exigir a licença prévia antes da celebração do convênio e daaprovação do projeto básico, bem como a licença de instalação antes da liberação de recursos, sob orisco de incorrer em irregularidade grave, conforme subitens 9.2.3.1 e 9.2.3.2 do Acórdão 516/2003 -Plenário - TCU itens 5 e 8 da IS/DG/DNER nº 003/2001". Conforme já relatado anteriormente, constatou-se que o Dnit firmou Termo de Compromisso,delegando a construção da BR-317/AM à Seinf/AM, em 6/4/2009, portanto, antes da obtenção daLicença Prévia, ocorrida em 19/8/2009. Agindo assim, incorreu em irregularidade grave, conformeentendimento desta egrégia Corte. Assim, entende-se pertinente realizar oitiva junto ao Dnit para quemanifeste as razões de justificativas quanto a esta irregularidade. Quanto à Seinf/AM, em princípio, não será necessária a realização de oitiva neste momento,considerando-se que houve manifestação anterior da Secretaria de Infra-Estrutura do Estado doAmazonas no âmbito do TC 007.632/2009-2, e conforme determinação exarada no Acórdão2338/2009-Plenário-TCU, em seu item 9.3 c/c a instrução elaborada em 1/7/2011, no âmbito do TC007.632/2009-2, a análise conclusiva acerca da documentação apresentada pela Seinf/AM serárealizada no âmbito deste processo. .3.9.3 - Objetos nos quais o achado foi constatado: (IG-C) - Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.A irregularidade não se enquadra no disposto no inciso IV, do §1º, do art. 94, da Lei 12.309/2010(LDO 2011).

(IG-C) - Convênio 651836, Termo de Compromisso n.º 188/08-00, celebrado entre o Dnit e aSeinf/AM, referente à execução das Obras de pavimentação da BR-317, subtrecho Boca do Acre/AM -Divisa AM/AC, com extensão de 100 km, Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado doAmazonas.

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A irregularidade não se enquadra no disposto no inciso IV, do §1º, do art. 94, da Lei 12.309/2010(LDO 2011).

(IG-C) - Edital 97/2008, CONCORRÊNCIA, Edital da Conc. nº 97/2008, elaborado pela ComissãoGeral de Licitação/AM, para a contratação de empresa para a construção e pavimentação da RodoviaBR-317/AM (trecho km 416-516)A irregularidade não se enquadra no disposto no inciso IV, do §1º, do art. 94, da Lei 12.309/2010(LDO 2011).

3.9.4 - Causas da ocorrência do achado: Deficiências de controles - Deficiência nos controles da Seinf/AM ao realizar a licitação da BR-317/AM-AC sem Licença Prévia, acatando o risco de incorrer em crime ambiental, em decorrência depossível intervenção no meio ambiente antes da obtenção do necessário licenciamento ambiental,conforme determina a legislação correlata. Além disso, ignorou o risco de realizar licitação ineficaz,tendo em vista a possibilidade de demanda de alteração do Projeto Básico para adequar às exigênciasambientais, postas por ocasião da obtenção da licença.3.9.5 - Efeitos/Conseqüências do achado: Risco de incorrer em Crime Ambiental (efeito potencial) - Ao licitar uma obra antes da obtenção deLicença Prévia, o Dnit pode motivar a ocorrência de prejuízos ambientais e, por via indireta, ao Erário,ao assumir o risco de que o empreendedor inicie as atividades sem licença ambiental, caracterizandocrime ambiental, conforme determinam as Leis 6.938/1981 e 9.605/1998, o que acarretará a aplicaçãode penalidades e multa, além dos prováveis prejuízos em caso de paralisação da obra.3.9.6 - Critérios: Constituição Federal, art. 225Lei 6938/1981, art. 10; art. 14Lei 8666/1993, art. 6º, inciso IX; art. 12Lei 9605/1998, art. 54Resolução 237/1997, Conama, art. 2º; art. 8º, inciso I3.9.7 - Evidências: Achado - Obra licitada sem Licença Prévia, folhas 1/35.3.9.8 - Conclusão da equipe:Foi constatada na auditoria que a licitação realizada pela Secretaria de Estado de Infra-Estrutura doAmazonas (Seinf/AM), que resultou na contratação da Construtora Colorado para realização das obrasde pavimentação da BR-317/AM, trecho Boca do Acre/AM e divisa AC/AM, ocorreu antes da emissãoda Licença Prévia 325/2009, incorrendo em irregularidade grave, conforme estabelece o Acórdão516/2003- Plenário-TCU. Além disso, foi verificado que o Dnit firmou Termo de Compromisso delegando a obra à Seinf/AM,em 6/4/2009, sem que a Licença Prévia tivesse sido emitida, incorrendo, também, em irregularidadegrave, conforme entendimento do TCU, estabelecido no Acórdão 1846/2003-Plenário-TCU. Assim,

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propõe-se a realização de oitiva junto ao Dnit para apresentação de esclarecimentos a respeito destaquestão. 3.10 - Alteração injustificada de quantitativos.3.10.1 - Tipificação do achado:Classificação - grave com recomendação de continuidade (IG-C)Justificativa de enquadramento (ou não) no conceito de irregularidade grave da LDO - Airregularidade não se enquadra no disposto no inciso IV, do §1º, do art. 94, da Lei 12.309/2010 (LDO2011), uma vez que não apresenta materialidade relevante.3.10.2 - Situação encontrada:Verificou-se carência de justificativa técnica na proposta de alteração do Projeto Básico, emitida pelaCoordenação Geral de Meio Ambiente do Dnit (CGMAB/Dnit), para licitação com vistas à execuçãodos programas ambientais, proporcionando substancial incremento dos valores constantes do ProjetoBásico desse programas apresentado inicialmente pela Seinf/AM. Em março de 2010, o Dnit e a Seinf/AM firmaram o Termo de Compromisso nº 238/DPP/2010, novalor de R$ 16.673.839,83, sendo R$ 14.297.581,73 a serem transferidos pelo Dnit, com acorrespondente contrapartida do Estado do Amazonas no valor de R$ 2.376.258,10. Com base nesse Termo de Compromisso, o Dnit transferiu à Seinf/AM a responsabilidade para adoçãode providências para o atendimento de todas as exigências legais pertinentes às questões ambientaisrelacionadas à BR-317/AM Subtrecho Boca do Acre/AM Divisa AM/AC. No âmbito da execução das ações previstas nesse acordo, a Seinf/AM encaminhou ao Dnit, por meiodo Ofício nº. 06141/2010/GS/SEINF, minuta de Projeto Básico para fins de realização de licitaçãopara contratação da gestão ambiental das obras e serviços de construção/pavimentação da RodoviaBR- 317/AM subtrecho Boca do Acre/AM Divisa AM/AC, cujos valores estimados paraimplementação dos programas ambientais era de R$ 4,5 milhões e do componente indígena, R$ 9,8milhões. Ao analisar a proposta apresentada pela Seinf/AM, a Coordenação-Geral da CGMAB/Dnit,recomendou àquela Secretaria, por meio das Notas Técnicas nº 07, 08 e 09, da Coordenação-Geral deMeio Ambiente-CGMAB, a realização de reajustes na estimativa dos custos para a contratação dagestão ambiental do empreendimento. Entre outros pontos, a CGMAB argumentou que os valoressugeridos pela Seinf/AM estariam desatualizados. Além disso, a CGMAB propôs a exclusão docomponente indígena daquela proposta de licitação, alegando que tal item deveria ser tratado emseparado, uma vez que ainda dependia da realização de estudos complementares para avaliação dessavariável. Convém esclarecer que a realização de tais estudos decorreu de manifestação de comunidadesindígenas no processo de consulta pública para audiência dos povos e representantes de organizações

