relatório de celulares x células

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FGE-1187 FÍSICA PARA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS I RELATÓRIO APRESENTADO NO SEMINÁRIO DE 08/06/01-DIURNO TEMA 23: Cells and Cell Phones Turma B: Tatiana Camolez, Pedro Ribeiro, Miguel Romero e Andressa Borsari Parte 1- Telefones Celulares As mensagens enviadas através de celular são transmitidas por microondas. Microondas são ondas eletromagnéticas produzidas por variações nos campos elétrico e magnético. Essas variações de campos são produzidas por cargas elétricas aceleradas. As frequências das microondas dos telefones celulares estão próximas das frequências utilizadas pelas estações de rádio (RF)

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Relatório de ciências

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FGE-1187 FSICA PARA CINCIAS BIOLGICAS I

RELATRIO APRESENTADO NO SEMINRIO DE 08/06/01-DIURNO

TEMA 23: Cells and Cell Phones Turma B: Tatiana Camolez, Pedro Ribeiro, Miguel Romero e Andressa Borsari

Parte 1- Telefones Celulares

As mensagens enviadas atravs de celular so transmitidas por microondas. Microondas so ondas eletromagnticas produzidas por variaes nos campos eltrico e magntico. Essas variaes de campos so produzidas por cargas eltricas aceleradas.

As frequncias das microondas dos telefones celulares esto prximas das frequncias utilizadas pelas estaes de rdio (RF) denominadas de rdio frequncias. As microondas utilizadas pelos celulares so de frequncias que variam de 800 at 900 MHZ . Essas ondas so geradas pelo movimento de cargas eltricas em um material condutor ou antena. O movimento destas cargas alternado, isto a corrente muda de sentido em uma determinada frequncia, assim a frequncia da onda gerada depender do nmero de vezes por segundo que a corrente muda de sentido no circuito gerador. Essas ondas assim geradas sero recebidas pela antena do telefone celular. O termo campo eletromagntico usado para indicar a presena de energia eletromagntica em determinado local.

Como todo fenmeno ondulatrio a energia eletromagntica caracterizada pelo comprimento de onda e pela frequncia. O comprimento de onda (() a distncia percorrida por um ciclo completo da onda eletromagntica. A frequncia (f) o nmero de ondas eletromagnticas que passam por um determinado ponto num segundo.

As ondas eletromagnticas viajam pelo espao com a velocidade da luz (c). O comprimento de onda ( e a frequncia f de uma onda eletromagntica esto relacionados com a velocidade c atravs da seguinte frmula: f=c/( ou (=c/f ou ainda c=(.f . Como a velocidade da luz num determinado meio ou vcuo no muda, ondas de alta frequncia tem comprimento de ondas curto e ondas de baixa frequncia tem comprimentos de onda longos.

O espectro eletromagntico inclui todas as formas de energia eletromagnticas, desde a frequncia extremamente baixa com comprimento de onda bastante longo at os raios X ou raios gama que tm frequncia bastante alta e comprimentos de onda bem curtos.

Entre estes extremos esto as ondas de rdio, microondas, as radiaes infravermelhas, a luz visvel, radiao ultravioleta, etc.

Quando colocamos o dial de nosso rdio na marca 97,3 isso significa que nosso rdio esta recebendo sinais de uma estao de rdio que eu est emitindo ondas com uma frequncia de 97,3 milhes de ciclos por segundo (97,3 MHZ).

A energia associada a onda ou partcula eletromagntica depende de sua frequncia ou comprimento de onda, quanto mais alta a frequncia ( e mais curtos os comprimentos de onda), maior a energia transmitida pela onda. A energia de um (fotn ou onda) frequentemente expressa em eltron-Volt ou eV. Os fotns associados as raios X ou raios gama (que tem alta frequncia) transmitem grande quantidade de energia. Os ftons associados a ondas de baixa frequncia tem menos energia. A energia dos ftons associados aos raios X so bilhes de vezes maiores que uma microonda de 1 GHz.

A ionizao um processo pelo qual eltrons so retirados de tomos ou molculas esse processo pode causar danos aos tecidos biolgicos incluindo efeitos ao DNA. A ionizao ocorre quando h uma interao entre ftons de alta energia como dos raios X ou gama. Sabemos tambm que a energia mnima necessria para causar a ionizao de 10eV.

As rdio frequncias, luz visvel, microondas, etc. so caracterizadas como radiaes no ionizantes pois no atingem a energia de 10eV. importante que os termos ionizantes e no ionizantes no sejam confundidos ao se discutir os efeitos biolgicos da radiao eletromagntica, pois os mecanismos de interao com o corpo humano so muito diferentes e muitas vezes at desconhecidos.

A POTNCIA DOS CAMPOS ELETROMAGNTICOS

A densidade de potncia medida com maior preciso quando o ponto medido est longe da antena emissora. A densidade de potncia definida como potncia por unidade de rea. Como por exemplo miliWatts por centmetro quadrado (mW/cm2) ou microWatts por centmetro quadrado ((W/cm2). Os efeitos danosos relacionados com as ondas eletromegnticas de rdio frequncia so denominados de efeitos trmicos. As ondas eletromagntricas tem a capacidade de aquecer rapidamente os tecidos biolgicos (princpio do forno microondas).

