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dlPG folitécnico Polylechnic of Guarda RELATÓRIO DE ESTÁGIO Licenciatura em Gestão Ana Margarida Sousa Almeida junho 12018 e.

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dlPG folitécnico

Polylechnicof Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Gestão

Ana Margarida Sousa Almeida

junho 12018

e.

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Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Ana Margarida Sousa Almeida

Relatório de Estágio Curricular para obtenção do Grau de

Licenciado em Gestão

Junho/2018

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo i

Ficha de Identificação

Nome: Ana Margarida Sousa Almeida

Número: 1011426

Curso: Gestão

Tel.: 915 533 813

E-mail: [email protected]

Estabelecimento de Ensino: Escola Superior de Tecnologia e Gestão - Instituto

Politécnico da Guarda

Tel.: 271 220 100 Fax: 271 222 690

E-mail: [email protected]

Orientador do Estabelecimento de Ensino: Prof.ª Doutora Maria Manuela dos Santos

Natário

Grau Académico do Orientador: Doutor

E- mail: [email protected]

Entidade Recetora do Estágio Curricular: Município de Figueira de Castelo Rodrigo

Morada: Largo Dr. Vilhena, Nº1 – Figueira de Castelo Rodrigo 6440-100

Telefone: 271 319 000 Fax: 271 319 009

E-mail: [email protected]

Supervisor na Entidade: Dr. Nuno Saldanha

Grau Académico do Supervisor: Licenciado

Duração do Estágio: 400 horas

Data do Início do Estágio Curricular: 27/06/2016

Data de Conclusão do Estágio Curricular: 16/09/2016

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo ii

Plano de Estágio

O Plano de Estágio Curricular (Anexo 1), realizado no Município de Figueira de Castelo

Rodrigo (FCR) foi previamente delineado pelo supervisor da entidade após ter reunido

com a estagiária, que traçou os seguintes objetivos:

• Permitir uma perceção global das atividades desenvolvidas pela autarquia,

começando a trabalhar dentro da sua área de formação, com um primeiro contacto

com as especificidades financeiras e contabilísticas de um município;

• Permitir a introdução ao Sistema de Normalização Contabilística - Administração

Pública, contactando com as especificidades financeiras e contabilísticas de um

município e identificar as diferenças entre o sistema de contabilização das

autarquias locais e das empresas privadas;

• Adquirir conhecimentos de utilização dos programas utilizados pelos serviços de

Contabilidade, nomeadamente o Sistema de Contabilidade Autárquica (SCA);

• Auxiliar e acompanhar no âmbito das atribuições da divisão administrativa e

financeira, designadamente no que respeita à gestão financeira, contabilística e

tesouraria do município de acordo com o descrito no regulamento da organização

dos serviços Municipais de Figueira de Castelo Rodrigo;

• Acompanhar as atividades diárias e executar, de acordo com o sistema de

informação contabilística, o registo dos factos;

• Adquirir noções de Normas de Controlo Interno;

• Auxiliar, organizar e arquivar a documentação financeira e administrativa.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo iii

Resumo do Trabalho Desenvolvido

A realização do estágio curricular e do presente relatório enquadram-se no programa

curricular da Licenciatura em Gestão da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG),

do Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

Assim sendo, o estágio curricular é a primeira grande etapa, no mundo real, para colocar

em prática alguns dos conceitos adquiridos, após o período de conhecimentos teóricos,

em áreas diversas da Gestão, tais como: Contabilidade, Economia, Fiscalidade, Gestão

Operacional, Marketing, entre tantas outras. Aquele torna-se importante, para uma boa

formação, para consolidar esta aprendizagem da maneira mais consistente e duradoura

possível.

Desta forma, o estágio revela-se um importante fator para uma maior valorização tanto

na qualificação profissional como na qualificação pessoal de um estagiário.

O presente relatório pretende refletir as várias atividades realizadas no estágio. Este, foi

realizado na Secção de Contabilidade e Tesouraria, do Município de Figueira de Castelo

Rodrigo, com a duração de 400 horas. Teve início no dia 27 de julho de 2016 e terminou

dia 16 de setembro de 2016.

O relatório descreve as atividades que me foram propostas e realizadas ao longo do

estágio curricular. As principais atividades foram: a conferência diária da tesouraria,

realização de operações de tesouraria, de fundo de maneio e de despesa, o lançamento da

receita, o arquivo de documentos e maioritariamente, o registo de ordens de pagamento.

Palavras-Chave: Gestão Administrativa, Contabilidade Pública, Autarquias Locais

JEL Classification: M1 – Business Administration, M10 – General; M41 – Accounting.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo iv

Agradecimentos

Com a finalização deste Relatório de Estágio Curricular não posso deixar de agradecer a

algumas pessoas que me ajudaram nesta caminhada tão importante da minha vida!

Um muito obrigada aos meus pais, que me permitiram iniciar e concluir este percurso,

por acreditarem em mim, por todo o amor, todo o apoio, dedicação e todos os

ensinamentos que me passaram, pois sem eles este percurso não poderia chegar a este

momento.

Ao meu irmão, que me auxiliou em tudo, sendo um dos pilares durante a minha vida. À

minha cunhada, que sempre me deu uma palavra calorosa. Um obrigada muito especial à

minha afilhada, Bianca que nasceu a meio do percurso académico e trouxe uma força

enorme à minha vida.

Um obrigada ao meu namorado, Pedro. Sem dúvida, foi um dos maiores apoios e foi

quem me disse no momento certo para nunca desistir. Obrigada por tudo o que fizeste por

mim.

Um obrigada ao Município de Figueira de Castelo Rodrigo, pela oportunidade na

realização deste estágio, pela forma como me receberam.

Ao meu supervisor, Dr. Nuno Saldanha, por toda a compreensão e ajuda que me dedicou

e também a todos os trabalhadores da secção de contabilidade e tesouraria do município

de Figueira de Castelo Rodrigo, pela ajuda que me deram em todas as tarefas e nas

dúvidas que me foram surgindo.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo v

Como não poderia deixar de ser à minha orientadora de estágio, Professora Doutora Maria

Manuela dos Santos Natário, pela disponibilidade e acompanhamento dispensado na

realização deste relatório e por todo o apoio e ajuda constante desde o primeiro momento

que me conheceu como sua aluna.

Agradeço também ao Instituto Politécnico da Guarda, Escola Superior de Tecnologia e

Gestão, que me acolheu durante todo este percurso académico. Em particular a todos os

professores da licenciatura por todos os ensinamentos e pela boa vontade de ensinar e aos

funcionários que sempre me auxiliaram em tudo o que podiam.

Queria ainda agradecer aos meus grandes amigos ao Paulo Portela, à Débora Correia, à

Catarina Resende e à Catarina Gabriel por toda a ajuda e acompanhamento dado ao longo

deste percurso académico.

A todos o meu Bem Haja!

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo vi

Índice Geral

Ficha de Identificação ........................................................................................................ i

Plano de Estágio ............................................................................................................... ii

Resumo do Trabalho Desenvolvido ................................................................................ iii

Agradecimentos ............................................................................................................... iv

Índice Geral ..................................................................................................................... vi

Índice de Tabelas ............................................................................................................ vii

Índice de Figuras ........................................................................................................... viii

Siglas e Abreviaturas ........................................................................................................ x

Introdução ......................................................................................................................... 1

Capítulo I - Caracterização do Concelho de Figueira de Castelo Rodrigo ....................... 2

1.1- Enquadramento .................................................................................................. 3

1.2- Caracterização Geográfica do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo ......... 3

1.3- Resenha Histórica e Monumentos ..................................................................... 8

1.3.1- História da Batalha de Castelo Rodrigo .......................................................... 8

1.3.2- Monumentos ................................................................................................. 12

1.4- Tradições, Lendas e Curiosidades.................................................................... 13

1.5- Economia ......................................................................................................... 19

Capítulo II - Caracterização da Instituição de Estágio ................................................... 21

2.1- Enquadramento .................................................................................................... 22

2.2- Localização e Contactos do Município de Figueira de Castelo Rodrigo ............ 23

2.3- Organograma do Município de Figueira de Castelo Rodrigo ............................. 23

2.4- Visão e Missão do Município .............................................................................. 29

2.5- Atividades do Município ..................................................................................... 30

2.6- Eventos ................................................................................................................ 33

2.7- Análise SWOT ..................................................................................................... 36

Capítulo III - Atividades Realizadas no Estágio ............................................................ 38

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo vii

3.1- Enquadramento Geral do Estágio ........................................................................ 39

3.2- Objetivos do Trabalho Desenvolvido .................................................................. 39

3.3- Do POCAL ao SNC-AP ...................................................................................... 40

3.3.1- Normas Contabilísticas de Relato Financeiro ............................................... 44

3.4- Software Utilizado ............................................................................................... 46

3.5- Atividades Realizadas ao Longo do Estágio ....................................................... 47

3.5.1- Divisão Financeira/Contabilidade ................................................................. 47

Conclusão ....................................................................................................................... 63

Bibliografia ..................................................................................................................... 64

Anexos ............................................................................................................................ 67

Anexo 1 – Plano de Estágio ........................................................................................ 68

Anexo 2 – Folha de Caixa ........................................................................................... 70

Anexo 3 – Diário de Tesouraria .................................................................................. 72

Anexo 4 – Ordem de Pagamento ................................................................................ 75

Anexo 5 – Requisição Interna e Requisição Externa .................................................. 78

Anexo 7 – Ordem de Pagamento de Operações de Tesouraria ................................... 84

Índice de Tabelas

Tabela 1- Indicadores de Empresas por Município em 2015 ......................................... 20

Tabela 2 - Localização e Contactos do Município de FCR ............................................ 23

Tabela 3 - Análise SWOT do Município de FCR .......................................................... 37

Tabela 4 - Normas Contabilísticas de Relato Financeiro ............................................... 44

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo viii

Índice de Figuras

Figura 1 - Localização da Vila de Figueira de Castelo Rodrigo ................................................... 4

Figura 2 - População Residente em Figueira de Castelo Rodrigo ................................................. 4

Figura 3 - Índice de Envelhecimento em FCR ............................................................................. 5

Figura 4 - Densidade Populacional em FCR ................................................................................. 6

Figura 5 - Ilustração da Batalha de Castelo Rodrigo .................................................................... 8

Figura 6 - Castelo de Castelo Rodrigo ........................................................................................ 13

Figura 7 - Cegonha Joana ............................................................................................................ 18

Figura 8 - Estátua da Cegonha Joana em Frente ao Município de FCR ...................................... 18

Figura 9 - Índice do Poder de Compra de FCR ........................................................................... 19

Figura 10 - Município de Figueira de Castelo Rodrigo ............................................................... 22

Figura 11 - Organograma do Município de FCR ........................................................................ 24

Figura 12 - Academia Sénior Figueirense ................................................................................... 31

Figura 13 - Apoio ao Idoso ......................................................................................................... 32

Figura 14 - Projeto Cegonha Móbil ............................................................................................. 33

Figura 15 - Cartaz da Rainha Amendoeira em Flor .................................................................... 34

Figura 16 - Cartaz da Figueira com Vida .................................................................................... 35

Figura 17 - Boletim Municipal .................................................................................................... 35

Figura 18 - Exemplos de Lançamentos ....................................................................................... 48

Figura 19 - Diário de Caixa - Exemplo de um Lançamento ...................................................... 48

Figura 20 - Guia de Recebimento da DGAL ............................................................................... 51

Figura 21 - Ilustração de como se obtém o Saldo para o Dia Seguinte ....................................... 52

Figura 22 - Ficha de Cabimento .................................................................................................. 54

Figura 23 - Ficha de Compromisso ............................................................................................. 55

Figura 24 - Assinantes de uma Requisição Externa .................................................................... 55

Figura 25 - O último assinante de uma Requisição Externa ....................................................... 55

Figura 26 - Classificação Orçamental e Valor Líquido a Pagar numa OP .................................. 56

Figura 27 - Referência de "Recibo anexo" na OP ....................................................................... 57

Figura 28 - Elaboração de uma Ordem de Pagamento no SCA .................................................. 59

Figura 29 - Exemplo de Reconciliação Bancária do mês de julho .............................................. 62

Figura 30 - Plano de Estágio ....................................................................................................... 69

Figura 31 - Folha de Caixa .......................................................................................................... 71

Figura 32 - Resumo do diário da tesouraria página 1 .................................................................. 73

