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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS CAMPO MOURÃO ENGENHARIA CIVIL WANDER DOUGLAS PIRES DE CAMARGO RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO Relatório de Estágio Curricular Obrigatório apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Campo Mourão. Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Rigobello Autorizo o encaminhamento para avaliação, Prof. Dr.Ronaldo Rigobello CAMPO MOURÃO 2013

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS CAMPO MOURÃO

ENGENHARIA CIVIL

WANDER DOUGLAS PIRES DE CAMARGO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO

Relatório de Estágio Curricular Obrigatório apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Campo Mourão. Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Rigobello

Autorizo o encaminhamento para avaliação,

Prof. Dr.Ronaldo Rigobello

CAMPO MOURÃO

2013

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS CAMPO MOURÃO

ENGENHARIA CIVIL

WANDER DOUGLAS PIRES DE CAMARGO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO

Relatório de Estágio Curricular Obrigatório apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Campo Mourão. Orientadores: Profa. Dra. Fabiana Goia Rosa de Oliveira e Prof. Dr. Ronaldo Rigobello

Autorizo o encaminhamento para avaliação,

Profa. Dra. Fabiana Goia Rosa de Oliveira

Prof. Dr. Ronaldo Rigobello

CAMPO MOURÃO

2013

RESUMO

O estágio curricular obrigatório foi realizado em duas unidades concedentes para

completar as horas requeridas. A primeira UCE foi a Itaipu Binacional, em Foz do

Iguaçu, e a outra a Pangenge Engenharia, em Campo Mourão. Na Itaipu Binacional

o estágio consistiu em acompanhar os trabalhos dos departamentos de Segurança

de barragens, Laboratório de concreto, Obras Civil e Engenharia. Na Panenge, as

atividades contemplaram a elaboração de projetos arquitetônicos, estruturais e

complementares, acompanhamento de Obras e produção de estruturas de concreto

pré-moldado.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5 1.1 ITAIPU BINACIONAL ....................................................................................... 5 1.2 PANENGE ENGENHARIA ............................................................................... 5 1.3 DESCRIÇÃO DA UCE (UNIDADE CONCEDENTE DE ESTÁGIO) .................. 6 1.3.1 Itaipu Binacional ............................................................................................ 6 1.3.2 Panenge Engenharia ..................................................................................... 7 1.4 OBJETIVOS DO ESTÁGIO E RESUMO DAS ATIVIDADES............................ 8 1.4.1 Itaipu Binacional ............................................................................................ 8 1.4.2 Panenge Engenharia ..................................................................................... 9 2 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO ................................................................. 10 2.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ...................................... 10 2.1.1 Itaipu Binacional ............................................................................................ 10 2.1.1.1 Segurança de Barragens ........................................................................... 10 2.1.1.1.1 Pêndulos diretos e indiretos ..................................................................... 10 2.1.1.1.2 Piezômetros ............................................................................................. 11 2.1.1.1.3 Medidores Triortogonais .......................................................................... 12 2.1.1.1.4 Medidores de Vazão ................................................................................ 13 2.1.1.1.5 Extensômetros multiplos de haste ........................................................... 14 2.1.1.1.6 Base de alongâmetro ............................................................................... 14 2.1.1.1.7 Leitura de vazão de drenos ...................................................................... 15 2.1.1.2 Laboratório de concreto ............................................................................. 16 2.1.1.3 Obras Civis ................................................................................................ 19 2.1.1.4 Departamento de engenharia .................................................................... 26 2.1.2 Panenge Engenharia ..................................................................................... 27 2.2 PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS ................................................. 34 2.2.1 Itaipu Binacional ............................................................................................ 34 2.2.2 Panenge Engenharia ..................................................................................... 34 2.3 RELAÇÃO DO ESTÁGIO COM AS DISCIPLINAS DO CURSO ....................... 34 2.3.1 Itaipu Binacional ............................................................................................ 34 2.3.2 Panenge Engenharia ..................................................................................... 35 3 CONCLUSÕES ................................................................................................... 36 3.1 APRENDIZADO PRÁTICO .............................................................................. 36 3.1.1 Itaipu Binacional ............................................................................................ 36 3.1.2 Panenge Engenharia ..................................................................................... 36 3.2 RELACIONAMENTO PROFISSIONAL ............................................................ 36 3.2.1 Itaipu Binacional ............................................................................................ 36 3.2.2 Panenge Engenharia ..................................................................................... 37 3.3 SUGESTÕES PARA A UNIVERSIDADE ......................................................... 37

3.3.1 Itaipu Binacional ............................................................................................ 37 3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 37 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 38

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1 INTRODUÇÃO

1.1 ITAIPU BINACIONAL

Este relatório é, em parte, resultado do estágio realizado na

Superintendência de Obras - Diretoria Técnica da Itaipu Binacional. Nesta UCE o

estágio contemplou um total de 160 horas, integralizadas no período de 04/07/2012

à 31/07/2012.