Um dos critrios utilizados para controlar as exposies prejudiciais o tempo de exposio assim, por exemplo: para uma frequncia de 100MHz a densidade limite de potncia de um miliWatt por centmetro quadrado durante um tempo de 6 minutos.

Os sistemas de telefones celulares se utilizam de frequncias entre 800 e 900MHz. As antes para celulares esto localizadas em torres, caixas d`agua ou outras estruturas elevadas. As antenas e os materiais eletrnicos necessrios so denominados de estao base. A altura mais comum da estao base fica entre 15 e 60 metros. A estao utiliza diversas antenas multidirecionais de 3 4,5 metros de dimetro (raras em reas urbanas). Nas reas urbanas utiliza-se de antenas setoriais, so painis retngulares que variam de 30 120 centmetros quadrados de dimenso, essas estruturas so montadas em cima de torres.

PROCESSO DE TRANSMISSO DE MENSAGEM POR MICROONDAS

No processo de emisso da mensagem cargas aceleradas de circuitos oscilantes criam ondas eletromagnticas com a mesma frequncia de oscilao dos circuitos.

Todos os transmissores de rdio fazem duas coisas. Primeiramente, produzem uma corrente alternada de alta frequncia que emite ondas de rdio quando chega antena. Pois apenas as ondas de alta frequncia irradiam bem. Em segundo lugar, o transmissor superpe corrente de alta frequncia uma de baixa frequncia que contm a mensagem. Diz ento que a onda de alta frequncia modulada. Assim, a frequncia das ondas que chegam ao rdio ou celular varia. Fazendo com que o rdio ou celular entre e saia de sintonia num determinado ritmo, por exemplo 1000 vezes por segundo. Isso produz o batimento. Ocorre o fenmeno de batimento quando duas ondas sonoras de mesma amplitude mas de frequncia ligeiramente diferentes, so produzidas simultaneamente, o som que ouvimos possui uma frequncia igual a mdia das duas frequncias originais e sua amplitude sobe e desce periodicamente. As flutuaes de amplitude ocorrem num numero de vezes por segundo igual a diferena das duas frequncias originais. o fenmeno de batimento que possibilita a decodificao da mensagem .

Parte 2- Legislao e Regulamentos

NORMAS DE PROTEO A RADIAES NO-IONIZANTES importante que algumas definies sejam estabelecidas antes que se discuta a respeito das normas de proteo:

CELULARES E ESTAES DE SERVIO DE COMUNICAO PESSOALAs radiofrequncias (RF) constituem apenas uma parte do espectro eletromagntico (Figura folder motorola). Os sistemas de comunicao celular utilizam freqncias entre 800 900 megahertz (MHz) do espectro e os transmissores dos servios de comunicao pessoal (PCS) utilizam frequncias entre 1850 1990 MHz. As antenas principais de celulares e transmissores de PCS esto localizadas, geralmente, em torres, tanques dgua ou outra estrutura elevada incluindo telhados e laterais de edifcios. A combinao de antenas e equipamentos eletrnicos associados chamada de Estao-Base de celular ou de PCS. As alturas tpicas para as torres ou estruturas de suporte de uma estao-base ficam entre 50 e 200 ps. Uma estao-base de celular pode utilizar vrias antenas omni-direcionais, que se parecem com postes, de 10 a 15 ps de comprimento. As estaes-base de PCS (e tambm muitas estaes-base de celulares) utilizam um nmero de antenas de setor, que se parecem com painis retangulares. As dimenses de uma antena sector vo de 1 a 4 ps. As antenas esto arranjadas em trs grupos de trs, com uma antena em cada grupo sendo usada para transmitir sinais s unidades mveis (aparelhos de telefone celular, de carros ou pessoais), enquanto que as outras duas recebem sinais destas unidades (Federal Communications Commission: http://www.fcc.gov/oet/rfsafety/cellpcs.html).

INTRODUO S MEDIES DE RADIAESMuito tem sido dito a respeito da influncia prejudicial da radiao no-ionizante sobre a sade. Inmeras doenas, como o cncer, tm sido atribudas, por exemplo, ao uso contnuo de celulares. Na verdade, sabe-se muito pouco sobre os efeitos deste tipo de radiao no funcionamento celular e afirmaes deste tipo no tm fundamento cientfico slido.

No entanto, a preocupao com esta questo levou diversos pases a adotarem normas de segurana. Estas normas referem-se tanto ao tempo e ao limite de exposio das pessoas radiao no-ionizante como tambm procuram estabelecer taxas mximas de emisso pelos telefones celulares e antenas.

Historicamente, os primeiros efeitos das radiofrequncias foram avaliados raz de determinadas atividades militares, em particular, o efeito dos radares sobre as pessoas que atuaram na segunda guerra mundial e incio da guerra fria. Como consequncia destes estudos, padres de proteco quanto emisso de ondas de radiofreqencia comearam a ser adotados. Com o avano internacional do, assim chamado, direito ambiental, normas de precauo tm sido introduzidas.