Figura 33 - Resumo do diário de tesouraria página 2 .................................................................. 74

Figura 34 - Ordem de pagamento nº 3250 .................................................................................. 76

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo ix

Figura 35 - Documento Identificativo do valor pago na OP nº 3250 .......................................... 77

Figura 36 - Requisição Interna .................................................................................................... 79

Figura 37 - Requisição Externa ................................................................................................... 80

Figura 38 - Declaração da Segurança Social de uma empresa contratada pelo Município de FCR

..................................................................................................................................................... 82

Figura 39 - Certidão de não dívida de uma empresa contratada pelo Município de FCR ........... 83

Figura 40 - Ordem de Pagamento (Operações de Tesouraria) nº 151 ......................................... 85

Figura 41 - Ordem de Pagamento (Operações de Tesouraria) nº 152 ......................................... 85

Figura 42 - Ordem de Pagamento (Operações de Tesouraria) nº 153 ......................................... 85

Figura 43 - Ordem de Pagamento (Operações de Tesouraria) nº 154 ......................................... 85

Figura 44 - Declaração de retenção na fonte (IRS) do Município de FCR ................................. 85

Figura 45 - Operações de Tesouraria - Totais para conferência da cobrança do mês do Município

de FCR ........................................................................................................................................ 85

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo x

Siglas e Abreviaturas

ADSE - Assistência na Doença aos Servidores Civis do Estado

AIRC - Associação Informática da Região Centro

CGA - Caixa Geral de Aposentações

DGAL - Direção Geral das Autarquias Locais

ESTG - Escola Superior de Tecnologia e Gestão

FCR - Figueira de Castelo Rodrigo

INE - Instituto Nacional de Estatística

IPG - Instituto Politécnico da Guarda

IPSAS - International Public Setor Accounting Standard

IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado

NCRF - Normas Contabilísticas de Relato Financeiro

OP - Ordem de Pagamento

OT - Operações de Tesouraria

POCAL - Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais

POCP - Plano Oficial de Contabilidade Pública

SCA - Sistema de Contabilidade Autárquica

SGT - Sistema de Gestão de Tesouraria

SNC - Sistema de Normalização Contabilística

SNC-AP - Sistema de Normalização Contabilística – Administrações Públicas

SNC-ESNL - Sistema de Normalização Contabilística – Empresas do Setor Não

Lucrativo

TAX - Sistema de Taxas e Licenças

TSU - Taxa Social Única

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 1

Introdução

O presente relatório é o culminar da unidade curricular de estágio inserida no 3º ano de

Licenciatura em Gestão, ministrada na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do

Instituto Politécnico da Guarda, a qual determina as atividades desenvolvidas referente

ao período de estágio curricular, com duração de 400 horas (cerca de dois meses e meio).

Esta etapa corresponde a uma das fases mais compensadoras do percurso académico pois,

pela primeira vez, é possibilitada a aplicação no mundo real, dos conhecimentos

adquiridos ao longo dos três anos de Licenciatura.

O objetivo principal do relatório é apresentar as tarefas realizadas ao longo do estágio

curricular na Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. Tais tarefas permitiram

colocar em prática diversos conhecimentos adquiridos ao longo do curso, assim como

adquirir novas competências, experiências no mercado laboral e ainda aprender novos

saberes tornando esta experiência enriquecedora.

Para proporcionar uma melhor compreensão do relatório, este foi dividido em 3 capítulos:

No primeiro capítulo, é efetuada uma caracterização do concelho de Figueira de

Castelo Rodrigo;

O segundo capítulo contém informação sobre a entidade na qual o estágio foi

realizado;

No terceiro capítulo, descrevem-se as atividades realizadas ao longo do estágio.

Para finalizar o relatório apresenta-se uma conclusão onde é feito um balanço final sobre

a realização do estágio, e se apresenta uma reflexão final sobre o trabalho desenvolvido

em todo este percurso.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 2

Capítulo I - Caracterização do

Concelho de Figueira de Castelo

Rodrigo

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 3

1.1- Enquadramento

O presente capítulo pretende dar a conhecer o concelho de Figueira de Castelo Rodrigo,

onde está inserida a entidade que me acolheu no estágio curricular.

É de salientar que a informação exposta neste capítulo foi maioritariamente recolhida do

site oficial do município.1 Também se utilizou como fonte de informação os dados do

Pordata2 e do INE3 para efetuar a caracterização geral e da economia do concelho.

1.2- Caracterização Geográfica do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo

A Vila de Figueira de Castelo Rodrigo (FCR) está localizada no quadrante nordeste de

Portugal, em pleno coração da região do Ribacôa, no concelho de Figueira de Castelo

Rodrigo. Este concelho é constituído por 10 freguesias dispersas por uma área de 508.78

Km2. Confina com os concelhos de Almeida, Pinhel, Vila Nova de Foz Côa e Freixo de

Espada à Cinta (Figura 1), a leste faz fronteira com a província espanhola de Salamanca.

Os três principais rios que o limitam são o Douro, o Côa e o Águeda.

O concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, instituído por decreto de 25 de julho de 1836,

apresenta uma grande riqueza de património edificado, encontrando-se em todas as suas

freguesias, obras de grande valor que desvendam segredos e recordações de grandes

episódios da história de Portugal. As suas paisagens estão repletas de belos atrativos com

que a mãe natureza a contemplou, pois são inúmeras as paisagens paradisíacas e

invulgares de beleza e poesia, que transmitem uma mensagem de beleza, luz e cor

(Município de FCR, 2018 a).

1 Site: https://cm-fcr.pt/ 2 Site: https://www.pordata.pt/ 3 Site: https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpgid=ine_main&xpid=INE&xlang=pt

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 4

Figura 1 - Localização da Vila de Figueira de Castelo Rodrigo

Fonte: Visitar Portugal (2018)

No que diz respeito à demografia do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo é

importante frisar que existe uma tendência para o decréscimo desde 2001.

A população em 2011 era de 6253 habitantes e de 5882 em 2016, como se pode observar

na figura 2.

Figura 2 - População Residente em Figueira de Castelo Rodrigo

Fonte: Pordata (2018 a)

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 5

Atualmente, o decréscimo populacional é marcado pelo exido rural e também pelo

aumento do índice de envelhecimento e pela diminuição da densidade populacional.

Para melhor ilustrar o descrito, apresenta-se na figura 3 uma tabela comparativa dos anos

de 2011 e 2016 sobre o índice de envelhecimento do qual se pode observar que em 2011

havia um índice de envelhecimento de 281,8%, o qual sofreu um aumento ligeiro

atingindo em 2016 o valor de 282,6%.

Figura 3 - Índice de Envelhecimento em FCR

Fonte: Pordata (2018 b)

Em relação à densidade populacional, como se pode ver na figura 4, verifica-se que em

2011 o concelho apresenta um valor de 12,3 indivíduos por KM2 e em 2016 ainda baixou

para 11,6. Ao contrário do índice de envelhecimento que registou um aumento de cerca

de 0,8 %, a densidade populacional desceu 0,7% entre 2011 e 2016.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 6

Figura 4 - Densidade Populacional em FCR

Fonte: Pordata (2018 c)

No património edificado, assume papel de destaque Castelo Rodrigo, uma das mais belas

e marcantes Aldeias Históricas de Portugal. Não obstante esta riqueza patrimonial, o

concelho apresenta outras grandes potencialidades. O mítico Convento de Santa Maria de

Aguiar, a Serra da Marofa, as deslumbrantes vistas do Alto da Sapinha, as imponentes

Igrejas do concelho ou a Reserva da Faia Brava, são algumas das mais-valias deste

concelho.

O Município, possui também estruturas de interesse público, tais como: um Estádio

Municipal relvado, vários locais para a prática de desportos diversos, Ginásios, Piscinas

Municipais cobertas e um Pavilhão dos Desportos.

Relativamente ao Turismo, o Município tem disponível em conjunto dos Comboios de

Portugal, um programa, que lhe permite ir até Figueira de Castelo Rodrigo e saborear um

dos pratos marcantes da região: o Borrego da Marofa. De salientar que existem também,

boas propostas ao nível da hotelaria e restauração, tais como “A Cerca, o “Arco – Íris”, a

“Taverna da Matilde”, entre outros (Município de FCR, 2018 b).

Já na Hotelaria destacam-se o “Colmeal Countryside Hotel”, considerado um hotel de 4

estrelas, a “Hospedaria do Convento”, que é um edifício muito antigo com história a nível

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 7

do concelho, a “Casa da Cisterna” e ainda a “Casa da Amendoeira” situadas na aldeia de

Castelo Rodrigo.

A nível da Gastronomia esta é variada e deliciosa, sobressaindo as morcelas e farinheiros,

os presuntos de porco, os assados de cabrito ou o tão saboroso borrego, os pratos de javali,

o bacalhau assado com batatas a murro, os cozidos acompanhados de grelos devidamente

regados pelo saboroso azeite produzido no concelho de FCR, tudo isto acompanhado de

bons vinhos da região, cada vez mais valorizados e premiados.

No concelho é também abundante o leite de origem animal mais propriamente o leite de

ovelha. É por isso que o queijo de ovelha é um produto muito conhecido da região. Na

doçaria salientam-se: as compotas, as filhós, os biscoitos de Escalhão e ainda os

«esquecidos» de Mata de Lobos.

Para além destes, a produção do mel é uma atividade muito praticada no concelho. Com

múltiplas aplicações, o mel foi considerado um antisséptico, sendo usado como

«pomada» nas feridas e pisaduras, mas é basicamente um alimento energético, conhecido

e apreciado desde os tempos mais remotos. Ele pode ser utilizado tanto na alimentação,

sobretudo como substituto do açúcar e no caso das constipações, em que serve para adoçar

o chá e o leite.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 8

1.3- Resenha Histórica e Monumentos

Historicamente, falar de Figueira de Castelo Rodrigo implica remontar muitos séculos na

história. Desde a Pré-História até ao séc. XX, muitos são os testemunhos existentes,

permitindo viajar pelo tempo à descoberta das raízes históricas de toda uma região.

Em todas as freguesias (Vilar Torpim, Vermiosa, Vilar de Amargo, Vale de Afonsinho,

Reigada, Quintã de Perô Martins, Castelo Rodrigo, Mata de Lobos, Almofala, Algodres

e Figueira de Castelo Rodrigo) existem monumentos de grande valor que guardam

segredos e memórias de tempos passados (Município de FCR, 2018 c).

1.3.1- História da Batalha de Castelo Rodrigo

Muitos foram os momentos da história portuguesa onde o nome de Castelo Rodrigo foi

elevado bem alto pela coragem dos seus habitantes, mas provavelmente o momento mais

marcante foi a vitória conseguida a 7 de julho de 1664. A ilustração da Batalha Histórica

de Castelo Rodrigo pode ser vista na figura 5.

Fonte: Município de FCR (2018 c)

Figura 5 - Ilustração da Batalha de Castelo Rodrigo

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 9

Segundo informação disponível no site 4 do Município de FCR a Batalha surgiu na aldeia

de Castelo Rodrigo. Assim sendo as origens de Figueira de Castelo Rodrigo não podem

ser dissociadas da aldeia de Castelo Rodrigo.

No século XVII, na Guerra da Restauração, Castelo Rodrigo, mantinha-se como

fortificação ativa, pertencendo à comarca judicial de Pinhel e ao bispado de Lamego,

integrando o número de vilas com assento nas cortes, onde em 1642 ocupava o 11º banco.

O monarca D. João IV vai então ordenar a divisão da Beira por dois governadores de

armas, acreditando que assim ficaria melhor defendida, pois permitia um melhor

racionamento das tropas, ao encurtar as zonas de ação numa província tão dilatada.

Assim, o governo das armas das comarcas da Guarda, Pinhel, Lamego e Esgueira é

confiado a D. Rodrigo de Castro, então governador da cavalaria do exército do Alentejo.

O primeiro comando designava-se por Partido de Almeida e o segundo por Partido de

Penamacor. Procurando testar o governador do partido de Almeida, os castelhanos

tomam-lhe o pulso, atacando a região de Alfaiates. D. Rodrigo responde, e põe debaixo

de ataques S. Felices de los Galegos destruindo a «campanha» em redor de Cidade

Rodrigo.