As atividades realizadas durante o estágio foram o acompanhamento dos

trabalhos das divisões técnicas da usina de maior relevância à Engenharia Civil:

Segurança de Barragens, Laboratório de Concreto, Obras Civis e Engenharia.

Acompanhar os trabalhos destes setores, da maior usina hidroelétrica do Brasil e do

Paraguai (em tamanho), e a maior em geração de energia do mundo, tornou-se uma

experiência valiosa.

O “PROGRAMA DE ESTÁGIO DE FÉRIAS DA ITAIPU BINACIONAL”

concede estágio a estudantes de Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia

Mecânica, Engenharia Ambiental, Medicina Veterinária, Biologia, entre outras. A

presença e o contato com estudantes de diversas áreas contribuíram também para

desenvolver uma visão multidisciplinar sobre a construção e operação de uma obra

do porte da Itaipu.

1.2 PANENGE ENGENHARIA

O estágio na Panenge Engenharia, uma empresa do ramo de estruturas pré-

moldadas, foi importante para aprender conceitos de projeção, produção e

montagem de edificações em concreto pré-moldado.

O estágio teve a finalidade de desenvolvimento profissional, tanto técnico

como social, pois eram realizadas tarefas como criação de projetos arquitetônicos

como também de relações interpessoais, como contato com fornecedores, clientes e

colegas de trabalho.

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1.3 DESCRIÇÃO DA UCE (UNIDADE CONCEDENTE DE ESTÁGIO)

1.3.1 Itaipu Binacional

Na década de 60, os ministros de Relações Exteriores do Brasil e do

Paraguai assinaram a Ata do Iguaçu, documento que permitiu que fossem realizados

estudos relacionados ao potencial hidrelétrico da região de fronteira entre os dois

países entre as cidades de Foz do Iguaçu (BR) e Hernandarias (PY).

Fotografia 1 – Iluminação da barragem da Itaipu Binacional

Fonte: Autoria própria

Para concretizar o projeto de construção da hidrelétrica Itaipu, em 1973 foi

assinado o Tratado Itaipu, que criou a entidade Binacional de Itaipu, responsável

pelo gerenciamento da obra. No Tratado de Itaipu também foi definido que a energia

gerada pela hidrelétrica seria dividida igualmente entre os dois países, mas seria

permitida a venda do excedente de energia ao país parceiro a preço de custo.

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Em 1974 chegaram as primeiras máquinas, mas a construção se iniciou

efetivamente em 1975. Durante o período de construção da hidrelétrica, ativou-se o

mercado nacional tanto no setor de materiais para construção civil quanto no

transporte dos mesmos. Também dinamizou diversos setores da economia, pois foi

necessário o desenvolvimento de toda uma infra-estrutura, visto o grande número de

trabalhadores necessários na obra.

A primeira unidade geradora de energia só entrou em funcionamento

em 1984. Até 2006, apenas 18 unidades geradoras estavam em funcionamento,

mas em 2007, mais 2 unidades foram inauguradas durante o governo do presidente

Luiz Inácio Lula da Silva, totalizando o número de unidades geradoras previstas no

projeto inicial, totalizando 14 GW de potência instalada.

Itaipu era considerada a maior hidrelétrica do mundo, mas

recentemente perdeu o posto pra usina Três Gargantas, localizada na China. A

energia gerada em Itaipu supre aproximadamente apenas 20% da necessidade

energética no Brasil, contra 70% da necessidade do Paraguai.

1.3.2 Panenge Engenharia

Panenge Engenharia é uma empresa especializada na construção de

edificações de estrutura de concreto pré-moldado. Além disto, ela produz e

comercializa artefatos de concreto.

Fotografia 2 – Escritório da Panenge Engenharia

Fonte: Panenge Engenharia

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Atendendo principalmente Campo Mourão e região, o escritório da Panenge

é no mesmo terreno da sua fabrica. Enquanto que no escritório são feitos os projetos

arquitetônicos, estruturais e os complementares, na fabrica são produzidos pilares,

lajes, churrasqueiras, colunas de arquitetura, azulejos de concreto, entre outros

similares. Quando necessário, são fabricadas estruturas metálicas especificas, como

treliças e arcos de cobertura.