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indígenas, ocorrida em Boca do Acre/AM, ocasião em que se questionou a não inserção decomunidades nos estudos realizados no âmbito do EIA/Rima. Ocorre que, ao realizar os ajustes propostos pela CGMAB/Dnit, houve uma vultosa alteração doscustos dos programas ambientais inicialmente apresentados no Projeto Básico da Seinf/AM, passandode 4,5 milhões para R$ 14,5 milhões, mais que triplicando o valor estimado anteriormente paralicitação da gestão ambiental. Levando em conta que o valor estimado para o empreendimento é R$76,8 milhões, a execução dos programas ambientais custaria quase 20% do custo de pavimentação darodovia. Vale destacar que a implantação do empreendimento já se encontra com cerca de 70% concluída, oque já exigiria uma reavaliação da execução de programas cuja efetividade seria alcançada se adotadosantes do início da obra. No que se refere aos programas ambientais, o Termo de Referência apresenta a relação dos programasa serem implementados, agrupando-os em: A-Monitoramento de Recursos Hídricos; B-Pró-Faixa; C-Monitoramento de Fauna; e E-Monitoramento e Salvamento Arqueológico. Para realização das atividades referentes ao monitoramento de recursos hídricos, a estimativa de custoera R$ 297.860,72. Após a alteração sugerida pelo Dnit, o novo valor foi estimado em R$ 490.279,77,o que significa um aumento de quase 70% do valor inicial. Considera-se que tal programa estariasuperdimensionado, pois, conforme previsto no PBA, deveriam ser realizadas duas campanhas deanálise da água ao ano. Considerando que só restam 30% da obra a ser executada, estimar-se-ia anecessidade de quatro campanhas, correspondendo a dois anos de coleta. No entanto, a planilhaapresentada no novo Projeto Básico estima a realização de nove campanhas de água, o quecorresponderia a estimar que a conclusão dos 30% da obra levaria mais quatro anos. Quanto ao Programa Pró-faixa, que contemplava seis ações, entre elas o Programa de ComunicaçãoSocial, o valor apresentado inicialmente era de R$ 333.841,44. Entretanto, na nova proposta deplanilha de custos, consta um programa individual denominado Programa de Comunicação Social ,cujo custo estimado é R$ 1.833.831,72, quase seis vezes o valor estimado para todo bloco de ações queeram contempladas no item Pró-faixa. Situação semelhante foi constatada na proposta referente ao programa Educação Ambiental, que eraum item do bloco Monitoramento de Fauna , o qual era composto por três subprogramas. O custoapresentado anteriormente para todo bloco era de R$ 315.113,04. Na nova planilha, somente para aação relativa à Educação Ambiental foi estimado o custo de R$ 1.838.722,86. E ainda, segundo constana nova planilha, o programa de monitoramento de fauna sozinho custará R$ 2.426.225,76. Ou seja, seantes esses dois programas que estavam agrupados em um mesmo bloco de três subprogramas tinhamum custo estimado para implantação em R$ 315.113,04, na nova proposta, a implementação desomente dois deles custará R$ 4.264.948,62, quase o valor dos custos que eram previstos para

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execução de todos os programas ambientais, conforme estimativa inicial feita pela Seinf/AM. É conveniente assinalar que o valor total da planilha de custos referentes ao atendimento das questõesambientais da BR-317/AM, de acordo com o Projeto Básico encaminhado anteriormente ao Dnit, erade R$ 14.297.581,75, em cujo valor estava contemplado o atendimento do componente indígena, parao qual havia sido estimado o custo de R$ 9.766.350,00. Apesar disso, na proposta elaborada após assugestões da CGMAB, mesmo excluindo essa variável, o custo estimado para execução dos demaisprogramas ambientais ultrapassa o montante estimado para todo componente ambiental da obraanteriormente.3.10.3 - Objetos nos quais o achado foi constatado: (IG-C) - Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.

(IG-C) - Contrato 010/2010-SEINF, Contrato de prestação de serviços de supervisão, coordenação econtrole das obras de melhoramentos e pavimentação na rodovia BR-317/AM, localizado no trechoBoca do Acre (km-416) - Divisa AM/AC (km-516), Consórcio Maia/Laghi.

(IG-C) - Convênio 651836, Termo de Compromisso n.º 188/08-00, celebrado entre o Dnit e aSeinf/AM, referente à execução das Obras de pavimentação da BR-317, subtrecho Boca do Acre/AM -Divisa AM/AC, com extensão de 100 km, Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado doAmazonas.

(IG-C) - Convênio 660968, 15/3/2010, Termo de Compromisso nº 238/DPP/2010, celebrado entre oDnit e a Seinf/AM, referente à execução da gestão ambiental das obras e serviços referentes àexecução da pavimentação da rodovia BR-317/AM,subtrecho Boca do Acre/AM (km 416,0) - DivisaAM/AC (km 526,7) - extensão: 110,7 km, Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado doAmazonas.

3.10.4 - Causas da ocorrência do achado: Deficiências de controles - Deficiência nos controles do Dnit ao propor a alteração de valores paraexecução dos programas ambientais tomando por base o período integral de implantação doempreendimento, sem considerar que a obra já se encontra com cerca de 70% instalada.3.10.5 - Efeitos/Conseqüências do achado: Risco da ocorrência de aquisições ou contratações que não atendam à necessidade do órgão (efeitopotencial) - Risco de prejuízo ao Erário pela contratação de empresa para execução de programasambientais superdimensionados e possibilidade de realização de serviços que não surtirão os efeitospropostos no objeto contratado.3.10.6 - Critérios:

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Lei 8666/1993, art. 65, inciso ILei 9784/1999, art. 2º3.10.7 - Evidências: Achado - Aumento injustificado de Quantitativos - arquivo 1 de 4, folhas 1/45.Achado - Aumento injustificado de Quantitativos - arquivo 2 de 4, folhas 1/85.Achado - Aumento injustificado de Quantitativos - arquivo 3 de 4, folhas 1/345.Achado - Aumento injustificado de Quantitativos - arquivo 4 de 4, folhas 1/97.3.10.8 - Conclusão da equipe:É inquestionável a importância da implementação de programas ambientais em empreendimentos comcaracterísticas potencialmente poluidoras. O custo dessa variável, no entanto, deve guardar certa proporcionalidade com o valor doempreendimento, para obstar a possibilidade de inviabilização do projeto devido ao alto custo dasexigências ambientais. A título de comparação, vale citar o estudo realizado pelo pesquisador Luis Enrique Sánchez, Estudoex-post em licenciamento ambiental da BR-101 Sul, no âmbito do TC 025.829/2010-6, o qual concluique o percentual da variável ambiental em relação ao custo de implantação daquela rodovia foi deaproximadamente 2,61%. Nesse mesmo trabalho, Sánchez cita estudo realizado pelo Banco Mundial,em 2008, sobre o licenciamento ambiental em 21 usinas hidrelétricas no Brasil, destacando que talestudo apurou que os custos médios de mitigação e gestão do processo de licenciamento ambiental noBrasil são inferiores a 3% dos custos totais dos empreendimentos. O pesquisador menciona tambémum trabalho realizado por Sánchez e Gallardo (2005), o qual computou os custos de acompanhamentoambiental da construção da pista descendente da rodovia dos Imigrantes, em São Paulo, obraconstruída entre 1999 e 2003, que obteve o valor de 1,03% em relação ao custo da obra. Considerando o valor da nova proposta de Projeto Básico para a Gestão Ambiental da BR-317/AMestimado em quase 14,5 milhões. Somando esse valor ao custo atualmente previsto para atendimentodas questões indígenas (condicionante 2.17.14 da LP), que era de aproximadamente 9,7 milhões,obtêm-se um total de 24,2 milhões. Esse montante corresponde a mais de 30% do atual valor referenteà pavimentação da rodovia, que soma R$ 76,8 milhões. Vale lembrar que o Programa de Relacionamento e apoio com as Comunidades Indígenas(condicionante 2.17.14 da LP) ainda não está definido (vide Achado 3.9), podendo haver acréscimonesse valor previsto anteriormente. Ocorrendo isso, esse percentual será ainda maior. Tais fatos evidenciam a necessidade de análise mais acurada por parte do Dnit e da Seinf/AM arespeito dos custos estimados para atendimento da variável ambiental da BR-317/AM. Convém ressaltar que o prazo para execução dos programas ambientais seria de 18 meses, de acordocom o PBA. No entanto, há que se considerar que há programas cuja efetividade já estaria prejudicada

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diante do atual estágio da obra, a exemplo dos programas Comunicação Social, que teria comoobjetivo principal o repasse de informações sobre as mais importantes etapas e ações doempreendimento, nas fases de projeto, construção e operação, segundo destacado no Cap. 4.1.3 doPBA: e Educação Ambiental, para o qual o PBA (Cap. 4.1.2) apresenta como um dos objetivosprivilegiar a disseminação de informações sobre as iniciativas de preservação da qualidade ambientalrelacionadas ao empreendimento. Levando em conta que tais programas ambientais, teoricamente, teriam como principal efeitocontribuir para a divulgação dos benefícios do empreendimento junto à comunidade afetada pelosimpactos da obra e minimizar a ocorrência de conflitos entre o empreendedor e a população local,considerando que a rodovia já se encontra com cerca de 70% já instalada, há que se questionar se aindaseria cabível a execução de todos os programas pelo período integral, previsto no PBA. Dessa maneira, ainda que seja obrigatória a implementação de programas com essas características, osquais seriam mais justificados no início das obras, mostra-se necessário que seja avaliada a realnecessidade de execução deles durante todo o período previsto no PBA, o qual foi elaborado em outrafase do empreendimento, momento em que os cenários também deveriam ser diferentes. Diante disso, cabe promover oitiva do Dnit quanto à irregularidade apontada. 3.11 - Deficiências no processo de participação de órgãos da administração federal intervenientesno licenciamento ambiental.3.11.1 - Tipificação do achado:Classificação - outras irregularidades (OI)3.11.2 - Situação encontrada:Apurou-se ausência de fundamentação técnica nas exigências apresentadas pela Fundação Nacional doÍndio (Funai) no âmbito do licenciamento ambiental da BR-317/AM, trecho Boca do Acre/AM divisaAM/AC. As obras de pavimentação da BR-317/AM estão em fase de conclusão, excluindo os trechos em que aestrada corta as terras indígenas Boca do Acre (km 454 a km 466) e Apurinã (km 480 a km 496).Nesses trechos, não foi realizada nenhuma intervenção construtiva em atendimento às exigências daFunai (Ofício 374/2010/DPDS-Funai-MJ) constantes nas condicionantes da Licença de Instalação138/2009 relativas ao componente indígena. A Funai preparou Termo de Referência (TR), em 31/8/2007, para a elaboração do EIA/Rima exigindoa realização de estudos para três terras indígenas (Apurinã do km 124, Boca do Acre, Camicuã) e paracinco reivindicações fundiárias indígenas (Iquirema, Monte, Primavera, Goiaba e Jamamadi doLourdes). Reivindicações fundiárias indígenas são áreas reivindicadas por grupos indígenas que aindanão foram demarcadas, sendo que para uma comunidade indígena possuir direitos sobre umadeterminada área, nos termos do § 1º do artigo 231 da Constituição Federal, o poder público terá a