A importância de Castelo Rodrigo, advém de várias peças de armas dos dois reinos. Tal

como se passava no plano de defesa Português, também a coroa espanhola, ponderava as

necessidades e prioridades das suas praças de armas, junto à fronteira de Portugal, onde

se destacava Cidade Rodrigo.

A importância desta praça é bem visível no facto de ter justificado a nomeação, para o

seu comando, do duque de Alba, num primeiro momento, e do duque de Ossuna, num

segundo.

Só tendo em conta tais fatores, é possível fazer justiça ao significado da Batalha de

Castelo Rodrigo (Salgadela), uma entre as cinco grandes batalhas da Restauração,

segundo o conde da Ericeira.

No ano de 1664, o Marquês de Marialva organiza as forças do Alentejo, tendo as forças

portuguesas atacado Valência de Alcântara, rendendo-se muitos lugares. Na Beira, o

4 Site: https://cm-fcr.pt/

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 10

duque de Ossuna fortifica-se perto de Aldeia do Bispo, mas na doença temporária do

governador de armas do partido de Almeida, Pedro Jacques de Magalhães, forças vindas

de Trás-os-Montes impedem qualquer avanço. Por sua vez, em janeiro de 1665, Afonso

Furtado de Mendonça passa o rio Tourões com 6000 infantes e 1000 cavalos, não

consegue destruir o forte, mas danifica os campos de Cidade Rodrigo.

Após a tentativa portuguesa falhada de tomar Sobradilho, já que a artilharia não chegou

a tempo por dificuldades de transposição do Rio Águeda, Ossuna responde com 5000

infantes, 70 cavalos, 9 peças de artilharia, munições e carruagens e a 6 de Julho de 1665,

está sobre Castelo Rodrigo, que segundo Ericeira era «praça sem mais defesa que uma

muralha antiga, porém, situada em terra defensável», sendo a vila governada pelo

mestre-de-campo António Freire Ferreira Ferrão, com uma guarnição de 150 soldados.

Foi valorosa a resistência dos defensores, mas necessitavam de socorros. Pediram-nos,

tendo estes chegado devido à diligência de Pedro Jacques Magalhães que com 2500

infantes, 500 cavalos e 2 peças de artilharia, avança em socorro da praça sitiada, sem

mantimentos, tendo os soldados que partilhar o pão que levavam.

Pedro Jacques exorta os seus homens a combater, lembrando os ataques constantes de

Ossuna à província. Manda tocar as trombetas e caixas, som que identificou ao duque de

Ossuna a presença das forças, tomam a artilharia espanhola e desbaratam as suas forças.

A batalha estendeu-se depois nos campos entre o Convento de Santa Maria de Aguiar e a

aldeia de Mata de Lobos.

Pedro Jacques de Magalhães, tendo retirado vitorioso para Almeida, enviava à corte o seu

filho Henrique, de 14 anos, que não obstante a idade, já exercitara o posto de capitão de

infantaria. A corte celebrava a vitória.

A luta ficava então reduzida a pequenas escaramuças locais até à paz de 13 de fevereiro

de 1668, terminando também o reinado dramático de D. Afonso VI, a quem sucede o

regente, infante D. Pedro, ao serviço de quem estará Pedro Jacques de Magalhães, o chefe

vitorioso de uma grande batalha da restauração, a única que teve lugar na Beira, numa

das praças da fronteira.

No local da Salgadela, ainda hoje existe um Padrão, designado de Padrão de Pedro

Jacques de Magalhães, que foi classificado como Monumento Nacional em 1910. João

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 11

da Fonseca Tavares mandou-o erguer em 1664 no local da batalha, em lembrança da

vitória.

A paz entre Portugal e Castela foi finalmente assinada em Madrid a 5 de janeiro de 1688

e ratificada em Lisboa a 13 de fevereiro do mesmo ano. Instalava-se durante alguns

tempos, nova época de paz, num Concelho que durante 28 anos havia vivido em constante

inquietude, com muitas povoações incendiadas e duas completamente destruídas,

arruinando toda a vida económica da região, o que levou ao despovoamento.

Sendo uma região de fronteira, importante do ponto de vista militar, o concelho de Castelo

Rodrigo, viveu sempre em clima de desconfiança face ao exército espanhol, referências

a muitas surtidas feitas por ambos os lados. As épocas de Paz nunca eram longas.

Mais tarde, a França aliando-se à Espanha, declarou guerra a Portugal a 27 de fevereiro

de 1801. Por três vezes é invadido Portugal, sendo que a terceira invasão no ano de 1810,

chefiada por Messena, entrou no território do concelho pelas terras de Ribacôa.

Milhares de vítimas, culturas e fábricas destruídas, foram os resultados que se fizeram

sentir de forma dramática sobre os habitantes do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo

e de todos os concelhos vizinhos. A violência das tropas francesas deixou profundas

marcas nas freguesias do concelho.

As invasões francesas constituíram a última grande penetração violenta de estrangeiros

no território nacional.

Poucos anos depois, Castelo Rodrigo que desde 1209 desempenhou papel fundamental

na região do Ribacôa, vai sofrer rude golpe. A rainha D. Maria II atribuiu o título de vila

a Figueira a 25 de junho de 1836. A 31 de Dezembro de 1836, por decreto de Passos

Manuel, é extinto o histórico concelho de Castelo Rodrigo, que é substituído pelo de

Figueira de Castelo Rodrigo (Município de FCR, 2018 d).

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 12

1.3.2- Monumentos

Segundo informação do portal das Aldeias Históricas de Portugal 5 e do guia da cidade

de Castelo Rodrigo 6, podemos constatar que a Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo é, no

seu todo, um autêntico espaço monumental (conforme se pode verificar na figura 6)

conservando importantes referências no plano medieval. Entre os monumentos que

acrescentam valor ao património histórico são de destacar as velhas muralhas, as ruínas

do palácio de Cristóvão de Moura, o Pelourinho quinhentista, a igreja matriz, a cisterna

medieval e os vestígios que atestam a presença de uma importante comunidade de

cristãos-novos. Durante mais de 600 anos, a povoação foi vila e sede de concelho.

(Aldeias Históricas de Portugal, 2015).

O castelo de Castelo Rodrigo é o monumento mais importante da arquitetura militar do

concelho, tendo sofrido ao longo dos tempos, diversas reconstruções, nomeadamente

quando em 1297, D. Dinis mandou restaurar os castelos desta região, tendo reedificado e

repovoado Castelo Rodrigo “fazendo erigir um forte castelo, com alterosa torre de

menagem, quadrangular, com seis janelas sacadas e uma poderosa cinta de muralhas

apoiada em torreões semicirculares” que ainda persistem, bem como três portas: A Porta

do Sol, a Porta de Alverca ou Porta Nascente junto da qual se observa a Cabeça do Mouro

e a Porta da Traição com acesso ao Túnel que supostamente liga ao Mosteiro de Santa

Maria de Aguiar (Guia da Cidade, 2018).

5 Site: http://www.aldeiashistoricasdeportugal.com/castelo-rodrigo 6 Site: https://www.guiadacidade.pt/pt/poi-castelo-de-castelo-rodrigo-14607

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 13

Figura 6 - Castelo de Castelo Rodrigo

Fonte: Guia da Cidade (2018)

1.4- Tradições, Lendas e Curiosidades

Realizam-se no concelho de FCR duas feiras mensais, nas primeiras e terceiras quintas-

feiras a seguir ao primeiro domingo de cada mês, e duas feiras anuais que se realizam a

19 de agosto e a 20 de dezembro.

As festas mais conhecidas do concelho são a festa da Padroeira do concelho, a 15 de

agosto, que se realiza no Convento de Aguiar. A festa de Santo André em Almofala, a

festa da Senhora dos Remédios e Santos Mártires, em Vilar de Amargo e a da Senhora da

Alagoa em Algodres.

O feriado municipal do concelho é no dia 7 de julho, dia em que se realiza a feira agrícola,

que apresenta utensílios para a agricultura, mostra de animais, rendas e bordados

tradicionais, cestos em cordoaria e madeira, braseiras e caldeiras em cobre, cinchos para

o fabrico de queijo, entre outras coisas.

Ligado ao artesanato, o concelho apresenta uma variedade de trabalhos, como a cestaria

e a latoaria (Porto Editora, 2018).

Em Figueira de Castelo Rodrigo existem várias lendas donde se destacam:

➢ Amendoeiras em Flor

➢ Carambola dos Cestos

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 14

Amendoeira em Flor

No concelho de FCR são muitos os locais onde é possível a apreciar o efeito colorido tão

deslumbrante das amendoeiras floridas. Nos finais do mês de fevereiro muitas são as

excursões que demandam terras Figueirenses, na intenção de apreciar os lindos

panoramas que a todos deixam uma imagem lindíssima.

Uma lenda conta como terão aparecido no nosso país as lindas e úteis árvores.

Há muitos anos quando os mouros reinavam em quase toda a Península Ibérica, vivia em

Silves, um poderoso príncipe. A fama da sua heroicidade corria mundo, pois nunca tinha

sido derrotado.

Um dia, após uma batalha decisiva, o príncipe foi ver o grande número de prisioneiros,

que eram vendidos como escravos. De repente, o seu olhar foi atraído pela beleza de uma

jovem, de pele muito clara e cabelo loiro, como a cor do trigo maduro. Ao perguntar o

nome à jovem, esta disse chamar-se Gilda.

O príncipe olhando fixamente para ela, disse-lhe que não gostava desse nome. E

perguntou se lhe podia chamar a “bela princesa do Norte”? Ao qual ela respondeu, que

podia tratá-la como quisesse, pois, era prisioneira e escrava dele.

Ele respondeu que a partir desse momento ela passaria a ser livre, que podia andar por

onde quisesse, fazer o que lhe apetecesse e que ninguém se atrevesse a tocar-lhe.

Os dias passaram, mas o príncipe não andava bem. Sentia-se triste e tudo o aborrecia.

Faltava-lhe qualquer coisa. E o seu coração bem sabia o que era, ao sentir saudades de

Gilda. Precisava de a tornar a ver, quando a visitou, ficou surpreendido pois ela preparava-

se para regressar à sua terra. Receando perder a sua donzela para sempre, confessou-lhe

todo o seu amor e pediu-lhe para que se casasse com ele.

O casamento não demorou muito tempo a realizar-se, foi um dia de festa. Durante vários

dias sucederam-se bailes e banquetes, no meio da maior animação. Mas no último dia de

festa o príncipe deu por falta de Gilda.

Desesperado, mandou procurá-la, indo encontrar a bela princesa deitada na cama, quase

morta.

Vieram os médicos, mas nenhum encontrava a causa de tal prostração.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 15

A princesa definhava de dia para dia. Foi então que apareceu um prisioneiro para tentar

perceber o que a princesa tinha pois já muitos tinham tentado e ninguém percebeu do que

sofria.

O prisioneiro percebeu que a princesa sofria de nostalgia, pois tinha saudades da bela

neve da sua terra natal. Mas na região de Figueira nunca neva, referiu o príncipe. Foi

então que o escravo recomendou ao príncipe que mandasse plantar amendoeiras em volta

do palácio, quando elas florirem, as belas e pequenas flores brancas darão a ilusão de

neve e vossa esposa curar-se-á.

O príncipe acatou a sugestão do velho escravo e deu ordens para se cumprir tudo como

ele indicasse.

Poucos meses depois, quando a Primavera estava prestes a começar, as amendoeiras

floriram, cobrindo o imenso espaço em redor do palácio de um manto de branco. O

príncipe conduziu a amada à janela do quarto e ela nem acreditava no que estava a ver,

foi então que a princesa teve novamente a vontade de viver (Município de FCR, 2018 e).

Carambola dos Cestos

A vida era árdua em Mata de Lobos, uma aldeia do concelho de FCR. Aliado à agrura do

trabalho, encontrava-se o austero clima, inclemente no Inverno e escaldante no Verão, o

que levou os Matenses a suspirarem por um paraíso ainda em vida. Não encontrando,

resolveram descobrir a melhor maneira de subir até ao céu.

Não podiam deixar de trabalhar, pois não tinham outros rendimentos para além dos que

angariavam com o suar do rosto.

Sem sombra de dúvida que os Matenses andavam desanimados. Cada um pensava em

descobrir a melhor maneira de resolver o problema que parecia insolúvel. Quanto mais

pensavam nas coisas boas que, por vezes, tinham ao seu dispor, logo o triste pensamento

do trabalho e sacrifício que tinham de enfrentar para a obter lhes fazia perder o entusiasmo

e aumentar a infelicidade.

