relatório de estágio final - run.unl.pt · no seu contexto através da realização de história...
TRANSCRIPT
Relatório de Estágio Final
Nome da UC:
Estágio do 6º ano Mestrado Integrado em Medicina Nome:
Ana Cristina Silva Paulo da Costa e Castro N.º de Aluno: 2008011 Turma: 4 Ano Letivo: 2013/2014 Junho de 2014
“Escolhe um trabalho que ames e não terás de trabalhar um
único dia na tua vida”
2
Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 3
Atividades Desenvolvidas – Estágios Parcelares ............................................................................ 4
Cirurgia Geral ............................................................................................................................... 4
Medicina Interna ........................................................................................................................... 4
Ginecologia e Obstetrícia ............................................................................................................. 5
Saúde Mental................................................................................................................................ 6
Medicina Geral e Familiar ............................................................................................................. 7
Pediatria ....................................................................................................................................... 7
Outras Atividades Desenvolvidas .................................................................................................... 8
Estágio Clínico Opcional ............................................................................................................... 8
Congressos e Workshops ............................................................................................................. 8
Posicionamento Crítico .................................................................................................................... 9
Anexos ........................................................................................................................................... 11
Anexo 1 – Casuística dos Estágios Parcelares .......................................................................... 12
Anexo 2 – Certificado de Participação “iMed Conference” ......................................................... 15
Anexo 3 – Certificado de Participação “Workshop: Ecocardiografia em Emergência”................ 16
Anexo 4 – Certificado de Participação “Laboratório de Função Respiratória no Estudo de
Doenças Alérgicas” ..................................................................................................................... 17
Anexo 5 – Certificado de Participação “Reanimação Cardio-Respiratória – Nível 1” ................. 18
3
Introdução
A Sociedade espera e exige do Médico competência e atualização permanente dos
conhecimentos numa aprendizagem contínua, para a vida. É neste contexto que surge o Estágio
do 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade Nova de Lisboa, com o intuito de formação pré-graduada na sua vertente mais
prática e tendencialmente autónoma, fundamental para a admissão na formação específica e
considerando que o Ensino Médico não termina no período pré-graduado. As atividades
profissionalizantes desenvolveram-se em seis estágios parcelares: Medicina Interna, Cirurgia
Geral, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde Mental, Medicina Geral e Familiar e Pediatria.
A frequência do Estágio teve assim como objetivo o desenvolvimento de capacidades de
raciocínio clínico e de atuação na prática clínica diária através: da consolidação de
conhecimentos; da aquisição de valores inerentes ao exercício profissional; do desenvolvimento
da autocrítica e aceitação das limitações pessoais compreendendo a importância e a filosofia do
trabalho em equipa; da identificação e superação de receios; do aperfeiçoar da metodologia de
colheita de história clínica e realização de exame objetivo, hierarquização dos dados e formulação
de hipóteses de diagnóstico; da proposta de exames complementares de diagnóstico e
terapêuticas de forma individualizada e integrada; do desenvolvimento da capacidade de
comunicação com o doente e familiares valorizando as suas expectativas e preocupações através
de uma abordagem biopsicossocial; do desenvolvimento da capacidade de identificar, determinar
prioridades e proceder perante as situações clínicas mais prevalentes na população portuguesa
em cada área de especialidade médica e cirúrgica.
Com o presente Relatório Final de Mestrado, pretendo apresentar os objetivos específicos a
que me propus no início de cada estágio parcelar e descrever as atividades desenvolvidas nos
diversos contextos em que estive inserida no decorrer do ano letivo, concluindo com uma reflexão
pessoal acerca do desenvolvimento dos estágios perante os objetivos enunciados. Em anexo
disponibilizo os certificados de presença nas atividades de formação que tive oportunidade de
frequentar e um resumo da casuística relativa às unidades curriculares componentes do Estágio.