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atribuição de identificá-la e delimitá-la, de realizar a demarcação física dos seus limites, de registrá-laem cartórios de registro de imóveis e protegê-las. A legislação atribui à Funai o papel de executar ademarcação dessas terras (Lei 6.001/1973 e Decreto 1.775/1996). No caso do TR elaborado pela Funaipara a elaboração do EIA/Rima, não foi apresentada nenhuma justificativa para a inclusão das cincoáreas indígenas que ainda não foram regularizadas. O EIA/Rima definiu, com base em estudos científicos, análise em campo e discussões com o órgãolicenciador, a distância de 25 km do eixo rodoviário como sendo a Área de Influência Indireta (AII) doempreendimento. As terras indígenas a serem estudadas, conforme proposto no TR preparado pelaFunai, estavam dentro deste limite. Além de atender a demanda do TR, o EIA/Rima incluiu maisquatro comunidades indígenas em sua análise. Após aprovação do EIA/Rima pelo Ibama, foi realizada audiência pública para informar sobre oprojeto e seus impactos ambientais, contando com a participação de comunidades indígenas da região,conforme define a Resolução Conama 01/1986, art. 11, § 2º e a Convenção OIT 169, arts. 6º, 7º e 34c/c Decreto 5051/2004. A Funai deu anuência à emissão da LP, contudo, exigiu que fossem realizados estudoscomplementares para mais dez comunidades indígenas localizadas fora da AII (9 TIs e 1 RI), semapresentar nenhuma justificativa plausível para essa inclusão, contrariando o definido na ResoluçãoConama 237/1997, art. 10, §2º: "No caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao estudo de impacto ambiental EIA, se verificadaa necessidade de nova complementação em decorrência de esclarecimentos já prestados (...), o órgãoambiental competente, mediante decisão motivada e com a participação do empreendedor, poderáformular novo pedido de complementação". Algumas das comunidades a serem estudadas estão localizadas a mais de 100 km de distância daestrada (ver Mapa de BR-317/AM e das Áreas Protegidas em seu Entorno no arquivo de Evidênciasdeste achado), ou seja, bem distantes de qualquer impacto decorrente da obra. Além disso, a obra estásendo realizada em cima do traçado original, portanto, sem causar impactos significativos ao meioambiente, que não os já existentes. Foi verificado durante a vistoria realizada na BR-317/AM, que ascomunidades indígenas Boca do Acre e Apurinã incorporaram características típicas de sociedade nãoindígena, como a existência de Igreja Evangélica (Fotografia 14 anexa ao relatório), a adoção depráticas de queimada e criação de gado (Fotografia 15 anexa ao relatório), além da presença de bar(Fotografia 16 anexa ao relatório), em suas terras. A Funai também deu anuência à emissão da LI sem que os estudos complementares exigidos na LPtivessem sido realizados. Ressalta-se, contudo, que a Funai somente emitiu em 22/12/2009 o TR pararealização dos estudos solicitados na LP (emitida em 19/8/2009), ou seja, após 4 meses, sendo que a LIjá havia sido emitida também, em 16/9/2009.

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Outra irregularidade por parte da Funai foi a apresentação de nova versão do Termo de Referência, em14/6/2010, estabelecendo mais exigências para a realização dos estudos do Componente Indígena(Ofício 374/2010/DPDS-Funai-MJ), sem apresentação de justificativa plausível para a alteração, emdescumprimento além do § 2º, art. 10 da Resolução Conama 237/1997, o inciso IV do art. 10 domesmo normativo: "Art. 10 - O procedimento do licenciamento ambiental obedecerá as seguintes etapas:(...) IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente,integrante do SISNAMA, ocorre uma única vez, em decorrência da análise de documentos, projetos eestudos ambientais apresentados, podendo a reiteração da mesma solicitação caso as complementaçõesnão tenham sido satisfatórias". A nova versão do TR também incluiu mais 3 terras indígenas e 10 reivindicações indígenas(identificação e demarcação) no estudo, todas localizadas fora da AII do empreendimento, totalizando35 comunidades indígenas a serem estudas (a Funai solicitou estudos adicionais para as 12comunidades já estudadas no EIA/Rima, além da inclusão de 23 novas comunidades). Cabe ressaltar,que apenas 10 destas comunidades realmente estão na área de influência direta e indireta doempreendimento (ver Mapa de BR-317 e das Áreas Protegidas em seu Entorno no arquivo deEvidências deste achado). O que se verifica no caso em questão, é que a Funai, como órgão interveniente do licenciamentoambiental, está exigindo estudos complementares aos já apresentados pelo empreendedor (EIA/Rima eEstudo Etno-Ecológico), sem prestar as devidas justificativas para a inclusão de comunidadesindígenas localizadas fora da área de influência indireta da obra nos estudos solicitados. Cabe destacar que não existe normativo disciplinando a competência da Funai no processo delicenciamento, tampouco há critérios claros sobre as exigências cabíveis. O que existe são regramentosdefinindo a participação de órgãos intervenientes no processo, como a Resolução Conama 01/1986,art. 11, § 1º (estabelece que o órgão ambiental competente determinará prazo para recebimento doscomentários feitos sobre o EIA/Rima pelos órgãos públicos interessados no licenciamento doempreendimento em análise), e a Instrução Normativa do Ibama 184/2008, art. 21 (aos órgãosenvolvidos no licenciamento será solicitado posicionamento sobre os estudo ambiental, sendo que nocaso da Funai é para que identifique e informe possíveis impactos sobre comunidades indígenas, e, seas medidas propostas para mitigar os impactos são eficientes). É importante salientar, também, que a elaboração do Programa de Apoio as Comunidades Indígenas,parte integrante do Plano Básico Ambiental (documento composto pelo detalhamento dos programasambientais propostos no EIA), só poderá ser realizado após a efetivação dos estudos complementares,conforme informado pela Funai no Ofício 374/2010/DPDS-Funai-MJ, de 14/10/2010. Dessa forma,infere-se que o Programa envolverá atendimento da demanda de 25 comunidades estudadas que não

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estão na área de influência indireta do empreendimento, e, portanto, não serão impactadas pelomesmo. Enquanto isso, nenhuma ação foi adotada para mitigar ou compensar as duas comunidadesindígenas impactadas diretamente pela rodovia (TI Boca do Acre e TI Apurinã). A Seinf/AM estima em R$ 1.205.692,47 os custos para elaboração dos Estudos Complementaressolicitados pela Funai, a serem pagos pelo DNIT. Este valor é apenas para a realização dos estudoscomplementares, sendo que a execução dos programas para o componente indígena e as eventuaiscompensações aos índios não estão inclusas, sendo previsto, a princípio, o valor de aproximadamente9,7 milhões de reais para o atendimento das demandas das 12 comunidades indígenas estudadas noEIA/Rima. Se considerarmos a possibilidade de inclusão de mais 23 comunidades, este valorinicialmente previsto poderá até triplicar. Vale lembrar que o valor atual para pavimentação da BR-317/AM divisa AC/AM é de 76,8 milhões de reais.3.11.3 - Objetos nos quais o achado foi constatado: (OI) - Convênio 660968, 15/3/2010, Termo de Compromisso nº 238/DPP/2010, celebrado entre oDnit e a Seinf/AM, referente à execução da gestão ambiental das obras e serviços referentes àexecução da pavimentação da rodovia BR-317/AM,subtrecho Boca do Acre/AM (km 416,0) - DivisaAM/AC (km 526,7) - extensão: 110,7 km, Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado doAmazonas.

(OI) - Convênio 651836, Termo de Compromisso n.º 188/08-00, celebrado entre o Dnit e a Seinf/AM,referente à execução das Obras de pavimentação da BR-317, subtrecho Boca do Acre/AM - DivisaAM/AC, com extensão de 100 km, Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado do Amazonas.