Assim decorriam os dias na freguesia, indecisos e desanimados, até que uma bela ocasião

surgiu, alguém com uma ideia salvadora: fazer uma carambola de cestos que chegasse até

ao céu.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 16

Era mesmo de desesperar, havendo tantos cestos na aldeia como não se haviam lembrado

disso antes? Muitas preocupações se poderiam ter já evitado.

Entretanto reuniram todos os cestos e começaram a pô-los uns em cima dos outros. Dias

e dias de trabalho se iam consumindo na construção da alta carambola que se ia formando.

Num belo dia, depois de terem trabalhado durante várias semanas, sem parar, foi com

grande angústia que verificaram que os cestos se tinham acabado e os cesteiros não

podiam fazer mais por falta de matéria prima. Um enorme desespero invadiu os

construtores da carambola e dos que se preparavam para começar a subir.

As nuvens há muito que tinham sido ultrapassadas pela altura da carambola e azar dos

azares faltava apenas um cesto para atingir a abóbada celeste e entrar no paraíso.

Foi então que um dos presentes, ao olhar angustiado para a inútil carambola que à sua

frente se erguia até às alturas, encontrou a solução. Tão simples e afinal ali tão perto.

Rapidamente, retiraram o cesto que estava no fundo da carambola, para o colocarem no

cimo, a ocupar o lugar daquele que os separava do paraíso.

O resultado deste ato facilmente se pode adivinhar, por este processo os Matenses nunca

chegarão ao céu… em vida (Município de FCR, 2018 f).

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Curiosidade:

“A Cegonha Joana”

Em julho de 1991, na Igreja Matriz de Figueira, a 30 metros de altura, uma das pequenas

cegonhas viu a sua primeira tentativa de voo frustrada, pois uma queda do ninho para o

telhado da igreja não foi fatal, mas teve como consequência uma asa partida.

Durante mais de três semanas, a Joana, nome pelo qual foi batizada, teve honras de

hóspede no Quartel dos Soldados da Paz, e de um modo quase espontâneo conquistou a

simpatia de todos, uma vez que se fazia passear pelo espaço circundante do quartel onde

as aparas de carne e de peixe, cedidas pelos estabelecimentos comerciais abundavam.

Apesar de todos os cuidados a cegonha não conseguia recuperar por completo dos

ferimentos sofridos na asa e, como tal foi levada para o Parque Natural da Serra da Estrela

através do Instituto de Conservação da Natureza, a fim de lhe ser ministrada a assistência

necessária.

Logo após o tratamento, regressou a Figueira de Castelo Rodrigo, e foi acolhida de bom

grado entre os Bombeiros, os quais se comprometeram a tratá-la de forma condigna, ao

ponto de lhe terem construído um poiso, ou seja, um ninho feito à medida no interior do

quartel com uma portinha para entrar e sair quando lhe apetecesse, fazendo dela uma

autêntica princesa.

Pelo amanhecer, a Joana preparava-se para dar os seus passeios pela Vila sempre sem

destino certo, recolhendo ao cair da noite como mandava a rotina.

Não ignorava os cumprimentos dos seus concidadãos, mas também não era “senhora” de

grandes confianças, pois toda a gente sabia que gostava de uma palavrinha, mas nada

mais do que isso, porque qualquer intimidade podia acabar com uma valente “bicada” da

elegante cegonha.

Em novembro de 2001, a vida acaba de forma inesperada para a cegonha mais conhecida

do concelho, ao ser atacada por um ou mais cães vadios.

Os Bombeiros Voluntários face ao sucedido e como forma de lhe prestaram uma

homenagem no sentido de jamais ser esquecida, tomaram a decisão de a embalsamarem

e assim poder ser apreciada por todos quantos mostrarem interesse, na casa que a acolheu,

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 18

mas temporariamente poderá ser visitada no posto de Turismo de Figueira de Castelo

Rodrigo (Município de FCR, 2018 g).

Fonte: Município de FCR (2018 g)

Face a este episódio da Joana, que sensibilizou o coração de todos os Figueirenses, as

cegonhas são consideradas o seu Ex-Libris, assim como um pouco por todo o concelho

nutrem a simpatia da população que sempre as acarinhou e protege.

Por tudo isto é que até hoje está uma estátua mesmo em frente ao edifício do município,

em sua simbologia, como mostra a figura 8.

Fonte: Município de FCR (2018 h)

Figura 7 - Cegonha Joana

Figura 8 - Estátua da Cegonha Joana em Frente ao Município de

FCR

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 19

1.5- Economia

O Concelho de FCR é predominantemente dedicado à agricultura e à pecuária. A

propriedade predominante é a policultura. Produz-se o vinho e o azeite, e cultiva-se a

amendoeira. Existem pequenas indústrias, principalmente ligadas à transformação de

carnes e lanifícios e ao setor de extração e transformação do granito. O comércio e os

serviços também caracterizam a economia deste concelho (Porto Editora, 2018).

O município de Figueira de Castelo Rodrigo, como se pode verificar na figura 9, em 2015

tinha um poder de compra per capita de aproximadamente 66% da média de Portugal.

Salienta-se que o poder de compra em Portugal fixou-se em 77,3% da média da União

Europeia em 2016, acima do ano anterior (76,8%), ocupando o 14.º lugar entre os

Estados-membros, divulgou o INE.

Figura 9 - Índice do Poder de Compra de FCR

Fonte: Pordata (2017 d)

Em relação às empresas existentes no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, como

pode ser visível na tabela 1, verifica-se que a densidade de empresas é bastante baixa,

cerca de 1,8 por Km2. Maioritariamente o concelho é constituído por empresas individuais

(79,84%) e todas as empresas existentes têm menos de 250 pessoas ao serviço, como se

pode ver na tabela 1.

Quanto ao indicador de proporção de empresas com menos de 10 pessoas ao serviço esta

ronda os 99,2%, o que equivale a dizer que, a grande maioria das empresas são

microempresas.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 20

Por sua vez, o indicador de pessoal ao serviço por empresas é de 1,4 o que indica que a

maioria tem apenas uma pessoa ao serviço, alguns com dois ou mais, mas o grande

número é um.

O volume de negócios por empresa ronda os 51,4 milhares de Euros (Tabela 1).

Tabela 1- Indicadores de Empresas por Município em 2015

Densidade

de

Empresas

Proporção

de

Empresas

Individuais

Proporção

Empresas

c/ menos

de 250

pessoas

ao serviço

Proporção

de

Empresas

c/menos

de 10

pessoas

ao serviço

Pessoal

ao

serviço

por

Empresa

Volume

de

negócios

por

Empresa

Nº/Km2 % % % Nº Milhares

de Euros

FCR 1,8 79,84 100,0 99,2 1,4 51,4

Fonte: (INE, 2017)

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Capítulo II - Caracterização da

Instituição de Estágio

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2.1- Enquadramento

Este capítulo pretende dar a conhecer a instituição acolhedora do estágio, a sua

caracterização, os seus valores, a sua localização, o seu organograma, entre outros

assuntos materialmente relevantes.

Importa ainda referir que maioritariamente a informação apresentada neste capítulo está

disponível na entidade no site do Município de FCR Http://cm-fcr.pt.

A figura 10 ilustra a arquitetura do edifício do Município de Figueira de Castelo Rodrigo.

Figura 10 - Município de Figueira de Castelo Rodrigo

Fonte: Município de FCR (2018 h)

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2.2- Localização e Contactos do Município de Figueira de Castelo Rodrigo

Na tabela 2 são apresentados os contactos e a localização da instituição.

Tabela 2 - Localização e Contactos do Município de FCR

Concelho: Figueira de Castelo Rodrigo

Telefone: 271 319 000

Fax: 271 319 009

Morada: Largo Dr. Vilhena, nº 1 Figueira

de Castelo Rodrigo 6440-100

E-mail: [email protected]

Coordenadas: Latitude: 40.8964841,

Longitude: -6.9630897

Site: http://cm-fcr.pt/

Fonte: Site Oficial do Município 7

2.3- Organograma do Município de Figueira de Castelo Rodrigo

Segundo Oliveira (2014 a) o organograma é um gráfico que representa os órgãos da

organização e as relações de autoridade e de responsabilidade existentes entre si. Nesse

gráfico, todos os membros da organização estão dispostos em níveis hierárquicos; quanto

mais elevado for o nível, maior será a importância desse membro. A ligação hierárquica

entre os membros de uma organização é representada por linhas verticais e linhas

horizontais, e caixas que representam os membros.

Na figura 11, é apresentado o organograma do Município de Figueira de Castelo Rodrigo.

Como é possível verificar, este é um organograma vertical ou clássico, onde se tornam

claros os níveis de hierarquia, ou seja, quanto mais alto for o cargo, mais autoridade e

responsabilidade lhe corresponde.

O organograma apresentado na figura 11 contempla todos os departamentos incluídos no

Município de Figueira de Castelo Rodrigo, os quais comportam um total de 141

Funcionários.

7 Site: https://cm-fcr.pt/contactos/

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 24

Figura 11 - Organograma do Município de FCR

Fonte: Assembleia Municipal de FCR (2014)

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 25

O departamento no qual foi realizado o estágio foi na divisão de Contabilidade, designado

por Subunidade de Gestão Financeira, Contabilidade e Tesouraria, que de acordo com a

estrutura orgânica do Município de Figueira de Castelo Rodrigo faz parte da Divisão

Administrativa, Financeira e Sociocultural (Figura 11).

Como é possível verificar na figura 11, o presidente surge no topo da hierarquia

assessorado pelo Gabinete de Apoio ao Presidente e pelo Gabinete da Proteção Civil.

No nível hierárquico imediatamente inferior estão as unidades orgânicas flexíveis que

são:

- A Divisão Administrativa, Financeira e Sociocultural;

- A Divisão de Obras, Planeamento, Ambiente e Urbanismo.

Cada divisão está repartida em subunidades (como se pode ver no organograma da figura

11), para facilitar o funcionamento do município, para a atribuição de responsabilidades

e para uma melhor, eficaz e eficiente comunicação entre elas.

A Divisão Administrativa, Financeira, SocioCultural é composta por:

Balcão Único;

Subunidade de Gestão Financeira, Contabilidade e Tesouraria;

Subunidade de Recursos Humanos;

Subunidade de Psicologia, Saúde e Ação Social;

Subunidade de Educação e Cultura;

Serviço de Turismo e Animação Cultural;

Serviço de Desporto e Tempos Livres;

Subunidade de Aprovisionamento e Património;

Serviço de Biblioteca, Museu e Arquivo;

Serviço de Informática;

Gabinete de Desenvolvimento Rural, Investimento e Empreendedorismo;

Gabinete de Comunicação e Relações Públicas;

Gabinete Jurídico e Contencioso.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 26

Segundo Assembleia Geral do Município de FCR (2014), a Divisão Administrativa,

Financeira, Social e Cultural é compreendida por várias subunidades orgânicas flexíveis

e compete à respetiva divisão:

a) Promover as tarefas inerentes à receção, classificação, expedição e arquivo dos

documentos;

b) Conceder medidas que permitam uma maior integração e rentabilidade dos meios

humanos disponíveis;

c) Gerir os recursos humanos mantendo atualizado o arquivo de elementos sobre o

pessoal que presta serviço na autarquia, organizar os processos de recrutamento e

acesso e assegurar o cumprimento das normas legais sobre o estatuto do pessoal

em todos os seus aspetos;

d) Organizar os processos referentes aos utentes de saneamento básico e acompanhar

os serviços que lhe são prestados.

e) Assegurar a atividade administrativa não cometida a outros serviços da autarquia;

f) Zelar por uma correta e fácil comunicação entre os serviços da autarquia e entre

estes e os cidadãos;

g) Zelar pela higiene, segurança e abastecimento dos edifícios onde funcionam

serviços da autarquia, assim como, coordenar as funções e propor medidas que

proporcionem maior eficácia aos métodos de funcionamento dos serviços que

integram a respetiva divisão;

h) Coordenar a atividade financeira, desde a elaboração de planos plurianuais de

investimento, orçamentos e restantes documentos contabilísticos, de acordo com

as normas de execução contabilística em vigor;

i) Preparar as modificações orçamentais, nos termos em que forem definidas;

j) Elaborar, organizar e dar publicidade aos documentos de prestação de contas e

preparar os elementos indispensáveis à elaboração do respetivo relatório;

k) Elaborar, até ao dia 20 de cada mês, o plano de tesouraria referente ao mês

seguinte;

l) Promover a execução de, pelo menos, quatro conferências anuais e aleatórias aos

valores à guarda da tesouraria, para além das que se encontrem definidas por lei

ou regulamento;