1.4 OBJETIVOS DO ESTÁGIO E RESUMO DAS ATIVIDADES

1.4.1 Itaipu Binacional

O objetivo do estágio é propiciar e adaptar o estudante ao ambiente de

trabalho do cotidiano do engenheiro, para que ele possa adquirir a maior quantidade

possível de conhecimento sobre barragens e assuntos relacionados, bem como

contribuir para o seu desenvolvimento profissional e pessoal.

As atividades do estágio foram diversificadas, passando por mais de um

departamento técnico. Primeiramente, acompanharam-se os trabalhos de

auscultação no setor de Segurança de Barragens. Na sequencia, no Laboratório de

Concreto, participaram-se de ensaios de resistência a compressão, tração por

compressão diametral, tração por flexão e modulo de elasticidade de corpos de

prova de concreto e também ensaio de resistência a tração de cordoalhas usadas

para protenção de estruturas de concreto. Já no setor de Obras Civis, foram

acompanhadas obras como a construção de estradas e estrutura de suporte de

equipamentos em uma subestação de energia elétrica, recuperação do talude a

jusante do vertedouro, fundação e montagem de torre de transmissão de energia,

protenção de laje do edifício central da (UNILA), entre outras. E para finalizar foi-se

ao departamento de engenharia para conhecer e analisar os projetos de construção

da usina e localização dos instrumentos de auscultação da mesma.

Frequentemente entre uma atividade e outra, eram assistidas aulas

informais sobre assuntos relacionados a usina hidroelétrica. Assuntos como

procedimentos, problemas, soluções encontrados na construção e manutenção da

mesma, tecnologia do concreto, entre outros.

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1.4.2 Panenge Engenharia

O objetivo do estágio é conceder ao aluno a oportunidade de desenvolver

habilidades práticas, participar de situações reais e aplicar seus conhecimentos em

situações reais de mercado. O estágio fomenta também o crescimento pessoal do

aluno, o colocando em situações rotineiras de relações interpessoais, onde ele deve

muitas vezes tomar decisões importantes, negociar ou debater ideias com colegas

de trabalho, fornecedores, clientes, etc...

Os trabalhos realizados nessa UCE foram basicamente criação de projetos

arquitetônicos, estruturais, complementares, acompanhamento da produção e

montagem de estruturas de concreto pré-moldadas.

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2 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO

2.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

2.1.1 Itaipu Binacional

2.1.1.1 Segurança de Barragens

Os trabalhos no departamento de Segurança de Barragens consistiram em

acompanhar leituras dos instrumentos que medem o comportamento da barragem e

fundações, para que seja feito o controle de suas condições de segurança e

diagnosticar a necessidade de medidas corretivas. Estes procedimentos são

chamados de auscultação. Segue abaixo os principais instrumentos de auscultação.

2.1.1.1.1 Pêndulos diretos e indiretos

Os pêndulos em barragens de concreto são usualmente utilizados para

medir os deslocamentos horizontais, o pêndulo direto mede o deslocamento

horizontal da crista em relação ao ponto fixo na fundação, já o pêndulo indireto mede

o deslocamento horizontal de um ponto na fundação em relação à crista. Para fazer

a medição no pendulo é necessário um instrumento chamado coordinômetro ótico

(MATOS, 2002). Segue abaixo imagens do autor aferindo uma medida no

coordinômetro ótico, uma base de pêndulo, uma parte intermediária de um pêndulo.

Fotografia 3 – Leitura no pêndulo através do coordinômetro ótico

Fonte: Autoria própria

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Fotografia 4 – Base do pêndulo e parte intermediária

Fonte: Autoria própria

2.1.1.1.2 Piezômetros

Os piezômetros têm por finalidade determinar as subpressões quando em

contato com estruturas de concreto ou as pressões neutras em maciços de terra ou

rocha. Seus modelos variam, podendo ser de tudo aberto, hidráulico, elétrico de

resistência, entre outros. Para fazer a leitura do piezômetro aberto, ou piezômetro

Standpipe como é conhecido na Itaipu, usa-se comumente um amperímetro (Pio),

que é móvel, ou um manômetro que é fixo na extremidade superior do tudo de

medição. Segue abaixo imagens de piezômetros.