4
Atividades Desenvolvidas – Estágios Parcelares
Cirurgia Geral – 16 de setembro a 8 de novembro de 2013
O estágio decorreu durante 8 semanas no Hospital Beatriz Ângelo (HBA) divididas em: 2
semanas na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) sob a orientação da equipa médica que a
constitui e 6 semanas no Serviço de Cirurgia Geral sob a tutela da Dr.ª Susana Ourô. Entre os
objetivos específicos pretendidos com o estágio enumero: contactar com os principais síndromes
cirúrgicos; saber distinguir as situações clínicas com indicação cirúrgica eletiva ou urgente;
executar técnicas de pequena cirurgia mais comuns e participar ativamente nos procedimentos do
dia-a-dia do Cirurgião.
As atividades desenvolvidas no âmbito da Cirurgia Geral consistiram no seguimento de
doentes no internamento, na consulta de cirurgia geral, no bloco operatório (BO) e no serviço de
urgência (SU). A consulta externa, SU e internamento constituíram espaços privilegiados para
aquisição de autonomia na abordagem clínica ao doente cirúrgico através do exame objetivo
abdominal e prestação de cuidados pré e pós-operatórios. O BO foi um componente mais prático
do estágio pela possibilidade de participação como ajudante em procedimentos cirúrgicos.
No período decorrido na UCI participei na prestação de cuidados de saúde diários ao doente
grave através da observação e registo da avaliação clinico-laboratorial. Tive ainda a oportunidade
de assistir à realização de diversos procedimentos diagnósticos e terapêuticos que, apesar do
carácter meramente observacional, tiveram grande importância na minha formação.
Outra vertente do estágio foi constituída por aulas teóricas e teórico-práticas realizadas no
HBA, além das Sessões Clínicas do mesmo hospital a que tive oportunidade de assistir.
O Mini-congresso, realizado no último dia de estágio, teve como objetivo a apresentação de
casos clínicos observado no decorrer do estágio. O meu grupo apresentou um caso de uma
doente com Doença de Crohn Fibroestenosante.
Medicina Interna – 11 de novembro de 2013 a 17 de janeiro de 2014
Também durante um período de 8 semanas, o estágio de Medicina Interna decorreu no Serviço
de Medicina IB do Hospital Egas Moniz e no SU do Hospital São Francisco Xavier, pertencentes
5
ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Integrei a equipa da Dr.ª Teresa Romão,
acompanhando-a nas atividades diárias de Enfermaria e nos turnos no SU. Os objetivos
específicos pretendidos focaram-se no desenvolvimento de competências em termos de:
proposta e prescrição terapêuticas; correta identificação das situações com indicação para
referenciação (privilegiando o trabalho em equipa); comunicação e exposição pública de
situações clínicas; participação na atividade diária do Médico Internista e execução
procedimentos diagnósticos e terapêuticos.
A atividade na enfermaria consistiu na prestação de cuidados de saúde integrados no doente e
no seu contexto através da realização de história clínica e exame objetivo, formulação de
hipóteses de diagnóstico, elaboração do diário clínico, notas de entrada e de alta, exposição da
evolução clínica dos doentes e posterior discussão do plano diagnóstico-terapêutico com a equipa
médica. No SU tive a oportunidade de proceder sozinha à abordagem ao doente e subsequente
avaliação clinico-laboratorial e orientação terapêutica, pela primeira vez neste contexto. Realizei
ainda técnicas com fins diagnósticos e terapêuticos como gasimetrias arteriais e uma
toracocentese evacuadora. Assisti com interesse às Reuniões Semanais do Serviço de Medicina
I, Sessões Clínicas Hospitalares e Seminários apresentados na Faculdade, importantes na
revisão das situações clínicas mais prevalentes numa população envelhecida com polimorbilidade
e polimedicada. Em grupo, elaborei e apresentei uma revisão teórica com um pequeno caso-
clínico cujo tema foi Síndrome Cárdio-Renal.