Os padres de segurana para celulares utilizam uma medida chamada Taxa Especfica de Absoro (Specific Absorption Rate ou SAR).Tcnicas sofisticadas so utilizadas no clculo dos valores SAR, que avaliam os nveis de exposio humana aos sinais de rdio frequncia dos celulares e de outros dispositivos de comunicao sem fio.

A medio da SAR requer equipamentos sofisticados. Sondas especialmente desenvolvidas so conduzidas por um brao de rob, atravs de uma simulao do tecido humano em um corpo-modelo. Estas sondas detectam a energia RF em vrios pontos dentro deste corpo e um programa de computador converte as leituras da sonda em medidas SAR. Estes ndices so posteriormente comparados com os padres estabelecidos de exposio RF.

At o presente momento, no existem evidncias de que os produtos que seguem os limites SAR estabelecidos pelos padres de exposio RF so perigosos para os usurios ou para o pblico em geral. Estes nveis de segurana contm margens de proteo contra os efeitos adversos conhecidos.A seguir, veremos exemplos de normas de segurana adotadas em alguns pases. Infelizmente, durante a pesquisa para este trabalho, no foi encontrado nenhum material acerca deste tema , em relao ao Brasil.

NORMAS VIGENTES NA ATUALIDADEAtualmente, as normas de segurana existentes no mbito internacional, so em geral similares e homogneas e possuem um coeficiente de proteo para exposio ocupacional 10 vezes inferior ao que se julga potencialmente adverso sade, e 50 vezes inferior para exposio populacional, o que permite adotar-se padres de relativa segurana (ver quadro comparativo).

EXPOSIO OCUPACIONALRefere-se ao caso de pessoas que ficam expostas, diariamente e durante vrias horas, a ondas de radiofrequncia pois seu trabalho exige que o faam, ou porque vivem prximos a reas de emisso.

Na Argentina, por exemplo, os padres estabelecem que o tempo total que uma pessoa pode ficar exposta s microondas compreendidas entre 100 MHz e 100GHz, para nveis de densidade mdia de fluxo de energia que no superem 10 mW/cm2, seja limitado a 8 h/dia (exposio contnua), e quando os nveis chegarem a 25 mW/cm2, a exposio tenha um mximo de 10 minutos para cada perodo de 60 minutos durante a jornada de trabalho de 8 horas (exposio intermitente). Para nveis superiores a 25 mW/cm2, a exposio no permitida (Decreto 351/79, regulamentario de la Ley 19.587 de Seguridad y Higiene en el Trabajo, en su Anexo A, Ttulo IV- Condiciones de Higiene en los Ambientes Laborables, Captulo 10).

EXPOSIO POPULACIONALRefere-se exposio a radiofrequncias da populao, em geral.Continuando com o exemplo da Argentina, a exposio populacional a campos eletromagnticos de radiofrequncia acima de 10 MHz e at 300 MHz, no deve exceder um SAR de 0,04/0,08 W/kg, em qualquer perodo de 6 minutos sobre a massa corporal total; ou um SAR de 0,4/0,8 W/kg na forma localizada em uma determinada regio da massa corporal, exceto olhos e testculos (Resolucin 202/95 del Ministerio de Salud: Estndar Nacional de Seguridad para la Exposicin a Radiofrecuencias comprendidas entre 100 KHz e 300 GHz).

importante estabelecer as razes da distino entre os dois tipos de exposio (ocupacional e populacional). Basicamente, as normas de proteo ocupacional tem o propsito de proteger as pessoas ss, expostas a condies vigiadas ou controladas, conscientes do risco que isto implica e sob vigilncia mdica. Assim, no existem normas deste tipo que sejam aplicveis exposio populacional, a qual pode ocorrer em ambientes e perodos incontrolveis, entre outras tantas variveis.

Quadro Comparativo de Normas Estrangeiras

ICNIRP (International Commision on Non-Ionizing Radiation Protection)

S = 0,4 mW/cm2 para frequncias de telefones celulares (SRMC) (800 MHz)

S = 0,9 mW/cm2 para frequncias de telefonia mvel (SMT) (1900 MHz)

NCRP (National Council on Radiation Protection and Measurements) USA, 1986

S = 0,57 mW/cm2 para frequncias de telefones celulares (SRMC) (800 MHz)

S = 1,00 mW/cm2 para frequncias de telefonia mvel (SMT) (1900 MHz)

FCC (federal Communications Commission) Guidelines for evaluating the evironmental effects of radiofrequency radiation Fcc 96 326 ANSI/IEEE (American National Standards Institute/ Institute of Electrical and Electronics Engineers) ANSI C95.1 IEEE C95.1. USA

S = 0,57 mW/cm2 para frequncias de telefones celulares (SRMC) (800 MHz)

S = 1,00 mW/cm2 para frequncias de telefonia mvel (SMT) (1900 MHz)

NRPB (National Radiation Protection Board UK) NRPB 4:1 69, 1993

S = 0,57 mW/cm2 para frequncias de telefones celulares (SRMC) (800 MHz)

S = 1,00 mW/cm2 para frequncias de telefonia mvel (SMT) (1900 MHz)