3.11.4 - Causas da ocorrência do achado: Ausência de critérios claros para definição de quais exigências são cabíveis para mitigar e compensar oimpacto do empreendimento nas comunidades indígenas efetivamente impactadas.Ausência de normativos disciplinando a competência da Funai no processo de licenciamentoambiental.3.11.5 - Efeitos/Conseqüências do achado: Risco de prejuízo em virtude de exigências desnecessárias e desproporcionais no licenciamentoambiental (efeito potencial) - Aumento do custo do projeto devido aos custos de elaboração de estudoscomplementares para comunidades indígenas localizadas fora da área de influência direta e indireta doempreendimento, em atendimento a exigências da Funai. Aumento do custo do projeto devido adispêndios decorrentes do atendimento de exigências consideradas excessivas e fora do contexto dolicenciamento ambiental. Atraso na execução da obra devido à proibição de se trabalhar nas TIs atéque se cumpram as condicionantes relativas ao componente indígena.3.11.6 - Critérios: Constituição Federal, art. 225, § 1º, inciso IV; art. 231Instrução Normativa 184/2008, Ibama, art. 21Lei 5371/1967, art. 1º

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Resolução 1/1986, CONAMA, art. 11, § 1º3.11.7 - Evidências: Achado 1 de 2 - Deficiências no processo de participação de órgãos da administração federalintervenientes no licenciamento ambiental., folhas 1/76.Achado 2 de 2 - Deficiências no processo de participação de órgãos da administração federalintervenientes no licenciamento ambiental., folhas 1/37.3.11.8 - Conclusão da equipe:As obras de pavimentação da BR-317/AM, trecho Boca do Acre/AM e divisa AM/AC, estão quaseconcluídas, excluindo os trechos em que a estrada corta as terras indígenas Boca do Acre (km 454 akm 466) e Apurinã (km 480 a km 496). A não pavimentação dos dois trechos decorre de exigência daFunai para que não seja realizada nenhuma intervenção construtiva nas áreas indígenas, até que sejamatendidas as condicionantes da Licença de Instalação 138/2009 referente ao componente indígena,entre elas, a realização de estudos complementares de TIs não previstas no Estudo de ImpactoAmbiental (EIA) da BR-317/AM e localizadas fora da área de influência direta e indireta doempreendimento. A Funai exigiu, como condicionante da Licença Prévia 325/2009, que fossem realizados estudoscomplementares para 10 comunidades indígenas localizadas fora da área de influência direta e indiretado empreendimento, sem apresentar a motivação para essa inclusão, contrariando o definido naResolução Conama 237/1997, art. 10, § 2º. Além disso, posteriormente à emissão da Licença deInstalação, a Funai solicitou a inclusão de mais 3 terras indígenas e 10 reivindicações indígenas noestudo a ser realizado, sem a devida justificativa, descumprindo o art. 10, IV e §2º da ResoluçãoConama 237/1997. Vale salientar que reivindicações fundiárias indígenas são demandas por parte deindígenas os quais ocupam área ainda regularizada, pois o reconhecimento legal de uma comunidadeindígena sobre uma área depende de realização de estudos e da demarcação pela Funai. Tal situação se deve, principalmente, à ausência de normativo disciplinando a competência da Funaino processo de licenciamento ambiental e à indefinição de critérios claros sobre quais exigênciasseriam cabíveis fazer. O que se tem verificado é a estipulação de exigências que ora não apresentamrelação direta com os impactos gerados pelo empreendimento, ora se mostram desproporcionais aesses impactos. Esse tema foi tratado no relatório sobre o licenciamento ambiental no Brasil, elaboradopelo Banco Mundial: "Essa ausência de regras setoriais ou temáticas (por exemplo, sobre compensação social) resulta naobrigação de cada empreendedor de equacionar demandas não derivadas do potencial impacto socialou ambiental direto do empreendimento proposto. São exemplos desse tipo que mostram que oprocesso de licenciamento ambiental lida com atividades sociais que nada têm a ver com o impacto perse, tais como: (...) ações sociais voltadas para as populações não atingidas pelo empreendimento, comofornecimento de cestas básicas para moradores carentes, instalação de postos de saúde e escolas, entreoutros." (BANCO MUNDIAL. Licenciamento ambiental de empreendimentos hidrelétricos no Brasil:uma contribuição para o debate. Relatório-síntese. 2008, p.16)

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Essa postura da Funai faz parecer que o órgão está utilizando o processo de licenciamento ambientalda BR-317/AM para atender as demandas sociais e econômicas de várias comunidades indígenas nãoimpactadas pelo empreendimento. Ações como essas descaracterizam e distorcem o objetivo dolicenciamento ambiental. O custo estimado para realização dos estudos complementares exigidos pela Funai é de R$1.205.692,47. Diante do exposto, entende-se pertinente realizar oitiva da Funai para que apresente justificativaquanto: a) à exigência de realização de estudos complementares para comunidades indígenaslocalizadas fora da área de influência direta e indireta do empreendimento após anuência às LicençasPrévia 325/2009 e de Instalação 138/2009; e b) à exigência de realizar estudos sócio-ambientais parareivindicações fundiárias indígenas, visto que esta responsabilidade cabe à Funai. Além disso, considerando a ausência de normativos disciplinando a competência de outros órgãosintervenientes no processo de licenciamento ambiental, sugere-se que a 8ª Secex avalie a oportunidadee conveniência em realizar trabalho para avaliar as deficiências na atuação dos órgãos daadministração federal intervenientes, como a Funai, Fundação Palmares, ICMBio, Iphan, entre outros,no processo de licenciamento ambiental. 4 - ACHADOS DE OUTRAS FISCALIZAÇÕES 4.1 - Achados pendentes de solução4.1.1 - (IG-R confirmado) Sobrepreço decorrente de preços excessivos frente ao mercado. (TC007.632/2009-2)Objeto: Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.Este achado está sendo tratado no processo 007.632/2009-2 e foi considerado confirmado conformeAC-2.338-41/2009-PL.

De acordo com o item 9.2.1 do AC-2338/2009-PL, reproduzido abaixo, o Tribunal determinou a

limitação dos pagamentos à contratada aos preços unitários estabelecidos no Sicro 2.

"9.2. determinar, com fulcro no art. 43, inciso I, da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992, à Secretaria

de Estado de Infraestrutura do Amazonas que, quando do início das obras de pavimentação da BR-

317/AM, trecho compreendido entre Boca do Acre/AM e a divisa AM/AC (Km 416,0 ao Km 516,0),

observe o seguinte:

9.2.1. até que o Tribunal se pronuncie sobre o mérito destes autos, limite os pagamentos à empresa

contratada aos preços unitários estabelecidos no Sicro 2;"

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4.1.2 - (OI) Ausência de licenças ambientais de âmbito estadual e local. (TC 017.097/2010-0)Objeto: Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.

Este achado está sendo tratado no processo 007.632/2009-2.

Serão propostas determinações para saneamento dessa irregularidade, sem necessidade de audiência.4.1.3 - (IG-P) Ausência de termo aditivo formalizando alterações das condições inicialmentepactuadas. (TC 017.097/2010-0)Objeto: Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.

Este achado está sendo tratado no processo 007.632/2009-2.4.1.4 - (IG-P) Descumprimento de determinação exarada pelo TCU. (TC 017.097/2010-0)Objeto: Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.

Este achado está sendo tratado no processo 007.632/2009-2.4.1.5 - (IG-P) Fiscalização ou supervisão deficiente ou omissa. (TC 017.097/2010-0)Objeto: Contrato 010/2010-SEINF, Contrato de prestação de serviços de supervisão, coordenação econtrole das obras de melhoramentos e pavimentação na rodovia BR-317/AM, localizado no trechoBoca do Acre (km-416) - Divisa AM/AC (km-516), Consórcio Maia/Laghi.

Este achado está sendo tratado no processo 007.632/2009-2.4.1.6 - (IG-P) Liquidação irregular da despesa. (TC 017.097/2010-0)Objeto: Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.

Este achado está sendo tratado no processo 007.632/2009-2.4.1.7 - (IG-P) Superfaturamento decorrente de preços excessivos frente ao mercado. (TC017.097/2010-0)Objeto: Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.

Este achado está sendo tratado no processo 007.632/2009-2.

5 - CONCLUSÃO As seguintes constatações foram identificadas neste trabalho: Questão 1 As condicionantes da Licença de Instalação não estão sendo atendidas. (item

3.7)Ausência de licenças ambientais de âmbito estadual e local. (item 3.8)Obra licitada sem Licença Prévia. (item 3.9)

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Questões 2 e 5 Adiantamento de pagamentos. (item 3.3)Questões 2, 3 e 5 Superfaturamento decorrente de preços excessivos frente ao mercado. (item

3.1)Questões 3 e 5 Critério de medição inadequado ou incompatível com o objeto real

pretendido. (item 3.5)Questões 4 e 5 Superfaturamento decorrente de pagamento por serviço não executado. (item

3.4)Questão 5 Execução de serviços com qualidade deficiente. (item 3.2)

Superfaturamento decorrente de itens pagos em duplicidade. (item 3.6)Alteração injustificada de quantitativos. (item 3.10)

