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Qualidade da Água de Abastecimento da sede do Município de Cajuri e Distrito de

Paraguai

Belo Horizonte Dezembro de 2014

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO

2 Endereço: Rodovia Prefeito Américo Gianetti, n° 4.001 - Serra Verde - Ed. Gerais/12° andar


ÍNDICE

1. IDENTIFICAÇÃO DA AGÊNCIA REGULADORA ................................................................ 6

2. IDENTIFICAÇÃO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS .......................................................... 6

3. CARACTERÍSTICAS DA FISCALIZAÇÃO .......................................................................... 6

4. OBJETIVO .......................................................................................................................... 6

5. METODOLOGIA ................................................................................................................. 7

6. REPRESENTANTES PRESENTES .................................................................................... 7

7. SEGMENTOS OPERACIONAIS E UNIDADES FISCALIZADAS ........................................ 7

8. FATOS LEVANTADOS SOBRE A QUALIDADE DA ÁGUA DE ABASTECIMENTO ........... 7

8.1. Descrição do Sistema de Abastecimento ..................................................................... 8

8.1.1. Cajuri .................................................................................................................... 8

8.1.2. Paraguai ............................................................................................................... 8

8.2. Considerações Sobre o Laboratório ............................................................................. 8

8.2.1. Instalações ........................................................................................................... 9

8.2.2. Equipamentos ..................................................................................................... 11

8.2.3. Insumos e vidrarias ............................................................................................. 12

8.3. Plano de Amostragem ............................................................................................... 13

8.4. Coleta e análise da qualidade da água ...................................................................... 13

8.5. Descrições dos pontos de coleta ............................................................................... 14

8.5.1. Poço C-01 (sede) ................................................................................................ 14

8.5.2. Poço C-06 (sede) ................................................................................................ 14

8.5.3. Saída do Rap/R3 (sede) ..................................................................................... 15

8.5.4. Ponta da Rede de distribuição (sede) ................................................................. 16

8.5.5. Poço C-01 (distrito) ............................................................................................. 16

8.5.6. Saída do Rap/R1 (distrito) .................................................................................. 17

8.6. Análises da qualidade da água .................................................................................. 17

8.6.1. Resultados das análises da qualidade da água .................................................. 18



9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................................19

10. CONSTATAÇÕES E NÃO CONFORMIDADES .................................................................19

11. RECOMENDAÇÕES .........................................................................................................23

12. EQUIPE TÉCNICA .............................................................................................................24

13. AGENTES DE FISCALIZAÇÃO .........................................................................................24



ANEXOS

ANEXO I CROQUI DO SAA DO MUNICÍPIO DE CAJURI ......................................... 25

ANEXO II

CROQUI DO SAA DO DISTRITO DE PARAGUAI .....................................

27

ANEXO III

RESULTADOS DE ANÁLISES ...................................................................

29



GLOSSÁRIO

ARSAE-MG Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais

COPASA-MG Companhia de Saneamento de Minas Gerais

ETA Estação de Tratamento de Água

POP Procedimento Operacional Padrão

PTP Poço Tubular Profundo

SAA Sistema de Abastecimento de Água



1. IDENTIFICAÇÃO DA AGÊNCIA REGULADORA

Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário

do Estado de Minas Gerais – ARSAE-MG.

Endereço: Cidade Administrativa - Rodovia Prefeito Américo Gianetti, nº 4001 - Serra Verde –

Edifício Gerais / 12º andar – BH / MG – CEP 31630-901.

Telefone: (31) 3915-8119 Fax: (31) 3915-2060

2. IDENTIFICAÇÃO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS

Nome: Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA-MG.

Endereço: Rua Mar de Espanha, 525 – Santo Antônio – BH / MG – CEP 30330-900

3. CARACTERÍSTICAS DA FISCALIZAÇÃO

Tipo de Fiscalização Fiscalização Direta e Indireta

Município Endereço Local

Cajuri Av. Ponkam 23, Centro Telefone: (31) 3898-1362

Distrito Paraguai

Serviço Fiscalizado

Sistema de Abastecimento de Água – Qualidade da Água

Ofícios Encaminhados Prestador – Ofício ARSAE-MG/DG N° 734/2014

Período da Inspeção de Campo

19 de novembro de 2014

4. OBJETIVO

O objetivo do Relatório de Fiscalização é descrever e detalhar as condições técnicas e

operacionais referente à qualidade da água de abastecimento para consumo humano

distribuída pela COPASA, na sede do município de Cajuri e no distrito de Paraguai.