Fotografia 5 – Piezômetro com manômetro instalado Fonte: Autoria própria

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Fotografia 6. – Autor aferindo a subpressão com amperimetro e piezômetro Standpipe

Fonte: Autoria própria

2.1.1.1.3 Medidores Triortogonais

São utilizados para medir deslocamentos de juntas e fissuras em barragens

de concreto, galerias, túneis e maciços rochosos. Como o nome já sugere, os

medidores triortogonais medem os deslocamentos em três direções ortogonais, ou

seja, nos eixos (x,y,z). Segue Abaixo a imagem de um medidor triortogonal.

Fotografia 7. – Medidor triortogonal instalado

Fonte: Autoria própria

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2.1.1.1.4 Medidores de Vazão

Geralmente são triangulares ou trapezoidais, e tem a finalidade de medir a

vazão de infiltrações no concreto e de drenagem na fundação. Segue abaixo

imagens de medidores de vazão.

Fotografia 8. – Medidor de vazão triangular

Fonte: Autoria própria

Fotografia 9. – Medidor de vazão trapezoidal

Fonte: Autoria própria

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2.1.1.1.5 Extensômetros multiplos de haste

Os extensômetros múltiplos de haste são utilizados para medir deformações,

das rochas de fundação. Segue abaixo imagens da leitura de extensômetros.

Fotografia 10. – Medição em extensômetros múltiplos de haste

Fonte: Autoria própria

2.1.1.1.6 Base de alongâmetro

As bases de alongâmetros são utilizadas para medir deslocamentos entre

blocos ou juntas de monólitos. Segue abaixo uma imagem de uma base de

alongâmetro.

Fotografia 11. – Medição em base de alongâmetro

Fonte: Autoria própria

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2.1.1.1.7 Leitura de vazão de drenos

Os drenos tem a finalidade de drenar a água infiltrada no concreto, nas juntas

dos blocos e das fissuras do concreto (MATOS, 2002). A leitura da vazão nos

drenos é feita com uma proveta e um cronômetro. Segue abaixo imagens de drenos.

Fotografia 12. – Leitura de vazão de um dreno

Fonte: Autoria própria

Fotografia 13. – Conjunto de drenos na fundação

Fonte: Autoria própria

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2.1.1.2 Laboratório de concreto

Fotografia 14. – Ensaio de resistência à compressão

Fonte: Autoria própria

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Fotografia 15. – Ensaio de resistência à tração por flexão

Fonte: Autoria própria

Fotografia 16. – Ensaio de resistência à tração por compressão diametral

Fonte: Autoria própria

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Fotografia 17. – Ensaio de modulo de elasticidade

Fonte: Autoria própria

Fotografia 18. – Ensaio de resistência à tração de cordoalha

Fonte: Autoria própria

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2.1.1.3 Obras Civis

Acompanharam-se as seguintes atividades representadas por imagens:

Fotografia 19. – Imprimação do asfalto na subestação de energia do Paraguai

Fonte: Autoria própria

Fotografia 20. – Imprimação do asfalto na subestação de energia do Paraguai

Fonte: Autoria própria

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Fotografia 21. – Montagem de formas das calhas na subestação de energia do Paraguai

Fonte: Autoria própria

Fotografia 22. – Concretagem das formas das calhas na subestação de energia do Paraguai

Fonte: Autoria própria

21

Fotografia 23. – Recuperação do talude a jusante do vertedouro

Fonte: Autoria própria

Fotografia 24. – Construção de um muro de contenção na margem direita

Fonte: Autoria própria

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Fotografia 25. – Armação para fundação de torre de transmissão de energia

Fonte: Autoria própria

Fotografia 26. –Fundação de torre de transmissão de energia à ser concretada

Fonte: Autoria própria

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Fotografia 27. –Fundação de torre de transmissão de energia já concretada

Fonte: Autoria própria

Fotografia 28. –Trabalhadores montando uma torre de transmissão de energia no Paraguai

Fonte: Autoria própria

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Fotografia 29. –Arranque dos pilares do futuro prédio central da UNILA

Fonte: Autoria própria

Fotografia 30. –Cordoalha para proteção das lajes do futuro prédio central da UNILA

Fonte: Autoria própria

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Fotografia 31. –Visão panorâmica de uma parte da construção da UNILA

Fonte: Autoria própria

Fotografia 32. –Vista de um dos lados da construção do futuro prédio da UNILA

Fonte: Autoria própria

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2.1.1.4 Departamento de engenharia

No departamento de engenharia foram analisados projetos de localização de

instrumentos de auscultação. Segue abaixo uma imagem representando a

localização de instrumentos de auscultação em um bloco chave da usina.