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 27

m) Arrecadar as receitas municipais e proceder ao pagamento das despesas, nos

termos definidos no despacho n.º 8350/2014 e nas demais normas legais e

regulamentares aplicáveis;

n) Apresentar, à direção do departamento, balancetes mensais referentes ao

cumprimento do plano plurianual de investimentos e do orçamento, bem como

fazer a respetiva apreciação técnica, sobre os aspetos mais relevantes;

o) Apreciar os balancetes diários de tesouraria e informar a direção, tendo em

atenção o plano mensal apresentado;

p) Acompanhar o movimento de valores e comprovar, mensalmente, o saldo das

diversas contas bancárias;

q) Efetuar conferências periódicas ao armazém e apresentar superiormente o

relatório das ocorrências;

r) Manter organizada a contabilidade, com registos atempados;

s) Promover todos os procedimentos relativos à aquisição de bens e serviços e à

execução de empreitadas de obras públicas, nos termos legais e de acordo com as

normas do despacho n.º 8350/2014;

t) Fiscalizar as responsabilidades do tesoureiro e das chefias das secções, bem como

acompanhar as respetivas atividades profissionais na autarquia;

u) Preparar os documentos financeiros cuja remessa a entidades oficiais seja

legalmente determinada;

v) Promover o desenvolvimento cultural da comunidade, fomentando e

implementando centros de cultura, bibliotecas e museus municipais;

w) Estudar e executar ações de conservação e defesa do património cultural e

paisagístico do Município;

x) Planear e executar programas de educação e ensino da competência do Município;

y) Fomentar a construção de instalações e o desenvolvimento de equipamentos para

a prática desportiva e recreativa de interesse municipal;

z) Fazer o diagnóstico das necessidades sociais da comunidade, desenvolvendo as

ações de dinamização previstas nos planos;

aa) Exercer as demais funções que lhe forem cometidas.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 28

À Subunidade de Gestão Financeira, Contabilidade e Tesouraria compete

especificamente:

a. Garantir que os registos contabilísticos se façam atempadamente:

b. Promover os registos inerentes à execução orçamental e do plano

plurianual de investimento;

c. Promover o acompanhamento e controlo do orçamento e do plano

plurianual de investimentos;

d. Emitir periodicamente os documentos obrigatórios inerentes à execução

do orçamento e do plano plurianual de investimentos, nos termos definidos

no despacho n.º 8350/2014 e nas demais normas legais e regulamentares

aplicáveis;

e. Promover a verificação permanente do movimento de fundos da tesouraria

e de documentos de receita e despesa;

f. Apresentar relatório de ocorrência, sempre que tal se justifique, por

incumprimento de normas legais ou regulamentares;

g. Emitir os documentos de receita e de despesa, bem como os demais

documentos que suportem registos contabilísticos;

h. Coligir todos os elementos necessários à execução do plano plurianual de

investimentos e das respetivas modificações;

i. Proceder à arrecadação de receitas e ao pagamento de despesas, nos termos

legais e regulamentares e no respeito das instruções de serviço;

j. Liquidar juros moratórios, referentes à arrecadação de receitas;

k. Proceder à guarda de valores monetários;

l. Proceder ao depósito, em instituições bancárias, de valores monetários

excedentes em tesouraria, nos termos definidos no despacho n.º

8350/2014;

m. Movimentar, em conjunto com o Presidente da Câmara, ou Vereador com

competência delegada para o efeito, os fundos depositados em instituições

bancárias;

n. Elaborar balancetes diários de tesouraria.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 29

A Divisão de Obras, Planeamento, Ambiente e Urbanismo é composta por:

Subunidade de Apoio Administrativo;

Subunidade de Planeamento e Gestão Urbanística e Obras Municipais;

Serviços de Sistemas de Informação e Cartografia;

Subunidade de Contratação Pública e Candidaturas;

Serviços de Vias Municipais e Trânsito;

Subunidade de Ambiente, Serviços Urbanos e Energia;

Gabinete Veterinário;

Unidade Funcional Gestão de Viaturas e Armazém (Assembleia Municipal de

FCR, 2014).

A estagiária não teve qualquer tipo de tarefas exercidas na Divisão de Obras,

Planeamento, Ambiente e Urbanismo, por isso não apresenta as tarefas que competem a

esta divisão.

2.4- Visão e Missão do Município

De seguida apresentar-se-á a Visão e a Missão do Município de Figueira de Castelo

Rodrigo.

Visão

A visão de uma organização traduz, de forma abrangente, um conjunto de intenções e de

aspirações para o futuro, servindo de inspiração a todos os seus membros. Geralmente a

Visão não está escrita, é antes transmitida em conversas, apresentações públicas e atos

comemorativos. (Oliveira, 2014 b): 45).

A Visão do Município de Figueira de Castelo Rodrigo vem definida como: “o Município

de FCR é o órgão autárquico do concelho e cabe-lhe promover o desenvolvimento do

Município em todas as áreas da vida, como a saúde, a educação, a ação social e habitação,

o ambiente e saneamento básico, o ordenamento do território e urbanismo, os transportes

e comunicações, o abastecimento público, o desporto e cultura, a defesa do consumidor e

a proteção civil.” (Portal do Cidadão, 2015).

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 30

Missão

A missão consiste numa declaração escrita que traduz os ideais e orientações globais da

organização: a missão constitui assim o instrumento estratégico da doutrina ou filosofia

organizacional que deve desenvolver junto dos seus públicos internos e externos.

(Oliveira 2014 b): 46).

A missão do Município de Figueira de Castelo Rodrigo é a seguinte: “Definir e executar

políticas tendo em vista a defesa dos interesses e satisfação das necessidades da população

local.” (Portal do Cidadão, 2015).

2.5- Atividades do Município

O município de Figueira de Castelo Rodrigo procura proporcionar uma melhor qualidade

de vida aos idosos do concelho, visto que esta é uma faixa etária com grande peso no

município como se verificou no capítulo 1. Para tal cria inúmeros projetos.

Um dos principais projetos pensado em prol do envelhecimento ativo e do combate ao

isolamento da população do concelho é a Academia Sénior Figueirense.

Academia Sénior Figueirense

A Academia Sénior Figueirense (Figura 12) é a resposta socioeducativa, que visa criar e

dinamizar atividades sociais, culturais, educacionais e de convívio, preferencialmente

para e pelos maiores de 50 anos.

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Figura 12 - Academia Sénior Figueirense

Fonte: Município de FCR (2018 i)

A Academia Sénior Figueirense nas suas atuações tem como principais objetivos:

• Oferecer aos alunos, um espaço de vida socialmente organizado e adaptado às

suas idades, para que possam viver de acordo com a sua personalidade e a sua

relação social;

• Proporcionar aos alunos a frequência de aulas e cursos onde os seus

conhecimentos possam ser divulgados, valorizados e ampliados;

• Desenvolver atividades para e pelos alunos;

• Criar espaços de encontro na comunidade que se tornem incentivos e estímulos a

um são espírito de convivência e de solidariedade humana e social;

• Divulgar e preservar a nossa história, cultura, tradições e valores;

• Fomentar e apoiar o voluntariado social;

• Desenvolver ações de formação social, pessoal e profissional para toda a

comunidade.

A Academia Sénior Figueirense organiza os seguintes serviços de animação

sociocultural:

1. Aulas teóricas e práticas de diversas disciplinas

2. Seminários e cursos multidisciplinares

3. Passeios e viagens culturais

4. Grupos recreativos

5. Divulgação e informação de serviços destinados aos séniores

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 32

6. As atividades sócio culturais que os alunos desejarem.

Os destinatários são adultos com idade igual ou superior a 50 anos, independentemente

do seu nível de escolaridade (Município de FCR, 2018 i).

Apoio ao Idoso

O Programa de “Apoio ao Idoso” (Figura 13) destina-se a apoiar idosos através da

prestação de apoio domiciliário gratuito na área das pequenas reparações de construção

civil. Destina-se a residentes no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo com 65 anos ou

mais de idade, com carências económicas e que sejam portadores de deficiência,

devidamente comprovada ou que sofram de doença prolongada.

Figura 13 - Apoio ao Idoso

Fonte: Município de FCR (2018 j)

No âmbito deste programa os apoios prestados e as reparações realizam-se nas seguintes

áreas de intervenção:

• Eletricidade – substituição de lâmpadas, interruptores; casquilhos, reparações de

pequena instalação elétrica; “puxada” de eletricidade para uma divisão; substituição

de contador;

• Canalização – substituição ou reparação de torneiras, autoclismos, canos e afins,

substituição de equipamento sanitário, acessórios de bancada de cozinha, lavatório;

• Serralharia – Pequenos trabalhos de reduzida complexidade técnica como

substituição de fechaduras e colocação de vidros;

• Intervenções diversas de pequena bricolage (Município de FCR, 2018 j).

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 33

Projeto Social “Cegonha Móbil”

O Município de Figueira de Castelo Rodrigo lançou também um projeto de cariz

social “Cegonha Móbil” (Figura 14). No concelho de FCR era notória a falta de uma

rede de transportes públicos que servisse as populações, e isso era mais evidente junto da

população idosa que tem muitas dificuldades nas deslocações à sede de freguesia, onde

estão os serviços essenciais, tais como os cuidados de saúde, as lojas para efetuarem as

suas compras, entre muitos outros. Este projeto contempla a disponibilização de meio de

transporte inteiramente grátis e ao dispor de toda a população (Município de FCR, 2018

k).

Figura 14 - Projeto Cegonha Móbil

Fonte: Município de FCR (2018 k)

2.6- Eventos

O município procura atrair pessoas para o concelho, através da realização de algumas

atividades/eventos realizados ao longo do ano. Assim sendo, destacam-se dois eventos

que se realizaram no ano de 2016: Rainha da Amendoeira em Flor e Figueira com Vida.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 34

A “Rainha da Amendoeira em Flor”

As Amendoeiras em Flor são dos postais mais apelativos de FCR. Por todo o concelho

desabrocham as pequenas, mas belas flores da amendoeira, que de rosa e branco salpicam

os campos e anunciam o prenúncio de uma Primavera antecipada.

As Amendoeiras em Flor são o maior e o mais apelativo cartaz turístico da região de

Figueira. A Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo para assinalar esta força

viva da natureza, em ambiente festivo e dinâmico, preparou um cartaz como é visível na

figura 15, onde a cultura, o desporto, a caça, a música e a gastronomia são alguns dos

ingredientes desse programa que se realizou nos fins semana entre 19 de fevereiro e 13

de março de 2016 (Município de FCR, 2018 l).

Fonte: Município de FCR (2018 l)

“Figueira Com Vida”

A Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo organiza todos os anos a edição

da “Figueira Com Vida”. Esta é uma clara aposta da autarquia na promoção e divulgação

do que melhor se faz em FCR, dos seus produtos endógenos de excelente qualidade, do

património arquitetónico e paisagístico, entre muitos outros encantos.

A “Figueira Com Vida” teve lugar no Largo Serpa Pinto, de 12 a 15 de agosto de 2016

(Figura 16), e contou com grandes concertos e muita animação nas noites quentes de

Figura 15 - Cartaz da Rainha Amendoeira em Flor

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 35

Verão. Para além dos concertos salienta-se também a feira de produtos regionais que

decorreu em simultâneo (Município de FCR, 2018 m).

Fonte: (Município de FCR, 2018 m)

Para que toda a população do concelho tenha conhecimento dos diversos eventos que

decorrem no concelho, é enviada uma revista gratuitamente, como ilustra a figura 17,

onde são divulgados todos os pontos importantes que decorreram ou vão decorrer ao

longo do ano.

Figura 17 - Boletim Municipal

Fonte: Elaboração Própria

Figura 16 - Cartaz da Figueira com Vida

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 36

2.7- Análise SWOT

Depois de se proceder à análise do meio envolvente e à análise da organização, a análise

SWOT surge para apresentar de forma integrada o resultado do processo de análise

estratégica.

A expressão SWOT resulta das palavras Strengths (pontos fortes), Weaknesses (pontos

fracos), Opportunitties (oportunidades) e Threats (ameaças).