A ação de fiscalização direta e indireta realizada por fiscais credenciados visa determinar o

grau de conformidade do sistema auditado, em consonância com a legislação pertinente,

especialmente, as Resoluções expedidas pela ARSAE-MG.



5. METODOLOGIA

A metodologia para desenvolvimento da fiscalização compreendeu a reunião de abertura com

a equipe técnica do sistema sobre a aplicação da Resolução ARSAE-MG nº 044/2014 e

apresentação dos procedimentos de vistoria técnica, os levantamentos em campo, a análise e

avaliação documental.

Toda a atividade foi acompanhada por representante designado pelo Prestador de Serviços.

6. REPRESENTANTES PRESENTES

Funcionário designado pelo Prestador:

Cláudio Pacheco Pereira – Engenheiro de Produção e Operação.

7. SEGMENTOS OPERACIONAIS E UNIDADES FISCALIZADAS

Descrição

Abastecimento de Água

Segmento Operacional Unidade Fiscalizada

Reservatório + Tanque de Contato (cloro + flúor)

Laboratório

Rede de Distribuição Qualidade da água

8. FATOS LEVANTADOS SOBRE A QUALIDADE DA ÁGUA DE ABASTECIMENTO

São listados neste capítulo os fatos apurados na inspeção de campo sobre o Sistema de

Abastecimento de Água – SAA referente à qualidade da água de abastecimento para consumo

humano que é distribuída na sede do Município de Cajuri e Distrito de Paraguai.

A inspeção técnica consistiu na vistoria das instalações do laboratório para avaliação da

qualidade da água fornecida nos referidos município e distrito, bem como dos procedimentos

operacionais adotados pelos responsáveis pelo serviço.



8.1. Descrição do Sistema de Abastecimento

8.1.1. Cajuri

O Sistema de Abastecimento de Água - SAA de Cajuri é composto por 2 poços tubulares

profundos – PTP (C-01 e C-06), 1 Elevatória de Água Tratada (Booster Santo Antônio) que se

encontra desativada, 2 reservatórios apoiados (RAP/R1 e RAP/R3) e um reservatório

semienterrado (SER/R2), conforme croqui em anexo (Anexo I). A água captada é clorada e

fluoretada, sendo esse processo realizado na saída dos poços.

8.1.2. Paraguai

O SAA de Paraguai é composto por dois poços tubulares profundos – PTP (C-01 e E-01), um

reservatório apoiado (RAP/R3) e uma casa de química, conforme croqui (Anexo II). A água

captada dos poços é clorada e fluoretada no reservatório. Todas as análises da qualidade da

água para consumo humano do distrito são realizadas no laboratório de Cajuri.

8.2. Considerações Sobre o Laboratório

O laboratório de Cajuri encontra-se localizado à rua Av. Ponkam 28 – Centro, junto da Agência

de Atendimento ao público. A equipe laboratorial é formada pelo Sr. Eduardo Carreiro

Machado, químico responsável técnico, e pelo Sr. Natair Noberto Ricardo, operador do

laboratório. Ambos os profissionais foram capacitados para a realização de coletas, análises

físico-químicas e bacteriológicas, bem como para a calibração dos equipamentos, em

cumprimento à Portaria MS n° 2.914/2011. Ressalta-se que o Sr. Natair é o responsável pelos

trabalhos laboratoriais, envolvendo a coleta e a análise de amostras tanto de Cajuri quanto do

distrito de Paraguai, além de responder pelas manutenções dos SAA das duas localidades e

pelo posto de atendimento, acúmulo de funções que pode interferir no bom funcionamento de

todo o sistema de abastecimento.



8.2.1. Instalações

Foto 01 – Área externa do laboratório.

Foto 02 – Condição geral do laboratório.