AS/NZS (Standards Association of Australia-Zew Zealand) AS?NZS 2772.1. 1998

S = 0,20 mW/cm2 para frequncias de telefones celulares (SRMC) (800 MHz)

S = 1,00 mW/cm2 para frequncias de telefonia mvel (SMT) (1900 MHz)

IRPA (International Radiation Protection Association) 1988

S = 0,47 mW/cm2 para frequncias de telefones celulares (SRMC) (800 MHz)

CEI (Comitato Elettrotecnico Italiano) 1995

S = 0,47 mW/cm2 para frequncias de telefones celulares (SRMC) (800 MHz)

CENELEC (Comisso Europia de Normas Eletrotcnicas) Europa, 1995

S = 0,47 mW/cm2 para frequncias de telefones celulares (SRMC) (800 MHz)

CARACTERSTICAS E ESTRUTURAS DAS ANTENAS DE TELEFONIA MVELOs mastros de suporte dos sistemas de antenas so constitudos de estruturas metlicas galvanizadas ou reticuladas. Em geral as antenas so auto sustentadas j que qualquer outra estrutura de sustentao prejudicaria os campos de potncia emitida. Alm disto podem ser constitudas por uma nica antena (direcional) ou por 3, 6 ou mais (omnidirecionais).

As antenas de estao-base devem estar a uma altura entre 10 e 30m do nvel do solo, em zonas urbanas, quando localizadas em edifcios, existem estruturas que podem atingir os 75 m.

Em uma disposio tpica, cada torre contm 3 antenas e cada uma transmite a um setor de 120 graus, de modo que a transmisso omnidirecional; nas laterais de edifcios as antenas so direcionais. Grande parte da potncia de cada antena emitida em um lbulo principal de 6 graus, alcanando o nvel do solo entre os 50 e os 200 m, como se observa na figura .

Figura : aspectos gerais da instalao de uma antena.

FUNCIONAMENTO DAS ANTENASPode-se afirmar que a energia irradiada pelas antenas de telefonia mvel, no ultrapassa os dois ou trs metros de sua rea de influncia ao nvel do solo, podendo ser menor em funo da altura da antena, da potncia que irradie e da visibilidade da rea.

MEDIES E ESTUDOS REALIZADOSEstudos realizados pela FCC dos EUA, obtiveram os seguintes resultados: a medio mxima obtida ao nvel do solo, na base de uma torre de 45 m foi de 0,002 mW/cm2 para os 96 canais, emitindo 1000 w ERP por canal, com o sistema trabalhando no seu mximo.

O mximo de radiao ao nvel do solo encontra-se entre 1 e 25 m de distncia da base da torre. Outros pontos medidos a 90 m da torre so considerados baixos (0,0001 mW/cm2 para os 96 canais).

Medies similares feitas para torres mais altas deram valores mais baixos. Estas medidas mostram que a densidade da potncia a distncias maiores que 60 m a partir da torre, para estaes-base com antenas direcionais e omnidirecionais so da ordem de 0,010 mW/cm2 incluindo os pontos do lbulo principal.

Para citar outro exemplo, em Vancouver, em uma escola com uma antena montada em seu telhado, os nveis mais altos que se mediram (25 vezes menores do que os cdigos de segurana canadense) estavam exatamente sobre o telhado. No solo, ao redor da escola, os nveis de radiofreqencia mximos eram 230 vezes menores do que os padres. Os nveis no interior da escola eram ainda menores.

Em concluso, as medidas e clculos verificam que a densidade de potncia de uma antena de uma estao-base, qual pode estar exposto o pblico no significativamente diferente dos nveis de RF de fundo por estao de rdio e TV, que se encontram dentro das regulamentaes. Baseado nesta comparao a potncia irradiada pela estao-base de telefonia celular segura para a populao em geral.

Nos Estados Unidos, os meios de comunicao tm feito, recentemente, muito alarde em torno dos possveis efeitos das radiofrequncias sobre a sade. Isto tm levado os grandes produtores de aparelhos celulares como a Wireless Technology Research, L. L. C (WRT) e a Motorola, Inc. a iniciarem programas de pesquisa que visam investigar se existe algum risco aos usurios de seus produtos. Estudos realizados com frequncias tanto mais altas como mais baixas que quelas de celulares e telefones PCS levaram organizaes especialisadas a concluir que a exposio usual s radiofrequncias no prejudicial. Entretanto o governo federal deste pas est monitoranto os resultados destas pesquisas atravs de um grupo de trabalho liderado pela EPA e pela FDA.

Em 1993, a FDA declarou que as informaes a respeito deste assunto, naquela poca, eram muito escassas para que se pudesse excluir a possibilidade de risco mas que no caso deste risco existir, seria provavelmente, muito pequeno. A FDA concluiu que no existem provas de que os telefones celulares possam ser perigosos, mas que medidasde de precauo devem continuar sendo tomadas enquanto a populao mostrar-se preocupada.

Em suma, muito pouco se sabe a respeito dos efeitos das RF sobre a sade. No entanto as noramas de proteo adotadas por muitos pases parecem ser realmente seguras.