Ginecologia e Obstetrícia – 27 de janeiro a 21 de fevereiro de 2014
O estágio decorreu durante um período de 4 semanas no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia
do HBA, integrada na equipa e sob a tutela do Dr. José Reis. Como objetivos específicos pretendi
adquirir maior autonomia na vigilância da saúde materna, na identificação de gravidez de risco, no
reconhecimento dos sinais e sintomas e assistência à mulher em trabalho de parto; familiarizar-
me com os rastreios em ginecologia e desenvolver competências práticas inerentes à prestação
de cuidados de saúde da mulher.
Cumpri um plano de rotação que me foi atribuído e que consistiu no acompanhamento das
atividades diárias desenvolvidas nas Consultas de Ginecologia, Obstetrícia e Senologia, BO,
6
Exames de Ginecologia, Ecografia Ginecológica e Obstétrica e Enfermaria. Tive assim a
oportunidade de contactar com as mais diversas situações clínicas e realizar procedimentos
subjacentes à prática desta vasta especialidade. O plano de rotação incluiu ainda a frequência de
12 horas semanais no SU e Bloco de Partos. A experiência demonstrou-me o carácter autónomo
e autossustentável da especialidade uma vez que são os próprios médicos especialistas que
suportam os seus diagnósticos através das ecografias e exames ginecológicos, assim como
instituem as opções terapêuticas, nomeadamente a cirurgia.
O último dia de estágio esteve destinado à apresentação de trabalhos, tendo o meu grupo
preparado uma revisão teórica acerca da Colestase Intra-hepática da Gravidez.
Saúde Mental – 24 de fevereiro a 21 de março de 2014
O estágio decorreu durante 4 semanas na Unidade Comunitária de Queluz/Massamá
pertencente ao Serviço de Psiquiatria do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF),
integrada na equipa e sob a tutela da Dr.ª Patrícia Gonçalves. Neste âmbito acompanhei as
atividades diárias desenvolvidas na Equipa Comunitária, nas reuniões de Serviço e no SU. Os
objetivos específicos ao estágio parcelar de Saúde Mental foram: integrar o modelo
Biopsicossocial como modelo de pensamento; desenvolver a capacidade de identificar os
principais sintomas de doença mental e diferenciar de patologias orgânicas de base; adquirir as
capacidades para a realização do exame do estado mental.
Neste contexto acompanhei o seguimento de doentes em ambulatório contactando de perto
com a Doença Mental, verificando a sua enorme prevalência, o grande impacto funcional e as
necessidades a que se associa. Durante a estadia na Unidade Comunitária tive ainda a
oportunidade de assistir a consultas de enfermagem, espaços privilegiados para uma
monitorização mais próxima do estado de saúde e adesão à terapêutica.
O primeiro dia do estágio foi constituído por Seminários apresentados pelo Professor Doutor
Miguel Xavier onde foram transmitidos e sistematizados os conhecimentos e práticas a adotar
perante as situações clínicas de psicopatologia mais prevalentes nos nossos SU.
Conjuntamente com o grupo de alunos que frequentou o estágio parcelar de Saúde Mental no
HFF, realizei uma apresentação que teve como tema “Relação Médico-Doente”. Integrando o
7
trabalho apresentado com a prática clínica diária experienciada, foi notória a importância do
modelo de relacionamento Biopsicossocial nestas consultas, mas também a sua transversalidade
aos vários contextos da medicina.