“ A visão conjunta da análise do meio envolvente com a análise da empresa é gerado um

conjunto de possíveis medidas estratégicas que permitam à empresa aproveitar as

oportunidades, tentar transformar as ameaças em oportunidades, ou, pelo menos, diminuir

o seu impacto, bem como reforçar os seus pontos fortes e minimizar os seus pontos

fracos” (Lisboa et al., 2011).

A partir da informação recolhida (no interior e exterior do município) realizou-se a análise

SWOT para o Município de Figueira de Castelo Rodrigo, identificando as oportunidades

e ameaças (análise externa) e em simultâneo os pontos fortes e fracos, (análise interna da

organização). Esta análise está esquematizada na tabela 3.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 37

Tabela 3 - Análise SWOT do Município de FCR

Pontos Fortes Pontos Fracos

Equipa de colaboradores

qualificados;

Modernização e inovação

administrativa;

Serviços de qualidade

prestados aos munícipes;

Boa planificação da oferta

turística;

Boa localização do edifício;

Boa integração de novos

colaboradores.

Ausência de formação aos

profissionais;

Falhas constantes no serviço

informático;

Instalações um pouco

antigas;

Falta de comunicação entre

diferentes seções;

Insuficiente apoio aos

jovens;

Oportunidades Sugestões Sugestões

Parcerias com municípios

vizinhos;

Condições reconhecidas

nacionalmente dos produtos

típicos, maioritariamente o

vinho;

Mais valorização do

concelho;

Novas tecnologias.

Continuar a apostar na

contratação de profissionais

qualificados e na valorização

do concelho.

Apostar mais na formação

dos profissionais e apostar na

remodelação das

infraestruturas.

Ameaças Sugestões Sugestões

Zona no interior com pouco

investimento;

Envelhecimento da

população;

Má acessibilidade;

Muitos conflitos entre os

partidos políticos do

concelho.

Continuar a apostar na

valorização do concelho e

nos serviços prestados aos

munícipes.

Apostar em facilidades de

investimentos para as

empresas, para com isso criar

mais empregos e tentar

valorizar o interior (beira

alta).

Fonte: Elaboração Própria

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Capítulo III - Atividades

Realizadas no Estágio

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3.1- Enquadramento Geral do Estágio

No início desta caminhada, foi dito à estagiária que o protocolo estabelecido pelo IPG,

permitia ser escolhida a entidade para fazer o estágio curricular. Foi então que a estagiária

antes de qualquer decisão tomada, não hesitou em fazer um primeiro contacto

pessoalmente na entidade do Município de Figueira de Castelo Rodrigo. Depois da troca

de informações, e de ser aceite, foram acordados os detalhes, entre o Município e o IPG

e a estagiária.

O estágio teve início no dia 27 de junho de 2016 e terminou no dia 16 de setembro de

2016. O horário cumprido ao longo do estágio foi das 9.00h às 17.30h, com interrupção

para almoço do 12.30h às 14h, de segunda a sexta feira.

No primeiro dia de estágio, o supervisor acompanhou a estagiária numa visita às

instalações e apresentou os futuros colaboradores de trabalho.

No presente capítulo irão ser apresentadas as atividades realizadas ao longo do estágio.

Estas atividades centraram-se na Divisão Financeira, chamada de Departamento de

Gestão Financeira, Contabilidade e Tesouraria do Município de Figueira de Castelo

Rodrigo.

3.2- Objetivos do Trabalho Desenvolvido

A concretização deste estágio teve como objetivo primordial assegurar todas as tarefas e

atividades que foram propostas de forma a garantir um bom estágio, tentando sempre ser

proveitosa, eficaz, eficiente, autónoma e profissional e simultaneamente aumentar as

competências da estagiária.

Com este estágio a estagiária pretendeu também desenvolver posturas e condutas

adequadas às tarefas desempenhadas, aperfeiçoar o conhecimento dos conteúdos

adquiridos nas unidades curriculares e utilizá-los na prática do seu trabalho.

Conjuntamente pretendia aplicar os saberes adquiridos nas atividades práticas.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 40

O último objetivo e não menos importante que todos os outros, seria a integração no

mercado do trabalho numa divisão financeira de uma autarquia que tanto estima e a

preparação para o seu futuro.

3.3- Do POCAL ao SNC-AP

Segundo informação disponibilizada no site do portal das Finanças 8, o Plano Oficial de

Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL) teve como regime contabilístico,

inicialmente, o Decreto-Lei n.º 54-A/99, de 22 de fevereiro, com as alterações

introduzidas pela Lei n.º 162/99, de 14 de setembro, pelo Decreto-Lei n.º 315/2000, de 2

de dezembro e pelo Decreto-Lei n.º 84-A/2002, de 5 de abril e pela Lei n.º 60-A/2005, de

30 de dezembro, que aprovou o sistema contabilístico das autarquias locais, POCAL, que

entrou em vigor em 1 de janeiro do ano de 2002.

O POCAL visa a criação de condições para a integração consistente da contabilidade

orçamental, patrimonial e de custos numa contabilidade moderna, por forma a constituir

um instrumento fundamental de apoio à gestão das autarquias locais (Portal Autárquico,

2018).

O POCAL integra três componentes fundamentais: a contabilidade orçamental, a

contabilidade patrimonial e a contabilidade de custos/gastos. Este sistema contabilístico

tem como objetivo servir de ferramenta de apoio a uma gestão económica, eficiente e

eficaz das tarefas desenvolvidas pelas autarquias locais.

Segundo informação disponibilizada no site do Diário da República Eletrónico 9 ,o

POCAL, no cumprimento dos seus objetivos deve permitir às autarquias locais:

a) O controlo financeiro e a disponibilização de informação para os órgãos autárquicos,

concretamente o acompanhamento da execução orçamental numa perspetiva de caixa e

de compromissos;

b) O estabelecimento de regras e procedimentos específicos para a execução orçamental

e modificação dos documentos previsionais, de modo a garantir o cumprimento integrado,

8 Site: http://www.portalautarquico.pt/pt-PT/financas-locais/pocal/ 9 Site: https://dre.pt/pesquisa/-/search/514178/details/maximized

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 41

a nível dos documentos previsionais, dos princípios orçamentais, bem como a

compatibilidade com as regras previsionais definidas;

c) Atender aos princípios contabilísticos definidos no Plano Oficial de Contabilidade

Pública (POCP), retomando os princípios orçamentais estabelecidos na lei de

enquadramento do Orçamento do Estado, nomeadamente na orçamentação das despesas

e receitas e na efetivação dos pagamentos e recebimentos;

d) Na execução orçamental, devem ser tidos sempre em consideração os princípios da

mais racional utilização possível das dotações aprovadas e da melhor gestão de tesouraria;

e) Uma melhor uniformização de critérios de previsão, com o estabelecimento de regras

para a elaboração do orçamento, em particular no que respeita à previsão das principais

receitas, bem como das despesas mais relevantes das autarquias locais;

f) A obtenção expedita dos elementos indispensáveis ao cálculo dos agregados relevantes

da contabilidade nacional;

g) A disponibilização de informação sobre a situação patrimonial de cada autarquia local

(Decreto Lei nº54-A/99, 1999).

Em substituição do POCAL surge o Sistema de Normalização Contabilística –

Administrações Públicas (SNC-AP), para colmatar a dificuldade que havia na divisão dos

diversificados sistemas contabilísticos como o público, o empresarial e o sector não

lucrativo.

O Sistema de Normalização Contabilística – Administrações Públicas (SNC-AP) era para

entrar em vigor no dia 01 de janeiro de 2017. Contudo, foi decidida uma alteração ao

regime da administração financeira do Estado e do Sistema de Normalização

Contabilística para as Administrações Públicas.

A alteração do regime deve-se ao facto de não existirem condições técnicas, legais e

institucionais para a entrada em vigor do novo referencial contabilístico em 1 de janeiro

de 2017, decidindo assim criar a obrigação de aprovação de um plano de ação para a

implementação do SNC-AP e adiar a respetiva entrada em vigor para 1 de janeiro de

2018. Mesmo assim não entrou em vigor em 2018, foi então adiado para 1 de janeiro de

2019.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 42

O Sistema de Normalização Contabilística – Administração Pública foi inicialmente

aprovado segundo o Dec. Lei nº 192/2015 de 11 de setembro, que estabelece que a

reforma, materializada pelo Sistema de Normalização Contabilística para as

Administrações Públicas (SNC-AP), resolve a fragmentação e as inconsistências que

existiam e permite dotar as administrações públicas de um sistema orçamental e

financeiro mais eficiente e mais convergente com os sistemas que atualmente vêm sendo

adotados a nível internacional.

Segundo o Dec. Lei nº 192/2015 de 11 de setembro o SNC-AP surge também pela

necessidade de implementar a base de acréscimo na contabilidade e relato financeiro das

administrações públicas, articulando-a com a atual base de caixa modificada, estabelecer

os fundamentos para uma orçamentação do Estado em base de acréscimo, fomentar a

harmonização contabilística, institucionalizar o Estado como uma entidade que relata,

mediante a preparação de demonstrações orçamentais e financeiras, numa base individual

e consolidada, aumentar o alinhamento entre a contabilidade pública e as contas nacionais

e contribuir para a satisfação das necessidades dos utilizadores da informação do sistema

de contabilidade e relato orçamental e financeiro das administrações públicas.

O SNC-AP permite ainda uniformizar os procedimentos e aumentar a fiabilidade da

consolidação de contas, com uma aproximação ao Sistema de Normalização

Contabilística (SNC) e ao Sistema de Normalização Contabilística para Entidades do

Setor Não Lucrativo (SNC-ESNL), aplicados no contexto do setor empresarial e das

entidades do setor não lucrativo, respetivamente.

E tal como o POCAL o SNC-AP também integra os três subsistemas contabilísticos, dos

quais a contabilidade financeira possui uma estrutura conceptual, Normas Contabilísticas

de Relato Financeiro (NCRF) 1 a 25 e atua com base nas International Public Sector

Accounting Standards (IPSAS); a Contabilidade de Gestão inclui a NCRF 27, não usando

as IPSAS como referências e por fim a Contabilidade Orçamental integra a NCRF 26,

igualmente sem uso das IPSAS de referência.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 43

O SNC-AP passa a contemplar os subsistemas de contabilidade orçamental, contabilidade

financeira e contabilidade de gestão. O SNC-AP assenta, nomeadamente:

i) numa estrutura concetual da informação financeira pública;

ii) em normas de contabilidade pública convergentes com as International Public

Sector Accounting Standards (IPSAS);

iii) em modelos de demonstrações financeiras;

iv) numa norma relativa à contabilidade orçamental;

v) num plano de contas multidimensional;

vi) numa norma de contabilidade de gestão.

A implementação deste novo modelo implica um processo de transição.

Segundo o Decreto-Lei n.º 192/2015 de 11 de setembro, o SNC-AP permite o

cumprimento de objetivos de gestão, de análise, de controlo, e de informação,

nomeadamente:

a) Evidencia a execução orçamental e o respetivo desempenho face aos objetivos da

política orçamental;

b) Permite uma imagem verdadeira e apropriada da posição financeira e das

respetivas alterações, do desempenho financeiro e dos fluxos de caixa de

determinada entidade;

c) Proporciona informação para a determinação dos gastos dos serviços públicos;

d) Proporciona informação para a elaboração de todo o tipo de contas,

demonstrações e documentos que tenham de ser enviados à Assembleia da

República, ao Tribunal de Contas e às demais entidades de controlo e supervisão;

e) Proporciona informação para a preparação das contas de acordo com o Sistema

Europeu de Contas Nacionais e Regionais;

f) Permite o controlo financeiro, de legalidade, de economia, de eficiência e de

eficácia dos gastos públicos;

g) Proporciona informação útil para efeitos de tomada de decisões de gestão

(Decreto Lei nº192/2015, 2015).

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 44

3.3.1- Normas Contabilísticas de Relato Financeiro

De seguida são exibidas as Normas Contabilísticas de Relato Financeiro de acordo com

o SNC-AP. Estas normas são os princípios de contabilidade pública convergentes com as

International Public Setor Accounting Standard (IPSAS) para a Contabilidade

Portuguesa.

As IPSAS são as normas globais de relato financeiro de alta qualidade para aplicação

pelas entidades do setor público, que não sejam Empresas Comerciais Governamentais

(Marques, 2017).