Foi identificado, ainda, o seguinte achado sem vinculação com questões de auditoria: Deficiências no processo de participação de órgãos da administração federal intervenientes nolicenciamento ambiental. (item 3.11) Entre os benefícios estimados desta fiscalização pode-se mencionar a correção de vícios, defeitos ouincorreções no objeto contratado e a interrupção de pagamento de vantagens indevidas, sendo o totaldos benefícios quantificáveis desta auditoria de R$ 25.289.724,55 (maio/2008). Quando somado, o potencial prejuízo ao Erário decorrente dessas irregularidades totalizou R$25.289.724,55(maio/2008). De se destacar, entre as impropriedades averiguadas, os problemas na qualidade das obras ainda emexecução, mormente quanto à utilização de materiais inadequados para execução das camadasestruturais do pavimento. Os reparos a serem realizados sem ônus para o Erário podem acarretar umprejuízo de R$ 18.413.582,62 (maio/2008). Mencione-se, também, a ocorrência de adiantamento de pagamentos, no valor de R$ 9.398.388,97(maio/2008), para os itens aquisição e transporte de brita e materiais betuminosos, e execução deCBUQ; além do superfaturamento decorrente de preços excessivos frente ao mercado para a execuçãode CBUQ, no valor de R$ 5.088.160,68 (maio/2008) e da constatação de que as obras de implantaçãoda BR-317/AM estão sendo realizadas sem que a Gestora Ambiental tenha sido contratada e sem queos programas ambientais estejam sendo implementados, descumprindo condicionantes da Licença deInstalação 138/2009 (itens 8, 9 e 10), emitida em 16/9/2009. O volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$ 93.450.079,33. Esse montante corresponde a soma dos valores totais dos Convênios 188/08-00 (Siafi 651836) e238/DPP/2010 (Siafi 660968), firmados entre a Seinf/AM e o Dnit, referentes à execução das obras depavimentação da BR-317, no valor de R$ 76.776.239,50 , e à execução da gestão ambiental doempreendimento, no valor de R$ 16.673.839,83, respectivamente, incluindo a contrapartida do

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Convenente.

6 - ENCAMINHAMENTO Proposta da equipeAnte todo o exposto, encaminhem-se os autos à consideração superior, propondo: 1) Determinar, com fundamento no art. 5º da Constituição Federal, as seguintes oitivas para que osrespectivos responsáveis, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da ciência, se manifestem acerca dosindícios de irregularidade apontados no corrente relatório, que podem ensejar a repactuação doContrato 001/2009 - Seinf/AM e a glosa nas próximas faturas, a apenação de gestores, e a revisão doPlano de Trabalho relativo ao Termo de Compromisso 238/DPP/2010: a) do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - Dnit, na pessoa do seu Diretor-Geralem exercício, Sr. Jony Marcos do Valle Lopes, CPF: 909.067.727-53, da Secretaria de Estado deInfraestrutura do Amazonas - Seinf/AM, na pessoa da Secretária Sra. Waldívia Ferreira Alencar, CPF:202.023.772-53, pelas seguintes irregularidades: a.1) aprovação, medição e pagamento do preço unitário de R$ 114,11 (maio/2008), por tonelada, pararemunerar o serviço concreto betuminoso usinado à quente - CBUQ, acarretando um superfaturamentode R$ 5.088.160,68 (maio/2008); (3.1) a.2) execução de serviços com qualidade deficiente, caracterizada pela utilização de materiaisinapropriados na construção das camadas de base e sub-base do pavimento; (3.2) a.3) antecipação de pagamento no valor de R$ 9.398.388,97 (maio/2008), para os itens aquisição etransporte de brita e materiais betuminosos, e execução de CBUQ, sem justificativas quecaracterizassem vantagem para Administração Pública e o interesse público; e sem que houvessequalquer contrapartida por parte do contratado, no que se refere aos riscos de extravio do materialestocado, ou ainda sem que estivesse garantida a correta caracterização dos quantitativos efetivamentefornecidos; (3.3) a.4) medição e pagamento de 93.083,24 m3 de escavação, carga e transporte (ECT) de materialdestinado a bota-foras (DMT 0 a 200), sem a devida comprovação da realização do serviço,acarretando um prejuízo de R$ 444.937,89 (maio/2008); (3.4) a.5) utilização inadequada do item "Escavação, carga e transporte de material de 1ª categoria distânciade 0 a 200m", para remunerar os trabalhos de escavação de valetões, acarretando um prejuízo de R$847.086,11 (maio/2008); (3.5)

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a.6) medição em duplicidade do serviço de Remoção de expurgo de camada vegetal de jazida,acarretando um prejuízo de R$ 495.957,25 (maio/2008); (3.6) a.7) descumprindo das condicionantes 8 e 9 da Licença de Instalação 138/2009, em desobediência àsdisposições contidas na legislação ambiental, em especial, no art. 4º da Lei nº 6938/1981 e no art. 8º daResolução Conama 237/1997, no que se refere a execução de programas e subprogramas estabelecidosno Plano Básico Ambiental; (3.7) a.8) descumprimento da condicionante 10 da Licença de Instalação 138/2009, relativa a contratação dagestora ambiental responsável pela condução dos programas e subprogramas propostos no PlanoBásico Ambiental; (3.7) a.9) ausência de licença ambiental das jazidas localizadas nas imediações do Km 29,42 (Faz. SãoCarlos); Km 31,72 (Colônia Pingo de Ouro); e Km 32,76 (Antero) da BR-317, no subtrecho Boca doAcre/AM divisa AM/AC; (3.8) a.10) celebração de convênio (Termo de Compromisso 188/08-00) antes da emissão da LicençaPrévia; (3.9) a.11) proposição para alteração do projeto básico da gestão ambiental, incluindo acréscimos dosvalores previstos inicialmente, sem apresentar a relação das alterações de quantitativos e dos novosvalores propostos com os impactos ambientais previstos/estimados no projeto e sem considerar o atualestágio de execução das obras; (3.10) b) da Construtora Colorado Ltda., responsável pela execução do Contrato 001/2009 - Seinf/AM, casoqueira, na pessoa de seu representante legal, Sr. Orleilson Gonçalves Cameli, Crea: 8804-D/AM-RR,pelas seguintes irregularidades: b.1) aprovação, medição e pagamento do preço unitário de R$ 114,11 (maio/2008), por tonelada, pararemunerar o serviço concreto betuminoso usinado à quente - CBUQ, acarretando um superfaturamentode R$ 5.088.160,68 (maio/2008); (3.1) b.2) execução de serviços com qualidade deficiente, caracterizada pela utilização de materiaisinapropriados na construção das camadas de base e sub-base do pavimento; (3.2) b.3) antecipação de pagamento no valor de R$ 9.398.388,97 (maio/2008), para os itens aquisição etransporte de brita e materiais betuminosos, e execução de CBUQ, sem justificativas quecaracterizassem vantagem para Administração Pública e o interesse público; e sem que houvessequalquer contrapartida por parte do contratado, no que se refere aos riscos de extravio do materialestocado, ou ainda sem que estivesse garantida a correta caracterização dos quantitativos efetivamentefornecidos; (3.3)

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b.4) medição e pagamento de 93.083,24 m3 de escavação, carga e transporte (ECT) de materialdestinado a bota-foras (DMT 0 a 200), sem a devida comprovação da realização do serviço,acarretando um prejuízo de R$ 444.937,89 (maio/2008); (3.4) b.5) utilização inadequada do item "Escavação, carga e transporte de material de 1ª categoria distânciade 0 a 200m", para remunerar os trabalhos de escavação de valetões, acarretando um prejuízo de R$847.086,11 (maio/2008); (3.5) b.6) medição em duplicidade do serviço de Remoção de expurgo de camada vegetal de jazida,acarretando um prejuízo de R$ 495.957,25 (maio/2008); (3.6) c) da Fundação Nacional do Índio - Funai, na pessoa do seu Presidente, Sr. Moacir Augusto Freitas deMeira, CPF: 212.077.712-87, pelas seguintes irregularidades: c.1) inclusão, após emissão das Licenças Prévia e de Instalação, de novas exigências, sobretudo quantoa realização de estudos complementares para terras indígenas e reivindicações indígenas, localizadasfora da área de influência direta e indireta do empreendimento BR 317/AM; (3.11) c.2) exigir, no âmbito do licenciamento ambiental da BR-317/AM, a realização de estudos sócioambientais para reivindicações fundiárias indígenas, transferido para outro órgão responsabilidade doprópria Funai; (3.11) 2) encaminhar cópia da Deliberação que vier a ser proferida, acompanhada do Relatório e do Voto queos fundamentam, ao Dnit, Seinf/AM, Funai, e Construtora Colorado Ltda.; 3) comunicar à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do CongressoNacional que: a) foram detectados indícios de irregularidades que se enquadram no disposto no inciso IV, § 1º do art.94 da Lei nº 12.309/2010 (LDO/2011), nas obras de construção da rodovia BR-317/AM, lote único,segmento: Boca do Acre/AM (km 416,0) - Divisa AM/AC (516,0), que recebem recursos do PT26.782.1456.1428.0013 - 2011; Convênios 188/08-00 (Siafi 651836), referente à execução das obrasde pavimentação da BR-317; tendo sido estimado potencial dano ao Erário de R$ 25.289.724,55(maio/2008); b) para o saneamento dessas impropriedades detectadas faz-se necessário: b.1) repactuar o Contrato 001/2009 - Seinf/AM, corrigindo o preço do serviço CBUQ para R$ 59,62(maio/2008); e promover à glosa dos valores medidos à maior, para o serviço de CBUQ;

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b.2) realizar minucioso estudo técnico, visando avaliar a necessidade de refazer os trabalhos deestabilização das camadas granulares estruturais, e de execução do revestimento do pavimento, emvirtude da utilização de materiais inapropriados nas camadas de base e sub-base da rodovia; À consideração superior.