Parte 3- Acusaes de Distrbios Biolgicos

SUPOSTOS EFEITOS DOS TELEFONES CELULARES NA SADE HUMANA

Pode-se comear esse tpico listando os principais medos de cientistas e usurios com relao a utilizao dos telefones celulares:

"Possveis" efeitos biolgicos microscpicos

( alterao na estrutura do DNA

( quebra das molculas de DNA

( aberraes cromossmicas

( interferncia no processo de diviso celular

( induo ao cncer

( desordem no sangue

( no ligao entre hemoglobima e eritrcitos

( aumento da probabilidade de ocorrer esclerose mltipla, mal de Alzheimer e mal de Parkinson

"Possveis" efeitos biolgicos macroscpicos

( esterilidade temporria em homens (alterao dos espermatozides)

( catarata

( perda de memria

( dificuldades de concentrao

( danos ao sistema nervoso central

( aumento da fadiga

( dores de cabea e tonturas

( diminuio da eficincia do sistema imunolgico

( defeitos em recm-nascidos

( pedra nos rins

( interferncia em alguns marcapassos

realmente assustador! Mas ser que esses medos possuem algum fundamento? Os telefones celulares tornaram-se um PERIGO INVISVEL nas sociedades? Para alguns cientistas, os celulares devem ser abolidos de nossas vidas; outros, porm, consideram precipitao por parte dos ltimos, j que as pesquisas ainda no so conclusivas. Essas idias sero o foco desse tpico.

As temidas microondas so um tipo de radiao amplamente aplicada para diversos fins, tais como: aquecimento de alimento em forno microondas (frequncias de 2450 MHz), servio de comunicao pessoal (SCP), transmisso entre estaes terrestres e satlites em rbita, sistemas de radares (fornecem informao sobre o trfego areo, clima e aplicaes policiais e militares) e, no campo mdico, usadas em tratamento de tumores (aquecimento seletivo). E, h menos de uma dcada, a aplicao das microondas que mais vem crescendo na utilizao na telefonia celular.

Os telefones celulares esto se tornando um meio de comunicao cada vez mais comum entre a populao, j que as pessoas podem manter uma comunicao contnua sem perderem a liberdade de movimentos, tanto durante o trabalho quanto em perodos de lazer. Mas essa "popularidade" dos celulares est despertando preocupaes no que diz respeito aos efeitos de sua tecnologia e de suas estaes base sobre a sade da populao, alm das pesquisas realizadas no campo dos distrbios de aparelhos celulares em equipamentos eletrnicos (como os instrumentos de navegao e de comunicao em avies) e mdicos (como marcapassos e equipamentos de UTIs).

J foi dito que os telefones celulares emitem ondas eletromagnticas de radiofrequncia [no-ionizantes, ou seja, no possuem energia suficiente para remover eltrons de tomos e molculas (=ionizar) ao atravessarem a matria e, portanto, no quebram ligaes qumicas]. Os sistemas atuais de telefonia celular atuam em uma faixa de frequncias entre 800 e 900 MHz (no futuro, devero ser introduzidos sistemas de frequncias mais altas) e, portanto, essas ondas fazem parte do espectro das microondas. A energia contida nessas microondas eficientemente absorvida pelas molculas de gua, resultando no aquecimento rpido de um material rico em gua. Se pararmos para pensar que o corpo dos seres humanos constitudo por mais de 70% de gua, parece realmente preocupante o uso cada vez mais intenso de telefones celulares pelas pessoas.

A exposio a campos de radiofrequncia muito altos claramente resultam em um aumento do aquecimento dos tecidos biolgicos e da temperatura corprea (os chamados efeitos "termais"), e isso ocorre porque o organismo no apresenta mecanismos eficientes de dissipao do calor excessivo (o maior mecanismo corpreo para lutar contra o aquecimento excessivo seria o fluxo sanguneo). Mas no quer dizer que, necessariamente, ocorrer um dano no tecido; vrios fatores interferem nos efeitos reais desse aquecimento: a frequncia da radiao; o tamanho, a forma e a orientao do objeto exposto; a durao da exposio; as condies ambientais; e a eficincia na dissipao do calor. Vale ressaltar que as pessoas esto expostas no ambiente a nveis muito baixos de energia de ondas de RF, que no so suficientes para acarretar um aumento significativo da temperatura do corpo.

No corpo humano, h duas reas que merecem especial interesse por no apresentam fluxos sanguneos eficazes para a dissipao do calor excessivo: os olhos e os testculos. Estudos em coelhos mostraram que a exposio a campos de RF muito altos (de 100 a 200 mW/cm2) por um curto espao de tempo (de 30 minutos a uma hora) pode causar catarata; esterilidade temporria (alteraes na quantidade e na mobilidade dos espermatozides) tambm pode ocorrer em nveis altos de RF. Outra rea que merece especial ateno o crebro devido a pequena distncia entre as cabeas das pessoas e a antena de seus aparelhos celulares quando os esto utilizando (no mais do que 5 cm); consequentemente, a absoro da radiao ser muito grande e concentrada em uma rea pequena.