O laboratório possui iluminação insuficiente e temperatura ambiente elevada, apresentando

deficiências na organização e disposição de equipamentos, reagentes e vidrarias. O espaço do

laboratório não é exclusivo às suas atividades, sendo compartilhado com o almoxarifado de

peças de manutenção do SAA, com a área de lanche dos funcionários e estando diretamente

conectado ao local destinado ao atendimento dos usuários. Além disso, a entrada das

instalações sanitárias ocorre pela área do laboratório, oferecendo risco de contaminação às

análises laboratoriais.

Iluminação insuficiente e inadequada; (Foto 03)

Ausência de bancadas adequadas; (Foto 04)

Teto inadequado; (Foto 05)

Espaço do laboratório compartilhado com outras atividades; (Fotos 06, 07 e 08)

Tipo de piso inadequado; (Foto 09)

Presença de fiação elétrica exposta no teto; (Foto 10)

Instalações elétricas inadequadas; (Foto 11)

Ausência de instalações hidráulicas para despejos e lavagem de materiais;

Ausência de extintor de incêndio;

Condições inadequadas de temperatura ambiente.



Foto 03 – Iluminação natural insuficiente e artificial

inadequada.

Foto 04 – Equipamentos apoiados sobre mesas.

Foto 05 – Teto com reentrâncias.

Foto 06 – Depósito de peças de manutenção do

SAA.

Foto 07 – Área de lanche dos funcionários.

Foto 08 – Posto de atendimento ao usuário e

instalações sanitárias.

Posto de

atendimento Banheiro



Foto 09 – Piso inapropriado às práticas

laboratoriais.

Foto 10 – Fiação exposta.

Foto 11 – Tomadas sobrecarregadas.

8.2.2. Equipamentos

O laboratório apresenta manual de Procedimento Operacional Padrão – POP, bem como o

registro de dados de controle, manutenção e calibração dos equipamentos utilizados. O

laboratório possui equipamentos para determinação dos parâmetros cloro residual livre, cor,

turbidez, flúor e pH. Contudo, o Turbidímetro não estava em conformidade com o POP do

equipamento, uma vez que não havia disponível todas as cubetas necessárias à devida

calibração do mesmo. No ato da fiscalização, os resultados das análises de turbidez estavam

apresentando valores acima do usual, sendo necessário realizar nova análise das amostras

através de outro Turbidímetro que estava em posse do Sr. Eduardo Carreiro.



Ausência de etiqueta de identificação dos equipamentos; (Foto 12)

Estufa em local inapropriado; (Foto 13)

Turbidímetro sem cubetas específicas de calibração;

Ausência de pipetadores de segurança.

Foto 12 – Equipamentos sem etiquetas.

Foto 13 – Estufa em contato direto com o chão.

8.2.3. Insumos e vidrarias

Verificou-se que os reagentes/insumos são armazenados de forma inadequada, bem como as

vidrarias e materiais acessórios, uma vez que não há espaço apropriado para contenção

desses materiais. Os fracos de reagente estão devidamente rotulados e dentro do prazo de

validade. Constatou-se que o insumo para as análises bacteriológicas, mesmo dentro do prazo

de validade, apresentava mudança de cor, o que interfere nos resultados das análises.

Armazenamento e acondicionamento inadequado de reagente/insumos; (Foto 14)

Mudança de cor dos insumos utilizados nas análises bacteriológicas. (Foto 15)



Foto 14 – Reagentes mal acondicionados.

Foto 15 – Deterioração das cápsulas de Colitag™.

8.3. Plano de Amostragem

Verificou-se que o plano de amostragem mensal para parâmetros físico-químicos e

microbiológicos do tratamento/distribuição está sendo cumprido de acordo com a Portaria MS

n.°2.914/2011. As análises semestrais e as de maior complexidade são realizadas conforme

cronograma da COPASA.

8.4. Coleta e análise da qualidade da água

Durante a fiscalização foi solicitado à COPASA a realização de coletas e análises da qualidade

da água para consumo humano em pontos específicos do sistema de distribuição de água do

município de Cajuri e do distrito de Paraguai.

Foram coletadas amostras de água, em consonância com a Portaria MS nº 2.914/2011, nos

seguintes pontos:

- Cajuri:

Poço C-01 (saída de água tratada do PTP, para avaliação de cloro e turbidez);

Poço C-06 (saída de água tratada do PTP, para avaliação de cloro, turbidez e análise

bacteriológica);

Saída do RAP/R3 (saída do tratamento, para avaliação dos parâmetros turbidez, cor,

flúor, cloro livre e pH);



Ponta de rede de distribuição (para avaliação dos parâmetros turbidez, cor, flúor, cloro

livre e pH).