Medicina Geral e Familiar – 24 de março a 24 de abril de 2014
O estágio decorreu durante um período de 4 semanas na UCSP de Serpa sob a orientação da
Dr.ª Conceição Serpa. Os principais objetivos identificados foram: compreender a organização
dos Cuidados de Saúde Primários e a sua dinâmica com os Cuidados de Saúde Secundários;
conhecer as particularidades inerentes ao exercício da medicina em meio rural; educar para a
Saúde e contactar com os programas de rastreio; conhecer e aplicar o plano de vigilância de
Saúde Infantil; participar na prestação de cuidados de Saúde Materna; conhecer e participar no
seguimento de utentes com doenças crónicas. Acompanhei e realizei consultas de forma
tendencialmente autónoma, atuando tanto ao nível da promoção da saúde como de prevenção da
doença, perante uma população com características distintas daquelas com que estou mais
familiarizada tendo em conta a formação médica em meio hospitalar urbano. Colaborei ainda com
a equipa de enfermagem e tive a possibilidade de acompanhar uma atividade desenvolvida no
âmbito da autoridade de Saúde Pública. Na reunião mensal da UCSP realizei uma apresentação
de grupo com base na Lei nº15/2014 com o objetivo de dar a conhecer os principais direitos e
deveres do utente.
Pediatria – 28 de abril a 23 de maio de 2014
Realizou-se no Serviço de Pediatria 5.2 (S2S2) e no SU do Hospital Dona Estefânia (HDE),
pertencentes ao Centro Hospitalar de Lisboa Central, durante um período de 4 semanas. Fui
integrada na equipa da Dr.ª Paula Kjöllerström, especialista em Hematologia Pediátrica, tendo
desenvolvido a atividade prática na Enfermaria, na Consulta Externa de Hematologia Pediátrica,
no Hospital de Dia e nos turnos no SU. Os objetivos específicos pretendidos com a frequência do
estágio parcelar foram: contactar com os princípios e práticas preventivas e de educação para a
saúde na pediatria; reconhecer a importância do contexto familiar, escolar e da comunidade no
desenvolvimento e determinantes de saúde da criança; avaliar o crescimento, desenvolvimento e
8
estado nutricional; avaliar o estado geral da criança e reconhecer critérios de gravidade (sinais de
dificuldade respiratória, meníngeos, de choque, de asma e de insuficiência cardíaca).
As atividades desenvolvidas consistiram na prestação de cuidados de saúde infantil em
diferentes fases do desenvolvimento com base na colheita e integração de dados clínicos,
imagiológicos e laboratoriais. Esta foi também uma oportunidade para o primeiro contacto com a
Hematologia uma vez que no 4º ano frequentei o programa de mobilidade ERASMUS e no qual
não tive oportunidade de conhecer esta especialidade. A unidade curricular foi não só
complementada por sessões teóricas e consulta de Imunoalergologia, como por Sessões Clínicas
semanais hospitalares. No final do período de estágio apresentei um trabalho de grupo intitulado
“Intoxicação por Paracetamol”.
Outras Atividades Desenvolvidas
Estágio Clínico Opcional: Medicina Geral e Familiar – 26 de maio a 6 de junho
Este estágio decorreu durante um período de duas semanas na USF de Mactamã sob a
orientação da Dr.ª Ana Frazão. Considerando que dediquei as 4 semanas de estágio obrigatório
ao meio rural, tive aqui a possibilidade de contactar com o meio urbano e com uma população
com características, apesar de tudo diferentes, através da prática clínica de uma especialidade
médica tão próxima da população como é a Medicina Geral e Familiar. Esta experiência permitiu-
me conhecer-me, aos meus limites e receios, e assim tentar superar-me através do contacto com
experiências e responsabilidades, novas e prementes, para o início da atividade profissional.
Congressos e Workshops
Por fim mas não menos importante, a minha formação académica adquirida no decorrente ano
deve-se igualmente à oportunidade de participação em dois congressos, “iMed Conference 5.0” e
“Reunião de Imunoalergologia do Hospital Dona Estefânia, Laboratório de Função Respiratória no
Estudo das Doenças Alérgicas”, e em dois Workshops “Ecocardiografia em Emergência” e
“Reanimação Cárdio-Respiratória – Nível 1”.