Esse ltimo fato est despertando uma preocupao cada vez maior por parte dos pesquisadores e do pblico em geral com a suposta relao entre a exposio a campos de RF e o surgimento de tumores cerebrais (com a alterao da estrutura do DNA e consequente diviso incontrolada das clulas). No h ainda nenhuma prova conclusiva dessa relao. Alguns estudos laboratoriais recentes mostraram que a exposio a baixos nveis de RF (que resulta em efeitos denominados "no-termais") poderia acelerar o desenvolvimento de cnceres em animais. Em um determinado estudo, ratos alterados geneticamente para serem predispostos a desenvolverem um tipo de cncer desenvolveram mais do que duas vezes tais cnceres quando expostos energia da RF, comparado aos controles. Mas ainda h muita incerteza entre alguns cientistas no que diz respeito aplicao desses resultados (obtidos de estudos de animais laboratoriais) em seres humanos. Alm disso, os animais utilizados j tinham sido tratados com qumicas indutoras de cncer e foram expostos a uma radiao praticamente contnua 22 horas por dia.

Existem, tambm, estudos em seres humanos. Algumas pesquisas esto sendo feitas com relao s sensaes sentidas por usurios de celulares, como maiores incidncias de dores de cabea, calor na, ou atrs da, orelha e fadiga recorrente do uso do aparelho. Outros pesquisadores esto conduzindo testes laboratoriais para avaliar efeitos da exposio do material gentico RF de telefones celulares, no que diz respeito mutaes, aberraes cromossmicas, quebras da molcula de DNA e mudanas na estrutura desse material , conforme ser abordado adiante. Outra preocupao diz respeito s crianas. Pesquisadores estudando os efeitos de RF afirmam que a radiao dos telefones celulares penetra o crnio e o crebro de crianas mais profundamente do que em adultos.

Veja como esto as pesquisas em alguns pases:

PasesResultados

AlemanhaCientistas registraram que a exposio a campos de RF pode aumentar a presso sangunea em repouso.

SuciaPesquisadores sugeriram que o uso de telefones celulares por mais de 15 minutos poderia causar dores de cabea e fadiga.

InglaterraCientistas militares mostraram que os telefones celulares podem causar confuso repentina e perda da memria.

EUACientistas da Universidade do Colorado mostraram que os usurios frequentes de telefones celulares tm queda significativa de melatonina.

ChinaUm estudo da China's Northern Communications University mostrou que metade da radiao dos telefones celulares absorvido pelo corpo humano e um quarto pelo crebro.

H uma linha de pesquisadores, mais radical talvez, que tem absoluta certeza de que todos os efeitos citados no so devidos a meros problemas ou "exageros" laboratoriais, j que (afirmam eles) o crescimento e o desenvolvimento celulares em seres humanos e outros animais so muito similares. Alm dos distrbios j citados, h indicaes de que a radiao dos telefones celulares pode causar um desligamento entre clulas vermelhas e hemoglobina (isso levando doenas do corao e pedras nos rins), induo ao mal de Alzheimer, esclerose mltipla e ao mal de Parkinson. Um cientista de Bio-Eletromagnetismo, Roger Coghill, disse: "Telefones mveis (celulares) so o instrumento mais radioativo que ns j inventamos separadamente das microondas e as pessoas os esto colocando em suas cabeas a parte mais sensvel do corpo. O crebro humano absorve mais de 60% da energia das microondas emitidas por esse meio de comunicao."

Agora, a revoluo virtual da cincia est baseada no crescimento do reconhecimento de que a exposio RF de baixa frequncia e de efeitos no-termais pode ser detectada em tecidos vivos e resultar em alteraes bem definidas: mudanas na funo da membrana plasmtica, do metabolismo, da comunicao celular, da ativao de proto-oncogenes e morte celular.

Enquanto a maioria dos resultados ainda est no universo do "podem causar", "podem aumentar"... e enquanto h muita divergncia entre os cientistas, a melhor opo, no atual estgio de desenvolvimento das pesquisas, seria, se no parar de usar, pelo menos reduzir o uso do telefone celular ao mnimo necessrio, usando as linhas convencionais sempre que possvel. Outra atitude, bastante simples, no usar telefones celulares dentro de carros. Isso porque a lataria do carro serve como espelho para as microondas. Elas ficam refletindo nas "paredes" aumentando o nvel de exposio daqueles que esto no interior do automvel. Alm disso, como a recepo do sinal fica debilitada, o aparelho aumenta automaticamente o nvel de potncia na transmisso como forma de compensao. Se a utilizao do celular no interior do automvel for constante, considere a compra de um aparelho que transfere os sinais para uma antena externa ao veculo. Aqui, encaixa-se perfeitamente aquele ditado que diz: " melhor prevenir do que remediar".

ANTENAS DE ESTAES BASE OFERECEM RISCOS PARA A SADE ?At agora foi falado apenas de efeitos relacionados ao telefone celular em si. Mas as suas antenas de estaes base enviam quantidades de energia de RF muito grandes ao ambiente. Cada antena emite um raio de RF bem delimitado, aproximadamente pararelo ao solo. Devido escassa amplitude vertical desse raio, a intensidade dos campos de RF sobre os solo diretamente abaixo da antena baixa e diminui rapidamente ao se distanciar da antena. A qualquer distncia, os nveis no solo, prximos s estaes base, esto sempre bem abaixo dos limites impostos pelas normas internacionais de segurana. Dependendo da distncia das antenas, as medies de intensidades de RF no solo, prximo das antenas das estaes base, se situam entre 1/40 e 1/250, ou menos, do mximo permitido pelas normas internacionais sobre exposio do pblico e, at o momento, nenhuma preocupao maior foi levantada.