- Paraguai:

Poço C-01 (saída de água bruta do PTP, para avaliação de turbidez);

Saída do RAP/R1 (saída do tratamento, para avaliação dos parâmetros turbidez, cor,

flúor, cloro livre, pH e análise bacteriológica);

As coletas foram realizadas pelo Sr. Natair Noberto Ricardo, capacitado para esta atividade.

8.5. Descrições dos pontos de coleta

8.5.1. Poço C-01 (sede)

A água captada passa por processos de cloração e fluoretação na saída do próprio poço

tubular. Foi realizada a coleta da água tratada (Foto 16) e posterior análise de cloro e turbidez,

conforme padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria MS n.º 2.914/2011.

Foto 16 – Coleta de água na saída do poço C-01.

8.5.2. Poço C-06 (sede)

Foi realizada a coleta da água na saída do poço, após passar pelos processos de cloração e

fluoretação (Foto 17), para análise de cloro e turbidez.




8.5.3. Saída do Rap/R3 (sede)

Foi realizada coleta de amostra de água na saída do reservatório de distribuição (Foto 18),

com a finalidade de verificar o resultado da análise para o cloro residual livre. Como não havia

torneira de saída de água, a coleta foi realizada dentro do reservatório. Foram realizados

também testes de turbidez, flúor, cor, e pH.

Foto 18 – Coleta de água no RAP/R3.



Ausência de torneira de saída de água do RAP/R3. (Foto 19)

Foto 19 – RAP/R3 sem torneira.

8.5.4. Ponta da Rede de distribuição (sede)

Para avaliação da qualidade da água no sistema de distribuição, foi realizada a coleta de água

em uma residência localizada na Praça Dom Helvécio (Fotos 20 e 21). Foram analisados os

parâmetros turbidez, cor, flúor, cloro livre e pH.

Foto 20 – Residência na Praça Dom Helvécio.

Foto 21 – Coleta de ponta de rede.

8.5.5. Poço C-01 (distrito)

Foi realizada a coleta da água (Foto 22) na saída do poço, para análise de turbidez, conforme

padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria MS n.º 2.914/2011.




8.5.6. Saída do Rap/R1 (distrito)

A água do RAP/R1 é clorada e fluoretada, a partir da casa de química localizada no mesmo

terreno. Foi realizada coleta de amostra de água na saída do reservatório (Foto 23), com a

finalidade de verificar o resultado da análise para o cloro residual livre. Foram realizados

também testes de turbidez, flúor, cor, pH e análise bacteriológica.

Foto 23 – Coleta de água no RAP/R1.

8.6. Análises da qualidade da água

As amostras foram analisadas no laboratório. Foram realizadas análises dos parâmetros físico-

químicos turbidez, cor, pH, flúor e análise bacteriológica (Coliformes Totais e Escherichia coli).



As análises microbiológicas foram realizadas pelo método do substrato enzimático, conforme

descrito pelo Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, de autoria das

instituições American Public Health Association (APHA), American Water Works Association

(AWWA) e Water Environment Federation (WEF). Para esta metodologia é necessária a

utilização de uma estufa bacteriológica a 34,5 ± 0,5°C, possuindo planilha de acompanhamento

de temperatura pareada, procedimento esse que não estava sendo praticado (Foto 24).

Observou-se que o insumo (meio de cultura) encontrava-se dentro do prazo de validade

(Colitag™ - Lote nº 060213B, validade 04/2015), apesar de algumas cápsulas apresentarem

deterioração, como já mencionado anteriormente. Ressalta-se que os resultados das análises

bacteriológicas foram encaminhados posteriormente a esta Agência para acompanhamento e

controle (Anexo III).

Foto 24 – Controle de temperatura da estufa.