9
Posicionamento Crítico
Na sua globalidade o Estágio revelou-se bastante positivo pela possibilidade de concretização
de grande parte dos objetivos gerais e específicos a que me propus, principalmente na aquisição
de autonomia pelo seu carácter verdadeiramente prático e dirigido à profissionalização. Termino o
curso de Medicina com as bases de raciocínio clínico essenciais ao ingresso na prática clínica,
sedimentadas durante os estágios parcelares que compuseram este ano letivo.
A consolidação dos conhecimentos foi conseguida pelo contato prático com as patologias e
discussão diária com os tutores sobre como proceder perante as situações clínicas mais
frequentes nas diferentes especialidades médico-cirúrgicas, saltando da teoria da literatura. As
competências práticas adquiridas resultaram da melhoria das capacidades de colheita de dados
anamnésticos, realização de exame físico completo e subsequente abordagem clínico-laboratorial
do doente de forma individualizada e contextualizada, além da possibilidade de realização de
procedimentos diagnóstico-terapêuticos. Também o ganho de responsabilidade e de maior
segurança na tomada de decisão clínica aliadas a maior capacidade de integração e colaboração
com os vários profissionais de saúde e de comunicação com os doentes e familiares, foram
objetivos pessoais que consegui ver cumpridos. A concretização destes pontos positivos foi
permitida pela disponibilidade e capacidade de partilha de conhecimentos oferecidas por todos os
profissionais de saúde com quem contactei, assim como pelo estímulo à integração e participação
ativa na prática clínica diária nos vários contextos em que estive inserida.
Por outro lado, a pouca uniformização dos estágios no que diz respeito à organização interna
dos alunos, aos horários, e por vezes, critérios de avaliação entre os diferentes hospitais
constituíram aspetos menos positivos do Estágio.
Mais concretamente em relação ao modelo organizativo das unidades curriculares:
Considero que o sistema de rotação implementado no estágio parcelar de Ginecologia e
Obstetrícia não se demonstrou benéfico por carecer de um contacto mais próximo com os tutores,
prejudicando o estabelecimento de uma relação aluno-médico e, consequentemente, a
transmissão e avaliação de conhecimentos e competências.
10
Os alunos que frequentaram o estágio parcelar de Cirurgia no HBA tiveram a possibilidade
de escolha de uma entre quatro especialidades opcionais. Apesar da experiência nos Cuidados
Intensivos ter sido extremamente positiva, considero importante a possibilidade de contacto com
as restantes especialidades opcionais, nomeadamente a Anestesia, com a qual não temos
contacto durante o curso.
Para um maior benefício em termos educacionais penso que seria mais proveitoso um rácio
tutor:aluno, no máximo, de 1:2. A presença simultânea de seis alunos por BO no estágio parcelar
de Cirurgia ou de três alunos por tutor no SU do HDE são exemplos de situações limitativas ao
desenvolvimento de capacidades e prestação individual pretendidas.
Tendo em vista o objetivo prático e profissionalizante desta Unidade Curricular gostaria de
ter adquirido maior autonomia na execução de procedimentos específicos importantes à prática
clínica (p.ex: pequena cirurgia). Assim, na presença de dificuldades técnicas/pessoais que não
permitam a aquisição deste nível de competências, sugiro/elogio a implementação de aulas
teórico-práticas com a possibilidade de treino em modelos, limitando ao máximo o carácter
observacional do Estágio.
As aptidões, conhecimentos, experiências adquiridas no meu percurso no Mestrado Integrado
em Medicina devem-se igualmente às atividades desenvolvidas em paralelo à Faculdade através
do contacto com conteúdos diversos e de interesse específico, enfatizando o dever ético de
formação contínua com espírito de iniciativa e com a finalidade de progressão nas competências.