Figura 01. Esquema de localização dos instrumentos de auscultação em um bloco chave

Fonte: http://www.itaipu.gov.br/sites/default/files/instrumenta_barragem.GIF

27

2.1.2 Panenge Engenharia

Primeiramente foram acompanhados os trabalhos de fabricação dos pré-

moldados. Uma vez que o traço do concreto utilizado na fabricação das peças são

frutos de pesquisas feitas ao longo do tempo de vida da empresa, eles não são

revelados pela Panenge.

Antes da concretagem de uma peça, deve-se antes fazer a lubrificação da

sua forma com óleo diesel, para facilitar a retirada do pré-moldado e também

melhorar seu acabamento. Segue abaixo imagens da produção na indústria.

Fotografia 33. –Fabricação de pilar em concreto pré-moldado

Fonte: Panenge Engenharia

Fotografia 34. –Armadura do pilar

Fonte: Fonte: Autoria própria

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Fotografia 35. – Formas e churrasqueiras pré-moldadas

Fonte: Fonte: Autoria própria

Fotografia 36. – Produção de vigotas treliçadas

Fonte: Fonte: Autoria própria

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E o que determina a armadura das vigotas são, as cargas que nelas serão

submetidas, bem como os tamanhos do vão da vigota. As vigotas de laje pré-

moldada são produzidas em tamanhos diferentes para que se tenha em estoque a

pronta entrega. Segue abaixo imagens do estoque de vigotas convencionais.

Fotografia 37. – Estoque de vigotas convencionais

Fonte: Fonte: Autoria própria

Fotografia 38. – Dobra dos estribos para pilares

Fonte: Fonte: Autoria própria

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Já no escritório, ao fazer um emboço de uma futura edificação para que o

cliente decida se vai mesmo construir, é encaminhado uma perspectiva 3d do

empreendimento, esta vista fornece ao cliente uma visão aproximada de como ficará

a sua edificação. Está imagem é feita por software especializado e pode ser

renderizada ou não, fazendo deste processo um diferencial na vendo do produto em

questão. Segue abaixo uma imagem de uma perspectiva 3d comum e uma

renderizada.

Figura 2. – Perspectiva 3d

Fonte: Fonte: Autoria própria

Fotografia 39. – Perspectiva 3d renderizada

Fonte: Fonte: Autoria própria

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O primeiro passo após a venda de um barracão pré-moldado, que consiste

em fornecer a estrutura e fazer sua montagem, é verificado se o terreno da obra está

limpo, caso não esteja é solicitado a um terceiro sua limpeza. O terreno estando

limpo é feito o gabarito da construção com base nos projetos estruturais. Então são

escavados os buracos para os blocos e em seguida são feitas as furações das

estacas.

Fotografia 40. – Terreno após sua limpeza

Fonte: Fonte: Autoria própria

Fotografia 41. – Marcação da obra (gabarito)

Fonte: Fonte: Autoria própria

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Fotografia 42. – Escavação de bloco de fundação

Fonte: Fonte: Autoria própria

Fotografia 42. – Bloco de fundação de divisa de quatro estacas e espera do pilar pré-moldado

Fonte: Fonte: Autoria própria

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Após o concreto ter atingido a resistência necessária, são encaixados os

pilares nos blocos, que então são prumados e fixados com graute. Em seguida é

colocada a cobertura, que pode ser de concreto pré-moldado ou estrutura metálica.

A primeira é fixada aos pilares com pinos de 1’’e ¼, enquanto que a segunda é

soldada. Para finalizar é feito o enterçamento, agulhamento, contraventamento,

colocação dos tirantes e das telhas.

Fotografia 43. – Barracão com estrutura metálica de cobertura

Fonte: Fonte: Panenge Engenharia

Fotografia 44. – Barracão com estrutura pré-moldada de cobertura

Fonte: Fonte: Panenge Engenharia

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2.2 PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS

2.2.1 Itaipu Binacional

Os problemas encontrados durante a realização do estágio foram assimilar e

entender os conceitos de elevação adiabática da temperatura do concreto. Que foi

explicado em uma das aulas informais.

2.2.2 Panenge Engenharia

Não houve problemas de entendimento técnico nem de relacionamento no

estágio. Tanto o engenheiro responsável, quanto os funcionários da empresa se

mostraram dispostos a ensinar seus conhecimentos.