8.6.1. Resultados das análises da qualidade da água

O resultado completo das análises para os parâmetros físico-químicos e bacteriológicos das

amostras coletadas (água bruta, reservatório e ponta de rede) estão de acordo com os padrões

de potabilidade estabelecidos pela Portaria MS n.º 2.914/2011, como pode ser observado na

Tabela 1. Entretanto, como o resultado da análise de cloro no Poço C-06 da sede municipal

apresentou valor baixo (0,4 mg/L), foi solicitada a coleta de água para análise bacteriológica.



Tabela 1- Análises físico-químicas e bacteriológicas da qualidade da Água do município de Cajuri e do distrito de Paraguai.

Resultado das análises do município de Cajuri e do distrito de Paraguai

Local da Coleta Endereço Físico - químicas Microbiológicas

Cor Flúor pH Turbidez Cloro Bacteriológica

Cajuri

Poço C-01 - - - - 0,56 1,5 -

Poço C-06 Rua Joaquim

Toledo da Silva, s/n

- - - 0,11 0,4 ausência

Saída do RAP/R3

Rua Carlos de Inácio, s/n

2,5 0,8 7,34 0,25 0,7 -

Ponta de Rede

Praça Dom Helvécio

2,5 0,79 7,33 0,12 0,7 -

Paraguai Poço C-01 - - - - 0,11 - -

Saída do RAP/R1

- 2,5 1,1 7,61 0,84 0,7 ausência

Unidade uH mg/L N.A. UT mg/L -

Valor Máximo

Permitido - VMP

15 0,6 a

1,5

6,0 a

9,5

Saída do tratamento

≤ 1,0 0,2 a

2,0 -

Ponta de rede

≤ 5,0

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A qualidade da água de abastecimento da sede municipal de Cajuri e distrito de Paraguai

encontra-se satisfatória para o consumo, pois atende ao estabelecido pela Portaria do MS nº

2.914/11.

Conclui-se que, no período da fiscalização, não foi observada qualquer incongruência no que

tange aos seguintes parâmetros de potabilidade: turbidez, cor, pH, cloro residual livre, fluoreto,

Coliformes Totais e E. coli, conforme estabelecido na Portaria MS nº 2914/2011. Apesar das

inconformidades relatadas, observou-se eficiência no controle da qualidade da água para

consumo humano.

Dessa forma, ressalta-se a necessidade do atendimento às questões apontadas nesse relatório

para garantia da qualidade da água distribuída e do padrão de qualidade dos serviços

prestados.

10. CONSTATAÇÕES E NÃO CONFORMIDADES

CONSTATAÇÃO – C1

Iluminação insuficiente e inadequada;



Ausência de instalações hidráulicas para despejos e lavagem de materiais.

NÃO CONFORMIDADE

NC1 – A COPASA não está cumprindo os artigos 1° e 7° da Resolução n° 44/2014 da ARSAE-

MG, transcrito a seguir:

“Art. 1° Os Laboratórios objeto desta Resolução devem ser planejados e estruturados conforme dispõe a Norma NBR13035 e possuir um Sistema de Gestão da Qualidade orientado pelos requisitos gerais da NBR ISO/IEC 17025, ambas, expedidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.” “Art. 7° As instalações dos Laboratórios devem ser localizadas, projetadas, construídas, adaptadas e mantidas de forma que sejam adequadas às atividades executadas, à proteção à saúde humana e ambiental, garantindo: (...) IV – disponibilidade de água e de energia elétrica, condições adequadas de iluminação, temperatura, umidade do ar e ventilação para a realização de suas atividades; (...) VI – local apropriado para descarte, descontaminação e lavagem de material;”


Ausência de bancadas adequadas;

Teto inadequado;

Tipo de piso inadequado;

Instalações elétricas inadequadas;

Ausência de extintor de incêndio.

NÃO CONFORMIDADE

NC2 – A COPASA não está cumprindo o artigo 1° da Resolução n° 44/2014 da ARSAE-MG,

transcrito a seguir:

“Art. 1° Os Laboratórios objeto desta Resolução devem ser planejados e estruturados conforme dispõe a Norma NBR13035 e possuir um Sistema de Gestão da Qualidade orientado pelos requisitos gerais da NBR ISO/IEC 17025, ambas, expedidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.”




Presença de fiação elétrica exposta no teto;

NÃO CONFORMIDADE



“Art. 9° As instalações laboratoriais devem ser mantidas em bom estado de organização, manutenção e conservação.”