Em conclusão, o ano letivo foi fulcral para a minha formação de base pela possibilidade de
cumprimento dos diversos objetivos descritos e aquisição de valores inerentes à prática de uma
profissão tão nobre como a Medicina. Assim, pelo papel desempenhado durante este percurso na
estimulação diária pelo saber e pelo amor à prática clínica, agradeço a todos os profissionais que
constituíram as equipas médicas que integrei. Porque a aprendizagem não termina aqui hoje, o
Estágio surgiu como o componente mais importante destes seis anos por me ter fornecido as
luzes que me vão guiar no longo caminho que ainda tenho a percorrer.
12
Intervenções Cirúrgicas
Herniorrafia/Hernioplastia
CVL
Excisão de sinus sacro-coccígeo
Excisão de Lipoma
Sigmoidectomia laparoscópica
Apendicectomia Laparoscópica
Hemicolectomia direita laparoscópica
Ressecção ílio-cecal
Ressecção anterior do recto
Outros
Diagnósticos em Consulta
Hernias
Litíase biliar
Sinus Pilonidalis
Neoplasia colo-rectal
Sind Lynch
Polipose cólica
DII
Quisto sebáceo
Lipoma região escapular
Ulceração do MI
Outros
Infecciosas ou Parasitárias
Hematológicas Endócrinas,
Nutricionais e Metabólicas
Sistema Nervoso
Aparelho Circulatório Aparelho
Respiratório
Aparelho Digestivo
Sistema Músculo-
Esquelético
Aparelho Genito-Urinário
Agentes externos
Diagnósticos principais na Enfermaria
Neoplasias
Endócrinas, Nutricionais e Metabólicas
Mentais e do Comportamento
Sistema Nervoso
Aparelho Circulatório Aparelho
Respiratório
Aparelho Digestivo
Sistema Músculo-
Esquelético e Tecido
Conjuntivo
Aparelho Genito-Urinário
Não especificados
Agentes externos
Principais diagnósticos no SU
Anexo 1 – Casuística dos Estágios Parcelares
Com o objetivo de sistematização contínua da minha prática clínica ao longo do 6º ano,
elaborei em cada relatório de estágio gráficos resumo da casuística dos doentes observados.
Apresento algumas das conclusões obtidas.
Cirurgia Geral
As casuísticas apresentadas correspondem às principais intervenções cirúrgicas realizadas e
principais diagnósticos observados em consulta, representativos das maiores componentes do
estágio parcelar de Cirurgia desempenhado em contexto de patologia colo-rectal. Em termos de
intervenções cirúrgicas de enfatizar a maior prevalência de herniorrafias/hernioplastias e
colecistectomias por via laparoscópica.
Medicina Interna
Apesar de em número reduzido, considero que os doentes observados e principais patologias
que motivaram o recurso ao SU e o internamento refletem as características epidemiológicas de
13
Alterações Fisiológicas da
Gravidez 40%
Infecção Urinária
16%
Aborto espontaneo
12%
Hemorragia do 1ºT 4%
Outros 20%
A esclarecer 8%
Principais Diagnósticos Observados no SU
<25 25-29 30-34 35-39 >40
0
7
10
6
2
Consulta de Obstetrícia Distribuição por Idades
Doenças do Aparelho
Respiratório
Doenças da Pele e Tecido Subcutâneo
Doenças do Aparelho Digestivo
Doenças do Sistema Músculo-
Esquelético e Tecido Conjuntivo
Doenças do Aparelho Genito-
Urinário
Doenças do Ouvido e Processo Mastoideu
Doenças do Olho e Anexos
Gravidez, parto
e puerpério Causas externas de
morbilidade e mortalidade
Principais diagnósticos observados no SU
Ferropénia sem anemia
Trombocitopén
ia Imune
Anemia de Células
Falciformes
Heterozigotia HbS
Suspeita de Doença de Von
Willebrand
Não-Hematológica
Anemia Ferropénica
Esferocitose
Hemofilia A grave
Principais Diagnósticos Observados na Consulta
uma população portuguesa envelhecida, polimedicada e com múltiplas co-morbilidades. Os
principais diagnósticos observados em contexto de internamento foram Insuficiência Cardíaca
descompensada e Infeções Respiratórias Baixas.