Um fato realmente preocupante diz respeito s pessoas que trabalham na manuteno das antenas, pois elas esto correndo todos os supostos riscos j mencionados no tpico anterior.

MARCAPASSOS CARDACOS SOFREM INFLUNCIA DAS ONDAS DE RF ?

Ainda no h evidncias concretas sobre a interferncia de RF sobre os marcapassos. H alguns anos, referiu-se que as ondas de dispositivos de RF (telefones celulares, forno de microondas) poderiam intervir no funcionamento de marcapassos eletrnicos implantados. Como esses so equipamentos eletrnicos, poderiam ser susceptveis a sinais eletromagnticos e terem suas funes alteradas. No incio, foram estudados os efeitos dos sinais de fornos de microondas, mas nunca foi mostrado que tais sinais eram suficientemente fortes para causar distrbios nos marcapassos.

Agora, a preocupao recaiu sobre a utilizao dos telefones celulares e as possveis interferncias sobre os marcapassos. A FDA (Food and Drugs Administration) e a WTR (Wireless Technology Research) esto investigando se tais interferncias ocorrem e, se sim, quais as medidas a serem tomadas. Em 1997, publicaram vrias recomendaes para assegurar o uso seguro de celulares por portadores de marcapasso. Uma das recomendaes que os telefones celulares digitais sejam mantidos a, pelo menos, 6 polegadas (15,24 cm) de distncia do marcapasso e no sejam colocados diretamente sobre o marcapasso (como em bolsos de camisa localizados no peito).

Parte 4- Estudos e Pesquisas Biolgicas

A disseminao do conhecimento de fsica e biologia levou a elaborao de vrias hipteses e correlaes para provveis distrbios de sade decorrentes de telefones celulares. Em uma viso simplista, podemos resumir em 3 pontos:

MOTIVOS PARA FORMAO DE MUITOS GRUPOS DE ESTUDOS

Modelo de gerao de microondas de telefones celulares

(teoricamente idntico ao do forno de microondas) Modelo de funcionamento do forno de microondas

(aquecimento pela vibrao da molcula de gua) Modelo de distrbios biolgicos no corpo humano

(aparelho emissor quase encostado na cabea ou no corpo)Apesar de expressivo investimento em pesquisa, com mais de US$ 100 milhes em andamento no nvel mundial, os estudos ainda no foram suficientes para provar a ocorrncia de danos sade humana pelo uso de telefones celulares.

Entretanto, os indcios tem sido crescentes na direo de estabelecer correlaes entre emisso de microondas e danos biolgicos, conforme exemplificamos a seguir, com levantamento recente apresentado pela Organizao Mundial de Sade :

DNA

Danos em fita simples e fita dupla. Alteraes na taxa de reparos. Alteraes em enzimas de transcrio na interao com DNA, dependente de conformaes especficas sensveis EMF(campos eletromagnticos). [Lai and Singh (1997), Phillips et al (1998), Blank and Goodman (1997)]

MICRONUCLEAO E ABERRAES CROMOSSMICAS

Aumento comprovado de micronucleao em atividade ocupacional com exposio de 10 a 20 (W/cm. Aumento comprovado de micronucleao em ratos com cncer. Vrios resultados de micronucleao em linfcitos humanos ao nvel nonthermal, com taxas crescentes em relao ao tempo de exposio. [Garag-Vrhovac et al (1999), Vijayalaxmi et al (1998), Maes et al (1995)]

Figura mostrando micronucleao (MN) Figura mostrando anfase (mitose)

A micronucleao um distrbio que pode ocorrer na mitose, pela quebra de parte do cromossomo no momento da anfase, ocorrendo sua separao em partes desiguais para clulas irms, ficando uma das clulas com partes pequenas, dando o nome de "microncleo". Esse fenmeno geralmente causa morte da clula, mas tambm pode gerar clulas cancergenas. O momento da anfase implica na separao das cromossomos por processo de esforo mecnico comandado pelos centrmeros em polos opostos. Supe-se que nesse estgio o cromossomo fique mais frgil para resistir perturbaes de radiaes.

ORNITINA DESCARBOXILASE

Enzima presente em tecidos de crescimento rpido. Aumento dessa enzima registrado em vrias freqncias e intensidades de exposio de microondas, incluindo 2,5 W/Kg com 835 MHz. Diferentes intervalos de freqncia produziram resultados opostos. [Litovitz et al (1997), Penafiel et al (1997)] INDUO DE TRANSCRIO

Proto-oncogene Fos mRNA aumentou 40 a 50% a transcrio com exposio radiao de celular. [Goswami et al (1999)] REAO EM NEMATDEO

Ativao da resposta celular sob efeito de radiao de microondas apresentou resultado igual ao impacto de calor ou de danos qumicos (txicos) nesse verme. [Daniells et al (1998)] FLUXO DE ONS DE CLCIO