Espaço do laboratório compartilhado com outras atividades;

NÃO CONFORMIDADE

NC4 – A COPASA não está cumprindo os artigos 7° e 8° da Resolução n° 44/2014 da ARSAE-

MG, transcrito a seguir:

“Art. 7° As instalações dos Laboratórios devem ser localizadas, projetadas, construídas, adaptadas e mantidas de forma que sejam adequadas às atividades executadas, à proteção à saúde humana e ambiental, garantindo: I – espaço exclusivo para a sua implementação, sendo vedado o compartilhamento com qualquer outro tipo de atividade que venha comprometer a qualidade das mesmas;” “Art. 8º Os vestiários, lavatórios, instalações sanitárias e áreas de convivência devem estar localizados de modo a evitar qualquer risco de contaminação das áreas onde são realizadas as análises laboratoriais.”


Condições inadequadas de temperatura ambiente.



NÃO CONFORMIDADE



“Art. 7° As instalações dos Laboratórios devem ser localizadas, projetadas, construídas, adaptadas e mantidas de forma que sejam adequadas às atividades executadas, à proteção à saúde humana e ambiental, garantindo: (...) IV – disponibilidade de água e de energia elétrica, condições adequadas de iluminação, temperatura, umidade do ar e ventilação para a realização de suas atividades;


Ausência de etiqueta de identificação dos equipamentos;

Turbidímetro sem cubetas específicas de calibração.

NÃO CONFORMIDADE



“Art. 17° Os equipamentos e instrumentos devem ser devidamente identificados, calibrados e qualificados periodicamente, conforme procedimentos padronizados pelos prestadores de serviços”


Ausência de pipetadores de segurança.

NÃO CONFORMIDADE



“Art. 16° Os Laboratórios devem dispor de equipamentos e instrumentos com especificação adequada e em quantidade suficiente para o correto desempenho e continuidade de suas atividades.”




Armazenamento e acondicionamento inadequado de reagente/insumos.

NÃO CONFORMIDADE



“Art. 14° Os Laboratórios devem dispor de procedimentos adequados para especificação, aquisição, recebimento, armazenamento, controle de estoque, controle de validade, distribuição e descarte de reagentes, insumos e materiais de consumo com a qualidade exigida pelas análises, atendendo às normas de segurança pertinentes.”


Ausência de torneira de saída de água do RAP/R3.

NÃO CONFORMIDADE



“Art. 8° O prestador de serviços executará, de forma constante, a conservação e a manutenção dos sistemas públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, mantendo-os em condições adequadas de operação, segurança e limpeza, obedecendo às normas e aos procedimentos técnicos pertinentes.”

11. RECOMENDAÇÕES

1. Adotar providências quanto às constatações mencionadas nesse relatório a fim de

atender às Resoluções Normativas ARSAE-MG nº 40/2013 e nº 44/2014.

2. Providenciar colocação de pia e bancadas, conforme especificações da NBR 13035,

com fechamento inferior para armazenamento e acondicionamento de vidrarias e

insumos.

3. Avaliar a necessidade de aumento da equipe para realização dos trabalhos de Cajuri e

Paraguai.

4. Providenciar apoio para a estufa, evitando sua deterioração, visto que a mesma

apresentava manchas de respingos de cera líquida.



5. Recomenda-se realização de medição pareada da temperatura da estufa, através da

colocação de termômetro de bulbo no interior desta, com preenchimento de planilha

de acompanhamento.

12. EQUIPE TÉCNICA

Flávio Martins da Cruz – Bioquímico - Masp: 1371341-7

Guilherme Augusto Branco Santos de Morais – Biólogo - Masp: 1371428-2

Maurício de Faria Soares – Bioquímico - Masp: 1.255.452-3

13. AGENTES DE FISCALIZAÇÃO

____________________________________

Flávio Martins da Cruz

____________________________________

Guilherme Augusto Branco Santos de Morais

____________________________________

Maurício de Faria Soares

Belo Horizonte, 10 de dezembro de 2014.



ANEXO I – CROQUI DO SAA DO MUNICÍPIO DE CAJURI



ANEXO II – CROQUI DO SAA DO DISTRITO DE PARAGUAI



ANEXO III – RESULTADOS DE ANÁLISES

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