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7 - ACHADOS RECLASSIFICADOS APÓS A CONCLUSÃO DA FISCALIZAÇÃO 7.1 - Achados de outros processos7.1.1 - (IG-C saneado) Ausência de licenças ambientais de âmbito estadual e local. (TC007.632/2009-2)Objeto: Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.Este achado foi tratado no processo 007.632/2009-2 e foi considerado saneado conforme AC-2.634-40/2011-PL.7.1.2 - (IG-C saneado) Itens instalação/manutenção de canteiros e mobilização/desmobilizaçãonão se encontram detalhados no custo direto da obra. (TC 007.632/2009-2)Objeto: Edital 97/2008, CONCORRÊNCIA, Edital da Conc. nº 97/2008, elaborado pela ComissãoGeral de Licitação/AM, para a contratação de empresa para a construção e pavimentação da RodoviaBR-317/AM (trecho km 416-516)Este achado foi tratado no processo 007.632/2009-2 e foi considerado saneado conforme AC-2.634-40/2011-PL.7.1.3 - (IG-C saneado) Itens instalação/manutenção de canteiros e mobilização/desmobilizaçãonão se encontram detalhados no custo direto da obra. (TC 007.632/2009-2)Objeto: Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.Este achado foi tratado no processo 007.632/2009-2 e foi considerado saneado conforme AC-2.634-40/2011-PL.7.1.4 - (IG-C saneado) Julgamento ou classificação das propostas em desacordo com os critériosdo edital ou da legislação. (TC 007.632/2009-2)Objeto: Edital 97/2008, CONCORRÊNCIA, Edital da Conc. nº 97/2008, elaborado pela ComissãoGeral de Licitação/AM, para a contratação de empresa para a construção e pavimentação da RodoviaBR-317/AM (trecho km 416-516)Este achado foi tratado no processo 007.632/2009-2 e foi considerado saneado conforme AC-2.634-40/2011-PL.7.1.5 - (IG-C saneado) Obra licitada sem Licença Prévia. (TC 007.632/2009-2)Objeto: Edital 97/2008, CONCORRÊNCIA, Edital da Conc. nº 97/2008, elaborado pela ComissãoGeral de Licitação/AM, para a contratação de empresa para a construção e pavimentação da RodoviaBR-317/AM (trecho km 416-516)Este achado foi tratado no processo 007.632/2009-2 e foi considerado saneado conforme AC-2.634-40/2011-PL.7.1.6 - (IG-C saneado) Sobrepreço decorrente de preços excessivos frente ao mercado. (TC007.632/2009-2)Objeto: Edital 97/2008, CONCORRÊNCIA, Edital da Conc. nº 97/2008, elaborado pela ComissãoGeral de Licitação/AM, para a contratação de empresa para a construção e pavimentação da Rodovia

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BR-317/AM (trecho km 416-516)Este achado foi tratado no processo 007.632/2009-2 e foi considerado saneado conforme AC-2.634-40/2011-PL.7.1.7 - (IG-P saneado) Ausência de termo aditivo formalizando alterações das condiçõesinicialmente pactuadas. (TC 017.097/2010-0)Objeto: Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.Este achado foi tratado no processo 007.632/2009-2 e foi considerado saneado conforme AC-2.634-40/2011-PL.7.1.8 - (IG-R confirmado) Descumprimento de determinação exarada pelo TCU. (TC017.097/2010-0)Objeto: Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.Este achado foi tratado no processo 007.632/2009-2 e foi considerado confirmado conforme AC-2.634-40/2011-PL.7.1.9 - (IG-P saneado) Fiscalização ou supervisão deficiente ou omissa. (TC 017.097/2010-0)Objeto: Contrato 010/2010-SEINF, Contrato de prestação de serviços de supervisão, coordenação econtrole das obras de melhoramentos e pavimentação na rodovia BR-317/AM, localizado no trechoBoca do Acre (km-416) - Divisa AM/AC (km-516), Consórcio Maia/Laghi.Este achado foi tratado no processo 007.632/2009-2 e foi considerado saneado conforme AC-2.634-40/2011-PL.7.1.10 - (IG-C confirmado) Liquidação irregular da despesa. (TC 017.097/2010-0)Objeto: Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.Este achado foi tratado no processo 007.632/2009-2 e foi considerado confirmado conforme AC-2.634-40/2011-PL.7.1.11 - (IG-P saneado) Superfaturamento decorrente de preços excessivos frente ao mercado.(TC 017.097/2010-0)Objeto: Contrato 001/2009-SEINF, 16/3/2009, Execução da construção e pavimentação da rodoviaBR-317AM, no trecho compreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0),Construtora Colorado Ltda.Este achado foi tratado no processo 007.632/2009-2 e foi considerado saneado conforme AC-2.634-40/2011-PL.

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8 - ANEXO8.1 - Dados cadastraisObra bloqueada na LOA deste ano: Não 8.1.1 - Projeto básicoInformações gerais

Projeto(s) Básico(s) abrange(m) toda obra? Sim

Foram observadas divergências significativas entre o projeto básico/executivo e aconstrução, gerando prejuízo técnico ou financeiro ao empreendimento?

Sim

Exige licença ambiental? Sim

Possui licença ambiental? Sim

Está sujeita ao EIA(Estudo de Impacto Ambiental)? Sim

As medidas mitigadoras estabelecidas pelo EIA estão sendo implementadastempestivamente?

Não

Observações:8.1.2 - Execução física e financeiraExecução física

Data da vistoria: 20/7/2011 Percentual executado: 65

Data do início da obra: 16/3/2009 Data prevista para conclusão: 8/2/2012

Situação na data da vistoria: Em andamento.

Descrição da execução realizada até a data da vistoria: Concluídos os serviços de terraplenagem epavimentação de todo o segmento, exceto nos trechos que cortam áreas indígenas. Nesses segmentosos serviços ainda não foram iniciados.

Observações:Houve paralisação entre 08/12/2009 e 15/04/2010 Execução financeira/orçamentáriaPrimeira dotação: 12/2008 Valor estimado para conclusão: R$ 50.000.000,00DesembolsoFuncional programática: 26.782.1456.1428.0013/2011 - Construção de Trecho Rodoviário - Boca doAcre - Divisa AM/AC - na BR-317 - no Estado do Amazonas

Origem Ano Valor orçado Valor liquidado Créditosautorizados

Moeda

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Origem Ano Valor orçado Valor liquidado Créditosautorizados

Moeda

União 2011 25.500.000,00 0,00 0,00 Real

Observações: Estimativa feita pela equipe (14 milhões para a Gestão Ambiental e 36 milhões para a Obra). 8.1.3 - Contratos principais

Nº contrato: 001/2009-SEINF

Objeto do contrato: Execução da construção e pavimentação da rodovia BR-317AM, no trechocompreendido entre Boca do Acre (Km 416,0) e a Divisa AM/AC (Km 516,0)

Data da assinatura: 11/3/2009 Mod. licitação: concorrência

SIASG: -- Código interno do SIASG:

CNPJ contratada: 01.541.120/0001-69 Razão social: Construtora Colorado Ltda.

CNPJ contratante: 01.000.444/0001-90 Razão social: Secretaria de Estado de Infra-Estruturado Estado do Amazonas

Situação inicial Situação atual

Vigência: 16/3/2009 a Vigência: a

Valor: R$ 71.767.585,73 Valor: R$ 71.767.585,73

Data-base: 31/7/2008 Data-base: 31/7/2008

Volume do serviço: 100,00 km Volume do serviço: 100,00

Custo unitário: 717.675,85 R$/km Custo unitário: 717.675,85 R$/

Nº/Data aditivo atual:

Situação do contrato:

Alterações do objeto: Observações: 8.1.4 - Contratos secundários

Nº contrato: 010/2010-SEINF

Objeto do contrato: Contrato de prestação de serviços de supervisão, coordenação e controle dasobras de melhoramentos e pavimentação na rodovia BR-317/AM, localizado no trecho Boca do Acre(km-416) - Divisa AM/AC (km-516)

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CNPJ contratada: Razão social: Consórcio Maia/Laghi

Consorciadas:

CNPJ: 08.156.424/0004-51 Razão social: Maia Melo Engenharia Ltda.

CNPJ: 01.057.727/0001-78 Razão social: Laghi Engenharia Ltda.

CNPJ contratante: 01.000.444/0001-90 Razão social: Secretaria de Estado de Infra-Estruturado Estado do Amazonas

SIASG: -- Código interno do SIASG:

Data-base: Valor atual: R$ 0,00

Situação atual: Vigência atual: a

Observações: 8.1.5 - Convênios

Nº do SIAFI: 651836

Objeto: Termo de Compromisso n.º 188/08-00, celebrado entre o Dnit e a Seinf/AM, referente àexecução das Obras de pavimentação da BR-317, subtrecho Boca do Acre/AM - Divisa AM/AC, comextensão de 100 km

Data assinatura: 6/4/2009 Vigência atual: a

Data rescisão/suspensão: Situação atual: Em andamento.