Vrios experimentos comprovando interferncia na cascata de efeitos modulados pelos ons de clcio e principalmente induzindo respostas em clulas nervosas de vrias espcies, inclusive humanas. [Adey (1997), Dutta et al (1989)] SISTEMA DE ANTICORPOS

Vrios experimentos comprovando aumentos e redues no sistema imune no nvel celular. [Fesenko et al (1999), Novoselova et al (1999), Elekes (1996), Veyret et al (1991), Lyle et al (1983)] BARREIRA DE SANGUE DO CREBRO

Experimentos com ratos apresentaram aumento na permeabilidade da barreira mediante exposio da radiao do celular. [Persson et al (1997), Salford et al (1994)]

CNCER

Vrios experimentos com ratos e estudos com populaes apresentaram resultados contraditrios. [Hardell (1999), (Harris et al, 1998), Repacholi et al (1997), Adey (1996), Chou and Guy (1992), Guy et al (1984)] EFEITO LETAL EM EMBRIES DE GALINHA

Grupos de 60 ovos incubados por 21 dias. Os grupos sob radiao de telefone celular apresentaram letalidade acima de 50%. [Youbicier et al - Frana (anexo)]Os quadros abaixo apresentam os diferentes nveis de intensidade de exposio e absoro utilizados nas pesquisas, evidenciando efeitos mesmo em nveis considerados muito reduzidos:

Esses exemplos so apenas uma amostra do universo de estudos e pesquisas destinados a compreender melhor as interaes entre as radiaes dos telefones celulares e os tecidos biolgicos. Conforme ficou evidenciado nesse painel acima, os efeitos estudados j no esto restritos aos "bvios" efeitos termais das molculas de gua no nvel celular. Tem sido encontrado correlaes que independem dos efeitos termais, como no caso de EMF interferindo diretamente nos sinais eltricos de comunicao nervosa ou de interaes moleculares entre enzimas e DNA sendo alteradas.

Com esse cenrio, a Organizao Mundial de Sade, por meio da Comisso Internacional de Proteo da Radiao No-Ionizante, estabeleceu, em 1996, " The International EMF Project" integrando os seguintes organismos: International Agency for Research on Cancer, International Electrotechnical Commission, International Labour Office, International Telecommunications Union, United Nations Environment Programme, North Atlantic Treaty Organization, European Commission (mais de 40 agencias governamentais) e as seguintes instituies colaboradoras da OMS: National Radiological Protection Board, UK; Bundesamt fr Strahlenschutz, Germany; Karolinska Institute, Institute of Environmental Medicine, Sweden; Food and Drug Administration, USA; National Institute of Environmental Health Sciences, USA; National Institute of Occupational Health, USA; e the National Institute for Environment Studies, Japan.

Esse projeto estabelece vrias diretrizes para melhorar a eficcia das pesquisas. Entre as diretrizes, destacamos alguns pontos:

Projetos de pesquisa necessitam melhorar tecnologia de preciso em dosimetria, desenvolvendo mtodos e instrumentos mais adequados tanto para laboratrios quanto para estudos epidemiolgicos na populao exposta.

Concentrar esforos nos estudos de cncer, tanto com animais sadios como em linhagens cancerosas.

Ampliar estudos nas reas de nvel hormonal, efeitos oculares, leses do ouvido interno, perda de memria, efeitos neurofisiolgicos, tanto com animais como em humanos voluntrios.

Investir em estudos epidemiolgicos, preferencialmente investigando cncer nas regies da cabea e pescoo e distrbios dos olhos e ouvido, associados aos usurios e profissionais expostos com maior exposio radiao.

No caso dos sintomas de dor de cabea, distrbios do sono e audio, recomenda-se maior investigao nos campos neurolgicos, neuroendcrino e efeitos imunolgicos.

Pesquisas de laboratrio envolvendo cintica do ciclo celular, proliferao celular, expresso de genes, transduo de sinal e alteraes de membrana deveriam ser melhor concatenadas com estudos "in vivo", buscando modelos que possam ser testveis por mecanismos bsicos de exposio de radiao.

ConclusoEntendemos que o contexto exposto nesse relatrio aponta uma expressiva demanda por pesquisadores da rea de biologia, com conhecimentos fsicos sobre radiaes eletromagnticas, dominando a interdiciplinariedade entre as cincias fsicas e biolgicas. Entretanto, durante a elaborao desse trabalho, causou certa frustrao o fato de no encontramos citaes de estudos realizados no Brasil sobre esse tema, to oportuno para a nossa sociedade.

Quanto ao tema estabelecido pelo seminrio, relacionando clulas e celulares, acreditamos que tenha ficado claro a conexo entre esses dois universos to distantes e que ainda estamos longe de uma concluso segura sobre os efeitos dos celulares sobre as clulas.

Um dos estudos citados merece destaque especial em razo de ter sido elaborado com custo desprezvel, obtendo tanto destaque quanto os de maior investimento. Trata-se da pesquisa com ovos de galinha incubados ao lado telefone celular, cujo relatrio da Universidade de Montpellier est anexado neste texto. Sem dvida, este tipo de experimento poderia estar sendo feito em nossa USP.

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