Ginecologia e Obstetrícia
Durante o estágio de Ginecologia e Obstetrícia constatei com curiosidade que a maioria das
doentes que recorria ao SU não apresentava patologia grave, ao contrário da experiência prévia
em SU de Medicina ou Cirurgia. Esta observação realça assim a importância deste espaço para a
tranquilização das grávidas mas também o papel fundamental na prevenção de patologias que
neste contexto têm enorme impacto. A casuística da distribuição etária permite confirmar a
tendência da sociedade atual para a maternidade em idades mais tardias.
Pediatria
O facto de o estágio de Pediatria ter decorrido no Serviço de Hematologia foi muito benéfico
pela possibilidade de contacto com patologias com as quais não tive oportunidade de contactar
14
14%
33%
17%
10%
14%
7% 5%
Principais Diagnósticos Observados
P. Bipolar
P. Depressiva
Esquizofrenia
P. Ansiedade
P. Personalidade
Demência
Dependência porSustâncias de Abuso
P. Bipolar P. Depressiva Esquizofrenia P. Ansiedade P.Personalidade
Demência Dependênciapor Sustâncias
de abuso
Distribuição Etária
<20
20-29
30-39
40-49
50-59
>60
P. Bipolar P. Depressiva Esquizofrenia P. Ansiedade P.Personalidade
Demência Dependênciapor Sustâncias
de abuso
Distribuição por Sexo
F M
durante o curso, tendo a consulta constituindo um espaço privilegiado para o preenchimento
destas lacunas na minha formação. Por outro lado, a casuística do SU já se torna representativa
das necessidades de saúde da população pediátrica onde os principais diagnósticos observados
foram Bronquiolite e Gastroenterite aguda.
Saúde Mental
A maioria das consultas observadas foi de
seguimento. A patologia mais frequente foi a
Perturbação Depressiva, seguida pela Esquizofrenia
e da Perturbação Bipolar.
Além das Perturbações da Personalidade também
as Perturbações Depressivas se mostraram mais
frequentes no sexo feminino, em contraste com a
Dependência por Substâncias de Abuso que, apesar
de em pequeno número, abrangeram apenas o sexo
masculino.
15
Anexo 2 – Certificado de Participação “iMed Conference”
Realizada entre 11 e 13 de Outubro, teve como objetivo a exposição das mais recentes
inovações no campo da Medicina por parte de prestigiados oradores nas áreas da Terapia
Genética, Neurociências, Cardiologia e HIV.
16
Anexo 3 – Certificado de Participação “Workshop: Ecocardiografia em Emergência”
O Workshop desenvolveu-se no contexto do “iMed Conference 5.0” e surgiu como uma
oportunidade para contactar com os princípios do ecocardiograma em situação de urgência e
adquirir competências básicas no manuseamento do ecógrafo e visualização das janelas
cardíacas, aspetos com os quais não tive contacto durante o curso.
17
Anexo 4 – Certificado de Participação “Laboratório de Função Respiratória no Estudo de Doenças Alérgicas”
Esta conferência decorreu no contexto da Reunião anual de Imunoalergologia do Hospital Dona Estefânia onde foram abordados como
temas: “Espirometria, volumes pulmonares e broncoreactividade”, “Avaliação funcional respiratória na criança e na idade pré-escolar” e “Óxido
nítrico e condensado brônquico do ar exalado”.
18
Anexo 5 – Certificado de Participação “Reanimação Cárdio-Respiratória – Nível 1”
Considerando a elevada mortalidade/morbilidade decorrentes de um processo de reanimação
associada à baixa prevalência do mesmo, é importante um treino regular e atualização de
conhecimentos em suporte básico e avançado de vida na criança e no adulto.
À data da entrega do presente relatório o Certificado ainda não estava disponível na entidade
organizadora.