Concedente: 04.892.707/0001-00 Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - MT

Convenente: 01.000.444/0001-90 Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado do Amazonas

Valor atual: R$ 76.776.239,50

Observações:

Nº do SIAFI: 660968

Objeto: Termo de Compromisso nº 238/DPP/2010, celebrado entre o Dnit e a Seinf/AM, referente àexecução da gestão ambiental das obras e serviços referentes à execução da pavimentação da rodoviaBR-317/AM,subtrecho Boca do Acre/AM (km 416,0) - Divisa AM/AC (km 526,7) - extensão: 110,7km

Data assinatura: 15/3/2010 Vigência atual: 15/3/2010 a 3/3/2012

Data rescisão/suspensão: Situação atual: Em andamento.

Concedente: 04.892.707/0001-00 Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - MT

Convenente: 01.000.444/0001-90 Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado do Amazonas

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Valor atual: R$ 16.673.839,83

Observações: 8.1.6 - Editais

Nº do edital: 97/2008

Objeto: Edital da Conc. nº 97/2008, elaborado pela Comissão Geral de Licitação/AM, para acontratação de empresa para a construção e pavimentação da Rodovia BR-317/AM (trecho km 416-516)

UASG: Modalidade de licitação: Concorrência

Data da publicação: Tipo de licitação: Menor Preço

Data da abertura da documentação: 23/12/2008 Valor estimado: 72.652.042,44

Data da adjudicação: 3/2/2009

Quantidade de propostas classificadas: 1

Observações: Apenas duas empresas, das 13 que adquiriram o Edital de Licitação, foram habilitadas pela ComissãoGeral de Licitação do Estado do Amazonas, a empresa Construtora Colorado Ltda. e, PampulhaConstruções e Montagens Ltda. Entretanto a empresa Pampulha solicitou desistência do certame antesda abertura das propostas de preços, o que foi acatada pela CGL. Sendo assim, considerou-se aproposta de preços da única participante oficial no processo licitatório. 8.1.7 - Histórico de fiscalizações A classe da irregularidade listada é referente àquela vigente em 30 de novembro do ano dafiscalização.

2008 2009 2010

Obra já fiscalizada pelo TCU (no âmbito doFiscobras)?

Sim Sim Sim

Foram observados indícios de irregularidades graves? Não IG-P IG-P

Processos correlatos (inclusive de interesse) 10903/2002-1, 9430/2003-7, 4701/2004-7,5261/2004-2, 5262/2004-0, 8576/2005-3,11652/2011-0, 7632/2009-2, 6846/2006-0,11016/2008-4, 17097/2010-0, 20089/2010-4,9795/2007-0

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8.2 - Deliberações do TCUProcesso de interesse (Deliberações até a data de início da auditoria)Processo: 010.903/2002-1 Deliberação: DC-1.057-/2002-PL Data: 21/8/2002

Processo: 009.430/2003-7 Deliberação: AC-949-/2003-PL Data: 23/7/2003

Processo: 009.430/2003-7 Deliberação: AC-1.851-/2003-PL Data: 3/12/2003

Processo: 004.701/2004-7 Deliberação: Despacho do Min. Adylson Motta Data: 8/6/2004

Processo: 005.262/2004-0 Deliberação: AC-831-/2004-PL Data: 30/6/2004

Processo: 005.261/2004-2 Deliberação: Despacho do Min. Adylson Motta Data: 29/7/2004

Processo: 009.430/2003-7 Deliberação: AC-1.621-/2004-PL Data: 20/10/2004

Processo: 005.261/2004-2 Deliberação: AC-1.670-/2004-PL Data: 27/10/2004

Processo: 009.430/2003-7 Deliberação: AC-23-/2005-PL Data: 26/1/2005

Processo: 009.430/2003-7 Deliberação: AC-496-/2005-PL Data: 4/5/2005

Processo: 008.576/2005-3 Deliberação: Despacho do Min. Marcos Bemquerer Data: 25/7/2005

Processo: 008.576/2005-3 Deliberação: AC-1.715-/2005-PL Data: 26/10/2005

Processo: 008.576/2005-3 Deliberação: AC-920-/2006-1C Data: 19/4/2006

Processo: 009.430/2003-7 Deliberação: AC-1.459-/2006-1C Data: 6/6/2006

Processo: 006.846/2006-0 Deliberação: Despacho do Min. Augusto Nardes Data: 17/8/2006

Processo: 005.261/2004-2 Deliberação: AC-2.058-/2006-PL Data: 8/11/2006

Processo: 006.846/2006-0 Deliberação: AC-758-/2007-PL Data: 2/5/2007

Processo: 009.795/2007-0 Deliberação: AC-1.813-/2007-PL Data: 5/9/2007

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Processo: 006.846/2006-0 Deliberação: AC-2.281-/2007-PL Data: 31/10/2007

Processo: 011.016/2008-4 Deliberação: AC-1.992-/2008-PL Data: 10/9/2008

Processo: 005.261/2004-2 Deliberação: AC-2.080-/2008-PL Data: 24/9/2008

Processo: 007.632/2009-2 Deliberação: Despacho do Min. André de Carvalho Data: 12/8/2009

Processo: 007.632/2009-2 Deliberação: AC-2.338-/2009-PL Data: 7/10/2009

Processo: 020.089/2010-4 Deliberação: Despacho do Min. André de Carvalho Data: 13/8/2010

Processo: 017.097/2010-0 Deliberação: AC-2.322-/2010-PL Data: 8/9/2010

Processo: 017.097/2010-0 Deliberação: Despacho do Min. André de Carvalho Data: 14/12/2010

Processo: 017.097/2010-0 Deliberação: Despacho do Min. André de Carvalho Data: 6/4/2011

Processo de interesse (Deliberações após a data de início da auditoria)Processo: 020.089/2010-4 Deliberação: AC-1.810-27/2011-PL Data: 6/7/2011Conhecim/Provim de Denúncia/Repr/Solic/Consulta: PROCEDENTE PARCIALMENTE

Processo: 020.089/2010-4 Deliberação: AC-1.810-27/2011-PL Data: 6/7/2011Apensamento do Atual Processo a Outro(s): APENSAR ESTE PROCESSO AO PROCESSO:11652/2011-0

Processo: 020.089/2010-4 Deliberação: AC-1.810-27/2011-PL Data: 6/7/2011Determinação a Órgão/Entidade: Cientificação a Órgão/Entidade AO ÓRGÃO: Secretaria de Estadode Infra-estrutura do Estado do Amazonas - Seinf/AM.: 9.4. encaminhar cópia deste Acórdão, bemcomo do Relatório e da Proposta de Deliberação que o fundamenta, à nobre Procuradoria da Repúblicano Estado do Amazonas, ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), aoInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e à Secretaria deInfraestrutura do Estado do Amazonas (Seinf/AM); e PRAZO PARA CUMPRIMENTO: *********

Processo: 020.089/2010-4 Deliberação: AC-1.810-27/2011-PL Data: 6/7/2011Determinação a Órgão/Entidade: Cientificação a Órgão/Entidade AO ÓRGÃO: INSTITUTOBRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - MMA:9.4. encaminhar cópia deste Acórdão, bem como do Relatório e da Proposta de Deliberação que o

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fundamenta, à nobre Procuradoria da República no Estado do Amazonas, ao Departamento Nacionalde Infraestrutura de Transportes (Dnit), ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis (Ibama) e à Secretaria de Infraestrutura do Estado do Amazonas (Seinf/AM); ePRAZO PARA CUMPRIMENTO: *********

Processo: 020.089/2010-4 Deliberação: AC-1.810-27/2011-PL Data: 6/7/2011Determinação a Órgão/Entidade: Cientificação a Órgão/Entidade AO ÓRGÃO: DEPARTAMENTONACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES - MT: 9.4. encaminhar cópia desteAcórdão, bem como do Relatório e da Proposta de Deliberação que o fundamenta, à nobreProcuradoria da República no Estado do Amazonas, ao Departamento Nacional de Infraestrutura deTransportes (Dnit), ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(Ibama) e à Secretaria de Infraestrutura do Estado do Amazonas (Seinf/AM); e PRAZO PARACUMPRIMENTO: *********

Processo: 020.089/2010-4 Deliberação: AC-1.810-27/2011-PL Data: 6/7/2011Determinação a Órgão/Entidade: Cientificação a Órgão/Entidade AO ÓRGÃO: PROCURADORIADA REPÚBLICA/AM - MPF/MPU: 9.4. encaminhar cópia deste Acórdão, bem como do Relatório eda Proposta de Deliberação que o fundamenta, à nobre Procuradoria da República no Estado doAmazonas, ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), ao Instituto Brasileirodo Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e à Secretaria de Infraestrutura doEstado do Amazonas (Seinf/AM); e PRAZO PARA CUMPRIMENTO: *********