No que se refere a estas Normas existem vinte e sete, das quais vinte e cinco são

respeitantes a normas de contabilidade financeira (NCRF 1-25), uma norma referente à

Contabilidade e Relato Orçamental (NCRF 26) e uma outra norma à contabilidade de

gestão (NCRF 27) como se pode ver na tabela 4 e como já foi referido anteriormente.

Apesar da sua importância e de conhecimento das mesmas, ao longo do estágio não houve

necessidade de utilizar qualquer norma.

Tabela 4 - Normas Contabilísticas de Relato Financeiro

Normas Contabilística de Relato

Financeiro

Designação

NCRF 1 Estrutura e Conteúdo das Demonstrações

Financeiras

NCRF 2 Políticas Contabilísticas, Alterações em

Estimativas Contabilísticas e Erros

NCRF 3 Ativos Intangíveis

NCRF 4 Acordos de Concessão de Serviços:

Concedente

NCRF 5 Ativos Fixos Tangíveis

NCRF 6 Locações

NCRF 7 Custos de Empréstimos Obtidos

NCRF 8 Propriedades de Investimento

NCRF 9 Imparidade de Ativos

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 45

NCRF10 Inventários

NCRF 11 Agricultura

NCRF12 Contratos de Construção

NCRF 13 Rendimentos de Transações com

Contraprestação

NCRF 14 Rendimentos de Transações sem

Contraprestação

NCRF 15 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos

Contingentes

NCRF 16 Efeitos de Alterações em Taxas de

Câmbio

NCRF 17 Acontecimentos Após a Data de Relato

NCRF 18 Instrumentos Financeiros

NCRF 19 Benefícios de Empregados

NCRF 20 Divulgação de Partes Relacionadas

NCRF 21 Demonstrações Financeiras Separadas

NCRF 22 Demonstrações Financeiras Consolidadas

NCRF 23 Investimentos em Associadas e

Empreendimentos Conjuntos

NCRF 24 Acordos Conjuntos

NCRF 25 Relato por Segmentos

NCRF 26 Contabilidade e Relato Orçamental

NCRF 27 Contabilidade de Gestão

Fonte: Elaboração Própria com base no site 10

10 Site: http://www.cnc.min-financas.pt/sncap2017.html

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 46

3.4- Software Utilizado

O software utilizado no Município de Figueira de Castelo Rodrigo é da responsabilidade

da Associação Informática da Região Centro (AIRC). A AIRC, fundada por 30

municípios da região centro, é uma unidade empresarial do Setor das Sociedades não

Financeiras Públicas, cuja principal atividade é a produção de software e fornecimento de

produtos e serviços, dirigidos preferencialmente à Administração Pública Local.

A AIRC iniciou a atividade em 1982 com um número muito restrito de clientes. Todavia,

e desde a sua fundação, que o seu crescimento é inquestionável, atingindo, à data, mais

de 250 clientes. De entre esta carteira de clientes está o Município de Figueira de Castelo

Rodrigo. Todos os clientes pertencentes à administração pública, e cerca de 60% são

Municípios, facto que lhe confere a liderança deste setor de mercado.

Da sua carteira de clientes fazem parte outros organismos da administração pública e do

setor empresarial do Estado, tais como Serviços Municipalizados, Comunidades

Intermunicipais, Associações de Municípios, Empresas Municipais, Regiões de Turismo

e Juntas de Freguesia (AIRC, 2018 a).

Os programas informáticos utilizados durante o estágio foram: Sistema de Contabilidade

Autárquica (SCA) e Taxas e Licenças (TAX).

• Sistema de Contabilidade Autárquica

O Sistema de Contabilidade Autárquica reúne todas as condições para uma integração

consistente da contabilidade pública orçamental, patrimonial e de custos num sistema

moderno de contabilidade, tornando-se num instrumento fundamental de apoio à gestão

financeira da organização e à desmaterialização dos processos financeiros e ainda

distribui os custos por bens, serviços, funções e centros de responsabilidade.

Inclui um conjunto de ferramentas destinadas ao registo contabilístico das transações

realizadas pelas organizações públicas, mediante enquadramento orçamental, financeiro

e analítico, disponibilizando um conjunto alargado de relatórios e de documentos de apoio

à gestão (AIRC, 2018 b).

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 47

• Taxas e Licenças

O programa Taxas e Licenças é composto por um conjunto de módulos destinados à

gestão e ao processo de licenciamento de vários âmbitos e competências da organização.

Este tem como objetivo desmaterializar e centralizar a gestão dos processos de

licenciamento dispersos pela organização, simplificando o desempenho na execução das

tarefas inerentes àquelas funções.

Os módulos que compõe a solução possibilitam a gestão dos processos e dossiês

específicos (habitação social, publicidade, cemitérios, entre outros), a emissão e cobrança

da receita originada (integrada com a contabilidade), a gestão de contas correntes, o envio

de dívidas para débito ou execução fiscal e o pagamento eletrónico (AIRC, 2018 c).

3.5- Atividades Realizadas ao Longo do Estágio

3.5.1- Divisão Financeira/Contabilidade

A contabilidade nas instituições públicas difere um pouco da contabilidade realizada nas

instituições privadas. Durante a licenciatura o plano de contas estudado foi o Sistema de

Normalização Contabilístico (SNC), o qual é usado nas empresas privadas. Nas

autarquias o plano utilizado é o Plano Oficial Contabilidade das Autarquias Locais o qual

está subdividido e adequado para as entidades públicas, como apresentado no ponto 3.3.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 48

3.5.1.1- Lançamento da Receita, Conferência diária da Tesouraria e

Balanço à Tesouraria

A estagiária começou por aprender o procedimento a efetuar na receita do município,

depois começou por participar no processo de lançamento da receita. Assim começou por

inserir as guias de receita, chamado de lançamentos, no diário de caixa, como a figura 18

ilustra.

Fonte: Elaboração Própria

Figura 19 - Diário de Caixa - Exemplo de um Lançamento

Figura 18 - Exemplos de Lançamentos

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 49

Assim, eram inseridas as guias de receita, e contabilizadas para efeitos orçamentais, no

caso apresentado. A figura 18 mostra exemplos de lançamentos e no lançamento nº

5955 foi contabilizado 235,55€, correspondente a 161,55 mais 72,00€, no lançamento

seguinte nº 5956 foram contabilizados 11,98€ e no último lançamento nº 5957 foram

14,98€ o que totalizou, como a figura 19 mostra, 260,51€.

Fonte: Elaboração Própria

Seguidamente a este processo, era consultada a folha de caixa (anexo 2) para se conferir

juntamente com o diário de caixa e “picar”, como se pode verificar na figura 18, todas as

contas para se ter a certeza de não repetir ou ter em falta alguma conta.

Continuamente eram conferidos ainda os totais do diário de caixa (Figura 19) e

confrontados com os totais dos mapas de exploração das guias. Ambos os totais referidos

tinham que corresponder a valores iguais, caso contrário algo estava errado.

Figura 19 - Totais do Diário de Caixa

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 50

Para terminar todo este processo era ainda anexada uma folha de papel com os totais

conferidos com máquina de calcular, separando primeiramente as somas dos totais

orçamentais numa coluna e a soma dos totais de operações de tesouraria noutra coluna.

Depois de efetuada a conferência diária era necessário arquivar os documentos da receita

num dossiê próprio. No Município de FCR existem dossiês com o arquivo da receita de

cada mês.

Os registos efetuados no diário de tesouraria (anexo 3) refletem a importância universal

das movimentações financeiras feitas ao longo do dia, ou seja, as entradas e saídas da

tesouraria.

Este diário proporciona informações relativas aos valores à guarda da tesoureira, bem

como os valores depositados nos bancos.

A tesouraria é o órgão pela qual passam todos os pagamentos e recebimentos do

município, sendo o tesoureiro responsável por realizar todos estes procedimentos de

forma correta. Para realizar qualquer pagamento é necessário que haja uma ordem de

pagamento (OP) (anexo 4) com a autorização da despesa (anexo 4, figura 35).

A cobrança de receitas deve fazer-se, diretamente na tesouraria municipal tendo por base

as guias de recebimento emitidas pelos serviços emissores de receita, conforme mostra a

figura 20.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 51

Fonte: Elaboração Própria

O encerramento da caixa é um processo diário da responsabilidade da tesoureira,

preenchendo esta os talões para depósito na respetiva entidade bancária, o valor do

depósito é dado pela diferença entre o valor total em caixa e o fundo fixo necessário na

entidade. Faz prova da operação o duplicado da guia de depósito.

Após a conferência de valores, estes são lançados no sistema informático, devendo ser

inseridos conforme consta nos talões de depósito, por quantia a depositar em cada banco

e dentro deste com o respetivo número de conta.

Figura 20 - Guia de Recebimento da DGAL

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 52

O diário possui assim informações relativas aos valores à guarda da tesoureira, bem como

os valores depositados nos bancos.

Na tesouraria é necessário ter em conta inúmeras competências, tais como:

controlar os valores monetários;

proceder à abertura e fecho da caixa;

controlar os valores efetuados por multibanco;

verificar as assinaturas nos cheques e transferências;

conferir e registar todos os recebimentos e pagamentos;

emitir recibos para previamente ser feita a sua contabilização; e

registar todos os valores recebidos por transferência bancária.

O diário de tesouraria é um documento fundamental ao acompanhamento da execução

orçamental e por isso é apresentado diariamente ao Presidente.

Quanto à atualização do saldo este é feito conforme ilustra a figura 21. Figura retirada do

resumo do diário de Tesouraria conforme o anexo 3.

Fonte: Elaboração Própria

No caso de haver alguma discrepância entre a contagem física feita pela tesoureira e o

balancete da tesouraria, aquela tem que ser apurada e corrigida imediatamente.

Esta situação ocorreu na presença da estagiária por duas vezes e foi necessário recorrer

mais do que uma vez à contagem física e à conferência do balancete. Numa das situações

a contagem física foi feita de maneira errada, na outra situação foi esquecida a contagem

dos cheques.

Figura 21 - Ilustração de como se obtém o Saldo para o Dia Seguinte

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 53

A estagiária teve oportunidade de assistir a todos estes processos, e ainda participar em

determinadas tarefas tais como:

• conferir valores monetários com a tesoureira, para poder verificar se estava

correto o valor;

• conferir todos os recebimentos e pagamentos efetuados nesse dia;

• fazer o fecho de caixa do dia, trabalho esse que tinha de ser feito diariamente a

partir das 4h da tarde de cada dia, hora a que a tesouraria fechava, até

aproximadamente às 5h da tarde.

3.5.1.2- Processamento e Pagamento da Despesa

O processo de realização de despesa inclui um conjunto de atos e procedimentos de

natureza administrativa e financeira, pois a parte financeira não pode executar todos os

procedimentos sem o parecer da parte administrativa.

Os procedimentos para a realização de algumas despesas passam pelas seguintes fases:

1. Informação/proposta de cabimento elaborada pelos responsáveis da contabilidade

no programa Sistema de Gestão Documental, depois de estimar o valor da

despesa, seguidamente tal proposta tem que ser validada pelo Presidente.

2. Cabimento não é mais do que, conferir a inscrição da despesa na rubrica

económica expressamente prevista no orçamento e que o seu montante não

ultrapasse acumulativamente o que está aí previsto, ou seja, se o dinheiro que se

estimou consta na rubrica económica, que foi prevista no orçamento. Para assim

saber se há dinheiro para a despesa e se estava prevista, procedendo assim à

cabimentação no Serviço de Contabilidade (Figura 22).

No entanto, no caso de não existir dotação disponível pode acontecer ter que se

reforçar a rúbrica, por se verificar que até ao final do ano deverá ultrapassar-se o

valor estimado anteriormente. Por conseguinte terá que se reforçar a rúbrica

orçamental através de uma alteração orçamental

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 54

Fonte: Elaboração Própria

3. Posteriormente é feita uma requisição interna (anexo 5, figura 36) que deve ser

previamente assinada pelo Presidente para dar seguimento ao processo e seguir

para compromisso.