2.3 RELAÇÃO DO ESTÁGIO COM AS DISCIPLINAS DO CURSO

2.3.1 Itaipu Binacional

No setor de segurança de barragens, a disciplina de Mecânica dos solos

forneceu conhecimento técnico de entendimento sobre compactação do solo,

adensamento, linhas de fluxo, movimentação dos maciços. Estes conceitos foram

fundamentais para entender o processo de manutenção da barragem.

Já no laboratório de concreto, as disciplinas de maior relevância para

compreender os ensaios foram as de Materiais de construção civil, Resistência dos

materiais e Concreto.

No departamento de engenharia, pode-se perceber que a disciplina de

desenho técnico permitiu o entendimento das plantas de construção da barragem e

de locação dos instrumentos de auscultação.

Vale ressalta que praticamente todas as matérias que já foram cursadas

teve alguma relação com o estágio, porém foram citadas as predominantes e com

relações diretas.

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2.3.2 Panenge Engenharia

Em se tratando da elaboração de projetos, foi essencial ter cursado as

disciplinas de Desenho arquitetônico, Desenho técnico auxiliado por computador,

Instalações hidro sanitárias, Instalações elétricas prediais, Hidráulica, Resistencia

dos materiais 1 e 2, Concreto 1 e 2 e Estruturas metálicas.

Nos acompanhamento de obra, foram notados conceitos principalmente de

Tecnologia da construção 1 e 2, Topografia, Logística e Gerenciamento de obras.

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3 CONCLUSÕES

3.1 APRENDIZADO PRÁTICO

3.1.1 Itaipu Binacional

O estágio em Itaipu propiciou uma visão mais clara sobre construção e

manutenção de uma usina hidroelétrica bem como outras obras de grande porte.

As atividades desenvolvidas supriram em parte a falta de disciplinas

especificas sobre barragens no campus da UTFPR de Campo Mourão.

3.1.2 Panenge Engenharia

No acompanhamento de obras ficou claro que o engenheiro tem que estar

apto a resolver problemas e tomar decisões importantes que, na maioria das vezes,

só os anos de experiência para proporcionar tal habilidade. Mesmo porque são

geralmente situações excepcionais em que há pouca ou nenhuma bibliografia a

respeito.

Por outro lado, na elaboração de projetos estruturais deve-se seguir a risca

as normas, e somente fazer alterações a favor da segurança.

O contato com a rotina de engenheiro e de uma construtora foi um

aprendizado valioso, pois propiciou o entendimento geral de uma empresa de

engenharia.

3.2 RELACIONAMENTO PROFISSIONAL

3.2.1 Itaipu Binacional

O estágio na Itaipu possibilitou um grande aprendizado em termos de

relacionamento profissional. Devido ao fato de seus funcionários serem 50%

Brasileiros e 50% Paraguaios e pelo fato de se atuar com profissionais de múltiplas

áreas, desenvolveu-se habilidades de trabalho cooperativo.

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3.2.2 Panenge Engenharia

O fato de ter havido contato com engenheiros, clientes, fornecedores, mestre

de obras, funcionários em geral, tornou o estágio uma excelente oportunidade de

fazer a chamada “network”, que nada mais é que uma rede de contatos, muito

importante para a vida profissional.

3.3 SUGESTÕES PARA A UNIVERSIDADE

3.3.1 Itaipu Binacional

A Itaipu preza pelo progresso da sociedade em que está inserida, portanto, é

importante que a UTFPR de Campo Mourão procure parcerias com esta empresa,

uma vez que ela tem muito a oferecer para formação dos acadêmicos.

3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tanto o estágio da Itaipu quanto o da Panenge, demostraram que a

multidisciplinaridade é um fator preponderante para a vida profissional.

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REFERÊNCIAS

MATOS, Silvia Frazão. AVALIAÇÃO DE INSTRUMENTOS PARA AUSCULTAÇÃO

DE BARRAGEM DE CONCRETO. ESTUDO DE CASO: DEFORMÍMETROS E

TENSÔMETROS PARA CONCRETO NA BARRAGEM DE ITAIPU. 2002. 88 f.

Mestrado (Mestre) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2002.

Instrumentação. Itaipu Binacional, Foz do Iguaçu. Disponível em: <

http://www.itaipu.gov.br/energia/instrumentacao >. Acesso em: 08 Jul. 2013.