Processo: 020.089/2010-4 Deliberação: AC-1.810-27/2011-PL Data: 6/7/2011Determinação de Realização de Fiscalização: UNIDADES INCUMBIDAS: Secretaria de Fiscalizaçãode Obras 2, 8ª Secretaria de Controle Externo: 9.3. determinar à Secob-2 e à 8ª Secex que, no âmbitodo TC 011.652/2011-0, verifiquem, nas obras de construção da Rodovia BR-317/AM, no trechocompreendido entre o município de Boca do Acre/AM e a divisa dos Estados do Acre e Amazonas, aseventuais responsabilidades dos agentes públicos envolvidos no processo de licenciamento ambientaldeste empreendimento, principalmente, com relação ao:9.3.1. descumprimento das diretrizes constantes do item 9.1.1 do Acórdão 1.846/2003-TCU-Plenário edo contido no inciso IX do art. 6º e no inciso VII do art. 12 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993;9.3.2. cumprimento das condicionantes da Licença Prévia nº 325/2009 e da Licença de Instalação nº138/2009;9.3.3. constatação da celebração de instrumento congênere a convênio (termo de compromisso) econtratação de empresa executora, por meio do Contrato nº 1/2009, antes da emissão da respectivalicença ambiental correspondente;

Processo: 020.089/2010-4 Deliberação: AC-1.810-27/2011-PL Data: 6/7/2011Conhecim/Provim de Denúncia/Repr/Solic/Consulta: CONHECER

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Processo: 020.089/2010-4 Deliberação: AC-1.810-27/2011-PL Data: 6/7/2011Determinação de Providências Internas ao TCU: Secretaria de Fiscalização de Obras 2: 9.2. indeferir amedida cautelar pleiteada pela representante, por não estarem presentes os pressupostos insculpidos noart. 276, caput, do Regimento Interno do TCU; NÚMERO DE DIAS PARA ATENDIMENTO: 0

Processo: 007.632/2009-2 Deliberação: Despacho do Min. André de Carvalho Data: 17/8/2011Determinação de Providências Internas ao TCU: Secretaria de Fiscalização de Obras 2: Considerandoas informações aduzidas em comunicação eletrônica encaminhada pelo Sr. José Ulisses RodriguesVasconcelos, Secretário da Secob-2 (fls.594/595) a respeito do resultado dos trabalhos de fiscalizaçãoconduzidos pela Secretaria no âmbito do Fiscobras 2011 nas obras objeto destes autos, dando conta deuma possível modificação no entendimento consubstanciado na proposta de mérito relativa a este TC007.632/2009-2, especificamente no que se refere à proposta de retenção cautelar parcial alusiva aserviços de terraplenagem;Considerando os esclarecimentos prestados mediante contato telefônico ao meu Chefe de Gabinete, Sr.José Silva de Sousa Leal;Considerando o princípio da busca da verdade material;Determino a restituição do presente processo à Secob-2 para nova manifestação acerca da proposta deretenção cautelar parcial ora mencionada.

Processo: 007.632/2009-2 Deliberação: AC-2.634-40/2011-PL Data: 28/9/2011Apensamento do Atual Processo a Outro(s): APENSAR ESTE PROCESSO AO PROCESSO:11652/2011-0

Processo: 007.632/2009-2 Deliberação: AC-2.634-40/2011-PL Data: 28/9/2011Determinação a Órgão/Entidade: Cientificação a Órgão/Entidade AO ÓRGÃO: CONGRESSONACIONAL - Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização: 9.3. comunicar àComissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, do Congresso Nacional que, comrelação às obras de construção da BR-317/AM, trecho entroncamento da BR-230 (Lábrea/AM) -Divisa AM/AC, subtrecho Boca do Acre/AM - Divisa AM/AC, os indícios de irregularidadeinicialmente apurados não recomendam a paralisação do empreendimento, uma vez que não seenquadram no disposto no inciso IV, § 1º, do art. 94 da Lei nº 12.309, de 9 de agosto de 2010(LDO/2011), sem prejuízo de esclarecer que:9.3.1. no que se refere ao "Descumprimento da determinação exarada no subitem 9.2.1 do Acórdão2.338/2009 TCU-P" (Fiscobras 2010 - IGP), a Seinf/AM comprovou a retenção da parcelacorrespondente ao sobrepreço, de modo que a irregularidade pode ser reclassificada para IGR, e, tãologo seja comprovada a repactuação dos preços unitários do Contrato nº 001/2009 Seinf/AM conformeo subitem 9.1 desta deliberação, bem assim as respectivas glosas nas medições, a irregularidade poderáser considerada saneada;9.3.2. quanto à "Liquidação irregular de despesa" (Fiscobras 2010 - IGP), referente a falhas nos

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procedimentos de medição dos serviços de terraplenagem no âmbito do Contrato 001/2009-Seinf,verificou-se que as medidas corretivas já adotadas pela Seinf/AM elidem, em parte, as falhasevidenciadas nos procedimentos de medição, mas ainda se faz necessário confirmar o real volumeescavado de solo inservível destinado a bota-foras, pendência que está sendo tratada no TC011.652/2011-0 (Fiscobras 2011), classificada como IGC;9.3.3. as demais irregularidades graves levantadas nestes autos foram consideradas saneadas;9.3.4. no Fiscobras 2011 foram levantadas irregularidades graves supervenientes que estão sendotratadas no TC 011.652/2011-0;PRAZO PARA CUMPRIMENTO: *********

Processo: 007.632/2009-2 Deliberação: AC-2.634-40/2011-PL Data: 28/9/2011Determinação a Órgão/Entidade: Cientificação a Órgão/Entidade AO ÓRGÃO: DEPARTAMENTONACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES - MT: 9.2. encaminhar cópia desteAcórdão, acompanhado do Relatório e do Voto que o fundamenta, ao Dnit, à Seinf/AM e às empresascontratadas, para ciência; PRAZO PARA CUMPRIMENTO: *********

Processo: 007.632/2009-2 Deliberação: AC-2.634-40/2011-PL Data: 28/9/2011Determinação a Órgão/Entidade: Cientificação a Órgão/Entidade AO ÓRGÃO: Secretaria de Estadode Infra-estrutura do Estado do Amazonas: 9.2. encaminhar cópia deste Acórdão, acompanhado doRelatório e do Voto que o fundamenta, ao Dnit, à Seinf/AM e às empresas contratadas, para ciência;PRAZO PARA CUMPRIMENTO: *********

Processo: 007.632/2009-2 Deliberação: AC-2.634-40/2011-PL Data: 28/9/2011Determinação a Órgão/Entidade: Secretaria de Estado de Infra-estrutura do Estado do Amazonas: 9.1.determinar à Secretaria de Infraestrutura do Estado do Amazonas - Seinf/AM, com fulcro no art. 251,caput, do Regimento Interno do TCU, que repactue os preços unitários do Contrato nº 1/2009 -Seinf/AM, conforme a tabela a seguir, e realize as respectivas glosas nas medições efetuadas emdesacordo com os valores abaixo: (conforme quadro constante do AC). PRAZO PARACUMPRIMENTO: *********

Processo: 011.652/2011-0 Deliberação: Despacho do Min. André de Carvalho Data: 28/9/2011Determinação de Providências Internas ao TCU: Secretaria de Fiscalização de Obras 2: Considerandoque os presentes autos tratam de fiscalização realizada nas obras de construção de trecho rodoviário naBR 317/AM;Considerando que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - Dnit informou estaCorte, por meio do Ofício nº 343/2011/DIR-DNIT protocolizado em 16 de setembro de 2011, querecebeu nova documentação que poderá impactar o mérito do feito;Considerando que o Dnit, no referido ofício, solicitou desta Corte o prazo de 15 (quinze) dias paraanalisar a nova documentação e encaminhá-la ao TCU; Defiro ao Dnit a concessão do prazo solicitado e determino o encaminhamento dos autos

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para a unidade técnica para que, tão logo seja a receba do Dnit a nova documentação, proceda à suaanálise e reinstrua o feito. À Secob-2, para as providências cabíveis.

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Gabinete do Ministro-Substituto André Luís de Carvalho

MINS-ALC Fls.

TC 011.652/2011-0 Natureza: Relatório de Auditoria

Unidade Jurisdicionada: Departamento Nacional de Infraestrutura

de Transportes – MT

Interessado: Congresso Nacional

DESPACHO

Considerando que os presentes autos tratam de fiscalização realizada nas obras de

construção de trecho rodoviário na BR 317/AM;

Considerando que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Dnit

informou esta Corte, por meio do Ofício nº 343/2011/DIR-DNIT protocolizado em 16 de setembro de

2011, que recebeu nova documentação que poderá impactar o mérito do feito;

Considerando que o Dnit, no referido ofício, solicitou desta Corte o prazo de 15 (quinze)

dias para analisar a nova documentação e encaminhá-la ao TCU;

Defiro ao Dnit a concessão do prazo solicitado e determino o encaminhamento dos autos

para a unidade técnica para que, tão logo seja a receba do Dnit a nova documentação, proceda à sua

análise e reinstrua o feito.

À Secob-2, para as providências cabíveis.

Brasília, de setembro de 2011.

ANDRÉ LUÍS DE CARVALHO

Relator

Para verificar as assinaturas, acesse www.tcu.gov.br/autenticidade, informando o código 47336722.

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8.3 - Despacho do Ministro-Relator.

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8.4 - Anexo Fotográfico

Fotos 1 a 4

Fotos 5 a 8

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Fotos 9 e 10

Fotos 11 a 13

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Fotos 14 a 16

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