4. Compromisso, (como o próprio nome indica, é algo assumido, sendo neste caso,

despesa assumida) (Figura 23) onde ocorre a celebração do contrato, a elaboração

e a emissão de uma requisição externa (anexo 5, figura 37) no Serviço de

Aprovisionamento. A requisição externa é um documento que serve de apoio à

solicitação externa de bens ou serviços como também ao registo contabilístico do

compromisso. Este documento é assinado por quatro pessoas, primeiramente pelo

requisitante, pela Subunidade de Gestão Financeira, Contabilidade e Tesouraria,

e pela divisão administrativa financeira sociocultural (Figura 24). Por último é

assinada pelo Presidente (Figura 25), ou seu substituto legal, visto que é ele que

aprova o compromisso.

Figura 22 - Ficha de Cabimento

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 55

Fonte: Elaboração Própria

Fonte: Elaboração Própria

Fonte: Elaboração Própria

Figura 23- Ficha de Compromisso

Figura 24 - Assinantes de uma Requisição Externa

Figura 23 - O último assinante de uma Requisição Externa

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 56

5. Segue-se a criação de documentos de entidades credoras no sistema informático

SCA, para receção e aprovação da fatura, com a verificação da realização da

correspondente prestação e registo de obrigação na respetiva conta patrimonial.

6. O processo de autorização de pagamento surge através da emissão da ordem de

pagamento (OP) (anexo 4) que deve conter as classificações da Contabilidade

Orçamental e Patrimonial e o valor líquido a pagar. Este valor é obtido através da

diferença entre o valor da despesa e o valor dos descontos e retenções efetuadas

(Figura 26).

Fonte: Elaboração Própria

7. Por fim, efetua-se o pagamento. Maioritariamente estes são efetuados por

transferência bancária ou por cheques. Também deve ser efetuado o registo do

pagamento nas respetivas contas correntes e no diário na parte da despesa.

A estagiária teve oportunidade de assistir a este processo, e ainda participar em

determinadas tarefas tais como:

▪ efetuar requisições externas;

▪ colocar os números que o serviço assume por ordem de realização de

cabimento e de compromisso de cada uma das despesas;

▪ efetuar ordens de pagamento para determinadas entidades;

▪ fazer Documentos Entidades Credoras (DEC);

▪ carimbar faturas com o DEC correspondente;

▪ efetuar a emissão de ordens de pagamentos;

Figura 24 - Classificação Orçamental e Valor Líquido a Pagar numa OP

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 57

▪ carimbar cheques para determinadas OP;

▪ fazer a conferência de cheques.

3.5.1.3- Arquivo de Documentos

O arquivo de documentos é um processo importante numa instituição, de modo a

promover a organização da mesma.

Um arquivo bem organizado permite a consulta rápida de todo o tipo de documentos.

Logo não se perde tempo à procura de determinados documentos.

É então necessária a organização de todos os documentos que a contabilidade, vai

emitindo e recebendo ao longo dos dias e ao longo dos meses.

No final de cada semana, concretamente, na sexta feira de cada semana, era necessário

arquivar as ordens de pagamentos, e nestas tinham de constar a cópia dos respetivos

recibos.

Conforme era sempre descrito “recibo anexo” como se pode ver na figura 27.

Fonte: Elaboração Própria

Figura 25 - Referência de "Recibo anexo" na OP

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 58

Também eram arquivadas as Ordens de Pagamento e a cada uma delas eram arquivados

as requisições externas, as faturas da respetiva requisição, como também uma cópia da

declaração de não dívida da segurança social e uma cópia da certidão da autoridade

tributária e aduaneira, da respetiva empresa, a quem se pediu serviço/bem (anexo 6).

As certidões de não dívida da segurança social e da autoridade tributária são arquivadas

até à data de validade e são colocadas por ordem alfabética, num dossiê específico.

Ao arquivar este tipo de documentos é fundamental ter em conta a sua classificação

económica.

A estagiária procedeu à organização das OP´s do mês de agosto o qual era executado da

seguinte forma:

1) Separar todas as ordens de pagamento por classificação económica,

(Exemplo: 02/020209 - Telecomunicações) primeiramente a 02 e dentro

desta todas as que haviam por arquivar e assim sucessivamente;

2) Separar as OP´s por número de emissão da ordem de pagamento;

3) Dentro de cada grupo, ordenar por ordem crescente as datas das OP`s.

Depois de todos estes procedimentos foi incumbida à estagiária a tarefa de colocar umas

folhas de separação com os números de contas do POCAL, e arquivar todas as ordens

numa capa respetivamente.

Para a elaboração de uma Ordem de Pagamento é necessário efetuar os seguintes

procedimentos:

❖ Aceder ao programa de Sistema de Contabilidade Autárquica;

❖ Entrar na Movimentação Diária;

❖ Seguidamente entrar na secção de Despesa;

❖ Dentro da secção de Despesa, entrar na secção chamada de Ordens de Pagamento;

❖ Por último, selecionar a opção Seleção/Cálculo de OP`s, conforme a Figura 28

ilustra;

❖ É então que é apresentada a Ordem de Pagamento e seguidamente deve ser

devidamente preenchida.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 59

Fonte: Elaboração Própria

Figura 26 - Elaboração de uma Ordem de Pagamento no SCA

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 60

3.5.1.4- Operações de Tesouraria

As Operações de Tesouraria (anexo 7) referem-se às entradas e saídas de fundos à

margem do orçamento. Estas originam recebimentos e pagamentos, sendo objeto de

movimentação contabilística apenas no sistema de contabilidade patrimonial.

As Operações de tesouraria, diferenciam as retenções efetuadas e as entregas de fundos

às entidades competentes por operações de tesouraria até 31 de dezembro de determinado

ano. É natural existir saldo devedor naquela data pois as retenções e os descontos

realizados no mês de dezembro só são entregues às respetivas entidades até 15 de janeiro

do ano seguinte.

Consequentemente as operações de tesouraria devem ser entregues às respetivas

autoridades a que pertencem, até ao dia 15 do mês seguinte a que dão entrada, como já

foi mencionado anteriormente.

Os procedimentos que a estagiária efetuou para a realização de Operações de Tesouraria

foram os seguintes:

1) No programa SCA, efetuar a entrada em operações de tesouraria, através de uma

guia de receita de operação de tesouraria;

2) Executar a Ordem de pagamento, realizar a entrada dos valores bem como o seu

pagamento, selecionando todos os campos necessários, especificamente um dos

passos términos e não menos importante que todos os outros, era a seleção da

deliberação de 18/ 12 /2013, pois era a data da primeira reunião do executivo atual

e para estas ordens de pagamento de OT tinha que ser essa deliberação, como foi

devidamente explicado à estagiária. Existiam duas opções, a deliberação de

18/12/2013 que era utilizada para as ordens de pagamento de operações de

Tesouraria, e a deliberação do dia utilizada para as ordens de pagamentos, que não

fossem Operações de Tesouraria;

3) As ordens de pagamento de operações de Tesouraria não podiam ser impressas do

mesmo modo que as ordens de pagamento com deliberação do dia, por

conseguinte era necessário colocar na impressora uma folha específica para o

efeito, de cor azul e só depois se podia emitir as ordens de pagamento, bem como

as guias de entrega de valores.

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3.5.1.5 - Reconciliação Bancária

A reconciliação Bancária é um procedimento de extrema importância pois visa assegurar

que as transações financeiras de uma dada organização, estejam devidamente registadas

na sua contabilidade e que coincidam com as transações efetuadas nos respetivos bancos.

É um procedimento de controlo interno muito importante para o bom funcionamento da

organização e por conseguinte ajuda a detetar algum tipo de incumprimentos ou

divergências que possam surgir, quer seja propositadamente ou por algum lapso. Por ser

um procedimento tão importante tem que ser feito periodicamente (Primavera Academy.

2018).

As reconciliações bancárias no Município de Figueira de Castelo Rodrigo eram

elaboradas mensalmente e a data em que eram elaboradas não iam além dos 15 dias

subsequentes ao final do mês seguinte àquele a que se reportava.

A responsabilidade pela realização das reconciliações bancárias, cabia a um funcionário

do serviço de Contabilidade, que não se encontrava afeto à tesouraria. Caso se observasse

divergências, este tinha de se juntar com a tesouraria para analisar e justificar essas

diferenças.

O responsável pela realização da Reconciliação Bancária por sua vez, deverá ainda

organizar e manter num dossiê específico para o efeito com as reconciliações bancárias,

juntamente com os extratos de conta corrente dos Bancos tituladas pelo Município de

FCR, e ainda os extratos da Contabilidade.

A estagiária realizou o arquivo e organização das reconciliações bancárias do Município

(Figura 29), num dossiê próprio juntamente com os extratos bancários e ainda os extratos

das movimentações financeiras que ocorriam na Contabilidade. Esta informação deveria

estar separada por meses.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 62

Fonte: Elaboração Própria

Figura 27 - Exemplo de Reconciliação Bancária do mês de julho

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 63

Conclusão

A realização do estágio curricular da Licenciatura em Gestão no Município de FCR foi o

primeiro contacto com o mercado de trabalho, tornando-se uma mais-valia e uma

experiência benéfica.

Esta experiência foi bastante enriquecedora, pois foram complementados conhecimentos

obtidos ao longo da licenciatura e conseguidos novos saberes nas diversas áreas,

complementando as bases académicas.

Com as atividades efetuadas foi notória a importância dos conhecimentos teóricos como

base para todas as intervenções e ações. No entanto, para além dos conhecimentos

teóricos, a experiência profissional é um fator chave, para o desempenho futuro.

Tanto a nível pessoal como a nível profissional a estagiária cresceu e foi muito

gratificante, este estágio.

Durante a primeira semana a estagiária foi integrada no Município conhecendo todos os

colaboradores e adaptando-se a todo o meio envolvente.

Na realização das tarefas que foram propostas à estagiária, esta agarrou-as com a vontade

de aprender e de dar o melhor na sua execução, tentando contribuir para uma melhor

prestação de serviços do Município e cumprir com o plano de estágio estabelecido.

Desde o início os princípios de pontualidade, de assiduidade, de disponibilidade, de

eficiência e ainda empenho foram um foco da estagiária.

Relativamente às dificuldades encontradas, a estagiária procurou ultrapassá-las junto dos

profissionais da Instituição, que sempre estiveram prontos para qualquer esclarecimento

ou dúvida que surgisse.

É com enorme contentamento que, ao fazer uma avaliação deste estágio no Município de

Figueira de Castelo Rodrigo, a estagiária assegura que as expetativas iniciais foram

superadas.

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Anexos

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Anexo 1 – Plano de Estágio

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Fonte: Elaboração Própria

Figura 28 - Plano de Estágio

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Anexo 2 – Folha de Caixa

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Fonte: Elaboração Própria

Figura 29 - Folha de Caixa

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Anexo 3 – Diário de Tesouraria

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Fonte: Elaboração Própria

Figura 30 - Resumo do diário da tesouraria página 1

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Fonte: Elaboração Própria

Figura 31 - Resumo do diário de tesouraria página 2

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Anexo 4 – Ordem de Pagamento

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Fonte: Elaboração Própria

Figura 32 - Ordem de pagamento nº 3250

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Fonte: Elaboração Própria

Figura 33 - Documento Identificativo do valor pago na OP nº 3250

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Anexo 5 – Requisição Interna e Requisição Externa

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Fonte: Elaboração Própria

Figura 34 - Requisição Interna

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Fonte: Elaboração Própria

Figura 35 - Requisição Externa

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Anexo 6 – Declaração da Segurança Social e Certidão de não Dívida da Autoridade

Tributária e Aduaneira

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Fonte: Elaboração Própria

Figura 36 - Declaração da Segurança Social de uma empresa contratada pelo Município de FCR

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 83

Fonte: Elaboração Própria

Figura 37 - Certidão de não dívida de uma empresa contratada pelo Município de FCR

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Anexo 7 – Ordens de Pagamento de Operações de Tesouraria

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 85

Fonte: Elaboração Própria

Figura 38 - Ordem de Pagamento (Operações de Tesouraria) nº 151

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Fonte: Elaboração Própria

Figura 39 - Ordem de Pagamento (Operações de Tesouraria) nº 152

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Fonte: Elaboração Própria

Figura 40 - Ordem de Pagamento (Operações de Tesouraria) nº 153

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 88

Fonte: Elaboração Própria

Figura 41 - Ordem de Pagamento (Operações de Tesouraria) nº 154

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 89

Fonte: Elaboração Própria

Figura 42 - Declaração de retenção na fonte (IRS) do Município de FCR

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Fonte: Elaboração Própria

Figura 43 - Operações de Tesouraria - Totais para conferência da cobrança do mês do Município de FCR